Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
L A T R A N S IC IO N H A C ÍA U N R E G IM E N
P O L I T I C O D E P A R T I C I P A C IO N T O T A L
E N L A A R G E N T IN A
1 . LA “P A R A D O JA ” A R G E N T IN A Y
EL PR O B LEM A D E SU EX PLIC A C IO N
se secularizaba. Es d e cir, n o se tr a tó de u n a m e ra co n
c e n tra c ió n u rb a n o física, sino q u e ios m o d o s m o d ern o s
de vida tra n sfo rm a b a n el c o m p o rta m ie n to de la p o
b lación. U n in d ic a d o r v álid o aq u í es, sin d u d a , la tasa
d e n atalid ad , la que re v e la u n a re d u c c ió n p au latin a de
los nacim ien to s, d e b id o a la ap licació n del c o n tro l v o
lu n ta rio en escala m asiva en las áreas u rb a n a s del L ito ral,
p rim e ro en los e strato s m edios y lu eg o d ifu n d ién d o se
c o n sum a ra p id e z a los e stra to s p o p u la re s u rb an o s. E ste
p ro c e so ha c o lo ca d o a la A rg e n tin a (ju n to c o n U ru
g u a y ) e n tre los países de n a ta lid a d “in d u s tria l” , a pesar,
o b v ia m e n te , de que las tasas b ru ta s re p re s e n ta n u n p ro
m e d io e n tre las bajas tasas de las zonas m ás m o d ern izad as
y las to d a v ía altas m arcas de las p ro v in c ia s m en o s afec
tadas p o r el cam bio.
c ) E n te rc e r lu g a r, d ebe señalarse o tro h e c h o real
m e n te singular: la A rg e n tin a es p ro b a b le m e n te el único
país del m u n d o (salvo Israel y quizás A u stra lia, p e ro son
casos d istin to s) c u y a p o b la ció n fu e ra en m a y o ría ex
tra n je ra , y esto d u ra n te varias décadas. E s c la ro que
si se to m a n los p o rc e n ta je s en té rm in o s globales, la
p ro p o rc ió n de e x tra n jero s, c o n ser u n a de las m ás altas
del m u n d o , n o llega a s u p e ra r el 50 % —para, to d o el
país y to'das las edades—. (E n la A rg e n tin a esta p ro
p o rc ió n fu e siem pre s u p e rio r de 2 a 3 veces a la de
E stad o s U n id o s.) P e ro lo que aq u í h a y q u e te n e r en
c u e n ta es la p ro p o rc ió n de e x tra n je ro s en las áreas y
los grupos más significativos para la- vida de la nación .
d ) O tra circ u n sta n c ia, que c re em o s fu n d a m e n ta l, es
la p a ra liza c ió n súbita del c re c im ie n to , o c u rrid a p ro b a
b le m e n te en la d écad a 1920-1930, y casi c o n te m p o
rá n e a m e n te en m u c h o s y sig n ificativ o s aspectos de la
e s tru c tu ra social. E l c re c im ie n to d e m o g rá fic o e x tra o r
d in a rio que seguía siendo casi in in te rru m p id o desde o50
ó 60 años, se detien e en 1930 c o n la elim in ació n de la
in m ig ra c ió n de u ltra m a r ( y la d rástica re d u c c ió n de
la m an u alid ad en las áreas u rb a n a s del L ito ra l); el ere-
r* Aliento e co n ó m ico e x p e rim e n ta u n p ro c e so análogo y»
p o r ú ltim o , la ev o lu ció n p o lític a su fre u n re tro c e so de
incalculables consecuencias, c o n el re g re so fo rzo so a la
d e m o crac ia d e “ p a rtic ip a c ió n lim ita d a ” , c o n la re v o lu
ció n de 1930, y el fra u d e sistem ático. L os e fe cto s de la
detención, del c re c im ie n to —esp ecialm en te e n lo econó-
1 ' P O L IT IC A Y SO C IE D A D 305
I; m ic o — n o fu e ro n c laram e n te p e rc ib id o s sino m u c h o m ás
| ta rd e , m as h ay m u c h o s indicios q u e p a re c e n u b ic a r en
:| esa circ u n sta n c ia u n o de los fa c to re s fu n d a m e n tales de
| la situ a ció n actual. E s obvio que d ich a d e te n c ió n n o
J; o c u rrió al azar, sino que fue a su vez u n re su lta d o de
I; p ro ceso s que se v en ían gestan d o m u c h o tie m p o antes,
j p e ro de p o r sí —u n a vez o c u rrid o — se to rn ó en u n a
4. n u e v a causa in d e p e n d ie n te que se a g reg ó a las dem ás y ,
I e n u n c ie rto m o m e n to , d eb e ser d ife re n c ia d a de sus
I posibles fa c to re s genéticos.
!j ¿Q ué im p lic a ro n p ara la A rg e n tin a estos c u a tro he-
I ch o s, esp ecialm en te c u an d o n o se los to m a aisladam ente,
u n o p o r u n o , sino que se tra ta de in te g ra rlo s en u n
>1 sistem a de hipótesis que te n g a e n c u e n ta sus re c íp ro -
^ eos efectos? ¿E n qué m ed id a y de qué m a n era la ex-
I p an sió n rá p id a y la e x tra o rd in a ria tasa de m o v ilid ad
íj social y sus e fe cto s sobre la e x p erien cia de los in d i-
I v id u o s que la v iv ie ro n , c o n trib u y e ro n a c re a r cierto s
rasaos, a ctitu d es, ex p ectativ as de los arg en tin o s? ¿De
| que m a n era esta m ism a ex p erien c ia se d ife re n c ió e n
| los ' diversos e strato s y g ru p o s que c o m p o n e n la socie-
J : dad? ¿C óm o o c u rrió la asim ilación de esa e n o rm e m asa
in m ig ra to ria y, sobre to d o , se p u e d e h a b lar de asim i-
I la ció n , o b ie n de sincresis co n la fo rm a c ió n de nuevas
■| fo rm as cu ltu ra le s (e n sen tid o a n tro p o ló g ic o )? ¿Q ué o c u -
| r r ió —y o c u rre — con la p rim e ra , segu n d a o te rc e r a g e-
n e ra c ió n de inm igrantes? ¿C óm o re p e rc u tió la d e te n -
:J ció n del c re c im ie n to ; c u án d o se la p e rc ib ió y cóm o?
I ¿D e q u é m an era, p o r ú ltim o , estos c u a tro h e c h o s —que
;| . h em o s señalado co m o p eculiares del p ro c e so a rg e n tin o —
I se c o m b in a ro n co n las circ u n sta n c ias m ás g en erales del
| d e sa rro llo y la transición? N o s re fe rim o s aq u í a los
| dem ás fa c to re s, tales co m o el d e seq u ilib rio e n la tra n -
| sición e n tre las d ife re n te s re g io n e s del país, la in m i-
4 g ra c ió n m asiva del in te rio r o c u rrid a después de 1930,
l¡ la d e p en d e n c ia co n re sp e c to a países h eg em ó n ico s, la
:| p ersisten cia de e stru c tu ra s tra d ic io n a les y sus co n secu en -
j cias e n el o rd e n p o lític o y eco n ó m ico , y los dem ás
I elem en to s que son, sin duda, de e x tra o rd in a ria im p o r-
tan cia, p e ro q u e la A rg e n tin a c o m p a rte c o n m u c h o s
o tro s países de A m é ric a latin a y de o tra s re g io n e s del
| m undo.
1 ; E stas p re g u n ta s, p o r supuesto, n o son inéditas, mas a
306 G IN O GERM ANI
2. E T A PA S D E LA T R A N S IC IO N
1 . Régim en colonial.
2. Revolución y g u e rra s
de la in d e p e n d e n c ia
A. Sociedad tradicional (1810-1820).
Poca o ninguna modificación 3. A narquía, caudillismo,
del patrón tradicional. guerras civiles (1820-
1829).
4. A utocracia unificadora
(1829-1852).
B. D e m o c ra c ia representativa
con participación limitada
Comienzos de la transición ha
cia la sociedad industrial: inmi
gración masiva (de ultram ar); 5. O rganización n a c io n a l
integración en el m ercado m un (1853-1880).
dial (agricultura y ganadería)*, <5. G obiernos conservado
“movilización” de la población res-liberales (la “oligar
las zonas “centrales” (Bue quía” : 1880-1916).
nos Aires y L ito ra l); surgi
m iento de estratos medios u r
banos. Comienzos de industria
lización.
C. D e m o c ra c ia representativa
con participación ampliada
Integración inestable de la po
blación activa “movilizada” de 7. G o b ie rn o s ra d ic a le s
las zonas centrales al nivel de (1916-1930).
la participación “ampliada”, a
través del sistema de partidos
existente.
P O L IT IC A Y SO C IE D A D 307
3. EL M O V IM IE N T O IN D E P E N D E N T IS T A Y EL
FRA CA SO E N ESTA B LECER U N “E ST A D O
N A C IO N A L ” D E T IP O M O D E R N O
E l m o v im ie n to p o r la in d ep en d e n c ia estab a in sp ira d o
en los ideales d e l. ilum inism o y racionalism o d el siglo
xvm . Sus m odelos e ra n la R ev o lu ció n F ra n c e sa y m ás
aún la n o rte a m e ric a n a . M as si p o r u n lad o lo g ró c o n sti
tu ir a la antig u a co lo n ia en u n país in d e p e n d ie n te , p o r
o tro lad o fracasó en h a c e r de éste u n E s ta d o m o d e rn o ,
según sus ideales m ás apreciados. H a b ía varias razones
p a ra este fracaso . P ro b a b le m e n te ellas p u e d e n resu m irse
e n dos. P o r u n a p a rte existía u n a lim itació n —q u e p o d ría
m os lla m a r e s tru c tu ra l— al plan de re fo rm a s que esta
élite p o d ía llev ar a cabo. U n a lim itació n q u e se a rra i
gaba en su p ro p ia situación d e n tro de la e stru c tu ra
social, y su p ro p ia n atu ra lez a com o g ru p o social. La
d em o cracia a q u e aspiraban sólo p o d ría ser la d e m o c ra
cia lib eral, en la cual el e jercic io e fe ctiv o del p o d e r
estaría re s trin g id o a esa m ism a élite \ la p a rtic ip a c ió n
de los estrato s p o p u lares (necesarios, sin e m b a rg o , para
llevar a cab o el m o v im ie n to de in d e p e n d e n c ia ) debía
q u e d ar seriam en te lim itada ta n to desde el p u n to de vista
p o lítico , co m o en lo e co n ó m ico y social. D e esta lim i
tació n al alcance de las re fo rm as posibles d e riv ó u n a
irrem e d ia b le c o n tra d ic c ió n e n tre las p ro clam acio n es y
308 G INO GERMANI
4. T R A N S F O R M A C IO N D E LA E S T R U C T U R A
SOCIAL
L a g e n erac ió n q u e asum ió la ta re a de e rig ir la A rg e n
tin a en u n E sta d o n acional m o d e rn o era m u y consciente
de las c o n tra d ic c io n e s e n tre el racio n alism o in g en u o de
310 G IN O GERM ANI
C uadro 1
% P o b la c ió n xirbana (c e n tr o s 2 .0 0 0 A ñ os
y más h a b ita n te s )
'
27 1869
37 1895
53 1914
62 1947
65 1957
p ro d u c c ió n ag ro p e cu a ria , y a alcanza u n v o lu m e n re sp e
table en la p rim e ra d écad a del p re sen te siglo. A l m ism o
tie m p o los estrato s p o p u la re s de la a n tig u a so cied ad
—en g ra n p a rte ru ra le s— se v e n reem p lazad o s p o r u n
p ro le ta ria d o u rb a n o y u n a clase m ed ia en p ro c e so de
rá p id a expansión. A sí el esquem a “ b ip a rtito ” de la socie
d ad tra d ic io n a l (u n e stra to “ a lto ” d e tip o e stam en tal
versus u n e stra to “b a jo ” c o m p u esto p o r la m a y o ría de
la p o b la ció n , c o n u n e stra to “in te rm e d io ” de p o ca sig
n ifica ció n y u su alm en te id e n tific a d o c o n el e stra to a lto )
se su stitu y e en las áreas c en trale s p o r el esq u em a t r ip a r
tito (clase alta, m edia y p o p u la r) o, si se q u ie re , m u lti-
p a rtito , pues la d ife re n c iac ió n e n tre estrato s, esp ecialm en
te e n tre las ciudades, se vuelve b o rro sa y la e s tru c tu ra
asum e la im agen de u n a serie c o n tin u a d e posiciones
su p erp u esta s en la que la tra n sic ió n de u n a a o tra r e
su lta de d ifícil p e rc ep c ió n .
L a ap arició n de u n a clase m edia de v o lu m e n n u m é
ric o y significación e co n ó m ica y social su ficien te p a ra
in flu ir p o lític a m e n te aco n te c e en la A rg e n tin a e n tre
1869 y 1895, y ya desde la ú ltim a d écad a del siglo xix
se p re se n ta co m o u n g ru p o de g ra n im p o rta n c ia . P a ra
v a lo ra r c o rre c ta m e n te las cifras del C u a d ro 12 , es n e c e
sario re c o rd a r que en su m a y o ría se tra ta b a de clase
m edia u rb a n a , c o n c e n tra d a adem ás en la z o n a lito ral.
P o r lo ta n to , su peso e ra m a y o r ju sta m en te e n las áreas
que te n ía n u n papel c e n tra l en la vid a n acio n al. T a m b ié n
es esencial te n e r en c u e n ta los cam bios c u alitativ o s p r o
d u cid o s p o r la tra n sició n del p a tró n tra d ic io n a l a las
fo rm a s m ás m o d ern as. M ien tras la clase alta —las fa m i
lias tra d ic io n a les— re te n ía u n c o n tro l m u y am p lio del
se c to r a g ro p e c u a rio , la clase m edia, d u ra n te el p e río
d o de su p rim e ra fo rm a c ió n hasta co m ien zo s de siglo,
estaba c o n stitu id a so b re to d o p o r los h o m b re s que h a
b ía n im p u lsad o las actividades nuevas: e m p re sa rio s p e
q ueñ o s y m edios que c o n c e n tra b a n la a ctiv id ad c o m e r
cial y la n a cie n te in d u stria. T a m b ié n se fo rm ó u n a
re d u c id a clase m ed ia ru ra l —los cam p esin o s q u e lo g ra
ro n alguna p ro s p e rid a d y solidez e co n ó m ica — p e ro
Como y a se in d ic ó se tra tó de u n g ru p o m in o rita rio co n
re s p e c to a las m asas e x tra n je ra s in m ig rad as y a la p o b la
ció n ru r a l nativa. M ás ta rd e , en p a rtic u la r de 1910 en
ad elan te, el c re c im ie n to de la clase m ed ia se d eb erá
P O L IT IC A Y S O C IE D A D 3X 5
5. F IN D E LA D EM O C R A C IA L IM IT A D A Y
PA R T IC IPA C IO N PO LITICA D E LAS CLASES
M EDIAS
1910 9% 20%
v1916 30 % 64 %
1928 41 % 77 %
1936 48 % 73 %
1946 56 % 83 %
1958 78% 94 %
¡ La base de 20 años y más fue escogida no ya en virtud de
i; las variables disposiciones legales anteriores y posteriores a la
-i Ley Sáenz Peña, sino con el criterio de com parar la propor-
1 ción de participantes sobre el total de la población con ex-
pectativas a participar, una vez alcanzado cierto grado de
j movilización. El límite de 20 años es arbitrario, pero sola-
') m ente desde el punto de vista de la inform ación estadística.
318 G IN O GERM ANI
6 . LAS G R A N D E S M IG R A C IO N E S IN T E R N A S Y LA
IN T E G R A C IO N DE LOS E S T R A T O S PO PU L A R E S
p ro d u je ro n u n cam b io de g o b ie rn o , a tra v é s de u n a in
te rv e n c ió n m ilitar que, p o r p rim e ra vez en m u ch as d é
cadas, d e rrib ó u n g o b ie rn o c o n stitu cio n al. E ste m o v i
m ie n to —que ta m b ié n expresaba el n u e v o clim a p o lític o
in te rn a c io n a l c re a d o p o r el su rg im ie n to del fascism o en
E u ro p a — significó fu n d a m e n ta lm e n te el re to rn o de la
“ o lig a rq u ía ” desplazada del g o b ie rn o p o r la m a y o ría ra
dical. M as este “re to r n o ” n o p o d ía sig n ificar u n a v u elta
a la situ ació n p re té rita y el in te n to de e sta b le ce r u n
tip o de d e m o crac ia lim itad a en el que la p a rtic ip a c ió n
p o lític a estu v iera re strin g id a a ciertas clases, debía te
n e r significado y consecuencias m u y d istin to s de la ap a
re n te m e n te . análoga situ ació n de exclusión ex isten te m e
d io siglo antes. Ya n o se tra ta ría d e u n a ex clu sió n d e b i
da a la “ ausencia” o “ p a siv id ad ” de los secto res m enos
d e sa rro llad o s de la p o b la ció n , sino de la “ e x clu sió n ” p o r
m edios com pulsivos de estrato s y a p le n am en te “m o v iliza
d o s”. E l m ed io p rin c ip a l em p le ad o p o r estos g ru p o s ca
re n te s del a p o y o e le c to ra l n ecesario p a ra g o b e rn a r, fu e
el fra u d e sistem ático, p o r el cual, sin n e g a r fo rm a lm e n te
el e jercic io de los d e re ch o s ciud ad an o s, se im p ed ía la
m a n ifestació n e fe ctiv a de los m ism os y sus c o n se c u en
cias en c u a n to a la fo rm a c ió n del g o b ie rn o . L a lib e rta d
de p re n sa y de asociación fu e ro n a p ro x im a d am en te re s
petadas, así co m o o tro s aspectos fo rm ale s san cio n ad o s
p o r la C o n stitu c ió n ; p e ro la activ id ad de los sin d icato s
h alló m a y o re s y crecien tes d ificu ltad es, y este h ech o ,
ju n ta m e n te co n la fru s tra c ió n p ro d u c id a p o r el sistem á
tic o escam o teo de la v o lu n ta d p o p u la r en las e le c c io
nes, c re a ro n u n clim a de p ro fu n d o escep ticism o en la
m a y o ría , escepticism o que n o d e jó de estar in c lu id o
p o r la crisis g e n eral de las ideologías d e m o crática s d u
ra n te la d écad a del tre in ta . P o r lo dem ás, ta m p o c o los
p a rtid o s de la opo sició n e stu v ie ro n a la a ltu ra de su
m isión, ju sta m e n te en u n m o m e n to e n q u e se estaba
o p e ra n d o en el país u n a n u ev a e tap a en su d e sa rro llo
econ ó m ico -so cial.
E fe c tiv a m e n te , co m o u n a re p e rc u s ió n de las nuevas
c o n d icio n es creadas p o r la crisis m u n d ia l de X929, se
p ro d u je ro n e n la A rg e n tin a dos p ro ceso s co n v erg en te s:
p o r u n lad o se inició u n a n u ev a y decisiva fase de in
d u stria liz ac ió n ; p o r el o tro c o b ró u n ím p e tu in u sitad o
la u rb a n iz a c ió n , c o n la in m ig ra c ió n m asiva a las c iu d a
P O L IT IC A Y S O C IE D A D 323
C uadro 2
P o b la c ió n % in m ig ra d o s % in m igrad os In m ig r a c ió n
A ñ os to ta l d e l extranjero d e l in terio r d e l in terio r
( m ile s ) so b re to ta l sob re to ta l p r o m e d io
anual
1869 230 47 3
1895 783 50 8 8.000
1914 2.035 49 11
1936 3.430 36 12 83.000
1947 4.720 26 29
1957 6.370 22 36 96.000
L A I N T E G R A C I O N D E L A S M A S A S A L A V ID A .
P O L IT IC A Y E L T O T A L IT A R IS M O *
2. C O N D IC IO N E S PA R A LA IN T E G R A C IO N D E
LA S M ASAS A LA V ID A PO LITIC A
3. LA SE U D O SO L U C IO N T O T A L IT A R IA
Y E L C A SO A R G E N T I N O
E n la sociedad c o n te m p o rá n e a , c u alq u ier ré g im e n n e ce
sita p a ra ser d u ra d e ro del co n se n tim ie n to activ o o pa
sivo de las m asas (o , p o r lo m enos, de u n a p o rc ió n c o n
siderable de ellas). Y éstas lo c o n ce d e n c u an d o sien ten
que de algún m o d o son p a rte de la sociedad n acio n al,
o cu an d o , p o r lo m enos, n o se sien ten excluidas de ella.
E sto n o significa q u e n o se las p u e d a e n g añ a r o n e u
tralizar, L a h isto ria re c ie n te es en g ra n p a rte la h isto ria
de este en g añ o y n eu tra liz ac ió n . L a d iferen cia e n tre la
d e m o cracia —o lo que d eb ería ser la d e m o crac ia — y las
fo rm as totalitarias, resid e ju stam en te en el h e c h o de
que, m ie n tra s la p rim e ra in te n tá fu n d arse so b re una
p a rtic ip a c ió n g enum a, el to ta lita rism o u tiliza u n ersatz
de p a rtic ip a c ió n , c re a la ilusión en las m asas de q u e
ahora son ellas el e lem en to decisivo, el su je to activo,
e n la d ire c ció n de la cosa pública. Y so b re aquella p a r
te que q u ed a excluida hasta de esta seu d o p a rtic ip a ció n ,
lo g ra aplicar exitosam ente sus m ecanism os de n e u tra
lización.
E s v e rd a d que esa ilu sió n se lo g ra p o r m u y d ife re n
tes m edios en los d istin to s tipos de to talitarism o s. A
este re sp e c to el ré g im e n p ero n ista —que en v ario s as
p e cto s im p o rta n te s se d ife re n c ia de sus c o n g én eres eu
ro p eo s— c o n stitu y e u n e jem p lo del m a y o r in terés. C o m
p arém o slo p o r u n m o m e n to co n las fo rm as ‘‘clásicas”
del fascism o y el n a z is m o 4. M ien tras la base h u m an a
4 Si bien estos regím enes europeos constituyen los térm i
nos de com paración más usados co n respecto al peronism o,
no han faltado referencias al régim en soviético. Es innegable
la existencia de elem entos com unes en todos ellos; pero, por
otra parte, no escapará a nadie que, por su naturaleza y sig
nificado histórico presentan tam bién diferencias marcadas
que hacen más d ifícil (y estéril) una con fron tación directa.
336 G IN O G E R M A N I
4. L A IR R A C IO N A L ID A D D E L A S M A S A S E N EL
N A Z IF A S C IS M O Y E N EL P E R O N IS M O
p o p u la re s lo g ra ro n c o n el p e ro n ism o u n a conciencia
de su p ro p io significado co m o u n a c ate g o ría de g ran
im p o rta n c ia d e n tro de la vida nacio n al, capaz de e jer
c e r c ie rto p o d e río . Y esto o c u rrió so b re to d o p o rq u e
laé clases p o p u lares sentían que la co n q u ista del p o d e r
p o r el ré g im e n y su p e rm a n en c ia en él d e p en d ía de su
adhesión y de su activa p a rtic ip a c ió n , q u e e ra o b ra suya.
T o d a la c a rre ra ascen d en te del d ic ta d o r h asta la tom a
del p o d e r c o n stitu c io n a l e inclu so en los p rim e ro s años
de la p resid en cia, fu e m a rc a d a p o r n u m ero sas huelgas;
es d e c ir, m u ch as de las c o n q u istas o b re ra s de o rd e n ge
n e ra l, y asim ism o de las m e jo ra s lo g rad as c o n resp ecto
a d e term in a d as em presas p a rtic u la re s (q u e tie n e n un
sig nificado psicológico igual o m a y o r q u e los d erech o s
sancionados en leyes o co n v en io s d e c a rá c te r g e n eral)
fu e ro n lo g rad as p o r m ed io de lu ch as sindicales, au n q u e
esta vez el p o d e r del E sta d o se hallab a d e trá s d e los
o b re ro s en lu g ar de estar en c o n tra de ellos. R e c o rd e
m os a h o ra lo que re p re se n ta p a ra el o b re ro u n a huelga,
c o m o a firm a c ió n de su a u to n o m ía y de su v a lo r com o
ser s o c ia l10. L a ex periencia de h a b e r p a rtic ip a d o en
algunas huelgas triu n fa n te s b a jo el signo del p ero n ism o
b astaría p o r sí sola (e sp ecialm en te p a ra u n a m asa n o
a c o stu m b ra d a a e je rc e r sus d e re ch o s sin d icales) p a ra
d a rle la sensación de su p o d e río y d e su sig n ificad o y
a p o rte en los cam bios p o lítico s del país. P o r ú ltim o ,
está la ex p erien cia cru c ial del 17 de o c tu b re , m u y p ro n
to tra n s fo rm a d a en m ito y en la cu al la p a rtic ip a ció n
p o p u la r, au n q u e debió o rg an izarse, fue e x p erim en tad a
co m o ab so lu tam e n te e sp o n tán ea p o r los p articip an tes.
A este p ro p ó s ito vale la pena p o n e r en c la ro u n e rro r
b a stan te d ifu n d id o . Se c o m p ara a. m e n u d o el 17 de o c
tu b re co n la m a rc h a so b re R o m a (1922) o co n las ac
ciones análogas e n A lem ania. N a d a m ás eq u iv o cad o . L a
m a rc h a so b re R o m a , así co m o (e n o tra fo rm a ) la asu n
ció n del p o d e r p o r el nazism o fu e ro n o b ra de fo rm a
ciones p e rfe c ta m e n te m ilitarizadas, y en g ra n p a rte de
c a rá c te r p ro fesio n al o cuasi pro fesio n al. L os cu ad ro s p e r
m an en tes del fascism o estaban fo rm ad o s, n o y a p o r ciu
10 XJna huelga, refiere elocu entem ente Sim one W e il, signi
fica “ponerse de pie, tomar por fin la palabra. Sentirse hom bre
por algunos d í a s . . . ” O p. ctt*y pág. 169.
P O L IT IC A Y SO C IED A D 349
d ad an os q u e ejercía n n o rm a lm e n te sus o cu p acio n es y
adem ás d ed ica b a n su tie m p o lib re a la a ctiv id ad p o lítica,
sino p o r personas q u e se h a b ían ido p ro fesio n a liza n d o
en esos p e q u eñ o s e jército s p riv ad o s q u e e ra n las bandas
fascistas o nazis. E sta situ ació n n o c o m p re n d ía p o r su
p u esto a to d o s los afiliados, p e ro sí a aquellos q u e p a r
tic ip a b an h a b itu a lm e n te en las acciones.
C o n tra sta este c u a d ro c o n el que o b serv am o s en el
p ero n ism o : sus p a rtid a rio s e ra n tra b a ja d o re s y au n q u e
hab ía n u m ero so s agentes p rofesionales (lo s q u e, p o r
ejem p lo , p u d ie ro n o rg a n iz a r la m a rc h a del 17), su ca
ra c te rístic a fu e la d e p a rtic ip a c ió n e sp o n tá n e a o im p ro
visada, sin e n tre n a m ie n to ni disciplina, n i m u c h o m enos
o rg a n iz ac ió n m ilitarizad a. E sto s rasgos de e sp o n ta n e i
d ad e in m e d ia tez en la p a rtic ip a c ió n p o p u la r se re p ite n
en m u ch o s episodios que d e ja ro n sin d u d a u n a p ro fu n
da h u ella en el alm a p o p u la r. R e c o rd a m o s co m o u n
ejem p lo típ ic o la o cu p ac ió n de n eg o cio s y talleres a
fines del añ o 1945, p a ra lo g ra r el c u m p lim ie n to del d e
c re to so b re aguinaldo. T o d a s estas ex p erien cias c o n tri
b u y e ro n a fo tm a r en las clases p o p u la re s u n a c o n c ie n
cia b astan te c la ra dé sü p o d e r y significad o ; su a c titu d
n o era, co m o m u c h o s p re te n d e n , de a g ra d ec im ie n to al
d ic ta d o r p o r las “ dád iv as” (a u n q u e , p o r su p u esto , esta
clase de sen tim ien to s n o fa ltó en m u c h o s ), sino de o r-
g ü ilo p o r h a b er lo g ra d o (im p u e sto sería la p alab ra psi-
co lo g ic am e n te m as e x acta) sus d e re ch o s fre n te a la
clase p a tro n a l, y de h a b e r “ c o n q u ista d o el p o d e r”, se
g ú n los slogans de la p ro p a g a n d a oficial. N o so lam en te
las clases p o p u la re s a d q u irie ro n c o n cie n c ia de su fu e rz a
en esta o p o rtu n id a d , sino q u e a lca n z aro n esa u n id a d que
p a rtid o s a u té n tic a m e n te p ro le ta rio s en su tra d ic ió n y
p ro g ram a s jam ás h ab ían alcanzado. E l e le c to ra d o se
p o la riz ó según la línea de la d iv isión de clase, cosa q u e
n o había o c u rrid o n u n c a a n te rio rm e n te en el p a ís 1X.
D e p en d e de la p a rtic u la r filosofía p o lític a que se a d o p
te v a lo ra r positiva o n e g a tiv a m e n te esta circ u n sta n c ia;
sin e m b arg o , n o p u ed e n eg arse que' este h e c h o atesti
11 Esto, puede verse claram ente com parando las correla
ciones entre v o to p olítico y categoría ocupacional en las
eleccion es anteriores y posteriores a 1946. V éase G . G erm ani,
Estructura social de la Argentina. Buenos A ires, Raigal, 1955,
cap. X V I.
350 G IN O G E R M A N I