Está en la página 1de 8

23

CAPITULO I V

{
ste capítulo y el siguiente forman la segunda sección de la parte
* -i introductoria. Definida la poesía y distinguidas y clasificadas
sistemáticamente las especies poéticas en la primera sección (i-iii),
Aristóteles pasa ahora, en el presente capítulo, (1) a establecer los fun-
damentos antropológicos de la poesía en general (1448b4-24) y (2)
a reconstruir el desarrollo histórico de sus especies hasta la constitución
definitiva de la tragedia y la comedia (7448b24-7449&30).
(7) La poesía tiene sus causas en dos aptitudes o tendencias
connaturales del hombre: (a) la de la imitación, relacionada con el
conocimiento y con el placer, según puede comprobarse (7448 b4-
79), y (b) la de la armonía y el ritmo (7448 b20-24).
(2) Con esa base, la poesía tomó distintas orientaciones según
los caracteres de quienes la hacían: los «serios» eligieron las accio-
nes bellas y los «vulgares» las acciones malas (1448b24-27).
A una etapa primitiva, no del todo documentada, que se expre-
só en invectivas y en himnos y encomios improvisados, le sigue la
etapa homérica; tras ella, hay poetas épicos y poetas yámbicos. Ho-
mero es el poeta decisivo, en cuya obra ya se encuentran virtualmen-
te contenidas la tragedia y la comedia. Por último, una vez consti-
tuidas estas formas dramáticas, los poetas épicos pasan a ser poetas
trágicos y los poetas yámbicos poetas cómicos (7448b 28- 7449&9).
La tragedia, en particular, tuvo su inicio en improvisaciones,
y a través de varios cambios alcanzó finalmente su naturaleza; en
ello incidieron las innovaciones de Esquilo y de Sófocles: se incre-
mentó el número de actores, el género logró amplitud y halló la
métrica más apropiada para el diálogo. La cuestión llevaría a
considerar otros detalles que aquí se omiten (1449&9-30).
„, ARISTÓTELES POÉTICA
25

L a p o e s í a en g e n e r a l parece t e n e r su o r i g e n en dos cau- p o r q u e o c u r r e que al c o n t e m p l a r l a s se a p r e n d e y se d e d u c e


sas, ambas naturales. Pues el i m i t a r es c o n n a t u r a l al h o m b r e qué es cada cosa; p o r e j e m p l o , que é s t e es a q u é l . 6 5
Y si n o
60
desde l a i n f a n c i a (y se d i f e r e n c i a de los restantes animales se h a visto antes [el o r i g i n a l ] , [la i m a g e n ] n o p r o d u c i r á pla-
p o r q u e es m á s apto p a r a l a i m i t a c i ó n y l o g r a sus p r i m e r o s cer en cuanto i m i t a c i ó n , sino p o r la e j e c u c i ó n , p o r el c o l o r
c o n o c i m i e n t o s a t r a v é s de ella); a d e m á s , t o d o s [los h o m - o p o r alguna o t r a causa semejante. 66

61
bres] h a l l a n agrado en las i m i t a c i o n e s . Por_ser n a t u r a l e n n o s o t r o s el i m i t a r , al i g u a l que l a ar-
I n d i c i o de ello es l o que o c u r r e e n los hechos. Pues ha- m o n í a y el r i t m o (pues es m a n i f i e s t o que los versos son par-
l l a m o s agrado en c o n t e m p l a r las i m á g e n e s m á s exactas de t e ó l e los r i t m o s ) , 67
al c o m i e n z o los que t e n í a n u n a disposi-
cosas que en sí m i s m a s nos resulta desagradable ver, c o m o c i ó n n a t u r a l p a r a esas cosas 68
f u e r o n h a c i é n d o l a s avanzar
6 2
las figuras de los animales m á s viles y de los c a d á v e r e s . de"á p o c o y d i e r o n o r i g e n a l a p o e s í a a p a r t i r de las i m p r o -
61
L a causa de eso es que e l a p r e n d e r es cosa m u y agra- visaciones.
d a b l e n o solamente p a r a los filósofos sino t a m b i é n para los L a p o e s í a se e s c i n d i ó s e g ú n los caracteres p r o p i o s . 69
Pues
d e m á s h o m b r e s ; s ó l o que é s t o s t o m a n parte en él en escasa los m á s serios i m i t a b a n acciones buenas y de h o m b r e s de
64
medida. Se halla, en efecto, agrado en m i r a r las i m á g e n e s

65. L a s i t u a c i ó n en la que A r i s t ó t e l e s piensa en este lugar es l a de


60. E l hecho de que sea « n a t u r a l » i m p l i c a , desde luego, que f o r m a quien tiene ante sí una i m a g e n p i c t ó r i c a (eifan) y reconoce en ellas
parte constitutiva de la naturaleza h u m a n a . Si b i e n es alegada a q u í las figuras representadas (en su é p o c a , figuras m í t i c a s o legendarias,
e s p e c í f i c a m e n t e a p r o p ó s i t o de l a p o e s í a , l a í n d o l e «instintiva» de la antes que personas reales retratadas). N o deja de ser e x t r a ñ o que pa-
i m i t a c i ó n se halla sin d u d a en l a base de las artes en general, puesto ra describir el proceso de r e c o n o c i m i e n t o A r i s t ó t e l e s emplee el ver-
que l a mimesis es e l elemento g e n é r i c o que las c o m p r e n d e a todas bo syllogizesthai, « d e d u c i r » ( c o m o en u n proceso de inferencia silogís-
ellas; cf. c a p í t u l o i 1447al5-21. tica). Todas estas observaciones se hallan t a m b i é n en Rhet I x i
61. Esto es, en los p r o d u c t o s concretos de l a a c t i v i d a d i m i t a t i v a (1374A4-9).
(los miníemata). E l c a r á c t e r placentero y cognoscitivo de l a actividad 66. E n caso de que el placer n o sea el del r e c o n o c i m i e n t o , depende-
i m i t a t i v a parece estar m á s estrechamente relacionada con l a recep- rá de la factura m i s m a de la o b r a o de sus aspectos sensibles. Esta
c i ó n que c o n l a p r o d u c c i ó n de las formas artísticas. forma de placer, sin componentes intelectuales, e s t á algo m á s cerca-
62. C o m o i n d i c i o (semeíon) de que el arte e s t á asociado al agrado, se na a l a idea m o d e r n a de « p l a c e r estético».
s e ñ a l a , pues, el hecho p a r a d ó j i c o de que l o que es desagradable en 67. Esto es, dos de los « m e d i o s » específicos, ahora sí, de las artes p o é -
l a r e a l i d a d resulta agradable en l a ficción. A r i s t ó t e l e s piensa a q u í sin ticas (cf. i 1447al5-18). Pareciera innecesario agregar el « l e n g u a j e »
d u d a en las artes plásticas, pero acaso tenga en mente t a m b i é n la i r a (lagos), que igualmente es c o n n a t u r a l al h o m b r e desde el m o m e n t o
gedia (de l a que t r a t a r á en lo sucesivo) d o n d e se halla agrado en l a en que p o r naturaleza es zóion lógon ékhon, i.e. u n a n i m a l que posee
r e p r e s e n t a c i ó n de hechos dolorosos. lagos. - L a c o n n a t u r a l i d a d del ritmo y la a r m o n í a e s t á s e ñ a l a d a ya en
63. Se precisa a q u í l a r a z ó n (aítion) del hecho antes t o m a d o c o m o i n - Platón (Leyes, 683c).
d i c i o . L e o toútou en lugar de toúto; cf. Lucas (1978:6). 68. Esto es, p r o b a b l e m e n t e , u n a d i s p o s i c i ó n m a y o r p a r a el r i t m o y
64. E l placer que se halla en la c o n t e m p l a c i ó n de los productos m i m é - para l a a r m o n í a en particular, sumada a la d i s p o s i c i ó n m á s general
ticos deriva, pues, de la actividad de conocimiento que ella encierra, la a la i m i t a c i ó n . - C o m o observa Pesce (1995:149), las improvisacio-
cual es placentera en sí misma. Q u e el deseo de conocimiento es natu- nes de que se habla a c o n t i n u a c i ó n , son una suerte de fase i n t e r m e -
ral y, p o r tanto, c o m ú n (en m a y o r o m e n o r grado c o m o se precisa aquí) dia entre el instinto de la i m i t a c i ó n y el arte p r o p i a m e n t e d i c h o .
a todos los hombres, es una conocida tesis aristotélica (cf. Met I i 9 8 0 a l ) . 69. D e sus cultores.
26 ARISTÓTELES POÉTICA 2 7

esta c u a l i d a d , en tanto que los vulgares i m i t a b a n las de los unos a los otros. 75
Y entre los antiguos unos fueron poetas de
malvados,™ componiendo primero invectivas, como los versos heroicos y otros poetas de versos y á m b i c o s . 7 6

71
otros h i m n o s y e n c o m i o s . N o p o d e m o s citar u n p o e m a de H o m e r o , tal c o m o fue p o r e x c e l e n c i a p o e t a en m a t e r i a s
72
esa especie de n i n g u n o de los predecesores de Homero, elevadas 77
(pues es ú n i c o n o s ó l o p o r q u e p r o d u j o imitacio-
p e r o es v e r o s í m i l que h a y a h a b i d o m u c h o s . E n c a m b i o , a nes bellas, sino t a m b i é n p o r q u e las h i z o de c a r á c t e r d r a m á -
p a r t i r de H o m e r o se l o p u e d e hacer; p o r e j e m p l o , su Mar- 7
tico), " fue a s i m i s m o el p r i m e r o en s e ñ a l a r los l i n e a m i e n t o s
gitei* y p o e m a s semejantes. de la c o m e d i a , pues p r e s e n t ó en f o r m a d r a m á t i c a n o la i n -
E n ellos se introdujo t a m b i é n , s e g ú n c o n v e n í a , el m e t r o v e c t i v a sino l o r i s i b l e . 79
Pues el Margues es respecto de las
7 4
yámbico (y es la r a z ó n p o r la que a ú n a h o r a se l o l l a m a y á m -
b i c o [iambeion]), pues en ese m e t r o se satirizaban [iámbizon] los
Parece natural entender que el antecedente de «en ellos» (literalmente
«en los cuales» «en hois», 1448A30) son el Margitesy los restantes poemas
satíricos r e c i é n mencionados - c f . p o r ejemplo, Rostagni (1945: 2 0 ) - y
70. L a e x p l i c a c i ó n de las dos orientaciones contrapuestas de l a ac- que, por tanto, ajuicio de Aristóteles el y a m b o aparece p o r p r i m e r a vez
t i v i d a d p o é t i c a se apoya, c o m o se ve, en u n a o p o s i c i ó n s i m i l a r a l a en el Margues (las invectivas anteriores no e s t á n documentadas, s e g ú n
e m p l e a d a en el c a p í t u l o i i p a r a d i s t i n g u i r los « o b j e t o s » de la i m i t a - acaba de decir, de m o d o que n o puede establecerse cuál era su m é t r i -
c i ó n , esto es, b u e n o : m a l o (cf. i i 1448al-5 y l a n o t a 2 9 , en ese ca- ca). Lucas (1978: 76), en la s u p o s i c i ó n de que para Aristóteles el y a m -
p í t u l o ) , s ó l o que referida ahora, en t é r m i n o s de « s e r i o » : « v u l g a r » bo se h a b r í a constituido en la etapa de las invectivas anteriores a H o -
(serrinos: euteíes), a los caracteres (ethi) de los p r o p i o s poetas, que ha- mero, entiende, de manera menos convincente, que el antecedente del
b r í a n i n c l i n a d o a é s t o s a i m i t a r acciones de u n a í n d o l e afín, esto es, p r o n o m b r e son las invectivas (psóphoi) mencionadas tres líneas antes.
acciones « b u e n a s » o « b e l l a s » (kalaí: el adjetivo expresa u n a valora- 75. L a d e r i v a c i ó n correcta es en realidad l a inversa a l a sugerida, es-
c i ó n p o s i t i v a é t i c a y e s t é t i c a a l a vez) de h o m b r e s buenos o accio- to es, el v e r b o «iambízein» («satirizar», « m a l d e c i r » ) d e r i v a de «íambos»
nes de h o m b r e s m a l v a d o s o inferiores (phaúloi). C o n ese p u n t o de ( « y a m b o » ) . L a o b s e r v a c i ó n tiene todo el aspecto de u n agregado pos-
p a r t i d a , el desarrollo a p u n t a r á t e l e o l ó g i c a m e n t e a la c o n s t i t u c i ó n terior. - « L o s unos a los o t r o s » = en una especie de canto amebeo.
de las formas d r a m á t i c a s .
76. Esto es, unos c o m p o n í a n en h e x á m e t r o s dactilicos, p r o p i o de la
77. Esto es, piezas de ataque (psógot) y piezas de e x a l t a c i ó n de los dio- é p i c a , y otros en m é t r i c a y á m b i c a . A c e r c a del h e x á m e t r o , cf. l a nota
ses (kymnoi) y de los h o m b r e s (egkómiot). Se corresponden c o n las dos 129, en el c a p í t u l o v i , y acerca del y a m b o , la n o t a 74, en este c a p í t u -
orientaciones fundamentales de la estilización artística (caricaturiza- lo. E n el Margues, c o m o se h a s e ñ a l a d o , se c o m b i n a b a n ambas m é -
c i ó n e i d e a l i z a c i ó n ) s e ñ a l a d o s en el c a p í t u l o i i (1448al-16). tricas. - A r i s t ó t e l e s sugiere u n a r e l a c i ó n de d e r i v a c i ó n entre los h i m -
72. Esto es, de los poemas de invectiva. C o m o observa Rostagni nos y los encomios y la p o e s í a é p i c a .
(1945: 20), la existencia de h i m n o s y de encomios constaba p o r la 77. L a e x p r e s i ó n « m a t e r i a s e l e v a d a s » traduce «ta spoudaía»; el m i s m o
t r a d i c i ó n : M u s e o , Orfeo, L i n o , e t c é t e r a . adjetivo se e m p l e a r á para caracterizar l a a c c i ó n de la tragedia; of. l a
73. Poema p a r ó d i c o p e r d i d o , de fecha incierta, compuesto en h e x á nota 29, en el c a p í t u l o i i .
metros y yambos, que l a t r a d i c i ó n antigua a t r i b u í a a H o m e r o . Trata- 78. E l c a r á c t e r « d r a m á t i c o » que A r i s t ó t e l e s le reconoce a la p o e s í a
ba de las graciosas aventuras de u n h é r o e torpe. h o m é r i c a puede estribar (a) en el « m o d o » de l a i m i t a c i ó n , esto es, en
74. Los versos y á m b i c o s son aquellos c u y a u n i d a d m é t r i c a es el y a m - el hecho de que el poeta r e c u r r a constantemente al estilo directo (cf.
bo o el pie y á m b i c o , f o r m a d o p o r l a c o m b i n a c i ó n de una breve y iii 1448<z20-22 y l a n o t a 45, en ese c a p í t u l o ) o (b) en que en sus na-
una larga ( u - ) . Se a s o c i ó desde el c o m i e n z o a la p o e s í a de ataque rraciones se hallan los componentes fundamentales de l a t r a m a trá-
personal. Los g r a m á t i c o s a t r i b u í a n su i n v e n c i ó n a A r q u í l o c o de Pa- gica (peripecia y r e c o n o c i m i e n t o ) , discutidos a partir del c a p í t u l o v i .
ros (s. v i l a. C j , a quien A r i s t ó t e l e s l l a m a t i v a m e n t e no m e n c i o n a . - 79. Esto es, u n h u m o r i s m o desprovisto de la agresividad y la violencia
ARISTÓTELES POÉTICA g
28
2

i«9a c o m e d i a s l o que l a Riada y l a Odisea son respecto de las tra- H a b i e n d o consistido, pues, al c o m i e n z o , en u n a i m p r o -

gedias. 80 visación (tanto ella c o m o l a c o m e d i a : l a u n a nace de los

C u a n d o h u b i e r o n aparecido l a tragedia y l a c o m e d i a , los exarcontes d e l d i t i r a m b o ; l a o t r a , de los [exarcontes] de los

que, s e g ú n l a naturaleza p a r t i c u l a r de cada u n o , se sintieron cantos fálicos que a ú n h o y subsisten c o m o c o s t u m b r e e n


86

a t r a í d o s a u n a u o t r a de esas dos especies de p o e s í a , pasaron muchas ciudades), l a t r a g e d i a c r e c i ó p o c o a p o c o al hacer

a ser, e n lugar de poetas y á m b i c o s , autores de comedias, y , avanzar [los poetas] t o d o l o que m a n i f i e s t a m e n t e le pertene-
cía; y , tras h a b e r pasado p o r muchas transformaciones, se
5 e n lugar de poetas é p i c o s , poetas t r á g i c o s , 81
p o r q u e estas for-
87
82 d e t u v o , c u a n d o a l c a n z ó l a n a t u r a l e z a que le es p r o p i a .
mas eran mejores y m á s estimadas que a q u é l l a s .
E x a m i n a r si en sus aspectos f o r m a l e s 83
l a t r a g e d i a y a se E s q u i l o fue el p r i m e r o e n l l e v a r e l n ú m e r o de actores
88

h a d e s a r r o l l a d o suficientemente o n o , y j u z g a r esto e n sí de u n o a dos, r e d u j o las p a r t e s d e l c o r o y le o t o r g ó al


84
m i s m o y e n r e l a c i ó n c o n las representaciones teatrales, es
8 5
m a t e r i a de o t r a e x p l i c a c i ó n .
entender que t r a t a r á d e t e r m i n a d o p u n t o en o t r o lugar. Sin embargo,
pareciera nacerlo en el p á r r a f o siguiente, d o n d e se considera el de-
sarrollo h i s t ó r i c o de las formas d r a m á t i c a s desde su estadio m á s p r i -
de los autores de l a p o e s í a de ataque personal y de l a y á m b i c a . H o -
m i t i v o , y se responde en f o r m a positiva a l a pregunta, a q u í plantea-
m e r o h a b r í a inaugurado el psógos i m p e r s o n a l , d i r i g i d o a u n t i p o i m -
da, de si la tragedia h a alcanzado su f o r m a completa.
personal, l o cual, s e g ú n A r i s t ó t e l e s , le confiere a la p o e s í a l a univer-
salidad deseable. C f . c a p í t u l o v 1449<z31-36 y i x 1451*11-15. 86. D e acuerdo c o n l a e x p l i c a c i ó n del origen de las formas d r a m á t i -
cas que se i n s i n ú a a q u í , los exárkhontes (o directores del canto coral)
80. L a idea de que existía u n cierto lazo de d e r i v a c i ó n entre la p o e s í a
de los ditirambos y los de los cantos fálicos h a b r í a n i n t r o d u c i d o , en
h o m é r i c a y la tragedia se encuentra ya en P l a t ó n (Teéteto 152e), en tanto
sus improvisaciones, u n elemento d r a m á t i c o (que podrí-', haber sido
que la s u p o s i c i ó n de que l o m i s m o ocurre entre el Margues y la comedia
u n d i á l o g o c o n el coro o u n a rhésis), o r i g i n a n d o así, respectivamen-
parece ser una novedad de la Poética. D e manera al parecer excepcional,
te, l a f o r m a t r á g i c a y l a f o r m a c ó m i c a . (Acerca d e l d i t i r a m b o , cf. l a
en H o m e r o se h a b r í a n reunido el c a r á c t e r elevado y el c a r á c t e r bajo.
n o t a 3, en el c a p í t u l o i ; los cantos fálicos se entonaban en ritos de fer-
81. H a y , en definitiva, dos líneas de descendencia: p o r u n a parte, de t i l i d a d relacionados c o n D i o n i s o ) . E l exárkhon, que subsiste en e l co-
los encomios e himnos, pasando p o r la é p i c a , a l a tragedia, y, p o r otro, rifeo, h a b r í a sido, pues, el p r i m e r o e n proceder c o m o actor, siendo, al
de las invectivas, pasando por l a p o e s í a y á m b i c a , a l a comedia. H o m e - m i s m o tiempo, el p r i m e r poeta d r a m á t i c o (improvisado). Es imposi-
ro d e s e m p e ñ ó en esas dos l í n e a s de desarrollo, u n papel decisivo. ble establecer hasta q u é p u n t o A r i s t ó t e l e s basa estas observaciones e n
82. Esto es, l a c o m e d i a y l a tragedia m á s que la p o e s í a y á m b i c a y la u n a t r a d i c i ó n fidedigna acerca de los comienzos o si se trata de u n a
poesía épica. r e c o n s t r u c c i ó n h i p o t é t i c a c o m o otras de este m i s m o c a p í t u l o .
83. Estos aspectos formales (eídej parecen corresponder a los ele- 87. Esto es, a 1?. m a n e r a e n que u n o r g a n i s m o n a t u r a l , m o v i d o p o r
mentos constitutivos o « p a r t e s » [moría, mere) discutidas e n r e l a c i ó n su entelékheia, pa,:¡a p o r c a m b i o s c u a n t i t a t i v o s y cualitativos (los
c o n l a tragedia a p a r t i r del c a p í t u l o v i . m á s i m p o r t a n t e s de los cuales se c o n s i g n a n e n los p á r r a f o s si-
84. Esto es, j u z g a r l o atendiendo a l a naturaleza i n t r í n s e c a de l a tra- guientes) hasta alcanzar su p e r f e c c i ó n . A r i s t ó t e l e s c o n c i b e a q u í el
gedia o las condiciones externas o accidentales relacionadas c o n l a d e s a r r o l l o de u n a f o r m a c u l t u r a l s e g ú n el m o d e l o d e l d e s a r r o l l o de
una forma natural.
o r g a n i z a c i ó n particular de los concursos t r á g i c o s . L a d i s t i n c i ó n cae
d e n t r o de l a o p o s i c i ó n entre l o t é c n i c o y l o e x t r a t é c n i c o a la que 88. L a t r a d i c i ó n k atribuye a Tespis el haber instituido u n « a c t o r » co-
A r i s t ó t e l e s hace referencia en otros lugares (cf. p o r e j e m p l o , v i i m o figura n í t i d a m e n t e separada d e l coro. A r i s t ó t e l e s no se refiere ex-
1451«6-7, y n o t a 197, e n ese c a p í t u l o ) . p l í c i t a m e n t e a l a c o n s t i t u c i ó n de ese actor ú n i c o , salvo que haya en-
85. Este giro es similar a aquellos c o n los que A r i s t ó t e l e s suele dar a t e n d i d o que l o h a c í a al a l u d i r a los exárkhontes en el p á r r a f o anterior.
3 0 ARISTÓTELES POÉTICA
31
89
d i á l o g o el p a p e l p r i n c i p a l . S ó f o c l e s [ i n t r o d u j o ] tres actores P r i m e r o se u t i l i z a b a el t e t r á m e t r o p o r q u e l a p o e s í a era
y la e s c e n o g r a f í a . A d e m á s , e n l o que c o n c i e r n e a l a m a g n i - s a t í r i c a y m á s asociada a la danza, 96
pero al constituirse la ex-
90 9 1 9 2
tud, cobró, tardíamente, elevación, al dejar a t r á s las his- presión, 97
la p r o p i a naturaleza h a l l ó el verso apropiado, pues,
9 3
torias p e q u e ñ a s y l a e x p r e s i ó n risible, [elementos que po- de los versos, el y á m b i c o es el m á s cercano al habla coloquial.
94
seía] p o r h a b e r d e r i v a d o de l o s a t í r i c o , y e l verso d e j ó de (Indicio de ello es que en la c o n v e r s a c i ó n las m á s de las veces
9 5
ser el t e t r á m e t r o y p a s ó a ser el y á m b i c o . decimos yambos, pero h e x á m e t r o s pocas veces y s ó l o apar-
98
t á n d o n o s del t o n o c o l o q u i a l . )
99
Por l o d e m á s , el n ú m e r o de e p i s o d i o s y el m o d o en
- L a Orestíada de Esquilo supone en realidad tres actores, p e r o sin
d u d a p o r q u e su autor r e c o g i ó l a i n n o v a c i ó n de Sófocles. que, s e g ú n d i c e n , se e m b e l l e c i ó cada u n a de las d e m á s par-

89. E n l a tragedia alternan partes corales (estásimos) y partes a d ó r a - tes, c o n s i d é r e s e l o d i c h o , pues sin d u d a s e r í a m u c h o trabajo
100
les (episodios), dialogadas. Cf. m á s abajo, c a p í t u l o x i i y notas. e x a m i n a r l o en p a r t i c u l a r .
90. L a « m a g n i t u d » (mégethos) puede tener a q u í sentido cuantitativo
( « e x t e n s i ó n » ) o cualitativo ( « g r a n d i o s i d a d » ) .
91. Es m u y difícil establecer el p u n t o de referencia t e m p o r a l de es-
te « t a r d í a m e n t e » ; cf. Lucas (1978: 84-85). Puede tratarse de l a é p o -
ca de F r í n i c o ( V a l g i m i g l i [1916: 15]), c u y a p r i m e r a v i c t o r i a fue en
el 510 a. C .
92. E l v e r b o a q u í empleado («aposemnynai») sugiere que l a tragedia
c o b r ó «semnótes» ( « s e r i e d a d » , « s o l e m n i d a d » , « g r a v e d a d » ) , esto es, la
cualidad estilística de la « e l e v a c i ó n » correlativa de l a « e l e v a c i ó n » de
su « o b j e t o » . Suele a t r i b u í r s e l e a Esquilo u n p a p e l de i m p o r t a n c i a en
esta i n n o v a c i ó n .
93. « P e q u e ñ a s » (mikroi) puede tener sentido cuantitativo («breves») o
cualitativo («triviales»).
94. N o es fácil a r m o n i z a r esta o b s e r v a c i ó n , que i m p l i c a que l a trage-
dia se o r i g i n ó en piezas satíricas, con l a a f i r m a c i ó n anterior que co- 96. D e acuerdo con lo que precede, en el estadio i n t e r m e d i o , que se
loca su origen en el d i t i r a m b o (cf. la nota 86), salvo que se suponga e x t e n d i ó entre el d i t i r a m b o o r i g i n a r i o y las innovaciones de Esqui-
l a i m p r o b a b l e existencia de d i t i r a m b o s ejecutados p o r coros de sáti- lo, la tragedia h a b r í a consistido en u n a pieza de sesgo satírico y c ó -
ros o de u n d r a m a satírico distinto del que f o r m a b a l a cuarta pieza m i c o , compuesta en t e t r á m e t r o s trocaicos y c o n u n p r e d o m i n i o de la
de las t e t r a l o g í a s . danza coral.
95. Esto es, se p a s ó d e l t e t r á m e t r o t r o c a i c o al t r í m e t r o y á m b i c o E l 97. E l discurso hablado {«le'xis», en u n o de sus sentidos), esto es, el de
t e t r á m e t r o t r o c a i c o e s t á f o r m a d o p o r cuatro m e t r o s trocaicos ( - u - los d i á l o g o s , p o r o p o s i c i ó n al cantado.
u ) , y e l t r í m e t r o y á m b i c o , p o r tres m e t r o s y á m b i c o s ( u - u - ) . E l te-
98. A r i s t ó t e l e s f o r m u l a l a m i s m a o b s e r v a c i ó n en Rhet I I I i 1404a29.
t r á m e t r o t r o c a i c o , que h a b r í a sido el m e t r o e m p l e a d o p o r Tespis,
parece h a b e r p r e d o m i n a d o en los predecesores de E s q u i l o y es 99. L a palabra puede tener el sentido t é c n i c o i n d i c a d o en la nota 89
a ú n usado o c a s i o n a l m e n t e p o r é s t e {Los Persas; Agamenón). Más o el de « h e c h o » o « a c o n t e c i m i e n t o » .
abajo A r i s t ó t e l e s p o n e en r e l a c i ó n este c a m b i o c o n el d e s a r r o l l o 100. D e haberse t o m a d o A r i s t ó t e l e s ese trabajo, e s t a r í a m o s mejor i n -
del d i á l o g o . formados acerca del d r a m a griego.
33

CAPÍTULO V

C on este breve capítulo concluye la parle general del tratado. De


los dos segmentos que comprende, el primero presenta (a) una
sucinta caracterización de la comedia (1449Z.31 -36) y (b) algunas
noticias acerca de su desarrollo, que completan las consideraciones
históricas del capítulo precedente (7449b36-b9); en el segundo, se
esboza una comparación entre el poema épico y la tragedia
(1449b9-20).

L a c o m e d i a es, c o m o dijimos,"" i m i t a c i ó n de h o m b r e s
inferiores, a u n q u e n o en t o d a f o r m a de m a l d a d , sino en la
12
especie de l o feo que es l o risible." Pues l o risible es u n a

707. E n el capítulo ii (1448al6T8), a propósito de la distinción de las


especies poéticas desde el punto de vista del «objeto» de l a imitación.
702. E l texto griego correspondiente a la última frase presenta una
elipsis notoria que suplimos en nuestra traducción. - C f . la nota
29, en el capítulo i i . A q u í los rasgos éticos (bueno : malo) se con-
sideran también desde~e'T ángulo estético (bello ; feo), cosa que es
posible en la lengua griega con ciertos adjetivos que expresan una
Valoración positiva o negativa. L a «maldad» (kakíd) de las figuras
«inferiores» [phaulotéroii] es de la especie de «lo feo» (tb aiskhrón)
e ñ T o s sentidos físico y mora! (en los que se opone a tb katón, «lo
bello»). - L a restricción (la comedia retrata sólo la modalidad de
lo feo que es lo risible) se relaciona con el alejamiento respecto de
la poesía de ataque personal (el cual se remontaría al Margues; cf.
iv, 1448A36-38, y nota 79), y tiene un sentido más bien prescripti-
vo que descriptivo: corresponde al estilo de comicidad que desem-
boca eñ Ta llamada comedia nueva, y no se aplica a la comedia anti-
gua, l a cual está más bien cerca de la invectiva de que se ha hablado
en el capítulo iv.
3 4 ARISTÓTELES POÉTICA 3 S

1 0 8
f o r m a de e r r o r y fealdad que no causa d o l o r n i destruc- |sabemos que] Epicarmo y Formis [introdujeron] la
3s
09
ción;' 0 3
u n e j e m p l o i n m e d i a t o es l a m á s c a r a c ó m i c a : algo c o n s t r u c c i ó n de t r a m a s . E s o ' v i n o , pues, al c o m i e n z o , de
feo y desfigurado, y sin d o l o r . Sicilia. D e los autores atenienses, Crates"" fue el p r i m e r o
A h o r a b i e n : las t r a n s f o r m a c i o n e s de l a t r a g e d i a y los en a b a n d o n a r l a f o r m a y á m b i c a y c o n s t r u i r h i s t o r i a s , esto
2

a u t o r e s que las promovieron no c a y e r o n el o l v i d o ; en es, t r a m a s , ' " de c a r á c t e r g e n e r a l . "


3
w<ib c a m b i o , n o se r e p a r ó en l a c o m e d i a en los i n i c i o s , pues A h o r a b i e n : la e p o p e y a " acompaña a la tragedia en
n o se l a t o m ó c o n seriedad.
E n efecto: s ó l o t a r d í a m e n t e el a r c o n t e p r o p o r c i o n ó
c o r o de comediantes;"" antes, e r a n v o l u n t a r i o s .
00
105
Se tiene
un
m
recuerdo' de los l l a m a d o s poetas c ó m i c o s de c u a n d o la co- 108. T e x t o m u y discutido, d e l que algunos editores e l i m i n a n l a m e n -
m e d i a t e n í a y a ciertas formas. c i ó n de E p i c a r m o y de Formis. - A c e r c a de E p i c a r m o , cf. la n o t a
Se i g n o r a q u i é n a p o r t ó las m á s c a r a s , los p r ó l o g o s , el 56, en el c a p í t u l o i i i . F o r m i s fue u n poeta siracusano de comienzos
del siglo V a. C. - C o n l a « c o n s t r u c c i ó n de t r a m a s » (mythous poiein)
5 n ú m e r o de actores y todas las cosas de ese g é n e r o . 1 0 7
Pero
a que se alude a c o n t i n u a c i ó n , l a r e p r e s e n t a c i ó n deja de ser u n a
s i m p l e secuencia de frases de b u r l a .
109. Es decir, l a c o n s t r u c c i ó n de tramas.
103. E n la circunstancia de que el e r r o r (hamártema) c ó m i c o (hechos
770. C o m e d i ó g r a f o que a c t u ó desde m e d i a d o s d e l siglo v . Las inno-
tales c o m o las confusiones de i d e n t i d a d ) n o p r o d u z c a n i d o l o r n i des-
vaciones que A r i s t ó t e l e s le atribuye a q u í , suelen serle atribuidas a
t r u c c i ó n , estriba u n a de las p r i n c i p a l e s diferencias entre l a c o m e d i a
C r a t i n o , anterior a Crates.
y l a tragedia. C o m o se v e r á en p a r t i c u l a r en los c a p í t u l o s x i y x i i i , es
esencial, en c a m b i o , que el e r r o r (hamartía) t r á g i c o sea destructivo y 777. E n t i e n d o , con Lucas (1978: 91), que en l a e x p r e s i ó n «lógous kai
d o l o r o s o . E l «efecto» del error c ó m i c o es l o r i d í c u l o , en tanto que el mythous» («historias, esto es, t r a m a s » ) el c o o r d i n a n t e «kaí» tiene v a l o r
del e r r o r t r á g i c o es l a c o n m i s e r a c i ó n y el t e m o r . Cabe suponer que explicativo. L a r e l a c i ó n entre l a p a l a b r a «lógous» (traducida p o r «his-
en l a parte p e r d i d a del tratado A r i s t ó t e l e s precisaba los aspectos se- torias»: su valor preciso en este contexto es m u y discutido) y «-mythous»
ñ a l a d o s sucintamente en este p á r r a f o . («tramas») n o parece ser a q u í exactamente de s i n o n i m i a (cf. G a r c í a
Yebra [1992: 262]): c o m o se v e r á en los c a p í t u l o s concernientes a la
104. L a c o m e d i a fue i n t r o d u c i d a oficialmente en las festividades d i o -
trama, é s t a es m á s b i e n la e s t r u c t u r a c i ó n d e l c o n t e n i d o general de
n i s í a c a s en el 4 8 6 a. C. Desde entonces las representaciones c ó m i c a s
una historia.
t u v i e r o n u n a p o y o oficial. Los « c o m e d i a n t e s » m e n c i o n a d o s p o r A r i s -
t ó t e l e s deben de haber sido los integrantes d e l coro. 772. L a i n n o v a c i ó n que Crates i n t r o d u j o en Atenas c o n s i s t i ó , pues,
en l o m i s m o que y a h a c í a n E p i c a r m o y F o r m i s en Sicilia, esto es, en
705. Los gastos de p r e p a r a c i ó n de las representaciones de los certá-
« c o n s t r u i r t r a m a s » . A d e m á s , Crates (y q u i z á s ello deba extenderse
menes d r a m á t i c o s c o r r í a n a costas de u n corego designado p o r el ar-
t a m b i é n a los poetas sicilianos) a b a n d o n ó l a c o m i c i d a d agresiva de
conte. H a s t a l a i n c l u s i ó n de l a c o m e d i a en esos c e r t á m e n e s , los co-
la « f o r m a y á m b i c a » , que se r e f e r í a a i n d i v i d u o s determinados, abar-
reutas trabajaban, pues, v o l u n t a r i a m e n t e .
cando « t o d a f o r m a de m a l d a d » (cf. 1449o31), y o p t ó p o r l a c o m i c i -
106. Por el registro oficial de los vencedores de los c e r t á m e n e s dra- dad m á s civilizada de las historias de « c a r á c t e r g e n e r a l » o universal
m á t i c o s . - E n l o que precede, A r i s t ó t e l e s h a t e n i d o en cuenta el de- (kathólou), es decir, referidas a figuras t í p i c a s y enteramente ficticias.
sarrollo de la c o m e d i a en Atenas. S ó l o a c o n t i n u a c i ó n considera el Hemos s e ñ a l a d o y a que A r i s t ó t e l e s prefiere el estilo c ó m i c o de la co-
desarrollo (anterior) en Sicilia. m e d i a m e d i a al de l a c o m e d i a antigua.
707 L a t r a d i c i ó n le a t r i b u y e a Tespis l a i n t r o d u c c i ó n de la m á s c a r a 773. L a c o m p a r a c i ó n entre la p o e s í a t r á g i c a y l a p o e s í a é p i c a se reto-
d r a m á t i c a y a C r a t i n o haber establecido el n ú m e r o de tres actores. m a en los c a p í t u l o s x x i i i , x x i v y x x v i .
36 ARISTÓTELES POÉTICA
37
4 5
c u a n t o es i m i t a c i ó n e n v e r s o " de [acciones] e l e v a d a s ; " sabe d i s t i n g u i r e n t r e u n a t r a g e d i a b u e n a y u n a m a l a , sabe
6
pero difieren p o r tener [aquélla] m e t r o u n i f o r m e " y con- h a c e r l o t a m b i é n e n el caso de los p o e m a s é p i c o s . Pues los
7
sistir e n u n a n a r r a c i ó n . " A d e m á s , [difieren] en la exten- elementos que posee l a e p o p e y a , se d a n t a m b i é n e n l a
8
s i ó n , " pues l a u n a p r o c u r a m a n t e n e r s e l o m á s q u e p u e d e t r a g e d i a , a u n q u e los que é s t a posee, n o t o d o s e s t á n e n l a
9
d e n t r o d e u n a sola r e v o l u c i ó n d e l s o l , o e x c e d e r l a p o c o , " epopeya. 121

en tanto que l a p o e s í a é p i c a n o tiene l í m i t e t e m p o r a l , y e n


ese aspecto d i f i e r e . C o n t o d o , al c o m i e n z o [los poetas] ha-
c í a n eso t a n t o e n las tragedias c u a n t o e n l o s p o e m a s é p i -
cos.
E n c u a n t o a los elementos c o n s t i t u t i v o s , algunos son los
120
m i s m o s y otros son p r o p i o s de l a t r a g e d i a . Por eso, q u i e n

114. E l texto es c o n t r o v e r t i d o ; cf. app. crit. en H a r d y (1975) y Lucas


(1978). - E l « v e r s o » (métron) supone el lenguaje (lagos) y el ritmo. L a
tragedia e m p l e a t a m b i é n l a a r m o n í a . Estos aspectos c o n c i e r n e n a los
« m e d i o s » de la i m i t a c i ó n , considerados e n el c a p í t u l o i .
115. « D e [acciones] e l e v a d a s » (mejor, quizá, que « d e [hombres] bue-
nos») = «spoudaíon». L a p o e s í a t r á g i c a y la p o e s í a é p i c a concuerdan,
pues, desde el p u n t o de vista d e l «objeto» de la i m i t a c i ó n , considera-
do en el c a p í t u l o i i .
776". L a p o e s í a é p i c a e m p l e a ú n i c a m e n t e el h e x á m e t r o d a c t i l i c o ,
en tanto que e n l a t r a g e d i a se e m p l e a n versos y á m b i c o s , t e t r á m e -
tros y anapestos.
777. Esto es, difieren desde el p u n t o de vista del « m o d o » de la imita-
c i ó n , considerado en el c a p í t u l o i i i .
775. L a e x t e n s i ó n o m e d i d a (méteos) parece referirse en este caso a la
d u r a c i ó n t e m p o r a l supuesta de l a historia (narrada o representada).
775. A r i s t ó t e l e s s e ñ a l a lo que de hecho se da corrientemente en las tra-
gedias, si bien algunas suponen u n lapso menor, otras u n lapso m a y o r
y otras u n lapso indeterminable. Es sabido que el Renacimiento enten-
d i ó esta o b s e r v a c i ó n en sentido prescriptivo e instituyó la « u n i d a d de lingüística), e n tanto que la m ú s i c a y el e s p e c t á c u l o son específicos
t i e m p o » , al lado de la « u n i d a d de lugar» y la « u n i d a d de a c c i ó n » . Acer- de l a tragedia.
ca de l a de lugar, cf. x x i v 1 4 5 9 ¿ 2 4 - 2 6 ; acerca de l a de a c c i ó n (la úni-
727. L a epopeya está, pues, c o n t e n i d a en l a tragedia. Probablemente
ca que A r i s t ó t e l e s establece), los c a p í t u l o s v i i , v i i i y x x i i i .
eso justifica que, a partir d e l c a p í t u l o siguiente, se inicie la parte es-
720. Los seis elementos constitutivos o « p a r t e s » son enumerados en Dedal c o n el tratamiento de l a tragedia y se postergue el de l a é p i c a
el c a p í t u l o siguiente (1450a7-10). L a é p i c a y l a tragedia c o m p a r t e n c a p í t u l o s x x i i i - x x v ) . L a o b s e r v a c i ó n sugiere, a d e m á s , la superiori-
(c
cuatro de ellos (la trama, e l c a r á c t e r , el pensamiento y l a e x p r e s i ó n dad de l a tragedia respecto de l a é p i c a .

También podría gustarte