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CAPITULO I V
{
ste capítulo y el siguiente forman la segunda sección de la parte
* -i introductoria. Definida la poesía y distinguidas y clasificadas
sistemáticamente las especies poéticas en la primera sección (i-iii),
Aristóteles pasa ahora, en el presente capítulo, (1) a establecer los fun-
damentos antropológicos de la poesía en general (1448b4-24) y (2)
a reconstruir el desarrollo histórico de sus especies hasta la constitución
definitiva de la tragedia y la comedia (7448b24-7449&30).
(7) La poesía tiene sus causas en dos aptitudes o tendencias
connaturales del hombre: (a) la de la imitación, relacionada con el
conocimiento y con el placer, según puede comprobarse (7448 b4-
79), y (b) la de la armonía y el ritmo (7448 b20-24).
(2) Con esa base, la poesía tomó distintas orientaciones según
los caracteres de quienes la hacían: los «serios» eligieron las accio-
nes bellas y los «vulgares» las acciones malas (1448b24-27).
A una etapa primitiva, no del todo documentada, que se expre-
só en invectivas y en himnos y encomios improvisados, le sigue la
etapa homérica; tras ella, hay poetas épicos y poetas yámbicos. Ho-
mero es el poeta decisivo, en cuya obra ya se encuentran virtualmen-
te contenidas la tragedia y la comedia. Por último, una vez consti-
tuidas estas formas dramáticas, los poetas épicos pasan a ser poetas
trágicos y los poetas yámbicos poetas cómicos (7448b 28- 7449&9).
La tragedia, en particular, tuvo su inicio en improvisaciones,
y a través de varios cambios alcanzó finalmente su naturaleza; en
ello incidieron las innovaciones de Esquilo y de Sófocles: se incre-
mentó el número de actores, el género logró amplitud y halló la
métrica más apropiada para el diálogo. La cuestión llevaría a
considerar otros detalles que aquí se omiten (1449&9-30).
„, ARISTÓTELES POÉTICA
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bres] h a l l a n agrado en las i m i t a c i o n e s . Por_ser n a t u r a l e n n o s o t r o s el i m i t a r , al i g u a l que l a ar-
I n d i c i o de ello es l o que o c u r r e e n los hechos. Pues ha- m o n í a y el r i t m o (pues es m a n i f i e s t o que los versos son par-
l l a m o s agrado en c o n t e m p l a r las i m á g e n e s m á s exactas de t e ó l e los r i t m o s ) , 67
al c o m i e n z o los que t e n í a n u n a disposi-
cosas que en sí m i s m a s nos resulta desagradable ver, c o m o c i ó n n a t u r a l p a r a esas cosas 68
f u e r o n h a c i é n d o l a s avanzar
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las figuras de los animales m á s viles y de los c a d á v e r e s . de"á p o c o y d i e r o n o r i g e n a l a p o e s í a a p a r t i r de las i m p r o -
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L a causa de eso es que e l a p r e n d e r es cosa m u y agra- visaciones.
d a b l e n o solamente p a r a los filósofos sino t a m b i é n para los L a p o e s í a se e s c i n d i ó s e g ú n los caracteres p r o p i o s . 69
Pues
d e m á s h o m b r e s ; s ó l o que é s t o s t o m a n parte en él en escasa los m á s serios i m i t a b a n acciones buenas y de h o m b r e s de
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medida. Se halla, en efecto, agrado en m i r a r las i m á g e n e s
esta c u a l i d a d , en tanto que los vulgares i m i t a b a n las de los unos a los otros. 75
Y entre los antiguos unos fueron poetas de
malvados,™ componiendo primero invectivas, como los versos heroicos y otros poetas de versos y á m b i c o s . 7 6
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otros h i m n o s y e n c o m i o s . N o p o d e m o s citar u n p o e m a de H o m e r o , tal c o m o fue p o r e x c e l e n c i a p o e t a en m a t e r i a s
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esa especie de n i n g u n o de los predecesores de Homero, elevadas 77
(pues es ú n i c o n o s ó l o p o r q u e p r o d u j o imitacio-
p e r o es v e r o s í m i l que h a y a h a b i d o m u c h o s . E n c a m b i o , a nes bellas, sino t a m b i é n p o r q u e las h i z o de c a r á c t e r d r a m á -
p a r t i r de H o m e r o se l o p u e d e hacer; p o r e j e m p l o , su Mar- 7
tico), " fue a s i m i s m o el p r i m e r o en s e ñ a l a r los l i n e a m i e n t o s
gitei* y p o e m a s semejantes. de la c o m e d i a , pues p r e s e n t ó en f o r m a d r a m á t i c a n o la i n -
E n ellos se introdujo t a m b i é n , s e g ú n c o n v e n í a , el m e t r o v e c t i v a sino l o r i s i b l e . 79
Pues el Margues es respecto de las
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yámbico (y es la r a z ó n p o r la que a ú n a h o r a se l o l l a m a y á m -
b i c o [iambeion]), pues en ese m e t r o se satirizaban [iámbizon] los
Parece natural entender que el antecedente de «en ellos» (literalmente
«en los cuales» «en hois», 1448A30) son el Margitesy los restantes poemas
satíricos r e c i é n mencionados - c f . p o r ejemplo, Rostagni (1945: 2 0 ) - y
70. L a e x p l i c a c i ó n de las dos orientaciones contrapuestas de l a ac- que, por tanto, ajuicio de Aristóteles el y a m b o aparece p o r p r i m e r a vez
t i v i d a d p o é t i c a se apoya, c o m o se ve, en u n a o p o s i c i ó n s i m i l a r a l a en el Margues (las invectivas anteriores no e s t á n documentadas, s e g ú n
e m p l e a d a en el c a p í t u l o i i p a r a d i s t i n g u i r los « o b j e t o s » de la i m i t a - acaba de decir, de m o d o que n o puede establecerse cuál era su m é t r i -
c i ó n , esto es, b u e n o : m a l o (cf. i i 1448al-5 y l a n o t a 2 9 , en ese ca- ca). Lucas (1978: 76), en la s u p o s i c i ó n de que para Aristóteles el y a m -
p í t u l o ) , s ó l o que referida ahora, en t é r m i n o s de « s e r i o » : « v u l g a r » bo se h a b r í a constituido en la etapa de las invectivas anteriores a H o -
(serrinos: euteíes), a los caracteres (ethi) de los p r o p i o s poetas, que ha- mero, entiende, de manera menos convincente, que el antecedente del
b r í a n i n c l i n a d o a é s t o s a i m i t a r acciones de u n a í n d o l e afín, esto es, p r o n o m b r e son las invectivas (psóphoi) mencionadas tres líneas antes.
acciones « b u e n a s » o « b e l l a s » (kalaí: el adjetivo expresa u n a valora- 75. L a d e r i v a c i ó n correcta es en realidad l a inversa a l a sugerida, es-
c i ó n p o s i t i v a é t i c a y e s t é t i c a a l a vez) de h o m b r e s buenos o accio- to es, el v e r b o «iambízein» («satirizar», « m a l d e c i r » ) d e r i v a de «íambos»
nes de h o m b r e s m a l v a d o s o inferiores (phaúloi). C o n ese p u n t o de ( « y a m b o » ) . L a o b s e r v a c i ó n tiene todo el aspecto de u n agregado pos-
p a r t i d a , el desarrollo a p u n t a r á t e l e o l ó g i c a m e n t e a la c o n s t i t u c i ó n terior. - « L o s unos a los o t r o s » = en una especie de canto amebeo.
de las formas d r a m á t i c a s .
76. Esto es, unos c o m p o n í a n en h e x á m e t r o s dactilicos, p r o p i o de la
77. Esto es, piezas de ataque (psógot) y piezas de e x a l t a c i ó n de los dio- é p i c a , y otros en m é t r i c a y á m b i c a . A c e r c a del h e x á m e t r o , cf. l a nota
ses (kymnoi) y de los h o m b r e s (egkómiot). Se corresponden c o n las dos 129, en el c a p í t u l o v i , y acerca del y a m b o , la n o t a 74, en este c a p í t u -
orientaciones fundamentales de la estilización artística (caricaturiza- lo. E n el Margues, c o m o se h a s e ñ a l a d o , se c o m b i n a b a n ambas m é -
c i ó n e i d e a l i z a c i ó n ) s e ñ a l a d o s en el c a p í t u l o i i (1448al-16). tricas. - A r i s t ó t e l e s sugiere u n a r e l a c i ó n de d e r i v a c i ó n entre los h i m -
72. Esto es, de los poemas de invectiva. C o m o observa Rostagni nos y los encomios y la p o e s í a é p i c a .
(1945: 20), la existencia de h i m n o s y de encomios constaba p o r la 77. L a e x p r e s i ó n « m a t e r i a s e l e v a d a s » traduce «ta spoudaía»; el m i s m o
t r a d i c i ó n : M u s e o , Orfeo, L i n o , e t c é t e r a . adjetivo se e m p l e a r á para caracterizar l a a c c i ó n de la tragedia; of. l a
73. Poema p a r ó d i c o p e r d i d o , de fecha incierta, compuesto en h e x á nota 29, en el c a p í t u l o i i .
metros y yambos, que l a t r a d i c i ó n antigua a t r i b u í a a H o m e r o . Trata- 78. E l c a r á c t e r « d r a m á t i c o » que A r i s t ó t e l e s le reconoce a la p o e s í a
ba de las graciosas aventuras de u n h é r o e torpe. h o m é r i c a puede estribar (a) en el « m o d o » de l a i m i t a c i ó n , esto es, en
74. Los versos y á m b i c o s son aquellos c u y a u n i d a d m é t r i c a es el y a m - el hecho de que el poeta r e c u r r a constantemente al estilo directo (cf.
bo o el pie y á m b i c o , f o r m a d o p o r l a c o m b i n a c i ó n de una breve y iii 1448<z20-22 y l a n o t a 45, en ese c a p í t u l o ) o (b) en que en sus na-
una larga ( u - ) . Se a s o c i ó desde el c o m i e n z o a la p o e s í a de ataque rraciones se hallan los componentes fundamentales de l a t r a m a trá-
personal. Los g r a m á t i c o s a t r i b u í a n su i n v e n c i ó n a A r q u í l o c o de Pa- gica (peripecia y r e c o n o c i m i e n t o ) , discutidos a partir del c a p í t u l o v i .
ros (s. v i l a. C j , a quien A r i s t ó t e l e s l l a m a t i v a m e n t e no m e n c i o n a . - 79. Esto es, u n h u m o r i s m o desprovisto de la agresividad y la violencia
ARISTÓTELES POÉTICA g
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2
i«9a c o m e d i a s l o que l a Riada y l a Odisea son respecto de las tra- H a b i e n d o consistido, pues, al c o m i e n z o , en u n a i m p r o -
a ser, e n lugar de poetas y á m b i c o s , autores de comedias, y , avanzar [los poetas] t o d o l o que m a n i f i e s t a m e n t e le pertene-
cía; y , tras h a b e r pasado p o r muchas transformaciones, se
5 e n lugar de poetas é p i c o s , poetas t r á g i c o s , 81
p o r q u e estas for-
87
82 d e t u v o , c u a n d o a l c a n z ó l a n a t u r a l e z a que le es p r o p i a .
mas eran mejores y m á s estimadas que a q u é l l a s .
E x a m i n a r si en sus aspectos f o r m a l e s 83
l a t r a g e d i a y a se E s q u i l o fue el p r i m e r o e n l l e v a r e l n ú m e r o de actores
88
89. E n l a tragedia alternan partes corales (estásimos) y partes a d ó r a - tes, c o n s i d é r e s e l o d i c h o , pues sin d u d a s e r í a m u c h o trabajo
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les (episodios), dialogadas. Cf. m á s abajo, c a p í t u l o x i i y notas. e x a m i n a r l o en p a r t i c u l a r .
90. L a « m a g n i t u d » (mégethos) puede tener a q u í sentido cuantitativo
( « e x t e n s i ó n » ) o cualitativo ( « g r a n d i o s i d a d » ) .
91. Es m u y difícil establecer el p u n t o de referencia t e m p o r a l de es-
te « t a r d í a m e n t e » ; cf. Lucas (1978: 84-85). Puede tratarse de l a é p o -
ca de F r í n i c o ( V a l g i m i g l i [1916: 15]), c u y a p r i m e r a v i c t o r i a fue en
el 510 a. C .
92. E l v e r b o a q u í empleado («aposemnynai») sugiere que l a tragedia
c o b r ó «semnótes» ( « s e r i e d a d » , « s o l e m n i d a d » , « g r a v e d a d » ) , esto es, la
cualidad estilística de la « e l e v a c i ó n » correlativa de l a « e l e v a c i ó n » de
su « o b j e t o » . Suele a t r i b u í r s e l e a Esquilo u n p a p e l de i m p o r t a n c i a en
esta i n n o v a c i ó n .
93. « P e q u e ñ a s » (mikroi) puede tener sentido cuantitativo («breves») o
cualitativo («triviales»).
94. N o es fácil a r m o n i z a r esta o b s e r v a c i ó n , que i m p l i c a que l a trage-
dia se o r i g i n ó en piezas satíricas, con l a a f i r m a c i ó n anterior que co- 96. D e acuerdo con lo que precede, en el estadio i n t e r m e d i o , que se
loca su origen en el d i t i r a m b o (cf. la nota 86), salvo que se suponga e x t e n d i ó entre el d i t i r a m b o o r i g i n a r i o y las innovaciones de Esqui-
l a i m p r o b a b l e existencia de d i t i r a m b o s ejecutados p o r coros de sáti- lo, la tragedia h a b r í a consistido en u n a pieza de sesgo satírico y c ó -
ros o de u n d r a m a satírico distinto del que f o r m a b a l a cuarta pieza m i c o , compuesta en t e t r á m e t r o s trocaicos y c o n u n p r e d o m i n i o de la
de las t e t r a l o g í a s . danza coral.
95. Esto es, se p a s ó d e l t e t r á m e t r o t r o c a i c o al t r í m e t r o y á m b i c o E l 97. E l discurso hablado {«le'xis», en u n o de sus sentidos), esto es, el de
t e t r á m e t r o t r o c a i c o e s t á f o r m a d o p o r cuatro m e t r o s trocaicos ( - u - los d i á l o g o s , p o r o p o s i c i ó n al cantado.
u ) , y e l t r í m e t r o y á m b i c o , p o r tres m e t r o s y á m b i c o s ( u - u - ) . E l te-
98. A r i s t ó t e l e s f o r m u l a l a m i s m a o b s e r v a c i ó n en Rhet I I I i 1404a29.
t r á m e t r o t r o c a i c o , que h a b r í a sido el m e t r o e m p l e a d o p o r Tespis,
parece h a b e r p r e d o m i n a d o en los predecesores de E s q u i l o y es 99. L a palabra puede tener el sentido t é c n i c o i n d i c a d o en la nota 89
a ú n usado o c a s i o n a l m e n t e p o r é s t e {Los Persas; Agamenón). Más o el de « h e c h o » o « a c o n t e c i m i e n t o » .
abajo A r i s t ó t e l e s p o n e en r e l a c i ó n este c a m b i o c o n el d e s a r r o l l o 100. D e haberse t o m a d o A r i s t ó t e l e s ese trabajo, e s t a r í a m o s mejor i n -
del d i á l o g o . formados acerca del d r a m a griego.
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CAPÍTULO V
L a c o m e d i a es, c o m o dijimos,"" i m i t a c i ó n de h o m b r e s
inferiores, a u n q u e n o en t o d a f o r m a de m a l d a d , sino en la
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especie de l o feo que es l o risible." Pues l o risible es u n a
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f o r m a de e r r o r y fealdad que no causa d o l o r n i destruc- |sabemos que] Epicarmo y Formis [introdujeron] la
3s
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ción;' 0 3
u n e j e m p l o i n m e d i a t o es l a m á s c a r a c ó m i c a : algo c o n s t r u c c i ó n de t r a m a s . E s o ' v i n o , pues, al c o m i e n z o , de
feo y desfigurado, y sin d o l o r . Sicilia. D e los autores atenienses, Crates"" fue el p r i m e r o
A h o r a b i e n : las t r a n s f o r m a c i o n e s de l a t r a g e d i a y los en a b a n d o n a r l a f o r m a y á m b i c a y c o n s t r u i r h i s t o r i a s , esto
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