Está en la página 1de 217

B.

CARLOS
PT2474
.S8
D7
1886
'I»!.UÌJ*|IHII ••U*lll^lkltB(t«l|llill|lllillll'
jllllllil.t»!ll)llllllillil»tlll!lii!l!i||lili8|ij

1080030002
d r a g a s

a . B -

L A N O V I A DE MESINA - WALLENSTEIN

TRADUCCIÓN DE

G O S E Y X A R T

ILUSTRACION DE

cKlejandro %ick y °Valdemaro

A !/•< n^ft/iü

B A R C E L O N ^ É I W N D O

B I B L I O T E C A « A R T E

DANIEL CORTEZO y C. a Calle de Pallars (Salón de S. Juan)

¿ • - c s s s
XÌA X^OVIA DE (DESINA

TRAGEDIA EN CUATRO ACTOS

UNIVERSITARIA
, C ;
"ALFC 0 RTYES"
OG W SALVADOR TOSCANO
OACCOR «00AVJA3

Establecimiento tipográfico-editorial de DANIEL CORTEZO Y C.»


DEL

USO DEL CORO EN LA TRAGEDIA

PREFACIO DEL AUTOR

U NA o b r a poética d e b e justificarse á sí p r o p i a ; á la elo-


cuencia de los h e c h o s , i n ú t i l m e n t e se o p o n d r á n las p a -
l a b r a s . P o d r í a m o s , p o r c o n s i g u i e n t e , d e j a r al c o r o el c u i d a d o
de su p r o p i a apología, si r e a l m e n t e c u p i e r a p r e s e n t a r l o en
sus c o n v e n i e n t e s c o n d i c i o n e s ; m a s , p o r d e s g r a c i a , sólo se p u e -
d e juzgar u n a tragedia v i é n d o l a r e p r e s e n t a d a ; el p o e t a se limi-
t a á d a r los v e r s o s ; la m ú s i c a y el baile h a n d e vivificarlos.
De a q u í q u e m i e n t r a s el c o r o se vea p r i v a d o de t a n p o d e r o s o
auxiliar, p a r e c e r á , en la e s t r u c t u r a de u n a t r a g e d i a , c o m o
o b r a a p a r t e : c u e r p o e x t r a ñ o q u e sólo sirve p a r a i n t e r r u m p i r
la acción d r a m á t i c a , t u r b a r la ilusión y e n f r i a r el á n i m o del
e s p e c t a d o r . P a r a juzgar el c o r o en su valor r e a l , sería f o r -
z o s o m i r a r la o b r a escénica, n o c o m o r e a l m e n t e es, sino c o m o
d e b i e r a ser, é i m a g i n a r u n t e a t r o que n o existe t o d a v í a : obli-
g a d o e s f u e r z o á que s u j e t a s i e m p r e t o d a t e n t a t i v a de p r o g r e s o
y m e j o r a . C u a n t o n o es a ú n del d o m i n i o del a r t e , al a r t e c o -
r r e s p o n d e c o n q u i s t a r l o , y la a c c i d e n t a l p e n u r i a de sus r e -
c u r s o s n o h a d e ser o b s t á c u l o n u n c a á la i m a g i n a c i ó n del
p o e t a . E l p o e t a va en busca de lo bello i d e a l , sin p e r j u i c i o
de c o n t e n t a r s e c o n los m e d i o s de e j e c u c i ó n q u e las c i r c u n s -
t a n c i a s le o f r e c e n .
No tiene el público la c u l p a , c o m o c o n h a r t a f r e c u e n c i a y asistir á las r a r a s c o m b i n a c i o n e s de la s u e r t e ; ó b i e n ,
p r e t e n d e n m u c h o s , del d e s c r é d i t o del a r t e , sino los artistas si es de carácter m á s s e s u d o , ver en las tablas la acción
que le c o r r o m p e n y r e b a j a n ; s i e m p r e , en t o d a s las épocas de y m o v i m i e n t o de a q u e l l a s leyes m o r a l e s cuyo directo i n f l u j o
d e c a d e n c i a , ésta ha p r o c e d i d o d e los a r t i s t a s . Al p ú b l i c o le echa de m e n o s en la vida real. L o cual no le i m p i d e r e c o r d a r
basta el sentimiento, cualidad q u e s e g u r a m e n t e p o s e e ; el p ú - q u e t o d o a q u e l e s p e c t á c u l o es un simple j u e g o , y q u e al salir
blico trae al t e a t r o i n d e t e r m i n a d o apetito y múltiple c a p a c i - del t e a t r o p a r a r e g r e s a r á la r e a l i d a d , volverá á ser su víctima
d a d , p e r o n o p u e d e negársele n u n c a s u p r e m o t a c t o p a r a c o m o antes, p o r q u e el m u n d o q u e va á a b r u m a r l e otra vez
r e c o n o c e r lo q u e va a c o r d e con el sentido c o m ú n y lo f u n d a - c o n su peso, n o h a c e s a d o de ser lo q u e era p o r q u e él le h a -
d o en la v e r d a d , y si alguna vez se satisface un m o m e n t o con ya olvidado u n instante. T o d o el p r o v e c h o de la velada c o n -
d e t e s t a b l e s p r o d u c c i o n e s , s e g u r o q u e ha de r e c h a z a r l a s a p e - siste en fugaz ilusión q u e se desvanece al d e s p e r t a r . P e r o
nas se le sirvan o t r a s m e j o r e s y m á s a c o m o d a d a s á sus c a b a l m e n t e p o r q u e se t r a t a sólo de u n a ilusión p a s a j e r a , b a s -
gustos. ta que se p r o y e c t e s o b r e ella la s o m b r a de la v e r d a d , ó q u e
El p o e t a — o p o n e n a l g u n o s — p i e r d e m i s e r a b l e m e n t e el t i e m - exista sólo la g r a t a v e r o s i m i l i t u d con que se r e e m p l a z a de
p o s o ñ a n d o c o n el ideal, y el c r í t i c o se a f a n a i n ú t i l m e n t e en b u e n g r a d o aquella.
juzgarle en virtud de ciertas leyes t r a s c e n d e n t a l e s , p u e s t o E l v e r d a d e r o arte, sin e m b a r g o , n o se p r o p o n e un fin t r a n -
q u e , en s u m a , a p e n a s se a c u d e á la e j e c u c i ó n , se a d v i e r t e q u e sitorio; n o c o n t e n t o c o n i n s p i r a r al h o m b r e u n s u e ñ o f u g a z de
el a r t e se halla l i m i t a d o p o r ella, y d e s c a n s a en ú l t i m o r e s u l - l i b e r t a d , q u i e r e hacerle r e a l m e n t e libre. ¿ C ó m o ? D e s p e r t a n -
t a d o en n e c e s i d a d e s . El e m p r e s a r i o h a de vivir, el a c t o r quie- d o y d e s e n v o l v i e n d o en él la f u e r z a c a p a z de m a n t e n e r á dis-
re lucirse en sus p a p e l e s , el p ú b l i c o divertirse y salir c o n m o - t a n c i a el m u n d o de los s e n t i d o s que le o p r i m e , y e s c l a v i z a r l a
vido. ¡ D i v e r t i r s e ! este es su ú n i c o o b j e t o , y el a u t o r p u e d e g r o s e r a y ciega m a t e r i a c o n el p e n s a m i e n t o . Y esta r e a l i d a d ,
c o n t a r d e s d e luégo c o n el d e s a g r a d o de los e s p e c t a d o r e s si en esta objetividad, t é r m i n o s del v e r d a d e r o a r t e , son c a b a l m e n t e
vez de o f r e c e r l e s la distracción q u e se h a n p r o m e t i d o , les im- los q u e le i m p i d e n c o n t e n t a r s e c o n la a p a r i e n c i a de la v e r d a d
p o n e el m e n o r e s f u e r z o de a t e n c i ó n ó la más leve fatiga. y le c o n d u c e n á f u n d a r el edificio ideal s o b r e la v e r d a d mis-
Mas q u i e n se c o m p l a c e en m i r a r el t e a t r o d e s d e u n p u n t o ma, s o b r e los cimientos firmes y p r o f u n d o s de la n a t u r a l e z a .
de vista m á s grave, p u e d e m u y bien s e n t i r s e d i s p u e s t o , n o á S e r ideal y al p r o p i o t i e m p o real, en la más amplia a c e p -
d e s t r u i r los placeres del e s p e c t a d o r , sino á e n n o b l e c e r l o s . E l ción de la p a l a b r a , a b a n d o n a r el t e r r e n o de lo positivo sin
t e a t r o es l u g a r de e s p a r c i m i e n t o , c o n v e n i d o ; p e r o h a g a m o s cesar de vivir en p e r f e c t o a c u e r d o c o n la n a t u r a l e z a : esto es
q u e esa diversión resulte poética. N o digo el t e a t r o , t o d o a r t e , lo q u e p o c o s c o m p r e n d e n , y lo q u e falsea el juicio de t o d a
p o r serlo, tiene p o r principal fin r e c r e a r el á n i m o , p e r o acaso o b r a p o é t i c a ó plástica, p u e s t o q u e según el c o m ú n sentir
no existe m á s alta y más g r a v e v o c a c i ó n que la q u e tiene p o r a m b a s c o n d i c i o n e s se e x c l u y e n m u t u a m e n t e . Con f r e c u e n c i a
o b j e t o r e g o c i j a r así á los h o m b r e s . Sólo el a r t e v e r d a d e r o n o s la u n a se sacrifica á la o t r a , de d o n d e resulta que p e r e c e n
p r o c u r a los m á s n o b l e s goces, los c u a l e s c o n s i s t e n en el e j e r - a m b a s . Así, el a u t o r d o t a d o d e un sentido exacto, y de cierta
cicio libre, consciente y vivaz, d e t o d a s n u e s t r a s f a c u l t a d e s . sagacidad de o b s e r v a c i ó n , p e r o d e s p r o v i s t o de i m a g i n a c i ó n
El e s p e c t a d o r , quien q u i e r a q u e sea, r e c l a m a de las a r t e s c r e a d o r a , s e r á , p o r e j e m p l o , p i n t o r fidelísimo de la r e a l i d a d
de i m a g i n a c i ó n q u e le desaten d e l o s lazos de la r e a l i d a d , y y c a p a z de s o r p r e n d e r sus f e n ó m e n o s a c c i d e n t a l e s ; p e r o , en
q u i e r e r e c r e a r s e c o n lo posible y e s p a c i a r s e l i b r e m e n t e c o n c a m b i o , el espíritu de la n a t u r a l e z a le e s c a p a r á : nos m o s t r a -
lo fantástico. El q u e m e n o s p r e t e n d e , d e s e a sin d u d a olvi- rá el r o p a j e exterior de las cosas; p e r o , c o m o su o b r a n o pue-
d a r sus negocios, su vida c o t i d i a n a , su p r o p i a p e r s o n a , t r a s - de ser el e s p o n t á n e o f r u t o d e la c r e a c i ó n , no e j e r c e r á j a m á s
ladarse á o t r o m u n d o de e x t r a o r d i n a r i o s a c o n t e c i m i e n t o s , la acción b i e n h e c h o r a del a r t e q u e reside en su p r o p i a liber-
t a d . L a disposición de á n i m o en q u e n o s d e j e tal artista ó tal p e r o de la p o e s í a , de la dramática sobre t o d o , p r e t e n d e n u n a
p o e t a , p o d r á m u y bien ser m u y g r a v e ó p r o f u n d a , p e r o segu- i l u s i ó n c o m p l e t a de tal género, que si p u d i e r a r e a l i z a r s e , se
r a m e n t e no será m u y grata, y aquel a r t e , que h a b í a d e ser c o n v e r t i r í a en m e z q u i n o juego d e prestidigitación. C u a n t o
n u e s t r o l i b e r t a d o r , h a de t r a e r n o s p e n o s a m e n t e al círculo de f o r m a el e s p e c t á c u l o escénico p a r e c e p r o t e s t a r c o n t r a esta
las v u l g a r e s r e a l i d a d e s . i d e a f u n d a m e n t a l . T o d o en el teatro es t a n sólo s í m b o l o de la
Q u i e n p o s e a , p o r el c o n t r a r i o , i m a g i n a c i ó n viva, p e r o se v e r d a d : la luz de las tablas es de c o n v e n c i ó n ; simbólica, la ar-
halle d e s p r o v i s t o de s e n t i m i e n t o y o b s e r v a c i ó n , o l v i d a d o p o r q u i t e c t u r a ; el m i s m o l e n g u a j e , ideal; y c o n tales e l e m e n t o s ,
c o m p l e t o de la r e a l i d a d , i n t e n t a r á ú n i c a m e n t e s o r p r e n d e r n o s p r e t e n d e n q u e la acción sea real; esto es, q u e la p a r t e d e s t r u y a
c o n f a n t á s t i c a s ó extravagantes c o m b i n a c i o n e s , p o r d o n d e su e l t o d o . P o r este e r r a d o camino, los f r a n c e s e s , q u e , á mi
o b r a , t o d o a p a r i e n c i a y leve e s p u m a , t r a s h a b e r n o s divertido j u i c i o , d e s c o n o c i e r o n p o r completo el espíritu de la a n t i g ü e -
u n i n s t a n t e p a s a r á sin d e j a r en el á n i m o f e c u n d o surco. Así d a d , h a n i m a g i n a d o las u n i d a d e s de t i e m p o y de lugar en lo
ni la frivolidad del u n o , ni la g r a v e d a d del o t r o s o n r e a l m e n t e q u e tienen d e m á s e m p í r i c o , como si p u d i e r a existir o t r o lugar
poéticas. A l i n e a r , á c a p r i c h o , c u a d r o s f a n t á s t i c o s , n o se l l a m ó q u e el t e r r e n o ideal en que pasa la acción, ni o t r o t i e m p o
n u n c a beneficiar los d o m i n i o s del ideal, c o m o n o f u é n u n c a q u e el n e c e s a r i o p a r a su d e s a r r o l l o .
r e p r o d u c i r la n a t u r a l e z a a t e n e r s e á su servil i m i t a c i ó n . La i n t r o d u c c i ó n del verso fué ya u n p a s o i m p o r t a n t e hacia
T a n p o c o se c o n t r a d i c e n m u t u a m e n t e las dos c o n d i c i o n e s l a t r a g e d i a p o é t i c a . B u e n éxito t u v i e r o n a l g u n a s t e n t a t i v a s
de q u e v o y h a b l a n d o , que en ú l t i m o análisis vienen á ser l í r i c a s en el t e a t r o , y la poesía, p o r sus p r o p i a s f u e r z a s , t r i u n -
u n a sola, p u e s t o q u e el arte n o p u e d e a l c a n z a r la v e r d a d sino f ó de c u a n d o en c u a n d o de la p r e o c u p a c i ó n d o m i n a n t e . P e r o
r e n u n c i a n d o á lo r e a l p o r lo p u r a m e n t e ideal. La m i s m a n a - e s o s t r i u n f o s parciales n a d a d e c i d e n ; f u e r z a es d e s t r o n a r d e
t u r a l e z a es t a n sólo u n a idea del e n t e n d i m i e n t o q u e n o cae u n a vez el e r r o r : n o b a s t a q u e se a d m i t a c o m o libertad poéti-
b a j o la acción de los s e n t i d o s ; oculta en el f o n d o de los fenó- ca lo q u e es la esencia m i s m a de t o d a la p o e s í a ; en este s e n t i -
m e n o s , n o p a r e c e n u n c a á la superficie. Sólo al a r t e ideal le d o , la i n t r o d u c c i ó n del c o r o sería el p a s o decisivo y s u p r e m o ,
es p e r m i t i d o , ó m e j o r , le es f o r z o s o s o r p r e n d e r a q u e l espíritu y a u n q u e sólo sirviera p a r a declarar abierta y l e a l m e n t e la gue-
g e n e r a d o r y e n c a r n a r l o en u n a f o r m a física, n o o f r e c i é n d o l o r r a al n a t u r a l i s m o , n o s o t r o s v e r í a m o s en él u n a c o m o muralla
á los s e n t i d o s , sino á la i m a g i n a c i ó n , p o r un e s f u e r z o de la po- viva en t o r n o de la tragedia, que la aislaría del m u n d o real,
tencia c r e a d o r a , de lo cual resulta q u e lo ideal es m á s v e r d a d y f u e r a s a l v a g u a r d i a del suelo ideal y d e su l i b e r t a d poética.
q u e lo r e a l , y m á s real que la e x p e r i e n c i a . E s inútil a ñ a d i r C o m o es s a b i d o , la t r a g e d i a griega nació del c o r o ; sean cua-
q u e el a r t i s t a n o e m p l e a n i n g u n o de a q u e l l o s e l e m e n t o s t a l e s les f u e r e n las modificaciones h i s t ó r i c a s que t r a j o á ella el
c o m o los o f r e c e la realidad, y q u e su o b r a d e b e ser ideal en t r a n s c u r s o del t i e m p o , al c o r o d e b e su espíritu p o é t i c o y su
t o d a s sus ¡»artes, y real en el c o n j u n t o , si debe c o r r e s p o n d e r d e s e n v o l v i m i e n t o , y sin aquel i n m u t a b l e t e s t i m o n i o , sin aquel
á la n a t u r a l e z a . a g e n t e del d r a m a , otra f u e r a la poesía r e s u l t a n t e . L a s u p r e -
E s t a s v e r d a d e s aplicables á la p o e s í a y al a r t e en g e n e r a l , sión del coro, la t r a n s f o r m a c i ó n de un ó r g a n o tan p o d e r o s o
h a n de serlo f o r z o s a m e n t e á las v a r i e d a d e s de la especie, y en un m i s e r a b l e y fastidioso c o n f i d e n t e sin c a r á c t e r , q u e sale
n a t u r a l m e n t e á la tragedia. L a r g o t i e m p o se h a n c o m b a t i d o , y vuelve á salir, n o fué p a r a la t r a g e d i a tan gloriosa conquista
y a ú n nos v e m o s obligados á c o m b a t i r l a s h o y , las v u l g a r e s c o m o i m a g i n a n la escuela f r a n c e s a y sus p a r t i d a r i o s .
n o c i o n e s r e l a t i v a s al concepto de lo natural, subversivas de La tragedia a n t i g u a , en la cual figuraron tan sólo o r i g i n a -
toda idea de p o e s í a y arte. Cierto q u e á las a r t e s p l á s t i c a s los r i a m e n t e los d i o s e s , los h é r o e s y los reyes, se servía del c o r o
p a r t i d a r i o s de l o - n a t u r a l c o n c e d e n t o d a v í a cierta i d e a l i d a d , c o m o de su obligado a c o m p a ñ a m i e n t o . O f r e c i ó s e l o la n a t u -
p o r motivos m á s convencionales q u e f u n d a d o s en la lógica ; raleza, y lo e m p l e ó p o r q u e lo e n c o n t r ó en ella. L o s actos y
la suerte d e h é r o e s y reyes son d e s d e luego p o r sí m i s m o s m a t e r i a l d e b e d e s a p a r e c e r : n o se halla c i e r t a m e n t e e l c o l o r q u í -
públicos, y d e b í a n serlo más en época de primitiva simplici- mico en las finas c a r n a c i o n e s de la vida. L o cual n o impide q u e
d a d , de d o n d e se siguió q u e el c o r o e r a en la tragedia a n t i - a q u e l e l e m e n t o t e n g a t a m b i é n su g r a n d e z a y p u e d a ser e m p l e a -
g u a u n ó r g a n o n a t u r a l , u n a s u e r t e de e m a n a c i ó n p o é t i c a d e do con v e n t a j a , á c o n d i c i ó n de que e l r o p a j e m e r e z c a , p o r su ar-
la r e a l i d a d . E n la tragedia m o d e r n a c a m b i a de a s p e c t o , y se m o n í a , p o r su r i q u e z a , p o r su fastuosidad, el lugar que o c u p e , y
c o n v i e r t e en órgano artístico q u e da relieve á la p o e s í a . E l l e j o s de a b r u m a r c o n su p e s o las f o r m a s sirva p a r a d a r l e s relieve.
p o e t a m o d e r n o n o halla el c o r o en la n a t u r a l e z a , sino que le L o que d e c i m o s c o n aplicación á las a r t e s del d i b u j o , p u e d e
es necesario crearlo y t r a e r l o á la escena, esto es, m o d i f i c a r a p l i c a r s e á la p o e s í a , y p a r t i c u l a r m e n t e á la poesía trágica
la fábula de m o d o q u e r e t r o c e d a á aquella época primitiva, y de q u e t r a t a m o s a h o r a . C u a n t o se r e p r e s e n t a la inteligencia,
se revista d e la simple f o r m a de la v i d a . c o m o c u a n t o se dirige e x c l u s i v a m e n t e á los sentidos, n o son
De a q u í se sigue que el c o r o p u e d e p r e s t a r al p o e t a m o d e r - m á s q u e e l e m e n t o y materia en u n a o b r a poética. Si la m a t e r i a
n o servicios más esenciales que en la a n t i g ü e d a d , ya que trans- d o m i n a , el p o e t a p i e r d e i n f a l i b l e m e n t e sus d e r e c h o s , p o r q u e
p o r t a n u e s t r o m u n d o trivial á la a n t i g u a región de la poesía, la p o e s í a se halla p r e c i s a m e n t e en aquel p u n t o q u e s e p a r a lo
o p o n e obstáculos á la i n t r o d u c c i ó n de t o d o e l e m e n t o a n t i - ideal de lo real. T a l es el espíritu del h o m b r e : de lo p a r t i c u l a r
poético, y n o s r e t r o t r a e á las p r i m i t i v a s f u e n t e s del c a n d o r y p a s a s i e m p r e á lo g e n e r a l , y en la m i s m a t r a g e d i a , la reflexión
la s i m p l i c i d a d . C e r r a d o s están en el día los palacios d e los debe o c u p a r su lugar. P a r a m e r e c e r l o , debe r e c o n q u i s t a r p o r
r e y e s ; la justicia n o p r o n u n c i a sus fallos á las p u e r t a s d e las m e d i o de la elocución lo q u e le falta en la vida real, p o r q u e
c i u d a d e s sino en el interior de los edificios; p o r o t r a parte, la c u a n d o los dos e l e m e n t o s de t o d a poesía, lo ideal y lo real,
escritura d e s t e r r ó la p a l a b r a viva, y el m i s m o p u e b l o , la m a s a n o o b r a n j u n t o s ni f u s i o n a d o s , e n t o n c e s d e b e n o b r a r el u n o
g e n e r a l , c u a n d o n o r e p r e s e n t a la f u e r z a b r u t a , se c o n v i e r t e j u n t o al o t r o , sin lo cual la v e r d a d e r a poesía d e j a r í a de exis-
p a r a el E s t a d o en u n a a b s t r a c c i ó n . H a s t a los dioses viven re- tir. Sólo p u e d e devolverse su p e r d i d o equilibrio á u n a balanza
f u g i a d o s en el f o n d o de las c o n c i e n c i a s . Al poeta c o r r e s p o n d e i m p r i m i e n d o u n a oscilación á sus dos platillos.
a b r i r de n u e v o los palacios, t r a e r l o s t r i b u n a l e s al aire libre T a l es p r e c i s a m e n t e el oficio del c o r o en la t r a g e d i a . E l c o r o
y r e s t a u r a r los dioses; r e s t a b l e c e r , en u n a p a l a b r a , ese aspec- n o es un i n d i v i d u o , sino u n a idea g e n e r a l , u n a a b s t r á c c i ó n
to i n m e d i a t o de la h u m a n a existencia, a l t e r a d a t a n t o t i e m p o r e p r e s e n t a d a m a t e r i a l m e n t e p o r u n a m a s a i m p o r t a n t e , cuya
há p o r la o r g a n i z a c i ó n artificial de las s o c i e d a d e s , y d e s p o - p r e s e n c i a y c u y a s a g r u p a c i o n e s se i m p o n e n á los s e n t i d o s . E l
j a n d o al h o m b r e de sus vanos a r r e o s , m o s t r a r n o s su n a t u r a - c o r o f r a n q u e a los e s t r e c h o s límites de la acción p a r a e x t e n -
leza i n t e r i o r y su carácter nativo, del m o d o q u e el e s c u l t o r d e r s e s o b r e lo p a s a d o y lo p o r v e n i r , s o b r e t i e m p o s y p u e b l o s
r e c h a z a los t r a j e s m o d e r n o s , y sólo g u a r d a de ellos lo q u e c o - l e j a n o s , s o b r e t o d o lo h u m a n o en g e n e r a l , y p o n e de relieve los
m u n i c a relieve á la m á s noble d e las f o r m a s : la f o r m a h u m a n a . g r a n d e s r e s u l t a d o s de la existencia y p r o c l a m a las e n s e ñ a n z a s
De igual m a n e r a , así c o m o el p i n t o r se sirve de h o l g a d o s de la s a b i d u r í a : lo cual realiza c o n t o d a la f u e r z a de la i m a g i -
pliegues para enlaza r las diversas p a r t e s de la c o m p o s i c i ó n n a c i ó n y c o n t o d a la libertad de u n lirismo a t r e v i d o q u e t r e p a
c o n ' e l e g a n c i a y r i q u e z a , y llena c o n ellos los vacíos, d i s p o n e c o n o l í m p i c o s pasos á las m á s altas cimas de las c o s a s h u m a -
las masas, d i s t r i b u y e el color, e n c a n t o de los o j o s , y m u e s - nas, a c o m p a ñ a n d o sus a c e n t o s y sus gestos c o n a y u d a del
t r a c o n acierto la f o r m a h u m a n a , así el poeta trágico reviste su r i t m o y de la m ú s i c a . El c o r o , p o r c o n s i g u i e n t e , d e p u r a el
acción y sus figuras de u n a s u e r t e de tisú lírico, d e n t r o del p o e m a t r á g i c o , s e p a r a n d o la reflexión d e la a c c i ó n , c o n lo
cual, c o m o en h o l g a d o r o p a j e de p ú r p u r a , sus p e r s o n a j e s se cual le c o m u n i c a vigor p o é t i c o , del m o d o que el p i n t o r , p o r
m u e v e n con l i b e r t a d y nobleza, c o n m e s u r a y d i g n i d a d . m e d i o de f a s t u o s o s r o p a j e s , h a c e del vestido, vulgar necesi-
E n t o d o o r g a n i s m o v e r d a d e r a m e n t e elevado, el e l e m e n t o d a d , u n n u e v o e n c a n t o y u n a belleza m á s .
P e r o t a m b i é n así c o m o el p i n t o r se ve obligado á e n t o n a r del c o r o q u e los observa y oye c o m o testigo y c o m o juez, y
el color de las figuras para q u e se a c u e r d e y a r m o n i c e c o n el q u e m o d e r a con su i n t e r v e n c i ó n sus p r i m e r o s a r r e b a t o s , es
vigoroso t o n o de los t r a j e s , así el lirismo del c o r o i m p o n e al causa d e la m a y o r c i r c u n s p e c c i ó n en sus actos y de la m a y o r
p o e t a m á s alto estilo, y m a y o r energía y f u e r z a d e e x p r e s i ó n . d i g n i d a d en sus p a l a b r a s . O b r a n d o y h a b l a n d o a n t e testigos,
Sólo el c o r o p u e d e o f r e c e r al p o e t a trágico ocasión de u s a r se h a l l a n d e s d e luego c o l o c a d o s en c i e r t o m o d o en un t e a t r o
a q u e l l a s o l e m n i d a d en el l e n g u a j e , grata y r o t u n d a p a r a el n a t u r a l , lo cual les da a p t i t u d p a r a h a b l a r al público s o b r e el
oído, estímulo de la a t e n c i ó n y espacio p a r a el a l m a . U n a vez p r o s c e n i o q u e el a r t e ha c o n s t r u i d o .
e n t r a en el c u a d r o aquella figura gigantesca, obliga á calzarse T a l e s s o n las r a z o n e s q u e me h a n i n d u c i d o á r e s t a b l e c e r el
el c o t u r n o á los d e m á s p e r s o n a j e s , con lo cual c o m u n i c a v e r - c o r o a n t i g u o en la t r a g e d i a . N o i g n o r o q u e otros e n s a y a r o n
d a d e r a g r a n d e z a trágica al c o n j u n t o . S u p r i m a m o s el c o r o , y el uso d e los c o r o s en la m i s m a ; p e r o el de la tragedia griega,
el estilo de la tragedia b a j a i n m e d i a t a m e n t e de nivel, ó m e j o r , tal y c o m o lo e m p l e o aquí, es decir, el c o r o , c o m o p e r s o n a j e
c u a n t o parecía enérgico y altivo, pasa de p r o n t o á ser e x a g e r a - ideal, h a b l a n d o é i n t e r v i n i e n d o en la acción, es esencialmente
d o y d e c l a m a t o r i o : si se i n t r o d u j e r a el coro a n t i g u o en la t r a g e - distinto de los coros de ó p e r a . C u a n d o á p r o p ó s i t o de la anti-
dia f r a n c e s a , m o s t r a r í a á la luz su p o b r e z a y v a c u i d a d , y en c a m - g u a t r a g e d i a , oigo q u e alguien d i s c u r r e a c e r c a de los coros y
bio c o m u n i c a r í a su v e r d a d e r o sentido á la d e S h a k e s p e a r e . no del coro, s o s p e c h o de b u e n g r a d o q u e h a b l a de lo q u e n o
Si el coro vivifica el estilo, i n t r o d u c e t a m b i é n la calma en e n t i e n d e . Q u e y o sepa, d e s d e la d e s a p a r i c i ó n de la t r a g e d i a
la a c c i ó n : aquella calma y s e r e n i d a d , n o b l e s é i m p o n e n t e s , griega h a s t a el p r e s e n t e , el coro, en su a n t i g u a a c e p c i ó n , n o
q u e c a r a c t e r i z a n t o d a o b r a de a r t e exquisita. P o r q u e el ha figurado en las tablas.
á n i m o del e s p e c t a d o r debe c o n s e r v a r t o d a su l i b e r t a d , a u n Me h e p e r m i t i d o , en v e r d a d , p a r t i r l o en dos mitades, y p o -
a n t e la r e p r e s e n t a c i ó n de las m á s violentas p a s i o n e s , y l e j o s nerle en c o n t r a d i c c i ó n consigo m i s m o , p e r o sólo en aquellas
de ser su víctima ha de darse c u e n t a de ellas con t o d a l u c i d e z . e s c e n a s d o n d e figura c o m o p e r s o n a j e real, c o m o ciega multi-
Las a c u s a c i o n e s que f o r m u l a el vulgo c o n t r a el coro, soste- tud. E n t a n t o que es c o r o y p e r s o n a j e ideal, p e r m a n e c e uno
n i e n d o q u e desvanece t o d a ilusión y a t e n ú a la f u e r z a de los y de a c u e r d o c o n su p r o p i o c a r á c t e r . H e m u d a d o á veces el
a f e c t o s , son c a b a l m e n t e sus títulos de gloria, p o r q u e el v e r - lugar de la acción y he d e j a d o q u e en a l g u n a s escenas el c o r o
d a d e r o artista d e s d e ñ a los a r d i d e s t e a t r a l e s , y n o debe valerse se r e t i r a s e , p e r o c o n s t e qué en el uso de esta l i b e r t a d me pre-
del p o d e r ciego de la e m o c i ó n . Si los golpes de t e a t r o d e b i e - c e d i e r o n Esquilo, el c r e a d o r de la t r a g e d i a , y Sófocles, el
r a n s u c e d e r s e y c o n m o v e r n o s sin i n t e r r u p c i ó n a l g u n a , d e es- más g r a n d e m a e s t r o en el a r t e .
p e c t a d o r e s activos p a s a r í a m o s á ser pasivos y p a r t e i n t e g r a n t e O t r a libertad me h e p e r m i t i d o , tal vez de m e n o s fácil justi-
d e la acción, en lugar de c e r n e r n o s s o b r e ella. N o , el c o r o ficación, c u a l es la de f u n d i r en la acción la religión c r i s t i a n a ,
m a r c a n d o la división de las diversas p a r t e s , i n t e r v i n i e n d o c o n el p a g a n i s m o g r i e g o y el m a h o m e t i s m o . M a s c o n v i e n e n o ol-
sus s e r e n a s reflexiones en el desarrollo d e las p a s i o n e s d r a - vidar q u e la escena es en Mesina, d o n d e las tres r e l i g i o n e s en
máticas, n o s restituye aquella libertad q u e nos a r r e b a t a r í a n p a r t e s u b s i s t í a n , en p a r t e h a b l a b a n t o d a v í a á los s e n t i d o s p o r
e n su t o r b e l l i n o las r e p e t i d a s e m o c i o n e s de la escena. P o r su m e d i o de los m o n u m e n t o s . P o r lo d e m á s , c o n s i d e r o c o m o u n
p a r t e , á los m i s m o s p e r s o n a j e s trágicos les es c o n v e n i e n t e d e r e c h o d e la poesía mirar las d i f e r e n t e s religiones c o m o un
aquella c a l m a y s e r e n i d a d p a r a r e c o g e r s e d e c u a n d o en cuan- t o d o colectivo en el cual halla su l u g a r c u a n t o es c a r a c t e r í s t i c o
do e n sí mismos, a t e n t o á q u e n o son en v e r d a d seres r e a l e s , y manifiesta u n c o n c e p t o individual. B a j o la u n i v e r s a l e n v o l -
individuos s u j e t o s á la i m p u l s i ó n d e u n m o m e n t o , sino c r e a - t u r a d e las religiones se e n c u e n t r a la e s e n c i a de la religión, la
ciones ideales r e p r e s e n t a n t e s de su e s p e c i e , que d e s c u b r e n al idea de D i o s ; al p o e t a debe serle p e r m i t i d o expresarla en la
e s p e c t a d o r las p r o f u n d i d a d e s del a l m a h u m a n a . La p r e s e n c i a f o r m a que juzgue m e j o r y m á s c o n v e n i e n t e .
P E R S O N A J E S

A C T O I

DOÑA ISABEL, p r i n c e s a d e M e s i n a .
ESCENA PRIMERA
DON MANUEL "I
} sus hijos.
DON CESAR J La e s c e n a r e p r e s e n t a u n v a s t o s a l ó n c o n g r a n c o l u m n a t a . P u e r -
BEATRIZ. t a s á d e r e c h a é i z q u i e r d a . Al f o r o la r i c a p o r t a d a d e u n a c a -
DIEGO. pilla.
Mensajeros.
EL CORO, f o r m a d o p o r el s é q u i t o d e l o s d o s h e r m a n o s . DOÑA ISABEL, d e r i g o r o s o l u t o . L o s a n c i a n o s d e M e s i n a , d e
pié en torno suyo.
Los ancianos de Mesina, p e r s o n a j e s q u e no h a b l a n .

DOÑA ISABEL

A necesidad, y no mi propio impulso, me


acerca á vosotros, venerables ciudadanos de
Mesina, y m e obliga á dejar mis retirados apo-
sentos para descubrir mi rostro á los ojos de
los h o m b r e s ; p u e s cuadra á la viuda que perdió la glo-
ria y la luz de su vida, envolverse en sombrías vestidu-
ras y esconderse á las m i r a d a s del m u n d o . Mas la voz
imperiosa é inflexible de las circunstancias, m e de-
vuelve hoy á la luz, de que m e separé.
No ha renovado dos veces la luna su luminoso disco
desde q u e conduje á la mansión del descanso á mi
P E R S O N A J E S

A C T O I

DOÑA ISABEL, p r i n c e s a d e M e s i n a .
ESCENA PRIMERA
DON MANUEL "I
} sus hijos.
DON CESAR J La e s c e n a r e p r e s e n t a u n v a s t o s a l ó n c o n g r a n c o l u m n a t a . P u e r -
BEATRIZ. t a s á d e r e c h a é i z q u i e r d a . Al f o r o la r i c a p o r t a d a d e u n a c a -
DIEGO. pilla.
Mensajeros.
EL CORO, f o r m a d o p o r el s é q u i t o d e l o s d o s h e r m a n o s . DOÑA ISABEL, d e r i g o r o s o l u t o . L o s a n c i a n o s d e M e s i n a , d e
pié en torno suyo.
Los ancianos de Mesina, p e r s o n a j e s q u e no h a b l a n .

DOÑA ISABEL

A necesidad, y no mi propio impulso, me


acerca á vosotros, venerables ciudadanos de
Mesina, y m e obliga á dejar mis retirados apo-
sentos para descubrir mi rostro á los ojos de
los h o m b r e s ; p u e s cuadra á la viuda que perdió la glo-
ria y la luz de su vida, envolverse en sombrías vestidu-
ras y esconderse á las m i r a d a s del m u n d o . Mas la voz
imperiosa é inflexible de las circunstancias, m e de-
vuelve hoy á la luz, de que m e separé.
No ha renovado dos veces la luna su luminoso disco
desde q u e conduje á la mansión del descanso á mi
real esposo, que con firmeza gobernaba esta ciudad, y sentido tan sólo el sufrimiento general y poco os han
con m a n o potente nos defendía contra los enemigos conmovido las penas de una m a d r e . Vinisteis á mí y
que nos rodean. Ha m u e r t o , pero su espíritu anima m e habéis dicho esas d u r a s palabras : «Ya ves que la
a ú n á u n a pareja de h é r o e s : sus dos hijos, orgullo del discordia de t u s hijos trae la g u e r r a civil á n u e s t r a
país. Les visteis crecer y desarrollarse entre vosotros; ciudad, q u e solamente por la concordia p u e d e oponer
pero con ellos se desarrollaba el g e r m e n fatal y miste- resistencia á los vecinos enemigos q u e la rodean. Tú
rioso de u n odio fraternal que, después de haber ani- eres su m a d r e : mira, pues, cómo puedes a p a c i g u a r
quilado la regocijada concordia de su infancia, cobró, los rencores sanguinarios de t u s hijos. ¿ Qué nos im-
con el tiempo, terrible carácter. Jamás h e podido go- porta á nosotros, tranquilos ciudadanos, la rivalidad
zar de su unión. Á e n t r a m b o s alimentó mi seno, á de nuestros señores ? ¿ Hemos de perecer, p o r q u e tus
e n t r a m b o s prodigué los cuidados q u e mi a m o r m e hijos se odian ? Bien podemos gobernarnos sin ellos, y
dictaba, y sé que desde su infancia me consagran en- someternos á otro príncipe ganoso de nuestro bien y
t r a m b o s u n cariño igual. Este es el único p u n t o en q u e apto para realizarlo.»
están de acuerdo; en lo d e m á s les divide sangrienta Esto dijisteis, hombres endurecidos y sin piedad.
discordia. Sólo en vosotros y en vuestra ciudad pensasteis, y ha-
Mientras duró el reinado temido de su p a d r e , doma- béis cargado con el peso de las desgracias públicas
ba él con severa justicia el ardor bullicioso de sus hijos, este corazón, bastante oprimido ya p o r el dolor y las
doblegaba bajo férreo yugo su espíritu tenaz. No de- angustias maternales. Intenté lo que deseábais, a u n q u e
bían acercarse armados u n o á otro ni pernoctar bajo sin g r a n d e s esperanzas; con el alma desgarrada me
el m i s m o techo. Así impedía la violenta explosión de lancé en medio de los dos furiosos y les he conjurado
sus feroces caracteres una orden firme y p o d e r o s a ; á la paz. Sin temor, sin t r e g u a y sin abatimientos, he
pero dejaba subsistir entero el odio en el fondo del llevado á cabo mi propósito, hasta que mis m a t e r n a l e s
corazón. El fuerte desdeña parar el curso de la pobre súplicas consiguieron arrancarles la promesa de que
fuentecilla, porque puede oponer un dique al t o r r e n t e . vendrían hoy pacíficamente á esta ciudad de Mesina,
y al palacio de sus antepasados, y q u e r e p r i m i r í a n su
Mas lo que debía suceder, ha sucedido. Cuando la
enemistad, cosa q u e no ha acaecido desde la m u e r t e
m u e r t e hubo cerrado sus ojos, y sus hijos se sintieron
de su p a d r e . Hoy llegarán. De un m o m e n t o á otro
libres del yugo de su m a n o poderosa, estalló el odio
estoy esperando al mensajero que anuncie su llegada.
antiguo como estalla la llama de la hoguera cuando
Disponeos, pues, á recibir á vuestros príncipes con
deja de ser comprimida. Vosotros mismos fuisteis aquí
sumisión, como á súbditos conviene. Atended tan sólo
testigos de lo que os estoy diciendo. Mesina se dividió;
á vuestros deberes, y dejad que cuide yo de lo demás.
la fratricida lucha rompió los lazos sagrados de la natu-
El odio de m i s hijos perdería á este país, y les perde-
raleza y parió 3a discordia general. Chocó el acero con-
ría á ellos mismos. Si se reconcilian, tendrán, unidos,
tra el acero, convirtióse la ciudad en campo de batalla;
bastante fuerza para m a n t e n e r sus derechos contra
y estas mismas salas f u e r o n m a n c h a d a s de sangre.
vosotros.
Habéis visto destrozarse los lazos del Estado ; d e s -
trozado está también mi corazón. P e r o vosotros habéis (Los ancianos se alejan en silencio, con la mano tuesta

"ALFOtm ' ' *


sobre el corazón. Isabel llama por señas á un viejo ser-
vidor que permanece en la escena.)
ESCENA III

Sale EL CORO
ESCENA II
C o m p ó n e s c d e d o s m e d i o s c o r o s q u e e n t r a n al m i s m o t i e m p o en
ISABEL, DIEGO e s c e n a p o r l o s d o s l a d o s o p u e s t o s , u n o p o r el f o n d o y o t r o p o r
el p r o s c e n i o ; d a n la v u e l t a á la sala y se a l i n e a n l u é g o c a d a
u n o en d i s t i n t o lado. U n o d e l o s c o r o s lo f o r m a n c a b a l l e r o s
ISABEL.—¡ D i e g o ! a n c i a n o s , y j ó v e n e s el o t r o ; d i s t í n g u c n s c p o r s u s c o l o r e s y
DIEGO.—(Qué ordena mi soberana ? d i v i s a s . Al d e t e n e r s e , cesa la m ú s i c a , y e m p i e z a n á d i a l o g a r
ISABEL.—Acércate, fiel servidor, corazón leal; tu los c o r i f e o s .
has compartido mis inquietudes y mi dolor; comparte
ahora mi dicha. Á tu alma fiel confié m i tierno y triste 1.cr CORO - C A Y E T A N O . — C o n respeto te saludo, sala
secreto; ha llegado el m o m e n t o en que debe parecer á espléndida, cuna real de mi amo, bóveda magnífica
la luz del día. Harto he reprimido el i m p u l s o poderoso sostenida por soberbia columnata. ¡ Repose el acero en
de la naturaleza, gobernada por agena v o l u n t a d . Ahora la vaina! Sea encadenada ante esta puerta la furia de
puede su voz alzarse libremente; hoy será saciado mi la g u e r r a con su cabeza cargada de serpientes! porque
corazón, puesto que esta casa, por tanto t i e m p o desier- el u m b r a l sagrado de esta mansión hospitalaria está
ta, va á reunir cuanto me es caro. g u a r d a d o por el juramento, por el más tremendo dios
Dirige, pues, t u s pasos entorpecidos p o r la edad, al del infierno.
claustro que conoces y que me g u a r d a un precioso te- 2.° CORO-BOHEMUNDO.—Mi corazón irritado se rebela
soro. T ú , alma fiel, lo escondiste en aquel sitio hasta dentro de mi pecho; mi m a n o se apercibe al combate,
mejores d í a s ; tú me hiciste este servicio e n mi triste- porque estoy viendo la cabeza de Medusa, el odioso
za. ¡Venga á mí ahora esa p r e n d a q u e r i d a , á mí q u e rostro de mi enemigo. Apenas puedo r e p r i m i r la ar-
voy á ser feliz ! (Suenan trompetas á lo lejos.) ¡Vé, vé! diente agitación de mi sangre. ¿ Sostendré el honor de
rejuvenezca el gozo tu debilitado paso ! Oigo la trom- mi palabra, ó me abandonaré á mi ira ? ¡ Mas, a y ! que
petería q u e me anuncia la llegada de mis hijos. (Vase tiemblo ante la g u a r d a d o r a de estos lugares, ante la
Diego. Suena de nuevo la música en ambos lados y parece paz de Dios.
acercarse.) Todo Mesina está alborotado; avanza hacia i. e r CORO - C A Y E T A N O . — C u a d r a á los ancianos m á s
aquí r u m o r de voces confusas como u n t o r r e n t e . Ellos decoroso continente. Á mí, más sereno y tranquilo,
son. i Ah ! ¡Con qué viveza siento palpitar mi cora- me corresponde saludar el primero. (Al segundo coro.)
zón de m a d r e ! con sólo acercarse ellos le d a n fuerza y Sé bienvenido, t ú que compartes mis sentimientos fra-
movimiento. Ellos son. ¡ Ah, hijos míos ! hijos míos ! ternales, tú que temes y honras á los dioses protecto-
(Vase). res de este alcázar. Ya que los príncipes se hablan con
dulzura, q u e r e m o s nosotros cambiar en calma pala-
bras de p a z ; porque también la palabra es buena y

\
saludable. Cuando te encuentre en campo raso, po- darla entre los m u r o s . Las olas del m a r q u e la ciñe,
drá renovarse el combate sangriento, y probaremos la entregan á los corsarios atrevidos q u e cruzan osa-
nuestro valor espada en mano. d a m e n t e por nuestras costas, y nuestras riquezas sólo
E L CORO E N T E R O . — C u a n d o te encuentre en campo nos sirven para atraer la espada del extranjero. Asi
raso, podrá renovarse el combate sangriento y proba- somos esclavos en nuestra propia casa. No p u e d e esta
remos nuestro valor espada en mano. tierra proteger á sus propios hijos ; los dominadores
1 . " CORO-BERENGUER.—No te aborrezco ciertamen- del m u n d o no nacen en las regiones favorecidas por
te. No, no e r e s tú mi enemigo. La misma ciudad Ceres y p o r Pan, divinidad pacífica y tutelar, sino en
nos dió el sér, y en cambio ellos son de extranjera los sitios donde el hierro crece en el seno de las mon-
raza. Mas cuando combaten los principes, los servido- tañas.
res han de d a r la m u e r t e ó recibirla. Esto es lo justo. i. c r CORO - CAYETANO. — Los bienes de la vida es-
2." CORO - BOHEMUNDO. — Ellos sabrán por q u é se tán desigualmente repartidos entre la raza pasajera
aborrecen y entablan el sangriento combate. Á mí no de los h o m b r e s . Pero la naturaleza es eternamente
me atañe. En cuanto á nosotros, combatimos por sus j u s t a ; si á nosotros nos concede fértil suelo siempre
desavenencias. No es valiente, ni h o m b r e de honor, pródigo, da á otros voluntad poderosa é irresistible
quien permite que se desprecie á su caudillo. fuerza. Con su temible energía realizan sus deseos:
(Todo el coro repite los tres últimos versos.) y llenan la tierra de formidable estruendo. Pero t r a s la
U N HOMBRE DEL CORO - B E R E N G U E R . — O í d lo q u e para altura á q u e se han elevado está la caída p r o f u n d a , y
mí estaba pensando, cuando atravesaba las mieses on- espantable. Así, me felicito de permanecer en mi h u -
dulantes, t r a n q u i l a m e n t e embebecido en mis reflexio- milde condición, oculto y refugiado en mi propia debi-
nes. En el f u r o r del combate n a d a previmos, nada lidad. Los impetuosos torrentes que acrecen los apre-
examinamos, arrebatados del ardor de la sangre. ¿ No tados granos del pedrisco y las cataratas de las nubes,
son acaso n u e s t r a s aquellas mieses ? ¿ No son hijos de avanzan mugiendo, y arrollan con su oleaje puentes y
nuestro sol los olmos q u e la vid enlaza ? {No podría- diques, con el r e t u m b a r del trueno. Nada puede dete-
mos pasar días sin cuidados en medio de goces ner su m a r c h a omnipotente ; m a s d u r a n un instante,
suaves, y alegrar nuestra vida? ¿ P o r q u é d e s n u d a - y sorbe la arena las espantosas huellas de su paso de
mos con ira la espada por u n a raza extranjera, q u e destrucción. Los conquistadores extranjeros vienen y
ningún derecho tiene sobre este suelo, llegada ayer, se van ; nosotros obedecemos, pero nos q u e d a m o s .
en sus naves, de las p u r p u r i n a s playas de Occidente ? (.Ábrense las puertas del Jondo. Aparece doña Isabel entre
Nuestros padres, m u c h o s años há, la recibieron hos- sus hijos don Manuel y don César.)
pitalarios, y a h o r a nos vemos sometidos como escla-
Los DOS COROS - C A Y E T A N O . — G l o r i a y honor al sol es-
vos á ella.
plendente q u e viene hacia nosotros! Con r e s p e t ó m e
O T R O HOMBRE DEL C O R O - M A N F R E D O . — E s cierto. Habi- inclino ante t u rostro augusto.
tamos una tierra feliz, sobre la cual d e r r a m a el sol rayos 1 . " CORO - B E R E N G U E R . — C o m o es grata la suave
bienhechores. Bien podríamos gozar de ella alboroza- claridad de la luna entre el fulgor de las estrellas,
dos; mas p o r desdicha, no cabe encerrarla ni g u a r - asi la tierna majestad de la m a d r e resplandece jun-
to a la fuerza y ardor de sus hijos. ¡ Q u é imagen se-
mejante habrá sobre la tierra ? En el s u p r e m o lugar de que el mismo a m o r que os manifiesto sea nuevo aci-
donde se asienta, ofrece u n cuadro acabado. La ma- cate de vuestro odio. {Interroga á los dos con la mirada:)
dre y sus hijos forman la corona de u n m u n d o per- ¿ Q u é p u e d o esperar de vosotros? Hablad. ¿ C u á l e s
fecto. La Iglesia misma, la divina Iglesia, nada halló vuestro ánimo ? ¿ Venís, por ventura, con el mismo
superior para sentar sobre el trono celeste, y el arte, odio irreconciliable q u e traíais á la casa de vuestro
el hijo de los dioses, no ofrece imagen más sublime
que la madre y el hijo.
2.° CORO - B O H E M U N D O . — C o n gozo vi brotar de su
seno árbol florido, cuyos vástagos se renovarán eter-
namente. Concibió una raza que aventajará al sol en
su carrera y dará nombre al tiempo fugitivo.
ROGERIO.—Los pueblos se dispersan, los nombres se
extinguen, tiende el olvido sus n e g r a s alas sobre las
razas; mas por encima de todas descuella centelleando
la f r e n t e de los príncipes, y la aurora se refleja en ella
como en la enhiesta c u m b r e del m u n d o .

ESCENA IV

ISABEL {avanzando con sus dos hijos).~¡ Descienda á


nosotros tu mirada, sublime reina de los cielos! y
con blanda mano r e p r i m e los latidos de mi corazón,
padre ? ¿ La g u e r r a , encadenada un instante, acecha
que á una m a d r e puede matarla el júbilo cuando se
acaso á la p u e r t a del palacio piafando bajo el freno de
mira en el esplendor de s u s hijos. P o r vez primera
bronce ? Al dejarme, ¿ se desencadenará con nueva
desde que nacieron, comprendo toda la extensión de
rabia ?
mi felicidad. Hasta hoy me vi forzada á dividir mi ter-
n u r a ; obligada á olvidar un hijo, c u a n d o m e gozaba E L CORO - BOHEMUNDO.—¡ La g u e r r a ó la paz! Ocul-
en la presencia del otro. ¡ Oh ! mi a m o r d e m a d r e era tos permanecen todavía en el seno del porvenir los
indivisible, pero mis hijos estaban s i e m p r e separados. fallos del destino. Mas, antes de separarnos, la paz ó
Decidme ahora ; ¿ puedo abandonarme sin t e m o r á mi la guerra será decidida ; prontos y a r m a d o s estamos
suave embriaguez ? (A don Manuel.) Al a p r e t a r cariño- para ambas.
samente la mano de tu hermano, ¿ h u n d o un puñal en ISABEL (paseando sus miradas por el grupo).—¡ Qué
tu pecho ? (A don César.) Cuando su m i r a d a llena de aspecto g u e r r e r o y espantoso! ¿ Q u é quieren estos
júbilo mi corazón, ¿ te robo algo ? ¡Oh! m e estremezco h o m b r e s ? ¿ Apréstase una batalla en estas salas ? ¿ Por
q u é esa extranjera multitud, c u a n d o una m a d r e vie-
ne á abrir s u s brazos á sus hijos ? ¿ Acaso hasta en las
ISABEL (á don César).—Tú, que desnudaste la espada
entrañas de u n a m a d r e teméis encontrar la falacia y
contra tu h e r m a n o , mira en torno tuyo entre esta mul-
la traición, p u e s tantas precauciones tomáis ? ¡Oh! los
titud ; 1 dónde ves imagen m á s noble q u e la de tu
siniestros bandos que os siguen, solícitos servidores
hermano ? (A don Manuel.) ¿ Quién, entre esos á quie-
de vuestra ira, no son vuestros amigos, ni sanas sus
nes llamas tus amigos, osará ni un instante comparar-
intenciones, ni saludables sus consejos. ¿ Cómo podrán
se con él ? Cada u n o de vosotros es dechado de su
ellos estar sinceramente de acuerdo con vosotros, hijos
edad, sin q u e os parezcáis, ni os aventajéis en nada.
de una raza extraña que se implantó en este país, les
Atreveos á miraros de hito en hito. ¡ A qué extravío
arrebató su propia herencia, y asentó sobre ellos su so-
llevan los celos y la envidia ! Entre mil le habrías ele-
beranía ? Creedme; á todos place vivir según sus leyes
gido p o r amigo, y le h u b i e r a s oprimido contra tu co-
propias, y con pena soportan la dominación extran-
razón como u n sér único en el m u n d o ; y ahora q u e la
jera. Por la f u e r z a , por el t e m o r los m a n t e n é i s en
naturaleza sagrada te lo concedió en la misma cuna,
obediencia, s e g u r a m e n t e negada en otras condiciones.
e r e s culpable con t u propia sangre, pisoteas con orgu-
Aprended á conocer á esta raza hipócrita y sin cora-
lloso a r r e b a t o el dón de la naturaleza para lanzarte á
zón. Por el gozo del mal se vengan de vuestra prospe-
los brazos de los malvados, y ligarte con enemigos y
ridad y de vuestra grandeza. La caída de los señores,
extranjeros.
la ruina d e los príncipes, es el tema de los cantos y
consejas que se transmiten de padres á hijos, y repiten D. MANUEL.—Oye, m a d r e .
á coro para abreviar las noches de invierno. ¡Ay, hijos D. C É S A R . — M a d r e , o y e .
míos ! llenan el m u n d o el odio y la falsía y el egoísmo. ISABEL.—No con palabras p u e d e darse fin á ese triste
Todos los lazos tejidos por la dicha transitoria, son combate. Aquí no debe distinguirse lo mío de lo tuyo,
inciertos, inestimables y sin fuerza. El capricho r o m p e ni la ofensa de la venganza. ¿Quién encauzará de nuevo
lo que el capricho anudó. Sólo la naturaleza es since- este río de azufre q u e d e s p a r r a m ó el incendio ? Todo
ra ; sólo ella p e r m a n e c e fija, sujeta á un áncora eterna, ha sido originado por un fuego terrible y subterráneo;
m i e n t r a s vacila el resto barrido por las tempestuosas cubre una capa de lava lo que no ardió, pero ¡ a h !
olas de la vida. La simpatía os da un a m i g o ; el inte- donde quiera q u e se sienta el pié se halla la destruc-
rés, u n compañero: mil veces dichoso aquel á quien ción. Sólo p r e t e n d o depositar u n pensamiento en
el nacimiento da un h e r m a n o ! No puede tanto la for- vuestro ánimo. El daño q u e u n h o m b r e sesudo hace
t u n a . Es el h e r m a n o amigo creado juntamente con el á otro hombre, difícilmente puede perdonarse ; así
h e r m a n o ; quien le posee, posee un otro yo con que quiero creerlo. El h o m b r e g u a r d a cuidadosamente su
resistir las g u e r r a s y perfidias del m u n d o . odio y no m u d a con el tiempo la resolución q u e seria-
m e n t e tomó. Mas el origen de vuestra cólera se remon-
E L CORO-CAYETANO.—Sí, e s p e c t á c u l o g r a n d e y res- ta á la época precoz de la infancia inconsciente, y la
petable es ver a una reina abarcar en una mirada con sola idea de aquella época debería d e s a r m a r o s . Buscad
su regio pensamiento la conducta y las acciones de los la causa de vuestros rencores, ¡laignoráis ! y a u n q u e
hombres. Mas a nosotros nos m u e v e confuso impulso, la encontraseis, vergüenza os daría ese odio pueril.
ciegos é irreflexivos á través de la vida tempestuosa. ' ¡Ay! y aquella discordia de niños es l a q u e produjo,

ona
' m ^ i j , '
por desdichado encadenamiento, las calamidades de vida p o r la del contrario, y h u n d a su puñal en el pe-
los últimos t i e m p o s ; p u e s todo lo f u n e s t o que hasta cho del h e r m a n o . No, no apacigüe la misma m u e r t e
ahora ha sucedido es f r u t o del recelo y de la vengan- vuestra discordia; la columna de fuego que se alzará
za. ¿ Queréis continuar esa querella de niños, hoy que sobre vuestra hoguera, divídase en dos mitades como
sois hombres ? (Les tomct la mano.) ¡ Oh, hijos míos ! terrible signo de vuestra vida y de vuestra m u e r t e .
venid, resolveos á anular toda explicación, porque (Vase.—Los dos hermanos permanecen alejados uno de
ambos sois culpables. Sed nobles, y perdonaos con
otro.)
dignidad grandes é insoportables ofensas. Lo más su-
blime en la victoria es el perdón. E n c e r r a d en la t u m -
ba de vuestros p a d r e s el odio a n t i g u o que surgió en
los días de vuestra infancia y comenzad una vida nue- ESCENA V
va consagrada al amor, á la reconciliación, á la con- LOS DOS HERMANOS, LOS DOS COROS
cordia.
[Da un paso atrás, como dejándoles sitio para que se EL CORO - CAYETANO.—¡ Vanas palabras! pero tales
acerquen uno á otro. Los dos bajan los ojos sin mi- que hicieron bambolear m i valor en mi pecho varonil.
rarse.) No d e r r a m é la sangre de mi h e r m a n o ; levanto al cielo
EL C O R O - C A Y E T A N O . — A t e n d e d l a s e x h o r t a c i o n e s d e las manos puras. Sois h e r m a n o s ; pensad en el fin de
vuestra m a d r e , porque, en verdad, solemnes son sus esta discordia.
palabras. Poned término á vuestros combates, ó conti- D. CÉSAR (sin mirar á D. Manuel).—Tú. eres el ma-
nuadlos, si así lo queréis. Lo que os plazca, será justo yor, habla: yo cederé sin desdoro ante el primogénito.
para mí. Vos sois el señor y yo soy el vasallo. D. MANUEL (en la misma actitud).—Pronuncia una
ISABEL [después de haber esperado inútilmente una ma- palabra generosa, y seguiré con placer el noble ejem-
nifestación de los dos hermanos, continúa, comprimiendo plo que me habrá dado mi h e r m a n o menor.
su dolor).—Ya no sé más. Agoté las a r m a s de la per- D. CÉSAR.—No quiere esto decir q u e me reconozca
suasión y el poder de las súplicas. Quien con la fuerza culpable ó que m e sienta más débil...
os domaba, yace en el sepulcro, y v u e s t r a m a d r e es D. MANUEL.—Quien conozca á don César no le acu-
impotente entre vosotros. Acabad! en vuestro po- sará jamás de cobardía. Si se sintiese él más débil, se-
der está el hacerlo. Obedeced al demonio q u e en rían aún más altaneras sus palabras.
su f u r o r os e m p u j a c i e g a m e n t e ; p r o f a n a d el santo D. CÉSAR.—¿No tienes en peor opinión á tu hermano?
altar de los dioses l a r e s ; convertid esta m i s m a sala D. MANUEL.—Eres demasiado orgulloso para h u m i -
donde nacisteis, en teatro de v u e s t r o s homicidios. llarte y yo para m e n t i r .
¡Sí.... Asesinaos en presencia de v u e s t r a m a d r e , no
D. CÉSAR.—Mi altivo corazón no tolera el despre-
por brazo ageno, sino por vuestra propia mano, y, co-
cio. En el paroxismo del combate pensabas que tu
mo los h e r m a n o s de Tebas, precipitaos el u n o con-
h e r m a n o era u n h o m b r e de honor.
tra el otro, enlazaos los dos, y luchad con rabia en ese
D. MANUEL.—No quieres tú m i m u e r t e , y de ello
abrazo de bronce. Esfuércese cada u n o en trocar su
tengo una p r u e b a : u n fraile se te ofreció para asesi-
n a r m e traidoramente y t ú le r e s p o n d i s t e castigándole D. CÉSAR.—Sorprendido te m i r o y e n c u e n t r o en ti
p o r su infamia. las facciones q u e r i d a s de m i m a d r e .
D. C É S A R (acercándosele un poco).—Si a n t e s h u b i e s e D. MANUEL.—Y yo d e s c u b r o en ti u n a s e m e j a n z a
conocido tu justicia, m u c h a s desgracias se h u b i e r a n q u e m e da e x t r a ñ a emoción.
evitado. D. CÉSAR.—¿Eres r e a l m e n t e t ú , el h o m b r e q u e t a n
D. MANUEL.—Si a n t e s h u b i e s e sabido q u e t u cora- suavemente m e acoge, y que tan blandas palabras
zón podía calmarse t a n fácilmente, m u c h a s a n g u s t i a s tiene p a r a su joven h e r m a n o ?
habría yo ahorrado á m i m a d r e . D. MANUEL.—¿Ese
D. CÉSAR.—Te me p i n t a b a n como u n h o m b r e o r g u -
lloso.
D. MANUEL.—La desdicha de los g r a n d e s consiste en
q u e s u s inferiores se a p o d e r a n de su confianza.
D . C É S A R (vivamente).—Dices bien ; toda la culpa es
de nuestros servidores.
D. MANUEL.—Ellos nos alejaban u n o d e otro, i n f u n -
diéndonos a m a r g o r e n c o r .
D. CÉSAR.—Ellos llevaron, d e u n lado á otro, enve-
n e n a d a s frases.
D. MANUEL.—Emponzoñaron n u e s t r o s m e n o r e s ac-
tos con falsas i n t e r p r e t a c i o n e s .
D. CÉSAR.—Enconaron la llaga q u e debían c u r a r .
D. MANUEL.—Alimentaban la llama q u e debían ex- D^ MANUEL. — ¿ TIE^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^ ^
tinguir. nes i n t e r é s en q u e d á r t e l o s ? Ya no pienso en ello.
D. CÉSAR.—Estábamos e x t r a v i a d o s y e n g a ñ a d o s . D. CÉSAR.—No. T ó m a l o s . T o m a t a m b i é n la carroza
D. MANUEL.—¡Ciegos i n s t r u m e n t o s d e las pasiones d e n u e s t r o p a d r e . T ó m a l o s , te lo suplico.
agenas! D. MANUEL.—Consiento, si q u i e r e s a c e p t a r el castillo
D. CÉSAR.—Esta es la v e r d a d ; todo lo d e m á s es trai- á la orilla del m a r , por el q u e tan r u d a m e n t e h e m o s
ción... peleado.
D . M A N U E L . — Y falsedad ; m i m a d r e lo dice, p u e d e s D. CÉSAR.—No lo q u i e r o ; p e r o estaré satisfecho ha-
creerlo. bitándolo f r a t e r n a l m e n t e contigo.
D. CÉSAR.—Pues b i e n ; q u i e r o e s t r e c h a r esa m a n o D. MANUEL.—Sea. ¿ P o r q u é dividir la h a c i e n d a ,
fraternal. (Te tiende la mano.) c u a n d o los corazones están u n i d o s ?
D . M A N U E L (la coge vivamente).—La t u y a es la q u e D. CÉSAR.—¿ P o r q u é vivir s e p a r a d o s largo t i e m p o ,
m á s quiero en el m u n d o . c u a n d o con n u e s t r a u n i ó n s e r e m o s a m b o s m á s ricos ?
(Ambos permanecen cogidos por las manos, mirándose en D. MANUEL.—Ya no e s t a m o s s e p a r a d o s . Unidos es-
silencio.) tamos. (Se echa en sus brazos.)
EL I . " CORO AL 2.= - CAYETANO. — ¿ P o r qué nosotros
EL MENSAJERO.—Aquí; en Mesina se esconde, señor.
hemos de estar alejados como enemigos, cuando nues-
D. MANUEL (al primer coro).—Veo que el rostro de
tros principes se abrazan con a m o r ? Quiero seguir su
mi h e r m a n o se tiñe de brillante e n c a r n a d o ; centellean
ejemplo y te ofrezco la paz. ¿ Q u e r e m o s nosotros acaso
sus ojos, no sé p o r qué m o t i v o ; pero señal es de ale-
aborrecernos e t e r n a m e n t e ? H e r m a n o s son por los la-
gría, q u e con él comparto.
zos de la sangre, m a s nosotros ciudadanos somos é
hijos de un mismo suelo. D. CÉSAR (al mensajero).—Anda y g u í a m e . Adiós,
don M a n u e l ; volveremos á encontrarnos en los brazos
(Los dos coros se abracan.)
de nuestra m a d r e . Ahora u r g e n t e motivo me llama
fuera de aquí. (Hace que se va.)
D. MANUEL.—¡ Vé sin tardanza y que la felicidad te
ESCENA VI acompañe !
D. CÉSAR (reflexiona y luégo vuelve atrás).—Don Ma-
Sale un MENSAJERO
nuel, al verte m e i n u n d a el gozo, m á s de lo q u e expli-
carte pudiera. Sí, presiento q u e vamos á q u e r e r n o s
E L 2." CORO-BOHEMUNDO (á don César) .—Yeo de re-
como dos amigos de corazón. Nuestra inclinación, re-
greso al mensajero que enviaste. Alégrate, don César;
primida largos años, florecerá más r a d i a n t e y m á s
buenas nuevas te traen; el júbilo f u l g u r a en las pupilas
fuerte, y con nueva vida r e p a r a r e m o s los días que he-
de t u enviado.
mos perdido.
EL MENSAJERO.—¡Qué dicha p a r a m í ! ¡Qué dicha
para la ciudad libre de sus calamidades! Mis ojos son D. MANUEL.—Las flores anuncian hermosos frutos.
testigos del más hermoso espectáculo. Veo á los hijos D. CÉSAR.—Siento que no debiera (y de ello me acu-
de m i señor, á mis príncipes, en amigable coloquio, so), arrancarme ahora de t u s brazos. P e r o si abrevio
cogidos de la m a n o ; á ellos, á q u i e n e s dejé en el f u r o r tan pronto estos dulces instantes, no pienses por ello
del combate. que mi afecto sea m e n o r que el tuyo.
D. MANUEL (con visible distracción).—Obedece á la ley
D. CÉSAR.—Ves alzarse el a m o r , como fénix, de la
h o g u e r a del odio. del m o m e n t o ; desde este día toda nuestra vida perte-
nece á la amistad.
EL MENSAJERO.—Nueva felicidad voy á añadir á la
q u e ya gozáis. Mi bastón de m e n s a j e r o se corona de D. CÉSAR.—¡ Si te descubriese lo que me llama fuera
verdes guirnaldas. de aquí!...
D. MANUEL.—Déjame tu corazón y g u a r d a t u secreto.
D. CÉSAR (llevándole aparte).—Díme lo q u e h a s inda-
gado. D.CÉSAR.—No debe haber en adelante ninguno
entre nosotros. P r o n t o será levantado el ú l t i m o velo.
EL MENSAJERO.—Todas las c a u s a s del júbilo se han
(Se vuelve hacia el coro.) Os lo declaro para q u e lo se-
reunido en u n solo día. Aquella q u e perdimos, y bus-
páis: terminó la g u e r r a entre mi q u e r i d o h e r m a n o
cábamos, señor, se ha encontrado y no está lejos.
y y o ; consideraré enemigo mío y aborreceré, tanto
D. CÉSAR.—¿Se ha encontrado ? ¿Dónde está? ¡Ha-
como las p u e r t a s del infierno, al que i n t e n t e reavivar
bla!
la chispa extinguida de nuestras discordias, y encen-
der con ella nueva hoguera. No espere complacerme
que hemos reñido en tan sangrientos combates. Lle-
ni cuente con mi agradecimiento quien venga á ha-
vada en alas del júbilo, mi alma vuela por encima de
blarme mal de mi hermano, ó movido por erróneo
Jas cosas terrenales. En el océano de luz que me ro-
celo, lance la acerada flecha, aguzada por algún demo-
dea, todas las nubes, todas las fases oscuras de la vida
nio imprudente. Las palabras que deja escapar la cólera
se han desvanecido. Contemplo estas bóvedas y estas
sobrado pronta, no echan raíces en los labios; pero re-
salas, y pienso en la gratísima emoción y en la alegría
cogidas por el oído del recelo, se deslizan y se adelan-
que experimentará la que ha de ser mi esposa, cuando
tan como planta trepadora, y pegándose á la tapia, la
la haga penetrar, como princesa y como soberana,
envuelven en mil ramas tupidas. Así los mejores y
en este castillo. Aún no ama sino á su amante. Se
más puros, son arrastrados á irremediable extravío.
entregó á un extranjero, á un hombre anónimo, y no
(Da un nuevo abrazo á su hermano y vase; acompáñale el
sospecha que puede ser don Manuel, príncipe de Me-
segundo coro.)
sina, quien ha de ceñir en su hermosa frente la diade-
ma de oro. ¡Cuán dulce es dar' á la que se ama una
grandeza y una magnificencia que ella no esperó!
ESCENA Vil Largo tiempo m e he privado de ese placer, el más
grande de todos. Su belleza será siempre, es cierto, el
DON MANUEL y EL PRIMER CORO mejor de sus adornos; pero el esplendor puede realzar
la belleza, como la montura de oro acrecienta el brillo
EL CORO-CAYETANO.—Señor, con sorpresa te miro, del diamante.
y trabajo me cuesta reconocerte. Apenas respondes
E L CORO - CAYETANO. Señor, por vez primera veo
con algunas lacónicas palabras al cariñoso lenguaje de
que tus labios rompen el sello de un largo silencio De
tu hermano que se te adelanta con buenas intenciones
mucho tiempo aca te seguía con curiosa mirada, sospe-
y con el corazón abierto, mientras sigues absorto en
chando la existencia de un largo y maravilloso secre-
tus pensamientos y soñador; parece que sólo el cuerpo
to; pero no tenía audacia bastante para preguntarte lo
permanece aquí mientras vuela enajenada el alma.
que de tal modo escondías en las tinieblas. Los place-
Quien así te viese, podría fácilmente echarte en cara
res animados de la caza, las carreras de los caballos
tu frialdad y tu continente altanero y reservado; pero
las victorias del halcón, no tienen ya para ti atractivo
yo no puedo acusarte de insensibilidad, porque vuel-
alguno. Al inclinarse el sol hacia los límites del hori-
ves en torno la mirada feliz, y la sonrisa está posada
zonte, desapareces de la vista de t u s compañeros y
en tus labios.
ninguno de nosotros, que en la guerra y en la caza' te
D. MANUEL.—¿ Qué puedo decir? ¿Qué puedo res- seguimos, puede alejarse contigo por los senderos so-
ponder? Puede mi hermano encontrar palabras, sor- litarios. ¿ Por qué hasta ahora has tenido recelosamente
prendido como está, y conmovido por un sentimiento escondida la felicidad de tu a m o r ? ¿Quién fuerza al
nuevo; siente derretirse en su seno antiguos odios, y hombre fuerte á que disimule? porque no cabe temor
admira el cambio de su corazón; pero yo no guardaba en tu ánimo.
ya rencor alguno. Apenas he podido saber aún por
D. MANUEL.-La dicha tiene alas, y es difícil enea-
denarla; hay q u e tenerla encerrada bajo llave. Diósele mal, aterrado y tembloroso, tendido á los piés de una
el silencio p o r guardián, y tiende el vuelo así que la religiosa que le acaricia con dulzura. Quedé inmóvil y
indiscreción ligera le abre las p u e r t a s . P e r o ahora q u e confuso e m p u ñ a n d o el dardo y pronto á lanzarlo, mas
tan cerca estoy de la meta, puedo y q u i e r o r o m p e r ese la religiosa me dirigió u n a mirada suplicante y per-
prolongado silencio; p u e s á la luz del p r ó x i m o dia será manecimos ambos m u d o s frente á frente. ¿Cuánto
ella mía, y los demonios de los celos no t e n d r á n sobre
mí ningún poder. No estaré ya obligado á deslizarme
furtivo para robar los f r u t o s preciosos del amor, ni
me será ya necesario a p o d e r a r m e del placer á su paso.
Mañana será igual al día feliz de la víspera, y mi dicha
no se parecerá al relámpago que a l u m b r a instantáneo
y se desvanece en las tinieblas, sino al curso de u n
arroyo, á la arena que señala las h o r a s al derranfarse.
E L CORO - CAYETANO.—Entonces, señor, dinos el nom-
bre de la que te concede tan misteriosa felicidad, y
así podremos celebrar tu envidiable s u e r t e y h o n r a r
á la desposada de nuestro príncipe. Dinos dónde la ha-
llaste, en q u é lugar escondes esa intimidad silenciosa;
p o r q u e hemos recorrido en todas direcciones, yendo
de caza, los senderos más extraviados de la isla, y nin-
g u n a huella nos descubrió tu dicha, tanto que la cree-
ría envuelta en mágica nube.
D. MANUEL.—Voy á desvanecer esta magia, p o r q u e
desde ahora ha de aparecer á la luz del día cuanto es- duró aquel instante ? no lo sé, p o r q u e perdí la medi-
taba escondido. Oíd, y sabed lo q u e m e acaeció: Cinco da del tiempo. Su mirada ahondó en mi alma, y mi
meses há, reinaba aún mi p a d r e sobre esta isla, y con corazón se m u d ó de súbito. Lo q u e entonces dije, lo
poderosa m'ano doblegaba á la j u v e n t u d bajo su yugo. que m e respondió la celeste criatura no me lo pregun-
Yo no conocía más que los rudos goces de las a r m a s téis ; todo ello es para mí como un sueño de los bien-
y el bélico placer de la caza. Habíamos cazado todo el aventurados días de mi infancia. Al volver en mí, sentí
día entre la espesura del monte, c u a n d o persiguien- su corazón palpitar junto al mío. Entonces oí el'toque
do u n a blanca cervatilla me alejé de m i séquito. El argentino de una campana, q u e parecía anunciar la
tímido animal huía á través de los r e c o d o s del valle, hora de las preces, y en esto ella desapareció de re-
saltando barrancos, zarzales y setos i n f r a n q u e a b l e s . pente como una sombra que se desvanece en los aires,
Por fin salvó la puerta de un jardín, y desapareció de y no la ví más.
mi vista. Descabalgo entonces de golpe, la sigo, y E L CORO - C A Y E T A N O . — T U relato, señor, me ha llena-
blandía ya mi dardo, cuando veo con asombro al ani- do de temores. ¿ Habrás robado á Dios ? ¿ Habrás puesto
tu culpable deseo en una esposa del cielo? Los debe-
res del claustro son terribles y sagrados.
D. MANUEL.—Desde aquel m o m e n t o sólo tenía un
camino que seguir. Mis deseos hasta entonces vagos é
inquietos estaban fijados; había encontrado el móvil de
mi vida, y como el peregrino vuelve el rostro á Oriente
donde brilla el sol que le guía, también mis esperanzas
y mis deseos se dirigieron á u n solitario astro del cielo.
No se levantó un día del fondo de los mares, ni un día
se hundió en el horizonte, sin reunir á los dos felices
amantes. Nuestros corazones estaban ligados uno á
otro, y el cielo, que todo lo ve, era el discreto confi-
dente de nuestra dicha silenciosa. Nada teníamos que
pedir á los hombres. Nuestra vida era una sucesión de
instantes preciosos, de días felices, ya que mi dicha no
fué un sacrilegio, puesto que ningún voto encadenaba
aún su corazón, que se me entregó para siempre.
EL CORO-CAYETANO.—¿Era el claustro el libre asilo
de su tierna juventud y no la t u m b a de su vida?
D. MANUEL.—Era ella depósito precioso confiado á la
casa de Dios, pero depósito q u e debia ser recuperado.
E L CORO - CAYETANO. — ¿ Á q u é sangre se gloría de
pertenecer ? porque lo noble, solamente de noble raza
desciende.
D. MANUEL.—Ha crecido sin conocerse á sí m i s m a ;
no sabe cuales son su raza y su patria.
E L CORO - CAYETANO.—¿ Y ningún oscuro indicio pue-
de indicarle la ignota fuente de su existencia ?
D. MANUEL.—El único h o m b r e q u e conoce su origen
afirma que la niña es de noble sangre.
EL CORO - CAYETANO.—¿ Quién es ese h o m b r e ? No me
ocultes nada. Sólo sabiéndolo todo puedo darte útil
consejo.
D. MANUEL.—Un viejo servidor la visita de vez en
c u a n d o , y es el único intermediario entre ella y su
madre.
EL CORO - CAYETANO.—¿Y nada has podido arrancar
del anciano? La vejez se deja intimidar y habla fácil-
mente.
D. MANUEL.—Jamás me atreví á demostrarle una
curiosidad que podía declarar mi dicha misteriosa.
EL CORO - CAYETANO.—¿ Y q u é decía á la doncella ?
D. MANUEL.—De un año para otro la hizo esperar
que el tiempo descubriría el misterio.
EL CORO - CAYETANO.—¿ Y no dijo que este t i e m p o
estaba próximo?
D. MANUEL,—Hace algunos meses, el anciano la
amenazó diciendo que se m u d a r í a su suerte.
E L CORO - C A Y E T A N O . — ¿ A m e n a z a d o , dices? ¿temes
descubrir algo q u e nuble tu bienestar ?
D. MANUEL.—Un cambio cualquiera aterroriza á los
que son dichosos. Cuando no se espera nada mejor,
.tememos perderlo todo.
E L CORO - CAYETANO.—Pero el descubrimiento que
temes, puede ser favorable á tu a m o r .
D. MANUEL.—Puede también aniquilar mi felicidad.
Por ello me ha parecido más seguro prevenir ese ins-
tante.
EL CORO - CAYETANO.—¿Cómo, señor? Me das miedo:
tan pronta decisión me tiene intranquilo.
D. MANUEL.—Desde el pasado mes, el anciano dejaba
entrever con misteriosos signos que no estaba lejano
el día en que la niña volvería á sus padres. Mas ayer
habló m á s claramente, y dijo que á los primeros albo-
res de la mañana—refiriéndose a hoy—debía decidirse
su porvenir. No había m o m e n t o que p e r d e r ; mi reso-
lución f u é pronta, y p r o n t a m e n t e ejecutada. Esta no-
che he robado á la doncella y la he ocultado en Mesina.
EL CORO - C A Y E T A N O . — ¡ T e m e r a r i o y culpable rapto!
Perdona, señor, la libertad de mis reproches; ejerzo el
derecho del p r u d e n t e anciano cuando la juventud
irreflexiva se extravía.
D. MANUEL.—La he dejado cerca de un convento de
religiosas, en el silencio de un jardín retirado, donde dido en sus cabellos, envolverá como nube ligera y
no puede penetrar la curiosidad. De ella m e separé transparente su espléndida figura. Y la virginal coro-
para venir á reconciliarme con mi h e r m a n o . Allá se na de mirto completará el hermoso tocado.
quedó, sola y atemorizada, sin la m e n o r sospecha de E L CORO - CAYETANO.—Se hará, señor, como tú lo or-
que va á verse envuelta en regios esplendores, eleva- denas. Todo lo que pides, en el bazar está.
da sobre un trono de gloria y llamada á aparecer ante D. MANUEL.—Sacad de mis cuadras la más arrogante
todo Mesina; porque no me volverá á ver sino en el hacanea, blanca y brillante como los corceles del sol;
aparato de la grandeza y del poderío, solemnemente enjaezadla con una gualdrapa de p ú r p u r a , y arnés y
rodeado por vosotros, mis caballeros. No quiero q u e la brida adornadas de pedrería; p o r q u e está destinada á
desposada de don Manuel sea presentada á la m a d r e mi reina. Y vosotros estad prontos á acompañar á
que la doy, como una fugitiva de su patria. Quiero, vuestra soberana con toda la p o m p a de un cortejo ca-
sí, conducirla a la casa de mis mayores con el cortejo balleresco, y á los alegres acordes de la música. Por
de una princesa. mí mismo quiero cuidar de los preparativos; síganme
dos de vosotros y espérenme los demás. Guardad en
E L CORO-CAYETANO.—Manda, s e ñ o r ; e s p e r a m o s tus el fondo del corazón lo que os he revelado, hasta q u e
órdenes. os permita hablar.
D. MANUEL.—Aunque m e h e a r r a n c a d o d e s u s bra:
zos, de ella solamente he de ocuparme. Vais á seguir-
me al bazar, donde los moros exhiben las ricas estofas y
los encantadores objetos labrados en Oriente, y allí elegi- ESCENA VIII
réis las elegantes sandalias que deben a d o r n a r y res-
EL CORO - CAYETANO
g u a r d a r sus piés delicados; tomad para sus trajes-las
telas de la India que brillan como la nieve del Etna,
vecino del resplandor del cielo, y que envolverán, va- Ahora que ha cesado la g u e r r a entre nuestros prín-
porosas con las b r u m a s m a t u t i n a s , su cuerpo esbel- cipes, decid : ¿qué vamos á hacer para ocupar los ocios
to y juvenil. Sea la p ú r p u r a , ornada de ligeros ador- de los días y la interminable sucesión del tiempo ? El
nos de oro, el cinturón que retendrá graciosamente su hombre debe tener para m a ñ a n a una inquietud, un
vestido debajo del púdico seno. Escoged también un temor, una esperanza, si quiere soportar el peso de la
manto de seda, de radiante color p u r p ú r e o , q u e arras- existencia y la penosa monotonía de las h o r a s ; es ne-
trará pendiente de sus hombros. No olvidéis los b r a - cesario que el hálito refrigerante del viento anime la
zaletes que rodearán sus brazos hechiceros, ni las superficie inmóvil de la vida.
joyas en que se engarzan perlas y corales, dones ma- UN HOMBRE DEL CORO - MANFREDO.— Hermosa es la
ravillosos de la diosa de los mares. Ceñirá su cabeza p a z ; semeja á un mancebo q u e reposa en la margen
una diadema compuesta con las piedras más preciosas, de plácido arroyo. En torno suyo retozan alegres sus
donde el rubí, centelleante como el fuego, confundirá ovejas sobre el césped bañado por el sol, y repite en
su brillo con el de la esmeralda. Un largo velo, pren- su caramillo melodiosos cantares q u e despiertan el
eco de la montaña, m i e n t r a s el m u r m u r i o de losarro-
yuelos le i n f u n d e el sueño á los r a y o s del sol poniente.
E L SEGUNDO - B E R E N G U E R . — Ó bien confiémonos á la
Pero también la guerra tiene sus encantos, ¡la g u e r r a
divinidad azulada, siempre en movimiento, que nos
q u e impulsa con vivo movimiento el destino del hom-
ofrece riente espejo y nos llama á su imperio sin lími-
bre! Pláceme esta vida agitada; g u s t o de esta variedad,
teV
de esta incertidumbre, de esta violencia sobre las olas^
ya enhiestas, ya mansas, de la f o r t u n a . Construyámonos sobre las inquietas olas alegre y
leve edificio. Quien con la rápida proa corta las ondas
. E l h o m b r e languidece en la paz. La ociosa indolen- verdes y límpidas, es el desposado de la f o r t u n a , dueña
cia es la sepultura de su ardimiento. La ley es la ami- del m u n d o , y sus mieses florecen sin haber sembrado ;
ga del débil; todo se pone á igual nivel en la paz, y porque el m a r es el teatro de la esperanza, el imperio
hasta el m u n d o se convertiría en interminable llanura. caprichoso del azar. Allí queda el rico súbitamente
P e r o la guerra da a ¡a fuerza ocasión de mostrarse; pobre, y el pobre se alza al par de los príncipes. Como
todo lo eleva á extraordinaria altura, é i n f u n d e valor recorre el vendabal con la velocidad del pensamiento
en el más cobarde. el círculo del horizonte, así se m u d a n los decretos
O T R O HOMBRE D E L CORO - B E R E N G U E R . — ¿ N O están del destino y gira la rueda de la fortuna. Todo flota
abiertos los templos del a m o r ? ¿No corre el m u n d o al . sobre las olas, y no existe dominio ninguno en el mar.
encuentro de la h e r m o s u r a ? Allí está el temor, allí la
E L T E R C E R O - CAYETANO.—No sólo en su imperio es
esperanza; aquí el que place á la mirada, es rey. Asi
voluble la felicidad y no p u e d e detenerse ; también
el a m o r anima la vida y realza sus pálidos colores. La
se m u d a y varía en la tierra, con hallarse f u e r t e m e n t e
hija amable de la e s p u m a de las a g u a s hechiza con la
asentada en viejos y eternos cimientos. Esta nueva
ilusión nuestros felices años, y mezcla con la triste y
paz me da inquietudes, y no puedo confiarme á ella.
vulgar realidad las imágenes de los sueños de oro.
No quisiera yo construir mi cabaña sobre la lava q u e
U N T E R C E R O - CAYETANO.—Quede la flor para la pri- vomitó el volcán. Los estragos del odio f u e r o n harto
mavera. Brille la h e r m o s u r a . Teja la juventud verdes profundos, y acaecieron cosas sobrado graves para
guirnaldas: m a s al hombre m a d u r o cuadra servir á que p u e d a n ser perdonadas y olvidadas. ¡Quién dirá su
m á s grave divinidad. desenlace ! Mis reflexiones y mis presentimientos me
E L PRIMERO - M A N F R E D O . — S i g a m o s en los bosques aterran, y mis labios no se atreven á expresar lo que
salvajes á la austera Diana, la amiga de la caza: mar- preveo. Pero no m e place ese misterio, ese himeneo
chemos á los sitios donde la e n r a m a d a esparce las sin bendición, esos senderos oscuros y tortuosos del
sombras m á s tupidas, y saltan los corzos de lo alto de a m o r , el rapto temerario del claustro. Lo bueno sigue
las p e ñ a s ; p o r q u e la caza es la i m a g e n de los comba- la vía recta, y la mala semilla p r o d u c e malos frutos.
tes, y Diana la desposada feliz del severo dios de la
E L SEGUNDO - BERENGUER.—Así, p o r u n rapto, la es-
g u e r r a . Dejaremos el lecho á los p r i m e r o s albores del
posa de nuestro anciano príncipe f u é forzada á e n t r a r
día, cuando la trompa sonora nos llame al h ú m e d o
en u n lecho criminal : eligióla el padre, y el abuelo,
valle, á las montañas, al borde de los precipicios, para
encolerizado, dejó caer su t r e m e n d a maldición sobre
bañar nuestro cuerpo fatigado en las frescas ondas del
el culpable h i m e n e o . Ocúltanse en esta casa crímenes
céfiro.
sin nombre, negras infamias.
E L CORO - C A Y E T A N O . — S í , los comienzos son malos y
mala será la terminación, creedme: porque todo crimen
cometido en un arrebato de cólera debe ser expiado.
No f u é el azar, no f u é el ciego destino quien arrebató
de f u r o r á los dos h e r m a n o s . Maldecido el seno de su
madre, debía dar á luz el odio y la g u e r r a . Pero fuerza
es callar. Los dioses vengadores fabrican su obra en si-
lencio; será tiempo de deplorar esas catástrofes cuando
se acerquen y se manifiesten. (Vase el coro.)

A C T O II

ESCENA PRIMERA

M u t a c i ó n d e e s c e n a . J a r d í n c o n v i s t a al m a r

BEATRIZ s a l e d e u n p a b e l l ó n , da a l g u n o s p a s o s i n c i e r t o s c o n
i n q u i e t u d m i r a n d o á t o d o s l a d o s , y se d e t i e n e de p r o n t o .

BEATRIZ

o es él; es el aire que m u r m u r a atravesando


las copas de los pinos. Ya el sol desciende
hacia el horizonte, vanse las horas con lento
paso, y me siento sobrecogida por el terror.
Este mismo silencio, esta quietud me a t e r r a n . En todo
lo que alcanza la mirada nada se m u e s t r a . ¡ Me deja
aquí languideciendo en mi angustia!
Oigo cercano el m u g i d o y el hormigueo de la m u -
c h e d u m b r e en la ciudad, semejante á u n a cascada es-
p u m a n t e . Á lo lejos suena el m a r inmenso,... las olas
q u e se r o m p e n contra la playa con sordo r u m o r . Todo
llena mi alma de espanto. Siéntome débil en medio de
E L CORO - C A Y E T A N O . — S í , los comienzos son malos y
mala será la terminación, creedme: porque todo crimen
cometido en un arrebato de cólera debe ser expiado.
No f u é el azar, no f u é el ciego destino quien arrebató
de f u r o r á los dos h e r m a n o s . Maldecido el seno de su
madre, debía dar á luz el odio y la g u e r r a . Pero fuerza
es callar. Los dioses vengadores fabrican su obra en si-
lencio; será tiempo de deplorar esas catástrofes cuando
se acerquen y se manifiesten. (Vase el coro.)

A C T O II

ESCENA PRIMERA

M u t a c i ó n d e e s c e n a . J a r d í n c o n v i s t a al m a r

BEATRIZ s a l e d e u n p a b e l l ó n , da a l g u n o s p a s o s i n c i e r t o s c o n
i n q u i e t u d m i r a n d o á t o d o s l a d o s , y se d e t i e n e de p r o n t o .

BEATRIZ

o es él; es el aire que m u r m u r a atravesando


las copas de los pinos. Ya el sol desciende
hacia el horizonte, vanse las horas con lento
paso, y me siento sobrecogida por el terror.
Este mismo silencio, esta quietud me a t e r r a n . En todo
lo que alcanza la mirada nada se m u e s t r a . ¡ Me deja
aquí languideciendo en mi angustia!
Oigo cercano el m u g i d o y el hormigueo de la m u -
c h e d u m b r e en la ciudad, semejante á u n a cascada es-
p u m a n t e . Á lo lejos suena el m a r inmenso,... las olas
q u e se r o m p e n contra la playa con sordo r u m o r . Todo
llena mi alma de espanto. Siéntome débil en medio de
esta terrible grandeza, y como la hoja caída del árbol, la hora fatal, he decidido de mi suerte con mi propia
me pierdo en el espacio infinito. m a n o ! No le elegí libremente.... él vino á mi encuen-
¿ Por q u é abandoné mi plácida celda ? Allí, vivía sin tro. El dios penetra á través de las p u e r t a s cerradas,
echar nada de menos y sin ansia alguna. Mi corazón es- ábrese camino hasta la torre de Danae, y el destino
taba tranquilo como la verdura de los p r a d o s ; sin de- no pierde su víctima. A u n q u e esté atada á desiertos
seo pero no sin júbilo. Ahora me a r r a s t r a la oleada de la peñascos, ó á las
vida, y el m u n d o me oprime en sus brazos de gigante, columnasdel Atlas
lie roto mis primeros lazos, fiada en la frivola prenda q u e sostienen e l
de un juramento. cielo, un corcel ala-
¿ Dónde estaba mi razón ? <¡ Qué h i c e ? do llegará hasta
Ciega ilusión me engañó y m e extravió. He desga- ella.
r r a d o el velo de mi casta juventud, h e f r a n q u e a d o los No quiero m i r a r
umbrales de mi celda piadosa. ¿ Me ha envuelto la h a c i a a t r á s , no
magia del infierno? En mi culpable f u g a he seguido á echo de m e n o s mi
un hombre, á un raptor audaz. ¡Oh, ven, amado mío! retiro. Amo, y
¿ Dónde estás ? <• Por qué esta tardanza ? Libra, libra mi quiero confiarme
alma de sus combates. Me roe el a r r e p e n t i m i e n t o , y el a l a m o r . ¿ Hay ma-
dolor se apodera de m í ; tranquilice m i corazón tu yor felicidad que
presencia querida!
esta ? Yo
¿ Pero no debía, acaso, abandonarme al único h o m - me contento, con
bre que me ha mostrado cariño ? Fui lanzada á la vida mi suerte. No co-
como una extranjera, y bien pronto u n destino rigo- nozco los d e m á s
roso, cuyo velo no me atrevo á levantar, me arrancó goces de la v i d a :
del seno materno. Una sola vez he visto á la que me n o c o n o z c o , ni
dió el sér, y su imagen se ha desvanecido á mis ojos quiero jamás conocer á los que se llaman mis pa-
como un sueño. dres, si han de s e p a r a r m e de ti, amado mío. Q u i e -
Así iba yo creciendo tranquila en aquella morada de ro ser e t e r n a m e n t e u n enigma para mi propio pen-
paz, así atravesaba la época ardorosa d e la vida, acom- samiento. Bastante s é ; sólo para ti q u i e r o vivir.
pañada de fantasmas, cuando de p r o n t o parece él en (Con atención creciente.) ¡ Qué escucho! ¿ Es el sonido
los umbrales del claustro con la belleza de un dios y el de su voz querida? No; es el eco del m a r q u e r o m p e
viril continente de un héroe. ¡ O h ! no hay palabras sus olas con sordo r u m o r contra la playa. No, no es
q u e expresen mi emoción ; se adelanta á m i encuentro mi amado. ¡ Desdichada de m í ! ^ Dónde está ? ¡ Qué
como un morador de otro m u n d o , y al instante queda estremecimiento glacial me sobrecoge! El sol descien-
el lazo estrechado: lazo que parecía haber existido de cada vez más. Este sitio se va haciendo m á s solitario
siempre, y que los hombres no r o m p e r á n jamás. á cada momento, y un peso m a y o r o p r i m e mi corazón.
Perdona ¡oh tú que me diste la vida! si adelantando ¿Qué le detiene? (Da algunos pasos inqjftffos, con inquie-

"ALF: • "> T.
ind.) No m e atrevo á salvar las tapias tranquilas de este (Al coro.) El r u d o aspecto de vuestras a r m a s atemoriza
jardín. El t e r r o r se apoderó de mí apenas osé pene- á esta tierna doncella : retiráos, y permaneced á res-
trar en la vecina iglesia. Cuando sonaba la hora de la petuosa distancia. (A Beatriz.) Nada t e m á i s ; el tímido
oración, u n a fuerza poderosa, q u e dominaba mi alma, p u d o r y la belleza son sagrados para mí. (Retirase el
m e empujaba hacia el santo lugar, á hincar las rodillas coro. Se acerca d ella y la coge la mano.) ¿ Dónde es-
y á invocar á la m a d r e de Dios y no p u d e resis-
tirla.
¿ Y si un espía siguiese mis pasos ? El m u n d o está
lleno de enemigos. La astucia tiende en todos los sen-
deros sus r e d e s engañosas para tentar á la piadosa
inocencia. ¡ C u á n cruelmente lo experimenté el día en
que, movida por culpable atrevimiento, salí fuera del
recinto del claustro á ver una m u l t i t u d de extranje-
ros ! Era en la solemnidad de los funerales del p r í n -
cipe. Cara p a g u é mi temeridad. Dios sólo me libró
Cuando aquel mancebo, aquel extranjero se m e acercó
con inflamados ojos, y con su mirada que me aterraba,
que penetraba en mis e n t r a ñ a s y parecía leer en el
fondo de m i corazón Al recordarlo, siento a ú n el
calofrío de miedo q u e hiela mi seno. Jamás, ¡oh ! ja-
más puedo confundir mis m i r a d a s con las de mi ama-
do, cuando pienso en esa falta s e c r e t a ! (Escucha.)
¡ Voces en el jardín ! ¡ Es él, es mi amado ! es él mismo!
Ahora no es alucinación de mi oído, no. Viene ; se va
acercando. Vuelo á sus brazos.
(Echa i correr con los brazos abiertos hacia el fondo del
jardín. Don César avanza á su encuentro.)
tabas? ¿Cuál f u é el dios que te arrebató a mi vista por
tanto tiempo ? Te he buscado, te he p e r s e g u i d o ; en
ESCENA II mis ensueños y en mis vigilias, eras el único sentimien-
to q u e vibraba en mi corazón, desde el p u n t o en que
DON CÉSAR, BEATRIZ, EL CORO te vi p o r vez primera como ángel resplandeciente, en
los funerales del príncipe. No h a s podido desconocer
BEATRIZ (retrocede con terror).—¡Desgraciada! ¿Qué el imperio q u e sobre mí ejercías. Bien te lo dijeron el
veo ? (El coro se adelanta). a r d o r de mis miradas, la emoción de mi voz, y mi
D. CÉSAR.—Nada temáis, tierna y hermosa criatura. mano q u e temblaba en la tuya, a u n q u e la austera
majestad de aquel sitio m e prohibía declararlo más (Al coro.) Desde este instante honradla como á una des-
resueltamente. La celebración de la misa me llamaba posada y como á vuestra princesa. Dadle á conocer la
á la oración, y cuando m e p u s e otra vez en pié, al grandeza de su porvenir. Pronto volveré á buscarla
lanzarte la p r i m e r a m i r a d a , fuiste arrebatada á mi con aparato digno de ella y de mí. (Vase.)
vista; pero yo quedé e n c a d e n a d o á ti con todas sus
fuerzas por la magia de u n lazo inquebrantable. Des-
de aquel día, te busco sin t r e g u a en todas las iglesias,
á la p u e r t a de todos los palacios, en todos los sitios ESCENA III
públicos y secretos en q u e puede mostrarse la ino- BEATRIZ y EL CORO
cencia. Por todas partes h e d e s p a r r a m a d o mis emi-
sarios; pero todos mis cuidados han sido inútiles,
hasta este día, en que p o r fin la diligencia de u n o de E L CORO-BOHEMUNDO.—¡ Salud , doncella, amable
mis servidores, guiada sin d u d a por u n dios, te ha soberana ! ¡ Triunfaste, t u y a es la corona! Yo te sa-
descubierto en la vecina iglesia. (Beatriz, que en esto ludo, á ti que p e r p e t u a r á s esa raza; á ti, madre feliz de
futuros héroes!
ha permanecido temblorosa, vuelve la cabeza y hace un
ademán de terror.) Te e n c u e n t r o , al fin, y antes mi alma ROGER.—¡ T r e s veces salve! Con óptimos auspicios
abandonará mi cuerpo q u e te deje y o ; para encade- entras gozosa en una casa que la dicha habita, favore-
nar al azar, para libertarme del demonio, te presento cida por los dioses, ornada de las coronas de la gloria,
á todos esos testigos como esposa mía y te doy en donde el cetro de oro, por constante sucesión, pasa de
garantía mi m a n o de caballero. (La acompaña ante el los ascendientes á sus hijos.
coro.) No quiero indagar q u i é n eres, te quiero por ti, BOHEMUNDO.—Los dioses domésticos, y los a n t e p a -
y nada pido á los demás. T u primera m i r a d a me de- sados nobles y venerados de esa casa, se alegrarán por
claró q u e tu alma es p u r a como tu o r i g e n ; y no te tu amable venida. En los u m b r a l e s serás recibida por
amaría menos, a u n q u e f u e s e s de la m a s baja cuna. Hebe, la de la juventud siempre floreciente; p o r la
¡He perdido la libertad d e elegir? Sabe q u e soy victoria brillante, la diosa alada q u e descansa en la
dueño de mis acciones y bastante principal en el m a n o del Dios s u p r e m o , y q u e conduce al t r i u n f o al
m u n d o para elevar hasta m í , con brazo robusto, á la t e n d e r el vuelo.
q u e amo. Yo soy don César, y en esta ciudad de ROGER.—Jamás la corona de la h e r m o s u r a salió de
Mesina nadie más grande q u e yo. (.Beatriz se pone de esta raza. Cada princesa transmitió á la que le sucedía
nuevo á temblar: él lo nota, y continúa después de un el cinturón de las gracias y el velo de la modestia. Pero
momento de silencio.) Pláceme tu sorpresa y tu modes- el más hermoso espectáculo f u é para mí la más bella
to silencio; el p u d o r h u m i l d e corona t u s atractivos; de las hijas, junto á la m a d r e en la flor de la belleza.
la h e r m o s u r a ignora cuánto vale y se espanta de su BEATRIZ (recobrándose de su terror).—¡Desdichada!
propio poder. Voy á salir y te dejaré sola, para q u e ¿En q u é manos m e ha echado la suerte ? Entre todos
tu espíritu se recobre de su t e r r o r ; p o r q u e también los seres vivos éste es á quien debía t e m e r más. Ahora
la impresión de una dicha nueva suele causar espanto. comprendo el estremecimiento, el horror misterioso
que me hacía temblar cuando se pronunciaba el nom-
bre de esa raza terrible que se odia á sí misma, y
se desgarra, y se encarniza enfurecida contra su pro-
pio seno. ESCENA V
Con espanto he oído hablar varias veces del odio
envenenado de los dos h e r m a n o s ; y ahora el destino DOÑA ISABEL, DON MANUEL, DON CÉSAR
tremendo me lanza á m í , desgraciada y sin apoyo,
en el torbellino de semejante fatalidad. ISABEL.—Por fin llegó el día solemne y ardientemen-
(Echa á correr y desaparece en el pabellón del jardín.) te deseado; el día esperado con tal impaciencia. Veo
á mis hijos unidos por el afecto. Enlazo sus manos, y
por vez p r i m e r a r e u n i d o s en esta intimidad, puede
ESCENA IV vuestra m a d r e dichosa abriros su corazón. Alejada se
halla la grosera m u l t i t u d de testigos q u e se interpo-
E L CORO -BOHEMUNDO.— Envidio á los felices hijos de nen entre vosotros y yo, presta al combate, y no ate-
los dioses, á los señores afortunados del p o d e r ; suyo moriza mis oídos el r u m o r de las armas. Como la
es lo más precioso, y ellos recogen la flor de cuanto nocturna bandada de buhos, moradores de un edificio
estiman los mortales por h e r m o s o y g r a n d e . en ruinas, abandona sus nidos y h u y e cual negro
ROGER. — Cuando el pescador se s u m e r g e en las e n j a m b r e q u e oscurece la claridad del día, cuando •
aguas para coger perlas, les destina la más hermo- el dueño, largo tiempo desterrado, regresa con gozosa
sa; para ellos también la p a r t e mejor de la cosecha pompa á levantar un nuevo edificio; así h u y e el odio
obtenida por el trabajo c o m ú n . Conténtense los servi- antiguo acompañado de su tenebroso cortejo. La sos-
dores con su porción, p u e s la principal es para el señor. pecha de siniestra mirada, la envidia de pálido ros-
BOHEMUNDO.—No le d i s p u t o las d e m á s ventajas: m a s tro, la maldad r e p u g n a n t e , abandonan nüestras puer-
le envidio su más precioso privilegio, el de poder ele- tas para h u n d i r s e m u r m u r a n d o en el infierno, y con
gir entre las flores de la belleza. Lo que hechiza las la paz vuelven la sonriente confianza y la dulce con-
miradas de todo el m u n d o , sólo él lo posee. cordia. (Hace una pausa.) Pero no basta que este día
dé á cada u n o u n h e r m a n o ; os da también u n a her-
ROGER. — El corsario aborda á la orilla espada en
m a n a . ¡ Os asombráis me miráis con s o r p r e s a !
mano. En su nocturna algarada arrebata h o m b r e s y
mujeres, y satisface sus brutales a p e t i t o s ; m a s no se Sí, hijos míos, es tiempo de r o m p e r el silencio; es
atreve á tocar á la más bella presea real. tiempo de rasgar el sello de u n secreto m u c h o há
BOHEMUNDO.—Vamos ahora á g u a r d a r la entrada y g u a r d a d o . Yo di una hija á vuestro p a d r e ; tenéis una
Jos umbrales de este santo retiro, á fin de que ningún h e r m a n a , y hoy la estrecharéis en vuestros brazos.
profano p e n e t r e en este misterio, y así seamos mere- D. CÉSAR.—¿ Qué dices, m a d r e ? ¿ Tenemos una her-
cedores de los elogios del señor, q u e nos ha confiado mana, y jamás h e m o s oído hablar de ella ?
su m á s precioso bien. D. MANUEL.—En nuestra alegre infancia, cierto que
(Retirase el coro al fondo del teatro.—Mutación de escena. oímos decir que nos había nacido u n a , h e r m a n a ; pero
Una sala de palacio.) contaban que la m u e r t e la arrebató en f ta''%pa.
ISABEL.—Pues se equivocaron: vive.
D. CÉSAR.—¡ Vive, y nos la h a s tenido oculta ! del niño. El significado de esta visión m e lo declaró
un monje favorecido de la gracia divina, en el cual
ISABEL.—Voy á deciros los motivos de mi silencio
mi corazón ha encontrado s i e m p r e consuelo y con-
babed lo que pasó y cuales f u e r o n sus frutos. Erais
sejo en todos los pesares de este m u n d o , y quien m e
aun niños, y ya la deplorable antipatía, q u e no debe
reveló que daría la vida á una niña que t r a n s f o r -
renacer jamás, os dividía y llenaba de tristeza. En esto
maría en un sentimiento de a m o r ardiente la belicosa
vuestro padre tuvo u n día un raro s u e ñ o ; parecióle
condición de m i s hijos. En mi alma g u a r d é aquellas
ver salir de su lecho nupcial dos laureles que entrela-
palabras, fiando más en el Dios de verdad que en
zaban sus tupidas r a m a s ; entre los dos se levantaba
el espíritu de mentira. Salvé á aquella niña, divina
un l i n o que se convirtió en u n a a n t ¿ r c h a y devoró las
m e n s a j e r a ; á aquella hija de bendición, prenda de
r a m a s tupidas de los laureles, y lanzándose con f u r o r
mi esperanza, que debía ser para mí el i n s t r u m e n t o
hacia el techo, incendió el palacio y lo consumió Ate-
de la paz mientras vuestro odio se acrecentaba sin
rrado por aquella s o r p r e n d e n t e aparición, consultó
tregua.
vuestro padre á u n astrólogo árabe q u e era su orácu-
Jo, y en quien ponía m a y o r confianza de lo que yo D . M A N U E L (abrazando á su hermano).—No es ya ne-
hubiese querido. El á r a b e declaró que si yo daba á luz cesaria nuestra h e r m a n a para f o r m a r el lazo de nues-
una nina, causaría la m u e r t e á sus dos h e r m a n o s y tro amor, pero sin duda lo estrechará aún más.
por ella perecería toda su raza. En esto f u i m a d r e de ISABEL.—La oculté en un retiro seguro, donde f u é
una nina, y vuestro p a d r e dió la orden cruel de arro- cuidada, lejos de mí, por extrañas manos. Me privé
jarla al m a r : pero eludí la sentencia de m u e r t e y de la dicha á pesar de mi ardiente deseo de verla,
p o r q u e temía la severidad de su padre, quien ator-
g u a r d e mi hija, gracias á la p r u d e n t e diligencia de un
fiel servidor. mentado sin cesar por sombría desconfianza, espiaba
todos mis pasos.
D. CÉSAR.-¡Bendito sea el que te prestó auxilio! D. CÉSAR.—Tres meses hace que nuestro padre des-
Jamas falta la p r u d e n c i a al a m o r de una m a d r e
cansa en la t u m b a . ¿Qué ha podido impedirte, madre,
ISABEL. N O era tan sólo la voz del a m o r m a t e r n a l la mostrar á la luz del día á quien por tanto tiempo per-
que me impulsaba á salvar á mi h i j a ; también yo ha- maneció en un claustro, y regocijar así nuestros cora-
bía tenido maravilloso y profético ensueño cuando zones?
llevaba aquella niña en mi seno. Vi á un niño, h e r m o -
ISABEL.—¿Qué otro motivo puede ser, más que vues-
so como el dios del a m o r , que jugaba sobre el césped.
tras m a l h a d a d a s discordias, cuya violencia nada podía
En esto sale del bosque u n león, llevando en su boca
calmar, y q u e inflamadas sobre la t u m b a de vuestro
ensangrentada la presa que acababa de hacer, y viene
padre, no ofrecían m e d i o alguno de reconciliación ?
con blandura á ponerla en el seno del" niño; un águila
¿Podía yo traer á vuestra h e r m a n a entre vuestros
que se cernía en los aires, se dejó caer, con un corzo
aceros crueles ? ¿ Podíais vosotros en el fragor de la
tembloroso cogido en s u s zarpas, y lo d e p u s o tam-
tempestad oir la voz de una m a d r e , y debía expo-
bién con blandura j u n t o á él; y entonces el aguila
ner p r e m a t u r a m e n t e al f u r o r de tales odios aquella
y el león, pacíficos y sumisos, se echaron á los piés
prenda de bienhadada paz, la última áncora á que
la asían mis piadosas esperanzas ? Antes de verla ISABEL.—¡Bendito sea tres veces este día! p o r q u e
entre vosotros, semejante á un ángel de paz, fuerza en un instante me alivió de todos mis dolores... Veo
era que vinieseis ambos á daros el abrazo de herma- mi raza apoyada en sólido f u n d a m e n t o , y p u e d o ten-
nos. Ahora puedo hacerlo y voy á presentárosla. Envié der satisfecha la m i r a d a por la inmensidad del tiem-
en su busca á mi viejo servidor y espero su regreso; po. Ayer aún, cubierta con las tocas de la viudez,
él la sacará de su apacible retiro, y la traerá junto abandonada, sin hijos, semejante á un cadáver, sola
al corazón de una m a d r e y á los brazos de s u s her- me encontraba en estas salas d e s i e r t a s ; hoy t r e s
manos. hijos, en la flor de la juventud, acuden á mi lado.
D. MANUEL.—No será ella sola la que estrecharás hoy ¿Habrá, entre todas las m a d r e s , quien p u e d a com-
en tus brazos maternales. El júbilo entra por todas las pararse á m í ? ¿ P e r o cuál es el príncipe vecino de
puertas, y este palacio desierto va á convertirse en mo- nuestro país q u e nos da sus reales hijas? De ninguna
rada de las gracias encantadoras. Sabe también mi tengo noticia, y mis hijos no p u e d e n h a b e r elegido
secreto, madre mía: tú me das u n a h e r m a n a , yo quie- indignamente.
ro ofrecerte una segunda hija digna de t u amor. Sí, D. MANUEL.—No me obligues, m a d r e mía, á levantar
madre mía, bendice á t u hijo ! Mi corazón ha encon- hoy el velo de mi felicidad. Acércase el día en que todo
trado y ha elegido á la que ha de ser la compañera de debe revelarse. Mi desposada se presentará sola y está
mi vida. Antes que el sol haya abandonado el horizon- segura de que la e n c o n t r a r á s digna de ti.
te, pondré á tus plantas á la esposa de tu hijo.
ISABEL.—En ti reconozco el espíritu y el carácter de
ISABEL.—Con placer estrecharé contra mi seno á la tu padre. También él g u s t a b a de f o r m a r sus proyec-
que ha de hacer feliz á mi primogénito. Nazca el gozo tos en lo m á s hondo de su alma, y de arraigar en su
de sus huellas, y recompensen todas las flores de la corazón silencioso sus resoluciones inquebrantables.
vida al hijo que así glorifica á su m a d r e . Con placer te concedo ese breve plaz'o ; m a s estoy se-
D. CÉSAR.—No derrames, m a d r e mía, todas las ben- gura de que mi hijo César va á n o m b r a r m e su real
diciones sobre tu primogénito. Si bendices el amor, desposada.
también te traeré yo una hija, digna de ti. Ella m e D. CÉSAR.—No suelo ocultarme en el m i s t e r i o ;
enseñó á sentir nuevos afectos. Antes que el día haya llevo escritos con sinceridad m i s sentimientos en mi
espirado, don César te presentará á su esposa. rostro. Pero lo q u e deseas saber de m í — p e r m i t e , ma-
D. MANUEL.—¡Potencia soberana y divina del a m o r ! dre mía, que te lo confiese francamente,—ni yo m i s m o
Con razón eres llamada la reina de las almas. S o m e t i - lo h e p r e g u n t a d o a ú n . ¿ P r e g ú n t a s e de dónde vienen
dos á ti los elementos, puedes unir los más hostiles los rayos inflamados del sol? Harto se denuncian con
corazones; cuánto vive acata tu poder. T ú venciste alumbrar el m u n d o ; su luz atestigua q u e provienen de
la violenta naturaleza de mi hermano, que había p e r - la luz. He leído en los ojos de mi d e s p o s a d a : conozco
manecido hasta ahora inflexible. [Da un abrazo á don la perla por su brillo puro, m a s no p u e d o decirte su
César.) Ahora creo en ti y con mil dulces esperanzas nombre.
te oprimo contra mi pecho fraternal. Ya no d u d o de
ISABEL.—¡ Cómo, don César! Explícate. ¿Te abando-
tu afecto, pues eres capaz de a m a r .
naste á la fuerza de tu p r i m e r a m o r como á la voz de
Dios ? Esperaba de ti la viveza de la j u v e n t u d , m a s no
la ceguedad de un niño. Dinos lo q u e ha motivado tu
elección.
D. C É S A R . — i Mi elección, m a d r e m í a ? Cuando la
oleada del destino arrastra al h o m b r e á la hora fatal,
¿hay en ello elección? Yo no iba en busca de mi despo-
sada, ni tal idea podía o c u r r i r m e en la morada de la
m u e r t e . Allí encontré á la que no buscaba. Hasta en-
tonces, la frivola raza de las m u j e r e s m e había sido
indiferente y no logró conmoverme n u n c a , p o r q u e
no veía una sola parecida á ti, m a d r e mía, á quien
adoro y respeto como imagen de Dios. Era en los tristes
funerales de mi p a d r e ; y ocultos entre la m u l t i t u d ,
asistíamos á ella porque recordarás q u e en tu p r u d e n -
cia nos ordenaste vestir un disfraz, á fin de que la vio-
lencia de nuestro odio no turbase r u i d o s a m e n t e la dig-
nidad de la ceremonia. La nave de la iglesia estaba
tapizada con negras bayetas; veinte estatuas con antor-
chas en la mano rodeaban el altar, ante el cual habían
depositado el ataúd, que cubría la cruz blanca y el paño
mortuorio. Sobre el ataúd se veía el bastón de mando,
la corona real, las espuelas de oro, insignias del caballe-
ro, y la espada con su e m p u ñ a d u r a engarzada en dia-
m a n t e s . Todo el pueblo permanecía arrodillado con de-
voción. De lo alto del coro brotaba la música del órgano
invisible, y más de cien voces entonaron los cantos fune-
rales. Mientras resonaban los himnos, el ataúd bajó len-
t a m e n t e con el cuerpo que encerraba á la subterránea
morada, cuya abertura cubría el paño m o r t u o r i o . Los
terrestres ornamentos quedaron sobre la tierra, p u e s
no debían acompañar al difunto en su honda mansión;
mas el alma, mecida por-los cantos y sostenida por las
alas de los serafines voló á lo alto, en busca del r e f u -
gio del cielo y de la gracia divina. Renuevo este cua-
dro á tu memoria, madre mía, con p o r m e n o r e s minu- D. CÉSAR.—ERA en los tristes funerales de mi padre...
ciosos, para que veas si alimentaba en mi corazón el
m e n o r deseo, en aquel m o m e n t o , en aquella hora
grave y solemne elegida por el árbitro de mi vida
para inflamarme con u n rayo de amor. ¿Cómo acae-
ció ? En vano m e lo p r e g u n t o .
ISABEL.—Acaba. Quiero saberlo todo.
D. CÉSAR.—No m e p r e g u n t e s de dónde venía ella,
ni cómo pareció junto á mí. Cuando volví los ojos,
estaba á mi lado; al encontrarla tan cerca, me sentí
herido hasta el fondo del alma por una impresión con-
fusa, pero potente y maravillosa. No era la dulzura
hechicera de su sonrisa, ni la h e r m o s u r a de sus fac-
ciones, ni la gracia de su figura divina: era... voz ínti-
ma y p r o f u n d a que m e cautivaba con fuerza celestial,
¡poder mágico que no p u e d e comprenderse ! Pareció
que nuestras almas se tocaron sin haberse comunica-
do, ni haber proferido u n a sola palabra. Cuando res-
piré el aire que ella respiraba, m e era extraña, y sin
embargo la conocía hasta lo más h o n d o de su sér, y de
pronto oí distintamente que mi alma decía : ¿ Si ella
no, qué otra será en la tierra ?
D . M A N U E L (le interrumpe vivamente).—Este es el rayo
divino y sagrado del a m o r q u e penetra en el corazón,
le hiere, y le inflama. Cuando dos almas de igual raza
se encuentran, no es posible escoger ni resistir; el
hombre no desata lo que el cielo ató. Yo soy como mi
hermano. Lo q u e acaba de relatar es mi propia histo-
ria, y debo agradecerle esta explicación, p o r q u e le-
vantó con hábil m a n o el velo que cubría el sentimiento
confuso que experimento.
ISABEL.—Bien claro veo que mis hijos siguen su des-
tino rompiendo la vía que les estaba designada. El
torrente fogoso que se precipita de las montañas se
cava su lecho, se abre u n camino sin buscar la vía re-
gular que la prudencia le trazó. Sin duda he de some-
t e r m e ; ¿puedo acaso hacer algo ? La m a n o poderosa é
inflexible de los dioses teje el destino misterioso de
mi familia. El corazón de mis hijos es p r e n d a de mis que esperaba no volver á recorrer m á s . La alegría
esperanzas en el porvenir; noble es su cuna, y nobles me daba alas...
son sus pensamientos. D. CÉSAR.—Al c a s o .
D. MANUEL.—Habla.
DIEGO.—Llego al patio del convento, que tan bien
conocía; pregunto por vuestra hija, veo el espanto en
ESCENA VI
todas las miradas, y sé con h o r r o r la catástrofe.
ISABEL. DON MANUEL, DON CÉSAR; DIEGO a p a r e c e á la
puerta.
«

ISABEL.—Ved; ahí llega mi fiel s e r v i d o r . Acércate,


acércate, buen Diego. ¿ Dónde está m i hija?... Todo lo
s a b e n , no hay ya misterio a l g u n o . ¿ D ó n d e e s t á ?
habla ; dilo sin demora. Dispuestos e s t a m o s á soportar
el m á s intenso gozo. Ven. (Quiere acercarse con él d la
puerta.) ¿ Pero qué es esto ? ¡ Cómo ! vacilas, callas! tu
mirada no me anuncia nada bueno. ¿ Q u é pasa ? ¡Habla!
Me estremezco. ¿ Dónde está ? ¿ d ó n d e está Beatriz ?
(Hace que se va).
D. MANUEL (aparte sorprendido).—¡ Beatriz !
DIEGO (la detiene).— Atended.
ISABEL.—¿ Pero dónde está ? La a n s i e d a d m e m a t a . (Isabel cae pálida y temblorosa sobre un sillón ; don Ma-
DIEGO.—No viene conmigo. No os devuelvo a vuestra nuel acude solicito en su auxilio.)
hija. D. CÉSAR.—¿ Y dices que los m o r o s la han robado?
ISABEL.—¿Qué ha sucedido? ¡ P o r t o d o s los santos, ¿ Pero los han visto ? ¿ Quién f u é testigo del suceso ?
habla! DIEGO.—Se ha visto u n b u q u e de corsarios moros
D. CÉSAR.—¿Dónde está mi h e r m a n a , d e s d i c h a d o ? q u e echó el ancla en una bahía cercana al convento.
Habla. D. CÉSAR.—Muchos se refugian en -ella, para esca-
DIEGO.—Ha sido robada, ha sido a r r e b a t a d a p o r los par al f u r o r del huracán. ¿Dónde está aquel b u q u e ?
corsarios. ¡ O h ! ¿ por que he visto e s t e día ? DIEGO.—Lo han visto esta m a ñ a n a en alta m a r , h u -
D. MANUEL.—¡ C a l m a o s , m a d r e m í a ! yendo de la costa á toda vela.
D. CÉSAK.—¡ Valor ! Dominad la p e n a hasta saberlo D. CÉSAR.—¿ Hablaron de alguna o t r a fechoría ? Los
todo. m o r o s no se contentan con una sola p r e s a .
DIEGO.—Seguí rápidamente, c o m o me ordenasteis, DIEGO.—Se han apoderado v i o l e n t a m e n t e de las va-
el camino del convento, que t a n t a s veces recorrí y cadas que pastaban en aquellos contornos.
D. CÉSAR.—¿ Y cómo esos bandidos han podido co- D. MANUEL.—Una cosa, sólo una cosa, m a d r e mía.
meter su robo en el interior del bien cerrado convento? Di me...
DIEGO.—Las tapias del jardín p u e d e n fácilmente ISABEL.—Vé. Sigue el ejemplo de tu h e r m a n o .
salvarse con u n a escala. D. MANUEL.—¿ E n q u é l u g a r , t e lo r u e g o . . .
D. CÉSAR.—¿ Y cómo han penetrado hasta el interior ISABEL.—¡Mira mi llanto, mi angustia m o r t a l !
de las celdas?... las piadosas monjas viven sometidas D. MANUEL.—¿ En q u é lugar la tenías oculta ?
á rigurosa disciplina. ISABEL.—¡Oh! no estaba escondida en el centro de
DIEGO.—Las novicias p u e d e n pasear libremente. la tierra.
D. CÉSAR.—¿ Usaba ella á m e n u d o de la libertad que DIEGO.—Súbito t e m o r me sobrecoge.
le concedían ? D. MANUEL.—¡ T e m o r ! ¿por q u é ? Di lo que sepas.
DIEGO.—Con frecuencia la veían buscar la soledad DIEGO.—Temo h a b e r sido causa inocente de su rapto.
del jardín; pero esta vez no ha vuelto. ISABEL.—¡ Desgraciado ! Explica cómo fué.
D. CÉSAR (después de un momento de reflexión).— ¿ Di- DIEGO. — G u a r d é silencio, princesa, para evitar la
ces que ha sido robada ? Pero tan fácil era á los piratas intranquilidad á v u e s t r o corazón de m a d r e , m a s el día
robarla,- como á ella h u i r del convento. en que e n t e r r a m o s al príncipe, todo el pueblo ávido
ISABEL [se pone en pié vivamente).—Si ha desaparecido de espectáculos nuevos, se reunió en gran n ú m e r o
es por la violencia... por un r a p t o criminal. Mi hija no para presenciar la triste solemnidad. La nueva alcanzó
podía olvidar sus deberes hasta el p u n t o de seguir li- los m u r o s del convento. Vuestra hija me rogó, con
bremente á u n raptor. Manuel, C é s a r : hoy debía da- reiteradas instancias, q u e la dejase ver la ceremonia,
ros una h e r m a n a ; m a s ahora debo recibirla de vuestro Yo, infeliz, me dejé c o n v e n c e r : vistióse ella con ropas
heroico brazo. Mostrad vuestro valor. Hijos míos, no de luto, y f u é así testigo de los funerales. Me temo
debéis soportar t r a n q u i l a m e n t e q u e vuestra h e r m a n a que entre la m u l t i t u d q u e acudió allí de todos lados,
sea la presa de u n ladrón audaz. Requerid las armas, estuviese ella e x p u e s t a á la mirada del corsario ; por-
equipad navios, recorred la costa, perseguid á los pi- que ningún m a n t o vela el esplendor de su hermo-
ratas en todos los m a r e s : ¡ os han robado á vuestra sura.
hermana! D. MANUEL (aparte, tranquilizado).—] Dulces palabras
D. CÉSAR.—Adiós, m a d r e ; vuelo á descubrirlos y á que calman mi corazón ! ¡ No es ella! Lo que dice no
vengarnos. (Sale.) puede referirse á mi Beatriz.
D . MANUEL (despertando de profundo ensimismamiento, ISABEL.—¡Viejo insensato! ¿Así me has hecho traición?
se vuelve con inquietud a Diego).—¿Cuándo dices q u e DIEGO.—Recta f u é m i intención, p r i n c e s a ; yo creía
desapareció ? reconocer en su deseo la voz de la naturaleza, la fuerza
DIEGO.—No la han visto desde esta m a ñ a n a . de la sangre. P e n s a b a q u e era aquella la obra del cielo,
D. MANUEL (á doña Isabel).—¿ Y tu hija se llama Bea- que por secreto y tierno impulso, guiaba á la hija al
triz ? sepulcro de su p a d r e . Quise ceder al deber piadoso
ISABEL.—Tal es su n o m b r e . ¡ Pero no me preguntes! que ella tenía derecho á cumplir: si obré mal, buena
Vé, acude en su busca. f u é al menos la intención.
D. MANUEL (aparte).—^ Por qué p e r m a n e c e r aquí m a r -
tirizado por la duda y los temores? Voy sin p e r d e r ins-
tante al encuentro de la luz y la certidumbre. (Hace
que se va.)
D. CÉSAR (vuelve).—Espera, Manuel; quiero s e g u i r t e .
D. MANUEL.—No me sigas, a g u a r d a . Nadie m e siga!
D. CÉSAR (le mira sorprendido).—¿ Qué le ha pasado
á mi h e r m a n o ? Dímelo, madre. .
ISABEL.—Lo ignoro; ya no es el m i s m o á mis ojos.
D. CÉSAR.—Vuelvo, m a d r e mía, p o r q u e en el a r d o r A C T O III
de mi celo, olvidé pedirte una señal para d a r m e á
conocer á mi hermana. ¿ Cómo encontrar sus huellas
sin saber de qué sitio la han robado los corsarios?
N ó m b r a m e el convento en q u e estaba encerrada. ESCENA PRIMERA
ISABEL.—Es un convento consagrado á santa Cecilia.
Se oculta en el bosque que se extiende sobre las l a d e r a s La e s c e n a r e p r e s e n t a u n j a r d í n
del Etna, como para hacerle callado asilo de las almas.
D. CÉSAR.—Ten valor, m a d r e m í a ! Fía en tus hijos. LOS DOS COROS, d e s p u é s BEATRIZ.—El c o r o d e d o n Manuel
Yo te traeré á mi h e r m a n a , a u n q u e haya de buscarla a v a n z a con a p a r a t o d e fiesta, l l e v a n d o g u i r n a l d a s d e flores,
en todos los m a r e s y en todos los países! Una cosa me y el t o c a d o d e la n o v i a a n t e s descrito.—El coro d e d o n César
q u i e r e i m p e d i r l e la e n t r a d a .
aflige sin embargo, madre mía. Dejé á mi desposada
bajo extraña protección! Sólo á ti p u e d o confiar el pre-
cioso depósito : voy á presentártela, la verás, y en s u s I. ER CORO - CAYETANO •
brazos, sobre su tierno corazón, olvidarás tus inquie-
tudes y t u s sufrimientos. IEN harás en dejar este lugar.
ISABEL.—¿ Cuándo cesará la a n t i g u a maldición q u e 2.° CORO - BOHEMUNDO.—Sí, cuando más po-
pesa sobre nuestra casa? Pérfido genio burla m i s espe- deroso señor lo exija,
ranzas, y su envidiosa rabia no se ve n u n c a satisfecha. i . " CORO- CAYETANO. — Deberías compren-
Me creía cerca del puerto, confiaba con gran segu- der q u e tu presencia es i m p o r t u n a .
ridad en las que me parecían firmes p r e n d a s d e ven- 2 . ° CORO-BOHEMUNDO.—Ya q u e eso te disgusta, me
tura, y calmadas todas las borrascas, veía con alegres quedo.
ojos la tierra a l u m b r a d a por los rayos del sol poniente, 1.er CORO - C A Y E T A N O . — E s t e es mi puesto. ¿Quién se
cuando se alza una tempestad en el cielo sereno, y m e atreve á d e t e n e r m e ?
fuerza á luchar n u e v a m e n t e contra las olas. 2 . ° CORO - BOHEMUNDO.—Yo, que m a n d o aquí.
(Retirase al interior del palacio; Diego la sigue.) i. er CORO - CAYETANO. — Don Manuel, mi señor, es
quien me envía. •

»
/
D. MANUEL (aparté).—^ Por qué p e r m a n e c e r aquí m a r -
tirizado por la duda y los temores? Voy sin p e r d e r ins-
tante al encuentro de la luz y la certidumbre. (Hace
que se va.)
D. CÉSAR (vuelve).—Espera, Manuel; quiero s e g u i r t e .
D. MANUEL.—No me sigas, a g u a r d a . Nadie m e siga!
D. CÉSAR (le mira sorprendido).—¿ Qué le ha pasado
á mi h e r m a n o ? Dímelo, madre. .
ISABEL.—Lo ignoro; ya no es el m i s m o á mis ojos.
D. CÉSAR.—Vuelvo, m a d r e mía, p o r q u e en el a r d o r A C T O III
de mi celo, olvidé pedirte una señal para d a r m e á
conocer á mi hermana. ¿ Cómo encontrar sus huellas
sin saber de qué sitio la han robado los corsarios?
N ó m b r a m e el convento en q u e estaba encerrada. ESCENA PRIMERA
ISABEL.—Es un convento consagrado á santa Cecilia.
Se oculta en el bosque que se extiende sobre las l a d e r a s La e s c e n a r e p r e s e n t a u n j a r d í n
del Etna, como para hacerle callado asilo de las almas.
D. CÉSAR.—Ten valor, m a d r e m í a ! Fía en tus hijos. LOS DOS COROS, d e s p u é s BEATRIZ.—El c o r o d e d o n Manuel
Yo te traeré á mi h e r m a n a , a u n q u e haya de buscarla a v a n z a con a p a r a t o d e fiesta, l l e v a n d o g u i r n a l d a s d e flores,
en todos los m a r e s y en todos los países! Una cosa me y el t o c a d o d e la n o v i a a n t e s descrito.—El coro d e d o n César
q u i e r e i m p e d i r l e la e n t r a d a .
aflige sin embargo, madre mía. Dejé á mi desposada
bajo extraña protección! Sólo á ti p u e d o confiar el pre-
cioso depósito : voy á presentártela, la verás, y en s u s I. ER CORO - CAYETANO •
brazos, sobre su tierno corazón, olvidarás tus inquie-
tudes y t u s sufrimientos. IEN harás en dejar este lugar.
ISABEL.—¿ Cuándo cesará la a n t i g u a maldición q u e 2.° CORO - BOHEMUNDO.—Sí, cuando más po-
pesa sobre nuestra casa? Pérfido genio burla m i s espe- deroso señor lo exija,
ranzas, y su envidiosa rabia no se ve n u n c a satisfecha. i . " CORO- CAYETANO. — Deberías compren-
Me creía cerca del puerto, confiaba con gran segu- der q u e tu presencia es i m p o r t u n a .
ridad en las que me parecían firmes p r e n d a s d e ven- 2 . ° CORO-BOHEMUNDO.—Ya q u e eso te disgusta, me
tura, y calmadas todas las borrascas, veía con alegres quedo.
ojos la tierra a l u m b r a d a por los rayos del sol poniente, 1.er CORO - C A Y E T A N O . — E s t e es mi puesto. ¿Quién se
cuando se alza una tempestad en el cielo sereno, y m e atreve á d e t e n e r m e ?
fuerza á luchar n u e v a m e n t e contra las olas. 2 . ° CORO - BOHEMUNDO.—Yo, que m a n d o aquí.
(Retirase al interior del palacio; Diego la sigue.) i. er CORO - CAYETANO. — Don Manuel, mi señor, es
quien me envía. •

»
/
2.° CORO - BOHEMUNDO. — Por orden del mío estoy BEATRIZ.—Va á venir. Esta es la hora.
aquí. 1." CORO - C A Y E T A N O . — S i no fuera mi a m o r a la paz,
i . " CORO - CAYETANO.—El m á s joven debe ceder al m e haría justicia.
mayorazgo. 2." CORO - B O H E M U N D O . — E l t e m o r y no la paz enfrena
2. 0 CORO - B O H E M U N D O . — E l m u n d o pertenece al pri- t u cólera.
mero q u e lo ocupa. BEATRIZ.—¡Oh! ¿ p o r qué no está á mil leguas de
1." CORO - C A Y E T A N O . — O h t ú , á quien aborrezco: vé; aquí ?
sal de estos lugares! 1.er C O R O - C A Y E T A N O . — T e m o la l e y ; m a s no tus ne-
2." CORO-BOHEMUNDO. — Mas no sin haber medido cias amenazas.
nuestros aceros. 2.° C O R O - B O H E M U N D O . — H a c e s b i e n : la l e y e s el re-

1." CORO - CAYETANO.—¿He de encontrarte siempre curso del cobarde.


en mi camino ? 1.er CORO - C A Y E T A N O . — E m p i e z a , pues, y te imitaré.
2.° CORO-BOHEMUNDO.—Donde me plazca puedo de- 2." CORO-BOHEMUNDO.—Desnuda está la espada.
safiarte. BEATRIZ (en la mayor ansiedad).—Van á reñir ; bri-
1." CORO-CAYETANO.—¿Por qué estás aquí escu- llan los aceros. ¡Oh potencias celestiales! contened.sus
chando y espiando ? pasos, ponéos en su camino, imponedle retardos y
2." CORO-BOHEMUNDO.—¿ Por qué p r e g u n t a s y ordenas? obstáculos, enredad sus pies para q u e no llegue en
1.cr CORO - C A Y E T A N O . — No vine aqui á hablarte ni este instante. Ángeles santos á quienes conjuré á q u e
responderte. le trajeseis, no escuchéis mi plegaria, llevadle lejos,
2 . ° C O R O - B O H E M U N D O . — Y yo no me digno dirigirte
m u y lejos de a q u í .
la palabra. (Vase en el momento en que los coros llegan á las manos.
1.cr CORO - C A Y E T A N O . — M a n c e b o , respeta mi edad. —Sale don Manuel.)
2 . " C O R O - B O H E M U N D O . — M i ardimiento es tan proba-
do como el t u y o .
BEATRIZ (sale precipitadamente). — ¡Infeliz de mí! ¿Qué ESCENA II
quieren esos h o m b r e s de siniestro aspecto?
DON MANUEL, EL CORO
1.cr CORO - CAYETANO (al segundo).—Te desprecio á ti,
como desprecio t u s orgullosos alardes.
2 . ° C O R O - B O H E M U N D O . — E l señor á quien sirvo vale D. MANUEL.—¿Qué es lo que estoy viendo? Dete-
más q u e el t u y o . néos.
BEATRIZ.—¡ Ah, infeliz, infeliz de m í ! ¡ Si ahora vi- I. E R CORO - CAYETANO, BERENGUER, MANFREDO (al se-
niese ! gundo).—Avanza! avanza!
I .CR CORO - C A Y E T A N O . — M i e n t e s : don Manuel le supe- 2.0 CORO-BOHEMUNDO, ROGER, HIPÓLITO. — Mueran !
ra en m u c h o . mueran!
2 . ° CORO - B O H E M U N D O . — M i a m o le lleva ventaja en D. MANUEL (se adelanta entre ellos con la espada des-
todos los combates. nuda).—Detenéos!

<
1." CORO-CAYETANO.—El p r í n c i p e ! inmaculados. Dejémoslos, pues, que busquen entre
2.° CORO - BOHEMUNDO.—Es su h e r m a n o . Haya paz! ellos un pacifico acuerdo. Pienso que es más discreto
D. MANUEL.—Sin vida dejo al p r i m e r o que quiera obedecer.
continuar el combate, ó al q u e sólo amenace con u n a (.Retirase el segundo coro, y el primero se coloca en el fondo
mirada á su adversario... ¿ E s t á i s d e m e n t e s ? ¿ Q u é de la escena. En el mismo instante aparece Beatriz y se
demonio os impele á reavivar la h o g u e r a de nues- lanza á los brazos de D. Manuel.)
tras antiguas discordias, q u e d e b e n extinguirse p a r a
s i e m p r e ? ¿Quién empezó el combate? Hablad; quiero
saberlo.
1 . " CORO - CAYETANO, B E R E N G U E R . — E s t a b a n aquí... ESCENA III
2.° CORO-ROGER, B O H E M U N D O . — V e n í a n . . .
D. MANUEL (al primer coro).—Habla tú. BEATRIZ, DON MANUEL
1. e r C O R O - C A Y E T A N O . - A q u í v e n í a m o s , p r í n c i p e , t r a -
yendo el tocado de la novia, c o m o nos habías o r d e n a - BEATRIZ.—¡ Eres tú ! Por fin vuelvo á verte. ¡Cruel!
do. Dispuestos para una fiesta, c o m o ves, y no para el ¡Cuanto tiempo me has dejado languidecer, entregada
combate, seguíamos en paz n u e s t r o camino sin p e n s a r al temor y á la angustia ! P e r o no hablemos más de
en ninguna agresión, fiados en la alianza jurada; mas ello. ¡Te veo otra vez! En tus brazos queridos está mi
hemos encontrado á esos h o m b r e s a c a m p a d o s aquí asilo, mi protección, contra todos los peligros. Ven;
como enemigos i m p i d i é n d o n o s con violencia el paso. están lejos; podemos huir. ¡ V e n ! no perdamos un
D. MANUEL. — ¡ Insensatos ! ¿ P o r v e n t u r a ningún instante. (Quiere llevarle consigo, y añade contemplándole
asilo esta al abrigo de vuestro ciego f u r o r ? ¿ Vuestro atentamente.) ¿ Pero qué tienes ? ¿ Por q u é esta expre-
odio ha de p e n e t r a r hasta la silenciosa m a n s i ó n de la sión fría y solemne ? ¡ Te arrancas de mis brazos, como
inocencia y ha de t u r b a r la paz que en ella impera? si quisieses alejarte de m í ! No te reconozco. ¿Eres el
(Al coro segundo.) R e t í r a t e ; secretos existen q u e no m i s m o Manuel, mi esposo, el a m a d o de mi corazón ?
permiten t u estancia en estos sitios. (Viendo que el coro
D . MANUEL.—¡ B e a t r i z !
vacila.) Retírate; t u señor te lo o r d e n a p o r m i boca,
BEATRIZ.—¡ No, no hables! No es tiempo de discu-
p o r q u e ahora tenemos u n alma sola y u n solo p e n s a -
rrir. ¡ P a r t a m o s p r o n t o ! Ven ; los momentos son pre-
miento. Mis órdenes son las s u y a s . Anda. (Al primer
ciosos.
coro.) T ú quédate y g u a r d a la e n t r a d a .
. D. MANUEL.—Espera. Respóndeme.
2.° CORO-BOHEMUNDO.-¿ Q u é h a c e r ? Los p r í n c i p e s BEATRIZ.—¡ P a r t a m o s ! p a r t a m o s antes que vuelvan
están reconciliados, es cierto E n t r o m e t e r s e con esos hombres.
ardor en sus violentas querellas sin ser llamado, f u é D. MANUEL.—Espera: ningún daño pueden hacer-
con frecuencia más peligroso q u e útil; p o r q u e c u a n d o nos.
los grandes están cansados d e c o m b a t i r , echan sobre BEATRIZ.—¡ O h ! ¡ n o l e s c o n o c e s ! V e n : h u y a m o s .
el hombre oscuro y confiado q u e les sirvió las s a n - D. MANUEL.—Si mi brazo te defiende, ¿ qué puedes
grientas apariencias del c r i m e n , y se m u e s t r a n ellos temer?
BEAIRIZ — IOh! ¡créeme! nos cercan enemigos po- BEATRIZ.—¿ Eres don Manuel, separado de su her-
derosos. m a n o por odio irreconciliable y perpetua lucha?
D. MANUEL.—Ninguno, a m a d a mía, es más poderoso D. MANUEL.—Estamos reconciliados. Desde hoy so-
que yo. mos h e r m a n o s , no tan sólo por el nacimiento, sino
BEATRIZ.—¡ T ú , solo, contra tantos! también por el corazón.
D. MANUEL.—Yo solo. Esos hombres á quienes te- BEATRIZ.—¿ R e c o n c i l i a d o s d e s d e h o y ?
mes... D . MANUEL.—¡ H a b l a ! ¿ Q u é h a s u c e d i d o ? ¿ P o r q u é
BEATRIZ.— N o les esta emoción ? T ú no podías conocer á mi familia más
conoces, no sabes a que por el n o m b r e . ¿No poseo yo todos t u s secretos?
quién obedecen. ¿ Nada me h a s tenido oculto ? ¿ me lo has dicho todo?
D . MANUEL. — M e BEATRIZ.—¿En q u é piensas ? ¿Qué tenía que confe-
obedecen á mi, yo sarte ?
soy su soberano. D. MANUEL.—Nada me has dicho aún de t u m a d r e .
BEATRIZ. — Tú ¿Quién e s ? ¿ L a conocerías si te la describiese, ó te la
eres... ¡ Q u é horror! mostrase ?
D. MANUEL.—Co- BEATRIZ.—¡ T ú la c o n o c e s , l a c o n o c e s , y no me lo
nóceme al fin, Bea- has dicho!
triz. Yo no soy lo D . MANUEL.—¡ D e s d i c h a d o d e m í y d e t i , si e s v e r d a d
que parecía, u n ca- que la conozco!
ballero pobre y des- BEATRIZ.—¡Oh, su aspecto es suave como la luz del
conocido, u n aman- sol! La estoy viendo. Despiertan mis recuerdos.... su
te que no pedía más celeste figura p a r e c e surgir del fondo de mi alma. Veo
que tu a m o r . Te los rizos de s u s cabellos negros q u é sombrean el noble
oculté quien era, y contorno de su cuello de marfil y el círculo de su
mi origen y poder. frente i n m a c u l a d a , y el brillo de sus g r a n d e s ojos
BEATRIZ. — ¿No
límpidos. El conmovedor sonido de su voz despierta
en mí...
eres tú don Manuel ? ¡Desdichada! ¿ Quién e r e s ?
D. MANUEL.—Don Manuel es mi nombre ; pero estoy D.MANUEL.—¡Desdichado! ¡es ella, es ella la que
por encima de los q u e así se llaman en la ciudad. Y,o estás describiendo!
soy don Manuel, principe de Mesina. B E A T R I Z — Y de ella quiero h u i r . ¡He de abandonarla
BEATRIZ.—¿Don Manuel, el h e r m a n o de don Cé- la mañana m i s m a del día que debía r e u n i r m e á ella
sar ? para siempre ! ¡ Por ti sacrifico hasta á mi m a d r e !
D. MANUEL.—Sí, m i h e r m a n o es. D. MANUEL.—La princesa de Mesina será tu madre.
BEATRIZ.—¿ T u h e r m a n o ? Voy á llevarte á su presencia. Ella te espera.
D. MANUEL.—¿Te espanta? ¿conoces á don César? BEATRIZ.—¿ Q u é d i c e s ? ¿ t u m a d r e e s l a d e don Cé-
¿ Conoces á algún otro de mi raza ? » sar ? ¿ Quieres llevarme á ella ? ¡ O h ! ¡ jamás, jamás !
D. MANUEL.—¿ Tiemblas ? ¿ Q u é significa este t e r r o r ? a d e m á n y calléme. Mas no sé q u é astro m a l h a d a d o
¿No es mi m a d r e una e x t r a ñ a para ti? me movía con f u e r z a irresistible ; y me f u é necesario
BEATRIZ.—¡Oh, triste y fatal d e s c u b r i m i e n t o ! ¡ Ah! satisfacer el a r d i e n t e i m p u l s o de mi corazón. El viejo
¿ p o r q u é h e visto este día ? criado m e prestó su a u x i l i o ; te desobedecí, y f u i á los
D. MANUEL.—¿Por q u é s e m e j a n t e a n g u s t i a , c u a n d o funerales.
e n c u e n t r a s al príncipe en el desconocido ? (Acércase cariñosa á don Manuel. Don César entra acom-
BEATRIZ.—¡ Devuélveme el desconocido! Con él sería pañado de todo el coro.)
feliz en u n a isla desierta.
D . CÉSAR (dentro).—Retiraos. ¿ Q u é m u l t i t u d es esta
aquí reunida ? ESCENA IV
BEATRIZ,—¡Dios s a n t o ! ¡esta voz! ¿ d ó n d e escon-
derme ? LOS DOS HERMANOS, LOS DOS COROS, BEATRIZ
D. MANUEL.—¿Conoces esa voz ? No, no la h a s oído
jamás, y no p u e d e s conocerla. EL 2.° CORO - BOHEMUNDO (á don César).— No q u i e r e s
BEATRIZ.—Ven. H u y a m o s . No nos d e t e n g a m o s . creernos... Cree, p u e s , á t u s ojos.
D. MANUEL.—¿Por q u é h e m o s de h u i r ? Es la voz d e D . CÉSAR (sale precipitadamente, y retrocede al ver á su
mi h e r m a n o ; viene á mi e n c u e n t r o . Y m e s o r p r e n d e hermano).—¡ Ilusión i n f e r n a l ! ¿ En sus brazos ? (Se acer-
q u e h a y a descubierto... ca á don Manuel.) ¡Víbora e n v e n e n a d a ! ¿ e s e es t u
BEATRIZ.—Por todos los santos, haz q u e no te vea. a m o r ? ¿ Así m e e n g a ñ a s con u n a falsa reconciliación ?
No te e x p o n g a s á s u s i m p e t u o s o s a r r a n q u e s . Que no ¡Oh! m i odio era la voz d e Dios. ¡ Anda á los infiernos,
te halle en este l u g a r . corazón de s e r p i e n t e ! (Le da de puñaladas.)
D. MANUEL.—Alma mía, el t e m o r te p e r t u r b a . No D. MANUEL. — ¡ Soy m u e r t o ! Beatriz!... ¡ h e r m a n o
oyes lo q u e te digo. ¡ E s t a m o s reconciliados! mío!
BEATRIZ.—¡Oh cielos! l i b r a d m e de este i n s t a n t e ! (Cae y muere. Beatriz se desploma á su lado y queda in-
D. MANUEL.—¡Qué p r e s e n t i m i e n t o ! ¡ Q u é idea m e móvil.)
e s t r e m e c e ! . . . ¿ S e r í a posible ?... ¿ E s a voz no es n u e v a 1.CR CORO • CAYETANO.—¡ Al a s e s i n o ! al asesino! Ve-
p a r a ti ?... ¡ Beatriz! estabas... T i e m b l o de i n t e r r o g a r - nid, á las a r m a s . Sea la sangre v e n g a d a con sangre.
te... ¿ E s t a b a s en los f u n e r a l e s d e mi p a d r e ? (Todos desenvainan las espadas.)
BEATRIZ.—¡ I n f e l i z d e m í ! 2.° CORO - BOHEMUNDO. — ¡ Regocijémonos! acabada
D . MANUEL.—¿ E s t a b a s ? está la contienda ! Mesina tiene a h o r a u n solo señor.
BEATRIZ.—¡ N o t e i r r i t e s ! 1 . " CORO - CAYETANO, BERENGUER, MANFREDO.—¡Ven-
D . MANUEL.—¡ D e s g r a c i a d a ! ganza! v e n g a n z a ! Caiga el fratricida! caiga p a r a expiar
BEATRIZ.—Sí e s t a b a . su c r i m e n !
D . MANUEL.—¡ H o r r o r ! 2.° CORO -BOHEMUNDO, ROGER, HIPÓLITO.—No temas,
BEATRIZ.—¡ Era t a n vivo mi d e s e o ! P e r d ó n a m e ! Yo s e ñ o r ; fieles te seremos en todas ocasiones.
te lo c o n f e s é ; t ú m e respondiste con l ú g u b r e y frío D. CÉSAR.—Retiraos. He d a d o m u e r t e á m i enemigo,

h f ^ i e o ,
A,
al que engañaba mi confiado corazón, al que convertía
en vil asechanza la amistad fraternal. Terrible y espan-
tosa parece esta acción, mas f u é sentencia del cielo.
i. cr CORO - CAYETANO.—¡ Infeliz de ti, Mesina ! infeliz
de t i ! horrible maldad se ha cometido dentro de t u s
murallas. ¡Infelices de las m a d r e s y de los hijos, de los
mozos y de los ancianos! Infelices de los que aún han
de n a c e r !
D. CÉSAR.—Tarde llegan las quejas. Socorredla! (Se-
ñalando á Beatriz.) Devolvedla á la vida! Alejadla pron-
to de este lugar de m u e r t e y de terror. No puedo
permanecer aquí m á s tiempo; mi h e r m a n a robada me
llama en su auxilio... llevadla á los brazos de mi ma-
dre, y decidla q u e su hijo César es quien la envía.
(Vase. Los hombres del coro depositan á Beatriz desmaya-
da en una camilla. El primer coro se queda junto al
cadáver de don Manuel. Los niños portadores de los
adornos nupciales se colocan en torno suyo.)

ESCENA V

EL CORO - CAYETANO

No puedo c o m p r e n d e r ni adivinar siquiera cómo


ha sucedido todo esto con tal rapidez. Mucho tiempo
hace que mi espíritu veía avanzar á g r a n d e s pasos la
imagen espantosa de este crimen terrible; y sin em-
bargo me siento saturado de h o r r o r al ver trocados
en realidad mis presentimientos. La sangre se m e
hiela en las venas al contemplar tan t r e m e n d a é irre-
mediable realidad.
UN HOMBRE DEL CORO - MANFREDO.—Dejad que r e s u e -
ne la voz del dolor. Noble mancebo, ahí estás tendido
sin vida, arrebatado en la flor de la edad, envuelto en
la noche de la m u e r t e en los umbrales de la cámara
nupcial. Mas se alzará u n gemido p r o f u n d o é infinito
sobre el cuerpo del q u e p e r m a n e c e ahora mudo.
OTRO HOMBRE DEL CORO - C A Y E T A N O . — V e n i m o s , veni-
mos con la p o m p a de u n a fiesta á recibir á la novia.
Los mozos traen los ricos vestidos, y los presentes de
boda. La fiesta está p r e p a r a d a , ahí están los testigos;
mas el esposo nada oye ya, y en vano los cantos de
júbilo intentarán despertarle, p o r q u e el sueño de los
muertos es p r o f u n d o .
TODO EL C O R O . — P e s a d o y p r o f u n d o es el sueño de
los muertos. La voz d e la esposa no le despertará. No
oirá las alegres tocatas d e las t r o m p e t a s . Yace" sobre
la tierra, yerto é inmóvil.
UN TERCERO-CAYETANO.—¿Qué s o n l a s esperanzas?
¿Qué valen los proyectos del h o m b r e perecedero ? Hoy
mismo os abrazabais c o m o h e r m a n o s , unidos de cora-
zón y de palabra, y este sol que ahora desciende alum-
braba vuestra unión; y sin embargo ahí estás, tendido
en el polvo, privado de la vida por el brazo de tu her-
mano,-abierto el pecho p o r horrorosa herida! ¿ Q u é
son las esperanzas ? ¿ q u é valen los proyectos funda-
dos sobre el suelo engañoso para el hombre, hijo de
la hora fugaz ?
EL CORO - B E R E N G U E R . — Q u i e r o llevarte á tu m a d r e .
¡Qué desdichada carga ! Derribemos con el hacha ho-
micida r a m a s de ciprés para hacer u n a s parihuelas.
Jamás producirá nada vivo el árbol q u e ha dado los
frutos de la m u e r t e ; j a m á s crecerá en paz, jamás pres-
tará su sombra al viajero. Lo q u e ha sido alimentado
por el suelo de la m u e r t e , maldecido ha de ser y con-
sagrado á su servicio.
EL PRIMERO -CAYETANO.—¡ Ay del asesino! ¡ Ay del
que obedeció á insensato f u r o r ! Derrámase la sangre,
y tiñe la tierra. Allá, en a b i s m o sin luz, sin cantos y
sin voz, están las hijas de T h e m i s ; inflexibles y atentas
6
recogen esta sangre en sus negras copas, y la agitan, y llevado y alimentado amorosamente, ved cómo se re-
mezclan con ella la venganza tremenda. vuelven crueles contra él; y reconoce entonces á las
UN SEGUNDO-BERENGUER.—Sobre esta tierra alumbra- vírgenes t r e m e n d a s q u e se apoderan del asesino sin
da por el sol se borran fácilmente las huellas del crimen, abandonarle jamás, y le condenan á ser m o r d i d o eter-
como se borra en el rostro un ligero movimiento; pero n a m e n t e por las serpientes, q u e le persiguen sin re-
nada se pierde, nada se desvanece de lo q u e las horas poso de una á otra orilla hasta el santuario de Delfos.
de misterioso curso llevan en su oscuro y fecundo (.Retirase el coro, llevando el cuerpo de don Manuel en
seno. El tiempo es como fértil suelo, es la naturaleza andas.)
gigante vivo, y todo es f r u t o , todo es semilla.

U N TERCERO - C A Y E T A N O . — ¡ Ay del asesino ! ¡ Ay de


aquel que sembró la semilla de m u e r t e ! Un aspecto
tiene el crimen antes de ser cometido, otro después
de cometerse. En la emoción de la venganza, aparece
palpitante y osado; m a s una vez se ejecutó se convier-
te en pálido f a n t a s m a . Las terribles f u r i a s agitaban
contra Orestes sus víboras infernales y excitaban al
hijo á matar á su m a d r e ; así seducían h á b i l m e n t e
su corazón con las apariencias sagradas de la justicia;
mas desde el p u n t o en q u e hirió el seno q u e le había
ISABEL. - ¡ A h ! no h a y placer sin a m a r g u r a . Sin esta
desgracia sería a h o r a completa mi felicidad.
DIEGO.-No por eso se desvaneció: está sólo aplaza-
da. Gozaos ahora en la unión de vuestros hijos.
ISABEL.—Sí, les he visto abrazarse e s t r e c h a m e n t e ;
¡espectáculo consolador que no había aún contem-
plado !
DIEGO.—Y no era simple apariencia. Aquel abrazo
salía del corazón, p o r q u e su franqueza aborrece el di-
A C T O IV simulo y la mentira.
ISABEL.—Veo t a m b i é n que son capaces de tiernos
sentimientos, y dichosa descubro q u e h o n r a n lo que
aman. Quieren r e n u n c i a r ahora á la libertad desenfre-
ESCENA I nada ; su juventud a r d i e n t e é impetuosa no se sustrae
al yugo de la ley y su misma pasión es honrada. Pue-
do confesarte ya, Diego, que veía con angustia y te-
Una sala con g r a n c o l u m n a t a . Es d e n o c h e ; la e s c e n a está
i l u m i n a d a p o r u n a l á m p a r a s u s p e n d i d a del t e c h o rror el instante en q u e se exaltaran sus pasiones á tal
punto, porque el a m o r se convierte fácilmente en ira
en las naturalezas vehementes. ¡Si una chispa funesta
S a l e n DOÑA ISABEL y DIEGO
de celos cayese en s u s almas, inflamadas aún por el
antiguo rencor!... Este pensamiento me hacía estre-
mecer. Sus inclinaciones, que no han sido nunca las
ISABEL
mismas, podían desgraciadamente chocar por primera
vez. ¡ Gracias sean d a d a s al cielo, p u e s aquella nube
| o hay noticia alguna de mis hijos ? ¿ Se han
que se m e apareció l ú g u b r e y amenazadora, desvane-
descubierto indicios del paradero de mi hija?
cióla un ángel y mi corazón respira en libertad.
DIEGO. —No, p r i n c e s a ; p e r o bien podéis
I confiar en el celo de s u s h e r m a n o s DIEGO.—Sí, regocíjate de tu obra; con tu ternura, con
ISABEL.—¡ Ay, Diego! cuán i n q u i e t a estoy! ¡ De mí tu blanda habilidad hiciste lo que su p a d r e no logró
dependía prevenir esta desgracia ! nunca con toda la f u e r z a de su poder. Esta es tu glo-
DIEGO.—(J Por q u é mortificaros con r e m o r d i m i e n t o s ? ria : bien que deba concederse algo á tu feliz estrella.
¿Qué precaución habéis olvidado? ISABEL.—Obra ha sido de ella en gran parte, y tam-
ISABEL.—La de sacarla m á s p r o n t o de su r e t i r o , como bién mía. No era cosa baladí tener g u a r d a d o un se-
quería. creto d u r a n t e tantos años, engañar al h o m b r e más
DIEGO.—Os lo prohibía la p r u d e n c i a . Habéis o b r a d o previsor, contener en mi corazón la fuerza de la san-
c u e r d a m e n t e ; las consecuencias en la m a n o de Dios gre, que semejante á la llama c o m p r i m i d l e esforzaba
están. en escapar de la prisión. '
DIEGO.—Tan p r o l o n g a d o s favores de la s u e r t e son EL MENSAJERO.—Me ha dicho q u e m e volviese pron-
p r e n d a d e feliz desenlace. t a m e n t e p o r q u e la q u e se p e r d i ó se ha e n c o n t r a d o .
ISABEL.—Mas no b e n d e c i r é mi estrella a n t e s de ha- ISABEL.—¡ Bendita voz! palabra del cielo! s i e m p r e
ber visto el final de estos sucesos. Harto m e a d v i e r t e a n u n c i a s t e lo q u e yo d e s e a b a ¿Y á cual de m i s
la desaparición de m i hija q u e mi g e n i o malo no d u e r - hijos f u é concedido d a r con las huellas d e la q u e se
m e a ú n . A p r u e b a ó c e n s u r a mi c o n d u c t a , Diego, pero perdió ?
no q u i e r o tener nada secreto á t u fidelidad. No p o d í a EL MENSAJERO.—Tu hijo m a y o r ha d e s c u b i e r t o su
r e s i g n a r m e á p e r m a n e c e r aquí en ociosa inacción escondido r e t i r o .
m i e n t r a s mis hijos están o c u p a d o s en b u s c a r las hue- ISABEL.—A M a n u e l la d e b o . ¡ Ah 1 s i e m p r e f u é p a r a
llas d e su h e r m a n a . Yo hice algo t a m b i é n . Donde el mí u n h i j o d e b e n d i c i ó n ! ¿ Has e n t r e g a d o al e r m i t a ñ o
a r t e del h o m b r e es insuficiente, se manifiesta á me- el cirio b e n d i t o q u e le enviaba para a r d e r a n t e los
n u d o el cielo. s a n t o s ? El piadoso s e r v i d o r de Dios d e s d e ñ a los d o n e s
DIEGO.—Explícame lo q u e d e b o s a b e r . q u e a l e g r a r í a n á los d e m á s h o m b r e s .
ISABEL.—En u n a e r m i t a levantada sobre las c u m b r e s E L MENSAJERO.—Lo ha tomado en silencio de mis
del E t n a , habita u n piadoso solitario llamado p o r los m a n o s ; d e s p u é s , se ha acercado al altar, encendió el
ancianos d e la comarca el Viejo d e la m o n t a ñ a . Vi- cirio en la l á m p a r a q u e a r d e d e l a n t e del s a n t o p a -
viendo m á s cerca del cielo q u e la raza e r r a n t e de los trón d e la e r m i t a , y d e r e p e n t e ha p r e n d i d o f u e g o á
h o m b r e s , ha d e p u r a d o s u s ideas t e r r e s t r e s en una la cabaña d o n d e a d o r a á Dios d e s d e hace n o v e n t a
a t m ó s f e r a t r a n s p a r e n t e , y desde aquella cima t r a s años.
t a n t o s años de r e t i r o , observa las complicaciones ca- ISABEL.—,; Q u é dices ? ¡ Q u é t e r r o r d e s p i e r t a en m í !
prichosas, los c a m i n o s t o r t u o s o s é i n c o m p r e n s i b l e s E L MENSAJERO.—Y g r i t a n d o tres v e c e s : ¡ D e s d i c h a !
d e la vida. El destino d e m i casa no le es a g e n o ; con d e s d i c h a ! d e s d i c h a ! ha bajado silencioso de la m o n t a -
frecuencia el santo e r m i t a ñ o ha i n t e r r o g a d o para nos- ña, o r d e n á n d o m e por signos q u e no le siguiese, ni mi-
otros el cielo, y con s u s oraciones nos libró d e m á s d e rase hacia a t r á s ; y p e r s e g u i d o por el t e r r o r , h e corrido
una maldición. Poco há le m a n d é u n joven y d i l i g e n t e hasta a q u í .
m e n s a j e r o p a r a q u e le d é noticias d e m i hija, y a g u a r d o ISABEL.—¡En q u é i n c e r t i d u m b r e y a n g u s t i a m e su-
su p r ó x i m a llegada. m e r g e n e s t a s p a l a b r a s ! Gran noticia es q u e M a n u e l
DIEGO.—Si no m e e n g a ñ o él viene corriendo. ¡ L a u - haya e n c o n t r a d o á m i hija, m a s ¡ cómo r e g o c i j a r m e
dable diligencia! a c o m p a ñ a d a de f u n e s t a s señales!
EL MENSAJERO.—Vuelve a t r á s los ojos, princesa, y ve
ESCENA II c u m p l i r s e las p a l a b r a s del solitario, p o r q u e ó todo me
e n g a ñ a , ó es la hija q u e perdiste, y que buscabas, la
Los m i s m o s y EL MENSAJERO
q u e te d e v u e l v e n los caballeros.
ISABEL.—Habla; no m e ocultes ni el bien'ni el m a l ; (El segundo coro trae sobre unas andas á Beatriz, sin
d i m e c l a r a m e n t e la v e r d a d . <¡ Cuál es la r e s p u e s t a del conocimiento é inmóvil).
Viejo de la m o n t a ñ a ?
nar un demonio envidioso la felicidad de u n i n s t a n t e
deseado con a r d o r ? ¿he d e luchar por mi bienestar?
ESCENA III Veo á mi hija en la casa d e su p a d r e , es cierto; p e r o
ISABEL, DIEGO, EL MENSAJERO, BEATRIZ, EL CORO, BO- ella no me ve, no me o y e , no puede responder á la
HEMUNDO, ROGERIO, HIPÓLITO y l o s o t r o s n u e v e c a b a l l e r o s alegría de su m a d r e . ¡ O h , abrios, ojos espléndidos!
de don César.
¡reanimaos, manos a d o r a d a s ! Levántate, seno inani-

E L CORO - BOHEMUNDO.—En c u m p l i m i e n t o de la orden


de nuestro señor, venimos, princesa, á d e p o s i t a r la
doncella á t u s plantas. Esto nos m a n d ó , y a ñ a d i ó te
dijéramos q u e es tu hijo César quien te la envía.
ISABEL (se lanza hacia Beatriz, pero enseguida retrocede
aterrada).—¡Oh, cielos! está pálida y sin vida!
EL CORO-BOHEMUNDO.—Vive; va á d e s p e r t a r . Dale
tiempo de recobrarse de los tristes sucesos q u e tienen
encadenados aún sus sentidos.
ISABEL.—Hija mía, hija de mi dolor y de mis i n q u i e -
tudes, ¿así nos volvemos á ver ? ¿ De tal suerte d e b í a s
e n t r a r en la casa de tu p a d r e ? ¡ A h ! quiero q u e t u
vida reviva en la mía! Quiero oprimirte contra mi
seno maternal hasta que palpiten de nuevo t u s a r t e -
rias, libres de este frío de m u e r t e . (Al coro.) ¿ Q u é te-
rrible suceso ha acaecido ? ¿ Dónde la has e n c o n t r a d o ? mado y palpita gozoso. Diego, ¡es mi hija! ¡la q u e
¿Cómo mi hija querida se halla en tan e s p a n t o s a y tanto tiempo permaneció oculta, la q u e he salvado!
deplorable situación ? puedo reconocerla ante el m u n d o entero.
E L CORO - BOHEMUNDO.—No m e lo p r e g u n t e s , p o r q u e E L CORO - B O H E M U N D O . — P a r é c e m e entrever extraña y
mi boca enmudeció. Tu hijo d o n César te lo explicará nueva f u e n t e de espanto; espero acongojado la expli-
todo ; él es quien te la envía. cación y el fin de este e r r o r .
ISABEL.—Mi hijo don Manuel, q u e r r á s decir. ISABEL (al coro que se muestra sorprendido y confuso).
E L CORO-BOHEMUNDO. — T U hijo don César t e la —¡Vuestros corazones son i m p e n e t r a b l e s ! vuestro pe-
envía. cho r e s g u a r d a d o con su coraza de bronce, rechaza,
ISABEL (al mensajero).—¿ No f u é don Manuel q u i e n como las escarpadas rocas del m a r , la alegría q u e
nombró el solitario ? siento, y la encierra en mi corazón. En vano busco en
EL MENSAJERO.—SÍ, princesa, esto dijo. todo este círculo una mirada de t e r n u r a . ¿Qué esperan
ISABEL.—Sea el que f u e r e , m e i n u n d a el gozo. Le mis hijos? ¡Ah, c u a n d o quisiera ver en torno m í o
debo mi hija: ¡ bendito sea! P e r o ¡ ay ! ¿ ha de e n v e n e - quien compartiese mi júbilo, siento que m e cercan
fieras del desierto sin compasión, ó m o n s t r u o s del ISABEL.—¡Vuelve en ti, hija m í a ! La princesa de
Océano! Mesina...
DIEGO.—¡ Abre los ojos! ¡ se m u e v e ! ¡ vive! BEATRIZ —NO la n o m b r e s ; al oir esta palabra fatal,
ISABEL.—¿Vive?¡Ah! ¡que su primera mirada sea el frío de la m u e r t e se esparce por mis venas.
para su m a d r e ! ISABEL.—Escucha, hija mía.
DIEGO.—Sus ojos vuelven á cerrarse con espanto. BEATRIZ.—Tiene dos hijos que se aborrecen á m u e r -
ISABEL [al coro).—Retiraos; la vista de esos extranje- te. Llámanlos don Manuel y don César.
ros la atemoriza. ISABEL. — ¡Pero soy
EL CORO (se retira.) - BOHEMUNDO.— Gustoso evitaré su yo! ¿No r e c o n o c e s á t u
mirada. madre ?
DIEGO —En ti fija s u s ojos asombrados. BEATRIZ. —¿ Q u é di-
BEATRIZ.—¿Dónde estoy? Yo conozco estas faccio- ces ? ¿ Qué palabra h a s
nes. proferido?
ISABEL.—Recobra s u s sentidos. ISABEL.—Yo soy la
DIEGO.—¿Qué h a c e ? ¡cae de rodillas! princesa de Mesina, t u
BEATRIZ.—¡Oh d u l c e y angélico rostro de mi madre! madre.
ISABEL.—¡ Hija de m i corazón ! ¡ven á mis brazos! BEATRIZ. — ¡Infeliz,
BEATRIZ.—Á tus piés ves á la culpable. infeliz de m í ! ¡ Oh, luz
ISABEL.—Vuelvo á verte. Todo está olvidado. espantosa!
DIEGO.—Mírame a m í también. ¿Me recuerdas? ISABEL.— ¿ Q u é tie-
BEATRIZ.—¡La encanecida cabeza del buen Diego! nes ? ¿ Qué te agita con
ISABEL.—El fiel g u a r d i á n de tu infancia. tal violencia ?
BEATRIZ.—Me e n c u e n t r o entre los míos. BEATRIZ (pasea en torno suyo una mirada extraviada y
ISABEL.—Y en a d e l a n t e nada podrá separarnos sino se fija en el coro).—Son ellos. Sí, ahora los reconozco.
la m u e r t e . No era un sueño engañador; ellos son, presentes esta-
BEATRIZ.—¿No m e lanzarás otra vez entre los extra- ban. ¡ Ahora me aparece la horrorosa verdad ! ¡Desdi-
ños ? chados ! ¿ dónde le tenéis oculto ?
ISABEL.—Nada nos s e p a r a r á ; el destino está apaci- (Se adelanta á grandes pasos hacia el coro que se vuelve
guado. de espaldas. Óyese á lo lejos una marcha fúnebre.)
BEATRIZ (se echa en sus brazos). —¿Estoy realmente EL CORO.—¡ Desdicha! ¡ Desdicha!
sobre tu corazón, y lo que ha pasado era un sueño, un ISABEL.—¿Dónde lo escondieron? ¿Qué es la verdad?
'sueño penoso y t e r r i b l e ? ¡ Oh, m a d r e m í a ! le he visto Os quedáis m u d o s y perplejos; parece q u e la compren-
caer m u e r t o á mis p i é s . ¿Cómo he venido hasta aquí? déis. Observo en vuestros ojos, en vuestra voz entrecor-
No me acuerdo. ¡ Q u é feliz soy de hallarme libre en tada, algo lamentable q u e ha de caer sobre mí... ¿ Q u é
tus brazos! Querían llevarme á su m a d r e , la princesa pasa ? ¡ quiero saberlo! ¿ Por qué volvéis con terror
de Mesina. ¡ Antes la m u e r t e ! vuestras m i r a d a s hacia la puerta ? ¿ Q u é significan los
acordes de esta música ?
E L CORO - B O H E M U N D O . — Acércase el m o m e n t o ; el
de un cielo sin nubes. Temed en los días de gozo la
misterio horrible va a declararse. Sé f u e r t e , princesa;
pérfida visita de la desgracia. No permanezcáis ape-
alienta á tu corazón; soporta con energía lo.que te es-
gados á los bienes que engalanan la vida pasajera.
pera. Muestra varonil firmeza en este dolor mortal.
Aprenda á perder quien p o s e a ; aprenda á sufrir el
ISABEL. ¿ Quién se acerca ? ¿ Quién me espera ? Oigo dichoso.
fúnebres quejidos que r e s u e n a n en este palacio...
ISABEL. — ¿ Q u é he de oir? ¿ Q u é cubre este velo?
¿ Dónde están mis hijos ?
(Da un paso en dirección á las andas, y se detiene temblo-
(El primer coro trae el cadáver de don Manuel sobre unas
rosa y vacilante.) Me siento arrastrada por horrible
andas, y lo coloca en el lado de la escena que ha quedado
impulso, y me contiene al propio tiempo la m a n o fría
libre; lo cubre un paño negro.)

ESCENA IV

ISABEL, BEATRIZ, DIEGO, LOS DOS COROS

i. e r CORO - C A Y E T A N O . - — Á t r a v é s de las calles marcha


la desgracia seguida de las q u e j a s . Así vaga furtiva
en torno de las habitaciones de los h o m b r e s : hoy llama
á esta puerta, mañana á la o t r a ; m a s nadie se libra de
ella. El doloroso y funesto m e n s a j e r o vendrá m á s ó
menos tarde á colocarse en los u m b r a l e s de toda m a n -
sión.
BERENGUER.-Caen las hojas al declinar el año, y los
viejos exhaustos bajan al s e p u l c r o . Cumple con ello la
naturaleza sus leyes, sin q u e e s p a n t e ni sorprenda al
hombre.
y siniestra del t e r r o r . (A Beatriz que se ha interpues-
Mas en esta vida terrestre, h a b é i s de conocer tam-
to entre ella y las andas.) Déjame; sea lo q u e fuere,
bién lo extraordinario: el h o m i c i d i o , con su m a n o po-
quiero levantar este velo. [Alza el velo, y descubre el ca-
derosa, rompe de igual m o d o los m á s sagrados lazos.
dáver de don Manuel.) ¡Oh, potencias celestiales! ¡Es
En la barca de la Estigia, la m u e r t e arrebata también
mi hijo!
á la juventud floreciente.
(Queda inmóvil de horror. Beatriz lanza un grito y cae
CAYETANO. — C u a n d o los n u b a r r o n e s a m o n t o n a d o s
junto á las andas.)
oscurecen el cielo, y el t r u e n o r e t u m b a con redobles
E L CORO-CAYETANO, BERENGUER, M A N F R E D O . — ¡ M a d r e
sonoros, todos los hombres se estremecen bajo el po-
infeliz! ¡es t u hijo! Tú lo dijiste, no yo.
dér del hado. Mas el trueno p u e d e desgajarse también
ISABEL.—¡Hijo m í o ! mi Manuel! ¡Oh, eterna miseri-
cordia! ¡ así h e de volver á e n c o n t r a r t e ! ¿ Habías de ISABEL.—Ninguna confianza me inspiraba la senten-
dar tu vida para arrancar t u h e r m a n a del poder de los cia de un servidor de los ídolos. Una esperanza mejor
bandidos ? ¿ Dónde estaba t u h e r m a n o ? ¿ Por qué no te dió fuerzas á mi alma. Otros labios, q u e yo considera-
protegió? ¡ Maldita sea la m a n o que causó esta herida! ba verídicos, m e anunciaron q u e mi hija reuniría por
¡Maldita sea la m u j e r q u e dió vida al asesino de mi medio de u n ardiente a m o r el corazón de m i s hijos.
hijo! ¡ Maldita toda su raza! Así los oráculos se contradicen y a m o n t o n a n la bendi-
EL CORO.—¡ Desdicha ! ¡ desdicha! ¡ desdicha ! ¡ des- ción y la maldición sobre la cabeza de mi hija. La
dicha! desgraciada no ha merecido la maldición, y no le ha
ISABEL. — ¿ Así cumplís vuestra palabra, potencias sido dado el tiempo para que la bendición se realizara.
celestiales? Esta es v u e s t r a v e r d a d ! Desdichado de Ambos oráculos han m e n t i d o ; el arte de los adivinos
aquel q u e fía en vosotras, á impulsos de su rectitud ! es fútil vaciedad, p u e s se engañan ó nos engañan. Nada
¿ Por q u é m i s esperanzas, por q u é m i s t e m o r e s si de- verdadero p u e d e saber acerca del porvenir, ni el que
bebe en las f u e n t e s infernales, ni el que bebe en la
bía ser este el desenlace? Vosotros q u e me rodeáis con
f u e n t e de la luz.
espanto y saciáis vuestras m i r a d a s en mi dolor, apren-
ded á conocer las m e n t i r a s con q u e nos engañan los i .CR CORO - CAYETANO.— ¡ Desdicha ! desdicha ! ¿ Qué
ensueños y los adivinos, y seguid creyendo en el orá- es lo q u e dices ? Detente, detente! Guarda las palabras
culo de los dioses. Cuando llevaba á m i hija en el seno, q u e escapan á tu lengua t e m e r a r i a . Los oráculos ven y
su padre soñó u n día q u e veía salir de su lecho n u p - alcanzan la verdad; los acontecimientos lo d e m o s t r a r á n .
cial dos laureles q u e entrelazaban sus r a m a s tupidas. ISABEL.—No g u a r d a r é mis palabras; hablaré en voz
Entre los dos se alzaba u n lirio, q u e convertido luégo alta, como m e lo ordena mi corazón. ¿A q u é visitar,
en una antorcha, devoró las r a m a s de los laureles, y devotos, los templos ? ¿ A qué levantar n u e s t r a s manos
lanzándose con f u r o r hacia la bóveda, consumió en un piadosas al cielo? ¡Oh, insensatos é inocentes! ¿ q u é
instante el palacio entero. A t e r r a d o por aquella mara- g a n a m o s con nuestra confianza? T a n imposible es lle-
g a r hasta los dioses, habitantes de las regiones eleva-
villosa aparición, vuestro padre consultó á u n adivino,
das, como lanzar una flecha á la luna. El porvenir
á un negro mago, q u i e n le respondió q u e si yo daba á
está cerrado á los mortales, y n i n g u n a plegaria pene-
luz una niña, daría ella la m u e r t e á m i s dos hijos y
tra en u n cielo de bronce. ¡ Qué importa que el pájaro
aniquilaría mi raza.
vuele hacia la derecha ó hacia la izquierda, que las
E L CORO - CAYETANO Y BOHEMUNDO.—¿Quédices, prin-
estrellas estén en tal situación ó en tal otra ? El libro
cesa ? ¡ Oh d e s d i c h a !
de la naturaleza no puede ser i n t e r p r e t a d o : la expli-
ISABEL.—Su p a d r e ordenó darle m u e r t e , pero yo la cación de los sueños es u n sueño, y todos los signos
libré de la horrorosa sentencia. ¡ Pobre n i ñ a ! Arreba- son falaces.
tada en edad tan tierna al seno de su m a d r e , para no
2.° CORO-BOHEMUNDO.— Detente, infortunada. Des-
hacer perecer á sus h e r m a n o s en m á s larga e d a d ! ¡Y
ahora su h e r m a n o cae p o r m a n o de los b a n d i d o s ! No dicha ! d e s d i c h a ! Niegan los ciegos la esplendorosa
claridad del sol. Los dioses existen. Reconóceles; te
es ella, inocente, la q u e le m a t ó .
rodean, invisibles.
EL CORO.—¡ Oh d e s d i c h a ! ¡ Oh desdicha!
BEATRIZ.—¡ Oh, madre, m a d r e m í a ! ¿ Por q u é bla-
sonaste de m a y o r cordura q u e aquellos que todo lo
ven y conocen el e n c a d e n a m i e n t o de los t i e m p o s pre-
sentes con los tiempos f u t u r o s , y ven las semillas tar-
días g e r m i n a r en el porvenir? P a r a r u i n a tuya, para la
mía, para la ruina de todos, robaste á los dioses de la
m u e r t e la presa q u e te reclaman, q u e por sí mismos
se toman duplicada y triplicada. No te agradezco tu
triste beneficio; para el dolor y el llanto me has con-
servado.
I. ER CORO-CAYETANO (conviva emoción mirando á la
puerta).—Abrios de nuevo, crueles heridas; d e r r a m a d
y esparcid negros t o r r e n t e s de sangre.
BERENGUER.—Oigo el r u i d o de los piés de bronce,
oigo el r u i d o de las víboras del infierno, conozco las
pisadas de las F u r i a s .
CAYETANO.— Derrumbáos, m u r a l l a s ! Umbrales de
este palacio, hundios bajo s u s t r e m e n d a s p i s a d a s !
Negro vapor se alza del fondo del abismo. La suave
claridad del día se desvanece y los dioses protectores
de esta casa se retiran y ceden el paso á las diosas de
la venganza.

ESCENA V

DON CÉSAR, ISABEL, BEATRIZ, EL CORO

(A la llegada de don César, el coro se divide como aleján-


dose de él. Don César se queda solo en el centro de la
escena.)

BEATRIZ.—¡ I n f e l i z d e m í ! ¡ E s é l !
ISABEL (se le acerca).—¡ Oh, César, hijo m í o ! ¿ Así he ISABEL.—? Mira! ve el crimen cometido

de volver á verte ? Mira! ve el crimen cometido p o r


una m a n o maldita de Dios.
(Condúcele junto al cadáver. Don César retrocede con ho-
rror y se cubre el rostro.)
I. C R CORO - CAYETANO, BERENGUER.—Abrios de nuevo,
crueles heridas, d e r r a m a d y esparcid negros t o r r e n t e s
de sangre.
ISABEL.—Tiemblas, y te q u e d a s petrificado... Sí, eso,
eso es todo lo q u e resta de t u h e r m a n o . A q u í yacen
m i s esperanzas. La flor de v u e s t r a amistad pereció al
a b r i r su capullo, y no podré ver sus dichosos f r u t o s .
D. CÉSAR.—Consuélate, m a d r e m í a ; nosotros q u e -
r í a m o s s i n c e r a m e n t e la paz, pero el cielo ha p e d i d o
sangre.
I S A B E L . — O H ! ya sé que le profesabas e n t r a ñ a b l e ca-
riño. ¡Con c u á n t o e n t u s i a s m o vi los lazos suaves q u e
e n t r e vosotros se estrechaban ! T ú q u e r í a s llevarle en
t u corazón, r e p a r a r con u s u r a los años perdidos. ¡ El
s a n g r i e n t o homicidio se ha adelantado á tu a m o r !
A h o r a sólo p u e d e s vengarle.
D . C É S A R . — Ven, m a d r e ; no p e r m a n e z c a s en este
sitio. Aléjate de este espantoso espectáculo.
(Quiere llevarla consigo.)
ISABEL (se echa en sus brazos).—¡Tú vives a ú n ! T ú , el
único q u e m e q u e d a !
BEATRIZ.—¡ Desdichada m a d r e ! ¿ q u é haces ?
D. CÉSAR.—Agota t u s lágrimas sobre este fiel cora-
zón. No perdiste á tu hijo, p o r q u e su a m o r está p a r a
s i e m p r e r e b o s a n d o en el seno de don César.
I . " CORO-CAYETANO, BERENGUER, M A N F R E D O . — A b r i o s
d e nuevo, crueles heridas, d e r r a m a d y esparcid ne-
g r o s t o r r e n t e s de s a n g r e .
ISABEL (cogiendo las manos de don César y de Beatriz).
—¡ Oh, hijos m í o s !
D. CÉSAR.— ¡ C u á n dichoso m e hace verla en t u s
brazos, m a d r e ! Sí, tu hija es ella... P e r o m i her-
mana...
ISABEL (interrumpiéndole).—] Gracias, hijo m í o ! gra-
y me separo del que le sobrevive! Porque no es mi hijo:
cias por haber cumplido t u palabra, gracias por ha-
yo di la vida, yo alimenté en mi seno á un monstruo
berla salvado y habérmela t r a í d o .
que debía dar m u e r t e á mi excelente hijo... Ven, hija
D. CÉSAR (asombrado).—( Á q u i é n , m a d r e mía ?
mía; no debemos permanecer aquí más tiempo. Aban-
ISABEL.—Á la que tienes delante á tu hermana.
dono esta casa á los dioses vengadores. Si un crimen
D . C É S A R . — E l l a ! <J m i h e r m a n a ?
me trajo, otro crimen me arroja... Entré en ella con
ISABEL.—<¡ Qué otra p u e d e ser ?
violencia, la habité con terror, y la dejo con desespe-
D . C É S A R . — i Mi h e r m a n a ?
ración. Todo lo he sufrido sin ser culpable; pero los
ISABEL.—Por ti m i s m o e n v i a d a .
oráculos tienen razón : los dioses están satisfechos.
D . C É S A R — ¿ Y la h e r m a n a d e él ?
(Vase. Diego la sigue.)
EL CORO.—¡Oh d e s d i c h a !...
BEATRIZ.—¡ O h , m a d r e m í a !
ISABEL.—Estoy sorprendida... Hablad.
ESCENA VI
D . CÉSAR.—¡ M a l d i t o s e a el d í a e n q u e n a c í !
ISABEL.—«J Q u é tienes ? ¡ Dios santo ! BEATRIZ, DON CÉSAR, EL CORO
D . CÉSAR. — ¡ Malditas sean las entrañas q u e me
llevaron! ¡Maldito tu silencio misterioso, que tales
D. CÉSAR (detiene á Beatriz).—Quédate, hermana mía,
horrores ha p r o d u c i d o ! ¡ Caiga al fin el rayo q u e ha
no me dejes de este m o d o . Maldígame mi madre, cla-
de a n i q u i l a r t e ! no m e esforzaré por más tiempo en
me venganza contra m í esta sangre, condéneme el
contenerlo. Sabe que yo f u i el asesino de mi h e r m a -
m u n d o ; pero no m e maldigas tú, porque de ti no
no, p o r q u e le sorprendí en brazos de Beatriz. Á ella
puedo soportarlo. (Beatriz lanza una mirada al cadáver
amo, á ella elegí por esposa... p e r o encontré á mi her-
de don Manuel.) No m a t é á tu amante, maté al que era
m a n o en sus brazos. Ya lo s a b e s todo. Si realmente es
tu hermano y el mío. El que murió debe ocupar más
su h e r m a n a y la mía, yo soy culpable de u n crimen
lugar en t u corazón que el que vive, y yo merezco más
q u e ningún arrepentimiento, n i n g u n a expiación pue-
piedad, porque si él ha m u e r t o inocente, yo soy cri-
den hacer olvidar.
minal ! (Beatriz rompe á llorar.) Llora á t u hermano, yo
E L CORO - BOHEMUNDO— Él lo ha dicho. Ya lo oíste:
lloraré contigo, y a ú n más yo te vengaré. ¡Pero no
ya sabes t u horrible desgracia ; nada tienes q u e saber
llores á tu a m a n t e ! No puedo soportar que concedas
más. Lo que anunció el a d i v i n o se ha cumplido; que
al muerto esta preferencia. Déjame levantar del abis-
nadie escapa al destino q u e sobre él pesa, y el que
mo sin fondo de nuestros dolores, el solo, el último
cree evitarlo con su p r u d e n c i a , trabaja voluntariamen-
consuelo. Déjame q u e crea q u e no te pertenece más á
te para cumplirlo.
ti que á mí. La revelación de nuestro destino terrible
ISABEL.—¡Y qué me i m p o r t a q u e los dioses sean fa-
iguala nuestros derechos como nuestras desdichas.
laces ó dignos de fe ! Ya m e h a n hecho el m a y o r daño
Caídos en el mismo hoyo, hijos los tres de una misma
posible; les desafío á q u e a s e s t e n sobre mí m á s r u d o
madre, sucumbimos por igual modo, y tenemos el
golpe. Quien nada tiene q u e t e m e r ¡cómo podría te-
mismo derecho al amargo llanto. Pero si yo pensase
merlos! ahí está mi hijo q u e r i d o , m u e r t o delante de mí;
que t u aflicción se consagraba al a m a n t e más q u e al her- puso al descubierto. ¡Le ha llamado su excelente
mano, la ira y la envidia mezclarían su hiél con mi do- hijo ! Toda su vida obró con disimulo. Y t ú eres falsa
lor, y el último consuelo m e abandonaría. No ofrecería como ella. No te esfuerces en fingir; m u é s t r a m e tu
yo con gozo la última víctima á sus m a n e s ; pero mi aversión! No volverás á ver mi rostro aborrecido. Adiós
alma irá á encontrarle dulcemente, si sé que tú reuni- para siempre.
rás mi ceniza con la suya en una misma u r n a . (La
(Aléjase. Ella se queda indecisa, victima de una lucha inte-
abraza con viva ternura.) Te a m a b a como no a m é ja-
rior; luego se decide, y vase.)
m á s , cuando sólo eras para m í una extranjera. Y
porque te amaba p o r encima de todo encarecimiento,
ESCENA Vil

EL CORO - CAYETANO

Feliz aquel q u e en la serenidad de los campos, lejos


de los confusos escollos de la vida, reposa con a m o r
de niño en el seno de la naturaleza. Me siento opri-
mido en el alcázar de los grandes, cuando veo á los
más principales y á los mejores, precipitados en un
m o m e n t o de la t o r r e de la prosperidad.
Dichoso t a m b i é n aquel q u e con piadosa vocación se
retira á tiempo de las olas tempestuosas de la vida y
se refugia en la plácida celda de un claustro! Lejos la
peligrosa ambición de los honores! ¡lejos el vano delei-
te ! los deseos insaciables d u e r m e n en su alma tran-
quila, y la potencia impetuosa de las pasiones no le
arrebata ya en el torbellino de la vida. Jamás en su
llevo conmigo la maldición de u n fratricidio. Mi a m o r retiro libre de t e m p e s t a d e s se yergue la triste imagen
hacia ti f u é todo mi crimen. Ahora eres mi h e r m a n a de la h u m a n i d a d . Á breve altura alcanzan el crimen y
y reclamo tu compasión como piadoso tributo. (La in- la adversidad, del modo q u e la peste h u y e de los sitios
terroga ansioso con la vista; después se separa vivamente elevados y se d e s p a r r a m a en la infección de las villas.
de ella.) No, no, no puedo v e r esas lágrimas. En pre- B E R E N G U E R , B O H E M U N D O , M A N F R E D O . — También la

sencia de ese cadáver, me abandona el valor, y la d u d a libertad habita las cimas. Las exhalaciones de la t u m -
desgarra mi seno. Déjame en mi error. Llora en se- ba no se alzan en el aire puro. Donde quiera que el
creto ; no vuelvas á v e r m e jamás, j a m á s ! Yo no quiero h o m b r e no llevó sus miserias, el m u n d o es perfecto.
volver á veros, ni á ti ni á t u madre, que jamás me (El coro repite esta estrofa.)
ha q u e r i d o ! Su corazón se ha d e l a t a d o ; el dolor lo
(Et segundo coro se aleja, llevándose el cuerpo de don Ma-
ESCENA VIII nuel.)
er
EL i. CORO - CAYETANO.—¿ He de llamar á la piadosa
DON CÉSAR, EL CORO congregación de los monjes de las cercanías, para que,
según antiguos usos de la Iglesia, celebre las exequias y
D . CÉSAR {con más firme continente).—Vengo á hacer acompañe con sus cantos al cadáver el reposo eterno ?
uso por última vez de mi a u t o r i d a d de soberano. Ese D. CÉSAR.—Esos cantos religiosos podrán resonar
cuerpo precioso será depositado en la t u m b a ; allí está eternamente sobre nuestra t u m b a , á la claridad de los
la última morada de los m u e r t o s . Escuchad ahora mis cirios; hoy no es necesario su santo ministerio. El
graves resoluciones y obrad p u n t u a l m e n t e conforme
sangriento homicidio rechaza las santas ceremonias.
os ordené. Recordáis aún el t r i s t e deber que cumplis-
EL CORO - CAYETANO.—No tomes, señor, ninguna re-
teis, p o r q u e no hace m u c h o q u e llevasteis á la t u m b a
solución violenta. No te revuelvas contra ti mismo, en
el cuerpo de vuestro príncipe. Los cantos f u n e r a r i o s
la ira de la desesperación. Nadie en el mundo tiene el
han cesado apenas de oirse en estos muros, y un cadá-
derecho de castigarte, y una piadosa expiación calma
ver sigue de cerca á otro cadáver, una antorcha en
la cólera del cielo.
otra se enciende, y el l ú g u b r e cortejo alcanza al lúgu-
bre cortejo en la misma escalera subterránea. Dispo- D. CÉSAR.—Si no existe quien tenga derecho á juz-
ned, pues, una f ú n e b r e s o l e m n i d a d en la iglesia del garme y castigarme, tócame á mí cumplir este deber
castillo, donde yacen los restos de mi p a d r e ; ciérrense para conmigo. Yo sé que el cielo acepta la penitencia
las puertas y hágase todo c o m o he dicho. del pecado, pero la sangre no puede ser expiada sino
con sangre.
E L CORO - BOHEMUNDO. — Dispuestas estarán p r o n t o EL CORO - CAYETANO.— Deberías sobreponerte á las
las exequias, s e ñ o r ; p o r q u e el catafalco, m o n u m e n t o catástrofes que pesan sobre esta casa, y no amontonar
de la grave ceremonia, está a ú n en p i é ; nadie p u s o desgracia sobre desgracia.
m a n o aún en el edificio de la m u e r t e . D. CÉSAR.—Muriendo pongo fin á la antigua maldi-
D. CÉSAR,—Si la entrada del sepulcro p e r m a n e c i ó ción de esta casa. Sólo la m u e r t e voluntaria puede
abierta en la mansión de los vivos, no f u é éste feliz romper la cadena del destino.
augurio. ¿Y por qué causa no d e r r i b a r o n el triste apa- EL CORO - CAYETANO. — Debes un soberano á esta
rato después de la c e r e m o n i a ?
huérfana tierra, ya que nos has arrebatado el otro.
EL CORO - BOHEMUNDO.—Las desgracias, la deplorable D. CÉSAR.—Antes he de saldar mi deuda con los
discordia q u e á poco estalló y dividió á Mesina, alejó dioses de la m u e r t e . Otro dios cuidará de los vivos...
del m u e r t o nuestra atención, y el santuario permaneció EL CORO-CAYETANO.—Mientras n o s a l u m b r a el s o l ,
cerrado y abandonado. permanece en pié la esperanza. Sólo la m u e r t e la de-
D. CÉSAR.—Id pues á c u m p l i r p r o n t o vuestro come- rriba. Piénsalo bien.
tido. Quede terminada la f u n e s t a obra esta m i s m a D. CÉSAR.—Y tú piensa en cumplir en silencio tus
noche, y vea el sol de m a ñ a n a el palacio p u r g a d o de deberes de servidor. Déjame obedecer al espíritu terri-
crímenes, y alumbre á u n a raza mas feliz. ble que me impulsa. Ninguna dichosa criatura puede

0 f
í * * ) Z
ver el fondo de m i alma. Si no honras ni t e m e s en mí. ISABEL.—No, no he de ofenderte con reproche algu-
al soberano, t e m e al criminal sobre quien pesa la más no, ni lastimarte con m u d a ó explícita queja. Mi deso-
t r e m e n d a m a l d i c i ó n ; honra al infeliz, cuya cabeza es lación se trocará en plácida tristeza. Juntos lloraremos
sagrada hasta p a r a los dioses. Quien ha experimenta- n u e s t r a desdicha y velaremos el crimen.
do lo q u e yo s u f r o , no tiene q u e dar ninguna cuenta á D. C É S A R (la toma de la mano y le dice con voz muy
los seres terrenales. blanda).—Será tal como dices, m a d r e mía; sí, t u deso-
lación se convertirá en plácida tristeza. Mas cuando
un m i s m o cortejo r e ú n a la víctima con el asesino, y
ESCENA IX u n m i s m o sepulcro encierre sus cenizas, la maldición
caerá d e s a r m a d a y no separará m á s á t u s dos hijos.
ISABEL, DON CÉSAR, EL CORO
Las lágrimas que d e r r a m e s , m a d r e mía, correrán para
I S A B E L (sale con incierto paso y lanza á don César una el uno como para el otro. La m u e r t e es poderoso inter-
mirada vacilante; luégo se le acerca y le habla con firme- cesor. Sosiéganse entonces los ardores de la cólera,
za ).—Mis ojos no d e b í a n verte más. Eso. me p r o m e t í cálmase el odio; la dulce piedad, bajo la imagen de
en medio de mi dolor. Pero el viento arrastra las reso- una h e r m a n a , llora estrechando en sus brazos la urna
f u n e r a r i a . No me detengas, pues, m a d r e mía; d é j a m e
luciones que u n a m a d r e extraviada por el f u r o r p u e d e
que baje al sepulcro y apacigüe al destino.
t o m a r contra la voz de la naturaleza. Hijo, siniestra
noticia m e ha a r r a n c a d o de mi soledad desierta y ISABEL.—Piensa q u e la religión cristiana posee m u -
de mi dolor. ¿ Debo creerla ? ¿ Es verdad que un m i s m o chas imágenes misericordiosas á cuyos piés puede
día ha de a r r e b a t a r m e á mis dos hijos ? encontrar la calma el corazón agitado. En la casa de
E L CORO - C A Y E T A N O . — R e s u e l t o le ves á f r a n q u e a r
Loreto, más de un culpable ha sido libertado de su
con seguro paso las p u e r t a s de la m u e r t e . P r u e b a pesada carga, y junto al santo sepulcro que borró del
ahora la fuerza d e la sangre, el p o d e r de las súplicas m u n d o el pecado, reside el poder celestial. También la
oración de los fieles contiene poderoso influjo y gran
maternales. Yo h e e m p l e a d o en vano mis palabras.
mérito á los ojos de Dios. En el sitio en q u e se cometió
ISABEL.—Revoco las imprecaciones que en la locura
el crimen, puede levantarse u n templo expiatorio.
de mi desesperación h e lanzado sobre tu cabeza queri-
da. Una m a d r e n o p u e d e maldecir al hijo que llevó en D. CÉSAR.—Fácil es arrancar la flecha del corazón,
sus entrañas, al hijo que parió con dolor, ni el cielo mas es imposible cicatrizar la herida. Sométase quien
quiera á penitente vida, al aniquilamiento gradual q u e
escucha sus i m p í a s súplicas, q u e vuelven á caer de lo
p r o d u c e la rigorosa expiación de una falta e t e r n a ! yo,
alto cargadas de lágrimas. Vive, hijo mío; a n t e s quiero
madre mía, no puedo vivir con el corazón destrozado.
ver al asesino de m i hijo, q u e llorarlos á los dos.
Necesito m i r a r con alegres ojos á los alegres, necesito
D. CÉSAR.—Tú n o reflexionas, m a d r e , en lo q u e de-
lanzarme con espíritu libre al cielo etéreo. Si la envidia
seas para ti y p a r a m í . Yo no puedo p e r m a n e c e r entre
envenenaba mi existencia cuando compartíamos igual-
los vivos. A u n q u e pudieras soportar, m a d r e mía, la
m e n t e tu a m o r , ¿crees q u e soportaría yo las ventajas
vista de un hijo aborrecido por los dioses, yo no su- que tu dolor le daría sobre mí ? En cambio, madre, la
friría los m u d o s cargos de tu eterno dolor.
m u e r t e purifica; en sus moradas eternas, las cosas de rosa que la mía ? (Se dirige al fondo del teatro.) Ven,
la tierra relumbran con el brillo de la v e r d a d e r a v i r t u d ; Beatriz. Si un hermano m u e r t o le a r r a s t r a á la t u m b a
bórranse las manchas y se esfuman los defectos de la con tanta fuerza, acaso su h e r m a n a p o d r á traerle de
h u m a n i d a d . Tanto como las estrellas están p o r encima nuevo á la luz con el prestigio de las d u l c e s esperanzas
de la tierra, estaría él sobre mí. Si nos ha s e p a r a d o de la vida.
antigua envidia d u r a n t e el curso de n u e s t r a existencia,
cuando éramos iguales y hermanos, ¿no r o e r í a sin tre-
gua mi corazón, ahora que me aventaja d e toda la eter- ESCENA ÚLTIMA
nidad y que salido de las luchas de este m u n d o se per- BEATRIZ en el f o n d o del t e a t r o , ISABEL, D. C É S A R , EL CORO
petuará como un dios en la memoria de los h o m b r e s ?
ISABEL.—¿Os habré llamado á Mesina p a r a e n t e r r a - D. CÉSAR (hondamente conmovido al verla, oculta el
ros á los dos ? Os hice venir aquí para reconciliaros, y rostro).—Oh, m a d r e , m a d r e m i a ! q u é p r e t e n d e s ?
un destino funesto revuelve contra mí t o d a s m i s espe- ISABEL (acompaña á su hija).—Tu m a d r e le ha supli-
ranzas. cado en vano. Implórale, conjúrale á q u e viva.
D. CÉSAR.—No te quejes por este desenlace, m a d r e ; D. CÉSAR.—Oh, artificio m a t e r n a l ! Así me pones
cuanto estaba anunciado se ha cumplido. H e m o s pasa- á p r u e b a ! ¿Quieres que me destroce n u e v a lucha?
do esta puerta con a u g u r i o s de paz, y j u n t o s descan- ¿Quieres hacer para m í m á s preciosa la luz del sol, en
saremos pacíficamente, reconciliados para s i e m p r e en el m o m e n t o en que voy á partir para la noche eterna?
la mansión de la m u e r t e . Aqui, ante mí se m u e s t r a el ángel gracioso de la vida,
ISABEL.—Vive, hijo m í o ! No dejes á t u m a d r e en ex- esparciendo e m b a l s a m a d a s flores y d o r a d o s f r u t o s . Mi
tranjera tierra, acosada por los sarcasmos de los cora- . corazón se abre á los rayos ardientes del sol, y en mi
zones groseros, p o r q u e no la protege y a el p o d e r de seno, ya sobrecogido por la m u e r t e , despierta la espe-
sus hijos. ranza con el a m o r á la vida.
D. CÉSAR.—Si el m u n d o frío y cruel t e d e s d e ñ a , re- ISABEL—Ruégale que no nos prive de n u e s t r o apo-
fugíate en nuestro sepulcro é invoca el divino p o d e r yo. Él te escuchará, ó no escuchará á nadie.
de tus h i j o s , p o r q u e seremos seres celestiales y te B E A T R I Z . — L a m u e r t e del que f u é a m a d o exige una
o i r e m o s ; y semejantes á los astros g e m e l o s propicios víctima. Una ha de ser, m a d r e m í a ; d é j a m e que yo
al navegante, nos acercaremos á ti p a r a consolarte y lo sea. Á la m u e r t e fui consagrada a n t e s de nacer. La
devolver la fuerza á tu alma. maldición q u e persigue esta casa me reclama: mi vida
ISABEL.—Vive, hijo mío, vive para tu m a d r e ! Yo no f u é robada al cielo. P u e s yo le maté y reavivé la dormi-
puedo resignarme á perderlo todo. da f u r i a de los combates, yo he de calmar los m a n e s .
(Le estrecha en sus brazos con apasionada violencia. Él se E L CORO - C A Y E T A N O . — O h , m a d r e infeliz! t u s hijos
separa con suavidad, le tiende la mano y aparta los ojos.) corren solícitos á la m u e r t e y te dejan sola, abandona-
D . CÉSAR.—¡ A d i ó s ! da, en vida solitaria, sin alegría y sin a m o r .
ISABEL.— Ay! ahora veo con dolor q u e t u m a d r e no BEATRIZ.—Hermano, g u a r d a tu cabeza querida. Vive
tiene sobre ti ningún poder. ¿Será otra voz m á s pode- para tu m a d r e , que necesita de su hijo. Hoy h a e n c o n -
trado u n a hija por primera vez: fácilmente podrá per- (En esto se oye un canto funeral. Abrense las puertas
d e r á la q u e j a m á s ha p o s e í d o . del fondo y aparece un catajalco levantado en la iglesia,
D. CÉSAR Ccon dolor profundo).—Ya lo ves, m a d r e mía, y el ataúd rodeado de antorchas.)
n o s o t r o s p o d e m o s vivir ó m o r i r , poco i m p o r t a á D. CÉSAR (volviéndose hacia el ataúd).—No, h e r m a n o ,
ella le basta ir al e n c u e n t r o de aquel á quien a m a b a . no quiero a r r e b a t a r t e tu víctima. Desde el fondo del
BEATRIZ.—¿Tienes celos de las cenizas de tu hermano? a t a ú d , tu voz es m á s poderosa q u e las lágrimas de u n a
m a d r e y las súplicas del a m o r . En mis brazos estre-
cho cuanto igualara la vida t e r r e s t r e á la suerte de
los dioses; ¿pero yo, el asesino, podría ser feliz y dejar
sin venganza la piadosa inocencia en la t u m b a ? No; el
justo árbitro de n u e s t r o s días no p u e d e p e r m i t i r tales
diferencias en s u m u n d o . He visto las lágrimas q u e
t a m b i é n por m í se d e r r a m a b a n . Mi corazón está satis-
fecho. Ya te sigo.
(Se hunde un puñal en el pecho y cae moribundo á los piés
de su hermana, que se echa en brazos de su madre.)
E L CORO - CAYETANO (después de un profundo silen-
cio).—Aterrado estoy, y no sé si debo afligirme ó rego-
cijarme p o r su s u e r t e . Lo q u e siento, lo q u e claramen-
te veo, es q u e la vida no es el m a y o r bien, y q u e el
crimen es el m a y o r de los males.

D. CÉSAR.—Vive dichosa en tu dolor. P a r a s i e m p r e


h a b r é m u e r t o e n t r e los m u e r t o s .
BEATRIZ.—Oh, h e r m a n o m í o !
D. CÉSAR (con la más viva pasión). — H e r m a n a m í a ,
me lloras a m í ?
BEATRIZ.—Vive por n u e s t r a m a d r e !
D . CÉSAR (retrocediendo). — ¿ Por n u e s t r a m a d r e ?
BEATRIZ (acercándosele é inclinándose hacia él).—Vive
por ella y consuela á tu h e r m a n a .
E L CORO-BOHEMUNDO.—Ella h a v e n c i d o ; n o h a po-
dido él resistir á las c o n m o v e d o r a s súplicas de su h e r -
m a n a . M a d r e inconsolable, a b r e otra vez tu corazón á
la esperanza. T u hijo consiente en vivir; tu hijo p e r -
m a n e c e á tu lado.
PRÓLOGO
R E C I T A D O P O R UN A C T O R

EN LA R E A P E R T U R A DEL TEATRO DE W E I M A R

(OCTUBRE DE 1798)

os espectáculos escénicos, ya risueños, ya graves, á que


tan á m e n u d o h a b é i s p r e s t a d o complaciente a t e n c i ó n ,
a b a n d o n a n d o á ellos el á n i m o e n t e r n e c i d o , vuelven á r e u n i r -
nos hoy en esta sala. ¡ Ved c ó m o fué r e s t a u r a d a ! ¡Ved cómo
las a r t e s la a d o r n a n cual t e m p l o s o n r i e n t e , y se m u e s t r a en
la e s t r u c t u r a d e sus n o b l e s c o l u m n a s el sentimiento de a r m o -
nía que p r e d i s p o n e el e s p í r i t u á g r a t a s e m o c i o n e s !
E s t e es, sin e m b a r g o , el m i s m o y antiguo proscenio que fué
c u n a de a l g u n o s j ó v e n e s ' a r t i s t a s y p a l e n q u e d o n d e se f o r m ó
más de u n a r e p u t a c i ó n luégo f a m o s a , y n o s o t r o s somos los
m i s m o s t a m b i é n , cuya a p t i t u d creció con ferviente celo b a j o
v u e s t r a m i r a d a , m i e n t r a s u n g r a n m a e s t r o (1) os a r r e b a t a b a
con su genio c r e a d o r á las m á s altas r e g i o n e s del arte d r a m á -
tico. ¡ Ojalá el n u e v o e s p l e n d o r de este edificio traiga á nos-
o t r o s la c o o p e r a c i ó n de o t r o s más d i g n o s ! ¡Ojalá se realice
con t o d a p o m p a la e s p e r a n z a q u e a b r i g a m o s tanto tiempo há!

. (1) Schroder de Hamburgo.

¡nlHi^^iJiiíSiSilíHítirilJlilliiiiasuuiiiíii
P u e s los g r a n d e s m o d e l o s d e s p i e r t a n la e m u l a c i ó n y dictan E s t a m o s v i e n d o a c t u a l m e n t e c ó m o se d e r r u m b a n las firmes
elevadas leyes á la crítica, sea este s e n a d o c a m p o de u n n u e v o y a n t i g u a s b a s e s s o b r e las cuales d e s c a n s a b a , de ciento cin-
y m a d u r a d o talento (i). ¿ D ó n d e p o d r í a e n s a y a r m e j o r sus fuer- c u e n t a a ñ o s a c á , la paz de E u r o p a , f r u t o h a r t o caro de la de-
zas, ó renovar y reavivar su gloria ya s a n c i o n a d a , s i n o de- p l o r a b l e g u e r r a d e los T r e i n t a a ñ o s . P e r m i t i d al p o e t a q u e
lante de esta escogida a s a m b l e a s i e m p r e sensible á la magia vuelva á t r a s l a d a r o s á tan f u n e s t o s t i e m p o s , y g o z a o s en c o n -
del arte y hábil en p e r c i b i r c o n exquisita delicadeza los m á s t e m p l a r d e s d e allí c o n m a y o r satisfacción el p r e s e n t e y el le-
fugaces rasgos del i n g e n i o ? M i e n t r a s la o b r a del e s c u l t o r j a n o p o r v e n i r t a n rico en esperanzas.
y los cantos del p o e t a a l c a n z a n siglos de d u r a c i ó n , el arte El p o e t a va á c o l o c a r o s en m e d i o de aquella g u e r r a . Diez y
maravilloso del a c t o r p a s a r á p i d a m e n t e y sin d e j a r h u e l l a . E n seis a ñ o s d e p i l l a j e , d e miseria y devastación van t r a n s c u r r i -
el t e a t r o , el h e c h i z o q u e el artista ejerce, m u e r e c o n é l ; del dos, y el m u n d o e n t e r o , f e r m e n t a n d o en la aflicción y la in-
m o d o q u e su voz en el oído, se extingue en u n i n s t a n t e su q u i e t u d , n o divisa en l o n t a n a n z a el m e n o r s í n t o m a de paz.
efímera creación sin q u e n i n g ú n m o n u m e n t o d u r a b l e p e r p e - E l i m p e r i o se halla c o n v e r t i d o en a r e n a de c o m b a t e ; las ciu-
t ú e su fama. Su t a r e a es difícil, y b r e v e la r e c o m p e n s a ; la d a d e s e s t á n d e s i e r t a s ; M a c d e b u r g o , en e s c o m b r o s ; la i n d u s -
p o s t e r i d a d n o t e j e p a r a él c o r o n a s . Vese, p u e s , o b l i g a d o á tria y el c o m e r c i o , a n i q u i l a d o s ; n a d a es ya el c i u d a d a n o ; el
aprovechar el m o m e n t o p r e s e n t e su ú n i c o p a t r i m o n i o , sub- s o l d a d o lo es t o d o . L a más d e s e n f r e n a d a licencia e s c a r n e c e á
y u g a r á los que le r o d e a n , y d e j a r viviente r e c u e r d o en el co- la m o r a l , y h o r d a s g r o s e r a s y d e s n a t u r a l i z a d a s p o r la c o n t i n u a
r a z ó n de los m á s distinguidos. Sólo así se anticipa el p l a c e r guerra, a c a m p a n s o b r e la t i e r r a a s o l a d a .
d e la i n m o r t a l i d a d ; p u e s q u i e n s u p o c o m p l a c e r é i l u s t r a r á S o b r e este s o m b r í o f o n d o resalta una e m p r e s a propia de la
los m e j o r e s de su t i e m p o , vive en b r e v e espacio lo q u e l o s i n - más t e m e r a r i a p r e s u n c i ó n y de un c a r á c t e r a u d a z c o m o n i n -
mortales. g u n o . H a r t o le c o n o c é i s al o r g a n i z a d o r de un o s a d o e j é r c i t o ,
La nueva era q u e p a r a el arte de T a l í a se i n a u g u r a h o y en al ídolo del c a m p a m e n t o , azote de las n a c i o n e s , t e r r o r y sos-
este proscenio, a n i m a p o r o t r a p a r t e al p o e t a á d e j a r el tri- t é n de su e m p e r a d o r , h i j o a v e n t u r e r o de la f o r t u n a , q u e a y u -
llado camino y á t r a e r o s del e s t r e c h o círculo de la vida o r d i - d a d o y f a v o r e c i d o de las c i r c u n s t a n c i a s , alcanzó r á p i d a m e n t e
n a r i a á más s u b l i m e t e a t r o , q u e n o sea indigno del c a r á c t e r la c u m b r e d e la gloria, é insaciable en sus deseos, y g a n o s o
i m p o n e n t e d e la época en que n o s a g i t a m o s con violentos de m a y o r a l t u r a , vino á caer p o r fin víctima de su i n d o m a b l e
esfuerzos. Sólo los g r a n d e s a s u n t o s r e m u e v e n p r o f u n d a m e n t e a m b i c i ó n . E x t r a v i a d o p o r el odio y el favor d e los p a r t i d o s ,
el alma de la h u m a n i d a d ; en m e z q u i n o espacio el á n i m o se su c a r á c t e r se n o s o f r e c e en la historia con cierta v a g u e d a d ;
a p o c a ; se e n g r a n d e c e c o n sólo a s p i r a r á u n alto fin. H o y q u e mas el a r t e , a t e n t o á p i n t a r su n a t u r a l e z a h u m a n a , c u i d a r á de
a l c a n z a m o s ya el grave t é r m i n o d e n u e s t r o siglo, en el cual h a c e r l o visible á v u e s t r o s ojos, é i n t e r e s a n t e á vuestro cora-
la misma realidad se reviste d e p o e s í a ; h o y q u e v e m o s com- z ó n , p o r q u e , e n l a z a n d o y r e d u c i e n d o á sus d e b i d a s p r o p o r -
batir á nuestra vista p o d e r o s o s c a r a c t e r e s p o r g l o r i o s o l a u r o ; c i o n e s c a d a u n a d e las p a r t e s , h a c e r e t r o c e d e r t o d a a p a r i e n -
h o y que se halla e m p e ñ a d a la l u c h a e n t r e los dos m á s gran- cia á los l í m i t e s de la n a t u r a l e z a , y s o r p r e n d i e n d o al h o m b r e
des intereses de la h u m a n i d a d : la libertad y el p o d e r ; el a r t e en el t o r b e l l i n o de la vida, a t r i b u y e al influjo f u n e s t o de los
d r a m á t i c o p u e d e alzar á m a y o r altura su v u e l o ; n o sólo p u e - a s t r o s g r a n p a r t e de sus c u l p a s .
de, debe hacerlo, si n o q u i e r e palidecer c u b i e r t o d e v e r g ü e n z a No será, sin e m b a r g o , el m i s m o h é r o e q u i e n parezca h o y en
a n t e el teatro de la vida real. escena. E n t a n t o q u e la t í m i d a m u s a c o b r a aliento para pre-
s e n t a r l o en su f o r m a real, veréis flotar su s o m b r a e n t r e los
valientes e j é r c i t o s q u e rige c o n sus ó r d e n e s y a n i m a c o n su
(i) Se alude á Iffland, el célebre actor, que había representado en aquel teatro, y
que Gcethe, el director del mismo, esperaba atraerse de nuevo. espíritu; ya q u e si su p o d e r í o c o r r o m p i ó su corazón, sólo
I 20 PRÓLOGO

el c u a d r o d e su campamento puede explicar su crimen.


P e r d o n a d , p u e s , al p o e t a si n o os l l e v a d e g o l p e y c o n p a s o
veloz al d e s e n l a c e , y se a r r i e s g a á o f r e c e r o s e n u n a serie d e
EL C A M P A M E N T O DE W A L L E N S T E I N
c u a d r o s s u s p o d e r o s o s a n t e c e d e n t e s . S i r v a el e s p e c t á c u l o
d e h o y p a r a d i s p o n e r el o í d o á i n u s i t a d o s s o n e s y t r a s l a -
d a r o s á la l e j a n a é p o c a , c a m p o d e e x t r a n j e r a s g u e r r a s ,
q u e l l e n a r á b i e n p r o n t o n u e s t r o h é r o e c o n s u s h a z a ñ a s . Y si
la M u s a , la libre d i o s a del c a n t o y d e la d a n z a , r e c l a m a u n a P E R S O N A S
vez m á s su a n t i g u o privilegio g e r m á n i c o , el u s o d e la r i m a ,
n o p o r esto la c e n s u r é i s , a n t e s a g r a d e c e d q u e t r a i g a las t é t r i -
c a s i m á g e n e s d e la r e a l i d a d á los s o n r i e n t e s d o m i n i o s del
a r t e . Así d e s c u b r e s i n c e r a m e n t e la m i s m a i l u s i ó n q u e p r o d u - UN SARGENTO \ , ,
re
ce, y n o c o n f u n d e p é r f i d a la a p a r i e n c i a c o n la v e r d a d . G r a v e UN CORNETA í S i m , c n t 0 de carabineros de Terzky.
e s la v i d a ; r i s u e ñ o el a r t e . UN CARABINERO.
UN ARQUERO.
DOS CAZADORES d e la c a b a l l e r í a d e Holke.
UN DRAGÓN del r e g i m i e n t o d e B u t t l e r .
ARCABUCEROS del r e g i m i e n t o d e T i e f e n b a c h .
UN CORACERO d e u n r e g i m i e n t o v a l ó n .
UN CORACERO d e u n r e g i m i e n t o l o m b a r d o .
CROATAS.
HULANOS.
UN RECLUTA.
UN PAISANO.
UN CAMPESINO.
SU HIJO.
UN MAESTRO DE ESCUELA d e r e g i m i e n t o .
UN CAPUCHINO.
UNA CANTINERA.
UNA MOZA DE LA CANTINA.
Hijos d e s o l d a d o s .
Músicos.

La e s c e n a en Pilsen, B o h e m i a .
ESCENA PRIMERA

Una cantina.—En p r i m e r término una tripería y mercería a m b u -


lante. S o l d a d o s d e t o d o s colores y u n i f o r m e s atraviesan la
e s c e n a . Las m e s a s e s t á n o c u p a d a s t o d a s . A l g u n o s c r o a t a s y
huíanos cuecen la comida en un brasero. Una cantinera es-
cancia vino. A l g u n o s m u c h a c h o s , h i j o s de soldados, juegan á
l o s d a d o s s o b r e u n t a m b o r . S u e n a n d e n t r o d e u n a t i e n d a al-
gunos cantares.

U N CAMPESINO y su HIJO

E L HIJO

QUÍ, p a d r e , no estamos m u y bien; alejémo-


J nos d e esa t r o p a . Mala gente es. ¡ Como no
nos d e n en las costillas!
§ J | E L C A M P E S I N O . — ¡ Ba ! ¿ se nos van á comer
quizás p o r desvergonzados q u e sean ? Hay entre ellos
algunos llegados de las orillas del Saale y el Mein con
rico botín y cosas m u y raras, q u e han de caer en nues-
tras m a n o s c o m o seamos un poco diestros. Un capitán,
á quien otro a t r a v e s ó de u n a estocada, me dejó un par
de dados con los cuales se gana siempre; voy á probar
si conservan el m i s m o p o d e r . Pon la cara c o m p u n g i d a EL C A M P E S I N O . — C a b a l l e r o s : u n m e n d r u g o y u n t r a -
y triste, ¡ ya v e r á s ! En el f o n d o esa es g e n t e alegre y go, por caridad ! Todavía no h e m o s p r o b a d o un bo-
bonachona q u e se deja llevar y q u e disipa el botín cado hoy.
como lo ha g a n a d o . M i e n t r a s ellos nos s a q u e a n a cal- EL CORNETA.—¡ Esa s e n t é estaría atracandose todo
deradas, nosotros r e c u p e r a m o s lo n u e s t r o á cuchara- el día!
das, y si nos d a n algunos cintarazos, ya e s c u r r i r e m o s EL H U U N O (con un vaso).—I NO has almorzado? p u e s
el bulto. (Suenan dentro cantos y gritos de alegría en la bebe, perro.
tienda.) ¡ C ó m o se d i v i e r t e n ! ¡ D i o s nos tenga de su (Se lo lleva á la tienda; los otros se adelantan).
m a n o ! Luego p a g a m o s los c a m p e s i n o s la fiesta. Ocho EL SARGENTO (al Cometa).—,¿ Crees t ú q u e nos dan
meses hace q u e esa tropa se e m b u t i ó en n u e s t r a s ca- hoy doble soldada sin motivo, y sólo para q u e nos di-
m a s y establos; en m u c h a s l e g u a s á la r e d o n d a no virtamos y a n d e m o s de francachela ?
queda ni u n a p l u m a , y t e n d r e m o s q u e r o e r n o s los EL CORNETA.—¡Como va á llegar la d u q u e s a con su
huesos de h a m b r e y de m i s e r i a . No iban peor las cosas hija!
cuando nos saqueaban los s a j o n e s , y sin e m b a r g o estos EL SARGENTO.—Ese e s u n pretexto; lo q u e hay es
se llaman soldados del i m p e r i o . que ansiamos a t r a e r n o s con golosinas á las t r o p a s
EL HIJO.—DOS salen allí de la cocina, p a d r e . Me pa- recién llegadas de otras provincias junto á Pilsen,
rece q u e no hay m u c h o q u e p e l a r con ellos. •y tenerlas contentas y u n i d a s e s t r e c h a m e n t e á nos-
E L CAMPESINO.—ESOS son del p a í s ; b o h e m i o s engan- otros.
chados á los carabineros d e T e r z k y , . . . hace t i e m p o EL CORNETA.—Verdad; algo n u e v o hay debajo de la
que los t e n e m o s aquí de g u a r n i c i ó n . No ios h a y peo- manta.
res en el ejército: ¡con q u é a r r o g a n c i a se pavonean ! EL SARGENTO.—Tantos señores generales y coman-
Cualquiera diría q u e son u n o s s e ñ o r o n e s tienen á dantes...
menos echar un trago con los villanos... P e r o allí veo EL CORNETA.—No e s m u y c ó m o d o q u e digamos.
t r e s cazadores junto al f u e g o ; m e p a r e c e n tiroleses. EL SARGENTO.—... r e u n i d o s a q u í . . .
Vamos, Emerico, vamos á ellos... Son m u y alegres EL CORNETA.—NO será para divertirse.
camaradas, q u e g u s t a n de c h a r l o t e a r y se p o r t a n como EL SARGENTO.—Y esas conferencias... esas idas y ve-
hombres , e s o s tienen d i n e r o . nidas...
EL CORNETA.—Sí, s í .
(Se dirigen d las tiendas.)
EL SARGENTO.—Y ese viejo pelucón, llegado de Viena,
que desde ayer a n d o r r e a por ahí con su collar de oro
ESCENA II al cuello... Me parece q u e eso algo significa.
EL C O R N E T A . - F i j a o s e n l o q u e d i g o : e l t a l e s u n s a -
Dichos.—UN SARGENTO.—UN CORNETA.—UN HULANO bueso que sigue la pista al d u q u e .
EL SARGENTO.—¿ Has visto ? No se fían de n o s o t r o s ;
EL CORNETA. ¿ Q u é q u i e r e ese villano? L a r g o de temen los secretos designios de F r i e d l a n d . Se ha su-
aquí, canalla. bido m u y alto, y quisieran derribarle.
Pe,
T ® T A
EL CORNETA.—Pero nosotros le sostendremos. ¡ Ah!
¡ si t o d o s pensaran como vos y yo !
EL SARGENTO.—Nuestro regimiento y los cuatro que ESCENA IV
m a n d a Terzky, el cuñado del d u q u e , son los más re-
sueltos del ejército y los más adictos al general. Como Dichos.—UN CARABINERO
él m i s m o nos ha alistado en sus banderas, y nombró
los oficiales, estamos con él en c u e r p o y alma.
EL CARABINERO.—¡Hola! c o m p a ñ e r o . . . ¿cómo va eso?
¿ q u é os parece? ¿ e s t a r e m o s todavía m u c h o tiempo
con las manos cruzadas, m i e n t r a s el enemigo ando-
rrea por el campo ?
ESCENA III EL SARGENTO.—Calma, calma, señor carabinero ; los
caminos no están aún t r a n s i t a b l e s .
Dichos.—UN CROATA con u n c o l l a r . - U N ARQUERO s a l i e n d o
EL CARABINERO.—No creáis q u e me q u e j e ; me hallo
d e t r á s d e él
aquí perfectamente, pero ha llegado u n correo q u e
anuncia q u e han t o m a d o á Ratisbona.
EL ARQUERO.—¿Dónde has robado ese collar? Oye, te EL CORNETA.—Entonces h a b r e m o s de ponernos en
lo c o m p r o . . . á ti no te sirve de nada, y yo te doy por m a r c h a m u y pronto.
él u n par d e pistolas.
EL SARGENTO.—¡Cómo! P a r a defender los dominios
E L CROATA.—¡ C á ! ¡ c á ! l o q u e tú q u i e r e s es atra- de los bávaros, enemigos de n u e s t r o príncipe, no va-
parme. mos á fatigarnos tanto.
EL ARQUERO.—Pues te doy encima ese gorro azul que E L CARABINERO.— ¿ Eso creéis ? ¡Por lo visto estáis
acabo de g a n a r á la lotería; ¿ quieres ?... es magnífico... muy enterado!
E L CROATA (haciendo brillar al sol el collar).— Mira ;
son perlas y preciosos granates. ¡ Cómo r e l u m b r a al
sol! ESCENA V
E L ARQUERO (cogiendo el collar). - Te doy también por
é l m i cantimplora. (Contempla el collar.j Sólo por lo Dichos.—DOS CAZADORES.—LA CANTINERA.—UN HIJO d e u n
q u e m e g u s t a contemplarlo. soldado.—EL MAESTRO DE ESCUELA.—UNA CRIADA
E L CORNETA. — ¡ Cómo está engañando al croata!
¡ V a y a , p a r t a m o s , tirador, y me callo !
i. e r CAZADOR.—Mirad, m i r a d : ¡ q u é alegre gente hay
E L CROATA (probándose la gorra).— Me g u s t a esa
gorra. por ahí! "
EL CORNETA.—¡Quienes son esos, vestidos de verde?
E L ARQUERO (haciendo una seña al Corneta).—Toma y
Muy lindos y peripuestos v a n .
d a c a ; esos señores son testigos.
EL SARGENTO—Son cazadores de Holke. No pillaron
sus galones de plata en la feria de Leipzig.
LA CANTINERA—¡Bienvenidos, caballeros!
i. er CAZADOR.—Voto á... esta es Justina de Blaswitz. LA MOZA (sale).—-Tía,
se quieren ir.
LA CANTINERA.—La m i s m a . ¡Y el caballero es Pedro
1." CAZADOR.—¿ Quién es esa carilla picarona ?
de Itzeho el largo, q u e en u n a noche se zampó en
LA CANTINERA.—ES la hija de mi h e r m a n a q u e se casó
Slucktadt con el r e g i m i e n t o todo lo q u e g u a r d a b a su en esta tierra.
padre en la h u c h a .
1." CAZADOR.—¡ Linda sobrina ! (La cantinera se va).
i. e r CAZADOR.—Y luégo t r o q u é la p l u m a por la cara- 2.° CAZADOR (deteniendo á la muchacha).—Quedaos
bina. con nosotros, h e r m o s a .
LA CANTINERA. — ¡ Ya ! ¡ya!.... nos conocemos de
LA MOZA.—He d e servir á algunos parroquianos.
tiempo.
(Le suelta y se va).
i .ER CAZADOR. —¡ Y volvemos á e n c o n t r a r n o s en Bohe-
mia ! i. e r CAZADOR.—¡Buen bocado es la niña!... ¿ Y la tía?
¡Con mil diablos!... P u e s no son pocos los que se han
LA CANTINERA.—Hoy a q u í , m a ñ a n a allá, compadre.
batido por su b u e n palmito. ¡Cuánta gente se conoce
La g u e r r a es terrible, y nos e m p u j a y barre á escoba-
en la v i d a ! ¡ Cómo pasa el tiempo!.".. ¡Y lo q u e m e
zos de un lado á otro. Yo no he viajado poco, por vida
mía. resta q u e ver t o d a v í a ! (Al Sargento y al Corneta .) Á
vuestra salud, caballeros... H a c e d n o s u n poco de sitio.
i . " CAZADOR.—Lo s u p o n g o ; á la vista está.
LA C A N T I N E R A . — P r i m e r o f u i á T e m e s w a r c o n l o s b a -
gajes cuando íbamos á caza de Mansfeld; luégo a c a m p é
con Friedland frente á S t r a l s u n d ; allí lo p e r d í todo. Des- ESCENA VI
pués me largué con la t r o p a q u e acudió en socorro de
Mantua, regresé con el de Feria, di u n a vueltecilla LOS CAZADORES.-EL SARGENTO.—EL CORNETA
hasta Gante con un r e g i m i e n t o español y ahora me he
venido á Bohemia á ver si cobro m i s atrasos, con
E L SARGENTO. —Mil gracias.... Con m u c h o gusto.
ayuda del príncipe. Allí tengo la cantina.
Bienvenidos sean á Bohemia.
i. cr CAZADOR.—Se ve q u e hallas medio de combi-
i. c r CAZADOR.—Aquí, por lo visto, estáis perfecta-
narlo todo. ¿ Y q u é has hecho del escocés que corría el
m e n t e . En cambio, mal nos ha ido á nosotros en país
m u n d o contigo ? enemigo.
LA CANTINERA.—¡ Vaya un pillastre! Bien me en-
EL CORNETA.—Pues nadie lo diría por el porte.
gañó.... Se largó con t o d o s m i s a h o r r o s ganados á
E L SARGENTO.—ES verdad. En el distrito del Saale
fuerza de sudores, sin d e j a r m e m á s q u e ese pihuelo.
y del Meissen, no hacen g r a n d e s elogios de vosotros,
E L CHICO (llega saltando).-^Mamá, ¿hablas de p a p á ?
er
caballeros.
i. CAZADOR.—Bueno, bueno. El E m p e r a d o r cuidará
2.0 CAZADOR.—Dejad que digan... ¿ Eso qué importa ?
de su manutención. El ejército debe m u l t i p l i c a r s e .
Peor se conducen los croatas. Nosotros no podemos
E L MAESTRO DE E S C U E L A . — V a m o s , ¡ á clase... chicos,
hacer otra cosa q u e espigar el rastrojo que ellos dejan.
... andando...
EL CORNETA.—Lo cual no impide que llevéis una
i . " CAZADOR.—Ya empieza á odiar el encierro. fina chorrera de encaje, b u e n a s botas, ropas de fino
lienzo, y u n s o m b r e r o con plumas; todo lo cual os sien- hablarán por espacio d e cien anos, y cien otros m á s
ta á maravilla. ¡ H a b r á n de ser siempre ellos los dicho - de Holke y los suyos.
sos, sin q u e n u n c a nos toque el t u r n o ! EL SARGENTO.—Alto ahí. ¿ P o r ventura constituyen
EL SARGENTO.—En desquite pertenecemos al regi- el buen soldado el t u m u l t o y el pillaje? No, sino el
miento de F r i e d l a n d , y deben respetarnos y hon- tiempo, la reflexión, la destreza, el ingenio, el buen
rarnos. golpe de vista.
i. e r CAZADOR.—¡Vaya una lisonja! T a m b i é n nosotros i. e r CAZADOR.—Cá, n o s e ñ o r ; lo forma la libertad.
llevamos su n o m b r e ¡ qué diablo! Lo d e m á s son n e c e d a d e s q u e no merecen siquiera
EL SARGENTO.—Vosotros pertenecéis á la masa ge- contestación. T e n d r í a gracia que hubiese abandonado
neral. la escuela y sus lecciones, para hallar en el campa-
i. cr CAZADOR.—¿Os figuráis ser u n a raza especial mento la sujeción y la fatiga, y venir á encerrarme
vosotros? T o d a la diferencia consiste en el u n i f o r m e , entre las cuatro p a r e d e s de un escritorio ! Quiero ser
y p o r mí m e halio p e r f e c t a m e n t e en el mío. libre, ver cosas n u e v a s todos los días, y gozar la ven-
E L SARGENTO. — Vaya, cazadores; por vosotros lo t u r a de un instante, sin p r e o c u p a r m e del m a ñ a n a .
siento, pero el caso es que vivís en continuo trato con Para vivir sin c u i d a d o s vendí mi pellejo al E m p e r a d o r .
los villanos, y el b u e n tono y los finos modales sólo se Apostadme, si q u e r é i s , en medio del fuego ó sobre el
Rhin, donde caigan d o s soldados por tres, y no he de
a p r e n d e n al l a d o del general en persona.
chistar; pero, f u e r a d e esto, entiendo no ser cohibido
1.cr CAZADOR.—Pues poco os aprovecha la lección.
en nada.
Habréis a p r e n d i d o sin duda cómo se suena y cómo
escupe, p e r o n o es precisamente en las paradas donde EL SARGENTO.—Si n o deseáis más, podréis alcan-
se a p r e n d e á c o n o c e r su genio militar y su' talento. zarlo fácilmente con v u e s t r o uniforme...
2.° CAZADOR.—; Rayos y t r u e n o s ! Ved si por d o n d e i. e r CAZADOR. — C u a n d o estábamos al servicio de
quiera q u e e s t u v i m o s , no nos llaman los terribles ca- Gustavo, rey de Suecia, ¡diablo de h o m b r e ! aquello
zadores de F r i e d l a n d . ¡ Ah! yo os juro que no deshon- era un t o r m e n t o , . . . u n a t o r t u r a . . . Había convertido el
r a m o s su n o m b r e , ni m u c h o menos. ¿ Quién como campo en u n a iglesia. Mañana y tarde, al toque de
nosotros cruza con tal audacia las comarcas enemigas, diana, á la retreta, s i e m p r e rezando !; apenas intentá-
rompiendo p o r c a m p o s y sembrados ? Harto conocida bamos divertirnos u n p o c o , ya estaba el h o m b r e
es la t r o m p e t a d e los cazadores de Holke. Acudimos echándonos su s e r m ó n , desde la silla de su caballo.
E L SARGENTO.—Sí: e r a m u y t e m e r o s o d e D i o s .
á todas p a r t e s con el í m p e t u de un torrente; á lo m e j o r
i. e r CAZADOR.—No toleraba u n a sola mozuela en el
de la noche c a e m o s como incendio sobre las casas,
c a m p a m e n t o ; en c u a n t o daba con una, la casaba. No
cuando m e n o s se p i e n s a , sin que valga la defensa
p u d e soportarlo, y m e largué.
ni la f u g a , y s i n o r d e n ni concierto. La g u e r r a es im-
placable, a m i g o , y en vano patalean las doncellas en EL SARGENTO.—Ahora las cosas van por bien dis-
nuestros n e r v u d o s brazos. No lo digo por v a n i d a d , tinto camino.
pero p r e g u n t a d p o r nosotros en Baireuth y en W e s t f a - 1 .ER C A Z A D O R . — E n t o n c e s m e f u i c o n l o s c o n f e d e r a d o s ,
lia; donde u n a vez estuvimos, los hijos y los nietos que se disponían c a b a l m e n t e al ataque de Magdebur-
go. ¡ Ah ! ¡ aquello era otra cosa! Vino, juego, m u j e r e s paso por. encima del villano, como mi general por en-
á discreción; todo iba á p e d i r de boca, y nos divertía- cima de los p r í n c i p e s . Todo m a r c h a como en lo anti-
mos en grande, p o r q u e Tilly e n t e n d í a el cargo, y sólo guo, en que el sable lo decidía todo. El único delito, el
se mostraba austero p a r a sí. C u á n t o á los soldados, les único crimen consiste en resistir á una orden; c u á n t o
dejaba hacer lo q u e q u e r í a n , y con tal q u e no lo pagase no está e x p r e s a m e n t e prohibido, está p e r m i t i d o . Á
su bolsillo, llevaba a d e l a n t e su divisa: Vivir y dejar vi- nadie se le p r e g u n t a q u é creencias profesa. Sólo hay
vir. Pero no le f u é m u y fiel la f o r t u n a , y á partir de la dos cosas esenciales: lo q u e pertenece al servicio y lo
desdichada jornada de Leipzig, la suerte nos volvió el que no pertenece á él. En lo demás, sólo debo respeto
rostro y en ninguna p a r t e d i m o s con la victoria. En á mi b a n d e r a .
cuanto parecíamos y l l a m á b a m o s á las p u e r t a s , las
EL SARGENTO.—Me g u s t a oiros a s í ; habláis como u n
puertas se cerraban, y t o d o s h u í a n de saludarnos.
bravo jinete de F r i e d l a n d .
Y como nos f u é forzoso p a s a r en retirada de uno á
otro distrito, desvanecido el r e s p e t o q u e nos tenían i. e r CAZADOR.—• Ah ! Lo q u e es éste no ejerce el
antaño, acabé por a l i s t a r m e en c o m p a ñ í a de los sajo- m a n d o como un cargo confiado por el E m p e r a d o r .
nes, seguro de que hallaba con ello la v e n t u r a . C Á él q u é le i m p o r t a el E m p e r a d o r , ni qué ventajas le
procuró ? ( H a e m p l e a d o p o r v e n t u r a su ejército en
EL SARGENTO.—Y llegasteis á t i e m p o de saquear á defender y p r o t e g e r al país? No,... lo que él q u i e r e es
Bohemia. f u n d a r un i m p e r i o militar, abrasar y conmover el
i. er CAZADOR.—No, en v e r d a d ; mal me a n d u v o en m u n d o , e m p r e n d e r l o todo y subyugarlo todo.
esto. La disciplina era m u y severa, y luégo no osába- EL CORNETA.—¡ Chito 1... ¿Cómo os atrevéis á soltar
mos portarnos f r a n c a m e n t e c o m o e n e m i g o s ; porque tales palabras ?
formábamos la guardia d e los castillos del E m p e r a d o r , i. e r CAZADOR.—Digo lo q u e pienso. La palabra es li-
y todo se pasaba en c u e n t o s y atenciones, de modo que bre, dice el general.
la g u e r r a parecía u n a c o m e d i a . Hacíamos las cosas á EL SARGENTO.—Verdad. Tal dijo; yo se lo he oído
medias, no q u e r í a m o s r o m p e r a b i e r t a m e n t e con m á s de u n a vez; estaba allí. «La palabra es libre, la
nadie. En una p a l a b r a ; poca h o n r a podía g a n a r por acción m u d a , la obediencia ciega.» Estas f u e r o n sus
ese lado; tanto, que ya m o v i d o d e la impaciencia, me propias palabras.
volvía á mi escritorio, c u a n d o s u p e q u e Friedland i. c r CAZADOR.—Si son s u s propias palabras, no lo sé,
levantaba en todas p a r t e s b a n d e r í n de enganche. pero es cómo decís.
EL SARGENTO.—-¿Y c u á n t o t i e m p o pensáis estar aquí? 2.0 CAZADOR.—A él no le abandona nunca la s u e r t e ,
i. e r CAZADOR.— ¿ Os c h a n c e á i s ? Todo el t i e m p o q u e como á tantos otros. Tilly sobrevive á su f a m a , p e r o
él permanezca al f r e n t e del ejército. Por mi vida que bajo la bandera de Friedland estoy seguro de la vic-
no pienso en t o m a r soleta. ¿ Dónde estará m e j o r el toria, p o r q u e la fascina, la trae sujeta á su lado, y
soldado ? Todo va d e n t r o d e las b u e n a s prácticas mili- quien quiera q u e combata p o r él se halla bajo la pro-
tares, y presenta el m e j o r a s p e c t o ; el espíritu que tección de un poder especial. El m u n d o entero sabe
rige ese gran ejército a n i m a como soplo poderoso que tiene á su sueldo u n demonio del infierno.
hasta el último jinete. A q u í a n d o yo con firme planta y EL SARGENTO.—Es v e r d a d ; posee un hechizo ; esto
está f u e r a ele duda, porque en la sangrienta jornada EL RECLUTA (cantando).—«¡Viva el bélico sonido de
de Lutzen corrió de un lado para otro á través de una trompetas y tambores! Correr y ver m u n d o , m o n t a r á
lluvia de balas, y le agujerearon el sombrero, las botas caballo, volar lejos, libre como el pinzón entre los ma-
y el coleto, como se vió después, sin hacerle ni el más torrales y a través de la inmensidad ! ¡ Bravo ! ¡ Sigo la
leve rasguño en la piel; y por qué?... p o r q u e traía un bandera de Friedland!»
unto mágico. 2.0 CAZADOR.—Ahí tenéis u n gallardo mozo.
CLe saludan.)
i . " CAZADOR.—¿Pero por q u é atribuirlo á milagro?
No s e ñ o r ; lo q u e lleva es una coraza de piel de anta EL PAISANO.—Déjenlo en paz s e ñ o r e s ; que es m u -
q u e le hace invulnerable. chacho de b u e n a familia.
EL SARGENTO.—No, no, es un unto hecho con 1." CAZADOR.—¿ Hemos nacido nosotros en la calle,
yerbas de b r u j a , hervidas y cocidas con palabras má- por ventura ?
gicas. EL PAISANO—OS digo que es m u c h a c h o de medios

EL CORNETA.—Todo e s o n o e s n a t u r a l .
y fortuna. Tocad su c h a m a r r a ; ¿qué buen lienzo, eh?
E L SARGENTO.—Dicen q u e l e e e n l a s e s t r e l l a s lo por
EL CORNETA.—Para nosotros el mejor vestido es el
q u e nos dió el E m p e r a d o r .
venir, así lo m á s lejano como lo más próximo. P e r o
yo estoy m e j o r e n t e r a d o d é l a verdad del caso: y la EL PAISANO.—Va á h e r e d a r una fábrica de gorras.
verdad es q u e con frecuencia por las noches acude a 2." CAZADOR.—La mayor dicha consiste en hacer lo
verle u n h o m b r e gris q u e se filtra por las puertas ce- que nos acomoda.
rradas. Más d e u n a vez los centinelas le han dado el EL PAISANO.—Luégo por su abuela tendrá un alma-
cén y una t i e n d a .
quién vive, y s i e m p r e que ha aparecido el h o m b r e ha
ocurrido luégo a l g ú n suceso extraordinario. 1.er CAZADOR.—¡ Vaya!... ¿Pero á quién le acomoda
vender p a j u e l a s ?
2. 0 CAZADOR.—SÍ; está vendido al diablo; por esto
EL PAISANO.—Además de lo cual su padrino le cede-
nos d a m o s la g r a n vida.
rá una t a b e r n a y una bodega con m á s de veinte pipas
de vino.
EL CORNETA.—Que se beberá con sus c a m a r a d a s .
ESCENA VII
2.° CAZADOR. — Oye, seremos tus amigos y parro-
Dichos.—UN RECLUTA, UN PAISANO, DRAGONES quianos.
EL PAISANO.—Deja á su novia en la m a y o r tristeza.
EL RECLUTA (sale de la tienda cubierto con un casco, y 1.er CAZADOR.—¡ Bravo! Eso p r u e b a q u e tiene cora-
una botella en la mano).—¡Con Dios, padres míos ! Ya zón de hierro.
soy s o l d a d o ; ya no h e de volver á casa en mi vida. EL PAISANO.—¡Y su pobre abuelita, q u e se morirá
i. er CAZADOR.—¡Hola!... ya tenemos u n nuevo cama- de pena!
rada. 2." CAZADOR.— ¡Mejor que m e j o r ! . . . Así heredará
EL PAISANO.—Mira, Francisco, q u e vas á arrepentir- másEL pronto.
SARGENTO (se adelanta con gravedad y pone la mano
te de ello.
sobre el casco del Recluta).-;Bien p e n s a d o ! Ya te tene- y ahora es un gigante; porque, en Altdorf, cuando es-
mos convertido en otro hombre... Con ceñir el tahalí tudiaba,... era,... sea dicho sin ofenderle, u n calave
y cubrirte con el casco, e n t r a s en el c u e r p o .... un rón.... Una vez estuvo á p u n t o de m a t a r á un criado
cuerpo digno y respetable. Desde ahora debes sentirte suyo. Y los m u y nobles señores de N u r e m b e r g quisie-
como ennoblecido. ron ponerle á b u e n recaudo en la cárcel. C a b a l m e n t e ha-
i . " CAZADOR. Sobre todo ha de t i r a r el dinero. bían construido, hacía poco, la celda d o n d e le m e t i e r o n
EL SARGENTO—Hete p r o n t o á n a v e g a r e m b a r c a d o y debía c o n s e r v a r el n o m b r e del primero q u e e n t r a r a
en la nave de la fortuna.... El m u n d o se a b r e á t u s en ella. En vista de esto, ¿sabéis qué hizo Wallenstein?
ojos. A quien nada arriesga, nada le cabe esperar. P u e s dejó que pasara p r i m e r o su perro. Y desde en-
Mientras el villano indolente y simplón da vueltas en- tonces el calabozo lleva el n o m b r e del perro. ¿ Q u é
cerrado en un m i s m o círculo, como caballo de noria tal ? ¡ Qué treta de m u c h a c h o listo ! De todas sus ha-
el soldado p u e d e aspirar á todo, p o r q u e a c t u a l m e n t e zañas n i n g u n a m e hace tanta gracia como esa.
la guerra dispone de la s u e r t e del m u n d o . Mírame á (E11 esto la moza ha terminado su faena y el 2° Cazador
mi. Bajo ese uniforme q u e visto, traigo conmigo el
se entretiene bromeando con ella.)
bastón del E m p e r a d o r , y h a b é i s de saber q u e en este
UN DRAGÓN (interponiéndose entre ambos). — Vamos,
m u n d o , del bastón ha salido el m a n d o . El m i s m o cetro
real no es m a s que un b a s t ó n ; esto es cosa sabida camaradas, dejarla.
Con llegar á cabo se tiene ya u n pié en la g r a n escala 2.0 C A Z A D O R . — ¿ Q u i é n le m e t e á e s e e n lo q u e no
que lleva a los m á s altos puestos, y se p u e d e s u b i r á le importa ?
donde se quiera. EL DRAGÓN.—Tengo que advertiros que esa moza es
mía.
i . " CAZADOR.-Ya lo creo; basta q u e sepa leer y es-
cribir. i. e r CAZADOR. — ¡Cómo s u y a ! ¿ Q u é está diciendo?
¡ Está loco! ¿ P u e s no quiere poseer para sí el te-
EL S A R G E N T O . - V o y á d a r o s u n e j e m p l o q u e y o m i s -
soro... ?
mo he presenciado hace poco. El jefe del c u e r p o de 2.0 CAZADOR.—Desea vivir a p a r t e en el c a m p a m e n -
dragones se llama Buttler. P u e s bien; hara u n o s treinta to. El palmito de üna buena moza es como el sol:
anos a m b o s éramos soldados rasos, de g u a r n i c i ó n en pertenece á todo el m u n d o . (La besa.)
Colonia ; hoy él es general. Y es q u e ha llenado el
EL DRAGÓN (tirando a la muchacha del brazo).—Pues
m u n d o con su fama militar, m i e n t r a s mis servicios no repito que no lo toleraré.
h a n sido m u y sonados. ¿ Qué m á s ? El m i s m o Fried- i. c r CAZADOR.—¡Viva la b r o m a ! Ahí viene gente de
land, n u e s t r o jefe, nuestro g e n e r a l , en el día tan po- Praga.
deroso, f u é en un principio u n simple hidalgo; pero 2.0 CAZADOR.—¿ Anda buscando camorra ? Voy allá.
fio su porvenir al dios de la g u e r r a y ya veis á d ó n d e EL SARGENTO.—Haya paz, señores. Cualquiera puede
se e n c u m b r ó . Después del E m p e r a d o r él es el p r i m e - d a r un beso a u n a moza.
ro, y quién sabe lo que osará ni á d ó n d e llegará (con
malicia) p o r q u e no estamos a ú n al cabo de la calle.
i. e r CAZADOR.—Es verdad ; e m p e z ó siendo un p i g m e o
El m u n d o e n t e r o es casa de consternación ; el arca de
la Iglesia n a u f r a g a en u n m a r d e sangre, y el i m p e r i o
ESCENA VIII
r o m a n o ¡Dios t e n g a piedad d e é l ! d e b i e r a m á s bien
Dichos.—UN C A P U C H I N O . — S a l e n a l g u n o s m o n t a ñ e s e s , y t o c a n llamarse el pobre r o m a n o . Corriente de a m a r g u r a es
y b a i l a n u n valz, p r i m e r o c o n l e n t o c o m p á s , q u e v a c r e c i e n d o la c o r r i e n t e del Rhin ; vacíos los m o n a s t e r i o s , a n i q u i -
h a s t a el final. El i . " C a z a d o r b a i l a c o n la m o z a d e la c a n t i n a , ladas las diócesis, t r o c a d a s las p a r r o q u i a s en g u a r i d a s
la c a n t i n e r a c o n el r e c l u t a ; la m o z a s e e s c a p a , c o r r e t r a s e l l a
de l a d r o n e s , la t i e r r a d e Alemania, m o r a d a d e la dicha,
el c a z a d o r , y al i n t e n t a r a b r a z a r l a , a b r a z a en su l u g a r al C a p u -
chino q u e sale en a q u e l instante. se ha v u e l t o asilo d e la m i s e r i a . ¿Y cuál es la causa d e
esto ? No q u i e r o callároslo. La causa d e esto son vues-
tros p e c a d o s y v u e s t r o s crímenes, v u e s t r a vida d e
E L C A P U C H I N O ( I ) . — T r a . . . la... la... Muy bien, c o m o
paganos, los escándalos á q u e os e n t r e g á i s soldados y
hay Dios... T a m b i é n yo q u i e r o ser d e la p a r t i d a . . . ¿Es oficiales; p o r q u e el pecado es el i m á n q u e a t r a e el
éste u n ejército d e c r i s t i a n o s ? ¿ S o m o s t u r c o s ? ¿Somos hierro s o b r e ese país. T r a s el m a l viene la desdicha,
anabaptistas, p o r v e n t u r a ? ¿Nos m o f a m o s del día d e como el llanto t r a s la cebolla, como la W sigue á la V,
domingo, c o m o si Dios n u e s t r o S e ñ o r t u v i e s e la gota, en el a b e c e d a r i o . Ubi erit victoria; spes, si ofjenditur
y estuviese i m p o s i b i l i t a d o de d a r n o s u n a paliza? ¿ E s Deus? ¿ C ó m o alcanzar la victoria si no atendéis á ser-
esta ocasión d e t r a g a r y beber y a n d a r d e b u r e o ? Quid mones, n i h a c é i s caso de la misa, y sólo f r e c u e n t á i s la
hic statis oliosi? ¿ Q u é hacéis a q u í m a n o sobre m a n o ? t a b e r n a ? La m u j e r del Evangelio e n c o n t r ó la m o n e d a
Las f u r i a s d e la g u e r r a pasean d e s e n c a d e n a d a s por el q u e h a b í a p e r d i d o ; Saúl, las b u r r a s de su p a d r e ; José
Danubio, cayeron d e r r i b a d o s los b a l u a r t e s d e Baviera, á sus h e r m a n o s ; pero q u i e n buscase e n t r e los solda-
Ratisbona se halla e n t r e las g a r r a s del e n e m i g o y en dos el t e m o r d e Dios, la disciplina y el p u d o r , cierto
t a n t o el ejército p e r m a n e c e en B o h e m i a , tan t r a n q u i - q u e no h a b í a d e encontrarlos m a s q u e encendiera cien
lo, sin i m p o r t á r s e l e n a d a d e n a d a , m u y o c u p a d o en faroles. L e e m o s en el Evangelio q u e los soldados acu-
contentar la tripa, m á s a t e n t o á la botella q u e á la bata- dían t a m b i é n á oir al p r e d i c a d o r del desierto, y hacían
lla, á aguzar el pico m á s q u e el sable, p e r s i g u i e n d o mo- p e n i t e n c i a , y recibían el b a u t i s m o y le p r e g u n t a b a n :
zas y d e v o r a n d o b u e y e s en l u g a r d e d e v o r a r á O x e n s - ¿ Quid faciemus nos ? ¿ Qué h e m o s d e h a c e r p a r a e n t r a r
tiern. Y en esto, la c r i s t i a n d a d d e r r o t a d a se c u b r e d e en el s e n o d e A b r a h a m ? Et ait illis y les dijo : Nemi-
ceniza y viste el b u r d o sayal, m i e n t r a s el soldado se nem concutiatis; no a t o r m e n t é i s , no desolléis á n a d i e ;
llena los bolsillos. E s t a m o s en u n t i e m p o d e l á g r i m a s ñeque calumniara faciatis, ni c a l u m n i é i s á nadie. Con-
y miseria ; a p a r e c e n en el cielo maravillosos s i g n o s ; y tenti estote, c o n t e n t a o s , stipendiis vestris, con la p a g a ,
el S e ñ o r t i e n d e s o b r e las n u b e s el e n s a n g r e n t a d o m a n - y m a l d i t o sea todo h á b i t o pernicioso. El Decálogo dice:
to de la g u e r r a y se a s o m a á las v e n t a n a s del paraíso no jurarás el nombre de Dios en vano, ¿ y d ó n d e se oyen
e m p u ñ a n d o un c o m e t a c o m o u n v e r g a j o a m e n a z a d o r . m a s blasfemias q u e en el c a m p a m e n t o d e F r i e d l a n d ?
Si á cada r a y o y a cada t r u e n o q u e lanza la p u n t a de
v u e s t r a l e n g u a h u b i e r a q u e e c h a r á vuelo las c a m p a -
(i) El ridiculo sermón del Capuchino, y sus demás frases en este diálogo, están
entreverados de equívocos pueriles, intraducibies en nuestra lengua, y que oscurecen nas, bien p r o n t o no se hallarían sacristanes para ello;
el sentido del original en la traducción.
y si por cada mala oración que sale de vuestros labios es un rey Saúl, u n J e b ú , un Holofernes. Ha negado á
i m p u r o s , se os cayera un pelo de la cabeza, os q u e d a - su Señor, como San Pedro, y no p u e d e oir el canto
bais calvos antes de llegar la noche, así f u e s e vuestra del gallo.
cabellera m á s espesa que la de Absalón. T a m b i é n Jo- Los DOS CAZADORES.—¡Curilla ! ¡Ay de ti ! ¡ estás per-
sué era soldado, y el rey David m a t ó a Goliath, y sin dido !
e m b a r g o , ¿ dónde se lee que f u e r o n blasfemos y mal- E L C A P U C H I N O . — E S un zorro, es u n Herodes.
dicientes? Me parece que no h a y q u e a b r i r m á s la boca E L C O R N E T A Y LOS DOS CAZADORES (acometiéndole).—
para decir Dios me ayude, que p a r a echar u n taco. Pero Calla; vas á m o r i r . . .
¡claro está! cuando el vaso está m u y lleno se d e r r a m a y A L G U N O S CROATAS (interponiéndose entre ellos).—
desborda por todos lados.—Hay otro m a n d a m i e n t o q u e A g u a r d a d , no t e m á i s . Continuad vuestro sermón, con-
dice: No hurtarás, y ese lo cumplís al pié de la letra por- tadnos eso...
que robáis abiertamente cuanto cae en vuestras g a r r a s E L CAPUCHINO (á gritos).—Es un orgulloso Nabucodò-
de buitre, sin q u e nada esté al a b r i g o de vuestra r a p a - nosor, sentina de pecados, herético e m p e d e r n i d o . Se
cidad y astucia ; ni el dinero en el cofre, ni la t e r n e r i - hace llamar W a l l e n s t e i n y es verdad, p o r q u e es para
11a en el vientre de la vaca; c u a n d o pilláis un huevo, todos piedra de d o l o r y de tropiezos (1) ; y m i e n t r a s
cargáis con la gallina. ¿ Qué decía el predicador ? Con- el E m p e r a d o r le m a n t e n g a en su puesto, no habrá paz
tenti estote, contentaos con v u e s t r a ración... Mas ¿cómo en el país.
se portarán bien los s u b d i t o s , c u a n d o el escándalo
(Conforme ha dicho á gritos las anteriores palabras, se ha
viene de arriba? Á tal amo, tal criado... Ni siquiera se
ido retirando, protegido por los croatas.)
sabe cuáles son sus creencias...

I. E R CAZADOR. — Alto ahí,- p a d r e ; á nosotros p u e d e


echarnos las r e p r i m e n d a s q u e le parezca, pero g u á r - ESCENA IX
dese de insultar á nuestro g e n e r a l .
E L C A P U C H I N O . — N e custodias gregem meam. Es un
Dichos - M e n o s EL CAPUCHINO
Achab, un J e r o b o a m q u e a p a r t a á los pueblos de la ver-
dadera fe para traerlos a la idolatría. I , ER CAZADOR (al sargento).—¿Qué ha q u e r i d o decirnos
E L C O R N E T A Y E L R E C L U T A . — ¡ C u i d a d o con r e p e t i r con lo del canto del gallo que el general no p u e d e oir?
eso una sola vez! Sin d u d a quiso insultarle y mofarse de él.
EL CAPUCHINO.—Es. un f a n f a r r ó n , un t r a g a e s p a d a s E L S A R G E N T O . — V o y á explicároslo; no carece de
que quiere apoderarse de todas las fortalezas. Se jactó f u n d a m e n t o . El g e n e r a l es h o m b r e de singular com-
con impíos labios de tomar á S t r a l s u n d , a u n q u e estu- plexión, y tiene sobre todo los oídos m u y delicados;
viera atada al cielo con cadenas. P e r o gasta la pólvora no p u e d e s o p o r t a r el maullido del gato, y el canto del
en salvas. gallo le causa h o r r o r .
EL CORNETA.—¿ No habrá q u i e n le t a p e esa boca de i. e r CAZADOR.—Vaya, lo m i s m o que el león.
víbora ?
E L CAPUCHINO.—ES un brujo q u e evoca los demonios, (1) Equívoco intraducibie : Alien ein Stein, para todos una piedra.
EL SARGENTO.—Le es forzosa la m a y o r tranquilidad,
el mayor silencio en torno. Esta es la consigna de los
centinelas, porque está siempre embebido en g r a n d e s
meditaciones.
(Suenan voces en el interior de la cantina. Gran tu-
multo).— ¡Picaro! ¡ladrón!... ¡cogedle!... ¡cogedle!...
E L VILLANO.— ¡Socorro!... ¡Misericordia!...
OTRAS VOCES.— ¡Silencio!... tengamos la fiesta en paz.
1.er CAZADOR.— ¡ Diablo !... Por allí andan á palos.
2.° CAZADOR. — P u e s vamos allá.
LA CANTINERA (saliendo).— ¡Picaro!... ¡ Ladrón !...
EL CORNETA.—¿Quién os saca de tal modo de las ca-
sillas?
LA CANTINERA.—¡ Ah t u n a n t e ! ¡pillo!... ¿ h a y tal
perdido?... Y esto pasa en mi cantina!... ¿Qué dirán
los señores oficiales ?
EL SARGENTO.—Pero ¿ q u é ocurre, m u j e r ?
LA CANTINERA.— ¡ Q u é ! P u e s a h í es n a d a ; han sor-
prendido a u n villano con dados falsos.
EL CORNETA.—Aquí lo traen con su hijo.

ESCENA X

Dichos.—LOS SOLDADOS t r a y e n d o c o g i d o al CAMPESINO

i . c r CAZADOR.—Que le ahorquen.
al preboste.
TIROLESES Y D R A G O N E S . — L l e v a d l e
EL SARGENTO.—Justo; esta es realmente la última
orden.
LA CANTINERA.—Véale yo ahorcado antes de u n a
hora.
EL SARGENTO.— Quien mal anda, mal acaba.
i. er ARCABUCERO.—Este es el resultado de la desespe-
ración. Se empieza por arruinarlos, y acaban p o r I CORACERO.—¿ Qué pasa con este villano ?
echarse á robar.
W A L L E N S T El N 145

EL CORNETA.—¡Cómo !... ¿ T e atreves á hablar en su


favor?... ¡Llévete el infierno!
i. e r ARCABUCERO.—Después de todo, el villano es u n
h o m b r e . . . ¡qué diablo!... u n hombre... digámoslo así.
1." CAZADOR (al Corneta).—Dejadle; estos son del re-
gimiento de T i e f e n b a c h ; todos sastres y guanteros.
Han estado de guarnición en B r u j a s : ¡si sabrán ellos
los usos de la g u e r r a !

ESCENA XI

Dichos.—CORACEROS

i.CR CORACERO.—Haya paz, señores. ¿ Q u é pasa con


este villano ?
1." CAZADOR.—Pues t o m a ! q u e es un fullero.
1 . " CORACERO.—¿Te h a e n g a ñ a d o á t i ?
i. cr CAZADOR.—Como q u e m e ha desplumado.
1 .CR CORACERO.—¿ Y q u é ? ¿ T ú , u n soldado de Fried-
land, has podido humillarte y deshonrarte al p u n t o de
p r o b a r fortuna con un villano ? Dejadle que corra.
(El villano huye, y los soldados se acercan jormando
grupo).
1." ARCABUCERO.—Listo lo arregla el h o m b r e ; es re-
suelto. Me gusta esa gente, pero ¿ d e dónde es? No
parece bohemio.
LA CANTINERA.—Es valón, y de los coraceros de Pa-
p e n h e i m , que merecen m u c h o respeto.
i. c r DRAGÓN (adelantándose).—Ahora tienen por jefe
á Piccolomini el mozo, á quien ellos mismos eligieron
coronel en la batalla de Lutzen, cuando cayó m u e r t o
Papenheim.
I. ER ARCABUCERO.—¿ Á tanto se atrevieron ?
1." DRAGÓN.—El tal regimiento goza de algunos pri-
vilegios. Siempre fué el primero en la batalla, se go-
10
bierna por leyes a p a r t e y F r i e d l a n d le tiene en singu- a r m a de caballería, bajo la palabra y la fe de F r i e d -
lar estima. land. Sin el amor á Wallenstein, lo q u e es F e r n a n d o
1 . " CORACERO (á otro).—¿Es cierto eso?... ¿ Q u i é n lo no lo h u b i e r a conseguido n u n c a .
ha dicho ? i. e r DRAGÓN.—Friedland ha organizado el cuerpo, y
2.° CORACERO.—Lo oi d e los p r o p i o s labios del co- Friedland debe m a n d a r n o s .
ronel. EL SARGENTO.—Dejadme hablar y a t e n d e d m e ; sino,
1." CORACERO. —¿ C ó m o demonios?... Parece q u e todo va á quedar en palabras. Voy todavía más lejos
somos sus perros. q u e vosotros; m e t e m o que nos tienden un lazo,
1CAZADOR.— ¿ Q u é tripa se les ha roto á esos ? M u y i . " CAZADOR.—Haya paz. O j o c o n la o r d e n a n z a .
irritados están. E L SARGENTO.—Á ver, J u s t i n a ; e c h a d m e p r i m e r o u n
2.0 CAZADOR.—¡Compañeros! ¿ Se trata de algo q u e vasito de a g u a r d i e n t e para sentar el estómago, y luégo
nos i m p o r t e ? os diré mi parecer.
1." CORACERO.—Esto no p u e d e parecer bien á nadie. L A CANTINERA (sirviéndole el aguardiente).— T o m a d ,
(Los soldados se acercan). P u e s n a d a ; q u e nos destinan señor sargento... Measustais... Después de todo, no se
á los Países-Bajos, coraceros, cazadores y caballería li- t r a t a r á de nada grave, ¿ verdad ?
gera en n ú m e r o de ocho mil h o m b r e s . E L SARGENTO.— Bueno es, señores, que cada cual
L A CANTINERA.—¿ C ó m o es eso? ¿Otra vez en mar- e x a m i n e las cosas en particular; pero, como acostum-
cha, cuando ayer m i s m o llegué de F l a n d e s ? bra á decir el general, h a y q u e tratarlas t a m b i é n r e -
2 . 0 CORACERO (á los Dragones).— Vosotros los del re- u n i d o s . Nosotros f o r m a m o s el ejército de Friedland, y
gimiento de Buttler, t a m b i é n t e n d r é i s q u e m o n t a r á el villano nos da alojamiento, nos obedece en todo, nos
caballo. adereza la menestra, y por m á s que g r u ñ a , engancha
sus caballos ó sus bueyes á n u e s t r o s carros de bagaje.
i. e r CORACERO.—Y sobre todo nosotros, los valones.
Basta q u e cuatro h o m b r e s y un cabo lleguen á un lugar,
LA CANTINERA.—Los m e j o r e s escuadrones del ejér-
ya le tenéis convertido en a u t o r i d a d , m a n d a n d o y go-
cito.
b e r n a n d o á su gusto. Y eso que maldito si nos quieren
i. er CORACERO.—Vamos con el g o b e r n a d o r á Milán.
ni pizca. Antes preferirían verle al diablo el rostro q u e
1. c r CAZADOR.—¿ C o n e l I n f a n t e ? . . . E s r a r o .
n u e s t r a s casacas amarillas. P u e s bien, ¿ por q u é no nos
2.° CAZADOR.—¿ Con el c u r a ? . . . ¿ Anda desencadena-
a r r o j a n de la comarca ? Son m á s que nosotros, y si nos-
do el infierno ? otros t i r a m o s la espada, ellos manejan el garrote. ¿ Por
i. c r CORACERO. — Chicos ¿ c o n s e n t i r e m o s en a b a n - q u é , siendo así, nos m o f a m o s de ellos ? P o r q u e f o r m a -
donar á Friedland, q u e se porta con tal nobleza, p o r m o s un solo y temible ejército.
seguir á esos l a d r o n e s d e españoles á q u i e n e s o d i a m o s
con toda el alma?... No, no será. Antes d e s e r t a r e m o s . i. c r CAZADOR. — E s v e r d a d ; en la unión está la fuerza.
E L CORNETA.— ¡ V o t o á!... ¿ Q u é t e n e m o s q u e hacer
Bien lo sabía Friedland cuando, hace unos ocho ó nueve
allí ? Nosotros h e m o s vendido la vida al E m p e r a d o r y años, f o r m ó un g r a n d e ejército al servicio del E m p e r a -
d o r . P r i m e r o no q u e r í a n q u e pasara de doce mil hom-
no al español del s o m b r e r o rojo.
bres, y dijo él: «doce mil no p o d r é mantenerlos, pero
2.0 CAZADOR.—Nosotros h e m o s sentado plaza en el
voy á alistar sesenta mil y respondo de q u e no se mo- 2.° ARCABUCERO.—Soy suizo.
rirán de hambre.» He aquí por dónde h e m o s venido á EL SARGENTO.—¿ Y tú de dónde eres, cazador ?
ser soldados de Wallenstein. I.CR CAZADOR.—Mis padres viven d e t r á s de W i s m a r .
EL SARGENTO.—Si alguien, vamos al decir, m e corta E L SARGENTO ( p o r el Corneta).—Y tú y yo somos de
el dedo meñique de la mano derecha, ¿creéis q u e sólo Egra. ¡ Pues bien ! ¿ Quién diría q u e f u i m o s cogidos y
me habrá quitado un dedo ? ciertamente q u e no. Lo amalgados de norte á s u r ? ¿No p a r e c e m o s cortados de
que me quitan es la mano entera, p o r q u e ya no será la misma m a d e r a ? ¿ n o m a r c h a m o s j u n t o s contra el
más que un m i e m b r o mutilado é inútil. P u e s bien; los enemigo, como si estuviéramos f o r j a d o s y f u n d i d o s
ocho mil caballos q u e destinan á Flandes, son el dedo en una sola pieza ? Á la más leve señal, todo encaja y
meñique del ejército. Si les dejamos p a r t i r , ¿os conso- se engrana como las r u e d a s de un molino. ¿ Y quién
laréis diciendo: no hemos perdido m á s q u e el quinto nos ha modelado en tal forma q u e no h a y diferencia
de nuestras tropas ?... ¡ Por vida de!... T o d o se vendrá entre nosotros, sino es Wallenstein ?
abajo y ¡adiós temor, adiós respeto, adiós deferencias! i.-" CAZADOR.—En mi vida había p e n s a d o en esto;
Volverán á levantar cabeza los villanos, volverá la can- seguía mi camino sin notar qué bien o r d e n a d o s vamos.
cillería de Viena á garrapatear boletas de alojamiento 1." CORACERO.—Soy de la opinión del S a r g e n t o . Lo
y raciones, y otra vez entraremos en plena miseria. q u e quiere esa gente es anularnos p a r a m a n d a r solos.
Pero hay más. No se pasará m u c h o t i e m p o sin que nos Se trata de u n a conjuración.
quiten á nuestro general, porque en la corte no le ven LA CANTINERA.—¡ Una conjuración !... ¡ J e s ú s , Dios
con buenos ojos..., con que todo se d e s p l o m a r á á un m í o ! Entonces los señores no podrían p a g a r m e .
tiempo. Y entonces ¿ quién nos a y u d a r á luégo á cobrar E L SARGENTO. — Claro que n o ; v e n d r í a la r u i n a .
nuestra soldada ? ¿quién cuidará de m a n t e n e r nues- ¡Cuántos c o m a n d a n t e s y generales hay q u e p a g a n los
tros derechos ? ¿ quién tendrá el influjo, la inteligencia, sueldos del regimiento de sus propios bolsillos, y
el talento, la fuerza necesaria para g o b e r n a r y condu- gastan más de lo que pueden, atentos á h a c e r s e notar
cir esa masa compuesta de tantas piezas?... Y sino, con la esperanza de la recompensa! P u e s bien, si el jefe,
vamos á ver; dragón, dime, ¿ de qué país eres t ú ? si el d u q u e cae, ¡ adiós mi dinero!
I.ER DRAGÓN.—Yo soy de un país m u y lejano : de Ir- LA CANTINERA.—¡Jesús, Dios m í o ! ¡ Q u é g r a n catás-
landa. trofe para mí! La mitad del ejército tiene a l g u n a cuen-
E L SARGENTO ( á los dos coraceros).—Vos, ya sé q u e ta conmigo. Solo el conde Isolani, ese mal p a g a d o r del
sois valón, y vos italiano; se os conoce en el acento. demonio, m e debe por lo menos doscientos e s c u d o s .
i. c r CORACERO.—Ni yo mismo he p o d i d o averiguar I.ER CORACERO.—¿ Y q u é hacer, c a m a r a d a s ? No hay
quién era. Muy niño aún me robaron d e m i casa. mas que un medio de salvación : m i e n t r a s p e r m a n e z -
E L SARGENTO.—¿ Y t ú ? Tampoco e r e s t ú de la ve- camos u n i d o s les será imposible h a c e r n o s d a ñ o al-
cindad. guno. Sigamos f o r m a n d o un solo c u e r p o ; dejemos
i . " ARCABUCERO.—Soy de Buchau, r i b e r a s del lago q u e escriban ellos sus protocolos y p e r m a n e z c a m o s
Feder. nosotros firmes en Bohemia, sin ceder ni d a r u n solo
E L SARGENTO.—¿ Y v o s , c o m p a ñ e r o ? paso. Ahora el soldado combate p o r su h o n o r .
2.° CAZADOR.—No permitamos q u e nos lleven y trai- LA CANTINERA.—¡ A ver!... u n wallenstein.
gan así á través del país. Si quieren vernos, que EL SARGENTO.—Pues bien, ¿qué queréis más? ¿No es
vengan. tan príncipe como otro cualquiera? ¿No acuña moneda
I .CR ARCABUCERO.—Amigos; hay que pensarlo m u c h o . como F e r n a n d o ? ¿ no tiene también estado y subdi-
La orden es del Emperador. tos y tratamiento de Alteza? P u e s también puede te-
EL CORNETA.—Vaya lo que nos importa á nosotros ner soldados.
el E m p e r a d o r ! i: e r ARCABUCERO.—Nada hay que oponer á eso, pero
i . " ARCABUCERO.—¡ Cuidado con repetir esas pala- el caso es q u e nosotros estamos al servicio del E m p e -
bras ! rador. ¿ Quién nos paga sino él ?
E L CORNETA.—La v e r d a d e s e s a . EL CORNETA.—Esto sí que oslo niego r o t u n d a m e n t e .
I.CR CAZADOR.—Cierto; siempre he oído decir que El E m p e r a d o r no es quien nos paga, sino quien no
solo á Friedland correspondía el m a n d o . nos paga. Hace diez meses q u e nos está prometiendo
EL SARGENTO.—Esta es la verdad; esto es lo pactado, el sueldo.
y de derecho. Tiene absolutos poderes para hacer la 1." ARCABUCERO.—Dejadlo, que en buenas manos se
g u e r r a y firmar la paz, confiscar dominios y dinero, halla.
ahorcar ó indultar al que quiera, n o m b r a r oficiales y 1." CORACERO.—Haya paz, amigos. ¿ Q u e r é i s acabar
coroneles; en una palabra, goza de los privilegios de por reñir ? A qué disputarse sobre si el E m p e r a d o r es
a m o nuestro? Cabalmente porque somos sus bravos
soberano, otorgados directamente por el mismo Em-
caballeros no queremos ser tratados como su rebaño,
perador.
ni llevados ó traídos por la clerigalla. Decidme : ¿no es
i. cr ARCABUCERO.—Verdad que el d u q u e es inteli-
mejor p a r a el m i s m o soberano q u e sus soldados sean
gente y poderoso, pero al fin y al cabo viene á ser un
h o m b r e s capaces de conducirse por sí mismos ? ¿ En
simple subdito del E m p e r a d o r como nosotros.
q u é consiste su poder ? En su ejército. Gracias a su
EL SARGENTO.—Como nosotros no;... no sabéis lo
ejército influye en toda la cristiandad. Así, reciban en
que estáis diciendo. Es príncipe libre del imperio, ni buen h o r a los otros recompensas y gracias, r e u n i d o s
más ni menos que el de Gaviera. ¿ Por v e n t u r a no he en sus salones ó sentados á su mesa. Cuanto á nos-
visto yo con mis propios ojos estando de g u a r d i a en otros, bien q u e sólo s a q u e m o s de su gloria pesares y
Brandéis, cómo el E m p e r a d o r le permitía cubrirse en fatigas, lo q u e nos importa es el honor.
su presencia ?
2.0 CAZADOR.—Todos los grandes e m p e r a d o r e s y ti-
' i. c r ARCABUCERO.—Sí, pero este es un derecho inhe-
ranos f u e r o n m á s discretos. Nada les importaba h u -
rente al dominio de Mecklenburgo que el E m p e r a d o r
millar y a t o r m e n t a r al m u n d o entero, pero g u a r d a b a n
le había dado en prenda.
m i r a m i e n t o s al soldado.
i. er CAZADOR (alSargento).—¡ Cómo! ¿... en presencia
i . c r CORACERO. — Lo mejor es q u e el soldado se
del Emperador?... Es singular.
juzgue á sí mismo. Quien no se porta noblemente y
E L SARGENTO (registrándose los bolsillos¡.—Si no que-
con orgullo, mejor haría en dejar el oficio. Lo que es
réis creerme, voy a daros una p r u e b a palpable. (Sica
yo, si a r r i e s g o alegremente la vida es por algo q u e
imamoneda.) ¿ Qué significa esa efigie y esa inscripción?
tengo en m u c h o más; si no f u e r a asi, habría que de- i. er CAZADOR.—Bravo; así soy yo también,
jarse degollar como un croata; m e despreciaría á mi IARCABUCERO.—Realmente; es m u y grato pasear
mismo. por encima de las cabezas de los demás.
Los DOS CAZADORES.—Sí; el honor vale m á s q u e la i . " CORACERO.—Compañeros: los tiempos están m u y
vida. malos y la espada pesa ya m u y poco en la balanza,
i. cr CORACERO.—La espada no es un azadón, ni u n m a s nadie puede echarme en cara haberla elegido.
arado, y sería locura empeñarse en labrar con ella. Dispuesto estoy á p o r t a r m e h u m a n a m e n t e en la gue-
Para nosotros no m a d u r a n i n g u n a espiga. El soldado rra, pero no quiero que me desuellen para hacer de
no tiene patria. Errante sobre la superficie de la tie- mi piel u n t a m b o r .
rra, no p u e d e calentarse^' unto á su propio hogar, y se i. c r ARCABUCERO.—Pero, señores, ¿ q u i é n causa la
ve condenado á ver de lejos y de paso el esplendor de desgracia de esa pobre gente sino el ejército? Diez y
las ciudades, la alegría del lugar, las verdes praderas, seis años hace que les estamos vejando y a r r u i n a n d o
la siega y la vendimia en los campos. Si no tuviera con la g u e r r a .
para sí el h o n o r ¿ q u é bien le quedaba ? Fuerza es que
i . " CORACERO. — Amigo, nunca llueve á gusto de
algo tenga suyo, p u e s de otro modo sólo sería un ase-
todos. El buen tiempo q u e desean unos, es en menos-
sino, u n incendiario.
cabo de otros, y m i e n t r a s unos están pidiendo la se-
i. c r ARCABUCERO.—Dios sabe q u é miserable vida lle- quía, hacen otros por q u e llueva. Donde tú sólo descu-
vamos. bres estrago y miseria, yo hallo mi cuenta. Verdad es
i . " CORACERO.—Pues bien';.... lo que es y o n o la tro- q u e vivimos á expensas de los paisanos; pero a u n q u e
caría p o r otra. He recorrido el m u n d o entero, he ser- m u c h o lo sienta, yo no puedo m u d a r las cosas. Esto
vido á la m o n a r q u í a española, á la república de Vene- es lo m i s m o q u e sucede en una carga de caballería,
cía, al reino de Nápoles, siempre con mala f o r t u n a ; cuando se lanzan los caballos al galope; si cae á lo
he conocido nobles y mercaderes, obreros, jesuítas... mejor alguien en medio del camino, así sea mi hijo ó mi
qué sé yo... y sin embargo no hallé vestido que tanto h e r m a n o , por m á s que me desgarren el corazón sus
me complaciera como mi férrea coraza. alaridos, forzosamente le he d e pasar por encima, sin
i. e r ARCABUCERO.—No p u e d o decir yo lo mismo, remedio ; yo no puedo b a j a r m e á echarlo f u e r a en
iCORACERO.—Para m e d r a r e n el m u n d o , no hay brazos.
que darle vueltas, a m i g o s , forzoso es trabajar y mo- I.ER CAZADOR.—Claro que no. ¿Quién se ocupa d é l o s
verse. Si quieres alcanzar dignidades y honores, tienes
otros ?
que doblar la cerviz bajo dorado y u g o ; si ansias gozar
I ,ER CORACERO.—Y puesto q u e nos sonríe la ocasión,
la dicha doméstica y vivir rodeado de hijos y nietos,
cojámosla por los cabellos, q u e no ha de d u r a r m u c h o ,
ejerce en paz un oficio. P u e s b i e n ; yo no siento predi-
p o r desgracia. El mejor día se hace la paz, y todo se
lección alguna p o r semejante vida. Yo quiero vivir y
acabó. Ya tienes al soldado quitándole al caballo la
morir i n d e p e n d i e n t e sin robar á nadie ni heredar de
brida, y al labrador unciéndolo á su vez á la carreta, y
nadie, contemplando de lo alto de mi arzón á toda esa
otra vez t o m a r á n las cosas su curso natural, en un
gentuza.
abrir y cerrar de ojos. Ya que ahora tenemos nosotros
la sartén por el mango y estamos u n i d o s , no p e r m i t a -
mos q u e nos dispersen, q u e si nos d i s p e r s a m o s van á EL DRAGÓN.—El irlandés va d o n d e le conduce la es-
colgarnos el m e n d r u g o en lo m á s alto de la cucaña. trella de la f o r t u n a .
2.° ARQUERO.—El tirolés sirve sólo al a m o del país.
1." CAZADOR.—Eso, eso; fuerza es q u e n o ocurra
1.er CORACERO.—Entonces, redacte cada r e g i m i e n t o
nunca. Sigamos firmes y unidos s i e m p r e .
un memorial donde se diga con toda claridad q u e que-
2.° CAZADOR.—Sí, SÍ.... veamos, t o m e m o s n u e s t r o
r e m o s p e r m a n e c e r u n i d o s , sin q u e la f u e r z a ni la as-
partido. Oídme.
tucia p u e d a n s e p a r a r n o s n u n c a de F r i e d l a n d , p a d r e
I.CR ARCABUCERO (sacando un bolsín de cuero y hablan-
del soldado. L u é g o lo p r e s e n t a r e m o s r e s p e t u o s a m e n t e
do á la Cantinera).—A. ver, ¿ q u é d e b o ?
á Piccolomini, al hijo, se entiende... conoce esta s u e r t e
LA CANTINERA.—Nada.... no m e r e c e la pena... de negocios y goza de algún prestigio con F r i e d l a n d y
(Cuentan). t a m b i é n con el E m p e r a d o r .
EL CORNETA.—Bien hacéis en r e t i r a r o s . No hacéis 2." CAZADOR.—Vamos... convenido... venga esa m a -
m á s q u e estorbar. (Los arcabuceros se van). no... Piccolomini será n u e s t r o abogado.
i. c r CORACERO.—Es lástima... Con t o d o eso, es brava
E L CORNETA, E L DRAGÓN, I. ER CAZADOR, 2." CORACERO,
gente.
LOS ARQUEROS (á coro).—Piccolomini sera n u e s t r o abo-
1." CAZADOR.—Pero tienen u n a s i d e a s de m e r c a -
gado. (Hacen que se van).
chifle...!
EL SARGENTO.—¡ Alto!... E c h e m o s u n trago, c a m a -
2.° CAZADOR.—Ahora q u e estamos en familia, v a m o s
radas. (Bebe.) A la salud de Piccolomini.
á ver cómo deshacemos la c o n j u r a c i ó n .
LA CANTINERA (trayendo una botella). — Esta no la
EL CORNETA.—¿ Cómo ?... Pues no m a r c h a n d o .
a p u n t o ; os la regalo de m u y buena g a n a . ¡ Caballeros,
1.cr CORACERO.—Camaradas ; nada d e o p o n e r n o s á la buena suerte!
disciplina. Vuelva cada cual á su r e g i m i e n t o y expli-
EL CORACERO.—¡Viva la t r o p a del p a í s !
q u e á s u s c o m p a ñ e r o s lo q u e ocurre, p o r m a n e r a q u e
Los DOS CAZADORES.—¡Que paga el paisano!
lo vean y c o m p r e n d a n bien. No p o d e m o s p a s a r de
E L DRAGÓN Y LOS ARQUEROS. — ¡ A la p r o s p e r i d a d
aquí. Yo r e s p o n d o de mis w a l o n e s ; t o d o s p i e n s a n
del ejército!
como yo.
E L CORNETA Y EL SARGENTO.—... G o b e r n a d o s i e m -
EL SARGENTO.—En la m i s m a disposición se hallan pre por F r i e d l a n d .
los regimientos de Terzky, infantería y caballería.
2." CORACERO (cantando).—montar, á m o n t a r , ca-
2.° CORACERO.—(Se pone al lado del i.°). P u e s el l o m -
m a r a d a s ! . . . ¡ C o r r a m o s al campo, á la libertad ! En
bardo no se separa nunca del walón.
c a m p a ñ a , el h o m b r e vale todavía algo, y pesa algo s u
i . " CAZADOR.—Cuanto á nosotros, y a es sabido, la corazón ; nadie p u e d e reemplazarle, y le es f u e r z a con-
libertad es el elemento natural del c a z a d o r . t a r consigo mismo.»
2.0 CAZADOR.—La libertad reside en la f u e r z a . Lo q u e (Los soldados que estaban eñ el jando, se adelantan y re-
es yo, quiero vivir y m o r i r por W a l l e n s t e i n . piten á coro los dos últimos versos).
i . " ARQUERO.—Nosotros los loreneses s e g u i r e m o s la E L DRAGÓN (cantando).—«La libertad h u y ó del m u n -
corriente, é iremos donde se baile el placer y la alegría. do ; ya no hay m a s q u e esclavos y tiranos. La falsía y
la astucia i m p e r a n sobre la vil raza h u m a n a . Sólo escenas forman semicírculo).—«Vamos, camaradas, á
q u i e n sabe c o n t e m p l a r la m u e r t e d e hito en hito, sólo ensillar los caballos ; dilate n u e s t r o s p u l m o n e s el aire
el soldado es libre.» d e las batallas ; a r d e la s a n g r e j u v e n i l ; c h i s p o r r o t e a la
EL CORO.—«Sólo q u i e n sabe c o n t e m p l a r la m u e r t e v i d a . ¡ En m a r c h a ! . . : a n t e s q u e se evapore el valor...
d e hito en hito, sólo el s o l d a d o es libre.» Q u i e n no arriesga la vida, no goza n u n c a d e ella.»
i . " CAZADOR (cantando).—«Lejos de su á n i m o , pesa- EL CORO—«Quien no arriesga la vida, no, no goza
res y congojas, t e m o r e s ni c u i d a d o s ! Osado avanza al n u n c a de ella.»
e n c u e n t r o del destino. Si no hoy, m a ñ a n a lo alcan- (Cae el telón mientras el coro canta el estribillo).
zará, y puesto q u e h a d e alcanzarlo m a ñ a n a , g o c e m o s
hoy d e los ú l t i m o s i n s t a n t e s d e u n t i e m p o precioso.»
(Llenas de nuevo las copas, brindan y beben).
EL CORO.—«Puesto q u e ha d e alcanzarlo m a ñ a n a ,
gocemos h o y de los ú l t i m o s i n s t a n t e s d e u n t i e m p o
precioso.»
E L S A R G E N T O . — « S U dicha es gracia del cielo. Inútil
es el esfuerzo, inútil la fatiga. El p o b r e l a b r a d o r hoza
el seno d e la tierra en busca d e u n tesoro; hoza y
cava toda la vida, y al fin cava su p r o p i a huesa.»
EL CORO.—«Cava toda la vida, y al fin cava su pro-
pia huesa.»
1." CAZADOR.—«El jinete y el ágil caballo son bien
temibles h u é s p e d e s . Mirad cómo brillan en el castillo
las a n t o r c h a s de h i m e n e o ; ya llega sin s e r invitado,
sólo breve rato corteja á la novia, y sin d i n e r o , de u n
golpe arrebata la corona del amor.»
EL CORO.—«Sólo breve r a t o corteja á la novia, y d e
un golpe a r r e b a t a la corona del amor.»
2.° CORACERO.—«¿Por q u é llorar, p o r q u é c o n s u m i r t e
de pena, doncella h e r m o s a ? Déjale q u e p a s e : déjale
q u e corra. El soldado no tiene h o g a r , no p u e d e s e r
fiel á su a m o r . El h a d o veloz le a r r e b a t a en s u s alas, y
en p a r t e alguna le es p e r m i t i d o d e t e n e r s e . »
EL CORO.—«El h a d o veloz le a r r e b a t a en s u s alas, y
en p a r t e alguna le es p e r m i t i d o detenerse.»
I. E R CAZADOR (coge de la mano á los que tiene cerca; los
demás le imitan. Todos los interlocutores de las anteriores
P E R S O N A S

WALLENSTEIN, d u q u e d e F r i e d l a n d , g e n e r a l í s i m o d e l o s e j é r -
c i t o s del E m p e r a d o r , d u r a n t e la g u e r r a d e los T r e i n t a a ñ o s .
OCTAVIO PICCOLOMINI, t e n i e n t e g e n e r a l .
MAXIMILIANO PICCOLOMINI, su hijo, c o r o n e l d e u n r e g i m i e n -
to d e c o r a c e r o s .
EL CONDE TERZKY, c u ñ a d o d e W a l l e n s t e i n , jefe d e v a r i o s re-
gimientos.
ILLO, m a r i s c a l d e c a m p o , c o n f i d e n t e d e W a l l e n s t e i n . A C T O I
ISOLANI, g e n e r a l d e los C r o a t a s .
BUTTLER, jefe d e u n r e g i m i e n t o d e d r a g o n e s .
TIEFENBACH,
MARADAS,
GOETZ, g e n e r a l e s á las ó r d e n e s d e W a l l e n s t e i n . ESCENA PRIMERA
COLLALTO,
NEUMANN, a y u d a n t e d e T e r z k y . U n a s a l a g ó t i c a en las c a s a s c o n s i s t o r i a l e s d e P i l s c n , a d o r n a d a
QUESTEXBERG, c o n s e j e r o d e g u e r r a y e n v i a d o del E m p e r a d o r . con b a n d e r a s y a r r e o s m i l i t a r e s
BAUTISTA SENI, a s t r ó l o g o .
LA DUQUESA DE FRIEDLAND, e s p o s a d e W a l l e n s t e i n .
TECLA, p r i n c e s a d e F r i e d l a n d , su hija. ILLO,-BUTTLER, ISOLANI
LA CONDESA TERZKY, h e r m a n a d e la d u q u e s a .
UN CORNETA.
MAYORDOMO d e l c o n d e T e r z k y . ILLO.
Pajes y criados de Friedland.
Criados y músicos de Terzky. llegáis, pero llegáis al fin, y el largo tre-
Generales y coroneles.
cho excusa, conde Isolani, la tardanza.
ISOLANI.— En cambio no venimos con las
manos vacías. En Donauwoerth hemos sabi-
do q u e se dirigían hacia aquí seiscientos carros de
provisiones, y mis croatas se han apoderado de eilos;
con nosotros los hemos traído.
La e s c e n a en P i l s e n ( B o h e m i a ) .
ILLO.—Á buen p u n t o llegan para n u t r i r á la m u y
respetable asamblea.
BUTTLER.—Mucho movimiento hay, según parece.
ISOLANI.—Mucho; hasta las iglesias se hallan atesta-

ittUUHlilttHB'*1"""1*11'"5
das de t r o p a s . (Mirando en torno suyo.) Veo q u e estáis ILLO.—Verdad, g e n e r a l ; sea e n h o r a b u e n a .
m u y bien alojados en la casa consistorial. C u a n t o á los ISOLANI—General del r e g i m i e n t o que os ha cedido
soldados, se las c o m p o n e n c o m o p u e d e n . el príncipe, ¿ v e r d a d ?... El m i s m o en q u e habéis servi-
ILLO.—Se h a n r e u n i d o ya los coroneles d e t r e i n t a do de soldado raso!... Esto servirá de ejemplo y estí-
r e g i m i e n t o s . Aquí hallaréis á Terzky, á T i e f e n b a c h , á mulo al c u e r p o entero, y d e m o s t r a r á á todos cómo
Collalto, Gcetz, Maradás, H i n n e r s a m , los Piccolomi- medra el m é r i t o en la milicia.
ni, p a d r e é hijo... en s u m a , volveréis á ver á m u c h o s BUTTLER.—No sé si p u e d o aceptar vuestras felicita-
a n t i g u o s amigos. Sólo faltan Gallas y A l t r i n g e r . ciones. Falta todavía q u e el E m p e r a d o r sancione el
BUTTLER.— NO a g u a r d é i s á Gallas. nombramiento.
ILLO (sorprendido).—^ Cómo?... ¿ S a b r é i s . . . ? ISOLANI.—¡ T o m a ! . . . La m a n o q u e os ha colocado á
ISOLANI (interrumpiéndole).—i Está a q u í Max Picco- tal altura es b a s t a n t e vigorosa p a r a m a n t e n e r o s en ella
lomini ? L l e v a d m e a él. Le estoy v i e n d o t o d a v í a (y á despecho d e m i n i s t r o s y e m p e r a d o r e s .
h a r á de eso u n o s diez a ñ o s ) c o m b a t i e n d o c o n m i g o ILLO.—¡Si nos a n d u v i é r a m o s con tales escrúpulos!...
contra Mansfeld en Dessau. P a r a a c u d i r en socorro de ¿ Q u é nos da el E m p e r a d o r ? C u a n t o poseemos y espe-
su p a d r e , a r r e b a t a d o de la corriente del Elba, tuvo el ramos, todo procede del d u q u e .
arrojo de lanzarse á caballo de lo alto del p u e n t e . En- ISOLANI (á Illo).—( Os h e dicho ya, amigo mío, q u e
tonces a p e n a s le a p u n t a b a el bozo, y a h o r a , s e g ú n se e n c a r g a b a d e p a g a r a mis acreedores ?... Se empeña
m e dicen, le t e n e m o s ya convertido en un h é r o e com- en ser d e s d e hoy m i cajero, y en hacer de mí un hom-
pleto. bre o r d e n a d o . . . ¡Y esto por la tercera vez!... Ya po-
ILLO.—Iloy m i s m o le veréis. Con la d u q u e s a F r i e d - déis figuraros q u e su magnificencia, propia de un rey,
land y la princesa su hija, á q u i e n e s a c o m p a ñ a d e Ca- me salva de la r u i n a y la d e s h o n r a .
rintia acá, llegará este m e d i o día. ILLO.—¡ A h ! si pudiese o b r a r á m e d i d a de su gusto,
BUTTLER.—¿ De m o d o q u e el d u q u e llama á su lado capaz sería d e regalar al soldado d o m i n i o s enteros.
á la d u q u e s a y á su hija? M u c h a g e n t e r e ú n e a q u í . Pero en Viena hacen el diablo y m e d i o p a r a irle á la
ISOLANI.—Tanto m e j o r ; sólo a g u a r d a b a oir h a b l a r de m a n o , y cortarle las alas... Y sino, atended á lo q u e
m a r c h a s y a t a q u e s y m e e n c u e n t r o con q u e cuida d e está o c u r r i e n d o , y las p r e t e n s i o n e s con que se nos
a l e g r a r n o s la vista con g r a t a s i m á g e n e s . viene Q u e s t e n b e r g .
ILLO (que se habrá quedado pensativo, llama aparte á BUTTLER.—Algo he oído de lo que p r e t e n d e la corte,
Buttler y le dice:)— ¿ P o r d ó n d e sabéis q u e el conde Ga- pero confío en q u e el d u q u e no cederá en u n ápice.
llas no v e n d r á ? ILLO.—Ciertamente q u e no en lo tocante á sus dere-
BUTTLER (con intención).—Porque se e m p e ñ ó en re- chos... p e r o p o d r í a dejar el m a n d o .
t e n e r m e consigo. BUTTLER (sorprendido).—i Sabéis algo d e eso?... Me
ILLO (con calor).—\ Y habéis resistido con firmeza ! asustáis.
(Estrechándole la mano.) ¡Bravo, B u t t l e r ! ISOLANI.—Con eso q u e d á b a m o s a r r u i n a d o s todos.
BUTTLER.—Tras las n u e v a s d e u d a s d e g r a t i t u d con- ILLO.—¡Basta!... A q u í viene n u e s t r o h o m b r e con el
traídas con el príncipe... general Piccolomini.
BUTTLER (moviendo la cabeza).—Me temo q u e no sal-
plicar al d u q u e q u e volviera á t o m a r el m a n d o del
d r e m o s d e a q u í como h e m o s e n t r a d o .
ejército.
QUESTENBERG.—¡Tanto como suplicar, mi general!...
Que yo sepa, ni mi encargo ni mi celo llegaron á este
ESCENA II punto.
ILLO—Pues para forzarle á ello, si os parece mejor...
Dichos.—OCTAVIO PICCOLOMIN1, QUESTENBEkG
Bien lo r e c u e r d o . El conde Tilly acababa de ser derro-
tado á orillas del Lech, con lo q u e Baviera q u e d a b a
OCTAVIO (desde el fondo).—Con que, ¿ nuevos huéspe-
abierta al enemigo y f r a n c o el paso hasta el m i s m o
des t o d a v í a ? . . . Confesad, amigos, q u e sólo u n a g u e r r a
corazón d e Austria. En esto, vos con W e r d e n b e r g
t a n d e s a s t r o s a como esta podía r e u n i r en u n c a m p a -
acudisteis á n u e s t r o general suplicantes y amenazado-
m e n t o t a n t o s héroes coronados de gloria!
res para c o n j u r a r l e con el d i s g u s t o del E m p e r a d o r ,
QUESTENBERG.—No v e n g a al d e F r i e d l a n d q u i e n de-
si no se a p i a d a b a de tal desdicha.
see conservar u n mal concepto de la g u e r r a . Casi he
ISOLANI {adelantándose).—Esta es la verdad, señor mi-
olvidado yo s u s plagas v i e n d o el g r a n e s p í r i t u d e or-
nistro; ya se c o m p r e n d e que, dado v u e s t r o actual co-
den q u e r e i n a aquí, gracias al cual subsiste d e s t r u y e n -
metido. no gustéis d e acordaros del p r i m e r o .
do el m u n d o , pero t a m b i é n , p o r lo visto, realizando
QUESTENBERG.—¿Porqué no ?No existe contradicción
grandes empresas.
alguna e n t r e u n o y otro. Entonces se t r a t a b a de arran-
OCTAVIO.—Os p r e s e n t o á dos valientes q u e comple-
car á B o h e m i a d e m a n o s del e n e m i g o ; hoy debo liber-
t a n d i g n a m e n t e el círculo d e n u e s t r o s h é r o e s : el conde
tarla de sus p r o p i o s amigos y protectores.
Isolani y el coronel B u t t l e r . Aquí tenéis el secreto del
ILLO.— ¡Magnífica comisión! Después q u e a r r o j a m o s
a r t e d e la g u e r r a (señalando á Buttler y á Isolani)-. la
de Bohemia á los sajones, q u i e r e n a h o r a , por g r a t i t u d ,
f u e r z a y la p r o n t i t u d .
arrojarnos á nosotros.
QUESTENBERG (á Octavio).—Y e n t r e a m b a s cualida-
QUESTENBERG.—Como no sea q u e este desdichado
des, el consejo d e la experiencia.
país se halle condenado á trocar una calamidad por
OCTAVIO (presentando á Questenberg).—El señor con-
otra, fuerza es libertarle i g u a l m e n t e de s u s a m i g o s y
sejero d e g u e r r a y g e n t i l - h o m b r e Q u e s t e n b e r g , en
de sus e n e m i g o s .
q u i e n h o n r a m o s al enviado del E m p e r a d o r , y al abo-
ILLO.—¡Bah!... ¡buena ha sido la cosecha d e ogaño!...
g a d o y celoso p r o t e c t o r del ejército. (Todos se callan )
bien p u e d e p a g a r el labriego la contribución.
ILLO {acercándose á Questenberg).—No es esta la pri-
QUESTENBERG.—Cierto, señor mariscal, si habláis de
m e r a vez, s e ñ o r m i n i s t r o , q u e h o n r á i s el c a m p a m e n t o
pastos y g a n a d o s . . .
con v u e s t r a visita.
ISOLANI.—La g u e r r a f o m e n t a la g u e r r a . Si el E m p e -
QUESTENBERG.—Cierto; o t r a vez m e he e n c o n t r a d o
r a d o r p i e r d e en ella labradores, en cambio gana sol-
delante de estas banderas.
dados.
ILLO.— ¿ R e c o r d á i s d ó n d e ? En Z n a i m , en Moravia
Q U E S T E N B E R G . — C o n lo cual el n ú m e r o de vasallos se
f u é d o n d e f u i s t e i s enviado p o r el E m p e r a d o r p a r a su-
disminuye á proporción.

""!lllílUllllMI!illHlllllllllIllllHH»«»»« U I , , , i k W , , , u , ' , u '


ISOLANI.—¡Bah!... al fin y al postre, todos somos va- arregló lo que no pude obtener en todo un mes en
sallos suyos. Viena.
QUESTENBERG.— Con la diferencia, señor conde, que QUESTENBERG.—En efecto, consta la tal partida en las
los unos hinchen las arcas con su útil faena, y los otros cuentas, y por cierto que no hemos podido pagarla
conocen á maravilla el modo de dejarlas vacías... La todavia.
espada ha empobrecido al E m p e r a d o r , y sólo el arado ILLO. — R u d o oficio es la g u e r r a , señor ministro,
puede devolverle la f u e r z a . y no permite andarse con paños calientes. Si había
BUTTLER.—No seria tan pobre el E m p e r a d o r sin las que a g u a r d a r á que Viena eligiese entre veinticua-
sanguijuelas q u e le c h u p a n la sangre al país. tro partidos crueles, el menos grave, nos pasaríamos
ISOLANI.—Fuera de q u e no es tan grave la situación. la vida a g u a r d a n d o . Lo mejor es echar por medio de
(Se adelanta y señala el traje de Questenberg.) Por lo visto las dificultades, y caiga el que caiga. En general, los
todavía no se ha acuñado todo el oro. hombres se acomodan más fácilmente á una necesidad
QUESTENBERG.—Gracias á Dios, alguno ha podido penosa q u e á una elección difícil.
sustraerse á la codicia de los croatas. QUESTENBERG.—Cierto; por eso el príncipe nos ex-
ILLO.— ¡Pues b i e n ! P a g u e n la g u e r r a ruinosa que cusa la elección.
han encendido, los q u e como Slawata ó Martinitz, se ILLO.—El príncipe mira á sus tropas con paternal
enriquecen con los despojos d e los ciudadanos deste- solicitud; en cambio, ya sabemos qué afecto le inspi-
rrados, prosperan con el general desastre, hacen su ramos al E m p e r a d o r .
agosto en medio del público desorden y con su lujo QUESTENBERG. —El E m p e r a d o r no tiene más que u n
escarnecen la miseria ; p a g u e n ellos y sus iguales ya solo afecto para todos sus vasallos, y no puede sacrifi-
que el Emperador, con escándalo de Bohemia, los abru- car u n a s clases á otras.
m a á honores y beneficios. ISOLANI.—Por eso nos arroja á las fieras del desierto;
BUTTLER.—Vayan con esos también los gorrones de para conservar mejor sus queridas ovejas.
las provincias, siempre sentados á la mesa del E m p e - QUESTENBERG (con ironía).— Me permito observar al
rador, siempre a caza de gangas, m i e n t r a s por otra señor conde, que la comparación es suya y no mía.
parte acortan la ración al soldado y escatiman las ILLO.—Si f u é r a m o s , sin embargo, lo que la corte su-
cuentas. pone, sería peligroso darnos la libertad.
ISOLANI.—En mi vida olvidaré lo q u e me pasó en QUESTENBERG (con gravedad).— No f u é dada, f u é usur-
Viena, cuando f u i por la r e m o n t a del regimiento. ¡ Qué pada. Conviene ponerla freno.
modo de llevarme y t r a e r m e de una habitación á otra, ILLO.—Se hallarán c o n q u e el caballo es montaraz.
y obligarme a hacer antesala con la c h u s m a lacayuna, QUESTENBERG.—Ya le domará mejor jinete.
como si hubiese ido á m e n d i g a r un m e n d r u g o ! . . . Por ILLO.-Sólo se deja m o n t a r por quien le ha domesti-
fin me enviaron un capuchino... Yo creí que iba á con- cado.
fesarme, pero no: era el h o m b r e con quien debía t r a t a r
QUESTENBERG.—Una vez domesticado, obedece á un
de la compra de los caballos. Volvíme sin haber con-
seguido nada, cuando en t r e s días el príncipe me niño.
ILLO.—Ya sé que han dado con el nino.
QUESTENBERG.—Cuidad de vuestros deberes y no os rador puso en sus manos un ejército ya f o r m a d o ?
preocupe el n o m b r e de vuestro jefe. ¿ tratábase tan sólo por ventura de n o m b r a r un jefe
B U T T L E R (que hasta aquí había permanecido retirado para las tropas?... No; el ejército no existía siquiera;
con Piccolomini, aunque siguiendo con visible interés la antes tuvo q u e crearlo Friedland ; lejos de recibirlo del
conversación).—Señor presidente, el e m p e r a d o r cuenta E m p e r a d o r , él se lo dió. Y no f u é el E m p e r a d o r quien
con u n ejército considerable en Alemania; a q u í se nos dió por general á Wallenstein, sino Wallenstein
hallan de guarnición treinta mil h o m b r e s ; diez y seis quien nos dió por soberano al E m p e r a d o r . Sólo él nos
mil en Silesia, seis mil en Suabia, doce mil en Baviera mantiene adictos á sus banderas.
en f r e n t e de los suecos. Hay a d e m á s diez regimientos
OCTAVIO (interponiéndose entre ellos— Recordad ,
á orillas del W e s e r , el Rhin y el Mein, sin contar la
señor consejero, q u e os halláis en un c a m p a m e n t o y
guarnición de las fortalezas que defienden las fronte-
entre soldados, y la osadía y la libertad son su vida.
ras. Ahora bien, todas estas tropas obedecen á los ge-
¿Cómo ser osados en la guerra, si no lo fuesen también
nerales de Friedland, y estos generales, señor minis-
en el hablar ? Lo u n o es consecuencia de lo otro. La
tro, proceden todos d é l a misma escuela, han m a m a d o
audacia de este digno oficial (señalando á Buttler), aun-
la misma leche, y tienen un solo corazón. Extran-
q u e i n o p o r t u n a en este m o m e n t o , conservó para el
jeros todos en este suelo, carecen de otro hogar, de
E m p e r a d o r á Praga, cuando la insubordinación de las
otra morada q u e no sea este c a m p a m e n t o , y ni se baten
tropas no ofrecía otro medio de salvación.
por la patria," p o r q u e millares de ellos han nacido,
como yo, en otro país, ni obran llevados del afecto al (Suena d lo lejos una música guerrera).
E m p e r a d o r , p o r q u e la mitad por lo menos han venido ILLO.—Ya están a q u í ; la guardia saluda. Esta es la
aquí d e s e r t a n d o del servicio extranjero, y lo m i s m o les señal de q u e la princesa ha llegado.
da batirse p o r el águila imperial como por el león ó OCTAVIO (á Questenberg).—Entonces está también de
las flores de lis. Un solo h o m b r e , uno solo, los m a n - regreso mi hijo que fué á buscarlas á Carintia y las
tiene unidos f o r m a n d o u n solo pueblo, con el podero- acompañó hasta aquí.
so lazo del a m o r y el t e m o r ; como recorre el espacio ISOLANI (á Illo).-i Vamos juntos á saludarlas ?
el relampago, así su voz de m a n d o se extiende desde I L L O . — S í , vamos. Vamos, coronel Buttler. (Á Octavio):
los lejanos p u e s t o s q u e bate la corriente del Belt ó Recordad q u e antes de medio día hemos de reunir-
miran los f r u c t í f e r o s valles del Estch, hasta las garitas nos en casa del príncipe con el señor consejero.
del palacio del E m p e r a d o r .
ESCENA III
QUESTENBERG.-En s u m a ; ¿ q u é queréis decir con tal
discurso ? OCTAVIO.—QUESTENBERG
BurrLER.—Quiero decir q u e el respeto, la afección,
la confianza q u e nos hacen obedecer á Friedland, no QUESTENBERG (con sorpresa).—¿ Qué es lo q u e oigo,
pasaran a voluntad al p r i m e r jefe q u e á la corte de general ? ¡ Cuanta audacia y desenfreno!... Si este es
Viena le plazca i m p o n e r n o s . Harto recordamos toda- el espíritu d o m i n a n t e en las tropas, ¿ d ó n d e vamos a
vía cómo obtuvo Friedland el m a n d o . ¿ Acaso el Empe- parar ?
OCTAVIO.—Es por lo menos el de los tres cuartos del disponemos á la g u e r r a ?... Así sustrae al E m p e r a d o r
ejército.
las últimas prendas de su fidelidad, lo cual nos anun-
QUESTENBERG.—-¡Desdichados d e n o s o t r o s ! . . . ¿ D ó n - cia la proximidad del cataclismo.
de encontrar presto otro para s u b y u g a r á éste ? El tal
QUESTENBERG.—¡Desdichados de nosotros!... ¡Qué
Illo... me temo que piensa aún algo peor de lo q u e ma-
amenazadora tormenta nos a m a g a y nos rodea de to-
nifiesta, y Buttler no puede ocultar tampoco sus avie-
dos lados! ¡El enemigo en la f r o n t e r a , ya d u e ñ o del
sas opiniones.
Danubio, y siempre avanzando!... ¡en el interior del
OCTAVIO.-El orgullo ofendido, el carácter q u i s q u i - país el villano en a r m a s y las c a m p a n a s á vuelo tocan-
lloso son la única causa de eso. Nada, en s u m a . No do á rebato! ¡todas las clases rebeladas!... ¡y el e j é r -
desespero todavía de Buttler; conozco la m a n e r a de cito, el ejército del cual esperábamos el socorro, per-
domarlo. vertido, intratable, olvidado de toda disciplina, sepa-
QUESTENBERG (paseándose inquietó).—¡ A h ! ¡no, no!... rándose del Estado y de su E m p e r a d o r , conducido,
Esto está peor, m u c h o peor, amigo mío, de lo que extraviado por un h o m b r e extraviado t a m b i é n ! . . . el
creíamos en Viena. Desde allí veiamos las cosas con ejército, ¡espantoso y ciego i n s t r u m e n t o en m a n o s del
ojos de cortesano, d e s l u m h r a d o s por el r e s p l a n d o r del h o m b r e m á s audaz q u e existe!
t r o n o ; no habíamos visto a ú n á este o m n i p o t e n t e ge- OCTAVIO.—No desesperemos tan pronto, amigo mío.
neral en su propio c a m p a m e n t o . Aquí la situación Siempre f u é más osada la lengua q u e la acción. Tal
m u d a de aspecto... Aquí no hay e m p e r a d o r ; el único habrá q u e en su ceguera parece dispuesto á la mayor
e m p e r a d o r es el principe. La excursión q u e a c a b a m o s extremidad, y temblaría de oir n o m b r a r su c r i m e n en
de hacer da al traste con t o d a s mis esperanzas. alta voz... Por lo demás, no estamos tampoco indefen-
OCTAVIO.—Ahora os convenceréis con v u e s t r o s pro- sos. Como sabéis, el conde Altringer y Gallas mantie-
pios ojos de lo arriesgado de la comisión q u e m e en- nen disciplinado su pequeño ejército, q u e se a u m e n t a
cargáis en nombre de la corte, y de cuan espinoso es diariamente. Wallenstein no puede s o r p r e n d e r n o s ;
el papel q u e represento a q u í . . . La m e n o r sospecha del vive r o d e a d o de mis espías: tengo noticias de sus me-
general me costaría la vida ó la libertad, y apresuraría nores pasos, á veces de su propia boca.
la ejecución de sus t e m e r a r i o s proyectos. QUESTENBERG.—Es inconcebible que no advierta cuán
QUESTENBERG.—J Ah, qué i m p r u d e n c i a la nuestra! cerca tiene á su enemigo.
¡ f i a r l a espada á ese a u d a z ! ¡ d e p o n e r en sus m a n o s OCTAVIO.—No creáis, sin embargo, q u e gane su fa-
semejante poder! La tentación era demasiado f u e r t e vor con m e n t i d o s artificios ó engañosas complacen-
para ese corazón p e r v e r t i d o ; hasta para el h o m b r e cias, ni q u e m e mantenga en su confianza á fuerza de
virtuoso fuera peligrosa. Os digo q u e se negará á obe- hipocresía. Mi prudencia, y mis deberes para con el
decer al E m p e r a d o r ; puede hacerlo, y lo h a r á . Su im- imperio y el E m p e r a d o r , me imponen la obligación de
p u n e arrogancia mostrará á la vergüenza n u e s t r a im- ocultarle mis v e r d a d e r o s pensamientos, m a s nunca
potencia. mentí para engañarle.
OCTAVIO.—¿Pensáis que sin motivo trae aquí á su QUESTENBERG.—¡Visible favor del cielo!
esposa y á su hija, en el preciso m o m e n t o en q u e nos OCTAVIO.—No s é q u é l e a t r a e y l e a t a f u e r t e m e n t e á
mi hijo y á mí. T o d a la vida h e m o s sido a m i g o s y OCTAVIO.-¡Cómo, M a x ! S a l u d a d á n u e s t r o h u é s -
c o m p a n e r o s de a r m a s ; el hábito y la c o m u n i d a d d e ped... Los a n t i g u o s a m i g o s merecen s i e m p r e conside-
peligros nos unieron t e m p r a n o , m a s p o d r í a citar el ración, y el e n v i a d o del E m p e r a d o r gran r e s p e t o .
día en q u e m e abrió de golpe su corazón y creció su MAX (con sequedad).— Bienvenido seáis, s e ñ o r de
confianza. F u é la m a ñ a n a de la batalla d e L u t z e n . Mo- Q u e s t e n b e r g , si algo b u e n o os t r a e al cuartel ge-
vido p o r u n f u n e s t o s u e ñ o salí á buscarle p a r a o f r e - neral.
cerle u n caballo, y hallóle f u e r a d e las tiendas, d o r m i d o
Q U E S T E N B E R G (cogiéndole la manó).—No retiréis la
d e b a j o d e u n árbol. Le d e s p e r t é y le conté lo q u e sen-
m a n o , conde Piccolomini; no os la doy por m í , ni
tía en m i i n t e r i o r ; entonces m i r ó m e largo rato con
t r a t o d e c u m p l i r con u n a vana f ó r m u l a de cortesía.
g r a n s o r p r e s a , y echándose á m i s brazos, se m o s t r ó
(Co.ge la mano del padre y del hijo.) Octavio, Max Picco-
m a s c o n m o v i d o de lo q u e era n a t u r a l , d a d o lo insigni-
lomini, n o m b r e s i m p o r t a n t e s y d e feliz a u g u r i o .
ficante del obsequio. Á partir de aquel día m e acosa
M i e n t r a s esos dos a s t r o s b i e n h e c h o r e s brillen s o b r e el
con su confianza al paso q u e yo h u y o d e ella.
ejército, no a b a n d o n a r á al Austria la v e n t u r a .
QUESTENBERG.-Sin d u d a c o m p a r t i r é i s el secreto con MAX.—Señor m i n i s t r o , os salís d e v u e s t r o p a p e l . Sé
v u e s t r o hijo ? q u e no h a b é i s venido a q u í á d i s t r i b u i r elogios sino
OCTAVIO.—¡AH!... eso no. r e p r o c h e s y c e n s u r a s . . . No q u i e r o n i n g ú n privilegio
QUESTENBERG. J C ó m o ! ¿No q u e r é i s m o s t r a r l e en sobre los d e m á s .
q u é m a l a s m a n o s ha c a í d o ? O C T A V I O (á Max).—Viene de la corte, d o n d e no es-
O C T A V I O . — Q u i e r o dejarle e n t r e g a d o á su i n o c e n - t á n , á lo q u e parece, t a n satisfechos del d u q u e como
cia. Su c a r á c t e r confiado es ageno al d i s i m u l o . . . sólo aquí.
su i g n o r a n c i a p u e d e conservar libre su á n i m o , y m a n - MAX.—¿Qué p u e d e n r e p r o c h a r l e de n u e v o ? ¿ Q u e
tener al d u q u e en s u s e g u r i d a d . resuelva p o r sí m i s m o lo q u e sólo él c o m p r e n d e ? P u e s
Q U E S T E N B E R G {inquieto). - A m i g o m í o ; el coronel tiene razón p a r a o b r a r así, y f u e r z a es q u e p e r s i s t a .
1 iccolomini m e m e r e c e la m e j o r opinión... P e r o , No h a nacido él p a r a plegarse dócilmente á la a j e n a
si... p e n s a d l o . . . reflexionadlo... v o l u n t a d ; esto sería c o n t r a r i o á su naturaleza. No
OCTAVIO.—Debo a r r i e s g a r m e ! . . . Silencio... Él... p u e d e . Dotado d e u n alma d e soberano, ocupa el lu-
g a r d e u n s o b e r a n o , y no es poca s u e r t e para n o s o t r o s
que sea así. P u e s t o q u e son pocos los q u e saben gober-
n a r s e y u s a r s a b i a m e n t e d e su inteligencia, g r a n dicha
ESCENA IV es p a r a t o d o s nosotros, repito, h a b e r d a d o con u n h o m -
b r e capaz d e ser la p i e d r a a n g u l a r , el apoyo de m u -
D i c h o s , MAX P I C C O L O M I N I
chos miles y c o m o sólida c o l u m n a á la cual se atan los
d e m á s con g u s t o y confianza. Este es W a l l e n s t e i n . Si
M A X . - ¡ A h ! . . . Ahí le tenemos... P a d r e mío, m e ale- otro existe q u e parezca m e j o r á la corte, el ejército
g r o de v e r o s . (Le abraza. Al volverse advierte la presen- sólo q u i e r e á él.
cia de Questenberg y se retira con frialdad.) Estáis o c u -
pado, p o r lo visto... No q u i e r o e s t o r b a r . QUESTENBERG.—¡El ejército!... Éste sí.

1 ..."1..
MAX.—Da gusto verle d e s p e r t a r , animar, fortificar lidad, deben ser sus consejeros, y no la letra m u e r t a
cuanto se halla en torno suyo, y cómo á su influjo de rancios papeles y polvorientas ordenanzas.
se manifiesta toda fuerza y se revela toda cualidad. OCTAVIO.—Permítenos á los viejos, hijo mío, que
¡ Cómo sabe sacar á luz las facultades p a r t i c u l a r e s y no menospreciemos por severas las antiguas ordenan-
las a u m e n t a todavía! Deja q u e cada cual luzca por lo zas, que tienen el dón inestimable de poner freno a la
que vale, cuida tan sólo de q u e todos ocupen su ver- impetuosa voluntad. S í ; la arbitrariedad f u é siempre
dadero lugar, y así se apropia y se sirve de las cuali- temible, hijo mío, mientras el camino del orden con-
dades de todos. duce siempre á término feliz, á través de sus vueltas
QUESTENBERG.—(Quién le niega el arte de conocer á y revueltas. En línea recta parte el rayo ó la bala del
los hombres y servirse de ellos ? Pero engreído con su cañón que lleva el exterminio consigo ; pero la senda
poder, se olvida de que también él es subdito y parece donde el h o m b r e encuentra la ventura, sigue el curso
creer que sólo ¿ la naturaleza debe el alto puesto q u e de los ríos, rodea los valles, serpentea á lo largo de los
ocupa. campos y viñedos, y, respetando los sagrados linde-
MAX. ¿ Y acaso no es así ? Sólo á la naturaleza debe ros de la propiedad agena, llega al término propuesto,
toda su fuerza, y con ella el p o d e r de extenderla y más tarde sí, pero con paso más seguro.
conquistar con su talento soberano su soberana jerar-
QUESTENBERG. —¡ Ah! escuchad á vuestro padre, que
quía.
es un héroe, y u n h o m b r e al propio tiempo.
QUESTENBERG.—Con que todo lo que valemos toda- OCTAVIO.—Tú, hijo mío, hablas como un hijo del
vía, todo lo que somos, lo debemos a su generosidad? campamento, que, educado en quince años de g u e r r a ,
MAX.—El hombre extraordinario requiere una con- no ha conocido los beneficios de la paz. Hay algo me-
fianza extraordinaria. Dadle espacio en q u e moverse... jor que la g u e r r a , hijo mío;' ella misma no es más que
ya fijará él mismo sus límites. un medio para alcanzar mejores bienes. Los portento-
QUESTENBERG.—Pruebas t e n e m o s de ello. sos y rápidos actos de la fuerza, las sorprendentes ma-
MAX.—En efecto; cuánto es p r o f u n d o os espanta. ravillas de un instante no engendran la dicha real,
Sólo os píace lo superficial y llano. tranquila, d u r a d e r a . Alza el soldado, deprisa y con
OCTAVIO (á Questenberg).-Excusadle, a m i g o mío; de excepcional actividad, sus ciudades de tela; ya reina
otro modo no vais a entenderos n u n c a con él. en torno suyo la animación y la vida; ábrese el m e r -
MAX.-En cuanto surge algún conflicto invocáis el cado ; ríos y caminos vacían en ellos sus mercancías y
auxilio de su genio, para t e m b l a r luégo de espanto anímalos el comercio. Pero, á lo mejor, pliéganse de
apenas aparece. ¡ Como si todo lo extraordinario y su- pronto las tiendas, y la horda se va. El campo que
blime debiese llevar el m i s m o camino q u e lo vulgar! holló con planta brutal queda asolado y m u d o como
En la g u e r r a las circunstancias suelen ser a p r e m i a n - u n cementerio, y perdida la cosecha.
tes, y hay que ver las cosas con los propios ojos y
MAX.—¡ O h ! ¡padre mío !... F i r m e la paz el Empe-
m a n d a r en persona. El general necesita poseer gran-
rador, y he de trocar con júbilo los ensangrentados
des cualidades; dejadle vivir, p u e s , en su gran esfera
laureles por la primera violeta que nazca á p e r f u m a r
Su propio oráculo, la palabra viva de la p r e s e n t e rea-
la tierra rejuvenecida.
OCTAVIO.—¿Qué te pasa? ¿ P o r qué te conmueves los m u r o s se coronan de gente victoreando; las cam-
tan p r o f u n d a m e n t e de golpe? panas á vuelo, festejan el fin de los sangrientos com-
MAX.—¡Que no conozco la paz!... ¡ Ah sí, padre bates; la m u l t i t u d , alegre, feliz, se d e r r a m a fuera de
mío!... vengo de verla. Mis piés me condujeron donde la ciudad y retarda el paso del ejército con sus mues-
la g u e r r a no ha penetrado todavía. ¡Ah, padre mío! tras de entusiasmo y de cariño... El anciano, gozoso
La vida tiene encantos que yo ignoraba. Como piratas de alcanzar semejante espectáculo, estrecha la mano
de salvajes costumbres, errantes por un m a r desierto de su hijo q u e entra de nuevo en el doméstico hogar.
sobre las sombrías tablas de despedazado navio, sólo
vimos hasta ahora las escarpadas playas de esta vida
tan hermosa, y las sombrías ensenadas donde atraca-
mos miserables y perseguidos... No, los tesoros q u e
oculta la tierra en sus valles misteriosos no parecieron
jamás á nuestra mirada en nuestras tormentosas na-
vegaciones...
O C T A V I O (con atención creciente).—,¿ Y esto es lo q u e
te ha enseñado este viaje ?
MAX.—Fué la primera distracción de mi vida... ¿Cuál
será el fin y la recompensa de la penosa tarea q u e
consume mis años juveniles y deja mi corazón vacío é
inquieto, sin a d o r n a r ni pulir mi inteligencia ? P o r q u e
en el confuso t u m u l t o de un c a m p a m e n t o , entre el re- Como extranjero vuelve á sus dominios por tanto
linchar de los caballos y el e s t r u e n d o de la trompete- tiempo a b a n d o n a d o s ; el tierno arbolillo que doblaba
ría, en la monótona regularidad del m a n d o y del ser- con la mano, le cubre a h o r a con su r a m a j e ; la niña,
vicio, nada existe q u e p u e d a satisfacer un corazón se- que dejó en brazos de la nodriza, acude á saludarle
diento de goces. El alma no e n t r a para nada en tan ruborosa... ¡ A h ! ¡Feliz aquel para quien se abren sus
áridas ocupaciones. Otra v e n t u r a , otras alegrías hay brazos con t e r n u r a !
en el m u n d o .
Q U E S T E N B E R G (conmovido). — ¡ Lástima grande q u e
OCTAVIO.—Mucho has aprendido, hijo mío, en tu estéis hablando de tiempos tan lejanos, harto lejanos,
último viaje. por desgracia, y no de lo que ocurre y ocurrirá ma-
MAX.—¡ Qué feliz, q u é hermoso el día en que el sol- ñana!
dado vuelve á la vida, á la h u m a n i d a d , y con banderas MAX (volviéndose á él con viveza).— ¿ Y quién tiene la
desplegadas al són de una m a r c h a de júbilo, torna el culpa de ello sino vosotros, los funcionarios de Viena?
ejército á su patria, cantando himnos á la paz! Ciñen Lo confieso con franqueza, Questenberg; en cuanto os
los yelmos verdes ramos, último h u r t o hecho á los he visto aquí, h e sentido singular disgusto... Vosotros
c a m p o s ; se abren por sí m i s m a s las puertas de las sois los que oponéis obstáculos á la paz; sí, vosotros.
ciudades, sin necesidad de derribarlas á cañonazos; Quien tiene q u e imponerla es el soldado. Amargáis la
vida al p r í n c i p e , creáis dificultades á s u s proyectos, le QUESTENBERG.—Explicadme t a n sólo...
c a l u m n i á i s , y todo ¿ p o r q u é ? P o r q u e prefieie el bien- OCTAVIO.—Debí p r e v e r l o ; debí i m p e d i r este viaje.
e s t a r de E u r o p a e n t e r a á u n a s c u a n t a s f a n e g a s m á s ó ¿ P o r q u é callar con él ? T e n í a i s razón ; era cosa d e ad-
m e n o s p a r a el A u s t r i a . Le m i r á i s como á un rebelde, y vertirle. A h o r a es t a r d e ya.
Dios sabe lo q u e m e d i t á i s c o n t r a él, p o r q u e t r a t a con QUESTENBERG.—¡Cómo, t a r d e ! . . . Observad q u e m e
m i r a m i e n t o s á los sajones é i n t e n t a g a n a r s e la con- estáis h a b l a n d o p o r e n i g m a s .
fianza del e n e m i g o . Y no o b s t a n t e , éste es el único OCTAVIO (más tranquilo).—Vamos á ver al d u q u e : es
m e d i o d e conseguir la paz, p o r q u e si la g u e r r a se pro- la hora fijada para la e n t r e v i s t a ; v a m o s , . . ¡Maldito
s i g u e sin t r e g u a ¿ cómo v a m o s á o b t e n e r l a ? Ah, n o , viaje ! (Se lo lleva; cae el telón.)
no... T a n t o como a m o r p o r él, siento p o r v o s o t r o s
odio, y a n t e s q u e verle caído, juro v e r t e r p o r él la
última gota de m i s a n g r e . (Se va.)

ESCENA V

QUESTENBERG, OCTAVIO

QUESTENBERG.—¡ A h ! ¡ q u é desdicha tan g r a n d e ! ¿A


este p u n t o h a n llegado las c o s a s ? (Impacientey con vi-
veza.) ¿Y le d e j a r e m o s en su e r r o r ? ¿ y no le llamare-
m o s al i n s t a n t e p a r a q u i t a r l e la v e n d a de los ojos?
OCTAVIO (como saliendo de su ensimismamiento).—Lo
q u e ha h e c h o h a sido a b r i r los m í o s . . . veo m á s de lo
q u e quisiera.
QUESTENBERG.—¿ Q u é pasa ?
OCTAVIO.—¡ M a l d i t o v i a j e !
QUESTENBERG.—¡Cómo!... ¿ P u e s q u é ?
OCTAVIO.—Venid... F u e r z a es q u e le siga y m e ente-
re por m i s p r o p i o s ojos... Venid. (Intenta llevárselo.)
QUESTENBERG.—Pero... ¿a d ó n d e v a m o s ?
OCTAVIO.—A verla á ella.
QUESTENBERG.—A...
OCTAVIO (rectificando)—Digo... á ver al d u q u e . . . Va-
mos... T o d o lo t e m o . . . Veo en q u é r e d e s ha caído...
No es el m i s m o de c u a n d o se f u é .
CRIADO 2.°—-¡Qué n e c e d a d e s ! . . . Eso es b u r l a r s e de la
g e n t e . . . Una sala es una sala. ¿ Q u é i m p o r t a el sitio?
SENI (con gravedad).— Hijo mío, en este m u n d o nada
es insignificante ; p e r o lo p r i m e r o y principal en todo
lo t e r r e n o , es el lugar y la hora.
0
CRIADO 3. —Déjalo, N a t h a n i e l ; h a s t a el a m o se con-
f o r m a con s u s ó r d e n e s .
SENI (contando las sillas) — ¡ Once !... ¡ Mal n ú m e r o !
Poned doce sillas. Doce signos tiene el z o d í a c o ; cinco
y siete; los n ú m e r o s s a g r a d o s no pasan del doce.
0
CRIADO 2 . — V a m o s á ver, ¿ q u é tenéis q u e decir con-
t r a el once ?
A C T O II
SENI.—Once es el pecado. Once pasa d e diez, y diez
son los m a n d a m i e n t o s .
CRIADO 2 . 0 — ¿ Y p o r q u é llamáis sagrado al cinco?
SENI.—Cinco es el alma h u m a n a ; así c o m o el h o m -
ESCENA P R I M E R A bre se c o m p o n e de bien y de mal, f o r m a n el cinco u n
n ú m e r o p a r y otro i m p a r .
CRIADO I.°— ¡ Q u é loco!
U n a s a l a en c a s a d e l D u q u e d e F r i e d l a n d
CRIADO 3."—Dejadlo... Á m í m e g u s t a oirle; lo q u e
dice da s i e m p r e en q u é p e n s a r .
Algunos criados colocan sillas y extienden alfombras. Poco 0
CRIADO 2 . — V a m o s ; ya están a q u i ; s a l g a m o s por la
d e s p u é s s a l e SENI, a s t r ó l o g o i t a l i a n o , v e s t i d o d e u n m o d o ex-
t r a v a g a n t e y d e n e g r o . Se a d e l a n t a h a s t a el c e n t r o d e la s a l a , p u e r t a lateral. (Se van. Seni los sigue con lento paso.)
c o n u n a v a r i t a b l a n c a en la m a n o , y c o n la c u a l s e ñ a l a los p u n -
tos cardinales.

ESCENA II

CRIADO I . ° (trayendo un pebetero.) W A L L E N S T E I N , LA DUQUESA

! ¡Listo!... Ya está el centinela llamando WALLENSTEIN.—¿Con q u e , d u q u e s a , h a b é i s p a s a d o


á la g u a r d i a . . . No p u e d e n t a r d a r . . . por Viena y visto á la reina d e H u n g r í a ?
CRIADO 2 . 0 — ¿ P o r q u é h a n d e j a d o el gabi- LA DUQUESA.—Y á la e m p e r a t r i z . S u s Majestades nos
n e t e rojo del m i r a d o r , q u e tiene t a n b u e n a s concedieron a u d i e n c i a .
luces ? W A L L E N S T E I N . — ¿ Y q u é dicen de m i resolución de
CRIADO I.° — P r e g ú n t a s e l o al m a t e m á t i c o . Dice q u e llamaros aquí con mi hija, d u r a n t e el invierno ?
es d e mal a g ü e r o . LA DUQUESA. — C o m o o r d e n a s t e i s , h e d a d o á com-

'«if
p r e n d e r q u e queríais casar á n u e s t r a hija y q u e de- L A DUQUESA (enjugándose las lágrimas; después de
seábais p r e s e n t a r l a á su f u t u r o a n t e s d e e n t r a r en una pausa).—Sí, m e abrazó, pero en el m o m e n t o de
campaña. i r m e ; estaba ya en la p u e r t a , c u a n d o corrió hacia mí,
WALLENSTEIN.— ¿ S o s p e c h a n q u i é n es el elegido ? como si volviese en su a c u e r d o , y m e e s t r e c h ó con-
LA DUQUESA.—Desean v i v a m e n t e q u e no sea ni ex- tra su pecho c o n m o v i d a , m á s q u e d e afecto, de tris-
t r a n j e r o ni l u t e r a n o . teza.
W A L L E N S T E I N . — Y vos, Isabel, ¿ q u é deseáis ? WALLENSTEIN.—Tranquilizaos... ¿Cómo h a b é i s deja-
LA DUQUESA.—Ya sabéis q u e v u e s t r a v o l u n t a d ha do á E g g e n b e r g , á L i c h t e n s t e i n y á los d e m á s a m i -
sido s i e m p r e la m í a . gos ? .
W A L L E N S T E I N (después de una pausa) — Bien... P o r lo L A DUQUESA (meneando la cabeza). —A n i n g u n o d e
demás, ¿ q u é acogida habéis t e n i d o en la corte ? (La ellos he visto.
duquesa baja los ojos y calla.) Nada m e ocultéis. ¿Cómo WALLENSTEIN.—¿Y el e m b a j a d o r español q u e solía
os h a ido ? d e f e n d e r m e con t a n t o calor ?
L A D U Q U E S A . — ¡ Ah, esposo m í o ! No tan bien como LA DUQUESA.—Ya no d e s p e g a b a los labios.
a n t a ñ o . Las cosas h a n cambiado m u c h o . WALLENSTEIN.—¡Con q u e el sol no luce ya p a r a nos-
WALLENSTEIN.—¡Cómo es eso! ¿No os h a n mostrado otros! F u e r z a s e r á q u e brillemos con luz p r o p i a .
la m i s m a consideración ? L A DUQUESA. — ¿ Pero es v e r d a d q u e dicen aquí en
LA DUQUESA.—Consideración, d e s d e luego. Me reci- voz alta lo q u e se m u r m u r a en la corte?... A l g u n a s
bieron con g r a n a p a r a t o y c e r e m o n i a , eso sí; pero la p a l a b r a s de L a m o r m a i n . . .
confianza y la familiaridad se h a n t r o c a d o en f ó r m u l a s W A L L E N S T E I N (con viveza).— ¿Qué dice L a m o r m a i n ?
solemnes, y los t i e r n o s m i r a m i e n t o s q u e m e p r o d i g a - L A D U Q U E S A . — O S acusan de e x t r a l i m i t a r o s en v u e s -
ron, tenían m á s de compasivos q u e d e afectuosos... tros p o d e r e s y d e m e n o s p r e c i a r las ó r d e n e s del E m p e -
¡ Ah, n o ! . . . no m e r e c í a eso la esposa del d u q u e Alber- r a d o r . P a r t i c u l a r m e n t e los españoles, y el orgulloso
to, la noble hija del conde H a r r a c h ! d u q u e d e Baviera, se q u e j a n p ú b l i c a m e n t e de vos. Os
W A L L E N S T E I N . — Sin d u d a c e n s u r a r o n mi reciente a m a g a u n a t e m p e s t a d m á s f o r m i d a b l e todavía d e la
conducta... q u e estalló en Ratisbona... Dicen... q u e se h a b l a . . . no
LA DUQUESA.—¡Ojalá lo hicieran! Harto a c o s t u m b r a - p u e d o repetirlo.
da estoy á justificaros y á p e r s u a d i r y c a l m a r los áni- W A L L E N S T E I N (impaciente) —¿De qué?
m o s irritados contra vos... Pero, no; lejos d e criticaros, LA DUQUESA.-De una s e g u n d a . . . (Se detiene.)
todos se e n c e r r a b a n en c e r e m o n i o s o silencio q u e m e WALLENSTEIN.—¿ De u n a s e g u n d a ?
o p r i m í a . Lo q u e ha m e d i a d o no es u n d e s a c u e r d o or- LA DUQUESA.—Y a f r e n t o s a . . . destitución.
dinario, ni u n d i s g u s t o p a s a j e r o , n o , . . . algo fatal é irre- W A L L E N S T E I N . — ¡ E s t o dicen! (Sepasea agitado) ¡Ah!...
parable sucede. Antes la reina d e Hungría a c o s t u m - Q u i e r e n f o r z a r m e á ello... m e e m p u j a n a ello contra
braba l l a m a r m e s i e m p r e su querida prima... m e abra- mi v o l u n t a d . .
zaba s i e m p r e al d e s p e d i r s e . L A DUQUESA (se abraza á él m i m o s a y suplicante).-Oh.
WALLENSTEIN.—¿Y no lo hizo esta vez? esposo m í o !... Si es t i e m p o todavía.., si con la s u m í -
sión y la condescendencia podéis desviar el golpe, so- claustro, y la embellecía generosa para su brillante
meteos y dominad vuestro orgullo, os lo suplico... al destino.
fin y al cabo, cedéis á vuestro soberano, á vuestro em-
LA DUQUESA (á la princesa).—¿Verdad que no hubie-
perador... Evitad que, como hasta ahora, manche la
ras conocido á tu padre?... Ocho años tendrías cuando
perversidad vuestros nobles intentos con envenenadas
lo viste por ú l t i m a vez.
y odiosas insinuaciones, y a r m a d o con el victorioso
TECLA.—Pero aun así, m a d r e mía, le hubiese cono-
poder de la verdad, alzaos á confundir la calumnia y
cido á primera vista." P a r a mí no ha envejecido... Le
la mentira! ¡Ah! ¡tenemos tan pocos amigos verdade-
veo tan hermoso y floreciente!.... tan parecido á la
ros!... Harto lo sabéis. Nuestra rápida prosperidad nos
imagen grabada en mi a l m a !
hizo blanco del odio de los h o m b r e s : ¿ qué somos si el
WALLENSTEIN (d la duquesa).—¡Qué buena es! ¡Cuán-
Emperador nos retira su protección ?
ta gracia y discreción !... Acusaba al destino por h a -
berme negado un hijo varón, q u e heredase mi n o m b r e
y mi fortuna, q u e perpetuase mi linaje con orgullosa
ESCENA III sucesión de príncipes después de mi breve existencia,
y estaba realmente injusto. Sobre esta sonriente cabe-
Dichos. LA CONDESA TERZKY, t r a y e n d o d e la m a n o á la za de doncella d e p o n d r é mi corona de t r i u n f a d o r ; no
PRINCESA TECLA ha de parecerme inútil y perdida, si puedo trocarla un
día en diadema real con que a d o r n a r tan hermosa
LA CONDESA.—¡Cómo, h e r m a n a mía! Ya le estás ha- frente.
blando de negocios, y, por lo q u e veo, de negocios mo- (La estrecha entre sus brazos todavía, cuando sale Max.)
lestos, aun antes de regocijarle con la vista de su hija?
Los primeros m o m e n t o s se han de consagrar á la ale-
gría... Mira, papá, á tu hija.
ESCENA IV
(Tecla se acerca con timidez é intenta besarle la mano. Él
la abraza, y la contempla un momento embebecido.) Dichos.—MAX PICCOLOMINI, l u é g o EL CONDE TERZKY
WALLENSTEIN.—Ah, s í ; veo realizada mi más cara
esperanza. La recibo en mis brazos cómo prenda de LA CONDESA.—Ahí tenemos al paladín que nos ha
mayor dicha. protegido.
LA DUQUESA.—Muy niña era cuando partisteis á or- WALLENSTEIN. — Bien venido seas, Max. S i e m p r e
ganizar el ejército imperial, y á vuestro regreso de fuiste para mí mensajero de v e n t u r a ; como la estrella
Pomerania, se hallaba ya en el convento, donde ha de la m a ñ a n a , precedes al sol de mi vida.
estado hasta hoy.
.MAX.— ¡ M i g e n e r a l !
WALLENSTEIN.—En efecto, mientras g u e r r e a n d o tra- WALLENSTEIN.—Hasta a h o r a el E m p e r a d o r y no yo,
bajaba para engrandecerla, y le conquistaba los bie- te protegía por mi mano; desde hoy te quedo tierna-
nes de la tierra, la benéfica naturaleza derramaba sus mente obligado como p a d r e ; Friedland en persona ha
favores sobre mi hija q u e r i d a , entre los m u r o s del de pagar la d e u d a .
MAX.—En lo cual, príncipe, os mostráis h a r t o dili- TERZKY (llamando á Max).— No dejéis de asistir á la
gente. Casi pesaroso y confuso llego á vuestra presen- reunión.
cia, p o r q u e , apenas venido y c u a n d o no he t e n i d o
t i e m p o de poner en v u e s t r o s brazos á v u e s t r a hija y á
vuestra esposa, me e n c u e n t r o con u n magnífico tren
ESCENA V
de caza p a r a r e c o m p e n s a r m e de m i fatiga. ¡De m i
fatiga ! ¿ No f u é m á s bien u n favor, q u e m e a p r e s u r é WALLENSTEIN.-TERZKY
á aceptar, y por el cual os debo la m á s viva gratitud?...
No; no creíais por lo visto q u e s e m e j a n t e encargo e r a
W A L L E N S T E I N (abstraído profundamente, y como ha-
para mí la mayor dicha.
blando consigo mismo).—Lo ha observado todo perfec-
(Sale Terzky y entrega al duque unas cartas que éste abre t a m e n t e ; cuanto dice, concuerda con mis noticias. En
en seguida.) Viena han t o m a d o ya su resolución definitiva: ya me
L A C O N D E S A (á Max). —Él no quiere p a g a r v u e s t r o han dado sucesor. Ahora esperan su salvación del hijo
t r a b a j o sino manifestaros su alegría. Si á vos os toca del E m p e r a d o r , el rey de Hungría. Este es el n u e v o
portaros con delicadeza, á m i c u ñ a d o le c o r r e s p o n d e astro q u e amanece. Cuanto á nosotros, lo dan todo
también parecer s i e m p r e g r a n d e y magnífico. por concluido, y disponen de la herencia como si es-
TECLA.—Entonces t a m b i é n yo debiera d u d a r de su tuviera yo d i f u n t o . . . Con q u e ¡ no hay m o m e n t o q u e
cariño, p o r q u e antes q u e su t e r n u r a m e ha m o s t r a d o p e r d e r ! (Se vuelve, advierte que está allí Terzky y le da
su generosidad con mil regalos. una carta.) El conde Altringer y Gallas se excusan
MAX.—No vive sino haciendo la felicidad de los de- ¡ Malo!
m á s . (Con creciente calor, estrechando la mano á la du- TERZKY.—Prosigue vacilando y te abandonarán u n o
quesa.) ¡Todo se lo debo! ¡todo se encierra p a r a mí en tras otro.
su caro n o m b r e , F r i e d l a n d ! Esclavo suyo he de ser WALLENSTEIN.—Altringer ocupa los desfiladeros del
m i e n t r a s viva. En él se contiene toda mi v e n t u r a , toda T i r o l : conviene m a n d a r l e un enviado cualquiera para
m i esperanza, y la suerte m e e n c a d e n a con mágico q u e no vaya á d e j a r m e salir á los españoles de Milán...
poder á este n o m b r e . Senina, n u e s t r o agente ha vuelto, ¿verdad?... ¿Qué nos
L A C O N D E S A (que en tanto habrá observado al duque con trae de p a r t e del conde T h u r n ?
atención, nota que le preocupa la lectura de las cartas).— TERZKY.-El conde dice q u e f u é á ver al canciller de
Quiere estar solo; dejémosle. Suecia en Halbersttad, donde ahora se halla. Dice q u e
W A L L E N S T E I N (se vuelve rápidamente, afecta serenidad, estaba cansado de t r a t a r contigo y no quería entablar
y dice á la duquesa con calma).—Bien venida, princesa, n i n g u n a otra negociación.
lo r e p i t o ; esta es v u e s t r a corte. T ú , Max, continúa W A L L E N S T E I N . — ¿ Cómo es eso ?
ejerciendo las funciones q u e te confié, m i e n t r a s m e TERZKY.—Añade q u e nadie p u e d e fiar en tu palabra;
ocupo yo en los asuntos del m a n d o . q u e p r e t e n d e s b u r l a r á los suecos, u n i r t e con los sa-
(Max ofrece el brazo á la duquesa; la condesa se va con jones contra ellos, y á la postre despedirlos por una
Tecla).
miserable cantidad.
W

WALLENSTEIN.—I Esto e s ! . . . ¿ Q u i e r e , p o r v e n t u r a , dolé fijamente).—¿ Y q u i é n te dice q u e ésta no sea m i in-


que suelte e n t r e s u s u ñ a s c o m o u n a presa, alguna tención? m o f a r m e d e ellos y de vosotros todos. ¿ T a n t o
h e r m o s a comarca d e A l e m a n i a ? q u i e r e q u e nos des- m e conoces ? Que yo sepa, á nadie h e m o s t r a d o clara-
p o j e m o s d e n u e s t r o propio suelo ? ¡ F u e r a !... ¡ f u e r a ! m e n t e el f o n d o de m i a l m a . V e r d a d q u e el E m p e r a d o r
N i n g u n a necesidad t e n e m o s de t a l e s vecinos. se p o r t ó m u y m a l c o n m i g o y p o d r í a , si quisiera, cau-
TERZKY.—Pues yo les acordaría, no obstante, algu- sarle g r a n d e s p e r j u i c i o s ; m e complazco en ver clara-
na p e q u e ñ a porción. Al fin y al cabo no es la t u y a . m e n t e q u e lo p u e d o ; p e r o ni t ú ni nadie sabe si real-
¿ Q u é te i m p o r t a quien p a g a si t ú sales s i e m p r e ga- m e n t e q u i e r o causárselos.
nando ? TERZKY.—¡ Entonces juegas c o n t i n u a m e n t e con nos-
WALLENSTEIN.—No, n o ; f u e r a , f u e r a . No m e c o m - otros !
p r e n d e s . No h a n d e decir de mí q u e hice pedazos la
Alemania, y la vendí al e x t r a n j e r o p a r a e s c a m o t e a r
una porción de ella. Yo q u i e r o q u e el i m p e r i o h o n r e ESCENA VI
en m í á su p r o t e c t o r , y s e n t a r m e d i g n a m e n t e e n t r e
sus p r í n c i p e s d e s p u é s de h a b e r m o s t r a d o g r a n d e z a de Dichos.—ILLO

a l m a . No ha d e e c h a r raíces aquí n i n g u n a potencia


e x t r a ñ a , y m u c h o m e n o s la h a m b r i e n t a raza de los WALLENSTEIN.—¿ Q u é o c u r r e por allí ?... ¿ Están dis-
g o d o s q u e c o n t e m p l a con envidia y r a p a c i d a d las f é r - puestos ?
tiles c a m p i ñ a s d e n u e s t r a tierra a l e m a n a . Han d e a y u - ILLO. — Á todos los h a l l a r á s en la disposición d e
d a r m e , sin sacar n a d a en cambio. á n i m o q u e deseas. Conocen las exigencias del E m p e -
TERZKY.—¿Y u s a r á s d e m á s lealtad con los sajo- r a d o r , y están q u e t r i n a n .
n e s ? . . . T e a d v i e r t o q u e p i e r d e n ya la paciencia con t u W A L L E N S T E I N . — ¿ Y q u é dice á esto Isolani?

t o r t u o s a c o n d u c t a . ¿ Q u é i n t e n t a s h a c e r con t a n t o s ILLO.—Es t u y o en c u e r p o y alma d e s d e q u e relevaste


d i s f r a c e s ? Habla claro. T u s a m i g o s d u d a n y ya no sa- su c r é d i t o .
ben q u é p e n s a r . Ni O x e r s t i e r n ni A r n h e i m , ni nadie W A L L E N S T E I N . — Y Collalto ¿ q u é p a r t i d o t o m a ? . . . .
c o m p r e n d e t u s vacilaciones, y en ú l t i m o r e s u l t a d o ¿ E s t á s s e g u r o de contar con Deodati y T i e f e n b a c h ?
paso p o r u n e m b u s t e r o . Yo r e s p o n d o d e todo, y ni ILLO.—Estos h a r á n lo q u e h a g a n los Piccolomini.
s i q u i e r a tengo u n escrito d e t u p u ñ o y letra. W A L L E N S T E I N . — ¿ Entonces p u e d o contar con ellos ?

WALLENSTEIN.—Ya s a b e s q u e n o d o y á n a d i e u n es- ILLO.—Si estás s e g u r o d e los Piccolomini.


crito m í o . WALLENSTEIN—Como d e m í m i s m o . Estos no m e
TERZKY.—¿ Y en q u é reconocerán t u sinceridad, si a b a n d o n a r á n jamás.
t u s acciones no c o r r e s p o n d e n n u n c a á t u s p r o m e s a s ? . . . TERZKY.—Por mi p a r t e quisiera q u e no confiaras
t a n t o e n ese zorro d e Octavio.
T ú m i s m o d e b e s c o m p r e n d e r l o . . . Desde q u e e n t r a s t e
W A L L E N S T E I N . — ¿ Has d e e n s e ñ a r m e t ú á conocer á
en negociaciones con el e n e m i g o , todo ha ido ocu-
los h o m b r e s ? En diez y seis c o m b a t e s le t u v e á m i
r r i e n d o c o m o si q u i s i e r a s b u r l a r l e .
lado. F u e r a de q u e consulté su horóscopo; n a c i m o s
WALLENSTEIN (tras un momento de silencio, y miran-
bajo la misma constelación y... en una palabra... (mis- Corte, tampoco te es posible despreciar la orden im-
teriosamente) tengo particulares motivos... Si me res- perial, y seguir con s u b t e r f u g i o s y aplazamientos. De-
pondéis de los otros... cídete: ¿ quieres ganarle por la mano? ¿quieres a g u a r -
ILLO.—Un solo pensamiento los anima : q u e no aban- dar al último extremo difiriendo el plan una vez más?
dones el m a n d o . Creo que quieren m a n d a r t e u n a di- WALLENSTEIN.—Esto e s l o m á s c o n v e n i e n t e ; a g u a r -
putación. dar antes de t o m a r una resolución e x t r e m a .
WALLENSTEIN.—Si he de contraer con ellos algún ILLO.—¡Oh! Aprovecha la ocasión favorable antes
compromiso, justo es que ellos en cambio se obliguen no se te escape. Se ofrece tan rara vez en la vida la
á algo conmigo. hora decisiva!... Cuando llega el m o m e n t o de tomar
ILLO.—Por s u p u e s t o . una resolución, todas las circunstancias concurren á
WALLENSTEIN.—Prométanme por escrito y bajo j u - ella: pero luégo, una vez los resortes del hado concu-
r a m e n t o que se consagrarán á mi servicio sin reserva. rrieron sobre un p u n t o de la vida f o r m a n d o el difícil
ILLO.— ¿ P o r q u é n o ? g e r m e n , se separan y dispersan u n o á uno. ¡Observa
TERZKY.—¿Sin r e s e r v a ? S i e m p r e dejarán á salvo cómo en torno tuyo todo aparece grave y decisivo!...
s u s deberes para con el Austria y el E m p e r a d o r . Los primeros y mejores jefes, congregados alrededor
de ti, ¡de ti, su real soberano!... sólo esperan la señal.
WALLENSTEIN (moviendo la cabeza).—Quiero esta pro-
¡Oh!... No dejes que se dispersen u n o tras otro... Luégo
mesa sin reserva alguna. No acepto n i n g u n a condi-
te será imposible reunirlos otra vez en todo el curso de
ción.
la g u e r r a . Esta es la m a r e a alta que levanta el pesado
ILLO.—Me ocurre u n a idea... Esta noche creo q u e
navio y lo lleva lejos de la playa. Cada cual siente cre-
nos da u n banquete el conde de Terzky.
cer su ánimo a r r e b a t a d o de la corriente de la multi-
TERZKY.—Sí, y están invitados todos los genérales.
t u d . Hoy son tuyos, t u y o s todavía!... pero bien pronto
ILLO (á Wallenstein).—Di: ¿ quieres concederme ple- la g u e r r a los dispersará, y el interés particular y las
nos poderes ? Yo te t r a e r é la promesa de todos los ge- vulgares exigencias de la vida se sobrepondrán al in-
rales, conforme deseas. terés general. Entonces, quien ahora arrebatado de la
WALLENSTEIN.—Tráemela por escrito. El modo de corriente se olvida de sí mismo, dispertara de su em-
obtenerla es cuenta tuya. briaguez, y sintiéndose aislado é impotente, volverá al
ILLO.—Y, si de un m o d o ú otro pruebo con un camino trillado del deber buscando salvación y abrigo.
d o c u m e n t o en la mano q u e todos los generales a q u í
reunidos se entregan ciegamente, ¿ o b r a r á s entonces WALLENSTEIN.—No e s t i e m p o a ú n .

con formalidad y tentarás la f o r t u n a con audacia ? TERZKY.—Siempre estás repitiendo lo mismo. ¿Y


WALLENSTEIN.—Tráeme el e s c r i t o . cuándo llegará ?
ILLO.—Medita lo que haces. T ú no p u e d e s cumplir W A L L E N S T E I N . — C u a n d o y o lo d i g a .
las exigencias del E m p e r a d o r y debilitar el ejército, ILLO.—¡ Eso es!... Y mientras aguardas á que suene
permitiendo que se una á los españoles, si no quieres la hora que han de marcar las estrellas, dejas pasar la
q u e se te vaya de las m a n o s para siempre tu poder. de la tierra. Créeme ; sólo en tu corazón se halla el as-
Por otra parte, si no estás decidido á r o m p e r con la tro del destino: fía en ti mismo y r e s u d e ; esta es la

. "¿LFL- *
/V »
verdadera estrella. La única influencia maléfica que
debes t e m e r es la d u d a . los dos Piccolomini, M a r a d a s , Buttler, Forgatsch,
Deodati, Caraffa é Isolani. (Terzky se va con el paje. A
WALLENSTEIN.—Estás hablando según te es dado al-
Ilio.) ¿ Hiciste vigilar á Questenberg?... ¿Habló á al-
canzar. ¡ C u á n t a s veces te lo expliqué!... Naciste en el
guien particularmente ?
p u n t o en que tocaba á su ocaso Júpiter, el dios de la
ILLO.—Buen cuidado tuve de observarlo. Sólo ha
luz, y no te fué dado penetrar el misterio, ni salir de
visto á Octavio.
las tinieblas de la tierra donde vives sumergido como
un troglodita. T u ciega mirada sólo percibe pálidos y
tenues fulgores de subterráneo. Puedes, es v e r d a d ,
juzgar de lo vulgar y terrestre con tacto y prudencia, ESCENA Vil
y p o r eso tengo en ti confianza y me inclino siempre á
Dichos. — QUESTENBERG, los d o s PICCOLOMINI, BUTTLER,
tu parecer. Mas p a r a ver los misterios que se realizan ISOLANI, MARADAS, y o t r o s t r e s g e n e r a l e s . Á u n a señal del
en las p r o f u n d i d a d e s de la naturaleza, ó la escala de d u q u e , Q u e s t e n b e r g s e s i e n t a en f r e n t e d e él y los d e m á s se
los espíritus q u e arrancando del polvo sube hasta los colocan p o r o r d e n d e j e r a r q u í a . — P a u s a .
astros, y por donde ascienden y bajan las potencias
celestes; para abarcar los cerrados círculos q u e se es- WALLENSTEIN.—Me h e enterado perfectamente,
trechan a l r e d e d o r del sol, su centro natural; p a r a e s o t , Questenberg, de vuestra comisión, y después de ma-
hay q u e tener los ojos abiertos, hay que ser hijo pers- d u r a s reflexiones he tomado mi partido, que es irre-
picaz de J ú p i t e r . (Después de haber dado algunos pasos vocable. Conviene, sin embargo, que los generales oi-
por la sala, se detiene y continúa.) Los astros no sirven gan de vuestros labios la voluntad del E m p e r a d o r .
sólo para m e d i r el día y la noche, la primavera y el Dignaos exponer á estos nobles capitanes vuestro en-
verano, el tiempo de la siembra ó de la siega; no. cargo.
También las acciones de los hombres son como fecun- QUESTENBERG.—Estoy dispuesto á ello; m a s antes os
da simiente sembrada en los oscuros campos del por- suplico que recordéis q u e hablo sólo como r e p r e s e n -
venir, y confiada p o r la esperanza al poder de la for- tante de la soberanía y dignidad del E m p e r a d o r , y no
tuna. Fuerza es conocer, pues, el tiempo propicio de la por propio impulso.
siembra por los signos del cielo, á fin de saber si se WALLENSTEIN.—Excusad los preámbulos.
oculta en ellos con su maléfico influjo el enemigo del QUESTENBERG.—Cuando Su Majestad el E m p e r a d o r
éxito y de la prosperidad. Dejadme, pues, a g u a r d a r , confirió el m a n d o del valiente ejército al d u q u e de
y haced en tanto lo que os toca. Ahora no p u e d o de- Friedland, experto y coronado de gloria, f u é con la
ciros lo q u e haré, pero sí que no cederé, eso n o : ni yo esperanza de ver m u d a r s e bien pronto la suerte de la
cederé ni ellos m e depondrán. Partid de este s u p u e s t o . g u e r r a , y t o m a r u n sesgo mas favorable. Pareció al
principio q u e iban á realizarse sus deseos. Libertada
U N CRIADO (sale).—Los señores generales... Bohemia de los sajones, y detenida la invasión de los
WALLENSTEIN.—Que p a s e n .
suecos, este país empezaba á respirar desde el mo-
TERZKY.—¿ Quieres q u e entren todos ? mento en q u e el d u q u e obligó á reunirse sobre un solo
WALLENSTEIN.—No hay necesidad. P u e d e n entrar p u n t o al ejército enemigo disperso por Alemania, y
13
forzó al ringrave, á B e r n a r d o , á B a n n e r , a O x e n s t e r n , de los fieles católicos? De r e p e n t e , en su m a y o r a p u r o
al m i s m o rey invencible hasta entonces, á r e u n i r s e en clama por socorros el d i g n o p r í n c i p e d e Baviera. Siete
N u r e m b e r g , y t e r m i n a r la lucha con una g r a n batalla m e n s a j e s e n v i ó el E m p e r a d o r al d u q u e d e F r i e d l a n d ,
decisiva. rogándole y c o n j u r á n d o l e c u a n d o podía m a n d a r como
WALLENSTEIN.—Al g r a n o , si o s p l a c e . señor... ¡ T o d o en v a n o ! . . . El d u q u e sólo a t i e n d e en
QUESTENBERG.—Bien p r o n t o u n nuevo espíritu reveló a q u e l s u p r e m o i n s t a n t e á su r e n c o r , á sus a n t i g u o s
la p r e s e n c i a d e u n n u e v o jefe. No era ya la g u e r r a el od i o s ; sacrifica el bien público al deseo d e v e n g a r s e
c h o q u e b r u t a l d e u n f u r o r ciego contra otro f u r o r m á s de su a n t i g u o e n e m i g o , y Ratisbona s u c u m b e .
ciego todavía. En las batallas, s a b i a m e n t e dirigidas, W A L L E N S T E I N . — ¿ A q u é t i e m p o se refiere, Max?...
vióse la firmeza resistiendo á la audacia, la habilidad Lo t e n g o olvidado...
y la p r u d e n c i a f a t i g a n d o al a r r o j o . En v a n o intentaba MAX.—Habla d e c u a n d o e s t á b a m o s en Silesia.
el e n e m i g o forzar el c o m b a t e ; el jefe se p a r a p e t a b a y WALLENSTEIN.—¡ Ah!... sí... ¿A q u é había mos ido allí?
fortificaba en su c a m p o , como si h u b i e s e q u e r i d o f u n - M A X . — A batir á los sajones y á los suecos.
d a r en él su m o r a d a . E n t o n c e s , d e s e s p e r a d o el r e y , WALLENSTEIN.—Está bien. Con la descripción m e
a r r a s t r a á u n asalto á s u s t r o p a s , d i e z m a d a s p o r la olvido de toda la g u e r r a . (A Questenberg.) Continuad.
peste y el h a m b r e , y a c o s t u m b r a d o á no hallar obstá- QUESTENBERG.—Acaso iba á d e s q u i t a r s e en el O d e r
culo a l g u n o en su marcha,, i n t e n t a a b r i r s e violento de lo p e r d i d o v e r g o n z o s a m e n t e á orillas del Danubio.
paso á t r a v é s de aquellas t r i n c h e r a s q u e v o m i t a n la T o d o s e s p e r a b a n ver d e s p l e g a r s e n u e v a s maravillas
m u e r t e en t o r n o . ¡ J a m á s se había visto tal arrojo en sobre aquel nuevo teatro d e la g u e r r a , d o n d e F r i e d -
el acometer, ni tal firmeza en el resistir!... Vióse for- land en p e r s o n a , F r i e d l a n d , el rival d e Gustavo Adol-
zado á r e t i r a r s e con el ejército destrozado, y sin q u e fo, iba á e n c o n t r a r s e f r e n t e á f r e n t e con u n T h u r n y
t a m a ñ o sacrificio de g e n t e le valiera u n a sola p u l g a d a u n A r n h e i m . P e r o nada o c u r r i ó . Halláronse en efecto
de terreno. m u y cerca u n o d e otro, m a s f u é p a r a t r a t a r s e c o m o
WALLENSTEIN.—Excusadnos la relación, leída en los amigos, y c u m p l i r s e r e c í p r o c a m e n t e los d e b e r e s d e la
boletines, d e lo q u e vimos con n u e s t r o s propios ojos h o s p i t a l i d a d . Y m i e n t r a s Alemania g e m í a bajo el peso
con h o r r o r . de la g u e r r a , reinaba la paz en el c a m p a m e n t o d e W a -
QUESTENBERG.—Aunque t r a i g o la comisión d e pre- llenstein.
sentar a l g u n o s cargos, m e complace e n t r e t e n e r m e en WALLENSTEIN.—Sólo los g e n e r a l e s bisoños, necesi-
el elogio... En esto el rey de Suecia p e r d i ó su r e p u t a - t a d o s d e victorias, suelen librar batallas sin motivo
ción en N u r e m b e r g , y la vida en L u t z e n . ¿ Q u i é n no se alguno. C a b a l m e n t e la v e n t a j a de un general a c r e d i t a -
s o r p r e n d i ó viendo que. t r a s esta g r a n j o r n a d a h u í a el do consiste en q u e n a d a le obliga á c o m b a t i r p a r a
d u q u e d e F r i e d l a n d á B o h e m i a , c o m o si h u b i e s e sido m o s t r a r al m u n d o su valor y su pericia. ¿De q u é m e
d e r r o t a d o , y a b a n d o n a b a el t e a t r o d e la g u e r r a , m i e n - h u b i e r a servido ejercer con u n A r n h e i m el ascendien-
tras el joven héroe de W e i m a r avanzaba sin obstáculo te de m i f o r t u n a ? Más ventajosa h u b i e r a sido p a r a
por la F r a n c o n i a , se a b r í a c a m i n o hasta el Danubio, y Alemania m i m o d e r a c i ó n , si con ella h u b i e s e logrado
parecía d e golpe a n t e Ratisbona con espanto y t e r r o r d e s b a r a t a r la f u n e s t a alianza d e sajones y suecos!
I96 WALLENSTEIN WALLENSTEIN 197

QUESTENBERG. — P e r o no lo lograsteis, y estalló de están mis generales. Caraffa, conde Deodati, Buttler,
nuevo la g u e r r a . . . En ella justificó el principe su anti- decidle cuánto tiempo hace que las tropas no reciben
gua reputación. Sin descargar un solo golpe, el ejérci- su paga...
to sueco h u b o de d e p o n e r las a r m a s en los campos de BUTTLER.—Un año llevamos sin cobrar.
Steinau, y esta vez la justicia divina entregó á la ven- W A L L E N S T E I N — Y sin embargo, fuerza es q u e el sol-
ganza á Matías de T h u r n , el h o m b r e funesto q u e h a - dado reciba la soldada ; hasta su m i s m o n o m b r e trae
bía encendido con i m p í a m a n o la tea de la discordia... .de ella su origen.
Pero cayó en poder de un vencedor generoso. Lejos QUESTENBERG.—No era éste el lenguaje del d u q u e de
de ser castigado, otorgósele una recompensa. El prín- Friedland ocho ó nueve a ñ o s atrás.
cipe libertó y cargó d e beneficios al mortal enemigo WALLENSTEIN.—Es verdad ; he aquí mi falta; yo mis-
del E m p e r a d o r . mo he acostumbrado mal al E m p e r a d o r . Nueve años
W A L L E N S T E I N (sonriendo).—Ya sé que en Viena h a - atrás, cuando la g u e r r a de Dinamarca, p u s e en pié un
bían alquilado ya v e n t a n a s y balcones para verle pasar ejército de cuarenta ó cincuenta mil hombres sin q u e le
en la fatal carreta. Podía p e r d e r vergonzosamente la costara un ochavo. Aquellas furiosas huestes desenca-
batalla, sin que nadie alzase el grito, pero ¡ privarles d e n a r o n la g u e r r a sobre Sajonia, é hicieron r e t e m b l a r
de semejante espectáculo!... eso no me lo p e r d o n a n las orillas del Relt con el n o m b r e del E m p e r a d o r . ¡Qué
nunca. tiempos aquellos! En todo el imperio no había enton-
QUESTENBERG.—Libre ya Silesia, todo llamaba al du- ces n o m b r e m á s aclamado y más honrado que el mío.
q u e á Baviera o p r i m i d a . E m p r e n d e en efecto la m a r - Alberto de Wallenstein era el tercer d i a m a n t e de la
cha, y atraviesa l e n t a m e n t e Bohemia t o m a n d o el ca- corona imperial. Pero vino la dieta de los Príncipes
mino m á s largo. P e r o , súbitamente, antes de h a b e r en Ratisbona, y todo cesó. Allí descubrieron de qué
visto al enemigo, retrocede á toda prisa á sus cuarteles fondos me habia valido. < Y cuál f u é mi recompensa
de invierno, y viene á o p r i m i r el territorio del Empe- por mi comportamiento de fiel vasallo, por h a b e r m e
rador con los mismos ejércitos imperiales. atraído la maldición de los pueblos, y haber hecho pa-
WALLENSTEIN.—Lástima daba verlos, necesitados de gar á los principes los gastos de u n a g u e r r a q u e sólo
todo, víctimas de las mayores privaciones, y con el al E m p e r a d o r e n g r a n d e c í a ? Sacrificarme á sus que-
invierno en perspectiva. ¿ Qué idea se ha formado Su jas... d e p o n e r m e !
Majestad de sus t r o p a s ? ¿ Acaso no somos h o m b r e s de Q U E S T E N B E R G . — V u e c e n c i a no ignora cuánto coartó
carne y hueso como los demás, y s u j e t o s por tanto á la libertad del E m p e r a d o r aquel desdichado congreso.
los rigores del frío y de la lluvia, y á todo género de W A L L E N S T E I N . — ¡ Mil rayos!... En mis m a n o s estaba
padecimientos ? ¡ Q u é suerte tan condenada la del sol- el poder de devolvérsela... No, señor, no. Desde q u e
dado ! Donde quiera que va, todos h u y e n delante de me salió tan mal servir al trono á expensas del país,
él; en cuanto se retira, todos le maldicen. Forzado á he aprendido á pensar de otro modo. Es verdad que
tomárselo todo por su mano, puesto q u e nadie le da del E m p e r a d o r he recibido el m a n d o , pero como ge-
nada, acaba por ser objeto de h o r r o r de los mismos neral del imperio lo empleo en el bien y la salvación
que se lo niegan todo y que le obligan al despojo. Aquí de todos, no en el engrandecimiento de uno solo...
Mas v e n g a m o s á lo q u e i m p o r t a . ¿ Q u é q u i e r e n d e mí? QUESTENBERG.—Entonces, nada m e resta q u e a ñ a d i r
QUESTENBERG.—Ante todo, q u i e r e el E m p e r a d o r q u e WALLENSTEIN. — Y o no acepté el m a n d o sino con
el ejército salga sin dilación d e B o h e m i a . ciertas c o n d i c i o n e s : f u é la p r i m e r a , q u e nadie, absolu-
VALLENSTEIN.—¿En la a c t u a l e s t a c i ó n ? ¿ Y hacia t a m e n t e nadie, ni s i q u i e r a el E m p e r a d o r , p u d i e s e d a r
d ó n d e q u i e r e q u e nos d i r i j a m o s ? u n a sola orden al ejército, en m e n o s c a b o de m i s a t r i -
QUESTENBERG.—Al e n c u e n t r o del enemigo. P o r q u e buciones, p u e s t o q u e si r e s p o n d o d e todo con mi ho-
Su Majestad q u i e r e q u e se p u r g u e d e ellos R a t i s b o n a n o r y m i cabeza, justo es q u e sea el d u e ñ o . ¿ P o r q u e
antes de Pascua, y cesen d e r e s o n a r en s u s catedrales f u é irresistible é invencible Gustavo ? P o r q u e era el
las predicaciones l u t e r a n a s y las a b o m i n a c i o n e s d e la rey d e su ejército, y al h o m b r e q u e es r e a l m e n t e rey,
herejía, q u e p r o f a n a n la s a n t i d a d d e aquellas fiestas. sólo p u e d e n vencerle s u s iguales. Pero volvamos al
WALLENSTEIN.—¿Es posible, s e ñ o r e s ? h e c h o ; falta lo m e j o r .
ILLO.—No, no es posible. Q U E S T E N B E R G . — E l C a r d e n a l - i n f a n t e desalojará Milán

BUTTLER.—No e s p o s i b l e . la p r i m a v e r a p r ó x i m a p a r a llevar u n ejército español


QUESTENBERG.—El E m p e r a d o r ha o r d e n a d o al coro- á los Países-Bajos, a t r a v e s a n d o Alemania. P a r a asegu-
nel S u y s q u e avanzara hacia Baviera. r a r su m a r c h a , q u i e r e el E m p e r a d o r q u e vaya acom-
WALLENSTEIN.—¿ Y q u é h a h e c h o S u y s ? p a ñ a d o d e ocho r e g i m i e n t o s d e caballería.
QUESTENBERG.—Lo q u e d e b í a : se h a p u e s t o en m a r - WALLENSTEIN.—¡Comprendo!... c o m p r e n d o ! . . . Ocho
cha. r e g i m i e n t o s . . . ¡ Q u é bien i m a g i n a d o está, p a d r e La-
WALLENSTEIN,—¿ Se ha p u e s t o en m a r c h a , c u a n d o m o r m a i n ! A no e n c e r r a r t a n i n f e r n a l astucia, t e n t a d o
yo le m a n d é e x p r e s a m e n t e q u e c o n t i n u a r a en su p u e s - estaría de calificar d e necio el proyecto... ¡ O c h o mil
to?... ¿No está á mis ó r d e n e s ? . . . ¿Esta es la obedien- caballos !... Sí, sí, p e r f e c t a m e n t e ; . . . ya veo á d ó n d e se
cia q u e m e d e b e n , y sin la cual no es posible la g u e - dirigen.
rra?... J u z g a d vosotros, señores. ¿Qué m e r e c e el oficial Q U E S T E N B E R G . — E n esto no h a y s e g u n d a intención...
q u e viola su j u r a m e n t o y falta á la disciplina ? lo i m p o n e la p r u d e n c i a . . . la necesidad lo m a n d a .
ILLO.—La m u e r t e . W A L L E N S T E I N . — ¡ S e ñ o r e m b a j a d o r ! ¿ C ó m o no q u e -

WALLENSTEIN [viendo que los demás reflexionan, dice réis q u e e n t i e n d a q u e están cansados d e v e r e n t r e m i s
alzando la voz).—Conde Piccolomini, ¿ q u é ha m e r e - m a n o s la espada del p o d e r , y a p r o v e c h a n el m á s insig-
cido ? nificante p r e t e x t o p a r a d e s m e m b r a r m i ejército y se
IVIAX (tras largo silencio).—Según la ley, la m u e r t e . valen del n o m b r e e s p a ñ o l p a r a t r a e r a q u í n u e v a s f u e r -
ISOLANI.—La m u e r t e . zas no s o m e t i d a s á m i m a n d o ?... P e r o soy m u y f u e r t e
BUTTLER.—Con arreglo á o r d e n a n z a , la m u e r t e . todavía p a r a q u e m e d é n d e lado. En m i convenio se
('Questenberg se levanta, Wallenstein hace luego lo propio, establece q u e t o d o s los ejércitos del E m p e r a d o r esta-
y los demás le imitan.) rán s u j e t o s á m i m a n d o , en t o d a la extensión del terri-
torio a l e m á n , pero no se h a b l a ¡ claro esta ! de t r o p a s
WALLENSTEIN.—Le c o n d e n a la l e y , n o y o . S i le in-
españolas, ni de i n f a n t e s q u e atraviesan Alemania de
dulto, agradézcalo á la consideración q u e m e m e r e c e
paso, c o m o viajeros... Asi t r a b a j a n secretamente y en
el E m p e r a d o r .
silencio en la obra de debilitar mi poder de día en día,
hasta inutilizarme del todo y sentenciarme luégo...
Pero, ¿á q u é semejantes rodeos, señor ministro >
Hablad con toda f r a n q u e z a . El pacto que el Emperador
concluyó conmigo, le pesa, y quisiera que m e retira-
se ¿ no es esto ? P u e s yo le daré este gusto. Antes de
vuestra llegada lo había resuelto y a . (Gran agitación
entre los generales, que se aumenta por grados.) Por mis
capitanes lo siento, p o r q u e no veo cómo obtendrán el
dinero q u e anticiparon, ni las recompensas q u e tan
merecidas tienen. Un nuevo jefe se acompaña siempre
de hombres nuevos, y envejecen pronto los antiguos
servicios. Además, en el ejército figuran m u c h o s ex-
tranjeros, y si á m í m e bastaba q u e el soldado fuese
hábil y valiente, sin a t e n d e r para nada ni á su proce-
dencia ni á su religión, en lo f u t u r o será de otro
modo ; pero esto ya no m e concierne. (Se sienta.)
MAX.—Dios nos libre de llegar á tal extremo. El ejér-
cito entero se sublevaría con espantoso t u m u l t o . . . Sin
d u d a s e abusa del n o m b r e del Emperador... Esto no
es posible.
ISOLANI.—Es i m p o s i b l e ; todo se desplomaría de una
vez.
WALLENSTEIN.—Pues así será, mi fiel Isolani: cuan-
to alzamos con n u e s t r a p r u d e n c i a se h u n d i r á en es-
combros. Pero ya encontrarán otro general y otro
ejército para r e u n i r s e en torno del imperio, en cuanto
suene el t a m b o r .
MAX (agitado, apasionado, va de uno á otro para apa-
ciguarlos).— Oídme, g e n e r a l ; oídme, señores. ¡ Calma,
príncipe! Nada resolváis hasta q u e h a y a m o s celebrado
consejo y dirigido nuestras representaciones... Venid,
amigos ; creo que aún estamos á tiempo de repararlo
todo.
TERZKY.—Venid, venid; á fuera encontraremos á los WALLENSTEIN.—¡Señor de Questenberg !
d e m á s oficiales. (Se m n )
BurrLER(á Questenberg).—Si queréis seguir un buen
consejo, no os presentéis en público a h o r a ; podría ser
m u y bien que vuestra llave de oro no os preservara
de la violencia, (Suenan rumores dentro.)
WALLENSTEIN.—El consejo es oportuno. Octavio, tú
me respondes de la seguridad de mi huésped. ¡ Señor
de Questenberg!... (Saludándole; Questenberg intenta
hablar.) No, ni una palabra más sobre este odioso
asunto. Cumplisteis vuestro deber, y sé distinguir per-
fectamente el h o m b r e de su cargo.
(Questenbergy Octavio intentan retirarse en el punto en
que salen Gcetz, Tiefenbach y Collalto, segiádos de otros
comandantes.)
GCETZ.—¿ Dónde está quien á nuestro general... ?
TIEFENBACH (al mismo tiempo)...—¿ Qué acabamos de
oir ?... ¿ Quieres... ?
COLLALTO.—Queremos vivir y morir contigo.
W A L L E N S T E I N (señalando á lito con dignidad).—El ma-
riscal de campo conoce mi voluntad, (Vase.)
ILLO.—Bah, c u a n d o estén c o m p r o m e t i d o s , ya p u e d e n
y chillar lo q u e g u s t e n . En la corte d a r á n m á s crédito á
s u s firmas q u e á s u s s a g r a d a s protestas, y una vez de-
clarados t r a i d o r e s , se verán forzados á s e r l o ; con q u e
h a r á n d e la necesidad v i r t u d .
TERZKY.—Perfectamente; m e parece bien. Acerte-
m o s el golpe, y a d e l a n t e .
ILLO.—Además, lo q u e nos i m p o r t a sobre todo, no
A C T O III es el éxito con los generales, sino p e r s u a d i r al jefe d e
q u e están á su disposición. Obre él r e s u e l t a m e n t e
como si d i s p u s i e r a d e ellos, y s u y o s serán y los lleva-
rá d o n d e q u i e r a .
ESCENA I TERZKY.—Ocasiones h a y en q u e no le c o m p r e n d o . A
veces a t i e n d e al e n e m i g o , m e hace escribir á T h u r n , ó
Una habitación á A r n h e i m , habla con absoluta confianza d e Sesina,
y m e e n t r e t i e n e h o r a s e n t e r a s desarrollando s u s pla-
ÍLLO, TERZKY n e s ; y c u a n d o m e figuro ser d u e ñ o absoluto d e su se-
creto, se m e e s c u r r e - d e e n t r e las m a n o s . Me parece
q u e p o r a h o r a sólo desea c o n t i n u a r como antes.
TERZKY
ILLO.—¡ R e n u n c i a r él á s u s a n t i g u o s p r o y e c t o s ! Os
a s e g u r o q u e ni d o r m i d o ni en vela se o c u p a en otra
I I ® E L B ^ ^ E P P E N S Á Í S H A C E R C 0 D , 0 S
>'EFES - cosa. D i a r i a m e n t e consulta los a s t r o s acerca del
asunto.
W col!;L^~RedaCtaremOS Un acta
' en la
cual TERZKY.—Ah, sí; ¿sabéis q u e esta noche se encierra
con el d o c t o r en la t o r r e para h a c e r observaciones?
Según dicen, esta noche es de g r a n trascendencia, y

lde, i d í d s is vo
E:;er;r
rso
0b
e
; i u
Teato de h a n d e o c u r r i r en el cielo g r a n d e s f e n ó m e n o s , espera-
dos m u c h o t i e m p o há.
% u
a s í A r r ^ » r r ILLO.—¡Ojalá o c u r r i e r a n t a m b i é n en la tierra! Ahora
los generales deliran p o r él y h a r á n c u a n t o sea dable
por no p r i v a r s e de su jefe. ¡ Q u é ocasión t a n p r o p i c i a !
V a m o s á f o r m a r u n a alianza estrecha contra la corte
p a r a conservarle el m a n d o , y a u n q u e el p r e t e x t o es
inocente, ya sabéis q u e en el calor de la acción bien
p r o n t o p e r d e m o s d e vista el p u n t o d e p a r t i d a . Si el
p r í n c i p e los halla d i s p u e s t o s á seguir adelante con u n a

r
ILLO.—Bah, c u a n d o estén c o m p r o m e t i d o s , ya p u e d e n
y chillar lo q u e g u s t e n . En la corte d a r á n m á s crédito á
s u s firmas q u e á s u s s a g r a d a s protestas, y una vez de-
clarados t r a i d o r e s , se verán forzados á s e r l o ; con q u e
h a r á n d e la necesidad v i r t u d .
TERZKY.—Perfectamente; m e parece bien. Acerte-
m o s el golpe, y a d e l a n t e .
ILLO.—Además, lo q u e nos i m p o r t a sobre todo, no
A C T O III es el éxito con los generales, sino p e r s u a d i r al jefe d e
q u e están á su disposición. Obre él r e s u e l t a m e n t e
como si d i s p u s i e r a d e ellos, y s u y o s serán y los lleva-
rá d o n d e q u i e r a .
ESCENA I TERZKY.—Ocasiones h a y en q u e no le c o m p r e n d o . A
veces a t i e n d e al e n e m i g o , m e hace escribir á T h u r n , ó
Una habitación á A r n h e i m , habla con absoluta confianza d e Sesina,
y m e e n t r e t i e n e h o r a s e n t e r a s desarrollando s u s pla-
ÍLLO, TERZKY n e s ; y c u a n d o m e figuro ser d u e ñ o absoluto d e su se-
creto, se m e e s c u r r e - d e e n t r e las m a n o s . Me parece
q u e p o r a h o r a sólo desea c o n t i n u a r como antes.
TERZKY
ILLO.—¡ R e n u n c i a r él á s u s a n t i g u o s p r o y e c t o s ! Os
a s e g u r o q u e ni d o r m i d o ni en vela se o c u p a en otra
PenSáÍS h a c e r C0D ,0S
I I ® elb^^ep >' efes - cosa. D i a r i a m e n t e consulta los a s t r o s acerca del
asunto.
W col!;L^~RedaCtaremOS Un acta
' en la
cual TERZKY.—Ah, sí; ¿sabéis q u e esta noche se encierra
con el d o c t o r en la t o r r e para h a c e r observaciones?
Según dicen, esta noche es de g r a n trascendencia, y
ide,iddaedsParSos X n e rr so 0b i iureato de h a n d e o c u r r i r en el cielo g r a n d e s f e n ó m e n o s , espera-
dos m u c h o t i e m p o há.
fl ra
a s í rr ^ » r r ILLO.—¡Ojalá o c u r r i e r a n t a m b i é n en la tierra! Ahora
los generales deliran p o r él y h a r á n c u a n t o sea dable
por no p r i v a r s e de su jefe. ¡ Q u é ocasión t a n p r o p i c i a !
V a m o s á f o r m a r u n a alianza estrecha contra la corte
p a r a conservarle el m a n d o , y a u n q u e el p r e t e x t o es
inocente, ya sabéis q u e en el calor de la acción bien
p r o n t o p e r d e m o s d e vista el p u n t o d e p a r t i d a . Si el
p r í n c i p e los halla d i s p u e s t o s á seguir adelante con u n a

r
empresa audaz, la ocasión le s e d u c i r á ; una vez haya
dado el p r i m e r paso, q u e Viena no podrá perdonarle
nunca, la fuerza de las circunstancias le a r r e b a t a r á en ESCENA II
su camino. Para él lo m á s difícil es decidirse; pero en
cuanto a p r e m i a el m o m e n t o , recobra todo su vigor y EL CONDE y LA CONDESA TERZKY saliendo de su gabinete.
su buen golpe de vista. Luégo u n criado.—ILLO luégo
TERZKY.—Esto es lo q u e a g u a r d a t a m b i é n el enemi-
go para e n v i a r n o s un ejército. TERZKY.—¿ Viene ella ? No p u e d o d e t e n e r l e más.
ILLO.—¡ Vamos !... Hay q u e h a c e r m á s a h o r a q u e no LA CONDESA.—Pronto estará aquí. Dile q u e venga.
hicimos d u r a n t e años enteros. Si van las cosas de la TERZKY.—No sé si el príncipe nos agradecerá lo q u e
tierra como deseamos, ya a p a r e c e r á n las o p o r t u n a s hacemos. Sobre esto, no dijo n u n c a su opinión de un
estrellas. V a m o s á v e r á los generales. M a c h a q u e m o s m o d o claro. T ú m e has p e r s u a d i d o , y sabes hasta dón-
el hierro a h o r a q u e está a r d i e n d o . de p u e d e s a v e n t u r a r t e .
TERZKY.—Id vos, Illo... yo m e q u e d o á a g u a r d a r á LA CONDESA.—Respondo de todo. (Aparte ) No nece-
la condesa. No d u d é i s de q u e no estaré yo ocioso. Si se sito yo plenos poderes... sin hablar nos c o m p r e n d e m o s
r o m p e una c u e r d a , ya tengo otra p r e p a r a d a . m i h e r m a n o y yo. ¿No he adivinado por q u é hizo ve -
ILLO.—Cierto... vi q u e la condesa sonreía con mali- nir á su hija, y eligió cabalmente á Piccolomini p a r a
cia: ¿ q u é os p r o p o n é i s ? acompañarla ? Los p r e t e n d i d o s c o m p r o m i s o s con u n
TERZKY.—Es u n secreto.., ¡Silencio!... Ella sale. novio, á q u i e n n a d i e conoce, p u e d e n d e s l u m h r a r á
(Se va Illo.) o t r o s ; p e r o yo adivino s u intento. A él no le corres-
ponde mezclarse en estas negociaciones. No, sin d u d a . . .
T o d o lo fía á m i perspicacia... q u i e r o p r o b a r l e q u e no
se e n g a ñ a conmigo.
UN CRIADO (sale).—Los generales. (Vase.)
TERZKY. — C u i d a de exaltarle y p r e o c u p a r su áni-
m o . . . Q u e no vacile en firmar c u a n d o se siente á la
mesa.
LA CONDESA.—Atiende tú á los convidados, y t r á e -
melo.
TERZKY.—Mira q u e todo d e p e n d e de su firma.
LA CONDESA.—Vé...
ILLO (volviendo).—¿ Qué estáis haciendo, Terzky ? La
sala esta llena, y todos os a g u a r d a n .
TERZKY.—Voy, voy. (A la condesa.) Q u e no t a r d e . . .
El p a d r e podría sospechar...
LA CONDESA—Inútil solicitud. (Terzky é Illo se van.)
q u é decirle; el servicio... las a r m a s . . . todo me i m p o r -
t u n a . . . Me pasa e x a c t a m e n t e lo m i s m o q u e á un alma
E S C E N A III
b i e n a v e n t u r a d a q u e volviese del paraíso á sus juegos
y pueriles preocupaciones, á s u s deseos, á s u s amista-
LA CONDESA TERZKY, MAX PICCOLOMINI
des, á todas las m i s e r i a s de la h u m a n i d a d .
LA CONDESA.—OS r u e g o , sin e m b a r g o , q u e dirijáis
MAX (asomando tímidamente).—¿Puedo e n t r a r ? . . . (Se alguna m i r a d a á este mísero m u n d o , d o n d e cabalmen-
adelanta hasta el centro de la szla y mira en derredor con te o c u r r e en este m o m e n t o algo i m p o r t a n t í s i m o .
inquietud.) ¡ No está! ¿ Dónde está ?
MAX.—Veo en efecto q u e algo pasa; lo infiero de
LA CONDESA.—Buscad bien... quizás se oculta d e t r á s cierta animación y actividad i n u s i t a d a s q u e noto á m i
de aquella m a m p a r a .
alrededor. Ya lo sabré sin d u d a , c u a n d o h a y a t e r m i -
MAX.—Ahí están s u s g u a n t e s . (Intenta cogerlos y la nado... ¿Dónde diréis q u e estuve, tía ?... No os burléis
condesa se lo impide.) ¡ Q u é mala!.. ¿Me rehusáis...? Os de mí... Me p e s a b a n de tal m o d o el t u m u l t o del cam-
complacéis en a t o r m e n t a r m e . p a m e n t o , la i m p o r t u n a m u l t i t u d de amigos, s u s necias
LA CONDESA.—¿ASÍ agradecéis m i solicitud ? chanzas, sus vanas conversaciones, q u e f u i á buscar el
MAX.—¡Oh!... Haceos cargo de m i i n t r a n q u i l i d a d ! . . . silencio y un asilo p a r a m i dicha... no os riáis... he
Desde q u e estamos aquí... ¡tanto cumplido! no a v e n t u - estado en la iglesia. Cerca de a q u í h a y un monasterio;
rar u n a sola palabra!... ni u n a m i r a d a ! . . . No p u e d o e n t r é en el s a n t u a r i o y m e hallé cabalmente solo. Hay
a c o s t u m b r a r m e á ello. en el altar u n a i m a g e n p i n t a d a de la Virgen, y a u n q u e
LA CONDESA.—Pues á otros r i g o r e s habéis de acos- bastante mala, f u é p a r a mí la amiga q u e buscaba en
t u m b r a r o s todavía, mi b u e n amigo. Debo poner á a q u e l m o m e n t o . . . ¡ C u á n t a s veces h e visto á Dios con
p r u e b a v u e s t r a docilidad. Sólo con esta condición todo su esplendor, y observé el fervor de los fieles!
p u e d o i n t e r v e n i r en este asunto. pero n u n c a s e m e j a n t e espectáculo m e había c o n m o -
MAX.—Pero ¿ d ó n d e está ella?... ¿ P o r q u é no viene? vido como a h o r a . . . No sé cómo, vengo á c o m p r e n -
LA CONDESA.—ES preciso q u e lo fiéis todo á m i car- d e r a h o r a s ú b i t a m e n t e la devoción lo m i s m o q u e el
go... ¿ A quién hallaréis m e j o r dispuesto en vuestro amor.
favor? Nadie ha de saber y m e n o s vuestro p a d r e . . . LA CONDESA.—Gozad de v u e s t r a v e n t u r a , y olvidad
MAX.—Es inútil la recomendación, p o r q u e no hay el m u n d o q u e os rodea, m i e n t r a s vela y obra p o r vos
a q u í ni una cara simpática á quien p u d i e r a confiarme. la a m i s t a d . P e r o obedeced dócilmente á q u i e n os
¡Ay, tía m í a ! O ellos ó yo h e m o s cambiado m u c h o m u e s t r e el camino de la dicha.
Me siento en m e d i o de ellos como extranjero, y no
MAX.—¿Dónde está Tecla? ¡Oh felices t i e m p o s a q u e -
hallo en p a r t e a l g u n a el m e n o r r a s t r o de m i s a n t i -
llos de n u e s t r o viaje en q u e el alba naciente nos r e u n í a ,
g u o s deseos y alegrías... ¿A dónde han ido a p a r a r ?
y sólo la noche nos s e p a r a b a ! Ni caía la a r e n a en el
Antes g u s t a b a de esa gente, ¡ y ahora m e parece
reloj, ni sonaban las c a m p a n a s . Parecía q u e el t i e m p o
todo tan v u l g a r y tan vacío! A m i s c o m p a ñ e r o s los
había detenido p a r a nosotros, como p a r a los bienaven-
e n c u e n t r o i n s o p o r t a b l e s ; á mi p r o p i o p a d r e no sé
turados, su eterna c a r r e r a . . . ¡Ah, verse forzado á con-
14
tar las horas, es ya caer del cielo; la c a m p a n a no sue-
na n u n c a para los d i c h o s o s !
LA CONDESA. — ¿ C u á n t o hace q u e le h a b é i s dicho
ESCENA IV
v u e s t r o afecto ?
MAX.—Esta m a ñ a n a h e a v e n t u r a d o la p r i m e r a pa-
Dichos.— TECLA, a d e l a n t á n d o s e r á p i d a m e n t e
labra.
LA CONDESA.—¡Cómo!... ¡hasta esta m a ñ a n a , d e s p u é s
de veinte días d e verla !... TECLA.—No os molestéis, t í a ; m e j o r lo oirá d e ' m i s
MAX.—Nos h a l l á b a m o s e n el castillo d o n d e nos ha- labios.
béis alcanzado, m á s acá d e N e p o m u c k , ú l t i m a esta- MAX (retrocediendo).—¡ S e ñ o r i t a ! . . . ¡ por q u é m e ha-
ción de n u e s t r o viaje, y e s t á b a m o s silenciosos y en béis dejado hablar, Condésa !
pié c o n t e m p l a n d o d e s d e u n a v e n t a n a la vasta c a m p i - TECLA (á la Condesa).— ¿ Hace rato q u e está a q u í ?
ña, por d o n d e g a l o p a b a n los d r a g o n e s de la escolta. LA CONDESA. — Sí, y no p u e d e p e r m a n e c e r m u c h o
A n g u s t i a d o con la p r o x i m i d a d de n u e s t r a s e p a r a c i ó n , con nosotras... ¿ Dónde h a s estado t a n t o t i e m p o ?
osé p r o n u n c i a r estas p a l a b r a s : « T o d o esto m e ad- TECLA.—Mi m a d r e volvió á llorar... Veo c u á n t o pa-
vierte, señorita, q u e he d e d e s p e d i r m e d e m i felici- dece... y á pesar de todo, m e siento dichosa.
d a d . Dentro de b r e v e s h o r a s os hallaréis junto á MAX (contemplándola extasiado).—¡ A h ! p u e d o volver
v u e s t r o p a d r e , y r o d e a d a de n u e v o s amigos; ya sólo á m i r a r o s ! Esta m a ñ a n a m e era imposible... El brillo
seré para vos u n e x t r a ñ o p e r d i d o e n t r e la m u l t i t u d . » d e v u e s t r o s a d e r e z o s m e ocultaba á m i a m a d a .
«Hablad á m i tía,» m e dijo r á p i d a m e n t e . Su voz t e m -
TECLA. — ¡ S e r á q u e e n t o n c e s m e m i r a b a i s con los
b l a b a ; se r u b o r i z ó , y alzando l e n t a m e n t e los ojos
ojos, y no con el c o r a z ó n !
chocaron con los míos.... Ya no f u i d u e ñ o d e mi....
MAX.—¡ A h ! Esta m a ñ a n a , c u a n d o os vi r o d e a d a d e
(Sale la Princesa y se detiene en la puerta, sin que la
los vuestros, y en brazos d e v u e s t r o p a d r e ; c u a n d o m e
vea Max, pero si la Condesa.) La e s t r e c h é con audacia
h e sentido e x t r a ñ o á vos, t e n t a c i o n e s m e dieron de
e n t r e m i s brazos, y mis labios r o z a r o n los suyos....
e c h a r m e á su cuello llamándole p a d r e t a m b i é n ! . . . P e r o
pero sonó r u i d o en la sala vecina; erais vos... Ya sabéis
su severa m i r a d a i m p o n í a silencio á m i s a r d i e n t e s y
todo lo o c u r r i d o .
vivas sensaciones, y me i n s p i r a b a n r e s p e t o aquellos
LA CONDESA (tras un momento de silencio, y mirando d i a m a n t e s q u e os ceñían la f r e n t e c o m o u n a corona
de soslayo á Tecla)...—¿ Y tan r e s e r v a d o ó tan poco cu- d e estrellas. ¿ P o r q u é v u e s t r o p a d r e , al recibiros,
rioso sois q u e no m e p r e g u n t á i s m i secreto ? parecía t r a z a r en t o r n o v u e s t r o u n círculo m á g i c o ?
MAX.—¿ V u e s t r o secreto ? ¿ P o r q u é a d o r n a r al ángel-como u n a víctima, é i m p o n e r
LA CONDESA.—¡Claro q u e sí!... E n t r é en la sala in- á v u e s t r o corazón r i s u e ñ o el triste peso de la jerar-
m e d i a t a m e n t e d e s p u é s d e haber salido vos, y mi sobri- quía? El a m o r osa dirigirse al a m o r , p e r o sólo u n r e y
na, en aquel p r i m e r m o m e n t o de sorpresa, m e dijo... se a t r e v i e r a á a c e r c a r s e viéndoos r o d e a d a de s e m e j a n t e
MAX (con viveza)...—Hablad... aureola !
TECLA.—¡No h a b l e m o s d e ese disfraz!... Ya veis
cuán p r o n t o lo arrojé ! (A la Condesa.) P a r e c e agitado é había nacido, en q u é año, en q u é m e s ; si f u é d e día,
intranquilo. ¿ P o r q u é , tía ? ¿ Le habéis afligido ? Era si f u é d e noche...
otro h o m b r e d u r a n t e el v i a j e . . . ¡Estaba t a n sereno, t a n LA CONDESA.—Quería hacer t u horóscopo.
parlanchín...! Así q u i s i e r a verle s i e m p r e . TECLA.—Después m e ha m i r a d o las m a n o s y ha m o -
MAX.—En brazos d e v u e s t r o p a d r e , en u n m u n d o vido la cabeza, pensativo. Me h a parecido q u e las ra-
nuevo q u e os acata y reverencia , la n o v e d a d del c a m - yas no le dejaban m u y satisfecho.
bio, p o r lo menos, d e s l u m h r a r á v u e s t r o s ojos. L A C O N D E S A . — ¿ Y c ó m o estaba la sala?... Nunca la
TECLA.—Confieso, en efecto, q u e h a y aquí m u c h a s advertí sino d e paso.
cosas q u e m e e n c a n t a n . Me g u s t a esa vida y esa ani- TECLA.—De p r o n t o m e ha causado e x t r a ñ a emoción
mación, ese a p a r a t o bélico q u e r e n u e v a en m í m i s pasar, de golpe, de la clara luz del día á las p r o f u n d a s
ideas predilectas, y p r e s t a c u e r p o y realidad á lo q u e tinieblas, a l u m b r a d a s t a n sólo d é b i l m e n t e por tibios y
hasta a h o r a m e apareció c o m o u n s u e ñ o . singulares f u l g o r e s . En t o r n o mío, y f o r m a n d o semi-
MAX.—En cambio yo, c o m o u n s u e ñ o veo desvane- círculo, h e visto colocadas en fila seis ó siete g r a n d e s
cerse mi positiva v e n t u r a . De la e t é r e a región en q u e e s t a t u a s de reyes, con u n cetro en la m a n o , y una es-
he vivido estos últimos días, caigo o t r a vez á la tierra; trella en la f r e n t e , y esas estrellas parecían a l u m b r a r
el c a m i n o q u e m e c o n d u c e á m i s a n t i g u o s hábitos, m e la habitación. « Son—ha dicho mi guía—los p l a n e t a s
separa del cielo. q u e rigen el destino d e los h o m b r e s , y por eso están
TECLA.—Tales m u d a n z a s p a r e c e n m á s suaves cuan- r e p r e s e n t a d o s en figura de r e y e s . El d e m á s allá, el
do llevamos en el corazón u n tesoro s e g u r o . En cuanto viejo afligido y c e ñ u d o , q u e lleva u n a estrella amarilla
á mí, c u a n d o m e fijo en el e x t e r i o r , vuelvo á gozar con oscura, es S a t u r n o ; el d e e n f r e n t e , con la estrella roji-
m a y o r e n c a n t o m i m a y o r posesión... ¡ Q u é de cosas za y revestido d e u n a a r m a d u r a , es M a r t e . A m b o s
e x t r a o r d i n a r i a s y n u e v a s h e visto aquí en poco tiem- son poco propicios a los h o m b r e s . La del lado, en figu-
po, y sin e m b a r g o n a d a s e r á n c o m p a r a d a s con las ma- r a de u n a m u j e r h e r m o s a cuya f r e n t e r e s p l a n d e c e con
ravillas q u e encierra este castillo misterioso ! suavísimos f u l g o r e s , es V e n u s , el astro del placer. La
d e la izquierda, M e r c u r i o con alas en los piés. La de
L A C O N D E S A (reflexionando).—¿ Q u é h a y ?... Yo conoz-
en medio, d e s e r e n a f r e n t e , de c o n t i n e n t e regio y ce-
co los más oscuros rincones d e esta habitación.
ñido d e u n a a u r e o l a de plata, J ú p i t e r , el p a d r e de los
T E C L A (sonriendo).—Á é s t a le p r o t e g e n los e s p í r i t u s ;
astros, a c o m p a ñ a d o del sol y d e la luna.»
dos viejos están d e centinela j u n t o á la p u e r t a .
L A C O N D E S A (riendo).—Ah! s í ; la t o r r e del astrólogo. MAX.—¡ Oh ! No seré yo q u i e n le r e p r o c h e su creen-
¿Y cómo h a s podido e n t r a r d e s d e luego en este santua- cia en los a s t r o s y el p o d e r de los espíritus. No puebla
rio custodiado con tal s e v e r i d a d ? el h o m b r e d e f u e r z a s m i s t e r i o s a s el espacio cediendo
TECLA.—Un viejecito d e blanca cabellera y benévolo sólo al orgullo ; p a r a el corazón q u e a m a , la vida ordi-
aspecto, m e h a m o s t r a d o cierta predilección y m e ha n a r i a parece e s t r e c h a y m e z q u i n a ; los cuentos con
abierto la p u e r t a . q u e mecieron m i infancia encierran u n sentido m á s
MAX.—Es S e n i ; el a s t r ó l o g o del d u q u e . p r o f u n d o q u e la m i s m a experiencia. Sólo el m u n d o d e
TECLA.—¡ C u á n t a s p r e g u n t a s m e h a h e c h o ! C u á n d o lo maravilloso r e s p o n d e á m i corazón embelesado, y
me a b r e los espacios infinitos, y extiende en torno mil
f e c u n d o s r a m o s q u e mecen en éxtasis mi e s p í r i t u em- con eso no le basta para saciar su actividad incesante,
briagado. S i ; el m u n d o de la fantasía es la v e r d a d e r a l u c h a r con los e l e m e n t o s , desviar los ríos, volar las
patria del a m o r , q u e se complace en h a b i t a r con las peñas y a b r i r al comercio n u e v a s y c ó m o d a s vías... En
h a d a s y entre talismanes, y cree en los dioses, p o r q u e las largas veladas del invierno c o n t a r e m o s n u e s t r a s
se siente de n a t u r a l e z a divina. P a s a r o n los d e la anti- c a m p a ñ a s y...
g u a f á b u l a y se desvaneció t r a s ellos su hechizo, m a s LA CONDESA.—No obstante, os aconsejo, caro p r i m o ,
c u a n d o habla el corazón r e a p a r e c e n evocados sus n o m - q u e no d e p o n g á i s tan p r o n t o las a r m a s . Una esposa
bres, y si un t i e m p o se asociaron con a m o r á la vida como Tecla m e r e c e ser c o n q u i s t a d a con la p u n t a del
h u m a n a , hoy colocados en la región d e los astros, se acero.
comunican con los q u e a m a n : a ú n J ú p i t e r nos trans- MAX.—¡Ojalá p u d i e s e hacerlo a s í !
mite su p o d e r , y V e n u s su belleza. LA CONDESA.—¿Qué pasa ?... ¿No oís?... Me parece
q u e oigo r u m o r e s y d i s p u t a s en la sala del b a n q u e t e . . .
TECLA.—Si en esto consiste la astrología, m e con-
(Se va.)
vierto d e b u e n g r a d o á t a n risueña religión. ¡Qué g r a t o
es p e n s a r q u e en la a l t u r a , allá en la esfera infinita,
las f ú l g i d a s estrellas tejieron las g u i r n a l d a s d e n u e s t r o
a m o r en el m i s m o p u n t o en q u e n a c i m o s ! ESCENA V

LA CONDESA.—Pero esas g u i r n a l d a s celestes no son TECLA y MAX


t o d a s d e r o s a s ; t a m b i é n se esconden e n t r e ellas a l g u -
n a s espinas. Dichoso aquel q u e no se lastima con ellas.
T E C L A (en cuanto se va la condesa, se acerca á Picco-
Los lazos q u e a n u d a V e n u s , el astro de la v e n t u r a ,
lominiy le dice en voz baja :) — No te fies de ellos... Son
r ó m p e l o s á veces con violencia Marte, el planeta fatal
d e la desgracia. m u y falsos.
MAX.—Podrían...
MAX.—Pronto va á t e r m i n a r su r e i n a d o siniestro.
TECLA.—No te fíes de nadie sino d e mí. Desde luego
¡ Bendito sea el noble celo del príncipe, q u e entrelazará
he advertido q u e llevan algún fin.
el laurel con el olivo, y devolverá la paz al m u n d o !
MAX.—¿ C u á l ? . . , ¿ Q u é g a n a r í a n d á n d o n o s e s p e r a n -
¡Qué p u e d e d e s e a r ya su g r a n corazón! Harto hizo
zas?
por su gloria, y p u e d e vivir p a r a él con los suyos. Se
TECLA.—No sé, pero c r é e m e ; no se p r o p o n e n seria-
r e t i r a r a a sus d o m i n i o s , en su h e r m o s a residencia de
m e n t e casarnos y h a c e r n o s dichosos.
Gitschin, ó en R e i c h e m b e r g y el castillo d e F r i e d l a n d
q u e tiene h e r m o s a s vistas, y cuyos p a r q u e s y m o n t e s MAX.—Pero ¿ p o r q u é v a l e m o s de la condesa Terzky?
d e caza se e x t i e n d e n hasta el R i e s e m b e r g e . Allí p u e d e ¿No t e n e m o s a t u m a d r e ? . . . Es buena, y m e r e c e q u e
vivir en libertad r o d e a d o d e e s p l e n d o r y o c u p a d o en t e n g a m o s en ella plena confianza.
g r a n d e s e m p r e s a s ; p r o t e g e r con real largueza las TECLA.—Te a m a , y te estima m á s q u e á nadie, pero
artes, y c u a n t o es digno de u n s e ñ o r poderoso: edifi- le faltaría valor p a r a callar n u e s t r o secreto á m i pa-
car, cultivar los c a m p o s , o b s e r v a r los astros, y si dre. En bien d e su t r a n q u i l i d a d d e b e m o s ocultárselo.
MAX.—¿Y por q u é s i e m p r e este misterio ? ¿ S a b e s
q u é quiero h a c e r ? A r r o j a r m e á los piés de tu p a d r e , y
que decida éi de m i dicha. E s sincero, sin disimulo, y
a b o m i n a las t o r t u o s i d a d e s : ¡es t a n b u e n o , tan noble!
TECLA.—¡Tú eres el b u e n o y el noble!
MAX.—Tú le conoces d e ayer, p e r o yo h e vivido
j u n t o á él diez años. No sería esta la p r i m e r a vez q u e
hiciera algo s o r p r e n d e n t e é i n e s p e r a d o . En su caracter
está s o r p r e n d e r s i e m p r e c o m o si f u e r a un dios, y
c a u s a r en t o r n o suyo el a s o m b r o y la a d m i r a c i ó n .
¡Quién sabe si a h o r a m i s m o a g u a r d a n u e s t r a declara-
ción p a r a u n i r n o s ! ¿Callas?... ¿Me m i r a s como d u -
dando...? ¿ Qué t i e n e s c o n t r a t u p a d r e ?
TECLA.—¿ Yo ?... n a d a . . . P e r o le creo d e m a s i a d o ab-
sorto en s u s o c u p a c i o n e s p a r a q u e tenga t i e m p o d e
sonar con n u e s t r a dicha. (Le coge la mano con ternura.)
Obedéceme... No e s p e r e m o s m u c h o d e los d e m á s , . . .
m o s t r é m o n o s a g r a d e c i d o s á T e r z k y y á su m u j e r p o r
ios favores q u e nos d i s p e n s e n , pero no confiemos en
ellos m á s de lo q u e m e r e z c a n , y a b a n d o n é m o n o s á
n u e s t r o corazón.
MAX.—¿Pero no h e m o s d e ser felices n u n c a ?
TECLA. ¿ No lo s o m o s ya ? ¿ No soy t u y a por ventu-
r a ? ¿ no eres t ú m í o ? El a m o r m e i n f u n d e valor
Quizás debiera ser m e n o s franca contigo y g u a r d a r
p a r a m í el secreto, s e g ú n i m p o n e el uso; p e r o ¿dónde
hallarías la verdad, si no la o y e r a s de m i s labios?
P u e s t o q u e nos h e m o s e n c o n t r a d o , m a n t e n g á m o n o s
estrecha y e t e r n a m e n t e u n i d o s . ¡ C r é e m e ! es m á s de
lo q u e quisieran hacer p o r nosotros. Ocultemos n u e s -
tra dicha en el fondo del a l m a , como h u r t o sagrado.
Al cielo la d e b e m o s y sólo al cielo h e m o s de a g r a d e -
cerla... Tal vez obre por n o s o t r o s un milagro.

TECLA.—¿No soy tuya, por ventura ?


E S C E N A VI

Dichos, LA CONDESA TERZKY

LA CONDESA (precipitadamente)—Mi marido me en-


vía... Llegó el m o m e n t o . . . Es necesario que vayáis al
banquete. (Viendo que no la atienden, rompe por medio
de ellos.) Separaos...
TECLA.—¡ Ah, todavía no!... Si apenas hace un ins-
tante q u e está aquí...
LA CONDESA.—Para vosotros el tiempo vuela, so-
brina.
MAX.—No h a y p r i s a , tía.
LA CONDESA—Salid, salid... Os echan de menos...
Vuestro padre ha preguntado ya dos veces dónde es-
tabais.
TECLA. —¡Su padre ! ¿ De veras?
LA CONDESA—Ya p u e d e s figurarte... princesa...
TECLA.—Pero < ha de estar siempre entre ellos, por
ventura ? Aquel no es su puesto. Serán m u y expertos
y venerables, pero él es demasiado joven para estar
en su compañía.
LA CONDESA.—Preferirías q u e no se moviera de aquí,
¿ verdad ?
TECLA (con viveza).—Habéis acertado ; este era mi
intento. S í ; dejadle en paz... Decid á los generales...
LA CONDESA.—Pero has perdido la cabeza, sobri-
na ?... Conde, ya sabéis n u e s t r a s condiciones.
MAX.—Me es fuerza o b e d e c e r , s e ñ o r i t a ; adiós...
(Tecla le vuelve la espalda vivamente.) ¿ Qué decís ?
TECLA (sin mirarle).—Nada ; salid.
MAX.—¡ Y puedo, por ventura, dejándoos enojada!
(Se acerca á ella; se miran; ella calla un instante y luego
se echa en sus bra\os y le estrecha contra su corazón.)
LA CONDESA.—¡Salid!... ¡Si álguien viniera! Oigo TECLA.—¿Y q u é tenemos con esto?
LA CONDESA.—¡ Cómo!... Vaya una salida.
ruido ; suenan algunas voces desconocidas...
TECLA.—La suerte le dió á él lo q u e nosotros hemos
(Max se arranca de los brazos de Tecla. La Condesa le
tenido que a d q u i r i r . Es de antiguo linaje lombardo,
acompaña. Tecla le sigue primero con la mirada, luego
se pasea con agitación por la sala, hasta que se detiene hijo de u n a princesa.
absorta en sus pensamientos. Toma un laúd, que habrá LA CONDESA.—Pero ¿estás soñando?... ¡De antiguo
sobre una mesa, y después de un triste preludio, canta.) linaje!... ¡ Á qué salimos con q u e h a b r e m o s de rogarle
h u m i l d e m e n t e se digne conceder su m a n o á la m a s
rica heredera de E u r o p a !
TECLA.—No será necesario.
ESCENA VII LA C O N D E S A . - E S v e r d a d ; no nos e x p o n d r e m o s a

TECLA, t a ñ e y c a n t a tanto. , ^ . • J
TECLA.—Su p a d r e le a m a ; el conde Octavio nada
«Ruge el viento en el b o s q u e ; las nubes se a m o n t o - opondrá.
n a n en el cielo; la ola agitada se estrella en las rocas. LA C O N D E S A . - ¡ Su p a d r e ! . . . . ¡su padre!.... ¿y el
»La doncella se adelanta p o r la orilla, y con los ojos tuyo ? .
»llenos de lágrimas canta en medio de la noche som- TECLA.—Creí que temíais al suyo, en vista de v u e s -
»bria: m u e r t o está mi corazón, vacío para mí el mun- tra conducta misteriosa con el hijo.
LA CONDESA (contemplándola con mirada inquisitiva).
»do; ningún deseo me inspira. ¡Oh santa m a d r e !
»Acuérdate de tu hija. P r o b é la dicha de la t i e r r a ; —Sobrina, t ú no eres f r a n c a .
»viví, amé.» TECLA.—¡Ah tía mía!... lo tomáis á mal, tía; sed
buena. , , .. ,
LA CONDESA. — O S figuráis haber ganado la partida,

ESCENA VIII pero no os alegréis tan pronto.


TECLA.-Sed buena, tía...
LA CONDESA, TECLA LA C O N D E S A . — N o están las cosas tan adelantadas.
TECLA.—Lo creo.
LA CONDESA. —¡ Cómo es eso, sobrina! Veo que te LA CONDESA . - ¿ T e figuras acaso que ha consagrado
adelantas á él... Creí que usarías de más recato. á la guerra su existencia, q u e ha renunciado a toda
TECLA (levantándose).—(Qué queréis decir, t í a ? tranquilidad, q u e apartó el sueño de la cabecera de su
LA CONDESA.—Que no d e b i e r a s olvidar quién eres, cama, siempre inquieto, siempre agitado, ú n i c a m e n t e
ni quién es... Me parece q u e no lo has meditado bas- para hacer la felicidad de una pareja amorosa ? ¿ Crees
tante. t ú que te sacó del convento para llevarte en triunfo a
T E C L A . — ¿ Pues qué ? los brazos del h o m b r e q u e te place? Bien podía echar
LA CONDESA .—Que eres la hija del príncipe de Fried- por camino m á s corto. No. No ha trabajado toda su
land. vida por que t u m a n o infantil deshoje en flor la planta
que ha cultivado, y la convierta en vano adorno. estimarme en menos de lo que él m e estima, ni puede
TECLA—Pero bien p u e d o recoger el íruto de lo q u e ser u n alma vulgar quien posee ese dón inapreciable.
no sembraron para mi,... y si mi suerte quiere q u e No; con la dicha, he sentido apoderarse de mi la fir-
esa existencia terrible y prodigiosa e n g e n d r a r a mi meza. La vida aparece grave á las almas graves. Ahora
dicha... sé que m e pertenezco, y conozco la firme é incontras-
LA CONDESA.—Hablas como niña e n a m o r a d a . Mira table voluntad que poseo y que he de consagrar toda
en torno tuyo, y observa donde estás. No viniste á la entera á mi s u p r e m o fin.
casa de la alegría, ni están decorados estos m u r o s LA CONDESA.—¿ Y te opondrías á la de tu padre, si
para una fiesta de bodas, ni los convidados se ciñen dispusiera otra cosa de ti? ¿ Piensas disuadirle ? ¿No
de flores. Aquí no r e l u m b r a otro fulgor q u e el de las sabes, niña, que se llama Friedland ?
armas. ¿ Crees, p o r v e n t u r a , que se ha congregado á TECLA.—Y yo también. Hallará en mí u n a hija digna
esos millares de h o m b r e s para f o r m a r tu séquito?... de su padre.
¿ No ves pensativo á tu padre y á tu m a d r e llorosa ?
LA CONDESA.—No logra doblegarle su soberano el
Es q u e el destino de nuestra casa está en la balanza...
E m p e r a d o r , y quieres luchar con él!
Deja, pues, esos p u e r i l e s sentimientos de niña, y tus
mezquinos deseos, y m u e s t r a que eres hija de un TECLA.—Una hija puede atreverse á lo q u e no osa
grande hombre... La m u j e r no se pertenece á sí misma nadie.
sino que su suerte va atada á la agena y vale tanto LA CONDESA.—Bien ajeno está él de lo q u e le aguar-
mas cuanto mejor sabe elegir el objeto de su adhesión da. ¡Después de haber arrollado tantos obstáculos tro-
y su cariño. pezar en la voluntad de su propia hija! ¡ Ay niña, niña!
T ú sólo conoces su sonrisa; no h a s visto a ú n f u l g u r a r
TECLA.—Lo m i s m o m e decían en el convento; así
la cólera en su m i r a d a . ¡Cómo tu voz temblorosa se
es que ni concebí n i n g ú n deseo, ni he visto en mí sino
atreverá á contradecirle en su presencia! Mientras
la hija del h o m b r e poderoso cuya f a m a resonando
estás sola, puedes á placer f o r m a r g r a n d e s proyectos,
hasta mis oídos me hacía pensar que estaba destinada
y p r e p a r a r floridos discursos y a r m a r tu corazón de
a padecer p o r él, y á sacrificarme p o r él.
paloma con el valor de un león, pero p r u e b a tan sólo
LA CONDESA.-Pues tal es tu suerte. Acéptala de de acercarte á él, y cuando se fije su mirada en la tuya,
buen grado. T u m a d r e y yo te d a m o s el ejemplo.
di, si p u e d e s : No. A su presencia se m u s t i a r á tu f u e r -
TECLA. El destino m e mostró después á quién ha za como el delicado pétalo de una flor bajo los abrasa-
de ser objeto de mi sacrificio, y quiero seguirle con dores rayos del sol. Pero no quiero asustarte, hija
alma y vida. mía... Espero q u e no se llegará á este caso... Ignoro,
LA CONDESA. No la suerte, sino tu corazón f u é ademas, q u é pretende... Quizás se acuerdan sus de-
quién te lo mostró. seos con los tuyos; pero a u n así, nunca querrá que tú,
TECLA.-La voz del corazón es la voz del destino. la altiva heredera de su gloria, te portes como una
Suya s o y ; p o r él vivo, d e él he recibido mi nueva exis- loca, y te arrojes en brazos de u n h o m b r e que, antes
tencia, y tiene derechos sobre su criatura. \ Qué era de recibir tan alta recompensa, debe hacerse digno de
yo antes que su a m o r vivificara mi alma? No p u e d o ella á fuerza de m u y grandes sacrificios. (Se va).
ESCENA IX
TECLA s o l a

¡Mil gracias por el aviso, q u e trueca en c e r t i d u m b r e


mi siniestro presentimiento. ¡Con que era verdad !...
No tenemos aquí un amigo, ni un corazón leal, y sólo
podemos contar con n o s o t r o s mismos. ¡Crueles com-
bates nos a g u a r d a n ! . . . ¡Oh amor, divino a m o r ! danos A C T O IV
fuerzas... Sí; me ha dicho la verdad... Malos auspicios
presidieron á nuestra u n i ó n . Aquí no habita la espe-
ranza, ni suena otro ruido q u e el de la g u e r r a ; hasta
el a m o r se presenta cubierto de su escudo, y como ESCENA PRIMERA
armado para un duelo á m u e r t e . Un espíritu f u n e s t o
se cierne sobre nuestra raza, y parece pronto á ani- S a l a m a g n í f i c a m e n t e i l u m i n a d a . En el c e n t r o h a c i a el f o n d o , u n a
quilarnos. Vino á sacarme de mi pacífico retiro, á em- m e s a r i c a m e n t e p u e s t a y s e n t a d o s á ella ocho g e n e r a l e s ,
belesar mi alma con celestiales imágenes que flotan e n t r e l o s c u a l e s f i g u r a n OCTAVIO PICCOLOMIN!, MARADAS
en torno mío, cada vez m á s cercanas, para arrojarme y TERZKY. Á d e r e c h a é i z q u i e r d a , e n s e g u n d o t é r m i n o , o t r a s
d o s m e s a s c o n s e i s c o n v i d a d o s e n c a d a u n a . En p r i m e r t é r m i -
luégo al abismo con fuerza sobrenatural é irresistible.
n o el a p a r a d o r ; la p a r t e a n t e r i o r d e la e s c e n a q u e d a r á d e s p e -
(Suena á lo lejos la música del festín:) ¡Oh! Cuando u n a j a d a p a r a l o s p a j e s y c r i a d o s d e s e r v i c i o . G r a n a n i m a c i ó n . Los
casa debe perecer p o r el f u e g o , cúbrese el cielo de m ú s i c o s d e l r e g i m i e n t o d e T e r z k y d a n la v u e l t a al r e d e d o r
nubes, se precipita el rayo, vomitan llamas los abis- d e l a s m e s a s . M i e n t r a s s e r e t i r a n , s a l e MAX PICCOLOM1NI:
mos y los mismos dioses de la alegría, ciegos de f u r o r , T e r z k y , c o n u n p a p e l , é ISOLANI Qon u n a c o p a e n la m a n o , s e
le a c e r c a n .
atizan el incendio! (Vase).
TERZKY, ISOLANI, MAX

ISOLANI (á Max)

H amigo m í o ! ¿Dónde os habíais metido?...


Vamos... vamos á la mesa. Terzky nos re-
gala con su mejor vino... Se bebe aquí como
en el castillo de Heidelberg... Habéis perdi-
do ya lo mejor. En aquella mesa se reparten las coronas
de los principados de Eggenberg, Slawata y Lichtens-
tein ; ya están adjudicados los dominios de Sternberg
25
E S C E N A IX

TECLA sola

¡Mil gracias por el aviso, q u e trueca en c e r t i d u m b r e


mi siniestro p r e s e n t i m i e n t o . ¡ C o n que era verdad !...
No tenemos a q u í un a m i g o , ni un corazón leal, y sólo
p o d e m o s contar con n o s o t r o s m i s m o s . ¡ C r u e l e s com-
bates nos a g u a r d a n ! . . . ¡ O h a m o r , divino a m o r ! danos ACTO IV
fuerzas... S í ; m e ha dicho la v e r d a d . . . Malos a u s p i c i o s
presidieron á nuestra u n i ó n . A q u í no habita la e s p e -
ranza, ni suena otro ruido q u e el de la g u e r r a ; hasta
el a m o r se presenta c u b i e r t o de su escudo, y c o m o ESCENA PRIMERA
armado para un duelo á m u e r t e . Un espíritu f u n e s t o
se cierne sobre nuestra raza, y parece pronto á ani- S a l a m a g n í f i c a m e n t e i l u m i n a d a . En el c e n t r o h a c i a el f o n d o , u n a
quilarnos. V i n o á s a c a r m e de mi pacífico retiro, á em- mesa ricamente puesta y sentados á ella ocho generales,
belesar mi alma con celestiales i m á g e n e s que flotan entre los cuales figuran O C T A V I O PICCOLOMIN!, M A R A D A S
en torno mío, cada vez m á s cercanas, para arrojarme y T E R Z K Y . Á derecha é izquierda, en s e g u n d o término, otras
d o s m e s a s c o n s e i s c o n v i d a d o s e n cada u n a . En p r i m e r t é r m i -
luégo al abismo con f u e r z a sobrenatural é irresistible.
n o el a p a r a d o r ; la p a r t e a n t e r i o r d e la e s c e n a q u e d a r á d e s p e -
(Suena á lo lejos la música del festín:) ¡ O h ! C u a n d o u n a j a d a p a r a l o s p a j e s y c r i a d o s de s e r v i c i o . G r a n a n i m a c i ó n . L o s
casa debe perecer p o r el f u e g o , cúbrese el cielo de m ú s i c o s d e l r e g i m i e n t o d e T e r z k y d a n la v u e l t a al r e d e d o r
nubes, se precipita el r a y o , v o m i t a n llamas los abis- d e l a s m e s a s . M i e n t r a s se r e t i r a n , s a l e M A X PICCOLOM1NI:
m o s y los mismos dioses de la a l e g r í a , c i e g o s de f u r o r , T e r z k y , c o n u n p a p e l , é I S O L A N I Qon u n a c o p a e n la m a n o , se
le acercan.
atizan el incendio! (Fase).

T E R Z K Y , ISOLANI, MAX

ISOLANI (á Max)

H a m i g o m í o ! ¿ D ó n d e os habíais metido?...
V a m o s . . . v a m o s á la mesa. T e r z k y nos re-
gala con su m e j o r v i n o . . . Se bebe aquí c o m o
en el castillo de Heidelberg... Habéis perdi-
do y a lo m e j o r . En aquella mesa se reparten las coronas
de los principados de E g g e n b e r g , Slawata y Lichtens-
tein ; ya están a d j u d i c a d o s los dominios de S t e r n b e r g
25
y los m e j o r e s f e u d o s d e B o h e m i a . . . D a o s p r i s a . . . qui-
zás os t o q u e a l g o t o d a v í a . . . V a m o s ; s e n t a o s .
ESCENA II
C O L L A L T O Y GOETZ (llamándole desde la segunda mesa).
—¡ Conde Piccolomini!
TERZKY, NEUMANN
TERZKY.—Pronto será con v o s o t r o s . . . L e e d esta f ó r -
m u l a de j u r a m e n t o , y v e d si os g u s t a s u redacción.
T E R Z K Y (hace señas á Neumann, que está cerca del apa-
T o d o s la h a n leído y a , y están d i s p u e s t o s á firmarla.
rador. Neumann se adelanta).—¿ T r a é i s ese papel, Neu-
MAX (leyendo).—«Ingratis servire nefas.»
m a n n ? . . . D a d m e ; ¿ e s t á escrito d e m o d o q u e p u e d a
ISOLANI.—Eso p a r e c e un a x i o m a latino. Camarada,
s u s t i t u i r s e f á c i l m e n t e sin q u e lo noten ?
¿ q u é q u i e r e d e c i r en a l e m á n ?
TERZKY.—Que un h o m b r e h o n r a d o no d e b e s e r v i r á
ingratos.
M A X . — « H a b i é n d o n o s m a n i f e s t a d o n u e s t r o poderoso
»general, S u Alteza el p r í n c i p e d e F r i e d l a n d , q u e se
»hallaba d i s p u e s t o á dejar el servicio d e l E m p e r a d o r
ȇ consecuencia d e n u m e r o s a s d i f i c u l t a d e s , y h a b i e n -
»do desistido de sus p r o p ó s i t o s p e r s u a d i d o d e n u e s t r a s
»súplicas, c o n s i n t i e n d o p o r el contrario en p e r m a n e -
»cer al f r e n t e del ejército y no s e p a r a r s e d e n o s o t r o s
»sin n u e s t r o a s e n t i m i e n t o ; nos c o m p r o m e t e m o s en
»justa r e c i p r o c i d a d , j u n t o s y cada u n o en p a r t i c u l a r , á NEUMANN.—Lo he c o p i a d o línea p o r línea, y sólo he
»seguir fielmente á sus ó r d e n e s , á no s e p a r a r n o s de él q u i t a d o la f r a s e relativa al j u r a m e n t o , c o n f o r m e m e
»en m o d o a l g u n o y á v e r t e r p o r él hasta la ú l t i m a g o t a ordenó V . E.
»de s a n g r e , si n e c e s a r i o f u e r e , salvo sin e m b a r g o el T E R Z K Y . — P e r f e c t a m e n t e . P o n e d l o ahí, y e c h a d al
» j u r a m e n t o p r e s t a d o al E m p e r a d o r . (Isolani repite estas f u e g o éste ; y a hizo s u oficio.
últimas palabras.) «Y si c u a l q u i e r a d e n o s o t r o s , fal- (Neumann coloca la copia encima de la mesa, y luego
»tando al p r e s e n t e contrato, se separase d e la c a u s a vuelve al aparador.)
»común, n o s o b l i g a m o s á d e c l a r a r l e t r a i d o r y á casti-
»gar s u deslealtad así en s u p e r s o n a c o m o en s u s bie-
»nes. E n fe d e lo cual firmamos el p r e s e n t e escrito.» ESCENA III

TERZKY.—¿ Q u e r é i s firmar ? ILLO ( s a l i e n d o de la s e g u n d a sala). T E R Z K Y


ISOLANI.—<; P o r q u é no ? T o d o oficial con h o n o r p u e -
de y debe hacerlo... ¡ Á ver!... tintero y p l u m a . ILLO.— ¿ Q u é tal se presenta P i c c o l o m i n i ?
TERZKY.—Bueno ; ¡ á los postres ! T E R Z K Y . — M u y bien. Nada ha o b j e t a d o .
ISOLANI (llevándose á Max).—Venid conmigo. ILLO.—Él y su p a d r e son los ú n i c o s d e q u i e n no m e
(Ambos se van á la mesa.) fío. ¡ V i g i l a d l o s !
T E R Z K Y . —¿ Y cómo va en v u e s t r a m e s a ? S u p o n g o
q u e les calentáis los cascos.
BUTTLER.—¿ T a l es v u e s t r a o p i n i ó n , mariscal ? P u e s
ILLO.—Son todo corazón. Me p a r e c e q u e y a los t e -
bien ; no m e pesa h a b e r g u a r d a d o m i fidelidad d u r a n -
n e m o s . C o m o os p r o n o s t i c a b a , no se trata y a tan sólo
te c u a r e n t a años, si al c a b o m e p r o c u r a á los s e s e n t a
de c o n s e r v a r al d u q u e en s u p u e s t o . Y a q u e n o s ha-
la ocasión de v e n g a r m e c u m p l i d a m e n t e . No os ofen-
l l a m o s r e u n i d o s , dice M o n t e c u c c u l l i , d e b i é r a m o s ir á
dan m i s p a l a b r a s , s e ñ o r e s . A v o s o t r o s p o c o o s i m p o r -
V i e n a á i m p o n e r c o n d i c i o n e s al E m p e r a d o r . C r e e d -
tará saber la c a u s a d e mi c o n v e r s i ó n , p e r o espero q u e
m e ; si no e s t u v i e r a n p o r m e d i o los P i c c o l o m i n i , hu-
no la a t r i b u i r é i s ni á v u e s t r a astucia, ni á l i g e r e z a m í a ,
b i é r a m o s p o d i d o a h o r r a r n o s esa s u p e r c h e r í a .
ni á súbita cólera ó á c u a l q u i e r otro m o t i v o f r i v o l o .
TERZKY.—¿ Q u é q u e r r á B u t t l e r ? ¡ S i l e n c i o ! . . .
C o n t o d o , e s t o y firmemente resuelto, p o r q u e t e n g o
conciencia del m o t i v o d e m i d e t e r m i n a c i ó n .
ILLO.—Decidnos f r a n c a m e n t e por q u i é n d e b e m o s te-
E S C E N A IV
neros.
Dichos. — BUTTLER BUTTLER. — P o r u n a m i g o . É s t a es m i m a n o ; s o y
v u e s t r o con c u a n t o poseo. El p r í n c i p e no tiene sólo
B U T T L E R (levantándose de la segunda mesa).—No os necesidad d e h o m b r e s , sino t a m b i é n de d i n e r o . L e
molestéis... He c o m p r e n d i d o p e r f e c t a m e n t e , m a r i s c a l , p r e s t o c u a n t o a d q u i r í á su servicio, y le h a g o h e r e d e -
y os d e s e o feliz éxito. P o r m i parte (¡misteriosamente) ro d e m i s b i e n e s , si m e s o b r e v i v e . Hace t i e m p o q u e
podéis contar c o n m i g o . t e n g o a r r e g l a d o este a s u n t o . S o l o en el m u n d o , sin
ILLO (vivamente).—¿ Es cierto ? n i n g u n o d e a q u e l l o s lazos q u e atan un h o m b r e a u n a
BUTTLER.—Con la cláusula y sin la cláusula : p o c o m u j e r ó á s u s h i j o s , m i n o m b r e se e x t i n g u e c o n m i g o ,
m e i m p o r t a , ¿ c o m p r e n d é i s ? El p r í n c i p e p u e d e p o n e r m i v i d a no se p e r p e t ú a m á s allá.
á p r u e b a m i fidelidad ; d e c í d s e l o de mi p a r t e . S e r é ofi- ILLO.—Vuestro d i n e r o no hace falta. Un corazón co-
cial del E m p e r a d o r el t i e m p o q u e á él le plazca ser su m o el v u e s t r o b i e n v a l e t a l e g a s y m i l l o n e s d e oro.
g e n e r a l , y oficial de W a l l e n s t e i n el día q u e se d e c l a r e BUTTLER.—Vine de Irlanda á P r a g a , s i e n d o m i s e r a -
independiente. ble caballerizo d e un b u e n s e ñ o r á q u i e n vi m o r i r . Del
TERZKY.—No h a c é i s mal c a m b i o . No s e r v i r é i s á un s e r v i c i o d e la caballeriza m e alzó el d e s t i n o d e la g u e -
a v a r i e n t o , á un F e r n a n d o . rra al e l e v a d o p u e s t o q u e o c u p o , j u g u e t e d e bien ex-
B U T T L E R (gravemente).—Conste q u e y o no v e n d o mi traña f o r t u n a ; y c o m o W a l l e n s t e i n es t a m b i é n hijo d e
fidelidad, conde T e r z k y . S e i s meses atrás no h u b i c - la s u e r t e , siento c a r i ñ o , á la v e r d a d , p o r q u i e n tanto
rais o b t e n i d o de m í lo q u e h o y v o l u n t a r i a m e n t e o s se m e p a r e c e en esto.
ofrezco. Me e n t r e g o al d u q u e con toda mi g e n t e , y ILLO.—Eso e s ; entre las g r a n d e s a l m a s h a y cierto
c o n f í o en q u e a l g u n o s m e s e g u i r á n . parentesco.
ILLO.—,; Q u i é n i g n o r a q u e el coronel B u t t l e r es el BUTTLER. — V i v i m o s en u n a é p o c a f a v o r a b l e á los
m o d e l o del e j é r c i t o ? r e s u e l t o s y osados. L a s c i u d a d e s y castillos pasan en
un instante de m a n o en m a n o c o m o la m o n e d a ordi-
naria. A q u í , los p r o p i e t a r i o s d e m á s a n t i g u o a b o l e n g o
U N P A J E (que llega).—Vino d e B o r g o ñ a p a r a la c u a r t a
• pierden su p a t r i m o n i o : m á s allá s u r g e n n o m b r e s des-
mesa.
c o n o c i d o s con n u e v o s blasones. Un p u e b l o del N o r t e
EL MAYORDOMO. — C o n ésta v a n setenta, s e ñ o r te-
m a l q u i s t o i n t e n t a a p o d e r a r s e p o r la f u e r z a de la t i e r r a
a l e m a n a , y e n t a n t o el p r í n c i p e d e W e i m a r se d i s p o - niente.
E L P A J E — E s para el s e ñ o r T i e f e n b a c h , el a l e m a n
ne á f u n d a r orillas del M e i n u n p o d e r o s o principado.
q u e está allí. (Se retira•>
¿ Q u é les faltó á M a n s f e l d y á H a l b e r s t a d para c o n q u i s -
E L MAYORDOMO (d Neumann).—¡ Quieren subirse a
tar b r a v a m e n t e con su e s p a d a d o m i n i o s i n d e p e n d i e n -
m a y o r e s ! . . . q u i e r e n i g u a l a r e n m a g n i f i c e n c i a á los
te ? N a d a ; u n p o c o m á s d e t i e m p o . Y , sin e m b a r g o ,
e l e c t o r e s y los r e y e s ! El c o n d e se e m p e ñ a e n h a c e r l o
¿ q u i é n d e ellos se c o m p a r a r í a con n u e s t r o F r i e d l a n d ? q u e h a c e el p r í n c i p e , y m i m u y c a r o s e ñ o r no p u e d e
No h a y a l t u r a á la c u a l n o p u e d a a p l i c a r la escala ese q u e d a r s e a t r á s . (A los criados.) ¿ Q u é e s t á i s e s c u c h a n -
bravo. d o ? . . . ¡ A n d a d !... a t e n d e d al s e r v i c i o . . . M i r a d , allí esta
T E R Z K Y . — A esto se l l a m a h a b l a r c o m o u n h o m b r e . el c o n d e P a l f f y con la c o p a v a c í a .
BUTTLER.—Cuidad de a s e g u r a r o s á los i t a l i a n o s y 2.0 P A J E . — Q u i e r e n la g r a n copa d e oro con el es-
e s p a ñ o l e s ; y o m e e n c a r g o del e s c o c é s L e s s l y . V o l v a - c u d o de B o h e m i a . Dice el s e ñ o r q u e y a sabéis cuál es.
m o s á u n i r n o s con n u e s t r o s c a m a r a d a s . . . V a m o s . EL MAYORDOMO.—¿La q u e hizo maese Guillermo
TERZKY.—¿ D ó n d e está el m a y o r d o m o ? Dad c u a n t o p a r a la c o r o n a c i ó n del r e y F e d e r i c o ? ¿ L a m á s h e r -
t e n g á i s . . . los m e j o r e s v i n o s . . . L a o c a s i ó n e s i m p o r t a n - m o s a j o y a del b o t í n de P r a g a ?
te... T o d o v a v i e n t o en p o p a . 2 o p A J E > — E s t a . Q u i e r e n b r i n d a r con ella por t u r n o .
(Cada cual se dirige á su mesa.)
E L MAYORDOMO (meneando la cabeza, mientras coge la
copa y la limpia).—Eso se s a b r á en V i e n a .
NEUMANN.—Enseñadme esta c o p a . . . ¡ Q u é m a g n í f i c a
ESCENA V e s ' . . . T o d a d e oro m a c i z o . . . ¡ Y q u é l i n d a s cosas ha
g r a b a d o e n ella el a r t í f i c e ! . . . D e j a d m e v e r este p r i m e r
EL M A Y O R D O M O y NEUMANN se a d e l a n t a n h a c i a el p r o s c e n i o .
e s c u d o . . . A q u í v e o u n a a l t i v a a m a z o n a á caballo que
Los pajes de servicio v a n de uno á otro lado
p i s o t e a u n a m i t r a y u n b á c u l o , y lleva e n la p u n t a de
la lanza u n s o m b r e r o , y u n e s t a n d a r t e con u n cáliz.
E L M A Y O R D O M O . — ¡ L O S m e j o r e s v i n o s ! Si m i a n t i g u a ¿ P o d é i s d e c i r m e q u é significa esto ?
s e ñ o r a , su b u e n a m a d r e , p r e s e n c i a s e este d e s o r d e n , EL MAYORDOMO.—Esa m u j e r s i m b o l i z a la libre elec-
s e g u r o q u e se v o l v í a del o t r o lado e n la h u e s a ! . . . A h ción del r e i n o d e B o h e m i a , lo c u a l v a figurado p o r el
sí, s e ñ o r o f i c i a l ; m a l v a n las c o s a s e n esta n o b i l í s i m a s o m b r e r o r e d o n d o y el f o g o s o c a b a l l o . P o r q u e el s o m -
c a s a . . . No h a y a q u í ni c o n c i e r t o ni m e d i d a . . . Esa alian- b r e r o e s o r n a t o del h o m b r e : q u i e n no osa c u b r i r s e
za con el d u q u e n o s v a á costar c a r a . . . d e l a n t e d e los e m p e r a d o r e s y los r e y e s , n o e s l i b r e .
NEUMANN.—¡ Dios o s b e n d i g a ! . . . ¿ Q u é e s t á i s hablan- NEUMANN.—Y el cáliz del e s t a n d a r t e ¿ q u é s i g n i f i c a ?
d o ? A h o r a e m p i e z a la p r o s p e r i d a d . EL MAYORDOMO.—La l i b e r t a d d e la iglesia de Bohe-
EL MAYORDOMO.—¿ O s p a r e c e ? M u c h o h a y q u e d e c i r m i a , c o n f o r m e e x i s t í a en t i e m p o de n u e s t r o s antepa-
s o b r e esto.
232 WALLE'NSTEIN
WALLENSTEIN 233

sados. En la g u e r r a de los husitas conquistaron el pri-


vilegio de servirse del cáliz, que el Papa no otorga á 1 .CR P A J E . — ¡ Q u é g r i t e r í a !

ningún seglar. L o s utraquistas estiman el cáliz más 2 . 0 P A J E (acudiendo precipitadamente).—¿ Habéis oído?
que t o d o ; es su precioso t e s o r o ; por él ha v e r t i d o ¡ Brindan por el de W e i m a r !
Bohemia su sangre. 3.CR PAJE.—El e n e m i g o de A u s t r i a .
I.CR PAJE.—El luterano.
NEUMANN.—Y qué significa ese rollo ?
E L M A Y O R D O M O . — E S la real carta que a r r a n c a m o s al
2.0 PAJE.—Y hace poco el señor Deodati ha brindado
e m p e r a d o r Rodolfo, y con la cual se a s e g u r ó al n u e v o por el E m p e r a d o r y todos se han callado c o m o ratas.
culto el derecho de las c a m p a n a s y de cantar en pú- EL MAYORDOMO.—El vino hace decir m u c h a s cosas.
blico. Pero desde que nos gobierna el a r c h i d u q u e de En estos casos, un b u e n criado debe ser s o r d o .
Gratz, eso concluyó. Después de la batalla d e P r a g a , 3 . " P A J E (llamando aparte á otro).—Observa bien todo
donde perdió la corona imperial el palatino F e d e r i c o ! lo que pasa, J u a n ; q u e luégo lo c o n t a r e m o s al padre
nos han privado de nuestros púlpitos y altares, nues- Q u i r o g a y nos dará b u e n a s i n d u l g e n c i a s .
tros padres abandonaron la patria, y el m i s m o Empe- 4. 0 PAJE.—No m e m u e v o en lo posible de cerca de
rador rasgó nuestros privilegios. Illo, q u e dice u n a s cosazas! (Vuelven á las mesas).
E L MAYORDOMO (á Neumann).—.¿ Quién es aquel ca-
NEUMANN.—¡ Y cómo sabéis todo eso ) Se ve que co-
nocéis á fondo las crónicas de vuestro país, señor Ma- ballero vestido de negro, y condecorado, q u e habla
yordomo. confidencialmente con el conde P a l f í y ?
NEUMANN.—Ese es u n o en quien fían d e m a s i a d o . E s
EL MAYORDOMO.—Mis abuelos eran taboritas y estu-
Maradas, un español.
vieron al servicio de Ziska y Procopio. ¡ Q u e en paz
descansen !... Combatieron por una buena causa... (A EL MAYORDOMO.—Pues no hay que contar m u c h o
los criados.) L l e v a o s la copa. con los españoles. L o s m e r i d i o n a l e s no v a l e n nada,
creedme.
NEUMANN.—Dejadme ver todavía el otro e s c u d o . A q u í
NEUMANN.—Bah, v o s no debiérais hablar así. Cabal-
m e parece q u e figuran los consejeros del E m p e r a d o r
mente son los generales en quienes más confía el d u -
Martimtz y Slawata, precipitados de lo alto del casti-
que.
llo de Praga... Sí, s í ; eso es. Este es el conde de T h u r n
(Terzky se adelanta con un papel en la mano. Movimiento).
que da la orden. (Un criado se lleva la copa)
E L MAYORDOMO (á los criados).—El teniente g e n e r a l
E L MAYORDOMO.—¡ A h !... N o h a b l e m o s d e e s e d í a
se levanta... A t e n c i ó n . . . Y a dejan la mesa... Retirad
Era el 23 de M a y o de 1 6 1 8 . . . y m e parece h o y . . . En
las sillas.
aquel desdichado punto e m p e z a r o n las c a l a m i d a d e s
de nuestro país. Diez y seis años hace, y a ú n no ha (Los criados se retiran hacia el fondo del teatro: algunos
vuelto á haber paz en esta tierra. convidados se adelantan).

(En la segunda mesa, brindando:) ¡ Por el príncipe de


Weimar!
(En la tercera y cuarta mesa:) ¡ Viva el d u q u e B e r -

(Música).
GCETZ.—Tampoco ; excusadme.
TIEFENBACH [sentándose].—Dispensadme, s e ñ o r e s ; el
ESCENA VI estar en p i é m e f a t i g a .
TERZKY.—Como gustéis, general.
O C T A V I O PICCOLOMINI se adelanta h a b l a n d o con Maradas, y TIEFENBACH.—Tengo la c a b e z a libre, y el e s t ó m a g o
a m b o s se c o l o c a n á un lado del proscenio. Por el l a d o o p u e s t o
b u e n o , p e r o las p i e r n a s m e r e h u s a n s u s s e r v i c i o s .
sale MAX, solo, p e n s a t i v o y sin tomar parte en la a n i m a c i ó n
g e n e r a l . En el centro, pero a l g u n o s pasos atrás, figuran a g r u - ISOLANI ( p o r la obesidad de Tiefenbach).—¡Como las
pados de dos e n d o s BUTTLER, ISOLANI, GOETZ, TIEFEN- h a b é i s c a r g a d o c o n tan g r a v e p e s o !
BACH, C O L L A L T O , y poco d e s p u é s , el CONDE T E R Z K Y . (Después de haber firmado, Octavio entrega el papel á
Terzky y éste á Isolani, quien se acerca á una mesa
ISOLANI (mientras se adelantan los generales).—Buenas para firmar á su vez).
noches, buenas noches, Collalto; buenas noches, ge- TIEFENBACH.—Así m e p u s o la g u e r r a de P o m e r a n i a . . .
neral, ó m e j o r d i c h o , ¡ b u e n o s d í a s ! . . . ¡ C o m o habla q u e m a r c h a r s o b r e el h i e l o , y á p e s a r de
GOETZ (á Tiefenbach).—Amigo, ¡que aproveche! la n i e v e ! . . . Y a no v o l v e r é á ser lo q u e f u i .
TIEFENBACH.—Ha sido u n b a n q u e t e r e g i o . G C E T Z . — ¡ A h ! . . . r e a l m e n t e . . . á los s u e c o s no les p r e -
GOETZ.—La C o n d e s a lo e n t i e n d e ; es d i g n a d i s c í p u l a o c u p a b a m u c h o la e s t a c i ó n .
d e s u s e ñ o r a s u e g r a , q u e e n p a z d e s c a n s e . ¡ A q u e l l a sí (Terzky presenta el papel á Maradas, y éste firma).
q u e e r a u n a g r a n a m a de g o b i e r n o ! OCTAVIO (acercándose á Buttler).— N o g u s t á i s m u c h o
ISOLANI (hace que se va).—¡ L u z ! . . . ¡ l u z ! de f e s t e j a r á B a c o , s e ñ o r c o r o n e l . . . L o h e e s t a d o ob-
T E R Z K Y (con un papel). — A g u a r d a d dos m i n u t o s , s e r v a n d o . M e p a r e c e q u e os c o m p l a c e r í a m á s e l tu-
c o m p a ñ e r o s . H a y algo q u e firmar. m u l t o d e u n a batalla q u e el d e u n b a n q u e t e .
ISOLANI.—Firmaré lo q u e q u e r á i s . P e r o ahorradme B U T T L E R — S í , lo c o n f i e s o ; los f e s t i n e s no se han
la l e c t u r a . hecho para mí.
TERZKY.—No p e n s a b a f a s t i d i a r o s con e l l a ; es el c o m - OCTAVIO (confidencialmente) — Ni p a r a m í t a m p o c o ,
p r o m i s o q u e y a conocéis. B a s t a u n a p l u m a d a . (A Iso- os lo a s e g u r o . M e a l e g r a ser d e v u e s t r a o p i n i ó n s o b r e
lani que presenta el papel á Octavio.) No h a y q u e a t e n - este p a r t i c u l a r , m i d i g n o coronel B u t t l e r . M e d i a d o -
der, señores, á categorías. F i r m e cada cual como vaya c e n a de b u e n o s a m i g o s , t o d o lo m á s , al r e d e d o r de
viniendo. una m e s i t a c i r c u l a r , u n a c o p a d e t o k a y , f r a n c a cordia-
(Octavio recorre con la vista el papel, indiferente. Terzky lidad, y u n a c o n v e r s a c i ó n d i s c r e t a , h e a q u í lo que
le observa). más m e place.
GCETZ (á Terzky).—Señor C o n d e , con v u e s t r o per- B U T T L E R . — R e a l m e n t e ; si p u d i e r a eso c o n s e g u i r s e ,
miso m e retiro. de b u e n g r a d o s e r í a y o d e la p a r t i d a .
TERZKY.—No os v a y á i s tan p r o n t o . . . L a ú l t i m a co- (Entregan el papel á Buttler que va á firmarle. Despejado
pita. ¡ M u c h a c h o s ! (Llamando á los criados). el proscenio, los dos Piccolomini quedan fre?ite á frente
GCETZ.—No p u e d o . á ambos lados).
TERZKY.—¿Y e c h a r u n a p a r t i d a ? OCTAVIO (después de haber contemplado á su hijo en si-
lencio, se acerca á él).—Amigo mío, m u c h o has tardado ESCENA VII
en venir.
MAX [se vuelve, con aire de embarazo).— ¿ Y o ? . . . Asun- D i c h o s . — I L L O s a l i e n d o d e la h a b i t a c i ó n d e l f o n d o , c o n la c o p a
tos u r g e n t e s m e h a n d e t e n i d o . d e o r o en la m a n o , y e x a l t a d o p o r la b e b i d a . GOETZ y B U T T -
O C T A V I O . — Y p o r lo q u e v e o , t u p e n s a m i e n t o está a ú n LER le s i g u e n é i n t e n t a n d e t e n e r l e .

f u e r a de a q u í .
M A X . — Y a sabéis q u e el m u c h o bullicio me deja ILLO.—¿Qué m e q u e r é i s ? . . . D e j a d m e .
como embobado y mudo. GCETZ Y B U T T L E R . — B a s t a de b e b e r . . . Illo.

O C T A V I O (acercándose más á él).— ¿ N o puedo saber ILLO (se acerca á Octavio bebiendo y le abraza) —\ Oc-

y o q u é te ha d e t e n i d o t a n t o t i e m p o ? T e r z k y lo s a b e , y t a v i o !... á t u s a l u d . . . ! A n e g u e m o s n u e s t r o m u t u o re-
y o no. s e n t i m i e n t o en e s e t r a g o q u e e c h a r e m o s j u n t o s . Y a
MAX.—¿ Q u é sabe T e r z k y ? sé q u e n u n c a m e h a s q u e r i d o m u c h o , c o m o y o , Dios
m e p e r d o n e , t a m p o c o te q u i s e n u n c a á t i . . . P e r o olvi-
OCTAVIO (con intención). — E s el ú n i c o á q u i e n no
d e m o s lo p a s a d o . . . T e e s t i m o con a l m a e n t e r a (le
preocupaba tu ausencia.
abraza otra vez): soy tu m e j o r a m i g o . . . S e p a n t o d o s
ISOLANI (adelantándose).—Así, a s í ; r e s p e t a b l e p a d r e ;
q u e q u i e n le l l a m e h i p ó c r i t a t e n d r á q u e h a b é r s e l a s
m o s t r a d l e s u s y e r r o s , y m e t e d l e e n un p u ñ o . No se ha
conmigo.
p o r t a d o m u y bien.
T E R Z K Y [vuelve con el papel).—^ F a l t a a l g u i e n ? ¿ l i a n T E R Z K Y (llevándolo á un lado).—i P e r o estás loco ?...
firmado todos ? R e p a r a d ó n d e te h a l l a s , Illo.

OCTAVIO.—Todos. ILLO (cordialmente).—iQ\ié queréis?... Estamos entre


TERZKY (alzando la voz).—¿ Hay a l g u i e n q u e deba b u e n o s a m i g o s (Mirando en torno muy alegre). No h a y
firmar todavía? u n solo b r i b ó n e n t r e t o d o s , d e lo cual m e a l e g r o in-
finito.
BUTTI.ER.— C o n t a d las firmas. Han de ser t r e i n t a .
T E R Z K Y (á Buttler).—Lleváoslo f u e r a ; os lo r u e g o ,
T E R Z K Y . — A q u í h a y una c r u z .
TIEFENBACH.—La mía.
Buttler. (Buttler lo conduce hacia el aparador.)
ISOLANI (á Max que contempla inmóvil y distraído el
ISOLANI.—No sabe escribir, pero su cruz e s e x c e l e n -
te, y será r e s p e t a d a p o r c r i s t i a n o s y j u d í o s . papel).—Es cosa d e u n m o m e n t o , c o m p a ñ e r o . ¿ L o ha-
O C T A V I O (á Max).—Vámonos, c o r o n e l ; es t a r d e . béis e s t u d i a d o b a s t a n t e ?
MAX (como saliendo de un sueño).—1 Q u é d e b o hacer?
T E R Z K Y . — S ó l o h a firmado u n o de los P i c c o l o m i n i .
ISOLANI (señalando á Max).—Atended. F a l t a ese con- ISOLANI Y TERZKY (á un tiempo).—Poner debajo el
v i d a d o d e p i e d r a q u e e n t o d a la n o c h e no h a d i c h o nombre. (Octavio le mira, con angustia.)
esta boca es m í a . MAX (devolviéndole el papel).—Lo d e j a r e m o s p a r a ma-
( Max toma el papel y lo recorre distraído.) ñ a n a . E s g r a v e el a s u n t o , y a h o r a n o m e siento dis-
p u e s t o para eso. M a n d á d m e l o m a ñ a n ^ , ;

TERZKY.—Pero atended á que... ' -^QTcZ'''


ISOLANI.—Vaya... firmad p r o n t o . . . ¿ C ó m o se e n t i e n -
d e ? . . . E s el m á s j o v e n d e n o s o t r o s y q u i s i e r a mostrar-
se m á s p r u d e n t e q u e t o d o s j u n t o s . A d v e r t i d q u e to-
dos, i n c l u s o v u e s t r o p a d r e , h e m o s firmado.
TERZKY (d Octavio).—Persuadidle ; emplead vuestro
influjo...
OCTAVIO.—Mi hijo es m a y o r d e e d a d .
ILLO (dejando el vaso en el aparador).—; De q u é se
trata ?
T E R Z K Y . — N a d a ; q u e n o q u i e r e firmar el j u r a m e n t o .
M A X . — D i g o sólo q u e q u i e r o a g u a r d a r á m a ñ a n a .
ILLO.—El a s u n t o n o p u e d e a p l a z a r s e . H e m o s firma-
do todos, y e s f u e r z a q u e t ú firmes t a m b i é n .
MAX.—Illo, b u e n a s n o c h e s .
ILLO.—No, n o e s c a p a r á s . E s n e c e s a r i o q u e el p r í n c i -
pe conozca á s u s a m i g o s .
(Todos se agrupan en torno de ellos.)
M A X . — E l p r í n c i p e sabe p e r f e c t a m e n t e c u á l e s son
m i s s e n t i m i e n t o s ; t o d o s lo sabéis;... esas n e c e d a d e s
son i n ú t i l e s .
ILLO.—Esta e s la r e c o m p e n s a q u e o b t i e n e su predi-
lección p o r los i t a l i a n o s .
T E R Z K Y (muy perturbado, se dirige á los generales que
se agolpan al oir aquellas palabras).—No le h a g á i s c a s o . . .
El vino le h a c e h a b l a r así.
ISOLANI (riendo).— El v i n o no i n v e n t a n a d a . S e l i m i t a
á s a c a r f u e r a lo q u e se s i e n t e .
I L L O . - Q u i e n n o está c o n m i g o , está c o n t r a m í . ¡ V a -
y a con s u s e s c r ú p u l o s de m o n j a ! . . . T o d o p o r q u e n o
le f r a n q u e a n la r e t i r a d a con u n a c l a u s u l i l l a . . .
T E R Z K Y (interrumpiéndole vivamente).—• D e l i r a ! . . . ¡Es-
tá e b r i o ! . . . ¡No le h a g á i s c a s o !
I L L O (alzando la voz)... u n a c l á u s u l a p a r a s a l v a r t o d o
c o m p r o m i s o . . . ¿ P a r a q u é esa c l á u s u l a ? . . . ¡ V a y a al
diablo! MAX.—¿Qué debo hacer?
MAX (Ímás atento y contemplando de nuevo el papel).—
¡ Q u é ! . . . ¡ S e c o r r e a l g ú n p e l i g r o ! Me inspiráis d e s e o s
de mirarlo más despacio.
T E R Z K Y (aparte á Illó).—¿Qué estás h a c i e n d o , Illo?
nos p i e r d e s . . .
T I E F E N B A C H (á Collaltó).—Ya he o b s e r v a d o q u e a n t e s
d e c o m e r d e c í a el p a p e l otra cosa.
GCETZ.—También y o .
ISOLANI.—Me tiene sin c u i d a d o . ¿ No están los n o m -
b r e s de los d e m á s ? P u e s bien p u e d e estar el m í o .
TIEFENBACH.—Antes d e c o m e r se c o n s i g n a b a una
salvedad, u n a c l á u s u l a relativa al servicio del E m p e -
rador.

B U T T L E R (á un compañero).—¡ B a h ! Señores, hay que


a t e n d e r al p u n t o á q u e h a n l l e g a d o las cosas. Hoy p o r
h o y se trata de s a b e r si h e m o s de c o n s e r v a r n u e s t r o
g e n e r a l ó si le d e j a m o s p a r t i r . No hay q u e p a r a r n o s
en perfiles.
I S O L A N I (á un general).—¿ P o r v e n t u r a el p r í n c i p e fijó
condición a l g u n a c u a n d o os e n t r e g ó el r e g i m i e n t o ?
T E R Z K Y (á Gcetz).—¿Y c u a n d o os e n c a r g ó a v o s las
p r o v i s i o n e s q u e o s p r o d u c e n m á s de mil pistolas anua-
les?
ILLO.—Declaro q u e es un pillo q u i e n nos acuse de
16
perjurio. El que no esté contento que lo diga. A q u i
estoy y o .
TIEFENBACH.—Bah, b a h ; esto era p u r a conversa-
ción.
MAX (devolviendo el papel).—Vaya, p u e s ; hasta ma-
ñana.
ILLO (juera de si, sofocado de ira, le presenta con una
mano el papel y con la otra la espada.)—¡Firma, Judas!
ISOLANI.—¡ Demonio!... ¡ Illo !
O C T A V I O , T E R Z K Y , B U T T L E R (d un tiempo).—] A b a j o ACTO V
la e s p a d a !
MAX (coge á Illo, le desarma y dice al conde Terzky):—
Q u e lo lleven á la cama.
(Se va. Illo, enfurecido y gritando; algunos generales le
ESCENA PRIMERA
detienen. En medio del tumulto cae el telón.)

U n a h a b i t a c i ó n d e la c a s a d e P i c c o l o m i n i . Es d e n o c h e

OCTAVIO PICCOLOMINI.—UN CRIADO, alumbrándole. Á poco


M A X PICCOLOMINI

OCTAVIO

cuant0 e g r e s e m i h i j o , decidle que q u i e r o


r

f ^ ^ k m v e r l e . . . ¿ Q u é hora es ?
[U^Illl EL CRIADO.—Pronto a m a n e c e r á .
IGFEG^MI O C T A V I O . — C o l o c a d allí esa luz. No he de
a c o s t a r m e ; podéis retiraros.
(Vase el criado. Octavio se pasea pensativo por la habita-
ción. Sale Max y contempla un instante á su padre en
silencio.)
MAX.—i Estáis irritado c o n m i g o , padre ? S a b e Dios
q u e no tengo la culpa de la odiosa disputa. Bien v i
que habíais firmado y harto sé t a m b i é n q u e lo q u e
para vos es conveniente debe serlo para m í ; pero en
perjurio. El que no esté contento que lo diga. A q u i
estoy y o .
TIEFENBACH.—Bah, b a h ; esto era p u r a conversa-
ción.
MAX (devolviendo el papel).—Vaya, p u e s ; hasta ma-
ñana.
ILLO (juera de si, sofocado de ira, le presenta con una
mano el papel y con la otra la espada.)—¡Firma, Judas!
ISOLANI.—¡ Demonio 1... ¡ Illo !
O C T A V I O , T E R Z K Y , B U T T L E R (d un tiempo).—] A b a j o ACTO V
la e s p a d a !
MAX (coge d Illo, le desarma y dice al conde Terzky):—
Q u e lo lleven á la cama.
(Se va. Illo, enfurecido y gritando; algunos generales le
ESCENA PRIMERA
detienen. En medio del tumulto cae el telón.)

U n a h a b i t a c i ó n d e la c a s a d e P i c c o l o m i n i . Es d e n o c h e

OCTAVIO PICCOLOMINI.—UN CRIADO, alumbrándole. Á poco


M A X PICCOLOMINI

OCTAVIO

cuant0 e g r e s e m i h i j o , decidle que q u i e r o


r

f ^ ^ k m v e r l e . . . ¿ Q u é hora es ?
[U^Illl EL CRIADO.—Pronto a m a n e c e r á .
IGFEG^MI O C T A V I O . — C o l o c a d allí esa luz. No he de
a c o s t a r m e ; podéis retiraros.
(Vase el criado. Octavio se pasea pensativo por la habita-
ción. Sale Max y contempla un instante d su padre en
silencio.)
MAX.—i Estáis irritado c o n m i g o , padre ? S a b e Dios
q u e no tengo la culpa de la odiosa disputa. Bien v i
que habíais firmado y harto sé t a m b i é n q u e lo q u e
para vos es conveniente debe serlo para m í ; pero en
tales a s u n t o s sólo p u e d o s e g u i r m i p r o p i o c o n s e j o y
no el a j e n o . OCTAVIO.—Si t ú t i e n e s g r a v e s m o t i v o s p a r a h u i r de
O C T A V I O (se le acerca y le abraza).—Sigue siempre la luz, y o los t e n g o t a m b i é n , y m u y p o d e r o s o s y u r -
el t u y o , h i j o m i ó ; h o y te h a g u i a d o m e j o r q u e el ejem- gentes, para mostrártela. Podría abandonarte á tu
plo d e t u p a d r e . p r o p i a i n o c e n c i a y á t u p r o p i o criterio, p e r o t u m i s m o
corazón p u e d e s e r v í c t i m a de la a s e c h a n z a , y el secreto
M A X . — E x p l i c a o s con c l a r i d a d .
q u e t ú m e o c u l t a s (mirándole fijamente)... m e obliga á
O C T A V I O . — A eso v o y . D e s p u é s d é lo o c u r r i d o esta
r e v e l a r t e el m í o . (Max intenta responder, pero luego se
n o c h e , no d e b e n e x i s t i r s e c r e t o s e n t r e a m b o s . {Ambos
detiene y baja turbado la vista. Tras breve pausa Octavio
se sientan.) D i m e , M a x ; ¿ q u é o p i n a s de ese c o m p r o -
continúa.) S á b e l o y a ; te e n g a ñ a n ; j u e g a n i n d i g n a m e n t e
m i s o q u e h e m o s firmado ?
c o n t i g o y con t o d o s n o s o t r o s . El d u q u e finge el p r o -
M A X . — O p i n o q u e no es d e n i n g ú n m o d o p e l i g r o s o ,
p ó s i t o d e a b a n d o n a r el m a n d o , m i e n t r a s , p o r otra
á p e s a r de n o c o m p l a c e r m e del t o d o la f ó r m u l a .
p a r t e , á estas h o r a s se t r a b a j a por s u s t r a e r el e j é r c i t o
O C T A V I O . — D No t i e n e s n i n g ú n o t r o m o t i v o para re-
al E m p e r a d o r p a r a e n t r e g a r l o al e n e m i g o .
h u s a r l e la firma ?
MAX.—El a s u n t o es g r a v e ; estaba d i s t r a í d o y ade- M A X . — C o n o z c o p e r f e c t a m e n t e esos c u e n t o s de sa-
m á s n o m e p a r e c i ó la cosa tan u r g e n t e . cristía, m a s n o e s p e r a b a oirlos d e v u e s t r o s labios.
OCTAVIO.—Si m i s labios los r e p i t e n , bien p u e d e s es-
OCTAVIO.—Sé f r a n c o , M a x ; ¿ n a d a s o s p e c h a b a s ?
tar s e g u r o d e q u e no s o n c u e n t o s d e sacristía.
M A X . — i Si s o s p e c h a b a ? . . . ¿ Q u é ? . . . N a d a a b s o l u t a -
mente. M A X . — E n t o n c e s se a t r i b u y e al d u q u e una g r a n lo-
c u r a . ¿ A q u i é n se le o c u r r e q u e treinta m i l h o m b r e s
OCTAVIO.—Pues b e n d i c e á t u á n g e l b u e n o . S i n sa-
p r o b a d o s y h o n r a d o s , e n t r e los c u a l e s figuran m á s d e
berlo te h a s s a l v a d o de c a e r en u n a b i s m o .
m i l n o b l e s , s e r á n c a p a c e s de faltar á su h o n o r , á su
MAX.—No entiendo qué decís.
j u r a m e n t o , á s u s d e b e r e s , p o r c o m e t e r una traición ?
OCTAVIO.—Digo q u e te h u b i e r a s h e c h o c ó m p l i c e d e
u n a acción c u l p a b l e , y con sólo u n a p l u m a d a renega- OCTAVIO.—No solicita el d u q u e s e m e j a n t e i n f a m i a .
bas de t u s d e b e r e s y de t u j u r a m e n t o . L o que de nosotros pretende tiene un nombre m á s
i n o c e n t e . S ó l o d e s e a p a c i f i c a r el i m p e r i o , y c o m o el
MAX (Ilevantándose).—¡ P a d r e !
E m p e r a d o r o d i a la paz, q u i e r e f o r z a r l e á aceptarla.
O C T A V I O — A g u a r d a ; s i é n t a t e . T e n g o q u e decirte
S ó l o a n s i a a p a c i g u a r á los p a r t i d o s y t o m a r s e , p o r
m u c h a s cosas t o d a v í a . L a r g o s a ñ o s h á , h i j o m í o , q u e
p r e c i o d e su f a t i g a , la B o h e m i a , d o n d e se halla y a
v i v e s v i c t i m a de i n c o n c e b i b l e c e g u e r a . A t u p r o p i a
instalado.
vista se t r a m a la m á s h o r r i b l e m a q u i n a c i ó n y un p o -
d e r i n f e r n a l p e r t u r b a t u s s e n t i d o s . No p u e d o callar p o r MAX.—¿ M e r e c i ó d e n o s o t r o s , p a d r e , q u e t e n g a m o s
m á s t i e m p o ; es forzoso a r r a n c a r t e d e los ojos la v e n d a . d e él tan i n d i g n a o p i n i ó n ?

M A X . — A n t e s de p r o s e g u i r , m e d i t a d bien lo q u e te- OCTAVIO.—Aquí no se trata de n u e s t r a o p i n i ó n sino


néis q u e d e c i r m e . Si os f u n d á i s en s i m p l e s c o n j e t u r a s , de u n h e c h o claro y p r o b a d o y d e i r r e f u t a b l e e l o c u e n -
como me temo, excusadme toda declaración. No me cia. T ú no i g n o r a s , hijo m í o , c u á n d e s c o n t e n t a está de
siento d i s p u e s t o á oiría con á n i m o t r a n q u i l o . n o s o t r o s la c o r t e ; p e r o lo q u e sí no h a s p o d i d o soñar
s i q u i e r a son las a s t u c i a s , el artificio, los e m b u s t e s
puestos en j u e g o p a r a s e m b r a r la indisciplina e n el m o s á él, ó c o n s e r v a r n o s e n p r e n d a si r e h u s a m o s .
ejército. Se han r o t o y a t o d o s los lazos q u e atan el P o r esto, sólo p o r esto, n o ha v e n i d o G a l l a s , ni v e r í a s
oficial al E m p e r a d o r y el soldado á las l e y e s c i v i l e s , y a q u í á t u p a d r e , si m á s altos d e b e r e s n o le t u v i e r a n
así libertado de s u s d e b e r e s y d e toda s u j e c i ó n se for- encadenado.
tifica contra el m i s m o E s t a d o q u e d e b í a d e f e n d e r , y MAX.—No oculta ciertamente q u e nos convoca, y
a m e n a z a volver contra él la p r o p i a e s p a d a . L l e g a r o n q u e necesita d e n o s o t r o s p a r a s o s t e n e r s e . T a n t o hizo
las cosas á tal p u n t o q u e el E m p e r a d o r t i e m b l a a n t e p o r n o s o t r o s , q u e b i e n le d e b e m o s algo e n c a m b i o .
su p r o p i o ejército; t e m e , en su p r o p i a capital, e n su OCTAVIO— ¿ Y s a b e s q u é ? E n los a r r e b a t o s de s u em-
p r o p i o palacio, el p u ñ a l de los t r a i d o r e s , y se v e obli- b r i a g u e z , Illo hizo t r a i c i ó n á su s e c r e t o . ¡ P i e n s a en lo
g a d o á sustraer s u f a m i l i a q u e r i d a á las a s e c h a n z a s , q u e v i s t e , y h a s o í d o ! E s e d o c u m e n t o falsificado, esa
no de los suecos, no de los l u t e r a n o s , sino de s u s m i s - cláusula decisiva, tachada, ¿no a r g u y e n claramente
m a s tropas. q u e no q u i e r e n l l e v a r n o s á nada b u e n o ?
MAX.—Basta ; m e l a s t i m á i s . . . m e a t o r m e n t á i s . . . p o r - MAX. — P a r a m í lo q u e p a s ó a n o c h e con el tal es-
que, si nada significa u n t e m o r v a n o , d e s d e l u é g o la crito, es u n a a r t i m a ñ a d e m a l a l e y , d e b i d a exclusiva-
i n f u n d a d a s o s p e c h a trae s i e m p r e c o n s i g o d e s d i c h a s m e n t e á Illo. E s a r a z a d e i n t r i g a n t e s a m b i c i o n a s i e m p r e
ciertas. el p r i m e r l u g a r e n t o d o g é n e r o de g e s t i o n e s , y n o re-
OCTAVIO.—Nuestra s o s p e c h a no es falsa. L a g u e r r a p a r a n u n c a e n los m e d i o s . V e n q u e el d u q u e e s t á
civil, la más terrible d e t o d a s , está p r ó x i m a á estallar, i n d i s p u e s t o con la corte, y c r e e n s e r v i r l e e n c o n a n d o la
si no a c u d i m o s p r o n t a m e n t e á p r e v e n i r l a . T o d o s los llaga, hasta q u e sea i n c u r a b l e . C r e e d m e ; el d u q u e
coroneles están c o m p r a d o s h a c e t i e m p o ; v a c i l a la fi- nada sabe de esto.
delidad de los s u b a l t e r n o s ; r e g i m i e n t o s e n t e r o s f l a - OCTAVIO.—¡ C u á n t o s i e n t o d e s t r u i r la r o b u s t a c o n -
q u e a n . Y en e s t o g u a r n e c e n n u e s t r a s f o r t a l e z a s los fianza q u e t i e n e s e n é l ! p e r o el t i e m p o u r g e , h a y q u e
extranjeros. Han confiado al s o s p e c h o s o S c h a f g o t s c h obrar con p r o n t i t u d , y no p u e d o g u a r d a r m i r a m i e n t o
las tropas de S i b e r i a , á T e r z k y cinco r e g i m i e n t o s de a l g u n o . . . O y e . . . C u á n t o te h e confiado, c u á n t o te pa-
infantería y caballería, á Illo, á K i n s k y , á B u t t l e r , á r e c e increíble, lo sé de s u p r o p i a boca ; el m i s m o p r i n -
Isolani los m e j o r e q u i p a d o s . cipe m e lo h a d i c h o .
MAX.—Y también á nosotros. MAX (vivamente agitado).—\Jamás!
OCTAVIO.—Porque nos c r e e n s e g u r o s , y p i e n s a n se- OCTAVIO.—El m i s m o p r í n c i p e ¿ o y e s bien ? el m i s m o
d u c i r n o s con brillantes p r o m e s a s . A m í m e c o n f í a los p r í n c i p e m e ha c o n f i a d o lo q u e y a s a b í a c i e r t a m e n t e
principados de Glatz y d e S a g a n ; á t i . . . bien s é c o n por o t r o c o n d u c t o : q u e p e n s a b a p a s a r s e á los s u e c o s ,
q u é anzuelo piensa c o g e r t e á ti. y p u e s t o á la c a b e z a d e las t r o p a s a l i a d a s , f o r z a r al
MAX.—No, no, ¡ i m p o s i b l e ! Emperador...
OCTAVIO.—¡ A h ! ¡ A b r e los ojos, M a x ! ¿ P o r q u é M A X . — C o n s u c a r á c t e r irascible, y o f e n d i d o tan g r a -
piensas que nos ha c o n g r e g a d o en Pilsen ? ¿ P a r a d e - v e m e n t e p o r la corte, es fácil q u e e n u n m o m e n t o de
liberar con nosotros ? ¿ C u á n d o F r i e d l a n d ha necesita- m a l h u m o r se h a y a o l v i d a d o de sí m i s m o hasta ese
do nuestros c o n s e j o s ? N o s l l a m a para q u e n o s v e n d a - punto.
OCTAVIO.—NO; c u a n d o tal m e h a c o n f e s a d o estaba con mal p r o p ó s i t o , y v o s , con b u e n p r o p ó s i t o , le e n -
m u y sereno. M á s : c o m o m e m o s t r a r a s o r p r e n d i d o , g a ñ á i s ! Basta ; os lo suplico. No p u d i s t e i s a r r e b a t a r m e
t o m ó m i sorpresa por t e m o r y m e e n s e ñ ó en confianza u n a m i g o ; no m e h a g á i s p e r d e r u n p a d r e .
a l g u n a s c a r t a s de los s a j o n e s y los s u e c o s q u e le p r o - O C T A V I O (sofocando su emoción).—Aún no lo s a b e s
metían su auxilio. t o d o , h i j o m í o ; a l g o he de r e v e l a r t e t o d a v í a . (Pausa.)
MAX.—¡ A h n o ! . . . ¡ Esto no p u e d e s e r ! . . . ¡ no p u e d e El d u q u e d e F r i e d l a n d ha t o m a d o y a s u s p r e c a u c i o n e s
s e r ! . . . F o r z o s a m e n t e le h u b i e r a i s m a n i f e s t a d o v u e s t r o
fiando en su estrella ; cree q u e n o s s o r p r e n d e r á de
h o r r o r , y él se h u b i e r a d e j a d o p e r s u a d i r . . . ó no exis-
i m p r o v i s o y p r e s u m e tener y a en s u s m a n o s la c o r o n a .
tiríais y a .
Se engaña. También nosotros estamos dispuestos, y
OCTAVIO.—Le manifesté mi o p i n i ó n ; usé de m i s ins- c a m i n a á su m i s t e r i o s o y f u n e s t o fin.
tancias para disuadirle de s u p r o y e c t o , p e r o ocultóle MAX.—No os a p r e s u r é i s , p a d r e . ¡ O s c o n j u r o á ello
t a m b i é n el h o r r o r q u e m e c a u s a b a , y el f o n d o d e m i s p o r c u a n t o a m á i s en la tierra !... No os p r e c i p i t é i s .
sentimientos. OCTAVIO.—Con paso silencioso se a c e r c a p o r el ca-
MAX.—¿ C o n tal falsía h u b i é r a i s o b r a d o ? N o e s t á en m i n o d e la p e r v e r s i ó n , m a s la v e n g a n z a le s i g u e á los
v u e s t r o c a r á c t e r . S i no o s c r e í c u a n d o m a l d e c í a i s de alcances p r e c a v i d a . S i n q u e él la vea, oculta en la os-
él, m e n o s os creo a h o r a q u e o s c a l u m n i á i s á v o s c u r i d a d , le acecha á s u s e s p a l d a s : un p a s o m á s , y
mismo. caerá en sus m a n o s . V i s t e c o n m i g o á Q u e s t e n b e r g : t ú
OCTAVIO.—Yo no le p e d í s u s e c r e t o . conoces s u c o m i s i ó n o s t e n s i b l e ; otra secreta v i e n e á
M A X . — P e r o su confianza m e r e c í a v u e s t r a s i n c e r i d a d . confiarme.
OCTAVIO.—Ya no era d i g n o d e m i f r a n q u e z a . MAX.—¿Puedo conocerla?
M A X . — M e n o s d i g n a de v o s era la traición. OCTAVIO.—Max, con u n a sola palabra d e p o n g o en
OCTAVIO.—Hijo m í o ; en la v i d a no s i e m p r e es posi- t u s m a n o s la salvación del i m p e r i o y la v i d a de t u
ble o b r a r con aquella infantil i n o c e n c i a q u e la con- p a d r e . T ú q u i e r e s á W a l l e n s t e i n ; p o t e n t e v í n c u l o de
ciencia prescribe. O b l i g a d o c o n t i n u a m e n t e á defen- a m o r y v e n e r a c i ó n te ata e s t r e c h a m e n t e á él d e s d e los
derse contra la astucia, el c o r a z ó n más p u r o deja de primeros años... A h o r a deseas... deja que me anticipe
ser s i n c e r o . Esta es c a b a l m e n t e la fatalidad q u e a c o m - á t u tardía confesión... n u t r e s la e s p e r a n z a d e u n i r t e
p a ñ a al m a l , de d o n d e r e s u l t a q u e se e n g e n d r a y se á él con m á s e s t r e c h o n u d o .
m u l t i p l i c a al infinito. Y o no t r a t o d e i n v e s t i g a r nada : MAX.—¡ P a d r e m í o !
c u m p l o m i d e b e r y en paz. El E m p e r a d o r ha trazado OCTAVIO.—Confío en ti, p e r o ¿ p u e d o estar s e g u r o
m i línea d e c o n d u c t a , y a u n q u e sin d u d a s e r í a m e j o r de q u e s a b r á s contenerte ? ¿ P o d r á s p a r e c e r á su vista
s e g u i r la voz del corazón, h a b r í a q u e r e n u n c i a r mu- c o n t r a n q u i l a f r e n t e , c u a n d o y o te h a y a r e v e l a d o la
c h a s v e c e s para ello á m á s de un h o n r o s o d e s e o . A q u í s u e r t e q u e le e s p e r a ?
sólo se trata, h i j o m í o , de s e r v i r al E m p e r a d o r . S i e n d o MAX.—¿ N o m e habéis d e s c u b i e r t o y a su c r i m e n ?
así, ¿ q u é m e i m p o r t a n los r e p r o c h e s del corazón ? (Octavio saca unos papeles de una arquilla y se los pre-
MAX.—Está visto q u e h o y no p u e d o e n t e n d e r o s . ¡El senta.) ¡ C ó m o !... ¿ Una carta del E m p e r a d o r ?
p r í n c i p e os revela f r a n c a m e n t e el secreto d e s u alma OCTAVIO.—Lee.
MAX (<después de haberla hojeado).—i Sentenciado y
p r o s c r i t o el p r í n c i p e ?
OCTAVIO.—Así es.
M A X . — ¡ O h q u é a d e l a n t a d a s están las c o s a s ! ¡Oh
deplorable error!
OCTAVIO.—Sigue l e y e n d o . S e r é n a t e .
MAX (después de haber leído, mira d su padre con sor-
presa).— ¡ C ó m o ! . . . ¿ S o i s v o s q u i e n . . .
OCTAVIO.—Me confieren i n t e r i n a m e n t e el m a n d o
hasta tanto que el r e y d e H u n g r í a p u e d a p a r e c e r a n t e
el e j é r c i t o .
MAX—I Y p r e s u m í s p o d e r a r r a n c á r s e l o ? N o ; n o pen-
séis tal. ¡ A h padre m í o , q u é d e s d i c h a d a c o m i s i ó n o s
han encomendado! ¿ C ó m o esperáis valeros de esta
o r d e n , d e s a r m a r á u n g e n e r a l t a n p o d e r o s o c o m o él,
r o d e a d o de sus tropas, de s u s m i l e s d e v a l i e n t e s ?...
¡ Estáis perdido, y estamos perdidos todos!
OCTAVIO.—Sé á lo q u e m e e x p o n g o . E s t o y en m a n o s
del T o d o p o d e r o s o , q u e c u b r i r á con s u e s c u d o la casa
i m p e r i a l , y aniquilará la o b r a d e las t i n i e b l a s . C u e n t a
a ú n el E m p e r a d o r con fieles s e r v i d o r e s , y e x i s t e n e n
el m i s m o ejército v a l i e n t e s q u e c o m b a t i r á n con e n e r -
g í a p o r la b u e n a c a u s a . L o s fieles e s t á n y a a d v e r t i d o s ;
y los otros, v i g i l a d o s . A g u a r d o sólo q u e dén el p r i m e r
p a s o ; y entonces, s ú b i t a m e n t e . . .
MAX.—¡ C ó m o ! ¿ C o n tal p r e c i p i t a c i ó n p e n s á i s o b r a r
p o r una simple s o s p e c h a ?
OCTAVIO. M u y l e j o s está del á n i m o del E m p e r a d o r
e j e r c e r u n solo acto de tiranía. E l h e c h o , no la i n t e n -
ción, q u i e r e castigar. Del p r í n c i p e d e p e n d e t o d a v í a s u
p r o p i a s u e r t e ; si no e j e c u t a su c r i m e n , le d e p o n d r á n
sin r u i d o , cederá el p u e s t o al h i j o del E m p e r a d o r y
hallara h o n r o s o d e s t i e r r o en s u s p r o p i o s d o m i n i o s , lo
cual m a s bien q u e u n castigo será p a r a él u n benefi-
c i o . . . P e r o á la p r i m e r a g e s t i ó n . . . e v i d e n t e . . . OCTAVIO.— ¿Qué hay?
MAX.—¿ Y á qué llamáis gestión evidente ? N i n g u n a
hará que sea criminal. Bien podríais, como y a ha su-
cedido, d a r u n a interpretación f u n e s t a á la más ino-
cente acción.
OCTAVIO.—Por m u y culpable que sea el proyecto del
príncipe, sus actos públicos hasta ahora p u e d e n inter-
pretarse de u n m o d o inocente ; por tanto no haré u s o
de este escrito hasta que u n a acción decisiva p r u e b e
su traición y le condene.
M A X . — ¿ Y q u i é n la juzgará tal ?
OCTAVIO.—Tú mismo.
M A X — ¡ S i e n d o así, no e m p l e a r é i s jamás esa orden !
P r o m e t e d m e que no obraréis sin h a b e r m e convencido
antes.
OCTAVIO.—Pero ¿ e s p o s i b l e ? . . . Después de lo q u e
sabes, ¿le crees todavía i n o c e n t e ?
MAX (con vivera).—Wuestro juicio p u e d e engañaros,
pero no mi corazón. [Moderándose.) El g e n i o no se deja
c o m p r e n d e r tan fácilmente como el talento ordinario.
B u s c a su destino en los astros, y como ellos, se dirige
á su fin por sendas misteriosas é incomprensibles.
C r e e d m e ; sois injustos con él. T o d o se explicará al
c a b o , y u n día le v e r e m o s salir p u r o y radiante de
entre las n e g r a s sospechas.
OCTAVIO.—Lo esperaré.

E S C E N A II

D i c h o s . - U N C R I A D O ; á p o c o UN MENSAJERO

OCTAVIO.—¿ Q u é h a y ?
EL CRIADO.—A la p u e r t a a g u a r d a un propio.
OCTAVIO—¿A estas horas? ¿ Q u i é n e s ? ¿ D e dónde
viene ?
E L C R I A D O . — N O ha querido decírmelo.
OCTAVIO.—Que pase. Ni una palabra á nadie. (El
criado se va. Sale un corneta.) ; Eres tú, corneta ? ¿ V i e - EL CORNETA.—Estoy á v u e s t r a s órdenes.
nes de parte del conde Gallas ? Dame la carta. OCTAVIO—Aguarda á la tarde.
EL CORNETA.—Traigo sólo u n encargo de palabra. El
g e n e r a l temió q u e . . .
OCTAVIO.—¿ Q u é o c u r r e ?
EL CORNETA.—Me encargó q u e os dijese... ¿ P u e d o
hablar con entera libertad ?
EL CORNETA.—Es-
OCTAVIO.—Mi hijo está enterado de todo.
EL CORNETA.—¡Cayó en nuestro p o d e r !
OCTAVIO.—¿ Q u i é n ?
EL CORNETA.—El intermediario Sesina.
OCTAVIO (con viveza).—,¿Está en v u e s t r o p o d e r ?
EL CORNETA.—El capitán M o h r b r a n d le prendió ante-
ayer en el bosque de Bohemia, camino de Ratisbona, á desenlazarse pron-
donde iba con algunos d e s p a c h o s para los suecos.
OCTAVIO. ¡Por fin! ¡por fin!... ¡ Q u é gran noticia!
Ese h o m b r e es para nosotros caja preciosa q u e contie-
ne i m p o r t a n t e s noticias. ¿ L e han encontrado m u c h o
encima ?
EL CORNETA. Cinco p a q u e t e s sellados con el escudo
del conde T e r z k y . to, y antes de t e r m i n a r el día fatal que apunta ahora,
OCTAVIO.—¿Nada de m a n o del príncipe?
EL CORNETA.—Que y o sepa, nada.
OCTAVIO.—¿ Y S e s i n a ?
EL CORNETA.-Parece que se espantó m u c h o cuando
le dijeron que le llevarían á V i e n a . P e r o el conde A l - ESCENA III
tringer se ha esforzado en hacerle concebir esperanzas
el hado habrá resuelto. [Vase el Corneta.)
si lo descubría todo. O C T A V I O y MAX PICCOLOM1NI
OCTAVIO.—¿ A l t r i n g e r se halla con el general ? Me
habían dicho que estaba e n f e r m o en Linz.
OCTAVIO.—¿Y q u é dices á esto, hijo m í o ? P r o n t o se
EL CORNETA.—Hace tres días q u e está en F r a u e n b e r g aclarará el misterio, p o r q u e t e n g o sabido que todo pa-
en casa del general. Han r e u n i d o ya sesenta banderas saba por m a n o s de Sesina.
y escogidas tropas, y os anuncian que sólo a g u a r d a n
MAX (que habrá estado combatiendo consigo mismo,
vuestras órdenes.
dice con resolución): Q u i e r o a v e r i g u a r l o todo por el ca-
OCTAVIO. Muchas cosas p u e d e n suceder en poco m i n o m á s corto. Adiós.
tiempo. ¿ C u a n d o debes r e g r e s a r ?
OCTAVIO—¿Dónde v a s ? A g u a r d a .
M A X . — V o y á e n c o n t r a r al p r í n c i p e . q u e si s u c u m b e ese h o m b r e m a g n á n i m o , p r e c i p i t a r á
OCTAVIO (asustado).—¡ Qué ! u n m u n d o e n t e r o e n s u c a í d a . C o m o al i n c e n d i a r -
MAX (volviendo).—Si creísteis q u e a c e p t a r í a u n p a p e l se u n a n a v e en alta m a r , v u e l a con ella la t r i p u l a c i ó n ,
en esa t r a m a , os h a b é i s e n g a ñ a d o . Y o d e b o o b r a r c o n así p e r e c e r e m o s con él c u a n t o s v a m o s e m b a r c a d o s e n
r e c t i t u d . No p u e d o ser s i n c e r o con los l a b i o s y falso su fortuna... Obrad vos como gustéis, mas permitidme
en m i interior. No p u e d o v e r q u e u n h o m b r e se f í a d e portarme también como tenga por conveniente....
m í c o m o de u n a m i g o y a b u s a r d e m i p r o p i a c o n c i e n - F u e r z a es q u e no e x i s t a la m á s l i g e r a n u b e e n t r e él y
cia p e r s u a d i é n d o m e á q u e o b r a de s u c u e n t a y r i e s g o y o , y a n t e s q u e a n o c h e z c a h e d e s a b e r si he p e r d i d o
y q u e y o no le e n g a ñ o . Y o d e b o s e r s i e m p r e p a r a él, un padre ó un amigo. (Fase. Cae el telón).
lo q u e él s u p o n e q u e s o y . V o y á v e r al d u q u e ; hoy
m i s m o le p e r s u a d i r é á sincerarse á los o j o s del m u n d o
d e las c a l u m n i a s d i r i g i d a s c o n t r a él y á d e s b a r a t a r con
su franca conducta vuestras artificiosas maquina-
ciones.
OCTAVIO.—¡ C ó m o ! . . . Querrías...
MAX.—Sin duda alguna ; eso quiero.
OCTAVIO.—¡Ah s í ! Me e q u i v o q u é c o n t i g o . Esperé
hallar en ti al h i j o p r u d e n t e q u e b e n d e c i r í a la mano
b i e n h e c h o r a q u e le a r r a n c a b a del a b i s m o , y m e en-
c u e n t r o con u n h o m b r e c e g a d o y e x t r a v i a d o p o r la
pasión a m o r o s a , y o b s t i n a d o e n c e r r a r los o j o s á la
luz. V é ; p r e g ú n t a l e ; s é lo b a s t a n t e i n s e n s a t o p a r a li-
brarle el secreto de t u p a d r e y t u E m p e r a d o r , o b l í g a -
m e á r e ñ i r con él a b i e r t a m e n t e antes d e t i e m p o . ¡ S í !
c u a n d o p o r u n m i l a g r o del cielo m í secreto h a p e r m a -
n e c i d o o c u l t o hasta h o y , y los p e n e t r a n t e s o j o s d e l r e -
celo y la s o s p e c h a p e r m a n e c i e r o n d o r m i d o s , v e a y o
a b r u m a d o d e pesar, c ó m o m i p r o p i o h i j o a n i q u i l a , con
s u i m p r u d e n c i a y su l o c u r a , la o b r a p e n o s a de la p o -
lítica.
MAX.—¡ A h ! . . . ¡ l a p o l í t i c a ! . . . ¡ C ó m o la m a l d i g o !
C o n v u e s t r a política le e m p u j a r é i s á u n a r e s o l u c i ó n
e x t r e m a . . . S í ; p u e s t o q u e q u e r é i s q u e sea c u l p a b l e ,
bien p o d é i s h a c e r l e tal... ¡ O h ! E s t o no p u e d e p a r a r
e n b i e n . . . C u a l q u i e r a q u e sea la d e c i s i ó n de la s u e r -
te, presiento un desenlace p r ó x i m o y d e p l o r a b l e . P o r -
PARTE TERCERA

ILA ÍDUERTE DE ÖGCALLENSTEIN


PERSONAS

WALLENSTEIN.
O C T A V I O PICCOLOMINI.
M A X PICCOLOMINI.
TERZKY.
ILLO.
ISOLANI.
ESCENA PRIMERA
BUTTLER.
NEUMANN.
UN A Y U D A N T E . Una habitación dispuesta para e x p e r i m e n t o s astrológicos, con
W R A N G E L , c o r o n e l e n v i a d o p o r los s u e c o s . esferas, mapas, cuadrantes y otros instrumentos de astrono-
CORDON, comandante de Egra. m í a . En e l f o n d o , d e s c o r r i d o el c o r t i n a j e d e la p u e r t a , se v e
GERALDIN, comandante. u n a r o t o n d a en la c u a l se h a l l a n l a s figuras d e los s i e t e p l a n e -
DEVEROUX, \ ¡ t a n e s e n e l ejército de W a l l e n s t e i n . tas. en n i c h o s , y a l u m b r a d a s c o n e x t r a ñ o f u l g o r . SENI e s t a r á
MACDONALD, / H o b s e r v a n d o l a s e s t r e l l a s ; W A L L E N S T E I N , en p i é , a n t e u n ta-
UN C A P I T Á N s u e c o . b l e r o n e g r o d o n d e está d i b u j a d o e l a s p e c t o d e las m i s m a s .
Una Diputación de C o r a c e r o s .
CORREGIDOR d e E g r a . WALLENSTEIN—SENI
SENI.
LA D U Q U E S A DE F R I E D L A N D .
L A C O N D E S A DE T E R Z K Y . WALLENSTEIN
TECLA.
L A SEÑORITA DE N E U B R U N N , d a m a d e la p r i n c e s a .
R O S E N B E R G , c a b a l l e r i z o d e la p r i n c e s a . IEN, S e n i , b a j a . A m a n e c e y a ; la h o r a está
Dragones. b a j ó l a i n f l u e n c i a de M a r t e , . y el m o m e n t o
Criados, pajes, pueblo. n o es o p o r t u n o p a r a o p e r a r . V e n . Y a sabe-
La e s c e n a en P i l s e n d u r a n t e los t r e s p r i m e r o s a c t o s , y en
mos bastante.
E g r a en l o s r e s t a n t e s .
SENI.—Permitidme observar á Venus. Mirad cómo
d e s p u n t a y brilla p o r O r i e n t e c o m o u n sol!
WALLENSTEIN.—Sí; se halla c e r c a de la tierra y e j e r -
T ce t o d o s u p o d e r o s o i n f l u j o . ¡Oh feliz e s p e c t á c u l o ! A s i
se d i b u j a el g r a n t r i a n g u l o del cual p e n d e tan m i s t e -
rioso p o d e r ! L o s dos b e n é f i c o s astros, J ú p i t e r y V e - dad... Ahora, conviene obrar prontamente antes que
nus, traen p r e s o entre ellos al p é r f i d o M a r t e y le f u e r - se e x t i n g a n e s o s s i g n o s de d i c h a , p o r q u e las e s f e r a s
zan á s e r v i r m e á ese a n t i g u o a r t í f i c e de d e s d i c h a s . del cielo e x p e r i m e n t a n p e r p e t u a m u d a n z a . (Llaman á
¡ C u á n t o t i e m p o m e ha sido i n f a u s t o ! Y a e n posición la puerta.) L l a m a n ; m i r a d q u i é n es.
d i r e c t a ú o b l i c u a , y a con d u p l i c a d o s ó c u a d r u p l i c a d o s TERZKY (dentro).—Abrid.
r e f l e j o s , lanzaba s u s r a y o s de f u e g o s o b r e m i s astros y WALLENSTEIN.— ¿ E s T e r z k y ? ¿ Q u é o c u r r e q u e u r g e
d e s t r u í a su f a v o r a b l e i n f l u j o . . . P o r fin v e n c i e r o n á m i tanto?... Estamos ocupados.
T E R Z K Y . — D e j a d l o todo ; os lo s u p l i c o . . . No c a b e di-
lación.
WALLENSTEIN.—Abre, Seni.
(Mientras éste abre, Wallenstein corre la cortina que tapa
las figuras de los planetas.)

E S C E N A II

W A LLENSTEIN.—TERZKY

T E R Z K Y (saliendo).—^ S a b e s y a lo q u e o c u r r e ? Ha
caído p r i s i o n e r o , y f u é e n t r e g a d o p o r Gallas al E m p e -
rador.
WALLENSTEIN.—¿Quién c a y ó p r i s i o n e r o ? ¿ Q u i é n h a
sido e n t r e g a d o al E m p e r a d o r ?
T E R Z K Y . — Q u i e n p o s e e n u e s t r o secreto y f u é e n c a r -
g a d o d e n u e s t r a s n e g o c i a c i o n e s con los s a j o n e s y los
s u e c o s , y t u v o e n s u s m a n o s t o d o s los h i l o s d e la
trama.
antiguo enemigo, y m e lo t i e n e n p r i s i o n e r o e n el W A L L E N S T E I N (retrocediendo).—¿No esSesina?... Dime
cielo. q u e n o e s S e s i n a , te lo r u e g o .
S E N I . — E s a s dos g r a n d e s e s t r e l l a s no han de t e m e r T E R Z K Y . — Iba al e n c u e n t r o de los s u e c o s , c u a n d o
maleficio alguno. Saturno impotente declina. cayó en m a n o s de algunos h o m b r e s apostados por
WALLENSTEIN.—Su r e i n a d o p a s ó . ¡Sólo p r e s i d e á los Gallas, q u e le e s p i a b a n hacia t i e m p o . L l e v a b a c o n s i g o
secretos g é r m e n e s o c u l t o s en la t i e r r a , ó d o r m i d o s en m i s despachos para Kinsky, Mateo T h u r n , Exenstiern,
las p r o f u n d i d a d e s del a l m a ; á c u a n t o , en fin, h u y e de A r n h e i m . . . ¡ T o d o está e n s u p o d e r ! . . . A h o r a p o s e e n
la l u z . . . Y a no es t i e m p o d e r e f l e x i o n a r ni de m e d i t a r . y a la r e v e l a c i ó n d e c u á n t o ha o c u r r i d o .
J ú p i t e r atrae á ella la o b r a p r e p a r a d a en la o s c u r i -
E S C E N A III

Dichos. —ILLO

ILLO (á Terzky).—¿ L o sabe y a ?


TERZKY.—Sí.
ILLO (á Wallenstein).—¿ P i e n s a s t o d a v í a e n reconci-
liarte con el E m p e r a d o r , y g a n a r t e de n u e v o su con-
fianza? A u n q u e r e n u n c i a r a s al p r o y e c t o c o n o c e n ya
t u s d e s i g n i o s , y f u e r z a e s m a r c h a r adelante, y a que
es i m p o s i b l e r e t r o c e d e r .
TERZKY.—Tienen en s u s m a n o s , contra nosotros,
documentos irrecusables.
WALLENSTEIN.—Pero nada de m i p u ñ o . T e a c u s a r é
de impostor.
ILLO.— ¡ En v a n o s e r á ! ¿ C r e e s q u e , s i e n d o tu c u ñ a -
do q u i e n n e g o c i ó en n o m b r e t u y o , no te a t r i b u i r á n
todas las n e g o c i a c i o n e s ? Si los s u e c o s a c e p t a r o n s u
p a l a b r a , p o r ser la t u y a , ¿no harán o t r o t a n t o los e n e -
m i g o s d e la C o r t e ?
T E R Z K Y . — V e r d a d q u e nada e s c r i b i s t e , p e r o r e c u e r -
da c u á n e x p l í c i t a m e n t e h a b l a s t e á S e s i n a . ¿ E s v e r o -
símil q u e se calle? Si le p r o m e t e n la s a l v a c i ó n á c a m -
bio d e s u s s e c r e t o s ¿ n o los r e v e l a r á ?
ILLO.—Harto lo c o m p r e n d e s . P u e s t o q u e conocen lo
a d e l a n t a d o de t u s g e s t i o n e s , habla, ¿á q u é a g u a r d a s ^
Y a n o p u e d e s c o n s e r v a r m u c h o t i e m p o el m a n d o , y
estás p e r d i d o sin r e c u r s o si d i m i t e s .
WALLENSTEIN.—El e j é r c i t o es m i s e g u r i d a d ; y este
n o m e a b a n d o n a r á n u n c a . ¿ Q u é i m p o r t a lo q u e s e p a n ?
L a f u e r z a está d e m i l a d o , y les será n e c e s a r i o p a s a r ,
por lo q u e q u i e r a . S i les g a r a n t i z o mi fidelidad, ten-
•drán q u e r e s i g n a r s e á a d m i t i r l a . WALI.ENSTEIN.— Te acusaré de impostor!
ILLO.—El ejército e s t u y o c i e r t a m e n t e ; hoy por h o y
es t u y o ; p e r o d e s c o n f í a d e la lenta y sorda a c c i ó n
del t i e m p o . Si el p r e s t i g i o q u e e j e r c e s en las t r o p a s
te p r o t e g e h o y y a u n m a ñ a n a , contra un acto de f u e r -
za, una vez a c u e r d e s al e n e m i g o un plazo, m i n a r á e s e
pedestal, te q u i t a r á u n o p o r u n o t u s s o l d a d o s hasta
q u e al fin, c u a n d o l l e g u e el c a t a c l i s m o , se d e r r u m b e el
e n g a ñ o s o y s o c a v a d o edificio.
WALLENSTEIN.— ¡ Q u é funesto contratiempo !
ILLO.—Dichoso le l l a m a r í a , si e j e r c i e s e en tu á n i m o
el i n f l u j o q u e d e b e , y te d e c i d i e r a á o b r a r con r a p i -
d e z . . . El c o r o n e l s u e c o . . .
WALLENSTEIN.—¿Ha llegado y a ? ¿ S a b é i s q u é e n c a r g o
trae ?
ILLO.—No q u i e r e confiarlo sino á ti.
W A L L E N S T E I N . — ¡ A h qué funesto contratiempo! ¡Qué
d e s g r a c i a ! E s v e r d a d ; s a b e d e m a s i a d o y no va á ca-
llarse.
T E R Z K Y . — E S u n r e b e l d e d e B o h e m i a , un d e s e r t o r
c o n d e n a d o á m u e r t e ; si p u e d e salvar la v i d a á e x p e n -
sas t u y a s , claro q u e no se a n d a r á con c h i q u i l l a s ; si
le s u j e t a n al t o r m e n t o , no creo q u e t e n g a suficiente
fuerza para soportarlo.
W A L L E N S T E I N (absorto en sus reflexiones). — N o ; no
p u e d o r e s u c i t a r s u confianza; p o r m á s q u e h a g a , pasa-
ré á s u s o j o s p o r t r a i d o r ; . . . a u n q u e v u e l v a á m i d e b e r
con e n t e r a lealtad y a b i e r t a m e n t e , d e nada ha d e ser-
virme.
I L L O . — T o d o lo c o n t r a r i o ; será tu p e r d i c i ó n , Atri-
buirán á impotencia semejante fidelidad.
W A L L E N S T E I N (vivamente agitado, y paseándose á gran-
des pasos).— ¡ O h ! ¿ Habré de realizar lo q u e f u é hasta
a q u í u n s i m p l e p r o y e c t o q u e e n t r e t e n í a mi mente?
¡ M a l d i t o sea q u i e n j u e g a con el diablo!
ILLO.—Si f u é u n s i m p l e j u e g o tan sólo, c r é e m e , no
te q u e d a otro p a r t i d o q u e e x p i a r l o en serio.
WALLENSTEIN. — He de ponerlo en ejecución hoy
268 W A L L E N STEIN WALLENSTEIN

m i s m o . Hoy m i s m o , c u a n d o t e n g o t o d a v í a la f u e r z a á c a b o p o r q u e n o a l e j é la t e n t a c i ó n , p o r q u e a p a c e n t e
en m i p o d e r . con ella m i s s u e ñ o s , p o r q u e p r e p a r é los m e d i o s d e
ILLO.—Si es p o s i b l e , claro e s t á ; a n t e s no v u e l v a n en una ejecución incierta, porque tuve simplemente
sí del g o l p e los d e V i e n a , y a c u d a n á p r e v e n i r s e . a b i e r t o a n t e m i s o j o s el c a m i n o ? ¡ C i e l o s ! . . . ¡ P e r o si
WALLENSTEIN (;mirando las firmas del compromiso).— no f u é n u n c a este m i d e s i g n i o ! . . . \ si n u n c a m e resolví
C u e n t o con las firmas d e los g e n e r a l e s . . . ¿ P o r q u é no fijamente! M i i m a g i n a c i ó n se c o m p l a c í a e n esa idea:
está e n t r e ellos M a x ? esto era t o d o . L a l i b e r t a d . . . el p o d e r . . . m e a t r a í a n ,
TERZKY.—Fué q u e . . . creyó que... ; e r a c r i m e n , por v e n t u r a , e m b e l e s a r m e con la e s p e -
ILLO.—¡Puro afán de singularizarse! Dijo que entre r a n z a d e u n a a m b i c i ó n r e a l ? ¿ A c a s o no s e g u í a siendo
a m b o s esas f ó r m u l a s e s t á n d e m á s . libre 5 ¿ No c o n t i n u a b a a b i e r t a á m i s ojos la b u e n a sen-
WALLENSTEIN.—Tiene razón... L a s t r o p a s n o q u i e r e n da para la r e t i r a d a ? . . . j A h ! ¡ A d o n d e m e v e o l l e v a d o
ir á F l a n d e s ; m e h a n e s c r i t o y r e h u s a n o b e d e c e r . El s ú b i t a m e n t e ! C e r r ó s e á m i s e s p a l d a s t o d a salida; m i s
p r i m e r paso d e la i n s u r r e c c i ó n está d a d o . p r o p i a s o b r a s a l z a r o n en t o r n o u n m u r o q u e m e apri-
s i o n a y m e i m p i d e r e t r o c e d e r . (Permanece breve mo-
I L L O . — C r é e m e ; m á s fácil te será aliarlas con el
mento pensativo.) P a r e z c o c u l p a b l e ; esta e s la v e r d a d ;
e n e m i g o q u e p o n e r l a s á las ó r d e n e s de u n g e n e r a l es-
h a g a lo q u e q u i e r a , no p u e d o a l e j a r el c r i m e n de m i .
pañol.
P o r q u e m i v i d a se m u e s t r a b a j o d o b l e a s p e c t o q u e de-
WALLENSTEIN.—Quiero s a b e r antes q u é v i e n e á de-
n u n c i a m i f a l t a , y la s o s p e c h a e n v e n e n a r á , e n su p r o -
c i r m e ese c o r o n e l s u e c o .
pio y p u r o m a n a n t i a l , m i s m á s i n o c e n t e s a c c i o n e s ! Si
ILLO (vivamente).—¿ T e n d r é i s la b o n d a d d e llamarle,
f u e r a lo q u e p a r e z c o . . . si f u e r a t r a i d o r , v e l a r a con m e -
Terzky?... Ahí fuera está.
jores apariencias mi c o n d u c t a ; cubierto de espeso
WALLENSTEIN.—Aguardad u n p o c o . . . ¡ T a n t o m e ha
m a n t o , h u b i e r a i m p u e s t o silencio á m i s q u e j a s . P e r o ,
s o r p r e n d i d o lo q u e o c u r r e ! . . . ¡ V i n o con tal p r e c i p i t a -
firme e n m i i n o c e n c i a , s e g u r o d e m i lealtad, di suelta
c i ó n ! . . . No e s t o y a c o s t u m b r a d o á d e j a r m e d o m i n a r y
á mis caprichos y á mis pasiones; era osado m i len-
c o n d u c i r c i e g a m e n t e p o r el acaso.
g u a j e , c a b a l m e n t e p o r q u e n o lo era m i a c c i ó n . . . Y
ILLO.—Óyele p r i m e r o y r e s u e l v e d e s p u é s . a h o r a . . . a h o r a c u á n t o o c u r r e han d e a t r i b u i r l o a u n
(Vanse Illo y Terzky.) plan p r e m e d i t a d o ; c u á n t o p r o f e r í a la c ó l e r a , y des-
b o r d a b a del c o r a z ó n en u n a r r e b a t o d e ira, d e n u n -
ciará u n a h á b i l t r a m a ; y a r m a d o s d e su t e r r i b l e acu-
E S C E N A IV sación con tales indicios, h a b r é d e e n m u d e c e r a n t e ella.
Así he fabricado mi propia pérdida y he tejido mis
WALLENSTEIN p r o p i a s r e d e s . ¡ S ó l o u n acto e n é r g i c o p u e d e r o m p e r -
las ! (Se detiene de nuevo.) ¡ C ó m o o b r a r de o t r o m o d o !
WALLENSTEIN (hablando consigo mismo).—¿ E s cierto? Libremente, impulsado por mi propio valor, me arroje
¿ Me será i m p o s i b l e o b r a r con e n t e r a libertad, y retro- á bien a u d a c e s e m p r e s a s , ¡ c ó m o r e t r o c e d e r a h o r a q u e
c e d e r e n m i e m p r e s a , si tal f u e r a m i d e s e o ?¿ He d e rea- la n e c e s i d a d las i m p o n e y m i c o n s e r v a c i ó n las e x i g e .
lizarla p u e s t o q u e la h e c o n c e b i d o ? ¿ H a b r é de llevarla
P e r o ¡ a h ! ¡ que el aspecto de la necesidad es severo, y
no sin terror introduce el hombre la m a n o en la urna
misteriosa del destino! Encerradas e n ' m i alma, era ESCENA V
todavía señor de mis acciones ; una vez escapadas del
asilo donde se engendraron, lanzadas de allí á la co- WALLENSTEIN, WRANGEL
rriente de la vida, son j u g u e t e de las maléficas divini-
dades q u e nada puede ablandar. (.Atraviesa á grandes W A I . L E N S T E I N (después de haber fijado en él una mirada
pasos la escena y luego se detiene de golpe.) ¿ Y cuál es tu penetrante).—i O s llamáis W r a n g e l , no es eso ?
proyecto ? ¿ Le conoces tú m i s m o , p o r v e n t u r a ? Inten- WRANGEL.—Gustavo W r a n g e l , coronel del r e g i m i e n -
tas derribar un poder afirmado en el trono, consagra-
to azul de S ü d e r m a n n l a n d .
do por el hábito y el tiempo, a r r a i g a d o con p r o f u n d í -
WALLENSTEIN. —Un W r a n g e l f u é quien, con su vale-
simas raíces en la pía y candorosa creencia de los
rosa defensa, m e causó bastantes pérdidas en el sitio
pueblos. No es este el combate de la fuerza con la
de S t r a l s u n d , é impidió la rendición.
fuerza, que no fuera temible para mí. Con á n i m o se-
WRANGEL.—No se debió á m i valor, mas al poder de
reno arrostraré el e m p u j e de todo rival á quien pueda
los elementos q u e lucharon contra vos aquel día, se-
m i r a r frente á frente, y c u y o valor inflamaría el m í o .
ñor d u q u e . Salvó la plaza la violenta t e m p e s t a d del
No. A quien temo es al invisible e n e m i g o que se alza
Belt. El mar y la tierra no podían obedecer á u n solo
contra m í en la conciencia de los h o m b r e s : éste es el
terrible; éste quien m e acobarda. No f u é nunca real- hombre.
m e n t e peligroso el v i g o r violento y la f u e r z a vivaz, WALLENSTEIN.—Me arrebatasteis de la cabeza el som-
sino la eterna y ordinaria m a r c h a de las'cosas, lo que b r e r o de a l m i r a n t e .
siempre f u é , lo que siempre será, lo que subsistirá W R A N G E L — A h o r a v e n g o á poner sobre ella una c o -
mañana p o r q u e subsiste h o y ; el h o m b r e tuvo por no- rona.
driza la costumbre, y ¡ a y de a q u e l que pone la osada
WALLENSTEIN (le hace seña de que se siente y hace lo
m a n o en la preciosa herencia de sus m a y o r e s , en el
propio).—i T r a é i s v u e s t r a s credenciales ? < venís con
a n t i g u o y venerando depósito de sus afectos! P o r q u e
el t i e m p o ejerce una suerte de consagración, y c u a n t o plenos p o d e r e s ?
envejeció se reviste de un carácter divino. L a posesión WRANGEL (pensativo).—Quedan por aclarar a l g u n a s
lleva consigo el dominio, el respeto del v u l g o es su dudas.
s a l v a g u a r d i a . (Al paje que sale.) ¿ Está aquí el coronel W A L L E N S T E I N (después de haber leído la carta).—La
s u e c o ? Que éntre. (Vase el paje. Wallenstein-fija una carta está en r e g l a . Señor W r a n g e l , v u e s t r o soberano
mirada pensativa en la puerta.) ¡No f u é todavía profa- es h o m b r e p r u d e n t e . El canciller m e dice q u e con ayu-
nada !... T o d a v í a no... ¡El crimen no pasó aún el din- d a r m e á ceñir la corona de H u n g r í a , sólo_ cumple un
t e l ! . . . ¡ C u á n breve el límite que separa los dos cami- designio del d i f u n t o r e y .
nos de la v i d a ! WRANGEL.—Dice la v e r d a d . El r e y , de gloriosa m e -
moria, tuvo s i e m p r e alta opinión del talento militar
de V . A . Se complacía en repetir que quien sabía man-
dar debía reinar.
WALLENSTEIN 213

al canciller de q u e , si ponía á m i s órdenes diez y seis


WALLENSTEIN.—Así podía decirlo. (Le toma la mano mil soldados, con los diez y o c h o mil del ejército im-
confiado.) Hablando con toda f r a n q u e z a , coronel, siem- perial, p o d r í a . . .
pre he sido en el fondo afecto á los s u e c o s ; bien lo WRANGEL.—Vuestra Alteza goza la reputación de u n
experimentasteis en Silesia y N u r e m b e r g . ¡ Cuantas talento de p r i m e r orden, de un Atila, de un Pirro.
veces os t u v e en m i p o d e r , y siempre os facilite la r e - A ú n se hace l e n g u a s la admiración de cómo, pocos
tirada 1 C a b a l m e n t e esto es lo que no m e perdonan en años há, contra lo que todos creían, logró sacar V u e s -
V i e n a , y m e o b l i g a á t o m a r ese partido... A h o r a bien; tra Alteza de la nada un ejército poderoso... P e r o . . .
puesto que n u e s t r o s intereses son los m i s m o s , traté- WALLENSTEIN.—¿ P e r o q u é ?
monos con m u t u a confianza. WRANGEL.—Pero el canciller opina que es más fácil
WRANGEL.—La confianza nacerá por sí sola de nues- crear u n ejército de sesenta mil h o m b r e s sin recursos,
tras garantías. que persuadir á la sexta parte...
WALLENSTEIN.-A lo que parece, el canciller no
WALLENSTEIN.—Hablad con entera libertad.
se fía aún c o m p l e t a m e n t e de m í . Realmente, lo confie- WRANGEL.—... A c o m e t e r u n p e r j u r i o .
so... el negocio no h a b l a m u c h o en f a v o r m í o . S u A l - WALLENSTEIN.—¿ Esto cree ? E n esto discurre c o m o
teza discurre q u e q u i e n engaña á su propio E m p e r a - sueco y protestante q u e es. V o s o t r o s los luteranos
combatís por vuestra Biblia, y os p r e o c u p á i s de vues-
dor, bien p u e d e e n g a ñ a r l e á él m a ñ a n a ; traición m a s
tra causa ; de modo que seguís adictos á la bandera
excusable q u e la p r i m e r a . ¿ No es ésta t a m b i é n vues-
con entera buena fe y corazón, y q u i e n desertase de
tra opinión, coronel ?
ella para pasarse al e n e m i g o , r o m p e r í a u n lazo que os
WRANGEL.—Yo h e v e n i d o a q u í para c u m p l i r m i co-
ata á un doble deber ; pero entre nosotros no se trata
metido, no para m a n i f e s t a r m i opinión.
de nada de eso.
WALLENSTEIN.—El E m p e r a d o r me ha p u e s t o en el
caso de t o m a r u n a resolución e x t r e m a . En realidad no WRANGEL.—¡ C ó m o 1 ¿ No existe en este país, ni pa-
p u e d o continuar á s u servicio honrosamente, y solo tria, ni familia, ni religión ?
a c u d i e n d o á mi s e g u r i d a d y á mi legítima defensa, d o y WALLENSTEIN.—Voy á deciros lo que h a y . . . S í ; el
ese paso difícil q u e m i conciencia r e p r u e b a . austríaco tiene patria, y la ama con m o t i v o . P e r o ese
WRANGEL.—Lo creo. Nadie se d e t e r m i n a a tan extre- ejército q u e d e c i m o s i m p e r i a l , acuartelado hoy en
ma acción sin v e r s e forzado a ello. (Pausa.) Pero no B o h e m i a , no la tiene, ni m u c h o m e n o s ; f o r m a d o por
nos toca á n o s o t r o s i n t e r p r e t a r y j u z g a r lo que h a y a la escoria de las naciones extranjeras, nada p o s e e
pasado entre el E m p e r a d o r y su general. El hecho es bajo la capa del sol. L a tierra de B o h e m i a , a d e m á s ,
q u e mientras S u e c i a c o m b a t e por una buena causa por la c u a l c o m b a t i m o s , no g u a r d a n i n g ú n afecto
armada de su conciencia y de su espada, se le ofrece á un soberano que le i m p u s o la suerte de las armas,
u n a ocasión f a v o r a b l e . En la g u e r r a , de toda ventaja y no la libre elección. Si soporta en apariencia m u r -
suele sacarse p a r t i d o , y nosotros a p r o v e c h a m o s éste. m u r a n d o la tiranía de las agenas creencias, e n el
Si l o g r a m o s p o n e r n o s de a c u e r d o . . . fondo está s u b y u g a d a pero no s o m e t i d a ; el r e c u e r d o
WALLENSTEIN.—¿De q u é dudan t o d a v í a ? . . . ¿ D e m i de las inicuas c r u e l d a d e s que se cometieron, mantiene
voluntad ?... ¿ De m i s fuerzas ?... Y o he dado palabra x8
viva y fomenta en los corazones el deseo de la v e n g a n z a . ¡ E g r a , p a s e ! . . . ¡ p e r o P r a g a ! . . . es i m p o s i b l e . . . E s t o y
i Puede acaso olvidar el hijo q u e acosaron á su p a d r e d i s p u e s t o á c o n c e d e r o s c u a n t a s g a r a n t í a s racionales
con perros para que f u e s e á la iglesia ? Un p u e b l o q u e m e p i d á i s ; p e r o . . . ¡Praga!... ¡ B o h e m i a ! . . . m e basto y o
ha sufrido t a m a ñ o s tratos es terrible c u a n d o los so- para defenderla.
porta, y terrible c u a n d o se v e n g a . WRANGEL.—¿ Q u i é n lo d u d a ? Nosotros no p e n s a m o s
WRANGEL.—Pero ¿ y la n o b l e z a ? ¿ y la o f i c i a l i d a d ? ú n i c a m e n t e en su d e f e n s a ; lo q u e q u e r e m o s es no ha-
De semejante deserción, de tan g r a n d e felonía, prínci- ber sacrificado en v a n o h o m b r e s y dinero.
pe, no hay e j e m p l o en la historia del m u n d o . WALLENSTEIN.—Justo es.
WALLENSTEIN.—La nobleza y la oficialidad están á WRANGEL.—Y m i e n t r a s no se nos i n d e m n i c e , P r a g a
mis órdenes en c u e r p o y alma. Si no q u e r é i s c r e e r m e será para n o s o t r o s una prenda.
á mí, creed al m e n o s el t e s t i m o n i o de v u e s t r o s ojos. W A L L E N S T E I N . T a n poco os fiáis de nosotros?
{Le presenta la jórmula del juramento. Wrangel la lee y W R A N G E L (levantándose).—Los s u e c o s deben estar en
luego la deja sobre la mesa sin decir palabra.) ¿ C o m p r e n - g u a r d i a contra los a l e m a n e s . L l a m a d o s de la otra r i -
déis, ahora ? bera del Báltico, v i n i m o s aquí á salvar el i m p e r i o de
WRANGEL. — C o m p r é n d a l o q u i e n p u e d a . P r í n c i p e , su r u i n a y á sellar con n u e s t r a s a n g r e la libertad de
voy á q u i t a r m e la m á s c a r a . . . sí, t r a i g o plenos p o d e r e s conciencia y las enseñanzas de las E s c r i t u r a s . Y h o y y a
para terminar el a s u n t o . El conde palatino del R h i n nadie se acuerda de tales beneficios, y sólo se siente
se halla con quince mil h o m b r e s á c u a t r o jornadas de su p e s o . T o d o s m i r a n con m a l o s ojos á e s o s extran-
aquí, y sólo espera una o r d e n para r e u n i r s e con v u e s - jeros a c a m p a d o s en m e d i o del i m p e r i o . . . S i p u d i e r a n ,
tro ejército. P u e d o expedírsela en cuanto nos p o n g a - nos m a n d a r í a n r e g r e s a r á n u e s t r o s l .«sques con u n
mos de a c u e r d o . p u ñ a d o de o r o . . . No, no d e j a m o s á n u e s t r o r e y en el
WALLENSTEIN.—¿ Q u é pide el canciller? c a m p o de batalla por el salario de J u d a s . . . No derra-
W R A N G E L (con más grave acento).—Se trata de doce m a r o n los s u e c o s s u noble s a n g r e por d i n e i o . . . ni
regimientos suecos, de los cuales r e s p o n d o con m i ca- q u e r e m o s r e g r e s a r á nuestro país con estériles laure-
beza. Bien p u d i e r a ser todo eso una a ñ a g a z a . les. Q u e r e m o s s e g u i r siendo c i u d a d a n o s de una tierra
WALENSTEIN.—¡Señor coronel s u e c o ! q u e n u e s t r o r e y c o n q u i s t ó á costa de su v i d a .
W R A N G E L (con tranquilidad).—Es preciso por tanto WALLENSTEIN.—Ayudadme á d e r r i b a r al e n e m i g o
que el d u q u e de Friedland r o m p a f o r m a l m e n t e y sin c o m ú n , y la tierra q u e tanto deseáis será v u e s t r a sin
posibilidad de reconciliación, con el E m p e r a d o r ; de falta.
lo contrario, no se le confiará ni u n solo soldado sueco. WRANGEL.—Y c u a n d o h a y a m o s v e n c i d o á ese ene-
WALLENSTEIN. — ¿ Q U É queréis? Hablad con entera cla- m i g o 1 cuál será el lazo de la n u e v a alianza? P r i n c i p e ,
ridad y en pocas palabras. nosotros s a b e m o s (á pesar de q u e los suecos debiéra-
WRANGEL..—Que se d e s a r m e n los r e g i m i e n t o s espa- m o s ignorarlo) q u e estáis s e c r e t a m e n t e en tratos con
ñoles, q u e se t o m e á P r a g a , y q u e tanto esta c o m o la los sajones. ¿ Q u i é n n o s g a r a n t i z a q u e no s e a m o s víc-
fortaleza de E g r a , sean e n t r e g a d a s á los suecos. t i m a s de ese tratado q u e j u z g á i s p r u d e n t e ocultarnos?
WALLENSTEIN.—Esto es pedir d e m a s i a d o . ¡ P r a g a ! WALLENSTEIN.—Veo q u e el canciller sabe elegir s u s
WA LLENSTEIN 277
276 W A L L EN S T EIN

p r o c u r a d o r e s . No p o d í a e n v i a r m e o t r o m á s o b s t i n a d o .
(Se levanta.) B u s c a d otra c o n d i c i ó n , s e ñ o r coronel, p e r o ESCENA VI
no h a b l e m o s de P r a g a .
WRANGEL.—Mis p o d e r e s n o se e x t i e n d e n á t a n t o . W A L L E N S T E I N , T E R Z K Y , ILLO

WALLENSTEIN.—¡Entregaros m i c a p i t a l ! . . . Preferi-
ría r e c o n c i l i a r m e con el E m p e r a d o r . ILLO.—¿ Habéis c o n c l u i d o ?
WRANGEL.—Si e s t i e m p o t o d a v í a . TERZKY.—¿Estáis de acuerdo?
WALLENSTEIN. — E s tiempo ahora, y siempre que ILLO.—Salió m u y c o n t e n t o . . . S í , os h a b r é i s enten-
quiera. dido.
WRANGEL.—Tal v e z lo f u é a l g u n o s días atrás, p e r o WALLENSTEIN.—Oíd. N a d a está r e s u e l t o a ú n . T o d o
hoy n o , desde que cayó prisionero Sesina. (Wa- bien c o n s i d e r a d o , p r e f i e r o n o h a c e r n a d a .
llenstein se calla y parece estupefacto.) P r í n c i p e , no d u - TERZKY.—¡ C ó m o !... ¿ Q u é d i c e s ?
damos de vuestra sinceridad; desde ayer, estamos WALLENSTEIN.—¡Vivir p o r g r a c i a d e e s o s a r r o g a n t e s
s e g u r o s de ella. P u e s t o q u e este p a p e l nos r e s p o n d e suecos!... V a y a . . . ¡no puedo sufrirlo !
del e j é r c i t o , no h a y razón p a r a d e s c o n f i a r m a s . . . No ILLO.—¿ A c a s o les m e n d i g a s u n asilo, c o m o u n pró-
r i ñ a m o s p o r P r a g a . . . El c a n c i l l e r se c o n t e n t a con la f u g o ? M á s les d a s e n c a m b i o de lo q u e r e c i b e s .
cesión d e la p a r t e a n t i g u a de la capital, y cede á V u e s - WALLENSTEIN.—¿ C u á l h a s i d o el fin d e a q u e l con-
tra A l t e z a el R a s t s c h i n y el p e q u e ñ o b a r r i o . . . P e r o , destable d e B o r b ó n q u e se v e n d i ó á los e n e m i g o s de
a n t e t o d o , nos e n t r e g a r é i s E g r a . S i n esto sí q u e e s su p a t r i a , y volvió s u s a r m a s contra el p r o p i o p a í s ?
i m p o s i b l e llegar á un a c u e r d o . M o r i r m a l d e c i d o de t o d o s , e n j u s t o c a s t i g o d e s u des-
W A L L E N S T E I N . — P o r lo v i s t o , y o debo fiar de v o s - naturalizada y culpable conducta.
otros, y v o s o t r o s no d e m í . L o p e n s a r é .
ILLO.—Pero ¿ estás e n el m i s m o c a s o ?
WRANGEL.—Ruego á V u e s t r a Alteza que no ande
WALLENSTEIN.—Creedme; el h o m b r e r e s p e t a la fide-
r e m i s o en ello. Dos a ñ o s l l e v a m o s y a de g e s t i o n e s . S i
lidad c o m o el m á s e s t r e c h o p a r e n t e s c o q u e e x i s t e ;
esta v e z no dan n i n g ú n r e s u l t a d o , el canciller las d e -
nadie h a y q u e no se c r e a n a c i d o p a r a c a s t i g a r á los
clarará d e f i n i t i v a m e n t e t e r m i n a d a s .
q u e la u l t r a j a n . El odio d e las s e c t a s , el f u r o r d e los
W A L L E N S T E I N . — M e a p r e m i á i s h a r t o . T a n g r a v e re-
p a r t i d o s , la e n v i d i a , la r i v a l i d a d , t o d o c e d e , t o d o se
solución d e b e ser p e s a d a con t i e n t o . .
a p l a c a , t o d o s e r e c o n c i l i a para p e r s e g u i r al e n e m i g o
WRANGEL.—Es v e r d a d , A l t e z a ; p e r o sólo la p r o n t a c o m ú n de la h u m a n i d a d , á la bestia f e r o z q u e viola el
ejecución puede asegurar su éxito. (Vase.) pacífico asilo d o n d e el h o m b r e se retira en b u s c a d e
s e g u r o . P o r q u e la p r u d e n c i a i n d i v i d u a l n o le b a s t a .
N a t u r a l e z a p ú s o l e ojos d e b a j o de la f r e n t e , p e r o á su
espalda, sólo la b u e n a fe le s i r v e de e s c u d o .

TERZKY.—No te j u z g u e s con m á s r i g o r q u e los m i s -


m o s e n e m i g o s q u e te t i e n d e n a l e g r e m e n t e la m a n o .
¿ S e a n d u v o con t a n t o s e s c r ú p u l o s el m i s m o Carlos, tonces d e b i e r a n t e m e r t e y e s t i m a r t e . . . ¿ E s p o s i b l e ?
el tío del E m p e r a d o r ? C o n los brazos a b i e r t o s r e c i b i ó D e s p u é s d e h a b e r ido tan lejos, c u a n d o y a se sabe lo
á ese B o r b ó n . . . . El g r a n m o t o r del m u n d o es el inte- peor, c u a n d o te a c u s a n de h a b e r c o m e n z a d o la e m -
rés. presa, ¿ r e t r o c e d e s y m a l o g r a s el f r u t o d e tales c o m b i -
naciones ? Concebirla es c r i m e n v u l g a r ; e j e c u t a r l a ,
obra i n m o r t a l ; si el é x i t o la c o r o n a , t o d o s la t i e n e n
ESCENA VII p o r l e g í t i m a , p o r q u e el é x i t o e s el j u i c i o d e Dios.
UN PAJE.—El coronel P i c c o l o m i n i .
D i c h o s . — L A CONDESA T E R Z K Y
L A CONDESA (vivamente).—Que a g u a r d e .
WALLENSTEIN.—Ahora n o p u e d o r e c i b i r l e . Q u e vuel-
WALLENSTEIN.—¿Quién te m a n d a v e n i r ? . . . A q u í no va otra v e z .
e s t a m o s t r a t a n d o cosas de m u j e r e s .
UN P A J E . — P i d e tan sólo u n m o m e n t o d e audiencia
LA CONDESA.—Venía á f e l i c i t a r t e . S u p o n g o q u e no para u n a s u n t o u r g e n t e .
me habré precipitado...
WALLENSTEIN.—¿ Q u é q u e r r á d e c i r m e ? Q u i e r o v e r l e .
WALLENSTEIN.—Ruégale q u e se v a y a , T e r z k y .
L A CONDESA (sonriendo).—Será u r g e n t e p a r a él; p e r o
LA CONDESA.—Quería v e r al r e y de B o h e m i a .
t ú bien p u e d e s a g u a r d a r .
WALLENSTEIN.—No está t o d a v í a d e c i d i d o .
WALLENSTEIN.—¿De q u é se trata?
L A CONDESA (á los otros).—Bien ;... ¿ e n q u é e s t a d o se
LA CONDESA.—Más t a r d e lo s a b r á s ; a h o r a piensa tan
hallan las g e s t i o n e s ? . . . Hablad.
sólo en d e s p a c h a r á W r a n g e l . (El Paje se va.)
TERZKY.—El d u q u e no q u i e r e .
WALLENSTEIN.—Si a ú n m e f u e r a p o s i b l e e l e g i r y ha-
LA CONDESA.—¡Cómo q u e no q u i e r e ! . . . ¿ N o quiere
llar u n a salida m e n o s c r u e l , de b u e n g r a d o la a p r o v e -
lo q u e d e b e ?
charía para evitar toda violencia.
ILLO.—A v o s , señora, toca p e r s u a d i r l e . P o r m i p a r t e
LA CONDESA.—Nada m á s fácil. D e s p i d e á Wrangel,
y a h i c e lo q u e p u d e . . . S a l e h a b l á n d o n o s de fidelidad y
o l v i d a t u s s u e ñ o s , a b d i c a c o m p l e t a m e n t e el p a s a d o y
de c o n c i e n c i a .
d e c í d e t e á e m p r e n d e r n u e v a r u t a . T a m b i é n la v i r t u d
LA CONDESA.—Pero ¿ c ó m o es eso ?... C u a n d o el p l a -
tiene s u s h é r o e s , c o m o la g l o r i a y la f o r t u n a . V é á
zo estaba l e j a n o y se t e n d í a á t u s o j o s el c a m i n o , te
V i e n a al p u n t o con t u s t e s o r o s , y declara s e n c i l l a m e n -
m o s t r a b a s m u y d e c i d i d o y v a l i e n t e . . . y a h o r a q u e el
te q u e q u i s i s t e p o n e r á p r u e b a la fidelidad d e t u s s e r -
s u e ñ o se t r u e c a en r e a l i d a d y se a c e r c a el m o m e n t o
v i d o r e s y b u r l a r á los s u e c o s .
de la e j e c u c i ó n ; a h o r a q u e se o f r e c e c i e r t o el resulta-
ILLO.—Hasta p a r a t o m a r este p a r t i d o e s t a r d e y a .
d o . . . ¡te p o n e s á t e m b l a r ! ¡ P o r lo v i s t o e r e s o s a d o en
E s t á n m u y e n t e r a d o s d e lo o c u r r i d o . E s t o s e r í a p o n e r
los p r o y e c t o s , y c o b a r d e en la a c c i ó n ! C o n esto d a s la
razón á t u s e n e m i g o s , q u e es c a b a l m e n t e lo q u e la cabeza en el t a j o .
a g u a r d a n . E s t á n s e g u r o s d e q u e el p r o y e c t o e x i s t e , y LA CONDESA.—Nada t e m o p o r esta p a r t e . Fáltanles
p u e d e n c o n v e n c e r t e de ello con p a p e l e s s e l l a d o s y p r u e b a s p a r a j u z g a r l e s e g ú n las l e y e s , y no q u e r r á n
firmados, p e r o n o c r e e n e n su e j e c u c i ó n p o r q u e en- i n c u r r i r en u n acto d e a r b i t r a r i e d a d ; con q u e d e j a r á n
q u e se r e t i r e t r a n q u i l a m e n t e . Y a v e r é i s lo q u e v a á
pasar á m i juicio. Se p r e s e n t a r á el rey d e H u n g r í a , y do si no e m p l e a s en tu d e f e n s a el p o d e r q u e posees...
dejarán q u e el d u q u e se retire, c o m o e s natural, sin ¿ Y dónde hallarás u n a c r i a t u r a tan i n o f e n s i v a q u e no
necesidad de e x p l i c a c i ó n a l g u n a . L u é g o el r e y recibi- use, para d e f e n d e r su v i d a , todas s u s f u e r z a s ? ¿ Q u é
rá el j u r a m e n t o d e las t r o p a s , y t o d o s e g u i r á c o m o habrá tan o s a d o q u e no j u s t i f i q u e la n e c e s i d a d ?
hasta a q u í , y c o m o si n a d a h u b i e s e o c u r r i d o . En esto, WALLENSTEIN.—¡Fué t a n b u e n o el E m p e r a d o r para
el m e j o r día el d u q u e se retira á s u s castillos, trae á mí, en t i e m p o s ! . . . ¡ M e a m a b a , y m e e s t i m a b a t a n t o !
ellos la a n i m a c i ó n , caza, edifica, f o m e n t a la cría caba- ¡ Nadie p o s e y ó s u corazón c o m o y o ! ¿ Á q u i é n h o n r ó
llar, se rodea de u n a c o r t e , d a s u n t u o s o s b a n q u e t e s , como á m í ?... ¡ Y p a r a r en e s o !
d i s t r i b u y e c o n d e c o r a c i o n e s . . . es en una p a l a b r a un LA CONDESA.—Si con tal fidelidad r e c u e r d a s s u s m á s
r e y . . . ¡en p e q u e ñ o ! Y c o m o se ha m o s t r a d o bastante ligeros o b s e q u i o s , ¿ p o r q u é no tienes c u e n t a de las
juicioso para a b d i c a r s u i m p o r t a n c i a real, d e j a n q u e ofensas r e c i b i d a s ?... ¿ H e m o s de r e c o r d a r t e c ó m o re-
brille c u a n t o q u i e r a . . . Y a le t e n e m o s c o n v e r t i d o en c o m p e n s ó t u s leales s e r v i c i o s en R a t i s b o n a ? P a r ? en-
g r a n príncipe d e p o r v i d a . . . ¿ Y q u é ? S e r á u n o d e t a n - g r a n d e c e r al E m p e r a d o r , te i n d i s p u s i s t e con t o d o s
tos h o m b r e s de n u e v o c u ñ o q u e alzó la g u e r r a , he- los p r í n c i p e s , y a t r a j i s t e s o b r e t u cabeza la m a l d i -
c h u r a s de la corte, q u e f a b r i c a con la m i s m a facilidad
ción del m u n d o e n t e r o . T u a m i s t a d con F e r n a n d o , te
d u q u e s y príncipes.
e n e m i s t a b a con toda A l e m a n i a . Y c u a n d o en m e d i o de
WALLENSTEIN (levantándose: vivamente agitado).—¡Oh la d e s h e c h a b o r r a s c a no p o d í a s c o n t a r con otro a p o y o
Dios de m i s e r i c o r d i a , m u é s t r a m e el m e j o r c a m i n o ¿ t e lo prestó a c a s o ? . . . N o , te d e j ó s u c u m b i r , ¡te dejó
para salir d e esta a n g u s t i a ! ¡ A h ! Y o no p u e d o , con s u c u m b i r ! . . . q u é d i g o ? ¡ t e sacrificó al o r g u l l o del bá-
a l h a r a c a s d e h o m b r e v i r t u o s o , s a t i s f a c e r m e con m i s v a r o ! . . . N o d i g a s q u e con d e v o l v e r t e tu d i g n i d a d r e -
intenciones, ni decirle t a m p o c o á la s u e r t e q u e m e paró t a m a ñ a i n j u r i a , p o r q u e no f u é él q u i e n te la de-
a b a n d o n a , h a c i e n d o d e l m a g n á n i m o , «vé, no te nece- v o l v i ó sino la i m p e r i o s a l e y de la n e c e s i d a d .
sito»... ¡ A h ! n o ; si m e c r u z o d e b r a z o s s o y m u e r - WALLENSTEIN—Cierto ; no d e b o ni á s u v o l u n t a d , ni
to... L o q u e m e s u s p e n d e y d e t i e n e no e s el p e l i g r o , á s u afecto m i p o d e r ; si d e él a b u s o , no a b u s o de s u
ni el sacrificio, sino el deseo d e evitar tan g r a n d e e x t r e - confianza.
m i d a d . P e r o antes q u e h u n d i r m e en la n a d a , d e s p u é s LA CONDESA.—¡Afecto!... c o n f i a n z a ! P a l a b r a s ! ¡ q u e
de h a b e r sido t a n t o ; a n t e s q u e ser c o n f u n d i d o con
tenían n e c e s i d a d d e t i ! . . . ni m á s ni m e n o s . La necesi-
a q u e l l o s m i s e r a b l e s q u e en u n día se alzan y caen,
dad, el d é s p o t a r u d o á q u i e n p o c o i m p o r t a n los figu-
prefiero q u e la p o s t e r i d a d p r o n u n c i e m i n o m b r e con
r o n e s y los v a n o s n o m b r e s , q u e q u i e r e h e c h o s y no
h o r r o r y F r i e d l a n d sea m o t e de a b o r r e c i m i e n t o .
a p a r i e n c i a s , q u e b u s c a en t o d a s p a r t e s al más e x p e r t o
LA CONDESA.—¿Pero q u é h a y , en todo esto, contrario para fiarle el t i m ó n , así deba sacarlo del p o p u l a c h o ,
á la n a t u r a l e z a ? . . . p o r q u e y o no sé v e r l o . . . ¡ A h !... no esa f u é q u i e n te colocó á la c a b e z a , esa quien firmó tu
p e r m i t a s q u e los siniestros f a n t a s m a s d e la s u p e r s t i - n o m b r a m i e n t o . M i e n t r a s p u e d e , y p o r el t i e m p o que
ción e x t i n g a n la luz de tu i n t e l i g e n c i a . ¡ Q u é ! T e a c u - p u e d e , esa raza d e los p r í n c i p e s l l a m a en s u a u x i l i o
san de alta t r a i c i ó n ; con r a z ó n ó sin ella... P u e s b i e n ; s u s p r o p i o s y artificiosos esfuerzos, y e m p l e a á los ser-
ahora no se trata de esto. L o cierto es q u e e s t á s p e r d i - viles ; m a s c u a n d o las c i r c u n s t a n c i a s e x t r a o r d i n a r i a s
se acercan, y se d e s v a n e c e n los i m p o t e n t e s f a n t a s m a s , ningún i n f l u j o ejerciera en u n m o m e n t o d e c i s i v o ! . . .
todo va á p a r a r en m a n o s d e la p o d e r o s a n a t u r a l e z a , W A L L E N S T E I N (duran te estas últimas palabras, se pasea
de a q u e l l o s g i g a n t e s q u e no aceptan n i n g u n a conven- con viva agitación y luego se detiene de pronto éinterrum-
ción, y o b r a n sólo por p r o p i o i m p u l s o , no por i m p u l s o pe á la condesa).—¡Llamad á Wrangel!... Salgan inme-
ageno. diatamente tres c o r r e o s .
WALLENSTEIN.—Cierto q u e s i e m p r e m e v i e r o n tal ILLO.—¡ G r a c i a s á Dios ! (Se va corriendo.)
c o m o s o y . N u n c a les e n g a ñ é en m i s tratos. N u n c a les WALLENSTEIN.—¡Lo q u i e r e n su ángel malo y el m í o !
he o c u l t a d o m i carácter osado y a u d a z . De mí se s i r v e para c a s t i g a r l e . ¡ De mí, el i n s t r u m e n t o
LA CONDESA.—Todo lo c o n t r a r i o . . . S i te mostraste de su a m b i c i ó n ! C u a n t o á mi s u e r t e , p a r é c e m e q u e se
s i e m p r e t e m i b l e y fiel á ti m i s m o , la culpa f u é s u y a en halla afilado el h i e r r o d e la v e n g a n z a q u e h a de tras-
fiar el poder á quien tanto t e m í a n . El carácter s i e m p r e p a s a r m e . Q u i e n s i e m b r a los dientes del d r a g ó n no
acopde c o n s i g o m i s m o , no m e r e c e n i n g ú n r e p r o c h e ; p u e d e e s p e r a r m u y feliz c o s e c h a . T o d o crimen lleva
sólo y e r r a c u a n d o se contradice. ¿ N o e r e s acaso el consigo su c r u e l v e n g a d o r en la d e s e s p e r a c i ó n . . . N i él
m i s m o que, ocho años há, r e c o r r í a s A l e m a n i a á s a n g r e p u e d e fiar de m í , ni p u e d o y o r e t r o c e d e r . . . S u c e d a
y f u e g o , azote de los p u e b l o s , b u r l a n d o las ordenan- pues lo q u e q u i e r a . . . El destino decide d e todo y nos-
zas, e j e r c i e n d o la f u e r z a , h o l l a n d o t o d o d o m i n i o por otros no h a c e m o s m á s q u e e j e c u t a r s u s i m p e r i o s a s de-
e n g r a n d e c e r á tu d é s p o t a ? E n t o n c e s era ocasión de cisiones. (A Terzky.) C o n d u c e á W r a n g e l á mi d e s p a -
r o m p e r c o n t i g o y llamarte al orden. P e r o e n t o n c e s tal c h o ; q u i e r o h a b l a r y o m i s m o á los m e n s a j e r o s . . . Haz
c o n d u c t a era ú t i l al E m p e r a d o r y ¡ claro está ! s a n c i o -
llamar á O c t a v i o . (A la condesa que manifiesta su rego-
naba en silencio la violencia con su sello i m p e r i a l ! Y
cijo.) No te a l e g r e s tan p r o n t o , q u e el destino es celoso
lo q u e entonces era justo, p o r q u e obraba en s u f a v o r ,
y le o f e n d e la p r e m a t u r a a l e g r í a . D e p o n g a m o s la se-
¿ sería odioso a h o r a p o r q u e r e c a e en su p e r j u i c i o ?
milla en s u s m a n o s y a g u a r d e m o s á q u e el t i e m p o nos
W A L L E N S T E I N (levantándose).— N u n c a había m i r a d o m u e s t r e si g e r m i n ó para n u e s t r a v e n t u r a ó para n u e s -
las cosas desde este punto d e vista. R e a l m e n t e , c u a n t o tra p e r d i c i ó n . (Vase.—Cae el telón.)
e j e c u t é en prò del E m p e r a d o r era contrario al o r d e n ,
y á v e r d a d e r o s c r í m e n e s d e b o mi m a n t o de príncipe.
LA CONDESA.—Convengamos, p u e s , en q u e entre tú
y él no se trata d e justicia ni de deberes, y a t e n d a m o s
á la f u e r z a y á la ocasión. L l e g ó el m o m e n t o de fijar
los g r a n d e s cálculos de tu v i d a ; los m i s m o s astros se
m u e s t r a n p r o p i c i o s y te a n u n c i a n q u e ha llegado la
hora. ¿ P a r a q u é h a b r á s p a s a d o tu vida m i d i e n d o su
curso, trazando c í r c u l o s y c u a d r a n t e s , d i b u j a n d o en
las p a r e d e s zodíacos y e s f e r a s ? ¿ P a r a q u é r o d e a r t e de
m u d a s i m á g e n e s ? ¿ S e r á esto u n j u e g o infantil q u e á
nada te conduzca ? ¡ Q u é ineficaz sería tanta ciencia, si
buen a m i g o , parte esta m i s m a n o c h e ; t o m a m i s p r o p i o s
caballos. No h a y q u e a l a r g a r la d e s p e d i d a . E s p e r o q u e
volveremos á vernos, satisfechos y alegres.
O C T A V I O (á su hijo).—Tenemos que hablar. (Vase.)

ESCENA II

WALLENSTEIN, MAX PICCOLOMINI


ACTO II
MAX [acercándose á él).—Mi general!
WALLENSTEIN.—Ya n o lo s o y , si te l l a m a s todavía
oficial del E m p e r a d o r .
ESCENA PRIMERA
M A X . — E n t o n c e s e s cosa r e s u e l t a ; q u e r é i s a b a n d o n a r
el ejército?
WALLENSTEIN.—He r e n u n c i a d o al s e r v i c i o del E m p e -
rador.
W A L L E N S T E I N , O C T A V I O PICCOLOMINI; l u é g o MAX
M A X . — ¿ Y q u e r é i s a b a n d o n a r el e j é r c i t o ?
WALLENSTEIN.—Todo lo c o n t r a r i o . E s p e r o atarlo á
WALLENSTEIN
mi f o r t u n a con lazos m á s e s t r e c h o s y d u r a b l e s . (Se
sienta.) Sí, M a x ; no q u i s e f r a n q u e a r t e m i s e c r e t o has-
ta el m o m e n t o d e p o n e r l o en a c c i ó n . L o s j ó v e n e s so-
I F ^ ^ l í f E e s c r ^ e d e s d e L i n z q u e está e n f e r m o , c u a n -
léis t e n e r u n i n s t i n t o c e r t e r o y r á p i d o , y es g r a t o o b e -
i j do sé p o s i t i v a m e n t e q u e se halla e s c o n d i d o
d e c e r al p r o p i o j u i c i o c u a n d o se t r a t a de d a r h o n r o s o
I g l f t J J N en casa del c o n d e Gallas, e n F r a u e n b e r g .
e j e m p l o . M a s , c u a n d o h e m o s d e e l e g i r e n t r e dos
¡My^aSaial A a m b o s d e b e s p r e n d e r y t r a é r m e l o s a q u i .
m a l e s i g u a l m e n t e p o s i t i v o s , en q u e el corazón ha d e
T o m a el m a n d o d e los r e g i m i e n t o s e s p a ñ o l e s ; te entre-
salir v e n c i d o e n la l u c h a p o r el d e b e r , g r a n d i c h a e s
t e n d r á s en h a c e r s i e m p r e p r e p a r a t i v o s , sin hallarte
no h a b e r d e e l e g i r , y s i n g u l a r f a v o r la n e c e s i d a d . . .
n u n c a p r o n t o . Si i n t e n t a n f o r z a r t e á o b r a r c o n t r a m i .
Esta e x i s t e e n n u e s t r o caso... No v u e l v a s la vista a t r á s ;
m u é s t r a t e d i s p u e s t o , y c o n t i n ú a sin h a c e r n a d a . En-
sería i n ú t i l , m i r a h a c i a d e l a n t e . No j u z g u e s ; d i s p o n t e
t i e n d o q u e este p a r t i d o e s el q u e m á s c o n v i e n e á tu
á o b r a r ; la c o r t e ha r e s u e l t o p e r d e r m e , y a c u d o á pre-
carácter, p o r q u e bien q u e r r á s s a l v a r las a p a r i e n c i a s .
v e n i r m e . . . V a m o s á a l i a r n o s con los s u e c o s : v a l i e n t e s
C o m o no se h i c i e r o n para t i las r e s o l u c i o n e s e x t r e m a s
s o l d a d o s y m a g n í f i c o s aliados. (Se detiene, aguardando
te e l e g í ese p a p e l : t u i n a c c i ó n m e será esta v e z ú t i l í -
la respuesta de Piccolomini.) ¡Te sorprende!... ¡No me
sima. Si en esto la s u e r t e se d e c i d e e n f a v o r m í o , ya
c o n t e s t e s ! . . . q u i e r o q u e te t o m e s t i e m po para sere-
UAF-.
sabes lo q u e te toca h a c e r . (Sale Max.) A h o r a v é , m i
(Se Levanta y se dirige al foro. Max permanece largo rato ción ha c o n t a m i n a d o L a inocencia r e h u s a aban-
inmóvil, sumido en violento dolor, y á un gesto suyo, donar v u e s t r a f r e n t e d o n d e r e s p l a n d e c e el h o n o r . . .
Wallenstein vuelve á ponerse delante de él.) ¡Oh! alejad tan n e g r o p r o y e c t o , e n e m i g o d e v u e s t r a
MAX.—Mi general, h o y m e emancipáis de vuestra t r a n q u i l i d a d . . . F u é u n a pesadilla q u e vino á p e r t u r b a r
tutela, p o r q u e , hasta h o y , m e e v i t a b a i s el pesar d e vuestra austera v i r t u d : á esas p a s a j e r a s s u j e s t i o n e s
elegir m i camino. A todas p a r t e s os s e g u í a sin condi- v i v i m o s s o m e t i d o s , pero el á n i m o g e n e r o s o ha d e sa-
c i o n e s ; m e bastaba m i r a r o s , para estar s e g u r o d e ca- ber sojuzgarlas. N o acabaréis así; esto sería i n f a m a r
m i n a r p o r la buena senda. H o y p o r p r i m e r a v e z m e en faz de los h o m b r e s á los g r a n d e s c a r a c t e r e s , á las
ponéis en el caso de a p e l a r á mi p r o p i a conciencia y naturalezas p o d e r o s a s ; esto sería dar la razón al v u l g o
de e l e g i r entre ella y v o s . q u e desconfía s i e m p r e d e ellas c u a n d o libres, y sólo
WALLENSTEIN.—Hasta hoy, Max, m e c i d o p o r la f o r - deja de t e m e r l a s c u a n d o i m p o t e n t e s .
tuna, p u d i s t e c u m p l i r , c o m o j u g u e t e a n d o , t u s debe- WALLENSTEIN. — E l m u n d o m e c o n d e n a r á s e v e r o ; lo
res, e n t r e g a r t e á t u s n o b l e s i m p u l s o s , y o b r a r con sé. Y a me he d i c h o c u á n t o p o d í a d e c i r m e . ¿ Q u i é n no
entero corazón. H o y y a no es p o s i b l e . Dos c a m i n o s r e h u s a r í a la v i o l e n c i a , c u a n d o p u e d e p r e s c i n d i r d e
o p u e s t o s se abren á tu v i s t a ; los d e b e r e s c o m b a t e n ella? P e r o a q u í no q u e d a alternativa: ó usarla, ó sopor-
contra los deberes. F u e r z a es t o m a r p a r t i d o en la g u e - tarla. A este p u n t o he l l e g a d o .
rra q u e a r d e entre tu a m i g o y el E m p e r a d o r . M A X . — P u e s bien, s e a . C o n s e r v a d v u e s t r o p u e s t o á
MAX.— ¡ La g u e r r a ! ¿ Este e s el n o m b r e q u e le con- mano a r m a d a ; resistid al E m p e r a d o r , y p u e s t o q u e e s
viene, p o r v e n t u r a ? L a g u e r r a es t e m i b l e , c o m o azote forzoso, d e c l a r a o s en a b i e r t a r e b e l i ó n . Y a q u e no p u e d a
d e Dios; p e r o como t o d o azote, p u e d e ser justa y útil. aplaudirlo, he d e e x c u s a r l o , y a u n q u e lo c e n s u r e m e
¿Es justa la g u e r r a q u e h a r é i s al E m p e r a d o r c o n s u s asociaré á v u e s t r a c o n d u c t a . . . P e r o no seáis traidor...
p r o p i a s a r m a s ? . . . A h Dios mío! ¡qué m u d a n z a ! Habla- he p r o n u n c i a d o la p a l a b r a . . . no seáis t r a i d o r . . . P o r q u e
ros y o así á vos!... á v o s , q u e f u i s t e i s c o m o m i estrella y a no es un a r r e b a t o , y a no es una f a l t a c o m e t i d a p o r
polar, fija é invariable!... ¡el d e c h a d o d e m i v i d a ! ¡ A h , la e x a c e r b a c i ó n d e las pasiones, no, e s a l g o distinto,
q u é m o d o d e d e s g a r r a r m e el corazón!... ¡ C ó m o r e n u n - una acción n e g r a , n e g r a c o m o el infierno.
ciaré á ver e n c a r n a d o en v u e s t r o n o m b r e m i a r r a i g a -
W A L L E N S T E I N (sombrío y reprimiéndose). — ¡ Con q u é
do respeto! C ó m o p e r d e r la santa c o s t u m b r e d e la obe-
ligereza hablan los j ó v e n e s , y p r o n u n c i a n f r a s e s q u e
diencia!... No volváis el r o s t r o : f u é s i e m p r e para mí
deben m a n e j a r s e con la p r u d e n c i a del filo d e u n a es-
como la faz d e Dios m i s m o , y no p u e d e p e r d e r d e un
p a d a ! Con s u a r d i e n t e i m a g i n a c i ó n m i d e n las cosas
solo g o l p e s u influjo. Mi a l m a se liberta con s a n g r i e n -
que no están t o d a v í a á su a l c a n c e , y usan las p a l a b r a s
tos esfuerzos, p e r o a ú n detiene m i s s e n t i d o s el anti-
de bien y m a l , d i g n i d a d y oprobio, c o m o si tal cosa, y
g u o lazo.
aplican á los h o m b r e s y á s u s actos las ideas fantásticas
WALLENSTEIN.—Oye, Max. q u e ocultan esos c o n c e p t o s i m p o n e n t e s ! La inteligen-
MAX.— ¡ A h ! no lo h a g á i s ! ¡no lo h a g á i s p o r D i o s ! . . . cia es vasta, M a x , p e r o el m u n d o es e s t r e c h o . L a s
V e d ; tan fatal resolución no se ha i m p r e s o a ú n en ideas cohabitan f á c i l m e n t e , sin e m b a r a z a r s e , u n a j u n t o
v u e s t r a noble y p u r a fisonomía, no; sólo la i m a g i n a - a otra; p e r o en el m u n d o real las cosas c h o c a n entre
sí, y para q u e una ocupe su lugar, es forzoso que otra mente, m i s r á p i d o s m e n s a j e r o s v u e l a n hacia Praga y
se retire. Q u i e n no q u i e r e ser rechazado, debe recha- Egra. Ponte de mi lado ; h a c e m o s lo q u e debemos, y
zar á los d e m á s ; la l u c h a es la s u p r e m a ley, y la victo- m a r c h a m o s con d i g n i d a d y paso firme y seguro por
ria pertenece á la f u e r z a . S í ; en buen hora logrará el c a m i n o de la necesidad. ¿ E n q u é soy y o m á s cul-
m a n t e n e r s e p u r o en p u r o elemento y habitar entre pable que el gran César c u y o n o m b r e resuena aún
tenues llamas c o m o la salamandra, q u i e n cruza el ca- por el u n i v e r s o entero ? Contra la m i s m a Roma dirigió
mino de la v i d a sin d e s e o s , sin dirigirse á u n t é r m i n o , aquellas l e g i o n e s q u e de R o m a había recibido para su
pero á m í n a t u r a l e z a m e sacó de más r u d a astilla ; la defensa. Si h u b i e s e soltado la espada, estaba perdido,
ambición m e e n c a d e n a á la tierra, y la tierra es patri- como lo estaría y o a c t u a l m e n t e . Siento en mí algo de
monio del e s p í r i t u del mal, no del bien. C u a n t o s dones su g e n i o . P r o t é j a m e c o m o a él la fortuna, y me encar-
d e b e m o s al cielo, c o m u n e s son á todos; su luz nos ale- g o del resto.
gra, mas no nos e n r i q u e c e , y nadie a d q u i e r e de ellos (Max, que hasta aquí ha sido victima de viva agitación, se
posesión; pero el oro y las piedras preciosas hay que va rápidamente. Wallenstein le contempla sorprendido,
arrancarlas á las falsas y perversas d i v i n i d a d e s que
y queda absorto en sws pensamientos.)
habitan en el seno de la tierra. Sólo con sacrificios se
m u e s t r a n p r o p i c i a s , y no hay mortal que salga de la
lucha c o n s e r v a n d o su p u r e z a .
E S C E N A III
MAX (con expresión),— ¡ A h , t e m e d , temed á esas fal-
sas d i v i n i d a d e s , infieles á su palabra! ¡ F a l a c e s espíri- W A L L E N S T E I N . — T E R Z K Y ; l u e g o ILLO
tus que os a r r a s t r a n al abismo con artificiosas menti-
r a s ! . . . ¡ A h , no o s fiéis de ellas, os r e p i t o ! . . . V o l v e d al
camino del d e b e r . . . ¡ S i ! . . . os será posible t o d a v í a ; TERZKY.—¿ E s t a b a s hablando con Max ?
m a n d a d m e á V i e n a . . . Dejadme negociar la paz con el WALLENSTEIN.—¿ Dónde esta W r a n g e l ?
E m p e r a d o r . . . No os conoce bien, pero os conozco y o , TERZKY.—Se fué.
y sabrá v e r o s á t r a v é s de m i s ojos y renacerá su con- WALLENSTEIN.—¿ T a n p r o n t o ?
fianza. TERZKY.—¡ C o m o si lo hubiese tragado la t i e r r a !
WALLENSTEIN.—ES t a r d e ya. T ú ignoras lo ocurrido. A p e n a s te dejó, f u i en su busca para hablarle, y ya se
MAX.—Si han l l e g a d o las cosas á tal p u n t o que sólo había m a r c h a d o , sin q u e nadie pudiera decirme dónde
el c r i m e n p u e d a p r e s e r v a r o s de la ruina, caed al m e n o s estaba. C r e e r í a q u e es el diablo en p e r s o n a ; u n hom-
d i g n a m e n t e c o m o habéis v i v i d o hasta ahora. Dejad el bre no p u e d e e v a p o r a r s e así tan de repente.
m a n d o ; a b a n d o n a d el c a m p a m e n t o . P u e s t o que po- ILLO (saliendo).—¿Es verdad que h a s fiado una comi-
déis hacerlo con g l o r i a , sea también con inocencia; ya
sión al padre ?
que tanto v i v i s t e i s para los demás, vivid, en fin, por TERZKY.—¡ C ó m o ! ¡á O c t a v i o ! ¿ E n eso piensas?
v o s ; yo os a c o m p a ñ a r é ; y o encadenaré m i suerte á la WALLENSTEIN.—Va á F r a u e n b e r g al frente de los re-
vuestra. g i m i e n t o s e s p a ñ o l e s é italianos.
WALLENSTEIN.—Es tarde. Mientras hablas t ú inútil- TERZKY.—Dios q u i e r a q u e no realices este proyecto.
19
ILLO.—¿ P i e n s a s en confiar las t r o p a s á ese pérfido y ILLO.—¡ O h q u é c i e g o estas, á p e s a r de t u perspi-
p e r m i t e s q u e se aleje en el m o m e n t o decisivo? cacia!
TERZKY.—¡ No lo h a g a s , p o r Dios, no lo h a g a s ! WALLENSTEIN.—No d e r r i b a r é i s m i confianza, p o r q u e
WALLENSTEIN.— ¡ V a y a q u e sois s i n g u l a r e s ! se basa en la m á s alta c i e n c i a . S i m e e n g a ñ a él, la as-
ILLO.—Atiende á m i c o n s e j o , s i q u i e r a u n a v e z ; no trologia e s u n a m e n t i r a . El d e s t i n o m e dió una p r e n d a
le d e j e s p a r t i r . s e g u r a de la fidelidad d e O c t a v i o .
W A L L E N S T E I N . — ¿ Y p o r q u é no fiaré en él esta v e z
c o m o t o d a s ? ¿ Q u é ha p a s a d o q u e d e s t r u y a la b u e n a
o p i n i ó n en q u e le t e n g o ? No sé q u e deba m u d a r m i
s e n t i r con r e s p e c t o á él, s e g ú n q u i e r a v u e s t r o capri-
c h o . ¡ S i c r e e r é i s q u e s o y v o l u b l e c o m o una m u j e r !
C a b a l m e n t e p o r q u e he fiado e n él hasta h o y , q u i e r o
s e g u i r fiándome d e él h o y .
TERZKY.—Mas ¿ por q u é c o m i s i o n a r l e á él ? Q u e v a y a
otro.
WALLENSTEIN.—No. Ha d e ser O c t a v i o , y b a s t a . E s el
m á s apto. P o r esto le e l e g í .
ILLO.—No, sino p o r q u e es i t a l i a n o .
WALLENSTEIN.—Ya sé q u e n u n c a t u v i s t e i s g r a n afi-
ción al p a d r e ni al hijo. C o m o s a b é i s q u e los e s t i m o y
q u i e r o , y los p r e f i e r o o s t e n s i b l e m e n t e á v o s o t r o s , los
celos os c i e g a n ; ¿ p e r o á m í q u é m e i m p o r t a n v u e s t r o s
c e l o s ? ¡ Q u e los o d i á i s ! B u e n o ; no p o r esto d e s m e r e -
c e r á n á m i s ojos. A m a o s ó a b o r r e c e o s c o m o g u s t é i s ; á
t o d o s d e j o en libertad p a r a sentir lo q u e g u s t e n , m a s
y o conozco p e r f e c t a m e n t e la valía de cada u n o de vos-
otros.
ILLO.—¿ Y quién r e s p o n d e de q u e esa p r e n d a no te
ILLO.—Pues y o te juro q u e no saldrá, así deba r o m -
engaña ?
per su carruaje.
WALLENSTEIN.—Hay m o m e n t o s e n la vida del h o m -
WALLENSTEIN.—Modérate, Illo.
bre q u e le a c e r c a n al e s p í r i t u q u e lo g o b i e r n a , y d u -
TERZKY. — M i e n t r a s e s t u v o a q u í Q u e s t e n b e r g , le
r a n t e los c u a l e s p u e d e i n t e r r o g a r al acaso. E n u n o d e
a c o m p a ñ ó c o n s t a n t e m e n t e ; no se dejaron u n m i n u t o .
esos m o m e n t o s , la v í s p e r a d e la batalla d e L u t z e n , y
WALLENSTEIN.—Lo sabía y lo p e r m i t í a .
d e s p u é s d e a n o c h e c i d o , m e hallaba p e n s a t i v o y r e c o s -
TERZKY.—¡ Y los m e n s a j e s s e c r e t o s q u e r e c i b i ó d e
t a d o e n u n árbol c o n t e m p l a n d o con e r r a n t e m i r a d a la
G a l l a s ! . . . ¿ sabes esto ?
l l a n u r a . B r i l l a b a n á lo l e j o s con siniestro r e s p l a n d o r á
WALLENSTEIN.—Esto es falso.
t r a v é s d e la n i e b l a las h o g u e r a s del c a m p a m e n t o , y
sólo i n t e r r u m p í a el silencio el grito monótono de los
centinelas y el sordo r u m o r de las armas. En aquel
punto, mi vida entera, con su pasado y su porvenir,
discurría por delante de mi v i s t a ; m i espíritu soñador
se complacía en atar á los p r ó x i m o s sucesos del día
siguiente los más lejanos y f u t u r o s . Y m e decía á mí
m i s m o : « ¡ C u á n t o s h o m b r e s , sujetos á tu m a n d o !
C o m o sobre un n ú m e r o de la lotería, pusieron su for-
tuna sobre tu c a b e z a ; se embarcaron contigo en la
nave de la suerte. Y no obstante, si un día esta los
dispersara, ¡ c u á n pocos permanecerían fieles á t i ! . . .
Esto quisiera saber: <J cuál de ellos, entre cuantos en-
cierra este c a m p a m e n t o , será el m á s fiel? Dámelo á
conocer por un signo ¡oh h a d o ! S e a el primero que
mañana por la m a ñ a n a m e dé una prueba de adhe-
sión.» Y m e dormí pensando en esto, y soñé: soñé q u e
m e hallaba entre el f r a g o r de la batalla, c u a n d o una
bala mató á m i caballo, y vine al suelo. Jinetes y caba-
llos pasaron sobre mí sin concederme siquiera una
m i r a d a c o m p a s i v a ; y a c í a en tierra ahogado, m o r i b u n -
do, pisoteado. De pronto acude en m i auxilio un brazo
poderoso ; era O c t a v i o . Despierto, era ya de día, miro:
Octavio estaba ante mi. « H e r m a n o — m e d i j o — n o mon-
tes h o y el caballo pío que acostumbras, sino éste que
he elegido para ti. Hazlo por el cariño q u e m e tienes ;
u n sueño m e ha s u g e r i d o esta idea.» Y á la velocidad
del caballo que m e dió debí el escapar á los d r a g o n e s
de Bannier, que m e p e r s e g u í a n . En cambio, m i p r i m o
montó aquel día el q u e y o solía m o n t a r y no he vuelto
á ver ni al caballo ni al jinete.

ILLO.—¡ P u r a c a s u a l i d a d !
W A L L E N S T E I N (con gravedad). — L a casualidad no
e x i s t e ; cuanto nos parece ciego y fatal proviene direc-
tamente de las m á s p r o f u n d a s causas. T e n g o la s e g u -
W A L L E N S T E I N . — H e r m a n o — m e dijo—no montes el caballo..
ridad de que Octavio es m i á n g e l b u e n o ; ahora, ni una
palabra más. (Se retira.)
TERZKY.—Consuélame ver q u e nos q u e d a M a x en
rehenes.
ILLO.—Y éste no saldría v i v o d e a q u í .
WALLENSTEIN (volviendo). — S o i s c o m o las m u j e r e s
que v u e l v e n s i e m p r e á lo m i s m o tras h a b e r l e s hablado
en razón d u r a n t e h o r a s e n t e r a s . L a s acciones y pensa-
mientos h u m a n o s no son c o m o las olas del m a r q u e se
agitan f a t a l m e n t e ; p a r t e n de un m u n d o interior, y
manan de él c o m o de p r o f u n d a mina ; su desenvolvi-
miento necesario es c o m o el de los árboles, sin que
pueda d e s n a t u r a l i z a r l o la s u e r t e . He p e n e t r a d o hasta
el f o n d o del a l m a h u m a n a , y conozco p e r f e c t a m e n t e
sus v o l u n t a d e s y acciones. (Vanse.)

E S C E N A IV

A p o s e n t o en la casa de P i c c o l o m i n i

OCTAVIO PICCOLOMINI, d i s p u e s t o á p a r t i r . — U n A Y U D A N T E

OCTAVIO.—¿ Están en sus p u e s t o s los h o m b r e s que


ordené?
EL AYUDANTE.—Abajo esperan.
OCTAVIO.—1 Es g e n t e d e fiar, v e r d a d ? ¿De q u é regi-
miento son?
EL AYUDANTE.—Del d e Tiefenbach.
OCTAVIO.—Este es fiel. Q u e a g u a r d e n t r a n q u i l a m e n t e
en el patio t r a s e r o , y q u e no salgan hasta que s u e n e
la c a m p a n a . E n t o n c e s c e r r a r é i s la p u e r t a y la c u s t o -
diaréis, y q u e d a r á p r e s o t o d o el q u e se halle d e n t r o .
('Vase el Ayudante.) C i e r t o q u e no creo n e c e s i t a r s u s
servicios, p o r q u e estoy s e g u r o d e mi cálculo. P e r o se
trata de s e r v i r al E m p e r a d o r , y el j u e g o es de i m p o r -
tancia, con q u e vale m á s p e c a r por e x c e s o d e p r e c a u -
ciones.
ISOLANI.—¡ D i a b l o ! . . . ¿ Q u é s i g n i f i c a esto ?... ¿No sois
vos ?... E n t o n c e s , ¿ á q u é h e v e n i d o y o ?
ESCENA V O C T A V I O . — Á d e c l a r a r lisa y f r a n c a m e n t e si queréis
ser a m i g o ó e n e m i g o d e l E m p e r a d o r .
OCTAVIO.—ISOLANl
ISOLANI (con altivez).—Contestaré á q u i e n tenga dere-
cho á p r e g u n t á r m e l o .
ISOLANL—Aquí e s t o y . ¿ Ha de v e n i r a l g u i e n m á s de OCTAVIO.—Este p a p e l os dirá si t e n g o ese d e r e c h o .
los n u e s t r o s ?
ISOLANI.—¡ C ó m o ! . . . ¡ el sello y la firma del E m p e r a -
OCTAVIO (con misterio).—Antes, una palabra, conde dor! (Leyendo.) « T o d o s los jefes d e n u e s t r o ejército
Isolani.
»obedecerán á las ó r d e n e s de n u e s t r o fiel y m u y a m a d o
ISOLANI (también con misterio).— ¿ S e da el g o l p e ?
»teniente g e n e r a l O c t a v i o P i c c o l o m i n i , c o m o á nues-
¿ E s t á d e c i d i d o el p r í n c i p e ? F i a d en m í . P o n e d m e á
»tra p r o p i a p e r s o n a . » ¡ A h !... r e a l m e n t e . . . S í . . . s e ñ o r
prueba.
general, os felicito.
OCTAVIO.—Podría ser. OCTAVIO.—¿Os s o m e t é i s á esa o r d e n ?
ISOLANI.—Camarada, n o soy d e los q u e h a b l a n m u - ISOLANI.—¿Yo ?... ¡ A s í t a n d e s o r p r e s a ! S u p o n g o q u e
c h o , y l u é g o se e s c u r r e n l l e g a d o el m o m e n t o . El d u q u e
me a c o r d a r é i s a l g ú n t i e m p o p a r a r e f l e x i o n a r .
se p o r t ó c o n m i g o c o m o b u e n o . Dios lo sabe; se lo d e b o
OCTAVIO.—Dos minutos.
t o d o . P u e d e c o n t a r con m i fidelidad.
ISOLANI. — ¡ P o r Dios! me parece q u e el a s u n -
OCTAVIO.—Esto h e m o s de ver.
to es...
ISOLANI. P e r o , estad s o b r e a v i s o , p o r q u e no t o d o s
OCTAVIO.—Muy claro y sencillo. S e t r a t a de saber si
p i e n s a n c o m o y o . M u c h o s h a y q u e son t o d a v í a p a r t i -
q u e r é i s h a c e r l e t r a i c i ó n á v u e s t r o s o b e r a n o , ó servirle
darios d e la corte y q u e o p i n a n ser n u l a s y de n i n g ú n
fielmente.
valor las firmas a r r a n c a d a s p o r s o r p r e s a p o c o h á .
ISOLANI.—¿ Hacerle t r a i c i ó n ?... ¿ Q u i é n habló de h a -
OCTAVIO.—Decidme s u s n o m b r e s .
cerle t r a i c i ó n ?
ISOLANI. ¡ P o r v i d a ! T o d o s los a l e m a n e s son de ese
OCTAVIO.—He a q u í los h e c h o s : El p r í n c i p e es u n
p a r e c e r . . . T a m b i é n S t e r h a z y , K a u n i t z , D e o d a t i , decla-
traidor, y q u i e r e p a s a r s e con su e j é r c i t o al e n e m i g o .
ran a h o r a q u e es f u e r z a o b e d e c e r á la c o r t e .
Hablad, p u e s , l l a n a m e n t e y sin d e m o r a . ¿Sois p e r j u r o ?
OCTAVIO.—Me a l e g r o .
¿ q u e r é i s v e n d e r o s al e n e m i g o ?... Decid.
ISOLANI.—¡ C ó m o q u e os a l e g r á i s !
ISOLANI.—¡Qué o c u r r e n c i a ! . . . F a l t a r y o á m i jura-
OCTAVIO. S í ; m e place v e r q u e el E m p e r a d o r c u e n t a
m e n t o al E m p e r a d o r ! . . . ¿He d i c h o esto ? ¿ C u á n d o h e
con tan b u e n o s a m i g o s y b r a v o s s e r v i d o r e s .
d i c h o esto ?
ISOLANI. NO OS c h a n c e é i s , a m i g o , q u e no e s g e n t e
para poco. OCTAVIO.—Nada h a b é i s d i c h o t o d a v í a , es verdad.
A g u a r d o lo q u e d i g á i s .
OCTAVIO. C i e r t o q u e no. Dios m e l i b r e de t o m a r l o
ISOLANI.—Observad u n a cosa q u e m e c o m p l a c e . V o s
a chanza. M e place s i n c e r a m e n t e v e r tan f u e r t e la b u e -
na c a u s a . m i s m o sois t e s t i g o d e q u e n o h e d i c h o n a d a q u e se le
parezca.
BUTTLER.—Mucho m e h o n r á i s .
OCTAVIO.—Quedamos, p u e s , en q u e os s e p a r á i s del
OCTAVIO (después de haberse sentado ambos).—Ayer no
príncipe.
respondisteis á a l g u n a s i n s i n u a c i o n e s m í a s , conside-
ISOLANI.—-¡ S i u r d i ó u n a t r a i c i ó n ! . . . L a t r a i c i ó n r o m -
rándolas sin d u d a v a n a f ó r m u l a de c u m p l i d o . M i d e s e o
pe todo lazo.
era, sin e m b a r g o , m u y serio y p a r t í a del corazón, p o r -
OCTAVIO.—,: E s t á i s r e s u e l t o á c o m b a t i r c o n t r a él ?
que e s t a m o s e n u n o s t i e m p o s en q u e los b u e n o s d e b e n
ISOLANI.—Se p o r t ó conmigo m u y generosamente;
unirse e s t r e c h a m e n t e .
p e r o si es t r a i d o r , c a s t i g ú e l e el cielo. Q u e d a saldada
BUTTLER.—Sí, p e r o sólo cabe alianza e n t r e los q u e
nuestra cuenta.
son d e u n m i s m o p a r e c e r .
OCTAVIO.—Celebro q u e os r e s i g n é i s sin o p o s i c i ó n .
OCTAVIO.—Siempre f u e r o n de u n m i s m o p a r e c e r los
Esta m i s m a n o c h e s a l d r é i s de a q u í al f r e n t e de las tro-
b u e n o s . P a r a j u z g a r á los h o m b r e s sólo a t i e n d o á los
p a s l i g e r a s . . . c o m o si la o r d e n partiera del d u q u e . El
actos q u e r e a l i z a n l i b r e m e n t e á i m p u l s o s d e su p r o p i o
p u n t o d e r e u n i ó n e s F r a u e n b e r g ; allí r e c i b i r é i s de
carácter; con f r e c u e n c i a a r r a s t r a n á los m e j o r e s f u e r a
Gallas nuevas instrucciones.
del b u e n c a m i n o la v i o l e n c i a y la p r e o c u p a c i ó n . . . P a -
ISOLANI.—Está b i e n . A c o r d á o s de r e c o m e n d a r m e al
sasteis por F r a u e n b e r g . . . ¿ n a d a o s confió el c o n d e Ga-
E m p e r a d o r . D e s e o q u e le conste q u e m e hallasteis bien
l l a s ? Hablad claro ; es m i a m i g o .
dispuesto.
BUTTLER.—Sólo m e i n s i n u ó a l g o .
OCTAVIO.—Elogiaré v u e s t r a c o n d u c t a . (Vase Isolani.
Sale un criado.) ¡ El c o r o n e l Buttler ! B i e n . OCTAVIO.—Lo s i e n t o ; s u s c o n s e j o s h u b i e r a n sido
ISOLANI (volviendo). — E x c u s a d , m i v i e j o c a m a r a d a , m u y b u e n o s , y m e veo o b l i g a d o á d a r l o s .
m i s m o d a l e s . ¡ D i o s ! ¡ Q u i é n podía figurarse q u e se las BUTTLER.—Excusad tal m o l e s t i a , y á m í el e m b a r a z o
h a b í a con tan g r a n p e r s o n a j e ! de m o s t r a r m e i n d i g n o d e la o p i n i ó n q u e os m e r e z c o .
OCTAVIO.—Bien, b i e n . OCTAVIO.—Los m o m e n t o s s o n p r e c i o s o s . Hablemos
ISOLANI.—Soy, a u n q u e viejo, algo a l e g r e d e cascos. f r a n c a m e n t e . Y a s a b é i s á q u é p u n t o h a n l l e g a d o las
S i con el calor del v i n o se m e escapó a l g u n a frasecilla cosas. El d u q u e p r o y e c t a u n a t r a i c i ó n ; m á s p u e d o de-
contra la corte, c o n s t e q u e f u é sin m a l a i n t e n c i ó n . ciros : la h a e j e c u t a d o y a . Hace a l g u n a s h o r a s firmó el
(Vase.) tratado de alianza con los e n e m i g o s y salieron c o r r e o s
OCTAVIO.—Cuanto á e s o , tranquilizáos. T o d o pasó... de g a b i n e t e p a r a E g r a y P r a g a . M a ñ a n a q u i e r e n lle-
¡ Ojalá t e n g a t a n b u e n a m a n o con el o t r o ! v a r n o s al c a m p a m e n t o e n e m i g o . P e r o el d u q u e se
e n g a ñ a , p o r q u e la p r u d e n c i a v e l a p o r el E m p e r a d o r ,
y éste c u e n t a a ú n con a m i g o s fieles que forman una
ESCENA VI liga p o d e r o s a , a u n q u e i g n o r a d a . S e m e j a n t e acto con-
d e n a al d u q u e á la p r o s c r i p c i ó n , e x i m e á las t r o p a s d e
OCTAVIO PICCOLOMINI, BUTTLER
la o b e d i e n c i a y a g r u p a á m i s ó r d e n e s á t o d o s los h o m -
B U T T L E R . — A la o r d e n , general. bres de b u e n a v o l u n t a d . A h o r a , e l e g i d : ¿ q u e r é i s de-
OCTAVIO.—Bien v e n i d o , m i digno c a m a r a d a y exce- f e n d e r á n u e s t r o lado la b u e n a c a u s a , ó c o m p a r t i r con
lente a m i g o . él la s u e r t e de los m a l v a d o s ?
300 WALLENSTEIN WALLENSTEIN 301

BUTTLER.—Su s u e r t e será la mía.


ción el a b o l e n g o y los títulos q u e el mérito personal, y
OCTAVIO.—¿ Esta resolución es i r r e v o c a b l e ?
no paso d e n i n g ú n modo por q u e se me trate p e o r q u e
BUTTLER.—Sí.
á m i s i g u a l e s . En mal h o r a cedí á la tentación. ¡ E r a
OCTAVIO.-—Meditadlo, coronel; todavía e s t i e m p o . La una locura, lo sé, mas no m e r e c í a e x p i a r l a tan d u r a -
f r a s e q u e h a b é i s p r o n u n c i a d o con harta p r e c i p i t a c i ó n , mente. B a s t a b a una negativa. ¿ P o r q u é hacerla m á s
q u e d a s e p u l t a d a en mi p e c h o . R e c o g e d l a , si q u e r é i s ; cruel con el insulto y el desprecio ? ¿ p o r q u é p i s o t e a r
e l e g i d m e j o r p a r t i d o , p o r q u e ese no es b u e n o . con a m a r g a s b u r l a s a u n pobre v i e j o , á un fiel servi-
BUTTLER.—¿Tenéis algo m á s q u e m a n d a r m e ? dor? ¿ p o r q u é recordarle tan d u r a m e n t e su baja c u n a ?
OCTAVIO.—¡ P e n s a d en v u e s t r a s c a n a s !... ¡ R e t r o c e - P o r q u e t u v o la flaqueza d e olvidarla u n i n s t a n t e . . .
ded! Pero la n a t u r a l e z a armó con v e n e n o s o d a r d o al reptil
BUTTLER.—Quedad con Dios. para v e n g a r s e del que le aplasta o r g u l l o s o .
OCTAVIO.— ¿ C o n q u e vais á d e s e n v a i n a r v u e s t r a leal
OCTAVIO.—Seguramente os c a l u m n i a r o n . ¿ A d i v i n á i s
e s p a d a ? ¿ T r o c a r é i s p o r la m a l d i c i ó n la g r a t i t u d del
quién p u d o haceros tan flaco servicio ?
A u s t r i a p o r v u e s t r o s cuarenta años d e fidelidad ?
BUTTLER.—¿Qué me i m p o r t a ? A l g ú n m i s e r a b l e cor-
B U T T L E R ( c o n amarga sonrisa). — ¿ L a g r a t i t u d del
tesano, a l g ú n español l i n a j u d o q u e t e m i ó , e n v i d i o s o ,
Austria !
v e r s e o f u s c a d o por mis servicios.
(Hace que se va. Octavio le deja llegar hasta la puerta y
OCTAVIO.—Decidme, ¿ a p r o b a b a el d u q u e ese p a s o ?
luego le llama.)
BUTTLER.—Él mismo me i n d u j o á é l , é i n t e r v i n o so-
OCTAVIO.—¡ B u t t l e r !
licito en mi f a v o r con noble y a r d o r o s o celo.
BUTTLER.—¿ Q u é q u e r é i s ?
OCTAVIO.—¿De v e r a s ? ¿ E s t á i s s e g u r o d e ello?
OCTAVIO.—¿ Me d i r é i s q u é pasó con lo del c o n d a d o ?
BUTTLER.—¿ C o n el c o n d a d o ¿ Qué ?
BUTTLER.—Yo mismo leí la carta.
OCTAVIO.—También y o , p e r o era d e m u y distinta
OCTAVIO.—Sí, me r e f i e r o al titulo d e conde que
vos... n a t u r a l e z a . (Buttler se sorprende.) El acaso la p u s o en
m i s m a n o s ; p o d é i s enteraros d e ella con v u e s t r o s pro-
BUTTLER (colérico).—¡ A h !... ¡ Mil r a y o s !
pios ojos. (Le da la carta•)
OCTAVIO (fríamente).—Parece q u e lo solicitasteis y
BUTTLER.—¿Qué es esto?
os lo n e g a r o n .
OCTAVIO.—Mucho t e m o , c o r o n e l , q u e se b u r l a r o n
BUTTLER.—No me insultaréis i m p u n e m e n t e . ¡ En
guardia ! v e r g o n z o s a m e n t e de v o s . Decís q u e el d u q u e os m o v i ó
á p r e s e n t a r v u e s t r a instancia... y en esta carta habla
OCTAVIO.—Envainad vuestra espada, y contadme
d e v o s con desdén y aconseja al m i n i s t r o q u e c a s t i g u e
t r a n q u i l a m e n t e c ó m o f u é . N o he d e r e h u s a r o s d e s p u é s
v u e s t r a i m p r u d e n c i a , c o m o él la l l a m a . (Á Buttler, des-
u n a satisfacción.
pués de haber leído la carta, lejlaquean las piernas, y se
BUTTLER.—Sea. S e p a el m u n d o mi flaqueza, q u e no
sienta en una silla.) C o n s t e , p u e s , q u e nadie os q u i e r e
m e p e r d o n o . S í , g e n e r a l ; y o soy a m b i c i o s o , y en m i
mal, ni os p e r s i g u e otro e n e m i g o q u e el m i s m o d u q u e .
vida he p o d i d o s o p o r t a r el d e s p r e c i o . Me l a s t i m a en
De él partió la ofensa, y h a r t o se v e s u designio: q u i s o
el a l m a q u e en el ejército m e r e z c a n m a y o r c o n s i d e r a -
s e p a r a r o s d e v u e s t r o e m p e r a d o r y o b t e n e r del rencor
lo q u e n u n c a c o n s i g u i e r a de v u e s t r a lealtad a c r i s o l a d a , BUTTLER.—Pues bien; d e j a d m e a q u í , b a j o m i p a l a b r a
con á n i m o t r a n q u i l o . O s c o n v e r t í a en c i e g o i n s t r u - de honor.
mento de sus c u l p a b l e s maquinaciones; por desgracia OCTAVIO.—¿Qué estáis t r a m a n d o ?
h a r t o lo alcanzó. BUTTLER.—Dejadme a q u í con m i r e g i m i e n t o .
BUTTLER (con voz temblona). — ¿ El E m p e r a d o r me OCTAVIO.—Fío en v o s ; pero d e c i d m e q u é os p r o p o -
perdona ? néis.
OCTAVIO.—Hace m á s : repara la i n j u s t a a f r e n t a i n f e - BUTTLER.—Los h e c h o s lo d i r á n . P o r de p r o n t o , no
rida á u n d i g n o s o l d a d o , y confirma el f a v o r q u e con queráis s a b e r m á s . B i e n p o d é i s fiar e n m í . ¡ Mil r a y o s !
c r i m i n a l intención o s a c o r d a b a el p r í n c i p e . V u e s t r o No lo confiáis p r e c i s a m e n t e á s u á n g e l b u e n o . A d i ó s .
r e g i m i e n t o os p e r t e n e c e . (Buttler intenta levantarse, (Vase.)
pero cae otra vez desplomado sobre la silla; su agitación UN CRIADO (trayendo un billete).—Un d e s c o n o c i d o tra-
le impide hablar: por fin toma la espada y la entrega á jo este billete y ha d e s a p a r e c i d o . L o s c a b a l l o s del p r í n -
Piccolomini.) ¿ Q u é hacéis?... Serenaos. cipe a g u a r d a n á la p u e r t a . (Vase.)
BUTTLER.—Tomad. OCTAVIO.—«Procurad salir c u a n t o antes. V u e s t r o fiel
OCTAVIO.—¿Por q u é ?... S e r e n a o s r e p i t o . Isolani.» ¡ A h , q u é g a n a s t e n g o d e d e j a r esta c i u d a d !
BUTTLER.—-Tomad e s t a e s p a d a ; y a no soy d i g n o d e N a u f r a g a r á la vista del p u e r t o ! P a r t a m o s , p a r t a m o s .
ceñirla. A q u í no e s t o y y a s e g u r o . ¿ P e r o , d ó n d e está m i hijo ?
OCTAVIO.—Recibidla d e n u e v o de m i m a n o , y s e r v i o s
de ella para d e f e n d e r l a buena causa.
BUTTLER.—Hice t r a i c i ó n al E m p e r a d o r , tan b u e n o y E S C E N A VII
generoso para mí.
LOS DOS P I C C O L O M I N I . — M a x , v i v a m e n t e agitado, c e ñ u d o ,
OCTAVIO.—Reparad v u e s t r a f a l t a ; s e p a r a o s del du-
e x t r a v i a d o s los o j o s , con paso i n s e g u r o , al parecer sin v e r á
que. su padre, que le c o n t e m p l a de l e j o s c o m p a s i v o . Se adelanta á
BUTTLER.— ¡ S e p a r a r m e de él! g r a n d e s p a s o s , se d e t i e n e de n u e v o , y l u é g o se echa s o b r e
OCTAVIO.— ¡ C ó m o ! . . . ¿ E n q u é estáis p e n s a n d o ? una silla, fija é i n m ó v i l la mirada.
BUTTLER (con acento terrible). — ¡ Sólo s e p a r a r m e d e
él!... Morirá. OCTAVIO (acercándose á él).—Hijo m í o . . . y o parto. (Su
OCTAVIO.—Seguidme á F r a u e n b e r g , donde t o d o s l o s hijo no contesta. Le toma la mano.) Hijo m í o , a d i ó s .
s u b d i t o s fieles se r e ú n e n con Gallas y A l t r i n g e r . Á m u - MAX.— ¡ Adiós!
c h o s o t r o s t r a j e d e n u e v o á su d e b e r , y esta n o c h e sa- OCTAVIO.—Pronto m e s e g u i r á s .
len d e P i l s e n . M A X . — ¡ S e g u i r o s y o ! . . . V u e s t r o c a m i n o es t o r t u o s o ,
BUTTLER (hondamente conmovido, se adelanta hacia Oc- y no es el m í o . (Octavio retira la mano y retrocede.) ¡Oh!
tavio mirándole de hito en hito).—Conde Piccolomini, A ser v o s m á s leal y sincero, las c o s a s no h u b i e r a n lle-
el h o m b r e q u e h a v i o l a d o su fe, ¿ p u e d e h a b l a r o s d e g a d o á este p u n t o , y s e r í a n m u y o t r a s . No h u b i e r a to-
honor? m a d o él su terrible d e c i s i ó n ; los b u e n o s conservaran
OCTAVIO.—Puede, si se arrepiente con alma entera. t o d a v í a s u i m p e r i o , y no h u b i e s e caído en las r e d e s
de los m a l o s . ¿ P o r q u é os deslizasteis s e c r e t a m e n t e y ¿ Q u e r é i s a r r e b a t a r m e el ú n i c o c o n s u e l o q u e m e resta:
con a s t u c i a d e t r á s de él p a r a e s p i a r l e , á g u i s a d e la- su c o m p a s i ó n ? ¿He de c u m p l i r c r u e l m e n t e u n a resolu-
d r ó n ó m a l h e c h o r ? ¡Fatal f a l s e d a d , m a d r e de t o d o s los ción y a c r u e l d e s u y o ? ¿He d e e s c o n d e r m e de ella,
m a l e s ! t ú n o s a r r o j a s á la d e s o l a c i ó n , t ú nos p i e r d e s , c o m o si m e f u g a r a c o m o u n c o b a r d e ? A h n o ! Q u i e r o
c u a n d o la n o b l e v e r d a d , p r o t e c t o r a de los h o m b r e s , q u e vea m i d o l o r y sienta m i s sollozos y v i e r t a lágri-
nos h u b i e r a s a l v a d o . A h p a d r e m í o ! . . . no p u e d o d i s - m a s por m í . L o s h o m b r e s son c r u e l e s , p e r o ella es u n
culparos... no puedo. El d u q u e me engañó cruelmen- ángel, y m e salvará d e la d e s e s p e r a c i ó n y v e r t e r á el
t e , m u y cierto, pero vos no obrasteis algo mejor bálsamo d e s u s c o n s u e l o s s o b r e m i s m o r t a l e s h e r i d a s .
q u e él. OCTAVIO.—Mira q u e n o p o d r á s s e p a r a r t e de ella;
OCTAVIO. — ¡ Hijo m í o ! p e r d o n o á t u aflicción estas salva t u v i r t u d .
palabras. M A X . — C e s a d de h a b l a r m e en. v a n o . O b e d e z c o á la
MAX (levantándose y contemplándole con expresión de voz de m i c o r a z ó n , la única q u e m e inspira confianza.
sospecha).—i S e r á posible, p a d r e m í o ? O b r a s t e i s a c a s o O C T A V I O (temblando y fuera dssi).—¡Max! ¡Max! S i ha
con d e l i b e r a d o d e s i g n i o ? P o r q u e la v e r d a d es q u e so- de h e r i r m e tan c r u e n t o d o l o r . . . si t ú , m i p r o p i o h i j o . . .
bre su caída se f u n d a v u e s t r a e l e v a c i ó n . ¡ Q u é p e n a m e m i s a n g r e . . . no q u i e r o p e n s a r l o . . . si f u e r a s t ú capaz d e
causa esto! s e m e j a n t e i g n o m i n i a , é i n f l i g i e r a s t a m a ñ a a f r e n t a al
OCTAVIO.— ¡ Dios del c i e l o ! h o n o r de m i casa, el m u n d o vería con espanto y en hó-
MAX.— ¡ A y d e m í ! ¡ C ó m o se t r u e c a la n a t u r a l e z a á rrido c o m b a t e g o t e a r la s a n g r e del p a d r e en la e s p a d a
m i s ojos y se hinca la s o s p e c h a e n m i a l m a , tan feliz del hijo.
hasta h o y ! C o n f i a n z a , e s p e r a n z a , f e . . . ¡todo se ha p e r d i - MAX.—Otra fuera vuestra conducta, á tener mejor
do, p u e s t o q u e todo m e e n g a ñ ó ! . . . P e r o n o . . . no t o d o . opinión d e los h o m b r e s . ¡Malditas s o s p e c h a s ! ¡Deplo-
Ella v i v e a ú n , ¡ella, t o d o v e r d a d y p u r e z a c o m o el cielo! rable d u d a ! T o d o v a c i l a , todo se h u n d e c u a n d o cesa
E n todas p a r t e s r e i n a la t r a i c i ó n y la h i p o c r e s í a , el la confianza.
asesinato, el v e n e n o , el p e r j u r i o y la f a l s e d a d ; n u e s t r o
OCTAVIO.—Y si c o n f í o en ti ¿ t e será p o s i b l e s i e m p r e
a m o r es el ú n i c o s e n t i m i e n t o p u r o , e l ú n i c o s a n t u a r i o
seguir tus inspiraciones?
no p r o f a n a d o t o d a v í a .
M A X . — C u a n d o v o s no h a b é i s p o d i d o s o f o c a r m i s im-
OCTAVIO.—Sigúeme, M a x . . . es lo m e j o r . pulsos, no h a d e p o d e r l o el d u q u e .
MAX.—¡ Qué.! ¿ sin d a r l e el ú l t i m o a d i ó s ? . . . J a m á s . OCTAVIO.—¡Oh, M a x , y a no te v o l v e r é á v e r j a m á s !
OCTAVIO.—Excusa el d o l o r d e una s e p a r a c i ó n n e c e -
M A X . — J a m á s i n d i g n o de v o s .
saria. V e n c o n m i g o , h i j o m í o . (Quiere llevárselo.)
OCTAVIO.—Yo s a l g o i n m e d i a t a m e n t e en dirección á
MAX.—No q u i e r o , c o m o h a y Dios.
F r a u e n b e r g ; te d e j o para t u d e f e n s a los r e g i m i e n t o s d e
OCTAVIO (insistiendo).—Vente; t u p a d r e te lo m a n d a .
P a p p e n h e i m , de L o r e n a , d e T o s c a n a y de T i e f e n b a c h ,
M A X . — M a n d a d m e lo q u e sea h u m a n a m e n t e p o s i b l e .
q u e te a m a n , y p r e f e r i r í a n s u c u m b i r con v a l o r antes
Y o me quedo.
q u e faltar á s u jefe y á s u j u r a m e n t o .
OCTAVIO.—Sigúeme; e n n o m b r e del E m p e r a d o r .
M A X . — P r o m e t o m o r i r e n el c o m b a t e ó sacarlos d e
M A X . — E l E m p e r a d o r no m a n d a e n m i c o r a z ó n .
Pilsen.
W A L L E N S T EIN

OCTAVIO.—Adiós, h i j o m í o !
MAX.—Adiós.
OCTAVIO.— ¡ Q u é ! . . . ni u n a m i r a d a d e afecto, ni u n
apretón de m a n o s p o r d e s p e d i d a , c u a n d o m a r c h a m o s
á u n a g u e r r a c r u e n t a d e incierto r e s u l t a d o !... N o nos
s e p a r á b a m o s así o t r a s v e c e s . ¡Entonces, es v e r d a d q u e
he p e r d i d o á m i hijo!
(Max se arroja en sus brazos, y ambos permanecen largo
tiempo abrazados en silencio. Luego se va cada cual por
diferente lado.)
ACTO III

ESCENA PRIMERA

Habitación de la d u q u e s a de Friedland

LA CONDESA T E R Z K Y . - T E C L A . - L A SEÑORITA DE NEU-


B R U N N ; las d o s ú l t i m a s trabajando en la labor

LA CONDESA

ADA tienes q u e p r e g u n t a r m e , s o b r i n a ? . . . nada


a b s o l u t a m e n t e ? M u c h o há q u e a g u a r d o u n a
p r e g u n t a . . . ¿ C ó m o p u e d e s p a s a r t e tantas
h o r a s sin p r o n u n c i a r su n o m b r e u n a sola
vez ? Sin d u d a te parece y a s u p e r f l u o m i a u x i l i o ó ha-
llasteis otro m e d i o d e c o m u n i c a r o s . . . C o n f i é s a l o : ¿ l e
has visto ?
TECLA.—Ni a y e r , ni h o y .

LA CONDESA.—¿ S a b e s algo de él ? Nada m e ocultes.


TECLA.—Ni una palabra.
LA CONDESA.—¡ Y s i g u e s tan t r a n q u i l a !
TECLA.—Tan t r a n q u i l a .
L A CONDESA (á la Neubrunn).—Dejadnos solas.
(Vase la Neubrunn.)
W A L L E N S T EIN

OCTAVIO.—Adiós, h i j o m í o !
MAX.—Adiós.
OCTAVIO.— ¡ Q u é ! . . . ni u n a m i r a d a d e afecto, ni u n
apretón de m a n o s p o r d e s p e d i d a , c u a n d o m a r c h a m o s
á u n a g u e r r a c r u e n t a d e incierto r e s u l t a d o !... N o nos
s e p a r á b a m o s así o t r a s v e c e s . ¡Entonces, es v e r d a d q u e
he p e r d i d o á m i hijo!
(Max se arroja en sus brazos, y ambos permanecen largo
tiempo abrazados en silencio. Luego se va cada cual por
diferente lado.)
ACTO III

ESCENA PRIMERA

Habitación de la d u q u e s a de Friedland

LA CONDESA T E R Z K Y . - T E C L A . - L A SEÑORITA DE NEU-


B R U N N ; las d o s ú l t i m a s trabajando en la labor

LA CONDESA

ADA tienes q u e p r e g u n t a r m e , s o b r i n a ? . . . nada


a b s o l u t a m e n t e ? M u c h o há q u e a g u a r d o u n a
p r e g u n t a . . . ¿ C ó m o p u e d e s p a s a r t e tantas
h o r a s sin p r o n u n c i a r su n o m b r e u n a sola
vez ? Sin d u d a te parece y a s u p e r f l u o m i a u x i l i o ó ha-
llasteis otro m e d i o d e c o m u n i c a r o s . . . C o n f i é s a l o : ¿ l e
has visto ?
TECLA.—Ni a y e r , ni h o y .

LA CONDESA.—¿ S a b e s algo de él ? Nada m e ocultes.


TECLA.—Ni una palabra.
LA CONDESA.—¡ Y s i g u e s tan t r a n q u i l a !
TECLA.—Tan t r a n q u i l a .
L A CONDESA (á la Neubrunn).—Dejadnos solas.
(Vase la Neubrunn.)
LA CONDESA.—Pero a h o r a se trata de p r o b a r n o su
lealtad, sino s u a m o r . E s t a s p a l a b r a s son m u y elásticas
ESCENA II y e q u í v o c a s , y e s f u e r z a q u e así lo c o m p r e n d a . El a m o r
ha de e n s e ñ a r l e e n q u é c o n s i s t e el honor.
LA CONDESA.-TECLA TECLA.— ¿ C ó m o ?
LA CONDESA.—ES f u e r z a q u e r e n u n c i e al E m p e r a d o r
ó á ti.
LA CONDESA.—Francamente, n o m e g u s t a v e r l e g u a r -
TECLA.—Se r e t i r a r á d e l servicio, y s e g u i r á al lado
d a r tal silencio en los m o m e n t o s a c t u a l e s .
de mi p a d r e . Y a s a b é i s c u á n t o d e s e a d e j a r las a r m a s .
T E C L A . — P u e s a h o r a es o p o r t u n o ; en los m o m e n t o s
LA CONDESA.—Es f u e r z a , no q u e las d e p o n g a , sino
actuales.
que se sirva de ellas en pró de t u p a d r e .
LA CONDESA.—¿ A h o r a q u e lo sabe todo ?
TECLA.—Hablad m á s c l a r o , si q u e r é i s q u e os c o m - TECLA.—La v i d a d a r á p o r él si h a y q u i e n se le
prenda. atreve.
LA CONDESA.—Veo q u e no q u i e r e s c o m p r e n d e r
LA CONDESA.—Por eso h e q u e r i d o q u e d a r sola conti-
g o . Y a n o eres una niña, T e c l a . T u corazón no necesi- ¡ Pues bien!... S a b e q u e t u p a d r e ha roto con el E m -
ta y a t u t o r , p o r q u e a m a s y el a m o r da f u e r z a y e n e r - p e r a d o r y q u e v a á r e u n i r s e al f r e n t e de su e j é r c i t o
g í a , de lo c u a l has dado y a p r u e b a s : en esto te p a r e c e s con los e n e m i g o s .
más á tu padre que á tu m a d r e . Puedes, por tanto, TECLA.—¡ O h , m a d r e m í a !
oir c o s a s q u e ella no sería c a p a z d e s o p o r t a r . LA CONDESA.—Necesita u n g r a n e j e m p l o q u e decida
T E C L A . — O s r u e g o q u e a b r e v i é i s . P o c o i m p o r t a lo á las t r o p a s . L o s P i c c o l o m i n i e j e r c e n s o b r e ellas g r a n
q u e t e n g á i s q u e d e c i r m e ; h a b l a d . S e g u r o q u e no m e influjo, y su p a r t i d o será d e c i s i v o . N o s a s e g u r a m o s al
a t o r m e n t a r á tanto c o m o ese e x o r d i o . D e c í d m e l o t o d o p a d r e por m e d i o del h i j o . . . M u c h o p u e d e s h a c e r t ú .
en p o c a s palabras. TECLA.—¡Oh, madre mía! ¡ Q u é golpe mortal te
LA CONDESA.—No te a s u s t e s , por D i o s ! a m e n a z a ! . . . j A h ! . . . no s o b r e v i v i r á á él.
TECLA.—Hablad, por c o m p a s i ó n . LA CONDESA.— S e s o m e t e r á á las c i r c u n s t a n c i a s : la
LA CONDESA.—De ti d e p e n d e h a c e r u n g r a n servicio conozco m u c h o . L o l e j a n o é i n d e c i s o la a b r u m a , p e r o
á tu padre. lo real é i r r e p a r a b l e lo s o p o r t a con r e s i g n a c i ó n .
TECLA.—¿ De m í ? ¿ Q u é p u e d o h a c e r y o ? TECLA.—¡ C ó m o p r e s e n t í a todo e s o ! . . . Y a l l e g ó , y a
LA CONDESA.—Max te a m a , y t ú p u e d e s atarle á t u está a q u í la fría m a n o d e la s u e r t e q u e m e arrebata
p a d r e con lazo i n d i s o l u b l e . todas m i s e s p e r a n z a s !... Harto lo s a b í a ! E n el m i s m o
T E C L A . — ¿ Q u é n e c e s i d a d h a y d e m í p a r a eso, si e l p u n t o en q u e p i s é esta c a s a , a d v e r t í s o b r e m í cabeza
lazo existe y a ? los a s t r o s d e la d e s v e n t u r a . . . M a s , ¿ p o r q u é p e n s a r e n
LA CONDESA.—Existía. m í antes q u e en m i m a d r e ? ¡ O h , m a d r e m í a , madre
TECLA.—¿Y por q u é no s u b s i s t i r á a h o r a ? mia!
LA CONDESA.—Porque s i g u e a d i c t o al E m p e r a d o r . L a CONDESA.—Serénate, hija, y n o te d e s h a g a s en
TECLA.—Cuanto lo e x i j a n su h o n o r y lealtad. lamentaciones. Conserva para tu padre un amigo, y
un a m a n t e p a r a ti. T o d o p u e d e t e n e r b u e n fin t o d a v í a . [Tecla, vivamente conmovida, se echa en bracos de su ma-
TECLA.—¡ B u e n fin !... ¿ Y c ó m o ?... E s t a m o s s e p a r a - dre, sollozando largo rato.)
dos p a r a s i e m p r e , ¡ ay de m í ! No h a y q u e h a b l a r m á s LA DUQUESA.—¡ A h , h o m b r e inflexible é i n t r a t a b l e !
en ello. Cuánto h e d e b i d o p a d e c e r y s u f r i r en m i m a t r i m o n i o !
LA CONDESA.—No te a b a n d o n a r á ; no p u e d e a b a n d o - Toda m i v i d a con él ha sido u n a c o n t i n u a angustia,
narte. como si m e h u b i e s e n e n c a d e n a d o á u n c a r r o de f u e g o
TECLA.—¡ D e s v e n t u r a d o ! siempre g i r a n d o , s i e m p r e d e s p e ñ a d o con v i o l e n c i a !
LA CONDESA.—Si te a m a d e v e r a s , p r o n t o lo t e n d r á Me arrastró al b o r d e de u n a b i s m o e s c a r p a d o , d o n d e
resuelto. vivo s i e n d o v í c t i m a del e s p a n t o y el v é r t i g o . Hija m í a ,
T E C L A . — P r o n t o lo t e n d r á r e s u e l t o ; s e g u r o . ¿ P e r o no llores... No t e m a s q u e m i s penas sean p r e s a g i o de
q u é ? . . . ¿ C a b e s i q u i e r a q u e h a y a de r e s o l v e r s e toda- las t u y a s . No h a y o t r o F r i e d l a n d en el m u n d o ; con
vía ? q u e no h a s de t e m e r la s u e r t e d e tu m a d r e .
LA CONDESA.— S e r é n a t e . . . siento q u e se a c e r c a tu T E C L A . — H u y a m o s , m a d r e m í a , h u y a m o s : no se hizo
madre. para n o s o t r o s esta casa. C a d a hora q u e se acerca trae
TECLA.—¿ C ó m o s o p o r t a r é su vista ? un n u e v o sobresalto.
LA CONDESA. — S e r é n a t e . LA DUQUESA.—¡ Más t r a n q u i l a sera tu s u e r t e , h i j a
m í a ! Y o m i s m a , t u p a d r e y y o , h e m o s visto días m e -
jores, q u e á v e c e s r e c u e r d o con placer. E n t o n c e s se
E S C E N A III mostraba a c t i v o y s e r e n o á la p a r ; s u a m b i c i ó n e r a
como el f u e g o m o d e r a d o q u e calienta, no la v i o l e n t a
Dichas.—LA DUQUESA llama q u e d e v o r a . A m a d o del E m p e r a d o r , g o z a b a de
su confianza ; el E m p e r a d o r le c o n s u l t a b a e n t o d a s s u s
LA DUQUESA (á la condesa).— ¿ Q u i é n e s t a b a a q u í ? e m p r e s a s ; m a s d e s d e el día d e s d i c h a d o de R a t i s b o n a ,
Me p a r e c i ó h a b e r oído h a b l a r á a l g u i e n con v i v e z a . en q u e f u é d e p u e s t o , se v o l v i ó d e s c o n f i a d o , s u s p i c a z ,
LA CONDESA.—Nadie. m i s á n t r o p o , s o m b r í o , y , s i e m p r e i n q u i e t o , p e r d i d a la
LA DUQUESA.—Estoy tan a s u s t a d i z a . . . ! A l m á s l e v e fe en su a n t i g u a f o r t u n a , se a r r o j ó á o s c u r o s m a n e j o s ,
r u i d o m e figuro v e r e n t r a r a l g ú n m e n s a j e r o de des- funestos á sus autores.
g r a c i a . . . D i m e , ¿ q u é o c u r r e ? ¿ O b e d e c e r á al E m p e r a - LA CONDESA.—Esta es v u e s t r a o p i n i ó n , pero no m e
d o r ? ¿ E n v i a r á la caballería al cardenal ? ¿ D e s p i d i ó á
parece m u y p r o p i a de este m o m e n t o , m i e n t r a s le es-
Q u e s t e n b e r g con f a v o r a b l e m e n s a j e ? Habla.
tamos a g u a r d a n d o . P r o n t o estará a q u í y n o c o n v i e n e
LA CONDESA.—NO; no es este el p a r t i d o q u e t o m ó . q u e os v e a en s e m e j a n t e e s t a d o .
LA DUQUESA.—Entonces, esto es h e c h o . ¡ P r e s i e n t o LA DUQUESA.—Ven, hija m í a , e n j u g a t u s lágrimas,
una gran desventura!... L e destituirán, y tendremos m u é s t r a t e á t u p a d r e con la f r e n t e s e r e n a . Mira, q u e
otra v e z lo de R a t i s b o n a .
traes en d e s o r d e n el p e l o ; r e c o g e esas t r e n z a s . . . V e n ,
LA CONDESA.—Tranquilízate; esta v e z las c o s a s lle- seca t u s l á g r i m a s , q u e e m p a ñ a n t u d u l c e mirada...
v a r á n otro c a m i n o , y o te lo a s e g u r o .
¿ Q u é iba á d e c i r ? . . . ¡ A h ! . . . y a sé... ¿ S a b e s q u e P i c c o -
lomini m e parece u n joven d e m u c h o talento y m u y i m i t a por e n g a ñ a r n o s el a c e n t o d e la v e r d a d con im-
distinguido? postores oráculos ? Perdóneme mi bravo compañero
LA CONDESA.—¡ V e r d a d ! m i secreta i n j u s t i c i a , p e r o el caso es q u e u n senti-
T E C L A (á la condesa, con ansiedad).—Tía, h a z m e el miento que no puedo dominar, y que no quiero llamar
f a v o r de e x c u s a r m e . (Hace que se va.) m i e d o , m e s o b r e c o g e á s u v i s t a y d e t i e n e el libre im-
LA CONDESA.—¿ A d o n d e v a s ?... T u p a d r e está a q u í . p u l s o de la a m i s t a d . ¡ Y p e n s a r q u e él m e ofrece la
TECLA.—Ahora no puedo verle. primera prenda de ventura!
LA CONDESA.—Pero te e c h a r á d e m e n o s , y te lla- ILLO.—No d u d e s q u e su e j e m p l o s e d u c i r á á los de-
mará. m á s jefes del e j é r c i t o .
LA DUQUESA.—¿ P o r q u é t e v a s ? . WALLENSTEIN.—Ahora v é , y t r á e m e a q u í á Isolani.
TECLA.—Me es i m p o s i b l e v e r l e . Hace p o c o le hice u n f a v o r , y q u i e r o empez.ar por él.
L A CONDESA (á la duquesa).—Se siente i n d i s p u e s t a . (Vase Illo.—Se adelantan las tres mujeres.) ¡ A h ! . . . ¡ aquí
LA DUQUESA (inquieta).—¿ Q u é tienes, hija m í a ? m i e s p o s a y m i hija 1 D e s c a n s e m o s u n instante de
(Ambas la siguen y procuran detenerla. En esto sale Wa • nuestros cuidados. Acercaos, que necesito pasar una
llenstein hablando con Ilio.) h o r a d e c a l m a en b r a z o s d e los m í o s .
LA CONDESA.—Tiempo há q u e n o n o s h a b í a m o s vis-
to r e u n i d o s c o m o h o y , h e r m a n o m í o .
ESCENA IV W A L L E N S T E I N (aparte á la condesa).—¿ Está ya prepa-
rada p a r a o i r m e ?
Dichas.—WALLENSTEIN.—ILLO LA CONDESA.—Todavía no.
WALLENSTEIN.—Ven, hija m í a ; s i é n t a t e j u n t o á m í .
WALLENSTEIN.—i N a d a o c u r r e en el c a m p a m e n t o ? Me p o n d e r ó t u m a d r e t u t a l e n t o ; dice q u e fluye de t u s
I L L O . — T o d o está t r a n q u i l o . labios b á l s a m o s a l u d a b l e con t u voz tierna y m e l o d i o -
WALLENSTEIN.—En b r e v e tal v e z r e c i b i r e m o s la noti- sa. U n a v o z así necesito y o a h o r a p a r a a l e j a r el m a l é -
cia d e q u e P r a g a es n u e s t r a ; e n t o n c e s p o d r e m o s arro- fico e s p í r i t u q u e se c i e r n e s o b r e m i c a b e z a .
jar la m á s c a r a y a n u n c i a r á las t r o p a s el paso q u e d i - LA DUQUESA.—¿ Dónde está t u l a ú d , T e c l a ? V e n a c á ;
m o s y s u s r e s u l t a d o s . E n e s t o s c a s o s el e j e m p l o e s el dale á t u p a d r e u n a p r u e b a de t u h a b i l i d a d .
g r a n a g e n t e ; el h o m b r e es u n sér i m i t a d o r , y q u i e n TECLA.—¡ O h , m a d r e mía 1 ¡ o h , Dios m í o !
m a r c h a á la cabeza, c o n d u c e el r e b a ñ o . L a s t r o p a s d e LA DUQUESA.—Ven, T e c l a , dale esta a l e g r í a á t u p a d r e .
P r a g a sólo saben q u e P i l s e n se alzó p o r n o s o t r o s , y TECLA.—No p u e d o , no p u e d o , m a d r e m í a !
b a s t a r á q u e P r a g a d é el e j e m p l o p a r a q u e P i l s e n n o s LA CONDESA.—¿ Q u é d i c e s ?... ¿ Q u é te p a s a ?
j u r e fidelidad. D i m e , ( se d e c l a r ó B u t t l e r ? T E C L A (á la condesa).— ¡ C o m p a s i ó n ! . . . C a n t a r en
I L L O . — E s p o n t á n e a m e n t e , y sin p r e v i a invitación, este m o m e n t o 1... en tal a n g u s t i a ! . . . d e l a n t e de él, q u e
vino á ofrecerme sus tropas. e m p u j a á m i p o b r e m a d r e á la m u e r t e !
WALLENSTEIN.—Por lo v i s t o , n o h a y q u e fiar d e p r e - LA DUQUESA.—Vamos, T e c l a ! . . . ¿ c a p r i c h i t o s tene-
s e n t i m i e n t o s . ¡ C u á n t a s v e c e s el e s p í r i t u de la m e n t i r a m o s ? . . . T u p a d r e no p u e d e d e s e a r en v a n o . . .
WALLENSTEIN
114 WA LLENSTEIN

LA CONDESA.—Aquí está el laüd. WALLENSTEIN.—Le darán derechos sobre mi cora-


TECLA.—¡ Dios m í o !... ¿ c ó m o podré... ? zón. pero no sobre m i hija.
L A D U Q U E S A . — S U jerarquía, su alcurnia...
(Coge el Laúd con mano temblorosa y lucha consigo mis-
ma ; pero apenas se dispone á empezar, con súbito te- WALLENSTEIN.—¡ S u a l c u r n i a ! . . . Después de todo no
rror lo echa al suelo y se va corriendo.) es mas q u e un vasallo, y y o quiero buscarme un yerno
LA DUQUESA. — ¡ H i j a m í a ! Está e n f e r m a , sin en los tronos de E u r o p a .
duda. LA DUQUESA.—¡ A h , esposo m í o ! . . . ¡Más nos valiera
WALLENSTEIN.—Pero ¿ q u é tiene?... ¿ le ocurre eso á no subir tan alto por miedo á más honda caída!
menudo ? WALLENSTEIN.—¡Y tú quieres que tantos sacrificios
LA CONDESA.—Ya q u e ella se vende, no q u i e r o callar como hice por alzarme hasta el lugar en que m e hallo,
más. y dejar á la zaga al v u l g o , parasen en un enlace ordi-
WALLENSTEIN.—¡ P u e s ! . . . ¿ q u é h a y ? nario! A h , no... (Calla de pronto y dice serenándose:) E s
LA CONDESA.—Le ama. cuanto sobrevivirá de m í en este m u n d o . Q u i e r o ceñir
W A L L E N S T E I N . - ¿ L e a m a ?... ¿ A q u i é n ? á su frente una corona, ó perecer en la demanda.
LA CONDESA.—A P i c c o l o m i n i . ¿No lo has notado? ¡Pues q u é ! cabalmente ahora en q u e lo arriesgo todo,
¿ Ni tú t a m p o c o ? absolutamente todo, para darle m á s alto destino (Se
LA DUQUESA.—¡Con q u e esto es lo que la trae per- detiene pensativo)... s e c u n d a r ahora ese amor, como
turbada de ese m o d o ! . . . Dios te bendiga, hija m í a : no padre sin carácter y contraer esa alianza c o m ú n . . .
tienes por qué r u b o r i z a r t e de t u elección. ¡hoy cabalmente consentir!... ¡ h o y que se va á consu-
LA CONDESA.—Ese v i a j e . . . Si era otro tu designio, tú mar m i o b r a ! . . . No, no... es mi m a y o r y m á s g u a r d a d o
tienes la c u l p a ; debiste elegir otro g u í a . tesoro, el lote m á s precioso de m i riqueza, y no he de
W A L L E N S T E I N — ¿ Y él lo s a b e ? trocarlo sino por u n cetro real.
LA CONDESA.—Confía hacerla s u y a . LA DUQUESA.-¡Ah, esposo m í o ! Así construyes tu
WALLENSTEIN.—¡ C ó m o s u y a !... ¡ Ese m u c h a c h o está edificio, y le elevas hasta las nubes con creciente afán,
loco! sin pensar que sus m e z q u i n o s cimientos no soportan
LA CONDESA.—Pues díselo á ella misma. la frágil y vacilante fabrica.
WALLENSTEIN.—¡ F i g u r a r s e obtener la hija de Fried- WALLENSTEIN (á la condesa).—i Le dijiste á dónde
land !... P u e s me g u s t a . . . No es corto de genio. quiero que se retire?
LA CONDESA.—¡Como s i e m p r e te le has mostrado tan LA CONDESA.—Todavía no. T ú m i s m o se lo dirás.
amigo!... LA DUQUESA.—¡Cómo! ¿No v o l v e m o s á Carin-
W A L L E N S T E I N . —¿ Y con eso basta para que aspire á tia?
h e r e d a r m e ? Sí, lo confieso, le quiero m u c h o y le t e n - WALLENSTEIN.—No.
go en m u c h o , pero ¿ q u é tiene eso q u e v e r con la LA DUQUESA.—¡Ó á c u a l q u i e r a de nuestras tierras !
m a n o de mi h i j a ? ¿ S ó l o concediéndola se demuestra WALLENSTEIN.—No estaríais s e g u r a s .
á uno la estimación ? LA DUQUESA.—¿ En los estados del Emperador no es-
LA DUQUESA.—Su noble carácter, sus costumbres... taríamos s e g u r a s ?
WALLENSTEIN.—La e s p o s a d e F r i e d l a n d no d e b e e s - TERZKY.—¿Cómo no?... ¿ N i á Deodati tampoco?
p e r a r nada d e l E m p e r a d o r . L o s dos han d e s a p a r e c i d o .
L A D U Q U E S A . — ¡ A h , Dios m í o ! ¡ A tal p u n t o h a b é i s
l l e v a d o las c o s a s !
WALLENSTEIN.—En Holanda h a l l a r é i s un asilo. ESCENA VI
A u n país l u t e r a n o nos m a n d a s ?
L A DUQUESA.—,;
WALLENSTEIN.—El d u q u e d e L a u e n b u r g os a c o m - Dichos. - ILLO

pañará.
L A D U Q U E S A . — ¡ L a u e n b u r g ! ¡el aliado d e los s u e - I L L O . —¿ T e ha dicho Terzky...
c o s !... ¡ el e n e m i g o del E m p e r a d o r ! T E R Z K Y . — T o d o lo sabe.
WALLENSTEIN.—Los e n e m i g o s del E m p e r a d o r y a no ILLO.—¿Sabe también que Maradas, Esterhazy,
lo son m í o s . Goetz, Collalto y K a u n i t z le a b a n d o n a r o n ?
L A D U Q U E S A (mirando con espanto al duque y á la con-
TERZKY.—¡Demonio!
desa).—] E n t o n c e s es cierto y está d e c i d i d o q u e c a í s t e
WALLENSTEIN (haciéndole una seña).— \ S i l e n c i o .
en d e s g r a c i a y p e r d i s t e el m a n d o ! ¡ Dios m í o , Dios
L A CONDESA (que los habrá observado inquieta y a dis-
mío!
tancia, se acerca á ellos).-Terzky... ¡ g r a n D i o s ! . . . ¿que
L A CONDESA (al duque).—Dejémosla e n esta idea ; y a
pasa ?
v e s q u e no p o d r í a s o p o r t a r la v e r d a d .
WALLENSTEIN.—Nada. S a l g a m o s .
TERZKY (siguiéndole).— N a d a , nada, T e r e s a .
L A CONDESA (le detiene).-] C ó m o nada ! ¡ n o v e o p o r
ESCENA V v e n t u r a q u e estás p á l i d o c o m o u n d i f u n t o y q u e m i
h e r m a n o se e s f u e r z a en parecer t r a n q u i l o •
Dichos.—EL CONDE TERZKY
UN P A J E (saliendo).-Un a y u d a n t e desea h a b l a r al
señor conde. (Terzky se va con el paje)
LA CONDESA.—¿ Q u é tienes? P a r e c e s a s o m b r a d o c o m o
WALLENSTEIN.—Vé á saber q u é q u i e r e . (A Ulo.) fcso
si a c a b a r a s d e v e r u n f a n t a s m a .
no p u d o p a s a r tan sin r u i d o , c o m o n o s e h a y a n suble-
T E R Z K Y (llevándose á Wallenstein á un lado).—¿ Orde-
v a d o t o d o s . ¿ Q u i é n está de g u a r d i a e n las p u e r t a s .
naste q u e p a r t i e r a n los c r o a t a s ?
ILLO.—Tiefenbach. .
WALLENSTEIN.—No sé n a d a . W A L L E N S T E I N . - P u e s q u e sea r e l e v a d o i n m e d i a t a -
TERZKY.—Estamos vendidos. m e n t e por los g r a n a d e r o s de T e r z k y . . . O y e ; ¿ q u e no-
WALLENSTEIN.—¡ Cómo ! ticias t e n é i s d e B u t t l e r ? ,
T E R Z K Y . — S a l i e r o n esta n o c h e . . . lo p r o p i o han h e c h o I L L 0 . - A c a b 0 d e e n c o n t r a r l e ; a q u í estara l u e g o . ese
los c a z a d o r e s . . . T o d o s los r e t e n e s están d e s a l o j a d o s . permanece adicto. ,
WALLENSTEIN.—¿ Y q u é h a c e Isolani ? (Fase Ulo. Wallenstein hace que se va tras el.)
T E R Z K Y . — T ú le m a n d a s t e q u e se f u e r a . LA CONDESA.—No le d e j e s salir, h e r m a n a . . . d e t e n i e . . .
WALLENSTEIN.—; YO !
una c a t á s t r o f e . . .
LA DUQUESA.—¡ Dios m í o ! ¿ Qaé p a s a ! (Le detiene.)
WALLENSTEIN (desprendiéndose de sus manos).—De-
j a d m e , s e r e n a o s . . . En un c a m p a m e n t o , así v a n s i e m p r e
las cosas ; el sol y la t o r m e n t a se s u c e d e n sin i n t e r r u p -
ción. T o d a esa g e n t e i m p e t u o s a e s difícil d e g o b e r n a r ,
y el g e n e r a l no p u e d e d i s f r u t a r d e u n i n s t a n t e d e re-
poso. Q u e d a o s a q u í . . . Y o s a l g o . . . los sollozos de las
m u j e r e s mal se a c u e r d a n con la a c t i v i d a d de los h o m -
bres- (Intenta irse. Vuelve Terzky).
TERZKY.—Quédate a q u í . D e s d e esta v e n t a n a p o d r á s
verlo todo.
WALLENSTEIN.—Sal, hermana.
LA CONDESA.—Jamás.
W A L L E N S T E I N . — Y o lo q u i e r o .
T E R Z K Y (se la lleva á un lado y le señala á la duquesa).
—¡ Teresa!

LA DUQUESA.—Salgamos, h e r m a n a m í a , p u e s t o q u e
así lo m a n d a . (Vanse.)

ESCENA VII

WALLENSTEIN, TERZKY

W A L L E N S T E I N (á la ventana).—Pues... ¿ qué ocurre?


TERZKY.—Reina g r a n a g i t a c i ó n y m o v i m i e n t o e n t r e
las t r o p a s sin q u e nadie s e p a el m o t i v o , y . . . . c a d a c u e r -
po a c u d e á a g r u p a r s e en t o r n o d e s u s b a n d e r a s con
m i s t e r i o s o silencio. L o s r e g i m i e n t o s d e T i e f e n b a c h
p o n e n m a l a cara. L o s v a l o n e s son los ú n i c o s q u e se
m a n t i e n e n s e p a r a d o s e n s u s p u e s t o s sin p e r m i t i r la
e n t r a d a á n a d i e , y t r a n q u i l o s c o m o de c o s t u m b r e .
WALLENSTEIN.—¿ Está con ellos P i c c o l o m i n i ?
T E R Z K Y . — P o r m a s q u e le h a n b u s c a d o , no s e le e n -
WALLENSTEIN.
c u e n t r a en p a r t e a l g u n a .
WALLENSTEIN. —¿ Q u é o s d i j o el a y u d a n t e ?
T E R Z K Y . — Le comisionaron m i s r e g i m i e n t o s para
renovarte su j u r a m e n t o . A g u a r d a n con impaciente ar-
dor la señal del combate.
WALLENSTEIN.—Pero ¿ cómo estalló el t u m u l t o ? El
ejército nada debía saber antes que la fortuna se deci-
diera por nosotros en P r a g a .
T E R Z K Y . — ¡ A h si m e hubieses c r e í d o ! . . . A y e r m i s -
mo te c o n j u r á b a m o s todavía á que no dejaras salir a
Octavio, esa serpiente... y tú m i s m o le das caballos
p2ra la f u g a .
W A L L E N S T E I N . — ¡ V u e l t a al estribillo!... Resuelta-
mente, no h a b l e m o s más de tan absurdas sospechas.
TERZKY.—Fiaste i g u a l m e n t e en Isolani, y es el pri-
mero que te abandona.
WALLENSTEIN.—Ayer le saqué de la miseria... ¡ V a y a
mucho con Dios!... Jamás conté con la g r a t i t u d .
TERZKY.—Todos son i g u a l e s .
W A L L E N S T E I N . — Después de todo, está en carácter
abandonándome. S i g u e fiel al acaso, su señor en la
mesa de juego. No á m í , sino á m i fortuna era adicto,
y por tanto a ella y no á m í abandona. ¿ Q u i é n era y o
para él, ni él para mí ? Y o era la nave cargada de espe-
ranzas en la cual n a v e g a b a alegremente en alta m a r ;
ve ahora que nos d i r i g i m o s á un escollo y se da prisa
á retirar la mercancía. ¿ Q u é lazo de afecto nos unió ?
Ninguno; h u y e como deja el pájaro la r a m a inútil.
Quien fía en los h o m b r e s frivolos m e r e c e realmente
ser engañado. Sobre su estrecha y movible frente, se
pintan en f u g a c e s rasgos las imágenes de la vida, m a s
puedes estar s e g u r o de que nada echara raíces en su
mudo corazón, y si el fácil bienestar les m u e v e blan-
damente, fáltales el alma que abrase sus entrañas.
T E R Z K Y . — Y sin e m b a r g o , prefiero fiarme de esas
frentes tersas que de las ceñudas.
ILLO.— L a s t r o p a s n o s a b a n d o n a n ; el c o n d e P i c c o -
ESCENA VIII lomini es un traidor.
LA CONDESA.—¡ B i e n lo p r e s e n t í a ! (Se va corriendo.)
WALLENSTEIN.—TERZKY.—ILLO enfurecido
TERZKY.—¡"Ah, si m e h u b i e s e s c r e í d o ! Y a v e s c ó m o
I L L O . — T r a i c i ó n . . . se s u b l e v a n . las e s t r e l l a s te han m e n t i d o .
TERZKY.—¿ Q u é ocurre ? W A L L E N S T E I N (levantándose). — N o ; las estrellas no
ILLO.—Al d a r la o r d e n d e r e t i r a r s e á los r e g i m i e n t o s m i e n t e n ; c u a n t o o c u r r e e s c o n t r a r i o á su c u r s o y al
d e T i e f e n b a c h . . . ¡ C a n a l l a s ! ¡olvidar así s u s d e b e r e s ! . . . d e s t i n o . L a ciencia y las p r o f e c í a s d e s c a n s a n en la ver-
TERZKY.—Pero ¿ qué ? d a d , p e r o la d o b l e z d e u n c o r a z ó n h i p ó c r i t a d e s m i n t i ó
WALLENSTEIN . — ¡ Q u é ! al m i s m o cielo, q u e c u a n d o la n a t u r a l e z a se sale d é l a s
ILLO.—Se han n e g a d o á o b e d e c e r . v í a s c o m u n e s , t o d a la ciencia se e x t r a v í a . S i f u é u n a
s u p e r s t i c i ó n q u i e n m e i m p i d i ó d e s h o n r a r la n a t u r a l e z a
TERZKY.—¡ F u e g o en e l l o s ! . . . M á n d a l o .
h u m a n a con tales d u d a s ¡ oh ! n u n c a j a m á s m e sonro-
WALLENSTEIN.—Calma. ¿ Q u é p r e t e x t o d a n p a r a eso ?
jará m i flaqueza. H a s t a e n el i n s t i n t o d e los a n i m a l e s
ILLO.—Dicen q u e ellos sólo d e b e n o b e d e c e r á s u te-
e x i s t e u n a s u e r t e d e r e l i g i ó n ; h a s t a los s a l v a j e s e v i t a n
niente g e n e r a l P i c c o l o m i n i .
c o m p a r t i r el p a n con s u v í c t i m a . ¡ A h , n o es u n r a s g o
WALLENSTEIN.—Cómo ?
d e h e r o í s m o lo q u e h a s h e c h o , O c t a v i o ! No f u é t u
ILLO. — Q u e tal e s s u o r d e n , q u e él les ha mostrado
p r u d e n c i a q u i e n v e n c i ó la m í a , sino t u vileza q u i e n
con la firma del E m p e r a d o r .
t r i u n f ó i n d i g n a m e n t e d e m i n o b l e c o n f i a n z a . <= Q u é es-
T E R Z K Y . — C o n la firma del E m p e r a d o r . . . Y a lo o y e s .
c u d o p o d í a r e s g u a r d a r m e d e t u g o l p e m o r t a l , si le
ILLO.—Por s u m a n d a t o se f u g a r o n t a m b i é n a y e r los
d e s c a r g a s t e s o b r e u n p e c h o i n d e f e n s o , y contra s e m e -
coroneles. jantes a r m a s s o y débil c o m o u n n i ñ o ?
T E R Z K Y . — Y a lo o y e s .
ILLO.—Montecucculi, C a r a í f a y seis g e n e r a l e s mas,
están y a m u y l e j o s , y t a m b i é n él les p e r s u a d i ó . T i e m -
po há se g u a r d a b a la o r d e n en el bolsillo, y ú l t i m a - ESCENA X
m e n t e se c o n c e r t ó con Q u e s t e n b e r g .
Dichos.—BUTTLER
('Wallenstein cae en una silla, ocultando el rostro éntrelas
manos.)
T E R Z K Y . — ¡ A h , si m e h u b i e s e s c r e í d o ! TERZKY.— Aquí está Buttler. Aún nos queda un
amigo.
W A L L E N S T E I N (se dirige hacia él con los brazos abiertos
E S C E N A IX
y le abraza cordialmente).—\W zn á m i s brazos, v e n , m i
Dichos.—LA CONDESA a n t i g u o c o m p a ñ e r o de a r m a s ! N o son tan s u a v e s e n
p r i m a v e r a l o s r a y o s del sol, c o m o la p r e s e n c i a de u n
LA CONDESA.— Y o no t e n g o m á s p a c i e n c i a . . . Decid amigo en tales momentos.
m e q u é p a s a , p o r Dios ! BUTTLER.—General... vengo...
WA LLENSTEIN WALLENSTEIN

W A L L E N S T E I N (apoyándose en el hombro de Buttler).— BUTTLER.—El correo...


¿ S a b e s y a q u e P i c c o l o m i n i , el p a d r e , m e ha v e n d i d o W A L L E N S T E I N {con inquietud).—,¿ Qué ?
al E m p e r a d o r ?... ¿ Q u é d i c e s á eso ? T r e i n t a a ñ o s h e - BUTTLER.—... Y a está a q u í .
m o s v i v i d o j u n t o s y s o p o r t a d o las m i s m a s penalida- TERZKY É I L L O . — ¿ E s t á aquí?
d e s ; en c a m p a ñ a , uno f u é n u e s t r o lecho, e n la m i s m a WALLENSTEIN.—¿Mi correo ?
copa b e b i m o s , nos p a r t i m o s el m i s m o p a n . E n él m e BUTTLER.—Algunas h o r a s h á .
a p o y a b a c o m o a h o r a en t u s fieles h o m b r o s , y e n el WALLENSTEIN.—¡ Y y o n a d a sé!
p r o p i o instante en q u e m i corazón latía c o n f i a d o junto BUTTLER.—La g u a r d i a le ha p r e s o .
al s u y o , a d v i e r t e la v e n t a j a , e s p í a el m o m e n t o f a v o r a - ILLO (dando con el pié en el suelo).—\ Maldición !
ble y m e p a r t e el p e c h o de u n a p u ñ a l a d a . BUTTLER.—Su carta h a sido a b i e r t a y c o r r e d e m a n o
BUTTLER.—Olvidad a h o r a al p é r f i d o , g e n e r a l ; d e c i d - en m a n o p o r el c a m p a m e n t o .
me ¿ qué partido pensáis tomar ? WALLENSTEIN.—¿Sabéis q u é dice?
WALLENSTEIN.—Dices bien ¡ v a m o s ! no p e n s e m o s BUTTLER (indeciso).—No m e lo p r e g u n t é i s .
m á s en él. A m i g o s m e q u e d a n t o d a v í a , ¿ no es v e r d a d ? T E R Z K Y . — ¡ D e s d i c h a d o s d e n o s o t r o s , Illo!... T o d o se
el destino se m e m u e s t r a a f e c t u o s o , p u e s t o q u e al des- derrumba á un tiempo!
e n m a s c a r a r á u n h i p ó c r i t a , m e f a v o r e c e con u n h o m -
WALLENSTEIN.—Nada m e o c u l t é i s . T e n g o suficiente
bre leal. No h a b l e m o s m á s d e él, ni p e n s é i s q u e lo
ánimo p a r a oir la m á s t e r r i b l e noticia. ¿Se perdió
e c h e de m e n o s . L o q u e m e aflige es su t r a i c i ó n , por-
Praga ? D e c i d l o f r a n c a m e n t e .
q u e y o los a m a b a , los e s t i m a b a a los d o s . . . Y M a x m e
BUTTLER.—¡ S e p e r d i ó ! T o d o s los r e g i m i e n t o s a p o s -
a m a b a t a m b i é n d e v e r d a d . . . E s t e no m e f u é t r a i d o r ,
tados e n B u d w e i s , Tabor, Braunau, Kónigingrátz,
n o . . . Basta, basta... L o q u e ahora c o n v i e n e e s t o m a r
Brun, S n a n m , os a b a n d o n a r o n y r e n u e v a n s u jura-
p r o n t a s m e d i d a s . El c o r r e o d e l c o n d e K i n z k y p u e d e
mento al E m p e r a d o r . H a y o r d e n de a r r e s t a r o s á vos,
llegar de u n m o m e n t o á otro y no h a d e c a e r s u m e n -
á K i n s k y , Illo, T e r z k y .
s a j e en m a n o s de los s u b l e v a d o s . C o n q u e m a n d a d co-
(Terzky é Illo se manifiestan desesperados y aterrorizados.
rriendo un p r o p i o q u e salga á r e c i b i r l e . . . u n h o m b r e
Wallenstein permanece firme y tranquilo.)
de confianza q u e m e lo t r a i g a e n s e c r e t o .
WALLENSTEIN (pausa). — ¡ P o r f i n ! . . . Así es m e j o r .
{Jilo hace que se va. Buttler le detiene.) P r o n t o m e l i b e r t a r o n d e las a n g u s t i a s de la d u d a ; libre
BUTTLER.—¿ A q u i é n a g u a r d á i s , mi g e n e r a l ? ya, todo se aclara para m í . L a estrella d e F r i e d l a n d
WALLENSTEIN.—El c o r r e o d e P r a g a , c o n la n u e v a de
f u l g u r a con m a y o r brillo e n t r e las s o m b r a s de la no-
lo q u e allí h a y a o c u r r i d o .
che. P e r p l e j o é i r r e s o l u t o tiré d e la e s p a d a , y s u j e t o á
BUTTLER.—¡ H u m !
violentas c o n t r a d i c c i o n e s m i e n t r a s m e f u é d a b l e e l e g i r ,
WALLENSTEIN.—¿ Q u é o s p a s a ?
pero a h o r a la n e c e s i d a d se i m p o n e y las d u d a s se des-
BUTTLER.—Entonces, no s a b é i s . . .
v a n e c e n . C o m b a t o por m i vida y p o r m i cabeza.
WALLENSTEIN.—¡ Q u é ! (Fase, seguido de los demás.)
B U T T L E R . — C ó m o f u é el t u m u l t o .
WALLENSTEIN.—¿ C ó m o ?
tán e n g a ñ a n d o ; tú crees q u e el duque ha caído en
desgracia y no es eso. El d u q u e . . .
TECLA (acercándose d la condesa).—i Queréis matarla?
E S C E N A XI
LA CONDESA.—El duque...

LA C O N D E S A TERZKY TECLA (cogiendo á su madre).—¡ Valor, m a d r e mía !


LA CONDESA.—El d u q u e es rebelde; pretendió pasar-
se al e n e m i g o , y el ejército le ha hecho traición. L a
L A CONDESA (sale por una puerta lateral). — No, no
empresa ha fracasado.
p u e d o soportar más. ¿ A d o n d e f u e r o n ? Me deja sola,
(La duquesa cae desmayada en bracos de su hija.)
sola en tan horrible a n s i e d a d , y obligada á p a r e c e r
tranquila y sepultar m i s s u f r i m i e n t o s delante de m i
h e r m a n a . No p u e d o s o p o r t a r esta i d e a ; si nuestra em- ESCENA XIII
presa aborta y ha de pasarse á los suecos, con las ma-
nos vacías y f u g i t i v o , y n o c o m o respetable aliado, ó Gran sala en el palacio de Friedland
andar errante como el P a l a t i n o , siendo en todas partes
WALLENSTE1N
m o n u m e n t o de nuestra c a í d a g r a n d e z a . . . ¡ a h , no p u e -
do pensarlo!... si él m i s m o f u e s e capaz de soportarlo,
W A L L E N S T E I N (revestido de su armadura).—Venciste,
y o no sufriría verle caer de tal m o d o .
Octavio. H e m e aquí en m a y o r abandono que en el
consejo de Ratisbona. E n t o n c e s , sólo contaba c o n m i g o
mismo; m a s viendo lo q u e podía u n h o m b r e , despo-
ESCENA XII jasteis al árbol de sus r a m a s , y me habéis convertido
en desnudo tronco. P e r o en él subsiste todavía la fuer-
LA C O N D E S A . — L A DUQUESA.—TECLA
za creadora, capaz de e n g e n d r a r u n m u n d o , ^la en
otra ocasión y o solo valí p o r todo un ejército ¡ y o solo!
T E C L A (queriendo detener d la duquesa).—¡Oh, madre cuando deshechas las tropas por los suecos, y vencido
mía... a g u a r d a d ! en L e c h , T i l l y , vuestra ú l t i m a esperanza, G u s t a v o
LA DUQUESA.—NO, a l g o t e r r i b l e m e ocultan. ¿ P o r inundaba la B a v i e r a , y temblaba el E m p e r a d o r en su
qué mi h e r m a n a h u y e d e m i ? ¿ P o r q u é se m u e v e an- palacio de V i e n a . L o s soldados eran caros. ¿ Donde re-
s i o s a ? ¿ P o r q u é t ú e s t á s a s u s t a d a ? Q u é significan clutar n u e v a g e n t e si la m u l t i t u d se va siempre con la
esas señas misteriosas q u e o s hacéis ? fortuna ? Entonces volvisteis los ojos a m i , a mi el
TECLA.—Nada, m a d r e m í a . salvador en el peligro, y el orgullo imperial se h u m i l l o
LA DUQUESA.—Quiero s a b e r l o , h e r m a n a . ante el h o m b r e á q u i e n había ofendido cruelmente.
LA CONDESA.—¡ A q u é a n d a r s e con misterios, si no Forzoso les f u é alzarme para p r o n u n c i a r la gran pala-
es posible'ocultárselo, y á la l a r g a tendrá que saberlo bra, y c o n g r e g a r f o r m i d a b l e s huestes en un c a m p a -
y s u f r i r ! No es ocasión d e a b a t i r s e , sino de mostrar mento desierto. Aparezco y o , redobla el t a m b o r , s u e n a
valor, hermana m í a ; h a y q u e ejercitar la fuerza de mi n o m b r e como el del dios de la g u e r r a , abandona
ánimo. Y es preferible d e c i d i r con una palabra. T e es-
este el arado, aquel su taller, y la m u l t i t u d a c u d e en EL ALFÉREZ.—SÍ, mi g e n e r a l : E n r i q u e M e r c y .
tropel á mis banderas que i n f u n d e n la esperanza. ¡ A h , WALLENSTEIN.--Recuerdo q u e te coparon en una
m e siento fuerte como entonces! El espíritu da forma marcha las tropas de Hesse, y supiste abrirte paso á
al c u e r p o ; Friedland poblará de n u e v o su c a m p o . través de millares de e n e m i g o s con sólo ciento ochen-
¡ C ó m o vencerme con esos m i l l a r e s de soldados, si es-
ta h o m b r e s .
tán acostumbrados á la victoria bajo m i s órdenes, pero EL ALFÉREZ.—SÍ, mi general.
no contra mí ? Separáis los m i e m b r o s de la c a b e z a ; WALLENSTEIN.—¿ Q u é recompensa obtuviste por este
ahora v e r e m o s dónde residía el a l m a . (Salen Illo y acto de b r a v u r a ?
Terzky.) ¡ V a l o r , a m i g o s , v a l o r ! . . . T o d a v í a no dieron EL ALFÉREZ.—LO que pedí, m i g e n e r a l : el honor de
con nosotros en tierra. D i s p o n e m o s de los cinco regi-
pasar á coraceros.
mientos de T e r z k y y las valientes t r o p a s de B u t t l e r ; y W A L L E N S T E I N (á otro).—Tú eras de los voluntarios
mañana un ejército de diez y seis mil s u e c o s vendrá á
q u e hice salir de A l t e n b e r g para apoderarse de una
reunirse con nosotros. De m e n o s f u e r z a s disponía,
batería sueca.
nueve años há, c u a n d o reconquisté A l e m a n i a para el
E L 2.° C O R A C E R O . — S í , m i general.
imperio.
WALLENSTEIN.—Al que me habló una vez, ya no
v u e l v o á olvidarle en la vida. Decidme ahora, ¿ qué os
trae a q u í ?
ESCENA XIV
EL ALFÉREZ (voz de mandó).—¡Presenten armas!
Dichos.—NEUMANN, hablando aparte con TERZKY WALLENSTEIN (á otro).—Tú te llamas Risbeck, y eres
de Colonia.
TERZKY (á Neumann).—¿ Qué quieren ?
EL 3.ER CORACERO.—Risbeck, de Colonia.
WALLENSTEIN.—¿ Q u é h a y ?
WALLENSTEIN.—Llevaste prisionero al coronel sueco
TERZKY.—Diez coraceros de P a p p e n h e i m desean ha-
Dübald al c a m p a m e n t o de N u r e m b e r g .
blarte en nombre de su r e g i m i e n t o .
EL 3 . " CORACERO.—No fui yo, m i general.
W A L L E N S T E I N (á Neumann).—Que entren. (Vase Neu-
WALLENSTEIN.—Es verdad, f u é tu h e r m a n o m a y o r .
mann.) A l g o espero de ese paso. S e hallan perplejos
O t r o tenías más joven que t ú . < Q u é ha sido de él ?
todavía, y podemos ganarlos.
EL 3 . " CORACERO.—Está en Olmütz, con el ejército
imperial.
ESCENA XV WALLENSTEIN (al alférez).—Vamos; os e s c u c h o .
W A L L E N S T E I N . - T E R Z K Y , ILLO, DIEZ C O R A C E R O S , á l a s ór- EL ALFÉREZ.—Ha llegado á n u e s t r a s manos una car-
d e n e s d e UN A L F É R E Z . S e c o l o c a n en fila d e l a n t e del d u q u e , ta del E m p e r a d o r , q u e . . .
y s a l u d a n y se c u a d r a n m i l i t a r m e n t e . WALLENSTEIN (interrumpiéndole). — ... Y decidme,
l quién os ha elegido ?
W A L L E N S T E I N [después de haberlos examinado un mo-
mento, dirigiéndose al alférez).—A ti te conozco y o ; e r e s EL ALFÉREZ.—Cada escuadrón ha sacado un n o m b r e
flamenco... de B r u g e s , y te llamas M e r c y . á la
W Asuerte.
L L E N S T E I N . — V a m o s al a s u n t o .
LL A L F E R E Z . - H e m o s v i s t o una carta del E m p e r a - fija en los i n d i v i d u o s ; f u e r z a es o b e d e c e r s u s ó r d e n e s
d o r en la cual nos releva d e la o b e d i e n c i a , p o r consi- c i e g a m e n t e sin q u e importe nada el h o m b r e al h o m -
d e r a r o s t r a i d o r y e n e m i g o de la patria bre... pero con v o s o t r o s n u n c a o b r é así. T a n pronto
WALLENSTEIN.—¿Y q u é h a b é i s r e s u e l t o ? como t u v i s t e i s conciencia p r o p i a de v u e s t r o r u d o ofi-
EL A L F E R E Z . - N u e s t r o s c a m a r a d a s d e B r a u n a u , cio, y vi brillar e n vuestra f r e n t e la varonil i n t e l i g e n -
o u d w e i s , P r a g a y O l m u t z han o b e d e c i d o la o r d e n v cia. os t r a t é c o m o h o m b r e s l i b r e s , y os concedí el de-
los r e g i m i e n t o s de T i e f e n b a c h y T o s c a n a s i g u i e r o n su
recho d e t e n e r opinión p r o p i a .
ejemplo... pero nosotros no creemos que seáis traidor
EL ALFÉREZ.—SÍ, mi g e n e r a l ; nos h a b é i s tratado
7 e n e m i g o d e la p a t r i a . . . nos p a r e c e c a l u m n i o s a in-
s i e m p r e con d i g n i d a d y h o n r a d o con v u e s t r a confian-
vención d e los e s p a ñ o l e s . (Con cordialidad.) V o s m i s m o
za y f a v o r e s por encima de l o s d e m á s r e g i m i e n t o s . Á
nos d i r é i s v u e s t r o s p r o y e c t o s , p o r q u e n o s h a b é i s tra-
esto c o r r e s p o n d e m o s con n o s e g u i r al resto de las tro-
t a d o s i e m p r e con s i n c e r i d a d y t e n e m o s en v o s p l e n a
pas. D e c i d n o s u n a sola p a l a b r a , u n a sola n o s b a s t a r á :
c o n f i a n z a ; n o ha d e i n t e r p o n e r s e u n t e r c e r o e n t r e u n
decidnos q u e n o pensáis e n traición a l g u n a , ni e n en-
buen general y sus valientes soldados
t r e g a r n o s al e n e m i g o .
WALLENSTEIN.-En e s t o r e c o n o z c o á m i s h o m b r e s d e
Pappenheim. WALLENSTEIN.—-, Cómo a s í , c u a n d o la v í c t i m a d e la
traición soy y o , m u c h a c h o s ! El E m p e r a d o r m e sacri-
E L A L F É R E Z . - E I r e g i m i e n t o os p r e g u n t a , p u e s , si
fica á m i s e n e m i g o s , y he d e s u c u m b i r si no m e salvan
p e n s á i s l i m i t a r o s tan sólo á c o n s e r v a r el m a n d o q u e
m i s v a l i e n t e s . E n vosotros q u i e r o descansar, en v u e s -
os confio el E m p e r a d o r , y s e r v i r al A u s t r i a l e a l m e n t e .
tro corazón hallar m i f o r t a l e z a . . . C o n t r a esta e n c a n e c i -
a®1' nosotros estamos resueltos á sostener da cabeza, c o n t r a este p e c h o , asesta s u s g o l p e s E s p a ñ a .
v u e s t r o s d e r e c h o s , y a u n q u e todas las t r o p a s os a b a n - Así m e p a g a m i s victorias e n las l l a n u r a s de L u t z e n . . .
d o n a r a n , n o s o t r o s p e r m a n e c e r e m o s fieles v v e r t e r e - P o r a l c a n z a r al fin tal r e c o m p e n s a o f r e c i m o s el p e c h o
m o s p o r v o s la ú l t i m a g o t a de s a n g r e , p o r q u e n u e s t r o
d e s n u d o á las a r m a s e n e m i g a s , y d o r m i m o s s o b r e e l
d e b e r es m o r i r a n t e s q u e d e j a r o s s u c u m b i r . P e r o si el
hielo y las d u r a s piedras; c u a n d o n u e s t r a m a r c h a era
E m p e r a d o r dice v e r d a d y q u e r é i s e n t r e g a r n o s p é r f i d a -
m á s r á p i d a q u e u n torrente y no había b o s q u e impe-
m e n t e al e n e m i g o ¡lo q u e Dios n o q u i e r a ! e n t o n c e s
netrable á n u e s t r o paso... N o s o t r o s p e r s e g u i m o s al in-
n o s v a m o s y o b e d e c e r e m o s al E m p e r a d o r
f a t i g a b l e M a n s f e l d por las i n t r i n c a d a s r e v u e l t a s de s u
WALLENSTEIN.-Oídme, m u c h a c h o s
f u g a , sin q u e nos p e r m i t i é r a m o s descanso, a t r a v e s a n -
lahr 1 ; A n É R ? - N o e s n e c e s a r ' ° e m p l e a r m u c h a s p a - d o el m u n d o agitado por la g u e r r a , c o m o t o r b e l l i n o de
l a b r a s . D e c i d n o s sí ó no, y n o s d a r e m o s p o r satisfe-
v i e n t o q u e n o para en n i n g u n a parte. Y a h o r a que
r e a l i z a m o s tan ásperas y m a l d i t a s h a z a ñ a s , y n u e s t r o
WALLENSTEIN.-Oídme. S é q u e sois i n t e l i g e n t e s , y
brazo fiel é infatigable alivió el p e s o de la g u e r r a , v i e n e
i'arn.T P r ° V ° °
S tr0S « n de- el h i j o del i m p e r i o á f i r m a r la paz y á a r r a n c a r n o s el
j a r o s l l e v a r de la c o r r i e n t e d e la m u l t i t u d . P o r esto os
r a m o de olivo q u e debía c e ñ i r n u e s t r a f r e n t e , para en-
he d i s t i n g u i d o s i e m p r e , c o m o y a sabéis. L a m i r a d a
lazarlo á s u r u b i a cabellera!
rápida del g e n e r a l sólo a t i e n d e á las b a n d e r a s , y no se
EL ALFÉREZ.— ¡Ah n o ! . . . esto no será m i e n t r a s po-
333 WALLENSTEIN WALLENSTE1N

damos impedirlo. Nadie sino vos debe c o n c l u i r esa ce años há q u e arde la g u e r r a , sin que h a y a t r e g u a en
g u e r r a que dirigisteis con tanta gloria. V o s nos guiás- parte alguna. Ni alemanes, ni suecos, ni papistas ni
teis á la muerte, y sólo vos debéis llevarnos á la paz y luteranos, nadie quiere ceder, todos alzan su brazo ar-
compartir con nosotros el f r u t o de tanta f a t i g a . mado ; en todas partes, facciones, y en n i n g u n a el
WALLENSTEIN.—¡Cómo! ¿Pensáis acaso regocijar con juez: ¿ c u á n d o cesará esto? ¿ q u i é n desenredará la m a -
él vuestra vejez? ¡ Ah no lo creáis! no v e r é i s v o s o t r o s el deja que se embrolla cada vez más? No hay m á s reme-
fin de esta lucha; esta g u e r r a nos devorará á todos. El dio q u e cortarla. Me siento elegido por la suerte y con
A u s t r i a no quiere la paz. ¡ C a b a l m e n t e s u c u m b o por v u e s t r o auxilio c u m p l i r é sus decretos.
haberla querido ! ¡ Q u é le i m p o r t a al A u s t r i a q u e tan
prolongados combates d e j e n e x t e n u a d o al ejército y
desierto el m u n d o , m i e n t r a s se e n g r a n d e z c a n sus do- ESCENA XVI
minios?... V e o que eso os c o n m u e v e , y c h i s p e a la có-
lera en vuestros ojos. ¡Ah si m i hálito p u d i e r a anima- Dichos.-BUTTLER
ros como antaño cuando os llevaba al c o m b a t e ! Q u e r é i s
venir en mi a y u d a , y d e f e n d e r m i s d e r e c h o s : ¡genero- BUTTLER (sale corriendo).— Esto no está en el orden
so proceder! pero ¿qué podéis hacer por m í , siendo tan
mi general.
pocos, si os sacrificaríais en vano por v u e s t r o general? WALLENSTEIN.— ¿ Q u é ?
(En tono de confianza.) No, d e j a d m e b u s c a r a u x i l i a r e s BUTTLER.—Eso dañará v u e s t r a reputación á los ojos
para garantir mi s e g u r i d a d , y p u e s t o q u e los suecos
de los sensatos.
nos ofrecen su apoyo, a p a r e n t e m o s utilizarlo hasta WALLENSTEIN.—¿ Pero q u é es?
q u e , temibles para a m b o s partidos, y t e n i e n d o en
BUTTLER.— Á eso se le llama sublevarse abierta-
nuestras manos los destinos de E u r o p a , p o d a m o s ofre-
mente.
cer, desde el campamento, la dulce paz al m u n d o re-
WALLENSTEIN. — ¿ Q u é p a s a ?
gocijado.
BUTTLER.—Los r e g i m i e n t o s del conde de T e r z k y
EL ALFÉREZ.—De m o d o q u e vuestra alianza con los arrancan de sus banderas las á g u i l a s imperiales para
suecos es tan sólo aparente, y no f u é v u e s t r o designio p o n e r en su l u g a r v u e s t r o e s c u d o .
hacer traición al E m p e r a d o r ni hacer de nosotros sub- E L ALFÉREZ (d los coraceros). — Media v u e l t a á la de-
ditos de S u e c i a ! Es lo único que d e s e a m o s saber.
r e c h a . . . Mar...
WALLENSTEIN.—¿Qué m e i m p o r t a n los s u e c o s ? Los WALLENSTEIN.—¡Maldito acto, y maldito q u i e n lo
odio como al infierno, y con la a y u d a de Dios espero a c o n s e j ó ! (A los coraceros que se van.) Deteneos, m u -
arrojarlos m u y pronto al otro lado del Báltico... Por- chachos; es una mala inteligencia. O í d m e ; v o y á casti-
que, la verdad.... me c o n m u e v e la miseria del p u e b l o garlos severamente... a g u a r d a d ! No m e oyen. (A Illo.)
alemán... A u n q u e simples soldados, c o m o tenéis con- S e g u i d l o s , y tratad de persuadirlos y traerlos a q u í ,
ciencia de vuestro valer, s i e m p r e os he p r e f e r i d o á cueste lo q u e cueste... (Vase Illo.) ¡ Esto nos precipita;
todos, y os he juzgado d i g n o s de hablaros con toda Buttler, B u t t l e r ! . . . Sois m i á n g e l m a l o . . . ¿ P o r q u é
franqueza... voy á revelaros un secreto. V e a m o s ; quin- a n u n c i a r m e la noticia en su presencia? ya estaba todo
en b u e n c a m i n o . . . \ o s t e n i a m e d i o d e m i p a r t e . . . ¡ L o - q u e d i c e n h a l l a r s e en este castillo p r i s i o n e r o en t u
cos! ¡Oh, la suerte j u e g a c o n m i g o ! Y a no es el o d i o de poder; a m e n a z a n con l i b e r t a r l e á v i v a f u e r z a si no se
m . s e n e m i g o s , sino el celo de m i s l e a l e s q u i e n m e lo e n t r e g a s . (Sorpresa general.)
arroja al a b i s m o . TERZKY.— ¿ Q u é hacemos ?
WALLENSTEIN.—¿No lo dije? Harto lo presentía. A q u í
está a ú n , n o m e h i z o t r a i c i ó n , n o ha p o d i d o . J a m á s lo
ESCENA XVII puse en d u d a .
LA CONDESA.— ¡ E s t á a q u í ! E n t o n c e s n o s h e m o s sal-
D i c h o s . - L A DUQUESA, saliendo con precipitación: TECLA y
v a d o . . . y o s é q u i e n le d e t e n d r á e t e r n a m e n t e .
L A C O N D E S A la s i g u e n ; l u é g o ILLO
(Abraza á Tecla.)
T E R Z K Y . — E s o n o p u e d e ser. ¿ N o v e i s q u e su p a d r e
LA DUQUESA.—¿ Q u é h a s h e c h o , A l b e r t o ? nos h i z o t r a i c i ó n y se d e c l a r ó p o r el E m p e r a d o r ?
WALLENSTEIN.— ¡ E s t o m á s ! ¿ C ó m o e l h i j o osaria q u e d a r s e a q u í ?
LA CONDESA.—Perdóname, h e r m a n o m í o ; n o p u d e ILLO (á WallensteinJ.—Hace p o c o q u e vi p a s a b a n el
o b r a r d e o t r o m o d o ; t o d o lo s a b e . tren d e c a z a q u e le r e g a l a s t e .
LA DUQUESA.—¿ Q u é h a s h e c h o ? LA CONDESA.—Entonces, s o b r i n a m í a , no está muy
L A CONDESA (á Terzky).—¿No hay esperanza?... ¿To- lejos...
do está p e r d i d o ?
T E C L A (fijando los ojos en la puerta).—Helo aquí.
TERZKY. — T o d o : P r a g a c a y ó en p o d e r del E m p e r a -
dor, y las t r o p a s h a n r e n o v a d o su j u r a m e n t o d e fide-
lidad.
ESCENA XVIII
LA CONDESA.—¡ P é r f i d o O c t a v i o ! ¿Y el c o n d e M a x ha
partido ? Dichos.-MAX PICCOLOMINI
T E R Z K Y . — ¿ A dónde p o d í a ir sino con su p a d r e , al
lado del E m p e r a d o r ?
MAX (adelantándose hasta el centro de la sala).—Si, aquí
(Tecla se arroja en brazos de su madre, y oculta el rostro
e s t o y . N o p u e d o s e g u i r p o r m á s t i e m p o e r r a n d o con
en su seno.) t í m i d o p a s o e n t o r n o de esta c a s a , y e s p i a n d o á h u r -
L A DUQUESA (estrechándola en sus brazos).— ¡ A h des- tadillas u n m o m e n t o o p o r t u n o . . . N o . . . s e m e j a n t e an-
dichada hija, y más desdichada m a d r e ! s i e d a d e s s u p e r i o r á m i s f u e r z a s . . . (Se acerca á Tecla
WALLENSTEIN [llevándose aparte á Terzky). — Q u e en- que permanece abrazada á su madre.) O h , m í r a m e , n o
g a n c h e n en el s e g u n d o p a t i o u n c o c h e p a r a s a c a r l a s d e v u e l v a s los ojos, á n g e l del cielo!... confiésalo a b i e r t a -
a q u í . (Señalando á las mujeres.) S c h e r f e n b e r g , q u e es m e n t e á la v i s t a d e t o d o s , sin t e m o r á n a d i e , y s e p a
fiel, las a c o m p a ñ a r á h a s t a E g r a , d o n d e nos r e u n i r e m o s q u i e n q u i e r a oirlo, q u e n o s a m a m o s . ¿ P o r q u é o c u l -
l u é g o . (A Illo que sale.) ¿ N o los t r a é i s ? tarlo? E l s e c r e t o se hizo p a r a los d i c h o s o s , pero la des-
I L L O . — ¿ O Í S ese t u m u l t o ? T o d o el c u e r p o de P a p p e n - g r a c i a sin e s p e r a n z a no r e q u i e r e n i n g ú n v e l o y p u e d e
h e i m está a g i t a d o , y c l a m a n d o p o r su c o r o n e l M a x , obrar l i b r e m e n t e á la faz d e l m u n d o . (En esto advierte
que la Condesa dirige á su sobrina una mirada de satis- en v o s su c o n f i a n z a , y s e d u c i d o s p o r v u e s t r o afecto,
facción.) No, C o n d e s a , n a d a e s p e r é i s ; no v e n g o para afianzan e n v o s el edificio de s u d i c h a ! De s ú b i t o , en
q u e d a r m e , sino para d e s p e d i r m e . . . Esto e s h e c h o ; e s m e d i o de l a t r a n q u i l a n o c h e , á b r e n s e los a b i s m o s d e
f u e r z a q u e me s e p a r e d e ti, T e c l a , ¡ es f u e r z a ! A c u é r - f u e g o , h i e r v e el t o r r e n t e d e v a s t a d o r , y barre i m p e -
d a m e tan sólo u n a m i r a d a d e c o m p a s i ó n . . . no p u e d o t u o s o los t r a b a j o s d e los h o m b r e s .
i r m e c a r g a d o con t u odio. D i m e q u e no m e a b o r r e c e s , WALLENSTEIN.—Nos estás p i n t a n d o el corazón d e tu
d í m e l o , T e c l a . (Le coge la mano con viva emoción.) ¡Dios padre, su n e g r a hipocresía y sus malas entrañas. ¡Ah!
m í o ! ¡Dios m í o ! Me es i m p o s i b l e a b a n d o n a r estos lu- el a s t u t o i n f i e r n o m e e n g a ñ ó ; el a b i s m o m e e n v i ó al
g a r e s . . . m e es i m p o s i b l e s o l t a r esta m a n o . . . D i m e , T e - m á s p é r f i d o y e m b u s t e r o d e m o n i o y lo sentó á m i
cla, q u e m e c o m p a d e c e s , y q u e estás p e r s u a d i d a d e lado. ¡ Q u i é n p o d í a resistir á la infernal a r t e r í a ! E n mi
q u e no p u e d o o b r a r d e otro m o d o . (Tecla evita su mi- propio s e n o e s t r e c h é y a l i m e n t é al basilisco con s a n g r e
rada, y le señala al duque, á quien él no había visto aún; de m i c o r a z ó n hasta saciarle. Ni u n a sola vez s o s p e c h é
entonces se vuelve hacia él.) ¡ V o s a q u í L . . N o vine á bus- d e é l ; s o l t a n d o toda p r u d e n c i a y p r e c a u c i ó n , d e j é
caros á v o s ; ni d e b í a v e r o s otra vez, sino á v u e s t r a abierta d e p a r en p a r la p u e r t a d e m i s p e n s a m i e n t o s ,
hija; sólo á ella q u e r í a h a b l a r , sólo d e ella e s p e r a b a el y en s u s a n t u a r i o se i n t r o d u c í a el e n e m i g o , m i e n t r a s
p e r m i s o para r o m p e r e s e lazo. N a d a t e n g o que ver y o lo iba b u s c a n d o ¡ n e c i o ! p o r la b ó v e d a estrellada.
con los otros. ¡ A h ! si F e r n a n d o h u b i e s e sido para m í lo q u e y o f u i
WALLENSTEIN.—¿Crees a c a s o q u e l l e v a r é mi bondad para O c t a v i o , jamás le d e c l a r a r a la g u e r r a ; no hu-
al e x t r e m o de dejarte p a r t i r , y h a c e r del m a g n á n i m o biese p o d i d o . P e r o f u é i n j u s t o s o b e r a n o a n t e s q u e
c o n t i g o ? T u p a d r e m e hizo t r a i c i ó n i n d i g n a m e n t e , y a m i g o , y d u d o s o de m i fidelidad, c u a n d o m e d e v o l v í a
c o m o y a sólo e r e s para mí s u h i j o , no h a b r á s caído en m i bastón d e m a n d o , existía entre a m b o s la g u e r r a ¡ la
vano en m i p o d e r . S i i m a g i n a s q u e he d e respetar la g u e r r a e t e r n a entre la astucia y la sospecha ! p o r q u e
a n t i g u a a m i s t a d , tan v e r g o n z o s a m e n t e u l t r a j a d a , te sólo en la confianza y la buena fe p u e d e reinar la paz.
e n g a ñ a s t e . Pasó el t i e m p o d e la a f e c c i ó n y los m i r a - ¡ A h ! q u i e n e n v e n e n a la confianza a h o g a las f u t u r a s
m i e n t o s y le ha l l e g a d o s u v e z al o d i o y á la v e n g a n z a . razas en el m i s m o seno m a t e r n a l !
T a m b i é n y o p u e d o ser i n h u m a n o .
M A X . — N o q u i e r o d e f e n d e r á mi padre, p o r q u e , p o r
MAX.—Obrad c o n m i g o c o m o g u s t é i s ; ni desafío ni d e s g r a c i a m í a , m e es i m p o s i b l e , y o c u r r i e r o n y a a l g u -
t e m o v u e s t r a cólera. Harto s a b é i s lo q u e a q u í m e de- n o s d e s v e n t u r a d o s sucesos; q u e toda acción c r i m i n a l
tiene. (Coge la mano de Tecla.) M i r a d ; y o h u b i e s e q u e - e n g e n d r a o t r a . P e r o n o s o t r o s , ¿ á q u i é n h i c i m o s trai-
rido debéroslo todo, y r e c i b i r d e v u e s t r a m a n o pater- c i ó n ? ¿ P o r q u é las c u l p a s de los p a d r e s han de enros-
nal la eterna v e n t u r a . P o c o o s i m p o r t a h a b e r l a des- c a r s e á n u e s t r o c u e r p o c o m o sierpes ? ¿ P o r q u é nos
t r u i d o ; i n d i f e r e n t e holláis e n el p o l v o la felicidad d e separa c r u e l m e n t e s u irreconciliable odio, á nosotros
los v u e s t r o s , q u e v u e s t r o d i o s no e s dios d e c l e m e n c i a , u n i d o s p o r el a m o r ?
y como elemento ciego y terrible, desencadenado é (.Abraza á Tecla estrechamente con vivo dolor.)
i n g o b e r n a b l e , sólo o b e d e c é i s al i m p e t u o s o m o v i m i e n t o
WALLENSTEIN (le contempla en silencio y se acerca del).
de v u e s t r o corazón. ¡ D e s d i c h a d o s a q u e l l o s q u e p o n e n
— M a x , q u é d a t e ; no te v a y a s , M a x . A c u é r d a t e d e l d í a
22
q u e f u i s t e llevado á m i s c u a r t e l e s de i n v i e r n o , en el arrebatarte por la f u e r z a de s u i m p u l s i ó n con sus cír-
c a m p a m e n t o de P r a g a . E r a s a ú n e n t o n c e s t i e r n o niño culos y s u s satélites. En n u e s t r o caso, tu p e c a d o es
no a v e z a d o al f r í o del norte ; t u s m a n o s a t e r i d a s a p e - bien venial; el m u n d o , lejos d e c e n s u r a r t e , elogiará tu
nas podían sostener el estandarte q u e tú te e m p e ñ a - acto d e afecto.
bas en llevar. E n t o n c e s y o te cogí, te a r r o p é c o n mi
capa, me constituí en tu e n f e r m e r o , y no t u v e r e p a r o
en p r o d i g a r t e los m á s n i m i o s c u i d a d o s con la solicitud ESCENA XIX
de u n a m u j e r , hasta q u e , r e a n i m a d o con el calor de
mi seno, renació la a l e g r í a y la viveza d e tu e d a d ! Dichos. - NEUMANN

Dime a h o r a , si desde a q u e l día m u d ó algo mi a f e c t o


por ti. A m u c h o s he e n r i q u e c i d o con d o n a c i o n e s y bri- WALLENSTEIN.—¿ Q u é h a y ?
llantes oficios; p e r o á ti te a m é á ti he d a d o m i co- NEUMANN. — L o s c o r a c e r o s d e P a p p e n h e i m se han
razón entero! M i e n t r a s los d e m á s m e f u e r o n e x t r a ñ o s , a p e a d o ; y están r e s u e l t o s á t o m a r p o r asalto esta casa
tú eras el hijo d e la c a s a ! . . . A h , M a x , tú no p u e d e s para libertar al c o n d e .
a b a n d o n a r m e ; no ha d e s e r . . . No p u e d o , no q u i e r o W A L L E N S T E I N (á Terzky). — Q u e bajen el p u e n t e , y
creer q u e M a x m e a b a n d o n e . d i s p o n g a n los c a ñ o n e s . L o s recibiré á m e t r a l l a z o s .
M A X . — ¡ O h , Dios m i ó ! (Vase Terzky.) ¡ I m p o n e r m e ellos c o n d i c i o n e s con las
WALLENSTEIN. —Desde tu niñez he sido tu a p o y o y a r m a s en la m a n o ! S a l i d , N e u m a n n ; q u e se r e t i r e n al
tu g u í a . ¿ Q u é h i z o tu p a d r e q u e y o no h a y a h e c h o i n s t a n t e ; lo m a n d o . A g u a r d e n en silencio mi resolu-
también ? Y o te he r o d e a d o con red de a m o r ; r ó m p e l a ción. (Fase Neumann. lllo se asoma á la ventana.)
si p u e d e s . T e atan á mí t o d o s ios t i e r n o s lazos q u e LA CONDESA.—¡ S o l t a d l e !
unen á los h o m b r e s . . . V é , d é j a m e para s e r v i r al E m p e - ILLO (desde la ventana).-—] M u e r t e y c o n d e n a c i ó n !
r a d o r . . . q u e su piel d e c a r n e r o y su cadenilla de oro WALLENSTEIN.—¿ Q u é pasa a h o r a ?
te r e c o m p e n s e n d e p r e s c i n d i r d e t u a m i g o , el p a d r e ILLO.—Escalan el A y u n t a m i e n t o , abren b o q u e t e s en
de t u s p r i m e r o s a ñ o s ; del s e n t i m i e n t o m á s s a g r a d o ! la t e c h u m b r e y a p u n t a n los c a ñ o n e s hacia a q u í .
MAX (victima de violenta agitación).— ¡ O h D i o s m í o ! MAX.—¡ I n s e n s a t o s !
¡ C ó m o hacerlo !... ¿ A c a s o no d e b o ?... Mi j u r a m e n t o . . . ILLO.—Van á d i s p a r a r !
mi d e b e r . . . Dios m í o !
L A DUQUESA Y LA C O N D E S A . — ¡
WALLENSTEIN.—¡ T u d e b e r ! ¿ H a c i a q u i é n ?... ¿ Q u i é n MAX (á Wallenstein).— Dejadme b a j a r ; yo les diré...
eres tú ? Si mi rebeldía es delito, el c r i m i n a l s o y y o , WALLENSTEIN.—No d é s un solo p a s o .
no t ú . ¿ A c a s o te p e r t e n e c e s , y e r e s á r b i t r o de t u s a c - MAX (señalando a la Duquesa y á Tecla).—Se trata de
ciones ? A q u í tu e m p e r a d o r soy y o . Ser m í o , y o b e d e - su v i d a , d e la v u e s t r a . . .
cer : esto te i m p o n e el h o n o r y la ley de la n a t u r a l e z a . WALLENSTEIN.—¿ Q u é noticias traes, T e r z k y ?
Si el planeta q u e h a b i t a s salta de su ó r b i t a , y se pre-
cipita a r d i e n d o hacia otro y le a b r a s a , ¿ d e p e n d e r á d e
ti s u s t r a e r t e a ese m o v i m i e n t o ? No, sino q u e ha d e
l o : v u e s t r a c a b e z a , a u n q u e de un e n e m i g o , será sa-
grada para mí.
ESCENA XX (Suenan dos disparos. Illo y Terzky corren á la ventana.)
WALLENSTEIN.— ¿ Q u é pasa ?
Dichos.—TERZK Y TERZKY.—Cayó.
WALLENSTEIN.—Cayó. ¿Quién ?
TERZKY.—Un m e n s a j e d e n u e s t r o s s o l d a d o s : piden ILLO.—Los s o l d a d o s de T i e f e n b a c h son los q u e d i s -
p e r m i s o d e a t a c a r ; no e s posible y a e n f r e n a r s u ardi- pararon.
m i e n t o . O c u p a n y a la p u e r t a del m o l i n o , y á u n a s i m - WALLENSTEIN.—Pero ¿contra quién ?
ple o r d e n t u y a atacarán al e n e m i g o p o r la r e t a g u a r d i a ; ILLO.—Contra N e u m a n n , t u e n v i a d o .
a c o r r a l a d o d e n t r o de la c i u d a d , les s e r á fácil d o m e - WALLENSTEIN.—¡Mil r a y o s ! Y o m i s m o v o y .
ñarle. (Intenta irse.)
ILLO.—No d e j e s q u e se enfrie su celo. T a m b i é n las TERZKY.— ¡ A e x p o n e r t e á su c i e g o f u r o r . . . !
t r o p a s de B u t t l e r p e r m a n e c e n fieles ; s i e n d o n o s o t r o s L A DUQUESA Y LA C O N D E S A . — ¡ P o r el cielo!
en m a y o r n ú m e r o , h e m o s de v e n c e r l o s y sofocar la ILLO.—No salgas a h o r a .
sedición aquí mismo. LA CONDESA.— ¡ D e t e n e d l e ! . . . ¡ D e t e n e d l e !
W A L L E N S T E I N . — ¿ Y h a b r á q u e c o n v e r t i r á Pilsen en WALLENSTEIN.—¡ D e j a d m e !
c a m p o de batalla, y d e s e n c a d e n a r la a b r a s a d o r a dis- M A X . — N o salgáis a h o r a , por Dios. Esta acción acre-
c o r d i a civil en s u s calles ? ¡ F i a r a s í la decisión d e la cienta s u f u r o r . A g u a r d a d su a r r e p e n t i m i e n t o .
s u e r t e al ciego c o r a j e q u e no a t i e n d e á la v o z del jefe! WALLENSTEIN—Retiraos; h a r t o esperé. C e d i e r o n á
• A q u í no h a y sitio para batirse, sino p a r a d e g o l l a r s e . s u c r i m i n a l a u d a c i a p o r q u e no m e han v i s t o cara á
L a voz del g e n e r a l no p o d r í a r e p r i m i r á esa f u r i a cara. Han d e v e r m e . . . han d e o i r m e . . . ¿ N o son m i s tro-
d e s e n f r e n a d a . . . P e r o sea. T i e m p o há q u e m e d i g o q u e p a s ? ¿ N o s o y s u g e n e r a l , y su t e m i d o jefe?... V e r e m o s
t o d o ha d e t e r m i n a r con u n a l u c h a p r o n t a y s a n g r i e n - si d e s c o n o c e r á n m i presencia q u e f u é para ellos c o m o
ta. (Volviéndose á Max) P u e s q u é ! ¿ q u i e r e s c o m b a t i r el sol e n t r e la h u m a r e d a d e la batalla. No h a y necesi-
contra m í ? V é ; p a r t e ; libre eres. V é á p o n e r t e f r e n t e d a d d e a c u d i r á las a r m a s ; con q u e m e a s o m e á ese
á m í , y g u í a l e s al c o m b a t e , q u e y a e r e s hábil en el balcón, el í m p e t u r e b e l d e v o l v e r á á s u a n t i g u o c a u c e .
arte de la g u e r r a . . . ¡ A l g o a p r e n d i s t e c o n m i g o ! . . . N o (Vase seguido de Illo, Terzky y Buttler.)
m e sonroja t e n e r t e p o r a d v e r s a r i o ; ni ha d e o f r e c é r -
senos m e j o r ocasión para p a g a r m e m i s l e c c i o n e s .

LA CONDESA.—¡A q u é p u n t o h e m o s l l e g a d o ! M a x . . . ESCENA XXI


¿ p o d é i s s o p o r t a r estas p a l a b r a s ?
MAX.—He p r o m e t i d o m a n t e n e r fieles al E m p e r a d o r LA C O N D E S A . - L A DUQUESA.-MAX.-TECLA

los r e g i m i e n t o s q u e m e confió, y c u m p l i r é m i p a l a -
bra ó s u c u m b i r é . Este es m i ú n i c o d e b e r . C u a n t o á lo LA CONDESA.— (A la Duquesa.) ¡ A p e n a s le v e a n ! . . . no
d e m á s , no h e de c o m b a t i r contra v o s si p u e d o evitar- se ha p e r d i d o toda e s p e r a n z a , h e r m a n a m í a .
LA DUQUESA.—Ninguna t e n g o y a . LA CONDESA.—Piensa en tu p a d r e .
MAX (que durante la anterior escena habrá permanecido MAX (interrumpiéndola).—No m e dirijo á la hija de
á un lado, se adelanta). — ] Ah no p u e d o s o p o r t a r más! Friedland sino á ti, á ti á quien a m o con toda m i alma.
V i n e a q u í con ánimo r e s u e l t o y firme, c r e í d o de q u e No se trata de una corona... entonces bien estaría la
m i conducta era justa é i n t a c h a b l e , y a h o r a parezco p r u d e n c i a . . . sino de la tranquilidad de t u a m a n t e , y de
odioso, i n h u m a n o , m a l d i t o , objeto de h o r r o r para los la suerte de m i l héroes que s e g u i r á n mi e j e m p l o . ¿He
m i s m o s que quiero con t o d o m i corazón. Y he de v e r de ser p e r j u r o al Emperador? ¿Dispararé contra Octa-
c ó m o los a b r u m a el d o l o r . . . á ellos que con una sola vio una bala p a r r i c i d a ? P o r q u e u n a vez disparada,
palabra podrían h a c e r m e feliz. ¡ A h ! m e s u b l e v o contra cesa la bala de ser ciego i n s t r u m e n t o de m u e r t e ; vive,
t a m a ñ o espectáculo : d o s v o c e s c o n t r a d i c t o r i a s se alzan y va dirigida por un espíritu fatal. L a s f u r i a s venga-
en m i p e c h o : perdido entre t i n i e b l a s no sé d a r con el doras del c r i m e n se apoderan de ella, y la clavan en el
verdadero camino. ¡ A h , razón t u v i s t e , p a d r e m í o ; fié m á s f u n e s t o blanco.
d e m a s i a d o en m i s p r o p i a s f u e r z a s ! . . . h e m e vacilante TECLA.—¡Oh Max!
y perplejo ignorando q u é partido tomar.
MAX (interrumpiéndola).— ¡ A h ! no, no te a p r e s u r e s
LA CONDESA.—¡Cómo! ¿ N o os lo señala v u e s t r o cora- á r e s p o n d e r ; te c o n o z c o ; tu noble corazón confundiría
zón ? P u e s y o v o y á d e c í r o s l o . V u e s t r o p a d r e c o m e t i ó el d e b e r m á s c r u e l con el m a s s a g r a d o . C u m p l a m o s
con nosotros una traición r e p u g n a n t e , a t e n t ó á la vida no lo m a g n á n i m o , sino lo más h u m a n o . P i e n s a cuánto
del príncipe, nos ha l i b r a d o á la v e r g ü e n z a ; su con- debo á t u p a d r e , y c ó m o le c o r r e s p o n d i ó el m:o; piensa
ducta os m u e s t r a bien c l a r o c u á l sea el d e b e r de su que los n o b l e s y hermosos afectos, la pía fidelidad en
h i j o : r e p a r a r tal i n f a m i a y r e s u c i t a r el e j e m p l o de la las a m i s t a d e s , son también una religión s a g r a d a cuya
fidelidad, de m o d o q u e el n o m b r e de P i c c o l o m i n i cese bárbara profanación castiga c r u e l m e n t e la naturaleza.
de ser ignominioso y m a l d i t o e t e r n a m e n t e en la f a m i - Ponió todo en la balanza, y deja q u e tu corazón pro-
lia de W a i l e n s t e i n . n u n c i e el fallo.
MAX.—¿ Dónde oir la v e r d a d ? . . . El ú n i c o m ó v i l de T E C L A . — T i e m p o ha que el t u y o ha d e c i d i d o ; sigue
todos nosotros es la p a s i ó n . ¡ C ó m o no baja un ángel su primer i m p u l s o .
del cielo para m o s t r a r m e el v e r d a d e r o c a m i n o , y a l u m - LA CONDESA. - ¡ D e s d i c h a d a !
b r a r m e con i n m a c u l a d o r a y o ! (Contempla á Tecla.) ¡ Y T E C L A . — ¿ H a b r á otro sentimiento m a s justo q u e el
qué! otro ángel busco? ¡á otro a g u a r d o ? (Se acerca á ella, p r i m e r o q u e anima á ese corazón leal ? V é : c u m p l e con
y la coge entre sus brazos.) ¡Ah!... De este corazón p u r o tu d e b e r : y o te amaré e t e r n a m e n t e . C u a l q u i e r a q u e
é infalible, a g u a r d o m i d e c i s i ó n ; tu a m o r q u i e r o inte- f u e s e tu elección, sería s i e m p r e noble y d i g n a de ti...
r r o g a r , el ú n i c o que p u e d e h a c e r m e feliz, y q u e h u i r í a pero el r e m o r d i m i e n t o no d e b e t u r b a r la paz de tu alma.
de m í si f u e s e culpable. ¿ P o d r á s tú a m a r m e , si me MAX.— ¡ E n t o n c e s he de a b a n d o n a r t e !
q u e d o ? D i m e q u e sí y m e q u e d o . T E C L A . — P e r m a n e c i e n d o fiel á ti m i s m o , s i g u e s sién-
L A CONDESA (con expresión).—Piensa... d o m e fiel á m í . Si la suerte nos s e p a r a , n o s o t r o s segui-
MAX (interrumpiéndola).—NO ; no te d e t e n g a s á pen- m o s u n i d o s . Y a u n q u e el odio d i v i d a p a r a siempre a
sar; habla s e g ú n sientas. los linajes de Friedland y P i c c o l o m i n i , nosotros no
pertenecemos á nuestra casa... vé, apresúrate á sepa-
d i s p u e s t o s á m a r c h a r h o y m i s m o . S a l d r e m o s de Pilsen
rar la b u e n a c a u s a d e n u e s t r a d e s d i c h a d a s u e r t e . L a
a n t e s d e a n o c h e c e r . (Vase Terzky). Buttler!
m a l d i c i ó n del cielo pesa s o b r e n u e s t r a s cabezas, y esta-
BUTTLER.—Mi general!
m o s c o n d e n a d o s á la p e r d i c i ó n . . . L a falta de m i p a d r e
WALLENSTEIN.—Escribid i n m e d i a t a m e n t e al c o m a n -
m e a r r a s t r a á la r u i n a ; no l l o r e s p o r m í ; p r o n t o h a b r é
d a n t e d e E g r a , v u e s t r o a m i g o y c o m p a t r i o t a , q u e se
decidido sobre m i suerte.
d i s p o n g a á r e c i b i r n o s m a ñ a n a en su f o r t a l e z a ; v o s n o s
(Max la abraza con viva emoción. Suenan dentro prolon-
a c o m p a ñ a r é i s con el r e g i m i e n t o .
gadas aclamaciones: «¡Viva Fernando/» y músicas gue-
BUTTLER.—Está b i e n , m i g e n e r a l .
rreras. Max y Tecla siguen abrazados).
W A L L E N S T E I N (interponiéndose entre Max y Tecla, que
durante esto, habrán continuado abrazados).—Separaos.
MAX.—¡Oh Dios mío!
ESCENA XXII (Salen algunos coraceros armados y se colocan en el fondo
de la sala. Suena dentro, debajo de las ventanas, la mar-
Dichos.—Terzky
cha del regimiento de Papennheim, como para advertir
á Max).
L A CONDESA {yendo d su encuentro).—¿Qué ha p a s a -
W A L L E N S T E I N (á los coraceros).—Aquí está. L i b r e es;
do ? ¿ Qué significan esos gritos ?
n o le d e t e n g o m á s . (Se dirige á un lado de la escena, de
T E R Z K Y . — T o d o esta perdido.
modo que Max no pueda acercarse ni á él ni d Tecla).
LA CONDESA.- ¡ Q u é ! ¿ N i n g u n a i m p r e s i ó n les ha cau- MAX (á Wallenstein).—Me o d i á i s , m e a r r o j á i s lleno
sado su p r e s e n c i a ?
d e c ó l e r a . R o t o s los l a z o s del a n t i g u o a f e c t o , no q u e r é i s
T E R Z K Y . — N i n g u n a ; t o d o ha sido i n ú t i l .
d e s a t a r l o s s u a v e m e n t e sino h a c e r m e m á s dolorosa la
LA DUQUESA.—Han g r i t a d o «¡viva!».
s e p a r a c i ó n , p o r q u e y o n o a p r e n d í t o d a v í a á v i v i r sin
T E R Z K Y . — S í ; p o r el Emperador.
v o s . . . R e a l m e n t e p u e d o d e c i r q u e m e v o y á un d e s i e r t o ,
LA CONDESA. ¡ Q u é m o d o de o l v i d a r s u s d e b e r e s '
y q u e d e j o a q u í c u a n t o m e es q u e r i d o . ¡Oh! y o no ceso
TERZKY. No le h a n d e j a d o p r o n u n c i a r u n a sola pa-
d e m i r a r o s ; m o s t r a d m e p o r ú l t i m a v e z s i q u i e r a ese
labra. A p e n a s e m p e z ó , le i n t e r r u m p i e r o n con u n a m ú -
r o s t r o q u e s e r á p a r a m í e t e r n a m e n t e s a g r a d o . No m e
sica g u e r r e r a . A q u í e s t á .
r e c h a c é i s . (Intenta tomarle la mano. Wallenstein la reti-
ra. Max se vuelve hacia la condesa). ¡No h a l l a r é una mi-
r a d a d e p i e d a d ! . . . S e ñ o r a . . . (á la condesa, ésta vuelve
ESCENA XXIII
también el rostro).. ¡Y v o s , m a d r e q u e r i d a !
D i c h o s - W A L L E N S T E I N , ILLO, B U T T L E R ; l u é g o a l g u n o s LA DUQUESA.—Partid, c o n d e , á d o n d e el d e b e r os
coraceros l l a m a . Q u i z á s u n día s e r é i s n u e s t r o a b o g a d o y á n g e l
b u e n o , j u n t o al t r o n o d e l E m p e r a d o r .
WALLENSTEIN (adelantándose).—¡Terzky!
M A X . — ¡ A h , s e ñ o r a ! q u e r é i s c o n s o l a r m e con d u l c e s
TERZKY.—Príncipe.
i l u s i o n e s y a r r a n c a r m e á la d e s e s p e r a c i ó n . . . ¡Ah! no
WALLENSTEIN,-Mandad q u e los r e g i m i e n t o s estén
m e e n g a ñ é i s con v a n a s p a l a b r a s ; mi d e s d i c h a es se-
g u r a ; por f o r t u n a , hay m e d i o d e a c a b a r con ella. (Sue-
na de nuevo la música, y la sala va llenándose de soldados.
Max advierte á Buttler). ¡ V o s a q u í , coronel!... ¿No q u e -
réis s e g u i r m e ? Bien está, s e d m á s fiel á v u e s t r o n u e v o
s o b e r a n o de lo q u e lo f u i s t e i s al p r i m e r o . P r o m e t e d m e
p r o t e g e r s u vida y p r e s e r v a r l a de c u a l q u i e r a t e n t a d o ;
d a d m e la m a n o en p r e n d a d e v u e s t r a p r o m e s a (Buttler
rehusa tomarla). P e s a s o b r e él la sentencia d e l E m p e r a -
dor, q u e libra s u noble c a b e z a al p r i m e r o q u e codicie
el p r e m i o . . . A h o r a m á s q u e n u n c a necesita q u i e n con ACTO IV
celo y afecto g u a r d e su v i d a . . . y los q u e v e o en torno
s u y o al dejarle... (Mira con desconfianza á Buttler y á Illo).

ILLO.— B u s c a d á los t r a i d o r e s en el c a m p a m e n t o de ESCENA PRIMERA


v u e s t r o padre y d e G a l l a s ; a q u í , sólo e x i s t e u n o . Sa-
lid, y l i b e r t a d n o s de su o d i o s o á s p e c t o . S a l i d . H a b i t a c i ó n d e l b u r g o m a e s t r e de Egra

(Max intenta otra vez acercarse á Tecla; Walienstein se


lo impide. Un momento parece vacilar, victima de vivi- BUTTLER (saliendo)
. simo dolor. En esto la sala se va llenando cada vez más,
y suenan de nuevo las cornetas como para advertirle.)
QUÍ e s t á ; a q u í le c o n d u j o el hado. C a y ó en la
M A X . — S o n a d , s o n a d . . . ¡Así f u e r a la corneta de los
t r a m p a ; alzado el p u e n t e por d o n d e entró,
s u e c o s . . . . tocando á l l a m a d a en el c a m p o d e la m u e r t e !
no le q u e d a e s c a p e . De a q u í no pasarás, Fried-
¿ P o r q u é no se m e c l a v a n e n el p e c h o t o d a s e s a s es-
land, ha d i c h o el destino; tu m a r a v i l l o s o m e -
padas?... ¿ Q u é m e q u e r é i s ? ¿ V e n í s á a r r a n c a r m e de
teoro que partió d e B o h e m i a dejando en el cielo l u m i -
a q u í ? . . . ¡ A h ! ¡ n o m e e m p u j é i s á la d e s e s p e r a c i ó n ! . . .
P o d r í a i s a r r e p e n t i r o s d e e l l o . . . (La sala se habrá llenado nosa estela, en B o h e m i a irá á caer. C i e g o é iluso
completamente de tropas.) ¿ M á s ? . . . . u n p e s o se a ñ a d e á desertaste d e t u s b a n d e r a s fiando en tu f o r t u n a ; h a s
otro t o d a v í a ! . . . ¡ C ó m o se r e ú n e n los s o l d a d o s ! A s í esa a r m a d o tu m a n o c r i m i n a l para traer la g u e r r a en los
m a s a i m p o n e n t e me a r r a s t r a consigo. P e n s a d en lo estados d e l E m p e r a d o r , y volcar el hogar doméstico.
q u e hacéis... E r r o r g r a n d e e s e l e g i r p o r jefe á u n hom- ¡ A l e r t a , no sea q u e la v e n g a n z a que te m u e v e sea tu
bre d e s e s p e r a d o . . . ¡ M e a r r a n c á i s d e los b r a z o s de m i propia p e r d i c i ó n !
d i c h a ! P u e s bien, s e a ; o s c o n s a g r o á la diosa de la
v e n g a n z a . . . Me e l e g i s t e i s para v u e s t r a p e r d i c i ó n .
E S C E N A II
¡ Q u i e n m e siga, d i s p ó n g a s e á m o r i r !
(Se dirige al fondo del teatro, y los coraceros le rodean y B U T T L E R , GORDON
acompañan en tumulto. Wallenstein permanece inmóvil.
Tecla cae desmayada en brazos de su madre. Telón.) GORDON.—¡ S o i s v o s ! . . . ¡ C u á n t o d e s e a b a o i r o s ! . . .
¡ Con q u e e s v e r d a d que el d u q u e es t r a i d o r ! ¡ D i o s
g u r a ; por f o r t u n a , hay m e d i o d e a c a b a r con ella. (Sue-
na de nuevo la música, y la sala va llenándose de soldados.
Max advierte a Buttler). ¡ V o s a q u í , coronel!... ¿No q u e -
réis s e g u i r m e ? Bien está, s e d m á s fiel á v u e s t r o n u e v o
s o b e r a n o de lo q u e lo f u i s t e i s al p r i m e r o . P r o m e t e d m e
p r o t e g e r s u vida y p r e s e r v a r l a de c u a l q u i e r a t e n t a d o ;
d a d m e la m a n o en p r e n d a d e v u e s t r a p r o m e s a (Buttler
rehusa tomarla). P e s a s o b r e él la sentencia d e l E m p e r a -
dor, q u e libra s u noble c a b e z a al p r i m e r o q u e codicie
el p r e m i o . . . A h o r a m á s q u e n u n c a necesita q u i e n con ACTO IV
celo y afecto g u a r d e su v i d a . . . y los q u e v e o en torno
s u y o al dejarle... (Mira con desconfianza d Buttler y á Illo).

ILLO.— B u s c a d á los t r a i d o r e s en el c a m p a m e n t o de ESCENA PRIMERA


v u e s t r o padre y d e G a l l a s ; a q u í , sólo e x i s t e u n o . Sa-
lid, y l i b e r t a d n o s de su o d i o s o á s p e c t o . S a l i d . H a b i t a c i ó n d e l b u r g o m a e s t r e de Egra

(Max intenta otra vez acercarse á Tecla; Walienstein se


lo impide. Un momento parece vacilar, victima de vivi- BUTTLER (saliendo)
. simo dolor. En esto la sala se va llenando cada vez más,
y suenan de nuevo las cornetas como para advertirle.)
QUÍ e s t á ; a q u í le c o n d u j o el hado. C a y ó en la
M A X . — S o n a d , s o n a d . . . ¡Así f u e r a la corneta de los
t r a m p a ; alzado el p u e n t e por d o n d e entró,
s u e c o s . . . . tocando á l l a m a d a en el c a m p o d e la m u e r t e !
no le q u e d a e s c a p e . De a q u í no pasarás, Fried-
¿ P o r q u é no se m e c l a v a n e n el p e c h o t o d a s e s a s es-
land, ha d i c h o el destino; tu m a r a v i l l o s o m e -
padas?... ¿ Q u é m e q u e r é i s ? ¿ V e n í s á a r r a n c a r m e de
teoro que partió d e B o h e m i a dejando en el cielo l u m i -
a q u í ? . . . ¡ A h ! ¡ n o m e e m p u j é i s á la d e s e s p e r a c i ó n ! . . .
P o d r í a i s a r r e p e n t i r o s d e e l l o . . . (La sala se habrá llenado nosa estela, en B o h e m i a irá á caer. C i e g o é iluso
completamente de tropas.) ¿ M á s ? . . . . u n p e s o se a ñ a d e á desertaste d e t u s b a n d e r a s fiando en tu f o r t u n a ; h a s
otro t o d a v í a ! . . . ¡ C ó m o se r e ú n e n los s o l d a d o s ! A s í esa a r m a d o tu m a n o c r i m i n a l para traer la g u e r r a en los
m a s a i m p o n e n t e me a r r a s t r a consigo. P e n s a d en lo estados d e l E m p e r a d o r , y volcar el hogar doméstico.
q u e hacéis... E r r o r g r a n d e e s e l e g i r p o r jefe á u n hom- ¡ A l e r t a , no sea q u e la v e n g a n z a que te m u e v e sea tu
bre d e s e s p e r a d o . . . ¡ M e a r r a n c á i s d e los b r a z o s de m i propia p e r d i c i ó n !
d i c h a ! P u e s bien, s e a ; o s c o n s a g r o á la diosa de la
v e n g a n z a . . . Me e l e g i s t e i s para v u e s t r a p e r d i c i ó n .
E S C E N A II
¡ Q u i e n m e siga, d i s p ó n g a s e á m o r i r !
(Se dirige al fondo del teatro, y los coraceros le rodean y B U T T L E R , GORDON
acompañan en tumulto. Wallenstein permanece inmóvil.
Tecla cae desmayada en brazos de su madre. Telón.) GORDON.—¡ S o i s v o s ! . . . ¡ C u á n t o d e s e a b a o i r o s ! . . .
¡ Con q u e e s v e r d a d que el d u q u e es t r a i d o r ! ¡ D i o s
W A L L E N S T E I N

m í o ! ( Y anda f u g i t i v o y condenado á m u e r t e ? Gene-


ral, c o n t a d m e m i n u c i o s a m e n t e lo ocurrido en Pilsen.
BUTTLER.—¿ Recibisteis la carta q u e os m a n d é por
u n propio ?
GORDON.—SÍ; están c u m p l i d a s v u e s t r a s órdenes ; le
abrí sin objeción la fortaleza. P e r o la verdad es q u e
en cuanto he visto al príncipe he vuelto á d u d a r , por-

que realmente lo q u e es él no entró c o m o u n proscrito.


Brilla en su frente aquella m a j e s t a d s o b e r a n a que
fuerza á la obediencia, y m e pidió cuenta d e m i s fun-
ciones tan tranquilo como en días n o r m a l e s . P o r lo
c o m ú n , la adversidad hace afable al h o m b r e . . . . el o r g u -
llo abatido se postra ante el débil y a c u d e á la lisonja;
pero en el príncipe, nada de eso... C o n la m a y o r dig-
nidad m e ha m a n i f e s t a d o en pocas p a l a b r a s s u satis-
facción, y m e elogió como el a m o á su c r i a d o .
BUTTLER.—Todo pasó c o m o os decía. V e n d i ó el ejér-
cito á los e n e m i g o s , é intentaba e n t r e g a r l e s P r a g a y
Egra. Á la n u e v a de esa traición todos los r e g i m i e n t o s
le han a b a n d o n a d o e x c e p t o los cinco de T e r z k y que
hasta aquí le siguieron. S e ha p r o n u n c i a d o s u senten- BUTTLER Y GORDON
cia y todo fiel servidor debe entregarle v i v o ó m u e r t o .
GORDON.—¡ Él traidor á s u s o b e r a n o ! . . . ¡ T a n noble
y tan excelente caballero ! ¡ E n qué para la g r a n d e z a
humanal Bien repetía y o : E s t o no puede acabar en
bien; su m a g n a n i m i d a d , s u p u j a n z a , aquel carácter
arrebatado, sombrío y v a c i l a n t e , dieron con él en el
lazo. El h o m b r e se inclina s i e m p r e á e x t e n d e r su po-
derío, y no hay q u e fiar m u c h o en su moderación si no
le detiene la ley ó el s u r c o d e la c o s t u m b r e . P e r o c o m o
vió en sus manos tan e x t r a o r d i n a r i o poder que le e q u i -
paraba al E m p e r a d o r , o r g u l l o s o c o m o era, se h a b i t u ó
á la desobediencia. ¡ Q u é l á s t i m a !... Sólo él podía m a n -
tenerse firme en el p u e s t o en q u e c a y ó .
BUTTLER. — Escusad v u e s t r a s l a m e n t a c i o n e s hasta
tanto que merezca piedad ; p o r a h o r a sigue s i e n d o to-
davía temible y p o d e r o s o . L o s suecos m a r c h a n hacia
Egra, y si no a c u d i m o s á c o r t a r l e s el paso, la u n i ó n
será un hecho. ¡ A toda c o s t a d e b e m o s e v i t a r l o ! . . . El
príncipe no ha de poner el pié f u e r a de la fortaleza ;
me va en ello la vida y el h o n o r . He p r o m e t i d o ha-
cerle prisionero y c u e n t o c o n v u e s t r a a y u d a .
GORDON.—¡ P l u g u i e s e á D i o s que no hubiese visto la
luz de este d í a ! ¡ De su p r o p i a m a n o recibí m i cargo!
¡ Él mismo m e confió la g u a r d i a de este castillo q u e h e
de convertir en su p r i s i ó n ! N o s o t r o s los s u b a l t e r n o s
no tenemos voluntad p r o p i a ; sólo los poderosos p u e -
den ceder á h u m a n i t a r i o s s e n t i m i e n t o s . Nosotros ve-
nimos á ser simples e s b i r r o s de la l e y , y toda nuestra
virtud consiste en la o b e d i e n c i a p a s i v a .
BUTTLER.—No os aflijan tales restricciones. L a m u -
cha libertad abre c a m i n o á m u c h o s errores, y en cam-
bio el estrecho sendero del d e b e r e s firme y s e g u r o .
G O R D O N . — ¿ Y decir q u e t o d a aquella g e n t e le aban-
donó? ¡De cuantos hizo la f o r t u n a ! P o r q u e , eso si, g e -
neroso lo era; como u n r e y ; su m a n o estaba s i e m p r e
abierta... (Mira de soslayo á Buttler.) A m á s de uno sacó
del polvo para alzarle a las m a y o r e s d i g n i d a d e s , y aho-
WALLENSTEIN WALLENSTEIN 35?

ra no le q u e d a un solo a m i g o , ni uno solo que le sea zar de una v e n t a n a , se c a y ó desde un s e g u n d o piso y


fiel en la adversidad. se levantó por s u pié sin haberse lastimado. Dicen que
BUTTLER.—Uno e n c u e n t r a a q u í con el cual no con- desde aquel día se le notaron síntomas de locura.
taba. GORDON.—Verdad q u e se volvió soñador y se hizo
GORDON.—Y sin e m b a r g o n i n g ú n f a v o r le debo. Hasta católico. A q u e l m i l a g r o operó singular m u d a n z a , y
d u d o si en los días de su g r a n d e z a se acordó u n solo e n g e n d r ó en él la preocupación de q u e era un sér pri-
instante del a m i g o de los p r i m e r o s años.... p o r q u e v i l e g i a d o y f a v o r e c i d o de la suerte. Así, con la audacia
como m i cargo m e tenía tan lejos de él! P e r o enterra- del h o m b r e q u e no p u e d e tropezar, lanzóse á recorrer
do entre estas cuatro paredes, y d e s d e el o s c u r o asilo la cuerda vacilante de la vida. L u é g o la suerte nos se-
donde no llegaba su favor, le g u a r d é s i e m p r e u n cora- p a r ó ; arrojóse él osado por su camino, voló con rapi-
zón sincero. C u a n d o m e colocó en este castillo, él era dez á los más altos honores, pero siempre vacilante; así
todavía fiel á sus deberes, y no hago traición á su con- le v i llegar á conde, príncipe, d u q u e , dictador... y sin
fianza, g u a r d a n d o el p u e s t o que e n c o m e n d ó á m i fide- e m b a r g o , todo f u é poco para él; ahora tiende la m a n o
lidad. á la corona real y cae en abismo sin fondo.
BUTTLER.—Decidme: ¿ q u e r é i s e j e c u t a r la sentencia BUTTLER.—Basta y a . . . él llega.
y a y u d a r m e á arrestarlo ?
GORDON (tras breves momentos de reflexión, con pro-
fundo dolor).—Si es cierto cuanto decís, si hizo traición ESCENA III
al E m p e r a d o r , si v e n d i ó al ejército y abrió las f o r t a l e -
zas al e n e m i g o . . . no hay salvación para él. P e r o m e D i c h o s . — W A L L E N S T E 1 N c o n v e r s a n d o con el BURGOMAESTRE
aflige en verdad que, entre tantos, m e h a y a n elegido DE EGRA
á mí para instrumento de su ruina. Juntos f u i m o s
pajes en la corte de B u r g a u : y o era el m á s viejo. WALLENSTEIN.—Vuestra capital era libre a n t i g u a -
BUTTLER.—Ya sé. m e n t e ; veo q u e c a m p e a en el e s c u d o m e d i a águila. ¿Y
GORDON.—Hace de eso u n o s treinta años. Ya enton- por qué solo m e d i a ?
ces (tendría él unos veinte), se mostraba de un carác- EL BURGOMAESTRE.—Realmente libre era é i m p e r i a l ,
ter agitado, audaz, y m á s f o r m a l de lo q u e consentía su pero hace c o m o u n o s doscientos años f u é dada en pren-
edad; sólo ocupaban su i m a g i n a c i ó n g r a n d e s y varo- da á B o h e m i a , y de a q u í que u s e m o s sólo media águila
niles proyectos. V i v í a s i e m p r e e n s i m i s m a d o , sin f a m i - hasta q u e el i m p e r i o nos d e s e m p e ñ e .
liarizarse con nadie, sin hallar g u s t o en n u e s t r o s infan- WALLENSTEIN.—Bien m e r e c é i s la libertad. Continuad
tiles j u e g o s ; pero, de pronto, m u c h a s veces, le sobre- portándoos c o m o h o y , y no déis oído á la sedición. ¿ Á
cogía algo de maravilloso y centelleaba en su mis- cuánto ascienden v u e s t r o s i m p u e s t o s ?
terioso á n i m o u n p e n s a m i e n t o p r o f u n d o . E n t o n c e s EL BURGOMAESTRE.— A tanto q u e apenas p o d e m o s
nosotros le contemplábamos con sorpresa, d u d o s o s de soportarlos. Hasta la g u a r n i c i ó n vive á e x p e n s a s de la
si deliraba ó si hablaba u n dios p o r su boca. ciudad.
BUTTLER.—Entonces f u é cuando, d o r m i d o en el alféi- WALLENSTEIN.—Ya os aliviaremos de tal peso. ¿ H a y
23
t o d a v í a p r o t e s t a n t e s en ella ? (El Burgomaestre vacila.) GORDON.—Ochocientos h o m b r e s ú t i l e s ; el resto está
S í ; y a lo sé; m u c h o s se ocultan d e t r á s d e e s t o s m u - compuesto de i n v á l i d o s .
ros... C o n f e s a d l o con f r a n q u e z a . . . V o s m i s m o . . . ¿ ver- WALLENSTEIN.—¿ C u á n t o s h a y en el valle J o a c h i m ?
dad ? (Le mira de hito en hito: el Burgomaestre se inmuta.) GORDON.—Doscientos a r c a b u c e r o s m a n d é á r e f o r z a r
No t e m á i s ; odio á los j e s u í t a s ; si de mí d e p e n d i e r a las a v a n z a d a s c o n t r a l o s s u e c o s .
t i e m p o h a r í a q u e los h u b i e r a e x p u l s a d o del r e i n o . . . WALLENSTEIN.—Aplaudo tal p r e c a u c i ó n . He obser-
¿ Q u é m e i m p o r t a n á m í el m i s a l ni la Biblia? Harto la vado t a m b i é n al p a s a r q u e se t r a b a j a en las o b r a s de
he d e m o s t r a d o en G l o g a u d o n d e hice c o n s t r u i r una defensa.
iglesia para los e v a n g e l i s t a s . . . ¿ C ó m o os l l a m á i s ? GORDON.—Como el r h i n g r a v e n o s e s t r e c h a d e c e r c a ,
EL BURGOMAESTRE.—Pachhákbel, s e ñ o r . hice l e v a n t a r á t o d a p r i s a d o s b a l u a r t e s .
WALLENSTEIN.—Estadme atento, p e r o no r e p i t á i s lo WALLENSTEIN.—Fielmente s e r v í s al E m p e r a d o r ; eso
q u e os digo en c o n f i a n z a . (Apoya la mano en el hombro me c o m p l a c e . (A Buttler)-. H a y q u e r e t i r a r las avanza-
del Burgomaestre con cierta solemnidad.) S o n ó y a la h o r a das de J o a c h i m y c u a n t o s se o p o n g a n al e n e m i g o . (A
de c u m p l i r s e la p r o f e c í a ; los h u m i l d e s serán ensalza- Gordon)-. C o m a n d a n t e , c o n f í o á v u e s t r a fidelidad m i
dos, y los g r a n d e s serán h u m i l l a d o s . R e c o r d a d l o , p e r o esposa, m i h i j a y m i h e r m a n a . N o c u e n t o p e r m a n e c e r
con r e s e r v a . T o c a á s u t é r m i n o el doble p o d e r í o espa- a q u í ; en c u a n t o r e c i b a a l g u n a s c a r t a s que a g u a r d o ,
ñol, y se i n a u g u r a u n n u e v o o r d e n de cosas. ¿No vis- saldré con t o d o s l o s r e g i m i e n t o s .
teis, p o c o há, tres l u n a s en el cielo ?
EL BURGOMAESTRE.—Sí, alteza, con h a r t o espanto.
WALLENSTEIN.—Dos d e ellas trocaron su f o r m a p o r E S C E N A ' IV
la de s a n g r i e n t o s p u ñ a l e s y l u é g o se d e s v a n e c i e r o n ; la
d e e n m e d i o s i g u i ó c o m o estaba, sin perder su f u l g o r . Dichos.—TERZK Y
EL BURGOMAESTRE.—Nosotros a t r i b u í a m o s el p r e s a g i o
á la s u e r t e d e los t u r c o s . TERZKY.—i A l b r i c i a s !... T r a i g o u n a b u e n a noticia.
WALLENSTEIN.— ¿ A los turcos? j C á ! Dos imperios WALLENSTEIN.—Veamos.
van á p e r e c e r p o r el h i e r r o : el u n o al Este, el otro al TERZKY.—Se h a l i b r a d o en N e u s t a d t una batalla, y
O e s t e . L o a f i r m o y o : la c r e e n c i a l u t e r a n a será la ú n i c a los s u e c o s h a n s a l i d o v i c t o r i o s o s .
q u e s u b s i s t a . (Observa á Buttler y Gordon.) P o r el c a m i -
WALLENSTEIN.—¿Qué e s t á s d i c i e n d o ?... ¿ P o r d ó n d e
no o í m o s á n u e s t r a i z q u i e r d a v a r i a s d e s c a r g a s d e f u s i -
lería. ¿ L a s p e r c i b i s t e i s t a m b i é n en el castillo ? lo sabes ?
TERZKY.—Lo d i j o u n c a m p e s i n o l l e g a d o de T i r s c h e n -
GORDON.—Sí, m i g e n e r a l . El v i e n t o nos traía el soni-
r e u t h . El c o m b a t e e m p e z ó al p o n e r s e el sol, con u n a
d o p o r la p a r t e d e l s u d .
c a r g a de los i m p e r i a l e s c o n t r a los s u e c o s . El f u e g o ha
BUTTLER.—Como si v i n i e r a de N e u s t a d t ó de W e i -
d u r a d o d o s h o r a s , y h a n m u e r t o mil i m p e r i a l e s y el
den.
coronel. Esto es c u a n t o h a s a b i d o d e c i r m e .
WALLENSTEIN.—Por allí han d e v e n i r los suecos. ¿ L a
WALLENSTEIN.—Pero ¿ c ó m o se hallaban en N e u s t a d t
guarnición es m u c h a ?
las t r o p a s d e l E m p e r a d o r ? A l t r i n g e r estaba a y e r a ca-
torce millas de a q u í . . . ¡ni que tuvieras alas!... L o s
r e g i m i e n t o s de Gallas tampoco están r e u n i d o s , y ade-
más se dirigen á F r a ü e n b e r g . . . ¡ A r r i e s g a r s e á adelan- E S C E N A VI
tarse... S u y s ! No p u e d e ser. (Sale Illo.)
BUTTLER y GORDON
TERZKY.—Pronto lo sabremos... A q u í llega Illo, con-
tento y p r e s u r o s o .
GORDON (con sorpresa).—Pero e x p l i c a d m e q u é signi -
fica esta escena.
BUTTLER.—Perdió al h o m b r e que amaba, ese Picco-
ESCENA V lomini que ha perecido.
GORDON.—¡ Desgraciada n i ñ a !
Dichos. — ILLO
BUTTLER. — ¿ Oísteis la noticia q u e trajo Illo? Los
suecos se acercan victoriosos.
ILLO ( I Wallenstein). — Hay a q u í un caballero que
GORDON.—Ya, y a .
desea hablarte.
BUTTLER.—Son doce regimientos, sin contar los cin-
TERZKY.—¿ Se confirma la nueva de la victoria ?
co que tiene el d u q u e apostados cerca de aquí para
Decid.
protegerle. En cambio, sólo dispongo del mío, y la
WALLENSTEIN.—¿ De dónde viene, y q u é trae ese ca-
guarnición a p e n a s se compone de doscientos hombres.
ballero ?
GORDON.—Es v e r d a d .
ILLO.—El r h i n g r a v e lo e n v i ó ; puedo anticiparte su
B U T T L E R — C o n tan escasas f u e r z a s es imposible
mensaje. Los suecos están á cinco millas de a q u í . En
custodiar á tal prisionero dé Estado.
Neustadt cayó sobre ellos la caballería de P i c c o l o m i -
GORDON.—Así lo creo.
ni, y f u é terrible la carnicería, pero á la postre t r i u n f ó
el m a y o r n ú m e r o ; todos los coraceros de P a p p e n h e i m , BUTTLER. — P r o n t o el ejército d e s a r m a r í a nuestra -
incluso Max su jefe, han m u e r t o en el c a m p o de ba- débil tropa y libertaría al cautivo.
talla. GORDON.—Esto es de temer.
BUTTLER (tras breve pausa).— ¿ Sabéis que salgo ga-
WALLENSTEIN. — ¿ Dónde está el m e n s a j e r o ? Que
entre. rante de la empresa, y que e m p e ñ é m i cabeza por la
(En el momento de retirarse, la señorita de Neubrunn sale suya ? De cualquier m o d o que sea, f u e r z a es q u e c u m -
pla m i p a l a b r a : si no p o d e m o s g u a r d a r l e vivo, le
corriendo, seguida de algunos criados consternados.)
guardaremos muerto.
LA NEUBRUNN.—¡ Socorro ! ¡ socorro !
ILLO Y T E R Z K Y , — ¿ Q u é pasa ?
GORDON.—¡Qué d e c í s ! . . . Justo Dios... ¿ P o d r í a i s . . .
BUTTLER.—Ha de morir.
LA NEUBRUNN.—¡ L a señorita...
W A L E N S T E I N Y T E R Z K Y . — ¿ Ha sabido... ? GORDON.—Pero podríais...
LA NEUBRUNN.—Quiere morirse. BUTTLER.—Vos ó y o ; este es el último día de su
(Vase Wallenstein. Terzky é Illo le siguen.) v i dGORDON.—¿
a. Q u e r é i s matarle ?
BUTTLER.—Tal es mi designio.
te así honra al h o m b r e , p e r o la n a t u r a l e z a m a l d i c e el
GORDON.—¡Cuando d e s c a n s a en v u e s t r a fidelidad ! asesinato.
BUTTLER.—Así lo q u i e r e s u h a d o f u n e s t o . BUTTLER (mostrándole un papel).—Esta es la o r d e n d e
GORDON.—¡ S i e n d o c o m o e s s a g r a d a s u p e r s o n a d e prenderle... va dirigida á v o s , lo m i s m o q u e á m í .
general! ¿ R e s p o n d é i s de las c o n s e c u e n c i a s si p o r n u e s t r a c u l p a
BUTTLER.—Lo era. se escapa y se u n e á l o s e n e m i g o s ?
GORDON.—No h a y c r i m e n q u e p u e d a b o r r a r lo q u e ' GORDON.—¿ Y o ?... ¡ p o b r e d e m i 1... i Q u é p u e d o y o ?
f u é . ¿ L e m a t a r é i s a d e m á s s i n ser j u z g a d o ? BUTTLER.—Responded s i q u e r é i s de lo q u e o c u r r a , y
BUTTLER.—La e j e c u c i ó n s u p l i r á la s e n t e n c i a . sea lo q u e q u i e r a . Y o m e l a v o las m a n o s .
GORDON.—Esto será u n a s e s i n a t o y no u n acto de GORDON.—¡Oh, D i o s m i ó !
justicia ; la j u s t i c i a o y e a u n á los m á s c u l p a b l e s . BUTTLER.—¿ C o n o c é i s o t r o m e d i o de c u m p l i r la vo-
BUTTLER. El c r i m e n es e v i d e n t e , y el E m p e r a d o r le luntad del E m p e r a d o r ? D e c i d l o , porque en verdad
ha j u z g a d o : n o s o t r o s sólo e j e c u t a m o s su v o l u n t a d . que quiero derribarle, no aniquilarle.
GORDON.—No h a y q u e a p r e s u r a r s e n u n c a á c u m p l i r GORDON.-¡ Dios m í o !... ¡ D i o s m í o !... V e o tan claro
una s e n t e n c i a de m u e r t e . E s p o s i b l e r e t r a c t a r s e de c o m o v o s c u á n t o p u e d e o c u r r i r , p e r o n o s e n t i m o s lo
u n a p a l a b r a , p e r o es i m p o s i b l e r e s u c i t a r a u n m u e r t o .
mismo.
BUTTLER.—La d i l i g e n c i a e s d e l a g r a d o de los r e y e s . B U T T L E R . — T a m b i é n s e r á f o r z o s o q u e m u e r a n lllo y
GORDON.—Pero u n h o m b r e d e corazón no se presta T e r z k y , si el d u q u e s u c u m b e .
á ser v e r d u g o . GORDON.—Esos si q u e p o c o m e i m p o r t a n ; no c e d i e -
BUTTLER.—Ni t i e m b l a e l v a l i e n t e a n t e u n a acción ron ellos á s u estrella s i n o a su p e r v e r s i d a d . Ellos son
osada. q u i e n e s s e m b r a r o n e n e l á n i m o del d u q u e el g e r m e n
GORDON.—De v a l i e n t e s f u é a r r i e s g a r la v i d a , pero d é l a s m a l a s p a s i o n e s y c u l t i v a r o n con m a l d i t o celo
no la c o n c i e n c i a . el d e s d i c h a d o f r u t o . ¡ O j a l á r e c i b a n p r o n t o la d e b i d a
B U T T L E R . - ¿ L e d e j a r e m o s l i b r e p a r a r e a v i v a r la llama r e c o m p e n s a d e tan f u n e s t o s s e r v i c i o s !
d e la g u e r r a q u e l u é g o n o p o d r á e x t i n g u i r s e ? BUTTLER. — M o r i r á n antes que él. T o d o esta dis-
GORDON. • P r e n d e d l e , p e r o n o le m a t é i s ; n o a h o - puesto E s t a m i s m a n o c h e , c u a n d o m á s r e g o c i j a d o s se
guéis en sangre toda e s p e r a n z a de misericordia. h a l l a s e n en u n b a n q u e t e , q u e r í a m o s c o g e r l o s v i v o s y
B u T T L E R . - S i n la d e r r o t a del e j é r c i t o i m p e r i a l , h u - c o n d u c i r l o s al castillo. M u c h o m á s b r e v e es e s t o . \ o y
biéramos podido dejarle c o n vida. á d a r las ó r d e n e s n e c e s a r i a s .
GORDON.—¡ A h !... ¡ P o r q u é le abrí esta f o r t a l e z a !
BUTTLER.—No c a u s a s u m u e r t e el l u g a r , sino su e s -
trella. ESCENA VII

GORDON.—¡ C o n c u á n t o m á s g u s t o s u c u m b i e r a con Dichos.-ILLO, TERZKY


honor defendiendo esos m u r o s !
BUTTLER.—Mil b r a v o s h a n p e r e c i d o . T E R Z K Y . - P r o n t o v a n á t o m a r las c o s a s otro r u m b o .
GORDON.—Mas c u m p l i e r o n con su d e b e r . U n a m u e r - Mañana llegarán a q u í doce mil bravos suecos, y lúe-
go, d i r e c t a m e n t e á V i e n a . V a y a , c o m p a ñ e r o , no p o n - p r e m u y d e s g r a c i a d o : hasta a h o r a s i e m p r e p e r d i ó ba-
g á i s m a l a cara á tan b u e n a noticia. tallas. C u a n t o a esa s e r p i e n t e de O c t a v i o , si p u d o he-
ILLO.—Ahora nos tocará á n o s o t r o s i m p o n e r c o n d i - rir á F r i e d l a n d p o r la e s p a l d a , es i n c a p a z de h a c e r l e
c i o n e s y v e n g a r n o s de los p é r f i d o s y m i s e r a b l e s q u e f r e n t e en el c a m p o .
nos a b a n d o n a r o n . P o r de p r o n t o , u n o d e ellos, P i c c o - T E R Z K Y . — G a n a r e m o s , no lo d u d é i s . L a f o r t u n a n o
l o m i n i , y a e x p i ó s u c o n d u c t a . ¡ O j a l á les o c u r r a l o a b a n d o n ó j a m á s al d u q u e ; y a es sabido q u e A u s t r i a
mismo á cuantos alimenten malas intenciones contra f u é s i e m p r e v i c t o r i o s a por W a l l e n s t e i n .
n o s o t r o s ! ¡ Q u é t e r r i b l e g o l p e p a r a el v i e j o P i c c o l o -
ILLO.—No se p a s a r á m u c h o t i e m p o sin q u e h a y a
m i n i ! T o d a la vida pasó t o r t u r á n d o s e p a r a e r i g i r s u
r e u n i d o n u m e r o s o ejército ; su a n t i g u a f a m a a t r a e r á á
t í t u l o d e c o n d e en el de p r í n c i p e , y en la d e m a n d a
las t r o p a s á s u s b a n d e r a s , y será g r a n d e c o m o f u é en
p i e r d e á su hijo ú n i c o !
o t r o t i e m p o . C o m o si le v i e r a y a c u a l a n t a ñ o . ¡ C u á n t o
BUTTLER.—¡Desdichada s u e r t e la d e ese h e r ó i c o m u - sentirán entonces algunos insensatos haberle abando-
c h a c h o ! El m i s m o d u q u e la ha s e n t i d o e n el a l m a : l o n a d o , v i é n d o l e d i s t r i b u i r t i e r r a s á s u s a m i g o s y re-
l l e v a escrito en la cara. c o m p e n s a r con m a g n i f i c e n c i a á s u s leales s e r v i d o r e s !
ILLO.—Esto es lo q u e s i e m p r e m e h a d i s g u s t a d o d e l C l a r o q u e n o s o t r o s s e r e m o s los p r e f e r i d o s . (A Gordon).
g e n e r a l : esa p r e f e r e n c i a constante por los i t a l i a n o s , E n t o n c e s ha d e a c o r d a r s e t a m b i é n d e v o s ; s e g u r a m e n t e
era n u e s t r a c o n t i n u a d i s p u t a . E s t o y s e g u r í s i m o d e os v a á s a c a r d e este nido para c o l o c a r o s d o n d e brille
q u e , a ú n a h o r a , nos v e r í a m o r i r con g u s t o diez v e c e s , m á s alta v u e s t r a fidelidad.
con q u e r e s u c i t a r a su a m i g o .
GORDON.—Estoy s a t i s f e c h o con m i s u e r t e , y no a m -
T E R Z K Y . — B a s t a ; b a s t a ; no h a b l e m o s m á s en e l l o .
biciono e n c a r a m a r m e m á s ; c u á n t o m a y o r la e l e v a c i ó n ,
P a z á los m u e r t o s . A h o r a se trata d e e m b r i a g a r á l o s
m á s p r o f u n d a es la caída.
v i v o s . V u e s t r o r e g i m i e n t o nos invita á u n a fiesta, y
I L L O . — A q u í y a n o t e n é i s nada q u e h a c e r , p u e s t o
h e m o s de p a s a r a l e g r e m e n t e la n o c h e hasta q u e , al
q u e los s u e c o s entrarán m a ñ a n a . V a m o s , T e r z k y , á ce-
r a y a r el alba, nos e n c u e n t r e n los s u e c o s con la c o p a
n a r . . . ¿ Q u é o s p a r e c e ? H a g a m o s i l u m i n a r la c i u d a d
en la m a n o .
en h o n o r d e los s u e c o s ; q u i e n no s a q u e luces, ó será
ILLO.-Es v e r d a d ; alegrémonos hoy, que luégo nos español ó t r a i d o r .
c a l e n t a r e m o s las costillas. L o q u e es y o no d a r é t r e g u a
T E R Z K Y . — N o ; al d u q u e no le p a r e c e r á bien.
á la e s p a d a hasta q u e c h o r r e e s a n g r e a u s t r í a c a .
ILLO.—¡ C ó m o ! A q u í s o m o s los a m o s , y n a d i e d e b e
GORDON.—¡ P s h e ! A h , señor m a r i s c a l , bonito d i s c u r -
declararse austriaco donde m a n d a m o s nosotros. Con
s o ! . . . ¡ Y por q u é tanta cólera contra el E m p e r a d o r !
Dios, G o r d o n ; m u c h a v i g i l a n c i a , r e p i t o . Q u e s a l g a n
BUTTLER.—¡ No fiéis m u c h o en esa v i c t o r i a ! R e c o r -
p a t r u l l a s . P a r a m a y o r s e g u r i d a d m u d a d el santo y
d a d c u á n r á p i d a gira la r u e d a d e la f o r t u n a , y c u á n
seña, y á las diez en p u n t o llevad las llaves al d u q u e
p o d e r o s o es t o d a v í a el E m p e r a d o r .
e n p e r s o n a y c e s a r é i s en v u e s t r o c a r g o . M a ñ a n a los
ILLO.—El E m p e r a d o r c u e n t a con m u c h o s s o l d a d o s , s u e c o s e n t r a r á n en la fortaleza.
pero no tiene u n solo g e n e r a l , p o r q u e el r e y F e r n a n d o
TERZKY (d Buttler, retirándose).— <¡ V e n í s ?
de H u n g r í a n a d a entiende d e p e l e a r , y G a l l a s f u é s i e m -
BUTTLER.—A s u t i e m p o . (Vanse.)
sólo su g r a n d e z a , su b o n d a d , s u s a m a b l e s c u a l i d a d e s ,
s u s n o b l e s y g r a n d e s a c c i o n e s . D e s a r m e n ellas v u e s t r o
ESCENA VIII brazo s u s p e n d i d o y a s o b r e su c a b e z a c o m o si d e s c e n -
d i e r a u n á n g e l á i n t e r c e d e r por él.
BUTTLER, GORDON BUTTLER.—Es t a r d e y a . ¡ P i e d a d ! no p u e d o s e n t i r l a .
S ó l o a b r i g o i d e a s de s a n g r e . (Asiendo de la mano á Gor-
don.) G o r d o n ; a u n q u e no q u i e r o , ni t e n g o p a r a q u é
GORDON (siguiéndolos con la mirada).—¡Desdichados!
q u e r e r al d u q u e , no m e m u e v e el odio c o n t r a él, ni es
¡ C o n q u é i m p r e v i s i ó n se d i r i g e n , i n c a u t o s y d e s l u m -
el o d i o q u i e n m e c o n v i e r t e en s u m a t a d o r , sino su
h r a d o s p o r s u t r i u n f o , al lazo q u e se les t i e n d e ! No m e
m a l a e s t r e l l a . E n v a n o piensa el h o m b r e o b r a r con li-
i n s p i r a n la m e n o r c o m p a s i ó n . ¡ Q u é a r r o g a n t e y pre-
b e r t a d , s i e n d o c o m o e s j u g u e t e del c i e g o d e s t i n o q u e
s u n t u o s o c a n a l l a el tal Illo ! ¡ P u e s n o q u i s i e r a b a ñ a r s e
le a r r e b a t a á v e c e s la f a c u l t a d d e e l e g i r . ¿ De q u é le
en la s a n g r e de s u E m p e r a d o r !
s e r v i r í a al p r i n c i p e q u e m i corazón i n t e r c e d i e r a por
BUTTLER.— Haced lo q u e o r d e n ó ; q u e s a l g a n p a t r u -
él, si está de Dios q u e m u e r a e n m i s m a n o s ?
llas y v e l a d p o r la s e g u r i d a d d e la p l a z a . . . En c u a n t o
s u b a n al castillo, allí los e n c e r r a r é p a r a q u e nada p u e - GORDON.—¡ A h i... S i a l g o o s d i c e v u e s t r o c o r a z ó n ,
da o i r s e d e s d e la c i u d a d . s e g u i d f r a n c a m e n t e s u s i m p u l s o s , q u e la v o z del cora-
GORDON (con inquietud). —¡ O h !... no os a p r e s u r é i s ; r á n es la v o z d e Dios, m i e n t r a s los c á l c u l o s artificiales
decidme antes... d e la p r u d e n c i a son o b r a del h o m b r e . ¿ Q u é feliz resul-
t a d o os p r o m e t é i s de u n acto s a n g r i e n t o ? ¡ A h ! L a
BUTTLER.—Ya lo h a b é i s o í d o : el día de m a ñ a n a per-
e f u s i ó n d e s a n g r e n u n c a p r o d u j o nada b u e n o . . . ¡ Ó
t e n e c e á l o s s u e c o s . S ó l o c o n t a m o s con esta noche, y
p e n s á i s a c a s o con tal m e d i o a l c a n z a r n u e v o s g r a d o s ?
ellos l l e v a n b u e n p a s o ; a d e l a n t é m o n o s á ellos. C o n
¡ C u á n e r r a d o a n d a r í a i s e n ello! S i el a s e s i n a t o c o m p l a -
Dios.
ce á los r e j e s , no así el a s e s i n o .
G O R D O N . — ¡ A y ! . . . nada b u e n o m e a n u n c i a v u e s t r a
mirada. Prometedme... BUTTLER.—Vos i g n o r á i s . . . No m e p r e g u n t é i s nada
BUTTLER.—Se h a p u e s t o el s o l ; y a v a n z a u n a n o c h e m á s . . . L a c u l p a está en la v i c t o r i a d e los s u e c o s , y s u
f a t a l ; en s u s t i n i e b l a s r e s i d e la s e g u r i d a d d e n u e s t r o s p r e c i p i t a d a m a r c h a hacia a q u í . N i n g ú n i n c o n v e n i e n t e
e n e m i g o s . S u m a l a estrella los libra i n d e f e n s o s á nues- t u v i e r a en librarle á la c l e m e n c i a , p o r q u e no d e s e o
t r a s m a n o s . E n m e d i o de su e m b r i a g u e z y d e s u pre- v e r t e r s u s a n g r e , n o ; bien p o d r í a v i v i r ; p e r o es f u e r -
s u n c i ó n , el h i e r r o c o r t a r á el hilo d e s u v i d a . ¡ O h ! za q u e c u m p l a m i p r o m e s a ; f u e r z a e s q u e m u e r a ó . . .
Hábil s i e m p r e en s u s c á l c u l o s , el p r í n c i p e d i s p u s o d e o í d . . . si e s c a p a , e s t o y d e s h o n r a d o . . .
los h o m b r e s c o m o d e las p i e z a s de u n a j e d r e z , sin im- GORDON.—Para libertar á u n h o m b r e t a l . . .
p o r t á r s e l e n a d a a r r i e s g a r el h o n o r , la d i g n i d a d , la bue- BUTTLER (con viveza).—\ Q u é !
na r e p u t a c i ó n de los otros. Ni u n solo i n s t a n t e d e j ó de GORDON.—Bien p u e d e h a c e r s e u n sacrificio. ¡ Sed g e .
c a l c u l a r , p e r o al fin h a b r á e r r a d o la c u e n t a , c o n f i a n d o neroso ! No es la opinión, s i n o la g r a n d e z a d e a l m a lo
en s u v i d a c u a n d o toca á s u t é r m i n o . q u e h o n r a al h o m b r e .
GORDON.—Olvidad a h o r a s u s faltas p a r a r e c o r d a r tan BUTTLER (fríamente y con orgullo).—Él es g r a n d e , é^
es príncipe, y en c a m b i o y o s o y u n h o m b r e oscuro. hija m í a . T e n v a l o r . . . Mira a q u í á t u m a d r e q u e te
¿ N o es esto lo q u e q u e r é i s d e c i r ? ¿Y q u é le i m p o r t a al a m a , y á t u p a d r e q u e te sostiene en s u s brazos.
m u n d o ? ¿ C r e é i s p o r v e n t u r a q u e u n h o m b r e de cuna
T E C L A (se levanta).—¿Dónde está ? ¿ S e ha m a r c h a d o ?
i n f e r i o r se e n v i l e c e ó se ilustra p o r q u e se salve un
LA DUQUESA.—¿ Q u i é n , hija m í a ?
p r í n c i p e ? C a d a c u a l c o n o c e s u p r o p i o v a l e r , y sólo á
T E C L A — Q u i e n p r o n u n c i ó las f a t a l e s p a l a b r a s .
m í atañe d e s i g n a r m i p u e s t o ; n o h a y n a d i e en el mun-
LA DUQUESA.—Olvídalo, hija m í a . . . P r o c u r a d i s t r a e r -
do c o l o c a d o á tal a l t u r a q u e m e s i e n t a y o i n f e r i o r com-
te d e eso.
p a r a d o con él. S ó l o la v o l u n t a d nos h a c e g r a n d e s ó pe-
WALLENSTEIN.—No, déjala ; q u e h a b l e de s u dolor ;
queños; y cabalmente p o r q u e quiero, morirá.
déjala quejarse. Llorad con ella, ¡ es tan g r a v e su
GORDON.—Veo q u e m e e s f u e r z o en m o v e r u n a roca. p e n a ! . . . P e r o s a b r á soportarla, p o r q u e Tecla r e c i b i ó
V o s n o sois u n h o m b r e . . . M e es i m p o s i b l e d e t e n e r o s , de s u p a d r e u n c o r a z ó n que n o se d e j a abatir.
pero r u e g o á Dios le s a l v e d e v u e s t r a s t e r r i b l e s m a n o s . TECLA.—No e s t o y e n f e r m a , n o ; t e n g o f u e r z a p a r a
(Vanse.) s o s t e n e r m e . . . ¿ P o r q u é lloras, m a d r e m í a ? ¿ T e a s u s -
té?... Vamos, y a p a s ó ; ya estoy s e r e n a otra vez. (Se
levanta y mira en torno suyo buscando á alguien.) ¿ Dón-
ESCENA IX de e s t á ? . . . No m e lo ocultéis... t e n g o f u e r z a s b a s t a n t e s
p a r a oirle.
El teatro r e p r e s e n t a las h a b i t a c i o n e s de la D u q u e s a . — T E C L A , en
un sillón, pálida y con l o s o j o s c e r r a d o s , LA DUQUESA y la LA DUQUESA.—No, T e c l a , no v e r á s m á s al f a t a l m e n -
señorita de N E U B R U N N , j u n t o á e l l a , m u y s o l í c i t a s ; W A - sajero.
LLENSTEIN y LA C O N D E S A , h a b l a n d o entre sí.
TECLA.—¡ P a d r e mío !
WALLENSTEIN.—¡Hija!
WALLENSTEIN.—¿ C ó m o lo ha s a b i d o tan p r o n t o ?
T E C L A — N o m e siento tan d é b i l c o m o p e n s á i s ; y m e
LA CONDESA. - P a r e c e q u e p r e s e n t í a t a m a ñ a desgra-
e n c o n t r a r é m e j o r t o d a v í a , si m e h a c é i s un f a v o r .
cia. A p e n a s l l e g ó la n u e v a d e la m u e r t e d e u n coronel
WALLENSTEIN.—Habla.
a u s t r í a c o en batalla (lo h e v i s t o al instante), h a volado
al e n c u e n t r o del oficial s u e c o y le a r r a n c ó con s u s pre- T E C L A — P e r m i t i d q u e llamen á ese h o m b r e , para
g u n t a s la triste n o t i c i a . T a r d e h e m o s a d v e r t i d o su q u e y o le r e c i b a y le i n t e r r o g u e á solas.
a u s e n c i a ; c u a n d o h e c o r r i d o á ella, la e n c o n t r é y a des- LA DUQUESA.—[ A h !... eso n u n c a .
m a y a d a en b r a z o s del m e n s a j e r o . LA C O N D E S A . — N O ; de n i n g ú n m o d o ; no a c c e d a s .
WALLENSTEIN.—¿ Y por q u é q u i e r e s h a b l a r l e , hija
WALLENSTEIN.—¡Ah q u é g o l p e tan t e r r i b l e para ella!
mía? ..
¡ P o b r e hija m í a !... ¿ C ó m o está ? ¿ V u e l v e e n sí ? T E C L A - C u a n d o lo sepa todo e s t a r e m a s t r a n q u i l a .
(A la Duquesa.) N o c o n s i e n t o q u e m e e n g a ñ e n . M a d r e se e m p e ñ a en
LA DUQUESA.—Ya a b r e l o s ojos.
g u a r d a r m i r a m i e n t o s , y y o n o q u i e r o eso. ¡ Q u é p u e d o
LA CONDESA.—Vive.
saber y a m á s t e r r i b l e de lo q u e h e o í d o !
T E C L A (mirando en torno).—,¿ Dónde estoy?
L A CONDESA Y L A DUQUESA (á Wallenstein).- No a c -
W A L L E N S T E I N (tendiéndole los brazos).—Vuelve en ti,
cedas.
T E C L A . — S o b r e c o g i d a de dolor, m i s e n t i m i e n t o m e WALLENSTEIN.—Yo trocaré los f ú n e b r e s p r e s a g i o s
ha h e c h o traición d e l a n t e del e x t r a n j e r o , y ha sido e n a l e g r í a , con e n c e r r a r a q u í c u a n t o m e es c a r o .
t e s t i g o de m i flaqueza... S í ; m e d e s m a y é e n s u s bra- L A NEUBRUNN (saliendo).— A q u í está el oficial s u e c o .
zos, y eso m e t i e n e a v e r g o n z a d a . Q u i e r o r e h a b i l i t a r m e WALLENSTEIN.—Dejadla sola con él. (Fase.)
á s u s ojos, q u i e r o h a b l a r l e para q u e n o c o n s e r v e d e L A DUQUESA (á Tecla). — ¿ P a l i d e c e s , h i j a m í a ?... Es
mí una opinión errónea. i m p o s i b l e q u e le h a b l e s . . . v e n con t u m a d r e .
WALLENSTEIN.—Tiene r a z ó n . . . m e i n c l i n o á d e c i r l e TECLA. — L a s e ñ o r i t a d e N e u b r u n n se q u e d a r á cerca
q u e sí. L l a m a d l e . (La Neubrunn vase.) de a q u í . (La Condesa y la Duquesa se van.)
LA DUQUESA.—Pero y o , t u m a d r e , q u i e r o e s t a r p r e -
sente.
T E C L A . — P r e f i e r o hablarle sola ; así m e s e r á m á s fá- ESCENA X
cil s o s t e n e r m e .
WALLENSTEIN (d la duquesa).— Dejadla hacer q u e le T E C L A . — U N C A P I T Á N SUECO.—LA NEUBRUNN
h a b l e á solas. E n c i e r t a s a f l i c c i o n e s n a d i e h a l l a c o n s u e l o
sino e n sí m i s m o , y el á n i m o f u e r t e q u i e r e e n t r e g a r s e E L CAPITÁN (acercándose con respeto).— Perdonadme,
á su propia f u e r z a . P a r a s o p o r t a r t a m a ñ o g o l p e , sólo p r i n c e s a , si m i i r r e f l e x i v o é i m p r e v i s t o relato..! C ó m o
en s u fortaleza d e b e b u s c a r la s u f i c i e n t e e n e r g í a . E s podía yo...
m i h i j a , m i v a l e r o s a h i j a , y q u i e r o q u e sea t r a t a d a no T E C L A (con nobleza).—Fuisteis t e s t i g o d e m i dolor;
c o m o m u j e r , sino c o m o u n a h e r o í n a . (Hace que se va.) u n d e s g r a c i a d o accidente hizo d e vos, u n extranjero,
L A CONDESA (deteniéndole).—<¡A dónde vas?... T e r z k y confidente d e m i s p e n a s .
m e h a d i c h o q u e p r o y e c t a b a s salir m a ñ a n a y d e j a r n o s EL C A P I T Á N . — T e m o q u e m i a s p e c t o os sea o d i o s o ,
aquí. p u e s os d i t a n t r i s t e noticia...
WALLENSTEIN.—Sí; v o s o t r a s os q u e d a r é i s bien p r o - T E C L A . — L a c u l p a es m í a ; y o f u i q u i e n os la a r r a n -
tegidas por algunos valientes. có, y el d e s t i n o q u i e n ha p r o f e r i d o . . . P u e s t o q u e m i
LA CONDESA. — ¡ O h ! por D i o s , h e r m a n o ; l l é v a n o s espanto interrumpió vuestro relato, os r u e g o que
c o n t i g o ; no nos d e j e s solas a g u a r d a n d o con i n q u i e t u d acabéis.
los a c o n t e c i m i e n t o s . E s m a s fácil s o p o r t a r la d e s g r a c i a
E L CAPITÁN (vacilando).—Con eso, p r i n c e s a , r e n o v a r é
p r e s e n t e , q u e la i n c e r t i d u m b r e d e l m a l l e j a n o .
vuestro dolor.
WALLENSTEIN.—¿ P e r o q u i é n habla d e d e s g r a c i a s ? T E C L A . — E s t o y t r a n q u i l a , q u i e r o estarlo. ¿ C ó m o em-
V a y a , ¡fuera tristeza! Y o estoy más esperanzado. pezó la batalla ?... A c a b a d .
LA CONDESA.—Pues l l é v a n o s c o n t i g o ; n o nos d e j e s EL CAPITÁN.—Estábamos a t r i n c h e r a d o s y al a b r i g o
en este sitio d e tan triste p r e s a g i o , q u e m e o p r i m e y
de t o d o a t a q u e en n u e s t r o c a m p a m e n t o , c u a n d o ve-
m e sofoca c o m o u n s e p u l c r o . N o p u e d o p o n d e r a r t e
m o s s u r g i r d e g o l p e u n a n u b e d e polvo p o r el lado del
cuán mal me encuentro aquí. L l é v a n o s contigo, por
b o s q u e , y la v a n g u a r d i a se p r e c i p i t ó á las f r o n t e r a s
Dios... V e n , h e r m a n a , r u é g a s e l o c o m o y o . . . y t ú t a m -
g r i t a n d o : «el e n e m i g o , el e n e m i g o » . A p e n a s t u v i m o s
bién, sobrina.
t i e m p o d e m o n t a r á caballo; los c o r a c e r o s d e P a p p e n -
368 WALLENSTE1N

h e i m habían f r a n q u e a d o el p r i m e r r e d u c t o , é i m p e -
t u o s a m e n t e a t r a v e s a r o n el f o s o , p e r o su i r r e f l e x i v o
valor d i s p e r s ó los r e g i m i e n t o s , d e m o d o q u e la infan-
tería se q u e d ó r e z a g a d a , c u a n d o sólo la caballería se-
g u í a á s u t e m e r a r i o jefe. (Tecla hace un gesto; el capitán
se detiene hasta que ella le hace señas de continuar.) En
esto la n u e s t r a a c u d i ó , a g r u p a d a , p o r el flanco d e r e c h o
é i z q u i e r d o , y los r e c h a z a m o s h a s t a los f o s o s d o n d e y a
la infantería, en línea d e b a t a l l a , les o p u s o i n e x p u g n a -
ble m u r o con la p u n t a d e s u s a l a b a r d a s : así, o p r i m i d o s
por t o d o s lados en tan t e r r i b l e c e r c o , no p o d í a n retro-
c e d e r ni avanzar. E n t o n c e s el r h i n g r a v e i n t i m ó la ren-
dición... p e r o el c o r o n e l P i c c o l o m i n i . . . (Tecla vacila y se
apoya en un sillón.) L e c o n o c i m o s p o r los p l u m a j e s del
casco, y su h e r m o s a cabellera l a r g a , que, con la r a p i -
dez de la c a r r e r a , flotaba s o b r e s u s h o m b r o s . S e ñ a l a n d o
el foso, á él se lanza delante d e t o d o s , y obliga al caba-
llo á saltarlo, con q u e el r e g i m i e n t o se p r e c i p i t a t r a s él;
pero el caballo estaba h e r i d o . . . . se d e s b o c a , e s p u m a -
jea, se e n c a b r i t a y tira al j i n e t e . El r e g i m i e n t o e n t e r o ,
roto el f r e n o d e la caballería, p a s ó p o r e n c i m a d e s u
cuerpo.

(Tecla, durante las últimas palabras, ha manijestado cre-


ciente ansiedad; sobrecogida de violento temblor, próxi-
ma á desmayarse, cae en brazos de la Neubrunn, que
acude á socorrerla.)
LA NEUBRUNN.— ¡ A y , s e ñ o r i t a !
E L CAPITÁN (conmovido).—Me retiro.
TECLA.—No, e s t o y bien: a c a b a d .
EL CAPITÁN.—Desesperadas, f u r i o s a s las t r o p a s en
cuanto v i e r o n caer á su jefe, n a d i e se a c u e r d a y a de
s u salvación, y se a r r o j a n á c o m b a t i r c o m o t i g r e s ; su
obstinada r e s i s t e n c i a e n a r d e c e á los n u e s t r o s ; sólo la
m u e r t e de t o d o s p u s o fin al c o m b a t e .
T E C L A (con voz temblorosa).—Y d ó n d e . . . ¿ d ó n d e está E L CAPITÁN.—Perdonadme, princesa

él ? Nada m e h a b é i s d i c h o t o d a v í a .
E L C A P I T Á N (tras breve silencio).—Esta mañana hemos
c e l e b r a d o sus f u n e r a l e s . D o c e jóvenes d e la nobleza
llevaban el c a d á v e r , y s e g u í a d e t r á s t o d o el ejército.
El féretro iba a d o r n a d o de l a u r e l e s y el m i s m o r h i n -
g r a v e d e p u s o la victoriosa e s p a d a s o b r e él. L á g r i m a s
no le han f a l t a d o , p o r q u e m u c h o s de nosotros cono-
c í a m o s su g r a n d e z a de a l m a y s u b o n d a d o s o c a r á c t e r ,

y á t o d o s nos c o n m o v i ó su s u e r t e . El r h i n g r a v e h u b i e r a
q u e r i d o salvarle; p e r o él c o r r i ó , p o r lo v i s t o , á su per-
dición ; dicen q u e d e s e a b a m o r i r .
L A N E U B R U N N (á Tecla que oculta el rostro). — A h se-
ñ o r i t a . . . s e ñ o r i t a ; abrid los o j o s . . . ¡Por q u é , Dios m í o ,
e m p e ñ a r s e en oir esa r e l a c i ó n !
TECLA.—¿Y d ó n d e esta e n t e r r a d o ?
EL CAPITÁN.—Se halla d e p o s i t a d o en la iglesia de
u n m o n a s t e r i o , cerca de N e u s t a d t , hasta q u e d i s p o n g a
su p a d r e .
T E C L A . — ¿ C ó m o se l l a m a el m o n a s t e r i o ?
EL CAPITÁN.—Santa C a t a l i n a .
TECLA.—¿Está m u y lejos de aquí ?
EL CAPITÁN.—Siete millas.
TECLA.—¿ P o r d ó n d e se va ?
E L C A P I T Á N . — P o r T i r s c h e n r e u t y F a l k e n b e r g , pa- TECLA.—Yo q u i e r o sólo ver á quien ya no existe...
sando por n u e s t r a s avanzadas. ¿Acaso v o y á a r r o j a r m e en sus brazos?... ¡Dios mío!...
TECLA.— ,: Q u i é n las m a n d a ? Si desciendo á la t u m b a de m i a m a d o !
EL CAPITÁN.—El coronel Seckendorf. LA NEUBRUNN.—¿Solas?... ¿Sin apoyo?... Dos débiles
TECLA (acercándose á la mesa, y tomando de una ar-
mujeres...
quilla una sortija). — O s a g r a d e z c o la compasión q u e
TECLA.—Iremos armadas; m i brazo te p r o t e g e r á .
me habéis manifestado ; aceptad este recuerdo de la
LA NEUBRUNN.— ¿ En noche tan oscura ?
entrevista... Podéis r e t i r a r o s .
TECLA.—Mejor; así no s e r e m o s vistas.
E L C A P I T Á N (turbado).— ¡ Princesa !...
LA NEUBRUNN.— ¡ Con esta t o r m e n t a !
(Tecla le indica con un ademán que se retire... El capitán,
TECLA.—¿ Descansó él bajo las h e r r a d u r a s de los ca-
perplejo, intenta hablar. La señorita de Neubrunn repite
la seña, y él se va.) ballos ?
L A N E U B R U N N . — ¡ O h Dios mío! ¡ T e n i e n d o que pasar
por delante de t a n t a s g u a r d i a s ! Quizás nos lo impidan.
TECLA.—Hombres son. L a desdicha cruza libremen-
E S C E N A XI
te el m u n d o .
TECLA, LA NEUBRUNN L A N E U B R U N N . — E l viaje es largo a d e m á s .
TECLA.—¿ C a l c u l a la distancia el p e r e g r i n o , c u a n d o
T E C L A (echándose á su cuello). — P r u é b a m e ahora la se dirige al santuario lejano ?
afección que tanto m e has m a n i f e s t a d o . . . sé mi fiel L A N E U B R U N N . — ¿ Y c ó m o salir de la ciudad?

a m i g a y c o m p a ñ e r a . Es necesario partir esta m i s m a T E C L A . — E l d i n e r o nos abrirá todas las p u e r t a s . . .


noche. Anda, v é .
L A NEUBRUNN. — ¡ P a r t i r ! ¿ y á dónde ? L A N E U B R U N N . — ¿Y si nos conocen ?

TECLA.—¿ A dónde, m e preguntas? No hay más que TECLA.¿—Quién se v a á figurar que una m u j e r , f u g i -
un lugar en el m u n d o : el de su féretro. tiva y d e s e s p e r a d a , sea la hija de F r i e d l a n d ?
L A N E U B R U N N . — ¿ Y q u é h a r é i s allí, señorita? L A N E U B R U N N . — ¿ Dónde e n c o n t r a r e m o s caballos ?

T E C L A . — ¿ Q u é h a r é y o allí, d e s d i c h a d a ? Si amases, TECLA.—Mi caballerizo los proporcionará. Vé, llá-

no lo preguntarías. Allí está c u á n t o resta de él, allí, el male.


único l u g a r q u e e x i s t e en la tierra... ¡ O h , no me de- LA NEUBRUNN.—¿Seatreverá, sin p e r m i s o d e su señor?
tengas ! V a m o s , y disponte á salir. P e n s e m o s en el TECLA.—Sí, m u j e r ; vé, no te detengas.
m o d o de escapar juntas. LA NEUBRUNN.—¡Dios m í o ! . . . ¿ Y q u é será de v u e s t r a
LA NEUBRUNN.—¿Pero no se os ocurre que vuestro madre ?
T E C L A (reflexionando y ensimismada en su dolor).—
padre se pondrá f u r i o s o ?
¡ Pobre m a d r e m í a !
TECLA.—Yo no t e m o la cólera de nadie. L A N E U B R U N N . — ¡ T a n t o c o m o ha sufrido la p o b r e ! . . .
L A N E U B R U N N . — P e r o y el q u é dirán ¡ y las m u r -
¿Por qué darle ese nuevo disgusto ?
m u r a c i o n e s y la m a l e d i c e n c i a !
TECLA.—No p u e d o evitarlo. Vé, vé.
LA NEUBRUNN.— P e n s a d e n lo q u e hacéis.
T E C L A . — L o he p e n s a d o t o d o .
ESCENA XII
L A N E U B R U N N . — Y c u a n d o e s t e m o s allí ¿ q u é h a r e m o s ?
T E C L A . — C u a n d o e s t e m o s allí, Dios m e i n s p i r a r á . TECLA
LA NEUBRUNN.—¡ A h ! s e ñ o r i t a , p e n s a d q u e a h o r a
estáis i n q u i e t a y a n g u s t i a d a , p e r o no h a l l a r é i s el repo- S í ; m e l l a m a s u e s p í r i t u ; s u s fieles s o l d a d o s q u e se
so p o r ese c a m i n o . s a c r i f i c a r o n p o r él, a c u s a n m i i n d i g n a t a r d a n z a . . . N o
han q u e r i d o a b a n d o n a r e n m u e r t e , á q u i e n f u é su jefe
e n v i d a . . . E s t o h i c i e r o n ellos, ¡ ellos d e r u d o c o r a z ó n ! . . .
¿ Y he d e s o b r e v i v i r y o ? No. T a m b i é n y o tejí la c o r o n a
d e l a u r e l q u e d e p u s i e r o n s o b r e s u f é r e t r o . ¿ Q u é e s la
v i d a sin la a n t o r c h a del a m o r ? . . . Y o la rechazo, y a q u e
p e r d i ó p a r a m í t o d o s u p r e c i o . S í ; g r a n d e era el q u e
tenía, a m a d o m í o , c u a n d o te vi por p r i m e r a v e z y al-
b o r e ó á m i s ojos la d o r a d a l u z d e u n n u e v o y b r i l l a n t e
d í a : d o s h o r a s d u r ó m i e n s u e ñ o celestial. A l salir del
c o n v e n t o , y o te hallé e n el u m b r a l del m u n d o , r e s p l a n -
d e c i e n t e de luz, c o m o m i á n g e l b u e n o q u e debía con-
d u c i r m e p o r la m a n o de m i i n o c e n t e i n f a n c i a á la c u m -
b r e de la v i d a . Mi p r i m e r a s e n s a c i ó n f u é j ú b i l o del
c i e l o ; m i p r i m e r a m i r a d a dió e n t u c o r a z ó n . (Se detie-
T E C L A . — A h sí; el p r o f u n d o r e p o s o q u e e n c o n t r ó él. ne ensimismada en sus reflexiones, y luego continúa como
V é , d a t e prisa, y no m e d i g a s una p a l a b r a m á s . No sé agitada por el terror). Pero llega el h a d o , y con m a n o
q u é irresistible f u e r z a m e a r r a s t r a á s u t u m b a . A l l í m e fría y c r u e l m e a r r e b a t a á m i noble a m i g o , y lo a r r o j a
sentiré aliviada u n i n s t a n t e : r o t a s las a t a d u r a s del á los p i é s de los caballos. T a l es la s u e r t e de c u a n t o
d o l o r q u e m e o p r i m e , c o r r e r á n u n m o m e n t o m i s lá- bello e x i s t e e n el m u n d o .
g r i m a s . V é ; y a p o d r í a m o s e s t a r en c a m i n o t i e m p o h á . . .
No e s t a r é t r a n q u i l a m i e n t r a s p e r m a n e z c a e n t r e e s a s
paredes, que parece van á desplomarse sobre mí, c o m o E S C E N A XIII
si algo m e e m p u j a r a á f u e r a , ¡ o h Dios m í o ! . . . ¿ Q u é es T E C L A . - L A NEUBRUNN.—EL CABALLERIZO
lo q u e s i e n t o ? . . . V e o en t o d a s p a r t e s s o m b r a s y f a n -
t a s m a s q u e no m e d e j a n m o v e r , y c r e c e n e n n ú m e r o , LA NEUBRUNN.—Ya está a q u í , s e ñ o r i t a , d i s p u e s t o á
y su e s p a n t o s o tropel a r r o j a á los v i v o s de e s t o s sitios.
h a c e r lo q u e le m a n d é i s .
LA NEUBRUNN.—¡Ah s e ñ o r i t a ! . . . ¡ Q u é a n s i e d a d ! ¡ q u é TECLA.—¿ Q u i e r e s p r o c u r a r n o s caballos, R o s e n b e r g ?
e s p a n t o ! . . . Me da m i e d o s e g u i r a q u í ; v o y , v o y á l l a m a r EL CABALLERIZO.—SÍ, señorita.
á Rosenberg. (Vase). TECLA.—¿ Q u i e r e s a c o m p a ñ a r n o s ?
E L C A B A L L E R I Z O . — P l a s t a e l fin d e l mundo.
T E C L A . — M i r a q u e l u é g o no p o d r á s v o l v e r al s e r v i c i o
del d u q u e .
EL CABALLERIZO.— S e g u i r é c o n v o s .
TECLA. - Y o te r e c o m p e n s a r é , y te r e c o m e n d a r é á
otro a m o . ¿ P u e d e s sacarnos d e la f o r t a l e z a secreta-
mente ?
EL CABALLERIZO.—Si, señorita.
TECLA.—¿ C u á n d o p o d r é s a l i r ?
EL CABALLERIZO.—Inmediatamente. ¿A d ó n d e v a m o s ?
ACTO V
TECLA.— Á... díselo, tú...
LA NEUBRUNN.—Á Neustadt.
EL CABALLERIZO.—Está b i e n ; v o y á d i s p o n e r l o t o d o .
ESCENA I
¡Vasé).
LA NEUBRUNN.—¡Ahí... ¡ v u e s t r a m a d r e !
La habitación de Buttler
TECLA.—¡ Dios m í o !

BUTTLER.—GERALDIN

ESCENA XIV

D i c h o s . — L A DUQUESA BUTTLER

LA DUQUESA. —¿ Ha s a l i d o y a ? T e e n c u e n t r o m á s tran- LEGID doce d r a g o n e s d e c i d i d o s y a r m a d l o s d e


quila. picas, p o r q u e no h a y q u e d i s p a r a r ni u n solo
TECLA.—Sí, madre mía ; p e r m i t i d m e que me retire I t i r o ; con ellos os a p o s t a r é i s junto al c o m e -
a h o r a ; la N e u b r u n n m e a c o m p a ñ a r á ; n e c e s i t o d e s c a n - I dor, y a p e n a s se h a y a n l e v a n t a d o los mante-
sar. les, entrad g r i t a n d o : « ¿ Q u i é n es aquí fiel al E m p e r a -
LA DUQUESA.—Ya lo c r e o . S a l g o m á s c o n s o l a d a , p o r - dor?» Y o v o l c a r é la m e s a , y e n t o n c e s v o s os e c h á i s
q u e podré t r a n q u i l i z a r á t u p a d r e . sobre ellos y a s e s t á i s el g o l p e . El castillo estará c e r r a d o
TECLA.—¡Adiós, p u e s , m a d r e m í a ! (Se arroja en sus y g u a r d a d o d e m a n e r a q u e el p r í n c i p e n o p e r c i b a el
brazos y la abraza con viva emoción). m e n o r r u i d o . ¿ L l a m a s t e i s al c a p i t á n D e v e r o u x y Mac-
L A D U Q U E S A . — N O e s t á s a ú n t r a n q u i l a d e l todo, hija donald?
m í a . . . Si estás t e m b l a n d o , y te late el c o r a z ó n con vio-
GERALDIN.— E s t a r á n a q u í al i n s t a n t e . (Se va).
lencia!...
B U T T L E R . — C o n v i e n e d a r s e prisa, p o r q u e los p a i s a -
TECLA.—El s u e ñ o m e c a l m a r á . B u e n a s n o c h e s , a d i ó s , n o s se d e c l a r a n t a m b i é n p o r él, m o v i d o s d e n o sé q u é
m a d r e mía. (En el punto en que se desprende de los bra-
e s p í r i t u v e r t i g i n o s o q u e se a p o d e r ó d e la c i u d a d . P a r a
zos de su madre, cae el telón).
ellos el d u q u e es u n p a c i f i c a d o r , el f u n d a d o r de u n a
E L C A B A L L E R I Z O . — P l a s t a e l fin d e l mundo.
T E C L A . — M i r a q u e l u é g o no p o d r á s v o l v e r al s e r v i c i o
del d u q u e .
EL CABALLERIZO.— S e g u i r é c o n v o s .
TECLA. - Y o te r e c o m p e n s a r é , y te r e c o m e n d a r é á
otro a m o . ¿ P u e d e s sacarnos d e la f o r t a l e z a secreta-
mente ?
EL CABALLERIZO.—Si, señorita.
TECLA.—¿ C u á n d o p o d r é s a l i r ?
EL CABALLERIZO.—Inmediatamente. ¿A d ó n d e v a m o s ?
ACTO V
TECLA.— Á... díselo, tú...
LA NEUBRUNN.—Á Neustadt.
EL CABALLERIZO.—Está b i e n ; v o y á d i s p o n e r l o t o d o .
ESCENA I
¡Vasé).
LA NEUBRUNN.—¡Ahí... ¡ v u e s t r a m a d r e !
La habitación de Buttler
TECLA.—¡ Dios m í o !

BUTTLER.—GERALDIN

ESCENA XIV

D i c h o s . — L A DUQUESA BUTTLER

LA DUQUESA. —¿ Ha s a l i d o y a ? T e e n c u e n t r o m á s tran- LEGID doce d r a g o n e s d e c i d i d o s y a r m a d l o s d e


quila. picas, p o r q u e no h a y q u e d i s p a r a r ni u n solo
TECLA.—Sí, madre mía ; p e r m i t i d m e que me retire I t i r o ; con ellos os a p o s t a r é i s junto al c o m e -
a h o r a ; la N e u b r u n n m e a c o m p a ñ a r á ; n e c e s i t o d e s c a n - I dor, y a p e n a s se h a y a n l e v a n t a d o los mante-
sar. les, entrad g r i t a n d o : « ¿ Q u i é n es aquí fiel al E m p e r a -
LA DUQUESA.—Ya lo c r e o . S a l g o m á s c o n s o l a d a , p o r - dor?» Y o v o l c a r é la m e s a , y e n t o n c e s v o s os e c h á i s
q u e podré t r a n q u i l i z a r á t u p a d r e . sobre ellos y a s e s t á i s el g o l p e . El castillo estará c e r r a d o
TECLA.—¡Adiós, p u e s , m a d r e m í a ! (Se arroja en sus y g u a r d a d o d e m a n e r a q u e el p r í n c i p e n o p e r c i b a el
brazos y la abraza con viva emoción). m e n o r r u i d o . ¿ L l a m a s t e i s al c a p i t á n D e v e r o u x y Mac-
L A D U Q U E S A . — N O e s t á s a ú n t r a n q u i l a d e l todo, hija donald?
m í a . . . Si estás t e m b l a n d o , y te late el c o r a z ó n con vio-
GERALDIN.— E s t a r á n a q u í al i n s t a n t e . (Se va).
lencia!...
B U T T L E R . — C o n v i e n e d a r s e prisa, p o r q u e los p a i s a -
TECLA.—El s u e ñ o m e c a l m a r á . B u e n a s n o c h e s , a d i ó s , n o s se d e c l a r a n t a m b i é n p o r él, m o v i d o s d e n o sé q u é
m a d r e mía. (En el punto en que se desprende de los bra-
e s p í r i t u v e r t i g i n o s o q u e se a p o d e r ó d e la c i u d a d . P a r a
zos de su madre, cae el telón).
ellos el d u q u e es u n p a c i f i c a d o r , el f u n d a d o r de u n a
n u e v a edad d e o r o . . . Hasta los m a g i s t r a d o s h a n distri- el g e n e r a l , m a n d a i s , y os s e g u i m o s a u n q u e sea al in-
b u i d o a r m a s , y m á s d e cien v e c i n o s se o f r e c i e r o n á
m o n t a r la g u a r d i a de su p e r s o n a . . . H a y q u e o b r a r ^BUTTLER (con más suavidad).—Está b i e n ; y a n o s co-
p r o n t a m e n t e . . . Dentro y f u e r a n o s a m e n a z a n los ene- nocemos.
migos. MACD0NALD.-Dig0... m e p a r e c e . . .
DEVEROUX.— Nosotros, g e n e r a l , s o m o s s o l d a d o s d e
f o r t u n a , y p e r t e n e c e m o s al q u e m á s p a g a .
. ESCENA II MACDONALD.—Verdad.

BUTTLER.—DEVEROUX.— MACDONALD
BUTTLER.—Pues a h o r a d e b é i s portaros c o m o h o n r a -

dos.
DEVEROUX.—Nos place.
MACDONALD.—Á la o r d e n , m i g e n e r a l . B U T T L E R . — Y alcanzar así v u e s t r a f o r t u n a .
DEVEROUX.—¿ C u á l es el santo y seña ? MACDONALD.—Eso e s m e j o r .
BUTTLER.—¡ V i v a el E m p e r a d o r !
BUTTLER.—Oídme.
AMBOS (retrocediendo).—¡ C ó m o !
BUTTLER.—¡ V i v a la casa de A u s t r i a ! BUTTLER".—^Quiere y m a n d a el E m p e r a d o r que nos

DEVEROUX. — P e r o ¿ n o hemos jurado fidelidad á a p o d e r e m o s de F r i e d l a n d , m u e r t o o vivo.


Friedland ? D E V E R O U X . — A s í lo dice la orden escrita.
MACDONALD.— ¿ N o h e m o s v e n i d o a q u í p a r a prote- MACDONALD.—Así dice: muerto o vivo.
g e r l e ?. B U T T L E R - Y p r o m e t e r e c o m p e n s a r l a r g a m e n t e con
BUTTLER.—¿Nosotros?... ¡ P r o t e g e r á u n e n e m i g o y t i e r r a s y d i n e r o a q u i e n e j e c u t e su v o l u n t a d .
traidor al i m p e r i o ! D E V E R O U X . — I S o b e r b i a p a l a b r a , c o m o todas las q u e
DEVEROUX.—Vos m i s m o nos e n g a n c h a s t e i s á su ser- salen de a q u e l l a b o c a ! . . . Y a s a b e m o s á q u é a t e n e r n o s :
vicio. a l g u n a s c a d e n a s de oro, a l g ú n caballo m a t a l ó n , un
M A C D O N A L D . — Y le s e g u i s t e i s hasta E g r a . p e r g a m i n o ó a l g o así... El p r í n c i p e p a g a m e j o r .
BUTTLER.—Obré así para p e r d e r l e con m á s segu- MACDONALD.-Realmente, es m a s esplendido.
ridad. BUTTLER.—Pero todo ha c o n c l u i d o para e l ; se e c h p -
DEVEROUX.—¿ D e v e r a s ?
só s u estrella.
MACDONALD.—Esto es otra cosa. MACDONALD.—¿ Cierto ?
B U T L L E R (d Deveroux).—^ M i s e r a b l e ! ¿ P o d í a s renun- B U T T L E R . — O s lo a s e g u r o .
ciar tan f á c i l m e n t e á tu fidelidad y á t u s b a n d e r a s ? DEVEROUX. — ¿ P e r o cómo puede ser q u e le haya
DEVEROUX.—¡Qué diablo, g e n e r a l ! no h a c í a s i n o se- a h a n d o n a d o la s u e r t e ?
g u i r v u e s t r o e j e m p l o , y d e c í a para mí: « S i este es u n B ° ™ . - P u e s , Siendo: es ahora tan pobre como
canalla, bien p u e d o serlo y o » . nosotros. .
MACDONALD.—Nosotros no t e n e m o s p o r q u e reflexio- MACDONALD.-*Pobre como n o s o t r o s ?
nar c u a n d o h a b é i s resuelto: eso es cosa v u e s t r a . S o i s D E V E R O U X . - E n t o n c e s , Macdonald, habra q u e de,arle.
BUTTLER.—Veinte mil h o m b r e s h i c i e r o n y a lo p r o - DEVEROUX (sorprendido).—¿ Á P e s t a l u t z ?... ¡ A h !
p i o . . . P e r o h a y que h a c e r m á s todavía, p a i s a n o ; en M A C D O N A L D . — ¿ Q u é le q u e r é i s ?
u n a palabra: h a y que m a t a r l e . BUTTLER.—Puesto q u e v o s o t r o s r e h u s á i s , otros en-
AMBOS (estremecidos).—¿ M a t a r l e ? contraré.
BUTTLER.—Matarle, os d i g o ; para lo cual o s e l e g í á DEVEROUX.—No, n o ; si es f u e r z a q u e perezca, bien
vosotros. p o d e m o s n o s o t r o s g a n a r la r e c o m p e n s a p r o m e t i d a .
A M B O S . — ¿ Á nosotros ? ¿ Q u é te parece, M a c d o n a l d ?
B U T T L E R . — Á vosotros, capitán Deveroux y Macdo- MACDONALD.—Desde l u é g o ; si con todo eso ha d e pe-
nald. r e c e r , no q u i e r o r e n u n c i a r á m i p a r t e por e s e Pesta-
DEVEROUX (tras breve pausa).—Buscad á otro. lutz.
MACDONALD.—SÍ; b u s c a d á o t r o . DEVEROUX (tras breve reflexión).—¿ C u á n d o h a d e m o -
BUTTLER (d Deveroux).—¡ E s o te e s p a n t a ! ¡vil y co- rir?
b a r d e ! ¡ c u a n d o tienes y a m á s d e veinte m u e r t e s s o b r e BUTTLER.—Esta m i s m a n o c h e , p o r q u e m a ñ a n a esta-
tu conciencia! rán y a los suecos á las p u e r t a s de la c i u d a d .
DEVEROUX.—¡ Poner la m a n o e n c i m a de m i g e n e r a l ! DEVEROUX.—¿Nos r e s p o n d é i s de las c o n s e c u e n c i a s ,
P e n s a d en esto. general?
MACDONALD.—; C u a n d o le h e m o s p r e s t a d o j u r a m e n t o ! BUTTLER.—Respondo de todo.
BUTTLER.—El j u r a m e n t o e s nulo, p u e s t o q u e él faltó DEVEROUX.— ¿ P e r o es r e a l m e n t e esta la v o l u n t a d del
á s u fidelidad. E m p e r a d o r ? ¿ su f r a n c a y e x p r e s a v o l u n t a d ? A v e c e s
DEVEROUX.—Sea ; aun así la cosa m e p a r e c e dema- se q u i e r e el a s e s i n a t o y se castiga al asesino.
siado d u r a . BUTTLER.—La o r d e n d i c e : «vivo ó muerto». V i v o y a
MACDONALD.—Esta es la v e r d a d ; t a m b i é n t e n g o yo v e i s q u e no p o d e m o s e n t r e g a r l o .
m i conciencia. DEVEROUX.—Pues bien, lo e n t r e g a r e m o s m u e r t o .
DEVEROUX.—Si no fuera el jefe q u e nos m a n d ó t a n - P e r o ¿ c ó m o llegar hasta él? La c i u d a d está llena d e
tas v e c e s , y n o s imponía tal r e s p e t o . . . soldados de T e r z k y .
BUTTLER.—¿ E n esto consiste toda la d i f i c u l t a d ? MACDONALD.—Y l u é g o q u e d a n t o d a v í a Illo y T e r z k y .
DEVEROUX.—Es inútil, v a y a . . . E n las e n t r a ñ a s d e m i BUTTLER. — S e empezará por ellos; eso se com-
p r o p i o h i j o h u n d i r í a y o el p u ñ a l , si así lo e x i g i e s e el prende.
E m p e r a d o r , p e r o . . . y a veis... s o l d a d o s s o m o s . . . y f r a n - DEVEROUX.—¡ Q u é ! ¿ T a m b i é n ellos m o r i r á n ?
c a m e n t e . . . asesinar al g e n e r a l e s un c r i m e n tan a t r o z
BUTTLER.—Estos los p r i m e r o s .
q u e no h a y fraile que lo absuelva.
MACDONALD.—¡ P u e s será u n a noche de s a n g r e , De-
BUTTLER.—Yo soy tu papa y te a b s u e l v o . Decidios veroux !
pronto.
DEVEROUX.—¿Tenéis y a h o m b r e para eso? Dejadlo
DEVEROUX (tras breve reflexión).—No p u e d e ser.
de m i cuenta.
MACDONALD.—No, no p u e d e ser.
BUTTLER.—Geraldin se e n c a r g a de ello. E s t a noche
BUTTLER.—Está bien. Idos. L l a m a d á P e s t a l u t z . se c e l e b r a r á un b a n q u e t e en el castillo, y en la m e s a
382 WALLENSTEIN 383

serán sorprendidos y degollados. Pestalutz y Lesley MACDONALD.—Oíd lo q u e v o y á h a c e r .


son de la partida. DEVEROUX.—Habla.
DEVEROUX.—Oíd, g e n e r a l ; puesto que para v o s es MACDONALD.—Conozco a q u í un fraile dominico pai-
indiferente, d e j a d m e trocar mi papel por el de Geraldin. sano nuestro, y le pediré q u e m o j e mi espada y la pica
BUTTLER.—Con el d u q u e corréis menos peligro. en a g u a bendita, p r o n u n c i a n d o algún e x o r c i s m o q u e
D E V E R O U X . — ¿ Y q u é me importa á mí el peligro? venza el encanto. Es p r o b a d o .
¿ Q u é habéis creído de mí ? S u mirada y no su espa- BUTTLER.—Esta b i e n ; a h o r a salid. Elegid en v u e s t r o
da temo yo. r e g i m i e n t o v e i n t e ó treinta h o m b r e s s e g u r o s y deci-
BUTTLER.—¿ Y qué mal p u e d e hacerte su m i r a d a ? didos, y hacedles prestar j u r a m e n t o al E m p e r a d o r .
DEVEROUX.—¡¡ Con cien mil diablos!! Ya sabéis que C u a n d o h a y a n d a d o las once y se retiren las primeras
no soy cobarde... P e r o . . . sólo hace ocho días que el patrullas, traedlos con todo sigilo a q u í , donde os
d u q u e m e entregó v e i n t e piezas de oro para q u e m e a g u a r d a r é no m u y lejos.
comprara este u n i f o r m e de invierno que llevo, y cuan- DEVEROUX.—¿Y cómo f r a n q u e a r e m o s entre a r q u e r o s
do m e vea avanzar con mi pica, si fija los ojos en el y g u a r d i a s el patio interior ?
traje... f r a n c a m e n t e . . . y repito q u e no s o y cobarde. BUTTLER.—Ya he e x a m i n a d o el l u g a r ; entraréis con-
BUTTLER.—¿ P o r q u e te dió ese u n i f o r m e de invierno m i g o por una p u e r t a trasera sólo g u a r d a d a por u n
vacilas, miserable ? M e j o r f u é el q u e le dió el E m p e r a - h o m b r e , y por la cual entro y salgo en casa del duque,
dor, que era un m a n t o de p r í n c i p e , y y a v e s cómo se g r a c i a s á m i cargo, c u a n d o bien m e parece. Y o iré
lo agradece. Con la traición y la rebeldía. delante, y con una puñalada al centinela os abriré ca-
DEVEROUX.—Verdad es. ¡ V a y a al diablo la g r a t i t u d ! mino.
Le mataré. DEVEROUX.—Y cuando estemos arriba, ¿ c ó m o llega-
BUTTLER.—Y si q u i e r e s tranquilizar tu conciencia, remos al d o r m i t o r i o del príncipe sin que los criados
no tienes más sino m u d a r t e la ropa, y entonces obras despierten y pidan socorro ? P o r q u e su servicio es nu-
con más libertad y v a l o r . meroso.
MACDONALD.—ESO es, pero h e m o s de pensar en otra BUTTLER.—Los criados se alojan en el ala d e r e c h a .
cosa. C o m o tiene horror al ruido, habita solo el ala iz-
BUTTLER.—¿ Q u é , M a c d o n a l d ? quierda.
MACDONALD.—(I De q u é nos servirán las a r m a s contra DEVEROUX.—Ya quisiera haber salido del paso, Mac-
él, si le protege u n hechizo y es i n v u l n e r a b l e ? donald... ¡ D e m o n i o ! . . . S i e n t o un no sé qué...
BUTTLER (colérico).—¡ C ó m o !... ¿ Qué hará... MACDONALD.—También yo... L a v e r d a d . . . es un g r a n
MACDONALD.—Ni el acero, ni las balas p u e d e n nada personaje, y nos tendrán por malvados.
contra él. Está hechizado y p r o t e g i d o por arte diabó- BUTTLER.—Cuando os veáis c o l m a d o s de honores, y
lico. Repito que es invulnerable. rodeados de riquezas y fausto, bien podréis mofaros
DEVEROUX. — S í , c r e e d l o ; en Igolstadt había otro del q u é dirán.
hombre como é l ; su piel era dura c o m o el acero, tanto DEVEROUX.—Si al menos t u v i é r a m o s la certeza de
que hubo que matarle á culatazos. que el paso no nos d e s h o n r a . . .
?8 4 WALLENSTEIN WALLENSTEIN

BUTTLER.—Estad t r a n q u i l o s : v a i s a salvarle á F e r - L A C O N D E S A . — ¿ Y tú ?... No estás como otras v e c e s . . .


nando el i m p e r i o y la corona. C o n q u e la r e c o m p e n s a E s p e r a b a q u e esa victoria te alegraría m á s de lo q u e
no será p e q u e ñ a .
te ha a l e g r a d o . P r o c u r a m a n t e n e r tu valor y t u firme-
DEVEROUX.—¿ Pero p r e t e n d í a destronarle ? za, p o r q u e eres nuestra antorcha, nuestra salvación.
BUTTLER. ¡ V a y a ! . . . q u e r í a arrancarle la corona y
WALLENSTEIN.—Tranquilízate; no t e n g o nada. ¿Dón-
la vida.
de está tu m a r i d o ?
DEVEROUX.—De m o d o q u e h u b i e r a p e r e c i d o en un LA CONDESA.—Cenando con Illo.
cadalso, si le l l e v a m o s v i v o á V i e n a ? W A L L E N N S T E I N (se levanta y da algunos pasos).—Ha
BUTTLER.—No había escape, c o m p a ñ e r o . cerrado y a la noche... Retírate á tu cuarto.
DEVEROUX.—Entonces v a m o s ; m o r i r á c o m o un ge-
LA CONDESA.—NO m e lo d i g a s . . . d é j a m e s e g u i r á t u
neral ; caerá con honra á m a n o de soldados. (Vanse.)
lado...
W A L L E N S T E I N (acercándose á la ventana).—¡ Q u é m o -
v i m i e n t o en el cielo ! El v i e n t o agita la bandera de la
E S C E N A III torre : p a s a n las n u b e s r á p i d a m e n t e velando la l u n a
Una s a l a c o n u n a g a l e r í a en el f o n d o h a s t a p e r d e r s e d e v i s t a . — q u e r e l u c e con luz incierta y vacilante... Ni u n a estrella
WALLENSTEIN sentado junto á una mesa. — E L C A P I T Á N se v e ; sólo brilla á lo lejos t e n u e f u l g o r ; es Calíope :
S U E C O en pié d e l a n t e d e é l . - P o c o d e s p u é s , L A C O N D E S A cerca está J ú p i t e r , p e r o la oscuridad del cielo t e m -
TERZKY.
p e s t u o s o lo oculta e n t e r a m e n t e .
(Cae en profundo ensimismamiento, y continua con la mi-
WALLENSTEIN. — S a l u d a d en m i n o m b r e á v u e s t r o rada fija.)
g e n e r a l , y creed q u e t o m o g r a n p a r t e en el éxito feliz
L A CONDESA (notando su tristeza, y tomándole una
de la batalla. Si no m u e s t r o tanto júbilo c o m o d e b i e r a
mano).—¿ En q u é piensas ?
tras esa i m p o r t a n t e v i c t o r i a , no lo a t r i b u y á i s á m i vo-
WALLENSTEIN.—Me parece que si viera ese astro,
luntad, p u e s t o q u e d e s d e a h o r a es c o m ú n n u e s t r a
m e sentiría m e j o r . Es la estrella q u e presidió á m i
suerte. Id con D i o s ; . . . m i l g r a c i a s p o r v u e s t r o celo...
v i d a , y q u e m á s de una vez m e ha c o m u n i c a d o una
Mañana á v u e s t r a llegada h a l l a r é i s abierta la fortaleza.
f u e r z a maravillosa.
(Vase el capitán sueco. Wallenstein permanece absorto en
L A C O N D E S A . — Y a le v e r á s .
sus pensamientos con la mano en la frente y fija la niña-
WALLENSTEIN (cayendo de nuevo en profunda preocu-
da. Sale la Condesa y le contempla un instante sin ser
pación, se vuelve á la Condesa). — ¡ V e r l e ! . . . ¡ N u n c a
vista, hasta que al fin él lo advierte y se pone sobre sí.)
más!
¿ S a l e s de v e r l a ! . . . ¿ Está y a m á s c a l m a d a ? . . . ¿ C ó m o
sigue ? LA CONDESA.—¿ C ó m o ?
WALLENSTEIN.—Ha m u e r t o . . . yace en el p o l v o .
LA CONDESA. — M i h e r m a n a dice q u e p a r e c e m á s
LA CONDESA.—¿Pero de q u i é n estás hablando?
tranquila d e s p u é s de la entrevista. A h o r a d u e r m e .
WALLENSTEIN.—Él es f e l i z ; se ha c u m p l i d o y a su
WALLENSTEIN.—Su pena irá calmándose, hasta q u e
s u e r t e ; y a no tiene q u e confiar en el p o r v e n i r , no le
llore.
e n g a ñ a r á el destino ; su v i d a está allí, p u r a , brillante,
3S
386

sin m a n c h a , sin que pueda sonar para él la h o r a de la ne á m o l e s t a r n o s á estas horas? ¡Ah! es el c o m a n d a n t e


a d v e r s i d a d . . . A l z a d o por e n c i m a del t e m o r y de los con las llaves de la fortaleza... Retírate, h e r m a n a , es
deseos, no pertenece y a á los m ó v i l e s y e n g a ñ o s o s as- y a m e d i a noche.
t r o s . . . ¡ A h ! es feliz... m i e n t r a s nosotros... ¡quién sabe LA CONDESA.—¡ Me sabe tan m a l dejarte hoy ! E s t o y
lo q u e nos reserva el t i e m p o q u e avanza e n v u e l t o en inquieta... tengo miedo...
oscuro v e l o ! WALLENSTEIN.—Miedo, ¿ de qué?
LA CONDESA.— ¿ Hablas de M a x ? . . . ¿ C ó m o m u r i ó ?... LA CONDESA.—Podrías p a r t i r esta m i s m a noche y al
C a b a l m e n t e c u a n d o y o entraba, salía el m e n s a j e r o . d e s p e r t a r no encontrarte.
{Wallenstein le hace seña de que se calle.) ¡ A h ! ¡ P o r q u é WALLENSTEIN.—¡ Q u é idea !
v o l v e r los ojos al pasado, h e r m a n o m í o ? D é j a m e m á s LA CONDESA.—Mucho há q u e m e agitan sombríos
bien contemplar los f u t u r o s días de t r a n q u i l i d a d y de p r e s e n t i m i e n t o s , y a u n q u e de día logro sofocarlos, no
calma, y alégrate de esa victoria sin r e c o r d a r p a r a t a r d a n en o p r i m i r m e con siniestras pesadillas... Ano-
nada lo q u e te ha costado. En r e a l i d a d , no p e r d i s t e á tu che, sin ir m á s lejos, te soñé r i c a m e n t e vestido, senta-
a m i g o h o y . . . m u r i ó para ti el día en q u e v o l u n t a r i a - do á la m e s a con tu p r i m e r a m u j e r .
mente te abandonó. WALLENSTEIN.—Pues ese sueño es feliz a u g u r i o , por-
WALLENSTEIN.—Estoy s e g u r o de q u e s o p o r t a r é ta- q u e á m i p r i m e r m a t r i m o n i o debo cabalmente m i for-
m a ñ o dolor; ¡ c u a l h a y q u e el h o m b r e no s o p o r t e , si tuna.
la fuerza del tiempo le s u b y u g a , y a p r e n d e á d e s h a b i - LA CONDESA.—Y h o y he soñado q u e te buscaba en
t u a r s e de lo m á s g r a n d e c o m o de lo m á s v u l g a r ! . . . t u c u a r t o , y a p e n a s entré, tu c u a r t o había desapareci-
P e r o siento perfectamente cuánto he p e r d i d o con él!... do, y se levantaba en su l u g a r la cartuja de Githschin,
C a y ó la flor de mi vida, y se m a r c h i t ó sp color y se ha q u e t ú f u n d a s t e y donde q u i e r e s ser enterrado.
v e s t i d o de tristeza, p o r q u e él era para m í la i m a g e n WALLENSTEIN.—¡Y eso te p r e o c u p a !
viva de m i s propios juveniles años. P a r a m í t r o c a b a en LA CONDESA.—¿ No crees t ú por v e n t u r a q u e los sue-
s u e ñ o la realidad, y teñía la naturaleza v u l g a r d e las ños son á v e c e s p r o f é t i c o s ?
cosas con los dorados r a y o s de la a u r o r a . . . la f u e r z a de WALLENSTEIN.—Muy cierto ; p e r o y o no llamo pro-
su t e r n u r a , con harta sorpresa m í a , ennoblecía las co- féticos sino á los q u e nos a n u n c i a n una suerte inevita-
tidianas y monótonas i m á g e n e s de la existencia. ¡ Q u é ble. Del m o d o q u e p r e c e d e al sol sobre la línea del
me i m p o r t a ahora el término de mis e s f u e r z o s , si lo be- horizonte un cerco de nubes, así p r e c e d e n a los gran-
llo ha d e s a p a r e c i d o de mi lado, y será p a r a s i e m p r e ! . . . d e s a c o n t e c i m i e n t o s las apariciones, y al suceso de
Un a m i g o . . . un a m i g o es s u p e r i o r á toda dicha: la crea m a ñ a n a , el p r e s e n t i m i e n t o de h o y . S i e m p r e m e i m -
c o m p r e n d i é n d o l a , la a u m e n t a c o m p a r t i é n d o l a . presionó de s i n g u l a r m a n e r a el relato de la m u e r t e de
L A C O N D E S A . — N O d e s e s p e r e s de tu propia f u e r z a . T u E n r i q u e IV, q u i e n , s e g ú n dicen, sentía la presión de
alma es harto rica para bastarse á si m i s m a . . . A l fin u n p u ñ a l en el p e c h o antes de e m p u ñ a r l o Ravaillac, y
lo q u e m á s estimabas en él, era la m i s m a v i r t u d q u e p e r d i d o el sosiego, p e r s e g u í a l e la i n q u i e t u d por las
t ú s e m b r a s t e y cultivaste en su á n i m o . salas del L o u v r e , y lo e m p u j a b a f u e r a del palacio. L o s
WALLENSTEIN (dirigiéndose á la puerta).—; Quién vie- p r e p a r a t i v o s de la coronación de la reina, leji^rciSr
m i o r E t
los d e u n o s f u n e r a l e s , y con atónito o í d o p r e s e n t í a los GORDON.—Dan en el castillo un b a n q u e t e al conde
p a s o s del asesino q u e le a c e c h a b a p o r l a s calles de T e r z k y y al m a r i s c a l .
París. WALLENSTEIN (aparte).— Será en celebración de la
LA CONDESA.—¿Y n a d a te dice esa v o z i n t e r i o r y victoria. E s a g e n t e sólo se divierte c o m i e n d o . (Llama.
profética ? Sale un paje.) D e s n u d a d m e ; m e v o y á d e s c a n s a r . (Toma
WALLENSTEIN.—Nada: tranquilízate. las llaves de manos de Gordon.) Henos y a s e g u r o s contra
L A CONDESA (absorta en sus tristes pensamientos).— los e n e m i g o s , y e n c e r r a d o s entre a m i g o s fieles; por-
Otra vez soñé q u e c o r r í a s , corrías, y y o te iba s i g u i e n - q u e ó y o m e e n g a ñ o m u c h o , ó u n a cara c o m o esa (mi-
do a p r e s u r a d a m e n t e á lo l a r g o de u n a g r a n g a l e r í a y rando á Gordon) no es la d e un h i p ó c r i t a . (El paje le
á t r a v é s d e v a s t a s salas sin fin. L a s p u e r t a s se abrían quita el manto, la gola y la faja.) A v e r . . . * q u é se ha
y c e r r a b a n con e s t r é p i t o , y y o , s i g u i é n d o t e s i e m p r e caído ?...
sin aliento y sin p o d e r a l c a n z a r t e . De p r o n t o , siento EL PAJE.—La c a d e n a de oro se ha roto.
que m e coge por detrás una m a n o f r í a ; eras t ú ; m e WALLENSTEIN.—Bastante ha d u r a d o . D a d m e . (La
abrazas, y en a q u e l instante nos c u b r e d e los p i é s á la mira.) E s el p r i m e r dón del E m p e r a d o r . C o l g ó m e l a al
cabeza un l i e n z o r o j o . cuello, siendo él a r c h i d u q u e , estando en la c a m p a ñ a
WALLENSTEIN.—La tapicería roja de mi c u a r t o . de F r i o u l , y d e s d e entonces la llevo p o r h á b i t o . . . Será
L A CONDESA (contemplándole).—¡ Si éste f u e r a el tér- tal vez una s u p e r s t i c i ó n m í a , pero esta cadena ha debi-
m i n o d e tantos afanes !... ¡si t ú , q u e te h a l l a s a h o r a d o de ser para m í c o m o un t a l i s m á n m i e n t r a s he po-
en t o d a la f u e r z a de la v i d a . . . . dido llevarla con e n t e r a c o n f i a n z a ; de este o r n a m e n t o
(Se echa en sus bracos llorando.) colgó m i f u g i t i v a dicha, p r i m e r a p r e n d a d e l afecto i m -
WALLENSTEIN.—Te t o r t u r a la sentencia d e l E m p e - perial. P e r o sea; f u e r z a es q u e e m p i e c e otra v e n t u r a ,
r a d o r , p e r o u n s i m p l e papel no h i e r e . N o h a n d e h a l l a r y a q u e el talismán perdió su v i r t u d . (Vase el paje con las
un a s e s i n o . ropas. Wallenstein se levanta; paséase por la sala, y por
L A C O N D E S A . — ¿ Y si lo encontrasen?... ¡Ah! e n t o n c e s , fin se detiene pensativo en frente de Gordon.) ¡ C ó m o m e
y a he t o m a d o m i r e s o l u c i ó n : c o n m i g o t r a i g o con q u é asalta y se acerca el r e c u e r d o de m i s p r i m e r o s d í a s 1
consolarme. (Vase.\ V é o m e de n u e v o en la c o r t e de B u r g a u d o n d e nos ha-
l l á b a m o s juntos. * T e a c u e r d a s c u á n t o d i s p u t á b a m o s á
veces? T ú eras m u y j u i c i o s o , y tenías por c o s t u m b r e
e c h á r t e l a s de m o r a l i s t a y m e r e p r o c h a b a s m i s inmo-
E S C E N A IV
d e r a d a s aspiraciones, m i s s u e ñ o s t e m e r a r i o s , elo-
W A L L E N S T E I N , GORDON, l u é g o UN PAJE g i a n d o en c a m b i o la á u r e a m e d i a n í a . ¡Ya v e s c ó m o
se e n g a ñ ó tu p r u d e n c i a 1 bien p r o n t o puso l í m i t e s
á tu suerte, y sin el m a g n é t i c o influjo d e mi estrella,
WALLENSTEIN.—* E s t á t r a n q u i l a la c i u d a d ?
se e x t i n g u i e r a silenciosa tu v i d a en este oscuro rin-
GORDON.—La c i u d a d está t r a n q u i l a .
cón.
WALLENSTEIN.—Oigo m ú s i c a . . . en el castillo h a y lu-
ces... * Q u i é n e s son esos q u e están tan a l e g r e s ? GORDON.—Príncipe, el p o b r e pescador a m a r r a tran-
WALLENSTEIN

a cambio de otra y el r a y o q u e debía aniquilarme c a y ó


quilamente su frágil barquilla en el puerto, m i e n t r a s
sobre aquella cabeza p u r a y querida.
mira naufragar el poderoso navio.
WALLENSTEIN.—¿Realmente te hallas ya en el p u e r t o ?
Extraño ardor, que nada ha p o d i d o m i t i g a r , m e lanza
ESCENA V
violento sobre el oleaje de la vida; la esperanza es aún
mi diosa, y me siento joven; c u a n d o á ti m e c o m p a r o
Dichos. - SENI
observo con orgullo q u e los años pasaron por m i ca-
beza sin encanecerla, y sin h a c e r m e sentir su p o d e r . • F s S e n i el que llega ?... Q u é agita-
(6e pasea a grandes pasos, y se detiene otra vez frente á , " t r i e a q u í t L J d e , Bautista?
Cordón, desde el otro extremo del teatro.) ¡Por qué tratar
^ ^ L a ¿ q u i e t u d q u e m e causáis, señor.
de engañosa á la fortuna, si para mi f u é tan fiel y amo-
W ^ E N S T E . N . - H a b l a <qué hay?
rosa y m e alzó p o r encima de la m u l t i t u d , y m e subió
SENI.—Huid antes que amanezca, h u i d , no
en sus ágiles y poderosos brazos p o r la escala de la
vida ? Nada v u l g a r en m i camino, ni en las lineas de
mi mano. ¿Quién p u e d e juzgar m i existencia según las
d e ™ s T ™ - i V a , a una ocurrencia!
S P i - U - N o os fiéis de los suecos...
reglas de la p r u d e n c i a ? V e r d a d q u e parezco actual-
mente harto abatido, pero y o me rehabilitaré, y el ^ ^ ^ ^ amenaza próxi-
abundante reflujo sucederá á la baja marea.
OS cercan falsos amigos, s e g ú n leo en
GORDON. Con todo, r e c u e r d o el a n t i g u o a x i o m a : S G U T F S O R ^ l e s , y OS ciñen las r e d e s déla
«No te envanezcas de tu suerte hasta que h a y a pasado
el día.» No es c i e r t a m e n t e p r e n d a de esperanza la du-
" W ^ E N S T E , » . - S u e ñ a s , Bautista-, e, m i e d o te per-
ración de la dicha, sino todo lo contrario, que la espe-
ranza se hizo para los desgraciados; t e m a el dichoso: t U í t• A h í no lo creáis... venid y leeréis v o s mis-
la balanza oscila c o n s t a n t e m e n t e .
,7,' nlanetas .. O s amenazan pérfidos a n u g o s
W A L L E N S T E I N (sonriendo). — P a r é c e m e oir al G o r d o n m W Q ™ - D e pérfidos a m i g o s p r o c e d e m . des-
de antano. Harto sé q u e el m u n d o está sujeto á conti- gr^a A n S debieran anunciármelo las estrellas;
nua m u d a n z a , y q u e los dioses del mal recaban sus
derechos; ni los m i s m o s p a g a n o s lo ignoraron c u a n d o
T " P T e n n i d ^ ' = 1 Í ° ; u e s t r o s propios o,os. E u
se imponían v o l u n t a r i a m e n t e a l g u n a desgracia y apa-
v u e s t r a vida apareció u n signo fatal u n
ciguaban a sus celosas d i v i n i d a d e s inmolando vícti- C J c u e se halla junto á vos, u n malvado se des-
mas h u m a n a s en el altar de T i f ó n . (Con gravedad y e n e m , g o q u e se taL , ^ ^ A m]S

mas bajo.) T a m b i é n y o ofrecí m i sacrificio: m i mejor


a m i g o s u c u m b i ó , y p o r mi culpa. Desde ahora, n i n g ú n consejos, no o s ^ n t r e g u é i s á esos p a g a n o s q u e h a c e n
favor de la f o r t u n a p u e d e c a u s a r m e tanto júbilo c o m o „ g u e r r a á nuestra s a n t a I g l e s ^
pesar m e causó a q u e l l a m u e r t e , con q u e los celos del
destino deben estar satisfechos: m e arrebató una vida
n u n c a bien la tal alianza... V é á d e s c a n s a r , Bautista:
celo, G o r d o n !... Sólo un a m i g o de infancia p u e d e per-
q u e t u s s i g n o s no m e a m e d r e n t a n .
m i t i r s e s e m e j a n t e l e n g u a j e . . . Ha corrido y a la s a n g r e ,
GORDON (que durante lo anterior se ha conmovido, se
G o r d o n , y el E m p e r a d o r y a no p u e d e p e r d o n a r m e ;
vuelve á Wallenstein). P r í n c i p e , no sé si m e a t r e v a . . .
es m á s ; si él lo quisiera, no podría aceptarlo y o . De
A veces un h o m b r e sin i m p o r t a n c i a ha d a d o u n aviso
h a b e r p r e v i s t o lo q u e debía o c u r r i r , y q u e iba á p e r d e r
Util.
á u n a m i g o tan caro, p e n s a n d o c o m o pienso a h o r a , tal
WALLENSTEIN.—Habla l i b r e m e n t e . vez h u b i e r a r e f l e x i o n a d o . . . tal v e z no. P e r o ahora, ¿qué
GORDON. Si c u a n t o dice, p r í n c i p e , no f u e r a vana p u e d o h a c e r ? L o s c o m i e n z o s de mi e m p r e s a son de-
p r e o c u p a c i ó n , y la p r o v i d e n c i a se sirviera p o r mila- m a s i a d o g r a v e s para no c o n d u c i r á nada ; siga, p u e s ,
g r o de semejante ó r g a n o p a r a salvaros ? su c u r s o . (Se dirige á la ventana.)... Ha c e r r a d o y a la
WALLENSTEIN.-Uno y otro d e l i r á i s . . . ¿ C ó m o p o d r í a n o c h e . . . y a no se o y e el m e n o r r u i d o en el castillo...
v e n i r m e la desgracia p o r los suecos, c u a n d o fueron V a m o s , a l u m b r a d . (El paje, que habrá salido sin decir
ellos los que buscaron m i alianza, y en ella están in-
palabra, y ha seguido con visible interés el anterior diálo-
teresados?
go, se adelanta vivamente conmovido, y se echa á los piés
GORDON.—¿Y si c a b a l m e n t e su llegada f u e s e la causa del principe.) ¡ T a m b i é n t ú ! . . . ya sé por q u é d e s e a s tú
de v u e s t r a p é r d i d a en el p u n t o en q u e m á s t r a n q u i l o q u e m e reconcilie con el E m p e r a d o r . . . Ese pobrecillo
estáis? (Se echa de rodillas á sus piés.) E s t i e m p o toda-
posee u n o s p a l m o s de tierra en Carintia y t e m e q u e
vía, p r i n c i p e .
v a y a n á confiscárselos p o r q u e está á m i servicio... ¿ T a n
SENI (hincando también la rodilla).-Atended á sus pobre e s t o y q u e no p u e d o i n d e m n i z a r á m i s cria-
ruegos. d o s ? . . . S e a ; y o no q u i e r o forzar á n a d i e . . . Si c r e e s
WALLENSTEIN.-Tiempo... ¿ d e q u é ? . . . A l z a d . . . o s l o q u e m e a b a n d o n ó la f o r t u n a , v é t e á donde te plazca.
m a n d o , alzad. Hoy m e d e s n u d a r á s por última vez, y luégo p u e d e s
GORDON (levantándose).—El r h i n g r a v e t a r d a r á toda- si q u i e r e s irte con el E m p e r a d o r . B u e n a s noches, Gor-
vía en v e n i r ; ordenad q u e no le p e r m i t a n la entrada á don ; m e parece que v o y á d o r m i r largas horas, d e s -
la fortaleza. Si quiere sitiarnos, q u e lo p r u e b e . , os p u é s d e tan violentas agitaciones. C u i d a d o con desper-
juro q u e el y todo su e j é r c i t o s u c u m b i r á n al pié de tarme m u y temprano.
estos m u r o s antes q u e f a t i g u e n nuestra constancia y
(Vase. El paje le alumbra, seguido de Seni. Gordon se
valor. Entonces verá de q u é son c a p a c e s n u e s t r a s he-
queda en la sala á oscuras y no pierde de vista al duque
roicas t r o p a s g o b e r n a d a s p o r un héroe d i s p u e s t o á
hasta que ha pasado la puerta. Luégo da muestras de su
r e p a r a r una f a l t a : esta acción c o n m o v e r á al E m p e r a -
dolor con su abatimiento, y se apoya con tristeza en una
dor, y os reconciliará con él, p o r q u e su corazón se in-
columna.)
d i n a a la clemencia, y F r i e d l a n d , a r r e p e n t i d o , será
m a s ensalzado q u e antes de haber p e r d i d o el ía^or de

WALLENSTEIN (contemplándole con sorpresa; pausa-


luego, vivamente conmovido).-, Hasta dónde te lleva tú
GORDON.—¡ A h ! no le m a t é i s , no le m a t é i s v o s ; Dios
no lo q u i e r e . . . v e d l o ;... f u i s t e i s h e r i d o en el brazo.
ESCENA VI
BUTTLER.—Mi b r a z o no será n e c e s a r i o .
GORDON. — BUTTLER desde el foro GORDON.—Han m u e r t o y a los c u l p a b l e s ; y esto basta
p a r a s a t i s f a c e r á la j u s t i c i a . T e r m i n e todo con esas
B U T T L E R . — A g u a r d a d a q u í hasta q u e os d é la s e ñ a l . v í c t i m a s . (Sale el paje, puesto un dedo en los labios impo-
GORDON.—¡Es é l ! . . . a c o m p a ñ a d o de los a s e s i n o s . niendo silencio)... D u e r m e . . . ¡ O h ! . . . no le m a t é i s e n el
BUTTLER.—Se han a p a g a d o las l u c e s , y t o d o d u e r m e sagrado momento del sueño.
profundamente.
GORDON.—«; Q u é h a c e r ? ¿ Intentaré salvarle ? ¿ P o n d r é
en a l a r m a la casa y la g u a r d i a ?
BUTTLER (sale).—¡ L u z todavía, en el c o r r e d o r q u e v a
al c u a r t o del p r í n c i p e !
GORDON.—Pero con eso v i o l a r é m i j u r a m e n t o . . . ¡ Y si
escapa, y a u m e n t a la f u e r z a del e n e m i g o ? E n t o n c e s
y o r e s p o n d e r í a con la v i d a de las t e r r i b l e s c o n s e c u e n -
cias.
BUTTLER (acercándose).— ¡ Q u é silencio!... Oigamos.
i Quién habla aquí ?
GORDON.—,- A y d e m í ! . . . m á s v a l e fiar al cielo el des-
e n l a c e . . . ¿ Q u é s o y para i n t e r v e n i r e n tan g r a n d e s su-
c e s o s ? Si s u c u m b e , no s e r é y o q u i e n le h a y a m u e r t o ;
BUTTLER.—No ; d e s p e r t a r á para m o r i r .
si se salva, la c u l p a será m í a , y r e c a e r á n s o b r e m í s u s
consecuencias. (Hace que se va.)
GORDON.— ¡ A h ! P r e o c u p a d o t o d a v í a con las cosas
BUTTLER (adelantándose).—Yo c o n o z c o esta v o z .
t e r r e s t r e s , no estará d i s p u e s t o á p a r e c e r d e l a n t e d e
GORDON.—¡ B u t t l e r !
Dios.
BUTTLER.—¡Gordon ! ¿ Q u é b u s c á i s a q u í ? ¿ T a n t a r d e
BUTTLER.—Grande e s su misericordia.
os ha d e s p e d i d o el d u q u e ' ?
(Hace que se va.)
GORDON.—¡ T r a é i s la m a n o v e n d a d a !
GORDON (deteniéndole). — A c o r d a d l e esta noche tan
BUTTLER.—¡ U n a h e r i d a ! E s e Illo se d e f e n d i ó c o m o
solo. m
u n d e s e s p e r a d o , hasta q u e le d e r r i b a m o s al s u e l o .
BUTTLER.—Cada instante q u e pasa p u e d e h a c e r n o s
GORDON.—¿ L o s m a t a r o n y a ?
traición.
BUTTLER.—Sí;... ¿ está y a a c o s t a d o ?
GORDON.—Sólo una h o r a . . . una hora !...
GORDON.—¡ A y d e m í , B u t t l e r !
BUTTLER.—Dejadme... ¡ De q u é le serviría tan b r e v e
BUTTLER.—Responded ; ¿ s e acostó ?... lo o c u r r i d o no plazo !
puede permanecer oculto largo tiempo.
GORDON.—¡ A h ! . . . el t i e m p o es m a r a v i l l o s a divini-
dad. E n una hora se deslizan m i l l a r e s d e g r a n o s de
a r e n a , y pasan p o r la m e n t e millares d e p e n s a m i e n t o s .
En una hora, n u e s t r o c o r a z ó n , el s u y o , p u e d e n m u -
dar, puede llegar una noticia, ocurrir bienhadados
sucesos, d e c i s i v o s y saludables. ¡Oh q u é d e cosas p u e -
d e n p a s a r en una hora !
BUTTLER.—Con esto m e estáis r e c o r d a n d o q u e los
m i n u t o s son p r e c i o s o s . (Da con el pié en el suelo.)

ESCENA VII

Dichos. - M A C D O N A L D y DEVEROUX, a r m a d o s de alabardas;


l u e g o el PAJE

GORDON (;interponiéndose entre Buttler y los hombres


armados). ¡ B á r b a r o ! A n t e s pasarás p o r e n c i m a d e mi
c a d á v e r . . . N o he de consentir tan h o r r i b l e c r i m e n . . .
BUTTLER (rechazándole).—] Viejo insensato !
(Suenan trompetas á lo lejos.)
MACDONALD Y D E V E R O U X . — ¡ L a s t r o m p e t a s suecas!
Y a llegan... Despachemos.
GORDON.—¡ Dios m í o !... ¡ Dios m í o !
BUTTLER. — Á v u e s t r o p u e s t o , c o m a n d a n t e .

(Vase precipitadamente Gordon.)


E L PAJE (acudiendo).—] Q u i é n se a t r e v e á h a c e r r u i d o
a q u í ! . . . ¡ S i l e n c i o ! . . . El d u q u e d u e r m e . . .
DEVEROUX (alzando la voz; terrible).— Compañero,
llegó la h o r a d e m e t e r r u i d o .
EL P A J E . — ¡ S o c o r r o ! ¡ s o c o r r o ! . . . ¡ A s e s i n o s !
BUTTLER.—Matadle.
E L PAJE (cae junto á la puerta de la galería muerto de
una puñalada por Deveroux).—\ J e s ú s M a r í a !
BUTTLER.—¡ Derribad las p u e r t a s !
(Pasan por encima del cadáver... Suena á lo lejos el ruido
de unas puertas derribadas... luego, otras... Voces con-
fusas... Ruido de armas... Luégo profundo silencio.) BUTTLER. — ¡ D e r r i b a d las puertas!
ESCENA VIH

LA C O N D E S A T E R Z K Y c o n u n a l u z e n . l a m a n o

S u c u a r t o está v a c í o . . . n o la hallan en n i n g u n a p a r -
te... ni á ella, ni á la N e u b r u n n . . . ¿ Se habrá f u g a d o ?
¿ Dónde p u e d e h a b e r ido?... ¡ Hay q u e salir en su bus-
ca, y dar la voz de alarma !... ¿ C ó m o recibirá el d u q u e
la fatal.noticia ?... Si al m e n o s h u b i e s e v u e l t o m i ma-
r i d o del b a n q u e t e . . . El d u q u e está d i s p u e s t o . . . m e pa-
rece q u e oí r u m o r de pasos y de v o c e s . . . V e a m o s ; es-
c u c h a r é junto á esa p u e r t a . . . N a d a se percibe... ¿quién
llega ? S u b e n c o r r i e n d o la escalera.

E S C E N A IX

LA CONDESA, GORDON; luégo BUTTLER

GORDON (acudiendo sin aliento).—Es u n error... no


eran los suecos... Deteneos, Buttler, ¿ d ó n d e está? (Fi-
jándose en la Condesa.) D e c i d m e . . .
LA CONDESA.—¿ V e n í s del castillo? ¿ D ó n d e está mi
esposo ?
GORDON (con espanto).—¿ V u e s t r o esposo ?... No m e lo
p r e g u n t é i s . . . V o l v e o s á vuestras habitaciones.
(Hace que se va.)
L A CONDESA (deteniéndole).—No, sin h a b e r m e explica-
do antes...
GORDON (soltándola con violencia).—De este instante
d e p e n d e la suerte del m u n d o . Salid, por Dios... Mien-
t r a s e s t a m o s h a b l a n d o a q u í . . . ¡Oh Dios mío\ (gritando):
¡Buttler! ¡Buttler!
LA CONDESA.—Está en el castillo con T e r z k y .
(Buttler sale por la galería.)
GORDON.—Fué u n e r r o r ; n o son los s u e c o s sino los E L SEGUNDO (trayendo consigo algunas joyas).—¡ Por
i m p e r i a l e s q u e e n t r a n en la c i u d a d . . . El t e n i e n t e g e - a q u í ! . , . ¡ p o r a q u í ! . . . L a s o t r a s p u e r t a s están g u a r d a -
neral m e a n u n c i a q u e estará a q u í en b r e v e . . . S u s p e n - das.
dedlo t o d o . . . . V o z DENTRO.—Paso al s e ñ o r t e n i e n t e g e n e r a l .
BUTTLER.—Es tarde ya. (Al oir estas palabras, sale la condesa de su anonadamien-
GORDON (apoyándose en la pared para no caerse).— to y se va corriendo.)
¡ Dios de m i s e r i c o r d i a ! V o z DENTRO.—¡Cerrad las p u e r t a s ! . . . P r o h i b i d la
L A CONDESA (con gran ansiedad).—¡ C ó m o , q u e e s tar- e n t r a d a al p u e b l o .
d e ! ¿ Q u i é n llega, decís? ¡ O c t a v i o a q u í ! . . . Traición,
traición, ¿ d ó n d e e s t á el d u q u e ?
(Vase corriendo por la galería.)
ESCENA XI

ESCENA X D i c h o s , m e n o s la C o n d e s a — O C T A V I O PICCOLOMINI, c o n su
séquito: DEVEROUX y MACDONALD, con algunos alabarde-
D i c h o s . — S E N I , EL B U R G O M A E S T R E , U N P A J E ,
r o s . T r a e n á la e s c e n a el c a d á v e r d e W a l l e n s t e i n e n v u e l t o en
UNA C A M A R E R A , V A R I O S C R I A D O S c o r r i e n d o a t e r r a d o s p o r
u n p a ñ o rojo.
la e s c e n a

S E N I (saliendo por la galeríacon grandes muestras de O C T A V I O (sale precipitadamente).—No puede ser; no


terror). ¡ Sangrienta y espantosa acción !
p u e d e s e r ; B u t t l e r , G o r d o n ; no p u e d o c r e e r l o ; d e c i d -
LA CONDESA.—¿ Q u é p a s a , S e n i ?
m e q u e no ha s i d o .
UN P A J E (llegando).—¡Oh
deplorable espectáculo! (Gordon, sin contestar, señala el cadáver del duque. Fija-
(Salen algunos criados con antorchas.) se en él Octavio, y se detiene aterrorizado.)
LA CONDESA.—Pero ¿ q u é h a y , p o r Dios v i v o ? D E V E R O U X (á Buttler).—Aquí e s t á la e s p a d a y el toi-
SENI.—¿ Y a ú n lo p r e g u n t á i s , s e ñ o r a ? El p r í n c i p e són de oro del p r í n c i p e .
f u é d e g o l l a d o , y m u e r t o v u e s t r o e s p o s o e n el c a s t i l l o ! MACDONALD.—Supongo q u e o r d e n a r é i s á la C a n c i l l e -
(La Condesa queda anonadada.) ría...
L A C A M A R E R A (acudiendo).—¡ S o c o r r o !... ¡ s o c o r r o ! . . .
la d u q u e s a . . . B U T T L E R (señalando á Octavio).—Desde este m o m e n t o
el g e n e r a l es el ú n i c o q u e p u e d e d a r ó r d e n e s a q u í .
EL BURGOMAESTRE.-¿Qué s i g n i f i c a n e s t o s g r i t o s de (Deveroux y Macdonald se retiran respetuosamente. Vanse
dolor q u e t u r b a n el s u e ñ o d e m i casa ?
todos en silencio, y quedan solos Buttler, Octavio y
GORDON. V u e s t r a casa f u é m a l d e c i d a p a r a s i e m p r e .
Gordon)
En v u e s t r a casa y a c e a s e s i n a d o el p r í n c i p e .
O C T A V I O (d Buttler).—¿Tal era vuestro designio, Butt-
EL BURGOMAESTRE.—¡ Dios nos libre d e e l l o ! (Vase)
ler, c u a n d o nos s e p a r a m o s ? ¡Dios de j u s t i c i a ! A ti alzo
E L I . " A Y U D A DE C Á M A R A . — ¡ H u i d ! . . . h u i d . . . v a n á
las m a n o s s u p l i c a n t e s . Y o n o soy c u l p a b l e de tan
degollarnos á todos.
monstruosa acción.
26
BUTTLER.—Vuestras m a n o s se han c o n s e r v a d o lim- es m i c r i m e n ? B u e n a y l a u d a b l e f u é m i acción, p u e s t o
p i a s de toda m a n c h a , y e m p l e á s t e i s las m í a s . q u e liberté al i m p e r i o de temible e n e m i g o , y p o r ello
OCTAVIO.—¡Miserable!... A b u s a r así d e las ó r d e n e s m e r e z c o r e c o m p e n s a . S ó l o una diferencia h a y entre
d e tu s o b e r a n o , y c o m e t e r en su s a g r a d o n o m b r e tan v u e s t r a c o n d u c t a y la m í a : v o s a g u z a s t e i s el d a r d o , y o
horrible crimen! lo a s e s t é en su p e c h o ; v o s p e d í a i s s a n g r e , y ahora o s
B U T T L E R (tranquilamente).—Yo no hice m á s q u e e j e - a s o m b r á i s de verla c o r r e r ; y o s u p e s i e m p r e lo que ha-
c u t a r la sentencia i m p e r i a l . cía, y el r e s u l t a d o no m e c a u s a ni s o r p r e s a ni p a v o r . . .
Ved qué debéis mandarme... Parto inmediatamente
para V i e n a á d e p o n e r m i e n s a n g r e n t a d o acero ante el
t r o n o del E m p e r a d o r , y á r e c l a m a r la a p r o b a c i ó n q u e
debe a c o r d a r u n j u e z j u s t i c i e r o á la p r o n t a y estricta
obediencia.

E S C E N A XII

Dichos, m e n o s B U T T L E R . — S a l e LA CONDESA TERZKY d e m u -

dada y p á l i d a ; su acento es débil, frío y lento

OCTAVIO (adelantándose á su encuentro/.—¡ O h conde-


sa ! ¡ E n esto h a b í a d e p a r a r t o d o ! Estas son las conse-
cuencias de sus desgraciadas tentativas.
LA CONDESA.—Este es el f r u t o d e v u e s t r a c o n d u c t a .
El d u q u e h a m u e r t o , m i m a r i d o ha m u e r t o , la d u q u e -
sa l u c h a con su a g o n í a , y mi sobrina se ha f u g a d o .
OCTAVIO.—¡ Q u é m a l d i c i ó n v i v e sujeta al p o d e r de
Esta casa a y e r p o d e r o s a y g l o r i o s a está desierta ; los
l o s r e y e s ! T a l f u e r z a tienen s u s p a l a b r a s , que su f u g a z
criados h u y e n de ella d e s p a v o r i d o s . Ú l t i m o v á s t a g o
p e n s a m i e n t o trae c o n s i g o al instante h e c h o s irrepara-
de la f a m i l i a , v e n g o á c e r r a r s u s p u e r t a s , y d e p o n g o
b l e s . . . ¿ Q u é necesidad t e n í a s d e o b r a r con tal pronti-
en v u e s t r a s m a n o s las llaves.
t u d ? ¿ P o r q u é a r r e b a t a r á la c l e m e n c i a el t i e m p o del
. OCTAVIO (con projundo dolor).—¡ A h , c o n d e s a ! T a m -
i n d u l t o ? ¡ El t i e m p o ! á n g e l del h o m b r e . Sólo u n Dios
bién m i casa está d e s i e r t a !
infalible p u e d e d e s c a r g a r de u n g o l p e el j u i c i o y la
LA CONDESA. — ¿ A q u i é n le toca a h o r a p e r e c e r ?
ejecución.
¿ quién d e b e ser t r a t a d o aún con i n j u s t o r i g o r ? El prín-
BUTTLER.—¿Por q u é s e m e j a n t e s r e p r o c h e s ? ¿ C u á l
cipe h a m u e r t o ; satisfecha q u e d a la v e n g a n z a del E m -
p e r a d o r . R e s p e t a d al m e n o s á s u s a n t i g u o s s e r v i d o - d Q u é h a y ?... El sello del E m p e r a d o r ! (Lee el sobre y
res, y no c a s t i g u é i s como un c r i m e n su a m o r y s u la entrega i Octavio con severa mirada.) A l p r í n c i p e
lealtad. El h a d o sorprendió á mi h e r m a n o antes d e Piccolomini.
t i e m p o y no p u d o p e n s a r en ellos. (Octavio hace un gesto de espanto y alza los ojos al cielo
OCTAVIO.—Ah no, condesa; basta d e v e n g a n z a , basta con dolor.—Telón.)
d e r i g o r e s . S i g u i ó y a el t r e m e n d o c a s t i g o á u n a g r a n
falta; y d e s a r m a d a la cólera del E m p e r a d o r , la hija
h e r e d a r á tan sólo de su padre la gloria y el r e c u e r d o
d e s u s s e r v i c i o s . C u a n t o á v o s , la E m p e r a t r i z h o n r a
v u e s t r a d e s g r a c i a y os abre los m a t e r n a l e s brazos; con
q u e no a b r i g u é i s t e m o r a l g u n o , y confiad en la cle-
mencia imperial.
L A CONDESA (alzando los ojos al cielo).—A la de m á s
p o d e r o s o señor fío m i s u e r t e . . . ¿ Dónde serán d e p u e s -
tos los d e s p o j o s del p r í n c i p e ? . . . E n s u p r o s p e r i d a d
f u n d ó u n a c a r t u j a en G i t h s c h i n , d o n d e descansa la
c o n d e s a W a l l e n s t e i n ; junto á ella q u e r í a ser e n t e r r a d o
el p r í n c i p e m o v i d o de la g r a t i t u d . . . A c o r d a d l e esa se-
p u l t u r a , y c o n c e d e d el m i s m o f a v o r al cadáver de m i
e s p o s o . P u e s t o q u e el E m p e r a d o r es y a d u e ñ o de n u e s -
tros castillos, concédanos al m e n o s una t u m b a j u n t o á
nuestros antepasados.
OCTAVIO.—¡Tembláis!... C o n d e s a . . . Estáis p á l i d a ! . . .
¡ Dios m í o ! . . . <¡ Q u e sentido tienen v u e s t r a s p a l a b r a s ?
L A CONDESA (haciendo un último esfuerzo, y hablando
con vivacidad y nobleza).—Me. hacéis la justicia de creer
q u e no soy capaz de s o b r e v i v i r á la r u i n a de m i casa...
G r a n d e s nos sentíamos para a s p i r a r á u n a corona real,
y si el h a d o no p r o t e g i ó n u e s t r a a m b i c i ó n s o b e r a n a ,
g r a n d e e s n u e s t r o á n i m o t o d a v í a p a r a p r e f e r i r la
m u e r t e v o l u n t a r i a á la d e s h o n r a . . . El v e n e n o . . .
OCTAVIO.—¡ S a l v a d l a ! . . . ¡ S o c o r r e d l a !
LA CONDESA.—Es tarde y a . Dentro de b r e v e s instan-
tes m i s u e r t e se h a b r á c u m p l i d o . (Vase.)
GORDON.—¡Oh mansión de m u e r t e y h o r r o r ! (Sale
un correo con una carta. Gordon se adelanta á cogerla.)
ÍNDICE

LA NOVIA DE MESINA

TRAGEDIA EN 4 ACTOS
PÁGINAS

D e l u s o del c o r o e n la t r a g e d i a . — P r e f a c i o del a u t o r . . 7
LA NOVIA DE MESINA, 17

W A L L E N S T E I N

TRILOGÍA

PARTE PRIMERA.—El C a m p a m e n t o de W a l l e n s t e i n . . . N5
PARTE SEGUNDA.—Los P i c c o l o m i n i 169
PARTE TERCERA.—La m u e r t e de W a l l e n s t e i n 259

También podría gustarte