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NOVELA ORIGINAL
TOMO I.
1850.
INTRODUCCIÓN.
K. M A M A I l A R A L f .
M A D B I D y m a y o 3 de 485«.
GARAKURU.
i.
El rapio.
Puñaladas.
{)) Cobarde.
en un grasicnto banquillo con h o n o r e s de mesa , se
estremeció y perdió el c o l o r , no sabemos si de ira
ó de t e m o r de verse d e s c u b i e r t o .
—-Vamos , aparcero , esclamaron algunos de los
interlocutores ; eso lo decís por a l a b a r o s . ¿Cómo en
tan poco tiempo habéis podido averiguarlo?
— ¿Cómo? ¡ C a l i ! ¿Os habéis olvidado, sonsos (1),
que yo tengo quien me lo c u e n t e todo?
Los gauchos se m i r a r o n unos a otros con ojos e s -
pantados : el enchalecado!' tenia en la comarca i'ama
Ac brujo, y mas de una vieja aseguraba h a b e r l e vis-
to en las altas horas de la noche hablando con el
diablo en la p u e r t a del c e m e n t e r i o .
De mas está el decir q u e é l , como todos los e m -
baucadores de profesión, sabia esplotar h á b i l m e n t e
esta creencia p o p u l a r , á la que p r e s t a b a todos l o s
visos de la realidad la m a n e r a cómo se manejaba
para saber los sucesos antes que n a d i e ; l o c u a l , a
fuerza de repetirse una y otra vez , habia i m p r e s i o -
nado de tal modo la imaginación crédula y s u p e r s -
ticiosa de sus iguales , que no habia uno solo que no
le tuviese por adivino y h e c h i c e r o .
— S í , debe saberlo, m u r m u r ó uno de ellos al oido
de su c o m p a ñ e r o ; tiene pacto con el diablo.
— P u e s haríais bien en contárnoslo, dijo este úl-
timo en voz alta; así nos p r o p o r c i o n a r e i s ocasión
de ganar la magnífica r e c o m p e n s a que ha ofrecido
el c o m a n d a n t e de Paysamli'i., que según parece es
(1) Necios.
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p a r i e n t e de la pueblera (1), al q u e descubra su p a -
r a d e r o , p o r q u e en cuanto al r a p t o r , se ignora toda-
vía quién es.
.¡Óigale! Eso es lo q u e tú q u i s i e r a s , ñandú
p a r a e n g o r d a r á mis costillas, ¡ay mi cielo! tienes
todavía la leche sobre los labios para e n g a ñ a r , ¡ta-
rarira rira rira! á un reyuno (3) tan macstrazo co-
mo y o . . .
— P e r o , en fin, r e p u s o o t r o ; decidnos al menos el
n o m b r e del robador.
—Así como así, c o n t i n u ó el i n t e r p e l a d o , p r e s e n -
tando el vaso al p u l p e r o para q u e se lo llenase de
a g u a r d i e n t e por la décima ó duodécima vez; poco
i m p o r t a , ¡Satanás! q u e os lo diga, p o r q u e n i n g u n o
de vosotros, ¡quiál es capaz de atravesar el caballo
p a r a c o r t a r l e el paso si le encontrase en su cami-
no... ¡Pafsl
—¿Pues quién es? p r e g u n t a r o n todos llenos de
admiración.
—¿No recordáis aquel alarife, ¡buen mandrial
q u e vino, ¡puñaláal... d e . . . d e . . . ¿qué sé yo?... ¡de
los infiernos!... ¡Naide sabe q u é b u r r a lo ha parió,
d i a n t r e , ni q u é viento le trajo por acá!...
—¿Galibar?... esclamaron todos con vivísimo in-
t e r é s , q u e al p u n t o se trocó en manifiesta incredu-
lidad: ¡eh! no p u e d e ser, hace mas de quince días
q u e p a r t i ó p a r a la Rioja,
(O H a b i t a n t e de la c a p i t a l .
(2) Avestruz.
(3) Caballo v i e j o , á q u e han cortado una oreja por m a l o .
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Galibar no era o t r o q u e A m a r o ; ya e s p l i c a r e m o s
en lugar o p o r t u n o su v e r d a d e r o n o m b r e y el origen
de la creencia de q u e no se hallaba e n t o n c e s en P a y -
sandú.
— ¡ I r a de Dios! g r i t ó el p e r d o n a - v i d a s , d e s c a r -
gando u n liero p u ñ e t a z o s o b r e el m o s t r a d o r , e c h a n -
do m a n o al p u ñ a l y sacudiendo su c e r d o s a y e n -
crespada cabellera: ¡repito q u e ha s i d o él, Galibar,
¡traidorazo!... el r o b a d o r de esa h e m b r a ! ¡Yo, yo le
lie visto, m a l r a y o ! . . . yo lo he visto con estos ojos
q u e se han de c o m e r la t i e r r a . . . ¡achí ¿Y q u i é n es el
quiebra (1) q u e se a t r e v e á d u d a r de la veracidad d e
mis p a l a b r a s ? . . .
— ¡ Y o ! contestó á su espalda u n a voz varonil y
resuelta.
—Volvióse rápidamente el euchalecador cual
a u t ó m a t a tocado p o r un invisible r e s o r t e , y se e n -
c o n t r ó s o l o , frente á. frente con el personaje que
acababa de n o m b r a r , p o r q u e sus d e m á s c o m p a ñ e r o s
retrocedieron á una p r u d e n t e distancia a p e n a s le.
vieron apoyar la m a n o s o b r e "el p o m o de su mon-
tante.
A m a r o se habia echado a t r á s el s o m b r e r o , y s u s
n e g r a s p u p i l a s , b r i l l a n t e s como dos b r a s a s e n c e n d i -
das , chispeaban con el r e s p l a n d o r rojizo y fasci-
n a n t e de los ojos del surucucú ( 2 ) ; un ligero t e m -
blor nervioso hacia vacilar su m a n o , y e n t r e a b r í a
(.) Valiente.
(2) Serpiente del llrasil en ostrenio í c r o í : s u v e n e n o e s tic l o s
mas activos q u e se c o n o c e n .
TOMO «. 5
sus labios como p a r a dejar salir el aliento de luego
q u e se escapaba de sus p u l m o n e s a b r a s a d o s , y á
una palidez m o r t a l sucedíase a l t e r n a t i v a m e n t e e!
c a r m í n de la i r a , q u e coloreaba su tez m o r e n a , v
d e r r a m a b a u n barniz satánico sobre su i m p o n e n t e y
avasalladora fisonomía...
Solo el enchalecador, e n t r e lodos los que allí e s -
t a b a n , le m i r ó con r o s t r o s e r e n o , y acabando t r a n -
q u i l a m e n t e de a p u r a r su v a s o , le puso con m u c h a
flema sobre el m o s t r a d o r , añadiendo en seguida con
la m i s m a c a l m a :
—Voy á matarte.
— L o m i s m o iba á d e c i r t e , respondió A m a r o con
i n s u l t a n t e m e n o s p r e c i o : veamos si eres tan valiente
en o b r a s como en p a l a b r a s ; defiéndete bien, p o r q u e
es preciso que uno de los dos no salga de aquí SÍIIQ
p a r a ir al campo s a n t o .
Ambos c o n t r a r i o s se sacaron el poncho y se lo a r r o -
llaron en el brazo i z q u i e r d o : las dos p u n t a s de sus
pies se tocaron , y al m i s m o t i e m p o b r i l l a r o n en el
.aire como dos r e l á m p a g o s , describiendo círculos y
espírales , dos largas hojas de acero tan afiladas
como u n a navaja de afeitar.
Diestros a m b o s , y a n i m a d o s p o r el m i s m o a r d i e n t e
deseo de e s t e r m i n a r s e , e n g e n d r a d o en el matón pol-
la envidia y m e n g u a q u e empezó á sufrir su fama de
valiente desde la llegada de su rival, y en este por
la necesidad de e n t e r r a r en la t u m b a su s e c r e t o ,
puesto que p o r su desgracia aquel h o m b r e habia
llegado á s o r p r e n d e r l o , lucharon p o r espacio de m e -
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día h o r a con igual maestría y f o r t u n a . E n vano e r a
inclinarse, a m a g a r al brazo y t i r a r al p e c h o , h a c e r
falsos a t a q u e s á u n p u n t o r e i t e r a d a s veces y c a e r
de r e p e n t e sobre otro con la velocidad del r a y o ; en
vano clavar u n a rodilla en t i e r r a p a r a h e r i r al c o n -
t r a r i o p o r debajo, ó retroceder i n t e n c i o n a l m e n t e ,
g i r a r como una r u e d a , s e r p e a r c o m o u n b u s c a p i é ,
c a m b i a r á cada m o m e n t o de posición como una a r -
dilla... ¡en v a n o ! . . . E n vano dejar c o r r e r el puñal
á lo largo de la hoja buscando los dedos ó la m u -
ñ e c a . E n vano asestarse sin p a r a r quince ó veinte
golpes seguidos p a r a fatigar la vista del c o n t r a r i o ,
y d e s l u m h r a r l e en las r á p i d a s evoluciones del acero
m a s veloz que el p e n s a m i e n t o . . . ¡todo era i n ú t i l ! . . .
S i e m p r e el h i e r r o r e c h a z a b a al h i e r r o , despidiendo
azuladas chispas, s i e m p r e el poncho recibía el g o l -
pe m o r t a l , y el tajo no llegaba á la piel, gracias á
la celeridad y presencia de á n i m o de los c o m b a -
t i e n t e s . Parecia que tenian una a r m a d u r a oculta, ó
q u e u n a m a n o invisible, en el m o m e n t o c r i t i c o , d e s -
viaba las c e r t e r a s y al p a r e c e r inevitables p u ñ a l a -
das q u e u n o y otro se d i r i g í a n . . .
Una circunstancia casual vino á decidir la l u c h a
c u a n d o m e n o s se e s p e r a b a , ya p o r el igual valor y
destreza de los g a u c h o s , ya por la llegada de v a r i o s
celadores (I) q u e a c u d i e r o n del p u e b l o , p r e v e n i d o s
sin duda p o r a l g u n o : la hoja del p u ñ a l del enchale-
cador saltó en el m i s m o instante q u e A m a r o le ases-
(t) Soldados de p o l i c í a .
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iaba u n golpe al c o r a z ó n ; el desgraciado arrojó el
m a n g o de su a r m a inutilizada, y se llevó las d o s m a -
mos junta-, al pecho como para r e s g u a r d a r s e , p e r o
el h i e r r o de su enemigo iba dirigido con tal Tuerza,
q u e le atravesó a m b a s palmas y asomó por la espal-
da.—¡Me ha mueiío! ¡Voló al!... fueron las únicas p a -
l a b r a s que p r o n u n c i ó al caer sin v i d a , p a r t i d o el
corazón en dos pedazos.
A m a r o , blandiendo el p u ñ a l e n s a n g r e n t a d o , t e n -
dió la vista en t o r n o suyo , y divisó á los celado-
r e s que defendían la p u e r t a con sus sables desen-
vainados.
— ¡ B e s e preso el asesino! dijo el sárjenlo t e n d i e n d o
su espada á la a l t u r a de su p e c h o , y haciendo s e ñ a
á los que allí se e n c o n t r a b a n para que !o sujetasen
por detras.
Los gauchos se alzaron de h o m b r o s , y n i n g u n o se
movió. Aun cuando h u b i e r a sido su p a d r e ó su h e r -
m a n o el m u e r t o , m u e r t o ¡cálmenle , según sus r e -
g l a s , no h a b r í a n p r e s t a d o su apoyo á la justicia p a r a
p r e n d e r al m a t a d o r .
— ¡ P a s o ! gritó A m a r o , a t r e p e l l a n d o a u d a z m e n t e
al sargento , é h i r i é n d o l e en la cara , lo mismo q u e
á u n soldado que tuvo la i m p r u d e n c i a ó el arrojo d e
cogerle por el cuello del poncho ; ¡ paso , canalla
imbécil!
Y m i e n t r a s se rehacían, los a g e n t e s de protección
y seguridad pública á la voz del s a r g e n t o , a v e r g o n -
zados de r e t r o c e d e r ante un h o m b r e solo , c o r t a b a
éi las v i c n t h s a ?n caballo, no teniendo tiempo p a r a
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desatarlas , m o n t a b a y p a r t í a á escape con dirección
al r i o .
A poco r e s o n ó en s u s oídos el r u m o r de la t r o p a
que galopaba t r a s él.
El fugitivo se e n c o n t r a b a en el declive de u n a c u -
chilla, y pasaba j u n t o á unos espesos sarandics y
guayacones, q u e se estendian á lo largo del c a m i n o .
L a l u n a no habia asomado a u n .
P i c ó espuelas á su c a b a l g a d u r a , y al p a s a r j u n t o
á los á r b o l e s , sin p a r a r s e , se a g a r r ó con las m a n o s
y e n c a r a m ó s e en las 1*3 T i l o s de uno de ellos, d e s c a r -
g a n d o con los pies u n golpe en las ancas de su p o t r o ,
y g r i t á n d o l e con voz v i b r a n t e ¡jahd! ¡jahá! p a l a b r a
guaraní, q u e significa ¡vamos! ¡vamos! y cuya im-
p o r t a n c i a en la p r e s e n t e o c a s i ó n c o m p r e n d i ó el i n -
t e l i g e n t e an imal á las mil m aravillas, p o r q u e r e d o -
bló su c a r r e r a y se p e r d i ó m u y p r o n t o de vista.
Diez m i n u t o s después vio A m a r o desde las r a m a s
del guayacan, c r u z a r á los ocho soldados q u e iban
en su p e r s e c u c i ó n .
— B i e n , se dijo, bajándose del á r b o l , y t o m a n d o
u n a senda estraviada q u e conducía á la villa; m i e n -
t r a s ellos p e r s i g u e n á mi caballo c r e y e n d o q u e yo
-voy encima, tengo t i e m p o de sobra p a r a llegar al
p u e b l o y h a b l a r con el S r . d e A b r e u , ya q u e es i n -
dispensable q u e sea esta n o c h e , p o r q u e m a ñ a n a y
en estos días e s t a r a n ya en acecho los e s b i r r o s y m e
cogerían sin r e m e d i o . E n c u a n t o a mi caballo, n a d a
t e n g o q u e t e m e r , está aquerenciado y es parejero;
con lo que q u e r í a significar que en cualquier p a r t e
=30=
q u o soltase su corcel, a u n q u e fuese á doscientas le-
g u a s de distancia, se volvería al paraje d o n d e se
habia criado ó c o b r a d o alícion con el t r a s c u r s o de
los años, lo que ejecutaría en m e n o s tiempo q u e
o t r o c u a l q u i e r a , p o r ser parejero, es decir, a d i e s -
t r a d o desde pequeño á la c a r r e r a y a c o s t u m b r a d o á
salvar g r a n d e s distancias en pocos m i n u t o s .
E m b e b i d o en tales ideas, llegó al pueblo á las
n u e v e de la noche, y e n t r ó por la p a r t e opuesta al
sitio de la catástrofe. Oyó por las calles h a b l a r del
s u c e s o , y ni siquiera se le o c u r r i ó la idea de r e t r o -
c e d e r . Detúvose en la plaza, y llamó á una soberbia
c a s a , cuya fachada indicaba la regia magnilicencia
de su d u e ñ o .
Allí residía el acaudalado p r o p i e t a r i o y c o m e r -
c i a n t e b r a s i l e ñ o , D. N e r e o A b r e n de I l a p e b y , el
cual no bien supo su venida, a b a n d o n ó al p u n t o s u
«scogida t e r t u l i a c o m p u e s t a de las p r i m e r a s p e r s o -
n a s del p u e b l o por su. posición política y f o r t u n a ,
p a r a e n c e r r a r s e con él en su g a b i n e t e , con é l , o s -
c u r o y h u m i d e g a u c h o , cuya vida era u n m i s t e r i o ,
y q u e en el corto espacio de veinte y c u a t r o h o r a s
habia r o b a d o una m u j e r contra su v o l u n t a d y
m u e r t o á un hombre.
.¿Qué vínculos podían u n i r á estos des s e r e s , c o -
locados el uno en la p r i m e r a y el otro en la ú l t i m a
g r a d a d é l a escala social?... F r a n c a m e n t e , este c a p í -
tulo es ya m u y estenso, y solo p o d r e m o s a c l a r a r t u s
d u d a s , lector carísimo, en el s i g u i e n t e , cuyo t í t u l o
.estamos s e g u r o s t e agradaría m u c h í s i m o ver en t a
=34 =
poder de otro modo q u e en letras de m o l d e , c o m o ,
por ejemplo, convertido en b u e n a s doblas mejicanas
ó en billetes del banco de San F e r n a n d o , m a g u e r
sufriesen estos u n descuento de veinte p o r ciento,
como sucedió en el año de gracia de 1 8 4 8 .
III.
¡isClen m i l p a t a c o n e s ! ! !
H) Españoles.
= 3 7 =
him, el Atlántico y la m a r g e n izquierda del P l a t a ,
q u e hoy forma la república Oriental del U r u g u a y ,
habia invadido n u e s t r a s fronteras con u n ejército
que se a p o d e r ó en breve de lodo el p a i s . Divididos
y cstenuados los -patriotas, es decir, los jefes a m e r i -
canos que h a b í a n a r r o j a d o á los españoles, e n c o n -
t r á r o n s e i m p o t e n t e s p a r a resistirles en batallas
campales, y se organizaron en g u e r r i l l a s , haciendo
cada uno p o r su cuenta y riesgo la g u e r r a de mon-
tonera, llamada asi, p o r q u e sus fuerzas se c o m p o n í a n
de p e q u e ñ a s divisiones d e caballería, sin disciplina,
sin a r m a s casi, sin sueldo ni r e t r i b u c i ó n de n i n g u n a
clase, formadas en un día para disolverse al s i g u i e n -
t e , y sin mas ley que la voluntad del caudillo q u e las
regia.
El gobierno p o r t u g u é s empleó i n ú t i l m e n t e p a r a
« t e r m i n a r l a s cuantos medios estaban á su alcance:
la persecución, el s o b o r n o , la i n t r i g a , la t r a i c i ó n . . .
los gauchos, cuyos instintos bélicos é ingénito a m o r
•á la independencia habia despertado la lucha con l a
m a d r e patria, seguían e s p o n t á n e a m e n t e al p r i m e r o
que se levantaba contra los rabudos, como califica-
ban á los lusitanos victoriosos; y estos, en j u s t a r e -
presalia, fusilaban en el acto y sin forma de proceso
á cuantos m o n t o n e r o s caian en sus m a n o s .
Se ve p o r esta ligera espücacion c u a n p o d e r o s a s
razones asistían á A m a r o p a r a h a b e r emigrado del
t e a t r o de sus hazañas , no á causa del desgraciado
asunto de que nos o c u p a r e m o s á su d e b i d o tiempo, .
sino p o r q u e é l , a p a r e n t a n d o ser u n simple p a r t í -
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dario del célebre m o n t o n e r o , era nada m e n o s q u e
el 'mismo C a r a m u r ú , cuya biografía había hecho
en pocas palabras el S r . de I t a p e b y .
El motivo de no conocerle este por ese n o m b r e , á
p e s a r de s e r antiguos amigos, consistía en que se
lo h a b í a n dado p o s t e r i o r m e n t e los invasores al co-
m e n z a r la lucha, á consecuencia de m u c h a s y h o r -
r o r o s a s crueldades que le a t r i b u y e r o n , y que él
aceptó por suyas sin h a b e r l a s c o m e t i d o , lo m i s m o
q u e el odioso epíteto con que le calificaban , y q u e
n o podía simbolizar mejor la g u e r r a de e s l e r m i n i o
q u e se p r o p u s o hacerles desde un principio , p u e s
Caramurú significa el- hombre de la cara de fuego,
ó lo que es lo mismo, Satanás, y tuvo origen en
u n o de los caudillos lusitanos en los p r i m e r o s liem-
tos d é l a conquista del Brasil, á quien p o r sus i n a u -
ditos c r í m e n e s dieron los indígenas ese n o m b r e .
R e t i r a d o en el d e p a r t a m e n t o de P a y s a n d ú , donde
n a d i e , á escepcion de A b r e n , le conocía p e r s o n a l m e n -
t e , los bosques que se estienden a lo largo del U r u -
guay le ofrecieron un asilo i m p e n e t r a b l e : estaba
a c o s t u m b r a d o á vivir en las selvas , y ú n i c a m e n t e
salía de ellas p a r a asistir á las c a r r e r a s , á las trillas
(1), ¡i las yerras (2), á las festividades religiosas de
los p u e b l o s , ó para r e u n i r s e on las p u l p e r í a s con
sus i g u a l e s . . .
— Y a h o r a , ¿qué piensas hacer? le p r e g u n t ó el co-
— ¡Y t a n t o ! . . .
— N e c e d a d , y mas que n e c e d a d , p o r q u e aun)
que tú quisieras, no podrías asistir á las c a r r e r a s .
— ¿Quién os ha dicho eso? p r e g u n t ó el gaucho
en tono de b u r l a , inclinando á u n laclo la c a b e z a , y
j u g a n d o con la b o t o n a d u r a de plata de su p o n c h o .
— S e r i a una locura , añadió el c o m e r c i a n t e con
hipócrito recelo , venir tú m i s m o á p o n e r t e en m a -
nos de t u s e n e m i g o s .
—Vaya, bagamos un convenio , respondió A m a r o
s o n d á n d o s e ; puesto q u e tenéis p e r d i d o s los cien
mil patacones , ofrecedme, ó mas bien firmadme,
a h o r a mismo u n d o c u m e n t o q u e i m p o r t e el valor
d e e s a s u m a , y me c o m p r o m e t o á haceros ganar la
c a r r e r a l e g a l m e n t e , como Dios y n u e s t r o s e s t a t u t o s
mandan.
El c o m e r c i a n t e se s o n r i ó á su v e z ; creia que el
gaucho t r a t a b a de b u r l a r s e de él.
— E s o es i m p o s i b l e , dijo, después de reflexionar
un i n s t a n t e ; no hay en todas estas provincias u n
caballo capaz de c o m p e t i r con el de mi a d v e r s a r i o .
A m a r o , con aquel acento irresistible é i m p e r a t i v o
ante el cual se h u m i l l a b a t o d o , contestó con l a c ó n i -
ca a s p e r e z a :
— H a y u n o , uno s o l a m e n t e .
Aquel h o m b r e fascinaba; la incredulidad de A b r e u
se desvaneció al p u n t o .
— E n efecto, m u r m u r ó golpeándose la frente y
evocando confusamente sus r e c u e r d o s ; he oido h a -
blar de un parejero m u y superior á A t a h u a l l p a . . .
=45=
según d i c e n ; pero p e r t e n e c e á los i n d i o s . . . no sé á
<¡ué t r i b u . . . ¡ A h ! s í . . . ya r e c u e r d o . . . á la de los
Tapes..
— N o ; os es infiel la m e m o r i a , ó estáis m a l i n -
formado, S r . de I t a p e b y , dijo el gaucho g r a v e m e n -
t e ; pertenece á otra t r i b u aun mas feroz que esa.
— E n t o n c e s , r e p u s o D. N e r e o c o n doble a m a r g u -
ra que a n t e s , t ú te b u r l a s . P o r valiente q u e seas,
seria mas que insensatez,ir t ú solo á sacarlo de m a -
nos de esos caribes.
—¿Me daréis los cien mil patacones?
— ¡ D i o s e t e r n o , Dios e t e r n o ! esclamó el c o m e r -
ciante a s o m b r a d o ; ¡seria capaz de dejarse m a t a r
antes que recoger una palabra i n d i s c r e t a !
— V a m o s , ¿os decidís? Sí ó n o , repitió A m a r o i m -
paciente.
—Pero...
—No hay p e r o .
—Te matarán...
— E s o no es cuenta v u e s t r a .
—Hombre...
— P o r última v e z , S r . de I t a p e b y : ¿sí ó n o ?
—¡Sí!
— B i e n : desde hoy podéis d o b l a r la parada (1)
sin m i e d o : el triunfo es v u e s t r o , á menos q u e y o . . .
me quede por allá, lo que no será m u y difícil, r e -
funfuñó A m a r o e n t r e dientes.
El comerciante no cabia en sí de gozo :
(í) Apuesta.
=46=
— T e j u r o , bajo mi palabra de h o n o r , eselamó , q u e
si ganamos la c a r r e r a , son tuyos los cien mil p a t a c o -
nes de mis c o n t r a r i o s .
— ¿ Y vuestro socio?
—Mi socio hará lo que yo le diga.
— F i r m a d m e , p u e s , el d o c u m e n t o . . .
— ¡ O h , eso n o ! . . . T e e n t r e g a r é el valor d é l a
apuesta en el m i s m o m o m e n t o que los jueces decla-
ren la d e r r o t a de Atahuallpa.
— B a s t a : d e n t r o de ocho d i a s e s t a r é de vuelta;
voy á t r a e r o s el único parejero de estas provincias
capaz de p r o p o r c i o n a r o s el triunfo que a n h e l á i s ;
p e r o si d e s p u é s de conseguirlo os olvidáis de vues-
tra promesa...
Los ojos del gaucho se a n i m a r o n con u n r e s p l a n -
dor s o m b r í o , y un r e l á m p a g o de cólera, d e s p r e n -
diéndose de sus n e g r o s p á r p a d o s , cruzó p o r s u s
enarcadas cejas y dilató su espaciosa frente.
El brasileño retrocedió p r e g u n t á n d o l e con voz
temblorosa:
—¿Qué me barias?
— N a d a , contestó Amaro sacando el p u ñ a l , y con
u n leve tajo haciéndose una cruz en la yema del dedo
p u l g a r de la mano derecha , c r u z s a n g r i e n t a q u e be-
só , u n i e n d o el índex con el dedo h e r i d o : n a d a , os
m a t a r é donde quiera que os e n c u e n t r e , de noche ó
de d i a , dormido ó d e s p i e r t o , en la ciudad ó en el
c a m p o , solo ó a c o m p a ñ a d o . A h o r a vengan esos
cinco.
Tendióle el c o m e r c i a n t e su t r é m u l a mano m a s pá-
l i d o q u e la c e r a , escapándosele un ¡ay! sofocado, al
sentir c r u g i r sus huesos e n t r e los férreos dedos de
su pacífico amigo.
— H a c e d m é ensillar vuestro mejor caballo, y p o r
lo pronto facilitadme veinte gateadas {[), añadió
Amaro p r e p a r á n d o s e á p a r t i r .
Abren, pensativo y silencioso, salió, y á poco vol-
vió con u n c a r t u c h o de oro en la m a n o , y se lo en-
tregó diciéndole:
— E l caballo te espera en la p u e r t a falsa del
jardín.
— G r a c i a s , contestó el futuro vencedor de Ata-
hualpa echando el dinero en uno de los bolsillos de
su t i r a d o r de piel de g a m u z a , y encendiendo el
tercer h a b a n o :
— A d i ó s , dijo por despedida; cien mil pataco-
n e s , ¿eh?
— ¡ C i e n mil p a t a c o n e s ! repitió m a q u i n a l m e n t e el
S r . de I t a p e b y , todavía azorado p o r el estraño j u r a -
mento y la a t e r r a d o r a amenaza del feroz gaucho.
ÍÁa MLser.
Tiempo es ya d e q u e informemos á n u e s t r o s l e c -
tores de la joven robada y de las relaciones que m e -
diaban e n t r e ella y su r a p t o r .
Lia era hija de un rico é ilustre abogado orien-
tal (i), y había nacido y educádose en Montevideo,
en aquella hermosa ciudad que se levanta en la r i -
bera izquierda del Plata, como mburiccuyá (2) sil-
vestre á la clara m a r g e n de un riachuelo.
Rayando apenas en esa edad dichosa en q u e la
infancia se confunde con la p u b e r t a d , y Ha fisonomía
refleja la candidez del adolescente y los hechizos d e
(I) Árbol q u e c r e c o á la m a r g e n de l o s r i o s .
su m i r a d a infantil, que si evocaba algún r e c u e r d o
amoroso alejaba de la mente todo pensamiento m u n -
dano, toda idea que tendiese á despojarla de su au-
reola divina?
Ángel en forma de m u j e r , al verla en el mes de
abril c r u z a r los sábados á la t a r d e por la magnífica
calle que hoy llaman Veinte y cinco de mayo, vesti-
da de celeste y blanco, dulces colores de n u e s t r a
b a n d e r a , para dirigirse á la quinta de las Albacas
(1), y volver con las p r i m e r a s s o m b r a s del c r e p ú s c u -
l o , deshojando p o r el camino los ramilletes de p r e -
ciosas flores con que la habían a b r u m a d o sus n u m e -
rosos adoradores, al verla s u b i r y bajar por las p i n -
torescas serrezuelas y q u e b r a d a s que rodean á la ciu-
dad, cualquiera h u b i e r a creído, no que hollaba la
tierra con su planta, sino q u e flotaba en el a i r e y se
r e m o n t a b a al cielo.
No era su belleza lo q u e m a s e n c a n t a b a , n o . E n -
volvíala una n u b e de idealismo, u n perfume de cas-
tidad, suavísimo como el hálito a r o m a d o que se esca-
paba de sus labios de clavel, p u r o como el c a r m i n
de sus mejillas, mas tersas que la piel del a r m i ñ o ó
las hojas del Jacaranda.
Su familia, los amigos de su casa, y hasta los e s -
t r a ñ o s , la idolatraban. Su p a d r e especialmente, que
hnbia visto m o r i r uno tras otro á todos sus d e m á s
hijos, la quería con una especie de delirio. Los
menores deseos de Lia eran para él ó r d e n e s
(.)) P o s e s i ó n de c a m p o á un c u a r t o de l e g u a de la capital.
que ejecutaba antes que los espresase ; y acaso p o r
esta circunstancia, su m a d r e , injusta en demasía co-
mo suelen ser algunas m a d r e s , p o r espíritu de con-
tradicción ó envidia, n u t r i a contra su bija u n r e n -
cor profundo é inveterado, que no bastaba á disipar
la docilidad, el r e s p e t o , el cariño y las c o n t i n u a s
demostraciones de aprecio que la p r o d i g a b a ella.
Pero a u n q u e B . Carlos Niser amase tanto á su
hija, no por eso dejaba s i e m p r e de plegarse en ú l t i -
mo resultado á las caprichosas exigencias y al d e s -
potismo de su esposa. El buen anciano tenia un ca-
r á c t e r harto débil, y la S r a . P e t r a , su c o n s o r t e , era
un demonio con faldas. F e a , m u r m u r a d o r a , i n t r i -
g a n t e , irascible, taimada, envidiosa, vengativa y ma-
niática.
Lia tenia una afición loca por los bailes, y su m a -
d r e la llevaba á todos. E n vano t r a t a b a de o p o n e r -
se D. Carlos, manifestando que su salud y delicada
complexión no podían s o p o r t a r aquellas continuas
noches de cansancio y locura. La colmilluda s e ñ o r a
se reía con una risa especial suya, p r o p i a , c a r a c -
terística, y le contestaba que no fuese aprensivo y
necio, que se m a r c h a s e á ojear sus m a m o t r e t o s , á
embrollar y á volver blanco lo n e g r o , como b u e n
abogado, y la dejase en paz, p o r q u e ella sabia d e -
masiado bien lo que convenia á su queridila niña.
No es creíble q u e esta escelente s e ñ o r a llevase su
perversidad hasta el e s t r e m o de allanar á su hija
el camino de la m u e r t e ; p e r o sí estamos a u t o r i z a -
dos p a r a pensar que su loca pasión al juego la c e -
= 53 =
gaba, y deseosa de satisfacerla, acudia con ansia á
todas p a r t e s , llevando consigo á Lia, mas que por
complacerla, por vanidad y por tener un p r e t e s t o
que la disculpase á los ojos de su m a r i d o , que por
hábito é ideas no asistía á n i n g u n a t e r t u l i a y a b o -
minaba el j u e g o .
Los t e m o r e s del anciano no e r a n i n f u n d a d o s . Lia,
en cuyas venas corría la sangre andaluza mezclada
con la a m e r i c a n a , se moria p o r el b a i l e , y como t o -
das las c r i o l l a s , era i n c a n s a b l e , y s i e m p r e estaba
pronta á tender su preciosa m a n o al p r i m e r pisa-
verde que se le acercaba. J o v e n , h e r m o s a , i n s t r u i -
d a , con n a t u r a l ingenio, de c a r á c t e r festivo y bené-
volo, rica y única h e r e d e r a . . . ¿la dejarían alguna
vez c o n s u m i r s e de tedio solitaria y olvidada en su
silla?
¡ N u n c a ! p o r q u e ella sabia todos los bailes a n t i -
guos y m o d e r n o s , y los bailaba con una gracia p a r -
ticular. En la sociedad e s c o g i d a , c o n t r a d a n z a s , r i -
godones, g a v o t a s , m i n u e t s , w a l s e s : en los de m e -
nos e t i q u e t a , b o l e r a s , cielitos, mediacañas, y algu-
nos otros inventados p o r el genio alegre de n u e s t r o s
c o m p a t r i o t a s , aficionados á solazarse con amenos
ejercicios c o r p o r a l e s mas de lo que seria conve-
niente.
A g r a d á b a n l e s o b r e todo á Lia las boleras y el
vals, y era digna de verse y a d m i r a r s e su gracia y
perfección en una y otra danza.
El erguido coronilla de n u e s t r o s valles no inclina
con mas languidez su enhiesto tallo, el tímido cay-
cobé (1) no se repliega y esconde m a s pronto sus h o -
jas al sentir el roce de una m a n o e s t r a ñ a , ni la ser-
piente de cascabel, persiguiendo al escuerzo, q u e se
le escapa e n t r e los raquíticos arbustos y tupida ma-
leza de los p a n t a n o s , ondea, salta, vaga y gira con
mas velocidad; ni el indolente quezal, en cuyas plu-
m a s se reflejan los colores del i r i s , e n t r e a b r e sus
alas con m a s abandono y se deja caer m u e l l e m e n t e
sobre la copa de los tamarindos en llor, como L i a
resbalando sobre la alfombra, semejante á una o n -
dina.
(1) Sensitiva.
[i) Zorrilla.
= 55=
admiración , de los elogios y d e los bravos que r e -
sonaban á su a l r e d e d o r .
Esa lamosa bailarina á quien el público d e
Madrid t r i b u t ó tan espléndidas y merecidas ovacio-
nes en el teatro de la C r u z ; esa sílíide a n d a l u z a ,
que apenas a p a r e c e a r r a n c a tan estrepitosos a p l a u -
sos y provoca con su gracia inimitable t a n férvidas
y espontáneas demostraciones de e n t u s i a s m o ; la
ideal, la bella, la encantadora Nena no es acogida
por sus a d m i r a d o r e s con mas delirio y alborozo q u e
Lia por la numerosa y escogida concurrencia q u e se
agolpaba en torno de ella no bien se p r e s e n t a b a en
cualquier r e u n i o n , suplicándola q u e la embelesase
con alguno de sus bailes favoritos, en cambio de las
flores y g u i r n a l d a s que llevaban de a n t e m a n o p a r a
tapizar la alfombra donde estampase sus alados pies.
T r i u n f o s eran estos que debiau halagar el amor
propio de la mujer menos vanidosa, y sin e m b a r g o ,
Lia no lo e r a . Mas que los aplausos de los h o m b r e s ,
buscaba u n desahogo á su naturaleza a r d i e n t e , ávida
de t r a s p o r t e s , amiga del bullicio y el m o v i m i e n t o .
Cándida paloma del E d é n , peregrina en la t i e r r a ,
que devoraba el espacio con la v i s t a , y recordando
sus perdidos j a r d i n e s , necesitaba p a r a poder vivir
en n u e s t r o m u n d o prosaico a n i m a c i ó n , luz, aromas
y armonías.
Pero está escrito q u e todo placer esconde en si un
germen de d o l o r ; una espina envenenada que p r i -
mero punza y luego convierte en cancerosa llaga la
herida q u e ocasiona. L i a , cuya complexion era m u y
=56=
(I) Propio.
TOMO I .
Jas p a r d a s t o r r e s de la Matriz y los- mil blancos edi-
ficios que se eslienden en anfiteatro á lo largo de la
c o s t a , que su lia doña E u g e n i a , e n t e r n e c i d a de su
dolor, no pudo menos de p r e g u n t a r l e :
— V a m o s , L i a , ¿por q u é lloras de esa manera?
¿Acaso lias dejado allí una p a r t e de tu corazón?
— N o , s e ñ o r a , contestó ella con una candidez in-
f a n t i l , que no estaba exenta de c o q u e t e r í a : ¿había
de q u e r e r á nadie estando c o m p r o m e t i d a ? ¿No sa-
béis q u e d e n t r o de poco voy á c a s a r m e ?
— E s v e r d a d . . . no m e a c o r d a b a . ¿Y c u á n d o ven-
d r á tu f u t u r o ?
—No sé: papá m e dijo el o t r o dia que d e n t r o de
dos m e s e s .
—¿Conque serás condesa?
— S í , de Itapeby.
— V a m o s , c u é n t a m e eso, rcpuáo doña E u g e n i a ,
fingiendo que nada sabia, á fin de que la inconsola-
ble joven se distrajese refiriéndole loque estaba can-
sada de saber, pero que j u z g a b a , corno mujer de
esperiencia, que p r o d u c i r í a en su imaginación el
efecto de u n tónito bastante eficaz para secar las la-
g r i m a s e n sus ojos y hacer a s o m a r la sonrisa á sus
labios, pues s i e m p r e las que están p r ó x i m a s á t r o -
car la g u i r n a l d a de azahar p o r otra de m i r t o s , a u n -
que a p a r e n t e n lo c o n t r a r i o , hablan y oyen h a b l a r
con placer de su futuro enlace, salvo en los casos en
que este se realiza c o n t r a su v o l u n t a d .
— E l año p a s a d o , dijo Lia, vino á Montevideo
maridando la división RioGraudensc (•]) el conde
D. Alvaro A b r e u de I l a p e b y , p a r i e n t e cercano de
mi m a d r e , y se hospedó en casa.
— E s o lo sé; a d e l a n t e .
—A los pocos dias, sin h a b e r m e dicho una pa-
labra, pero con anuencia de mi m a d r e , m e pidió en
casamiento, p a r a mas a d e l a n t e , p o r q u e . . . p u e s . . .
— C o m p r e n d o , respondió la tia sonriéndose del
embarazo de su s o b r i n a . Lia c o n t i n u ó :
—Mi p a d r e , manifestándose a g r a d e c i d o al favor
que nos dispensaba el c o n d e , le insinuó que no p e n -
saba c o n t r a r i a r nunca mi v o l u n t a d , y que si e n t o n -
ces, cuando estuviese en estado de c a s a r m e , era yo
gustosa, él no se o p o n d r í a .
—¿Cómo? ¡Pues P e t r a me habia escrito lo con-
trario!
— E s c u c h a d : con este motivo, luego que se retiró
D . A l v a r o , t r a b ó mi m a d r e un acalorado debate con
papá, que contra su c o s t u m b r e se m a n t u v o firme,
y no quiso ceder. ¡Mi m a d r e s e incomodó m u c h o ,
m u c h í s i m o ! . . . y e s t u v i e r o n a l g u m s dias sin h a -
blarse.
—Hija, ignoraba esos detalles, esclamó doña E u -
genia con creciente curiosidad; ¡oh! Carlos es un
babieca, un p o b r e h o m b r e , y su mujer le maneja
como á un c h i q u i l l o . . . Continúa, c o n t i n ú a . . .
— U n a noche, al volver del t e a t r o , mi m a d r e m e
llamó á su c u a r t o , y después de b e s a r m e y a c a r i -
(1 P e q u e ñ a montaña á dos l e g u a s de M o n t e v i d e o .
— N o s é , repuso la fulura esposa, e m p u j a n d o con
desden Iiácia adelante el labio inferior, y encogién-
dose de h o m b r o s ; no s é . . . p e r o no me g u s t a .
— P u e s yo conozco á su h e r m a n o D. N e r e o , q u e
vive en n u e s t r o p u e b l o , y te a s e g u r o q u e es u n j o -
ven r e c o m e n d a b l e bajo todos c o n c e p t o s . V a m o s , pi-
c a r i l l a ; t ú tienes a l g u n o s a m o r í o s ; a l g ú n m a n i q u í
de rizadas m e l e n a s y voz melosa y enflautada te ha
engatusado...
— ¡Ya, ya! repitió Lia en tono de b u r l a g o l p e a n -
do con su piececito en la portezuela del c o c h e ; m e
fastidian, me e m p a l a g a n , me revientan los h o m b r e s
d e esa clase. ¡ J e s ú s y que tontos s o n ! ¡Dios me l i b r e
de ellos!
—¿Será entonces algún poeta llorón y m e d i t a b u n -
d o , cuya s e n s i b i l i d a d , á p r u e b a de c a r a m e l o , baya
simpatizado con la l u y a ?
— í d e m , c o n t e s t ó ella volviendo p a u s a d a m e n t e la
cabeza con aire de r e i n a .
— ¿ S e r á p o r v e n t u r a a l g u n o de los altos m a g n a -
tes que no ha m u c h o han llegado de Rio-Janeiro?
— í d e m , í d e m , m u r m u r ó la joven con m a s des-
den todavía.
— ¡ Ah , ya c a i g o ! . . . c o n t i n u ó doña E u g e n i a , cada
vez mas deseosa de a r r a n c a r l e su secreto. ¿Será al-
gún joven patriota p e r s e g u i d o , u n o de esos locos,
e s t ú p i d o s , ambiciosos que p r e t e n d e n con un p u ñ a -
do de b a n d i d o s c o n l r a r e s t a r el p o d e r colosal de
nuestro amado m o n a r c a D. J u a n VI?
— N o , t a m p o c o , replicó t r i s t e m e n t e la i n t e r e s a n t e
=C2=
e n f e r m a , como si la ofendiese á su pesar la m a n e r a
de espresarse de su l i a : y no os c a n s é i s , s e ñ o r a ,
p o r q u e os j u r o por lo mas s a g r a d o q u e h a y a , q u e
no he amado á nadie todavía.
—¿Y vas á casarte?
— T a n t a s cosas me ha dicho mi m a d r e , y la t e n -
go tanto m i e d o , que rao resigno á ser tal vez d e s -
graciada el resto de mi vida para evitar á mi q u e r i d o
y buen p a d r e los males que le a m e n a z a n . D . Alvaro
es muy p o d e r o s o , y seria capaz de todo p o r ven-
garse...
La conversación iba t o m a n d o u n sesgo t r i s t e y
enojoso, q u e no c u a d r a b a con el objeto q u e se p r o -
pusiera doña E u g e n i a al e n t a b l a r l a ; y p a r a cor-
tarla , nada le pareció m a s o p o r t u n o q u e volver al
lema q u e habían dejado.
— P e r o no m e has esplicado aun c ó m o m i h e r m a -
no otorgó su c o n s e n t i m i e n t o .
—-Mi m a d r e hizo de m o d o q u e m e i n t e r r o g a s e u n
día, estando ella en acecho en la pieza i n m e d i a t a , y
yo repetí como una c o t o r r a lo que m e habia enseña-
do. Papá se m o s t r ó satisfecho , y en consecuencia,
e m p e ñ ó su palabra á D. Alvaro de que le otorgarla
mi m a n o , no b i e n . . . estuviese en disposición de ca-
sarme.
— Y el galán, ¿qué tal? ¿Se m o s t r ó digno de esta
p r u e b a de aprecio y confianza que-le d a b a s ?
— A s í , a s í . . . c u a t r o meses después p a r t i ó p a r a la
corte con una misión especial del g o b e r n a d o r .
=63=
—¿Y ha escrito r e c i e n t e m e n t e diciendo q u e vol-
vería d e n t r o de dos meses?
—Sí.
—Ya para e n t o n c e s estarás restablecida y m a s
hermosa que ahora , dijo doña E u g e n i a con d u l z u r a
al notar la s o m b r í a n u b e de tristeza que se difundió
en el r o s t r o de la p o b r e n i ñ a .
— ¡ A h , querida t i a ! esclamó esta tomando sus
manos y estrechándolas con efusión; ¡plegué al cie-
lo que se dilate ese m o m e n t o c u a n t o sea p o s i b l e ! . . .
El carruaje se detuvo p a r a m u d a r caballos, y la
conversación se i n t e r r u m p i ó . Por lo t a n t o , m i e n t r a s
se cambia el t i r o , n o s o t r o s , q u e también e s t a m o s
fatigados, s u s p e n d e r e m o s n u e s t r a n a r r a c i ó n i m i t a n -
do su ejemplo.
Y.
El Yocoíé.
q u e se p e r d i ó de vista en el p e q u e ñ o declive q u e
formaba la cuchilla sobre que estaba edificada la
casa de la E s t a n c i a .
— ¡Qué h e r m o s a , qué i n g e n u a , qué inocente es!
decia él al r e t i r a r s e , m i e n t r a s ella p o r su p a r t e
anadia:
•—¡Qué gallarda presencia y q u é aspecto tan a g r a -
dable tiene! ¡Qué valiente es! ¡Cuánto m e g u s t a ! . . .
De b u e n a gana le trocaría p o r mi insulso c o n d e . . .
Y en verdad que no iba d e s a c e r t a d a , p o r q u e A m a -
r o , p u e s no era o t r o el personaje que ha figurado
en todo este c a p í t u l o , a u n q u e g a u c h o , valia cien mil
Teces m a s , física y m o r a l m e n t e , q u e el egregio y
elegante D. Alvaro A b r e n d e l t a p e b y .
VI.
Amor rírgcn.
(t) Y e r b a q u e c r e c e b a i l a la altura da ua h o m b r e .
=83—
caba é r a l a seguridad de L i a , y q u e nadie p u d i e s e
s o r p r e n d e r l o s . ¿Qué i m p o r t a b a lo d e m á s ? . . . El e r a
quien habia de esconderse en el pajonal, y ya s a b r í a
precaverse de las p i c a d u r a s de los insectos y de las
m o r d e d u r a s de los c u a d r ú p e d o s y r e p t i l e s .
Cuando Lia llegó, e n c o n t r ó l e a p o y a d o c o n t r a e ¡
tronco de un lala, siguiendo con la vista la c o r r i e n -
te de las cristalinas a g u a s , y tan a b i s m a d o en s u s
tristes p e n s a m i e n t o s , que no se apercibió de su a p r o -
ximación.
— ¡ A m a r o ! . . . dijo la joven con t i m i d e z .
El gaucho alzó r á p i d a m e n t e la cabeza, y se d e s c u -
b r i ó , p r e g u n t á n d o l a cómo habia pasado la n o c h e .
— N o m u y b i e n , c o n t e s t ó ; m e he desvelado p e n -
sando en el yacaré. ¿Y vos ?
Amaro se s o n r i ó ; pero g u a r d ó s i l e n c i o .
— ¿ N o q u e r é i s contestarme? Bien, a ñ a d i ó Lia, i n -
t e r p r e t a n d o á su favor la sonrisa del p r o s c r i p t o .
— P u e s yo tampoco he d o r m i d o . . . dijo este d e s -
p u é s de un i n s t a n t e .
— ¿ P e n s a n d o en el yacaré''... p r e g u n t ó la joven e n -
cendida como una g r a n a , temiendo y deseando q u e
le respondiesen lo que confusamente prevei a .
— N o : en un ángel que Dios me enviaba p a r a l i -
b r a r m e de la m u e r t e .
Al p r o n u n c i a r A m a r o estas p a l a b r a s , clavaba s u s
centelleantes ojos en los de Lia, que inclinaba los
suyos teñida la frente de púdico r u b o r y sin p o d e r
soportar la fulgurante radiación de su m i r a d a .
Los dos bajo la i m p r e s i ó n de u n a m i s m a a g r a d a -
=84=
(O YÍÍM t i b e x » del d e p a r t t m e n t » ue s u n o m b r e .
=88=
— ¡ J a m á s ! . . . ¡Tuya, ó de Dios!... replicó Lia con
u n acento tan veraz y a r r o j á n d o l e una m i r a d a t a n
llena de t e r n u r a y s u b l i m e resignación , q u e su
a m a n t e no pudo m e n o s de c r e e r l a .
Otros quince dias t r a s c u r r i e r o n , como q u i n c e m i -
n u t o s . Lia g u a r d ó su s e c r e t o , y A m a r o , e m p e ñ a d o
en d a r cima á sus planes de p r e p a r a r una subleva-
ción general en la p r o v i n c i a , lo e s p e r ó lodo del
porvenir y del sincero afecto de su a m a d a . Sus ilu-
siones no debían d u r a r m u c h o .
Una m a ñ a n a s e p r e s e n t ó Lia llorosa y a b a t i d a : la
t a r d e a n t e r i o r había recibido una c a r t a de su pa-
d r e en que le anunciaba q u e estaría en la Estancia
d e n t r o de .cuatro dias , p a r a llevársela á Montevi-
deo, ya que felizmente se hallaba restablecida del
todo. Y no era esto lo peor, sino q u e anadia á r e n -
glón seguido que D. Alvaro, el odioso conde, habia
vuelto de Rio-Janeiro y tendría el g u s t o de acom-
p a ñ a r l e , j u n t o con su m a d r e , que solo por esta cir-
cunstancia habia podido resolverse á salir de la ca-
pital.
Lia estrujó la carta e n t r e sus m a n o s , la rasgó en
m i l pedazos, y maldijo la hora y el m o m e n t o en que
,se habia t o m a d o aquella r e s o l u c i ó n .
—¿Qué tienes, alma mía? le dijo t i e r n a m e n t e A m a -
r o al verla tan t r i s t e .
—¡Ay! ha llegado el m o m e n t o de s e p a r a r n o s , res-
pondió ella deshaciéndose en l á g r i m a s .
— ¿ S e p a r a r n o s ? . . ¡ J a m á s ! replicó su a m a n t e con
=89 =
fiereza; ¿quién, quién en el m u n d o p u e d e sepa-
rarnos?
—Mi p a d r e , q u e vendrá d e n t r o de c u a t r o d i a s . .
— ¡Ali, tu p a d r e ! . .
El p r o s c r i p t o inclinó la cabeza s o b r e el pecho co-
mo a b r u m a d o por el tropel de ¡deas q u e afluían en
torbellino á su frenle. Los rizos de su larga cabelle-
ra, agitados por el viento de la m a ñ a n a , ondeaban s o -
bre su r o s t r o c o m o un espeso velo q u e recatase su
mortal a n g u s t i a , m i e n t r a s ella, con palabras e n t r e -
cortadas p o r el llanto, p r o c u r a b a en vano disipar su
pena.
— ¡ A m o r mió! le decia: c r é e m e por lo q u e mas
ames en la t i e r r a . . . ni nada ni nadie me harán ser
infiel á m i s j u r a m e n t o s . . . Mi c o r a z ó n , mi vida, mi
alma son t u y o s . . . y antes q u e p e r t e n e c e r á o t r o ,
dejaría de e x i s t i r . . . ¡Sin ti nada q u i e r o . . . ni la g l o .
ria eterna!
Amaro, al oiría, se e s t r e m e c i ó , semejante á un
corcel g u e r r e r o c u a n d o escucha el e s t r é p i t o de los
tambores, atabales y clarines q u e dan la señal de
acometer, y alzando r á p i d a m e n t e la cabeza, se echó
atrás con a m b a s manos sus o n d e a n t e s cabellos, y
esclamó:
—Lia, ¿me amas?
—¿Si te a m o ? . . . ¡LNO!... ¡Te a d o r o , te idolatro!
contestó ella con toda la vehemencia y pasión de
que es susceptible una mujer locamente e n a m o -
rada.
— P u e s si me a m a s , añadió él a c e n t u a n d o l a s p a -
TOMO i. 7
=90=
l a b r a s , ¡es preciso que lo abandones todo p o r mí!
— T e s e g u i r é , respondió la inesperta niña sin sa-
b e r lo que decia; pero apercibiéndose al p u n t o de
la gravedad de su c o m p r o m i s o , añadió sollozando:
— ¡ A h ! ¡no p u e d o . . . no p u e d o , no!... Mi p a d r e . . .
mi p o b r e padre se m o r i r í a de pena!
— T i e n e s razón, contestó fríamente el gaucho en
a d e m a n de r e t i r a r s e , y enternecido á su pesar pol-
las l á g r i m a s de Lia; tienes r a z ó n . Al iin yo no soy
otra cosa que un despreciable gaucho S Í » Dios ni
ley, como decís vosotros los de la c i u d a d , y tú eres
rica, hermosa y de elevada c u n a . . . ¡Conmigo serias
muy desgraciada! ¿Qué podria yo b r i n d a r l e en c a m -
bio de la felicidad que me sacrificarías?... ¡Nada!...
Nada, Lia; solo un n o m b r e infamado , y la miseria,
los azares, los c o n t r a t i e m p o s y penalidades de mi
borrascosa existencia... ¡Adiós! ¡El te haga tan di-
chosa como yo deseo! Sí alguna vez oyes decir que
he m u e r t o , n o d e r r a m e s ni una lágrima por mi me-
m o r i a . Olvida p a r a s i e m p r e al d e s v e n t u r a d o p r o s -
c r i p t o . ¡Adiós!
— ¡ N o , n o te irás! esclamó Lia cogiéndole de un
brazo.
Amaro volvió el r o s t r o , y entonces Lia p u d o no-
lar dos gruesas l á g r i m a s q u e r o d a b a n á lo largo de
sus mejillas. Aquel h o m b r e t e r r i b l e , á q u i e n l l a m a -
ban sus enemigos S a t a n á s , acaso por la vez p r i m e -
ara sentía humedecidos sus ojos por el l l a n t o .
—¡Adiós! t o r n ó á repetir-, insensible á los ruegos
de su a m a n t e .
— T e s e g u i r é , i n g r a t o ; te s e g u i r é . . . h a r é lo q u e
q u i e r a s , dijo Lia e s t r e c h á n d o l e ciega e n t r e sus
brazos.
—Reílexiónalo bien.
— L a i n f a m i a , el d e s h o n o r , la misma m u e r t e ,
¡todo lo acepto por t í !
Los labios del gaucho e s t a m p a r o n el p r i m e r beso
en la púdica frente de su a m a d a .
— N o : de hoy en adelante, e r e s mi e s p o s a ; no
fallará quien bendiga n u e s t r o enlace: yo conquista-
ré gloria y riquezas p a r a tí. Algún dia se ha de
eclipsar la negra estrella que m e p e r s i g u e : e n t r e
tanto el desierto es g r a n d e , y en él e n c o n t r a r á s
siempre una choza donde g u a r e c e r t e y s e r v i d o r e s
fieles que te acaten como á su r e i n a . ¿Ves ese dilata-
do bosque q u e se pierde de vista, donde nadie se
atreve á p e n e t r a r t e m i e n d o á las fieras q u e en él se
esconden? P u e s allí, allí hay mas de c u a t r o c i e n t o s
montoneros, que solo esperan una p a l a b r a mia p a r a
alzar el e s t a n d a r t e de la rebelión en esta provincia;
pero todavía no ha sonado la h o r a ' d e r e c o m e n z a r la
lucha... Somos m u y pocos, y no t e n e m o s ni a r m a s ,
ni pólvora, ni b a l a s . . . Allí vivirás hasta q u e caiga
el odiado pendón p o r t u g u é s de los m u r o s de P a y -
s a n d ú , y ondee en su- lugar la b a n d e r a azul y
blanca.
Una vez resuelta Lia, c o n c e r t a r o n el modo de lle-
var á cabo su e v a s i ó n , la cual no podía verificarse
sino de noche, p o r q u e antes de llegar al b o s q u e ' t e -
nían que atravesar un gran trecho ocupado por los
rebaños de la Estancia, y [jodian ser detenidos ó vis-
tos p o r los peones que los g u a r d a b a n ; y á A m a r o en
aquella circunstancia le i n t e r e s a b a , c o m o había i n -
dicado antes, no d e s p e r t a r la mas leve s o s p e c h a , y
m u c h o menos dar m a r g e n con una i m p r u d e n c i a se-
mejante á que e n t r a s e n en la selva b u s c a n d o á Lia y
descubriesen á sus amigos.
Convinieron, p u e s , en que ella ganaría al esclavo
que cuidaba de las p u e r t a s , para que cerrase una en
falso á fin de que pudiese salir á media noche, al
oir la señal acordada que e r a el canto del Aguará,
y aplazaron su ejecución para dos días d e s p u é s .
P e r o no bien se separó Lia de A m a r o , no bien la
fría calma de la reflexión sucedió al vértigo febril de
las pasiones, y se vio libre de la avasalladora é in-
c o n t r a s t a b l e fascinación que aquel h o m b r e ejercía
en todo su ser, Lia retrocedió a n t e las consecuencias
de su estravío, se a r r e p i n t i ó de su debilidad, recor-
dó e n t e r n e c i d a la desesperación de su b u e n p a d r e
q u e t a n t o la q u e r í a , y d e s p u é s de u n a obstinada lu-
cha e n t r e su a m o r y su d e b e r , en la q u e triunfó por
fin este, se p r o p u s o e n g a ñ a r á su a m a n t e con plau-
sibles pretestos hasta la llegada de D . C a r l o s . . .
Hemos visto en el capítulo p r i m e r o cómo la
agreste impetuosidad del g a u c h o d e s b a r a t ó sus pla-
nes, y c ó m o , á pesar de sus b u e n o s deseos, á pesar
de su heroica resistencia hasta el último momento»
fue r o b a d a de la Estancia de su tia y conducida...
¿dónde?...el título del siguiente capítulo os lo está
diciendo.
VII.
t a guarid» de Amar*.
ii
TOMO I . 8
VIII.
El Tnbicha.
(1) E s c a r s i o n pars r o b a r .
en ancha r u e d a en t o r n o del hogar, s a b o r e a n d o el lí-
qnído de aromática yerba víale , desleída con agua
h i r v i e n d o en una p e q i n ñ a calabaza que pasa de
m a n o en m a n o , oia embelesado el reíalo de las i n -
c r e í b l e s a v e n t u r a s , p a t r a ñ a s y m e n t i r a s de los que
t e n í a n la p a l a b r a . . . T a p a l q n e m respetaba y quería
á A m a i o , y le había ofrecido por varias ocasiones
el apoyo de sus ochocientos jinetes. Oferta que el
orgulloso jefe de los montoneros había despreciado
s i e m p r e , c r e y e n d o d e g r a d a r su noble causa aliándo-
se t o n aquellos b e d u i n o s , á quienes después de la
victoria ni sus m i s m o s caudillos e r a n capaces de i m -
p e d i r que se e n t r e g a s e n al s a q u e o , á la violencia, al
p i l l a j e , á la e m b r i a g u e z y demás escesos q u e son
consiguientes.
— ¡ T e he de m a t a r á a z o t e s , p e r r o m u l a t o ! decía
el capataz furioso, b l a n d i e n d o u n e n o r m e z u r -
riago.
A m a r o y sus c o m p a ñ e r o s descendieron de sus
= < M 3 =
p u d o h a b l a r , - s e a r r o d i l l ó , y pidió p e r d ó n á los a g r a -
viados.
A m a r o , sin r e s p o n d e r l e , se encogió de h o m b r o s ,
se acercó al m u l a t o , y cortó con su p u ñ a l elmanea-
dor (1), que lo sujetaba á las rejas de la v e n t a n a .
— Y a eres libre, le dijo: anda y coge el p r i m e r ca-
ballo que e n c u e n t r e s ensillado para venirte con
nosotros.
El esclavo cayó de hinojos, h i r i e n d o el suelo con
la frente, y puso sus labios en las blancas botas de
(potro de su l i b e r t a d o r .
—¡Paisano! ¡paisano!... (2) esclamó el capataz,
l u c h a n d o con el miedo q u e le infundían s u s h u é s p e -
d e s y el t e m o r de p e r d e r al esclavo; considerad p o r
piedad ¡pie s"y un d e s g r a c i a d o , que nada tengo, y
me ven: obligado á satisfacer su valor.
— ¡Miserable! ¿Y no q u e r í a s m a t a r l e á azotes?
—Es verdad; mas...
—Mas e n t o n c e s , continuó A m a r o con creciente
i n d i g n a c i ó n , te h a b r í a s escudado con las l e y e s , ó
p a r a evitar indagaciones, h a b r í a s dicho que habia
m u e r t o de e n f e r m e d a d .
— C o n s i d e r a d que tengo c u a t r o hijos...
El gaucho le echó una m i r a d a de d e s p r e c i o .
—¿Cuánto vale? p r e g u n t ó .
— C u a t r o c i e n t o s p e s o s , ni u n cinquiño (5) m e n o s . . .
os p u e d o m o s t r a r la c a r t a de venta.
(1) Soga de piel de Taca, d e s d e d i e i a treinta T a r a s , q u e s i r r a
í>ara alar los c a b a l l o s .
(2) E q u i v a l e n t e á caballero entre la g e n t e del c a m p o .
(8) Cinco r e i s .
= 4 4 5 =
— V e a m o s esa c a r t a .
Corrió el capataz á una pieza inmediata , seguido
de su i n t e r l o c u t o r , y sacó de u n p e q u e ñ o escritorio
u n legajo de papeles , los hojeó , y como tardase
i n t e n c i o n a l m e n t e en e n c o n t r a r el que b u s c a b a , sin
duda para d a r t i e m p o á q u e viniesen algunos de los
peones q u e estaban ocupados á la sazón en la ma-
tanza, Amaro se los a r r e b a t ó de las m a n o s , dicién-
dole ccn u n ceño y u n metal de voz que le hizo e s -
t r e m e c e r de los pies á la cabeza :
— A n d a d con tiento , p o r q u e ya se me va aca-
bando la paciencia,
E n seguida desdobló la e s c r i t u r a , y le o r d e n ó q u e
estendiese debajo el recibo de la cantidad e s p r e -
sada.
El capataz vaciló; A m a r o levantóse t r a n q u i l a -
m e n t e el p o n c h o , y llevó la mano á uno de los b o l -
sillos del t i r a d o r ; c r e y ó el p r i m e r o que iba á sacar
el p u ñ a l , y esclamó hablando y escribiendo á t o d a
prisa :
— ¡ P o r D i o s , amigo m i ó ; por D i o s ! T e n e d m a s
c a l m a . . . voy á concluir. ¿A n o m b r e de quién pongo
el traspaso ?
— A n o m b r e del p r o p i o esclavo.
Los gauchos y los n e g r o s , q u e desde el patio p r e -
senciaban esta cómica escena , s e r e i a n , los p r i m e -
ros a b i e r t a m e n t e , y los otros en sus a d e n t r o s , d e
la pusilanimidad de aquel h o m b r e que tenia fama
en toda la comarca p o r su crueldad d e s m e d i d a c o a
=416=
los esclavos sujetos á su d o m i n i o , y a h o r a se m o s -
l i a h a tan m e n g u a d o , tan cobarde y r a s t r e r o .
Cuando h u b o firmado, A m a r o llamó al m u l a t o ,
(jue volvía de c u m p l i r sus ó r d e n e s , y le e n t r e g ó la
escritura.
El a d m i n i s t r a d o r , cabizbajo y c o n t r i t o , los
a c o m p a ñ ó hasta la i uerta donde estaban los cinco
caballos-, los vio m o n t a r , y no atreviéndose á recla-
m a r de nuevo d i r e c t a m e n t e el pago de los c u a t r o -
cientos pesos, comenzó á l a m e n t a r s e de las m u c h a s
p é r d i d a s que habia suicido aquel a ñ o , y dijo:
— E s p e r o de vuestra generosidad q u e . . . si os es
posible y esto no ocasiona ningún perjuicio de con-
s i d e r a c i ó n . . . tan p r o n t o como os lo p e r m i t a n las
c i r c u n s t a n c i a s . . . os dignareis r e m i t i r m e . . . si n o t o -
da, al menos una parte de la cantidad q u e t e n d r é
q u e abonar de mis sueldos, ¡ay de. mi!
El g a u c h o , sin m i r a r l e á la c a r a , le tiró á los pies
u n a bolsilla de cuero que habia sacado en vez del
a r m a q u e aquel se imaginó, y p a r t i ó á g a l o p e , s e g u i -
do de sus c o m p a ñ e r o s .
Recogióla fríamente el a d m i n i s t r a d o r , figurándo-
se que seria alguna nueva b u r l a ; pero ¿cuál seria su
sorpresa al e n c o n t r a r s e con veinte y dos flamantes
medallas de Carlos III, en las que se leia la encan-
tadora leyenda de D. Félix Utroqtie?...
Imposibilitados por este motivo de d o r m i r en la
E s t a n c i a , hicieron noche en un villorrio q u e distaba
c u a t r o leguas.
Al dia siguiente, antes de p a r t i r , A m a r o , que se
=117 =
(1) Cristiano.
= 1 2 0 =
— T o d a v í a la i g n o r o . . .
—¡Mentira!
—Voy al b o s q u e á consultar á los e s p í r i t u s . . .
—¡Mentira! La causa es la llegada del huinca, di-
jo uno de los caciques , antiguo rival de T a p a l q u e m ,
y q u e no desperdiciaba ninguna ocasión para des-
conceptuarle.
— ¡ S í , si! r e p i t i e r o n en coro o t r a s cien voces, ilu-
m i n a d o s los que la proferían por una suposición
q u e , según sus creencias, t'*nia todos los visos de la
realidad.
— ¡ Q u e m u e r a el huinca; que m u e r a ! g r i t a r o n
o t r o s sin hacer caso de las amonestaciones de la h e -
chicera y dirigiéndose á la tienda del T ú b i c h á , ca-
p i t a n e a d o s por t i cacique, causa de aquel m o t í n .
A los gritos de ¡muera el huinca y los que le de-
fiendan! los dos caudillos que h a b l a b a n m u y t r a n -
quilos c o n c e r t a n d o los m e d i o s d e llevar á cabo su
a r r i e s g a d o i n t e n t o , se pusieron d e pie, resuelto el
u n o a v e n d e r cara su vida, y el o t r o á s u c u m b i r p r i -
m e r o que ver menoscabada en lo mas m í n i m o su a u -
toridad.
T a p a l q u e m se a r m ó de u n acerado m a c h e t e , y co-
locándose en la p u e r t a se p r e p a r ó á a r e n g a r á su
grey r e b e l d e , m i e n t r a s A m a r o , cediendo á sus r u e -
gos, se r e t i r a b a á un lado para no escitar m a s el e n -
cono de los indios con su presencia.
—¿Qué queréis? p r e g u n t ó aquel con voz t r e m e n -
da y a m e n a z a d o r a ; ¿qué significan esos gritos insi-
diosos? ¡Locos, l a d r o n e s , hijos del diablo! ¿ G o m ó o s
atrevéis á venir así á la tienda de vuestro T u -
bíchá?
— ¡ M u e r a el h'iinca! ¡Muera el h u m e a ! t o r n a r o n á
r e p e t i r los salvajes.
— ¡ E a , retiraos!
— T a p a l q u e m , dijo el cacique, q u e de motu-pro-
prio, y con la idea de d e s t r o n a r al m u l a t o se habia
puesto al frente de la rebelión ; e n t r é g a n o s al cris-
tiano para que le m a t e m o s , á fin de aplacar á
Añang...
—Ven á sacarle de aquí si te atreves, Bagual (I),
respondió T a p a l q u e m blandiendo el m a c h e t e .
— ¡ E a , m u c h a c h o s , adelante! g r i t ó el indio p r e -
cipitándose al u m b r a l , seguido ú n i c a m e n t e de vein-
te ó t r e i n t a de los mas fanáticos; los r e s t a n t e s , in-
timidados p o r el conocido valor y el a s p e c t o i m p o -
n e n t e de su jefe, p e r m a n e c i e r o n q u i e t o s .
El m u l a t o levantó el b r a z o y dejó caer su t e r r i -
ble m a c h e t e .
La e n s a n g r e n t a d a cabeza del cacique r e b e l d e ro-
dó p o r el suelo separada de su t r o n c o .
Y rápido como una flecha, antes que los subleva-
dos se recobrasen del pánico que semejante rasgo
de audacia les infundiera, precipitóse e n m e d i o de
ellos, descargando m a n d o b l e s á derecha é izquierda;
lo cual a u n q u e no d u r ó a r r i b a de veinte m i n u t o s ,
fue el tiempo suficiente p a r a bajar u n h o m b r o á es-
t e , h e n d i r el c r á n e o á a q u e l , a b r i r el pecho á u n o ,
t r o n c h a r un brazo á otro y h e r i r á ocho ó diez.
(.1) S i n ó n i m o de estúpido.
Los amotinados se dispersaron como una b a n d a -
da de torcaces al avistar á un carancho (1), ó como
un enjambre de gabiotas disputándose la sangre de
un loro recien m u e r t o , al a p r o x i m a r s e el desollador
que viene á d e s c u a r t i z a r l e .
E n t o n c e s el m u l a t o , p a r a c o n l r a r e s t a r el daño
que los descontentos podían ocasionarle e n t r e los
que se habían conservado n e u t r a l e s , hizo á estos
una corta a r e n g a , manifestándoles que el huiuca era
nada menos que delegado del gobierno de Montevi-
deo, el cual pensaba enviarles, celebrada la paz,
doscientas pipas de a g u a r d i e n t e , cien fardos de pa-
ños y bayetas, y c i n c u e n t a cajas de b i s u t e r í a .
No recibirían con t a n t o placer los fabricantes ca-
talanes una ley en favor de la tan cacareada cuestión
de a r a n c e l e s , como los c h a r r ú a s las halagüeñas pa-
labras de T a p a l q u e m . A t r u e q u e de e m b r i a g a r s e dia-
r i a m e n t e por espacio de un p a r de s e m a n a s , r e n o -
var sus raidos ponchos y chamales (2), y tener
alhajas ricas para sus mujeres y q u e r i d a s , no les
parecía ya tan temible la cólera de A ñ a n g . Así fue
que se alejaron dando vivas al huinca y al g r a n T u -
n d í a que lo m a n d a b a .
— V a m o s , p o r a h o r a todo se ha acabado feliz-
n e n t e , dijo T a p a l q u e m e n t r a n d o en la t i e n d a : m e
he deshecho de ese t u n a n t e que no hacia mas q u e
i n r i g a r y t e n d e r m e ocultos lazos; p e r o , ¡ay! Ama-
r o , n u e s t r o negocio se complica. Conociendo vues-
Vértigo.
{[) E s p e c i e de conejo.
=4 35=
vo M u n d o , en la que se confundía el aroma de las
r o s a s , violetas y claveles, con la esencia de los n a r -
dos , j a z m i n e s y diamelas, mezcladas con el a m -
biente de m i l g o m a s y resinas o l o r o s a s , de mil p l a n -
tas a r o m á t i c a s , de mil a r b u s t o s y vejetales, cuya
esquisita fragancia e m b r i a g a b a los sentidos y esla-
siaba el a l m a . . .
Muelle a b a n d o n o , lánguido y dulcísimo d e s m a y o
se infiltra en las venas del viajero que r e c o r r e en
tal estación y á tales horas aquellas r i s u e ñ a s c a m p i -
ñ a s , donde Dios e s t a m p ó su planta para volar al
cielo, después d e f o r m a d o el m u n d o .
Sujeto, p u e s , á la fatal influencia de tantas cau-
sas, que c o n s p i r a b a n de consuno á evocar los r e -
cuerdos mas g r a t o s de su v i d a , A m a r o volvía á en-
t r a r en los bosques del U r u g u a y , después de una
semana de a u s e n c i a , pensando en L i a , pensando en
el tesoro de gracias y de a m o r que e n c e r r a b a aquel
ángel en sus trece p r i m a v e r a s .
Engolfado en tan agradables p e n s a m i e n t o s , se in-
ternó en la selva: la algarabía de una bandada de
papagayos, oculta e n t r e el frondoso ramaje de un
n a r a n j o , le despertó de su meditación.
Al fijar la vista en el á r b o l , n o t ó , por casuali-
d a d , una doble cruz hecha r e c i e n t e m e n t e en su
t r o n c o , señal infalible de q u e allí se escondía algún
secreto que le convenia aclarar.
Acercó su caballo, separó las r a m a s , y en efecto,
halló e n t r e ellas una carta clavada en una de las
púas de que están c u b i e r t o s dichos á r b o l e s .
= 1 3 0 =
El c u m b n e t a .
(I) Amigos.
(i) Borracheras.
= 1 5 3 =
— V a m o s , te r e c o m p e n s a r é g e n e r o s a m e n t e ,
— H e oído decir que se lian practicado i n f r u c t u o -
samente las mas esquisitas diligencias, contestó el
Cambueta deseando magnificar el servicio q u e se le
exigía, para a u m e n t a r su p r e c i o .
— T e daré diez onzas de oro si d e s c u b r e s dónde
se oculta y me traes c u a t r o renglones de ella.
El vaqueano lanzó con desden un ¡schs! s o b r a d o
e s p r e s i v o , cuya significación c o m p r e n d i ó asaz su
interlocutor.
—Serán veinte.
El c a m b u e t a se alzó de h o m b r o s .
— ¡ T r e i n t a , cuarenta, cincuenta!... murmuró
ü . Carlos.
El lio Chirino se p u s o á t a r a r e a r á inedia voz una
de sus canciones favoritas:
Arrorró mi ñ a t o ,
Arrorró mi s o l ?
V a m o s á la yerra ,
T r a e mi redomón.
«Querido p a p á : E s t o y b u e n a , y p r o n t o e s p e r o a b r a -
zaros: creed, por l o q u e m a s a m e i s en la t i e r r a , que
todavía soy digna de l l a m a r m e hija vuestra. P e r d o -
nadme.
»Lu.»
Protector y protegido.
E r a una h e r m o s a n o c h e de v e r a n o : b r i l l a b a la
luna llena en el c é n i t , y el oscuro azul del firma-
m e n t o , salpicado dé r u t i l a n t e s e s t r e l l a s , semejaba
u n inmenso pabellón de tisú b o r d a d o de plata, q u e
algún arcángel hacia t r e m o l a r en el espacio , envol-
viendo al m u n d o con su s o m b r a p r o t e c t o r a . Noche
de a m o r y p o e s í a , iluminada por el melancólico
fulgor de los astros q u e se destacaban en el fondo
del cerúleo velo como chispas refuljentes que iba
dejando en su camino el c a r r o del Hacedor al c r u z a r
la ancha red del u n i v e r s o . Noche de indefinible e m -
b e l e s o , en la que suspiraba el alma c o n t e m p l a n d o
al cielo, cual si anhelase r o m p e r los grillos q u e la
sujetaban á la t i e r r a , y en alas de la fe y la espe-
ranza volar hasta el t r o n o r a d i a n t e del A l t í s i m o . . .
Apacible calma, misterioso silencio c u b r í a n la
vasta estension del campo solitario; calma y silencio
que al p e r t u r b a r s e le p r e s t a b a n nuevo hechizo,
nueva majestad y e n c a n t o . Tal vez una ráfaga p e r -
dida pasaba m u r m u r a n d o p o r encima de los bos-
ques y sacudía las gallardas copas de millares de á r -
boles, que se iban inclinando unas en pos de o t r a s ,
semejantes á las olas del Océano cuando la brisa las
empuja s u a v e m e n t e y las d e r r a m a sobre la arenosa
playa; acaso los tristes gemidos del ñacurutú y de
otras aves n o c t u r n a s resonaban de vez en c u a n d o ,
i n t e r r u m p i d a s p o r el espantoso a h u l l a r de los cimar-
rones (1), q u e , h a m b r i e n t o s , vagaban por las fragosi-
sidades de la sierra; acaso se estremecían los pajo-
nales y ondeaba el césped bajo los ágiles pies de
los hurones, que buscaban su presa á los t r é m u l o s
r a y o s de la luna; ó el pesado Anta se revolvía en el
fango de algún r i a c h u e l o , dejando escapar p o r su
p e q u e ñ a t r o m p a un áspero resoplido, indicio d e s p l a -
cer, q u e e s p e r i m e n t a b a ; tal vez alguna aleve t r i b u
asomaba por las e m p i n a d a s lomas, tendida al viento
la larga cabellera, y descendía al llano haciendo r e -
t e m b l a r el suelo bajo el sonante casco de sus velo-
ces p o t r o s , inclinada sobre su cuello, para q u e á la
distancia la confundiesen con alguna m a n a d a de ca-
ballos ó novillos silvestres; y en fin, quizá u n r u m o r
(i) P e r r o s salvaje*.
lejano, parecido al bullente h e r v o r de una g r a n cal-
dera que rebosara y se d e r r a m a s e apagando las lla-
mas que la envolviesen, anunciaba que algún rio j i -
gantescó salia de m a d r e y se dilataba p o r los c a m -
pos vecinos, sin estrépito ni v i o l e n c i a , p e r o i m p o -
n e n t e , a r r o l l a d o r , i n c o n t r a s t a b l e , como el tiem-
po en e l ' o c é a n o de las edades, t r a g a n d o y v o m i t a n -
do s i g l o s . . .
El reloj de la p a r r o q u i a de P a y s a n d ú dio doce l ú -
g u b r e s c a m p a n a d a s : largo rato hacia que A m a r o
se paseaba p o r el c e m e n t e r i o a g u a r d a n d o á s u s
amigos.
La luna reflejaba sus rayos en las blancas osa-
m e n t a s a m o n t o n a d a s en u n estremo de la m a n s i ó n
de los m u e r t o s ; gemía el crecido césped de las t u m -
b a s , y los sauces y cipreses se doblaban á interva-
los con doliente m u r m u l l o ; fugitivas exhalaciones
cruzaban allí y a q u í ; se oía clara y d i s t i n t a m e n t e
dentro de los nichos el ruido de los dientes y los
chillidos de las alimañas que se n u t r e n con los fríos
despojos de los cadáveres; el eco repelía en el cón-
cavo suelo las pisadas y voces m i s t e r i o s a s ; tristes
ayes y quejidos parecían s a ü r del seno de la tierra,
de las losas de los sepulcros , de los á r b o l e s , del céss
ped , de las o s a m e n t a s , y hasta de los pajizos y der-
ruidos m u r o s .
E m p e r o Amaro, á pesar que creia, como todos los
gauchos, en d u e n d e s y a p a r e c i d o s , paseábase impa-
sible y t r a n q u i l o de un estremo á otro del osario,
fijaba sus ojos en el paraje donde había e n t e r r a d o al
= t G 6 =
t r o p a r i e n t e D . N e r c o , interpusisteis v u e s t r a pode-
rosa mediación con el c o m a n d a n t e , á quien estaba
confiado el mando de aquel p u e b l o , y partisteis esa
misma tarde, para el c a m p a m e n t o del general Arti-
g a s , volviendo c u a t r o dias después con el perdón
q u e me o t o r g ó , gracias á vos?
I). Carlos se acercó al g a u c h o , le m i r ó con avi-
d e z , y d a n d o un g r i t o de g o z o :
— ¡ A h , tú eres A m a r o ! e s c l a m ó ; ¡ g r a c i a s , gra-
cias , Dios mió ! Ahora r e c o b r a r é á mi hrja.
— N o c o n t e n t o con eso, c o n t i n u ó el a m a n t e de Lia,
que necesitaba e n u m e r a r u n o á uno todos los bene-
ficios que debia á su p a d r e , á fin de t e n e r fuerzas
p a r a hacerle por completo el heroico sacrificio que
deseaba; no c o n t e n t o con eso , m e disteis un cinto
de o n z a s , c a r t a s de recomendación p a r a Buenos-
A i r e s , y p o r fin, me salvasteis p o r segunda vez la
v i d a , d e s b a r a t a n d o una celada dispuesta p o r mis
enemigos para a s e s i n a r m e al pasar el U r u g u a y .
— l i s v e r d a d . . . m e interesaba por tí como por un
hijo; p e r o t ú , tú no has c o r r e s p o n d i d o á mi afecto
como debias. Ni una vez sola has p r o c u r a d o verme
en el espacio de ocho a ñ o s .
—¿Habéis necesitado de mí alguna vez?
— N o . Ahora ú n i c a m e n t e .
— P u e s ahora estoy a q u í .
— Y tanto confio en ti, q u e solo al verte he creído
que volvería á r e c o b r a r á mi hija, p o r q u e sabiendo
tú dónde se oculta, p o r grado ó por fuerza la traerás
á mis b r a z o s , a u n q u e te costase la vida, ¿ n o es ver-
dad?...
Al espresarse de esta m a n e r a , m u y lejos estaba
D. Carlos de valorar todo el alcance de sus e s p r e -
siones ; no hacia mas que manifestar su ciega con-
fianza en las p r o m e s a s del gaucho. Sabia que ellos
son esclavos de su p a l a b r a y que m u e r e n antes de
q u e b r a n t a r l a sin r e t r o c e d e r ante sacrificio alguno,
cuando se les exige su c u m p l i m i e n t o ,
—Acaso nunca sepáis, S r . de Niser, r e p u s o dolo-
rosamente A m a r o , vos, que me acusáis de ingrato,
¡cuan caro m e cuesta r e t r i b u i r o s vuestros benefi-
cios!
— N o t e c o m p r e n d o , respondió D. Carlos admi-
rado.
— N i es necesario q u e m e c o m p r e n d a i s . . . decidme:
¿ tenéis p r e s e n t e , p o r v e n t u r a , lo que os dije el dia
que recibí mi p e r d ó n ?
—Me jurasteis q u e en cualquiera situación, y en
cualquiera p a r t e d o n d e te h a l l a s e s , acudirías á mí
en cuanto yo te lo i n d i c a s e , y fuese cual fuese el fa-
vor que te p i d i e r a , lo ejecutarías en el acto sin va-
cilar.
— H e m e aqui p o r Jo tanto e s p e r a n d o vuestras ór-
denes.
— Q u i e r o ver á mi hija , si es posible r e c o b r a r l a .
— r a s a d o mañana , Dios m e d i a n t e , la tendréis en
vuestra casa.
— ¿A qué hora ?
— D e s p u é s de las c a r r e r a s .
TOMO I. i 2
—- ¡ A h , p o r la V i r g e n , no m e e n g a ñ e s , A m a r o ,
repitió el anciano con recelosa a l e g r í a ; no me hagas
consentir en t a m a ñ a v e n t u r a , que luego debe hacer
mas a m a r g a la triste r e a l i d a d !
— O s repito que pasado m a ñ a n a , suceda lo que
suceda , cueste lo que cueste , a b r a z a r e i s á v u e s t r a
hija.
El tono avasallador del jefe de los m o n t o n e r o s no
dejaba lugar á dudas, ü . Carlos cedió á la influen-
cia que dominaba á los d e m á s . Inútil era reflexionar:
A m a r o s u b y u g a b a por la fuerza del s e n t i m i e n t o .
Convencia sin a m e n a z a r . Su p o r t e , su a d e m a n , su
acento, hablaban con mas elocuencia q u e sus pa-
labras.
— S i acaso yo m i s m o no os la e n t r e g o , p r o s i g u i ó ,
salid de P a y s a n d ú , y m u y cerca de sus m u r a l l a s en-
c o n t r a r e i s mi cadáver s a n g r i e n t o . . .
—¿Qué dices? ¡Esplícame ese m i s t e r i o ! . . . esclamó
D. Carlos azorado.
— ¡Nada m e p r e g u n t é i s ; n a d a ! . . . p o r q u e nada
p u e d o deciros, r e s p o n d i ó el gaucho con voz solem-
n e , lenta y r e s i g n a d a ; ¡ c ú m p l a s e l a v o l u n t a d de
Dios!
Grande era la curiosidad y el ansia del amoroso
p a d r e ; pero convencido como estaba de que p o r m a s
instancias q u e hiciera al gaucho no le a r r a n c a r í a
una sola p a l a b r a , habiendo manifestado q u e nada
diria, g u a r d ó silencio, y se dispuso á m a r c h a r .
— H e m o s c o n c l u i d o , dijo; a d i ó s , A m a r o ; descan-
so en tí.
=171 =
C A R A M U R U .
CARAMURÜ,
NOVELA ORIGINAL
TOMO I I .
JUDB1D
1350,
GARAMURU.
I.
I.us carreras.
l a moiitoitcru.
L a p e q u e ñ a h u e s t e de A m a r o , r e u n i d a ya á su
jefe, equipada y provista de a r m a s en aquellos dias,
avanzaba l e n t a m e n t e en o r d e n de b a t a l l a , silencio-
sa , i m p o n e n t e , r e s u e l t a , como los trescientos com-
p a ñ e r o s de Leónidas, á morir peleando. El sol, p r ó -
ximo á h u n d i r s e en el ecaso , hacia brillar la d e s n u -
da hoja de sus corvos sables y la fulminia p u n t a de
sus lanzas con siniestros r e s p l a n d o r e s .
L a confianza y decisión con que m a r c h a b a n á una
m u e r t e , al p a r e c e r i n e v i t a b l e , d e s p e r t a b a en sus
enemigos u n s e n t i m i e n t o m u y p a r e c i d o al m i e d o ,
hijo tal vez de la admiración que les infundía , á su
pesar aquel arrojo s o b r e h u m a n o .
E l n o m b r e de C a r a m u r ú , sin e m b a r g o , bastaba
p a r a esparcir el t e r r o r en sus filas , como el caballo
del Cid para p o n e r en vergonzosa luga á los infieles.
La m u l t i t u d , previendo lo que iba a suceder , se
babia dispersado mas r á p i d a que una bandada de
palomas á la aproximación de un m i l a n o .
E n t r e los fugitivos iban 1). Carlos y 1). N e r e o :
el conde , a r r a s t r a d o al principio por las oleadas de
los que liuian , valiente y p u n d o n o r o s o m i l i t a r , a p e -
nas se vio libre volvió al c a m p o , sin q u e r e r oir los
r u e g o s de su h e r m a n o y de su futuro s u e g r o , que
le suplicaban se viniese con ellos á la ciudad, puesto
q u e estaba d e s a r m a d o , y no tenia responsabilidad
ni mando en las tropas r e u n i d a s a l l í , las q u e , p o r
otra p a r t e , siendo m u y s u p e r i o r e s en n ú m e r o , y la
m a y o r p a r t e v e t e r a n a s , no podrían menos de a r -
rollar á los i n s u r g e n t e s .
— O s e n g a ñ á i s , respondió él m e n e a n d o la cabeza,
C a r a m u r ú está á su f r e n t e ; ese b a n d i d o , ese d e m o -
nio a c o s t u m b r a d o á batir mil soldados n u e s t r o s con
cien m o n t o n e r o s s u y o s . Y a d e m a s , ¿creéis que solo
con ellos t e n d r e m o s que p e l e a r ? . . . ¡Mirad! p o r la
p a r t e opuesta , detenidos en el confín de la l l a n u r a ,
cerca de dos mil r e b e l d e s se disponen á s e c u n d a r -
los. La cosa es m a s seria de lo que pensáis , amigos
míos. Mi deber me llama allí; adiós.
Y espoleó y soltó la b r i d a á su c a b a l l o , p e r d i é n -
dose m u y p r o n t o de vista.
S o b r á b a l e razón á D . A l v a r o : mil y ochocientos
g a u c h o s , peones y esclavos, divididos en c u a t r o
g r u p o s , a g u a r d a b a n la señal de a c o m e t e r . Unos sa-
caban los t r a b u c o s y sables que llevaban o c u l t o s , les
p r i m e r o s bajo el p o n c h o , y los segundos bajo las
caronas (1), otros esgrimían sus largos facones [2],
y el mayor n ú m e r o blandía sus formidables bolas y
doblaba el lazo , haciendo silbar p o r encima de su
cabeza la pesada argolla de h i e r r o que sirve de con-
trapeso para lanzarle á cincuenta varas de distan-
cia. Todo anunciaba que la lucha iba á ser e n c a r n i -
zada, y que los lusitanos, en caso de vencer, com-
p r a r í a n m u y cara su victoria.
El c o m a n d a n t e g e n e r a l , confiado en sus ocho mil
soldados y en la ventaja de su artillería é infante-
ría, resolvió esperarlos á pie firme, y dispuso q u e
se replegasen sus batallones y dejasen a p r o x i m a r s e
á los rebeldes á tiro de canon. El apóstata o r i e n t a l ,
el traidor D . Ricardo F l o r i d a n ignoraba con q u i é n
se las había, y juzgaba tan s e g u r o el triunfo, que so-
lo temia que sus c o n t r a r i o s no se atreviesen a a t a -
carle. Quería que no se le escapase ni uno solo.
—¡Viva la patria! gritó A m a r o volviéndose á los
suyos:—¡Viva la patria! g r i t a r o n estos;—¡Patria y li-
bertad! contestaron á su frente sus a m i g o s , y en el
mismo i n s t a n t e , los m o n t o n e r o s y sus aliados, se
lanzaron á toda brida sobre las huestes p o r t u g u e s a s .
Una detonación espantosa ensordeció la l l a n u r a :
diez cañones preñados de metralla y cinco mil fusi-
les estallaron á la vez, esparciendo la m u e r t e y la
desolación e n t r e las tilas de los p a t r i o t a s .
(1) Mandiles de c u e r o q u e se p o n e n bajó el recado, montura
e s p e c i a l q u e usa la g e n t e del campo.
\'¿¡ Cuchillos de tres c u a r t a s de l a r g o .
T e r r i b l e fue aquel m o m e n t o ; una t e r c e r a p a r t a
de los valientes mordió el polvo : u n a n u b e de n e -
g r o h u m o los envolvió, como un ancho s u d a r i o el
i n m e n s o cadáver de u n j i g a n t e , y u n coro desgarra-
d o r d e a y e s , lamentos é imprecaciones r e s o n ó tris-
t e m e n t e como el h i m n o fúnebre que a n u n c i a r a su
derrota.
—¡Viva la p a t r i a ! t o r n o A m a r o á r e p e t i r sin d e -
t e n e r s e , con voz t r e m e n d a , que dominaba el fragor
de los cañones y los l a m e n t o s de los m o r i b u n d o s :
—¡Viva la p a t r i a ! contestaron sus esforzados c o m p a -
ñ e r o s , s i g u i e u d o s u s h u e l l a s : — ¡ P a t r i a y libertad! vol-
vieron á g r i t a r sus aliados, ya encima de los invaso-
r e s ; y unos y otros cayeron s i m u l t á n e a m e n t e sobre
los cuadros e n e m i g o s , r o m p i e n d o la t r i p l e m u r a l l a
de b a y o n e t a s que les c e r r a b a el paso.
E n t o n c e s se t r a b ó un desesperado c o m b a t e á a r -
m a b l a n c a , en el que cada patriota tenia que p e -
lear c o n t r a diez r e a l i s t a s , y en el q u e , ó pesar de su
valentía, era de t e m e r q u e al fin cediesen agobiados
p o r el n ú m e r o .
Los p o r t u g u e s e s h u í a n , es verdad; pero á su r e -
t a g u a r d i a otros batallones venían en su a p o y o , y
m i e n t r a s los rebeldes se volvían y los d e s b a r a t a b a n ,
los fugitivos se rehacían y los e s p e r a b a n de n u e v o
con las a r m a s p r e p a r a d a s . La única ventaja q u e lle-
vaban los orientales era q u e la caballería enemiga,
como de c o s t u m b r e , había huido c o b a r d e m e n t e á
los p r i m e r o s c h o q u e s , y abandonada la infantería,
rota y dispersa varias v e c e s , vagaba aquí y allí, sin
= 2 8 =
(!) García de Q u e v e d o .
=35=
l a m u e r t e t a n t o á tí c o m o á ese a p ó s t a t a , á ese vil
renegado, baldón del suelo que le v i o n a c e r . Había
pensado p e r d o n a r t e p a r a t e n e r el gusto de a r r a n -
carte yo m i s m o la vida peleando frente á f r e n t e ;
inolivos m u y poderosos me obligaban á ello: ¡tu h e r -
mano, á quien debo algunos favores; el S r . de N i -
scr, á quien estimo como á un p a d r e ; una mujer por
cuyos caprichos mas insignificantes sacrificaría mi
existencia, mi r e p u t a c i ó n , mi g l o r i a ! . . . ¡Todos m e
pedirán de rodillas que te p e r d o n e , y no te p e r d o -
naré, no! ¡Porque si te p e r d o n o á tí, t e n d r é q u e
p e r d o n a r á ese t r a i d o r , y con ese á todos los d e m á s ,
y yo antes q u e todo soy j u s t o ; la voz de mi concien-
cia, el i n q u e b r a n t a b l e j u r a m e n t o que h e hecho de
vengar á mis c o m p a ñ e r o s de T a c u a r e m b ó inmolados
atrozmente por vosotros, m e obligan á a r r a s t r a r o s
al cadalso c o n t r a mi voluntad, á l a b r a r con vuestra
m u e r t e mi e t e r n a desgracia!
— P u e s entonces, ¿por q u é , por qué no dejasteis
que nos degollasen? replicó el c o n d e .
— Q u é sé yo? Cedí á u n i m p u l s o i n v o l u n t a r i o , á
6
TOMO n. 4
IV.
V e n g a n z a de u n g a n c h o .
«A q u i e n q u i s e p r o v o q u é ,
con quien quiso me b á t i ,
y n u n c a me imaginó
q u e pudo m a t a r m e á mí
a q u é l á quien yo m a t e . -
A m a r o se a t u s ó el b i g o t e , g u a r d ó la carta, volvió
g r u p a s á su c a b a l l o , y se alejó t r a n q u i l a m e n t e , sin
q u e r e r i n t e r r o g a r al e m i s a r i o : pensaba escribir al
conde.
Creemos escusado a d v e r t i r q u e todo babia sido
u n a intriga de D. N e r e o , q u i e n , valido de la a m i s -
tad que le unía al conde de la L a g u n a , g o b e r n a d o r
de Montevideo, consiguió q u e enviase á su h e r m a n o
á la corte, á pesar de sus p r o t e s t a s , y hasta de la
resistencia que él opuso, y allí, por medio de su in-
fluencia y relaciones con los m i n i s t r o s de I ) . P e d r o ,
y especialmente con Francisco Gomes da Silva, alias
Chalaza, favorito del m o n a r c a á l a . s a z ó n , logró que
aquel le detuviese con el pretesto q u e h e m o s d i c h o .
D. Alvaro estaba d e s e s p e r a d o .
S i e m p r e con la esperanza de o b t e n e r efe un dia
para otro el consentimiento del e m p e r a d o r , se t r a s -
c u r r i e r o n tres a ñ o s , en los cuales el Brasil en m a l
h o r a declaró la g u e r r a á B u e n o s - A i r e s .
En m a r y tierra las a r m a s imperiales se vieron
h u m i l l a d a s , tan h u m i l l a d a s , que hoy todavía t i e m -
bla el imperio delante de R o s a s , sin a t r e v e r s e
á recoger el g u a n t e que le h a ' a r r o j a d o mil veces á
!a c a r a , recordando aquella época desastrosa.
D. P e d r o de Braganza , no o b s t a n t e , h o m b r e de
corazón y de m e n t e elevada, antes de a b a n d o n a r la
joya mas h e r m o s a de su corona, la disputada provin-
cia cisplalina (1), reclamada p o r Buenos-Aires como
p a r t e i n t e g r a n t e del antiguo v i r e i n a t o , y por él
como su frontera n a t u r a l en el P l a t a , hizo un pos-
trer e s f u e r z o , formó un n u m e r o s o ejército en la
f r o n t e r a , y no p u d i e n d o m a r c h a r él m i s m o á su
frente, como a n h e l a b a , confió el mando al m a r q u e s
de B a r b a c e n a , uno de sus cortesanos en q u i e n m a s
confianza tenia. El conde obtuvo por fin p e r m i s o de
incorporarse al ejército.
El general argentino D. Carlos María de Alvear
m a n d a b a las fuerzas p a t r i o t a s , y A m a r o , con s u s
m o n t o n e r o s , u n e s c u a d r ó n de lanceros alemanes y
dos batallones de infantería , formaba su ala iz-
quierda.
Los dos ejércitos se avistaron en la misma p r o -
vincia de Rio-Grande , y d e s p u é s de m u c h a s m a r -
chas y c o n t r a m a r c h a s por p a r l e del general e n e m i -
g o , cuyo objeto aun se ignora , se detuvo una n o c h e
en los campos de Ituzaingó, en una situación b a s t a n -
te ventajosa, con ánimo de p r e s e n t a r al día siguien-
te la b a t a l l a , y A l v e a r , que adivinó su i n t e n c i ó n ,
aceptó el r e t o .
Colocados casi á tiro de c a ñ ó n , patriotas y rea-
listas se veian desde sus c a m p a m e n t o s al fuego cer-
cano de sus respectivos v i v a q u e s , y unos y otros
a g u a r d a b a n con impaciencia los p r i m e r o s vislumbres
(I) Nombre con q u e bautizaron los i n t r u s o s 6 la llanda O r i e n -
tal al incorporarla al imperio en 1823.
=54=
de la alborada p a r a caer sobre sus c o n t r a r i o s y ano-
nadarlos ó ser anonadados p o r ellos. El e n t u s i a s m o
y el deseo de combatir era igual en a m b o s ; p e r o en
c u a n t o á táctica y disciplina, las t r o p a s brasileñas,
veteranas en g r a n p a r t e , eran muy s u p e r i o r e s a l a s
nuestras.
Esa misma noche, cerca de las diez, recibió Amaro
p o r medio de un desertor del campo enemigo un
billete del conde, que no contenia mas que c s t a s ' b r e -
ves p a l a b r a s :
El gaucho r e q u i r i ó al p u n t o las s u y a s , m o n t ó á
caballo seguido de unos c u a r e n t a j i n e t e s , d i o u n
largo r o d e o como si anduviese r e c o r r i e n d o el c a m -
p o , y por ú l t i m o , o r d e n a n d o á los suyos q u e conti-
n u a s e n p a t r u l l a n d o y se r e t i r a s e n c u a n d o oyesen
dos ó mas t i r o s , se i n t e r n ó solo en el b o s q u e .
Al propio tiempo llegaba el conde p o r la p a r t e
o p u e s t a , disfrazado de g a u c h o .
E r a u n a clara noche de p r i m a v e r a ; la l u n a de fe-
b r e r o vertía su luz diáfana y t r a s p a r e n t e sobre el es-
t r e c h o recinto donde se habían detenido D . Alvaro
y su r i v a l , y su amarillo fulgor reflejábase de lleno
en el rostro de a m b o s c o m b a t i e n t e s . El hacha de los
leñadores había d e r r i b a d o los árboles q u e crecían a l -
= 5 5 =
r e d e d o r , f o r m a n d o u n anfiteatro de veinte varas de
iargo y pocas m e n o s de a n c h o .
Los dos se s a l u d a r o n con frialdad inclinando leve-
mente la cabeza.
—Nos colocaremos á veinte pasos y t i r a r e m o s
a v a n z a n d o , dijo el conde a m a r t i l l a n d o sus pistolas.
— A veinte pasos es m u c h a distancia, contestó Ama-
ro p r e p a r a n d o las s u y a s .
— A diez.
— N o : ha de ser cogidos de la m a n o .
— ¡ E s o es un asesinato estúpido! esclamó D . Al-
varo con viveza.
— C a b a l l e r o , r e s p o n d i ó el gaucho c o n t e m p l a n -
dolé lijamente y con reconcentrada ferocidad, como
si quisiera leer en su i n t e r i o r ; caballero: ¿tenéis mie-
do de morir?
—¡Miedo n o ! p e r o me parece una locura y una
necedad suicidarnos de ese m o d o : con uno de los
dos que deje de existir, s o b r a .
— ¡ E n b u e n hora! echemos s u e r t e s , y al que le to-
que t i r a r á p r i m e r o , á q u e m a r o p a , se e n t i e n d e .
D. Alvaro se pasó la mano por la frente, y clavó
la vista en el s u e l o , d u d a n d o si admitiría; mas esta
indecisión no d u r ó das m i n u t o s ; avergonzado de su
debilidad, levantó c o n arrogancia, la cabeza,, y es.-
clamó p r e c i p i t a d a m e n t e : .
—.¡Acepto!
— E n ese caso hacadme el gusto, de r e t i r a r o s á alr
guna distancia; yo m e volveré de espaldas- p a r a n o
yecos:. sacad u n a moneda, ú otro objeto cualquiera;.
escondedlo en una m a n o , y d a d m e á escoger. Si
acierto, t i r a r é yo; si no, os tocará á vos m a t a r m e .
— ¡ S e a ! m u r m u r ó el conde con voz agitada.
—¿Está ya?... p r e g u n t ó el gaucho con su impasi-
bilidad h a b i t u a l , viendo que tardaba en realizar la
operación mencionada mas de lo q u e parecía re-
gular.
—Escoged, replicó D . Alvaro, p r e s e n t á n d o l e las
dos m a n o s c e r r a d a s .
Amaro golpeó la izquierda con el cañón de su pis-
tola.
E x h a l ó el conde un grito de feroz alegría , y
a b r i e n d o a m b a s palmas le m o s t r ó u n a pieza de pla-
ta en la d e r e c h a .
— ¡Encomiéndate á Dios, desgraciado! añadió sin
p o d e r ocultar su gozo! ¡Vas á espiar t u s c r í m e n e s ;
llegó tu última hora!
— D a d m e la m a n o , S r . D. Alvaro, y ved bien có-
mo m e despacháis, p o r q u e todavía no estoy m u e r t o ,
contestó el gaucho con una sonrisa i n f e r n a l , sacán-
dose el poncho y desabrochándose la c h a q u e t a , el
chaleco y hasta la c a m i s a , p a r a que viese q u e no
llevaba n i n g ú n r e s g u a r d o debajo de ella.
E n seguida tendióle la s i n i e s t r a m a n o , que
a p r e t ó p o r un movimiento nervioso la de su rival,
é invocó en su m e n t e el n o m b r e de Lía.
El conde apoyó la boca de su a r m a sobre la piel,
encima del corazón del g a u c h o , y gozándose d e an-
temano en su t r i u n f o , con el protesto de informarse
c a r i t a t i v a m e n t e si tenia algo q u e e n c o m e n d a r á su
==57=
cuidado, se detuvo para e x a m i n a r el efecto q u e le
ocasionaba la idea de su p r ó x i m o fin.
Pero a u n q u e Amaro debia sufrir h o r r i b l e m e n t e ,
su fisonomía era una máscara de b r o n c e que nada
dejaba e n t r e v e r . Latia su corazón con fuerza; p e r o
no temblaba su m a n o : c o n t r a í a n s e los músculos de
su frente; pero no vacilaban sus p i e r n a s : le z u m b a -
ban los o í d o s ; poro sus ojos de águila, clavados en
los del conde, fijos y sin p e s t a ñ e a r , lejos de t r a d u -
cir el miedo, revelaban la ira del valiente á q u i e n
llevan a l a m u e r t e m a n i a t a d o . . .
1). Alvaro no pudo m e n o s de a d m i r a r s e de su s a n -
gre fria y serenidad. El v e r d u g o , favorecido p o r la
fortuna, estaba mas conmovido q u e su víctima.
—¿Tiráis ó n o ? , le p r e g u n t ó A m a r o ya i m p a -
ciente.
El conde a p r e t ó ol gatillo, c r u g i ó la llave s o b r e la
cazoleta, se incendió la pólvora, m a s . . . ¡no salió el
tiro!
—¡Ahora á mí! g r i t ó el gaucho a p r e t á n d o l e la
mano que tenia cogida con la s u y a .
El noble conde, acometido de súbito e s p a n t o , i n -
clinó el cuerpo hacia a i r a s , y p r o c u r ó desasirse de
aquella férrea y vigorosa m a n o que le tenia encla-
vado allí como la p o t e n t e garra de un espíritu m a l é -
fico.
Aquel v é r t i g o , aquel e s t u p o r , aquella impresión
de t e r r o r involuntario, pasó como un m e t e o r o ; a p e -
nas vuelto en sí, D . Alvaro se q u e d ó i n m ó v i l , incli-
T O M O íi. 5
— '6S~
La b a t a l l a de I t u z n í n g ó .
Revelaciones.
Epílogo.
FIN,
LA VIDA POR UN CAPRICHO.
LEYENDA ESCRITA SOBRE UN EPISODIO HISTÓRICO
i.
V i r g e n y luái'tür.
*E1 6 JO?
— ¡ M a l d i c i ó n ! csclamó G e m m a : m e he equivo-
cado.
— L o que q u i e r e d e c i r , replicó i r ó n i c a m e n t e el
desconocido, que escribisteis d e s c a r t a s á la vez, y
pusisteis un sobre por o t r o .
Gemma le miró furiosa, y nada c o n t e s t ó .
— E s o mismo me figuré yo, continuó él impasible;
la cita no era para m i ; pero como he hecho una
a p u e s t a , como os a m o , y hasta ahora, solo he reci-
bido desdenes y desprecios en pago de mi sincera
pasión, resolví v e n i r , no ya como u n a m a n t e s u m i -
so, sino como un acreedor inexorable cansado de es-
.perar. He a g u a r d a d o desde c! anochecer basta ahora
á ese rival afortunado, á quien no conozco, y é quien
detesto sin conocerle, para t e n e r el gusto de matar-
le antes de p r e s e n t a r m e á vuestros ojos, en el caso
rio muy factible que os h u b i e r e i s apercibido de vues-
t r o engaño y variado la h o r a , l'or fortuna suya no
ha a p a r e c i d o . '
—¿Y qué pretendéis? ¿Qué exigís de mí? p r e g u n -
tó la condesa con la arrogancia de una reina ultra-
jada.
— C o n s e g u i r de grado ó p o r fuerza lo q u e me he
propuesto.
— C a b a l l e r o , r e t i r a o s , si no q u e r é i s q u e llame á
mis criados, y os haga arrojar por un balcón.
— S é m u y bien q u e n a d a os i m p o r t a el escándalo.
Ahora, d e s p u é s de lo que he visto, creo c u a n t o malo
se dice de vos.
—Creedlo y dejadme en p a z ; nada me i m p o r t a .
— l ' o r lo mismo ya no estoy obligado á g u a r d a r o s
consideración alguna. ¡ M i r a d , habéis de ser mia
esta n o c h e , ú os asesino!
— ¡ C o b a r d e ! gritó la condesa abalanzándose á la
puerta con ánimo de h u i r ; pero el aleve la cogió de
un b r a z o , y la arrojó b r u s c a m e n t e al medio del
aposento; desnudó la e s p a d a , se a c e r c ó á e l l a , y se
la puso al p e c h o , diciéndole con voz ahogada y a m e -
nazadora :
— ¡ O él , ó yo !
Gemina cerró los o j o s , d i o u n g r i t o , y c a y ó des-
mayada sobre el respaldo de la o t o m a n a .
Al mismo tiempo crugió el r e s o r f t de la p u e r t a
secreta.
Un nuevo p e r s o n a j e , el a m a n t e v e r d a d e r o , asomó
en el oscuro h u e c o , y se lanzó espada en m a n o á
castigar al vil que tan t r a i d o r a m e n l e abusaba de su
tuerza con una débil m u j e r .
T a m b i é n traia c u b i e r t o el r o s t r o con su a n t i f a z ,
y su traje indicaba, como el del p r i m e r o , que p e r -
tenecía á la clase m i l i t a r .
—Quien quiera que seáis , le dijo, sois u n m a l
caballero, un villano, u n infame; yo debería a t r a -
vesaros con mi espada de p a r t e á p a r t e sin deciros
una palabra; p e r o no quiero m a t a r o s á traición. ¡En
guardia, m i s e r a b l e ! . . .
— ¡ E n g u a r d i a ! r e p i t i ó su rival, ciego de c ó l e r a ,
apretando el puño de su acero.
— ¡ C a b a l l e r o s , por D i o s , por la Virgen b e n d i t a ,
por todos los santos del c i e l o , idos á otra parle á
= 1 8 =
V e l a d a bajo el trópico.
La m a n o d e Dios.
(1) B u i - D i a z . Lib. I , c a p . X I .
(2) B a r c o . — C a n t o 111.
(3) R u i - ü i a z . Lib. 1, c a p . XIII.
(4) G u e v a r a . — H i s t . del P a r a g u a y , e t c . Lib. II, c a p . IV.
(5) D. P e d r o en e s t e tiempo hubo e n f e r m a d o
d e l morbo q u e de Galia tiene n o m b r e .
B a r c o . — C a n t o IV.
No en vano dice Barco, que
Irritado
Con tanta cobardía y gran malicia,.
C o m e n z ó á c a s t i g a r Dios el armada
Con un g r a v e ilagelo y cruda espada
Que la s a n g r e de Abel el i n o c e n t e
Clamando está ante Dios o m n i p o t e n t e .
FIN.
C R I T I C A L I T E R A R I A (1).
CARAKÍURU.
(1) P u b l i c a m o s con el m a y o r g u s t o el s i g u i e n t e j u i c i o c r i t i c o
q u e el Sr. O r g a z nos ha r e m i t i d o a c e r c a d e la p r i m e r a n o v e l a d e l
Sr. M a g a r i ñ o s . N u e s t r o a m i g o el Sr O r g a z , c o m o a m e r i c a n o y
•escritor v e n t a j o s a m e n t e c o n o c i d o , es sin d u d a u n a d e las p e r s o -
nas mas competentes en Madrid para j u z g a r las p r o d u c c i o n e s
h i s p a n o - a m e r i c a n a s q u e r e v i s t e n el sello d e Caramurü y La
•vida por un-capricho.
i l u m i n e , a u n q u e sea p o r breves i n s t a n t e s , la negra
noche que va alravcsando. Muy grato y consolador
es para el literato que c o m p r e n d e las dificultades in-
mensas que todavía por m u c h o s años se opondrán
en el nuevo m u n d o al desarrollo de la inteligencia,
y con las que hoy tienen que luchar los q u e , con
m a s ó m e n o s t a l e n t o , con mas ó menos f o r t u n a , se
sienten llamados á la g r a n d e obra de crear una li-
t e r a t u r a p r o p i a , a m e r i c a n a , que relleje su virgen,
sin igual n a t u r a l e z a ; que pinte sus d o l o r e s , s u s cos-
t u m b r e s , sus c r e e n c i a s , sus necesidades; que a r m o -
nice el pasado con el p r e s e n t e ; que se eleve al por-
venir en brazos de la P r o v i d e n c i a , y creyendo cie-
g a m e n t e en ella y en la l i b e r t a d , fecundice y b u s -
que sus inspiraciones en la d e m o c r a c i a . . . Es muy
g r a t o , m u y consolador, r e p e t i m o s , p a r a nosotros
(os a m e r i c a n o s , los hijos desventurados de aquella
tierra d e s v e n t u r a d a , al mas débil r u m o r que modu-
la su n o m b r e , á la mas débil lucecilla que asoma de
su pálido horizonte , p r e s t a r el oido, volver con an-
sia los ojos y t e n d e r una mano amiga al poeta ó al
escritor que ofrece t r a s l a d a r n o s , y nos traslada con
la imaginación á n u e s t r o perdido p a r a í s o .
Hé aquí las reflexiones que nos asaltaron al leer
las p r i m e r a s páginas de la novela del S r . Magariños
Cervantes, escritor a m e r i c a n o , ya ventajosamente
conocido en su patria y en las r e p ú b l i c a s vecinas.
Sin d a r á este trabajo mas importancia que la que
debe tener, considerado como novela, y e x a m i n á n -
dolo ú n i c a m e n t e bajo ese p u n t o de vista, creemos
que se recomienda y que honra á su a u t o r por mas
de u n t í t u l o . Juzgamos que a p a r t e de algunos ligeros
defectos, que el Sr. Magariños Cervantes corregirá
p o r poco que lo desee con e m p e ñ o , este trabajo r e -
vela en éldot.ís n o ' c o m u n e s ; y como somos enemi-
gos de sentar n i n g u n a proposición sin p r o b a r l a , y
como, por otra p a r t e , deseamos p o n e r en relieve lo
que dejamos consignado mas a r r i b a , en p r o del arte
y de n u e s t r o s jóvenes c o m p a t r i o t a s , h a r e m o s u n
breve análisis del a r g u m e n t o , del c a r á c t e r de los
personajes, de la acción d r a m á t i c a , d é l a t r a m a , y,
en fin, del espíritu y tendencias del libro que nos
ocupa.
Antes de pasar adelante creemos conveniente
trasladar algunos párrafos de u n concienzudo a r t í -
culo del apreciable y joven escritor I). Antonio Cá-
novas del Castillo. ílé aquí cómo se espresaba al ha-
cer la crítica de la Estrella delSiid, otra novela del
Sr. Magariños Cervantes, inferior á la p r e s e n t e :
«Magariños es de los jóvenes escritores america-
nos el que pone m a s color local en sus o b r a s : aca-
so el que lleva mas fe patriótica en el corazón: aca-
so también el que mas se deja a r r a s t r a r de los vi-
cios de la sociedad en que ha vivido, por lo mismo
que sabe r e t r a t a r l a bien, y c o m p r e n d e como pocos
las bellezas poéticas que ella encierra.»
Y mas adelante, indagando con s u m a sagacidad
el origen de sus defectos, que e n c u e n t r a en el des-
quicio social y en la vida fatigosa que a r r a s t r a n
aquellos pueblos en las fértiles y malhadadas orillas
del Plata y en las cuestas r i q u í s i m a s de los Andes,
añade el Sr. Cánovas:
«¿Qué podia hacer un joven de veinte a ñ o s , en c u -
ya frente ardia la inspiración, cuya alma se levanta-
ba á la noble ambición de la gloria, del a m o r íntimo
de la patria y del fanatismo p o r el vago eco de la li-
bertad? ¿Qué podia hacer, decimos, Magariños Cer-
vantes enmedio de ese t o r r e n t e d e s b o r d a d o , de tanta
tiniebla por un lado, de tan siniestros r e s p l a n d o r e s
por otro? Nada mas que m a r c h a r al frente del m o -
vimiento, ya que d e t e n e r l o no estaba en su m a n o :
no otra cosa que dejar s e m b r a d a su c a r r e r a de ad-
mirables rasgos de ingenio, de p e n s a m i e n t o s origi-
nales, de gotas de fe, de relámpagos de esperanzas:
únicamente escribir La Estrella del Sud y las Bri-
sas del Plata.
»Ya lo dejamos dicho en otro párrafo: ese joven
escritor tiene t a l e n t o , instrucción y e n t u s i a s m o ;
imaginación encendida en el sol de las pampas, y la
pólvora s i e m p r e h u m e a n t e de los cañones de Rosas;
espíritu incierto que se eleva y vaga e n t r e mil r e m i -
niscencias diversas y e n t r e mil principios contradic-
torios; b u e n hijo, en fin, de esa América desgra-
ciada, sigue el t o r r e n t e q u e le señalan su patria y
su siglo, sin p e n s a r en otra cosa que en caminar
delante de ellos.»
Veamos ahora si este juicio del S r . Cánovas se
e n c u e n t r a confirmado en la p r e s e n t e novela.
La época en que el a u t o r coloca la acción no pue-
de ser mas d r a m á t i c a y nacional. El pais arreba-
tado á la dominación española por Artigas y sus
c o m p a ñ e r o s , enflaquecido p o r la g u e r r a civil y la
a n a r q u í a , acaba de ser incorporado al imperio del
Brasil. Las ciudades, divididas en b a n d e r í a s y p a r -
cialidades, siguen el movimiento g e n e r a l , y de g r a -
do ó por fuerza, se a d h i e r e n al nuevo o r d e n de co-
sas. Las c a m p a ñ a s solamente resisten las hordas
p a s t o r a s , el elemento seroi-salvaje cuyos instintos
bélicos é ingénito a m o r á la independencia ha des-
p e r t a d o la lucha con la m a d r e p a t r i a , p r o t e s t a y se
levanta contra, e l u s u r p a d o r . Oscuros- g u e r r i l l e r o s ,
caudillos sin n o m b r o salidos de sus filas se ponen
al frente del m o v i m i e n t o , y se atrevan á desaliar el
poder colosal de D. J u a n VI p r i m e r o , y luego de
su sucesor, el esforzado D. P e d r o de Braganza. Dé-
biles en n ú m e r o , pero fuertes y enaltecidos por el
santo a m o r de la p a t r i a , combaten con desesperado
aliento. Vencidos mil veces, acosados en todas di-
recciones, puestos fuera de la ley, no desmayan p o r
eso. Puede decirse de ellos lo que B.yron decía de
los españoles de 1808:
«¡liack lo tho s t r u g g l e , bafflcil in tho stni'e,
>\Yar, Wai- is still llic cry, W a r e v e n to llie knife. •
FRANCISCO ORGAZ.
DOS DIAS DE REDACCIÓN
ó
EL E D I T O R R E S P O N S A B L E .
>OVELA ORIGINAL
EL EDITOR RESPONSABLE.
i.
d í g a m e V. su g r a c i a . . . la c a l l e . . . el n ú m e r o de la
casa...
— ¡ R e i o t r e , vusté nou q u i e r e calla! yu soy cata-
lán, fils de l i e o s , me llamu Vísente Miradell, soy
Uniente dal provincial da Gerona, é venga ;i sabe
q u i é n es al r e d e n t o r de El Garrote.
— ¡ E l redactor de El Garrotel ¡Oh!... a h o r a . . . n o
está a h í . . . ha salido.
—¡Mala ira da deu que ll'is t r i n q u e la nou den
coll! Yu nasasitu parla cun a l l . . . e s p r e c i s u . . . come
el m a n y a . . . ¿E vusté qué é a q u í ? . . . ¿E vusté un ca-
gatinta?
— S o y el editor responsable , caballero.
—¿E cais esu?... que diabls vuls disi ese e m -
pleiu.
— Y o r e p r e s e n t o la redacción, yo soy el r e s u m e n
de los r e d a c t o r e s ; su c o m p e n d i o ; la personificación
de esos s e ñ o r e s .
—Mi allegre, u o m b r e , p u e s intonse dala usté da mi
p a r t e esta r a s u n s i l a : y apenas habia pronunciado es-
tas p a l a b r a s , su e n o r m e sable brilló sobre la cabeza
de n u e s t r o e d i t o r : (nuestro n o , de El Garrote.)
— ¡ O h , caballero, caballero! esclamó el malhadado
Panfilo, j u n t a n d o las m a n o s en la agonía del dolor:
tenga V . piedad de m í ; yo no soy mas que un p o -
b r e d i a b l o . . . ¡qué atrocidad! ¿Va V. á m a t a r m e ? . . .
— ¡ U o m b r e , vuesté es un násiu! ¿Va vusté á plora
come u n rapas , p e r t r e s ó c u a t r e sablases que la
vans da?
—¿Y p o r qué? ¡Pobre de mi! ¿Qué he hecho yo?
—¡Vota a Nostra Safiora dal M u n s e r r a t ! allá va la-
c u n t e s l a s i o u n . . . y el F i e r a b r á s de Cataluña descargó
sus veinte ó treinta palos sobre las p o b r e s costillas
del hijo de S a n l i p o n c e .
— ¡ P i e d a d ! gritaba este: ¡misericordia!... ¡ay, a y ! . . .
¡que me d e s p l o m a n . . . compasión!
La c o m p a r s a de cajistas y sus colegas los n e n e s
de la prensa acudieron en tropel; pero n i n g u n o se
atrevió á colocarse en guisa de t é r m i n o medio e n t r e
el antiguo sárjenlo de miñones y el s o b r i n o de tia
Paca; aplacóse la cólera del p r i m e r o , y. la formida-
ble espada volvió á e n t r a r en la vaina; inútil es d e -
cir c u á n t o se habían a u m e n t a d o l o s g r a d o s de calor
en los homoplatos de Calzonazos.
— A b u r a bien, dijo con la mayor frescura Mira-
do!, el amable apaleador; vustés shan d i c h u a i e r q u e
yu era desálelo á las o s t e n s i o n e s . . .
—Desafecto á las instituciones, repitió t r i s t e m e n -
te el cobarde editor r e s p o n s a b l e .
— E s u ; daspuó- han dicho vustés ca yu á dau da
palos á los liberales ne l'añu venli t r e s . . . m a n t i r a é
falsu...
— M e n t i r a y falso, volvió á r e p e t i r Panfilo con
melancólico acento.
—Ca yu fui datante da la fasion, y l o q u e s Visen-
te Miradell ¡voto á Den! nunca fu i ó á los cbapil-
g o r r i s , ¡mala senlella que llis parta!
— E s t á bien; mañana d i r é que V. es la columna
m a s fuerte del estado, la base de las instituciones,
e í - g u e r r e r o del s i g l o ; q u e es V. m a s liberal que
=23 =
Riego, mas valiente que Napoleón, y m a s formida-
ble para los carlistas q u e . . . el cancón - para los chi-
cos; diré que es V. el non plus ultra de la h o n r a d e z ,
publicaré su biografía, g r a b a r e m o s su r e t r a t o , y . . .
y . . . p o n d r é por s u p l e m e n t o una oda á V . , hecha p o r
B r e t ó n . . . por Z o r r i l l a . . . por el q u e V. q u i e r a .
— E s u , esu; c o n q u e . . . c u d i a u . . . se m a ñ a n a no
veiu lo que utet ma d i c h u , tan lix como uai deu nell
siell, que llu pasu á vuestá, conni dus é tres son
sinq.
—Vaya Y. con Dios.
— A h u r , has!a mais ve.
Apenas el b r u t a l teniente babia salido del gabine-
te, seguido de la turba mulla de trabajadores, el
mal parado Calzonazos dio libre curso á su llanto,
prometiendo á San Miguel Arcángel, San J u a n B a u -
tista y los apóstoles San P e d r o , San Pablo, y á t o -
dos los santos de la corte celestial, r e n u n c i a r á tan
maldito e m p l e o .
—¡Yol decía sollozando: ¡yo! ¡El manso c o r d e r o
de S a n t i p o n c e , la candida paloma del colegio, m e t i -
do en la feroz grey de los buitres y los lobos, apa-
leado por ese feroz B r u l a m o n t e ! ¡Ay de ti! Panfilo,
¡terqw, quatcrquc. bcati los gañanes de mi t i e r r a , y
mil veces maldito Madrid! Esto es hecho, á S a n t i -
ponce me vuelvo.
La puerta volvió á a b r i r s e , y un h o m b r e bastan-
te g r u e s o , . a u n q u e de una e s t a t u r a m e n o s que me-
diana, se p r e s e n t ó á los espantados o j o s d e l h o m b r e
piedra.
R u b i a s patillas, s o m b r e r o caíanos con e n o r m e s
m o t a s ; capa de lustre con vueltas de g r a n a , mar-
selles con cabetes de plata y ancha faja c a r m e s ! , de-
n o t a b a n al nuevo personaje, como uno de esos ter-
nes con el estache en la coronilla, y la nube c o l u m -
piándose en los h o m b r o s , que snertan una majá y
jasen temblá jasla ar niño ó la bola.
—Oiga oslé t i o . . . ¿no hay por aquí n i n g ú n zeñó
desos que escriben en er Garrote, que yo me puea
armosá?
—¿De esa m a n e r a se desayuna V.?
—¡Pos si me e n g u y o media osena é señoritos co-
mo u n güevo é paloma!
—¿Qué se le ofrece á V.?
—¡Naa, s e ñ ó ; a r m o s á !
— P e r o , h e r m a n o , si V. q u i e r e d e s a y u n a r s e , aquí
cerca está el café de Los Dos Amigos...
—¿Osté es t o n t o , ó ha comió aqueyo?
—¡Basta de insultos! ¿V. piensa q u e soy yo al-
g ú n necio?
— O s t é no lo será; p e r o güele oslé á eso que tras-
mina.
— ¡ I n s o l e n t e ! . . . ¡Fuera d é l a redacción!
— ¡ J é , on liriya! Osté chanela emasiao; cudiao
con la sin g ü e s o , p o r q u e si trinco la serdañí vasté
a r sielo á canta er santo s a n t o .
— N o . . . h o m b r e . . . s i . . . esto ha sido u n a . . . b r o -
m i t a . . . ¡Jesús M a r í a ! . . . p u e s . . . s i . . . ¡vaya!... V. no
q u e r r á c r e e r l o . . . p e r o . . . hay e n t r e n o s o t r o s . . . u n a . . .
¡una afección t a n s i m p á t i c a ! . . . ¡uff!...
— ¿ E veras? pos m i s t e . . . las cosas c l a r a s . . . diseu
en mi t i e r r a . . .
—¿De dónele es V.?
— D e los infiesno.
—Tierra caliente.
— V e á la jorca hijito, mas con tu g u s t i t o ; yo soy
u n m o s o , mejorando lo p r e s e n t e . . . ¡que yá! en sa-
cando la suosa, me tiembla jasta N a p o l e ó n . . .
— V a m o s . . . ¿y q u é q u i e r e V. decir con eso?
—Quieo icí q u e mi gustito ahora es icirle dos
cachitos é p a l a b r a s á c u a r q u i e r a relató der Garrote.
—¿Y q u é le va V. á hacer?
— U n favo.
— ¡ P u e s acabará V. de reventar!
— O s t e y toa su a r m a .
— Y o soy; venga el favor; yo soy el r e s p o n s a b l e
de c u a n t o aquí se e s c r i b e .
—¡Hola! ¿Osté, con esa filaé flaire e s c l a u s t r a o , ta-
imen se isvergüensa con la gente? ¡Eh!
— S u . . . suplico á V. q u e no se a p r o x i m e . . .
—¿Osté no h a oio j a b l á de C ú r r e l o el E n j a r i n a o ? . . .
r e s p o n d a s t é , tio l e s n a . . . sí ó n o . . . p r o n t i t o .
— E n m i maldita vida, respondió Calzonazos con
desesperación.
— P o s e s o , c u a n d o a r g u n mosoesgalichao j a b l a m a r
dé, r e s p o n d e a s i n a ; y ya el Enjarinao tenia una
atroz pistola en la m a n o , pistola colosal, pistola j i -
gantesca, la pistola jeíe de todas las pistolas.
— ¡ D i o s mío! ¡Dios mió! esclamó con frenesí el p o -
TOMO II. 42
b r e Panfilo: ¿qué va á sor de mí? ¡ H o m b r e c r u e l !
¡Teme la maldición del Ser S u p r e m o !
— V a m o s , on futraque, que tengo que j a s é . . . er
c r e o , el auto é ciintrision, c u a r q u i é cosa... ¡ligero!
— E s p e r a un m o m e n t o . . . un solo m o m e n t o , dijo
el futuro reo de m u e r t e sollozando... Dios b u e n o ;
fui editor r e s p o n s a b l e . . . pero m e a r r e p i e n t o de to-
do c o r a z ó n . . .
—¿Acabosté?
— N o , h o m b r e ; si no he p r i n c i p i a d o .
— r o s aya va eso pa jasé b o c a . . .
La detonación sonó, el C u r r o q u e d ó t a n t r a n q u i -
l ó l o s cajistas y prensistas a c u d i e r o n t e r c e r a vez, y
hallaron á Panfilo... ¡qué h o r r o r ! . . . d e s m a y a d o . . .
El tiro había sido con pólvora s o l a m e n t e .
Volvió en sí el cuitado editor, y dijo al majo con
voz desfallecida:
—¿Y qué le han dicho á V. en el periódico?
— N a a e n t r e dos platos: v e r a s l é : yo ha s i o . . . la
verdá la parió una b u r r a . . . ladrón é l a c u a d r i y a der
I l u b i t o , y de la er C a m a r o n e r o , y de la é P a n t o r -
r a s , y de la é . . . por fin... ca uno se ingenia como
p u é e . . . yo ma m a n t e n i o con los sinco m a n d a m i e n -
t o s . . . y no é lo m a r e é la iglesia... p e r o e s p u e s me
cogí a l i n d u r l o . . .
—¿Al indulto? ¡Eh!
— S í eíío; ahora ma venio á la c o r t e é Mairí á
p r e t e n d e una agensia é s e g u r i á y p r o t e r s i o n , y ape-
nas habia etregao er m e m o r i a , sarrojan ostés con-
q u e . . . si p i t o , si flauta... ¡ c u e s n o ! . . . m e ha la g a n a . . .
y o g ü e r v o á mi ofisiü... solamente que se ma puesto
e n t r e seja y seja sé ckoris con rea p e r m i s o .
— E s t á b i e n ; mañana d i r e m o s que si el g o b i e r n o
no le da á V. el e m p l e o . . . es un b á r b a r o , un ani-
m a l . . . u n b e d u i n o . . . u n . . . el diablo q u e se lo lleve.
— G ü e n o c á m a r a ; vengan esos s i n c o . . . tóeoste
esos g ü e s o s . . . ¡Si sabosté que y o . . . me p i r r o por los
mosos g ü e n o s !
— G r a c i a s , mil g r a c i a s ; doy á V. un millón de
gracias por todas sus b o n d a d e s .
— N o tiemble oslé a s í n , ¡caramba I C u a r q u i e r a
creería que oslé liene inedia a r r o b a é c a n g u e l o : es
la c h i p é : con D i o s , mañana d a r é otra g ü e r t e s i y a . . .
— N o . . . n o . . . no se incomode V . . .
— S í . e ñ ó , yo no me iucomuo; con eso e c h a r e m o s
cuatro caña je mansaniya á la salú é los gachés con
sandunga c o m o s l é ; ea , cab.iyero, salú y pasneses.
Apenas quedó solo n u e s t r o desgraciado a u t ó m a t a ,
tomó la p l u m a , y escribió la siguiente carta a su
amigo Q u e - T r u e n e :
«Ricardo:
»Esta visto ; la fortuna me p e r s i g u e : los diez r e a -
l e s , casa y un c r i a d o , e n t r a d a y luneta en el lea-
t r o , eran demasiados bienes para un miserable;
las uñas de una furia i n f e r n a l , el sable de un
atroz teniente y la pistola de u n , a s p i r a n t e á ladrón
de p r i m e r o r d e n me han dejado t a n . . . »
FIN.