Del Diario Del Regidor Anchieta y Alarcn

Del diario dei regidor Anchieta
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TENERIFE EN E L SIGLO XVIII
Del diario del regidor

Anchieta y Alarcon
Notas recopiladas por
JBUENAVENTURA BONNET
tIBRERIA HESPÉRIDES.—(CANARIAS)
£anta Cruz de Tenerife
DATOS BIOGRÁFICOS
D o n J o s é A n c h i e t a y A l a r c o n na-^
c i ó e n l a O r o t a v a el 14 d e dieiem-*
b r e d e 1 7 0 5 . E n el a ñ o 1 7 3 2 y a r e - t
sidía en la ciudad de L a L a g u n a ^
d o n d e c a s ó c o n d o ñ a . J o s e f a I^iconorj
P a r o y y M a c h a d o . E n 1735, fué n o m -
b r a d o R e g i d o r p e r p e t u o p o r j u r o de;
h e r e d a d . F a l l e c i ó el 11 d e d i c i e m -
b r e d e 1 7 6 7 , a l o s s e s e n t a y dosf
a ñ o s , s i e n d o e n t e r r a d o e n el c o n -
v e n t o de San Miguel de l a s Victo-!
r i a s . L a b i o g r a f í a d e A n c h i e t a hsC
s i d o e s c r i t a p o r el h i s t o r i a d o r Vie-»
r a y Clavijo, y en e s t o s t i e m p o s a m ^
p i l a d a p o r el d i s t i n g u i d o g e n e a l o - ^
g i s t a d o n D a c i o V. D a r í a s P a d r ó n ¡
Dice Viera y Clavijo q u e A n c h i e -
t a dejó escritos diferentes volúme-i
n e s s e ñ a l a d o s oon l e t r a s p o r ordeií
a l f a b é t i c o , l l e n o s d e a p r e c i a b l e s no-<
ticias históricas pertenecientes a l a i
Canarias, monumentos l o d o s de su
incansable aplicación. Agregaba d i -
dho t i i s t o r i a d o r que e s o s m a n u s c r i -
t o s e s t a l l a n e n p o d e r de d o n A l e i j a n -
'dro S a v i ñ ó n , s u y e r n o . E n 1 8 8 2 l o s
e n c o n t r ó el i n v e s t i g a d o r don Ma-
n u e l de O s s u n a y Van-dcn-Hecde,
s u d e s c e n d i e n t e , q u e en p a r t e l o s
utilizó en su obra " E l R e g i o n a l i s m o
en las Islas C a n a r i a s " . Sabemos que
el s e ñ o r O s s u n a i n t e n t ó p u b l i c a r l o s
íntegros, pero tal idea se m a l o g r ó .
A f i r m a el s e ñ o r D a r í a s P a d r ó n q u e
empilados tales manuscritos exce-
d e n de u n m e t r o de a l t u r a .
D e l a e n o r m e p r o d u c c i ó n de A n -
chieta, sólo conocemos s u " D i a r i o " ,
•que e n d o s t o m o s s e c o n s e r v a en .a
B i b l i o t e c a P r o v i n c i a l de L a L a g u n a . '
S u autor aprovechó para escribirlo
u n o s t r o z o s d i v e r s o s de p a p e l , h a s -
t a s o b r e s de c a r t a s , y e n e l l o s v o l -
;caba s u s i m p r e s i o n e s d e l d í a .
L e y e n d o el " D i a r i o " se descubre

•en A n c h h i e t a u n e s p í r i t u observa-
dor, inquieto e infatigable en alto
grado. J u z g a los hechos con tino,
[ d e s c r i b e l o s p e r s o n a . j e s de u n a m a -
nera a c a b a d a , p e n e t r a sus p e n s a -
m i e n t o s y d e d u c e h e c h o s ; sus anóc-
'dotast c h i s p e a n t e s de gracia e in-
genio, son d e un colorido y una e x -
8
p r e s i ó n S e m e j a n t e á las de Cliam-
fort.
L a vida de L a L a g u n a y de S a n t a
C r u z , a m e d i a d o s d e l s i g l o XVIII,
pasa a n t e n o s o t r o s tal y c o m o e r a ,
con sus virtudes y sus vicios, real
y tangible. Anchieta nos da noticia
d e todo c u a n t o ve y c u a n t o oye, c o n
naturalidad y desaliño. Amoríos, ca-
samientos, guerras, m u e r t e s , etc.,
todo tiene cabida en su obra de u n a
m a n e r a fresca, jugosa y movida,
' d á n d o n o s la i m p r e s i ó n de q u e a s i s -
timos como espectadores a hechos
tan lejanos.
E n las p á g i n a s de s u " D i a r i o " , c o -
í n o en las o b r a s de H o r a c i o , e s t á
c o n d e n s a d a l a v i d a d e AncHiieta. D u -
r a n t e s u e s t a n c i a e n el c a m p o , e n
la O r o t a v a , L a L a g u n a o e n S a n t a
iCruz, n o s d a a c o n o c e r s u s g u s t o s
y s u s c o s t u m b r e s , lo q u e « m a y l o
q u e a b o r r e c e , lo q u e d e s e a y lo q u e
h a logrado. J a m á s ha existido entre
los cronistas regionales una obra
P a á s p e r s o n a l y m á s s i n c e r a q u e la
¡del R e g i d o r A n c h i e t a i
PERSONAJES DE LA EPODA
En p o c a s líneas, y con ver'dáderac
m a e s t r í a , describe el regidor Ani
chieta los p e r s o n a j e s de su época",
[Veamos e j e m p l o s :
Don Roberto de La Hanty. E r a al-*
g o alto, m o r e n o y c o l o r a d o ; cara;
llena y redonda, la nariz g r u e s a y¡
c o r t a y bajaba m u c h o la ceja sobre
Ja n a r i z . El genio altivo y vano, p e -
r o m u y liberal y m u y g e n e r o s o , y¡
/ a c c i o n e s de u n principe en c o s a s de;
punto y adquirir honra y muy f a i
yorececfor de s u s a m i g o s y para" uní
e m p e ñ o como cosa suya )o miraba^
Cayó m a l o , t r a j é r e n l e a G e n e t o , üJ
Ssu hacienda, a y e r si m u d a n d o tem-s
p e r a m e n t o se divertía, y murióse^
¡Diceii q u e en S a n t a Cruz es su e n i
¡tierro. Hoy, miércoles, día de Sait
M a t í a s , jdía 9e Ceniza, 23 lebrero;
;Í752.'^
El r e v e r s o a p a r e c e con él síguien'^
Je r e t r a t o ^ "Murió 'don J u a n Carriái
il
zo, clérigo viejo, como de ochenta
años, alio, delgado, la cara siempre •
colorada, pequeña; m u y malicioso.
H a b í a sido s e r v i d o r en el beneficio
de I c o d y e n l o s R e m e d i o s d o s o c a -
s i o n e s . L r a c a p e l l á n de l a e r m i t a d e
San Miguel, en la plaza. C o n ser t a n
rico andaba siempre con l a s medias
l l e n a s de p u n t o s , y lo v i - t a m b i é n
con medias pardas. T e n í a s u ropón
de p a ñ o y p o n í a s e l o p o r s o t a n a s i
h a c í a f r í o y s u m a n t e o de b a y e t a .
E r a m u y maliuioso y satírico..."
Ahora elijamos un personaje que
v i v í a : " A l e n t r a r en S a n F r a n c i s c o ,
m a r t e s 17 d e m a r z o d e 1 7 5 0 , v i l a
l á m i n a d e d o n L u i s de M e s a r e t r a -
tado, pidiendo para el SantÍBimo
C r i s t o . N o e s t á m u y n a t u r a l , pi)rqu3
no es t a n lleno ni l a n espantado n i
Ja Cara t a n g r u e s a y m á s a v e j e n t a -
do. E n otro tiempo no sé cómo e r a ,
el a i r e d e c u e r p o y c a r a sf t i e n e m u y
al n a t u r a l , q u e lo pintó N i c o l á s , el
tercero francisco; la casaca que h a
tenido siempre h a sido de s a y a l ,
aunque está con la que parece p a -
ñ o ; el pelo es propio, a u n q u e p a r e -
ce p e l u c a ; e s a l g o t r ó p i c o d e l o s
pies, n o tiene h i j o s , es c a s a d o c o n
d o ñ a A n a , h i j a de s u m a y o r d o m o . "
14
'A veces a l a 'descripción u n í a d a -
tos genealógicos: , "Jueves, 2l júa
a g o s t o de 1755. Amaneció m u e r t o
don Valentín ítibas, Pegidor, c a s a d o
con doña Sicilia Orne, hija de S a l -
vador Orne, n a t u r a l de la Villa ( O r o -
t a v a ) , el don Salvador y Ribas de
S a n t a Cruz, íiijo del coronel don R o -
b e r t o Ribas y F r a n c i s c a Carrasco.:
E r a mo?o büjo, picado de viruelas,;
algo moreno y tocaba algo de bizco;
e r a muy sobre sí, colérico y n o m u y
discreto, a u n q u e t e m o s o . E s t a b a e n
su viña, en el Sauzal, y dióle apo-:
plegía viniendo de la viña a su c a -
ía."
El laconismo y ¡o c e r t e r o en Jos'
r á s e o s eran las c a r a c t e r í s t i c a s de
A n c h i e t a : "Don J o s é Uque era ba-;
fio, esto es, no alto, gordo, la cara;
m u y redonda y cuello corto, m u y
vivo y sas-az, blanco y colorado, f a l -
tándole a l g u n o s dientes de arriba."^
LAS MUJERES
'Anchiela conoció y t r a t ó í n t i m a ^
m e n t e m u c h a s d a m a s de l á buena'
45
sociedad lagunCTa. Asistía a fiestas
y saraos, y sabía muchas anécdotas,
algunas tan escabrosas que algún
lector de su "Diario" las tachó, lí-
nea por línea, con tinta tan oscura
y penetrante que es imposible leer-
las. Ese trabajo ha debido realizar-
se en fecha relativamente moderna,
dado lo fresco de las tachaduras^
ÍA las mujeres las describe, a veces,
con un solo trazo; "Buena moza,
muy blanca", dice de una; de otra
muy soberbia, escribe; "A esta le
íiieen "La reina de Hungría".
En otro pasaje se escandaliza de
las 'costumbres: "Oí el sermón, re-:
paré en lo alto de ¡a ropa d e P e í a ^
y le he de decir que la baje algo."'
¡Esto en el siglo XVIII, época de m i -
riñaques y tontillos I "Estaba en la
iglesia—continúa diciendo—la her-
mana de la moza de casa, que le r e -
paré en los muchos anillos que lle-f
yaba. Al salir del templo hablaban
¡de mujeres y de moceríos..,, como
yo Joseph -de Anchieta, me separo
de todas cosas, con eso no sé nada,""
lAsí concluye esta digresión*
10
El bautismo de la ingleca
Interesante es el s i g u i e n t e suce
s o q u e n a r r a A n d l i i e t a : " S á b a d o , 12
de m a y o de 1759, d e s p u é s de l a s
c i n c o de l a t a r d e , b a u t i z a r o n a u n a
i n g l e s a e n c a s a de d o n A m a r o G o n
z á l e z de M e s a ; f u é p a d r i n o d i c h o d o n
[Amaro y s u hija; pusiéronle por
nombre María, y llamábase Rebeca,
Habiendo pasado una escuadra i n
g l e s a que iba a las Indias a t o m a r
u n o s puertos a los f r a n c e s e s , c o n
quien tienen guerra, se quedó en
t i e r r a y v i n o por ú l t i m o a c a s a de
d o n A m a r o de M e s a . D e e s t a d o n o
es f e a ; b a j a , b l a n c a y encarnada.-
L a gente fué m u c h a en los R e m e
d i o s . F u e s e con D i o s al cabo de p o
co' tiempo a ! puerto, y después f u e
se c o n s u s i n g l e s e s , q u e c a d a g a t o
\uelve al borrallo,"
17
EN
LA
LAGUNA
El r e l o j d e l a Catedral
" M i é r c o l e s , 16 j u n i o 1751, a Í S
l a r d e , c e r c a de l a o r a c i ó n , t r a j e r o n :
l a c a m p a n a del reloj, que e s t a b a e a
l o s g r a n e r o s del C a b i l d o , a l a i g l e
s i a de l o s R e m e d i o s , c o n c u a t r o y u n
t a s . H a habido que ver sobre ello;
el c a s o es que a l t r a e r l a campana"
de S a n t a C r u z , que v i n o de L o n d r e s
y la trajo G u i l l e r m o D u j a r d i n , mer-;
c a d e r de e s t a C i u d a d a q u i e n s e en-*
c a r g ó , a l l l e g a r a q u í q u e f u é des-<
p u e s de l a s doce de l a n o c h e , l a man-^
;dó el C o r r e g i d o r poner en dichos;
g r a n e r o s del Cabildo, que l a fué A
e n c o n t r a r a S a n C r i s t ó b a l el a l g u a
c i l m a y o r d o n F r a n c i s c o de l a Ise-í
24
quilla, y m i n i s t r o s . Luego hubo Ca-
bildo y dieron los beneficiados de la
C o n c e p c i ó n p e d i m e n t o s o b r e q u e el
r e l o j s e h a d e p o n e r e n la t o r r e d e
a q u e l l a j g l e s i a , s e g ú n la c o n c o r d i a ;
l o s R e g i d o r e s , u n o s p o r la i g l e s i a
de los R e m e d i o s , o t r o s p o r las c a -
s a s del C a b i l d o y o t r o s p o r l a C o n -
c e p c i ó n , e n fin, s a l i e r o n s i n a c u e r - :
do."-
P o r bajó cuerda se consiguió qué

'el g e n e r a l ü r h i n a m e d i a r a e n e s t e
a s u n t o y q u e d i s p u s i e r a f u e r a el r e -
l o j c o l o c a d o e n la i g l e s i a d e l o s R e -
m e d i o s . Dice A n c h i e t a : " M a r t e s , 22
(junio 1 7 5 1 , c o m o a l a s o n c e d e l a
m a ñ a n a s u b i e r o n la c a m p a n a g r a n -
d e d e l r e l o j e n l a t o r r e de l o s R e -
m e d i o s ; s u b i é r o n l a la g e n t e de m a r
de los n a v i o s de I n d i a s , q u e a ello
v i n i e r o n . A la t a r d e , t o d o s f u e r o n
de d i v e r s i ó n a las Mercedes, a c a -
b a l l o , y e c h a n d o v o l a d o r e s , y al v e -
n i r lo m i s m o , y a c o m e r , q u e c o -
m i e r o n en c a s a dei m a y o r d o m o d e l
C a b i l d o . " Un p o c o m á s a b a j o s e l e e :
" H o y , v i e r n e s , 2 5 de j u n i o d e 1 7 5 1 ,
a l a s d i e z , s u b i e r o n el r e l o j e n el
c a j ó n e n q u e v i n o , p o r la v e n t a n a
p o r debajo de las c a m p a n a s . A la
c u a d r a del n o r t e (han e s t a d o t o c a n -
d o las h o r a s con u n m a r t i l l o , ^ o b e r -
22
handose por el de tnuesira y pagan-
do al que toca."
Temblor de tierra
F r e c u e n t e s son en e s t e a r c l i i p i é -
Jago tales fenómenos sísmicos, A n -
chieta a n o t a u n o de los m á s i n t e -
r e s a n t e s : "Hoy, día de San M a t í a s ,
25 de m a r z o de 1756, a las diez, o
poco antes, dio en esla isla u n t e m -
blor, sería a las nueve y c u a r t o ; n o
íué muy recio; yo J o s e p h de A n -
c h i e t a , n o lo oí, s i n o q u e e s t a n d o e n
íSan A g u s t í n , que estaba para oir
m i s a , llegó d o ñ a F l o r a P e r e r a y m e
•Jo d i j o . E n fln, d i c h o d í a y h o r a e n
e s t a isla, en toda ella, m e n g u ó la
m a r grandísimo trecho y quedó en
s e c o , e s t o e s , la m a r r e t i r a d a , lo q u e
j a m á s se h a visto; en a l g u n a s p a r -
t e s u n c u a r t o de l e g u a , sin t e m p o -
ral ninguno, sino irse bajando la
m a r y después venir creciendo h a s -
ta donde es regular y proseguir a
l a t i e r r a a d e n t r o o l r o t a n t o co* J
había menguado. Eu Tejina y Ba-
23
j a m a r , y todos l o s l u g a r e s de e s t a
costa, salió la gente huyendo."
A ñ o s d e s p u é s , el m i s m o a u t o r n o s
d a n o t i c i a de o t r o t e m b l o r de t i e r r a
que tan d e s a s t r o s o fué p a r a L i s b o a :
" E l m a r t e s , 3 i de m a r z o d e 1 7 6 1 ,
d e s p u é s de l a s o n c e y m e d i a , d i o
en e s t a C i u d a d de L a Laguna un
temblor que a m u c h o s p u s o temor,
s e g ú n lo s i n t i e r o n . "
Dos relapsos
E l faltar a las prácticas religiosas

se c a s t i g a b a en a q u e l t i e m p o c o n
severidad. He aquí un ejemplo; " E s -
t a s e m a n a , a 15 de j u n i o de 1 7 5 0 ,
dos. f e l i g r e s e s de l a C o n c e p c i ó n , p o r
no querer confesar para cumplir,
con la iglesia, ios tenían excomul-
g a d o s y e n l a c á r c e l . A él lo t r a j e -
ron descalzo y sin sombrero, y lé
h i c i e r o n l a c e r e m o n i a de c o n v a r a s
a z o t a r l o a l a p u e r t a de l a i g l e s i a , ;
y confesó. Á la mujer la trajeron
con la cruz negra y absolvieron y
24
c o n f e s ó . E l l a es v i u d a de D i e g o el
m o l i n e r o , m u l a t o ; y él es de i T e -
g u e s t e , y a p a l o s h a b í a m a t a d o a'
l a mujer,' ihabrá u n m e s que l a e n -
t e r r a r o n y todo se q u e d ó . quieto."
Las colgaduras de Gracia
H a s t a hace m u y poco existían en

l a e r m i t a de G r a c i a , aunque muy
deterioradas, unas magníficas c o l -
g a d u r a s de s e d a e n c a r n a d a , t e j i d a s
e n l o s t a l l e r e s de l a i s l a efe L a P a l -
m a . A estos adornos se refiere A n -
ciiieta e n el relato que s i g u e : "11
'de a b r i l 1 7 5 0 , L a s a l a d o n d e s e r e - ,
c i b i e r o n l o s O i d o r e s , m u y b i e n col-¡
g a d a y toda llena h a s t a las p u c r t i -
,tas de b u e n o s t a p i c e s . N u n c a h a e s -
t a d o t a n b i e n l a c o l g a d u r a de S a n t a
M a r í a de G r a c i a . F u e r o n a . p a g a r l a
• v i s i t a a l Cabildo los dos Oidores, don
Miguel A r r e n d o n d o C a r m o n a y dori
M i g u e l B a r r e d a , que v i e n e n de E s -
paña y v a n a Canaria."-
25
La laguna
Sabido es que los conquistadores

y e T e n e r i f e a d m i r a r o n en l a b e l l a
¡Agüere u n a l a g u n a que se extendía
d e s d e l a hoy c a l l e del R e m o j o h a s -
t a l a s f a l d a s de S a n D i e g o d e l M o n -
te. E l caballero S c o r y describe e s a
h e r m o s a l a g u n a y el e s p e c t á c u l o que
p r e s e n t a b a r o d e a d a de e s p e s a a r b o -
leda y cubierta de aves acuáticas.
i T o r r i a n i n o s d a el p l a n o y s u e x -
t e n s i ó n , y el p o e t a Viana la hace
t e a t r o de l o s a m o r e s d e l a P r i n c e s a
D á c i l c o n el capitán Castillo. En
t i e m p o s de A n c h i e t a e x i s t í a a ú n , y
nos cuenla la siguiente desgracia
en ella o c u r r i d a :
" A l a tarde, estando en el g r a n e -
ro m i r a n d o la l a g u n a y la gente, e s -
t a b a n dos n a d a n d o en la l a g u n a , y
a l salir estos dos, desnudóse otro
m o z o de q u i n c e a ñ o s y a l p u n t o s e
echó en el c h a r c o ; no s a b í a e s t a b a
donde h a b í a n sacado greda y a h o -
góse. F u i allá y sacáronlo luego
u n o s que sabían nadar, pero y a
m u e r t o , y u n o de los dos que se
e c h a r o n a s a c a r l o , si no es u n palo
ique le h i c e a l c a n z a r , y a s e i h a a t i o -
g a n d o t a m b i é n . U l t i m o d e m a r z o de
e s t e a ñ o de 175.5 "
26
L& V i r g e n 'áe C a n d e l a r i a
E r a costumbre muy antigua traer

' e s a i m a g e n a L a L a g u n a en r o g a -
[tiva p o r l a f a l t a d e a g u a o e n c a s o s
Sde e p i d e m i a . E l 28 fie a b r i l d e 1 7 4 9
í u é l l e v a d a a Ja C i u d a d , E r a l a v ¡ -
¡gésima s é p t i m a vez que v i s i t a b a L á
L a g u n a , y le c o r r e s p o n d i ó a u t o r i z a r
el t r a s l a d o a l a p a r r o q u i a d e l a C o n -
icepción, resucitando a s í los anti-i
g u o s rencores entre esta p a r r o q u i S
¡y l a de l o s R e m e d i o s . E s t a l l e g ó a
p r o l o n g a r la e s t a n c i a d e l a V i r g e n
j n á s de lo debido m e d i a n t e sucesi-
iVos n o v e n a r i o s , todo ello en p e r j u i -
cio de l a C o n c e p c i ó n . L l e g a r o n b a s -
t a s a c a r l a en p r o c e s i ó n e l d í a de
¡Corpus, c o n t r a lo m a n d a d o por el
señor Obispo.
Anchieta da a conocer esos deta-
l l e s y otros que a c o n t i n u a c i ó n c o -
p i a m o s : " D í a d e S a n A g u s t í n , 1749.-
E s t e día, acabada la función, se p u -
blicó un auto del Obispo en que
m a n d a , baJjo p e n a . de e x c o m u n i ó n
mayor y otras penas, nadie lea, ten-
fea, n i o i g a l e e r Jos v e r s o s q u e s e
h a n h e c h o s o b r e l a v e n i d a de l a i V i r -
i g e n de C a n d e l a r i a , n i o t r o s q u e s e
j í i c i e r e n ; n i l o s t e n g a n ni c o n s i e n - ,
tan une ntrns l o s tonsTin. En fln,;
21
jnujr r e c i o auto'.- P a r e c e que JoS d i
Ja parte de la iglesia de los Reme-.
Sios, cuando estaba allí la: ¡Virgen;
'ide Candelaria, armaron coplas, S¡
yersos sobre iel tener allí la }ma-<
gen,; 'diciendo g u e estaba presa; f¡
otros desatinos.: CoS 'qué éstos, yet-i
jBoa los mandan consíamir,'*'
28
ACOTACJONES VARIAS;
El trigo
L a m a y o r p r e o c u p a c i ó n de la isla
fué la escasez de a b a s t e c i m i e n t o s ,
especialmente de trigo. Anchieta
a n o t a cuidadosamente las épocas de
abundancia como también las en que
se c a r e c í a de t r i g o , ya p o r s e q u í a s
o p o r exceso de lluvias. O i g á m o s l e :
"'9 m a r z o 1 7 4 8 . H a y e n e s t a i s l a l a
m a y o r falta que los n a c i d o s h a n
yisto. Desde e n e r o h a s t a hoy, no h a
c e s a d o d e l l o v e r . BU 5 d e j u n i o e n
t r ó en S a n t a Cruz u n a balandra"
c o n 1.600 f a n e g a s d e t r i g o . Hubo
m u c h a s b u l l a s con la falta de m i l l o
a 2 5 r e a l e s d e v e l l ó n , y el t r i g o a"
3 0 , y a l g u n a s v e c e s a l g o m á s . No
se h a l l a b a en las v e n t a s ni p a n ni
31
Sardinas ni arenques ni bacalao ni
manteca ni garbanzos ni judías ni
chidharros ni papas. Una embosada
de papas del tamaño de avellanas"
eran dos cuartos, y gracias el que'
las bailaba."
En 1750, escribe: "lo de abriU
Después de haber habido en esta'
isla la mayor falta 'de pan que d e s -
pués que esta isla se puede acor-í
dar, llegó un navio cargado de tri-
go." y en 1762, dice: "La falta dá
trigo hizo se C r e a r a una junta en
Santa Cruz mandando 20.000 peso8
para trigo, y habiendo cargado en
Londres, al venir rompióse la g u e -
rra entre ambas naciones, volvién-
dose los navios a Londres.
Cada 15 ó 22 días se daba un al-
mud de trigo a los pobres. Hay dos
buques ingleses sobre Anaga dando
vueltas con lo que no dejan entrar,
hada, pero por medio de ellos han
entrado dos barcos de la^ islas coií
trigo y ganado, y de la Palma otro,
y aunque les han dado caza, la g e n -
te los ha defendido a balazos, y ai
dc la Palma salieron lanchas de S a n -
t a Cruz a socorrerlo.
32
Patriotismo d e Anchieta
E n 1 7 6 2 la g u e r r a h a b í a e s t a l l a d o
: e n l r e E s p a ñ a e I n g l a t e r r a . El g e n e -
r a l don Pedro Rodríguez Moreno
juzgaba que era imposible resistir
a u n a a r m a d a con gente disciplina-
d a ; de S a n t a C r u z s u b i e r o n t o d o el
¡dinero y a l h a j a s a L a L a g u n a , y la
m a y o r p a r t e de las familias a b a n -
(donaron el p u e r t o .
A n t e e s t a c o n f u s i ó n , la v o z de A n -
c h i e t a s e alzó en el C a b i l d o p a r a i n -
f u n d i r v a l o r : "Yo d i j e , e s c r i b e , q u e
s e p o d í a c o n p i e d r a s c e g a r l*s p u e r -
t o s donde podían desembarcar, por-
q u e d e s e m b a r c a d o s l o s e n e m i g o s si
h a b í a n de v e n i r a l a s m u r a l l a s p o r
Ja a r e n a l l a n a , n o p u d i e r a n s i n o p o r
e n c i m a do p i e d r a s y a l l í s e e m b a r a -
zaran y podía nuestra gente cargar
y volver a cargar, y también que
c u a n t o s c a ñ o n e s v i e j o s ' i h a y en S a n -
t a C^juz q u e n o s i r v e n , q u e l o d o s l o s
33
pusieran donde más juicio se p u e -
de h a c e r q u e i r í a n a d e s e m b a r c a r ,
y allí los c a r g a r a n de m e t r a l l a q u e
p a r a ello s i r v e n t o d o s y a u n q u e f u e -
ra un tiro hicieran. Y que cuantaá
camaretas h a y en e s t a - C i u d a d y¡
S a n t a C r u z s e c a r g a r a n d e b a l a s y,
p u s i e r a n e n i l l a s , v u e l t a s l a s bocas"
a donde desembarcaran y dieran su
rociada.
Y a u n q u e f u e r a n ligeras hvcierari
en las p l a y a s a l g u n a s m i n a s , p o r q u é
c o m o h a y en S a n t a Cruz t a n t o i n -
glés y h o l a n d é s q u e se g l o r í a n de
q u e la i s l a l a c o g e n , e s t o s d i r í a n "
que se m i n a b a n las playas, y sélo
e s t a voz t r a e r í a t e m o r , p o r n o s a b e r
si a l l í h a b r í a m i n a o n o , y a u n q u e
f u e r a la voz d e m i n a a t e m o r i z a . Q u é
a todos los de e s c o p e t a les p u s i e r a n
pronto rozaderas o chuzos, porgue
u n a vez q u e d i s p a r a b a n y v e n í a n a
las m a n o s no podrían defenderse.
O y e s e t r f i j c s e n 12 ó 2 0 c a ñ o n e s d é
a 24 y 1.000 q u i n t a l e s d e p ó l v o r a .
f,as p r o p u e s t a s de A n c h i e t a f u e -
r o n a c e p t a d a s p o r el C a b i l d o , p e r o
e s l a vez n o a p a r e c i ó el e n e m i g o .
34
EN
SANTA
CRUZ
He a q u í lag n o t i c i a s r e c o g i d a s por
!A.ncliieta e n s u s v i a j e s a S a n i a C r u z ,
,0 l a s q u e le p r o p o r c i o n a b a n sus
a m i g o s . Casi todas tienen carácler
anecdótico.
La t o r r e de Castro
E s el e d i ñ c i o d o n d e h o y e s t á ins-
t a l a d o el G o b i e r n o Civil. De él n o s
3ice A n c h i e t a l o q u e s i g u e ; " V i e r -
n e s , 188 a g o s t o 1752, F u i a S a n t a
[Cruz: s a l í a l a s d o c e y l l e g u é a l a ,
lUna. F u i solo p a r a v e r el m u e l l e .
IHalló h e c h a ja t o r r e d e d o n M a t í a s
¡Carta, y a c a b a n d o la casa; c a n t a b a n
ios m u c h a c h o s j ;
31
E s a t o r r e de C a r t a
es un confite.
Acudid ctiiciiarreros,
que se d e r r i t e . "
Los coches en Santa Cruit
V e a m o s c ó m o el c r o n i s t a d a c u e n -
t a de la i n t r o d u c c i ó n c'e l o s p r i m e -
ros coches: " H o / , sábado, día da
Santa Ana ( 1 7 7 5 ) . E s l a tarde e s t u -
v o en e s t a c i u d a d el s e ñ o r G e n e r a l .
• d o n J u a n de U r b i n a , q u e v i n o de.
S a n t a Cruz, y d o n P e d r o Alvarez,,
q u e e s del C o n s e j o de H a c i e n d a , y
q u e p a r a el a s u n t o d e A d u a n a s v i -
r o de E s p a ñ a . Apunto esto, p o r q u e
S. E . y d o n P e d r o A l v a r e z v i n i e r o n
d e s d e S a n t a C r u z e n cocihe, y t a m -
bién vinieron otros coches, que g r a -
cias a Dios ya en S a n t a Cruz h a y
c o c h e s , q^ue s ó l o a n t e s el d e S. E . y
el del s e ñ o r O b i s p o a l l í e x i s t í a n . E s -
t u v i e r o n en el l l a n o d e S a n F r a n -
c i s c o , s u b i e r o n a la C o n c e p c i ó n , y,
y i e r o n v u o U a s a a l g u n a s c a l l e s Bin
apearse..."
S8
La puerta d« l a Aduana
P r ó x i m a a d e s a p a r e í e r , es i n l e r e -
j s a n l e el d a l o q u e n o s p r o p o r c i o n a
¡Anchieta: "£1 m a e s t r o q u e ha a s e n -
t a d o l a p i l a b a u t i s m a l de l a p a r r o -
q u i a de la Concepción, h a sido J u a n
.¡Alonso, m a e s t r o d e p e d r e r o y g r a n
c a n t e r o , d e l a O r o t a v a , q u e h i z o la
p u e r t a de la A d u a n a e n S a n t a C r u z ,
do m á r m o l que trajeron en p i e d r a s
d e L a n z a r o t e , y él las l a b r ó y p u -
í i ó e h i z o la p u e r t a y a r m a s q u e e s -
tán encima."
La primera imprenta
A n c h i e l a a c l a r a las d u d a s de los
escritores que han tratado es4e
a s u n t o , como son Gabriel Izquierdo
Azcárate, Bethencourt Castro, Luis
iMal'fiotte y M i l l a r e s C a r i ó . D i c e a s í :
'"En este año de 1751, en las dos
i g l e s i a s s a c a r o n c é d u l a s de c o m u -
39
n i ó n i m p r e s a s e n S a n i a Cruz, q u e Ka"
v e n i d o u n i m p r e s o r de E s p a ñ a y h a
pneslo imprenta en Santa C r u z . "
S a b e m o s que dicho tipógrafo se
llamaba Pedro José Pablo Diaz Ro-:
m e r o , y l l e g ó en 1750. D i c e Millares'
C a r i ó en s u artículo " L o s i n c u n a -
bles c a n a r i o s m á s a n t i g u o s " , en el
n ú m e r o 3 de l a r e v i s t a " E l M u s e o
C i u i a r i o " , que no conoce n i n g ú n t r a -
bajo tipográfico anterior al año 1752,
pero Ancliiela alirma la existencia,
de a q u é l l o s u n a ñ o a n l e s . F a l l e c i ó
este i m p r e s o r en 30 de o c t u b r e de
1780, pero desde Hiacía m u c h o t i e m -
po h a b í a a b a n d o n a d o el oficio, y a
p o r q u e los c a r a c t e r e s que t r a j o e s -
taban muy gastados y ruines, según
l o s a u t o r e s , o b i e n p o r q u e el s e m -
blante adusto y displicencia del i m -
presor, según otros, ahuyentaba l a
clientela.
Cl muelle
D e s t r u i d o p o r u n t e m p o r a l el a n -
tiguo desembarcadero gue existía;
j u n i o a l a A d u a n a , s e c o m e n z ó eí
40
muelle que nelualmente tenemos.
P a r a ello se c r e ó u n a J u n t a que a r -
b i t r a r a r e c u r s o s , y entre otros im-
p u e s t o s s e s a c a b a n d o s r e a l e s de
p l a t a s o b r e e l p i e c i o de c a d a f a n e -
g a de t r i g o q u e d e s e m b a r c a r a . E s t a
contribución disgustó al pueblo, y
A n c l i i e t a s e h a c e e c o de e s e d i s g u s -
to. D i c e a s í :
" E s t e año, al p r i n c i p i o fué f a l l o
de t r i g o , q u e e s t a b a s u p r e c i o c o -
r r i e n t e 2 2 r e a l e s de p l a t a , por(]ue
t o d o el q u e e n t r a b a de f u e r a s e v e n -
d í a a 2 0 y p o n í a n d o s de p l a t a c o n
d i s i n n i l o p a r a e l m u e l l e , de q u e s o n
infinitas las m a l d i c i o n e s de todos
c o n t r a el m u e l l e y l o d o s l o s que lo
h a c e n . N o h a y d u d a que el g e n e r a l
es bueno, pero dícenle que es u n a
obra pública y tan útil, y por todo'
esto dice, " p u e s h á g a s e " . Y es u n a
flota de l a d r o n e s que h a y e n S a n t a
C r u z , que como nacieron tan i o -
b r c s no les queda i n d u s t r i a que no
m u e v e n p a r a c o n esto "Vivir t a n e n
p e r j u i c i o del p ú b l i c o , 1 7 5 0 . "
E n o t r o p a s a j e d i c e lo q u e s i g u e :
' " E l g e n e r a l e s c a u s a de t a n t a f a t i -
g a porque con ser muy bueno, c o n -
liase y d e j a h a g a n m i l ¡adrocinios,;
que si fuera otro general no h u b i e -
r a habido f a l t a s . E l t r i g o e s t á a 20
de p l a t a y el g e n e r a l a c r e c i e n t a d o s
4i
m á s en c a d a f a n e g a qne enfrá p a
ra un descomulgado muelle, que
q u i e n h a vislo i m p u e s t o s en t r i g o
s i n i h a b e r q u i é n dé c u e n l a . A b r i l , 10^
1750."
Un a c c i d e n l e o c u r r i d o al d e s e m
b a r c a r p o r el m u e l l e , h a c e q u e A n
c h i e t a p r o t e s t e de n u e v o d e la c o n
t r i b u c i ó n i m . p u e s l a al trigo: "Do-
m . i n g o , 12 d e a b r i l de 1 7 5 0 . E n S a n
ta Cruz, e s t a n d o d e s e m b a r c a n d o u n a
l a n c i h a en el m u e l l e n u e v o , e n t r ó u n
b a n c o de m a r y cayó u n h o m b r e q u e
f u é a p o n e r el p i e e n la l a n c h a , y
l u e g o alH s c a h o g ó . D i . j é r o n m e f u e
r o n dos hombres. Todos tienen e s
to m u e l l e p o r q u e n o e s b u e n o , n i ha'
d e d ' j r a r , p o r q u e si s ó l o e s b u e n o
p a r a ü e m p o de b u e n a m a r , enton-:
ees por cualquier parle se puede em-i
b a r c a r y d e s e m b a r c a r , y lo m á s , l a s
maldiciones, p o r q u e se s a c a n dos dé
plata en cada fanega de Irigo que
e n t r a s o b r e el p r e c i o q u e p i d e el
a m o , lo a c r e c i e n t a n p a r a e s t e m u e
lle, y s o b r e t r i g o os c o s a g r a v e .
•42
OTROS EPISODIOS!
El S a n R o q u e de Anagaí
iTodávía "se v e n e r a en IS Iglesia 8é.

Ja Concepción esta imagen. Anchie-.
Ja n o s dice .cómo a p a r e c i ó : "IVier-
n e s , 27 de febrero de 1 7 5 6 , a JaS
Biez de la m a ñ a n a , me dijeron dos
p e r s o n a s , que u n a era m u l a t a , en la'
l l e u d a de María G u e r r a , que Iiabían
^íisto el s a n t o que liallaron en Jos
Hoques de Anaga u n o s de u n a l a n -
5cha, y que lo t r a j e r o n a S a n t a Cruz
y llevaron a la iglesia, que e r a San"
R o q u e . El b a r n i z casi caído y cott
inusgOi y un trozo de dedo m e n o s , "
La Compañía de C a r a c a s
Tenerife comerciaba activamente

con V e n e z u e l a . A d e m á s de las 200
t o n e l a d a s q u e al a ñ o p o d í a e n v i a r a
aquella parte de América, muchos
tinerfeños residían alli. El pleito
e n l a b i a d o e n t r e los a r m a d o r e s h u -
b i e r a p e r j u d i c a d o a T f n ^ r i f e si s e
r e s u e l v e en s e n t i d o e o n t r a r i o al q u e
indica Anchieta: "Jueves, i 9 de a g o s -
t o 1 7 5 1 . Al a m a n e c e r h u b o m u c h a s
piezas en S a n t a Cruz y a las doce
c a m a r e t a s r n la P l a z a d e l a P i l a
"seca y en la de S a n t o D o m i n s i o , cort
r e p i q u e s en las iglesias, s o b r e el
p l e i t o que h a g a n a d o l a C o m p a ñ í a :
• e los vizcaínos p a r a C a r a c a s , c o n -
t r a los m i s m o s de C a r a c a s . "
Ci trigo
•Anchieta confirma lo expuesto poi,

y i e r a y Clavijo a c e r c a de la e s c a -
[46
s e z de t r i g o e n e l a ñ o q u e 3C f i l a .
Nuestro cronista nos presenta un
c u a d r o r e a l y v i v o de l a s i t u a c i ó n :
' " A ñ o de 1748, h o y d o m i n g o , 20 m a -
y o a l a s doce, apunto esto y c s qne
a n o c h e a n t e s de la o r a c i ó n " , y o J o -
s e p h A n t o n i o de A n c h i e t a v i n e de
S a n t a Cruz con don J o s e p h T a b a r e s ,
regidor. Salimos a vísperas, cuando
'se a n u n c i ó <pie s e i b a a repar-
itir t r i g o y m i l l o p o r l a g r a n f a l t a
•rué h a y , y e s t u v i m o s v e i n t i ó n d í a s . -
W u c h a f a t i g a c o n el r e p a r t i m i e n t o ,
!que l a g e n t e e r a m u , - h a a c o m p r a r
•en a q u e l l a s c a l l e s del M u e l l e vie.jo
o A d u a n a , y d e l a n t e del c a s l i l l o q u e -
d a b a todo l l e n o de n o c h e a d o r m i r ,
•esperando el r e p a r t i m i e n t o , porque
(don F r a n c i s c o de L i m a q u e e r a a l -
c a l d e se introducía c o n n o s o t r o s y
tee q u e r í a s a c a r e l t r i g o p a r a a u s
a m i g o s e intereses, y así no l u c í a
p a r a el p ú b l i c o , que de n o c h e se í o
sacaba y escondía."
El vino
A épocas Calamitosas suceden

íbtras de a b u n d a n c i a y p r o s p e r i d a d *
47
Dice Ancliieta: "El vino a ocho
c u a r t o s . E n S a n t a C r u z lo h a n v e n -
dido mejor y a m á s precio los v e -
c i n o s de S a n t a C r u z q u e t i e n e n v i -
ñ a s y l o s de T a g a n a n a , y e n l a s ]<o-
degas a como han querido, porque
v i e n e n a t i e r r a l o s i n g l e s e s de o s n a -
v i o s y le tienen t a n t a a f i c i ó n , q u e n o
r e p a r a n en precio. E l tinto vale m u -
cho m á s . Andaban las carretas por
los caminos en procesiones, cosa
n u n c a aquí vista, que los viejos d e -
c í a n que ni c u a n d o l a s flotas. A n -
daban apremiando por la j u s t i c i a a
l o s de l a s c a r r e t a s a que se d i e s e n
prisa a bajar al puerto pipas. Cada
p i p a se v e n d í a a 25 p e s o s y h a s t a
30 p e s o s . "
El zapatero y l a b r u j a
E n esta narración, Anchieta a p a -

rece influenciado por las preocupa-:
c i o n e s de l a é p o c a . O i g á m o s l e : " H a -
b r á diez d í a s , poco m á s o poco m e -
n o s , que sucedió como a quince o
d i e z y s e i s del m e s de S a n J u a n , q u e
estaba u n zapatero en S a n t a C r u z ,
m a l o , d e c í a n q u e e r a de m a l e f i c i o ;
'48
y u n a m u j e r que Viabían p e n i t e n c i a -
do e n C a n a r i a e s t á b a l o c u r a n d o y n o
Jo c u r a b a , s i n o d e c í a que s ó l o t e -
n í a d e v i d a h a s t a el d í a de S a n J u a n .
¡Volvió el z a p a t e r o a d a r l e u n o s r e a -
Jes p a r a la c u r a , y siempi'e ella con
q u e h a s t a e l d í a de S a n J u a n t e n í a
vida.
C o n esto fuese u n día a verla y
d í j o l e q u e s i n o le c u r a b a , y e l l a
c o n q u e h a s t a el d í a de S a n J u a n
v i v í a . E n t o n c e s el z a p a t e r o s a c ó , u n
trinchete que llevaba prevenido y
éntreselo y abrióle la barriga y s a -
l i ó el m e n u d o . D í j o l e : " P u e s s i m e
h a s de m a t a r tú a m í , m e j o r es que
y o acabe contigo." Y matóla. D i c e n
q u e a l c a n z ó el V i á t i c o . E l h o m b r o
I h u y ó , p e r o yo h a l l o q u e s i a s í h i -
cieran a todas e l l a s , se a c a b a r a n ^
S u c e d i ó e s t o e n 1759.'-'
Un c r i m e n horrible
P o r l a s c i r c u n s t a n c i a s q u e lo r o -
d e a r o n , el d e r e c h o de a s i l o aún en
v i g o r , y otros pormenores, no c a r e -
c e de i n t e r é s el s i g u i e n t e r e l a t o ;
".Viernes a l a noche, 7 s e p l l e m -
49
bro 1753. E s l a n d o en S a n f f a C r u z
I r a b a j a n d o u n o s h o m b r e s en un l i o r -
n o de c a l , d o s de l a O r o l a v a , q u e
uno era pedrero, nieto de E s t e b a n
G o n z á l e z , y c o m o de veinte y dos
a ñ o s , y e s t a n d o a s í , v e n í a n de R e -
g l a dos h o m b r e s , uno Itijo del a l -
g u a c i l A c e v e d o , c o j o , de S a n t a C r u z ,
y otro p a l a n q u í n , que estaba d e s -
c ; v s a ( i o de u n a m u c h a c h a de e s t a
ciudad; y sobre venir cantando y
l u s del h o r n o que cantaban, ellos
h i c i e r o n b u r l a y por ello u n o de l o s
del 'horno vino y dio a uno un palo,
y por ello s a c ó u n c u c h i l l o y dióle
u n a p u ñ a l a d a q u e s a l i ó a l s e s g o por,
.encima del h o m b r o .
A esto v i n o el o t r o de E s t e b a n
González y cogiólo y tirólo al suelo
y c a y ó s o b r e é l , y el tal c o n el m i s -
mo cuchillo, por debajo, de la p r i -
m e r a p u ñ a l a d a le a b r i ó e l p e d h o a o -
h r e el c o r a z ó n , y c o n t o d o }e d i o
otra de! m i s m o tamaño al otro l a -
d o , y o t r a p o r m á s a b a j o de l a n u -
c a , q u e s o b r e él quedó m u e r t o . E s -
l a s tres p u ñ a l a d a s le d i o , no s e s a -
be c u á l fué Ja p r i m e r a . D e forma
q u e el c o m p a ñ e r o h e r i d o primero,
le dijo, pensando peleaban, que se
d e j a s e n de ello, y él y a e s t a b a m u e r -
ío.
R e t r a j é r o n s e a S a n F r a i c i s c o , Ti
p u s i e r o n s i t i o al c o n v e n i o . El l u n e s
£0
ü !P. n o c l í e el g i i s n ü A f í l e s i b a , c o n
h á b i t o s , a s a c a r , y un soldado fie-
,luvo a l g u a r d i á n y d i j o que h a b í a
¡de r e c o n o c e r a l o s f i a i l c s ; enton-
ces f u e r o n a volver a e n t r a r en el
c o n v e n t o , y do s u s t o n o p o d í a n e n -
,trar, q u e e l g u a r d i á n s e a g a r r ó c o n
;el s o l d a d o , q u i e n d i j o : [Favor al
ÍRey", y los frailes ia entraron c o -
mo a rastra*."-
51
LAS TRES
VENGAfaZAS
Habló el viejecito. Su voz lenta Y
p r e m i o s a era una evocación de otras,
edades y de otros h o m b r e s . (•)
Fué en un lugar muy cercano de
aquí, en el h e r m o s o valle de L a s
Mercedes, donde vivía una bella m u -
c h a c h a l l a m a d a Maruca, alta, m o r e -
na, delgada, de ojos negros muy¡
•grandes, de a b u n d a n t e s cabellos o s -
c u r o s , boca bien dibujada y labios
m u y finos que sonreían sin cesar*
S u ocupación era las faenas del
c a m p o , y vivía con s u s p a d r e s eu
u n a c a s i t a c e r c a n a a la plaza de la;
'(•) E s t e r e l a t o me lo hizo el nuri-«

fea bien llorado hisloriador, don J o -
sé Rodríguez Moure, quien me a s e -
g u r ó que esos hechos figuran en el
Diario de Anchieta.
65
p n n i l n , d o n d e e n l r a b a el sol q u e e r a
una bpndinión.
La mucbaclia que sabía era g u a -
p a , tonfa u n a d o c e n a , de p r e t e n d i e n -
t e s . E n l r e t o d o s , el m á s a s i d u o , el
q u R la a m a b a de v e r d a d , p e r o q u i ? á
el m e n o s a f o r t u n a d o , e r a A n t ó n el
g a ñ á n , q u e se p a s a b a l a s h o r a s c o n -
templando a Maruca mientras tra-
b a j a b a , p a r a lo c u a l c o n d u c í a el g a -
nado por los l u g a r e s cercanos a
d o n d e a q u é l l a e s t a b a ; p e r o la j o v e n
n o q u e i í a a A n t ó n ; le t e n í a a f e c t o
p o r c o n o c e r s e d e s d e p e q u e ñ o s , y le
era simpático por las frecuentes;
p r u e b a s d e c a r i ñ o q u e a q u é l le d a -
ba.
O t r o p r e t e n d i e n t e t e n í a al q u e d e s -
d e el p r i n c i p i o le d e m o s t r ó a n t i p a -
t í a ; e r a u n c a b o d e la p a r t i d a d e
t r o p a fija d e g u a r n i c i ó n e n L a L a -
g u n a , q u e p o r l o d o s los m e d i o s q u e -
r í a q u e l a j o v e n le a m a s e ; la p e r -
s e g u í a y h a s t a llegó a a m e n a z a r l a ^
p e r o n a d a c o n s i g u i ó ; y c u a n d o ella;
s u p o q u e el c a b o v i v í a c o n u n a m u -
'jer e n la c i u d a d , y q u e d e a q u e l l o s
amores había nacido un niño, l l a m a -
d o J u a n , q u e ya c o n t a b a u n o s die«
I ;años, e n t o n c e s la antipatía por el
. pabo creció de p u n t o ,
SO
'Así las cosas, llegó a La Laguna
fel Regimiento de América. En el
cuadro de oficiales venía un apues-
to cadete que al ver a Maruca que-
'dó prendado de la bella campesina,
yendo a verla con frecuencia a Las
Mercedes, y liablándole de amores, v
Lo supo el cabo y reprochó a la j o -
ven su conducta, dándole a enten-
der que el cadete tenía el propósi-
to de engañarla, pero ésta se bur-
laba de las palabras del cabo. E n -
íonces, ciego de rabia y de celos,
juró malar al cadete, y, en efecto.
Ja tragedia se consumó. Una tarde,
cuando el oficial regresaba de Las
Mercedes, una bala lo dejó sin 'vi-
Jla en el camino. El cabo confesó su
delito, se le formó consejo sumarí-
simo y fué condenado a muerte.
Por ese tiempo, Antón, el fiel f
perseverante novio le Maruca, ha-
bía sido llamado a filas y servía co-
mo soldado en el regimiento de .Amé-
rica. Antón conocía la mala conduc-
t a del cabo con la joven, las calum-
nias que le había levantado y las c o -
sas de que se jactaba; sabía también
que las relaciones con el cadete fue-
ron un pasatiempo inocente, y por
todo esto, al preguntar el jefe si
había algún soldado que volunta-
riamente quisiese formar parte del
67
pelotón que Había, de ejecutar al ctf-
bo, Antón fué el primero que d i o uri
paso adelante.
En el amanecer del 2 1 de marzo'
del año 1 7 7 1 , La Laguna contempló
un espectóculo nuevo e inusitado:
el fusilamiento del cabo en la p l a -
za de San Francisco. Las crónicas'
de aquel tiempo «seguran que, f o r -
mado eJ cuadro de ejecución y a lá
voz de mando, una certera bala
atravesó el corazón del reo'. Antón
fliabía vengado a Maruca.
Entre la mucbedumbre que acu.^
dio a la ejecución, estaba una mu-^
jer con su hijo, que llorando no c e -
saba de repetir al muchacho que laí
acompañaba e s t a s palabras: "Mira,,
hijo, ese fué quien mató a tu pa-:
dre", y señalaba a Antón. Era la'
amante del cabo que inculcaba a,
Juan la idea de la venganza. Y ca-<
da vez que hallaba al antiguo ga-;
ñán, llamaba a su hijo para decirle,
mientras s u s ojos despedían odioí
•"Mira, ese fué quien mató a tu p a -
dre" .
Pasaron algunos años y Anlótí
cumplió el servicio militar. Tuvo'
fortuna con una venta que abrió en'
el camino da Las Mercedes, y como'
s e g u í a teniendo ley a Maruca, se c a -
saron. La muchacha, siempre bueaa'
58
y sencilla, fué una esposa fiel, a m a n -
te de su marido, limpia y h a c e n d o -
s a como n i n g u n a , y con u n a gracia
p a r a complacer a los p a r r o q u i a n o s
que acudían a la carne en adobo y
al vino, que muy pronto no p u d i e -
r o n servir a t a n t a clionlela f o r m a -
Ua por lo mejor de la ciudad. Los e n -
vidiosos decían que la gente no iba
sólo por la carne y el vino, que ni
e r a mejor ni peor que en o t r a s ven-
t a s , sino por ver y h a b l a r con la'
m u j e r de Antón, que a todos a t e n -
día s o n r i e n t e .
Y el m a r i d o comenzó a sentir c e -
Jos de su esposa. A las insidias de
a h o r a , s i u n í a n las a n t i g u a s c a l u m -
n i a s p r o p a l a d a s por el cabo y los
p a s a j e r o s a m o r e s con el cadete. Se
ttüzo h u r a ñ o , displicente y m a l h u -
m o r a d o ; c o n t e s t a b a de m a l a m a n e -
r a a su mujer y h a s t a llegó a p e -
igarle. La vida del m a t r i m o n i o , feliz
en otro tiempo, se convirtió a h o r a
ien u n infierno. La m u c h a c h a sufría
r e s i g n a d a los golpes y p a l a b r o t a s
We su marido, h a s t a que un día lá
'joven le anunció que estaba e m b a -
r a z a d a y se iba a la casa de s u s p a -
gres.
Oyóla Antón y se calló; pero en
f u cerebro nació la idea 'ele m a t a r a"
í a m u j e n Creía que era un p r e t e x -
69
to de M a r u c a el i r S c a s a de s u s
p a d r e s , p e n s ó q u e a q u e l h i j o n o Cra]
suyo, y que se m a r c h a b a con a l g u -
n o de a q u e l l o s s e ñ o r o n e s q u e v i s i - i
t a b a n su v e n t a y h a b l a b a n c o n ella?
E s p e r ó la noche, s e a c o s t a r o n , Ji
c u a n d o M a r u c a d o r m í a la e s t r a n g u -
ló c o n u n a c u e r d a q u e d e a n t e m a n o '
t e n í a p r e p a r a d a , m a t a n d o a s í a IS
m a d r e y al h i j o q u e l l e v a b a en Jaa:
entrañas.
La noticia corrió p o r toda la c i u -
d a d ; el c r i m i n a l f u é c o g i d o , y c o m o :
e s t a b a sujeto todavía al servicio dé
l a s a r m a s , f u é j u z g a d o p o r el f u e -
ro militar y condenado a muerte»
U n o de los p r i m e r o s q u e se p r e s e n - :
t ó a f o r m a r p a r t e d e l p e l o t ó n d e Ig
ejecución fué a q u e l m u c h a c h o lla-
m a d o J u a n , hiijo d e l C a b o , y a h o r a
soldado, que recordaba las palabras'
d e s u m a d r e : " M i r a , h i j o , e s e ifufi
él q u e m a t ó a t u p a d r e " . La c e r t e -
r a b a l a de J u a n t a m b i é n a t r a v e s ó el
c o r a z ó n d e A n t ó n , v e n g a n d o a s í á SU
p a d r e y a la i n o c e n t e y d e s g r a c i a d a
Maruca.
Donde cayeron' parí giempfg ÍSI

abo yy 'Antóri f e leyanttf jinS :ermi«i
cabo^
!B0
ílranciscOft
;tá 'de l a n g r é que üíastá díoy día éxis-
í e en un costado de ia plaza de Sari

Del Diario Del Regidor Anchieta y Alarcn

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L e y e n d o el " D i a r i o " se descubre

P o r bajó cuerda se consiguió qué

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Sabido es que los conquistadores

E r a costumbre muy antigua traer

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iTodávía "se v e n e r a en IS Iglesia 8é.

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'(•) E s t e r e l a t o me lo hizo el nuri-«

Donde cayeron' parí giempfg ÍSI

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