Está en la página 1de 30

José Pereira Rodríguez

LA O B R A DE
«EL V I E J O PANCHO»

MONTEVIDEO
U R U G U A Y
1957
La Obra de «El Viejo Pancho»
I

D e s p u é s d e c o n o c e r ni h o m b r e — g a l l e g o d e K i b a d e o - — , q u e se
corporizó e n José A l o n s o y Trelle», vivió largos años e n el Tala y
m u r i ó e n M o n t e v i d e o , será necesario estudiar su obra de criollo de
ley, q u e p o p u l a r i z ó el p s e u d ó n i m o d e « E l V i e j o P a n c h o » y se con-
c r e t a e n p o e m a s g a u c h e s c o s q u e le a s e g u r a n v i d a s i n t é r m i n o e n la
h i s t o r i a l i t e r a r i a d e l R í o d e la P l a t a . H o m b r e y o b r a se m u e s t r a n
como anverso y reverso de una medalla de contradicciones. D o n José
Alonso y Trelles no tuvo un hogar infeliz; ni anduvo perseguido por
la P o l i c í a y la J u s t i c i a ; n i s u p o t o c a r l a g u i t a r r a ; ni p a d e c i ó d e s d i -
chas por a m o r e s i m p o s i b l e s ; ni se e m b r i a g ó para o l v i d a r penas de
a m o r ; ni fue p e n d e n c i e r o ; ni m i r ó las cosas de la e x i s t e n c i a con
gafas de e s c é p t i c o p e s i m i s t a . . . E n c a m b i o , « E l V i e j o P a n c h o » e n
la o b r a l i t e r a r i a , r e s u l t ó c a t e g ó r i c a o p o s i c i ó n a t o d o c u a n t o se a c a b a
de enumerar. José A l o n s o y Trelles y «El V i e j o P a n c h o » e v i d e n c i a n
u n a a n t i m o n i a c a b a l y t o t a l . Y e n e s t o r e s i d e el m i s t e r i o d e su
«ángel» poético.
L a v i d a l i t e r a r i a d e J o s é A l o n s o y T r e l l e s , o sea la l a b o r i n t e -
l e c t u a l d e « E l V i e j o P a n c h o » o f r e c e tres a s p e c t o s d e s i g u a l m e n t e i m -
portantes:
1 ' u n a labor periodística, cumplida en un medio pueblerino,
que pone a prueba ingenio y voluntad, campechanía y picardía, sen-
t i d o c r í t i c o y a f á n c o n s t r u c t i v o : e v i d e n t e e v a s i ó n d e la r e a l i d a d c o -
t i d i a n a h a c i a e l e n s u e ñ o y la e s p e r a n z a ;
2' u n a producción teatral que, en resumen, puede estimarse
c o m o m e n u d a tarea del género c h i c o : í n d i c e i n e q u í v o c o de u n es-
píritu b u r l ó n y chacotón, de u n fácil versificador y de u n escritor
ingenioso y travieso;
3' u n a creación poética q u e t e r m i n a p o r s e r la ú n i c a r a z ó n d e
una vida literaria y q u e constituye, por su a d m i r a b l e persistencia y
p o r su i n d i s c u t i b l e o r i g i n a l i d a d , la i n m a r c e s i b l e g l o r i a d e « E l V i e j o
Pancho», cuyo centenario natalicio celebramos.

II

Lo que el p r o p i o A l o n s o y Trelles l l a m a sus « p r i m e r o s escarceos


periodísticos» c o m i e n z a n e n u n s e m a n a r i o t i t u l a d o « E / Tala» que,
allá por 1881, f u n d ó d o n J o a q u í n T e j e r a , m a e s t r o d e e s c u e l a . E l 18
de noviembre de 1894, A l o n s o y Trelles inicia la p u b l i c a c i ó n del
p e r i ó d i c o tEl Tala Cómico» y c o m o Director se oculta tras u n pseu-

— 3 —
d ó n i n i o : Juan Monga. Es un doble h o m e n a j e : recuerdo del perió-
dico en que comenzó a escribir y reiteración de u n n o m b r e literario
q u e l e r e s u l t a b a g r a c i o s o . «El Tala Cómico», e n s e t i e m b r e 11 d e
1896, a b a n d o n a e l n o m b r e d e D i r e c t o r — J u a n Monga—, y lo reem-
p l a z a p o r o t r o p s e u d ó n i m o : Candil. Así continuará basta q u e deja
d e a p a r e c e r el p e r i ó d i c o , e l 13 d e m a r z o d e 1 8 9 8 . ¿ P o r q u é se p r o -
dujo el c a m b i o de p s e u d ó n i m o ? Lo explica el m i s m o A l o n s o y Tre-
l l e s al dar la a l t e r n a t i v a a Candil de este m o d o : «Un escritor nota-
b i l í s i m o , gloria d e la l i t e r a t u r a u r u g u a y a , h a h e c h o c é l e b r e e n la
R e p ú b l i c a d e las l e t r a s , u n p s e u d ó n i m o q u e u s á b a m o s n o s o t r o s a l l á
por 1881, cuando escribíamos, en u n i ó n de algunos b u e n o s amigos,
u n s e m a n a r i o q u e s e t i t u l ó «El Tala*...» «Pero —agrega con m o -
d e s t i a — , al s a b e r q u e a l g u i e n c o n q u i e n n o p o d e m o s c o m p a r a r n o s , l o
usa y l e da b r i l l o , n o s a p r e s u r a m o s a s u p r i m i r l o , p r o t e s t a n d o q u e
s ó l o a l a m e n t a b l e i g n o r a n c i a se d e b e l o q u e , p a r a q u i e n n o n o s c o -
n o z c a , p u d i e r a p a r e c e r a p r o p i a c i ó n i n d e b i d a d e u n t í t u l o q u e n o es
nuestro.» ( ' ) A s í q u e d a e x p l i c a d o e l « c a m b i o » d e Juan Monga por
Candil. El escritor a que a l u d e A l o n s o y T r e l l e s , era el d o c t o r Al-
f r e d o E . C a s t e l l a n o s , q u i e n al a p a r e c e r e n el s e m a n a r i o «El Ombú*
u n a p o e s í a d e d i c a d a a Juan Monga, había sido puesto en evidencia
c o n la s i g u i e n t e a c l a r a c i ó n : « P a r a l o s q u e n o s e p a n : Juan Monga es
un p s e u d ó n i m o p o p u l a r i z a d o p o r C a s t e l l a n o s » . A e s t a a d v e r t e n c i a
aclaratoria d i o r e s p u e s t a c o n d i g n a la a c t i t u d p u n t i l l o s a d e A l o n s o v
a
Trelles. ( )
El Tala Cómico es u n p e r i ó d i c o q u e s e a u t o - d e f i n e « f e s t i v o , s e m i -
satírico y casi i l u s t r a d o » ; q u e «se p u b l i c a c u a n d o s e p u e d e » ; « q u e
sale a l u z u n o q u e o t r o d o m i n g o » , y q u e , d e s d e la p r i m e r a h a s t a l a
ú l t i m a l í n e a d e t o d a s eus p á g i n a s , e s t á p e n s a d o , e s c r i t o , d i b u j a d o e
impreso con rudimentario m u l t i p l i c a d o r d e copias, por el m i s m o
A l o n s o y T r e l l e s , q u i e n o c u l t a , tras u n a a b u n d a n t e v a r i e d a d d e p s e u -
d ó n i m o s , la a u t o r í a d e l o s c o m e n t a r i o s l i t e r a r i o - f i l o s ó f i c o s , c u e n t o s ,
gacetillas, r i m a s , f á b u l a s , r o m a n c e s , n o t i c i a s , e t c . q u e c o l m a n l a s
acostumbradas paginitas del s e m a n a r i o . / Q u é intenta A l o n s o v T r e -
l l e s c o n su l a b o r p e r i o d í s t i c a ? S i n d u d a a l g u n a , d i s p o n e r d e u n
m e d i o de difusión para dar p u b l i c i d a d a l o q u e piensa, siente y sue-
ñ a ; p e r o , a d e m á s , y l o aclara s i n r o d e o s , — p o r q u e n o e s f a t u o , ni
persigue «ningún interés s ó r d i d o » — , para alcanzar «el a p l a u s o de
l o s b u e n o s » . (*) E s t a casi i n o c e n t e a s p i r a c i ó n p i n t a a l a s c l a r a s u n
corazón generoso.
Q u i e n relea las p á g i n a s e n v e j e c i d a s d e l o s o c h e n t a y t r e s n ú m e -
ros d e El Tala Cómico —que, por una deferencia del hijo mayor

O «El Tula Cómico». Tala. Setiembre 11 de 1898. N ° 62. En primera


columna editorial titulada «De todo un poco».
2
( ) Arturo Serón; «Diccionario de Seudónimos del Uruguay». Claudio
García y Cia. Montevideo. 1942. Secunda edición. Pig. 200.
(») «El Tala Cómico». 25 de noviembre de 1894. Ano I-N"? 2.

— 4 —
del Poeta, p u d e leer y c o m p u l s a r d i r e c t a m e n t e — , advertirá en ellas,
e l l e n t o d e s f i l a r d e m í n i m o s s u c e s o s q u e la p e q u e n e z d e u n p u e b l e -
c i t o c a m p e s i n o m a g n i f i c a . Mo es t o d o p a z , s o s i e g o , r e - i g n a c i ó n ,
comentario chancero o burla satírica: también, c o m o fugaces relám-
p a g o s , s u r g e n n o t a s d e d o l o r y e x p r e s i o n e s d e c o n g o j a j u n t o a ver-
sos h u m o r í s t i c o s v reiteradas críticas sociales, políticas, literarias,
religiosas.
C u a n d o a p a r e c e , e n 1 8 9 5 , « / ? / Fogón», e n M o n t e v i d e o , b a j o la
d i r e c c i ó n d e A l e i d e s d e M a r í a (Calino el Soto) y de Ürosmán Mo-
r a t o r i o (Julián Perú jo), A l o n s o y T r e l l e s d e s t a c a tal h e c h o , e n El
Tala Cómico, p a r a s e ñ a l a r q u e tal p e r i ó d i c o t i e n e q u e s e r c e l e b r a d o
«por todo el que goce r e c o r d a n d o el ayer p o é t i c o de un p u e b l o , c u -
yas costumbres originales y sencillas van d e s a p a r e c i e n d o para dar
lugar a r e f i n a m i e n t o s corruptores, l l a m a d o s a transformar el carác-
ter y e l e s p í r i t u » . Y r e c a p i t u l a n d o las p o s i b l e s o b j e c i o n e s , c o m p l e t a ,
significativamente, su p e n s a m i e n t o d i c i e n d o : «Para m u c h o s , esa
t e n d e n c i a , e s c m í s t i c o d e s v a r í o p o r el p a s a d o , s i g n i f i c a u n a r e a c c i ó n
i n s e n s a t a p o r q u e n o h a y b r a z o , p o r h e r c ú l e o q u e él s e a , q u e b a s t e a
c o n t e n e r la a r r o l l a d u r a c o r r i e n t e d e l p r o c e l o s o r í o d e l o s t i e m p o s ;
p e r o f a l t a r í a q u e n o s d i j e s e n si es m e j o r e l p r e s e n t e ; f a l t a r í a q u e
n o s d e m o s t r a s e n q u e hemo9 d e g a n a r a l g o e n c e r r a n d o e l a y e r e n p o l -
v o r i e n t o s a r c ó f a g o ; f a l t a r í a q u e j u s t i f i c a r a n su d e s p r e c i o d e l o q u e
f u e , c o n las b i e n a n d a n z a s d e l o q u e e s » . (M

El Tala Cómico m u e s t r a , c o m o e n s i n t é t i c o r e s u m e n , la e v o l u -
c i ó n l u g a r e ñ a d e u n a p o b l a c i ó n s e m i - r u r a l y e l c o m i e n z o d e la a c t i -
vidad literaria de un escritor popular. A l o n s o y Trelles dedicará sus
preferencias hacia el género g a u c h e s c o e n los sucesivos veintitrés
n ú m e r o s d e momentáneas, otro p e r i ó d i c o d e f o r m a t o m e n o r , q u e di-
rige, escribe c i m p r i m e , desde j u n i o de 1899 hasta e n e r o de 1900.
El Tala Cómico revela los c o m i e n z o s literarios de u n h o m b r e
inquieto en u n solitario pueblecito del Interior, a fines del siglo
p a s a d o , l e j o s d e la M o n t e v i d e o a b s o r b e n t e y t e n t a c u l a r . Momentá-
neas — s u p e r v i v e n c i a y c o n t i n u a c i ó n d e El Tala Cómico—, ofrece el
nacimiento esplendoroso de un poeta auténtico que, en lenguaje
g a u c h e s c o , d e s n u d a s u a l m a a n t e la v i s i ó n d e u n p a s a d o c r e a d o m á s
c o n la i m a g i n a c i ó n q u e c o n l a r e a l i d a d d e su b i o g r a f í a . E n Momen-
táneas aparece «El Viejo Pancho», poeta y hombre, campesino y
campechano, quejumbroso y nostálgico, como expresión auténtica
de u n a existencia soñadora y r o m á n t i c a . E n las p á g i n a s d e Momen-
táneas c o m o l o a n t i c i p ó el m á s d e s t a c a d o i n v e s t i g a d o r d e la v i d a
de « E l Cantor del Tala», el profesor J u a n Carlos S a b a t P e b e t , se
p u b l i c a n « c a t o r c e d e las c o m p o s i c i o n e s i n m o r t a l e s d e « E l V i e j o P a n -

(>) «£/ Tala Cómico». Tala, setiembre de 1895. N9 28.


cho», bendecidas por el obligado autógrafo q u e ha d e j a d o el poeta
e n cada una de ellas». (M

III

Mientras A l o n s o 7 Trelles entretiene sus horas e n d i b u j a r c o m o


u n arcaico pendolista, los títulos, las letras, los m o n i g o t e s y todas las
i l u s t r a c i o n e s d e c o r a t i v a s d e las p á g i n a s d e s u s p e r i ó d i c o s , — o t r a s
a c t i v i d a d e s l l e n a b a n sus h o r a s , c o m o c o m p l e m e n t o d e s u s p r e o c u p a -
c i o n e s l i t e r a r i a s . E n e l T a l a se o r g a n i z a u n c u a d r o d e a f i c i o n a d o s a
las r e p r e s e n t a c i o n e s t e a t r a l e s . E s t á i n t e g r a d o p o r g e n t e e n t u s i a s t a y
entretenida, que busca, dentro del á m b i t o de las b a m b a l i n a s , u n
m e d i o y un m o d o de matar el tedio c a m p e s i n o y u n a e x p a n s i ó n a
las i n q u i e t u d e s a l e g r e s d e la j u v e n t u d . A l o n s o y T r e l l e s n o p o d í a
q u e d a r al m a r g e n d e t a l e s p r o p ó s i t o s p o r q u e , p a r a é l , c o n v i v i r a l e -
g r e m e n t e , e r a la m e j o r f o r m a d e l a o b l i g a d a a c t i v i d a d s o c i a l . E r a n
los años de aquella época l e j a n a en q u e , e n los e s c e n a r i o s m o d e s t o s ,
t r i u n f a b a el g é n e r o c h i c o q u e h a c í a las d e l i c i a s d e l a s e n c i l l a g e n t e
burguesa, — «municipal y espesa», que diría R u b é n D a r í o . Los auto-
res p r e d i l e c t o s e s t a b a n p e r s o n i f i c a d o s p o r S i n e s i o D e l g a d o , e l j o c u n -
do Director del «Madrid Cómico» y p o r Vital Aza, el m é d i c o verti-
ficador, d e f e c u n d i d a d l e p o r i n a . E s t o s f e s t i v o s c o m e d i ó g r a f o s d a b a n
m a t e r i a l para las r e p r e s e n t a c i o n e s t e a t r a l e s d e l o s a r t i s t a s i n c i p i e n -
tes. A l o n s o y T r e l l e s n o q u i s o s e r m e n o s q u e a q u e l l o s d o n o s o s f a b r i -
cantes de o b r i l l a s r e i d e r a s , y e s c r i b i ó p a r a e l g r u p o d e a f i c i o n a d o s
q u e dirigía y e s t i m u l a b a , d i v e r s a s o b r a s r c p r e s e n t a b l e s , d e v i d a efí-
mera y escaso mérito literario.

Estas b r e v e s o b r a s t e a t r a l e s , e s c r i t a s e n v e r s o s f á c i l e s o e n s e n -
cilla prosa, r e s p o n d í a n — s i n d u d a — a l a c o m p l a c e n c i a d e u n p ú b l i c o
a m i s t o s o y f a m i l i a r q u e las a p l a u d í a . E l l a s s i r v i e r o n a A l o n s o y T r e -
lles — b a j o el p s e u d ó n i m o d e « U n a f i c i o n a d o » — p a r a d e s p u n t a r el
s a b r o s o v i c i o d e h a c e r v e r s o s s i n p r e s u n t u o s i d a d e s y c o n la c h a c o t o n a
socarronería q u e e r a l a flor d e s u f i g u r a . . .
E n u n a de esas o b r i t a s t e a t r a l e s — c a s i e n s u t o t a l i d a d i n é d i t a s —
p r e c i s a m e n t e e n la q u e e s c r i b i ó e n 1911 y t i t u l ó Idilio fulminante y
q u e , s e g ú n el p r o p i o a u t o r es « d i s p a r a t e casi t r á g i c o , d e s a b o r l o c a l ,
e n u n acto y e n prosa, e s c r i t o e x p r e s a m e n t e p a r a e l C u a d r o d e A f i -
c i o n a d o s d e l T a l a p o r u n o d e sus m i e m b r o s » , — e l a m o r p a s a j e r o , a
la vez b u f o n a d a y s e n s i b l e r í a , c o n s t i t u y e e l a s u n t o d e la e s c e n i .
Marcial, compadrito de barrio, « c o n s u m a d o artista e n t o d a clase d e
b o c h i n c h e s » , t e r m i n a r á p o r r a p t a r a la ecuyére, criolla acróbata, que
p a s a p o r ser l a e s p o s a d e u n i t a l i a n o , e m p r e s a r i o d e l c i r c o q u e a c a b a
d e l l e g a r al p u e b l o . M a r c i a l se e n a m o r a f i i l m i n a u t e m e n t e d e la d e s -

(») Juan C. Sabia P,btt, «El Cantor del Tala». Pelado del Libro. Monte-
video-Buenos Aires. 1929,

_ 6 —
c o n o c i d a p o r q u e c o n c i b e la p a s i ó n a m o r o s a c o n c r i t e r i o s i m p l í s i m o .
Lo e x p l i c a e n la b r e v e e s c e n a Y d e esta m a n e r a d e s a p r e n s i v a :

Cuando a uno le sonríe el amor, ni los acreedores le cobran,


ni los pesos se destinan a pagar cuentas fósiles.

C o m p l e t a su p e n s a m i e n t o , al son de la guitarra, agregando a


m e d i a v o z , esta d é c i m a s e n c i l l a :

Atfe que en jaula dorada


Lloras tu es¡>acio perdido.
Si volar quieres a un nido
Dimclo en una mirada.
Tengo al pie de una enramada.
Que el sol cariñoso dora,
Hecho de adobe y totora,
Vn ranchito sin igual
Donde, rendido, un zorzal
Espera a un ave canora.

E l « a v e » q u e , r e s u l t a ser u n a a r t i s t a d e c i r c o , se l l a m a Hada y
q u e e n el e s t r e n o d e la o b r a f u e p e r s o n a j e , j o c o s a m e n t e r e p r e s e n -
t a d o p o r e l v e c i n o E u d o r o O l i v e r a , — a n t e tal d e c l a r a c i ó n , c a n t a d a
a la m u ñ e r a p a y a d o r e s c a . d e s b o r d a el r i d í c u l o c o n f e s a n d o :

Quiero ser libre; amar; sentir cerca de mi un corazón


que me quiera desinteresadamente; una boca que me acari-
cie con palabras de ternura; un bruzo en que apoyarme,
para ascender a las cumbres de la vida; un hogar en que
cuidar con cariños del alma, el rosal de la dicha.
(Escena IX)

E l g a l á n c a n t o r n o le va e n z a g a e n c u a n t o al d e s b o r d e d e z a l a -
m e r í a s y así le r e t r u c a la a n d a n a d a r o m a n t i e o n a :

Va a ser mi boca la que, robantli) las mieles de tus la-


bios, musitará a tu oído la letanía de mis alabanzas, la ora-
ción de mis ternuras, el himno de mi felicidad. Van a ser
mis ojos los que, asomándose al abismo atrayentc de. tus
pupilas, dirán a tu almita el misterio de este amor que agita
toilas las fibras de mi ser; va a ser mi casita, escondida al
al pie de una enramada que dora el sol y alegra el sabia,
el nido bendito en que tejerán nuestras caricias la tela de
las biemtvenluranzas.

- 7 -
Tras e s t e t u r b i ó n d e v u l g a r i d a d e s p o é t i c a s , d e l i b e r a d a m e n t e t r i -
viales, y en el m o m e n t o e n q u e Marcial i n t e n t a e x p l o r a r el p a s a d o ,
acaso u n p o c o e s c a b r o s o d e la a c r ó b a t a c r i o l l a , r e a p a r e c e e n e s c e n a
el i t a l i a n o d u e ñ o d e l c i r c o q u i e n a n t e e l a m e n a z a n t e r e v ó l v e r q u e
e m p u ñ a e l c o m p a d r i t o , r e s u e l v e , r á p i d a m e n t e , ir r n p r o c u r a d e l
s u y o , m i e n t r a s c a e e l t e l ó n d a n d o f i n al s a i n e t e .
E n otra h u m i l d e o b r a t e a t r a l i n é d i t a A l o n s o y T r e l l e s t r a t a , d e
nuevo, de m o d o cómico y en verso, el t e m a del a m o r . El e n t r e a c t o
o r i g i n a l s e t i t u l a , r i s u e ñ a m e n t e , Amores fósiles o Broma pesada. La
f o s i l i d a d a m o r o s a está r e p r e s e n t a d a p o r e l a u r a a l o c a d a q u e , p a s a -
dos c i n c u e n t a y d o s a ñ o s d e m a t r i m o n i o , a c e l e r a e l c o r a z ó n d e l se-
t e n t ó n D o n A g a p i t o , y la b r o m a p e s a d a c o n s i s t e e n q u e u n j o v e n
desaprensivo finge enamorar a D o ñ a P u r a , la m u j e r d e D o n A g a p i t o ,
vejete enamoradizo, a quien un personaje j u v e n i l , A m p a r i t o , excita
diciéndole:

Usted lo que necesita


para vivir, es amor.
Amor que cambie su suerte
y rejuvenezca su alma,
amor que turbe esta calma
que es la calma de la muerte;
amor que a los años diga:
¡Alto! No paséis de aquí...

La o b r e j a t e r m i n a c o n la aleccionadora reflexión, para Don


A g a p i t o y para D o ñ a P u r a ,

que si la vida un suplicio


les era y un torcedor,
no es porque faltara amor,
era que faltaba...
¡Juicio!
(Escena V)

En el «disparate trágico-cómico, e n un acto original y e n verso»,


q u e A l o n s o y T r e l l e s e s t r e n ó e n 1890 y q u e , ridiculizando al h o m ó -
n i m o s h a k e s p i r i a n o t i t u l ó Nuevo Ótelo, u n o de los personaje.., D o n
c
A n ° « B g r o t c
°m™ngura d e Y a g o , p r e g u n t a a D a l i a , e s p o s a
s c a

de D o n H i l a r i o , q u e es el « n u e v o Ó t e l o » : « ¿ E s d e l i t o a m a r ? » ; y , s i n
esperar respuesta, a c l a r a :

Ama el ave que el espacio


puede en su vuelo cruzar
y ama el pez en el palacio
de cristal, que el mar le dio.

— 8 —
y aman la flor y el reptil,
y ama usted y la amo yo. . .
(Escena IV i

Es m u y p o s i b l e <|u«* se g u a r d e n c u o l v i d a d a g a v e t a , a l g u n a » otru»
o b r a s t r a t r n l r s d e l Jipo d e las r e f e r i d a s , a lar* i p i r A l o m o y T r e l l e s
n o c o n c e d i ó i m p o r t a n c i a . Las r r f f r i i l u s y e s a s o t r a s p e r d i d a * u o l v i -
d a d a s , f u e r o n e s c r i t a s casi s i e m p r e , e n e s t i l o h u m o r í s t i c o . E n t r e c r u -
z á n d o l a s c o n o t r o s j u g u e t e s c ó m i c o s p r o v o c a d o r e s d e risas y d e a p l a u -
s o s , A l o n s o y T r e l l e s e s c r i b i ó a ú n a l g u n a s o t r a s q u e , a u n q u e sur-
gieron con cierta a m b i c i ó n de triunfo, no alean/.arnn é x i t o d u r a d e r o .
Así c o n s t r u y ó , u n d r a m a n a c i o n a l , e n u n a c t o , « G u a c h a * «pie, p u -
b l i c a d o en 1913, m e r e c i ó elogios de Casiano 'Moncgal. De igual ma-
n e r a , se r e p r e s e n t ó u n « m o n ó l o g o o r i g i n a l » '«Alucinación» (pie
G u s t a v o G a l l i n a ] , — u n o d e los e x c e l e n t e s c r í t i c o s d e « E l Viejo
P a n c h o » - - , s e ñ a l ó c o m o u n a c i e r t o . Q u i z á s e n t r e las v o l a n d e r a s
c u a r t i l l a s q u e d e s t i n ó al t e a t r o p a r a c o n t e m p l a r c a n d o r o s a s e x i g e n -
cia» p u e b l e r i n a s , e s t a s o c h o p á g i n a s m a n u s c r i t a s c o n a q u e l l a su pa-
ciencia do pendolista, merecen pausado comentario.
Alucinación es un m o n ó l o g o original q u e evidencia c o n o c i m i e n -
t o d o la t é c n i c a t e a t r a l y d e l o s r e c u r s o s d o q u e p u e d e e c h a r m a n o
e l d r a m a t u r g o . E l a s u n t o es a s í : un j o v e n p o e t a a g u a r d a , r e c i b e y
h a b l a a u n p e r s o n a j e (pie e s t á p r e s e n t e s ó l o e n su i m a g i n a c i ó n . El
m o n ó l o g o so c o n v i e r t e p o r tal a r t i l u g i o , e n un s o l i l o q u i o , c u y o d e s -
e n v o l v i m i e n t o non va e n t e r a n d o d e c ó m o e l h a b l a n t e no p u e d e c o m -
p r e n d e r q u e se i n t e n t e e x i g i r l e e x p l i c a c i o n e s p o r q u e un d í a e n c o n t r ó
en su c a m i n o a u n a m u j e r a q u i e n h a c o n v e r t i d o en su a m a d a ,
contra todas las c o n v e n i e n c i a s sociales, por obra y gracia del p o d e r
a l u c i n a t o r i o d e la f a n t a s í a . E l j o v e n p o e t a p r e g u n t a a un o y e n t e
i n e x i s t e n t e : « ; Q u i e r e imlcd s a b e r c u á n d o n o s c o n o c i m o s , c ó m o n o s
a m a m o s , p o r q u é n u e s t r a p a s i ó n r o m p o t o d a s las c o n v e n c i o n e s so-
c i a l e s y s u p r i m e t o d o s l o s o b s t á c u l o s , y a b r e sus alae i r i s a d a s en el
r i t m o a r m o n i o s o d e m i s e s t r o f a s ? » . A la p r e g u n t a s i g u e la e x p l i -
c a c i ó n . S e c o n o c i e r o n h a c e don a ñ o s y se m i r a r o n s ó l o l o s veinte,
s e g u n d o s q u e , para el a m o r , r e p r e s e n t a n ¡ u n a e t e r n i d a d ! ¿ O s acor-
dáis de D o n Quijote que en dore años de r e n d i d o a m o r a Dulcinen
n o p o d í a a s e g u r a r si a l g u n a v e z e l l a h a b í a p o s a d o sus o j o s e n sus
o j o s , c o n f i j e z a ? Ix>s d o s a m a n t e s d e la o b r a d e A l o n s o y T r e l l e s ,
s e g ú n n a r r a el p r o t a g o n i s t a , v i v i e r o n un f a n t a s e a d o i d i l i o , h a s t a q u e
u n d í a , la d i c h a nc. q u e b r ó c o m o u n a c o p a de c r i s t a l . E l j o v e n p o e t a
r e c u e r d a e v o c a t i v a m e n t e l o s u c e d i d o y se j u s t i f i c a d e e s t e m o d o :
« Y e s c r i b í v e r s o s , v e r s o s e n q u e s u r g í a el p a s u d o l u m i n o s o y
f e l i z , y v e r s o s e n q u e p a l p i t a b a el f u t u r o al h a l a g o d e la e s p e r a n z a » .
N a d a importa q u e t o d o ocurra en un m u n d o ilusorio, a j e n o por com-
p l e t o a l o p r o s a i c o d e la r e a l i d a d c o t i d i a n a . E l j o v e n p o e t a «te r í e
d e t o d o c u a n t o s e i n t e n t e l l e v a r a c a b o para a r r e b a t a r l e la m u j e r

— 9 _
que inspira sus pensamientos y p r o m u e v e sus s e n t i m i e n t o s : «la apri-
s i o n é e n la m a l l a s u t i l í s i m a d e m i s v e r s o s — a s e g u r a — , y v i v i r á e t e r n a -
m e n t e en ellos c o m o viven e n las estrofas dantescas la d i v i n a B e a t r i z
y la v o l u p t u o s a F r a n c i s c a d e R i m i n i » . E s 9 u y a , a s e g u r a , p o r la p a s i ó n
espiritual que los u n e , y l o declara «a c u a n t o s n o s e p a n d e infide-
l i d a d e s q u e e s c a p a n a la s a n c i ó n d e l o s c ó d i g o s » . Y y a e n e l p a r o -
x i s m o d e la a l u c i n a c i ó n , el j o v e n p o e t a c r e e v e r l a i m a g e n v i v a
d e la m u j e r a d o r a d a , q u e s e a c e r c a a la l u z d e l a s e s t r e l l a s , m i e n t r a s
l a m ú s i c a d e j a oir u n a s u a v e m e l o d í a . . .
El Alonso y Trelles de esta é p o c a — q u e c o i n c i d e c o n los co-
m i e n z o s d e l p r e s e n t e s i g l o — es j a r a n e r o y j o v i a l . N o t e n í a n i d e l
amor, ni de las mujeres, la o p i n i ó n q u e e x t e r i o r i z a e n sus p o e m a s
escritos e n l e n g u a j e g a u c h e s c o . H a s t a e s t o s a ñ o s j u v e n i l e s , e l a m o r
era f e l i z e i n s t a n t á n e o a c o n t e c e r e n s u v i d a i n q u i e t a y d e s a s o s e g a d a .
E l d o l o r y el p l a c e r se e n t r e m e z c l a b a n p a r a d a r l e a l e g r í a s y e s p e -
ranzas a l o s d í a s d e su j u v e n t u d . C o m o l o s n i ñ o s , e n s u s t e m b l o r o s a s
creaciones literarias, lloraba o reía, a l t e r n a t i v a m e n t e , sin caer, ni
persistir e n i n v a r i a b l e e s t a d o d e á n i m o . S o b r e t o d o , p o e t i z a b a l a
e x i s t e n c i a para e v i t a r la d e s e s p e r a c i ó n , la t o r t u r a , e l t e d i o , t o x i n a s
i n t e l e c t u a l e s q u e s u e l e n a c r e c e r la n a t u r a l t r i s t e z a d e l o s e s p í r i t u s
sentimentales. A l o n s o y Trelles era e n t o n c e s u n p o e t a q u e e n t r e v e í a
paisajes e s m e r i l a d o s p o r n i e b l a s r o m á n t i c a s . P a r a é l , y a su m a n e r a ,
la e x i s t e n c i a t e n í a e l e n c a n t o d e ser t r i s t e y l a tristeza, e r a l a r e a l i -
dad q u e i m p r e g n a b a e i n s p i r a b a s u p o e s í a . C r e í a e n e l a u s t e r o m i -
n i s t e r i o d e la p o e s í a y l e s r e c o n o c í a a l o s p o e t a s u n d e r e c h o s a g r a d o :
« S o n los ú n i c o s — e s c r i b í a — q u e v a n d i c i e n d o p o r e l m n n d o e l s e -
c r e t o d e su e x i s t e n c i a ; los ú n i c o s q u e t i e n e n d e r e c h o a f a s t i d i a r a
los d e m á s c o n la e x p r e s i ó n d e s u s d o l o r e s » . P o r e s t o , n o s o r p r e n d e
q u e e c h a r a m a n o al c o n s u e l o d e u n a d o b l e p o e s í a : «la p o e s í a d s l
r e c u e r d o y la p o e s í a d e l a e s p e r a n z a » : e n l o p a s a d o e v o c a b a la d i c h a
v i v i d a ; y para l o p o r v e n i r p r o y e c t a b a la i l u s i ó n d e u n a f e l i c i d a d
posible y probable. El presente era l o p a s a j e r o y f u g a z q u e , p o r estar
muy próximo a los sentidos, necesitaba p r o y e c t a r s e e n la distancia
y e n e l t i e m p o , para ser d u r a d e r o .
¿ C u á n d o o c u r r e esta t r a n s i c i ó n ? D o c u m e n t a d a m e n t e , cuando
c o m i e n z a a escribir p o e m a s e n l e n g u a j e g a u c h e s c o ; p a r a p r e c i s a r l o
e n el t i e m p o , e n e l i n s t a n t e e n q u e i n i c i a e n 1 8 9 9 , la p u b l i c a c i ó n
de Momentáneas.

IV

Si el a m o r y l a s m u j e r e s f u e r o n p a r a e l hombre Alonso y Tre-


lles, motivos de retozona chanza y, f u g a z m e n t e , ocasión para refle-
x i o n e s r o m á n t i c a s , e l a m o r y l a m u j e r a d q u i e r e n p a r a e l poeta «El
P a n c n o o l e m
uv * » « " d a d de tema dramático. Los p o e m a s q u e éste
p u b l i c a e n las p á g i n a s d e Momentáneas m u e s t r a n i n c o n t e s t a b l e ca-

- 10 -
K d a d e s t é t i c a . E n su casi totalitlutl i n s i s t e n , c o n c i e r t a m o n o t o n í . i ,
e u u n s o l o a s u n t o : el a m o r ; e n u n p e r s i s t e n t e m o t i v o : el r e c u e r d o
d o l o r o s o del a m o r p e r d i d o . A s u n t o y m o t i v o se f u n d e n en una única
c a u s a : u n a « c h i r u z a » . « a q u c y a c h i r u z a » , d e q u i e n el p o e t a a s e g u r a y
confiesa:

Que jué do Inditas mis ponas la causa!

La m u j e r q u e o c a s i o n a tal d e s v e n t u r a n o a p a r e c e m e n c i o n a d a
n u n c a p o r su n o m b r e . C o m o e n el p o e m a « M a r t í n F i e r r o » , e n l o s
v e r s o s g a u c h e s c o s d e « E l V i e j o P a n c h o » n o se n o m b r a , c o n c r e t a -
mente, a ninguna mujer.
D e la r e a l i d a d c a r n a l q u e m o t i v ó la p a s i ó n d e « E l V i e j o P a n -
c h o » s ó l o n o s q u e d a e l d a t o s u g e r e n t e d e q u e e r a n «sus o j o s n e g r o s * .
¡Extraña c o i n c i d e n c i a ! E v o c a m o s este o l v i d a d o madrigal de Ernesto
Herrera:

(Yo tuvo historia aquel amor, señora. ..


Fue una estrella fugaz
Que mi vida cruzó como una loca
Serpentina de luz... ¡Y nada más!

Nada sé de su rostro que velaba


De infinito misterio el antifaz.
Sólo sé que sus ojos me miraron...
¡Y eran negros sus ojos!. . . ¡Nada más!. ..

D e la m u j e r q u e i n s p i r ó a *E1 V i e j o P a n c h o » s a b e m o s , t a m b i é n ,
que tenía «abrasadores ojos malevos». Y sabemos algo m u c h o más
i m p o r t a n t e : (pie el d o l o r d e l o s v e r s o s d e l p o e t a se o r i g i n a e n d o s
m o t i v o s : « u n a m o r i n f o r t u n a o y triste» y « u n d e s d é n i n e x p l i c a b l e
y terco».

» «

El g a u c h o M a r t i n F i e r r o , v u e l t o d e l i n f i e r n o d e lu f r o n t e r a , se
e n f r e n t a c o n la t a p e r a de a q u e l r a n c h o h u m i l d e e n q u e a n i d a r a su
a m o r , y e v o c a n d o a su p o b r e m u j e r d i c e c o n h u m a n a c o m p r e n s i ó n :

¡Y la pobre mi mujer.
Dios sabe cuánto sufrió!
Me dicen que so voló
Con no sé qué gavilán,
Sin duda a buscar el pan
Que no pude darle yo.

- 11 -
N o es p o r c i e r t o , e s t a v a r o n i l r e f l e x i ó n d e M a r t í n F i e r r o , la que
inspira la a c t i t u d d e s u a m i g ó e l s a r g e n t o C r u z . E s t e d i c e :

Yo también tuve una pilcha


Que me enllenó el corazón,

pero c o m o lo traicionara, y n o p o r fatalidad i m p u e s t a p o r las cir-


cunstancias, reacciona d e s p e c h a d o e i r a c u n d o frente al e n g a ñ o ,
expresando:

Las mujeres dende entonces


Conocí a todas en una—
Ya no he probar fortuna
Con carta tan conocida:
Mujer y perra parida,
No se me acerca ninguna.

El Viejo Pancho, mientras t o m a mate y ve que, e n tropilla,


v a n l l e g a n d o sus r e c u e r d o s , c o n f i e s a e l m i s m o p e n s a m i e n t o e n c a s i
idéntica expresión literal:

Se enrieda en la trenza
De mis pensamientos
Este tiento, suave de tanto sobarlo:
tMujeres y perras... tuitas son lo mesmo»...

Acaso por esto, y más precavido, por cierto, el V i e j o V i z c a c h a


— aquél que «mató a su m u j e r de u n p a l o — P o r q u e le d i o u n
m a t e f r í o » — , a c o n s e j a d e e s t e m o d o al h i j o d e M a r t í n F i e r r o :

Si querés vivir feliz


Dedicóte a solteriar.
Mas si te querés casar
Con esta advertencia sea:
Que es muy difícil guardar
Prenda que otro codicea.

E n la h i s t o r i a d e a m o r d e « E l V i e j o P a n c h o » h a y u n p r o f u n d o
misterio que cerró con cerrojo i n v i o l a b l e , A l o n s o y Trelles. M u y
p o c o s a b e m o s de e l l a , a u n q u e p r e s e n t i m o s o c o n j e t u r a m o s m u c h o .
Y sin embargo:

E r o memoria linda.
La memoria del viejo
Pa contar sucedidos
De quién sabe qué tiempo.

— 12 -
«El Viejo P a n c h o » s i g u e la t r a d i c i ó n g a u c h e s c a d e ser locuaz
p a r a n a r r a r l o o c u r r i d o , allá lejos y en otro tiempo; pero, en lo to-
c a n t e al a m o r , c o m o b u e n g a u c h o d i s c r e t o , « a b r a z a y l l o r a e n si-
l e n c i o » . N o s e e n t r e g a a la c o n f e s i ó n c o n f i d e n c i a l . A l u d e a su pasado
d o l o r o s o y e s q u i v a e l r e c u e r d o q u e le d u e l e , c u a n d o lo t o c a , «como
una herida enconada». «El Viejo Pancho» tuvo «atormentada juven-
tud». D e ese pasado borrascoso, sólo un recuerdo aparece con cierta
p e r s i s t e n c i a , q u e l l e g a d e s d e la l e j a n í a :

Y sus labios, contraídos


Por un gesto e despecho,
Hablaban de una trenza
Cortada rente al cuero. . .

«Resolución», el primer p o e m a gauchesco escrito en serio por


«El V i e j o P a n c h o » , c o m i e n z a así:

¡Ni que ver! Que le chanto las cacharpas


Al overo rabón y allá enderiezo,
Y si anda macaquiando la chiniya
Me la cazo del pelo,
A jilo de facón corto la trenza
Y se la priendo al marlo de mi overo. . .

T a l se p r o p o n e e n absurda resolución. «El V i e j o P a n c h o » e x p o -


n e así las r a z o n e s q u e l o l l e v a n a t a n d e s e s p e r a d o f i n a l p a r a s u
pasión no correspondida:

¡Con decir que pa darle toda el alma


Hasta el cariño le perdí a mi overo.
Ni de mi madre, casi, ya me acuerdo!...
Y ¿pa qué? Pa que luego eya me juya
Y se raiga de mí con sus desprecios. ...
Pero hoy... hoy, ¡ni qué ver!, si no me atiende
Me la cazo del pelo,
A filo de facón corto la trenza
Y se la priendo al marlo de mi overol

En «Remordimientos», «El Viejo Pancho» alude a una prenda,


q u e p r o m e t e d e v o l v e r al q u e h e r e d e sus p i l c h a s , e n la q u e d e p o s i -
t a r á , « e l t r i s t e b e s o p o s t r e r o » d e su a l m a , y esa p r e n d a e s , d i c e :

aqueya trenza que un día


lució en el marlo mi overo.

— 13 —
E n las insistentes referencias a ese doloroso pasado, «El Viejo
Pancho», refiriéndose a la t r e n z a y a la c h i n a de sus versos, ma-
nifiesta:

En una mañana aciaga


Que ni recordarla quiero,
Te la corté rente al cuero
Con el filo de mi daga,
Que así en mi tierra se paga
El desdén no merecido
De la mujer que al olvido
Dio un sagrado juramento,
Y despreció el sentimiento
Del gaucho que la ha querido.

P a s a r o n los a ñ o s . A la c h i n a l e c r e c i ó e l cabello:

Sin que en él su gris dcsteyo


Pusieran los desengaños.

Volvieron a encontrarse h o m b r e y mujer, « c o m o dos seres extraños».


«El V i e j o P a n c h o » evoca el instante del r e e n c u e n t r o :

Tú pasaste sin mirar;


Tras ti se fueron mis ojos,
¡Pobres ojos, aún hoy rojos
De tanto y tanto y orar!

D u d ó el v a r ó n al v e r p a s a r a la m u j e r d e s u d o l o r y d e s u es-
peranza defraudada. V o l v i ó a soñar y a p e r d o n a r . Y d e este m o d a
grita su a r r e p e n t i m i e n t o :

He de maldecir el día
En que te inferí la ofensa
De robarte aqueya trenza
Que consoló el alma mía.

Colgada a la cabecera
Del catre en que, siempre enfermo,
Me acuesto, pero no duermo
En tuita la noche entera.
En eya, cuando me muera
Han de encontrar una flor.
Que perdida la color
Y mustia, como mi suerte.

- 14 —
Dirá que sólo la muerte
Pudo acabar con mi amor

T o d a e*ta h i s t o r i a d e a m o r , q u e p a r e c e tan h u m a n a , q u e es tan


v e r o s í m i l y q u e e s t á e x p u e s t a tan a lo v i v o c o m o si f u e s e v e r d a d e r a ,
n o es u n a r e a l i d a d d o c u m e n t a n t e , s i n o una f i c c i ó n p o é t i c a , u n a c r e a -
c i ó n a d m i r a b l e d e la f a n t a s í a y d e la i l u s i ó n .
« E l V i e j o P a n c h o » , p a y a n d o d é c i m a s para C a l i x t o el S a t o , e n
e l p o e m a « E n t r e v i e j o s » , a l a b a la « m u s a l i n d a d e a d e v e r a s , la
q u e n u n c a se e n v e j e c e » , y l u e g o de e n u m e r a r las m ú l t i p l e s p e r s o n i -
f i c a c i o n e s d e tal m u s a , f i n a l i z a la e n u m e r a c i ó n , c o r p o r i z á n d o l a s e n
una sola, que es:

IAI camperila inhumana


Que frunce mi ceño fiero,
La que conoce el pulpero
Por el canto de la güeya,
En fin, la chiruza aqueya
De la trenza de mi overo.

« L a m o z a m á s l i n d a q u e h a n v i s t o l o s o j o s — E n t u i t a la t i e r r a » ,
q u e i n s p i r a e s e p r o d i g i o g a u c h e s c o q u e se t i t u l a « L a g ü e y a » , e s , a
la v e z y t a m b i é n ,

la chiruza aqueya
de la trenza de mi overo. ..

Y s i n e m b a r g o , e l a m o r y la m u j e r a q u e a l u d e n e s o s v e r s o s d i f i e -
r e n f u n d a m e n t a l m e n t e . E l h o m b r e q u e , al v o l v e r a su q u e r e n c i a ,
o b s e r v ó « e n el p a s t o m o j a o p o ' e l s e r e n o » u n a s « g ü e y a s » , y q u e al
e n t r a r al r a n c h o e n c o n t r ó d e s p i e r t a a su c h i n a , y p r o c u r a c o r a j e e n
la c a ñ a p a r a c o n f i a r a la g u i t a r r a su c o n g o j a , es u n ser p r o f u n d a -
m e n t e h u m a n o que, por amar entrañablemente, no p u e d e creer lo
q u e s u d e s c o n f i a n z a le está d i c i e n d o a sus s o s p e c h a s . E l g a n c h o n o -
b l e d e «La g ü e y a » n o q u i e r e d u d a r ; se r e s i s t e a h a c e r l o , p e r o s e
s i e n t e d é b i l y t i e m b l a a n t e la i n m i n e n c i a d e u n a d e s i l u s i ó n . P o r
e s t o , y d e h o m b r e a h o m b r e , v i e r t e a n t e e l p u l p e r o , la e s p o n t a n e i -
d a d d e sus z o z o b r a s , e n r e a c c i ó n i r r e p r i m i b l e a n t e e l t r e m e n d o i m -
pacto e m o c i o n a l . N o amenaza. N o acusa. Vacila s e n c i l l a m e n t e . H a
v i s t o u n a s « g ü e y a s » y, c o m o u n a fiera h e r i d a , r e p r i m e s u d o l o r a n -
t e s d e l a n z a r e l z a r p a z o d e f i n i t i v o . N o p o d í a ser o t r a la a c t i t u d d e
u n v e r d a d e r o v a r ó n , p o r q u e la m u j e r q u e i n s p i r a « L a g ü e y a » n o e s
la m i s m a q u e e n o t r o s p o e m a s a p a r e c e c o n la t r e n z a « c o r t a d a r e n t e
al c u e r o » . « E l V i e j o P a n c h o » , c o m o s e s g a n d o la d i f i c u l t a d d e u n a
determinación, fingiéndose más despechado que convencido, llega a
afirmar:

- 15 —
Pa este gaucho, en el mundo
Sólo hubo un querer projundo:
El de su overo rabón.

D e s m i n t a m o s a « E l V i e j o P a n c h o » . N o es v e r d a d l o q u e a f i r m a .
S u v e r d a d , la d e su p o e s í a , e s t á i m p r e s a c o m o c o n l e t r a s d e b r o n c e ,
e n «Cosas d e v i e j o » . P o r e l l a a n d a « c o m o e n o j a o y t r i s t e » . P o r e s a
verdad:

Los días del verano, que son pal mozo auroras


Son tardes melancólicas pa los que van pa viejos.

T a l es la r a z ó n q u e l o l l e v a a p e n s a r y a p r e v e n i r a s u «linda
flor d e c e i b o » , d e e s t e m o d o :

Pa yo poder contarte la historia de mis penas


Tendría que ir dispacio pialando mis recuerdos...
Déjalos que el olvido los ate a su palenque.
Que yo pa dir guapiando, ya no preciso de eyos.

N o n e c e s i t a d e sus r e c u e r d o s p a r a q u e e l c u e n t o s e h a g a c i e r t o ,
a u n q u e t o d o é l sea m e n t i r a . E s t a es la m a r a v i l l o s a f i c c i ó n q u e e n
boca de los viejos se h a c e gracia y poesía, e n c a n t o y creencia. E l
t i e m p o p o r m i l a g r o s a a l q u i m i a d e la l e j a n í a p u e d e c r e a r u n m u n d o
m á g i c o e n la i l u s i ó n d e l o s v i e j o s . Y s u v e r d a d n o e s , n i n e c e s i t a
ser la v e r d a d r e a l s u c e d i d a ; c o m o t a m p o c o la c r o n o l o g í a d e s u s r e -
c u e r d o s t i e n e q u e s o m e t e r s e a la t i r a n í a d e u n a i n f l e x i b l e s e c u e n c i a .
Mientras e n «La g ü e y a » a s o m a , c o n c a r a s i n i e s t r a , la s o s p e c h a d e l a
artera t r a i c i ó n , e n «Cosas d e v i e j o » , a q u e l f u e g o q u e s e c a l a gar-
ganta d e l g a u c h o , y a c o n v e r t i d o e n c e n i z a , o r i g i n a u n c u e n t o m e l a n -
cólico de h o n d o sentido, q u e nace t e m b l o r o s a m e n t e tierno c o m o para
q u e sea e s c u c h a d o p o r u n a n i ñ a , — l a « l i n d a f l o r d e c e i b o » — , y
c o m o para q u e l a s l á g r i m a s d e l v i e j o p u e d a n s e r e n j u g a d a s p o r e l
p a ñ u e l o d e la p e q u e ñ u e l a . E l c u a d r o q u e s i r v e d e m a r c o s e n t i m e n t a l
al p o e m a ; e l d e s e n v o l v i m i e n t o e s t r ó f i c o g r a d u a l m e n t e e q u i l i b r a d o
en que lo pictórico descriptivo y l o patético e m o c i o n a l se f u n d e n
e n unidad perfecta; el musical r i t m " del relato con el i n e s p e r a d o
corte v e r t i c a l q u e l e p o n e f i n , c e a s i n g u l a r m a e s t r í a , e v i d e n c i a n l a
p r e s e n c i a d e l p o e t a e n u n o d e l o s i n s t a n t e s m á s f e l i c e s d e su c r e a -
ción. (Cuando el p o e m a pasó a integrar el libro, A l o n s o • Trellea
e n m e n d ó c u a n t o e n la p r i m i t i v a p u b l i c a c i ó n d i f e r í a d e l a e x p r e -
s i ó n g a u c h e s c a : p a r t i c u l a r m e n t e , r e e m p l a z ó l o s « t u » p o r «roa» y
convirtió en agudas, algunas inflexiones v e r b a l e s ) .
N o hay que investigar e n los días de A l o n s o y Trellea para
historiar la v e r d a d e n la p o e s í a d e « E l V i e j o P a n c h o » . T o d a s l a s

— 1* —
m u j e r e s d e sus p o e m a s , s o n e n r e s u m e n , u n a s o l a m u j e r y u n s o l o
amor.
IVo c a n t a , ni c u e n t a , cotias a j e n a s , s i n o p o r e x c e p c i ó n ; y, c u a n d o
l o h a c e , r e a c c i o n a c o n a s p e r e z a c o m o si al a c o n s e j a r la s a n c i ó n para
l o a j e n o , se d o l i e s e d e n o h a b e r s i d o m á s s e v e r o p a r a c a s t i g a r lo
propio:

Reyunáln, no más, ande la encuentres


Si te engañó, gurí;
Reyunála, no más, pa que en la vida
Pueda ráirse de tí.

¡Ah, malhaya la oreja e ¡a chiruza


Que dispreció tni amor!
¡ ! S ' o habérsela pelao p' aver con eya
Presiya al mamador!

« E l V i e j o P a n c h o » c a n t ó su a m o r , e o i n o si r e a l m e n t e l o e s t u -
viese viviendo o lo hubiera sufrido. Puso tanto énfasis en su ficción
q u e n o s h i z o c r e e r e n e l l a . Y c o m o las m a n i f e s t a c i o n e s d e l a m o r s e
r e p i t e n e n t o d o s l o s t i e m p o s , c o m p a r t i m o s sus q u e j a s c o m o si f u e s e n
r e s o n a n c i a d e las v o c e s d e d o l o r e s c o m u n e s . ¿ C u á n t o s n o e n c o n t r a -
r á n la r e a l i d a d d e su p r o p i a h i s t o r i a e n la b r e v e d a d d e e s t e c a n t a r
de «El V i e j o P a n c h o » ?

Me engañaste» y piré
Odiarte tiende aquel día;
Pero el querer es mañero
Y yo te quiero entilaría. . .

E s t e a f á n i m p o s i b l e d e o d i a r , q u e t r a n s f o r m a el a m o r d e f r a u -
d a d o e n « r e c u e r d o para s o ñ a r » , « E l V i e j o P a n c h o » v u e l v e a e x p o -
n e r l o e n esta e s t r o f a d e u n o d e sus r a r í s i m o s s o n e t i n o s :

Quise odiarla, y jue pa pior.


Porque me costó aprender
Que no hay dolor más dolor
Que el dolor de no querer.

E l d o l o r d e n o p o d e r o d i a r c u a n d o se q u i e r e n o q u e r e r , es el
t í p i c o « d o l o r d e a m o r » q u e , s e g ú n R o d ó , «es el m á s f e c u n d o y m i -
lagroso de todos».
E n la p o e s í a d e « E l V i e j o P u n c h o » , eoa m u j e r q u e v i v e e n s u s
p o e m a s c o n i m p r e s i o n a n t e v e r o s i m i l i t u d si n o e x i s t i ó , t i e n e p e r e n -
n i d a d p o é t i c a , c o m o si r e a l m e n t e h u b i e r a e x i s t i d o . E l « d o l o r d e
a m o r » f e c u n d a , p o r m u t e r i o s a r e v i v i s c e n c i a , el « d o l o r d e a m a r » , q u e

— 17 —
o r i g i n a la a n g u s t i a d e la d e s e s p e r a n z a , q u e e s a l g o así c o m o l a a g o -
n í a d e l q u e r e r , tal v e z u n a m a n e r a d e ir m u r i e n d o , l e n t a m e n t e , c o n
la d e s o l a d o r a c e r t i d u m b r e d e q u e la d i c h a v i v i d a o s o ñ a d a , n o v o l -
verá j a m á s . Y a e x p r e s ó D a n t e , c o n v e r s o i n m o r t a l , q u e n a d a h a y
m á s triste q u e r e c o r d a r e l t i e m p o f e l i z q u e s e h a v i v i d o , c u a n d o la
v i d a priva al ser h u m a n o d e la p o s i b i l i d a d d e r e v i v i r l o . « E l V i e j o
P a n c h o » v i v i ó — o n o s d i o la i m p r e s i ó n d e q u e así a c o n t e c i ó — la
a g o n í a d e l a m o r , c o r p o r i z a d a e n la c h i n a d e s u s v e r s o s . Y f u e t a n t a
la p a s i ó n q u e p u s o e n v i v i r l a , q u e p o r a h í a n d a n su9 p o e m a s c o m o
p á g i n a s d e u n a triste h i s t o r i a q u e a t o d o s , c o m o a l a « l i n d a f l o r d e
c e i b o » d e sus «Cosas d e v i e j o » , t a l v e z se n o s h a g a c i e r t a , q u e t a l
es la p r o d i g i o s a t a u m a t u r g i a d e l o s p o e t a s .

La p r i m e r a o b r a i m p r e s a d e J o s é A l o n s o y T r e l l e s e s u n
« p o e m a e n dos c a n t o s » — « J u a n e l l o c o » — q u e s e p u b l i c ó e n 1 8 8 7
c o n b r e v e p r ó l o g o d e O r o s m á n M o r a l o r i o q u i e n , p a r a d o j a l m e n t e , al
p r o l o g a r el p o e m a i n f o r m a q u e « T r e l l e s , f a l t o d e e m u l a c i ó n , h a col-
g a d o la lira - • . (*)
C u a n d o e n d i c i e m b r e d e 1915, J o s é A l o n s o y T r e l l e s s e d e c i d e
a p u b l i c a r su ú n i c o gran l i b r o « P a j a b r a v a » , y e n t r e g a c o n t a l e s
p á g i n a s su o b r a i n s u p e r a d a ; g a n a — d e c i d i d a m e n t e — la p o p u l a r i -
dad definitiva en los a m b i e n t e s literarios del R í o d e la P l a t a . Esta
es su gloria i n m a r c e s i b l e y c o n s t i t u y e su t r i u n f o .
E l l i b r o o f r e c e u n t í t u l o e x p r e s i v o y s i n g u l a r : Paja Brava.
Acaso sin proponérselo, define y concreta e n agreste s í m b o l o m o n t a -
raz, u n a p e r s o n a l i d a d a u t é n t i c a . La « p a j a b r a v a » l u g a r e ñ a e s la c l á -
sica e s p a d a ñ a : arisca p l a n t a d e b a ñ a d o , p r o p i c i a a la n i d i f i c a c i ó n
y al r e f u g i o d e l a s a v e s s i l v e s t r e s q u e , c u a n d o la p r i m a v e r a , s e e m -
p l u m a c o n g a l l a r d a s e s p i g a s f l o r a l e s , a l a s q u e p e i n a la b r i s a , y las
noches de luna convierten e n temblorosos p e n a c h o s de p l a t a . . .
La lírica « p a j a b r a v a » d e e s t e l i b r o a t e s o r a d o s a s p e c t o s d e l
a l m a g a u c h a : la f i e r e z a b r a v i a , q u e n o e x c l u y e la t e r n u r a s e n t i m e n -
t a l ; y la b e l l e z a n a t i v a q u e es l u j o d e l a s a g u a s r e m a n s a d a s , b a j o
la t r a n q u i l a p r e s e n c i a d e l c a m p o y d e l c i e l o . T a l e s e l s í m b o l o d e
esta «paja brava» q u e da casi m o t e h e r á l d i c o al t í t u l o d e l l i b r o .
s
La obra ( ) s e p r e s e n t a d i v i d i d a e n c u a t r o p a r t e s t i t u l a d a s : De
la ramada. Del fogón, De más adentro y Composiciones inéditas.
A u n q u e cada t í t u l o d e l o s t r e s e n u m e r a d o s , s e r e f i e r e a l u g a r e s d i -
ferentes — las c u a t r o p a r t e s n o s e d i f e r e n c i a n e n t r e s í , c u a l e s q u i e r a

(M José A. y TreUu. «Joan el loto», poema en dot canto*. Montevideo.


Imprenta «Popular». 1887.
( 0
i n. *l ^ ' J ? ? / Braw. Ver»o. criollos. Agencia General de
Librería y PunUcseione* S. A. Bneno. Alrea-Montevideo. 19Í6. Coarta edición
aumentada.

— 18 —
s e a n e l t i e m p o y el e s p a c i o e n q u e se la- u b i q u e . Kl l i b r o m i i e - t r a
la p l e n i t u d d e l P o e t a .
C o m o b u e n r o m á n t i c o q u e fue. «Kl \ i c j o P a n c h o * parodian-
d o a A m a d o Ñ e r v o - - , [ i n d o d e c i r q u e n o a c e p t ó «ni p r e c e p t o s , ni
p r a g m á t i c a s , ni c á n o n e s , ni l e v e * * tic la p r e c e p t i v a literaria. M o l i l c o
v e r s o s g a u c h e s c o s e n c l á s i c a s e s t r o f a s de la p o e s í a c u l t a . Ksta e m a n -
c i p a c i ó n d e l a s n o r m a s r e t ó r i c a s e x p l i c a la e s p o n t a n e i d a d v la va-
r i e d a d d e s u v e r s o y las m ú l t i p l e s f o r m a s r í t m i c a s q u e u t i l i z ó para
sus p o e m a s .
La t e m á t i c a (pie a g a v i l l a los p o e m a s casi cae e n la m o n o t o n í a ,
p o r la f r e c u e n c i a e n la r e p e t i c i ó n d e los m o t i v o s . El p o e t a , d e s d e
el m i r a d o r d e l o p r e s e n t e , t i e n e d o s p u n t o s de r e f e r e n c i a para n u t r i r
la c a r n e d e sus p o e m a s : la v i s i ó n r e t r o s p e c t i v a y la i n d a g a c i ó n ín-
tima que, juntas, c o m o en un estuario de e m o c i ó n , remansan siem-
p r e e n u n a m i s m a e s c e n o g r a f í a . N o c u e n t a lo p o r v e n i r para casi n a d a
e n esta p o e s í a d e v i e j o e v o c a d o r q u e , v u e l t o h a c i a l o q u e s u c e d i ó , ni
tan s i q u i e r a r e p a r a — s i n o f u g a z m e n t e - - e n la tierra q u e p i s a , c o m o
n o s e a p a r a c o m p a r a r l a c o n a q u e l l a p o r la (pie t r a n s i t a r o n sus a ñ o s
d e j u v e n t u d e n d í a s d e f e l i c i d a d . Esta p r e s e n c i a i r r e m e d i a b l e de
lo d e f i n i t i v a m e n t e d e s a p a r e c i d o o p e r d i d o , a l e j a t o d o a t i s b o o p t i -
m i s t a y p o n e a sus c o n t e m p l a c i o n e s , a q u e l l a m a n r i q u e a n a a f i r m a -
c i ó n r e n a c e n t i s t a , s e g ú n la eunl « c u a l q u i e r a t i e m p o p a s a d o fue m e j o r » .
E l h o m b r e q u e h a y e n el p o e t a e c h a su m i r a d a h a c i a los a ñ o s
m o z o s ; y t o d o l o d e b o y , e n la c o n t e m p l a c i ó n e v a l u a d o r a , lo ve.
a d e m á s de c a m b i a d o , d i s m i n u i d o v e m p o b r e c i d o , por esto lamenta
q u e h a v a m u e r t o , « a l l á l e j o s y e n o t r o t i e m p o » , c o m o d i r í a el a n g l o -
argentino Ilndson.
D e s d e esta p o s i c i ó n de e s p e c t a d o r , « E l V i e j o P a n c h o ? a c o n s e j a
al h o m b r e n u e v o q u e lo i n v i t a a p r e s e n c i a r una fiesta c a m p e r a :

Dejo no más, dejo no más que el vio jo


So quedo en sus taporas
Viendo pasar por las cnchiyas vordos.
Las alo/iros visiones ron que aún snoñit.

S o b r e la m i s m a r e a l i d a d (pie c o n t e m p l a m i e n t r a s «se d o r a n los


t r i g a l e s » , « E l V i e j o P a n c h o » - a n t e lo p r e s e n t e y d e e s p a l d a s al
p o r v e n i r — v u e l v e la m i r a d a h a c i a lo q u e va m a t a n d o el p r o g r e s o y
e x t r e m a la c r í t i c a d e su a n á l i s i s c o m p a r a t i v o e n t r e l o a n t i g u o y l o
m o d e r n o , s e ñ a l a n d o q u e la g e n t e c a m p e s i n a d e b o y m o n t a

. . . e n mancarrones que, por sotrotas,


!\'i sombra son de aqueyos que boyaquiabun
Al sentir las yoronas en tas paletas;

para indignarse v i e n d o que:

— 19 —
Van cruzando las chacras, jediendo a gofio,
Cortao el pelo al rape y en zapatiyas,
Los nietos de los gauchos de vincha y lazo
—Juertes como los *talas» y «coroniyas»

y para a s o m b r a r s e d e que

. . . las nietas de aqueyas chinas


De ojos como no hubo otros

ahora s o n « l a s p a i s a n i t a s d e l a t i e r r u c a » que

. . . balan ^vidalitas» en la acordeona,


Y relinchan, al ráirse, como potrancas.

Esta v i s i ó n , u n t a n t o c a r i c a t u r e s c a , d e u n p r e t é r i t o e x t i n g u i d o ,
es a s u n t o i n s i s t e n t e e n la t e m á t i c a d e l a s p o e s í a s d e « E l V i e j o
P a n c h o » y característica d e l e s p í r i t u l í r i c o d e l o s g a l l e g o s , q u i e n e s
—como señaló Francisco G r a n d m o n t a g n e — s u e l e n t e n e r «estas brus-
cas transiciones d e su t e m p e r a m e n t o y d e s u e s p í r i t u , q u e p a s a r e -
p e n t i n a m e n t e d e la m e l a n c o l í a al h o l g o r i o » .
E n s u p o e m a Desencanto v u e l v e a considerar la transformación
de lo q u e p a s ó . L o s m o t i v o s d e su d e s c o n s u e l o s o n , c a s i s i e m p r e ,
idénticos, y asi a f i r m a n e g a n d o :

Ni estos mis pagos han sido.


Ni el que como yo los vido
Los golverá a recordar.

A n t e este i n e v i t a b l e e n v e j e c e r de todo, «El Viejo Pancho» se


*c reconcentra y e x c l a m a :

€¡Las que ion siempre mozas son mis penas!»

P o r esto al c e l e b r a r s e e l c e n t e n a r i o d e la c i u d a d « q u e s o b r e el
Y i se arrecuesta», su m e j o r a d h e s i ó n c o n s i s t e e n r e t o r n a r — d i c e —

Ande mis recuerdos gauchos


Morían del mal de ausencia,
porque,
. . . n o quedan ya moa gauchos
En tuito el lomo e la tierra.

«El Viejo Pancho» insiste en n o ver, e n n o m i r a r l o presente


J e n recordar la dicha u b i c a d a allá e n u n t i e m p o q u e m u r i ó . E s o s

- 20 —
d í a s q u e n o v o l v e r á n , e r a n e l e n c a n t o d e l g a u c h o — q u e e n el « v i e j o »
p e r d u r a — y t i e n e n ese color de aurora y esa ternura i n c o m p a r a b l e
de los rincones, tibios c o m o un nido, donde vivimos horas embelle-
c i d a s p o r la j u v e n t u d p e r d i d a . L a s r e m i n i s c e n c i a s r o m á n t i c a s i v las
q u e i n s p i r a n a « E l \ i e j o P a n c h o » casi s i e m p r e s o n d e tal n a t u r a -
l e z a ) — , t r a e n c o m o e n s e c u e n c i a i n e v i t a b l e , j u n t o s al a m o r y el
d o l o r , la a l e g r í a d e s b a r a t a d a y el d e s e n c a n t o c a d a v e z m á s a m p l i o ,
c o m o l o s c í r c u l o s c o n c é n t r i c o s o c a s i o n a d o s p o r la p i e d r a q u e r o m p e
e l c r i s t a l d e l a s a g u a s d o r m i d a s . D e a q u í q u e esa m i r a d a h a c i a 1<>
l e j a n o y p e r d i d o , a g u d i c e , c o n s e c u e n t e m e n t e , la i m p r e s i ó n d e s e n -
t i r s e d e s d i c h a d o y a h o n d e e l d o l o r «le v i v i r e n el r e c u e r d o d e m e -
morias tristes.
Los recuerdos — m á s o menos esfumados— consciente o incons-
cientemente evocados, irrumpen, con frecuencia, en el campo mental
d e « E l V i e j o P a n c h o » . La p a l a b r a « r e c u e r d o » f l o r e c e a m e n u d o e n
las p á g i n a s d e Paja Brava. N o es p o b r e z a d e l é x i c o : es i n e l u d i b l e
n e c e s i d a d d e u t i l i z a r u n v o c a b l o i n e v i t a b l e . Al r e v i v i r su p a s a d o y
c o m o s i n c e r á n d o s e , « E l V i e j o P a n c h o » e x p o n e la r a z ó n d e la c o n -
g o j a q u e l e o c a s i o n a e l e v o c a r l o y d i c e e l m o t i v o d e su t r i s t e z a para
e x p l i c a r su r e s i g n a c i ó n f a t a l i s t a a n t e e l t r o p e l d e l o s r e c u e r d o s .
N a d a m á s e l o c u e n t e p a r a d e m o s t r a r l o , q u e d e s t a c a r a l g u n o s d e sus
versos:

Ato a soga el ternero e los r e c u e r d o s


P*apoyar la lechera del dolor
( V o l v e r p'atrás)

V. redepende, entropiyáos y ariscos


Atropeyaron mi alma los recuerdos
I Pa e j e m p l o )

Siempre algún recuerdo evoco.


Que duele, cuando lo toco.
Como una herida enconada.
(Intima)

A l s o n d e la g u i t a r r a — q u e f u e u n t i e m p o su a l e g r í a — r e s u c i t a n
l o s d í a s m u e r t o s y r e c u r r e al i n s t r u m e n t o , q u e n o q u i e r e ni q u e s e
lo n o m b r e n .

Porque en su caja sonora.


Amontonaos y dormidos.
Yacen recuerdos queridos
De los que aún el alma yora.
(Siempre lo m e s m o )
« E l V i e j o P a n c h o » i n s i s t e e n r e c o r r e r , c o n la i m a g i n a c i ó n , l o s
caminos
. . . del ¡Higo
21
de los desengaños y de los recuerdos
(Tiento sobao)

p o r q u e e n e s e p a g o n o o l v i d a d o , v i v e t o d a v í a l a chiruza de sus sue-


ños, a la que n o quiere ver porque resignadamente, tal c o m o lo
declara,

Pa dir viviendo mi vida


Me sobra con su recuerdo
(Venganza)

E s t e a f á n d e i r « s i e m p r e p'atrás c o m o e l c a n g r e j o » , y d e r e -
j u n t a r , u n a p o r u n a , t o d a s las p e n a s l e j a n a m e n t e s u f r i d a s , e s j u e g o
doloroso que «El Viejo Pancho» procura eludir:

. . ,a veces, pa juirlea a mis penas,


les ando matreriando a mis recuerdo*
(Tristezas)

y la r a z ó n d e t a l e s c u i t a s e s t á e n q u e :

En las miserias de la vida


Nunca supe poner mi pensamiento;
Puse mi corazón confiáo y zonzo,
Y a traición me lo hirieron,
De áhi vienen mis tristezas misteriosas.
(ídem)

La e x p l i c a c i ó n c a b a l d e e s t a s « t r i s t e z a s m i s t e r i o s a s » «El V i e j o
Pancho* logró darla e n sus dos poema» de indiscutible jerarquía: en
«La g ü e y a » y e n « C o s a s d e v i e j o » .

VI

La c r e a c i ó n p o é t i c a d e «El V i e j o P a n c h o » se d e s e n v u e l v e e n
u n a v e i n t e n a d e a ñ o s , q u e s e i n i c i a e n 1 8 9 9 . C u a n d o a m a n e c e e l si-
g l o a c t u a l , tres r u m b o s s e ñ a l a b a la p o e s í a u r u g u a y a : u n a tendencia
romántica q u e a g o n i z a b a e n la m o d a l i d a d b c e q u e r i a n a d e J u a n Z o -
rrilla de S a n M a r t i n ; u n a inquietud modernista q u e se exteriorizaba
e n tres c e n á c u l o s l i t e r a r i o s : la T o r r e d e los P a n o r a m a s c o n J u l i o
Herrera y Reiseig, el Consistorio del Gay Saber c o n Horacio Quiro-
ga y el Café P o l o B a m b a c o n l o s a n a r q u i s t a s i n t e l e c t u a l e s q u e h e r -
m a n a b a n las i n q u i e t u d e s l i t e r a r i a s c o n l o s p r o b l e m a s s o c i a l e s , y u n a
corriente popular gauchesca q u e , i n i c i a d a e n «El O i u b ú » d e O r o s -
man M o r a t o r i o , se p r o l o n g a r í a e n «El F o g ó n » d e l m i s m o M o r a t o r i o
y d e A l c i d e s d e M a r í a , p a r a e x t i n g u i r s e e n «El T e r r u ñ o » d e A g u s t í n
Smith. «El Viejo Pancho», encarnación de José Alonso y Trelles.
a l c a n z ó a destacarse e n e s t e ú l t i m o r u m b o ; y e n é l l l e g ó a t o m a r
la p u n t a d e la v a n g u a r d i a v i c t o r i o s a . D e s p u é s v e n d r á n o t r a s c o r r i e n -

22
tes l i t e r a r i a s , p e r o esa d e n t r o d e la c u a l « E l V i e j o P a n c h o » r e c o r r i ó
gil r u t a , n o t u v o c o n t i n u a d o r , y a l c a n z ó c o n él el p u n t o m á s a l t o
d e la e x p r e s i ó n l í r i c a .
A l d e c i d i r s e a e n g a v i l l a r su c o s e c h a p o é t i c a e n 1915 y e n las
p á g i n a s d u r a d e r a s d e su ú n i c o g r a n l i b r o . «Kl V i e j o P a n c h o » se
f o r m u l a esta l a r g a p r e g u n t a s i g n i f i c a t i v a :
¿!\o podrían ser sencillamente mis pasiones, mis penas,
imaginarias o reales, que da lo mismo, mis serretas ternu-
ras, el mundo misterioso e ignorado que lleva cada uno den-
tro de si, lo que, en el pintoresco lenguaje criollo, aprendido
en mi larga convivencia con la gente de campo, expresan y
traducen toscos versos?
S i n e s p e r a r r e s p u e s t a a su i n t e r r o g a c i ó n , « E l V i e j o P a n c h o »
a c l a r a q u e . a p e s a r d e la t o s q u e d a d q u e a t r i b u y e a sus v e r s o s , é s t o s
se s a l v u r á n p o r el « g r a n i t o d e e m o c i ó n » d e q u e l o s d o t ó su « s e n s i -
b i l i d a d e x a l t a d a » . E s t a a u t o c r í t i c a , n í t i d a y p r e c i s a , c o n t i e n e la m e -
j o r y m á s e x a c t a d e f i n i c i ó n d e la o b r a p o é t i c a d e « E l V i e j o P a n c h o » .
I n c o n t e s t a b l e m e n t e , lo q u e ha d a d o v i d a m a t e r i a l e n el a l m a
p o p u l a r r i o p l a t e n s e a los v e r s o s g a u c h e s c o s d e « E l V i e j o P a n c h o »
n o es n a d a m á s , ni n a d a m e n o s , q u e la e m o c i ó n y la s e n s i b i l i d a d
(pie t r a d u c e n c o m o e x p r e s i ó n f i d e d i g n a d e e s t a d o s p s i c o l ó g i c o s , rea-
les o i m a g i n a r i o s . E s tal la v e r o s i m i l i t u d d e c u a n t o d i c e n e s t o s ver-
sos c r i o l l o s , (pie p o d r í a m o s a s e g u r a r q u e , a ú n c u a n d o t o d o c u a n t o
e l l o s c u e n t a n f u e r a m e n t i r a , p o d e m o s c r e e r l o s c o m o si se r e f i r i e s e n
a auténticas verdades y a realidades acontecidas. N o resulta extraño
q u e « E l V i e j o P a n c h o » r e c h a z a s e e s o de q u e « e n los m a l e s d e l a m o r »
1
lo m e j o r es e c h a r l o s al o l v i d o . 1 ) «Kl V i e j o P a n c h o » n o p o d í a
mostrarne i n d i f e r e n t e a n t e el i m p a c t o a m o r o s o ; y así lo e x p l i c a , c o n
apasionada vehemencia:

Mi amor, como saguaipé.


Se prendió a mi corazón,
Y, pa mi, ya no hay visión
Como aipieya visión blanca.
Que siempre le ha dao el anca
A mi ferviente pasión.

P o r e s t o , t a m b i é n , n a d a t i e n e de s i n g u l a r q u e a s e g u r a s e q u e sus
tristezas e r a n i n v a r i a b l e s , p o r q u e

En el fondo'el recuerdo, naide envejece.

C o m o es fácil a d v e r t i r l o , el a m o r q u e d e s b o r d a e n ca-i t o d o s los


l 2
<) <El fogón*. Segunda época. Aña 2. N 53. M o n t e v i d e o , 7 de diciembre
de 1899. cAl V i e j o Pancho» por «El V i e j o Cautín», pág. 633.
p o e m a s d e « E l V i e j o P a n c h o » , e9 a q u e l q u e , i m a g i n a t i v a m e n t e , n a -
c i ó e n su j u v e n t u d c a m p e s i n a y a g o n i z ó c o n la z o z o b r a d e I09 c e l o s
hasta d e s b a r a t a r s e e n e l d e s c o n s u e l o d e l o s d e s e n g a ñ o s , p a r a r e a p a -
recer e n el recuerdo. Es u n solo a m o r , v e h e m e n t e y natural, h e c h o
de bravura y de ternura, que termina por eer, s i m b ó l i c a m e n t e , la
única cuerda de su guitarra. «El V i e j o P a n c h o » d e f i n e su pasión e n
la m i n i a t u r a d e u n a d é c i m a p a y a d o r e s c a :

El amor rccompcnsáo
Dura... lo que dura un lirio,
Que amor que no da martirio
Es como mate laváo;
Pero el amor desgraciáo
Que nada pide ni espera,
Si amarga la vida entera
Tiene, en cambio, en su amargura.
El amargo, que es dulzura,
De la yerba misionera.

VII

E n las p o e s í a s d e « E l V i e j o P a n c h o » h a y m á s e l e m e n t o s s u b j e -
tivos que o b j e t i v o s ; el c a m p o nuestro — y c u a n t o e n su e s c e n a r i o
a c o n t e c e — está s e n t i d o , h o n d a m e n t e ; pero, no está descrito, ni pin-
tado con palabras: es un paisaje c o m o entrevisto c o n los ojos semi-
cerrados, desde distancias sin t i e m p o y sin u b i c a c i ó n posible e n el
e s p a c i o . S o n l u g a r e s q u e e s t á n m á s e n la e m o c i ó n q u e a n t e l o s o j o s
a b i e r t o s . P a r a « E l V i e j o P a n c h o » , la r e a l i d a d d e la v i d a s e d e t u v o
en años distantes, e n u n lugar incierto hacia el que los recuerdos lo
llevan y traen como a migradoras golondrinas. Este permanente vivir
e n el recuerdo, — e s t e invariable y m o n ó t o n o sentir lo pasado c o m o
BÍ f u e s e p r e s e n t e — , e s t a a t r a c c i ó n d e l o t e r r u ñ e r o c o n p e r s i s t e n c i a
de raíz silvestre constituye, e n suma, un dolor d e ausencia que, hace
m u c h o s años, h e dado e n llamar el «galleguismo» de «El V i e j o
Pancho».
U n escritor coruñés de h o n d a s raices filosóficas, V i c t o r i a n o Gar-
cía M a r t í , d i j o q u e la p o e s í a g a l l e g a s e c a r a c t e r i z a p o r u n a t e n d e n c i a
a s u b j e t i v a r las c o s a s y a p r o y e c t a r l a s e n l e j a n í a d e v i s i ó n , c o m o
d e r e c u e r d o . « L o s g a l l e g o s d e m á s p u r a e s t i r p e t i e n e n d u l c e s los o j o s ,
p r e s o s e n l o s m i s t e r i o s i n c i e r t o s d e la l e j a n í a » . (M Esta p r o y e c c i ó n
d e l p a i s a j e e n la e v o c a c i ó n l í r i c a , p e r m i t e al e v o c a d o r c r e a r u n
m u n d o d e v i v e n c i a s p o é t i c a s e n q u e la r e a l i d a d y la i d e a l i d a d se
interfieren y c o m b i n a n de manera insospechada.

(') Victoriano García Marti. «Una P u m a de Europa>, Mundo Latino, Ma-


drid, 1927.

— 24 —
L o o b j e t i v o d e la o b r a d e « E l V i e j o P a n c h o » se e x t e r i o r i z a p o r
m e d i o de quejas y de reproches, siempre c o m o una tcatralización
d e l o v i v i d o , e n el q u e s e c o n j u g a n la « m o r r i ñ a » y la « s a u d a d e » ,
d o s f o r m a s d e l s e n t i m i e n t o d o l i e n t e d e la l e j a n í a . La « m o r r i ñ a » es
u n r e c o r d a r g r á v i d o d e q u e j u m b r o s a s r e m e m b r a n z a s : la p a t r i a dis-
t a n t e , la a l d e a l e j a n a , e l a m o r p e r d i d o . . . «La m o r r i ñ a es u n s e n t i -
m i e n t o m i x t o d e p a t r i o t i s m o y d e e m o c i ó n e s t é t i c a . V es q u i z á s esta
última lo q u e tiene, en tan h o n d a aflicción de ausencia, p r e d o m i n i o
1
m a y o r » , t ) L a « s a u d a d e » es el r e c u e r d o m e l a n c ó l i c o d e casos y d e
cosas q u e q u i s i é r a m o s v o l v e r a vivir o a ver. E n a m b a s situaciones,
lo l e j a n o del m o t i v o r e c o r d a d o , determina nuestra nostalgia y exa-
cerba nuestros quereres.
« E l V i e j o P a n c h o » m u e s t r a e s t e g a l l e g u i s m o m o r r i ñ o s o e n el
a f á n d e r e t o r n a r a la t i e r r a , q u e b i e n p u d o s e r su « t i e r r u c a » d e
Ribadeo:

Quiero sentir bajo la luz del cielo


La caricia e la tierra
Que juc siempre pa mí como una madre
Y Iva e recoger mis güesos lo que muera.

E l s u e ñ o d e r e t o r n a r a la t i e r r a d e la n i ñ e z p a r a c o n t e m p l a r , d e
n u e v o , e n e l h o g a r d i s t a n t e la p r e s e n c i a m a t e r n n , q u e es la e s e n c i a
d e la « m o r r i ñ a » y d e la « s a u d a d e » , A l o n s o y T r e l l e s s u p o e x p r e s a r l o
b i e n . E n su p o e m a i n é d i t o , « C a í n y A b e l » — e s c r i t o e n 1 8 9 9 — q u e
Alonso y Trelles, con displicencia, define c o m o «semi-poema en dos
c a n t o s y e n v e r s o d e m a g o g o » , el p e r s o n a j e A b e l c a n t a s u p e n a de
emigrante en estos expresivos y románticos endecasílabos:

Los que ignoráis el sufrimiento bárbaro


del que en su exilio, sin cesar, evoca
la dulce imagen de la madre ausente,
no sabéis qué es sufrir. ¡Verla, Dios mío!,
al través del cristal de nuestras lágrimas
en las eternas noches del insomnio!...
¡Soñar que, por las playas discurriendo,
tal vez pregunta al marinero rudo
si en el confín del horizonte alcanza
a ver la nave en cuyo seno acaso
el hijo venga que su llanto enjugue!

Si b i e n se o b s e r v a e s t e q u e r e r d e « E l V i e j o P a n c h o » es e l m i s m o
q u e e x p o n e el p o e t a g a l l e g o L ó p e z A b e n t e e n s u p o e m a « R e t o r n o » :

(') Francisco Grandmontagne. «Galicia y Nuvurrn». Agencia Generul de Pu-


b l i c a c i ó n » » . B u e n o s Aires. 1922.

— 25 —
Quero volver de novo a vivir na paixase
De duros penedás e cabos tromentosos.

U n cantar gallego, q u e m e facilita Á n g e l Aller, contiene en


esencia el «testamento» de «El V i e j o P a n c h o » , con su deseo de q u e
l o e n t i e r r e n campo ajuera:

fia madrina, si me morro,


non m'enterren en sagrado,
entérrenme en campo verde
onde a pacer vai o gado,
¡hánme de matar amores,
ese mal desesperado!

La s i m i l i t u d d e l a f á n d e r e t o m o c o n f i r m a e l c a r á c t e r d e la psi-
cología racial insobornable. El proceso sentimental del recuerdo
q u e d a f i j o c o m o u n a h u e l l a p e r d u r a b l e , s ó l o v i s i b l e para q u i e n la
e v o c a . E l g a l a i c o C o r r e a - C a l d e r ó n a s e g u r a : :E1 g a l l e g o n o se a d a p t a
e n a b s o l u t o . D e s d e ñ a e m p l e o s q u e le a s e g u r a r í a n la p e r m a n e n c i a e n
u n país para toda la vida. A u n aquellos que llevan m u c h o s años en
u n o de esos países y que parecen ya ciudadanos de ellos, tienen u n
s e c r e t o e n su c o r a z ó n : v o l v e r a m o r i r e n su p e q u e ñ a p a t r i a » . (M D e l
d o l o r d e esas h e r i d a s s e n t i m e n t a l e s está t r a n s i d a la t r i s t e z a d e l i n m i -
grante. Y n o hay que olvidar q u e Alonso y Trelies llegó a tierras de
A m é r i c a c u a n d o a n d a b a c e r c a d e l o s v e i n t e a ñ o s y q u e f u e u n ga-
l l e g o i n m i g r a n t e q u e n o q u i s o m o r i r s i n v o l v e r al t e r r u ñ o , al q u e
r e t o r n ó , p a r a a l c a n z a r e l a b r a z o d e la m a d r e v i e j e c i t a y c o n t e m p l a r ,
c o n o j o s h u m e d e c i d o s p o r l á g r i m a s , l o s a m a d o s r i n c o n e s d e la in-
f a n c i a y d e la a d o l e s c e n c i a . . .

VIII

U n a tarde c a m i n a b a n por calles m o n t e v i d e a n a s , «El V i e j o Pan-


c h o » , el d o c t o r E m i l i o F r u g o n i y e l p e r i o d i s t a O r e s t e s B a r o f f i o .
C o n su h a b i t u a l b o n h o m í a , d i j o B a r o f f i o :
— ¡ Q u é l u j o , ir asi, d e l b r a z o , e n t r e d o s p o e t a s !
Alonso y Trelies, m o d e s t o y sonriente, sesgó el c o m e n t a r i o con
u n o d e sus v e r s o s :
— ¡ N i m e n u e m b r e la g u i t a r r a ! . . .
Y F r u g o n i , v e h e m e n t e m e n t e , s e d e t u v o para a f i r m a r c o n g e s t o
rotundo:
— A u n q u e u s t e d n o q u i e r a q u e s e la n o m b r e n , « V i e j o P a n c h o » ,
esa guitarra g a u c h a n o d e j a r á m o r i r sus v e r s o s .

(*) Corroa Calderón. «índice de utopias gallegas». Biblioteca de Estadio»


galleíos. Madrid, 1930.

— 26 —
F r u g o u i q u e , p o r ser p o e t a y a es u n p o r o p r o f e t a , n o se e q u i -
vocó. Loe p o e m a s de «El V i e j o P a n c h o » no h a n m u e r t o y andan,
r e n a c i e n t e s , e n a l a s d e l c a n t o , v i v o s m á s q u e n u n c a para la e t e r n i -
dad sin muerte.

E n 1 9 4 1 e r a y o m i e m b r o d e la C o m i s i ó n M u n i c i p a l d e C u l t u r a
d e M o n t e v i d e o , y p r o p u s e q u e e n la p l a z u e l a q u e l l e v a e l n o m b r e
de José Alonso y Trelles, se plantase u n ceibo añoso en h o m e n a j e
a « E l V i e j o P a n c h o » . F r e n t e al árbol, se colocaría u n a placa de
b r o n c e p a r a la q u e r e d a c t é la i n s c r i p c i ó n q u e d i c e a s í :

El Municipio de Montevideo plantó este ceibo


en
homenaje a José María Alonso y Trelles
— « E L VIEJO PANCHO» —
nació en Ribadeo (España) el 7 de mayo de 1857
y murió en Montevideo el 28 de julio de 1924.
Cantó en verso gauchesco
como un criollo auténtico,
las cosas de nuestra patria.

E l 2 5 d e j u l i o d e 1943 se l l e v ó a cabo, la ceremonia. E l doctor


G u s t a v o C a l l i n a l h i z o el e l o g i o d e l p o e t a gauchesco a quien honraba
— h o n r á n d o s e — la m u n i c i p a l i d a d m o n t e v i d e a n a . Desde entonces, allí
está la p l a c a c o n m e m o r a t i v a f r e n t e al á r b o l que reverdece y florece
p u n t u a l m e n t e , e n c u y a s o m b r a j u e g a n l o s niños y en c a y o desgar-
b a d o r a m a j e , — t e ñ i d o c o n la s a n g r e d e l o s r a c i m o s de rojas flores—,
c a n t a n \o* p á j a r o s .
Así, r e c o r d a d o e n e l c a n t o , r e v i v i d o e n e l s í m b o l o , tienen con-
d i g n a d i g n i f i c a c i ó n a q u e l l o s v e r s o s g e n e r o s o s y j u s t i c i e r o s con que
F e r n á n S i l v a V a l d é e c e l e b r ó la i n m o r t a l i d a d d e « E l V i e j o P a n c h o » :

Ya te acorraló la historia
Digo, y nadie se me asombre.
Que es un abrojo tu nombre
Pegao al lomo'e la gloria!
l a r a i s o M i_i.«.y. • u n n o ?«•

También podría gustarte