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PORTUGUÉS INSTRUMENTAL I – 2018 Prof. C. Pastori - Prof. Mª Carrattini - Prof. S.

Militz

MÓDULO V

MODOS DE ORGANIZACIÓN DEL TEXTO


GÉNEROS TEXTUALES

1.- Las entidades del texto


Vimos que existen tres modos básicos de organización de un texto: narrativo, descriptivo y
argumentativo. Todo texto es presentado por un “yo” (“eu” en portugués) que no tiene
existencia real.
Hay una identidad diferente para cada modo de organización del texto. Estas identidades no
son los autores del texto, sino aquellos que “hablan” en el texto.
El modo de organización es determinado también por el contenido y construido conforme el
objetivo de la producción del texto.
Veamos los siguientes cuadros:

Quién “habla”
Narración narrador
Descripción observador
Argumentación argumentador

Contenido
Narración acciones, acontecimientos.
Descripción seres, objetos, escenas, procesos.
Argumentación opiniones, argumentos.

Objetivo
Narración relatar
Descripción identificar, localizar, calificar.
Argumentación discutir, informar, exponer.

Es importante recordar que no existen textos exclusivamente narrativos, descriptivos o


argumentativos. Siempre hay predominio de uno de los tres sobre los demás.

1.1.- Texto Narrativo


El texto narrativo presenta una historia vivida por determinados personajes, en un tiempo y
lugar definidos. Además, suele combinarse con otros dos textos más: la descripción y el
diálogo.
En la descripción nos dan detalles del lugar o de los personajes. En el caso de referirse a los
personajes existen tres tipos de descripciones:
a) descripción física;
b) descripción del carácter (actitudes, hábitos, personalidad);
c) caricatura o descripción exagerada del personaje para burlarse de él.
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El diálogo sirve para reproducir directamente las conversaciones entre los personajes. Existen
dos tipos de discurso: directos e indirectos.
a) El discurso directo se caracteriza por usar un verbo de habla (por ejemplo "decir")
seguido de dos puntos y comillas para marcar las palabras del personaje.
Ejemplo:
João disse: "Preciso estudar para a prova".
O bien, utiliza el guión (_) para indicar la intervención de un personaje.
Ejemplo:
“_ Preciso estudar para a prova – disse João muito preocupado.”
El discurso directo - diálogos (con o sin guión) entre los personajes - puede aparecer como
en los siguientes ejemplos:
 – Que tal o carro? – perguntou João.
– Horroroso! – respondeu Antônio.
 João perguntou: “Que tal o carro?”
Antônio respondeu: “Horroroso!”
b) El discurso indirecto también lleva un verbo de habla pero sustituye los dos puntos y
comillas por la conjunción "que".
Ejemplo:
“Juan disse que precisa estudar para a prova”.
Otros ejemplos:
 “Ele começou, então, a contar que tivera um sonho estranho”.
 “Todos se calaram para ouvi-lo e ele, muito sério, perguntou qual era o assunto.
Informado, prosseguiu dizendo que estava profundamente interessado em colaborar”.
 “João perguntou se ele estava interessado nas aulas”.

En la narración también encontramos el discurso en que el narrador registra la acción de los


personajes, además de comentar, analizar, inferir, interpretar y relacionar hechos. Es el discurso
del narrador.
Ejemplo:

“...De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e
guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à
porta de uma loja…”
Machado de Assis

En portugués, lo conocemos como:

“Foco narrativo” o “ponto de vista do narrador”


Narrador personaje o protagonista Foco narrativo en 1ª persona
Narrador observador Foco narrativo en 3ª persona
Narrador omnisciente Foco narrativo en 3ª persona

1.1.1.- Variantes o géneros de la narración


El romance, la novela, el apólogo, la fábula y la crónica son modalidades narrativas
consagradas por la literatura. Sobre la crónica, recordamos que tiene su origen en el periodismo,
pero que con los cronistas brasileños como Rubén Braga, Fernando Sabino, Luis Veríssimo y
otros, pasó a pertenecer a la literatura.
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Tenemos además como narrativas las historietas o cómics, los poemas épicos, los poemas o
letras de música que hablan de un acontecimiento, los chistes, las parábolas, monólogo o
soliloquio interior, las leyendas, las noticias, entre otras.
Ejemplos:
 Chiste

Aula de Português. A professora pergunta para Zequinha:


– “A mulher comprou”. Que tempo é esse?
– Passado, professora.
– Está certo. Agora mais uma pergunta para você tirar nota 10. Se eu digo: “Seu pai tem
dinheiro”, que tempo é esse?
– A primeira semana do mês.

 Poema
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia, num barracão
sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro.
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Bandeira, Manuel

 Apólogo

Opostos
No meio de uma poesia, o ponto saltou na vírgula com intenção de namorar.
Foi coisa bem passageira, dessas que ninguém liga, mas entre o ponto e a vírgula de pano
pra manga da briga.
A vírgula, toda prosa, pro papo continuar. O ponto queria descanso, ficar de papo pro ar.
A vírgula esticava uma frase, lero-lero, coisa e tal, lá vinha o ponto correndo e botava um
ponto final.
Foi indo, a vírgula ficou nervosa. Falou do direito e do avesso, falou do fim pro começo,
berrou e perdeu o senso.
O ponto? Nem ligava pra ausência de consenso. Ponto é silêncio no texto. Imagine se
muda de jeito!
A vírgula, na mesma hora, resolveu ir embora numa frase de efeito.
O ponto ficou zangado, achou de botar defeito: – Podes ir, tagarela – falou com voz
amarela – Como és chata, criatura! Nem escritor te atura!
A vírgula, atrevida, optou pela pirraça: toda hora requebra de graça em qualquer frase
sentido. O ponto, quando ela passa, esquece de lado o passado, fica todo derretido.
O poeta investiga as razões da eterna briga: os opostos se atraem, querem sempre se
juntar. Não há sem franqueza, nem feiúra sem beleza e a sorte depende do azar.
Fittipaldi, Ciça

El apólogo es una narrativa que ilustra una lección de sabiduría cuya moral siempre aparece
expresada al final del texto: “los opuestos se atraen, siempre quieren juntarse”. (En este
ejemplo, el punto y la coma).
El apólogo es un género textual muy parecido a la fábula y a la parábola; puede utilizar los
personajes más diversos y alegóricos: animados o inanimados, reales o fantásticos, humanos o
no. Se vale de ejemplos para ayudar a modificar conceptos y comportamientos humanos de
orden moral y social.

 Monólogo o soliloquio interior


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O ascensorista
“Não sei por que, amanheci hoje com predisposição para a melancolia. Comecei
servindo com certa indiferença, sem atender bem o que fazia. Mais parecendo uma sombra
conduzindo sombras. Será que a minha sina é ficar subindo e descendo gente até o fim da
vida?
(...)
Estive fazendo os cálculos: com mais de oito anos de serviço, já passei mais de vinte
mil horas encurralado neste túnel. É duro! Sobretudo no verão, com um ventilador que só
funciona quando quer. O passarinho na gaiola tem, pelo menos, a paisagem para
contemplar. E nós? O que nos distrai mesmo são os passageiros de alguns segundos. (...)
Esses homens que entram diariamente no edifício têm em geral o ar grave e
angustiado. Será tão importante assim o que os preocupa?
E por mais sério que seja o motivo, não estará em desproporção com a cara fechada
com que se apresentam?
MACHADO, Aníbal. A morte da porta-estandarte e Tati,
a garota e outras histórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974

Monólogo o soliloquio es la forma de discurso en que el personaje expresa de manera


ordenada y lógica sus pensamientos y emociones sin dirigirse específicamente a algún oyente.

 Historieta o Cómic

Una historieta o cómic es una serie de dibujos constituyen un relato, con o sin texto.

1.2.- Texto Descriptivo


El texto descriptivo presenta un observador. La mirada de ese observador puede ser
objetiva o subjetiva, profunda o superficial. Una persona del siglo XV y una del siglo XXI, por
ejemplo, observarían de forma muy diferente un mismo fenómeno.
La descripción, en general, aparece dentro de un texto narrativo o de uno argumentativo.
Toda descripción tiene un tema-núcleo que puede ser un objeto, un ser animado.

Descripción objetiva: cuando lo que se describe se presenta de forma directa, simple,


concreta, como realmente es.
Ejemplos:
a) “Ana tem 1,80, pele morena, olhos castanhos claros, cabelos castanhos escuros e
lisos e pesa 65 kg. É modelo desde os 15 anos”.
b) “O objeto tem 3 metros de diâmetro, é cinza claro, pesa 1 tonelada e será
utilizado na fabricação de fraldas descartáveis”.

Descripción subjetiva: ocurre cuando hay emoción por parte de quien describe; cuando hay
interferencia emocional del interlocutor con respecto a lo que observa, analiza.
Ejemplo:
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“Era doce, calma e respeitava muito aos pais. Porém, comigo, não tinha pudores: era
arisca e maliciosa, mas isso não me incomodava.”

Atividade 1
1. Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:
(A) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo.
(B) A postura do autor é de argumentador.
(C) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo.
(D) Não apresenta clímax em sua estrutura.
(E) O enredo é prioritário.

2. O predomínio de adjetivações é comumente encontrado no texto:


 narrativo  informativo  descritivo  argumentativo  epistolar

Atividade 2
Leia atentamente os textos abaixo e responda às questões solicitadas.

Texto 1
A sala
“Entremos, já que as portas se abrem de par em par, cerrando-se logo depois de nossa
passada. A sala não é grande, mas espaçosa; cobre as paredes um papel aveludado de
sombrio escarlate, sobre o qual destacam entre os espelhos duas ordens de quadros
representando os mistérios de Lesbos. Deve fazer ideia da energia e aparente vitalidade
com que as linhas e colorido dos contornos se debuxavam no fundo rubro, ao trêmulo da
claridade deslumbrante do gás.
A mesa oval, preparada para oito convivas, estava colocada no centro sobre um
estrado, que tinha o espaço necessário para o serviço dos criados; o resto do soalho
desaparecia sob um felpudo e macio tapete, que acolchoava o rodapé e também os bordos
do estrado”.
ALENCAR, José de. Lucíola. São Paulo: Ediouro. 2000

a) Com que estão relacionados os adjetivos utilizados pelo autor nesse texto?
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b) Qual a tipologia textual? Justifique a sua resposta.

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Texto 2
“[...] Com franqueza, estava arrependido de ter vindo. Agora que ficava preso, ardia por
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andar lá fora, e recapitulava o campo e o morro, pensava nos outros meninos vadios, o
Chico Telha, o Américo, o Carlos das Escadinhas, a fina flor do bairro e do gênero humano.
Para o cúmulo de desespero, vi através das vidraças da escola, no claro azul do céu, por
cima do morro do Livramento, um papagaio de papel alto e largo, preso de uma corda
imensa que bojava no ar, uma cousa soberba. E eu na escola, sentado, pernas unidas, com
o livro de leitura e a gramática nos joelhos.
- Fui bobo em vir, disse eu ao Raimundo.
- Não diga isso, murmurou ele. “ [...]
Assis, Machado de. “Conto de escola”. In: Contos,
São Paulo, Ática, 1982, 9ª ed., p. 25-30

1.- Identifique as personagens que aparecem no texto.

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2.- Qual o assunto da conversa entre os dois personagens?

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3.- Indique o segmento que completa, de acordo com o texto, o enunciado formulado a seguir:
O menino se confessava “arrependido de ter vindo” porque:
(A) Os outros meninos vadios passariam a chamá-lo de bobo.
(B) Não gostava que os outros meninos empinassem seu papagaio de papel.
(C) Preferia ter ficado com os outros meninos, a brincar na rua.
(D) Tivera de cumprir a promessa de que viria, feita a Raimundo.
(E) Sentia dor nas pernas, ao ficar muito tempo sentado, com os livros nos
joelhos.

Texto 3

Lâmpadas e Ventiladores
“[...] A tarde estava quente, abafada, ameaçando tempestade. Na sala da sorveteria onde
tomávamos chá, os ventiladores ronronavam, como gatos, refrescando o ambiente.
Lufadas ardentes, fortes, brutais, varreram, lá fora, o asfalto da Avenida. O céu escureceu,
de repente, e um trovão estalou, rolando pelo céu. Nesse momento, as lâmpadas do salão,
abertas àquela hora, apagaram-se todas, ao mesmo tempo em que, dependendo da
mesma corrente elétrica, os ventiladores foram, pouco a pouco, diminuindo a marcha, até
que pararam, de todo, como aves que acabam de chegar de um grande voo”. [...]
Humberto de Campos

1.-Sobre a tipologia textual dessa passagem do conto, pode-se dizer que a organização
predominante é:
 argumentativa  descritiva  expositiva  narrativa  poética

2.- Justifique a sua resposta.

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Texto 4
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Em uma conversa ou leitura de um texto, corre-se o risco de atribuir um significado inadequado a


um termo ou expressão, e isso pode levar a certos resultados inesperados, como se vê nos
quadrinhos a seguir.

de SOUZA, Maurício. Chico Bento. Rio de Janeiro: Ed. Globo, nº 335, nov. 1999.

1.- Nessa historinha, o efeito humorístico origina-se de uma situação criada pela fala da Rosinha
no primeiro quadrinho, que é:
(A) Faz uma pose bonita!
(B) Quer tirar um retrato?
(C) Sua barriga está aparecendo!
(D) Olha o passarinho!
(E) Cuidado com o flash.

2.- O texto em quadrinhos é:


(A) uma descrição.
(B) uma dissertação com passagens descritivas.
(C) uma narração.
(D) um texto argumentativo.
(E) uma narração com descrição.

Texto 5
Memória Comprimida
Um sujeito com muita dor de cabeça vai à farmácia.
O balconista o atende e diz:
— Pois não. O que o senhor deseja?
— Por favor, eu queria ácido acetilsalicílico DCI excipiente C S.
— Espera aí! Isso é aspirina!
— Ah, é verdade! É que eu nunca me lembro do nome.

1.- A que tipologia textual pertence o

texto? ..........................................................................

2.- Justifique a sua resposta. ..............................................................................................

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3.- Esse subgênero é conhecido como ..................................................................................


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Texto 6

A máquina voadora
“Um Homem Engenhoso, que tinha construído uma máquina voadora, convidou grande
multidão de pessoas para vê-la levantar voo. Na hora marcada, com tudo pronto, ele
ocupou o compartimento e deu partida. A máquina desabou imediatamente sobre a
enorme estrutura em que estava apoiada, sumindo de vista sob a terra. O aeronauta teve
tempo apenas de saltar fora e escapar.
– Bem – disse –, foi o suficiente para mostrar a correção de meus detalhes. Os defeitos –
acrescentou, com uma vista de olhos à ruína de tijolos – são meramente de base e de
fundamentos.
Após essa assertiva, as pessoas fizeram uma subscrição para construir uma segunda
máquina”.
Cristal, Caio Henrique

1.- A que tipologia textual pertence o

texto? ..........................................................................

2.- Esse subgênero é conhecido

como ...................................................................................

3.- Cite três (3) características desse subgênero ....................................................................

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AMPLIAMOS EL CONCEPTO DE CRÓNICA


La crónica, cultivada por Ruben Braga e imitada después por otros escritores y periodistas
como Fernando Sabino, Raquel de Queiroz, Clarice Lispector, Luis Fernando Veríssimo, es una
mezcla de periodismo y de ficción literaria. Podemos situarla entre la noticia del periódico y el
pequeño cuento literario publicado en libros.
El tema de la crónica puede ser el mismo de una noticia. La crónica aparece publicada en
diarios y revistas y está destinada - específicamente – a los lectores de los periódicos o revistas
en los que la noticia fue publicada. Contiene un asunto o tema actual o actualizado por el
cronista, y debe estar siempre al alcance cultural de los lectores a los cuales se destina. La noticia
contiene apenas hechos actuales e importantes. La crónica parte de los hechos ya noticiados, o
del conocimiento posible de los lectores y, recrea una nueva realidad, incluyendo todo lo que la
ficción literaria faculta. Además, mientras que la noticia sólo vehicula hechos importantes, la
crónica se vale, tanto de hechos relevantes como de hechos banales. Lo que más importa en la
crónica son los aspectos nuevos y ricos en valores humanos extraídos de la noticia por el
cronista.
Si bien la crónica está destinada a los lectores específicos de un periódico o revista y, por eso
mismo limitada por el gusto y la cultura de éstos, no impide la creación artística. Bajo ese
aspecto, la crónica pertenece a la literatura, como el cuento, la novela o el romance. Los lectores
de las crónicas buscan en ellas, justamente esa creación artística. Van en busca de lo que está
más allá de los hechos ya noticiados: los aspectos sentimentales, el contenido humano, las
impresiones e ideas de quien escribe. La ciudad está llena de episodios que quedarían solamente
en lo que las noticias pueden transmitir, si no fuesen las conmovedoras y bellas crónicas que en
esos hechos descubren mucho más, valorizando los aspectos humanos, realzando las alegrías y
las tragedias que marcan la vida del hombre de la ciudad y del campo.
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Características de la crónica
 Tema: hechos cotidianos.
 Quién cuenta: generalmente hay un narrador que dialoga con el lector. Puede estar escrita en
forma de diálogo o de poema.
 Personajes: en general, pocos.
 Espacio: generalmente, único, descripto brevemente.
 Lenguaje: situado entre el lenguaje oral y literario, se aproxima al lector, mantiene un tono
de conversación (coloquial).

Tipos de crónicas
A pesar de tratarse de un género que corresponde a la tipología narrativa (narrador, hechos o
acciones, personajes, tiempo y espacio), existen diversos tipos de crónicas relacionadas con otros
géneros textuales. Veamos algunas de las más importantes.
 Crónica narrativa: tiene por eje una historia, lo que la aproxima a un cuento. Puede ser
narrada tanto en 1ª como en 3ª persona. Siempre contiene hechos cotidianos (banales,
comunes).
 Crónica argumentativa: contiene una opinión explícita, con argumentos más “sentimentales”
que “racionales” (en vez de decir “segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil",
sería "vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo"). Puede
aparecer en 1ª persona del singular o del plural.
 Crónica humorística: presenta una visión irónica o cómica de los hechos.
 Crónica periodística: desarrolla aspectos particulares de noticias o hechos. Puede ser
policial, deportiva, política, económica, etc.
 Crónica histórica: Está basada en hechos reales o históricos.

Para recordar

Diferencia entre "mau" e "mal".


“mau” é antônimo de “bom”
“mal” é antônimo de “bem”
ex.: “Como podem eleger um homem tão mau?” (bom)
“Francisco joga mal” (bem).
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Atividade 3

1.- Leia os textos a seguir:

TEXTO A

A educação em pés descalços


A aula já tinha começado quando André entrou. Duas coisas chamaram a atenção do
professor: em primeiro lugar, o menino se atrasara, o que nunca acontecia. Além disso, estava
de pés descalços.
_ O que houve com seus chinelos, André?
O menino ficou vermelho, embaraçadíssimo. Finalmente confessou que tinha usado os
chinelos para quitar a mensalidade. E, agoniado, perguntou:
_ Eu sei que não posso assistir às aulas descalço, eu sei que é contra o regulamento. O
senhor quer que eu saia?
O professor ficou um instante em silêncio. Depois, como se não tivesse ouvido a pergunta,
dirigiu-se aos alunos:
_ Pessoal, acabo de mudar o assunto da aula. Nós íamos estudar geografia hoje: golfos,
penínsulas, ilhas, essas coisas. Não vamos mais.
Vamos estudar o corpo humano. Melhor, vamos estudar uma parte muito importante do corpo
humano: os pés. Todo mundo diz que nos sustentam. São os pés que nos levam de um lado
para outro. Nós não seríamos o que somos, se não fosse por nossos pés. Por isso vamos dedicar
esta aula a eles. Para começar quero que todos fiquem descalços...
Meia hora depois, o diretor entrou na sala. Viu a um canto cheio de sapatos, de tênis e de
chinelos; e viu que todos os alunos estavam descalços, examinavam com interesse os próprios
pés. Não era uma cena habitual, mas ele não estranhou: sabia que em certos casos a educação
precisa ser inovadora.
SCLIAR, Moacyr. “Aluno quita mensalidade até com chinelo”. Cotidiano, 21/5/1998

TEXTO B

Aluno quita mensalidade até com chinelo


(Marta Avancini, da reportagem local)
O aumento da parcela de alunos que atrasa ou não paga mensalidades está levando
universidades e escolas a praticar uma antiga prática comercial: o escambo.
Tênis, computadores, máquinas agrícolas, cargas de trigo e até chinelos de dedo estão sendo
aceitos como moedas na quitação de dívidas de inadimplentes.
A Confederação Nacional de Estabelecimentos de Ensino, que representa 40 mil instituições
privadas do país, sustenta que a inadimplência chega a 40% - caso do Nordeste- e supera o 5%
em todo o país. (...)
SOUZA, Carlos Alberto de, da Agência Folha, em Porto Alegre. Folha de São Paulo, 21/5/1998

2.- Indique a qual dos textos se referem as características a seguir.


Texto_________
 Apresenta as pessoas envolvidas com o fato, o tempo, o lugar, o como e o porquê ele
ocorreu.
 Relata um fato com precisão de dados e informações.
 Adota o padrão culto da linguagem, principalmente quanto ao rigor no cumprimento
das regras gramaticais.
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Texto _________
 Apresenta fatos vividos por personagens em determinado tempo e local.
 As ações apresentam complicação, clímax e desfecho.
 Tem um narrador.
 Emprega discurso direto.
 Usa linguagem coloquial, mas há preocupação com a escolha das palavras.

3.- Compare os textos e preencha o quadro.

TEXTO A TEXTO B

1.- Autor do texto

2.- Veículo de publicação

3.- Finalidade do texto

4.- Tipo de texto

5.- Assunto

Atividade 4

História estranha
Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de
idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola
perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida que é ele
mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança
daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um
homem e...
O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos
seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida.
Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O
homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo,
longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.
O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica
pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos, como eu vou ser
sentimental!
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.43.

1.- Observe o seguinte trecho: “Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros [...]”.
O pronome “seus” destacado neste trecho se refere
(A) À babá
(B) Ao homem
(C) Ao menino
(D) Ao tempo
(E) Ao banco
2.- O texto de Luis Fernando Veríssimo pode ser classificado como:
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(A) uma narração


(B) uma dissertação
(C) uma descrição
(D) uma bula de remédio
(E) uma informação

3.- No texto, observamos que o próprio personagem é o narrador da história. Qual das opções
abaixo pode confirmar essa afirmativa:
(A) “Como eu era inocente.”
(B) “Sente uma coisa no peito.”
(C) “Que coisa pior ainda é o tempo.”
(D) “O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer.”
(E) “Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos.”

4.- O garoto se aborrece com o fato de que:


(A) Será pobre aos quarenta anos.
(B) Será solteiro aos quarenta anos.
(C) Será solitário aos quarenta anos.
(D) Será sentimental aos quarenta anos.
(E) Será desempregado aos quarenta anos.

Para recordar

Uso de guión (_)


 Para indicar en el discurso directo, el cambio de interlocutor.
ex:
_ Você se importa que eu me sente aqui?
_ Claro que não. Fique à vontade.

 Para aislar, poner en evidencia palabras, frases o expresiones. En este caso se usa doble
guión y su función es semejante al de los paréntesis.
ex:
Restou-lhe somente uma casa, que ele próprio – quando jovem –havia comprado.

 Para destacar con énfasis el final de um enunciado.


ex:
Habitação, vestuário, alimentação e educação – estas constituem as necessidades básicas
de todo ser humano.

 Para separar el habla del personaje y el narrador.


ex:
_ prevenir ainda é mais eficaz medida contra as doenças – alertou o médico

1.3.- Texto Expositivo (dissertativo-expositivo)


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El texto expositivo se caracteriza por ser el producto de un pensamiento detenido y metódico


acerca de un asunto o materia.
Este tipo de texto presenta información y puede tener argumentos, pero no presenta contra-
argumentos o defensa de opiniones.
El autor, con autoridad de especialista, se dirige a un destinatario que prácticamente no tiene
la posibilidad de responder porque le dará al expositor una especie de credibilidad.

Texto
expositivo

El autor solamente informa al lector sobre


determinado tema, sin el propósito de
convencerlo.
El disertante expone un concepto, una teoría
y/o su punto de vista sobre un tema o
asunto.

Ejemplos: Textos exp. de libros didácticos.


Definiciones de diccionarios. Conferencias.
Tesis. Informes científicos. Noticias.
Entrevistas. Artículos. Textos de divulgación
científica, etc.

El autor solamente informa al lector sobre


determinado tema, sin el propósito de
Estructura del textoconvencerlo.
expositivo
Las partes en que se El disertante expone un concepto, una teoría
puede dividir un texto expositivo son:
y/o su punto de vista sobre
 Introducción. Constituye la presentación del tema. Es donde encontramos el tema, la
un tema o asunto.
delimitación y la contextualización del tema.
una teoría y/o su punto de vista
 Desarrollo. Implica la explicación o aclaración de aspectos esenciales, ejemplificaciones,
clasificaciones, etc. Para ello, el texto expositivo
sobre un tema (dissertativo-expositivo)
o puede valerse,
además, de títulos, epígrafes,
asunto. guiones, listas, gráficos y otros recursos similares.
 Conclusión. Representa la síntesis de los aspectos anteriormente tratados. El texto es
resumido, se hace un balance de lo dicho y se puede hacer una reflexión final del tema.

Ejemplos de diferentes textos expositivos (dissertativos-expositivos):


 Definición de diccionario
“Significado de nostalgia (s.f). Tristeza causada pela saudade de sua terra ou de sua
pátria; melancolia. Saudade do passado, de um lugar etc. Disfunções
comportamentais causadas pela separação ou isolamento (físico) do país natal, pela
ausência da família e pela vontade exacerbada de regressar à pátria. Saudade de
alguma coisa, de uma circunstância já passada ou de uma condição que (uma pessoa)
deixou de possuir. Condição melancólica causada pelo anseio de ter os sonhos
realizados. Condição daquele que é triste sem motivos explícitos. (Etm. do francês:
nostalgie)”
Dicionário Online de Português- Dicio.com
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 Noticia

 Texto de divulgación científica

Gelatina Doce curiosidade


A gelatina é uma sobremesa rápida, fácil de fazer e está disponível nos mais
variados sabores e cores. Mas para muitas pessoas ela é verdadeiramente uma
incógnita. De que é feito, como vira pó? Vamos tentar esclarecer algumas dessas
dúvidas. E veremos como é doce saciar a curiosidade! Tem gente que vai torcer nunca
mais comer gelatina na vida. Mas é preciso dizer a verdade: a gelatina é produzida a
partir da pele, dos ossos e dos tendões, as fibras que unem os músculos aos ossos, de
animais como bois e porcos.
A primeira vista pode não parecer muito apetitoso. Mas faz todo o sentido se agente
souber que a gelatina nada mais é do que um tipo de proteína, chamado de colágeno,
que existe em grande quantidade nessas partes do corpo dos animais, e do nosso
próprio organismo também. Para se transformar em gelatina, a pele, os ossos e os
tendões de bois e porcos passam por um longo processo. Primeiro, eles são lavados.
A seguir são fervidos em água para a retirada da gordura. Depois, passam um bom
tempo de molho em uma solução ácida ou alcalina (o contrário de ácida). Essa etapa é
muito importante, porque é quando o colágeno começa a ser quebrado em pedaços
menores, o que permite que ele se torne solúvel, ou seja, que se dissolva em água.
Mas o processo não acaba aí, após retirar o colágeno de peles, ossos e tendões,
transformar o colágeno e me líquido, será preciso submetê-lo a uma secagem,
formando aí folhas de gelatina, que encontramos em casa de produtos naturais. Se
forem trituradas essas folhas darão origem a um pó que, misturado a açúcares,
corantes e aromatizantes, formarão a gelatina que conhecemos e compramos no
mercado. Então, aprendeu como se faz? E agora, pronto (a) para degustar uma
gelatinazinha geladinha?
Revista Ciências Hoje das Crianças, Ano 20. Nº 181, Julho de 2007. p.3 a 5.
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Un texto de divulgación científica, es un escrito de trama compleja, donde se combinan


características de distintos tipos de textos; su propósito es poner al alcance del público y aclarar
un tema relativo a la ciencia.
Con respecto a su estructura, será básicamente expositivo o explicativo y, por lo tanto, tendrá
las siguientes características:
a) Organización lógica y jerárquica de las ideas;
b) Exposición analítica y sintética;
c) Uso de gráficos, esquemas, dibujos;
d) Empleo de oraciones enunciativas de estructura bimembre, preferentemente con un orden
sintáctico canónico (sujeto-verbo-predicado), con inclusión de proposiciones subordinadas
causales, consecutivas, finales, entre otras;
e) Utilización de conectores: causa, consecuencia, etc.;
f) Vocabulario preciso, eludiendo términos polisémicos.

1.4 Texto Argumentativo (dissertativo-argumentativo)

Texto
argumentativo

El autor presenta una tesis, apoyado en


evidencias, debate ideas, refuta opiniones
contrarias a las suyas y busca influenciar al
lector a partir de argumentos, ejemplos,
testimonios, hechos o citas de autoridad.

Ejemplos: Debate. Editorial.


Artículo de opinión. Cartas de lectores.
Reseña crítica. Sermón. Discurso.
Discusión. Réplica. Columna, etc.
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Mediante este tipo de textos defendemos o rechazamos, aportando razones diversas, alguna
idea, proyecto o pensamiento. El autor usa esta forma discursiva para intentar convencer al
lector/oyente y utiliza para ello distintos argumentos.
Cuando argumentamos tratamos de dar validez a nuestra opinión o a la de otros o, también,
podemos rechazar aquello que no nos interesa. Por este motivo, este tipo de textos suele tener
carácter subjetivo. La publicidad o los artículos de opinión de la prensa escrita son ejemplos de
textos argumentativos.
La intención de este tipo de textos se relaciona directamente con la función apelativa del
lenguaje: persuadir, convencer, aconsejar, sugerir implican una respuesta por parte del receptor
y, dependiendo de la misma, el emisor verá o no cumplido su objetivo. También puede aparecer
la función referencial (cuando se transmite una información).

Estructura del texto argumentativo


Las partes en que se puede dividir un texto argumentativo son:
 Introducción. Se plantea el tema que se va a tratar. (tesis)
 Cuerpo argumentativo o desarrollo. Constituido por todas las razones que el emisor aporta
para defender su opinión o para intentar convencernos de algo. (argumentos/contra-
argumentos)
 Conclusión. Es el resumen del texto o la síntesis de las ideas expuestas. En ocasiones se
puede cerrar el escrito con una interrogación, una exhortación o con alguna frase ingeniosa.
Veamos:
El texto argumentativo (dissertativo-argumentativo) expone una tesis (ideas generales sobre
un tema) seguida de un punto de vista, apoyada en argumentos, datos y hechos que la
comprueben.

“A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita, pois lendo o indivíduo tem contato


com modelos de textos bem-redigidos que ao longo do tempo farão parte de sua
bagagem linguística; e também porque entrará em contato com vários pontos de vista
de intelectuais diversos, ampliando, dessa forma, o seu ponto de vista em relação aos
assuntos. Como a produção escrita se baseia praticamente na exposição de ideias por
meio de palavras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao
enriquecimento linguístico adquirido através da leitura de bons autores.”

En este texto tenemos una idea defendida por el autor.


Tesis: “A leitura auxilia o desenvolvimento da escrita.”
En seguida el autor defiende su punto de vista con los siguientes argumentos:
Argumentos: “… lendo o indivíduo tem contato com modelos de textos bem-redigidos que ao
longo do tempo farão parte de sua bagagem linguística e, também, porque entrará em contato
com vários pontos de vista de intelectuais diversos, ampliando, dessa forma, o seu ponto de vista
em relação aos assuntos.”
Y finalmente, comprobada su tesis, vemos que la idea de la tesis es recuperada.
Conclusión: “Como a produção escrita se baseia praticamente na exposição de ideias por meio
de palavras, certamente aquele que lê desenvolverá sua habilidade devido ao enriquecimento
linguístico adquirido através da leitura de bons autores.”
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Vemos, en este ejemplo, cómo el texto argumentativo (dissertativo-argumentativo) tiene


como objetivo expresar un determinado punto de vista en relación a un tema cualquiera, y
convencer al lector de que este punto de vista es correcto.
Podríamos afirmar que este tipo de texto es un ejercicio de ciudadanía, porque en él el
individuo ejerce su papel de ciudadano, cuestionando valores, reivindicando algo, exponiendo
puntos de vista, etc.

Ejemplos de textos argumentativos (dissertativos-argumentativos)


 Artículo de Opinión: En todo momento tenemos que posicionarnos sobre ciertos temas
que circulan socialmente. Por ejemplo: ¿La pena de muerte es una salida contra la violencia?,
¿una mujer embarazada debe tener el derecho a interrumpir su embarazo?; ¿la TV debe sufrir
algún tipo de control?, etc.
Como respuesta a esos y a otros interrogantes, se publican en los diarios, revistas y otros
medios los artículos de opinión, en los cuales el autor expresa su punto de vista sobre el tema
en discusión.
Una de las características de este género textual es la persuasión, que consiste en la tentativa
de convencer al destinatario (lector, oyente o telespectador) a adoptar la opinión presentada; por
eso, es común encontrar en ese tipo de producción textual, descripciones, apelaciones,
acusaciones, humor satírico, ironía y fuentes de información.
Siempre son textos de estructura argumentativa en los cuales la opinión del autor es la
afirmación, decisión o tesis que él buscará justificar a partir de los argumentos, es decir, de los
fundamentos que le sirven para demostrar la certeza, conveniencia o validez de su texto.

Estructura de un artículo de opinión


 Título: Generalmente una frase que llama la atención.
 Introducción: Presentación de la polémica y el punto de vista del autor en relación a ella.
 Desarrollo:
Párrafo 1: Argumento/s que sustenta/n el punto de vista del autor.
Párrafo 2: Opinión que los opositores tienen en relación al punto de vista del autor.
Párrafo 3: Respuesta y crítica a la opinión de los opositores.
 Conclusión: El autor reafirma su punto de vista en relación a la polémica.

ex:

A Necessidade das Diferenças


De acordo com a Teoria da Evolução, criada pelo cientista inglês Charles Darwin, o que
possibilita a formação do mundo como conhecemos hoje, foi a sobrevivência dos mais
aptos ao ambiente. A seleção se baseia na escolha das características mais úteis e não
nas diferenças. É do conhecimento geral que alguns governos totalitários promoveram e
promovem genocídios por considerarem determinadas raças inferiores.
Do meu ponto de vista, se no âmbito biológico, as variações são imprescindíveis à vida,
no sociológico, não pode ser diferente. Uma vez todos iguais, seríamos atingidos pelos
mesmos problemas, sem perspectivas de resolução, já que todas ideias e problemas
seriam semelhantes, bem como todas as formas de ação para solucioná-los.
Obviamente, nem todas as diferenças, são benéficas. Por exemplo, a diferença entre as
classes sociais, como é hoje na sociedade brasileira, uma das mais acentuadas do mundo,
não podem ser concebíveis. Para somar a diferença social, é importante uma distribuição
de renda mais igualitária, aliada à oportunidade de trabalho, educação e saúde para
todos. Mas há quem se baseia nestas diferenças para excluir os menos favorecidos, há
atos que entraram para a história, como exemplos de vergonha para a humanidade, basta
lembrar do Holocausto imposto pelos nazistas aos judeus na Alemanha ou a matança dos
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curdos do Iraque promovido pelo ex-ditador daquele país.


Dessa forma, devemos nos conscientizar, de que somos todos iguais em espécie, mas
conviver com as diferenças, por difícil que pareça, nos enriquece como pessoas. Nossos
esforços devem ser voltados contra discriminações vis, como racismos e perseguições
religiosas, que apenas nos desqualificam como seres humanos.

 Carta de lectores

Es un texto que un lector de un medio de comunicación escrito escribe al director de la


publicación con el propósito de que el mismo sea publicado en ese medio.
Suelen escribirlas los lectores de la publicación en la que aparecen. A menudo se trata de
denuncias sobre algo que no funciona bien, de reclamos a las autoridades, de sugerencias en
relación con un problema, de agradecimientos, o de discusiones de la opinión de un periodista de
la publicación. Pueden basarse o no en una experiencia vivida personalmente.
Cuando un lector quiere hacer un comentario sobre algo aparecido en un medio de
comunicación, escrito, presentar su punto de vista sobre un asunto de interés general, realizar
algún pedido o solicitud de carácter público a alguna institución o llevar a cabo una denuncia,
recurre a este género textual.
Las cartas de lectores aparecen en una sección especial de la publicación escrita dedicada a
las mismas. Su función es predominantemente apelativa, aunque poseen aspectos emotivos y
referenciales.
En general quienes las escriben lo hacen por intereses que pueden ir de lo estrictamente personal
a lo colectivo, aunque siempre deben tener un alcance relativamente general. Habitualmente se
ocupan de dar una opinión, hacer un pedido, agradecer, comentar o denunciar. En relación con la
diversidad de acciones que pueden llevar a cabo, sus fines son variados.
ex:

Salvador, 01 de Outubro de 201


À Revista Época:
Fiquei decepcionado ao não encontrar esta semana a coluna do jornalista Olavo de
Carvalho. Espero que tenha sido um problema temporário e que a coluna volte a
ser semanal, pois a leitura dessa coluna é uma das raras oportunidades que ainda
temos de tomar contato com reflexões e análises elaboradas por um intelectual
que realmente tem um pensamento independente, em vez de se limitar a repetir
os slogans pretensamente corretos politicamente.
Carneiro, Jose Paulo.
Fonte (adaptação):  http://www.olavodecarvalho.org/textos/cartasleitoresepoca.htm

 Crónica argumentativa
La crónica argumentativa consiste en un tipo más moderno de crónica, en el cual el cronista
expresa su punto de vista en relación a una problemática de la sociedad. En este caso específico,
la ironía o el sarcasmo son utilizados frecuentemente como instrumento para transmitir una
opinión y abordar un determinado asunto.

Características de la crónica argumentativa


a) Tipo de género textual que reúne características de crónica y de texto argumentativo.
b) Presentación el tema o polémica a ser discutida al inicio del texto.
c) Posicionamiento del cronista sobre la temática en cuestión.
d) Exposición de argumentos que fundamentan el punto de vista del narrador.
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e) Conclusión sorprendente, creativa o conclusión síntesis que retoma las ideas del texto y
confirma el punto de vista defendido.
f) Tratamiento subjetivo del tema, dejando permear la sensibilidad y las emociones del cronista.
g) Lenguaje creativo y figurado, generalmente, de acuerdo con el registro culto informal de la
lengua.
Ex:

No topo
Diga onde seu nome está escrito e eu lhe direi quem és
Num programa a que assisti outro dia na tevê, um humorista apresentou um
método bem curioso para sabermos se somos ricos, pobres ou de classe média. "Se,
no trabalho, seu nome está em sua blusa, você é pobre; se está escrito na sua mesa,
você é de classe média; se seu nome estiver escrito, em letras enormes, na fachada
do prédio em que você trabalha, então você é rico." Faz sentido. Eu só acrescentaria
algo mais à terceira definição: se seu nome estiver, em letras garrafais, na fachada do
prédio, você pode ser tanto rico quanto pichador.
De certa maneira, todos nós queremos ver nossos nomes escritos por aí. Quanta
gente não daria tudo para aparecer na televisão, participar do Big Brother ou ser capa
da Capricho? Ser famoso é mais que um sonho: é uma exigência da nossa época.
Cada um faz o que pode para sobressair: uns são bons no futebol, outros na
matemática, fulano é engraçado e sicrana é lindíssima. Mas se a vida, por um lado,
nos apresenta uma infinidade de caminhos que podemos seguir, também nos bate
muito a porta na cara. Às vezes as circunstâncias são muito mais fortes do que nossos
planos.
Por exemplo: se você fosse mais velha, se tivesse três filhos para criar, estivesse
desempregada e surgisse uma oportunidade de emprego numa fábrica de parafusos,
dificilmente diria "não, obrigada, mas fazer parafusos não é a minha ambição na vida,
eu quero é ser veterinária e trabalhar com periquitos." Para o pessoal que tem o nome
escrito na roupa, o mundo não é esse sonho de liberdade e múltiplas escolhas que às
vezes acreditamos ser.
Essa é uma contradição muito grande do mundo em que a gente vive. De um lado
ouvimos por todo canto: faça o que você quiser! Ouse, vença escolha seu próprio
caminho! Seja original! Destaque-se! De outro, no entanto, estão todas as limitações
da vida: quem tem 1,50m jamais será o rei do basquete, quem nasceu em uma favela
dificilmente será diretor de uma multinacional, e se você é mais gorda do que a
maioria das meninas, desculpe informar, mas não acho que modelo seja a profissão
em que terá mais sucesso.
A pichação é a consequência dessa contradição. Quando o garoto começa a
perceber que seu futuro está muito mais para a fábrica de parafusos do que para
jogador da seleção brasileira, que o único lugar em que as pessoas lerão seu nome
será na etiqueta de seu macacão, resolve fazer fama por suas próprias mãos: pega um
spray de tinta e escreve seu nome no alto dos prédios. Os pichadores competem para
ver quem chega mais alto, quem escreve o nome no lugar mais difícil.
Mas não é só entre si que eles competem. Também disputam espaço nos outdoors,
com propagandas de uísque, cigarro e roupas, com bandas de música pop. A maioria
diz:Ouse! Seja original! Apareça! De certa forma, é mais ou menos isso que o pichador
está fazendo: conquistando seus 15 palmos de fama na imensidão das grandes
cidades. Ele nunca chegará ao topo da sociedade; seu nome, sim.
Prata, Mário. Capricho, 20 de abril de 2003
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Para recordar

Crónica  narra hechos ficticios imaginados por el autor a partir de hechos reales y cotidianos.
Noticia  narra hechos reales, es un texto no ficcional.

Para recordar

Los textos argumentativos se estructuran en:


 Introducción: (tesis)
 Desarrollo: (argumentos y contra argumentos)
 Conclusión: (reafirmación de la tesis)

PONEMOS EN PRÁCTICA EL MÓDULO IV

Atividade 1

TEXTO 1
Leia com atenção o trecho abaixo extraído de artigo publicado no jornal O Estado de São
Paulo, e depois, responda às questões solicitadas:

Direitos humanos, liberdade, dignidade da pessoa humana, defesa do meio ambiente e


tantas outras aspirações nacionais não passarão de letra morta nos discursos e na própria
Constituição Federal, se não forem alcançados os limites inferiores da sobrevivência
condigna, infelizmente tão distantes ainda de significativa parcela da população brasileira.
Basta lembrar que a cidade de São Paulo tem 56% de sua população vivendo em favelas,
cortiços, habitações precárias e até mesmo sob viadutos e nos cemitérios, para que nos
convençamos de que a oitava economia do mundo é um grande desastre social.
BRANCO, Adriano Murgel. Desenvolver o país é preciso, 16 dez., 1989.

a) Qual a tipologia desse texto?......................................................................................

b) Qual é o argumento utilizado para reforçar a afirmação de que o Brasil ainda é um grande
desastre social?

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

TEXTO 2
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Leia com atenção o texto abaixo e responda às questões solicitadas:

Defender a língua é, de modo geral, uma tarefa ambígua e até certo ponto inútil. Mas
também é quase inútil e ambíguo dar conselhos aos jovens de uma perspectiva adulta, no
entanto, todo adulto cumpre o que julga seu dever (...) Ora, no que se refere à língua, o
choque ou oposição situam-se normalmente na linha divisória do novo e do antigo. Mas
fixar no antigo a norma para o atual obrigaria este antigo a recorrer a um mais antigo, até
o limite das origens da língua. A própria língua, como ser vivo que é, decidirá o que lhe
importa assimilar ou recusar. A língua mastiga e joga fora inúmeros arranjos de frase e
vocábulos. Outros ela absorve e integra a seu modo de ser.
FERREIRA, Vergílio. Em defesa da língua. Estão a assassinar o português!
(Trecho adaptado)

a) Transcreva a tese de Vergílio Ferreira, isto é, a afirmação básica que o autor aceita como
verdadeira e defende nesse trecho.

..............................................................................................................................

b) Transcreva o argumento no qual o autor se baseia para defender sua tese.

..............................................................................................................................

TEXTO 3

“A recente morte violenta de uma jornalista choca a todos porque, nesse fato, o assassino
foge ao perfil comum de tais tipos, mas certas situações que levam a isso estão aí, nos
círculos milionários, meios artísticos, esportivos e de poder. Tudo porque o homem não
aprende. Há milênios, gosta de passar aos demais uma imagem de eterna juventude e
virilidade, posando com fêmeas muito mais jovens. Fingem acreditar que elas estão aí por
amá-los. São poucas vezes atraídas pelo seu intelecto, e muitas pela fama, poder e
dinheiro. A durabilidade de tais ligações, no geral, termina quando tal fêmea atinge seu
objetivo. Pior ainda, quando essa fêmea mostra também intelecto e capacidade de
sobrevivência sem seu protetor. Duro, triste, real.”
ZANINI, Laércio. Garça, SP. Folha de S. Paulo de 30/08/2000

Depois da leitura do texto, responda:


a) O texto usa, em relação às mulheres, um termo fortemente conotado, e lhes atribui um
comportamento que as desqualifica. Transcreva uma frase em que o termo ocorre,
associado à descrição de comportamentos que desqualificariam as mulheres. Sublinhe o
termo em questão na sua frase.

..............................................................................................................................

b) Quais os traços de caráter das mulheres em relação aos quais os homens deveriam se
precaver, segundo o autor dessa carta?

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

b) A quem se refere o autor da carta, na frase "o homem não aprende"?

..............................................................................................................................
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Atividade 2
Identifique o sentido argumentativo dos seguintes textos, e separe, por meio de
barras, a tese e o(s) argumento(s).

a) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que preciso. É econômico, nunca

dá defeito e tem espaço suficiente para transportar toda a minha família.”

b) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais; além disso, todo ano batemos

recordes de produção agrícola. Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais

modernos do mundo. Definitivamente, somos o país do futuro.”

Atividade 3
TEXTO 1
Leia com atenção o texto abaixo e responda as questões de 1, 2, 3 e 4.
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1. Por suas características, pode-se dizer que o texto lido pertence ao gênero
(A) texto dramático (C) conto
(B) anúncio publicitário (D) artigo de opinião

2. Sobre o gênero artigo de opinião, marque as alternativas corretas.


(A) É um texto que pertence à esfera jornalística.
(B) Geralmente é publicado com a assinatura do autor.
(C) Versa (fala) sobre assuntos polêmicos.
(D) Apresenta todos os elementos da narrativa.
(E) Visa apresentar uma opinião sobre determinado assunto.

3. Sobre o assunto tratado o texto o autor pensa que


(A) os estudantes, ao se organizarem, deram uma aula de cidadania.
(B) os estudantes atrapalharam a rotina da cidade.
(C) o movimento dos estudantes não significou nada.
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(D) os estudantes não têm noção de cidadania.

4. Marque a alternativa que apresenta opiniões divergentes (diferentes) daquelas defendidas pelo
autor do artigo.
(A) O movimento interagiu intensamente com a mídia.
(B) Os meninos trouxeram, para o movimento, uma idéia de solidariedade.
(C) A mídia foi simpática ao movimento.
(D) Alguns órgãos da mídia viram o movimento com antipatia.

TEXTO 2
Leia o texto a seguir e responda às questões 1, 2, 3 e 4.

Gols de cocuruto
O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os times
ficam perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes
foi designado no esquema - e parados.
Então o tático pode olhar o campo como se fosse um quadro negro e pensar no futebol
como alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os
jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse inimigo
mortal de qualquer estrategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas,
cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo, tático exemplar, planejava
todo o jogo numa mesa de botão; da entrada em campo até a troca de camisetas,
incluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico de sucesso mas, nunca conseguiu uma
reputação no campo à altura de sua reputação no vestiário; falava um jogo e o time
jogava outro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus botões eram mais
inteligentes do que seus jogadores
VERÍSSIMO, L. F. O Estado de São Paulo, 23/08/93

1. Complete as lacunas.
Este texto pertence ao gênero .............................. e a tipologia textual é ..........................

2. A tese que o autor defende é a de que, em futebol,é:


(A) o planejamento tático está sujeito à interferência do acaso.
(B) a lógica rege as jogadas.
(C) a inteligência dos jogadores é que decide o jogo.
(D) os momentos iniciais decidem como será o jogo.
(E) a dinâmica do jogo depende do planejamento que o técnico faz.

3. No texto, a comparação do campo com um quadro negro representa:


(A) o pessimismo do tático em relação ao futuro do jogo.
(B) um recurso utilizado no vestiário.
(C) a visão de jogo como movimento contínuo.
(D) o recurso didático preferido pelo técnico Tim.
(E) um meio de pensar o jogo como algo previsível.

4. As expressões que retomam, no texto, o segmento “o melhor momento do futebol” são:


(A) os times ficam perfilados - aí. (D) o tático pode olhar o campo - aí.
(B) é quando - então. (E) é quando - começa o jogo.
(C) aí - os jogadores se movimentam.
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TEXTO 3
Leia o texto abaixo e responda às questões solicitadas.

Por que sentimos água na boca?


Entenda a importância da nossa saliva na hora de comer
“Chiquinha, o almoço está pronto! Fiz a batata frita que você pediu!”
Só de ouvir essas palavras, sua boca se enche d’água – de saliva –, antecipando-se à
comida que já vai entrar na boca e precisar ser digerida. De fato, a digestão começa na
boca, onde os alimentos são picados, triturados e esmagados, tudo isso antes de serem
conduzidos ao estômago. E pasme: se a boca não se enchesse de saliva, não seria possível
nem engolir o alimento, nem saber o que você tem sobre a língua!
Todo mundo produz uma pequena quantidade de saliva o tempo todo, mas a produção
aumenta quase dez vezes quando uma pessoa vê, cheira ou pensa em comida. A saliva que
enche a boca nessas horas é essencial por várias razões. Primeiro, somente quando
dissolvidos na saliva é que pedaços microscópicos desprendidos dos alimentos chegam até
as papilas gustativas, que sinalizam ao cérebro o tipo de comida que você tem na boca:
água, sal, ácido, doce, proteína, ou algo amargo e, portanto, potencialmente nocivo, nada
bom de ser engolido. Assim, além de reconhecer o alimento pelo gosto, o seu cérebro já vai
preparando o corpo para a digestão. Segundo, a saliva contém enzimas que começam a
partir em pedaços menores os carboidratos, grandes moléculas de açúcar como o amido do
pão.
Além disso, é a saliva que umedece e dá liga aos alimentos triturados e permite que
eles sejam transformados em um grande “bolo” compacto e lubrificado, que pode ser
engolido sem risco de engasgos. Se você não acredita que comida seca não desce sem
saliva, experimente o famoso Teste da Bolacha: comer três biscoitos em menos de um
minuto, sem apelar para um copo d’água. É simplesmente impossível! A razão é que,
mesmo trabalhando dez vezes mais rápido, as glândulas parótidas e salivares não
conseguem produzir saliva com a rapidez necessária para que os pedaços de biscoito
passem em menos de um minuto de paçoca a uma massa umedecida que possa deslizar
até o seu estômago.
A boa notícia é que a produção de saliva é automática, comandada pelo sistema nervoso
autônomo sempre que o cérebro detecta a presença de comida na boca. O interessante é
que, por associação, também funciona pensar em comida, sentir o cheiro bom do almoço
no fogo e até ouvir que ficou pronto aquele prato de que você gosta. O caso mais famoso
de água na boca por associação, claro, é o já lendário cão do fisiologista russo Ivan Pavlov.
De tanto ouvir um sino tocar antes de receber sua comida todos os dias, o animal passou a
salivar em resposta ao tocar do sino, mesmo que o prato demorasse a chegar. E eu, de
tanto escrever sobre comida, já fiquei com água na boca...
HERCULANO-HOUZEL, Suzana. Departamento de Anatomia,
Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Revista Ciência Hoje das Crianças, Edição 199.

a) O texto “Por que sentimos água na boca?” pertence a que gênero?

..............................................................................................................................

b) Onde foi publicado esse texto?

..............................................................................................................................

c) Qual é o público-alvo do texto?

..............................................................................................................................

d) Qual é o tempo verbal predominante em todo o texto?

..............................................................................................................................
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e) Qual é a razão do uso desse tempo verbal no texto?

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

f) Identifique, no texto, um exemplo de nomeação.

..............................................................................................................................

g) Por que o título do texto está em forma de pergunta?

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

h) É próprio do gênero textual Artigo de Divulgação Científica o autor interagir com o leitor,
como se estivesse dialogando com este. Localize, no segundo parágrafo, esse “diálogo”
com o leitor.

..............................................................................................................................

i) Qual a intenção do estabelecimento desse “diálogo” com o leitor?

..............................................................................................................................

j) Apesar de o texto apresentar uma linguagem informal, o autor não dispensa o uso de
termos técnicos científicos. Localize-os no texto.

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

k) Qual a finalidade do texto lido?

..............................................................................................................................

..............................................................................................................................

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