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MÓDULO V
Quién “habla”
Narración narrador
Descripción observador
Argumentación argumentador
Contenido
Narración acciones, acontecimientos.
Descripción seres, objetos, escenas, procesos.
Argumentación opiniones, argumentos.
Objetivo
Narración relatar
Descripción identificar, localizar, calificar.
Argumentación discutir, informar, exponer.
El diálogo sirve para reproducir directamente las conversaciones entre los personajes. Existen
dos tipos de discurso: directos e indirectos.
a) El discurso directo se caracteriza por usar un verbo de habla (por ejemplo "decir")
seguido de dos puntos y comillas para marcar las palabras del personaje.
Ejemplo:
João disse: "Preciso estudar para a prova".
O bien, utiliza el guión (_) para indicar la intervención de un personaje.
Ejemplo:
“_ Preciso estudar para a prova – disse João muito preocupado.”
El discurso directo - diálogos (con o sin guión) entre los personajes - puede aparecer como
en los siguientes ejemplos:
– Que tal o carro? – perguntou João.
– Horroroso! – respondeu Antônio.
João perguntou: “Que tal o carro?”
Antônio respondeu: “Horroroso!”
b) El discurso indirecto también lleva un verbo de habla pero sustituye los dos puntos y
comillas por la conjunción "que".
Ejemplo:
“Juan disse que precisa estudar para a prova”.
Otros ejemplos:
“Ele começou, então, a contar que tivera um sonho estranho”.
“Todos se calaram para ouvi-lo e ele, muito sério, perguntou qual era o assunto.
Informado, prosseguiu dizendo que estava profundamente interessado em colaborar”.
“João perguntou se ele estava interessado nas aulas”.
“...De repente, Honório olhou para o chão e viu uma carteira. Abaixar-se, apanhá-la e
guardá-la foi obra de alguns instantes. Ninguém o viu, salvo um homem que estava à
porta de uma loja…”
Machado de Assis
Tenemos además como narrativas las historietas o cómics, los poemas épicos, los poemas o
letras de música que hablan de un acontecimiento, los chistes, las parábolas, monólogo o
soliloquio interior, las leyendas, las noticias, entre otras.
Ejemplos:
Chiste
Poema
Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira-livre e morava no morro da Babilônia, num barracão
sem número.
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro.
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
Bandeira, Manuel
Apólogo
Opostos
No meio de uma poesia, o ponto saltou na vírgula com intenção de namorar.
Foi coisa bem passageira, dessas que ninguém liga, mas entre o ponto e a vírgula de pano
pra manga da briga.
A vírgula, toda prosa, pro papo continuar. O ponto queria descanso, ficar de papo pro ar.
A vírgula esticava uma frase, lero-lero, coisa e tal, lá vinha o ponto correndo e botava um
ponto final.
Foi indo, a vírgula ficou nervosa. Falou do direito e do avesso, falou do fim pro começo,
berrou e perdeu o senso.
O ponto? Nem ligava pra ausência de consenso. Ponto é silêncio no texto. Imagine se
muda de jeito!
A vírgula, na mesma hora, resolveu ir embora numa frase de efeito.
O ponto ficou zangado, achou de botar defeito: – Podes ir, tagarela – falou com voz
amarela – Como és chata, criatura! Nem escritor te atura!
A vírgula, atrevida, optou pela pirraça: toda hora requebra de graça em qualquer frase
sentido. O ponto, quando ela passa, esquece de lado o passado, fica todo derretido.
O poeta investiga as razões da eterna briga: os opostos se atraem, querem sempre se
juntar. Não há sem franqueza, nem feiúra sem beleza e a sorte depende do azar.
Fittipaldi, Ciça
El apólogo es una narrativa que ilustra una lección de sabiduría cuya moral siempre aparece
expresada al final del texto: “los opuestos se atraen, siempre quieren juntarse”. (En este
ejemplo, el punto y la coma).
El apólogo es un género textual muy parecido a la fábula y a la parábola; puede utilizar los
personajes más diversos y alegóricos: animados o inanimados, reales o fantásticos, humanos o
no. Se vale de ejemplos para ayudar a modificar conceptos y comportamientos humanos de
orden moral y social.
O ascensorista
“Não sei por que, amanheci hoje com predisposição para a melancolia. Comecei
servindo com certa indiferença, sem atender bem o que fazia. Mais parecendo uma sombra
conduzindo sombras. Será que a minha sina é ficar subindo e descendo gente até o fim da
vida?
(...)
Estive fazendo os cálculos: com mais de oito anos de serviço, já passei mais de vinte
mil horas encurralado neste túnel. É duro! Sobretudo no verão, com um ventilador que só
funciona quando quer. O passarinho na gaiola tem, pelo menos, a paisagem para
contemplar. E nós? O que nos distrai mesmo são os passageiros de alguns segundos. (...)
Esses homens que entram diariamente no edifício têm em geral o ar grave e
angustiado. Será tão importante assim o que os preocupa?
E por mais sério que seja o motivo, não estará em desproporção com a cara fechada
com que se apresentam?
MACHADO, Aníbal. A morte da porta-estandarte e Tati,
a garota e outras histórias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1974
Historieta o Cómic
Una historieta o cómic es una serie de dibujos constituyen un relato, con o sin texto.
Descripción subjetiva: ocurre cuando hay emoción por parte de quien describe; cuando hay
interferencia emocional del interlocutor con respecto a lo que observa, analiza.
Ejemplo:
PORTUGUÉS INSTRUMENTAL I – 2018 Prof. C. Pastori - Prof. Mª Carrattini - Prof. S. Militz
“Era doce, calma e respeitava muito aos pais. Porém, comigo, não tinha pudores: era
arisca e maliciosa, mas isso não me incomodava.”
Atividade 1
1. Sobre o texto narrativo, pode-se afirmar:
(A) A estrutura textual é semelhante ao texto descritivo.
(B) A postura do autor é de argumentador.
(C) Há, exaustivamente, o uso de presente do indicativo.
(D) Não apresenta clímax em sua estrutura.
(E) O enredo é prioritário.
Atividade 2
Leia atentamente os textos abaixo e responda às questões solicitadas.
Texto 1
A sala
“Entremos, já que as portas se abrem de par em par, cerrando-se logo depois de nossa
passada. A sala não é grande, mas espaçosa; cobre as paredes um papel aveludado de
sombrio escarlate, sobre o qual destacam entre os espelhos duas ordens de quadros
representando os mistérios de Lesbos. Deve fazer ideia da energia e aparente vitalidade
com que as linhas e colorido dos contornos se debuxavam no fundo rubro, ao trêmulo da
claridade deslumbrante do gás.
A mesa oval, preparada para oito convivas, estava colocada no centro sobre um
estrado, que tinha o espaço necessário para o serviço dos criados; o resto do soalho
desaparecia sob um felpudo e macio tapete, que acolchoava o rodapé e também os bordos
do estrado”.
ALENCAR, José de. Lucíola. São Paulo: Ediouro. 2000
a) Com que estão relacionados os adjetivos utilizados pelo autor nesse texto?
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Texto 2
“[...] Com franqueza, estava arrependido de ter vindo. Agora que ficava preso, ardia por
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andar lá fora, e recapitulava o campo e o morro, pensava nos outros meninos vadios, o
Chico Telha, o Américo, o Carlos das Escadinhas, a fina flor do bairro e do gênero humano.
Para o cúmulo de desespero, vi através das vidraças da escola, no claro azul do céu, por
cima do morro do Livramento, um papagaio de papel alto e largo, preso de uma corda
imensa que bojava no ar, uma cousa soberba. E eu na escola, sentado, pernas unidas, com
o livro de leitura e a gramática nos joelhos.
- Fui bobo em vir, disse eu ao Raimundo.
- Não diga isso, murmurou ele. “ [...]
Assis, Machado de. “Conto de escola”. In: Contos,
São Paulo, Ática, 1982, 9ª ed., p. 25-30
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3.- Indique o segmento que completa, de acordo com o texto, o enunciado formulado a seguir:
O menino se confessava “arrependido de ter vindo” porque:
(A) Os outros meninos vadios passariam a chamá-lo de bobo.
(B) Não gostava que os outros meninos empinassem seu papagaio de papel.
(C) Preferia ter ficado com os outros meninos, a brincar na rua.
(D) Tivera de cumprir a promessa de que viria, feita a Raimundo.
(E) Sentia dor nas pernas, ao ficar muito tempo sentado, com os livros nos
joelhos.
Texto 3
Lâmpadas e Ventiladores
“[...] A tarde estava quente, abafada, ameaçando tempestade. Na sala da sorveteria onde
tomávamos chá, os ventiladores ronronavam, como gatos, refrescando o ambiente.
Lufadas ardentes, fortes, brutais, varreram, lá fora, o asfalto da Avenida. O céu escureceu,
de repente, e um trovão estalou, rolando pelo céu. Nesse momento, as lâmpadas do salão,
abertas àquela hora, apagaram-se todas, ao mesmo tempo em que, dependendo da
mesma corrente elétrica, os ventiladores foram, pouco a pouco, diminuindo a marcha, até
que pararam, de todo, como aves que acabam de chegar de um grande voo”. [...]
Humberto de Campos
1.-Sobre a tipologia textual dessa passagem do conto, pode-se dizer que a organização
predominante é:
argumentativa descritiva expositiva narrativa poética
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Texto 4
PORTUGUÉS INSTRUMENTAL I – 2018 Prof. C. Pastori - Prof. Mª Carrattini - Prof. S. Militz
de SOUZA, Maurício. Chico Bento. Rio de Janeiro: Ed. Globo, nº 335, nov. 1999.
1.- Nessa historinha, o efeito humorístico origina-se de uma situação criada pela fala da Rosinha
no primeiro quadrinho, que é:
(A) Faz uma pose bonita!
(B) Quer tirar um retrato?
(C) Sua barriga está aparecendo!
(D) Olha o passarinho!
(E) Cuidado com o flash.
Texto 5
Memória Comprimida
Um sujeito com muita dor de cabeça vai à farmácia.
O balconista o atende e diz:
— Pois não. O que o senhor deseja?
— Por favor, eu queria ácido acetilsalicílico DCI excipiente C S.
— Espera aí! Isso é aspirina!
— Ah, é verdade! É que eu nunca me lembro do nome.
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Texto 6
A máquina voadora
“Um Homem Engenhoso, que tinha construído uma máquina voadora, convidou grande
multidão de pessoas para vê-la levantar voo. Na hora marcada, com tudo pronto, ele
ocupou o compartimento e deu partida. A máquina desabou imediatamente sobre a
enorme estrutura em que estava apoiada, sumindo de vista sob a terra. O aeronauta teve
tempo apenas de saltar fora e escapar.
– Bem – disse –, foi o suficiente para mostrar a correção de meus detalhes. Os defeitos –
acrescentou, com uma vista de olhos à ruína de tijolos – são meramente de base e de
fundamentos.
Após essa assertiva, as pessoas fizeram uma subscrição para construir uma segunda
máquina”.
Cristal, Caio Henrique
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como ...................................................................................
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Características de la crónica
Tema: hechos cotidianos.
Quién cuenta: generalmente hay un narrador que dialoga con el lector. Puede estar escrita en
forma de diálogo o de poema.
Personajes: en general, pocos.
Espacio: generalmente, único, descripto brevemente.
Lenguaje: situado entre el lenguaje oral y literario, se aproxima al lector, mantiene un tono
de conversación (coloquial).
Tipos de crónicas
A pesar de tratarse de un género que corresponde a la tipología narrativa (narrador, hechos o
acciones, personajes, tiempo y espacio), existen diversos tipos de crónicas relacionadas con otros
géneros textuales. Veamos algunas de las más importantes.
Crónica narrativa: tiene por eje una historia, lo que la aproxima a un cuento. Puede ser
narrada tanto en 1ª como en 3ª persona. Siempre contiene hechos cotidianos (banales,
comunes).
Crónica argumentativa: contiene una opinión explícita, con argumentos más “sentimentales”
que “racionales” (en vez de decir “segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil",
sería "vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo"). Puede
aparecer en 1ª persona del singular o del plural.
Crónica humorística: presenta una visión irónica o cómica de los hechos.
Crónica periodística: desarrolla aspectos particulares de noticias o hechos. Puede ser
policial, deportiva, política, económica, etc.
Crónica histórica: Está basada en hechos reales o históricos.
Para recordar
Atividade 3
TEXTO A
TEXTO B
Texto _________
Apresenta fatos vividos por personagens em determinado tempo e local.
As ações apresentam complicação, clímax e desfecho.
Tem um narrador.
Emprega discurso direto.
Usa linguagem coloquial, mas há preocupação com a escolha das palavras.
TEXTO A TEXTO B
5.- Assunto
Atividade 4
História estranha
Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de
idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola
perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida que é ele
mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança
daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um
homem e...
O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos
seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida.
Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O
homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo,
longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.
O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica
pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos, como eu vou ser
sentimental!
VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.43.
1.- Observe o seguinte trecho: “Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros [...]”.
O pronome “seus” destacado neste trecho se refere
(A) À babá
(B) Ao homem
(C) Ao menino
(D) Ao tempo
(E) Ao banco
2.- O texto de Luis Fernando Veríssimo pode ser classificado como:
PORTUGUÉS INSTRUMENTAL I – 2018 Prof. C. Pastori - Prof. Mª Carrattini - Prof. S. Militz
3.- No texto, observamos que o próprio personagem é o narrador da história. Qual das opções
abaixo pode confirmar essa afirmativa:
(A) “Como eu era inocente.”
(B) “Sente uma coisa no peito.”
(C) “Que coisa pior ainda é o tempo.”
(D) “O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer.”
(E) “Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos.”
Para recordar
Para aislar, poner en evidencia palabras, frases o expresiones. En este caso se usa doble
guión y su función es semejante al de los paréntesis.
ex:
Restou-lhe somente uma casa, que ele próprio – quando jovem –havia comprado.
Texto
expositivo
Noticia
Texto
argumentativo
Mediante este tipo de textos defendemos o rechazamos, aportando razones diversas, alguna
idea, proyecto o pensamiento. El autor usa esta forma discursiva para intentar convencer al
lector/oyente y utiliza para ello distintos argumentos.
Cuando argumentamos tratamos de dar validez a nuestra opinión o a la de otros o, también,
podemos rechazar aquello que no nos interesa. Por este motivo, este tipo de textos suele tener
carácter subjetivo. La publicidad o los artículos de opinión de la prensa escrita son ejemplos de
textos argumentativos.
La intención de este tipo de textos se relaciona directamente con la función apelativa del
lenguaje: persuadir, convencer, aconsejar, sugerir implican una respuesta por parte del receptor
y, dependiendo de la misma, el emisor verá o no cumplido su objetivo. También puede aparecer
la función referencial (cuando se transmite una información).
ex:
Carta de lectores
Crónica argumentativa
La crónica argumentativa consiste en un tipo más moderno de crónica, en el cual el cronista
expresa su punto de vista en relación a una problemática de la sociedad. En este caso específico,
la ironía o el sarcasmo son utilizados frecuentemente como instrumento para transmitir una
opinión y abordar un determinado asunto.
e) Conclusión sorprendente, creativa o conclusión síntesis que retoma las ideas del texto y
confirma el punto de vista defendido.
f) Tratamiento subjetivo del tema, dejando permear la sensibilidad y las emociones del cronista.
g) Lenguaje creativo y figurado, generalmente, de acuerdo con el registro culto informal de la
lengua.
Ex:
No topo
Diga onde seu nome está escrito e eu lhe direi quem és
Num programa a que assisti outro dia na tevê, um humorista apresentou um
método bem curioso para sabermos se somos ricos, pobres ou de classe média. "Se,
no trabalho, seu nome está em sua blusa, você é pobre; se está escrito na sua mesa,
você é de classe média; se seu nome estiver escrito, em letras enormes, na fachada
do prédio em que você trabalha, então você é rico." Faz sentido. Eu só acrescentaria
algo mais à terceira definição: se seu nome estiver, em letras garrafais, na fachada do
prédio, você pode ser tanto rico quanto pichador.
De certa maneira, todos nós queremos ver nossos nomes escritos por aí. Quanta
gente não daria tudo para aparecer na televisão, participar do Big Brother ou ser capa
da Capricho? Ser famoso é mais que um sonho: é uma exigência da nossa época.
Cada um faz o que pode para sobressair: uns são bons no futebol, outros na
matemática, fulano é engraçado e sicrana é lindíssima. Mas se a vida, por um lado,
nos apresenta uma infinidade de caminhos que podemos seguir, também nos bate
muito a porta na cara. Às vezes as circunstâncias são muito mais fortes do que nossos
planos.
Por exemplo: se você fosse mais velha, se tivesse três filhos para criar, estivesse
desempregada e surgisse uma oportunidade de emprego numa fábrica de parafusos,
dificilmente diria "não, obrigada, mas fazer parafusos não é a minha ambição na vida,
eu quero é ser veterinária e trabalhar com periquitos." Para o pessoal que tem o nome
escrito na roupa, o mundo não é esse sonho de liberdade e múltiplas escolhas que às
vezes acreditamos ser.
Essa é uma contradição muito grande do mundo em que a gente vive. De um lado
ouvimos por todo canto: faça o que você quiser! Ouse, vença escolha seu próprio
caminho! Seja original! Destaque-se! De outro, no entanto, estão todas as limitações
da vida: quem tem 1,50m jamais será o rei do basquete, quem nasceu em uma favela
dificilmente será diretor de uma multinacional, e se você é mais gorda do que a
maioria das meninas, desculpe informar, mas não acho que modelo seja a profissão
em que terá mais sucesso.
A pichação é a consequência dessa contradição. Quando o garoto começa a
perceber que seu futuro está muito mais para a fábrica de parafusos do que para
jogador da seleção brasileira, que o único lugar em que as pessoas lerão seu nome
será na etiqueta de seu macacão, resolve fazer fama por suas próprias mãos: pega um
spray de tinta e escreve seu nome no alto dos prédios. Os pichadores competem para
ver quem chega mais alto, quem escreve o nome no lugar mais difícil.
Mas não é só entre si que eles competem. Também disputam espaço nos outdoors,
com propagandas de uísque, cigarro e roupas, com bandas de música pop. A maioria
diz:Ouse! Seja original! Apareça! De certa forma, é mais ou menos isso que o pichador
está fazendo: conquistando seus 15 palmos de fama na imensidão das grandes
cidades. Ele nunca chegará ao topo da sociedade; seu nome, sim.
Prata, Mário. Capricho, 20 de abril de 2003
PORTUGUÉS INSTRUMENTAL I – 2018 Prof. C. Pastori - Prof. Mª Carrattini - Prof. S. Militz
Para recordar
Crónica narra hechos ficticios imaginados por el autor a partir de hechos reales y cotidianos.
Noticia narra hechos reales, es un texto no ficcional.
Para recordar
Atividade 1
TEXTO 1
Leia com atenção o trecho abaixo extraído de artigo publicado no jornal O Estado de São
Paulo, e depois, responda às questões solicitadas:
b) Qual é o argumento utilizado para reforçar a afirmação de que o Brasil ainda é um grande
desastre social?
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TEXTO 2
PORTUGUÉS INSTRUMENTAL I – 2018 Prof. C. Pastori - Prof. Mª Carrattini - Prof. S. Militz
Defender a língua é, de modo geral, uma tarefa ambígua e até certo ponto inútil. Mas
também é quase inútil e ambíguo dar conselhos aos jovens de uma perspectiva adulta, no
entanto, todo adulto cumpre o que julga seu dever (...) Ora, no que se refere à língua, o
choque ou oposição situam-se normalmente na linha divisória do novo e do antigo. Mas
fixar no antigo a norma para o atual obrigaria este antigo a recorrer a um mais antigo, até
o limite das origens da língua. A própria língua, como ser vivo que é, decidirá o que lhe
importa assimilar ou recusar. A língua mastiga e joga fora inúmeros arranjos de frase e
vocábulos. Outros ela absorve e integra a seu modo de ser.
FERREIRA, Vergílio. Em defesa da língua. Estão a assassinar o português!
(Trecho adaptado)
a) Transcreva a tese de Vergílio Ferreira, isto é, a afirmação básica que o autor aceita como
verdadeira e defende nesse trecho.
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TEXTO 3
“A recente morte violenta de uma jornalista choca a todos porque, nesse fato, o assassino
foge ao perfil comum de tais tipos, mas certas situações que levam a isso estão aí, nos
círculos milionários, meios artísticos, esportivos e de poder. Tudo porque o homem não
aprende. Há milênios, gosta de passar aos demais uma imagem de eterna juventude e
virilidade, posando com fêmeas muito mais jovens. Fingem acreditar que elas estão aí por
amá-los. São poucas vezes atraídas pelo seu intelecto, e muitas pela fama, poder e
dinheiro. A durabilidade de tais ligações, no geral, termina quando tal fêmea atinge seu
objetivo. Pior ainda, quando essa fêmea mostra também intelecto e capacidade de
sobrevivência sem seu protetor. Duro, triste, real.”
ZANINI, Laércio. Garça, SP. Folha de S. Paulo de 30/08/2000
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b) Quais os traços de caráter das mulheres em relação aos quais os homens deveriam se
precaver, segundo o autor dessa carta?
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Atividade 2
Identifique o sentido argumentativo dos seguintes textos, e separe, por meio de
barras, a tese e o(s) argumento(s).
a) “Meu carro não é grande coisa, mas é o bastante para o que preciso. É econômico, nunca
b) “Veja bem, o Brasil a cada ano exporta mais e mais; além disso, todo ano batemos
recordes de produção agrícola. Sem contar que nosso parque industrial é um dos mais
Atividade 3
TEXTO 1
Leia com atenção o texto abaixo e responda as questões de 1, 2, 3 e 4.
PORTUGUÉS INSTRUMENTAL I – 2018 Prof. C. Pastori - Prof. Mª Carrattini - Prof. S. Militz
1. Por suas características, pode-se dizer que o texto lido pertence ao gênero
(A) texto dramático (C) conto
(B) anúncio publicitário (D) artigo de opinião
4. Marque a alternativa que apresenta opiniões divergentes (diferentes) daquelas defendidas pelo
autor do artigo.
(A) O movimento interagiu intensamente com a mídia.
(B) Os meninos trouxeram, para o movimento, uma idéia de solidariedade.
(C) A mídia foi simpática ao movimento.
(D) Alguns órgãos da mídia viram o movimento com antipatia.
TEXTO 2
Leia o texto a seguir e responda às questões 1, 2, 3 e 4.
Gols de cocuruto
O melhor momento do futebol para um tático é o minuto de silêncio. É quando os times
ficam perfilados, cada jogador com as mãos nas costas e mais ou menos no lugar que lhes
foi designado no esquema - e parados.
Então o tático pode olhar o campo como se fosse um quadro negro e pensar no futebol
como alguma coisa lógica e diagramável. Mas aí começa o jogo e tudo desanda. Os
jogadores se movimentam e o futebol passa a ser regido pelo imponderável, esse inimigo
mortal de qualquer estrategista. O futebol brasileiro já teve grandes estrategistas,
cruelmente traídos pela dinâmica do jogo. O Tim, por exemplo, tático exemplar, planejava
todo o jogo numa mesa de botão; da entrada em campo até a troca de camisetas,
incluindo o minuto de silêncio. Foi um técnico de sucesso mas, nunca conseguiu uma
reputação no campo à altura de sua reputação no vestiário; falava um jogo e o time
jogava outro. O problema do Tim, diziam todos, era que seus botões eram mais
inteligentes do que seus jogadores
VERÍSSIMO, L. F. O Estado de São Paulo, 23/08/93
1. Complete as lacunas.
Este texto pertence ao gênero .............................. e a tipologia textual é ..........................
TEXTO 3
Leia o texto abaixo e responda às questões solicitadas.
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h) É próprio do gênero textual Artigo de Divulgação Científica o autor interagir com o leitor,
como se estivesse dialogando com este. Localize, no segundo parágrafo, esse “diálogo”
com o leitor.
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j) Apesar de o texto apresentar uma linguagem informal, o autor não dispensa o uso de
termos técnicos científicos. Localize-os no texto.
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