D iana S.

Rabinovich

S E X U A L ID A D
Y
S IG N IF IC A N T E

Manantial
 IN T R O D U C C IO N

“ E l in c o n s c ie n te e stá e str u c tu r a d o c o m o u n le n g u a je ” e s el
a x io m a a p artir d e l cu a l L acan p r o d u c e su r e t o m o a F reu d ,
r e to m o q u e c o m ie n z a c o n la jera rq u iza ció n d e tres ob ras a
m e n u d o d escu id a d a s d e é s te , L a i n t e r p r e t a c i ó n d e l o s s u e ñ o s ,
L a p s i c o p a t o l o g í a d e la v i d a c o t i d i a n a y E l c h i s t e e n s u r e l a ­
c i ó n c o n e l i n c o n s c i e n t e . S in em b a rg o , to d a la ob ra d e F reu d
es recorrid a p o r L acan y , p r e c isa m e n te , a partir d e e s te m ism o
a x io m a . A x io m a e x te r io r al d iscu rso fre u d ia n o , lo fec u n d a
d e m an era in é d ita . A x io m a fu n d a d o en r eferen cia s ajen as a
F reu d —la lin g ü ís tic a , la ló g ic a , la m a te m á tic a , la a n tr o p o lo ­
g ía estru ctu ra l— y e n u n a e x p e r ie n c ia c lín ic a in ic ia l h a rto
d ife r e n te de la freu d ia n a . T a l c o m o L a ca n m ism o lo se ñ a la ,1
su Llegada al c a m p o d el p sico a n á lisis se llev a a c a b o d esd e u n a
e x p e r ie n c ia d e p siq u ia tra , q u e c u lm in a en su tesis d e d o c to r a d o
so b re la p a ra n o ia d e a u to p u n ic ió n , e x p e r ie n c ia e n la q u e e n c u e n ­
tra en p rim er té r m in o lo s e s c r ito s de lo s p s ic ó tic o s , a s í c o m o
F reu d e n c o n tr ó las M e m o r i a s d e S ch reb er, lo cu a l lo e n c a m in ó
h a cia u n a e x p e r ie n c ia d e lectu ra . L acan in d ica q u e, en c a m b io ,
el p u n to d e p a rtid a d e la e x p e r ie n c ia freu d ia n a fu e la h isteria .
E ste p u n to d e p a rtid a se ob serva ta m b ié n en la in tr o d u c c ió n
d e c o n c e p to s p siq u iá tr ic o s q u e su fren u n p r o c e sa m ie n to p a rti­
cu la r a la lu z d e l a x io m a e n d isc u sió n (e je m p lo de e llo es la
tra n sfo r m a c ió n q u e su fre e l a u to m a tism o m e n ta l d e Clérarn-
b a u lt e n e l S em in a rio III).
E n e l “ D isc u r so d e R o m a ” , p u n to a partir d e l cu a l L acan
fe c h a su e n se ñ a n z a , e x p líc ita m e n te señ a la q u e su in te n to
es r e ctifica r el a b a n d o n o rea liza d o p o r e l p sico a n á lisis p o st-
freu d ia n o d el fu n d a m e n to de la palabra.
 D ia n a S. R a b in o v ic h

E sta r e fe r e n c ia p o lé m ic a e s c o n s ta n te e n L a ca n ; d isc u te
con F reu d , c o n tr a su s c o n te m p o r á n e o s so b re t o d o , y n in g u n o
d e lo s d e sa r ro llo s d e l p sic o a n á lisis e s c a p ó a su e x a m e n .
R ecu p era r e l fu n d a m e n to d e la p alabra e n la e x p e r ie n c ia
a n a lític a e s in sep a ra b le d e tra ta r d e recu p erarla d e la “ degra­
d a c ió n ” su frid a tras la m u e r te d e F reu d . L a ca n es ta x a tiv o : la
te o r ía d e l in c o n s c ie n te d e ca d a a n a lista d e c id e a cerca d e su
“ t é c n ic a ” , s é p a lo é s te o n o .
A p artir d e e s te a x io m a p u e d e recorrerse de m o d o s d iv erso s
la e n se ñ a n z a en tera d e J a c q u e s L acan. N e c e sa r ia m e n te d e b e ­
m o s d e fin ir u n á n g u lo d e e n fo q u e q u e n o s p erm ita o p e r a r
c ie r to s r e c o r te s q u e c o n s id e r a m o s v á lid o s. E v id e n te m e n te ,
las p o sib ilid a d e s so n m u c h a s y ca d a u n a d e ella s tie n e su p ro p ia
p e r tin e n c ia .
H e m o s e le g id o c o m o h ilo c o n d u c to r la a r tic u la c ió n , a lo
la rg o de la e n se ñ a n z a d e L a ca n , d e l in c o n s c ie n te e str u c tu r a d o
c o m o u n len g u a je y su s le y e s , la m e tá fo r a y la m e to n im ia ,
c o n e l p r o b le m a d e la se x u a lid a d . A m b o s se re la c io n a n y se
m o d ific a n m u tu a m e n te .
D iv id iré e s te tra b a jo en c u a tr o C a p ítu lo s en fu n c ió n d e la
a r tic u la ció n r e c ié n p ro p u esta :

I. La p a la b ra , la m u e r te y la le y d e la alianza;
II. E stru ctu ra d el len g u a je d e l in c o n s c ie n te y c o m p le jo de
ca stra ció n ;
III. L ó g ic a d e l U n o y g ra m á tica d e la p u lsió n ;
IV . L o real d e la len g u a y M ujer.

O b v ia m e n te , m u c h o s p u n to s n o p o d rá n ser t o c a d o s y o tro s
serán q u iz á ap en as m e n c io n a d o s . S in em b a rg o , c r e o p o sib le
e sta b le c e r u n tr a y e c to q u e p erm ita trazar, m ás q u e la s im p o r ­
ta c io n e s d e L acan d e o tra s d iscip lin a s o su a r tic u la ció n d e ta ­
lla d a c o n t e x t o s fre u d ia n o s —sa lv o cierta s e x c e p c io n e s —, u n
reco rrid o q u e d é c u e n ta d e u n p u n to d e c o n f lic t o en la obra
d e L acan , p u n to al q u e v u e lv e en fo rm a reitera d a y al qu e
p la n tea y r e sp o n d e d e m a n era s d iversas. L o q u e sig u e n o es
p u es u n in t e n t o d e h a c e r u n a h isto r ia d e l p e n s a m ie n to de
L acan , s in o d e señ ala r la p o lé m ic a in te r n a q u e se su m a a la
e x te r n a . P o d e m o s d e fin ir d ic h o p u n to c o m o la d ific u lta d
para articu lar la se x u a lid a d ta l c o m o la d escu b re e l p sic o a n á ­
lisis, en el c e n tr o m ism o d e l in c o n s c ie n te , y la e str u c tu r a de
len g u a je q u e L a ca n d escu b re e n él.
 C A P IT U L O I

L A P A L A B R A , L A M U E R T E Y L A L E Y D E L A A L IA N Z A

T e n d r e m o s e n c u e n ta e n la o r g a n iza c ió n d e e s te c a p ítu lo
y en la d e l s ig u ie n te la d istin c ió n in tr o d u c id a p o r J. - A . M iller,
en su cu rso d e 1 9 8 1 - 8 2 ,2 “ E sc a n sio n e s de la e n se ñ a n z a d e
L a c a n ” , e n tre d o s fo rm a s d ife r e n te s d e d esp leg a rse el a x io m a
“ e l in c o n s c ie n te e stá estru ctu ra d o c o m o u n le n g u a je ” , c u y o
p u n to d e sep a ra ció n resid e en e l t e x t o “ In sta n cia d e la letra
en e l in c o n s c ie n t e ” . E ste divid e u n p rim er p e r ío d o , q u e M iller
ca ra cteriza c o m o e l d e le y e s d e la p alab ra, y u n s e g u n d o p e r ío d o
q u e se in ic ia p r e c isa m en te c o n é l, e l d e la s le y e s d el len g u a je.
L o s t e x t o s cen tra les d e e s te p u n to c o r r e sp o n d e n al p e r ío d o
c o m p r e n d id o e n tr e 1 9 5 3 —“ D isc u r so d e R o m a ” — y “ La in s ta n ­
cia d e la le tr a ” , e n 1 9 5 7 , t e x t o d o n d e se p r o d u c e , a u n q u e par­
c ia lm e n te , e l v u e lc o h a cia la s le y e s d e l len g u a je. E s to in c lu y e
lo s a p a rta d o s I, IV y V d e lo s E s c r i t o s , y a q u e n o e x a m in a r e ­
m o s lo s t e x t o s q u e L acan c la sific a g lo b a lm e n te c o m o sus
a n te c e d e n te s . E s to s t e x t o s c o in c id e n c o n lo s S em in a rio s I
a III, p u e s e n e l IV se c o m ie n z a a p r o d u c ir u n v u e lc o q u e
cu lm in a en el S em in a rio V , “ Las fo r m a c io n e s d el in c o n s c ie n te ” .
A lo largo d e to d a e sta é p o c a el c o n c e p t o d e m e tá fo r a es
u sa d o d e m o d o g e n é r ic o , in c lu id o d e n tr o d e las referen cia s
a la retó rica d el in c o n s c ie n te . R e c ié n a p a rece, ju n to c o n la
m e to n im ia , h a cia e l fin a l d el S e m in a r io III; e x a m in a r e m o s
su u s o a llí e n e l C a p ítu lo II.

L a f u n c i ó n d e la p a l a b r a y e l c a m p o d e l l e n g u a j e

E l t ít u l o m ism o d e l t e x t o p r i n c e p s d e l “ D isc u r so d e R o m a ” ,
“ F u n c ió n y c a m p o d e la palabra y e l len g u a je en p sic o a n á ­
lis is ” , n o s en c a m in a h a cia la d is tin c ió n sa u ssu rea n a en tre len g u a
10 D ia n a S . R a b in o v ic h

y p a r o l e , tr a d ic io n a lm e n te tra d u c id a en e l c a m p o lin g ü ís tic o

c o m o “ h a b la ” . C o n serv a rem o s, e m p e r o , c o m o tr a d u c c ió n
el té r m in o “ p a la b ra ” , p u e s para L a ca n é sta e n tra ñ a la im p li­
c a c ió n d el su je to en el c a m p o d e l len g u a je, la “ p alabra fu n ­
d a n te ” . E n r e la c ió n a la m ism a , n o d e c im o s e n c a ste lla n o
“ c u m p lió c o n su h a b la ” , sin o “ c u m p lió c o n su p a la b ra ” .
C on la c a r a c te r ístic a to r s ió n q u e L acan o p era en to d a s sus
im p o r ta c io n e s c o n c e p tu a le s , h a c e d el h a b la , a la q u e Saussure
d e fin e c o m o “ p a rte in d iv id u a l d e l len g u a je ” ,3 c o n c e b id a d esd e
el á n g u lo d e u n a p s ic o lo g ía tr a d ic io n a l, u n a a c c ió n q u e c o m ­
p r o m e te al s u je to fre u d ia n o , al s u je to d el in c o n s c ie n te y n o
a u n in d iv id u o g e n é r ic o .
La p alab ra, ú n ic o m e d io d e l p sico a n á lisis, p r e sen cia h e c h a
d e a u se n c ia , es d e sd e el in ic io in te r lo c u c ió n q u e im p lic a la
in te r su b je tiv id a d , m á s allá d e su d im e n sió n im agin aria a—a ’.
E sta in te r lo c u c ió n e n tra ñ a u n c u e s tio n a m ie n to d e la v erd a d ,
y é s te s ó lo p u e d e p ro v en ir d e u n s u je to , q u e lla m a a u n a res­
p u e sta , q u e im p lica al o y e n te c o m o ta l.
E ste c o m p r o m is o d e la v erd a d su b jetiv a en la p alab ra es
el a r tic u la d o r c o n el q u e L a ca n d iferen cia rá la p alab ra p len a ,
verd ad era y la p alab ra v a c ía . Palabra q u e e s en su p le n itu d
crea d o ra ,4 q u e h a ce surgir a la c o sa m ism a . Palabra q u e es
rev ela c ió n , n o e x p r e sió n d e n in g u n a rea lid a d in e fa b le , em e r ­
g en cia d e v e r d a d .s
E l c a m p o d e l len g u a je ab reva, c o m o es c o n o c id o , en la
lin g ü ís tic a e str u c tu r a l, la de S a u ssu re y el C ír c u lo de Praga,
p ero ta m b ié n se cru za c o n lo s m ite m a s d e L év i-S tra u ss, y c o n
la r e tó r ic a , c o n la c ib e r n é tic a y c o n d o s refe r en cia s filo s ó ­
fica s c e n tr a le s, q u e a p a recen so b r e t o d o en r e la c ió n al o rd en
sim b ó lic o c o m o tal: H eg el v H eid eg g er.
Y a en e l “ D isc u r so de R o m a ” , 6 L a ca n r e la c io n a la o p o s ic ió n
de lo s e le m e n to s fo n e m á tic o s d iscr im in a tiv o s d e la len g u a co n
la c o n n o ta c ió n p r esen cia -a u sen cia de la a lte r n a n c ia v o c á lic a
d e l fo rt-d a d el c é leb re e je m p lo fre u d ia n o , d e sig n a n d o a d ich a
o p o s ic ió n p resen cia -a u sen cia c o m o “ fu e n te s su b jetiv a s d e
la fu n c ió n s im b ó lic a ” . 7
La fo r m a liz a c ió n lin g ü ís tic a y a n tr o p o ló g ic a le p arece abrir
u n c a m in o h a c ia lo q u e te m p r a n a m e n te d esig n a c o m o cie n c ia s
c o n jetu r a les, la s verd ad eras c ie n c ia s d e l su je to , e n la s q u e n o
se p u e d e c o n fu n d ir e x a c titu d c o n verd ad , p u e s la p r o b le m á tic a
de la v erd a d es in sep a ra b le d el s u je to q u e h a b la . A la o b je ti-
 L a p a la b r a , la m u e r t e y la le y d e la a lia n z a 11

ra ció n q u e se in te n ta in tr o d u c ir e n e s te c a m p o , L acan r esp o n d e

c o n u n é n fa sis c e rte ro en la im p o r ta n c ia d e la su b jetiv id a d
y e n la n e c e sid a d d e precisar q u é c la se d e su b jetiv id a d in tr o d u c e
el d e sc u b r im ie n to fre u d ia n o d e l in c o n s c ie n te .8 Para acercarse
a ella la fo r m a liz a c ió n es e l c a m in o p r o p u e s to .
Q u isiera d esta ca r a q u í la im p o r ta n c ia de u n a o p e r a c ió n
realizad a p o r L acan a n iv el d e la t e o r ía d el e s ta d io d el e s p e jo ,
o p e r a c ió n q u e es u n a verd ad era lim p ie z a d el ca m p o p sico a -
n a lític o . M e refiero a la d is tin c ió n ta ja n te q u e e s ta b le c e en tre
la ag resivid ad in tr ín s e c a a la re la c ió n e sp e cu la r y la p u lsió n
de m u e r te . E sta sep a ra ció n le p e r m ite in v estig a r la fu n c ió n
sim b ó lic a de la “ su p u e sta e s p e c u la c ió n ” freu d ia n a . C reo q u e
la in tr o d u c c ió n d e l o rd en s im b ó lic o e n L a ca n es in sep a ra b le
de la c o n ju n c ió n de la s tres ob ras so b re las fo r m a c io n e s d el
in c o n s c ie n te c o n la p u ls ió n de m u e rte y el m á s allá d el p rin ­
c ip io d e l p la cer. D e e s te m o d o , n o es s o r p r en d e n te q u e in au gu re
lo s E s c r i t o s e l t e x t o d e “ La carta ro b a d a ” , d o n d e p u lsió n de
m u erte y s im b ó lic o se co n ju g a n en la in sisten cia de la ca d en a
sig n ific a n te . O p era ció n q u e se r e p ite en L a ca n , v a c ia m ie n to
de la sig n ific a c ió n im agin aria, la agresivid ad en e s te c a so , para
d e lim ita r lu e g o la rig u ro sid a d d e la estru ctu ra sim b ó lic a p rim ero
y , m ás a d e la n te , d e la estru ctu ra sim p le m e n te .

L a m u e r te c o m o A m o A b s o lu to

La m u e rte se p r e sen ta in ic ia lm e n te en L acan d esd e d o s

p ersp ectiv a s d ife r e n te s q u e se a rticu la n d e m o d o p articu lar.
Y a m e n c io n a m o s la prim era d e ella s, la p u lsió n d e m u erte
freu d ia n a , q u e c u lm in a en la prim era d e las fo r m a liz a c io n e s
la ca n ia n a s, la d el ju e g o d el par e im par y su r e la ció n c o n u n
m o d e lo de m em o r ia c ib e r n é tic o . La seg u n d a se n u tre e n la
só lid a fo r m a c ió n filo s ó fic a d e L a can : H eg el, H eid eg g er, K ier-
kega ard s o n m e n c io n a d o s fr e c u e n te m e n te y , en la prim era
é p o c a , sin e l a g u ijó n c r ít ic o q u e u tiliza r á m á s a d e la n te , Sartre.
E l ser-para-la-m u erte d e H eid eg g er es e x p líc ita m e n te c ita d o
en el “ D isc u r so d e R o m a ” ; “ e l lím it e d e la fu n c ió n h istó r ica d el
h o m b r e ” , d ic e L acan , y c ita a H eid eg g er en lo re fe r en te a la
m u erte: “ p o sib ilid a d a b so lu ta m e n te p ro p ia , in c o n d ic io n a l,
in su p era d a , certera y c o m o ta l in d e te r m in a d a d el s u je to d e fi­
n id o p o r su historiciH nH ” 9
12 D ia n a S . R a b i n o v i c h

D o s p á g in a s d e sp u é s se refiere a H eg el de u n m o d o qu e
m u estra la im p r o n ta d eja d a e n L a ea n p o r K o jé v e , a q u ie n
siem p re r e c o n o c ió c o m o su m a e str o , se ñ a la n d o la a r tic u la ció n
e n tre m u e r te , h isto r ic id a d y lib erta d .
La fu n c ió n d e la m u e rte e n e l o rd en s im b ó lic o e s fu n d a ­
m e n ta l, in c lu s o en u n p rim er tie m p o p a rece to m a r la d e la n ­
tera so b re la se x u a lid a d . E n e l S em in a rio I, m á s allá d e la
in c lu s ió n d e la s e x u a lid a d e n e l o rd en im a g in a rio , la s r e fe ­
ren cia s a lo s im b ó lic o giran e n t o m o a la m u e rte .
S ig u ien d o a H eg el, para L a ca n la m u e r te es fu n d a n te de
lo h u m a n o ; la lu c h a a m o -e sc la v o , d e p u ro p r e stig io , lu ch a
d o n d e se arriesga la v id a in d e p e n d ie n te m e n te d e la n e c e s i­
d a d co r p o r a l, d e la a n im a lid a d , es co n sid era d a c o m o a n tro-
p o g é n ic a . A c e p ta c ió n c o n s c ie n te de su m u e r te , d e la fin itu d
q u e ella en tra ñ a , a c e p ta c ió n lib re de la m ism a q u e cu lm in a
a v e c e s e n la m u e rte v o lu n ta ria . L a lib erta d fu n d a m e n ta l d el
h o m b re es la lib erta d d e m o rir. I m p o sib le n o en c o n tra r el e c o
de e s ta p o s ic ió n e n el e je m p lo de la b o lsa o la vid a d el vel
a lie n a n te d e l S em in a rio X I. I n c lu so K o jév e p la n te a q u e “ la
m u erte d e l h o m b r e y su e x is te n c ia v erd a d era m en te h u m a n a
so n p u e s, si se q u iere, u n s u ic id io ” .10
L acan r e itera d a m en te d e fin e el s ím b o lo c o m o “ m u e r te de
la c o s a ” , c o m o fu n d a d o e n el par p resen cia -a u sen cia , n e c e ­
s ita n d o d e la a u sen cia para su su rg im ien to . E s to n o s rem ite
al tem a de la n eg a tiv id a d , q u e , a través d e u n a c o n ju n c ió n
b rilla n te, L acan, c o n a y u d a d e H y p p o lite , articu lará c o n la
n e g a c ió n freu d ia n a .
La h isto r icid a d e stá d e ter m in a d a p r e c is a m e n te p o r la
fin itu d y la m u e r te , y H eg el n o a c e p ta u n a v id a m á s allá, u n a
v id a etern a . N u estr o d e s tin o se ju eg a en n u estra v id a d e e ste
m u n d o y s ó lo a llí. V e r e m o s m á s a d e la n te c ó m o e s te c o n c e p to
d e la h isto r icid a d , q u e im p lic a la r ea liza ció n d el s u je to h u m a n o
d e n tr o d e l m a rco de su fin itu d , in flu y e en e l c o n c e p to d el
análisis q u e tie n e e n e sta é p o c a L acan.

N e g a tiv id a d y M u e r te

“ La m u e rte n o s trae la p reg u n ta d e lo q u e n ieg a e l d iscu rso ,

p ero ta m b ié n la d e sab er si ella in tr o d u c e en é l la n e g a c ió n .
La n eg a tiv id a d d e l d iscu rso en la m ed id a en q ü e h a c e ser a lo
 L a p a la b r a , la m u e r t e y la le y d e la a lia n z a . 13

q u e n o e s , n o s r e m ite a la c u e s tió n d e sab er q u é le d e b e a la

rea lid a d d e la m u e r te e l n o -ser [a u sen cia -fa lta -n a d a ] q u e se
m a n ifie sta en e l o r d e n s im b ó lic o .” 11 L a ca n ca ra cteriza a e ste
p u n to c o m o fu n c ió n d e lo s im b ó lic o y lo real sin m e d ia c ió n
im agin aria .
R e c o r d e m o s b r e v e m e n te , siem p re sig u ie n d o a K o jé v e , qu e
la n eg a tiv id a d en H eg el d o m in a e l se r d e l h o m b r e , q u e su
rea lid a d es a c to d e a u to -c r e a c ió n h is tó r ic a p o r n e g a c ió n de
lo d a d o e n lo in m e d ia to . La n eg a tiv id a d es a q u í la a c c ió n c o m o
h isto r ia , n o la n a d a e n s í.
L a n e g a c ió n freu d ia n a se p resen ta p r e c isa m e n te c o m o u n a
a fir m a ció n b a jo la s e s p e c ie s d e la n e g a c ió n ; la c r e a c ió n d e l
s ím b o lo d e l “ n o ” e s fu n d a m e n ta l e n e l m u n d o s im b ó lic o . T a m ­
b ién se in ic ia a q u í u n a p r o b le m á tic a q u e v o lv erá m u c h a s v e c e s ,
la d e la fu n c ió n d e la n e g a c ió n .
P ero e s ta n eg a tiv id a d , fu n d a m e n to d e l ser en b a se a la m u e r ­
t e , se u n e al c o n c e p to d e a c to y a c c ió n c o m o s im b ó lic o e
h is tó r ic o , q u e será u n a c o n s ta n te en la ob ra d e L a ca n . S ó lo
h a y a c to a llí d o n d e h a y o rd en s im b ó lic o , v a le d ecir , s u je to
h a b la n te .

E l d e s e o d e r e c o n o c im ie n to

E l d e s e o d e r e c o n o c im ie n to e s la c u lm in a c ió n d e e s te d esarro­
llo y d e b e r e c o n o c e r se q u e es e n te r a m e n te a jen o a la ob ra fre u ­
dian a. D e s e o to m a d o d e H eg el, g en era d o e n la lu c h a a m u e rte d e
p u r o p r e stig io , c u y o o b je tiv o e s q u e e l o tr o s u je to r e c o n o z c a al
v e n c e d o r e n ta n to su je to , para lograr a s í su r e a liza c ió n d e su je to .
E l d e s e o h u m a n o , para ser c o n sid e r a d o c o m o ta l, d e b e , seg ú n
H eg el, n o reca er so b re n in g ú n o b je to n a tu ra l; su o b je to es el
d e s e o to m a d o c o m o o b je to , o tr o d e s e o , q u e revela a s í u n
v a c ío , la p resen cia d e u n a a u sen cia .
E l d e s e o h u m a n o es p u es fu n d a m e n ta lm e n te d e se o d el
d e s e o d e l o tr o , e in c lu s o c u a n d o se d irige a u n o b je to n a tu ra l
se e n c u e n tra m e d ia tiz a d o , p o r q u e e l d e s e o d e l o tr o recae
so b re e l m ism o o b je to .
D e b e , sin em b a rg o , gan arle a la te n d e n c ia a la co n se rv a c ió n
d e la v id a , d e b e ser riesg o a su m id o d e la m u erte q u e se juega
e n el e n fr e n ta m ie n to d e d o s d e se o s: lu c h a a m u e rte d e p u ro
p r e stig io c u y o fin e s e l r e c o n o c im ie n to d e l o tro .
14 D ia n a S . R a b i n o v i c h

Es in n e g a b le la p erd u ra b ilid a d , c o n m a tic e s c o m o v ere­

m o s, d e e sta c o n c e p c ió n en L acan ; el d e s e o d e d e s e o , estará
sie m p r e p r e se n te en su e n se ñ a n z a , se r e c o n o c e su im p ro n ta
e n e l e s ta d io d el e sp e jo y perd u ra en e l d e se o d e l O tro tran s­
fo rm a d o .
“ (. . .) el d e s e o d e l h o m b r e es el d e s e o d e l o tr o (. . .) su
o b je to p rim ero e s ser r e c o n o c id o p o r e l o t r o .” 12
Pero a q u í c o m ie n z a n la s d ife r e n c ia s, y a e n e sta p rim era
te o r iz a c ió n de lo s im b ó lic o , la p alabra p erm ite la m e d ia c ió n ,
e l a c u e r d o s im b ó lic o ; e s r e c o n o c im ie n to , e s p a c to , p a cifica
la lu c h a —im agin aria — d e l p r e stig io , q u e c u lm in a n ecesa ria ­
m e n te e n la m u e rte real q u e, c o m o ta l, e lim in a la p o sib ilid a d
d el r e c o n o c im ie n t o .13
E l d e s e o se h a ce r e c o n o c e r e n la e x p e r ie n c ia in tersu b jetiv a ,
a llí resid e su h u m a n iz a c ió n , e n el r e c o n o c im ie n to de su p a rti­
cu larid ad , a llí se sitú a el p u n to de h u m a n iz a c ió n , el “ len gu aje
p r im e r o ” q u e ca p ta e l d e s e o .14
E l p sico a n á lisis in tr o d u c e e m p e r o u n a m o d ific a c ió n su sta n ­
cia l, q u e L acan d e n o m in a la fó rm u la d el len g u a je h u m a n o :
“ c o m u n ic a c ió n d o n d e el e m iso r recib e d el r e c e p to r su p ro p io
m en sa je in v e r tid o ” . 15
S u til e iró n ic a tra n sfo r m a c ió n de la te o r ía de la c o m u n ic a ­
c ió n gracias a lo s c o n c e p to s d e palabra y de d e s e o de r e c o n o ­
c im ie n to , d e s e o q u e d ifíc ilm e n te p u ed a ser c o n sid e r a d o c o m o
u n a in fo r m a c ió n . E s m ás b ie n u n d o n , d o n q u e las prim eras
palabras d e r e c o n o c im ie n to p resid en , d o n s u p e r flu o c u y o
m o d e lo es e l p o t l a t c h , d o n e s q u e so n s ím b o lo s y , p or e n d e ,
p a c to , a u n q u e m ás n o se a e n lo refe r en te al siguí l leu d o.
E sta fó r m u la p r o d u c e u n d o b le v u e lco : “ el s e n tid o d el
d iscu rso resid e e n q u ie n lo e sc u c h a , de su a co g id a d e p e n d e
q u i é n lo d ic e ” .16 D e te r m in a c ió n d el su jeto p o r el O tro , c u y o
“ p o d e r d is c r e c io n a l” d eb erá usar c o n d iscreció n y p ru d en cia
el an alista.
E ste O tro es o tr o su je to . B a sta ex a m in a r los e je m p lo s, y a
c lá sic o s, q u e da L acan: las fó rm u la s del “ !,u eres mi m u jer”
o “ t ú eres m i m a e s tr o ” , q u e d efin e n r e tr o a c tiv a m e n te al e m i­
so r c o m o “ m a r id o ” o c o m o “ d isc íp u lo " . MI mijeI,o d ep en d e
p u es e n su c o n s titu c ió n d e s u je to de la m ed ia c ió n de la p ala­
bra, en ca rn a d a e n O tro su je to , garante de la b uena IV.
L a can señ a la q u e e s to im p lica ex tra er la palabra del ca m p o
d el len g u a je y q u e gracias al m u n d o tlel lím b o lo d o n d e o tro s
 L a p a la b r a , la m u e r t e y la le y d e la a lia n z a 15

h a b la n , e l d e s e o h u m a n o e s s u s c e p tib le d e la m e d ia c ió n d el
r e c o n o c im i e n t o .17
E l r e c o n o c im ie n to d el d e s e o , lo g ra d o gracias a la m ed ia -
tiz a c ió n d e l len g u a je y la p alab ra, in teg ra a u té n tic a m e n te al
s u je to h u m a n o e n el p la n o s im b ó lic o y a llí resid e su s a t i s ­
fa c c ió n p r o p ia .

S e x u a lid a d y r e c o n o c im ie n to

E n la palabra verd ad era e l s u je to es p u es r e c o n o c id o p o r

el O tr o , y para lograr e s te r e c o n o c im ie n to n e c e sa r ia m e n te
d e b e p rim ero r e c o n o c e r al O tro c o m o cap az d e r e c o n o c e r lo
(F id e s ). La pa la b ra, p u e s, fu n d a la p o s ic ió n d e a m b o s su je to s
e im p lic a la r e cip ro cid a d . E ste O tro es ca ra cteriza d o c o m o
u n O tro irr e d u c tib le , a b s o lu to , d e su e x is te n c ia d e p e n d e el
v a lo r d e la p alab ra q u e r e c o n o c e al su je to . E se O tro , p u n to
fu n d a m e n ta l q u e separa y a a L acan d e H eg el, “ e s r e c o n o c id o
n o c o n o c id o ” .18 E n fu n c ió n d e e sta estru ctu ra L acan p u e d e
d e fin ir e l in c o n s c ie n te c o m o e l d iscu rso d e l O tro .
U n a d e las fa ce ta s de e sta leg a lid a d sim b ó lic a d el r e c o n o ­
c im ie n to , c o m o y a lo in d ic a e l e je m p lo d e l “ tú eres m i m u jer” ,
c o r re sp o n d e a la d im e n sió n d e la se x u a lid a d .
E l o b je to para L acan , igual q u e para H eg el, siem p re surge
c o m o o b je to de d e s e o d el o tr o , p u es e se d e se o es su p a tró n
d e m ed id a . A e s te n iv el e l d e s e o se v e r e d u c id o al c ir c u ito
im a g in a rio a~~"a’ d e l e sq u e m a L, m ien tra s q u e el d e se o de r e c o ­
n o c im ie n to se in scr ib e e n e l v e c to r S A d e l m ism o e sq u e m a . E n
e l S em in a rio I, L a ca n c la ra m en te u b ic a a la lib id o d e l la d o
d e lo im a g in a rio . E n d ic h o se m in a r io , p o r e je m p lo , p u lsió n
d e m u erte y s im b ó lic o fo rm a n u n a pareja q u e se o p o n e a
la d u p la lib id o -im a g in a r io . L a p le n a sa tis fa c c ió n , sin e m b a rg o ,
s ó lo se lo g ra c u a n d o e l d e s e o , m á s allá de lo s fa n ta sm a s im a ­
g in a rio s d el e s ta d io d e l e s p e jo , se rea liza al ad qu irir su p le n o
e s ta tu to e n e l r e c o n o c im ie n to .
P ero , a n iv el d e la “ g e n ita lid a d ” , d e la a su n c ió n d el p r o p io
s e x o , la n o r m a tiv iz a c ió n d e la p o s ic ió n d e l s u je to h u m a n o
d e p e n d e d e u n a le y fu n d a m e n ta l, de u n a le y d e sim b o liz a ­
c ió n , c u y o n o m b r e es e l c o m p le jo d e E d ip o . E ste es r e la c io ­
n a d o c o n la le y d e la a lia n za d e L évi-S trau ss: “ r eg la n d o la
alia n za , su p e r p o n e e l r ein o de la c u ltu r a a! r e in o de la n a tu ­
16 D ia n a S . R a b i n o v i c h

ra leza lib r a d o a la le y d e l a c o p la m ie n to ” .19 E sta le y es in s e ­

p arab le, e lla ta m b ié n , d e u n o rd en d e len g u a je, y sin la le y
la se x u a lid a d h u m a n a se v e im p o s ib ilita d a d e realiza rse.
L a s e x u a lid a d ta m b ié n e s tá su b o rd in a d a al r e c o n o c im ie n to
s im b ó lic o y e l E d ip o m arca lo s lím it e s d e lo q u e p u e d e c o n o ­
cer e l s u je to a cerca d e su p a r tic ip a c ió n in c o n s c ie n te e n las
le y e s d e la a lia n za . E l E d ip o es le y s im b ó lic a , c o n d ic ió n de
la a su n c ió n de la s e x u a lid a d “ n o r m a tiv iz a d a ” e n e l ser h a b la n te .
E n e s te s e n tid o , e l E d ip o e s a la v e z n e c e sa r io y c o n tin g e n te .
S o p o r te d e la le y s im b ó lic a es e l N o m b r e d e l Padre, d el
te r c e r o q u e in tr o d u c e la le y , p o r e s o “ ( . . . ) d e s d e lo s a lb o res
d e la h isto r ia se id e n tific a su p e r so n a c o n la fig u ra d e la l e y ” .20
L a d isim e tr ía q u e F reu d d e sc u b r ió e n e l E d ip o e n lo s d o s
s e x o s d e p e n d e d e u n a d is im e tr ía d e l s ig n ific a n te . Y a e n el
S e m in a rio III, c o in c id e n te m e n te c o n e l e x a m e n d e la p sico sis
d e S ch reb er, L a ca n , sig u ie n d o a F reu d , s o s tie n e q u e la s im b o ­
liz a c ió n d e l s e x o fe m e n in o n o e x is te .
E sta d is im e tr ía s im b ó lic a in tr o d u c e la p r e v a le n c ia d e la
c a str a c ió n para a m b o s s e x o s y m a rca e l c o m ie n z o d e la im p o r ­
ta n c ia d e l fa lo en la e n se ñ a n z a d e L acan , a p en a s m e n c io n a d o
a n te r io r m e n te .21 E l fa lo y su p rev a len cia e n la ca stra ció n
d e p e n d e d e u n a d isim e tr ía sim b ó lic a , p u e s e n lo s im b ó lic o
m ism o n o t ie n e eq u iv a le n te ; e n é s te p u n to lo s im b ó lic o se
p resen ta c o m o ca ren te d e m a te r ia l. L a r e a liza c ió n “ g e n ita l”
e stá s o m e tid a p u e s a la s im b o liz a c ió n y al r e c o n o c im ie n to .
P o d r ía d ecirse q u e e x is te a q u í para L a ca n la p o sib ilid a d
d e u n a r e la c ió n se x u a l fu n d a d a e n lo s im b ó lic o d e l p a c to ,
p e se a la d isim e tr ía s ig n ific a n te d e la c a str a c ió n , q u e sup era
y a n u la la r e la c ió n n a rcisista , lib id in a l, gracias al d e s e o de
r e c o n o c im ie n to q u e p erm ite e l a c c e s o a u n a “ r e a liz a c ió n g e n i­
t a l” .
I n c lu so c a b e d esta ca r q u e e n e l S em in a rio III la p reg u n ta
so b re e l s e x o e s tá m u y e n tr e m e z c la d a c o n la p reg u n ta so b re
la p r o c r e a c ió n y e l p a d re. La le y d e la a lia n za , la im p o r ta n c ia
d e la s filia c io n e s s im b ó lic a s, fa v o r e c e n e s te d e s liz a m ie n to ,
p e se a q u e la im p o r ta n c ia d e l te m a e n la p sic o sis es fu n d a ­
m en ta l. S in em b a rg o , en tre la lib id o im agin aria y e l r e c o n o ­
c im ie n to s im b ó lic o d e la p alab ra fu n d a n te q u e d a u n a a rticu ­
la c ió n q u e la c lín ic a m ism a c u e s tio n a .
 L a p a la b r a , la m u e r t e y la le y d e ¡a a lia n z a 17

E s tr u c tu r a y c a d e n a s ig n if ic a n te

H e p o ste r g a d o d elib e r a d a m e n te el e x a m e n d e la n o c ió n de
e stru ctu ra p u e s c o n s id e r o q u e e l m a y o r in te r é s d e la m ism a se
v e r e a lm en te e n la fo r m u la c ió n lo g ra d a d e l a u to m a tism o de
r e p e tic ió n e n e l S e m in a rio II y e n “ L a ca rta r o b a d a ” .
E n e l S e m in a r io II, L a ca n señ a la q u e e l o r d e n h u m a n o c o n s ­
t it u y e u n a to ta lid a d , a la q u e d e n o m in a u n iv e r so , p u e s es
c a r a c te r ís tic o d e l o r d e n s im b ó lic o e l p resen ta rse c o m o u n i­
versa l, fo r m a n d o u n a “ estr u c tu r a d ia lé c tic a q u e se s o s tie n e ,
q u e es c o m p le t a ” .22
E n el S em in a rio III, e n c o n tr a m o s u n a p a rta d o d e d ic a d o
a la e str u c tu r a , e n la q u e é sta e s n e ta m e n te d e fin id a : “ la e str u c ­
tu ra es u n c o n ju n to d e e le m e n to s q u e fo rm a u n c o n ju n to
co -v a r ia n te ” .23
E n tre a m b a s d e fin ic io n e s se registra u n c a m b io fu n d a m e n ta l,
la s u s titu c ió n d e l té r m in o to ta lid a d y c o m p le tu d p o r e l de
c o n ju n to . A m b a s, c o m p a r te n la c o n c e p c ió n de la estru ctu ra
c o m o la e str u c tu r a d e l sig n ific a n te , c o m o e stru ctu ra sim b ó lic a .
La in tr o d u c c ió n d el té r m in o c o n ju n to in tr o d u c e u n a d im e n ­
sió n q u e se d esp leg a rá en su s m atern as y en sus c o n s tr u c c io n e s
to p o ló g ic a s , e s d ecir, e n la v ía y a e sb o z a d a d e la fo rm a liz a c ió n
e n la q u e se in te r n a n e n e sta m ism a é p o c a la lin g ü ís tic a y la
a n tr o p o lo g ía e stru ctu ra l.
P ero , in tr o d u c e ta m b ié n la d im e n sió n d e la c o n je tu r a rela­
c io n a d a c o n e l c á lc u lo d e p r o b a b ilid a d es y la r e cié n n a cid a
c ib e r n é tic a , a p artir d e la s c u a le s se c o n stru irá la c a d e n a sig n i­
fic a n te y su in sisten cia .
E n e l S em in a rio II, la c o m p u ls ió n a la r e p e tic ió n e s id e n ti­
fic a d a c o n la in s is te n c ia d e la c a d e n a sig n ific a n te , e se n c ia
c o m o ta l d e la r e p e tic ió n sim b ó lic a . E sta d im e n s ió n d e la
r e p e tic ió n es eq u ip a ra d a al m á s allá d el p r in c ip io d e l p la cer
—d e f in id o c o m o h o m e o s tá tic o —, r e p e tic ió n q u e in tr o d u c e e l
cará cter m o r tific a n te d e l s ig n ific a n te so b re el ser v iv o , q u e lo
tra n sfo rm a en ser h a b la n te , lle v á n d o lo p o r u n c a m in o q u e n o
es e l d e la a d a p ta c ió n . E sta in s is te n c ia d e la c a d e n a s ig n ifi­
c a n te e n su a r tic u la c ió n c o m o ta l e s c o rrela tiv a de la e x is ­
te n c ia d e u n t o p o s e x c é n tr ic o e n e l q u e e l s u je to d el in c o n s ­
c ie n te fre u d ia n o en c o n tra r á su lu gar, p e r o c u y o e f e c t o é l es.
E l r e co rrid o d e l sig n ific a n te d eterm in a rá p u e s lo s e fe c t o s
d e s u je to y e se reco r r id o d e p e n d e d e la ca d en a , p u e s e l sig-
18 D ia n a S . R a b i n o v i c h

n iñ e a n te p o r s í s o lo n o sig n ific a n a d a ; su s e f e c t o s se a c tu a li­

zarán e n fu n c ió n d e su in se r c ió n en la c a d e n a , en la serie de
lo s sig n ific a n te s.
La c a d e n a s ig n ific a n te e s p u e s u n a d im e n s ió n d e la m e m o ­
ria q u e e l in c o n s c ie n te d e sc u b r e , m em o r ia d ife r e n te d e la
m e m o r ia v ita l, d e la d el in s tin to . E l o r d e n a m ie n to m ism o
d e la c a d e n a d e ter m in a , p o r su m ism a d istr ib u c ió n al azar,
la e m e r g e n c ia d e le y e s sim b ó lic a s q u e h a c e n p o s ib le o im p o ­
sib le la a p a rició n d e d e te r m in a d o s sig n o s, seg ú n e l o rd en d e
la s e c u e n c ia en q u e é s to s se p r e sen te n . L o s e je m p lo s d el par
y e l im p ar, ta l c o m o L a ca n lo s desarrolla e n e l c o m p le m e n to
a “ L a ca rta r o b a d a ” s o n u n in te n t o d e e je m p lific a r e sta a u t o ­
n o m ía d e la m e m o r ia s ig n ific a n te y su leg a lid a d . E sta e str u c ­
tu ra p e r m ite p en sa r el c o n c e p to d e s o b r e d e te r m in a c ió n freu ­
d ia n o , q u e s ó lo p u e d e ser c o m p r e n d id o e n e l m a rco de lo
s im b ó lic o . La so b r e d e te r m in a c ió n es d e te r m in a c ió n sig n i­
fic a n te y d e p e n d e d e su a u to n o m ía , d e m o str a n d o e l e q u í­
v o c o m ism o e n q u e se su ste n ta el té r m in o d e a s o c ia c ió n lib re.
El in s tin to d e m u e r te e s la c o n fir m a c ió n d e la m e m o iia
sim b ó lic a p ro p ia d e l in c o n s c ie n te fre u d ia n o . P o r la in c lu sió n
d e l s u je to en e s te o rd en , el o b je to c o m o ta l e stá p e r d id o , q u ed a
a n u la d o y se h a c e sierv o d el s ím b o lo . E ste m o m e n t o d e m u ta ­
c ió n es d e sig n a d o c o m o p u n to c e r o d e l d e s e o : “ (. . .) la en tra d a
d e l in d iv id u o en u n o r d e n c u y a m a sa lo s o s tie n e y lo a co g e
ba jo la fo rm a d el len g u a je y so b r e im p o n e ta n to e n la d ia c r o n ía
c o m o e n la sin c r o n ía la d e te r m in a c ió n d e l s ig n ific a n te a la d el
s ig n ific a d o ” .24
E n e sta estr u c tu r a d e la d e te r m in a c ió n sim b ó lic a y e n las
e x ig e n c ia s q u e e lla o rd en a se sitú a la p e r sisten cia irred u ctib le
d e l d e s e o in c o n s c ie n te .
E l s ím b o lo surge e n lo real a p artir de u n a a p u e s ta prim era:
¿ algo será o n o será? E n r e la c ió n a e sta a p u e sta prim era, la
n o c ió n m ism a d e c a u sa se u b ic a c o m o m e d ia c ió n e n tre la ca d en a
sim b ó lic a y lo real. La a p u e sta es u n a n o c ió n u b ic a d a en el
n ú c le o d e t o d o c u e s tio n a m ie n to rad ical d el s ím b o lo . A p artir
d e l par ( - ) ( + ) , a u se n c ia -p r e sen cia c o m o p o s ib le s , se estru ctu ra
la a p u e sta . E s to n o s in tr o d u c e e n la d im e n sió n d e l c á lc u lo
d e p r o b a b ilid a d es, e im p lic a q u e el ju e g o tie n e c o m o p reco n -
d ic ió n la p reg u n ta a cerca d e la p resen cia y la a u se n c ia , acerca
d e l ( + ) y d e l ( - ) . V e m o s c ó m o la e str u c tu r a m ism a organ iza
la p reg u n ta . U n a v e z q u e n a c ió la p reg u n ta , e l d e sp lie g u e de
 L a p a la b r a , la m u e r t e y la le y d e la a lia n z a 19

la p a rtid a sim b ó lic a o rg a n iza e s o q u e lla m a m o s s u je to . La

p r o b a b ilid a d es u n in te n to d e dar u n a r e sp u e sta c ie n t ífic a
al azar y a su p reg u n ta p rim era, q u e es u n a p regu n ta' a cerca
d el d e te r m in ism o . L acan d ife r e n c ia d o s d im e n s io n e s e n e l
u so d e l azar: a) e l azar e s sin in te n c ió n y b ) tie n e le y . E l d e ter ­
m in ism o im p lic a p r e c isa m en te u n a ca u sa sin in te n c ió n , la e x c lu ­
sió n d e la m ism a .
Para la fís ic a d elim ita r u n a le y es d elim ita r u n a fó r m u la sig n i­
fic a n te , q u e p u e d e llegar a te n e r s ig n ific a c ió n , p e r o q u e n a d i e
u sa c o n esa in te n c ió n . L o s u b je tiv o su rge en lo real en la m ed id a
e n q u e s u p o n e m o s en é l u n s u je to ca p a z de u sar e l ju e g o sig n i­
fic a n te para engañar; p r e c isa m en te e s to es lo q u e e stá a u se n te
e n lo n a tu ra l, a lg u ien q u e se sirva d e l s ig n ific a n te para en gañ ar.
E n lo n a tu ra l e n c o n tr a m o s lo real c o m o lo q u e siem p re v u e lv e
al m ism o luga r.
A llí d o n d e fu n c io n a la ca d en a sim b ó lic a , en su a r tic u la ció n
surge e l c á lc u lo d e p r o b a b ilid a d es c o m o t e o r ía d el azar y la
p r o b a b ilid a d fu n d a m e n ta l es la d el e n c u e n tr o . S e d esp la za
p u e s la p r e o c u p a c ió n h a cia lo s lu g a res v a c ío s (q u é surge o n o
e n u n lugar, la in e x is te n c ia ) y surge a s í u n a c ie n c ia de la c o m ­
b in a c ió n d e lo s lu gares c o m o ta le s, c u y o o r d e n a m ie n to d e c i­
siv o es la ju g a d a , q u e es u n a fo rm a d e e sca n sió n . V e m o s a q u í
c ó m o la estru ctu ra sig n ific a n te c o n lle v a , tem p r a n a m e n te para
L a ca n , la id ea d e l lugar v a c ío .
D e e s te m o d o , ta n to en el S e m in a rio II, c o m o en “ L a carta
r o b a d a ” , L acan in tr o d u c e para eje m p lific a r lo a n te d ic h o las se­
ries d e ju ga d as, c o n gru p o s de tres y lu e g o de c u a tro , q u e p erm i­
t e n p o r su d istr ib u c ió n ord en ar u n a leg a lid a d q u e L acan eq u ip a ra
a u n a sin ta x is, en la q u e e x is te n p o sib ilid a d e s e im p o sib ilid a d e s.
La su b jetiv id a d es d e fin id a p r e c isa m en te c o m o la s in ta x is q u e
en g en d ra en lo real la m arca s ig n ific a n te , d e sp r e n d ié n d o se d e lo
real u n a d e te r m in a c ió n sim b ó lic a . S e d esp ren d e de lo real p u es
se trata de u n a serie a b s o lu ta m e n te a lea to ria d e ju gad as, a partir
d e la s c u a les se d esp ren d e u n a d e te r m in a c ió n s im b ó lic a . E sta
d e te r m in a c ió n registra to d a p a rcia lid a d , in tr o d u c e d isp a rid a d es y
las p r o d u c e c o m o ta le s en lo real.
L acan lo e je m p lific a ta m b ié n c o n la c o m b in a to r ia binaria
d e la c ib e r n é tic a , y señ a la q u e la m ism a fu n c io n a e n lo real,
in d e p e n d ie n te m e n te d e to d a su b je tiv id a d , a través d el e n g e n ­
d r a m ie n to d e u n a sin ta x is, p e r o su b ra y a q u e se tra ta p r e c i­
sa m e n te d e u n a s in ta x is y n o de u n a se m á n tica .
20 D ia n a S. R a b in o v ic h

E ste o rd en s im b ó lic o se o p o n e al o r d e n lib id in a l (lo im a­

g in a rio , e l m o i ) , y la m áscara d e d ic h o o rd en e s p r e c isa m en te
e l in s tin to d e m u e r te , e s la m áscara d e l o rd en s im b ó lic o en
ta n to n o -r e a liz a d o . E ste s ig u e c o m o n o r e a liza d o h a sta e l
m o m e n t o d e l r e c o n o c im ie n to s im b ó lic o .25
V e m o s q u e la le y tie n e e n L a ca n d o s caras d ife r e n te s . U n a
se r e la c io n a c o n lo s im b ó lic o d e la a n tr o p o lo g ía y la lin g ü ís ­
tic a , e l p a r e n te sc o , la le y h u m a n a c o m o le y d e filia c ió n y
r e c o n o c im ie n to p o r e l o tr o c ó m o su je to , d o n d e la n eg a tiv id a d
fu n c io n a c o m o m u erte; e n la o tra lo q u e p r e d o m in a e s la
in sta u r a c ió n d e u n a d e te r m in a c ió n s im b ó lic a fo rm a l, basad a
en e l par p resen cia -a u sen cia , c o m o ju gad a al azar, q u e p erm ite
e l c á lc u lo y e l su r g im ien to d e u n a “ sin ta x is e n lo re a l” .

E l c o n c e p t o d e l a n á l is i s

Q u isiera in c lu ir a lg u n o s c o m e n ta r io s a cerca d e l c o n c e p to
d e l a n á lisis q u e surge de e s ta é p o c a d e la e n se ñ a n z a d e L acan.
E ste y a se rev ela e n e l t ít u l o d e la prim era p arte d e l “ D iscu rso
d e R o m a ” , “ Palabra v a c ía y p alab ra p le n a e n la r e a l i z a c i ó n
p s i c o a n a l í t i c a d e l s u j e t o ” . E sta fo r m u la c ió n e s la p e r fe c ta
c o n tra p a rtid a d e la d e s titu c ió n su b jetiv a d e la q u e h ab lará
L a can e n la P r o p o s ic ió n d el 6 7 .
La r e a liz a c ió n su b jetiv a d e l s u je to p a sa p o r e l a c c e s o a la
p alab ra p le n a , q u e lo c o n d u c e h a cia el r e c o n o c im ie n to d e
su d e s e o , d o n d e su o b je to e s, n o el c o n te n id o m ism o d e l d e s e o ,
sin o e l r e c o n o c im ie n to c o m o ta l. E l s e n tid o d e l s ín to m a en
s í m ism o n o b a sta , n o lo e x p lic a , h a sta q u e se r e c o n o c e el
d e s e o a llí en ju e g o ; sin e s te r e c o n o c im ie n to , a p u n ta L acan ,
la a c c ió n a n a lític a s ó lo p u e d e ser e x p e r im e n ta d a c o m o agresiva.
E l s u je to e n a n á lisis, m á s allá d e l v a c ío d e su d ecir, llam a
a la verd a d . L a d ife r e n c ia e n tr e e x a c titu d y v erd a d es en e ste
p u n to ce n tr a l. La p alab ra p le n a es lo q u e da v a lo r a la an a m ­
n esis c o m o ín d ic e y reso rte d e la cura. P ero en esa a n a m n esis
c u e n ta s ó lo la verd ad , n o la e x a c titu d d e l r e c u e r d o . La to m a
d e c o n c ie n c ia s ó lo fu n c io n a e n la m ed id a en q u e la verbaliza-
c ió n fu n c io n a c o m o e p o s a c e rc a d e l o rig en d el su je to . E l m é t o ­
d o fre u d ia n o es e n e l fo n d o la a su n c ió n p o r u n s u je to d e su
h isto r ia en t a n to c o n s titu id a p o r la p alab ra d irigid a al O tro .
P o r e f e c t o d e la palabra,, la s c o n tin g e n c ia s d el p a sa d o surgen
 L a p a la b ra , la m u e r t e y la le y d e la a lia n z a 21

c o m o n e c e sid a d e s p o r v en ir, e lla fu n c io n a c o m o a p r é s - c o u p

y o rg a n iza d o r.
Oq D e fin e al p sico a n á lisis e n el “ D isc u r so d e R o m a ” c o m o cerca ­
n o a la h isto ria , e n la m ed id a e n q u e a m b o s so n c ie n c ia s d e lo par-
U1 tic u la r. S eñ a la a llí q u e la h isto r iz a c ió n tie n e d o s fu n c io n e s : la p r i-
■ m aria co r re sp o n d e a lo s a c o n te c im ie n to s q u e se en g en d ra n e n la
e sc e n a m ism a , p e r o e lla y a e stá e s c r ita ; la secu n d a ria h a c e a l h e c h o
O d e q u e e so s a c o n te c im ie n to s n o d eja n siem p re el m is m o t ip o de
re cu er d o en la m e n te de lo s h o m b r e s, e s re-escritu ra ; la R ev o lu -
I c ió n F ra n cesa se in scrib e d e m o d o d ife r e n te d esd e e l á n g u lo d e la
O - C o m u n a q u e d esd e el d e la R e v o lu c ió n d e O ctu b re.
^ E n e l a n á lisis, al su jeto “ le e n se ñ a m o s a r e c o n o c e r su h isto ria
c o m o su in c o n s c ie n te , e s d ecir q u e lo a y u d a m o s a h a c e r la h is­
to r iz a c ió n a c tu a l d e lo s h e c h o s q u e d eterm in a ro n e n su e x is ­
te n c ia c ie r to n ú m e r o d e ‘v u e lc o s ’ h is tó r ic o s . Si ju g a r o n ese
p a p e l es p o r q u e fu ero n h e c h o s d e h isto r ia , es d ecir, c o m o
r e c o n o c id o s e n c ie r to s e n tid o o c e n su r a d o s en c ie r to o rd en .
(. . .) to d a fija c ió n n o es m á s q u e e stig m a h is tó r ic o ” .26
A q u í L acan d e fin e e l in c o n s c ie n te c o m o “ e s e c a p ítu lo
d e m i h isto r ia q u e está m a rca d o p o r u n b la n c o u o c u p a d o
p o r u n a m en tira : es el c a p ítu lo c e n s u r a d o ” .27 P ero la verd ad
- n o s d ice— e stá e s c r i t a e n o tra pa rte:
— en lo s m o n u m e n to s : a lu d e a s í L a ca n al cu e r p o c o m o lugar
d e escritu ra d e l s ín to m a h is té r ic o q u e “ e stá estru ctu ra d o
c o m o u n len g u a je y se d escifra c o m o u n a in s c r ip c ió n ” ;
— e n lo s d o c u m e n to s d e a rch iv os: r e c u e r d o s d e in fa n cia ;
— en la e v o lu c ió n s e m á n tica p ro p ia d e c a d a su jeto ;
— en la s tr a d ic io n e s o ley e n d a s q u e e n fo rm a h e ro ica tra n s­
m ite n su h is to r ia .28
A s í, la p ren d a d e u n p sico a n á lisis es e l a d v e n im ie n to en
e l s u je to d el p o c o de realid ad q u e s o s tie n e su d e s e o , m ás allá
d e lo im a g in a rio . Su m e d io es e l a c u e r d o d e la p alabra a través
d e la e x p e r ie n c ia in tersu b jetiv a , e n la q u e el d e s e o se h a ce
r e c o n o c e r . C u lm in a a s í e n e l “ p e r d ó n d e la p a la b ra ” y en la
a su n c ió n d el s u je to d e su m o i c o m o j e .
Para term in a r e s te p u n to q u isiera p u n tu a r c u á l es la p ro ­
p u esta de L acan para e l a n a lista , para resca ta r a la p rá ctica
d e l p sico a n á lisis d e la d eg ra d a ció n e n q u e la s u m ió e l a b a n ­
d o n a r e l fu n d a m e n to d e la palabra.
Su id e a es restitu ir a la in te r p r e ta c ió n su ca rá cter sim b ó ­
lic o . E s to im p lic a q u e e l a n a lista p u e d e ju gar c o n e l p o d e r
22 D ia n a S. R a b in o v ic h

d e l s ím b o lo , e v o c á n d o lo de m o d o c a lc u la d o en la reso n a n cia
se m á n tic a d e su s in te r v e n c io n e s . D e e s te m o d o , para L acan ,
se c o n s e g u ir ía , a partir de lo s e fe c t o s s im b ó lic o s , u n a té c n ic a
ren o v a d a d e la in te r p r e ta c ió n , q u e r e stitu y a a la palabra su
p o d e r d e e v o c a c ió n . E sto im p lic a q u e e l a n a lista ten g a un
d o m in io im p o r ta n te de lo s r ecu rso s de su len gu a.
A g r e g u e m o s a e llo la in tr o d u c c ió n d e la e sc a n sió n d e la
se sió n , “ p u n tu a c ió n f e liz ” c o m o la lla m a L a ca n , q u e d a su
se n tid o al d iscu rso d el s u je to y p recip ita lo s m o m e n to s de
co n c lu ir .
E l lu gar fu n d a m e n ta l d el a n a lista e s el d e l o y e n te , el A ,
y su re sp o n sa b ilid a d im p lic a te n e r p resen te q u e , d e sd e a llí,
r e c o n o c e o c a n c e la al su je to . Su s ile n c io es u n a fo rm a de la
n eg a tiv id a d sim b ó lic a q u e p e r m ite la p u n tu a c ió n sim b ó lic a .
L a a c c ió n d e la in te r p r e ta c ió n c o m o ta l d e b e a p u n ta r a
q u e el su jeto lle g u e a ser, d a n d o a s í resp u esta a la p reg u n ta
d el su je to a cerca de su d e s tin o , es d ecir, d e lo q u e su vida
sig n ifica .
C o m o c o n c lu s ió n p u e d e señ a la rse q u e to d a la c lín ic a en
L acan se o rd en a en esta é p o c a en t o m o al r e c o n o c im ie n to .
— L a lo cu ra : e s u n a p alabra q u e h a r e n u n c ia d o a h a cerse r e c o ­
n o c e r , q u e c u lm in a en u n len g u a je sin d ia lé c tic a . E l O tr o en
el q u e la p alab ra se realiza e stá e x c lu id o ;
— La n eu ro sis: es u n a p alab ra ex p u lsa d a d el d iscu rso c o n ­
c r e to c o n s c ie n te , q u e e n c u e n tra su s o p o r te en la s fu n c io n e s
n a tu ra le s d e l su je to , s ie n d o a q u í el s ín to m a el sig n ific a n te
de u n sig n ific a d o r ep rim id o , p e r o q u e a d ife r e n c ia d el psi-
c ó tic o , in c lu y e en e l s e n tid o de su cifra el d iscu rso d el O tro ,
— La p erv ersió n : es u n d e s e o q u e n o o sa d ecir su n o m b r e ,
se sitú a en e l lím it e d el reg istro d el r e c o n o c im ie n to , o s c i­
la n d o en tre el a n o n a d a m ie n to d el su jeto o el d el o tr o , c u y o
id ea l n o es e l r e c o n o c im ie n to su b je tiv o sin o u n o b je to in a n i­
m a d o .30

R E F E R E N C IA S B IB L IO G R A F IC A S

1. J. L a ca n , “ F o n c tio n e t c h a m p d e la p a ro le e t d u la n g a g e e n p s y c h a ­
n a ly s e ” , en E c r its , S eu il, P aris, 1 9 6 6 .
 L a p a la b r a , la m u e r t e y la le y d e la a lia n z a 23

2. J . - A . M i l l e r , E s c a n s io n e s d e la e n s e ñ a n z a d e L a c a n , C u r s o 1 9 8 1 - 8 2 ,
in é d ito .
3. F . d e S a u s s u r e , C u r s o d e lin g ü ís tic a g e n e r a l, p . 6 4 , L o s a d a , B s . A s . ,
1961.
4. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I , p . 2 6 7 , S e u i l , P a r i s , 1 9 7 5 .
5. I b íd ., C a p ítu lo IV .
6. J . L a c a n , “ F o n c tio n e t c h a m p d e la p a r o le . . .” , o b . c it., p . 2 5 6 .
7. îb id ., p . 2 8 4 -8 5 .
8. I b id ., p . 2 8 6 .
9. I b id ., p . 3 1 8 .
10. A . K o j è v e , “ L ’i d é e de la m o r t dans la p h ilo s o p h ie de H e g e l” , e n
I n t r o d u c t i o n à la le c tu r e d e H e g e l, p . 5 5 3 , G a l l i m a r d , 1 9 7 9 .
11. J. L a c a n , E c r i t s , p . 3 7 9 - 8 0 .
12. J. L a c a n , “ F o n c t i o n e t c h a m p d e l a p a r o l e . . o b . c it., p . 2 6 8 .
13. I b id ., p . 2 7 9 .
14. I b id ., p . 2 9 4 .
15. I b id ., p . 1 9 8 .
16. J . L a c a n , “ V a r i a n t e s d e l a c u r e - t y p e ” , E c r its , p . 3 3 1 .
17. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I , p . 1 9 3 .
18. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I I I , p . 4 8 , S e u i l , P a ris , 1 9 8 1 .
19. J. L a c a n , “ F o n c tio n e t c h a m p d e la p a r o le . . o b . c it., p . 2 7 7 .
20. I b id ., p . 2 7 8 .
21. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I I I , p . 1 9 1 - 2 0 0 .
22. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I I , p . 4 2 , S e u i l , P a r i s , 1 9 7 8 .
23. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I I I , p . 2 0 7 - 2 0 8 .
24. J . L a c a n , “ L a l e t t r e v o l é e ” , E c r its , p . 4 7 .
25. J. L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I I , p . 3 7 5 .
26. J . L a c a n , “ F o n c t i o n e t c h a m p d e la p a r o le . . . ” , o b . c i t ., p . 2 6 1 .
27. I b id ., p . 2 5 9 .
28. Ib id .
 C A P IT U L O II

L A E S T R U C T U R A D E L E N G U A J E D E L IN C O N S C IE N T E
Y E L C O M PLE JO D E C A S T R A C IO N

L a s l e y e s d e l le n g u a je

La estr u c tu r a d e l len g u a je e s la e stru ctu ra q u e la e x p e r ie n c ia

a n a lític a d e sc u b r e en e l in c o n s c ie n te . E sta estr u c tu r a su fre,
c o m o t o d o s lo s c o n c e p to s d e L a ca n , c ierta s m o d ific a c io n e s
a lo la rg o d e su e n se ñ a n z a . S in e m b a rg o , n u n c a d eja d e ser
estr u c tu r a d e s ig n ific a n te , estr u c tu r a d e len g u a je. E sta c o n ­
c e p c ió n d e la estru ctu ra im p lic a u n v a c ia m ie n to d e l in c o n s ­
c ie n te , é s te y a n o es “ sed e d e lo s in s tin to s ” , ni c o n ju n to d e
sig n ific a d o s , c o n tin e n te d e h e te r ó c lito s c o n te n id o s .
L a e stru ctu ra d e l len g u a je lo p r e e x iste y e s su c o n d ic ió n ,
ella estr u c tu r a al su je to , q u e n o es m á s q u e e f e c t o e n lugar
d e ser su a m o . T o d a la p r o b le m á tic a de la g é n e sis d e l len g u a je
q u ed a a s í recu sa d a , e n la m e d id a en q u e su a d q u is ic ió n d u ra n te
e l d esa rro llo e v o lu tiv o e n c u b r e la p resen cia y a a llí d e l O tro ;
el p r o b le m a se tra n sfo rm a e n c ó m o e l len g u a je y su estru ctu ra
ap resan al ser v iv o .
“ La in sta n c ia d e la letr a en e l in c o n s c ie n t e ” p r e se n ta la e str u c ­
tu ra d e len g u a je d e l in c o n s c ie n te d e m o d o p a ra d ig m á tico
y se p r e sen ta c o m o u n t e x t o d o n d e la p r im a c ía d e lo s im b ó ­
lic o , e n su c e r c a n ía a la lin g ü ís tic a , a p a rece e n su p u n to m á x i­
m o e n la e n s e ñ a n z a d e L acan.
A p artir d e la “ in flu e n c ia ” d e S au ssu re, J a k o b s o n y L évi-
Strau ss, c ie r to s c o n c e p to s q u ed a n fir m em e n te in c o rp o ra d o s:

1 . La id e a d e l len g u a je c o m o estr u c tu r a (siste m a e n S a u ssu re).

2 . Cada e le m e n to d e l m ism o , ca d a u n id a d , o b tie n e su v alor
d e a c u e r d o a su p o s ic ió n e n e l c o n ju n to , la cu a l se rige
p o r u n a c o m b in a to r ia leg a l.
3 . La n o c ió n d e sig n o d e S a u ssu re e s in c o rp o ra d a c o n su carác­
te r d e arb itraried ad en lo q u e re sp ec ta a la r e la c ió n sig n ifi-
c a n te-sig n i fic a d o .
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 25

4 . L o s e le m e n to s so n e le m e n to s d ife r e n c ia le s, t o d o e le m e n to
se d e fin e d e m o d o n e g a tiv o , su c a r a c te r ístic a fu n d a m e n ta l
“ c o n s is te e n ser lo q u e n o so n o t r o s ” d ic e S au ssu re, E ste
ú ltim o s a b e m o s q u e e s para la lin g ü ís tic a e l fo n e m a , ta l
c o m o lo d e fin e e l C ír c u lo d e Praga. S u d e fin ic ió n es e n t o n ­
c e s n eg a tiv a y re la c io n a l, fu n d á n d o s e e n e l p r in c ip io d e
o p o s ic ió n , o sea, e n la p u ra d iferen cia .
Q
E l a lg o ritm o sa u ssu rea n o d el sig n o — se in c o rp o ra a l p sico a -
s
n álisis y se tra n sfo rm a e n u n a re fe r en cia p e r m a n en te d e la ob ra
d e L acan , en p arte d e su álgeb ra, algu n as d e c u y a s v ic isitu d e s
i n t e n t a r e m o s rastrear. A lg o r itm o q u e su fre d esd e e l in ic io
u n a in v ersió n (e n S au ssu re e l s ig n ific a n te se u b ic a a b a jo de
l a b a r r a y e l sig n ific a d o arriba) q u e in d ic a u n a tra n sfo r m a ­
c i ó n fu n d a m e n ta l: la in tr o d u c c ió n d e la fu n c ió n a ctiv a d el
s i g n i f i c a n t e e n la d e te r m in a c ió n d e l s ig n ific a d o , su p r e e m i­
n e n c ia . La fu n c ió n d e la barra ta m b ié n se m o d ific a , d e v in ie n d o
é s ta u n a “ barrera r e sis te n te a la s ig n ific a c ió n ” .1 B arrera qu e
re m ite a la rep resió n freu d ia n a p o r u n la d o y , p o r o tr o , a la
i n e x i s t e n c i a d e l s e n tid o p r o p io c o m o o p u e s to al s e n tid o fig u ra­
d o . L a p a r t i c i p a c i ó n d el s ig n ific a n te e n la g én esis d el s ig n ific a d o
im p lic a p r e c i s a m e n t e q u e e l c o n c e p to m is m o d e arb itraried ad
d el sig n o e s in s u fic ie n te para lo q u e L a ca n , e n fu n c ió n d e su
e x p e r ie n c ia p s ic o a n a lític a , co m p ru eb a : n o h a y s e n tid o p r o p io ,
e l in c o n s c ie n te d e p ó s ito de se n tid o s se v a c ía (p o r e l m o m e n to
L a c a n n o d i f e r e n c i a e n tre s e n tid o y s ig n ific a c ió n ).
L a r e p r e s i ó n p rim aria e s c o n su sta n c ia l c o n la in e x is te n c ia
d e u n s e n tid o p r o p io , y la barra q u e la e n c a m a p asa a ta ch a r
e l S u je to , $ , q u e ah ora se p r e sen ta c o m o d iv id id o . L a rep resió n
prim aria e s rep resió n d e s ig n ific a n te s, n o d e s ig n ific a d o s. La
barra n ieg a al s ig n ific a n te la fu n c ió n d e rep resen ta r e l sig n i­
fic a d o , la sig n ific a c ió n n o ju s tific a a l sig n ific a n te .
L acan d e fin e la e str u c tu r a d e l s ig n ific a n te c o m o a rticu la d a ,
es decir:

l . - S e red u c e a l fo n e m a c o m o e le m e n to ú ltim o , m ín im o ; de
a c u e r d o c o n e l p r in c ip io d ia c r ític o d e S au ssu re, lo s fo n e m a s
n o so n sin o h a c e s d e d ife r e n c ia s, p u ra d ife r e n c ia fu n d a d a en
la o p o s ic ió n . E l e le m e n to —fo n e m a — fo rm a p arte d el c o n ju n to
sin c r ó n ic o d el sig n ific a n te . L a ca n in sistir á siem p re e n la n o esen -
c ia lid a d p r e se n te e n la d e fin ic ió n sau ssurean a;
26 D ia n a S . R a b i n o v i c h

2. y a la s le y e s q u e rigen su c o m b in a to r ia , d e sd e la s d e las
u n id a d e s fo n e m á tic a s , p a sa n d o p o r la s silá b ica s, h a sta arribar
a la gram ática, c o m b in a to r ia c u y o d e sp lie g u e e x ig e la d im e n ­
s ió n d ia cró n ica .

D e b e m o s , e m p e r o , te n e r p r e se n te o tra d im e n s ió n , q u e
em erg e y a e n e l t ít u lo m ism o d e l a r tíc u lo : la letra .
L a letra , d e fin id a c o m o “ s o p o r te m a teria l q u e e l d iscu rso
c o n c r e to to m a d el le n g u a je ” 2 y lu e g o c o m o “ estr u c tu r a esen ­
c ia lm e n te lo c a liz a d a d e l s ig n ific a n te ” ,3 r e to m a la tem á tic a
p r e sen te e n t o m o a ella e n “ La carta r o b a d a ” , referid a a las
re la c io n es d e l sig n ific a n te c o n e l luga r, a su m a t e r i a l i d a d s in ­
g u l a r , a la im p o sib ilid a d de su d iv isió n , q u e L acan caracteriza
c o m o o d d , im p a r. E sta p r o p ie d a d recib irá p o ste r io r m e n te
u n a m p lio d esa rro llo e n t o m o al tem a d el U n o y su carácter
s ig n ific a n te , q u e cu lm in a rá en u n a r e fle x ió n so b re la escritu ra
ló g ic a (ver C a p ítu lo IV ). P r e o c u p a c ió n trip le , e n to n c e s , p o r
la m a teria lid a d , p o r e l lugar y p o r la u n ic id a d . P r e o cu p a c ió n
q u e d e n o ta y a u n a b ú sq u e d a q u e esca p a al c o n c e p to de e str u c ­
tu ra e stru ctu ra lista , y q u e se basa en la e sc u c h a d el in c o n s ­
c ie n te .
L a ca n afirm a al r e sp e c to la n e c e sid a d de u n su str a to to p o -
ló g ic o , d e u n e s p a c io q u e e sca p e al e u c lid ia n o (c u y o prim er
e s b o z o e s e l u s o de la n o c ió n de p en ta g ra m a o d e p a rtitu ra ),
u n e s p a c io c u y o o r d e n a m ie n to sea so p o r te d el d e sc ifr a m ien to
d e l in c o n s c ie n te . Lugar de la letra q u e sie m p re p u e d e vaciarse
(re c o r d e m o s la c ie n c ia d e lo s e sp a c io s o lu gares v a c ío s que
m e n c io n a m o s e n el C a p ítu lo I), d el q u e e l s ig n ific a n te p u ed e
caer, p u e s la rep resió n n o e s m á s q u e esa c a íd a m ism a , e l aná­
lisis d e L acan d e S ig n o relli a s í lo d em u estra .
S i b ie n e n la letra p u e d e n e n c o n tra r se lo s ca ra cteres del
fo n e m a , é s te n o su b su m e al c o n c e p to de letra , c o n c e p to que
ex ig irá el d esa rro llo d e la fu n c ió n de lo e sc r ito en e l len g u a je.
R e fe r e n c ia ta m b ié n freu d ia n a , a u n a carta ( l e t t r e ) fa m o sa , la
5 2 a F lie ss, d o n d e el in c o n s c ie n te se p resen ta c o m o u n sistem a
d e in sc r ip c io n e s su cesiv a s, o al b lo c k m á g ic o .
E n la “ in s ta n c ia ” freu d ia n a , la letra a d q u iere su v ig en cia ,
le d a su ra zó n y fu n d a su in siste n c ia , c o n u n a m a teria lid a d
n u ev a q u e e s la d e l sig n ific a n te . Su so s té n e s la c a d e n a sig n i­
fic a n te , “ a n illo c u y o c o lla r se cierra en e l a n illo de o tr o collar
h e c h o d e a n illo s ” ,4 c u y a lec tu r a h o y n o p u e d e dejar d e ev o ca r
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 27

la d im e n sió n de lo s r e d o n d e le s de cu erd a c o n q u e se co n stru irá ,

a ñ o s m ás ta rd e, la to p o lo g ía d e lo s n u d o s , n o p o r a c c ió n de
u n a in tu ic ió n gen ial (in n eg a b le) s in o p o r resp eta r la “ n e c e sid a d
d e u n d isc u r so ” .
La d im e n sió n tem p o r a l se in c lu y e en la ca d en a en tre a n tic i­
p a c ió n y r e tr o a c ció n , e n tre e l “ qu erer d e c ir ” q u e se a d ela n ta
y e l s e n tid o q u e el O tro e sca n d e , p o n ie n d o fin al m en sa je y
d e fin ie n d o su sig n ific a c ió n . S ig n ific a c io n e s q u e in s is te n p o r
a c c ió n de la ca d en a y sus e s c a n sio n e s , o sea . sus ju gad as, qu e
serán e l s o p o r te m ism o d e la c o n s is te n c ia im agin aria, p u es
el sig n ific a n te , p o r su p a rte, siem p re p u e d e qu erer d ecir otra
co sa . La lin ea lid a d de la ca d en a en S au ssu re n o r e sp o n d e a la
e stru ctu ra te m p o r a l y e sp a c ia l d el s ig n ific a n te q u e la e x p e ­
rie n cia a n a lític a c o m ie n z a a dibu jar. L as d o s n a p a s, la d el
sig n ific a n te y la d e l sig n ific a d o , n o flu y e n , e n tre a m b a s se
p r o d u c e u n a b r o c h a m ie n to al q u e L a ca n d e n o m in ó p u n to de
a lm o h a d illa d o . P u n to q u e m arca la d o m in a n c ia d e la letra
ta l c o m o la m u estra n la p s ic o p a to lo g ía d e la v id a c o tid ia n a
o la a g u d eza .
El len g u a je e n p sico a n á lisis es in sep a ra b le de la verd ad y
su b ú sq u e d a , y revela la estru ctu ra d e fic c ió n d e la m ism a .
E l p u n to de a lm o h a d illa d o e s in sep a ra b le de la p u n tu a c ió n ,
d e la e sc a n sió n y de la r e tr o a c c ió n . Im p lica c o m o ta l la te m ­
p o ra lid a d q u e se d esp lieg a en e l gra fo , q u e L acan r ecién in tr o ­
d u cirá en la p rim era cla se d el S em in a rio V , c u a n d o “ L a in s­
ta n c ia de la le tr a ” y a e stá p u b lic a d a . La in tr o d u c c ió n d el
p u n to de a lm o h a d illa d o se h a c e en e l S em in a rio III y su a u se n ­
cia en la p sico sis es lo q u e le p e r m ite d e lim ita r lo en otras
estru ctu ra s.
A partir d e u n an álisis d e lo s m e c a n ism o s d el s u e ñ o en ■
Freu d , L acan d e d u c e d e e llo s u n a tó p ic a c u y a e s e n c ia es u n a
retó ric a , fu n d a d a en e l a lg o ritm o sa u ssu rea n o , J L , y su trans-
1 - S
fo rm a c ió n e n f S — , es d ecir, la fu n c ió n d el s ig n ific a n te en
s
la e m e rg en cia de la sig n ific a c ió n , q u e se estru ctu ra seg ú n d o s
le y e s , a las q u e J.-A . M iller, ta l c o m o y a se h a se ñ a la d o , c a li­
fic a c o m o le y e s d e l len g u a je, q u e so n la m e tá fo r a y la m e t o n i­
m ia.
A m b a s fu e r o n in tr o d u c id a s p o r L acan p o r v e z prim era
en lo s c a p ítu lo s X V II y X V III d e l S em in a rio I I I,5 tras leer
28 D ia n a S . R a b in o v ic h

u n a sep a ra ta q u e r ecién h a b ía r e c ib id o d el a r tíc u lo de J a k o b so n

so b re la s a fa sia s.6 H a sta e se m o m e n to , L acan a p en a s m e n c io n a
la d im e n sió n d e la m e to n im ia , a la q u e, p o r e je m p lo , n o te n ía
p r e sen te e n e l c a p ítu lo d e l S em in a rio III so b r e la a lu sió n y
a la q u e d e scu b re a q u í c o m o “ su b estru ctu ra siem p re o c u lta (. . .)
q u e e s la c o n d ic ió n de t o d a in v e stig a ció n p o s ib le d e lo s tra s­
to r n o s fu n c io n a le s d e l len g u a je e n la s n eu ro sis y e n las p s ic o ­
s is ” 7 ; d ic e ta m b ié n q u e “ la m e to n im ia e stá en el in ic io d e lo q u e
h a c e p o s ib le la m e tá fo r a ( . . . ) ” .8

La m e tá fo r a su p o n e la s im ilitu d , la sim ila rid a d , p ero L acan

señ a la q u e é sta s ó lo d e p e n d e d e la p o s ic ió n (lu gar); la c o m u ­
n id a d d e p o s ic ió n (d im e n s ió n sin tá c tic a ) p e r m ite la id e n tific a ­
c ió n , p ero lu e g o q u ed a o c u lta p o r ella , y si n o la to m a m o s en
c u e n ta d e s c u id a m o s la c o n sid e r a c ió n d e la o r g a n iza c ió n sig n i­
fic a n te . L a gavilla p u e d e s u stitu ir a B o o z p o r la c o m u n id a d
p o s ic io n a i q u e se e s ta b le c e e n tre a m b o s. E s to im p lica q u e la
m e tá fo r a fu n c io n a fu n d a m e n ta lm e n te a tra v és d e la su s ti­
tu c ió n , so b re t o d o d e la s u s titu c ió n d e p o s ic ió n .
La m e to n im ia se in scrib e e n e l o rd en d e las r e la c io n e s d e c o n ­
tig ü id a d , d e a lin e a m ie n to , d e c o o r d in a c ió n sin tá c tic a , ca ra cteri­
z á n d o se p o r ser e l fu n d a m e n to d el r ea lism o litera rio .
E q u ip a ra y a , a d ife r e n c ia d e J a k o b s o n , la m e tá fo r a c o n la
c o n d e n s a c ió n y la m e to n im ia c o n e l d e sp la z a m ie n to .
S in e m b a rg o , h a y d ife r e n c ia s e n tre e l S em in a rio III, m o m e n to
d e l d e sc u b r im ie n to , y el t e x t o r e fle x iv o d e lo s E s c r i t o s . E n el
se m in a r io L a ca n h a b la d e tra n sfe r en cia d e sig n ific a d o y n o
d e su p r o d u c c ió n p o r p arte d e l sig n ific a n te ; tra n sfe r en cia qu e
es p o s ib le p o r la e stru ctu ra d e l len g u a je, e n la c u a l, y a d esd e
e l S em in a rio I, se señ a la b a q u e u n a sig n ific a c ió n siem p re rem ite
a o tra sig n ific a c ió n .
E n e s to s m ism o s c a p ítu lo s L acan h a ce u n a a fir m a ció n q u e
lu e g o d e sm e n tirá , d e sm e n tid a q u e lu e g o prob ará a m p lia m en te .
S eñ a la q u e t o d o len g u a je im p lic a u n m eta len g u a je , p o rq u e
t o d o len g u a je d e b e tra d u cirse, y a lu d e a lo s len g u a jes ló g ic o -
m a te m á tic o s. R e c o r d e m o s q u e e sta a fir m a ció n es so lid a ria de
u n m o m e n t o de su e n se ñ a n z a e n q u e e l O tr o se e scrib e a ú n A ,
sin ta ch a r. S u in c lu s ió n e n e s te p u n to se d eb e a q u e n o s cen tra ­
m o s e n m e tá fo r a y m e to n im ia .
L o s e je m p lo s p o é t ic o s d e a m b o s t e x t o s s o n ig u a les y y a
c lá sic o s e n tre lo s le c to r e s d e L acan . S in e m b a rg o , las fo rm u la ­
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 29

c io n e s d e lo s E s c r i t o s so n m u c h o m á s p recisa s y d ep u rad as
y cu lm in a n e n u n a fo r m a íiz a c ió n q u e p erm a n ecerá c o n s ta n ­
t e a lo la rg o d e to d a la o b ra de L acan .
A m b a s s o n in tr o d u c id a s c o n u n a re fe r en cia al lu gar del
s u je to e n la b ú sq u e d a de la v erd a d y a l d e c ir e n tre lín e a s qu e
ca ra cteriza e l d e c ir in c o n s c ie n te , q u e d ic e su v erd a d p e se a la
cen su ra o q u e la u tiliz a a su fa v o r para revelarla d e to d o s m o d o s ,
d ic ié n d o la in d ir e c ta m e n te .
L a m e to n im ia es la c o n e x ió n p alab ra a palabra, la m etá fo ra
es la s u s titu c ió n d e u n a p a la b ra p o r o tra . A m b a s im p lica n
la im p o sib ilid a d d e la e x is te n c ia d el s ig n ific a n te a isla d o , am bas
r em iten a la ca d en a s ig n ific a n te en su s a tin e n c ia s h o r iz o n ta le s
(sin ta g m á tica s) y v ertica les (p a ra d ig m á tica s).
La estru ctu ra d e la m e to n im ia in d ic a p u es la c o n e x ió n del
s ig n ific a n te c o n el sig n ific a n te : f(S . . .S ’) S = S ( - ) s, su fó r­
m u la lo m u estra .
E sta c o n e x ió n de s ig n ific a n te a sig n ific a n te , e sta c o n c a te n a ­
c ió n , e s el a rticu la d o r q u e p e r m ite , p u n to fu n d a m e n ta l e n la
c o n c e p tu a liz a c ió n la ca n ia n a , “ la e lis ió n , qu e in sta la la fa lta en
se r e n la re la c ió n d e o b je to u tiliz a n d o para e llo el v a lo r d e
r e m isió n d e la s ig n ific a c ió n para in v e stirlo c o n el d e s e o que
a p u n ta a esa fa lla q u e é l s o p o r ta ” .9
F a lta e n ser, e s d ecir , d e s e o y m e to n im ia h a c e n u n o . ¿ C ó m o ?
M ed ia n te la e lisió n . D e te n g á m o n o s u n m o m e n to en e s te sig n ifi­
c a n te q u e rea p a rece a m e n u d o e n e sta é p o c a d e la e n se ñ a n z a de
L a ca n . E l G r a n d R o b e r t n o s d ic e: “ A c c ió n d e elid ir: su resu lta ­
d o . E lisió n d e u n a v o c a l a n te s d e u n a h a c h e m u d a ( . . . ) E l
a p ó s tr o fo la in d ic a ( . . . ) L a a fér e sis, e l a p ó c o p e , la elisió n
y la s ín c o p a c o n s titu y e n d is tin to s m eta p la sm a s p o r s u p r e s i ó n . ”
(E l su b ra y a d o e s n u e s tr o ). P a se m o s a “ E l i d e r (d e l la tín e l i d e r e ,
ex p u lsa r, a p lasta r). E n p ro so d ia : su p rim ir e n la p r o n u n c ia c ió n
o e n la c u e n ta d e la s síla b a s la v o c a l fin a l de u n a p alabra an te
la v o c a l in ic ia l d e la p alabra s ig u ie n te . G ram ática: r e p ite lo
d ic h o en e lis ió n .” E l té r m in o tie n e e l m ism o v a lo r en c a s te ­
lla n o , d o n d e e m p e r o tie n e u n a c o n n o t a c ió n q u e n o s in teresa ,
a u n m ás e x p líc it a , p u e s a d e m á s d e l s e n tid o fra n cés, elid ir
sig n ific a m alo grar, d e sv a n e c er u n a c o sa . B lo c k y W artburg
o e l C o ro m in a s c a ste lla n o d a n la m ism a e tim o lo g ía para am b as
len g u a s: m e to n im ia d eriv a d e l g rieg o , e s ta n d o c o m p u e sta
p o r m e t á (c a m b io ) y ó n o m a (n o m b r e ), e s d ecir, lite ra lm e n te ,
c a m b io d e n o m b r e . L o s s ig n ific a d o s ta m b ié n c o in c id e n y
30 D ia n a S . R a b in o v ic h

p o d e m o s to m a r e l q u e da C asares en c a ste lla n o : “ T r o p o que

c o n s is te e n d esig n a r u n a c o s a c o n e l n o m b r e d e o tra qu e le
sirve d e sig n o o q u e guard a c o n e lla algu n a re la c ió n d e causa
a e f e c t o .”
La e lis ió n e s p u e s su p r e sió n , d e s v a n e c im ie n to d e la cosa
en la re la c ió n de o b je to , es d ecir, la p érd id a d e la p a rticu la ­
rid ad d e su n a tu ra lid a d , la n eg a tiv id a d d e l len g u a je, q u e an ula
e l o b je to , y d eja al s u je to c a u tiv o d e la r e m isió n in c esa n te
de la s sig n ific a c io n e s e n tre s í, d o n d e e l r e fe r e n te p arece p erd id o
para sie m p r e . E fe c tiv a m e n te , si a lg o d istin g u e a e s te t e x t o
d e n tr o d e la o b ra de L acan e s la ca si a b so lu ta a u se n c ia de la
r eferen cia al o b je to en su r e la c ió n c o n e l d e s e o , sa lv o e n ta n to
p erd id o .
La fa lta e n ser q u e es la e s e n c ia d el d e s e o , se p r o d u c e p o r el
a tra p a m ie n to d e l s u je to en la re m isió n in d e fin id a d e sig n ifi­
c a c io n e s , en la q u e é l, al igu al q u e e l o b je to , se d esv a n ece.
E sa fa lta la m arcan e n la fó r m u la lo s p u n to s su sp e n siv o s, e s b o z o
d e l in terv a lo sig n ific a n te p o ste r io r . E l s u je to se d e sliz a de un
s ig n ific a n te q u e siem p re lo e n v ía a o tr o , e n u n a rem isió n ta n
s ó lo a p a r e n te m e n te in fin ita . L acan dará lu e g o c u á l será su
t o p e , q u e h a c e q u e el d e s e o sea siem p re, y a , d e s e o d e otra
c o sa , d e “ o tr o n o m b r e ” , m a n te n ie n d o de e s te m o d o la p re­
se n c ia d e la barra q u e e stá e n tre p a rén tesis, p r o d u c ie n d o la
in siste n c ia d e la s ig n ific a c ió n c o m o alu siv a, y a q u e la a lu sió n
e s v irtu d p r o p ia de la m e to n im ia . La s ig n ific a c ió n es, e fe c tiv a ­
m e n te , en e s te c a so , la te n te . F u n d a e se o b je to m e to n ím ic o
q u e h u y e , q u e L acan in tr o d u c e e n la prim era c la se d el S em in a ­
r io V , y q u e fa lta , d ijim o s, en e s te t e x t o .
E n e s te sim p le d e sp lie g u e d e u n a c a d e n a s ig n ific a n te en su
c o n c a te n a c ió n m ism a , se p r o d u c e u n a n iv e la c ió n , u n borra-
m ie n to , u n a n iv e la c ió n d e l s e n tid o , q u e, c o m o ta l, c u e stio n a
a l v a l o r m i s m o . E ste es el m en sa je p r o p io d e la m e to n im ia
e n la a g u d eza : d eterm in a r la e m e rg en cia d el p e u d e s e n s , p o c o
s e n tid o , q u e in d ica a su v e z e l c u e s tio n a m ie n to d el v a lo r del
c ó d ig o . C u e s tio n a m ie n to q u e e n n u estra len g u a , a d iferen cia
d e l fra n cés, se in c lin a a m e n u d o h a c ia el d o b le s e n tid o de
lo p o c o s e n tid o y a su m e e l ro stro d e la im p a sib ilid a d , de la
a u se n c ia d e l sen tir.
E ste c u e s tio n a m ie n to d e l v a lo r d e l s e n tid o , se tra slu ce en
esa o tra a c e p ta c ió n q u e L a ca n r e c o g e en F reu d , p o r la e q u ip a ­
ra ció n e n tre m e to n im ia y d e s p la z a m ie n to . T ra d u ce el tér m in o
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 31

a lem á n d e sp la z a m ie n to c o m o v i r e m e n t , q u e sig n ifica tra n s­

feren cia d e fo n d o s o ta m b ié n , n u estra len g u a o tr a v e z n o s
a y u d a , giro (g ir o d e fo n d o s , giro de len g u a je ), in d ic a n d o qu e
e n e s te s e n tid o u sa F reu d e l té r m in o tra n sfe r en cia e n la in te r ­
p r e ta c ió n d e lo s s u e ñ o s .10 L a tra n sfe r en cia d e v a lo r es la o p e ­
ra c ió n p ro p ia d e la m e to n im ia , a la q u e F reu d e n fo c a b a d esd e
e l á n g u lo d e la tra n sfe r en cia o d e s p la z a m ie n to d el a fe c to .
P ero , n o p o d e m o s dejar d e señ alar q u e a q u í L acan u sa
a lte r n a tiv a m en te la m e to n im ia e n d o s s e n tid o s , ín t im a m e n te
r e la c io n a d o s, p e r o n o id é n tic o s . L a c o n c a te n a c ió n sig n ific a n te ,
la u b ic a c ió n e n e l eje sin ta g m á tic o h o r iz o n ta l, n o es la d e f i­
n ic ió n m ás clá sica , sin o la de la lin g ü ís tic a ; in c lu s o es, p o d r ía
d ecirse, la lec tu r a de J a k o b so n d e e s te tr o p o . Su s e n tid o tra d i­
c io n a l, el q u e in d ica n lo s d ic c io n a r io s, es esa r ela ció n ca u sa l,
de c o n e x ió n d e la p a rte c o n e l t o d o , e t c ., q u e c o m o tal im p lica
e l q u ieb re d e l o b je to , la p r e sen cia d e l fra g m e n to q u e a su m e
la r e p r ese n ta c ió n d el t o d o . E ste a s p e c to de la m e to n im ia e s el
q u e se ju ega en la c o n s titu c ió n d el fe tic h e , en la c o n s titu c ió n
d e la fija c ió n p erversa, es e l fu n d a m e n to s ig n ific a n te d e lo qu e
e l p sico a n á lisis lla m ó e l o b je to p a rcia l, in c lu y e n d o u n a de
las d im e n s io n e s d el fa lo .
La m e to n im ia q u e e s e l d e s e o , es in sep a ra b le de la d em a n d a ,
p ero e sta a r ticu la ció n se h a ce p o s te r io r m e n te en L a ca n , y la
e x a m in a r e m o s e n la seg u n d a p a rte de e s te c a p ítu lo .
La m etá fo ra se fu n d a en la s u s titu c ió n s ig n ific a n te , p r o d u ­
c ié n d o se c o m o e f e c t o d e e sta s u s titu c ió n u n a c r e a c ió n de
s e n tid o , es d e c ir , el a d v e n im ie n to d e u n a sig n ific a c ió n . Su
fó rm u la es: f S = ( + ) s. E l ( + ) in d ica la su p e r a c ió n de

la barra y su v a lo r para la c r e a c ió n d e sig n ific a c ió n . E sta

estru ctu ra de s u s titu c ió n es la d e l s ín to m a q u e, a firm a L acan,
e s m etá fo ra . La sig n ific a n c ia c o m o e f e c t o de sig n ific a n te se
tra su n ta e n la c o n d e n s a c ió n c o m o su p e r p o s ic ió n s ig n ific a n te
d e la m e tá fo r a . La m e tá fo r a o p era so b re la reserva h o m o n í-
m ic a y h o m o fó n ic a d e len g u a je, p r o d u c ie n d o e n la a g u d eza ,
e l “ p a s d e s e n s ” , q u e n o es e l n o -s e n tid o , sin o lo q u e p o d r ía ­
m o s tra d u cir c o m o p a so d e s e n tid o , c u a l si d ijé se m o s e n ca s­
te lla n o , p a so de b a ile o p a so d e g a n so , q u e a p u n ta al carác­
te r m e ta fó r ic o d e t o d o s e n tid o .
E n el s ín to m a la carn e o la fu n c ió n so n to m a d o s p o r el
e le m e n to sig n ific a n te , p e r o e n e s te c a s o n o o p e r a n i la ag u ­
32 D ia n a S . R a b in o v ic h

d e z a , n i la p o e s ía , s in o la re p r esió n , y la sig n ific a c ió n d e la

m e tá fo r a p e r m a n e c e in a c c e s ib le para e l su je to .
A m b o s tr o p o s r e q u ier e n la s a n c ió n d e l O tr o , m a rca n d o
a s í su d ife r e n c ia c o n e l n iv e l im a g in a rio . A s í c o m o la m e t o ­
n im ia h a c e a la c u e s tió n d e la fa lta e n ser, la m e tá fo r a h a ce
al ser. L a ca n c o lo c a e n e l lu gar d o n d e s e sitú a e l ( + ) q u e i n d i c a
la s u p e r a c ió n d e la barra, e l p a so d e s e n tid o , al s u je to m i s m o ,
é se e s su lugar.
S u rge a s í la r e fle x ió n so b r e el c o g it o c a r te sia n o , q u e c ita m o s
p u e s n o s sirve c o m o in tr o d u c c ió n a n u e stra se g u n d a p arte: “ E se
ju e g o s ig n ific a n te d e la m e to n im ia y la m e tá fo r a , in c lu y e n d o
su p u n ta a c tiv a q u e cla v a m i d e s e o en u n r e c h a z o d e l sig n ifi­
c a n te o so b re la fa lta e n ser y a n u d a m i su erte a la c u e s tió n
d e m i d e s tin o , e se ju e g o se ju eg a (. . .) a llí d o n d e n o s o y p o rq u e
n o p u e d o situ a rm e. . . ” n
H a sta a q u í e s te r eco rrid o d e “ La in s ta n c ia d e la le tr a ” ; lu e g o
e s te a r tíc u lo r e to m a la s te s is q u e h e m o s e x p u e s to e n e l C a p í­
tu lo I. H abrá q u e esp era r to d a v ía para v er c ó m o la d e fin ic ió n
d e l d e s e o c o m o m e to n im ia y e l s ín to m a c o m o m e tá fo r a c o n ­
m u e v e n e l d e s e o de r e c o n o c im ie n to y m o d ific a n e l c o n c e p to
m ism o d e l a n á lisis.

D e s e o y s ig n ific a n te fá lic o

A p artir d e t o d o lo h a sta a q u í e x p u e s to se p erfila n d o s p u n ­

to s p r o b le m á tic o s :

1 . la a u se n c ia d el d e s e o c o m o se x u a l, c o n fin a d o a l o im agin ario

sa lv o e n l o to c a n te a su a r tic u la ció n c o n la s le y e s d e la
a lia n za ;
2 . su r e -d e fin ic ió n c o m o m e to n im ia .

A m b o s serán r e su e lto s d e m o d o n o v e d o s o , a lo la rg o d e l, n o
p o r n a d a , n u e v o a p a rta d o d e lo s E s c r i t o s , e l V , q u e se abre
lu e g o d e “ L a In sta n cia d e la le tr a ” .
E se n c ia l e s la in tr o d u c c ió n , en e l sem in a rio so b re L a s f o r m a ­
c i o n e s d e l i n c o n s c i e n t e , d e l g ra fo , q u e e n c o n tr a m o s e n lo s E s c r i ­
t o s r e c ié n e n “ S u b v ersió n d e l s u je to ” , p e r o q u e e s, sin em b a rg o ,
el t e ló n d e fo n d o d e la m a y o r ía d e lo s a r tíc u lo s q u e e x a m in a ­
re m o s. Y a e n e l g ra fo la s c o n s e c u e n c ia s d e la s le y e s d e l len g u a je
 INSTITUTO DE (* SCOL0Cí)A
5 3 I S 4 . I ^
O T£ CAa
T E C — PÔ$ - gM ADUAÇ a g «

L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 33

se h a c e n p r e sen te s y lo o b lig a n al a b a n d o n o , n o in m e d ia to ,
d e l e sq u e m a L.
C o m o lo s e ñ a ló M iller, e l p rim er e f e c t o d e esta s le y e s d el
len g u a je es e l a b a n d o n o d e l c o n c e p to d e l d e se o c o m o d e se o
d e r e c o n o c im ie n to , c u y o c o r r e la to e s la p r o m o c ió n d e u n a
c o n c e p c ió n de la s e x u a lid a d en la q u e é s ta se v in c u la en fo rm a
in tr ín s e c a c o n e l sistem a s ig n ific a n te , a tra v és d e u n s ig n ifi­
c a n te q u e a d q u iere u n p riv ileg io p articu lar: e l fa lo . L a s e x u a li­
d a d y a n o es d e d u c id a d e l a c u e r d o s im b ó lic o o c o n fin a d a
a lo im a g in a rio . La d isim e tr ía s ig n ific a n te a la q u e L a ca n a lu d e,
c o m o y a se in d ic ó , e n e l S em in a rio III, lu e g o d e su e s tu d io
d e la p sic o sis d e S ch reb er, d is im e tr ía q u e fu n d a la ca stra ció n
freu d ia n a , es e x a m in a d a e n el S e m in a r io IV so b r e la rela ció n
d e o b je to , d o n d e L a ca n e x p lo r a y a g o ta lo s lím ite s d el u so
c lín ic o d e l esq u em a L. P o r e l c a m in o d e la e x p lo r a c ió n de
la p erv ersió n , la h o m o s e x u a lid a d fe m e n in a y el fe tic h is m o , y
p o r el d e la fo b ia d e J u a n ito , c o m ie n z a a surgir e l $ , c u y a p ri­
m era in c u r sió n a so m a b a jo la fo r m a d e la c a stra ció n m a tern a .
J u a n ito p o r u n la d o , e l fe tic h is ta p o r o tr o , m arcan e l surgi­
m ie n to d e l f a l o : crista l sig n ific a n te m e ta fó r ic o q u e e s e l ca b a llo ,
s ig n ific a n te c o m o d ín d e la fo b ia y e l fe tic h e c o m o m e to n im ia
d el fa lo m a te r n o , d e sp r e n d id o e n e l c o n t e x t o d e l d e sc u b r im ie n ­
t o de la c a stra ció n m a tern a , a la q u e c o n m e m o r a .12
F r e n te a la t e o r ía d e la r e la c ió n d e o b je to , L acan p r o p o n e u n a
t e o r ía d el o b je to c o m o fa lta , q u e se c o n c r e tiz a e n la s tres fo rm a s
d e la fa lta q u e s o n la p r iv a ció n , la fru str a c ió n y la ca str a c ió n .

A C C IO N O B JE T O AGENTE
P rivación R eal S im b ó lic o Im a g in a rio
F ru stra ció n Im a g in a ria R eal S im b ó lic o
C astra ción S im b ó lic a I m a g in a rio R eal

E l p rim er o b je to q u e se dib u ja a q u í es el fa lo , q u e M ille r13

c a r a cte riz ó c o m o fa lo m e t o n ím ic o , e l fa lo m a te r n o , q u e p u e d e
d e te c ta r se c o n n itid e z en la fo b ia y en e l fe tic h is m o , las q u e
p o r su c e r c a n ía c o n e l d e s e o d e l A , p r e sen ta n c o n cla rid ad
la fa lla d e la fu n c ió n p a tern a . E ste fa lo m a te r n o , in tr o d u c e
e n la m a d re, O tr o p rim o rd ia l, u n a d im e n s ió n de fa lta y , p o r
e n d e , in tr o d u c e la d im e n s ió n d e su d e s e o , m á s allá d e l cir­
c u ito im a g in a rio a — a ’ . E n e s e m á s allá se in sta la el fa lo , n u e v o
p a tró n d e m e d id a d e lo s o b je to s , n u e v o m e tr o p a tr ó n d el
d e s e o q u e se p r e sen ta ah ora c o m o e l d e s e o d e l A , / í .
34 D ia n a S. R a b in o v ic h

E l p rim er O tro s im b ó lic o , el d e la fru stra ció n , q u e se e scr i­

b e A , e s q u ie n in tr o d u c e la d ia lé c tic a d e la d e m a n d a . E n el
gra fo , e se A o c u p a el p is o in ic ia l, se u b ic a a llí en e l lugar del
c ó d ig o q u e la n e c e sid a d d e b e atravesar n e c e sa r ia m e n te para
fo rm u la rse c o m o d e m a n d a , es d ecir, c o m o len g u a je a rticu la d o
y a r tic u la b le .
El d e s e o d e r e c o n o c im ie n to se co n serv a e m p e r o aú n a n iv el
d e e sta d im e n sió n , la de la d em a n d a al O tro , c u y o s sig n ific a n te s
surgen d el c ó d ig o , llev a n su s e llo y m o d u la n la reg resió n a n a ­
lític a . La r en u n cia al d e s e o d e r e c o n o c im ie n to n o es to ta l,
L acan lo preserva d e u n a m an era n o v e d o s a d e n tr o d el ca m p o
d e la d e m a n d a , c u y o o rg a n iza d o r es p r e c isa m e n te u n sig n i­
fic a n te p riv ileg ia d o d e n tr o d e l A , el sig n ific a n te d e l id ea l del
y o , í, q u e h ered a el cará cter d e p a c ific a c ió n d e l O tro d e la
prim era é p o c a . A s p e c to b o n d a d o s o y d o n a d o r d e l su p e r y ó ,
o rg a n iza el c ir c u ito d el y o esp ecu la r. E sta p r eserv a ció n co rres­
p o n d e , e fe c tiv a m e n te , a u n a d im e n sió n c lín ic a fu n d a m e n ­
ta l de la n eu ro sis. Es S c h reb er el p s ic ó tic o q u ie n ab re el ca m i­
n o h a cia u n m ás allá d e l d e se o d e r e c o n o c im ie n to q u e hará
im p o s ib le seg u ir d e fin ie n d o la p sic o sis ta l c o m o la c ita m o s
e n el C a p ítu lo I. T a m b ié n lo m u estra el a n á lisis d e la rela ­
c ió n d e o b je to p o r o tra v ía : al a c c e d e r a la d em a n d a , s ó lo
a c e n tú a lo s e fe c t o s d e in s a tis fa c c ió n e im p o sib ilid a d d el d e se o
en la h iste r ia y la o b s e s ió n .
E l p rim er r é d ito d e la m e to n im ia es e l fa lo m a te r n o , a u se n te,
q u e h a c e d e l fa lo la m arca d e u n a fa lta q u e o rg a n iza a lo s
o b je to s “ p r e g e n ita le s” q u e , p a rcia les y m e t o n ím ic o s ello s
ta m b ié n , lle v a n su s e llo . S e tra ta d el fa lo y d e lo s o b je to s
p r o d u c id o s en el lugar d e l sig n ific a d o , d e lo q u e en la fó rm u la
d e la m e to n im ia es el (~ ) s .
A p artir d e la fo b ia y d el fe tic h is m o , L a ca n estru ctu ra , al
fin a l d e l S em in a rio IV , lo q u e será la m e tá fo r a p a tern a , a p lic a ­
c ió n d e t o d a im p o r ta n c ia para la a r tic u la c ió n q u e e s a q u í
a x ia l. L a m e tá fo r a p a tern a a n u d a , c o n u n a s e n c ille z p a sm o sa ,
E d ip o , ca str a c ió n , fa lo , len g u a je y s ín to m a .
T o d o s ín to m a e s m e tá fo r a y F reu d d ijo cla r a m en te en
I n h i b i c i ó n , s í n t o m a y a n g u s t i a , q u e t o d o s ín to m a tie n e c o m o
s ig n ific a c ió n el fa lo y c o m o a rticu la d o r el c o m p le jo d e castra­
c ió n . E l fra ca so en la p r o d u c c ió n d e la m e tá fo r a p a tern a es
la cla v e de la p sico sis, es ella la q u e d e m u e str a q u e é s te es
el p u n to d e a lm o h a d illa d o fu n d a m e n ta l d el ser h u m a n o . E ste
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 35

fracaso e x p lic a la a u sen cia de la s ig n ific a c ió n fá lica en la p s i­

c o sis.
P o d r ía d e c ir se q u e d e u n a c lín ic a d e l r e c o n o c im ie n to p a sa m o s
a u n a c lín ic a d e l fa lo , p o r e n d e , ce n tr a d a e n e l s ín to m a y
e n la s d e m á s fo r m a c io n e s d e l in c o n s c ie n te . C lín ic a q u e se
o rg a n iza a lred ed o r de u n a ló g ic a a trib u tiv a d el fa lo : e l d ilem a
se p la n te a e n tre serlo o te n e r lo . La pa lab ra fu n d a n te se m eta -
m o r fo se a e n la p ro m esa e d íp ic a : alg ú n d ía . . .
Y a n o s ó lo la m u e r te cara cteriza al ser h a b la n te , su fin itu d ,
s in o u n a n u e v a lim ita c ió n , un n u e v o p ro b lem a : q u é es ser
s e x u a d o . C abe reco rd a r a q u í q u e, para F reu d , la m u e rte s ó lo
se in scr ib ía en el in c o n s c ie n te a través de la c a stra ció n . R e c u ­
p era d o e l fu n d a m e n to d e la palabra, u n a n u ev a v u e lta á F reu d
se o p era , d o n d e su s “ im p a sse s” y lo g r o s so n p u n tu a d o s y ,
a m e n u d o , su p era d o s, g en era n d o a su v ez p r o b le m a s in te r n o s
al a v a n ce d e la e n se ñ a n z a m ism a de L acan.
El in c o n s c ie n te sig u e s ie n d o e l d iscu rso d el O tro y e n el
esq u em a R h o 14 e n c o n tr a m o s u n a e la b o ra c ió n d e l e sq u e m a
L, q u e L a ca n in tr o d u c e ta m b ié n en e l S em in a rio V . Las c u a tro
p u n ta s d el esq u em a L e stá n in scrip ta s y d e fin id a s d e m o d o
d ife r e n te a c o m o lo e stá n en e l S e m in a r io II. S: y a n o e s el
E S fre u d ia n o , h o m ó fo n o de la “ e s e ” e n fr a n c é s ; es la in e fa b le
(n o h a b la ) y estú p id a e x is te n c ia c u y o s e n tid o le lleg a al ser
v iv ie n te d esd e e l O tro , p u es es en el O tr o d o n d e se p la n tea
su p reg u n ta . La p reg u n ta q u e su rg ía e n el S em in a rio III era
d o b le , c o n c e r n ía al s e x o (ser h o m b r e o m u jer) y a la c o n t in ­
g en cia de la e x is te n c ia (la p o sib ilid a d de n o ser). A m b a s r e m i­
te n a la fu n c ió n de la s p r o to fa n ta s ía s freu d ia n a s d el h isto ria l
d el h o m b r e de lo s lo b o s . L a a lu sió n de L acan en e ste p u n to
a lo s fa n ta sm a s n o e s g ra tu ita , s a b e m o s q u e e llo s so n u n a
resp u esta a la p reg u n ta , c o m o lo m u e str a el gra fo , e l cu a l
ta m b ié n n o s m u e str a q u e e l s ín to m a o c u p a a sim ism o e se lugar.
L a n o v e d a d d e l e sq u e m a R h o es la in c lu s ió n de lo s tres ó r d e ­
n es: s im b ó lic o , im a g in a rio y lo q u e e n esa é p o c a L acan lla m a
rea lid a d , a la q u e a ú n c o n fu n d e c o n lo real, c o m o é l m is m o lo
aclara e n la n o ta al p ie d e l a ñ o 6 6 , D o s te m a r io s estru ctu ra n
r e sp e c tiv a m e n te a lo im a g in a rio y a Jo s im b ó lic o , y su s b ases
fo rm a n lo s la d o s d el cu a d rá n g u lo de la realid ad .
A n iv e l s im b ó lic o t e n e m o s la p r e sen cia d e c u a tr o s ig n ifi­
c a n tes q u e p e r m ite n d e lim ita r e l E d ip o fre u d ia n o : A , M, I, y P.
T res d e e llo s s im b o liz a n , c o m o p a rte d e la b a te r ía s ig n ific a n te
36 D ia n a S . R a b i n o v i c h

d e l O tr o , q u e a ú n fig u ra sin ta ch a r, lo s s ig n ific a n te s q u e L acan

llam a “ d e l a m o r y d e la p r o c r e a c ió n ” . E l o tr o té r m in o s im b ó ­
lic o fo rm a el v é r tic e d e l te m a r io im a g in a rio , es e l s u je to en
su rea lid a d y , e n ta n to ta l, fo r c lu id o d e l s iste m a , q u e s ó lo
ju eg a c o m o e l m u e r to d e l b rid g e, e n u n ju e g o s ig n ific a n te en
e l q u e é s to s lo harán sig n ifica r, es d ecir , lle g a r a ser u n verd a­
d ero s u je to . E ste lu gar d e l su je to c o m o r e la c io n a d o c o n e l
s ig n ific a d o y a e stá p r e se n te d e sd e su d e fin ic ió n c o m o e fe c t o
d e la s in ta x is d e la c a d e n a al azar d e lo s ( + ) y lo s ( - ) d e l S e m i­
n a rio II, en e l S em in a rio III, y en “ In sta n cia d e la le tr a ” al
o c u p a r e l lugar d e l sig n ific a d o , s. N o e x a m in a r e m o s e n d eta lle
e s te e sq u e m a y su r e la c ió n c o n la p s ic o s is , n o s lim ita m o s a
r e m itir a lo q u e al r e s p e c to e s c r ib im o s en o tr o la d o .15
In teresa su b rayar en e s te c o n t e x t o la p r e sen cia d e u n n u e v o
té r m in o d e l la d o im a g in a rio , e l fa lo , c o m o la s ig n ific a c ió n
fu n d a m e n ta l in d u c id a e n e l s u je to p o r a c c ió n d e l sig n ific a n te .
E ste fa lo tie n e u n e s ta tu s im a g in a rio , es el o b je to im a g in a rio
d e l d e s e o m a te r n o . C o m o s ig n ific a c ió n d e e s e d e s e o surge
c o m o u n e f e c t o d e s e n tid o p o s itiv o , y si es u n ( + ) d e s e n tid o ,
sa b e m o s q u e su p r o d u c c ió n se d e b e a la a c c ió n de u n a m e tá ­
fo ra , d e la m e tá fo r a p o r e x c e le n c ia , la m e tá fo r a p a tern a .
Su p r o d u c c ió n e x ig e al m e n o s d o s s ig n ific a n te s a q u í p re­
s e n te s: M, sig n ific a n te d e la m ad re c o m o O tr o p rim o rd ia l,
a c u y o n iv e l su rge la p re g u n ta a cerca d e su d e s e o , p rim er sig ­
n ific a n te , d e stin a d o a ser r ep rim id o p o r a c c ió n de la m etá fo ra
p a tern a —D e s e o d e la M adre—, sig n ific a n te q u e se e s b o z a
e n fu n c ió n d e su p re sen cia -a u sen cia . E l se g u n d o sig n ific a n te
surge c o m o u n sig n ific a n te p r iv ileg ia d o e n e l lugar d e l O tr o ,
es el s ig n ific a n te d e l N o m b r e d el Padre, c u y a tem p ra n a ap a ­
ric ió n e n la ob ra d e L acan v im o s e n e l C a p ítu lo I.
E n la m e tá fo r a p a tern a e l N o m b r e d e l P ad re s u s titu y e al
D e s e o d e la M adre, sig n ific a n d o a s í a l s u je to c o m o fa lo .

N . d el P. D . de la M.
D . d e la M. S ig n ific a d o al
s u je to

E l s ig n ific a n te d el N o m b r e d e l Padre, s ig n ific a n te de la le y ,

se u n e al m ito d e l p ad re m u e r to d e T ó t e m y T a b ú , c u y a m u e rte
fu n d a la le y m ism a ; e l P ad re S im b ó lic o e s p u e s e l Padre m u e r ­
to .
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 37

A s í, m e tá fo r a y m e to n im ia p r o d u c e n la sig n ific a c ió n fá lica ,

e n las d o s d im e n s io n e s q u e ca ra cteriza n a cad a u n a de ellas:
el p a so d e s e n tid o d el fa lo p o s itiv o y e l p o c o s e n tid o d e l fa lo
n e g a tiv o .
E l N o m b r e d e l Padre c o m o sig n ific a n te p riv ileg ia d o e n el
O tro d el s ig n ific a n te , c o m o sig n ific a n te d e la le y e n el O tro
d e l sig n ific a n te , e s p r e c isa m e n te e l s ig n ific a n te fo r c lu id o en
la p sic o sis. L a fo r c lu s ió n e s agu jero e n el p r im itiv o in terio r
q u e d e b e ser c o n c e b id o c o m o u n c u e r p o sig n ific a n te , agujero
d e te r m in a d o p o r la e x c lu s ió n d e ese sig n ific a n te p rivilegiad o
de la le y q u e e s e l N o m b r e d e l Pad re.
La c o n c lu s ió n q u e L acan sa ca d e su e s tu d io d e la p sico sis
cu lm in a e n e l e s ta b le c im ie n to d e u n a d ife r e n c ia c ió n clave
d e n tr o d e l O tr o m ism o . E l sig n ific a n te “ d e s e n c a d e n a d o en
lo rea l” se fu n d a e n la grieta q u e en lo s im b ó lic o abre la fo r ­
c lu sió n d e l N o m b r e d el Pad re: “ E l sig n ific a n te q u e en e l O tro ,
e n ta n to lugar d el s ig n ific a n te , es el sig n ific a n te d el O tro en
ta n to q u e lu gar de la l e y . ” 16 C o n c lu sió n p r e sen te e n la página
fin a l d e “ U n a c u e s tió n p relim in a r” , q u e in tr o d u c e e n e l O tro
d e l s ig n ific a n te u n agu jero en la p sic o sis d e b id o a la e x c lu s ió n
d el s ig n ific a n te d e la le y . P o r e s o e l p a r a n o ic o h a b la , e s d ecir,
e stá in se r to e n e l O tr o d e l len g u a je p e r o su p alab ra n o n e c e sita
r e c o n o c im ie n to , p o r q u e e l r e c o n o c im ie n to es p a rte de esa
tra m p a n e u r ó tic a q u e e s la d em a n d a u sa d a c o m o co a rta d a
su b jetiv a .
C o m o lo m u estra e l e sq u e m a I ,17 la s ig n ific a c ió n d e l su jeto
su fre u n a p ro fu n d a m o d ific a c ió n d e b id o a la a u sen cia d e la
sig n ific a c ió n fálica; en su lu gar se in sta la lo q u e en e se e n to n ­
c e s L acan lla m a e l g o c e tra n se x u a lista d e S ch reb er, ese que
más. a d e la n te d efin irá c o m o e l p o u s s e - á - l a - f e m m e , em p u je-
a-la-m u jer q u e es e l se c r e to d e la lla m a d a “ h o m o se x u a lid a d
p s ic ó tic a ” . S i se le e e s to ba jo la lu z d el C a p ítu lo IV , p u ed e
d ecirse q u e La m u jer e x is te en la p sico sis.
E l e x a m e n d e las fo r m a c io n e s d el in c o n s c ie n te c o in c id e c o n
la in tr o d u c c ió n sim u ltá n ea d el g rafo y d e a q u e llo d e lo q u e da
cu en ta : la trip a r tic ió n n u e v a e n tre n e c e sid a d , d em a n d a y d eseo .
La d em a n d a e n la e n se ñ a n z a de L a ca n es p r o d u c to de la
c r ític a al c o n c e p to de fru stra ció n d e la te o r ía de la rela ció n
d e o b je to . L a ca n r e d e fin e su c o n c e p to a p artir d e la palabra
a lem a n a a la q u e tra d u c e c o m o ru p tu ra d e p ro m esa , tra ició n
d e la p alab ra d ad a p o r u n O tr o s im b ó lic o .
38 D ia n a S. R a b in o v ic h

La d em a n d a es u n a ca d e n a sig n ifica n te articu lad a y a r tic u ­

la b le , p r o d u c to d e l p a so d e la n e c e sid a d p o r lo s d esfila d ero s
d e l s ig n ific a n te (p u n to m ít ic o d e o rig en en q u e e l s u je to es
a p resa d o p o r la estru ctu ra d el len g u a je para d ev en ir $ ). E l cru ce
d e lo s d o s v e c to r e s d e l g rafo u b ic a d o s in te r s e c c io n e s, s (A ),
sig n ific a d o d el O tro , y A , lugar del c ó d ig o . E l p u n to de a lm o ­
h a d illa d o in d ic a c ó m o el A d el c ó d ig o d e c id e el s e n tid o del
m en sa je im p o n ie n d o u n a e sc a n sió n, a partir d e la cu al se p ro ­
d u c e e l v e c to r retró g ra d o A s (A ), q u e r e tr o a c tiv a m e n te sig ­
n ific a la ca d en a sig n ific a n te q u e se d esp lieg a d e m o d o a n tici-
p a to r io .

La d em a n d a im p lica p u es la tra n sm u ta c ió n d e la n e c e sid a d

en p u lsió n , tra s su p a so p o r el c ó d ig o , y p o r e so figura en
el p iso su p erio r, e l d e la e n u n c ia c ió n , c o m o fo rm a n d o parte
d e la fó rm u la de la p u lsió n o te s o r o de sig n ific a n te s. A e sta
a r tic u la ció n n o s d e d ic a re m o s en e l C a p ítu lo III.
La d em a n d a es b á sica m e n te d em a n d a d e a m o r, de u n a p re­
sen cia o a u sen cia d el A , q u e son le íd a s c o m o d o n de am o r.
E l o b je to en e l s e n tid o tra d ic io n a l d el p sico a n á lisis de la é p o c a
en q u e L acan in tr o d u c e e s te c o n c e p to , se d esd o b la : p o r u n
la d o em erg e en el o b je to real, a e n te n d e r a q u í e n su se n tid o
c o n v e n c io n a l (p e ro q u e y a prepara en la e stru ctu ra e l lugar
d el (a ) cau sa de d e se o , real, resto de la d e m a n d a ), en rela ció n
al cu a l L acan h a b la , y a en e l S em in a rio IV , d e a u to e r o tism o y ,
p o r o tr o , e l o b je to “ a g e n te ” , s im b ó lic o , e l O tr o p rim ord ial
d e la p resen cia -a u sen cia , c u y o vaivén en g en d ra la p reg u n ta
so b re su d e se o .
L acan señ a la , siem p re e n e l S e m in a r io IV , q u e c u a n d o la
m ad re n o r e sp o n d e a l lla m a d o , re sp o n d e a su a rb itrio , c o n
su “ c a p r ic h o de e le f a n t e ” , d eja de ser s im b ó lic a para d ev en ir
u n a p o te n c ia “ rea l” , u n p o d e r real, qu e p u e d e privar al su jeto
d e la s a tisfa c c ió n de la n e c e sid a d . C u a n d o la m ad re d ev ien e
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 39

ese p o d e r real, e l o b je to se tra n sfo r m a e n s im b ó lic o . E se o b je to

s im b ó lic o e s o b je to d e d o n , d e d o n q u e es p o r e x c e le n c ia
e l d o n d e lo q u e n o se tie n e , e l fa lo a u se n te d e la m adre; im a g i­
n a rio e n u n s e n tid o , e s s im b ó lic o en la m ed id a p r e c isa m en te
e n q u e a la m u jer e n lo real n a d a le fa lta . D e sd e e se á n g u lo
la c a str a c ió n m a tern a in tr o d u c e e l fa lo c o m o s im b ó lic o y
c o m o o b je to d e l d o n d e a m o r. La m a d re d e se a n te es u n a m a d re
h erid a e n su p o te n c ia .
E sta d o b le d im e n sió n se tra d u ce en u n a c o n fu s ió n q u e sub-
y a c e a to d a s la s te o r ía s de la r e la ció n d e o b je to : 1 ) la fru stra­
c ió n d e l o b je to real, a la q u e L acan lla m a “ fru stra ció n de g o c e ” ,
n o c o n s titu y e n in g ú n o b je to c o m o s im b ó lic o , p ero m e n c io n a
el o b je to tra n sic io n a l c o m o re a cc ió n a la m ism a e in d ica q u e la
p u lsió n se d irig e h a cia ese o b je to real c o m o parte d el o b je to -
a g en te s im b ó lic o de la d em a n d a de a m o r, a q u í ta m b ié n v e m o s
p rep arad o el lugar d o n d e el (a ) ad v en d rá en la te o r ía de L acan;
2 ) la fru stra ció n d e a m o r se in s titu y e p o r el lla m a d o al q u e res­
p o n d e e l par p resen cia -a u sen cia de la m ad re. E l d o n es a q u í
s ím b o lo d e a m o r y a p u n ta a un m ás allá de la n e c e sid a d . D e ­
m a n d a alg o q u e s ó lo v a le c o m o sig n o d e am o r. E l o b je to d el
d o n es u n a n ad a, nada q u e es e l fu n d a m e n to d el in te r c a m b io
c o m o lo e je m p lific a e l p o t l a t c h . 18
E l o b je to d e l d o n es nada, p u es la d em a n d a a n u la su p arti­
cu larid ad , a q u e llo q u e le e s p r o p io e n t a n to q u e o b je to de
la n ecesid a d . L a p a rticu la rid a d a s í a b o lid a reap arece m ás allá
d e la d em a n d a m ism a. R e to r n a en la c o n d ic ió n a b so lu ta d el
d e se o . E l d e se o m e t o n ím ic o es la d iferen cia e n tre la d em a n d a
y la n ecesid a d . Si es d iferen cia , es q u e h a y resta , su str a c c ió n ,
p érd id a , q u e se gen era p o r la a b o lic ió n de la n e c e sid a d en
su e sp e c ific id a d . Su rge a s í u n a n u ev a p o te n c ia : la d el d e se o ,
p r o d u c to d e esta d iv isió n d e l s u je to en tre la d em a n d a y la
n ecesid a d .
E l d e s e o sig u e s ie n d o d e s e o d el O tr o , p ero n o se d esea qu e
e l O tr o r e c o n o z c a al su je to , sin o q u e se d esea ser d e se a d o .
Para ser d e se a d o p o r e l O tro , e l O tro d eb e ser é l ta m b ié n un
s u je to d iv id id o , c o n u n a fa lta , u n d e se a n te , ( A) . E l fa lo a so m a
e n e l h o r iz o n te c o m o a q u e llo q u e p o d r ía co lm a r la fa lta en el
A y el s u je to n o tie n e m ás r e m e d io q u e p r o p o n e r se ser el
fa lo ; te n e r lo im p lica la ren u n cia a se rlo y , p o r lo ta n to , a c o lm a r
el d e se o d el O tro .
J. -A . M iller c o m e n ta b a a c e r ta d a m e n te q u e L acan , en el
40 D ia n a S . R a b in o v ic h

t e x t o “ L a sig n ific a c ió n d el f a lo ” , lu e g o d e p r o d u c ir e l d e se o
c o m o la d ife r e n c ia en tre n e c e sid a d y d em a n d a , agrega: “ Se
c o n c ib e c ó m o la re la c ió n se x u a l o c u p a e s e c a m p o cerrad o
d el d e s e o y jugará e n él su s u e r te .” 19 Surge a s í la a r tic u la ció n
d e l d e s e o c o m o m e to n im ia c o n la rela ció n se x u a l c o m o u n
c a m p o p r o b le m á tic o .
P ero, r e to m e m o s al fa lo . M ás allá de la s ig n ific a c ió n fá lica
surge e l fa lo c o m o s ig n ific a n te d el d eseo d el O tr o , q u e n o es ni
(-<¿>) n i (íp) s in o <f>. S u fu n c ió n es ser “ e l s ig n ific a n te d e stin a d o
a d esig n ar e n su c o n ju n to lo s e fe c t o s de sig n ific a d o , e n ta n to
d e ter m in a d o s p o r e l s ig n ific a n te .” 20 C on e l fa lo , sig n ific a n te
d e l d e s e o , se in icia el reco rrid o q u e cu lm in a rá en las fó rm u la s
d e la se x u a c ió n .
La fu n c ió n a ctiv a d el s ig n ific a n te en la p r o d u c c ió n d el sig n i­
fic a d o se eje rce so b re “ lo sig n ific a b le ” 21 ; e sta fu n c ió n e s d e fin i­
da c o m o “ p a s ió n ” ca u sa d a p o r el p a d e c im ie n to de la m arca
sig n ific a n te ; lu e g o d e esa p a sió n surge e l sig n ific a d o . L acan
r eto m a e s to m ism o e n R a d i o f o n í a : “ E n e l fa lo se resu m e
e l p u n to d e m ito d o n d e lo se x u a l se h a c e p a sió n d el sig n ifi­
c a n te .” 22 P u n to m ít ic o d e la u n ió n en tre s e x u a lid a d y sig n i­
fic a n te , é s e es el v a lo r d el fa lo c o m o sig n ific a n te . P o r la p a sió n
d e l s ig n ific a n te , e l fa lo s u s titu y e , h a c e o b s tá c u lo a la rela ció n
se x u a l. La p a sió n s ig n ific a n te se c o n v ie r te e n u n a d im e n sió n
de la c o n d ic ió n h u m a n a , en t a n to q u e su n a tu ra leza —lo sig n i­
fica b le— q u e d a en tre te jid a c o n la fu n c ió n d e la palabra y
e l ca m p o d e l len g u a je. P a sió n e s a la v e z , p a d e c e r , su frir, es
la r eferen cia a la p a sió n d e C risto , es a m o r d e sc o n tr o la d o ,
es la p a siv id a d en A r is tó te le s , u n a en o r m e gam a d e a fe c to s-
e fe c t o s se a lo ja ba jo la in sig n ia de e ste s ig n ific a n te . L o sex u a l
su fre p o r a c c ió n d el sig n ific a n te , e n g e n d r á n d o se a s í u n c o n ­
ju n to m ú ltip le d e sig n ific a c io n e s q u e e sca p a n al im agin ario
n a tu ra l, al c o n o c im ie n to in stin tiv o .
E l fa lo le im p o n e u n a m arca a lo sig n ific a b le ; en esa m arca
se co n ju g a n e l lo g o s y e l d e se o , es d ecir, q u e la m arca es la
c o n ju n c ió n e n tre e l len g u a je y e l d e s e o . A e s ta fu n c ió n es
ele v a d o e l sig n ific a n te q u e p r o d u c e d ich a c o n ju n c ió n , e le v a ­
c ió n q u e inau gura c o n su d esa p a rició n m ism a . P o r e sta ra zó n
só lo fu n c io n a v e la d o , c o m o sig n o d e la la te n c ia de lo sig n i­
fic a b le .
C u an d o se d e scu h re e l v e lo se rev ela c ó m o la barra qu e
a fe c ta al sig n ific a d o , es d ecir , al su je to , m a rc á n d o lo c o n la
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 41

b a sta rd ía q u e el s ig n ific a n te g en era e n e l an im a l h u m a n o , ¡6,

in tr o d u c e la S p a l t u n g d e l su jeto . E n c o n s e c u e n c ia , al ser 0 , el
s u je to s ó lo d esig n a su ser p o r ta ch a r t o d o lo q u e é s te sig n ifica
y “ lo v iv ie n te de e s te ser en la rep resió n prim aria e n c u e n tra
su s ig n ific a n te a l recib ir la m arca de la rep resió n d el fa lo (p o r
lo c u a l e l in c o n s c ie n te e s le n g u a je )” .23 E l fa lo e s a s í la “ m ed ia
y e x tr e m a ra zó n d e l d e s e o ” en s e n tid o m a te m á tic o e in tr o d u c e
el u n o d el s e x o , el fa lo , c o m ú n a a m b o s, a rticu la n d o el c o m ­
p le jo d e c a str a c ió n c o n e l in c o n s c ie n te estru ctu ra d o c o m o
u n len g u a je y d e fin ie n d o al s u je to d e l in c o n s c ie n te c o m o $ ,
ta c h a d o en su ser p o r e l fa lo c o m o sig n ific a n te . E l sig n ific a n te
fá lic o ta m b ié n revela la S p a l t u n g d el A : /L
El c o m p le jo de c a stra ció n se sig n a p o r la c o n ju n c ió n d el
d e s e o c o n la fa lla e n te n e r y su n o sta lg ia . Se in au gu ra u n a
d ia lé c tic a d el ser y e l te n e r e l fa lo q u e b rin da u n a d e fin ic ió n
d ife r e n te d e l a c c e s o a la “ g e n ita lid a d ” . E l c o m p o r ta m ie n to
de lo s s e x o s lin d a a s í c o n la c o m e d ia , q u e m a rca la n ecesa ria
m e d ia c ió n d e l fa lo , y o b lig a a la s e x u a lid a d a en trar e n la
d em a n d a . Im p o stu ra m a scu lin a : te n e r e l fa lo p o r p r o c u r a c ió n .
M ascarada fem e n in a : serlo sin te n e r lo . La rep resió n d e l sig n i­
fic a n te fá lic o g en era e fe c t o s d ife r e n te s en cad a s e x o : e n el
h o m b r e , la d ia lé c tic a e n tre d em a n d a y d e s e o p e r m ite la d iv isió n
en d o s d e la m u jer, ta l c o m o F reu d la d escrib ió en “ D egrad a­
c io n e s d e la v id a a m o r o sa ” ; e n é l la rep resió n d el fa lo es m a y o r,
y la im p o te n c ia m u y m a l to lera d a ; e n la m u jer, la rep resió n
e s m e n o r , p u es la co n v e r g en cia d el a m o r y e l d e s e o la priva
y , p o r e s o , la a u sen cia d e s a tisfa c c ió n e s m ejo r to lera d a .

E l v u e lc o p r o d u c id o p o r la ren u n cia al d e s e o c o m o d e se o
d e r e c o n o c im ie n to se le e c la ra m en te e n el a p a rta d o V d e “ La
d ir e c c ió n d e la cu ra ” ,24 c u a n d o L acan an a liza e l d e s e o in sa ­
tis fe c h o y e l d e s e o im p o s ib le d e la h isté r ic a y d el o b s e s iv o ,
e n su d e p e n d e n c ia e stru ctu ra l c o n la m e to n im ia y el sig n i­
fic a n te fá lic o .
E l d e se o d e la b e lla carn icera se d e fin e c o m o e l “ d e s e o
d e u n d e s e o ” . ¿C uál es e s te d e s e o d esea d o ? : te n e r u n d e se o
in s a tis fe c h o , é s te e s e l sig n ific a d o d e l d e s e o . E ste sig n ific a d o
tie n e u n s ig n ific a n te : e l d e s e o d e caviar, e l q u e es su stitu id o
en e l s u e ñ o p o r o tr o s ig n ific a n te -^el d e s e o d e la am iga—, d e se o
d e sa lm ó n . S e p r o d u c e u n a o p e r a c ió n d e s u s titu c ió n sig n ific a n te
42 D ia n a S. R a b in o v ic h

o sea u n a m e tá fo ra . P o r e so el s u e ñ o p u e d e p re s e n ta rs e c o m o
m e tá fo ra del d e s e o . 25 “ La v e rd a d de e s ta a p a rie n c ia , d ic e
L acan, es que el deseo es la m e to n im ia de la fa lta e n s e r.”
Si e s to e s a s í, la c o n c lu s ió n a n a lític a es q u e e l ú n ic o re c o n o ­
c im ie n to p o s ib le s e ría el de d ic h a fa lta en se r. E l s u je to no
puede c o n s id e ra rs e com o el o rg a n iz a d o r del sueño. “E ncon­
tra rs e en él com o d e s e a n te es p r e c is a m e n te lo c o n tra rio a
h a c erse re c o n o c e r c o m o s u j e t o . . . ” 26 P u e s p r e c i s a m e n t e c o m o
d e s e a n te e s fa lta e n se r.
M i l l e r 27 s e ñ a la b a que aquí L acan se re tra c ta e s p e c ífic a ­
m e n te de su p rim e ra te o ría del deseo: “ el sueño e s tá h e c h o
p a ra el re c o n o c im ie n to . . p e ro n u e s tra voz d e s fa lle c e a n te s
de c o n c lu ir: d el d eseo . P o rq u e e l d e s e o , si F r e u d d ic e la v e r ­
dad so b re el in c o n s c ie n te y s ó lo
si e l a n á lis is es n e c e s a rio ,
se c a p ta e n la i n t e r p r e t a c i ó n ” . E l d e s e o e s s u i n t e r p r e t a c i ó n .
En la p á g in a s ig u ie n te a g re g a un c o m e n ta rio que c u e s tio n a
lo que en el C a p ítu lo I v im o s c o m o el c o n c e p to d e l a n á lis is ,
“uno no se c u ra p o rq u e rem e m o ra , re m e m o ra p o rq u e se
c u r a ” . 28
El sueño de la h is té r ic a e s d e s e n c a d e n a d o p o r la dem anda
de una a m ig a , su s ig n ific a n te es el deseo de c a v ia r-s a lm ó n .
E s te es, al ser el s ig n ific a n te d e l d e s e o , el s ig n ific a n te fá líc o
c o n s tr u id o a p a r tir d e la id e n tif ic a c ió n d e d e s e o c o n d e s e o p r o ­
p io de la h is te ria . S e r el s ig n ific a n te d e l d e s e o es id e n tific a rs e
con é l. S e d e s p lie g a lu e g o u n a p a r t e d e la t e o r í a d e la i d e n t i f i ­
c a c ió n en L acan, cuyo d e s a r r o llo e s c o r r e la tiv o a la d e fin ic ió n
del deseo com o m e to n im ia de la fa lta en s e r, p u e s e s a fa lla ,
e sa fa lta , p e r m ite y e x ig e la id e n tif ic a c ió n .
No hay p a la b ra que pueda o p e ra r el re c o n o c im ie n to del
d e s e o , p o r q u e :, “ e l d e s e o n o e s m á s q u e la i m p o s ib ilid a d d e e s a
p a l a b r a ” . 29 No hay re c o n o c im ie n to p a r a e l $ , s u e s c u d o lle v a
la im p ro n ta de su “ n o b le b a s ta rd ía ” que sabem os im p id e
el re c o n o c im ie n to . D e s a p a re c e p u e s d e fin itiv a m e n te e l s u je to ,
S, d el esq u em a L.
E n t r e la s c o n c lu s io n e s d e “ L a d ir e c c ió n d e la c u r a ” , q u is ie r a
s u b r a y a r , p a r a e l t e m a q u e n o s o c u p a , la s s ig u ie n te s : “ L a re s is ­
te n c ia a la c o n fe s ió n [d el d eseo] s ó lo c o n s is te en la in c o m ­
p a tib ilid a d del deseo con la p a l a b r a ” . 30 Su c o n s e c u e n c ia a
n iv e l de la a c c ió n a n a lític a es que, adem ás de la m e tá fo ra ,
m o d e lo casi n a tu ra l de la in te rp re ta c ió n , L acan se re fie re
e s p e c ia lm e n te a la n e c e s id a d , q u e lo que acaba de e x p o n e rse
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 43

im p lic a , d e a r t i c u l a r la v i r t u d a l u s i v a d e 3a i n t e r p r e t a c i ó n c o n
el h o riz o n te d e s h a b ita d o del s e r . 31 La in te rp re ta c ió n p a ra
a lc a n z a r a la m e to n im ia d e s e a n te debe re c u rrir a su e s tru c ­
tu r a m is m a .

L a p ro d u c c ió n d e l s u je to d e l in c o n s c ie n te c o m o $ tie n e d o s
c o n s e c u e n c ia s im p o rta n te s de ín d o le d ife re n te . E s te s u je to
es e v a n e s c e n te , n o e s u n o , c o m o d e s e a n te n o e s m á s q u e fa lla
en se r. ¿D ónde a tra p a rlo e n to n c e s ? En la s fo rm a c io n e s del
in c o n s c ie n te se m u e s tra e s c u rrid iz o , a p a re c e y d esap arece,
P o r o tro la d o , e s te 0 , e n ta n to s u je to d e l in c o n s c ie n te , ¿ p u e d e
o no d e c ir y o (je )? L a p r i m e r a d i f i c u l t a d s e r e s o l v e r á d e l l a d o
del fa n ta s m a y su nueva f ó rm u la 0 0 a. L a s e g u n d a , q u e es
la que aquí in te re s a , e x ig e una re v is ió n d e la s fo rm u la c io n e s
so b re el s u je to del e n u n c ia d o y el s u je to de la e n u n c ia c ió n ,
té rm in o s q u e L a c a n e x p líc ita m e n te to m a d e J a k o b s o n .
V eam os p rim e ro en qué c o n s is te la d ife re n c ia a n iv e l de
la lin g ü ís tic a . Toda p ro d u c c ió n lin g ü ís tic a puede ser c o n s i­
d e ra d a desde dos á n g u lo s :' 1 ) c o m o una s e rie de fra se s o u n
e n u n c ia d o o 2) com o un a c to en el c u rso d e l c u a l la s fra s e s
se a c tu a liz a n , es d e c ir, la e n u n c ia c ió n o s itu a c ió n d is c u rs iv a .
E s ta ú ltim a , en s e n tid o e s tric to , se re fie re , no a lo s p r o b le ­
m as c o n te x tú a le s , s in o a lo s e le m e n to s d e l c ó d ig o d e la le n ­
gua cuyo s e n tid o v a ría e n tre d ife re n te s e n u n c ia c io n e s , por
depender de d e te rm in a d o s fa c to re s . La lin g ü ís tic a re tie n e
la h u e lla d e l p r o c e s o d e e n u n c ia c ió n e n e l e n u n c ia d o .
L a c a n , e n s u a n á lis is d e S c h r e b e r u s a la d if e r e n c i a c i ó n e s t a ­
b le c id a por Jak o b so n e n tre la s d ife re n te s re la c io n e s p o s ib le s
e n tre c ó d ig o y m e n s a je , p a ra e s ta b le c e r c o n e lla s la d if e r e n c ia
e n tre fe n ó m e n o s de c ó d ig o y fe n ó m e n o s de m e n s a je . Tom a
e s p e c ia lm e n te lo s caso s de o v e r la p p in g d e am bos, es d e c ir
del c ó d ig o y del m e n s a je , que se re fie re n e s p e c ia lm e n te al
caso de lo s m e n s a je s lla m a d o s a u tó n im o s , e n que e l m e n s a je
r e m i te a l c ó d ig o m is m o . E s te e s e l c a s o d e la G ru n d sp ra c h e
d e S c h r e b e r . E l s e g u n d o t i p o se r e f ie r e a la e x i s t e n c i a e n t o d o
c ó d ig o lin g ü ís tic o de d e te rm in a d a s u n id a d e s g r a m a tic a le s
que Je sp e rsen b a u tiz ó s h if t e r s . S u s i g n i f i c a c i ó n g e n e ra l s ó lo
puede d e fin irs e to m a n d o com o re fe re n c ia e l m e n s a je o re m i­
tie n d o a é l. C o rresp o n d e n a lo s s ím b o lo s -ín d ic e de P ie rc e ,
es d e c ir que son s im u ltá n e a m e n te s ig n o s del c ó d ig o de la
le n g u a (y o , p o r e je m p lo ) e ín d ic e s que c o n tie n e n un e le n y m -
44 D ia n a S . R a b in o v ic h

t o d e l a s itu a c ió n de e n u n c ia c ió n ( y o d esig n a a l a p erso n a

q u e h a b la en e s te m o m e n to , e n e s te lu g a r).32
V a le la p en a cita r la v ersió n q u e d e ello s da L acan en u n a
n o ta a l p ie d e “ C u e stio n e s p r e lim in a r e s” : . .esas palabras
d el c ó d ig o q u e s ó lo a d q u ieren s e n tid o a partir de la s c o o r d e ­
n ad as (a tr ib u c ió n , fe c h a , lugar d e e m is ió n ) d el m en sa je ” .33
L acan u sa e l s h i f t e r in ic ia lm e n te en su e je m p lo d e l fia m ­
b rera , para m o stra r c ó m o e l y o ( j e ) deja a h í e n su sp e n so la
d e sig n a c ió n d e l s u je to h a b la n te , h a sta q u e la a lu sió n , en su
in te n c ió n c o n ju ra to ria , se d eten g a .
L o r e to m a en r e la ció n a las frases in terru m p id a s d e S ch reb er
e n su c o n flic tiv a re la c ió n c o n las v o c e s. E n e s te c a so , la frase
se in terru m p e c o n el gru p o de té r m in o s ín d ic e , lo s q u e en el
c ó d ig o in d ica n la p o s ic ió n d el s u je to a p artir d el m en sa je m ism o .
L acan m ism o re m ite al grafo y al t e x t o d e “ S u b v ersió n d el
s u je to ” en e l p u n to en q u e se in terro g a a cerca de q u é clase
d e su jeto p u e d e c o n c e b ir se , u n a v ez r e c o n o c id a la estru ctu ra
de len g u a je d e l in c o n s c ie n te .
S eñ a la q u e, p o r r a zo n es d e m é to d o , se p o d r ía partir de la
d e fin ic ió n lin g ü ís tic a e str ic ta d e l Y o ( j e ) c o m o s ig n ific a n te ,
seg ú n la cu al é s te n o es m ás q u e el in d ica tiv o o s h i f t e r qu e
d esig n a al s u je to d e l e n u n c ia d o e n ta n to q u e h a b la a c tu a l­
m e n te . D ic e e n to n c e s : “ D esig n a al su jeto d e la e n u n c ia c ió n
p ero n o lo sig n ifica . T o d o sig n ific a n te d el s u je to d e la e n u n ­
c ia c ió n p u e d e fa lta r e n e l e n u n c ia d o (. . .) P en sa m o s h a b er
r e c o n o c id o e l s u je to d e la e n u n c ia c ió n en e se s ig n ific a n te
q u e e s e l n e e x p le tiv o (en fr a n c é s)” .34
El sta tu s d el su jeto q u e d iría J e ( y o ) e n su palabra, c o m o
e r a la ilu sió n d e L acan en la é p o c a d el “ D isc u r so d e R o m a ” ,
e s in sep arab le d el de la rep resió n prim aria m ism a . “ E l in c o n s ­
c ie n te e stá estru ctu ra d o c o m o u n len g u a je ” im p lica u n a t o p o ­
lo g ía d e la rep resió n , es d ecir , q u e en él lo s s ig n ific a n te s n o
s o n is o tó p ic o s , sin o h e te r o tó p ic o s . L acan in d ica rá cla ra m en te
q u e e l reso rte de la rep resió n e s la e lis ió n sig n ific a n te . E l eje m ­
p lo q u e da de ella es la E s p e ( W e s p e ) d el h o m b r e de lo s lo b o s ,
que in d ic a “ e l v e s tig io d e la cen su ra f o n e m á tic a ” .35 Cabe
record ar a q u í la m e n c ió n e x p líc it a de L acan d el té r m in o “ e li­
s ió n ” en su d e fin ic ió n d e la m e to n im ia (ver prim era p arte
d e e s te c a p ítu lo ). V o lv e m o s a e n c o n tra r e sta fo r m u la c ió n
e n el sem in a rio “ E l d e s e o y su in te r p r e ta c ió n ” 36 , d o n d e r e ite ­
ra q u e el reso rte de la rep resió n e s la e lisió n d e u n p u r o y
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 45

sim p le s ig n ific a n te o de u n a clá u su la , c o m o o cu rre p o r ejem ­

p lo e n e l s u e ñ o d el p a d re m u e r to q u e F reu d in c lu y e e n “ L os
d o s p r in c ip io s d el su c e d e r p s íq u ic o ” , d o n d e e n tre e n u n c ia d o
y e n u n c ia c ió n se p r o d u c e la e lis ió n d e la c lá u su la “ seg ú n su
d eseo” .
E sta e lis ió n d e u n s ig n ific a n te im p lic a q u e en e l O tr o , lugar
d e l sig n ific a n te , se in sta la u n a a u se n c ia , fa lta u n s ig n ific a n te ,
s ig n ific a n te q u e p e r m ite, gracias a su su str a c c ió n m ism a , cerrar
el c o n ju n to , fu n c ió n y a p r e sen te d e l ( - 1 ) , e l s ig n ific a n te qu e
h a c e e x c e p c ió n , al q u e L acan ta m b ié n d e n o m in a ( + 1 ) , m ás
u n o , e l s ig n ific a n te q u e sob ra. E ste agu jero en e l O tr o es u n a
form a d e dar c u e n ta d el “ n o h a y m eta -le n g u a je ” q u e es co r re ­
la tiv o d e la e x is te n c ia d el in c o n s c ie n te freu d ia n o y de su e str u c ­
tura d e len g u a je. Su escritu ra es S ( / . ) .
La re p r esió n cav a p u e s u n h u e c o e n el O tro d e l sig n ific a n te ;
ese h u e c o d e te r m in a d o p o r la e lis ió n es in sep a ra b le d e l borra-
m ie n to d el su je to , de su d esa p a rició n d e l p r o c e so d e e n u n c ia ­
c ió n .
P o r e sta v ía L acan ren u ev a e l c o n c e p to de d e fe n sa , señ a la n d o
q u e é sta n o p r o c e d e “ m o d ific a n d o la te n d e n c ia sin o el su je­
t o ” . 37 L os e fe c t o s de la d e fe n sa d e fin e n , o r d e n á n d o se segú n
u n a e stru ctu ra de len g u a je q u e o b e d e c e a u n a r e tó r ic a , la
p o s ic ió n d e l su jeto .
L a p o s ib ilid a d d e b o r r a m ie n to es u n a p r o p ie d a d radical
d el sig n ific a n te . P ese a e llo , su b siste c o m o lo n o -d ic h o . La
barra d e la fó rm u la sau ssu rean a d e l sig n o se in sta la so b re la
S d e l s ig n ific a n te para p r o d u c ir e l 0; e l s ig n ific a n te a n u la d o
se p e r p e tú a in d e fin id a m e n te .
L acan, a l c o m e n ta r la n e g a c ió n d e F reu d , in s is tió e n la
im p o r ta n c ia d e la B e j a h u n g , a la q u e co n sid era “ p rim er tie m p o
d e la a r tic u la c ió n in c o n s c ie n te ” , 38 tie m p o p rim ero q u e su p o n e
su m a n te n im ie n to en el t ie m p o s e g u n d o d e la V e r n e i n u n g .
L acan reto m a la fu n c ió n de la n e g a c ió n rea liza n d o u n e x a m e n
d e las fo rm a s d e la n e g a c ió n en fran cés ta l c o m o las p o stu la
P ic h ó n . E x is te , p o r u n la d o , la n e g a c ió n fo rclu siv a , la c u a l
im p lica la u tiliz a c ió n d e d o s p a r tíc u la s, el n e y o tra q u e la
a co m p a ñ a : r ie n , p o i n t , p a s , p e r s o n n e , e tc . E ste u s o im p lica
u n a e x c lu s ió n in a p e la b le . La o tra fo rm a es la n e g a c ió n d isco r ­
d a n te (c lá s ic a m e n te lla m a d a e x p l e t i v a ) la cu a l s ó lo u tiliz a el
n e , m a rca n d o d e e s te m o d o u n a d isco rd a n cia e n tre e l p r o c e so
d e l e n u n c ia d o y el p r o c e so d e la e n u n c ia c ió n , im p lic a n d o
46 D ia n a S . R a b in o v ic h

una a firm a c ió n . El e je m p lo que da L acan “ je c ra in s q u ’i l n e

v ie n n e ” , s ó lo puede tra d u c irs e a l c a s te lla n o com o “ te m o que
v e n g a ” . E s te n e r e c a e s o b r e la e n u n c ia c ió n , s o b r e e l s ig n ifi­
c a n t e e n a c t o , d i c e L a c a n . 39 L a n e g a c i ó n d e s c i e n d e d e l a e n u n ­
c ia c ió n al e n u n c ia d o . En o tra s le n g u a s , com o el in g lé s , e s ta
d im e n s ió n se in tro d u c e m e d ia n te e l u s o d e u n a u x ilia r, a l q u e
L acan c o n s id e ra típ ic o de la in tr u s ió n en el e n u n c ia d o de la
d im e n s ió n del s u je to . La n e g a c ió n se v in c u la e n to n c e s con
la p o s ic ió n o rig in a l d e la e n u n c ia c ió n .
El s u je to e n c u e n tra su lu g a r en e l in c o n s c ie n te en el ag u ­
j e r o . P o r e s o a n t e la p r e g u n t a d e si e l s u je t o d e l d e s e o e s d e s ig ­
n a d o c o m o Je ( y o ) e n el d is c u rs o , L a c a n r e s p o n d e q u e n o ,
e l Je e s s h ifte r y el s u je to de la e n u n c ia c ió n en ta n to q u e su
deseo h o r a d a , s ó lo e s tá en ese n e .40 E s e n e , q u i z á , c o m o s ig ­
n ific a n te p rim itiv o de la n e g a c ió n , s e a e l v e s tig io d e la e lis ió n
p r i m i t i v a . 41 L o s p re fijo s de la n e g a c ió n in d ic a r ía n , a l v o lv e rlo
a o c u p a r, ese lu g a r d e la e lis ió n s ig n ific a n te . L a e lis ió n com o
m a triz de la n e g a c ió n a firm a a l s u je to de m odo n e g a tiv o y
p r e p a r a e l v a c í o d o n d e e n c o n t r a r á s u l u g a r . 42
Puede c o n s id e ra rs e ese v a c ío com o la a m p lia c ió n d el c o rte
c o n s id e ra d o com o el e le m e n to m á s ra d ic a l d e la c a d e n a s ig n i­
fic a n te , p u n to de d is c o n tin u id a d ; a llí el s u je to se id e n tific a
al c o rte m is m o , en el c o rte lo s o rp re n d e m o s . “ E s te c o rte de
la cadena s ig n ific a n te es el ú n ic o que v e rific a la e s tru c tu ra
d e l s u j e t o c o m o d i s c o n t i n u i d a d e n l o r e a l . ” 43
A gudeza y la p s u s m u e s tra n a e s te s u je to en “ su o c u lta c ió n
por un s ig n ific a n te cada v e z m á s p u r o ” 44 y e l c lá s ic o s u je to
tra n s p a re n te de la re p re s e n ta c ió n es s u s titu id o p o r s u f a d in g
s ig n ific a n te , p o r ese yo (je) p r i m o r d i a l m e n t e r e p r i m i d o , c u y o
lu g a r a g u je re a d o in d ic a la n e g a c ió n ; L a c a n in c lu s o p a r a r e f e ­
r ir s e a é l, e n e l s e m in a r io s o b r e e l d e s e o , u s a e l t é r m i n o d e fo r-
c l u s i ó n . 45
A e s te s u je to e n f a d in g , s u j e t o que se e c lip s a e n e l s ig n if i­
c a n te d e la d e m a n d a , io re s c a ta el o b je to (a ), a ú n im a g in a rio ,
lo f ija e n e l p u n t o e n q u e e l s u je to n o p u e d e n o m b r a r s e . I m p o ­
s ib ilita d o de lo c a liz a rs e com o s u je to d e s e a n te en la a rtic u la ­
c ió n in c o n s c ie n te , ¿dónde s itu a r al s u je to ? No a llí donde
d esea, en la c a d e n a s ig n if ic a n te y s u m e t o n im i a , s in o e n a lg ú n
lu g a r e n s u fa n ta s m a fu n d a m e n ta l. E x p líc ita m e n te , L a c a n
s e ñ a la q u e e s ta p o s ic ió n d e l s u je to d e b e g u ia r la in te r p r e ta ­
c ió n y d e te rm in a rla . El fa n ta s m a s o s té n del deseo a b re una
 L a e s tr u c t u r a d e le n g u a je d e l in c o n s c i e n te 47

nueva v ía que c o m e n z a rá a d e s p le g a rs e , que el S e m in a rio

so b re la é tié a in a u g u ra , la re fle x ió n so b re lo re a l, el goce,
la p u ls ió n y e l le n g u a je .
L acan m arc a la in tru s ió n de lo rea l en su p ro p ia te o ría
cuando d ic e , en Í9 6 0 : “ ¿A caso to d o e s s ig n ific a n te ? C ie rta ­
m e n t e i i o , p e r o s í e s t r u c t u r a . ” 46

R E F E R E N C IA S B IB L IO G R A F IC A S

1. <J. L a c a n , “ I n s t a n c e d e l a l e t t r e d a n s l ’i n c o n s c i e n t ” , e n E c r i t s , p . 4 9 7 ,
S e u il, P a r is , 1 9 6 6 .
2. I b id .,p . 4 9 5 .
3. I b id ., p . 5 0 1 .
4. I b ic ) .,p . 5 0 2 .
5. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I I I , C a p . X V I I I ,
6. R . J a k o b s o n , “ D o s a s p e c to s d e l le n g u a je y d o s tip o s d e tr a s to r n o s
a f á s i c o s ” , e n F u n d a m e n t o s d e l l e n g u a je , A y u s o , M a d r i d , 1 9 7 3 .
7. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L iv r e I I I , p . 2 6 2 .
8. I b f d .,p . 2 5 9 .
9. J . L a c a n , “ I n s t a n c e d e la l e t t r e ” , o b , c i t . , p . 5 1 5 .
10. I b id ., p . 5 1 1 .
11. I b id ., p . 5 2 2 .
12. D . R a b in o v ic h , “ F o b ia y f e t i c h i s m o ” , E s p a c io A n a l í t i c o N ° 3 /4 ,
T ucum án, 1986.
13. J . - A . M i l l e r , E s c a n s io n e s d e la e n s e ñ a n z a d e L a c a n , C u r s o 1 9 8 1 -8 2 ,
in é d ito .
14. J . L a c a n , “ D ’u n e q u e s t i o n p r é l i m i n a i r e ” , o b . c i t . , p . 552.
15. D . R a b in o v ic h , “ L a t e o r í a d e la p s ic o s is d e W . B io n o lo s lim ite s
d e l k l e i n i s m o ” , e n P s ic o s is y P s ic o a n á lis is . M a n a n t i a l , B s . A s . , 1 9 8 5 .
16. J . L a c a n , “ D ’u n e q u e s t i o n . . . ” , o b . c i t . , p . 5 8 3 .
17. I b id ., p . 5 7 1 .
18. J . L a c a n , L e S é m i n a i r e , L i v r e I V , L a r e la tio n d ’o b j e t , l e c c i o n e s d e l
1 2 -1 2 -5 6 y d e l 9 -1 -5 7 . In é d ito .
19. J . L a c a n , “ L a s ig n i f ic a t io n d u p h a l l u s ” , e n E c r its , p . 691.
20; I b id ., p . 6 9 0 .
21. I b id ., p . 6 8 8 .
22. J . L a c a n , “ R a d i o p h o n i e ” , p . 6 5 , S c ilic e t 2 / 3 , S e u il, P a r i s , 1 9 7 0 .
23. J . L a c a n , “ L a s ig n if ic a tio n d u p h a l l u s ” , o b . c it., p . 6 9 3 .
24. J . L a c a n , “ L a d i r e c t i o n d e l a c u r e e t le s p r i n c i p e s d e so n p o u v o ir” ,
o b . c it., p . 6 2 0 -6 4 2 .
25. E . L a u r e n t, “ S e m in a rio so b re la d ire c c ió n d e la c u r a ” , e n C o n c ep ­
c io n e s d e la c u r a e n p s ic o a n á lis is , M a n a n t i a l , B s . A s . , 1 9 8 5 .
26. J . L a c a n , “ L a d i r e c t i o n d e la c u r e . . . ” , o b . c i t ., p . 6 2 3 .
27. J . - A . M i l l e r , E s c a n s io n e s . . .
 1
48 D ia n a S . R a b i n o v i c h

28. J . L a c a n , “ L a d ir e c tio n d e la c u r e . . o b . c it., p . 6 2 4 .

29. I b id ., p . 6 3 4 .
30. I b id ., p . 6 4 1 .
31. Ib id .
32. R . J a k o b s o n , “ L o s c o n m u ta d o r e s , la s c a te g o r ía s v e r b a le s y e l v e r b o
r u s o ” , e n E n s a y o s d e L i n g ü í s t i c a G e n e r a l, S e i x B a r r a i , 1 9 7 5 .
33. J . L a c a n , “ D ’u n e q u e s t i o n . . o b . c it., p . 5 3 5 .
34. J. L a c a n , “ S u b v e rs io n d u s u je t. , o b . c it., p . 8 0 0 .
35. J . L a c a n , “ R e m a r q u e s u r l e r a p p o r t d e D . L a g a c h e ” ,o b . c i t . , p . 6 6 4 .
36. J . L a c a n , L e S é m i n a i r e , L i v r e V I , L e d é s ir e t s o n in te r p r e ta tio n ,
in é d ito .
37. J . L a c a n , “ R e m a rq u e s . . .” , o b . c it., p . 6 6 5 .
38. I b id ., p . 6 6 0 .
39. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L iv r e V I.
40. J . L a c a n , “ R e m a rq u e s . . .” , o b . c it., p . 6 6 4 .
41. Ib id .
42. I b id ., p . 6 6 6 .
43. J . L a c a n , “ S u b v e rs io n d u s u je t. . . ” , o b . c it. p . 8 0 1 .
44. I b id ., p . 8 0 1 .
45. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L iv r e V I .
46. J . L a c a n , “ R e m a rq u e s . . . ” , o b . c it., p . 6 5 9 .
 C A P IT U L O III

L O G IC A D E L U N O Y G R A M A T IC A D E L A P U L S IO N

I n tro d u c c ió n

La p u e sta e n a c c ió n d el in c o n s c ie n te e s tr u c tu r a d o c o m o u n
len g u a je y d e sus le y e s , m e tá fo r a y m e to n im ia , c u lm in a , c o m o
a ca b a de v erse, e n u n d o b le v a c ia m ie n to : e l d el in c o n s c ie n te
y e l d el su je to . P u n to c u lm in a n te a l q u e arriba L a ca n h a c ia lo s
a ñ o s ’6 0 , p u n to c u y a m arca in d ic a m o s e n el t e x t o de lo s E s c r i ­
t o s d e d ic a d o a l in fo r m e d e L a g a ch e, d o n d e se e s ta b le c e la
p érd id a d e la id e n tid a d e n tr e e str u c tu r a y o rd en s im b ó lic o
e n e l c o n t e x t o de u n a re fe r en cia a la p u ls ió n y a su e s ta tu to
e n e r g é tic o .
La in v e stig a c ió n d e lo real se abre c o n el S em in a rio “L a
é t i c a d e l p s i c o a n á l i s i s ” . La m ism a surge y a al su b ra y a r L acan
la im p o r ta n c ia ce n tr a l d e la fu n c ió n d el c o r te y su a rtic u la ció n
c o n e l su je to , q u e c o m o e f e c t o d e sig n ific a c ió n r e to m a
e n lo real. S u je to e n f a d i n g , e v a n e s c e n te , v im o s c ó m o recu p era ­
b a a lg o d e l re g istro d el ser d e l la d o d e su e n g a n c h e , en e l fa n ta s­
m a , c o n e l o b je to a ú n im a g in a rio . C o m ien za la in v e stig a ció n
d el ser d el la d o d el o b je to , q u e p asará de im a g in a rio y sim b ó lic o
a real, in v e stig a c ió n in sep a ra b le d e l d esa rro llo d e l c o n c e p to
de goce.
E l g o c e , d e fin id o siem p re p o r L acan c o m o g o c e d e u n cu er­
p o , r ecib e su d e fin ic ió n n e ta e n L a é t i c a : el g o c e e s la sa tis­
fa c c ió n d e u n a p u ls ió n . La tr ía d a q u e ce n tr a b a la e n se ñ a n z a
d e L acan h a sta e n to n c e s —n e c e s id a d , d e m a n d a y d e s e o — su fre
u n a m o d ific a c ió n , tr a n sfo r m á n d o se e n g o c e , d e m a n d a y d e s e o .
L o real d e la n e c e sid a d , real a jen o , e x te r n o a la e x p e r ie n c ia
a n a lític a , c u e r p o q u e c o n fo r m a e l real p r o p io en ju e g o e n
o tra s c ie n c ia s , e s s u s titu id o p o r u n real in te r n o a la e x p e r ie n c ia
a n a lític a , u n rea l p r o d u c to d e l sig n ific a n te p e r o q u e , u n a
50 D ia n a S . R a b in o u ic h

vez p ro d u c id o , le escapa. C óm o o p e ra r so b re d ic h o re a l es
q u iz á la g ra n ta re a de L acan, su g ran p re o c u p a c ió n a e s ta
a ltu r a . S i e l a r tíc u lo s o b re L a g a c h e c u lm in a c o n u n a p r o p u e s ta
d e u n p s ic o a n á lis is m á s a llá d e l I, d e l I d e a l d e l y o e n s u c a r á c te r
s im b ó lic o , d ic h a c u lm in a c ió n no es a c c id e n ta l. El m ás a llá
d e l id e a l e s tá d e l la d o d e lo r e a l. P o r e s ta r a z ó n , L a c a n p r o m u e ­
v e u n a é tic a d e l p s ic o a n á lis is q u e es é tic a d e lo r e a l, n o é tic a
d e lo id e a l. A q u í el e s ta tu to d e l in c o n s c ie n te c o m ie n z a a s u frir
un g iro , la e s tru c tu ra de le n g u a je del in c o n s c ie n te no tie n e
u n f u n d a m e n to o n to ló g ic o , s in o é ti c o .1
Lo real d el c u e rp o que el goce in tro d u c e es in te rn o a l s ig ­
n ific a n te , es u n c u e rp o a fe c ta d o p ro fu n d a m e n te p o r é s te . L a s
e la b o ra c io n e s en to m o a ese c u e rp o re u b ic a n su d im e n s ió n
im a g in a ria , que no d e sap a re ce , y p re p a ra n la fu tu ra e q u ip a ­
r a c ió n e n la e s t r u c t u r a de lo s tr e s ó r d e n e s q u e e l n u d o b o rro -
m eo c o n su m a rá.
L a p u ls ió n , n e c e s a ria m e n te , p a s a a u n p rim e r p la n o , y con
e lla el Es fre u d ia n o , que se rá in v e s tig a d o en su e s tru c tu ra
d e le n g u a je y q u e s ó lo p ó r u n e f e c to p a r tic u la r d e la e s tr u c tu r a
p u e d e s e r d ic h o : E s o h a b la .

I n c o n s c ie n te y g o c e : e l c a m p o d e “ d a s D in g ”

E l S e m in a rio L a é tic a se in ic ia c o n u n e x a m e n d e l P r o y e c to
de F re u d , q u e p e rm ite a ju s ta r e l a x io m a “ e l in c o n s c ie n te e s tá
e s tru c tu ra d o com o un le n g u a je ” con lo s nuevos p ro b le m a s
que su rg e n d e l d e s p lie g u e m is m o d e l s e m in a rio . D e a llí p a r ti­
re m o s.
C o n v ie n e re c o rd a r p rim e ro cóm o c u lm in a en el s e m in a rio
a n te rio r, E l d eseo y su in te r p r e ta c ió n , la f o r m u l a c i ó n d e L a c a n
e n lo re fe re n te al in c o n s c ie n te .
L a c a n in s is te , te n ie n d o c o m o e je e l s u e ñ o d e l p a d r e m u e r t o ,
e n e l in c o n s c ie n te com o s ie n d o una re la c ió n d e l s u je to c o n el
saber (p u ed e te n e rs e p re s e n te ta m b ié n la c o m p a ra c ió n e n tre
H a m le t y E d ip o ) , e l in c o n s c ie n te e s in s e p a r a b le d e lo q u e d e n o ­
m in a lo “ n o - d ic h o ” , e s d e e s e o r d e n ; u n n o - d ic h o q u e d e v ie n e
un n o -s a b id o , c o n d ic ió n m is m a del s u rg im ie n to del s u je to
com o 0. E s te “ n o -d ic h o ” es una e x ig e n c ia c o n tra d ic to ria
q u e se e s tr u c tu r a e n r e la c ió n a e se O tr o a b s o lu to d e la d e m a n d a ,
q u e e l s u je to supone sabe su s p e n s a m ie n to s , q u e lo s le e , p u e s
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u l s i ó n 51

es el O tro q u ie n es o m n ip o te n te . La d im e n s ió n del s u je to
del in c o n s c ie n te es c o rre la tiv a de un m undo de lo n o -d ic h o ,
q u e c u lm in a e n u n “ n o q u ie ro s a b e r n a d a d e e s o ” .
El tra b a jo te ó ric o de L acan se c e n tra n u e v a m e n te en el
P r o y e c to , d o n d e b u s c a a d a s D in g , la C o sa , q u e n o s u r g e e n la
T r a u m d e u tu n g . L a C o s a , p r i m e r a v e r s ió n p a t é t i c a d e l o b j e t o ( a ) ,
com o lo s e ñ a ló J. -A . M ille r, in tro d u c e el fu n c io n a m ie n to
d e lo real d el g o ce e n su a r tic u la c ió n c o n e l p r o c e s o p rim a rio
y d e s a rro lla el e sb o z o de lo que, en e l S e m in a rio X I , s e r á la
T yche, que d u p lic a a s í d e i la d o d e lo re a l e l A u to m a tó n que
e l S e m in a rio II h a b ía re v e la d o e n su e s tru c tu ra . E s p u e s, ta m ­
b ié n , una n u e v a v u e lta de tu e rc a en la e la b o r a c ió n p o r p a rte
de L acan de la p u ls ió n de m u e rte , d o n d e re a liz a u n a a r tic u ­
la c ió n in é d ita e n tre é s ta y el o b je to p e rd id o , a rtic u la c ió n
s ie m p re m e n c io n a d a , p e ro h a s ta e s te p u n to no e x p lo ra d a . D e
e s te m odo la dem anda, cuyo re s to al se p a ra rse de la n e c e s i­
dad e ra e l d e s e o , re c ib e , a tra v é s d e la fó rm u la de la p u ls ió n
(0 0 D ) u n a re la c ió n c o n e l g o c e . A q u í se e s ta b le c e u n a d ia ­
lé c tic a p a r tic u la r e n tr e g o c e y d e s e o , q u e e n tr a ñ a u n a r e d e f i­
n ic ió n de lo s té r m in o s m is m o s d e l g ra fo y d e la a rtic u la c ió n
e n tr e in c o n s c ie n te y s e x u a lid a d .
L a e s tru c tu ra de v e rd a d d e la f ic c ió n re c ib e e n e s ta o c a s ió n
una in te rp re ta c ió n p a rtic u la r en fu n c ió n de la in tro d u c c ió n
del té rm in o F ic titio u s , to m a d o de B e n th a m , el c re a d o r del
u tilita r is m o . E s te té r m in o n o s ig n if ic a ilu s o r io o e n g a ñ o s o , s in o
e s tr u c tu r a a rtific ia l, e s d e c ir, p a r a L a c a n , e s tr u c tu r a c re a d a
p o r e l s ig n ific a n te . T é r m in o é s te que r e a p a r e c e r á e n la e s tr u c ­
t u r a d e a r tif ic io d e lo s d is c u rs o s e n e l s e m in a rio s o b re E l en v é s
d e l p s ic o a n á lis is . A s í, la o p o s ic ió n de lo s dos p rin c ip io s es,
en F re u d , u n a o p o s ic ió n e n tre re a lid a d y fic c ió n . E l p rin c ip io
d e l p la c e r se s itú a d e l la d o d e lo f ic tic io , d e lo s im b ó lic o , c u y a
c o n d ic ió n es el re to rn o d e u n s ig n o ( a lu c in a c ió n d e s id e r a tiv a ) .
E s ta s “ f ic c io n e s ” d e l d e s e o , fic c io n e s v e ríd ic a s , tie n e n su a p o y o
e n e l fa n ta s m a y a d q u ie re n su p e s o p o r e l h e c h o d e e s ta r a r ti­
c u l a d a s p r e c i s a m e n t e c o n e l d e s e o d e l A , (¿ í).
L a v e rd a d q u e se ju e g a e n e l a n á lis is e s la v e rd a d d e lo p a r ti­
c u la r de e s ta s fic c io n e s , que asum e, se supone, en e l s u je to
la f o r m a de u n W unsch im p e r io s o . S u f u e n te ú ltim a e n F r e u d
es u n a e x p e rie n c ia de p la c e r o de d o lo r, q u e p e rd u r a irre d u c ­
tib le m e n te . D e sd e e l á n g u lo de la a d a p ta c ió n e s te se r, a l o b e ­
d e c e r a su s fic c io n e s d e s id e ra tiv a s , e s tá c o n d e n a d o a l fra c a so .
52 D ia n a S . R a b in o v ic h

En o p o s ic ió n a e s ta te n d e n c ia , e l p rin c ip io de re a lid a d re c ti­

fic a , es ro d e o , c o n tie n e , se opone a la fu n d a m e n ta l in e rc ia ,
a la te n d e n c ia a la d e sca rg a del p r in c ip io ' d e l p la c e r. N a d ie ,
h a s ta F re u d , h a b ía a c e n tu a d o h a s ta ta l p u n to la in a d e c u a c ió n
e s e n c ia l q u e s e p a r a a l s u je to d e l s e r v iv o .
L acan in d ic a aquí una p a ra d o ja del s is te m a fre u d ia n o . El
g o b ie rn o del p rin c ip io del p la c e r recae e s e n c ia lm e n te so b re
la p e rc e p c ió n , p e ro lo que c o n s titu y e al p ro ce so p rim a rio ,
p o r é l re g id o , s o n p e n s a m ie n to s . P o r su p a rte , e l p rin c ip io d e
re a lid a d es g o b e rn a d o p o r la id e n tid a d d e p e n s a m ie n to , p e ro
lo s p e n s a m ie n to s e s tá n del la d o d e l p rin c ip io d e l p la c e r, s o n
por n a tu ra le z a in c o n s c ie n te s . S o b re esa id e n tid a d de p en sa­
m ie n to s ó lo podem os o p e ra r m e d ia n te la s p a la b ra s ( W o r ts ) ,
m e d ia n te a q u e llo que e s tá a rtic u la d o en p a la b ra s y se e s tr u c ­
tu ra co m o d is c u rs o ; e s é s ta la c o n d ic ió n p a r a e l f u n c io n a m ie n to
del s is te m a c o n s c ie n te -p re c o n s c ie n te , p a ra que lo s “ s ig n o s
d e c u a lid a d ” lle g u e n a la c o n c ie n c ia .
El in c o n s c ie n te , in v e rs a m e n te , por e s tru c tu ra rs e con e le ­
m e n to s , c o n c o m p o n e n te s ló g ic o s , se a r tic u la c o m o “ o r to lo -
g o s ” q u e d e te r m i n a r á q u e u n s ig n o v a lg a e n é l e n lu g a r d e t a l
o tro , en la m e d id a en q u e to d o s ig n o p u e d e se r s u s titu id o o
a to d o s ig n o puede s e rle tra n s fe rid a la c a rg a de o tro s ig n o .
L acan re p re s e n ta e l d o b le e n tre c ru z a m ie n to e n tr e a m b o s p r in ­
c ip io s .2

S u je to P la c e r: s u b i e n ^ ^ ¿ R e a lid a d ?

O b je to P e n s a m ie n to " P e rc e p c ió n r e p e tid a
in c o n s c ie n

P ro c eso P rim a rio S e c u n d a rio

(c o n s c ie n te )

E l in c o n s c ie n te e n s u e x p lic a c ió n s ó lo ' se c a p ta , p o r s u e s t r u c ­
tu ra de le n g u a je , en lo a rtic u la d o en la p a la b ra . L a c a n c la ra ­
m e n te d ife r e n c ia e l o r d e n d e l d is c u rs o , d e p e n d ie n te d e la r e p r e ­
s e n ta c ió n de p a la b ra fre u d ia n a , com o n iv e l p re c o n s c ie n te ,
d e l n iv e l in c o n s c ie n te q u e se d e fin e c o m o o rd e n d e la p a la b ra ,
e q u iv a le n te a la r e p r e s e n ta c ió n d e c o s a f re u d ia n a .
E s to c o n lle v a u n e x a m e n p o r p a r te d e L a c a n d e l p r o b le m a
d e la r e p r e s e n ta c ió n . B h p r im e r té r m in o , s e ñ a la q u e la B a h n u n g
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 53

d e l P r o y e c to , t r a d u c i d a h a b i t u a l m e n t e c o m o f a c ilita c ió n , im p li­
c a la c o n s tru c c ió n de una c o n tin u id a d que puede e q u ip a ra rs e
con la d e la c a d e n a s ig n ific a n te , y q u e a q u e llo q u e re e m p la z a
a l a c a n t i d a d , la .B a h n u n g , d e b e r í a d e s i g n a r s e c o m o a r t i c u l a c i ó n .
P a ra L a c a n , F r e u d a r r a n c a a la r e p r e s e n ta c ió n d e s u u s o filo ­
s ó fic o . La g ra v ita c ió n de la s re p re s e n ta c io n e s se u b ic a e n tre
p e rc e p c ió n y c o n c ie n c ia , donde fu n c io n a n e so s p e n s a m ie n to s
seg ú n la le y del p la c e r. E s to s p ro ce so s de p e n s a m ie n to , así
re g id o s , d e te rm in a n la c a rg a , la in v e s tic ió n de la s re p re se n ­
ta c io n e s . El p re c ip ita d o de la re p re s e n ta c ió n ta l com o su rg e
s e g ú n la e s tr u c tu r a q u e o rg a n iz a e l in c o n s c ie n te n o e s u n a r e p r e ­
s e n ta c ió n , s in o u n r e p r e s e n ta n te d e la r e p r e s e n ta c ió n , q u e h a c e
d e la r e p r e s e n ta c ió n m is m a u n e le m e n to a s o c ia tiv o y c o m b in a ­
to rio , es d e c ir, re g u la d o por la s le y e s del p ro ce so p rim a rio ,
d e s p la z a m ie n to y c o n d e n s a c ió n , m e to n im ia y m e tá fo r a .
Puede d ife re n c ia rs e , por lo ta n to , la a rtic u la c ió n e fe c tiv a
de un d is c u rs o , m e d ia n te la s r e p r e s e n t a c i o n e s de p a la b ra , q u e
lle g a a s í a la c o n c ie n c ia , d e u n a g ra v ita c ió n d e la s r e p r e s e n t a ­
c io n e s c o m o re p re s e n ta n te s de la r e p r e s e n ta c ió n en su a rtic u ­
la c ió n de p a la b ra in c o n s c ie n te . La re p re s e n ta c ió n de p a la b ra
p e rm ite una p e rc e p c ió n re tro a c tiv a de lo s p r o c e s o s de pensa­
m i e n t o i n c o n s c i e n t e . P a r a L a c a n e l Tch d e l P r o y e c t o , e n c a m b i o ,
es e l in c o n s c ie n te e n fu n c ió n .
Sabem os que el p rin c ip io d e l p la c e r b u s c a su b ie n ; ¿cóm o
se a r t i c u l a é s te ? C om o la b ú s q u e d a d e la e x p e r ie n c ia d e s id e ra -
tiv a a lu c i n a t ó r ia , d e e s e s ig n o q u e e s s u h u e lla , h u e ll a d e l o b j e t o
p e r d id o , p e r d id o p a r a s ie m p re p o r la fa lla e n s e r q u e “ la m e to n i­
m ia c a v a e n la r e la c ió n de o b j e t o ” , e s d e c ir , p o r a c c ió n d e la
e s tr u c tu r a d e l le n g u a je .
E s ta id e a d e l b ie n s o s tie n e la a c tiv id a d s u b je tiv a y ' p o r e llo
la é tic a id e n tif ic ó c lá s ic a m e n te b ie n y p la c e r. L a o p o s ic ió n
e n tre a m b o s p rin c ip io s es p u e s é tic a y é tic a e s la e x p e r ie n c ia
q u e F r e u d r e c o g e e n s u t r a t a m i e n t o d e la s n e u r o s is .
P a ra in tr o d u c ir , e n re la c ió n a la fu n c ió n d e l o b je to p e rd id o ,
la C osa, L acan re a liz a u n exam en d e ta lla d o de la e x p e rie n c ia
d e s a tis fa c c ió n y d e la d e l d o lo r , e x p e r ie n c ia h o s til.
Y a e n e l a p a r t a d o ( c ) d e l C a p í t u l o V I I d e L a in te r p r e t a c ió n
d e lo s s u e ñ o s , F r e u d l l e v a a c a b o u n a d i s t i n c i ó n e s e n c i a l : s e p a r a
la s a tis fa c c ió n d e la n e c e s id a d d e la r e a liz a c ió n d e l d e s e o . E s ta
ú ltim a c o m p r o m e te al s u je to e n u n a b ú s q u e d a , s ie m p re in f r u c ­
tu o s a , d e la re p e tic ió n d e la m ític a p e rc e p c ió n p r im e ra v in c u la ­
54 D ia n a S. R a b in o v ic h

da con la s a tis fa c c ió n d e la n e c e s id a d , re -e v o c a rla e s su m e ta

m is m a , y ya d ijim o s que, re s p e ta n d o la le y del p la c e r a la
que obedece, é s ta c o n s is te en una id e n tid a d de p e rc e p c ió n ,
p a ra la cual la a lu c in a c ió n , lo g ra d a m e d ia n te la re g re s ió n
tó p ic a , es un c a m in o v á lid o . E s ta re g re s ió n c u lm in a en una
c a rg a de la h u e lla m n é s ic a . P a rtie n d o del m o d e lo del a c to
re fle jo , F re u d c u lm in a en una fo rm u la c ió n del deseo que,
no s ó lo in v ie rte su d ire c c ió n , s in o que c o n lle v a una su b v e r­
s ió n de la a d a p ta c ió n m is m a , una h ia n c ia e n tre el o b je to de
s a tis fa c c ió n de la n e c e s id a d y ese s e ñ u e lo lo g ra d o d e la p e r ­
c e p c ió n .
En e l P r o y e c to in tro d u c e el c o n c e p to de a c c ió n e s p e c ífic a ,
a q u e lla q u e b r i n d a r í a u n a s a tis f a c c ió n a la n e c e s id a d , r e s o lv ie n ­
do la te n s ió n que é s ta c re a . E s ta a c c ió n e s p e c íf ic a e x ig e e n
el s u je to h a b la n te la a y u d a a je n a , la a y u d a de u n o tro , c u y a
a te n c ió n debe a tr a e r . A s í, la d e s c a rg a d e te n s ió n , g rito , lla n to ,
se v u e lv e lla m a d o , c o m u n ic a c ió n ; d ic e F r e u d q u e e s u n r e c u r s o
fre n te a su d e sa m p a ro in ic ia l. A quí de m odo s o rp re n d e n te
F re u d p re c is a que “ el d e sa m p a ro in ic ia l d e lo s s e re s h u m a n o s
e s la f u e n t e p r im a r i a d e t o d o s lo s m o tiv o s m o r a l e s ” .3
D e la a c c ió n e s p e c íf ic a p a s a m o s a la a c c ió n y “ e l f u n d a m e n to
de to d a re fle x ió n é tic a es el in te n to de p e n e tr a r e l p ro b le m a
de n u e s tra p ro p ia a c c i ó n ” .4 C abe re c o rd a r' en e s te p u n to la
p re g u n ta de F re u d h a c ia el f in a l d e la T r a u m d e u tu n g a c e r c a
d e la r e s p o n s a b ilid a d d e l s u je to e n lo t o c a n te a s u d e s e o in c o n s ­
c ie n te . D e sa m p a ro y o tro re a p a re c e n en ese te x to c la v e que
es I n h ib ic ió n , s ín to m a y a n g u s tia , m o m e n to en que F re u d
c u lm in a su te o ría de la s n e u ro s is . E sa h u e lla m n é s ic a que
c a u tiv a , no es m era re p re s e n ta c ió n de un o b je to c o n o c id o ,
su in s c rip c ió n se hace so b re el fo n d o d el d e sa m p a ro y d e la
p re s e n c ia d e l O tro , al q u e F reu d lla m a N e b e n m e n s c h , n ú c le o
de la fu n c ió n p rim a ria d e l ju ic io . E se O tro al que F r e u d se
re fie re en lo s s ig u ie n te s té rm in o s en la c a rta 52 a F lie s s , al
s e ñ a la r, p re c is a m e n te , que el a ta q u e h is té ric o no es u n a des­
c a rg a s in o una a c c ió n “cuyo o b je tiv o es una r e p r o d u c c ió n
del p la c e r (...) A p u n ta a o tra p e rso n a , p e ro fu n d a m e n ta l­
m e n te a ese O tro p re h is tó ric o , in o lv id a b le , ese o tro al que
n a d ie lu e g o ig u a la rá .” 5
L a p r o to n p s e u d o s h is té ric a d e l s e g u n d o a p a r ta d o d e l P ro y e c ­
to r e v e la a s í, e lla t a m b ié n , la e s t r u c t u r a d e f ic c ió n d e la v e r d a d ,
l o q u e L a c a n lla m a “ u n a f ic c ió n v e r í d i c a ” .6
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e ¡a p u ls i ó n 55

E l d e s e o se s o s tie n e e n e i a n h e lo d e e sa p r e s e n c ia in o lv id a b le ,
en la d im e n s ió n de la n o s ta lg ia , e n la e s p e r a d e u n e n c u e n t r o
im p o s ib le y q u e , p o r s e rlo , se r e p ite .
Com o c o n tra p a rtid a de la h u e lla m n é s ic a d e s id e ra tiv a te n e ­
m os la h u e lla m n é s ic a h o s til, cuya te n d e n c ia im p u ls a a la
d e sc a rg a m o triz ; aquí el lím ite es el d o lo r, no el d is p la c e r.
La im p o s ib ilid a d de la fu g a c o m o h u id a m o triz e s s u s titu id a
p o r la d e f e n s a p r im a r ia o r e p r e s i ó n 7 q u e m e d i a n te la s c a te x ia s
la te ra le s lo g ra una d e sc a rg a a te n u a d a . C u rio s a m e n te , F re u d
lla m a “ a f e c to ” a l r e s id u o d e la e x p e r ie n c ia d o lo r o s a y “ d e s e o ”
al de la e x p e rie n c ia de s a tis fa c c ió n , lo s c u a le s c o rre sp o n d e n
r e s p e c tiv a m e n te a la d e f e n s a p r im a r i a y a la a lu c in a c ió n .
S o b re e s te - f o n d o f r e u d ia n o , L a c a n d e lim ita la C o s a , to m a n ­
do com o p u n to de p a rtid a la o p o s ic ió n e n tre dos té rm in o s
a le m a n e s : d a s D in g y d ie Sache. S e ñ a la , y no podem os ser
in d ife re n te s a e s te c o m e n ta rio , que en la s le n g u a s ro m an ces
u n a ú n ic a p a la b r a d ic e la c o s a , p a la b r a d e riv a d a d e l l a tín ca u ­
sa. . . A m b a s p a la b r a s e n a le m á n t i e n e n o r ig e n j u r í d i c o . S a c h e
es la cosa p ro d u c to de la in d u s tria o de la a c c ió n hum ana,
p e rte n e c e a l o r d e n d e l d is c u rs o p re c o n s c ie n te y e s tá e n e s tre c h a
r e l a c i ó n c o n la W o r t , d e l a r e p r e s e n t a c i ó n d e p a l a b r a .
D a s D in g , d ic e L a c a n , e s e l v e r d a d e r o s e c r e to d e la r e a lid a d ,
s e lig a c o n e l N e b e n m e n sc h (e l p r ó jim o ) , té r m in o q u e re s u m e
a la vez la s e p a ra c ió n y la id e n tid a d . S o b re e s te c o m p le jo
d e l N eben m en sch o p e ra la fu n c ió n d e l ju ic io p rim a rio 8 des­
g lo s á n d o lo en dos p a rte s : 1) un e n s a m b le c o n s ta n te que p e r­
m anece u n id o com o cosa: a is D in g , e le m e n to a is la d o por
el s u je to com o de n a tu r a le z a a je n a , c o m o e x tr a n je r o , F re m d e ,
com o un c o m p o n e n te in a s im ila b le ; 2 ) a lu d e a to d o lo q u e e n
el N eben m en sch es c u a lid a d y puede ser e n te n d id o por la
m e m o r ia a tr a v é s d e u n a r e m is ió n a l p r o p io c u e r p o , a la p r o p ia
e x p e rie n c ia s u b je tiv a del s u je to ; e s to es d e fin id o com o a tri­
b u to .
E s te segundo e le m e n to , el a trib u to , c o n s titu y e la s rep re ­
s e n ta c io n e s p rim itiv a s a lr e d e d o r d e la s c u a le s se ju g a r á e l d e s ­
tin o d e lo q u e es re g u la d o p o r e l p rin c ip io d e p la c e r-d is p la c e r.
E l p r im e r e le m e n to , d a s D in g , e s t o t a l m e n t e d if e r e n t e ; c o m o
a je n o , in c lu s o com o h o s til, o r ie n ta u n p r im e r e x te r io r , o r ie n ta
la m arc h a del s u je to . F re u d d e s ig n a ¡ a d a s D in g c o m o re s to ,
re s id u o , que se s u s tra e en ta n to ta l a la a c tiv id a d ju d ic a tiv a .
La o rie n ta , ju s ta m e n te , en re la c ió n al m undo de sus d eseo s,
56 D ia n a S , R a b i n o v i c h

h a cia lo q u e q u izá , a lg u n a v e z le p e r m ita a lca n za rlo . E l o b je to ,

la C o sa , e s tá a h í, p e r o p e r d id o , n u n c a será v u e lto a hallar.
D a s D i n g e s e l o b je to e n t a n to q u e O tr o a b s o lu to d el su jeto
(r e c o r d e m o s c ó m o L a ca n a lu d e e n la p rim era é p o c a a e s te
O tr o a b s o lu to ); es a q u e llo q u e se in te n ta v o lv er a en co n tra r.
C o m o m á x im o s e l o e n c u e n tr a c o m o r e g r e t , a ñ o ra n za . S í,
v u e lv e n a en c o n tra r se su s c o o r d e n a d a s de p la cer. S in su a lu c i­
n a c ió n c o m o siste m a r e fe r en cia l, e m p e r o , u n m u n d o de p er­
c e p c io n e s n o lle g a a o rg a n iza rse d e m o d o h u m a n o . La p er­
c e p c ió n d e la rea lid a d d e p e n d e , fin a lm e n te , d e e sta a lu c in a ­
c ió n fu n d a m e n ta l.9
E se p rim er e x te r io r q u e la C osa d e fin e p u e d e ca lifica rse
c o m o u n fu era d e sig n ific a d o ( h o r s - s i g n i f i é ) c o n el cu a l el
s u je to m a n tie n e u n a r e la c ió n p a té tic a (r e c o r d e m o s la p a sió n
d e l sig n ific a n te ), c o n serv a r e sp e c to a ella c ierta d ista n cia ,
c o n s titu y e n d o su r e la c ió n c o n e lla b a jo la fo rm a d e a fe c to
p rim a rio (reco rd a r la d e fin ic ió n c ita d a d e F reu d d e a fe c to
e n e l P r o y e c t o ) , r e la c ió n q u e es a n terio r a to d a rep resió n .
E sta C o sa es u n a rea lid a d m u d a , q u e c o m a n d a , o rd en a , q u e
r e m ite a la m á x im a u n iversal k a n tia n a , q u e a p u n ta n o al w h o l
d e l p r in c ip io d el p la cer, sin o a d a s G u t e , b ie n p r o p io d e la
le y m o ra l.
E l ca rá cter ra d ica l de e se G u t e , m ás allá d e lo p a to ló g ic o ,
e n e l s e n tid o d e lo se n so ria l, d e la se n sib ilid a d , e s e l d o lo r ,
al q u e K an t a c e p ta c o m o el ú n ic o a f e c t o s u s c e p tib le d e a c o m ­
p añ ar u n a a c c ió n a c o r d e c o n la m á x im a u n iv ersa l.
L o e x tr a ñ o , lo h o s t il, su rg en p r im e r o e n e sta d im e n sió n
c o m o g rito —d im e n s ió n , señ ala J .-A . M iller, c o m o ta l a n terio r
a la d em a n d a —, g rito p r o v o c a d o p o r el d o lo r q u e es y a e n sí
e l o b je to c o m o ta l. L acan lo d ic e a sí: “ P ero e se lugar origin al
d e l su je to , ¿ c ó ih o lo r e co b ra r ía e n esa e lis ió n q u e lo c o n s titu y e
c o m o a u sen cia ? ¿ C ó m o r e c o n o c e r ía e se v a c ío c o m o la C osa
m á s p r ó x im a , au n c u a n d o lo ex ca v a ra d e n u e v o en el se n o
d e l O tr o p o r h a cer reso n a r e n é l su g r ito ? ” 11
A s í, cctís D i n g o rg a n iza e l m o v im ie n to d e la s re p r ese n ta c io n e s
c o m o r e p r ese n ta n tes d e la r e p r ese n ta c ió n en su a rtic u la ció n
in c o n s c ie n te . S e tra ta d e u n c a m p o q u e e x ig e u n a t o p o lo g ía
d e u n in te r io r -e x c lu id o q u e L a ca n tra d u cirá lu e g o c o m o e x ti-
m id a d , e s d ecir, e x c lu id o d e n tr o d e l in te r io r d e l siste m a sig n i­
fic a n te m ism o , d e l p rim er c u e r p o s ig n ific a n te . La C o sa e s “ lo
q u e d e lo real p rim o rd ia l (. . .) p a d e c e d e l s ig n ific a n te ” .12
 INSTITUTO DE P3ICOLOQIA 'W b
a i a M o r a^c a ~ ?* o s • n a o u a c o ^ i «

L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a de la p u l s i ó n 57

D a s D i n g d e fin e un c a m p o q u e le es p r o p io —c a m p o d e l
n u e v o h a lla z g o d e l o b je to —, c a m p o q u e e s m á s fu n d a m e n ta l
q u e e l d o m in io d e la a fe c tiv id a d v in cu la d a a lo s a trib u to s,
c a m p o q u e es d e l reg istro d e la b u e n a o m a la v o lu n ta d fu n d a ­
m e n ta l d el O tro , p u n to de v erd a d de la su p u esta a m b iv a len cia
d e s e n tim ie n to s .
Las C osas, la s de la r e p r e se n ta c ió n d e c o sa freu d ia n a , so n
p u es m u d a s, p e r o n o p o r e llo a jen as a la pa la b ra. A n iv el de
las r e p r e se n ta c io n e s la C osa se d ife r e n c ia e n to n c e s c o m o a u sen ­
t e , ex tra n jera , in a sim ila b le. L o q u e a cerca d e e lla se a rticu la
c o m o b u e n o y m a lo d iv id e al s u je to e n su re la c ió n c o n ella .
P ero e sta a tr ib u c ió n prim era q u iere d ecir e str ic ta m e n te : “ N o
e x is te n el o b je to b u e n o y e l o b je to m a lo : e s tá lo b u e n o , lo
m a lo y a d em á s la C o sa ” .13 B u e n o y m a lo en tra n e n e l o rd en
d e la r e p r e se n ta c ió n , s o n ín d ic e s q u e o r ie n ta n la p o s ic ió n
d el s u je to e n té r m in o s d el p r in c ip io d e l p la cer, n u n c a serán
m ás q u e r e p r e se n ta c ió n , a n h e lo , esp era d e a lg o q u e sie m p re
se c o n se rv a a c ierta d ista n c ia d e la C osa q u e , sin em b a rg o ,
regu la d ich a p o s ic ió n . L acan la id e n tific a c o n la te n d e n c ia a
v o lv er a e n c o n tr a r el o b je to ( W ie d e r s u f i n d e n ), q u e fu n d a la
o r ie n ta c ió n h u m a n a h a cia e l o b je to . La C o sa da al p r in cip io
d e l p la c er su le y in v isib le, p ero n o regla sus tr a y e c to s .
A n iv el d e l sistem a a rticu la d o d el in c o n s c ie n te la re a cc ió n
típ ic a e s, L a ca n in s is te , la e lis ió n . E l lugar p riv ileg ia d o de la
rep resió n e s e l rep r ese n ta n te d e la r e p r e se n ta c ió n , e l lugar
d e la r e p r ese n ta c ió n d e palabra es e l lu ga r p riv ileg ia d o d e la
n e g a c ió n , é s te es e l filo m ás c o r ta n te d el e n tr e -d ic h o , es casi
u n a fo rm a in v ertid a d e la rep resió n .
D a s D i n g e stá en e l c e n tr o e x c lu id a , es e se O tro p r e h istó ­
r ic o im p o s ib le d e olv id ar; a n iv el d e l in c o n s c ie n te s ó lo rep re­
sen ta u n a r e p r ese n ta c ió n . E l a tr ib u to es y a su m etá fo ra : “ la
m e tá fo r a c o n s titu y e la a tr ib u c ió n p rim era ” . 14
M ás allá d e l in c o n s c ie n te surge, n o lejo s d el c a m p o d e d a s
D i n g , la p u ls ió n .15 A n iv e l d e la C o sa se rev ela e l lugar del
T r i e b . E se lu gar de la C osa se rep resen ta rá siem p re c o m o u n
v a c ío y , p o r e n d e , p o r o tra C osa.
L as p o c a s refe r en cia s a la C o sa p r e sen te s e n lo s E s c r i t o s
se e n c u e n tra n fu n d a m e n ta lm e n te e n e l a r tíc u lo so b re L ag ach e
y e n “ S u b v ersió n d e l s u je to ” . Si n o se tie n e p r e se n te el d esa ­
rro llo q u e e n t o m o a e lla se rea liza e n L a é t i c a , e sta s m e n c io n e s
resu lta n s u m a m e n te e n ig m á tic a s. E x a m in a rem o s a lg u n a s de
 58 D ia n a S. R a b i n o v i c h

e lla s a h o r a p u e s n o s s e r v ir á n d e p u e n te c o n e l p u n t o s ig u ie n te .
In c lu im o s en e s te c o m e n ta rio lo s e s c la re c im ie n to s re a liz a d o s
al re s p e c to p o r J . -A . M ille r e n su c u rso “ S ín to m a y F a n ta s ­
m a ” , d e l a ñ o 8 2 - 8 3 . 16
E s c r i b e L a c a n : “ ( . . .) e l s u j e t o d e l d e s e o , t a n t o e n l a i l u ­
m in a c ió n d e l fa n ta s m a , c o m o e n su g u a rid a ig n o ta , n o es o tr o
que la C osa, que s ié n d o le lo m ás c e rc a n o es ta m b ié n lo que
m á s s e l e e s c a p a ” . 17
A quí M ille r s e ñ a la b a , en p rim e r té rm in o , la e q u ip a ra c ió n
e n t r e e l s u je t o d e l d e s e o y la C o s a , p u e s a n iv e l d e é s ta la d if e ­
re n c ia e n tre $ y (a) n o puede h a c erse . El fa n ta s m a p e rm ite ,
o p e ra tiv a m e n te , un a c e rc a m ie n to a e lla . E x is te e n tre C o sa
y s u je to una c o m u n id a d de lu g a re s a p a rtir de la c u a l, por
e je m p lo , en la o p e ra c ió n de d iv is ió n d e l S e m in a rio L a a n gus­
tia , por e fe c to del s ig n ific a n te que d e te rm in a una p é rd id a
de goce, el s u je to su rg e en su d iv is ió n , quedando un re s to
d e la m is m a , e l (a ). S e c o n s titu y e a s í e s a e x tim id a d q u e m a r c a
un e x te rio r ín tim o , in c lu id o , d e l q u e L a c a n d a rá c u e n ta to p o -
ló g ic a m e n te .
E n e s te m is m o a r t í c u l o , c o m e n t a n d o la e s t r u c t u r a d e l E s o ,
L a c a n in d ic a q u e a llí la a u s e n c ia d e s u je to e s la d e fe n s a p o r
e x c e le n c ia , “ casi n a tu r a l” , d ic e , “por m uy m arc ad o de a rti­
f ic io que e s té ese a g u je ro quem ado en lo s m a to rra le s de la
p u ls ió n , pues e lla [la d e fe n sa ] o fre c e a la s o tra s in s ta n c ia s
e l l u g a r d o n d e a c a m p a r p a r a a l l í o r g a n i z a r l a s s u y a s ” . 18
N o s re m itim o s por un la d o al d e s a rro llo so b re d e fe n sa s d el
a p a r ta d o a n te r io r p e ro , p o r o tr o , es im p o r ta n te s e ñ a la r q u e e sa
a u s e n c ia d e s u je to d e l E s o e q u iv a le p r e c is a m e n te a la n o d is tin ­
c ió n e n t r e $ y (a ) a n iv e l d e la C o s a , d is tin c ió n q u e r e a p a r e c e r á
e n e l S e m in a rio X I, al s e r d e fin id o el s u je to d e la p u ls ió n c o m o
a c é fa lo . E s e lu g a r v a c ío d e l s u je to a n iv e l d e l E s o p e r m ite p r e ­
c is a m e n te que la s o tra s dos in s ta n c ia s fre u d ia n a s se in s ta le n
.. a l l í . C o n d ic ió n de d ic h a in s ta la c ió n es q u e la e s t r u c t u r a que
o rg a n iz a e l E s o es s ig n ific a n te a u n q u e m u d a ; e n é l e l d e s o rd e n
s ig n if ic a n te s ó lo e s s in c r ó n ic o , p u e s su o r d e n a m ie n to d ia c ró -
n ic o re v e la su le g a lid a d . A quí a lu d e L acan a la in d ife re n c ia
c o m b in a to ria d e l m o n ta je p u ls io n a l se g ú n su fu e n te , su o b je to ,
su m e ta , su d ire c c ió n , p ro y e c to que d e s a rro lla rá ta m b ié n
en e l S e m in a rio X I, p e ro a ú n el c a rá c te r d e e s ta c o m b in a to ria
n o h a s id o c la ra m e n te d ife re n c ia d o del de la c o m b in a to ria
s ig n ific a n te d e l in c o n s c ie n te .
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 59

La le y fu n d a m e n ta l, la le y del in c e s to —c u y a o tra c a ra
es el d eseo del in c e s to , que es el g ran h a lla z g o fre u d ia n o —
que L acan a rtic u la con la le y de la a lia n z a lé v i- s tr a u s s ia n a ,
es s itu a d a a h o ra , com o ta l, a n iv e l d e la r e la c ió n in c o n s c ie n ­
te c o n la C o sa. E l d e seo p o r la m a d r e —e l in c e s to f u n d a m e n ­
ta l es el in c e s to h ijo -m a d re —, e n caso de se r re a liz a d o im p li­
c a ría la a b o lic ió n de la dem anda, la cual e s tru c tu ra com o
ta l el in c o n s c ie n te . L a s u p u e s ta p s ic o lo g ía d e la r e la c ió n m a d re -
h ijo no es m ás que un e n o rm e d e s a rro llo so b re el c a rá c te r
e s e n c ia l d e la C o s a m a te r n a , d e la m ad re en ta n to que ocupa
e l lu g a r d e la C o s a .
L a le y d e l i n c e s to se a p o y a a q u í e n la f u n c ió n d e l p r in c ip io
del p la c e r por la que el ser h a b la n te busca s ie m p re a q u e llo
que debe v o lv e r a h a lla r p e ro que, a la vez, nunca a lc a n z a .
E s ta le y es c o n d ic ió n p a ra que s u b s is ta c o m o ta l la p a la b r a .
E sa C o sa, é x tim a , e s tá s ie m p re en el m is m o lu g a r, por eso
es re a l, y en to rn o a e lla se d e s p lie g a el m o v im ie n to d e la s
re p re s e n ta c io n e s in c o n s c ie n te s , p e ro g u a rd a n d o s ie m p re con
e lla una d is ta n c ia re g u la d a . El p rin c ip io d e l p la c e r e n F re u d
d e n u n c ia la in e x is te n c ia del B ie n S o b e ran o , p u e s la C o sa, el
b ie n so b e ra n o , es u n b ie n in te rd ic to . “ E s te es el fu n d a m e n to
i n v e r t i d o , e n F r e u d , d e l a l e y m o r a l . ” 19
El cam po de la C o s a e s tá ro d ead o por una b a rre ra , c ru z a r
el u m b ra l en esa d ire c c ió n es in te rn a rs e en ese m á s a llá d e l
p rin c ip io d e l p la c e r que es el g o ce. A llí e s d o n d e la p r e g u n ta
por el ser se v u e lv e m á s a c u c ia n te . E n “ S u b v e rs ió n d e l s u je ­
to . . .” L acan d ic e re firié n d o s e a é l: “ Soy [ e l Je] e n e l lu g a r
donde se v o c ife ra que ‘e l u n i v e r s o es u n d e f e c t o e n la p u r e z a
del no s e r ’. E s e lu g a r h a c e la n g u id e c e r a l s e r m is m o , se lla m a
e l g o c e , e s a q u e l c u y a f a l t a h a r í a v a n o e l u n i v e r s o ” .20 L a a u s e n ­
c ia d e e s e g o c e h a c e a l O t r o i n c o n s i s te n te ( /( ) . A l s e r h a b la n t e
ese g o c e le e s tá p r o h ib id o , s u p u e s ta m e n te p o r c u lp a d e l O tro .
C om o el O tro no e x is te , la fa lta (f a u t e : f a l t a m o ra l) recae
so b re el Y o (Je ). E s ta p o s ic ió n c u lm in a en el p ecad o o rig in a l
c u y a u ltim a v e r s ió n , la “ m e n o s c r e t i n i z a n t e ” , s e ñ a la L acan,
e s e l m i t o f r e u d i a n o d e T ó te m , y T a b ú .
“ El goce, pues, e s tá p ro h ib id o a q u ie n h a b la com o ta l, o
s ó lo p u e d e s e r d ic h o e n tr e -lín e a s p o r c u a lq u ie ra q u e se a s u je to
d e l a L e y , p u e s l a L e y s e f u n d a e n e s a i n t e r - d i c c i ó n m i s m a . ” 21
N u e v a a rtic u la c ió n de la le y d e l i n c e s t o , lo p r o h i b i d o e s a h o r a
el g o c e d e la C o sa .
60 D ia n a S. R a b in o v ic h

L a m o d i f i c a c i ó n d e la p o s i c i ó n d e l a n a l i s t a

E sta e x p lo r a c ió n d e e se rea l q u e o rd en a , b a jo e l n o m b r e de
g o c e , a la e x p e r ie n c ia a n a lític a , tie n e u n a prim era co n secu en cia
fu n d a m e n ta l q u e se le e e n e l sem in a rio so b re L a t r a n s f e r e n c i a .
A llí, e l a n a lista es c o lo c a d o p o r L acan en e l lugar de o b je to
y la tra n sferen cia e s d e sd e e l in ic io ca ra cteriza d a p o r su d isp a ­
rid a d su b jetiv a . E sta in c lu s ió n d e l 0 c o m o fu n d a m e n to del
a n á lisis, de un ú n ic o 0 e n ju e g o , e l a n a liz a n te , im p lica clara­
m e n te q u e e s e o y e n t e q u e era e l O tr o (A ) e n u n p rim er tie m p o ,
e l A ca p a z d e r e c o n o c e r p o r u n la d o y , p o r o tr o , e l (A ) lugar
d e l sig n ific a n te , e n c u e n tr a n u n n u e v o lugar e n el a n á lisis a
p artir d e la u b ic a c ió n d el a n a lista en e l lugar de o b je to , agalm a,
o b je to q u e y a n o es e l o b je to im a g in a rio d el c ir c u ito a—a ’.
E l agalm a es u n m ix t o p articu lar: “ I n c lu id o e n e l o b je to (a ),
e stá e l aga lm a, (. . .) [e l fa lo ] a fe c ta d o d e u n sig n o ( - ) ” .22
E l (a ) c o n te n ie n d o p u es a l (-ip ) e s e l “ a g a lm a ” , a q u e llo
q u e el a m a n te (m e tá fo r a d e l a n a liz a n te ), e l q u e es m o v id o
p o r la fa lta en ser d el d e s e o , b u sca e n e l a m a d o q u e lo e n c a m a .
J u n to a e sta d im e n sió n d e o b je to d e la p o s ic ió n d el an alista,
d im e n s ió n q u e e s a lu d id a ta m b ié n c o m o “ p resen cia r e a l”
en e l sem in a rio d e L a t r a n s f e r e n c i a (q u e reap arecerá en las
fo r m u la c io n e s de L a ca n a cerca d e la im p o sib ilid a d d e rep re­
se n ta r e l (a ), p u es é s te se p r e sen ta 2 3 ), su rge e l c o n c e p to de
s u je to su p u e s to al sab er, p u n to d e p a rtid a d el an álisis. E n c o n ­
tra m o s su fó rm u la e n la “ P r o p o sic ió n de O ctu b re d el 6 7 ” 24
y , o b v ia m e n te , n o m e d e ten d r é en su an álisis d e ta lla d o ; s e n c i­
lla m e n te q u erría m o stra r q u e e s te c o n c e p to es in sep a ra b le
d e u n a relectu ra de L a ca n d e a q u e llo q u e su e x p e r ie n c ia p ri­
m ero le h a b ía señ a la d o . E n p rim er té r m in o , la s u p o s ic ió n a q u í
es d o b le: se su p o n e u n saber y se su p o n e u n su je to . L acan y a
h a b ía d e fin id o e l in c o n s c ie n te c o m o sab er, c o m o u n “ n o
q u erer sa b er n ad a d e e s o ” , 25 c o m o la c o n s titu c ió n m ism a
d e u n e s p a c io d e u n sa b er n o -d ic h o . H em o s v is to c ó m o e l
s u je to s e tra n sfo r m ó a p artir de ese su je to , S, sin barrar, d el
e sq u e m a L, en el $ ta c h a d o , d iv id id o , c u y o lugar en la e n u n ­
c ia c ió n e s im p o sib le d e p recisar, c u y o b o r r a m ie n to es c o n d ic ió n
d e la e n u n c ia c ió n m ism a a n iv e l in c o n s c ie n te . E ste s u je to
es p u e s un e f e c t o d e la ca d en a s ig n ific a n te , lo q u e u n sig n i­
fic a n te rep resen ta a n te o tr o sig n ific a n te , e f e c t o siem p re divi­
d id o , q u e e s c o n s titu id o c o m o e fe c t o de s ig n ific a c ió n p o r la
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 61

a r tic u la ció n s ig n ific a n te . S in e m b a rg o , esa a r tic u la c ió n sig n i­

fic a n te es u n sa b er sin s u je to , d e fin ic ió n p o r e x c e le n c ia d el
in c o n s c ie n te ; n o h a y n a d ie q u e d ig a j e ( y o ) a e s e n iv el.
P ero e l e f e c t o s u je to se im p o n e p o r a c c ió n m ism a d e la
e str u c tu r a s ig n ific a n te y , m e a tre v e r ía a d e c ir q u e , e n la é p o c a
d e l “ D isc u r so d e R o m a ” , L a ca n c r e y ó e n e s e s u je to e fe c t o
d e la a r tic u la c ió n in c o n s c ie n te , lo a su m ió c o m o la p o sib ilid a d
d e q u e e l a n a liz a n te d ijese J e en lugar de M o i . E l S .S .S . im p lica
p u es u n a in te r p r e ta c ió n r e tr o a c tiv a de L a ca n d e su p r o p io
d iscu rso , in te r p r e ta c ió n q u e im p lic a u n a m o d ific a c ió n su sta n ­
c ia l d e la d ir e c c ió n d e la cu ra y m u estra c ó m o é sta d e p e n d e
d e la t e o r ía d e l in c o n s c ie n te q u e te n g a e l a n a lista .
H a y p u e s u n sab er q u e n a d ie sab e: é sta es la su b v ersió n
freu d ia n a d e l s u je to . E l len g u a je es la c o n d ic ió n d e l in c o n s ­
c ie n te , d e esa a r tic u la c ió n sig n ific a n te sin s u je to q u e la dirija,
e n la q u e é s te s ó lo e s su e fe c to .
C o n io c r e o p u e d e v erse c o n f lu y e n a partir d e L a E t i c a d o s
d im e n sio n e s d ife r e n tes: la prim era se v in c u la c o n e l e s ta tu to
d e la c a d e n a s ig n ific a n te en e l in c o n s c ie n te , c o n e l e f e c t o d e
s u je to q u e é sta p r o d u c e — , s u je to d iv id id o p o r a c c ió n d el
sig n ific a n te . E s te s u je to d iv id id o se c o n fig u r a c o m o fa lta ,
a gu jero, a u s e n c ia , c u y a a p a r ic ió n e v a n e s c e n te se a c tu a liz a
e n la s fo r m a c io n e s d e l in c o n s c ie n te . A p a rició n v a c ila n te , fu g a z,
h u id iz a .
E l U n o p e r te n e c e a la esfera d e l s ig n ific a n te , e n e lla se d esa­
rrollará u n a larga y d en sa in v e stig a c ió n a cerca d e é l, q u e va
d esd e e l rasgo u n a rio de L a i d e n t i f i c a c i ó n h asta e l ‘H ay u n o ’
d e . . . o p e o r , in v e stig a c ió n q u e se c e n tr a e n la ló g ic a d el U n o
q u e h a c e c o n tr a p u n to c o n la im p o s ib ilid a d d e h a cer de d o s
U n o s U n o e n la c o n ju n c ió n s e x u a l. E l d o s a p a rece lig a d o al
se g u n d o s ig n ific a n te , S 2 , a l o t r o s ig n ific a n te q u e resu m e el
c o n ju n to de la b a te r ía s ig n ific a n te m ism a, u n a v e z q u e L acan ,
a s u m ie n d o c a b a lm e n te la s c o n s e c u e n c ia s d e la in c o n s is te n c ia
d e l A , d e la im p o s ib le to ta liz a c ió n d el U n iv erso d el d iscu rso ,
o
reem p la za e l a lg o r itm o sa u ssu rea n o — p o r e l m atern a S p S 2
s
c o m o escritu ra d e la ca d en a sig n ific a n te . E n e s te p u n to se d e s­
p lieg a la in v e stig a c ió n so b r e e l sa b er, q u e L a ca n design ará
c o m o S 2 , e n su a r tic u la ció n c o n lo real p o r u n a p a rte y , p o r
o tra , se fu n d a en e l p ar s ig n ific a n te la a lie n a c ió n , o p e r a c ió n
ló g ic a , q u e c r e a al s u je to c o m o
62 D ia n a S. R a b i n o v i c h

N o es casu al q u e la t e o r í a d e la id e n t if i c a c i ó n s u f r a e n e s te
m o m e n to de la enseñanza de L acan un a m p lio d e s p lie g u e ;
la in v e s tig a c ió n de su s fo rm a s resp o n d e p re c is a m e n te a la
f a lta d e id e n tid a d q u e se e n c u e n tr a a n iv e l d e l s u je to d e l in c o n s ­
c ie n te .
E s ta fu n c ió n de la fa lta d e l je d e te rm in a rá p re c is a m e n te
la f o rm u la c ió n d e la a lie n a c ió n , v ía e l c o g ito c a rte s ia n o y
la d i f e r e n c ia s im é tr ic a d e la ló g ic a m a te m á tic a , c o m o u n o y o
(je ) n o p i e n s o o y o (je ) n o s o y , e n l a c u a l e s f u n d a m e n t a l
p r e c i s a r q u e l a n e g a c i ó n r e c a e s o b r e e l y o (je ) y n o s o b r e e l
se r o el p e n sar.
En e s ta d im e n s ió n se d e s p lie g a el tra b a jo , ya ló g ic o , de
L acan so b re el e f e c to d e v e rd a d ; la id e a d e re v e la c ió n se b o r r a
y e n s u l u g a r s u r g e l a e s e n c i a l b o l u d e z ( c o n n e r ie ) d e l a v e r d a d .
E s ta d im e n s ió n es, en fo rm a g lo b a l, la q u e c o rre sp o n d e al
A u to m a to n .
La seg u n d a d im e n s ió n se re la c io n a con lo que se u b ic a
del la d o d e la C o s a . E s , e n p r im e r té r m in o , la d im e n s ió n del
o b je to (a ) c o m o c a u s a d e l d e s e o , c o m o lu g a r d e l o b je to p e r d id o
en su d e t e r m i n a c i ó n r e a l q u e r e s p o n d e p a r a L a c a n a s u p r o d u c ­
c ió n to p o ló g ic a . El (a) es m a te rn a y hay una ló g ic a d e l (a)
en ju e g o . La m is m a asum e fo rm a s d iv e rs a s , s ie n d o ta m b ié n
su p u n t o d e p a r t i d a e l S ( A ) , e s d e c i r , e l d e s e o d e l O t r o . A l g u n a s
d e s u s fo rm u la c io n e s s o n p o r e je m p lo la ló g ic a d e l r e s t o , s ie m ­
p re c o n se rv a d a , q u e L acan p la n te a en lo s S e m in a r io s IX y X ,
la d e l irra c io n a l q u e supone su a rtic u la c ió n con e l 1 d e l fa lo
com o “ m e d ia y e x tre m a ra z ó n d el d e se o ” , p a ra c u lm in a r e n
la ló g ic a d e la r e c u p e r a c ió n q u e , a p a r tir d e la p lu s v a lía , c o n ­
d u c e a l c o n c e p to d e p lu s d e g o z a r.
S u o p e r a c ió n p o r e x c e l e n c i a e s la s e p a r a c ió n , la s e g u n d a d e la s
o p e ra c io n e s d e c o n s titu c ió n d e l s u je to e n el S e m in a rio X I, o p e r a ­
c ió n f u n d a m e n ta l e n la d e f in ic ió n d e l f in a l d e a n á lis is .
Su a rtic u la c ió n con la cadena s ig n ific a n te es c la ra , el (a)
es su p ro d u c to m a y o r, e in tro d u c e una n u e v a v e rtie n te de la
r e p e tic ió n : la Tyche o fu n c ió n d el e n c u e n tro im p o s ib le , que
e s e l o t r o r o s tr o d e la r e p e tic ió n .
A q u í , la v e r d a d s u rg e c o m o v a lo r ló g ic o : v a lo r a x io m á ti c o ,
com o en el fa n ta s m a fu n d a m e n ta l, v a lo r de v e rd a d del (a ),
e l irr a c io n a l s e rá la f o r m a e n q u e in te n ta r á m e d ir lo .
L a c o n flu e n c ia d e la s d o s d im e n s io n e s e s p re c is a m e n te el
p ro b le m a q u e la s e x u a lid a d le p l a n t e a a l s e r h a b la n t e . S e x u a li­
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 63

da d y m u e r te se rea rticu la n en e l X I para c u lm in a r en las fo r ­

m u la c io n e s d e lo s S em in a rio s X II, X III y X IV a c e rc a de la im p o ­
sib ilid a d (ló g ic a ) d e l saber so b re el s e x o . E l c o n c e p to p u e n te
e s a q u í la p u ls ió n ta l c o m o su rge en e l S em in a rio X I, d o n d e
p u ls ió n d e m u e r te y p u lsió n p a rcia l se a rticu la n . La fó rm u la
cen tra l q u e u n e la s d o s v e r tie n te s es “ n o h a y a c to s e x u a l” .
P ro ced eré a h o ra a p recisa r c o n m a y o r d e ta lle a lg u n o s de
lo s h ito s c e n tr a les d e e s te d esa rro llo , en su a r tic u la ció n e s p e ­
c ia lm e n te c o n e l len g u a je a n iv e l d e l E so .

L ó g ic a d e l U n o

Q u isiera c o m e n z a r c o n u n a c ita d e L a ca n q u e e n u n c ia cla ra­

m e n te lo q u e lu e g o se e x p o n d r á : “ ( . . . ) el ser d e l s u je to es
la su tu ra de u n a fa lta . P r e cisa m e n te d e la fa lta q u e, al e sc a ­
m o te a r se en e l n ú m e r o , lo s o s tie n e c o n su recu rren cia ; a u n q u e
lo so s tie n e a llí, s ó l o p o r s e r l o q u e le f a l t a a l s i g n i f i c a n t e p a r a
s e r e l U n o d e l s u j e t o , es d ecir, e se té r m in o q u e e n o tr o c o n t e x t o
lla m a m o s rasgo u n a rio , m arca d e u n a id e n tific a c ió n prim aria
q u e fu n c io n a rá c o m o id ea l. E l s u je to se h ie n d e p o r ser a la v ez
e fe c t o d e la m arca y s o p o r te d e su fa lta ” .26 (E l su b ra y a d o es
n u e str o ).
E l p r o b le m a ce n tr a l q u e e s e je de e s te d esa rro llo es p r e c i­
sa m e n te “ q u é le fa lta al s ig n ific a n te para ser e l U n o d el s u je to ” .
L o a b o r d a r e m o s p rim ero d esd e la p e r sp e ctiv a d el rasgo u n a rio .

a) R asgo u n a rio y n o m b r e p r o p io

E fe c tiv a m e n te , e l rasgo u n a rio surge in ic ia lm e n te en L acan

e n re la c ió n a la d im e n sió n id e a liz a n te d el O tro de la d em a n d a .
Es c a ra cteriza d o c o m o la in sig n ia d e u n “ p o d e r t o d o ” en p o t e n ­
c ia , a p artir d e l q u e n a ce c o m o ta l la p o sib ilid a d , p u e s es la p ri­
m era m arca d e l s ig n ific a n te so b r e e l su je to , m arca q u e en tra ñ a
su a lie n a c ió n e n la id e n tific a c ió n p rim era d el Id ea l d el y o . E sta
m arca e stá lig a d a c o m o ta l al p o d e r d el O tro , e se q u e m e n c io n a ­
m o s al referirn o s a la fru stra ció n , O tro c u y o c a p r ic h o d eja
al s u je to p reso de su resp u esta a la d em a n d a de a m o r. E l I es
in sep a ra b le d e esa d im e n s ió n id e a liz a n te , to ta liz a d o r a , q u e
in sta la al s u je to en e l fu tu r o a n te rio r . D im e n sió n d el p r o y e c to ,
p o d r ía in c lu s o lla m á rselo s ig n ific a n te de la D e m a n d a d el O tro ,
64 D ia n a S . R a b i n o v i c h

m u y a m e n u d o c o n fu n d id o c o n e l s ig n ific a n te d el d e s e o d el
O tro . L acan lo h a b ía in sta la d o en la d im e n sió n de la d o n a c ió n
en r e la c ió n a l E d ip o , p e r o c r e o q u e su ca rá cter rad ical es,
p r e c isa m e n te , su d e te r m in a c ió n p o r la d e m a n d a d el A , de la
cu a l ta m b ié n d e p e n d e la d ia lé c tic a d e l d o n .
S in e m b a rg o , e n e l S e m in a r io so b re L a i d e n t i f i c a c i ó n e l rasgo
u n a r io a d q u ie r e , a u n q u e sie m p r e so lid a r io d e la d em a n d a ,
u n a n u e v a d im e n sió n . L a ca n lo u tiliz a para fu n d a r el U n o q u e
in d ic a q u é tie n e e n c o m ú n t o d o s ig n ific a n te p o r ser p rim era ­
m e n te rasgo. E ste s o p o r te q u e es el rasgo es in sep a ra b le d el sig ­
n ific a n te c o m o in s c r ip to , c o m o escritu ra . C o m o ta l m arca
la su b siste n c ia de la d ife r e n c ia ir r e d u c tib le q u e , al r e p etirse,
in siste ; su s o p o r te e s la letra y gracias a é l la d ife r e n c ia se
in tr o d u c e e n l o real. P u ed e ob serv a rse q u e e l c o n c e p to de
le tra p asa a te n e r u n s e n tid o ca d a v e z m á s lig a d o a la e scr i­
tu ra c o m o escritu ra ló g ic o -m a te m á tic a . L as r eferen cia s a P ierce
y a F reg e s o n e n e s te s e n tid o in d ica tiv a s.
Si e s te rasgo fu n d a la p o sib ilid a d es p o r q u e é sta d e b e ser
e n te n d id a en s e n tid o ló g ic o ; lo p o s ib le es: p o n o p . E l rasgo
p o r s í s o lo n o a lca n za para fu n d a r lo im p o sib le . P ero esta
fu n d a m e n ta c ió n ló g ic a d e lo p o s ib le en tra ñ a c o m o ta l la n o
e x is te n c ia c o m o u n a d e la s p o sib ilid a d e s; es la e x c e p c ió n , el
c a sillero v a c ío q u e L a ca n to m a p r e sta d o d e P ierce, el q u e
p e r m ite a q u í fu n d a r e l u n iv ersa l a firm a tiv o a p artir de la e x c e p ­
c ió n , a la q u e L acan escrib e ( - 1 ) . E se ( - 1 ) es la prim era fo rm a
d e l s u je to c o m o c o n s e c u e n c ia d e l a c to d e e n u n c ia c ió n ta l c o m o
L a ca n lo e n tie n d e , es la p o sib ilid a d d e s u je to y co r re sp o n d e
a esa o p e r a c ió n in tr o d u c id a y a e n e l S em in a rio IV , la p riv a ció n .
A e s te n iv e l e l s u je to e s a u sen cia , to d a v ía n o e s su b jetiv id a d .
S u o tra fo r m u la c ió n , c o m o p o s ib le , es la d el u n o e n m á s ( + 1 ) ,
q u e las v u e lta s d e la d em a n d a en to r n o al a gu jero ce n tr a l del
to r o e s c o n d e n , en la m ed id a en q u e n o se c u e n ta la v u e lta
e n m á s rea liza d a e n t o m o al agu jero ce n tr a l d e l m is m o . S a b e ­
m o s q u e L acan in d ic ó la n e c e sid a d d e l c ru ce d e d o s to r o s (el
se g u n d o to r o es e l A ), para q u e e l s u je to p u e d a in clu irse en
la c u e n ta (p refig u ra ció n de la r e u n ió n d e la a lie n a c ió n ), para
q u e p u e d a co n ta rse c o m o Y o .
E sta fu n c ió n d e l u n a rio en rela ció n al u n o y su p o sib ilid a d
o n o d e rep resen ta r al s u je to e s fu n d a m e n ta l para e n te n d e r qu e
L a ca n a p u n ta a a lg o m á s a b a rca tiv o q u e a la fu n c ió n d e l id ea l
c o m o s im b ó lic o y a u n tip o d e id e n tific a c ió n .
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 65

A tra v és d e la fu n c ió n d e l ( - 1 ) , v e m o s surgir n u e v a m e n te
al U n o p e r o e sta v e z e n re la c ió n al S (A ), sig n ific a n te d e u n a
fa lta e n e l O tr o , te s o r o d e l s ig n ific a n te . E ste sig n ific a n te es
la r e sp u e sta a la p reg u n ta “ C h e v u o i? ” , y si es u n sig n ific a n te
d e la fa lta en e l O tro e s p r e c isa m e n te p o r q u e e l O tr o , c o m o
garante d e la verd ad , n o tie n e n in g u n a v erd a d ú ltim a q u e
r e sp o n d er.
L acan d e fin e a e s te s ig n ific a n te c o m o a q u e l a n te e l cu a l
e l r e sto d e lo s s ig n ific a n te s rep resen ta al s u je to , v a le d ecir ,
com o un
Sin e m b a rg o , e s te s ig n ific a n te e s e l q u e n u n ca p o d r á in clu irse
d e n tr o d e la b a te r ía sig n ific a n te p o r “ ser u n rasgo q u e se tra za
p o r su c ír c u lo sin p o d e r c o n ta r s e e n él: in h e r en cia d e u n ( - 1 ) en
e l c o n ju n to s ig n ific a n te ” .27 La c a r a c te r ístic a q u e Lacan. le
a d ju d ica es la d e ser im p r o n u n c ia b le . D e sc r ib e , e m p e r o , su
o p e r a c ió n : “ lo q u e se p r o d u c e ca d a v e z q u e u n n o m b r e p r o p io
es p r o n u n c ia d o . Su e n u n c ia d o ig u a la a su e n u n c ia c ió n ” . L u eg o

d a su fó r m u la :— = s (e n u n c ia d o ), c o n S ( - 1 ) , s = V - 1 . 28
s

Para d ilu cid a r e sta fó rm u la y e s ta fu n c ió n d e l n o m b r e p r o p io ,

q u e es d ife r e n te a la d e l id ea l, p r e c isa m en te p o r v in cu la rse
c o n e l A y n o c o n e l A d e la d em a n d a , m e referiré a l d esa rro llo
rea liza d o p o r J. -A . M iller e n su c u r so d el a ñ o 8 4 - 8 5 .29
L acan h a c e r eferen cia a m e n u d o al p r o b le m a d e l n o m b re
p r o p io ; se ex a m in a rá n en lo q u e sig u e so b re t o d o su s fo r m u ­
la c io n e s e n lo s S em in a rio s IX y X II.
E n L a i d e n t i f i c a c i ó n L acan y a h a c e r eferen cia a l p r o b le m a
q u e gen era e n ló g ic a e l n o m b r e p r o p io ; in c lu s o se r e fiere a llí,
igu al q u e e n e l S em in a rio X II, a la p o lé m ic a d el lin g ü ista Gar-
d in er c o n B . R u sse ll.
M iller señ a la , para c o n te x tu a r el p r o b le m a , q u e la d iscu sió n
so b re e l n o m b r e p r o p io es u n a d isc u sió n a cerca de la rela ció n
e n tre e l n o m b r e y e l r e fe r e n te , u n a d e sc r ip c ió n resu m id a ,
a b revia d a, “ a w o r d fo r a p a r tic u la r ” . G ard iner le o p o n e c o m o
a rg u m en ta c ió n q u e e l n o m b r e p r o p io n o p a rece d e p e n d e r del
s e n tid o d el o b je to , sin o q u e e s u n a m arca; lo e s p e c ific a su
cará cter d is tin tiv o y d e m arca y , e n t a n to lin g ü ista , a c e n tú a
e l s o n id o c o m o rasgo d istin tiv o .
L acan se ñ a la 30 q u e e l n o m b r e p r o p io se e m p a r ie n ta p rin ­
c ip a lm e n te c o n la letra , en ta n to p a r e c er ía q u e la escritu ra
66 D ia n a S . R a b i n o v i c h

m ism a n a c e d e la m arca. E l n o m b r e p r o p io p a rece, p u e s, d o b la r

la p rem isa sau ssu rean a d el len g u a je, d e l rasgo d iferen cia l del
fo n e m a , p ero lo d o b la in c lu y e n d o e l rasgo e n r ela ció n a la
fu n c ió n d el s u je to e n e l len gu aje: n o m b ra rse c o n u n n o m b re
p r o p io . E s a q u e llo q u e e n e l len g u a je p e r m ite la in c lu sió n
d e l rasgo; p o r e s o , señ a la L acan , n o se tra d u ce de u n a len g u a
a o tra , e s to e s lo q u e lo ca ra cteriza a n iv el de su sig n ific a c ió n .
E n e l a c to d e la e n u n c ia c ió n h a y u n a n o m in a c ió n la te n te ,
e n u n c ia c ió n q u e e lid e a lg o q u e n o se p u e d e saber: “ E l n o m b r e
d e lo q u e e s c o m o s u je to d e la e n u n c ia c ió n ” .31
E s p u e s u n ( - 1 ) , p u e d e fa lta r, su g iere e l a gu jero y es e n rea li­
d a d u n a su tu ra de la fa lta . L acan c o n c lu y e : “ e l in c o n s c ie n te
d e l h o m b r e e s in n o m in a d o p o r ser in d e te r m in a d o [el s u j e t o ] ” .32
M iller in c lu y e e n su cu rso u n a referen cia al ló g ic o K rip k e,
q u ie n d isc u te y trab aja p r e c isa m e n te la te m á tic a d el n o m b re
p r o p io .33 K rip k e p arte d e la c r ític a a R u sse ll, se ñ a la n d o qu e
to d a p r e d ic a c ió n fa lla e n ca p ta r la fu n c ió n p ro p ia d el n o m b r e .
L o p ie n sa a p artir d e lo q u e lla m a lo s “ m u n d o s p o s ib le s ” .
P o r e je m p lo , d ecir “ N ix o n es p r e s id e n te ” p o d r ía ser u n a d e s­
c r ip c ió n d e fin id a d e u n r e fe r e n te . P ero , d ice K rip k e, p o d r ía
p en sa rse e n u n m u n d o p o s ib le d o n d e N ix o n n o sea p r e sid e n te ,
e sta p o sib ilid a d n a d a c a m b ia al n o m b r e N ix o n . Para él u n
n o m b r e es a b s o lu ta m e n te a jen o , d ife r e n te d e to d a a d ju d ica ­
c ió n d e p ro p ied a d . L o d e n o m in a d esig n a d o r r íg id o , p recisa ­
m e n te p o r q u e p e r m a n ec e c o n s ta n te en to d o s lo s m u n d o s p o s i­
b les. N o p u e d e m e n o s q u e llam ar la a te n c ió n e s te r a z o n a m ie n to
e n su c ru ce c o n la in tr o d u c c ió n p o r p arte de L acan d el ( - 1 )
c o m o e s e n c ia lm e n te r e la c io n a d o c o n lo p o s ib le . C o n tin ú a
K rip k e d ic ie n d o q u e N ix o n n o es m á s q u e u n n o m b r e para
e se h o m b r e . Se p erca ta d el v a lo r sig n ific a n te d el n o m b r e p r o ­
p io , in d e p e n d ie n te m e n te de su s ig n ific a d o : é s te a p u n ta p u es
a u n r e fe r e n te sin p r o p ie d a d e s, es d ecir, al ca sillero v a c ío
d e P ierce q u e en ca rn a a la u n iv ersa l n eg a tiv a . E n tre e l n o m b r e
p r o p io c o m o S , y e l ca sille r o v a c ío h a y u n a c o n ju n c ió n a b s o ­
lu ta .
L a ca n se ñ a la p u e s , c o n ra zó n , q u e la ú n ic a d e sc r ip c ió n
d e fin id a q u e h a y en p sico a n á lisis para ca p ta r a lo s in d iv id u o s
es la d e sc r ip c ió n d e fin id a d el fa lo ( $ x ) .
K rip k e se p erca ta d e q u e u n a s ig n ific a c ió n d e fin id a es u n a
m e tá fo r a , siem p re se d esig n a a lg o m e d ia n te o tra c o sa , e s d ecir,
to d a d e sc r ip c ió n im p lic a s u s titu c ió n ; p o r e n d e , el re fe r en te
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 67

n u n c a es e l c o r r e c to y t o d o len g u a je e s m e ta fó r ic o o , c o m o
lo d ice L acan , e l s e n tid o p r o p io n o e x is te , s ó lo e n c o n tr a m o s
s e n tid o fig u ra d o .
E l n o m b r e p r o p io es e q u iv a le n te al ca sille r o v a c ío p o rq u e
si u n a d e sc r ip c ió n d efin id a e s u n a d e sc r ip c ió n q u e a d ju d ica
p r o p ie d a d e s, p r e d ic a d o s, para é s te n o v a le n in g u n a p ro p ied a d ;
n o p u e d e d esig n a rse m e d ia n te p r o p ie d a d e s u n ser q u e ca rece
d e ella s. E l n o m b r e p r o p io e s lo q u e e n e l len g u a je a p u n ta a
lo real c o m o im p o s ib le d e d e c ir , señ a la M iller; a p u n ta h a cia e l
ag u jero , al ser c o m o fa lta e n su lugar. R e c o r d e m o s a q u í la
re la c ió n e n tre el agu jero y el su je to ta l c o m o surge e n e l apar­
ta d o a n te rio r . P o r e s o , c o n tin ú a M iller, e l n o m b r e p r o p io
e q u iv a le a S ( A ) , p u n to d e a u se n c ia d el s ig n ific a n te a d e c u a d o ,
p u n to d e a gu jero. E sto es, el d esig n a d o r r íg id o d e K rip k e: su
e n u n c ia d o se ig u a la c o n su sig n ific a c ió n .
P o d e m o s c o n c lu ir d e e s te r eco rrid o qu e e l n o m b r e p r o p io ,
el rasgo u n a r io , e l S (A ), so n to d a s fo rm a s d e lo q u e “ le fa lta
al s ig n ific a n te para ser e l U n o d e l s u je to ” , ca si p o d r ía d ecir se,
para h a c e r lo U n o . P o r e s o L a ca n d ice: “ (. . .) es lo q u e le fa lta
al s u je to para p en sa rse a g o ta d o p o r su c o g it o , o sea , lo q u e
tie n e d e im p e n sa b le . ¿ D e d ó n d e p r o v ien e e se s e r q u e ap arece
e n d e f e c t o e n e l m ar de lo s n o m b r e s p r o p io s ? ” 34 E l su b ra y a d o
d e “ s e r ” es n u e s tr o , p r e c isa m e n te p o rq u e e s e ser, n o su jeto ,
p r e ste m o s a te n c ió n , e s e l q u e e stá “ e n e s e lu gar q u e h a ce
la n g u id ecer al ser m ism o , q u e se lla m a e l g o c e . . . ” (ver p ágin a
5 9 ).
E ste m ism o sig n ific a n te p u e d e ser c o n sid e r a d o c o m o ( + 1 )
y e n ta n to ta l r e sp o n d e , lu e g o lo r e to m a r em o s, a la estru ctu ra
d e la in te r p r e ta c ió n .
A c e r c a de e s te ser L acan señ a la en e l S em in a rio X I I 35 lo
q u e a llí d e n o m in a “ p o s ic io n e s su b jetiv a s d el se r ” . E sta s p o s i­
c io n e s so n tres: sab er, s u je to y s e x o —ser d el su je to d e l y o s o y
c a rtesia n o , ser d e l sab er y ser s e x u a d o .
E l d e sc u b r im ie n to fre u d ia n o es e l d e u n a re la c ió n in é d ita
d el s u je to c o n u n n o -sa b er; e n e l in c o n s c ie n te e l s u je to reh ú sa
c ie r to p u n to d e sab er, e v ita a d red e e l sab er d el s e x o . E l S .S .S .
e s el q u e se su p o n e sab e, c o m o s u je to d el in c o n s c ie n te , lo
q u e dq, n in g ú n m o d o h a y q u e saber. E n la d im e n sió n de este
saber e l s u je to se p r e sen ta c o m o in d e te r m in a d o , p r e c isa m en te
p o r q u e sus e fe c t o s de sig n ific a c ió n v a ría n , p o r q u e e n e l sig n i­
fic a n te n o lleg a a d eterm in a rse c o m o U n o ; p ero e l sa b er (in c o n s-
68 D ia n a S . R a b in o v ic h

c ie n te ) se d e tie n e a n te e l s e x o , e l c u a l se p r e sen ta c o m o im p o ­
sib le de saber. E n la c e r te z a d e e s te saber im p o s ib le so b re el
s e x o se d eterm in a su lu gar c o m o su je to , a n iv e l d e l p u r o d e fe c to
d el s e x o . A m b o s p o io s , sab er y -su jeto se a ú n a n e n e l S .S .S .,
p r e c isa m en te p o rq u e e l s u je to e s lo q u e al saber le fa lta . L acan
señ a la e x p líc ita m e n te e n e s te sem in a rio q u e a llí d o n d e H eg el
p o n ía a la m u e rte c o m o fu n d a m e n to de ese s u je to su p u e s to ,
a llí se sitú a para é l lo im p o s ib le d el sab er d el s e x o y su c o n s e ­
c u e n c ia m a y o r, e l o b je to (a ). P or e so dirá L a ca n en la L ó g i c a
d e l f a n t a s m a q u e e l in c o n s c ie n te n o h a b la e l s e x o , sin o d e l s e x o .
E l ser d el su jeto es e l ser-d e l-sín to m a , a llí d o n d e se separan
v erd a d y saber, p u es e l s í n t o m a e s s e r - d e - v e r d a d . E l ser-del-
saber es ese su jeto im p o s ib le y , p o r e n d e real, d el s u je to d el
in c o n s c ie n te .
Y a se in d ic ó q u e e l g o c e se a rticu la c o n e s e lugar d el ( - 1 )
y a llí se u b ic a n o s ó lo el n o m b r e p r o p io o e l rasgo u n a rio ,
sin o ta m b ié n e l fa lo c o m o sig n ific a n te d el g o c e . E l fa lo c o m o
sig n ific a n te d el g o c e in tr o d u c e e l U n o d e la u n id a d q u e, c o m o
e le m e n to ter c e ro , fu n c io n a p e r m itie n d o u n a m e d ia c ió n en tre
a m b o s s e x o s . Su fu n c ió n surge p r e c isa m en te d e l im p o sib le
sab er so b re e l s e x o a n iv el d el in c o n s c ie n te , d el a gu jero q u e
a llí e x is te e n lo re fe r en te al s e x o , e s d ecir , d e la ca stra ció n ;
fu n c io n a c o m o sig n o d e u n a fa lta .
La le y fu n c io n a a q u í c o m o in te r d ic c ió n d el g o c e a u to e ró -
t ic o , g o c e q u e h a c e o b s tá c u lo a la c o n ju n c ió n se x u a l. E n e ste
p u n to se d esp lieg a el c o m p le jo de c a stra ció n y la e x ig e n c ia
d e u n a m arca d e la in te r d ic c ió n , m arca c u y a c o n s titu c ió n
im p lica u n s a c /ific io in sep a ra b le de la e le c c ió n m ism a de su
s ím b o lo : e l fa lo . E sta e le c c ió n es p o s ib le p r e c isa m en te p o rq u e
e l fa lo , e n t a n to im a g en d e l p e n e , a p a rece e n fa lta , n e g a tiv o ,
en la im a g en esp ecu la r, esca p a al c ir c u ito n a rcisista , c o n c e n tr a
u n r e sto a u to e r ó tic o irr e d u c tib le . P o r e s te r o d e o d e v ien e s ím ­
b o lo d e l lu g a r d e l g o c e , p r e c isa m en te p o r q u e surge c o m o
fa lta en la im a g en d esea d a , p o r e s o L a ca n lo eq u ip a ra a s = \ f ~ z 1
o sea a la s ig n ific a c ió n d e l g o c e (-i¿>). C u a n d o é s ta p asa d el la d o
d e lo s im b ó lic o , a u n q u e s o p o r te d e l ( - 1 ) , d e t o d o s m o d o s es
im p o s ib le d e n eg a tiv iza r, se v u e lv e <3E>, s ig n ific a n te d el g o c e .36
V e m o s a través d e e s te reco rrid o d el U n o y d e la fu n c ió n del
( - 1 ) c ó m o d iv erso s sig n ific a n te s p u e d e n ser a r tic u la d o s c o n
ella , s ig n ific a n te s c u y a fu n c ió n es d ife r e n te a u n q u e su b ase
ló g ic a sea la m ism a : <í>, I, n o m b r e p r o p io , S (A ).
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 69

R e to m a re m o s e s ta p ro b le m á tic a del U no e n el ú ltim o c a p í­

tu lo .

b ) L a o p e r a c ió n d e a lie n a c ió n

P a ra te rm in a r re c o rre ré el in c o n s c ie n te ta l c o m o , e n fu n c ió n
d e to d a la c o n s tr u c c ió n a q u í d e s p le g a d a , c u lm in a e n la f o r m u ­
la c ió n d e l S e m in a rio XI y en e l d e s a rro llo d e la o p e r a c ió n d e
a lie n a c ió n c o m o fu n d a d o ra d e l s u je to d e l in c o n s c ie n te e n ta n to ,
p r e c is a m e n te , s u je to d e la s f o r m a c io n e s d e l in c o n s c ie n te .
En e s te s e m in a rio L acan p re s e n ta u n in c o n s c ie n te c a ra c te ri­
z a d o f u n d a m e n ta lm e n te p o r su f u n c ió n p u ls á til, v e rs ió n te m p o ­
ra l d e l c o r te , q u e e s d e fin id o c o m o lu g a r p o r e x c e le n c ia d e u n a
f u n c ió n q u e c a ra c te r iz a c o m o p re -o n to ló g ic a . E s c o r te , h ia n c ia ,
d is c o n tin u id a d , donde lo ra d ic a l es ju s ta m e n te el in te rv a lo
s ig n ific a n te . A llí u b ic a L a c a n la f u n c ió n d e la c a u s a , e n la q u e
se in s ta la com o ta l el d o m in io de la le y d e l s ig n ific a n te . E s to
im p lic a u n a p r im a c ía d e la s in c r o n ía , la c u a l a su v e z o rg a n iz a
la d ia c r o n ía . E s ta s in c r o n ía c o n lle v a la e s tr u c tu r a c ió n lim ita d a
d e la s itu a c ió n e n té r m in o s s ig n ific a n te s , q u e es c o n d ic ió n p a ra
p o d e r a rtic u la r u n a le g a lid a d a n iv e l d e l a z a r ( b a s ta p e n s a r e n
e l m o d e l o d e l o s ( + ) y l o s ( - ) e n “ L a c a r t a r o b a d a ” ).
El in c o n s c ie n te se p re s e n ta así com o s ie n d o del o rd en de
10 n o -re a liz a d o , de lo n o -e fe c tu a d o , que en un m o m e n to , el
d e l la p s u s , e l d e l s ín to m a , e l d e l c h is te , se a c tu a liz a , y en su
h ia n c ia p e rm ite el h a lla z g o s o rp re s iv o del s u je to del in c o n s ­
c ie n te e n u n p u n t o in e s p e r a d o . L u e g o la h ia n c ia v u e lv e a c e r r a r ­
se, seg u n d o tie m p o d e la p u ls a c ió n . E s ta p u ls a c ió n e s in d ic a ­
d o r a d e u n a te m p o r a lid a d ló g ic a q u e L a c a n d e fin e c o m o “ p u e s ­
ta e n f o r m a s ig n if ic a n te d e lo r e a l” . E s te c a r á c te r d e n o -re a líz a -
do se a rtic u la c o n la n o d e te rm in a c ió n d e l s u je to d e l in c o n s ­
c ie n te o sea con la im p o s ib ilid a d d e l Je de la e n u n c ia c ió n .
R e c o rd em o s que en el C a p ítu lo I s e ñ a la m o s q u e el S e m in a rio
11 te rm in a con una re fe re n c ia a lo “ n o -re a liz a d o ” (v e á se la
p á g in a 2 0 ).

P re c is a m e n te p o rq u e é s te es un in c o n s c ie n te no r e a liz a d o ,
p o te n c ia l, que se r e a liz a en a c to , ju s ta m e n te el a c to fa llid o ,
p a ra lu e g o v o lv e r a c e rra rs e ; p re c is a m e n te p o r e s o L a c a n d e fin e
la tr a n s f e r e n c ia c o m o p u e s ta e n a c to d e la r e a lid a d d e l in c o n s ­
c ie n te , lo c u a l e q u iv a le a d e c ir s u re a liz a c ió n .
70 D ia n a S . R a b in o v ic h

P ero ta m b ié n aclara q u e esa rea lid a d es la s e x u a lid a d . P u n to

e n e l q u e se rea liza la ju n c ió n c o n n u estra seg u n d a serie.
E ste s u je to e v a n e s c e n te surge p o r la o p e r a c ió n d e a lie n a ­
c ió n .37 El p u n to d e p a rtid a d e la a lie n a c ió n c o m o o p e r a c ió n
d e c a u sa c ió n d e l s u je to es e l O tr o (A ), q u ie n h a b la de é l. E se
lla m a d o d el A eq u iv a le a u n S j , qu e tie n e u n a c o n s e c u e n c ia
d o b le : p o r u n la d o h a c e surgir al s u je to , p o r o tr o , l o borra
en t a n to a n u la su p resen cia . S e v u e lv e lu e g o trib u ta r io dé
u n se g u n d o sig n ific a n te q u e p o d rá dar s e n tid o al p rim ero .

La e sen cia de la a lie n a c ió n es p u es la in scr ip c ió n d el su jeto en

el lugar d e A . Si h a c e m o s fu n c io n a r u n a e le c c ió n e n tre a m b o s
s ig n ific a n te s, S, y S 2 , si e l s u je to r e tien e e l s e n tid o , p ierd e el ser;
e s to es p r e c isa m en te lo q u e ocu rre cad a v ez q u e se h a b la . S i se
e lig e el ser, surge la p e tr ific a c ió n d el s u je to en el sig n ific a n te .
E sta e s u n a e le c c ió n fo rza d a , la d el v el a lie n a n te , p o r e l q u e, c u a l­
q u iera sea la o p c ió n e le g id a , e l e f e c t o d e p é rd id a e s c o n s titu tiv o .
A s í, e l v el de la a lie n a c ió n c o n d e n a al s u je to a ap a recer ta n s ó lo
e n esa d iv isió n d o n d e o a p a rece c o m o s e n tid o o c o m o p e tr ific a d o .
E n e l cru ce e n tre el c o n ju n to v a c ío ( - 1 ) q u e es in ic ia lm e n te el
s u je to y el A q u ed a c o m o p u n to c o m ú n el S ! , s ig n ific a n te sin-
s e n tid o q u e fu n d a el in c o n s c ie n t e .38
A q u í cu lm in a el d esa rro llo d e e ste p u n to , p u e s la o p e r a c ió n
d e sep a ra ció n la situ a m o s d el la d o d e la seg u n d a d im e n sió n
q u e señ a la m o s, la d e la T y c h e , d e lo real.

L a g r a m á tic a d e l E s o

R ec o r r er e m o s á h o ra la se g u n d a d e la s d o s d im e n sio n e s
a n te s in d ica d a s, la q u e im p lic a u n a in v e stig a c ió n d e l ca m p o
d e d a s D i n g y d e lo q u e e n d ic h o c a m p o h a c e surgir L acan .
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 71

P rim ero , e s im p o r ta n te d esta ca r q u e , a p artir d el S em in a rio

X I, L acan resu elv e la a r tic u la c ió n e n tre c o n c e p to s fu n d a m e n ­
ta le s d e l p sic o a n á lisis, a r tic u la c ió n q u e era p r o b le m á tic a y q u e
a d q u iere a llí u n ca rá cter c o n c e p tu a l d e fin id o . La a rtic u la ció n
e n tre in c o n s c ie n te y p u ls ió n e s fu n d a m e n ta l. T a m b ié n lo
es la fo rm a e n q u e s e x u a lid a d y m u e r te se a n u d a n a q u í s ig u ie n ­
d o d e ce rc a la s in d ic a c io n e s freu d ia n a s.
E n rea lid a d , e sta rea rtic u la c ió n im p lica u n e sfu e r z o de r e so ­
lu c ió n d e a q u e llo q u e la d e fin ic ió n d e l d e se o c o m o m e to n im ia ,
la c o n s titu c ió n d el s ín to m a c o m o m e tá fo r a y e l d e sv a n e c im ie n ­
t o d e l s u je to d e l in c o n s c ie n te p la n te a n c o m o p r o b le m a s, c o m o
y a lo se ñ a la m o s, e n r ela ció n a la s e x u a lid a d y a la p u ls ió n .
E n fu n c ió n d e l m ism o se d e sp lie g a u n a n u ev a a r tic u la ció n de
la tra n sferen cia .
R e to m e m o s n u e v a m e n te a lg o y a m e n c io n a d o . E n e l S e m i­
n ario X I L a ca n fo rm u la e x p líc ita m e n te q u e la rea lid a d d el
in c o n s c ie n te es la rea lid a d se x u a l y q u e la ju n tu ra e n tre in c o n s ­
c ie n te y s e x u a lid a d tie n e d o s n o m b r e s: d e s e o y p u ls ió n .

a) La T y c h e

La in tr o d u c c ió n d e la T y c h e e s al r e sp e c to cla v e. L a r e p e ­
tic ió n c o m o in siste n c ia de la c a d e n a d e sig n o s e stá p r e sen te
d e sd e e l S e m in a rio II. L a fu n c ió n d e la r e p e tic ió n n o se a g o ta
e n ella , p u e s é s ta en tra ñ a e n c u a n to ta l la p r e sen cia de lo real,
p r e sen cia q u e se d e fin e c o m o la d e u n e n c u e n tr o im p o s ib le ,
r e la c io n a d o c o n e l azar, c o n u n a c ita —c o n su c o n n o ta c ió n de
a p u esta — q u e n u n c a se lo gra. E ste fa llo d el e n c u e n tr o es p r e ­
c isa m e n te lo q u e d e fin e su c a rá cter de real. L a ca n señ a la q u e
su p resen cia in ic ia l en e l p sico a n á lisis fu e e l tra u m a , q u e le
im p u so Un o rig en a p a r e n tem e n te a c c id e n ta l, y q u e p resen ta b a
a lo real e n su ca rá cter d e in a sim ila b le. E n el se n o m ism o
d e lo s p r o c e so s p rim a rio s e l tra u m a in siste, sin e m b a rg o , lo
cu a l in d ic a su r e la c ió n c o n la e stru ctu ra m ism a .
Para L a ca n e l lugar d e lo real, a partir d e F reu d , va d esd e
e l traum a, h a sta e l fa n ta sm a , s ie n d o la fu n c ió n m ism a d é é ste
ser p a n ta lla q u e o c u lta lo real.
R e c o r d e m o s q u e la r e p e tic ió n se e stru ctu ra c o m o A u t o -
m a t ó n y T y c h e , té r m in o s é s to s to m a d o s d e A r is tó te le s . S o n
ésta s d o s fo rm a s d e la ca u sa q u e se agregan a las c u a tr o cau-
72 D ia n a S. R a b i n o v i c h

sas clá sica s d e la t e o r ía a r is to té lic a . E l A u t o m a t ó n es e l azar,

y c o r r e sp o n d e e n la t ín a l c a s u s ; la T y c h e e s la su e r te o la fo r ­
tu n a . A m b a s fo rm a s d e c a u sa so n a c o n te c im ie n to s q u e se se p a ­
ran d e lo c o m ú n p o r u n rasgo , la e x c e p c io n a lid a d : s o n co sa s
q u e a v e c e s su ced en ; o tra s, n o ; s ie n d o d e fin id a s c o m o cau sas
“ re a le s” , a u n c u a n d o e x p r e se n u n a c a u sa lid a d p o r a c c id e n te .
E l A u t o m a t ó n c o r r e sp o n d e a lo a c c id e n ta l e n lo s fe n ó m e n o s
n a tu ra le s y la T y c h e a lo a c c id e n ta l en lo s a su n to s h u m a n o s.
E n A r is tó te le s a m b a s se d ife r e n c ia n d e l d e s tin o , d e l h a d o ,
q u e e stá p r e d e te r m in a d o .
Si el A u t o m a t ó n , c o m o c a d e n a d e in siste n c ia sig n ific a n te
q u e r e sp o n d e a la s le y e s d e l azar, (r e m itim o s al C a p ítu lo I),
im p lica la leg a lid a d d e u n sab er e n lo real; él es, fin a lm e n te ,
eq u ip a ra b le a la leg a lid a d de c u a lq u ier fe n ó m e n o . La T y c h e en
c a m b io m a rca , c o m o lo señ a la A r is tó te le s m is m o , e l a c c id e n te ,
lo n o n e c e sa r io , es d ecir, la c o n tin g e n c ia a n iv el d e l ser h a b la n te
c o m o e se n c ia l. P ero a q u í la c o n tin g e n c ia d el e n c u e n tr o tie n e
su p u n to d e im p o s ib le ; e se im p o s ib le e s q u e e l e n c u e n tr o sea
lo g ra d o . L o im p o s ib le es y a im p o s ib le ló g ic o y , si b ie n la T y c h e
m arca u n p u n to d e real e n e l s e n tid o d e lo q u e v u e lv e siem p re
al m ism o lu gar, m arca ta m b ié n u n p u n to d e im p o sib ilid a d
ló g ica : e l o b je to q u e d e b e r ía a cu d ir a la c ita e s tá p e r d id o en
la estru ctu ra; d a s D i n g , e l b ie n su p rem o e stá in te r d ic to . Si
n o lo e stu v ie se , si e l e n c u e n tr o fu e se p o s ib le , la le y n o e x is ­
tir ía . L a r e p e tic ió n c o m o e n c u e n tr o im p o s ib le es p u e s u n
p u n to a x io m á tic o e n la e stru ctu ra d e l p sico a n á lisis, ta l c o m o
L a ca n lo reto m a s ig u ie n d o a F reu d .
La T y c h é es lo q u e in d ic a q u e la v id a n o es s u e ñ o , d ic e L acan .
Por e so ella se a rticu la c o n el d esp erta r q u e, m á s allá d el a c c i­
d e n te q u e p u e d e o c a sio n a r lo , o c u lta o tra rea lid a d q u e y a c e
tras el su e ñ o , q u e d e b e m o s b u sca r m á s allá d el s u e ñ o m ism o ,
en lo q u e é s te , al igu al q u e e l fa n ta sm a o c u lta : e l T r i e b .

b ) P u lsió n p arcial y S e x u a lid a d

L a p u ls ió n p arcia l e s e l rep r ese n ta n te d e la s c o n s e c u e n c ia s '

d e l s e x o en e l ser h a b la n te , e s d ecir, q u e e l s e x o se rep resen ta
y se in sta u ra en e l c a m p o d e l s u je to p o r a lg o q u e n o es la
s e x u a lid a d m ism a , p o r u n c a m in o q u e es e l d e la fa lta .
E n e s te p u n to se p r o d u c e e l r e c u b r im ie n to d e d o s faltas:
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u l s i ó n 73

1 . La p rim era e s la q u e surge d e la a lie n a c ió n d e l ser d el su jeto

e n el c a m p o d e l O tro ;
2 . la se g u n d a e s r e to m a d a p o r la prim era, p u e s e s u n a fa lta
real, q u e d e b e u b ica rse e n r e la c ió n a l a d v e n im ie n to d e l ser v iv o ,
v a le d e c ir , al su r g im ie n to d e la r e p r o d u c c ió n se x u a d a . “ La fa lta
real e s lo q u e e l ser v iv o p ie rd e, d e su p r o p io ser v iv o , al rep ro ­
du cirse p o r la v ía se x u a l. E s real p u es se r e la c io n a c o n alg o
real; e l ser v iv o , p o r esta r s u je to a l s e x o , ca e b a jo e l e f e c t o de
la m u erte in d iv id u a l.” 39
Por e s te r o d e o , la p u lsió n p a rcia l es ta m b ié n p u lsió n de
m u erte y rep resen ta la p arte de la m u e rte en e l ser v iv o . A
esa p a rte fa lta n te , p erd id a c o m o a c c ió n de u n a fa lta real, la
e n c a m a e l m ito d e la la m in illa . L a p resen cia d el s e x o e stá a s í
ín tim a m e n te lig a d a a la d e la m u e r te . P u n to de ju n c ió n en tre
las prim eras fo r m u la c io n e s de L a ca n so b re la m u e r te y el le n ­
guaje c o n la s e x u a lid a d y e l len g u a je , in d ica d o p o r el recu b ri­
m ie n to d e e sta s d o s fa lta s, la d e la a lie n a c ió n s ig n ific a n te y la
d e la r e p r o d u c c ió n se x u a l.
La fó rm u la d e la p u lsió n ( $ 0 D ) o c u p a e l lugar d e l c ó d ig o
a n iv el d e la c a d e n a su p erio r d e l gra fo , y L a ca n la d esig n a
“ te s o r o d e l s ig n ific a n te ” . E lla e s a r tic u la c ió n e n tre el su jeto
d e l in c o n s c ie n te y la d em a n d a , p e r o la d em a n d a a q u í n o e s
la d em a n d a ta l c o m o fu n c io n a e n e l p is o in fe r io r, d o n d e c u l­
m in a e n la d e te r m in a c ió n d e l m o i a través d el sig n ific a n te
d e l Id e a l, al q u e y a n o s h e m o s r e fe r id o . A q u í e l r o m b o in d ica
u n a ,c o n ju n c ió n q u e se c o n su m a e n u n d o b le d e s v a n e c im ie n to :
el d el su jeto e n la d em a n d a y lu e g o el d e la d em a n d a m ism a;
q u ed a ta n s ó lo e l c o r te , c u y a im p o r ta n c ia c r e c ie n te e n la e n s e ­
ñ an za d e L acan es e v id en te . E ste rasgo d el c o r te —p u r o in te r ­
v a lo — e s lo q u e d ife r e n c ia a la p u ls ió n d e la fu n c ió n orgá nica:
“ su a r tific io g ra m a tica l. . ,” 40
D ijim o s q u e ella es e l ú n ic o re p r ese n ta n te de la se x u a lid a d
e n e l p siq u ism o y es p arcial r e sp e c to a la r e p r o d u c c ió n c o m o
fin a lid a d b io ló g ic a . T an s ó lo r e p r e s e n t a , y p a r c ia lm en te , la
se x u a lid a d d e l ser v iv o . E lla e s m o n ta je q u e p e r m ite q u e la
se x u a lid a d p a r tic ip e e n e l ser h a b ía n te “ c o n fo r m e a la e str u c ­
tu ra d e h ia n c ia q u e e s la d e l in c o n s c ie n te ” .41
E l p ro b lem a e s a h o ra c ó m o s e a rticu la e se m o n ta je q u e
e s la p u ls ió n p a rcia l c o n e l d e s e o .
L acan p la n te a e l p r o b le m a d e l s ig u ie n te m o d o : “ A n iv e l
d e l p sico a n á lisis d e b e revelarse e s e p u n to n o d a l p o r e l q u e
74 D ia n a S. R a b in o v ic h

la p u ls a c ió n del in c o n s c ie n te se lig a con la r e a lid a d s e x u a l.

E s e p u n t o n o d a l e s e l d e s e o ” .42 S ab em o s q u e el d eseo d ep en d e
d e la d e m a n d a c u y a e s tr u c tu r a s ig n ific a n te d e ja e se r e s to m e to -
n ím ic o , e le m e n to que no e s in d e te r m in a d o , e s d e c ir, que
se o p o n e a la in d e te r m in a c ió n e s tr u c tu r a l d e l s u je to d e l in c o n s ­
c ie n te , “ E s ta fu n c ió n del deseo es re s id u o ú ltim o d e l e fe c to
del s ig n ific a n te en el s u je to (...) a p a rtir d e é l se in s titu y e
lo e s e n c ia l del p ro ce so p r i m a r i o . ” 43 La re a lid a d en c a m b io
se c a ra c te riz a por su d e s e x u a liz a c ió n , El deseo p re s e n tific a
p u e s la in c id e n c ia d e la r e a lid a d s e x u a l e n e l in c o n s c ie n te .
E s ta a rtic u la c ió n se lle v a a cabo por la p u e s ta en ju e g o
de lo que L acan d e s ig n a c o m o a p a ra to en e l c u e rp o , a q u e llo
c o n lo c u a l e l c u e r p o , e n r e la c ió n a la s e x u a lid a d , “ p u e d e
a p a re ja rs e , s e r d is tin g u id o d e a q u e llo p o r lo q u e lo s c u e rp o s
pueden a p a r e a r s e ” .44 En la m e d id a e n que a lg o e n el a p a ra to
d el c u e rp o p re s e n ta o tie n e e s tru c tu ra d é h ia n c ia , e n fu n c ió n
de la u n id a d to p o ló g ic a de esas h ía n c ia s con la s del d eseo
i n c o n s c i e n t e , l a p u l s i ó n p a r c i a l i n t e r v i e n e e n e l i n c o n s c i e n t e . 45
L a d ia lé c tic a de la p u ls ió n es la d e l t ir o a i a r c o , la c u a l le
s e rv irá a L acan p a ra a rtic u la r su g r a m á tic a . E s ta d ia lé c tic a se
e s tru c tu ra en un m o v im ie n to de id a y v u e lta , que fu n d a la
in v e rs ió n de lo s tie m p o s v e rb a le s que F re u d supo d e s c rib ir.
E sa in v e rs ió n a p u n ta al c a rá c te r e m in e n te m e n te c irc u la r del
re c o rrid o p u ls io n a l. L acan d ife re n c ia en e s te p u n to a l a im ,
el tra y e c to , d e l g o a l, la m e ta , que s ig n ific a haber a c e rta d o .
La m e ta de la p u ls ió n no es m ás que e s te re to m o m is m o en
c ir c u it o . L le g a r a la m e t a p r o d u c e la s a tis f a c c ió n , p u e s e l a n á li­
s is d e b e o p e r a r a n iv e l d e la s a tis f a c c ió n m is m a d e la p u ls ió n ;
a llí a lg o debe re c tific a rs e , a lg o que hace que el s u je to se d é
tr o p d e m a l, e n s u d o b l e s e n t i d o d e m a l : d e m a s i a d o e s f u e r z o
y d e m a s ia d o d o lo r, h a c e rs e m a l, a tra v é s d e lo c u a l s a tis fa c e
a lg o . A q u í e l p r o b le m a re s id e a n iv e l d e la s a tis fa c c ió n e n su
a rtic u la c ió n con lo im p o s ib le , es d e c ir, lo re a l. E s te re a l n o es
c o n s tru id o y a p o r L a c a n , su rg e m á s a d e la n te y p r e f ig u r a lo
q u e el d is c u rs o d e l a n a lis ta in d ic a : la s o lu c ió n p a sa p o r el
p a s o d e la im p o te n c ia a la im p o s ib ilid a d , a e se im p o s ib le c e n tr a l
q u e e s la i n e x is te n c ia d e la r e la c ió n s e x u a l.
L a s t r e s v o c e s d e l v e r b o q u e F r e u d d i s t i n g u e e n P u ls io n e s
y s u s d e s ti n o s ( a c t i v a , p a s i v a , r e f l e x i v a ) m u e s t r a n l a i m p o r t a n c i a
d e la g ra m á tic a e n la e s tr u c tu r a c ió n de la p u ls ió n y e n to m o
a e lla se p ro d u cen esas in v e rs io n e s m ira r-s e r m ir a d o , c h u p a r-
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 75

ser c h u p a d o y e sa o tra fu n d a m en ta l» m irarse, ch u p a rse, en la

q u e se rea liza la circu la rid a d d e la p u lsió n .
La p u ls ió n sale d e l b o r d e d e la z o n a e ró g en a y a e lla v u e lv e ,
es u n la z o q u e se cierra so b r e s í m ism o . E n e s te tr a y e c to ( a i m )
se d ib u ja e l o b je to d e la p u ls ió n , la p u ls ió n le d a la v u elta ,
y e l o b je to se in sta la en e l a g u jero cen tra l; c o n to r n e a r lo es
y a la s a tis fa c c ió n p u lsio n a l.
La d e m a n d a e stru ctu ra la p u ls ió n y p r e c isa m en te la gram ática
p u lsio n a l p asa para L acan p o r u n a t o p o lo g ía d e la d em a n d a .
E n e l S em in a rio X II, L acan reto m a rá u n m o d e lo d e L a i d e n t i ­
f i c a c i ó n , e l d e l to r o c u y o a gu jero in te r io r, a l ser reco rrid o p o r
lo s la z o s d e la d em a n d a , g en era a la v ez e l ( + 1 ) o e l (--1 ) del
su jeto , fu n d a d o en la v u e lta e n m á s d el a gu jero cen tra l d e l
to r o ; p e r o q u e d ib u ja a d em á s, a n iv el d e e s e a g u jero cen tra l,
al o b je to (a ). A q u í L a ca n u sa u n o b je to to p o ló g ic o m á s c o m ­
p le jo , la b o te lla d e K lein , e n c u y o in te r io r-e x te r io r h a y u n
p u n to d e rev ersió n q u e, a p artir d e c ie r to c o r te , p u e d e ser
v isto c o m o tó r ic o , p u n to e n e l cu a l las esp iras d e la d em a n d a
in v ierten su se n tid o ; e sta in v e rsió n d el s e n tid o e s la q u e fu n d a
el p a so a c tiv o -p a siv o d e la gra m á tica p u lsio n a l.
La p u ls ió n tie n e c o n el in c o n s c ie n te c o m u n id a d d e hian-
cias, d e a llí e l va lo r fu n d a m e n ta l d e la z o n a eró g en a , y su
s u je to tie n e c o n e l s u je to d e l in c o n s c ie n te ta n s ó lo ese tip o
de c o m u n id a d , p u e s L acan d e fin e a la p u ls ió n c o m o “ m o d o
de u n su jeto a c é fa lo , p u es t o d o se a rticu la a llí e n té r m in o s
de la te n s ió n , s ó lo tie n e c o n el su jeto u n a r e la c ió n d e c o m u ­
n id ad t o p o ló g ic a ” .46
P o r e s o L acan recu rre a la t o p o lo g ía c u a n d o d e b e dar c u e n ta
del fu n c io n a m ie n to d e la d e m a n d a en la p u lsió n y d e su gram á­
tic a , s e ñ a la n d o q u e c u a n d o ca lla la d em a n d a c o m ie n z a la
p u lsió n ; é sta e s s ile n c io , u n ca lla rse q u e n o lib era al su jeto
del len g u a je, e l g o c e p u lsio n a l es m u d o .
E v id e n te m e n te , d e s d e e sta p ersp ectiv a , la p u ls ió n t o ta liz a ­
d o ra , la p u lsió n g en ita l n o e x is te . El ú n ic o lugar d o n d e p u e d e
co n stru irse e s e n e l ca m p o d el O tr o . L a e x p e r ie n c ia p sico a n a -
lític a n o m u e str a o tra co sa : la p u lsió n g e n ita l e stá so m e tid a
a la c ir c u la ció n d e l E d ip o , a la s estru ctu ra s de la a lia n za . A s í,
el ú n ic o s o p o r te d e la p u ls ió n se x u a l to ta l es la c o n ju n c ió n
en tre e l c a m p o d e la p u lsió n y e l c a m p o d el O tro , é s te e s “ el
ú n ic o p u n to e n q u e la re la c ió n d e lo s s e x o s e stá rep resen ta d a
a n iv el d e l in c o n s c ie n te ” .47
76 D ia n a S. R a b in o v ic h

c) L a s e p a ra c ió n

E l o b je to d e la p u ls ió n no e s s in o el o b je to (a ) y , a l ig u a l
que el o b je to cau sa del deseo, depende de la d e m a n d a p a ra
su p ro d u c c ió n . P ro d u c to m a y o r d e l in c o n s c ie n te e s tru c tu ra d o
com o un le n g u a je , v in c u la d o en su p ro d u c c ió n a la m e to n i­
m ia de la cadena s ig n ific a n te . Por eso L acan lo d e s c u b rió
p rim e ro com o el o b je to m e to n ím ic o por e x c e le n c ia , p a rte
del to d o por un la d o y, por o tro , a q u e llo que e l p ró x im o
s ig n ific a n te p a re c e p ro m e te r y que nunca acude m ás que en
e l fa llo d e l e n c u e n tr o , e n s u m a lo g r o m is m o .
O b je to “ c a u sa ” y o b je to d e la p u ls ió n c o m p a rte n u n a c o m u ­
n id a d to p o ló g ic a y d if ie r e n e n la f u n c ió n q u e c u m p le n . E x p l í ­
c ito en la f ó rm u la del fa n ta s m a , re tie n e a llí a l s u je to en su
fa d in g —h a c i e n d o d e p a n t a l l a a l o r e a l — y a l a v e z l o d i v id e ,
lo h ie n d e . E l o b je to p u ls io n a l e s tá a u s e n te d e la fó rm u la ,
e s tá im p líc ito e n su t r a y e c to q u e lo d ib u ja , e s m u d o , e s la
b o c a q u e se b e s a a s í m is m a y se r e a liz a e n u n g o c e s ile n c io s o .
E s te o b je to es in s e p a ra b le d e l S (A ), es d e c ir, d e l d e s e o d e l
O tr o , y c o m o ta l se p r o d u c e e n la o p e ra c ió n d e s e p a ra c ió n .
E s ta e s la q u e le p e r m ite a l s u je to , 0 , d e la a lie n a c ió n , e s c a p a r
d e la v a c ila c ió n d e l v e l a lie n a n te , s a lir d e su in d e te rm in a c ió n .
Su re fe re n c ia n o es e l d is c u rs o d e l O tr o , s in o s u d e s e o , y p o r
eso la tra n s fe re n c ia se s itú a aquí p a ra L acan. Su o p e ra c ió n
ló g ic a e s la in te r s e c c ió n , q u e e s e n r e a lid a d u n v a c ío ; n o a p u n ta
a lo s s ig n ific a n te s del O tro , s in o a l in te rv a lo q u e y a c e e n tre
e llo s , ese in te rv a lo que hace q u e m á s a llá d e lo q u e el O tro
d ig a se e s b o c e la p r e g u n t a a c e r c a d e q u é d e s e a . L a f a lta , c o m o
v im o s , se p r e s e n ta c o m o p r e g u n ta . A n te la p r e g u n ta q u e s u rg e
p o r la fa lta d e l O tr o , e l s u je to re s p o n d e c o n s u p r o p ia fa lta ,
s u rg id a d e l tie m p o a n te r io r , es d e c ir, c o n 0 , su d e s a p a ric ió n
s ig n ific a n te , c o n s titu tiv a del s u je to d e l in c o n s c ie n te . C o lo c a
en p rim e r té rm in o com o re s p u e s ta la f a lta de su p ro p io se r,
es el “ ¿puede p e rd e rm e ? ” p o r el q u e el n iñ o pone a p ru e b a
c o n la id e a d e s u m u e r te e l d e s e o d e l O tr o .
L a s e p a ra c ió n e n ju e g o e s la d e l o b j e t o r e s p e c to a la c a d e n a
s ig n ific a n te , que e n tra ñ a una g a n a n c ia a n iv e l d e l s e r; p o s iti-
v iz a n d o s u f a lta e n t a n t o 0 se s itú a c o m o lo q u e le f a lta a l O tr o ,
e s d e c ir, c o m o c a u s a d e su d e s e o . P u e d e a p re c ia rs e , c o m o b ie n
l o s e ñ a l ó J . - A . M i l l e r , 48 q u e l a s e p a r a c i ó n e n t r a ñ a u n a p a r a d o j a .
P o r u n l a d o , e lla s e s it ú a e n e l p u n t o d e f a lta d e l O t r o , e n re ía -
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u l s i ó n 77

c lo n a l c u a l se in sta u ra t o d o o b je to c o m o p e r d id o , c o m o parte
q u e ju eg a s o la su p a rtid a . P o r o tr o , c o n s is te e n e n c o n tra r u n
lugar e n e l O tr o a llí d o n d e h a y e n é s te fa lta . D e s d e e s te á n g u lo
es ta m b ié n u n a o p e r a c ió n d e fija c ió n en e l O tro ; e n P o s i c i ó n
d e l I n c o n s c i e n t e L a ca n lo lla m a “ c o n d ic ió n para q u e e l su jeto
ten g a u n e s ta d o c iv il” .
R e c o r d e m o s e l d esa rro llo q u e h ic im o s a cerca d e l U n o d el
su jeto y d e su fa lta , L a ca n , e n e l S em in a rio X III, a lu d ien d o
a é l, d ice: “ (. . .) p o r lo m e n o s d o s c o sa s o c u p a n ese lugar: e l
o b je to ( a ) y e l n o m b r e p r o p io . A m b o s c u m p le n la m ism a
fu n c ió n p e r o p r e c isa m en te n o d e b e n ser c o n fu n d id o s ” .49
L a se p a r a ció n d e l (a ) e s p u e s sim étrica c o m o fu n c ió n d e la
p r o d u c c ió n d e l n o m b r e p r o p io y su r e fe r en cia s ig n ific a n te
es e x a c ta m e n te la m ism a : S (A )-

d) N o h a y a c to sex u a l

E l c a m in o d e esa g a n a n cia d e ser y de su ló g ic a se d esp lieg a

en la L ó g i c a d e l f a n t a s m a y e n E l a c t o a n a l í t i c o . 50 C o n flu y e n
a llí to d o s lo s d esa rro llo s h a sta a q u í e x p u e s to s , p e r o h a y u n
p u n to cen tra l q u e d a la cla v e d e e s te d esa rro llo m is m o : L acan
d ice q u e e l s e c r e to d e l p sico a n á lisis es q u e n o h a y a c to se x u a l,
fó rm u la a n te c e s o r a d e l n o h a y r e la ció n se x u a l. E l s u je to n o
p u e d e in scrib irse c o m o s e x u a d o e n re la c ió n a l o tr o s e x o sin
la m e d ia c ió n d e u n te r c e r e le m e n to , el c u a l p u e d e ser a ltern a ­
tiv a m e n te e l fa lo o lo s o b je to s (a ). H a y s e x u a lid a d , n o s e x o ,
p o rq u e n o h a y a c to se x u a l, p u e s é s te c o m o t o d o a c to e s sig ­
n ific a n te y a q u í e n fr e n ta m o s u n a fa lta d el sig n ific a n te . La
in e x is te n c ia d e l a c to se x u a l es lo q u e L acan d e fin e c o m o el
s e n tid o ló g ic o (e n tié n d a se c o m o sie n d o e l s e n tid o e l c o lm o
del s in -se n tid o , d e l n o n s e n s e ) d e la ca str a c ió n . L a sig n ific a ­
c ió n (im a g in a ria ) d e la m ism a e s e l (-</?).
A s í, la d ife r e n c ia se x u a l s ó lo se so s tie n e e n la sig n ific a c ió n
de a lg o q u e fa lta ba jo la fo rm a d el fa lo . E l d e s e o , a n iv el de
la s e x u a lid a d se rep resen ta p o r la m a rca d e u n a fa lta , $ , y
la c a str a c ió n im agin aria es u n a fo rm a d e e lu d ir la c o n s e c u e n ­
cia d e e sta v erd a d : n o h a y O tro .
Su r e p r ese n ta n te, (~<¿>), in d ic a la rad ical in a d e c u a c ió n d el
p e n sa m ie n to in c o n s c ie n te a la rea lid a d d e l s e x o y , en lo to c a n te
a su r e a liza ció n su b jetiv a , L a ca n a r tic u ló e l (-tp ) c o n la fu n c ió n
78 D i a n a S . R a b in o v ic h

d e la d e tu m e s c e n c ia , la cu a l e s u n lím ite al g o c e d e ter m in a d o

p o r el p la cer.
E l s ig n ific a n te fá lic o e s u n u n o qu e da la e x tr e m a y m ed ia
ra zó n d el d e s e o e n lo r e fe r e n te a la c o n ju n c ió n se x u a l. E l su jeto
se m id e c o n r e sp e c to a é l e n t a n to (a ), la r e la ció n e n tre el 1
d e l fa lo y e l (a ) en g en d ra el in c o n m e n su r a b le , la im p o sib le
c o m ú n m ed id a d e l (a ) c o n e l g o c e c o m o se x u a l. Por e so L acan
a lu d e al (a ) y al fa lo c o m o fu era d e l c u e r p o , e n la m ed id a
e n q u e a m b o s, e le m e n to s te r c e r o s, su p le n la r e la ció n im p o ­
s ib le , se ca ra cteriza n p o r ser “ se p a r a b le s” , p u n to s d e c o r te
q u e e sca p a n a la to ta liz a c ió n n a rcisista , p e r o ta m b ié n p u n to s
d e r e cu p era ció n d e g o c e . U n o de e llo s , el fa lo , rep resen ta d o
p o r u n sig n ific a n te , el o tr o , el (a ) e sc a p a n d o al sig n ific a n te .
El in c o n m e n su r a b le , e l irra cio n a l e s u n e s fu e r z o p o r p arte
de L acan d e m ed ir p r e c isa m en te el v a lo r de g o c e d el (a).
A m b o s m arcan la im p o s ib ilid a d d e l U n o to ta liz a n te d el
s e x o , d e l a c to se x u a l.
V e m o s a L acan e n fre n ta r al g o c e en té r m in o s d e su e c o n o ­
m ía , tr a ta n d o de operar so b re é l. El g o c e , p e r d id o o rig in aria ­
m e n te p o r la a c c ió n a lie n a n te d el sig n ific a n te q u e lo separa
d el c u e r p o , en tra en u n m erca d o d e v a lo r, su rg ien d o a s í el
v a lo r d e g o c e .
E l fa lo es u n a d e su s fo rm a s, q u e se tra d u ce e n la len g u a
p o r e l u so ju r íd ic o d e la p alab ra g o c e : g o za r de u n b ie n , m e tá ­
fora d el g o c e p erd id o . E n e sta o p e r a c ió n se fu n d a e l valor
d e g o c e fá lic o d e la m u jer en e l in te r c a m b io .
E ste v a lo r surge a n iv el d e l fa lo p o r la p érd id a op era d a
p o r la in te r d ic c ió n d el a u to e r o tism o , sie n d o a s í la ca stra ció n
p u n to orig in al en la e c o n o m ía d el g o c e , qu e n o e x is te m ás qu e
p o r la a n u la c ió n d e l g o c e in v o lu cr a d o en e l a c to se x u a l q u e
no hay.
E ste d esa rro llo e n t o m o al fa lo y al (a ) im p lica u n a re fo r ­
m u la c ió n d e la a lie n a c ió n a partir d el c o g ito c a rtesia n o tra n s­
fo rm a d o p o r u n a d ife r e n c ia m o rg a n ia n a q u e e stru ctu ra su
v el a lie n a n te c o m o u n “ o y o n o p ie n s o o y o n o s o y ” , qu e
p erm ite e s ta b le c er u n a sep a ra ció n válid a en tre E so e I n c o n s ­
c ie n te . Y a señ a la m o s q u e la n e g a c ió n reca e so b re e l Y o .
La e le c c ió n fo rza d a d e l la d o d el y o n o p ie n s o , e l n o -y o
d e e sta e le c c ió n , n o p o r n o ser deja d e ten er ser. Es t o d o lo
q u e e n el d iscu rso c o m o estru ctu ra ló g ic a n o es y o , es E s o ,
q u e se d esig n a m e d ia n te la estru ctu ra ló g ic a g ra m a tica l, o
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls i ó n 79

sea, el s o p o rte d e la p u ls ió n , e l e s o f r e u d ia n o c o m o a n ó n im o ,
el s e r d e l g o c e . A s í, e l s u je to e n c u e n tr a u n y o s o y , q u e L a c a n
lla m a rá lu e g o fa ls o se r d e l s u je to . E l e so e s tá m o rd id o p o r u n
d eser: el (a ), v e rd a d de la e s t r u c t u r a , u n ser h ech o de nada.
E l a x io m a fa n ta s m á tic o c o m o m a tr iz d e s ig n ific a c ió n e n t a n t o
q u e v a lo r a b s o lu to se s itú a e n e s te p u n to . J u n c ió n del 0 con
el a, su d e s a rtic u la c ió n p e rm ite la e m e rg e n c ia com o ta l de
la p u ls ió n . O p e r a a s í c o m o u n p u e n t e e n t r e d e s e o y p u ls ió n .
D e l la d o d e l y o n o s o y , s u b s is te u n “ p ie n s o ” q u e lo c o m p le ­
m e n ta , pues ese yo no soy e s tá p rim a ria m e n te re p rim id o .
T enem os pues un p e n s a m ie n to que no es y o {je ). L o i m p e n ­
s a b le de e se p e n s a m ie n to , e s d e c ir , la a u s e n c ia d e a c to s e x u a l,
p ro d u ce el ( - 1/5 ), e s d e c i r , l a i n e x i s t e n c i a d e l s e x o .
E l a n a liz a n te se e n c a m in a h a c ia la o p c ió n del “ y o no so y ”
p o r la a c c ió n d e la re g la f u n d a m e n ta l m is m a , y a e s to L acan
lo d e n o m in a o p e r a c ió n v e rd a d . E l s ín to m a , c o m o s e r d e v e rd a d ,
es in s e p a ra b le de e s ta o p e ra c ió n . El lím ite de su m e tá fo ra
in c e s a n te e s p r e c is a m e n te lo re a l c o m o lo im p o s ib le d e l s e x o .
A l fin a l d e e s ta o p c ió n s e e n c u e n t r a la c a s t r a c i ó n c o m o e x p e ­
rie n c ia s u b je tiv a , q u e e s la ú n ic a r e a liz a c ió n d e l s u je to , e l s u rg i­
m ie n to d e l ( —v?), r e a l i z a c i ó n d e l a c a r e n c i a d e l ó r g a n o d e l g o c e
ú n i c o , u n i f i c a n t e e n la c o n j u n c i ó n s e x u a l. A e s ta e x p e rie n c ia
L a c a n la d e n o m in a d e s titu c ió n s u b je tiv a .
El deser que b a jo la fo rm a del (a ) se c o lo c a d e l la d o del
“yo no p ie n s o ” c o rre s p o n d e a la p o s ic ió n d e l a n a lis ta , y a llí
se p r o d u c e e l d e s e r e n e l f in a l d e a n á lis is , e q u iv a le n te a la d e s ­
t i t u c i ó n d e l S .S .S .
P o rq u e no hay a c to s e x u a l, L acan puede p la n te a r e n e s te
m o m e n to el a c to a n a lític o com o un a c to s in O tro , p o rq u e
es p re c is a m e n te a s u m ir la s c o n s e c u e n c ia s d e e s a v e r d a d q u e e s
el A , la in e x is te n c ia d e l O tr o , d e l O tr o s e x o .
La p o s ic ió n de o b je to que el S .S .S . e n c u b ría c u lm in a en
ese d e s e c h o , e n e se d e s e r al q u e lo re d u c e su a c to m is m o .
P a r a c o n c l u i r , s e ñ a l e m o s q u e e l a g a lm a d e l a t r a n s f e r e n c i a ,
se d i v i d e e n (-< p ), d e s t i t u c i ó n s u b j e t i v a , y ( a ) , d e s e r , y q u e
su d i s y u n c i ó n m is m a e s la f ó r m u la d e l f in a l d e a n á lis is .
«J, - A . M i l l e r p r o p o n e , e n el c u rso re c ié n c ita d o 4 8 , q u e e s ta
d is y u n c ió n e q u iv a le a la f ó r m u la d e l p a s e .
80 D ia n a S. R a b i n o v i c h

R E F E R E N C IA S B IB L IO G R A F IC A S

1. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I X , S e u i l , P a r i s , 1973.
2. J. L a c a n , R e s e ñ a s d e e n s e ñ a n z a , M a n a n t i a l , B s . A s . , 1 9 8 4 , p . 2 1 .
3. S . F r e u d , P r o y e c t o d e u n a p s ic o lo g ía p a r a n e u r ó lo g o s , O b r a s C o m ­
p le ta s , T o m o I, p . 3 6 3 , A m o r r o r t u , B s. A s ., 1 9 8 2 .
4. J. L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e V I I , / ’E t h i q u e d e la P s y c h a n a ly s e ,
le c c ió n d e l 1 8 -1 1 -5 9 . In é d ito .
5. S . F re u d , C a rta 5 2 , ib íd ., p . 2 8 0 .
6. J . L a c a n , R eseñ a s de enseñanza, p . 1 3 .
7. S. F re u d , ib id ., p . 3 6 7 .
8. S. F re u d , ib id ., p . 3 7 8 .
9. J. L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e V I I I , l e c c i ó n d e l 9 - 1 2 - 6 0 .
10. J. L a c a n , “ K a n t a v e c S a d e ” , e n E c r its , p . 7 6 6 , S e u i l , P a r i s , 1 9 6 6 .
11. J. L a c a n , “ R e m a r q u e s u r l e r a p p o r t d e D a n i e l L a g a c h e ” , e n E c r its ,
p. 679.
12. J. L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e V I I , l e c c i ó n d e l 2 7 - 1 - 6 0 .
13. I b íd ., le c c ió n d e l 1 6 -1 2 -5 9 .
14. J . L a c a n , “ S u b v e r s i o n d u s u j e t e t d i a l e c t i q u e d u d é s i r ” , e n E c r its ,
p. 805.
15. J. L a c a n , L e 'S é m i n a i r e , L i v r e V I I , l e c c i ó n d e l 1 3 - 1 - 6 0 .
16. J . - A . M i l l e r , S í n t o m a y f a n ta s m a . C u r s o d e l a ñ o 1 9 8 2 - 8 3 . I n é d i t o .
17. J . L a c a n , “ R e m a rq u e s u r. . . ” , o b . c it., p . 6 5 6 .
18. I b id ., p . 6 6 6 .
19. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e V I I , l e c c i ó n d e l 1 6 - 1 2 - 5 9 .
20. J . L a c a n , “ S u b v e rs io n d u s u je t. . .” , o b . c it., p . 8 1 9 .
21. Ib id .
22. I b id ., p . 8 2 1 .
23. I b id ., p . 8 2 5 .
24. E n to d o lo r e f e r e n te al (a ), n o m e e x p la y a ré , p u e s fo rm a p a r te d e
m i t e s i s d e d o c t o r a d o E l c o n c e p t o d e o b j e t o e n p s ic o a n á lis is . I n é d i t a .
25. J . L a c a n , “ P r o p o s i t i o n d u 9 O c t o b r e 1 9 6 7 ” , S c ilic e t I, S e u il, P a r is .
26. V é a s e la s e g u n d a p a r te d e e s te tr a b a jo , “ L a s le y e s d e l le n g u a je ” .
27. J . L a c a n , R eseñas de en señ a n za , p . 3 2 .
28. J . L a c a n , “ S u b v e rs io n d u s u je t. . . ” , o b . c it., p . 8 1 9 .
29 Ib id .
30. J . - A . M i l l e r , 1 ,,2 , 3, 4 . C u r s o d e l a ñ o l e c t i v o 1 9 8 4 - 8 5 . I n é d i t o .
31. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e I X , l ’I d e n t i f i c a t i o n , l e c c i ó n d e l
2 0 -1 2 -6 1 . In é d ito .
32. I b íd ., le c c ió n d e l 1 0 -1 -6 2 .
33. J . L a c a n , L e S é m i n a i r e , L i v r e X I I , P r o b lè m e s c r u c ia u x d e la P s y c h a ­
n a ly s e , l e c c i ó n d e l 6 - 1 - 6 5 . I n é d i t o .
34. J . L a c a n , “ S u b v e rs io n d u s u je t. . . ” , o b . c it., p . 8 1 9 .
35. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L iv r e X I I , l e c c i ó n d e l 1 9 - 6 - 6 5 .
36. J . L a c a n , “ S u b v e rs io n d u s u je t. . . ” , o b . c it., p . 8 2 1 -8 2 3 .
37. J . - A . M i l l e r , S í n t o m a y fa n ta s m a .
38. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e X I , L e s q u a tr e c o n c e p t s f o n d a m e n t a u x
d e la P s y c h a n a ly s e , P a r i s , S e u i l , 1 9 7 3 , C a p . X V I y X V I I .
39. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e X I , p . 1 8 6 .
 L ó g ic a d e l U n o y g r a m á tic a d e la p u ls ió n ' 81

40. J . L a c a n , “ S u b v e rs io n d u s u je t. . ob. c it., p a g . 8 1 7 .

41. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e X I , p . 1 0 0 .
42. I b id .,p . 1 4 1 .
43. Ib id .
44. I b id ., p . 1 6 1 .
45. I b id ., p . 1 6 5 .
46. Ib id .
47. I b id ., p . 1 8 1 .
48. J . - A . M i l l e r , S í n t o m a y fa n ta s m a .
49. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e X I I I , L ’o b j e t d e la p s y c h a n a ly s e ,
le c c ió n d e l 1 6 -1 2 -6 5 . In é d ito .
50. A q u í r e m itim o s a lo s d o s s e m in a r io s , p u e s lo q u e s ig u e e s u n a a p r e ­
t a d a s í n t e s i s d e c i e r t o s e j e s d e l o s m i s m o s . J . L a c a n , L e S é m in a ir e ,
L iv re X IV y L iv re X V , in é d ito s . V é a s e ta m b ié n R ese ñ a s d e en se­
ñ a nza.
 C A P IT U L O IV

L O R E A L D E L A L E N G U A Y JLA M U JE R

La in tr o d u c c ió n d el c o n c e p to de la le n g u a e n L acan e s u n a
c u lm in a c ió n d e u n la rg o reco rrid o a lo largo d el cu a l lo real
va e n c o n tr a n d o su lugar en el s e n o m ism o de lo s im b ó lic o ,
e s d ecir , de la estru ctu ra d el len gu aje c o m o ta l.
El su r g im ien to d e e s te c o n c e p to y su fo rm a liz a c ió n se p ro ­
d u c e n e n tre lo s S em in a rio s X V III y X X , a lo s q u e p resta rem o s
e sp e c ia l a te n c ió n . La c o n d ic ió n de M e n g u a es ló g ica : la d e f i­
n ic ió n d e l n o -to d o V x , la n e g a c ió n d el c u a n to r u n iv ersa l,
q u e n o es u tiliz a d o e n ló g ic a , p u es la n e g a c ió n en la ló g ica
d e la c u a n tific a c ió n se rea liza so b re la fu n c ió n . E l n o -to d o
e s c o m ú n a la le n g u a y al s ig n ific a n te de la se x u a c ió n fe m e ­
n in a , y& m ujer ta ch a d a . La sim p le o b serv a ció n de e s to s sig n i­
fic a n te s, p u es la len g u a en u n a so la palabra es u n n u e v o sig­
n ific a n te in tr o d u c id o p o r L acan , n o s in d ica q u e el la , e l a r tí­
c u lo d e fin id o , es e l eje d e la s m o d ific a c io n e s . E n u n ca so ap a­
rece c ru za d o p o r la barra, para in d ica r a s í su in e x iste n c ia ,
es d ecir , la im p o sib ilid a d de u n u niversal de La m ujer; en el
o tr o a p a rece s o ld a d o a l su sta n tiv o , c u y a u n iv ersa lid a d q u ed a
ig u a lm e n te negad a; d e b e d ecirse u n a la len g u a , c o m o u n a m ujer.
E sta n e g a c ió n d e la u n iv ersa l es c o n s e c u e n c ia d irecta de
u n a x io m a d e L acan a m e n u d o m e n c io n a d o : n o h a y O tro
d e l O tr o , n o h a y m eta len g u a je , n ad a es t o d o , su m atern a es
S (A ), y m arca lo im p o s ib le d el t o d o a n iv el d el u n iv erso del
d iscu rso . S ig u ien d o la lín e a q u e h e m o s d e sp leg a d o , e sta fo r m u ­
la c ió n es in sep a ra b le d e l a x io m a “ n o h a y r e la ció n s e x u a l” ,
q u e surge c o m o o r d e n a n d o la estru ctu ra d e l in c o n s c ie n te .
A s í, el p le n o d esa rro llo d e e s te a x io m a , q u e m arca lo im p o ­
s ib le , e s d ecir, lo real de la se x u a lid a d , c u lm in a en u n a lo gi-
fic a c ió n c u a n tific a c io n a l d e la s e x u a lid a d y la r e d e fin ic ió n
d e la estru ctu ra d e len g u a je d e l in c o n s c ie n te c o m o la len g u a .
 L o re a l d e la le n g u a y JU a 'm u jer 83

P ero e s te p r o c e s o es in sep a ra b le d e u n p r o c e s o d e escritu ra

ló g ic a , en fu n c ió n d el cu a l e l “ n o h a y re la c ió n s e x u a l” d eb e
ser e n te n d id o e n e l c o n t e x t o d e u n a ló g ic a m ó d a l, c u y a e scr i­
tura tr a d ic io n a l L acan m o d ific a c o m o v e r e m o s p o s te r io r ­
m e n te . La re la c ió n se x u a l c o m o im p o s ib le e s im p o s ib le de
escrib ir, y e s im p o s ib le d e escrib ir p o r q u e , c o m o y a lo d e c ía
L acan e n e l S e m in a rio III, e l sig n ific a n te d e L a m u jer n o e x is te .
E x iste el fa lo c o m o s ig n ific a n te d e l g o c e , q u e p e r m ite in scrib ir
a t o d o ser h a b la n te , m ás allá d e su s e x o b io ló g ic o , C om o res­
p o n d ie n d o a la fu n c ió n fá lica . P ero e s to e s im p o s ib lé a llí d o n d e
fa lta el s ig n ific a n te d e la m u jer. F a lta p r e c isa m e n te p o rq u e
lo q u e n o p u e d e escrib irse e s q u e to d a m u jer se d e fin a p o r la
n e g a c ió n de la fu n c ió n fá lica , e s ta b le c ié n d o s e a s í la c o r re sp o n ­
d e n c ia e n tr e a m b o s c o n ju n to s , V x < F x ; é sta es la fó rm u la
a u sen te q u e o rd en a la r ela ció n se x u a l c o m o im p o s ib le o q u e,
c o m o la d e fin e L acan , en t a n to q u e im p o sib le n o c e sa d e n o
escrib irse. L o m ism o p u e d e d e c ir le d e la len g u a , p u e s ella d es­
m ie n te el u n iversal d el len gu aje.
V e m o s en e s te p u n to u n d is ta n c ia m ie n to d e L acan d e lo
q u e fuferon su s referen cia s in ic ia le s, d is ta n c ia m ie n to c r ític o
de la lin g ü ís tic a , de la a n tr o p o lo g ía e stru ctu ra l, d e la filo s o ­
fía . S ó lo la ló g ic a y la m a te m á tic a p a recen co n serv a r u n v a lo r
a x ia l y la re fe r en cia a las m ism a s es in s is te n te . S in em b a rg o ,
L acan co n serv a el ter r e n o g a n a d o a partir d e sus r e fle x io n e s
in icia les. El in c o n s c ie n te sig u e e s ta n d o e s tr u c tu r a d o Com o
u n len g u a je y ese u n ad qu irirá u n v a lo r c a p ita l en e l d esarrollo
so b re la len g u a .
H e c o m e n z a d o d e s c r ib ie n d o b r e v e m e n te la c u lm in a c ió n
de e sta te o r iz a c ió n d e la u n iv ersa l en su a r tic u la ció n c o n el
len g u a je y la s e x u a c ió n ; trataré a h o ra d e r eco n stru ir lo s h ito s
de e s te d esa rro llo q u e m e p a recen m á s relev a n tes.

L a in tr u s ió n d e l g o c e e n e l le n g u a je

E n u n t e x t o d e 1 9 7 0 , R a d i o f o n í a L acan rea liza u n a c r ític a

a m u ch a s d e su s a n tig u a s referen cia s y r e d e fin e a ig u n o s de
sus c o n c e p to s en fu n c ió n d e la in tr o d u c c ió n d e lo s c o n c e p to s
d e p lu s d e g o za r y d e d iscu rso , ta l c o m o su rgen d e lo s “ c u a tro
d iscu rso s” . E v id e n te m e n te , la a sp ira ció n d e L acan al m aterna
c o m ie n z a a p la sm a rse c o n lo s c u a tr o d iscu rso s y cu lm in a c o n
84 D ia n a S . R a b i n o v i c h

las fó rm u la s d e la s e x u a c ió n q u e se a ú n a n a la r e tó r ic a jo y c e a n a
d e la len g u a . S in e m b a rg o , L a ca n siem p re se ñ a ló q u e é s to s eran
s ím ile s d e m atern as, n o v erd a d ero s m atern as m a te m á tic o s.
E l a u to m a tism o d e su u s o e s p u es rela tiv o . L o s m ism o s se
a co m p a ñ a n d e u n in te r é s, c o m o h e m o s v is to , p r e sen te d esd e
h a c ía tie m p o , d esd e lo s in ic io s d e su e n se ñ a n z a , p o r la e scr i­
tu ra . A q u í n u e v a m e n te la escritu ra o s c ila e n tre la escritu ra
ta l c o m o la e n tie n d e la ló g ic a m a te m á tic a , es d ecir, v a cia d a
d e sig n ific a c ió n , y e l ju e g o d e l e q u ív o c o de la len g u a , c u y o
m o d e lo es J o y c e , q u e p o r u n a v ía h a rto d ife r e n te ta m b ié n
acab a c o n el s e n tid o , p ru eb a de e llo e s F i n n e g a n ' s W a k e .
L a p o lé m ic a de L a ca n tie n e c o m o p u n to d e m ira la p r o ­
life r a c ió n d e la s e m ió tic a , a la q u e c o n sid e r a u n a reg resió n
en r e la c ió n a la s p rem isa s sa u ssu rean as p o r p r o m o v e r e l sig n o
(lo q u e su p o n e a a lg u ie n ) a u n ra n g o p rin cip a l, p e r m itie n d o
a s í la a p r o p ia c ió n d e l len g u a je c o m o m era h erra m ien ta , p r o ­
te g id o tras la m áscara d e la c o m u n ic a c ió n .
J u g a n d o c o n su s p r o p ia s d e fin ic io n e s p la n tea q u e “ el in c o n s ­
c ie n te e s la c o n d ic ió n d e la lin g ü ís tic a ” 2 y señ a la q u e ésta
n o tie n e e l m e n o r a sid er o so b r e e l in c o n s c ie n te .
E l h e c h o d e q u e la cu ra s ó lo p u e d e realizarse en u n a len g u a
p a rtic u la r ga ra n tiz a la in e x is te n c ia d e l m eta len g u a je . E sta
len g u a p a rtic u la r h a c e q u e e l len g u a je ca ig a b a jo el e fe c t o
d e lo q u e d e n o m in a e l “ crista l lin g ü ís t ic o ” ,3 q u e e s b o z a y a
a la len g u a .
T a m p o c o se salva L évi-S trau ss p u e s, seg ú n L a ca n , t o d o lo
q u e fo r m u ló so b re e l m ito reh ú sa las tesis d e “ In sta n cia d e la
le tr a ” : “ N o op era n i c o n la m e tá fo r a n i c o n la m e to n im ia ;
n o c o n d e n s a , e x p lic a ; n o d esp la za , alo ja (. . .). S ó lo ju eg a
a c o m b in a r su s u n id a d e s p esa d a s, d o n d e e l c o m p le m e n to
p o r asegurar la p r e sen cia de la pareja h a ce surgir u n tr a sfo n d o
q u e su e str u c tu r a r e c h a z a ” .4 V e m o s u n irse n u e v a m e n te el
r e ch a zo a la u n iv e r sa liza c ió n , al t o d o , ta n to e n el c a m p o de
la sig n ific a c ió n c o m o e n e l de la sex u a lid a d .
E l p u n to q u e m á s n o s in teresa de e s te t e x t o es la rev isió n
d e la m e tá fo r a y la m e to n im ia q u e e n é l lle v a a c a b o L acan .
La m ism a im p lica su a r tic u la ció n c o n e l g o c e , a u se n te en la
é p o c a d e la “ In sta n cia d e la le tr a ” .
A m b a s o p e r a c io n e s s o n c o n sid er a d a s c o m o e l p r in c ip io
d e l “ d in a m ism o d e l in c o n s c ie n t e ” . E ste d in a m ism o r ecib e
a q u í u n m a tiz d is tin to , p u e s a u n q u e d e p e n d e de la barra qu e
 L o re a l d e la le n g u a y íyfí m u je r 85

s e p a ra s ig n ific a n te y s ig n ific a d o , a q u í la d e f in ic ió n d e la b a rr a
se m o d ific a . S i a n te s e ra “ re s is te n te a la s ig n ific a c ió n ” , a h o ra
es “un b o rd e re a l” . La fu n c ió n to p o ló g ic a del b o rd e e n tra
e n ju e g o a q u í u n id a a lo re a l, e s d e c ir, n u e v a m e n te a lo im p o ­
s ib le . L a b a rra se p u e d e s a lta r, p e r o d e fin e a h o r a la d is c o n ti­
n u id a d que es p a rte d e lo s im b ó lic o m is m o , s ie n d o e l c o rte ,
o tr o n o m b r e d e l b o r d e , u n p u n t o d e re a l.
R e firié n d o s e e s p e c ífic a m e n te a la m e tá fo ra o b se rv e m o s
que en el ’7 0 , el s a lto d e la b a rra q u e e lla lo g r a e s d e f in id o
c o m o e f e c to d e s e n tid o , m ie n tr a s q u e e n “ In s ta n c ia d e la le tr a ”
e ra d e fin id o com o e fe c to de s ig n ific a c ió n . A q u í la o p o s ic ió n
s e n tid o -s ig n ific a c ió n e s tá p le n a m e n te d e s p le g a d a . El s e n tid o
e s e l c o lm o d e l s in - s e n tid o , se a r tic u la c o n la ló g ic a (v e r C a p í­
tu lo III), con el A ; la s ig n ific a c ió n es d e l o rd e n d e lo im a g i­
n a rio . En e s te caso un s ig n ific a n te hace o la (c o m p a ró a n te s
el s ig n ific a d o , en fu n c ió n del esq u em a de S a u s s u re , a lo que
flu y e y e l s ig n ific a n te a lo q u e f lo ta ) e n la m a r e a d e l s ig n ific a d o .
Segundo, d ife re n c ia la m e tá fo ra p o é tic a de la m e tá fo ra
en su fu n c io n a m ie n to in c o n s c ie n te . En la p o e s ía , el s ig n if i­
c a n te s u s titu id o s ó lo fa lta en s e n tid o m e ta fó ric o , pues su
s u s titu c ió n depende de un “ h a c er” y puede, por lo ta n to ,
d e s h a c e rs e . A q u í e l s in -s e n tid o a s o m a p le n a m e n te .
La c o n d e n s a c ió n , en c a m b io , en ta n to p a rte de la re p re ­
s ió n tie n e un e fe c to m uy d ife re n te : hace al re to m o de lo
im p o s ib le , que debe c o n c e b irs e com o e l lím ite a p a rtir del
c u a l se in s ta la e n lo s im b ó lic o la c a te g o r ía d e lo r e a l. E l e f e c to
d e s in -s e n tid o no es a q u í re tro a c tiv o s in o a c tu a l, el h e c h o de
lo r e a l. “ L a m e tá f o r a a l o p e r a r a l s e rv ic io d e la r e p r e s ió n prod u ­
c e c o n d e n s a c io n e s .” 5 Im p lic a p u e s q u e h a y d o s c a d e n a s s ig n i­
f ic a n te s y s u c r u c e p r o d u c e c h ir r id o s . P o r e s o n o o p e r a e n e s te
caso el a rte p o é tic o , s in o raz o n e s. L as ra z o n e s se re la c io n a n
s ie m p re con un d is c u rs o , e s d e c ir, c o n e fe c to s d e le n g u a je q u e
s o n a n te r io r e s a la s ig n ific a n c ia d e l s u je to aunque la p r e s e n ti-
fiq u e n .
En e s te p u n to L acan in tro d u c e la n o c ió n d e l in c o n s c ie n te
com o d e p ó s ito , a lu v ió n de le n g u a je --d e fin ic ió n que a p lic a rá
m ás ta rd e a la le n g u a — , p r o d u c t o d e “ la m a te r ia liz a c ió n i n tr a n ­
s i t i v a d e l s i g n i f i c a n t e c o n e l s i g n i f i c a d o ” .6
P a s e m o s a h o r a a la m e to n im ia . In d ic a q u e la m is m a n o ju e g a
con la b a rre ra d e l s in -s e n tid o , s in o con “ el goce en e l q u e el
s u je to se p ro d u c e com o c o r t e ” , e s d e c ir, la f u n c ió n d e l p lu s
 D ia n a 8. R a b in o v ic h

d e gozar, el (a ). La m e to n im ia o p era a p artir d e u n m e ta b o ­

lism o d el g o c e , c u y a r e g u la ció n resid e e n e l c o r te d el su jeto .
Es p u es v a lo r d e g o c e lo q u e tra n fiere (ver C a p ítu lo III) y
a s í e l g o c e en tra en la c o n ta b ilid a d d el in c o n s c ie n te . R e c u p e ­
ra ció n c o n ta b le q u e ju eg a so b re u n g o c e p e r d id o , el g o c e del
O tro , q u e al p erd erlo d ev ien e e l lugar d el A , lugar v a cia d o de
g o c e . E l g o c e d el O tr o es en ig m a y esta rá en el c e n tr o d el
d esa rro llo de la s e x u a c ió n , e n la m e d id a e n q u e el O tr o es
e l O tro s e x o .
E l m ec a n ism o d e la m e to n im ia e s giro (e n el s e n tid o b a n ca rio
d e tra n sferen cia d e fo n d o s , d e v a lo res, s e n tid o q u e L acan y a
h a b ía se ñ a la d o e n re la c ió n al u s o d el té r m in o tra n sferen cia
en L a i n t e r p r e t a c i ó n d e l o s s u e ñ o s , d o n d e é sta se a rticu lab a
c o n e l d e s p la z a m ie n to ), p e r o giro d e M e n g u a ta m b ié n , p u es
lo q u e e n e lla cir cu la es e l g o c e . En e ste párrafo e stá c o n te n id o
lo q u e lu e g o será d e fin id o c o m o e l g o c e de la len g u a , g o c e p r o p io
d el in c o n s c ie n te , q u e e s p o r q u e n o es e l g o c e d el O tro s e x o .
E l len g u a je fu n c io n a d e sd e e l o rig en en su p le n c ia d el g o c e
se x u a l, o r d e n a n d o d e e s te m o d o la in tr u sió n d e l g o c e en la
r e p e tic ió n co rp o ra l.
L alen gu a, al igu al q u e La' m u jer, se fu n d a en la in e x is te n c ia
d e su u n iv ersa l. A e s te c o n c e p to de in e x is te n c ia L acan le d ed ica
u n a parte im p o r ta n te d el S em in a rio . . . o p e o r y es n ecesa rio
precisar el u s o qu e h a c e d e él.
Su c o n c e p to d e in e x is te n c ia d esd e y a n o es “ e x is te n c ia lis ta ” ,
es ló g ic o y lo to m a e x p líc ita m e n te de F reg e. Para F reg e, las
p ro p ied a d es d e u n c o n c e p to n o s o n la s c a r a cte rístic a s q u e
c o m p o n e n a d ic h o c o n c e p to . E sas c a r a cte rístic a s so n p r o p ie ­
d a d es d e la s co sa s q u e c a e n b a jo el c o n c e p to . Por e je m p lo ,
ser recta n g u la r n o es u n a p r o p ie d a d d el c o n c e p to triá n g u lo
r ectá n g u lo . S í ló e s la p r o p o s ic ió n de a cu erd o c o n la cu a l
n o h a y n in g ú n triá n g u lo e q u ilá te r o e sc a le n o . A e s ta p r o p o ­
s ic ió n , e n la qu e e stá p r e se n te o b se r v em o s el n o h a y d e las
fó rm u la s de L acan, F rege le asign a c o m o va lo r 0 y e lla es u n a
p r o p ie d a d d el c o n c e p to .
D e e s te m o d o e l c o n c e p to de e x is te n c ia es tra ta d o p o r
F rege e x a c ta m e n te ig u a l, de m an era a fín o a n á lo g a a su tra ta ­
m ie n to d el n ú m ero . “ L a a fir m a ció n d e e x is te n c ia n o es m ás
q u e la n e g a c ió n d e l c e r o ” d ic e F rege. La e x is te n c ia es p u es
d e fin id a d e e ste m o d o c o m o u n a p r o p ie d a d d e l c o n c e p to ,
d eja n d o de la d o t o d o a r g u m en to o n to ló g ic o .
 L o re a l d e M e n g u a y L<T m u je r 87

L acan h a c e fu n c io n a r la e x is te n c ia y la in e x is te n c ia ta l
c o m o la s fo rm u la F reg e, seg ú n u n a ló g ic a d e la c u a n tifica -
ció n . E sta ló g ic a p r o d u c e u n a d iv isió n d e l e n u n c ia d o d ife ­
r en te d e la tra d ic io n a l. L a ló g ic a tra d ic io n a l d iv id e al e n u n ­
c ia d o e n tres e le m e n to s : e l su je to , el v erb o o c ó p u la y e l p re­
d ic a d o o a tr ib u to . La c u a n tific a c ió n en ca m b io d iv id e al e n u n ­
cia d o en d o s e le m e n to s , e l a r g u m en to —o s u je to — y e l pre­
d ic a d o —el v erb o —. A s í la u n iv ersa l, q u e se ex p resa c o m o
T o d o x , c u m p le o n o c o n lo q u e p a só a llam arse fu n c ió n ,
en lugar d e p red ica d o . La p a rticu la r se fo rm u la c o m o H ay
un x , alg ú n x , n in g ú n x o n o h a y .
P u ed e a p recia rse q u e L a ca n r e to m a a q u í la p r o b le m á tic a
d e la e x c e p c ió n q u e h a b ía tra b a ja d o a p artir d e P ierce para
la fu n c ió n d el ( - 1 ) , la cu a l es ex a m in a d a d e n u e v o a q u í, d esd e
otra p ersp ectiv a .
E sta in e x is te n c ia L acan la h a c e fu n c io n a r en r e la ció n al
g o c e y a la verdad. D ecir q u e g o c e y verd ad s o n in e x is te n te s
es eq u ip a ra rlo s a u n c e ro . R e c o r d e m o s q u e e l c e r o n o es la
a u se n c ia d e l U n o , p u e s la a u se n c ia d el 1 es e l ( - 1 ) . L acan
p r o p o n e al té r m in o c a ste lla n o “ n a d a ” c o m o d ife r e n te al r íe n
fra n cés. E ste té r m in o d esig n a u n a fa lta , el lugar e n q u e se h a ce
u n a gu jero. P o r e s o el c e ro n o e s la n e g a c ió n d e la v erd a d sin o ,
en ta n to in e x is te n c ia , la v erd a d d e la falta. E l c e r o , c o m o lo
d e m o str ó F reg e es la c o n d ic ió n de e s ta b le c im ie n to de la serie
d e lo s n ú m e r o s e n ter o s; s ó lo a p artir de él se p u e d e en gen d rar
e l U n o , sin u n o y c e ro n o h a b ría d o s, de m o d o q u e e l m ín im o
n e cesa rio e s tres. La e x -s is te n c ia tie n e su s u s te n to e n u n a fu era
q u e n o es.
La in e x is te n c ia d el g o c e resid e e n la T y c h e , e s d ecir, en el
a u to m a tism o d e r e p e tic ió n c o m o e n c u e n tr o im p o s ib le . La
in e x is te n c ia d e la v erd a d s e fu n d a e n el m e d io d ecir d e l a
m ism a , e n la in e x is te n c ia d e la v erd a d to d a , a b so lu ta , y ella
c o n d ic io n a el s ín to m a . E l s ín to m a es p r e c isa m en te la in e x is ­
te n c ia d e la verd ad . R e c o r d e m o s q u e L acan (ver C a p ítu lo
III) h a b la b a d el s ín to m a c o m o ser d e verd ad ; p u es b ie n , en
ta n to ser de v erd a d la in e x is te n c ia de la m ism a e s su c o n s is ­
te n c ia p ro p ia . L acan r e iter a d a m e n te a d ju d ica a M arx e l d e s­
c u b r im ie n to d el s ín to m a , ju s ta m e n te e n ta n to verd ad m ed io -
d ich a q u e fu n d a la in e x is te n c ia d e la v erd a d to d a .
T e n e m o s p u e s la in e x is te n c ia d el t o d o d el g o c e , de la verd ad ,
d el len g u a je (la len g u a ) y d e la m u jer (JUf" m u jer), fó rm u la s
88 D ia n a S. R a b in o v ic h

to d a s q u e s e e x p r e sa n c o n u n “ n o h a y ” , q u e tie n e n e n c o m ú n
c o m o m aterna S (/Q .
La n e c e sid a d e s p r o d u c c ió n de d iscu rso y s ó lo c o m ie n z a
c o n e l ser h a b la n te . E s, c o m o ta l, h e c h o d e d iscu rso y e x ig e
la in e x is te n c ia . E n ta n to e x is te e l in c o n s c ie n te , su e x is te n c ia
se fu n d a en u n a in e x is te n c ia , p o r e je m p lo , en e l m e d io decir
d e la v erd a d d el s ín to m a , q u e e s la in e x is te n c ia de la verd ad
to d a . La s u p o s ic ió n d e in e x is te n c ia e s c o n s e c u e n c ia d e la
p r o d u c c ió n d e la n e c e sid a d .
E l d esa rro llo de L acan e n e s te p u n to d e su e n se ñ a n z a , d o n d e
e l c o n c e p to d e n o -to d o e s c la v e , e x ig e e l a n á lisis d e la s “ im p o r ­
t a c io n e s ” c o n la s q u e lle g a a fu n d a rlo . P o r u n la d o , te n e m o s ,
a través de la ló g ic a de la c u a n tific a c ió n , la in tr o d u c c ió n d e lo s
p ro b lem a s d e lo p a rticu la r y lo u n iv ersa l; p o r o tr o , a través
d e lo im p o s ib le , lo p o s ib le , lo c o n tin g e n te y lo n e c e sa r io , te n e ­
m o s la u tiliz a c ió n d e u n a ló g ic a m o d a l. Las fó rm u la s d e la
s e x u a c ió n im p lica n e l u s o s im u ltá n e o d e am b a s ló g ic a s.
La ló g ic a q u e L acan d e scu b re e n J u a n ito , ser o te n e r el fa lo ,
co r re sp o n d e a u n a ló g ic a p red ica tiv a tr a d ic io n a l. La m ism a
m a n tie n e su p e r tin e n c ia en la d im e n sió n de la fu n c ió n fá lica
y ta m b ié n e n e l o r d e n a m ie n to d e lo s e fe c t o s c lín ic o s .
L a in tr o d u c c ió n de la c u a n tific a c ió n im p lic a n e c e sa r ia m e n te
la u tiliz a c ió n d e u n a escritu ra ló g ic a . D e sd e e sta p ersp ectiv a
e l in c o n s c ie n te m ás q u e palabra e s in sc r ip c ió n , escritu ra . L as
in n u m era b les refe r en cia s a la carta 5 2 y a la s in scr ip c io n es
su cesiv a s in d ica n s u fic ie n te m e n te la p resen cia de e sta te m á tic a
e n L acan. P ero ah ora, la m ism a es r e to m a d a c o n m a y o r én fa sis
y la letra q u e ta n ta im p o r ta n c ia a su m ía e n “ La carta r o b a d a ” se
r e in tr o d u c e e n su d im e n s ió n ló g ic a . E l in c o n s c ie n te e str u c tu r a ­
d o c o m o u n len g u a je e s lugar d e in scr ip c ió n , d e escritu ra .
P ero la escritu ra in c o n s c ie n te es o p e r a c ió n d e cifr a d o , cifra.
E l in c o n s c ie n te se le p r e sen ta a F reu d c o m o u n m en sa je cifra ­
d o q u e, p o r e n d e , se d escifra . L o s tres t e x t o s c lá sic o s d e las
fo r m a c io n e s d e l in c o n s c ie n te n o so n m ás q u e u n d escifra ­
m ie n to d e la d im e n sió n -d ic h o m a n sió n sig n ific a n te p u ra. L o
q u e F reu d o p era es u n a tra d u c c ió n e n la q u e c o n s is te e l g o c e
q u e él le su p o n e al p r o c e so p rim a rio . S 2 r esu m e, c o m o m a te ­
rna, e l saber in c o n s c ie n te , y en la o p e r a c ió n d e c ifra d o d e
e se saber y a c e el g o c e m is m o . La m o d ific a c ió n d e lo s tr o p o s
d e la m e tá fo r a y la m e to n im ia en R a d i o f o n í a y a m arcab an
e sta d irecció n .
 L o re a l d e M e n g u a y f ^ í m u j e r 89

Si la s fo r m a c io n e s d e l in c o n s c ie n te so n m en sa jes cifra d o s,
é s to s so n e s c r ito s , y e l sig n ific a n te rep rim id o e n e l an álisis
r e to m a c o m o letr a , p u e s e n e l d iscu rso a n a lític o “ se le da a
to d o lo q u e se e n u n c ia d e s ig n ific a n te o tra le c tu r a q u e lo qu e
sig n ific a ” . L acan in siste a l r e sp e c to e n la d ife r e n c ia e n tre
la d im e n sió n d e lo e s c r ito y la d im e n sió n s ig n ific a n te , p u es
la p rim era n o s in tr o d u c e e n la d im e n sió n d e la le c tu r a , la
lectu ra d e lo q u e se e sc u c h a d e sig n ific a n te . L a letra c o m o
tal e s e f e c t o d e d iscu rso y c a b e reco rd a r q u e el d iscu rso L acan
lo in tr o d u c e c o n u n a re fe r en cia a u n d iscu rso sin palabras.
E sta r e fe r en cia a la letra , q u e c o m o en L a i d e n t i f i c a c i ó n L acan
rela cio n a c o n la m arca d e fá b ric a c o m o o rig en de la escritu ra,
d eb e c o n te x tu a r s e e n fu n c ió n d e la p r e c isió n q u e realiza al
señalar q u e la s letra s c o n q u e n o s m o v e m o s , sa lid a s d el d is­
cu rso a n a lític o , tie n e n u n v a lo r d ife r e n te al q u e p u e d e n ten er
en re la c ió n a la s letra s de la t e o r ía d e lo s c o n ju n to s . A l r e fe ­
rim o s m á s a d e la n te al p r o b le m a d el U n o e n su a r ticu la ció n
co n la len g u a r e to m a r e m o s e s ta a r tic u la ció n .
La ló g ic a a r is to té lic a p r o p o s ic io n a l se e str u c tu r a a partir
de la d iv isió n de la s p r o p o s ic io n e s e n u n iv ersa les y p a r tic u ­
lares. S e lla m a u n iv ersa l a la p r o p o s ic ió n e n la q u e a lg o p er­
te n e c e (u n p r e d ic a d o ) o n o a t o d o (su je to ), y p a rticu la r a la
p r o p o s ic ió n d e q u e a lg o p e r te n e c e a alg ú n . E sta d ife r e n c ia en tre
to d o y algú n es u n a d ife r e n c ia d e c a n tid a d , m ien tra s q u e la
d iferen cia d e c u a lid a d c o r r e sp o n d e a la a fir m a ció n o a la n eg a ­
c ió n d e la p e r te n e n c ia . C o m b in a n d o c u a lid a d y c a n tid a d te n e ­
m o s la s c u a tr o fo rm a s c lá sic a s d e la p r o p o s ic ió n , a la s q u e
L acan se r e fiere reitera d a s v e c e s a lo la rg o d e su sem in a rio .
En lo re fe r en te a e s te tem a se g u im o s lo s d esa rro llo s so b re e l
cu a d ra d o ló g ic o y e l m o d a l p r o p u e s to s p o r J. -A . M iller en su
curso d e 1 9 8 4 - 8 5 , titu la d o 1 , 2 , 3 , 4 . 8

U n iv e r s a l a f ir m a tiv a : T o d o X e s Y se la d esign a A
U n i v e r s a l n e g a t i v a : N in g ú n X e s Y se la d esig n a E
P a r tic u la r a f ir m a tiv a : A lg ú n X e s Y se la d esig n a I
P a r t i c u l a r n e g a t i v a : A lg ú n X n o e s Y se la d esig n a O

E l u n iv e r so d e d iscu rso p r o p o s ic io n a l a r is to té lic o se lim ita

a e sta s c u a tr o p r o p o s ic io n e s y a su s c o m b in a c io n e s p o sib le s.
A partir d e las o p o s ic io n e s q u e p u e d e n realizarse e n tre esta s
p r o p o sic io n e s s e e str u c tu r a e l cu a d ra d o ló g ic o c lá s ic o segú n
A ristó teles:

l“ *fC ¿ 9 C o (3 |.s ,

<>
90 D ia n a S . R a b i n o v i c h

1 . C o n t r a r i a s : A m b a s p r o p o s ic io n e s n o p u e d e n ser v erd a d a
la v e z , p e r o s í p u e d e n ser falsas a la v e z .
2 . S u b c o n t r a r i a s : A m b a s n o p u e d e n ser falsas a la v e z , p ero
s í p u e d e n ser v erd a d era s a la v e z . Si u n a d e ella s es falsa
sa b e m o s q u e la o tra e s verd ad era, p e r o si u n a e s v erd ad era
n o sa b e m o s si la o tra p u e d e serlo .
3 . C o n t r a d i c t o r i a s : S o n la s v erd a d era m en te a ltern a tiv a s, si
u n a d e ella s es v erd a d la o tra es falsa y v icev ersa . C o n o c ie n d o
e l v a lo r d e verd ad d e u n a de ella s p u e d e c o n o c e r se e l v a lo r
d e v erd a d d e la o tra .
4 . S u b a l t e r n a s : Si la su b a lte r n a n te es verd ad era, la su b a ltern a
ta m b ié n lo es; si la su b a lte r n a n te es falsa, la su b a ltern a ta m ­
b ién lo es.

La r ela ció n o p o s ic io n a l en tre la s c u a tro p r o p o s ic io n e s se

d e fin e p o r e l cu a d ra d o ló g ic o tra d icio n a l:

A y E son con trarias (in c o m p a tib ilid a d )

I y O so n su b co n tra ria s (d is y u n c ió n )
A e Ï so n su b a ltern a s (im p lic a c ió n )
E y O so n su b a ltern a s (im p lic a c ió n )
A y O so n c o n tra d icto ria s (a ltern a tiv a )
E e I so n c o n tra d ic to ria s (a ltern a tiv a )

E sta s p r o p o s ic io n e s so n co n sid era d a s c o m o ca te g ó r ic a s, n eg a ­

c ió n o a firm a ció n d e la in h e r en cia de u n p r e d ica d o en u n su jeto .
A su v ez las p r o p o s ic io n e s so n cla sifica d a s p o r A r is tó te le s
com o :
1 . A s e r t ó r i c a s o a f i r m a t i v a s : in d ica n la sim p le in h e r en cia d el
p r e d ica d o ,
2 . A p o d í c t i c a s : ca so s en q u e la a firm a ció n y la n e g a c ió n se
refu erza n r e sp e c tiv a m e n te , c o m o p o r e je m p lo , la n e c e sid a d
y la im p o sib ilid a d ,
3. P r o b l e m á t i c a s : la a fir m a ció n se d e b ilita h a sta la sim p le p o s i­
b ilid a d . E stas ú ltim a s su b ra y a n la o rig in a lid a d d e l ser en
p o te n c ia q u e, c o m o ta l, es e q u id ista n te e n tre el ser e n a c to
y el n o -ser .9

R e c o r d e m o s q u e L acan m a n ejó esta s p r o p o s ic io n e s seg ú n

e l diagram a circular de P ierce, para h a cer surgir a s í el p ro b lem a
de la e x c e p c ió n , d el ( - 1 ) .
 IN S T IT U T O O S M lC O L
B I 8 Í . I O T I I C A — P Q l . Õ M

Lo real de M engua y I x f mujer 91

L o s p r o b le m a s d e la u n iv ersa l se cen tra n en el p r o b le m a d el

grado d e c o m p r o m is o o n t o ló g ic o q u e im p lica . P o r e je m p lo ,
c u a n d o e l u n iv e r so d e d iscu rso al q u e se refiere la u niversal
p o sitiv a e s u n u n iv erso v a c ío , ¿ q u é ocu rre? L a u n iv ersa l n eg a tiv a
es p e r fe c ta m e n te c o m p a tib le c o n e se u n iv erso v a c ío . D e e ste
m o d o , A y E , p u e d e n esta r en d is y u n c ió n r e sp e c to a la afirm a­
c ió n d e e x is te n c ia . E je m p lo d e e llo es e l tra z o v ertica l q u e
L acan to m a c o m o e je m p lo e n L a i d e n t i f i c a c i ó n . L a e x is te n c ia
q u ed a c u e s tio n a d a a partir d e l m o m e n to en q u e n o s p erca ta ­
m o s d e q u e la u n iv ersa l es c u e s tió n de d e fin ic ió n , p u es to d a
d e fin ic ió n d e b e ser c u e s tio n a d a a partir d el h e c h o de si h a y
o n o u n a e x is te n c ia q u e c o r re sp o n d a a ella. C u e s tio n a m ie n to
p o sib le p r e c isa m e n te p o r el p a p e l cla v e d e la u n iv ersa l n eg a tiv a .
L o s p ro b lem a s de la p a rtic u la r so n de o tr o o rd en , p u es la
p articu lar m ism a en tra ñ a u n a p o s tu la c ió n de e x is te n c ia .
L as u n iv ersa les se d iferen cia n m e d ia n te d o s tér m in o s: t o d o y
n in gú n. Las p articu lares s ó lo d isp o n e n d e u n té r m in o ú n ic o : al­
gún , q u e recu b re las d o s re la c io n es su b co n tra ria s: a lg u n o s s í y
a lg u n o s n o . La p r o p o s ic ió n “ a lg ú n X es Y ” p u e d e ser in terp re­
tad a d e d o s m an eras d ife r e n t e s : (a ) q u iere d ecir q u e al m e n o s u n
X es Y o (b ) algú n X es Y , lo c u a l e x c lu y e q u e t o d o s lo s d em á s X
sean Y . E l p r o b le m a fo rm a l es d ecid ir si la p a rticu la r afirm ativa
in c lu y e e l n o -to d o s , es d ecir , el c a so (b ). En la fo r m u la c ió n tra ­
d ic io n a l n o se e x c lu y e el t o d o s . E l cu a d ra d o ló g ic o e x c lu y e u n
cu a n to r q u e será e l va lo r p r o p io d e: a lg u n o s p ero n o to d o s . E ste
cu a n to r, q u e A r is tó te le s e x c lu y e , L acan lo to m a para h acer d e é l
u n a r e la c ió n c o n s titu y e n te d e la s e x u a c ió n fe m e n in a y , c o m o
v im o s, ta m b ié n d e la len g u a , d e l g o c e , d e la verd ad . E ste n o t o d o
es d ife r e n te al ca sillero v a c ío d e la u n iversal.
La ló g ic a m o d a l, p o r su p a rte, se ca ra cteriza p o r la p resen cia
en la s p r o p o s ic io n e s d e lo s té r m in o s n e c e sa r io , c o n tin g e n te ,
p o sib le e im p o s ib le . E l o rig en d e l té r m in o m o d a lid a d surge de
la p o sib ilid a d d e tra n sfo rm a r o m a tiza r la in h e r en cia d el p r e d i­
ca d o al s u je to e n la p r o p o s ic ió n ca teg ó rica . Las p r o p o s ic io n e s
m o d a le s s o n m o d o s , e s d ecir, té r m in o s q u e m o d ific a n la in h e ­
ren cia d e l p r e d ica d o . E n n u e stra s len g u a s e s ta m o d ific a c ió n
o d e te r m in a c ió n se e x p r e sa h a b itu a lm e n te m e d ia n te un ad ver­
b io o u n a p r o p o s ic ió n c o m p le tiv a (p r o p o s ic io n e s q u e ju eg a n
el p a p el d e c o m p le m e n to ). P or e s o se la lla m a ló g ic a d el ad ver­
b io , p u e s s o n m o d a le s to d a s la s p r o p o s ic io n e s a fec ta d a s p o r
un a d e te r m in a c ió n ad verb ial.
92 D ia n a S . R a b in o v ic h

T ras e sta d e fin ic ió n c r e o q u e resu lta cla ro p o r q u é L acan

in ic ia su S em in a rio . . . o p e o r 10 su b ra y a n d o e l cará cter adv erb ial
d e su t ít u l o y a ler ta n d o q u e n o se l o d e b e su sta n tiv a r, es d ecir,
h a cer d e é l l o p eo r.
C lá sica m en te te n e m o s la s sig u ie n te s m o d a lid a d e s ó n tic a s ,
p u e s e x is te n ta m b ié n m o d a lid a d e s te m p o r a le s (siem p re p o r
e je m p lo ), d e ó n tic a s (o b lig a to r ia m e n te , se d e b e q u e ) y ep is-
té m ic a s (es sa b id o , n o to r ia m e n te ), m o d a lid a d e s e n la s q u e la
e le c c ió n d e lo s e le m e n to s in ic ia le s o té r m in o s in d e fin id o s
a p artir de lo s q u e se d efin irá n lo s d em á s té r m in o s p resen ta
en A r is tó te le s cierta s h e s ita c io n e s . C lá sica m en te te n e m o s
e n to n c e s :
P o sib le . Su d e fin ic ió n en A r is tó te le s o s c ila e n tre d o s a c e p c io n e s:
u n a , la d e lo p o sib le y la o tra , la d e lo c o n tin g e n te ; a m b o s
té r m in o s p o r m o m e n to s se recu b ren . A c tu a lm e n te , para ev ita r
e sta a m b ig ü ed a d se e s ta b le c e la s ig u ie n te d ife r e n c ia c ió n :

P o s i b l e : se lo d esig n a ta m b ié n c o m o p o s ib le u n ila tera l, ca ra c­

te r iz a d o p o r e l h e c h o d e q u e lo n e c e sa r io im p lica lo p o s ib le .
E s p o s ib le q u e c .
C o n t i n g e n t e : d esig n a d o c o m o p o s ib le b ila tera l, p u e s e x c lu y e
a la v e z a lo n e c e sa r io y a lo im p o s ib le . E s c o n tin g e n te q u e c .
N e c e s a r i o : e s n e c e sa r io q u e c e s su fo r m u la c ió n o e s im p o sib le
q u e n o c . □ c.
I m p o s i b l e : e s im p o s ib le q u e c o b ie n e s n e cesa rio q u e n o c.

P o d e m o s d ib ujar u n n u e v o cu a d ra d o ló g ic o c o n las m o d a ­
lid a d e s :11

p N ecesa rio p Im p o sib le

 L o re a l d e la le n g u a y l a f m u je r 93

J. -A . M iller12 h a se ñ a la d o q u e d e n tr o d e e s te c o n te x to Lacan
rea liza u n u s o p a rtic u la r d e la s m o d a lid a d e s. E n prim er térm in o ,
a s í c o m o trab aja c o n e l n o -to d o q u e A r is tó te le s e x c lu y e , en
e s te c a so , igu al q u e é s te , n o d ife r e n c ia a m e n u d o co n tin g en te
y p o s ib le , “ es c o n tin g e n te q u e c ” eq u iv a le para é l a “es p o sib le
que c ” .
E n la b a se d e l cu a d ra d o ló g ic o q u e L acan co n stru y e invierte
la p o s ic ió n d e lo p o s ib le c o n la d e lo c o n tin g e n te , de m o d o tal
q u e lo im p o s ib le se o p o n e a lo c o n tin g e n te y lo necesario a
lo p o s ib le . ■:
La a c la r a c ió n s u m a m e n te v a lio sa q u e in tr o d u c e M iller es
señ a la r q u e e l im p o s ib le la c a n ia n o se d ife r e n c ia d el im p o sib le
c lá sic o , al q u e c o n sid er a u n fa lso im p o s ib le , p u esto q u e el
cu a d ra d o m o d a l red u c e lo im p o s ib le a u n a fo rm a de lo n ece­
sa rio . Im p o sib le y n e c e sa r io eq u iv a le n a la relación en tre la
u n iv ersa l p o s itiv a y n eg a tiv a , sin d elim ita r u n verd adero im p o ­
sib le ló g ic o , q u e fu n d a lo real c o m o ló g ic a m e n te in verificab le.
S a b e m o s q u e e n e s te p u n to L a ca n se a p o y a e n el teo rem a
d e G o d e l, p u e s e l im p o s ib le q u e in te n ta a rticu la r es u n im p o ­
s ib le a b s o lu to , q u e im p liq u e u n a c o n tr a d ic c ió n tal qu e ésta
sea im p o s ib le d e escrib ir en e s e siste m a l ó g ic o ; si se escrib iese,
e l sistem a m ism o se a n u la ría .
La c o m p lic a c ió n agregad a e s, a d em á s, la d efin ició n que
da L a ca n d e lo s c u a tro té r m in o s, p u es lo s caracteriza justa­
m e n te seg ú n si se e scr ib e n o n o , p o r u n la d o , pero adem ás
in c lu y e n d o u n a m o d a lid a d te m p o r a l, e l cesa r d e escribirse,
o no.
C o m b in a n d o esta s c a r a c te r ístic a s t e n e m o s p u e s las sigu ien ­
te s d e fin ic io n e s y e l cu a d ra d o ló g ic o q u e d e ella s se deduce:

N e c e s a r i o : n o cesa d e escrib irse

I m p o s i b l e : n o cesa d e n o escrib irse
C o n t i n g e n t e : cesa d e n o escrib irse
P o s i b l e : c e sa de escrib irse

Su fo rm a m ás d eta lla d a y d iferen cia d a , in c lu y e n d o estas

m o d ific a c io n e s , la da L a ca n en L e s n o n - d u p e s e r r e n t , en febrero
d el 7 4 .13
94 D ia n a S . R a b in o v ic h

N e c e sa rio q u e c P o sib le N e c e sa r io q u e n o c
N o cesa C esa N o cesa
de de de
escrib irse escrib irse escrib irse

C o n tiü g e n te q u e c Im p o sib le C o n tin g e n te q u e n o c

Cesa No C esa de
de L o real n o escrib irse
n o escrib irse N o cesa
de
rio escrib irse

L acan c o n sid era a esa fó rm u la c o m o n o p u d ie n d o ser n eg a d a ,

p o r e s o escrib e n o , p u es en rela ció n a e se len g u a je fo rm al
el p r in c ip io de c o n tr a d ic c ió n fo r c lu y e e sta fó rm u la .
C on e s to s e le m e n to s r e to m e m o s p u es la p r o b le m á tic a d e
la e stru ctu ra d e len g u a je d el in c o n s c ie n te en su r e la ció n c o n
la se x u a c ió n .
La se x u a lid a d e stá en e l c e n tr o d e t o d o lo q u e a c o n te c e
en e l in c o n s c ie n te en la m e d id a e n q u e e s u n a fa lta , es d ecir ,
d e b id o a la in e x is te n c ia de la rela ció n s e x u a l, o sea a q u e ésta
n o cesa d e n o escrib irse e n é l. P or lo ta n to , la in e x is te n c ia d e
la re la c ió n se x u a l, su im p o sib ilid a d , so n fu n d a m e n to d e la
e x is te n c ia d el in c o n s c ie n te , en ta n to q u e al esta r e stru ctu ra d o
c o m o u n len g u a je, n o e x is te e n é s te n a d a q u e p erm ita escrib ir
a La m u jer c o m o fu n c ió n u n iv ersa l.
La im p o sib ilid a d d e la re la c ió n se x u a l c o n d ic io n a lo s “ im p a ­
sses” d e la fu n c ió n d el g o c e se x u a l, en la m ed id a e n q u e surge
c o m o m ito d e l g o c e a b s o lu to , t o d o , c u y a in e x is te n c ia L acan
—y a d ijim o s— p la n te ó , y q u e se fu n d a e n ese o tr o p u n to d e real
q u e e s e l (a ) a través de la T y c h e .
L acan d ic e e x p líc ita m e n te q u e e sta d is y u n c ió n d e l g o c e
se x u a l es co rrela tiv a de la len g u a c o m o re a l.14
E n e l “ A to lo n d r a d ic h o ” , L acan p u n tú a q u e en su a x io m a
c lá s ic o d ijo q u e e l in c o n s c ie n te e stá estr u c tu r a d o c o m o u n
len g u a je, n o p o r e l len g u a je. E l len g u a je, p o r la so la p resen cia
d el a r tíc u lo d e fin id o , m arca u n a e stru ctu ra gracias a lá cual
h a y e f e c t o s d e len g u a jes, e n tr e lo s q u e s e p u e d e o p ta r, lo cu al
 L o re a l d e la ie n g u a y 1 ¿ C m u je r 95

da al c o m o su a lca n ce p r e c iso . “ L o s len g u a jes c a e n b ajo la

a c c ió n d e l n o t a d o s (. . .) n o es o tr o en e llo s e l s e n tid o d e la
estru ctu ra (. . . ) . ” E l in c o n s c ie n te , e n to n c e s , “ p o r esta r e str u c ­
tu ra d o c o m o u n len g u a je, e s to e s, la ien g u a q u e h a b ita , está
su jeto al e q u ív o c o c o n q u e ca d a u n a se d istin g u e . U n a laien gu a
e n tre o tra s n o es o tra c o sa sin o la in teg ra l d e su s e q u ív o c o s
q u e d e su h isto r ia p e r sisten e n e lla (. . . ) . Es la v e ta en la q u e lo
real, e l ú n ic o para el d iscu rso a n a lític o q u e m o tiv a su d esen la ce,
lo real d e q u e n o h a y re la c ió n se x u a l, h a d eja d o su s e d im e n to
e n e l c u r so d e lo s s ig lo s ” . 15
C reo in n e c e sa r io c o m e n ta r e sta c ita qu e c o n d e n s a u n a parte
im p o r ta n te d e lo h a sta a q u í e x p lic a d o .
E l g o c e d el in c o n s c ie n te , esa “ o tra s a tis fa c c ió n ” , se s o stie n e
e n e l len g u a je, q u e se tra n sfo rm a a h o ra en a p a ra to de g o c e .
E l len g u a je es la estr u c tu r a q u e c o m o ta l m o tiv a ese real qu e
es e l n o h a y re la c ió n se x u a l y a la v e z ta p a ese agu jero en lo
real. A d ife r e n c ia de su d e fin ic ió n a n terio r d e l in c o n s c ie n te
c o m o p en sa r sin y o , L acan d ic e e n A u n : “ e l in c o n s c ie n te n o
es e l ser q u e p ien sa , e s q u e e l ser h a b la n d o g o za y n o qu iere
sab er n a d a m á s” . 16 S 2 , la a r tic u la c ió n d e sig n ific a n te s en el
in c o n s c ie n te q u e L acan lla m a saber, se lim ita a e s te g o c e im p er­
f e c t o d e l b la -b la. E l in c o n s c ie n te c o m o lugar d e g o c e es el
g o c e m is m o d e l c ifra d o q u e la ien g u a h a ce p o sib le .
P o r m á s q u e in te n te m o s ex trem a r su cifr a d o , e l len gu aje
n u n ca “ largará” n a d a en lo to c a n te al s e n tid o , p u es é l o cu p a
e l lu gar d el s e n tid o , al ta p o n a r lo im p o sib le d e la rela ció n
se x u a l. E l e q u ív o c o q u e es la le y de la ie n g u a p r o d u c e c o m o
ta l la a b o lic ió n d e l s e n tid o , p o r eso n o p o d e m o s hablar de
c ó d ig o . L a b a te ría sig n ific a n te de laien gu a s ó lo in c lu y e la
cifra d el s e n tid o . S e p resta d e e ste m o d o al e q u ív o c o c u a l­
qu iera sea la u n id a d q u e e lija m o s: la palabra, la frase u o tr o s
p e r m iten u n a gam a h e te r ó c lita , in só lita de se n tid o s. C u alq u ier
u n id a d sig n ific a n te p u e d e ser u sa d a c o m o m en sa je cifra d o .
L o im a g in a rio d e tie n e e l d e sc ifr a m ie n to , c u a n d o se cree llegar
a u n s e n tid o ; p u e s d ijim o s el ú n ic o s e n tid o es e l sin -sen tid o
d e la re la c ió n sex u a l. P o r e s o “ e l len g u a je s ó lo p a rest se m ­
b la n te d e c o m u n ic a c ió n , s u e ñ o , j o k e , la p su s” . 7
La im p o sib ilid a d d e la ien g u a , su n o -to d o , im p lic a u n a rea rti­
c u la c ió n d e a lg u n o s p u n to s d e la te o r ía d e l sig n ific a n te .
P rim ero, L acan u b ic a a h o ra al s ig n ific a n te a n iv e l de la
su sta n cia g o z a n te y p recisa q u e e l U n o de la ien g u a n o se lim ita
96 D ia n a S. R a b i n o v i c h

al fo n e m a ; e l p r o v e r b io , p o r e je m p lo , e s ta m b ié n u n id a d sig n i­
fic a n te .18
A sim ism o , L acan p re fie re su stitu ir e l arbitrario sa u ssu rea n o
p o r lo c o n tin g e n te , ta l c o m o fu e a n te s d e fin id o , d e l sig n ific a n te .
E sta c o n tin g e n c ia se a p lica ta m b ié n a la fu n c ió n fá lica , p u es
ella cesa d e n o escrib irse. L a c o n tin g e n c ia r esu m e p o r q u e en
el ser h a b la n te la r e la c ió n se x u a l d e p e n d e d e l e n c u e n tr o .
A h o ra b ie n , h e m o s d e fin id o M e n g u a , ¿ c ó m o se d e fin e
e n e s te p u n to e l len g u a je?
El len g u a je n o e x is te p rim ero , e l len g u a je e s lo q u e e l d is­
cu rso c ie n t ífic o tra ta d e sab er so b r e la fu n c ió n de M e n g u a .
A u n q u e , sin d u d a , e l len g u a je e s tá h e c h o d e M e n g u a . N o es
m ás q u e u n a e lu c u b r a c ió n de sa b er so b re ella . P ero e l sab er
d e l in c o n s c ie n te d ifie r e d e esa e lu cu b r a ció n d e saber q u e es
e l len g u a je, p o rq u e e s u n s a v o i r - f a i r e c o n M e n g u a .
E n la m ed id a en q u e , c o m o y a se d ijo , e l in c o n s c ie n te se
so s tie n e , F reu d a s í lo d e m o s tr ó , e n e l d e sc ifr a m ie n to , s ó lo
p u e d e estru ctu ra rse c o m o u n len g u a je sie m p r e h ip o t é t ic o
r e sp e c to a lo q u e lo s o s tie n e , M e n g u a .
Si r e co r d a m o s q u e la ú n ic a d e fin ic ió n d el s ig n ific a n te es
su d iferen cia c o n o tr o sig n ific a n te , es la in tr o d u c c ió n m ism a
d e la d ife r e n c ia la q u e p e r m ite ex tra er e l s ig n ific a n te d e la-
len g u a .
E sto lle v a al p ro b lem a d e l s ig n ific a n te 1, e l S j , el h a y U n o .
Y a m e n c io n a m o s la r e la c ió n d e l U n o c o n la in e x is te n c ia . La
in e x is te n c ia —d ijim o s— fu n d a la n a d a , o sea la fa lta . E l U n o
c o m ie n z a a n iv el d el U n o q u e fa lta , e l c o n ju n to v a c ío lo rep re­
sen ta . E se c o n ju n to v a c ío n o c o n tie n e n in g ú n e le m e n to y ,
e m p e r o , e s U n o . S e e s ta b le c e a s í la d ife r e n c ia e n tr e el U n o d el
c o n ju n to y el U n o d el e le m e n to . E l U n o c o m o ta l n o p u e d e
fu n d arse en la m iSm idad, ta m p o c o e n e l c a so d e l e le m e n to ,
p u e s p o r el a x io m a d e e x te n s io n a lid a d u n e le m e n to n o p u e d e
esta r d o s v e c e s en u n c o n ju n to . L a ú n ic a e x is te n c ia d e l U n o
e s p u es m a te m á tic a .
E l U n o d el e le m e n to n o p e r te n e c e , a d ife r e n c ia d el U n o
d e l a trib u to , a n in g ú n u n iv ersa l, la t e o r ía d e lo s c o n ju n to s
p r e c isa m en te d iso c ia e l a tr ib u to d el p r e d ica d o . D e sh a c e a s í
lo U n iv ersal q u e fu n d a e l a tr ib u to c o m ú n .
E n M e n g u a p u e d e d elim ita rse ese e le m e n to q u e e s e l sig ­
n ific a n te U n o , q u e n o es u n s ig n ific a n te cu a lq u iera . E l e s el
o rd en s ig n ific a n te , e l S i , en ja m b re ( h o m o f o n ía , e n fra n cés,
 L o re a l d e la le n g u a y m u je r 97

de la p r o n u n c ia c ió n d e S! y d e e s s a i m ) , asegura la u n id a d . E l
n o e s u n o -e n tr e -o tr o s , e s e l e le m e n to , e s e s ig n ific a n te U n o
q u e asegu ra la “ c o p u la c ió n ” d e l su jeto c o n e l sab er, S 2 ; o sea
q u e c u m p le c o n la d e fin ic ió n d e l sig n ific a n te c o m o lo q u e rep re­
sen ta u n s u je to a n te o tr o sig n ific a n te : S x (S , (S i ( S ¡ -------- -))).
E n la le n g u a el U n o e n c a m a d o q u ed a e n tre fo n e m a , palabra,
frase y h a sta t o d o e l p e n s a m ie n to .
Para fin a liza r, q u isiera referirm e b r e v e m e n te a las fó rm u la s
de la s e x u a c ió n , p u e s e lla s s o n n ecesa ria s para h ila r cierta s
c o n c lu s io n e s s o b r e e l in c o n s c ie n te e str u c tu r a d o c o m o u n
len g u a je y su s le y e s c o n la se x u a lid a d .
D ijim o s y a q u e la fó rm u la a u se n te e s la q u e d e fin ir ía a la
m u jer p o r su n e g a c ió n d e la fu n c ió n fálica: Vx<í>x.
L a ca n fu n d a , s in em b a rg o , ló g ic a m e n te la s e x u a c ió n fe m e ­
n in a tra n sfo r m a n d o la n e g a c ió n e n n e g a c ió n d el c u a n to r u n iv er­
sal y n o d e la fu n c ió n fá lica : Vx<t>x.
E sta fó rm u la in d ic a q u e la re la c ió n d e la s m u jeres c o n el
fa lo e s c o n tin g e n te . D e l la d o fá lic o la u n iv ersa l e s a firm ativa:
V x $ x e s, p u e s, u n a r e la c ió n n ecesa ria , q u e n o cesa d e e scri­
birse y q u e fu n d a e l t o d o h o m b r e .
P ero a m b a s u n iv ersa les d e b e r ía n , d e a c u e r d o a lo d ic h o
a cerca d e la u n iv ersa l y la e x c e p c ió n , fu n d a rse e n ( - 1 ) , el al
m e n o s U n o q u e esca p a a la regla. ¿Q ué o cu rre p u e s e n cada
ca so a n iv e l d e la p articu lar?
D e l la d o fe m e n in o te n e m o s , n o la e x c e p c ió n , sin o su in e x is ­
te n c ia o , e n o tr o s té r m in o s, la n e g a c ió n d e la e x c e p c ió n q u e es
c o rrela tiv a a la n e g a c ió n d e l c u a n to r U n iv ersal: 3 x f x .
A s í escr ib e L a ca n lo q u e , ca si al in ic io de su e n se ñ a n z a ,
lla m ó la p riv a ció n : a la m u jer en lo real n ad a le fa lta , e s d ecir ,
su n o c a str a c ió n . P ero la in e x is te n c ia d e la e x c e p c ió n es lo
q u e h a ce q u e fa lte e l lím it e q u e cierra e l c o n ju n to d el u n i­
v erso d e d iscu rso . P or e s o J J t m u jer, c o m o la len g u a , so n d esig ­
na d as p o r L a ca n c o m o c o n ju n to s a b ierto s. S ó lo se las p u e d e ,
a a m b a s, en u m era r, c o n ta r y p o r e s o e l tr a n sfin ito ca n to ria n o
y su sig n o d e lo en u m e ra b le , A le p h 0 , se o p o n d rá n al U n o d el
c o n ju n to d e l to d o -h o m b r e .
D e l la d o m a sc u lin o , la e x c e p c ió n es e l a l m e n o s u n o , q u e
esca p a a lo im p o s ib le d e la r e la c ió n se x u a l, e l q u e tie n e el
t o d o d e la s m u jeres, el p a d re m ít ic o d e T ó t e m y T a b ú . El
es el lím it e q u e d e lim ita e l c o n ju n to d e l to d o -h o m b r e : 3x<3>x.
E x is te al m e n o s u n o q u e d ic e q u e n o a la fu n c ió n fá lica .
98 D ia n a S . R a b in o v ic h

La m u jer c o m o n o -to d a se in sta la p u es en u n a d u a lid a d ,

tie n e y n o tie n e q u e v er c o n e l fa lo , y si e lla e n c a m a el O tro
s e x o , es esa e n c a m a c ió n en e l lugar d e l A , d o n d e ta m b ié n
se in sta la la fu n c ió n fá lica , lo q u e le d a a e se O tr o lo q u e L acan
e n A u n llam a su b izq u era .
E n tre las d o s u n iv ersa les, o sea V x $ x y Vx<í>x, la ú n ic a m ed ia ­
c ió n p o s ib le es la d el d e s e o ca u sa d o p o r el o b je to (a ).
D e l n o -to d o q u e L a ca n in v e n ta , p u e s en ló g ic a n o e x is te ,
q u e h a c e d el a x io m a “ e l in c o n s c ie n te e stá e str u c tu r a d o c o m o
u n len g u a je ” u n a e la b o r a c ió n d e sab er so b re M e n g u a n o -to d a ,
se d e d u c e q u é ca ra cteriza e l d ecir (o sea el d iscu rso ) d el an á ­
lisis, o sea la in te r p r e ta c ió n .
D e fin e lo s p u n to s n o d a le s q u e a rticu la n la in te r p r e ta c ió n ,
h a b ié n d o la d e fin id o a n te s c o m o y e n d o h a cia e l s e n tid o en
c o n tra d e la s ig n ific a c ió n , y e n fa tiz a n d o su cará cter de en ig m a ,
de o r á c u lo , de m ed io -d e c ir de la verd a d , “la in te r p r e ta c ió n e s e q u í­
v o ca , n o es para ser c o m p re n d id a sin o para p ro d u cir o le a je ” .1’
L os tres p u n to s n o d a le s so n :

1 . La h orno fo n í a, d e la q u e d e p e n d e la o r to g r a fía . A q u í ju egan

m e tá fo r a y m e to n im ia , q u e n o r e sp o n d e n a la rep resió n sin o
al c á lc u lo p o é tic o , y le to c a al a n a lista , al usar la retó ric a ,
em p lea rla s d o n d e c o n v ie n e .
2 . La gra m á tica im p lic a “ q u e lo s su jeto s rep a sen su le c c ió n
en su g ra m á tica ” . A q u í la p u ls ió n y e l fa n ta sm a fu n c io n a n
c o m o tr a sfo n d o .
3. La ló g ic a , q u e o rd en a la a c c ió n . L acan lla m a en su sem in a rio
al d iscu rso a n a lític o “ ló g ic a d e la a c c ió n ” . L ó g ica in d isp en sa ­
ble para cap tar e l im p o sib le al q u e arriba e l a n á lisis, q u e le
p e r m ite a sí d esp o ja rse de la im p o te n c ia q u e en m ascara la
in e x is te n c ia d el O tro . J i,

L os tres p u n to s n o d a le s d e la in te r p r e ta c ió n q u e L acan p la n ­
te a en “ El A to lo n d r a d ic h o ” , 20 r e to m a n lo s a p a rta d o s q u e h e m o s
se g u id o e n la o rg a n iza ció n d e e s te trab ajo , h a c ie n d o la salv ed ad
d e q u e e l p rim er p u n to c o n d e n sa lo in c lu id o y a a n iv el d e
la p r á c tic a e n lo s C a p ítu lo s I y II, si e x c e p tu a m o s e l a b a n d o n o
del d e s e o d e r e c o n o c im ie n to .
H em o s e x c lu id o in te n c io n a lm e n te , p o r ra zo n es de tie m p o ,
e l d esa rro llo d e la to p o lo g ía , q u e e s fu n d a m e n ta l e n e sta é p o c a
y a la cu a l L acan co n sid er a c o m o la estru ctu ra m ism a e n “ El
 L o re a l de la le n g u a y ^ m u je r 99

A to lo n d r a d ic h o ” . P or las m ism a s r a zo n es h e m o s o b v ia d o m a y o ­
res d e ta lle s so b r e e l d iscu rso a n a lític o y el c o n c e p to , fu n d a ­
m en ta l, d e se m b la n te .

R E F E R E N C IA S B IB L IO G R A F IC A S

1. J . L a c a n , “ R a d i o p h o n i e ” , S c ilic e t 2 / 3 , S e u il, P a r is , 1 9 7 0 .
2. I b id ., p . 5 8 .
3. I b id ., p . 6 4 .
4. Ib id .
5. I b id ., p . 6 9 .
6. Ib id .
7. J . L a c a n , L e S é m in a i r e , L i v r e X X , E n c o r e , p . 3 6 , S e u i l , P a r i s , 1975.
8. J . - A . M i l l e r , 1, 2, 3, 4 , C u r s o 1 9 8 4 - 8 5 . I n é d i t o .
9. W . y M . K n e a l e , E l d e s a r r o llo d e la ló g ic a , T e c n o s , M a d r i d , 1 9 8 0 .
10. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L i v r e X I X , . . .o u p ir e , I a C l a s e .
11. J . L . G a r d i é s , E s s a i s u r la lo g iq u e d e s m o d a lité s , P . U . F . , P a r i s , 1979.
12. J . - A . M i l l e r , o b . c i t . 1, 2, 3, 4.
13. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L i v r e X X I , L e s n o n - d u p e s e r r e n t, l e c c i ó n
d e l 1 9 -2 -7 4 . In é d ito .
14. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L i v r e X I X .
15. J . L a c a n , “ E l A t o l o n d r a d i c h o ” , e n E s c a n s ió n N ° 1, p . 6 3 , P a i d ó s ,
B s. A s ., 1 9 8 4 .
16. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L iv r e X X .
17. J. L a c a n , “ E l A to lo n d ra d ic h o ” .
18. J . L a c a n , L e S é m in a ir e , L i v r e X X , p . 2 3 .
19. J . L a c a n , “ C o n f é r e n c e s e t e n t r e t i e n s ” , S c i lic e t 6 / 7 , p . 3 5 .
20. J. L a c a n , “ E l A to lo n d ra d ic h o ” .
 IN D IC E

N o ta de p r e sen ta c ió n 5

In tr o d u c c ió n 7

C a p ítu lo I

La palabra, la m u erte y la le y de la alia n za 9

C a p ítu lo I I

La estru ctu ra de len gu aje d el in c o n s c ie n te y el c o m p le jo de

ca stra ció n 24

C a p ítu lo III

L ó g ica d el U n o y gram ática de la p u lsió n 49

C a p ítu lo I V

L o real de la le n g u a y L á m ujer 82