Está en la página 1de 120

Arthur Schop enhauer

El arte de tratar
con la&flBiiáiems

i lo s o fí a
ih-.jiza Ed itorial
w
«Si el m u n d o es p r o d u c to d e u n c a p ric h o d iv in o , e n -
lo n ces la m u je r es el ser m e d ia n te el c u a l el C re a d o r t o ­
d o p o d e ro s o q u is o m o s tr a r n o s d e l m o d o m á s fe h a c ie n ­
te el la d o im p re v is ib le d e S u p r o p ia n a tu ra le z a in e s c ru ­
table.» E sta o c u rre n c ia , q u e p r o b a b le m e n te n o está
m u y a le ja d a d e u n a d e las c o n v ic c io n e s m á s a rra ig a d a s
d el e s p íritu m a s c u lin o , d e b e ría b a s ta r p o r sí so la p a r a
co n v e n ce r a to d o s , h o m b re s y m u je re s p o r ig u al, acerca
d e la u tilid a d d e l p re s e n te o p ú s c u lo . Se t r a t a d e u n te m a
c ie rta m e n te e sp in o so , p e ro in so slay ab le.
¿Q u é n o s p u e d e n e n s e ñ a r lo s filósofos - p o r el h e c h o
d e ser, p o r d e fin ició n , g u a rd ia n e s d e la sa b id u ría , y u n a
catá stro fe e n cu estio n es a m o r o s a s - acerca d e c ó m o rela­
c io n a rn o s c o n las m u je res? ¿ Q u é n o s a c o n se ja n p a ra
c o n tro la r la te m id a v o lu b ilid a d fe m e n in a y a p a cig u a r a
este in so n d a b le o b jeto d e n u e s tro s deseos? ¿Q u é e stra te ­
gia p r o p o n e n p a ra c u ra r al b ello sexo d e su s m an ías?
10 F R A N C O V O L PI

1. F iló sofo s y m u je r es : e s ta m p a s d e u n a a lia n z a ro ta

D e s d e la a n tig ü e d a d , filó so fo s y m u je r e s n o se h a n
a v e n id o b ie n . A l r e p a s a r la h is to r ia d e este c o n flic to
e n la h i s to r ia d e la filo so fía , p o d r í a te n e rs e la i m p r e ­
s ió n d e q u e la filo so fía s ie m p re h a s id o e m i n e n te ­
m e n te cosa d e h o m b re s.
U n a m i r a d a m á s a te n ta , s in e m b a r g o , p e r m i te
p r o n t o c o n s ta ta r q u e la é p o c a a n tig u a n o c a re c ió e n
m a n e r a a lg u n a d e filó so fas. Ya e n el sig lo i a.C . el filó ­
s o fo e s to ic o A p o lo n io h a lló s u fic ie n te m a te r ia l c o m o
p a r a e s c rib ir u n a h i s to r ia d e l p e n s a m ie n to f e m e n in o ,
y F iló c o r o d e d ic a t o d o u n lib r o a las filó so fa s p i ta g ó ­
ric a s , q u e f u e r o n , e n efe c to , le g ió n . P e ro e s p e c ia l g r a ­
t i t u d d e b e m o s a G illes M é n a g e , e s c rito r, e r u d i t o y
a s id u o a s is te n te d e la te r tu lia lite r a ria d e R a m b o u i ­
lle t, a m é n d e p e rs o n a je a d m i r a d o p o r M a d a m e L a
F a y e tte y M a d a m e d e S év ig n é; la p o s te r id a d , e m p e r o ,
lo c o n o c e s o b re to d o p o r la c a r ic a tu r a q u e d e él e s b o ­
z a r a M o liè re c o n la fig u r a d e V a d iu s e n s u c o m e d ia
L a s m u je r e s sa b ia s . M é n a g e , p a c ie n te e s c r u t a d o r d e
lo s sig lo s, e s c rib ió e n 16 90 u n a H is to r ia m u ü e r u m
p h i lo s o p h a r u m , q u e to d a v ía h o y se p u e d e le e r c o n ;
p ro v e c h o .
P o r s u p u e s to , c a b e la p r e g u n ta : ¿ C ó m o es q u e n o
h a s o b re v iv id o u n s o lo p e n s a m i e n t o d e to d a s las e n ­
c a n ta d o r a s filó s o fa s c ita d a s e n la m e n c i o n a d a o b ra ?
¿ P o r q u é la F u r ia d e s tr u c to r a n o h a p e r d o n a d o n i u n
s o lo f ra g m e n to ? ¿Es s ó lo u n a c a s u a lid a d , o d e b e r ía ­
m o s p e n s a r , j u n t o c o n H e g e l, q u e la H is to r ia d e l
IN T R O D U C C IÓ N 11

M u n d o h a f u n g id o u n a v ez m á s c o m o t r i b u n a l d e
éste? E n o tr a s p a la b ra s : ¿ N o s e rá q u e ta le s id e a s n o
m e r e c ía n r e a lm e n te se r c o n s e rv a d a s?
C o m o q u i e r a q u e h a y a q u e z a n ja r la c u e s tió n , la
h is to r ia d e la filo s o fía o c c id e n ta l, c o n in d e p e n d e n c ia
d e las p o s ic io n e s , s is te m a s y e sc u e la s q u e h a y a p o d i ­
d o a d o p ta r , h a c o n tr i b u id o n o p o c o a e ste o lv id o . E n
c u a n to a m a n t e n e r a ra y a a las m u je re s , s e a p o r p r i n ­
c ip io o d e h e c h o , e s c a tim á n d o le s u n p a p e l a c tiv o e n
la filo so fía , h a h e c h o g a la d e u n a im p r e s i o n a n te u n i ­
f o r m id a d . Si n o f u e r a p o r q u e la c o m p a r a c i ó n es a lg o
c ó m ic a y n a d a o r ig in a l, c a b ría a v e n tu r a r la te sis s i­
g u ie n te : así c o m o H e id e g g e r h a a f ir m a d o q u e la filo ­
so fía o c c id e n ta l a d o le c e d e « u n o lv id o d e l Ser», así
t a m b ié n se p u e d e d e c ir q u e e s tá a q u e ja d a p o r alg o
m u c h o m á s in s ó lito , a sa b e r, « u n o lv id o d e la m u je r» .
D e s d e T ales, b la n c o d e las b u r la s d e u n a jo v e n t r a -
cia, p a s a n d o p o r W ittg e n s te in , in v o lu c r a d o e n lo s e n ­
re d o s d e M a r g u e r ite , lo s filó s o fo s h a n c o n tr i b u id o d e
m a n e r a s is te m á tic a , t a n t o d e p a la b r a c o m o d e o b r a ,
al m e n c i o n a d o o s tr a c is m o . U n a p r u e b a - n o p o r i n ­
d ire c ta m e n o s p a l p a b l e - d e la f r a c tu r a d e e s ta re la ­
c ió n es, p o r e je m p lo , q u e n i n g u n o d e lo s filó so fo s
m á s r e m o to s , lo s d e n o m i n a d o s p r e s o c r á tic o s , c o n ­
t r a jo m a t r im o n io . E l p r im e r o e n d a r ese p a s o h a b r í a
s id o S ó c ra te s , q u e d e s p o s ó a J a n tip a ... y y a s a b e m o s
c u á le s f u e r o n lo s r e s u lta d o s .
In c lu s o P la tó n , q u e t o m ó a S ó c ra te s c o m o m o d e lo
e n c a si to d a s las c u e s tio n e s filo só fic as, se c u id ó m u ­
c h o d e s e g u ir s u s p a s o s a e ste re s p e c to . E s c ie r to q u e
12 F R A N C O V O I.P I

e n la R e p ú b lic a r e c la m a p a r a las m u je r e s ig u a ld a d d e
d e re c h o s y les f r a n q u e a el a c ce so a lo s e s tu d io s d e fi­
lo so fía ; p e r o e n e s ta o b r a b o s q u e ja só lo u n a u to p ía .
E n c a m b io , c u a n d o e x p o n e e n el T im e o s u d o c tr in a
d e la tr a n s m i g r a c i ó n , d a p o r s e n ta d o q u e las a lm a s
f u e r o n o r ig i n a r i a m e n te m a s c u lin a s . Y a q u e lla s q u e
lu e g o v iv ie r a n d e s h o n e s ta m e n te e s ta b a n fo rz a d a s a
e n c a r n a r s e e n u n c u e r p o f e m e n in o , e in c lu s o , si r e i n ­
c id ía n e n s u m a l c o m p o r t a m ie n t o , e n el c u e r p o d e u n
a n im a l irr a c io n a l.
O t r o d is c íp u lo d e S ó c ra te s, el c ín ic o A n tíste n e s,
a fir m ó q u e el a m o r es u n p e c a d o d e la n a tu ra le z a , y
q u e si A f r o d ita se h u b i e r a p u e s to al a lc a n c e d e s u arco ,
n o h a b r ía d u d a d o e n a tra v e s a rla c o n u n a flech a (se ­
g ú n C le m e n te d e A le ja n d ría , S t r o m a ta II, 20 , 107, 2 ).
Y s u a lu m n o D ió g e n e s d e S in o p e re c o m e n d a b a sa lir
d e l p a s o p r a c t i c a n d o la m a s t u r b a c i ó n ( D ió g e n e s
L a e rc io , V id a s d e los filó s o fo s ilu stres, V I, 2 ).
P a r a e n c o n t r a r a u n g r a n f iló s o fo c a p a z d e t e n e r
u n m a tr im o n io n o r m a l h a y q u e e sp e ra r a A ristó te ­
les, q u i e n e f e c tiv a m e n te s u p o a r m o n i z a r v id a c o n ­
t e m p la t iv a y v i d a c o n y u g a l. D e s p o s ó a P itia y tu v o
u n a h i ja c o n ella. Y n o s ó lo e so : t r a s e n v iu d a r, a c o ­
g ió e n s u c a s a a u n a s e g u n d a m u je r , H e rp ilis , q u e le
d io u n s e g u n d o h ijo , N ic ó m a c o . D a d a la t e r n u r a
c o n q u e e v o c a a las d o s e n s u te s ta m e n to , c a b e s u ­
p o n e r q u e se t r a t ó d e r e la c io n e s felices: el E s ta g ir ita
d is p u s o q u e lo s r e s to s m o r t a le s d e s u e s p o s a f u e r a n
e n t e r r a d o s j u n t o a lo s s u y o s , y le g ó a H e r p ilis p a r te
d e s u h e r e n c ia .
I N T R O D U C C IO N 13

Y, s in e m b a r g o , p a r a c o r r o b o r a r c u á n a r r a ig a d a es­
ta b a la id e a d e la in c o m p a tib ilid a d e n tr e el e je rc ic io
d e la filo s o fía y la re la c ió n c o n las m u je re s , b a s ta c o n
o b s e rv a r la c a lu m n ia q u e lo s sig lo s v e n id e r o s le a c h a ­
c a ro n a l in ta c h a b le « M a e s tro d e lo s q u e s a b e n »
(c o m o lo d e n o m i n a r a D a n te ) , e n la q u e el filó s o fo
sale b a s ta n te m a l p a r a d o e n s u s re la c io n e s c o n el o tr o
g é n e ro . Se t r a t a d e l t e m a d e A ris tó te le s y F ilis, el s a b io
y la h e r m o s a c o rte s a n a , lle g a d o a n o s o tr o s d e s d e
O r ie n te (P a ñ c a ta n tr a ) p o r m e d ia c ió n á ra b e , y q u e se
v io re fle ja d o e n a b u n d a n te s n a r r a c io n e s y r e p r e s e n ­
ta c io n e s a rtís tic a s m e d ie v a le s , e n tr e las q u e se c u e n ta
u n a c é le b re x ilo g ra fía d e H a n s B a ld u n g ( a p o d a d o
G r ie n ) . F ilis c o n o c e al jo v e n A le ja n d r o - c u y a e d u c a ­
c ió n h a b ía s id o c o n fia d a p o r s u p a d r e , F ilip o , r e y d e
M a c e d o n ia , a A r i s t ó t e l e s - y c o n s u s e n c a n to s lo d is ­
tr a e d e s u s e s tu d io s . A ris tó te le s se q u e ja a n te el rey,
q u e e n c o n s e c u e n c ia le p r o h íb e al a p a s io n a d o jo v e n
su s e n c u e n t r o s c o n la d a m a . E sta ú l ti m a se d e s q u ita
d e l filó s o fo p r o m e t ié n d o le s u s fa v o re s a c a m b io d e
q u e a c e p te c a m i n a r a g a ta s p a s e á n d o la s o b re s u e s­
p a ld a . S e d u c id o p o r la c u rv ilín e a b e ld a d , A ris tó te le s
d a s u c o n s e n tim ie n to , i g n o r a n te d e q u e é s ta h a a d ­
v e r tid o al r e y d e l in s ó lito e s p e c tá c u lo . E l g r a n p e n s a ­
d o r se v e lu e g o c o n v e rtid o e n el h a z m e r r e ír d e la c o r ­
te m a c e d ó n ic a . A v e rg o n z a d o , se r e tir a a u n a isla y es­
c rib e u n t r a t a d o s o b re las a r tim a ñ a s f e m e n in a s 1.

1. Cf. al re sp e c to R e in h a rd B ra n d t, P h ilo so p h ie in B ild er n , C o lo ­


nia: D u -M o n t, 2 0 00 , p p . 20 1-216.
H a n s B a ld u n g , lla m a d o G rie n : A r is tó te le s y F ilis.
G r a b a d o , 1513. AKG.
li : I'R O D U C C IO N 15

L o s s ig lo s q u e s i g u i e r o n n o m o s t r a r o n u n m e j o ­
r a m i e n t o s e n s ib le d e las r e la c io n e s e n t r e f iló s o f o s y
m u je r e s . N i s iq u i e r a la é p o c a m o d e r n a s u p u s o u n
c a m b i o a l r e s p e c to . E l p r o p i o K a n t, a d a li d d e l i lu -
m in i s m o , q u i e n e le v ó a p r i n c i p i o la a u d a c i a d e
v a le rs e d e l e n t e n d i m i e n t o p r o p i o p a r a e n f r e n t a r
c u a lq u i e r p r e j u i c i o o a u t o r i d a d , p a r e c í a q u e d a r s e a
o s c u r a s c u a n d o d e m u j e r e s se t r a t a . E s c ie r to q u e
el g r a n f iló s o f o e m a n c i p a a la m u j e r d e s u p r i m i t i ­
v a y b r u t a l s u m i s i ó n a l h o m b r e y le r e c o n o c e e l d e ­
r e c h o a la « g a la n te r ía » , es d e c ir , a la « l ib e r ta d d e t e ­
n e r p ú b l i c a m e n t e o t r o s h o m b r e s c o m o a m a n te s » .
P e ro , p o r o t r o l a d o , le n i e g a la f a c u l t a d d e v o t a r y
se h a c e e c o d e t o d a u n a s e r ie d e p r e j u i c i o s , o b s e r ­
v a c io n e s i r ó n i c a s e i m p e r t i n e n c i a s s o b r e e l g é n e r o
f e m e n in o , a lo s q u e p r e s e n t a a d e m á s c o m o r e s u l t a ­
d o s c ie n tíf ic o s d e u n a « a n t r o p o l o g í a d e c u ñ o p r a g ­
m á t ic o » . ¿ U n b o t ó n d e m u e s t r a ? « M u je r e s s o n f la ­
q u e z a s .» O : « U n h o m b r e es fá c il d e e n te n d e r , p e r o
la m u j e r n o re v e la s u í n t i m o s e c r e to , a u n q u e ( p o r
s u l o c u a c i d a d ) s e a m a l a g u a r d i a n a d e lo s a je n o s » .
Y p r o s i g u e : «L a m u j e r a d q u i e r e s u l i b e r t a d c o n el
m a t r i m o n i o ; e n c a m b i o , e l h o m b r e la p ie r d e » .
« É ste a n h e l a la p a z d e l h o g a r , y se s o m e t e d e b u e n a
g a n a a l i m p e r i o d e la m u j e r c o n t a l d e q u e n o lo
d i s t r a i g a n d e s u s o c u p a c i o n e s . A q u é lla , e n c a m b io ,
n o se a r r e d r a a n t e la g u e r r a d o m é s t ic a , q u e l i b r a
c o n s u l e n g u a , y a q u e la n a t u r a l e z a le o t o r g ó l a a f i­
c ió n a h a b l a r y u n a e l o c u e n c i a a f e c tu o s a c a p a z d e
d e s a r m a r a l m a r i d o .» Y s o b r e la c u l t u r a f e m e n in a :
16 F R A N C O V O L PI

« L as m u je r e s i l u s t r a d a s se v a le n d e s u s lib r o s c o m o
d e s u r e lo j, el c u a l p o s e e n p a r a q u e se v e a q u e t i e ­
n e n u n o ; p e r o é s te , p o r lo g e n e r a l, e s tá p a r a d o o
n o h a s id o a li n e a d o c o n el s o l» 2. T o d o e llo h a c e s u ­
p o n e r q u e n o s e r ía e x t r a ñ o q u e K a n t - u n K a n t a
p r i m e r a v i s t a i n t a c h a b l e - h u b i e r a s e r v id o d e m o ­
d e lo , e n lo q u e se r e f ie r e a l j u i c i o s o b r e las m u je r e s ,
p a r a la s m o r d a c i d a d e s d e u n S c h o p e n h a u e r o d e
u n N ie tz s c h e .
S e a c o m o f u e r e , lo c ie r to es q u e , e n lín e a s g e n e ­
ra le s , lo s g r a n d e s filó s o fo s p a r e c e n t e n e r p r o b le m a s
p a r a r e l a c i o n a r s e c o n la s m u je r e s y el a m o r . Y
c u a n d o p o r f in lo i n t e n t a n , a p a r e c e n la s d e s g ra c ia s ,
y el ú n i c o r e s u l ta d o s o n la s c a tá s tr o f e s y el c a o s: a sí
s u c e d ió e n la r e l a c i ó n d e A b e la r d o c o n E lo ís a , d e
N ie tz s c h e c o n L o u , d e W e b e r c o n M a r i a n n e , la j o ­
v e n p i a n i s t a M i n a y E lse, d e S c h e le r c o n s u s n u m e ­
r o s a s a m a n t e s , d e H e id e g g e r c o n H a n n a h o d e
W it tg e n s t e i n c o n M a r g u e r it e . E llo p a r a n o p r o s e ­
g u i r la e m b a r a z o s a e n u m e r a c i ó n d e c a s o s a d i c i o n a ­
les, a l a q u e s ó lo c a b r ía o p o n e r c o n ta d a s e x c e p c io ­
n e s : e l a m o r d e S c h e llin g h a c ia C a r o lin e , el d e
C o m t e h a c ia C lo tild e , h a s t a c ie r to p u n t o la v id a
c o n y u g a l d e S im m e l y G e r t r u d ( a u t o r a d e i m p o r ­
t a n t e s o b r a s e s c r ita s b a jo s e u d ó n i m o ) o e l a v a s a lla ­
d o r e n c u e n t r o e n t r e B a ta ille y L a u r a .

2. A n th r o p o lo g te in p r a g m a tis c h e r H in s ic h t (1 7 9 8 ), en : K a n ts g e-
s a m m e lte S ch rifte n , ed . p o r la A c a d e m ia P ru s ia n a d e las C ien cias,
vol. V II, B erlín : R eim er, 1907, p p . 30 3 -3 1 1 .
I N T R O D U C C IÓ N 17

2. E l caso S c h o p e n h a u e r

L o a n te r io r n o s i n d u c e a f o r m u la r u n a r e c o m e n d a ­
c ió n h e rm e n é u tic a : q u i e n le a el p r e s e n te o p ú s c u lo
d e b e t e n e r p r e s e n te s la s c o n d ic io n e s y c ir c u n s ta n c ia s
e n las q u e s u r g ie r o n las o b r a s d e S c h o p e n h a u e r , s ig ­
n a d a s p o r el p e s o d e u n a t r a d i c i ó n « m a c h is ta » y p r e ­
ju ic io s o b v ia m e n te a tá v ic o s . C o n to d o , h a y q u e r e c o ­
n o c e rle a este a u t o r el m é r i to d e h a b e r s e o c u p a d o se ­
r ia m e n te d e la te n s a r e la c ió n e n tr e la filo s o fía y las
m u je re s , re la c ió n q u e , tr a s él y N ie tz s c h e , y a n a d ie s e ­
g u iría p a s a n d o p o r a lto 3.
A d e c ir v e rd a d , las c o sa s y a h a b ía n e m p e z a d o a
c a m b ia r e n t ie m p o s d e S c h o p e n h a u e r. L as g r a n d e s
m u je r e s d e la I lu s tr a c ió n y d e l R o m a n tic is m o e x p r e ­
s a r o n c o n m e r i d ia n a c la r id a d q u e h a b ía lle g a d o la
h o r a d e d e ja r a u n la d o las a c titu d e s p r e p o te n te s y
a lla n a r o n d e e s te m o d o el t e r r e n o p a r a la p o s te r io r
m a r c h a d e la m u je r h a c ia s u e m a n c ip a c ió n . D e s d e
q u e el jo v e n F r ie d r ic h S c h leg e l e n s u t r a t a d o S o b r e
D i ó t i m a (1 7 9 5 ) e le v a ra la f ig u r a f e m e n in a d e l B a n ­
q u e te d e P l a tó n a p r o t o t i p o d e la m u je r n u e v a q u e
b u s c a b a e n el E ro s s u p r o p i a re a liz a c ió n , y s o b r e t o d o
tr a s la p u b lic a c ió n d e la n o v e la L u c in d a (1 7 9 9 ), in s ­
p i r a d a n o y a e n P la tó n , s in o e n D o r o t h e a M e n d e ls -

3. S o b re S c h o p e n h a u e r y las m u je re s se re q u ie re a ú n u n a in v e sti­
g a c ió n a fo n d o , c o m p a ra b le a las q u e e x iste n s o b re N ie tz sc h e : C a -
ro l D ie th e , N ie tz s c h e s W o m e n : B e y o n d th e W h ip , B e rlín /N u e v a
York: d e G ru y ter, 1996. M a rio Leis, F ra u en u m N ietz sc h e , R ein -
b ek : R o w o h lt, 2000.
18 F R A N C O VOLPI

s o h n , q u ie n h a b ía a b a n d o n a d o a s u m a r i d o p a r a c a ­
s a rs e c o n F r ie d r ic h S ch leg el, se h a b ía p r o d u c i d o u n
v e rd a d e r o c a m b io d e r u m b o . A p a r te d e e s ta ú ltim a ,
f u e r o n m u c h a s las fig u ra s f e m e n in a s q u e c o m e n z a ­
r o n a a d h e r ir s e s in p r e ju ic io s a la n u e v a f o r m a d e
v id a , c o m o p o r e je m p lo G e r m a in e d e S tael, a m a n te
d e T a lle y ra n d , q u e v iv ió p r i m e r o u n a t u r b u l e n t a
a v e n tu r a a m o r o s a c o n B e n ja m ín C o n s t a n t y lu e g o
u n a r e la c ió n m á s s e re n a y e s p ir itu a l c o n el m e n c i o ­
n a d o Sc h leg el; C a r o lin e M ic h a e lis , a p o d a d a « M a d a -
m e L u c ife r» , q u e d e s p o s ó , tr a s la m u e r t e d e s u p r im e r
m a r id o , a A u g u s t W ilh e lm S ch leg el, y m á s t a r d e a
S c h e llin g ; H e n r ie t te H e rz , q u e e n s e ñ ó h e b r e o a u n
e n t u s i a s t a W il h e lm v o n H u m b o l d t , e i ta li a n o a
S c h le ie rm a c h e r; lu eg o , C a ro lin e v o n G ü n d e r ro d e , la
in fe liz a m a n te d e F rie d ric h C re u z er, q u e p o r s u p a s ió n
fu e c o n d u c id a al su ic id io ; y B e ttin a B re n ta n o , P a u lin e
W ie se, R a h e l V a rn h a g e n v o n E n s e y a lg u n a s m ás.
J o h a n n a S c h o p e n h a u e r -T ro s ie n e r d e c u n a -, m a ­
d r e d e A r t h u r , t a m b ié n f o r m a b a p a r t e d e este g r u p o
d e m u je r e s e m a n c ip a d a s , y te n ía g r a n d e s a m b ic io n e s
lite ra ria s . L a e d ic ió n d e su s o b r a s c o m p le ta s , q u e ella
m is m a d irig ió , c o m p r e n d e n o m e n o s d e 2 4 v o l ú m e ­
n e s , q u e a b a r c a b a n d e s d e re la to s d e v iaje, n o v e la s y
d ia r io s h a s ta u n e s tu d io s o b re J a n v a n E y ck y la p i n ­
t u r a f la m e n c a . T ra s el s u ic id io d e s u e s p o so , se h a b ía
m u d a d o e n 1 8 0 6 a W e im a r, q u e e n a q u e l e n to n c e s e s ­
ta b a c o n m o c i o n a d a p o r la i n c u r s ió n d e N a p o le ó n e n
el c o r a z ó n d e P ru s ia . J o h a n n a r e u n ió e n t o r n o su y o
u n a t e r t u li a lite r a ria , a la q u e p e r te n e c ie r o n , e n tr e
IN TR O D U C C IÓ N 19

o tro s , G o e th e , W ie la n d , lo s d o s S chleg el y T ie ck 4. D e s ­
p ro v is ta d e in h ib ic io n e s , in v itó a v iv ir e n s u c a sa a s u
jo v e n a m a n te , F rie d ric h M ü lle r v o n G e rs te n b e rg k .
C u a n d o A r t h u r la v isitó e n W e im a r, se s in tió c o n s te r ­
n a d o p o r la re la c ió n e s c a n d a lo s a , q u e él y s u h e r m a n a
A dele tu v ie r o n q u e p re s e n c ia r. A la c o n s te r n a c ió n si­
g u ie ro n lo s celo s y el r e s e n tim ie n to . P e ro J o h a n n a , q u e
p o r fin d is f r u ta b a d e s u lib e r ta d fre n te a p a d re s y e s p o ­
so, n o e s ta b a d is p u e s ta e n m a n e r a a lg u n a a r e n u n c ia r a
su s c o n q u is ta s e n a ra s d e s u h ijo , c u y o c a rá c te r « aris­
co» y a fic ió n excesiv a al p a tr i m o n i o fa m ilia r a p e n a s s o ­
p o rta b a . C a n s a d a d e re p r e s e n ta r el p a p e l d e m a d re ,
d e fie n d e e n su s c a rta s s u in d e p e n d e n c ia c o m o m u je r:
« S o m o s d o s in d iv id u o s » , le h a b ía e scrito A r th u r; y ella
le t o m a la p a la b ra , y d e fie n d e s u esfera p e rs o n a l d e las
in tro m is io n e s d e s u h ijo . E l jo v e n filó so fo a lb e rg a t o ­
d a v ía d u r a n t e a lg ú n t ie m p o la e s p e ra n z a d e r e c u p e r a r
a la m a d r e p a r a el re d il d e l h o g a r (es d ecir, p a r a sí m is ­
m o ). P e ro c o m o , e n c u a n to h ijo , n o tie n e n a d a q u e
o fre c e r p a r a c o m p e n s a r lo s fav o res d e l a m a n te , la si­
tu a c ió n se le h a c e c a d a d ía m á s in s o p o r ta b le ; te r m in a
o d ia n d o , e n p a rtic u la r, a la m a d r e y, e n g e n e ra l, a las
m u je re s , y a b a n d o n a la c a sa m a t e r n a 5.

4. C f. A n k e G illeir, J o h a n n a S c h o p e n h a u e r u n d d ie W e im a re r
K lassik, H ild e sh e im : O lm s, 2000.
5. V éase D ie S ch o p en h a u er s. D e r F a m ilie n -B riefw ec h se l v o n A d ele,
A rth u r, H ein rich /F lo ris u n d J o h a n n a S ch o p e n h a u er , ed . p o r L u d g er
L ü tk e h a u s, Z á ríc h : H a ffm a n s , 1991. V éa se ta m b ié n A d ele S c h o ­
p e n h a u e r, fa g e b u c h ein es E in s a m e n , ed. p o r H e in r ic h H u b c r t
1I o u b e n , M ú n ic h : M a tth e s & Seitz, 1985.
20 F R A N C O V O L PI

L a t u r b u l e n t a re la c ió n c o n la m a d r e c o n s titu y ó
p r o b a b l e m e n t e el g e rm e n d e la a c re m is o g in ia y el
c u a d r o c a si c a ric a tu re s c o d e S c h o p e n h a u e r s o b re las
m u je re s , al q u e éste , e n s u o b r a , t r a t a d e d o t a r d e u n a
b a s e m e ta fís ic a . E l t r a s f o n d o b io g rá fic o p a re c e e x p li­
car, e n e fe c to , m u c h a s d e s u s c o n v ic c io n e s s o b re este
m u n d o . « C o n o z c o a las m u je r e s - c o n f ie s a , y a a n c ia ­
n o , a s u d is c íp u lo A d a m L u d w ig v o n D o ß - S ó lo les
in te r e s a el m a t r i m o n i o c o m o in s ti tu c ió n d e b e n e f i­
c e n c ia . E n la é p o c a e n q u e m i p r o p io p a d r e la n g u id e ­
cía , c o n f in a d o m is e r a b le m e n te a u n a silla d e e n f e r ­
m o , h a b r í a q u e d a d o t o ta lm e n te a b a n d o n a d o si n o
f u e r a p o r q u e u n a n tig u o s ir v ie n te p u s o e n p r á c tic a el
d e n o m i n a d o a m o r al p r ó jim o . M i s e ñ o r a m a d r e o r ­
g a n iz a b a t e r tu lia s m ie n tr a s él se c o n s u m ía e n s u s o le ­
d a d , y e lla se d iv e rtía m ie n tr a s él s o p o r t a b a a m a rg o s
to r m e n to s . ¡H e te a h í el a m o r d e las m u je re s !» 6

3. D e fr a c a s o e n fr a c a s o

S in e m b a r g o , a S c h o p e n h a u e r se le p r e s e n tó , a p r o x i­
m a d a m e n t e p o r la m is m a é p o c a e n q u e tu v o lu g a r la
r u p t u r a c o n s u m a d r e , u n a m a r a v illo s a o p o r t u n i ­
d a d d e c o r r e g ir s u im a g e n p e s im is ta a c e rc a d e l sexo
o p u e s to . Se h a b ía e n a m o r a d o d e C a r o lin e J a g e m a n n ,
a c tr iz p r in c i p a l d e l te a tr o d e la c o r te d e W e im a r y

6. A . S c h o p e n h a u e r, G espräche, ed . p o r A r th u r H ü b sc h e r, S tu tt­
g a rt/B a d C a n n s ta d t: F ro m m a n n - H o lz b o o g , 1971, p. 152.
I N T R O D U C C IÓ N 21

m á s t a r d e a m a n t e d e l d u q u e C a rlo s A u g u s to , y le h a ­
b í a c o n fe s a d o a s u m a d r e : « T ra e ría a e s ta m u je r a m i
c a s a a u n q u e la h u b ie s e c o n o c id o e n la calle m ie n tr a s
p ic a b a p ie d r a s » 7. P e ro e ste a m o r n o p a s ó d e s e r p l a ­
t ó n ic o , y c u a n d o a m b o s se r e e n c o n tr a r o n a ñ o s d e s ­
p u é s e n F r á n c f o r t, y a e ra d e m a s ia d o ta r d e . E n esa
o p o r t u n i d a d , el y a m a d u r o filó s o fo , q u e a ú n s e n tía
a tr a c c ió n p o r ella, le c o n tó u n a h i s to r ia s o b re p u e r c o -
e s p in e s , q u e a c a b a b a d e e s c rib ir y q u e h a b r í a d e c o lo ­
c a r al fin a l d e P a re rg a y P a r a lip o m e n a : u n o s c u a n to s
p u e r c o e s p in e s q u e r ía n e s tre c h a rs e e n tr e sí p a r a d a rs e
c a lo r y p r o te g e rs e d e l frío in v e rn a l; p e r o c a d a v e z q u e
lo i n te n ta b a n , se h e r í a n m u t u a m e n t e c o n las p ú a s y
d e b ía n s e p a r a rs e d e n u e v o , c o n lo q u e d e n u e v o p a s a ­
b a n frío . A lg o s im i la r s u c e d e r ía e n t r e lo s s e re s h u ­
m a n o s 8.
N a d a p la tó n ic a fu e , e n c a m b io , la r e la c ió n q u e
S c h o p e n h a u e r s o s tu v o c o n u n a jo v e n c a m a r e r a d e
D r e s d e , a d o n d e se h a b ía m u d a d o e n m a y o d e 18 14.
E l h ijo s u rg id o d e e s te d e sliz m u r i ó a l p o c o t ie m p o d e
h a b e r n a c id o . L o c ie r to es q u e S c h o p e n h a u e r , a p e s a r
d e s u d e c la ra d a m is o g in ia y s u s p a n e g ír ic o s a la v id a
a s c é tic a , se s e n tía m u y te n t a d o p o r la « p a s ió n h o r i ­
z o n ta l» , y e n m a n e r a a lg u n a r e n u n c ia b a a lo s p la c e re s
d e la c a rn e . E n d o s p a la b r a s : a u n q u e p o n d e r a b a el
a g u a , p r e f e ría el v in o .

7. A . S c h o p e n h a u e r, G espräch e, p. 17.
8. V éa se la c a rta d e S c h o p e n h a u e r a Ju lius F ra u e n s tä d t d e 2 d e
e n e r o d e 1852, en : G e s a m m e lte B riefe, ed. p o r A. H ü b s c h e r, B o n n :
B o u v ier, 1978, p p . 2 7 2 -2 7 3 .
22 F R A N C O V O LPI

D u r a n te s u p r i m e r v ia je a Ita lia , q u e e m p r e n d ió e n
el o t o ñ o d e 1818, p o c o d e s p u é s d e h a b e r c o n c lu id o la
c o rr e c c ió n d e las p r u e b a s d e i m p r e n ta d e E l m u n d o
c o m o v o lu n t a d y r e p r e s e n ta c ió n , se v io e n v u e lto e n Ve-
n e c ia e n u n a a r d ie n te a v e n tu r a c o n u n a d a m a d e d u ­
d o s a r e p u ta c ió n , u n a ta l T eresa F u g a 9. E lla fu e la re s ­
p o n s a b le d e q u e n o lle g a ra a c o n c re ta rs e s u e n c u e n ­
tr o c o n B y ro n , s e g ú n n o s lo r e p o r t a el m ú s ic o R o b e r t
v o n H o r n s te in , q u e e n s u s M e m o r ia s e v o c a s u s c o n ­
v e rs a c io n e s c o n el S c h o p e n h a u e r a n c ia n o . É s te se
s o la z a b a c o n ta n d o a s u s h u é s p e d e s q u e a q u e l a ñ o
(1 8 1 8 -1 8 1 9 ) c o in c id ie r o n e n Ita lia lo s tre s m a y o re s
p e s im is ta s d e E u ro p a : B y ro n , L e o p a rd i y su p e rs o n a .
« U n a ta r d e - c u e n t a v o n H o r n s t e i n - , h a b lá b a m o s s o ­
b r e B y ro n , c u a n d o se q u e jó d e q u e p o r u n a to r p e z a
s u y a n o h u b i e r a c o n o c id o al p e rs o n a je : “Yo lle v a b a
u n a c a r ta d e r e c o m e n d a c ió n e st rila p o r G o e th e p a r a
él. M e q u e d é e n V en ecia t re s m eses d u r a n t e la e s ta d ía
d e B y ro n . S ie m p re m e h a d a el p r o p ó s i t o d e v is ita rlo
y lle v a rle la c a r ta d e G o e th e , h a s ta q u e u n d ía m e d i
p o r v e n c id o . H a b í a s a lid o a p a s e a r p o r el l i d o c o n
m i a m a n te , c u a n d o é sta , m u y e m o c io n a d a , e x c la m ó :
‘¡A hí v a el p o e ta in g lé s !’. B y ro n , a ca b a llo , m e p a s ó v e ­
lo z m e n te p o r u n la d o , y la d o n n a q u e d ó im p r e s i o n a ­
d a p o r el r e s to d e l d ía. F u e e n to n c e s c u a n d o m e d e c i­
d í a n o e n tr e g a r la c a r ta d e G o e th e . T e m ía q u e m e

9. V éa se al re s p e c to la re c o n s tru c c ió n ex h a u stiv a d e A . V errec-


ch ia, « S c h o p e n h a u e r e la v is p a T eresa», en: S ch o p e n h a u er -J a h r-
b u ch , v o l. 56 (1 9 7 5 ), p p . 187 -198.
IN T R O D U C C IÓ N 23

p u s ie r a n c u e rn o s . ¡C u á n to m e a r r e p ie n to ! ” Y m i e n ­
tra s t a n t o se g o lp e a b a la f re n te .» 10
E n F lo re n c ia , S c h o p e n h a u e r e n r iq u e c ió el c a tá lo g o
d e su s c o n q u is ta s c o n u n a p e r la m u y v a lio s a , la d e
u n a a r is tó c r a ta in g le s a q u e se h a b ía tr a s la d a d o d e s d e
su b r u m o s o p a ís n a ta l a la t e m p la d a c iu d a d to s c a n a
c o n el p r o p ó s i t o d e c u r a r s u tu b e r c u lo s is . E l filó s o fo
a r d ió d e « p r o f u n d a p a s ió n » , y esa « tra m p a » d e l m a ­
t r i m o n i o « q u e la n a tu r a le z a n o s tie n d e » h u b i e r a s u r ­
tid o s u e fe c to d e n o s e r p o r q u e la e n f e r m e d a d i n c u ­
r a b le d e s u a m a d a h iz o q u e n u e s tr o a p re n s iv o v ia je ro
r e t o m a r a s u p r in c i p io d e q u e el m a t r i m o n i o n o se
p r e s ta p a r a la v id a d e u n p e n s a d o r . C o n to d o , a d e c ir
d e A d e le , la h e r m a n a d e S c h o p e n h a u e r , la jo v e n i n ­
g lesa fu e el g r a n a m o r d e s u v id a .
D e re g re s o e n A le m a n ia , y d u r a n t e s u d o c e n c ia e n
la U n iv e rs id a d d e B e rlín , S c h o p e n h a u e r b u s c ó c o n ­
s u e lo e n tr e lo s b r a z o s d e C a r o lin e R ic h te r M e d o n ,
u n a c a n ta n te d el T e a tro N a c io n a l, c o n la q u e so stu v o
u n a re la c ió n in e s ta b le p e ro ín tim a , h a s ta el g ra d o d e
q u e el filó so fo h a ría m e n c ió n ex p líc ita d e C a ro lin e e n
su te s ta m e n to . D ic h a re la c ió n , q u e se m a n tu v o e n se­
c re to d u r a n te m u c h o tie m p o , e stu v o m a r c a d a p o r d is­
c u s io n e s y e p is o d io s d e celos, p e ro so b re to d o p o r el h e ­
c h o d e q u e , m ie n tr a s S c h o p e n h a u e r se h a lla b a e n Ita lia
p o r s e g u n d a vez, y a d ie z m e se s d e s u p a rtid a , C a ro lin e
d io a lu z a u n h ijo h e r m o s o y salu d ab le: C a ri L u d w ig
G u s ta v M e d o n . N a d a d e e x tr a ñ o tie n e , p u e s , q u e

10. A. S c h o p e n h a u e r, G esprach e, p. 220.


24 F R A N C O V O L PI

S c h o p e n h a u e r a n o t a r a e n s u lib re ta : «L os h o m b r e s
s o n la m it a d d e s u s v id a s m u je r ie g o s y la o t r a m it a d
lle v a n c u e rn o s ; y la s m u je r e s se d iv id e n , c o r r e s p o n ­
d ie n te m e n te , e n e n g a ñ a d a s y e n e n g a ñ a d o r a s » 11. E n
c u a n to p u d o , tr a t ó d e resarcirse. T ras c o n o c e r e n 1827
a la h ija d e d ie c is ie te a ñ o s d e u n c o m e r c ia n te d e a rte ,
u n a ta l F lo ra W e iß , le p r o p u s o m a t r i m o n i o s in p e n ­
s á rs e lo d o s ve ces, o lv id a n d o to d a s s u s m á x im a s p r u ­
d e n c ia le s . « C a s a rs e - h a b í a a f i r m a d o - , es c o m o m e te r
c o n lo s o jo s v e n d a d o s la m a n o e n u n saco , y p r e t e n ­
d e r s a c a r la ú n i c a a n g u ila e n tr e u n m o n t ó n d e s e r ­
p ie n te s .» 12 A ñ a d ía a d e m á s q u e el m a t r im o n io , p o r
b i e n q u e re s u lte , e q u iv a le a « d iv id ir p o r la m it a d lo s
d e re c h o s d e l m a r i d o y m u lt ip l ic a r p o r d o s s u s o b l i ­
g a c io n e s » 13. Y, s in e m b a r g o , e l filó s o fo e s ta b a d i s ­
p u e s t o a la n z a r p o r la b o r d a t o d a e sa s a b id u r ía a
c a m b i o d e u n a t i e r n a b e ld a d . P a r a f o r t u n a s u y a , s u
p r o p u e s t a fu e d e n e g a d a : «¡Si es s ó lo u n a n i ñ a ! » 14,
h a b r í a e x c la m a d o i n d i g n a d o el p a d r e , q u e s in e m ­
b a r g o c a lm ó s u á n i m o e n c u a n t o se e n te r ó d e la s i­
t u a c i ó n f in a n c ie r a d e l p r e t e n d ie n t e . P e ro la m u c h a ­
c h a n i p o r u n m o m e n t o se p l a n t e ó la p o s ib i l id a d d e

11. A . S c h o p e n h a u e r, D e r h a n d sc h riftlic h e N a c h la ß , ed. p o r A.


H ü b s c h e r, 6 vols., F ra n c fo rt d e l M e n o : K ra m e r, 1 9 6 6-1975 , vol. II,
p . 162.
12. A. S c h o p e n h a u e r, G espräch e, p . 152.
13. A . S c h o p e n h a u e r, Parerga u n d P a ra lip o m en a , vol. II, en : S ä m t­
lich e W erke, vol. V I, ed . p o r A. H ü b s c h e r, W ie sb a d e n : B ro ck h a u s,
31972, p. 659.
14. A. S c h o p e n h a u e r, G espräche, p . 59.
I N T R O D U C C IO N 25

s a c r ific a r la f lo r d e s u e d a d a u n p e n s a d o r y a s u rc a d o
p o r la s a rru g a s .
A p e s a r d e to d a s las d e s a v e n e n c ia s , c u a n d o S c h o -
p e n h a u e r p a r t i ó e n 1831 d e B e rlín , i n f e s ta d a d e c ó le ­
ra , h a c ia F r á n c f o r t, e s tu v o d is p u e s to a lle v a r c o n s ig o
a C a r o lin e M e d o n . C o n u n a ú n ic a c o n d i c i ó n , e so sí:
q u e el h ijo d e é s ta , f r u t o d e s u tr a ic ió n , p e r m a n e c i e r a
e n B e rlín . C a r o lin e , s in e m b a r g o , c o m o b u e n a m a d r e
q u e e ra , n o t itu b e ó , y d e jó q u e el filó s o fo s e m a r c h a ­
r a s in ella.
E l c u a d r o d e las re la c io n e s d e S c h o p e n h a u e r c o n
las m u je r e s e n B e rlín n o e s ta r ía c o m p le to , s i n e m b a r ­
g o , si o lv id á s e m o s la h i s to r ia d e s a g r a d a b le e n la q u e
a q u é l in v o lu c r ó a u n a c o s tu r e r a q u e v iv ía e n el a p a r ­
t a m e n t o d e al la d o , u n a ta l C a r o lin e M a r q u e t . T ra s
u n a d is c u s ió n f r e n te a la p u e r t a d e s u c a s a , d o n d e la
m u y in s o le n te h a b r í a e s ta d o c o n v e r s a n d o e n v o z a lta
c o n su s c o m a d re s, in te rru m p ie n d o a sí su s p e n s a ­
m ie n to s - a l g u n o s b ió g ra f o s m a l i n t e n c i o n a d o s s o s p e ­
c h a n q u e el a s u n to o c u r r i ó m ie n tr a s t e n í a u n o d e s u s
d is c r e to s e n c u e n t r o s c o n C a r o lin e M e d o n - , tu v o l u ­
g a r u n a p e le a e n la q u e S c h o p e n h a u e r l e c a u s ó le s io ­
n e s físicas. T ra s u n a s e rie d e p ro c e s o s j u d ic ia l e s q u e
se e x te n d ie r o n p o r c a si u n lu s tr o , fu e c o n d e n a d o p o r
« in ju r ia c o n s u m a d a » a p a g a rle u n a r e n t a v ita lic ia .
C u a n d o ella m u r i ó , el filó s o fo s a ld ó el a s u n t o c o n u n
ju e g o d e p a la b r a s : « O b i t a n u s , a b i t o n u s » , es d e c ir:
« M u e r ta la v ie ja , se a c a b ó la c a rg a » .
A sí p u e s , lle g a d o a F r á n c f o r t, y e n v i s t a d e s u s c o n ­
c a te n a d o s fra c a s o s , n u e s tr o p e n s a d o r h i z o el f ir m e
26 F R A N C O Vi 'I I’I

p r o p ó s i t o d e r e n u n c i a r d e fin itiv a m e n te al m a t r i m o ­
n io . P e ro n o e n g e n e ra l a las m u je re s , o, m e j o r d ic h o ,
a u n a « p e tite lia is o n si n écessaire». T u v o - n o s a b e m o s
c o n q u i é n - o t r o h ijo n a tu r a l, q u e s in e m b a r g o t a m ­
b ié n fallec ió al p o c o t ie m p o d e n a c id o .

4. D u lc is in f u n d o

L a v e je z le d e p a r a b a a S c h o p e n h a u e r u n a s o rp r e s a
a d ic io n a l. C u a n d o y a «el N ilo se a p ro x im a b a a E l C a i­
ro » , su s c a rta s n o s h a b la n d e l a liv io d e v e rse lib re d e
las c a d e n a s d e l sex o , es d e c ir, d e las o s c u ra s fu e rz a s
m e ta fís ic a s d e la v o lu n ta d . P e ro es p r e c is a m e n te e n ­
to n c e s c u a n d o A m o r le la n z a u n ú ltim o , a u n q u e e s ta
v e z in o c u o , d a rd o : u n a jo v e n e s c u lto ra , E liz a b e th
N ey , lo v is ita e n el o t o ñ o d e 1 8 5 9 c o n el p r o p ó s ito d e
t e r m i n a r u n b u s to , y p e r m a n e c e c o n él d u r a n t e casi
u n m e s. E l a n c ia n o se c o n g r a tu la : « T ra b aja ca si t o d o
el d ía e n m i c a sa - l e c u e n ta a v o n H o r n s te in , f r o t á n ­
d o s e la s m a n o s - . C u a n d o re g r e s o d e a lm o rz a r, t o m a ­
m o s el ca fé j u n to s , s e n ta d o s e n el s o la , y p o r u n m o ­
m e n t o m e s ie n to c o m o si e s tu v ie ra c a s a d o » 15. L a
c o n v iv e n c ia id ílic a c o n e s ta j o v e n a r tis ta q u e lo h a la ­
g a y c o rte ja h a c e q u e v a c ile el d ic ta m e n p e s im is ta
s o b re la m u je r , s u rg id o d e la te n s a re la c ió n c o n la
m a d r e y a p u n ta l a d o d u r a n t e a ñ o s p s e u d o m e ta f ís ic a -
m e n te . E n u n a r e tr a c ta c ió n ta r d í a le c o n fie s a a u n a

15. A. S c h o p e n h a u e r, G esprache, p . 225.


I N T R O D U C C IÓ N 27

a m ig a d e M a lw id a v o n M e y s e n b u g q u e h a lo g r a d o
a lc a n z a r u n ju ic io m á s fav o ra b le : « A ú n n o h e p r o ­
n u n c ia d o m i ú ltim a p a la b r a s o b re las m u je re s . E sto y
c o n v e n c id o d e q u e c u a n d o u n a m u je r lo g r a s e p a r a r ­
se d e l m o n t ó n o, m e j o r d ic h o , e le v a rse p o r e n c im a
d e é ste, c re c e d e m a n e r a i n in t e r r u m p i d a , in c lu s o m á s
q u e el h o m b r e , a q u i e n la e d a d i m p o n e u n lím ite ,
m ie n tr a s q u e la m u je r s ig u e d e s a r r o llá n d o s e in d e f in i­
d a m e n t e » 16. A u n q u e n o f u e r a c ie rto , e s ta ría m u y
b ie n d ic h o .

5. L a m u j e r s in a tr ib u to s

El p re s e n te o p ú s c u lo c o n s titu y e u n a a n to lo g ía d e s e n ­
te n c ia s e n las q u e S c h o p e n h a u e r e x p o n e s u s id e a s a c e r­
c a d e l p a p e l d e la m u je r. L as h e m o s r e u n id o re v o lv ie n ­
d o e n tr e su s e scrito s: ta n t o e n lo s q u e p u b lic ó e n v id a
c o m o e n lo s in é d ito s , e n e sp ec ial e n la f a m o s a « M e ta ­
física d e l a m o r sex u al» , q u e in te g r a el c a p ítu lo 4 4 d e lo s
« S u p le m e n to s » a la s e g u n d a e d ic ió n , d e 1844, d e E l
m u n d o c o m o v o lu n ta d y rep resen ta ció n ; así c o m o e n el
en say o S o b r e las m u je res, p r o v e n ie n te d e P a rerga y P a -
r a lip o m e n a (1 8 5 1 ), y e n la o b r a p o s tu m a .

16. A . S c h o p e n h a u e r, G espräch e, p. 376 s. P a ra la « co n v ersió n »


d el S c h o p e n h a u e r a n c ia n o re m ito al le c to r al te x to s e m ih u m o rís -
l ico q u e escrib í, ju n to c o n W o lfg a n g W elsch, c o n m o tiv o d e l 200°
a n iv e rsa rio d e l n a c im ie n to d e l filósofo: « S c h o p e n h a u e rs schw ere
S tu n d e » , en : S ch o p e n h a u e r im D e n k e n d er G eg en w a rt, ed. p o r V ol­
ker S p ierlin g , M ú n ic h /Z ú ric h : P ip er, 1987, p p . 29 0 -2 9 8 .
28 F R A N C O VO LPI

L a s e le c c ió n y o r d e n a m ie n t o te m á tic o s o n d e
n u e s tr a a u to r ía , p e r o tie n e n u n f u n d a m e n t u m i n re,
p u e s p o n e n d e m a n if ie s to c u á le s f u e r o n lo s p r o b le ­
m a s c e n tra le s d e S c h o p e n h a u e r . Y n o s ó lo eso: la a n ­
tr o p o lo g ía s c h o p e n h a u e r ia n a d e l c o m p o r t a m ie n t o
fe m e n in o , q u e se p r e t e n d e c ie n tífic a y o b je tiv a , r e v e ­
la e n r e a lid a d la id io s in c r a s ia d e u n h o m b r e q u e e s ta ­
b a h e r i d o e n lo m á s í n ti m o y q u e e s c rib ía c u m ira e t
s tu d io . D e a h í q u e e sta s s e n te n c ia s t e r m i n e n s ie n d o ,
e n lu g a r d e d e s c r ip c io n e s n e u tr a le s , u n c a tá lo g o d e
c o n s e jo s d e s tin a d o s a p r e p a r a r al g é n e ro m a s c u lin o
fre n te a las fa ta le s in s id ia s , rie s g o s y c o n flic to s d e s e s ­
p e r a n te s q u e s u rg e n in e v ita b le m e n te c u a n d o u n o se
re la c io n a c o n las m u je re s . Se t r a ta , p u e s , d e u n v e r d a ­
d e r o a r te - e n el s e n tid o d e d e s tre z a , al e s tilo d e o tr o s
p r o n tu a r io s y a e d ita d o s p o r m í 17- p a r a d e s e n v o lv e r­
se d e m a n e r a a p r o p i a d a c o n el b e llo sex o y c o n su s
m u d a b le s f o r m a s d e c o m p o r ta m ie n to .
P o r s u p u e s to , lo s h o m b r e s y m u je r e s d e h o y p r á c ­
tic a m e n te d a m o s p o r s o b r e e n te n d id o q u e S c h o p e n ­
h a u e r ig n o r a b a , o d e lib e r a d a m e n te p a s a b a p o r a lto ,
la in a g o ta b le riq u e z a d e l u n iv e r s o fe m e n in o . C o n c e p ­

17. Cf. D ie K unst, R ech t z u bekalten, F ra n cfo rt del M en o: Insel, 1995


[E l a rte d e te n er ra zó n , M a d rid : A lia n z a E d ito ria l, 2007 (2 0 0 2 )];
D ie K un st, gíücldich z u sein, M ú n ic h : Beck, 1999 [El a rte de ser feliz,
M a d rid : H erd er, 2007 (20 00 )]; D ie K u n s t z u beleidigen, M ú n ic h :
Beck, 2002 [El a rte d e insultar, M a d rid : A lianza E d ito rial, 2005], El
a rte d e hacerse respetar, M a d rid : A lianza, 2004; D ie ku n st, sich selbst
z u erken nen , M ú n ic h : B eck, 2006 [El a rte d e conocerse a sí m ism o ,
M a d rid : A lian za, 2007],
IN T R O D U C C IÓ N 29

c io n e s f e m e n in a s d e la v id a , c o m o f e m m e f a ta le , f e m ­
m e f r a g ü e o f e m m e v a m p , s e g u r a m e n te n o f o r m a r o n
p a rte d e s u r e p e r to r io . L a m u je r d e S c h o p e n h a u e r es
u n a m u je r s in a tr ib u to s . P e ro p r e c is a m e n te p o r ello
tal v e z e s te m o s h o y e n m e jo r e s c o n d ic io n e s d e a p r e ­
c ia r el la d o a le g re d e s u s a g u d a s in v e c tiv a s, la d o q u e ,
a c a s o c o n tr a lo q u e el p r o p io S c h o p e n h a u e r h a b r ía
d e s e a d o , es p a r a su s le c to re s y le c to ra s m á s m o tiv o d e
s o la z q u e d e m o ra le ja .
El arte de tratar con las mujeres
I

La naturaleza de la mujer

P alabra e idea

La p a la b ra m u je r [W eib ] h a caíd o e n d e scréd ito ,


a p e sa r d e q u e es to ta lm e n te in o b je ta b le ; d e sig n a
al g é n e ro (m u lie r). S eñ o ra [F rau], e n c a m b io , es
la m u je r casad a (u xo r); lla m a r s e ñ o ra a u n a j o ­
v e n es d a r u n a n o ta d isc o rd a n te .

¿El bello sexo?

C alificar d e b e llo al sexo d e b a ja e sta tu ra , h o m ­


b ro s d elg ad o s, cad eras a n c h a s y p ie rn a s c o rta s es
algo q u e só lo p u e d e h a c e r el in te le c to m a sc u lin o ,
o b n u b ila d o c o m o está p o r el in s tin to sexual;
p u e s la s u so d ic h a belleza se re d u c e p o r c o m p le to
a este ú ltim o in stin to .
33
34 E L A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U ) ERES

E l seg u n d o sexo

Las m u je re s s o n el sexu s seq u io r [el seg u n d o


sexo], in fe rio r al m a sc u lin o e n todo resp ecto ;
u n o d eb e p e r d o n a r sus d efecto s, p e ro ren d irles
v e n e ra c ió n es s u m a m e n te rid íc u lo y n o s d e g ra d a
a n te sus ojos.

U n ser s in m a yo res aspiraciones

Las m u je re s n o tie n e n v e rd a d e ro ta le n to n i sen si­


b ilid a d p a r a la m ú sic a , la p o e sía o las artes p lá s ­
ticas; c u a n d o s im u la n p o se e rlo y se u fa n a n d e
ello, se tr a ta d e u n m e ro re m e d o , su rg id o d e su
afán d e ag rad ar. O lo q u e es lo m ism o : s o n in c a ­
p aces d e s e n tir u n in terés p u r a m e n te o b jetivo h a ­
cia co sa a lg u n a, y ello d e b id o a lo sig u ien te , se­
g ú n creo: el h o m b re tr a ta d e lo g ra r e n to d o u n
c o n tro l d irecto so b re las cosas, ya sea c o m p r e n ­
d ié n d o la s o d o m in á n d o la s . P ero la m u je r tie n e y
h a te n id o sie m p re q u e c o n fo rm a rse c o n ejercer
u n c o n tro l m e ra m e n te in d irecto so b re las cosas,
a saber, a tra v és d el h o m b re , q u e es lo ú n ic o q u e
ella p u e d e d o m in a r d ire c ta m e n te . D e ah í q u e su
n a tu ra le z a la lleve a c o n sid e ra rlo to d o c o m o u n
sim p le m e d io p a r a c o n q u is ta r al h o m b re , y q u e
su in te ré s p o r c u a lq u ie r o tra cosa sea sie m p re
I. LA N A T U R A L E Z A D E L A M U JE R 35

fin g id o , u n sim p le ro d e o (o sea, e n el fo n d o ,


m e ra c o q u e te ría y a fá n d e re m e d a r). Ya lo d ecía
R o usse au : «Les fe m m e s , en général, n a i m e n t a u -
cu n art, n e se c o n n a iss en t á a u cu n , e t r í o n t a u c u n
génie» [«Las m u je re s, e n g en eral, n o a m a n n i d o ­
m in a n a rte a lg u n o , y n o p o s e e n g en io a lg u n o » ],
L ettre á d ’A le m b e r t, n o ta XX. E sto es algo, p o r lo
d em ás, q u e c u a lq u ie ra q u e n o se d eje e n g a ñ a r
p o r las a p a rie n c ia s p u e d e co n sta ta r. B asta c o n
q u e o b serv e a q u é p re s ta n a te n c ió n las m u je re s
e n c o n cierto s, ó p e ra s y piezas te a tra le s, y d e q u é
m a n e ra lo h a c e n ; p o r ejem p lo , la lig ereza p u e ril
c o n q u e p ro s ig u e n su c h á c h a ra a u n d u r a n te los
pasajes m á s h e rm o s o s d e las g ra n d e s o b ra s d e
arte.

Las m u je re s y las a r m a s d e la n a tu r a le z a

L a n a tu ra le z a se p r o p u s o lo g ra r c o n las jó v en es
lo q u e e n te a tro se d e n o m in a u n «golpe d e esce­
na» , al d o ta rla s d u r a n te u n o s a ñ o s, y a co sta del
resto d e sus días, d e u n a p lé to ra d e b elleza, e n ­
c a n to y e sp le n d o r; y esto c o n el p ro p ó s ito d e q u e
d u ra n te esos a ñ o s c a p tu ra s e n d e ta l m o d o la fa n ­
tasía del h o m b re , q u e éste estu v ie ra irrev ersib le y
s in c e ra m e n te d isp u e s to a c u id a rla s d e p o r vid a,
costase lo q u e co stare; y a q u e la m e r a reflex ió n
36 EL A R T E D E T R A T A R C O N LAS M U JE R E S

ra c io n a l n o p a re c ía ser g a ra n tía su ficien te p a ra


o b lig arlo a d a r ta m a ñ o paso . D e este m o d o , la
n a tu ra le z a p ro v ey ó a la m u je r, c o m o a c u a lq u ie r
o tr a c ria tu ra , d e las a rm a s y h e rra m ie n ta s q u e
n e c e sita b a p a r a a s e g u ra r su existencia, y sólo p o r
el tie m p o q u e las n ecesitab a, h a c ie n d o e n ello
gala d e su a c o s tu m b ra d a e c o n o m ía d e m ed io s.
A sí c o m o la h o r m ig a h e m b r a p ie rd e , d esp u és del
a c o p la m ie n to , las alas q u e e n a d e la n te y a n o n e ­
c e sita rá y q u e p u d ie r a n in c lu so p o n e r e n p elig ro
el p ro c e so d e in c u b a c ió n , así ta m b ié n la m u jer,
tra s u n o o d o s p a rto s, casi s ie m p re p ie rd e su b e ­
lleza; y p o s ib le m e n te p o r la m is m a ra z ó n .

L a n iñ a q u e la m u je r lleva d e n tro

L o q u e h a c e a las m u je re s ta n a p ro p ia d a s c o m o
n o d riz a s y e d u c a d o ra s d e n u e s tra p r im e r a in fa n ­
cia es p re c is a m e n te el h e c h o d e ser ellas m ism a s
p u e rile s, to n ta s y p o c o p ersp icaces; e n u n a p a la ­
b ra , p e rm a n e c e n to d a su v id a c o m o n iñ a s g ra n ­
des, u n a su e rte d e e sta d o in te rm e d io e n tre el
n iñ o y el h o m b r e a d u lto , p a ra d ig m a d el v e rd a d e ­
ro ser h u m a n o .
II

Diferencias con el hombre

H o m b r e s y m u jeres

C u a n d o la n atu ra le z a dividió e n d o s al gén ero h u ­


m ano, n o trazó el co rte p recisam en te p o r la m itad .
A. pesar de to d a s u p o la rid a d , la d iferencia e n tre el
polo po sitivo y el neg ativo n o es sólo cualitativa,
sino ta m b ié n cu an titativ a. Así c o n cib iero n a las fé-
m in as n u e stro s an cestro s y los p u eb lo s orientales,
y c o m p re n d ie ro n q u é p o sició n les co rresp o n d e
m u ch o m e jo r q u e n o so tro s, q u e e n cam b io esta­
m os in flu en ciad o s p o r la galantería francesa de
viejo c u ñ o y n u e s tra in su lsa v e n e ra c ió n h acia las
m ujeres, p u n to c u lm in a n te d e la estulticia cristia-
n o -g erm án ica cuyo ú n ic o resu ltad o h a sid o h a c e r­
las ta n arro g an tes y d esco n sid erad as q u e a veces le
recuerd an a u n o los m o n o s sag rad o s d e B enarés,

37
38 E L A R T E D E T R A T A R C O N LAS M U JE R E S

los cuales, conscien tes d e su sa n tid a d e intang ibili-


d ad , se sien ten c o n d erech o a todo.

L a in ju sticia d e la n a tu ra lez a

La n a tu ra le z a m u e s tr a u n a in e q u ív o c a p re d ile c ­
c ió n p o r el sexo m a sc u lin o . É ste lleva la d e la n te ­
r a e n fu e rz a y belleza; c u a n d o se tra ta d e o b te n e r
satisfacció n sex ual, la p a r te m a sc u lin a sólo o b tie ­
n e placer, m ie n tra s q u e d el la d o fe m e n in o caen
sólo lastre y desv en tajas. [...] Si el h o m b re q u isie ­
r a ap ro v e c h a rse d e esta p a rc ia lid a d d e la n a tu r a ­
leza, la m u je r sería la m á s d e sd ic h a d a d e las c ria ­
tu ra s; p u e s te n d ría q u e s o p o rta r to d o el p e so del
c u id a d o d e lo s h ijo s; y, d a d a s sus escasas fu erzas,
esta ría c o m p le ta m e n te p e rd id a .

M a d u r e z m a s c u lin a y m a d u r e z fe m e n in a

C u a n to m ás n o b le y p erfecta es u n a cosa, ta n to
m ás ta rd e y despacio llega a su m ad u rez. El h o m ­
b re d ifícilm en te alcanza la m a d u re z d e su ra z ó n y
de sus capacid ad es m en tales antes de los v ein tio ­
ch o añ o s d e edad ; la m ujer, en cam bio, ya la h a lo ­
g rad o a los dieciocho. Pero to d o ello tien e su lógi­
ca, y u n a m u y b ie n calculada, p o r cierto. D e ahí
II. D IF E R E N C IA S C O N EL H O M B R E 39

q u e las m u jeres sigan sien d o n iñ a s to d a su vida:


p ercib en sólo lo m ás cercano, se ciñ en al presente,
c o n fu n d e n las ap ariencias co n la realid ad y a n te ­
p o n e n las frivolidades a los asu n to s m á s serios.

L a v a n id a d en el h o m b r e y en la m u je r

A u n q u e la v a n id a d d e las m u je re s n o su p erase,
c o m o o c u rre , a la d e los h o m b re s , seg u iría te ­
n ie n d o el in c o n v e n ie n te d e q u e se v u elca c o m ­
p le ta m e n te h a c ia cosas m a teria le s, c o m o p o r
e je m p lo su b elleza p e rso n a l, a d e m á s d e las joyas,
la riq u e z a y el lu jo. D e a h í q u e la so c ie d a d sea su
e le m e n to . E ste h e c h o , u n id o a la c o r te d a d d e
s u ra z ó n , la in c lin a h a c ia el derroche, p o r lo q u e
ya u n an tig u o p e n s a d o r decía: 8oc7cotvY]pá cpúaec.
y u v 7¡ [«La m u je r es d e r ro c h a d o ra p o r n a tu r a le ­
za», M e n a n d ro , M o n o stic h o i, 97]. E n cam b io , la
v a n id a d d e los h o m b re s se d irig e a m e n u d o h a ­
cia v en tajas n o m a te ria le s, c o m o la in telig en cia y
la e ru d ic ió n , la v alen tía, y cosas p o r el estilo.

E l h o n o r s e x u a l en el h o m b r e y en la m u je r

El h o n o r sexual se divide e n h o n o r sexual de la m u ­


jer y h o n o r sexual del h o m b re; el p rin cip al y m ás
40 EL A R T E D E T R A TA R C O N LAS M U JE R E S

significativo d e los dos es el de la m ujer, ya que en la


v id a de ésta la relación sexual es lo m ás im portante.
C onsiste en la o p in ió n general de los dem ás, respec­
to de la m u je r soltera, de que n o se h a entregad o a
n in g ú n h o m b re; y respecto de la casada, de que sólo
se h a entreg ad o a aquel a q u ien desposó. E n cu anto
al género m asculino, consiste en la creencia de que si
u n h o m b re se en tera de la infidelidad de su esposa,
se sep arará in m ed iatam en te de ella y, en general, la
castigará lo m ás severam ente posible.

E l a m o r filia l en p a d r e s y m a d res

El a u té n tic o a m o r m a te rn a l es, e n la especie h u ­


m a n a c o m o e n los d e m á s an im ales, p u ra m e n te
in stin tivo , y, p o r lo ta n to , cesa u n a vez q u e los h i­
jo s p u e d e n valerse fís icam en te p o r sí solos. [...]
El a m o r d el p a d re h a c ia sus h ijo s es d e d ife ren te
n a tu ra le z a y m á s sólido: se b a sa e n re c o n o c e r en
ellos su m á s ín tim o ser, y tie n e , p o r co n sig u ien te,
u n o rig e n m etafísico.

A fá n científico y cu rio sid a d

El deseo d e c o n o c e r se d e n o m in a a fá n cien tífico


[W iß b eg ier] c u a n d o está d irig id o h a c ia lo u n iv e r­
II. D IF E R E N C IA S C O N EL H O M B R E 41

sal; y c u rio s id a d [N eu g ier] c u a n d o está d irig id o


h a c ia lo p a rtic u la r. Los n iñ o s m a n ifie s ta n casi
sie m p re u n a fá n científico; las n iñ a s, e n cam b io ,
m e ra cu rio sid ad , p e ro en g rad o superlativo y m u y
a m e n u d o c o n u n a s im p leza ex asp eran te.

B elleza m a s c u lin a y belleza fe m e n in a

La belleza d e los jó v en es es a la d e las jó v en es lo


q u e u n a p in tu r a al ó leo es a u n d ib u jo al pastel.

L a m u je r y su m io p ía

La ra z ó n es lo q u e p e rm ite al ser h u m a n o n o li­


m ita rse , c o m o los a n im ales, a v iv ir e n el p re s e n ­
te, sin o a b a rc a r c o n la v ista p a s a d o y fu tu ro , y
m e d ita r so b re ellos; h e a h í el o rig e n d e su p re v i­
sió n , c u id a d o y fre c u e n te a n sie d a d . L a m u jer,
p o r te n e r u n a r a z ó n m á s débil, p a rtic ip a m e n o s
ta n to d e las v en tajas c o m o d e las desv en tajas
c o n c o m ita n te s; ella es, e n realid ad , u n ser m io p e
d e esp íritu , ya q u e su e n te n d im ie n to in tu itiv o
c a p ta n ítid a m e n te lo q u e se h alla a c o rta d is ta n ­
cia, m ie n tra s q u e lo s o b jeto s le ja n o s q u e d a n fu e ­
ra d e su e stre c h o c a m p o visual; p o r ello to d o lo
au sen te, lo p a s a d o y lo fu tu ro in c id e e n las m u je ­
42 EL A RTF, DF. T R A TA R C O N t.A S M U JE R E S

res m u c h o m e n o s q u e e n n o so tro s, lo q u e hace q u e


en ellas aparezca de m a n e ra m ás frecu en te el des­
pilfarro, q u e a veces raya e n la lo c u ra A p e sa r
de sus n u m e ro s o s in co n v e n ie n te s, esta situ a c ió n
tie n e al m e n o s la v e n ta ja d e q u e la m u je r se ab re
al p re se n te m á s q u e n o s o tro s , p o r lo q u e, c o n tal
de q u e éste sea llevadero, lo d is fru ta m ás; ése es el
o rig e n d e su típ ic a aleg ría, q u e la h ace ta n a p ta
p a ra re c o n fo rta r al h o m b re c u a n d o está ag o b ia ­
d o p o r las p re o c u p a c io n e s.
III

Obligaciones naturales de la mujer

C o ito y em b a ra zo

El co ito es s o b re to d o a s u n to d el h o m b re ; el e m ­
b arazo , en c a m b io , só lo d e la m u jer.

P a cien cia y h u m ild a d

Basta c o n o b s e rv a r p o r u n m o m e n to la fig u ra fe­


m e n in a p a r a c o m p re n d e r q u e la m u je r n o está
d e s tin a d a a g ra n d e s tareas esp iritu a le s o físicas.
Hila p a g a la c u lp a d e v iv ir n o c o n su s accio nes
sin o c o n sus su frim ie n to s , ya h a y a n sid o c a u sa ­
d o s p o r los d o lo re s d el p a rto , el c u id a d o del n iñ o
o la s u m is ió n al m a rid o , cu y a c o m p a ñ e ra p a ­
cien te y re c o n fo rta n te se e sp e ra q u e sea. Los p e ­

43
42 Kl. A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

res m u c h o m e n o s q u e en n o so tro s, lo q u e hace q u e


en ellas ap arezca de m a n e ra m ás frecuente el des­
pilfarro, q u e a veces raya en la lo c u ra [...]. A p e sa r
de sus n u m e ro s o s in c o n v e n ie n te s, esta s itu a c ió n
tie n e al m e n o s la v e n ta ja d e q u e la m u je r se ab re
al p re se n te m á s q u e n o s o tro s , p o r lo q u e, c o n tal
de q u e éste sea llev ad ero , lo d is fru ta m ás; ése es el
o rig e n d e s u típ ic a aleg ría, q u e la h ace ta n a p ta
p a r a re c o n fo rta r al h o m b re c u a n d o está a g o b ia ­
d o p o r las p re o c u p a c io n e s.
III

Obligaciones naturales de la mujer

C oito y em b a ra zo

El co ito es so b re to d o a s u n to d el h o m b re ; el e m ­
b arazo , e n c a m b io , só lo d e la m u jer.

P a cien cia y h u m ild a d

B asta c o n o b s e rv a r p o r u n m o m e n to la fig u ra fe­


m e n in a p a r a c o m p re n d e r q u e la m u je r n o está
d e s tin a d a a g ra n d e s ta re a s e sp iritu a le s o físicas.
Ella p a g a la c u lp a d e v iv ir n o c o n sus acciones
sin o c o n sus su frim ie n to s , y a h a y a n sid o c a u sa ­
d o s p o r los d o lo re s d el p a rto , el c u id a d o del n iñ o
o la s u m is ió n al m a rid o , cu y a c o m p a ñ e ra p a ­
cien te y re c o n fo rta n te se e s p e ra q u e sea. Los p e-

43
44 EL A R T E D E T R A T A R C O N LAS M U JE R E S

sares, aleg rías y esfu erzos m á s in te n so s n o le h a n


sid o d e p a ra d o s; se s u p o n e q u e su v id a se d e sp le ­
g a rá d e m a n e r a m á s p lácid a, in tra s c e n d e n te y
ag ra d a b le q u e la d el m a rid o , sin q u e p o r ello
p u e d a ser calificad a d e m á s feliz o m e n o s feliz
q u e la d e él.

L a m is ió n d e la m u je r

E n el fo n d o , las m u je re s ex isten ú n ic a m e n te p a ra
la p ro p a g a c ió n d e la especie, y to d a su m is ió n se
re d u c e a eso; d e a h í q u e v iv an m á s e n la especie
q u e e n el in d iv id u o , y se to m e n m ás a p e c h o los
a s u n to s d e la especie q u e los in d iv id u ales. Ello
co n fiere a to d o su ser y a c tu a c ió n u n a c ierta leve­
d a d y, e n g en eral, u n a o rie n ta c ió n ra d ic a lm e n te
d is tin ta d e la m a sc u lin a ; lo cual da lu g a r a las ta n
frecu en tes y casi n o rm a le s desav en en cias e n el
m a trim o n io .

E s p ír itu d e sacrificio

O la m u je r sacrifica la flo r d e su e d a d a u n h o m ­
b re y a m a rc h ito , o c o n s ta ta rá m á s ta rd e q u e h a
d e ja d o d e ser u n o b je to a p to p a r a u n h o m b re to ­
d av ía v ig o ro so .
III. O B L IG A C IO N E S N A T U R A L E S D E L A M U JE R 45

O cu p a c ió n p r in c ip a l d e la m u je r

Las jó v e n e s c o n s id e ra n e n el f o n d o d e s u c o r a ­
z ó n sus o c u p a c io n e s d o m é stic a s o c rem atísticas
c o m o algo s e c u n d a rio , y h a s ta c o m o m e ro e n tr e ­
te n im ie n to : la ú n ic a p ro fe sió n seria p a r a ellas es
el a m o r, las c o n q u ista s y to d o lo q u e ello co n lle ­
va, c o m o arreg larse , asistir a bailes, etc.

L a s m u jeres y el m a n d o

Q u e la n a tu ra le z a h a p re d e s tin a d o a la m u je r
p a ra la o b e d ie n c ia es algo q u e q u e d a d e m a n i­
fiesto p o r el h e c h o d e q u e c a d a vez q u e a lg u n a es
c o lo cad a e n u n estad o , a n tin a tu ra l p a r a ella, d e
to ta l in d e p e n d e n c ia , m u y p r o n to se u n e a u n
h o m b re , al q u e le p e rm ite q u e la g u íe y d o m in e ,
p u e s n ecesita u n a m o . Si es jo v e n , éste será u n
a m a n te ; si es vieja, u n co nfesor.
IV

Sus cualidades

R e a lis m o fe m e n in o

Las m u je re s s o n m u c h o m á s o b jetiv as q u e n o s o ­
tro s; d e a h í q u e n o v ean e n las cosas sin o lo q u e
está e n ellas; m ie n tra s q u e n o s o tro s , c u a n d o n o s
a p a s io n a m o s, te n d e m o s a e n g ra n d e c e r lo q u e
hay, o a ñ a d irle cosas q u e im a g in a m o s.

L a m u je r co m o consejera

E n a s u n to s difíciles n o es e n a b so lu to re p ro c h a ­
b le a c u d ir a las m u je re s e n b u s c a d e consejo,
c o m o ya a c o s tu m b ra b a n a h a c e rlo los a n tig u o s
g e rm a n o s; p u e s su m a n e ra d e v er las cosas es
m u y d ife re n te d e la n u e stra : p o n e n el ojo e n la

46
IV. SU S C U A L ID A D E S 47

vía m á s c o rta p a ra llegar a u n a m e ta , y e n g e n e ­


ra l se fijan e n lo m á s ob vio , q u e n o s o tro s , p re c i­
sa m e n te p o r te n e rlo fren te a n u e s tra s narices,
casi sie m p re p a s a m o s p o r alto; es e n to n c e s c u a n ­
d o m á s n e c e sita m o s q u e n o s re c o n d u z c a n a ello,
p a ra así re c u p e ra r la v isió n c e rc a n a y sencilla d e
las cosas.
V

Sus defectos

E l defecto f u n d a m e n t a l d e la m u jer:
causas y co n secuencias

Es fácil c o n s ta ta r q u e el d efecto fu n d a m e n ta l del


c a rá c te r fe m e n in o es la inju sticia . S urge e n p r in ­
cip io d e la y a m e n c io n a d a ca re n c ia d e ra c io c in io
y reflex ió n , p e ro se ve ag rav ad o p o r el h e c h o de
q u e la n a tu ra le z a las o b lig a a d e p e n d e r m á s d e la
a stu c ia q u e d e la fu erza, p re c isa m e n te p o r ser
m á s débiles; d e a h í su sa g acid ad in stin tiv a y su
n in c lin a c ió n in c o rre g ib le a m e n tir [...]. D e d ic h o
e r ro r b ásic o y sus secuelas se d e riv a n , e m p e ro , la
falsed ad , la d esle alta d , la tra ic ió n , la in g ra titu d ,
etc étera.

48
V. SU S D E F E C T O S 49

M e n tir a y d is im u lo

L a m u je r, al ig ual q u e el c a la m a r e n su tin ta , se
e sc o n d e tra s el d isim u lo y n a d a e n la m e ñ tira .

T o d o s los seres h u m a n o s m ie n te n , y ya d esd e


tie m p o s d e S alo m ó n ; p e ro e n a q u e l e n to n c e s el
e n g a ñ o to d a v ía era u n v icio c o n g è n ito o u n a n ­
to jo p asajero , y n o se h a b ía c o n v e rtid o a ú n en
u n a n e c e sid a d y u n a ley, c o m o lo es h o y b a jo el
ta n p o n d e r a d o d e s p o tis m o d e las m u jere s.

Así co m o la n atu raleza h a d o ta d o d e garras y d ie n ­


tes al león, d e colm illos al elefante y al jabalí, de
c u ern o s al to ro y de tin ta d e cam uflaje al calam ar,
así h a e q u ip ad o a la m u je r co n el a rte del disim u lo
p a ra su a m p a ro y defensa, p ro v ey én d o la así d e u n a
p ro te cció n análo ga a la q u e o to rg a ra al h o m b re
co n la fuerza física y la cap acid ad racion al. P o r eso,
el d isim u lo es c o n n a tu ra l a las m ujere s, ta n to si so n
to n ta s c o m o si so n inteligentes. E m p learlo c o n ti­
n u a m e n te es p a ra u n a m u je r ta n n o rm a l co m o
p a ra los an im ales m e n c io n a d o s lo es re c u rrir a sus
defensas c u a n d o so n ag redidos; y siente q u e h asta
cierto p u n to tien e el d erech o d e hacerlo.

Es q u izás im p o sib le h a lla r a u n a m u je r c o m p le ­


ta m e n te sin c e ra y lib re d e d isim u lo . É sta es p r e ­
50 EL A R T E D E T R A T A R C O N LAS M U JE R E S

c is a m e n te la r a z ó n d e q u e s e a n c a p aces d e n o ­
ta r el fin g im ie n to a je n o c o n ta n ta fa c ilid a d , p o r
lo q u e n o es a c o n s e ja b le v a le rse d e él e n s u p r e ­
sen cia.

E l p a tr im o n io

T o das las m u je re s, c o n escasas ex cepciones, so n


procliv es al d esp ilfarro . P o r ello, to d o p a tr im o ­
n io , e x c e p tu a n d o los ra rís im o s casos e n q u e ellas
m ism a s lo h a n a d q u irid o , d e b e ría ser p u e s to a
salvo d e su irre sp o n sa b ilid a d .

E l d in ero

Las m u je re s sie m p re c re e n e n el fo n d o d e su c o ­
ra z ó n q u e la m is ió n d el h o m b re es g a n a r d in e ro ,
m ie n tra s q u e la suya es g asta rlo ; g astarlo en v id a
del esp o so , si ello fu e ra p o sib le; p e ro al m e n o s
tra s s u m u e rte , e n caso c o n tra rio . El h e c h o de
q u e el h o m b r e le e n tre g u e su su e ld o p a r a el m a n ­
te n im ie n to d el h o g a r la afian za e n esta co n v ic ­
ción.
VI

Cómo escoger a la mujer adecuada

L a im p o r ta n c ia d e l f í n

L a p r o f u n d a s e rie d a d c o n q u e lo s h o m b re s c o n ­
te m p la m o s y e x a m in a m o s c a d a p a rte del c u e rp o
d e u n a m u jer, y c o n la q u e ella h a c e o tro ta n to
c o n el n u e s tro ; la e s c ru p u lo s id a d c rític a c o n q u e
n o s fijam o s e n u n a m u je r q u e c o m ie n z a a g u s­
ta rn o s ; lo o b s tin a d o d e n u e s tr a elección; la p r e o ­
c u p a c ió n c o n la q u e el n o v io o b se rv a a la n o v ia;
el c u id a d o q u e p o n e e n n o ser e n g a ñ a d o e n n in ­
g ú n d etalle, y el g ra n v a lo r q u e d a a c u a lq u ie r ex­
ceso o d efecto d e sus p a rte s esenciales: to d o ello
e stá p le n a m e n te ju stific a d o p o r la tra sc e n d e n c ia
d el fin. P u es el ser q u e v a a ser e n g e n d ra d o te n ­
d r á q u e llev ar to d a su v id a u n a p a r te sim ilar. Si,
p o r eje m p lo , la m u je r está u n p o c o to rc id a , ello

51
52 EL A R T E D E T R A TA R C O N LAS M U JE R E S

p o d ría g ra n je a rle al h ijo u n a jo ro b a ; y así e n to d o


lo d em ás.

Edad

El asp e c to fu n d a m e n ta l q u e g u ía n u e s tra elec­


c ió n y d e te rm in a la a tra c c ió n q u e s e n tim o s h a c ia
el o tro sexo es la ed a d . E n g en eral, to le ra m o s t o ­
das las ed ad es e n tre el c o m ie n z o d e la m e n s tr u a ­
c ió n y s u final, p e ro p re fe rim o s in d u d a b le m e n te
el p e río d o c o m p re n d id o e n tre los d iecio ch o y los
v e in tio c h o añ o s. E n c am b io , fu e ra d e a q u e l p r i ­
m e r m a rg e n , n in g u n a m u je r es cap az d e s e d u ­
cirn o s; u n a m u je r m a d u ra , es decir, q u e ya n o
m e n s trú e , n o s p ro v o c a re p u lsió n . La ju v e n tu d
sin belleza tien e cierto atractivo; p e ro la belleza sin
ju v e n tu d , n in g u n o .

¿ Q u é m ed id a s?

U n o s p e c h o s fe m e n in o s v o lu m in o so s ejercen
u n a atracció n ex tra o rd in a ria sobre el sexo m a s c u ­
lin o ; p u e s, p o r e sta r e n re la c ió n d ire c ta c o n las
fu n c io n e s re p ro d u c to ra s d e la m u jer, p r o m e te n
a b u n d a n te a lim e n ta c ió n p a r a el recién n acid o .
E n c a m b io , las m u je re s ex ces iv a m en te g o rd as
V I. C Ó M O E S C O G E R A L A M U JE R A D E C U A D A 53

su sc ita n n u e s tro rech azo ; p u e s d ic h a c o m p le x ió n


es s ín to m a d e u n a a tro fia d el ú te ro y, p o r lo t a n ­
to , d e esterilid ad ; y a u n q u e n o se p a m o s esto ú lti­
m o , n u e s tro in s tin to lo d etecta.

O jos, boca, n a r iz y rasgos fa cia les

La b elleza d e l rostro es só lo el ú ltim o d e lo s c r i­


te rio s p a r a la e le cció n . T a m b ié n e n este caso lo
m á s re le v a n te s o n las p a rte s óseas; d e a h í q u e se
b u s q u e s o b re to d o u n a n a r iz b e lla , y q u e u n a
n a riz c o r ta o re s p in g o n a lo ech e to d o a p e rd e r.
E n efecto , u n a leve d e s v ia c ió n d e la n a riz , sea
h a c ia a b a jo o h a c ia a rrib a , s ig n ó la fe lic id a d d e
in c o n ta b le s m u c h a c h a s ; y c o n ra z ó n , p u e s se
tr a ta d e u n ra sg o c a ra c te rís tic o d e la especie.
U n a b o c a p e q u e ñ a , e n m e d io d e m a x ila re s
ig u a lm e n te p e q u e ñ o s , es ese n c ia l c o m o rasg o
esp ecífico d e l r o s tr o h u m a n o , e n c o n tra s te c o n
lo s h o c ic o s d e lo s a n im a le s. U n m e n tó n r e tr a í­
d o y casi in e x is te n te re s u lta p a r tic u la r m e n te r e ­
p u lsiv o , p u e s el m e n t u m p r o m i n u l u m es u n a c a ­
ra c te rís tic a ex clu siv a d e n u e s tr a esp ecie. P o r ú l­
tim o h a y q u e c o n s id e ra r la b elle z a d e lo s o jo s y
la fren te: é sta tie n e q u e v e r c o n las c u a lid a d e s
p síq u ic a s, e n esp e c ia l las in te le c tu a le s, q u e se
h e r e d a n d e la m a d re .
54 E L AR T H D E T R A PA R C O N LAS M U JE R E S

L a a lq u im ia in d isp en sa b le

P a ra q u e su rja u n a a tra c c ió n re a lm e n te a p a s io ­
n a d a se re q u ie re algo q u e sólo u n a m e tá fo ra t o ­
m a d a d e la q u ím ic a p u e d e ex p resar: a m b a s p e r ­
sonas d e b e n neutralizarse m u tu a m e n te , c o m o los
ácid o s y las bases en u n a sal.

E l eq u ilib rio n a tu r a l

Los fisiólogos sab en q u e la v irilid a d y la fe m in i­


d a d a d m ite n in n u m e ra b le s g ra d o s, q u e h a c e n
q u e la p r im e r a se d e g ra d e h a s ta las repulsivas gi-
n a n d r a e h ip o sp e d ia , y la se g u n d a se eleve h a s ta
la s e d u c to ra a n d ró g in a ; d esd e a m b o s la d o s se
p u e d e alc a n z a r u n h e rm a fro d itis m o c o m p le to , el
c u a l a tra e a aq u ello s in d iv id u o s q u e, p o r e n c o n ­
tra rs e e n tre a m b o s sexos, n o se p u e d e n clasificar
e n n in g u n o y, p o r lo ta n to , n o so n a p to s p a ra la
re p ro d u c c ió n . P a ra la m e n c io n a d a n e u tra liz a ­
c ió n d e d o s in d iv id u o s se re q u ie re p o r c o n si­
g u ie n te q u e el g ra d o d e te rm in a d o d e la m asc u li-
n id a d d e l v a r ó n se c o rre s p o n d a e x a c ta m e n te c o n
el g ra d o d e fe m in id a d d e la m u je r, d e m a n e ra
q u e a m b a s p a rc ia lid a d e s se a n u le n m u tu a m e n te .
S eg ú n ello, el h o m b re m á s m a sc u lin o b u sc a rá a
la m u je r m á s fe m e n in a , y viceversa; y así, cad a
V I. C Ó M O E S C O G E R A LA M U JE R A D E C U A D A 55

p e rs o n a b u s c a rá a aq u e lla o tra q u e te n g a s u m is ­
m o g ra d o d e sex u alid ad .

L a belleza n o lo es to do

El caso, p o c o fre c u e n te , d e q u e u n h o m b re se
e n a m o re d e u n a m u je r fra n c a m e n te fea o c u rre
c u a n d o se p ro d u c e la m e n c io n a d a c o n c o rd a n c ia
ex acta e n el g ra d o d e la sex u alid a d , y las a n o m a ­
lías d e la m u je r so n d ia m e tra lm e n te o p u e s ta s a
las del h o m b re , es decir, c o n stitu y e n s u c o rre c ti­
vo. E n casos c o m o éste, el e n a m o ra m ie n to a lc a n ­
za co tas b a s ta n te elevad as.

E x a m in a r el lin aje fa m ilia r

Q u ie n h ay a te n id o a u n a to n ta p o r m a d re , o a u n
d o rm iló n p o r p a d re , ja m á s p o d r á e sc rib ir u n a
lita d a , a u n q u e e stu d ie e n seis u n iv ersid ad es.

C onclusión: ¡n u n ca d ejarse lleva r p o r la p a s ió n !

Y n u n c a se les o c u r r a esco ger solos, llev ad o s p o r


la sie m p re c e g a d o ra p a sió n . H e p o d id o c o n s ta ta r
q u e tales m a trim o n io s casi sie m p re a c a b a n m al.
56 E L A R T E D E T R A T A R C O N LAS M U JE R E S

D e je n q u e o tra s p e rso n a s b ie n in te n c io n a d a s d e ­
c id a n p o r u sted es. L a m ira d a d e s p re ju ic ia d a s u e ­
le d a r e n el b lan co , y l a r a z ó n es m u c h o m e jo r c a ­
s a m e n te ra q u e la p a s ió n d esafo rad a.
V II

El a m o r

D efin ic ió n

El a m o r es el m al.

S u ú n ico origen es el in s tin to s exu a l

T o d o e n a m o ra m ie n to , p o r m u y eté re o q u e se in ­
te n te p re se n ta r, ra d ic a ex clu siv a m e n te e n el in s ­
tin to sexual; in c lu so se p o d r ía d e c ir q u e n o es
m á s q u e la d e te rm in a c ió n u lterio r, especifica­
c ió n e in d iv id u a c ió n m á x im a - e n el s e n tid o lite ­
ra l d el t é r m i n o - d el in s tin to sexual.

Es u n a fu e r z a m eta física

L o q u e e n d efin itiv a a tra e c o n fu e rz a ta n in te n sa


a d o s in d iv id u o s d e sexo o p u e s to es la v o lu n ta d

57
58 E l. A R T E D E T R A T A R C O N LAS M U JE R E S

d e vivir, q u e se m a n ifie sta a lo la rg o y a n c h o d e la


especie h u m a n a .

U n a locura

La s u p u e sta p a s ió n elevada, d e s d e ñ o sa d e to d o
lo q u e n o sea ella m ism a , q u e los fu tu ro s p ro g e ­
n ito re s se p ro fe sa n m u tu a m e n te n o es en el fo n ­
d o m á s q u e u n a lo c u ra m u y sin gular, q u e h ace
q u e u n h o m b r e e n a m o ra d o esté d isp u e sto a e n ­
tre g a r to d o s los b ien es d e este m u n d o a c a m b io
d e p o d e r aco starse c o n u n a m u je r d a d a , la cual,
e n d efin itiv a, n o le d a rá n a d a q u e n o h u b ie ra p o ­
d id o d a rle c u a lq u ie r o tra .

Es ciego

La v o lu n ta d d e la especie es h a s ta tal p u n to m ás
fu e rte q u e la in d iv id u a l, q u e el e n a m o ra d o cie rra
lo s o jo s a n te c u a lq u ie r c u a lid a d q u e le re p u g n e ,
p a sa to d o p o r alto, lo d is to rs io n a to d o y se v in ­
c u la p a r a sie m p re c o n el o b je to d e su p a sió n : ta n
c o m p le ta m e n te lo ciega este tip o d e lo cu ra; la
cu al, u n a vez c o n s u m a d a la v o lu n ta d d e la e sp e ­
cie, se d esv an ece, d e já n d o le a so las c o n u n a o d io ­
sa c o m p a ñ e r a d e vida. S ólo así se ex plica q u e a
VI!. C L A M O R 59

m e n u d o v e a m o s h o m b re s razo n ab les, e in clu so


excelentes, c o n v íb o ra s y d e m o n io s p o r esposas,
y n o e n te n d a m o s c ó m o p u d ie r o n h a c e r s e m e ­
ja n te elección. É sta es la r a z ó n d e q u e los a n ti­
g u o s re p re s e n te n el a m o r c o m o ciego.

E s co m ed ia o tra ged ia

El e n a m o r a m ie n to d e u n h o m b r e tie n e a m e ­
n u d o rib e te s c ó m ic o s, y e n o c a s io n e s in c lu s o
trá g ic o s; a m b a s co sas s u c e d e n p o r q u e el in d iv i­
d u o , al e s ta r p o s e íd o d e l e s p ír itu d e la esp ecie,
es c o n tr o la d o p o r éste y d e ja d e ser d u e ñ o d e sí
m is m o .

E s p o esía

L a se n sa c ió n d e a c tu a r e n a s u n to s d e e n o rm e
tra sc e n d e n c ia es lo q u e eleva al a m a n te ta n p o r
e n c im a d e to d o lo te rre n a l y h a sta d e sí m ism o ,
d o ta n d o a sus deseos, q u e e n el fo n d o s o n m u y
físicos, d e u n ro p a je ta n h ip e rb ó lic o , q u e el a m o r
llega a ser u n a c o n te c im ie n to p o é tic o h a s ta e n la
v id a d e las p e r s o n a s m á s p ro sa ic a s ; c o n lo q u e
la c u e stió n a d q u ie re a veces, p o r cierto , u n cariz
b a s ta n te có m ico .
60 E l. A R T E D E T R A TA R C O N LAS M U JE R E S

N o es la religión d e la belleza

El a m o r es p a r a u sted e s c o m o u n a relig ió n ; c reen


q u e al a m a r e stá n r in d ie n d o c u lto a la b elleza y
p a rtic ip a n d o e n c o n c ie rto s celestiales. N o se d e ­
je n e n g a ñ a r p o r las palab ras: n o ; e n re a lid a d sólo
e stá n d e s e n c a d e n a n d o , a u n sin sab erlo , u n p r o ­
b le m a d e a rm o n ía s fisiológicas.

E s el a lien to v ita l d e la especie

E l a n h e lo a m o ro s o , el h im e ro s , q u e lo s p o e ta s
d e to d o s lo s tie m p o s s ie m p re se a fa n a ro n p o r
e x p re s a r d e lo s m o d o s m á s d iv erso s, sin p o r ello
a g o ta r su te m á tic a o in c lu s o h a c e rle ju stic ia ; ese
a n h e lo , q u e a so cia la p o s e s ió n d e u n a m u je r a la
re p re s e n ta c ió n d e u n a d ic h a in fin ita , y v in c u la
el n o lle g a r a a lc a n z a rla c o n la id e a d e u n d o lo r
in d e s c rip tib le ; ese a n h e lo y s u frim ie n to a m o r o ­
sos, e n s u m a , m a l p u e d e n p ro c e d e r d e las n e c e ­
sid a d e s d e u n e fím e ro in d iv id u o ; s o n el c la m o r
q u e e m ite el e s p ír itu d e la esp ecie, el c u al ve e n
ellos u n m e d io in s u s titu ib le d e a lc a n z a r su s o b ­
je tiv o s o fra c a sa r; y q u e p o r eso s u s p ira ta n p r o ­
f u n d a m e n te . S ólo la esp ecie tie n e v id a in fin ita ,
y e n c o n s e c u e n c ia só lo ella es c a p a z d e a b rig a r
d eseo s, satisfa c c io n e s y s u frim ie n to s in fin ito s.
VTÍ. EL A M O R 61

P e ro c o m o ésto s se e n c u e n tr a n e n c e rra d o s , en
este caso, d e n tr o d el a n g o s to p e c h o d e u n m o r ­
ta l, n o es d e e x tra ñ a r q u e este ú ltim o d é a veces
la im p re s ió n d e q u e fu e ra a e s ta lla r y n o e n ­
c u e n tr e p a la b ra s p a r a d e s c rib ir el p r e s e n ti­
m ie n to d e in fin ito p la c e r o d e in fin ita p e n a q u e
lo e m b a rg a .

Es u n a conspiración

C u a n d o e c h a m o s u n a m ira d a so b re el d ia rio t r a ­
jín , c o n sta ta m o s c ó m o to d a la g en te está o c u p a ­
d a de las caren cias y p lag as d e la v id a , tra ta n d o
c o n to d a s sus fu erzas d e satisfa cer las in n u m e r a ­
b les n ecesid ad es y d e fe n d e rse d el d o lo r e n sus
m ú ltip le s facetas, sin o tr a e sp e ra n z a q u e la de
p o d e r c o n se rv a r p re c isa m e n te esa a to r m e n ta d a
ex isten cia in d iv id u a l d u r a n te u n b rev e lap so d e
tie m p o . H e ahí, sin e m b a rg o , q u e c a p ta m o s, en
m e d io d e la m u ltitu d , las m ira d a s an sio sas q u e
in te rc a m b ia n d o s a m a n te s; p e ro , ¿ p o r q u é ta n to
sigilo, te m o r y d isim u lo ? P o rq u e esos a m a n te s
s o n los tra id o re s q u e p r o c u r a n p e r p e tu a r to d a s
aq u ellas caren cias y plagas, las cu ales d e o tro
m o d o m u y p r o n to lle g a ría n a su fin; fin q u e ellos
q u ie re n ev itar, c o m o o tro s lo h ic ie ro n an te s q u e
ellos.
62 KL A R T E D E T R AT A R C O N LAS M U JK R E S

E l a m o r exclusivo

El h o m b re q u e im a g in a q u e e n c o n tra rá m a y o r
p lacer e n tre los b ra z o s d e u n a m u je r cu yos ra s ­
gos c o n s id e ra h e rm o s o s q u e e n tre los d e c u a l­
q u ie r o tra está s ie n d o v íc tim a d e u n a ilu sió n v o ­
lu p tu o sa ; ilu sió n se m e ja n te a a q u e lla q u e , e n fo ­
cad a e n u n a sola p e rso n a , co n v en ce al h o m b re d e
q u e su p o s e sió n le p r o p o rc io n a r á u n a d ic h a ili­
m ita d a .

E l a m o r es p ir itu a l

Fue u n a m u je r, D io tim a , q u ie n le e n se ñ ó a S ó ­
crates la cien cia d el a m o r esp iritu al; y fu e S ó c ra ­
tes, el d iv in o S ócrates, q u ie n , p a ra e te rn iz a r sin
esfu erzo el d o lo r del m u n d o , tra n s m itió a la p o s ­
te rid a d esta fu n e sta cie n cia a trav és d e sus d iscí­
p u lo s.

E l a m o r verda d ero

D e b id o a q u e n o h a y d o s in d iv id u o s e x a c ta m e n ­
te iguales, e x istirá p a r a c a d a h o m b re u n a m u je r
q u e sea, c o n re la c ió n al n iñ o q u e h a b rá d e nacer,
la m e jo r p a re ja p o sib le. Es ta n p o c o p ro b a b le
V II. E L A M O R 63

q u e a m b o s lleg u en a c o n o c e rse c o m o q u e se d é el
v e rd a d e ro a m o r a p a sio n a d o .

E l a m o r en tie m p o s d e ep id e m ia

La sífilis tien e u n a influencia m ay o r d e lo q u e e n u n


p rin cip io cabe supo ner; p u es sus efectos n o so n sólo
de naturaleza física, sino ta m b ié n m oral. D esde que
C u p id o incluye en su aljaba dardos envenenados, se
h a infiltrado u n elem ento extraño , hostil e incluso
diabólico en la relación en tre los sexos, im p reg n á n ­
dola de u n a desconfianza siniestra y terrible.

A m o r y fe

El a m o r es c o m o la fe: n o se p u e d e o b te n e r p o r la
fuerza.

C up id o , dios d el a m o r

L os a n tig u o s p e rs o n ific a ro n el g en io d e la especie


e n C u p id o , d io s q u e , a p e s a r d e su a p a rie n c ia in ­
fan til, e ra ag resiv o y cru el, y p o r lo ta n to te n ía
m a la re p u ta c ió n ; era, e n fin, u n d u e n d e c a p ri­
c h o so y d esp ó tic o , p e ro a u n así a m o d e d io ses y
m o rta le s:
64 EL A R T E L)K T R A TA R C O N LAS M U JE R E S

ai) 8’ co 0£¿ov TÚpavvs x ’ avOpcó-rtcov, ’'Epw^!


(Tw, d e o r u m h o m in u m q u e ty ra n n e, A m o r !)

[¡O h E ro s, tira n o d e d io ses y h o m b re s!

Eu r í p i d e s , A n d r ó m e d a , F r. 1 3 2 ;
cf. E s t o b e o , F lo rileg iu m II, 3 8 5 , 17 ]

Los d isp a ro s fatales, la ce g u e ra y las alas s o n sus


a trib u to s . Las alas a lu d e n a su in c o n sta n c ia , q u e
suele q u e d a r d e relieve c u a n d o , u n a vez satisfe­
c h o el d eseo , so b re v ie n e el d esen can to .

S p in o za

La definición q u e S pinoza d a del am or, ex trao rd i­


n aria m e n te in genua, m erece ser citad a p a ra e n tre ­
te n im ien to n uestro: A m o r est titillatio, con co m ita n ­
te idea causae externa e [«El a m o r es u n cosquilleo
aco m p a ñ a d o d e la representació n de u n a causa ex­
terior», (Ética IV, p ro p o s ic ió n 44, dem o stració n )].

E l a m o r en el espejo

U n a m a n te n o c o rre s p o n d id o p o r la b ella y c ru e l
m u je r a la q u e a m a p o d r ía c o m p a ra r a ésta, e p i­
V II. P.l. A M O R 65

g ra m á tic a m e n te , c o n u n esp ejo có n cav o , el cual,


c o m o ella, resp lan d ece, e n c ie n d e y c o n s u m e sin
p e rd e r su friald ad .

L os a m a n te s p a s a n , co m o los p e n s a m ie n to s

La p re se n c ia d e u n p e n s a m ie n to es c o m o la p r e ­
sen cia d e u n a a m a n te : así c o m o c re e m o s q u e
n u n c a v a m o s a o lv id a r u n p e n s a m ie n to , ta m b ié n
cre e m o s q u e la a m a n te ja m á s n o s d e ja rá d e im ­
p o rta r. Y, sin e m b a rg o : lo q u e n o se ve se olvida.
H a s ta los p e n s a m ie n to s m á s h e rm o s o s se p ie r ­
d e n p a r a sie m p re si n o se p o n e n p o r escrito ; y a l­
g ú n d ía in te n ta m o s h u ir d e la a m a n te , si es q u e
acaso n o n o s h e m o s casad o p re v ia m e n te co n
ella.

E l su icid io p o r a m o r

E n los esta d io s m á s a v an zad o s d el e n a m o r a ­


m ie n to , d ic h a q u im e ra lleg a a a d q u ir ir tal b rillo ,
q u e , c u a n d o n o p u e d e alcan zarse, la v id a m is m a
p ie rd e to d o su e n c a n to , y e n to n c e s se vu elve ta n
triste , in su lsa y d e sa g ra d a b le q u e el rech azo h acia
ella s u p e ra in c lu so el te r r o r d e la m u e rte ; lo cu al
p ro v o c a a veces su in te rr u p c ió n v o lu n ta ria . Y es
66 EL A R T E D E T R A TA R C O N LAS M U JE R E S

q u e la v o lu n ta d d e u n a p e rs o n a se m e ja n te h a
q u e d a d o a tra p a d a e n el re m o lin o d e la v o lu n ta d
d e la especie, o b ie n esta ú ltim a h a alc a n z a d o u n a
p re p o n d e ra n c ia tal so b re la del in d iv id u o q u e
c u a n d o la v o lu n ta d n o p u e d e te n e r éx ito e n el
á m b ito d e aq u élla, p a s a a d e s d e ñ a r su ejercicio
en el á m b ito d e éste. El su jeto se c o n v ierte así en
u n re c ip ie n te d e m a s ia d o frágil p a ra c o n te n e r el
in m e n s o a n h e lo q u e su rg e d e la v o lu n ta d d e la
especie c o n c e n tra d a e n u n o b je to d e te rm in a d o .
L a salid a es e n to n c e s el su icid io , y a veces in clu so
el d o b le su ic id io d e a m b o s am a n te s; a m e n o s
q u e la n a tu ra le z a , c o n el p ro p ó s ito d e salv ar la
v id a , h a g a a p a re c e r la lo c u ra , q u e c u b re c o n su
velo la co n sc ie n c ia d e la s itu a c ió n d esesp erad a.
N o p a sa u n a ñ o sin q u e v a rio s casos c o m o ésto s
d e m u e s tre n la v e rd a d d e lo an terio r.
V III

El sexo

M eta física d el a m o r s exu a l


*

M i m etafísica del a m o r sexual es u n a p erla.

L a atra cció n s ex u a l en el h o m b r e y en la m u je r

El h o m b re suele p o r n a tu ra le z a ser in c o n s ta n te
e n el am o r, así c o m o la m u je r tie n d e a la c o n s ­
tan cia. E n el h o m b re , el a m o r d ism in u y e se n si­
b le m e n te en c u a n to se ve satisfe cho, y casi c u a l­
q u ie r o tra m u je r lo excitará m á s q u e la q u e ya
posee: a ñ o ra la v a rie d a d . E n c a m b io , el a m o r de
la m u je r e m p ie z a a crecer d esd e a q u e l m is m o
in sta n te . E llo se d e b e a la fin a lid a d d e la n a tu r a ­
leza, q u e está o rie n ta d a h a c ia la c o n se rv a c ió n d e

67
68 H I. A R T E D E T R A T A R C O N L A S M U J E R E S

la especie y, p o r lo ta n to , a acre c e n ta rla to d o lo


p o sib le. El h o m b re p u e d e , e n efecto, e n g e n d ra r
h o lg a d a m e n te h a s ta cien h ijo s al añ o , si tie n e a
su d isp o sic ió n o tra s ta n ta s m u jere s; la m u jer, e n
c a m b io , a u n q u e tu v ie ra el m is m o n ú m e r o de
h o m b re s , n o p o d r ía d a r a lu z a m á s d e u n h ijo
(si se p re sc in d e de los casos d e p a rto s m ú ltip le s).
P o r eso, él s ie m p re está b u s c a n d o a o tra s m u je ­
res, m ie n tr a s q u e ella se a f e rr a a u n h o m b r e
d e te rm in a d o ; p u e s la n a tu ra le z a la im p u lsa , de
m a n e r a in s tin tiv a y sin q u e m e d ie refle x ió n a lg u ­
n a, a c o n se rv a r p a r a sí al so sté n y p ro te c to r d e su
f u tu r a p ro le .

L a sa tisfa cció n s e x u a l en el h o m b r e
7 en la m u je r

L a n a tu ra le z a h a d isp u e sto m a l las relacio n es e n ­


tre los d o s gén ero s: al h o m b re le re su lta im p o ­
sible satisfacer su d eseo sex ual d e m a n e ra legal
d esd e q u e n a c e h a s ta q u e m u e re . A m e n o s, claro
está, q u e e n v iu d e s ie n d o m u y joven. P a ra la m u ­
jer, lim ita rs e a u n solo h o m b re d u r a n te el p e r ío ­
d o re la tiv a m e n te b rev e d e su lo z a n ía e id o n e id a d
re su lta a n tin a tu ra l. D e b e c o n se rv a r p a r a u n so lo
h o m b re m á s d e lo q u e éste es cap az d e u tilizar, y
q u e m u c h o s o tro s an sia n ; y ella m is m a tie n e q u e
V IH . E L S E X O 69

p a d e c e r los efectos d e d ic h a re n u n c ia . ¡T óm ese


esto e n cuenta!
A esto h a y q u e a ñ a d ir el h e c h o im p o rta n te de
q u e e n to d o m o m e n to el n ú m e r o d e h o m b re s
cap aces d e ap a re a rse es el d o b le q u e el d e las m u ­
jeres d e ig u al c o n d ic ió n , p o r lo q u e c a d a m u je r
recib e p ro p o sic io n e s c o n tin u a m e n te , e in c lu so
está e s p e ra n d o q u e le h a g a n u n a c a d a vez q u e u n
h o m b re se le acerca.

¿ D u r a n te c u á n to tie m p o ?

El d o m in io n a tu r a l d e la m u je r so b re el g én ero
m a sc u lin o m e d ia n te el atra c tiv o sexual d u r a
a p ro x im a d a m e n te dieciséis añ o s. U n a m u je r d e
c u a re n ta a ñ o s ya es in c a p a z d e satisfa cer sex ual-
m e n te al h o m b re . El im p u lso sexual d el h o m b re ,
en ca m b io , d u r a m á s d el doble.

L a satisfacció n s e x u a l co m o in s tin to

Es cierto q u e se dice q u e el ser h u m a n o carece


p rá c tic a m e n te d e in stin to s, a n o ser p o r a q u e l
q u e im p u lsa al re c ié n n a c id o a b u s c a r y aferrarse
al p e c h o m a te rn o . P ero sí d is p o n e m o s d e u n in s ­
tin to m u y c o n c re to , in e q u ív o co , e in c lu so m u y
70 E l, A R T F . D E T R A T A R C O N I .A S M U J E R E S

c o m p le jo , a sa b e r: el d e e leg ir s o fistic a d a , c o n ­
c ie n z u d a y o b s tin a d a m e n te a u n in d iv id u o del
o tr o g é n e ro p a r a o b te n e r sa tis fa c c ió n sex u al.
E sta s a tis fa c c ió n c o m o ta l, es d ecir, e n ta n to
q u e p la c e r s e n s o ria l b a s a d o e n la u r g e n te n e c e ­
s id a d d e u n in d iv id u o , n o tie n e n a d a q u e v er
c o n la b e lle z a o la fe a ld a d d el o tr o su je to . L a
o b s e s ió n q u e sin e m b a rg o se p r o d u c e e n este
ú ltim o a s p e c to , así c o m o la rig u ro s a e le c c ió n
c o n s ig u ie n te , s o n co sas q u e e v id e n te m e n te n o
h a y q u e a c h a c a r a q u ie n re a liz a la e le c c ió n ,
a u n q u e é ste c re a s e r s u p r o ta g o n is ta , s in o a la
a u té n tic a fin a lid a d , es d ecir, al se r q u e v a a ser
e n g e n d r a d o , a q u ie n se h a d e tr a n s m itir lo m á s
p u r a y c o r re c ta m e n te p o s ib le el p r o to tip o d e la
esp ecie.

S alta a la v ista q u e el e sm e ro c o n q u e u n in sec to


escoge u n a d e te rm in a d a flor, fru to , estiércol,
p o r c ió n d e c a rn e , o in c lu so - c o m o lo h a c e n los
ic n e u m o n e s - la la rv a d e u n in sec to d e o tra e sp e ­
cie, p a r a p o n e r sus h u e v o s sólo en ese lug ar d e te r­
m in a d o , y el h e c h o d e q u e p a ra lo g ra rlo n o esca­
tim e esfu erzo s o p elig ro s, so n m u y an álo g o s a la
fo rm a e n q u e u n h o m b re q u e q u ie re satisfacer su
in s tin to sex u al elige c u id a d o s a m e n te a u n a m u ­
je r d e cie rta s características q u e a él le a tra e n , y la
p e rsig u e c o n ta n to a h ín c o q u e a m e n u d o , p a ra
V III. E L S E X O 71

alc a n z a r d ic h o fin, sacrifica d e m o d o irra c io n a l


su p ro p ia felicidad, y a sea c o n tra y e n d o u n m a tr i­
m o n io d escab ellad o , ya re c u rrie n d o a la p ro s ti­
tu c ió n , e n d e s m e d ro d e su fo rtu n a , su h o n o r o
su v id a, ya c o m e tie n d o , in clu so , d elito s c o m o el
a d u lte rio o la v io lació n ; y to d o ello, d e c o n fo rm i­
d a d c o n la o m n ip re s e n te v o lu n ta d d e la n a tu r a ­
leza, c o n el ú n ic o p ro p ó s ito d e serv ir a la esp ecie
d e la fo rm a m á s o p o r tu n a , a u n q u e sea a e x p e n ­
sas d el in d iv id u o .

Sello de origen d e la especie

La fa sc in a c ió n v e rtig in o sa q u e se a p o d e ra d e u n
h o m b re c u a n d o éste c o n te m p la a u n a m u je r
cuya b elleza a d m ira , h a c ié n d o le creer q u e el b ie n
s u p re m o co n siste e n u n irs e a ella, n o es sin o el
p r o p ó sito d e la especie, q u e q u ie re p e rp e tu a rs e
p o r este m ed io .

¡M ejores q u e leones!

Yo im a g in a b a q u e el a p a r e a m ie n to d e leones,
c o m o s u p re m a a firm a c ió n d e la v o lu n ta d e n u n a
de sus m anifestaciones m ás intensas, estaría a c o m ­
p a ñ a d o d e s ín to m a s m u y v e h e m e n te s; y m e so r-
BIBUOTECA ( ' ■
Héctor G onzálezf . t\<
72 E J, A R T E D E T R A T A R C O N L A S M U J E R E S

p r e n d ió c o n s ta ta r q u e, p o r el c o n tra rio , esos s ín ­


to m a s e sta b a n m u y p o r d eb a jo d e los q u e su ele n
a c o m p a ñ a r al c o ito h u m a n o . U n a vez m á s se
c o n firm a , p u e s, q u e lo c ru cial p a ra el sig nificado
d e u n fe n ó m e n o n o es el g ra d o d e in te n s id a d de
la v o lu n ta d , sin o el g ra d o d el c o n o c im ie n to ; a n á ­
lo g a m e n te , el s o n id o n o v ie n e d e te rm in a d o t a n ­
to p o r el ta m a ñ o d e la cuerda c o m o p o r el d e la
caja d e resonancia.

E l deseo se xu a l

El d e se o sex u al, s o b re to d o c u a n d o , a tra v é s d e


su fija c ió n e n u n a m u je r d e te rm in a d a , se h a
c o n c e n tr a d o e n e n a m o r a m ie n to , c o n s titu y e la
q u in ta e s e n c ia d e to d a la esta fa d e este b e n d ito
m u n d o ; p u e s a u n q u e p r o m e te u n a c a n tid a d i n ­
d ecib le, in fin ita y d e s m e d id a d e cosas, es m is e ­
ra b le m e n te p o c o lo q u e c u m p le .

E l in s tin to sexual...

Los a n to jo s a q u e d a lu g a r el in s tin to s e x u a l so n
c o m o lo s fu e g o s fa tu o s : n o s d e s lu m b ra n c o m p le ­
ta m e n te ; p e r o si lo s seg u im o s, n o s c o n d u c e n al
p a n ta n o , p a r a lu eg o d esvan ecerse.
V III. E L S E X O 73

. . . y su g ra tifica ció n

La gratificación del in stin to sexual es a b so lu tam en ­


te reprobable, p u es constituye la m ás categórica
afirm ació n de la vida. Ello vale ta n to p a ra la m a tri­
m o n ial co m o p a ra la ex tram atrim o n ial. E sta últi­
m a, sin em bargo, es d o b lem en te cen su rable p u es
im plica la supresión de la v o lu n ta d de otra s p e rso ­
nas, al h acer dire cta o in d irec ta m e n te desgraciada a
la joven respectiva; en o tras palabras, el h o m b re o b ­
tiene su placer a costa de la felicidad d e los dem ás.

A m o r y odio

El a m o r sexual es c o m p a tib le in c lu so c o n el o d io
m á s v iru le n to h a c ia su o b jeto ; d e a h í q u e P la tó n
lo c o m p a ra se c o n el a m o r q u e los lo b o s s ie n te n
h a c ia las ovejas.

L a b a rb a y el sexo

La b a rb a d e b e ría e sta r p ro h ib id a p o r la p o licía,


ya q u e es casi u n a m á sc a ra . A d em ás, e n ta n to
q u e sím b o lo sex u al p la n ta d o e n m e d io de la
cara, re su lta obscena; d e a h í q u e les g u ste ta n to a
las m u je res.
74 K I. A R T E D E T R A T A R C O N L A S M U J E R E S

L a o tra cara d e la m o n e d a

Los esp ejism o s q u e p ro d u c e n e n n o s o tro s los


p laceres e ró tic o s se p u e d e n c o m p a ra r c o n ciertas
esta tu a s q u e, d e b id o al lu g a r q u e o c u p a n , h a n
sid o d ise ñ a d a s p a r a ser vistas só lo d e fren te, d e s­
d e d o n d e , e n efecto, se v en h e rm o sa s; m ie n tra s
q u e, v istas d esd e atrás, o frecen u n a im a g e n fea.
D e m a n e r a an álo g a, el e n a m o ra m ie n to es sólo
u n p a ra íso d e b ie n e s ta r m ie n tra s sea m e ro p r o s ­
p e c to y algo p o r v en ir; p e ro u n a vez q u e h a p a s a ­
d o y p o d e m o s c o n te m p la rlo re tro s p e c tiv a m e n ­
te, se n o s revela c o m o algo fú til e in sig n ifican te
c u a n d o n o repulsivo.

O stra s y c h a m p a ñ a

El p e q u e ñ o b u rg u é s , h o m b re sin n ecesid ad es es­


p iritu a le s, [...] ta m p o c o e x p e rim e n ta satisfaccio ­
n es esp iritu a le s. [...] N in g ú n an sia d e c o n o c e r y
c o m p re n d e r, e n v ir tu d d el c o n o c e r y c o m p r e n ­
d e r m ism o s , a lie n ta su existencia; ta m p o c o lo
h a c e el an sia , ta n afín a aq u élla, d e goces esp ecí­
fic a m e n te estéticos. Y si la m o d a o la a u to r id a d le
im p o n e n p o r v e n tu ra placeres d e este tip o , los
d e sp a c h a r á p id a m e n te c o m o si fu e ra n u n a e sp e ­
cie d e tra b a jo forzoso. Los ú n ic o s p laceres q u e
V III. E L S E X O 75

re c o n o c e c o m o a u té n tic o s s o n los co rp o ra le s; y
se re g o d e a e n ellos. O stra s y c h a m p a ñ a s o n el
p u n to c u lm in a n te d e su existencia.

S exo y pro crea ción : to d o a su tie m p o

P a ra em p ezar, m e v a ld ré d e u n p asaje d e A ris tó ­


teles, to m a d o d e la P olítica V II, 16. E n él el filó ­
sofo explica, e n p r im e r lugar, q u e las p e rso n a s
d e m a sia d o jó v en es e n g e n d ra n m a lo s hijos: d é b i­
les, d eficientes y p e q u e ñ o s ; ta m b ié n dice q u e lo
m is m o o c u rre c o n la d esc e n d e n c ia d e las p e rs o ­
n as d e m a s ia d o viejas. [...] R e c o m ie n d a , p o r lo
ta n to , q u e n a d ie m a y o r d e c in c u e n ta y c u a tro
añ o s e n g e n d re h ijo s, lo cu al n o o b s ta p a r a q u e el
su je to siga te n ie n d o relacio n es sex uales p o r r a ­
zo n es d e sa lu d o d e c u a lq u ie r o tro tip o . N o dice
c ó m o h ay a q u e p o n e r esto e n p rá c tic a ; a p a re n te ­
m e n te , p ie n sa q u e lo s h ijo s e n g e n d ra d o s a p a r tir
de esa e d a d te n d r ía n q u e ser e lim in a d o s p o r m e ­
d io d el a b o rto ; p u e s u n a s lín eas m á s a rrib a h a b ía
re c o m e n d a d o su uso. A h o ra b ie n , la n a tu ra le z a ,
p o r su p a rte , n o p u e d e d e sc o n o c e r el h e c h o q u e
subyace a esta p re sc rip c ió n , p e ro ta m p o c o c o rre ­
girlo. P u es, s e g ú n su p rin c ip io d e q u e n a tu r a n o n
f a c its a ltu s [«la n a tu ra le z a n o d a saltos», D e inces-
su a n im a liu m , 70 4 b 15, 708a9], n o p o d ía s u p r i­
76 EL A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

m ir re p e n tin a m e n te la p r o d u c c ió n d e s e m e n en
el h o m b re , sin o q u e ta m b ié n aq u í, c o m o e n to d a
e x tin c ió n , h a b ía d e d a rse u n d e te rio ro g rad u al.
La p ro c re a c ió n d u r a n te esta ú ltim a fase tien e,
p u es, q u e tra e r al m u n d o h o m b re s débiles, t o r ­
p es, e n ferm izo s, m iserab les y d e c o rta v id a. Y, de
h ech o , es esto lo q u e sucede: los h ijo s e n g e n d ra ­
d o s ta rd ía m e n te su ele n m o r ir p ro n to , o al m e n o s
n u n c a lleg an a alc a n z a r u n a e d a d av an zad a, so n
m á s o m e n o s v u ln e ra b le s, e n fe rm iz o s y débiles; y
lo s h ijo s q u e éstos a su vez e n g e n d ra n tie n e n las
m ism a s características. L o q u e a q u í h e m o s d ich o
d e e n g e n d ra r e n la e d a d d e c a d e n te vale ta m b ié n
re sp e c to d e la p ro c re a c ió n e n la e d a d in m a d u ra .

L a v ir g in id a d

L a v irg in id a d es h e rm o s a n o p o rq u e sea u n a f o r­
m a d e a b stin e n c ia , sin o p o r q u e es u n a fo rm a de
p ru d e n c ia , y a q u e ev ad e las tra m p a s d e la n a tu ­
raleza.

L a s relaciones sexu ales y las en ferm ed a d es

Las e n fe rm e d a d e s v en éreas s o n u n b u e n d iq u e
d e c o n te n c ió n p a r a e v itar q u e las relacio n es se­
vnr. el se x o 77

x u ales a d q u ie ra n d e m a sia d a in flu e n c ia so b re los


seres h u m a n o s .

Las ciencias n a tu ra le s h a n h e c h o u n ex celente


d e s c u b rim ie n to , q u e re p re s e n ta u n o d e lo s m ás
g ra n d e s serv icios p re sta d o s a la h u m a n id a d , a
sab er: h a n e n c o n tra d o u n re m e d io q u e p e rm ite
c u m p lir c o n las d e m a n d a s d e la n a tu ra le z a sin
p o r ello c o rre r el p elig ro , c o m o o c u rría h a sta
a h o r a , d e in fe c ta rs e d e u n a e n f e r m e d a d v e n é ­
re a ( p o r e je m p lo , e n lo s b u rd e le s ). C o n s is te e n
e c h a r e n u n v a so d e a g u a u n a p o r c ió n d e cal d i­
su elta e n clo ro y luego, tra s el co ito, s u m e rg ir en
él el p en e; c u a lq u ie r ag en te p a tó g e n o a d q u irid o
q u e d a así e lim in a d o .
IX

El m a trim o n io

Q u é es el m a tr im o n io

L e m a ria g e est u n piége, q u e la n a tu r e n o u s


tend.

[«El m a tr im o n io es u n a tr a m p a q u e la n a tu r a ­
leza n o s tien d e.» ]

P o r q u é se lleva a cabo

El g é n e ro fe m e n in o lo exige y e s p e ra to d o d el
m a s c u lin o , a sab er, to d o lo q u e a n h e la y re q u ie ­
re; el m a s c u lin o le p id e al fe m e n in o , e n p r in c i­
p io y d e f o r m a in m e d ia ta , só lo u n a cosa. D e ah í

78
IX . E L M A T R I M O N I O 79

q u e h a y a sid o n e c e s a rio c re a r la in s titu c ió n se­


g ú n la c u al el g é n e ro m a s c u lin o p u e d e o b te n e r
d e l f e m e n in o la so la c o sa q u e p id e , a c a m b io
de a s u m ir el c u id a d o d e to d o , a d e m á s d e l d e
lo s h ijo s s u rg id o s d e la re la c ió n ; e n e s ta in s ti­
t u c ió n re sid e el b ie n e s ta r d e l c o n ju n to d e l g é ­
n e r o fe m e n in o .

¿ Q u é hacer?

L a p re g u n ta d e si es p re fe rib le casarse a n o h a c e r­
lo m u y a m e n u d o se re d u c e a la d e si s o n p re fe ri­
bles las p re o c u p a c io n e s del a m o r a las d el s u s te n ­
to.

M a trim o n io = ¡R iñas y p riv acio n es!


S o ltería = P az y a b u n d a n c ia .

C asarse con la ciencia

¡No se casen! S ig an m i consejo: ¡n o se casen! D e ­


je n q u e la cien cia sea s u esp o sa y c o m p a ñ e ra ; se
s e n tirá n m il veces m ejo r. ¡El m a tr im o n io q u e
c o n o c e m o s e n O c c id e n te es d e lo m á s a b s u rd o
q u e se p u e d a im ag in ar! ¡C u án d e s p ro p o rc io ­
n a d a m e n te g ra n d e s s o n las cargas y o b lig acio n es
80 EL A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

q u e co lo ca so b re lo s h o m b ro s d el m a rid o , a c a m ­
b io d e alg u n o s p laceres efím eros!

U n o n o se casa con la inteligen cia

N o se a c u d e al m a trim o n io e n b u sc a d e u n a c o n ­
v ersa c ió n in g en io sa, sin o p a r a e n g e n d ra r hijos; el
m a trim o n io es la alian za d e d o s co razo n es, n o de
d o s cerebro s. El q u e las m u je re s a veces a firm e n
h a b e rse e n a m o ra d o d e la in telig en cia d e u n
h o m b re n o d e ja d e ser u n a p re te n s ió n v a n a y r i­
dicu la, o acaso la ex ag eració n d e u n ser a n o rm a l.

A p e s a r d e cu a lq u ier d iferen cia

N o s sen tim o s s o rp re n d id o s c u a n d o p resen ciam o s


las n u p c ia s ap asio n ad as d e u n h o m b re y u n a m u ­
je r cuyas m e n te s n o p o d ría n ser m á s disím iles; p o r
ejem plo , s u p o n g a m o s q u e él es tosco, ro b u sto y li­
m ita d o , y ella delicad a, ag u d a y co n sen tid o estéti­
co, etc.; o él gen ial y culto, y ella u n a b o b a. Sin e m ­
barg o , se sien ten fu e rte m e n te a traíd o s y parecen
h a b e r sid o h ech o s el u n o p a ra el o tro . E sto se ex­
plica, e m p ero , p o rq u e la v o lu n ta d es lo q u e o p e ra
e n este caso, y su foco se e n c u e n tra e n el p o lo c o n ­
tra rio , es decir, e n los genitales.
ÍX . ET. M A T R I M O N I O 81

E l m a tr im o n io y el cansancio

C asarse significa h a c e r to d o lo p o sib le p a ra p r o ­


v o carse n áu seas m u tu a m e n te .

E l m a tr im o n io y la vio lació n

Sólo lo s actu ales p ro te sta n te s, c o m o o p tim ista s


q u e so n , d e s c rib e n el m a trim o n io c o m o algo s u ­
b lim e , sa g ra d o y d iv in o . T e rtu lia n o dijo, p o r el
c o n tra rio , q u e el m a trim o n io n o se d ife ren cia
su sta n c ia lm e n te d el s tu p r u m [«la v io lació n » ].

E l m a tr im o n io y la ig u a ld a d d e derechos

Las leyes e u ro p e a s s o b re el m a trim o n io e q u ip a ­


r a n a la m u je r al m a rid o , es decir, p a r te n d e u n a
falsa p rem isa.

E l h o m b r e casado: u n a p e r so n a a m ed ia s

E n n u e s tr o la d o m o n o g á m ic o d e l m u n d o c a ­
sarse sig n ific a p a r a el h o m b r e d iv id ir p o r la m i ­
ta d sus d e re c h o s y m u ltip lic a r p o r d o s sus o b li­
g acio n es.
82 E l, A R T E D E T R A T A R C O N L A S M U J E R E S

¿Por a m o r o p o r interés?

El h o m b re q u e al casarse tien e m á s a la vista el d i­


n e ro q u e la satisfacción d e sus in clin acio n es vive
m ás e n el in d iv id u o q u e e n la especie; p e ro lo in ­
d iv id u al se o p o n e d ia m e tra lm e n te a la verd ad , p o r
lo q u e p ro d u c e la im p re sió n d e ser a n tin a tu ra l y
suscita cierto desprecio. U n a jo v en que, c o n tra ­
ria n d o el co nsejo d e sus p ad res, rechaza la p r o ­
p u e sta d e m a trim o n io d e u n h o m b re rico q u e n o
sea m u y m ay or, y h ace a u n lad o to d o co n v en cio ­
n alism o p a r a seguir ú n ic a m e n te su p referencia
instintiva, está sacrifican d o su b ien esta r p erso n al
al d e la especie. P ero p re cisam en te p o r ello n o p o ­
d e m o s escatim arle cierto respeto; p u e s h a o p ta d o
p o r lo m á s im p o rta n te y a c tu a d o c o n fo rm e a la
n a tu ra le z a (m ás ex actam en te: c o n fo rm e a la esp e­
cie); m ie n tra s q u e sus p ad res la aco n sejaro n g u ia­
d o s p o r el eg o ísm o in div id ual.

M a tr im o n io p o r a m o r

C asarse só lo « p o r a m o r» sin te n e r q u e la m e n ta r­
lo m u y p r o n to , es m ás, el m e ro h e c h o d e casarse,
es c o m o m e te r la m a n o e n u n saco c o n lo s ojos
v e n d a d o s, y p r e te n d e r sacar la ú n ic a a n g u ila e n ­
tre u n m o n tó n d e serp ien tes.
IX . E L M A T R I M O N I O 83

Los m a trim o n io s p o r a m o r se c e le b ra n e n in te ­
rés d e la especie, n o e n in te ré s d e los in d iv id u o s.
Es c ie rto q u e lo s c o n tra y e n te s se fig u ra n e sta r fa­
v o re c ie n d o su p ro p ia felicidad; p e ro la v e rd a d e ra
fin a lid a d d e sus acto s se les escapa, p u e s n o es
sin o el n a c im ie n to d el in d iv id u o q u e sólo ellos
h a rá n p o sib le. U n id o s p o r esa m e ta c o m ú n , d e ­
b e n de ah í en adelan te tra ta r de sobrellevarse lo m e ­
jo r posible. Sin em b arg o , o c u rre e n n o p o co s casos
que la p areja v in cu lad a p o r esta alu cin ació n in stin ­
tiva, m eo llo del a m o r ap asio n ad o , es c o m p leta­
m e n te hetero g én ea. Esto ú ltim o sale a r e lu c ir
c u a n d o , c o m o n o p o d ía ser d e o tr o m o d o , d e ­
saparece d ic h a a lu c in a c ió n . D e a h í q u e g e n e ra l­
m e n te lo s m a trim o n io s c o n tra íd o s p o r a m o r
a c ab en m al; p u e s e n re a lid a d e stá n al serv ic io de
la g e n e ra c ió n v e n id e ra , p e ro a co sta d e la p re s e n ­
te. C o m o dice el re frá n esp añ o l: Q u ie n se casa p o r
a m o res h a d e v iv ir con dolores*.

M a tr im o n io y fe lic id a d

C o m o es sab id o , lo s m a trim o n io s felices so n m á s


b ie n escasos; y la ra z ó n es o b v ia, y a q u e la n a t u ­
raleza m is m a del m a tr im o n io h a c e q u e su fin a li­

* E n c a ste lla n o e n el o rig in a l. (N . d e l T.)


84 E L A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

d a d se e n c u e n tre n o e n la g e n e ra c ió n p re se n te ,
sin o e n la fu tu ra . P a ra c o n su e lo d e te m p e r a m e n ­
to s tie rn o s y a m o ro so s, a ñ a d iré , sin em b arg o ,
q u e e n alg u n as o casio n es al a m o r sexual a p a sio ­
n a d o se le u n e cierto s e n tim ie n to d e ra ig a m b re
m u y d istin ta , a saber, el d e u n a a m ista d v e rd a d e ­
ra, b a s a d a e n la c o n flu e n c ia d e caracteres; a m is ­
ta d q u e, n o o b sta n te , casi sie m p re se p re se n ta
sólo d e sp u é s d e q u e se a p a g a d o el a m o r sexual,
q u e c o m o tal b u s c a sólo la g ratificació n .

P ecado d e j u v e n t u d

La m a y o ría d e los h o m b re s se d e ja n se d u c ir p o r
u n lin d o ro stro ; p u e s la n a tu ra le z a , al h a c e r q u e
las m u je re s m u e s tre n re p e n tin a m e n te to d o su
e s p le n d o r y p r o d u z c a n u n «golpe d e escena», los
in d u c e a to m a rla s p o r espo sas; e n cam b io , les
o c u lta lo s n u m e ro s o s m ales q u e tra e n consigo,
tales c o m o : u n sin fín d e g astos, p re o c u p a c io n e s
p o r lo s h ijo s, m a l c a rá c te r, te r q u e d a d , en v ejeci­
m ie n to y a m a r g u r a p r e m a tu ro s , e n g a ñ o s , in fi­
d e lid a d e s , m a n ía s , a ta q u e s d e h is te ria , a m a n te s ,
y el in fie r n o c o n to d o s su s d e m o n io s . D e ah í
q u e y o d e n o m in e al m a tr im o n io u n a d e u d a
q u e se c o n tr a e e n la ju v e n tu d y se p a g a e n la
m a d u re z .
IX . E L M A T R I M O N I O 85

D a la im p re sió n d e q u e cad a vez q u e se celebra u n


m a trim o n io tu v ie ra n q u e salir m a l p a ra d o s o b ien
el in d iv id u o o b ie n el interés de la especie. Y, de h e ­
cho, así o c u rre la m ay o ría d e las veces; p u e s sería
u n a co in cid en cia m u y a fo rtu n a d a el q u e lo conve­
n ien te y el a m o r a p asio n ad o fu e ra n d e la m an o .

F e m in a sin e p e c u n ia im a g o m o r tis

Las m u je re s q u e fu e ro n p o b re s a n te s d e casarse
su ele n ser m á s ex ig en tes y d e rro c h a d o ra s q u e
aq u ellas q u e tra je ro n co n sig o al m a tr im o n io u n a
b u e n a d o te ; p u e s las jó v e n e s ric as p o r lo g en eral
a p o r ta n n o sólo u n a d o te , sin o ta m b ié n u n c u i­
d a d o (casi se p o d r ía d ecir: u n in s tin to h e re d a d o )
p a r a c o n se rv a rla m a y o r q u e el d e las p o b re s. [...]
E n to d o caso, yo le a c o n se ja ría a q u ie n se case
c o n u n a m u c h a c h a p o b re q u e n o le d eje p o r h e ­
re n c ia to d o s u cap ital, sin o u n a m e r a re n ta ; p ero ,
so b re to d o , q u e vele p a r a q u e el d in e ro d e lo s h i ­
jo s n o v ay a a p a r a r ja m á s a sus m a n o s.

Si h a n d e casarse, cásen se p o r lo m e n o s c o n u n a
m u je r rica, a n o ser q u e ustedes ya lo sean. Las m u ­
jeres ric as s a b e n p o r lo m e n o s a d m in is tr a r el h o ­
g ar m e jo r q u e o tra s, q u e n o c o n o c e n el v a lo r del
d in e ro p o r n o h a b e rlo p o se íd o n u n c a .
86 I ! A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

E sposa e hijos

E n tre lo q u e u n h o m b r e p o see ja m á s h e c o n ta d o a
la m u je r y a los h ijo s, ya q u e a q u é l es m á s b ie n
p o se íd o p o r éstos.

B altasar G ra c iá n lla m a cam ello a u n h o m b re en


sus c u a re n ta sólo p o r el h e c h o d e q u e éste te n g a
esp o sa e hijos.

E l m a tr im o n io co m o in s titu c ió n de beneficencia:
p o r exp erien cia p r o p ia

C onozco a las m ujeres. Sólo les interesa el m a tri­


m o n io c o m o in stitu ció n de beneficencia. E n la
ép oca en q u e m i p ro p io p ad re languidecía, confi­
n a d o m iserab lem en te a u n a silla de enferm o, h u ­
b iera q u e d a d o to talm en te a b a n d o n a d o de n o ser
p o rq u e u n an tig u o sirviente p u so en p ráctica el d e ­
n o m in a d o a m o r al prójim o. M i señ o ra m a d re o r ­
ganizaba tertu lias m ien tras él se c o n su m ía e n su so­
ledad, y ella se divertía m ien tras él so p o rtab a a m a r­
gos to rm en to s. ¡Hete ah í el a m o r de las m ujeres!

¡ N u n c a p a g a r u n b illete sin usarlo!

C u a n to m á s se n sa to y sab io se es, p e o r le v a a
u n o e n su v ín c u lo c o n la m ita d irra z o n a b le d e la
IX . E L M A T R I M O N I O 87

h u m a n id a d ; y b ie n m e re c id a m e n te , y a q u e la
m a y o r lo c u ra estu v o en h a b e rlo c o n tra íd o ; so b re
to d o c u a n d o u n h o m b re h a c u m p lid o c u a re n ta
a ñ o s sin a s u m ir la carg a d e u n a esp o sa y u n o s h i ­
jo s, y d ecid e casarse. P a ra m í, esto es c o m o si al­
g u ien h u b ie ra re c o rrid o a p ie las tre s c u a rta s p a r ­
tes d e u n tray ecto , y lu eg o estu v ie ra d isp u e sto a
p a g a r el b illete c o m p le to c o n el fin d e c u b rir e n
c a rro la p a rte restan te.

Ú n ico m o tiv o vá lid o p a r a casarse

E n d efin itiv a, lo ú n ic o q u e h a b la a favor del m a ­


trim o n io s o n los c u id a d o s re c ib id o s e n la vejez y
en la e n fe rm e d a d , y u n a m e sa b ie n serv id a. P ero
in clu so estas v en tajas m e p a re c e n d u d o sa s: ¿Aca­
so m i m a d re c u id ó d e m i p a d re c u a n d o éste se
h a lla b a en ferm o ?

L a s v iu d a s

El q u e las v iu d a s sean in c in e ra d a s vivas ju n to


c o n el c a d áv er d e s u esp o so es, c ie rta m e n te , r e ­
pulsivo; p e ro el q u e d ila p id e n ju n to c o n sus p r e ­
te n d ie n te s la f o rtu n a q u e s u có n y u g e, co n v e n c i­
d o de q u e e sta b a tra b a ja n d o p a r a sus h ijo s, r e u ­
88 EL A R T E D E TRA TA R C O N LA S M U JE R E S

n ió m e d ia n te el esfu erzo so ste n id o d e to d a u n a


v id a n o lo es m e n o s.

F id elid a d e in fid e lid a d

L a fid e lid a d c o n y u g a l es a rtific ia l e n el h o m b r e


y n a tu r a l e n la m u je r; p o r lo ta n to , el a d u lte rio
es m u c h o m e n o s ex cu sab le e n é sta q u e e n
aq u él; ta n to o b je tiv a m e n te , a c a u sa d e su s c o n ­
se c u e n c ia s, c o m o s u b je tiv a m e n te , p o r ser a n t i ­
n a tu ra l.

E l a d u lterio

E l a d u lte r io es m á s g ra v e q u e el p e o r d e lo s
ro b o s.
El h o n o r d el h o m b re exige q u e éste castig u e
se v e ra m e n te el a d u lte rio d e su m u je r y q u e se
ven g u e, y a sea se p a rá n d o s e d e ella, y a sea de
c u a lq u ie r o tr a fo rm a . Si, p o r el c o n tra rio , lo to le ­
ra c o n s c ie n te m e n te , se rá c u b ie rto d e o p ro b io
p o r la c o fra d ía m a sc u lin a , o p ro b io q u e sin e m ­
b a rg o n o es ta n grave c o m o el q u e se le im p o n e
al g én ero fe m e n in o , ya q u e e n el h o m b re la re la ­
ció n sex u al es s e c u n d a ria y sólo u n a e n tre v ario s
tip o s d e re la c ió n .
IX . E L M A T R I M O N I O S9

H o n o r fe m e n in o y h o n o r m a s cu lin o

El h o n o r fe m e n in o d e m a n d a q u e n o se lleve a
cab o re la c ió n ex tra c o n y u g a l alg u n a , ya q u e sólo
así el b a n d o e n e m ig o (los h o m b re s ) se v erá c o n s ­
tre ñ id o a la c a p itu la c ió n (el m a trim o n io ) ; p o r
ello, c u a lq u ie r re la c ió n ex tra c o n y u g a l es castig a­
d a p o r el corps fe m e n in o c o m o u n a tra ic ió n e n
favor d el e n e m ig o , p o r lo q u e la c u lp a b le es co l­
m a d a d e o p ro b io y ex p u lsa d a d el corps.
El h o n o r m a s c u lin o exige q u e n o te n g a lu g a r
a d u lte rio a lg u n o , ya q u e só lo así el e n e m ig o (las
m u je re s) se v e rá c o n s tre ñ id o , c u a n d o m e n o s, a
re sp e ta r la c a p itu la c ió n c o n c e rta d a (el m a tr im o ­
n io ); p o r ello, q u ie n to le ra a s a b ie n d a s el a d u lte ­
rio d e su esp o sa es s a n c io n a d o c o m o tra id o r al
corps m a sc u lin o y c u b ie rto d e v erg ü en za.
88 E L A R T E D E T R A T A R C O N L A S M U JE R E S

n ió m e d ia n te el esfu erzo so ste n id o d e to d a u n a


v id a n o lo es m e n o s.

F id elid a d e in fid e lid a d

L a fid e lid a d c o n y u g a l es a rtific ia l e n el h o m b re


y n a tu r a l e n la m u je r; p o r lo ta n to , el a d u lte rio
es m u c h o m e n o s e x cu sab le e n ésta q u e e n
a q u él; ta n to o b je tiv a m e n te , a c a u sa d e su s c o n ­
se c u e n c ia s, c o m o s u b je tiv a m e n te , p o r ser a n ti­
n a tu ra l.

E l a d u lterio

E l a d u l t e r io es m á s g ra v e q u e el p e o r d e lo s
ro b o s.
El h o n o r d e l h o m b re exige q u e éste castig u e
se v e ra m e n te el a d u lte rio d e su m u je r y q u e se
v en g u e, ya sea s e p a rá n d o se d e ella, y a sea de
c u a lq u ie r o tr a fo rm a . Si, p o r el c o n tra rio , lo to le ­
r a c o n sc ie n te m e n te , será c u b ie rto d e o p ro b io
p o r la c o fra d ía m a sc u lin a , o p ro b io q u e sin e m ­
b a rg o n o es ta n grave c o m o el q u e se le im p o n e
al g é n e ro fe m e n in o , ya q u e e n el h o m b re la reía-
c ió n sex u al es s e c u n d a ria y só lo u n a e n tre v ario s
tip o s d e relació n .
IX . E L M A T R I M O N I O 89

H o n o r fe m e n in o y h o n o r m a sc u lin o

El h o n o r fe m e n in o d e m a n d a q u e n o se lleve a
cab o re la c ió n e x traco n y u g al alg u n a, y a q u e só lo
así el b a n d o e n e m ig o (lo s h o m b re s ) se v e rá c o n s ­
tre ñ id o a la c a p itu la c ió n (el m a trim o n io ) ; p o r
ello, c u a lq u ie r re la c ió n e x traco n y u g al es castig a­
d a p o r el corps fe m e n in o c o m o u n a tra ic ió n e n
favor d e l e n e m ig o , p o r lo q u e la c u lp ab le es co l­
m a d a d e o p ro b io y e x p u lsa d a d e l corps.
El h o n o r m a s cu lin o exige q u e n o te n g a lu g a r
a d u lte rio a lg u n o , y a q u e sólo así el e n e m ig o (las
m u je re s) se v e rá c o n s tre ñ id o , c u a n d o m e n o s, a
re sp e ta r la c a p itu la c ió n c o n c e rta d a (el m a tr im o ­
n io ); p o r ello, q u ie n to le ra a sab ie n d a s el a d u lte ­
rio d e su esp o sa es sa n c io n a d o c o m o tra id o r al
corps m a s c u lin o y c u b ie rto d e v erg ü en za.
X

¿Monogamia o poligamia?

L a m o n o g a m ia es a n tin a tu ra l...

C o n re s p e c to a la re la c ió n e n tr e lo s sex o s,
n i n g ú n lu g a r d e l m u n d o es ta n in m o r a l c o m o
E u r o p a , a c o n s e c u e n c ia d e la a n t i n a t u r a l m o ­
n o g a m ia .

. . . y se o p o n e a la ra zó n

Es to ta lm e n te in c o m p re n sib le q u e u n h o m b re
cu ya esp o sa su fra d e u n a e n fe rm e d a d c ró n ica,
d e m u e s tre ser estéril o se h ay a id o c o n v irtie n d o
en d e m a s ia d o v ieja p a r a él, n o p u e d a to m a r u n a
s e g u n d a esp o sa ad icio n al.

90
X. ¿ M O N O G A M IA O P O L IG A M IA ? 91

C a u sa u n d esequ ilib rio

E n la m o n o g a m ia , el h o m b re recib e d e m a sia d o
d e u n a so la vez, p e ro p o c o a la larg a; c o n la m u ­
je r su ced e e x a c ta m e n te lo c o n tra rio .

R ela ció n n a tu r a l en g añ o sa

L a n a tu ra le z a , al h a c e r casi ig u al el n ú m e r o de
m u jere s q u e el de h o m b re s, y sin e m b a rg o d o ta r
a las m u je re s d e la c a p a c id a d p a r a d a r a lu z y sa­
tisfacer al h o m b re sólo d u r a n te la m ita d d e ese
p e río d o , h a tra s to c a d o d esd e sus in icio s la re la ­
c ió n sexual e n tre los seres h u m a n o s . A ju z g a r
p o r la ig u a ld a d n u m é ric a a b so lu ta , la n a tu ra le z a
p a re c ie ra favorecer la m o n o g a m ia ; sin em b a rg o ,
c o n u n a so la m u je r u n h o m b re p u e d e satisfacer
su deseo d e p ro c re a r sólo la m ita d d el tie m p o ;
d e b e ría serle p e rm itid o , p u e s, to m a r u n a m u je r
a d ic io n a l c u a n d o la p r im e r a se m a rc h ita se ; e n
c a m b io , sólo se h a p re v isto u n a p a r a c a d a cual.
Lo q u e la m u je r p ie rd e e n tie m p o d e v id a sex ual
lo g a n a e n in te n s id a d d e la m ism a : es cap az de
satisfa cer a d o s o tre s v a ro n e s ro b u s to s al m ism o
tie m p o sin q u e ello le afecte. E n la m o n o g a m ia ,
e n c a m b io , e m p le a sólo la m ita d d e su c a p a c id a d
y satisface sólo la m ita d d e sus deseo s.
92 EL A R T E D E TR A T A R C O N LA S M U JE R E S

¡La p o lig a m ia , p o r su p uesto !

Sobre la p o lig am ia n o hay n a d a que discutir; sim ple­


m en te h ay q u e to m arla co m o u n fen ó m en o u niver­
sal, al q u e sólo cabe regular. D e hecho, ¿d ónde están
los supu estos m o n ógam os? Todos no so tro s vivi­
m o s, al m en o s d u ra n te u n tiem p o , p ero casi siem pre
de m o d o p erm an en te, en estado polígam o. Así
pues, si cada h o m b re necesita varias m ujeres, d ebe­
ría dársele la o p o rtu n id a d , e incluso el derecho, de
m a n te n e r a varias. C o n ello se le estaría restituyendo
a la m u je r su co ndición n atu ral y justa co m o ser su ­
b o rd in ad o , y la d a m a , ese en g en d ro de la civiliza­
ción europea y d e la estulticia cristiano-germ ánica,
co n sus ridiculas preten sion es de respeto y venera­
ción, h ab ría sido b o rra d a d e la faz d e la tierra, y sólo
q u ed arían mujeres; pero, eso sí: n o m ujeres desgra­
ciadas, d e las q u e E uropa se e n cu en tra a h o ra repleta.

E s u n a b en d ic ió n p a r a las m ujeres...

P a ra el g é n e ro fe m e n in o en s u co n ju n to la p o lig a ­
m ia es u n a v e rd a d e ra b e n d ic ió n .

... y p a r a los m o r m o n e s

L o q u e p a re c e g r a n je a r ta n to s a c ó lito s a lo s
m o r m o n e s es el h e c h o d e q u e h a y a n e lim in a ­
X . ¿ M O N O G A M IA O P O L IG A M IA ? 93

d o la m o n o g a m ia , q u e es ta n c o n tra ria a la n a t u ­
ra le z a .

S in p o lig a m ia ...

A llí d o n d e esta in s titu c ió n n o existe, los h o m b re s


s o n la m ita d d e s u v id a m u je rie g o s y la o tr a m i­
t a d c o rn u d o s; y, c o rre la tiv a m e n te , las m u je re s se
d iv id e n e n e n g a ñ a d a s y e n g a ñ a d o ra s . Q u ie n
se c a sa jo v en tie n e q u e s o p o rta r m á s ta rd e a u n a
v ieja; y q u ie n lo h a c e ta rd e a d q u ie re p rim e ro e n ­
fe rm e d a d e s v en éreas, y lu eg o c u e rn o s.

L a p o lig a m ia y las suegras

Si \a p o lig a m ia lleg ara a im p la n ta rs e , te n d ría , e n ­


tre m u c h a s o tra s v en tajas, la d e q u e el h o m b re
n o se re la c io n a ría ta n e s tre c h a m e n te c o n sus
su e g ro s, q u e , c o n el m ie d o q u e in s p ira n , s o n h o y
los re sp o n sab les d e fru s tra r in n u m e ra b le s m a tr i­
m o n io s . P ero... ¡diez su eg ras e n lu g a r d e una!
XI

Los derech os de la mujer

D erech o s e in teligen cia

C u a n d o las leyes o to rg a ro n a las m u jere s los m is ­


m o s d e re c h o s q u e a los h o m b re s , h a b ría n d e b id o
co n ced erles ta m b ié n u n a in telig en cia m asc u lin a.

L a s m u jeres y los curas

N o h a y q u e h a c e r co n cesio n es a las m u jere s y a


los curas.

E l derecho sucesorio

Q u e la p r o p ie d a d q u e los h o m b re s a d q u ie re n
c o n d ific u lta d a co sta d e g ra n d e s esfu erzos y p e -
94
X I . L O S D E R E C H O S D E L A M U 'j L R 95

n a lid a d e s s o p o rta d o s d u ra n te larg o s a ñ o s vaya a


p a r a r a la p o s tre a m a n o s d e las m u jere s, p a ra
q u e éstas, d e b id o a su in sen satez, se la g aste n e n
p o c o tie m p o o la d ila p id e n d e la m a n e ra q u e sea,
es u n d is p a ra te t a n g rav e c o m o fre c u e n te , al
q u e se le d e b e ría p o n e r c o to lim ita n d o el d e re ­
c h o q u e tie n e n las m u je re s a h ered ar.

C o n sid e ro q u e la s o lu c ió n m ás id ó n e a sería d is­


p o n e r q u e las m u je re s, y a fu e ra n v iu d a s o hijas,
sólo p u d ie s e n re c ib ir c o m o h e re n c ia u n a re n ta ,
re sp a ld a d a d e p o r v id a m e d ia n te h ip o te c a ; p e ro
n o , e n c a m b io , b ie n e s in m u e b le s o cap ital, a m e ­
n o s q u e c a re c ie ra n d e d e sc e n d e n c ia m a sc u lin a .

D erech o a la p r o p ie d a d

S o n los h o m b re s , y n o las m u je re s, lo s q u e o b tie ­


n e n la riq u e z a ; p o r lo ta n to , ellas n o tie n e n d e re ­
c h o a su p o s e sió n in c o n d ic io n a l, n i e stá n c a p a c i­
ta d a s p a r a a d m in istra rla .

L a s m u jer es y s u tu tela

Las m u je re s re q u ie re n c o n tin u a m e n te u n tu to r;
d e ah í q u e jam ás debería otorgárseles la custo dia de
lo s h ijo s.
96 E L A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

In cluso en tr e los h o ten to tes...*

E n casi to d o s los p u e b lo s d el m u n d o , ta n to a n ti­


g u o s c o m o m o d e rn o s , e in c lu so e n tre los h o te n -
to te s, la p ro p ie d a d se leg a sólo a los d e sc e n d ie n ­
tes m a sc u lin o s; só lo E u ro p a h a q u e rid o seg u ir
o tro c a m in o ; excepto la n o b le za.

... y en el In d o s tá n

E n el I n d o s tá n las m u je re s n o s o n ja m á s in d e ­
p e n d ie n te s ; sie m p re e stá n b a jo la tu te la de al­
g u ien , y a sea el p a d re , el m a rid o , u n h e r m a n o o
u n h ijo .

* E x p re s ió n p e y o ra tiv a c o n la q u e lo s b ó e rs d e S u d á fric a d e s ig n a ­
b a n a las tr ib u s a u tó c to n a s . ( N . d e l T .)
XII

La p ro fesió n m á s a n tig u a

S us causas

Las causas d e la p ro s titu c ió n s o n ta n to la n ecesi­


d a d fre c u e n te q u e tien e el h o m b re d e casarse ta r ­
d e c o m o la in sen satez d e las m u jeres.

V íc tim a s d e la m o n o g a m ia

M ie n tra s q u e e n tre los p u e b lo s p o lig á m ic o s to d a


m u je r e n c u e n tr a q u ie n la m a n te n g a , e n tre los
m o n o g á m ic o s el n ú m e r o d e casad as es re d u c id o ,
lo cual deja d esam p arad as a u n sin n ú m e ro d e m u ­
jeres, q u e e n las clases altas v e g e ta n c o m o so lte ­
ro n a s ociosa s, y e n las b ajas tie n e n q u e s o p o rta r
u n tra b a jo d e s p ro p o rc io n a d a m e n te d u ro , o in -

97
96 E l . A R T E D IZ T R A T A R C O N L A S M U J E R E S

In c lu so en tr e los h otentotes...*

E n casi to d o s los p u e b lo s d el m u n d o , ta n to a n ti­


g u o s c o m o m o d e rn o s , e in c lu so e n tre los h o te n -
to tes, la p ro p ie d a d se leg a só lo a los d e sc e n d ie n ­
tes m a sc u lin o s; sólo E u ro p a h a q u e rid o seg u ir
o tro c a m in o ; ex cepto la n o b leza.

... y en el In d o s tá n

E n el In d o s tá n las m u je re s n o so n ja m á s in d e ­
p e n d ie n te s ; sie m p re e stá n b a jo la tu te la d e al­
g u ien , ya sea el p a d re , el m a rid o , u n h e rm a n o o
u n hijo.

* E x p re s ió n p e y o ra tiv a c o n la q u e lo s b ó e rs d e S u d á fric a d e s ig n a ­
b a n a las tr ib u s a u tó c to n a s . ( N . d e l T .)
X II

L a p ro fe sió n m á s a n tig u a

S u s causas

Las causas d e la p ro s titu c ió n so n ta n to la n e c e si­


d a d fre c u e n te q u e tie n e el h o m b re d e casarse t a r ­
d e c o m o la in se n sa te z d e las m u jere s.

V íc tim a s de la m o n o g a m ia

M ie n tra s q u e e n tre los p u e b lo s p o lig á m ic o s to d a


m u je r e n c u e n tr a q u ie n la m a n te n g a , e n tre los
m o n o g á m ic o s el n ú m e r o d e casad as es re d u c id o ,
lo cual deja d e sam p arad as a u n sin n ú m e ro de m u ­
jeres, q u e e n las clases altas v eg etan c o m o so lte ­
ro n a s ociosa s, y e n las b ajas tie n e n q u e s o p o rta r
u n tra b a jo d e s p ro p o rc io n a d a m e n te d u ro , o in -

97
96 EL A R T E D E T R A T A R C O N L A S M U JE R E S

In c lu so en tr e los h o ten to tes...*

E n casi to d o s lo s p u e b lo s del m u n d o , ta n to a n ti­


g u o s c o m o m o d e rn o s , e in c lu so e n tre los h o te n -
to tes, la p ro p ie d a d se leg a sólo a los d e sc e n d ie n ­
tes m a sc u lin o s; sólo E u ro p a h a q u e rid o seg u ir
o tro c a m in o ; excepto la n o b leza.

... y en el In d o s tá n

E n el I n d o s tá n las m u je re s n o s o n ja m á s in d e ­
p e n d ie n te s ; sie m p re e stá n b a jo la tu te la d e al­
g u ie n , y a sea el p a d re , el m a rid o , u n h e r m a n o o
u n hijo.

* E x p re sió n p e y o ra tiv a c o n la q u e lo s b ó e r s d e S u d á fric a d e s ig n a ­


b a n a las tr ib u s a u tó c to n a s . ( N . d e l T .)
XII

La p ro fe sió n m á s a n tig u a

S u s causas

Las cau sas d e la p ro s titu c ió n so n ta n to la n ecesi­


d a d fre c u e n te q u e tie n e el h o m b r e d e casarse t a r ­
d e c o m o la in se n sa te z d e las m u jere s.

V íc tim a s d e la m o n o g a m ia

M ie n tra s q u e e n tre los p u e b lo s p o lig á m ic o s to d a


m u je r e n c u e n tr a q u ie n la m a n te n g a , e n tre los
m o n o g á m ic o s el n ú m e r o d e casad as es re d u c id o ,
lo cual deja d esam p arad as a u n s in n ú m e ro d e m u ­
jeres, q u e e n las clases altas v eg etan c o m o so lte ­
ro n a s o cio sas, y e n las b ajas tie n e n q u e s o p o rta r
u n tra b a jo d e s p ro p o rc io n a d a m e n te d u ro , o i n ­

97
98 E l, A R T E D E T R A T A R C O N L A S M U J E R E S

clu so p ro s titu irs e y llev ar u n a v id a triste y d e s ­


h o n ro sa .

Sólo e n L o n d re s h a y u n a s o c h e n ta m il p r o s titu ­
tas. ¿Q u é so n éstas sin o m u je re s q u e h a n salid o
tre m e n d a m e n te p e rju d ic a d a s p o r la in s titu c ió n
d e la m o n o g a m ia , a u té n tic a s v íctim as h u m a n a s
sacrificad as e n el a lta r d e la m o n o g a m ia ?

L a m e n ta b le p ero in e vita b le

Las m u je re s d e la v id a alegre s o p o rta n u n a v id a


ta n c a re n te d e alegría c o m o d e h o n o r; y, sin e m ­
b a rg o , so n n ecesarias b ajo las actu ales c irc u n s ­
ta n c ia s [m o n o g á m ic a s]; d e a h í q u e re p re se n te n
u n e s ta m e n to re c o n o c id o o fic ia lm en te, cu ya fi­
n a lid a d esp ecífica es p ro te g e r d el p e lig ro d e ser
se d u c id a s a aq u ellas m u je re s a fo rtu n a d a s q u e ya
h a n e n c o n tr a d o m a rid o , o tie n e n p o sib ilid ad es
d e e n c o n tra rlo .
X III

Las mujeres, la cultura y las artes

L as m u jeres y las artes

C o n s o b ra d a r a z ó n se p o d r ía c a ra c te riz a r al gé­
n e ro fe m e n in o c o m o el g é n e ro a n tiestético . E n
efecto, las m u je re s n o e n tie n d e n re a lm e n te d e
m ú sic a , p o e sía o a rte s p lásticas, n i tie n e n se n sib i­
lid a d p a ra estas activ id ad es; c u a n d o las im ita n y
se v an ag lo rian de tenerlas, se tra ta de m e ro re m e ­
d o , a trib u ib le a su co q u e te ría .

E n el tea tro

M u c h a razó n ten ían los griegos c u a n d o p ro h ib ie ­


ro n a las m ujeres, según se dice, el acceso a las re ­
p resen taciones teatrales; al m e n o s en sus teatro s sí

99
100 EL A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

se p o d ría escuchar algo. E n nu estros tiem p o s co n ­


v en d ría a ñ ad ir al taceat m u lier in ecclesia [«que la
m u je r gu ard e silencio en la asam blea»] u n taceat
m u lier in theatro [«que la m u je r guarde silencio en el
teatro»]; o qued arse con este ú ltim o lem a, y fijarlo
en letras m u y grandes, p o r ejem plo, sobre el telón.

M a tr im o n io , p o e sía y filo so fía

L o q u e se suele b u s c a r c o n la lla m a d a «carrera»


d e lo s jó v e n e s v a ro n e s n o es o tra cosa q u e c o n ­
v e rtirlo s e n b estias d e carg a d e u n a m u jer. P ara
los m e jo re s d e ellos la m u je r v ien e s ie n d o u n p e ­
c a d o d e ju v e n tu d . El o cio q u e los h o m b re s b r i n ­
d a n a sus esp o sas tra b a ja n d o to d o el d ía lo re ­
q u ie re el filó so fo p a r a sí. El h o m b re casad o lleva
s o b re sus h o m b ro s to d o el p e so d e la vida, el so l­
te ro sólo la m ita d d el m ism o ; q u ie n se co n sa g ra
a las M usas d eb e p e rten ecer a este ú ltim o c o n tin ­
g e n te . A sí se e x p lic a q u e casi to d o s lo s filó sofo s
v e rd a d e ro s h a y a n p e r m a n e c id o so ltero s: p o r
e je m p lo , D e s c a r te s , L e ib n iz , M a le b r a n c h e ,
S p in o z a y K a n t. A lo s a n tig u o s n o se les p u e d e
in c lu ir, y a q u e e n tr e ello s la m u je r o c u p a b a
u n p u e s to s u b o r d in a d o ; p o r o t r a p a r te , y a se
sa b e c u á n to s u frió S ó c ra te s, y A ristó te le s fu e
u n m a e s tro d e la co rte. Los g ra n d e s p o e ta s, en
X III. L A S M U J E R E S , L A C U L T U R A Y L A S A R T E S 101

cam b io , e stu v ie ro n to d o s casad o s, y, p o r cierto ,


in fe lizm en te. S h ak esp eare in c lu so tu v o c u e rn o s
p o r p a r tid a d o b le. Los m a rid o s s o n casi sie m p re
u n o s P ap ag en o s, p e ro al revés: p u e s así c o m o a
éste u n a a n c ia n a se le co n v ie rte e n u n a jo v en c o n
ra p id e z p a s m o s a , a aq u éllo s u n a jo v e n se les c o n ­
v ie rte e n u n a a n c ia n a c o n n o m e n o r celerid ad .

Los filó so fos y p o e ta s y a casad o s se c o n v ie rte n


p o r este solo hech o e n so sp e c h o so s d e h a c e r las
cosas p o r in terés p erso n a l, y n o p o r el d e la c ie n ­
cia o d e las artes.

E l g en io y la belleza

El g en io d u r a e n lo s h o m b re s lo m is m o q u e la
belleza en las m u je re s, es decir, q u in c e años: se
e x tien d e d esd e los v e in te h a s ta los tre in ta y cin co
a ñ o s d e e d ad , c o m o m á x im o . Las m u je re s n o
p u e d e n , en re a lid a d , ser geniales; a lo s u m o p o ­
d r á n te n e r ta len to .

L as m u jer es y su s logros en el a r te

N i siq u ie ra las m e n te s m á s p re c la ra s d e to d o el
g én ero fe m e n in o h a n a lc a n z a d o ja m á s u n so lo
104 E l. A R T E D E T R A T A R C O N L A S M U J E R E S

c o ra z ó n m is m o e x tie n d e su in flu e n c ia n eg ativ a a


to d o s los á m b ito s.

L a s d iferen cias d e rango en h o m b re s


y m u je re s

M ie n tra s q u e el h o m b re , in c lu so c u a n d o se d ir i­
ge a p e rs o n a s q u e e stá n m u y p o r d eb a jo d e él,
su ele c o n se rv a r p o r lo m e n o s c ie rta d o sis d e c o n ­
sid e ra c ió n y h u m a n id a d , es in s o p o rta b le p re s e n ­
cia r c u á n a rro g a n te y p re p o te n te m e n te se c o m ­
p o r ta casi s ie m p re u n a m u je r d is tin g u id a c o n
o tr a d e ra n g o in ferio r, sie m p re q u e n o sea s u e m ­
p le a d a , c u a n d o está h a b la n d o c o n ella. E sto p o ­
d ría d eb erse a q u e e n las m u je re s to d a d ife ren cia
d e ra n g o es m u c h o m á s p re c a ria q u e e n tre n o s o ­
tro s, y p u e d e m o d ific a rse y can celarse c o n m u ­
c h a m a y o r rap id ez; p u e s, m ie n tra s q u e n o s o tro s
s o p e sa m o s u n c e n te n a r d e factores, p a r a ellas
só lo c u e n ta u n o , a saber, a cu á l h o m b re le h a n
g u sta d o .

L a s m u jeres y el p er ju r io

L as m u je re s s u e le n c o m e te r p e r ju r io d u r a n te
lo s ju ic io s c o n m u c h a m a y o r fre cu en c ia q u e los
X I V . T.-AS M U J E R E S Y L A S O C I E D A D 105

h o m b re s. H a b ría q u e p la n te a rse se ria m e n te si se


les d e b e p e r m itir q u e p re s te n ju ra m e n to .

L a s m u jeres y la ju s tic ia

Las m u jere s, q u e, d e b id o a la d e b ilid a d d e su e n ­


te n d im ie n to , so n m u c h o m e n o s ap tas q u e los
h o m b re s p a r a c o m p re n d e r p r in c ip io s generales,
a te n e rse a ellos y a d o p ta rlo s c o m o p a u ta , t a m ­
b ié n les v a n a la zaga, p o r lo g en eral, en la v ir tu d
d e la ju sticia, y, p o r c o n sig u ie n te , ta m b ié n e n h o ­
n e s tid a d y e sc ru p u lo sid a d ; d e a h í q u e la in ju s ­
tic ia y la falsed ad sean sus vicios m á s h ab itu a le s,
y las m e n tira s , su v e rd a d e ro elem en to . [...] La
m e ra id ea d e u n a m u je r e n el carg o de ju ez p r o ­
v o ca risa.

E n c u a n to a ju stic ia , h o n r a d e z y e s c ru p u lo s i­
d a d , las m u je re s s o n in fe rio re s a los h o m b re s .
P u e s, d e b id o a su escaso ra c io c in io , to d o lo q u e
esté p re s e n te , sea o b v io o te n g a re a lid a d i n m e ­
d ia ta , ejerce s o b re ellas u n a fu e rz a c o n tr a la
cu a l p o c o p u e d e n las m á x im a s v ig e n te s, las d e ­
cisio n e s a lc a n z a d a s y, e n g e n e ra l, las c o n s id e ra ­
c io n e s re la tiv a s al p a s a d o y al fu tu ro , lo a u s e n ­
te y lo le ja n o .
106 EL A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

L a s m u jer es y la deca d en cia

Las m ujere s so n lo q u e m ás h a c o n trib u id o a c o n ­


tag iar al m u n d o m o d e rn o de la lep ra q u e lo corroe.

E n té rm in o s generales, los p e q u e ñ o b u rg u e se s
m á s c o m p le to s e in c o rre g ib le s so n , y se g u irá n
sie n d o , las m u jeres: d e a h í q u e , d e b id o a esa a b ­
s u rd a in s titu c ió n q u e co n c e d e a las m u je re s la
c a teg o ría y el títu lo q u e p u e d a h a b e r a d q u irid o el
m a rid o , ellas se a n el c o n tin u o acicate d e sus a m ­
b ic io n e s deshonestas; y eso exp lica a su vez q u e su
p re p o n d e ra n c ia y e n o r m e in flu e n c ia se h a y a n
c o n v e rtid o e n el azo te d e la so c ie d a d m o d e rn a .

L a s m u je re s y la p o lítica

¿Acaso n o h a sid o la in flu e n c ia cad a vez m a y o r


q u e , d esd e L uis X III, h a n v e n id o a d q u irie n d o las
m u je re s e n F ra n c ia la re sp o n sa b le d e la g ra d u a l
c o rru p c ió n d e s u c o rte y su g o b ie rn o , c o r r u p ­
c ió n q u e d io lu g a r a la p r im e r a re v o lu c ió n y a t o -
d o s los tra s to rn o s p o sterio res?

L a sa b id u r ía d e A ristó teles

A ristó teles ex p lica d e ta lla d a m e n te e n la P olítica


(lib ro II, c a p ítu lo 9) los g ra n d e s p e rju ic io s q u e
X I V . L A S M U ] E R E S Y 1. A S O C I E D A D 107

p a r a los e s p a rta n o s tu v o el h e c h o d e q u e las m u ­


jeres g o z a ra n e n tre ellos d e ta n ta s p re rro g a tiv a s,
p u e s éstas d is p o n ía n d el d e re c h o a h e re d a r, d e
u n a d o te y d e g ra n in d e p e n d e n c ia ; y asim ism o
refiere c ó m o to d o ello c o n trib u y ó c o n sid e ra b le ­
m e n te a la caíd a d e E sp arta.
XV

Las damas y la cab allero sid ad

La «dam a»

L a m u je r e n el m u n d o o c c id en tal, o sea, lo q u e
a h o r a se suele lla m a r u n a « d am a» , se e n c u e n tra
e n u n a fa u s s e p o s itio n [«falsa p o sic ió n » ]; p u e s la
m u je r, lla m a d a c o n r a z ó n p o r los a n tig u o s sexu s
se q u io r [« seg u n d o sexo»], n o m erece e n a b so lu to
ser el o b je to d e n u e s tro re sp e to y v e n e ra c ió n , lle­
v a r la c a b e z a m á s e rg u id a q u e el h o m b re , o p o ­
s e e r lo s m is m o s d e re c h o s q u e éste. D e las secu e­
las d e esta fa u s s e p o s itio n te n e m o s m u e s tra s a
c a d a paso. S ería p o r lo ta n to m u y d eseable q u e
ta m b ié n e n E u ro p a se le restitu y ese a este n ú m e ­
ro d o s d e l g é n e ro h u m a n o el sitio q u e n a tu r a l­
m e n te le c o rre s p o n d e , y se p u s ie ra c o to al u so
a b u siv o d e la p a la b ra « d am a» , ta n rid ic u liz a d o

108
XV. I .A S D A M A S Y L A C A B A L L E R O S I D A D 109

h o y e n to d a A sia c o m o lo h a b ría sid o a n ta ñ o e n


G recia y R o m a. [...] L a « dam a» e u ro p e a d e m a ­
rra s es u n a e n tid a d q u e n i siq u ie ra d e b e ría exis­
tir; b a s ta c o n q u e h ay a a m a s d e casa, y jo v en citas
q u e, p o r a s p ira r a serlo, d e b ie ra n ser ed u c a d a s
n o p a r a se r a rro g a n te s, sin o h o g a re ñ a s y su m isas.

L a v id a caballeresca

L a cab allería, c o m o fo rm a d e v id a social, [está]


e n tre te jid a d e retazo s d e c o stu m b re s b á rb a ra s y
p r e s u n tu o s a s , c o n t o d a u n a re ta h ila d e m u e c a s
y p a tra ñ a s m e tic u lo s a m e n te d e sa rro lla d a s y a r ti­
cu lad as e n u n sistem a, su p e rstic io n e s d e g ra d a n ­
tes y u n a v e n e ra c ió n h a c ia las m u je re s d ig n a de
los sim ios; d e ella c o n se rv a m o s a ú n h o y u n a
secuela, a saber, la cab allero sid ad , q u e el sexo fe­
m e n in o re trib u y e c o n m e re c id a a rro g a n c ia , y
q u e p ro p o rc io n a a los asiático s u n a in a g o ta b le
fu e n te d e b u rla , b u rla a la q u e n o h a b ría n d u d a ­
d o e n a d h e rirs e los griegos. Es c ierto q u e el a s u n ­
to llegó e n la d o r a d a E d a d M e d ia a c o n v e rtirse en
u n a u té n tic o y m e tó d ic o c u lto a las m u je re s, c o n
im p o s ic ió n d e p ru e b a s h ero icas, cours d ’a m o u r ,
c a n to s tro v a d o re sc o s s e n tim e n ta le s, y cosas p o r
el estilo; a u n q u e h a y q u e o b se rv a r q u e estas ú lti­
m a s farsas, q u e n o c a re c ía n d e u n a faceta in te le c ­
1 10 EL A R TE D E TRA TA R C O N l A S M U JE R E S

tu al, só lo a lc a n z a ro n su e s p le n d o r en F rancia;
m ie n tra s q u e e n tre los to rp e s y m ate ria lista s ale­
m a n e s los caballeros d e sc o lla b a n so b re to d o p o r
la b e b id a y el p illa je ; lo s fe stin e s y c a s tillo s d e
b a n d id o s e ra n su e le m e n to ; y c o n to d o , ta m p o c o
e n tre ellos fa lta ro n , al c a lo r d e los fo g o n es, a lg u ­
n a s estro fas p o éticas.
XVI

Otras cosas que hay que saber

C uáles so n los h o m b r es q u e ellas p refieren

S ólo los h o m b re s jó v en es, fu e rte s y a p u e sto s es­


tá n lla m a d o s p o r la n a tu ra le z a a c u id a r d e la p r o ­
p a g a c ió n d e la especie h u m a n a ; y to d o c o n la fi­
n a lid a d d e q u e ésta n o d eg en ere. H e a h í la firm e
v o lu n ta d d e la n a tu ra le z a , q u e se e x p resa a trav és
d e las p a sio n e s fe m en in as. D ic h a ley tie n e , e n
a n tig ü e d a d y v ig en cia, p r io r id a d so b re c u a lq u ie r
o tra . P o r eso, ¡p o b re d e a q u e l q u e o se d is p o n e r
sus d e re c h o s e in tere ses p e rso n a le s d e fo rm a q u e
se le atrav iese e n el cam in o ! A la p r im e r a o p o r tu ­
n id a d d e tu rn o , será a p la sta d o sin c o n te m p la c io ­
nes, n o im p o r ta lo q u e d ig a o hag a. P u es la m á ­
x im a m o r a l d e las m u je re s - s e c r e ta , tá c ita , y
h a s ta in c o n sc ie n te , p e ro i n n a t a - es: «T enem os

111
U2 E l. A R T F D E T R A T A R C O N L A S Iv lU lE R K S

d e re c h o a e n g a ñ a r a aq u ello s q u e c re e n q u e p o r
e sc a tim a rn o s el c u id a d o q u e n o s d e b e n a n o s o ­
tra s, seres in d iv id u ales, se e n c u e n tra n p o r e n c i­
m a d e la especie. La ín d o le y, p o r e n d e, el b ie n e s ­
ta r d e la especie n o s h a n sid o e n c o m e n d a d o s p o r
m e d io d e la p ró x im a g e n e ra c ió n , q u e p ro v e n d rá
d e n o so tra s ; y q u e re m o s a d m in is tra r ese p a tr i­
m o n io d e la m a n e ra m á s cabal posib le». P ero las
m u je re s n o s o n co n scien tes in abstracto d e este
p r in c ip io s u p re m o , sin o só lo in concreto, y n o
tie n e n o tr a m a n e ra d e ex p resarlo q u e a c tu a n d o
d e a c u e rd o c o n él c a d a vez q u e se p re se n ta la
o casió n ; e n lo cu al su co n cien cia las re sp a ld a casi
sie m p re m u c h o m á s d e lo q u e s o sp e c h a m o s, ya
q u e e n lo s rin c o n e s m á s re c ó n d ito s d e su c o ra ­
z ó n s a b e n q u e v u ln e ra n d o sus o b lig acio n es co n
re sp e c to al in d iv id u o satisfa cen ta n to m e jo r las
d e la especie, cuya le g itim id a d es in fin ita m e n te
su p e rio r.

L as m u je re s p re fie re n a lo s h o m b re s e n tre lo s
tr e in ta y lo s tr e in ta y c in c o a ñ o s d e e d a d , a s a ­
b e r, in c lu s o m á s q u e a lo s a d o le sc e n te s, q u e re ­
p r e s e n ta n , e n re a lid a d , la m á x im a e x p re sió n d e
la b e lle z a h u m a n a . L a r a z ó n es q u e n o las g u ía
su g u sto , s in o s u in s tin to , q u e re c o n o c e en
a q u e l la p so el p u n to c u lm in a n te d e la c a p a c i­
d a d p ro c re a d o r a . Y e n g e n e ra l se fija n p o c o e n
xvr. o t r a s c o sa s Q u e: iia y q u k SABER 113

la b elleza, a saber, e n la d e l ro s tro ; es c o m o si se


re s e rv a ra n p a r a sí m ism a s la ta re a d e tr a n s m i­
tírs e la a lo s h ijo s.

L a inteligen cia n o a yu d a , a l co n trario

L a falta d e in telig en cia n o p e rju d ic a c o n las m u ­


jeres; m á s b ie n , u n a c a p a c id a d m e n ta l so b re sa ­
lien te, o in c lu so genial, p u e d e ser d esfavorab le,
p o r salirse d e lo c o rrie n te . D e a h í q u e n o sea ra ro
v er c ó m o , c u a n d o d e m u je re s se tra ta , u n h o m ­
b r e feo, to n to y to sco le g a n a a u n o cu lto , in te li­
g en te y am ab le.

O tro s p aíses, otras co stu m b res

E n m u c h o s países, in c lu so e n el s u r d e A lem an ia,


existe la p é s im a c o s tu m b re d e q u e las m u je re s
llev an cargas, a veces b a s ta n te p esad as, so b re su
cabeza. E sto s e g u ra m e n te tie n e efectos n eg ativ o s
so b re el cereb ro , lo q u e h ace q u e éste se d e te rio ­
re g ra d u a lm e n te e n tre las m u je re s d el p u e b lo lla­
n o , y - d a d o q u e el h o m b re recib e este ó rg a n o d e
la m u j e r - q u e el p u e b lo lla n o e n su c o n ju n to se
v u e lv a cad a vez m á s to n to ; lo c u al se p o d r ía ev i­
ta r m u c h a s veces.
114 l í A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

¡V iv a el O r ien te!

D eb eríais a ñ o ra r el O riente. B astaba co n q u e el


m a rid o estuviera e n cap acid ad de p ro p o rc io n a r a
sus m u jeres alo jam ien to y c o m id a p a ra n o ten er
q u e p re o c u p a rse d e n ad a; p o d ía dedicarse a p a r ti­
cipar en com bates, ejercitarse en el u so d e las a r­
m as o escu ch ar a los sabios; estaba in m u n iz a d o
c o n tra la h u m illa c ió n co nsistente en q u e u n h o m ­
b re v aliente se so m e ta co m p le ta m e n te a u n a to n ta:
al fin y al cabo, gozaba d e libertad, to d a vez q u e v a­
rias m u jeres lo p ro te g ía n del a m o r exclusivo.

D e n tr o d e los lím ites de la ra zó n

N o es po sible m a n te n e r a las m ujere s d e n tro de los


lím ites de la ra z ó n excepto a través del m iedo; en el
m a trim o n io , sin em bargo, es necesario m a n te n e r-
las a raya, p u es u n o tien e q u e c o m p a rtir co n ellas lo
m e jo r q u e tiene; d e ah í q u e se pierd a en placer de la
relación am o ro sa lo q u e se g an a e n au to rid ad .

¡E sta d alerta!

La m e m o r ia es u n ser c a p ric h o so y to rn a d iz o ,
q u e se p u e d e c o m p a ra r a u n a joven m uch acha: a
X V I. O T R A S C O S A S Q U F . H A Y Q U l i S A B E R 115

veces se niega a dar, de fo rm a inesperada, lo q u e ya


h a d ad o cien veces; y, en cam bio, m ás tarde, cu an d o
u n o m e n o s se lo espera, lo d a sin que u n o se lo pida.

N o seg u ir el ejem p lo de P etrarca...

N o u n o sin o m u c h o s fu e ro n lo s P e tra rc a q u e d e ­
b ie ro n d e a rra s tra r to d a su v id a s u in satisfech a
sed d e a m o r, c o m o si se tra ta ra d e u n a so g a o
u n a b o la d e h ie rro a ta d a a u n to b illo , y p r o n u n ­
ciar su s la m e n to s e n b o sq u e s so litario s.

... n i ta m p o c o el d e K a n t

Si se m e p e rm itie ra a h o ra [...], p a r a aliv iar la ex ­


p o sic ió n , u n a aleg o ría jo c o sa e in c lu so frívola,
c o m p a ra ría a K a n t, e n su te n d e n c ia m istific a d o ­
ra, c o n u n h o m b re q u e e n u n b a ile d e disfraces
c o rte ja to d a la n o c h e a u n a b e lla d a m a e n m a s c a ­
ra d a , co n v e n c id o d e h a b e r h e c h o u n a co n q u ista ,
h a s ta q u e, al final, ésta se q u ita el a n tifa z y se d a a
co n o cer... c o m o s u esposa.

C o n tr o l d e la n a ta lid a d

Si se p u d ie se c a s tra r a to d o s los can allas y e n c e ­


r r a r e n c o n v e n to s a to d a s las m u c h a c h a s to n ta s,
116 EL A R T E D E T R A T A R C O N LA S M U JE R E S

d o ta r d e u n h a r é n a to d o s los h o m b re s d e c a ­
r á c te r n o b le , y d e v e rd a d e ro s h o m b re s a to d a s
las m u c h a c h a s in te lig e n te s y sen satas, p r o n to
n a c e ría u n a g e n e ra c ió n q u e e clip sa ría la é p o c a
d e P ericles.

In te n to s d e a p ro xim a ció n

U n a m u je r (e x c e p tu a n d o las p ro s titu ta s m a n i­
fiestas) ja m á s se n o s d eclarará ; p u e s p o r m u y b e ­
lla q u e sea, se e x p o n e a u n refus [« u n rech azo » ],
y a q u e la e n fe rm e d a d , la a m a rg u ra , las o c u p a c io ­
n e s y las m a n ía s su ele n d e sp o ja r a los h o m b re s
d e sus d eseo s; y u n refu s sería f u lm in a n te p a r a
s u v a n id a d . E n c a m b io , e n c u a n to u n o d a u n
p r im e r p a so , y las tra n q u iliz a m o s trá n d o le s q u e
n o ex iste ta l p e lig ro , u n o se p o n e a su m is m o
n iv el, y casi s ie m p re e n c o n tr a r á q u e s o n b a s ta n ­
te tra ta b le s.

V a n id a d d e va n id a d es

O b te n e r los favores d e u n a m u je r m u y b ella sólo


a trav és d e la p r o p ia p e rs o n a lid a d es q u izás u n
d eleite m a y o r p a r a la v a n id a d q u e p a r a los s e n ti­
d o s, ya q u e u n o o b tie n e la c o n firm a c ió n d e q u e
X V I. O T R A S C O S A S Q U E H A Y Q U E S A B E R 117

la p ro p ia p e rs o n a lid a d es u n c o rre la to e q u ip a ra ­
b le a la o tr a p e rso n a , a la q u e u n o h a e n d io sa d o
y a d m ira y v a lo ra p o r so b re to d a s las d e m á s. D e
a h í q u e el a m o r n o c o rre s p o n d id o sea ta n d o lo ­
roso , so b re to d o c u a n d o va a c o m p a ñ a d o d e celos
ju stificad o s.
XVII

Elogio de las mujeres

El v e rd a d e ro elogio d e las m u jer es lo ex p resan ,


m u c h o m e jo r q u e «El h o n o r d e las m u jeres» - e s e
p o e m a afectad o , p re te n sio so e in su lso d e Schi-
11er-, las brev es p a la b ra s d e Jouys: « S ans les f e m ­
m es, le c o m m e n c e m e n t d e n o tr e v ie se ra it p r iv é d e
secours, le m ilie u d e plaisirs, e t la f i n de co nsola ­
tio n » [«Sin las m u jere s, el c o m ie n z o d e n u e s tra
v id a estaría p riv a d o d e s e g u rid a d ; la m ita d , d e
placeres, y el final, d e co n su elo » ].

C u a n to m á s o b se rv o a los h o m b re s, m e n o s los
s o p o rto . Si sólo p u d ie ra d e c ir lo m is m o d e las
m u je re s, to d o esta ría b ien .

118
Ediciones de Schopenhauer utilizadas

S ä m tlic h e W erke, ed . p o r P au l D e u sse n , 13 vols., M ü n ic h :


P ip er, 1911 -19 42.
S ä m tlic h e W erke, ed . p o r A r th u r H ü b s c h e r, 7 vols., 3.a ed.,
W ie sb a d e n : B ro c k h a u s, 1972; 4 .a ed ., re v isa d a p o r A n ­
gelika H ü b s c h e r, M a n n h e im : B ro c k h a u s, 1988.
W erke in f ü n f B ä n d e n , ed . p o r L u d g er L ü tk e h a u s, Z ü ric h :
H afFm ans, 1988.
D e r h a n d s ch riftlic h e N a c h la ß , ed. p o r A r th u r H ü b s c h e r,
6 vols., F ra n c fo rt d e l M e n o : K ra m er, 1 9 6 6-1 97 5; r e im ­
p re s ió n , M ü n ic h : D e u ts c h e r T a sc h e n b u c h V erlag, 1985.
D ie K u n st, R e c h t z u b eh a lten , ed. p o r F ra n c o V olpi, F ra n c ­
f o rt d el M e n o : In sel, 1995 [El a rte d e te n e r ra zó n , tra d .
d e F ab io M o ra le s. M a d rid : A lian za E d ito ria l, 20 0 2 ].
D ie K u n s t, g lü ck lich z u sein, ed. p o r F ra n c o V olpi, M ú n ic h :
B eck, 1999 [El a r te d e ser fe liz , tra d . Á n g e la A c k e rm a n n ,
H e rd e r, 2 0 0 0 ].
D ie K u n s t z u b eleidigen, ed. p o r F ra n c o V olpi, M ü n ic h :
B eck, 2002 [E l a r te d e in sulta r, tra d . d e F ab io M o ra le s.
M a d rid : A lia n z a E d ito ria l, 200 6].

119
120 E D IC IO N E S D E S C H O P E N H A U E R U T IL IZ A D A S

G e sa m m e lte B riefe, ed. p o r A r th u r H ü b sc h e r, B o n n : B o u -


vier, 1978.
E in L e b e n s b ild in B r ie fe n , e d . p o r A n g e lik a H ü b sc h e r,
F rä n c fo rt d e l M e n o : In sel, 1987.
P hilosop hie in B riefen, ed. p o r A ngelika H ü b sc h e r y M ich ael
Fleiter, F rä n c fo rt d e l M e n o : In sel, 1989.
D ie S ch o p e n h a u er s. D e r F a m ilien -B r iefw ec h se l v o n A dele,
A r th u r , H e in r ic h F loris u n d J o h a n n a S ch o p e n h a u er, ed.
p o r L u d g er L ü tk e h a u s, Z ü ric h : H a ffm a n s, 1991.
D a s B u c h als W ille u n d V orstellung. A r t h u r S ch o p en h a u ers
B riefw ech sel m i t F ried rich A r n o ld B r o ckh a u s, ed . p o r
L u d g er L ü tk e h a u s, M u n ic h : B eck, 1996.
D ie R eisetagebücher, m it e in e m N a c h w o rt v o n L u d g e r L ü t­
k e h a u s, Z ü ric h : H a ffm a n s , 1988.
G espräche, ed. p o r A r th u r H ü b s c h e r, S tu ttg a rt/B a d C a n ­
n s ta tt: F ro m m a n n -H o lz b o o g , 1971.
índice

I n tr o d u c c ió n , p o r F r a n c o V o l p i ..................... 7

E l a r t e d e t r a t a r c o n l a s m u je r e s

I. L a n a tu r a le z a d e la m u je r ............... 33

II. D ife re n c ia s c o n el h o m b r e ............ 37

III. O b lig a c io n e s n a tu r a le s d e la m u je r ........ 43

IV. S u s c u a lid a d e s ...... 46

V. S u s d e fe c to s ................. 48

V I. C ó m o e s c o g e r a la m u j e r a d e c u a d a .......... 51

V II. E l a m o r .................... 57

V IH . E l sex o ..................................

121
ÍN D ICE

IX . E l m a t r i m o n i o .................................. 78

X . ¿ M o n o g a m ia o p o lig a m ia ? .............. 90

X I. L o s d e re c h o s d e la m u j e r ................ 94

X II. L a p r o f e s ió n m á s a n tig u a ......... 97

X III. L as m u je re s , la c u lt u r a y las a rte s 99

XIV. L as m u je r e s y la s o c ie d a d ..... . 103

XV. L as d a m a s y la c a b a l l e r o s i d a d ...... 1 08

X V I. O t r a s c o sa s q u e h a y q u e s a b e r .... 111

X V II. E lo g io d e las m u j e r e s . 11 8

E d ic io n e s d e S c h o p e n h a u e r u tiliz a d a s .... 119

También podría gustarte