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EL TEATRO
ORIGINAL D E
JOSE ECHEG--A.RA.Y
MADRID
FLORENCIO F I S C O W I C H , EDITOR
(Sucesor de Hijos de A. Gullón.)
PEZ, 40.—OFICINAS: POZAS—2—2.°
18Ö5
El PRIMER ACTO DE Ш ВША
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EL PRIMER ACTO DE 1 D M
CUADEO DRAMÁTICO, E N V E R S O
ORIGINAL DE
JOSÉ ECHEGARAY
E s t a obra la e s t r e n ó e n B a r c e l o n a la
c o m p a ñ í a d e los S r e s . D. R i c a r d o Calvo y
D. D o n a t o J i m é n e z .
E n Valladolid, la c o m p a ñ í a d e la s e ñ o -
r a Cirera y del S r . G o n z á l e z .
E n M a d r i d , e s t a m i s m a , s e g ú n el r e -
parto indica.
ACTO PRIMERO
ESCENA PRIMERA
RODRIGO. N O s e o y e r u i d o : s i n d u d a
reposa; ¡pobre Mariana!
¡Quién la vid c u a n d o e r a m o z a ,
— 8 —
m á s p u l i d a q u e la p l a t a ,
y m á s b r i l l a n t e q u e el s o l ,
y airosa como una palma,
y b u e n a c o m o los á n g e l e s ,
q u e a r r i b a b a t e n las a l a s !
¡Y q u i é n la v e e n a q u e l l e c h o
c o n v e r t i d a en u n a a n c i a n a ! . . .
h e r m o s a siempre, eso sí;
su cara, siempre es su cara,
p e r o es á m o d o de e s p í r i t u ,
que se viste de otras galas,
q u e n o s o n las d e la t i e r r a
y q u e á m í n o s e m e a l c a n z a n . (Compungido.)
¡Desde q u e s e fué L e o n c i o ,
d i j e , <qsu a u s e n c i a la m a t a ! »
¡y la m a t ó , p o r q u e y a ,
e s t o s e a c a b a . . . se a c a b a ! (Secándose los ojos.)
Vamos, que no sé por qué
l l e g u é á viejo: q u e m e c a n s a
..esta v i d a : q u e s i n ella,
; la v i d a e s l a r g a , ¡ m u y l a r g a !
Alguien viene... debe ser
" ía dueña de esta morada.
,;
' B e a t r i z , la n o b l e d o n c e l l a :
;•' ' ' p u e s t a m b i é n e s m u y g a l l a r d a
•: ' 1
y m u y b u e n a : m e parece
l • "que s e parece á M a r i a n a .
E S C E N A II
BEATRIZ. ¿ T Ú p o r a q u í , b u e n R o d r i g o ?
RODRIGO. ¿Cómo está? (Preguntando por su ama.)
BEATRIZ. Muy fatigada.
Al p a r e c e r , m u y d o l i e n t e .
¡Mira, m e d a m u c h a l á s t i m a !
¡No c e s a d e p r e g u n t a r
por Leonelo, y su mirada
en t o d a s p a r t e s le b u s c a
— 9 —
con t a n a n g u s t i o s a s a n s i a s ,
que sin querer, yo también
con la v i s t a p o r la e s t a n c i a
le b u s c o s i n c o n o c e r l e !
¿Ves q u é cosa t a n e x t r a ñ a ? (Sonriendo.)
RODRIGO. P o r q u e sois b u e n a : m u y b u e n a :
porque sois como Mariana.
BEATRIZ. ¿Quiere m u c h o á s u Leoncio?
RODRIGO L e q u i e r e c o n toda el a l m a .
BEATRIZ. ¿Y e s g a l l a r d o ?
RODRIGO ¡Muy g a l l a r d o !
BEATRIZ. ¿Y e s valiente?
RODRIGO ¡Pues no es nada!
No h a y h o m b r e q u e s e le p o n g a
frente á frente y c a r a á c a r a .
BEATRIZ. E s o s u m a d r e m e dijo:
que cuando empuña su espada
y l a e s g r i m e , ¡lodos h u y e n !
todos: la gente m á s brava:
¡rufianes y c a b a l l e r o s ,
h o m b r e s d e pica y e s p a d a ,
rondas, corchetes, villanos,
d e l a n t e á la d e s v a n d a d a ,
y él c o n s u t a j a n t e fiera,
golpeándoles las espaldas.
¡Mira t ú , q u e d e b e s e r
s u condición t e m e r a r i a !
RODRIGO. ¡En c e g á n d o s e , n o h a y m á s :
hiere, acosa!...
BEATRIZ. ¿Y t a m b i é n m a t a ?
RODRIGO. Si coge d e p u n t a , r o m p e :
si coge d e filo, r a j a .
BEATRIZ. ¿Sin d e t e n e r s e ?
RODRIGO. Jamás.
BEATRIZ. ¿Sin r e p a r a r ?
RODRIGO. NO repara.
BEATRIZ. ¿Será u n a fiera Leonelo?
RODRIGO. De l a s s e l v a s a f r i c a n a s .
BEATRIZ. ¡Qué m i e d o ! ¡Cuando le vea
(Todo esto con una mezcla singular de curiosidad y
terror, pero con mucho interés.)
v o y á t e m b l a r ! ¡Si s e enfada
— 10 —
c o n m i g o , y r o m p e en f u r o r e s ,
soy muerta! ¡Jesús m e valga!
RODRIGO. NO t e m á i s : n u n c a le he visto
e n o j a r s e con las d a m a s . (Sonriendo.)
BEATRIZ. ¿Le viste d a r m u e r t e á m u c h o s ?
RODRIGO. A u n o s ó l o . . . ¡cara á c a r a !
¡ P e r o fué h o r r i b l e ! D e s p u é s ,
emprenderla á cuchilladas
con los d e m á s ; y s a b e d
q u e e s t a b a llena la plaza.
BEATRIZ. ¡Qué e s p a n t o v e r l e , Dios m í o !
(Pausa pequeña.)
¿Y s a b e s q u e m u c h o t a r d a ?
RODRIGO. ¿Vos le avisasteis?
BEATRIZ. Salió
al d e s p u n t a r la m a ñ a n a
u n h o m b r e á d a r l e el a v i s o .
RODRIGO. Pero es que hay mucha distancia
al p u e r t o d e B a r c e l o n a ,
desde esta noble m o r a d a .
BEATRIZ. El m e n s a j e r o llevó
u n b u e n c a b a l l o , y se a c a b a
la t a r d e : s o n m u c h a s h o r a s .
Y él, al r e c i b i r la c a r t a ,
debió montar, y partir
c o m o flecha d i s p a r a d a .
¿No d i c e s t ú q u e á Leoncio
n i n g ú n o b s t á c u l o ataja?
P u e s dejar á B a r c e l o n a ;
d e v o r a r llanos y r a m b l a s ;
cruzar bosques; pasar ríos,
y en el patio d e e s t a c a s a ,
d e s g a r r a n d o á s u caballo
con la e s p u e l a e n s a n g r e n t a d a ,
penetrar, debieron ser
c o s a s h e c h a s al p e n s a r l a s ,
ó n o e s tu b r a v o L e o n e l o ,
el Leonelo q u e p i n t a b a s .
RODRIGO. Quizá n o e n c o n t r ó el c a m i n o ,
y s e p e r d i ó en las q u e b r a d a s .
BEATRIZ. P u e d e s e r . . . y a c a s o . . . s í . . . (Meditando.)
L a s e n d a en d o s s e s e p a r a ,
—a —
y si tomó p o r la i z q u i e r d a . . .
Aquella figura e x t r a ñ a
q u e v i esta t a r d e . . . ¿quién sabe?
Y esto explica la t a r d a n z a .
RODRIGO. No c o m p r e n d o . . .
BEATRIZ. Buen Rodrigo,
olvidé q u e t e l l a m a b a
tu s e ñ o r a .
RODRIGO. Voy al p u n t o .
(Beatriz queda pensativa. Rodrigo se dirige al fondo,
pero si vuelve para observar á Beatriz.)
Me r e c u e r d a á m i M a r i a n a
e s t a doncella g e n t i l .
T a n b u e n a , y la m i s m a g r a c i a . (Sale.)
E S C E N A III
B E A T R I Z ; después DON ALVARO
BEATRIZ. ¡Qué a n s i e d a d , p a d r e , t a n l a r g a !
fueron t r e s d í a s . . . n o . . . m á s . . .
ALVARO. ¡ E t e r n a fué la j o r n a d a !
Siempre tendiendo los brazos,
sin que á m i s brazos llegara
el á n g e l d e m i s a m o r e s ,
ni s u s besos á m i s canas.
BEATRIZ. T Ú en l a a l e g r e B a r c e l o n a ,
y yo triste, abandonada.
(Con mimo y cariñosa reconvención.)
ALVARO. H a r t o lo s i e n t o .
BEATRIZ. ¿No s a b e s ?
h a y h u é s p e d e s e n la c a s a .
ALVARO. Ya lo s é : L u i s d e M e n d o z a ,
mi constante camarada.
BEATRIZ. D e F l a n d e s v i e n e .
ALVARO. ¡Cabal!
BEATRIZ. A B a r c e l o n a p a s a b a . . .
ALVARO. Y q u i s o d a r u n a b r a z o
á s u a m i g o d e la infancia.
¿Y d ó n d e está? ¿Dónde e s t á ?
P a s a r e m o s la v e l a d a
recordando mil locuras
y d e p a s o mil h a z a ñ a s .
BEATRIZ. Allá d e n t r o . P e r o , e s c u c h a :
no, d e d o n L u i s n o t e h a b l a b a .
Son o t r o s h u é s p e d e s , p a d r e :
gente m u y noble y muy alia.
(Con cierto misterio é interés.)
Yo p r e s u m o q u e hice b i e n :
s i e m p r e h a sido h o s p i t a l a r i a
t u v i v i e n d a , y fué p r e c i s o
que les franquease la entrada.
ALVARO. N O a d i v i n o ; p e r o c u e n t a .
BEATRIZ. P u e s e s c ú c h a m e c o n c a l m a .
(Don Alvaro se sienta, mostrando algún cansancio.
Beatriz, de pie a su lado 6 en un taburete, como re-
sulte mejor.)
Era u n a noche cruel:
r e t e m b l a b a el firmamento:
m u c h a lluvia, m u c h o v i e n t o ,
y granizos á granel.
— 13 —
ALVARO. T a m p o c o e s o i m p o r t a m u c h o .
BEATRIZ. Leonelo t r a j o d e A r g e l (Con cierto orgullo.)
presas que supo rendir.
ALVARO. P u e s h a y q u e h a c e r l e v e n i r .
BEATRIZ. A B a r c e l o n a p o r é l ,
mandé un hombre esta mañana.
ALVARO. ¿No v i n o ?
BEATRIZ. V e n d r á d e fijo.
L e o n e l o , s e l l a m a el h i j o :
(Como una gran noticia y como si ya no lo hubiera
dicho varias veces.)
la m a d r e , d o ñ a M a r i a n a .
ALVARO. ¡ E S s i n g u l a r ! . . . ¿No h a llegado?
(Con extrañeza y como si recordase algo: lo que lue-
go refiere.)
P u e s viniendo á media rienda
á lo l a r g o d e la s e n d a ,
que llaman del renegado,
hará tres horas, no más,
e s c u c h a m o s c o m o el r u i d o ,
q u e h a c e el e s c a p e t e n d i d o
d e u n caballo, y h a c i a a t r á s
t o d o s v o l v i m o s la v i s t a ;
con q u e v e m o s , q u e volaba
e n el p o t r o q u e m o n t a b a ,
como vuela rota arista
q u e a r r e b a t a el v e n d a v a l ,
ginete q u e espacio anhela,.
c o n la voz y c o n la e s p u e l a
h o s t i g a n d o al a n i m a l .
La b o c a , d e e s p u m a b l a n c a ;
el ijar, e n s a n g r e n t a d o ;
y él, el s o m b r e r o e n r e d a d o
en u n arbusto que arranca
del saliente d e u n a roca
dejó, y parte del cabello;
p e r o s i n p e n s a r en ello,
siguió s u c a r r e r a loca.
«A u n l a d o , q u e é s t e a t r e p e l l a , »
g r i t é á T r i s t á n y á Moncasi;
y atrepellándonos casi,
p a s ó c o m o u n a centella.
— 16 —
BEATRIZ. P u e s e r a L e o n e l o , p a d r e .
ALVARO. ¡ P u e s a p r i s a v a L e o n e l o !
BEATRIZ. E S el g e n e r o s o a n h e l o
de hijo, que busca á su m a d r e .
ALVARO. ¿Más c ó m o fué, q u e no vino?
¡porque mira que aquel paso!...
¿ r e v e n t ó al caballo acaso?
BEATRIZ. O a c a s o p e r d i ó el c a m i n o .
ALVARO. Si al l l e g a r del b o s q u e al c e n t r o ,
t o m ó el m o z o h a c i a L e v a n t e . . .
(Como dando la razón á su hija.)
BEATRIZ. P u e s e s c ú c h e m e u n i n s t a n t e ,
que también tuve mi encuentro.
(Pequeña pausa.)
Q u i s e p a s e a r : p o r la c u e n t a ,
m e dejó m u y e x c i t a d a ,
el r u i d o d e la t r o n a d a ,
6 el p a s o d e la t o r m e n t a .
Salí c u a n d o el sol p o n i e n t e
ya fatigado s e i n c l i n a ,
y r o d e a n d o la colina
con M a r t a , bajé á la f u e n t e .
¡Me alejé m u c h o ! ¡un a l a r d e
de valor; pero sentía
t a n t o p l a c e r ! ¡y c a í a
t a n d u l c e m e n t e la t a r d e !
Del s o l , el r o j o f a n a l . . .
d e l c a ñ o , el bullir s o n o r o . . .
y mil e s t r e l l i t a s d e o r o
d e la fuente en el c r i s t a l . . .
De p r o n t o , u n c o n t o r n o o s c u r o ,
en un recodo aparece
del camino: avanza, crece,
llega c e r c a , y m e a s e g u r o ,
q u e viene hacia nuestro lado,
por nuestro mismo sendero,
u n j i n e t e sin s o m b r e r o ,
sobre un potro desbocado.
Ya n o h a y t i e m p o d e c o r r e r ;
ya no hay tiempo de gritar;
q u i e r o el s e n d e r o d e j a r ,
¿y q u é consigo? c a e r .
— 17 —
¡A la d e r e c h a u n a s i m a ,
y p o r la i z q u i e r d a u n a r o c a !
¡El c a b a l l o y a m e toca;
el caballo y a está e n c i m a !
E n t o n c e s , casi al s e n t i r m e
p o r el p o t r o p i s o t e a d a . . .
el jinete una parada
hizo d e p r o n t o , y en firme.
¡Qué v i g o r o s a la m a n o ,
y el c u e r p o q u é v i g o r o s o ,
y q u é aliento g e n e r o s o ,
y q u é esfuerzo s o b r e h u m a n o !
N a d a n d o el r o s t r o en s u d o r
p o r la fatiga y él s u s t o ,
h a c i a u n lado inclina el b u s t o
para mirarme mejor.
Y en voz t r i s t e y a n h e l o s a
a s í d i c e : «es m i d e s t i n o :
q u i e n s e e n c u e n t r a en mi c a m i n o ,
m u c h o arriesga, niña h e r m o s a . »
Paso": siguió p o r el m o n t e :
c r u z ó la a r b o l e d a u m b r í a ,
y á m u y poco se p e r d í a
en el lejano h o r i z o n t e .
¡Jinete q u e e s p a c i o q u i e r e ;
potro deshecho á espolazos,
y u n hijo q u e va á los b r a z o s
do s u m a d r e q u e se m u e r e !
ALVARO. ¡ J e s ú s , y q u é c r i a t u r a !
¡Qué l a n c e ! ¡Qué d e s a t i n o !
«¡Su d e s t i n o ! ¡Su d e s t i n o ! » . . .
P u e s yo digo ¡su l o c u r a !
¿Con q u e p o r u n m o z a l b e t e
tan gran peligro corriste?
BEATRIZ. N O tan g r a n d e : t ú lo v i s t e :
es un soberbio jinete.
ALVARO. Soltó la r i e n d a al b r i d ó n ;
y a u n q u e él es fuerte y e s d u c h o . . .
BEATRIZ. Se c o r r e sin d u d a m u c h o
c u a n d o a r r a s t r a el c o r a z ó n .
¡Llega g e n t e ! . . . (Asomándose á la ventana )
¡Viene ya!
2
— 18 —
¡Debe s e r Léemelo, p a d r e !
LEONELO. ¡Mi m a d r e ! . . . ¡Busco á m i m a d r e í
(Desde dentro.)
CRIADO. (Precediendo á Leonelo.)
Aquí don Alvaro está.
E S C E N A IV
BEATRIZ y DON A L V A R O ; L E O N E L O , con la cabeza
descubierta, el pelo enmarañado, cubierto de sudor y polvo,
desesperado y anhelante; en fin, como el ador crea oportuno,
dada la situación, y todo lo que se ha dicho.
le t r a i g o fuerza y s a l u d ;
n o h a y filtro d e m á s v i r t u d
p a r a ella, q u e s u L e o n e l o .
Si le g r i t o : « ¡ m a d r e m í a ,
es tu Leonelo: despierta!»
¡Ha d e e s t a r m u e r t a ! p u e s m u e r t a ,
por m í resucitaría.
BEATRIZ. Sin e m b a r g o . . . (Con timidez.)
LEONELO. ¡Pesia á mí;
entre u n a m a d r e y u n hijo,
nadie!
(Beatriz espantada se guarece en los brazos de don
Alvaro.)
ALVARO. Pensad...
LEONELO. ¡Yo lo e x i j o ! . . .
¿No lo d i j e ? . . . ¡Ya e s t á a q u í !
(Con suprema alegría.)
ESCENA V
DICHOS; DOÑA M A R I A N A , por el fondo, débil y casi
moribunda.
MARIANA. ¡ L e o n e l o !
LEONELO. ¡ M a d r e ! (Abrazándose.)
MARIANA. ¡Dios s a n t o ,
gracias por este consuelo!
LEONELO.¡Por fin!
MARIANA. ¡ P o r fin, m i L e o n e l o !
¡Qué g a l l a r d o !
(Separándose algo para contestarle.)
LEONELO. ¡Seca el l l a n t o !
MARIANA. ¡ P e n s é n o v e r t e y a m á s !
¡ C u á n t o , hijo m í o , s u f r í !
LEONELO. ¡Ya n o m e a p a r t o d e t í ,
madre del alma, j a m á s !
MARIANA. P u e s si c o n v i d a m e v e s ,
á e s e á n g e l s e lo h a s d e b i d o .
(Señalando á Beatriz.)
BEATRIZ. E S m i b u e n p a d r e .
(A doña Mariana, presentando á don Alvaro.)
ALVARO. Rendido
— 20 —
y o b e d i e n t e á v u e s t r o s p i e s . (A doña Mariana.)
LEONELO. Si ella t u v i d a s a l v ó , (indica á Beatriz.)
q u e ella la v i d a m e pida;
q u e d e s d e h o y , d a r l e mi vida
s e r á d a r la q u e m e dio.
(Se adelanta: se inclina ante Beatriz y tiende la mano
a don Alvaro.)
ALVARO. Con v u e s t r o p e r m i s o a h o r a
y la m e j o r v o l u n t a d ,
p a r a daros libertad
nos retiramos, señora.
P e r o d i s p o n e d sin t a s a (A ios dos.)
d e la c a s a y s u s s e ñ o r e s ;
señores que, servidores,
s o n v u e s t r o s en e s t a c a s a .
MARIANA. Con t o d a el a l m a a g r a d e z c o
tan generosa acogida.
LEONELO. Ofrecí u n a vez m i v i d a , (A don Alvaro.)
y sólo u n a vez la ofrezco.
(Don Alvaro y Beatriz se retiran por la izquierda.)
ALVARO. ( P u e s B e a t r i z , e n m i opinión,
d a m a es de mucha hidalguía.)
(Aparte á Beatriz.)
BEATRIZ. P u e s el m a n c e b o , en la m í a ,
tiene un noble corazón.
(Aparte á su padre. Salen por la izquierda.)
E S C E N A VI
DOÑA MARIANA y L E O N E L O ; Leonelo hace que se
siente su madre, y se coloca á su lado.
Al s e n t a r m e á la m e s a , «ve R o d r i g o :
q u e v e n g a m i L e o n e l o . » Y el a n c i a n o ,
m o v i e n d o la c a b e z a t r i s t e m e n t e ,
m u r m u r a b a : « S e ñ o r a , se ha o l v i d a d o
q u e en Sevilla no e s t á . T o m e , s e ñ o r a ,
u n poco de alimento.» Es m u y a m a r g o
este q u e a q u í m e d a s : con hiél sin d u d a ,
n o con especie y sal lo s a z o n a r o n .
LEONELO. ¡Madre q u e r i d a !
MARIANA. Siempre, siempre sola.
¿El sol b a j a b a a l e g r e hacia s u ocaso?
p u e s del G u a d a l q u i v i r p o r l a s o r i l l a s ,
n o podía pasear ni un breve rato;
q u e el hijo de m i v i d a e s t a b a en F l a n d e s ,
y m e faltaba s u r o b u s t o b r a z o .
Yo te b u s c a b a con febril a n g u s t i a :
yo te b u s c a b a , p e r o s i e m p r e en v a n o .
¡Ah! c u a n d o n o se e n c u e n t r a al s e r q u e r i d o ,
¡qué sólo y q u é vacío es el e s p a c i o !
Y v e n í a l a n o c h e , «¡y m i Leoncio!»
g r i t a b a yo con g r i t o a c o n g o j a d o :
«¿por q u é n o v i e n e , c o m o t a n t a s v e c e s ,
por despedida á darme y por regalo
el beso de la noche, q u e p r e p a r a
t a n b l a n d a m e n t e al s u e ñ o y al descanso?»
Y en t o d o a s í ; d e m o d o q u e h e c r e í d o
m o r i r sin v e r t e m á s , L e o n e l o a m a d o .
P e r o tuvo p i e d a d la V i r g e n p u r a :
c o m o e s m a d r e t a m b i é n , cedió á m i l l a n t o ,
y m o r i r é , hijo m í o , c o n s o l a d a ,
y a l e g r e c a s i , si te t e n g o al l a d o .
(Desfalleciendo.)
LEONELO. Calla, m a d r e , p o r Dios: no d i g a s e s o .
(Sosteniéndola.)
¿Quién h a b l a d e m o r i r , c u a n d o e m p e z a m o s
n u e v a vida con n u e v a s e s p e r a n z a s ,
. y con o t r o h o r i z o n t e a l e g r e y ancho?
M a ñ a n a , al d e s p u n t a r la luz del d í a ,
los d o s á B a r c e l o n a . ¿No h a s e s t a d o
en la c i u d a d condal? ¿No la conoces?
¡Me a l e g r o , vive Dios! ¡Verás q u é tráfico;
q u é v i d a ; q u é riqueza; c u á n t a s n a v e s ,
— 22
en el oleaje v e r d e el n e g r o c a s c o ,
al v i e n t o c o r d e l a j e y b a n d e r o l a s ;
la b l a n c a vela en el azul e s p a c i o !
¡Qué e m a n a c i ó n s a l o b r e d e las a g u a s
y q u é olor á a l q u i t r á n ! ¡qué olor tan s a n o !
¡Tu p o b r e pecho en el m a r i n o a m b i e n t e ,
c ó m o va á d i l a t a r s e c o n s o l a d o !
¡La s a l u d , la a l e g r í a , el a n c h o p u e r t o ,
y el s o l , y el m a r , m i s b e s o s y m i s b r a z o s !
MARIANA. ¡Ay, q u é h e r m o s o s e r í a lo q u e d i c e s !
P e r o y a llega t a r d e : n o lo a l c a n z o .
(Desfalleciendo otra vez.)
LEONELO. ¿Que no lo a l c a n z a s tú? ¿pues q u i é n se
[opone?
¿quién n o s detiene? ¿Quién n o s c i e r r a el
[paso?
¡No d i g a s tal, q u e siento en m i s e n t r a ñ a s
d e l d o l o r las t e n a z a s y los garfios!
(Desesperado.)
MARIANA. NO h a b l e m o s d e e s t a s c o s a s si te afiijen.
(Consolándole á su vez.)
S e r e m o s m u y felices. ¿Se h a n c o l m a d o
l a s d e s d i c h a s ? P u e s b i e n ; las a l e g r í a s
e s n a t u r a l q u e l l e g u e n : las a g u a r d o . . .
con la s o n r i s a . . . m í r a m e hijo m í o . . .
con la s o n r i s a . . . p l á c i d a . . . en los l a b i o s .
(Haciendo esfuerzos supremos.)
¿Te he p u e s t o t r i s t e ? . . . E s t u v e m u y e n -
[ferma...
¡todo lo vi tan n e g r o . . . t a n c e r r a d o ! . . .
Y m e c o g e de n u e v a s la a l e g r í a . . .
ya m e iré poco á poco a c o s t u m b r a n d o .
Habíame de tus viajes... tus proezas
en F l a n d e s y en los p u e r t o s a f r i c a n o s .
¿No q u i e r e s t ú q u e h a b l e m o s d e e s t o s l a n -
[ees?
LEONELO. S Í , m a d r e , S Í . (Se ha quedado sombrio.)
MARIANA. P u e s v a y a , ¿no e m p e z a m o s ?
A h o r a el t r i s t e e r e s t ú .
LEONELO. No lo i m a g i n e s .
MARIANA. ¿ P r i m e r o á F l a n d e s ?
LEONELO. Sí.
— 23 —
MARIANA.. ¿Y t e a d m i r a r o n
t o d o s al v e r t u s i n i g u a l b r a v u r a ?
LEONELO. M o s t r é q u e p u e d o s e r u n b u e n s o l d a d o . . .
(Dejándose llevar de un recuerdo.)
y hasta un buen capitán.
M u c h o s con b a n d a ,
d e t r á s d e t u Leoncio s e q u e d a r o n ;
p e r o c e r r ó m e el p a s o el d e M e n d o z a .
(Con enojo.)
MARIANA. ¿Don Luis?
LEONELO. Don L u i s : y con don L u i s , el diablo
c a r g u e , y a s í v e r e m o s q u e s e lleva
al infierno, p o r fin, u n h o m b r e h o n r a d o .
A s u tienda l l a m ó m e con m i s t e r i o ;
y en pie, glacial, m i r a n d o d e s o s l a y o ,
a s í m e dijo c o n a c e n t o d u r o :
«Escucha bien, m a n c e b o : yo h e j u r a d o
no decir lo que sé; p e r o n o q u i e r o
v e r tu e s p a d a d e s n u d a en n u e s t r o c a m p o ,
q u e si s u s m a n c h a s la Victoria o b s e r v a ,
el laurel n o c a e r á d e n u e s t r o l a d o .
A n t e s q u e llegue el día, el c a m p a m e n t o
a b a n d o n a p o r s i e m p r e : y o lo m a n d o . »
MARIANA. ¿Y t ú ? (Con angustia.)
LEONELO. P u e s y o , c l a v a n d o e n él la v i s t a ,
d o s p a s o s a v a n c é : c r u c é los b r a z o s ,
y repliqué: aseréis obedecido,
a u n q u e t a n n e c i o s o i s , c o m o sois b r a v o . »
La espalda le volví, y en breves h o r a s ,
s o b r e m i potro a b a n d o n é s u c a m p o .
De trecho e n t r e c h o , a l g u n a roja h o g u e r a
m e m i r a b a al p a s a r , y con s u s r a y o s ,
d e l p a r r i c i d a i l u m i n a b a el r o s t r o ,
(Con ironía cruel.)
recogiéndolos luego con espanto.
«Adiós, tercios d e F l a n d e s ; c u a n t a g l o r i a
p u d e a d q u i r i r , o s cedo y os r e g a l o .
El maldito se va: y a q u e d a n l i m p i o s
el viejo t e r c i o , y s u p e n d ó n a h u m a d o . »
MARIANA. ¡ P o b r e hijo m í o ! . . .
LEONELO. N O : si y o d e s d e ñ o
c u a n t o al v o l v e r la v i s t a e n t o r n o a b a r c o .
— 24 —
¡Mi a m o r , p a r a m i m a d r e : p a r a el m u n d o . . .
p a r a el m u n d o , d e s p r e c i o s o b e r a n o !
(Doiia Mariana quiere hablar, él la contiene, la aca-
ricia, ríe con risa forzada, y sigue.)
D e s p u é s á Italia fui, q u e allá Mendoza
¡voto á Luzbel! n o iba á c e r r a r m e el p a s o .
P u e s Mendoza n o fué; m a s fué u n a l f é r e z ,
según supe después; u n sevillano.
Contó lo q u e c o n t ó . . . y en t o r n o m í o ,
algo m u y r e p u l s i v o , m u y e x t r a ñ o
sentí extenderse: todos m e esquivaban...
corteses, temerosos y espantados.
A m i s solas, yo madre, me reía;
y d e u n a c o r a c i n a e n el t e m p l a d o
b r u ñ i d o espejo q u e á la luz r e p e l e ,
contemplaba mi rostro muchos ratos,
p r e g u n t a n d o al a c e r o : « d í m e , d i m e
¿ c d m o e s d e u n parricida el r o s t r o pálido?»
MARIANA. ¡NO lo e r e s t ú , L e o n e l o !
LEONELO. N o te i m p o r t e :
y a m e i r é p o c o á poco a c o s t u m b r a n d o .
E s c a r m e n t é al alférez p o r el p r o n t o . . .
y a d i ó s Italia y s u s h e r m o s o s c a m p o s .
A Barcelona vine: una galera
flete, y al m a r : y l u e g o al africano
le d i s p u t é s u s p r e s a s : hice v a r i a s :
b a r r í s u s playas: y si algún corsario
•••• d e m i mástil c o l g a b a , m e d e c í a :
... parricida otra vez, y a ú n n o estoy h a r t o . »
MARÍASA. ¡Calla, calla p o r Dios! ¿Poro a q u í n a d i e
; . :•' s o s p e c h a n i te a c u s a ? (Con ansiedad.)
LEO.NEIÍO. Más d e s p a c i o ;
" " --' •;q u e u n l a n c e m e o c u r r i ó , q u e a ú n m e con—
[funde.
MARI ASA. P u e s c u e n t a c ó m o fué.
LtONKLo. "Voy á c o n t a r l o .
./' " N o lejos d e B a r c e l o n a
h a y u n a playa salvaje:
:
• m u c h a p e ñ a , m u c h o oleaje,
mucha gaviota chillona.
• L a a r e n a , el solo c a m i n o :
u n lanchen junto á una estaca,
— 2o —'
y á manera de barraca
la v i v i e n d a d e u n m a r i n o .
Me a g r a d ó la s o l e d a d
d e la p l a y a y su t r i s t e z a :
y m e a g r a d ó la g r a n d e z a
d e la azul i n m e n s i d a d .
Y u n a y o t r a vez v a g a b a
solo, por aquel desierto,
c u a n d o el tráfico del p u e r t o
y del m u e l l e m e c a n s a b a .
Bajo la p o b r e t e c h u m b r e
d e la choza, d o s c h i c u e l o s ,
a r r a s t r a n d o p o r los s u e l o s ,
j u g u e t e a b a n de c o s t u m b r e .
Y entre los agrestes picos,
y j u n t o á la m a r s a l a d a ,
jornada, tras de jornada,
m e h i c e a m i g o d e los chicos.
Ellos c o n c h a s á g r a n e l
en la p l a y a m e c o g í a n ,
y zequíes recibían
d e m i s p r e s a s en A r g e l . (Pequeúa pausa.)
Era una tarde serena:
el h o r i z o n t e sin b r u m a ,
y con c i n t u r ó n d e e s p u m a
t o d a la faja d e a r e n a .
E n el cielo, m u c h a c a l m a ,
y m u c h o azul en el m a r :
y mucha ansia de soñar
s u e ñ o s de a m o r , en el a l m a .
«Nadie a q u í p o d r á v e n d e r m e ,
pensaba; nadie acusarme:
¿los n i ñ o s ? . . . ¡ a c a r i c i a r m e !
¿las b l a n d a s o l a s ? . . . ¡ m e c e r m e !
¡ T ú , q u e m e c o n o c e s , cielo;
y tú, m a r adormecida,
¡no l l a m a r é i s p a r r i c i d a
al p a r r i c i d a Leonelo!»
Y m e a c e r q u é á la c a b a n a ,
y á los chiquillos l l a m é .
¡Salieron... pero noté
una expresión muy extraña
— 26 —
en los d o s : algo m u y r a r o ! . . .
u n a actitud r e c e l o s a . . .
y u n o dijo en voz m e d r o s a
p e r o con a c e n t o c l a r o :
«Nos h a d i c h o n u e s t r a m a d r e ,
que no j u g u e m o s contigo.
¡La c r u z ! a p a r t a e n e m i g o .
(Haciendo la cruz y recordando lo que los chicos le
dijeron.)
¡La c r u z ! q u e m a t ó á s u p a d r e .
Al m a l d i t o , ¡cruz y r a y a !
¡y la h o g u e r a y la c o r o z a ! . . . »
Y m e t i é n d o s e en la choza
m e d e j a r o n en la p l a y a .
El m a r , a n t e s tan s e r e n o ,
s e r e v u e l v e y cabrillea:
la voz del n i ñ o b r a v e a
con los f r a g o r e s del t r u e n o :
v i roja el a g u a c e r c a n a ,
y v i rojo el sol p o n i e n t e . . .
¡en un s e r , tan i n o c e n t e ,
s e n t e n c i a tan i n h u m a n a !
(Pausa: madre é hijo quedan en silencio: él con la
cabeza sobre el pecho.)
MARIANA.. ¿Cómo se s u p o el fatal
secreto?
LEONELO. ¡ P u e s ya es faena
d e s c u b r i r l o ! Una c a d e n a
sin u n e s l a b ó n final.
A s u m a d r e . . . (Indicándole la madre de los chicos.)
un m a r i n e r o :
al m a r i n e r o , u n e s c l a v o :
al e s c l a v o , cierto b r a v o :
al b r a v o , u n p o b r e r e m e r o ,
y de mi propia galera.
Con el r e b e n q u e le exijo,
q u e d e c l a r e quién lo dijo.
P u e s u n a m o r a .hechicera
(Riendo y ponderando la hermosura de la mora: lue-
go se verá que fué la hija de Centellas.)
h u é r f a n a de u n r e n e g a d o :
la m a d r e , u n a gitanilla:
— 27 —
el p a d r e m u r i ó e n Sevilla
en u n lance d e s d i c h a d o .
¡Para qué cansarnos, m a d r e !
el a i r e , la t i e r r a , el m a r ,
cuanto existe, h a de gritar:
«¡Leonelo m a t ó á s u p a d r e ! »
¡Si p o n g o el a l m a y l a v i d a ,
y la v i d a d e l o s d o s . . . . (Por su madre y por él.)
q u e h a s t a e n g a ñ a r o n á Dios,
y m e juzga parricida!
MARIANA. N O b l a s f e m e s , hijo m í o :
Dios p e n e t r a e n lo p r o f u n d o ;
y el m u n d o . . . y a s a b r á el m u n d o
(Con misterio y energía; pero sus fuerzas se van ago-
tando.)
la v e r d a d : y o t e lo fío.
¡Hijo, e n g a ñ a r t e n o q u i e r o . . .
ya n o h a y t i e m p o q u e p e r d e r . . .
soy u n a pobre mujer...
la vida s e v a . . . m e m u e r o ! . . .
LEONELO. ¡ M a d r e !
MARIANA. Y antes de morir...
LEONELO. ¡ESO n o , m a d r e a d o r a d a !
MARIANA. Q u i e r o dejar c o n j u r a d a
esa m a l d i c i ó n . . . Decir
la v e r d a d , y d e u n a vez,
¡pero e n t e r a y e v i d e n t e ! . . .
« q u e la m a n c h a e s t á en m i frente
y la v e r g ü e n z a e n m i tez".
¡en m i tez e n r o j e c i d a ! »
¡Si todo m e i m p o r t a p o c o ! . . .
LEONELO. ¡Calla, q u e m e vuelvo loco!
MARIANA. ¡ P e r o n o e r e s p a r r i c i d a !
E s t o pliego te r e i n t e g r a (Sacando un pliego.)
en t u p u e s t o d e h o m b r e h o n r a d o ,
y e s t á todo bien p r o b a d o
con c a r t a s d e T o r r e n e g r a .
Cuanto d e vida quedaba
á t u m a d r e . . . a q u í lo p u s o :
no hay nada vago... confuso...
Dios, q u e m i r u e g o e s c u c h a b a
en s u t r o n o s o b e r a n o , (Con fervor religioso.)
— 28 —
concedió en a q u e l m o m e n t o ,
c l a r i d a d al p e n s a m i e n t o ,
y h a s t a firmeza á la m a n o .
¡Este pliego e s la e v i d e n c i a ! . . .
s e lo e n t r e g a s á M e n d o z a ,
verás cómo s e alboroza
y proclama tu inocencia.
(Interrumpiendo las protestas de Leonelo.)
Si u n a m a d r e dice «¡quiero!»
u n hijo n u n c a v a c i l a . . .
y así moriré tranquila...
p o r q u e , hijo m í o , ¡me m u e r o ! (Desfalleciendo.)
LEONELO. ¿Con t r o z o s d e t u p u d o r
y de tu nombre sin lacha,
tejer d e n u e v o la h i l a c h a
desprendida de mi honor?
Si d e s h o n r a r á m i m a d r e
por miedo á la gente impía,
¡es m u c h o m á s , m a d r e m í a ,
que haber matado á mi padre!
¿Qué m e i m p o r t a e s e t u r b i ó n
d e c a l u m n i a s y recelos?
y a s a b e el Dios d e los cielos
q u e está l i m p i o el c o r a z ó n .
Si s o y el q u e s i e m p r e fui:
si p a r r i c i d a n o h e s i d o :
si á q u i e n m a t é , fué á u n b a n d i d o
y p o r defenderte á tí.
P u e s b i e n ; l a razón l e s d o y
á tantos mezquinos seres:
q u e h a c i e n d o lo q u e t ú q u i e r e s
¡parricida, y a lo soy!
¡Y d e q u é m o d o , Dios s a n t o !
¡contigo, toda pureza!
estrujando t u terneza,
y saboreando tu llanto.
¡No d e l s e r fuerte q u e h i e r e
con i r r e s i s t i b l e e m b a t e !
¡no del p a d r e q u e s e b a t e !
¡de la m a d r e q u e s e m u e r e !
MARIANA. ¡ L e o n e l o !
LEONELO. N O digas m á s .
— 29 —
¡Ese papel!
MARIANA. ¿ P a r a qué? (Defendiéndolo.)
LEONELO. Y a lo v e r á s .
MARIANA. Y a lo s é .
¡ J a m á s ! (Levantándose, y separando el pliego.)
LEONELO. Dices b i e n , ¡ j a m á s !
D a m e : q u e n a d i e lo v e a .
¡Al fuego! ¡A la l l a m a r a d a !
(Seflalando hacia la chimenea.)
¡Tú s e g u i r á s s i e n d o h o n r a d a ,
y y o s e r é lo q u e s e a !
MARIANA. ¡Eso n o . . . R o d r i g o , á m í !
(Huyendo: Leonelo la sigue á la vez cariñoso y des-
esperado.)
LEONELO. ¡Es p r e c i s o , m a d r e m í a !
MARIANA. ¡Beatriz!
LEONELO. ¡Perdón!
(Besándola la mano libre, pero queriéndole quitar el .
papel.)
MARIANA. ¡ E S porfía
inicua! ¡Pues n o !
(Desfalleciendo, pero defendiéndose.)
LEONELO. ¡Pues sí!
E S C E N A VII
DOÑA MARIANA y LEONELO; B E A T R I Z , por la iz-
quierda; RODRIGO, por el fondo.
BEATRIZ. ¡Leonelo!
RODRIGO. ¡Doña M a r i a n a ! (Pausa.)
LEONELO. ¡Fué l o c u r a !
BEATRIZ. ¡Fué c r u e l d a d ! (A Leonelo.)
MARIANA. ¡NO hija m í a , fué p i e d a d !
BEATRIZ. ¡ P o b r e m a d r e ! . . . ¡Fué villana
acción, q u e n o la c r e y e r a !
MARIANA. ¡Niña, p a r a el p e n s a m i e n t o !
- 30 —
LEONELO. ¡ M a d r e !
MARIANA. ¡Me falta el a l i e n t o !
BEATRIZ. N O e s u n h o m b r e ; e s u n a fiera.
MARIANA. L e o n e l o , v e c o n R o d r i g o . . .
preparad nuestra partida...
(Beatriz hace un ademán de oponerse: doña Mariana
la contiene.)
y c o n el a l b a . . . L a v i d a
se m e acaba y m e fatigo...
r e p i t i e n d o este m a n d a t o .
Con el a l b a . . . á B a r c e l o n a .
LEONELO. ¡Madre! (Acercándose á ella.)
RODRIGO. Si n o le p e r d o n a
(A doña Mariana, intercediendo por Leonelo.)
su locura y su arrebato,
no saldrá nunca de aquí.
MARIANA. ¡ P e r d o n a r l e ! . . . ¡Estás d e m e n t e !
(Le abre los brazos, y Leonelo se arroja en ellos llo-
rando.)
BEATRIZ. ( V a m o s , al fin s e a r r e p i e n t e . ) (Aparte.)
LEONELO. ¿ P e r o , m e p e r d o n a s ?
MARIANA. Sí.
(Leonelo se separa de su madre y se-dirige al fondo:
le sigue Rodrigo.)
LEONELO. ¡Hice m a l ! . . . ¡pero b i e n hice!
(A su madre, desde lejos.)
BEATRIZ. (¿Este h o m b r e , acaricia ó hiere?) (Aparte.)
LEONELO. ¡ A y ! . . . ¡que m i m a d r e s e m u e r e :
q u e s u r o s t r o m e lo dice!
(Sale con Rodrigo por el fondo.)
E S C E N A VIII
BEATRIZ y DOÑA MARIANA; doña Mariana dadnos
pasos vacilantes y sostenida por Beatriz, que acude á ella:
cae en el sillón.
BEATRIZ. N O a t i n o , d o ñ a M a r i a n a ,
en el e s t a d o e n q u e e s t á i s ,
c ó m o e s e viaje i n t e n t á i s ,
tan d e r e p e n t e . Mañana,
— 31 —
dijisteis, y y o n o sé
si e s posible esa p a r t i d a .
MARIANA. ¿Sabes tú, niña querida,
s i m a ñ a n a viviré?
(Movimiento de protesta en Beatriz: doña Mariana le
contiene.)
Q u i s e a l e j a r l e , no m á s ,
p o r q u e m e siento m o r i r . . .
y te t e n g o q u e p e d i r
lo q u e no m e n e g a r á s .
BEATRIZ. ¡La m u e r t e , n o ! ¿Quién evoca
su imagen aborrecida?
MARIANA. E s q u e t i e n e s m u c h a vida;
p e r o yo t e n g o m u y p o c a .
E n fin, d e c u a l q u i e r m a n e r a . . .
¿ p u e d o yo c o n t a r contigo?
Si t u p r o t e c c i ó n c o n s i g o . . .
moriré... dado que muera...
t r a n q u i l a . . . y h a s t a feliz.
BEATRIZ. ¡Mi p r o t e c c i ó n ! ¡ s o m b r a v a n a ! (Sonriendo.)
¿ p u e s q u é p u e d o y o , Mariana?
MARIANA. T Ú p u e d e s m u c h o , Beatriz.
¿Conque q u i e r e s ?
BEATRIZ. ¿Qué es q u e r e r ? . . .
P e r o en fin, no m e t e n í a
p o r d a m a d e tal valía
ni de t a m a ñ o p o d e r .
Poco importa; cuanto soy,
p o r m í m i s m a , ó p o r m i p a d r e , (Muy cariñosa.)
como á dueña, como á m a d r e ,
o s lo ofrezco y os lo d o y .
MARIANA. ¡Gracias! ¡ g r a c i a s ! . . . ¡Ay qué p e s o . . .
m e v a s á q u i t a r del a l m a !
Ahora y a . . . la p a z . . . la c a l m a . . .
BEATRIZ. ¡Por D i o s ! . . .
MARIANA. Pero dame un beso.
E s c u c h a . . . t ú , ¿qué h a s p e n s a d o
d e L e o n e l o ? . . . ¡La v e r d a d !
BEATRIZ. ¡Fué m u y g r a n d e su c r u e l d a d !
(Lo dice con miedo de ofender á doña Mariana, y des-
pués de vacilar mucho.)
MARIANA. ¡ N O es lo q u e has imaginado!
— 32 —
q u e y o le q u i e r o s a l v a r !
BEATRIZ. B u e n a la intención y s a n a . . .
(Con timidez y recelo.)
p e r o , ¿por qué" t a n clemente?
¿ p o r q u e es Leonelo i n o c e n t e ,
ó p o r q u e le a m á i s , Mariana? (En voz baja.)
MARIANA. ¡ E S i n o c e n t e ! . . . ¡Esa i d e a ! . . . (Protestando.)
¡Esa d u d a ! . . . ¡Dios m e a y u d e !
El q u e lo n i e g u e ó lo d u d e . . .
¡maldito... maldito sea!
(Fuera de si: va perdiendo el sentido y el juicio.)
BEATRIZ. ¡No o s aflijáis!... ¡Si yo c r e o
que es honrado, noble y puro!
(Consolándola, animándola y viendo que desea creer
en la inocencia de Leonelo.)
L e d e f e n d e r é . . . ¡lo j u r o !
P u e s si y o . . . ¡qué m á s d e s e o !
MARIANA. ¡Lo a s e g u r a s d e tal s u e r t e ! . . .
(Descontenta y dudando.)
BEATRIZ. P o r q u e la h a z a ñ a e s c u r i o s a .
(Procurando animarla y bromeando en tanto.)
¡Yo, la débil, la m e d r o s a ,
p r o t e g i e n d o á u n s e r t a n fuerte!
MARIANA. T o m a esto p l i e g o . . . haz q u e l l e g u e . . .
á donde dice...
(Dándole un pliego. Ya está en el límite de las fuerzas:
empieza la agonía.)
BEATRIZ. ¿Y no más?
MARIANA. N O m á s . . . y a s í l o g r a r á s . . .
q u e la m e n t i r a . . . se a n e g u e . . .
do la v e r d a d . . . e n la l u z . . .
y q u e se s a l v e . . . L e o n e l o . . .
¡y q u e su c r u z . . . caiga al s u e l o ! . . .
(Con la última energía del moribundo.)
BEATRIZ. ¡ P u e s m i s b r a z o s á s u c r u z !
(Como si quisiera sostenerla.)
P o r mi p a d r e y p o r m i Dios
lo j u r o , d o ñ a M a r i a n a :
¡si m i a y u d a fuese v a n a ,
será una cruz para dos!
(Dice esto sin saber lo que dice; en parte, porque I»
siente; en parte, por consolar á la pobre madre.)
— 34 —
¡Qué c o s a s d i j e ! . . .
(Se avergüenza y lo echa a broma.)
¡Me hechiza
la e m p r e s a ! Y e s c l a r o . . . al fin
braveo cual paladín
q u e s e p r e p a r a á la liza.
MARIANA. S Í . . . t u p r o m e s a e s s i n c e r a . . .
lo estoy l e y e n d o e n t u s o j o s . . .
(Cogiéndola la cabeza, y mirándola de cerca.)
Ahora, que de mis despojos...
disponga Dios... cuando quiera.
(Le da un beso, y se desploma ya sin alientos ni
fuerzas.)
BEATRIZ. ¡Doña M a r i a n a ! . . .
MARIANA. Hija m í a . . .
hice u n esfuerzo s u p r e m o . . .
y a lo v i s t e . . . y m u c h o temo
que agoté cuanto tenía...
de v i d a en m i p o b r e s e r . . .
BEATRIZ. ¡ R o d r i g o ! . . . ¡ L e o n e l o ! . . . ¡Aquí!
(Llamando al fondo.)
MARIANA. ¡Que v e n g a ! . . . ¡Que v e n g a ! . . . ¡Sí!
BEATRIZ. ¡Ya viene! (Consolándola.)
MARIANA. ¡Le q u i e r o v e r !
BEATRIZ. ¡ T r i s t á n ! . . . ¡ M o n c a s i ! . . .
(Llamando por la Izquierda.)
¡A m i p a d r e ! . . .
(A dos escuderos que se asoman en el instante.)
¡Doña M a r i a n a s e m u e r e !
(En voz baja á los mismos. Los escuderos salen.)
¡Leonelo!
MARIANA. ¿Pero n o quiere
v e n i r y a ? . . ¡Leonelo!
r
LEONELO. ¡Madre!
ESCENA IX
DICHOS; LEONELO y RODRIGO; después DON A L -
V A R O , DON LUIS y DOS ESCUDEROS
d e s c a n s a al fin en la t i e r r a !
¡Tú, la p a z ! . . . ¡Yo, e t e r n a g u e r r a !
¡Tú, h o n r a d a ! . . . ¡Yo, p a r r i c i d a !
(Esto en voz baja al cuerpo de su madre.)
¡ R e s u e n e el f ú n e b r e c a n t o !
¡ardan las h a c h a s m o r t u o r i a s ! . . .
y tu amor y tus memorias
a b r a n s u r c o s á m i llanto!
Y t ú , n i ñ a , á n g e l d e Dios, (A Beatriz.)
q u e te a p i a d a s t e de m í ;
ven, y lloremos aquí
j u n t o á m i m a d r e , los d o s .
(Beatriz se dirige á Leonelo. Bou Luis la contiene.)
Luis. Con L e o n e l o , n o .
ALVARO. Mendoza, (Con severidad.)
es un p i a d o s o t r i b u t o
á la m u e r t e .
Luis. No d i s c u t o
en tal c a s o .
(El mismo don Alvaro lleva á Beatriz junto al cadá-
ver de dofia Mariana.)
¡Sólo g o z a
d e u n a t r e g u a . . . q u i e n tal hizo!
(A Leonelo en voz alta.)
¡entiéndelo b i e n , Leonelo!
LEONELO. ¡Ni pido paz, ni c o n s u e l o :
c o m o t r e g u a la utilizo! (Con fiereza.)
¡ D e s p u é s , r ó m p a s e la valla:
ella, al d e s c a n s o p r o f u n d o :
(Señalando á su madre.)
y y o . . . solo p o r el m u n d o
r i ñ e n d o e t e r n a batalla!
(Después, con abatimiento y voz llorosa á Beatriz.)
¡Llora, n i ñ a ! . . . ¡ A g r a d e c i d a
está m i m a d r e á tu l l a n t o !
BEATRIZ. ¡ P o b r e L e o n c i o . . . Dios s a n t o !
(Arrodillándose junto i doña Mariana.)
LEONELO. ¡ P o b r e m a d r e de m i v i d a !
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