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EFRÉN REBOLLEDO

JOYELES

100206

EF REBO LL EDO L I B R E R Í A DE LA V » D E C U . B O U R E T
PARÍS I MÉXICO
23, Hue Visconti, 23 | 14, Cinco de Mayo, 14

1907
A

MMO
EFRÉN REBOLLEDO

P* *ZT
Quedan asegurados los derechos conforme á la ley.

Je' Después de una crisis romántica exteriorizada en


Heder de ingenuo erotismo y en rondeles indecisos y
tímidos, E f r é n Rebolledo se reveló bruscamente como
un vigoroso poeta artista, dueño de sutil virtuosidad y
de técnicas triunfadoras.
P a s ó el crisalidismo de la iniciación, el sueño labo-
rioso del gusano de seda, y después del letargo, surgió
CAPILLA A L F O N S I N A del capullo juvenil un numen que no fué la vulgar d a -
BIBLIOTECA UNIVERSITABIA naide, la eterna mariposa blanca que confundida en la
u . A . N . Ls parvada monocroma rondaría eternamente colzas y r e -
molachas en la hortaliza de la literatura inferior.
No, de aquella obscura crisálida surgió al alba glo-
riosa una r a r a falena, extrañamente matizada y luciendo
en el s o m b r í o terciopelo de s u s alas los m á s e x t r a ñ o s d e s l n m b r a n t e s , « figulinas » á la P a l i s s y y estatuillas
modeladas con la arcilla de u n a T a n a g r a ideal.
a r a b e s c o s de o r o .
a Hilo de c o r a l e s » que acaba de a p a r e c e r , e x t r e m a
U n a e x t r a ñ a falena que h u y e n d o el p l e n o día de la
la nota refinada y afirma la v i r t u o s i d a d p a s m o s a y la
vulgaridad irritante, buscaba misterios nocturnos y
técnica s i e m p r e a d m i r a b l e .
v a g u e d a d e s v e s p e r a l e s , libando a c r e s mieles y alucina-
T o d o es h e r m o s o en tan bello libro, p e r o e n t r e s u s
d o r e s rocíos en los c a r n a l e s cálices de i m p o n d e r a b l e s
p r e c i o s i d a d e s culminan las poesías : « El Sátiro », y la
orquídeas.
titulada o D e H o f f m a n n » ; esta última es una deliciosa
R e b o l l e d o e n t r ó e n la literatura p o r la p u e r t a g ó t i c a -
trouvaille digna de s e r ejecutada al agua f u e r t e p o r la
flameante que H u y s m a n s e r i g i ó como a r c o m o n u m e n t a l
satánica p u n t a seca de un R o p s .
de t r i u n f o , y p o r eso s u n u m e n f r a t e r n i z a n d o c o n D e s
Hasta h o y E f r é n R e b o l l e d o se ha revelado c o m o u n
E s s e i n t e s en dilecciones, ama lo e x t r a ñ o , lo impoluto,
a d m i r a b l e poeta artista. Su estudio, su l a b o r o b s t i n a d a
lo v i r g i n a l , asi lo e n c u e n t r e en el n e c t a r i o de u n a flor
han hecho de su n u m e n el de u n alquimista t r a n s m u t a -
maldita ó en el c a r a p a c h o rutilante del quelonio g e -
d o ^ que c o n un p u ñ a d o de arcilla ha hecho, al f u e g o de
niado, bestia familiar en el a lararium » del h é r o e pa-
s u s c r i s o l e s , el a lapis p h i l o s o p h o r u m », el o r o e s p l é n -
radojal.
dido y t r i u n f a n t e .
O E l E n e m i g o », « C u a r z o s », a H i l o de c o r a l e s », se
I n d u d a b l e m e n t e la Vida g o l p e a r á r u d a m e n t e ese c o -
l l a m a n los t r e s l i b r o s c o n q u e R e b o l l e d o ha e n r i q u e c i d o
razón y quién s a b e e n t o n c e s , e n t r e las r u i n a s del alcá-
la l i t e r a t u r a m o d e r n i s t a .
zar conmovido p o r el f o r m i d a b l e ariete, qué h o n d o y
El p r i m e r o e s una « nouvelle » de p r e s t i g i o s a f a c t u r a ,
s o n o r o , qué g r a n d e y h u m a n o s e a el g r i t o de d o l o r ó de
influenciada u n U n t o p o r el sabio a r q u i t e c t o de o La
pasión que v i b r e s o b r e las o r f e b r e r í a s y las a figulinas »
C a t e d r a l », p e r o s a t u r a d a de una emanación p e r s o n a l
hechas p o l v o . . .
que en b r e v e se c o n d e n s a r á aquilatando un carác-
ter. José JOAN TABLADA.

a C u a r z o s » e s u n a s u n t u o s a vitrina c u y o s a n a q u e l e s
de p a l i s a n d r o s u s t e n t a n marfiles p r e c i o s o s , o r f e b r e r í a s
CUARZOS
Sculpte, lime, cisèle,
Que t o n r ê v e flottaut
Se scelle
D a n s le b l o c r é s i s t a n t .
Th. Gautibr.
PROLOGO
1 !•

A José Juan Tablada.

Uncioso amante de opulentos


Cofres cuajados de ornamentos,
Donde g u a r d a r mis pensamientos,

Viví en el místico santuario


Del Arte, y mudo y solitario
Como paciente lapidario,

En las sortijas y diademas


Rimé sonetos y poemas
Con las estrofas de las gemas,
JOYELES

Puliendo j o y a s de oro fino"


Al pensamiento más sencillo
P a r a que ardiera mi divino
Le transmití pureza y brillo
Sueño en esmalte p e r e g r i n o .
Con los cinceles y el martillo.

P o r su t e r s u r a y t r a n s p a r e n c i a
Grabé en la clara refulgencia
De los diamantes mi paciencia.

Mi fe es el jaspe veteado,
Y en el zafiro inmaculado
Está mi anhelo cincelado.

Con el carbunclo que derrama


Su luz m á s roja que una llama
De mi a m o r digo la flama.

En la t u r q u e s a de agua pura
Ríe destellos mi ventura
Y llora el ónix mi a m a r g u r a ,

Y así, labrando en la faceta


De los cristales ó en la veta
De oro el ensueño del poetó,
SANTA TERESA

El misticismo de la celda : brilla


En la sombra el reflejo de la lámpara,
Oscilando como una moribunda
Pupila que se estrecha y se dilata.
Qué tristeza en la llama que agoniza,
Qué blancas las paredes de la estancia,
Qué implacable silencio de sepulcro
En la indecisa claridad. La Santa
Reposa s o b r e el lecho inmaculado,
El lecho que se eleva como un ara
En uno de los ángulos s o m b r í o s ;
P o r su frente que han hecho mustia y pálida
Tanta meditación y tanto ayuno
C o r r e el s u d o r en t r a n s p a r e n t e s lágrimas;
S u s ojos siempre abiertos p o r el éxtasis
Se entornan abatiendo sus p e s t a ñ a s ;
En sus labios enjutos y apacibles
P e r f u m a d o s con m i r r a s de p l e g a r i a s
Se despiertan los besos voluptuosos,
Y s u s b r a z o s , más blancos que las sábanas.
Queriendo rodear algo invisible,
Se r e t u e r c e n , se agitan y se enlazan.
Sueña : sueña que el Cristo macilento,
TIBI, REGINA
El c u e r p o exangüe y celestial que ama,
Sonríe tras su mueca de a m a r g u r a ,
Que sus frescas heridas se restañan
Y sus lívidos miembros se coloran
Clamando á tu piedad en mi suplicio.
Y se cierran las bocas de sus llagas ;
Como en un claustro lloro en mi a m a r g u r a ,
Sueña que su mirada se ilumina
Hincándome las puntas de un cilicio
Y del madero ignominioso baja
De anhelo que me hiere y me t o r t u r a .
Más radiante que un ángel y más bello
Al lecho que se eleva como un ara,
Tu solo nombre mi aflicción modera,
Y que mezclan y juntan s u s alientos
Y cuando á ti suspiro y en ti pienso,
Y que s u s c u e r p o s vírgenes se enlazan,
P e r f u m a mi aflicción como si fuera
Y que en un beso trémulo y sonoro
Tu nombre un g r a n o de oloroso incienso.
Se confunden sus boca6 invioladas.

¿ Me verás con tus ojos soñadores,


Y me darás tus manos bendecidas
Cuando hayas comprendido mis dolores
Y cuando hayas tocado m ; s h e r i d a s ?
G u a n d o h a y a s c o m p r e n d i d o mis d o l o r e s
Y c u a n d o h a y a s toóado mis h e r i d a s ,
Me v e r á s c o n tus o j o s s o ñ a d o r e s
Y me d a r á s t u s m a n o s b e n d e c i d a s .

E r e s la fuente que la sed a p a g a ,


Eres sombra apacible, eres frescura,
Y p a r a el c o r a z ó n q u e e s u n a llaga, LA CANCIÓN DEL TROVERO
Un b á l s a m o divino de t e r n u r a .

Mi a m o r f u n d i r e s p e r a t u s enojos,
Y y a mi a m o r ha visto á la e s p e r a n z a A Luis G. Urbina.
E n el azul a b i s m o de tus o j o s
R e l u c i r como el s i g n o de la alianza. Mis castillos he t r o c a d o p o r los l a u r o s del t r o v e r o ,
P o r la lira mis esmaltes y mis nobles oriflamas,
Y en los blancos p l e n i l u n i o s , cual Vidal a v e n t u r e r o ,
Y q u i e r e tu b o n d a d mi s u f r i m i e n t o ,
He cantado los a m o r e s ; s o y el b a r d o de las d a m a s .
Y ante tu solio mi p a s i ó n se inclina,
Oye mi voz, alivia mi t o r m e n t o ,
Turris ebúrnea, stella matutina. Y el e n o j o de las d a m a s he s u f r i d o c o m o A r n a l d o ,
Cual R u d e l he s o r p r e n d i d o las bellezas más a d u s t a s ,
Y p r e g o n a mi linaje la t r o m p e t a del h e r a l d o
En las i r a s del t o r n e o y en las g l o r i a s de las j u s t a s .

El sentido he d e s c i f r a d o de los viejos a r m o r i a l e s ,


Y conozco la inocencia p o r la plata de las f r e n t e s ,
La virtud p o r las d o r a d a s cabelleras s e ñ o r i a l e s
Y el c a n d o r p o r el a r m i ñ o de los h o m b r o s t r a n s p a r e n t e s .
Los s i n o p l t s a g r e s i v a s de los ojos rae han herido,
El azur de las ojeras me ha confiado s u s secretos,
Y á los ojos verdioscuros mis rondeles he ofrecido
Y al azur de las ojeras he cantado mis sonetos.

E n los gules de los labios abrevé mis ilusiones,


E n los lises de los senos he g u a r d a d o mis quimeras,
Y he r o n d a d o las ventanas a d o r n a d a s de blasones
S o r p r e n d i e n d o r o s t r o s blancos á través de las vidrieras. LOS BESOS

En el mote de mi empresa preconizo mi bravura


Y en el puño de mi estoque mi blasón es un tesoro :
Dame tus mands p u r a s : una gema
Un escudo, y como emblema de esperanza y de b r a v u r a
P o n d r á en cada falange transparente
E n su campo que es de sable reluciendo un fénix de o r o .
Mi labio tembloroso, y en tu frente
Cincelará una fúlgida diadema.

T u s ojos soñadores, donde trema


La ilusión, besaré amorosamente,
Y con tu boca rimará mi ardiente
Boca un anacreóntico poema.

Y en tu cuello escondido entre las gasas


Encenderé un collar, que con sus brasas
Queme tus h o m b r o s libios y m o r e n o s ,
Y cuando al desvestirte lo desates,
Caiga como una lluvia de granates
Calcinando los lirios de tus senos.

EL SONETO

Á Jeríu B. Valcnzuela.

Heraldo de su fama y donosura


Blasona el p r i m e r verso su llegada,
Y aparece en la liza engalanada
El Soneto ajustado en su a r m a d u r a .

El generoso a r d o r de su montura
Contiene con la brida r e f r e n a d a
Y acariciando el pomo de su espada
En los firmes estribos se a s e g u r a .

Bajo la luz del cielo esplendoroso


Excita con la espuela á su fogoso
Palafrén que se lanza á la c a r r e r a ,
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Y después de la lid muestra el valido


J u s t a d o r la h e r m o s u r a de u n garrido
P r í n c i p e al levantarse la visera.

LA LLUVIA

Rompe s u s collares
De aceradas cuentas
La lluvia tediosa,
Y en tristes cantares
Y baladas lentas
Mi fastidio glosa.

Sus finos cabellos


Cuelgan en manojos
De alambres sutiles,
Y el dolor tras ellos,
Húmedos los ojos
Muestra sus perfiles.
Y su son cansado
L ú g u b r e , doliente,
Mi fastidio l l o r a s , Traduce mi p e n a
Lluvia, lluvia vana, Y mi a b u r r i m i e n t o .
Y tediosamente
Las triviales h o r a s
Tu rueca devana.

F i n g e s con tus notas


Querellas extrañas,
Rezos conventuales,
Y c o r r e n tus gotas
Cual g r i s e s a r a ñ a s
Sobre los cristales.

E c h a d o en la alfombra
De obscuros florones
El lebrel bosteza,
Y su larga s o m b r a
E n los corazones
Tiende la tristeza.

Porfiado, porfiado,
E n la calle suena
Tu repique lento,
HACIA EL IDEAL

En los vagos ponientes de amatista


Han cansado s u s ojos mis anhelos,
Como si la esperanza t r a s sus velos
Flotantes se escondiera de mi vista.

Infortunios de amor, ansias de artista


Me han herido, y en busca de consuelos
Han cansado s u s ojos mis anhelos
En los vagos ponientes de amatista.

Ideal, me encamino á tu conquista,


Y mirando saludos de pañuelos
Y temblar peinadores de batista
En los vagos ponientes de amatista
Han cansado sus ojos mis : nhelos.

LAS GOLONDRINAS

Una turba locuaz de golondrinas


Atravesó rozando mi vidriera,
Y vi cómo tembló la enredadera
Al r u m o r de sus charlas argentinas.

Ya en el haz de las aguas cristalinas


Va anunciando la alegre primavera
Después de atravesar p o r mi vidriera
La parvada locuaz de golondrinas.

Hoy escucho algazaras matutinas,


Hoy vib: o de placer, mas, ¿ qué me espera
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Mañana, cuando deje las ruinas


La parvada locuaz de golondrinas
Que atravesó rozando mi vidriera?

AUSENCIA

El corazón enfermo de tu ausencia


Espira de dolor p o r q u e te has ¡ d o ;
¿ En dónde está tu r o s t r o bendecido ?
¿ Qué sitios ilumina tu presencia ?

Ya mis males no alivia tu clemencia,


Ya no dices t e r n u r a s á mi oído,
Y espira de dolor p o r q u e te has ido
El corazón enfermo de tu ausencia.

E s en vano que finja indiferencia,


En balde busco el ala del olvido
P a r a calmar un poco mi dolencia,
Mi corazón enfermo de tu ausencia
E s p i r a de dolor p o r q u e te has ido.

CANSANCIO

Una tupida nube, un denso manto


De olvido desvanece mi quebranto,

Y no me queda más de mi tormento


Que un triste y silencioso desaliento,

Que un cansancio que busca una almohada


P a r a apoyar su frente fatigada.

Una quieta y glacial convalecencia


Sucede á la agudez de mi dolencia,
Escrutando los y e r m o s arenales
Marca apenas mi frente e n s o m b r e c i d a
En pos de hospitalarios palmerales,
L a cicatriz reciente de mi herida,

El triste desaliento dondequiera


En los vagos crepúsculos ya empieza
Vertiendo su sopor de adormidera,
Mi alma á divagarse en la tristeza,

Mi cansancio que busca una almohada


Ya no me queda más de mi tormento P a r a apoyar su frente fatigada.
Que un triste y silencioso desaliento.

En las pálidas tardes miro al día


Recostarse en la incierta lejanía,

Columbra mi mirada en los caminos


mt»
Siluetas de cansados p e r e g r i n o s ,

Veo ramas caídas de saúces


Y espaldas fatigadas p o r sus cruces,

Me figuro mirar en las sabanas


Del desierto un cordón de caravanas
LA BORDADORA

Á Manuel José Olhón.

Acompañada p o r un lloroso
S u s u r r o de hojas primaverales,
En su ventana del Norte u m b r o s o
L a lluvia tiende sus g r i s e s chales.

Con s u s madejas de fina lana


Oculta el aire tenue y ligero,
Y en el cuadrado de tu ventana
P r e n d e embutidos color de acero.
E n t r e las blondas de tu cortina Y vuelves todos tus pensamientos
Tu mano á ratos su d o r s o asoma, A los j a r d i n e s de los amores.
Mano luciente y alabastrina
Como el plumaje de una paloma.
Atrincherado tras mi vidriera
Yo un delicioso libro l e í a ;
T r a s el encaje brillante y fino Verlaine lleno de fe sincera
Que forma el agua la aguja mueve, Y quejumbrosa melancolía.
Y en tu pañuelo de blanco lino
Dibuja flores color de nieve.
Y el mismo duende cabecicano
De ojos lucientes de travesura
El ágil duende del aguacero Que con sus artes p a r ó tu mano,
Hiere los vidrios incomodado, Quitó los ojos de mi lectura.
Y hace que suene su pie ligero
Como un martillo sobre el tejado.
A ti tornados miré tu cuello,
Las frescas rosas de tus mejillas,
Ya en los aleros perlas desgrana, Y las guedejas de tu cabello
Ya con las balas de sus granizos Más relucientes que las gavillas.
Mata en los tiestos de porcelana
Las crisantemas de blondos rizos.
Miré tus brazos tersos y flojos
E n tus rodillas abandonados,
Vencida al cabo p o r sus intentos Y tus amantes y dulces ojos
Dejas tu aguja que pinta flores, P o r el a r r o b o transfigurados.
Al brillo entonces de un raudo sueño
P e n s é en las manos plenas de dones,
E n un semblante dulce y risueño
Y en los b o r d a d o s de los nipones,

Y deslumhrado p o r tu belleza
Que más realzas con tu decoro,
E n el brocado de mi tristeza
B o r d é ilusiones color de o r o .
AURORA

Entre un fragor de t r u e n o pasó el desfile heroico


Chocaban los estoques, sonaban los tropeles,
Flotaban las banderas, temblaban los laureles,
Y bravos caballeros, todos de porte estoico.
Pasaban y pasaban >en rápidos corceles.

El aire estaba lleno de toques de clarines,


De rojos estandartes y flámulas de raso,
Y allá en la línea vaga y azul de los confines,
En medio de las nubes violetas del ocaso
Perdíanse los fieros y raudos paladines.
Al brillo entonces de un raudo sueño
P e n s é en las manos plenas de dones,
E n un semblante dulce y risueño
Y en los b o r d a d o s de los nipones,

Y deslumhrado p o r tu belleza
Que más realzas con tu decoro,
E n el brocado de mi tristeza
B o r d é ilusiones color de o r o .
AURORA

Entre un fragor de t r u e n o pasó el desfile heroico


Chocaban los estoques, sonaban los tropeles,
Flotaban las banderas, temblaban los laureles,
Y bravos caballeros, todos de porte estoico.
Pasaban y pasaban >en rápidos corceles.

El aire estaba lleno de toques de clarines,


De rojos estandartes y flámulas de raso,
Y allá en la línea vaga y azul de los confines,
En medio de las nubes violetas del ocaso
Perdíanse los fieros y raudos paladines.
Y luego los anónimos, después los infelices,
Y i qué era aquel estruendo, qué aquel r u m o r de ola, Después las muchedumbres m e r m a d a s y confusas,
Qué aquellos estridentes clamores de campana, Los Odios contemplando s u s frescas cicatrices,
Quiénes los jefes nobles y la falange extraña Y todas las Venganzas irguiendo las cervices
Que simulando un m o n s t r u o de formidable cola Y una legión colérica de d e s g a r r a d a s blusas.
Salvaba el escarpado talud de la montana ?

Marchaba el siglo hermoso con su botín de gloria


Aquel era el desfile solemne hacia el pasado AI frente de sus hijos robustos y bizarros,
De un siglo que cantaba sus glorias y fatigas, Y abriendo con su lanza los gonces de la Historia,
Y se escuchaba el eco monótono y ritmado Entraba conduciendo sus relucientes c a r r o s
De la imponente marcha, y en el confín dorado Entre himnos retumbantes y dianas de victoria.
Brillaban como antorchas los cascos y lorigas.

Tendidos en el campo quedaban los protervos


Iban invictos jefes con férreas a r m a d u r a s , Ladrones de coronas, los amos de los siervos,
Poetas cuyos cantos vibraban como un trino, Los déspotas segados p o r los puñales rojos,
M a t r o n a s venerables de blancas vestiduras, Y en medio de la arena s e m b r a d a de despojos
Y sabios majestuosos de quietas aposturas R o n d a s de orlados buitres y de voraces cuervos.
Y graves oradores de verbo sibilino.

Y aquel egregio Siglo batallador y fuerte,


León T r e c e volcaba s u s cálices de bienes, Magnífico en la ciencia y exótico en el arte,
Bismarck el inflexible y Bonaparte el duro Pero caduco al cabo, dobló la testa inerte,
Montaban fieramente s u s broncos palafrenes, Y se arrojó al misterio y se entregó á la muerte
Y B y r o n , el más grande, marchaba en el obscuro Envuelto en la mortaja triunfal de su estandarte.
Camino con un nimbo de rayos en las s i e n e s .
Y, ¿ qiíé sentiste entonces, Humanidad ? ¿qué anhelo Observa al mensajero : viene con un legado
Tuviste en las tinieblas de aquella noche rauda, De redentora ciencia y de arte sin pecado,
En que miraste llena de luto y desconsuelo De zumos de placeres y bálsamos de duelos,
Que muchas de tus rosas rodaban en el suelo Y alzándose del hondo sepulcro del pasado
B a r r i d a s p o r los paños de una c r u j i e n t e cauda ? Lo colman de p r e s e n t e s los siglos sus abuelos.

Y vanse victoriosos. Despunta la tranquila


¿ No viste á muchos sueños volar hacia el olvido,
Silueta del P r i m e r o : su blonda cabellera
No te sentiste herida p o r dagas de tristeza,
Es la de Cristo y vierte bondades su pupila,
Ni d e s g a r r a s t e en signo de duelo tu vestido,
Después el r u d o Quinto se lanza á la c a r r e r a
Ni te mesaste el largo toisón de lu cabeza,
Trayendo á la memoria los ímpetus de Atila.
Ni te a r r o j a s t e al polvo p r i v a d a de s e n t i d o ?

El Décimo medroso, metido en su sudario


Y cuando consumiste la copa de tu j u s t o
Y huyendo del horrible fantasma del infierno
Dolor, ¿ n o viste un o r t o de r e s p l a n d o r poético,
Desgrana en s u s huesosas falanges ún rosario,
Y en medio de sus luces al Campeón augusto
Y siguen s u s p i s a d a s en desfilar eterno
Que levantaba el brazo con ademán adusto
Y dominaba el orbe con su mirar profético ? Los briosos Doce y Trece que vieron el Calvario.

j Oh s i l sí lo m i r a r o n con ansia tus pupilas, El gran Quince de Italia, de pensadora frente,


Miraste sí al naciente Siglo avanzar delante Seguido de una corte de blancas esculturas
De las Quimeras blancas y los E n s u e ñ o s lilas, Desfila sosteniendo su tiara refulgente,
Y oíste la trompeta rotunda y deslumbrante Y en su gloriosa marcha desliza fieramente
Que te a r r a s t r a b a al g r u e s o t o r r e n t e de sus filas. En g r a d a s de alabastro sus regias vestiduras.
El trágico Dieciocho de pie entre las pavesas Y ahora á la batalla; riega la d u r a arcilla
De la opresión, desliga s u s águilas francesas, Con tu sudor fecundo, recoge la gavilla
Y lleno de amenazas y con su g o r r o frigio, De g r a n o s de oro, bota tu nave á los estuarios,
Soberbio y deslumbrante de gloria y de prestigio Mueve tus grandes máquinas, y arroja tu semilla
Avanza entre dos filas de augustas marsellesas. De sueños á la tierra de fértiles ovarios.

Y con los p i e s cubiertos de polvo y con las manos Torna al combate rudo, piensa, genera, siente ;
Heridas, repartiendo la muerte á los tiranos, Exprime tu cerebro, sigue tu austera vida;
Mostrando á los d e s n u d o s la ruta hermosa y b r e v e , Lacera y despedaza tu corazón valiente,
Y abriendo un surco de oro se va con s u s h e r m a n o s Junta tu llanto acerbo, cuaja tu sangre ardiente
E n t r e un clamor de voces el púgil Diecinueve. Y enclaustra en el estudio tu juventud querida.

Estos viriles jefes han sido los m a y o r e s Y allá brilla la Nueva J e r u s a l é n , la santa
Del Veinte poderoso que agita su bandera Ciudad de tus anhelos, allá en el horizonte
Reuniendo las falanges de invictos luchadores, Relucen sus baluartes y pórticos, mas, cuánta
Y al son de sus fanfarrias y al son de s u s t a m b o r e s Sangre caliente y roja derramará tu planta
T r a s p o n e con la A u r o r a la a b r u p t a cordillera. En las hostiles p e ñ a s p a r a escalar el monte!

Y pues que ya cerraste la gruta funeraria Allí están sus almenas, atrás de la espesura
De tus ¡lustres Manes, pues que tu cáliz lleno Tupida de j a g u a r e s ; allá tras esa falda
De luto has apurado, recita tu plegaria, De enmarañado cerro, salvando la b r a v u r a
Y al r e c o r r e r la estepa desnuda y solitaria. De l a s crueles rocas, e n c o n t r a r á s la p u r a
Sigue á Zola, el Valiente, y oye á Tolstoi, el Bueno. Ciudad de muros de oro, de jaspe y de esmeralda.
Allí exultarán todos, allí comerá el falto
De bienes y el magnate, verán los que no han visto,
Y al resplandor del cielo de plata y de cobalto,
Más alto que las c u m b r e s , y con su cruz en alto,
Congregará á los hombres el nuevo Jesucristo.

FAUNALI A

i Ciro B. Ceba/fot.

Lloró la Danza en el teclado,


Y entre la luz y los aromas
Del camarín flordelisado,
Como un suspiro sofocado
Sonó un arrullo de palomas.

Atormentaban los turgentes


Senos el lino de las batas,
Y en las alfombras insolentes
Se deslizaban indolentes
Las zapatillas escarlatas.
45
Desparramaban s u s reflejos
Ojos, zafiros y diamantes, Las c r e s p a s b a r b a s en horquilla
Y retrataban los espejos Acariciaban la caduca
Los azabaches y oros viejos Coloración de la mejilla,
De los toisones lujuriantes. O resbalaban su cosquilla
P o r el a r m i ñ o de la nuca.

Ghipris brindaba su ambrosía,


Baco sus uvas y sus lauros Y e n los espejos biselados,
Y en el desorden de Ja o r g í a De aguas glaciales y serenas,
El baile lúbrico seguía Se destacaban reflejados
Gomo un galope de centauros. Broncos tritones irritados
Ciñendo g r u p a s de sirenas.

Sangraban labios de granate,


Tentaban bocas hechiceras,
Y las lujurias su acicate

mm
Encarnizaban en el mate
De las olímpicas caderas.

Bregaba el pecho sofocado


P o r el fulgor y los aromas
Del camarín flordelisado,
Y suspiraba en el teclado
Una parvada de palomas.
ESTAMPA

Á José Joaquín Gamboa.

No recuerdo si en un breve antifonario


Que ensangrientan p u r p u r i n a s iniciales,
0 en las góticas ventanas de un santuario
Encendido p o r las luces vesperales,

Vi un emblema doloroso y amoroso,


Un ardiente corazón que como un cirio
Esparcía sus destellos sin reposo
Atizado p o r su amor y su martirio.
Que su s a n g r e sacrifica dulcemente
Y pensé : solo el divino Nazareno
P o r abrojos penetrantes oprimido,
P u e d e ser inaccesible á lás miserias,
Y t r o c a r en m i r r a y bálsamo el veneno
Que difunde la a m a r g u r a en sus arterias.
Pedí amor p a r a los tristes corazones
Que son vasos de blasfemias y de a g r u r a s ,
P o r q u e están envenenados con pasiones
Solo Él sabe como lámpara ferviente Y apretados p o r cilicios de a m a r g u r a s .
Mantener su corazón siempre encendido,
Que su s a n g r e sacrifica dulcemente
P o r a b r o j o s penetrantes oprimido.

Mas los nuestros, corazones infelices,


E n c o n a d o s p o r la ortiga del anhelo,
Y con siglos de indelebles cicatrices
Aun después de la expiación y del consuelo,

1 Oh 1 los n u e s t r o s están llenos de maldades,


Son humanos, son capaces de perfidias,
F r a s c o s plenos de vitriolos, de impiedades,
De venganzas, de ponzoñas y de envidias.

Y los ojos en el símbolo doliente


Del piadoso corazón s i e m p r e encendido,

VOTO

Destapará mis ánforas de esencia


Y p r e n d e r é mis candelabros de oro
Cuando la diosa pálida que adoro
Llene mi soledad con su presencia.

En su pelo de blonda refulgencia


Y en su labio odorífico y sonoro
Hay el fulgor de un candelabro de oro
Y el perfume de un ánfora de esencia,

•m
Vendrá con su r o p a j e de inocencia
É incitando mi a r d o r con su decoro,
P e r o al fio gozaré de sü opulencia
E n medio de mis ánforas de esencia
Y mis ardientes candelabros de oro.

C R E P Ú S C U L O

Á Balbino Dávalos.
I
Dulcemente,
El doliente
Sol se esfuma
T r a s la bruma
De áurea espuma
Del poniente.

De los cielos
Cuelgan velos
Y brocados
Mordorados, Y en la bruna
Y violados Noche, entre una
Terciopelos. Nube e r r a n t e ,
Surge avante
El octante
R o s t r o s bellos, De la luna.
Finos cuellos,
Dulces ojos,
Labios rojos,
Nudos flojos
De cabellos.

Cuantos dones
É ilusiones,
Cuando hay viudos.
Cuando hay mudos
Y desnudos ti
Corazones. i

El santuario
Solitario
Lanza al viento
El lamento
De su lento
Campanario.
LA VEJEZ DEL SÁTIRO

A Luis Barreda

Junto con los silvanos j u g u e t o n e s


Animó las florestas sosegadas,
Y enseñó á las s o n o r a s enramadas
A repetir sus rústicas canciones.

A la sombra de verdes pabellones


Desfloró p u d o r o s a s hamadriadas,
Y corrió tras las ninfas asustadas
Al p a r de los centauros g a r a ñ o n e s .

Hoy el soplo glacial de los inviernos


Ha doblado las p u n t a s de s u s cuernos,
Su flauta de c a r r i z o s está m u d a ,
Y lleno de p e s a r e s y congojas,
Al m i r a r una náyade desnuda
S u s p i r a de impotencia entre las liojas.

CUÑO

Era un perfil austero de líneas de medalla,


Gestos y porte d u r o s , indómita cabeza,
Y en su cruel pupila reflejos de batalla,
Y en sus altivos labios blasones de grandeza.

Su acento era como una vibrante melodía,


Su cabellera un casco bruñido y luminoso,
La lumbre de sus ojos qué ardiente mediodía,
Sus senos qué suave cojín para el r e p o s o I

| Oh ! juventud, y entonces s o n a r o n tus esquilas,


Y entonces las estrofas de brillos estelares

t
Bogaron en mi sueño de láminas t r a n q u i l a s
Como en las quietas fuentes los cisnes familiares.

Bramó mi sangre entonces como turbión deshecho,


Corrió mi s a n g r e hirviente como el alud que r u e d a ,
Y golpeó la d u r a muralla de mi pecho
Como tenaz martillo que bate una moneda.
BELK1SS

E n mi éxtasis inmóvil f o r j a b a su sonido


Afanes de conquista y a r d o r e s de batalla,
Y el golpe de la s a n g r e , fogoso y repetido, Á Bartolomé Carba/al y Rosas.
Grabó en mi pecho el busto de líneas de medalla.
Detén, Belkiss, tu tropa de elefantes
Ante el caliente nido de mi tienda,
Y entra, maga gentil de mi leyenda,
Con tu t r a j e de telas deslumbrantes.

Muéstrame tus perfumes, tus diamantes,


Los cofres y las copas de tu ofrenda,
Y deja reposando ante mi tienda
La tropa de tus blancos elefantes.

Y cuando ya en mis labios tremulantes


No encuentres más fermento que te encienda,
Envuélvete en tus sedas coruscantes,
Y con tu blanca tropa de elefantes,
Huye, Belkiss, del nido de mi tienda.

SAUDADES

(Á LA MANERA DE LOPE)

A Federico Gamboa.

¿Do estays, fieles amigos, novia p u r a ,


Que no habeys contestado á mis clamores,
Vosotros, que sabedes mis dolores,
Ella que me premió con su t e r n u r a ?

Cielo azul de la patria, la ventura


P e r d í de contemplar tus e s p l e n d o r e s ,
Y sin verte son pálidas las flores,
El campo triste, la mañana escura.
}

Venid con vuestra voz arrulladora,


Membranzas de mi cuita compañeras,
A r e c o r d a r m e el bien que me e n a m o r a ,

Volved, volved, memorias lisonjeras,


Con tan rápido vuelo como a g o r a ,
ó si q u e r e y s con alas más ligeras.

HERMANA DE LA CARIDAD

Con tu traje que muestra la nieve pura


Y el azul inviolado de las montañas,
Caminas con los óleos de tu dulzura
I
Y el rosario pendiente de tu cintura
Aliviando en el mundo cuitas extrañas.

Ocultas tus encantos para ser más divina :


Con la cofia tapaste tus ojos bellos
Como el sol tras los velos de la neblina,
Aplastaste tus s e n o s de punta fina
E hiciste el sacrificio de tus cabellos.
P e r o no aprisionada p o r las cadenas Y para que mermaras la pena humana,
De votos infrangibies calmas tus penas Para que en los combates fueras concordia
Con éxtasis ociosos y r u e g o s vanos, Y en los lechos dolientes fueras tisana,
Abdicando del mundo donde tus manos P a r a que como el Cristo marches, H e r m a n a ,
Deben r e g a r las flores de que están llenas. Difundiendo á tu paso misericordia,

Tú mitigas las fiebres con tus desvelos, Ningún laurel t e r r e n o te ha seducido :


Abres tus brazos tiernos y hospitalarios Ni anhelos de riqueza ni ansias de gloria,
A los que sienten hambre de tus desvelos, Pues es tan extremado tu afán de olvido,
Y allí donde aparecen todos los duelos Que p o r dejar tu celo desconocido
Te presentas con todos los electuarios. Has borrado tu nombre de tu memoria.

No serás para el novio la prometida,


P a r a el placer tu carne no será yedra
Que entrelace sus miembros desfallecida,
Ni alumbrará tu seno, fuente de vida,
P o r q u e lo has vuelto estéril como la p i e d r a .

P e r o mojas los labios de los sedientos,


P e r o secas las llagas con tus ungüentos,
Y destapas tu pecho donde hay raudales
De bondad, como un vaso de aguas lústrales,
Endulzando p e s a r e s y sufrimientos.
YO NECESITO TU MANO NEVADA

Yo necesito tu mano nevada


Sobre mi frente ardorosa posada
Para sentir un calor de alborada
Guando me toque tu mano nevada.

Yo necesito las fuentes serenas


De tus pupilas amadas y buenas
P a r a lavarme de culpas y p e n a s
Con la virtud de sus a g u a s serenas.

Y necesito tus largos cabellos


Que me parecen un haz de destellos
Para llorar y e n j u g a r m e con ellos,
Con tus castaños y largos cabellos.
RELIQUIA

Me llevé el deslumbramiento
De tu blanquísima tez,
Y en mis manos voluptuosas
La sensación de tu piel,
Y recordaba tu imagen,
Acordándome también
De las liras, de las ánforas
Y de las alas, tal vez,
P o r q u e remedan contornos
Y gálibos de m u j e r ,
Y en la noche saturada
De tu memoria, soñé
Que era un escultor de Atenas,
Y que estaba en un taller
Lleno de h e r m o s a s estatuas
Del Arte y la F o r m a prez,
Y que tú estabas desnuda
Y mi labio era un cincel,
Y que pulía tu cuerpo
Muriéndome de placer
Desde tu bendita frente
Hasta tus divinos pies.
SILUETA

Te s o r p r e n d e la lluvia repentina
Discurriendo en el p a r q u e sombreado,
En donde con coqueto desenfado
Gozas de la frescura vespertina.

Para evitar la racha cristalina


E s g r i m e s tu p a r a g u a s desplegado,
Que suena cual si fuera fustigado
C o n los cordones de una disciplina.

Apenas guarecida p o r tu escudo,


Marchas con paso rápido y menudo
Escapando del agua que te asedia,
Y miedosa del suelo humedecido,
Alzas pérfidamente tu vestido
Mostrando la n e g r u r a de tu media.

COMO UNA AMANTE MIRADA

Como una amante mirada


Relucía tu bañera,
Llenándose de ligera
Linfa de esencias mezclada.

Al contemplar tu arqueada
Y reluciente cadera
Se iluminó tu bañera
Como una amante mirada.

Y desde entonces, malvada,


Aunque pases con severa
T~ '
Ropa de luto ataviada,
P e n e t r a s en mi mirada
Gomo en tu blanca bañera.

BURBUJAS DE CHAMPAGNE

A una vieja cortesana.

¿ En qué cofres de madera p e r f u m a d a ,


En qué estuche con esmaltes s o r p r e n d e n t e s
Has guardado las tres perlas desmontadas
De las filas deslumbrantes de tus dientes ?

Tiene afluentes de postizos tu cabello,


Que resbala de tu frente en dos madejas
Agobiando la columna de tu cuello
Y escondiendo el rosicler de tus o r e j a s .

En tus uñas el aliento de tu habano


Deja el oro de su tenue nicotina,
JOYEI.ES 81

Desentierra tu peineta y tus horquillas,


Y se eleva de tu boca ó de tu mano
Como cinta de preciosa serpentina. Y desata tu cobriza cabellera
Que desciende p o r tus hombros y mejillas
Cual virutas de balsámica madera.

El champagne encarcelado en la botella


Brinca libre de mordaza y ligaduras, En tus ojos hay fulgores de pecado,
Y posándose en tus labios de grosella En tu axila hay salomónicos aromas
Te sugiere espirituales travesuras. Y en la caja de tu cuello torneado
Una música de arrullos de palomas.

Tu discurso es veleidoso é incongruente,


Son r u i d o s a s las escalas de tus risas, Dame el vino, dame el vino de nirvana
Y no observas á mi m a n o diligente Que cintila en tus pupilas hechiceras,
Que se entrega sin temor á sus p e s q u i s a s . Y que el alba que se asoma á tu ventana
Me s o r p r e n d a contemplando tus ojeras.

De mi brazo en la escalera semioscura


Subes rauda los estrechos escalones,
Recogiendo tu flotante vestidura
Y sonando el cascabel de tus canciones.

E c h a luego los cerrojos de tu alcoba,


Quita el broche que sujeta tu vestido
Y acurrúcate en tu cama de caoba
Como el p á j a r o en el hueco de su nido.
DE HOFFMANN

Tengo miedo á ese murciélago con las alas extendidas


Que en el blanco cielo raso pone un triángulo luctuoso,
Produciendo escalofríos en tus formas ateridas
Y llenando n u e s t r a s almas de t e r r o r supersticioso.

Tengo miedo de la noche, tengo miedo hasta del brillo


De la luna y del reflejo de ese agudo rayo blanco
Que desgarra el cortinaje como una hoja de cuchillo
Y se entierra en la blancura transparente de tu flanco.

Me acobarda ver la mata de tu pelo tumultuoso


Que desata s u s c r e s p o n e s enlutando tu belleza,
Y en tus hombros se divide cual si un cuervo tenebroso Manchan dos gotas de s a n g r e la blancura de tu pecho,
Extendiera sus dos alas al p o s a r s e en tu cabeza. Tus pies se unen cual si un clavo se tuviera en ellos fijo,
Y al abrir tus finos brazos retorciéndote en tu lecho
Reproduces la figura de un exangüe crucifijo.
Todo excita mis temores : ese lívido destello
Que te alumbra, y ese soplo que sacude tu cortina,
Y esa angosta cinta roja que da vuelta p o r tu cuello En la calle lanza el viento su gemido de a m a r g u r a ,
Cual señal de haberte herido la sangrienta guillotina. Tus tapices se conmueven con extrañas sacudidas,
Y en la esfera de tu vientre, profanando su blancura,
Está el fúnebre murciélago con las alas extendidas.

Ya el murciélago a g o r e r o del plafón se ha deslizado


T e m e r o s o de la llama que agoniza bajo el dombo
De la lámpara, y ahora r e p r e s e n t a estar bordado
Con e s t a m b r e s funerarios en la seda de tu biombo.

Cuál me espanta ver tu c u e r p o que semeja el de una motril


Cuál me asustan los r u m o r e s que perciben mis oídos-,
Y el e n o r m e mastín pardQ que vigila ante tu puerta
Y estirándose en la alfombra lanza lúgubres aullidos.

Están pálidos t u s miembros, está y e r t a tu sonrisa,


Tu garganta con nervioso sobresalto se conmueve,
Y tus senos, bajo el lino virginal de tu camisa,
Están gélidos y blancos cual los copos de la nieve.
TÚ NO S A B E S LO QUE ES S E R ESCLAVO

Tú 110 sabes lo que es ser esclavo


De un amor imperioso y ardiente,
Y llevar un afán como un clavo,
Como un clavo metido en la frente.

Tú no sabes lo que es la codicia


De morder en la boca anhelada,
Resbalando su inquieta caricia
P o r contornos de carne nevada.

Tú no sabes los males sufridos


P o r quien lucha rendido y que ruega,
Y que tiene los b r a z o s tendidos
Hacia un cuerpo que nunca se e n t r e g a .

Y no sabes lo que es el despecho


De p e n s a r en tus formas divinas
Revolviéndose solo en su lecho
Que el insomnio ha sembrado de espinas.
INTERMEZZO

A Luis Felipe Arias.

vrWiy Zigzaguea la batuta,


W t t S Z
Y comienzan los violines
A mover su mano enjuta
Y gorjean los flautines.

El fagot luego m u r m u r a ,
Y después gime la flauta
Descifrando la escritura
Intrincada de la pauta.

P u j a el c o r n o enmarañado
Gomo el tubo de una tripa.
Y el trombón cuelga cansado Y no p a r a la batuta,
Con el dejo de una pipa. La batuta milagrosa,
Como vara diminuta
De hechicera prodigiosa.
La batuta no reposa :
Zigzaguea como un rayo,
Los tirantes arcos como
Se columpia cadenciosa
Lanzaderas diligentes,
Y se inclina con desmayo.
O r a j u n t a s caen á plomo,
Ora vibran impacientes.

Y se quejan, y se quejan
Irritados en las primas Y se quejan y se quejan
Los violines que semejan Irritados en las primas
Un sutil chirriar de limas. Los violines que semejan
Un sutil chirriar de limas.

Un acorde dulce y blando


L o s pistones retumbantes,
B o r d a el piano con ternura,
El oboe adolorido,
Riendo, riendo y enseñando
Todos suenan implorantes
Su brillante d e n t a d u r a .
Reventando en un gemido.

Una alondra que reclama Una dulce y vaga pena


E s el a r p a , y el burlesco Se adivina en cada nota
Clarinete hace una gama Y la artística melena
Que parece un arabesco. De Mascagni se alborota.
Y en las c u e r d a s l a s t i m a d o s
L o s violines q u e j u m b r o s o s ,
Deshenebran desolados
S u s r o s a r i o s de sollozos,
D e sollozos,
D e sollozos.

(Natura tantum formosa.)

Al recuerdo de Domingo Estrada.

L o n t a n a n z a s deliciosas y confines ideales


De volcanes p u n t i a g u d o s y t u p i d o s c i p r e s a l e s ,

L i n d a s t a r d e s e n t o l d a d a s p o r los c o b r e s l u m i n o s o s
De los c ú m u l o s e s p e s o s y los c i r r o s v a p o r o s o s ,

F r e s c a s n o c h e s en que vierte la m a r i m b a s u s g e m i d o s
B a j o el cielo salpicado de l u c e r o s e n c e n d i d o s .
La floresta forma verdes delantales en los flancos Las neblinas se descuelgan cual finísimas espumas
De las cónicas montañas, y tapiza los b a r r a n c o s Envolviendo los bambúes que parecen grandes plumas,

De taludes escabrosos con alfombras de v e r d u r a


Y el quetzal en los encinos labra un túnel donde mete
Donde corren los sonantes arroyuelos de agua p u r a ;
El arcoiris de su cola y el morrión de su copete.

Las lagunas se destacan como espejos siempre azules


Cuyas márgenes adornan las p e s t a ñ a s de los tules, Tus mujeres hechiceras son portento de h e r m o s u r a :
De nerviosos pies p e q u e ñ o s y de lánguida cintura,

Y los mares se encarrujan y se abomban en la orilla


Como falda sobre el g r a n o de morena pantorrilla.
De tupidas y sedosas cabelleras de obsidiana
Y expresivos ojos g r a n d e s del color de la avellana,
A r r o g a n t e s como un talle y apostadas en hileras
Sus vistosos abanicos d e s a r r u g a n las palmeras,
De contornos ondulantes que á los h o m b r e s vuelven locos
Y de boca dulce y fresca como el agua de los cocos.
Los esbeltos platanares entrelazan sus airones
Imitando cuando crujen un flotar de pabellones ;

En el día luce el cielo con fulgores tropicales,


En la s i e m b r a los cafetos lucen su hoja barnizada Y al arribo de la noche p r e n d e trémulos fanales
Y sus tiernos tallos donde la semilla está p e g a d a ;

Las flexibles cañas mueven sus carrizos cimbradores En su campo azul oscuro, como si una moza b r u n a
P r o d u c i e n d o dulces ritmos y bucólicos r u m o r e s ; Se ataviara con diamantes y una blanca media luna ;
C u a n d o llueve, el cortinaje de las nubes se desbila
F i g u r a n d o largos flecos de mantones de M a n i l a ;

Cuando niebla, flotan b r u m a s como diáfanos linones


Que los árboles ahopan con sutiles algodones,
i
Y perennemente vive decorada la p r a d e r a
Con las hojas y las flores de la alegre primavera. DE ROJO

¿ P o r qué cruel coquetería


Te place, amiga, el color rojo,
Rojo encendido que vería
El sol poniente con sonrojo ?

Arde en el raso e n s a n g r e n t a d o
Que con amor tu cuerpo toca,
1 En el clavel de tu tocado
Y en los corales de tu boca.

Al descender de tu c a r r u a j e
Fulgió en tu espléndida mantilla,
• *

Y bajo la orla de tu t r a j e Estabas llena de hermosura,


En tu pequeña zapatilla. Y entre tus galas deslumbrantes
Sólo irradiaba la blancura
Inmaculada de tus guantes.
En la tendida escalinata
Donde marchabas impaciente,
Como un relámpago escarlata Tus labios eran r o j a s fresas,
Brilló en tu media t r a n s p a r e n t e . Y en tus orejas sonrosadas,
Había gemas como g r u e s a s
Gotas de sangre coaguladas.
Y al avanzar p o r la c r u j í a
Pródigamente iluminada,
Tu falda roja parecía Cuando lanzabas al soslayo
Una crujiente llamarada. Los relucientes terciopelos
De tu m i r a r , me hería el rayo
Rojo y terrible de los celos.
En el teatro luminoso
Se destacaban t r a j e s ricos
De seda y raso esplendoroso P e r o el más vivo de los r o j o s
Y negligentes abanicos. E r a el afán i r r e f r e n a d o
Que contemplabas en mis ojos
Cuando te hablaba conturbado.
Cual mariposa al r e v e r b e r o ,
Como las rápidas bandadas
De golondrinas al alero Al a r r o p a r t e con tu a b r i g o ,
A ti volaron mis miradas. Posesionado de ansia loca
Marqué el satín de tu h o m b r o amigo
Con el cauterio de mi boca.

Y adormecido de ilusiones
Te tuve en sueños en mi pecho
E n t r e los tintos e d r e d o n e s
Y las batistas de tu lecho.

Á Fidel Rodriguez Parra.

Qué afán el que me agita viendo p a r t i r la nave


Que borda sobre el agua su fugitiva estela,
Qué afán el que rae agita viendo pasar un ave,
Viendo extenderse un ala, viendo abrirse una vela.

Cruza un celaje tenue como menuda escarcha


Moviendo su envoltura de vaporoso lino,
Y miro con anhelo su silenciosa marcha,
Con un anhelo enorme de seguir su camino.

Cautivo desdichado que vive tras su reja


Frente al jirón de cielo que envuelven sus miradas,
Contemplo con envidia todo lo que se aleja ;
Las n e g r a s g o l o n d r i n a s y las nubes doradas.

E n el vagón estrecho quiero sentirme á solas


Viendo c o r r e r los árboles cuyo follaje trina,
Ó ir s o b r e cubierta viendo pasar las olas
Cual náyades veloces de trenza cristalina.
E LOS SÁTIROS TRAIDORES

El viaje que ambiciono mejor cuanto más presto,


No aprieto ningún n u d o pensando en el a r r i b o .( Amado Ñervo.
De la posible marcha, y estoy siempre dispuesto
A a b o r d a r una escala ó á brincar á un estribo.
De los sátiros traidores
De las selvas moradores,

De los sátiros traviesos


Que en los bosques daban besos

Y poblaban de locuras
Las agrestes espesuras ;

De los sátiros bribones


Que engañaban con canciones
Contemplo con envidia todo lo que se aleja ;
Las n e g r a s g o l o n d r i n a s y las nubes doradas.

E n el vagón estrecho quiero sentirme á solas


Viendo c o r r e r los árboles cuyo follaje trina,
Ó ir s o b r e cubierta viendo pasar las olas
Cual náyades veloces de trenza cristalina.
E LOS SÁTIROS TRAIDORES

El viaje que ambiciono mejor cuanto más presto,


No aprieto ningún n u d o pensando en el a r r i b o .( Amado Ñervo.
De la posible marcha, y estoy siempre dispuesto
A a b o r d a r una escala ó á brincar á un estribo.
De los sátiros traidores
De las selvas moradores,

De los sátiros traviesos


Que en los bosques daban besos

Y poblaban de locuras
Las agrestes espesuras ;

De los sátiros bribones


Que engañaban con canciones
A las ninfas inocentes E n siringa quejumbrosa
Que surgían de las fuentes Ó fontana r u m o r o s a ;

Á lucir su torso fino De los sátiros traidores


De color alabastrino ; De las selvas m o r a d o r e s ,

De los faunos voluptuosos Yo fui el más enamorado,


Que exploraban sigilosos El más tierno y más osado

Á la hora de la siesta Y que hizo más locuras


La balsámica floresta, En las verdes espesuras.

S o r p r e n d i e n d o en s u s guaridas Tras el biombo de las ramas


A las náyades dormidas, Yo encendí las r o j a s llamas

ifc Ó corrían p o r veredas De mis lúbricas pupilas,


Y tupidas arboledas Contemplando en las tranquilas

: >t' T r a s deidad intransigente Linfas puras y rizadas


Convertida de repente El cortejo de las dríadas.
Bajo el lecho de los nidos E n la tierra humedecida
Yo aguzaba los oídos, Mi pezuña dividida,

Curioseando el dulce anhelo Derribando en las q u e b r a d a s


De las tórtolas en celo ; A las ninfas espantadas,

Yo aspiré el aura ligera R e s t r e g a n d o los vellones


Que era dulce mensajera De mi barba en sus pezones,

De los pólenes dorados Y mis cuernos aguzados


De los lirios destapados, En sus muslos torneados

Ó escuchaba las resinas De lunar cristal de roca


Crepitar en las encinas Que lustraba con mi boca

Y la marcha misteriosa Yo fui el más enamorado


De su savia vigorosa. El más tierno y más osado

En mi vida p o r el p r a d o De los sátiros traidores


Yo estampé desatentado De las selvas m o r a d o r e s .
7¡P gy 7¡g? zjy Tjy Tjy

ALEGORÍA

No ignoráis lo que es un buzo :


Un hombre experto y audaz
Que deja la playa, donde
La luz y la dicha están,
Y despreciando el peligro
De que un tiburón voraz
Comedor de carne humana
Lo despedace quizá,
Ó de que una manta hambrienta
P l e g a n d o su delantal
Chupe hasta la última gota
De su s a n g r e sin piedad,
• ll
Ó de que entre rocas p r e s o ,
P o r falta de aire y no más

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Le s i r v a el salobre golfo Si la sonrosada concha
De lápida funeral, P o r feliz casualidad
En busca de hermosas p e r l a s Guarda en su hueco una perla
Se lanza al fondo del m a r . De perfección ideal,
El buzo que la ha sacado
De las ondas á pesar
Desciende el buzo al a b i s m o . De la peligrosa manta
De lóbrega oscuridad, O del tiburón voraz,
Y entre el bosque de m a d r é p o r a s Puede obtener oro en cambio
Y los huertos de coral, O adquirir la libertad,
Y la espesura de esponjas, Y en una regia corona
Y el g r u p o de algas que va O en un suntuoso collar,
Navegando entre las aguas Lucir la nítida perla
Gomo ligero cendal, De esplendidez imperial,
Alarga el s e g u r o b r a z o Que es del oriente más p u r o
Hacia una concha sin p a r Y de hechizo singular,
Que es tal vez el cofre h e r m o s o , P o r ser acaso una lágrima,
El estuche natural Cristalización quizás,
De la perla de más brillo, De la gota más salobre
Más tamaño y más beldad, De los abismos del mar.
Y contento del hallazgo
Que lo ha llenado de afán
Lo aprieta con mano trémula, P u e s como el experto buzo
Y destrozando el cristal Que el piélago explora audaz,
De las sosegadas olas Yo exploré mi pecho ansioso,
Sale del fondo del mar. Y en la densa oscuridad,
Entre las amargas dudas
Y los bancos de p e s a r ; Que la perla t r a n s p a r e n t e
En mi corazón ardiente De perfección ideal,
Que modulaba al compás Ni luzca en regia corona,
De vuestro favor ó enojo Ni brille en g r u e s o collar,
Su intermitente tictac ; Sino que se hunda y se entierre
E n el hueco más oculto, D o n d e no la miréis más,
Colocada en la mitad E n t r e cadenas de rocas
De la entraña infatigable O dédalos de coral,
Que palpita pertinaz, Que se esconda p a r a siempre,
Como en una concha rara Que vuelva al fondo del mar.
Y asombrosa, que en lugar
De ser sonrosada es r o j a ,
E n c o n t r é p a r a mi mal
Una perla más brillante
Que las perlas de Ceilán,
Más hermosa que las perlas
Pescadas en Panamá,
Un ferviente a m o r que es vuestro,
Vuestro solo y nada más.
P e r o si porque hay razones
De extraña fatalidad,
Ni yo os lo puedo ofrecer
Ni vos lo podéis g u a r d a r ,
Que vuelva al fondo del pecho
El vivo y oculto afán,
Para no a p a r e c e r nunca,
P a r a no salir j a m á s ,
YA LA L L U V I A HA DESTEJIDO
SUS CENDALES

Ya la lluvia ha destejido sus cendales,


Y las nubes han obstado las colinas;
Ya no más tardes azules y divinas
Ni ponientes luminosos y triunfales.

En tus ojos que me ven tras los cristales


El fastidio también tiende sus neblinas,
Ya las nubes han obstado las colinas
Y la lluvia ha destejido sus cendales.

En tu alcoba de penumbras florestales


En la noche enlazaré tus formas finas
Con mis miembros como lianas tropicales,
Y que afuera cuelgue el agua sus cendales
I iJi| i; ; Y obste el velo de las nubes las colinas.
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SONETOS GALANTES

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Á UNA RUBIA

Tisúes y satines soberanos


Se unen p a r a formar tu blondo pelo,
Y se antoja de suave terciopelo
Según e s fino el dorso de tus manos.

Tus pestañas hilaron los gusanos


De seda con solícito desvelo,
Y son tus ojos zarcos como el cielo,
Cual los montes cerúleos y lejanos.

L a inefable sonrisa de Gioconda


Se dibuja en tu labio, hay una honda
Dulzura en tus pupilas nazarenas,
F i n g e un toque de luz tu ceja flava,
Y siendo del país de las morenas
P a r e c e s una diosa escandinava.

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DE GOYA

Tú debes ser, morena, de Sevilla,


Bailar jotas al ritmo del pandero,
Y ser la maja novia de un t o r e r o
Que busque en el tendido tu mantilla.

Debes mojar en rubia manzanilla


Tu labio mentiroso y hechicero,
Y hacer ostentación de tu salero
Entonando la alegre seguidilla.

Debes oír, si sales á lu reja,


El SOQ de la guitarra que se queja
De desdén en su idioma de sollozos,
Y terciado el mantón crujiente y rico
M a r c h a r sobre las capas que los mozos
Extienden á tus pies en abanico.
\
V ;

LOS CORALES

Caprichos de la moda, amantes dones,


F r e s c o s mirtos ó r o s a s delicadas,
Ora adornan orejas nacaradas,
\ Ora cuellos que envidian los pichones.

Ya sus g r a n o s alinean en renglones


P r o d u c i e n d o s o n r o j o á las granadas,
Ya en rosarios de cuentas sonrosadas
Que sostienen suntuosos medallones.

Yacen en las honduras submarinas


Para gala de senos estelares,
Y son s a n g r e que vierten las ondinas
Al herirse en las rocas de los m a r e s ,
F o r m a n d o brazaletes y collares
Con sus hilos de gotas p u r p u r i n a s .

PERFIL

Tienes el porte altivo de una infanta,


Irónico tu labio, tu cabeza
Numismática indica tu nobleza
Y es de pulido mármol tu garganta.

Y tamaño prestigio, pompa tanta


Los escondes en claustro de tristeza,
Y p o s e e s la gracia y la belleza
Y no quieres vasallos á tu planta.

\ .51
Hecha para reinar vives reclusa,
Tu orgullo á los r e q u i e b r o s se r e h u s a ,
Y si algún atrevido te corteja.
\

T j y T g r
*¿ikt
T g r
E s g r i m e s tu pupila fulgurante
Bajo el arco tupido de tu ceja,
Y nublas tu borbónico semblante.

A UNA PÁLIDA

Hada de los glaciares, tu divina


Palidez la robaste á los luceros,
Y son árticas noches tus severos
Ojos que la ternura no ilumina.

Si alguien á conquistarte se encamina,


Lo asaltan tus desdenes, cual los fieros
Osos á los impávidos viajeros
Que avanzan por la estepa cristalina.

Y lo mismo que el polo, es un arcano


Tu frío corazón que late en vano,
P u e s quien sintiendo afanes amorosos
A m a r c h a r p o r sus témpanos se atreve,
O muere devorado p o r los osos
O expira sepultado entre la nieve.

EN EL BAILE

Te a r r a s t r a b a en el cauce desbordado
Del baile, desafiando la fatiga,
Y sentía en mis sienes una espiga
Suelta de tu magnífico tocado.

Al c r u z a r su destello electrizado
Nuestros ojos, tramaban una intriga,
Y como el ave incauta p o r la liga
Yo estaba p o r tu hechizo aprisionado.

T u s senos eran ánforas de aromas,


Y al sellar su contorno venusino
E m p a p ó de carmín tus blancas pomas
El golpe de mi beso repentino,
Como mancha el plumón de las palomas
El plomo s a n g u i n a r i o y asesino.

INDICE
ÍNDICE

E f r é n Rebolledo i

Cuarzos.
Prólogo 3
Santa Teresa 7
T i b i , Regina 9
La Canción del T r o v e r o 11
Los Besos 13
El Soneto 15
La Llavia 17
Hacia el Ideal 21
Las G o l o n d r i n a s 23
Ausencia 25
Cansancio 27
La B o r d a d o r a 31
Aurora 35
Voto 51
Crepuscolo 53
La vejez del S á t i r o 57
Caño 59
Belkiss « gì
Saudades 53
H e r m a n a de l a C a r i d a d g5

Hilo de corales.
Yo necesito t u m a n o n e v a d a 7
Reliquia 73
Silueta . . . . " . 75
Como u n a a m a n t e m i r a d a 77
B u r b u j a s de C h a m p a g n e 79
De H o f f m a n n 83
T ú no s a b e s Jo que es s e r esclavo 87
Intermezzo 89
Guatemala 93
De r o j o 97
Qué a f á n el q u e m e a g i t a . . tot
De los s á t i r o s t r a i d o r e s 103
Alegoría 109
Ya l a lluvia ha destejido sus c e n d a l e s 115

Sonetos galantes.
Á una rubia ; 119
De Goya 121
Los Corales 123
Perfil 125
A una pálida 127
En el b a i l e 129

PARÍS. — IMPHKNTA DK LA V°» DB OH. BOURBT.

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