Está en la página 1de 52

EL TEATRO

COLECCIÓN DE OBRAS DRAMÁTICAS Y LÍRICAS

II. PROLOGO DI 1 lili lili


UN ACTO Y EN VERSO

POH

JOSE EGHEGARAY

MADRID
FLORENCIO FISCOWICH, EDITOR
(Sucesor de Hijos de A. Gullón.)
PEZ. 40.—OFICINAS: POZAS,—2—2.'

4 891
EL PRÓLOGO DE UN DRAMA
EL PRÓLOGO DE UN DRAMA
DRAMA EN UN ACTO Y EN VERSO

POR

JOSE EGHEGARAY

Estrenado e n V a l l a d o l i d e l 27 do P i c i c m b r o de 1890 y r e p r e s e n t a d o e n el

TEATRO ESPAÑOL la n o c h e del 10 de E n e r o de 1 8 9 1 .

Ai

MADRID
IMPRENTA DE JOSÉ RODRÍGUEZ
ATOC31, 100, PmsCIPAL

1 8 9 1
PERSONAJES ACTORES

EN VALLADOLID

MARIANA DOÑA CONCEPCIÓN C O N S T A N .

LEONELO DON JOSÉ GONZÁLEZ.

RODRIGO » SAMUEL AGUADO.

JAIME ,, ANDRÉS CORDERO.

DON LUIS MENDOZA » JUAN TORRECILLA.

EN MADRID

MARIANA DOÑA AMPARO GUILLEN.

LEONELO.:: DON RICARDO CALVO.

RODRIGO » FERNANDO CALVO.

JAIME i) DONATO JIMÉNEZ.

DON LUIS MENDOZA » JOSÉ PÉREZ.

La escena en Sevilla en tiempo de Felipe 11, poco más ó


menos.

Esta obra es propiedad de su ¡rutar, y na.lie podrá, sin su p e r m i s o ,


reimprimirla ni r e p r e s e n t a r l a en España y sus posesiones de Ultra-
m a r , ui e n los países con los cuales haya celebrado* ó se celebren en
a d e l a n t e tratadcs internacionales de propioilad literaria.
El a u t o r s e r e s e r v a el d e r e c h o d e traducción.
Los comisionados representantes de la Galería Lírico-Dramática,
titulada El Teatro, de RON FLORENCIO FISCOWICH, son los e x c l u -
s i v a m e n t e encarg-ados d o e o n c e d o r ó neg-ar el permiso de representación
y del cobro de los derechos de propiedad.
Q u e d a h e c h o e l d e p ó s i t o q u e m a r c a la l o y .
ACTO UNíCO

La escena representa una sala baja y m o d e s t a : e n e l fondo


una puerta. Cuando é s t a se abre, se ve más allá otra
p u e r t a , q u e da á la c a l l e , c e n a d a por u n a v e r j a . A través
de ella se divisan confusamente una plaza y una imagen
c o n su f a r o l i l l o . E n t r e las dos p u e r t a s , la do la h a b i t a c i ó n
y la d e l a v e r j a , se s u p o n o que pasa un corredor trans-
v e r s a l . A la i z q u i e r d a , u n a c h i m e n e a e n c e n d i d a ; á l a d e r e -
cha, en s e g u n d o término, u n a puerta que da al interior
d e la casa: en primer término un mueble antiguo, en
cuyo i n t e r i o r , s e g ú n se ve más adelante, h a y guardada
u n a a r q u i l l a p r e c i o s a . ¡Mesa, s i l l o n e s d e b a q u e t a , tabure-
t e s , e t c . A c a b a d e cerrar la n o c h e ; no h a y m á s l u z q u e la
dol hogar»

ESCENA PRIMERA

DOÑA MARIANA; mogo RODRIGO

MAR. ¡Qué largas las h o r a s son


p a r a u n a madre que esperal
¡ C u á n t o t a r d a el hijo m í o !
¡ Q u é a p r i s a la n o c h e l l e g a !
¡V c ó m o m i s i n q u i e t u d e s
las sombras n o c t u r n a s llenan
de asaltos, de desafíos,
— 6 —

de riñas y de pendencias!
Después... sangre... muerte... no.
¡Virgen, s a n t a , M a d r e t i e r n a ,
tú fuiste m a d r e . . . p r o t e j e
d e L e o n e l o la e x i s t e n c i a ,
que Leonelo en esta vida
es t o d o lo q u e m e q u e d a !
Se o y e n p a s o s . . . g e n t e v i e n e . . .
h a n e m p u j a d o la v e r j a . . .
( S o p r e c i p i t a al f o n d o y a b r o l a puerta.)

¡Leonelo!...
ROD. Doña Mariana,
n o es t u L e o n e l o q u i e n e n t r a ,
s i n o t u e s c u d e r o fiel
Rodrigo de Cabañuelas.
Quiero decir, que soy yo.
(Con énfasis cómico.)

.MAR. ¿Viste á mi Leonelo?


Roo. Espera...
que ya despacio hablaremos
c u a n d o c i e r r e b i e n la p u e r t a .
(Va al f o n d o y c i e r r a l a v e r j a y p u e r t a con gran

roído de llaves-)

MAR. ¿Ocurre algo?


ROD. P u e d e ser
q u e o c u r r a , q u e el d i a b l o m e d r a
c o n el d a ñ o d e la g e n t e ,
s o b r e t o d o c u a n d o es b u e n a
y c r i s t i a n a . . . c o m o lo e s . . .
q u i e n es y s e r á m i d u e ñ a . . .
(Con respeto y enternecimiento.)

¡mi doña Mariana!... V a m o s ,


(Con extremos paternales y cariñosos, luego con-
teniéndose y volviendo á su idea.)

q u e L u z b e l t o d o lo e n r e d a ;
u n a s v e c e s c o n el c u e r n o ,
o t r a s v e c e s c o n la o r e j a ,
u n a s v e c e s c o n la z a r p a ,
o t r a s veces con la l e n g u a ;
q u e n o se e s t á q u i e t o n u n c a ,
n i d e s c a n s a n i se e n m i e n d a .
MAR. ¿Alguna desgracia? ( Alarmada.)
ROD. Puede...
MAR. ¿Mi hijo acaso?
ROD. ¿ Q u i é n se a c u e r d a
del mancebo?
MAR. Pues entonces
nada, Rodrigo, me arredra.
ROD, ¿ Q u i é n s a b e , q u i é n sabe? el m a l
t o m a formas muy diversas
y disfraces m u y v a r i a d o s ,
y d o n d e m e n o s se p i e n s a . . .
MAR. Pues acaba.
ROD. Aguarda un poco.
Déjame que luz encienda,
q u e l a c u a d r a está d e s u e r t e
q u e he de c a m i n a r á tientas.
(Sale un niomonto por la dorocha.)
MAR, E s t e R o d r i g o . . . los a ñ o s . .
p e r o es s e r v i d o r á p r u e b a .
'ROD. E n las s o m b r a s n o se s a b e
(Entrando con una lámpara que coloca sobre la
mesa.)

quién anda, ni q u i é n acecha.


Las sombras son temerosas:
las s o m b r a s son traicioneras.
E l d i a b l o la s o m b r a b u s c a :
D i o s en l a l u z se r e c r e a ;
y tu pobre Rodrigón
q u i e r e v e r y q u e ie v e a n .
MAR. P e r o en fin, ¿qué o c u r r e ?
ROD. Cosa
muy grave, niña hechicera.
(Con m i m o do viejo.)
Para mí siempre eres niña;
á l o s diez y á los c u a r e n t a :
y si t e v i e s e á los c i e n t o ,
aún por niña te t u v i e r a .
MAR. Sé, R o d r i g o , que m e quieres
y que m e quieres de v e r a s .
S i e m p r e m e fuiste l e a l .
ROD. Y lo s e r é h a s t a q u e m u e r a .
Y en lealtad... á é s t e . . . n i n g u n o
(Golpeándose el pocho.)
— 8 —
l e g a n a n i se le a c e r c a .
S i t u b u e n p a d r e . . . q u e fué
m u y c r i s t i a n o , y e n la e t e r n a
m o r a d a D i o s se lo p r e m i e ,
pero con una mollera
m á s d u r a q u e el p e d e r n a l ,
q u e nos bajan de la sierra,
p a r a cascajear los patios ..
p u e s si t u b u e n p a d r e . . .
MAR. ¡Cesa...
cesa, R o d r i g o , p o r Dios!
Roo. Al fiel s e r v i d o r h u b i e r a
( S i g u e sin h a c e r casfi d e l a interrupción.
escuchado, cuando puesto
de rodillas y en cruz puestas
l a s d o s m a n o s , le d e c í a :
« m i r a q u e el d e Rojas l l e v a
s e l l o m a l d i t o en la c a r a ;
q u e es d e J u d a s su g u e d e j a ;
q u e n o se s a b e d e d ó n d e
v i n o á caer en esta tierra;
q u e d e b e ser u n p i r a t a ,
u n r e n e g a d o . . . » si h u b i e r a
escuchado mis consejos...
MAR. Ya s a b e s q u e m e a t o r m e n t a n
esas m e m o r i a s ; no m á s .
ROD. D a r m i M a r i a n a , la p e r l a
d e S e v i l l a , el r e g o c i j o
d e s u capa y d e s u v e g a ,
l a a l e g r í a d e su c í e l o ,
d e s u s p e r f u m e s la e s e n c i a ,
¿á u n t r a i d o r , á u n ¡ h e r e j o t e ,
á un d o n Jaime de Centellas?
MAR. ¡ F u é c o s a h o r r i b l e ! Es v e r d a d ;
¡ay, p a d r e , c u á n t a s tristezas!;
Ron. ¿ T u p a d r e ? Dios le p e r d o n e .
¡ T e r c o q u e t e r c o ! ¡Una v e n d a
le p u s o el d i a b l o e n l o s o j o s !
¡Que don Jaime era quien era!
¡un caballero de alcurnial
¡hijo d e u n D u x d e V e n e c i a !
¡rico como u n genovés,
_ 9 —

y nob le como la testa


c o r o n a d a de un rey g o d o ,
q u e con e s c u d o d e p i e d r a
e s t á s o b r e el p o r t a l ó n
d e t u c a s a de C a r m e n a l
MAR. T c d o eso p a s ó , R o d r i g o ,
hace mucho.
ROD. Pero quedan
las semillas; y retoñan
c u a n d o m e n o s se s o s p e c h a ,
las s e m i l l a s o l v i d a d a s
d e las v e n e n o s a s y e r b a s .
Млн. N o fe c o m p r e n d o .
l\on. Pues oye.
¿De d o n J a i m e , a l g u n a n u e v a
t u v i s t e a c a s o ? (con m i s t e r i o . )
MAR. ¡Jamás!
Desde aquella noche... aquella...
la noche de nuestras b o d a s . . .
(Con tristo i r o n ía . )
É l . . . q u e á u n castillo m e lleva...
que después desaparece...
(Como evoca ndo recuerdos.)
que me vende á T o r r e n e g r a . . .
¡qué infamia!... ¡b asta por Dios!
ROD. P e r o desde aquella fecha...
¿Sin noticias?
MAR. Me d i j e r o n
q u e e n t r ó en A r g e l c o n t r e s p r e s a s .
Q u e d e s p u é s se fué á T u r q u í a . . .
y n o m á s . . . N e g r o se c i e r r a
el e s p a c i o , y su figura
se d e s v a n e c e s i n i e s t r a .
¿ P o r q u é tus p r e g u n t a s s o n ,
R o d r i g o , que se me hiela
la s a n g r e ?
ROD. Porque hace poco,
c u a n d o el sol t r a s l a r i b e r a
del Guadalquivir se hundía,
entre jardines y huertas,
vi dos homb res conversando,
c r u z a r por uua a l a m e d a .
— 40 —
El u n o , a q u e l e s c u d e r o
del m a r q u é s de T o r r e n e g r a ,
el q u e h a c e d í a s te t r a j o
una arquilla que conservas
( B a j a n d o l a v o z y s e ñ a l a n d o el mueble.)

bajo llave y con misterio,


y q u e s e g ú n lo q u e p e s a . . .
MAR. S i l e n c i o p o r Dios, R o d r i g o :
es d e L e o n e l o . . . s u h e r e n c i a . . .
para mí, nada.
ROD. No sigas;
si p o r m á s q u e n o m e c r e a s ,
yo n u n c a h e sido c u r i o s o . . .
pero m e a l e g r o de v e r a s .
MAR. ¿Dijiste dos h o m b r e s ?
Ron. Dos.
¿Conque mucho oro y preseas?
(Con curiosidad.)

MAR. ¿ Y el o t r o ?
Ron. Cara de J u d a s ;
barbilla rala y bermeja;
ojos v e r d e s y t o r c i d o s .
Si al d e Rojas y C e n t e l l a s
le c a r g a s v e i n t e a ñ o s m á s
de los q u e t u v o en C a r m e n a ,
r e s u l t a la v e r a efigie
d e l q u e c r u z ó la a l a m e d a
c o n v e r s a n d o c o n el h o m b r e
del M a r q u é s de T o r r e n e g r a .
MAR. ¡No d i g a s e s o , R o d r i g o l
N o , j a m á s . . . ¡ q u e no le v e a !
¡ A n t e m í s u faz o d i o s a !
¡ A q u e l m o n s t r u o . . . a q u e l l a fiera,
aquel miserable! ¡No!
Su alma ruin... su alma p e r v e r s a . . .
ó en Argel e n t r e piratas,
ó e n t r e t u r c o s en M o r e a ,
ó e n el i n f i e r n o , q u e a l l á
la codician y la e s p e r a n .
(Cao en un s i l l ó n e n c u b r i é n d o s e el rostro.)

Roo. P u e s p o r el p r o n t o , M a r i a n a ,
s u r o j i z a faz r e f r e s c a ,
— 41 -
del G u a d a l q u i v i r undoso,
b a j o la v e r d e a r b o l e d a .
(Suenan g o l p e s en la puerta.)

MAR. ¡Llaman! (Levanta mióse con sobresalto.)

ROD. Llaman.
MAR. ¿Quién será?
Ron. Voy á v e r .
(Abre la p u e r t a del foro y se d i r i j o á la verja.)

MAR. N O a b r a s la v e r j a . ( C o n t e r r o r . )
ROD. ¡Señor don Luis de Mendoza!
¡ T a n t o h o n o r ! . . . ¡ q u i é n lo c r e y e r a ! . . .
(Abriendo la v c r j . i e o n g r a n e s t r e p i t o d e l l a v e s y
con cierta lentitud.)
P a s e . . . p a s e . . . ¡qué placer,
d o ñ a Mariana!... Nos llega,
c o m o l l o v i d a d e l cielo
la persona más selecta...
el m i l i t a r m á s b i z a r r o
que tiene Sevilla entera.
Pase... pase... á dar honor
á l a c a s a y á la d u e ñ a .
( A c a b a n d o do abrir la verja.)

ESCENA II

M A R I A N A , DON L U I S y RODRIGO

Luis. Gracias... buen Rodrigo... gracias.


MAR. Noble señor, ¡quién p u d i e r a
tener u n palacio digno
de u n huésped de tales p r e n d a s !
¡ P e r o es t a n h u m i l d e ! . . . E n fin,
t a l c o m o e s , m i c a s a es v u e s t r a .
Luis Honra recibo, Mariana,
al s e r r e c i b i d o en ella,
q u e n o h a y en t o d a S e v i l l a
otra dama más excelsa.
A n t e la virtud cristiana
s o n c e n i z a las r i q u e z a s ,
y el a l b e r g u e m á s m o d e s t o
e n n o b l e a l c á z a r se t r u e c a ,
— 12 —

c u a n d o el d u e ñ o lo e n a l t e c e
de su ser con las altezas.
ROD. Si a l g o m a n d a n . . . a l l á d e n t r o
vuestro servidor espera.

ESCENA III
M A R I A N A y DON LUIS

M a i ' h m a , c o n e l a d e m á n , lo i n v i t a á s o n t a i - s e ; so s i e n t a n l o s d o s

Luis. Ya c u r i o s i d a d tendréis,
M a r i a n a , á lo q u e i m a g i n o ,
de saber para qué v i n o ,
a u n v i n i e n d o á q u e le h o n r é i s
con recibirle... esle viejo
y encanecido soldado,
que ha vivido retirado
t a n t o s a ñ o s , y al m a n e j o
s ó l o a t e n t o d e su h a c i e n d a .
¿Lo a c e r t á i s ? V a m o s á v e r . ( C o n b o n d a d . )
MAR. Viene á darnos g r a n placer;
v i e n e á h o n r a r esta vivienda;
viene á esta casa quien puede,
sin d a r más explicaciones.
Luis. P u e s yo d a r é o t r a s r a z o n e s ,
si l i c e n c i a m e c o n c e d e .
Q u i s o el R e y n u e s t r o s e ñ o r ,
c u y a v i d a g u a r d e el c i e l o ,
r e c o r d a r mi a n t i c u o celo
y o t o r g a r m e su f a v o r .
Así dice: (Socando u n a c é d u l a . )
«Porque agrandes
»lus servicios y tu fama,
»el v i e j o t e r c i o te l l a m a
«con su p e n d ó n desde F l a n d e s »
Y los restos de mi vida
l l e v o al r e b e l d e c o n f í n ;
y esta visita, por lin,
v i s i t a es d e d e s p e d i d a .
MAR. S U majestad, como Dios,
— 13 —

p r e m i a al q u e p r e m i o m e r e c e ,
y el p r e m i o m á s se e n a l t e c e
al s e r el p r e m i a d o v o s .
Luis. P u e s al d e s p e d i r m e , v e n g o
un favor á demandaros.
MAR. ¿A. m í , s e ñ o r ?
Luis. Vengo á daros
u n a p r u e b a de que os t e n g o
y á L e o n e l o , en g r a n e s t i m a .
¿Conseguiré la m e r c e d ?
MAR. D o n L u i s d e M e n d o z a , ved
que la d u d a nos lastima.
Al e n t r a r e n esta c a s a
entrasteis como su d u e ñ o .
Luis. E S , señora, que mi empeño
quizá los límites pasa,
que ponerme, con razón
y con justicia, queráis'
c u a n d o mi e m p e ñ o sepáis
y sepáis mi p r e t e n s i ó n .
MAR. Pues Mendoza, no recelo
d e q u é se t r a t a .
Luis. Pues digo,
que quiero llevar c o n m i g o
y á mis tercios á Leonelo.
MAR. ¡El h i j o d e l a l m a m í a
(Levantándose con ímpetu.)
á esa g u e r r a d e s a s t r o s a !
¿ E l , su s a n g r e g e n e r o s a ;
é l , su n o b l e b i z a r r í a ,
á esa r e g i ó n d e l a g u n a s ,
de diques y barrizales,
de enlodazados canales
y de movedizas dunas?
N o , M e n d o z a ; d e osa g e n t e
s o n t r a i d o r e s los d e s p i q u e s :
se e s c a p a n , r o m p e n l o s d i q u e s
y a n e g a n el m á s v a l i e n t e .
A las l i e b r e s los p o d e n c o s ;
al h e r e j e , el r e n e g a d o ;
á mi hijo n o lo lie c r i a d o
para pasto de flamencos.
- 44 —
Allá en la r e g i ó n s o m b r í a ,
n o tiene Leonelo, n o ,
ni una madre como yo,
n i e s t e sol d e A n d a l u c í a .
Luis. N O le deis t a l e s c o n s e j o s :
viniendo á Flandes conmigo,
sirve á España.
MAR. Pues yo digo
q u e no está España tan lejos.
Luis Y así t a m b i é n c u m p l i r í a
d e s u b d i t o c o n la l e y ,
sirviendo á su rey.
MAR. SU rey,
n o le l l a m ó t o d a v í a ;
y h a s t a q u e al r e y n o le c u a d r e
l l a m a r l e á sí, b u e n M e n d u z a ,
el m o z o la v i d a g o z a
al a m p a r o d e s u m a d r e .
Luis. Esa libertad acaso
puede d a ñ a r l e : á su edad
y con mucha libertad
d e l o c i o al v i c i o h a y u n p a s o .
J o v e n , mozo de valor,
d e s a n g r e roja v c a l i e n t e ,
h a y q u e e n c a u z a r el t o r r e n t e
p o r el c a u c e d e l h o n o r .
La autoridad de una madre
es m a l f r e n o y d é b i l v a l i a :
s o b r e el c a m p o d e b a t a l l a
Mendoza será su p a d r e .
(Con i n i c i e s y bondad.)
MAR. YO a g r a d e z c o esa b o n d a d ( A ü ¡ g - : < i n d o s o . )
y ese c a r i ñ o s o a n h e l o ;
p e r o s e ñ o r , sin L e o n e l o ,
p a r a mí .. ¡qué soledad!
Luis. E s p o r s u b i e n ; es a b r i r
l a s p u e r t a s á la e s p e r a n z a ;
en F l a n d e s , con mi p r i v a n z a ,
a s e g u r a el p o r v e n i r .
MAR. Fui desdichada. ( U o rando.)
Luis. En eíeto,
l o f u i s t e i s ; n a d i e lo i g n o r a .
— 13 —

MAR. T o d o lo p e r d í .
Luis. Señora,
ganasteis honra y respeto.
MAR. ¿ Y O s e p a r a r m e del s e r
e n q u i e n mi e x i s t e n c i a fio?
¿ y o p e r d e r al h i j o m í o
y ya n o poderle ver?
¡Y n i u n b e s o al d e s p e r t a r !
¡ni u n a c a r i c i a al d o r m i r !
« m a d r e , que voy á salir;
(Como si L e o n e l o hablase.)

m a d r e , q u e acabo de e n t r a r . »
Él es m i s ó l o c o n s u e l o ;
el s ó l o b i e n q u e a c a r i c i o :
es m u y g r a n d e sacrificio.
(Protestando y a l e j á n d o s e do d o n LuU.)

Luis. ¿ Q u é i m p o r t a , si es p o r L e o n e l o ?
MAR. Y e n c a m b i o p e n s a r . . . ¡veloz
( P i n t a n d o c o m o si lo viese.)
l l e g a u n flamenco y le h i e r e ;
q u e d a en el c a m p o , se m u e r e ,
y «madre,» grita su voz!
No, don Luis, me moriría...
Con m i L e o n e l o e n m i c h o z a :
que hay mucha tierra, Mendoza,
de Flandes á Andalucía.
Ü e m i v i d a en el r e v u e l t o
m a r odioso y maldecido,
sólo una dicha he t e n i d o :
p u e s la a g a r r o y n o la s u e l t o .
S o l d a d o s t e n é i s allí
y el r e y t i e n e c a p i t a n e s ;
á cada cual sus afanes
y Leonelo para m í .
¿No v e r ya s u r o s t r o a l t i v o
b a j o el a l a d e l s o m b r e r o ?
¿ N o e s c u c h a r l e : « y o te q u i e r o
t a n t o , m a d r e , q u e no v i v o
feliz si e r e s d e s g r a c i a d a ? . . . »
No es u n h o m b r e . . . es u n m u c h a c h o
á p e s a r d e su m o s t a c h o
y de su tajante espada.
—16 —
He dicho q u e n o ; no m á s .
(Rompo á Horar.)
Perdonad, no puede ser.
Soy u n a pobre mujer;
separarme de él... ¡jamás!
Luis. Q u e os e q u i v o c á i s r e c e l o ,
porque pensadlo, Mariana,
si v o s f a l l a s e i s m a ñ a n a ,
¿qué sería de Leonelo?
Él es m u y p o b r e .
MAR. ¡ E S m u y rico!
(Sin poder contenerse.)

Luis. ¿Muy rico? No lo sabía.


MAR. Una h e r e n c i a de cuantía (AI O c o n f u s a . )
S

tuvo há poco.
Luis. No replico
e n t a l c a s o . P e r o es l l a n o
q u e h o n r a s con s a n g r e g a n a d a s ,
s o n m á s q u e las h e r e d a d a s
arcas de oro de un indiano.
Conque á solas discurrid;
m i s ofertas m e d i t a d ;
con Leonelo consultad
y e n t r e los d o s d e c i d i d .
Volveré más tarde.
MAR. E l cielo
os r e c o m p e n s e , s e ñ o r ,
tailla merced. ( A b r i e n d o la p u e r i l . )
Luis. Por favor...
LEÓN. Abran pronto. ( G o l p e a n d o la verja enfurecido.)

MAR. ¡Mi L e o n e l o ! ( A b r e la v e r j a . )

ESCENA IV -
MARIANA, DON LUIS y L150NELO. Entra con
í m p e t u s i n reparar en nadie, ciego de ira, descompuesto

y pálido.

LEÓN. ¡Cuánto tardar! Pensé q u e nunca a b r í a n ,


¡Ese R o d r i g o c a d a v e z m á s v i e j o ,
• •<••> .,.j»ás t o r p e y m á s p e s a d o ! P u e s si l l e g a
—п—
á d e t e n e r s e m á s , yo l e p r o m e t o
q u e r o m p o de la r e j a los b a r r o t e s
y á tiro de b o m b a r d a aquí p e n e t r o .
Млн. ¡ P o r Dios, h i j o del a l m a ! ¿ N o r e p a r a s
quien h o n r a n u e s t r a casa?
LEÓN. ¿Vos?
(Reparando en don Luis y ca ml/ia ndo do t o n o . )
LUIS. a
(S l ) ¡Leonelol
LIÍON. P e r d o n a d , b ien sab éis, que siempre os tuve
mucha veneración, mucho respeto.
Y p e r d ó n a m e t ú , m a d r e del a l m a ;
¡pero llegué d e m e n t e . . . llegué ciego!
Luis. ¿Pues qué ocurre?
Млн. ¿Qué pasa, hijo querido?
LEOX. ( R e c oa
b r na
' i o l ga
on screnidcdy fingiendo l i g e r o za . )
¿Qué ocurre? Nada... Q u e á mi casa v e n g o
t a r d e y de p r i s a . . . y p i e n s o q u e i m p a c i e n t e
mi p o b r e m a d r e espera... y me i m p a c i e n t o .
¿ Q u é o c u r r e ? m u c h a fiesta... m u c h a r i ñ a . . .
p o r la r i b e r a el p o p u l a r r e v u e l t o . . .
(Todo esto f i n g i e n d o a n i m a c i ó n y a l e g r í a , pero so
ve q u e os fingido.)
gritos, canciones, golpes, algazara,
rufianes, soldadesca, marineros,
villanos... y piratas disfrazados...
mozos, mendigos, vagos y chicuelos,
E n fin, q u e d e S e v i l l a p o r l a s calles
v a c i a r o n s u s z a h ú r d a s los i n f i e r n o s .
AlAH. a
( A la
rm
a d y con interés.)
¿Tuviste por acaso u n a pendencia?
LEÓN ¿ Y o , m a d r e ? ¿Yo? P u e s p o r a c a s o l l e v o
sobre mi rostro escrito... ¡Qué locura!
Tranquilízale, madre, que no quiero
(Con mocho intorés.)
q u e t ú sufras p o r m í n i u n s o l o i n s t a n t e .
T ú e r e s el s e r s a g r a d o , el s e r e x c e l s o ,
la perfección h u m a n a . . . m i c a r i ñ o . . .
¡ m i fé! ¡mi D i o s !
LUIS. (Con soverida d ) ¡ T u Dios e s t á e u l o s c i e l o s !
LEÓN. Tenéis razón; pero la quiero t a n t o . . .
AIAR. Ya lo v e i s ; i m p o s i b l e : n o o s lo c e d o .
— 18 —
Luis. Sin e m b a r g o , v e n d r é . ( D e s p i d i é n d o s o . )
MAR. S i e m p r e q u e os p l a z c a .
LEÓN. Don Luis...
Luis. Doña Mariana... Adiós, Leonelo.
(Salo por el fondo: Leonelo cierra la verja y U
puerta.)

ESCENA V
MARIANA y LEONELO

MAR. A l g o m e o c u l t a s , p e r o yo a d i v i n o
e n t u m i r a d a , e n tu furioso c e ñ o ,
que ronca tempestad mal contenida
r u j e v i o l e n t a en t u r o b u s t o p e c h o .
¿Secretos para mi?
LEÓN. No, madre mía.
¿ T u v e y o p a r a tí n u n c a s e c r e t o s ?
MAR. ¿Penas acaso?
LEÓN. ¡ P e n a s ! . . . ¡qué d e l i r i o !
¡Ira, r a b i a , f u r o r ! ¡Eso es lo c i e r t o !
¡ R o m p e r , m a t a r , h u n d i r toda mi e s p a d a
h a s t a los g a v i l a n e s ! eso q u i e r o .
MAR. ¿Pero qué tienes?
LEÓN. ¡Qué, madre querida!
que tienes d e s h o n r a d o á tu Leonelo.
MAR. ( A c e r c á n d o s e á él c o n angustia.)
¿Tú deshonrado?
LEÓN. ¡Yo! ¡ c o m o lo d i g o !
¡Ya su m a n o n o p u e d e u n c a b a l l e r o
t e n d e r al h i j o t u y o sin m a n c h a r s e ;
l a i n f a m i a y el b a l d ó n la m a r c a l l e v o :
como á un forzado vil, como á un esclavo,
como á u n a res vacuna en anca ó cuello
e n la m e j i l l a m e la p u s o u n h o m b r e ! . . .
Y mira, ¿ves?¡no hay s a n g r e en este h i e r r o !
(Sacando á medias la espada.)
N o v e r á s s a n g r e suya ni en m i s u ñ a s ,
¡ni lo q u e h i c i e r a u n a m u j e r ! . . . ¡ni a u n e s o !
N o t r a i g o s a n g r e y a m á s q u e en el r o s t r o :
¡ s a n g r e cobarde! ¡ruin! ¡sangre de p e r r o !
MAR. ¿ U n h o m b r e te a f r e n t ó ?
— 19 —
LEÓN. ¡Me a f r e n t ó , m a d r e l
MAR. ¿ P u e s n o l l e v a b a s e n el cinto acero?
¿No eres mozo r o b u s t o ? ¿ N o te a c u e r d a s
que tienes madre y que tuviste abuelos?
LEÓN. ¿LO ves? Lo que te dije, todos, todos,
(Dososperado.)
hasta mi m a d r e , ¡asombros y desprecios!
MAR. Eso no, vida m i a . . . mi esperanza...
Ven á m i s b r a z o s . ( C a m b i a d o t o n o )
LEÓN. N O , ¿soy un cbicuelo?
Se c o n s u e l a á los n i ñ o s d e ese m o d o ,
pero á un h o m b r e cual y o . . . no hay m á s
[que un medio
de consolarle... Por Sevilla toda
b ú s c a m e á m i o f e n s o r . Su r a s t r o al m e n o s
d e s c u b r e en las r e v u e l t a s c a l l e j u e l a s ,
y m á s te deberé solo con eso,
q u e si o t r a v e z t u g e n e r o s a s a n g r e
compartieses conmigo y tus alientos,
cuajando de tu ser en las e n t r a ñ a s ,
el n u e v o ser y l o s f u t u r o s b e s o s . '
MAR. P e r o c u e n t a q u é f u é , q u e i g n o r o el c a s o
y me c o n s u m o y a por c o n o c e r l o .
¿ Q u e te a f r e n t ó e n l a p l a z a ? ¿ a n t e l a g e n t e ?
¿Lo v i e r o n t o d o s ?
LEÓN. S Í ; t o d o s lo v i e r o n .
MAIS. ¿Un h i d a l g o tal vez?
LEÓN. Q u i z á lo f u e r a ;
p e r o su r o s t r o , á l o q u e y o r e c u e r d o ,
e r a r o s t r o de J u d a s , de p i r a t a ,
d e m o r i s c o , d e t u r c o , e n fin, d e p e r r o .
L u j o s o , sí: l u j o s o y a r r o g a n t e ;
pero más que arrogante, rufianesco.
C o m o el b a n d i d o q u e el b o t í n s e g a s t a
en galas, j o y a s , p l u m a s y aderezos.
¿ C u a n d o v e r é d e s u s flamantes t e l a s
(Con n u e v o arranque de ira.)
r o j o s e n s a n g r e los b o r d a d o s flecos?
MAR. ¡Pues cuenta cómo f u é ! . p o r Dios, acaba,
que de impaciencia ya me desespero.
(Pausa: Leonolo procura serenarse: dospnés se s i o n - /

tan los dos.)


LEÓN. Macha genle por la villa,
alborotada y gozosa:
n u n c a he visto m á s h e r m o s a
ni más alegre á Sevilla.
Se caminaba á empellones
entre gritos y codazos;
hacia arriba muchos brazos
y al v i e n t o m u c h a s c a n c i o n e s .
E l sol r o z a n d o el p o n i e n t e ,
y c e g á n d o n o s los o j o s ,
y m a n d a n d o rayos rojos
p o r e n c i m a de la g e n t e .
Al fin del t o d o se h u n d i ó
b a j o el t e n d i d o c e l a j e ;
e m p a l i d e c i ó el paisaje
y el c r e p ú s c u l o e m p e z ó .
D e l a n t e , el h o m b r e q u e os d i g o
m a r c h a b a n o sé c o n q u i é n ;
y j u n t o á los dos t a m b i é n ,
y en los b r a z o s de u n m e n d i g o ,
u n a n i ñ a de tez clara
y de revuelto pelambre,
c o n l a m i s e r i a y el h a m b r e
r e t r a t á n d o s e e n la c a r a .
Lo vistoso del rufián
p o r fin l l a m ó s u a t e n c i ó n . . .
¡tanto dorado galón
y cintajo de Milán!
Y de su r o s t r o h e c h i c e r o
los ojos tristes y h u n d i d o s ,
se fijaron s o r p r e n d i d o s
e n la p l u m a d e l s o m b r e r o .
La m a n o hacia ella t e n d i ó ,
hizo presa con afán,
dio m e d i a v u e l t a el r u f i á n
y la p l u m a se t r o n c h ó .
El miserable enrojece;
le d a á la n i ñ a u n r e v é s ;
quiere repetir después;
l a s a n g r e se m e e n a r d e c e ;
su m u ñ e c a con mi m a n o
s u j e t o , y m i e n t r a s la c i ñ o .
— 21 —
le r u j o : «¡quien p e g a á u n n i ñ o ,
es c o b a r d e y es v i l l a n o ! »
Al e n c o n t r a r r e s i s t e n c i a ,
él s e r e v u e l v e y m e m i r a .
H a c i a a t r á s el b r a z o t i r a ;
se d e s p r e n d e c o n v i o l e n c i a ,
y con sonrisa procaz,
d i c i e n d o : «lo q u e t e d e b o ,
q u e h a y para todos mancebo;»
p o n e s u m a n o e n m i faz.
¡Un i n s t a n t e . . . u n s i g l o fué!
¡Un c o r o d e c a r c a j a d a s !
mil figuras empinadas
g r i t a n d o : « ¡ q u e n o se vé!»
Se me desplomó Sevilla:
quedé loco y quedé ciego:
¡sentí p e g a d a con fuego
u n a m a n o á mi mejilla!
¡ E n u n g r i t o el a l m a v a ! . . .
Hago circulo... me encojo...
saco mi e s p a d a . . . m e a r r o j o . . .
el h o m b r e n o e s t a b a y a . ( P a u s a . )
Y he corrido insensato por Sevilla,
h o r a tras h o r a con arrojo c i e g o ,
b u s c a n d o e n t r e las s o m b r a s q u i e n t u v i e s e
b r i l l o d e g a l a s , de r u f i á n a s p e c t o ,
b a r b a s b e r m e j a s , d e Milán c i n t a j o s
y t r o n c h a d a la p l u m a del s o m b r e r o .
MAR. P e n s é q u e e r a o t r a c o s a : el q u e t e o f e n d e
y h u y e d e s p u é s . . . d e m u e s t r a su a b o l e n g o .
Insultos de chiquillos y mujeres,
m o r d e d u r a s de c a n , g o l p e s d e v i e j o ,
afrentas del q u e afrenta, y después p o n e
e n el t r a n c e final t i e r r a p o r m e d i o ,
no l o g r a r o n j a m á s de u n h o m b r e h o n r a d o
m a n c h a r la faz n i q u e b r a n t a r el p e c h o .
E s o a f r e n t a n o f u é . . . fué u n g o l p e al a i r e ;
g o l p e ó y d e s p u é s . . . d e s p u é s te t u v o m i e d o .
LEÓN. N O , m a d r e , q u e el r u f i á n e r a v a l i e n t e .
No m e convences, n o . S u m a n o llevo
sobre mi rostro como m a r c a infame.
Y todos celebraron y rieron
_ . 22
el r u d o g o l p e d e c a r n o s a p a l m a
(¡Mostrando la de la m a n o . )
q u e p u s o rojo á m i v e r g ü e n z a el s e l l o .
A ese h o m b r e n e c e s i t o , m a d r e m í a :
s i n él n o h a y p a r a m í n i paz n i s u e ñ o .
S e v i l l a c o r r e r é , c o r r e r é el m u n d o ,
y h a s t a las m i s m a s p u e r t a s d e l i n f i e r n o
h e d e l l e g a r . Si Dios n o m e lo e n t r e g a
v e r é si S a t a n á s o y e m i r u e g o . ( L l a m a n . )
MAR. I Calla, infeliz, b l a s f e m a s !
LEÓN. Han llamado.
(Pausa y vuelven á llamar.)
MAR. Y llaman otra vez. k nadie espero.
¿Quién p o d r á ser? ( T e m e r o s a . )
LEÓN. Alguno que á gozarse
en mi v e r g ü e n z a v i e n e . No he de v e r l o .
(Se va á retirar, pero se d e t i e n e . )
Ó quién sabe... tal vez noticias t r a i g a
que pueda utilizar.
MAR. Q u i é n es v e r e m o s .
P e r o al a b r i r l a p u e r t a e x t r a ñ a a n g u s t i a
el c o r a z ó n m e o p r i m e , y d u d o y t i e m b l o .

E S C E N 4 VI
MARIANA, L E O N E L O y JAIME D E R O J A S

JAIME. ¡Ah d e la c a s a ! a u n q u e la c a s a es t u m b a
p o r su n e g r u r a y su tenaz silencio.
(Penetrando rcsuoltamcntc.)
LEÓN. ¡El! (La puerta queda abierta.)
JAIME. ¡Mariana!
MAR. ( ¡Jesús!
LEÓN. ' . ¡ S a t á n lo e n v í a !
P o r fin, p o r fin, e n m i p o d e r lo t e n g o .
(Con alegría.)
MAR. ¡Eres Jaime!
JAISMÍ. Soy Jaime.
MAR. ¡ N O es p o s i b l e !
JAIME. ¿ Y q u i é n es él? ¿ Q u i é n e s este m a n c e b o ?
(Señulando á Loonolo.)
— 23 —
LEÓN. Muy pronto l o sabrás; el que afrentaste
e n la p l a z a .
JAIME. E S verdad. ( R i e n d o . )
MAIÍ. ¡Dios de l o s c i e l o s !
(A iosgritos se va doteniondo gente de la quo
cruza por la p l a z o l e t a y s e q u e d a e n ia p u e r t a . )
LEÓN. ¡El que l l e v a e n s u faz amoratada
!a marca infame de t u s c i n c o d e d o s
y v a á frotar con s a n g r e d e tus v e n a s
l o s v e r d u g o n e s que e n su p i e l h i c i e r o n !

ESCENA VII
M A R I A N A , L E O N E L O , ROJAS y R O D R I G O . Gente
en la puerta.

ROD. ¿Qué ocurre?


MAR. Mírale.
ROD. ¡Jaime de Rojas!
JAIME. ¿No v e i s que a c u d e gente?
LEÓN. ¡Si lo a n h e l o !
¿En público mi afrenta? ¡Mi v e n g a n z a
en p ú b l i c o será! V e n g a n a d e n t r o .
ROD. ¡Calla... c a l l a ! . . . ( E s p a n t a d o : á L e o n c i o . )
MAR. ¡ N O más!
JAIME, (A R o d r i g o . ) C i e r r a esa puerta;
l o s CUrioSOS afuera. (l,a g o n t e rotrocode.)
ROD. T e obedezco.
( E c h a la g e n t e q u e s e a g o l p ó y c i e r r a . )
LEÓN. ( C o n t e m p l a n d o á los d o s con a s o m b r o . )
¡No estoy e n mi! ¡ D e l i r o ! ¡ M a d r e m í a !
¿Le c o n o c é i s ? ¿Le obedecéis? ¿ Q u é e s esto?
¡Él en mi casa, c o m o en casa p r o p i a ,
su voluntad á todos i m p o n i e n d o . . .
cual pudiera m i padre! ¡ N o , mentira!
MAR. ¡ V e t e . . . vete por D i o s . . . v e t e L e o n e l o !
LEÓN. B i e n está; y o m e iré; m a s a n t e s , m a d r e ,
en el rufián h e d e clavar mi a c e r o .
¿No quieres que aquí s e a ? V e n c o n m i g o :
(Á s u madre.)
á la plaza l o s d o s , y á los d e s t e l l o s
24
d e l farolillo q u e el r e t a b l o a l u m b r a ,
te a r r a n c a r é t u c o r a z ó n d e c i e n o .
¡Miserable rufián, c o b a r d e y t o r p e !
¡Miserable l a d r ó n , q u e a u n caballero
l a h o n r a le r o b a s y h u y e s e s p a n t a d o
p o r q u e t e c l a v a su a c i c a t e e l m i e d o ;
v e n á m o r i r de e s p a l d a s á l a i m a g e n ,
d e c a r a á m í , d e f r e n t e á los i n f i e r n o s !
JAIME. (Dejándose caer perezosamente en un sillón, d í s -
pués d e mirar con desprecio á Leonolo )
Hazle q u e calle, q u e me va cansando
su charla necia y su insolente ceño.
Le c a s t i g u é u n a v e z s i n c o n o c e r l e ,
y p r o b ó e l m o z o d e m i m a n o el p e s o .
R e p e t i r é e l c a s t i g o si e s p r e c i s o .
LEÓN. ¡Ah!
(Precipitándose sobre Jaime. Mariana se pono d e -
lante.)
¡Madre, aparta!
MAR. ¡Nol
LEÓN. ¡NO lo c o m p r e n d o !
m e a m e n a z a . . . m e i n s u l t a . . . ¿y le defiendes'?
Y b i e n , d e s p u é s s e a c l a r a r á el m i s t e r i o .
Ahora, señor malón, haced coraje.
¡ A r r i b a ! ¡ A l z a d . . . al a i r e p r o n t o el h i e r r o !
MAR. ¡ESO n o !

JAIME. Tentaciones me van d a n d o . . .


LEÓN. V e n i d , (A J a i m e . ) ¡ A p a r t a ! ( A s u m a d r e . )
MAR. ¡Compasión, Leonelo!
LEÓN. Si n o m e s i g u e s , t u m e j i l l a a z o t o .
JAIME. ¡Rasta! (Levantándose.)
Ron. Repara,.. (A Leonelo queriéndolo sujetar.)
MAR. ¡No!
LEÓN. ¡ P o r el i n f i e r n o !
JAIME. ¿ T Ú lo q u i e r e s ? ( A L e o n c i o . )
LEÓN. ¡ P o r fin!
MAR. ¡Hijo d e l a l m a !
ROD. M i r a q u e te dio el s e r . ( A L o o n o i o )
LEÓN. ¡Mi p a d r e !
(Retrocede con e s p a n t o y terror.)
JAIME. ( C o n t e m p l a n d o á todos con risa burlona.)
Bueno;
— 25 —
tanto me d a . . .
LEÓN. ¿TU e s p o s o ? ( A SU m a d r e . )
MAR, S Í , mi esposo.
JAIME. (Volviendo á sentarse riendo.)
G r a c i a s al d i a b l o q u e s u s g r i t o s n e c i o s
se a p l a c a r o n p o r fin. C o n q u e a h o r a , v e t e .
MAR. S Í , déjanos p o r Dios.
ROD. Vamos, Leonelo,
( L l e v á n d o s e á L e o n e l o , q u e h a q u e d a d o e n el m i s
profundo estupor.)
q u e y o te c o n t a r é t o d a l a h i s t o r i a .
LEÓN. ¡Ese r u f i á n mi p a d r e l
rimiéndoso la cabeza entre s u s m a n o s . )
¡Qué t r e m e n d o ,
qué horrible desengaño! ¡No: sus g o l p e s . . .
sus insultos... mi afrenta!... Lo prefiero
t o d o . . . t o d o , á t e n e r de e s e h o m b r e s a n g r e .
¡ J e s ú s ! ¡ J e s ú s ! ¡ M e n t i r a ! . . . ¡no lo c r e o !
(Con fiereza y d e s e s p e r a c i ó n , s a l i e n d o c o n ftGdrig'o.)

ESCENA VIII

M A R I A N A y J A I M E

JAIME. Ya n o s j u n t ó la f o r t u n a
por vez segunda, Mariana.
Veintidós años pasaron
y a ú n la j u v e n t u d s u s g a l a s
n o r e t i r ó d e ese r o s t r o ,
q u e la t i e r r a s e v i l l a n a
festejó e n p a s a d o s t i e m p o s
con canciones y con zambras.
MAR. ¿ Á qué vienes?
JAIME. ¡Qué p r e g u n t a !
Á l a s o l a s d e la p l a y a
pregúntales por qué llegan
c u a n d o s o p l a la b o r r a s c a .
V i e n e n de a l t a m a r y l u e g o
se l a s l l e v a la r e s a c a .
Se deshacen en espuma,
rujen, chocan, rompen, pasan. ( P a u s a . )
— 26 —
¿ V i n e esta n o c h e ? ¡ P u e s v i n e !
MAR. ¿ Y te marcharás?
JAIME. Mañana.
Esposo menos molesto
no tuvo ninguna dama.
MAR. I M a r c h a te a h o r a m i s m o , J a i m e !
- |Sal de aquí!
JAIME. Tengamos calma.
P o r el p r o n t o y o t e j u r o
que no me prestó sus alas
el a m o r p a r a v e n i r :
d e a l g o m á s s e r i o se t r a t a .
Siempre admiré tu belleza,
m a s no me abrasó su l l a m a .
Hay a l g o en tí q u e m e h i e r e ,
a l g o en tí q u e m e r e c h a z a .
Más m e a t r a e u n a b e d u i n a
del desierto ó u n a esclava,
ó de.Etiopia una negra,
una almea, una jitana,
q u e t u rostro de m a d o n a
ó t u figura d e e s t a t u a .
S i p o r tí h u b i e r a s e n t i d o
esa p a s i ó n q u e a v a s a l l a
al n o b l e c o m o al p e c h e r o ,
al c r i s t i a n o y al p i r a t a ,
¿hubiese cedido yo
ni p o r o r o ni por n a d a ,
al M a r q u é s d e T o r r e n e g r a
y á su pasión i n s e n s a t a ,
e n l a n o c h e de m i s b o d a s
á m i divina Mariana?
MAR. ¡ N O m á s ; n o m á s ; la v e r g ü e n z a ,
y el o d i o y el asco e s t a l l a n !
N o m á s ; v e t e , v e t e al p u n t o :
sal, v i l l a n o , d e e s t a c a s a .
¡Pronto, pronto!
JAIME. Pues de tí
depende que pronto salga.
La f o r t u n a no m e h a sido
propicia en toda j o r n a d a :
cien veces j u g u é mi vida,
— 27 —
y a u n q u e a l g u n a s veces g a n a
el q u e j u e g a , m u c h a s p i e v d e ,
y h o y se inclina mi b a l a n z a . . .
á la siniestra: (mondo.) del l a d o ,
s e g ú n las historias n a r r a n ,
en q u e bullen los p r o t e r v o s
y e n q u e Luzbel s e agazapa.
MAR. C o n c l u y e p r o n t o . Yo s é
que á decir vas u n a infamia:
cuanto más pronto la digas,
m á s p r o n t o el c o l o q u i o a c a b a .
A n t e s n o fuiste c o b a r d e :
el m a l y e l b i e n t e i m p o r t a b a n
lo q u e a l h u r a c á n l a arena,
lo q u e l a arista á las llamas.
Conque adelante: te escucho.
Sin r o d e o s .
JAIJIIJ. P u e s me a g r a d a . (Levantándose.^
Para un proyecto soberbio,
q u e a q u í d e n t r o se a g i g a n t a , ( L a f r e n t e . )
oro necesito y m u c h o ,
ó p r e s e a s q u e lo v a l g a n .
Tú las t i e n e s .
(Acercándose á Mariana: ésta retrocede.)
Dámelas.
T a n sólo v e n g o á buscarlas,
y y a te traerán noticias
de las a r g e l i n a s p l a y a s :
O r g u l l o Vas á s e n t i r (Riendo.)
de ser m i esposa, Mariana.
MAR. YO s o y p o b r e : n a d a t e n g o :
y a lo s a b e s .
JAIME. ¡Qué taimada! ( R i o n d o . )
¡Pues antes n u n c a mentías!
¡ C ó m o los años socaban
las m á s robustas virtudes,
las fortalezas m á s altas!
¿ Á m í c o n esas? ¡Yo s o y
en mentiras y en patrañas
g r a n m a e s t r e ! De m i n a d i e
l o g r ó burlarse en mis barbas.
Del Marqués de T o r r e n e g r a
— 28 —
c o n g r a n r e s e r v a , u n a caja
preciosa te han entregado,
no hace más que una semana.
¡Un caudal, ricas preseas!
¡oro! ¡soberbias alhajas!
L o sé p o r el q u e la t r a j o :
conque obedece y despacha.
MAR. N O m e p e r t e n e c e ; es s u y a , ( p r 0 Looneío.)
y s u m a d r e s e la g u a r d a .
JAIME. ¡ H e r e n c i a p a t e r n a ! ¡Ya! ( m o n d e . )
¿Es de Leonelo? A c a b a r a s .
(Lanzando una carcajada.)
P u e s el h i j o h e r e d a al p a d r e ,
el p a d r e a u n s i e n d o u n p i r a t a ,
d e b e h e r e d a r . . . al q u e l l e v a
s u n o m b r e , la c o s a e s c l a r a .
MAR. Ni mi Leonelo tu sangre
pestilente y renegada
llevó n u n c a , n i tu n o m b r e
u s ó j a m á s . Le b a s t a b a
c o n el m í o . Y a c a b e m o s ,
q u e l a p a c i e n c i a m e falta
y á la r o n d a a c u d i r é ,
si n o s a l e s d e e s t a c a s a .
JAIME. Bien está. Venga mi arquilla
sin m á s m e l i n d r e s n i m a u l a s .
MAR. ¿El porvenir de Leonelo?
¿Su fortuna entre tus garras?
¡No m e c o n o c e s , v i l l a n o !
JAIME. ¡Y t a m p o c o p o r l a s t r a z a s
te acuerdas de quién soy y o !
(Avanzando reconcentrado y terrible.)
¡El h o m b r e q u e o d i a y q u e m a l a '
A m í el o r o m e f a s c i n a ,
á m í la sangre m e e m b r i a g a .
¡El o r o dio s u s reflejos
á mi csbello y mis barbas;
y la s a n g r e dio á m i p i e l
su real m a n t o de escarlata!
¿ Q u é m e i m p o r t a el p o r v e n i r
de ese e n g e n d r o , n i tus Ingrimas?
¿Ni t u v i d a n i s u v i d a ,
— 29 —
ni oirás cien q u e se c r u z a r a n
e n t r e el p l a c e r q u e m e e s p e r a
y la presa que me llama?
P r o n t o ; ¡mi b o t í n !
MAH. [Jamás!
JAIMH. Piénsalo bien.
MAB. No.
JAIME. ¡Mariana!
Vas á morir. (Cogiéndola por u n brazo.)
MAR POCO importa.
JAIME. Y vendrá Leonelo. (mondo.)
MAR. Basta.
¡Eso n o ! Dios p o d e r o s o . . .
JAIME. Y con esla m i s m a daga
romperé s u corazón.
MAR. N O por Dios.
JAIME. ¡Y a q u í á t u s p l a n t a s
verás al ser d e t u ser,
al h i j o d e t u s e n t r a ñ a s !
¿ Q u é v a l e m á s ? ¿Su e x i s t e n c i a ,
ó u n mal puñado de plata?
MAR. E n l o q u e z c o .. ¡ V i r g e n m í a !
JAIME. L a riqueza es cosa vana:
si s e p i e r d e , se r e p o n e ;
p e r o la vida se acaba,
y se acaba p a r a s i e m p r e :
¡no s e r h o y ; n o s e r m a ñ a n a !
MAR. ¡ N O p o r Dios! ¡ J a i m e , p o r D i o s !
¡Mi L e o n e l o d e m i a l m a !
JAIME. ¡ R u i n m e r c a n c í a es el o r o ! ( C o n i r o n í a . ^
Sólo u n r e p r o b o , u n p i r a t a
como yo, le d a v a l o r ;
pero t ú , mujer cristiana
y v i r t u o s a . . . ¿tú vacilas
e n t r e esas j o y a s m e n g u a d a s
y t u Leonelo? ¡Imposible!
¡Fueran repugnantes ansias!
Yo t e j u z g u é m á s a m a n t e .
y más noble y m | s hidalga!
Conque ahora mismo la arquilla.
(Sacudiéndola con furor.)

MAR. ¡Espera!
50 —
JAIME. ¡ P o r la b a r b a d a
del caballo de M a h o m a ,
q u e si n o m e d a s el a r c a ,
e n t r o y le a r r a n c o á L e o n e l o
c o n mi p u ñ a l l a s e n t r a ñ a s !
MAR. ¡Eso n o ! ¡Ya c e d o !
JAIME. . ¡Vamos!
( L l e g a n al m u e b l o d o n d e e s t á l a a r q u i l l a . )
MAR. ¡Jaime!
JAIME. ¡Pronto!
( M a r i a n a saca la a r q u i l l a y so l a o n t r e g a . )
¡Bien g u a r d a d a
la tuviste! Pero t i e n e n
mis llaves mejores g u a r d a s .
Se va, riendo y mirándola, hacia oí foro. Ma-
r i a n a q u o d a d e s f a l l e c i d a por la lucha, y apoyán-
d o s e e n ol m u o b l o d e d o n d e s a c ó la arquilla.l
MAR. ¡ V i l l a n o ! . . . ¡ C o b a r d e ! . . . ¡Vil!
(Con voz ahogada: en este momento se presenta
L e o n e l o en la puerta, pero no le v o n t o d a v í a . )
¡ J u d a s ! ¡Me s i e n t o t e n t a d a
de llamar á mi Leonelo,
para que como á un pirata
q u e fuiste y u n r e n e g a d o ,
te eche á palos de esta casal

ESCENA IX
MARIANA, JAIME y LEONELO

LEÓN. ¡Ya m e t i e n e s !
MAR ¡Hijo m í o !
LEÓN. ¿ Q u é te a s o m b r a ? Me l l a m a b a s
y acudo.
(Jáímo v a á salir, pero Leoncio so d e s p r e n d o do su
m a d r e , s e p r e c i p i t a á l a p u e r t a y c i o r r a o l p a s o a!
pirata.)
No; paso á paso.
La salida está c e r r a d a .
¡Tenemos que hablar los tres,
Vive Cristo!
— 31 —
JAIME. ¡Bien, M a r i a n a !
T u lo quisiste; pues sea.
E s p e r o . ¿Qué q u i e r e s ? H a b l a .
LEÓN. Una historia me h a contado
allá a d e n t r o el b u e n R o d r i g o ;
pero saber no consigo
lo q u e e n el fondo e n h a b l a d o
de esa historia se r e s u e l v e ,
e n r e d a n d o su m a d e j a .
¡Un m a r i d o q u e te deja,
y hoy un marido que vuelve!
MAR. ¡NO más, Leonelo; no más!
LEÓN. ¿Es mi padre, madre mía?
JAIME. N i lo s o y , n i lo s e r í a ,
ni quise serlo j a m á s .
¡Si l a d u d a , v i v e Dios,
te c o n t u v o . . . l a r a s g a m o s !
LEÓN. ¿ES mi padre?
MAII. No.
JAIME. Riñamos,
si t e a p e t e c e , l o s d o s .
MAR. ¡No s o y l i v i a n a , . , n o á fé!
(A Leoncio con angustia.)
¡no d u d e s , n o m e m a l d i g a s !
LEÓN. N o h a c e f a l l a q u e lo d i g a s ,
q u e e s o d e s o b r a lo s é .
JAIME. ¡ N O t e a p u r e s . . . si s e a l e g r a !
( A Mariana rionílo )
LEÓN. ¡Si l a d i c h a m e a r r e b a t a !
MAR. Me v e n d i ó c o m o u n p i r a t a . , .
JAIME. Al m a r q u é s d e T o r r e n e g r a .
LEÓN. ¡ N O llores, n o llores, madre!
¡Si y o t u v i r t u d a b o n o !
¡Si y a casi le p e r d o n o
por no haber sido m i padre!
¡Pudo serlo! Y su partida
d e él n o s l i b r ó , m a d r e a m a d a ;
p u e s fué l a a c c i ó n m á s h o n r a d a
y más noble d e su vida.
MAR. ¡Hijo!
( j á i m o los c o n t o m p i a c o n b u r l a , a p r e t a n d o l a a r

q u i l l a contra su p o c h o . )
— 52 —
LEÓN. ¡ N O l l o r e s .. te q u i e r o ! . . .
¡Te a d o r o ! . . . ¡Beso t u m a n o ! . . .
Dame por padre un villano;
d a m e p o r p a d r t un p e c h e r o ;
d a m e p o r p a d r e u n infiel;
u n f o r z a d o en s u c o n d e n a ;
u n e s c l a v o con c a d e n a ;
¡ t o d o s , t o d o s . . . m e n o s él!
(So s e pa ra de su ma dre y v u o l v e á la puorU: su
m a d r e le s i g n o . )
JAIME. El a f á n d e o r o m e t r a j o :
oro b uscab a no más:
oro con sangre m e das,
¡ a g r a d e z c o el a g a s a j o !
Ó a p á r t a t e d e esa p u e r t a ,
ó e c h a l a t a j a n t e al v i e n t o .
Tengo prisa.
LEÓN. Lo l a m e n t o .
JAIME. b
A rirás.
LEÓN, (АЫ-О I a p u e r t a y la verja (lo l a ca llo.)
¡Pues ya esta ab ierta!
¿ L o yes? L a p u e r t a f r a n q u e a d a .
Está cumplido tu antojo.
(Jaime quiere sa lir: Leoncio desnuda la espa da y
separa á su ma d r e . E l p i r a t a deja la a r q u i l la y
saca su espa da .)
Antes cerrab a un cerrojo;
pero ahora cierra una espada.
( j á i m o y L o o n o l o so mueven t o ma n d o d i s t a n c i a s ;
pe:o sin a cometerse toda vía .)
Млн. ¡Eso n o ! ¡ S o c o r r o ! ¡Á m í !

ESCENA X
L O S MISMOS y R O D R I G O

MAR. ¡Rodrigo!
Llama á la r o n d a .
ROD. ¡Leonelo!
MAR. ¡NO hay quien responda!
ROD. ¡All d e l r e y ! ( D e s d o l a v e r j a . )
MAR. ¡LUZ p o r a l l í !

4
( L c o n e l o y J a i m e c o m o (los g a t o s m o n t e s e s se o b -
s e r v a n , se t o m a n l a s v u e l t a s : so acometen breves
instantes: se buscan: se s e p a r a n , liste asalto d e b e
estudiarse bien y con verdad: es más que e s g r i m a
do c ^ l i a l l c r e s , e s g r i m a de r u f i a n e s . )
JAIME. ¡ P o r el h o m b r e q u e o d i a y m a t a !
¡ P o r el o r o q u e m e e s p e r a !
¡Por mi Mariana hechicera! ( R i e n d o . )
¡Por mi s a n g r e de pirata!
LEÓN. ¡Si; p o r tu s a n g r e d e p e r r o !
¡ p o r la a f r e n t a d e m i m a d r e !
¡por la m í a , p o r m i p a d r e !
¡por Dios y por este h i e r r o !

ESCENA ULTIMA

L O S M1SMGS y R O D R I G O , M E N D O Z A , G E N T E
D E L P U E B L O q u e s e a g o l p a á l a p u e r t a : al final l a
RONDA

MENO. ¡Riñe! ¿con quién?


RUD. ¡Con s u p a d r e !
VOCES. ¡Con s u p a d r e !
MENO. ¡Santo Dios!
(So quiero interponer e n t r e a m b o s : lo m i s m o M a -
r i a n a y R o d r i g o : ol p u e b l o s - » a g o ' p a . )
JAIME. ¡Atrás!
LtoN. ¡ N a d i e e n t r e los d o s !
¡Esta es la b u e n a ! ¡Al fin, m a d r e !
(Jaime, berido, vacila y cae j u n t o al c o f r e c i l l o ,
a b r a z á n d o l o al m o r i r . )
MAR. ¡Hijo m í o ! (Abrazándole.)
VOCES. ¡ R o d ó ai s u e l o !
MEND. ¿Qué hiciste?
ROD. (Á don Luis.) ¡Si era un bandido!
¡si r o b a m o s lia q u e r i d o
t o d o el c a u d a l d e L e o n e l o !
LEÓN. ¡Su e x p i a c i ó n !
MAU. ¡Merecida!
MI¡;ND. ¡Mató á su p a d r e p o r o r o !
Roo. ¡Si e r a u n t e s o r o !
— 3 4 —

VOCES. |Un tesoro!


O T R A S VOCES. ¡Parricida!
MEND. ¡Parricida!
VOCES. ¡Muera, m u e r a !
LEÓN. Ya os e s p e r o .
MEND. ¡Miserable!
VOCES, (Á Looneío.) ¡Morirás!
MAR. ¡Es i n o c e n t e !
LEÓN. (NO más,
q u e t u h o n o r e s lo p r i m e r o )
¡Yo l e o d i a b a y él á m í !
¡ T u r b a n e c i a , t u r b a loca!
¡me p r o v o c ó ! . . . ¡quien p r o v o c a
á Leonelo... acaba asi!
¡Nada ataja m i furor!
¡le m a t é ! . . . ¡ n o m e a r r e p i e n t o !
VOCES. ¡Muerte... muerte y escarmiento!
O T R A S V O C E S . A q u í la Ronda.
MEND. ¡Qué h o r r o r !
LEÓN. ¡Adiós, m a d r e de m i vida!
¡Dame u n beso y otro más!
¡que t ú n u n c a olvidarás
á L e o n e l o el p a r r i c i d a !
( S e precipita sobre la g e n t e , ia acuchilla y so abre
paso.)
VOCES. Mató á su p a d r e .
O T U A S VOCES. ¡ Á su padre!
MEND. ¡Dadle c a z a !
MAR. ¡ P o r el c i e l o !
VOCES. Muerte... muerte.
MAR. ¡Mi L e o n e l o !
LEÓN. Paso, canalla... adiós, m a d r e .
(Riído d e espadas. Telón.)

FIN
OBRAS D E L MISMO AUTOR

E L LIBRO TALONARIO, c o m e d i a e n u n acto, original y e n verso.


L A ESPOSA DEL VENGADOR, d r a m a e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y e n v e r s o .
LA ÚLTIMA NOCHE, d r a m a e n t r o s a c t o s y u n e p í l o g o , o r i g i n a l y
en verso.
E N EL PUÑO DE LA E S P A I A , d r a m a t r á g i c o e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l
y en verso.
U N SOL QUE NACE Y UN SOL QUE MUERE, c o m e d i a e n u n a c t o , o r i -
ginal y en verso.
CÓMO EMPIEZA Y CÓMO ACABA, d r a m a t r á g i c o e n t r e s a c t o s , ori-
ginal y en verso. ( P r i m e r a p a r t e de u n a trilogía.)
E L GLADIADOR D E R A V E N A , t r a g e d i a e n u n a c t o y e n v e r s o , i m i -
tación.
Ó LOCURA Ó SANTIDAD, d r a m a e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y en p r o s a .
IRIS DE PAZ, c o m e d i a e n u n a c t o , o r i g i n a l y e n v e r s o .
PARA TAL CULPA TAL P E N A , drama en dos actos, original y en
verso.
Lo QUE NO PUEDE DECIRSE, d r a m a o r i g i n a l e n t r e s a c t o s y en
prosa. ( S e g u n d a p a r t e de la trilogía.)
E N EL PILAR Y EN LA CRUZ, d r a m a o r i g i n a l e n t r e s a c t o s y e n
verso.
CORRER EN POS DE U.N IDEAL, c o m e d i a o r i g i n a l , e n t r e s a c t o s y
en verso.
ALGUNAS VECES AQUÍ, d r a m a o r i g i n a l e n t r e s a c t o s y e n p r o s a .
MORIR POR NO DESPERTAR, leyenda dramática original en un
acto y en verso.
E N EL SENO DE LA MUERTE, l e y e n d a t r á g i c a o r i g i n a l e n t r e s a c -
tos y en verso.
BODAS TRÁGICAS, c u a d r o d r a m á t i c o d e l siglo x v i , o r i g i n a l , e n u n
acto y e n verso.
MAR SIN ORILLAS, d r a m a o r i g i n a l o n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
LA MUERTE EN LOS LABIOS, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n p r o s a .
E L GRAN GALEOTO, d r a m a o r i g i n a l en t r e s a c t o s y e n v c r s . i , p r e -
c e d i d o d e u n diálogo e:i p r o s a .
HAROLDO EL NORMANDO, l e y e n d a t r á g i c a o r i g i n a l e n t r e s a c t o s y
en verso.
Los DOS CURIOSOS IMPERTINENTES, a r a m a e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
( T e r c e r a p a r t e de la trilogía.)
CONFLICTO ENTRE DOS DEBERES, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n verso.
U N MILAGRO EN EGIPTO, e s t u d i o t r á g i c o e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
P I E N S A M A L . . . ¿Y ACERTARÁS? c a s i p r o v e r b i o e n tres actos y en

verso.
LA PESTE DE OTRANTO, d r a m a o r i g i n a l e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
VIDA ALEGRE Y MUERTE TRISTE, d r a m a original en Ires actos y
en verso.
EL BANDIDO LISANDRO, e s t u d i ó d r a m á t i c o e n t r e s c u a d r o s y e n
prosa.
D E MALA R A Z \ , d r a m a e n p r o s a y e n t r e s a c t o s .
Dos FANATISMOS, d r a m a e n p r o s a y e n t r e s a c t o s .
EL CONDE LOTARIO, d r a m a e n u n a c t o y e n v e r s o .
LA REALIDAD Y EL DELIRIO, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n p r o s a .
EL HIJO DE CARNE Y EL IIUO DE HIERRO, d r a m a e n t r e s a c t o s y en
prosa.
Lo SUBLIME EN LO VULGAR, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
MANANTIAL QUE NO S E AGOTA, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n v e r s o .
L o s RÍGIDOS, d r a m a e n t r e s a c t o s y e n v e r s o p r e c e d i d o d e u n
diálogo-exposición en prosa.
SIEMPRE EN UIDICUI.O, d r a m a e n t r e s a c t o s y en p r o s a .
E L PRÓLOGO DE UN DRAMA, d r a m a e n u n a c t o y e n v e r s o .
IRENE D E OTRANTO, ó p e r a en t r e s a c t o s y e n v e r s o .
AUMENTO AL CATALOGO DE 1 . ° DE JUNIO DE 1 8 8 8 .
COMEDIAS Y DRAMAS.
Propiedad
que
TÍTULOS. ACTOS. AUTORES, co: responde-

Heridos y contusos. 1 Sres. Larra y G a l l ó " . Todo.


Leonor 1 île Aragon 1 Pedro Navarro
Olas de sangre I Manuel Izquierdo
Por un sombrero 1 J . Guijarro y F . Olona
Clown 3 José Kola
RI molino del Carmen ô Josó Pola
Lo : ublimc en lo vulgar ó José Ecli°garay
War y cielo ó IC Gaspar y A. G u i m a r a . . .
Teresa 5 José Fola

ZARZUELAS.
¡Aquello! Tomás Gómez M.
Cerlámcn nacional Perrin y Palacio; L.
Dsspaclio parroquial Tomas Calamita i\í 11.
El golpe tle gracia S e ñ a , Hurtado y Caballero L. V l)-2 iti
En la plaza de O r i e n t e . . . Cuevas L. '
Epilogo Rojas, Uuiz y San losé . . . L. y M.
La cruz blanca i errin y Palacios. L.
La verdad desnuda Arniches y Cantó L.
Pepa, Pepe y Pepín Rafael M. Liern L.
Perder la pista Luis Larra L.
Plan de estudios Calixto Navarro •1-2 L
Por F.spafia Varas, Rojas y San J o s é . . L. v
Quedarse in albis Rafael Taboaila M."
Timos conyugales Luis Arnedo SI.
El rey reiría .M. R. Tormo y 11. N i e l o . . . L . y II.
Nacón Olona, Ferrer y G. l'aboada L. y 1)2 >¡.
Una broma en Carnaval. Casademunt y "Strauss, L . v M.
Sustos y enredos Juan García Cátala 11. '

jRCIUVO \ C0P1STKH1A MUSICAL

PARA GRANDE Y PEQUEÑA ORQUESTA ..

PKOP1LDAI) Utí

FLORENCIO FISCO WICH, EDITOR.

Habiendo adquirido de un gran número de nuestros me-


jores Maestros Compositores, la propiedad del derecho de
reproducir los papeies de orquesta necesarios á la represen-
tución y ejecución de sus obras musicales, hay un completo
su rtido de instrumentales que se detallan en Catálogo sepa-
rado, á disposición H« las Empresas.
PUMOS DE VENTA

En casa de los corresponsales y principales librerías de E s -


paña y Extranjero.
f Pueden también hacerse los pedidos de ejemplares direc-
tamente al EDITOR, acompañando su importe en sellos de
franqueo ó libranzas, sin cuyo requisito no serán servidos.

También podría gustarte