Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
I ya "Í
E L TEATRO-
COLECCIÓN DE OBRAS DRAMÁTICAS Y LÍRICAS.
EN--EL SENO
DE ..LAV;MlJÉRTE,
LEYENDA TRÁGICA. EN TRES ACTOS,
JOSÉ EGHK(TARAY
MADRID.
HIJOS DE A. GÜLLON, EDITORES.
OFICINAS: POZAS—2—2.°
1879.
EN EL SENO DE LA MUERTE.
OBRAS D E L MISMO AUTOR.
EL LIBRO TALONARIO, c o m e d i a e n u n a c t o , o r i g i n a l y e n v e r s o .
L A ESPOSA DEL VENGADOR, d r a m a e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y e n v e r s o .
LA ÚLTIMA NOCHE, d r a m a e n t r e s a c t o s y u n epílogo, o r i g i n a l y
en v e r s o .
E N EL PUÑO DE LA ESPADA, d r a m a t r á g i c o e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y
en verso.
UN SOL QUE NACE Y ÜN SOL QUE MUERE, c o m e d i a e n u n a c t o , o r i g i -
nal y e n v e r s o .
CÓMO EMPIEZA Y CÓMO ACABA, d r a m a t r á g i c o e n t r e s a c t o s , origi-
nal y e n v e r s o . ( P r i m e r a p a r t e d e u n a t r i l o g í a . )
E L GLADIADOR DE RAVENA, t r a g e d i a en u n acto y e n v e r s o , i m i -
tación.
Ó LOCURA ó SANTIDAD, d r a m a e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y en prosa.
IRIS DE PAZ, c o m e d i a en u n a c t o , o r i g i n a l y e n v e r s o .
PARA TAL CULPA TAL PENA, d r a m a en dos actos, original y en
verso.
Lo QUE NO PUEDE DECIRSE, d r a m a o r i g i n a l en t r e s a c t o s y e n p r o -
s a . ( S e g u n d a p a r t e d e la t r i l o g i a . )
E N EL PILAR Y EN LA CRUZ, d r a m a original e n t r e s a c t o s y e n
, verso.
CORRER EN POS DE UN IDEAL, c o m e d i a o r i g i n a l , e n t r e s actos y
en v e r s o .
ALGUNAS VECES AQUÍ, d r a m a original en t r e s actos y e n p r o s a .
Al ORÍ R POR NO DESPERTAR, l e y e n d a d r a m á t i c a en u n acto y en
verso.
E N EL SENO DE LA MUERTE, leyenda t r á g i c a e n t r e s actos y e n
verso.
EN EL SENO DE LA MUERTE,
POR
JOSÉ ECHEOARAT.
MADRID.
IM-PRENTA D E J 9 S É R O D R I G U E Z . — C A L V A R I O , 18,.
1879,
PERSONAJES. ACTORES.
LAURIA.—MARQUET.—BARROSO, \
capitanes
y CHICO.
t S R E S . C. REVILLA
y
Y
^
LOPE
CAL-
rey * vo ( D . José).
UN P A J E , q u e h a b l a S R . MIRALLES.
Pajes, escuderos, capitanes, almogávares, etc.
O
ESCENA PRIMERA.
BER. Dios g u a r d e al b u e n P e r a l a d a .
ROGER. Dios t r a i g a p a r a algo b u e n o
al alcaide d e la t o r r e ,
q u e e n este m a l d i t o c e r c o ,
m á s nos i m p o r t a g u a r d a r
c o n t r a el f r a n c é s , por d o n P e d r o .
BEU. Mientras tenga Berenguel
las llaves del torreón viejo,
q u i e n e n t r e al g r i t o d e « ¡ F r a n c i a ! »
e n él dejará los h u e s o s ;
que aquella vetusta mole
y a q u e s t e a l m o g á v a r fiero,
no r e c o n o c e n m á s r e y
.de Valencia al P i r i n e o ,
—a _
q u e al m o n a r c a d e A r a g ó n
el noble Pedro tercero. (Saludando.)
ROGER. Me a g r a d a e n tí ese l e n g u a j e .
BER. ¿ E n q u é ocasión, n i e n q u é t i e m p o ,
no afirmé c o n m i s p a l a b r a s
lo q u e p r o c l a m a n m i s h e c h o s ?
D u d a s de m í !
ROGER. Yo dudar!...
BER. NO? P u e s p o r tí lo c e l e b r o .
ROGER. E S , Berenguel, que muy tristes
son los años q u e c o r r e m o s ,
m á s fecundos e n infamias
q u e ricos e n e s c a r m i e n t o s .
Q u e la lealtad a n d a v i u d a
porque no hay u n caballero
q u e la d e s p o s e , y e n c a m b i o
la traición los halla á c i e n t o s .
N o h a y a m i g o del a m i g o ,
n i los d e u d o s son y a d e u d o s ,
ni hay h e r m a n o para hermano
si a n d a la anQ;ion p o r m e d i o .
BER. Dígalo el q u e el Rosellon
h a v e n d i d o al r e y e z u e l o ,
q u e e n t r e u n legado del Papa
y el rey de Francia s o b e r b i o ,
mandó Roma vengativa
á r e c o g e r d e e s t e suelo
la n o b l e y f é r r e a c o r o n a
de d o n J a i m e y d e d o n P e d r o .
Él le a b r i ó n u e s t r a s f r o n t e r a s :
¡mal r a y o le h u b i e r a a b i e r t o !
mas á cerrarlas venimos
con peñascos y eon pechos,
y el P i r i n e o es m u y d u r o ,
y el a r a g o n é s m u y t e r c o .
ROGER. ¡Ojalá q u e todo- salga
á m e d i d a d e l deseo!
P e r o a s ó m a t e á las t o r r e s
d e este castillo r o q u e r o , ,
y v e r á s la odiosa h u e s t e
en q u e nos v e m o s e n v u e l t o s ,
a p r e t a n d o sus anillos
— 9 —
c o n t r a n u e s t r o s m u r o s viejos,
¡Ah, B e r e n g u e l , q u e n o b a s t a n
d u r a s p i e d r a s , nobles p e c h o s
p a r a atajar el t o r r e n t e
q u e asoma p o r esos c e r r o s .
El m i s m o Carlos de F r a n c i a ,
de sus fuerzas c o n el g r u e s o ,
se nos vino p o r s o r p r e s a
encima.
BER. Ya le t e n d r e m o s
debajo, q u e p a r a t o d o
se e n c u e n t r a m a n e r a j t i e m p o .
Como el c o n d e d e A r g e l e z ,
(Coa cierto mistero.)
d e a q u e s t e castillo d u e ñ o ,
quiera resistir...
RSGER. ¡Don J a i m e !
Si h a y u n h o m b r e e n todo el r e i n o
c a p a z d e a r r a n c a r al d i a b l o
corona, cabeza y cetro,
ese h o m b r e es el C o n d e . Y p o n
e n lo q u e d i c e s m á s t i e n t o .
BER. Ni d u d o d e s u c o r a j e ,
ni hay b a r ó n de m á s esfuerzo,
n i e n las t o r r e s d é A r g e l e z
nació mejor caballero.
P e r o el h o m b r e al fin es h o m b r e ,
y si lo q u e h a y a q u í d e n t r o
(Golpeándose el pechoi)
está e n p o d e r d e u n a h e r m o s a ,
ya no es s u y o .
ROGER. ¿Y t e m e s ? . . .
BE«. Temo
q u e la c o n d e s a le a p o q u e
y q u e e n l l e g a n d o el m o m e n t o
del e s t r a g o , p o r s a l v a r l a ,
a b r a el m u r o al e x t r a n j e r o .
Yo lo d i J 3 .
ROGER. Y si lo d i c h o
no r e c o g e s , t e p r e v e n g o
q u e á e s t o c a d a s volverá .
(Poniendo mano al puño de la espada.)
— 10 —
á t u garganta de perro.
BER. E S poco h o m b r e P e r a l a d a
p a r a B e r e n g u e l el viejo.
No b a s t a n m a n o s d e n i ñ o
para t a n curtidos cueros,
y son dardos m i s palabras
q u e se m e t e n c a r n e a d e n t r o .
ROGER. E n eso sí q u e v e r d a d
dijiste.
BER. P u e s . y a lo c r e o .
E n eso y e n t o d o y s i e m p r e
sé lo q u e d i g o , m a n c e b o .
E n este castillo s o b r a n
m u j e r e s : y m e refiero
á la c o n d e s a ; y s i acaso
no te basta, darte puedo
otro n o m b r e : cierta Juana,
esposa d e u n e s c u d e r o ,
sin t a c h a c o m o soldado
p e r o c o m o h o m b r e sin seso.
ROGER. Y p o r si n o t e b a s t a s e
m o r d e r al C o n d e , t u d u e ñ o ,
y ultrajar á la condesa
con t u s malos pensamientos,
¿babeas c o n t r a m i J u a n a
lo q u e q u e d a d e v e n e n o ?
P u e s p r o b e m o s si es t a n d u r o
c o m o d i c e s t u pellejo,
que ya no te aguanto m á s
insolencias ¡vive e l Cielo!
(Desnuda la espada.)
BER. Qué? t e e m p e ñ a s ?
ROGER. No lo ves?
BER. P u e s p r o b e m o s . (Lo mismo.)
ROGER. Pues probemos.
— 11 —
ESCENA n .
ESCENA III.
BEATRIZ. ¿ P o r q u é reñíais?
ROGER. Ese hombre
infunde á todos sospechas.
Si e n e l castillo n o h a y b r e c h a s
t o d a v í a ¡por m i n o m b r e !
q u e a b r i r l a s al e n e m i g o
puede de noche u n traidor,
y q u e la b r e c h a mejor
para u n m u r o es u n postigo.
BEATRIZ. B e r e n g u e l fué s i e m p r e leal.
ROGER. E s o p e n s é yo t a m b i é n .
BEATRIZ. ¿Y a h o r a n o lo piensas?
ROGER. Quién
se l i b r a de: p e n s a r mal?
BEATRIZ. S i n p r u e b a s !
ROGER. Alguna, t e n g o
y c o n ella b r e g o y l u c h o .
BEATRIZ. P u e s h a b l a , q u e y a t e e s c u c h o .
ROGER. P u e s á l a v e r d a d m e a t e n g o .
(Pausa. Se acerca con misterio á la Condesa.)
Anoche, para cumplir
o r d e n q u e el Conde m e d i o ,
y a m u y t a r d e , bajé yo '
al s u b t e r r á n e o q u e a b r i r ,
como encubierto camino,
hizo el Conde Bonifacio,
d e s d e e s t e a n t i g u o palacio
h a s t a el collado v e c i n o .
Sabéis que rodeando pasa
del t o r r e ó n viejo el c i m i e n t o ,
q u e e n él b u s c a f u n d a m e n t o ,
que su enorme cueva r a í a ,
y q u e de ella,'bien 6 m a l ,
le s e p a r a n n o c h e y d i a
un muro de cantería
y u n a verja d e m e t a l .
P o r la a n g o s t u r a a v a n c é
c o n la l i n t e r n a t a p a d a :
llegué á la verja c e r r a d a ,
m e detuve y escuché.
S o m b r a s : silencio m e d r o s o :
h ú m e d o y M o el a m b i e n t e :
y p o r e n c i m a el t o r r e n t e
i. q u e v i e n e á l l e n a r el foso.
A p a s a r iba m á s lejos,
c u a n d o e n la c u e v a d e al lado
y p o r e n t r e el e n r e j a d o ,
vi d e u n a l u z los reflejos.
Me a s a l t a n e x t r a ñ a s d u d a s :
m e p a r o y m i r o al t r a v é s :
son B e r e n g u e l y u n francés,
los d o s c o n c a r a d e J u d a s .
E s c u c h o , p e r o no h a y m o d o
de e n t e n d e r s u c h a r l a e t e r n a :
salen p o r u n a p o t e r n a . . .
BEATRIZ. Y el C o n d e ?
ROGER. LO s a b e t o d o .
P o r eso le l l a m a a q u í ,
y él p o r eso t e m é él d a ñ o .
BEATRIZ. E S e x t r a ñ ó .
ROGER. Muy e x t r a ñ o .
J e ANA. Don J a i m e . (Mirando al fondo.)
ROGER. (LO mismo.) Don J a i m e , sí.
ESCENA IV.
BEATRIZ, JUANA, ROGER, JAIME.
De asalto al m e n o r a s o m o
- 14 -
la c a m p a n a el a i r e h i e r a :
de trecho en trecho una hoguera
p a r a d e r r e t i r el p l o m o :
las c a t a p u l t a s a r m a d a s ,
los h o n d e r o s p r e v e n i d o s ,
los h i e r r o s e n r o j e c i d o s ,
y las estopas mojadas.
Esta noche no hay reposo,
q u e e n el c a m p o h a y m o v i m i e n t o ;
y q u e v e n g a n al m o m e n t o
Lauria, Marquet y Barroso.
(Los capitanes se retiran: Jaime avanza quitándose
el casco y los g u a n t e l e t e s . )
BEATRIZ. J a i m e . . . m i J a i m e . . .
JAIME. Beatriz...
BEATRIZ. T e m e s algo?
JAIME. Por m í , nada:
por t í , todo, prenda amada.
H a b l a s t e ? . . . ( Á Roger con afán.)
ROGER. Hablé c o n O r t i z .
JAIME. (Llevándole aparte y en voz baja.)
¿Y d a r á paso s e g u r o
el francés?
ROGER. B u e n a s son esas:
ciendoblas aragonesas,
mejor q u e el m e j o r c o n j u r o ,
e n el diablo h a c e n d e s m o c h e
y le t r u e c a n e n c o r d e r o .
JAIME. Y él r e s p o n d e ? . . .
ROGER. Por e n t e r o .
JAIME. Y ha de ser pronto?
ROGER. Esta n o c h e .
JAIME. Gracias á Dios! Me h a s quitado
h o r r i b l e peso d e e n c i m a .
P o r q u e sé q u e se a p r o x i m a
el t r a n c e d e s e s p e r a d o ,
q u e está Carlos p r e v e n i d o ,
que sus máquinas apresta,
q u e y a cruje la ballesta,
q u e y a el arco está t e n d i d o ;
y a n t e s q u e luzca s u s galas
la a u r o r a d e l - n u e v o d i a ,
— 15 -
v e r e m o s c o n agonía
p o r c i e n flotantes escalas,
sujetas c o n garfios d u r o s ,
c u a l del jabalí los p e r r o s ,
los franceses d e esos c e r r o s
colgándose á n u e s t r o s m u r o s .
Oye, J u a n a . (En voz alta.)
JUANA. Mi s e ñ o r .
JAIME. Amas mucho á t u marido?
JUANA. C u m p l o lo q u e h e p r o m e t i d o
p o r m i Dios y p o r m i h o n o r .
JAIME. P a r a el r e y pliegos le d i ,
y paso p u d e l o g r a r l e .
Tú quieres acompañarle?
JUANA. (Sin poder dominar su contento.)
F u e r a del castillo?
JAIME, SÍ.
JUANA. Y vos m e lo p r e g u n t á i s ?
JAIME. Pues bien, prepáralo todo.
Y t ú le e x p l i c a s . . .
(Volviéndose á Roger: este hace una señal de inte-
ligencia.)
JUANA. Y hay m o d o ? . . .
JAIME. De q u e esta n o c h e s a l g á i s .
JUANA. P e r o dejaros! J a m á s ( Á Beatriz con cariño.)
p o d r é yo salir s i n vos.
BEATRIZ. P a d r e y m a d r e , dijo Dios,
p o r t u esposo d e j a r á s .
ROGER. E n la c o l i n a CGrCaHR. (Como dando prisa.)
está e s p e r a n d o el f r a n c é s .
J.4IME. ( A Juana separándola de Beatriz.)
De eso h a b l a r e m o s d e s p u é s .
JUANA. Adiós, s e ñ o r a .
BEATRIZ. Adiós, Juana.
(Vánse Juana y Roger por la izquierda, primer
término.)
ESCENA V.
BEATRIZ y JAIME.
2
— 18 —
ATRiz. Es fantástica q u i m e r a
y es tristísimo d e s b a r r o
en u n ídolo d e b a r r o
poner la existencia e n t e r a .
No, Jaime, n o : t u deber
y t u h o n o r c o n s e r v a ilesos;
esos t u ídolos, esos,
que siempre son, deben s e r .
JAIME. T u n o b l e z a al c o n t e m p l a r ,
t u h e r m o s o a c e n t o al o i r ,
m á s t e a m a r a á no s e n t i r
que m á s no te puedo amar.
P o r f o r t u n a , la h o n r a m í a ,
y t u a m o r n o se p r e p a r a n
á l u c h a r , q u e si l u c h a r a n
yo sé b i e n c u á l v e n c e r í a .
Muy al c o n t r a r i o , á m i v e r .
en este trance de horror
sólo salvando m i a m o r
puedo cumplir m i deber.
BEATRIZ. No t e c o m p r e n d o .
JAIME. Pues oye,
Beatriz, y no m e interrumpas.
En lamentos no prorumpas
c u a n d o m i m a n o s e apoye
en t u m a n o de este modo;
(Se acerca á ella, le coge una mano, la mira lija-
mente y la atrae á s í . )
y e n t u s ojos b u s q u e t u a l m a ;
y t e p i d a fuerza y c a l m a
para decírtelo todo.
(Pepueña pausa.)
Q u e m i castillo es m u y viejo,
q u e el s i t i a d o r e n t r a r á ,
q u e q u i e n n o ceje c a e r á ,
y q u e y o , B e a t r i z , no cejo.
S i n r e c u r s o s n o e s d e ley
n i yo p u e d o r e s i s t i r ;
p e r o yo p u e d o m o r i r
p o r A r a g ó n y su, r e y .
BEATRIZ. Y a lo s é . Ya lo h e p e n s a d o ;
q u e esa g e n t e es liera y t e r c a :
por eso quiero estar cerca
para morir á t u lado.
JAIME. Mira lo q u e h e d e e v i t a r .
BEATRIZ. P u e s m i r a c ó m o h a d e s e r .
JAIME. E s t a n d o al a m a n e c e r
m i esposa e n el c a s t a ñ a r
que por la parte de Oriente
t e r m i n a ese b o s q u e u m b r í o ;
p a s a n d o d e s p u é s el r i o ,
y escoltada p o r m i g e n t e ,
q u e es d e confianza y d e p r e z ,
en todo el c a m i n o viejo,
del sol al p o s t r e r reflejo
l l e g a n d o al fin A r g e l e z .
B E A T R I Z . Y O ? sola?
JAIME. N O : por mi h e r m a n o
Manfredo allí p r o t e g i d a
a g u a r d a s d e esta e m b e s t i d a
el d e s e n l a c e c e r c a n o .
R e s p o n d e , B e a t r i z ; ¿irás?
BEATRIZ. N o . ¡ S e p a r a r m e d e t í ,
y mientras m u e r e s aquí
yo c o n Manfredo? J a m á s .
JAIME. P u e s todo está p r e p a r a d o
y con Roger y con Juana
has de partir.
BEATRIZ. Lucha vana.
No h a y p o d e r e n lo c r e a d o ,
m a l á m a l ó bien á b i e n ,
que m e obligue á abandonarte.
JAIME. E S q u e yo q u i e r o s a l v a r t e !
BEATRIZ. (Para sí.) (Salvarme q u i e r o t a m b i é n .
JAIME. Beatriz!
BEATRIZ. Jaime!
JAIME. Por mi amor!
ESCENA VI.
BEATRIZ, JAIME, un PAJE por el l'onclo.
JAIME. Q u i é n va?
PAJE. Si m e dais l i c e n c i a *
— 20 —
JAIME. Qué buscas?
PAJE. Con g r a n urgencia
hablaros quiere, señor,
u n capitán q u e p o r ley
d e s u a r r o j o y s u fatiga
burló la línea e n e m i g a
y es m e n s a j e r o d e l r e y .
JAIME. Q u e p a s e . (Váse el P a j e . )
ESCENA VIL
BEATRIZ, JAIME, MANFREDO por el fondo.
JAIME. Beatriz!
BEATRIZ. NO cedo.
MANF. ( A p . ) (Ella y é l . J u n t o s e s t á n . )
JAIME. A c e r q ú e s e el c a p i t á n .
MANF. (Avanzando.) Jaime.
JAIME. (Reconociéndolo.) Manfredo!
BEATRIZ. (Con horror.) Manfredo!
(Jaime va á su hermano con afán y le abraza eon
en riño.)
JAIME. P o r q u é vienes?
MANF. P o r q u e el r e y
p l i e g o s m e dio p a r a t í :
(Saca unos pliegos y se los entrega.)
y porque supe que aquí
se l u c h a b a , y e s d e l e y
m i e n t r a s se c o n s e r v e e n t e r a ,
q u e n o e s t é ociosa l a e s p a d a
c o n t r a esa i n f a m e c r u z a d a
que cruzó nuestra frontera.
JAIME. P e r o d i , ¿cómo p u d i s t e
p a s a r el c a m p o f r a n c é s !
MANF. Mi l e m a s a b e s c u a l e s :
querer y basta.
JAIME. Y. quisiste?
MANF. Y q u i s e y p a s é . Y e s cosa
averiguada q u e ya
nadie m e separará
de m i h e r m a n o y d e s u e s p o s a .
AIME. P u e s y a t a r d a s , y e s desliz
en darle brazos de h e r m a n o .
(Señalando á su esposa.)
Á m í p r i m e r o , esto es l l a n o ,
pero después á Beatriz.
MANF. (Acercándose á Beatriz.)
L o s e s t r a g o s d e la g u e r r a
empañar no consiguieron,
c u a n d o al espacio s u b i e r o n
e n v a p o r e s d e la t i e r r a ,
y en u n a y otra jornada
d e l asedio d e esta villa,
n i el c a r m í n d e e s a mejilla
n i el fulgor d e e s a m i r a d a .
Pálido p e n s é e n c o n t r a r
ese divino s e m b l a n t e ,
¡pero n o h a y s o m b r a b a s t a n t e
para tanto luminar!
BEATRIZ. Velaba J a i m e p o r m í
y p o r m í velaba Dios.
MANE. P u e s ahora seremos dos
y Dios, á v e l a r p o r t í .
JAIME. T a r d e e s y a : l a r u i n a llega,
y el m u r o y a n o p r o t e g e ,
y e s forzoso q u e se aleje
d e e s t e c a s t i l l o , y se n i e g a .
MANF. S a l i r d e l castillo!
(Con sorpresa y enojo mal contenido.)
JAIME. Escudo
q u e se r o m p e se a b a n d o n a .
Torre q u e se desmorona
no aprovecha.
JÍANF. ( Á Beatriz con afán.) Y t ú ? . . .
BEATRIZ . Yo d u d o
(Con intención y mirándole fijamente.)
JAIME. Q u é d i c e s , q u e el c o r a z ó n
se m e e n s a n c h a al e s c u c h a r l o ?
BEATRIZ. Digo, d e s p u é s d e p e n s a r l o ,
que quizá tengas razón.
Aquí t u cuidado absorbo,
amortiguo tu pujanza,
soy e s t o r b o á t u v e n g a n z a
y á t u gloria soy e s t o r b o .
— 22 —
Todo el t i e m p o q u e á m i s p i e s
c o n caricias t e a s e g u r o ,
h a c e s falta sobre el m u r o
c e r r a n d o el paso al f r a n c é s .
Tienes que pensar e n dos
en t a n t o q u e yo e s t é a q u í ,
p u e s n o p i e n s e s m á s q u e e n tí
y e n t u p a t r i a . J a i m e . . . adiós!
JAIME. Beatriz, alma de m i vida!...
(Atrayéndola á sí: ella huye la mirada de su
poso.)
Q u e t u faz á m í se i n c l i n e ! . . .
MANF. ( A p . ) ( E n t o n c e s p a r a q u é vine!)
BEATRIZ. Y la f u g a ?
JAIME. Prevenida.
Roger... Juana...
(Acercándose á la primera puerta de la izquierda
y llamando.)
ESCENA VIH.
JAIME, BEATRIZ, MANFREDO, JUANA, ROGER. Los dos
últimos por la izquierda, primer término.
ESCENA IX.
BEATRIZ, MANFREDO, JUANA, ROGER.
ESCENA X.
BEATRIZ, ROGER, JUANA.
ROGER, ( Á Juana.) S i n i e s t r o el b a s t a r d o v a
— 26 —
y ella e s p a n t a d a se q u e d a .
Algo dijo él p o r lo bajo
q u e e n voz alta no d i j e r a .
JUANA. «Siniestro,» dices? Q u i z á :
como todo h o m b r e de guerra
q u e a c o r r a l a d o se v e
y apareja la d e f e n s a .
«Espantada» m i señora?
J u z g a c ó m o yo e s t u v i e r a
si al a b a n d o n a r la t o r r e
m i R o g e r q u e d a s e e n ella.
ROGER. N O es e s o . Si e s q u e el b a s t a r d o ,
m á s q u e por la descendencia,
es b a s t a r d o p o r el a l m a
q u e d e n t r o d e l c u e r p o lleva.
JUANA. Mal l e q u i e r e s .
ROGER. L O confieso.
JUANA. R o g e r , e s e odio m e i n q u i e t a ,
que temo que alguna vez,
p o r no refrenar t u lengua,
d e Manfredo los enojos
al fin c o n t r a tí se v u e l v a n .
Eres humilde escudero
y él es n o b l e .
ROSER. Sólo á m e d i a s ;
y es p r e f e r i b l e t e n e r
toda la s a n g r e plebeya,
pero honrada, á dividirla
en dos mitades opuestas:
u n a limpia, otra m a n c h a d a
y a m b a s p o r las m i s m a s v e n a s ;
q u e b a s t a m u y poco c i e n o
para enturbiar u n a alberca.
JUANA. Habla m á s b a j o , q u e p u e d e
e s c u c h a r n o s la C o n d e s a . (Siguen hablando
BEATBIZ. Pensamiento, q u e m e abrasas,
corazón, q u e te revelas,
voluntad, q u e desfalleces,
alma, q u e n o e s t á s e n t e r a ,
¿ q u é fuisteis, q u e y a n o sois?
¿ q u é sois, q u e m e d a v e r g ü e n z a
. t a n sólo el i m a g i n a r
q u e t a n sólo allá e n la idea,
y sólo p o r u n m o m e n t o ,
y del sueño entre las nieblas,
y por m i parte sin culpa,
h a l l á i s sido p o r s o r p r e s a
lo q u e si yo sospechase
que pudierais ser de veras,
á todos c u a t r o os l l e v a r a
á la m u e r t e c o n m i a f r e n t a ,
a r r o j á n d o m e en el foso
p o r el h u e c o d e u n a a l m e n a ?
¡Á todos c u a t r o c o n m i g o
y c o n m i c u e r p o q u e os lleva!
A ti, p o r s e r t a n i m p u r o ;
(Oprimiéndose la frente: habla con su pensamia nto.)
á ti, p o r t u r u i n r a l e a ,
(Oprimiéndose el pecho: se refiere al corazón.)
á ti, v o l u n t a d , p o r débil;
alma, á t í , p o r q u e e r e s m e d i a ,
y si la o t r a e s t á e n el c i e n o ,
e n el c i e n o estés e n t e r a .
J u a n a , p a r t a m o s al p u n t o .
Roger, t u brazo m e presta,
q u e a q u í se m e a c a b a el a i r e ,
q u e a q u í se m e h u n d e la t i e r r a ,
q u e y a m e falta h a s t a el cielo
bajo esta b ó v e d a n e g r a .
ROGER. P e r o el C o n d e ? . . .
HM.TRIZ. Ven, Roger...
JUANA. Un instante...
ROGER. El
El Conde llega.
ESCENA XI.
3
— 34 —
JAIME. (Con suprema angustia.)
Puedo impedirlo?
BER. (LO mira y se rie con risa entre estúpida, malicio-
sa y feroz.)
Es c o r r i e n t e .
(Acercándose á él y con voz de triunfo y de mis-
terio.)
E n el h u e c o c a v e r n o s o
se m e t e el agua del foso
y t a m b i é n la del t o r r e n t e .
(Jaime da un grito de terror y retrocede -
Beren—
guel le sigue explicando su plan.)
Una les c o r t a la e n t r a d a :
otra c o r t a la s a l i d a ;
¡la g e n t e q u e d a cogida:-
y es ya n u e s t r a la j o r n a d a !
Lo m e j o r de a q u e l l a g r e y :
seis b a r o n e s esforzados,
m á s de q u i n i e n t o s s o l d a d o s ,
y tal vez el m i s m o r e y .
JAIME. P e r o ¡mal r a y o t e p a r t a
y p a r t i d o te c o n f u n d a !
ese t o r r e n t e q u e i n u n d a
y d e s u c a u c e se a p a r t a ,
¿á d ó n d e va, B e r e n g u e l ?
BER. Al d e s a g ü e q u e le d e j o .
JAIME. (Cogiéndolo por un brazo y sacudiéndolo furioso.)
Cuál?
BER. El s u b t e r r á n e o viejo.
JAIME. (Con voz terrible.)
¡¡La Condesa va p o r él!!
BER. ¡ E l l a ! . . . Lo s i e n t o . . . y m e p e s a .
JAIME. T U i n f a m e t r a i c i ó n lo q u i s o .
BER. (Rehaciéndose y con fiereza.)
P u e s e l e g i r es p r e c i s o
e n t r e el R e y y la C o n d e s a .
AI.ME. Y l o d u d a s , infeliz?
BER. Q u e e m p i e z o á d u d a r infiero.
(Con desconfianza.)
JAIME. Lo p r i m e r o es lo p r i m e r o .
BER. El A r a g ó n !
JAIME. Mi B e a t r i z !
- 55 —
BER. Pues, m e e n c o n t r á i s f r e n t e á j i r e n u .
(Disponiéndose á salir.).
JAIME. (Poniéndose delante.)
S i e m p r e así m e e n c o n t r a r á s .
BER. Paso, conde.
JAIME. Á d ó n d e vas?
BER. Á d e s a t a r el t o r r e n t e ,
JAIME. P a r a q u é ? (Con voz terrible.)
BER. Para arrojarlo...
JAIME. Sobre quién?
BER. Sobre quien sea.
JAIME. P u e s q u i e n t a n t o lo desea
al fin l o g r a d e s a t a r l o ;
(Desnudando la espada.)
p e r o el t o r r e n t e y o s o y .
BER. ( L O mismo.) E l t r a i d o r d e b é i s d e c i r .
(Quiere pasar y Jaime le cierra el paso )
Paso!
JAIME. Jamás. Á reñir!
RER. Y á muerte!
(Riñen con furia y en silencio.)
JAIME. Q u e es la que doy.
(Cae Berensr.uol muerto. Jaime queda ea pie c o n -
templándolo.)
ESCENA XIII.
J AIME, BERENGUEL, en tierra. LAURIA, MARQUET, BAR-
ROSO, por el fondo apresuradamente y con las espada-i d e s -
nudas. Se o y e el toque de una campana.
ESCENA PRIMERA.
ESCENA II.
BEATRIZ.
T o d a voz es son d o l i e n t e ;
todo s e r , m o n s t r u o i r r i t a d o ;
y todo acude á m i m e n t e ,
c u a l f a n t a s m a del pasado
ó a m e n a z a del p r e s e n t e .
Mi d o r a d o c a m a r í n
e n q u e c o n J a i m e veía
allá de la t a r d e al fin
p o n e r s e al a s t r o del d i a
t r a s cortinas de c a r m i n .
E s a v e n t a n a ojival
á q u e ansiosa m e a s o m a b a
al e s c u c h a r la s e ñ a l
de que mi dueño tornaba
á s u castillo c o n d a l .
Y la b a n d a c a r m e s í ,
que bordé con embeleso
una y otra noche aquí,
y q u e al p a r t i r le c e ñ í
m i e n t r a s él m e daba u n beso.
E s a a r m a d u r a , t e r r o r (Señalando á un trofeo )
d e los m o r o s de G r a n a d a ,
que limpié con tanto a m o r
porque venía manchada
con sangre de su señor.
Hasta s u c l a r í n d e g u e r r a ,
q u e i m a g i n o q u e o t r a vez
( S e oye en efecto el toque de un clarín.)
r e s u e n a al pie de la s i e r r a ,
anunciando que á su tierra
v u e l v e el c o n d e d e A r g e l e z .
Hasta el n o b l e y viejo h o g a r
en q u e al a m o r de la l u m b r e
- 45 —
él m e solía c o n t a r
bajo la a h u m a d a t e c h u m b r e
las consejas del l u g a r .
Todo c o m o estaba se h a l l a ;
todo le e s p e r a fiel
d e s d e la p i e d r a á la m a l l a :
hasta s u viejo l e b r e l
y s u c o r c e l de batalla.
T o d o s c o n s t a n t e s le h a n s i d o :
t o d o s la fé le h a n g u a r d a d o :
n i n g u n o le dio al olvido,
más que su dueño querido,
m á s que su dueño adorado.
Y t o d o así e n el t o r r e ó n ,
d e s d e el m u r o á la c o r a z a ,
d e s d e el l e b r e l al b r i d ó n ,
es u n a e t e r n a a m e n a z a
y una eterna acusación.
Q u é m á s ! h a s t a ese tapiz
(Mirando con horror al fondo:)
el e s p a n t o c o m p r e n d i e n d o
d e esta m u j e r infeliz,
p a r e c e q u e está d i c i e n d o :
«¡aquí está!»
ESCENA III.
BEATRIZ, JAIME seguido de algunos PAJES y ESCUDEROS.
Se levanta el tapiz -y aparecen. Jaime y los que le acom-
pañan.
¡Jaime!
(Retrocede al v e r á su esposo.)
IAIME. (Avanzando.) ¡Beatriz!
(Beatriz da un grito y cae desmayada en tierra.
Jaime la levanta y la sostiene entre sus brazo»-
Los demás se aproximan.)
No t e m á i s . . . F u é la e m o c i ó n .
_ 44 —
Que v e n g a p r o n t o m i h e r m a n o .
Vuelve el calor á s u m a n o
y el latido al c o r a z ó n .
Mi B e a t r i z ! . . . Mi a m o r ! . . . Cuan betla!
Manfredo y n o m á s t e s t i g o s .
(Dirigiéndose al acompañamiento.)
Idos, m i b u e n o s a m i g o s :
d e j a d m e á solas c o n ella.
Mas p r e p a r a d el t o r r e ó n
(Deteniéndolos con el g e s t o . )
c o m o os h e dicho al e n t r a r ,
q u e m e s i g u e y va á l l e g a r
el m o n a r c a d e A r a g ó n .
(Sale por el fondo el acompañamiento.)
ESCENA IV.
JAIME, BEATRIZ desmayada.
Yo a r r o j é p o r tí c o n t e n t o ,
e n la s a n g r i e n t a j o r n a d a ,
h o n r a y existencia al v i e n t o ,
y ahora quiero u n a mirada
de amor y agradecimiento.
Más n o t a r d e s , v i d a m í a ,
q u e h e l a d a estás p o r acaso
c o m o u n a e s c u l t u r a fría,
y este'fuego en q u e m e abraso
á u n mármol animaría.
Ya el c a l o r v u e l v e á s u m a n o ,
ya d e vida u n a c e n t e l l a . . .
ESCENA V.
BEATRIZ, JAIME y MANFREDO.
S i e m p r e las o n d a s s i l b a n d o ,
y las b a l l e s t a s c r u g i e n d o ,
y los d e afuera c a y e n d o
al p i e s i e m p r e del t o r r e ó n .
Y á la l u n a , y e n m i m a n o ,
p o r m i s a n g r e ya m a n c h a d a
y por todos aclamada
la b a n d e r a de A r a g ó n .
P e r o e s t a b a el e n e m i g o
e n la m i s m a fortaleza,
y a u n q u e Dios m e es b u e n testigo
que luché para morir;
ó por débiles sus b r a z o s ,
ó mi cuerpo por robusto,
ó el d e s t i n o por a d u s t o ,
n o lo p u d e c o n s e g u i r .
Sólo sí p e r d í el s e n t i d o :
algo h o r r i b l e vino l u e g o :
t e m p e s t a d d e s a n g r e y fuego
por encima m e pasó.
Transcurrieron muchas horas:
el castillo fué i n c e n d i a d o
y fué luego a b a n d o n a d o
c u a l c a d á v e r : como yo,
El y yo e n a b r a z o e s t r e c h o .
Yo e n t e r r a d o h a s t a los h o m b r o s
c o m o si él con sus e s c o m b r o s
consiguiérame abrazar.
— 49 —
Y á m l vez, con a n s i a loca,
aferrado en m i agonía,
á las p i e d r a s q u e podía
con mis brazos alcanzar.
Á o t r a n o c h e , e n t r e las r u i n a s ,
moribundo y desangrado,
ó ya e n ellas s e p u l t a d o ,
ó g u a r d á n d o l a s tal v e z ;
por p i e d a d , q u e el cielo p r e m i e ,
con m i helado cuerpo dieron
unos monjes que vinieron
del convento de Argelez.
Mal c e r r a d a s m i s h e r i d a s ,
p e r o el alma o t r a vez b r a v a ,
del R e y s u p e q u e se h a l l a b a
detenido en Gervellon.
L l e g u é : vile: y dije al p u n t o :
« a u n m e queda alguna sangre:
»si a p r o v e c h a , c u a l b a r r u n t o ,
wtómala, r e y d e A r a g ó n . »
Y esta es t o d a m i a v e n t u r a .
P e r o el R e y . . .
(Se oye el ruido del puente levadizo.)
MANF. El R e y te s i g u e ?
JAIME. Ha q u e r i d o q u e le a b r i g u e
u n a n o c h e p o r leal
el castillo de m i s p a d r e s .
Y presumo que ha llegado,
p o r q u e el p u e n t e h a n d e s p l o m a d o
d e la t o r r e s e ñ o r i a l .
( S e levanta, v a á la ventana y mira por ella.)
Ya se e s c u c h a n los c l a r i n e s :
y las a r m a s ya r e c h i n a n :
y h a c i a el p u e n t e se e n c a m i n a n :
v e n , B e a t r i z : v a m o s los dos.
Que don Pedro te contempla,
y que piense bien y note
q u e m á s vale q u e su lote
el q u e quiso d a r m e Dios.
4
- 50 —
(Van se por el fondo Beatriz y Jaime.)
ESCENA VI.
MANFREDO.
ESCENA VIL
MANFREDO, JUANA por la izquierda, segundo término. Vien<i
vestida de luto, y al entrar mira con empeño á Manfredo.
MANF. J u a n a , ¿ q u é b u s c a s aquí?
JUANA. LO ú n i c o q u e y a m e r e s t a :
la v e n g a n z a .
MANF. Q u i é n la a p r e s t a ?
JUANA. YO.
MANF. ¿Contra quién?
JUANA. Contra tí.
MANF. Eres injusta.
JUANA. Villano!
¿No fuiste t ú s u asesino?
MANF. Yo, n o . Lo fué s u d e s t i n o .
JUANA. P e r o lo fué p o r t u m a n o . (Pausa.)
El a m o r d e m i R o g e r
e r a c u á n t o yo t e n í a :
ni m á s venturas pedía,
n i m á s codiciaba s e r ,
de este t r á n s i t o m o r t a l
e n el áspero s e n d e r o ,
que del humilde escudero
¡a c o m p a ñ e r a leal.
Dio p o r ciega la f o r t u n a
á tí y á los t u y o s t o d o :
y á n o s o t r o s ¡pobre lodo!
mala fosa y mala c u n a .
Para l a c u n a , el d o l o r ;
para la fosa, u n a c r u z ;
y sólo u n r a y o d e l u z
de la u n a á la o t r a : el amor.
P u e s ese r a y o , r e m e d o
de m á s altos r e s p l a n d o r e s ,
— 52 —
lo a p a g a r o n t u s f u r o r e s .
¡y n o sé p o r q u é , M a n í r e d o l
Tomé parte alguna vez
e n t u s glorias ó r e v e s e s ?
te h e i m p e d i d o yo q u e fueses
Conde ó D u q u e d e A r g e l e z ?
F u i yo d e t u b a s t a r d í a
la c a u s a n i la ocasión?
Pues q u é ganó t u blasón
c o n su muerte y roi a g o n í a ?
MANF. Deliras y t e p e r d o n o .
JUANA. T U perdón? Ya viene t a r d e ;
y con mostrarte cobarde
aún haces mayor m i encono.
MANF. Vete.
JUANA. Cuando hable con él.
MANF. C o n él! C o n q u i é n ?
JUANA. Con t u h e r m a n o . .
( A l notar un movimiento de Manfredo.)
Sé q u e v i n o . A u n q u e lejano
oí l a d r a r á s u l e b r e l .
Tendido y triste esperaba
j u n t o al p u e n t e l e v a d i z o .
Yo e n u n n e g r o p a s a d i z o
j u n t o á u n a puerta lloraba.
P e r o él t u v o m e j o r s u e r t e
q u e mi s u e r t e m a l d e c i d a :
su dueño tornó con vida,
m i d u e ñ o q u e d ó e n la m u e r t e .
E n fin, ello e s q u e los d o s
al m i s m o t i e m p o e s p e r a m o s
y al m i s m o t i e m p o l l o r a m o s ;
y d e este m o d o a n t e Dios,
e n lenguaje bien sencillo,
d e u n p u e n t e los d u r o s g o n c e s
y d e u n a p u e r t a los b r o n c e s
p r o b a r á n q u e e s t e e s castillo,,
dentro de su barbacana,
n o vio bajo s u s d i n t e l e s ,
m á s q u e dos s e r e s fieles:
un lebrel y una villana.
MAM'. (Acercándose amenazador.)
P o r q u é d i c e s eso?
JUANA. TÚ-,
no p u e d e s interrogarme.
MANF. Y tú puedes afrentarme?
JUANA. SÍ puedo.
MA.\F. (Cogiéndola de un brazo.)
¡Por Belcebú,
que hablaras!
JUANA. Al d e Argelez.
MANF. Llevo su s a n g r e .
JUANA. NO entera.
A l g u n a : y de tal m a n e r a ,
q u e esa te s u b e á la t e z .
MANF. J u a n a ! (Amenazando.)
Vete. (Conteniéndose.)
JUANA. Guando le h a b l e .
MANF. Pronto.
-JUANA. Que no.
MANF. Y m e provoca!
E r e s implacable ó loca.
JUANA. LO q u e t ú fuiste: i m p l a c a b l e .
MANF. N O puedes verle.
JUANA. Es de ley
q u e le v e a .
MANF. El s o b e r a n o
viene con él.
JUANA, ( c o n alegría.) Con t u h e r m a n o !
MANF. El R e y . (Asomándose al fondo.)
JUANA. P u e s m e j o r ; al R e y .
ESCENA VIII.
JAIME, BEATRIZ, D. PEDRO TERCERO DE ARAGÓN, MANFRE-
DO, JUANA, BARONES, CAPITANES, ESCUDEROS, PAJES, ETC.
todos l l e g a n por e l fondo.
JAIME. E n t r a d , s e ñ o r , . y t e n g a m i castillo,
baluarte heroico de pasados tiempos,
la h o n r a d e v e r s o b r e s u s a n c h o s m u r o s
al v e n c e d o r , y al R e y , y al c a b a l l e r o .
REY. Barón aragonés, m i noble conde,
b i e n defendiste el a p r e t a d o c e r c o .
Mucho Aragón t e d e b e .
JAIME. (Con repugnancia y enojo.) N a d a , n a d a !
REY. T U mano: yo también mucho te debo.
(Le da l a mano.)
P a r a tí n o quisiste r e c o m p e n s a .
JAIME. N O l a q u i s e , s e ñ o r , n o la m e r e z c o .
REY. Mal j u e z e n p r o p i a c a u s a e s u n o m i s m o .
JAIME. Dónde hallarlo, señor, más justiciero?
(Con amargura.)
E l p e r d e r u n castillo m á s m e r e c e
q u e nuble galardón, duro escarmiento.
REY. Al q u e i n f a m e v e n d i ó la fortaleza
t u b r a z o se lo i m p u s o y yo lo a p r u e b o .
Al q u e c u a l t ú se h u n d i ó bajo s u s r u i n a s . . .
JAIME. Nególe Dios, p o r j u s t o ó p o r s e v e r o ,
el solo g a l a r d ó n á q u e a s p i r a b a :
d e ellas h a c e r s e p u l c r o d e s u c u e r p o .
REY. V e n z a t u v o l u n t a d , p u e s t u lo q u i e r e s ;
p e r o e n e s t a ocasión yo t e r e c u e r d o ,
que m u c h a s veces m e pediste, condo,
lo q u e y o t e n e g u é y h o y t e c o n c e d o .
(Movimiento de Jaime.)
Ennoblecer á u n hombre q u e t u sangre
lleva e n s u s v e n a s y q u i z á t u a l i e n t o .
(Movimiento d e Manfredo.)
JAIME. S e ñ o r , S e ñ o r ! . . . (Con extaordiharia alegría.)
REY. E n d ó n d e está t u h e r m a n o ?
quiero hacerle t u igual.
(Manfredo retrocede instintivamente á segundo
término, y se hunde por decirlo así en sí mismo.
E l actor interpretará con su talento l a s sensacio-
n e s que debe experimentar al v e r que por méri-
tos d e l hermano á quien deshonra y por ruegos
— 55 —
suyos puede realizar todos s u s sueños de amhi
cion.)
MANF. ,(A .)P ( G r a n Dios!)
•ÍAIME. (Se dirig-e gozoso á su hermano, l e trae de la ma-
no y se lo presenta al R e y . Manfredo dobla la ro-
dilla y aun más la cabeza.)
(A.1 ir á traerle.) Manfredo...
KEY. Conde d e l A m p u r d a n , q u e u n m i s m o p a d r e
s u sangre os repartió p r u e b e n tus h e c h o s .
(Le hace l e v a n t a r . )
T a m b i é n r e c h a z a s l a m e r c e d q u e le h a g o ?
(Á Jaime.)
JAIME. Esta n o la rechazo: n o : la acepto.
Y a u n q u e él la p a g a r á , q u e m u c h o p u e d e ,
s o m o s d o s los d e u d o r e s , R e y d o n P e d r o .
MANF. Para q u e halla deudor es necesario
que halla otra cosa más: deuda primero.
REY. L a d e u d a e x i s t e , p u e s la a c e p t a el c o n d e .
(Con extrañeza y acento de severidad.)
MANF. (Con energía.)
Si él l a a c e p t a , s e ñ o r , yo n o la a c e p t o .
JAIME. Q u é dices?
MANF. L a verdad. Y esto n o a m e n g u a
ni m i lealtad, señor, ni m i respeto.
Mas p o r m é r i t o ajeno c o n c e d i d a
la m e r c e d e s a f r e n t a a n t e s q u e p r e m i o .
(Con fiereza.)
REY. (Con enojo y d e s d e n . )
Las m e r c e d e s q u e o t o r g a t u m o n a r c a
j a m á s afrenta s o n , n i a u n r e c a y e n d o
en u n ser... como t ú .
MANF. Porque no corran
p e l i g r o s e m e j a n t e n o las q u i e r o .
REY. Y si lo m a n d o y o ?
MANF. De l l e v a r n o m b r e
ó n o llevarlo ¡oh Rey! yo soy el d u e ñ o :
n i m i h e r m a n o , n i v o s . Soy lo q u e h e s i d o .
Pues bastardo nací, bastardo quedo.
RUY. TÚ d e s p r e c i a s ? . . . (Avanzando amenazador.)
JAIME. Señor!... (interponiéndose.)
BEATRIZ. S e ñ o r . (Lo m i s m o . )
REY. (Conteniéndose.) Ya b a s t a .
— 56 —
E n A r a g ó n del noble y del plebeyo
la libertad es ley, s e g ú n a l i r m a
de la Union general el privilegio.
Q u i e r e s b a s t a r d o ser? Como t e plazca;
m a s r ó t i r a t e a t r á s , y al p a r q u e d e m o s
los q u e somos i g u a l e s : r e y e s u n o s ,
barones otros y ambos caballeros.
( A p . , pensativo y sombrío.)
(Como u n b a s t a r d o , t o d o s : m a l a y e r b a .
Así fué F e r n a n - S a n c h e z , b i e n m e a c u e r d o . )
JAIME. S u fiereza e x c u s a d : es n o b l e a r r a n q u e . . .
REY. Basta, Argelez.
JAIME. Señor...
REY. Aquí acabemos.
JAIME. Enojado quedáis.
REY. NO c i e r t a m e n t e :
y la n o c h e p a s a r e n p r u e b a d e ello
q u i e r o c o n t i g o y c o n t u noble esposa
e n í n t i m a velada y j u n t o al f u e g o .
No v e d al R e y e n m í . El h u é s p e d sólo
es el q u e os pide l u m b r e , a l b e r g u e y l e c h o .
(Se sienta el R e y en uno de los sillones blasonados
al lado del hogar: á su derecha Beatriz, á su i z -
quierda Jaime. Manfredo, siempre en p i e , en s e -
gundo término. Juana muy cerca de é l . )
(Con tono bondadoso y familiar.)
A este castillo feudal
n o trajo j a m á s el v i e n t o
el e n a m o r a d o a c e n t o
d e la m u s a p r o v e n z a l ?
N i n g ú n t r o v a d o r llegó
b i e n a m a d o ó m a l ferido?
JAIME, ( c o n i n t e r é s . ) U n o solo y e s e h a sido
mi hermano.
REY. (con disgusto.) T u h e r m a n o n o .
(Á Beatriz.)
A u n q u e soy h o m b r e d e g u e r r a
m e a g r a d a la poesía.
La condesa no tendría,
d e esta t o r r e ó d e esta t i e r r a ,
g u a r d a d a allá e n s u m e m o r i a ,
q u e y o sé q u e es p e r e g r i n a ,
— 57 ~
a l g u n a labia d i v i n a ,
ó a l g u n a sabrosa historia?
BEATRIZ. (Con tono glacial á pesar suyo. Es mujer y
no olvida que acaba el R e y de afrentar á Man-
fredo.)
No p u e d o al R e y m i s e ñ o r
ofrecer lo q u e d e s e a .
N a d a r e c u e r d o q u e sea
d i g n o d e t a n alto h o n o r .
REY. (Cortés y respetuoso, pero contrariado y sin poder
dominarse por completo.)
P e r d o n a d : c ó m o h a de ser?
S e g u i r é la v u e l t a d a n d o
á la e s t a n c i a , m e n d i g a n d o
u n p o c o de g a y - s a b e r .
Á tí n o t e h e de p e d i r
(Fijando la vista en Jaime y hablándole afectuo-
samente.)
lo q u e n o m e p u e d e s d a r .
T ú sólo s a b e s l u c h a r .
JAIME Y mal, pues no sé m o r i r .
REY. ( V o i v iéudose á los de segunda fila.)
Y e n t r e esa g e n t e t a m p o c o
habrá ninguno que quiera,
de trovador á m a n e r a , • ¿
ó d e bufón ó d e loco,
inflamar su fantasía,
aguzar su e n t e n d i m i e n t o ,
y de este modo contento
p r o c u r a r n o s y alegría?
Q u e e s t é n solas n o es r a z ó n
e n tal e m p r e s a esas r a m a s ,
(Señalando á la hoguera.)
q u e t o d a s se v u e l v e n l l a m a s
p a r a d a r l u z al s a l o n .
(El R e y pasa la vista por varios grupos que le ro-
dean. Silencio; pausa. A cada momento se mues-
tra más y más contrariado y j u e g a maquinalmento
con el puño de su e s p a d a . )
N a d a : silencio o t r a v e z .
Por ninguna parte medro.
Mal t r a t a n al R e y d o n P e d r o
- 58 —
en la torre de Argelez.
Menos rae costó en r i g o r
la c o n q u i s t a d e S i c i l i a ,
q u e e n c o n t r a r e n t u familia
bueno ó malo u n trovador.
JUANA. (Adelantándose.)
Si u n a l e y e n d a d e s e á i s ,
R e y d e A r a g ó n , y t r a s ella
de u n c r i m e n la roja h u e l l a ,
d i s t e i s c o n lo q u e b u s c á i s .
JAIME. J u a n a ! ( c o n sorpresa.)
BEATRIZ. J u a n a ! (Con terror.)
REY. Esa m u j e r ,
q u e se p r e s e n t a e n l u t a d a ,
trayendo á n u e s t r a velada
dolor e n v e z d e p l a c e r ,
¿ q u i é n es?
JUANA. Quien viene á pedir
venganza, R e y justiciero.
BEATRIZ, ( c o n cierto apresuramiento.)
L a esposa d e u n e s c u d e r o .
IUANA. Su viuda querréis decir.
JAIME. Murió Roger?
(Con verdadero sentimiento y con sorpresa.)
JUANA. SÍ murió.
REY. ( Á Jaime.) R o g e r s e l l a m a b a u n b r a v o
q u e t u m e enviaste, y q u e a l cabo
de San Feliú m a n d é yo.
C i e r t o m e n s a j e le di
que contestación pedía.
La traía?
JUANA. La traía
cuando murió.
REY. Dónde?
JUANA. Aquí.
REY. Expon t u agravio.
JUANA. Al final
del c u e n t o ó d e l a conseja.
REY. Una conseja?...
JUANA. Tan vieja
c o m o esta t o r r e f e u d a l .
REY. Y t ú la sabes?
JUANA. Tal v e z .
Mas c o a t a r l a c o r r e s p o n d e
en justicia...
REY. Á quién?
JUANA Al c o n d e .
REY. (Volviéndose á J a i m e . )
P u e s c o m i e n c e el d e A r g e l e z .
JAIME. (Á Juana.) U n a leyenda?
JUANA. Sí.
JAIME. . Cuál? 1
JUANA. La de la p u e r t a de b r o n c e
q u e al g i r a r s u g o n c e
se c i e r r a d e m o d o t a l ,
q u e n i n g u n o á no s e r v o s ,
ó a q u e l q u e el c o n d a d o h e r e d e
y el s e c r e t o , a b r i r l a p u e d e .
REY. Y ahora?...
JAIME. SÍ.
REY. G r a c i a s á Dios.
(Pausa. Movimiento g e n e r a l para prepararse á oír
la l e y e n d a . )
JAIME. E n otros siglos de a m b i c i o n e s locas
f u n d a r o n esta t o r r e m i s a b u e l o s :
d i é r o n l e b a s e las g i g a n t e s r o c a s ,
y á s u s a l m e n a s p a b e l l ó n los c i e l o s .
El m o r o f r o n t e r i z o , el t i e m p o d u r o ,
d e s p o b l a d o el b r e ñ a l , el t o r r e ó n f u e r t e ,
sólo su a n c h ó r e c i n t o e r a s e g u r o
albergue en vida y sepultura en m u e r t e .
Y así e n la b a s e d e la t o r r e e r g u i d a ,
bajo el c i m i e n t o y e n la r o c a b r a v a ,
cual negra cripta ó fúnebre guarida
labróse extensa y anchurosa cava.
Allí f u e r o n , s e ñ o r , d e m i s m a y o r e s
á dormir en sepulcros esparcidos
por fosas, n i c h o s y a n c h o s c o r r e d o r e s
los despojos del a l m a d e s p r e n d i d o s .
Y e n e s e , del d e s c a n s o e t e r n o , c e n t r o ,
— 60 —
q u e g r a n d e z a s h u m a n a s avasalla,
d e s c a n s a r é t a m b i é n , si a n t e s n o e n c u e n t r o
s e p u l t u r a e n el c a m p o d e b a t a l l a .
REV. Y la l e y e n d a ?
JAIME. Señor,
antigua crónica cuenta
q u e halló m u e r t e e n lid s a n g r i e n t a
c o n t r a el á r a b e A l m a z o r
cierto conde de Argelez;
que su cadáver trajeron
al castillo, y q u e le h i c i e r o n
exequias de s u alta prez,
y de su n o m b r e y caudal,
dignas por toda m a n e r a ,
que según pensaban era
caballero sin rival.
Tendido en su sepultura,
e n t r e las m a n o s s u e s p a d a ,
la l á p i d a ^ l e v a n t a d a ,
p o r m o r t a j a la a r m a d u r a ,
le d e j a n : s a l e n : e n pos
la p u e r t a d e e n c i n a y h i e r r o
gira, y en aquel encierro
se q u e d a n el m u e r t o y Dios.
Pero no: también quedaron,
c u a l severos j u z g a d o r e s ,
las s o m b r a s d e s u s m a y o r e s ,
las d e a q u e l l o s q u e b a j a r o n
a n t e s q u e é l , á la r e g i o n
de la e t e r n a oscuridad,
d o n d e se ve la v e r d a d
s i n la l l a m a d e u n h a c h ó n ,
d o n d e el e n g a ñ o no m e d r a
n i el c r i m i n a l n o s fascina,
d o n d e el c u e r p o se r e c l i n a
y d u e r m e en lechos de piedra.
Y la l e y e n d a al l l e g a r
á e s t e p u n t o , diz q u e l u e g o
q u e todo q u e d ó e n sosiego,
comenzaron á brotar
fantasmas en larga hilera,
- 61 —
q u e el s e p u l c r o c i r c u n d a r o n ,
y q u e del m u e r t o m i r a r o n
por tan extraña manera,
y con m i r a d a t a n d u r a ,
si m i r a n h u e c o s sin ojos,
los t e r r e n a l e s despojos
al t r a v é s de la a r m a d u r a ,
q u e a n t e el n e g r o t r i b u n a l
a q u e l l a c a r n e sin v i d a
agitóse e s t r e m e c i d a
en su cárcel de m e t a l .
¿ R e c o r d ó a l g ú n olvidado
s e c r e t o a n t i g u o y profundo?
¿algo q u e i g n o r a b a el m u n d o ,
c r i m e n , deshonra ó pecado?
Ello e s q u e p o c o d e s p u é s
r o m p i ó la p u e r t a d e e n c i n a ,
y h u y ó á la t o r r e v e c i n a
u n cadáver con arnés.
Y ya d e s d e a q u e l l a n o c h e
n o h u b o paz e n el castillo;
p o r q u e al e x t i n g u i r s e el brillo
del sol y s u rojo b r o c h e
t r a s p a s a r el m o n t e o s c u r o , *
m o s t r á b a s e el a l m a e n p e n a ,
ya a p o y a d a e n u n a a l m e n a
ya v a g a n d o p o r el m u r o :
s o m b r a c o n fieros r i g o r e s
por otras sombras tratada,
y p o r ellas a r r o j a d a
del panteón de sus mayores:
m í s e r o despojo i n e r t e
d e u n ser n o b l e y p o d e r o s o ,
á q u i e n n u n c a dio la s u e r t e
n i u n a n o c h e de reposo
e n el seno de la m u e r t e .
JUANA. ( A y . ) (Todos b a j a n la f r e n t e :
¿por qué todos
t i e m b l a n y p a l i d e c e n y se callan?)
( E Q VOZ alta al R e y . )
No q u e r é i s c o n o c e r d e la l e y e n d a
la conclusion?
— 62 —
REY. Si á f é .
JUANA. Pues bien...
REY. Acaba.
JUANA. La p u e r t a del p a n t e ó n , q u e e r a d e e n c i n a ,
por o t r a se c a m b i ó f u e r t e y p e s a d a :
toda de bronce la segunda, y dicen,
que desde Roma u n a reliquia santa
t r a j e r o n , y p o r ella, y e n t r e r e z o s ,
la m e t á l i c a p u e r t a fué t o c a d a .
Con esto y c o n a b r i r s e p o r o c u l t a
combinación de misteriosa m á q u i n a ,
q u e sólo el Conde s a b e , s e h a l i b r a d o
este viejo castillo d e f a n t a s m a s .
Hasta a q u í la l e y e n d a y a h o r a el c r i m e n .
REY. Y también la justicia.
JUANA. Á reclamarla,
ESCENA IX.
BEATRIZ, JUANA, JAIME, MANFREDO.
ESCENA PRIMERA.
CABRERA, ZURITA, que son dos soldados de la guardia
del Rey, armados de picas. Un hachón encendido, clavado
en un hueco lateral del sepulcro; esta ha de ser la única luz.
ZURITA. ¡Mala v í b o r a
le m u e r d a , q u e n o h a d e d a r l e
m á s v e n e n o del q u e c r i a
el de P r o v e n z a en sus v e n a s
y p o r s u s ojos destila!
CAB. Dicen q u e el p o b r e e s c u d e r o
e r a m o z o de v a l í a .
ZORITA. D i c e n q u e p o r celos f u é .
CAB. U n a m u j e r e n la i n t r i g a ?
Si e r a p r e c i s o .
ZURITA. Manfredo
hace tiempo perseguía
á J u a n a ; p e r o ella h o n r a d a
le r e c h a z ó .
CAB. Si esa g e n t e ,
q u e e n la P r o v e n z a se a n i d a ,
fué s i e m p r e m a l a y aviesa
y tocada de h e r e g í a .
Si esos t r o v a d o r e s t r a e n
— 69 —
c o n sus c a n t i g a s m a l d i t a s ,
la c o r r u p c i ó n á esta t i e r r a
y el vicio á n u e s t r a s familias.
Si eso lo t e n g o yo d i c h o .
P e r o e s c u c h a , yo c r e í a ,
p o r q u e a n o c h e lo d i j e r o n ,
q u e la c a u s a e r a d i s t i n t a ,
q u e e n ella n a d a h a y de a m o r ,
sino i n f a m e alevosía.
ZURITA. Pues tú ¿qué sabes, Cabrera?
GAB. Lo q u e la g e n t e allá a r r i b a
m u r m u r a b a . Q u e el b a s t a r d o
es u n t r a i d o r .
ZURITA. Lo sería
d e fijo.
CAB. Q u e al r e y de F r a n c i a
v e n d i d o está de p o r v i d a .
Q u e él fué q u i e n a b r i ó el t o r r e ó n
aquella noche maldita.
Y q u e c o m o el e s c u d e r o
u n m e n s a j e de Castilla
p a r a el R e y d o n P e d r o trajo
de importancia decisiva,
quiso impedirle... ¿comprendes?
q u e lo l l e v a s e . ¿Se explica
la cosa de e s t a m a n e r a ?
ZURITA. Ya lo c r e o : á m a r a v i l l a .
Traidor; preciso. Pero esto
á lo q u e dije no q u i t a .
CAB. H a b r á n sido las dos c o s a s .
ZURITA. Y si o t r a s c i e n a d i v i n a
d e e s c u d e r o s , y d e pajes,
y de d u e ñ a s , la m a l i c i a ,
s i e n d o e n c o n t r a del b a s t a r d o
ciertas son.
CAB. Esa es la m i a .
ZURITA. P e r o yo digo algo m á s .
Á ser yo el R e y ¿ q u é i m a g i n a s
q u e hiciese!
CAB. P u e s no lo sé.
ZURITA. E n el t o r m e n t o p o n d r í a
dos p e r s o n a s : y á las c u ñ a s ,
— 70 —
y á las c u e r d a s , y d e p r i s a .
CAB. DOS p e r s o n a s ?
ZURITA. El bastardo.
CAB. Ese b i e n .
ZURITA. Y no adivinas
la o t r a q u i é n es?
CAB. NO p o r Dios.
ZURITA. La c o n d e s a .
CAB. Ave María!
ZURITA. Más c u l p a b l e e s q u e M a n f r e d o -
P o r q u e , dime, alma sencilla,
¿no l e b a s t a b a m a n d a r ,
q u e c o n u n a b u e n a viga
p o r a r i e t e y diez j a y a n e s
e n el g o l p e , h i c i e s e n t r i z a s
la p u e r t a p a r a salvar
d e e s e p o b r e h o m b r e la vida?
P u e s ¿ p o r q u é n o lo h i z o ?
CAB. Dicen
q u e la p u e r t a está b e n d i t a .
ZURITA. Más b e n d i t o es u n c r i s t i a n o
q u e el b r o n c e d e a l g u n a m i n a ,
q u e del diablo fué antesala
y c a m i n o á sus g u a r i d a s .
T e digo q u e la c o n d e s a
del c a s t i g o n o s e l i b r a
de d o n P e d r o , q u e es g r a n R e y
y duro cual su loriga.
CAB. E n eso n o p i e n s a s m a l .
Y esta m a ñ a n a t e n í a
una cara! Levantóse
c o n las l u c e s m a t u t i n a s ;
bajó c o n el do A r g e l e z ;
mandóle abrir esta cripta;
p u s o dobles c e n t i n e l a s ;
subieron, oyeron misa
él, l a c o n d e s a y el c o n d e ,
y el b a s t a r d o , e n la capilla
p r i n c i p a l . . . E n fin, los c u a t r o
p r e p a r á r o n s e e n l a guisa
d e g e n t e q u e va á j u z g a r
y b u s c a la luz d i v i n a ,
._ 71 —
ó d e g e n t e q u e al m o r i r
de s u s p e c a d o s se l i m p i a .
ZURITA. Ello es q u e algo se p r e p a r a .
¿En cuál d e esas galerías
estará?
(Separándose de su puesto y mirando á uno de los
lados con curiosidad.)
CAB. Guay del c u r i o s o !
Á t u p u e s t o : e s la c o n s i g n a .
ZURITA. YO e n s u caso p o r d a r fin
de u n a v e z á m i a g o n í a ,
de c a b e z a v o y d e r e c h o
al pozo y l u e g o á la s i m a .
CAB. Gran pecado!
ZURITA. P e r o el ú l t i m o .
CAB. Á t u p u e s t o , q u e ya b r i l l a n .
d e la escalera e n el fondo
l u c e s q u e e n l a s o m b r a oscilan.
ZURITA. El R e y . . . q u e v e n g a y q u e j u z g u e .
Voz. (Dentro.) El R e y .
CAB. El R e y se a p r o x i m a .
ESCENA II.
JAIME, JUANA, el RET; delante dos pajes con hachones. C A -
BRERA y ZURITA siempre de centinela.
ESCENA III.
JAIME, el R E T .
JAIME. P e n s á i s á todo p e n s a r
para mi h e r m a n o u n castigo,
y p e n s a n d o estoy c o n m i g o
cómo poderlo salvar.
REY. T a n g r a n afecto le t i e n e s ?
JAIME. E S mi hermano, y e n rigor
jamás alcanzó, señor,
n i más glorias, n i m á s bienes
q u e m i fraternal t e r n u r a ;
y si á esa p i e d r a t o r n á i s
(Señalando al sepulcro de su padre.)
la m i r a d a , y si e s c u c h á i s
algo q u e sé q u e m u r m u r a ,
aunque escuchéis con desden,
mal q u e os p e s e y m a l q u e os c u a d r e ,
o i r é i s la voz de m i p a d r e ,
q u e m e dice q u e h a g o b i e n .
REY, Sobre cariños h u m a n o s ,
y sobre h u m a n a s pasiones,
q u e al l l e g a r á e s t a s r e g i o n e s
se d e s h a c e n e n las m a n o s ,
h a y , A r g e l e z , algo e t e r n o ,
algo q u e no es de este m u n d o :
un cielo allá e n lo p r o f u n d o . . .
JAIME. Si ya lo s é : y un infierno'.
(Con cierto enojo y como si completase el pensamiea-
to del R e y . )
Y bien, será ceguedad,
ó p e c a d o , ó maleficio,
m á s si d e s e á i s á tal j u i c i o
someter mi voluntad;
si q u e r é i s , R e y de A r a g ó n ,
q u e esa j u s t i c i a s e v e r a
q u e en vos i m p l a c a b l e i m p e r a
impere en mi corazón,
a r r a n c a d m e de r a i z ,
p o r q u e yo, s e ñ o r , no p u e d o ,
el c a r i ñ o d e Manfredo,
— 74 —
y el a m o r de m i B e a t r i z .
REY. (Después de contemplarle algunos momentos.)
¡Por Dios q u e e s t á s a p e g a d o
á las cosas d e la vida!
No i m p o r t a , t u R e y n o olvida
q u e e r e s u n n o b l e soldado.
Quedamos, pues, en que haré
c u a n t o pueda, p o r el m o z o ,
q u e yo n i m e d r o n i gozo
con d a r t o r t u r a á t u f é .
JAIME. Ah! m i s e ñ o r . , .
REY. E n conciencia
no m e debes gratitud,
q u e m i v i r t u d n o es v i r t u d .
¡Ay d e a q u e l q u e e n la e x i s t e n c i a
renunciando á mejor palma,
y por capricho bizarro,
e n u n ídolo do b a r r o
p o n e p o r e n t e r o el a l m a .
Q u e si c o n t r a el m á r m o l frió
(Señalando al sepulcro.)
c h o c a y se d e s h a c e al fin,
al t r o c a r s e e n polvo r u i n
q u e d a el a l m a e n el v a c í o .
Pero escucha...
JUANA. (Desde fuera.) ¡Mi R o g e r !
JAIME. ES Juana.
REY. S U llanto, sí.
JUANA. ¡Rey d e A r a g ó n p o r a q u í !
(Como antes pero más cerca.)
JAIME. Ya v i e n e .
ESCENA IV.
.JAIME, REY, JUANA, por una de las galerías de la izquierda.
JUANA. (Vacilante, pálida, terrible: en suma, como la ac-
triz crea que debe presentarse después de haber
abrazado el cadáver de su esposo y al venir á re-
clamar venganza del R e y - )
Me p r o m e t i s t e i s j u s t i c i a :
¿ n o e s v e r d a d ? P u e s h a llegado
— 7o —
el m o m e n t o . E s t á e n c o n t r a d o .
(Señalando hacia dentro-)
No d e c í s q u e n a d a vicia
ni destruye en Aragón
la r e c t i t u d d e la ley?
Pues á demostrarlo Rey,
q u e allá e s p e r a la ocasión.
S o b r e las losas m i esposo,
m u y c e r c a d e la capilla;
y la l á m p a r a q u e b r i l l a
de o r d i n a r i o e n el piadoso
r e c i n t o d e la s a g r a d a
V i r g e n q u e e n él se v e n e r a , •'•
e n el s u e l o , p o r de fuera,
á su lado y a p a g a d a .
Un p e r g a m i n o ó p a p e l
estruja su m a n o íria: "!:
el m e n s a j e q u e t r a í a
debe estar, señor, en él;
e n la o t r a m a n o u n p u n z ó n
ó d e m a d e r a u n a astilla:
lo q u e sea rojo brilla
al r e s p l a n d o r del h a c h ó n .
Lo mojó e n s a n g r e sin d u d a ,
q u e e n c e r r á r o n l o ya h e r i d o :
el p e c h o t i e n e p a r t i d o
y su e s p a d a está d e s n u d a .
V e n i d c o n m i g o de p r i e s a ,
v e n i d y vos lo v e r é i s ,
v e n i d si es q u e m a n t e n é i s
vuestra justicia y promesa.
Y pronto, que están, señor,
este suelo p r o f a n a d o ,
a q u e l c a d á v e r helado
y a u n i m p u n e el m a t a d o r .
REY. Ya te sigo.
(El Roy y Juana se dirigen á la galería por dondf
esta vino. Jaime les acompaña.)
JUANA. El de A r g e l e z (Deteniéndose.)
viene c o n nosotros?
JAIME. SÍ.
JUANA. Pienso q u e b a s t a n allí
— 76 —
las dos v í c t i m a s y el j u e z .
(Con reconcentrado encono,)
Su presencia no apetezco.
JAIME. (Señalando al K e y . )
T o r c e r p r e t e n d e s su fallo?
REY. Basta, c o n d e . (Con severidad.)
JAIME. B a s t a y callo.
REY. Espéranos,
JAIME. O b e d e z c o . (Salen el Rey y Juana.)
ESCENA V.
JAIME.
ESCENA VI.
JAIME, BEATRIZ, MANFREDO, los dos últimos por el fondo,
ya por la escalera, y a por el corredor en que la escalera
termina.
JAIME. C u a n d o la n e g r a b a r r e r a
que separa vida y m u e r t e
— 77 —
traspase, cayendo inerte
hacia d e n t r o desde f u e r a ,
¿bajo q u é forma p r i m e r a
la verdad v e n d r á hacia m í ?
¿sepulcro, que veré e n t í ,
q u é n o lo sé y t e n g o m i e d o ?
BEATRIZ. Mi J a i m e ! . . .
JAIME. Beatriz! Manfredo! (volviéndose.
Vosotros!...
BEATRIZ. Nosotros, sí. (Pansa.)
(Beatriz con angustia profunda, como si aún viese
lo que pinta y como buscando instintivamente am-
paro en Jaime.)
BEATRIZ. L a s h o r a s p a s a b a n r á p i d a s
y m i impaciencia era grande.
Algo s u c e d e , decía,
cuando no regresa Jaime.
Por la ventana miré,
y e n el p a t i o h a y u n e n j a m b r e
d e e s c u d e r o s y soldados
y d e fieros a l m o g á v a r e s .
Todos hablan de Roger,
y á veces miran audaces
á m i v e n t a n a . De fijo
m u r m u r a n cosas i n f a m e s .
Me dio e s p a n t o y f u í m e a d e n t r o
c e r r a n d o b i e n los c r i s t a l e s ,
c u y o s colores t o m a b a n
t i n t e c á r d e n o al m i r a r m e .
E l solitario salon
m á s solitario m o s t r á b a s e
que nunca, y a u n q u e llamé
fué e n v a n o : n o a c u d i ó n a d i e .
Sólo p o r la g a l e r í a ,
de c u a n d o e n c u a n d o , a l g ú n paje,
c o m o si h u y e s e , c r u z a b a
m u y de prisa y sin m i r a r m e ;
ó a l g ú n soldado del R e y
s u o s c u r o y feroz s e m b l a n t e
mostraba u n punto á la p u e r t a
entre curioso y cobarde;
ó a l g ú n pájaro n o c t u r n o
- 78 —
q u e el alba s o r p r e n d i ó e r r a n t e ,
chocaba ya atolondrado
del b a l c ó n e n los c r i s t a l e s ,
p i n t a n d o u n m o n s t r u o c o n alas
s u s o m b r a e n los a r q u i t r a b e s .
T u v e m i e d o ! (Abrazándose A Jaime.)
JAIME. Mi B e a t r i z !
BEATRIZ. P e r d í el j u i c i o , y á l l a m a r t e
m e puse á gritos.
MANF. Entonces
yo a c u d í , y á t o d o t r a n c e
q u i s o bajar al p a n t e ó n ;
c o n lo c u a l , p a r a l i b r a r l e
de i m p a c i e n c i a s s i n m o t i v o ,
y de temores sin base,
á ser su guía présteme
y a u n q u e á m i pesar la t r a j e .
BEATRIZ. ( A p . ) ( P a r e c e q u e es s u d e s t i n o
á estas r e g i o n e s g u i a r m e .
Bien v e n i d a ! si h a l l a n fin
en sus sombras mis pesares.)
Q u é n e g r o t o d o ! (En voz alta )
JAIME. Fué negro
antes de que t ú bajases;
p e r o al v e r t e s u s t i n i e b l a s
se c o n v i e r t e n e n celajes.
Vuelva el c a r m i n á t u r o s t r o
c o n t i n t a cálida y s u a v e ,
y al m e n o s p o r u n a v e z
aquestos helados mármoles
c o m p r e n d a n lo q u e e s la v i d a
al v e r t u h e r m o s o s e m b l a n t e ,
y por sus cuerpos de piedra
c i r c u l e calor d e s a n g r e !
MANF. ( Á Beatriz que está en los brazos de Jaime.)
T ú e r e s la v i d a , b i e n d i c e :
y p o r s e r t u y a es d e J a i m e :
c o n q u e m a l estáis los d o s
e n t r e losas s e p u l c r a l e s .
Idos a r r i b a : á la l u z .
Á m í entre sombras dejadme,
q u e yo soy de estas r e g i o n e s ,
- - 79 —
y aquí estoy c o a m i s i g u a l e s ,
c o m o ese R e y d e A r a g ó n
dijo a n o c h e al a f r e n t a r m e .
JAIME. Manfredo!...
MANF. (Asomándose á una de las galerías, trasversales de
la izquierda.)
M i r a , allí v i e n e ,
y á s u lado á J u a n a t r a e ,
y les proceden á e n t r a m b o s
con h a c h a s dos a l m o g á v a r e s .
La j u s t i c i a y la v e n g a n z a
j u n t a s p o r la m i s m a calle
de s e p u l c r o s : b u e n c a m i n o
lomaron para buscarme.
Q u e v e n g a n , q u e yo s e r é
maldito, mas no c o b a r d e :
(jue v e n g a n , q u e a u n q u e b a s t a r d a
es d e A r g e l e z e s t a s a n g r e
y q u i z á d e s d e su l e c h o
de m u e r t e m e v e m i p a d r e .
ESCENA VII.
lSi;\TfUZ, JAIME, MANFREDO, el REY, JUANA, CABRERA,
ZURITA y- un paje.
KEY. (A Manfredo.)
Por t u impulso v i n i s t e : n o m e p e s a .
Mi enojo n o t e e s p a n t a : q u e m e p l a c e .
El h o m b r e q u e n o afronta s u d e s t i n o
d e c a r a y sin t e m b l a r , es u n c o b a r d e .
Puedes estar tranquilo por tu víctima:
del suelo del p a n t e ó n , s e p u l c r o y cárcel
h i c i e r o n esos d o s , d a n d o piadosos
(Señalando á las almogávares.)
c r i s t i a n o fin á lo q u e t ú e m p e z a s t e .
Al lado de su fosa, ya c o l m a d a ,
otra m a n d é c a v a r p r o f u n d a y g r a n d e ,
por si h a y q u i e n q u i e r a al a c a b a r sus di;is
_ 80 —
j u n t o al fiel e s c u d e r o r e c l i n a r s e .
Él c u m p l i ó c o m o b u e n o , q u e afanoso
g u a r d ó e n s u h e l a d a m a n o esté m e n s a j e :
( Á Juana.)
b u e n . m a r i d o t e dio t u b u e n a e s t r e l l a :
m a l a m u e r t e le dio m a n o i m p l a c a b l e .
JAIME . Señor...
REY. E s p e r a . Á t u castillo s u b e ,
o r d e n a q u e m i g e n t e se p r e p a r e ,
y la t u y a d i s p o n , q u e a n t e s q u e e l d i a
del cielo h a s t a la c u m b r e se l e v a n t e ,
voy á p a r t i r , y p a r t i r á s c o n m i g o ,
á librar de u n segundo Roncesvalles
al r e y d e F r a n c i a , q u e h u m i l l a d o v u e l v e
en procesión luctuosa á sus hogares.
D e m a n d ó m e p e r d ó n , yo g e n e r o s o
le p e r m i t í volver s i n i n q u i e t a r l e ,
pero vamos á v e r desde las c u m b r e s
quien entra en esta tierra cómo sale.
JAIME. Obedezco.
REY. Salid.
(Á los almogávares y los pajes. Se dirigen al fond*
Jaime, los almogávares y los pajes; estos delante.)
Tú, Juana, vete.
JUANA. (Y el c a s t i g o , señor? (En voz baja.)
REY. (LO mismo.) Aquí c o n sangre
t u R o g e r lo e s c r i b i ó .
JUANA. Y ha de cumplirse?
REY. C u a n d o v e n c i ó m i b r a z o e n el c o m b a t e
yo s i e m p r e p e r d o n é , d e c i r l o p u e d e
ese s o b e r b i o r e y q u e á F r a n c i a v á s e .
Mas n u n c a e n m í c l e m e n c i a h a l l a r p u d i e r o n
d e la t r a i c i ó n las alevosas a r t e s :
q u e lo d i g a t a m b i é n , y e r a m i h e r m a n o ,
d e s d e el fondo del Cinca, F e r n a n - S a n c h e z .
JUANA. T r a n q u i l a os dejo.
REY. T r a n q u i l a y satisfecha.
Yo á c a s t i g a r s u m u e r t e , t ú á l l o r a r l e . )
(Sale Juana mirando á Manfredo y i Beatriz q u e
instintivamente están j u n t o s . )
Vosotros no. Que de este p e r g a m i n o
(Previniendo un movimiento de ambos.)
— 81 —
h e m o s d e h a b l a r los t r e s , ¡voto á San J a i m e '
ESCENA VIH.
BEATRIZ, el R E Y , MANFREDO.
ESCENA IX.
BEATRIZ, MANFREDO, el REY, JAIME, cuatro pajes con h a -
chones, varios caballeros y escuderos. Todos por la puerta
del fondo.
JAIME. ¡No m á s !
REY. ¡ Y t u vileza!
JAIME. ¿Por vileza t e n é i s q u e d e u n h e r m a n o
la v i d a c o n m i v i d a así defienda?
B i e n se a d v i e r t e , s e ñ o r , q u e el fratricidio
¡es el p r i m e r florón d e e s a d i a d e m a !
Rl3Y. M i s e r a b l e ! (Arrojándose sobre é l . )
JAIME. ¡YO n o : q u i e n e n el C i n c a
h u n d i ó d e F e r n a n - S a n c h e z la c a b e z a !
( E l R e y se detiene; queda un momento como aco-
bardado ante aquel recuerdo; después con acento
sombrío y reconcentrado.^
REY. ¡Mejor es eso q u e v i v i r s i n h o n r a !
JAIME. ¿ Y q u i é n v i v e s i n ella?
REY. ¡TÚ!
(Jaime, que está todavía con la espada desnuda se
arroja sobre el R e y : los caballeros que rodean á
este so arrojan sobre Argelez: D. Pedro les sepa-
ra con ademan soberbio y se acerca á él: Jaime
se detiene.)
JAIME. ¡La p r u e b a !
KEY. Por t r a i d o r á tu Rey m á s q u e la m u e r t e
de m e r e c e r acabas. Toma, y lean
esos ojos, si p u e d e n , e s t a s l í n e a s
y cieguen, lloren, saltan de vergüenza.
(Le entrega el pergamino. Pausa. Jaime lo toma
sin comprender nada y mirando á todos con asom-
bro: después se aproxima al hachón que está cla-
vado desde que principió el acto en el sepulcro de
su padre, Beatriz y Manfredo se hunden, por d e -
cirlo así, en la sombra á espaldas de dicho sepul-
cro, pero de manera que sean vistos por el públi-
co. El R e y á la derecha de Jaime.)
JAIME. ( Á medida que l e e : )
Ah!... No!... Jesús!...
(Suspende la lectura; se oprime la cabeza entre las
manos como para coordinar sus ideas. De pronto lan-
za un grito como recordando la extraña escena de
la noche precedente cuando se presentó de impro-
viso á su esposa y á su hermano,)
i A mí l l e g a d a ! . . .
Pronto!..
— 90 —
¡ B e a t r i z ! (Bascando por todas partes.)
KEY. Se o c u l t a e n t r e la s o m b r a espesa:
n o . a c u d i r á á t u v o z . (AI oído.)
JUME. (Vacila: mira al R e y , mira á todas partes, al fin
se acerca á la tumba de su padre.)
Yo t a m b i é n q u i e r o
silencio!... y soledad!... m u e r t e ! . . . y t i n i e -
Acógeme e n t u seno, padre mió! [bias!
D a m e u n beso d e a m o r , u n o s i q u i e r a !
Escultura que duermes, junta, junta
á m i a f r e n t a d a faz t u l a z d e p i e d r a !
(Cae sobre el sepulcro de su padre, abrazándose á
la escultura yacente y uniendo su rostro al de ella.
Pausa. Toda esta situación queda encomendada al
actor y á su talento. A l g o h a y que hacer aquí: el
autor no lo sabe: la inspiración del artista puede
adivinarlo 'tan solo.)
Gracias, p a d r e : m e dio t u helado m á r m o l
« u a n t o á p o d e r p e d i r yo le p i d i e r a :
el frió d e l a m u e r t e . Á t u s mejillas
d e l a s m i a s pasó toda la a f r e n t a .
Más yo t e v e n g a r é : m e diste c a l m a ;
yo t e d a r é satisfacción c o m p l e t a .
KEY. (Acercándose y en voz baja.)
Te perdono, Argelez.
JAIME. Ya no es posible
(Lo mismo.)
n i p e r d o n a r m e á m í , n i á él, n i á ella.
(En voz alta.)
E n v e z d e e s e p e r d ó n yo n e e e s i t o
una gracia no m á s .
REY. Pide y e o temas.
JAIME. D e j a d m e c a s t i g a r á los i n f a m e s .
C o n s e n t i d q u e u n a vez el j u e z yo s e a .
REY. Mi a u t o r i d a d t e d o y : lo q u e d i s p o n g a s
se c u m p l i r á .
JAIME. Juradlo.
REY. P o r la e t e r n a
m e m o r i a y p o r el a l m a d e m i p a d r e .
Q u e Dios si falto m e lo t o m e e n c u e n t a .
JAIME. G r a c i a s , s e ñ o r . (Pausa.)
(Inclinándose ante el R e y como suplicando.)
— 9l -
Salid d e este r e c i n t o . ( Á ios démas.)
Al m o n a r c a s e g u i d . L a doble p u e r t a
á su cerco de bronce haced q u e ajuste.
REY. Y tú?
JAIME. Me q u e d o a q u í .
REY. Sólo?
JAIME. (Con acento que el actor sabrá cnál debe ser )
¡Con ella!...
y t a m b i é n c o n Manfredo. Ha d e c u m p l i r s e
y con creces, señor, vuestra sentencia.
REY. L a t u y a ! ¿por q u é c a u s a ?
JAIME. Yo á la v i d a
del m o n a r c a a t e n t é . Mi t o r p e l e n g u a
á su corona osó.
(En voz baja.) (Yo fui q u i e n l o c o ,
p o r a q u e l l a m u j e r la fortaleza
e n t r e g ó al e n e m i g o
(El Rey le mira con sorpresa.) ¿No OS p a r e c e
q u e á m i c r i m e n se ajusta b i e n m i pena?)
J u r a s t e i s p o r don J a i m e v u e s t r o p a d r e .
REY. T Ú lo q u i e r e s ?
JAIME. LO exijo.
REY. Pues bien, sea.
Salid.
(Al acompañamiento que comienza á saíir muy len-
tamente.)
JAIME. S e ñ o r , la m a n o .
REY. Toma, conde.
(Se arrodilla y besa la mano al R e y . )
Aun es tiempo.
JAIME. Ya n o . V e d l o s : esperan.
(Señalando a Beatriz y á Manfredo, que están en
un ángulo.)
REY. Q u e Dios, c u a n d o t e j u z g u e p o r t u s faltas,
tu amor y s u maldad reciba en cuenta.
(Sale también por el fondo. Se v e subir lentamente
por la escalera una masa de caballeros, pajes, lu-
ces y pendones. Es la vida que sube y se v a como
expresan los siguientes versas. Jaime v a al último
término. Siempre procurando ocultarse Beatriz y
Manfredo: la actitud de ambos queda encomenda-
da á los actores.)
— 92 —
(AIME. Ya la l u z , ya la v i d a , ya las p o m p a s
del m u u d o y sus h o n o r e s y g r a n d e z a s ;
ya del a r n é s el f u l g u r a n t e b r i l l o ,
ya el soberbio o n d u l a r de las b a n d e r a s ,
ya t o d o h u y e de m í ; ya todo s u b e
de m i viejo castillo á las a l m e n a s !
A d i ó s , f a n t a s m a s de ilusiones v a n a s ,
s e r e s q u e allá volvéis á la e x i s t e n c i a ,
i m á g e n e s d e luz y d e c o l o r e s ,
t o r n a d al sol, yo q u e d o e n las t i n i e b l a s !
(Cerrando él mismo la puerta del fondo: se oye el
rechinar de los goznes y el choque metálico al en-
cajar. Esto es preciso porque es de buen efecto.
Queda el panteón iluminado tan sólo por la antor-
cha del sepulcro: en un rincón Beatriz y Manfredo:
en el centro Jaime.)
¡Cruje, p u e r t a de b r o n c e , n e g r a valla
q u e e n t r e dos m u n d o s el c a m i n o c i e r r a s !
No volverás á a b r i r t e , q u e t u llave
á u n a b i s m o sin fin c o n m i g o r u e d a .
(Arrójala llave en el pozo. P a u s a . )
¡Ya e s t a m o s e n el seno de la m u e r t e ;
( Á Beatriz y á Manfredo, pero sin acercarse á ellos
y con acento terrible.)
caiga d e s h e c h a e n polvo la m a t e r i a ;
a l m a s , m o s t r a d lo q u e e n la v i d a fuisteis,
si e s p í r i t u s , la luz; si t i e r r a , t i e r r a !
ESCENA X.
BEATRIZ, JAIME, MANFREDO.
P a r a h a c e r m e t r a i c i ó n habéis t e n i d o
no m á s q u e r a p i d í s i m o s m o m e n t o s ,
p a r a v e n g a r m e yo y a t o r m e n t a r o s
t e n g o a n t e mí la e t e r n i d a d del t i e m p o .
Acércate, Beatriz: ven á mis brazos,
(Le obedece Beatriz maquinalmente pero con len-
titud.)
esposa de m i a m o r , luz d e m i cielo,
la d e la t e r s a f r e n t e a l a b a s t r i n a ,
la del nevado y p u d o r o s o s e n o .
— 95 —
Ven á m í : más a ú n .
( A l fin la coge y la sujeta fuertemente entre sus
brazos,)
Quiere t u Jaime
d e esa a n t o r c h a c o n t a r á los reflejos,
s o b r e t u suave cutis n a c a r a d o ,
de t u a m a n t e feliz t o d o s los b e s o s .
(Le arroja la cabeza hacia atrás y la acerca á la
luz: ella lucha por ocultar el rostro y por separarse
de Jaime.)
No t e s e p a r e s , n o : si n o es posible!
Si s i e m p r e y a los t r e s h e m o s d e v e r n o s ,
u n i d o s p o r los m i s m o s e s l a b o n e s ,
d e infamia y d e dolor, e n el i n f i e r n o !
Habla, B e a t r i z , ¿por q u é fuiste t r a i d o r a ?
Habla p r o n t o ! p o r q u é ? p o r q u é ?
BEATRIZ. No p u e d o :
u n n u d o e n la g a r g a n t a . . . •
JAIME. E n la g a r g a n t a !
e n ella c o n m i s m a n o s debí h a c e r l o
la vez p r i m e r a e n q u e d e a m o r y a loco
ceñí m i s brazos á t u blanco cuello.
Beatriz! no m e contestas? que no puedes?
Pues descansa, respira, toma aliento:
s i n o q u i e r o q u e m u e r a s todavía:
si q u i e r o o i r t u v o z , si e s c u c h a r q u i e r o
c ó m o m i e n t e s , y finges, y m e a c u s a s :
d e s c a n s a . . . ya h a b l a r á s . . .
(La arroja á un lado, haciéndola pasar por delan-
te con extrema violencia, y llama con la mano á
Manfredo.)
Ven t ú , Manfredo.
(¡Manfredo que y a estaba muy cerca se»aproxima.)
Y e n t a n t o q u e l a s i e r p e s u s anillos
p r e p a r a y q u e destila s u v e n e n o ,
c u é n t a m e t ú dé la t r a i c i ó n i n f a m e
los l a n c e s m i l , d u l c í s i m o s y t i e r n o s .
Todo! todo! C o m p r e n d e s ? Allá a r r i b a
mi deshonra saber, y hundir m i hierro
e n aquel c o r a z ó n y e n t u g a r g a n t a ,
h u b i e r a n sido r á p i d o s m o m e n t o s ;
p e r o a q u í ¿ p a r a q u é ? si e s t a m o s solos:
— 94 —
si escapar no p o d é i s : si ya h e m o s m u e r t o :
si este es el sólo goce q u e m e r e s t a
al bajar c o n vosotros al a v e r n o !
Habla, h e r m a n o ! T a m b i é n t ú desfalleces
c o m o débil m u j e r ó n i ñ o e n f e r m o ?
Como niñol No h a y m á s ! Es q u e r e c u e r d a s
d e n u e s t r a infancia los a l e g r e s j u e g o s .
El q u e a h o r a d u e r m e allí, e n sus rodillas
(Señalando el sepulcro )
á los dos nos t o m a b a , y a l g ú n c u e n t o
refería de m o r o s ó g i g a n t e s
del a n c h o h o g a r j u n t o al rojizo f u e g o .
Con sus r o b u s t a s m a n o s a c e r c a b a
t u c a b e z a á la m i a . . . ¡así, Manfredo!
(Hace lo que dice con feroz complacencia juntando
mucho su cabeza á la de su hermano. Beatriz b>s
contempla con terror.)
y e n u n a sola, e s p l é n d i d a m a d e j a ,
t u cabello a b a r c a b a y m i c a b e l l o .
A h o r a e s c u c h a r le toca e n ese m á r m o l ;
q u i z á le h a d e s p e r t a d o n u e s t r o a c e n t o ,
y p a r a oir m e j o r , hacia la p i e d r a
a r r a s t r á n d o s e v a n sus p o b r e s h u e s o s .
Habíale de t u infamia y m i d e s h o n r a !
Devuélvele á t u vez. cuento por cuento\
P e r o el t u y o ha de ser l a r g o , m u y l a r g o ;
q u e no a c a b e j a m á s ! Ya v e s , el t i e m p o
es c o m o t u t r a i c i ó n y m i d e s d i c h a ,
inagotable, inconcebible, eterno!
MANF. D Í p r o n t o q u é prefieres ¿ d a r m e m u e r t e
ó q u e m e m a t e yo? Si lo p r i m e r o
t o m a y C l a v a . (Presentándole un p u ñ a l . )
Si acaso es lo s e g u n d o
dilo y yo m i s m o lo h u n d i r é e n m i p e c h o .
JAIME. J u n t o á la de R o g e r , dijo el m o n a r c a
q u e a b i e r t a está u n a fosa.
MANF. Basta: e n t i e n d o .
JAIME. YO d a r é luz á tu c a m i n o , h e r m a n o .
(Arranca Jaime la antorcha del sepulcro, viene :il
centro del escenario y la levanta en alto: Manfre-
do, apretando el puñal contra su pecho, con la
cabeza baja, pero mirando hacia atrás como par.-'
— 95 —
ver á su hermano se dirige á una de las galerías-
laterales.)
A d i ó s , Cain! No t u e r z a s t u s e n d e r o .
MANF. A d i ó s ! Si soy Caín p o r m i d e l i t o ,
no lo soy p o r o d i a r t e .
(Con cierta ternura y a desde dentro.)
JAIME. Adiós, Manfredo!
(Se o y e et ruido de un cuerpo que cae.)
C u a n t o e n el m u n d o a m é !
ues de mirar á Beatriz qne permanece i n m ó -
vil en el centro y también hacia el sitio en que su-
pone que cayó Manfredo.)
L u z , ya m e sobras!
(Arroja la antorcha hacia la izquierda: se apaga y
queda la escena completamente á oscuras: da al-
gunos pasos, se oprime la cabeza non las manos:
arranque de desesperación que el actor interpre-
tará.)
Y t ú también me sobras, pensamiento!
(Se hiere en- el pecho, da unos pasos vacilante y
va á caer junto al sepulcro, Beatriz se acerca.)
ESCENA X I .
JAIME, BEATRIZ..
BEATRIZ. J a i m e ! . . . J a i m e ! . . . P o r p i e d a d ! (Buscándolo.)
( A l fin le encuentra, le abraza y le sostiene.)
JAIME. Me e n c o n t r a s t e ! . . . B u e n a s u e r t e !
A n t e s se e n c u e n t r a la m u e r t e
que no la felicidad.
A d i ó s ! . . . Y e t e . (Rechazándola.)
BEATRIZ. NO ha de ser!
A n t e s , J a i m e , d e m o r i r (Desesperada.)
q u i e r o h a b l a r t e ! . . . Vas á o i r ?
D i m e , ¿y m e v a s á c r e e r ?
JAIME. C r e e r t e ? . . . B a h ! . . . P o r q u é no?
La m e n t i r a i n ú t i l fuera,
con aguardar á que muera
te b a s t a b a . P e r o n o :
(Beatriz se prepara á decir algo: Jaime la Inter-
rumpe.)
— 96 -
responde y no digas nada,
que n o hay tiempo para todo,
y liega el fin d e tal m o d o
q u e m i vida está a c a b a d a .
BEATRIZ. Si s u p i e r a s ? . . .
•TAIME. Basta; a q u í . . .
(Llevando la mano á la garganta.)
siento d e s a n g r e u n a ola!
C o n t e s t a á u n a cosa s o l a . . .
Has d e c o n t e s t a r m e ?
BEATRIZ. SÍ.
JAIME. Manfredo m u r i ó t a m b i é n
y t ú pronto morirás:
al m o r i r . . . d ó n d e caerás?
BEATRIZ, k t u l a d o .
JAIME. SÍ? P u e s v e n . . .
a c é r c a t e . . . ¿No e s m e n t i r a ?
R e s p o n d e . (Incorporándose.)
BEATRIZ. No!
JAIME. Y entre tanto
d ó n d e c o r r e r á t u llanto?
BEATRIZ. S o b r e t u c u e r p o !
JAIME. Pues mira...
Abraza m i cuerpo i n e r t e . . .
y no ceses... de llorar...
que así... vinimos á dar...
e n el s e n o . . . d e la m u e r t e .
(Cae muerto sobre el banco de piedra y Beatriz
se abraza á él sollozando. Hasta que el telón baje
por completo deben oírse sus horribles y desespera-
dos sollozos.)
Prop, qu
TÍTULOS. ActOS. ALTORES. COfTespOIlá
COMEDIAS Y DRAMAS.
ZARZUELAS.
El l u c e r o del a l b a . . . i M. F n a n d z . Caballero M.
L a p e c a d o r a , canción 1 Sres. Alvarez, P u e n t e y
Caballero L. y M.
Espiridion en V u l c a n o 2 Rafael T a h o a d a . Mit. M.'
PUNTOS'DE VENTA,
MADRID! •
PROVINCIAS Y/ULTRAMAR.
PORTUGAL.