Está en la página 1de 100

I ó - ...

I ya "Í
E L TEATRO-
COLECCIÓN DE OBRAS DRAMÁTICAS Y LÍRICAS.

EN--EL SENO

DE ..LAV;MlJÉRTE,
LEYENDA TRÁGICA. EN TRES ACTOS,

JOSÉ EGHK(TARAY

MADRID.
HIJOS DE A. GÜLLON, EDITORES.
OFICINAS: POZAS—2—2.°

1879.
EN EL SENO DE LA MUERTE.
OBRAS D E L MISMO AUTOR.

EL LIBRO TALONARIO, c o m e d i a e n u n a c t o , o r i g i n a l y e n v e r s o .
L A ESPOSA DEL VENGADOR, d r a m a e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y e n v e r s o .
LA ÚLTIMA NOCHE, d r a m a e n t r e s a c t o s y u n epílogo, o r i g i n a l y
en v e r s o .
E N EL PUÑO DE LA ESPADA, d r a m a t r á g i c o e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y
en verso.
UN SOL QUE NACE Y ÜN SOL QUE MUERE, c o m e d i a e n u n a c t o , o r i g i -
nal y e n v e r s o .
CÓMO EMPIEZA Y CÓMO ACABA, d r a m a t r á g i c o e n t r e s a c t o s , origi-
nal y e n v e r s o . ( P r i m e r a p a r t e d e u n a t r i l o g í a . )
E L GLADIADOR DE RAVENA, t r a g e d i a en u n acto y e n v e r s o , i m i -
tación.
Ó LOCURA ó SANTIDAD, d r a m a e n t r e s a c t o s , o r i g i n a l y en prosa.
IRIS DE PAZ, c o m e d i a en u n a c t o , o r i g i n a l y e n v e r s o .
PARA TAL CULPA TAL PENA, d r a m a en dos actos, original y en
verso.
Lo QUE NO PUEDE DECIRSE, d r a m a o r i g i n a l en t r e s a c t o s y e n p r o -
s a . ( S e g u n d a p a r t e d e la t r i l o g i a . )
E N EL PILAR Y EN LA CRUZ, d r a m a original e n t r e s a c t o s y e n
, verso.
CORRER EN POS DE UN IDEAL, c o m e d i a o r i g i n a l , e n t r e s actos y
en v e r s o .
ALGUNAS VECES AQUÍ, d r a m a original en t r e s actos y e n p r o s a .
Al ORÍ R POR NO DESPERTAR, l e y e n d a d r a m á t i c a en u n acto y en
verso.
E N EL SENO DE LA MUERTE, leyenda t r á g i c a e n t r e s actos y e n
verso.
EN EL SENO DE LA MUERTE,

LEYENDA TRÁGICA EN TRES ACTOS

POR

JOSÉ ECHEOARAT.

Estrenada en el Teatr,o ESPAÑOL la «oche del 1 2 de A t r i l de 1 8 7 S .

MADRID.
IM-PRENTA D E J 9 S É R O D R I G U E Z . — C A L V A R I O , 18,.

1879,
PERSONAJES. ACTORES.

D O N JAIME, conde de Argelez S R . CALVO ( D . R a f a e l ) .


BEATRIZ, condesa S R A . DARDALLA.
MANFREDO, bastardo de A r g e l e z . . . . S R . CALVO ( D . R i c a r d o ) .
JUANA S R A . CALDERÓN.
ROGER, escudero S R . PEÑA.
BERENGUEL, alcaide S R . GUERRA.
DON P E D R O III D E A R A G Ó N S R . JIMENEZ.

LAURIA.—MARQUET.—BARROSO, \
capitanes

ZURITA.—CABRERA, soldados del


1 ) ( - Fernando)
D

y CHICO.
t S R E S . C. REVILLA
y

Y
^
LOPE

CAL-
rey * vo ( D . José).
UN P A J E , q u e h a b l a S R . MIRALLES.
Pajes, escuderos, capitanes, almogávares, etc.

Año 1285 en Aragón.

El primer acto en un castillo de los Pirineos. El segundo


y tercero en el castillo de Ar¿elez, también en los
Pirineos.

Esta obra e s propiedad de su autor, y nadie podrá, s i n su per-


miso, reimprimirla ni representarla en España y sus posesiones de
Ultramar, ni e » los países con los cuales haya celebrados ó se cele-
bren en adelante tratados internacionales de propiedad literaria.
El autor se reserva el derecho de traducción.
Los comisionados de la Galería Lírico-Dramática, titulada el
Teatro, de los Sres. HÜOS de A. GÜLLON, son los encargado:
exclusivamente de conceder 6 negar el permiso de representa-
ción y del cobro de los derechos de propiedad.
Queda hecho el depósito qne marca la ley.
AL EMINENTE ACTOR

DON RAFAEL, CALVO.

Á V. que con su gran talento y con su al-


tísima inspiración ha dado vida á este drama,
el sublime horror trágico á que yo aspiraba á
su pensamiento, y á mí un triunfo que nunca
olvidaré, dedico esta obra en prueba de gra-
titud, de amistad y de admiración
ACTO PRIMERO.

La escena representa eJ salon principal <le un castillo roquero


próximo á ana pequeña villa, ambos situados en las gargan-
tas de los Pirineos. Ventana á la derecha: á la izqtierda
dos puertas: puerta en el fondo. Estilo severo. A la izquier-
da mesa y sillón blasonado. Es la caída d é l a tarde.

O
ESCENA PRIMERA.

ROGER DE PERALADA, en primer término. Por el fondo


un momento después BERENGUEL DE LAS PANIZAS.

BER. Dios g u a r d e al b u e n P e r a l a d a .
ROGER. Dios t r a i g a p a r a algo b u e n o
al alcaide d e la t o r r e ,
q u e e n este m a l d i t o c e r c o ,
m á s nos i m p o r t a g u a r d a r
c o n t r a el f r a n c é s , por d o n P e d r o .
BEU. Mientras tenga Berenguel
las llaves del torreón viejo,
q u i e n e n t r e al g r i t o d e « ¡ F r a n c i a ! »
e n él dejará los h u e s o s ;
que aquella vetusta mole
y a q u e s t e a l m o g á v a r fiero,
no r e c o n o c e n m á s r e y
.de Valencia al P i r i n e o ,
—a _
q u e al m o n a r c a d e A r a g ó n
el noble Pedro tercero. (Saludando.)
ROGER. Me a g r a d a e n tí ese l e n g u a j e .
BER. ¿ E n q u é ocasión, n i e n q u é t i e m p o ,
no afirmé c o n m i s p a l a b r a s
lo q u e p r o c l a m a n m i s h e c h o s ?
D u d a s de m í !
ROGER. Yo dudar!...
BER. NO? P u e s p o r tí lo c e l e b r o .
ROGER. E S , Berenguel, que muy tristes
son los años q u e c o r r e m o s ,
m á s fecundos e n infamias
q u e ricos e n e s c a r m i e n t o s .
Q u e la lealtad a n d a v i u d a
porque no hay u n caballero
q u e la d e s p o s e , y e n c a m b i o
la traición los halla á c i e n t o s .
N o h a y a m i g o del a m i g o ,
n i los d e u d o s son y a d e u d o s ,
ni hay h e r m a n o para hermano
si a n d a la anQ;ion p o r m e d i o .
BER. Dígalo el q u e el Rosellon
h a v e n d i d o al r e y e z u e l o ,
q u e e n t r e u n legado del Papa
y el rey de Francia s o b e r b i o ,
mandó Roma vengativa
á r e c o g e r d e e s t e suelo
la n o b l e y f é r r e a c o r o n a
de d o n J a i m e y d e d o n P e d r o .
Él le a b r i ó n u e s t r a s f r o n t e r a s :
¡mal r a y o le h u b i e r a a b i e r t o !
mas á cerrarlas venimos
con peñascos y eon pechos,
y el P i r i n e o es m u y d u r o ,
y el a r a g o n é s m u y t e r c o .
ROGER. ¡Ojalá q u e todo- salga
á m e d i d a d e l deseo!
P e r o a s ó m a t e á las t o r r e s
d e este castillo r o q u e r o , ,
y v e r á s la odiosa h u e s t e
en q u e nos v e m o s e n v u e l t o s ,
a p r e t a n d o sus anillos
— 9 —
c o n t r a n u e s t r o s m u r o s viejos,
¡Ah, B e r e n g u e l , q u e n o b a s t a n
d u r a s p i e d r a s , nobles p e c h o s
p a r a atajar el t o r r e n t e
q u e asoma p o r esos c e r r o s .
El m i s m o Carlos de F r a n c i a ,
de sus fuerzas c o n el g r u e s o ,
se nos vino p o r s o r p r e s a
encima.
BER. Ya le t e n d r e m o s
debajo, q u e p a r a t o d o
se e n c u e n t r a m a n e r a j t i e m p o .
Como el c o n d e d e A r g e l e z ,
(Coa cierto mistero.)
d e a q u e s t e castillo d u e ñ o ,
quiera resistir...
RSGER. ¡Don J a i m e !
Si h a y u n h o m b r e e n todo el r e i n o
c a p a z d e a r r a n c a r al d i a b l o
corona, cabeza y cetro,
ese h o m b r e es el C o n d e . Y p o n
e n lo q u e d i c e s m á s t i e n t o .
BER. Ni d u d o d e s u c o r a j e ,
ni hay b a r ó n de m á s esfuerzo,
n i e n las t o r r e s d é A r g e l e z
nació mejor caballero.
P e r o el h o m b r e al fin es h o m b r e ,
y si lo q u e h a y a q u í d e n t r o
(Golpeándose el pechoi)
está e n p o d e r d e u n a h e r m o s a ,
ya no es s u y o .
ROGER. ¿Y t e m e s ? . . .
BE«. Temo
q u e la c o n d e s a le a p o q u e
y q u e e n l l e g a n d o el m o m e n t o
del e s t r a g o , p o r s a l v a r l a ,
a b r a el m u r o al e x t r a n j e r o .
Yo lo d i J 3 .
ROGER. Y si lo d i c h o
no r e c o g e s , t e p r e v e n g o
q u e á e s t o c a d a s volverá .
(Poniendo mano al puño de la espada.)
— 10 —
á t u garganta de perro.
BER. E S poco h o m b r e P e r a l a d a
p a r a B e r e n g u e l el viejo.
No b a s t a n m a n o s d e n i ñ o
para t a n curtidos cueros,
y son dardos m i s palabras
q u e se m e t e n c a r n e a d e n t r o .
ROGER. E n eso sí q u e v e r d a d
dijiste.
BER. P u e s . y a lo c r e o .
E n eso y e n t o d o y s i e m p r e
sé lo q u e d i g o , m a n c e b o .
E n este castillo s o b r a n
m u j e r e s : y m e refiero
á la c o n d e s a ; y s i acaso
no te basta, darte puedo
otro n o m b r e : cierta Juana,
esposa d e u n e s c u d e r o ,
sin t a c h a c o m o soldado
p e r o c o m o h o m b r e sin seso.
ROGER. Y p o r si n o t e b a s t a s e
m o r d e r al C o n d e , t u d u e ñ o ,
y ultrajar á la condesa
con t u s malos pensamientos,
¿babeas c o n t r a m i J u a n a
lo q u e q u e d a d e v e n e n o ?
P u e s p r o b e m o s si es t a n d u r o
c o m o d i c e s t u pellejo,
que ya no te aguanto m á s
insolencias ¡vive e l Cielo!
(Desnuda la espada.)
BER. Qué? t e e m p e ñ a s ?
ROGER. No lo ves?
BER. P u e s p r o b e m o s . (Lo mismo.)
ROGER. Pues probemos.
— 11 —

ESCENA n .

ROGER, BERENGUEL, BEATRIZ, JUANA. Las dos últimas


por la izquierda, primer término, Juana hace nn movimien-
to; la Condesa la contiene. Los pajes se retiran después de
dejar las luces sobre la mesa.

ROGER. L a C o n d e s a ! (Bajando sn acero.)


BER. L a Condesa! (Lo mismo.)
BEATRIZ. R o g e r !
ROGER. Señora?
BEATRIZ. Q u é e s eso?
E s ¿que y a n o h a y e n e m i g o s
e n los altos P i r i n e o s ,
y a r m a s q u e h u e l g a n afuera
distracción buscan adentro?
¿Es q u e al v e r á los franceses
g u a r d a r t a n poco r e s p e t o
á estos m u r o s s e ñ o r i a l e s
q u e r é i s los dos n o s e r m e n o s ?
BER. (Envainando la espada: lo mismo R o g e r . )
Perdóneme m i señora;
h i c e m a l y lo confieso.
BEATRIZ. ¿Á q u é v i e n e s ?
BKR. Me l l a m ó
el C o n d e y aquí le e s p e r o .
BEATRIZ. Salió á v i s i t a r l o s f u e r t e s ,
las atalayas y p u e s t o s
avanzados, y n o sé
cuándo volverá.
BER. Si e s e s o ,
y l i c e n c i a C o n c e d é i s . . . (Como para retiraise.)
Hago falta h a c e y a t i e m p o
en m i torreón. Cuando cierre
la n o c h e v e n d r é d e n u e v o .
BFATRIZ. A d i ó s , B e r e n g u e l .
BER. (Saludando para salir.) Señora...
ROGER. (Cuándo p o d r é v e r t e ? (En voz baja.)
BER. (LO mismo.) Luego.)
( V i s e Berenguel por el fondo.)
— 12 —

ESCENA III.

BEATRIZ, JUANA, ROGER.

Beatrií se sienta junto á la mesa: Juana y Roger á su lado


en pie.

BEATRIZ. ¿ P o r q u é reñíais?
ROGER. Ese hombre
infunde á todos sospechas.
Si e n e l castillo n o h a y b r e c h a s
t o d a v í a ¡por m i n o m b r e !
q u e a b r i r l a s al e n e m i g o
puede de noche u n traidor,
y q u e la b r e c h a mejor
para u n m u r o es u n postigo.
BEATRIZ. B e r e n g u e l fué s i e m p r e leal.
ROGER. E s o p e n s é yo t a m b i é n .
BEATRIZ. ¿Y a h o r a n o lo piensas?
ROGER. Quién
se l i b r a de: p e n s a r mal?
BEATRIZ. S i n p r u e b a s !
ROGER. Alguna, t e n g o
y c o n ella b r e g o y l u c h o .
BEATRIZ. P u e s h a b l a , q u e y a t e e s c u c h o .
ROGER. P u e s á l a v e r d a d m e a t e n g o .
(Pausa. Se acerca con misterio á la Condesa.)
Anoche, para cumplir
o r d e n q u e el Conde m e d i o ,
y a m u y t a r d e , bajé yo '
al s u b t e r r á n e o q u e a b r i r ,
como encubierto camino,
hizo el Conde Bonifacio,
d e s d e e s t e a n t i g u o palacio
h a s t a el collado v e c i n o .
Sabéis que rodeando pasa
del t o r r e ó n viejo el c i m i e n t o ,
q u e e n él b u s c a f u n d a m e n t o ,
que su enorme cueva r a í a ,
y q u e de ella,'bien 6 m a l ,
le s e p a r a n n o c h e y d i a
un muro de cantería
y u n a verja d e m e t a l .
P o r la a n g o s t u r a a v a n c é
c o n la l i n t e r n a t a p a d a :
llegué á la verja c e r r a d a ,
m e detuve y escuché.
S o m b r a s : silencio m e d r o s o :
h ú m e d o y M o el a m b i e n t e :
y p o r e n c i m a el t o r r e n t e
i. q u e v i e n e á l l e n a r el foso.
A p a s a r iba m á s lejos,
c u a n d o e n la c u e v a d e al lado
y p o r e n t r e el e n r e j a d o ,
vi d e u n a l u z los reflejos.
Me a s a l t a n e x t r a ñ a s d u d a s :
m e p a r o y m i r o al t r a v é s :
son B e r e n g u e l y u n francés,
los d o s c o n c a r a d e J u d a s .
E s c u c h o , p e r o no h a y m o d o
de e n t e n d e r s u c h a r l a e t e r n a :
salen p o r u n a p o t e r n a . . .
BEATRIZ. Y el C o n d e ?
ROGER. LO s a b e t o d o .
P o r eso le l l a m a a q u í ,
y él p o r eso t e m é él d a ñ o .
BEATRIZ. E S e x t r a ñ ó .
ROGER. Muy e x t r a ñ o .
J e ANA. Don J a i m e . (Mirando al fondo.)
ROGER. (LO mismo.) Don J a i m e , sí.

ESCENA IV.
BEATRIZ, JUANA, ROGER, JAIME.

Este aparece en la puerta del fondo con algunos capitanes


Allí se detiene y habla con ellos. Viene con loriga, guan-
l-aletes y casco, ó como el actor crea oportuno dado que aca-
ba de efectuar un reconocimiento.

JAIME. ( E * fondo como dando órdenes.)


ne

De asalto al m e n o r a s o m o
- 14 -
la c a m p a n a el a i r e h i e r a :
de trecho en trecho una hoguera
p a r a d e r r e t i r el p l o m o :
las c a t a p u l t a s a r m a d a s ,
los h o n d e r o s p r e v e n i d o s ,
los h i e r r o s e n r o j e c i d o s ,
y las estopas mojadas.
Esta noche no hay reposo,
q u e e n el c a m p o h a y m o v i m i e n t o ;
y q u e v e n g a n al m o m e n t o
Lauria, Marquet y Barroso.
(Los capitanes se retiran: Jaime avanza quitándose
el casco y los g u a n t e l e t e s . )
BEATRIZ. J a i m e . . . m i J a i m e . . .
JAIME. Beatriz...
BEATRIZ. T e m e s algo?
JAIME. Por m í , nada:
por t í , todo, prenda amada.
H a b l a s t e ? . . . ( Á Roger con afán.)
ROGER. Hablé c o n O r t i z .
JAIME. (Llevándole aparte y en voz baja.)
¿Y d a r á paso s e g u r o
el francés?
ROGER. B u e n a s son esas:
ciendoblas aragonesas,
mejor q u e el m e j o r c o n j u r o ,
e n el diablo h a c e n d e s m o c h e
y le t r u e c a n e n c o r d e r o .
JAIME. Y él r e s p o n d e ? . . .
ROGER. Por e n t e r o .
JAIME. Y ha de ser pronto?
ROGER. Esta n o c h e .
JAIME. Gracias á Dios! Me h a s quitado
h o r r i b l e peso d e e n c i m a .
P o r q u e sé q u e se a p r o x i m a
el t r a n c e d e s e s p e r a d o ,
q u e está Carlos p r e v e n i d o ,
que sus máquinas apresta,
q u e y a cruje la ballesta,
q u e y a el arco está t e n d i d o ;
y a n t e s q u e luzca s u s galas
la a u r o r a d e l - n u e v o d i a ,
— 15 -
v e r e m o s c o n agonía
p o r c i e n flotantes escalas,
sujetas c o n garfios d u r o s ,
c u a l del jabalí los p e r r o s ,
los franceses d e esos c e r r o s
colgándose á n u e s t r o s m u r o s .
Oye, J u a n a . (En voz alta.)
JUANA. Mi s e ñ o r .
JAIME. Amas mucho á t u marido?
JUANA. C u m p l o lo q u e h e p r o m e t i d o
p o r m i Dios y p o r m i h o n o r .
JAIME. P a r a el r e y pliegos le d i ,
y paso p u d e l o g r a r l e .
Tú quieres acompañarle?
JUANA. (Sin poder dominar su contento.)
F u e r a del castillo?
JAIME, SÍ.
JUANA. Y vos m e lo p r e g u n t á i s ?
JAIME. Pues bien, prepáralo todo.
Y t ú le e x p l i c a s . . .
(Volviéndose á Roger: este hace una señal de inte-
ligencia.)
JUANA. Y hay m o d o ? . . .
JAIME. De q u e esta n o c h e s a l g á i s .
JUANA. P e r o dejaros! J a m á s ( Á Beatriz con cariño.)
p o d r é yo salir s i n vos.
BEATRIZ. P a d r e y m a d r e , dijo Dios,
p o r t u esposo d e j a r á s .
ROGER. E n la c o l i n a CGrCaHR. (Como dando prisa.)
está e s p e r a n d o el f r a n c é s .
J.4IME. ( A Juana separándola de Beatriz.)
De eso h a b l a r e m o s d e s p u é s .
JUANA. Adiós, s e ñ o r a .
BEATRIZ. Adiós, Juana.
(Vánse Juana y Roger por la izquierda, primer
término.)

ESCENA V.
BEATRIZ y JAIME.

JAIME. Pálido está t u s e m b l a n t e


- 16 —
y t r i s t e s e s t á n t u s ojos.
T i e n e s enojos?
BEATRIZ. Enojos,
c o n esposo t a n a m a n t e ,
c o n m i J a i m e , c o n m i bien?
Si c o n t i g o m e e n o j a r a
¿para q u i é n , J a i m e , g u a r d a r á
m i cariño? ¿para quién?
JAIME. Las a n g u s t i a s d e l a s e d i o ,
sus m a r t i r i o s , sus r i g o r e s ,
pudieran darte temores,
ó al menos, t r i s t e z a y t e d i o .
BEATRIZ. N O : t e e q u i v o c a s : j a m á s
t a n dichosa m e h e s e n t i d o .
El m i s m o Dios h a q u e r i d o
r e u n i m o s ; y tú verás
c ó m o este lazó es t a n f u e r t e
que resiste, y no te asombres,
á la m a l d a d de los h o m b r e s
y al e s t r a g o d e la m u e r t e .
JAIME. ¡Ah p o b r e n i ñ a , m e c i d a
e n l a c u n a de m i s b r a z o s
d e s d e q u e e n divinos lazos
d e s p e r t a s t e á n u e v a vida!
¿ q u é s a b e s t ú del d e s h e c h o
furor d e está h o r r i b l e e m p r e s a ,
si s i e m p r e e s t u v i s t e p r e s a
e n la c á r c e l d e m i p e c h o ?
Si el m u n d o no c o n o c i s t e ,
n i e n t r e s u s olas l u c h a s t e :
si á m í t a n sólo a d o r a s t e
y á ninguno aborreciste.
Si yo forjé e n m i s castillos,
entre enamorado y terco,
d e m i s m a n o s c o n el c e r c o
t u s esposas y t u s g r i l l o s .
Si j a m á s llegó el dolor
en t u blanco seno á h e r i r :
si á n a d i e v i s t e m o r i r
m á s que á t u Jaime de amor.
Q u é sabes t ú del delirio
q u e i n f u n d e al h o m b r e la g u e r r a ,
— 17 —
si n o s e n t i s t e e n la t i e r r a
más m a r t i r i o q u e el m a r t i r i o
q u e i m p u s o á t u blaDca tez
a l g ú n beso e n a m o r a d o
e n el c a m a r í n d o r a d o
de m i torre de Argelez!
BEATRIZ. Ese r e c u e r d o t e n a z
d e a q u e l l o s t i e m p o s ¡me m a t a !
JAIME. S í , B e a t r i z , b i e n se r e t r a t a
el dolor s o b r e t u faz.
A h o r a la m u e r t e d o q u i e r a ;
m u y p r o n t o el asalto fiero...
Oye, B e a t r i z : yo n o q u i e r o . . .
BEATRIZ. Y O SÍ: q u é i m p o r t a q u e m u e r a ?
Con t a l q u e yo m u e r a a q u í ,
(Dice esto aproximándose' á Jaime; aferrándose á é
cual si temiese que los separaran, y mirando con re-
celo alrededor.)
á t u lado, como h o n r a d a ,
c o n tal q u e n o v e n g a n a d a
á separarme de tí;
c o n tal q u e del a l m a el foco
e n que eterna esencia hierve,
p u r o h a s t a el fin se c o n s e r v e ;
¡lo d e m á s i m p o r t a p o c o !
L a m u e r t e es s u e ñ o p r o f u n d o
q u e sólo e s p a n t a al c o b a r d e :
la v e r d a d v i e n e m á s t a r d e
c o n la vida de o t r o m u n d o .
Me b a s t a , J a i m e , c o n v e r t e ,
p e r o v e r t e sin e s p a n t o ,
y siempre amándome tanto,
e n el s e n o de la m u e r t e .
(Se abraza aún más á él y oculta el rostro.)
JAIME. Y yo c o n d e de A r g e l e z ,
el m á s n o b l e de esta t i e r r a ,
el e s p a n t o de la g u e r r a
c o n t r a el m o r o de J e r e z ,
p o r l o g r a r t u salvación,
y s a c a r t e de esta villa,
d i e r a al árabe Castilla
y al francés el A r a g ó n .

2
— 18 —
ATRiz. Es fantástica q u i m e r a
y es tristísimo d e s b a r r o
en u n ídolo d e b a r r o
poner la existencia e n t e r a .
No, Jaime, n o : t u deber
y t u h o n o r c o n s e r v a ilesos;
esos t u ídolos, esos,
que siempre son, deben s e r .
JAIME. T u n o b l e z a al c o n t e m p l a r ,
t u h e r m o s o a c e n t o al o i r ,
m á s t e a m a r a á no s e n t i r
que m á s no te puedo amar.
P o r f o r t u n a , la h o n r a m í a ,
y t u a m o r n o se p r e p a r a n
á l u c h a r , q u e si l u c h a r a n
yo sé b i e n c u á l v e n c e r í a .
Muy al c o n t r a r i o , á m i v e r .
en este trance de horror
sólo salvando m i a m o r
puedo cumplir m i deber.
BEATRIZ. No t e c o m p r e n d o .
JAIME. Pues oye,
Beatriz, y no m e interrumpas.
En lamentos no prorumpas
c u a n d o m i m a n o s e apoye
en t u m a n o de este modo;
(Se acerca á ella, le coge una mano, la mira lija-
mente y la atrae á s í . )
y e n t u s ojos b u s q u e t u a l m a ;
y t e p i d a fuerza y c a l m a
para decírtelo todo.
(Pepueña pausa.)
Q u e m i castillo es m u y viejo,
q u e el s i t i a d o r e n t r a r á ,
q u e q u i e n n o ceje c a e r á ,
y q u e y o , B e a t r i z , no cejo.
S i n r e c u r s o s n o e s d e ley
n i yo p u e d o r e s i s t i r ;
p e r o yo p u e d o m o r i r
p o r A r a g ó n y su, r e y .
BEATRIZ. Y a lo s é . Ya lo h e p e n s a d o ;
q u e esa g e n t e es liera y t e r c a :
por eso quiero estar cerca
para morir á t u lado.
JAIME. Mira lo q u e h e d e e v i t a r .
BEATRIZ. P u e s m i r a c ó m o h a d e s e r .
JAIME. E s t a n d o al a m a n e c e r
m i esposa e n el c a s t a ñ a r
que por la parte de Oriente
t e r m i n a ese b o s q u e u m b r í o ;
p a s a n d o d e s p u é s el r i o ,
y escoltada p o r m i g e n t e ,
q u e es d e confianza y d e p r e z ,
en todo el c a m i n o viejo,
del sol al p o s t r e r reflejo
l l e g a n d o al fin A r g e l e z .
B E A T R I Z . Y O ? sola?
JAIME. N O : por mi h e r m a n o
Manfredo allí p r o t e g i d a
a g u a r d a s d e esta e m b e s t i d a
el d e s e n l a c e c e r c a n o .
R e s p o n d e , B e a t r i z ; ¿irás?
BEATRIZ. N o . ¡ S e p a r a r m e d e t í ,
y mientras m u e r e s aquí
yo c o n Manfredo? J a m á s .
JAIME. P u e s todo está p r e p a r a d o
y con Roger y con Juana
has de partir.
BEATRIZ. Lucha vana.
No h a y p o d e r e n lo c r e a d o ,
m a l á m a l ó bien á b i e n ,
que m e obligue á abandonarte.
JAIME. E S q u e yo q u i e r o s a l v a r t e !
BEATRIZ. (Para sí.) (Salvarme q u i e r o t a m b i é n .
JAIME. Beatriz!
BEATRIZ. Jaime!
JAIME. Por mi amor!

ESCENA VI.
BEATRIZ, JAIME, un PAJE por el l'onclo.

JAIME. Q u i é n va?
PAJE. Si m e dais l i c e n c i a *
— 20 —
JAIME. Qué buscas?
PAJE. Con g r a n urgencia
hablaros quiere, señor,
u n capitán q u e p o r ley
d e s u a r r o j o y s u fatiga
burló la línea e n e m i g a
y es m e n s a j e r o d e l r e y .
JAIME. Q u e p a s e . (Váse el P a j e . )

ESCENA VIL
BEATRIZ, JAIME, MANFREDO por el fondo.

JAIME. Beatriz!
BEATRIZ. NO cedo.
MANF. ( A p . ) (Ella y é l . J u n t o s e s t á n . )
JAIME. A c e r q ú e s e el c a p i t á n .
MANF. (Avanzando.) Jaime.
JAIME. (Reconociéndolo.) Manfredo!
BEATRIZ. (Con horror.) Manfredo!
(Jaime va á su hermano con afán y le abraza eon
en riño.)
JAIME. P o r q u é vienes?
MANF. P o r q u e el r e y
p l i e g o s m e dio p a r a t í :
(Saca unos pliegos y se los entrega.)
y porque supe que aquí
se l u c h a b a , y e s d e l e y
m i e n t r a s se c o n s e r v e e n t e r a ,
q u e n o e s t é ociosa l a e s p a d a
c o n t r a esa i n f a m e c r u z a d a
que cruzó nuestra frontera.
JAIME. P e r o d i , ¿cómo p u d i s t e
p a s a r el c a m p o f r a n c é s !
MANF. Mi l e m a s a b e s c u a l e s :
querer y basta.
JAIME. Y. quisiste?
MANF. Y q u i s e y p a s é . Y e s cosa
averiguada q u e ya
nadie m e separará
de m i h e r m a n o y d e s u e s p o s a .
AIME. P u e s y a t a r d a s , y e s desliz
en darle brazos de h e r m a n o .
(Señalando á su esposa.)
Á m í p r i m e r o , esto es l l a n o ,
pero después á Beatriz.
MANF. (Acercándose á Beatriz.)
L o s e s t r a g o s d e la g u e r r a
empañar no consiguieron,
c u a n d o al espacio s u b i e r o n
e n v a p o r e s d e la t i e r r a ,
y en u n a y otra jornada
d e l asedio d e esta villa,
n i el c a r m í n d e e s a mejilla
n i el fulgor d e e s a m i r a d a .
Pálido p e n s é e n c o n t r a r
ese divino s e m b l a n t e ,
¡pero n o h a y s o m b r a b a s t a n t e
para tanto luminar!
BEATRIZ. Velaba J a i m e p o r m í
y p o r m í velaba Dios.
MANE. P u e s ahora seremos dos
y Dios, á v e l a r p o r t í .
JAIME. T a r d e e s y a : l a r u i n a llega,
y el m u r o y a n o p r o t e g e ,
y e s forzoso q u e se aleje
d e e s t e c a s t i l l o , y se n i e g a .
MANF. S a l i r d e l castillo!
(Con sorpresa y enojo mal contenido.)
JAIME. Escudo
q u e se r o m p e se a b a n d o n a .
Torre q u e se desmorona
no aprovecha.
JÍANF. ( Á Beatriz con afán.) Y t ú ? . . .
BEATRIZ . Yo d u d o
(Con intención y mirándole fijamente.)
JAIME. Q u é d i c e s , q u e el c o r a z ó n
se m e e n s a n c h a al e s c u c h a r l o ?
BEATRIZ. Digo, d e s p u é s d e p e n s a r l o ,
que quizá tengas razón.
Aquí t u cuidado absorbo,
amortiguo tu pujanza,
soy e s t o r b o á t u v e n g a n z a
y á t u gloria soy e s t o r b o .
— 22 —
Todo el t i e m p o q u e á m i s p i e s
c o n caricias t e a s e g u r o ,
h a c e s falta sobre el m u r o
c e r r a n d o el paso al f r a n c é s .
Tienes que pensar e n dos
en t a n t o q u e yo e s t é a q u í ,
p u e s n o p i e n s e s m á s q u e e n tí
y e n t u p a t r i a . J a i m e . . . adiós!
JAIME. Beatriz, alma de m i vida!...
(Atrayéndola á sí: ella huye la mirada de su
poso.)
Q u e t u faz á m í se i n c l i n e ! . . .
MANF. ( A p . ) ( E n t o n c e s p a r a q u é vine!)
BEATRIZ. Y la f u g a ?
JAIME. Prevenida.
Roger... Juana...
(Acercándose á la primera puerta de la izquierda
y llamando.)

ESCENA VIH.
JAIME, BEATRIZ, MANFREDO, JUANA, ROGER. Los dos
últimos por la izquierda, primer término.

ROGER. Todo está


esperando á la Condesa.
El c r e p ú s c u l o a c a b ó ,
la n o c h e v i e n e m u y n e g r a ,
el c a m p a m e n t o e n r e p o s o ,
á l a e s c u c h a el c e n t i n e l a .
T a n sólo s e oye á lo lejos
c u a l b r a m i d o d e u n a fiera,
el d e l t o r r e n t e q u e baja
desde la v e c i n a s i e r r a
engrosado p o r las nieves
é i r r i t a d o p o r las p e ñ a s .
JAIME. Y la luz?
ROGER. Apareció
e n la atalaya q u e c i e r r a
la b o c a d e l s u b t e r r á n e o .
JAIME. Entonces?...
-c OG.ER. Ese hombre espera.
JAIME. P u e s esperad u n i n s t a n t e ,
sólo u n i n s t a n t e , á q u e lea
estos pliegos y á q u e t r a i g a
o t r o s q u e al r e y i n t e r e s a n
y q u e h a s d e llevar t ú m i s m o (Á Roger.)
á Gerona ó á Figueras,
ó á d o n d e d o n P e d r o se halle
y le a l c a n c e t u p r e s t e z a .
Volveré... Beatriz... Hermano...
(Despidiéndose.)
E n t r a l u e g o , q u e u n a idea (Á Manfredo.)
tengo y quiero consultarte.
MANF. Entraré, Jaime, no temas.
(Váse Jaime por la izquierda segundo término.)

ESCENA IX.
BEATRIZ, MANFREDO, JUANA, ROGER.

BEATRIZ. (Habla afectando cierta alegría y procurado dom


nar su emoción.)
Al fin v a m o s á e s c a p a r
d e e s t e i n f i e r n o . A q u í se q u e d a n
los h o m b r e s p a r a la l u c h a .
M a n f r e d o , no te lo r u e g a
m i labio p o r q u e es i n ú t i l .
P o r m i J a i m e ! p o r él v e l a !
E s m i vida!
MANF. Si es t u vida
p o r él d a r é m i e x i s t e n c i a ,
q u e v i d a q u e á tí te i m p o r t a
b i e n vale la q u e m e p e s a .
BEATRIZ. (Separando la vista de Manfredo.)
A u n c u a n d o no m e i m p o r t a s e
es t u h e r m a n o .
MANF. Mala c u e n t a ,
q u e á v e c e s e n esta l u c h a
de las pasiones r e v u e l t a s
se v i e r t e la s a n g r e propia
m e j o r q u e la s a n g r e a j e n a .
BEATRIZ. P u e s yo sé b i e n q u e p o r é l . . .
MANF Por él y por ti.
24
(Bajando la voz y acercándose. Juana y Roger h a -
blan en el fondo.)
Tan negra
es m i s u e r t e ¿ q u é t e ofende
de m i c a r i ñ o e s t a p r u e b a ?
BEATRIZ. (Mirando con recelo á Juana y á Roger.)
Más bajo, p o r Dios, m á s b a j o .
MANF. ¿ P u e s q u é s e n t i d o le p r e s t a
á t a l p a l a b r a «cariño»
tu razón y t u conciencia
q u e t a n t o t e m e s q u e se oiga?
(Acercándose con apasionamiento.)
Mi c a r i ñ o ¿á q u é t e s u e n a
q u e q u i e r e s q u e sólo á t í
l l e g u e y e n t í sólo m u e r a ?
BEATRIZ. (Turbada.) Yo t e m e r ? Y p o r q u é c a u s a !
Ha sido n o sé q u é i d e a . . .
De t a n t o fragor d e m u e r t e ,
de tanto grito de g u e r r a
cuajados e s t á n los a i r e s ,
m a n c h a d a s e s t á n las p i e d r a s ,
y los m á s d u l c e s a c e n t o s
y las palabras más t i e r n a s ,
c o n t r a esos á s p e r o s m u r o s
y e n esta a t m ó s f e r a d e n s a ,
t o m a n algo d e s i n i e s t r o
y e n algo i n f a m e se t r u e c a n .
M a n f r e d o , v e r d a d dijiste:
¡yo la t o r p e ! ¡yo la n e c i a !
Manfredo, tu brazo es fuerte:
¡vela p o r t u h e r m a n o , vela!
¡que es m i esposo, q u e e s t u s a n g r e !
¡yo lo p i d o ! . . . ¡Dios lo o r d e n a !
(Oculta el rostro entre las manos y llora.)
JrjANA. (Acercándose y procurando consolarla.)
No l l o r é i s .
BEATRIÍ ¡Ay, J u a n a m i a !
tú estás l i b r e d e e s t a p r u e b a ;
tu Roger contigo parte,
a q u í m i J a i m e se q u e d a .
MANF. ( E n voz baja y separándola de Juana.)
Si t a n t o t e a m a ¿ p o r q u é
no te sigue? Yo m u r i e r a
p o r él d e n t r o d e estos m u r o s ,
sin p r o f e r i r n i u n a q u e j a ,
si esto t e a g r a d a s e . Y m i r a ,
la m i s m a s a n g r e c o r r i e r a
ya m u r i e n d o el d e A r g e l e z ,
ya Manfredo el d e P r o v e n z a .
Y a u n q u e su m a n o es m u y fuerte
no es m á s fuerte q u e m i diestra.
Y e l q u e r o d a s e h a s t a el foso,
ó ensangrentase la almena
bajo el g o l p e f o r m i d a b l e
de m i doble h a c h a d e g u e r r a ,
e n t r e el u n o y o t r o h e r m a n o
n o es fácil q u e d i s t i n g u i e r a ;
que no hiere mas profundo
que yo ni con mas presteza.
BEATRIZ. Si fuera capaz m i J a i m e
d e a c e p t a r t a n vil oferta,
y de manchar por mi amor
el n o m b r e i l u s t r e q u e l l e v a ,
entonces, Manfredo... entonces,..
MANF. (Coa energía.)
Es q u e a m a r í a d e v e r a s ,
q u e a s í s a b e n l o s bastardos
(Golpeándose el p e c h o . )
amar; aunque nunca llegan
ni á señores de Argelez,
ni á dueños de tal belleza.
(Señalándola con pasión.)
BEATRIZ. (Turbada y temerosa.)
P o r q u é m e m i r a s así?
MANF. Perdón: m i señor m e espera.
( V á s e por la misma puerta que Jaime.)

ESCENA X.
BEATRIZ, ROGER, JUANA.

Beatriz, separada de los otros dos qne forman un grupo.

ROGER, ( Á Juana.) S i n i e s t r o el b a s t a r d o v a
— 26 —
y ella e s p a n t a d a se q u e d a .
Algo dijo él p o r lo bajo
q u e e n voz alta no d i j e r a .
JUANA. «Siniestro,» dices? Q u i z á :
como todo h o m b r e de guerra
q u e a c o r r a l a d o se v e
y apareja la d e f e n s a .
«Espantada» m i señora?
J u z g a c ó m o yo e s t u v i e r a
si al a b a n d o n a r la t o r r e
m i R o g e r q u e d a s e e n ella.
ROGER. N O es e s o . Si e s q u e el b a s t a r d o ,
m á s q u e por la descendencia,
es b a s t a r d o p o r el a l m a
q u e d e n t r o d e l c u e r p o lleva.
JUANA. Mal l e q u i e r e s .
ROGER. L O confieso.
JUANA. R o g e r , e s e odio m e i n q u i e t a ,
que temo que alguna vez,
p o r no refrenar t u lengua,
d e Manfredo los enojos
al fin c o n t r a tí se v u e l v a n .
Eres humilde escudero
y él es n o b l e .
ROSER. Sólo á m e d i a s ;
y es p r e f e r i b l e t e n e r
toda la s a n g r e plebeya,
pero honrada, á dividirla
en dos mitades opuestas:
u n a limpia, otra m a n c h a d a
y a m b a s p o r las m i s m a s v e n a s ;
q u e b a s t a m u y poco c i e n o
para enturbiar u n a alberca.
JUANA. Habla m á s b a j o , q u e p u e d e
e s c u c h a r n o s la C o n d e s a . (Siguen hablando
BEATBIZ. Pensamiento, q u e m e abrasas,
corazón, q u e te revelas,
voluntad, q u e desfalleces,
alma, q u e n o e s t á s e n t e r a ,
¿ q u é fuisteis, q u e y a n o sois?
¿ q u é sois, q u e m e d a v e r g ü e n z a
. t a n sólo el i m a g i n a r
q u e t a n sólo allá e n la idea,
y sólo p o r u n m o m e n t o ,
y del sueño entre las nieblas,
y por m i parte sin culpa,
h a l l á i s sido p o r s o r p r e s a
lo q u e si yo sospechase
que pudierais ser de veras,
á todos c u a t r o os l l e v a r a
á la m u e r t e c o n m i a f r e n t a ,
a r r o j á n d o m e en el foso
p o r el h u e c o d e u n a a l m e n a ?
¡Á todos c u a t r o c o n m i g o
y c o n m i c u e r p o q u e os lleva!
A ti, p o r s e r t a n i m p u r o ;
(Oprimiéndose la frente: habla con su pensamia nto.)
á ti, p o r t u r u i n r a l e a ,
(Oprimiéndose el pecho: se refiere al corazón.)
á ti, v o l u n t a d , p o r débil;
alma, á t í , p o r q u e e r e s m e d i a ,
y si la o t r a e s t á e n el c i e n o ,
e n el c i e n o estés e n t e r a .
J u a n a , p a r t a m o s al p u n t o .
Roger, t u brazo m e presta,
q u e a q u í se m e a c a b a el a i r e ,
q u e a q u í se m e h u n d e la t i e r r a ,
q u e y a m e falta h a s t a el cielo
bajo esta b ó v e d a n e g r a .
ROGER. P e r o el C o n d e ? . . .
HM.TRIZ. Ven, Roger...
JUANA. Un instante...
ROGER. El
El Conde llega.

ESCENA XI.

BEATRIZ, JUANA, ROGER, JAIME, MANFREDO; los d o s


últimos por la izquierda segundo término. Jaime trae un per-
gamino que entrega á Roger.

J5UME. Para don Pedro. Y apura


t a n t o , q u e así q u e l l e g u é i s
al castillo, y q u e dejéis
— 28 —
á la Condesa s e g u r a ,
á llevarlo h a s d e s a l i r .
(Señalando el p e r g a m i n o . )
Y t ú , q u e veles p o r ella. ( Á Juana.)
Y t ú , mi Beatriz, m i estrella,
(Separándola de los demás y hablándola á ella sola )
cielo d e m i p o r v e n i r ,
si es posible a d i v i n a r
e n u n r o s t r o el p e n s a m i e n t o ,
adivina lo q u e s i e n t o
p o r q u e n o lo sé e x p r e s a r .
Solo sé q u e h a r a t o l u c h o
c o n u n a l á g r i m a osada
bajo el p á r p a d o e n c e r r a d a ,
y si n o lo o p r i m o m u c h o
p a r a q u e b i e n la s u j e t e ,
n o e s difícil q u e c o n s i g a
ó r o d a r p o r la l o r i g a
ó m a n c h a r el c o s e l e t e .
Y ya ves q u e en u n guerrero
tal flaqueza i n d i g n a f u e r a :
m i mismo h e r m a n o dijera
q u e este a r n é s d e fino a c e r o
n o forjó c o n t a n t o afán,
n i á c o s t a d e fuego t a n t o ,
para mancharlo de llanto,
el a r m e r o d e M i l a n .
C o n q u e sal p r o n t o d e a q u í .
(Rechazándola dulcemente. Manfredo, aparte, los
contempla con enojo. Juana y Roger algo e n se-
gundo término.)
BEATRIZ. J a i m e !
JAIME. Mi B e a t r i z , m i fe
n o olvides lo q u e t e a m é
c u a n d o estés lejos d e m í .
BEATRIZ. S i h o y n o s s e p a r a á los d o s
la m u e r t e a u n q u e d a o t r a v i d a .
JAIME. A d i ó s , m i esposa q u e r i d a !
A d i ó s ! . . . N o d i g a s «¡adiós!»
(Conteniéndola y separándose de e l l a . )
D a m e los b r a z o s , M a n f r e d o .
(Acercándose á su hermano, abrazándole y en voz
— 29 —
baja. Beatriz los mira con extrañeza. )
Es quizá la ú l t i m a v e z .
Cuando llegues á Argelez
d e s c i e n d e , p u e s yo n o p u e d o ,
á la c r i p t a s e p u l c r a l
en que mi padre reposa;
b e s a s u f ú n e b r e losa,
y di á s u s o m b r a i n m o r t a l ,
q u e h e m u e r t o e n este t o r r e ó n ,
en q u e él vio la luz primera,
a b r a z a d o á la b a n d e r a
de d o n P e d r o de A r a g ó n .
MANF. P e r o la p u e r t a de bronce
d e la c r i p t a ? . . .
JAIME. Franca está.
BEATRIZ. ( A p . con terror.) (Qué e s t á n d i c i e n d o ! ¿Será?...)
MANF. Adiós, Jaime.
JAIME. Adiós.
(Suena la campana de una torre.)
ROGER. Las once.
(Manfredo se acerca á Beatriz. Jaime se separa h a -
cia la d e r e c h a . )
BEATRIZ. Y v a s á v e n i r ! ( Á Manfredo.)
MANF. Él m i s m o
m e lo h a r o g a d o allá d e n t r o .
BEATRIZ. ( A p . ) (¡De m o d o q u e s i e m p r e e n c u e n t r o
e n m i c a m i n o el abismo!)
(Pausa. Manfredo procura llevarse á Beatriz, ésla
se resiste; lucha consigo algunos instantes, al fin
se precipita hacia su esposo y le abraza.)
J a i m e ! . . . No q u i e r o p a r t i r .
JAIME. Beatriz!
BEATRIZ. Contigo.
JAIME. Qué hacéis,
M a n f r e d o , R o g e r ? No v e i s
que n o puedo resistir?
(Manfredo y Roger se acercan.)
BEATRIZ. Si t u s enojos provoco
recházame de t u pecho;
p e r o e n ellos no h a y d e r e c h o .
JAIME. Si yo n o p u e d o t a m p o c o .
P u e d e el h o m b r e e n s u p a s i ó n
— 30 —
el c o r a z ó n t r a s p a s a r s e ,
pero no puede arrancarse
(Contemplándola amorosamente.)
á sí m i s m o el c o r a z ó n !
¿ P o r qué no venís? por qué?
BEATRIZ. N a d i e r o m p e r á e s t o s l a z o s .
JAIME. A r r a n c a d l a de m i s brazos
q u e n o la d e f e n d e r é .
(Manfredo la separa llevándola hacia la izquierda,
donde esperan Juana y R o g e r . )
BEATRIZ. N O q u i e r o !
(En voz baja.) (Me d a s h o r r o r !
MANF. Horror! ni siquiera pena!
Yo c u m p l o lo q u e él m e o r d e n a .
BEATRIZ. E s t u h e r m a n o !
MANP. Y mi señor.
BEATRIZ. S u e l t a ! )
(Juana se aproxima, y entre áila y Manfredo se la
llevan hacia la izquierda, primer término. En la
puerta aguarda y a Roger. Jaime en el extremo d e -
recho.)
Jayne!
MANF . Has d e v e n i r
conmigo.
BEATRIZ. Que no h a d e s e r .
J a i m e ! (Tendiéndole los brazos.)
JAIME. NO la q u i e r o v e r .
(Después de un movimiento como para ir á bus-
carla, v u e l v e la cabeza.)
BEATRIZ. J a i m e !
(En este momento, y al dar esle último grito Bea-
triz, salen ella, Juana, Manfredo y Roger por la
izquierda, primer término.)
JAIME. N O ia q u i e r o o i r .
(Tapándose los oídos. Cae desplomado en un sillo»
á la derecha.)
ESCENA XII.
JAIME, BERENGUEL después por el fondo.

BER. (Acercándose á Jaime, que permanece anonadado,


con la cabeza entre las manos, y sin notar la p r e -
sencia del almogávar.)
Eso e s d o r m i r ó l l o r a r ?
Si duerme m u y m a l la t o r r e
vigila, y p e l i g r o c o r r e
d e i r al foso á d e s p e r t a r .
Y si llora, ¡por m i t i e r r a
y m i s a n t o ! q u e el r e m e d i o
n o es m u y p r o p i o d e u n a s e d i o ,
ni g r a n máquina de guerra.
Á su edad ¡qué h a de servir,
(Mirándole desdeñosamente )
a u n q u e se l l a m e A r g e l e z !
Para e n a m o r a r tal vez;
pero no para reñir.
P a r a esta m a r c i a l í u n c i o n
es p r e c i s o h a b e r v i v i d o ,
y t e n e r ya m u y c u r t i d o
el c u t i s y el c o r a z ó n .
T i e m p o e s ya d e c o n c l u i r .
A q u í e s t o y . (En voz alta.)
JAIME». Y q u i é n es él?
(Levantándose con í m p e t u . )
BER. El de siempre.
JAIME. Berenguel.
BER. Me h a b é i s m a n d a d o v e n i r ;
p e r o si acaso i m p o r t u n o . . .
JAIME. NO i m p o r t u n a s .
BER. Ó si c a n s o . . .
JAIME. Ya p a r a m í n o h a y d e s c a n s o
ni más pensamiento que u n o .
BER. Entonces aquí m e quedo.
JAIME. M í r a m e d e c e r c a y fijo;
y d i la v e r d a d . L a exijo.
Al m i r a r m e ¿ s i e n t e s m i e d o ?
(Pausa./Jaime le mira fijamente; Uerenguel se v.n~
rie con desden.)
BER. Allá e n m i s a ñ o s , s e ñ o r ,
c o n otro don Jaime a n d a b a ;
c o n otro, q u e se l l a m a b a
don Jaime el Conquistador.
Me m i r ó m á s d e u n a v e z ,
y nunca miedo sentí.
(Dice esto con cierta insolencia.)
JAIME. P e r o a h o r a lo s i e n t e s , d i ,
al m i r a r al d e A r g e l e z ?
A e s t o r e s p o n d e ó al p o t r o
t u l e n g u a y t u c u e r p o doy.j
Y e n c u a n t o á si fué ó si soy,
soy t a n b u e n o c o m o el otro.
BER. Y VOS q u é p e n s á i s d e q u i e n
os m i r a d e m o d o t a l ?
JAIME. Que te han juzgado m u y mal
(Después de mirarle un momento.)
ó q u e t ú finges m u y b i e n .
BER. ¿Qué dicen?
JAIME. C o r r e el r u m o r ,
r u m o r q u e llegó á m i o i d o ,
q u e al f r a n c é s e s t á s v e n d i d o .
BER. Me a c u s a n p u e s ? . . .
JAIME. De t r a i d o r .
BER. Ya tiene algún fundamento
lo q u e d i c e n .
JAIME. (Con voz amenazadora.) Berenguel!
Con el francés?
BER. Pues con él.
JAIME. TÚ?
BER. Cabal. Yo n u n c a m i e n t o .
Con el e x t r a n j e r o t r a t o ,
(Dice iodo esto con aire de triunfo y como g o z á n -
dose en la sorpresa de s u d u e ñ o . j
aunque no por mi ganancia.
"Con él m i s m o r e y d e F r a n c i a
hablé claro y largo r a t o .
Y e n l a e n o r m e c u e v a vieja,
cual f a n t a s m a s c o n a r n e s e s ,
u n b u e n golpe d e franceses
ya s u s a r m a s a p a r e j a . (Riendo.).
— 33 —
.ÍAIME. T r a i d o r ! (Echándole mano con ímpetu.)
BER. S Í : t r a i d o r se l l a m a ,
a l p r o n t o , ai q u e os h a t r a í d o
á F e l i p e el a t r e v i d o
c o n s u famosa oriflama,
al c e n t r o del g r a n t o r r e ó n . :.
clave de la fortaleza;
m a s si p o r t r a i d o r e m p i e z a
es c o n s u c u e n t a y r a z ó n .
JAIME. (Sin poder casi dominar su impaciencia.)
Cuál es?
BER. Así l e s . a r g u y o .
(Con malicia y refiriéndose á los franceses.)
« U n a s e ñ a l . El a s a l t o .
A r r i b a e n t o n c e s ! Yo falto,
y c l a r o , el t o r r e ó n es s u y o . »
(Ríe de nuevo por el chasco que les prepara.)
JAIME. J u g a n d o estás c o n la m u e r t e
y j u g a d a va t u v i d a :
t e n la espada p r e v e n i d a
p o r q u e voy á e c h a r la s u e r t e .
BER. E c h a d a está y no m e a t e r r a .
JAIME. P e r o c o n t r a i c i ó n y dolo!
BER. Como q u e r á i s ; yo sé sólo
q u e son a r t e s de la g u e r r a .
JAIMS. E n u n infierno h a s m e t i d o
mi pensamiento anhelante,
aun no comprendo bastante
pero ten por entendido
q u e yo no m a n c h o m i h o n o r
con empresas traicioneras
y q u e de todas m a n e r a s
vas á r e s u l t a r t r a i d o r .
BER. (Ya algo desconcertado ante el enojo de Jaime.]
P u e s ó t r a i d o r ó leal
ya e n la e m p r e s a m e m e t í ,
que estando en g u e r r a crei
q u e n o os pareciese m a l .
P e r o tal c o m o ella e s ,
si vos no la r e m a t á i s
la fortaleza e n t r e g á i s
c u a l u n t r a i d o r al f r a n c é s .

3
— 34 —
JAIME. (Con suprema angustia.)
Puedo impedirlo?
BER. (LO mira y se rie con risa entre estúpida, malicio-
sa y feroz.)
Es c o r r i e n t e .
(Acercándose á él y con voz de triunfo y de mis-
terio.)
E n el h u e c o c a v e r n o s o
se m e t e el agua del foso
y t a m b i é n la del t o r r e n t e .
(Jaime da un grito de terror y retrocede -
Beren—
guel le sigue explicando su plan.)
Una les c o r t a la e n t r a d a :
otra c o r t a la s a l i d a ;
¡la g e n t e q u e d a cogida:-
y es ya n u e s t r a la j o r n a d a !
Lo m e j o r de a q u e l l a g r e y :
seis b a r o n e s esforzados,
m á s de q u i n i e n t o s s o l d a d o s ,
y tal vez el m i s m o r e y .
JAIME. P e r o ¡mal r a y o t e p a r t a
y p a r t i d o te c o n f u n d a !
ese t o r r e n t e q u e i n u n d a
y d e s u c a u c e se a p a r t a ,
¿á d ó n d e va, B e r e n g u e l ?
BER. Al d e s a g ü e q u e le d e j o .
JAIME. (Cogiéndolo por un brazo y sacudiéndolo furioso.)
Cuál?
BER. El s u b t e r r á n e o viejo.
JAIME. (Con voz terrible.)
¡¡La Condesa va p o r él!!
BER. ¡ E l l a ! . . . Lo s i e n t o . . . y m e p e s a .
JAIME. T U i n f a m e t r a i c i ó n lo q u i s o .
BER. (Rehaciéndose y con fiereza.)
P u e s e l e g i r es p r e c i s o
e n t r e el R e y y la C o n d e s a .
AI.ME. Y l o d u d a s , infeliz?
BER. Q u e e m p i e z o á d u d a r infiero.
(Con desconfianza.)
JAIME. Lo p r i m e r o es lo p r i m e r o .
BER. El A r a g ó n !
JAIME. Mi B e a t r i z !
- 55 —
BER. Pues, m e e n c o n t r á i s f r e n t e á j i r e n u .
(Disponiéndose á salir.).
JAIME. (Poniéndose delante.)
S i e m p r e así m e e n c o n t r a r á s .
BER. Paso, conde.
JAIME. Á d ó n d e vas?
BER. Á d e s a t a r el t o r r e n t e ,
JAIME. P a r a q u é ? (Con voz terrible.)
BER. Para arrojarlo...
JAIME. Sobre quién?
BER. Sobre quien sea.
JAIME. P u e s q u i e n t a n t o lo desea
al fin l o g r a d e s a t a r l o ;
(Desnudando la espada.)
p e r o el t o r r e n t e y o s o y .
BER. ( L O mismo.) E l t r a i d o r d e b é i s d e c i r .
(Quiere pasar y Jaime le cierra el paso )
Paso!
JAIME. Jamás. Á reñir!
RER. Y á muerte!
(Riñen con furia y en silencio.)
JAIME. Q u e es la que doy.
(Cae Berensr.uol muerto. Jaime queda ea pie c o n -
templándolo.)

ESCENA XIII.
J AIME, BERENGUEL, en tierra. LAURIA, MARQUET, BAR-
ROSO, por el fondo apresuradamente y con las espada-i d e s -
nudas. Se o y e el toque de una campana.

JAIME. F u é por mi Beatriz. Bien hecho


e s t á lo q u e h i c e .
L A L R I A , MARQÜET y BARROSO. ¡El f r a n c é s !
MARO.. El asalto!
BARROSO. » S u y o es
el t o r r e ó n y u n l a r g o t r e c h o
de la m u r a l l a .
LAURIA. ¡Él h a sido!
(Reparando en el cuerpo de Berenguct.)
MARQ. El J u d a s !
BARROSO. El r e n e g a d o !
LAURIA. Lo ha p a g a d o !
MARQ. LO ha pagado!
BARROSO. M e r e c i d o !
LAURIA. Merecido!
JAIME. Basta y a d e rabia l o c a .
Si él r e s p o n d e r o s p u d i e r a
algo e n s u abono d i j e r a .
Sólo á Dios j u z g a r l e t o c a .
De esta n o c h e e n los furores
todos s e r e m o s i g u a l e s :
los leales p o r leales,
los t r a i d o r e s p o r t r a i d o r e s .
Y para todos su juez
habrá también de seguro:
c o n q u e á m o r i r s o b r e el m u r o
por Aragón y Argelez.
LAURIA. Ceñid el c a s c o , s e ñ o r ,
q u e los golpes m e n u d e a n .
(Presentándole el casco al ver que se dispone
salir sin cubrirse la cabeza.)
JAIME. (Rechazándolo.) P a r a q u e todos m e v e a n
voy así m u c h o m e j o r .
Y d e este m o d o h e d e i r ,
y así todos m e h a n d e v e r
s o b r e el m u r o c o m b a t i r :
los d e fuera h a s t a c a e r ,
los d e a d e n t r o h a s t a m o r i r .

FIN DEL ACTO PRIMERO.


ACTO SEGUNDO.

La escena representa uno de los salones principales del cas-


tillo de A r g e l e z , en los Pirineos.
Puerta en el fondo con un gran tapiz. Á los l a d o s trofeos.
Á la derecha, en primer término» una v e n t a n a ojival con
vidrios de colores; en s e g u n d o , otra puerta con tapiz tam-
bién.
A Id izqUlBrda, en primer término, una gran chimenea de
campana interior, y e n ella una hoguera. A los lados ban-
cos y tres sillones blasonados; en segundo término otra
puerta como l a de enfrente.
La estancia grande, severa, algo sombría.
A la izquierda, en una mesa, una lámpara encendida.
La hoguera despide grandes llamaradas; cuando se amorti-
gua y domina la l u z exterior, la l u n a proyecta sobre el
suelo la v e n t a n a con sus varios colores.

ESCENA PRIMERA.

BEATRIZ, MANFREDO, sentados junto á l a chimenea y mu


cerca u n o de otro.

MANF. Estás triste como nunca,


y de mi mano t u mano
huyó, sintiendo tal vez
repugnancia á m i contacto
BEATRIZ. E s t o y t r i s t e c o m o s i e m p r e ,
— 38 —
q u e la t r i s t e z a h a t o m a d o
a s i e n t o en m i c o r a z ó n
con tal i m p e r i o y t a l m a n d o ,
q u e sólo la m u e r t e p u e d e
d a r l i b e r t a d al esclavo.
MANF. P u e s v e n g a p a r a los d o s ,
q u e t a m p o c o la r e c h a z o .
BEATRIZ. T U m o r i r ? P o r q u é , Manfredo?
P u e s n o c o n s e g u i s t e acaso
m i a m o r ? Y m i a m o r n o h a sido
t o d o lo q u e h a s codiciado?
P u e s vive y goza; ó confiesa
q u e del d e l e i t e e n el vaso
ya sólo q u e d a a m a r g u r a ,
y vergüenza, y desencanto.
JVUNF. Porque es mentira t u amor.
P o r q u e te t e n g o e n m i s b r a z o s
y sólo e s t r e c h o u n a fria
inerte estatua de m á r m o l .
Y t u ser, t u pensamiento,
t u a l m a , lo q u e yo m á s a m o ,
hielo e s c u p i é n d o m e al r o s t r o
se escapa bajo m i s l a b i o s ,
d i c i e n d o e n voz d e s d e ñ o s a ,
« n o somos p a r a el b a s t a r d o . »
BEATRIZ. N O e s e s o , n o m e c o m p r e n d e s .
MANF. Que sólo á J a i m e h a s a m a d o ;
esto e s lo q u e yo c o m p r e n d o .
BEATRIZ. YO t e a m é , M a n í r e d o , t a n t o ,
que con ser Jaime tan noble,
y c o n s e r t ú t a n villano,
h u y ó d e él y fuese á t í
todo m i s e r , a r r a s t r a d o
por la atracción del abismo
que e n t u corazón l a b r a r o n , .
ó las garras d e Satan,
ó la hiél del desengaño.
Y ya vencido m i honor,
y ya t u empeño logrado,
m e dije: p u e s esta d i c h a
impura m e cuesta tanto,
a p u r é m o s l a , q u e debe
— 59 —
s e r d i g n a del ángel m a l o .
Y quise gozar, vivir,
cobrarme de mi pecado...
y no pude, porque siempre
e n t r e m i pecho y t u s brazos
¡él! se i n t e r p u s o .
MA-NF. Quién?
BEATRIZ. Jaime.
S e n t í el fuego d e s u s labios,
y s u c a r i ñ o s a voz,
y á veces hasta s u m a n o
r e c o g i e n d o e n m i s mejillas
los despojos d e m i l l a n t o .
M.OF.. Yo t a m b i é n . (Pensativo.) Mas fué ilusión.
Los muertos jamás lograron
n i a l z a r l a f ú n e b r e losa,
n i d e s g a r r a r los s u d a r i o s .
BEATRIZ. (Con supersticioso terror.)
Y si q u e d a n i n s e p u l t o s ,
d e u n castillo a b a n d o n a d o
e n t r e las s a n g r i e n t a s r u i n a s ?
Y si t a n sólo l o g r a r o n
p o r losa u n t o r r e ó n h u n d i d o ,
la o r t i g a y el j a r a m a g o
p o r m o r t a j a , y e n el p e e h o
s u s a n g r e p o r epitafio?
¥ e n t o n c e s , d i ¿no p o d r á n
u n a n o c h e y á los r a y o s
de la luna levantarse?...
•Qué e s e s o ? . . . No h a s e s c u c h a d o ?
De l a n o c h e e n el Silencio,
el e c o t r i s t e y l e j a n o ,
de u n a trompeta de guerra
r e p i t i ó los t o q u e s b á r b a r o s .
A l g u i e n se a c e r c a al castillo
y avisa á los c a s t e l l a n o s .
S i fuera J a i m e !
(Con espanto, acercándose á Manfredo y buscando
en él protección.)
JMANF. Imposible.
N a d a se Oye. (Asomándose á la v e n t a n a . )
F u é u n engaño
— 40 —
de t u loco p e n s a m i e n t o :
ó d e ave salvaje el c a n t o :
ó q u i z á d e h a m b r i e n t o lobo
el aullido p r o l o n g a d o .
BEATRIZ. N O s e r á J a i m e !
MANF. Beatriz,
¿ a ú n d u d a s ? Murió m i h e r m a n o
la n o c h e aquella, d e s p u é s
de r e c h a z a r t r e s asaltos.
Los fugitivos lo d i c e n :
la f a m a lo h a p r e g o n a d o :
y lo d e m u e s t r a su a u s e n c i a . . .
BEATRIZ, ( A I oído.) Y n o s o t r o s lo deseamos.
Verdad?
MANF. Basta ya.
BEATRIZ. Pues oye:
no sé c ó m o n i sé c u a n d o ,
p e r o yo sé q u e v e n d r á .
A l g u n a vez c o n e s p a n t o
le v e r e m o s al v o l v e r
hacia a t r á s el r o s t r o c á r d e n o .
Manfredo! M a n f r e d o ! . . . Mira!
(Volviendo la cabeza y señalando su propia som-
bra.)
MANF. E S de t u cuerpo adorado
la s o m b r a q u e sobre el m u r o
esas l l a m a s a r r o j a r o n .
BEATRIZ. Y q u é n e g r a m e p a r e c e !
MANF. Y á mí t u cuerpo qué blanco!
Malhaya fuego q u e t r u e c a
e n n e g r u r a el a l a b a s t r o !
BEATRIZ. P u e s el fuego d e t u a m o r
hizo conmigo otro tanto.
(Se v u e l v e n á sentar junto al fuego, y quedan s i
lenciosos.)
MANF. E n qué piensas?
BEATRIZ. No lo s é .
Son p e n s a m i e n t o s t a n v a g o s !
Y t ú ¿ q u é tienes?
MANF. Qué tengo?
q u e s i e m p r e sabor a m a r g o
h a y e n t o d a s las p a l a b r a s
de t u s labios y m i s labios.
P o r q u é no SOmOS felices? (Con desesperación.)
p o r q u é , d i , si n o s a m a m o s ?
BEATRIZ. Y O n o lo s é . Calla! E s c u c h a !
MANF. Ahora sí.
(Escachan los dos con a n g u s t i a . )
BEATRIZ. Fué u n prolongado
gemido.
MANF. Tienes razón;
p e r o es J u a n a . E s t á l l o r a n d o .
P a s a Un dia y o t r o d í a ,
sin r e p o s o y s i n d e s c a n s o ,
junto á la puerta de bronce
q u e c i e r r a el f ú n e b r e espacio
e n q u e fué á m o r i r R o g e r .
Y si s u b e , p o r acaso,
es q u e e s c u c h ó d e s d e lejos
del p u e n t e el d e s p l o m e r á p i d o .
Entonces viene.
BEATRIZ. Y á qué?
MANF. (Con misterio.) Á p r e g u n t a r si h a l l e g a d o .
BEATRIZ. S i h a llegado? Quién? R e s p o n d e , (con temor.)
MANF. Q u i é n h a d e ser? ( c o n repugnancia.)
BEATRIZ. Él?
MANF. Mi h e r m a n o .
BEATRIZ. Ve á b u s c a r l a . Q u i e r o verla.
MANF. S e r á i n ú t i l el m a n d a t o .
BEATRIZ. S U p r e s e n c i a t e d a m i e d o ?
MANF. Miedo yo?
BEATRIZ. Pues vé. Te aguardo.
MANF. Ella n o s a b r á ? . . .
BEATRIZ. No s é .
MANF. Prudente es averiguarlo.
( V á s e por la izquierda, segundo término.)

ESCENA II.
BEATRIZ.

Cuando s e aleja Manfredo


me parece q u e respiro,
p e r o si sola m e q u e d o
— 42 —
t o d o lo q u e e n t o r n o m i r o ,
•no sé p o r q u é , m e da m i e d o .

T o d a voz es son d o l i e n t e ;
todo s e r , m o n s t r u o i r r i t a d o ;
y todo acude á m i m e n t e ,
c u a l f a n t a s m a del pasado
ó a m e n a z a del p r e s e n t e .

Mi d o r a d o c a m a r í n
e n q u e c o n J a i m e veía
allá de la t a r d e al fin
p o n e r s e al a s t r o del d i a
t r a s cortinas de c a r m i n .

E s a v e n t a n a ojival
á q u e ansiosa m e a s o m a b a
al e s c u c h a r la s e ñ a l
de que mi dueño tornaba
á s u castillo c o n d a l .

Y la b a n d a c a r m e s í ,
que bordé con embeleso
una y otra noche aquí,
y q u e al p a r t i r le c e ñ í
m i e n t r a s él m e daba u n beso.

E s a a r m a d u r a , t e r r o r (Señalando á un trofeo )
d e los m o r o s de G r a n a d a ,
que limpié con tanto a m o r
porque venía manchada
con sangre de su señor.

Hasta s u c l a r í n d e g u e r r a ,
q u e i m a g i n o q u e o t r a vez
( S e oye en efecto el toque de un clarín.)
r e s u e n a al pie de la s i e r r a ,
anunciando que á su tierra
v u e l v e el c o n d e d e A r g e l e z .

Hasta el n o b l e y viejo h o g a r
en q u e al a m o r de la l u m b r e
- 45 —
él m e solía c o n t a r
bajo la a h u m a d a t e c h u m b r e
las consejas del l u g a r .

Todo c o m o estaba se h a l l a ;
todo le e s p e r a fiel
d e s d e la p i e d r a á la m a l l a :
hasta s u viejo l e b r e l
y s u c o r c e l de batalla.

T o d o s c o n s t a n t e s le h a n s i d o :
t o d o s la fé le h a n g u a r d a d o :
n i n g u n o le dio al olvido,
más que su dueño querido,
m á s que su dueño adorado.

Y t o d o así e n el t o r r e ó n ,
d e s d e el m u r o á la c o r a z a ,
d e s d e el l e b r e l al b r i d ó n ,
es u n a e t e r n a a m e n a z a
y una eterna acusación.

Q u é m á s ! h a s t a ese tapiz
(Mirando con horror al fondo:)
el e s p a n t o c o m p r e n d i e n d o
d e esta m u j e r infeliz,
p a r e c e q u e está d i c i e n d o :
«¡aquí está!»

ESCENA III.
BEATRIZ, JAIME seguido de algunos PAJES y ESCUDEROS.
Se levanta el tapiz -y aparecen. Jaime y los que le acom-
pañan.

¡Jaime!
(Retrocede al v e r á su esposo.)
IAIME. (Avanzando.) ¡Beatriz!
(Beatriz da un grito y cae desmayada en tierra.
Jaime la levanta y la sostiene entre sus brazo»-
Los demás se aproximan.)
No t e m á i s . . . F u é la e m o c i ó n .
_ 44 —
Que v e n g a p r o n t o m i h e r m a n o .
Vuelve el calor á s u m a n o
y el latido al c o r a z ó n .
Mi B e a t r i z ! . . . Mi a m o r ! . . . Cuan betla!
Manfredo y n o m á s t e s t i g o s .
(Dirigiéndose al acompañamiento.)
Idos, m i b u e n o s a m i g o s :
d e j a d m e á solas c o n ella.
Mas p r e p a r a d el t o r r e ó n
(Deteniéndolos con el g e s t o . )
c o m o os h e dicho al e n t r a r ,
q u e m e s i g u e y va á l l e g a r
el m o n a r c a d e A r a g ó n .
(Sale por el fondo el acompañamiento.)

ESCENA IV.
JAIME, BEATRIZ desmayada.

JAIME. Único amor de m i vida,


p o r q u i e n p e r d í como i n f a m e
t o r r e p o r m í defendida,
a b r e los ojos y d a m e
c o n ellos la b i e n v e n i d a .

Yo a r r o j é p o r tí c o n t e n t o ,
e n la s a n g r i e n t a j o r n a d a ,
h o n r a y existencia al v i e n t o ,
y ahora quiero u n a mirada
de amor y agradecimiento.

Más n o t a r d e s , v i d a m í a ,
q u e h e l a d a estás p o r acaso
c o m o u n a e s c u l t u r a fría,
y este'fuego en q u e m e abraso
á u n mármol animaría.

Si Vives, v i v e , m u j e r : (Con ansiedad.)


si h a s m u e r t o , n o t a r d e s , n o ,
en hacérmelo entender,
q u e t ú m u e r t a y vivo y o
¡ya v e s q u e n o p u e d e s e r !
— 45 —
(Beatriz comienza á volver en s í . ) .i
¡Alma, si del c u e r p o i n e r t e
r o m p i s t e y a la c l a u s u r a ,
dímelo, q u e yo i r é á v e r t e
y á contemplar tu hermosura
en el seno d e la m u e r t e !

Ya el c a l o r v u e l v e á s u m a n o ,
ya d e vida u n a c e n t e l l a . . .

ESCENA V.
BEATRIZ, JAIME y MANFREDO.

Bealriz desmayada en los brazos de Jaime, pero v o l v i e n d o


poco á poco en sí. Manfredo por la izquierda, segundo tér-
mino.

MANF. Rogué á Juana, pero e n vano.


(Ap. reparando en el grupo que forman Jaime y
Beatriz.)
(¡En ajenos b r a z o s e l l a ! . . . )
¡Miserable!
(Dice esto precipitándose sobre Jaime: éste se
v u e l v e y se reconocen.)
¡ ¡ J a i m e ! ! (Retrocediendo.)
JAIME. ( c o n explosion de alegría.) ¡ H e r m a n o !
Á m i p e c h o , ó vive Dios
q u e c r e e r é q u e t e doy m i e d o .
MA.M'. J a i m e . . . J a i m e . . . (Acercándose poco á p o c o . )
JAIME. Yen, Manfredo!
¡En u n a b r a z o los dos!
(Sin soltar á Bealriz coge con el brazo libre á su
hermano.)
MANF. Basta...
JAIME. Mira, vuelve e n sí.
BEATRIZ. D ó n d e estoy?
(Mirando, como si no comprendiese, á Jaime y á
Manfredo.)
¡Virgen sagrada!...
Jaime! y tú!... (Reconociéndolos al fin.)
JAIME. Beatriz amada!
BEATRIZ. Suéltame!...
- 46 -
MANF. También á mí!
(Los dos se arrancan de l o s brazos de Jaime: los
dos retroceden unos pasos y quedan á alguna dis-
tancia de él contemplándole con terror. Pausa.)
JAIME. Singular recibimiento
y recibimiento triste.
No c o m p r e n d o e n q u é c o n s i s t e ,
pero extraña angustia siento.
V u e s t r o a s p e c t o al c o n t e m p l a r
d u d o si soy, y esto es llano,
el esposo y el h e r m a n o
q u e t o r n a al fin á s u h o g a r ;
ó m á s bien sombra i m p o r t u n a ,
s i n c o n t o r n o s y s i n vida,
de u n a s r u i n a s d e s p r e n d i d a
á los r a y o s d e la l u n a ;
sombra de m u e r t e y tristeza,
que viene á llamar medrosa
á la p u e r t a d e s d e ñ o s a
d e s u a n t i g u a fortaleza.
MANF. (Reponiéndose algo y acercándose con ñngido
afán.)
:Qué dices?... No: por favor...
C o n f u n d e n u e s t r a a l e g r í a . . . ( Á Beatriz.)
JAIME. Pues cualquiera pensaría
al v e r o s q u e e r a p a v o r .
MANF. (Esforzándose de nuevo por fingir.)
Q u é i d e a ! . . . Si e s , q u e . . . se d i j o . . .
p o r g e n t e s q u e aquí l l e g a r o n ,
q u e los franceses q u e e n t r a r o n ,
á n a d i e , á n a d i e . . . d e fijo,
dejar q u i s i e r o n c o n v i d a .
J AIME. No q u i s i e r o n , eso es cierto'.
BEATRIZ. Y e n t o n c e s t e j u z g u é m u e r t o .
(Dice esto con supremo esfuerzo por decir algo y
rompe á llorar. Jaime se acerca á ella con interés.
Ella l e tiende los brazos con afan-convulsivo.)
V e s m i faz descolorida?
JAIME. S Í ; c u a l lirio q u e se t r u n c a .
E s t a faz...
BEATRIZ. Ya n o es a q u e l l a .
JAIME. P e r o a u n así estás m u y b e l l a :
- 47 —
¡quizá m á s b e l l a q u e n u n c a f
BEATRIZ. Y m i s ojos, J a i m e , d i :
¿brillan c o m o a n t e s m i s ojos?'
JAIME. S Í brillan, pero están rojos.
BEATRIZ. De t a n t o l l o r a r p o r t í .
JAIME. NO m e e n g a ñ a s ? No? M i b i e n ,
ese llanto t r i s t e y p u r o
fué p o r m í ?
BEATRIZ. P o r t í : lo j u r o .
MANF. (Con verdad y celosa amargara.)
Por t í : l o j u r o t a m b i é n .
JAIME. O S C r e o ! (Con arranque de noble confianza.
Pausa. Queda d e n u e v o p e n s a t i v o . )
P e r o el h o r r o r
q u e s e n t i s t e i s y el e s p a n t o ? . . .
BEATRIZ. E S q u e se p a r e c e n t a n t o ,
J a i m e , el p l a c e r y el d o l o r !
JAIME. ¡ESO p a r a s e r feliz
es n e c e s a r i o q u e s e a !
¡Eso e s p r e c i s o q u e c r e a !
(Como queriendo itnponerse á sí mismo.)
BEATRIZ. P e r o lo crees? ( c o n ansiedad.)
JAIME. (Con nuevo arranque de amor y de confianza.)
¡Sí, B e a t r i z !
Con t a n t a s a n g r i e n t a h e r i d a
y con tanto delirar,
casi h e llegado á o l v i d a r
cómo s e vive e n la vida,
q u e d e l dolor el t o r m e n t o
en m í se c e b ó d e s u e r t e
q u e las s o m b r a s d e l a m u e r t e
a ú n t r a i g o e n el p e n s a m i e n t o .
¡Otra vez á m í l o s d o s !
(Abriéndoles l o s brazos con expansion y alegría.)
BEATRIZ. ( S e acerca á su esposo. Manfredo también.)
Sí, J a i m e .
(Se abrazan otra vez: pero Manfredo se separa al
instante aunque con dulzura, y trata de dar otro
giro á la conversación.)
MANI\ NO nos dijiste
i'.omo s a l v a r t e p u d i s t e .
JAIME. Gomo? P o r o b r a d e Dios.
— 48 —
(Coge á Beatriz por una mano y la hace sentar. Kl
se sienta á su lado. Manfredo en pie. Pausa.)
R e c h a z a r p u d e el asalto
con m i s b r a v o s m o n t a ñ e s e s ,
y c o n c u e r p o s d e franceses
vióse el foso r e b o s a r .
P o r el fuego d e r r e t i d o
v o m i t a b a cada a l m e n a
c o m o m o n s t r u o á boca llena
p l o m o h i r v i e n t e sin c e s a r .

S i e m p r e las o n d a s s i l b a n d o ,
y las b a l l e s t a s c r u g i e n d o ,
y los d e afuera c a y e n d o
al p i e s i e m p r e del t o r r e ó n .
Y á la l u n a , y e n m i m a n o ,
p o r m i s a n g r e ya m a n c h a d a
y por todos aclamada
la b a n d e r a de A r a g ó n .

P e r o e s t a b a el e n e m i g o
e n la m i s m a fortaleza,
y a u n q u e Dios m e es b u e n testigo
que luché para morir;
ó por débiles sus b r a z o s ,
ó mi cuerpo por robusto,
ó el d e s t i n o por a d u s t o ,
n o lo p u d e c o n s e g u i r .

Sólo sí p e r d í el s e n t i d o :
algo h o r r i b l e vino l u e g o :
t e m p e s t a d d e s a n g r e y fuego
por encima m e pasó.
Transcurrieron muchas horas:
el castillo fué i n c e n d i a d o
y fué luego a b a n d o n a d o
c u a l c a d á v e r : como yo,

El y yo e n a b r a z o e s t r e c h o .
Yo e n t e r r a d o h a s t a los h o m b r o s
c o m o si él con sus e s c o m b r o s
consiguiérame abrazar.
— 49 —
Y á m l vez, con a n s i a loca,
aferrado en m i agonía,
á las p i e d r a s q u e podía
con mis brazos alcanzar.

Á o t r a n o c h e , e n t r e las r u i n a s ,
moribundo y desangrado,
ó ya e n ellas s e p u l t a d o ,
ó g u a r d á n d o l a s tal v e z ;
por p i e d a d , q u e el cielo p r e m i e ,
con m i helado cuerpo dieron
unos monjes que vinieron
del convento de Argelez.

Mal c e r r a d a s m i s h e r i d a s ,
p e r o el alma o t r a vez b r a v a ,
del R e y s u p e q u e se h a l l a b a
detenido en Gervellon.
L l e g u é : vile: y dije al p u n t o :
« a u n m e queda alguna sangre:
»si a p r o v e c h a , c u a l b a r r u n t o ,
wtómala, r e y d e A r a g ó n . »

Y esta es t o d a m i a v e n t u r a .
P e r o el R e y . . .
(Se oye el ruido del puente levadizo.)
MANF. El R e y te s i g u e ?
JAIME. Ha q u e r i d o q u e le a b r i g u e
u n a n o c h e p o r leal
el castillo de m i s p a d r e s .
Y presumo que ha llegado,
p o r q u e el p u e n t e h a n d e s p l o m a d o
d e la t o r r e s e ñ o r i a l .
( S e levanta, v a á la ventana y mira por ella.)
Ya se e s c u c h a n los c l a r i n e s :
y las a r m a s ya r e c h i n a n :
y h a c i a el p u e n t e se e n c a m i n a n :
v e n , B e a t r i z : v a m o s los dos.
Que don Pedro te contempla,
y que piense bien y note
q u e m á s vale q u e su lote
el q u e quiso d a r m e Dios.

4
- 50 —
(Van se por el fondo Beatriz y Jaime.)

ESCENA VI.
MANFREDO.

Á todos dio ese r e p a r t o


ó buena parte ó buen lote:
sólo al b a s t a r d o p o r befa '
su bastardía tocóle.
Ai R e y s u r e i n o y á m á s
el de S i c i l i a , q u e á b o t e s
supo g a n a r d e s u l a n z a ,
en eso e s t a m o s c o n f o r m e s ;
pero que aun siendo m u y bueno?,
n o h a n podido ser m e j o r e s
q u e los q u e yo h u b i e r a d a d o
al f r e n t e de m i s b a r o n e s ,
á tener una corona
y u n ejército d e n o b l e s .
Á m i h e r m a n o , sus castillos,
y s u c o n d a d o , y su n o m b r e ,
y por completar su dicha,
de m u j e r tal los a m o r e s ,
que por lograrlos he dado
de los i n m o r t a l e s goces
del c i e l o , t o d a m i p a r t e ,
si es q u e a l g u n a e n t a l e s d o n e s
á u n b a s t a r d o c o m o yo
se le g u a r d a y r e c o n o c e .
Á mí en cambio... nada, nada:
ni c o r o n a s , n i b l a s o n e s ,
ni gloria, n i amor siquiera,
que de traidor y de torpe
n o lleve sello m a l d i t o ,
y no manche cuanto toque.
Y p o r si e s t o no b a s t a s e ,
s i e m p r e , de dia y d e n o c h e ,
u n a voz q u e n u n c a s u e n a
y q u e e t e r n a m e n t e se o y e ,
en las l a r g a s g a l e r í a s ,
e n los h u e c o s d e las t o r r e s ,
— a l -
en los p l i e g u e s d e las n u b e s
y e n las frondas d e los b o s q u e s .
Voz q u e dice s i n c e s a r :
«Cain, Cain fué m á s n o b l e .
» P o r algo Dios y t u p a d r e
»no q u i s i e r o n d a r t e n o m b r e . »

ESCENA VIL
MANFREDO, JUANA por la izquierda, segundo término. Vien<i
vestida de luto, y al entrar mira con empeño á Manfredo.

MANF. J u a n a , ¿ q u é b u s c a s aquí?
JUANA. LO ú n i c o q u e y a m e r e s t a :
la v e n g a n z a .
MANF. Q u i é n la a p r e s t a ?
JUANA. YO.
MANF. ¿Contra quién?
JUANA. Contra tí.
MANF. Eres injusta.
JUANA. Villano!
¿No fuiste t ú s u asesino?
MANF. Yo, n o . Lo fué s u d e s t i n o .
JUANA. P e r o lo fué p o r t u m a n o . (Pausa.)
El a m o r d e m i R o g e r
e r a c u á n t o yo t e n í a :
ni m á s venturas pedía,
n i m á s codiciaba s e r ,
de este t r á n s i t o m o r t a l
e n el áspero s e n d e r o ,
que del humilde escudero
¡a c o m p a ñ e r a leal.
Dio p o r ciega la f o r t u n a
á tí y á los t u y o s t o d o :
y á n o s o t r o s ¡pobre lodo!
mala fosa y mala c u n a .
Para l a c u n a , el d o l o r ;
para la fosa, u n a c r u z ;
y sólo u n r a y o d e l u z
de la u n a á la o t r a : el amor.
P u e s ese r a y o , r e m e d o
de m á s altos r e s p l a n d o r e s ,
— 52 —
lo a p a g a r o n t u s f u r o r e s .
¡y n o sé p o r q u é , M a n í r e d o l
Tomé parte alguna vez
e n t u s glorias ó r e v e s e s ?
te h e i m p e d i d o yo q u e fueses
Conde ó D u q u e d e A r g e l e z ?
F u i yo d e t u b a s t a r d í a
la c a u s a n i la ocasión?
Pues q u é ganó t u blasón
c o n su muerte y roi a g o n í a ?
MANF. Deliras y t e p e r d o n o .
JUANA. T U perdón? Ya viene t a r d e ;
y con mostrarte cobarde
aún haces mayor m i encono.
MANF. Vete.
JUANA. Cuando hable con él.
MANF. C o n él! C o n q u i é n ?
JUANA. Con t u h e r m a n o . .
( A l notar un movimiento de Manfredo.)
Sé q u e v i n o . A u n q u e lejano
oí l a d r a r á s u l e b r e l .
Tendido y triste esperaba
j u n t o al p u e n t e l e v a d i z o .
Yo e n u n n e g r o p a s a d i z o
j u n t o á u n a puerta lloraba.
P e r o él t u v o m e j o r s u e r t e
q u e mi s u e r t e m a l d e c i d a :
su dueño tornó con vida,
m i d u e ñ o q u e d ó e n la m u e r t e .
E n fin, ello e s q u e los d o s
al m i s m o t i e m p o e s p e r a m o s
y al m i s m o t i e m p o l l o r a m o s ;
y d e este m o d o a n t e Dios,
e n lenguaje bien sencillo,
d e u n p u e n t e los d u r o s g o n c e s
y d e u n a p u e r t a los b r o n c e s
p r o b a r á n q u e e s t e e s castillo,,
dentro de su barbacana,
n o vio bajo s u s d i n t e l e s ,
m á s q u e dos s e r e s fieles:
un lebrel y una villana.
MAM'. (Acercándose amenazador.)
P o r q u é d i c e s eso?
JUANA. TÚ-,
no p u e d e s interrogarme.
MANF. Y tú puedes afrentarme?
JUANA. SÍ puedo.
MA.\F. (Cogiéndola de un brazo.)
¡Por Belcebú,
que hablaras!
JUANA. Al d e Argelez.
MANF. Llevo su s a n g r e .
JUANA. NO entera.
A l g u n a : y de tal m a n e r a ,
q u e esa te s u b e á la t e z .
MANF. J u a n a ! (Amenazando.)
Vete. (Conteniéndose.)
JUANA. Guando le h a b l e .
MANF. Pronto.
-JUANA. Que no.
MANF. Y m e provoca!
E r e s implacable ó loca.
JUANA. LO q u e t ú fuiste: i m p l a c a b l e .
MANF. N O puedes verle.
JUANA. Es de ley
q u e le v e a .
MANF. El s o b e r a n o
viene con él.
JUANA, ( c o n alegría.) Con t u h e r m a n o !
MANF. El R e y . (Asomándose al fondo.)
JUANA. P u e s m e j o r ; al R e y .

ESCENA VIII.
JAIME, BEATRIZ, D. PEDRO TERCERO DE ARAGÓN, MANFRE-
DO, JUANA, BARONES, CAPITANES, ESCUDEROS, PAJES, ETC.
todos l l e g a n por e l fondo.

Delante dos pajes que corren el tapiz y otros dos con l u c e s ,


que las dejan ó sobre la mesa ó en l a s basas de los tro-
feos. Jaime, Beatriz y el R e y , á medida que el diálogo lo
indica, avanzan hasta colocarse en primer término, pero á
la izquierda: Manfredo y Juana quedan en primer término,
pero á la derecha: l o s barones casi en primer término: en
— o4 —
aguarlo el resto del acompañamiento: guardia de almogá-
vares á la puerta.

JAIME. E n t r a d , s e ñ o r , . y t e n g a m i castillo,
baluarte heroico de pasados tiempos,
la h o n r a d e v e r s o b r e s u s a n c h o s m u r o s
al v e n c e d o r , y al R e y , y al c a b a l l e r o .
REY. Barón aragonés, m i noble conde,
b i e n defendiste el a p r e t a d o c e r c o .
Mucho Aragón t e d e b e .
JAIME. (Con repugnancia y enojo.) N a d a , n a d a !
REY. T U mano: yo también mucho te debo.
(Le da l a mano.)
P a r a tí n o quisiste r e c o m p e n s a .
JAIME. N O l a q u i s e , s e ñ o r , n o la m e r e z c o .
REY. Mal j u e z e n p r o p i a c a u s a e s u n o m i s m o .
JAIME. Dónde hallarlo, señor, más justiciero?
(Con amargura.)
E l p e r d e r u n castillo m á s m e r e c e
q u e nuble galardón, duro escarmiento.
REY. Al q u e i n f a m e v e n d i ó la fortaleza
t u b r a z o se lo i m p u s o y yo lo a p r u e b o .
Al q u e c u a l t ú se h u n d i ó bajo s u s r u i n a s . . .
JAIME. Nególe Dios, p o r j u s t o ó p o r s e v e r o ,
el solo g a l a r d ó n á q u e a s p i r a b a :
d e ellas h a c e r s e p u l c r o d e s u c u e r p o .
REY. V e n z a t u v o l u n t a d , p u e s t u lo q u i e r e s ;
p e r o e n e s t a ocasión yo t e r e c u e r d o ,
que m u c h a s veces m e pediste, condo,
lo q u e y o t e n e g u é y h o y t e c o n c e d o .
(Movimiento de Jaime.)
Ennoblecer á u n hombre q u e t u sangre
lleva e n s u s v e n a s y q u i z á t u a l i e n t o .
(Movimiento d e Manfredo.)
JAIME. S e ñ o r , S e ñ o r ! . . . (Con extaordiharia alegría.)
REY. E n d ó n d e está t u h e r m a n o ?
quiero hacerle t u igual.
(Manfredo retrocede instintivamente á segundo
término, y se hunde por decirlo así en sí mismo.
E l actor interpretará con su talento l a s sensacio-
n e s que debe experimentar al v e r que por méri-
tos d e l hermano á quien deshonra y por ruegos
— 55 —
suyos puede realizar todos s u s sueños de amhi
cion.)
MANF. ,(A .)P ( G r a n Dios!)
•ÍAIME. (Se dirig-e gozoso á su hermano, l e trae de la ma-
no y se lo presenta al R e y . Manfredo dobla la ro-
dilla y aun más la cabeza.)
(A.1 ir á traerle.) Manfredo...
KEY. Conde d e l A m p u r d a n , q u e u n m i s m o p a d r e
s u sangre os repartió p r u e b e n tus h e c h o s .
(Le hace l e v a n t a r . )
T a m b i é n r e c h a z a s l a m e r c e d q u e le h a g o ?
(Á Jaime.)
JAIME. Esta n o la rechazo: n o : la acepto.
Y a u n q u e él la p a g a r á , q u e m u c h o p u e d e ,
s o m o s d o s los d e u d o r e s , R e y d o n P e d r o .
MANF. Para q u e halla deudor es necesario
que halla otra cosa más: deuda primero.
REY. L a d e u d a e x i s t e , p u e s la a c e p t a el c o n d e .
(Con extrañeza y acento de severidad.)
MANF. (Con energía.)
Si él l a a c e p t a , s e ñ o r , yo n o la a c e p t o .
JAIME. Q u é dices?
MANF. L a verdad. Y esto n o a m e n g u a
ni m i lealtad, señor, ni m i respeto.
Mas p o r m é r i t o ajeno c o n c e d i d a
la m e r c e d e s a f r e n t a a n t e s q u e p r e m i o .
(Con fiereza.)
REY. (Con enojo y d e s d e n . )
Las m e r c e d e s q u e o t o r g a t u m o n a r c a
j a m á s afrenta s o n , n i a u n r e c a y e n d o
en u n ser... como t ú .
MANF. Porque no corran
p e l i g r o s e m e j a n t e n o las q u i e r o .
REY. Y si lo m a n d o y o ?
MANF. De l l e v a r n o m b r e
ó n o llevarlo ¡oh Rey! yo soy el d u e ñ o :
n i m i h e r m a n o , n i v o s . Soy lo q u e h e s i d o .
Pues bastardo nací, bastardo quedo.
RUY. TÚ d e s p r e c i a s ? . . . (Avanzando amenazador.)
JAIME. Señor!... (interponiéndose.)
BEATRIZ. S e ñ o r . (Lo m i s m o . )
REY. (Conteniéndose.) Ya b a s t a .
— 56 —
E n A r a g ó n del noble y del plebeyo
la libertad es ley, s e g ú n a l i r m a
de la Union general el privilegio.
Q u i e r e s b a s t a r d o ser? Como t e plazca;
m a s r ó t i r a t e a t r á s , y al p a r q u e d e m o s
los q u e somos i g u a l e s : r e y e s u n o s ,
barones otros y ambos caballeros.
( A p . , pensativo y sombrío.)
(Como u n b a s t a r d o , t o d o s : m a l a y e r b a .
Así fué F e r n a n - S a n c h e z , b i e n m e a c u e r d o . )
JAIME. S u fiereza e x c u s a d : es n o b l e a r r a n q u e . . .
REY. Basta, Argelez.
JAIME. Señor...
REY. Aquí acabemos.
JAIME. Enojado quedáis.
REY. NO c i e r t a m e n t e :
y la n o c h e p a s a r e n p r u e b a d e ello
q u i e r o c o n t i g o y c o n t u noble esposa
e n í n t i m a velada y j u n t o al f u e g o .
No v e d al R e y e n m í . El h u é s p e d sólo
es el q u e os pide l u m b r e , a l b e r g u e y l e c h o .
(Se sienta el R e y en uno de los sillones blasonados
al lado del hogar: á su derecha Beatriz, á su i z -
quierda Jaime. Manfredo, siempre en p i e , en s e -
gundo término. Juana muy cerca de é l . )
(Con tono bondadoso y familiar.)
A este castillo feudal
n o trajo j a m á s el v i e n t o
el e n a m o r a d o a c e n t o
d e la m u s a p r o v e n z a l ?
N i n g ú n t r o v a d o r llegó
b i e n a m a d o ó m a l ferido?
JAIME, ( c o n i n t e r é s . ) U n o solo y e s e h a sido
mi hermano.
REY. (con disgusto.) T u h e r m a n o n o .
(Á Beatriz.)
A u n q u e soy h o m b r e d e g u e r r a
m e a g r a d a la poesía.
La condesa no tendría,
d e esta t o r r e ó d e esta t i e r r a ,
g u a r d a d a allá e n s u m e m o r i a ,
q u e y o sé q u e es p e r e g r i n a ,
— 57 ~
a l g u n a labia d i v i n a ,
ó a l g u n a sabrosa historia?
BEATRIZ. (Con tono glacial á pesar suyo. Es mujer y
no olvida que acaba el R e y de afrentar á Man-
fredo.)
No p u e d o al R e y m i s e ñ o r
ofrecer lo q u e d e s e a .
N a d a r e c u e r d o q u e sea
d i g n o d e t a n alto h o n o r .
REY. (Cortés y respetuoso, pero contrariado y sin poder
dominarse por completo.)
P e r d o n a d : c ó m o h a de ser?
S e g u i r é la v u e l t a d a n d o
á la e s t a n c i a , m e n d i g a n d o
u n p o c o de g a y - s a b e r .
Á tí n o t e h e de p e d i r
(Fijando la vista en Jaime y hablándole afectuo-
samente.)
lo q u e n o m e p u e d e s d a r .
T ú sólo s a b e s l u c h a r .
JAIME Y mal, pues no sé m o r i r .
REY. ( V o i v iéudose á los de segunda fila.)
Y e n t r e esa g e n t e t a m p o c o
habrá ninguno que quiera,
de trovador á m a n e r a , • ¿
ó d e bufón ó d e loco,
inflamar su fantasía,
aguzar su e n t e n d i m i e n t o ,
y de este modo contento
p r o c u r a r n o s y alegría?
Q u e e s t é n solas n o es r a z ó n
e n tal e m p r e s a esas r a m a s ,
(Señalando á la hoguera.)
q u e t o d a s se v u e l v e n l l a m a s
p a r a d a r l u z al s a l o n .
(El R e y pasa la vista por varios grupos que le ro-
dean. Silencio; pausa. A cada momento se mues-
tra más y más contrariado y j u e g a maquinalmento
con el puño de su e s p a d a . )
N a d a : silencio o t r a v e z .
Por ninguna parte medro.
Mal t r a t a n al R e y d o n P e d r o
- 58 —
en la torre de Argelez.
Menos rae costó en r i g o r
la c o n q u i s t a d e S i c i l i a ,
q u e e n c o n t r a r e n t u familia
bueno ó malo u n trovador.
JUANA. (Adelantándose.)
Si u n a l e y e n d a d e s e á i s ,
R e y d e A r a g ó n , y t r a s ella
de u n c r i m e n la roja h u e l l a ,
d i s t e i s c o n lo q u e b u s c á i s .
JAIME. J u a n a ! ( c o n sorpresa.)
BEATRIZ. J u a n a ! (Con terror.)
REY. Esa m u j e r ,
q u e se p r e s e n t a e n l u t a d a ,
trayendo á n u e s t r a velada
dolor e n v e z d e p l a c e r ,
¿ q u i é n es?
JUANA. Quien viene á pedir
venganza, R e y justiciero.
BEATRIZ, ( c o n cierto apresuramiento.)
L a esposa d e u n e s c u d e r o .
IUANA. Su viuda querréis decir.
JAIME. Murió Roger?
(Con verdadero sentimiento y con sorpresa.)
JUANA. SÍ murió.
REY. ( Á Jaime.) R o g e r s e l l a m a b a u n b r a v o
q u e t u m e enviaste, y q u e a l cabo
de San Feliú m a n d é yo.
C i e r t o m e n s a j e le di
que contestación pedía.
La traía?
JUANA. La traía
cuando murió.
REY. Dónde?
JUANA. Aquí.
REY. Expon t u agravio.
JUANA. Al final
del c u e n t o ó d e l a conseja.
REY. Una conseja?...
JUANA. Tan vieja
c o m o esta t o r r e f e u d a l .
REY. Y t ú la sabes?
JUANA. Tal v e z .
Mas c o a t a r l a c o r r e s p o n d e
en justicia...
REY. Á quién?
JUANA Al c o n d e .
REY. (Volviéndose á J a i m e . )
P u e s c o m i e n c e el d e A r g e l e z .
JAIME. (Á Juana.) U n a leyenda?
JUANA. Sí.
JAIME. . Cuál? 1

JUANA. La de la p u e r t a de b r o n c e
q u e al g i r a r s u g o n c e
se c i e r r a d e m o d o t a l ,
q u e n i n g u n o á no s e r v o s ,
ó a q u e l q u e el c o n d a d o h e r e d e
y el s e c r e t o , a b r i r l a p u e d e .
REY. Y ahora?...
JAIME. SÍ.
REY. G r a c i a s á Dios.
(Pausa. Movimiento g e n e r a l para prepararse á oír
la l e y e n d a . )
JAIME. E n otros siglos de a m b i c i o n e s locas
f u n d a r o n esta t o r r e m i s a b u e l o s :
d i é r o n l e b a s e las g i g a n t e s r o c a s ,
y á s u s a l m e n a s p a b e l l ó n los c i e l o s .

El m o r o f r o n t e r i z o , el t i e m p o d u r o ,
d e s p o b l a d o el b r e ñ a l , el t o r r e ó n f u e r t e ,
sólo su a n c h ó r e c i n t o e r a s e g u r o
albergue en vida y sepultura en m u e r t e .

Y así e n la b a s e d e la t o r r e e r g u i d a ,
bajo el c i m i e n t o y e n la r o c a b r a v a ,
cual negra cripta ó fúnebre guarida
labróse extensa y anchurosa cava.

Allí f u e r o n , s e ñ o r , d e m i s m a y o r e s
á dormir en sepulcros esparcidos
por fosas, n i c h o s y a n c h o s c o r r e d o r e s
los despojos del a l m a d e s p r e n d i d o s .

Y e n e s e , del d e s c a n s o e t e r n o , c e n t r o ,
— 60 —
q u e g r a n d e z a s h u m a n a s avasalla,
d e s c a n s a r é t a m b i é n , si a n t e s n o e n c u e n t r o
s e p u l t u r a e n el c a m p o d e b a t a l l a .

REV. Y la l e y e n d a ?
JAIME. Señor,
antigua crónica cuenta
q u e halló m u e r t e e n lid s a n g r i e n t a
c o n t r a el á r a b e A l m a z o r
cierto conde de Argelez;
que su cadáver trajeron
al castillo, y q u e le h i c i e r o n
exequias de s u alta prez,
y de su n o m b r e y caudal,
dignas por toda m a n e r a ,
que según pensaban era
caballero sin rival.
Tendido en su sepultura,
e n t r e las m a n o s s u e s p a d a ,
la l á p i d a ^ l e v a n t a d a ,
p o r m o r t a j a la a r m a d u r a ,
le d e j a n : s a l e n : e n pos
la p u e r t a d e e n c i n a y h i e r r o
gira, y en aquel encierro
se q u e d a n el m u e r t o y Dios.
Pero no: también quedaron,
c u a l severos j u z g a d o r e s ,
las s o m b r a s d e s u s m a y o r e s ,
las d e a q u e l l o s q u e b a j a r o n
a n t e s q u e é l , á la r e g i o n
de la e t e r n a oscuridad,
d o n d e se ve la v e r d a d
s i n la l l a m a d e u n h a c h ó n ,
d o n d e el e n g a ñ o no m e d r a
n i el c r i m i n a l n o s fascina,
d o n d e el c u e r p o se r e c l i n a
y d u e r m e en lechos de piedra.
Y la l e y e n d a al l l e g a r
á e s t e p u n t o , diz q u e l u e g o
q u e todo q u e d ó e n sosiego,
comenzaron á brotar
fantasmas en larga hilera,
- 61 —
q u e el s e p u l c r o c i r c u n d a r o n ,
y q u e del m u e r t o m i r a r o n
por tan extraña manera,
y con m i r a d a t a n d u r a ,
si m i r a n h u e c o s sin ojos,
los t e r r e n a l e s despojos
al t r a v é s de la a r m a d u r a ,
q u e a n t e el n e g r o t r i b u n a l
a q u e l l a c a r n e sin v i d a
agitóse e s t r e m e c i d a
en su cárcel de m e t a l .
¿ R e c o r d ó a l g ú n olvidado
s e c r e t o a n t i g u o y profundo?
¿algo q u e i g n o r a b a el m u n d o ,
c r i m e n , deshonra ó pecado?
Ello e s q u e p o c o d e s p u é s
r o m p i ó la p u e r t a d e e n c i n a ,
y h u y ó á la t o r r e v e c i n a
u n cadáver con arnés.
Y ya d e s d e a q u e l l a n o c h e
n o h u b o paz e n el castillo;
p o r q u e al e x t i n g u i r s e el brillo
del sol y s u rojo b r o c h e
t r a s p a s a r el m o n t e o s c u r o , *
m o s t r á b a s e el a l m a e n p e n a ,
ya a p o y a d a e n u n a a l m e n a
ya v a g a n d o p o r el m u r o :
s o m b r a c o n fieros r i g o r e s
por otras sombras tratada,
y p o r ellas a r r o j a d a
del panteón de sus mayores:
m í s e r o despojo i n e r t e
d e u n ser n o b l e y p o d e r o s o ,
á q u i e n n u n c a dio la s u e r t e
n i u n a n o c h e de reposo
e n el seno de la m u e r t e .
JUANA. ( A y . ) (Todos b a j a n la f r e n t e :
¿por qué todos
t i e m b l a n y p a l i d e c e n y se callan?)
( E Q VOZ alta al R e y . )
No q u e r é i s c o n o c e r d e la l e y e n d a
la conclusion?
— 62 —
REY. Si á f é .
JUANA. Pues bien...
REY. Acaba.
JUANA. La p u e r t a del p a n t e ó n , q u e e r a d e e n c i n a ,
por o t r a se c a m b i ó f u e r t e y p e s a d a :
toda de bronce la segunda, y dicen,
que desde Roma u n a reliquia santa
t r a j e r o n , y p o r ella, y e n t r e r e z o s ,
la m e t á l i c a p u e r t a fué t o c a d a .
Con esto y c o n a b r i r s e p o r o c u l t a
combinación de misteriosa m á q u i n a ,
q u e sólo el Conde s a b e , s e h a l i b r a d o
este viejo castillo d e f a n t a s m a s .
Hasta a q u í la l e y e n d a y a h o r a el c r i m e n .
REY. Y también la justicia.
JUANA. Á reclamarla,

Rey de Aragón, á t u poder acudo.


REY. A nadie la n e g u é .
JUANA. LO s é .
REY. Pues habla.
JUANA. P u e s e n ese p a n t e ó n , q u e h a c e a l g ú n tieinc
del castillo á l a s g e n t e s f r a n c o se halla,
p o r q u e e n él u n a i m a g e n m i l a g r o s a
se v e n e r a e n capilla s u b t e r r á n e a ,
u n h o m b r e á mi Roger penetrar hizo,
no sé p o r q u é r a z ó n ó p o r q u é c a u s a ,
si p o r e n g a ñ o fué, q u e s i s e r í a . . .
MANP. (Adelantándose.)
Mintió q u i e n dijo t a l , q u e fué á estocadas-.
(Movimiento de sorpresa en todos.)
REY. ( Á Juana.)
Mas t a r d e lo s a b r e m o s : t ú p r o s i g u e .
JUANA. El h o m b r e d e q u i e n h a b l o á m i m o n a r c a ,
d e n t r o la p r e s a y a , la hoja d e b r o n c e
con e s t r u e n d o y furor c i e r r a y e n c a j a . . .
REY. Y tiempo no será?...
(Levantándose: todos se levantan )
JUAN •.. Ya sólo e s t i e m p o
p a r a el c a s t i g o ¡oh R e y ! ó la v e n g a n z a .
KEY. El a s e s i n o , d i . P r o n t o s u n o m b r e .
JUANA. El b a s t a r d o .
MANF. Yo fui.
- 63 -
KEY. LO a d i v i n a b a .
JAIME. (Acercándose á él como para p r o t e g e r l e . )
Manfredo!
JUANA. Vaciláis p o r q u e e s su h e r m a n o ?
La j u s t i c i a e s m e n t i r a .
REY. N o , insensata.
De m i ley la c u c h i l l a s e g a r s u p o
cabeza t a n i n d ó m i t a y t a n a l t a ,
q u e el nivel a l c a n z ó n o pocas v e c e s
de d o n J a i m e , s u p a d r e y s u m o n a r c a .
Nivel halló d e s p u é s p o r m i m a n d a t o
del t u r b i o Cinca e n las r e v u e l t a s a g u a s .
Si con m i p r o p i o h e r m a n o h i c e j u s t i c i a
c o n ese ¿qué n o h a r é ?
BEATRIZ (Ap.) Dios s a n t o !
JUANA. Gracias.
JAIME. ( A v a n z a n d o respetuoso pero decidido hasta el R e y . )
Es mi sangre, señor.
REY. No p o r e n t e r o ,
t a n sólo la m i t a d .
JAIME. P u e s esa b a s t a
p a r a q u e yo le q u i e r a y le defienda
c o n t o d o el c o r a z ó n y t o d a el a l m a .
REY. J u s t i c i a e n él h a r é si la m e r e c e .
JAIME. Q u e la m e r e z c a ó n o d e m í se a m p a r a .
MANF. No, Jaime: m i delito reconozco.
La s e n t e n c i a , s e ñ o r .
REY. Será m a ñ a n a .
JAIME. No s e r á ! . . . p e r d o n a d . . . m i e n t r a s yo viva.
E s m i vasallo.
REY. (imponiendo s i l e n c i o . ) Y yo soy t u monarca.
( Á un capitán que sale á c u m p l i m e n t a r l a orden.)
B u e n O l i v e r , coloca c e n t i n e l a s
del p a n t e ó n e n la p u e r t a . Con el alba
despiértenme, que asuntos hay que importan-
Y t ú , m i n o b l e c o n d e , de m i c á m a r a
el c a m i n o m e m u e s t r a , q u e fué r u d a
y sin d e s c a n s o a l g u n o la j o r n a d a .
J.MME. (Se dirig-e precediendo al R e y hacia la puerta de-
recha.)
V e n i d s e ñ o r , q u e v u e s t r o es m i castillo.
(Dos pajes toman luces y se disponen ú marchar
— 64 —
delante del R e y , así como dos de s u s capitanes
acompañarle. El R e y se dirige hacia la puerta e x -
presada, pero lentamente después de saludar á los
demás barones. Beatriz se acerca á su esposo: Jua-
na se coloca al lado de la puerta. Manfredo en el
centro.)
MA.NF. (inclinándose ante el R e y al pasar é s t e . )
Justicia quiero.
BEATRIZ. (Adelantándose unos pasos. ) C o m p a s i ó n .
JUANA. Venganza.
REV. ( E n el umbral de la puerta.)
C o n la l u z de l a a u r o r a q u e r r á el c i e l o
d a r l u z t a m b i é n al q u e d e allí la a g u a r d a .
(Sal en en el orden sig-uiente por la puerta de la
derecha. Los dos pajes con las l u c e s : el R e y : dos
capitanes. Quedan al lado de la puerta Jaime y
Beatriz. A l g o separada, Juana. E n el centro, Man-
fredo. S a l e n por el fondo l a s demás personas.)

ESCENA IX.
BEATRIZ, JUANA, JAIME, MANFREDO.

Beatriz y Jaime v i e n e n al centro á buscar á Manfredo. Jua -


na en pie al lado de la puerta por donde salió el R e y .

BEATRIZ, ( Á Manfredo.) Huye.


MANF. Jamás.
JAIME. NO t e m a s . Con m i vida
d e la t u y a r e s p o n d o . C o n m i e s p a d a
a t a j a r é si n e c e s a r i o fuere
al m i s m o R e y , si c i e g o se e m p e ñ a r a
á contra-fuero y contra-ley en darse
p o r j u e z d e m i s vasallos e n m i c a s a .
MANF. Abandóname, Jaime.
JAIME. NO.
Te aguarda,
m o n a r c a d e A r a g ó n , q u i e n no te c e d e
n i p o r el c o r a z ó n , n i p o r el a l m a .
(Volviéndose hacia la puerta por donde salió f)jn
Pedro.)
JUANA. ( E n voz alta como desafiando á Jaime.)
D u e r m e , Rey de A r a g ó n , j u n t o á t u p u e r t a
en vela está la v i u d a y la v i l l a n a .
(Como en contestación.)
El Conde de A r g e l e z v e l a t u s u e ñ o :
d u e r m e , R e y d e A r a g ó n , d u e r m e h a s t a el a l b a .
(Queda Juana en pie al lado de la puerta: Jaime
en el centro mirando liácia aquella parte: Beatriz
y Manfredo á su izquierda.)

FIN D EL ACTO SEGUNDO.


ACTO TERCERO.

escena representa el panteón subterráneo del castillo de


Argelez. En esta decoración cabe cuanto la imaginación
quiera; y sin embargo, paralas necesidades del drama, to-
do ello puede reducirse á muy poco. Lo puramente preciso
es lo siguiente: puerta en el fondo: estando abierta se ve
bajar de frente, ó algo'inclinada, una ancha escalera entre
dos muros macizos, l a c u a l termina por abajo en un corre-
dor transversal; es decir, que entre la puerta y el principio
de la expresada esealera hay un espacio de nivel que re-
presenta el ancho del pasadizo. Después de la puerta, por
ta parte interior de la cripta, puede haber dos escalones,
aunque no son precisos.
El panteón nn y sombrío: á uno y otro lado se ven los
acometimientos de varias galerías transversales. En rigor
basta con una de cada lado.
En primer término casi de frente, á la izquierda del actor,
un sepulcro, que se supondrá que es el del padre de Jai-
me. Este sepulcro no debe ser muy alto: sobre él una es-
cultura yacente, á ser posible con armadura de bronce y
t:ara de mármol. Al pie del sepulcro un escalón alto que
pueda servir de banco.
Á un lado la boca muy baja-de un pozo.
La decoración sobre todo m u y severa: detalle que no
pueda presentarse dignamente debe suprimirse.

ESCENA PRIMERA.
CABRERA, ZURITA, que son dos soldados de la guardia
del Rey, armados de picas. Un hachón encendido, clavado
en un hueco lateral del sepulcro; esta ha de ser la única luz.

ZURITA. De e s t a s cosas, t ú , ¿qué piensas?


— 68 —
CAB. YO pienso p o c o , Z u r i t a .
E n e s t a s cosas y e n t o d a s
obedezco s i n m a l i c i a
ni repugnacia á quien m a n d a ,
si m a n d a e n ley. Mi c o n s i g n a
c u m p l o c o m o b u e n soldado;
y que entre por Algeciras
el m o r o , ó q u e e n t r e el francés
p o r el Coll de las p a n i z a s ,
á m í poco se m e i m p o r t a .
Yo n o dejo q u e a l m a v i v a
e n t r e , n i dejo q u e salga
d e esos h u e c o s n i u n a h o r m i g a
s i n a p l a s t a r l a e n las losas
c o n el c u e n t o de m i p i c a .
Y lo d e m á s q u e lo a r r e g l e
el R e y c o m o es de j u s t i c i a .
Pero aunque nada m e importa
de eso q u e t ú d i c e s , m i r a
q u e lo q u e es h o y n o c a m b i a r a
m i pobreza y villanía
p o r t o d a la s a n g r e n o b l e
del b a s t a r d o .

ZURITA. ¡Mala v í b o r a
le m u e r d a , q u e n o h a d e d a r l e
m á s v e n e n o del q u e c r i a
el de P r o v e n z a en sus v e n a s
y p o r s u s ojos destila!
CAB. Dicen q u e el p o b r e e s c u d e r o
e r a m o z o de v a l í a .
ZORITA. D i c e n q u e p o r celos f u é .
CAB. U n a m u j e r e n la i n t r i g a ?
Si e r a p r e c i s o .
ZURITA. Manfredo
hace tiempo perseguía
á J u a n a ; p e r o ella h o n r a d a
le r e c h a z ó .
CAB. Si esa g e n t e ,
q u e e n la P r o v e n z a se a n i d a ,
fué s i e m p r e m a l a y aviesa
y tocada de h e r e g í a .
Si esos t r o v a d o r e s t r a e n
— 69 —
c o n sus c a n t i g a s m a l d i t a s ,
la c o r r u p c i ó n á esta t i e r r a
y el vicio á n u e s t r a s familias.
Si eso lo t e n g o yo d i c h o .
P e r o e s c u c h a , yo c r e í a ,
p o r q u e a n o c h e lo d i j e r o n ,
q u e la c a u s a e r a d i s t i n t a ,
q u e e n ella n a d a h a y de a m o r ,
sino i n f a m e alevosía.
ZURITA. Pues tú ¿qué sabes, Cabrera?
GAB. Lo q u e la g e n t e allá a r r i b a
m u r m u r a b a . Q u e el b a s t a r d o
es u n t r a i d o r .
ZURITA. Lo sería
d e fijo.
CAB. Q u e al r e y de F r a n c i a
v e n d i d o está de p o r v i d a .
Q u e él fué q u i e n a b r i ó el t o r r e ó n
aquella noche maldita.
Y q u e c o m o el e s c u d e r o
u n m e n s a j e de Castilla
p a r a el R e y d o n P e d r o trajo
de importancia decisiva,
quiso impedirle... ¿comprendes?
q u e lo l l e v a s e . ¿Se explica
la cosa de e s t a m a n e r a ?
ZURITA. Ya lo c r e o : á m a r a v i l l a .
Traidor; preciso. Pero esto
á lo q u e dije no q u i t a .
CAB. H a b r á n sido las dos c o s a s .
ZURITA. Y si o t r a s c i e n a d i v i n a
d e e s c u d e r o s , y d e pajes,
y de d u e ñ a s , la m a l i c i a ,
s i e n d o e n c o n t r a del b a s t a r d o
ciertas son.
CAB. Esa es la m i a .
ZURITA. P e r o yo digo algo m á s .
Á ser yo el R e y ¿ q u é i m a g i n a s
q u e hiciese!
CAB. P u e s no lo sé.
ZURITA. E n el t o r m e n t o p o n d r í a
dos p e r s o n a s : y á las c u ñ a s ,
— 70 —
y á las c u e r d a s , y d e p r i s a .
CAB. DOS p e r s o n a s ?
ZURITA. El bastardo.
CAB. Ese b i e n .
ZURITA. Y no adivinas
la o t r a q u i é n es?
CAB. NO p o r Dios.
ZURITA. La c o n d e s a .
CAB. Ave María!
ZURITA. Más c u l p a b l e e s q u e M a n f r e d o -
P o r q u e , dime, alma sencilla,
¿no l e b a s t a b a m a n d a r ,
q u e c o n u n a b u e n a viga
p o r a r i e t e y diez j a y a n e s
e n el g o l p e , h i c i e s e n t r i z a s
la p u e r t a p a r a salvar
d e e s e p o b r e h o m b r e la vida?
P u e s ¿ p o r q u é n o lo h i z o ?
CAB. Dicen
q u e la p u e r t a está b e n d i t a .
ZURITA. Más b e n d i t o es u n c r i s t i a n o
q u e el b r o n c e d e a l g u n a m i n a ,
q u e del diablo fué antesala
y c a m i n o á sus g u a r i d a s .
T e digo q u e la c o n d e s a
del c a s t i g o n o s e l i b r a
de d o n P e d r o , q u e es g r a n R e y
y duro cual su loriga.
CAB. E n eso n o p i e n s a s m a l .
Y esta m a ñ a n a t e n í a
una cara! Levantóse
c o n las l u c e s m a t u t i n a s ;
bajó c o n el do A r g e l e z ;
mandóle abrir esta cripta;
p u s o dobles c e n t i n e l a s ;
subieron, oyeron misa
él, l a c o n d e s a y el c o n d e ,
y el b a s t a r d o , e n la capilla
p r i n c i p a l . . . E n fin, los c u a t r o
p r e p a r á r o n s e e n l a guisa
d e g e n t e q u e va á j u z g a r
y b u s c a la luz d i v i n a ,
._ 71 —
ó d e g e n t e q u e al m o r i r
de s u s p e c a d o s se l i m p i a .
ZURITA. Ello es q u e algo se p r e p a r a .
¿En cuál d e esas galerías
estará?
(Separándose de su puesto y mirando á uno de los
lados con curiosidad.)
CAB. Guay del c u r i o s o !
Á t u p u e s t o : e s la c o n s i g n a .
ZURITA. YO e n s u caso p o r d a r fin
de u n a v e z á m i a g o n í a ,
de c a b e z a v o y d e r e c h o
al pozo y l u e g o á la s i m a .
CAB. Gran pecado!
ZURITA. P e r o el ú l t i m o .
CAB. Á t u p u e s t o , q u e ya b r i l l a n .
d e la escalera e n el fondo
l u c e s q u e e n l a s o m b r a oscilan.
ZURITA. El R e y . . . q u e v e n g a y q u e j u z g u e .
Voz. (Dentro.) El R e y .
CAB. El R e y se a p r o x i m a .

ESCENA II.
JAIME, JUANA, el RET; delante dos pajes con hachones. C A -
BRERA y ZURITA siempre de centinela.

REY.. Sin alardes vengativos,


p o r h e c h o s claros y c i e r t o s ,
en esta mansion de muertos
voy á j u z g a r á los vivos.
Ese b a n c o p o r sitial,
esa t u m b a p o r t e s t e r o ,
y nunca u n rey justiciero
halló mejor t r i b u n a l .
Dónde p r e s u m e s , m u j e r .
(Volviéndose á J u a n a . )
q u e el c a d á v e r d e t u esposo
cayó b u s c a n d o r e p o s o ?
JUANA. Decís?... q u e d ó n d e , R o g e r ? . . .
D ó n d e ? . . . Me v e n c e el d q l o r ! . . . (vacilando.)
JAIME. A p ó y a t e , J u a n a , e n m í . (Queriendo sostenerla.)
— 72 —
JUANA. NO: dejadme. (Rechazándole.)
REY. (Sosteniéndola.) V e n a q u í .
JUANA. (Con respeto y asombro.)
Vos m e s o s t e n é i s , s e ñ o r !
REY. Quedaron mis pompas reales
en mi cámara desierta:
del lado a c á d e esa p u e r t a
ya t o d o s s o m o s i g u a l e s .
Como e n r e g i o n m o n t a r a z
la t i e r r a d e s m o r o n a d a
b u s c a e n la r o c a q u e b r a d a
algo á q u e asirse t e n a z ,
sobre mí t u cuerpo inerte
sólo e s , si lo m i r a s b i e n ,
tierra q u e b u s c a s o s t e n
en o t r a tierra m á s f u e r t e .
(Pausa. Juana recobra su fuerza.)
Mi p r e g u n t a es b i e n s e n c i l l a .
R e s p o n d e si h a s c o m p r e n d i d o .
JUANA. Sí s e ñ o r . H a b r á c a i d o
a l l á . . . j u n t o á la capilla.
En sus últimos instantes
la l á m p a r a del s a g r a d o
h a c i a sí le h a b r á l l a m a d o
c o n destellos v a c i l a n t e s .
REY. ( Á los centinelas.)
Donde dice, buscad bien,
y a v i s a d m e si le halláis.
(Cabrera y Zurita precedidos de los pajes hacen uii
movimiento para salir.)
JUANA. U n m o m e n t o : no vayáis
sin m i , q u e q u i e r o ir t a m b i é n .
REY. Mas v e n c e r y r e s i s t i r
p o d r á s al v e r l o el dolor?
JUANA. C u a n d o al p e r d e r l o , s e ñ o r ,
no m e hizo el dolor m o r i r ,
no h a de m a t a r m e de c i e r t o ,
e n m i e m p r e s a de b u s c a r l o
la v e n t u r a d e e n c o n t r a r l o
ni aun encontrándolo muerto.
(Salen por una de las galerías de la izquierda J u a
na, Zurita y Cabrera, precedidos d e ' l e s pajes.)
- 75 -

ESCENA III.
JAIME, el R E T .

JAIME. P e n s á i s á todo p e n s a r
para mi h e r m a n o u n castigo,
y p e n s a n d o estoy c o n m i g o
cómo poderlo salvar.
REY. T a n g r a n afecto le t i e n e s ?
JAIME. E S mi hermano, y e n rigor
jamás alcanzó, señor,
n i más glorias, n i m á s bienes
q u e m i fraternal t e r n u r a ;
y si á esa p i e d r a t o r n á i s
(Señalando al sepulcro de su padre.)
la m i r a d a , y si e s c u c h á i s
algo q u e sé q u e m u r m u r a ,
aunque escuchéis con desden,
mal q u e os p e s e y m a l q u e os c u a d r e ,
o i r é i s la voz de m i p a d r e ,
q u e m e dice q u e h a g o b i e n .
REY, Sobre cariños h u m a n o s ,
y sobre h u m a n a s pasiones,
q u e al l l e g a r á e s t a s r e g i o n e s
se d e s h a c e n e n las m a n o s ,
h a y , A r g e l e z , algo e t e r n o ,
algo q u e no es de este m u n d o :
un cielo allá e n lo p r o f u n d o . . .
JAIME. Si ya lo s é : y un infierno'.
(Con cierto enojo y como si completase el pensamiea-
to del R e y . )
Y bien, será ceguedad,
ó p e c a d o , ó maleficio,
m á s si d e s e á i s á tal j u i c i o
someter mi voluntad;
si q u e r é i s , R e y de A r a g ó n ,
q u e esa j u s t i c i a s e v e r a
q u e en vos i m p l a c a b l e i m p e r a
impere en mi corazón,
a r r a n c a d m e de r a i z ,
p o r q u e yo, s e ñ o r , no p u e d o ,
el c a r i ñ o d e Manfredo,
— 74 —
y el a m o r de m i B e a t r i z .
REY. (Después de contemplarle algunos momentos.)
¡Por Dios q u e e s t á s a p e g a d o
á las cosas d e la vida!
No i m p o r t a , t u R e y n o olvida
q u e e r e s u n n o b l e soldado.
Quedamos, pues, en que haré
c u a n t o pueda, p o r el m o z o ,
q u e yo n i m e d r o n i gozo
con d a r t o r t u r a á t u f é .
JAIME. Ah! m i s e ñ o r . , .
REY. E n conciencia
no m e debes gratitud,
q u e m i v i r t u d n o es v i r t u d .
¡Ay d e a q u e l q u e e n la e x i s t e n c i a
renunciando á mejor palma,
y por capricho bizarro,
e n u n ídolo do b a r r o
p o n e p o r e n t e r o el a l m a .
Q u e si c o n t r a el m á r m o l frió
(Señalando al sepulcro.)
c h o c a y se d e s h a c e al fin,
al t r o c a r s e e n polvo r u i n
q u e d a el a l m a e n el v a c í o .
Pero escucha...
JUANA. (Desde fuera.) ¡Mi R o g e r !
JAIME. ES Juana.
REY. S U llanto, sí.
JUANA. ¡Rey d e A r a g ó n p o r a q u í !
(Como antes pero más cerca.)
JAIME. Ya v i e n e .

REY. Pobre mujer.

ESCENA IV.
.JAIME, REY, JUANA, por una de las galerías de la izquierda.
JUANA. (Vacilante, pálida, terrible: en suma, como la ac-
triz crea que debe presentarse después de haber
abrazado el cadáver de su esposo y al venir á re-
clamar venganza del R e y - )
Me p r o m e t i s t e i s j u s t i c i a :
¿ n o e s v e r d a d ? P u e s h a llegado
— 7o —
el m o m e n t o . E s t á e n c o n t r a d o .
(Señalando hacia dentro-)
No d e c í s q u e n a d a vicia
ni destruye en Aragón
la r e c t i t u d d e la ley?
Pues á demostrarlo Rey,
q u e allá e s p e r a la ocasión.
S o b r e las losas m i esposo,
m u y c e r c a d e la capilla;
y la l á m p a r a q u e b r i l l a
de o r d i n a r i o e n el piadoso
r e c i n t o d e la s a g r a d a
V i r g e n q u e e n él se v e n e r a , •'•
e n el s u e l o , p o r de fuera,
á su lado y a p a g a d a .
Un p e r g a m i n o ó p a p e l
estruja su m a n o íria: "!:
el m e n s a j e q u e t r a í a
debe estar, señor, en él;
e n la o t r a m a n o u n p u n z ó n
ó d e m a d e r a u n a astilla:
lo q u e sea rojo brilla
al r e s p l a n d o r del h a c h ó n .
Lo mojó e n s a n g r e sin d u d a ,
q u e e n c e r r á r o n l o ya h e r i d o :
el p e c h o t i e n e p a r t i d o
y su e s p a d a está d e s n u d a .
V e n i d c o n m i g o de p r i e s a ,
v e n i d y vos lo v e r é i s ,
v e n i d si es q u e m a n t e n é i s
vuestra justicia y promesa.
Y pronto, que están, señor,
este suelo p r o f a n a d o ,
a q u e l c a d á v e r helado
y a u n i m p u n e el m a t a d o r .
REY. Ya te sigo.
(El Roy y Juana se dirigen á la galería por dondf
esta vino. Jaime les acompaña.)
JUANA. El de A r g e l e z (Deteniéndose.)
viene c o n nosotros?
JAIME. SÍ.
JUANA. Pienso q u e b a s t a n allí
— 76 —
las dos v í c t i m a s y el j u e z .
(Con reconcentrado encono,)
Su presencia no apetezco.
JAIME. (Señalando al K e y . )
T o r c e r p r e t e n d e s su fallo?
REY. Basta, c o n d e . (Con severidad.)
JAIME. B a s t a y callo.
REY. Espéranos,
JAIME. O b e d e z c o . (Salen el Rey y Juana.)

ESCENA V.
JAIME.

JAIME. Q u é t i e n e esa losa fria,


t e c h u m b r e de u n m u n d o helado,
q u e i l u m i n a lo pasado
c o n la luz de u n n u e v o dia?
Por q u é e n s u r e g i o n s o m b r í a ,
por qué en su cóncavo inerte,
t o d o se vé d e o t r a s u e r t e ,
t o d o pasa d e o t r o m o d o ?
P o r q u é se t r a n s f o r m a t o d o
e n el s e n o de la m u e r t e ?
Sepulcro de mis mayores,
qué me tienen reservado
e n ese c ó n c a v o h e l a d o
de la m u e r t e los r i g o r e s ?
¿qué s u p l i c i o s , q u é d o l o r e s ,
q u é e n g e n d r o s de s u f u r o r ?
¿ni cómo hasta mí, señor,
sus asaltos l l e g a r á n
si e n t r a r no p u e d e S a t a n
en el cielo d e m i a m o r ?

ESCENA VI.
JAIME, BEATRIZ, MANFREDO, los dos últimos por el fondo,
ya por la escalera, y a por el corredor en que la escalera
termina.

JAIME. C u a n d o la n e g r a b a r r e r a
que separa vida y m u e r t e
— 77 —
traspase, cayendo inerte
hacia d e n t r o desde f u e r a ,
¿bajo q u é forma p r i m e r a
la verdad v e n d r á hacia m í ?
¿sepulcro, que veré e n t í ,
q u é n o lo sé y t e n g o m i e d o ?
BEATRIZ. Mi J a i m e ! . . .
JAIME. Beatriz! Manfredo! (volviéndose.
Vosotros!...
BEATRIZ. Nosotros, sí. (Pansa.)
(Beatriz con angustia profunda, como si aún viese
lo que pinta y como buscando instintivamente am-
paro en Jaime.)
BEATRIZ. L a s h o r a s p a s a b a n r á p i d a s
y m i impaciencia era grande.
Algo s u c e d e , decía,
cuando no regresa Jaime.
Por la ventana miré,
y e n el p a t i o h a y u n e n j a m b r e
d e e s c u d e r o s y soldados
y d e fieros a l m o g á v a r e s .
Todos hablan de Roger,
y á veces miran audaces
á m i v e n t a n a . De fijo
m u r m u r a n cosas i n f a m e s .
Me dio e s p a n t o y f u í m e a d e n t r o
c e r r a n d o b i e n los c r i s t a l e s ,
c u y o s colores t o m a b a n
t i n t e c á r d e n o al m i r a r m e .
E l solitario salon
m á s solitario m o s t r á b a s e
que nunca, y a u n q u e llamé
fué e n v a n o : n o a c u d i ó n a d i e .
Sólo p o r la g a l e r í a ,
de c u a n d o e n c u a n d o , a l g ú n paje,
c o m o si h u y e s e , c r u z a b a
m u y de prisa y sin m i r a r m e ;
ó a l g ú n soldado del R e y
s u o s c u r o y feroz s e m b l a n t e
mostraba u n punto á la p u e r t a
entre curioso y cobarde;
ó a l g ú n pájaro n o c t u r n o
- 78 —
q u e el alba s o r p r e n d i ó e r r a n t e ,
chocaba ya atolondrado
del b a l c ó n e n los c r i s t a l e s ,
p i n t a n d o u n m o n s t r u o c o n alas
s u s o m b r a e n los a r q u i t r a b e s .
T u v e m i e d o ! (Abrazándose A Jaime.)
JAIME. Mi B e a t r i z !
BEATRIZ. P e r d í el j u i c i o , y á l l a m a r t e
m e puse á gritos.
MANF. Entonces
yo a c u d í , y á t o d o t r a n c e
q u i s o bajar al p a n t e ó n ;
c o n lo c u a l , p a r a l i b r a r l e
de i m p a c i e n c i a s s i n m o t i v o ,
y de temores sin base,
á ser su guía présteme
y a u n q u e á m i pesar la t r a j e .
BEATRIZ. ( A p . ) ( P a r e c e q u e es s u d e s t i n o
á estas r e g i o n e s g u i a r m e .
Bien v e n i d a ! si h a l l a n fin
en sus sombras mis pesares.)
Q u é n e g r o t o d o ! (En voz alta )
JAIME. Fué negro
antes de que t ú bajases;
p e r o al v e r t e s u s t i n i e b l a s
se c o n v i e r t e n e n celajes.
Vuelva el c a r m i n á t u r o s t r o
c o n t i n t a cálida y s u a v e ,
y al m e n o s p o r u n a v e z
aquestos helados mármoles
c o m p r e n d a n lo q u e e s la v i d a
al v e r t u h e r m o s o s e m b l a n t e ,
y por sus cuerpos de piedra
c i r c u l e calor d e s a n g r e !
MANF. ( Á Beatriz que está en los brazos de Jaime.)
T ú e r e s la v i d a , b i e n d i c e :
y p o r s e r t u y a es d e J a i m e :
c o n q u e m a l estáis los d o s
e n t r e losas s e p u l c r a l e s .
Idos a r r i b a : á la l u z .
Á m í entre sombras dejadme,
q u e yo soy de estas r e g i o n e s ,
- - 79 —
y aquí estoy c o a m i s i g u a l e s ,
c o m o ese R e y d e A r a g ó n
dijo a n o c h e al a f r e n t a r m e .
JAIME. Manfredo!...
MANF. (Asomándose á una de las galerías, trasversales de
la izquierda.)
M i r a , allí v i e n e ,
y á s u lado á J u a n a t r a e ,
y les proceden á e n t r a m b o s
con h a c h a s dos a l m o g á v a r e s .
La j u s t i c i a y la v e n g a n z a
j u n t a s p o r la m i s m a calle
de s e p u l c r o s : b u e n c a m i n o
lomaron para buscarme.
Q u e v e n g a n , q u e yo s e r é
maldito, mas no c o b a r d e :
(jue v e n g a n , q u e a u n q u e b a s t a r d a
es d e A r g e l e z e s t a s a n g r e
y q u i z á d e s d e su l e c h o
de m u e r t e m e v e m i p a d r e .

ESCENA VII.
lSi;\TfUZ, JAIME, MANFREDO, el REY, JUANA, CABRERA,
ZURITA y- un paje.

Cabrera y Zurita vienen delante;, los dos pajes con hachas;


después el Rey; después Juana: todos por la izquierda-. El
Rey trae un pergamino en la mano.

KEY. (A Manfredo.)
Por t u impulso v i n i s t e : n o m e p e s a .
Mi enojo n o t e e s p a n t a : q u e m e p l a c e .
El h o m b r e q u e n o afronta s u d e s t i n o
d e c a r a y sin t e m b l a r , es u n c o b a r d e .
Puedes estar tranquilo por tu víctima:
del suelo del p a n t e ó n , s e p u l c r o y cárcel
h i c i e r o n esos d o s , d a n d o piadosos
(Señalando á las almogávares.)
c r i s t i a n o fin á lo q u e t ú e m p e z a s t e .
Al lado de su fosa, ya c o l m a d a ,
otra m a n d é c a v a r p r o f u n d a y g r a n d e ,
por si h a y q u i e n q u i e r a al a c a b a r sus di;is
_ 80 —
j u n t o al fiel e s c u d e r o r e c l i n a r s e .
Él c u m p l i ó c o m o b u e n o , q u e afanoso
g u a r d ó e n s u h e l a d a m a n o esté m e n s a j e :
( Á Juana.)
b u e n . m a r i d o t e dio t u b u e n a e s t r e l l a :
m a l a m u e r t e le dio m a n o i m p l a c a b l e .
JAIME . Señor...
REY. E s p e r a . Á t u castillo s u b e ,
o r d e n a q u e m i g e n t e se p r e p a r e ,
y la t u y a d i s p o n , q u e a n t e s q u e e l d i a
del cielo h a s t a la c u m b r e se l e v a n t e ,
voy á p a r t i r , y p a r t i r á s c o n m i g o ,
á librar de u n segundo Roncesvalles
al r e y d e F r a n c i a , q u e h u m i l l a d o v u e l v e
en procesión luctuosa á sus hogares.
D e m a n d ó m e p e r d ó n , yo g e n e r o s o
le p e r m i t í volver s i n i n q u i e t a r l e ,
pero vamos á v e r desde las c u m b r e s
quien entra en esta tierra cómo sale.
JAIME. Obedezco.
REY. Salid.
(Á los almogávares y los pajes. Se dirigen al fond*
Jaime, los almogávares y los pajes; estos delante.)
Tú, Juana, vete.
JUANA. (Y el c a s t i g o , señor? (En voz baja.)
REY. (LO mismo.) Aquí c o n sangre
t u R o g e r lo e s c r i b i ó .
JUANA. Y ha de cumplirse?
REY. C u a n d o v e n c i ó m i b r a z o e n el c o m b a t e
yo s i e m p r e p e r d o n é , d e c i r l o p u e d e
ese s o b e r b i o r e y q u e á F r a n c i a v á s e .
Mas n u n c a e n m í c l e m e n c i a h a l l a r p u d i e r o n
d e la t r a i c i ó n las alevosas a r t e s :
q u e lo d i g a t a m b i é n , y e r a m i h e r m a n o ,
d e s d e el fondo del Cinca, F e r n a n - S a n c h e z .
JUANA. T r a n q u i l a os dejo.
REY. T r a n q u i l a y satisfecha.
Yo á c a s t i g a r s u m u e r t e , t ú á l l o r a r l e . )
(Sale Juana mirando á Manfredo y i Beatriz q u e
instintivamente están j u n t o s . )
Vosotros no. Que de este p e r g a m i n o
(Previniendo un movimiento de ambos.)
— 81 —
h e m o s d e h a b l a r los t r e s , ¡voto á San J a i m e '

ESCENA VIH.
BEATRIZ, el R E Y , MANFREDO.

REY. C o n solo m i r a r o s creo


lo q u e m e dice el e s c r i t o ,
q u e la p r u e b a del delito
la lleva en s u r o s t r o el r e o .
MANF. Inútil p r u e b a á m i v e r ,
porque jamás h e negado
q u e esté m i h i e r r o m a n c h a d o
con la sangre de R o g e r .
REY. E s c u c h a y el labio sella,
que con la verdad te arguyo.
T u c r i m e n n o es solo t u y o ,
Un C ó m p l i c e t i e n e s , ella. (Señalando á Beatriz.
MANF. Quién?... Beatriz!...
BEATRIZ. ( A p . ) (La e x p i a c i ó n . )
MANF. (Con violencia y señalando el pergamino.)
Miente el i m p o s t o r i n m u n d o !
REY. Jamás miente u n moribundo,
n i m i e n t e el R e y d e A r a g ó n .
Con s u m a n o casi i n e r t e ,
y c o n c a r a c t e r e s rojos,
la c a u s a d e t u s enojos
y la historia de su m u e r t e
en aqueste pergamino
dejó escrito el infeliz.
MANF. Y e n él h a b l a ? . . . (Con ansiedad.)
REY. De B e a t r i z ,
y ademas de su asesino.
(Acercándose al hachón que está en el sepulcro y
leyendo.)
«Yo j u r o , y j u r o al m o r i r
» a n t e esa s a n t a capilla,
« d e c i r la v e r d a d sencilla
« e n lo q u e voy á d e c i r .
«Anteayer de madrugada
«bajé al salon, s e g ú n c r e o
ȇ r e c o g e r del trofeo
«para mi viaje u n a e s p a d a .
6
- 82 —
»La estancia e s t a b a d e s i e r t a ,
»la m a ñ a n a e s t a b a o s c u r a ,
«rechinó una cerradura
»y á poco abrióse u n a p u e r t a .
»Alzó u n d o n c e l el t a p i z ,
«pasó u n a d a m a el d i n t e l ,
«era Manfredo el d o n c e l
»y era la d a m a B e a t r i z .
»Se m i r a n c o n e m b e l e s o
•»y se d e s p i d e n los d o s ,
« a h o g a n d o u n ú l t i m o adiós
»en u n suspiro y u n beso.
«Grito: \infames! sin q u e r e r :
«viene á m í , d e s p u é s l u c h a m o s ,
« l u c h a n d o al panteón, l l e g a m o s
» y llego p a r a c a e r .
3)É1 la p u e r t a d e m e t a l
« e m p u j a sobre su g o n e e
«y da s e p u l c r o de b r o n c e
ȇ su s e c r e t o fatal.
»De este m o d o c o n s e g u i r
« m i silencio i m a g i n a b a ,
«si a c e r t a b a ó no a c e r t a b a
« q u e lo d i g a el p o r v e n i r .
«Yo la infamia de los dos
»y su p e n a ó s u d e s t i n o ,
«dejo en este p e r g a m i n o
ȇ la v o l u n t a d de Dios.
«Sea p u e s lo q u e h a d e s e r :
«yo m u e r o c o m o leal.»
(Sin leer.) Y acaba y dice al final:
(Leyendo.) «El e s c u d e r o R o g e r . »

(Pausa. Manfredo y Beatriz quedan confundidos ^


anonadados. El Rey les contempla frío y sereno.)
¿Es e x a c t o lo q u e a q u í
ese vasallo escribió?
Responde, Manfredo.
MÁNF. (Con enérgica desesperación.) ¡\o.
REY. Responded, Condesa.
BEATRIZ. (Resueltamente.) Sí.
REY. Confesión de b u e n a ley.
MANF- Q u e sólo el delirio a r r a n c a .
- 85 -
EY. No t a n firme, no t a n f r a n c a .
BEATRIZ. Como la debo á m i R e y .
REY. ( Á Beatriz.) Q u e m u c h o a r r i e s g a s adviei
BEATRIZ. Á todo estoy p r e v e n i d a .
REY. T a n t o t e pesa la vida?
BEATRIZ. T a n t o , q u e b u s c o la m u e r t e .
REY. Quien deshonra su blasón
y d e s h o n r a el d e A r g e l e z ,
q u i e n e c h ó sobre s u t e z
p a r a s i e m p r e tal b o r r ó n ,
si ha b u s c a d o p o r castigo
la m u e r t e en esta j o r n a d a ,
q u e la dé p o r e n c o n t r a d a
al e n c e n t r a r s e c o n m i g o .
MANF. Si a l a r d e s de j u s t i c i e r o
queréis hacer, no me oponga,
y el cuello t r a n q u i l o p o n g o
bajo el c o r t e d e ese a c e r o .
P e r o es i r r i t a n t e y u g o ,
más que justicia severa,
c o n f u n d i r d e esa m a n e r a
la v í c t i m a y el v e r d u g o . ^
Yo t e r c o la p e r s e g u í ,
yo en m i fuego la inflamé,
ocasiones p r e p a r é
y p o r la fuerza v e n c í .
Yo, don P e d r o de A r a g ó n ,
yo q u e t r i u n f é de e s t e m o d o ,
lo m e r e z c o t o d o , todo:.
ella, sólo c o m p a s i ó n .
BEATRIZ. C u a n d o no p e r d í la vida
es q u e falté á m i d e b e r ;
c u a n d o m e dejé v e n c e r
es q u e debí ser v e n c i d a .
Ya v e i s q u e todo m e acusa,
q u e yo m i s m a m e h e j u z g a d o ,
q u e no b u s q u é á m i p e c a d o '
c a u s a , p r e t e x t o , ni e x c u s a .
P e r o ya q u e de este m o d o
m i vida yo m i s m a os d o y ,
p o r q u i e n sois y por q u i e n soy,
¡que J a i m e lo i g n o r e todo.!
— 84 —
MANF. É l debe i g n o r a r l o , sí.
REY. ( A p . y pensativo.) (Quizá lo m e j o r sería.)
MANF. Y yo solo sufriría
lo q u e solo m e r e c í .
BEATRIZ. S i d e a m b o s l a c u l p a h a sido
d e a m b o s el c a s t i g o s e a .
REY. Ya v e s c ó m o lo d e s e a .
MANF. Si h a m e n t i d o ! si h a m e n t i d o !
(Al R e y procurando convencerle.)
BEATRIZ. T Ú sólo? N o . Yo t a m b i é n .
No e s v e r d a d ? ( A l R e y como suplicando.)
MANF. Calla, infeliz!
BEATRIZ. Q u i e r o m o r i r !
MANF. No, Beatriz!
BEATRIZ. Q u i e r o m o r i r !
MANF. No, mi bien!
(En un arranque de pasión, olvidándose, del R e y ,
acercándose á ella y cogiéndole las manos.)
REY. T a n t o os a m á i s ! Vive Dios
q u e n i l a m i s m a agonía
os ataja e n t a l porfía!
¡ P u e s b i e n , ' m o r i r e i s l o s d 0 S Ü (Conterrible enojo.
N a d a sabrá el d e A r g e l e z ,
limpia su honra quedará,
q u e v e n g a n z a le d a r á
su monarca como juez.
Y l i b r e v e r á s e al fin,
por justicia soberana,
d e u n a esposa c o r t e s a n a ,
y de u n h e r m a n o Cain.
MANF. Basta ya.
BEATRIZ. G r a c i a s ¡oh R e y !
cuanto deseaba m e dais.
MANF. La justicia atrepelláis!
REY. Á i g u a l d e l i t o , igual l e y .

ESCENA IX.
BEATRIZ, MANFREDO, el REY, JAIME, cuatro pajes con h a -
chones, varios caballeros y escuderos. Todos por la puerta
del fondo.

REY. Más u n r u m o r lejano se p e r c i b e


— 85 —
cual si bajase g e n t e la escalera,
haciéndola c r u g i r al peso g r a v e
y al c h o q u e r u d o d e l a r n é s d e g u e r r a .
Ahí v i e n e n , s í : con A r g e l e z al f r e n t e ,
(Acercándose al fondo.)
y e n t r e rojas a n t o r c h a s q u e f l a m e a n .
JAIME. Justicia ¡oh R e y ! á d e m a n d a r o s v e n g o ,
a u n q u e ya di c o m i e n z o p o r m i c u e n t a
á l a q u e vos sin d u d a h a r é i s m á s t a r d e
e n esa m a l d e c i d a soldadesca,
y a l g u n o s q u e b r a v e a b a n h a c e poco
e n el patio las losas e n s a n g r i e n t a n .
REY. Á p u n t o vienes si j u s t i c i a p i d e s ,
q u e e s t á b a m o s los t r e s e n t a l f a e n a .
Quiénes faltaron, conde?
JAIME. Los soldados
á q u e c o n v o s , s e ñ o r , la fortaleza
hospedaje leal b r i n d ó o r g u l l o s a .
REY. Y c u á l l a causa fué!
JAIME. La airada lengua
d e J u a n a : y d e m i s g e n t e s las p a t r a ñ a s :
y la r u i n condición de la plebeya.
REY. E n s u m a : á q u é llegaron?
JAIME. ¡Á p e d i r m e ! . . .
Si n o lo adivináis! Si n o h a y q u i e n p u e d a
n i la m a l d a d llevando h a s t a el d e l i r i o ,
n i a l z a n d o h a s t a lo a b s u r d o la insolencia,
n i a ú n a s í , s o s p e c h a r lo q u e esos h o m b r e s
p i d i e r o n . . . n o , q u e a u l l a r o n c o m o fieras!
REY. Pidieron?... d i .
JAIME. La v i d a ! . . .
REY. De t u h e r m a n o ?
JAIME. (Hace una señal afirmativa; se detiene y al fin dice
acercándose al R e y . )
¡Y la v i d a , s e ñ o r , d e la c o n d e s a !
De Beatriz! d e m i e s p o s a ! . . . ¡Si y o al p r o n t o
ni pude comprender tanta demencia!
REY. Y c o m p r e n d i s t e al fin?
JAIME. Ellos lo d i g a n ,
p u e s ellos r e c i b i e r o n l a r e s p u e s t a .
«¿Vidas q u e r é i s , l e s dije, m i s e r a b l e s ?
p u e s á c a r g o d e a q u e l l a s t o m a d estas;»
— 86 —
y arremetiendo á la canalla imbécil,
de t a l m o d o sacié m i r a b i a e n e l l a . . .
q u e y a lo v e i s , s e ñ o r , casi t r a n q u i l o
p u d e volver d e l R e y á la p r e s e n c i a .
REY. Q u e á la l e y d e hospedaje m i s soldados
turbulentos faltaran bien m e pesa,
q u e a ú n p i d i e n d o e n j u s t i c i a , q u i e n mal p i d
de s u p r o p i a r a z ó n h a c e s u a f r e n t a .
JAIME. A ú n pidiendo e n justicia!!
(Pausa. Mira al Rey con asombro; mira alternati •
vamente á Bea'riz y á Manfredo, que deben estar
á su espalda y derecha del actor; y queda, duran-
te algunos momentos como estático.)
No c o m p r e n d o
lo q u e q u e r é i s d e c i r .
REY. Que una sentencia,
por crimen de traición á su monarca,
d i c t a b a y o a q u í d e n t r o , m i e n t r a s fuera
p o r r e c l a m a r castigo s e m e j a n t e
a c u c h i l l a b a s á la g u a r d i a r e g i a .
JAIME. Una sentencia?
REY. S Í : c o n t r a el b a s t a r d o . . .
y otro cómplice m á s .
JAIME. Quién?
REY. La condesa.
JAIME. C o n t r a B e a t r i z ! No e s c i e r t o ! No e s posible!
C o n t r a B e a t r i z , y vos! V a n a q u i m e r a !
Yo solo soy s u d u e ñ o . E s a c o r o n a ,
todo vuestro poder, vuestra grandeza,
las glorias d e Sicilia, l a s d e l m u n d o ,
a n t e B e a t r i z , ¿ q u é son? h u m o y pavesas!
REY. Q u e yo n u n c a h e p e c a d o d e sufrido,
y q u e h a b l a s c o n el R e y , t e n m u y e n c u e n t a ,
y freno d e r e s p e t o d a t e p r i s a
á poner á t u s manos y á t u lengua,
si n o q u i e r e s q u e p o n g a o t r o d e h i e r r o
q u e h a c e bajar al suelo l a s c a b e z a s .
R o g e r p o r m i m e n s a j e era sagrado
h a s t a l l e g a r c o n él á m i p r e s e n c i a .
Sin e m b a r g o , Manfredo m u e r t e dióle,
y B e a t r i z t o l e r ó t a n g r a v e ofensa.
Condesa d e A r g e l e z , p e r p e t u o e n c i e r r o
— 87 —
t e enseñará con sombras y tristezas,
q u e ala lealtad debida n o se falta
{Con doble intención.)
m i e n t r a s don P e d r o e n A r a g ó n g o b i e r n a .
B a s t a r d o de A r g e l e z , s a l d r e m o s t o d o s
de esta m a n s i o n , en q u e la m u e r t e i m p e r a ,
n o s o t r o s á b u s c a r la luz del d i a ,
á e n t r e g a r t ú al v e r d u g o la c a b e z a .
( Á los caballeros señalando á Beatriz.)
Llevadla á Barcelona.
(Á Manfredo.) T ú á la m u e r t e .
( Á Jaime.)
Y t ú , c o n m i g o , á lo alto d e la s i e r r a .
JAIME. (Con ira contenida pero con reposo y dignidad, á
menos que el actor crea otra cosa.)
Ni á Barcelona i r á m i e n t r a s y o exista
-y u n h i e r r o s o s t e n e r m i m a n o p u e d a ;
n i h e de salir sin él, si el firmamento
e n c i m a d e la t o r r e se v i n i e r a ;
n i el c o n d e d e A r g e l e z h a d e s e g u i r o s ,
m o n a r c a d e A r a g ó n , n i e n paz n i e n g u e r r a .
(Golpeándose el pecho.)
B a r ó n a r a g o n é s al fuero a c u d o
d e l i b e r t a d en la ocasión e x t r e m a .
D i r á n l o así de desafiamiento
cartas q u e provocó v u e s t r a fiereza.
¥ c o n «lia, y c o n él, y c o n m í g e n t e
(Señalando á Beatriz y á Manfredo.)
p a s a r é d e Castilla las f r o n t e r a s .
Desnaturalizarme es m i d e r e c h o ,
la ley m e a m p a r a d e m i noble t i e r r a ,
y á d o n d e m á s sus glorias se r e s p e t e n
m i espada llevo y llevo m i b a n d e r a .
RE?. D e s n a t u r a l i z a r t e es t u d e r e c h o ,
y n a d i e lo d i s p u t a , n i lo n i e g a ;
p o r m á s q u e d e esta vez el fuero a m p a r e
torpes ingratitudes y soberbias.
P e r o B e a t r i z , p e r o Manfredo, c o n d e ,
b a j o m i ley e s t á n y a q u í se q u e d a n .
T r a i d o r e s á s u r e y fueron e n t r a m b o s
y h a de c u m p l i r s e e n ellos m i s e n t e n c i a .
¿Hola! d e esa m u j e r y d e ese h o m b r e ,
— 88 —
sin m á s v a c i l a c i ó n , d e g r a d o ó f u e r z a ,
afiáncense los c u e r p o s ; y t ú , i n g r a t o ,
vete, q u e yo t e l i b r o d e o b e d i e n c i a .
(Los caballeros á quienes el Rey se ha dirigido pre-
tenden apoderarse de Beatriz y de Manfredo; Jai-
me desnuda la espada, describe con ella un terrible
semicírculo, aleja á todos y pónese delante de i-u
esposa y de su hermano.)
•IAIME . Q u i e n se a c e r q u e á los dos b u e n o es q u e mir«
q u e á m i espada y á m i también se acerca.
REY. Preciso es acabar!
JAIME. Todo se a c a b a :
el h o n o r , l a l e a l t a d . . .
BEATRIZ. Allí!...
( A Manfredo, señalándole el lado en q u e está el
Rey y como proponiéndole que p a s e n . )
MANF. Pues sea.
Gracias, h e r m a n o .
(Por la espalda de Jaime pasa al grupo de caballe-
ros y se e n t r e g a . )
BEATRIZ. Gracias, J a i m e .
(Lo mismo que Manfredo.)
JAIME. ¡ Á dónde»
insensatos, corréis?
BEATRIZ. (Ya desde la izquierda.) Á d o n d e l l e v a n
á t u h e r m a n o el d e b e r , p o r q u e es t u s a n g r e :
á m í , Jaime, t u amor y mi conciencia.
(Al Rey.)
Tuyos somos, señor, q u e Jaime salga.
JAIME. S i n vosotros? J a m á s ! P e n s a d q u e l l e g a n
¡olas d e s a n g r e al c o r a z ó n h i r v i e n t e ;
olas d e fuego á la a b r a s a d a l e n g u a ;
olas d e s o m b r a á m i c e r e b r o l o c o ;
olas d e m u e r t e á m i i n d o m a b l e d i e s t r a !
Y en esta tempestad de mis pasiones,
s o b r e el m a r d e m i s i r a s t u r b u l e n t a s ,
sólo flotan d o s s e r e s : d o s t a n sólo:
M a n f r e d o . . . ¡por h e r m a n o ! E l l a . . . ¡¡por ella!!
REY. (Sin poder contenerse.)
Mal t e e s t á el d e f e n d e r c o n t a n t o e m p e ñ o . . .
¡tu d e s h o n r a !
(Movimiento de Jaime, Beatriz y Manfredo.j
— 8y -

JAIME. ¡No m á s !
REY. ¡ Y t u vileza!
JAIME. ¿Por vileza t e n é i s q u e d e u n h e r m a n o
la v i d a c o n m i v i d a así defienda?
B i e n se a d v i e r t e , s e ñ o r , q u e el fratricidio
¡es el p r i m e r florón d e e s a d i a d e m a !
Rl3Y. M i s e r a b l e ! (Arrojándose sobre é l . )
JAIME. ¡YO n o : q u i e n e n el C i n c a
h u n d i ó d e F e r n a n - S a n c h e z la c a b e z a !
( E l R e y se detiene; queda un momento como aco-
bardado ante aquel recuerdo; después con acento
sombrío y reconcentrado.^
REY. ¡Mejor es eso q u e v i v i r s i n h o n r a !
JAIME. ¿ Y q u i é n v i v e s i n ella?
REY. ¡TÚ!
(Jaime, que está todavía con la espada desnuda se
arroja sobre el R e y : los caballeros que rodean á
este so arrojan sobre Argelez: D. Pedro les sepa-
ra con ademan soberbio y se acerca á él: Jaime
se detiene.)
JAIME. ¡La p r u e b a !
KEY. Por t r a i d o r á tu Rey m á s q u e la m u e r t e
de m e r e c e r acabas. Toma, y lean
esos ojos, si p u e d e n , e s t a s l í n e a s
y cieguen, lloren, saltan de vergüenza.
(Le entrega el pergamino. Pausa. Jaime lo toma
sin comprender nada y mirando á todos con asom-
bro: después se aproxima al hachón que está cla-
vado desde que principió el acto en el sepulcro de
su padre, Beatriz y Manfredo se hunden, por d e -
cirlo así, en la sombra á espaldas de dicho sepul-
cro, pero de manera que sean vistos por el públi-
co. El R e y á la derecha de Jaime.)
JAIME. ( Á medida que l e e : )
Ah!... No!... Jesús!...
(Suspende la lectura; se oprime la cabeza entre las
manos como para coordinar sus ideas. De pronto lan-
za un grito como recordando la extraña escena de
la noche precedente cuando se presentó de impro-
viso á su esposa y á su hermano,)
i A mí l l e g a d a ! . . .
Pronto!..
— 90 —
¡ B e a t r i z ! (Bascando por todas partes.)
KEY. Se o c u l t a e n t r e la s o m b r a espesa:
n o . a c u d i r á á t u v o z . (AI oído.)
JUME. (Vacila: mira al R e y , mira á todas partes, al fin
se acerca á la tumba de su padre.)
Yo t a m b i é n q u i e r o
silencio!... y soledad!... m u e r t e ! . . . y t i n i e -
Acógeme e n t u seno, padre mió! [bias!
D a m e u n beso d e a m o r , u n o s i q u i e r a !
Escultura que duermes, junta, junta
á m i a f r e n t a d a faz t u l a z d e p i e d r a !
(Cae sobre el sepulcro de su padre, abrazándose á
la escultura yacente y uniendo su rostro al de ella.
Pausa. Toda esta situación queda encomendada al
actor y á su talento. A l g o h a y que hacer aquí: el
autor no lo sabe: la inspiración del artista puede
adivinarlo 'tan solo.)
Gracias, p a d r e : m e dio t u helado m á r m o l
« u a n t o á p o d e r p e d i r yo le p i d i e r a :
el frió d e l a m u e r t e . Á t u s mejillas
d e l a s m i a s pasó toda la a f r e n t a .
Más yo t e v e n g a r é : m e diste c a l m a ;
yo t e d a r é satisfacción c o m p l e t a .
KEY. (Acercándose y en voz baja.)
Te perdono, Argelez.
JAIME. Ya no es posible
(Lo mismo.)
n i p e r d o n a r m e á m í , n i á él, n i á ella.
(En voz alta.)
E n v e z d e e s e p e r d ó n yo n e e e s i t o
una gracia no m á s .
REY. Pide y e o temas.
JAIME. D e j a d m e c a s t i g a r á los i n f a m e s .
C o n s e n t i d q u e u n a vez el j u e z yo s e a .
REY. Mi a u t o r i d a d t e d o y : lo q u e d i s p o n g a s
se c u m p l i r á .
JAIME. Juradlo.
REY. P o r la e t e r n a
m e m o r i a y p o r el a l m a d e m i p a d r e .
Q u e Dios si falto m e lo t o m e e n c u e n t a .
JAIME. G r a c i a s , s e ñ o r . (Pausa.)
(Inclinándose ante el R e y como suplicando.)
— 9l -
Salid d e este r e c i n t o . ( Á ios démas.)
Al m o n a r c a s e g u i d . L a doble p u e r t a
á su cerco de bronce haced q u e ajuste.
REY. Y tú?
JAIME. Me q u e d o a q u í .
REY. Sólo?
JAIME. (Con acento que el actor sabrá cnál debe ser )
¡Con ella!...
y t a m b i é n c o n Manfredo. Ha d e c u m p l i r s e
y con creces, señor, vuestra sentencia.
REY. L a t u y a ! ¿por q u é c a u s a ?
JAIME. Yo á la v i d a
del m o n a r c a a t e n t é . Mi t o r p e l e n g u a
á su corona osó.
(En voz baja.) (Yo fui q u i e n l o c o ,
p o r a q u e l l a m u j e r la fortaleza
e n t r e g ó al e n e m i g o
(El Rey le mira con sorpresa.) ¿No OS p a r e c e
q u e á m i c r i m e n se ajusta b i e n m i pena?)
J u r a s t e i s p o r don J a i m e v u e s t r o p a d r e .
REY. T Ú lo q u i e r e s ?
JAIME. LO exijo.
REY. Pues bien, sea.
Salid.
(Al acompañamiento que comienza á saíir muy len-
tamente.)
JAIME. S e ñ o r , la m a n o .
REY. Toma, conde.
(Se arrodilla y besa la mano al R e y . )
Aun es tiempo.
JAIME. Ya n o . V e d l o s : esperan.
(Señalando a Beatriz y á Manfredo, que están en
un ángulo.)
REY. Q u e Dios, c u a n d o t e j u z g u e p o r t u s faltas,
tu amor y s u maldad reciba en cuenta.
(Sale también por el fondo. Se v e subir lentamente
por la escalera una masa de caballeros, pajes, lu-
ces y pendones. Es la vida que sube y se v a como
expresan los siguientes versas. Jaime v a al último
término. Siempre procurando ocultarse Beatriz y
Manfredo: la actitud de ambos queda encomenda-
da á los actores.)
— 92 —
(AIME. Ya la l u z , ya la v i d a , ya las p o m p a s
del m u u d o y sus h o n o r e s y g r a n d e z a s ;
ya del a r n é s el f u l g u r a n t e b r i l l o ,
ya el soberbio o n d u l a r de las b a n d e r a s ,
ya t o d o h u y e de m í ; ya todo s u b e
de m i viejo castillo á las a l m e n a s !
A d i ó s , f a n t a s m a s de ilusiones v a n a s ,
s e r e s q u e allá volvéis á la e x i s t e n c i a ,
i m á g e n e s d e luz y d e c o l o r e s ,
t o r n a d al sol, yo q u e d o e n las t i n i e b l a s !
(Cerrando él mismo la puerta del fondo: se oye el
rechinar de los goznes y el choque metálico al en-
cajar. Esto es preciso porque es de buen efecto.
Queda el panteón iluminado tan sólo por la antor-
cha del sepulcro: en un rincón Beatriz y Manfredo:
en el centro Jaime.)
¡Cruje, p u e r t a de b r o n c e , n e g r a valla
q u e e n t r e dos m u n d o s el c a m i n o c i e r r a s !
No volverás á a b r i r t e , q u e t u llave
á u n a b i s m o sin fin c o n m i g o r u e d a .
(Arrójala llave en el pozo. P a u s a . )
¡Ya e s t a m o s e n el seno de la m u e r t e ;
( Á Beatriz y á Manfredo, pero sin acercarse á ellos
y con acento terrible.)
caiga d e s h e c h a e n polvo la m a t e r i a ;
a l m a s , m o s t r a d lo q u e e n la v i d a fuisteis,
si e s p í r i t u s , la luz; si t i e r r a , t i e r r a !

ESCENA X.
BEATRIZ, JAIME, MANFREDO.

P a r a h a c e r m e t r a i c i ó n habéis t e n i d o
no m á s q u e r a p i d í s i m o s m o m e n t o s ,
p a r a v e n g a r m e yo y a t o r m e n t a r o s
t e n g o a n t e mí la e t e r n i d a d del t i e m p o .
Acércate, Beatriz: ven á mis brazos,
(Le obedece Beatriz maquinalmente pero con len-

titud.)
esposa de m i a m o r , luz d e m i cielo,
la d e la t e r s a f r e n t e a l a b a s t r i n a ,
la del nevado y p u d o r o s o s e n o .
— 95 —
Ven á m í : más a ú n .
( A l fin la coge y la sujeta fuertemente entre sus
brazos,)
Quiere t u Jaime
d e esa a n t o r c h a c o n t a r á los reflejos,
s o b r e t u suave cutis n a c a r a d o ,
de t u a m a n t e feliz t o d o s los b e s o s .
(Le arroja la cabeza hacia atrás y la acerca á la
luz: ella lucha por ocultar el rostro y por separarse
de Jaime.)
No t e s e p a r e s , n o : si n o es posible!
Si s i e m p r e y a los t r e s h e m o s d e v e r n o s ,
u n i d o s p o r los m i s m o s e s l a b o n e s ,
d e infamia y d e dolor, e n el i n f i e r n o !
Habla, B e a t r i z , ¿por q u é fuiste t r a i d o r a ?
Habla p r o n t o ! p o r q u é ? p o r q u é ?
BEATRIZ. No p u e d o :
u n n u d o e n la g a r g a n t a . . . •
JAIME. E n la g a r g a n t a !
e n ella c o n m i s m a n o s debí h a c e r l o
la vez p r i m e r a e n q u e d e a m o r y a loco
ceñí m i s brazos á t u blanco cuello.
Beatriz! no m e contestas? que no puedes?
Pues descansa, respira, toma aliento:
s i n o q u i e r o q u e m u e r a s todavía:
si q u i e r o o i r t u v o z , si e s c u c h a r q u i e r o
c ó m o m i e n t e s , y finges, y m e a c u s a s :
d e s c a n s a . . . ya h a b l a r á s . . .
(La arroja á un lado, haciéndola pasar por delan-
te con extrema violencia, y llama con la mano á
Manfredo.)
Ven t ú , Manfredo.
(¡Manfredo que y a estaba muy cerca se»aproxima.)
Y e n t a n t o q u e l a s i e r p e s u s anillos
p r e p a r a y q u e destila s u v e n e n o ,
c u é n t a m e t ú dé la t r a i c i ó n i n f a m e
los l a n c e s m i l , d u l c í s i m o s y t i e r n o s .
Todo! todo! C o m p r e n d e s ? Allá a r r i b a
mi deshonra saber, y hundir m i hierro
e n aquel c o r a z ó n y e n t u g a r g a n t a ,
h u b i e r a n sido r á p i d o s m o m e n t o s ;
p e r o a q u í ¿ p a r a q u é ? si e s t a m o s solos:
— 94 —
si escapar no p o d é i s : si ya h e m o s m u e r t o :
si este es el sólo goce q u e m e r e s t a
al bajar c o n vosotros al a v e r n o !
Habla, h e r m a n o ! T a m b i é n t ú desfalleces
c o m o débil m u j e r ó n i ñ o e n f e r m o ?
Como niñol No h a y m á s ! Es q u e r e c u e r d a s
d e n u e s t r a infancia los a l e g r e s j u e g o s .
El q u e a h o r a d u e r m e allí, e n sus rodillas
(Señalando el sepulcro )
á los dos nos t o m a b a , y a l g ú n c u e n t o
refería de m o r o s ó g i g a n t e s
del a n c h o h o g a r j u n t o al rojizo f u e g o .
Con sus r o b u s t a s m a n o s a c e r c a b a
t u c a b e z a á la m i a . . . ¡así, Manfredo!
(Hace lo que dice con feroz complacencia juntando
mucho su cabeza á la de su hermano. Beatriz b>s
contempla con terror.)
y e n u n a sola, e s p l é n d i d a m a d e j a ,
t u cabello a b a r c a b a y m i c a b e l l o .
A h o r a e s c u c h a r le toca e n ese m á r m o l ;
q u i z á le h a d e s p e r t a d o n u e s t r o a c e n t o ,
y p a r a oir m e j o r , hacia la p i e d r a
a r r a s t r á n d o s e v a n sus p o b r e s h u e s o s .
Habíale de t u infamia y m i d e s h o n r a !
Devuélvele á t u vez. cuento por cuento\
P e r o el t u y o ha de ser l a r g o , m u y l a r g o ;
q u e no a c a b e j a m á s ! Ya v e s , el t i e m p o
es c o m o t u t r a i c i ó n y m i d e s d i c h a ,
inagotable, inconcebible, eterno!
MANF. D Í p r o n t o q u é prefieres ¿ d a r m e m u e r t e
ó q u e m e m a t e yo? Si lo p r i m e r o
t o m a y C l a v a . (Presentándole un p u ñ a l . )
Si acaso es lo s e g u n d o
dilo y yo m i s m o lo h u n d i r é e n m i p e c h o .
JAIME. J u n t o á la de R o g e r , dijo el m o n a r c a
q u e a b i e r t a está u n a fosa.
MANF. Basta: e n t i e n d o .
JAIME. YO d a r é luz á tu c a m i n o , h e r m a n o .
(Arranca Jaime la antorcha del sepulcro, viene :il
centro del escenario y la levanta en alto: Manfre-
do, apretando el puñal contra su pecho, con la
cabeza baja, pero mirando hacia atrás como par.-'
— 95 —
ver á su hermano se dirige á una de las galerías-
laterales.)
A d i ó s , Cain! No t u e r z a s t u s e n d e r o .
MANF. A d i ó s ! Si soy Caín p o r m i d e l i t o ,
no lo soy p o r o d i a r t e .
(Con cierta ternura y a desde dentro.)
JAIME. Adiós, Manfredo!
(Se o y e et ruido de un cuerpo que cae.)
C u a n t o e n el m u n d o a m é !
ues de mirar á Beatriz qne permanece i n m ó -
vil en el centro y también hacia el sitio en que su-
pone que cayó Manfredo.)
L u z , ya m e sobras!
(Arroja la antorcha hacia la izquierda: se apaga y
queda la escena completamente á oscuras: da al-
gunos pasos, se oprime la cabeza non las manos:
arranque de desesperación que el actor interpre-
tará.)
Y t ú también me sobras, pensamiento!
(Se hiere en- el pecho, da unos pasos vacilante y
va á caer junto al sepulcro, Beatriz se acerca.)

ESCENA X I .
JAIME, BEATRIZ..

BEATRIZ. J a i m e ! . . . J a i m e ! . . . P o r p i e d a d ! (Buscándolo.)
( A l fin le encuentra, le abraza y le sostiene.)
JAIME. Me e n c o n t r a s t e ! . . . B u e n a s u e r t e !
A n t e s se e n c u e n t r a la m u e r t e
que no la felicidad.
A d i ó s ! . . . Y e t e . (Rechazándola.)
BEATRIZ. NO ha de ser!
A n t e s , J a i m e , d e m o r i r (Desesperada.)
q u i e r o h a b l a r t e ! . . . Vas á o i r ?
D i m e , ¿y m e v a s á c r e e r ?
JAIME. C r e e r t e ? . . . B a h ! . . . P o r q u é no?
La m e n t i r a i n ú t i l fuera,
con aguardar á que muera
te b a s t a b a . P e r o n o :
(Beatriz se prepara á decir algo: Jaime la Inter-
rumpe.)
— 96 -
responde y no digas nada,
que n o hay tiempo para todo,
y liega el fin d e tal m o d o
q u e m i vida está a c a b a d a .
BEATRIZ. Si s u p i e r a s ? . . .
•TAIME. Basta; a q u í . . .
(Llevando la mano á la garganta.)
siento d e s a n g r e u n a ola!
C o n t e s t a á u n a cosa s o l a . . .
Has d e c o n t e s t a r m e ?
BEATRIZ. SÍ.
JAIME. Manfredo m u r i ó t a m b i é n
y t ú pronto morirás:
al m o r i r . . . d ó n d e caerás?
BEATRIZ, k t u l a d o .
JAIME. SÍ? P u e s v e n . . .
a c é r c a t e . . . ¿No e s m e n t i r a ?
R e s p o n d e . (Incorporándose.)
BEATRIZ. No!
JAIME. Y entre tanto
d ó n d e c o r r e r á t u llanto?
BEATRIZ. S o b r e t u c u e r p o !
JAIME. Pues mira...
Abraza m i cuerpo i n e r t e . . .
y no ceses... de llorar...
que así... vinimos á dar...
e n el s e n o . . . d e la m u e r t e .
(Cae muerto sobre el banco de piedra y Beatriz
se abraza á él sollozando. Hasta que el telón baje
por completo deben oírse sus horribles y desespera-
dos sollozos.)

ERRATA EN LA PÁGINA 6 4 D E L ACTO SEGUNDO.

Después de la linea 30 falta el verso:

MANF. N O vale m i e x i s t e n c i a tal e m p e ñ o .


ADICIÓN AL CATÁLOGO DE l.° DE MARZO DE 1879.

Prop, qu
TÍTULOS. ActOS. ALTORES. COfTespOIlá

COMEDIAS Y DRAMAS.

C o r t a r por lo sano 1 D. A. S a n c h e z L a m o r . . Todo


D j n d e fueres, haz lo q u e v i e r e s . . . 1 E. Jackson C o r t é s . . . »
Dos sabios i Antonio Salazar '»
El c u e r p o del delito i José J a c k s o n V e y a n . . »
Las citas de Carlota \ L u i s Cocat »
P e r d i d o por rail 1 E. Navarro »
P o r indicios i F. R o c c h e r i n i . . . . . . »
P r i m e r a carta de amor ; • •• i E. Navarro »
A espaldas de su m a r i d o . . . . . . . . . % Ildefonso A, B e r m e j o . »
Como las g o l o n d r i n a s 3 M. E c h e g a r a y »
Don Baldomero E s p a r t e r o 3 A. Gamayo »
E n el seno d e la m u e r t e . . . . . . 3 José E c h e g a r a y . . . . . »
E n la piedra de t o q u e . . . . . . . . 3 E . Alvarez G i m é n e z . »

ZARZUELAS.

El l u c e r o del a l b a . . . i M. F n a n d z . Caballero M.
L a p e c a d o r a , canción 1 Sres. Alvarez, P u e n t e y
Caballero L. y M.
Espiridion en V u l c a n o 2 Rafael T a h o a d a . Mit. M.'
PUNTOS'DE VENTA,

MADRID! •

ffifiÍÜS librerías de. los Sres. Viuda é Hijos de Cuesta, calle


cíe Carretas, nüm. 9; de D. Fernando Fé, Carrera de San
Jerónimo, num. 2, y de I). M. Murillo, calle de Alcalá, núr-
mero 7, y de D. Manuel Rosado, Puerta del Splj núm. 9.

PROVINCIAS Y/ULTRAMAR.

.'•'•Ka casa de los corresponsales de esta Galería.

PORTUGAL.

Agencia de D. Miguel Mora, Rúa do Arsenal, núm. 94.—


Lisboa.
Puedan también hacerse los pedidos de' ejemplares directa-
mente á los EDITORES, acompañando su importe en sellos
de franqueo ó libranzas, sin cuyo requisito no serán servidos.

También podría gustarte