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OBRAS DE R AB IN DRANAT H TAG ORE

( S e gú n ¡mi o sr re v i sa d el
'

el gles, i
'

z 1z e c it o o o
p or
p p r o
o

a u t r)
o .

P UB LI C AD AS

L A L UN A N UE VA ( PO EMA S N I O S ) Te r e r d DE S c a e zcz on

EL J A R D IN ER O ( PO E MA S AMO R I A ) Te r e r d
. .

'

DE Y V D . c a e z c w rz .

O F RE N D A L Í R IC A ( G I T A N J AL I ) Te r e r c a ed z c z o n
'

L A CO S EC H A ( PO E MA S) Te r e r d í . c a e zc 0n
'

P AJ A R O P E R D I D O ( w mmmm ) Te r e r
'
S S 0s . c a ea z c z on .

EL C A R ER O D EL R EY ( PO E MA AM ! T IC O ) Te r e r di
T DR c a e c zon

EL A S CE T A ( S A N Y A S I ) ( PO E MA R AM ! T IC O ) S n d d
. .

'

D eg u a e z c z on

EL R EY Y L A REI N A ( O E MA R AM ! T IC O) S n d e di i
.

P D eg u a c ón

M A LI N I ( PO E MA R AM ! T IC O ) S e
. .

d d
'

D g un a e z cz o n

C H I T R A ( PO E MA R AM! T IC O ) im
. .

'
'
D . Pr er a e a z c z o n

CICL O D E L A P RI M A VER A ( C OM E I A ) S n d d D eg u a e z cz on
'

EL R E Y E L S A L ! N O S C UR O ( PO E MA R AM ! T IC O ) S n d
D D . eg u a

e dz c z o n
'

S A C R I F ICI O ( P E MA R AM ! T IC O )
O D . Pr im er a e d c i ión .

L AS P IE D R A S H AM BR I EN T AS Y OT R O S C UE NT S I O : . S eg z mda
di i ó n
e c

OT R S C UE NTO S I I
.

L AS P IE D R A S H AM B R I E N T AS Y O S eg u da n
di i ó n
e c .

M ORA DA D E P A! ( S H AN T I N I K E T AN ) LA E SC UE A L DE RA

R R
.

B I N D R AN AT H TA G O E EN B L U OP
P r i mer a . e di c i ó n .

EN PR E N S A

R E GA L O DE A M A NT E ( PO E MA ) S .
E N PRE PARA C I O N

T R ! N S I TO ( po g m s) .

M A SH I OT R O S C UE NTO S
Y .

EL S EN D O E L A VI A ( S A D H A N A ) ( E N S A O S)
[ I D D Y .

PER S ON A LI D A ( E N S A O S ) D Y .

N A CI O N ALI S M O ( E N S A O S ) Y .

M L O SO F Í A (E N S A O S)
I FI Y .

R E CUER D O S .

R AB I N D R A N AT H T A G O RE PO R E R N E S T R S , HY .

A UTO B I O G R A F Í A D EL M A H A R S H I D E VE N DR AN AT H T A
G O RE PA R E D TA O R E
DE R AB D I D R AN AT H G

P O E M A S D E K A B IR T R A UCI O S N ES PO R
.
,

D D AL I GL R AB I N D R AN AT H

TA O R E
,

S EI S RE T R A TO S D E R AB I N D R AN AT H T A G O RE PO R w
.

, . Ro
OB R AS

IL UM N D R A N A T HÍ T AG O RE

LA E S C UEL A DE R ABI N D R AN AT H TA G O RE

EN B OLP U R
P OR

T R A D UCCI ! N

P RI M ER A E I CI !
D N

1 9 1 9
esc lu sz v a
'

de R ab z 7z dr an a í /z
'

Tago r e p ara ' '

í r a cz u c z r sus

obr a s a l espa ñ o l 47 p ara publi carlas en s a a


Ep ñ y m la
Améri c a p
esa ñ o la .

To da s las ot r as t ra ducci o n e s e s a ñ o la s
p q ue c i r c u la n ,

so n f r a zz du len fas .

ROPIEDAD
E S P

Q UE D A H E C H O E L D E P ! S I T O Q UE M AR C A LA LE Y

C O P Y RI G H T 1 9 1 9 , ,

B Y ! E N O B IA C AM P R UB Í D E J I M EN E !

M adr z d — E st ab le c x mi c n t o
. t1 o gr á f
p 1co d e F o r t an e t , b e r t ad
,
29
CA N C I ! N
L A E S CUEL A D E S H AN TÍ N Í KE TAN

P OR RAB ¡N D R A N A T H TA G OR E

( T R A D UC I D A AL I N G L ES PO R EL P R O P I O A UT O R )
LA la a m ada ¿le n ues ír os

c o razones es n ues t ra y mzes lr os sueñ o s los


, ,

m ec em os ciz sus braz os S u cam cada v ez .


,

ue la mz r a77z os es nu eva m ara villa de a mo r;


'

q ,

p q
or ue e s n ue s ír a la a m ada de n ues t ros co

N os reunimo s a la s ombr a de s us a rbo


'

les en la libert ad de s u cielo a óz er lo; y sus


'

auro ras y s us an och ecer es no s baj a n los be


s o s del cz elo y n os h ac en s en t ir cada vez que
'

, , ,

es n ues lr a la amada de n ueslr os coraz o nes .

El susur ro del bosqu e le z 7egulela s u paz


'

s ombría y s us m aciz os ¿le amla/ez s e es ír e


'

mecen co n la embriaguez de las lz cyas P or


'

M O RA A
D DE P A! ,
z .
lej os q ue v ayam osi e,
e n
v v n os o lr os
y a
mzes lr o Tej e mces ír os corazon es
en un a can cz on y n os h ace z mo en la má
,

scca mees lms cu erdas de a m or


'

c on s u s de dos Y mm
. ca o lv ida m os que es

m¿ es lr a la a m ada de n ues t ros corazones .


A '
l /1 7
' '

n r u w a a g o r e

an s e m

a nau z aS So b re l a vi d inm a o rt a l ,

e n elu ga d l r e la v e rd ad ,
d e la paz y
de l al ma li b r e .

I Í u ( po e as po s t e r
* º
i o re s , a un q u c am e

l ia n
> ro las e o sas ,
y n um e ro s s rein s
o o ,

g ra n d… y e
p q u e no s, llo r e e ie r o u e n ri

i | ue
'

. a y eninv d i e n d los po b o s de r , a o

q u s d ee e i u d ad e s d d e s e mul t i pli c a , o n

l a las luj s
> n mansion d e l s ricos o as es o

l os más l l a id al s d l e iv iliz ae ió n
a o e e e a

d l paí s i gui
e n S i e m pre siend l s
s e ro o o

d aq u ll s san t u ar i s de la s l v a L as
e o o e .

e
p p y a
os y I d er a m as d t d s nue
OS s e o o

tr g
o s n d n e la sra e l i o s esta
es b a n e
'
: rs e

ll n de e v e r e ¡u i p r a q u e l d rad
e os r : a o o o

l ll… ru d l alm d la In d i
'

t e
'

e a e a .

H y me h a lle gad a mi ( ambi en mi


o o

v ez d S nar : u ¡n lla
e dad q u s l
o en e e e e e

v a t a p r e ima d t o das la q ue le
n o e n e s .

s i gui e o e la m aj t ad d su sen e i
r n , o n es e

[ l a y u ab idu í a d la vi da pura Un
e s s r e .

d ia d mi iuv u l ud q u e p asó n e , e se , e
M o r a d a a
'
¿
p a z

g ran parte en la
,
soledad ribere ñ a de
l s are ales del Padma desperté a la
o n ,

llamada del alma de mi tierra y me sentí ,

llevado a dedicar mi vida al fomento del


prop ó s ito q ue está escondido en el c o
ra ón de s u historia Sentía yo como s i
z .

me ahogara por falta de aire en la


, ,

horrenda pe s adilla de e s tos tiempo s s in ,

s entido en s us me q uinas ambicione s de


z

pobre a ; y era como s i dentro de mi


z , ,

la madre patria lucha s e por de s pertar ,

espiritualmente emancipada Nue s tros .

e s fuerzo s en la aj it ac ió n política me pa
r e c ían irreales del to do y ¡ tan la s timo
s ame t e inútiles en su ab s oluta d e sv a
n

lid e z l M e parecía una b endición de la


Providen c ia q ue el me digue o s ea pro n

fe s ió tan p oco provecho s a q ue s ólo a


n ,

a q uel q ue tiene le será dado y p en s é ,

q ue nos era nece s ario bu s car nue s tra


herencia propia para comprar con ella
nue s tro l ugar verdadero en el mundo .

2 3
R l lz Ta g
'

a b z n c z a n a l o r e

D e sp ué s tuve una v 1 5 1 0 n de la ple n i


,

tud de vida interior alcanzada por la


I ndia en el s olemne apartamiento de
s u s b o sq ue s cuando el re s to del mundo
,

comenzaba ap ena s a de s pertar Com .

prendí claramente que la I ndia s e h a


bía abierto y en s anchado durante mu< ,

cho s s iglo s el c amino q ue c ondu c e a


,

una vida má s allá de la muerte mucho ,

má s alta q ue e s ta idealiza c ión del e go ís


mo p olíti c o y e s ta c odi c ia in s aciable de
acumulación La voz me llegó en la
.

lengua veda de s de lo s a s hram s


, del
pa s ado y me decía : V enid a mí c omo
,
<
,

lo s río s al mar como lo s día s y la s ,

noche s al c ompletar s e de s u ciclo anual .

D emo s y en s e ñ emo s la verdad enmedio


de la luz re s plandeciente No no s p e .

leemo s uno s con otro s Vayan dere .

c ho s nue s tro s p en s amiento s a s u bien


s upremo » .

S an t u ar io s de l b o sq ue .
]
]P o r a
'
a a a
'
e a z

R e spo n dro mi c ora ón y decidí ha


z ,

cer cuanto pudiera p or volver a la Su


p e rñ c i e para nue
,
s tro c otidiano u s o y
diaria puri fica c ión el raudal de lo s
,

ideale s q ue na c ieron en la cumbre de


nue s tro p a s ado y corrían ahora s ubterrá
neo s p or lo m ás hondo del s uelo de la
I ndia : la s en c illez de la vida la clari ,

dad de vi s ión e s piritual la pure a del ,


z

c orazón la armonía c on el univer s o la


, ,

c onciencia de la p er s onalidad in finita


en to da la creación .

Yo s abía q ué agre s ivamente an t agó


ni c a s c on e s to s ideale s eran la s en s e
ñ an as y la s t e n d e n c i a s de nue s tro
z

tiempo pero también e s taba s eguro de


,

la ra ón q ue tenían lo s antiguo s mae s


z

tro s de la I ndia cuando a s e guraban


, ,

c omo un hecho p o s itivo q ue e s una ,


<<

muerte ab s oluta ir s e de la exi s tencia


s in hab er s e c ompenetrado c on la V er
dad Eterna de la vida » .
R ó d í /z T
'

a z 7z r a n a a
g o r e

Así ,
pue s rompí con el esclu s ivi s mo
,

de mi vida literaria y me pu s e en con


tacto con la s a s piracione s má s pr o fun
da s de mi patria q ue e s taban e s condi,

da s en s u cora ón M e vine a vivir al


z .

s antuario de Sh an t in ik e t an fu n d a d o ,

p or mi padre y p o c o a p oco s e fuer on


, ,

reuniendo alrededor d e mi baj o la ,

s ombra de lo s á rb ole s de s al mu c ha ,

cho s de hogare s di s tante s .

Por e s ta ép o c a fué c u a n d o Sat ish


Chandra R o y autor del c u e n t e c illo q ue
,

viene d e s pué s atraído p or mi y p or mi s


,

idea s s e dedi c ó a crear el a s hram y a


,

s ervir a lo s mucha c ho s el alimento vi v o


s acado de s u vida plena T enía apenas .

diecinueve a ñ o s p ero hab ía nacido ilu


,

m1n ado y en él el e s píritu de renun


, ,

c iac i ó n era pro ducto natural de una c a

p a c i d ad e s traordinaria para el go c e de
la vi d a Aun q ue había lu c hado con la
.

pobre a todo e l tiempo de s u s e s tu


z

26
M o r a d a

dio s tiró alegremente sus pr o b ab ili da


,

de s de éxito mundanal cuando ya la s ,

tenía ca s i en su mano y o c up ó en el ,

ashram el lugar q ue le p ertenecía p o r


derecho propio Nin guna falta le hub ie .

ran he c ho mi s con s ej o s D e s graciada .

mente murió ante s de hab er tenido


, ,

tiemp o de cumplir lo q ue prometía de ,

j ando s ólo la memoria de s u grandeza


en el re c uerdo de s u s ami gos .

No puedo menos de terminar este


p rólo go con un trozo de mi con
fe e n c i a s o b r e S h an t in ik e t a
r donde n ,

cuento la relación q ue él tuvo con el


a s hram
Af0 r t u n adame n t e para mi Sat ish
<<
,

Chandra R o y j oven e s tudiante de gran


,

porvenir q ue enton c e s e staba h ac ie n


,

do s u ba c hillerato se 5 iíít ió atraído po ,


r

mi E s cuela y se dedicó de lleno a rea


li ar mi ideal Contaba ap enas die c in u e
z .

v e a ñ o s p ero tenía un alma maravill o


,
R a b i n d r a n a l /z T a g o r e

sa ,
habitante de una r ej ió n Superior ,

q ue resp ondía vivamente a c uanto hay


de b ello y de gra nde en la naturaleza
y en el entendimiento humano Era .

p oeta y de haber vivido habría s in


, , ,

dud a alguna o c upado un pue s to entre


,

lo s inmortale s de la p oe s ía de l mundo ;
pero murió a lo s v einte a ñ o s hab i endo ,

dado s ólo durante uno y bre v e s u s er , ,

v icio a nue s tra E s cuela .

Con él lo s muchacho s no se s intie


,

ron nunca s uj eto s a un determinado


aprendi aj e s ino q ue pare c ían tener e n
z ,

trada en todo En primavera cuando .


,

lo s árbole s de s al e s taban lleno s de


flor Sat ish s e iba al b o s q ue c o n lo s
,

mucha c ho s y allí le s recitaba fre n éti c o


, ,

de emo c ión s u s p oema s favorito s Le s


,
.

leía a Shake s peare y ha s ta a Bro wnin g


—por q uien él s entía un gran cari ñ o
y s e lo s e splic ab a con el e st r ao r din a ,

rio don de palabra s uyo en b e n galé s , .

2 8
R a b i n d r a n a í h T a
g o r e

fl uj o q ue sobr e la s plantas y parecía ,

s entir en s u san gre esos men s aj es in v i


sible s de la naturale a q ue viajan con s z ,

t a t e me t e p or el espacio y yerran en
n n ,

el aire y relucen temblando en la s ho


, , ,

j a s y e s tallan baj o tierra por la s r ai


, , ,

ces de la yerba La literatura q ue apr e n


.

día no olía nada a biblioteca por q ue ,

él tenía el don de ver la s idea s ante


s í como veía a s u s ami go s con toda la
, ,

preci s ión de la forma y to da la s utileza


de la v ida .
»
E L au t or del cu n t o q ue viene des
e

pués e s tu o t an í t imame t e e lac i o


,
v n n r

nado con Sh an t i ik e t a la E scue la de


n n,

R ab indranath T a gore en Bolpur q u e ,

p ara co mpren der mej or el esp í i t u de r

di ch o c u en t o escri t o p ar a los i ñ os n

del ash am co t ado a la lu de la


r n ,
z

luna s entados t o d o s baj o los arb o


,

les nos parece co venien t e dar an


n

te s a modo de prólo go u a breve e


, ,
n r

lación de la E scuela Y com o la p i


.
s r

mera s i mpresio e s de u lu gar s u e len


n n

ser las má s j us t as c o me n a á p or mi z r

p rimera vi s i t a a B olpur e 1 9 1 2
,
n .
R a b i a
'
a r a n a l /c T a
g o r e

Bolpur di s ta una s treinta y tres le guas


de Calcuta de modo q ue la E s cuela
,

queda s u ficientemente libre de la s dis


traccione s ciudadana s y al mi s mo tiem ,

p o a fá c il alcance de las actividade s


,

e s timulante s de un c entro intelectual .

Al llegar yo a la e s tación de Bolpur se ,

e s taba poniendo el s ol Era e s e in s tante .

q ue llaman pintore sc amente en Ben ga


la del p olvo de vaca ; cuando la s v a
,
<< »

ca s vuelven empujadas de los prados y


el s ol s e p one tra s la p olvareda de oro
q ue levantan atravesando torpe s lo s
,

c am p o s s eco s .

F u í recibido por uno de lo s mae s tro s


y c uatro muchacho s mayore s y é s to s sa ,

caron mi e q uipaj e del coche y lo lleva


ron a la c arreta q ue no s aguardaba
fuera de la e s tación Como yo a c ababa .

d e lle gar d e I n glaterra y allí había ,

visto a su Guru me hicieron una aco ,

j ida muy caluro s a y mientra s íbamos


, ,

34
¡V
l o r a l
r a p a z

lentamente tirados por los bueyes , ,

n ue s tra c o n v e r sac ro n fué pr i c ipalme n n

te de él .

Al a c ercarno s a la E s cuela q ue e s tá ,

en un alto dominando con s u s luces


, ,

todo el campo de los alrededore s algu ,

nas observaciones de mis c ompa ñ ero s ,

tale s co mo E s e e s uno de sus paseos <<

favoritos o Baj o e s o s árb oles anda


»
,
<<

amenudo en noches de luna me die »


,

r o n la impre s ión de q ue yo era un


peregrino q ue visitaba el s antuario de


un santo má s bien q ue un viaj ero q ue
,

iba a ver una e s cuela Entonce s calla .

mos Nadie volvió a hablar hasta q ue


.

salimo s al balcón de la ca s a de los


hué s pede s donde me dij eron q ue allí
,

h ab ía e s crito el poeta mucha s de s us


canciones .

La e s trella de la tarde se había le


v a t ad o
n y la luna nueva derrama
,

b a s u lu suave en las cop as de lo s


z
R o T
'

a z a a f a n a l lz a
g o r e

árb ole s q ue ro dean la E s cu e la D o s .

de los muchachos salieron a la azotea .

conmi go y de s pué s de cantar una de


,

la s can c iones del poeta me dej aron ,

con el mae s tro q ue fu é a e c ib ir me r

a la estación con q uien pa s é una ve


,

lada tran q uila El q ue había s ido uno.


,

de lo s cinco muchacho s lectore s de la


E sc uela en s u fundación me ayudó a
, ,

c o mp e n e t r ar me del verdadero e s píritu

del lugar E s tuvo en América s iguiendo


.
,

un cur s o univer s itario y lue go re gre s ó ,

a Bolpur para dedicar su vida al s er


,

vicio de la E s cuela a la q ue tanto debía .

Hablamo s de lo s ideale s del poeta al


fundarla .

Habían ce s ado apena s la s voce s de


lo s e s tudiantes q ue de s pué s de la c e ,

na s e iban a lo s dormitorio s cuando


, , ,

en el s ilencio s e elevó un cántico Era


, .

un grup o de muchachos q uiene s cada , ,

an o c he c er ante s de retirar s e a dormir


, ,

3 6
R a b i n d r a n a t h T a g o r e

chale s de colore s e s taban s ent ado s uno s


,

en lo s e s calones de fuera y otro s en el


s uelo de m á rmol blanco y pare c ían me
'

ditar T ra s una oración inicial en b en


.
,

gali to do s salmo diar o n a una n u v er s o


,
'

s an sc rito que terminaba a s í :


,

Om Shan t i , S h ant i, S lz an í z — 0 m P az , P az , P az
'

No olvidaré e s ta o r ac o n en s an s crito r ,

q ue oí cant ar p or vez primera a lo s mu


chacho s de Bolpur Q ui s iera q ue me .

fue s e p o s ible con s ervar la fre s cura de


la s primera s impre s ione s p or q ue el s olo ,

s onido de a q uella oración s ería enton


c e s para mi una in s piración s in fin
, ,
.

Pero no puedo ya de s cribir mi e s tre


me c imie n t o al e s cuchar aq uel cántico
q ue ascendí a en el fre s co aire matutino ,

llenándolo s olemnemente con la s notas


del anhelo j uvenil .

El tem p l o no tiene rmaj e n u1 altar , ,

p orque el M ahar s hi D e v e dr an at h T a n

3 8
M o r a d a
p a z

g ore,
fundador del a s hram q ui s o q ue,
en
S h an t i ik e t an no fue s e adorada i maj en
n

al guna ni p ermitido el menor predo


minio de nin gún credo r e lij io so Sólo .
<<

s e adorará allí el invi s ible D io s único ;


y s e darán la s in s truccione s n ece s aria s
para la reverencia la alabanza y la co n
,

t e mplac i ó n del Creador y M an t e e do r n

del mundo q ue s ean fuente de b uena s


,

co s tumbre s de vida r e lij io sa y de her


,

mandad universal » .

La ceremonia duró p o c o y c onsi s t i ó


s ólo en la s oracione s y una pláti c a de
uno de lo s mae s tro s ; p ero fu é muy
impre s ionante y e s tuvo llena de fervor
e s piritual La luz clara del s ol entraba a
.

raudale s p or la celo s ía de lo s árb ole s


q ue rodean el templo y fuera s e oía , , ,

el ch u c h e o de lo s pajarillo s y el arrullo
lej ano de la s tórtola s .

Aquel día conocí a otro s mae s tro s y


oí cantar a otro s muchacho s pue s la s ,

39
R b '
l é T
'

a a r a n a a r e
z n
g o

cancione s del poeta ocupan buena parte


de la vida de la E s cuela La in fluencia .

de n e d a at h T a gore n u s obrino
D i n r — n

del poeta q ue ense ñ a a lo s muchacho s


,

s u s cancione s nuev as a medida q ue él


la s va componiendo e s inmen s a y ,

su e fecto incalculable Po der e span dir


, .

el alma de la canció comunicarla e s n , ,

ya un gran don ; pero s i con ella p uede


uno comunicar lo s ideale s de un gran
mae s tro espiritual el don es entonce s ,

p recio s o sob r e to do encomi o y no hay '

palabras para nombrarlo .

Al anochecer c omo había luna s ali


, ,

mo s mucha c ho s y mae s tro s a un b o sq ue


q ue está a una media le gua e s ca s a de la
E s cuela No s s entamo s en rueda baj o
.
,

lo s árb ole s y lo s muchachos cantaron


,
.

Uno de los maestro s contó un cuento ,

y yo cómo había vi s to en Londres al


poeta D e s p ué s volvimos paseando por
.

el camp o abierto q ue yacía en s ilen ,

4 0
llí o r a a
'
a
p a z

cio so é st asis he c hi zado p or el claro de


,

luna indio .

La ma ñ ana de mi de s pedida hub o


una ceremonia de adiós a la antigua ,

u s an a hindú cuando un huésp ed s e


z

va de un as hram al mundo M e colgaron .

guirnalda s y me o frecieron un p u ñ ado


de hoj a s de ro s a grano s de arro y bri
,
z z

nas de yerba símb olo s de la plenitud


,

y la fecundidad de la vida ; y mientra s ,

uno de los mae s tros me b endij o con la


b en dicion q ue se encuentra en el Sa
ku n t ala san s crito y q ue el p oeta ha ,

traducido así A gradable te s ea la sen


:

da con de s can s o s de lago s fresco s ver


, ,

des de las hoj as tendida s del loto y ,

co árbole s umb rosos q ue temp eren el


n

relumbre y el calor del s ol ; q ue su p ol


vo te sea grato com o p olen de fiores
llevado por la b ri s a ami ga y man s a ; q ue
tu s enda te s ea prometedora » .

M e pareció q ue a q uella era mi con


R a ó z n
'
a r a n a l k T a g o r e

s agr ac i ó n p ara el s ervicio del a s hram ; y ,

cami o de la e s tación iba sintiendo q ue


n ,

la tarea de mi vida e s taba en tratar de


ayudar a la realización de lo s ideale s
q u e el a s hram s imb olizaba Comprendía .

q ue en a q uel a mbiente era po s ible en


c o n t r ar se uno mi s mo q ue allí p odía ,

uno s entir palpitar el cora ón de Ben z

gala paí s de la poe s ía y la imaj in ac ió n


,
.

D e s de entonce s he vivido en el a s h
,

ram he llega do a c onocer a lo s mu c h a


,

c ho s y a lo s mae s tro s como amigo s de


to da la vida he s entido aun q u e mi
, ,

e 5 pír it u entumecido no pueda tener la

in s pira c ión de lo s mu cha c ho s c uando


lo s oigo c antar amane c iendo o al po
mer s e el s ol q ue Sh an t i ik e t an e s ver
,
n

dade r ame n t e un a M an s ión de Paz .

Ahora q ue e s toy hace al gún tiemp o , ,

lej o s del a s hram no s e me cae del p en


,

s amiento ; y s é q ue va gando baj o a q uel


,

ancho c ielo e s trellado , por el yermo


4 2
M o r a d a d e p a z

q ue s e pierde por toda s parte s en el, ,

hori onte de mo do q ue le parece a uno


z ,

e s tar de pie s ob re el techo del mundo ,

el hombre encuentra paz para s u e s pi


r it u i q u i e t o
'

n La s noche s en q ue la luna
.

llena s e derrama en diluvio de blanco


s o s iego s ob re el pai s aj e puede uno an ,

dar le gua s p or el c amp o ab ierto s in ,

q ue na da di s trai ga lo s oj o s Sólo a q uí y .
,

allá u n a pulc r a al dea Santal enmedio de


,
.

s u s p obre s huerto s ; y en el último h o ,

i o t e un grup o de e s b elta s palmera s


r z n , ,

q ue parecen lo s índice s de alerta de


lo s e s píritus guardiane s del lu gar le ,

v a t ad o s contra la vana curiosidad del


n

intru s o .

A medida q ue va uno viviendo en


e s te ashram y re s pira el alma de su
,

fundador siente q ue la q uietu d y la paz


,

propias no s on sino el re flej o de la s e


r e i dad de p en s amiento del M ahar s hi
n

D e v e dr an at h y q ue e s tan c ar ac t e r ís
n ,

43
R a b i n d r a n a l lz T a g o r e

ti c a del po eta s u hij o Al anochecer y


,
.

al alba en el punt o de poner s e o de


,

salir el s ol cuando la campana de la


,

E s cuela ha llamado a lo s mu c ha c ho s a
s u oración muda un silencio e st r añ a ,

mente pa c í fico y hermo s o parece t o


dear e l paraj e ; a la madrugada s obre ,

todo mucho ante s del a s omo de la luz


,

en el oriente la calma e s tan intensa


, ,

q ue hace p en s ar q ue el tiempo retiene


el aliento e s p erando la maravilla diari a
,

de la s alida del sol .

Se preguntará E s te a s hram ¿no s er á:

dema s iado remoto y monástico para edu


car muchachos q ue al salir de él han , ,

de luchar en el mundo de hoy ? Conte s


t ar íamo s q ue tal v e puedan ad q uirir en z

él a q uello de q ue el mundo de hoy e s tá


más nece s itado e s e te s oro de la paz del
,

p en s amiento tan buena para el e q u ili


,

brio de la vida q ue tiene q ue ir a s u,

meta entre tanta y tanta d i s t r a c c i ó n .


R o lc T
'

a z n a r a n a l a
g o r e

es tos tre s árb oles con el ancho llano ,

q ue se tiende ante ello s hasta el hor 1


zonte de poniente ; y en la lo s a de má r
mol q ue marca el s itio de r e c oj imie n t o
del M ahar s hi se leen la s palabra s q ue
,

tenía en s u pen s amiento mientra s me


dit ab a en D ios :

El e s e l re p o s o d e mi v i d a ,

la al e grí a d e mi c o r az ó n
la paz d e mi e s p íri t u .

Bajo estos árboles se reúnen a v ece s , ,

lo s muchachos para conmemorar la vida,

del M aharshi o las d e otros q ue e st uvie


ron e s trechamente u n ido s con el corazón
d el ashram R ecuer d o la última reunión
.

a q ue asistí en el lugar Amanecía y los .


,

muchacho s estaban s entado s bajo los a r

bol es q ue eran una ma s a de flo r blanca


,

s obre sus cabe as En un silencio ab so z .

luto esp eraban q u e em p e ara la c o re mo


,
z

nia ; y sus chales de colores vivos q ue el ,

s ol iba h iriendo por entre las ramas en


4 6
]l/Í o r a
'
a a d e p a z

redadas contra s taban bellamente c on la


,

blancura de la flor arriba ,


.

La costumbre de celebrar reunione s


al aire libre es característica de la Es
,

cuela Todas la s cla s es se dan bajo los


.

árboles o en las galería s meno s cuando ,

llueve En la s veladas lo s muchacho s o r


.
,

a n i an amenudo acto s de e n t r e t e n imie n


g z

to funcione s de circo o pequeñas repr o


,

s e n t ac io ne s teatrales invención de ello ,


s

mismos y a las q ue convidan a sus maes


,

tros Ante s de salir yo para América los


.
,

muchacho s más pequeños habían de sc u


b ie r t o la e x i s tenci a de un héroe imaj in a
rio llamado Ladam cuya historia ocu p ó
, ,

sus p ensamientos duran t e vario s día s Pin .

taron cuadro s de sus hazaña s y p u s ieron ,

en escena e n honor de los mae s tros s us


, ,

hechos heroico s algunos de lo s cuales ,

no tenían nada de ejem p lares Cada ar .

bol y cada loma de los alrededores de l


dormitorio de los p equeños fueron teatro
47
R a ó í n l
c r a n a l T a
g o r e

de las lucha s y victoria s de Ladam A mi .

me dijeron que un hormi guero era el cas


tillo de La dam y que las ho migas eran
,
r

sus di s cí p ulos y secuaces Ignoro si de s .


,

de que lo vi p or última v e Ladam h a z ,

terminado s u carrera de temeraria s aven


turas incon s ecuentes ; p er o mientras vi ,

vió sus ami gos y de s cubridor e s no se


,

cansaban de contar sus p roe as y de de s z

cr ib r ir con escru p uloso detalle su apa


, ,

riencia y carácter Es p robable q ue aun


.

ronde su fantasma los rincones de los


dormitorios y el sender o ajedrezado de
sombras de la avenida de los s ale s .

Es te a sp ecto de la vida de la Escuela ,

e s capital p ara los ideales con q ue fué


fundada La educación no con s iste en
.

hacer a p render a lo s muchacho s cosas


u e olvidan en cuanto p asa e l peligro de
q
los exámene s sino en estimular el de s
,

arrollo de sus caracteres en la forma q ue


le s se a más natur a l M ientras más p eque
.

4 8
M o r a d a p a z

ño s más o ij i ale s se muestran Después


,
r n .
,

cuando la sombra de 105 exámenes uni


v e r sit a io s comien a a o sc ur e c e r lo s p ier
r z ,

den su natural fre s cura y o ij in alidad y se r

convierten en candidato s a la mat rícula .

¡Qué es p ontánea gracia qué alegría d e ,

verdadera creación la de esto s niños pe .

d ueño s cuando intentan llevar a la pr á c

tica cualquier idea q u e se le s ocurre !


Verles dar u a función de circo dele it a
n ,

ría e l cora ón de cualquier hombre q ue


z

no e s tuviera h ast iado del to d o de la vida .

Es te ideal que p ermite a los mucha


,

cho s el desarrollo máximo de su pro p ia


natur ale a se mani fie s ta también en cual
z ,

quier otra p ráctica de la Es cuela por ,

ejem p lo en la constitución p or los mu


, ,

chacho s de tribunales p ara e l ca s tigo de


,

o fensas leve s contra la s leye s hecha s p or


ellos mismo s La disciplina de la Escuela
.

está mantenida c asi en s u totalidad p or , ,

esto s tribunale s ; q ue aunque e x is ten e v i

M ORA A
D DE P A! 4.
R b '
l /z T
'

a z 7z a r a 7z a a g o r e

de n t e me n t e casos de justicia abortada ,

nunca se quejan lo s muchacho s de l fallo


d ictado contra lo s o fe n s o r e s En e s te .

punto como en otros el gobernars e a


, ,
'

s í p ro p ios da mejor re sultado q ue el buen


gobierno .

Lo s comité s e lej do s p or lo s mucha1

cho s resuelven todo lo relaci onado con


lo s diver s o s as p ecto s de la v ida de la Es
cuela e n que los muchacho s e s tán inte
,

r e sado s vitalmente En cierta ocasión se


.
,

com p rometieron a hacer lo s m ás h umil


de s s ervicio s cocinar y fregar s acar agua
, ,

d el p ozo com p rar las pr o v 1 5 1 o n e s con


, ,

lo s mae s tros ; y aunque la e sp eriencia s ólo


re sultó p ráctica p or un me s durante él ,

no se nece s itaron criado s p ara el cum


p limiento de e s to s p e s a d o s mene s teres y ,

la mayoría de lo s muc h ac h o s tr a bajaron


como bueno s s in queja aunque era el
, ,

momento de más calor de l añ o .

L as d i fere nte s s eccione s d e l a Esc ue

50
M o r a d a p a z

la p ublic an revistas mensuale s la mayor ,

p arte e n bengalí con cuento s p oema s y


, ,

ensayo s escritos p or l o s muchac h os y ,

dibuj os de aquellos que demue s tran ma


y o r habilidad artística A vece s esta
. s t e ,

vistas lan guide c e n y dejan de s alir en


m ucho tiempo pero cuan d o llega el ani
,

v e r s ar io de su f undación s e llenan de ,

vida ylos muc h acho s celebran una gran


,

ñ e s ta p ara la cual se a p o d eran de un


,

dormitorio y lo cuelgan de ram as v e r


de s ; y s i la fi e s ta coincide con la é p oca
de l loto la sala es un jardín d e ca p ullo s
,

y flore s S e elij e un vocal de entre lo s


.
,

mae s tro s para la velada y se le sienta


, ,

e n un lugar de honor con cordones de


,

flore s pendiendo como la e s pa d a de Da


,

mo c le s s obre s u cabe a de modo q ue


,
z ,

p arece una reina de mayo y guirnaldas ,

alrededor de su cuello lo mis mo que un ,

cordero di sp uesto p ara e l s acri ficio Lo s .

comité s q ue dir ij e n l as diver s a s revi s ta s


S I
R ó d l h T
'

a z n r a n a a g o r e

rivali an en la belle a del decorado y e n


z z

la dis p osición de la s guirnalda s más que ,

en la calidad de s u colaboración En oca .

siones si e l aniversario ocurre en el vera


,

no se s irve un lij e ro r e f ij e r io j e e r al
,
r ,
n

mente un s orbete al fin de la tertulia ,


.

La fie s ta con s iste e n un in forme s obre


la marcha anual de cad a r e st a q ue hace v1 ,

s u director ; e n l a lectur a d e p oema s ,

cuentos y ensayos de los colaboradores ;


y en algunas oca s ione s en la ex h ibición
, ,

de dibujos h echo s en calidad de ilu s tra .

c io n e s Luego el vocal o el p oeta en


.
, ,

persona s i está p resente hace la crític a


, ,

de lo s trabajo s y acon s ej a la manera en

q u e p ueden mejorar s e O tras veces hay .


,

un concur s o p ara el mejor dibuj o o cuen


to y as í s e estimula a los muchachos a
,

p ensar y a e s cribir ; y uno o do s de los


ilu stra d ore s de estas revistas manu s critas
se h an revelado como a rtista s de verda

der o tem p er a ment o .


R á '
í /z T
'

a a r a 7z a a
z 7z
g o r e

es el futbol Como hay terreno s obra


.

do alrededor de los edificio s los cam p o s ,

son varios de modo q ue lo s muchachos


,

p ueden jugar p or grupo s de d i s tinta edad .

El paseo e s menos p o p ular e sc e pt o en la ,

é p oca de la s lluvias cuando las tem p es


,

tades de agua inundan re p entinamente


los cam p o s Entonce s la diversión de los
.

muchachos está en salir bajo lo s terrible s


aguaceros y en calarse hasta los h uesos .

Cuando se vienen encima esta s grande s


tormentas las cla s es se s us p enden ; y no
,

es p osible contar el regocijo de los mu


chachos ante el cielo oscuro y amenaza
dor que le s p ro p orciona oca s ión de dars e
una buena duc h a fresca .

Voy a dar algunos dato s q ue pueden ,

s er de interés para los q ue desee n cono


cer el aspecto má s práctico de la o rgani
z ación de la Escuela .

Actualmente hay en el ashram uno s


1 50 muc h ac h os la mayor parte de Ben
,

54
]l/Í o r a d a
p a z

gala y el rest o de otras partes de la In


, ,

dia L o s maestros son un o s 2 0 y algunos


.

de ellos viven en la Escuela con sus fa ,

milias La edad de los muchachos oscila


.

entre los seis y los dieci o ch o año s Los .

men o res están al cargo de maestros es


p e c i ale s y con frecuencia comen en la
casa de los q ue están casados la esp o sa ,

de uno de lo s cuales tiene siem p re die



z

muchachos a su mesa q ue s e renuevan ,

cada semana .

Son de todas las castas y al s er ad ,

mit ido s se les advierte q u e están en li


,

b e t ad de observar o no las dist i nc o nes


r i .

El servici o de la mesa lo hacen todos ,

por turno y eso es un alivio p ara la se r


,

v idumb e de la cocina r .

L o s honorarios son los mismos para


tod o s aun que en ciertos casos se admi
,

t e gratuitamente a al guno s estudiante s

pobres Paga cada uno 3 0 c h e li e s men


. n

suale s
p o en s eñanza manutención
r y vi ,

55
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

v ie n da, modo q ue el ga s to a nual p ara


de
los padres no llega a 2 0 l ibras Este in .

gre s o no c ubre e l gasto total de la E s


cuela y todo s lo s año s h ay un gran défi
,

cit que hasta ahora h a s ido sufragado


, , ,

p or e l fundador .

L a Escuela no p uede so s teners e p or


si mi s ma entre otra s ra ones p orque t ie
,
z ,

n e un gran número de mae s tro s a f i n de ,

u e las c la ses s ean p oco numerosas y de


q
q u e en ellas pueda p re s tar s e una aten
ción individual .

A lo s ojos occi d entales el a sp ecto e s ,

t e r io r de l ashram da una im p re s ión de

pobreza Así es el ideal s eguido s iem p re


.

en la India dondequiera q ue la educación


,

verdadera sea un p ro p ósito y un fin El .

equipo caro y apro p ado característico i ,

de la s in s tituciones de en s eñanza de o c
c ide n t e no ha sido nunca ace p tado p or
,

la In d ia donde la sencillez de la vida


,

se t iene co mo uno de lo s elementos

5 6
M o r a
'
a a a z

más im p ortantes de la verdader a e du


cación .

La má s com p leta mode s tia reina en


todo s lo s p abellones donde los mucha
cho s h acen su vida diaria Los dormi .

t o r io s no son sino casita s con techos

de paj a y aunque se p iensa cambiar


, ,

é s ta p or otro material menos in flamable ,

en cuan to se p ueda dis p oner de algún


dinero p orque la p o s ibilidad de un in

que lo de s truyera todo e s una


'

c e n dio ,

inquietud continua la intención e s de


con s ervarlos tan sencillo s como ahora .

Es p eramo s p oder levantar un nuevo


edi ficio para hos p ital p orque no h ay en
,

la actualidad local a p ropiado p ara los c o


lej iale s en fermos ni para aislarlos en los
,

casos infeccio s os Es te hos p ital cuando


.
,

e s tuviera en condiciones serviría también


,

p ara los p obres de las aldea s vecinas .

La E s cuela ha recibido como regalo , ,

va rias in t eresa ntes y curiosa s c o le c c io


R a b i n d r a n a l /z T a g o r e

nes de di ferentes p artes del mundo y


, , ,

en cuant o sea p osible p ensamo s am p liar ,

con un museo la actual biblioteca .

El reglamento diario de la Escuela es


el siguiente S e despierta a los mucha
:

chos antes de salir el sol con una de las ,

canciones de l poeta que canta un grupo ,

de ellos Al momento van a Su baño ma


.

tutino p ara el cual s e utilizan lo s pozo s


,

u e hay por los alrededores Lueg o t ie


q .

nen quince minutos de retiro p ara la ,

oración silenciosa q ue hacen s entados ,

bajo lo s árboles o en el cam p o abierto ,

de l alba ; y terminada la oración se re ,

ú n e n y cantan los ver s o s sa s c r it o s q ue n

e s o ió el M a h ar s hi D e v e n dr an at h Tago
c
j
r e de los U pa n i ads Toman luego
x un .

isc o lá b is y a las siete comien an las c la z


p ,

s es las cuales co mo no hay sala s para


, ,

ell o se dan al aire libre o en las galerías


,

de los p abellones S e almuer a a las once . z

y media y e n las horas de calor lo s mu


, ,

58
]l/Í o r a d a
,
o a e

chachos se están en sus c uartos y e s


tudian sus lecciones ayudados po los ,
r

maestros q ue los acompa ñ an p or si son


,

nece s arios Las clases se reanudan a la s


.

dos de la tarde y siguen hasta las cua


tro y media o las cinco Con la fresca .
,

unos juegan a futbol y otros salen de pa


se o Al p onerse e l so l vuelven a tener
.
,

un cuarto de hora de silencio y canto de


lo s versos vespertinos ; y algunos de los
muc hachos van a la escuela nocturna fun
dada p ara los cr ados de S h an t in ike t an
i

y para la jente de l campo vecino Antes .

de la cena se dedica una hora a cual


,

quier entretenimiento como por ej e m , ,

p lo contar cuentos que los cuentan lo s


, ,

maestros dar con ferencias con p royec


,

ciones o bien algo p ensado por los pro


, ,

pios muchachos A las nueve suena la .

campana de l retiro y la mayoría de los ,

muchachos e s tán ya dormidos a las nue


ve y media menos en la s no ches de luna
, ,

59
R b d í /z T
'

a a a n a a
z r
g o r e

en las cuales mucho s de los mayore s se


van de p aseo po r los bo s ques v e c ino s do n ,

de se sientan a cantar hasta muy tarde , .

La Escuela no tiene director ; está bajo


un Comité ejecutivo e le jido p or los maes ,

tro s uno de los cuales se escoje cada año


,

como p re s idente y lleva la p arte admi


,

n ist at i a Para cada a s i natura hay un


r v .
g
maestro director Los libros y métodos .

de enseñan a son discutido s p or todos lo s


z

maestros de una asignatura p ero e l di e c ,


r

tor de ella está en libertad de re s olver


p or su cuenta lo q ue mejor le p arezca .

Cuando el p oeta está e n S h an t in ike


tan preside la s reuniones del comité ej e
,

c ut iv o y es p lica alguna s clases ; pero don


,

de se siente más su in f luencia e s en las


lecturas familiares de sus p ropias obras ,

ue da en las velada s durante la hora de


q ,

recreo Además dirij e a lo s muchachos


.
,

cuando re p resentan obras de él y cuando


c ant a n sus ca n c ione s .
R b
'
h T
'

a a r a n a l a o r e
z n
g

que se celebra p ara d iciembre c o n moti ,

vo de l aniversario de la fundación de l
ashram mucho s antiguos alumno s vienen
,

a ver la re p re s entación de las obras del


p o e t,
a y e l cam p eonato de utbol
f entre los ,

e stu d iante s antig uos y lo s actuale s de s ,

p ie r t a el más vivo interés La Escuela


. no
se queda atrás e n lo s ej ercicio s atlético s ,

como p uede vers e p or su mención en


los juego s in t r ae sc o lar e s del distrito en ,

lo s cuales lo s muchachos de S h an t in ike


tan se han llevado durante vario s año s
,

s eguido s los p rimero s p remios ; y s u his


,

t o r ial de f utbol es también e norgullece


dor D e modo q ue en la educación de
los m
.

uchac h o s no se atiende meno s a la


cultura físic a q n e a la intelectual .

Como h e dicho la s clase s se d an al


,

aire libre c u a ndo e s p o s ible y no s on ne ,

c es ario s com p licado s mueble s ni aula s .

Cada muchacho se trae a ella s su este


r ill a pa r a s ent a r s e y el m a e s t ro se s ienta

62
M o r a d a d e a z

bajo un árb o l o en la galería de un dor


mit o r o Es te trabajo al aire libre tiene
r .

inmensas ventajas p orque mantiene fres ,

cos los e n t e n dimie n t o s p ara su aprecia


ción de la N a t ur a l e a R ecuerdo que z .
,

dando yo una cla s e me interrum p ió , ,

de p ronto un muchacho llamándome la, ,

atención s obre un p ajarillo q ue cantaba


en la s rama s que habia s obre mi Deja .

mo s la e 5plic ac ió n y escuchamo s hasta


ue e l p áj aro terminó Era la i m a
q p e . r v

r a El muchacho u e me había in t e r um
.
q r

p ido me dijo ,
No s é qué siento ; no :

p uedo decir lo q ue s iento cuando oigo


cantar a ese p aj aro Yo tam p oco p ude » .

decír s elo Lo que si p uedo asegurar e s


.

q ue mi s alumno s a p rendieron má s d e

aquel p áj aro q ue con toda s mi s en s e


ñ an as y algo q u e no olvidarían ya en la
z ,

vida En cuanto a mi se me abrieron los


.
,

oido s y durante varios días s entí cantar


, ,

a lo s p áj aro s como n un ca lo s ha bía s e n


,

63
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

tid o Los muchachos tienen gran añc o n


. 1

a las flores y a V eces s e levantan muc h o


,

antes de s alir el sol p ara ser los p rime


,

ros en cojer alguna nueva flor d e dulce


p er fume ; y la s tejen e n guirnalda s p ara
los mae s tro s o p ara el p oeta .

Con frecuencia e n la s cla s e s de l fin


,

de l día p iden p ermi s o p ara ir a alguna


,

aldea de los alrede d ores o al río y la , ,

clas e s e va dando por el camino En ta .

le s ocasiones los muc h acho s se sienten


,

inmensamente felice s y caminamos sin ,

sin otra inquietud que l a de v olver a tiem


p o p ara la cena .

Para los niño s menores el e s tudio de ,

la Naturale a es parte d el trabajo D u


z .

rant e un cur s o entero una clase e s t uvo ,

o c upadísima reuniendo todas las varie

dades de h oj a s y y e rba s de las cercanías .

M uchas v eces hallaban algún ejem p lar in


es p erado p ara su s coleccione s botánic as ,

clav á ndo s e un a e sp in a en lo s p ie s p ue s
'

64
M o r a d a p a z

todos andan descal os ; per o esta espe z

riencia sólo molesta algo a los nuev s, o

p orque lo s otros tienen ya lo pies endu s

r e c i do s de la grava y lo s abr o j o s que

abun d an por los alrededores En n o ches .

clara s alg unos de los maestr o s suelen dar


,

una le c c 1o n sencilla de ast o n o mía y ha r ,

cen ver a los muchachos con un peque


'
,

ño tele s c o p o la luna y las estrellas Cuan


i ,
.

do se consi guen placas para la linterna ,

s e dan en las veladas con f rencias llus


, ,
e

t r adas bien al aire libre o en lo


,
dormi s

t o i o s; y siempre hay uno o do s de los


r

muchachos más p rácticos ansiosos de ,

encargarse de la linterna y de la sábana .

Se enseñ a en bengalí y l inglés s ,


e e

tiene com o un segundo idioma En las .

clases primeras se usa para la enseñan , ,

z a del inglés el mét o d o direct o ; y cua


,
n

do los ni ñ os empie an a comprender se z ,

les cuentan cuento s de hadas o de aven


tura s e n un inglé s facil Interesados e n
, .

65
M OR AD A DE P A! .
R ó
'
l h T
'

a z rz a r a rz a a
g o r e

un cuento es sor p rendente la facilidad


,

con q ue p ueden s eguirlo Yo mismo h e .

p odido v er qué fascinación ejercen e n


los muchach o s b e gale se s de trece 0 ca
n

torce años cuento s como La Princesa


,
<<

y Curdie y La Prince s a y lo s Duen


» <<

des de George M acdonald y el afán


»
, ,

con
q ue es p eran la contin uación aun ,

q u e s e les c u entan e n un idioma e s tra no .

Una de la s cosas q ue más llaman la


atención de los que 1sit an la Es cuela e s v ,

la e spr e sió de felicidad de las caras de


n

los muchacho s Indudablemente no e x is


.
,

t e e n ella en absoluto e se s entimiento de

antip atía p or la vida escolar t an c o r r ie n ,

t e e n las instituciones donde no se p ersi

gue otro fin q ue aprobar en los ex ame


nes Aquí no los hay en las cla s es pri
.

meras ; sólo una e z al año e l mi s mo


,
v ,

maestro q ue en s eña a lo s niños p one a ,

p rueba su p ro greso .

A fin e s de cur s o se hacen lo s p re p a


,
M o r a d a p a z

r at iv o spara re p re s entar una obra de l


p o eta Son actores lo s muc h ac h o s y l s
.

maestros y la función se da en Shanti


,

niketan permitiéndose venir de Calcuta


,

a los q ue desean verla que siempre v ie ,

n e n es p ecialmente s el p o eta t ma par


,
r o

te ; el cual prepara a los actores le yé n ,

doles p rimero la obra en alta o y é v z ,


r

leyéndola después con cada u o de los n

que han de tomar parte en ella Los .

días en que la obra se es t á ensayando ,

s e dan poca s clase s porque todos los ,

estudiantes asisten a los ensayos ; y lo s


más p equeños se ven asomados p or las
ventanas demostrando la más viva satis
,

facción por las escenas cómicas El últi .

mo día es de gran jaleo porque hay q ue ,

p re p arar el escenario y celebrar el ensa


yo j e e al al cual no se permite asistir a
n r ,

los muchachos pues si vieran de ante


,

mano una re p resentación casi tan com


p leta como la de finitiva se les quitaría la ,

67
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

impr e sro n de f re s cura de la obra En la .

repre s entación a medida q ue la s cancio


,

n e s y la s dan a s van revelando al e n t usias


z

mado au ditori o el e sp íritu de la o bra l á ,

alegría es grande entre los muchachos y


las visitas .

D e este modo las idea s del poeta van


,

sien d o asimiladas p or lo s niños sin q ue


l

tengan q ue hacer ningún es fuerzo con


ciente D e hecho se les educa así aden
.
, ,

t á n do lo s en el p en s amiento del p oeta


r

mediante el conocer sub c o n c ie nt e raíz ,

de las más fundamentale s del métod o


educativo de Rabindranath Tagore .

Se dan también de vez en cuando , ,

obras inglesa s y s an sc r it as y es maravi ,

llo so ver el don h ist r ió n ic o del muchacho


be n galí en estas obras e st r anj e as Si la r .

obra está en b e ngalés como se mueven ,

en su elemento demuestran tal a p titud


,

de actores q ue los má s p equeños orga


,

nizan amenu do r e p r e s e n t a c i o n e s por


68
R b i í h T
'

a z n c r a n a a g o r e

más s eñalada s característica s de lo s mu


chachos bengalics e n relación con los
muchacho s ingles e s En los terreno s de .

la Escuela hay un p equeño hospital don


, ,

de s e lleva a lo s muchachos en fermos


y donde s e a s iste también a pobres de
las aldeas vecinas Al frente de él está un .

médico pero el cuida d o de los en fermos


,

corre casi del todo a cargo de los mu


chachos mismo s quienes si algún com , ,

panero de la Escuela está grave re p arte n ,

la noche en turnos de do s horas y lo v e


lan durante t o da ella Parecen tener in s .

tinto de en fermeros que da e sc e le n t e s ,

resultados aunque no hayan recibido in s


,

trucción especial Y no solo a s iste n así a.

los compañeros sino que cuando hay n e


, ,

c e s idad de ayudar a algún pobre de l con

torno van a la aldea y si es preciso se


, , ,

traen al p aciente en una cam illa al ho s


pital de la Escuela p ara que allí reciba ,

tratamiento adecuado .
M ¡
o r a
'
a a p a z

Buen ejemplo de e s te admirable espi


ritu de los muchachos es la historia de ,

]adav uno
,
d e los niños menores de la
Escuela Tenía unos onc e años y era un
.

alumno brillante y de mucho p orvenir .

Cayó malo en el ashra m y murió entre


nosotros .

No olvido el vivo interé s q ue sentía


p or el estudio de la Naturale a cómo e z ,
v

n ía a mi clase corriendo j adeante con


, ,

sus últimos halla gos de hojas para la c o


z n

lección que hacían los muchachos men o


res En su vehemencia p or mostrarme los
.

tesoro s que había enco trad o sus pala n ,

bras se atropell aban preguntándome si


'

al gún otro niño había cojido tantas hojas


distintas Tod o s sus maestros veían en él
.

igual ansios o interés que yo en s u trabajo ,

y en las reuniones de los pequeños con ,

taba a veces cuentos en inglés un inglé s ,

maravillo s o para un e s tudiante tan chico .

Cuando se p uso malo nadie creyó q ue ,

7 1
R a ó í n a r a n a í /r T a g o r e

se trataba de nada serio ; pero p asada ,

una semana empeoró much o y decidi


,

mo s llevarlo a Calcuta pues las condi ,

ciones de nuestro hospitalillo n o eran de l


todo satis factorias p ara un caso como el
suyo Much s de los mayores habían é s
. o

tado t urnando en la vela del e fe r mit o y n ,

la m añana e q u se decidió trasladarlo


n e ,

o cho o die de ell o s car garon o n la c á


z c

milla y emprendieron la marcha por la ca


rr e t e a camin
r ,
de la estación En cuan
o .

to j adav se dió ue t a de q ue se lo lle


'
'

c n

v ab an a Calcuta em p ezó a revolver s e y


, ,

no era posible tenerlo tendido quieto y ,

tranquilo com o e ij ía su debilidad Ln x .

c haba y gritaba no quier o irme de l


:

ashram ! ¡Vo lv e dme otra e z ! ¡No me quie v .

ro ir ! ¡Quiero quedarme en el ash ram !


¿Por qué m e sacáis de aquí ? El médico »

se alarmó y dijo que n o era conveniente


llevárselo de a q uel m o do conque los mu ,

chachos vol ieron con él al ashram En


v .
M o r a d a d e p a z

cuant o comprendió que volvía el pobre ,

cito se quedó otra e tan quiet o lleno v z ,

de felicidad .

S e agravó más sin emb argo y a pesar


, ,

de q ue s e traj o de Calcuta el me jor mé


dic o comprendimos pronto q ue nos h á
,

b íam o de quedar si su alegre compa


s n

nia L o s muchachos turnaron día t as día


'

. r ,

cuidán do lo según las instrucci o nes del


médico y se pasaban las noches bañan
,

do su cuerpo ardiente c o n agua fresca .

Yo estaba sentad o con él poco antes ,

de morirse y m dij o en ben galí con


,
e ,

vo z debil y patética No se abrirá la : <<

flor .Le c o ntesté baj o No tengas mie


» : <<

do que la f
,
lor se abrirá . »

El cadáver se quemó al amanecer ,

enmedi o de l campo cercano M ientras .

subían las llamas lentamente yo pensaba ,

q u e al menos
,
para n o sotr o s su breve ,

vida había florecido dejando tras si una ,

fra gancia que nunc a e perdería



s .
R o d í lz T
º

a z n r a n a a g o r e

O tra co s a que llama la at e n c o n e n el r

muchacho bengalí e s su natural cariño ,

por los niñ o s Si a un muchacho inglés de l


.

ti p o corriente s e le p ide q ue se encarg ue


,

de s u herman o menor s e sentirá com ,

p le t a m e n t e fastidiado ; y si se le dijera p or ,

ejem p lo que lleva s e en bra os a su her


,
z

manita al certamen de p remios de la Es


cuela querría q ue la tierra se lo tragara , de
,

e íí e nza En Bengala dondequiera q ue


v r
g .
,

uno vaya llama la atención ver qué delirio


,

tienen los muchachos por lo s niños y cómo


n o se cansan de cuidarlos y de jugar con

ellos He v isto en S h ant in ike t a mucha


.
,
n,

cho s que se estaban horas enteras p asean


do e n un cochecillo a un niñ o pequeñito ,

p or el solo gusto de entretenerlo No se .

trata de una a fectación ni es esta una p ar ,

t ic ula idad de los muchachos de nues t ra


r

Es cuela Ninguna cosa da má s gusto a los


.

muchachos de las cla s e s p rimera s de Shan


74
M o r a d a
p a z

t in ik e t an el q ue se les p ermita traer


q ue

a ellas al nieto del poeta niñito de cuatro ,

años que se queda s entado muy quieto y


,

solemne durante t o do el tiem p o que dura


la clase distrayéndose s o lo si al go le llama
,

la atención cerca del árbol bajo el cual


están dándola Y muchas veces h e visto a
.

u o de los mayore s llevando de la mano


n ,

camino d e l cam p o de futbol al hijito ,

de uno de lo s maestros criatura de tres ,

anos que le va charlando a su compa


,

ñ e o grande de todo
r ,
.

Tienen t a m bi é n los muchachos de


Bengala una característica e c e pt ib ilidad r

para lo es p iritual que hace p o sible con


,

fi ar en el ambiente del ashram para el


de s arr o llo de la vida del alma No es p or .
,

ejemplo aburrida p ara ellos en lo má s


, ,

mínimo la costumbre de sentarse ca


, ,

llado s y quiet o s en las horas matutina s


,

y ve s pertinas de la o ración silenciosa D e .

esto resulta q ue aun los muchachos más


R b /z T
'

a z n a r a n a z a
g o r e

p equeños de nuestra E s cuela encuentran ,

e n e r alme n t e mayor f
acili dad en s guir
j e

las pláticas del poeta q ue los estudian ,

tes graduados de Calcuta que no han t e ,

nido o casión de vivir en un centro co mo


éste Son lo mismo que instrumentos se
. n

s it i
vo s,y responden a la menor nflue n 1

cia ; y p esta ra ón la d ureza y la falta


or z ,

de c o nsideración e el trato con estu n

diantes b e gale se s tiene o frecuencia


n c n

resultados de una despr o p rción apa e o r n

t e con la cau s a re al Esto ha sido nota


'

do hace p oco con motivo de la actitud


, ,

nada c o rdial de muchos p ro fes o re s de


Government College y o tros hacia los ,

e studiantes de Calcuta P ero esta sensi .

bilidad estrema re 5 p o nd e más aún a la ,

simpatía y a la b o ndad En cualquier obra .

edu c ativa la simpatía es sumamente e


,
n

cesaria p ara el éxito del maestro ; per o


en Be ngala est o es más evidente que en
,

ni gún otr o pais del mund o


n .
R a b i n d r a n a í k T a g o r e

cojido también este lugar para retiro de


los últimos días de s u vida y en él vive ,

actualmente con su s setenta y cinc o añ s


,
o ,

pasando s us día s en tranquila contempla


ción y escribiendo sobre a suntos r e lij io
sos y filosó fic o s El día primero del añ o
.

y en algun as otras ocasione s es p eciales ,

todos los muchachos y maestros tributan


re v erencia a este santo q u e ya lleva ,

unos veinte años sin salir de S h an t in ike


tan y es parte tan vital del ashram c o m o
lo s muchachos mismos S e tiene como .

un pr i ilej io codiciado el poder ir en la


v

velada a su casa y sentars e con él mien ,

tras anochece a hablar de las co s as más


,

p ro fundas de l alma .

H e hecho re ferencia ante s a los mo , ,

mento s de a p artamiento que tienen lo s


muc h achos al amanece r y al ponerse e l
s ol para meditar Cada uno cuando sue
,
.
,

na la cam p ana de la adoración se va con ,

su e s terilla al c am p o libre o baj o un ar


7 8
M o r a d a a e p a z

y se está quince minut s se tad o en


b o l, o n

contemplación muda o tal e mejor en ,


v z ,

silencio pue sto q ue el asunto de sus pe


,
n

s ami e n t o s s e deja completamente a gust o

de ellos No se les da consejo alguno en


.

cuanto al método contemplativo y su ,

punto de conside r ación se deja a la i n

fluencia de la idea del silencio y a los


testos s a sc it o s q ue repiten to d o s juntos
n r

al acabar el rato de su oración silencio


sa Basta con que se habitúen a esta
.

muda orac i on cotidiana .

Ademá s de e s te silencio del amanecer


y de la tarde se celebra una o dos ve
, ,

ce s por semana una ceremonia en el tem ,

plo e n la cual el poeta mismo cuando


, ,

está en S h an t i ike tan habla a lo s mu


n

,

chachos Si no está allí habla un maestro


.
, .

Y luego los muchachos cantan juntos al


,

gunos mantras san sc it o s El tema de las r .

pláticas varía y muchas de ellas se han


p ublicado en una s erie titulada Shanti <<

79
R a b i n d r a n a í h T a
g o r e

nike tan cost e ada por la dirección de


»
,

la Esc uela C o mo ejempl o voy a dat o s


.
,

unas notas que tomé de una p lática de l


p oeta una última noche de a ñ o La cer e
,
.

monia fué después de puesto el sol y , en .

la sombr a ,a p enas e distinguía al ora dor s ,

vagamente perfilado c ontra un fondo de


fi guras blancas sentadas en el suelo al , ,

reded o r de él .

C men ó diciendo q ue cuando un


o z ,

año termina solemos pensar únicam e nte


,

en lo tri s te de ese finali ar ; pero si pu z


-

diéram o s darnos cuenta s iem p re de q ue


en su morir no hay vacío sino p lenitud ;
entonces la misma idea del término se
no s a p arecería llena de goce En este .

mism o p roceso del terminar tenemos ,

ocasión ,una vez má s de arroj ar de no s ,

otro s lo s tapujo s y envoltura s de la co s


t umb r e y la rutina y de e me j ér así a un , r

conce p to más p leno y am p lio de la vida .

El mismo caer de ésta en la mue r t e ,t ie


80
M o r a a a a e p a z

ne en si ese elemento de plenitud si se ,

mira desde el punto de vista debido p ue s ,

la muerte en realidad nos revela la vida


, , ,

y jamás la o scurece ni la esconde más que


en aquello en que nosotros mism o s somos
voluntariamente cie gos Por lo tanto el .
,

r o m p er con los hábitos y maneras en


u e hemos estado envueltos sólo p ara
q
as fixiar lavida verdadera es motivo de ,

o o no de pena En Europa esta ue


g z , g .
,

rra q ue está r o bando en tantos hogare s ,

con la mue t e es verdaderamente un


r ,

arrancar en grande las ataduras de los


, ,

hábit o s m uertos del e 5 pí it u que han ido r ,

acumulándose añ o tras año para ahogar , ,

nue stra verdad natural ; y las corrientes


de vida que se habían e s tancado y e s

podrían quedar á n libres otra v e para


,
z ,

correr por cauces nuevo s C uand o la .

muerte se lleva a los q ue amamos pare ,

ce q ue vemos el mundo en su totalidad ,

pero s in la aco s tumbrada tropelía de las


81
M OR AD A D E P A! 6
.
R a b i n d r a n a l lz T a g o r e

c o sas q ue n o s ocultan la realidad de de


bajo de la escena En presencia de la .

muerte e l mundo es como la o scuridad


, ,

u e está tan llena u uno siente que


q q e ,

puede tras p asarla con una aguja aun ,

cuando nada parece q ue hay en ella Así .


,

e l mensaje de este f i de año es la ale n ,

gr i a de l cambiar y de su ace p tación com o

m dio de conseguir una v isión más am


e

plia y u a fian amiento mayor en la vida


n z .

La con ferencia e stuv o llena de ejem


pl o s luminoso s como lo están siempre las
,

de l p oeta Yo no h e dado smo un esque


.

ma suci to de ésta a fmde q ue tengáis


n ,

alguna idea de la clase de asuntos q ue e s

t rat an Algunas parecen se r demasiado


.

elevadas p ara los muchachos pero esto ,

no im p orta mucho porque ellos aunque , ,

no entiendan de l todo están asimil an ,

do s e i c o n c ie n t e me t e el punto de vista
n n

d l orador
e .

Y p ar a acabar no p uedo hacer cosa ,

82
M o r a d a f a z

mejor q ue trascribir entera una carta de l


p o eta a un maestro inglés q ue le había ,

escrito s o bre los métodos de enseñan a z

adopta d os en Sh a t in ike t an Es así n .

M i principal objet o al fundar mi Es


<<

cuela de B o lpur fué la ed ucación espiri


,

tual de los muchacho s A fortunadamente .


,

e n la India tenemos un modelo t adic io r

nal e n nuestras antiguas escuelas de l


bos que en las cuales vivieron lo s maes


,

tros cuy o ideal fué reali ar sus vidas en z

Dios El ambiente estaba c olmado de la


.

aspiración por lo in finito y los estudian ,

tes crecían ju to a los maestros í n tima


n ,

mente unidos a ello s con parentesco é s


p i i
rt ual sintiendo
,
la realidad d e Dios ;
p ues esto no era un mero c redo q ue se
les impusiera ni ninguna ab s tracción es
,

pe c ulat i v a .

Con este ideal en mi pensamiento


»
, ,

de una e s cuela q ue fuese a un tie mp o


hogar y s antuario donde la en s eñanza ,

83
R b d íz T
'

a z n r a n a l a g o r e

f uera parte de una vida de fervor ,

este lu gar a p artado de las distracciones


,

ciudadanas y santi ficado p or el recuerd o


de una vida p iadosa cuyos día s se p a s a ,

r o n en él en comunión con Dios


,
.

» No se figure us ted q ue he reali ado z

cum p lidamente mi i d eal pero él e s tá ,

allí madur á ndo se a travé s de todos los


,

o bstáculos de e s ta dura p rosa del vivir

moderno .

»En los negocios e sp irituales debiera ,

uno olvidar s e de q ue ti e ne q ue enseñar a


otros o con s eguir resultados q ue pueden
,

ser medidos ; y en esta Escuela mía yo


creo bueno medir nuestro éxito p or e l
desarrollo es p iritual de lo s mae s tro s En .

esta s co s as lo q ue uno gana es ganan


, ,

cia de todos como e l encender una ,

lám p ara es luz de toda una habitación .

»La primera ayuda q ue reciben nues


tros estudiantes en este camino e s e l , ,

cultivo de l amor por la Naturaleza y de


84
R a ó í n d r a n a á /z T a
g o r e

el e s fuer o conciente contamo s con la s


z ,

asociacione s de lugar y c o n la vida dia


ria de adoración ; con l a in fluencia sub
c o n c ie n t e de la Naturale a z . »

Esta carta re sume mej or q ue pudiera


yo hacerlo los ideale s de S hant in ike t an
, ,

y e sp e sa bien e l e 5 pír it u con q ue e l


r

ashram fué fundado .


EL R E G A L O A L G UR U
C UE N T O

S ATI S H CH AN D R A R O Y

( T mn v c rn o AL mo r t s P OR ! . VV Ps Aas o x l
. .
PR! LOGO

V O Y contaros esta noche el c uento


a , ,

de un niño q ue vivió hace much o tiemp o .

O l idao s po un rat o de esta l ampa


v ,
r ,

ra q ue hemos encendido aquí dentr o y ,

p e s
n ad e los raudales de
n luna q ue se
derramarán en los campos que n o s o r

dean Por un lado del llano está el b o s


.
,

que negro y con fuso c o mo un en o rme


,

pitón q ue s e hubiera levantado de al gún


abismo de la tierra y durmiera tendido a ,

la lu de la l una me n e á n do se en el vien
z ,

to Esta noche que estam o s tod o s jun


.
,

tos sentados aquí o y a hablaros de la ,


v

noche Si fuera de día qui ás os hubiese


.
,
z

hablado del día Pero n o tengo otra a .


,
r
R ó n T
º

a z n a r a n a e a
g o r e

z ón p ara
hablaros de la noch e y es q ue ,

la noche es mejor hora p ara co ntar cuen


tos Con la no c he tod o se hace vago y
.
, ,

las cosas distantes se acercan Si fuera .

de d ía ¿os hubiese sido tan fácil p ensar


,

u e estabais viend o las estrellas la s cua


q ,

les cuando la sombra de la noche acari


,

cia el cielo se abren como flores y lo lle


,

nan todo con su in finidad ?


Hasta ahora o h e estado de sc r ib ie n s

do la noche p ara sacaros e n p ensa , ,

miento a la o s curidad de fuera donde se


, ,

ve el ciel o adornado de luna y estrellas .

Ahora tenéis q u e acom p añarme con la


imaj i ac ió n adonde yo vaya
n .

¿ Adónde nos iremo s ? Vámonos a un


bo sque s agrado de la India antigua Si .

fuera de día ¿ cómo p odríai s haber des


,

cubierto nunca este sagrado bo s que d e


hace tantos si glos ? Si fuera de día ¿ qué ,

h abríamos vi s to de la India moderna ? H á


b r íamo s vi s to ciudade s ferrocarril e s y fá ,

9 0
M o r a a a d e
L
.
p
.
a z

b r ic as,habríamos vist o bosqu e s ll e n o s de


fi era s ríos sin a gua duras montañas de
, ,

rocas e se c o s desiertos estériles y otras


,
r

muchas co sas ; porque e l sa grad o bos


q u e de
q u e os estoy hablando no e is ,
x

t e ya .

Pero a h ora es de noche y c ae la luz ,

de la luna y baja el sil e ncio de l su e ño ;


,

ahora el pe samiento puede echar alas y n

volar en ilusión ad o nde se le antoje


, ,
.

Venid pues ; o l idé mo slo t o do ; vámonos


,
v

todos j untos a ver el ashram de lo s


r ix is en e se bosque de la India a n

tigua Vos o tros sois b r amac h a is


. y r

p o déis por un rato venir conmi go y


, ,

cambiar pensamiento s con los b r amac ha


ris de entonces .

E sc u e l a o sq ue
de l b ,
en l u
g ar a p art ad o ,
do n

de i
v ven lo s mae st r o s c o n su s fam ili as y lo s e st u

d i an t e s .

S an t os .

E st u d i an t e s s u e t j o s a un a v i d a d e d i sc ipli n a ,

e n un a mb i e n t e r e li
j i o s o .
R a ó af r a a ¿ /e T a
z n n
g o r e

C A P Í T UL O 1

Antiguamente los muchach o s iban a


,

est udiar a un ashram de b r amac h a is r .

Como os he dich o estas escuelas estaban,

en los bosques sagrados Los i is p en s a . r x

ban que aunque es p reciso que alg unos


,

gru p o s de hombres levanten ciudades en


lugares don de e x iste mucho negocio y mo
vimie n t o hay además otras nece s idades
, , ,

que la vida humana está llamada a cumplir .

Si se vive sólo en la tarea y el bulli


cio del mundo no queda tiem p o para
,

poder llegar a comprender ni siquiera a ,

ver como es debid o todo s sus aspectos , .

El entendimient o no tendría pa y cuan z ,

do el entendi miento no está tranquilo ,

es im p osible a p reciar el verdadero senti


do de las cosa s ni estimarlas en su belle
,

za verdadera .

Adem ás había otra ventaja en i r


,
v vi
R a 5 í n d r a n a £ h T a º o r e

C A P Í T UL O 11

Un día acabando de despuntar la au


,

rora en e l bosq ue sagrado Ved e l , ,

rixi del ashram q ue había c o c luido su


,
n

oración matuti a y adorado el fuego n

sagrado reunió a sus discí p ul o s fres


, ,

quitos de su baño de la ma ñ ana y se ,


,

sentó con ellos al pi de un árbol de e

amlo ki .

Ya s e han levantado lo s venados de su '

s ueñ o e e l patio y entran corr 1 endo p or


n ,

la selva Uno de lo s n iños ha llevado la


.

vaca a un prado rico de tierna yerba


n ueva Ahora sentado bajo un árbol los
.
, ,

rayo s suaves de l sol q ue caen a través


de la r e d verde y fresca de las hojas y
las ramas le iluminan la cara y él le
, ,

canta al sol con dulce v o baja una


,
z ,

canc on Un bando de niños anda p or


1 .

e l bo s q ue llen a ndo s u s ce s to s de f
,
lore s .

94
M o r a a a p a z

Cerca la es p os a del Guru


, q ue viene

del río echa una p oquita de a gua con


, ,

la cántara q ue trae en las raíces de ,

los árboles y sonríe enternecida a los


,

niños .

Así mientras la fresca calm a de la


,

hora primera rep o sa en el lugar V e d c o ,

mie n a a e splic a a los mucha c ho s con


z r ,

v oz llena de al e gría los sagrados mis ,

t e io s de Dios Ell o s
r viendo l rostro
.
,
e

radiante de su Guru lo escuchan sin ,

pesta ñ ear Cuando terminaba la lección


.

matutina lle garon dos o tres ciervos y se


,

empe ar o n a acurrucar c o cáli d o alien


z ,
n

to y blandos morros contra los cuerpos ,

de los muchachos Sin embarg o unos .


,

cuantos de lo s estudiante s siguieron se n


tados en m ud o é st asis
,
.

Entonces uno de los mayores q ue se


, ,

llamaba Utonka vino y desp ués de in , ,

Se ñ o r y mae st r o .
R a b z n d r a n a í iz T a g o r e

hasta lo s pies de su Guru le


c lin ar s e ,

dijo juntando las manos


,

H o y acaba mi tiem p o de disci p lina


<< .

Tu amor me ha llenado de fortaleza Mi .

cuerp o se h a hecho firme y mi entendi ,

miento despierto y feli H e visto la glo z .

ria de l so l y de la luna y he sentido un ,

poderío en el re sp landor del fuego He .

gustado el g o ce de las seis estaciones del


año La pa y el sosie go de la s flores
. z

ta s han morado en mí y el es p íritu viv o


y fre s co de los p ájaros y todas la s b e s
tias de las enredaderas y los árboles
, ,

han entrado en mi cora ón H e com z .

p rendido q ue el alimento q u e come m os


y la madera de los árboles que quema
mos p ara nuestra hoguera deben mirarse ,

como sagrados p orque nos hacen bien ,


.

El aire el a gua el cielo y la lu también


, ,
z

son s antos y todos llenos de la d ulzura


,

y la bondad divinas .

»Gur ude he a p rendido a enten d er


v,

9 6
M o r a d a

todo e sto y tengo ya q ue salir al mundo


,

grande donde hay cientos y cientos de


,

hombres como yo entre los cuale s e stá ,

ahora mi deber porq ue el hombre n o ,

p uede vivir si n amor humano Con tu .

ayuda Gu ude v me h e hech o un brar

machari Mi cuer p o es fuerte y no temo


, ,

a los peligros ; y cuando salga al mundo ,

p odré : cumplir p or tu bendición mi de s , ,

tino Guru mío b e n di e me y dime qué


.
, c ,

o frenda h e de traerte ; y cuando la haya


tr aído me des p ediré
,
. »

M ientras hablaba Utonka todos lo s ,

muchachos lo m raban c o n triste a y i z ,

oyendo q ue s e iba se les llenaban lo s ,

ojos de lá grimas El Gu ude estaba llo . r v

roso tambié n pero dijo c o n labios son ,

rie nte s Hij o mío el cora ón de un guru


: <<
,
z

est á siem p re con sus discípulos Las nu .

b e s e c oj e n su s bendiciones y las derra


r

man como llu v ia de l cielo ; y dan e n los


ojo s fundidas con la luz del so l Com o .

97
M O R AD A DE p az , 7 .
b
'
í /z T
'

R a z n a r a n a a g o r e

la brisa 5 0 p lan s u fraga n cia alrededor


, ,

día tra s d ía y viven en los corazone s don


, ,

de son pa y ternura No tiene s q ue pedir


z .

me mi b e n dic ió n ya la tienes Sal al mun


,
.

do q ue va mi bendición contigo ¿Qué


,
.

mejor o frenda p uedo desear hijo mío ? ,

Bueno anda a ver a tu madre y s i pue


, ,

de s traer cualquier cosilla q ue ella quiera ,

e s tará s libre de tu deuda c o n tu Guru . »

Contestó Utonka Gur ude v no ser á : <<


,

p osibl e q ue yo p ague nunca lo q ue t e ,

d ebo p ero haré lo q ue me dice s e iré a


,

p reguntarle a mi madre Y diciendo . »

esto se echó a los pie s de s u Guru y


, ,

luego se fué lentamente .

Sus compañeros no p odían hablar de ,

p ena El Guru también estuvo un rato


.

s ilencio s o Luego dijo Hijos míos ya


.
, : <<
,

e s hora de u e vayáis a p e d ir v ue s tr a
q
c o mida » .

Los muchacho s s aludaron a su Guru


y se fueron uno s p or un lado y otro s
,

9 8
M o r a d a p a z

p or otro para mendigar en la aldea l a


,

comida Los había hijos de hombres rico s


.

e in f
luyentes pero todos s in di s tinción
, , ,

p edían limo s na .

C A P Í TUL O II I

Ento nce s Utonka fué a ver a la e spo


,

sa de su M aestro la cual e s taba sentada a


,
.

la s ombra de un árbol cerca de la casa , ,

tejiendo e s teras de yerba Tenía echado .

un ciervo a s u vera y sobre su cabeza ,

un pájaro cantaba alborotadamente Ti : <<

ti u Ti ti u ; y otro s pájaros más peque


. »

ño s revolaban de aquí para allá sin pr e ,

ocu p ación ninguna y bebían en los char ,

co s q ue había bajo lo s árboles de a o ka x .

Verdaderamente p arecía q ue aquello s ,

p ájar os y aquello s cier v o s fueran uno s


con e l hombre .

Des p ués de saludar a la es p o s a de s u


99
R a b ¿ n d r a n a t h T a g o r e

Maestro , Utonka le d j o M adre mi s e s i : <<


,

t udio s han terminado ya y con la ayuda ,

del Gu ude v me h e hecho un brama


r ,

c hari Ahora lleno de for t ale a teng o


.
,
z ,

ue s alir al mundo Dime tú M adre qué


q .
, ,

regalo p uedo hacerte p orque me dijo e l ,

Gur u de q u
v e viniese a r e un t á t e lo
p g r . »

La es p osa de l M aestro dejó a un lad o


la estera q ue tej ía y le dij o a U tonka ,

llorand o H j o mío ¿vas a dejarno s ?


: i

Pero ¿por qué me p ongo triste? Anda


, ,

vete ; t e n mi bendición ¡Cuánto s h ij os .

míos se han ido así uno tra s otro ! Aun ,

ue no me da p ena p orque del ashram


q ,

van al mundo y lo bene fician con su tra


bajo ¿ Qu en va a p asarse toda la vida e n
. i

este retiro de la selva ? Anda ; donde quie


ra q ue vayas el cariño y la bendición de
,

mi alma t e envolverán toda la v ida . »

Calló un mome nto y siguió luego ,

o frenda t e diré q ue me trai gas?


Nada no s h ace falta p ero hay q ue o h ,
R a b i n d r a n t T a g o r e

decidió s ali r aquel mi s mo día en bu sca


de l regalo .

Cuando se hubo ido la es p o s a de l ,

Guru siguió s entada sin moverse dic ién ,

dose p ara sí ¿Habré hecho bien en


: (

mandar a mi h ij o Ut onka solo tan lejo s , ,

en busca de la o frenda? Pero ¿por qué


te n go miedo? ¡Así verá la gloria de un a
mujer virtuosa an t e s de entrar en el mun
do ! ¿Qué p uedo temer si él es un bra ,

machari ? Pensando así recordó el a fec


»
,

to entrañable y la bondad de Utonka y ,

em p e ó a p oner s e triste
z .

Y a volvían los otros niño s con el arroz ,

y los demás alimento s que habían men


digado ; p ero aquel día co s a e st r añ a no , ,

traían la charla y la alegre alg azara de


otras veces La esposa de l Guru viendo
.
,

u e los muchacho s p arecían tristones f ué


q ,

a p reguntarles lo q ue tenían Dijeron to .

d os Es q ue Uto n ka se va Y ella se fué


: << » .

a la cocina con ellos consolándolo s


, ,
.
M o r a d a a z

C AP Í TUL O IV

Ahora vámono s caminando con Uton


, ,

ka al p alacio de l R e y Po ya el marido
,
… x ,

de la fa mosa R eina .

Cuando Utonka dej o atrás lo s cam p os


de l ashram entró p or una espesa f
,
l ores
ta Era mediodia y todo estaba h e mo sí
. r

simo El sol p asaba aquí y allá la tupi


.
, ,

da sombra de los árboles igual q ue si ,

sus rayos p usiesen escalerillas de lu y z

bajaran por ellas como ladrones a ro, ,

barle flores a la oscura selva Los p á .

j aro s asomaban sus picos rojos y n é


gros de sus nidos de los troncos como si ,

los árboles hubiesen echado hojitas n e


gras y r ojas En algunas partes sobre lo s
.
,

en o rmes tronco s de los árboles j iga t e s n ,

p arecía q ue un pueblo entero de p áj aro s


se h ubiese apoderado de las ramas Por .

otros lado s alta s p almera s en ñla le


, , ,

10 3
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

v an t ab an graciosas cabe as y j un
sus z ,

tando sus c 0 pa s como la s ala s los p aj a


,

ros daban al bosque una fre s ca penum


,

bra Má s allá e n un claro de la floresta


.
, ,

chis p eantes árbole s de c hat im miraban


al cielo levantando su s hojas como bellos
,
'

d edos Inmen s as li anas unían árbol a ar


.

bol lo mismo q ue p uen tes ; y en cierto s


,

sitio s ,
se figuraría uno q ue habían col
gado colum p io s p ara q ue jugaran en
ello s los es p íritus de l bo s que Utonka vió .

jabalíes algunos escarban d o e n la tierra


,

y otro s echado s en s us aguj eros D e .

cuando en cuando veía s alir uno s enor ,

me s cuerno s curvos de la cortina de lo s


á rbole s lejanos y en do s o tres ocasio
,

nes , um ciervo silve s tre saltó s úbito y

fuga z de detrá s de él Una vez vió en la .


,

rama de un árbol una gran colmena c on ,

la s negras abeja s zumbando alrede d or .

Des p ué s de un buen rato Utonka sá ,


lió a u a gran llanura A lo lejos la luz


n .
,

1 04
R a b i n d r a n t T a g o r e

s obre s u cabe a tenía do s cuerno s bri


z

llan t e s yagu do s muy lar go s ; su s p ierna s


,

estaban cubiertas de blando p elo blan


co hasta cerca de la pezuña y su gran
, ,

dísima cola blanca iba adelga ando ha s z

ta tocar casi e l suelo ; de su ancho testuz


negro p arecía como si s aliera lumbre
,
.

sobre ella estaba un hombre fuerte de ,

desnudo cuer p o reluciente Era tan en .

cantadora la belle a de aquella vi s ión z ,

u e Utonka no sabía qué hacer atóni t o


q ,

y so b e c oj ido de a s ombro
r .

Mientras él e s taba mirándola le p are ,

ció q ue en un abrir y cerrar de ojos la


, ,

vaca se h abía venido desde donde esta ,

ba a su lado s in mover a p arentement e


, ,

una p ata Lleno de s or p resa Utonka alzó


.
,

los oj os a ella y se encontró con dos ojos


lustrosos fijo s en él mirando lo s cuale s ,

sintió Utonka una agrad able f rescura p or


todo s u cuer p o como cuando uno bebe ,

agua fría Entonces levantó un p oco más


.

1 06
M o r a d a a z

la car a y vió otro s do s vi v o s Oj o s que lo


miraban desde un rostro s onriente ; y
mientras miraba esto s oj os oyó com o , ,

en sueños una voz q ue le decía Hij 0


,
: <<

mío bebe lec h e de esta vaca p orque t u


, ,

Guru la ha bebido también Utonka se » .

inclinó p ara beberla y le pareció que ,

bebía néctar Pero al levantar la cabeza


.
, ,

des p ués de beber la vaca y su jinete h á


,

b ían desaparecido y no quedaba rastro ,

alguno de ello s El llano llameaba todo


.

de sol Cerca e s taba la espe s a selva som


.

bria y enía de ella un rumor de abeja s


v

y de pájaro s Ardillas de lindo s cuer p o s


.

listado s s alían corriendo de su cobijo de l


b o s que al campo abierto miraban timi ,

das a su alrededor se s obresaltaban de ,

p ronto y huían de nuevo al s eguro de l a


selva .

Sin volver de su e sp anto Utonka se ,

dl : <Entonce s ¿todo ha sido un sueño?


,

¿E s q ue estaba dormido ? ¡Pues no pue d o

10 7
R a b i n d r a n t T a g o r e

quedarme dormido de este modo y so


nar estas co sas yendo de viaje ! ¡Tengo

e volver con el regal o ! ¿ Cuánto di s tará


'

q u

de aquí el palacio de l R e y? »

Pensando así salió an dando a grande s


,

p asos ; pero no e dejaba de decir ¿Qué


s : (

será eso q ue h e vist o ? ¿ S e me h abrá apa

recido algún dios ? Y al p e gu t á r se lo


— » r n ,

e mpezo s n darse cuenta


,
r a detener e l ,
!

p a s o Volvió a acordarse de ! re galo y se


.
,

ap r e suró de nuevo .

C AP Í T UL O v

Utonka llegó al p alacio de l Re y Po


x ya al anochecer pensando que harí a ,

lo p osible p or consegu ir lo s zarcillos al


momento y volverse a q uella misma no
c h e ; c nque sin detenerse s e f
o ,
ué dere ,

c h o al R e y y le d j o lo ue quería El Re y
q i .
,

des p ués de saludarlo Co n p ro fundo res

10 8
R a b i n d r a n a i h T a g o r e

En la p enumbra de l anochecer las lu ,

c e s temblaban e n todos los s alone s de l

p alacio El dios del fuego estaba s entado


.
,

en su tem p lo sobre e l altar coronado de


, ,

llamas y se oía una s almodia al son de


, ,

las campa n as ves p ertina s Al entrar e n .

e l p alacio interior vió Utonka un herm o


,

s o árbol de b o k ul que había en un p ati o

o s curo . Por todas partes la luz de la s


lám p ara s se derramaba de las ventanas
y hacía q ue la s hoja s parecieran desd e
lejo s negras y brillante s Junto al árbol .

e s taba una gran vaca cuyo cuer p o de un , ,

hermoso rojo p álido se veía negro e n la


,

e s ca s a luz de la hora Tenía la vaca una.

blanca luna nueva e n la frente y el p olv o


blanco de alrededor d e sus p ie s era b e
llísimo D e su c uer p o venía una d ulc e
.

fraganci a q ue todo lo llenaba de p az Y


, .

s entadas ante ella varias muchachas


, ,

c o n traje s de s eda roj a quemaban in ,

c ie n so en la s l á m p aras .
M o r a d a
f a z

Cuando llegaron a una de la s sala s ,

e l guardián s e detuvo y dijo a Utonka

< B r amac h ar i aguarda aquí un poco en


, ,

e s te salón que voy a llamar a la Reina


,
.

Ella t e recibirá e n la sala inmediata Y .


»

diciendo así mientras Utonka se senta


,

ba p ara es p erar el guardián se fué haci a,

la vaca .

M ientras e sp eraba creía Utonka se n ,

tir e m todo una calma y una paz bendi —


'

tas V eía pa s ar y volver a p asar p or e l


.

p atio la s s ervidoras de la R eina vesti ,

das de seda roja y con lám p aras en l as


manos a cuya luz sus cara s eran alegres
,

y bellas radiantes de g o zo y de pa A !
,
z .

fi n volvió el guardián y llamó a Utonka


, ,

quien si guiéndole des p acio entró en una ,

e s tancia enmedio de la cual ardía una


,

viva lu clara Una suave fragancia salía


z .

de l aceite de olor dulce y el incienso


s ubía por toda s p artes Pero la e s tancia .

estaba al p arecer com p letamente vacía


, ,
.

I I I
R a b i n d r a n a ¿ h T a
g o r e
'

Utonka entró y n o vió a nadie El guar .

di an le indicó un asiento incrustado de


madrep erla p ara q ue se sentara Al se n .

tarse le pre guntó al guardián


,
:

no ha venido la R eina ? El guardi á n le »

contestó con evidente asombro Pero : <<

S es t á ahí sentad a en e s e trono de con


l ,

cha con un v estido rojo ¿No la ves ?


,
… »

Por más q ue Utonka miraba no veía ,

absolutamente nada y e sc lamó ,


:

estás diciendo? ¿Te e s tá s burlando de mi?


¿Dónde está sentada la R e i na? Yo no la

veo … »

El viejo guard an e c hó a reir y re s


i se

p o n di ó B a m: ac h
<< ar i no
r t e en ade
f s c o n
,

migo p ero creo q ue debe s estar impur o


,

cuan do no p uedes v e r a la Reina . »

Ent o nces e l b r amac h ar i re cordó la v i


sió n
q ue había tenido en la linde d e l
bosque y se dijo Pu es me va par e c ie n
: <<

do q ue aquello no fué un sueño Aquello .

e r a verdad y como no me h e lavado la


,

1 12
R a b i n d r a n a í h T a
g o r e

Utonka Como caen s acudidas las flore s


.

del árbol de s al con una brisa p asa ,

jera así p arecía que se derra maban ben


,

dicione s del cora ón de Utonka quien z ,

dijo Q:u e la
<: buena suerte t e acom
p a ñ e por siempre M adre Vengo a pé ,
.

di t e una dádiva de tus manos j e n e r o


r

s as Dame tu s arcillo s La R eina Xu


. z .

b a uk la sonriendo blandamente se qui


x , ,

tó con gracio so j e st o lo s zarcillo s i n c li


, , ,

nando al hacerlo su cabeza En e se ins .

tante entraba una sirviente de la R ein a


con una bandeja donde traía miel r é , ,

q u e so ne s p asta de sándalo
, p adi y un ,

ramo de h o j a s de b o kul La R eina


tomó la bandej a de mano s de su dama ,

dej ó en ella los zarcillos y la p uso a los


p ies d e Utonka po st r á n do se an t e él ,
.

Utonka ace p t ó el presente y c oj ió los zar


c illo s para verlos Entonces la Reina le .

E s t as c o s as se d an , e n se ñ a ld e res p e to , a h ué s
p e de s p i ip l
r nc a e s.
M o r a d a a z

dijo con dulce v o B amac h ar i guá r


z : r ,

dalo s bien q ue el R e y de las Ser p iente s


,

tiene muchas ganas de c oj e los r . »

dij o Ut o nka y se levantó y ,

bendijo a la R eina así Q ue la p az se a : <<

contigo y q ue sus brisas invisible s t e r e


fr e s q u e n el corazón . »

Lleno de alegría Utonka abandonó ,

los ap os ento s i n t e r i o r e s acompañado ,

siempre de l guardián Xub a uk la abra . x

zó a su amiga y le dij o riéndose


, ¡Q u é : c

feliz me s iento hoy com p añera mía ! Al ,

dar e s o s zarcillos de oro que nada valen , ,

al b amac h ar i me h e hecho más santa


r ,
» .

Su compañera se rió también o yé do n

la y dijo : También nosotr as senti mos


,

tu felicidad ¡Y que Tak at no le salg a al


. x

b r amac h a i por e l camino !


r Xub a ukla » x

conte s tó Aunqu e fuera así ¿quién po


: <<
,

dria hacer da ñ o a un b r amac h a i? Si él r

p erdiera lo s zarcillos o s e los robaran lo s ,

d iose s cons p i rar í an p ara de v o lv ér se lo s » .

1 1 5
R a bi n d r a n a t h T a
g o r e

'

M ientras tanto Utonka con s u s zar , ,

c illo s mirab aasombrado al salir la h e r


, , ,

mosura y la gracia del palacio S e encon .

t r ó al R e y q ue volvía de su oración v e s
,

e t in a con l as manos llenas de fl re s


p r o ,

la s q ue al v e r al b r amac h ar i derramó
, ,

a nte él salud á ndolo .

Utonka fué al R e y y le d j o Mi p eti ,


i : <<

ción Re y ha sido satis fech a H e o b t e n i


, , .

do e l re galo de l a R eina Y ahora me de s .

p ido de ti » .

L e contestó e l R e y Pero no e s p o s i : <

b le q u e t e vayas tan Quédate


S i qu era esta noche
1 » .

Así pues Utonka se quedó aquell a no


,

c h e en e l palacio .

To do el rumor de los p ájaro s de la s ,

bestias y de los hombres se fué c a


llan do y en la pro fundidad de la noche
, ,

Utonka p ensaba en el esplendor de l p ala


cio real L e p arecía como si men s ajero s
.

A sí en e l o r q i n al i gl é
n s .
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

blanca hasta sus ojo s Mirad a lo lejo s y .


,

veréis q ue las ramas y la s hoja s del bo s


ue están todas bailando como e le f antes
q ,

locos q ue g o lpearan sus trom p as contr a


los cuerpos de sus com p añeros Un silbi .

do jadeante se oye sin cesar Sobre lo s .

campos los remolinos de p olvo vienen


,

ab alan á do se
z nlo mismo q ue frenéticas
,

h ordas de es p ectros blancos que a rato s ,

jiran y jiran y otros se levantan en alto


,

i an t e s c ame n t e
jg .

Parece q ue no h ay una sola nube ;


p ero b ajo aqu e llos árboles lejanos el cielo ,

está lúgubre y amena ante Y el vient o z .

loco 5 0 pla fuertemente sin ce s ar ,


.

¿ Quién será ese que corre con s u man ,

to al viento c o mo la s ala s de un p ájaro


,

u e l ucha por la vida con todas sus f uer


q
zas contra la tem p estad ? ¡Q uién ha de
,

s er más q ue nuestro amigo Ut o nka q ue ,

vuelve al ashram con los arcillos ! z

Utonka dej ó el llano y se c o b ij ó tra s un


1 1 8
M o r a d a
p a z

árbol ¡Cuidado Utonka mucho cuida d o


.
, ,

con tus precioso s arcillos q ue este es e l z ,

mismo s itio donde s e t e a p are ció la mis


t e r io sa vaca y t e hizo beber su leche !
,

¡ Toda clase de co s as sobrenaturales ocu


rr e n aquí ! u e Utonka s e daba
q
cuenta de l peligro q ue corría p ues se n ,

t á n do se cuidadosamente se dijo A er ,
: << v

s i p uedo averiguar el sentido de lo q ue


ayer me pasó … »

Estuvo miran d o fijo durante un largo ,

rato al campo polvoriento y nada pudo


, ,

divisar ; pero al mirar atrás vió una co s a ,

e st r añ a .Como a uno s do s o tres p ies


del suelo estaba un alto mendigo de
,

cabeza ra p ada fe o y casi desnu d o y q ue


, ,

venía hacia él Tenía su cara monda y .

arrugadas sus mejillas y en s u frente , ,

tres o cuatro horribles surcos negro s .

Venía haciendo unas muecas esp antosas ,

y agac h án do se s e g o lpeaba s i n p arar


,

con la s mano s ló s huecos c o st illar e s Era .

1 1 9
R a b i n d r a n a i h T a g o r e

como si un torbellino de p olvo atosiga


do p or el vi ento intentase arrastrarlo e u
,

t r e sus garras .

Utonka se preguntaba qué iba a s uce


de r cuando des apareció e l mendigo En
,
.

tonces se echó a reir de haberse dej ado


en gañar p or una ilusión tan estravagante ;
p ero pronto se quedó atónito de nuevo ,

porque el mendigo medi o desnudo de la


cabe a a feitada a p areció flotando en e l
z
,

cielo y s e b o rró otra vez en un abrir y ,

cerrar de o jos .

S e echó Ut onka a reir nuevamente y


p ensó Cuando v uelva e l mendigo , de
:

s eguro s e pondrá de pie sobre mi cabe


z a y entonces p odré echarle mano al S e
,

ñ o r P e st idij it ado r
r Esta idea le volvió
su buen humor y se levantó á pidame n
,
r

t e p ero e l mendigo no s e veía ya por


,

ning una p arte Quien vió en vez de él fué


.

el poderoso T ak at q ue s alió como un x ,

relám p ago de un ag ujero al lado suyo y ,

1 20
R a b i n d r a n a í h T a
g o r e

bailaron c h ispe an do agudos destello s .

Utonka vió q ue alguien estaba s entado


e nmedio de la nube oscura an imá n do le ,

con una amoro s a s onri sa S e puso a .

mirar fijamen t e y mientras miraba la


, ,

nube descendió más y más con suave ,

murmullo de ag ua y al fin em p a p ando a


, ,

Utonka con su rocío se sumió en la t ie ,

rra El uel o se abrió como herido p or


. s

el rayo y Utonka senta d o sobre el arco


, ,

iris en el centro de la nube negra bajó


,

,
.

a la s r e io n e s subterrá neas Entrando en


j .

el cora ón de la tierra vió sus p endida s


z ,

de todos lados en s u carroza de nubes ,

las c 0 p as de much o s árboles de dul c e


p erfume entre cuya s rama s aleteaban un
,

sin fín de insectos de vivos colores S e n .

tad o allí s entía una grata frescura D e


,
.

p ronto dejó de moverse


,
.
M o r a d a a z

C A P ÍTUL O vu

La s r ej o n e s sub terráne a s no exi sten


i

ma s q ue en la amable fantasía de lo s
p oetas Para nutrir a un arbol hacen fal
.

ta e l aire y la luz fuera mientras que


, ,

dentro e s necesaria la fresca savia s aca


da de la s oscuras r ej io n e s bajo tierra .

Así tambien la vasta tierra necesita s avia ,

como el árbol q ue le dé fuerza


,
.

Cuando el entendimiento y la imaj in a


c on de los p oeta s estaban llenos de la
r

hermosura inmensidad y p oderío de e s te


,

mundo de las estrellas y de los planeta s


, ,

intentaron con la alegría de e se poder


, ,

e spr e s ar e l ritmo del espíritu de l universo

y la idea de esta e n e j ía interior en mu


r ,

cha s y variadas imáj e n e s .

Las r ej io n e s subterráneas eran p ara


ellos un arca sin fondo de donde el ,

mund o erguido como un inmenso árbol


,

1 2 3
R a b i n d r a n a t h T a g o r e

de rama s in finitas se nut ia Así como las


,
r .

raíce s de un árbol están e n la tierra de ,

la cual s acan su savia fresca la s raí c e s ,

del mundo desc ienden a las e j io ne s sub r

t e r r á n e as Es a e n e j ía q u e veis man if
. r es

tada e n el mundo con lu y con destellos


,
z

de relámpago tambien estaba r e c o j ida y


,

atesorada en la s cámaras ocultas de lo


subterráneo ; y lo s cuadros variables de
la s estaciones que a medida que los año s
,

p asan sobre el mundo va s v endo no ,


i i ,

s on sino la copia de las obras o ij i ale s r n

q u e e s tán all í guar da d as ; y los día s y las


.

noc h es siempre nuevo s en el mundo no ,

s on más q ue el j uego de un p oderío


oculto allí .

En este almacén hay guardadas mu ,

chas maravillas de modo q ue tale s r ej io


,

n e s están invadidas de terror y nadie


se atreve a entr ar solo en ellas Espan .

tables serpientes d an vueltas y más vue l


tas silb an do feroces ; lo s centinelas ij ilan v

1 24
R a b i n d r a n a t h T a g o r e

No olvide s q ue quien tien e e l do n de


i

concentrar pro fundamente su pe samie n n

to p uede com p enetr arse e n cualquier


,

instante con la presencia de Dios p or ,

q u e E l está p resente en todo tiem p o y


lugar Utonka era un verdad e ro brama
.

chari y por lo tanto había adquirido una


, ,

fuerza considerable de concentración Es .

taba p ues sumido en una meditación


, ,

h onda cuando un horrendo s onido tras


,

p asó la oscuridad hacia s u d erecha com o ,

si el fulgor de un fuego llame ant e se hu


bie s e revelado de p ronto ; y con s olem
n e tono una dulce voz sonó en s u o ído
, ,

u e le decía U t o n k a entra en est


q : e
<<
,

ap osento » .

L e v an t ó se Utonka y v o una bella lla i

ma brillante q ue lo so b r e c oj ió de so r pr e
sa y alegría El se había levantado mu
.

c h as veces en lo oscuro de la noche a


, ,

adorar el fuego llame an t e y ahora en la , ,

o s curidad de las r ej io n e s subterránea s ,

1 26
M o r a d a p a z

la vida se le llenaba e n un momento de , ,

poder por virtud del brillo de la gr an


,

lu esplendorosa
z .

Ut o nka avan ó h acia la lu entonando


z z ,

un cántic o devoto Al acercarse a ella .


,

vió que no era fuego sino una inme n sa ,

puerta dorada q u e resplandecía viva


mente Utonka un poco avergon ado
.
,
z ,

p ensó lo q ue h e estado adorando


:

no era mas q ue una puerta de oro y yo ,

creí q ue era fuego ! Pero ¿no estará el


dios de l fuego en este salón ? Acerco »

s e a la p uerta y no bien la hubo toca


,

do se abrió de go lpe con una fuerte


, ,

racha de viento Entró Utonka y vió una .

cosa maravillo sa Era una sala i mensa . n ,

llena t o da de blanca lu enmedio de la z ,

cual relumbrando como un fue go bri


,

llant e estaba un caballo de grandes ojos


,

muy abiertos y a su lado de pie un


, , ,

hombre fornid o ; y alrededor c e r c á n ,

dolos p or todas partes seis muchacho s ,

1 2 7
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

p rimorosamente ve s tido s bailaban loco s ,

arrojando de si a cada instante un v e s


tido y p oniénd o se otro nuevo Cerca y .
,

s entadas en tronos de oro vió do s don ,

cellas de belle a esquisi ta que tejian muy


z , ,

atareadas e n un telar un p año con h ilo s


, ,

de dos colores vivo uno como el co lor,

dorado de sus cuer p os y e l otro negro


como s us cabelleras de azab ache L e .

echaban una vez y otra el p año a lo s


, ,

muchachos quiene s ie n dó ale gr e me n t e


, ,
r ,

lo c oj ía y se ceñían con él Do s cent i


n .

nelas ij ilab an de pie inmóviles


v ,
.

Utonka estaba cada e más so r pr e n v z

dido con lo q ue veía Los cent inela s p a .

r e c ían tan f
o rzudos que pen s aba u e po
q
drian dominar a aquel radiante caballo
de llamas T an derechos tenían los c ue r
.

o s y tan e é ic o s y eran tan f rme


p j n r i s ,

s us br azos ue p arecía serles muy f ácil


q ,

d omeñar s i lo querían al león más p o


, ,

de o so Pero la e s p e sió n de s us ro s tro s


r . r

1 2 8
R a b i n d r a n a t h T a g o r e

de r o s o , t e saludo !
uego bello t e salud o !
F
¡ ,

¡F ue o
g p o t e n t ísimo llévame en un carro
,

de oro hasta los mism o s c m entos de la i i

tierra ! ¡Di o s de l fueg o ahora c o mprendo ,

ue es tu trono el q ue está tendid o en las


q
misteri o sas p ro fundidades ; y ante ti ¡o h
glorioso ! me inclino ! »

D espués de esta j ubilosa salut ac 1o n ,

Utonka miró al frente con su rostro en ,

c e n dido p or los rayos vivos de ! fuego ,

ue c orría po todas partesr vibrando


q ,

escarlata como las flores de un arbol de


dhak Y vió q ue estaba frente a frente
.

de T ak at q u i e n enl o quecido p or el
x ,

calor horrible huía vergon osamente ,


z ,

dejando caer con su prisa los zarcillo s


, , ,

u e quedaron como flo res de oro a lo s


q , ,

p ies de Utonka Y en cuanto Tak at des . x

apareció se concentró el fuego entr an


, ,

dose otra v e z en e l cuerpo de l caballo .

Utonka e c oj ió los arcillos y fué a


r z

d e cir algo p ero re p entinamente s e dió


,

1 3 0
M o r a d a p a z

cuen t a de q ue t o da aquella visión s e


había disipado Por todas partes la fresca
.
,

luz de l sol q ue amanecía se filtraba por


los ár bol es ; el rocío estaba aún e n las ho
jas ; cantaban los pájaros y allí al lado , ,

corría el mismo río de l ashram de su


Gur u .
o

Durante algún tiem p o Ut o nka p erma ,

meció in móvil suspenso y e st r añ ado A !


,
.

f in s e puso nueva mente de pie y riendo , ,

e s c lamó otro sueño ! Y pensati


: »

vo con lo s ojos entornados s iguió de s


,
-

p aci o h acia el as h ram .

Cuando iba llegando vió q ue muc h o s ,

i nvitad os b amin e s estaban sentados r a


r ,

dian do go o sus caras alred edor de Ved


z , ,

su Guru ; y todos miraban reverentes , ,

hacia el lugar donde estaba sentada la


espo s a de Ved q ue se mostraba al go in ,

quieta p or la tardan a de Utonka Todos z . <<

han venido decía


. » qué tardará
,
.

tanto él ? ¿L e habrá sucedido algo po r el


1 3 1
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

camino ? A lo cual contestó Ved rá p ida


»

mente NO t e apures q ue llegará ah or a


: <<
,

mismo No había acabad o de decirlo


» .
,

cuando salió Utonka de detrás de un cor


t in al de j a mines y en el mism o instan
z ,

t e los oj o s de l Guru y los de su e 5 po sa


,

se encontraron con los suy o s .

Todos estaban maravillados Utonka se .

p ostró p rimero ante e l Guru y su espo s a ,

y puso a los p ies de ellos los precios o s


zarcillos Luego saludó a los demás de
.
,

la c o m p añía A la mujer se le llenaron los.

ojos de lágrimas alegres cojiend o lo s zar


c illo s y s e fué hacia la casa mirándolos
,
.

Utonka des p ués de recibir la bendi


,

ción de l Guru se e s t uvo quieto a un lado ,

de l corro Y em p e ó a hablar diciendo


. z :

<< Gur ude v hoy h e gustado la e n e j ía


,
r

in finita de l mund o Mi disci p lina h a dado .

fruto M e sumi e . las r ej io n e s s ubterrá n

neas y vi la belleza de l día y de la n o


,

c he e l inquieto baile de las s ei s est a


,
R a b i n d r a n a t h T a g o r e

C ONCLUSI! N

Se acabó el cuento ¿Será nece s ario .

decir más de la constante nobleza de


p ropó sito q ue floreció e n e l corazón de
Utonka ?
Lo que de s eo é s que vo s otro s tamb en i

p odáis a p render a a p reciar los má s hon


dos misterios de este mundo q ue p odái s ,

admirar la belle a de la vida pura y


z

noble y atesor ar en cada in s tante la


, , ,

bendición de vuestros maestros …

Y q ue esta bendición ascendiendo a ,

las nube s caiga en vosotros como tierna


,

lluvia ; y fundiéndose en la luz de l so l de


la aurora cada día se haga visible a
, ,

vuestr o s ojos ; y alentando en el viento ,

p ueda traer una paz pr o funda a vuestro s


corazones Q ue vuestros e n t e n dimie t o s
. n

s ean felices y rebosen de la alegría y la


fortaleza de l universo ; q ue vuestras vida s

1 34
M o r a d a a z

de n fruto e n el mundo y q ue flore ca en ,


z

v uestros cora ones la noble a de l p 0 pó


z z r

sito Sed t ambién fuertes y decidid o s ;


.

y o jalá podais cu mplir vuestro designio


espiritua l consagr ándoo s a Dios
,
.

Om S h an t i , S h an t i S h aht z
'

—Urn P az P az P az .
.
, ,
L A S s iguien tes p a la br as fuer on dich as por
R ab i n dr a n at h Tago r e an t e un audi t o r io de
n i ñ os
j p
a on eses y es t udia n t es de la E scuela
N o r ma l de Talez a E sfr es an t a n plen amen te
'

los i dea les de S h an t in i/z et a n , q ue las cr eo


út i les par a los lect or es de est e li br o, a
i n de
co munica r les el es
pir it u co n q ue R a bi n dr a
n at h Tagor e se ¡bo n e en co n t a ct o con los maes
t r os 11 discáb ulos de su E scuela
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

y aun lo s mismos estudiante s de esto s


tiempos de s u p erior sabiduría se aver ,

ii e nz a ; digo q ue creo en una vida ideal


n
g ,
.

Creo q ue una flor e cilla esconde una fuer a z


'

viva en su belle a más poderosa q ue un


,
z ,

cañ ón Maxim Creo que en el canto de.


,

un p ájaro la Naturaleza se e spr e sa c on


,

una e e j ía más grande que la que el r u


n r

jido ensordec e dor de un bombardeo ma


n iñ e st a Creo u e un ideal s e cierne s o
q
.

b r e la tierra un ideal de un paraíso que


'

no es un mero p roducto ma¡ nat i o sino 1 1 v ,

la última realidad a que tienden todas las


cosas Creo q u e esta visión de l p ara so e s
. i

e v idente en la luz del sol en el v e rdor ,

de la tierra en el manar de las aguas


, ,

e n la hermosura de la primavera en la ,

p az de la mañana de invierno Por todas .

p artes este espíritu del p araíso está des


i e r t o y saca s u v o z de la tierra Somos
p .

s o rdos a su llamada la olvida mos ; pero


,

la voz de la et e rni d ad se derra ma como


M o r a d a p a z

de un órgano p otente y lle ga a lo más


hondo de nuestro se c su música r on .

Aunq ue no lo sepamos es verdad q ue en ,

todas partes h o mbres y mujeres viven en


el ambiente de est o s s o nidos y q u e esta
voz de lo eterno le s llega a su interior oir .

Ella modul a la melodía de las arpas de


la vida impulsá n do o s en secret o a añn ar
,
n

nuestras vida s pr o p ias de acuerdo con,

el ideal y a elevar nuestra aspiración


,

al cielo como las flores exhalan su aro


,

ma en el aire y los p ájaros sus cantos .

Aun los más de p rav ad o s se han c o mo n

v ido en algunos momentos de su vida con


esta o y p or eso no se han perdido de l
v z

todo ; han sentido en lo más hondo una


belleza bajada a ellos del cielo mismo .

Es p osible q ue estas cosas os pare can z

aleluyas infantiles demasiado disparata


,

das p ara que las crea una p ersona mayor .

Pero yo s oy uno de esos niñ o s q ue nunca


se hacen viejos y me atre vería a pedi
,

1 43
R a b i n d r a n a t h T a g o r e

ros q ue me ac oj iér ais como u o de vo s n

otros .

Sé q ue a lgunos de los q ue me oyen


están estudiando p ara maestro s Esa e s .

también mi vocación p ero no me pr e ,

p araron par a ello Y o tengo una escuel a


.

d o nde intentamos inculcar a lo s niños la


y
ciencia mejor lo s más altos ideales de

la vida H e de con fesar q ue yo fui un


.

tunante y q ue dej é de ir al colejio cuan


do tenía trece años conque mi ejem p l o ,

no e s buen o de seguir ; pero luego h e tra


tado de de sq uit a me de l tiempo p erdi do
r

y me h e puesto a e s ta tarea de e ns eñ ar a
mis n iños de B o lpur .

Para s e r maestro de niños e s comp le


tamente necesario se como un niño 0 1 r ,

vidar lo q ue sabemos y q ue hem o s llega


do al término de los conocimientos Si se .

quiere s e un verdadero guía de niño s


r ,

n o hay u e p ensar e n q ue s e tiene más


q
edad ni que se s abe más ni nada por e l
, ,

1 44
R a b i n d r a n a t h T a
g o r e

p lacere s eternidad en el fondo Por


s in .

e so intentamos dar a todo a fuerza de ,

añadiduras un a s pecto de p ermanencia


, .

El hombre a nsioso de prolongar el pla


,

cer intenta s ólo sumar y tememos dete


, ,

n e n o s p or mie d o de que algún día to d o


r

termine .

A la verdad es a la q ue no le im p orta
s e r p equeña ni llegar a un f i n c o mo un ,

p oema q ue no por terminado está muer


,

to y no porque un poema esté com


,

p uesto de versos in finit o s pues s i e s o ,

fuera así sabría mos q ue el p oema no era


,

verdad El verdadero poema sabe cuan


.

do concluir ; se ha c ojido a algún ideal


p erma nente del hombre que es de todos ,

los hombres y el p rincipio interior de ,

toda la creación Si un poema ha alcan .

zado este ideal de p er fección sabe q ue , ,

deteniéndose no muere sino vive , ,


.

Así el encontrar s e v erdadero p uede


,

p ermitir s e finalizar porque nunca llega ,

1 50
M o r a d -
a p a z

a untérmin o sino que tien e s u continui


,

dad e la verdad En lo q ue somo s e r


n . v

dad somos inmortales , y cuando estamo s


,

de p arte de la verdad estamos de parte ,

de la inmorta lidad Pero el h o mbre al dar .


,

su vid a a cambi o de objetos sin sentido ,

la derrocha ; y si hac emos de estas cosas '

nuestra meta entonces la vida e s una ,

vida de muerte .

En nuestro vi ir diario nos encontra v ,

mo s con muchos h o mbres q ue pasan


c omo s ombras s obre n uestra ida ; pero v

cuando nos encontram o s e n la verdad ,

tod o es di ferente Nosotr o s nos hemos .

reunido e n este r i n c ó n de la p atria .

Como yo ansiáis la verdad Tod o s so


,
.

mos niñ o s q ue lloram o s a oscuras p or


nuestra M adre eter a sin saber q ue ella n ,

está mientras tanto en la cama con


, ,

nosotro s Ign o rantes creemos que esta


.
,

mos separados ; pero cuando la lámpara


s e enciende vemos q ue nuestra M adr e
,

1 5 1
R a b i n d r a n a t h T a g o r e

no s e había mo v ido de allí Entonce s sa .

bemos que s o mos hijos de la misma Ma


dre que enmedio de las di ferencias de
, ,

ra a y de clima s o mos hij o s de la misma


z ,

M adre ; y el grito de la India ,

de lo irreal a lo real de la oscur idad a ,

la lu de la muerte a la
z ,

sale de nuestr o s labios O yendo esta ora ”

ción sabemos q ue aquellas di ferencia s


,

son lo irreal y que lo real es q ue s o mos


,

uno Baj o estos árboles hem o s llamad o a


.

El con voces unidas Padre y hemos


, , ,

s abido q ue este es nuestro verdadero


p arentesco el cual nunca p odrá perder
,

s e s ino ue seguirá hondo en n ue s tra s


, q , ,

almas .

Nuestro p arentesco p ersonal con este


mundo comen ó en el amor La M adre z .

nos traj o el amor de l Padre nos envolvió


,

y nos nutrió Poco a p oco con la clave.


,

de e s te amor llegam o s a e q ue sólo ,


v r

este p arentesco e a el de finitivo Lo s r .

1 5 2
R a b i n d r a n a t h T a g o r e

ve a vivir de nue o Así son todas las v .

relacio n es verdaderas y p ermanecerán ,

hasta el fin de nuestras vidas sin p erder ,

s e jamás Irán creciendo y entrarán en


.
,

una vida grande q ue tendrá la reali a ,


z

ción de su pr o pósito en lo q ue ha de
venir Y yo o fre co a Di o s mi o ración
. z

p ara q ue El nos lleve de todo lo q ue e s


trivial sin sentid o inconex o y estra no a
, , ,

la verdad del amor .

¡Llévan o s a 10 R eal a la Verdad q ue ,

es eterna ! ¡D e esta o scuridad q ue nos c ie


a a la Ve r da d in f inita q u e dice
q u e Tú
g ,

eres nuestro Padre verdader o ! ¡L íb an o s r

de las tinieblas del deseo esa m i ser a de l ,


i

corazón ! ¡Entramos en la lu ! z

¡D e la muerte llévanos a lo
,
Inmortal !

¡D e todo lo que es tran s itorio llévanos a ,

la Verdad eterna !

F IN

DE M OR AD A DE P A!
ÍNDI C E

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