Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
M e r l í n , como si h u b i e r a oído esos pensamientos, d i j o : — ¿ M i . . . hijo? L.Vr-.m' >uS ',;rv(;tMCr -.t.., 10 Las a l m e n a s son
—A p a n i r de hoy estaremos cerca, porque así está escrito.
— ¿ e ñ o r , concebirás u n n i ñ o con lady I g r a i n e . Y con ese cada u n o de los pris-
Es el d e s t i n o . Así que no perdamos el t i e m p o , señor. Sé lo mas que c o r o n a n los
n i ñ o h a b r á s de pagar el favor que ahora te hago. Cuando t u
que te i n q u i e t a , y puedo ayudarte. h i j o nazca, debes e n t r e g á r m e l o . Yo m e ocuparé de él s e g ú n
m u r o s de las a n t i g u a s
fortalezas en las q u e
El Rey vaciló. m i v o l u n t a d . . . Pero no temas: te aseguro que m i v o l u n t a d los defensores se
—Entonces s a b r á s que deseo a u n a m u j e r i m p o s i b l e . . . , obrará siempre a t u favor y e n beneficio de t u r e i n o , y que resguardaban.
y que por ella estoy en guerra —reconoció a l f i n , contra- el n i ñ o crecerá en las mejores condiciones^
riado. U n r e m o l i n o de s e n t i m i e n t o s contradicíorios crecía e n
En efecto, el corazón del Rey se c o n s u m í a por lady Igraine. el pecho del Rey.
Se h a b í a e n a m o r a d o de ella a p r i m e r a v i s t a , d u r a n t e unos —Sé que no es poco — a g r e g ó M e r l í n — . Pero es lo que te
festejos que se h a b í a n llevado a cabo e n el palacio, y de pido a cambio de m i ayuda. ¿Estás de acuerdo?
i n m e d i a t o i n t e n t ó c o n q u i s t a r l a . Pero e l l a , casada c o n —Se h a r á como tú digas —respondió Uter P e n d r a g ó n ,
6 Comualles es una
Gorlois, el duque de Comualles , rechazó sus galanteos. decidido.
r e g i ó n s i t u a d a al
sudoeste de I n g l a t e -
Ansioso p o r volver a v e r l a , el Rey e n v i ó u n m e n s a j e a l El m a g o inclinó l i g e r a m e n t e la cabeza a n t e el Rey, en
rra, a u n o s 350 k m de d u q u e . Le ordenaba presentarse a la brevedad en la cor- señal de acuerdo y a g r a d e c i m i e n t o .
Londres. t e , j u n t o a su esposa, por asuntos políticos. Gorlois, que - A h o r a , señor, vuelve con los tuyos —le d i j o m i e n t r a s
Una 'iPvc"""ntor^i conocía b i e n el m o t i v o o c u l t o de la convocatoria, se n e g ó se alejaba—. Y al caer el sol. dirígete a solas a T i n t a g e l .
es el a n u n c i o o e s c r i t o
a asistir. El Rey, desesperado, optó por la fuerza: a c u s ó a l Esta m i s m a noche se c u m p l i r á t u deseo.
c o n que se cita a u n a o
m á s personas para q u e duque de traición y le declaró la g u e r r a . D u r a n t e días sus
concurran a un lugar o tropas a r r e m e t i e r o n s i n tregua —pero s i n éxito— c o n t r a
un acto determinado, el c a s t i l l o de T i n t a g e l , d o n d e v i v í a n Gorlois e I g r a i n e .
8 Se l l a m a ' . - • ala M u c h o s h o m b r e s de ambos bandos h a b í a n m u e r t o al pie El n a c i m i e n t o d e A r t u r o
s u s p e n s i ó n de la lucha,
de los m u r o s fortificados. Y el asedio a ú n c o n t i n u a b a .
por d e t e r m i n a d o t i e m -
po, e n t r e e n e m i g o s en
—Agradezco t u sinceridad, señor — d i j o M e r l í n — y por ^ orlois, el duque de C o m u a l l e s , llevaba varias
u n a guerra, eso yo t a m b i é n voy a h a b l a r t e con franqueza. Te aconsejo horas ausente d e l c a s t i l l o . N a d i e s a b í a c o n
9 La aldea de í m t a g e t que h o y m i s m o ordenes la r e t i r a d a de los soldados que certeza si h a b í a cafdo o no en la b a t a l l a , pero
y s u c a s t i l l o , al n o r t e s i t i a n T i n t a g e l . Yo te a y u d a r é a e n t r a r e n el castillo de o t r o lo cierto es que efectivamente h a b í a m u e r t o .
de la costa a t l á n t i c a de
m o d o , y a s í p o d r á s d o r m i r con la m u j e r que t u corazón Y M e r l í n h a b í a obrado u n e n c a n t a m i e n t o para que Uter
Comualles, son m e n -
c i o n a d o s por p r i m e r a tanto anhela. . P e n d r a g ó n t u v i e r a , d u r a n t e u n a s horas, el s e m b l a n t e y
vez c o m o u n o de los El Rey se p r e g u n t ó c ó m o lograría el m a g o ese p r o d i g i o , l a voz d e l duque.
posibles lugares de pero se dio cuenta de que no debía i n t e r r u m p i r l o . —Habla lo menos posible y sube cuanto antes a la alcoba
o r i g e n del rey A r t u r o ,
— E n c u a n t o a l d r a g ó n de tus s u e ñ o s — c o n t i n u ó Mer- —le indicó el mago—. Y recuerda que debes p a r t i r de allí al
por el h i s t o r i a d o r
l i n — , no debes p r e o c u p a r t e . H a y sangre de d r a g ó n e n alba, antes de que cante el p r i m e r gallo. De lo c o n t r a r i o ,
gales Codofredo de
M o n m o u t h en Historia tus propias venas. Ese es t u l i n a j e , y ese será t a m b i é n el serás descubierto.
Regum Brítannice en el l i n a j e de t u h i j o . Los i m p o n e n t e s m u r o s a l m e n a d o s de T i n t a g e l se
s i g l o XIII. El rey Uter alzó las cejas, c o n f u n d i d o . alzaban e n u n a c a n t i l a d o , sobre el incesante oleaje del
54 La leyenda del rey Arturo ^ cwjifW^ 55
andar u n b u e n trecho entre hombres m u e n o s , espantando tomado para ella u n aire i r r e a l , como sucede a veces cuando
las aves de r a p i ñ a que v o l a b a n sobre los cadáveres a ú n no t e r m i n a m o s de despertamos de u n s u e ñ o e x t r a ñ o .
insepultos de u n o y otro bando. Sus dos hijas mayores, a su vez, se casaron con caballeros
C u a n d o el Rey, c o n el aspecto de G o r l o i s , l l e g ó a las de l á c o n e de Uter. M o r g a n a , que a ú n era u n a n i ñ a , fue
puertas de T i n t a g e l . los cortesanos acudieron a r e c i b i r l o , enviada a u n convento, donde la educaron y la i n i c i a r o n
contentos de ver regresar a su soberano. en las artes secretas de la m a g i a .
—¡Vives, m i señor! — e x c l a m ó lady I g r a i n e . Pasaron meses de t r a n q u i l i d a d en el r e i n o . El embarazo
—Eso parece... — m u r m u r ó é l — . Pero estoy exhausto. de I g r a i n e , m i e n t r a s t a n t o , progresó s i n complicaciones.
M o r g a n a , la m á s p e q u e ñ a de las tres h i j a s de I g r a i n e , Y cuando faltaban pocos días para el n a c i m i e n t o del n i ñ o ,
los o b s e r v a b a desde u n r i n c ó n . P o s e í a u n a i n t u i c i ó n M e r l í n se reunió con Uter y le recordó el pacto que h a b í a n
m u y a g u d a y sospechaba que a l l í estaba o c u r r i e n d o sellado aquella vez en el bosque.
algo e x t r a ñ o , a u n q u e no lograra f o r m u l a r sus dudas e n —Se h a r á c o m o a c o r d a m o s — d i j o el Rey—. Te d i m i
palabras. Nadie p o d í a predecir entonces que, a ñ o s m á s palabra y no he olvidado m i promesa.
t a r d e , la n i ñ a se t r a n s f o r m a r í a e n u n a t e m i d a y poderosa Una semana m á s tarde, Lady Igraine dio a luz a u n rollizo
hechicera. bebé. Mientras ella dormía y descansaba del parto. Uter envol-
Uter se apresuró a subir a la alcoba m a t r i m o n i a l , donde vió a la criatura en una suave tela de seda bordada con hilos
disfrutó de l a anhelada noche de a m o r j u n t o a I g r a i n e . Y de oro y. no sin r e m o r d i m i e n t o s , se la entregó a M e r l í n .
a l alba, cuando el cielo a ú n era u n m a n t o gris tachonado —Puedes estar t r a n q u i l o , s e ñ o r — d i j o el m a g o — . Se
de estrellas, se vistió en silencio, besó los ojos d o r m i d o s a c e r c a n t i e m p o s t u r b u l e n t o s para t u r e i n o . M i e n t r a s
de su a m a n t e y se m a r c h ó . t a n t o , t u h i j o crecerá feliz y entre gente h o n o r a b l e , hasta
Horas m á s t a r d e , poco después de las salida del sol, lady que llegue su h o r a .
Igraine recibió la noticia de que el duque de Comualles había Dicho esto, Merlín panió con el bebé. El rey Uter los miró ale-
caído e n la batalla el día a n t e r i o r . La d a m a c o m p r e n d i ó jarse, hasta que los perdió de vista tras las verdes colinas.
que su esposo ya estaba m u e r t o a l a h o r a en que h a b í a n M i e n t r a s t a n t o , lady Igraine h a b í a despertado. A l c o m -
d o r m i d o j u n t o s . Esto la llenó de u n doloroso asombro. ¿A probar la ausencia del n i ñ o , lloró m u c h o . Luego recordó
q u i é n h a b í a abrazado entonces? ¿O acaso no h a b í a sido la noche en que lo h a b í a concebido, y u n a idea v i n o a dar
n Las aves de r a p i ñ a
m á s que u n sueño...? u n t i b i o consuelo a su corazón acongojado:
son c a r n í v o r a s y —De u n fantasma, solamente puede nacer otro fantasma
t i e n e n pico y u ñ a s m u y
Días d e s p u é s , Igraine descubrió que estaba e n c i n t a , y el
desconcierto y la m e l a n c o l í a se apoderaron de su corazón. —se d i j o en voz baja.
p u n t i a g u d o s , c o m o el
á g u i l a y el b u i t r e . Pero g u a r d ó el secreto para s í . Y volvió a h u n d i r s e e n las b r u m a s del s u e ñ o .
%
cuidadosamente con u n sucesor d i r e c t o , la frágil concordia o b t e n i d a e n t r e los Siguiendo el consej o de M e r l í n , el arzobispo hizo circular
algún objetivo, pueblos de B r e t a ñ a se r o m p i ó . Los barones m á s ambiciosos l a convocatoria s i n d e m o r a . -
l e c . i i : ' . f f b ; . M \s una
comenzaron a disputarse el t r o n o vacante, m i e n t r a s que Para el alba del día de N a v i d a d , u n a m u l t i t u d de caballe-
a n t i g u a c i u d a d del su-
reste de I n g l a t e r r a , Fue
bandas de h o m b r e s armados recorrían el r e i n o a caballo ros, nobles y aspirantes a l t r o n o llegados de todas partes
un i m p o r t a n t e centro y a p r o v e c h a b a n el c l i m a de a n a r q u í a " para saquear'-^ y d e l r e i n o se h a b í a congregado e n l a c a t e d r a l . Y o c u r r i ó
de p e r e g r i n a j e d u r a n t e d e s t r u i r las aldeas. Pero las desgracias n o t e r m i n a b a n que, a l t e r m i n a r la p r i m e r a m i s a , los hombres salieron a
la Edad M e d i a a h í : los pueblos extranjeros acechaban las fronteras, a
V La p r i m e r a cons-
la calle y se e n c o n t r a r o n allí con u n g r a n bloque de m á r m o l
la espera del m o m e n t o p r o p i c i o para i n v a d i r . atravesado por u n a hermosa espada. En letras de o r o , se
t r u c c i ó n religiosa de
I n g l a t e r r a , la c a t e d r a l A n t e este p a n o r a m a t a n d e s o l a d o r , e l a r z o b i s p o de leía la s i g u i e n t e i n s c r i p c i ó n :
de L o n d r e s fue hecha Canterbury, m á x i m a a u t o r i d a d de la Iglesia, convocó a
(
en m a d e r a , en el a ñ o M e r l í n . La r e u n i ó n se llevó a cabo u n a tarde m u y fría, e n Q U I E N LOGRE SACAR ESTA ESPADA DE LA P I E D R A N
6o4- Esta c o n s t r u c c i ó n
la i m p o n e n t e catedral de Londres. ES E L VERDADERO REY DE BRETAÑA. /
o r i g i n a l fue renovada
El p r e l a d o ' ' era u n h o m b r e a l t o y calvo, de p e q u e ñ o s
en los a ñ o s 675. 962.
V1087 pero se q u e m ó ojos negros. La aparición sorprendió a todos. H u b o voces de júbilo y
^ Ife
en el g r a n i n c e n d i o — P r u d e n t e a n c i a n o , c o m o ya sabes, los sajones'" nos m u r m u l l o s de sospecha. Después, cada u n o de los presentes O
de 1666 y t u v o q u e ser asedian... y t a m b i é n nos acosan la m i s e r i a , la v i o l e n c i a y trepó a l bloque de m á r m o l e i n t e n t ó r e t i r a r la espada, cuyo
reconstruida.
el caos —le d i j o a l m a g o , m i e n t r a s lo i n v i t a b a a sentarse- n o m b r e era Excalibur. Pero n i n g u n o , n i el m á s fuerte de
'í-- Se l l a m a v•'Ad•^:> al
superior eclesiástico
Es preciso elegir u n n u e v o rey s i n d e m o r a . Tú s i e m p r e aquellos recios ' caballeros, logró siquiera moverla u n cen-
21 A q u í caob significa
d é l a Iglesia c r i s t i a n a , aconsejaste b i e n a Uter. D i m e si tienes algo en m e n t e . tímetro del lugar donde estaba firmemente incmstada. u n estado de c o n f u -
c o m o el abad, el obis- M e r l í n , que e n efecto t e n í a u n p l a n d i s e ñ a d o , h a b l ó Entonces h a b l ó el arzobispo: sión, desorden,
p o , el a r z o b i s p o , etc. s i n rodeos. —Es evidente que el h o m b r e elegido n o está a q u í . Pero ! Se llama a
19 Los sajone-- eran u n — R e ú n e a todos los señores y caballeros que aspiren a la una a l e g r í a i n t e n s a ,
Dios nos a y u d a r á para que lo e n c o n t r e m o s . Volvamos a
pueblo g e r m á n i c o q u e q u e se expresa e x t e - ...
c o r o n a — d i j o — . Convócalos a q u í m i s m o , para la N a v i d a d . congregamos en este lugar d e n t r o de seis d í a s , para ver qué
se e s t a b l e c i ó e n Ingla- riormente.
Entonces, u n m i l a g r o s e ñ a l a r á a l nuevo rey. sucede. M i e n t r a s t a n t o , les sugiero i r a l campo y celebrar
t e r r a e n el s i g l o v . 23 Recio es s i n ó n i m o
20 V^íticinar es El arzobispo era u n h o m b r e de fe y s i n d u d a creía e n los u n t o m e o de caballeros. de f u e r t e , r o b u s t o ,
pronosticar, a d i v i n a r o m i l a g r o s , pero quedó asombrado ante la seguridad con la Todos estuvieron de acuerdo. vigoroso. .f^
profetizar que aquel h o m b r e vaticinaba'' u n o .
T
I frente a la catedral y vio la espada Excalibur que resplandecía —Ir^m^s_contigo —señaló sir Héctor, con expresión
: bajo los rayos del sol de i n v i e r n o , clavada e n el m á r m o l .
seria.
El j o v e n tiró de las riendas y s u caballo frenó e n m e d i o de
Se a l z a r o n voces e n t r e l a m u c h e d u m b r e que se h a b í a
l a calle desierta.
apiñado^" a s u alrededor.
A r t u r o , que nada s a b í a de l a e x t r a ñ a a p a r i c i ó n , resolvió
—¡Iremos todos! — g r i t a r o n .
t o m a r el a r m a para llevársela a su h e r m a n o .
E n efecto, el t o r n e o q u e d ó e n suspenso, y u n a m u l t i -
" C u a n d o Kay t e r m i n e de c o m p e t i r , la d e v o l v e r é a su
t u d m a r c h ó , en solemne y expectante s i l e n c i o , h a c i a l a
t^- • lugar", pensó.
catedral.
De u n salto se subió a l bloque de m á r m o l , tomó la e m -
— A r t u r o , coloca l a espada e n su l u g a r —pidió sir Héctor
p u ñ a d u r a y tiró. Y la espada, r e l u c i e n t e , salió s i n n i n g u n a
cuando l l e g a r o n . • v ^ •' ' •: > t ^ •; • - a
dificultad.
S i n t e r m i n a r de c o m p r e n d e r l o que estaba o c u r r i e n d o ,
A r t u r o obedeció. La espada quedó de nuevo h u n d i d a en la
roca. Entonces sir Héctor tiró de ella con toda sus fuerzas,
s i n n i n g ú n resultado. Luego le pidió a Kay:
A r t u r o se c o n v i e r t e e n r e y
—Haz l a p r u e b a .
Kay lo i n t e n t ó y t a m b i é n fracasó.
o pude e n c o n t r a r l a t u y a , h e r m a n o — d i j o Ar-
— A h o r a te toca a t i , A r t u r o — d i j o entonces sir Héctor.
t u r o a l llegar j u n t o a Kay y sir Héctor—. Pero
Pero el j o v e n n o llegó a tocar l a espada. U n g r u p o de
d i m e si esta espada n o es i g u a l de l i n d a . . . o
h o m b r e s , ansiosos p o r i n t e n t a r ellos m i s m o s l a proeza,
incluso m á s .
lo d e s p l a z ó v i o l e n t a m e n t e . Y tras ellos se f o r m ó ensegui-
" • ' L l e n o de e s t u p o r , Kay m i r ó l a espada, l u e g o m i r ó a
da u n a l a r g a f i l a , pues n i n g u n o q u e r í a dejar de p r o b a r
A r t u r o y f i n a l m e n t e volvió a m i r a r la espada. Lo m i s m o
s u e r t e , n i s i q u i e r a e l m á s h u m i l d e p a s t o r . Pero n a d i e
h i z o sir Héctor. Ambos s a b í a n de dónde p r o v e n í a el a r m a ,
lo c o n s e g u í a .
pues la h a b í a n visto al pasar j u n t o a la catedral, y otros
Entonces, e n m e d i o de l a m u l t i t u d y e l g r i t e r í o , se a b r i ó
caballeros les h a b í a n referido los sucesos de esa m a d r u -
paso el arzobispo de Canterbury. ¡pi
g a d a . A u n a s í , con u n a mezcla de t e m o r y a s o m b r o , sir
Héctor p r e g u n t ó : — ¡ E s s u f i c i e n t e ! — e x c l a m ó — . Que h a g a l a p r u e b a el
t^cyha, y t.^u:k^ l 63
diaciones de l a c a t e d r a l , todos los presentes se h a b í a n También lo acompañaron los señores Ulfius, Madory Brastias, o h e r m a n o s de leche a
hincado ante el conmocionado A n u r o , t a n t o los ricos como por n o m b r a r solamente a algunos, ya que fueron muchos los los n i ñ o s q u e h a b í a n
^9^e con side raba bas- sido a m a m a n t a d o s p o r
nobles que acudieron a colaborar con el nuevo monarca.
1 t , i r d n al h i j o n a c i d o los pobres, los j ó v e n e s como los viejos. la m i s m a m u j e r
de u n a u n i ó n n o m a t r i - —¡Queremos que A r t u r o sea nuestro Rey s i n m á s demora! Todos ellos a y u d a r o n a A r t u r o a o r g a n i z a r u n e j é r c i t o 33 Tenaz significa
monial. sólido y tenaz, para p o n er f i n a las pretensiones de los
—gritó la m u l t i t u d — . ¡Dios d i c t a m i n ó que a s í debe ser, y firme y persistente en :
30 C o n s t e r n a c i ó n
n o daremos t r e g u a a l que se oponga! rebeldes d e n t r o del r e i n o y t a m b i é n para frenar el c o n t i - un propósito.
es s i n ó n i m o de g r a n
Entonces, en solemne procesión, e n t r a r o n en la catedral. n u o a s e d i o ' ' de los sajones e n las f r o n t e r a s . 34 A s o d i o es la a c c i ó n
aflicción o p e s a d u m -
de i m p o r t u n a r a a l -
bre e x t r e m a . U n a vez que e s t u v i e r o n todos r e u i ú d o s , A r t u r o colocó l a Fueron a ñ o s de enormes pruebas y dificultades... A ñ o s
g u i e n sin descanso c o n
poblados de crueles, s a n g r i e n t a s y largas b a t a l l a s q u e pretensiones.
acabaron con la vida de cientos de combatientes. A l cabo
h a b í a n puesto de acuerdo para volver a r e u n i r s e a l d í a 37 Para los a n t i g u o s
de ese t i e m p o , A r t u r o no solo se h a b í a convertido en u n
a s t r ó n o m o s , la Tierra
h o m b r e , sino t a m b i é n en u n guerrero entrenado y feroz y, s i g u i e n t e , esta vez a solas.
p a r e c í a el c e n t r o de
sobre todo, en u n rey querido por su pueblo, pues n u n c a La joven tenía grandes ojos grises, de u n b r i l l o i n u s u a l , u n a 'esfera celeste" o
cedió en su objetivo de obtener la paz y el bienestar, t a n t o que recordaban las tonalidades del m a r én u n día de tor- esfpra di? los c i f i o s
entre los nobles como entre los h u m i l d e s . m e n t a , y h a b r í a sido difícil e n c o n t r a r u n a d a m a a s í de salpicada de estrellas.
A lo largo de esos a ñ o s , Merlín estuvo siempre j u n t o al Rey atractiva e n toda B r e t a ñ a . Su padre, sir Leodagan, h a b í a i
para darle sus consejos o para ayudarlo con su magia. Por eso, sido u n viejo a m i g o de Uter P e n d r a g ó n . '
cuando los conflictos m e r m a r o n , y pudo respirarse algo de —Entonces, m i señor —dijo Merlín despertando a
paz y concordia en el reino, A r t u r o también acudió al mago A r t u r o , que se h a b í a e x t r a v i a d o en el dulce recuerdo de
para pedirle su opinión sobre u n asunto m á s í n t i m o . su a m a d a — , no es m i consejo lo que q u i e r e s , s i n o m i
Era u n a tarde agradable, con u n cielo n a r a n j a atravesado c o n s e n t i m i e n t o , pues m e parece evidente que nada de lo •
por nubes ligeras. M e r l í n y A r t u r o i b a n a caballo fuera de que yo pueda decirte te h a r á c a m b i a r de o p i n i ó n .
los m u r o s de Camelot. —Es probable que a s í sea —acepjó A r t u r o .
—He estado pensando... —dijo de pronto A r t u r o — . Aunque M e r l í n n o a g r e g ó n a d a m á s . < ^ b í a que e n el f u t u r o
las cosas comienzan a m a r c h a r m e j o r , todavía hay barones G i n e b r a t r a i c i o n a r í a a A r t u r o c o n L a n c e l o t . u n o de los
rebeldes en el reino... M e p r e g u n t o si no sería conveniente caballeros m á s v a l i e n t e s que a l b e r g a r í a la c o r t e . Pero V'^
que yo tuviera u n h i j o , para asegurar la sucesión. t a m b i é n c o m p r e n d í a q u e e r a i n ú t i l a d v e r t i r a l Rey V j ? ^
—En verdad es aconsejable, señor — c o n v i n o el m a g o — . sobre estos h e c h o s , p o r q u e el a m o r es u n a fuerza m á s ' V '
Has t e n i d o u n a idea acertada. A u n q u e no sé si pensaste p o d e r o s a que el m e j o r h e c h i z o d e l m a g o m á s d i e s t r o
que para eso hace f a l t a , antes, u n a esposa... de l a T i e r r a S
A r t u r o sonrió, y e l m a g o lo tomó por el h o m b r o . M e r l í n , Así fue como, al poco t i e m p o , se celebraron las bodas.
a veces, d i s f r u t a b a t r a t a n d o a l Rey como si a ú n fuera el Y los festejos se p r o l o n g a r o n d u r a n t e varios d í a s . H u b o
jovencito i n g e n u o de otros t i e m p o s . banquetes, torneos, juegos, partidas de caza y bailes.
—Lo sospechaba — d i j o A r t u r o — . Pero no quiero elegir Sir Leodagan, el padre de la n o v i a , le e n t r e g ó a A r t u r o
esposa s i n t u consejo. u n regalo especial. Era u n a g r a n d í s i m a mesa c i r c u l a r ,
- G r a c i a s — d i j o Merlín—. M e h o n r a t u confianza en que representaba la esfera de los cielos y la t o t a l i d a d d e l
u n a s u n t o t a n personal. A u n q u e m e atrevo a sospechar m u n d o . Alrededor de esa mesa redonda —que o r i g i n a l -
que ya tienes u n a m u j e r e n l a m e n t e . O, m e j o r d i c h o , m e n t e h a b í a sido c o n s t r u i d a por M e r l í n — p o d í a n sentarse
en el corazón. c i e n t o c i n c u e n t a personas. A ñ o s a t r á s h a b í a pertenecido
—Así es —volvió a sonreír A n u r o — . Su nombre es Ginebra. a Uter P e n d r a g ó n , que a su vez se la h a b í a obsequiado a
Es la h i j a de Leodagan. el señor de Camylarde. Leodagan, en a g r a d e c i m i e n t o por los servicios prestados
El Rey h a b í a conocido a la h e r m o s a doncella d u r a n t e a la Corona.
u n a c o n c u r r i d a cena de los nobles en C a m e l o t . A r t u r o y La mesa fue colocada e n el centro del salón m á s grande
Ginebra h a b í a n i n t e r c a m b i a d o miradas encendidas toda y l u m i n o s o del castillo. Allí se r e u n i e r o n A r t u r o y M e r l í n ,
l a noche y, cuando llegó el m o m e n t o de despedirse, se u n a vez que concluyeron los festejos de la boda.
—¿Te gusta? — p r e g u n t ó el mago—. Fabriqué esa mesa
67
u n o l l a m a d o A s i e n t o P r o h i b i d o o Peligroso, que estaba árboles de raíz. Oí truenos y cayó u n rayo a m i s espaldas. del Espíritu Santo.
o el cáliz q u e se u s ó
Y de la nada, v i aparecer u n caballero. 4 ., U n a 'ps' • es u n a
para recoger la sangre d e s t i n a d o e n f o r m a e x c l u s i v a a l c a b a l l e r o de c o r a z ó n narración p o p u l a r e n
de Cristo, La b ú s q u e d a m á s p u r o , a q u e l que l o g r a r a dar c o n el Santo C r i a l . * ' " I b a m o n t a d o y a r m a d o , y s i n d e c i r u n a p a l a b r a , se
q u e se relatan hechos
del Santo Crial es u n
C u a l q u i e r o t r o que se atreviera a ocupar ese s i t i o s e r í a arrojó h a c i a m í . M e golpeó en l a cabeza y, t o m á n d o m e heroicos de personajes
elemento fundamental
t r a g a d o p o r la t i e r r a . desprevenido, me h i z o caer al suelo. No sé c ó m o c o n s e g u í h i s t ó r i c o s , legendarios
e n las h i s t o r i a s relacio-
A p a r t i r de la creación de la O r d e n , los Caballeros de la p o n e r m e de pie antes de que volviera a atacarme. Desen- o tradicionales.
nadas con el rey A r t u r o
y sus caballeros. Mesa Redonda se r e u n í a n en Camelot u n a vez al a ñ o , para
68 La leyenda del rey Arturo
como se debe, s i n que te vean... Y t a m b i é n podrás asistir " E l l a m e c o n t e m p l a b a a t ó n i t a . ^ ' Estaba m á s bella que
al f u n e r a l de sir Esclados antes de p a n i r .
nunca.
" S e g u í los consejos de la buena L u n i l d a y a s í , luego de
"—Es raro — d i j o tras u n largo silencio, m i r á n d o m e a los
comer y h a l l a r u n rincón confonable para echarme, d o r m í
ojos—. Hoy te veo por p r i m e r a vez, y s i n embargo tengo
p r o f u n d a m e n t e hasta el otro d í a .
l a s e n s a c i ó n de que ya te conozco.
"Cuando d e s p e n é , los funerales de sir Esclados ya ha-
eso, s e ñ o r a , algunos lo l l a m a n a m o r — d i j e yo.
b í a n comenzado.
" E l l a s o n r i ó , y su sonrisa m e llegó al c o r a z ó n c o n l a
"Y a u n q u e n a d i e p o d í a v e r m e , s u p o n g o que a l g u i e n
fuerza de u n ejército.
h a b r á escuchado el suspiro que escapó de m i pecho e n el
"Laudine me pidió que le diera t i e m p o para considerar la
m o m e n t o en que m i s ojos se posaron sobre el rostro de l a '
propuesta. Acepté, pero s e g u í v i s i t á n d o l a cada d í a , hasta
bella L a u d i n e . . . No vale la pena que i n t e n t e describirla o
obtener su c o n s e n t i m i e n t o .
c o m p a r a r l a con algo conocido. Solo diré que, s i n d u d a ,
—La boda será en u n mes, señores —dijo por fin sir Iván,
era la d a m a m á s h e r m o s a que yo h u b i e r a visto e n t o d a
concluyendo su relato—. ¿Me honrarán con su presencia?
m i vida de caballero e r r a n t e .
El rey A r t u r o y los Caballeros de la Mesa Redonda d i j e r o n
"Laudine lloraba en silencio. Quise ser u n a l á g r i m a para
que a s í lo h a r í a n y se p u s i e r o n de pie para f e l i c i t a r a I v á n ,
tocar su m e j i l l a , para resbalar h a d a su triste y dulce boca.
el i l u s t r e enamorado.
" A l t é r m i n o del f u n e r a l , m e r e u n í con L u n i l d a y le pedí
que m e p e r m i t i e r a conservar el a n i l l o u n t i e m p o m á s .
Ella m e p r e v i n o : os:^ yil
"—Tienes u n a s e m a n a , m i s e ñ o r . Luego, l a m a g i a se La a v e n t u r a d e s i r P e l i n o r
desvanecerá.
"A c o n t i n u a c i ó n , v i v í días e x t r a ñ o s , días de e n s u e ñ o , o u r a n t e l a boda de sir Iván y L a u d i n e , u n pastor
como u n fantasma... Iba y v e n í a por el castillo, siguiendo a se presentó desesperado ante el rey A r t u r o y
L a u d i n e , estudiando de cerca y a m i a n t o j o la f o r m a de sus los caballeros de l a Mesa Redonda.
m a n o s y la curva de su cuello, oliendo su p e r f u m e , acer- — M i h i j a fue raptada por u n g i g a n t e —ex-
cando m i rostro a su rostro para respirar su a l i e n t o . . . p l i c ó , e n m e d i o de sollozos—. Lo p e r s e g u í a t r a v é s d e l
"Cuando la semana se c u m p l i ó , yo estaba p e r d i d a m e n t e bosque, pero cuando t o m ó el C a m i n o Oscuro no m e atreví 45 Atónita significa
enamorado. pasmada o espantada.
a c o n t i n u a r tras sus pasos. Les ruego que m e a y u d e n .
40 u iind^' es el límite
" L u n i l d a y yo nos r e u n i m o s en el patio del castillo, donde Tras oír este relato, fue sir Pelinor q u i e n solicitó permiso de un reino o de una
le devolví la s o r t i j a de plata y le pedí que enseguida m e al Rey para socorrer a la joven h i j a del pastor. A r t u r o se provincia.
a n u n c i a r a f o r m a l m e n t e a n t e su s e ñ o r a . lo concedió. 47 Un espectro es un
"Entonces me presenté ante Laudine, me arrodillé a fantasma, es decir, la
P a r t i e r o n e n s e g u i d a , y P e l i n o r c a b a l g ó c o n el pastor
sus pies y , s i n m á s , le declaré m i a m o r con las palabras imagen de una perso-
hasta la l i n d e d e l C a m i n o O s c u r o . El c a b a l l e r o p r o - na muerta. En el texto,
m á s bellas y sinceras que e n c o n t r é . D i j e t a m b i é n que sa- m e t i ó r e g r e s a r c o n l a j o v e n s a n a y s a l v a , y l u e g o se espectral significa
bía que acababa de e n v i u d a r , pero que, a u n a s í , deseaba fantasmal, oscuro,
i n t e r n ó en el espectral- sendero, a l que j a m á s llegaba
desposarla. sombrío.
l a l u z del s o l .
72 La leyenda del rey Arturo í^cc^to, ^ t>^h£U3^ 73
81