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PERÍCIA AMBIENTAL

 Autocomposição - na qual os próprios envolvidos procuram por soluções eficazes, isto é, uma
afirmação da participação popular nas decisões, como é o caso das soluções de litígios.

Três formas de resolução de conflitos jurídicos: a mediação, a conciliação e a arbitragem.


 Mediação - A mediação pode ser caracterizada como uma possibilidade de solução dos
conflitos na qual uma terceira pessoa intervém no processo de negociação, tendo como
função básica auxiliar as diferentes partes a chegarem a uma resolução por autocomposição.
Ela não resolve o problema, mas tenta levar as partes a um entendimento mútuo. Podemos
dizer que a mediação é uma Solução Alternativa de Controvérsias (ADR – Alternative Dispute
Resolution). No processo de mediação, o mediador não deve propor soluções. Indicada em
casos nos quais há conflitos societários ou mesmo familiares, isto é, em que exista uma
relação anterior entre as partes.
 Conciliação - A conciliação e a mediação são muito parecidas. A conciliação também é
considerada como uma Solução Alternativa de Controvérsias (ADR – Alternative Dispute
Resolution). Porém, o conciliador deve ter uma participação ativa no processo, no sentido até
de sugerir soluções ao problema discutido. Por isso mesmo, a conciliação deve ser utilizada
quando não há vínculo anterior entre as diferentes partes envolvidas. Tanto a mediação
quanto a conciliação podem ser resolvidas de forma extrajudicial ou judicial. É importante que
as partes escolham, de forma consensual, o mediador/conciliador e onde será realizado o
processo.
Tanto a conciliação quanto a mediação devem seguir os princípios da independência, da
imparcialidade, do autorregramento da vontade, da oralidade, da informalidade, da
confidencialidade e da decisão informada.
a) Princípio da independência: prevê que o mediador/conciliador deve exercer sua função
com total liberdade, sem sofre qualquer tipo de pressão interna ou externa;
b) No Princípio da Imparcialidade, o mediador/conciliador não ter absolutamente nenhuma
espécie de conflito de interesses;
c) O Princípio do Autorregramento é o espírito da mediação/conciliação, isto é, as partes
devem definir qual a melhor solução para elas. Na mediação, o mediador não deve sugerir
soluções. Já na Conciliação, o conciliador pode sugerir soluções;
d) A Confidencialidade é básica, e nenhum envolvido deve utilizar as informações ali contidas
de modo diferente ao que foi definido no processo;
e) A Oralidade e a Informalidade têm a função de tornar o processo mais “palatável” para as
partes. A comunicação deve ser feita em linguagem considerada simples, e até a roupa
utilizada deve ser mais informal. O ambiente também deve ser mais simples, sem barulho ou
outras distrações. Isso proporciona um diálogo mais franco e leve entre as partes;
f) No Princípio da Decisão Informada, é importante que as partes envolvidas estejam bem
informadas, pois o consenso, seja na mediação ou na conciliação, só será atingido quando
estas partes tiverem a exata compreensão do que discutem. Uma informação qualificada,
qualifica o diálogo entre as partes.
 Arbitragem - Assim como a mediação e a conciliação, a arbitragem é uma maneira de resolver-
se conflitos na qual as partes envolvidas buscam uma terceira pessoa para tal. É considerada
uma heterocomposição. Na arbitragem, as partes envolvidas definem em qual entidade
privada será solucionada a questão, não precisando passar obrigatoriamente pelo poder
judiciário. Pode ocorrer pela cláusula compromissória ou pelo chamado compromisso arbitral:
PERÍCIA AMBIENTAL

a) Cláusula compromissória, as partes definem, antes do litígio, qual procedimento elas


adotarão, e, a partir disso, será feito um contrato;
b) Compromisso Arbitral ocorre posteriormente à instauração do litígio. As partes, após o
litígio, definem que a solução do conflito será dada no Tribunal Arbitral.

 Diferenças entre a mediação, conciliação e arbitragem:


 Mediação • Há vínculo anterior entre as partes • O mediador não propõe soluções.
 Conciliação •Não há vínculo anterior entre as partes •O conciliador pode propor
soluções.
 Arbitragem •Há sentença arbitral, o árbitro emite juízo de valor.

TEMA 2 – O QUE É PERÍCIA? A perícia é utilizada para esclarecer fatos, determinar as


causas que motivaram os fatos examinados ou estimar o que é objeto de litígio ou
processo.

 Entre as características da perícia, podemos citar (Aguiar et al., 2013):

a) Ela prevê qual é a quantidade de tempo que será necessária, o valor financeiro, qual
será a forma de pagamento e a metodologia utilizada;
b) Tem como escopo a totalidade dos fatos, documentos, informações e qualquer meio
que possa ser utilizado como prova;
c) Tem como objetivo a emissão de laudo pericial;
d) As partes envolvidas e o poder judiciário são os usuários da informação gerada;
e) Normalmente só há um perito, podendo utilizar-se de auxiliares, porém sem
responsabilidade técnica no processo;
f) A opinião profissional do perito é necessária, deve ser detalhista e demonstrada com
precisão;
g) O trabalho de perícia tem data marcada para iniciar e fechar;
h) O relacionamento de trabalho dá-se somente com o juiz, com as partes interessadas
(por exemplo, autor e réu da ação);
i) Não há divulgação externa do resultado da perícia, assim como a divulgação interna é
somente entre o juiz e as partes interessadas;
j) O perito tem a autoridade, que é concedida pelo juiz.

 Qualquer tipo de perícia judicial deve seguir o seguinte caminho:


1. Nomeação do perito pelo juiz;
2. Retirada do processo pelo perito;
3. Planejamento da perícia e proposta de honorários;
4. Devolução do processo;
5. Retirado do processo para a realização da perícia propriamente dito;
6. Elaboração do laudo pericial;
7. Revisão do laudo;
8. Devolução do processo e protocolo do laudo pericial.
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 A perícia civil se depara normalmente com conflitos de natureza judicial na área patrimonial
ou pecuniária. Já a perícia criminal é relativa a infrações penais, e o Poder Judiciário defende
a sociedade contra os infratores.

TEMA 3 – PERÍCIA AMBIENTAL: CONCEITOS E APLICAÇÕES

 De forma ampla, para poder conseguir perceber toda a amplitude dos danos possíveis, e de
forma detalhada, com a finalidade de especificar minunciosamente os danos causados ou
riscos de ocorrência.
 A Perícia Ambiental, especialmente a chamada Perícia Ambiental Judicial, tem como objetivo
principal identificar possíveis danos ambientais, e sua extensão, abrangência, atores
envolvidos e até o risco de nova ocorrência ou ocorrência futuro destes danos ambientais.
 Avaliação pode ter cunho quantitativo ou qualitativo:
Valoração Econômica • Valor monetário a ser gasto com a finalidade de recompor o dano
ambiental causado (chamado de valor pecuniário)
Valoração de amplitude / intensidade • Determinação da área alcançada pelo dano ambiental
e sua intensidade.

CARACTERÍSTICAS DA PERÍCIA AMBIENTAL

Características de um processo de perícia ambiental –


a) Multidisciplinariedade: como o meio ambiente é complexo, necessitando de ampla
formação e conhecimento, muitas vezes é necessário reunir-se especialistas de
diferentes áreas para responder as questões colocadas no processo.
b) Abrangência: Normalmente as perícias ambientais são muito complexas, chegando a
ter uma solução muito difícil de ser determinada, demandando inclusive muito tempo
do perito ambiental.

TEMA 4 – RISCOS E TIPOS DE ACIDENTES AMBIENTAIS


Definição de acidentes ambientais
 Dois tipos básicos de acidentes ambientais: o desastre natural e o desastre tecnológico.
 Então pode-se inferir que um desastre tecnológico sempre apresentará uma ligação direta com
alguma atividade humana, mesmo que tenha como origem um desastre natural.

Riscos de acidentes ambientais:


 Risco: condição apresentada por uma ou mais questões, que podem originar um dano
ambiental;
 b) Perigo: aparece a partir da exposição ao risco, podendo tornar-se um dano;
 c) Dano: é quando o perigo se torna real, materializa-se, causando um prejuízo ao ser
humano e ao meio ambiente;
 d) Incidente: quando há um acontecimento não planejado, normalmente de pequenas
dimensões, mas que pode se tornar um acidente;
 e) Acidente: é um evento que não foi planejado e que toma dimensões diversas
(normalmente grandes, ampliadas).
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A National Regulatory Commission (NCR), determina os riscos críveis em três classes:

a) Classe 1 – aqueles que ocorrem em frequência moderada.

b) Classe 2 – aqueles que têm baixa probabilidade de ocorrência.

c) Classe 3 – que têm grande probabilidade de se tornarem severos. Esses riscos


normalmente tem baixa probabilidade de ocorrer, porém, quando ocorrer, provocam
grandes danos ambientais.

 Os acidentes fortuitos: acidentes normalmente têm causa natural incontrolável (um furacão,
uma inundação etc.), que acaba, por conta de falhas nos sistemas de segurança, acarretando
um acidente tecnológico.
 Os acidentes operacionais são aqueles considerados erros, falhas grosseiras, pois são de causa
conhecida. Os acidentes operacionais originam-se, normalmente, da total falta de cuidado e
dos erros dos métodos operacionais ou falha em peças.
 Dois grandes grupos: riscos voluntários e riscos involuntários. Os riscos voluntários ocorrem
quando se assume que uma certa ação pode provocar um dano. Já os riscos involuntários são
aqueles que a sociedade não deseja. Esse risco é consequência da multiplicação da frequência
de ocorrência pela magnitude de ocorrência.
 Risco individual, isto é, a probabilidade de cada evento em relação ao total da população. Para
isso dividimos o risco social pela população da região. 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 = 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑙 /
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎ção.
 Risco Potencial, que é o risco de ocorrência de um acidente se todas as medidas preventivas
não forem tomadas de forma correta.
 Você sabia que o Brasil possui um sistema de registro de acidentes ambientais? É o SIEMA –
Sistema Nacional de Emergências Ambientais.

TEMA 5 – DANO AMBIENTAL: DIAGNÓSTICO E CLASSIFICAÇÃO


 Dano ambiental como prejuízos de caráter patrimonial e extrapatrimonial, não atingindo
somente o meio ambiente natural, mas também o meio ambiente artificial, cultural e até o
meio ambiente de trabalho.
 Nisto o dano ambiental pode ser considerado um impacto ambiental.
 A avaliação dos danos, ou impactos ambientais, pode ser realizada através de diferentes
técnicas. Uma destas técnicas é a Análise de Riscos, que consiste em um conjunto de técnicas
ou métodos que buscam avaliar o risco de certa atividade à sociedade e ao meio ambiente.
Pode ser realizada por meio da Probabilidade de Ocorrência, ou Amplitude das
Consequências. A probabilidade de ocorrência denota quais são as chances daquele dano, ou
impacto ocorrer.

TEMA 1 – AÇÃO POPULAR


 Diz-se que o direito de ação é o direito fundamental, no qual várias situações jurídicas
garantem ao autor a capacidade de chegar até os tribunais e exigir que estes tomem decisões.
PERÍCIA AMBIENTAL

 A ação é considerada um ato jurídico, também chamada de ação exercida, ou, mais informal,
de demanda.
 Entre essas ações, podemos citar a ação popular, ação civil pública, ação de indenização, ação
de desapropriação, ação de nunciação de obra nova, ação com pedido de preceito
cominatório, e ação penal.
 Ação popular: Ela pode ser ajuizada por qualquer cidadão, tem isenção de custas
judiciais, e serve para a anulação de atos que sejam considerados ilegais e lesivos ao
patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente, e ao patrimônio
cultural e histórico. A ação popular também se presta a condenar os responsáveis por
esses atos ilegais, devendo esses ressarcir à sociedade bens ou valores ou pagar pelas
perdas e danos.
 Ação civil pública: A ação civil pública, assim como a ação popular, tem como objeto
os interesses difusos e coletivos, podendo ser instaurada pelo Ministério Público,
União, estados, municípios, assim como outras instituições de interesse público. Ao
instaurar uma ação civil pública, o Ministério Público pode exercer o direito de solicitar
a qualquer entidade, seja de cunho privado ou público, qualquer tipo de certidão,
informação, exames, assim como perícias.
 Ação de indenização: A partir do momento que uma ação foi posta, o responsável pelo
ato ilícito que causar dano à outra pessoa ou à coletividade tem a obrigação de
reparar, recuperar os danos que foram causados aos seus bens, inclusive no caso de
impacto ou modificações significativas no meio ambiente.
 Ação de desapropriação: A desapropriação é considerada um ato administrativo, no
qual o poder público, declarando a necessidade de utilidade pública, necessidade
pública ou que haja interesse social de um bem qualquer, retira este bem do
patrimônio do indivíduo/empresa, pagando, em troca, uma indenização.
 Ação de nunciação de obra nova: Essa tem como finalidade embargar ou fazer com
que não haja prosseguimento durante o processo de construção de uma obra nova,
que prejudique outro, infringindo a legislação vigente ou, no caso ambiental,
prejudique o meio ambiente.
 Ação com pedido de preceito cominatório: Se em alguma ação que resulte na
obrigação de fazer algo, cumprir algo, e o réu não o cumprir, o juiz pode fixar que se
aplique uma multa diária por causa desse descumprimento (preceito cominatório).
 Ação penal: A Lei de Crimes determina que seja determinada a necessidade de
reparação ambiental, sempre que necessária.

TEMA 2 – RESPONSABILIDADE AMBIENTAL


 Sistema punitivo tríplice, baseado em diferentes esferas da responsabilidade jurídica:
responsabilidade penal, responsabilidade administrativa, e responsabilidade civil.
 Responsabilidade penal: fica o infrator sujeito a uma penalidade de cunho criminal,
sendo essa aplicada pelo Poder Judiciário.
 Responsabilidade administrativa: referimo-nos à ideia de aplicação de uma
penalidade qualquer, por parte de um órgão pertencente à administração pública, por
exemplo, o Ibama ou Instituto Chico Mendes, ou órgãos estaduais/municipais de
proteção ambiental. Simples multas, até o embargo, interdição ou suspensão de
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atividades. Bom lembrar que a responsabilidade administrativa também pode ser


aplicada ao agente público, por ação ou omissão, que cause um dano ambiental.
 Responsabilidade civil: A responsabilidade civil prevê que haja a obrigação da
reparação de um prejuízo ambiental, quando há culpa presumida ou outra
circunstância objetiva. Na responsabilidade civil há a dispensa da culpa, porque
compreende-se a necessidade, obrigação de indenização. Somente é necessário o
nexo causal, isto é, a relação clara entre o fato e o dano.

TEMA 3 – ADMISSIBILIDADE DA PERÍCIA AMBIENTAL

 Prova pericial: O exame é a inspeção técnica das pessoas, coisas, sendo móveis ou
semoventes, com a finalidade de verificação das circunstâncias e fatos que sejam
relevantes à questão demandada. Vistoria é designada como uma inspeção técnica
feita no local, permitindo assim a identificação completa do objeto submetido à
perícia. Avaliação é quando o perito deve realizar uma estimativa do valor pecuniário.
O perito identifica e determina o valor justo sobre a demanda.
 Inspeção judicial: O próprio juiz pode, em qualquer fase do processo, inspecionar
pessoas ou coisas, com a finalidade de esclarecer algum fato específico, que seja
interessante ao esclarecimento da demanda. O juiz vai até o local para verificar,
examinar melhor os fatos, quando isso não puder ser realizado em juízo.
 Quesitos: Chamamos de quesitos aqueles questionamentos que são feitos aos peritos,
que servirão de baliza, de guia, para a perícia ambiental. Após a diligência, após o
laudo oficial, ainda há a possibilidade de esclarecimentos de dúvidas sobre pontos que
por ventura não tenham sido esclarecidos ou mesmo não tenham aparecido no laudo
pericial.
 Laudo: O laudo deve constar de respostas objetivas aos quesitos colocados pelas
partes e pelo juiz.

TEMA 4 – JURISDIÇÃO, AÇÃO E PROCESSO

 Jurisdição: É chamado de jurisdição o poder dado a terceiro imparcial de realizar o


Direito, a Justiça. O Direito deve ser realizado de modo imperativo e criativo. Deve
reconhecer as devidas situações jurídicas deduzidas de modo concreto, a fim de se
tornarem indiscutíveis. Técnica de resolução de conflitos por heterocomposição, em
que uma terceira parte determina a solução do conflito. Exercida por alguém não
ligado diretamente ao conflito entre as partes e que seja desinteressado (imparcial). A
jurisdição é exercida predominantemente por diferentes órgãos do Poder Judiciário,
pelo Juiz.
Segundo Cruz e Bodnar (2014), pode-se dizer que a jurisdição ambiental possui dois
princípios estruturantes: solidariedade e sustentabilidade.
 Ação: referir-se ao direito de ação, procedimento, à demanda colocada. A ação
instaura o processo, é o primeiro ato do procedimento principal.
 Processo: é uma relação chamada de inter-relação jurídica, estabelecida entre as
diferentes partes envolvidas (autor e réu). O processo se desenrola por diferentes atos
jurídicos, até a sua solução final, os atos processuais.
PERÍCIA AMBIENTAL

 A. Atos das partes: podem ser unilaterais ou bilaterais.


Tipos de atos das partes
Atos de Petição: Pedidos e requerimentos nos quais uma parte solicita uma
providência, como petição inicial, contestação requerimento de prova, entre outros.
Atos de Afirmação: A parte age materialmente, por exemplo, mostrando documentos
etc.
Atos de Prova: Juntam-se meios para comprovar, junto ao juiz, as alegações
realizadas.
Atos de Desistência: Esse caso se dá por desistência ou renúncia do processo.
Atos de Transação: Mostram os limites bilaterais acordados.
 B. Atos do juiz: são as sentenças, decisões e despachos. Tipos de atos dos juízes:
Sentença: Ato utilizado pelo juiz para pôr fim ao processo, decidindo ou não pelo
mérito.
Decisão Interlocutória: Ato utilizado pelo juiz, para, durante o processo, resolver
questões específicas.
Despachos: Todos os demais atos do juiz praticados durante o processo.
 C. Atos do escrivão: são os atos do escrivão ou chefe de secretaria que estão
relacionados à petição inicial, documentação e memória de todos os atos realizados
durante o processo.
Juntada: Certificação do ingresso de petição ao processo.
Vista: Franqueia os autos do processo junto às partes (p. e. advogados, Ministério
Público ou peritos).
Conclusão: Certifica o encaminhamento dos autos ao juiz, com a finalidade de
liberação.
Recebimento: Certifica que os autos retornaram ao cartório, após serem examinados
por alguma parte. O andamento do processo sempre é documentado e datado. E o
processo é disposto de forma cronológica.

TEMA 5 – PERITOS E ASSISTENTES TÉCNICOS

 O perito pode ser definido como um profissional que esteja legalmente habilitado,
seja idôneo e especialista na área no qual realizará uma perícia (IBAPE, 1994). Ele se
equipara a um Oficial de Justiça, a um escrivão, a um administrador.
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça,
o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o
partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
 Parecer técnico resultante será posteriormente apresentado em audiência ou por
escrito, chamado laudo.
 Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.
§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os
órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo
tribunal ao qual o juiz está vinculado.
§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio
de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação,
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além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à


Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de
profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
§ 3º Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do
cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a
experiência dos peritos interessados.
§ 4º Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos
dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia
informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que
participarão da atividade.
§ 5º Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal,
a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou
órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à
realização da perícia.
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz,
empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo
legítimo.
§ 1º A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação,
da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a
alegá-la.
§ 2º Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos
documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a
nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a
área de conhecimento.
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá
pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no
prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas
em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das
medidas que entender cabíveis. (Brasil, 2015).
 O assistente técnico não é um fiscal do perito, mas sim um especialista que deve
buscar a verdade, nisso a sua função é muito semelhante ao do próprio perito.

TEMA 1 – PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL

 Direito Ambiental é baseado em Princípios, Jurisprudência, Atos Normativos


(legislação), e Doutrina.
 A Jurisprudência é o conjunto de decisões e interpretações da legislação, que são
feitas por tribunais superiores, conforme as situações de fato apresentadas.
 Atos Normativos são os diferentes tipos de legislação (Lei Ordinária, Portaria, etc.).
 Doutrina é o conjunto de ideias fundamentais que são transmitidas por juristas mais
experientes, advindas de sua interpretação dos atos normativos.
 Princípios são o alicerce, a base, isto é, consideramos como Princípios proposições
elementares e fundamentais que atuam como base de determinado ramo do Direito,
atuam como uma proposição lógica básica para a evolução do Direito.
PERÍCIA AMBIENTAL

Princípio da responsabilidade: Este Princípio determina que o poluidor deve responder


por suas ações ou mesmo omissões, que resultem em algum prejuízo ao meio
ambiente. Este Princípio encontra um forte representante na Lei de Crimes
Ambientais.
 Princípios do usuário pagador e do poluidor pagador: Estes dois Princípios estão
ligados ao Princípio da Responsabilidade.
- Usuário Pagador fica determinado que o usuário de certo recurso natural deva pagar
pelo uso.
- Poluidor Pagador sustenta a ideia de que quem polui ou degrada deve assumir os
custos de reparação destes danos ambientais causados.
 Princípio do limite: a Administração Pública, seja em nível municipal, estadual ou
federal, tem o dever de definir parâmetros máximos e/ou mínimos de poluição
admitidos pela sociedade, como, por exemplo, emissão de partículas no ar, poluição
do solo, poluição do ar, ruídos, etc.
 Princípio do desenvolvimento sustentável: Este Princípio prega que o
desenvolvimento econômico deve estar ligado à menor degradação ambiental
possível, e isso deve ser conduzido por meio do uso racional dos recursos naturais
renováveis e não renováveis, isto é, o desenvolvimento econômico e social deve ser
compatibilizado com a preservação do meio ambiente e com o equilíbrio dos
ecossistemas.

TEMA 2 – POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

 1972, em Estocolmo, na Suécia, foi realizada a primeira grande Conferência


Internacional sobre o Meio Ambiente.

TEMA 3 – LEI DE CRIMES AMBIENTAIS

 Na Leis de Crimes Ambientais consideram-se três categorias básicas: Pena privativa de


liberdade; Pena restritiva de direito e Multa.
o Falamos em pena privativa de liberdade, quando o culpado cumpre sua pena
em regime penitenciário, podendo ser regime fechado, regime semi-aberto ou
regime aberto.
o Pode ser o caso de crimes de cunho doloso. As penas restritivas de direitos são
aplicadas quando se trata de crime culposo (não doloso), e para penas
privativas de liberdade que forem inferiores a quatro anos.
o Multa, que é a aplicação de um valor pecuniário. A multa é considerada um
método tradicional com a finalidade de se exigir que o condenado tome ações
consideradas socialmente corretas.

 Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:


I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou
limitação significativa da degradação ambiental causada;
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III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;


IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.

 Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam
o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio
ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder
Público, a regime especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
g) em período de defeso à fauna;
h) em domingos ou feriados; i)
à noite;
j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas
ou beneficiada por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades
competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.

TEMA 4 – DANO AMBIENTAL: CARACTERIZAÇÃO JURÍDICA

 O dano ambiental constitui uma expressão ambivalente, que designa, certas vezes,
alterações nocivas ao meio ambiente e outras, ainda, os efeitos que tal alteração
provoca na saúde das pessoas e em seus interesses. Dano ambiental significa, em
uma primeira acepção, uma alteração indesejável ao conjunto de elementos
chamados meio ambiente, como, por exemplo, a poluição atmosférica; seria, assim, a
lesão ao direito fundamental que todos têm de gozar e aproveitar do meio ambiente
apropriado. Contudo, em sua segunda conceituação, dano ambiental engloba os
efeitos que esta modificação gera na saúde das pessoas e seus interesses.

Tipos de danos ambientais


1. Dano ambiental coletivo: também chamado de dano ambiental em sentido estrito
ou dano ambiental propriamente dito. É considerado quando há um dano
considerando o meio ambiente globalmente. Este tipo de dano é chamado de
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difuso, pois não atinge um ponto somente, e pode trazer consequências para um
número indefinido de pessoas.
2. Dano ambiental individual: Ocorre quando interesses pessoais são violados,
cabendo então à pessoa reparação, seja por prejuízo patrimonial ou
extrapatrimonial.

TEMA 5 – INFRAÇÕES PASSÍVEIS DE PERÍCIA AMBIENTAL


 Crimes contra a Administração Ambiental: neste caso é considerado crime/infração
ambiental omitir a verdade, sonegar informações ou dados em procedimentos de
licenciamento ambiental, ou levar a funcionários públicos fornecerem afirmações
falsas ou enganosas.

AULA 4

TEMA 1 – FERRAMENTAS DA PERÍCIA AMBIENTAL: INTRODUÇÃO

 A perícia ambiental é uma área multidisciplinar, em que métodos químicos, físicos e


biológicos, combinados com o quadro de legislação, devem determinar a origem e a
extensão da questão ambiental em estudo.

Preparação
 Há dois tipos de casos: sítios, nos quais já há contaminação há um bom tempo e
agora devem ser investigados; e eventos de contaminação aguda (derramamentos,
por exemplo).

Marco legal
 Por isso, o perito ambiental deve sempre estar atualizado com a legislação. Ela
também é uma ferramenta de perícia ambiental de grande importância.

Encontrado versus linha de base


Conheça o contaminante
Amostragem
Análise

TEMA 2 – FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS


Métodos estatísticos
A. Técnicas comparativas, por meio da qual simplesmente se mostra que um conjunto
de dados é maior que outro;
B. Métodos multivariados, em que muitos analitos são utilizados para se provar uma
condição;
C. Técnicas geoestatísticas, que indicam a distribuição ou padrões espaciais.

Técnicas comparativas
A. Erro sistemático e ao acaso: erros em métodos analíticos podem acontecer em
diferentes etapas, e podem ser agrupados em erros sistemáticos ou erros ao
PERÍCIA AMBIENTAL

acaso. Por exemplo, se um equipamento consistentemente registra valores abaixo


do que deveria, é um erro sistemático e afeta todos os dados, porém, se o mesmo
equipamento mostra flutuações nas análises, algumas vezes super ou
subestimando dados, é um erro ao acaso.
Erros sistemáticos devem ser submetidos a uma auditoria, a qual deve ser
realizada utilizando-se padrões de comparação durante a análise.
Erros ao acaso já são previstos nas análises estatísticas.
B. Significância estatística: é normal tirarmos várias amostras de um local suspeito e
comparamos com outras, de local onde sabemos que não há contaminação, o
chamado sítio de controle. Essa comparação deve ser utilizada quando queremos
mostrar que há diferenças significativas entre o local contaminado e o local não
contaminado.

 Estatística multivariada
A análise de componentes principais (PCA, em inglês), o escalonamento
multidimensional (MDS) e a análise de fatores (FA). Outros métodos multivariados
podem ser utilizados para separar-se grupos e produzir gráficos que podem ser
facilmente interpretados. Como exemplos, temos a análise de cluster (CA) e a análise
discriminante (DA).
 O PCA (ou análise de componentes principais) é uma das técnicas estatísticas mais
utilizadas na perícia ambiental para detecção de fontes do fenômeno observado, isto
é, principais variáveis que afetam os dados.
De acordo com essa técnica, os dados das diferentes variáveis são submetidos a uma
redução de matriz, identificando um pequeno número de vetores e sua significância
para o fenômeno.

Geoestatística

TEMA 3 – FERRAMENTAS LABORATORIAIS


a. Se temos informações preliminares e suspeitas, podemos fazer uma análise direta
e específica de certas substâncias;
b. Se não temos informação preliminar alguma e as substâncias são desconhecidas,
devemos proceder a uma análise sistemática.
1. Métodos eletroquímicos •pH •Condutividade •Potencial Redox •Potenciometria
(eletrodos seletivos) •Polarografia.
2. Processos espectrométricos: •Espectrometria UV/VIS •Espectrometria infravermelho
•Espectrometria de fluorescência •Espectrometria de absorção atômica
•Espectrometria de emissão.
3. Processos cromatográficos: •Cromatografia gasosa •Cromatografia líquida de alta
performance (HPLC) •Cromatografia em camada delgada (CCD).
4. Processos físico-químicos •Espectrometria de massa •Análise de Raios x •Medidas de
radioatividade.
PERÍCIA AMBIENTAL

 Os métodos ou processos eletroquímicos são aqueles que utilizam reações em que os


íons, elétrons e a relação elétrons/íons são medidos, isto é, baseiam-se em reações de
oxidorredução.
 No caso da potenciometria, mede a diferença entre o eletrodo indicador e o eletrodo
de referência, quando em uma solução que está sendo analisada passa uma corrente
entre os dois eletrodos.
 Os processos espectrométricos são baseados nas propriedades que os átomos e as
moléculas têm de absorver ou mesmo emitir energia dentro do espectro
eletromagnético, isto é, a interação entre átomos, moléculas e a tensão
eletromagnética.
 Os processos cromatográficos compreendem técnicas que usam a separação de
misturas e a respectiva identificação dos componentes. Ela é baseada na diferença de
comportamentos das fases móveis e estacionárias, das substâncias a serem analisadas.
 A cromatografia é utilizada principalmente para analisar resíduos industriais de origem
orgânica, os poluentes orgânicos emergentes (POE), por exemplo, agrotóxicos em
geral, produtos da indústria farmacêutica, produtos utilizados na higiene pessoal e
outros.

TEMA 4 – VISTORIA
 Uma vistoria tem como objetivo a constatação, de modo técnico, de um fato em litígio.

Requisitos básicos de uma vistoria ambiental

TEMA 5 – AMOSTRAGEM
 O objetivo da amostragem é coletar evidências para a determinação do que está
acontecendo ou aconteceu com o objeto em estudo.
Parâmetros de caracterização
Levantamento de informações
Pontos de amostragem
Planejamento da coleta
Técnicas
Preservação e armazenamento

AULA 5

TEMA 1 – FORMULAÇÃO E RESPOSTA DE QUESITOS


 Seu parecer técnico, o laudo pericial, será apresentado ao juiz em audiência ou por
escrito.
 Quesitos são os questionamentos, as dúvidas, que são dirigidos aos peritos e
assistentes técnicos.
 Durante a diligência, esses poderão apresentar novos quesitos, os chamados quesitos
suplementares, mas somente em função daqueles já formulados, com a intenção de
ampliar a investigação, e dar maior clareza e abrangência.
 Mesmo após o laudo pericial apresentado, há a possibilidade de interpor novos
quesitos, os quesitos de esclarecimento. Esses quesitos têm uma única função de tirar
PERÍCIA AMBIENTAL

qualquer dúvida sobre alguns pontos insuficientemente abordados no laudo oficial.


Esses novos quesitos não podem inserir novidades, inovações no processo, tendo de
limitar-se somente ao que já foi citado no laudo.

TEMA 2 – ELABORAÇÃO DE LAUDOS E PARECERES


 Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se
originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo
órgão do Ministério Público.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e
com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir
opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem
valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações,
solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em
repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas,
desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto
da perícia. (Brasil, 2015)

Roteiro de um laudo pericial

Classificação do laudo pericial, levando em conta seu resultado


 Os laudos periciais em três grandes categorias: A) Satisfatório: quando todas as
dúvidas do juiz foram satisfeitas, em relação aos quesitos anteriormente colocados; B)
Carecedor de esclarecimentos: quando o juiz ou alguma das partes ainda permanece
com dúvidas. C) Não satisfatório: quando o laudo não traz nenhuma resposta
conclusiva sobre o objeto estudado. (c.1) Imperícia: é a carência de habilidade
específica do perito em relação ao que ele sabe ou deveria saber. / c.2) Imprudência: é
quando o perito age sem cautela, em uma atitude considerada precipitada, sem
moderação, sem precaução, criando desnecessariamente algum perigo./ c.3)
Negligência: se dá quando o perito age sem utilizar-se das devidas cautelas, podendo
ser por displicência, relaxamento ou até preguiça mental.

TEMA 3 – PERÍCIA AMBIENTAL SECURITÁRIA


 Responsabilidade Civil Ambiental: “[…] é o poluidor obrigado, independentemente da
existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a
terceiros, afetados por sua atividade”.
 A aceitação do seguro ambiental pela seguradora está baseada nas informações
constantes do chamado Relatório de Inspeção Ambiental, em que estão todas as
PERÍCIA AMBIENTAL

informações relevantes como condições do local, produtos/substâncias utilizadas e


armazenadas, riscos de poluição do ar, solo e água.

TEMA 4 – PERÍCIA AMBIENTAL NA ÁREA RURAL


Erosão
 CREP = RIMO + RFQS + LC + DR + CRF + CD Eq. 1 , onde: CREP = Custo de reposição ou
recuperação RIMO = Recuperação dos índices de matéria orgânica RFQS =
Recuperação da fertilidade química do solo LC = Lucros cessantes DR = Desvalorização
do remanescente CRF = Custo com recobertura florística CD = Custo de desmonte.
 LC (Lucro cessante) Receita que deixou de ser apurada, comparando-se o período
antes do impacto, com o período pós-impacto.
 DR (Depreciação do remanescente) Em caso de impossibilidade de recuperar-se o
dano provocado, calcula-se a depreciação da área.
 CRF (Custos com recobertura florística) São os gastos advindos da recuperação vegetal
da área em questão, como insumos, operações, mudas etc.
 CD (Custo de desmonte) Quando o caso for de arrendamento da propriedade rural, é
o custo com, por exemplo, transporte de equipamentos, com a intenção de dar
continuidade ao uso da capacidade produtiva destes equipamentos, por exemplo.

Assoreamento de córregos e rios


Desmatamento

TEMA 5 – VALORAÇÃO AMBIENTAL


 Primeira coisa que temos de fazer é determinar o Valor Econômico Total do meio
ambiente.
 Valor de uso, tanto direto quanto indireto, quando temos benefícios (diretos e
indiretos) a partir da exploração, seja comercial ou não, dos recursos naturais.
 Valor de Não Uso (Valor de Existência e Valor de Opção) é considerado quando há
benefícios vindos dos recursos naturais, mas não envolvem uso, receita, lucro, nem
direta, nem indiretamente. É o valor intrínseco que os recursos naturais têm,
independentemente de qualquer relação com o ser humano.
 Valor de existência é o quanto em dinheiro que as pessoas que não se utilizam desse
recurso e nem pretendem utilizar no futuro estariam dispostas a pagar pelo simples
fato desse recurso existir.
 Valor de opção é quando as pessoas estão dispostas a pagar pelo não uso de um
recurso natural qualquer, mas mantêm a possibilidade de utilizá-lo em algum
momento do futuro. O conceito de Desenvolvimento Sustentável, que é usar de tal
maneira os recursos naturais que as próximas gerações tenham os mesmos recursos
para aproveitar, estamos dando um valor de opção.

Métodos de valoração ambiental


a) Preço da propriedade ou avaliação hedonista, ainda chamada de Índice de
Preços Hedônicos: tem como princípio que um imóvel perde valor quando é
afetado pela poluição causada pelo ser humano. A intenção é definir o quão
PERÍCIA AMBIENTAL

diferentes são os preços devido a um atributo ambiental qualquer. Assim, o


método busca avaliar o quanto o ser humano está disposto a pagar para que haja
uma melhoria de bem-estar, levando em conta os atributos ambientais e o valor
social dessa melhoria.
b) Custo de viagem: a pergunta é: o quanto uma pessoa gastaria (despesas) para
visitar um local com interesse ambiental? Incluem-se aí horas de trabalho trocadas
pela visita e todos os custos propriamente ditos da viagem (hotel, alimentação,
pagamento da entrada no local, transporte etc.).
c) c) Valor associado ou avaliação contingente: por meio de entrevistas, pergunta-se
às pessoas o quanto estão dispostas a pagar para a preservação de recursos
naturais, mesmo que elas não venham a usar no futuro esses recursos.
d) Produção sacrificada: utilizamos essa técnica quando temos efeitos ambientais
muito localizados ou mesmo quando podemos separá-los de forma individual.
Assim podemos medir os impactos negativos diretamente e seu valor em termos
de produção sacrificada ou perdida, quando por causa de algum impacto
ambiental negativo, não conseguimos produzir algo. Muito utilizado no caso da
produção agropecuária.

AULA 6
TEMA 1 – INSPEÇÃO AMBIENTAL IMOBILIÁRIA
 Quando em perícias ambientais queremos saber se um imóvel está sob suspeita de
contaminação ou qualquer outra questão ambiental que impeça ou restrinja seu uso,
podemos usar a inspeção ambiental imobiliária para fazer as devidas investigações.
 No caso das inspeções ambientais imobiliárias, o profissional envolvido pode trabalhar
de duas distintas maneiras. Primeiro, como uma perícia ambiental propriamente dita,
em que ele é indicado por um juiz para esclarecer pontos em um processo judicial. A
segunda maneira é prestando serviços para uma empresa, avaliando o estado atual do
imóvel no que concerne às questões ambientais.
 Princípio da responsabilidade objetiva: se uma empresa adquire um terreno onde há
passivos ambientais, ela é responsável pelo ônus daí decorrente.
 A inspeção ambiental imobiliária deve ser conduzida em duas fases diferentes e
complementares: 1. Inspeção inicial: nessa fase o perito deve visitar o local, fazendo
primeiramente uma inspeção visual. Essa inspeção inicial tem como função
caracterizar a área como suspeita de contaminação.
2. Inspeção confirmatória: deve-se comprovar se há (ou não) contaminação na área
em estudo. Definem-se, com base no histórico, entrevistas e documentos, as análises a
fazer.

TEMA 2 – ESTUDO DE CASO 1

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