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Perícia Ambiental
Perícia Ambiental
Autocomposição - na qual os próprios envolvidos procuram por soluções eficazes, isto é, uma
afirmação da participação popular nas decisões, como é o caso das soluções de litígios.
a) Ela prevê qual é a quantidade de tempo que será necessária, o valor financeiro, qual
será a forma de pagamento e a metodologia utilizada;
b) Tem como escopo a totalidade dos fatos, documentos, informações e qualquer meio
que possa ser utilizado como prova;
c) Tem como objetivo a emissão de laudo pericial;
d) As partes envolvidas e o poder judiciário são os usuários da informação gerada;
e) Normalmente só há um perito, podendo utilizar-se de auxiliares, porém sem
responsabilidade técnica no processo;
f) A opinião profissional do perito é necessária, deve ser detalhista e demonstrada com
precisão;
g) O trabalho de perícia tem data marcada para iniciar e fechar;
h) O relacionamento de trabalho dá-se somente com o juiz, com as partes interessadas
(por exemplo, autor e réu da ação);
i) Não há divulgação externa do resultado da perícia, assim como a divulgação interna é
somente entre o juiz e as partes interessadas;
j) O perito tem a autoridade, que é concedida pelo juiz.
A perícia civil se depara normalmente com conflitos de natureza judicial na área patrimonial
ou pecuniária. Já a perícia criminal é relativa a infrações penais, e o Poder Judiciário defende
a sociedade contra os infratores.
De forma ampla, para poder conseguir perceber toda a amplitude dos danos possíveis, e de
forma detalhada, com a finalidade de especificar minunciosamente os danos causados ou
riscos de ocorrência.
A Perícia Ambiental, especialmente a chamada Perícia Ambiental Judicial, tem como objetivo
principal identificar possíveis danos ambientais, e sua extensão, abrangência, atores
envolvidos e até o risco de nova ocorrência ou ocorrência futuro destes danos ambientais.
Avaliação pode ter cunho quantitativo ou qualitativo:
Valoração Econômica • Valor monetário a ser gasto com a finalidade de recompor o dano
ambiental causado (chamado de valor pecuniário)
Valoração de amplitude / intensidade • Determinação da área alcançada pelo dano ambiental
e sua intensidade.
Os acidentes fortuitos: acidentes normalmente têm causa natural incontrolável (um furacão,
uma inundação etc.), que acaba, por conta de falhas nos sistemas de segurança, acarretando
um acidente tecnológico.
Os acidentes operacionais são aqueles considerados erros, falhas grosseiras, pois são de causa
conhecida. Os acidentes operacionais originam-se, normalmente, da total falta de cuidado e
dos erros dos métodos operacionais ou falha em peças.
Dois grandes grupos: riscos voluntários e riscos involuntários. Os riscos voluntários ocorrem
quando se assume que uma certa ação pode provocar um dano. Já os riscos involuntários são
aqueles que a sociedade não deseja. Esse risco é consequência da multiplicação da frequência
de ocorrência pela magnitude de ocorrência.
Risco individual, isto é, a probabilidade de cada evento em relação ao total da população. Para
isso dividimos o risco social pela população da região. 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 = 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑙 /
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎ção.
Risco Potencial, que é o risco de ocorrência de um acidente se todas as medidas preventivas
não forem tomadas de forma correta.
Você sabia que o Brasil possui um sistema de registro de acidentes ambientais? É o SIEMA –
Sistema Nacional de Emergências Ambientais.
A ação é considerada um ato jurídico, também chamada de ação exercida, ou, mais informal,
de demanda.
Entre essas ações, podemos citar a ação popular, ação civil pública, ação de indenização, ação
de desapropriação, ação de nunciação de obra nova, ação com pedido de preceito
cominatório, e ação penal.
Ação popular: Ela pode ser ajuizada por qualquer cidadão, tem isenção de custas
judiciais, e serve para a anulação de atos que sejam considerados ilegais e lesivos ao
patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente, e ao patrimônio
cultural e histórico. A ação popular também se presta a condenar os responsáveis por
esses atos ilegais, devendo esses ressarcir à sociedade bens ou valores ou pagar pelas
perdas e danos.
Ação civil pública: A ação civil pública, assim como a ação popular, tem como objeto
os interesses difusos e coletivos, podendo ser instaurada pelo Ministério Público,
União, estados, municípios, assim como outras instituições de interesse público. Ao
instaurar uma ação civil pública, o Ministério Público pode exercer o direito de solicitar
a qualquer entidade, seja de cunho privado ou público, qualquer tipo de certidão,
informação, exames, assim como perícias.
Ação de indenização: A partir do momento que uma ação foi posta, o responsável pelo
ato ilícito que causar dano à outra pessoa ou à coletividade tem a obrigação de
reparar, recuperar os danos que foram causados aos seus bens, inclusive no caso de
impacto ou modificações significativas no meio ambiente.
Ação de desapropriação: A desapropriação é considerada um ato administrativo, no
qual o poder público, declarando a necessidade de utilidade pública, necessidade
pública ou que haja interesse social de um bem qualquer, retira este bem do
patrimônio do indivíduo/empresa, pagando, em troca, uma indenização.
Ação de nunciação de obra nova: Essa tem como finalidade embargar ou fazer com
que não haja prosseguimento durante o processo de construção de uma obra nova,
que prejudique outro, infringindo a legislação vigente ou, no caso ambiental,
prejudique o meio ambiente.
Ação com pedido de preceito cominatório: Se em alguma ação que resulte na
obrigação de fazer algo, cumprir algo, e o réu não o cumprir, o juiz pode fixar que se
aplique uma multa diária por causa desse descumprimento (preceito cominatório).
Ação penal: A Lei de Crimes determina que seja determinada a necessidade de
reparação ambiental, sempre que necessária.
Prova pericial: O exame é a inspeção técnica das pessoas, coisas, sendo móveis ou
semoventes, com a finalidade de verificação das circunstâncias e fatos que sejam
relevantes à questão demandada. Vistoria é designada como uma inspeção técnica
feita no local, permitindo assim a identificação completa do objeto submetido à
perícia. Avaliação é quando o perito deve realizar uma estimativa do valor pecuniário.
O perito identifica e determina o valor justo sobre a demanda.
Inspeção judicial: O próprio juiz pode, em qualquer fase do processo, inspecionar
pessoas ou coisas, com a finalidade de esclarecer algum fato específico, que seja
interessante ao esclarecimento da demanda. O juiz vai até o local para verificar,
examinar melhor os fatos, quando isso não puder ser realizado em juízo.
Quesitos: Chamamos de quesitos aqueles questionamentos que são feitos aos peritos,
que servirão de baliza, de guia, para a perícia ambiental. Após a diligência, após o
laudo oficial, ainda há a possibilidade de esclarecimentos de dúvidas sobre pontos que
por ventura não tenham sido esclarecidos ou mesmo não tenham aparecido no laudo
pericial.
Laudo: O laudo deve constar de respostas objetivas aos quesitos colocados pelas
partes e pelo juiz.
O perito pode ser definido como um profissional que esteja legalmente habilitado,
seja idôneo e especialista na área no qual realizará uma perícia (IBAPE, 1994). Ele se
equipara a um Oficial de Justiça, a um escrivão, a um administrador.
DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça,
o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o
partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
Parecer técnico resultante será posteriormente apresentado em audiência ou por
escrito, chamado laudo.
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.
§ 1º Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os
órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo
tribunal ao qual o juiz está vinculado.
§ 2º Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio
de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação,
PERÍCIA AMBIENTAL
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam
o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio
ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder
Público, a regime especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
g) em período de defeso à fauna;
h) em domingos ou feriados; i)
à noite;
j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas
ou beneficiada por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades
competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
O dano ambiental constitui uma expressão ambivalente, que designa, certas vezes,
alterações nocivas ao meio ambiente e outras, ainda, os efeitos que tal alteração
provoca na saúde das pessoas e em seus interesses. Dano ambiental significa, em
uma primeira acepção, uma alteração indesejável ao conjunto de elementos
chamados meio ambiente, como, por exemplo, a poluição atmosférica; seria, assim, a
lesão ao direito fundamental que todos têm de gozar e aproveitar do meio ambiente
apropriado. Contudo, em sua segunda conceituação, dano ambiental engloba os
efeitos que esta modificação gera na saúde das pessoas e seus interesses.
difuso, pois não atinge um ponto somente, e pode trazer consequências para um
número indefinido de pessoas.
2. Dano ambiental individual: Ocorre quando interesses pessoais são violados,
cabendo então à pessoa reparação, seja por prejuízo patrimonial ou
extrapatrimonial.
AULA 4
Preparação
Há dois tipos de casos: sítios, nos quais já há contaminação há um bom tempo e
agora devem ser investigados; e eventos de contaminação aguda (derramamentos,
por exemplo).
Marco legal
Por isso, o perito ambiental deve sempre estar atualizado com a legislação. Ela
também é uma ferramenta de perícia ambiental de grande importância.
Técnicas comparativas
A. Erro sistemático e ao acaso: erros em métodos analíticos podem acontecer em
diferentes etapas, e podem ser agrupados em erros sistemáticos ou erros ao
PERÍCIA AMBIENTAL
Estatística multivariada
A análise de componentes principais (PCA, em inglês), o escalonamento
multidimensional (MDS) e a análise de fatores (FA). Outros métodos multivariados
podem ser utilizados para separar-se grupos e produzir gráficos que podem ser
facilmente interpretados. Como exemplos, temos a análise de cluster (CA) e a análise
discriminante (DA).
O PCA (ou análise de componentes principais) é uma das técnicas estatísticas mais
utilizadas na perícia ambiental para detecção de fontes do fenômeno observado, isto
é, principais variáveis que afetam os dados.
De acordo com essa técnica, os dados das diferentes variáveis são submetidos a uma
redução de matriz, identificando um pequeno número de vetores e sua significância
para o fenômeno.
Geoestatística
TEMA 4 – VISTORIA
Uma vistoria tem como objetivo a constatação, de modo técnico, de um fato em litígio.
TEMA 5 – AMOSTRAGEM
O objetivo da amostragem é coletar evidências para a determinação do que está
acontecendo ou aconteceu com o objeto em estudo.
Parâmetros de caracterização
Levantamento de informações
Pontos de amostragem
Planejamento da coleta
Técnicas
Preservação e armazenamento
AULA 5
AULA 6
TEMA 1 – INSPEÇÃO AMBIENTAL IMOBILIÁRIA
Quando em perícias ambientais queremos saber se um imóvel está sob suspeita de
contaminação ou qualquer outra questão ambiental que impeça ou restrinja seu uso,
podemos usar a inspeção ambiental imobiliária para fazer as devidas investigações.
No caso das inspeções ambientais imobiliárias, o profissional envolvido pode trabalhar
de duas distintas maneiras. Primeiro, como uma perícia ambiental propriamente dita,
em que ele é indicado por um juiz para esclarecer pontos em um processo judicial. A
segunda maneira é prestando serviços para uma empresa, avaliando o estado atual do
imóvel no que concerne às questões ambientais.
Princípio da responsabilidade objetiva: se uma empresa adquire um terreno onde há
passivos ambientais, ela é responsável pelo ônus daí decorrente.
A inspeção ambiental imobiliária deve ser conduzida em duas fases diferentes e
complementares: 1. Inspeção inicial: nessa fase o perito deve visitar o local, fazendo
primeiramente uma inspeção visual. Essa inspeção inicial tem como função
caracterizar a área como suspeita de contaminação.
2. Inspeção confirmatória: deve-se comprovar se há (ou não) contaminação na área
em estudo. Definem-se, com base no histórico, entrevistas e documentos, as análises a
fazer.