Crítica de la razón

p ráctica
lmmanuel Kant
edición bilingüe alemán‐español

m / / \v
r r a
FILOSOFIA
La Biblioteca Immanuel Kant es una ini‐
ciativa académica y editorial de la la Uni‐
versidad Autónoma Metropolitana, la
Universidad Nacional Autónoma de Mé‐
xico y el Fondo de Cultura Económica.
Esta colección ofrece versiones críticas
bilingües de las principales obras del
gran filósofo alemán, así como estudios
que contribuyen a la mejor interpreta‐
ción y difusión de su pensamiento.
Los volúmenes incluyen amplios en‐
sayos introductorios redactados por es‐
pecialistas y están complementados por
notas de comentario al texto, tablas cro‐
nológicas, tablas de correspondencias de
términos e índices analíticos y temáticos.
Durante más de dos siglos las obras de
Kant han sido objeto de numerosas edi‐
ciones, traducciones e interpretaciones.
La Biblioteca Immanuel Kant no ignora
esos antecedentes; al contrario, los toma
en cuenta para procesarlos conforme a cri‐
terios académicos y proporcionar al lec‐
tor versiones actualizadas que se apoyan
en un sólido aparato critico. Se aspira a
esclarecer al máximo posible lo que Kant
realmente expresó y, así, facilitar a las
personas interesadas el acceso a uno de
los sistemas filosóficos más importantes
y profundos de todos los tiempos.
A fin de garantizar la calidad acadé‐
mica necesaria, esta colección cuenta con
un comité especializado de docentes e
investigadores; sin embargo, el impulso

continúa en la otra solapa

 B i b lio t e c a I m m a n u e l K a n t

C O N S E J O ACAD É M ICO

A le m a n ia
Rein h a r d Br a n dt, pi'ofesor e m é r ito d e la U niversit a t M a rbu rg
R ü d ige r B u bn er, U nive rsit a t H eid eib e r g
O tfrie d H offe, U niversit a t T ü bin ge n
M a nfred K u e h n, Bos ton U niversity
Wer n er St a r k, U nive rsit a t M a r b u r g/M a r b u r g e r K a ri t-Archiv

Iberoa m érica
M a rio C aim i, U n ive r sid a d d e B u e nos Ai r e s, Arge n ti n a
Jorge E u ge n io Dot ti, U n ive r sid a d d e B u e nos Ai r e s, Arge n ti n a
F r a n cisco Cor t és, U n ive r sid a d d e A n tioq u ia , Colom bi a
M a ría Xe s ú s V á zq u ez, U n ive r sid a d d e S a n tiago d e Com pos t el a , E sp a ñ a
J osé Luis Villaca ñ a s, U n ive r sid a d d e Va le n cia , E spa ñ a
D u lce Ma ría G r a nja, U n ive r sid a d Au tónom a M e t ropolit a n a , M éxico
G u s t a vo Leyva, U n ive r sid a d A u tónom a M e t ropolit a n a , M éxico
M ig u el Giu s ti, Pon tificia U n ive r sid a d C a tólica d el Per ú
J ulio d el Va lle, P on tificia U n ive r sid a d C a tólica d e l Perú

C O N S E J O D IR E CTIVO

D u lce Ma ría G r a nja, U n ive r sid a d Au tónom a M e t ropoli t a n a, M éxico

Jos u L a n da, U n ive r sid a d N acion a l A u tónom a d e M éxico
Ma ría Pía La r a, U n ive r sid a d Au tónom a M e t ropolit a n a , M éxico
G u s t a vo Leyv a, U n ive r sid a d Au tónom a M e t ropolit a n a , M éxico

Fondo de Cultur a Económ ica

U niversidad Au tónom a Met ropolit a n a

Unidad Iztapalapa
División de Ciencias Sociales y Humanidades

U niver sid ad N acion al Au tónom a d e México

Facultad de Filosofía y Letras
Dirección General de Publicaciones y Fomento Editorial
CRÍTICA DE LA RAZÓN PRÁCTICA
 Biblioteca
Im manuel 4^ ^ K ant

C R ÍT ICA D E LA RAZÓ N P RÁC T ICA

I m m a n u el Ka n t

T r a d u cció n , e s t u d io p r e li m i n a r , n o t a s e í n d ic e a n a lí t ico
D u lc e M a r í a G r a n ja C a s t ro

Revisión técnica de la tr aducción

Peter Storandt

FONDO DE CULTURA Casa abierta al tiempo

U n ive rsidad N acio n al
ECONÓMICA UNIVERSIDAD AUTÓNOMA METROPOLITANA A u tó n o m a de M éxico
Agr a dece mos al Ka nl Arch iv de la P hillips Universit á t de Marburgo por el r esp aldo aca dé m ico
brin d ado a este p royecto.

Primer a e d ición , 2005

P rimera r eimp resión, 2011

Kant, Imina n uel

C rítica d e la r azón p r áctica/I m m a n u el Kant. - T r a d ucción , es t u dio prelimin a r, not as
e í n dice a n a lí t ico d e D u lce María G r a nja Castro; revisión técnica de t raducción de Peter
Storandt. - México : FCE : U AM : U N A M , 2 00 5
5 0 4 p. ; 16 x 2 2 cm - (Colee. Bibliot eca Im m a n uel Kant)
i s un 9 7 0 -3 2 -2 0 2 8 -2 ( u n a m )
ISBN 9 7 8 -9 6 8 -1 6 -7 3 8 0 -2 ( f c e )

1. E tica —Obr as anteriores a 1800 —2. Filosofía - Epistemología

B 2 773.E 8 Dewey 121 ka n

Distribución m u ndial

Se p roh íbe la r ep rod ucción total o pa rcial de est a obr a

—inclu ido el diseño tipogr áfico y de por t a d a-,
se a cu al fue re el m edio, elect rónico o m ecá n ico,
sin el con sen tim ien to por escrito del editor.

D.R. © Fondo de Cultur a Económ ica

Car retera P ica e ho-Aju sco 2 2 7; Bosqu es del Pedregal,
Tlalp a n, 14738 México, D.E
E mpresa ce r tificad a ISO 9 0 0 1:2 0 0 8

D.R. © U nive rsid ad Autónom a Met ropolit a n a/U nida d Izt apalapa
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Izt apalapa, 0 9 3 4 0, M éxico, D.E

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Ciudad U niversit a ria, Coyoacá n, 0 4 510, México, D.E

ISBN f c e : 9 7 8-9 6 8-1 6-7 3 8 0-2

ISBN UNAM: 9 7 0-3 2-2 0 2 8-2

Impr eso en M éxico • Pri nted in México

Est udio prelimin a r

a la m e m oria d e m i m a d re, J osefi n a

C astro d e Granja, la m u jer q ue m ás
m e h a en señ a do y a q u ien m ás debo

El estilo de la Crítica de la razón pr áctica

Com o ace r t a d a m e n t e lo se ñ ala Lewis W h it e B e c k ,1 son p ocos los t r a t a dos

filosóficos d e im por t a ncia q u e se h a n e scr ito co n la cele r id a d co n q u e se
e scr ib ió la Crítica de la ra zón p r áctica . Sin e m b a r go, est a cé le b r e ob r a
p r ese n t a p ocos sig nos d e a p r es u r a m ie n to. E l b r eve l a p so q u e exis tió en t re
el tie m po q u e Ka n t se d e d icó a p e n s a rla co m o ob r a e s p ecífic a y su r e d a c-
ció n efect iv a h ace q u e la seg u n d a Crítica no m u es t r e los i n d icios d e a p r e-
m io q u e e ncon t r a m os en la r e d a cció n d e la Crítica de la ra zón p u r a . E n
efecto, a d ife r e n ci a d e la p rim e r a Crítica, en la q u e Ka n t es t u vo m edit a n-
do y e scr ib ie n do n u m e rosos fr agm e n tos a lo la rgo d e d oce a ños y q u e fu e
r ed act a d a a v u ela plu m a, e n p oco m ás d e cu a t ro m eses h ilv a n a n do y a r ti-
cu l a n do m u ch os d e esos fr agm e n tos d e s a r t icu l a dos, la seg u n d a Crítica,
co m o u n a flech a dis p a r a d a ce r t e r a m e n t e h acia su b l a n co, sig u e u n a lín e a
r ect a de a rg u m e n t ación , sin explor a r ca llejo n e s sin s alid a ni d esvia r se en
d e s a r rollos t a n ge n ci a le s. La Crítica de la ra zón p r áct ica tie n e el tono
m agis t e r ia l y el es tilo dir ecto p rop ios d e q u ie n h a p e n s a do cu id a dos a m e n -
te todo lo q u e q u ie r e d eci r a n t es d e pon e r la p rim e r a p ala b r a en el p a p el.
U n a s p ecto q u e no pod e m os p a s a r po r alto al refe rir nos a u n lib ro filo-
sófico es el d e su es tilo. El e s t ilo d e la ge n u in a exp r esión filosófic a for m a
pa r te de la es t r uct u r a m is m a d el pe n s a m ie n to exp r es a do y r evela la pos t u -
ra d el a u tor sob r e la s cu e s t ion e s pla n te a d a s a de m á s d e los a lca n ce s y

1 Vid. A Co m m en tary on K a n t’s Critique o f Praclica l Reason, C h ica go, U niversity of C h icago Press,
1960, p. 3 y ss.
 E st u dio p reli m in a r

lím it es d e su escrit u r a. Todo es to es d e gr a n i m por t a ncia pa r a com p r e n d e r

a d ecu a d a m e n t e el co n t e n ido filo sófico d e u n e scr ito. E l e s t ilo no p u e d e
se r co n s id e r a do a pa r te d el co n t e n ido. Por e llo, alter a r el es tilo d e u n p e n -
s a dor no es cu e s t ión d e p oc a i m por t a ncia , sin o d e hon d a s co n s ec u e n ci a s .
E n com p a r a ció n co n algu n a s ot r as ob r a s d e K a n t, la seg u n d a Crítica es u n
lib ro excele n t e m e n t e e scr ito. No obs t a n t e, la ob r a est á lejos d e lo q u e
m u ch os espe r a r ía n , p u es el es tilo d e Ka n t no es d el gu s to d e las m a yor í a s.2
Sin e m b a r go, p oco s p e n s a dor e s h a n t e n ido u n a a p r eci a ció n tan ju s t a d e su
p rop io e s t ilo co m o Ka n t la t uvo d el s u yo: “ No a todos les es d a do e scr ib i r
d e m odo tan s u til y al m is m o tie m po tan a t r activo co m o a D a vid H u m e, ni
tan p rofu n d a m e n t e y a la vez co n t an ta eleg a n ci a co m o a Mos e s M e n-
d els soh n ” , d ice Ka n t en los P rolegó m e n os.3 Pero su d ecis ió n d e no t rata r
d e e sc r ib i r e n u n le n g u a je “ pop u la r, a m e no y có m o d o” e s t a b a ju s t ifica d a
por la n a t u r aleza d e los a su n tos q u e t r a t a ba, q u e a su j u icio no pod í a n se r
ex a m i n a dos a p ropia d a m e n t e sino co n las m á s es t rict a s r egla s d e exactit u d
m e tód ic a ,4 a sí co m o por las de m a n d a s q u e h a cí a ju s t a m e n t e a todo a q u el
q u e p r e t e n d e le e r filosofí a r eflexiv a m e n t e.5 E n e s e s e n t ido, Ka n t se a lejó

2 Schopen h a ue r, por eje m plo, d ecí a qu e el es t ilo d e Kant er a “ br illa n te m en t e s eco” y Ile i n e ironiza
d icie n do qu e es un “ es tilo gris, s eco, d e p a pel d e est r aza” . La com p lejid a d d el es tilo de Kant no
p u e d e se r nega da, pe ro t a mbién es cie r to q u e con fr ecu e n cia ha sigo exager a d a por filósofos qu e
no escribía n m ucho mejor.
3 Cfr. P rolegó m enos, Ak. Ausg., IV, 2 6 2. Vid. t a mbién Crítica de la razón p ura, A XVIII-XIX.
4 íbi d ., IV, 2 6 1.
5 En un a de las r eflexion es no fech a d a , Kan t e scr ib e: “ Si, al igual q u e H u m e, yo h u bier a t enido la fa-
cult ad de e m b ellece r mi ob r a, d u do de q u e la h u bier a e m ple a do. Es ver d a d q u e alg u nos lector es han
h uido al ve r su a ridez; pe ro, ¿no es n eces a rio a h uyen t a r a algu nos de a q u ellos en los q u e estos as u n-
tos h abría n ca ído en m alas m a nos?” (Vid. Ak. Au sg., xtv, r eflexión 5 0 4 0). Vale la p e n a se ñ ala r aq uí
las pala br as fi n ales con q u e Ka n t cie r r a la Crítica de la razón p ráctica y q u e apu n ta n h aci a el mismo
se n tido de qu e el p ú blico no p u ed e tener pa r te en la in ves tig ación filosófica : “ En u n a pala br a, la
cie ncia (crítica men te bu scad a y metódica me n te dirigida) es la puer ta est rech a qu e con d uce a la doctri-
na de la sabid u ría, si por ést a no se e n t ie n de sim plem en t e lo q u e se d e b e hacer, si no lo qu e d ebe
ser vir com o regla a los m aestros d e d ich a doct rin a pa r a t razar bie n y d a r a co n oce r el ca m ino de la
s a bid u rí a q u e ca d a u no d e b e seguir, p reserva n do a sí a ot ros de tom a r un ca m ino e r rón eo; un a cie n -
ci a d e la cu a l su deposit a ría ha de se r siem p r e la filosofía, en cu y a su til in ves tig ación el p ú blico no
h a de t ene r par te algu n a, p e ro sí en las doctrin as q u e sólo d esp u és d e esa la borios a p rep a r ación
p u ede n pr es en t a r se con toda su cla r id a d” .

VIII
 E st u dio p relimin a r

d e los filósofos pop u l a r e s d e su é p oc a , tan p r eocu p a dos por a lca n z a r la

m a yor cl a r id a d p osib le. La co m p lejid a d d el texto k a n ti a no no h a d e se r
a t r ib u id a a la in ep tit u d d e su autor, sino m ás bie n a la s exige n ci a s d e lo
exp res a do. El lector cu id a doso adver tir á los n u m erosos p as ajes en los q u e es
m uy d ifícil, si no i m pos ible, d eci r d e u n a m a n e r a m á s ex act a lo q u e Ka n t
es t á d icie n d o y q u e la m a yor p a r te d e la s s i m p lific a cio n e s d e su es tilo
i m plica n u n a m u t ila ción o u n a r e d u cció n d e s u p e n s a m ie n to.
H a ci a 1 7 8 7 , cu a n do Ka n t t r a b aja b a sim u l t á n e a m e n t e e n la s n u m e ro-
s as m o d ific a cio n e s d e la s eg u n d a e d ició n d e la C rítica de la ra zón p u r a
y e n la r e d a cció n d e la C rítica de la ra zón p r áct ica , e s c r ib e: “ D a do q u e
al r e a liz a r e s tos t r a b ajos h e e n t r a do ya e n e d a d b a s t a n t e a v a n z a d a (c u m -
p li r é e s t e m es 6 4 a ñ os), m e veo ob lig a d o a no p e r d e r t ie m po, si q u ie ro
t e r m in a r mi pla n d e p r op o rcio n a r la m e t a fís ic a d e la n a t u r a lez a , po r u n a
p a r t e, y la d e la s cos t u m b r e s, po r ot r a” .67Ad e m á s d e es t a p r e m u r a , es
b ie n s a b id o q u e Ka n t t e n ía u n a p e s a d a ca r g a d e t a re a s a c a d é m ic a s ,'
e s p eci a l m e n t e d e e n s e ñ a n z a . E n efec t o, i n ició su a ct ivid a d d oce n t e e n
el otoño d e 1 7 5 5 y co n t i n u ó e n s e ñ a n do i n i n t e r r u m p id a m e n t e d u r a n t e
ca si cu a re n t a a ños, h a s t a j u lio d e 1 7 9 6 , co n u n p ro m e d io d e 16 a 2 0
hor a s s e m a n a le s .8
E l es tilo d e Ka n t e n ge n e r a l, y se ñ a la d a m e n t e en es t e lib ro, est á fu e r-
te m e n te m a rca do po r su p r á ct ica d e la e n se ñ a n z a. La i n sis t e n cia y la r ei t e-
r a ción , p ropia s d e la ex pos ició n or a l, s u bsis t e n en el texto e scr ito q u e
p a r ece h a b e r sido tom a do d e viva voz; igu a lm e n t e la p u n t u a ción , d e p á-

6 Cfr. Crítica de la razón p u r a, B XLIII.

7 Adem ás de las la bores aca dé m ica s h a bit u ales, en 17 86 Kant fue nom br ado r ector de la U niversi-
d a d de Konigsberg. Los r ector es er a n nom br ados por el se n ado de la u n ive rsid a d, al cu al Kant
pe r t e n ecía d e s de 17 80, y se su cedía n d e se m est re en sem est re. Ka n t tomó su ca rgo com o r ector par a
el sem est re d e ver a no el 23 d e a b ril de 17 85, p oco a n tes de la m uer te d el rey F ede rico II. Volvió a se r
r ector en el se m est re de ver a no de 17 88 y varias vece s fu e d eca no de su facult a d.
8 P u ed e ver se el ca t álogo d e los n u m erosos y va riados cu r sos im pa r tidos por Kan t en la ob r a de E mil
A m old t , Gesa m melle S ch riften, vol. v, 2, “ K ritisch e Excu r se im Gebie t e de r K a n tforsch u n g” , Berlín,
Schondorffer, 1909.

IX
 E st u dio p relimin a r

r r afos m uy g r a n des y fr a ses m uy dila t a d a s, con s e r v a los r a sgos d el le n g u a-

je or al y d e la a r t icu l ación vivie n t e d el pe n s a m ie n to q u e sólo la lect u r a e n
voz alt a pe r m it e r ep rod ucir. Vor l a n d e r 9 co n sig n a a q u ell a a n écdot a q u e
Zelt e r rela tó a Goe t h e segú n la cu a l Ka n t solí a reír co n u n a b rom a e n tor no
a su es tilo ca rg a do d e in t e r polacion es: Wlóm e r, u n b a n q u e ro d e Kón igsbe r g,
d ijo a Ka n t q u e h a bía leído u n a d e sus ob r a s y q u e h a b ría leído m á s si
h u bie r a t e n ido más d e dos.
— ¿Y có m o es e so? — p r eg u n tó el filósofo.
El b a n q u e ro con t e s tó:
— B u e no, mi q u e r ido a m igo, su m a ner a d e e scr ibir es tan rica e n p a r é n-
tesis y fr a ses co n d icio n a le s, q u e te n go q u e fija r mis ojos en u n a y pon e r a hí
u n d e do, y d esp u és seg u ir a sí co n la segu n d a, la te rce r a y la cu a r t a, pe ro
a n tes d e llega r al fin al d e la p ágin a ya tengo ocu p a dos todos mis d edos.
Por mi pa r te, h e p rocu r a do respet a r exact a me n te la p u n t u ación d e Kant,
p ues estoy segu r a d e q u e la lect u r a en voz alta del texto k a ntiano p u ede desva-
n ece r no poca s d e las dificult a des q u e se presen t a n en la lect u r a en sile ncio.
Es p rob a ble q u e Ka nt em peza r a a e scr ib ir el lib ro e n la p rim aver a de
1 7 8 7 y q u e lo con clu ye r a h acia sep tie m b r e d e ese m is mo a ño; pe ro la m ayor
pa r te de su con t e n ido d e bió h a be r es t a do cla r a m e n te p rese n t e en su me n te
d esd e m ucho tie m po a trás, q uizá d e s d e 1 78 5. La gé n esis d e la ob r a, las
vicisit u d es d e la p u b lica ció n , la polé m ica s u scit a d a por la F u n d a m en tación,
cu yo eco res u e n a es pecia lm e n t e en el p r efacio de est a segu n d a Crítica, son
temas tr at ados m in ucios a m e n t e en los es t u dios p relim in a res de las e d icio-
nes de Paul N a tor p10 y d e Ka rl Vorla n de r11 d e la Crítica de la razón p ráctica.

9 Karl Vorlander, I m m an uel Kant: Der M ana u n d das Werk, vol. ii , Leipzig, Félix Meiner, 1924, p. 99.
10 Cfr. las pp. 4 8 9-5 0 9 del vol. v de la edición de la Aca demia. Sobre el mismo tema p u ed e consult a rse
adem ás: E rich Adick es, “ Korrekt uren und Konjek t u rcn zu Kants elisch e n Sch riften” , en Kantslu dian,
v, 1901, pp. 2 1 1-2 1 4 , y E mil W ille, “ Konjek t u re n zu Kan ts Kritik der pra ktischen Vernunft” , en
Ka ntst u d ien , vm, 1903, pp. 4 6 7-4 7 1 .
!1 Cfr. Karl Vorlander, “ E n t st eh u n gsgeschich t e und erste Wir k u ng de r Sch rift” , en Kritik der pra k-
tischen Vernu nft, Leipzig, Félix Meiner, 1929, pp. XI-XXVI.

X
 E st u dio p relim in a r

Ta mbién h a n sido a bor d a dos cu id a dos a m e n t e por Lewis W h it e B ec k ,12 R o-

be r to Rod r íg u ez Ar a m a yo13 y J osé M a r dom in go.14*Yo m e lim it a r é a q u í a h a-
ce r un a b reve reseñ a de la gén esis d e esta ob r a q ue nos permit a posterior men te
in t rod ucir nos e n los gr a n des temas q u e Ka n t exa m in a en ella.

L a gestación de la Crítica de la r azón p r áctica

La p rim e r a ob r a do n d e Ka n t ex a m inó dir ect a m e n t e cu e s t ion e s d e filosofí a

mor al fue u n e n s a yo p r e m i a do por la Aca d e m i a d e Be rlín en 1 7 6 3, tit u la-
do U n ters uch u n g ü ber d ie Deu tlich keit der Gr u n d sátze d er n a t ü rlich en
T h eologie u n d der M or a l,15 e n el cu a l po n e e n tela d e j u icio la teoría d el
se n tido mor al d efe n d id a por S h aft esb u ry y H u tch eson . Un p oco m á s t a rde,
en u n a ca r t a fech a d a el 31 d e d icie m b r e d e 1 7 6 5 , Ka n t co m u n ic a a
L a m be r t 16 q u e t r ab aja e n u n a ob r a sob r e los “ fu n d a m e n tos m e t a físicos d e
la filosofí a p r á ct ica ” . 17 E ncon t r a m os m á s d a tos a ce rca d e los p roble m a s
mor ales q u e Ka n t exa m in a d u r a n te es t e p e r iodo en la ca r t a q u e le dir ige a
H e r d e r 18 el 9 d e m a yo d e 1 7 6 8 ,19 en la cu a l le co m u n ic a q u e t r a b aja en
u n a “ m e t afísica d e las cos t u m b r e s” .20 Fin alm e n te la cor r e s po n d e n ci a m a n-

12 Cfr. Lewis W h it e B eck, A Com me.niary on Kan t's Critiq u e o f P r actical Re a son , C h ica go, U niversity
of C h ica go P ress, 1960 [Midway, reimp. 19 84], especia lm e n t e pp. 5-1 8 .
13 Cfr. Im m a n uel Kan t, Crítica de la razón p ráctica, t rad. de Rober to Rod rígu ez Ar a m ayo, Ma drid,
Alia nza, 2 0 0 0, pp. 8-1 3.
14 Cfr. Im m a n uel Kan t, F u n da m en tación de la m et afísica de las costu m bres, ed. bilin gü e, t rad. de
José M a r domingo, B a rcelon a, A r iel, 1996 (vid. especia lm e n t e pp. 7-4 1).
13 Podría t r a ducir se com o In vestigación sobre la evid encia de los pri m eros pri ncipios de la teología
n atu ral y la m oral (Ak. Au sg., l(, 2 7 3-3 0 1). En 1761, por inicia tiva del p rofesor Sulzer, la Aca de m ia
de Berlín pla n t eó una cu est ión rela tiva al conocim ie n to d e las ve r d a des m e t afísicas y Kan t r espon-
dió en 1763 con est e en sa yo q u e p u blicó al a ño siguien te.
16 Joh an n H ein rich La mber t (1 7 2 8-1 7 7 7), mie m bro de la Aca de m ia de Berlín , con q u ie n el filósofo
sost uvo una b r eve e in teresa n te cor r es pon d e ncia.
17 Vid. Ak. Au sg., x, 56.
18 Joh a nn Golllfried von H e r de r (1 7 4 4-1 8 0 3), d iscíp u lo dir ecto de Kant de 1762 a 1764.
19 Vid. Ak. Ausg., x, 74.
20 El té r mino “ m e t afísica de las cos t u m b r es” er a muy p oco us ado a n tes de Kan t. P a rece q u e se
e m pleó por prim er a vez h acia 1739 por el t eólogo Isr ael Got tlob Ca nz (1 6 9 0-1 7 5 3), p rofesor en
Tubinga des de 1739, en su ob r a Discip li n ae m orales om nes.

XI
 E st u dio p relimin a r

t e n id a en t re Ka n t y M a rcu s H e r z,21 en la a sí lla m a d a “ d éca d a d el sile n -

c io ” , q u e cor r e d e 1 7 7 0 a 1 7 8 0 , nos ofr ece un t es t i m on io d e v a lo r i n co m -
p a r a ble sob r e el m odo com o su filosofí a fue tom a n do for m a e n u n p rogr eso
a r m ón ico d e cr ecim ie n to. De n t ro d e es t a co r r e s po n d e n ci a h ay q u e se ñ ala r
la ca r t a d el 7 d e ju n io d e 1 7 7 1 2223y la d el 21 d e feb r e ro d e 1 7 7 2 ;22 en la
p rim e r a le co m u n ica , e n t r e ot r as cos a s, q u e est á t r a b aja n do e n u n lib ro
q u e lleva r á el tit ulo d e Los lí m ites de la sen sibili d a d y la ra zón - y q u e
a hor a co n oce m os co m o Crítica de la razón p u r a — el cu a l con t e n d r á , a d e-
m ás d e u n a teoría sob r e el fe n óm e n o, u n a t eoría sob r e la mor al, el gu sto y
la m e t a física . E n la segu n d a ca r t a señ ala q u e su filosofí a t r asce n den t al en
re a lid a d es un exa m en cr ít ico de la r azón pu r a y q u e su m e t afísica con tie n e
dos p a r tes: la m e t afísica d e la n at ur aleza y la m e t afísica d e las cos t u m b r es;
est a últim a no con tie n e p r incipios e m pír icos, por lo q u e es tot alm en t e i n d e-
p e n die n t e de la a n t ropología, sino sólo p r incipios p u ros q u e p res u pon e n u na
cr ít ica d e la r azón pur a. Tal cr ít ica p roporcion a los p re r req uisitos d e la m e-
t afísica d e las cos t u m b r es en dos se n tidos: ofr ece u n a p r ese n t ación sis te m á-
tica de las leyes a priori de la mor alid ad y da u na resp uest a, más bie n p r áctica
y no especu la tiv a, a las pregu n t a s t r a dicion a les de la m e t afísica.
La d éc a d a q u e co r r e d e 1 7 8 0 a 1 7 9 0 , p e r iodo r ela t iv a m e n t e cor to en
la vid a d e K a n t, fu e e s p eci a l m e n t e fec u n d a y cr e a t iv a . A d e m á s d e n u-
m e ros a s ob r a s d e m e n or d i m e n s ió n ,24 e n r á pid a s u ce s ió n se p u b lic a n la s

21 Ma rcu s Herz (1 7 4 7-1 8 0 3), a m igo y discíp u lo de Kant, q u ie n cola boró en la p rese n t ación y d iscu -
sión p ú blica de la Disertación de 1 770.
22 Vid. Ak. Ausg., X, 123. Ta mbién es útil lee r la ca r t a dirigid a a La mber t con fech a d el 2 de sep tiem-
bre d e 1770 (Ak. Au sg., X, 9 7).
23 Ibid., x, 132.
24 E .g. en 1784 se p u blica I dea de. u na h istoria u niversal en sen tido cos m opolita; en ese mismo a ño
se p u blica Respuesta a la preg u n ta ¿q ué es la Ilu stración? En 1785 a p a r ece en la A llge m ein e
L itera tu rzeit u ng la r ese ñ a de un libro de H e r de r “ Idea s sob r e la filosofía de la his toria de la h u m a-
nid a d” ; en e sc mis mo a ño la Bcrlin ische Monatsschrifi p u blica t res a r tícu los de Kan t: “ Sobr e los
volca n es de la Lun a” , “ Sobr e la ilegalid a d de la fa lsificación de lib ros” y “ Sob r e la d efin ición del
conce p to de r aza h u ma n a” . En 1786 a p a r ecen n u merosa s p u blicacion e s en t r e las qu e se dest aca n
dos: Probable in icio de la h istoria h u m a n a y ¿Q u é es orien tarse en el pen sa m ien to?

XII
 E st u dio prelimin ai

g r a n d es ob r a s fu n d a m e n t a les d e la filo sofí a k a n tia n a. A s í e n 1 7 8 1 , p o-

co s día s d e s p u é s d e q u e Ka n t cu m p lie r a 57 a ñ os, a p a r ece la C rítica de
la ra zón p u r a ; e n 1 7 8 3 los P rolegó m e n os; e n 1 7 8 5 la F u n d a m en t ación
de la m eta física de las cost u m bres; e n 1 7 8 6 los Pri m eros pri ncipios m eta fí-
sicas de la cien cia de la n a t u ralez a; e n 1 7 8 7 la seg u n d a e d ició n -c o n sus
n u m e ros a s e im por t a n tes m od ific a cio n e s— de la Crítica de la ra zón p u r a;
e n 1 7 8 8 la Crítica de la ra zón p r áct ica y e n 1 7 9 0 la Crítica de la f a c u l t a d
de j u z g a r. E n es t a d éca d a Ka n t ex t ie n d e su r eflexión cr ít ica a los á m bitos
e s p ecu la t ivo, p r á ct ico, e s t é t ico y t e leológico; i n clu so pod r ía d eci r s e q u e
al te r m in a r e s e p e r iodo Ka n t co n cl u yó su ob r a p ropia m e n t e cr ít ica . E n
a dela n t e la r eflexión y el m é todo k a n tia no se a plica r á n a los p roble m a s d e
la r eligión y la h is toria , el d e r ec h o y la a n t ropología , la lógic a y la p e d a go-
gía, sin e m b a r go, en nin g u n a d e la s ob r a s n u eva s se p rese n t a r á n r up t u r as
co n los t r a b ajos fu n d a m e n t a les d e la d éca d a de 1 78 0.
H acia 1 7 8 1 , e n la Crítica de la ra zón p u r a , Ka n t d ivid e cla r a m e n t e la
filosofí a e n dos p a r tes. La p rim e r a es la p a r te p rop e d é u t ica (o d e p r ep a r a-
ció n ) y se e nca rg a d e inves t ig a r la ca p a cid a d d e la r azón r e s p ecto d e todo
co n ocim ie n to a p riori; a est a p a r te se le lla m a “ cr í t ic a ” . La seg u n d a es el
sis t e m a d e la r azón p u r a (o cie n ci a ) y se e nca r g a d e p r ese n t a r el co n o-
ci m ie n to filo sófico glob a l d e r iv a do d e la r azón pu r a co m o u n con ju n to s is -
t e m á t ico; a es t a p a r te se le d e nom in a “ m e t a física ” ; ést a se s u b d ivid e en la
m e t afísica d el u so e s p ecu la t ivo d e la r azón p u r a (o m e t afísica d e la n a t u-
r aleza) y la m e t afísica d e su u so p r á ct ico (o m e t afísica d e las cos t u m -
b r e s).2" E sto eq u iv a le a d eci r q u e la facu lt a d com ple t a d e la r azón pu r a
-t a n t o e n su u so e s p ecu l a t ivo co m o en su u so p r á ct ico— est á s uje t a a la
ta rea cr ít ica , la cu a l se des a r rolla en las dos p rim er a s Críticas. La Crítica de
la razón p u ra r e s pon dió a la p regu n t a sob r e la posib ilid a d d e los j u icio s
sin t é ticos a priori en el u so e s p ecu l a t ivo, fu n d a m e n t a n do a sí u n a m e t afísi- 23

23 Vid. Crítica de la razón p u r a, A8 4 1 , B 869.

XIII
 E st u dio p relim in a r

c a d e la n a t u r aleza; la Crítica de la ra zón p r áct ica a la p regu n t a sob r e la

posib ilid a d d e d ic h os j u icio s e n el u so p r á ct ico. E n efecto, sólo u n a cr ít ica
d e la r azón p r á ct ica p u e d e fu n d a m e n t a r u n a m e t afísica d e la s cos t u m b r es
p u es la ju s t ific a ció n d e los j u icio s sin t é t icos a p riori d el u so p r á ct ico r e-
q u ie r e u n a d e d u cció n y u n co n ce p t o d e libe r t a d m á s posi t ivo q u e el u s a do
en la p rim e r a Crítica.
La p rim e r a Crítica fu e r ecib id a co n s ile n cioso a som b ro d e b ido, segú n
el p rop io Ka n t, “ a la m ultit u d d e co n ce p t os com ple t a m e n t e in sólitos y la
noved a d d el le n g u a je” .26 En efecto, la p rim e r a n ot ici a a ce rca d e la ob r a
fu e u n a rese ñ a p u blica d a a nónim a m e n t e en las N oticias er u ditas de Gotinga
el 19 d e e n e ro d e 1 7 8 2 27 q u e r evela b a u n a total i n com p r e n sión d e su
con t e n ido; post e rior m e n te se prese n t a ron las reseñ a s d e M e n delssoh n, L a m-
ber t, E be r h a r d, e tc. A fin d e r e m edia r la oscu r id a d y p rolijid a d 28 d e la
Crítica de la razón p u ra y ofr ece r un res u m en cl a ro y ge n e r al29 d e la m is m a,
Ka n t e scr ib e los Prolegó m enos. E n efecto, est a ob r a res u m e la p rim er a Crí-
tica y pe r m ite r ecu pe r a r el n ú cleo e s e n ci a l de lo q u e es la filosofí a t r a sce n-
de n t al en el á m bito t eór ico. Al com p a r a r los Prolegó m enos co n la p rim er a
Crítica y la Fu n d a m en tación co n la segu n d a, se a p r ecia n se m eja nza s m uy
sig nifica tiva s q u e pod ría n pe r m itir nos d eci r q u e los Prolegó m enos son, r es-
p ecto d e la Crítica de la razón p u r a, lo q u e la F u n d a m en tación es r especto
d e la Crítica de la razón p ráctica. Así p u es, se pod r ía conje t u r a r q u e al
p u blica r en p rim e r té r mino la Fu n d a m en tación y pos t e rior m e n t e la Crítica
de la razón p ráctica, p u do ser q u e Ka nt p rocu r a r a evitar, en algu n a m edid a,
los e scollos q u e p rob a ble m e n t e enfre n t a ría la segu n d a Crítica.
Al com p a r a r es tos dos p a res d e ob r a s, lo p rim e ro q u e s alt a a la vis t a es
q u e las dos Críticas son t r a t a dos filosóficos a m plios en los q u e se sig u e un

i(' Cfr. la ca r t a de Kant a Ch ristia n Ga rve fech a d a el 7 de agosto de 1783 (Ak. Au sg., X, 3 3 6 y ss).
2‘ Góu i n ger Gelehrlen A n zeigen, p. 4 0 y ss.
28 Cfr. Prolegó m enos, Ak. Ausg., IV, 261.
2"lb i d ., IV, 381.

XIV
 E st u dio p reli m in a r

m é todo sin t é t ico, mie n t r a s q u e los P rolegó m en os y la F u n d a m en tación son

t r ab ajos b r eve s en los q u e se a p lic a u n m é todo a n a lí t ico. E st e ú lt im o es un
m é todo r eg r e sivo, es decir, en él se com ie n z a co n la ex p e r ie n ci a d e a q u e-
llo q u e nos es co n ocid o co n seg u rid a d y d e a hí se re mon t a o r eg r es a a los
p r es u p u es tos o p r i n cip ios a p riori sin los cu a le s no sería p os ib le t e n e r tal
exp e r ie n ci a . E n efecto, difícil m e n t e se acep t a r ía q u e el co n oci m ie n to cie n -
t ífico no es u n co n oci m ie n to ge n u i no o bie n q u e los ju icio s mor a les q u e
e m itim os com ú n m e n t e ca r ece n d e se n t ido y q u e la mor al es u n a ilu sión
e n g a ños a . A sí, el p u n to d e p a r tid a e n es t e m é todo es el co n oci m ie n to c o -
m ú n d e la m or a lid a d (pa r a el ca so d e la F u n d a m en tación) y el co n oci-
m ie n to cie n t ífico (p a r a los P rolegó m e n os); tal p u n to d e p a r tid a es a lgo ya
co n ocid o co m o ve r d a d e ro y seg u ro q u e nos pe r m it e r e mon t a r nos h as t a sus
fu e n t es u or íge n e s a ú n no co n ocid o s , los cu a le s son la s for m a s d e la in t u i-
ció n y la s ca t egor ía s (e n los P rolegó m en os) y la ley mor al y la libe r t a d (en
la F u n d a m en tación). E n con t r a s t e, u n m é todo sin t é t ico es u n m é todo d e -
d u c t ivo, i .e., u n m é todo en el c u a l se co m ie n z a co n la s co n d icio n e s
posibili t a n t e s d e la ex p e r ie n ci a o p r i n cip ios y d e a h í se p r oce d e a la e x p e-
r ie n ci a q u e t ales p r i n cip ios org a niza n y h ace n i n t eligible. La F u n d a m en-
t ació n p rop o r cio n a u n a n á lisis d e la co n cie n ci a mor al or d i n a r i a q u e,
com e n z a n do co n los j u icio s mor ales q u e e m itim os com ú n m e n t e, b u sca
po n e r d e m a n ifies to la s b a ses d e es tos j u icio s m edia n t e la for m u l ación d e
la ley mor al (exp r e s a d a co m o im pe r a tivo ca t egór ico) y la pos t u l a ción d e la
libe r t a d (e n t e n did a co m o co n d ició n p a r a la r e a liz a ción d e lo or d e n a do por
tal i m p e r a t ivo).30 La seg u n d a C rítica com ie n z a co n d efi n icio n e s y a xiom a s
y, d e m a n e r a m uy se m eja n t e a S pinoz a, la for m u l ación de la ley mor al y de

30 Para ilust rar la dife r e ncia ent re estos métodos podría p ropone rse una metáfora: un explor a dor qu e
par te d e la desem boca du r a de un río en la ma r y q u e asce n die n do se remon ta h acia la alta mont aña en
b u sca de las fuentes don de se originó el río eje m plifica ría el método a n alítico o r egresivo, el cu al su be
de lo con dicion a do a las con d icion e s; en ca m bio, el explor ador q u e par te de la cu e nca de r ecepción en
qu e se form a el ca uce d e un río y desce n die n do por las laderas registr a su cu r so, desviacion es y
dir ección gener al hasta q u e va a morir a la mar, recor re un t r ayecto inverso y eje m plifica ría el método
sin tético el cu al va de los p rincipios a las con secu e ncia s.

XV
 Es t udio p relimin a r

la libe r t a d d e la volu n t a d se h a ce d e d uct iv a m e n t e. Por ot r a p a r te, gu a rd a

u n a es t r uct u r a m uy se m eja n t e a la p rim e r a p u es est á con s t r u id a seg ú n el
m is m o m od elo. Al igu al q u e la Crítica de la ra zón p u r a , la seg u n d a se
d ivid e en doct r in a t r a sce n de n t a l d e los ele m e n tos y doct r in a t r a sce n d e n -
t al d el m é todo; en la p rim e r a d ivisión se expon e la mor al y en la seg u n d a
el m odo d e e n se ñ a rla. La doct r in a de los ele m e n tos se d ivid e en a n a lítica
y d i a léc t ic a t r a sce n d e n t a le s; a sí p u e s, la seg u n d a Crítica c a r ece d e e s t é ti-
c a t r a sce n d e n t a l por q u e la mor al, a d ife r e n ci a d el co n oci m ie n to t eór ico,
no se fu n d a sob r e la s e n sibilid a d , m ás bie n d e b e p r e sci n d i r d e ella . Not e-
mos a dem á s q u e la a n a lítica de la segu n d a Crítica se d ivid e en a n a lítica de
los p r i ncipios y a n alítica d e los con ce p tos (sig u ie n do a sí un or de n inve r so
r e s p ecto d e la a n a lítica d e la p rim e r a Crítica); en la a n a lítica de los p r i n -
ci p io s se de t e r m in a la ley d e u n a volu n t a d pu r a y se co n cl u y e q u e tal ley
sólo p u ed e se r u na ley for m al. La exis t e ncia d e est a ley, q u e se im pon e no
por el obje to d el m a n da to sino por se r ley, i m plica la exis t e ncia de la lib e r-
t ad, p u es p r es u pon e q u e la liber t a d no p u e d e est a r de t e r m in a d a más q u e pol-
la r azón y no por un obje to se n sible. Así p u es, la a n alítica de los con ce p tos
vie n e desp u és d e la a n alítica d e los p r i ncip ios por q u e el co n ce p to de bie n
sólo p u e d e se r de t e r m in a do por el co n ce p to de ley.
E n r es u m e n , pod e m os d eci r q u e la F u n d a m en tación te r min a don d e
com ie n z a la Crítica de la ra zón p r áct ica . E st a últim a no es u n a con t i n u a -
ció n d e la p rim e r a Crítica ni d e la F u n d a m en tación ', en ella Ka n t m ues t r a
d e la ex p e r ie n ci a p roble m a s n u evos y cr u ci a le s , co m o los d e la libe r t a d de
la volu n t a d, la u n id a d de la r azón y la s r el a cion e s en t r e con oce r , cr e e r y
obr ar, y en t r e vir t u d y fe licid a d .

Los gra n des tem as de la Crítica de la r azón p r áctica

Ka n t e m p leó el t é r m ino m eta física en dos se n tidos dis tin tos. En el p r i m e-

ro, la m e t a física es e n t e n did a en su vieja a ce p ció n , i.e., co m o el s u p u es to

XVI
 E st u dio p reli m in a r

co n oci m ie n to d e u n a r e a lid a d s u p r a s e n sible e i n co n d icio n a l q u e la Críti-

ca de la ra zón p r áct ica t rat aría d e dest r uir. E n el s eg u n do s e n t ido es e n t e n-
d id a co m o K a n t la i n t e n tó e s t a b lece r , i.e., co m o ci e n ci a o “ co m o el
inve n t a rio d e todos los co n oci m ie n tos q u e pos ee m os sis t e m á tica m e n t e or-
d e n a dos po r la r a zón p u r a” ,31 co m o u n sis t e m a d e co n oci m ie n tos a priori
m edia n t e m e ros co n ce p t o s .32 E n t e n did a en es t e ú lt im o s e n t ido, Ka n t d ivi-
d ió la m e t a física e n dos p a r t es: la m e t a física d e la n a t u r alez a y la m e t afí-
s ic a de la s cos t u m b r e s. L a p rim e r a co m p r e n d e todos los co n oci m ie n tos
a bsolu t a m e n t e a p riori (o p r i n cip ios) d e lo q ue es, y la seg u n d a todos los
p r i n cip ios d e lo q ue debe ser. A sí p u e s, los p r e t e n didos co n oci m ie n tos r a-
cio n a le s sob r e D ios, la libe r t a d y la in m or t a lid a d, p e r t e n ecie n t e s a l a m e-
t afísica e n t e n did a en su p r i m e r s e n t ido, co m o co n oci m ie n to ú lt im o d e la
r e a lid a d, ser á n r ech a z a dos po r Ka n t al con sid e r a r q u e se tr ata d e u n co n o-
ci m ie n to il u sor io, v a cío o, u s a n do sus p ropia s p a la b r a s, d e u n “ co n oci-
m ie n to d i a léc t ico” . Ahor a bie n , es to nos llev a dir ect a m e n t e a la co n ce p ció n
q u e Ka n t t e nía d e la cr ít ica . Para él la cr í t ic a tie n e dos se n tidos o ve r tie n-
tes, los cu a le s pod r ía n d e sig n a r se co m o se n tido n eg a tivo y se n t ido p osi t i-
vo. Con sid e r a d a n eg a tiv a m e n t e, se lla m a cr í t ic a al exa m e n q u e la r azón
h a ce de sí m is m a co n el p ropósi to d e erra d ica r las ilu sion e s d i a léc t ic a s d e
la vieja m e t a física; e n e s e se n t ido n eg a tivo, la cr í t ic a con sis t e e n r ech a z a r
las p re t e n sion es d e con oci m ie n to s u p r a se n sible q u e a p a r ece n co m o dog m a-
tis mo m e t a físico y co m o fa n a tis mo mor al. Con sid e r a d a posi t iv a m e n t e, la
cr í t ic a con sis t e en resca ta r los p r i n cip ios q u e con s ti t u ye n la m e t a física ,
co m o ci e n ci a , d e la r u i n a a la q u e e s t á n a m e n a z a dos po r e l e m p i r is m o,
el cu a l no sólo pla n t e a d u d a s sob r e la pos ib ilid a d d e la m e t a física e s p ec u -
la tiva, sino q u e t a m bié n t ie n de a m in a r el co n oci m ie n to r e s p ecto d e la
n a t u r alez a y la mor al. Así, la fu n ció n posi tiv a d e la cr ít ica con sis t e en
e s t a b lece r la est r uct u r a, r a ngo, u so y v a lidez de los co n ce p tos q u e no p u e-

31 Cfr. Crítica de. la razón p ura, Ak. Au sg., IV, A XX.

32 Cfr. Fu n da m en tación de la m etafísica de las costu m bres, Ak. A u sg., IV, 3 8 8 y s s .

XVI I \
 E st u dio p relimin a r

de n se r d e riv a dos d e la exp e r ie n ci a (e.g ., el co n ce p t o d e ca u s a lid a d en la

p rim e r a Crítica y el co n ce p t o d e d e b e r en la seg u n d a) p e ro q u e n ecesit a n
se r obje tiv a m e n t e v á lidos p u es son e s e n ci a le s pa r a q u e la exp e r ie n ci a tenga
se n tido. Segú n Ka n t, sin u n a cr ít ic a q u e t e nga est as dos fu n cio n e s, no es
p os ib le t r azar la d is t i n ció n e n t r e m e t afísica legít im a e ilegítim a o d efe n -
d e r el co n ocim ie n to ge n u ino d e los a t a q u es p roce d e n t e s d e u n a m e r a ilu -
sión d i a léc t ic a disfr az a d a d e u n a s a bid u r ía s u p u es t a m e n t e elev a d a .
Si la p rim e r a Crítica es t a b a d e d ica d a al es t u dio d el s u je to cog n osce n t e,
la seg u n d a lo est a r á al es t u dio d el s uje to mor al d efi n ido por la libe r t a d. E n
efecto, d e s d e las p rim e r a s lín e a s d el “ P r efa cio” , Ka n t se ñ a la q u e la ob r a
tie n e co m o fin e s e n ci a l e s t a b lece r la exis t e n ci a d e u n a r azón p u r a p r áct ica
y, a p a r tir d e ella , la exis t e n ci a d e la libe r t a d t r a sce n d e n t a l, co m o fu e
d efin id a en la p rim e r a Crítica, pa r a s alir d e la a n tinom ia. Sin e m b a rgo en la
p r i m e r a C rítica el co n c e p t o d e lib e r t a d p e r m a n ece v a cío. D e s p u é s , e n
la F u n d a m en tación , la ley mor al pe r m itir á q u e es e co n ce p t o r ecib a u n a
d e t e r m in ación positiv a p r á ct ica : a la sim ple id e a d e u n a ca u s a lid a d no
co n d icio n a d a se agrega la n oció n d e u n a volu n t a d fu n d a m e n t a d a b a jo la
for m a d e u n a le g is l a ció n u n iv e r s a l. F i n a l m e n t e, e n la s eg u n d a C rítica
la libe r t a d se d e scu b r ir á al in s tit u ir se la legis l a ció n mor al, y a sí la libe r t a d
se p rese n t a r á co m o la ratio essen d i d e la ley mor al y es t a últim a co m o la
ra tio cog n oscen d i d e a q u ell a p rim e r a . E n ot r as p a la b r a s, la lí n e a a rgu m e n-
t a tiva d e Ka n t es la sig u ie n t e: si no h u bie r a libe r t a d, no exis tir ía ley mor al
en nosot ros, y si no co n ocié r a m os la ley mor al, d e sco n oce r í a m os la lib e r-
t ad. Ahor a b ie n , co n oce m os l a ley m or al, pod e m os, po r lo t a n to, a p a r tir de
d ich a ley, s a be r q u e som os lib r es. Así, el co n ce p t o d e libe r t a d es la co n d i-
ció n a priori d el h ech o mor al y la pied r a a ngula r d e tod a la co n s t r u cció n
d el sis te m a d e la r azón p u r a, y co m p r e n d e no sólo a la r azón p r á ct ica sino
t a m bié n a la r azón es p ecu la t iv a .
Ahor a bie n , ¿q u é e n t ie n d e Ka n t por ra zón e n ge n e r al y, m á s e s p ecí-
fica m e n t e, q u e e n t ie n d e por “ r a zón p r á ct ica ” ? E n la Crítica de la razón

XVIII
 E st u dio p relimin a r

p u r a se p rese n t a n t res facu l t a d e s cog n it iv a s: s e n sibilid a d , e n t e n dim ie n to

y r a zón. La p rim e r a con sis t e en la r ece p t ivid a d d e d a tos s e n sible s b a jo las
for m a s d e e s p a cio y tie m po. E l e n t e n di m ie n to es la facu lt a d d e sin te tiza r
d a tos s e n sible s en co n oci m ie n tos d e obje tos , sín t esis q u e se re a liz a seg ú n
las reglas e s t a blecid a s por los con ce p tos lla m a dos ca t egoría s. La r azón es la
facult a d d e sin te tiza r con ocim ie n tos d e obje tos e n sistem a s (por eje m p lo, el
sis t e m a d e l a tot a lid a d d e los fe n ó m e n os gob e r n a dos por le y e s , es d eci r ,
el “ r eino d e la n a t u r aleza” ). L a r azón gu ía la co n s t r u cció n d el co n oci-
m ie n to e n su a s p ecto sis t e m á t ico al dir igi r la b ú s q u e d a d e la s co n d icio n e s
a bsolu t a s d e tod a s y ca d a u n a d e las co n d icio n e s con t i n ge n t e s, co n d icio-
nes a bsolu t a s do n d e d e sc a n s a , e n ú lt im o t é r m ino, el e d ificio e n t e ro d el
co n oci m ie n to. Ka n t u s a el t é r m ino “ id e a l d e la r a zón” p a r a r efe r ir se a es te
p roce so, el a v a n ce s u ce s ivo d e u n a co n d ició n a ot r a m ás ge n e r a l q u e d a
cu e n t a d e la a nterior. C u a n do en es t a b ú s q u e d a la r azón h a ce a fir m acion es
refe r e n t es a r e a lid a d e s s u p r a s e n sible s q u e p e r t e n ece n al r eino d e la a n ti-
gu a m e t a física , la r azón r ecib e el nom b r e d e r a zón e s p ec u l a t iv a o t eór ica .
Por otr a pa r te, “ r azón p r áctica” eq u iv a le a “ volu n t a d” . E n efecto, pa r a
Ka n t todos los seres d e la n a t u r aleza, i nclu so el se r h u m a no, act ú a n segú n
leyes, pe ro sólo u n se r r acion a l p u e d e act u a r segú n la co n ce p ció n de las le -
yes. Por eje m plo, u n a pied r a q u e ca e “ ob e d ece” , por a sí d eci r lo, las leyes
ga lile a n a s q u e rigen la ca íd a d e los cu e r pos p u es to q u e d ich a pied r a es un
ca so q u e ilust r a es a ley. E n ca m bio, u n se r h u m a no, co m o se r dot a do d e
r azón, p u e d e gobe r n a r su con d u ct a d e acu e r do a la co n ce p ció n d e es a ley;
a sí, m edia n t e el co n ocim ie n to de ella p u e d e d ecid i r si es r iesgoso o segu ro
la nza r se d e s d e cie r t a alt ur a e inclu so sob r epon e r se al m ie do d e h ace r lo.
Tom emos otro eje m p lo: el se r h u m a no, co m o cria t u r a de p u lsion e s i n co n s-
cie n t es, sig u e las leyes biológic a s y p s icológica s e n su con d uct a sexu al;
pe ro com o se r r acion a l q u e tie n e com p r e n sión d e las leyes ca u s a les d e la
biología y la p sicologí a , p u e d e disce r n ir las co n s ecu e n ci a s d e su s posible s
a ccio n e s e inclu so p u e d e i m pedir q u e se a n las p u lsion es las q u e gobie r n e n

X IX
 E st u dio p reli min a r

su con d uct a . C u a n do u na pe r son a es ca p az d e ese a u tocon t rol, d eci m os q ue

tien e u n a volu n t a d fuer te, i.e., d eci m os q u e act ú a r acion a lm e n t e y no sólo
por instin to. Así p u es, vol u n ta d es el nom b re q u e r ecib e ordin a ria m en te la
exp e r ie nci a s u bje tiv a d e con t rola r los im p ulsos m edia n te la r azón; y se lla -
m a n “ volu n t a rios” los a spectos de la con d u ct a q u e no son m er a m en te e m o-
cion a les o im pulsivos. La Crítica de la razón práctica, e n tonces, es un exa men
c r í t ico d e la volu n t a d e n t e n d id a co m o r azón p r á c t ic a o r azón a p lic a d a a
la co n d u c t a . Su t e sis p r i n cip a l es q u e , no ob s t a n t e q u e l a r a zón p r á c t i-
ca ge n e r alm e n te se com pon e de im p ulsos y e m ocion e s, la r azón p u e d e guia r
la con d u ct a d el ser h u m a no sin el motor va riable y s u bje t ivo d e la mer a
ob t e nción d e placer. E n otras palabr as, la razón es p r áctica en sí mism a, i.e.,
es ca p az de p roporcion a r los motivos y fin es par a obrar. Para ello no es n eces a-
rio elimin a r los elem en tos no r acion ales: és tos p u ede n no d ebe r ser los q ue
dete r min en los actos. E n efecto, en el “ P r efacio” Kant advier t e q u e se titula
Crítica de la razón práctica por su tarea de mostr ar q ue la r azón pu r a p u ede ser
p r áctica, y q ue se logr a media n te un exa men cr ít ico de la r azón com ple t a (i.e.,
r azón pur a y em pírica) en su uso p r áctico. D es d e esta pe r spectiva, pode mos
d eci r q u e si el obje tivo de la primer a Crítica fue h ace r un exa men q u e pe r m i-
tiera pon e r fin a las p reten siones ilegítim as d e la razón pu r a en su u so e s p ecu -
la tivo, el obje tivo de la segu n d a Crítica ser á, en ca m bio, pon e r fin a las
p reten siones ilegítim as de la razón p r áctica em pír ica m e n te deter min ada. En
con son a ncia con esto, no d ebe pen s a rse q u e en la segu n da Crítica sólo h a de
realiza rse la tarea positiva descrit a más a rriba, p ues t a mbién la r azón pur a
p r áctica est á expuest a a u na ilu sión dia léctica q u e es p r eciso evita r y criticar.
En algu n a m edid a, los títulos de las dos Críticas per miten suponer, er rón ea-
men te, q ue Kant es t a bleció una dicotom ía en tre r azón pu r a y r azón p r áctica;
sin emb a rgo, lo q u e Kant prete nde mostrar es q u e si la mor al no es u na ilu sión
la r azón pur a p uede y debe ser p r áctica , oponié n dose a H u m e, par a q uie n la
razón es “ sirvien te de la p asión” , i.e., es p r áctica sólo si se con ect a con otros
com pon e n t es no r acion ales de la pe r son alid ad, pero no lo es por sí mism a.

XX
 E st u dio p reli m in a r

U n a cr í t ic a d e la r azón d e b e e s t a b lece r la s leye s a p riori, p u r a s, d e la

co n d u c t a y co n e llo t a m bié n , m á s a llá d el e s ce p t icis m o, la e x is t e n ci a d e
la r azón pu r a p r áctica , cu yos im pe r a tivos con s tit u ye n u n a m e t afísica d e las
cos t u m b r e s, e n t e n did a ést a co m o u n co n oci m ie n to r a cion a l d e la ley m o-
r al e n tod a s su s r a m as. E n seg u n do lugar, d e b e exa m in a r los p r es u p u es tos
d e la r azón p r á ct ica pa r a i m p e d i r q u e se a n con sid e r a dos co m o ve r d a d es
refe r e n t es a u n m u n do s u p r a s e n sible. E st as dos t a re as son d es a r rolla d a s,
r e s p ect iv a m e n t e, po r la “A n a lí t ica ” y po r la “ D i a léct ic a ” d e la r azón pu r a
p r á ct ica .
L a t a re a d e e s t a b lece r p r i n cip io s a p riori p r á c t icos (i.e., u n ive r s a le s
y n ece s a r ios) o le ye s m or a le s sé r e a liz a en los dos p r i m e ros ca p í t u los d e
la “A n a lít ica” d e la sig u ie n t e m a n e r a: en los p a s a je s 1 al 4 se se ñ a la n la s
d ife r e n ci a s e n t re la s leye s m or a le s, p o r u n a p a r t e, y las m á xim a s y r e-
gla s p r á ct ic a s, por la ot r a; en los p a s ajes 5 y 6 Ka n t exp lica la es t r ech a
r el a ción d e las leyes mor ales co n la a u tonom ía o libe r t a d d e la volu n t a d,
e n t e n did a ést a com o r azón p r áctica; en el pa r ágr afo 7 Ka nt p resen t a la for-
m u l ación d e la ley mor al y fin a lm e n t e, en el p a r ágr afo 8 se a bor d a la
co n exió n en t r e los p r i n cip ios mor a les y los co n ce p t os d e bie n y m al.
E l t e rce r ca pít u lo d e la “An alítica” , d e d ica do a los ince n tivos q u e fu nge n
co m o motivos de t e r m in a n t es d e la volu n t a d, p r ese n t a u n a d e sc r ipció n de
la ex p e r ie n ci a mor al. Su co m e t ido es mos t r a r có m o el se r h u m a no lleg a a
se r m ovido por el debe r. E n es t a not a ble e x p os ició n d el se n tim ie n to de
r espe to a la ley co m o m óvil d e la m or a lid a d, Ka n t se ñ ala la s im por t a n t es
co n s ec u e n ci a s q u e t e n d r á s u teoría en la co n ce p ció n d e la e d u c a ció n m o-
ral exp u es t a e n la p a r te fin a l d e la ob r a.
No obs t a n t e q u e la a rg u m e n t ación d e s a r roll a d a en l a '“A n a lítica” es
m á s for m a l y rigu ros a q u e la d e la F u n d a m en tación , pod e m os d e ci r q u e su
con t e n ido res ult a ba s t a n te fa m ilia r pa r a q u ie n h a leído la F u n d a m en tación.
E n c a m b io, la m a yor p a r te d el m a te rial q u e ofr ece la sig u ie n t e s ecció n , la
“ D i a léct ic a ” , es n u evo y no h a sido exp u e s to a n t es.

XX I
 E st u dio p relimin a r

E n la “ D i a léct ica ” d e la p rim e r a Crítica Ka n t ex a m inó e s e tipo d e afir-

m a cion e s e n la s q u e se d ice t e n e r co n ocim ie n tos m á s a llá d e u n a posib le
ex p e r ie n ci a , po r m e d io d e la p u r a r azón, i.e., d e la r a zón no r es t r in gid a por
las co n d icio n e s d e los s e n t idos; co n oci m ie n to d e u n m u n do s u p r a s e n sible
q u e co r r e s po n d e a lo q u e t r a dicion a lm e n t e se h a lla m a do “ m e t afísica” .
A hor a bie n , a u n cu a n do la s afi r m a cion es d e est a m e t afísica e s p ecu la t iv a
no es t á n “ g a r a n tiz a d a s” por no se r co n ocim ie n tos legít im os y son m ás bie n
u n a “ m e rca n cí a p roh ibid a q u e no d e b e es t a r a la ve n t a, ni a u n al p r ecio
m á s b a jo, sino q u e d e b e se r co n fisc a d a ” ,33 no son u n a se rie d e ton terías
in ú tiles o d e fá b u la s h ech a s co n a s t ucia . D e h ech o, la r azón no h a ce t ales
afi r m acion es a rbit r a ria m e n te sino co n u n p ropósi to p e rfect a m e n t e v á lido
e i n d iscu t ib le. E n efecto, co m o se r es r a cion a le s q u e q u ie r e n co n oce r el
por q u é d e las cos a s, b u sca m os in evit a ble m e n t e la ple n i t u d d e n u es t ro c o -
n oci m ie n to y q u e sus b a ses se a n fir m es y su s fin es a lca n z a ble s. Tal org a n i-
z a ció n sis t e m á tica es lo q u e Ka n t d e sig n a “ id e a l” d el co n ocim ie n to. Ahor a
b ie n , es a ple n it u d no se logr a a ñ a d ie n do d a tos e m p ír icos al cú m u lo i n fi n i-
to d e i nfor m ación fáct ic a . No se r eq u ie r e m á s d e lo m is m o, sino ot r a cl a s e
d e co n oci m ie n to, si es q u e se h a d e co n sid e r a r al co n oci m ie n to h u m a no
co m o u n todo coh e r e n t e q u e se a poy a e n s í y q u e c r ece en p e r feccio n a -
m ie n to. E n la “ D i a léct ica ” d e la p rim e r a Crítica Ka n t m u es t r a q u e es t e
id e a l, aun cu a n do se ve fr e n a do po r el e m pir is m o y el e sce p t icis m o, co n -
d u ce in evit a ble m e n t e a cie r tos dog m a s m e t a físicos. La or g a n iz ación sis t e-
m á tica d e n uest ro con ocim ie n to nos inclin a a afir m a r la exis t e ncia de ca u s a s
p rim e r a s e n el m u n do, d e s u s t a ncia s sim p le s y d e u n s e r n ece s a r io, afir-
m a cion e s q u e for m a n la s doct r in a s m ás co n ocid a s d e lo t r a dicion a lm e n t e
lla m a do “ m e t a física ” . Segú n K a n t, todo a rgu m e n to t eó r ico e n ca m in a do a
mos t r a r q u e d ich a s a fir m acion es son ve r d a de r a s es u n a rgu m e n to d i a léc t i-
co, es decir, falaz e ilu sor io. La “ D i a léct ica ” d e la p rim e r a Crítica p re t e n de

33 Cfr. Crítica de la razón p u r a , A XV; cfr. B 29 5.

XXI I
 E st u dio p reli min a r

d e se n m a sca r a r y e x pon e r las fa l acia s i m p lica d a s e n t a les a rgu m e n tos. Con

es to no se p r u eb a q u e los dogm a s m e t afísicos sea n fa lsos; ú n ica m e n t e se
m uest r a q u e no p u ede n se r co n ocid os ve r d a de r a m e n te sob r e la b a se d e j u i-
cios t eór icos, y q u e la p a sión es pecu la tiv a d e la r azón por t ales ve r d a des
est á con d e n a d a a seguir in s a tisfech a. M u n do, alm a y Dios son ide a les in a se-
q u ible s pa r a el con ocim ie n to t eór ico.
D eja n do d e l a do a lg u nos d e t a lle s m e nor e s, la a rg u m e n t ación q u e Ka n t
d e s a r roll a e n la “ D i a léct ic a ” , a sí co m o sus co n cl u s io n e s , se ría a ce p t a ble
p a r a m u ch os filósofos act u a les q u e b a s a n su e sce p t icis m o h a cia la m e t afí-
s ic a e n co n s id e r a cio n e s d e í n dole m uy dis tin t a. E s t e a s p ecto d e su filo so-
fía h ace a K a n t, e n cie r to s e n t ido, u no d e los a n t ece sor e s m á s im por t a n t es
d el posi t ivis m o con t e m por á n eo. Sin e m b a r go Ka n t lleg a m á s lejos q u e el
positivis m o mode r no, p u e s, u n a vez q u e h a mos t r a do q u e ca r ece m os d e es a
cl a s e de co n oci m ie n to t eór ico, h a ce ve r q u e no lo n ece si t a m os. De h ec h o,
e n el “ P r efa cio” d e la seg u n d a e d ició n d e la p rim e r a Crítica, q u e co m o se
h a d ic h o fu e escr it a mie n t r a s se r e d a ct a b a la Crítica de la ra zón p ráctica ,
K a n t acla r a q u e se n ece s i t a “ n eg a r el co n oci m ie n t o [de u n a r e a lid a d
s u p r a s e n sible] a fin d e d eja r lug a r p a r a la fe. El dog m a tis m o d e la m e t afí-
sica , es decir, la cr ee n ci a d e q u e exis te tal co n ocim ie n to de lo s u p r a se n sible,
con s tit u ye la ve r d a de r a fu e n t e d e tod a i n cr e d u lid a d , sie m p r e m uy dog m á -
t ica , q u e se opo n e a l a m or a lid a d” .34 E n efecto, e se dogm a tis mo p re t e n de
ext e n de r los p r i ncipios d e la n a t u r aleza e m pír ica (q u e exclu ye n la libe r t a d,
la in mor t a lid a d y la exis t e ncia d e Dios) a plicá n dolos infu n d a d a m e n te a la
r e a lid a d s u p r a se n sible. Al n ega r el con ocim ie n to d e est a r e a lid a d, Ka n t deja
u n luga r vaca n t e e n la cú s p id e d e n u est r a b ú sq u e d a d e con ocim ie n to. E n su
fu nción n ega tiva, la “ D i a léct ica ” d e la p rim er a Crítica cor t a las alas d e la
r azón especu la tiv a pa r a im pedir q u e e s e v a cío cog n itivo se lle n e con “ m er-
ca n cí a d e con t r a b a n do” , co n ide a s no p rob a d a s.

34 ¡b u l., B xxx.

XXI I I
 E st u dio p relimin a r

An tes d e com e n t a r la “ D i a léct ica ” de la segu n d a C rítica, a su m a mos m o-

m e n t á n e a m e n te q u e la m or alid a d r eq u ie r e cr ee r en D ios, en la libe r t a d y en
la in mor t alid a d. Si la r azón en su a sp ecto p r á ct ico (com o org a n on d e la
mor alid a d) req u ie r e q u e el e s p a cio v a cío e n el sis te m a d el con ocim ie n to se
lle n e co n e sos t res s u p u es tos so pe n a de q u e la exp e r ie nci a mor al se a ilu so-
ria y la ley mor al no se a ve r d a de r a ni te nga fuerza d e oblig a r; y si a q u éllos
no en t r a n en con flicto co n ningú n p r i ncip io q u e p u e d a e s t a blece r la r azón
t eór ica, e n tonces la r azón p u r a e n s u u so p r á ct ico tie n e p r im acía sob r e la
r azón pu r a en su u so t eór ico. Por lo t a n to, es t a r azón p r áctica no sólo p ued e
h ace r legítim a m e n te est as p r e s u posicion e s sino q ue a de m á s debe h ace rla s,
si es q u e la m or alid a d no es u n a q uim e r a. Sin e m b a rgo, es tos p res u p u es tos
no se h ace n co m o exp r esion es d e co n ocim ie n tos sino co m o asu n tos de fe o,
com o los lla m a Ka n t, “ pos t ula dos p r ácticos” . Es impor t an te com p r e n de r a d e-
cu a d a m en te la p rim acía d e la razón p r áctica p u es, d e lo con t r a rio, se cor re el
riesgo de s u pon e r q u e es tos pos t u la dos p roporcion a n algú n tipo d e co n oci-
m ie n to y co n ello no sólo se exce d e la com p e t e n cia d e la r azón teór ica sino
q u e a de m á s se min a n los fu n d a m e n tos d e la mor al. Ta m bié n es d e cr uci a l
im por t a ncia señ ala r q u e la cr e e n ci a legít im a en es tos pos t u la dos es obje tiva
y r acion a l, a u n q u e no sea cog n itiv a , por q u e se b a s a e n de m a n d a s legítim a s
e in d iscu tible s d e la r azón; y q u e el sig n ifica do d e racion a l, a de m á s, no se
res t r inge al d e cog n itivo. E n efecto, Ka n t p resen t a u n a a rgu m en t ación a
favor d e la tesis segú n la cu a l la r azón pu r a es p r áctica y el d e r echo a cr ee r
e n a lgo m ás q u e evid e ncia s t eór ica s, b a s a do e n p re m is a s q u e tie n e n va lidez
obje tiv a , no p roporcion a cr ee n ci a s res ult a n tes ir r acion ales y s u bje tiva s. A sí
p u e s, la s ide a s d e la libe r t a d h u m a n a, la in mor t a lid a d d el alm a y la exis t e n-
ci a d e Dios no son re a les pa r a la r azón es pecu la tiv a sino m er a m en te p osi-
ble s, pe ro p a r a la r azón p r áctica , no obst a n te, son n eces a ria s30 y, al lle n a r el 3
5

35 R ecor d e m os las dife r e ncia s en t r e las t res ca t egoría s de la mod a lid a d: posibilid a d, re alid ad y
n ece sid a d; posible es lo q u e concu e r d a con las co n d icio n e s for m ales de la expe r ie n cia , i.e., in t ui-
cio n e s y co n ce p tos; real es lo q u e concu e r d a con las co n d icio n e s m a teriales d e la expe r ie ncia , es

XXIV
 E st u dio p reli min a r

v a cío cog n itivo d el q u e se h a bló m ás a r riba, ju s t ifica n la p r im acía d e la

r azón p r áctica sob r e la es pecu la tiv a.
Abor d e m os a hor a la p regu n t a fin a l: ¿Cóm o m u es t r a Ka n t q u e la mor al
r eq u ie r a es tos t res pos t u l a dos? No se p u e d e d a r u n a m is m a res p u es t a pa r a
los t res, p u es el pos t u l a do d e la libe r t a d d ifie r e not a ble m e n t e d e los ot ros
dos, a sí q u e d e b e m os exa m in a r ca d a u no por sep a r a do. E n t é r m inos g e n e-
r a les se p u e d e d eci r q u e el pos t u l a do d e la libe r t a d se r eq u ie r e p a r a es t a-
b lece r la ley mor al m is m a, e n t a nto q u e los ot ros dos s e r eq u ie r e n sólo
p a r a r e solve r la a n tinom ia e n q u e ca e la r a zón p r áctica .
E n la “ D i a léct ic a ” d e la p rim e r a Crítica Ka n t ex pon e la a n tinom ia e n -
tre los co n ce p t os d e libe r t a d y ca u s a lid a d n ece s a r i a o n a t u r al. P roporcion a
u n a p r u eb a d e q u e la co n exió n d e los eve n tos b a jo las leye s d e la cie n ci a
e m p ír ica es la ú n ic a n ece s a r i a , a sim is m o p r opo rcio n a ot r a ig u a lm e n t e vá-
lid a , la d e q u e exis t e u n a ca u s a lid a d lib r e, es decir, q u e e n la n a t u r aleza
p u e d e i n ici a r s e u n a ca d e n a ca u s a l cu yo p r im e r m ie m b ro se a u n acto d e la
volu n t a d y no el ca u s a do por u n eve n to n at u r al a n terior. A s í p u e s, Ka n t
r e s u e lv e l a a n t i n o m i a a r g u y e n d o q u e a m b a s a fi r m a cio n e s (“ e xis t e
ca u s a lid a d n ece s a r i a ” y “ exis t e ca u s a lid a d lib r e” ), ca d a u n a e n s u co n -
texto, son ve r d a d e r a s y no se con t r a d ice n . L a p rim e r a a fi r m a ción , sin e m -
b a r go, sólo se r efie r e a los eve n tos co n sid e r a dos co m o fe n óm e n os en el
tie m po. Si los eve n tos e m p í r icos, obje to d el co n oci m ie n to cie n t ífico, f u e-
r a n cos a s e n sí, el p r i n cip io d e ca u s a lid a d n a t u r al no t e n d ría r e s t r icción
alg u n a, h a b ría u n co n flic t o i n sol u b le en t r e d e t e r m in is m o ca u s a l y libe r t a d
y se te n d ría q u e r e n u nci a r a la últim a. Pero si los eve n tos q u e ob se r v a m os
son m e ros fe n óm e n os, es decir, r e p r e se n t a cion e s d e la s cos a s e n sí r efe r i-
d as a la or g a n iz ación p rove n ie n t e d e n u es t r a s e n sibilid a d y e n t e n di m ie n -
to, e n ton ce s la ca u s a lid a d lib r e p u e d e se r ve r d a d e r a en el á m bito d e las
cos a s en sí, en t a n to q u e el d e t e r m in is m o m ec á n ico r egir ía en el á m bito d e

deci r, con la se n s ación; n eces a rio es a q u ello cu y a con exión con lo real se dete r m in a segú n las
co n d icio n e s ge n e r ales d e la expe rie ncia.

X XV
 E st u dio p relimin a r

los eve n tos ob se r v a dos. A sí p u e s, si bie n la p rim e r a Crítica m u es t r a q u e la

libe r t a d no es in com p a t ible co n la n ece s id a d n a t u r al y es po r ello u n co n -
ce p to p os ib le, no p ropo rcio n a fu n d a m e n tos q u e pe r m it a n afir m a r q u e es te
co n ce p t o es re a l, es d ecir , q u e h a y lib e r t a d; és t a se r á , co m o ya s e h a
d ic h o, la t a rea a la q u e est á d es tin a d a la seg u n d a Crítica.
La Crítica de la razón p ráctica m ues t r a q u e la ley mor al, con side r a d a
co m o “ h ech o d e la r azón” , i m plica el co n ce p to d e libe r t a d y, a su vez, es
im plica d a por és t e.36 E n efecto, al afir m a r q u e el se r h u m a no tie n e oblig a -
cio n e s mor ales, Ka n t est á a s u m ie n do q u e la libe r t a d es real y q u e la n at ur a-
leza, inclu ye n do la n at u r aleza h u m a n a, p u ed e se r e n t e n did a cie n tífica m e n t e
sólo b ajo el p r incip io d e la ca u s a lid a d n at ur al. Así, el se r h u m a no com o
agen te mor al no es u n a pa r te d e la n a t u r aleza: el m is m o acto q u e el p s icólo-
go con side r a de te r m in a do ca u s alm e n t e por las leyes d e la h e r e ncia y del
m edio a m bie n te es con sid e r a do por el age n te mor al co m o elegido lib r e m e n-
te.3' De es te m odo, el co n ce p to k a n tia no d e libe r t a d no eq u iv a le a sost en er
q u e las a ccio n e s lib r es ca r ece n d e ca u s a s ni t a m poco a q u e es tén de t e r m i-
n a d a s p sicológica m e n t e por los es tím ulos mom e n t á n eos p e ro, en ca m b io, sí
por el ca r áct e r q u e u no mis mo se h a for m a do.38
La r azón p u r a p r á ct ica p os e e su p ropia a n tinom ia; ést a s u rge d el co n -
ce p to d e bien su pre m o e n t e n dido co m o el ide a l q u e con ju n t a p e rfecció n
mor al y fe licid a d p ropo rcio n a l al gr a do d e p e r fecció n a d q u ir ido. Ka n t
m a n eja los dos pos t u l a dos res t a n tes p a r a r e solve r d ic h a a n tinom ia, cu y a
ex pos ició n y r e sol u ció n con s tit u ye n la t a rea n ega tiv a d el lib ro q u e nos
ocu p a . E n efecto, ú n ica m e n t e la vir t u d p u e d e con s t it u ir el bie n m á s elev a -
do, p e ro ella sola no p u e d e con s t it u ir el bie n p e rfecto; es t e ú lt im o exige la
u n ión d e vir t u d y fe licid a d . A hor a bie n , la felicid a d no es p os ib le sino
b a jo cie r t o a cu e r do e n t r e la n a t u r aleza y n osot ros, p e ro e s cl a ro q u e el

36 Cfr. Ak. Ausg., v, 3; 28 y ss., 31.

37 Ib id., v, 100 y ss.
38 Ibi d., V, 97 y s s .

XXV I
 E st u dio p relim in a r

or d e n n a t u r al no d e p e n d e d e n osot ros. La s e scu el a s a n tigu a s in t e n t a ron

r e solv e r e s t a a n t in o m i a id e n t ific a n d o fe lici d a d y vir t u d . U nos afir m a n
- lo s e p ic ú r eos— q u e la fe licid a d es el bie n s u p r e m o y q u e la vir t u d no es
ot r a cos a q u e la for m a d e la m á xim a q u e sir ve p a r a a d q u ir ir lo, ot ros sos t ie-
n e n —los e s t oico s —q u e la vir t u d es el b ie n s u p r e m o y q u e sólo se n e ce s i-
ta se r co n scie n t e s d e n ues t r a p ropia vir t u d p a r a se r fe lice s . Para Ka n t
b a s t a co n ve r el s ufr im ie n to d el i n oce n t e y con s u lt a r la p rop ia co n cie n ci a
p a r a p e rca t a r se d e la s i n s u ficie n ci a s y d el er ror d e a m ba s e scu el a s. El
er ror r a dica , segú n él, e n q u e vir t ud y felicid a d son p r in cip ios h e t e rogé n eos
q u e a q u í a p a r ece n co n fu n d idos, d e m odo t al q u e pla n t e a n u n a fals a alt e r-
n a tiva cu yos m ie m b ros son igu alm e n t e in a ce p t a ble s: o el d e s eo d e fe lici-
d a d es el m otor d e n uest r a s m á xim a s m or ales o n u est r a s m áxim a s mor ales
son la ca u s a eficie n t e d e n u est r a fe licid a d . Vir t u d y fe licid a d son p r i n ci-
p ios h e t e rogé n eos p u es la p rim e r a sólo d e p e n d e d e nosot ros, i.e., d e n u e s-
tra ob s e r v a n cia d e la ley m or a l, e n t a n to q u e la s eg u n d a d e p e n d e d el
d e t e r m in is m o d e la n a t u r aleza. Segú n Ka n t, la t esis e p ic ú r e a es obje t a ble
p u es el acto mor al no p u e d e es t a r d e t e r m in a do por motivos p r a g m á ticos,
d e ve n t aja s o p l a ce r e s, sino sólo po r el se n tim ie n to d e r es p e to q u e la ley
mor al s u scit a en nosot ros. La t esis e s toica es igu alm e n t e r ech a z a ble p u es
es cl a ro q u e, si nos a t e n e mos a es te m u n do, la vir t u d no ge n e r a n ece s a r i a -
m e n t e fe licid a d . Sin e m b a r go, si s u pon e m os u n m u n do ca u s a do por u n se r
mor alm e n t e p e rfecto y ca p a z d e r e a liz a r l a u n ión d e vir t u d y fe licid a d , i.e.,
si a d m itimos la éxis t e n ci a d e D ios, e n t e n dido co m o se h a d ic h o, la a n t ino-
mia d e la r azón p r á ct ica pod r ía se r res u elt a.
A sí, la p rop u es t a k a n tia n a d el id e a l mor al y su p e r s ec u ció n po r el se r
h u m a no s ig n ifica u n a fe p rofu n d a en el or de n mor al d el u n ive r so y en un
se r q u e lo e s t a b lece y r e aliz a. A s í t a m bié n , las ide a s d e in m or t a lid a d d el
alm a y d e ot r a vid a son exp r e sion e s d el p e n s a m ie n to k a n tia no d o n d e el se r
h u m a no no p u e d e r e a liza r el id e a l mor al e n es t e m u n do. Para K a n t, los
se res h u m a nos n ecesit a n cr e e r q u e la m u er t e no es el t é r m ino d e la e xis-

XXV I I
 E st u dio p relimin a r

t e n ci a , sino el co m ie n zo d e u n a vid a tot a lm e n t e a d ecu a d a al id e a l mor al.

Sin la fe r acion a l o mor al, en la in m or t a lid a d no h a b ría p a r a el se r h u m a no
m ás q u e un p e si m is m o y u n a d e s e s p e r a ció n p rofu n d a a n te la evid e n ci a de
q u e todos los esfu e r zos por a lca n z a r u n a p e r fecció n mor al se a niq u ila n
e n b r eve t ie m po. De e s e p e si m is m o, q u e fácil m e n t e pod r ía con ve r ti r se en
n ih ilis m o, nos r esca t a la fe mor a l, q u e en el fon do no es sino la fe r acion a l
en la p os ib le r e a liz a ción d e la a sp ir ación mor al d e la h u m a n id a d, fe e n la
p os ib le r e a liz a ción d el id e a l mor al. E n efecto, Ka n t co n s id e r a q u e la fe
tie n e sus r a íce s en lo m ás hon do d e la r a zón h u m a n a, la cu a l a spir a s ie m -
p r e, po r su p rop i a n a t u r a leza, a s u p e r a r la e x p e r ie n ci a y co m p le t a r lo
i n co n cl u so; a de m á s, e n t ie n d e a la r eligión co m o m a n ife s t ación obje tiv a
del con te nido mismo de la ética y com o expresión sentiment al o e mocion al de
las a s p ir a cion e s mor a les d e la h u m a n id a d.
La últim a pa r te d e la ob r a est á d e d ica d a a sen t a r las b a ses d e la filosofí a
k a n tia n a d e la e d u c a ció n mor al. E n ella Ka n t se p regu n t a cóm o u n im pe r a-
tivo a u t én tica m en te mor al p u e d e en tr a r e n el á nimo y m ove r a obrar. An te
est a p regu n t a no pode m os d e m a n d a r u n a exp lica ció n , por q u e “ don d eq u ie r a
q u e ce s a la d e t e r m in ación por leyes n a t u r ales, a llí t a m bié n ce s a toda ex-
p lic a ció n y sólo rest a la com p r e n sión o d efe n s a ” .39 Por ello a n te la p r eg u n-
ta de cóm o es posible u n im pe r a tivo mor al, sólo p u e d e se ñ ala r se el s u p u es to
b ajo el cu a l tal im per a tivo es posible y co n oce r s e a sí su n ece sid a d. Pero el
por q u é d e es a s u posición mis m a es algo q u e la r azón no a lca nza a explica r,
es to es eq uiva le n t e a q u e r e r explica r cóm o es posible la libe r t a d mism a
com o ca u s a lid a d de u n a volu n t a d. Para Ka n t a q u í r a dica el lím it e último de
tod a inves t ig ación mor al,40 p u es la r azón h u m a n a no es ca p a z d e h ace r co n -
ce b ib le u n a ley i ncon d icion a d a en su a bsolu t a n ece sid a d. Como se h a d ich o
a n t es, es u n p r i ncipio e s e n ci a l d e la r azón el lleva r su con ocim ie n to h ast a la
co n cie n ci a d e su necesid a d (sin la cu a l no se ría con ocim ie n to de la r azón);

39 Cfr. F u n da m en tación de la m etafísica de las costu m bres, Ak. Ausg., IV, 45 9.

10 Ibid., iv, 46 2.

XXVI I I
 E st u dio p relimin a r

pe ro t a m bié n es u n a lim it ación e s e n ci a l d e ella el no pod e r co n oce r la n ece-

sid a d sin pon e r u n a co n d ició n . Así p u es, si bie n no pod e m os explica r la
n ece sid a d i n co n d icio n a d a d el im pe r a tivo mor al, sí pod e m os exp lica r su
i n ex plica bilid a d y es to es todo lo q u e p u e d e exigir se a u n a filosofí a q u e
a spir a a e s t a blece r los lím it es d e la r a zón.41
A sí p u e s, el m a est ro o los p a d r es no p u e d e n cr e a r la m or a lid a d d e los
e d u c a n dos, son sólo és tos q u ie n e s p u e d e n h a ce r s e mor a les a sí m is m os.
L a m or a lid a d no es u n a d is pos ició n q u e p u e d a act u a liza r se m edia n t e la
e n se ñ a n za; la d is pos ició n mor al es fr u to d e u n a “ r evol u ción d el cor a zón ” .42
E s m á s, Ka n t afir m a q u e la p e r fecció n mor al d e los de m á s no es u n a de
n uest r a s ob lig a cio n e s m or a les e n el se n tido en q u e “ la p e r fecció n mor al
d e ot ro se r h u m a no, co m o p e r son a , d e p e n d e p r ecis a m e n t e d e su p rop ia
facu lt a d d e fija r se su fin d e a cu e r do co n su p rop io co n ce p t o d e d e b e r y
res ult a con t r a d ictor io en sí m is m o q u e yo m e im pon g a co m o d e b e r a q u ello
q u e ú n ica m e n t e ot r a p e r son a p u e d e cu m p li r” .43 E sto no sig n ific a q u e la
e d u c a ció n mor al no sea ni p os ib le ni oblig a tor i a , por el con t r a r io, Ka n t es
t a xa tivo al r e s po n d e r có m o h a d e e n t e n de r se el d e b e r d el p rop io p e r fec-
cion a m ie n to mor al y e n q u é con sis t e y h as t a dó n d e lleg a el d e b e r d e p a -
d r es y m a es t ros r e s p ec t o d el p e r feccio n a m ie n t o m or a l d e su s h ijos y
e d u ca n dos.
E n la últim a pa r te d el lib ro, Ka n t dis tin g u e e n t r e “ d id á c t ic a é t ica ” y
“ a scé t ic a é t ic a ” . La p rim e r a tie n e u n a dob le t a rea: a) co n t r ib u ir a q u e el
e d u c a n do com p r e n d a q u e un d e b e r mor al es t al, si p u e d e con ve r t i r s e e n
u n a ley u n ive r s a l en la cu a l se asu m a q u e todos y ca d a u no d e los m ie m -
b ros d e la h u m a n id a d son fin e s e n sí y legisl a dor e s p e r t e n ecie n t e s a un
r eino de los fin e s, i.e., a u n a socie d a d a bie r t a e i nclu ye n t e en la q u e todos
sus m ie m b ros son lib r e s e ig u a les y b) fom e n t a r q u e el e d u c a n do se a ca p a z

41 Ibid., IV, 46 3.
42 L a religión dentro de los lí m ites de la m era razón, Ak. Au sg., VI, 41.
43 Metafísica de las costu m bres, Ak. Au sg., vi, 3 8 5 y ss.

XX IX
 E st u dio p relimin a r

d e ela bor a r m áxim as co n las tres ca r act e rís tica s a n t erior m en te descrit a s de
u n ive r s a lid a d, a u tonom ía y h u m a n id a d.
Ka n t co n s id e r a q u e el m ejo r m é todo d is p o n ib le p a r a el cu m p lim ie n to
d e es t a d ob le t a re a es ex po n e r eje m p los tom a dos d e la lit e r a t u r a, l a h is -
toria y la s biog r a fí a s. Y s u b r ay a la i m po r t a n ci a d e la lit e r a t u r a e n la
e n s e ñ a n z a m o r a l.4445No ob s t a n t e, h a y q u e acl a r a r q u e p a r a él “ no exis t e
eje m p lo a lg u n o ni m a n e r a e m p í r ic a a lg u n a d e d e ci d i r si h a y im pe r a tivo
m or a l” 43 y si se a p el a al u so d e eje m p los no es p a r a e n con t r a r e n ellos la
fu e n t e d e la m o r a lid a d , p u e s “ n a d a p u e d e s e r m á s n ocivo a la m or a lid a d
q u e p r e t e n d e r d e r iv a r la d e eje m p los [...] la i m i t a ció n n a d a t ie n e q u e
h a ce r e n la m o r a l” .40 Sin e m b a r go, Ka n t afir m a q u e p a r a el s e r h u m a no
q u e es t á fo r m á n dos e a ú n, e l s e n t ido d e i m i t a ció n es lo p r i m e ro q u e le
h a ce a b r a za r tod a s a q u ella s m á xim a s q u e m á s t a r de p rofe s a r á co m o p r o-
pia s. A s í p u e s, los eje m p los sólo sir ve n p a r a a le n t a r n os, i.e., p a r a e n -
fr e n t a r nos a n t e la p os ib ilid a d d e h a ce r lo q u e la ley o r d e n a ,47 p e ro no
p u e d e n se r vir n os d e fu e n t e d e co n oci m ie n t o d e los p r i n cip io s m or a les.
O t ro m é todo es ex a m i n a r ca sos r e a les e n los q u e el j u icio m or a l r e s u elv a
u n p rob le m a .48 Est a p r á ct ica es t im u l a la r a zón d el e d u c a n d o p a r a q u e
h ag a j u icio s r eflexivos y ve a po r sí m is m o si u n a m á xim a es o no r a zon a-
b le y log r e for m u l a r m á xim a s u n iv e r s a le s, p u e s to q u e el i m p e r a t ivo fu n -
d a m e n t a l d e la m or a lid a d es in h e r e n t e a la es t r uct u r a r a cio n a l d el se r
h u m a no. A s í p u e s, es im por t a n t e d e s a r roll a r la c a p a cid a d lin g ü ís t ica d e
el a bo r a r co n s is t e n t e m e n t e la p rob le m á t ica q u e p u e d e n s u scit a r n u es t ros
a ctos, a sí co m o el id e a l d e r a cio n a lid a d y s u s co n s ec u e n ci a s d e v e r a ci-
d a d , co n s is t e n ci a y s e n t ido c r í t ico.

44 fbid ., V, 94, 100 y 104.

45 F u n da m entación de la m etafísica de las costu m bres, Ak. Au sg., IV, 419.
46 Met afísica de las costu m bres, Ak. Ausg., vi, 4 7 9 § 52.
47 Cfr. F u n da m en tación de la m etafísica de las costu m bres, ca p. II, Ak. Au sg., IV, 4 1 8 y ss.
48 Crítica de la razón p ráctica, Ak. Au sg., v, 155.

XXX
 E st u dio p relimin a r

L a “ a scé t ic a é t ica ” tie n e co m o fin a lid a d fom e n t a r la b u e n a volu n t a d,

la cu a l r e m it e a dos d is pos icio n e s d el á nimo en e l cu m p lim ie n to d el d e -
b e r: el v a lor y la a leg r ía . Aq u í en t r a, a de m á s d e la for t a leza y la re n u n-
ci a ció n , u n á nimo h a bit u a lm e n t e a leg r e, p u es est a a scé t ica no sig n ifica en
a bsolu to p e n i t e n ci a o tor t u r a d e sí m is m o. E sto último - a fi r m a Ka n t— sólo
p rod u ce u n secr e to od io al d e b e r y la vir t u d. La a scé t ica co n sis t e e n es a
d iscip li n a q u e se eje r ce sob r e sí m is m o p a r a con t rola r los i m p u lsos n a t u-
r ales cu a n do és tos rep r ese n t a n u n a a m e n aza a la mor al, pe ro est a d is cip li-
n a sólo p u e d e se r m e ritoria y eje m p l a r por la a leg r ía q u e la acom p a ñ a .

L a recepción de la Crítica de la razón p r áctica:

principales objeciones y críticas

H e m os d a do cu e n t a y r azón d el pla n ge n e r al d e la ob r a , las s eccio n e s q u e

la co m po n e n y los p r i n cip a le s tem as q u e en ell a se exa m in a n. P a semos
a hor a a r evis a r a lgu nos d e los r a sgos m á s im por t a n tes d e la r ece p ció n de
la Crítica de la ra zón p r áctica , e n foca r e m os b á sica m e n t e algu n a s d e las
cr ít ica s m á s sob r es a lie n t es d e la s q u e h a sido obje to co n la fin a lid a d d e
res alt a r alg u n a s ot r as d e su s t esis fu n d a m e n t a les.
A pes a r de q u e h ay u n a gr a n v a ried a d d e objecio n e s a dive r sos a spectos
d e la co n ce p ció n k a n tia n a del ob r a r mor al, es m e n es te r ocu p a r nos explícit a-
m en te en u n a lín e a d e a t aque q u e bie n pod r ía mos con sid e r a r com o la más
impor t a n te d e b ido a su la rga y dis ting uid a historia, q u e se remon t a h ast a
algu nos d e los m ás sob r es a lie n t es con t e m por á n eos e in m edia tos s ucesor es
de Ka n t co m o Sch ille r y H egel, y q u e r e a p a r ece e n la ob r a de im por t a n tes
pe n s a dor es d e hoy en día co m o Ber n a rd Willia m s. Dich a lín e a de a t aque
a glu tin a cr ít ica s q u e gu a rd a n en t re sí p rofu n d a s a fin id a d e s, no obs t a n te
q u e p roce d e n d e pe n s a dor es co n com e t idos filosóficos tot alm en t e distin tos
y q u e a t aca n a Ka nt d e s d e m uy dife re n tes p u n tos d e vist a. Por ello se r eq u e-
riría n va rios lib ros pa r a a bor d a r a decu a d a m e n t e todos los p u n tos en c u e s-

XXX I
 E st u dio p reli min a r

tión y con side r a r los dife re n tes m a tices d e es a s dive r s a s objecio n e s y cr ít i-

ca s. D a dos los obje tivos d e u n es t u dio p r elim in a r co m o el p rese n t e, m e li m i-
ta ré a tratar d e exp res a r el p u n to foca l d e est a lín e a d e objecio n e s t al y com o
es exp u es to en las cr ít ica s d e Schiller, H egel y Ber n a rd Willia m s.
Los cr í t icos d e la é t ica d e Ka n t d e s d e Sc h ille r h as t a W illi a m s h a n r e-
ch a z a do la e x p lic a ció n k a n tia n a d e la a u tonom ía o libe r t a d m or a l, la cu a l,
seg ú n s u pon e n t ales cr í t icos, exige q u e co n cib a m os age n t es mor a les c a p a -
ce s d e d eja r d e l a do todos sus in t e r eses y d e s eos en cu a n to se r es h u m a nos
d e la “ vid a r e a l” y d e act u a r ú n ica m e n t e po r r espe to a u n a ley mor al im -
p e r son a l. E n con t r a d e es to, los ci t a dos cr í t icos d e Ka n t h a n a rgu m e n t a-
do q u e, e n p r i m e r luga r, tal co n ce p ció n co n d u ce al filósofo p r u sia no a un
p u n to d e vis t a a bs u r do seg ú n el cu a l sólo las a ccio n e s ge n u in a m e n t e a u tó-
nom a s son lib r e s, d e lo cu a l se sig u e q u e no som os r e s pon s a ble s d e n u e s-
t ros actos i n m or a les. E n seg u n do lugar, p rosig u e la r é plica , es im posible
d eja r d e la do todos n uest ros in t e reses y d e seos y si esto fuer a posible no
h ab ría luga r pa r a la d elib e r a ción y n ad a nos p roporcion a ría u n motivo pa r a
act u a r d ebid a m e n t e. Por último, la r é plica se ñ ala q u e est a co n ce p ció n de
las exige ncia s d e la m or alid a d es el ú n ico a poyo q u e p u e d e b rin d a r se a la
tesis segú n la cu al la mor a lid a d r eq u ie r e d e la libe r t a d t r a sce n de n t a l, de
m odo q u e u n a vez r ech aza d a s d ich a s exige ncia s no h ay n ece sid a d d e a pela r
a la p roble m á tica tesis d e la libe r t a d t r a sce n den t a l.

a) Las cr ít ica s d e Sch ille r

L a m á s im por t a n te ob jeció n d e Sc h ille r a la mor al d e Ka n t es t á con t e n id a

e n s u e n s a yo Sobre la g r a ci a y la d ig n i d a d . Sin e m b a r go, es t a ob jeció n es
b á sica m e n t e i n d i r ect a p u e s S c h ille r t ach a no la doct r in a k a n tia n a sino
m á s bie n s u for m a d e exp r e sión . Al t ie m po q u e se ñ a la su a cu e r do b á s ico
co n los p r i n cip ios k a n tia nos, p a r ticu la r m e n t e la cr í t ic a al e u d e m on is m o y
la fu n d a m e n t ación d e la mor al e n la m er a r a zón, Sc h ille r i m p u g n a la m a-

XXX I I
 E st u dio p reli m in a r

ñ e r a en q u e Ka n t exp r e s a d ic h os p r i n cip ios p u e s, seg ú n el poe t a , co n d i-

ch a m a n e r a se cr e a la i m p r e sión d e q u e “ la i n cli n a ció n es sie m p r e u n a
sos p ec h os a com p a ñ í a y el p l a ce r u n p elig roso a u xilia r e n la s d e t e r m in a-
cio n e s m or a le s” .49 A sí p u e s, S c h ille r se p ropon e enfa tiza r el a s p ecto s e n -
s ib le y e m ot ivo d e la n a t u r alez a h u m a n a a fin d e cor regir, d e es a m a n e r a,
la d e s c r i p ció n i n d e b id a m e n t e s ev e r a q u e , s eg ú n é l, K a n t n os p r op o n e
d e la vid a mor al. U s a n do los tér minos d e la m et áfor a d e Sch ille r pod ría d e-
ci r s e q u e lo q u e in t en t a el poe t a es mos t r a r q u e la g r acia p e r feccio n a y
com p le m e n t a la d ig n id a d.
Au n cu a n do el m is m o Ka n t r eco n oce q u e en p r i n cip io es t á d e a cu e r do
co n Schille r, exis t e n cie r tos m a tices q u e nos p e r m it e n sep a r a r a los dos
a u tores y és tos se r efie r e n al s ig n ific a do mor al a t r ib u ido a la s e n sibilid a d .
Sc h ille r d e sc r ib e la vir t u d i m p lic a n do u n a “ i n cli n a ció n al d e b e r ” y s u gie-
re q u e no sólo es p os ib le r e a liz a r el d e b e r co n place r, sino q u e s e d e b e
e s t a b lece r u n a cu e r do e n t r e a m bos. U s a n do sus p rop ia s p a l a b r a s, “ se d e -
b e ob e d ece r [ . . .] a la r azón co n u n se n tim ie n to d e a leg r ía” .50 Ad e m á s,
Sch ille r r e p u dia l a i n sis t e n cia d e Ka n t r e s p ecto d e la for m a im pe r a tiva d e
la ley en r el a ció n co n los se res h u m a nos y se ñ a la q u e, a p e s a r d el p r i n ci-
p io d e a u tonom ía , d ic h a for m a im pe r a tiva le d a el a s p ecto d e u n a ley aje n a
m edia n t e la cu a l la r a zón tir a niza al a s p ecto e m otivo y s e n sible d el yo. Si
la n a t u r aleza s e n sible fu e r a sie m p r e op r i m id a y no con t r ib u ye r a co m o p a r-
te, no pod r ía p a r t icip a r co n todo el a r dor d e sus se n tim ie n tos e n u n t r iu nfo
q u e se leva n t a a exp e n s a s d e e ll a .51
A sí p u e s, la cr í t ic a d e S c h ille r es a n te todo u n con t r a s t e d e é nfa sis.
Ka n t re alza el p a p el d e la r azón q u e con t rola y lim it a, m as no s u p r im e las
i n cli n a cio n e s . Sch ille r, en c a m b io, s u pon e u n a coex is t e n ci a y p e rfect a a r-
m on í a en t r e r a zón e i n cli n a ció n dir igid a s a m b a s h acia el m is m o fin. El

49 Friedrich Schiller, líber A n m ul an d Wilrde, Schillers Werke, vol. 11, pp. 23 8-2 9 6, especia lm en te p. 270.
50/6¿d., p. 2 7 1.
51 Ibi d., p. 27 4.

XXX I I I
 E st u dio p relimin a r

i n d ivid u o en q u ie n se re a liza es a p e rfect a a r monía es lla m a do por Sch ille r

sch ón e S eele, “ alm a b ell a ” y la m or a lid a d e n es t a “ alm a b ell a ” es u n a
seg u n d a n a t u r aleza y no u n a gr avos a ob lig a ció n .
Ahor a bie n , e n el c a so d e la s r é p lic a s q u e S c h ille r p r ese n t a a la s tesis
d e Ka n t, te n e mos la gr a n ve n t aja d e con t a r con las p ropia s p alab r a s con q u e
Ka n t r e s pon dió al poet a en la R eligión den tro de los lí m ites de la m era ra-
zónd'2 L a posició n de Ka nt m a n tiene u n tono con cilia tor io y se ñ ala q u e las
dife r e ncia s en t re Sch ille r y él son b á sica m e n t e dife r e ncia s e n la p resen t a-
ció n d e las te m á tica s y q u e no e ncu e n t r a u n d e s a cu e r do fu n d a m e n t al en tre
a m bos. Ka n t r eco n oce la ve r d a d d e la q u eja de Sch ille r segú n la cu a l, al
enfa tiza r la dig n id a d d e la ide a de deber, a p a re n te m en te éste se d isoci a d e
“ las gr acia s” y se olvid a la im por t a ncia de est as últim a s; así, d ice:

Yo r eco n ozco gu s tos a m e n t e q u e, p r ecis a m e n t e po r su d ig n id a d , no

p u e do a dju n t a r nin g u n a g r a ci a al con cep to de deber. Por q u e és t e i m -
p lic a la co a cció n i n co n d icio n a l, co n la cu a l la g r acia se h alla d i a m e-
t r alm en te op u es t a . La m a jes t uosid a d d e la ley (ig u a l q u e la d el Sin aí)
in spir a ve n e r a ción (no m ie do q u e r e p ele, t a m poco es tím u lo q u e i n vi-
ta a la fa m ili a r id a d) y és t a d e spie r t a el r es p e to d el s u bor d i n a do h a -
cia su s u perior, m á s e n es t e c a so, p u es to q u e es t e últ imo se e ncu e n t r a
en nosot ros m is m os, p rovoc a un sen ti m ien to de lo su bli m e d e n uest ro
p rop io d e s ti no q u e nos e n t u sia s m a m ás q u e todo lo b ello. Pero la
virtu d, o se a, la sólid a m e n t e fu n d a d a d is pos ició n d e cu m p li r co r r ec-
t a m en te el debe r, es t a m bié n en su s co n s ec u e n ci a s , m á s beneficiosa
q u e todo lo q u e p u ed a n re a liz a r la n a t u r aleza o el a r te en el m u n do;
y la m a g n ífica im age n d e lo h u m a no r ep r ese n t a d a b a jo est a for m a
s uya, pe r m it e m uy bie n la com p a ñ ía d e las Gracias, la s cu a le s, no
ob s t a n t e, se m a n tie n e n a u n a dis t a ncia r es p e t uos a mie n t r a s sig a tra-
t á n dose sólo d el debe r. Pero si se tie n e n en cu e n t a las co n s ec u e n -

02 So. trata d el bor r ador pa r a la ob r a a n tes m e ncion a d a, el cu al no a p a r eció en la p u blicación del

texto; vid. Ak. Au sg., xx m , 9 8 -1 0 1 ; vi, 2 3-2 4 n y 18-19.

XXX IV
 E st u dio p reli m in a r

cí a s, lle n a s d e g r acia , q u e la vir t u d ex t e n de ría e n el m u n do si e n co n -

t r ase a cogid a en tod as p a r t es, e n to n ce s, en e s e ca so, la r a zón m or a l-
m en te orie n t a d a h a ría en t r a r e n j u e go a la s e n sibilid a d (por m e d io d e
la i m a g i n a ció n ). . . Si nos p regu n t a mos cu á l es el ca r ácter es tético, o
por a sí d eci r lo, el te m pera m en to de la virt u d, v a lie n t e y por lo t a n to
a legre o a b a tido por el t e m or y a p e s a d u m b r a do, a pe n a s h a ce falt a la
resp u es t a. E n el s eg u n do t e m ple a n í m ico, el d el e scl a vo, no p u e d e
h a be r sino u n od io s ecr e to h acia la ley y el cor a zón a leg r e en el cu m -
p li m ien to d e su d e b e r (no la p a siv a co m od id a d d e m e r a m e n t e reco-
n ocerlo) es u n sig no d e la a u t é n tica d is pos ició n vir t uos a, i n cl u so en
el c a so d e l a p ie d a d religios a , la cu a l no con sis t e e n la m o r t ifica ción
q u e se infrin ge a sí m is m o el p ec a do r a r r ep e n tido (lo cu a l es m uy
a m big uo y por lo ge n e r a l no es m ás q u e el r e p roch e in t e rior d e h a be r
fa lla do a la r egla d e la p r u d e n ci a ), sino en el fir m e p ropósi to d e a c-
t ua r m ejor e n el fu t u ro, p ropósi to q u e, e s tim u la do po r la b u e n a m a r-
ch a d e la s cos a s, h a ce n a ce r u n t e m ple d e á n im o a leg r e sin el cu a l
ja m á s se tie n e la ce r t ez a d e h a b e r co n s e g u ido sen tir si m p a tía por el
bie n , es decir, d e h a b e r lo a cogido e n t r e las p rop ia s m á xim a s.

A sí p u e s, la tesis seg ú n la cu a l el d e b e r exige ob e d ie n ci a al d ict a do im pe r-

son al d e la r azón p u r a en con t r a d e las p ropia s i n cli n a cio n e s , es cie r t a sólo
cu a n do la s p ropia s i n cli n a cio n e s va n en con t r a d el d ict a do d e la r azón,
p e ro es to no sie m p r e es el ca so. E n efecto, Ka n t no p a r te d el s u p u es to d e
q u e h aya por n a t u r aleza u n a co n t r a d icció n r a dica l en t re r a zón e i n cli n a -
ció n t al q u e és t a s se a n m u t u a y pe r m a n e n t e m e n t e exclu ye n t e s. Por el co n -
t r a rio, el p roce so d e e d u c a ció n mor al co n sis t e p r ecis a m e n t e en fom e n t a r
la sin e r gia en t r e la s e n sibilid a d y los p r i n cip ios d e la r a zón. A sí p u e s, no
d e b e olvid a r se el l a do “ e s t é t ico” d e la m or a lid a d al con sid e r a r la n a t u r a-
leza y fu n d a m e n to d e la ob lig a ció n mor al p u e s t al in a dve r t e ncia eq u iv a le a
d e sco n oce r n u es t ro est a t u to o n tológico co m o se r es fin itos s e n sible m e n t e
a fect a dos. P u es to q u e l a p r á ct ica mor al est á fu n d a d a sob r e d ic h o es t a t u to,

XXXV
 Es t udio p relimin a r

su r a sgo ca r a ct e r ís t ico d e co n s t r icció n no p u e d e se r elim in a do. P r ecis a -

m e n te por e llo, Ka n t r ech a z a lo q u e d e nom in a “ fa n a tis mo m or a l” i n s is-
tie n do e n q u e n u est r a r el a ció n co n la ley mor al h a d e se r d efi n id a en
t é r m inos d e d e b e r y no d e i n cli n a ció n espon t á n e a.
C u a n do la s i n cli n a cio n e s se opon e n a la r e a liz ación d el debe r, el agr a-
do en el cu m plim ie n to de este último sólo p u ed e result a r d e la d isciplin a a
la q u e se som e t e n la s p rim e r a s. E n es e s e n t ido, no p u e d e h a be r u n a “ in-
cli n a ció n al d e b e r ” p u es és tos son dia m e t r alm e n t e dis tin tos. Ahor a bie n ,
p a r a Ka n t el p roce so d e e d u c a ció n mor al no se lim it a al cu lt ivo é t ico de
las i n cli n a cio n e s , a la m e r a “ m or a liz a ción ” d e la s i n cli n a cio n e s a p u n to
t al q u e se log r e u na “ i n cli n a ció n al d e b e r ” , co m o p r e t e n d e Schille r. No
sólo se trata d e logr a r u n a s e n sibilid a d bie n d es a r roll a d a co m o con s tit u ti-
vo (e n el se n tido d e la m ot iv a ción) d el b u e n ca r á ct e r mor al d e u n “ alm a
b e ll a ” . N ues t ro es t a t u to o n tológico d e se r es fin itos s e n sible m e n t e a fect a -
dos no nos pe r m ite t r a sce n d e r el p u n to d e vis t a d el d e b e r ; sin e m b a r go,
ello no s ig n ifica (co m o Sch ille r y H egel pe n s a ron) q u e la ley d e b a se r
co n ce b id a co m o u n a ca rg a q u e nos a gobia o u n y u go tir á n ico q u e a n iq u ila
n ues t r a n a t u r aleza s e n sible o n u est ro yo m ás p rofu n do, sig n ifica , en c a m -
b io, q u e el a s p ecto d e co n s t r icció n r acion a l d el d e b e r n u nca p u e d e est a r
total m en te a u se n t e, p e ro, si a sí fu e r a, es t a ría mos m á s allá d e la p o s ib ili-
d a d d e la t e n t ación y se ría m os se res s a n tos y no m e r a m e n t e se r es vir t uo-
sos. P u ed e se r q u e se lleg u e al cu m p lim ie n to g u s toso d el debe r, p e ro no
por ello p ie r d e és t e su ca r áct e r oblig a tor io: el cu m p lim ie n to gu s toso d el
d e b e r no h a ce q u e el d e b e r d eje d e se r debe r.

b) Las cr ít ica s d e H egel

M uy i nflu ido por Schille r, H egel la nza u n a cr ít ic a a la mor al k a n tia n a.

Segú n és t a, la mor al d el filósofo p r u sia no es u n “ for m a lis m o v a cío” , p u es
el im pe r a tivo ca t egó r ico no es ca p a z de p ropo rcio n a r u n p r i n cip io a pa r tir

XXXV I
 E st u dio p relim in a r

d el cu a l p u ed a n d e riv a r se d ebe r e s e s p ecífico s u ob lig a cio n e s p a r ticu la r es

ni u n cr it e r io m edia n t e el cu a l p u ed a pon e r s e a p r u eb a la co r r ecció n m o-
r al d e u n a m áxim a. Segú n H egel, es n ece s a r io re m pla za r la co n ce p ció n
a bs t r act a, for m a l e in divid u a lis t a d e la mor al (M or a lit a t) q u e Ka n t p rop o-
n e por u n a é t ica soci a l y co n cr e t a (S ittlich keit) e n la q u e la s nor m a s y los
p r i n cip ios es t é n i ncor por a dos en la s in s t it ucion es d e la socie d a d .
La p rim e r a exp r esión d e est a, cr í t ic a d e H egel la e ncon t r a m os en su
e n s a yo d e ju ve n t u d E l espíritu del cristia n is m o e n el cu a l con t r a s t a el e s p í-
rit u del ju d a is m o, fu n d a do e n la ley m os a ica y a n t it é tico a la libe r t a d, co n
el espírit u d el cr is t i a n is m o, b a s a do e n el a mor al p rójim o y la r eco n cili a -
ció n . H egel vi n cu l a la é t ica k a n tia n a co n el espírit u d el ju d a is m o y los
con t r a pon e a la e n se ñ a n za mor al d el “ Se r món d e la mon t a ñ a” .03
Segú n H egel, el p roble m a ce n t r al d e la mor al k a n tia n a es t riba en q u e
ést a no p u ed e con ect a r lo u nive rs al (p r in cipios r acion ales) co n lo p a r ticula r
(in te r eses e in cli n acion e s in divid u a les) d e m odo q u e ge n e r a u n a tira nía
a u toim p uest a d e la pa r te r acion al o u nivers al d el s uje to sob r e la se n sible o
par ticula r, lo cu a l p rod u ce u n a r upt u r a, d esin t eg r ación o a lie n ación d el yo.
E n otr as p alab r a s, h ay en ella u n a incom p a tibilid a d en t re el req u isito segú n
el cu a l u n a a cció n h a de se r motiva d a sólo por el d e b e r y la s con d icio n e s
q u e h ace n posible el obr a r.34 Para pe r segu ir un de t e r m in a do fin es n ece s a -
rio, segú n H egel, act u a r por algo m á s q u e el sim ple debe r, a saber, los in t e-
reses, deseos e incli n acion e s p a r ticula res del agen te en cu es tión . Así p u es,
el va lor mor al d e u n a a cció n no dis m in u ye por el h ech o de q u e es té motiva-
d a por la i n cli n ación ya q u e es un h ech o in evit a ble q u e el agen te act ú e
motiva do por la i ncli n ación . 3

33 A con t in u ación tom a ré co m o h ilo con d uctor pa r a expon e r la crítica hegelia n a a la mor al de Kant la
excele n t e exposición d e la mism a q u e nos p resen t a Hen ry E. Allison en su lib ro K a n t’s T heory o f
Freedom, pp. 1 8 4-19 1.
d4 H egel, Fenom enología del espíritu, t rad. de We nceslao Roce s, M éxico, Fondo de Cult u r a E conóm i-
ca , 1966, especia lm e n t e las s eccio n e s tituladas “ La co n ce pció n mor al del m u n do” , “ La bu en a co n -
cie n ci a como liber t ad de sí” y “ La bu en a concie ncia como realidad del sa ber” . Vid. t a mbién Principios
de la filosofía del derecho, § 7, 2 1-2 2 .

XXXV I I
 E st u dio p r elim in a r

Ahor a bie n , d a do q u e Ka n t afir m a cla r a m e n t e q u e tod a a cció n , i n cl u so

a q u ell a s q u e s u p u es t a m e n t e se re aliz a n sólo por debe r, tie n e n ece s a r i a -
m e n t e un fin d e t e r m i n a do, p a r ece q u e e n lo q u e d iscr e p a n Ka n t y H egel
es en su res p u es t a a la p regu n t a d e si el motivo d e u n a a cció n h a d e coi n -
cid i r n eces a r i a m e n t e co n el fin . Para Ka n t el m otivo y el fin d e la a cció n
no n eces a r i a m e n t e coi n cid e n p u es u n age n t e p u e d e a dop t a r u n fin ya sea
por i n cli n a ció n o ya se a po r debe r. H egel, e n ca m b io, afir m a q u e m otivo y
fin d e la a cció n n eces a r i a m e n t e h a n d e coi n cid i r p u es no p u e d e h a be r
a cció n sin la i n cli n a ció n o in t e rés p a r ticu la r d el age n te.
D es d e el pu n to d e vis t a h egelia no, p a r a explica r u n a a cció n es n ece s a r io
p roporcion a r la r azón por la cu a l el agen te act uó com o lo h izo: es a r azón es
la i n t e nción o p ropósi to d e la a cció n ; po r s u p a r t e, el m ot ivo d e u n a
a cció n no es ot r a co s a q u e el a s p ecto p a r t icu l a r d e la i n t e n ció n . A s í
p u e s , p a r a H egel u n m ot ivo es u n h ech o r efe r e n t e al ca r á ct e r d el a ge n t e,
e s p ecífic a m e n t e a su in t e r és e n la a cció n , in t e r és q u e r efleja n ece s a r i a -
m e n t e la s n ece s id a d e s e i n cli n a cio n e s p e r so n a le s d e d ic h o a ge n t e.
Seg ú n es t a co n c e p ció n h egeli a n a d el ob r a r, es cl a ro q u e no h ay lu g a r
p a r a la n oció n k a n tia n a d e a cció n m ot iv a d a por e l m e ro d e b e r p u es se
es t á p a r t ie n do d e la h ipó t e s is seg ú n la cu a l u n a a cció n m ot iv a d a por el
m e ro d e b e r es u n a a cció n q u e no r efleja n in g ú n in t e rés d el age n te y por
ello es u n a a cció n q u e el age n te no p u e d e r e a liz a r ya q u e no tie n e r a zón
algu n a p a r a r e a liz a rla . D e s d e ese p u n to d e vis t a, sim ple m e n t e no ca b e
pla n t e a r la p regu n t a k a n tia n a d e si el fu n d a m e n to d e a dopció n de u n a
m áxim a o d e u n fin es la i n cli n a ció n o es e l debe r.
E n el fon do pod e m os ve r q u e la cr ít ic a h egelia n a a la mor al k a n tia n a es
un r ep u d io a la tesis seg ú n la cu a l “ m or a lm e n le b u e n o’ ' sig n ifica “ i n co n -
d icio n a lm e n t e b u e n o” y lo ú n ico i n co n d icio n a l m e n t e b u e n o es la b u e n a
volu n t a d, q u e no p u e d e se r e s t a b lecid a por n in g ú n ob s e r v a dor e m p ír ico,
ya q u e és t e sólo tie n e a cce so al m u n do fe n o m é n ico d e la t e rce r a p e r son a,
mie n t r a s q u e a q u éll a r ecla m a el reino in t e r ior d e la p rim e r a p e r son a. S e-

XXXV I I I
 E st u dio p relimin a r

gú n H egel, d ic h a b u e n a volu n t a d es t á d ivo r ci a d a d el m u n do real d e las

a ccio n e s y eve n tos p u e s, p a r a é l, el yo no es m á s q u e lo q u e se re a liza
física m e n t e y d e b e se r r eco n ocido y ju zg a do po r es a s ob r a s e m p ír ica s o
fá ct ica s. Las i n t e ncion e s d el yo sólo cu e n t a n en la m e d id a en q u e se a c-
t u aliza n en el m u n do re al. S u pon e r u n a b u e n a volu n t a d e n u n i n a cce s ib le
m u n do n ou m é n ico e q u iv a le, seg ú n H egel, a pla n t e a r u n a for m a a lie n a d a
d e exis t e n ci a h u m a n a a isla d a d e la n a t u r alez a s e n sible y d el m u n do re al.
El t r asfon do de la cr ít ica h egelia n a es su rech a zo a la m e t afísica d el
ide a lis m o t r a sce n de n t a l y a la doct rin a de la liber t a d t r a sce n de n t a l vi n cu l a -
d a a d ich o ide a lis m o. Los obje tivos d e u n es t u dio p relim in a r co m o és te nos
im pide n a bor d a r a q uí la m e t afísica del ide a lis m o t r a sce n de n t a l, p u es ello
nos lleva ría m uy lejos d e n ues t ro p ropósito: exa min a r algu nos de los mom e n-
tos más impor ta ntes de la r ece pción d e la Crítica de la razón práctica. H emos
de limit ar nos a señ ala r la distint a m a ner a en q u e Kant y H egel con cib e n la
r elación en tre motivo y fin de u na acción . Desde el pu n to d e vista h egelia no
motivo y fin coi ncid e n necesa ria m en te ya q u e motivo sig nifica lo pa r ticula r de
u na in t e nción, Le., la inclin ación o interés q u e tiene un agente. Ahor a bien,
Kant rech aza la ide n tificación en tre motivo y fin p ues no co n cib e q u e los
motivos sea n mer as fuerzas física s e m pírica m en te es t a blecid a s, sino q u e est a-
b lece la exis te ncia del in terés de la r azón com o motivo d el obr a r o fu nd a men to
deter min a n te por el cu al se h ace algo. Un ele m en to más por el cu al Kant
insiste en la dis tinción en tre motivo e in t e nción es el q u e las accion e s libres
no es t é n de t e r m in a d a s ca u s a lm e n t e por la r a zón, a n t es b ie n u n i nce n t ivo
(o motivo) p u ede deter min a r la volun t ad sólo en la m edid a en q u e el sujeto lo
incor por a a un a m áxim a, es decir, lo su bs u m e b ajo u na regla de acción .

c) La s cr ít ica s d e Be r n a rd W illi a m s

Las cr ít ica s q u e W illi a m s h a ce a la é t ica k a n tia n a son s u m a m e n t e s e m e-

ja n t e s a la cr ít ica h egelia n a q u e h e m os r e s u m ido y gu a rd a n co n ell a m u-

X XX IX
 E st u dio p relim in a r

ch a s afin id a d es.55 Willia m s cr it ica la p rop u es t a k a n tia n a d e fu n d a r l a mor a-

lid a d en la r azón p r áctica y ce n s u r a el q u e el pe n s a m ie n to mor al req uie r a
a bs t r a e r se d e circu n s t a n ci a s p a r ticu la r es y el q u e los d ict a dos d e la r a zón
p r á ct ica i m pliq u e n l a a p lic a ció n r acion a l d e u n p r i n cip io im p a rcia l d is-
tin to d e las m ot iv a cion e s p a r ticu la r es, co n lo q u e se origin a u n a leja m ie n -
to d el p u n to d e vis t a mor al r e s p ecto d e las pe r son a s p a r ticu la r es y un
co n flict o con el age n te con sid e r a do e n su tot a lid a d. Para W illia m s “ el p u n to
d e vis t a k a n tia no p a r ece im pon e r u n ca r áct e r e m p ob r ecido y a bs t r acto de
las p e r son a s co m o age n t es m or a le s” 00 y e n él se com e t e u n im por t a n te
e r ror al a bs t r a e r a las pe r son a s d e su ca r áct e r, i.e., ig nor a n do el con ju n to
d e su s d e s eos, in t e r eses y p royectos. D e es t e m odo, W illi a m s co n sid e r a
q u e Ka n t h a h ech o q u e el ve r d a d e ro yo, es d ecir, el yo d e los d e s eos,
in t e r eses y p royectos, no tom e p a r te en la d e lib e r a ció n p r á ct ica y se p r o-
d u zca u n a n eg a ción o a lie n a ció n d e n u est ro yo m ás p rofu n do.
E n “ La mor al y las e m ocio n e s” 57 W illia m s sos t ie n e q u e Ka n t rech aza
la id e a d e q u e u n a a cció n e m ocion a lm e n t e gobe r n a d a por p a r te d e u n a
p e r son a p u e d a co n t r ib u ir a q u e ju zg u e m os a es a p e r son a co m o u n age n te
mor al. W illi a m s a t rib uye u n t r iple orige n al s u p u es to r ech a zo k a n tia no y
e n s eg u id a p a s a a se ñ ala r los e r rores q u e, segú n él, s u by a ce n e n la p o s i-
ció n k a n tia n a.
Willi a m s s u pon e q u e p a r a Ka n t las e m ocio n e s no p u e d e n con t r ib u ir a
co n s id e r a r a u n a p e r son a co m o a ge n t e mor al d e b id o, e n p r im e r lugar,
a q u e son d e m a si a do ca p r ich os a s. Segú n W illi a m s, Ka n t pos t u la u n a ide a
d e m a si a do b u r d a de las e m ocio n e s ya q u e s u gie r e q u e no h ay nin gú n m odo

sS Willia m s expon e est as crítica s en t r ab ajos com o “ Person as, ca r ácte r y mor a lid a d” , “ Fortuna m o-
r al” , “ U tilit a rismo y a u toin d u lge ncia mor a l” y “ R azones in ter nas y exte r n as” , q u e for m a n par te de
su lib ro L a for t u n a m oral, d el cu al se cu e n t a con la t r a d ucción al esp a ñol p u blica d a por la U n iver-
sid a d N acion a l Au tónom a d e M éxico en 1993. Vid. t a mbién el ca pít u lo tit ula do “ La moral y las
e m ocio n e s” , en Problem as del y o, M éxico, u n a m , 1986.
56 Vid. “ Person as, ca r ácte r y mor a lid a d” , pp. 14-15 y 17.
57 Cfr. “ La moral y las e m ocio n e s” , en Proble m as del y o, pp. 2 7 1 -2 9 9 , es p ecia lm e n t e pp. 2 9 5 y ss.

XL
 E st u dio p relimin a r

d e r eg u la r la p ropia res p u es t a e m ocio n a l a la luz d e ot r as co n s id e r a cio n e s.

Ade m á s, con tin ú a d icie n do Willia m s, h ay u na cie r t a tor peza mor al, o h ast a
in sole ncia , e n ese respe to v a cío de la con sis t e n cia q u e p r e t e n de con s t r uir
las r elacion es mor ales sob r e la s n ocion e s de im p a rcia lid a d y con sis t e n cia .38
H ace r de ca d a u no de nosot ros u n legisl a dor s u p re mo —co m o Ka n t p re t e n-
día— es u n a fa n t a sía q u e rep rese n t a , d ice W illia m s, no el ide a l d e la mor al
sino la d eific a ció n del hom b re.
El seg u n do a rgu m e n to k a n tia no q u e rech aza Willia m s es q u e las e m o-
cion e s se a n p a siv a s. Willia m s a t ribuye a Ka n t las ide a s d e q u e el v alor
mor al sólo se vincu la a lo q u e h ace m os lib r e m e n t e y d e q u e la s e m ocion es
son expe rim e n t a d a s p a siv a m e n t e, i.e., e n ella s no somos lib r es o r acion a l-
m e n te activos. Segú n Willia m s, pa r a Ka n t u n a a cció n e m ocion a lm e n t e m o-
tiva da ni p u e d e se r lib r e ni p u e d e valor a r se mor alm e n te y, e n tér minos
ge n e r ales, “ la ex p lica ció n k an tia n a d eja m uy poco cla ro cóm o p u e d e n v a lo-
r a rse mor alm en te la s m alas a ccio n e s” .5
859
El ú lt im o m otivo por el cu a l, seg ú n W illi a m s, Ka n t co n sid e r a i m pos i-
b le la vi n cu l a ció n en t r e e m ocio n e s y m or a lid a d es q u e l a i n cli n a ció n d e
u n a p e r son a a expe rim e n t a r e m ocio n e s es p rod u cto d e u n a c a u s a ció n n a-
t u r al la cu a l se dis t rib u ye for t u it a m e n te. Segú n W illi a m s, Ka nt in sis t e en
q u e los h om b r es d ifie r e n e nor m e m e n t e en su co n fig u r a ció n e m ocio n a l
d e b ido a m u ch os factor es n a t u r ales, d e m odo q u e es inju s to e i n co m p a t i-
b le co n la n oció n d e lo m oral el h a ce r d e p e n d e r el v a lor mor al d e esos
r a sgos d e ca r á ct e r q u e es t á n p sicológic a m e n t e de t e r m in a dos.
Segú n Willia m s, la ide a ce n t r al de Ka n t es la tesis d e q u e el va lor mor al
tie n e q u e sep a r a rse d e cu a lq u ie r ve n t aja n a t u r al; esta tesis llevó al p e n s a dor
p r u sia no a la con cl u sión de q u e la fu e n te de la a cció n mor al tie n e q u e loc a -
liza r se fue r a d el yo e m pír ica m e n te co n d icio n a do. Por ello “ la ob r a d e Ka nt
es e n es te a sp ecto un fr aca so fr ustr a nte, cie r t a m e n te fals a, cu a n do no in in t e-

58 Ibi d., p. 29 6.
M I b i d .,p . 29 7.

XLI
 E st u dio p relimin a r

ligible, p u es ningu n a ca r act e rís tica h u m a n a q u e te nga algu n a releva ncia

pa r a la con sid e r ación mor al p u ed e evit a r se r un a ca r act e rís tica e m pírica” .
A sí p u es, p a r a W illia m s las exige n ci a s d e u n a mor al im pe r son a l, co m o
la q u e él a t rib uye a Ka n t, a lie n a n n u est ro yo ve r d a d e ro y p rofu n do y nos
d e svin cu l a n y d e s p r e n d e n d e los d e m á s, d e m odo q u e nos coloc a n e n un
d ile m a i n có m odo y sin p os ib le solu ció n : t e n e r q u e elegi r en t r e el ges to
h u m a no d e la co n d u ct a , por u n a p a r te, o el r a sgo mor al, po r la ot r a.60
Segú n p u e d e ve r se, se regres a a q u í al viejo a t aq ue h egelia no con t r a la
ide a d e ob r a r por el deber, in spir a do a su vez, e n el fa m oso ve r so s a tírico de
Sch ille r in tit ulado “ G ewisse n ss k r u pel” (“ E scr ú p u lo d e co n cie n ci a ” ): “ Ger n
die n’ ich den F r eu den, doch tu ich es leid e r mit N eigu n g / u nd so wur mt es
m ich oft, d a ss ich nich t t ugen dh aft bin” (“ Con gus to p res to ayu d a a los
a m igos. D es d ich a d a m e n t e lo h ago co n s a t isfa cció n ; / y a sí fr ecu e n t e m e n t e
m e re m u e r d e la co n cie n ci a por no se r vi r t uoso” ). D e a cu e r do co n est a
cr í t ica , ayu d a r a u n a m igo por q u e u no cr ee q u e es su d e b e r es dis tin to a
ayu d a r a u n a m igo por q u e u no lo q u ie r e, lo es tim a. Se n timos cie r to r ech a -
zo h acia la p e r son a q u e act ú a d e la p rim e r a m a n er a, sin el com po n e n t e d el
a mor, por q u e nos p a r ece q u e es t á m ás p r eocu p a d a po r la r ectit u d d e su
co n d u ct a q u e po r el bie n d e su a m igo. Tal co n d u ct a es e s p ecia lm e n t e ofe n -
siv a pa r a la p e r son a q u e se s u pon e es a m a d a o q u e r id a po r el a m igo p u es
r evela el p oco a p ego o a fecto q u e en r e a lid a d le tie n e el a m igo.
E n un es t u dio p r elim in a r co m o és t e no es p os ib le d e t e n e r s e a r e s pon -
de r las objecion es q u e se han pla n tea do en el t r anscu rso del tie m po a la s e-
gu nda Crítica. Me limit a ré a cen t r a r mi a te nción en algu nos a spectos de la
doct r in a k a n tia n a d el d e b e r q u e nos a y u de n a es boz a r la posib ilid a d d e
u n a resp u es t a.
Ka n t dis tin g u ió el p u n to d e vis t a t eór ico del p u n to d e vis t a p r á ct ico y
se pz'egu ntó có m o un p r i n cip io p u r a m e n t e in t elect u a l nos p u e d e motiva r a

60Ibid., p. 298.

XLII
 E st u dio p relimin a r

obr a r. E n su co n ce p ció n d el r es p e to, Ka n t afir m a q u e t e n e m os co n cie n ci a

d e la ley mor al co m o a u torid a d s u p r e m a e n nosot ros y q u e d ic h a co n cie n -
ci a nos p ropo rcio n a t a m bié n el i nce n t ivo q u e n ece si t a m os p a r a ob e d ece r
su s d ict a dos, in d e p e n d ie n t e m e n t e d e la i n cli n a ció n o el d e s eo. U n a a c-
ció n pos e e v a lor mor al si y sólo si se re a liz a por debe r. E se v a lor p r oce d e
d e las m áxim a s en la s q u e se b a se n la s a ccio n e s y no del fin al q u e se
dir ige n . Pero ¿q u é sig n ific a act u a r po r d e b e r ?, ¿có m o h ay q u e e n t e n de r
e s e tipo e s p eci a l d e m ot iv a ción q u e sir ve co m o i nce n t ivo s u ficie n t e, i n d e-
p e n d ie n t e m e n t e d e los in t e r eses s e n s ib le s?, ¿po r q u é el r es p e to a la ley es
el ú n ico i n ce n t ivo mor al legít im o?
Ka n t, u n a vez q u e h a elim i n a do la i n cli n a ció n co m o p os ib le fu n d a-
m e n to d e la ob lig a ció n , co n cl u y e q u e lo ú n ico q u e p u e d e de t e r m in a r a la
volu n t a d es “ obje t iv a m e n t e” la ley y “ s u bje t iv a m e n t e” el p u ro r es p e to por
es a ley p r á ct ica , y nos d e sc r ib e el r e s p e to co m o un se n tim ie n to p rod u cido
por u n co n ce p t o r a cion a l. D e es t e m odo, lo q u e fu n cio n a co m o ince n t ivo
mor al es m ás bie n n u est r a co n cie n ci a d e la ley y no t a n to la ley m is m a.
E n el ca p ít u lo t e rce ro d e la “A n a lí t ica ” d e la Crítica de la ra zón p u ra
Ka n t e s t a b lece la ley mor al y su v a lid ez co m o un “ h ech o d e la r azón” y nos
m ues t r a q u e la r azón pu r a es p r á ct ica , i.e., q u e la r azón p u e d e, d e por sí,
in d e p e n d ie n t e m e n t e d e la i n cli n a ció n , de t e r m in a r la volu n t a d. Ta m bié n
exa m in a los efec tos q u e t ie n e la co n cie n ci a d e la v a lid ez d e la ley e n se res
co m o nosot ros, i.e., se r es q u e tie n e n u n a n a t u r aleza r acion a l al igu al q u e
u n a n a t u r alez a s e n sible, es d ecir, age n t es r a cion a l m e n t e fin i tos, co n d icio-
n a dos s e n sible m e n t e po r n ece s id a d e s y d e s eos , p e ro al m is m o tie m po c a -
p a ce s —al igu al q u e los age n t es r a cion a le s lib r e s— d e r eco n oce r y s eg u ir
los d ict a dos d e la mor a lid a d.
E n d ic h o ca p í t u lo, Ka n t d efi n e i ncen tivo co m o un fu n d a m e n to d e t e r m i-
n a n te s u bje t ivo d e la volu n t a d d e un s e r en el cu a l la r azón no es po r su
n a t u r aleza n eces a ria m e n t e confor m e co n la ley obje tiv a; po r ot r a pa r te, el
fu n d a m e n to det er min a n te obje tivo es la regla o p r i ncip io q u e rige la a cció n .

XLIII
 E st u dio p relimin a r

E n con t r a s t e co n la volu n t a d d e los se r es r a cion a le s fin i tos, la volu n t a d

divi n a ob e d ece por su p ropia n a t u r aleza la ley mor al y por ello no tien e la
t e n t ación d e t r a sgr edirla ni n ece si t a d e i nce n t ivos p a r a ob e d ece r l a ; pa r a
t al volu n t a d, la ley mor al no t ie n e la for m a d e im pe r a tivo. E n n u est ro ca so,
a d ife r e n ci a d el a n terior, la co n cie n ci a d e la ley es el ú n ico m óvil o i n ce n -
tivo mor al. E sto s ig n ific a q u e n u est r a r el a ción co n la ley se d efi n e en
t é r m inos d e debe r, no d e i n cli n a ció n lib r e y es pon t á n e a . La ley mor al fu n -
cio n a co m o m óvil d e b ido a q u e nos or d e n a y no ta n to a q u e nos a t rae y, a sí,
p rod u ce e n nosot ros u n se n tim ie n to ú n ico e i n co n fu n d ib le: el se n tim ie n to
d e resp e to. É st e no es sino el r eco n oci m ie n to d e la s u bor d i n a ción d e n u e s-
tra volu n t a d a u n a ley sin la m e d i a ció n d e i n fl u e n cia s exte r n a s p rove n ie n -
tes d e los s e n t idos; d e es t e m odo, el r es p e to po r la ley no co n sis t e e n ot r a
cos a m ás q u e e n el sim ple r eco n oci m ie n to d e su s u p r e m a a u torid a d d e la
cu a l e m a n a la r azón d e n u es t ro obra r.

Las diversas ediciones de la Crítica de la r azón p r áctica

Un e le n co p r eciso d e la s dive r s a s e d icio n e s y t r a d u ccio n e s d e la ob r a

k a n tia n a se ría u n ca pít u lo ve r d a d e r a m e n t e ú til y d e no p oc a im por t a ncia
e n la h is tor ia d e la cu lt u r a y d e l a filosofí a . Yo m e lim it a r é a rese ñ a r
s u m a r ia m e n t e, e n or d e n cr o n ológ ico, la s e d icio n e s y t r a d u ccion e s m á s
d e s t a ca d a s d e la C rítica de la ra zón p r áct ica a fin d e a dela n t a r algu nos
p a sos d e tan g r a n de e m p r es a.
D e las m uch a s e d icio n e s d e la Crítica de la razón p ráctica tres fue ron
a u torizad as por Ka n t y vie ron la luz cu a n do su a u tor a ú n vivía. La p rim er a
e d ició n a p a r eció en 1 7 8 8 p u blica d a por Joh a n n F ried rich H a r t k noch , a n ti-
guo d iscíp u lo d e Ka n t q u e h a bía e s t a blecido u n a ca s a editoria l en Rig a. En
1 7 9 1, en F r ancfor t y Leip zig a p a r eció u n a n ueva e d ició n q u e ca r ecía de
d a tos sob r e su e d itor y q u e se p u e d e co n sid e r a r la p rim e r a e d ició n pir a t a
d e la Crítica de la razón p ráctica p u es fu e a n terior a la seg u n d a e d ició n

XLIV
 E st u dio p relim in a r

a u torizad a por Ka n t, la cu a l a p a r eció en 1 79 2, ot r a vez en Rig a por Joh a n n

F ried rich H a r t k noch; ést a es u n a e d ició n impor t a n te por q u e con tie n e algu-
nos ca m bios text u ales in t rod ucidos por el p ropio Ka n t; Rose n k r a nz la d e s-
cr ibe com o “ la m ejor e dición ” , a pes a r d e alberga r du d a s sobre la a u ten ticidad
d e algu n a s co r r eccio n e s. N ueva m e n te sin da tos refe ren t es al editor, a p a r e-
cie ron dos p u b lica cio n e s pir a t a d e la ob r a, u n a en F r ancfor t y L eipzig en
179 5 y otr a en Grátz e n 1796. La últim a e d ició n p u blica d a por H a r t k noch
a n tes de la m uer te d e Ka n t fu e en 1797 y cor r es pon dí a a la te rce r a e d ició n ,
si bie n en su por t a d a a p a r ece co m o cu a r t a e d ició n ; esto se d e b ió a q u e el
tir aje de la segu n d a fue d e dos m il eje m pla r es, en luga r de sólo m il com o en
la p rim er a. E n las dos últimas edicion es d e H a r t k noch la p agin ación de la
ob r a fue igu al a la pagin ación de la prime r a y sie m p re con s tó de 2 92 págin as.
D es p u és d e la m u er t e d e Ka n t se re a liza ron m uch a s ot r as e d icio n e s
en t r e las cu a le s h ay q u e d es t aca r la s sig u ie n t es: t res r eim p r e sion e s h e-
ch a s por H a r t k noch e n 1 8 1 8, 1 8 2 7 y 1 8 2 8 , a p a r ecid a s en L eip zig; e n los
t res ca sos se m od ificó la p a gi n ació n d e la ob r a r e s p ecto d e la p rim e r a
e d ició n . U n p oco m á s t a r de, K a rl Rose n k r a n z (1 8 0 5 -1 8 7 9 ) ju n to co n
F r ied rich W ilh elm Sch u be r t (1 7 9 9 -1 8 6 9 ), edit a ron es t a ob r a e n su e d i-
ción com ple t a d e la s ob r a s d e Ka n t (vol. V I I l), la cu a l fu e p u b lic a d a por
L eo p old Voss e n L e ip zig e n t r e 1 8 3 8 y 1 8 4 2 .61 Por su p a r t e, G u s t a v
H a r te n s tein (1 8 0 8 -1 8 9 0 ) la p u b licó dos v ece s: p rim e r a m e n t e en su e d i-
ció n com ple t a de las ob r a s de Ka n t (vol. iv) a p a r ecid a en L eipzig por Modes
u n d B a u m a n n en 1 8 3 8 -1 8 3 9 62 y m á s t a rde en u n a n u eva e d ició n com ple t a
d e la s ob r a s d e Ka n t (vol. v), q u e a p a r eció en L eip zig en 1 8 6 7 -1 8 6 8 por

61 S a m m tliche Werke, her a u sgegeben von Karl Rose n k r a nz und F ried rich Wilh elm Sch u ber t, Leipzig,
Voss, 1 8 3 8-1 8 4 2 , xn vols. (es la prim er a e d ició n c r ít ica d e las ob r a s de Kant y es m ás com ple t a qu e
la e d ición de H a r tenstein. E specia lm e n te valios a es la biogr afí a de Kan t y la historia d e la filosofía
k a n tia n a q u e confor m a n el vol. Xti de est a e d ició n ; la biogr afía fue escrit a por Sch u ber t y la his toria
d e la filosofía k a n tia n a por Rose n k r a nz).
62 Werke, sorgfáltig revidie r te Gesa m r n t a usgabc in zeh n Ba n den, Leipzig, Modes und Ba u m a n n, 18 38-
1839 (con tie n e una in t rod ucción de H a r t ens tein).

XLV
 E st u dio prelimin ai

L eopold Voss.63 Pos t e rior m e n t e J uliu s H e r m a n n von Kirch m a n n (1 8 0 2 -

1 8 8 4) p u b licó la ob r a en dos oca s io n e s co m o p a r te d e la P h ilosop h ische
B ibliot hek e n Be rlín por L. H eim a n n en 1 8 6 9 y 1 8 7 0. La últim a e d ició n
im por t a n te re a liz a d a d u r a n te el siglo XIX fu e la de Ka rl K e h r b ach (1 8 4 6 -
1 9 0 5) q u e, tom a n do co m o b a se el texto d e Ka n t d e la e d ició n d e 1 7 8 8 (A),
co n sig n a b a las d ife r e n cia s d el texto d e la e d ició n d e 1 7 9 2 (B) y d e 1 7 9 7
(D ); la e d ició n d e K e h r b ach se p u b licó e n L eip zig en 1 8 7 8 po r R R ecl a m .
Por lo q u e toca al siglo XX, h ay q u e s e ñ ala r q u e la l a bo r d e r evisión d el
texto k a n tia no a pa r tir d e los m a n u scritos origin a les y a t r avés d e las d i-
ve r s a s e d icio n e s d e la ob r a fu e e m p r e n d id a m i n ucios a m e n t e po r la Re al
Aca d e m i a P r u sia n a d e C ie n cia s q u e editó las ob r a s com ple t a s d e Ka n t y
las p u b licó e n B e r lín a pa r tir d e 1 9 0 2 por G. R eim e r y m á s t a rde po r W. de
Gr uyter. E s p ecífica m e n t e la e d ició n d e l a Crítica de la razón p r áctica e s-
t uvo a ca r go d e Paul N a torp (1 8 5 4 -1 9 2 4 ), co r r e s po n d e al vol. V d e la e d i-
ció n d e la Aca d e m i a y cu e n t a co n 1 6 3 p á gin a s y u n cé le b r e es t u dio
i n t rod uctor io.64 Con es e m is m o espírit u d e cu id a dos a r evisión d el texto y
d e a t e n ción a los d e t a lles filológ ico s p u e d e n m e n cion a r s e ot r as e d icio n e s
ig u alm e n t e im por t a n t es co m o la d e B e n zion K elle r m a n n e n el vol. V d e la
e d ició n d e E r ns t C a ssir e r (1 8 7 4 -1 9 4 5 ) a la s ob r a s d e Ka n t, p u b lic a d a en
Be rlín en 1 9 1 4 por Br u no Cassirer. Ta m bién h ay q u e s e ñ ala r la e d ició n d e
Ka rl Vórla n d e r (1 8 6 0 -1 9 2 8 ), p u blica d a por p rim e r a vez e n 1 9 0 6 en Leipzig
por Félix Mein e r co n n u m eros a s r eim p r esion es y pos t e rior m e n te en el vol. il
d e la e d ició n de Vórla n d e r a las ob r a s d e Ka n t, p u blica d a s por Félix Mein e r
en L eipzig en 1 9 2 0-1 9 4 0 ; est a impor t a n te e d ició n , a de m á s de con t a r con un
exte n so es t u dio in t rod uctorio, reú n e tod as las va ria n tes q u e h a t e nido el
texto de Ka nt en p r áctica m e n t e la tot alid ad de sus e d icio n e s.

M I m m a n uel Kanls sá m m tlichc Werke, in ch ronologisch e r R eih e nfolge h er a u sgegeben von Gust av
Ila r tcn st ein, Leipzig, L eopold Voss, 1 8 5 7-1 8 6 8 , VIH vols.
64 Vid. ñola 10 supra.

XLVI
 E st u dio p relimin a r

Las diversas trad ucciones de la Crítica de la razón pr áctica

Ya ca si al co n cl u i r el siglo xvm a p a r eció la p rim er a t r a d ucción d e la Crítica

de la razón p ráctica de la q u e se tiene noticia, fue h ech a en latín por F riedrich
Got t lob Bor n y se p u b licó en Leipzig en 1 7 9 7 *65
63 ju n to co n la t r a d ucción de la
C rítica de la f a c u l t a d de ju zga r, a m b a s con for m a n el volu m e n t e rce ro d e
la ve r sión de Bor n a las obr a s d e Ka nt. Du r a n te el siglo XIX vie ron la luz las
t r a d uccion es fr a nces a s, ingles a s y esp a ñola s, s ucesiv a m e n t e. Así, ca si a
m edia dos d el siglo a p a r eció la segu n d a t r a d ucción d e la Crítica de la razón
p ráctica: fu e la céle b r e t r a d ucción fr a nces a d e J ules Rom ain Ba r ni (1 8 1 8-
1 878) q u e se p u b licó en París en 184 8 por la Libr airie de L a d r a nge.66*68E n
t e rce r té r mino a p a r eció e n inglés en 1873 u n a t r a d ucción p a rcial de la ob r a
en cu es tión (com p r e n día ú n ica m e n te la “ Di a léct ica ” y la “ M e todologí a” de
la r azón p r áctica) h ech a por T hom a s Kings m ill Abbot t (1 8 2 9 -1 9 1 3 ) p u b li-
ca d a en Lon d res por Lon gm a n s, G ree n & Co.6‘ Pocos a ños d esp u és, en 1 879,
Abbot t p u b licó su t r a d ucción com ple t a d e la segu n d a C r í t i c a la cu a l t uvo
n u m eros a s r eim p r esion es h asta bie n en t r a do el siglo XX. La cu a r t a t r a d uc-
ción d e la Crítica de la razón p ráctica fue la ve r sión esp a ñola d e Alejo G a rcía
Mor e no, la cu a l no er a u n a t r a d ucción dir ect a d el ale m á n com o en los ca sos

63 I m m a n uclis K a ntii Opera a d P h ilosop h ia m Critica m latine verlit Fredericus Gottlob Bor n, volu m en
tertiru m, Lipsia e, Im pen sis E ngelh a rd Ben. Sch wicke r ti, 1797, pp. i-xvui [p r efacio de Ka n t], x ix - x xi

[ín dice], 1-168. Born er a p rofesor en Leipzig y en m ayo de 1786 ofr eció a Kant t r a ducir la Crítica de
la razón p ara al latín a fin de q u e la ob r a p u edie r a se r leíd a por fr a nceses, hola n deses e ingleses.
Kant acep tó, pe ro el p royecto de Bor n no se realizó sino h asta 1796-1 798.
66 Critique de la raison pra tiq ue préccdée des Fon d a men ls de la m élap hysiq uc des m oeurs p a r E m m.
Ka nt, tr. de Pallerriand p a r J. Ba r ni, París, La dr a nge, 1848, 4 0 0 pp.
Kant ’s T heory o f E th ics, or Practical P hilosop hy Com prising Fu n da mental Pri ncipie oj the Melaphysic
o f Moráis, Dialectic an d Methodology o f Practical Reason, On the R adical Fvil in Hu man Natur, translated
by Thom as Kigsmill Abbot t, Londres, Longm a ns, Green, Rca dei; & Dyei; 1873, v i i i, 262 pp.
68 KanPs Critique o f Practical Reason a n d Other Works on the T heory oj Iü h ics, Translated by T hom as
Kigs m ill Abbott, B ei n g an E n larged E d ilion o f KanPs T heory o f Et hics, Lon d res, Longm a n s & Co.,
4 3 8 pp. (con t e n ía la F u n da m enlación de la m etafísica de las costu m bres y la Crítica de la razón
p ráctica com ple t a s; ú n ica m en te la in t rod ucción ge ner al de la Met afísica de las cost u m bres; de la
Doctri n a de la virtu d con t e n ía sólo la in t rod ucción y el p r efacio y de La religión den tro de los lí mites
de la mera razón con t e n ía sólo la p rim er a pa rle).

XLVII
 E st u dio p relim in a r

a n t eriores, sino u n a ve r sión h ech a a pa r tir d e la t r a d ucción fr a nces a de B a m i

y a p a r eció en M a d rid en 1 8 7 6.69 Sig u ie n do es te m is mo or de n cr o n ológico, la
q uin t a ve r sión d e la segu n d a Crítica a p a r eció en le ng u a r usa, fu e t r a d ucid a
por N. S mir nov y se p u b licó en 1 8 7 9 en Sa n Pete rsbu rgo, a u n q u e un a ño
a ntes ya h a bía a p a r ecido u n a t r a d ucción p a rcia l de la ob r a h ech a por el
m is mo t r ad uctor; un p oco más t a rde, en 1 9 0 8, a p a r eció n u eva m e n te en Sa n
Pet ersbu rgo la segu n d a e d ició n d e la mism a. Las dos últim as t r a d uccion es
q u e se h icie ron tod avía en el siglo xix fu e ron: la t r a d ucción esp a ñola de
An ton io Zozay a a p a r ecid a en 1 8 8 6,70 q u e, al igu al q u e la d e Alejo G a rcía,
er a u n a t r a d ucción d e la ve r sión fr a nces a y, fin a lm e n t e, la fa m os a '1 t r a d uc-
ció n fr a nces a d e Fr angois J osep h P ica ve t (1 8 5 1 -1 9 2 1 ) q u e a p a r eció en Pa-
rís e n 1 8 8 8 '2 y q u e h a te nido n u m eros a s r ee d icion e s.
S ig u ie n do el m is m o or d e n c r o n ológ ico h ay q u e se ñ ala r, e n t r e la s t r a-
d u ccio n e s r e a liz a d a s e n el siglo XX, las s ig u ie n t e s; p r i m e r a m e n t e, la ex-
ce le n t e t r a d u cció n it a lia n a d e F r a n ce sco C a p r a p u b lic a d a e n 1 9 0 9 73 y
q u e h a t e n ido n u m e ros a s r e e d icio n e s . P oco d e s p u é s, en 1 9 1 3 , a p a r ece
u n a t r a d u cció n e s p a ñ ol a m u y c u id a d o s a d e M a n u el G a r cí a Mor e n t e
(1 8 8 8 -1 9 4 2 ) q u e m e r ece u n a m e n ció n e s p eci a l p u e s s e t r at a d e la p r i-
m e r a t r a d u cció n e s p a ñ ol a d i r ect a d el a le m á n y h a goz a do d e gr a n a p r e-
cio e n t r e los e s p eci a lis t a s d e n u es t r a le n g u a . E n efec t o, M a n u el G a rcía
Mor e n t e r e a lizó u n a e n co m i a b le l a bo r co m o t r a d u ctor d e la ob r a k a n tia-

69 Crítica de la razón.práctica. P reced id a de los Fu n da mentos de la m et afísica de las costu m bres, t rad.
de Alejo C a rcía More no, M ad rid, F r a ncisco lr avedr a y F ederico E scá m ez E ditor es, 1876.
70 Crítica de la razón p ráctica por M an uel K a nt, t r ad. de An ton io Zoz aya, M ad rid, D ir ección y Ad m i-
n is t r ación, 1886 (B ibliot eca E conóm ica F ilosófica , vol. 2 8 ), II vols.
71 Manuel Ga rcía Moren te, e.g., la señ ala como un a t r aducción “ muy exact a y ajust ada” ; vid. la p. 178
de la recien te edición d e la t r a ducción de Ga rcía Moren te a la segu n da Crítica en la editorial Sígueme,
Sala m a nca, 1994.
' 2 Critique de la ra don pratique, p ar E m m an uel Kant. Nouvelle trad uction fra n qaise avec un avant-
propos sur la p hilosop hie de Kant en France, de 1773 á 1814, des notes p h ilologiq ues el philosophiques
p ar F. Picavet, París, E Alea n, 1888, xxxvii, 3 2 6 pp.
73 Critica della ragion p ra tica, t rad. de F r a ncesco Capr a, Bari, Latcrza, 1909 (Cla s sici della filosofía
moder n a , 9), vi i, 196 pp.

XLVIII
 E st u dio p relimin a r

n a 71 al ofr ece r nos en le ng u a esp a ñola la s t res Críticas d el p e n s a dor p r u sia no

y la Fu n d a m en tación de la m etafísica de las cost u m bres70 a sí co m o u no d e los
m ejor es es t u dios in t rod uctorios a la filosofí a de Ka n t en le ngu a es p a ñola .747576
E n las d éca d a s sig uie n tes a p a r ecie ron en It alia no poca s t r a d uccion es p a r-
ci a le s d e la Crítica de la razón p r áct ica , algu n as d e ella s m uy a p r eci a b le s,77
pa r a uso escola r. La segu n d a t r a d ucción al inglés fue h ech a por Lewis W h it e
B eck y a p a r eció p u blica d a en 1 9 5 6 .78 Con fech a m ás r ecie n t e, h ay q u e m e n-
cion a r la t r a d ucción fr a nces a d e L uc Ferry y H ein z W is m a n n;79 la esp a ñola
d e Robe r to Rod r íg u ez A r a m a yo;80 las ingles a s de H. W. C a ssir e r81 y d e Ma ry
G r egor 82 a sí com o la por t ugu es a d e Valerio Roh d e n .83

Observaciones sobre la presen te ed ición y tra d ucción

A mi j u icio, la e d ició n d e u n a ob r a d e Ka n t no es u n a tesis sob r e d ic h o

filósofo e n la q u e se d e b a a dop t a r u n a de t e r m in a d a in t e r p r e t ación sob r e

74 D ebe d ecir s e q u e su la bor com o t r aductor a b a rcó obr as de Desca r t es, Leib n iz, Schiller, H u sse rl,
H ein e, S ten dh al, etc.
75 Las r efer encia s ex act a s d e las t r a d uccion es d e las obr as de Kant por G a rcía More n te p u eden
con su lt a rse en D. M. Gr a nja Cast ro, Ka nt en esp a ñol: elenco bibliográfico, M éxico, U niversid ad
N acion a l Au tónom a de M éxico y U nive rsid ad Au tónom a Met ropolit a n a, 1997, 2 6 5 pp.
76 Man uel G a rcía Mor en te, L a filosofía de K a nt, Ma drid, Lib r ería Ge ne r al de Victoria no Su á rez,
1917; est a ob r a fu e reedit a d a post erior m en te en la colecció n Aust r al de la E ditor ial Esp asa Calpe.
Ta mbién se encu en t r a e n: Ma n uel G a rcía More n te, Obras com pletas, ed. de J uan Miguel P alacios y
Rogelio Rovir a , B a rcelon a, An t h ropos y F u ndación Caja de Ma drid, 1996.
77 Vid. las t r a d uccion es de Giova n ni Vid a ri, Turín, G. B. Par avia & C., 1924, 150 p p.; de C ecilia
Motzo De n tice di Acca dia , F lor e ncia , G. C. S a nsoni E dilor e, 1942, 113 pp.; de Giova n ni E. Ba rié,
Flor e ncia, G. Sa n soni E dilor e, 1936, 9 0 p p.; de Giu seppe Tarozzi, P adua, Casa E dit rice Dot t. An to-
nio Milani ( c e d a m ) , 1941, 91 p p., y de Vit torio Ma t hieu, B r escia, E dit rice La Scuola, 1962, 148 pp.
18 Critique o f P ractical Reason, t r ad. e in t rod. d e Lewis W hite B eck , N ueva Yor k, Macr nilla n, 1956.
19 Critique de la raison pra tiq ue, en E m m a n uel K a n t: (E u vresp h ilosop h iq ues, vol. II, Bibliot h éq u e de
la P léia de, París, E dition s G allim a r d, 1985.
80 Crítica de la razón p ráctica, M ad rid, Alia nza E ditorial, 2 0 00.
81 Critique o f Practical Reason, trad. de Hen ry Walter Cassirer, ed. de llca t h K in g& Ron ald Weitzman,
in t rod. de D. M. M acKin non, Ma rquet te U niversity P ress, 1998.
82 Critique o f Practical R eason, t rad. y ed. de Mary Gregor, int rod. de Andr ews Rea tli, C a m b ridge,
Ca m br idge U nive rsity P ress, 1997.
83 Crítica da Raz&o Prá tica, trad., int rod. y not as de Valerio Rohden, Sao Paulo, Mar tins Fon t es,2002.

XL IX
 E st u dio p relim in a r

los p roble m a s ce n t r a les q u e con s tit u ye n la ob r a. Por ello h e p rocu r a do

r espe t a r fielm e n t e el se n t ido lit e r al d el texto y evit a r h a ce r r eco n s t r u ccio-
nes d e con ju n to o ave n t u r a r sín t esis d e la ob r a. Pero no d a r p r epon de r a ncia
a u n a in t eip re t ación sob r e otr a no sig n ifica tratar d e b u sca r la mer a co m -
p r e n sión d e sim ples de t alles sin con side r a r la u nid a d d e la ob r a. Mi in t en-
ción h a sido más bie n tratar de expon e r a Ka nt por Ka n t, ayu d a r al lector a
com p r e n d e r lín e a por lín e a lo q u e d ice el autor, p u es soy d e la ide a d e q ue si
no se e m pieza por a hí, las vision es p a nor á m ica s o de conju n to a las q u e u no
p r e te n de eleva r se d esp u és fácilm e n t e p u ede n se r er rón e a s. A s í p u es, q u ed a
al lector ela bor a r dich a s r econ s t r uccion es d e conju n to t e n ie n do en cu en t a
las m uch a s y va lios a s in t e r p re t acion es q u e se h an p rop u es to en tor no a los
dife re n t es p roble m a s d el lib ro q u e te n e mos en las m a nos.
La B ib lio t ec a I m m a n u el Ka n t b u sca po n e r en m a nos d e sus lector e s
la s ob r a s d el p e n s a do r p r u sia no e n e d icio n e s bilin g ü es ca r act e riza d a s por
dive r sos r ecu r sos d id á c t icos a los q u e a hor a m e r efe rir é b r eve m e n t e.
E n vir t u d d e la gr a n riq u eza se m á n tica del voca b u la rio k a n tia no y sus
n u m erosa s va rian tes d e in t er p re t ación y t r a d ucción —q u e nos inclin a n a p e n -
sa r en la im posibilid a d d e llega r a u n a t r a d ucción definitiva y ú n ic a - es de
gr a n in t erés pa r a est a col e cció n p rese n t a r el texto ale m á n or igin a l en u n a
e d ició n varior u m . Ad e m á s, ofr ece m os al lector u n a “ Tabla d e co r r e s po n -
d e ncia s d e t r a d u cción d e t é r m inos” en la cu a l pod r á a p r ecia r las diver s as
t r a d uccion es al inglés, fr a ncés, it alia no, por t ugu és y es p a ñol d e los co n c e p -
tos m ás releva n tes q u e a p a rece n en la Crítica de la razón p ráctica. El p ropó-
sito de esta t abla no es sola men te presen t a r u n a suerte de m a pa de las diversas
t r a d uccion es d e con ce p tos ce n t r ales de est a ob r a, sino t a m bién pe r m itir u na
com p r e n sión m ás p r ecis a de la te r m inología k a n tia n a y s u minist r a r al lector
las her r a mien t as pa r a en s aya r otr a t r a d ucción (y co n ella q uizá otr a in ter-
p re t ación) d e algú n o algu nos con ce p tos k a n tia nos dis tin t a de la q u e a q u í se
p resen t a. Se h an elegido las le ngu a s ingles a, fr a nces a, it alia n a y por t ugu es a
por q u e en ella s la ob r a k an tia n a h a sido m ás in t en s a m en te r ecibid a , es t u-

L
 E st u dio p relimin a r

dia d a e in t erp ret a da y por q u e en ella s h a h a bido, en for m a e s pecia lm e n t e

viv a , discu sion e s e n to m o a las diver s a s t r a d uccion es exis t e n t es e n ca d a
u n a d e las le n g u a s. Las e d icion e s tom a da s en cu e n t a en la t a bla son, por a sí
d eci r lo, e d icion e s q u e la cr ít ica a ca d é m ica y filosófica e s p ecia liz a d a n a cio-
n al de ca d a u no d e los r es p ectivos p aíses al igu al q u e la in t e r n acion a l h an
r eco n ocido com o e d icio n e s “ es t á n d a r” d e la ob r a q u e t e n e mos en las m a-
nos. Se trata d e las sig uie n tes e d icio n e s:

1) Critiq ue o f P r actica l R ea son , t r ad. e intr. d e Lewis W h it e B eck , N u ev a

Yor k, M acm illa n , 1 9 5 6.
2) Critiq ue o f P r actica l R ea son , t r ad. y e d . d e Ma ry G regor, in t rod. d e
An d r ew s Re a t h , C a m b r idge, C a m b r id ge U nive r sity P ress, 1 9 9 7.
3) Critiq ue de la r a iso n p r a t iq u e, t r ad. d e L uc Ferry y H ein z Wis m a n n , en
E m m a n uel K a n t: CEuvres p h ilosop h iq ues, vol. 11, Des P rolego m én es a u x
écrits de 1 7 9 1 , P a rís, G a llim a r d, 1 9 8 5 (B iblio t h é q u e d e l a P léi a d e).
4) Critica della r a gion p ra tica, intr., t r ad. y not a s d e Vit torio M a t hie u,
Milá n, Bom p ia n i, 2 0 0 0 .
5) Critica della r a gio n p r a t ica , t r ad. d e F r a nce sco C a p r a, Rom a y B a rí,
La te rza, 1 9 9 3.
6) Crítica d a R a z do P rá tica, t r a d., in t rod. y not as d e Vale rio Ro h d e n , Sao
P a ulo, Ma r tins Fon tes, 2 0 0 2 .
7) Crítica de la ra zón p r áctica , t r ad. d e E. Miñ a n a y Villa g r a s a y M a n u el
G a rcía Mor e n t e, 2 a e d ., S a la m a nca, Síg u e m e, 1 9 9 5.
8) Crítica de la ra zón p r áctica , e d. y t r ad. d e Robe r to Rod r íg u ez Ar a m a yo,
M a d rid, Ali a n z a E ditor ia l, 2 0 0 0 .

E l texto a le m á n d e la Crítica de la ra zón p r áctica co n sig n a do e n es t a c o -

l e cció n co r r e s p o n d e a l a p r i m e r a e d ició n d e la ob r a , p u b lic a d a po r
H a r t k noch en 1 7 8 8; h e m os co t eja n do d ic h o texto co n el q u e nos ofr ece la
R e a l Aca d e m i a P r u sia n a d e C ie n ci a s y h e m os se ñ a l a do la s va ria n tes en t re

LI
 E st u dio p relimin a r

u no y ot ro co m o not a s a p ie d e p á gin a e n el texto a le m á n . Con la a b r evia -

tu ra Ak . A u sg., se h a n se ñ a l a do la s va ria n tes p roce d e n t e s d e l a e d ició n de
la R e a l Aca d e m i a P r u sia n a d e C ie n cia s. Los folios coloc a d o s al m a rgen
izq u ie r do d e los r e n glon es en a le m á n y al m a rgen d e r ec h o d e los r e n glo-
n es en e s p a ñ ol se r efie r e n a dos p a gi n a cion e s dis tin t a s d e la ob r a: la d e la
p rim e r a e d ició n y la d e la R e a l Aca d e m i a , r ep r ese n t a d a s r e s p ectiv a m e n t e
por p a r é n t esis t ria ngu la res < > y por co r ch e t e s [ ]. La lín e a ve r tica l |y las
lín e a s dia gon a le s p a r a lela s / / in se r t a d a s e n el texto i n d ica n , con algu n a s
m od ific a cio n e s d ebid a s a la dife r e n t e sin t a xis de la s le n g u a s es p a ñola y
a le m a n a, el c a m b io d e p á gin a co r r e s pon die n t e a la p rim e r a e d ició n d e la
ob r a (lí n e a ve r tica l) y a la e d ició n d e la R e a l Aca d e m i a (lín e a s dia gon a le s
p a r a lela s). H e p rocu r a do r espe t a r lo m ás fiel m e n t e p os ib le la p u n t u ación
d e Ka n t. Me h e p e r m itido i n t rod ucir n egrit a s e n la tipog r afía del texto
a le m á n cu a n do se trata d e s u b r a y a dos h ech os po r el a u tor (d e b id o a q u e
los ca r act e r es gót icos en los q u e or igin a lm e n t e fu e ron e dit a d a s sus ob r a s
no pe r m itía n t a les m od ific a cio n e s t ipog r á fica s). E n el texto es p a ñol el s u -
b r a y a do d e Ka n t se se ñ a la co n cu r siv a s.
Al fin a l d e la t r a d u cción se ofr ece al lecto r u n a s ecció n d e “ Not as a la
t r a d u cción ” . El ca r á ct e r d e d ich a s not a s es m e r a m e n t e ex p lica t ivo; se h a
b u sc a do r e u n ir el m a yor n ú m e ro p os ib le d e not a s p roce d e n t e s d e la s d i-
ver sa s t r a d u ccion e s d e la ob r a y e n r iq u ece r l a s co n n u evos com e n t a r ios
a d icio n a le s. Ta mbién se p resen t a al lector u n a “ Tabla cron ológica d e la vid a
y ob r a d e K a n t” en la q u e h e mos u s a do com o hilo con d u ctor la t abla cor r e s-
pon die n t e elabor a d a por Ma nfred Kueh n en su recien te biogr afía sobre Ka n t;84
a q u í la h e m os com ple m e n t a do con da tos a dicion a le s. Acom p a ñ a a est a e d i-
ció n cr ít ica bilin g ü e d e las ob r a s de Ka nt u n a s ecció n de “ Bibliog r afía”
e s p ecia liz a d a y act u aliza d a de la ob r a q u e nos ocu p a y, fin alm e n te, se ofr ece

81 Vid. Manfred Kuehn, Ka nt: a Biography, Ca m bridge, C a m bridge líniver sity P ress, 2 0 01. Esta obra
ha sido t r aducida al esp a ñol por Car men G a rcía Trevija no en la editorial Forte Acen to, Madrid, 2003.

LII
 E st u dio p relimin a r

al lecto r u n “ í n d ice a n a lí t ico” q u e le pe r m itir á loca liz a r fá cil m e n t e los

t é r m inos ex a ctos q u e u só el filósofo y la m a n e r a co m o se h an ve r tido al
es p a ñol en la p r ese n t e e d ició n .
Para co n cl u i r d e s eo exp r es a r mi a g r a d ecim ie n to a las p e r son a s q u e
h icie ron p os ib le la exis t e n ci a d e la B ib lio t ec a I m m a n u el Ka n t. An t e todo,
al m a es t ro H e r n á n La r a Za v a la, d ir ector ge n e r a l d e P u b lic a cio n e s y Fo-
m e n to E ditor ia l d e la U n ive r sid a d N acion a l Au tónom a d e M éxico, y al
doc to r Rod r igo Díaz Cr uz, d i r ector d e la División d e C ie n cia s Soci a le s y
H u m a n id a des d e la U nive r sid a d Au tónom a Met ropolit a n a. E n seg uid a q u ie-
ro a g r a d ece r se ñ a la d a m e n t e a dis t i n g u idos m ie m b ros d el Com it é Ac a d é-
m ico d e la B ib lio t ec a I m m a n u el Ka n t: m a es t ro Josu L a n d a Goyog a n a ,
doctor a Ma ría Pía La r a y doctor G u s t a vo Leyva. G u a r do u n a e s p eci a l gr a-
tit ud h acia el m a es t ro Peter Stor a nd t por la r evisión t éc n ic a d e la t r a d uc-
ció n y h acia el editor y exce pcio n a l políglot a J ua n C a rlos Rod r íg u ez Aguila r
por la r evisión e s t ilís t ica y cu id a do d e la e d ició n . F in alm e n t e, d e se a m os
a g r a d ece r m uy e s p eci a l m e n t e a los p rofe sor e s M a nfr ed K u eh n y Wer n er
St ar k d el Ka n t A rch iv d e la P h ilip p s U niver sit á t d e M a rb u rgo, lo m is mo
q u e a R ein h a r d B r a n dt, p rofe sor e m é r ito d e d ic h a u n ive r sid a d, por la fa-
vor a ble a cogid a y r e s p a ldo ofr ecid o a la B ib lio t ec a I m m a n u el Ka n t a t e n-
d ie n do a los fin e s es t rict a m e n t e a ca d é m icos q u e p e r sig u e est a col e cció n y
las i n s t i t ucion e s q u e en ella p a r ticip a n .

D u l c e M a r ía G r a n j a C a s t r o d e P r o b e r t
C e n t ro d e D o c u m e n t a c ió n K a n t i a n a
U n i v er s i d a d A u tó n o m a M e t r o p o l i t a n a

LUI
 .

'

■
Crítica de la razón pr áctica
P r efa cio

| // El motivo por el cu a l es t a cr ít ica no se in tit ula Crítica de la ra zón p u r a < 3 >[3j

p r á ct ica , sino sim ple m e n t e Crítica de la ra zón p r áctica en ge n e r a l, a pes a r
d e q u e el p a r a lelis m o e n t r e la r azón p r á ct ica y la e s p ecu la t iv a p a r ece r ía
exigir el p rim e r tít u lo, es a lgo q u e es t e t r a t a do po r sí m is m o ex p lica co n
s u ficie n ci a . El d e b e e s t a blece r sim ple m e n t e q ue h a y razón p u r a p ráctica y
co n est a in t e nción exa m in a cr ít ica m e n t e tod a su f a c u l t a d p ráctica. Si con
es to lo log r a, no n ecesit a , e n tonces, cr it ica r laf a c u l t a d p u ra m is m a p a r a ve r
si la r azón co n d ich a facu lt a d, a t rib u id a gr a t u it a m e n te, no se exced e a sí
m is m a (co m o s u p u es t a m e n t e ocu r r e e n la r azón e s p ecu l a t iv a ), p u es si ella ,
en su ca lid a d d e r a zón p u r a, re a lm e n t e es p r á c t ic a ,1 de mos t r a r á su p ropia
r e a lid a d y la d e sus co n ce p t os m edia n t e h ech os, y tod a dis p u t a e n con t r a
d e la posibilid a d d e q u e se a t al se r á en va no.
| Con es t a facu lt a d se e s t a b lece t a m bié n la liberta d t r a sce n d e n t a l; to- <4>

m a d a en el s e n t ido a b solu to n ece s i t a b a la r azón e s p ec u l a t iv a al u tiliza r

el co n ce p t o d e ca u s a lid a d p a r a e sca p a r d e la a n tinom ia e n la cu a l ca e
in evit a ble m e n t e al in t en t a r p e n s a r lo i n co n d icio n a d o2 en la s u ce s ió n d el
e n l a ce ca u s a l, pe ro la r a zón e s p ecu la t iv a no p u do e s t a b lece r es t e co n c e p -
to m á s q u e d e m odo p roble m á t ico, co m o no i m pos ible d e pe ns a r, sin a s e-
gu r a rle su r e a lid a d obje t iv a , sino sola m e n t e p a r a no se r a t aca d a e n su
p ropia e s e n ci a y no ca e r en u n a bis m o d e e sce p t icis m o por la p res u n t a
im posibilid a d d e a q u ello q u e ella tie n e q u e pe r m itir q u e v a lg a al m e nos
co m o p e n s a ble.
E l co n ce p t o d e lib e r t a d , e n cu a n to su r e a lid a d h aya q u e d a do d e m o s-
t r ad a m e d ia n t e u n a le y a p o d íc t ic a d e la r a zón p r á ct ica , es la p ie d r a a n -
g u l a r d e tod a la co n s t r u cció n d e u n / / sis t e m a d e la r a zón p u r a, i n cl u so [41
d e la e s p ec u l a t iv a , y todos los ot ros co n ce p t o s (d e D ios e in m or t a lid a d)
los cu a le s , co m o m e r a s id e a s p e r m a n ecí a n sin a poyo en la r a zón e s p e c u -
l a tiv a , se u n e n a hor a al co n ce p t o d e lib e r t a d y a d q u ie r e n co n él y po r él
 P refacio

con sis t e ncia y rea lid ad obje tiva, esto es, su | posibili d a d es dem ostra d a con < 5>

el h ec h o d e q u e la libe r t a d es re a l, por q u e est a id e a se m a n ifies t a m e dia n -

te la ley mor al.
Sin e m b a r go, e n t r e tod a s las ide a s d e la r azón e s p ecu l a t iv a , la id e a d e
libe r t a d es la ú n ica cu y a posib ilid a d co n oce m os a p riori sin tod a vía co m -
p r e n d e r la ,'5 por q u e ella es la con d ición * d e la ley mor al, ley q u e nosot ros
co n oce m o s . Pero las id e a s d e D ios y d e i n m ort a li d a d no son co n d icio n e s
d e la ley mor a l, sino sola m e n t e co n d icio n e s d el obje to | n ece s a r io d e u n a < 6>
volu n t a d d e t e r m in a d a m edia n t e es a ley,4 es to es, del u so m e r a m e n t e p r á c-
t ico d e n u est r a r azón p u r a; por lo t a n to, pod e m os afir m a r q u e no co n oce-
mos ni co m p ren d e m os, no d igo sim ple m e n t e la r e a lid a d, sino ni siq u ie r a
la p os ib ilid a d d e es t a s ide a s. No obs t a n t e, ella s son las co n d icio n e s d e la
a p lic a ció n d e la volu n t a d d e t e r m in a d a m or a lm e n t e al obje to q u e le es
d a do a p riori (el bie n s u p r e m o). Por es to se p u e d e y se d e b e s u poner su
pos ib ilid a d en es t e con t ex to p r á c t ico, p e ro sin co n oce r l a ni com p r e n d e r l a
t eór ica m e n t e. Para la últim a exige n ci a es s u ficie n t e, d e s d e el p u n to de
vis t a p r á c t ico, q u e no con t e n g a n nin g u n a i m pos ibilid a d in t er n a (con t r a -
d icció n ). É st e es el fu n d a m e n to d e un t e n e r por ve r d a d e ro m e r a m e n te
s u bjetivo, e n co m p a r a ció n co n la r a zón e s p ec u l a t iv a , p e ro ob jet i v a m e n -
te v a le d e ro pa r a u n a r a zón, t a m bié n p u r a a u n q u e p r á ct ica , por el cu a l se
co n fie r e, m edia n t e el co n ce p t o d e lib e r t a d, a las id e a s de Dios e in m or t a-
lid a d , r e a lid a d obje t iv a , d e r ec h o e i n cl u so n ece s id a d s u bje t iv a (n ece s i-
d a d d e la r azón p u r a) d e s u pon e r l a s, sin q u e por ello la r azón se extie n d a
en su co n oci m ie n to t eó r ico; sin o q u e sola m e n t e es d a d a la p os ib ilid a d ,

Para q u e no se cr e a encon t r a r i ncoherencia s en el h echo de qu e a hor a llame a la libe r t a d co n d ició n

de la ley moral y lu ego en el t ratado afir me q u e la ley moral es la ú n ica co n d ició n bajo la cu al
pode m os ad qu irir conciencia de la libe r t a d, sólo q u ie ro r ecor d a r a q u í q u e si bie n la liber t a d es la
rañ a essen d i de la ley mor al, la ley moral es la ralio cog noscen d i de la libe r t a d; p u es si la ley moral
no fu ese prim er a m en te pe ns a da con cla rid a d en n uest r a r azón, n u nca nos con side r a ría mos a u toriza-
dos par a a d m itir algo com o la liber t a d (a un cu a n do ést a no sea con t r a dictoria). Pero si no h ubie r a
liber t a d, la ley moral no pod ría de n i ngú n m odo encon trarse en nosot ros.

4
 P refacio

q u e / / a n t es e r a s ólo u n p rob le m a y q u e a q u í | v ie n e a s e r u n a se r to; [5 j < 7 >

a sí, el u so p r á c t ico d e la r a zón se v i n c u l a co n los ele m e n t os d e l u so
t eó r ico. Y es t a n e ce s i d a d s u bje t iv a no e s u n a n e ce s i d a d h ip o t é t ic a d e
u n a i n t e n ció n a rb it r a ria d e l a e s p e c u l a ció n , d e t e n e r q u e s u po n e r a lgo,
si s e q u ie r e lle g a r al u so p e r fec t o d e la r a zón e n l a e s p e c u l a ció n ; si n o
u n a n ece s i d a d co n for m e a la ley d e a d m i t i r a lgo sin lo c u a l no p u e d e
ocu r r i r a q u ello q u e ir r e m isible m e n t e se d e b e pon e r co m o p ropósi to d e la
p r op i a a cció n .
Sin d u d a , se ría m á s s a t isfa ctor io p a r a n u es t r a r a zón e s p ec u l a t iv a el
r e solve r es tos p rob le m a s por sí, sin e s t e rod eo, y co n s e r v a r los co m o co m -
p r e n sión p a r a el u so p r á c t ico; p e ro n u es t r a fa cu l t a d e s p ec u l a t iv a no es t á
d is p u e s t a d e m odo ta n fa vo r a b le. A q u e llos q u e se ufa n a n d e t e n e r co n o -
ci m ie n tos tan a ltos no d e b e r í a n e sco n d e r los p a r a sí, sino ex po n e r los al
ex a m e n y e s t i m a ció n p ú b lico s . E llos q u ie r e n dem ostrar. ¡Ad el a n t e! Q u e
d e m u e s t r e n y la c r í t ic a r e n dir á tod a s la s a r m a s a s u s p ie s p o r q u e h a b r á n
v e n cid o. Q u i d s t a t is? N oli n t. A tq u i licet esse bea tis A Sin e m b a r go, co m o
e n r e a lid a d no q u ie r e n , po r q u e s u p u e s t a m e n t e | no p u e d e n , nosot ros <8>
d e b e m os re tom a r la s a r m a s p a r a b u sc a r e n el u so mor al d e la r azón los
co n ce p t o s d e D ios, liber t a d e i n m orta li d a d , d e cu y a p os ib ili d a d la e s p e -
c u l a ció n no e n cu e n t r a ga r a n tía s u ficie n t e , y fu n d a r sob r e a q u el u so m o-
r al e s tos co n ce p t o s .
A q u í se e s cl a r ece t a m bié n el e n ig m a d e la cr í t ic a d e có m o en la e s p e -
c u l a ció n se p u e d e n eg a r la rea li d a d obje t iv a al uso s u p r a s e n sible de las
ca tegorí a s y, sin e m b a r go, se p u e d e con ced erles es t a rea li d a d r e s p ec t o d e
los obje tos d e la r azón p u r a p r á c t ic a ; e s to n ece s a r i a m e n t e d e b e p a r ece r
i n coh eren te m ie n t r a s tal u so p r á ct ico se co n ozc a sólo d e n o m b r e; p e ro si
m e dia n t e u n a n á lisis co m p le t o d e es t e ú lt im o nos d a m os c u e n t a d e q u e
d ic h a r e a lid a d p e n s a d a no p r e t e n d e s e r n in g u n a d eter m i n ació n t eór ic a

5
 P refacio

de las ca tegoría s ni ex t e n sión a lg u n a d el co n oci m ie n to a lo s u p r a s e n sible,

sino q u e con esto sólo se q uie re d eci r q u e a las ca tegoría s les cor r espon de en
e s t e r e s p ec to d o n d e q u ie r a u n objeto, p o r q u e o es t á n co n t e n id a s a p riori
e n la n ece s a r i a d e t e r m i n ación d e la volu n t a d o es t á n |lig a d a s i n se p a r a - < 9>

ble m e n t e co n el obje to d e la m is m a, e n ton ce s d e s a p a r ece a q u ell a i n co h e-

r e n cia , / / p u e s el u so q u e se h a ce d e e sos co n ce p t os es dife r e n t e al u so q u e [ó]
n ece s i t a la r a zón e s p ec u l a t iv a . E n c a m b io, se p r e s e n t a u n a co n fi r m a ció n
—q u e er a a pe n a s d e e s p e r a r se y q u e res u lt a m uy s a tisfactor ia— d e l a co h e-
ren cia del m odo de pen s a r d e la cr ít ica e s p ecu la t iv a . Com o ést a se esforzó
en d a r a los obje tos d e la exp e r ie nci a com o t ales, y en t re ellos t a m bié n a
n uest ro p ropio s uje to, el va lor de m eros fen ó m en os, pon ié n dole s, sin e m b a r-
go, com o fu n d a m e n to cos a s e n sí, y por lo ta nto sin con sid e r a r todo lo s u p r a-
se n sible com o u n a ficció n y su co n ce p to co m o sin con t e n ido, a hor a la r azón
p r áctica , sin h a be r h ech o un acu e r do co n la razón e s pecu la tiv a , p roporcion a
po r sí m is m a r e a lid a d a u n obje to s u p r a s e n sible d e la ca t egor ía d e la
ca u s a lid a d, a saber, la liberta d (si bie n al se r és t a u n co n ce p t o p r á ct ico,
sólo pa r a su u so p r á ct ico) y confir m a a sí m edia n t e u n h ech o lo q u e e n la
e s p ec u l a ció n pod í a se r ú n ica m e n t e pen sa d o. Al m is m o t ie m po, la ext r a ñ a
p e ro i n d isc u t ib le a fi r m a ción d e la cr ít ica e s p ecu la t iv a d e q u e i n cl u so el
sujeto pen sa n te es p a r a sí m is m o, en la i n t u ición in tern a, m era m en te u n
fe n ó m e n o, r ecib e e n la Crítica de la razón p r áct ica co n fi r m a ció n tan p le n a
| q u e a u n cu a n do la p rim e r a C rítica no la h u bie s e d e m os t r a do, h a b ría q u e < 10 >
lleg a r a es t a p roposició n ."
Así co m p r e n do por q u é la s ob jecio n e s m ás im por t a n t es con t r a la Críti-
ca q u e se m e h a n p r ese n t a do h as t a a hor a gir a n en tor no d e es tos dos goz-
n es: por u n a p a r te, la r e a lid a d obje t iv a d e la s ca t egor ía s a p lica d a s a los *

* La u nión d e la ca u s alid a d com o liber t ad con la ca u s alid a d cor no m eca nism o de la n a t u r aleza,
es t a blecid a la p rim er a por m edio de la ley mor al y la segu n d a m edia n te la ley de la n a tu r aleza, en
u no y el mismo su je to, el hom br e, es im posible si ést e no se r epr ese n t a com o se r en sí misino, con
r elación a la prim er a, ni com o fe nóm e no, con r elación a la segu n d a, en la co n cie n ci a p u ra en el
p rim e r ca so y en la co n cie n ci a em pírica en el segu n do. Sin esto la con t r a dicción d e la r azón con sigo
mism a es inevit able.

6
 P refacio

noú m e n os,6 n eg a d a e n el co n oci m ie n to t eó r ico y afir m a d a en el co n oci-

m ie n to p r á ct ico; p or otra p a r te, la exige n ci a p a r a dójica d e h a ce r d e sí
m is m o, co m o s uje to d e la libe r t a d, u n n oú m e no, p e ro al m is m o tie m po,
r e s p ecto d e la n a t u r aleza, en la p ropia co n cie n ci a e m p ír ica , t a m bié n u n
fe nóm e no. P u es m ie n t r a s no se te nía n co n ce p t os d e t e r m in a dos d e la m o-
r alid a d y d e la libe r t a d no se podí a | adivin a r, po r un l a do, q u é cos a pon e r < 11 >
co m o noú m e no en la b a se d el fe n óm e n o s u p u es to y, por ot ro l a do, si en
todos los ca sos a ú n er a p os ib le for m a r se u n co n ce p t o d e noú m e n o, si a n t e-
rior m e n t e ya se h a bía n a p lic a do todos los co n ce p t os d el e n t e n dim ie n to
p u ro en su u so t eór ico exclu siv a m e n t e a los m e ros fe nóm e nos. Sólo u n a
de t a lla d a cr ít ica d e la r azón p r á ct ica / / p u e d e s u p r im ir todos es tos e q u í- [7]

vocos y d eja r bie n cl a ro el m odo coh e r e n t e d e p e n s a r q u e con s tit u ye p r e-

cis a m e n t e su m a yor m é r ito.7
Con e s to q u e r í a j u s t ific a r p o r q u é e n e s t e t r a b a jo lo s co n c e p t o s y
p r i n cip io s d e la r a zón e s p ec u l a t iv a p u r a q u e ya h a n t e n ido su c r í t ic a
e s p e ci a l, d e vez e n c u a n d o se so m e t e n d e n u evo a ex a m e n ; lo c u a l, po r
r egl a g e n e r a l, no co n v ie n e al c u r so s is t e m á t ico d e u n a ci e n ci a e n p r o-
c e s o d e co n s t r u cció n (p u e s es ju s t o ci t a r la s co s a s ya ju z g a d a s , m a s no
volv e r a d is c u t i r l a s ), p e r o a q u í e r a l íci t o , e i n cl u s o n ece s a r io, p o r q u e
la r a zón es co n s i d e r a d a e n la t r a n s ició n a ot ro u so d e a q u e llo s c o n c e p -
tos tot a l m e n t e d is t i n t o d e l q u e a ll á se h izo d e e llo s . | E n t al t r a n s ició n < 12 >
es n ece s a r i a u n a co m p a r a ció n d e l u so a n t ig u o co n el n u e vo, p a r a d i s -
t i n g u i r b ie n la n u ev a ví a d e la a n t e r io r y al m is m o t ie m po h a ce r not a r
la co n e x ió n e n t r e e ll a s . A s í p u e s , la s co n s i d e r a cio n e s d e e s t e g é n e r o,
e n t r e ot r a s, a q u ell a s q u e se r efie r e n u n a vez m á s al co n c e p t o d e liber-
t a d , p e ro e n el u so p r á c t ico d e la r a zón p u r a , no d e b e r á n tom a r s e co m o
i n t e r c a l a cio n e s d e s t i n a d a s sol a m e n t e a lle n a r v a cío s d e l s is t e m a c r í t i-
co d e la r a zón e s p ec u l a t iv a (p u e s e s t e sis t e m a e s co m p le t o d e s d e su
p u n to d e vis t a) y p o n e r a la pos t r e a p oyos y co n t r a fu e r t e s, co m o s u ele

7
 P refacio

oc u r r i r e n u n e d ific io co n s t r u i d o p r ecip i t a d a m e n t e , si n o co m o v e r d a -
d e ros e le m e n tos q u e p e r m i t e n ve r l a co h e r e n ci a d e l s is t e m a , d a n do a
co m p r e n d e r , e n su e x h ib ició n r e a l, co n c e p t o s q u e a ll á p od í a n s e r p r e -
s e n t a dos s ólo d e m od o p r ob le m á t ico. E s t a ob s e r v a ció n se r efie r e e s p e -
ci a l m e n t e al co n c e p t o d e l ib er t a d , d e l c u a l s e d e b e not a r co n a so m b ro
có m o t a n tos p r e s u m e n tod a v í a d e p o d e r co m p r e n d e r lo m u y b ie n y d e
p o d e r e x p lic a r s u p o s i b ili d a d p e r o sólo si lo co n s i d e r a n e n s u a s p ec t o
p s ico ló g ico , m ie n t r a s q u e si lo h u bie r a n e x a m i n a do p r i m e ro co n c u i-
d a d o d e s d e el p u n to d e vis t a t r a sce n d e n t a l, | h a b r í a n t e n i d o q u e r e co - <13>
n oc e r s u i n d i s p e n s a b i li d a d co m o co n c e p t o p r o b le m á t ico e n e l u so
co m p le t o d e la r a zón e s p ec u l a t iv a y t a m bié n s u co m p le t a i n co m p re n s i-
b ili d a d ; y si d e s p u é s p a s a r a n a l u so p r á c t ico d e e s t e co n c e p t o h a b r í a n
t e n ido q u e lle g a r e llo s m is m os a e s a d e t e r m i n a ció n d e l co n c e p t o r e s -
p ec t o d e s u s p r i n ci p io s , la c u a l d e ot r a m a n e r a le s cos t a r í a t a n to t r a b a -
jo a cep t a r . E l co n c e p t o d e lib e r t a d es la p ie d r a co n l a q u e c h oc a n todos
los e m p iris t a s, p e ro t a m bié n e s la cl a v e d e los p r i n cip io s p r á c t ico s m á s
s u b li m e s p a r a los m or a lis t a s crí ticos p u e s p o r e llo / / co m p r e n d e n q u e [8]
n ece s a r i a m e n t e d e b e n p r oc e d e r d e m od o r a cio n a l .8 Por e so r u ego al
le c t o r no p a s a r co n ojo s d is t r a ídos e n lo q u e s e va a d e ci r sob r e e s t e
co n c e p t o al fi n a l d e la “A n a lí t ic a ” .
La cu e s t ión d e si e n u n sis t e m a d e la r a zón p u r a p r á ct ica co m o el q u e
se d e s a r roll a a q u í a p a r tir d e la cr í t ic a d e es a r a zón se h a h ec h o m u ch o o
p oco e sfu e r zo, sob r e todo p a r a no a b a n don a r el p u n to d e vist a a d ecu a do a
a p a r tir d el cu a l se p u e d e dis e ñ a r a d ecu a d a m e n t e la tot a lid a d d e a q u éll a ,
es a lgo q u e d e bo d eja r al j u icio d e q u ie n e s co n oce n est a cl a s e d e t r a b ajos.
| Si bie n e n él se p r e s u pon e la F u n d a m en tación de la m eta física de las < 14 >

cost u m bres, es sólo en cu a n to és t a nos d a un co n oci m ie n to p rovision a l d el

p r i n cip io d el d e b e r a la vez q u e e ncu e n t r a y ju s t ific a u n a de t e r m in a d a

8
 P refacio

fór m u la d e és te;* por lo d e m á s, es t e t r a b ajo se sos t ie n e p o r sí m is m o. Si

no h e m os a g r e g a d o p a r a co m p le t a r l a ob r a -co m o se h izo e n la cr ít ica
d e la r azón e s p ecu la t iv a —la cla sificació n d e tod a s las cie n ci a s p r á ct ica s,
el m otivo v á lido d e e s to se e ncu e n t r a en la cu a lid a d d e est a facu l t a d p r á c-
tica d e la r a zón, por q u e la d e t e r m i n ación p a r ticu la r de los d eb e r e s com o
d eb e r e s | h u m a nos, y su pos t e r ior s u b d ivisión , es posib le sólo si a n tes se < 15>

h a co n ocid o el s u je to d e es t a d e t e r m i n ación (el hom b r e) con for m e a la

cu a lid a d co n la q u e r e a lm e n t e exis t e, a u n q u e se a sólo en la m e d id a n e ce -
s a ria co n r el a ció n al d e b e r en ge n e r a l; p e ro es a d e t e r m i n ación no c a b e en
u n a cr ít ica d e la r a zón p r á ct ica en ge n e r a l, la cu a l sola m e n t e p r e t e n d e
e s t a b lece r po r co m p le to los p r i n cip ios d e la posib ilid a d , la ex t e n sión y los
lím it es d e la r azón p r á ct ica sin r efe r e ncia p a r ticu la r a la n a t u r aleza h u m a-
n a. A sí p u e s, la cl a s ific a ció n p e r t e n ece, e n es t e c a so, al sis t e m a d e la
ci e n ci a 10 y no al sis t e m a d e la c r í t ic a .11
E n el seg u n do ca p ít u lo d e la “A n a lít ica ” e s p e ro h a b e r con t e s t a do s a tis-
factoria m e n t e a u n a g u do cr í t ico a m a n te d e la ve r d a d p e ro, co n todo, sie m -
p re d ig n o d e e s t i m a ció n 12 q u ie n obje tó q u e en la F u n d a m en tación de la
m eta física de las cost u m bres el concep to // de bien no h abía sido estableci do f9]
a n tes del p ri n cip io m oral | (co m o e n su op in ión h a b ría d e b ido h ace r se);** < 16 >

t a m bié n h e t e n ido e n cu e n t a ot r as ob jecio n e s q u e m e h a n | d i r igido h om - < 17 >

Un crít ico,9 q u e rie n do la nza r un a ce n su r a con t r a est a obr a, ha acer t a do más de lo q u e qu izá él
misino pen s a b a, al d eci r q u e en est e escr ito no se es t a blece ningú n p rin cipio n u evo d e la mor a lid a d,
si no sólo un a n ueva fór m u la. Pero ¿q u ié n p re t en dería in t roducir un n u evo p rincipio d e toda la mor a-
lid a d y, en cie r to se n tido, p rim ero inven t a rla? Como si hast a ese mome n to el m u n do h u biese ig no-
r ado en qu é con sis t e el d ebe r o h u biese est a do en un e r ror u nivers al al r especto. Pero q u ie n sa be lo
q u e sig n ifica pa r a el m a tem á tico una fór m u la , la cu al det er m in a d e m a ner a ex act a y sin d eja r luga r
al er ror lo q u e h ay qu e h a ce r par a resolve r un p roble m a, no estim a r á in sig n ifica n t e e in ú til una
fór m ula q u e h ace eso mismo r especto de lodo debe r en gene r al.
** Se me pod ría aun obje t a r por qu é t a m poco se ha explica do p revia m en t e el co n ce p to de f a c u l t a d de
desear o el de sen ti m ien to de placer, sin em ba rgo, est a objeció n | se ría injust a p ues pod ría mos pr es u- < 16>
pon e r r azon ablem en te q u e se ex plica en la p sicología , p e ro, a d eci r ve rd ad, a llí la d efin ición pod ría
es t a r es t a blecid a de modo tal qu e la de te r m in ación de la facult a d d e d ese a r se basa r a en el se n ti-
mie n to de p la ce r (com o en r ealid ad gene r alm en t e s u ele ocu r rir); por con sig u ie n t e, el p rin cipio su-
p r e m o de la filosofía p r á ct ica n eces a ria m e n t e resu lt a ría s e r e m pírico, lo cu a l p r ecis a m e n t e q u ed a

9
 P refacio

b res q u e e vid e n ci a n d e cor a zón s u in t e rés e n la b ú s q u e d a d e l a ve r d a d

(p u es los q u e sólo tie n e n p r ese n t e su |viejo sis t e m a y h a n e s t a b lecid o p r e- <18>

via m e n t e lo q u e d e b e se r a p rob a do o d e s a p r ob a do, no d e se a n nin g u n a

e x p lic a ció n q u e p u die r a se r un ob s t á cu lo p a r a su m odo // p a r ticu la r d e [ 10 |
ve r); a sí seg u ir é ob r a n do e n a dela n t e.
C u a n do se t rata d e la d e t e r m i n ación d e u n a facu lt a d p a r ticu la r d el
alm a h u m a n a, e n cu a n to a sus or íge n e s, co n t e n idos y lím it es, no se p u e d e,
seg ú n la n a t u r aleza d el co n oci m ie n to h u m a no, com e n z a r m á s q u e por u n a
ex h ib ició n ex act a y (e n la m e d id a e n q u e lo p e r m it e el es t a do act u a l d e los
ele m e n tos q u e ya h e m os a d q u ir ido) com ple t a d e s u s p a rtes. Pero se d e b e
p res t a r a t e n ción a u n a seg u n d a cu e s t ió n , m á s filosófic a y m á s a rq u itectó-
n ica , a sa ber, co m p r e n d e r bie n ia i dea del todo y, a p a r tir d e ella , e n u n a
facult a d r a cion a l p u r a, t e n e r e n cu e n t a tod a s a q u ell a s p a r tes en su r el a -
ció n r ecíp r oc a m edia n t e su d e d u cció n d el co n ce p t o d e a q u el todo. E st e
exa m e n y es t a | ga r a n tía sólo son posib le s co n el ín tim o co n oci m ie n to d el < 19>

por defi n ir y qu e en est a crít ica ser á com ple t a m e n te refu t a do. Por eso q u ie ro da r a q u í est a ex plica -
ción tal y com o se d e b e: sin r esolver al com enza r, com o es ju s to, est e pu n to con t rove r tido. La vi d a es
la facult a d de un se r pa r a act u a r segú n las leyes d e la facult a d de desea r. La fa c u l t a d de desear es la
facu lt a d que tiene un ser de originar, m ed ia n te sus representaciones, la reali d a d de los objetos de esas
representaciones. El placer es la representación de la concor d a ncia del objeto o de la acción con las
con d iciones subjetivas de. la vida, es decir, con la facult a d m ed ia n te la cu al u n a representación or ig i-
na la reali d a d de su objeto (o de la de te r m in ación de las fue rza s d el su je to pa r a la acción de p rod ucir
al obje to). Para la crít ica no n ecesito más conce p tos tom ados de la p sicologí a; el resto lo p roporcion a
la crít ica misma. Se p u ed e | ve r fácilm en t e q u e con est a explica ción q u e d a sin r esolver se la cu est ión < 17>
de si el p la ce r d e b e se r tom ado sie m p r e com o fu nd a m en to de la facult a d d e d ese a r o d e si t a m bié n,
b ajo cie r t a s con d icio n e s, el p lace r sólo sigue a la de te r m in ación d e est a facu lt a d; porq u e est a ex p li-
ca ción con st a exclu siva m e n t e de ca r act e rís t ica s del en t en dim ien to pu ro, es decir, ca t egoría s q u e no
con tie n e n nada e m pírico. Una p r eca ución muy r ecom e n d a ble en toda la filosofía, a u n q u e d e scu id a -
d a m uy fr ecu en te m en t e, es la de no p r ecipit a r sus ju icios con un a d efin ición a r riesg ad a a n tes del
a n álisis com ple to del co n ce p to, el cu al frecu e n te m e n t e se alca n za sólo d esp u és de m ucho tiempo.
Ta mbién se ver á a lo largo del t r a n scu rso d e la crít ica (t a n to de la r azón t eórica com o de la p r áct ica)
q u e se encu en t r a n en él n u me rosa s oca sion es d e su bs a n a r m uch as d eficie n ci a s d el viejo p roce d i-
mie n to dogm á tico de la filosofía y de cor r egir er ror es q u e no se ven hast a q u e se h a ce d e los co n ce p -
tos un uso d e la r azón que correspon de a s u totalid a d.

10
 P refacio

sis t e m a y todos a q u ellos q u e p e r m a n ecie ron p oco dis p u e s tos a ocu p a r s e

en la p rim er a inves t ig ación , o se a , q u ie n e s es tim a ron q u e no v a lía la p e n a
a d q u ir ir es t e co n oci m ie n to, no llega r á n al s eg u n do g r a do, es d ecir, a la
vis t a d e con ju n to q u e es u n r eg r eso sin t é t ico a lo q u e a n tes h a sido d a do
a n a lítica m e n t e, y no es d e ext r a ñ a rse q u e e ncu e n t r e n in co h e r e n ci a s por
tod a s p a r t es, si bie n las lagu n a s q u e h ace n s u pon e r las i n co h e r e n ci a s no
se e ncu e n t r a n en el p rop io sis t e m a sino sim ple m e n t e e n su m odo i n co h e-
re n te d e pens a r.
E n lo q u e r esp ect a a este t r a t ado, no m e p r eocu p a q u e m e r ep roch e n el
q u e r e r in t rod ucir un n uevo len g u a je13 por q u e la cl a se d e con ocim ie n to q u e
a q u í se trata se a ce rc a d e por sí a la fácil co m p r e n sión . R e s p ecto d e la
p rim er a C rítica, t a m poco se le h ab ría ocu r r ido h ace r es te r ep roch e a q uie n
la h u bie r a no n ad a m ás hoje a do s u pe rficialm e n t e sino exa m in a n do a p ro-
fu n did a d. R eb u sca r n u eva s p alab r a s cu a n do el le ng u aje ca r ece en a bsolu to
d e exp r esion es pa r a con ce p tos d a dos | es un esfu e rzo p u e ril por dis ting uir- < 20>
se d el vu lgo, si no por ge n u inos y novedosos pe n s a m ie n tos, al m e nos por un
p ed a zo d e tela n ueva sob r e un ves tido viejo. Así p u es, si los lector es de
a q u ella ob r a co n oce n exp r esion es m ás pop u la r es q u e se a d a p t e n, sin e m -
b a rgo, al pe n s a m ie n to com o a m í me p a r ece q u e lo h ace n a q u ella s ot r as, o
bie n si se cr ee n ca p a ce s de demost r a r q u e a q u el pe n s a m ie n to ca r ece d e
va lor y por lo tanto t a m bié n cu a lq u ie r exp r esión q u e lo desig n e, en el p rim e r
ca so est a ré m uy a g r a d ecido p u es sólo q u ie ro se r com p r e n dido; en el seg u n-
do, h a ría n u n a ob r a m eritoria pa r a la filosofía. Pero en tanto q u e a q u ellos
pe n s a m ie n tos pe r m a n ezca n, / / d u do m ucho q u e p u ed a n e ncon t r a r se pa r a [11
ellos otr as exp r esion es a decu a d a s y, al m is m o tie m po, más cor rie n tes.*

* Más (q u e a q u ella incom p r e n sibilid a d) yo temo q u e a q u í algu n as vece s se in terpreten mal cie r t as
exp r esion es q u e s e leccio n é con m uchísi mo cu id a do pa r a no d a r luga r a er rores ace rca d el con ce p to
q u e design a n. Así, en la t abla d e las ca t egoría s de la r azón práctica, en el título d e la m od ali d a d , lo
per m itido y lo no | per m itido (lo posible e im posible en el or de n p r á ct ico-obje tivo), en el uso com ú n <21 >

11
 P refacio

| // D e es t e m odo, p u e s, los p r i n cip ios a p riori d e dos facu l t a d e s d el <21 >[12]

espírit u, la facu lt a d d e | co n oce r y la facult a d d e d e se a r han s ido d e sc u - < 22>
bie r tos y d e t e r m i n a dos seg ú n la s co n d icio n e s , la ex t e n sión y los | lím it es < 23>
d e su u so y co n ello h a sido p u es to u n fu n d a m e n to segu ro pa r a u n a filo so-
fía sis t e m á tica , t a n to t eór ica co m o p r á ct ica , en cu a n to cie n ci a .
Lo p eo r q u e pod r í a ocu r r i r le a es tos e sfu e r zos es q u e a lg u ie n h icie r a
el i n e s p e r a do d e sc u b r i m ie n to d e q u e no exis t e e n n in g u n a p a r t e, ni p u e-
d e h a be r, co n oci m ie n t o a p r ior i. 14 Pe ro no exis t e e s e p elig ro. E so se ría
co m o si a lg u ie n q u is ie r a d e m os t r a r m e d ia n t e la r a zón q u e no h a y r a zón.
E n efec t o, d eci m os q u e co n oce m o s u n a cos a m e dia n t e la r a zón sol a m e n -
te cu a n do t e n e m os co n cie n ci a d e q u e h a b r í a m os p o d i d o co n oc e r es t a

del idiom a, tienen un se n tido ca si igual al de la ca t egor ía su bsiguie n te del deber y de lo con trario al
deber; pero a q uí la pri m era ca t egoría d eb e sig n ifica r lo q u e est á de acu e r do o en con t r a dicción con
un p r ecep to p r áct ico ú n ica m e n te posible (com o, por eje m plo, la solu ción de todos los p roble m a s de
la geom et ría y de la m ecá n ica); la seg u n d a, lo q u e se encu en t r a en tal r elación con una ley qu e
r eside real m en te en la r azón en gen er al. Est a dife r e ncia d e sig n ifica do no es d el todo extr a ñ a al uso
com ú n del idiom a, a u nq u e p oco usual. Así, por eje m plo, a un or a dor como tal no le est á per m iti do
forja r n uevas pala br as o n u evos en s a m bles d e pala br as, pe ro sí al poet a, hast a cie r to p u n to; a u nq u e
en ningu no de los dos ca sos se pie n s a en el deber. En efecto, si alg uien q u ie r e pe r de r su p res tigio de
or ador, n a die p u ede im pedírselo. Aq u í se trata sólo de la dis tinción d e los i m perativos en vir tud del
fu nda m en to det er min a n te proble m á tico, asertórico y a pod íctico. Igu alm en t e, en a q u ella not a en la
qu e p use un a con t r a otra las ide as mor ales d e la p e rfección p r áct ica ] segú n las diver sa s escu ela s < 22>
filosófica s, he dis ti n guido la idea de sabid u ría de la ide a de sa n tid a d, si bie n en el fo n do y obje tiv a-
m en t e yo mismo las he decla r a do com o id é n tica s. Pero en aq uel luga r e n tie n do por sabid u ría sólo
a q u élla q u e el hom br e (el es toico) se a t ribuye, es decir, subjetiv a m ente co m o un a p ropied a d a t ribui-
d a al hom bre. (Q uizá el tér mino virtu d, q u e el e s toico ost en t aba t a mbién con m uch a fr ecu e ncia ,
p udier a in dica r m ejor lo ca r acte rís tico de su escu ela). Pero la expresión d e postu lado d e la razón pur a
p r á ct ica pod ría se r la qu e die r a sobr e todo motivos a un a falsa in t er pre t ación si se confu n die r a con
el se n tido qu e tie ne n los post ula dos d e la m a tem á tica pu r a, los cu a les im plica n ce r t ez a a podíct ica .
Pero éstos post ula n la posibilid a d de u na acción cu yo obje to de a n tem a no se ha co n ocido a priori,
teórica m en t e con ple n a ce r t ez a com o posible. En ca m bio, aq uél pos t u la la posibilid a d de un objeto
mis mo (Dios y la in mor t alid ad del alm a), infirié n dola d e leyes prácticas a podíct ica s, por t anto sola-
m en t e pa r a fin es de un a r azón p r áctica; por eso est a cer t eza de la posibilid a d post u la d a no es de
ningún modo | un a n ecesid a d co n ocid a teórica m e n t e, y por lo t a nto t a m poco a podíct ica m e n t e; es <23>
deci r, no es una n ecesid a d co n ocid a por r efe r e ncia al obje to si no u n a s u posición n eces a ria por
r efe r e ncia al s uje to, par a el cu m plim ie n to de sus leyes obje tiv a s pe ro p r áct ica s, y por lo t anto es
sola m en te u n a hipót esis n eces a ri a. No su pe e ncon t r a r m ejor exp r esión pa r a est a n ecesid a d r acion al
s u bje tiv a pe ro ver da der a e incon dicion a d a.

12
 P refacio

cos a a u n q u e no se nos h u bie s e p r e s e n t a do | a sí en la e x p e r ie n ci a ; por lo <24>

t a n to, co n oci m ie n t o r a cion a l y co n oci m ie n t o a p riori son id é n t icos . Es

u n a co m p le t a co n t r a d icció n q u e r e r s aca r la n ece s id a d d e s d e u n a p r o p o-
s ició n e m p í r ic a (ex p u m ice a q u a m ) la y po r m e d io d e es t a n ece s id a d q u e -
re r p r op o rcio n a r a u n j u icio ve r d a d e r a u n ive r s a lid a d (sin la cu a l no h ay
i n fe r e n ci a alg u n a d e la r azón, ni t a m poco i n fe r e n ci a po r a n a logía , p u e s -
to q u e la a n a logía es u n a u n ive r s a lid a d y u n a n ece s id a d obje t iv a al m e-
nos p r e s u n t a y po r lo t a n to p r e s u p o n e s ie m p r e la u n iv e r s a lid a d y
n ece s id a d ob je t iv a ). S u s tit u ir la n ece s id a d s u bje t iv a , es d e ci r el h á b i-
t o,16 por la n ece s id a d obje t iv a , q u e sólo exis t e e n los j u icio s a p riori,
s ig n ific a n eg a r a la r a zón la facu lt a d d e ju zg a r el ob je t o, es d ecir , d e
co n oc e r al ob je t o y lo q u e le co r r e s p o n d e; s ig n ific a r í a por eje m p lo, r e s-
p ecto a lo q u e sig u e co n fr ecu e n ci a y sie m p r e a un cie r to es t a do a n t ece-
de n t e, no pod e r d eci r q u e de és te se p u ed e inferir a q u él (por q u e sig n ifica r ía
n ece s id a d obje t iv a y co n ce p t o d e e n l a ce a p riori), sino q u e sólo se p u ed e n
es pe r a r (p a r ecido al m odo d e los a nim a les) ca sos sim ila r es, lo cu a l e q u i-
v ale en el fo n do a r ech a z a r el co n ce p t o d e ca u s a al con sid e r a r lo fa lso, un
| m e ro e n g a ño del pe n s a m ie n to. Si se q u ie r e rep a r a r est a falt a d e v a lid ez <25>

obje t iv a , y por ta n to u n ive r s al, d icie n d o q u e no h ay ningú n fu n d a m e n to

p a r a a t rib u ir ot ro m odo d e r e p r ese n t ación a ot ros se res r a cion a le s, y si
es to nos p roporcion a r a u n a i n fe r e n cia vá lid a, n uest r a ig nor a nci a se rviría
más q u e tod a s n uest r a s r eflexion es pa r a a m plia r n u est ro co n ocim ie n to,
p u es sim ple m e n t e por el h ech o de q u e no co n oce m os ot ros se r es r a cion a -
les dis tin tos al hom b r e, te n d ría mos d e r ech o a s u pon e r q u e son tal y com o
nos co n oce m os a nosot ros m is m os, es d eci r q u e los co n oce r í a m os r e a lm e n -
te. Ni siq u ie r a m e n cio n o a q u í q u e la u n ive r s a lid a d d el t e n e r por ve r d a d e-
ro no d e m u es t r a la v a li d e z// obje t iv a d e un j u icio (es decir, la v a lid ez d el [1 3 ]

m is m o co m o co n oci m ie n t o); a u n q u e ca u s a lm e n t e a q u ell a u n ive r s a lid a d

t u vier a luga r no pod r ía , sin e m b a r go, p roporcion a r u n a p r u eb a d e la co n -
co r d a n ci a co n el obje to; más bie n sólo la v a lid ez obje t iv a con s tit u ye el
fu n d a m e n to d e un n ece s a r io a cu e r do u n á n im e u n ive r s al.

13
 P refacio

| H u m e se a com od a r ía m uy bie n a los p r i n cip ios d e e s t e sis t e m a d el <26>

em piris m o u n iversa l; p u e s, co m o se s a b e, ú n ica m e n t e exigía q u e en lug a r

d e tod a s ig n ific a ció n obje t iv a d e la n ece s id a d e n el co n ce p t o d e ca u s a se
s u p u sie r a u n a sig n ific a ció n m e r a m e n t e s u bje t iv a , a s aber, el h á bito, p a r a
n eg a r a la r a zón todo j u icio sob r e D ios, la libe r t a d y la in m or t a lid a d; y
cie r t a m e n t e er a m uy h á bil, si se le co n ce d í a sola m e n t e los p r i n cip ios, pa r a
d e d u ci r d e ellos la s co n s ec u e n ci a s co n tod a co n t u n d e n ci a lóg ic a . Pero ni
siq u ie r a H u m e hizo t an u n ive r s a l el e m pir is m o co m o p a r a i n cl u i r e n él
t a m bié n a la m a t e m á tica. El co n s id e r a b a la s p r op os icio n e s d e és t a co m o
a n a lí tica s, y si es to fu e r a cie r to t a m bié n se ría n a pod íc t ic a s , a u n q u e co n
ello no se pod r ía co n cl u i r n a d a r e s p ecto d e u n a facu lt a d d e la r a zón d e
p rod u ci r t a m bié n e n filosofí a j u icio s a pod íc t icos , o se a sin t é t icos (co m o el
p r i n cip io d e ca u s a lid a d). Pero si se a d m itiese co m o u n iversal el e m pir is m o
d e los p r i n cip ios, q u e d a r í a t a m bié n la m a t e m á tica i n cl u id a e n él.
| A hor a bie n , si la m a t e m á tica en t r a en co n t r a d icció n co n la r a zón, < 27>

q u e sólo a d m it e p r i n cip ios e m p í r icos, co m o es i n evit a ble e n la a n tinom ia

en la q u e la m a t e m á tica d e m u es t r a ir r efu t a ble m e n t e la d ivis ib ilid a d i n fi-
nit a d el e s p a cio m ie n t r a s q u e el e m p ir is m o no la p u e d e a d m itir: e n ton ce s
la m a yor e vid e n ci a p os ib le d e la d e m os t r a ción es t á e n a bie r t a co n t r a d ic-
ció n co n la s s u p u es t a s i nfe r e n cia s p rove n ie n t e s d e los p r i n cip ios d e la
ex p e r ie n ci a , y h ay q u e p regu n t a r co m o el cie go d e C h esel d en : 17 ¿q u é cos a
m e e n ga ñ a, la vist a o el t acto? (por q u e el e m pir is m o se fu n d a e n u n a n e ce -
sid a d se n t i d a , p e ro el r a cion a lis m o e n u n a n ece s id a d co m p ren d i d a). Y a sí
el e m pir is m o u n ive r s a l se m a n ifies t a co m o el ve r d a d e ro escep ticis m o, q u e
fa ls a m e n t e se h a a t rib u ido a H u m e en u n se n t ido t a n ilimit a do* por q u e al

* Los nom br es q u e design a n la pe r t e n e ncia a u n a sect a siem pr e ha n d a do luga r a m uch a in ju s t icia;

com o por eje m plo si alguien d ije s e: N es u n idealista. P ues si bie n ést e no sólo ad m ite si no qu e
afir m a con in sis t e ncia q u e a n uest ras r ep r ese n t acion es d e la s cos a s extern as | cor r espon de n obje tos
<28>
r eales de cos a s exter n as, q u ie r e, sin e m ba rgo, q u e la for m a d e la in t uición d e est as cos a s no depe n d a
de ella s sino sólo del espírit u h u m a no.18

14
 P refacio

// m e nos él d eja b a | e n la m a t e m á tica 19 u n a p ie d r a d e toq u e i n fa lible d e la [ 14] < 28 >

ex p e r ie n ci a , mie n t r a s q u e el e sce p t icis m o no a d m it e pie d r a d e toq u e a l-

gu n a (u n a pie d r a d e toq u e no pod r ía e ncon t r a r se m á s q u e e n p r i n cip ios a
p riori) p a r a la ex p e r ie n ci a , si bie n és t a no co n sis t e sólo e n se n tim ie n tos
sino t a m bié n e n ju icio s .
Sin e m b a rgo, com o e n est a é poc a filosófica y cr ít ica difícil m e n t e se p u e-
d e tom a r en se rio a q u el e m pir is m o, q u e p res u n t a m en te h a sido p u es to sólo
p a r a eje rcit a r la facult a d d e ju zg a r y pa r a pon e r m ás en cl a ro, m edia n te
con t r a s te, la n ece sid a d d e p r i ncip ios r acion a les a priori, se p u e d e a g r a dece r
a q uie n es q u ie r e n a plica r se en e se t r ab ajo, por lo de m á s, n ad a in s t r uctivo.

15
I n t r od u cció n
| / / D e la i d ea d e u n a crítica de la ra zón p r á ct ica < 2 9 > [i5 ]

E l u so t eó r ico d e la r a zón se oc u p a b a d e obje tos d e la m e r a facu l t a d d e

co n oce r y u n a cr í t ic a d e l a r azón r e s p ec to d e e s e u so se r efe r ía , e n p r i n ci-
p io, sólo a la facu l t a d p u r a d el co n oci m ie n t o, p u e s to q u e es t a facu lt a d
h a cí a n a ce r la sos p ech a , con fir m a d a pos t e r ior m e n t e, d e q u e se p e r d í a
fá cil m e n t e m á s a llá d e su s lí m i t e s, e n t re obje tos i n a cce s ib le s o i n cl u so e n
co n ce p t os co n t r a d icto r ios. Con el u so p r á ct ico d e la r a zón ocu r r e ya a lgo
dis tin to. E n é s t e la r a zón se ocu p a d e los fu n d a m e n tos q u e d e t e r m in a n la
vol u n t a d, la c u a l es l a facu l t a d o d e p r od u ci r obje tos cor r e s po n d ie n t e s a
la s r e p r e s e n t a cion e s o, por lo m e n os, d e d e t e r m in a r se a sí m is m a , es d e -
ci r su c a u s a lid a d , a la r e a liz a ció n d e e sos obje tos (se a o no s u ficie n t e ¡ la <30>
facu l t a d fí s ic a );20 po r q u e e n él la r a zón p u e d e al m e nos lleg a r a d e t e r m i-
n a r la volu n t a d y sie m p r e tie n e r e a lid a d obje t iv a , e n cu a n to se t r at a sol a -
m e n t e d el quer er. A q u í la p rim e r a cu e s t ió n e s, p u e s, si la r azón p u r a
b a s t a por sí sol a p a r a la d e t e r m i n a ción d e la volu n t a d, o si sólo c u a n do
es t á e m p ír ica m e n t e co n d icio n a d a p u e d e se r u n fu n d a m e n to d e t e r m i n a n -
t e.21 A hor a b ie n , a q u í in t e r vie n e u n co n ce p t o d e c a u s a lid a d ju s t ific a do
por l a cr í t ic a d e la r a zón p u r a, si bie n i n c a p a z d e se r ex h ib ido e m p í r ic a -
m e n t e, a s abe r, el co n ce p t o d e liber t a d ; si a hor a pod e m os e n con t r a r fu n -
d a m e n tos p a r a d e m os t r a r q u e es a p rop ie d a d p e r t e n ece ve r d a d e r a m e n t e a
la volu n t a d h u m a n a (y a sí ig u a l m e n t e, a la volu n t a d d e todos los se r es
r a cio n a le s), e n to n ce s q u e d a m a n ifie s to no sólo q u e la r a zón p u r a p u e d e
s e r p r á ct ica , sin o q u e sólo ella , y no la r a zón lim i t a d a e m p í r ica m e n t e, es
p r á ct ica d e m odo i n co n d icio n a d o. Por lo t a n to, h a b r e m os d e el a bor a r u n a
c r í t ic a , no d e la r azón p u r a p r á ct ica , sin o sólo d e la r a zón p r á ct ica en
ge n e r a l; p u e s la / / r azón p u r a, u n a vez q u e se h aya d e m os t r a do q u e h ay [16]
u n a r a zón t a l, no n ece si t a cr í t ic a . E lla m is m a co n t ie n e la p a u t a p a r a la
cr í t ic a d e todo s u u so. La cr í t ic a | d e la r a zón p r á ct ic a en ge n e r a l t ie n e, <31 >
 In t rod ucción

p u e s , la ob lig a ció n d e q u it a r a la r a zón e m p í r ic a m e n t e co n d icio n a d a su

p r e t e n sió n d e q u e r e r s e r ell a sol a el fu n d a m e n to d e t e r m i n a n t e d e la
vol u n t a d. E l u so d e la r a zón p u r a , u n a vez e s t a b lecid o q u e és t a exis t e, es
sólo i n m a n e n t e; e n c a m b io, el u so e m p í r ic a m e n t e co n d icio n a d o, q u e se
a t r ib u ye el pod e r e xcl u s ivo, e s t r a sce n d e n t e y se m a n ifie s t a e n e x ig e n -
ci a s y m a n d a tos q u e sob r e p a s a n tot a lm e n t e su d o m i n io, lo c u a l es p r e ci-
s a m e n t e lo op u e s to d e lo q u e p od í a d eci r s e d e l a r a zón p u r a e n s u u so
e s p ec u l a t ivo.
Sin e m b a r go, co m o a q u í tod avía sig u e sie n do el con ocim ie n to d e la r a-
zón pu r a el fu n d a m e n to d el u so p r á ct ico, la división d e u n a cr í t ic a d e la
r azón p r á ct ic a d e b e r á s e r e s t a b lecid a , e n s u s lí n e a s ge n e r a le s, co n fo r m e
a la d e la r azón e s p ecu la t iv a . A sí p u e s, d eb e r e m os t e n e r u n a “ Doct r i n a d e
los ele m e n tos” y u n a “ Doct r in a d el m é todo” d e la r a zón p r á ct ica . Aq u éll a ,
p rim e r a p a r te d e es t e t r a t a do, con t e n d r á u n a “A n a lí t ica ” co m o regla d e la
ve r d a d y u n a “ D i a léct ic a ” co m o e x h ibició n y sol u ció n d e la a p a r ie n ci a en
los j u icio s d e la r a zón p r á ct ica . Pero el or d e n d e la s u b d ivisió n d e la | < 32>
“A n a lít ica” se r á, a su vez, el i n ve r so s eg u ido e n la Crítica de la ra zón p u r a
e s p ecu la t iv a; ya q u e e n l a p r ese n t e cr í t ic a , com e n z a n do por los p ri ncipios
i r e m os a los concep tos y sólo d e és tos, e n la m e did a d e lo p os ib le , ir e m os a
los s e n t idos; e n ca m b io, en la r a zón e s p ecu la t iv a com e n z a m os po r los s e n -
tidos y d e bi m os a ca b a r e n los p r i n cip ios. E l m otivo d e es to co n sis t e e n q u e
a hor a t e n e m os q u e ve r co n u n a volu n t a d y d e b e m os exa m in a r la r azón e n
r el a ció n no co n obje tos sino co n est a volu n t a d y co n su ca u s a lid a d , p u es
los p r i n cip ios d e la ca u s a lid a d i n co n d icio n a d a e m pír ica m e n t e d e b e n se r
el co m ie n zo, sólo d e s p u é s d el cu a l se pod r á in t en t a r e s t a b lece r n u es t ros
co n ce p t os d el fu n d a m e n to de t e r m in a n t e d e tal volu n t a d, d e su a p lic a ció n
a los obje tos y, por ú lt im o, al s u je to y a su s e n sibilid a d . La le y d e la
ca u s a lid a d por lib e r t a d, es decir, a lg ú n p r i n cip io p u ro p r á c t ico, es a q u í
in evit a ble m e n t e el co m ie n zo y de t e r m in a los obje tos a los cu a le s ú n ic a -
m e n t e p u e d e se r refe r id a.

17
 ¡ // P R I M E R A PART E < 3 3 > [17]

Doct r i n a d e los ele m e n tos

d e la r azón p u r a p r á ct ica
 LIBRO PRIMERO
ANALÍTICA DE LA RAZÓN P URA PRÁCTICA

C a p ít u lo p r im e ro
D e los p ri n cip ios f u n d a m e n t a les d e la ra zón p u r a p r á ct ica

1. D efi n ició n

| / / Principios f u n d a m e n t a les p r á ct icos son las p r oposicio n e s q u e co n t ie- < 3 5 >[19]

n e n u n a d e t e r m i n ación u n ive r s a l d e la volu n t a d, a la cu a l s e s u bor din a n

va ria s r egla s p r á ct ica s. Son s u bje t ivos o m á xi m as si la co n d ició n es co n s i-
d e r a d a por el s u je to co m o v á lid a sólo pa r a su volu n t a d; e n c a m b io, son
obje t ivos o leyes p ráctica s si la co n d ició n es r eco n ocid a co m o obje t iv a , es
decir, v á lid a p a r a la volu n t a d d e todo s e r r acion a l.

O b s e r v a ción

Si se admite q u e la r azón pu r a p u ed e con t e n e r en sí u n fu n d a m en to p r áctico,

es decir, q u e bast a pa r a la de te r m in ación d e la volu n t ad, | e n tonces h ay leyes < 36>
p r áctica s; si no se a dmite, todos los p rincipios p r ácticos ser á n ú nica m e n te
m áxim as. E n la volu n t a d p a tológica m e n te influid a de un ser r acion al se p u e-
d e encon t r a r u n conflicto de las m áxim as con las leyes p r áctica s r econocid a s
por él mis mo. Por eje m plo, alguie n p u ed e a dopt a r la m áxim a d e no sopor t a r
ofe n s a algu n a sin venga rla y, sin e m b a rgo, com p r e n de r al mis mo tie m po q u e
ést a no es u n a ley p r áctica sino sola m en te su p ropia m áxim a y q u e, tom a da
com o regla pa r a la volu n t a d de todo se r r acion al, ella no p u ed e concor d a r
con sigo mism a en la mism a m áxim a. E n el conocim ie n to d e la n at ur aleza los
p rincipios de lo q u e ocu r re (e.g . el p r incipio de la igu alda d d e a cción y r e a c-
ción en la com u n ica ción d el movim ie n to) son al mis mo tie m po leyes de la
n at u raleza, p u es el u so / / de la r azón es a hí t eor é tico y est á dete r m in ado por [20]
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

la cu a lid a d d el obje to. E n el co n oci m ie n to p r á c t ico, es d ecir, e n a q u el q u e

sólo se oc u p a d e los fu n d a m e n tos de t e r m in a n t es d e la volu n t a d, los p r i n ci-
pios q u e u no se h a ce no son ya por ello leye s a la s cu a le s u no se h a lle
in evit a ble m e n t e s u je to, por q u e la r a zón e n el u so p r á ct ico se ocu p a d el
s u je to, es decir, d e la fa c u l t a d d e d e s e a r y la r egl a s e p u e d e o r ie n t a r d e
d iv e r sos m od os p o r la d is pos ició n p a r ticu la r d e es t a facu l t a d. La regla
p r á ct ica es sie m p r e u n p rod u cto d e la r azón po r q u e p r e scr ib e la a cció n
co m o m e d io p a r a el efecto co n s id e r a do co m o i n t e nción . Sin e m b a r go, p a r a
u n se r en el cu a l el fu n d a m e n to de t e r m in a n t e d e la volu n t a d no es ú n ic a -
m e n t e la r a zón, es t a r egla es u n i m perativo, es d ecir, u n a r egla q u e se
ca r act e r iza por un d e b e r q u e exp r es a la co a cció n obje t iv a d e la a cció n , y
sig n ific a q u e si la r a zón d e t e r m in a se tot a lm e n t e a la volu n t a d, la a cció n
ocu r r ir ía i n d efect ible m e n t e seg ú n est a regla. Así p u e s, los im pe r a tivos
tie n e n v a lor obje t ivo | y son tot a lm e n t e dis tin tos d e la s m á xim a s e n cu a n - < 37>
to q u e és t a s son p r i n cip ios s u bje t ivos. A q u éllos de t e r m in a n la s co n d icio-
n es d e la ca u s a lid a d d el se r r a cion a l co m o ca u s a eficie n t e , ú n ic a m e n t e
r e s p ecto d el efec t o y s u ficie n ci a p a r a el m is m o, o bie n de te r m in a n sólo la
volu n t a d, se a ést a s uficie n t e o no pa r a el efecto. Los p rim e ros sería n i m p e-
r a tivos h ipot é ticos y con t e n d ría n m eros p r ece p tos d e h a bilid a d; los seg u n-
dos, en ca m b io, sería n im pe r a tivos ca t egór icos y sólo ellos se ría n leyes
p r áctica s. A sí p u es, las m áxim a s son principios f u n d a m en t a les, pe ro no son
i m perativos. Mas los im pe r a tivos m is mos cu a n do son co n d icio n a dos, es d e-
cir, cu a n do no de te r m in a n a la volu n t a d absolu t a m e n te com o volu n t a d sino
sólo por r efe r e ncia a un efecto d e se a do, esto es, cu a n do son im per a tivos
h ipot é ticos, son preceptos p r ácticos pero no leyes. Est as últim as d eb e n d e-
ter min a r s uficie n t e m e n t e a la volu n t a d co m o volu n t a d, a u n a n tes d e q u e yo
p regu n te si dis pon go de la facult a d n eces a r ia pa r a u n efecto d e se a do o q u é
te ngo q u e h ace r pa r a p rod u ci r lo; por lo t a n to, d ebe n se r ca t egór ica s, p u es d e
ot ro m odo no sería n leyes p u es les falt a ría la n ece sid a d, m is m a q u e, si se
q u ie r e q u e se a p r áctica , d e b e se r i n d e p e n die n t e d e co n d icio n e s p a tológica s

20
 A n a l ít ic a : De los p rincipios fu n da men t ales

y, por t a nto, liga d a s d e m odo con tin ge n t e a la volu n t a d. Por eje m p lo, d ecid a
a lg uie n q u e d e b e t r abaja r y a hor r a r en la ju ve n t u d p a r a no p a d ece r m ise r ia
en la v ejez; és t e es u n p r ece p to p r á c t ico d e la volu n t a d cor r ecto y a la vez
im por t a n te. Pero se ve fácilm e n t e q u e a q u í la volu n t a d se re m ite a otra cosa,
q u e, se p res u pon e, se d e se a y ese d e seo d e b e deja r se al age n te m is m o, p ues
q uizá él con sid e r a otr as fu en tes de ayu da dis tin t as al p a t r imonio a dq u ir ido,
o no espe r a en a bsolu to llega r a viejo, o pie n s a q u e si llega e s e día en ca so de
pob r eza pod r á con te n t a rse co n p oco. La r azón, | ú n ica fu e n te d e tod a regla <38>
q u e con t e n g a n ece sid a d, pon e en es te p r ece p to s uyo t a m bié n la n ece sid a d
(p u es sin ella no se ría u n im pe r a tivo), pe ro ést a es sólo s u bje tiva m e n te co n -
dicion a d a y no p u e d e se r p res u p u es t a en el m is m o gr ado e n todos los s u je-
tos. Au n q u e pa r a su legisl ación se req u ie r e q u e sólo n ece si t e p r es u pon e r se
a sí / / m is m a, por q u e la regla es obje tiv a y u nive rs alm e n te vá lid a ú n ica- | 21j
m en te cu a n do va le sin las con d icio n e s con tinge n t es y s u bje tiva s q u e dis tin-
gu e n a u n se r r acion a l d e ot ro. Ahor a bie n , d ecid a a lg uie n q u e n u nca d eb e
h ace r p rom es a s falsa s: ést a es u n a regla q u e se r efie re sola m e n t e a su volu n-
t ad, sea n o no a lca n z a bles la s in t e ncion es q u e m edia n te es a volu n t a d el
hom b r e se p u e d e p ropon e r; sólo se p re t e n de de te r m in a r tot alm en t e o priori
el q u e r e r m edia n t e a q u ella regla. Ahor a bie n , si se e ncu e n t r a q u e est a regla
es cor r ect a en la p r áctica , e n tonces es u n a ley, por q u e es un im per a tivo
ca t egór ico. Por lo t a nto, la s leyes p r áctica s se refie re n sólo a la volu n t a d, sin
con side r a r lo q u e se con sig u e m edia n te su ca u s a lid a d, d e la cu a l se p u e d e
h ace r a bs t r acción (por q u e p e r t e n ece al m u n do de los se n tidos) pa r a ob t e n e r
pu r as est as leyes.

2. Teor em a I

Todos los p r i n cip ios p r á ct icos q u e p r e s u pon e n u n objeto (m a t eria) d e la

facu l t a d d e d e s e a r co m o fu n d a m e n to d e t e r m in a n t e d e la volu n t a d son
e m p í r icos y no p u e d e n p ropo rcio n a r leye s p r á ct ica s.

21
 A n a l ít ic a : De los p rincipios fu n da men t ales

Por m a teria d e la facult a d d e dese a r e n tie n do u n obje to cu y a r e a lid a d se

dese a . C u a n do el d e s eo d e es te obje to | p r ece d e a la regla p r á ct ica y es la < 39 >
co n d ició n por la cu a l h ace m os de ella u n p r i ncip io, e n tonces yo digo (en
p ri m er luga r) q u e es te p r i ncip io sie m p r e es e m pír ico, por q u e e n tonces el
fu n d a m e n to det er min a n te d el a rbit rio22 es la rep r ese n t ación d e u n obje to y
la r el a ción d e ést a co n el s uje to m edia n te la cu a l se de te r m in a la facult a d de
dese a r pa r a la r e a liz ación del obje to. Ahor a bie n , u n a r el a ción t al co n el
s uje to sig n ifica el p lacer en la re a lid a d d e u n obje to. A sí p u e s, es te p l a ce r
d ebe r ía se r p res u p u es to co m o co n d ició n d e la posibilid a d d e la de t e r m in a-
ció n del a rbit rio. A u n q u e d e ningu n a r ep r ese n t ación d e obje to a lg u no, cu a l-
q uie r a q u e ella se a, se p u e d e co n oce r a priori si est ar á liga d a co n p lacer o
co n d isplacer o si ser á in d iferen te. A s í p u e s, en tal ca so el fu n d a m e n to de t e r-
min a n te d el a rbit rio d e b e se r sie m p r e e m p ír ico y por lo t a n to t a m bié n el
p r i n cip io p r á ct ico m a terial q u e lo p r es u pon ía com o co n d ició n .
Ahor a bie n (e n seg u n d o lu g a r), u n p r i n cip io q u e se fu n d a sola m e n t e e n
la co n d ició n s u bje t iv a d e la r ece p t ib ilid a d d e u n p l a ce r o u n d is p l a ce r
(co n d ició n q u e e n todo m om e n to sólo p u e d e co n oce r s e e m p ír ica m e n t e y
q u e no p u e d e se r v á lid a d e m odo igu al p a r a todos los se res r a cio n a le s),
p u e d e se rvir co m o m á xi m a p a r a el s u je to q u e la pos e e , p e ro no co m o / / ley [22]
(por q u e le falt a la n ece s id a d | obje t iv a q u e d e b e se r co n ocid a a p riori), < 40>
a sí q u e t al p r i n cip io no p u e d e p ropo rcio n a r n u nca u n a ley p r á ct ica .

3. Teorem a II

Todos los p r i n cip ios p r á ct icos m a t e riales son , co m o t a les, d e u n a mis m a

cl a s e y p e r t e n ece n al p r i n cip io u n ive r s a l d el a m or p rop io, o se a, d e la
p ropia fe lici d a d .
El placer que proviene de la represen tación de la existencia de u na cos a, en
cuanto se pretende q ue sea un fundamento deteiminan te de su deseo, se funda en

22
 A n a l ít ic a : De los p rincipios fu nd a m en t ales

la recep tibili d a d d el s u je to, por q u e depen de d e la exis t e n ci a d e e s e obje to;

p e r t e n ece, por t a n to, al se n t ido (se n tim ie n to) y no al e n t e n di m ie n to, el
c u a l exp r e s a u n a r el a ció n d e la r e p r e se n t a ción co n u n objeto, segú n co n -
ce p tos , p e ro no co n el s uje to segú n se n tim ie n tos. E l place r, po r co n s i-
g u ie n t e, es p r á ct ico sólo e n cu a n to la s e n s a ció n d e a g r a do q u e el s u je to
e s pe r a d e la r e a lid a d d el obje to de t e r m in a la facu l t a d d e dese a r. Pero e n
u n se r r a cion a l la co n cie n ci a d el agr a do d e l a vid a , q u e a com p a ñ a p e r m a-
n e n t e m e n t e tod a su exis t e n ci a , es lafel ici d a d , y el p r i n cip io d e h a ce r d e la
felicid a d el fu n d a m e n to de t e r m in a n t e d el a rbit rio es el p r i n cip io d el a mor
p rop io. E n ton ce s todos los p r i n cip ios m a t e riales q u e pon e n el fu n d a m e n to
de t e r m in a n t e d el | a rbit rio e n el p l a ce r o d is p l a ce r q u e se sie n t e po r la <41 >
r e a lid a d d e u n o b je t o c u a lq u ie r a so n , e n cu a n t o a e s o, t o t a l m e n t e d e
la m is m a clase, a sí q u e todos ellos p e r t e n ece n al p r i n cip io d el a mor p r o-
p io, o se a, d e la felicid a d p ropia .

Corola r io

Tod as las r egla s p r á ct ica s m a teriales pon e n el fu n d a m e n to de t e r m in a n t e

d e la volu n t a d en la f a c u l t a d i n ferior de desear, y si no exis tie r a n e n a b so-
lu to leye s p u r a m en te for m a les q u e de te r m in a r a n s u ficie n t e m e n t e a la vo-
lu n t a d, t a m poco pod r ía a d m itir se una. f a c u l t a d de desea r su perior. 23

O b s e r v a ción I

E s d e ex t r a ñ a r s e q u e h o m b r e s , p o r lo d e m á s p e r s p ic a ce s , p u e d a n c r e e r
e n co n t r a r u n a / / d ife r e n ci a e n t r e l a f a c u l t a d de d esea r i n fer ior y l a [23]
s u per ior s eg ú n la s rep rese n t a cio n es q u e es t á n lig a d a s a l s e n t i m ie n to
d e p l a ce r t e n g a n s u o r ig e n e n lo s se n t i d os o e n el e n te n d i m ie n to. Por-
q u e c u a n d o s e p r eg u n t a p o r lo s fu n d a m e n t os d e t e r m i n a n t e s d el d e s eo

23
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

y se pon e n e n el agr a do q u e se espe r a d e algu n a cos a , no im por t a d e dón d e

p rove ng a la represen tación d e e s e obje to q u e deleit a, sino sólo cu á n to d elei-
ta ést a. Si u n a r ep r ese n t ación , bie n q u e te nga su s e d e y orige n e n el e n t e n-
dim ie n to, p u e d e de te r m in a r el a rbit rio sólo por q u e s u pon e en el s ujeto un
se n tim ie n to d e place r, e n tonces el q u e ella se a u n fu n d a m e n to dete r m in a n te
d el a rbit rio d e p e n d e com ple t a m e n t e d e la cu a lid a d del se n tido in t er no, a
saber, d e q u e es te se n tido p u ed a se r afect a do con agr a do m edia n t e a q u ella
rep r ese n t ación. Por m uy diver s a s q u e sea n las r ep r ese n t acion es | d e los < 42>

obje tos, sea n r ep r ese n t acion es d el e n t e n dim ie n to y h ast a d e la r azón, en

con t r a posición co n las rep r ese n t acion es d e los se n tidos: el se n tim ie n to de
place r, ú n ico se n tim ie n to por el cu a l las rep r ese n t acion es con s tit uye n p ro-
pia m e n te el fu n d a m e n to det er min a n te d e la volu n t a d (el agr a do o deleit e
q u e u no espe r a y q u e im p uls a la activid a d d e p rod u cción del obje to), es de
la mis m a cl a s e no sólo por q u e no p u e d e se r co n ocid o m ás q u e e m pír ica m e n-
te, sino t a mbién porq u e afect a u na mism a fuerza d e la vid a q u e se m a nifiest a
en la facult a d d e dese a r y, en esta relación, no p u ed e ser distin to, más q u e en
el gr a do e n q u e afect a , d e cu a lq u ie r ot ro fu n d a m e n to de t e r m in a n t e. De
ot ro m odo, ¿có m o pod r ía h ace r se u n a com p a r a ción , r e s p ecto d e la m a g n i-
tu d, en t re dos fu n d a m e n tos dete r m in a n tes com ple t a m e n t e dis tin tos en el
tipo d e rep r ese n t ación p a r a p refe rir a q u el q u e m á s afect a la facult a d d e
d e se a r? U no y el m is m o hom b r e p u e d e regresar, sin h a be rlo leído, u n lib ro
in s t r uctivo p a r a él y q u e sólo u n a vez lleg a a sus m a nos, pa r a no pe r d e r la
c a z a ; p u e d e m a rch a r s e d u r a n t e u n b e llo d isc u r so p a r a no lleg a r t a r d e a
la com id a; a b a n don a r u n a con ve r s ación a m en a y sen sa t a, q u e en ge n e r al
a p r ecia m u ch o, pa r a se n t a r se a la m es a d e ju e go; i nclu so p u e d e r ech aza r a
u n pob r e, a q uie n en otr a oca sión ten d ría pla ce r en socor rer, por no t r aer en
el bolsillo m á s din e ro q u e el n ece s a r io pa r a p aga r s u en t r ad a a la ca rp a. Si la
d e t e r m in ación d e la volu n t a d se fu n d a sob r e el se n tim ie n to d e agr a do o

24
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

d e s a g r a do q u e se e s pe r a d e u n a ca u s a cu a lq u ie r a , es com ple t a m e n t e i n d i-
fe re n te el tipo d e rep r ese n t ación po r la cu a l se es t á afect a do. C u á n i n t e n so
es es t e a g r a do, cu á n d u r a d e ro, cu á n fácil m e n t e a d q u ir ido y cu á n fr ec u e n -
t e m e n te r e p e t ido, es lo q u e im por t a p a r a d ecid i r s e en la e lecció n . A sí
co m o a a q u el | q u e n ece si t a oro p a r a ga st a r le es tot a lm e n t e i n dife r e n t e < 43 >
q u e la m a te ria d el oro h aya sido ext r aíd a d e la mon t a ñ a o s a ca d a d e la
a re n a la v a d a, co n t al q u e se lo r ecib a n en tod a s pa r tes por el m is m o valor,
a sí n in g ú n h om b r e, cu a n do lo q u e le im por t a es ú n ica m e n t e el a gr a do de
la vid a , p regu n t a si la s r e p r e se n t a cion e s son d el e n t e n di m ie n to o d e los
se n t idos, sino sólo cu á n to y cu á n in ten so es el p la cer q u e le p roporcion a n
po r el m a yor tie m po. S ólo a q u e llo s q u e gu s t a n d is p u t a r a la r a zón p u r a
la facult a d d e de te r m in a r a la volu n t a d sin / / p r es u pon e r nin gú n s e n t im ie n - [24]
to, p u e d e n d e svia r se a t al gr a do d e su p rop ia d efi n ició n q u e d ecl a r e n d e s -
p u és tot a lm en t e h e t e rogé n eo a lo q u e a n tes ellos m is m os se h a bía n r efe r ido
co m o u no y el m is m o p r i n cip io. A s í res ult a, po r eje m p lo, q u e se p u e d e
e ncon t r a r d elei t e e n el m e ro uso de la f u e r z a , en la co n cie n ci a d e la p rop ia
for t a leza d el alm a p a r a ve n ce r los ob s t á cu los q u e se opon e n a n u est ro
p ropósi to, en el cu l t ivo d e los t a le n tos d el espírit u , e tc.; y ju s t a m e n t e lla -
m a mos a és t a s las a legría s y los d elei t e s m ás refin a dos por q u e se h alla n ,
m á s q u e ot ros, e n n u es t ro pode r, no se desga s t a n sino por el con t r a r io,
for t a lece n el se n tim ie n to p a r a goza r a ú n m á s los p l a ce r e s d e es a cl a s e y,
mie n t r a s d elei t a n , cu ltiv a n . Pero ve n d e r los por ello co m o ot r a m a n e r a d e
de t e r m in a r la volu n t a d, dis ti n t a a h a ce r lo m edia n t e el s e n t ido, y a q u e s u -
pon e n , p a r a la posib ilid a d m is m a d e e sos d elei t e s, u n se n tim ie n to p r e d is-
p u e s t o e n n o s o t r o s a e s e e f e c t o co m o p r i m e r a c o n d ic ió n d e e s a
co m p l a ce n ci a , es lo m is m o q u e cu a n do u nos ignor a n t es q u e q u ie r e n c h a -
p u ce a r e n la m e t afísica pie n s a n la m a te ria ta n fin a , ta n s u pe rfin a , q u e tal
vez se m a re a n a sí m is m os y d e s p u é s cr ee n q u e h a n id e a do u n se r espiri-
t u al y, sin e m b a r go, ext e n so. Si sig u ie n do a E picu ro, p a r a d e t e r m in a r la
vol u n t a d r e d u ci m os la vir t u d al s i m p le d e le i t e q u e p rom e t e, | e n to n ce s < 44 >

25
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

no pod e m os cr it ica r lo por q u e con sid e r e e s e d elei t e com ple t a m e n t e igu al a

a q u ellos q u e p rovie n e n d e los se n tidos m á s g rose ros; p u es no h ay nin gú n
fu n d a m e n to p a r a im p u t a rle el h a be r a t rib u ido ú n ica m e n t e a los se n tidos
cor por a les las rep r ese n t acion es q u e desper t a ría n e n nosot ros ese sen timien to.
E n cu a n to se p u e d e conje t u r a r, él t a m bié n b u scó la fu e n t e d e m uch a s de
es t a s r ep r ese n t acion es e n el u so d e la facu lt a d s u pe r ior d el co n oci m ie n to;
p e ro es to no le i m pid ió, ni pod í a i m p e d ir le, con side r a r, segú n el p r i n cip io
ci t a do, com ple t a m e n t e igu al a los ot ros el d elei t e q u e nos p roporcion a n
es as r ep r e se n t acion e s t al vez in t elect u a le s, y por el cu a l ú n ica m e n t e p u e-
de n se r fu n d a m e n tos dete r m in a n tes d e la volu n t a d. Ser coheren te es el m ayor
d e b e r d e un filósofo y, sin e m b a r go, es el q u e m ás r a r a m en te se e ncu e n t r a.
D e ello la s a n tigu a s e scu el a s griegas nos p roporcion a n m ás eje m p los q u e
los q u e e ncon t r a m os e n n u est ro si n cr é t ico siglo e n el cu a l se p r od u ce a rti-
ficios a m e n t e u n cie r to siste m a de coa lició n 24 de p r i n cip ios fu n d a m e n t ales
q u e se con t r a d ice n , lle n o d e m ala fe y s u p e rfici a lid a d, por q u e co n vie n e
m ás a u n p ú b lico q u e se con t e n t a co n s a b e r cu a lq u ie r cos a d e todo y fin a l-
m e n te no s a be r n ad a y, sin e m b a r go, se r hom b r e d e todas la s silla s.23 El
p r i n cip io d e la p ropia felicid a d , por m ucho u so q u e se h icie r a en él del
e n t e n dim ie n to y d e la r a zón, no con t e n d r ía e n sí nin gú n ot ro fu n d a m e n to
de te r m in a n te d e la volu n t a d q u e a q u ellos q u e son a d ecu a dos a la facult a d
i n ferior d e d e se a r y, e n ton ce s, o no exis t e facult a d s u pe r ior de desea r, o la
ra zón p u r a tie n e q u e se r por sí sola p r á ct ica , es decir, d e b e pod e r de t e r m i-
n a r la volu n t a d tan sólo m edia n t e la for m a d e la regla | p r á ct ica , sin p r es u- < 45>
pon e r nin gú n se n tim ie n to y, por lo t a n to, sin la s r e p r e se n t acion e s de lo
a g r a d a ble o d e lo d e s a g r a d a ble co m o m a te ria d e la facult a d d e dese a r, m a-
te ria q u e es sie m p r e u n a co n d ició n e m pír ica d e los p r i n cip ios. Sólo e n ton-
ce s la r a zón, en cu a n to de t e r m in a po r sí sola / / la volu n t a d (y no est á al [25]
s e r vicio d e las i n cli n a cio n e s), es u n a ve r d a de r a facu lt a d su perior d e d e -
sear, a la cu a l es t á s u bor din a d a la facult a d p a tológica m e n t e d e t e r m in a ble;

26
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

y la r a zón d ifie r e r e a lm e n t e o, m á s a ú n, específica m en te, d e es t a ú lt im a, de

m odo q u e i n cl u so la m á s m ín im a a d ició n d e los i m p u lsos d e és t a d a ñ a su
fu e ro y p r e e m i n e n ci a , d el m is m o m odo q u e el m á s m ín im o ele m e n to e m p í-
r ico, co m o co n d ició n e n u n a d e m os t r a ción m a t e m á tica, d is m i n u ye y a n ula
s u v a lor y rigor. La r azón de te r m in a en u n a ley p r áctica la volu n t a d i n m e-
dia t a m en te y no m edia n t e la in t e rve nción d e u n se n tim ie n to d e pla ce r o
displace r, ni siq u ie r a m edia n te u n p l a ce r e n est a ley y sólo el h ech o d e q u e
com o r azón pu r a p u ed a se r p r áctica le pe r m ite se r legisla dora.

O b se r v a ción II

S e r feliz es n ece s a r i a m e n t e el a n h elo d e todo s e r r a cio n a l p e ro fi n i to, y

po r ello es u n fu n d a m e n to d e t e r m i n a n t e i n evi t a b le d e s u fa cu l t a d de
d e s e a r; po r q u e el con t e n t a m ie n to co n tod a su exis t e n ci a no es u n a p o s e -
sión or igi n a r ia ni u n a bie n a ve n t u r a n z a , q u e s u pon d r í a u n a co n cie n ci a
d e a u t os u ficie n ci a e i n d e p e n d e n ci a , sin o m á s b ie n u n p rob le m a q u e a
e s t e se r le h a i m p u e s to su p rop i a n a t u r a leza fin i t a p u e s to q u e tie n e n e-
ce s i d a d e s co n ce r n ie n t e s a la m a t e ria d e su fa cu l t a d d e d ese a r, es d ecir,
a a lgo q u e se r efie r e a u n se n t im ie n to d e p l a ce r o d is p l a ce r q u e s u b y a ce
s u bje t iv a m e n t e y q u e d e t e r m in a lo q u e n ece si t a p a r a es t a r con t e n to co n su
e s t a do. P e ro, p r ecis a m e n t e po r q u e e s t e fu n d a m e n to m a t e r ia l d e t e r m i-
n a n t e sólo p u e d e s e r co n oci d o e m p í r ic a m e n t e po r el s u je to, es i m pos ib le
co n s id e r a r e s t e p r ob le m a co m o u n a ley, p u e s és t a , por su c a r á ct e r d e
obje t iv a , d e b e r í a con t e n e r , e n todos los c a sos y p a r a todos los se r es r a-
cio n a le s , | p recis a m en te el m is m o f u n d a m e n to d eter m i n a n te d e la vol u n - < 46>
t a d, p u e s si bie n la r el a ció n p r á ct ica d e los objetos co n la fa cu l t a d d e
d e s e a r se b a s a en todos los ca sos e n el co n ce p t o d e fe lici d a d , é s t e es sólo
el tít ulo ge n e r a l d e los fu n d a m e n tos d e t e r m i n a n t e s s u bje t ivos y no d e -
t e r m in a n a d a e n m odo e s p e cífico, e n t a n to q u e sólo se t r at a d e e so en
e s t e p rob le m a p r á c t ico, el c u a l no p u e d e s e r r e s u el to sin e s a d e t e r m i n a -

27
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

ció n e s p ecífic a . Por q u e a q u e llo e n lo c u a l h a d e po n e r c a d a u n o su fe li-

cid a d d e p e n d e d e su se n tim ie n to p a r ticu la r d e p l a ce r y dis pl a ce r, e i nclu so
e n u no y el m is m o s u je to, d e la d ife r e n ci a d e n ece s i d a d e s seg ú n los
ca m b ios d e t al s e n t im ie n to: u n a ley s u bjetiv a m en te n eces a r ia (co m o ley
d e la n a t u r a lez a) e s, po r co n s ig u ie n t e , objetiv a m en te, u n p r i n cip io p r á c-
t ico b a s t a n t e co n t i n ge n te q u e p u e d e y d e b e s e r m u y d is t i n to e n d ife r e n -
tes s u je tos, po r lo t a n to, no p u e d e n u n ca d a r lu g a r a u n a ley p o r q u e e n el
d e s eo d e fe lici d a d no im por t a la for m a d e la co n fo r m id a d a le y e s , sino
ú n ic a m e n t e d e la m a t e ria, es d eci r , d e si d e bo e s p e r a r d e le i t e y e n q u é
m e d id a e n l a ob s e r v a n ci a d e la ley. Los p r i n cip io s d el a m or p r o p io, si
b ie n p u e d e n co n t e n e r r egla s u n ive r s a le s d e d e s t r ez a (d e e n con t r a r / / [26]
m e d ios p a r a i n t e n cio n e s), son e n e s t e c a so m e r a m e n t e p r i n cip io s t eó r i-
cos* (por e je m p lo, el q u e q u ie r a | co m e r p a n , d e b e r á id e a r u n m oli n o). < 47 >
Pe ro los p r ece p t os p r á c t icos q u e se fu n d a n e n es tos p r i n cip io s n u n ca
p u e d e n s e r u n iv e r s a le s, po r q u e el fu n d a m e n to d e t e r m i n a n t e d e la f a c u l-
t ad d e d e s e a r es t á fu n d a do e n el se n t im ie n to d e p l a ce r y d e d is p l a ce r ,
q u e n u n ca p u e d e s u po n e r s e co m o or ie n t a do u n ive r s a l m e n t e h a ci a los
m is m os objetos.
Pero i n cl u so s u pon ie n do q u e todos los se r es r a cion a le s fin itos p e n s a -
r a n d el m is m o m odo r e s p ecto d e lo q u e d ebe r ía n a d m itir co m o obje tos d e
sus se n tim ie n tos d e p l a ce r y dolor, e i n cl u so r e s p ecto d e los m e d ios d e los
cu a le s d ebe r ía n se rvir se pa r a ob t e n e r los p rim e ros y apa r t a r los s eg u n dos,
ellos no pod r ía n d e nin g u n a m a n e r a d ecl a r a r el p ri n cip io del a m or p rop io
u n a ley p r á ct ica ; por q u e est a u n a n im id a d m is m a se ría sólo con t i n ge n t e.

Las p roposicion e s q u e en la m a tem á tica o en la doct rin a de la n a t u raleza se lla m an práctica s,

debería n propiamente llamarse técnicas. Puesto qu e en est as cie ncia s no se trata par a nada de la d e-
te r min ación de la volu n t a d; in dica n sola m en t e lo m últiple de la a cción posible, lo cu a l es s uficie n t e
pa r a p rod ucir un efecto dete r m in ado y, por lo t a nto, son tan teórica s com o toda s las p roposicion e s
q u e e n u ncia n la con exión de la ca u s a con un efecto. Ahor a bie n , aq uel q u e d ese a el efecto, d e b e
t a mbién acep t a r se r la ca us a.

28
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

S ie m p r e e l fu n d a m e n t o d e t e r m i n a n t e s e g u i r í a v a lie n d o s ólo s u b je -
tiv a m e n t e y s eg u ir ía s ie n d o m e r a m e n t e e m p í r ico y no t e n d r í a a q u ell a
n ece s id a d q u e se p ie n s a en ca d a ley, la n ece s id a d obje t iv a por fu n d a -
m e n tos a p r io r i; a m e n os q u e e s a n ece s i d a d se tom a r a no co m o p r á c t ic a ,
sin o co m o sólo fís ic a , es d eci r , q u e la a cció n nos vi n ie r a i m p u e s t a t a n
i n evi t a ble m e n t e po r n u es t r a i n cli n a ció n , co m o el bos t ezo cu a n do ve m os
bos t ez a r a ot ros. S e r ía m á s fa c t ib le sos t e n e r q u e no h ay le y e s p r á ct ica s
sin o sólo con sejos r e s p ecto d e n u es t ros d e s eo s , a n t es d e e lev a r p r i n ci-
p ios m e r a m e n t e s u bje t ivos al g r a do d e le y e s p r á ct ic a s, la s c u a le s t ie n e n
u n a n ece s id a d tot a lm e n t e obje t iv a y no sólo s u bje t iv a y q u e d e b e n se r
co n ocid a s a p riori m e dia n t e la r azón p e ro no m e dia n t e la e x p e r ie n ci a
(po r m á s e m p í r ic a m e n t e u n ive r s a l q u e s e a ). I n cl u so a la s r egla s d e fe n ó-
m e nos co n co r d a n t e s s ólo se le s lla m a ley e s d e la n a t u r a lez a (po r e je m -
p lo, a la s m ec á n ica s) cu a n do son co n ocid a s ve r d a d e r a m e n t e a priori, o al
m e n os | se s u po n e (co m o en la s q u í m ic a s) q u e se r ía n co n ocid a s a p riori <48>
po r fu n d a m e n tos ob je t ivos si n u es t r a co m p r e n sió n lle g a s e m á s a fo n do.
Sólo e n los p r i n cip ios p r á c t icos m e r a m e n t e s u bje t ivos s e po n e ex p r e s a -
m e n t e co m o co n d ició n q u e te n ga n por fu n d a m e n to no co n d icio n e s d el
a r bit r io ob je t iv a s , sin o s u bje t iv a s; po r lo t a n to, q u e p u e d a n p r e s e n t a r se
sie m p r e co m o m e r a s m á xim a s p e ro n u n ca co m o leye s p r á c t ic a s. E st a
ú lt im a ob s e r v a ció n p a r ece a p rim er a vis t a p u ro ve r b a lis m o, pe ro es la d e -
t e r m i n a ción ve r b a l d e la d ife r e n ci a m á s im por t a n t e q u e se p u e d a co n s i-
de r a r e n la s i n v e s t ig a cio n e s p r á ct ica s.

/ / 4. Teor em a III [27]

Si se q u ie r e q u e u n se r r a cion a l p ie n s e su s m áxim a s co m o leyes p ráctica s

u n ivers a les s ólo p u e d e p e n s a r l a s co m o p r i n cip io s t a le s q u e co n t e n g a n

29
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

el fu n d a m e n to de t e r m in a n t e d e la volu n t a d, no seg ú n la m a te ria, sino sólo

segú n la for m a.
L a m a te ria d e u n p r i n cip io p r á ct ico es el obje to d e la volu n t a d. E se
obje to es el fu n d a m e n to d e t e r m in a n t e d e es t a últim a o no lo e s . 26 Si es el
fu n d a m e n to de t e r m in a n t e, la r egla d e la volu n t a d es t a ría s uje t a a u n a co n -
d ició n e m p í r ica (la r el a ción d e la r ep r ese n t ación d e t e r m in a n t e co n el s e n -
tim ie n to d e p l a ce r y d is p l a ce r) y, po r lo t a n to, no se ría u n a ley p r á ct ica .
Ahor a bie n , si d e u n a ley se a bs t r a e tod a m a te ria, es decir, todo obje to d e
la volu n t a d (co m o fu n d a m e n to d e t e r m in a n t e), no q u e d a d e es a ley | m ás < 49>
q u e la m e r a for m a d e u n a legis l a ció n u n ive r s a l. Por co n sig u ie n t e, u n se r
r acion a l o no p u e d e co n sid e r a r sus p r i n cip ios s u bje t ivos p r á ct icos, es d e -
cir, sus m á xim a s, al m is m o t ie m po co m o leye s u n ive r s a les, o bie n d e b e
a d m itir q u e la m e r a for m a d e és tos, seg ú n la cu a l se h acen apropia dos p a r a
u n a legislación u n iversal, por sí sola los h a ce u n a ley p r áct ica .

O b s e r v a ción

Q u é for m a d e la s m áxim a s se p res t a p a r a u n a legis l a ció n u n ive r s a l y cu á l

no, es to lo p u e d e dis t in g u ir sin n ece s id a d d e i n s t r u cción el e n t e n dim ie n to
m á s com ú n . Por eje m p lo, yo h e a dop t a do la m áxim a d e a u m e n t a r mi for t u-
n a por todos los m e d ios seg u ros. Ahor a es t á en m is m a nos u n depósito
cu yo p ropie t a r io h a m u e r to sin h a be r d eja do n ing ú n e scr ito a es t e r e s p ec-
to. N a t u r alm e n te és t e es el ca so d e mi m áxim a. A hor a sólo q u ie ro s a b e r si
a q u ell a m áxim a p u e d e t a m bié n v a le r co m o ley p r áct ica u nive r s al. A sí p u es,
la a p lico al ca so p rese n t e y p r eg u n to si p u e d e r ecib i r la for m a d e u n a ley,
y por co n sig u ie n t e, si yo, m edia n t e mi m áxim a, p u e do d a r al m is m o t ie m -
po u n a ley d e es t e gé n e ro: cu a lq u ie r a p u e d e n ega r t e n e r u n d epósito, cu y a
exis t e n ci a n a die le p u e d e proba r. I n m edia t a m e n t e m e doy cu e n t a d e q u e
tal p r i n cip io, co m o ley, se des t r u ir ía a sí m is m o, por q u e h a ría q u e no h u-

30
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

b ie s e d e pósi to a lg u n o.27 Una ley p r á ct ica q u e yo r eco n ozc a co m o t al, d e b e

c a lific a r p a r a la legis l a ció n u n ive r s a l; és t a es u n a p rop os ició n id é n t ica y,
por lo t a n to, cl a r a por sí m is m a. Si d igo a hor a q u e mi volu n t a d est á s uje t a
a u n a ley p r á ct ica , no p u e do a d u ci r mi i n cli n a ció n (por eje m p lo, en el
p r ese n t e ca so, mi co d ici a ) co m o fu n d a m e n to / / d e t e r m in a n t e d e la vol u n - [28]

t ad a p ropi a do p a r a la ley p r á ct ica | u n ive r s a l, por q u e est a i n cli n a ció n , < 50 >
lejos d e se r a p ropia d a p a r a u n a le gis l a ció n u n ive r s a l, m á s bie n se d e s t r u i-
rá a sí m is m a al tom a r la for m a d e u n a ley u n ive r s al.
Por e so es d e ext r a ñ a r q u e, d a do q u e el d e s eo d e fe lici d a d es u n ive r s a l
y por lo t a n to t a m bié n la m á xi m a m edia n t e la cu a l ca d a u no se po n e la
fe lici d a d co m o fu n d a m e n to de t e r m in a n t e d e su volu n t a d, h aya p od i d o v e-
nir a la m e n t e d e h om b r e s se n s a tos d ecl a r a r por e so est a m á xim a u n a ley
p r áct ica u n ive r s a l. P u es mie n t r a s q u e ge n e r a lm e n t e u n a ley u n ive r s a l d e
la n a t u r alez a h a ce co n co r d a r todo, a q u í e n ca m b io, si se q u isie r a d a r a la
m á xim a la u n ive r s a lid a d d e u n a ley, res ult a ría ex act a m e n t e lo op u e s to
ext r e mo d e la coi n ci d e n ci a , la p eo r d e la s co n t r a d iccio n e s y la com ple t a
d e s t r u cció n d e la m á xim a m is m a y d e s u i n t e n ció n , p u es la volu n t a d d e
todos no tie n e e n ton ce s u no y el m is m o ob je to, sino q u e ca d a u no t ie n e el
s u yo (el p rop io bie n e s t a r), el cu a l, a u n q u e bie n p u e d e se r co m p a t ib le por
co n t i n ge n ci a co n las in t e n cion e s q u e ot ros dir ige n d e igu al m odo a sí m is-
m os, es tot a lm e n t e i n s u ficie n t e p a r a h a ce r u n a ley, por q u e la s e xce p cio n e s
q u e en oc a s io n e s se tie n e d e r ec h o d e h a ce r son infinit a s y no p u e d e n se r
re u n id a s de t e r m in a d a m e n t e e n u n a r egla u n ive r s a l. D e es t e m odo res ult a
u n a a r mon ía se m eja n t e a la q u e se r ep r ese n t a e n cie r to poe m a s a t í r ico a
p ropósi to d e la co n co r d i a d e a lm a s d e dos e s posos q u e se a r r uin a n m u t u a-
m e n t e: “ ¡O h a d m i r a ble a r mon ía! Lo q u e él q u ie r e, ella lo q u ie r e t a m-
b ié n ...” o p a r ecid a a a q u e llo q u e se cu e n t a d e la p r e t e n sión exp r e s a d a por
el rey Fra ncisco I con t r a el e m p e r a dor C arlos V: “ lo q u e mi h e r m a no C a r-
los q u ie r e (M il á n ), lo q u ie ro t a m bié n yo” . Los fu n d a m e n tos d e t e r m i n a n -
tes e m p í r icos no son a p rop i a dos p a r a u n a le gis l a ció n u n ive r s a l exte r n a,

31
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c ip io s fu n d a m e n t a le s

pe ro t a m poco pa r a u n a legisl a ción u nive rs al in ter n a, por q u e ca d a u no fu n d a

su i n cli n a ción sob r e su p ropio | s uje to, pe ro ot ro in divid uo pon e ot ro s uje to <51 >
y e n ca d a u no es or a ést a, or a otr a i n cli n a ción la q u e tie n e un influjo mayor.
Es absolu t a m e n te i m posible e ncon t r a r u n a ley q u e rija todas las i n cli n a cio-
nes e n con ju n to b ajo est a co n d ició n , i.e., d e con cor d a n ci a u nivers al.

5. P roble m a I

P r e s u pon ie n do q u e la m e r a for m a legisl a t iv a d e l a m á xim a se a el fu n d a -

m e n to de t e r m in a n t e s u ficie n t e d e u n a volu n t a d: e ncon t r a r la cu a lid a d de
es a volu n t a d q u e es d e t e r m i n a ble sólo po r est a for m a.
D a do q u e la m e r a for m a d e la ley no p u e d e se r r ep r ese n t a d a m ás q u e
por la r a zón, po r lo ta nto no es u n obje to d e los se n t idos ni p e r t e n ece a los
fe n óm e n os, e n ton ce s la r e p r e se n t a ción d e es a for m a co m o fu n d a m e n to d e -
t er min a n te d e la volu n t a d se dis tin g u e d e todos los fu n d a m e n tos d e t e r m i-
n a n tes d e los eve n tos e n la n a t u r aleza segú n la ley d e ca u s a lid a d, / / por q u e [2 9 j

en és tos los fu n d a m e n tos de t e r m in a n t es t a m bié n tie n e n q u e se r fe n ó m e-

nos. Pero si t a m bié n nin gú n ot ro fu n d a m e n to de t e r m in a n t e d e la volu n t a d
p u e d e se rvir d e ley a ést a sino sólo a q u ell a for m a legisla tiv a u n ive r s a l,
e n ton ce s u n a volu n t a d t al d e b e s e r p e n s a d a , r e s p ecto d e la r el a ción m u t u a
co n la ley n a t u r al d e los fe n óm e n os, i.e. la ca u s a lid a d , co m o tot a lm e n t e
i n d e p e n d ie n t e d e és t a. Pero u n a i n d e p e n d e n ci a tal se lla m a liberta d e n el
se n tido m á s es t r icto, es decir, t r a sce n d e n t a l.28 A s í p u e s, | u n a volu n t a d a <52>

la cu a l p u e d e s e rvir d e ley ú n ica m e n t e la m er a for m a legisl a tiv a d e la

N

m á xim a, es u n a volu n t a d lib r e.

6. P roble m a II

P r e s u pon ie n do q u e u n a volu n t a d es lib r e: e ncon t r a r la ú n ica ley a p ropi a -

d a pa r a de t e r m in a r la n ece s a r i a m e n t e.

32
 A n a l ít ic a : De lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

P u es to q u e la m a te ria d e la ley p r á ct ica , o se a, u n obje to d e la m áxim a,

n u nca p u e d e se r d a d a m á s q u e e m pír ica m e n t e, p e ro la volu n t a d lib r e, a u n-
q u e sea in d e p e n d ie n t e d e co n d icio n e s e m pír ica s (es decir, p e r t e n ecie n t e s
al m u n do d e los s e n t idos), d e b e se r de t e r m i n a ble, e n tonce s u n a volu n t a d
lib r e, i n d e p e n die n t e m e n t e d e la m a teria d e la ley, d e b e, sin e m b a r go, e n -
con t r a r u n fu n d a m e n to de t e r m in a n t e e n l a ley, p e ro fue r a d e la m a te ria, en
la ley no h ay n a d a m ás q u e la for m a legisla tiva . Por co n sig u ie n t e, la for m a
legisla tiv a , e n cu a n to es t á con t e n id a e n la m á xim a, es lo ú n ico q u e p u e d e
con s tit u ir un fu n d a m e n to de te r m in a n te d e la volu n t a d.

O b se r v a ción

La libe r t a d y la ley p r áctica i n con dicion a d a remiten e n tonces r ecíp roca -

me n te u n a a la otr a. Ahor a bie n , yo no p regu n to a q u í si en r e a lid a d t a mbién
son distin t as y si u na ley i n con d icion a d a no ser á, más bie n , sólo la co n cie n -
ci a d e sí d e u n a r azón pu r a p r áctica y ést a, a su vez, se a en te r a m en te id é n -
t ica al co n c e p t o p o s i t ivo d e lib e r t a d , s i n o co n q u é e m p iez a n u e s t ro
conoci m ien to d e lo i n con d icion a do p r á ct ico: si co n la | libe r t a d o co n la ley < 53>
p r áctica. Con la libe r t a d no p u e d e empeza r, p u es no pod e m os ni ten er co n -
cie n ci a in m edia t a m e n te d e ella por q u e su p rim e r co n ce p to es n ega tivo, ni
d ed ucir la d e la exp e r ie nci a por q u e ést a sola m e n te nos d a a co n oce r la ley de
los fe nóm e nos y, por lo ta nto, el m eca n is m o d e la n a t u r aleza, el cu a l es
exact a m e n te op u es to a la libe r t a d. Por con sig u ie n t e la ley m oral, de l a cu a l
te n e mos co n cie n ci a in m edia t a m e n te (tan lu ego q u e for m ula mos m áxim a s
d e la volu n t a d), es la q u e se nos p resen t a en pri m er lugar, y p ues to q u e la
r azón / / p rese n t a d ich a ley com o un fu n d a m e n to dete r m in a n te sob r e el cu a l [30]
las con d icio n e s se n sibles no p u ede n p r ev a lece r sino q u e es tot alm en t e in-
d e p e n die n t e d e és t a s, co n d u ce p r ecis a m e n t e al co n ce p to d e libe r t a d. Mas
¿có m o es posib le t a m bién la co n cie n ci a d e es a ley mor al? Pode mos tom a r

33
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

co n cie n ci a d e las leye s p r áct ica s p u r as d el m is m o m odo q u e la t e n e m os d e

los p r i n cip ios fu n d a m e n t ales t eór icos p u ros: h ay q u e p res t a r a t e n ción a la
n ece s id a d co n q u e la r azón nos los p r e scr ib e y a la a b s t r a cción d e todas
las co n d icio n e s e m p ír ica s q u e la r a zón nos i n d ic a .29 El co n ce p t o d e u n a
volu n t a d p u r a d e riv a d e las p rim e r a s a sí co m o la co n cie n ci a d e u n e n t e n-
dim ie n to p u ro de riv a d e a q u ellos p r i n cip ios. Q u e és t a se a la ve r d a d e r a
s u bor di n ación de n u es t ros co n ce p t os y q u e se a la m or a lid a d la q u e nos
r evele p rim e r a m e n t e el co n ce p t o d e libe r t a d y q u e, po r co n sig u ie n t e, la
ra zón p r áct ica en es t e co n ce p t o p r ese n t e p rim e r a m e n t e a la r a zón e s p ec u -
la tiva el p roble m a m á s i n sol u b le pa r a m e t e rla a sí e n el m á xim o a p u ro, se
ex p lic a sim ple m e n t e po r es to: co m o el co n ce p t o d e libe r t a d no ex p lica
n a d a co n ce r n ie n t e a los fe n óm e n os, sino q u e a q u í el m eca n is m o d e la
n a t u r aleza sie m p r e tie n e q u e con s t i t u ir el h ilo co n d u cto r ; p u es to q u e a d e-
m á s la a n tinom ia d e la r a zón p u r a, al q u e r e r elev a r s e a lo i n co n d icio n a d o
e n la s u ce sió n d e las ca u s a s, se p ie r d e, ta n to en u no co m o en el ot ro co n -
ce p to, e n | i n co m p r e n s ib ilid a d e s, m ie n t r a s q u e el ú lt im o (el m eca n is m o) < 54>
por lo m e nos t ie n e u tilid a d e n la e x p lica ció n d e los fe n óm e n os, ja m á s
h ab ría e m p r e n dido alguie n la aven t u r a d e in t rod ucir la libe r t a d e n la cie n ci a
si la ley mor al, y co n ella la r azón p r á ct ica , no h u bie r a in t e r ve n ido y no
nos h u bie r a im p u es to es t e co n ce p t o.30 Pe ro t a m bié n la e x p e r ie n ci a co n fi r -
m a es t e or d e n d e los co n ce p t o s e n nosot ros. S u pon e d q u e a lg u ie n afir m a
d e s u i n cli n a ció n al p l a ce r vol u p t u oso q u e le es tot a lm e n t e i r r e sis t ible
cu a n do se le p r ese n t a el ob je to a m a do y la oc a s ió n p r op ici a ; si se lev a n t a
u n a h o rca fr e n t e a la ca s a do n d e e n cu e n t r a es t a oc a s ió n p a r a colg a r lo
a pe n a s h ay a goz a do el place r , p r eg u n t a d si e n t al ca so no ve n ce r í a su
i n cli n a ció n . No se tie n e q u e b u sc a r m u ch o p a r a s a b e r lo q u e r e s p o n d e-
ría. Pero p r eg u n t a dle si su p r í n cip e , co n a m e n aza s d e la m is m a p e n a d e
m u e r t e in m edi a t a , le exigie r a d a r u n fa lso t es t i m on io con t r a u n hom b r e
h o n e s t o a q u ie n e l p r í n ci p e q u i s ie r a p e r d e r co n p r e t e x t os s i m u l a d o s ,

34
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

si en es te ca so él, por m uy gr a n de q u e se a su a mor a la vid a , c r e e p os ib le

ve n ce r lo. Q u izá él no se a t r ever á a a segu r a r si lo ve n ce r í a o n o; p e ro q u e le
es p os ib le lo t e n d r á q u e a d m itir sin t i t u beos.31 A s í p u e s, él ju zg a q u e p u e-
d e h ace r a lgo por q u e tie n e co n cie n ci a d e d e b e r h a ce r lo y r eco n oce e n sí
m is m o la libe r t a d q u e d e ot ro m odo, sin la ley m or a l, le h a b ría p e r m a n eci-
do d e sco n ocid a .

7. L ey fu n d a m e n t a l d e la r azón p u r a p r á ct ica

Act ú a d e m odo q u e la m á xim a d e tu volu n t a d p u e d a , al m is m o tie m po,

v a le r sie m p r e co m o p r i n cip io d e u n a legis l a ció n u n ive r s al.

O b s e r v a ción

< 5 5 >[31 ]
| / / La geo m e t r í a p u r a t ie n e p os t u l a d os co m o p r o p o s icio n e s p r á c t ic a s ,
los c u a le s no co n t ie n e n n a d a m á s q u e l a p r e s u p o s ició n d e p o d e r h a ce r
a lgo si s e e xig e co m o d eber y és t a s son s u s ú n ic a s p r o p o s icio n e s co n -
ce r n ie n t e s a u n a e xis t e n ci a . Son , p u e s , r egla s p r á c t ic a s b a jo u n a co n d i-
ció n p r ob le m á t ic a d e l a vol u n t a d . P e ro a q u í la r egla d ic e q u e se d e b e
p r oc e d e r a b solu t a m e n t e d e u n cie r t o m od o. L a r egl a p r á c t ic a e s , po r lo
t a n to, i n co n d icio n a d a , y p o r e llo se r e p r e s e n t a co m o u n a p r o p o s ició n
p r á c t ic a c a t e gó r ic a a p r io r i , m e d i a n t e la cu a l la vol u n t a d a b solu t a e
i n m e d i a t a m e n t e (po r la r egl a p r á c t ic a m is m a q u e a q u í e s , p u e s , u n a
ley) q u e d a d e t e r m i n a d a ob je t iv a m e n t e; p o r q u e la ra zón p u r a p r á ct ica
en s í m is m a a q u í es in m e d i a t a m e n t e le g is l a d o r a . L a vol u n t a d es co n -
ce b i d a co m o i n d e p e n d ie n t e d e la s co n d icio n e s e m p í r ic a s y, p o r lo t a n-
to, co m o p u r a , d e t e r m i n a d a m e d i a n te la m era fo r m a de la ley y es t e
fu n d a m e n t o d e t e r m i n a n t e es co n s i d e r a d o co m o la co n d ic ió n s u p r e m a
d e tod a s la s m á xim a s. La co s a es b a s t a n t e ex t r a ñ a y no s e e n cu e n t r a
n a d a s e m eja n t e e n todo el r e s to d el co n oci m ie n t o p r á c t ico. P o r q u e el
p e n s a m ie n t o a p r ior i d e u n a l e g i s l a c ió n u n iv e r s a l p o s i b l e , e l c u a l,

35
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

p o r con sig u ie n t e, es m e r a m e n t e p roble m á t ico, es or d e n a do i n co n d icio-

n alm e n te co m o ley, sin tom a r n a d a d e la ex p e r ie n ci a o d e a lg u n a volu n t a d
exte r n a. Pero t a m poco es u n p r ece p to segú n el cu a l d e b e ocu r r i r u n a a c-
ció n por la cu a l es p os ib le u n efecto d e s e a do (por q u e e n ton ce s la r egla
se ría sie m p r e co n d icio n a d a física m e n t e), sino u n a r egla q u e ú n ica m e n t e
de te r m in a a priori la volu n t a d r e s p ecto d e la for m a d e su s m á xim a s y
e n ton ces no es i m pos ible p e n s a r al m e nos u n a ley q u e sólo sir ve p a r a la
for m a su bjetiv a d e los p r i n cip ios fu n d a m e n t a les, co m o fu n d a m e n to d e t e r-
m in a n te m edia n t e la for m a objetiva d e u n a ley en ge n e r a l. La co n cie n ci a
| d e es t a ley fu n d a m e n t a l se p u e d e lla m a r u n h ech o [Fa kt u m ]22 d e la r azón <56>
por q u e no se le p u e d e d e d u ci r d e d a tos p r ece d e n t e s d e la r a zón, e . g ., d e la
co n cie n ci a d e la libe r t a d (por q u e no se nos d a es t a co n cie n ci a a n t e rior-
m e n t e), sino por q u e ella se nos i m pon e po r sí m is m a co m o p roposició n
sin t é tica a p r i o r i 22 la cu a l no es t á fu n d a d a en nin g u n a i n t u ició n , ni pu r a
ni e m p ír ica , m ie n t r a s q u e se ría a n a lítica si se p r es u p u sie r a la libe r t a d d e
la volu n t a d, p e ro pa r a ella , co m o co n ce p t o posi t ivo, se r eq u e rir ía u n a in-
t u ición i n t elect u a l,34 la cu a l d e nin gú n m odo p u e d e s e r a d m itid a a q u í. Sin
e m b a r go, p a r a no ca e r e n u n a fals a in t e r p r e t ación al co n sid e r a r es t a ley
co m o d a d a, es p r eciso not a r q u e ella no es un h ech o e m p ír ico, sino q u e es
el ú n ico h ech o d e la r a zón p u r a por el cu a l ést a se m a n ifies t a co m o o r igi-
n a ria m e n te legisl a dor a (sic volo, sic j u b eo).35

Corola r io

La r azón p u r a es po r sí sola p r áct ica y d a (al hom b r e) u n a ley u n ive r s al

q u e lla m a m os ley m oral.

/ / O b s e r v a ción [32]

E l h ech o q u e se a ca b a d e cit a r es in n eg a ble. B as t a a n aliza r el j u icio q u e

h ace n los h om b r es sob r e la con for m id a d d e su s a ccio n e s a leye s y se ver á

36
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

e n todo m om e n to q u e , ob je t e lo q u e q u ie r a la i n cli n a ció n , s u r a zón , i n -

co r r u p t ib le y ob lig a d a po r sí m is m a , s ie m p r e co n fro n t a r á e n u n a a cció n
la m á xim a d e l a volu n t a d co n la volu n t a d p u r a, es d eci r , co n s igo m is m a
co n s id e r á n d os e p r á ct ica a p r ior i. A h or a b ie n , e s e p r i n cip io d e la m or a -
lid a d , p r ecis a m e n t e p o r la u n iv e r s a lid a d d e l a le g is l a ció n q u e lo h a ce
fu n d a m e n to for m a l s u p r e m o d e la d e t e r m i n a ció n d e la vol u n t a d , i n d e -
p e n d ie n t e m e n t e d e tod a s la s d ife r e n ci a s s u bje t iv a s d e la m is m a , | lo < 5 7>
p rocla m a la r a zón al m is m o t ie m po co m o u n a ley p a r a todos los s e r es
r a cio n a le s e n cu a n to t ie n e n u n a vol u n t a d , es d eci r , u n a fa cu l t a d d e d e -
t e r m in a r s u ca u s a lid a d po r la r e p r e s e n t a ció n d e r egla s y po r co n s e c u e n -
ci a , e n cu a n to son c a p a ce s d e act u a r s eg ú n p r i n cip io s fu n d a m e n t a le s,
co n s ig u ie n t e m e n t e t a m bié n seg ú n p r i n cip io s p r á ct icos a p riori (ya q u e
sólo és tos pos e e n es a n ece s id a d q u e la r azón exig e d e un p r i n cip io fu n -
d a m e n t a l). A s í, no s e lim it a sólo a los h o m b r e s, si n o q u e se ex t ie n d e a
todos los s e r e s fin i tos q u e t e n g a n r azón y vol u n t a d , co m p r e n d ie n d o i n -
cl u s o al s e r in fi n i to co m o i n t e lig e n ci a s u p r e m a . Pe ro en el h om b r e la ley
t ie n e la for m a d e u n i m p e r a t ivo, p u e s si bie n se p u e d e p r e s u po n e r e n él,
co m o se r r a cio n a l, vol u n t a d p u r a , en cu a n to s e r s u je to a n ece s id a d e s y a
ca u s a s d e t e r m in a n t es s e n s ib le s no se p u e d e s u po n e r u n a volu n t a d s a n -
ta, es d eci r , u n a volu n t a d in ca p a z d e m á xim a s con t r a r ia s a la ley m or a l.
P a ra es t e s e r la ley m or a l e s, p u e s , u n i m pera tivo q u e or d e n a c a t e gó r ic a -
m e n t e, p o r q u e la ley es i n co n d icio n a d a ; la r e l a ció n d e u n a volu n t a d t al
co n es t a ley es d e d epen d e n cia , b a jo el n om b r e d e ob lig a ció n q u e s ig n i-
fic a u n a co a cció n , si bie n i m p u es t a po r la m e r a r azón y su ley ob je t iv a , a
u n a a cció n ll a m a d a deber, p o r q u e u n a r b it r io a fec t a d o p a t ológ ic a m e n -
te (a u n q u e no p o r e so d e t e r m i n a d o y, p o r lo t a n to, t a m bié n s ie m p r e
lib r e ), i m p lic a u n d e s e o q u e d e r iv a d e ca u s a s s u bjetiv a s y p o r e llo

37
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

p u e d e se r fr ecu e n t e m e n t e con t r a r io al fu n d a m e n to de t e r m in a n t e obje t ivo

p u ro y por e n d e n ece si t a , co m o co a cció n mor al, d e u n a op o s ició n d e la
r a zón p r á ct ica q u e p u e d e se r lla m a d a coe r ció n in t erior, p e ro in t elect u a l.
E n la i n t elige n ci a a bsolu t a m e n t e s u ficie n t e 36 el a rbit rio se r ep r ese n t a c o -
r r ect a m e n t e co m o inca p a z d e m á xim a algu n a q u e no p u e d a s e r al m is m o
tie m po u n a ley obje t iv a | y el co n ce p t o d e sa n ti d a d q u e por ello le co r r e s- <58>
po n d e no lo pon e po r e n ci m a d e tod as las leyes p r áct ica s p e ro sí por e n ci-
m a d e tod a s la s leye s p r áct ica m e n t e res t r ictiv a s y po r lo t a n to, por e n ci m a
d e la ob lig a ció n y d el debe r. Est a s a n tid a d d e la volu n t a d es, sin e m b a r go,
u n a id e a p r áct ica q u e d e b e s e rvir n eces a r ia m e n t e d e p rototipo; 3‘ a p roxi-
m a rse al cu a l e n lo infin ito es lo ú n ico q u e co r r e s po n d e a todos los se r es
r acion a les fin itos; y es a ide a m a n tie n e con s t a n t e y ju s t a m e n t e a n t e su s
ojos la ley mor al p u r a, po r lo cu a l se lla m a t a m bié n sa n t a; es t a r seg u ro d e
es t e p rog r eso al infin ito d e la s p ropia s m áxim a s y d e su / / co n s t a n ci a [33]
in v a r ia ble p a r a u n p rog r eso con s t a n t e, q u e es la vir t u d, es lo m á s alto q u e
p u e d e re a liza r la r azón p r á ct ica fin it a; es t a vir t u d, a s u vez, al m e nos co m o
facu lt a d n a t u r alm e n te a d q u ir id a , n u nca p u e d e se r p e rfect a , por q u e la s e-
g u r id a d, en ese ca so, n u nca lleg a a se r ce r t ez a a pod íc t ic a y es m uy p e li-
gros a co m o p e r s u a sión .

8. Teore m a IV

L a a u ton o m ía d e la volu n t a d es el ú n ico p r i n cip io d e tod a s la s leye s m or a-

les y de los debe r es q u e les cor r es pon d e n; por el con t r a rio, tod a heterono m ía
del a rbit rio no sólo no fu n d a oblig ación algu n a, sino q u e es con t r a ria a es te
p r i n cip io y a la m or a lid a d d e la volu n t a d. E l ú n ico p r i n cip io d e l a m or a li-
d a d con sis t e e n la i n d e p e n d e n ci a d e tod a m a te ria d e la ley (es d ecir, d e u n
ob je t o d e s e a d o) y, al m is m o t ie m p o, e n la d e t e r m i n a ció n d e l a r bit r io
m e d i a n t e l a m e r a for m a le gis l a t iv a u n iv e r s a l d e la c u a l u n a m á xim a

38
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

d e b e se r ca p a z. A q u ell a i n d epe n d en cia es | la lib e r t a d e n s e n t ido n eg a - < 59 >

t i v o; en c a m b io, es t a leg is l a ció n p rop ia d e la r a zón p u r a y, co m o t a l,

p r á c t ic a , es la lib e r t a d e n s e n t ido positivo. Por co n s ig u ie n t e , la le y mor al
no exp r e s a n a d a m á s q u e la a u to n o m ía d e la r a zón p u r a p r á c t ic a , es
d eci r , d e la lib e r t a d; y es t a m is m a es la co n d ició n for m a l d e tod a s las
m á xim a s, ú n ic a co n d ició n b a jo la c u a l és t a s p u e d e n a r m on iza r co n la
ley p r á c t ic a s u p r e m a . A s í p u e s , si la m a t e ria d e l q u e r e r,38 la cu a l no
p u e d e se r ot r a q u e el ob je to d e u n d e s eo e n l a z a do co n la ley, e n t r a e n la
ley p r á c t ic a co m o co n d ició n de p os ib ili d a d de ésta, ello se co n v e r t i r á en
la h e t e ron om í a d el a r bit r io, es d eci r , la d e p e n d e n ci a d e l a ley d e la n a t u-
r a lez a d e s eg u i r a lg ú n i m p u lso o i n cli n a ció n y e n to n ce s la vol u n t a d no
se d a a sí m is m a la ley, si n o sola m e n t e el p r ece p to d e la ob s e r v a n ci a
r a cio n a l d e l e y e s p a t o ló g ic a s ; p e r o l a m á x i m a , q u e d e e s t e m o d o
n u n c a p u e d e co n t e n e r e n sí l a for m a legisl a t iv a u n ive r s a l, no sólo no
fu n d a ob lig a ció n a lg u n a , si n o q u e es op u e s t a ell a m is m a a l p r i n cip io d e
u n a r azón p r á c t ic a p u r a y, po r e n d e , t a m bié n a la co n v icció n m or a l, a u n
c u a n do la a cció n q u e r es u lt a r a d e ell a se h icie r a co n fo r m e a leye s.

/ / O b s e r v a ción I [3 4 ]

Por lo t a n to, no se p u e d e t e n e r po r ley p r á ct ica u n p r ece p to p r á ct ico q u e

i m plic a u n a co n d ició n m a te rial (por con sig u ie n t e ¡ e m p í r ic a ). P u es la ley <60>

d e la volu n t a d p u r a, q u e es lib r e, pon e es t a volu n t a d e n u n a esfe r a tot a l-

m e n t e d ife r e n t e a la e m p ír ica y la n ece s id a d q u e est a ley exp r es a , d a do
q u e no d e b e se r u n a n ece s id a d n a t u r al, p u e d e con sis t i r ú n ica m e n t e en
co n d icio n e s for m a les d e la pos ib ilid a d d e u n a ley e n ge n e r al. Toda m a t e-
ria d e r egla s p r á ct ica s se fu n d a sie m p r e sob r e co n d icio n e s s u bje t iv a s, la s
cu a le s no le p roporcion a n , p a r a los se r es r a cion a le s, m ás u n ive r s a lid a d
q u e la co n d icio n a d a (e n c a so d e q u e yo deseara es to o a q u ello, q u é d e bo

39
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

h a ce r p a r a r e a liz a r lo) y s e r efie r e n tod a s ella s al p r i n cip io d e la p rop ia

fel ici d a d . A h or a b ie n , cie r t a m e n t e es i n n eg a b le q u e todo q u e r e r t a m bié n
d e b e t e n e r u n ob je t o, y po r lo t a n to u n a m a t e ria; p e ro no po r e so és t a es
el fu n d a m e n to d e t e r m in a n t e y la co n d ició n d e la m á xim a , p o r q u e si lo
fu e s e no s e pod r í a ex h ib i r e n la for m a u n ive r s a l m e n t e legis l a do r a , p u es
e n to n ce s la ex p ect a t iv a d e la exis t e n ci a d el obje to se r ía la ca u s a d e t e r-
m in a n t e d el a r bit r io y el q u e r e r d e b e r í a b a s a r se en la d e p e n d e n ci a d e la
facu lt a d d e d e s e a r d e la exis t e n ci a d e u n a co s a c u a lq u ie r a , d e p e n d e n ci a
q u e no p u e d e s e r b u sc a d a m á s q u e e n la s co n d icio n e s e m p ír ic a s y q u e,
por co n s ig u ie n t e, ja m á s p u e d e p rop o rcio n a r el fu n d a m e n to d e u n a r egla
n ece s a r i a y u n ive r s a l. A s í, l a fe lici d a d d e ot ros s e r es pod r á s e r el ob je to
d e la volu n t a d d e u n se r r a cio n a l, p e ro si é s a fu e r a el fu n d a m e n to d e t e r-
m in a n t e d e la m á xim a , h a b ría q u e p r e s u po n e r q u e nosot ros h a lla m os en
el bie n e s t a r d e los d e m á s no sólo u n d e le i t e n a t u r al, sin o t a m bié n u n a
n ece s id a d s u bje t iv a , co m o lo i m p lic a el ca r á ct e r s i m p a t é t ico39 en d e t e r-
m in a dos h om b r e s. E m p e ro e s a n ece s id a d no p u e do p r e s u po n e r l a e n todo
s e r r a cio n a l (y d e n in g u n a m a n e r a en D ios). Por lo t a n to, la m a te ria d e la
m áxim a bie n p u e d e p e r m a n ece r , p e ro | no d e b e s e r la co n d ició n d e és t a, <61 >
por q u e e n tonces la m áxim a no serviría co m o ley. Así p u es, la m er a for m a de
u n a ley, q u e lim it a la m a t e ria, d e b e s e r al m is m o tie m po un fu n d a m e n to
p a r a a gr eg a r es a m a te ria a la volu n t a d, p e ro no p a r a p r e s u pon e r la . Q u e
la m a te ria se a , po r e je m p lo, mi p rop ia fe licid a d . Si a t r ib u yo és t a a c a d a
u no (co m o efect iv a m e n t e lo p u e do h a ce r e n los s e r es fin i tos), p u e d e l l e -
ga r a se r u n a le y p r á ct ica obje t iv a sólo si i n cl u yo e n ell a la fe lici d a d d e
ot r a s p e r son a s. Por lo t a n to, la le y d e p ro m ove r la fe licid a d d e ot ros no
d e r iv a d e la s u p o s ició n d e q u e es to se a u n obje t o p a r a el a r bit r io d e ca d a
u no, sino ú n ica m e n t e d e q u e la for m a d e la u n iv e r s a lid a d , q u e la r a zón
n ece s i t a co m o co n d ició n p a r a d a r a u n a m á xim a d el a m or p r op io el
v a lo r o b je t i v o d e u n a le y , l l e g a a s e r e l f u n d a m e n t o d e t e r m i n a n t e
d e l a v o l u n t a d ;40 p o r co n s i g u i e n t e , e l o b je t o (l a f e l ic i d a d d e o t r a s

40
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

pe r son a s) no er a el fu n d a m e n to de t e r m in a n t e d e la volu n t a d p u r a, sino

sólo lo e r a la m e r a for m a d e la ley, po r la cu a l yo lim it a b a mi m áxim a
fu n d a d a sob r e u n a i n cli n a ció n p a r a d a r le el ca r á ct e r / / u n ive r s al d e u n a [35]
ley h a cié n dol a a sí a d ecu a d a a la r azón p u r a p r á ct ica . Sola m e n t e d e est a
li m i t a ción y no d e la a d ició n d e un m óvil ext e r no p u do e n ton ce s s u rgir el
co n ce p t o d e ob lig ació n d e ex t e n d e r la m áxim a d el a mor p rop io a la fe lici-
d a d d e ot r as pe r son a s.

O b s e r v a ción II

Se tie n e ex act a m e n t e lo con t r a r io d el p r i n cip io d e la m or a lid a d c u a n do se

tom a co m o fu n d a m e n to d e t e r m i n a n t e d e la vol u n t a d el p r i n cip io d e la
p rop ia fe l ic i d a d , e n el cu a l d e b e i n cl u i r s e d e m a n e r a ge n e r a l, co m o h e
s e ñ a l a do m á s a r rib a, todo lo q u e sit ú a al fu n d a m e n to d e t e r m i n a n t e d e la
volu n t a d q u e h a de se rvir com o ley, fuer a d e la for m a legisla dor a de la m á-
xim a . Pero es t a co n t r a d icció n | no es m e r a m e n t e lóg ic a , co m o la q u e se <62>
d a r ía e n t r e r egla s e m p í r ic a m e n t e co n d icio n a d a s q u e u no q u is ie r a elev a r
al r a ngo d e p r i n cip io s n ece s a r ios d el co n oci m ie n t o, sin o p r á c t ic a y d e s -
t r uiría tot a lm e n t e la m or a lid a d si la voz d e la r a zón , r e s p ec t o d e la v o-
lu n t a d, no fu e r a tan cl a r a , ta n i m pos ib le d e aca lla r, ta n os t e n sib le h as t a
p a r a el h om b r e m á s co m ú n ; p e ro d e es t a m a n e r a e s a co n t r a d icció n sólo
p u e d e m a n t e n e r s e e n la s d iv a g a cio n e s e s p ec u l a t iv a s d e la s e sc u e l a s q u e
so n lo s u fici e n t e m e n t e a u d a ce s co m o p a r a ce r r a r s u s o í d o s a a q u e -
ll a voz c e le s t i a l, a fin d e m a n t e n e r u n a t eor ía q u e no p l a n t e e n in g ú n
r o m p ec a b e z a s .
Si u n a m igo por lo de m á s q u e r ido cr eye r a ju s t ifica r s e a n te ti por h a be r
h ech o u n fa lso t es tim on io y p rim e ro alega r a el s ag r a do debe r, segú n él, de
la p ropia fe licid a d , p a r a l u ego e n u m e r a r la s ve n t aja s q u e se h a p rocu r a do

41
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

co n a q u el m e d io, p e ro h icie r a not a r la p r u d e n ci a q u e h a u s a do p a r a es t a r

seg u ro d e no se r d e scu bie r to, h ast a d e pa r te t uya, a q u ie n r evela el s ecr e to
sólo por q u e p u e d e n eg a rlo e n cu a lq u ie r m om e n to; si d e s p u é s sos t uvie r a
co n tod a se r ie d a d h a be r cu m p lido u n ve r d a d e ro d e b e r h u m a no, e n ton ces
tú, o te r eiría s fre n t e a su ca r a o r e t roced e r ía s co n r ep u g n a ncia , a u n q u e si
alg u ie n h a fu n d a do su s p r i n cip ios sim ple m e n t e sob r e sus p ropia s ven t aja s
p e r son a les, no te n d ría s la m ín im a ob jeció n a es t e m é todo. Ahor a bie n ,
s u pon t e q u e a lg u ie n te r eco m ie n d a a u n hom b r e co m o a d m in is t r a dor e n
q u ie n p u e d e s con fi a r cieg a m e n t e todos tus in t e r eses y q u e p a r a in spir a r te
confia n z a lo elogia r a co m o hom b r e p r u d e n t e, q u e s a be a la p e rfecció n ob-
te n e r su p ropia ven t aja, com o hom b re de activid a d inca n s a ble q u e no deja
p a s a r ningu n a oca sión sin s aca r le p rovech o y q u e, p a r a | q u e no q u ed e n <63>

te mores d e q u e sea u n egoís t a vulga r, elogia r a el refin a m ie n to co n el q u e

es te hom b r e s a be vivir, por q u e b u sca su p l a ce r no en a m a s a r d in e ro ni en
u n a op u le n ci a b r u t a l, sino en la a m plia ción d e su s co n oci m ie n tos, u n a
com p a ñ ía in s t r uctor a b ie n e scogid a e i n clu so en ob r a s d e ca r id a d p a r a los
n ece si t a dos, p e ro po r ot r a p a r te, fu e r a u n a p e r son a sin e scr ú p u los, pa r a
los m e d ios (los cu a le s , p u e s, d e r iv a n s u v a lor o s u no v a lor ú n ic a m e n t e
d e los fin e s), p u es u tiliza el din e ro y los bie n e s d e / / los de m á s co m o si [3 6 ]

fu e r a n p rop ios tan lu ego q u e es t é segu ro d e q u e p u e d e h a ce r lo sin se r

d e scu bie r to ni i m p e d ido; pe n s a ría s q u e q u ie n h a ce est a r eco m e n d a ció n
se q u ie r e b u rla r d e ti o h a p e r d ido la r azón. Los lím it es d e la m or a lid a d y
d el a mor p rop io es t á n se ñ a l a dos co n t a n ta cl a r id a d y p r ecis ió n q u e h ast a
el ojo m á s com ú n no p u e d e d eja r d e dis ti n g u ir si a lgo p e r t e n ece a lo u no o
a lo ot ro. Las poca s ob s e r v a cio n e s sig u ie n t es p u e d e n p a r ece r s u pe rflu a s
p a r a u n a ve r d a d tan evid e n t e, p e ro sirve n al m e nos pa r a p rocu r a r a lgo d e
m a yor cl a r id a d al j u icio d e la r azón h u m a n a com ú n .
El p r i n cip io d e la fe licid a d p u e d e, cie r t a m e n t e, p ropo rcio n a r m á xi-
m a s, p e ro ja m á s t ales q u e p u ed a n se rvir d e leyes a la volu n t a d, i n clu so si

42
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

se tom a se co m o obje to la fe licid a d u n iversal. Por q u e, d a do q u e el co n oci-

m ie n to d e és t a se fu n d a sob r e p u ros d a tos d e ex p e r ie n ci a , ya q u e todo
j u icio sob r e ella d e p e n d e ba s t a n te d e la op i n ión d e ca d a u no, la cu a l,
a de m á s, es e n sí m uy v a r i a ble, es t e p r i n cip io p u e d e d a r regla s gen er a les
p e ro no u n iversales, es decir, r egla s t ales q u e en p rom e d io se ve r ifica n en
la m a yor pa r te d e los ca sos m a s no regla s q u e d e b e n v a le r sie m p r e y n e ce -
s a ria m e n t e; a sí p u es, no se p u e d e fu n d a r sob r e e s e p r i n cip io nin g u n a ley
p r áct ica . P r ecis a m e n t e por q u e a q u í u n obje to d el a rbit rio t ie n e q u e se rvir
co m o b a se d e su r egla | y, po r lo t a n to, d e b e p r ece d e r la , és t a no p u e d e <64>

refe r ir se m á s q u e a lo q u e se r eco m ie n d a , es decir, a la ex p e r ie n ci a , y en

ella d e b e b a s a r se; e n ton ce s la d ive r sid a d d el j u icio n eces a r i a m e n t e ser á
infinit a . A sí p u e s, es te p r i n cip io no p r e scr ib e a todos los se r es r acion a les
exact a m e n t e la s m is m a s regla s p r á ct ica s, a u n q u e tod as ella s se e n cu e n -
t ren com p r e n did a s b a jo u n m is m o tít ulo com ú n , i.e., el d e la felicid a d .
Pero se d e b e p e n s a r en la ley mor al co m o obje t iv a m e n t e n ece s a r i a sol a -
m e n t e por q u e d e b e v a le r p a r a todo a q u el q u e te nga r azón y volu n t a d.
La m áxim a d el a mor a sí m is m o (p r u d e n ci a) sola m e n t e a co n seja , la ley
mor al m a n d a. Sin d u d a hay, p u es, u n a gr a n d ife r e n ci a en t re a q u ello q u e
se nos acon seja y a q u ello a lo q u e es t a mos oblig a dos.
Lo q u e h a y q u e h ace r , s eg ú n el p r i n cip io d e la a u to n o m í a d e l a r b i-
t r io, lo p u e d e co m p r e n d e r fá cil m e n t e y sin n in g u n a r efle xió n el e n t e n -
d i m ie n to m á s co m ú n ; lo q u e h ay q u e h a ce r b a jo la p r e s u p o s ició n d e la
h e t e ro n o m í a d e l m is m o es d ifíc il d e d is ce r n i r y exig e co n oci m ie n t o d el
m u n d o,41 es d eci r , q u é co s a s e a u n d eber se p r e s e n t a po r s í a c a d a u n o;
p e ro q u é co s a a por t a u n a ve n t a ja ve r d a d e r a y d u r a b le , si e s t a ve n t a ja
h a d e ex t e n d e r s e a tod a l a e xis t e n ci a , es a lgo q u e sie m p r e es t á e n v u elto
e n u n a o sc u r id a d i m p e n e t r a b le y exig e u n a gr a n p r u d e n ci a p a r a a j u s -
t a r l a r e g l a p r á c t ic a a s í d e t e r m i n a d a , m e d i a n t e a ce r t a d a s e x c e p c io -
n e s , a lo s fi n e s d e la v id a , a u n q u e s e a s ólo d e u n m o d o s o p o r t a b le .

43
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

Sin e m b a rgo, la ley mor al or de n a a todos exigié n doles la ob se r v a ncia más

pu n t u al. Por lo t a nto, el ju icio d e lo q u e ha d e h ace r se, segú n est a ley, no
d e b e ofr ece r u n a dificu lt a d tal q u e el e n t e n dim ie n to más com ú n y m e nos
eje rcit a do no sep a a plica r lo, a u n sin co n ocim ie n to d el m u n do.
C u m plir el m a n da to ca t egór ico d e la mor alid a d est á sie m p re en el pod e r
| d e todos,42 cu m plir el p r ecep to e m pírica m e n t e co n d icio n a do / / d e la fe li- < 6 5 > [37]
cid a d sólo r a r a men te es posible a cu a lq u ie r a y con m ucho, ni siq u ie r a r es-
p ecto a u n a ú n ica in t e nción; la ca u s a es q u e, en el p rim e r ca so, sola m e n te
impor t a la m áxim a, la cu a l d ebe se r ve r d a de r a y pu r a, pe ro en el seg u n do se
trata t a m bién d e las fuerzas y d el pod e r fís ico de h ace r r e a lid a d u n obje to
d ese a do. Un m a n da to q u e orden a r a a ca d a u no q u e d e b e tratar d e h ace r se
feliz sería u n dispa r a te, p u es no se m a n da n u nca a n a die lo q u e él in evit a-
ble m e n t e ya q u ie r e por sí mis mo. Sola m en te h ab ría q u e or de n a r le, o más
bie n p roporcion a rle, las pa u t as por q u e no p u ed e todo lo q u e q uie r e. Pero
or de n a r la mor alid a d, co n el nom b r e de deber, es tot alm en t e r a zon a ble por-
q u e, por un la do, no todo el m u n do con sie n t e d e b u e n a ga n a ob e d ece r sus
p r ecep tos si est á n en oposición a cie r t a s inclin acion e s y en lo q u e se r efie re
a las pau t as pa r a pod e r ob e d ece r est a ley, no n ecesit a n ser e n se ñ a d a s a quí,
por q u e lo q u e se q uie r e a este r es p ecto t a m bié n se p u ede.
Aq u el q u e h a per d i do en el ju ego, bie n p u ed e en fu recerse con sigo mis mo
y su im p r u de ncia , pe ro si tie n e co n cie n ci a d e h aber hecho tra m p a13 (inclu so
si por ello h a ga n a do), d e b e despreciarse a sí m is mo en cu a n to se com p a r e
co n la ley mor al. Por lo t a n to, ést a h a de se r dis tin t a d el p r incip io d e la
p ropia felicid a d; p ues to q u e pa r a te n e r q u e d eci r s e a u no m is mo: “ soy i n-
d ig no a un cu a n do h e lle n a do mi bols a” , se d e b e te n e r ot ro p a t rón d e m edid a
pa r a el j u icio q u e el a pla u dir se a sí mis mo y d ecir: “ soy hom b r e pru den te
p u es he a u m en t ado mis fo n dos” .
Por último, e n la idea de nuestra razón práctica hay algo que acomp a ñ a a la
transgresión de una ley moral, a saber, el ser merecedor de castigo. Ahora bien, el
ser pa r tícipe de la felicid a d no | va ligado en absolu to al concep to de castigo <66>

como tal. Pues si bien el castigador p uede tener, al mismo tiempo, la buen a inten-
ción de dirigir este castigo a aquel fin también, este castigo, sin embargo, debe

44
 ANALÍTICA: D e l o s p r i n c i p i o s f u n d a m e n t a l e s

se r a n tes ju s t ifica do por sí m is mo com o t al, es decir, com o m e ro m al, de

m odo q u e el in divid uo ca s tig a do, si la cos a q u ed a r a a hí y él no vie r a ningú n
favor ocu lto det r ás d e est a d u r eza, te nga q u e con fes a r q u e h a r ecib ido su
m e r ecido y q u e su suer te se a decú a pe rfect a m e n t e a su com por t a m ie n to. E n
todo ca s tigo com o tal d e b e h aber, a nte todo, ju s t ici a , y ést a con s tit uye lo
es e n cia l d e es e con ce p to. Ella p u ed e, cie r t a m e n t e, se r com bin a d a con la
bon d a d t a m bié n, pe ro el q u e h a m e r ecido el ca s tigo no tien e la m e nor r azón,
d esp u és d e su con d u ct a , d e con t a r co n es a bon d a d. A sí p u es, el ca s tigo es
un m al fís ico q u e a u n q u e no est uvier a lig a do con el m al mor al com o co n s e-
cu e n ci a n at u ral d ebe r ía est a rlo com o co n s ecu e n cia segú n los p r incipios de
u na legisl ación mor al. Ahor a bie n , si todo delito, a un sin con side r a r las
co n s ecu e n ci a s física s r es p ecto d el autor, es por sí p u n ible, es decir, h ace
pe r d e r la felicid a d (al m e n os e n p a r t e), ob vi a m e n t e s e r í a a b s u r do d eci r
q u e el d elito h a con sis tido p r ecis a m e n t e en q u e el agen te se h a a t r aído un
ca s tigo al / / p e rju dica r su p ropia felicid a d (lo cu a l, segú n el p r i n cip io d el [38]
a mor p ropio, debe r ía ser el ve r da dero con ce p to de todo delito). De es te m odo,
el ca s tigo sería el motivo por el cu a l se lla m a a algu n a cos a u n d elito y la
ju s t ici a d ebe r ía con sis tir más bie n e n a bs t e n e r se de todo ca s tigo e im pedir
inclu so los ca s tigos n a t u r ales; en vista d e q u e en la a cció n no q u ed a ría ya
n ada de m a ld a d,44 por q u e los m ales q u e d e or din a rio se seguía n d e ella y pol-
los cu a les sola m e n te la a cció n se lla m a b a m ala a hor a q ued a ría n | a leja dos. <67>
Ade m á s, con side r a r todo ca s tigo y todo p r e m io com o el m eca n is m o q u e, en
m a nos de u na pot e nci a su perior, serviría sola m e n te pa r a pon e r en a cció n a
los seres r acion a les pa r a la co n s ecu ció n d e su in t e nción fin al (la felicid a d)
es u n m eca n is m o d e su volu n t a d, q u e s u p rim e toda libe r t a d, d e m a sia do
evide n t e pa r a q u e sea n eces a r io de t e n e r nos en ello.
Más su til a ú n, a u n q u e igu alm en te fa lso, es el alega to d e a q u ellos q u e
s u pon e n un cie r to se n tido mor al e s p eci a l, el cu a l, y ya no la r azón, de t e r m i-
n a ría la ley mor al y segú n el cu a l la co n cie n ci a d e la virt ud est a ría liga d a

45
 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s f u n d a m e n t a le s

dir ect a m e n te co n el con te n to y el place r; la co n cie n ci a d el vicio, e n ca m bio,

co n el d es a sosiego y el dolor; d e este m odo, todo q u ed a vincu l a do co n el
d e seo d e la felicid a d p ropia. Sin repe tir lo q u e se d ijo a r riba, sólo q uie ro
h ace r not a r el en ga ño q u e tiene luga r a qu í. Para p rese n t a r al vicioso com o
a tor m en t a do por la co n cie n ci a d e sus falt as tien en q u e p resen t a rlo d e a n t e-
m a no, en cu a n to al fu n d a m e n to p rimordia l d e su ca r ácter, com o mor alm en te
b u e no, al m e nos e n cie r to gr ado, y de igu al m odo te n d ría n q u e p rese n t a r de
a n t em a no com o vir t uoso a q uie n se deleit a co n la co n cie n ci a d e sus accion e s
a pega d a s al deber. A sí p u es, el co n ce p to d e la m or alid a d y d el d eb e r t uvo
q u e p r ece d e r a tod a con sid e r ación d e es te con te n t a m ie n to y no p u ed e e n
absolu to se r de riv a do d e él. Ahor a bie n , se n ecesit a a p r ecia r p rim er a m en te
la im por t a ncia d e lo q u e lla m a mos deber, la a u torida d d e la ley mor al y el
valor in m edia to q u e co n la ob se r v a ncia d e ést a la pe r son a a dq u ie r e dela n te
d e sí mism a, pa r a se n tir a q u el con te n t a m ie n to en la co n cie n ci a de la p ropia
a d ecu a ción co n el d ebe r y la a m a rga rep rim e n d a cu a n do u no p u e d e r ep ro-
ch a r se la t r a nsgresión d e la ley. Por con sig u ie n t e, | no se p u ed e sen tir es te <68>
con te n t a m ie n to o est a pe r t u r b ación del alm a a ntes d e co n oce r l a oblig ación
ni fu n d a m en t a r est a últim a e n a q u éllos. H ay q u e ser, por lo m e nos a m edia s,
un hom b re hon es to pa r a pod e r h ace r se, a u n q u e sea, u n a r ep r ese n t ación de
esos sen timien tos. Por ot r a pa r te, no n iego en a bsolu to q u e, a sí co m o m e-
dia n te la libe r t a d la volu n t a d h u m a n a es in m edia t a m en te de t e r m in a ble por
la ley mor al, sea igu alm en te posible q u e el eje r cicio fr ecu e n t e confor m e a
es te fu n d a m e n to det er min a n te p u ed a p rod ucir al fin s u bje tiv a m e n te u n se n-
timien to d e con te n t a m ie n to con sigo m is m o; más a ú n, es pa r te d el d ebe r el
es t a blece r y cultiva r ese se n tim ie n to q u e e n re a lid a d es el ú n ico q u e m e r ece
ser lla m a do sen timien to m or a l;45 p e ro el co n ce p t o d e d e b e r no p u e d e se r
d e r iv a do d e él, ya q u e d e ot r a m a n e r a t e n d ría mos q u e p e n s a r el se n ti-
m ie n to d e u n a ley co m o t al y h ace r obje to d e la s e n s a ción / / l o q u e sólo [39]
p u e d e se r p e n s a do m edia n t e la r a zón; lo cu a l, si no se q u ie r e q u e sea u na
v ulga r co n t r a d icció n , a n ula ría a bsolu t a m e n t e todo el co n ce p t o d e d e b e r y

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 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c ip io s fu n d a m e n t a le s

pon d ría en su luga r u n sim ple ju ego m ecá n ico de in cli n acion e s m á s r efin a-
d as q u e a vece s en t r a ría n en con flicto co n las m ás groser a s.
Ahor a bie n , si com p a r a m os n u es t ro p r i n cip io fu n d a m e n t a l s u p r e m o f o r -
m a l d e la r azón p u r a p r á ct ica (co m o a u tonom ía d e la volu n t a d) co n todos
los p r i n cip ios m a teriales d e la m or a lid a d a d m itidos h as t a a hor a, pod e m os
p rese n t a r en u n a t a bla todos los de m á s p r i n cip ios co m o t a les, a got a n do al
m is m o tie m po re a lm e n t e todos los de m á s ca sos pos ib le s exce p to u no sólo,
el p r i n cip io for m a l, y a sí mos t r a r co n evid e n ci a q u e es in ú til b u sca r ot ro
p r i n cip io dis tin to al q u e a hor a se exp u so, p u es todos los fu n d a m e n tos d e -
te r m in a n tes p osib le s d e la volu n t a d o son m e r a m e n t e su bjetivos, y po r lo
t a n to e m p ír icos, o bie n objetivos y r a cio n a le s; p e ro los u nos y los ot ros son,
a s u vez, o exter nos o in ternos.

| / / Fundamentos deter minan tes pr ácticos materiales en el principio de la mor alidad < 69 >[40]

s u bje tivos obje tivos

exter nos in ter nos in ter nos exter nos

la e d ucación el sen tim ie n to físico la p e rfección la volu n t ad d e Dios

(segú n Mon t aigne) (segú n E picu ro) (segú n Wolff (segú n Cr usius y ot ros
y los es toicos) mor alist as t eológicos)46

la con s tit ución civil el sen tim ie n to moral

(segú n M a n deville) (segú n H u tcheson)

| / / Los q u e es t á n sit u a dos a l a izq u ie r d a son todos e m p í r ico s y e v i d e n - < 70 > [41]
t e m e n t e n in g u n o p u e d e s e r vi r co m o p r i n cip io u n iv e r s a l d e la m o r a li-
d a d . P e ro los d e la d e r ec h a s e fu n d a n e n la r a zón (po r q u e l a p e r fe cció n
co m o cu a li d a d d e la s co s a s , y la p e r fe cció n s u p r e m a r e p r e s e n t a d a en la
s u s t a n cia , i.e. D io s , s e p u e d e n p e n s a r, u n a y ot r a, sólo m e d i a n t e co n -
ce p t o s r a cio n a le s). A h or a b ie n , el p r i m e r co n c e p t o, es d eci r , e l d e p er-
f ecc ió n , p u e d e s e r tom a do e n s e n t ido teór ico y e n t o n ce s no s ig n ific a
m á s q u e la i n t eg r id a d d e c a d a co s a e n s u e s p e cie (p e r fe cció n t r a sce n -

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 A n a l ít ic a : D e lo s p r i n c i p io s fu n d a m e n t a le s

de n t al) o d e u n a cos a sim ple m e n t e co m o cos a en ge n e r a l (p e r fecció n m e-

t a física), p e ro es to no a p lic a a q u í. Sin e m b a r go, el co n ce p t o d e p e r fecció n
en s e n tido p r áct ico es la a ptit u d o s u ficie n ci a d e u n a cos a pa r a va rios
fin e s. Est a p e r fecció n , co m o cu a li d a d d el hom b r e y por lo t a nto in t er n a,
no es m á s q u e el talen to y, lo q u e refu e rza o com ple m e n t a a é s t e, la d estre-
za. L a p e r fecció n s u p r e m a en s u sta ncia, i.e., Dios y por lo t a n to exte r n a
(co n sid e r a d a d e s d e el p u n to d e vis t a p r á ct ico) es la s u ficie n ci a d e es t e se r
p a r a todos los fin e s e n ge n e r al. A sí p u e s, si p rim e ro se nos t ie n e n q u e d a r
los fin e s, a los cu a le s sólo el co n ce p t o d e per fecció n (p e r fecció n in t e r n a en
nosot ros m is m os o exte r n a en Dios) p u e d e s e rvir co m o fu n d a m e n to de t e r-
min a n te d e la volu n t a d; p e ro cu a lq u ie r fin , co m o objeto q u e tie n e q u e
p r ece d e r a la d e t e r m i n ación d e la volu n t a d m edia n t e u n a r egla p r á ct ica y
al m is m o t ie m po con t e n e r el fu n d a m e n to d e la posib ilid a d d e és t a , y por
co n sig u ie n t e a la m a teria m is m a d e la volu n t a d, tom a d a co m o fu n d a m e n to
de t e r m in a n t e d e la m is m a, sie m p r e es e m p í r ico, y por lo t a n to p u e d e se r-
vir al p r i n cip io ep icú reo d e la doct r in a d e la fe lici d a d , p e ro ja m á s al p r i n-
ci p io r a cion a l p u ro d e la doct r in a mor al y del d eb e r (p u es los t alen tos y su
| p e rfeccion a m ie n to p u e d e n se r ca u s a s motor a s d e la volu n t a d sólo por q u e <71 >
con t r ib u ye n a la s ve n t aja s en la vid a; o bie n la volu n t a d d e D ios, cu a n do
se tom a la co n co r d a n ci a co n ella co m o objeto d e la volu n t a d, sin q u e
p r ece d a n in g ú n p r i n cip io p r á ct ico i n d e p e n d ie n t e d e la ide a d e es a vol u n -
t ad, p u e d e se r ca u s a de t e r m in a n t e d e la volu n t a d sólo por la fel ic i d a d q u e
es pe r a m os a h í), se d e d u ce e n ton ce s, en p ri m er lugar, q u e todos los p r i n ci-
pios exp u es tos a q u í son m ateriales-, en seg u n d o lugar, q u e e llos co m p r e n -
d e n todos los p r i n cip ios m a t e riales p osib le s y, fi n a l m e n te, se co n cl u y e
q u e, ya q u e los p r i n cip ios m a t e riales no sir ve n a bsolu t a m e n t e co m o ley
mor al s u p r e m a (co m o se h a d e m os t r a do), el p ri n cip io p r áctico for m a l d e la
r azón p u r a, segú n el cu a l la m e r a for m a d e u n a legis l a ció n u n ive r s a l p os i-
b le m edia n t e n u est r a s m áxim a s d e b e con s t i t u ir el fu n d a m e n to d e t e r m i-
n a n te s u p r e mo e in m edia to d e la volu n t a d, es el ú n ico p ri n cip io posible
a p to pa r a p ropo rcio n a r im pe r a tivos c a t egó r icos , es decir, leye s p r á ct ica s

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