Huí, Y u k YUK HUI

Fragmentar e l futuro: ensayos sobre tecnodiversidad

l a e d . l a r e i m p . - C i u d a d Autónoma d e B u e n o s A i r e s ,
1 9 2 p . ; 2 0 X 1 3 c m . - ( F u t u r o s Próximos, 3 3 )

Traducción d e T a d e o L i m a
ISBN 978-987-1522-89-4

I . Tecnologías. 2 . Política. 3 . Filosofía. I . L i m a , T a d e o , ^^^j

II. Título. C D D 1 7 1 . 7

s Yuk HUÍ
3 Caja Negra E d i t o r a , 2 0 2 0

FRAGMENTAR EL FUTURO

Ensayos sobre tecnodiversidad

Traducción / T a d e o L i m a

Caja Negra Editora

Buenos Aires / Argentina

info(Scajanegraeditora.com.ar
www.cajanegraeditora.com.ar

3 •G g . Dirección E d i t o r i a l :
e f l Diego Esteras / EzequieL Fanego
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Producción: M a i e n a R e y
CTreB
_ —^ re A s i s t e n t e E d i t o r i a l : Soñ'a S t e l
Diseño: C o n s u e l o P a r g a
Maquetación: Tomás F a d e l
Corrección: Sofía S t e l
d e b i d o a comprensión s u m a m e n t e l i m i t a d a d e l a técnica
de e n t o n c e s y a l afán d e e n c o n t r a r e q u i v a l e n c i a s entre
China y Occidente. H ei n t e n t a d o releer l a h i s t o r i a d e l a
filosofía china n osolo como historia i n t e l e c t u a l , sino a ¿ Q U E COMIENZA D E S P U É S
través d e l p r i s m a d e l a e p i s t e m e qi-tao, c o n m i r a s a r e - DEL FIN DE LA I L U S T R A C I Ó N ?
c o n s t r u i r u n a tradición d e l p e n s a m i e n t o t e c n o l ó g i c o e n
China. Como h e enfatizado e notra parte, esta cuestión
n o e s e nm o d o a l g u n o u n a s u n t o q u el e c o m p e t a exclu-
sivamente a China.^^ Todas l a sculturas deben reflexionar
s o b r e l a cuestión d e l a cosmotécnica p a r a l a n u e v a c o s -
mopolítica q u e s e a v e c i n a , y a q u e p a r a s u p e r a r l a M o d e r -
nidad sin recaer e nl a guerra y e l fascismo es necesario
r e a p r o p i a r s e d e l a t e c n o l o g í a m o d e r n a a través d e l encua-
d r e n u e v o d e u n a cosmotécnica q u e c o n s i s t a d e d i f e r e n -
t e s epistemologías y e p i s t e m e s . P o r eso m iproyecto n o
a p u n t a a u n a sustancialización d e l a tradición, c o m o e s
e l c a s o d e t r a d i c i o n a l i s t a s c o m o René G u é n o n o A l e x a n d e r
D u g i n ; n o r e c h a z a l a tecnología m o d e r n a , s i n o q u e e x p l o r a En junio d e 2 0 1 8 , H e n r y K i s s i n g e r publicó u n artículo
l a p o s i b i l i d a d d e d i f e r e n t e s f u t u r o s tecnológicos. E l A n t r o - e n The Atlantic titulado "How the Enlightenment Ends"
p o c e n o e s l a planetarización d e a q u e l s t o c k d e e x i s t e n c i a s [Cómo t e r m i n a l a I l u s t r a c i ó n ] . A p r i m e r a v i s t a , e l artículo
a l q u e l a t é c n i c a reducía a l e n t e p a r a H e i d e g g e r ; s u crítica p a r e c e s u g e r i r q u e l o q u e h a p u e s t o fin a l a I l u s t r a c i ó n ,
d e l a tecnología s e h a v u e l t o h o y más s i g n i f i c a t i v a q u e a l a " E r a d e l a razón", h a s i d o l a i n t e l i g e n c i a artificial.
n u n c a . L a g l o b a l i z a c i ó n u n i l a t e r a l h a l l e g a d o a s u fin y Máquinas d o t a d a s del a capacidad de analizar y razonar
e s t á s i e n d o r e l e v a d a p o r l a c o m p e t e n c i a e n l a aceleración están s o b r e p a s a n d o las capacidades cognitivas humanas.
tecnológica y l o s c a n t o s d e s i r e n a d e l a g u e r r a , l a s i n g u - U n a t e c n o l o g i a q u e h u n d e s u s raíces e n e l p e n s a m i e n t o
l a r i d a d tecnológica y l a s q u i m e r a s t r a n s h u m a n i s t a s . R e a - d e l a Ilustración d e s p l a z a a l a filosofía q u e e s s u p r i n c i p i o
b r i r l a cuestión d e l a tecnología e s r e c h a z a r este futuro f u n d a m e n t a l . D e c a r a a e s t e fin d e l a I l u s t r a c i ó n , K i s s i n g e r
tecnológico homogéneo q u e h o y s e n o s p r e s e n t a c o m o l a s o s t i e n e q u e e s n e c e s a r i o b u s c a r u n a n u e v a filosofía: " L a
única opción. Ilustración c o m e n z ó c o n i n t u i c i o n e s e s e n c i a l m e n t e filosó-
ficas p r o p a g a d a s m e d i a n t e u n a n u e v a tecnología. N u e s t r o
período a v a n z a e n l a dirección c o n t r a r i a . H a g e n e r a d o una
t e c n o l o g í a p o t e n c i a l m e n t e d o m i n a n t e e n b u s c a d e u n a fi-
losofía q u e l a guíe".^

3 6 . Y u k H U Í , " F o r a P h i l o s o p h y o f T e c h n o l o g y i n C h i n a : G«ert L o v i n k
1 . H e n r y K i s s i n g e r , " H o w t h e E n l i g h t e n m e n t E n d s " , The Atlantic, j u n i o d e
I n t e r v i e w s Y u k Huí", Parrhesia, n° 2 7 , 2 0 1 7 , p p . 4 8 - 6 3 , d i s p o n i b l e e n
2018, disponible e n www.theatlantic.com.
parrhesiajournal.org.

Pero p r i m e r o q u e n a d a , t e n e m o s q u e p r e g u n t a r : r,
qué l a c a p a c i d a d c r e c i e n t e d e l a s m á q u i n a s implicaría'^j^g'^
c e s a r i a m e n t e e l fin d e l a I l u s t r a c i ó n ? ¿Y p o r qué l l e v a a\
e x s e c r e t a r i o d e E s t a d o d e l o s E s t a d o s U n i d o s , h a c i a e l fi^^i
d e s u a r t i c u l o , a i n s t a r a l a d i r i g e n c i a p o l í t i c a d e s u paíj
a p r i o r i z a r l a investigación e n i n t e l i g e n c i a a r t i f i c i a l c o m o
u n a s u n t o d e interés n a c i o n a l u r g e n t e ?
S i e m p e z a m o s p o r e l t í t u l o d e l a r t í c u l o , "Cómo t e r m i -
n a l a I l u s t r a c i ó n " , c a b e p r e g u n t a r cómo u n " p r o y e c t o i n -
a c a b a d o " c o m o e l d e l a Ilustración ( e n p a l a b r a s d e Jürgen
H a b e r m a s ) p o d r i a t e r m i n a r s e . ^ ¿O a c a s o e l e x p e r t o e n C h i n a
s e h a s u m a d o a l a tradición a n t i i l u s t r a d a d e G i a m b a t t i s t a
Vico, Johann Gottfried Herder, Edmund Burke, Thomas
C a r l y l e , H i p p o l y t e T a i n e , E r n e s t Renán, B e n e d e t t o Croce,
Friedrich Meinecke, Oswald Spengler, Friedrich Nietzsche, a
v e c e s , y más r e c i e n t e m e n t e N i c k L a n d ? L o q u e s i g u e cons-
t i t u y e m i r e s p u e s t a a l artículo d e K i s s i n g e r ; p u e d e s e r leído
también c o m o u n a continuación d e m i s d o s e n s a y o s ante-
riores, "Sobre l a conciencia desventurada de los neorreac-
c i o n a r i o s " y "Cosmotécnica c o m o cosmopolítica".
LOS " E R R O R E S D E C I S I V O S " DE"LOS PUEBLOS 'BLANCOS'"
P r o g r e s i s t a s f e l i c e s h a n s e g u i d o l a emanación d e l a I l u s -
tración h a s t a s u final y d e s c u b r i e r o n q u e , d e h e c h o , l a l u z
l l e v a a l a o s c u r i d a d t o t a l . E l fin t r a e u n a e n o r m e s o r p r e s a :
e l v a c í o . ¿Acaso l a s p a l a b r a s de Kissinger n o atestiguan
este final como u n abismo del ah u m a n i d a d ? Pero cuando e l
s e c r e t a r i o d e E s t a d o i n s t a a l o s informáticos a c o m p r e n d e r
l a h i s t o r i a d e l a filosofía, o m i t e e s p e c i f i c a r qué h i s t o r i a y
qué filosofía. Kissinger describe e l s u f r i m i e n t o que resulta
c u a n d o e l a p o g e o d e l a civilización O c c i d e n t a l h a q u e d a d o
2 . Jürgen H a b e r m a s , " L a m o d e r n i d a d : u n p r o y e c t o i n a c a b a d o " , e n Ensayos
políticos, B a r c e l o n a , Península, 1 9 8 8 , p p . 2 6 5 - 2 8 3 .
¿QUÉ C O M I E N Z A D E S P U É S
DEL F I N D E L AI L U S T R A C I Ó N ?
O s w a l d S p e n g l e r llamó a e s t o l a " d e c a d e n c i a " [Un-
ang] Occidente. L a s similitudes entre l a s ideas de
^^'^fiigei y Spengler están l e j o s d e s e r u n a coincidencia,
^ ^ p a r t i c u l a r p o r q u e e l último f u e e l t e m a d e l a t e s i s
orado del p r i m e r o e n H a r v a r d . T i t u l a d a " E l sentido de
la^ h i s t o r i a : r e f l e x i o n e s s o b r e S p e n g l e r , T o y n b e e y K a n t " , l a
t e s i s s e c e n t r a e n l a tensión e n t r e d e t e r m i n i s m o y l i -
bertad e n l a h i s t o r i a t o m a n d o como p u n t o d e partida l a
descripción q u e h a c e S p e n g l e r d e l a h i s t o r i a c o m o proceso
orgánico. K i s s i n g e r e s c r i b e allí: " L a v i d a e s s u f r i m i e n t o , e l
nacimiento i m p l i c a l a m u e r t e . L a t r a n s i t o r i e d a d es e l des-
t i n o d e l a e x i s t e n c i a . N i n g u n a civilización h a s t a a h o r a h a
sido p e r m a n e n t e , ningún a n h e l o c o m p l e t a m e n t e colmado.
En e s t o r a d i c a l a n e c e s i d a d , e l carácter d e d e s t i n o d e l a
h i s t o r i a , e l d i l e m a d e l a m o r t a l i d a d " . ^ L a Ilustración n o e s
n i n g u n a e x c e p c i ó n ; e s s o l o u n a transición h a c i a e l d e s t i n o
de O c c i d e n t e . U n a n u e v a filosofía s e h a c e n e c e s a r i a a l final
de e s t a transición. R e s u l t a difícil, s i n e m b a r g o , precisar,
cómo sería e s t a filosofía d e b i d o a l a rápida transformación
geopolítica d e c o m i e n z o s d e l s i g l o X X I , d e s e n c a d e n a d a p o r
una serie d e acontecimientos e x t r a o r d i n a r i o s c o m o e l 1 1
de s e p t i e m b r e , q u e "puso a l d e s c u b i e r t o l a v u l n e r a b i l i d a d d e
O c c i d e n t e , y e l a s c e n s o d e C h i n a , q u e s i l e n c i o s a m e n t e está
r e c o n f i g u r a n d o e l m u n d o a través d e s u s p l a n e s d e d e s a r r o -
l l o e n l u g a r e s c o m o Á f r i c a , América L a t i n a y e l Pacífico s u r .
K i s s i n g e r t i e n e razón c u a n d o a f i r m a e n s u artículo q u e
l a filosofía d e l a Ilustración f u e p r o p a g a d a - o más p r e c i -
s a m e n t e , u n i v e r s a l i z a d a - p o r l a tecnología m o d e r n a . P e r o
o m i t e m e n c i o n a r q u e l a Ilustración n o f u e s o l o u n m o v i -
m i e n t o i n t e l e c t u a l q u e promovía l a razón y l a r a c i o n a l i d a d ,
s i n o q u e f u e también u n m o v i m i e n t o f u n d a m e n t a l m e n t e
político."^ L a t e c n o l o g í a n á u t i c a y m i l i t a r permitió a l o s
h C i t a d o e n G r e g o r y D . C l e v a , Henry Kissinger and the American Approach
l o Eoreign Policy, L e w i s b u r g , B u c k n e l l U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 9 , p . 3 8 .
^- V e r Z e e v S t e r n h e l l , The Anti-Enlightenment Tradition, N e w H a v e n , Y a l e
ünive
Oniversity Press, 2 0 1 0 , p . 2 .

poderes europeos colonizar e lm u n d o , a l l a n a n d o d eesa m a -
n e r a e l c a m i n o p a r a l o q u e h o y l l a m a m o s globalización. S e
n o s h a enseñado q u e l a Ilustración e n s u c o n j u n t o aspiraba
a realizar por completo u nconjunto de valores universales
y u n ideal de humanidad librando batalla contra l a supers-
t i c i ó n ( q u e n o equivalía n e c e s a r i a m e n t e a r e l i g i ó n ) , y q u e
e s t a b a t a l l a habría d e s e r g a n a d a p o r m e d i o d e l a c i e n c i a y
l a tecnología. Además d e d e s a r r o l l a r n u e v a s herramientas
d e n a v e g a c i ó n y cartográficas, l a Ilustración f u e e l l a m i s m a
u n p r o c e s o d e orientación q u e situó a O c c i d e n t e c o m o cen-
t r o d e e s t a transformación y f u e n t e d e s u universalización.
P e r o c o n f o r m e l a tecnología m o d e r n a p r o p a g a e l p e n -
samiento d e l a Ilustración, s u p r o p i o p r o c e s o de auto-
rrealización l l e v a a l a a u t o n e g a c i ó n : l a d i a l é c t i c a d e l a
Ilustración d e s d e u n p u n t o d e v i s t a geopolítico. E n s u
o p ú s c u l o d e 1 9 3 1 El hombre y la técnica, Oswald Spengler
argumentó q u eOccidente estaba cometiendo u n error
d e s c o m u n a l a l e x p o r t a r s u tecnología: r;
A fines del siglo l aciega v o l u n t a d d epoderlo e m p i e z a a
c o m e t e r errores decisivos. E nvez d em a n t e n e r secreto e l
s a b e r técnico, e l m a y o r t e s o r o q u e l o s p u e b l o s "blancos"
poseían, f u e o f r e c i d o a t o d o e l m u n d o o r g u l l o s a m e n t e , e n
todas las escuelas superiores, d epalabra y por escrito, y
¿QUÉ C O M I E N Z A DESPUÉS
DEL F I N D EL A I L U S T R A C I Ó N ?
s e a c e p t a b a c o n o r g u l l o s a satisfacción l a admiración d e
los indios y los japoneses.^
Como c o n s e c u e n c i a , continúa S p e n g l e r , los japoneses
" l l e g a r o n a s e r técnicos y p e r i t o s d e p r i m e r o r d e n , y e n l a
guerra contra Rusia [ d e1904-1905] demostraron u n a su-
p e r i o r i d a d técnica y m i l i t a r d e l a q u e s u s m a e s t r o s mismos
p u d i e r o n a p r e n d e r " . ^ Japón p u s o a l d e s c u b i e r t o e l dilema
d e l a globalización t e c n o l ó g i c a : p o r u n l a d o , l a difusión d e
l a t e c n o l o g í a c o n s t r u y e u n e j e t e m p o r a l g l o b a l a través d e l
c u a l l a M o d e r n i d a d e u r o p e a s e c o n v i e r t e e n e l m e t r o patrón
sincronizante d etodas l a s civilizaciones; por e lotro, e s a
m i s m a difusión l i b e r a a l a c i e n c i a y l a t e c n o l o g í a m o d e r n a s
de s u estatus d e p a t r i m o n i o exclusivo del a Modernidad
europea, l oque v u e l v e a Occidente vulnerable a l a compe-
t e n c i a g l o b a l . C o m o señaló H e g e l e n l a Fenomenologia del
espíritu, l a f e e n l a Ilustración r e e m p l a z a a l a f e r e l i g i o s a
s i n p e r c a t a r s e d e q u e también e l l a e s s o l o u n a f e . E l p e n -
s a m i e n t o d e l a Ilustración n o s llevó así p o r e l l a r g o camino
h a c i a l a globalización m i e n t r a s i b a s u c u m b i e n d o a s u pro-
p i a n e g a c i ó n . E s t o s e ajustaría p e r f e c t a m e n t e a u n a crítica
poscolonial d e Occidente, pero l ahistoria n oest a n simple.
L A CONSTITUCIÓN D E L E J E T E M P O R A L GLOBAL Y S U FINAL
APOCALÍPTICO
K i s s i n g e r está e q u i v o c a d o : l a Ilustración n o h a t e r m i n a -
d o . E n e f e c t o , l a tecnología q u e s e u s a p a r a l a v i g i l a n c i a
también h a c e p o s i b l e l a l i b e r t a d d e expresión, y v i c e v e r -
s a . P e r o corrámonos d e e s t a c o n c e p c i ó n a n t r o p o l ó g i c a y
u t i l i t a r i s t a d e l a tecnología y t o m e m o s a l a tecnología
O s w a l d S p e n g l e r , El hombre y la técnica y otros ensayos, B u e n o s A i r e s ,
Espasa-Calpe, 1947, p . 72.
6 . Ibíd.
 DEL F I N D EL A ILUSTRACI

m o d e r n a como c o n s t i t u t i v a d e f o r m a s específicas d e c o - Pero n o p o d e m o s darnos por satisfechos con una ca-

nocimiento y racionalidad/ Latecnologia m o d e r n a - l a e s -
t r u c t u r a de s o p o r t e d e l a filosofía d e l a I l u s t r a c i ó n - s e h a
c o n v e r t i d o en s u p r o p i a filosofía. Así c o m o p a r a M a r s h a l l
M c L u h a n el m e d i o e s e l m e n s a j e , la f u e r z a u n l v e r s a l i z a n t e
, d e l a tecnología s e v o l v i ó e l p r o y e c t o político d e l a I l u s -
tración. A m e d i d a q u e l a t e c n o l o g i a a s u m e y desempeña
e l r o l d e l p e n s a m i e n t o d e l a Ilustración, e l m e d i o d e j a d e
s e r e l p o r t a d o r d e s e n t i d o y s e v u e l v e el sentido mismo:
¡ e l c o n o c i m i e n t o a través d e l c u a l s e a s e g u r a e l p r o g r e s o .
Celebrada durante l a r g o t i e m p o como u n v a l o r occidental
i n c o n m o v i b l e , l a hegemonía d e l a d e m o c r a c i a p a r e c e h a -
berse disuelto e n u n a c o m e d i a con l a v i c t o r i a d e D o n a l d
T r u m p . Derepente, l a democracia estadounidense
rece t a n diferente d e l craso populismo. Sobre t o d o
d o e l líder d e l P a r t i d o R e p u b l i c a n o e x p r e s a públicamente
s u admiración p o r l a d i c t a d u r a d e K i m J o n g - U n ,
resultar tentador concederle a K i s s i n g e r q u e e l período
d e l p e n s a m i e n t o i l u s t r a d o h a c o n c l u i d o y q u e c o n él s e h a
t e r m i n a d o también e l r e p u b l i c a n i s m o a l q u e a s p i r a b a K a n t .
racterización t a n i n g e n u a , c a s i c a r i c a t u r e s c a , d el a Ilus-
tración. E s i n j u s t o s o s t e n e r q u e p e n s a d o r e s c o m o V o l t a i r e
solo insistieron e n l asuperioridad de Occidente y n o pres-
t a r o n atención a l a s d i f e r e n c i a s c u l t u r a l e s . V o l t a i r e , s i n i r
más l e j o s , alabó l a g r a n d e z a d e l a c u a t r i m i l e n a r i a c u l t u r a
c h i n a y elogió a l e m p e r a d o r , q u e e r a u n e x p e r t o e n a s -
tronomía.^ R e s u l t a s o r p r e n d e n t e , p e r o J o h a n n Gottfried
H e r d e r usó e s e i n t e r é s c o m o u n a r m a c o n t r a V o l t a i r e , acu-
sando a l francés d e falta d e sensibilidad para las dife-
rencias culturales y d e ser demasiado proclive a aplicar
a otras culturas l a s generalizaciones y clasificaciones d e
l o s métodos c i e n t í f i c o s . ^ E s c i e r t o , e n t o d o c a s o , q u e l a s
n o pa- d i f e r e n c i a s c u l t u r a l e s tenían m e n o s i m p l i c a n c i a s políticas
cuan- para Voltaire que para Herder.
) Los valores u n i v e r s a l e s propuestos por los philosophes,
puede c o m o señala a c e r t a d a m e n t e K i s s i n g e r , p u d i e r o n p r o p a g a r -
se p o r e l m u n d o e n t e r o s o l o p o r m e d i o d e l a tecnología
moderna. A lm i s m o tiempo, esatecnologia h a culminado
o a l c a n z a d o e l o b j e t i v o d e l a Ilustración y s i g u e ahora
su propio curso, creando así l a n e c e s i d a d d e u n a nueva
filosofía c a p a z d e g u i a r l a . ¿Qué t i p o d e filosofía podría
s e r e s t a ? ¿Una filosofía t r a n s h u m a n i s t a ? ¿ U n a revolución
c o n s e r v a d o r a e u r a s i a n i s t a ? ¿Un a c e l e r a c i o n i s m o l a n d i a n o ,
o quizás a l g u n a d e s u s v e r s i o n e s d e i z q u i e r d a , q u e c o m -
p a r t e n l a m i s m a e s p e r a n z a d e superar e l capitalismo ace-
lerando sus c o n t r a d i c c i o n e s h a s t a e m p u j a r l o a l a autodes-
t r u c c i ó n ? H e n r i d e S a i n t - S i m o n creyó e n s u m o m e n t o q u e l a
aceleración d e l a i n d u s t r i a l i z a c i ó n y l a m e j o r a d e l a s r e d e s
d e t r a n s p o r t e harían p o s i b l e e l s o c i a l i s m o , y a q u e p e r m i t i -
rían u n a d i s t r i b u c i ó n más e q u i t a t i v a d e b i e n e s y r e c u r s o s . "

8 . V e r Z e e v S t e i n h e l l , The Anti-Enlightenment Tradition, o p . c i t . , p . 2 8 4 .

7. Como sugieren t a n t o M a r t i n Heidegger como G i l b e r t S i m o n d o n .
9 . V e r I s a i a h Berlín, " H e r d e r y l a Ilustración", e n Vico y Herder. Dos
V e r M a r t i n H e i d e g g e r , " L a p r e g u n t a p o r l a técnica", e n Conferencias y
estudios en la historia de las ideas, M a d r i d , Cátedra, 2 0 0 0 , p p . 1 9 4 - 1 9 5 .
artículos, B a r c e l o n a , E d i c i o n e s d e l S e r b a l , 1 9 9 4 , p p . 9 - 3 7 ; y G i l b e r t
S i m o n d o n , " C u l t u r a y técnica", e n Sobre la técnica: 1953-1983, B u e n o s 1 0 . V e r F i e r r e M u s s o , " A u x o r i g i n e s d u c o n c e p t m o d e r n e : C o r p s e t réseau
Aires, Cactus, 2017, pp. 3 0 3 - 3 1 7 . d a n s l a p h i l o s o p h i e d e S a i n t - S i m o n " , Quaderni, n° 3 , 1 9 8 7 / 1 9 8 8 , p p . 1 1 - 2 9 .
 DEL
DEL
ÍF ?I NN^ DD FE' 'L, 1A, fIl L' 'U" S TDR EA SC PI UÓ ÉN S'

En s u ensayo "París, c a p i t a l d e l s i g l o X I X " , W a l t e r Ben- Y l o q u e e s más i m p o r t a n t e , S i m o n d o n s o s t i e n e l a e s p e r a n -

j a m í n señaló q u e l o s s e g u i d o r e s de Saint-Simon habían z a e n q u e e l c r e c i e n t e p e r f e c c i o n a m i e n t o d e l a tecnología
" p r e v i s t o e l d e s a r r o l l o d e l a economía m u n d i a l , p e r o n o ofrecerá n u e v a s p e r s p e c t i v a s para resolver e l problema de
la l u c h a d e c l a s e s " . " U n a r e d f e r r o v i a r i a c o n s o l i d a d a bien l a alienación y e l a n t a g o n i s m o e n t r e c u l t u r a y t e c n o l o g í a .
puede reforzar l a desigualdad a l d i s t r i b u i r e n f o r m a más L a c u e s t i ó n , s i n e m b a r g o , e s b a s t a n t e más c o m p l i c a d a d e l o
eficiente l o s recursos capitalistas. E n este sentido, l a que admite e l optimismo simondoniano. E n e l proceso de
aceleración e s s o l o u n a m a n e r a d e p r o f u n d i z a r e l a v a n c e i colonización y modernización, l a s d i f e r e n c i a s tecnológicas
d e l u n i v e r s a l i s m o d e l a I l u s t r a c i ó n . ¿Cómo p o d r í a l a a c e - \n m a n t i e n e n y r e f u e r z a n d i f e r e n c i a s d e p o d e r .
leración t e c n o l ó g i c a l l e v a r a l fin d e l c a p i t a l i s m o s i s o l a - P e r o ¿y s i l a s i t u a c i ó n s e h a r e v e r t i d o h o y ? ¿ S i , como
m e n t e crea otro proceso d e desterritorialización? Podría vaticinó S p e n g l e r , Occidente h a sido, o a l menos pare-
argumentarse a f a v o r d e u n a desterritorialización abso- ce h a b e r s i d o , s o b r e p a s a d o por s u se s t u d i a n t e s , situación
luta, p e r o sería c o m o si Hegel le hiciera u n hijo mons- que solo puede continuar? Tomemos e l ejemplo d e China.
t r u o s o a D e l e u z e . H a y q u i e n e s s o s t i e n e n q u e l a tecnología L a política a c e l e r a c i o n i s t a d e D e n g X i a o p i n g l e h a d a d o a
ha sobrepasado a l capitalismo, pero ello supone pensar China u nrol de liderazgo e n e l nuevo milenio; Shenzhen
al capitalismo como una criatura humanoide a la q u e la se h a c o n v e r t i d o e n e l S i l i c o n V a l l e y d e C h i n a y e n u n o
disrupción t e c n o l ó g i c a p u e d e d e j a r o b s o l e t a , s i m i l a r a u n d e l o s e x p e r i m e n t o s u r b a n o s más d e s q u i c i a d o s delmun-
a n c i a n o q u e y a n o s a b e cómo e n v i a r c o r r e o s electrónicos d o a c t u a l . E s a c a u s a d e l a aceleración t e c n o l ó g i c a y d e l
después d e p a s a r s e d e P C a M a c . éxito económico c o n c o m i t a n t e q u e h o y a s i s t i m o s a l últi-
Por o t r o l a d o , t e n e m o s q u e a d m i t i r q u e l a aceleración m o r e o r d e n a m i e n t o geopolítico s u r g i d o l u e g o d e l a G u e r r a
tecnológica e s históricamente n e c e s a r i a p a r a l a g l o b a l i z a - Fría: O r i e n t e q u e a v e n t a j a a O c c i d e n t e p o r m e d i o del a
c i ó n , y a q u e l o s países n o - o c c i d e n t a l e s solo p u d i e r o n i n - i n n o v a c i ó n d i g i t a l y l a a u t o m a t i z a c i ó n . E s a e s l a razón
g r e s a r e n l a e s c e n a l a geopolítica d o m i n a d a p o r Occidente por l a q u eD o n a l d T r u m p acusa a C h i n a d e r o b a r puestos
creando u n ensamblaje v e n t a j o s o d e tecnología m o d e r n a , de trabajo d e l o sEstados U n i d o s : puestos d e t r a b a j o q u e
mano de obra barata y recursos naturales baratos. Tanto f u e r o n tercerizados a C h i n a p o r sus bajos costos laborales
A n d r é L e r o i - G o u r h a n c o m o G i l b e r t S i m o n d o n señalaron q u e a h o r a están s i e n d o a b s o r b i d o s p o r máquinas.
l o s g r u p o s c o n tecnologías i n d u s t r i a l e s a v a n z a d a s t u v i e r o n
E s t a aceleración t e c n o l ó g i c a n o e s u n a r u p t u r a , sino
la c a p a c i d a d d e i n c r e m e n t a r s u i n f l u e n c i a s o b r e l o s grupos
la continuación d e l a Ilustración. E l artículo d e K i s s i n g e r
c o n tecnologías p r e i n d u s t r i a l e s . " P a r a S i m o n d o n , e n p a r t i -
pasa por alto e l hecho d e q u e l a tecnología, q u e encarna
c u l a r , l a r e v u e l t a c o n t r a l a tecnología p o r p a r t e d e g r u p o s
r a c i o n a l i d a d y epistemología, e s e l v e r d a d e r o u n i v e r s a l . E s
minoritarios e n nombre de l a cultura malinterpreta e l rol
por e s o q u e i n t e r p r e t a l a situación contemporánea como
d e l a t e c n o l o g i a , y a q u e a t r i b u y e a e s t a última u n a r a c i o -
e l fin d e l a I l u s t r a c i ó n , e n v e z d e c o m o s u continuación
nalidad que trasciende los limites de l adiferencia cultural.
b a j o o t r a s f o r m a s . ¿Estamos c o n t r a p o n i e n d o , e n t o n c e s , l o
u n i v e r s a l a l o r e l a t i v o ? ¿No e s a c a s o e s t a o p o s i c i ó n m i s m a
el p r o b l e m a ? O f r e c e r u n t r a t a d o s o b r e l o u n i v e r s a l e x c e d e e l
1 1 . W a l t e r Benjamín, "París, c a p i t a l d e l s i g l o X I X " , e n Poesía y capitalismo.
Iluminaciones 11, M a d r i d , T a u r u s , 1 9 9 9 , p . 1 7 9 . alcance de l o q u en o sproponemos aquí ( a u n q u e ello n o
1 2 . G i l b e r t S i m o n d o n , " C u l t u r a y técnica", o p . c i t . , p p . 3 0 5 - 3 0 7 . deja d e ser u n a t a r e a p e n d i e n t e ) . E l deseo d e esencializar
 iSPUÉS
nióN?

e implantar l o universal como fundamento n o slleva a e j e t e m p o r a l g l o b a l e n 1 9 6 7 : " E l f i n a l d e l a filosofía s e

identificarlo como sustancia, e n lugar de verlo como una muestra como e l t r i u n f o d e l a instalación manipulable
dimensión d e l a e x i s t e n c i a . L o s r e l a t i v i s t a s r e a c c i o n a n r e - de u n m u n d o científico-técnico, y d e l o r d e n s o c i a l e n
chazando l ouniversal, l oque los vuelve incapaces d e inte- consonancia c o n él. F i n a l d e l a filosofía q u i e r e decir:
g r a r l o e n l o p a r t i c u l a r . E s t e p e n s a m i e n t o o p o s i c i o n a l está comienzo d e l a civilización m u n d i a l f u n d a d a e n e l p e n -
e n e l núcleo d e l o s p o p u l i s m o s t a n t o d e i z q u i e r d a como samiento europeo-occidental"."
d e d e r e c h a . L o m i s m o v a l e p a r a l a noción d e h u m a n i d a d . L o s o r i e n t a l i s t a s responderán c o n u n a s o n r i s a d e c o n -
Al sustancializar l o h u m a n o como u nuniversal que tras- d e s c e n d e n c i a : " ¡ Q u é afirmación e x a g e r a d a ! " . P e r o l a v e r -
ciende todas las particularidades d e l a n a t u r a l e z a y l a cul- dad se muestra demanera palmaria cuando observamos
t u r a , h e m o s llegado a u n h u m a n i s m o q u ee s e q u i v a l e n t e el aparato técnico a n u e s t r o a l r e d e d o r y l a f u e r z a des-
al nihilismo. Para salir d e este impasse, p r i m e r o t e n e m o s c o m u n a l q u en o se m p u j a hacia u n final apocalíptico. L o
q u e p o n e r e n s u s p e n s o l a noción d e h u m a n i d a d q u e n o s q u e H e i d e g g e r l l a m a e l " f i n a l d e l a filosofía" n o e s más q u e
ha sido legada. Resulta tentador, a este respecto, invocar l a v i c t o r i a d e l a máquina a n t r o p o l ó g i c a , e l t r i u n f o d e u n
l a crítica d e C a r i S c h m i t t e n El concepto de lo político: '"La h u m a n i s m o q u e a s p i r a a r e i n v e n t a r e l Homo sapiens como
h u m a n i d a d ' r e s u l t a s e r u n i n s t r u m e n t o d e l o más útil p a r a Homo deus p o r m e d i o d e l a aceleración t e c n o l ó g i c a . N e o -
las expansiones i m p e r i a l i s t a s , y e n s u f o r m a ético-huma- rreaccionarios y transhumanistas celebran l a inteligencia
n i t a r i a c o n s t i t u y e u n v e h í c u l o específico d e l i m p e r i a l i s - artificial e nnombre deu n triunfalismo posthumanista,
m o e c o n ó m i c o . Aquí s e p o d r í a , c o n u n a modificación m u y y a q u e l a s u p e r i n t e l i g e n c i a y l a s i n g u l a r i d a d tecnológica
p l a u s i b l e , a p l i c a r u n a fórmula a c u ñ a d a p o r P r o u d h o n : e l demuestran l a "posibilidad de una humanidad sublime".
q u e d i c e h u m a n i d a d está i n t e n t a n d o e n g a ñ a r " . " L a así l l a m a d a "Ilustración o s c u r a " e s u n e s f u e r z o por
R e c h a z a r e lconcepto d eh u m a n i d a d implica romper p r e c i p i t a r e l " f i n a l d e l a filosofía" h e i d e g g e r i a n o a tra-
l a ilusión c r e a d a p o r u n d i s c u r s o u n i f i c a d o r s o b r e l o h u - vés d e u n a catastrófica e x p l o s i ó n d e l a i n t e l i g e n c i a . Como
mano q u e es propio d e l proceso d e modernización e n e n e l I Ching, e n e l q u e a l h e x a g r a m a Pi ( m a l a suerte)
c u a n t o sincronización. L a tecnología m o d e r n a sincroniza le sigue e l h e x a g r a m a Tai ( b u e n a s u e r t e ) , e n u n g i r o d e
las h i s t o r i a s no-occidentales a l olargo d e leje tempo- l o e x t r e m a d a m e n t e m a l o a l o b u e n o , e s t a explosión f o r -
ral global del aModernidad occidental. Oportunidad y zará a O c c i d e n t e a r e i n v e n t a r s e a sí m i s m o . O e s o e s a l
problema a l a v e z , e l p r o c e s o d e sincronización permi- m e n o s l o q u ecreen s u s apologetas. E n s u afirmación d e
t e a l m u n d o d i s f r u t a r d e l a c i e n c i a y d e l a tecnología; u n a aceleración m e s i á n i c a h a c i a e l a b i s m o , s e p i e n s a n a
p e r o también l o a r r a s t r a p o r e s t e eje temporal global, sí m i s m o s c o m o a n t i h u m a n i s t a s . ¿Pero q u é h a y detrás d e
que, a n i m a d o por e lh u m a n i s m o , a v a n z a hacia u n final este abismo? Robín M a c k a y h a señalado acertadamente
apocalíptico, y a s e a e s t e l a s i n g u l a r i d a d tecnológica, l a q u e e l e r r o r f a t a l d e e s t a visión d e l a c e l e r a c i o n i s m o "fue
"explosión d e i n t e l i g e n c i a " o e l s u r g i m i e n t o d e l a " s u - c r e e r q u e e n e l h o r i z o n t e d e desterritorialización a b i e r t o
p e r i n t e l i g e n c i a " . M a r t i n H e i d e g g e r y a había d e s c r i t o este p o r e l c a p i t a l s e desplegaría u n d e s e o o r i g i n a r i o c a p a z d e

1 3 . C a r i S c h m i t t , El concepto de lo político. Texto de 1932 con un prólogo y

tres corolarios, M a d r i d , A l i a n z a , 2 0 0 2 , p p . 8 3 - 8 4 . 1 4 . M a r t i n H e i d e g g e r , El ser y el tiempo, México, F C E , 1 9 7 1 .
 ¿QUÉ C O M I E N Z A D E S P U É S
DEL F I N D E LA ILUSTRACION?

ñuir l i b r e d e l a s e s t r u c t u r a s d e p o d e r i n s t i t u i d a s " . " S e l a aceleración e s i g u a l a l a v a r i a c i ó n d e v e l o c i d a d ( d e vi a

especula con este final desconocido de una desterritoria-
lización a b s o l u t a c o m o c o n fichas e ne lcasino. Acelerar l a
desorientación n o c r e a u n a s a l i d a d e l e j e t e m p o r a l g l o b a l .
Por e l c o n t r a r i o , solo g e n e r a d i s r u p c i o n e s t r a n s i t o r i a se n
l o s órdenes e s t a b l e c i d o s y losmodos de funcionamien-
t o c o n v e n c i o n a l e s . E n C h i n a , p o r e j e m p l o , l a expansión
del ancho d ebanda y del a capacidad de almacenamiento
p a r a ñ u j o s d e d a t o s h a n d a d o o r i g e n a s i s t e m a s d e crédito
sociales q u em e r a m e n t e estabilizan y reterritorializan e l
flujo del capital. U n aencuesta reciente llevada a cabo
p o r l a U n i v e r s i d a d L i b r e d e Berlín arrojó q u e u n 8 0 % d e
los chinos encuestados aprueba o aprueba fuertemente
e s t o s s i s t e m a s d e crédito s o c i a l , m i e n t r a s q u e u n 1 9 % t i e -
n e u n a opinión n e u t r a l y a p e n a s u n 1 % l o s desaprueba."
L a s c u a l i d a d e s d i s r u p t i v a s y apocalípticas intrínsecas a l a
aceleración n o s o n d e n i n g u n a m a n e r a a n t i h u m a n i s t a s .
De h e c h o , r e v e l a n u nh u m a n i s m o e x t r e m o que l u c h a para
s a l v a r s e a sí m i s m o p o r m e d i o d e u n a d e s t r u c c i ó n m a s i v a ;
en r e s u m e n , u nn i h i l i s m o del siglo X X I .
¿Es p o s i b l e e s c a p a r a l e j e t e m p o r a l g l o b a l s i n c r o n i z a n -
te d el aModernidad occidental sin proponer u n a desacele-
r a c i ó n , t a l c o m o p l a n t e a n sociólogos c o m o H a r t m u t R o s a ?
¿Podemos s o l t a r n o s d e s u a m a r r e p a r a h a c e r a v a n z a r s u s
logros e n otras direcciones?
Necesitamos volver sobre l a palabra m i s m a
c i ó n " , y a q u e e s d e m a s i a d o fácil d e j a r s e e n g a ñ a r p o r u n a
relación n o e x a m i n a d a e n t r e aceleración y r a p i d e z . S i r e -
c o r d a m o s l a ñsica d e l c o l e g i o s e c u n d a r i o , a =
v2) d i v i d i d a p o r e l t i e m p o . P e r o v e s v e l o c i d a d , n o r a p i d e z .
La velocidad es u n a m a g n i t u d vectorial, dotada de direc-
ción y s e n t i d o , m i e n t r a s q u e l a r a p i d e z e s m e r a m a g n i t u d .
¿Por qué n o c o n s i d e r a r , e n t o n c e s , u n a f o r m a a l t e r n a t i v a
d e aceleración q u e , e n v e z d e i n c r e m e n t a r l a r a p i d e z a l
e x t r e m o , c a m b i e l a dirección d e l m o v i m i e n t o , dándole a l a
t e c n o l o g í a u n n u e v o e n c u a d r e y u n a n u e v a orientación e n
relación c o n e l t i e m p o y e l d e s a r r o l l o t e c n o l ó g i c o ? D e e s a
m a n e r a s e t o r n a p o s i b l e i m a g i n a r t a m b i é n u n a bifurcación
del futuro que,-en lugar de avanzar hacia e l apocalip-
s i s , d i v e r j a d e él y s e m u l t i p l i q u e . ¿Pero qué q u i e r e d e c i r
darle u nnuevo encuadre a l a tecnologia? Para hacer esto
e s n e c e s a r i o p e n s a r c ó m o podríamos r e a p r o p i a r n o s d e l a
tecnología m o d e r n a p o r m e d i o d e u n t r a b a j o sistemáti-
c o d e reflexión s o b r e l a s i m p l i c a n c i a s e p i s t e m o l ó g i c a s y
e p i s t é m i c a s d e múltiples cosmotécnicas, es decir, de u n a
t e c n o d i v e r s i d a d h i s t ó r i c a m e n t e t r a z a b l e y aún p r o d u c t i v a .
E s e e s e l p r o y e c t o q u e c o m e n c é c o n m i l i b r o The Question
Concerning Technology in China: An Essay in Cosmotechnics
[ L a p r e g u n t a p o r l a técnica e n C h i n a : u n e n s a y o s o b r e l a
cosmotécnica], p u b l i c a d o e n 2 0 1 6 . Allí r e c u r r o a C h i n a
como ejemplo para trabajar sobre diferentes conceptuali-
z a c i o n e s d e l a tecnología y p r o f u n d i z a r e n l a p o s i b i l i d a d
de pensar e s a t e c n o d i v e r s i d a d e n l a h i s t o r i a y hacia e l
"acelera- f u t u r o . L a t e s i s d e múltiples cosmotécnicas - q u e p o r s u -
puesto n ose limita a China- insta a reabrir e lconcepto de
" t é c n i c a " y a r e e x a m i n a r l a s c o n d i c i o n e s d e l a evolución
(v2-vl)/t, tecnológica.

1 5 . Robín M a c k a y , " I m m a t e r i a l s , E x h i b i t i o n , A c c e l e r a t i o n " , e n A n d r e a s

B r o e c k m a n y Y u k Huí ( e d s . ) , 30 Years after Les Immatériaux: Art, Science T E C N O D I V E R S I D A D Y B I F U R C A C I O N E S DEL FUTURO
and Theory, Lüneburg, M e s e n P r e s s , 2 0 1 5 , p . 2 3 8 . f
1 6 . O f f i c e o f N e w s a n d P u b l i c A f f a i r s , E r e e U n i v e r s i t y o f Berlín, " S t u d y : L a técnica e s antropológicamente u n i v e r s a l . E n c u a n t o
M o r e T h a n T w o T h i r d s o f Chínese T a k e a P o s i t i v e V i e w o f S o c i a l C r e d i t
exteriorización d e l a m e m o r i a y liberación d e l o s órga-
S y s t e m s i n T h e i r C o u n t r y " , n o t a d e p r e n s a n° 1 9 8 , 2 3 d e j u l i o d e 2 0 1 8 ,
disponible e n www.fu-berlin.de. nos, es inseparable d e l proceso d e hominización y p o r

c o n s i g u i e n t e d e l a comprensión d e l s e r h u m a n o c o m o e s -
p e c i e . A través d e l d i b u j o y l a e s c r i t u r a , l o s s e r e s humanos
fueron capaces d e exteriorizar s u m e m o r i a y s u imagina-
ción; l a invención d e h e r r a m i e n t a s d e p i e d r a permitió a
los ancestros liberar sus dedos de muchas actividades. N o
r e c h a z a m o s l a i d e a d e q u e l a t é c n i c a t i e n e u n a dimensión
universal, pero esa es solo u n a de sus dimensiones. Desde
u n p u n t o d e v i s t a cosmotécnico, l a técnica e s m o t i v a d a y
constreñida p o r p a r t i c u l a r i d a d e s geográficas y especifici-
d a d e s cosmológicas. S i q u e r e m o s r e s p o n d e r a l a p e r s p e c -
t i v a d e u n a autoextinción g l o b a l , n e c e s i t a m o s v o l v e r a u n
discurso cuidadosamente elaborado sobre l a localidad y y " e x p r e s i v i s m o " , según l a formulación d e C h a r l e s T a y l o r . "
los lugares de l o h u m a n o e n e l cosmos. Para lograr esto,
p r i m e r o e s n e c e s a r i o r e a b r i r l a cuestión d e l a tecnología,
p e n s a r múltiples cosmotécnicas y n o m e r a m e n t e d o s - u n a
técnica p r e m o d e r n a y l a técnica m o d e r n a - . S i n duda,
debemos sercuidadosos c o n l a palabra "localidad" y sus
r a m i f i c a c i o n e s políticas. L a s i n v o c a c i o n e s nostálgicas d e
l a tradición o l a c u l t u r a , c u a n d o n o s o n abordadas dia-
lécticamente, p u e d e n d e r i v a r e n problemáticos r e t o r n o s
al nacionalismo, esencialismo cultural o etnofuturismo.
Aquí n o e s t a m o s considerando l a r e v u e l t a d e pequeños
grupos contra l a Modernidad e nnombre de l a cultura o l a
naturaleza; antes bien, estamos elaborando u n a estrate-
gia general para reapropiarnos d e l a tecnologia q u e t i e n e
como primer paso afirmar l a multiplicidad irreductible de
l a t e c n i c i d a d . S i b i e n e l c o n c e p t o d e cosmotécnica s e i n s -
p i r a e n S i m o n d o n , s u p r o p i a crítica n o l l e g a a a r t i c u l a r u n
c o n c e p t o d e l a t é c n i c a q u e s e s i t ú e más allá d e l a tradición
d e l a Ilustración o c c i d e n t a l d e l a q u e e s h e r e d e r a .
P r o p o n e r u n p l u r a l i s m o e s u n g e s t o q u e podría s e r
atribuido tanto a los reaccionarios como a l o srevolucio-
n a r i o s . P e n s e m o s e n e l e j e m p l o d e H e r d e r , a d v e r s a r i o acé-
rrimo de Voltaire y autor d e l ensayo "Otra filosofía del a
h i s t o r i a p a r a l a educación d e l a h u m a n i d a d " , d e 1 7 7 4 , e n
el q u esostiene q u elas experiencias culturales, los valores
n t , i 9 ! / ^ „ í ° " U N Z A DESPUÉS
D E L F I N D E LA ILUSTRACIÓN?
y l o s s e n t i m i e n t o s s o n i r r e d u c t i b l e m e n t e d i v e r s o s . ¿Se l o
puede llamar u n nacionalista? P a s t o r l u t e r a n o , discípu-
lo de K a n t y m e n t o r de Goethe, h a y quienes consideran
que s u concepto d e Volksgeist [espíritu d e l p u e b l o ] l o
u b i c a e n t r e l o s f u n d a d o r e s d e l n a c i o n a l i s m o alemán. P e r o
n o e s u n a opinión u n i v e r s a l m e n t e c o m p a r t i d a . F r i e d r i c h
M e i n e c k e escribió: " ¿ A c a s o H e r d e r , c u a n d o s e l e v a n t ó p a r a
c r e a r u n a n u e v a é p o c a , n o proclamó a l m i s m o t i e m p o l a
h u m a n i d a d y l a n a c i ó n ? " . " Filósofos c o m o Hans-Georg
G a d a m e r e I s a i a h Berlín t a m b i é n v i e r o n e n H e r d e r u n a
combinación d e - p o p u l i s m o y p l u r a l i s m o , o d e p o p u l i s m o
H e r d e r es considerado p o rm u c h o s c o m o u npensador g e n u i - i
ñ á m e n t e c o s m o p o l i t a q u e enraizó e l c o s m o p o l i t i s m o e n l a s
h e t e r o g e n e i d a d e n v e z d e e n l a h o m o g e n e i d a d ; afirmó l a s i
d i f e r e n c i a s n o basándose e n l a postulación d e e s e n c i a s ú n i - •
cas p r o p i a s d e c a d a c u l t u r a , s i n o a r g u m e n t a n d o a f a v o r d e l a
i m p o r t a n c i a d el o local y de l a igualdad d etodas l a s culturas. 5
Los seres humanos se forman e n distintos mundos
simbólicos y l i n g ü í s t i c o s . S u s d i f e r e n t e s f o r m a s d e c o n o c i -
miento y sus diferentes relaciones c o ne lm u n d o y l a tierra
no pueden medirse c o n e lrasero de sus avances e n ciencia
y t e c n o l o g í a m o d e r n a s . E l fin d e l a I l u s t r a c i ó n t i e n e q u e
comenzar p o r apropiarse de Herder siguiendo a Gadamer,
Berlín y T a y l o r , q u e d i e r o n a p e n a s l o s p r i m e r o s p a s o s e n
e s a dirección. T e n e m o s q u e e n t e n d e r e l p o d e r t r a n s f o r -
mativo de l a heterogeneidad, e nvez de replegarnos a u n
1 7 . C i t a d o e n Z e e v S t e r n h e l l , The Anti-Enlightenment Tradition, o p . c i t .
1 8 . E n m a y o d e 1 9 4 1 , H a n s - G e o r g G a d a m e r pronunció u n a c o n f e r e n c i a
s o b r e H e r d e r e n e l I n s t i t u t o Alemán d e París t i t u l a d a " V o l k u n d G e s c h i c h t e
i m D e n k e n Herders" [Pueblo e historia e n e lpensamiento de Herder]. E n
e l l a s o s t u v o q u e H e r d e r f u e más l e j o s q u e R o u s s e a u e h i z o p o s i b l e u n a
liberación d e l o s p r e j u i c i o s c u l t u r a l e s d e l o s philosophes enciclopedistas.
V e r ibíd., p . 1 1 9 . V e r también I s a i a h Berlín, " H e r d e r y l a Ilustración", o p .
c i t . , p . 1 9 3 ; y C h a r l e s T a y l o r , " L a i m p o r t a n c i a d e H e r d e r " , e n Argumentos
filosóficos. Ensayos sobre el conocimiento, el lenguaje y la modernidad,
B a r c e l o n a , Paidós, 1 9 9 7 .
 ¿QUÉ C O M I E N Z A D E S P U É S
DEL FIN D E L A ILUSTRACIÓN?

Volk [ p u e b l o , n a c i ó n ] y d e p e n d e r d e l a e m p a t i a o l a s e n s i - d e l c a p i t a l i s m o contemporáneo, q u e h a c e p o s i b l e l a a c u -
b i l i d a d p a r a r e s o l v e r t e n s i o n e s e n t r e g r u p o s c a d a v e z más m u l a c i ó n más allá d e l i m i t a c i o n e s t e m p o r a l e s y e s p a c i a l e s .
a i s l a d o s . E n r e s p u e s t a a l o s p r o b l e m a s ecológicos q u e s e L a g u e r r a e s l a t é c n i c a d e disrupción p o r e x c e l e n c i a , vas-
a s o c i a n c o n e l A n t r o p o c e n o , antropólogos c o m o Philippe t a m e n t e más e f e c t i v a q u e U b e r y A i r b n b . E n s u e n s a y o d e
D e s c o l a , e n t r e o t r o s , h a n r e a b i e r t o l a cuestión d e l p l u r a - 1 9 3 3 , Años decisivos, S p e n g l e r describió l a m á q u i n a b é l i c a
l i s m o r a d i c a l p a r t i e n d o d e l a consideración y a n o d e u n c o m o l a única r e s p u e s t a p o s i b l e a l a c r i s i s geopolítica d e
m u l t i c u l t u r a l i s m o , sino d eu n " m u l t i n a t u r a l i s m o " . Puesto s u época: " I n g l a t e r r a s e h a e n r i q u e c i d o a f u e r z a d e b a t a -
que e l n a t u r a l i s m o , que o p o n e l an a t u r a l e z a a l a c u l t u r a , l l a s , n o c o n l a teneduría d e l i b r o s y l a especulación. [ . . . ]
es e n g r a n m e d i d a u n p r o d u c t o d e l a M o d e r n i d a d , r e s u l t a Alemania t u v o que guerrear con dinero ajeno y a l servicio
i n c a p a z d e c a p t u r a r cómo s o n p e r c i b i d o s l o s no-humanos d e t a l d i n e r o , y guerreó p o r míseros h a r a p o s d e s u p r o p i o
e n o t r a s p a r t e s d e l m u n d o . P e r o l a modernización como territorio, arrancados por u nEstado enano a otros".^"
p r o c e s o d e sincronización h a c e a p a r e c e r u n p u n t o d e i n - L a visión d e l a g u e r r a c o m o solución n o f u e exclusiva
flexión que reabre conceptos como los de naturaleza y a Occidente: l o s filósofos d e l a E s c u e l a d e K i o t o t a m b i é n
técnica, q u e h a n s i d o h e r e d a d o s c o m o u n i v e r s a l e s s i n s e r propusieron l a guerra total como medio para superar l a
interrogados. L a actual demanda de pluralismo es para Modernidad.¿Puede h o y l a c o m p e t e n c i a global p o r e l
n o s o t r o s u nr e c o r d a t o r i o d e q u e debemos reapropiarnos d e s a r r o l l o d e l a i n t e l i g e n c i a a r t i f i c i a l y l a tecnología e s p a -
conscientemente del a ciencia y l atecnologia modernas, e cial generar n u e v a m e n t e l a s condiciones para u n a guerra
i m p r i m i r l e s u n a n u e v a dirección e n e l m o m e n t o e n q u e s u semejante? C o m o escribió S p e n g l e r e n 1 9 3 3 , h a y fuerzas
propagación p l a n e t a r i a a b r e e s a p o s i b i l i d a d . q u e n o s a r r a s t r a n h a c i a atrás. L a s g r a n d e s s i m i l i t u d e s e n -
P o r o t r a p a r t e , l a t e s i s d e K i s s i n g e r d e u n fin d e l a I l u s - t r e s u época y l a n u e s t r a s o n d i g n a s d e destacar, pero
tración p u e d e e n t e n d e r s e t a m b i é n c o m o señal d e l a r e a l i - también t e n e m o s q u e p r e s t a r e s p e c i a l atención a l a s d i -
zación c o m p l e t a d e u n ú n i c o e j e t e m p o r a l g l o b a l e n e l q u e f e r e n c i a s . E n s u e n s a y o , S p e n g l e r describía u n a f o r m a d e
t o d o s l o s t i e m p o s históricos c o n v e r g e n e n l a métrica s i n - pensamiento dogmática q u e había s u r g i d o e n l a s c i v i l i -
c r o n i z a n t e d el aM o d e r n i d a d e u r o p e a . E su n m o m e n t o d e zaciones no-occidentales con l aM o d e r n i d a d y que estaba
d e s o r i e n t a c i ó n , y a q u e a c a r r e a u n a pérdida d e dirección y asociada a l a mentalidad colonial:
u n a crisis del sistema d ecoordenadas Oriente-Occidente.
La conciencia desventurada d e lfascismo y l a xenofobia Pueblos a n t i q u í s i m o s d e fellahs, como losindios y los
brota d eesta incapacidad d e orientación: a m o d o d e r e s - c h i n o s , n o p u e d e n v o l v e r jamás a desempeñar u n p a p e l
p u e s t a , o f r e c e u n a política i d e n t i t a r i a f a c i l i s t a y u n a e s - independiente e n e l mundo d e l a sgrandes potencias.
tetización política d e l a tecnología. Pueden cambiar de amo, expulsar a uno - a Inglaterra,
E n t é r m i n o s más a m p l i o s , e s t a desorientación p u e d e s e r
vista como u n a deseable y necesaria desterritorialización
2 0 . O s w a l d S p e n g l e r , Años decisivos. Primera parte: Alemania y la evolución
1 9 . D e s a f o r t u n a d a m e n t e , e s t o s antropólogos d e l a n a t u r a l e z a n o p r e s t a n histórica universal, M a d r i d , E s p a s a - C a l p e , 1 9 4 7 , p p . 4 7 - 4 8 y 7 5 .
l a s u f i c i e n t e atención a l a cuestión d e l a técnica. V e r m i crítica d e e s t e 2 1 . V e r Y u k Huí, The Question Concerning Technology in China: An Essay
a b o r d a j e e n "Cosmotécnica c o m o cosmopolítica", e n l a p . 4 1 d e e s t e m i s m o in Cosmotechnics, E a l m o u t h , U r b a n o m i c , 2 0 1 6 , §23, " N i h i l i s m a n d
volumen. M o d e r n i t y " , y §24, " O v e r c o m i n g M o d e r n i t y " .

acaso, de l a India-, para sucumbir inmediatament
o t r o , p e r o n u n c a producirán y a u n a f o r m a i n t e r i o r p r o p *
d e e x i s t e n c i a política. Están y a d e m a s i a d o v i e j o s , p e t r i g
cados y gastados para ello.^^
Esta incapacidad se debe e n g r a n m e d i d a a l hecho de
q u e l a cuestión d e l a técnica n o f u e n u n c a a b o r d a d a su-
ficientemente, ni e n Occidente n ie n e l resto del mundo-
l a tecnología s i g u e s i e n d o u t i l i t a r i a , y n o h a y m a n e r a d e
divisar e lr e i n o d elos fines más allá d e l o s límites d e l a u t i -
lidad y l a eficiencia. L a eficiencia es u nfactor d e s u m a i m -
p o r t a n c i a e n l a innovación tecnológica, p e r o t i e n e q u e s e r
m e d i d a s e g ú n u n a v i s i ó n a l a r g o p l a z o , y n o e n función
de las g a n a n c i a s a c o r t o p l a z o . E l o t r o l a s t r e d e l a m e n t a -
lidad colonial es u n cinismo que n o v e n i n g u n a salida. A
fin d e c u e n t a s , ¿ q u i é n p u e d e s u s t r a e r s e a l a c o m p e t e n c i a
económica y g e o p o l i t i c a p o r e l d o m i n i o d e l a i n t e l i g e n -
M c i a a r t i f i c i a l c u a n d o l a l i n e a l i d a d tecnológica s e i d e n t i f i c a
con e l progreso de l a humanidad? Podemos estar seguros
d e q u e l a i n t e l i g e n c i a a r t i f i c i a l tendrá u n i m p a c t o sig-
n i f i c a t i v o e n n u e s t r a s s o c i e d a d e s y economías. S i C h i n a
y Rusia desaceleran el ritmo al q u e persiguen la inno-
v a c i ó n t e c n o l ó g i c a , perderán s u s v e n t a j a s competitivas.
P u t i n l o declaró e n s e p t i e m b r e d e 2 0 1 7 a n t e u n a u d i t o r i o
de escolares rusos: " Q u i e n l i d e r e e n i n t e l i g e n c i a artificial
dominará e l m u n d o " . ^ ^ P e r o s i l a aceleración y l a i n n o -
vación tecnológicas s o n l a t a r e a común d e l c a p i t a l y e l
p o d e r s o b e r a n o , e l c i n i s m o h u m a n o s o l o s e profundizará
a l a p a r d e u n a c r e c i e n t e sensación d e d e s a m p a r o f r e n t e a
s i s t e m a s tecnológicos q u e d e s p l a z a n l o s r o l e s h u m a n o s e n
c a d a v e z más p r o c e s o s . L a ú n i c a r e s p u e s t a a e s t a a p o r i a e s
un pensamiento filosófico auténtico.
2 2 . O s w a l d S p e n g l e r , Años decisivos, op. cit., p. 63.
23. James V i n c e n t , " P u t i n Says t h e N a t i o n t h a t Leads i n A I 'Will B e t h e
R u l e : o f t h e W o r l d ' " , The Verge, 4 d e s e p t i e m b r e d e 2 0 1 7 .
¿QUÉ C O M I E N Z A D E S P U É S
DEL F I N D E L AI L U S T R A C I Ó N ?
} j o e s m i intención s u g e r i r q u e l a c i e n c i a y l a t e c n o l o -
m o d e r n a s s e a n m a l a s ( s o b r e t o d o p o r q u e s o n l a s áreas
^^^las q u e formé). T a m p o c o e s t o y d i c i e n d o q u e l a s c u l -
as y t r a d i c i o n e s n o - e u r o p e a s h a y a n s i d o d e s t r u i d a s p o r
n e f a s t a s tecnologías m o d e r n a s i m p u e s t a s p o r O c c i d e n t e ,
que, e n consecuencia, debamos renunciar a l a ciencia y
\ tecnología m o d e r n a s . A n t e s b i e n , l a c u e s t i ó n e s cómo
puede repensarse este proceso h i s t ó r i c o , y qué f u t u r o s
. h a y aún d i s p o n i b l e s p a r a s u i m a g i n a c i ó n y r e a l i z a c i ó n .
S i i d e n t i f i c a m o s a l p e n s a m i e n t o d e l a Ilustración c o n l a
tecnología m o d e r n a e n t e n d i d a c o m o u n p r o c e s o irreversi-
b l e g u i a d o p o r l a u n i v e r s a l i d a d y l a r a c i o n a l i d a d , l a única
p r e g u n t a q u e t o d a v i a c a b e f o r m u l a r e s : ¿ser o n o s e r ? P e r o
s i a f i r m a m o s q u e e x i s t e n múltiples cosmotécnicas y q u e
e l l a s p u e d e n p e r m i t i r n o s t r a s c e n d e r e l límite d e l a p u r a r a -
cionalidad, podemos encontrar u n a salida a l a Modernidad
interminable y a l o s desastres q u e l a h a n acompañado.
Sería trágico r e d u c i r l a r a c i o n a l i d a d a u n m o d o d e r a z o n a -
m i e n t o e s t r i c t o y rígido; p o r d e s g r a c i a , a m e n u d o s e l a h a
e n t e n d i d o erróneamente a s i . L a h i s t o r i a d e l a razón y d e
s u relación c o n l a n a t u r a l e z a y l a t e c n o l o g í a - d e L e i b n i z a
l a cibernética y e l a p r e n d i z a j e a u t o m á t i c o - t i e n e q u e s e r
construida e interrogada de manera diferente a como se
lo h a h e c h o .
Ciertas reflexiones sobre la cultura pueden servir
para comprender estos diferentes modos d e l pensamien-
t o tecnológico. R e d e s c u b r i r l a multiplicidad de cosmo-
técnicas n o i m p l i c a r e c h a z a r l a i n t e l i g e n c i a a r t i f i c i a l o e l
a p r e n d i z a j e automático, s i n o r e a p r o p i a r s e d e l a t e c n o l o -
gía m o d e r n a y d a r l e n u e v o s encuadres a l a "estructura
d e e m p l a z a m i e n t o " q u e está e n s u núcleo.^'* S i q u e r e m o s
2 4 . E n " L a p r e g u n t a p o r l a técnica", H e i d e g g e r p r o p u s o e n t e n d e r l a e s e n c i a
d e l a tecnología m o d e r n a c o m o u n a " e s t r u c t u r a d e e m p l a z a m i e n t o "
[Gestell], e n e l s e n t i d o d e q u e l a t o t a l i d a d d e l o s e n t e s s e v u e l v e n r e s e r v a s
o r e c u r s o s d i s p o n i b l e s . V e r M a r t i n H e i d e g g e r , " L a p r e g u n t a p o r l a técnica",
e n Conferencias y artículos, B a r c e l o n a , E d i c i o n e s d e l S e r b a l , 1 9 9 4 .
sobrepasar l a M o d e r n i d a d , t e n e m o s q u ee n t e n d e r qug
h a y m a n e r a d er e s e t e a r l a c o m o s i f u e s e u n a computado'^^
o u n smartphone. Necesitamos escapar a s u ejetempor i
global, escapar a l ( t r a n s ) h u m a n i s m o q u es u b o r d i n a a l o j
CIEN A Ñ O S DE CRISIS
L A C U L T U R A MQN0TECN0LÓ6ICA
o t r o s s e r e s a l o s términos d e s u p r o p i o d e s t i n o , y p r o p o n g j .
A N T E E L B R Q T E EPIDÉMICQ
u n a n u e v a a g e n d a y u n a n u e v a imaginación d e l a t e c n o
logia q u e abran paso a nuevas formas d e vida sociales
políticas y estéticas, a n u e v a s r e l a c i o n e s c o n l o s n o - h u m a -
n o s , l a T i e r r a y e l c o s m o s . T o d o e s t o todavía t i e n e q u e ser
p e n s a d o , y a q u e r e q u i e r e u n a reevaluación n i e t z s c h e a n a
d e l a cuestión d e l a tecnología q u e s o l o r e s u l t a p o s i b l e s i
se l l e v a a c a b o c o l e c t i v a m e n t e .
En este sentido, podemos t o m a r l atesis d e Kissinger
y a n o c o m o b l a n c o d e c r í t i c a , s i n o c o m o u n a invitación
a p e n s a r m á s allá d e l fin d e l a I l u s t r a c i ó n , c o m o u n d e -
safío a a s u m i r e s t a t a r e a d e p e n s a r a f o n d o l a p l u r a l i d a d
d e s u s f o r m a s . Quizá l a a d v e r t e n c i a c o n l a q u e e l p r o p i o Allí d o n d e l a filosofía s e mostró c o m o u n a a y u d a ,
K i s s i n g e r c i e r r a s u e n s a y o s e a l a m a n e r a más a p r o p i a d a d e como algo salvador, como algo protector, fue siempre con f
c o n c l u i r e s t a crítica: " S i p r o n t o n o d a m o s c o m i e n z o a e s t e l o s s a n o s ; a l o s e n f e r m o s l o s volvió a ú n más e n f e r m o s .
esfuerzo, d e n t r o d epoco descubriremos que comenzamos F r i e d r i c h N i e t z s c h e , La filosofía en la época trágica de los griegos^
demasiado tarde"."

E L C E N T E N A R I Q D E " L A C R I S I S D E L ESPÍRITU"

E n 1 9 1 9 , después d e l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l , e l p o e t a
francés P a u l Valéry escribió e n s u e n s a y o " L a c r i s i s d e l
espíritu": "Nosotras, l a s civilizaciones, sabemos ahora
que somos mortales".^ Solo e n u n a tragedia s e m e j a n t e , y
con p o s t e r i o r i d a d , n o s d a m o s c u e n t a d eq u es o m o s seres
frágiles. C i e n años d e s p u é s , u n murciélago e n C h i n a - s i

1 - F r i e d r i c h N i e t z s c h e , La filosofía en la época trágica de los griegos,

Madrid, Valdemar, 1999, p . 33.
2 . P a u l Valéry, " L a c r i s i s d e l espíritu", e n Política del espíritu, Buenos
25. H e n r y Kissinger, " H o w the E n l i g h t e n m e n t Ends", op. cit. Aires, Losada, 1 9 6 1 , p . 23.