» n i forjar al «hombre nuí

ei Duce declaraba a Otra.

«asion por esta Italia que he for- CAPITULO 11

mss en la realidad. Comienzo a

^ue hay de más verdadero en rru. LA MODERNIDAD TOTALITARIA
risieza interior: es que estoy pre-
talia y los italianos. Los Italianos
, o mejor, de mi Italia.

¡uizi más evidente la comple-

incipio. inducen a considerar
s todavía una cuestión abier-
tohadores que el fascismo no
contrastes y contradicciones,
ncia en su naturaleza funda-
ce esidente, en m i opinión,
o de una vez por todas según
ser preservado, en su integri-
y de la degeneración. E n el
to del "hombre nuevo» tuvo
«endientes a modos diversos
>s tiempos para llevar a cabo
: debía a la incoherencia del
dh ersidad de las situaciones
k las versiones que le dieron
. a causa de su posición ideo-
ición antropológica. Indagar
«mbre nuevo» fascista, puede
l i r a de los fascistas mismos,
itemente absurdas, ridiculas
régimen. L a revolución an-
fue efectivamente puesto en
decenios millones de italia-
Cuales sean, en cambio, los
la tenido en la gran masa de
uciado.
E l avance de la historiografía del fascismo durante las tres últimas décadas ha
supuesto una sustancial revisión de la imagen que de este fenómeno habían
dado las interpretaciones predominantes hasta principios de la década de 1960.
Durante este período ha habido un continuo enriquecimiento de los conoci-
mientos, una renovación profunda de las perspectivas de análisis, una notable
ampliación de los temas y de los campos de investigación. Pero el avance fun-
damental consiste en la diversa sensibilidad cultural, en la visión más histórica
y más realista, cada vez menos condicionada por los esquemas ideológicos y
prejuicios políticos, con los que se ha comenzado a observar y a analizar el fenó-
meno fascista en el conjunto de sus aspectos adquiriendo una conciencia crítica
cada vez mayor de aquello que ha supuesto para la Historia Contemporánea'.
' L a s orientaciones m á s recientes de la h i s t o r i o g r a f í a del fascismo, especialmente en el c a m p o de la
h i s t o r i a c u l t u r a l , h a n sido e x a m i n a d a s c o n la a c o s t u m b r a d a fineza de j u i c i o por N i c c o l ó Z a p p o n i ,
« F a s c i s m i n I t a l i a n H i s t o r i o g r a p h y , 1 9 8 6 - 9 3 : A F a d i n g N a c i o n a l I d e n t i t y » , e n Journal of Contempo-
rary History, octubre, 1 9 9 4 , pp. 5 4 7 - 5 6 8 . P a r a u n a v a l o r a c i ó n de los progresos de la h i s t o r i o g r a f í a
del fascismo d e s p u é s de l a d é c a d a de 1 9 6 0 , bajo el p u n t o de vista de q u i e n escribe, cfr., E . G e n t i l e ,
« F a s c i s m i n I t a l i a n H i s t o r i o g r a p h y : I n Search o f a n d I n d i v i d u a l H i s t o r i c a l I d e n t i t y » , en Journal of
Contemporary History, a b r i l , 1 9 8 6 , pp. 1 7 9 - 2 0 8 .
276 ENFOQUES D E U N A INTERPRETACIÓN
L a r e n o v a c i ó n m á s significativa q u i z á se h a y a dado e n el estudio de l a
i d e o l o g í a del fascismo y, en sentido lato, de s u c u l t u r a . L a s nuevas investiga-
ciones en el universo i d e o l ó g i c o y m i t o l ó g i c o fascista, cada vez m á s o r i e n t a -
das al a n á l i s i s concreto de l a realidad h i s t ó r i c a , h a n estado a c o m p a ñ a d a s p o r
u n debate, a veces n o carente de a b s t r a c c i ó n y de verbosidad, en el que se h a n
visto i m p l i c a d o s historiadores y estudiosos de las ciencias sociales e m p e ñ a d o s
en d i s c u t i r el papel que l a i d e o l o g í a h a tenido e n l a f o r m a c i ó n y en el é x i t o d e l
fascismo, en sus matrices, en sus contenidos, y e n l a parte que a l a i d e o l o g í a
se le e n c o m i e n d a en l a e l a b o r a c i ó n de u n a d e f i n i c i ó n t e ó r i c a del f e n ó m e n o
fascista.
C u a n d o , en el curso de l a d é c a d a de 1 9 6 0 , se puso e n m a r c h a en I t a l i a u n a
n u e v a h i s t o r i o g r a f í a sobre el fascismo — s o b r e todo gracias a las investigacio-
nes dirigidas p o r R e n z o D e Felice c o n i n d e p e n d e n c i a intelectual y n o c o m ú n ,
y c o n g e n u i n a c u r i o s i d a d c i e n t í f i c a — entre los estudiosos d o m i n a b a , casi
i n d i s c u t i d a , l a c o n v i c c i ó n de que el fascismo n o h a b í a tenido u n a i d e o l o g í a
p r o p i a ; h a b í a sido, p o r tanto, u n m o v i m i e n t o s i n u n a v i s i ó n exclusiva de l a
v i d a y de la p o l í t i c a , s i n u n proyecto p r i v a t i v o de o r g a n i z a c i ó n de l a sociedad
y del E s t a d o . E n caso de concederse u n a cierta i d e o l o g í a al fascismo, é s t a se
r e t e n í a de m a l a c a l i d a d o de segunda m a n o , m a n i p u l a d a p o r el m o v i m i e n -
to nacionalista o, i n c l u s o , considerada d o c t r i n a e x c l u s i v a m e n t e « n e g a t i v a »
( a n t i d e m o c r a c i a , a n t i l i h e r a l i s m o , a n t i m a r x i s m o , a n t i p a r l a m e n t a r i s m o , etc.)
s i n n i n g u n a f o r m u l a c i ó n «positiva»^. L a i d e o l o g í a fascista, e n definitiva, era
u n a a c u m u l a c i ó n de i m p r o v i s a c i o n e s d e m a g ó g i c a s , de aspiraciones y de pro-
p ó s i t o s veleidosos o mistificadores, y por tanto m a t e r i a de escasa o n i n g u n a
relevancia para el c o n o c i m i e n t o y l a c o m p r e n s i ó n de l a realidad h i s t ó r i c a del
fascismo.
L a indiferencia, si n o i n c l u s o l a a v e r s i ó n , p o r el estudio de los aspectos
i d e o l ó g i c o s del fascismo era tal que apenas t u v i e r o n eco entonces, en l a his-
t o r i o g r a f í a italiana, las publicaciones de E r n s t N o l t e , E u g e n Weber, George
L . Mosse, James A . Gregor: tesis m u y distintas entre ellas p o r i m p o s t a c i ó n ,
m é t o d o e i n t e r p r e t a c i ó n y, s i n embargo, coincidentes en reconocer l a existen-
cia de u n a i d e o l o g í a fascista y considerar que é s t e era u n aspecto de l a realidad
h i s t ó r i c a del fascismo que n o d e b í a ser olvidado. A p r i n c i p i o s de la d é c a d a de
1 9 7 0 a i i n eran r a r í s i m o s , al menos en Italia, los historiadores que considera-
b a n ú t i l y necesario p a r a c o m p r e n d e r h i s t ó r i c a m e n t e el fascismo e x a m i n a r no
s ó l o los hechos, las acciones, los resultados —sopesados e x c l u s i v a m e n t e en el
c a m p o de los juegos p o l í t i c o s y de los intereses de c l a s e — , mas q u i z á t a m b i é n
I í p i e o en este sentido, G . Q u a z z a , « A n t i f a s c i s m o c last ismo lu I noilo l i r l l c ori|',im». en N . Ii.ml.i
plia ( d i r ) , Fascismo e capitalismo, Milán, 1976, iK y ss.
LA M O D E R N I D A D T O T A L I I ARIA 277
i m p r e s c i n d i b l e estudiar los c o m p o r t a m i e n t o s mentales, las creencias, los v a -
lores, los m i t o s , las visiones d e l pasado, las interpretaciones del presente, las
aspiraciones del futuro. E l fascismo — e r a entonces o p i n i ó n m a y o r i t a r i a entre
los h i s t o r i a d o r e s — no m e r e c í a ser e x a n i i n a d o c o m o se hace c o n otros m o -
v i m i e n t o s p o l í t i c o s tales c o m o el l i b e r a l i s m o , el socialismo o el c o m u n i s m o ,
t o m á n d o l o seriamente en c o n s i d e r a c i ó n i n c l u s o c o m o m o v i m i e n t o de ideas.
E l historiador del fascismo t e n í a que ocuparse s ó l o de los « h e c h o s » , de las
« a c c i o n e s » y de los « r e s u l t a d o s » , y no a d e m á s de las «ideas», de las « i n t e n c i o -
nes» y de los « p r o y e c t o s » . P a r a defender esta postura se citaban l a d i s o n a n c i a
entre i d e o l o g í a y p r á c t i c a p o l í t i c a , la i n c o h e r e n c i a p r o g r a m á t i c a , los c a m b i o s
de r u m b o , las adaptaciones y las corhponendas tras l a conquista del poder,
el contraste entre los objetivos declarados y los resultados efectivamente c o n -
seguidos o l a d e s p r o p o r c i ó n entre l a r ' a m b i c i o n e s perseguidas y el resultado
desastroso de l a experiencia fascista.
E s t a postura, en realidad, aparece m o t i v a d a p r e j u d i c i a l m e n t e p o r l a infra-
v a l o r a c i ó n d e l aspecto i d e o l ó g i c o del fascismo m á s que por l a p e c u l i a r i d a d
de s u e x p e r i e n c i a o por la validez científica de u n criterio a p r i o r í s t i c a m e n t e
d i s c r i m i n a n t e entre «ideas» y « h e c h o s » .
S i tal criterio de i n t e r p r e t a c i ó n fuese aplicado a todos los m o v i m i e n t o s
p o l í t i c o s , c o m o p o r c o h e r e n c i a científica d e b e r í a ocurrir, enteras bibliotecas
dedicadas a las ideas del l i b e r a l i s m o , del socialismo, del c o m u n i s m o , del anar-
q u i s m o , etc., p o d r í a n aparecer c o m o p a t é t i c o s m o n u m e n t o s a l a i n u t i l i d a d
j u n t o a los que se c o l o c a r í a n , c o n e s p í r i t u de i m p a r c i a l i d a d , las obras de G i o -
v a n n i G e n t i l e y de A n t o n i o G r a m s c i . E n todos los m o v i m i e n t o s p o l í t i c o s se
contrastan discordancias entre i d e o l o g í a y a c c i ó n , incoherencias p r o g r a m á t i -
cas, cambios de r u m b o , c o m p o n e n d a s y adaptaciones a las contingencias tras
conquistar el poder o en f u n c i ó n de las c o n d i c i o n e s en las que se encuentra
el m o v i m i e n t o e n r e l a c i ó n al poder. Pero en todo m o v i m i e n t o p o l í t i c o hay
t a m b i é n u n c o n j u n t o de p r i n c i p i o s fundamentales que definen su identidad,
incluso a t r a v é s de los inevitables caitibios determinados [lor su propio ileve-
nir, e i n d i c a n los valores y las met.is que tesi.in p e í l u . i n e n i e s no obsi.inie l . i s
adaptaciones y los c o m p r o m i s o s , .unes v d e s p u é s de l.i ( o i u p i i s i . i del podei,
fijando de m a n e r a d e l i m i i v . i el n i i i l e o ideolo|',iio que p . i i . i el í.isi isiiio l ú e el
m i t o d e l E s t a d o totalitario y p . i i . i el i i . u lon.ilsoi i.ilisiiio, el i . i i i s i i i o .iiiiise
m i t a . Y u n a g r a d a c i ó n , m á s o menos elev.ul.i, de disiiaM.i eiiiie ulrología y
praxis p o l í t i c a siempre e i n e v i i . i l i l e i i u m e está pír«-íilr ni lo» i n o v i n i i e i i i o s
revolucionarios, antes y d e s p u é s de l.i i oiiqiii»!,! del podei ( leiliiliieiile en
el fascismo h u b o una dosis tie pi,ip,iii.iiisiiio y i t l a i i v o m o i|Ml/4 liitiyoi «pie
en o l i o s m o v i m i e i i l o s , peto no se li.il.ih.i solo de opoillllllklllll y de IrtlTIIt ia
ideoléij'U .1: pi.i|',m.ilisiiio y tel.ilivisiiio ei.m .ispee lo» de llllil pokllire lllPllliil r
278 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
i d e o l ó g i c a que c o n t r a p o n í a l a « e x p e r i e n c i a » a l a «teoría», el e x p e r i m e n t a l i s m o
de la a c c i ó n a la coherencia doctrinaria, la fe en el m i t o a la p e r s u a s i ó n racional.
L a a d a p t a c i ó n contingente, la variabilidad de los programas, la discordancia
entre proyectos y resultados no c o m p r o m e t e n , no obstante, la u t i l i d a d del es-
tudio de la i d e o l o g í a para conocer y definir la identidad y la naturaleza de u n
m o v i m i e n t o p o l í t i c o n i siquiera cuando este m o v i m i e n t o , c o m o en el caso del
fascismo, h a b í a nacido con u n a actitud activista, a n t i t e ó r i c a y a n t i i d e o l ó g i c a .
«Se resiste a m o r i r — a p u n t a b a en 1 9 7 9 A l b e r t o A s o r R o s a — el prejuicio,
a fin de cuentas de origen ideal y crociano, de que el fascismo puesto que
g o z ó de u n a c u l t u r a elevada, no tuvo, en absoluto, c u l t u r a » ^ . Pero se debe
precisar, que d i c h o t a b ú t a m b i é n era a m p l i a m e n t e c o m p a r t i d o por los h i s t o -
riadores marxistas y los radicales, unos y otros, no m e n o s que los historiado- '
res liberales de descendencia crociana, dispuestos a a d m i t i r — c o m o e s c r i b í a
por aquel entonces A s o r R o s a — «la c o n v i c c i ó n de que a t r i b u i r al fascismo
la capacidad de c o n t r o l a r masas extensas de intelectuales no significa reco-
nocerle u n a patente nobleza respecto de la H i s t o r i a , mas solamente intentar
c o m p r e n d e r mejor y m á s a fondo las reales modalidades operativas de
experiencia t o t a l i t a r i a » . Sustrato de este c o n v e n c i o n a l i s m o es u n a especie de
reluctancia a reconocer que el fascismo, en tanto que m o v i m i e n t o y r é g i m e n ,
t u v o u n a i d e o l o g í a propia, y tal reluctancia, h a s e ñ a l a d o Pier G i o r g i o Z u n i -
no, era fruto «de la p e r c e p c i ó n , m á s o m e n o s consciente pero evidentemente
no falaz, del hecho que conceder al fascismo u n m í n i m o terreno i d e o l ó g i c o
fuese equivalente a adentrarse en u n n i v e l en el que se v e r í a n obligados a ha-
cer cuentas con u n a idea del fascismo sensiblemente distinta respecto a aquella
en la que se h a b í a n a n c l a d o » porque «a t r a v é s del resquicio de la i d e o l o g í a se
h a b r í a n inevitablemente i n s i n u a d o g é r m e n e s que antes o d e s p u é s c o n d u c i -
r í a n a mermar, si no a disgregar, u n a consolidada i m a g e n del fascismo y del
antifascismo»^.
E l p r i n c i p a l o b s t á c u l o para la puesta en m a r c h a de u n a i n v e s t i g a c i ó n c i e n -
tífica en el universo c u l t u r a l fascista, en efecto, eran los prejuicios i d e o l ó g i c o s
de las orientaciones h i s t o r i o g r á f i c a s que, fieles a u n a p a r t i c u l a r t r a d i c i ó n a n t i -
fascista de los que se consideraban ú n i c o s i n t é r p r e t e s y custodios, p r e t e n d í a n
fundar la validez científica de su i n t e r p r e t a c i ó n del fascismo en d e t r i m e n t o de
la i n v e s t i g a c i ó n concreta y s i s t e m á t i c a . S e g ú n esta i n t e r p r e t a c i ó n , el fascismo
h a b í a sido u n m o v i m i e n t o p o l í t i c o absolutamente i n s t r u m e n t a l al servicio
del gran capital, brazo a r m a d o de la i d e o l o g í a nacionalista y, por tanto, m o -
A . Asor R o s a , « G l i i n t e l l e t t u a l i dalla G r a n G u e r r a a o g g i » , en N . Tranfiiglia ( d i r . ) . /'//,///,/ iiniin
••¡iinojrmfia del secando dopoguerra, M i l á n , 1 9 8 0 , pp. 2 1 8 - 1 9 .
' i ; G . Z n n i n o , L'ideologia del fascismo, B o l o n i a . I 9 8 S . p. I 4 S .
LA M O D E R N I D A D I O I Al.I I ARIA 27'J
v i m i e n t o sin u n a p r o p i a i n d i v i d u a l i d a d h i s t ó r i c a , sin a u t o n o m í a «subjeiiv.i»
y « o b j e t i v a » ; e p i f e n ó m e n o y no f e n ó m e n o , m a n i f e s t a c i ó n c o n l i n g e n i e , en
v e r s i ó n e x t r e m a y degenerada, de f e n ó m e n o s preexistentes al fascismo l o m o
la r e a c c i ó n burguesa, el c a r á c t e r de los italianos, el autoritarismo consei v.i
dor, etc. E l fascismo, s e g ú n esta imagen, n o h a b í a sido m á s que m o r r a l l a i l c
ignorantes brutales y de pseudointelectuales oportunistas, de aventureros, tic
delincuentes e inadaptados s i n ideas y s i n ideales, peonaje a r m a d o y v i o l e n t a
soldada de las fuerzas reaccionarias que q u e r í a n detener el progreso de la m o -
no d e r n i d a d para r e c o n d u c i r al origen el c a m i n o de la H i s t o r i a .
E l presupuesto i d e o l ó g i c o de esta i n t e r p r e t a c i ó n era u n a v i s i ó n d i c o t ó m i -
ca y t e l e o l ó g i c a de las vicisitudes del m u n d o m o d e r n o representadas c o m o
a n t a g o n i s m o entre « r e v o l u c i ó n » y « r e a c c i ó n » , « p r o g r e s o » y « r e g r e s i ó n » , « m o -
d e r n i d a d » y « a n t i m o d e r n i d a d » , «historia» y « a n t i h i s t o r i a » . E n el á m b i t o de
esta v i s i ó n el fascismo era u n a m e r a negatividad h i s t ó r i c a , u n a aberración
regresiva a n t i m o d e r n a y a n t i h i s t ó r i c a en el avance de l a c i v i l i z a c i ó n m o d e r n a
h a c i a l a r e a l i z a c i ó n del m u n d o de la r a z ó n y de la libertad, m u n d o diversa-
una mente prefigurado, s e g ú n los ideales contrastados de libertad y c i v i l i z a c i ó n ,
por las i d e o l o g í a s de los diversos m o v i m i e n t o s antifascistas. D e s d e este p u n t o
de vista, para explicar el é x i t o que, a pesar de todo, el fascismo l o g r ó d u r a n t e
u n a m p l i o p e r í o d o atrayendo u n apoyo m a s i v o e i m p l i c a n d o a reconocidos
y prestigiosos intelectuales, i n c l u s o a aquellos de c u l t u r a m á s novedosa, m á s
m o d e r n a y de vanguardia, las ú n i c a s razones retenidas c o m o v á l i d a s eran la
violencia, el e n g a ñ o , la demagogia, la c o r r u p c i ó n o el o p o r t u n i s m o . T o d o s los
aspectos i d e o l ó g i c o s e institucionales que fueron propios del fascismo — l a
m i l i t a r i z a c i ó n de l a p o l í t i c a , la m o v i l i z a c i ó n de las masas, el culto al duce,
la c o n c e p c i ó n del E s t a d o totalitario, l a e d u c a c i ó n del « i t a l i a n o n u e v o » , los
mitos de l a « n u e v a c i v i l i z a c i ó n » , los ritos y los s í m b o l o s de u n a n u e v a religión
p o l í t i c a — se consideraban nada m á s que camuflaje de la dictadura de un
demagogo y de u n a clase social c u y o ú n i c o p r o p ó s i t o era parar el reloj de la
Historia.
E s t a i n t e r p r e t a c i ó n dejaba sin resolver pr.ít l i i .imeiiie todos los pioblem.is
nacidos de una o b s e r v a c i ó n de la e x p e i i e i n i . i í.isi isi.i sin el íiliio de esqiie
mas preconstituidos. Por ejeiii(ilo, en lo l e l e i u l o .1 l.i dem.i|',o|',i,i v ,il eii|',,iiio
— m o t i v o s principales n o r m a l i i i e i i i e .idopi.idos p.ii.i cHplu.ii i l exiio del
f a s c i s m o — no se puede e v i d e n i e n i e i i i e .mis.11 .il l.isi isiiio, i o n i o p.iiiido v
c o m o E s t a d o , de haber enma.seai.ido sus ideas y s u s fines .igiiaiido la bandei.i
de la libertad, cautivando a los inielei iii.iles .il defeiidei la i i i l u i i a iiidepen
diente, cortejando a las masas i o n pioiiies.is de I n r i i r s l i i i niaiBllill y «le vid.i
nelLi
paeífie.i y feliz, p o n i é n d o l a s .il lep.iio de l.is u i i i p i siades liéllia» y i l r las t o n
viilsioiies del i i i n i i d o m o d e r n o en nii.i (*poi .1 .11111 doniiiiaila |IHI U I'ivallilad
280 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
entre n a c i o n a l i s m o s belicosos e i d e o l o g í a s revolucionarias. L a paradoja del
encanto fascista reside precisamente e n l a « s i n c e r i d a d » de s u i d e o l o g í a . C o n
el fascismo topamos de frente c o n u n a franca y b r u t a l d e c l a r a c i ó n de a v e r s i ó n
por l a libertad, la igualdad, la felicidad o la paz c o m o ideales de v i d a ; estamos
frente a u n a i d e o l o g í a que exalta la i r r a c i o n a l i d a d , l a v o l u n t a d de poder de
las m i n o r í a s elegidas, la o b e d i e n c i a de las masas, el sacrificio del i n d i v i d u o a
favor de la c o l e c t i v i d a d e n t e n d i d a c o m o E s t a d o y n a c i ó n . L o s fascistas n u n c a
a n u n c i a r o n querer defender l a l i b e r t a d y l a r a c i o n a l i d a d en el m u n d o . P r o c l a -
m a b a n que l a r a z ó n c u e n t a poco en l a p o l í t i c a , espacio d o n d e p r e d o m i n a n l a
fuerza, la v o l u n t a d de poder y el consenso suscitado por el m i t o y por la fe.
E l fascismo no p r o m e t i ó n u n c a la e m a n c i p a c i ó n y la l i b e r a c i ó n del h o m b r e .
A n t e s y d e s p u é s de la c o n q u i s t a del p o d e r el fascismo o s t e n t ó s u h o s t i l i d a d
por el m i t o del autogobierno de las masas y d e c l a r ó , siempre abiertamente,
que consideraba a las masas u n m a t e r i a l a m o d e l a r para conseguir los obje-
tivos de s u p o l í t i c a de d o m i n i o y de potencia. S u é t i c a i n d i v i d u a l y c o l e c t i v a
predicaba el sacrificio, l a austeridad, el desprecio del h e d o n i s m o y la b ú s q u e -
da de la felicidad, la constante d e v o c i ó n a l E s t a d o , l a d i s c i p l i n a , la fidelidad
i n c o n d i c i o n a d a y la fuerza de c a r á c t e r necesaria para afrontar el d e s a f í o de
nuevas guerras en n o m b r e de la grandeza y de l a potencia. Y todo esto era
p r o c l a m a d o p ú b l i c a m e n t e en las plazas, f o r m a l i z a d o en los tratados d o c t r i -
nales, predicado en las escuelas, i n c u l c a d o en las conciencias, impreso en las
fachadas de las casas y a lo largo de las calles. M i l l o n e s de personas, cultas e
iletradas, v i e r o n en el fascismo u n a s o l u c i ó n e n t u s i á s t i c a para los conflictos
de la sociedad m o d e r n a y creyeron que sería el c o m i e n z o de u n a n u e v a era de
grandeza nacional, el n a c i m i e n t o de u n a « n u e v a civilización» destinada a d u r a r
por siglos.
C o m p r e n d e r las razones del encanto que semejante v i s i ó n de l a v i d a y de
la p o l í t i c a h a b í a ejercitado sobre m i l l o n e s de personas, en Italia y en E u r o p a ,
h a sido u n o de los m o t i v o s que m e h a n i n d u c i d o a aviar el estudio del m o -
v i m i e n t o que tal a d h e s i ó n s u s c i t ó . R e d u c i r todo el p r o b l e m a de la i d e o l o g í a
fascista, y m á s en general el t e m a de las relaciones entre fascismo y c u l t u r a , a
m a t e r i a de e n g a ñ o , de o p o r t u n i s m o y de m a n i p u l a c i ó n m e p a r e c í a u n a m a -
nera de e l u d i r la c o m p a r a c i ó n c o n la realidad h i s t ó r i c a del fascismo a t r a v é s
de u n rito p ó s t u m o de e x o r c i s m o consolador. A c e p t a r este careo h a sido la ra-
z ó n p r i n c i p a l que m e h a i n c i t a d o a estudiar, por e n c i m a de todo, la i d e o l o g í a
del fascismo — s i n pensar, o b v i a m e n t e , que e n c o n t r a r í a e n l a i d e o l o g í a , y s ó l o
en ella, la clave de i n t e r p r e t a c i ó n del f a s c i s m o — . M i p r o p ó s i t o era obtener
del á m b i t o de l a c o m p r e n s i ó n r a c i o n a l , u n a m a n i f e s t a c i ó n de la d i m e n s i ó n
m í t i c a de la m o d e r n a p o l í t i c a de masas, a t r a v é s del a n á l i s i s tIe i i n í e n t i m e n o
t o m o el fascismo, que h a b í a obtenido el apoyo de ptcsii|',iusos inielec iii.iles
LA M O D E R N I D A D T O T A L I T A R I A 281
y de a m p l i a s masas no por m e d i o de argumentos racionales, sino c o n la l l a -
m a d a e x p l í c i t a a l o i r r a c i o n a l , a la e x a l t a c i ó n d e l p e n s a m i e n t o m í t i c o y a la
s a c r a l i z a c i ó n de l a p o l í t i c a .
E s t a i n v e s t i g a c i ó n h a sacado a l a l u z , sobre todo, la i m p o r t a n c i a f u n d a -
m e n t a l que el p e n s a m i e n t o m í t i c o y el c o m p o r t a m i e n t o activista h a c i a l a v i d a
h a n tenido en la i d e o l o g í a fascista y, p r i n c i p a l m e n t e , en la fijación de sus c a -
racteres originarios y originales de « i d e o l o g í a a n t i i d e o l ó g i c a » , caracteres que
lo c o n v i e r t e n en algo distinto — p e r o no menos i d e o l ó g i c o — respecto a las
i d e o l o g í a s del siglo X I X , c o m o el l i b e r a l i s m o y el m a r x i s m o , fundamentadas
e n presupuestos racionalistas y e n s i s t e m á t i c a s elaboraciones t e ó r i c a s .
M i m a n e r a de afrontar el p r o b l e m a h i s t ó r i c o del fascismo se basa en u n a
idea de la m o d e r n a p o l í t i c a de masas que considera los mitos, las creencias,
las pasiones, los ideales y las formas de c o m p o r t a m i e n t o , las aspiraciones y
los proyectos parte integrante e importante de la realidad h i s t ó r i c a de los m o -
v i m i e n t o s p o l í t i c o s , así c o m o lo son los c á l c u l o s racionales, la fuerza de los
intereses, las formas organizativas, las construcciones institucionales, los é x i t o s
efectivos. E s t o significa reconocer, s i n prejuicios racionalistas, el papel y l a i m -
portancia que el pensamiento m í t i c o h a tenido en el siglo X X y su a p o r t a c i ó n al
proceso de s a c r a l i z a c i ó n de la p o l í t i c a , al llevar a a s u m i r a l a p o l í t i c a el c a r á c t e r
religioso integrista, c o n u n a v o l u n t a d de poder y de s u p r e m a c í a concretizados
fundamentalmente en los experimentos totalitarios del X X . George L . Mosse, el
historiador que, desde principios de l a d é c a d a de 1 9 6 0 , m á s ha c o n t r i b u i d o a
renovar el estudio del f e n ó m e n o fascista c o m o i d e o l o g í a y cultura, h a definido
claramente el deber del historiador de las modernas m i t o l o g í a s p o l í t i c a s :
E l deber principal que cada historiador debe afrontar es capturar lo irracional a
través del ejercicio de la propia racionalidad. Esta tarea es más fácil cuando l o
irracional se vuelve concreto a través de actos racionales, consumados dentro de
los límites de su propia estructura ideológica.^
E s t a o r i e n t a c i ó n h i s t o r i o g r á h c a , a pcs.ir tic inspii.irsc cii los pi i i u ipios ticl
r a c i o n a l i s m o c r í t i c o , evita, sin embargo, t (iiiliiiulií l.i . n i i v i d . u l de i.n loii.ili
z a c i ó n — p r o p i a de la hústpietl.i IIÍSKÍIÍI.I con el iiiielec i i i . i l i s i n o .ihsii.itio
m á s o menos impregn.ido de m o i . d i s i n o h i s i o i u o p o h i i i o , M j o i i . i i i i e i i i e el
« m á s repelente de los m o r a l i s m o s " i orno lo di linio I >elio ( . i i i i i i i i o i i, y q n i / á
i n c l u s o m á s repelente eil.liido se exhibe i n < .ilid.nl de iiioi.iliMno pseiido
científico''.
' ( i . I . Mtissf, A///ivr,v//W A/,/;/. D f l K n I . I ' I H '. I» r »
'' D < . i n i i n M i i i , t A/z/roai/rAf///,/f;/7,/. 11.111, ! * ) ( , ' . |i |W A |M<i|ti'ti,iMi i l i i'tu MIII-HMI tiln ItUlnott
l ' . l . i l » .1 l l . l V 'I I ll.l II lllliln <|Ui' i ' l l i s o l l i i i I I I Iii ili I I |>li M I I Ii I n I I M i lllllill « l l U i itlU ll)> lll<
282 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
E l fascismo, en tanto que i d e o l o g í a y f e n ó m e n o p o l í t i c o — é s t a es la esencia
de m i i n t e r p r e t a c i ó n — , no fue u n a c r e a c i ó n de M u s s o l i n i sino la e x p r e s i ó n de
las creencias, las ideas, los mitos y los programas de u n m o v i m i e n t o de masas
que, surgido de la experiencia de la G r a n G u e r r a y de la r e a c c i ó n antisocialista
de las clases medias, a d q u i r i ó u n a a u t o n o m í a p r o p i a c o m o nueva fuerza p o l í -
tica organizada y se propuso no s ó l o asegurar la defensa del orden e c o n ó m i c o
y social fundado en la propiedad privada, mas realizar u n a r e v o l u c i ó n política y
c u l t u r a l a t r a v é s de l a d e s t r u c c i ó n del r é g i m e n liberal y la c o n s t r u c c i ó n de
u n Estado nuevo, concebido s e g ú n la forma i n é d i t a de o r g a n i z a c i ó n totalitaria
de l a sociedad civil y del sistema p o l í t i c o E L a i d e o l o g í a del fascismo fue la m á s
completa r a c i o n a l i z a c i ó n del Estado totalitario, fundamentado en l a a f i r m a c i ó n
de l a p r i m a c í a de l a p o l í t i c a y en la r e s o l u c i ó n de lo «privado» en lo « p ú b l i c o » .
C o n s e c u e n c i a de esta c o n c e p c i ó n fue la s u b o r d i n a c i ó n de la v i d a i n d i v i d u a l
y colectiva a l a s u p r e m a c í a absoluta del E s t a d o , actuada a través de u n a orga-
n i z a c i ó n total y de la m o v i l i z a c i ó n permanente de l a p o b l a c i ó n , instrumentos
principales de u n a política de masas basada en el «uso racional de lo irracional», a
través de u n a m i t o l o g í a y u n a liturgia p o l í t i c a c u y a f u n c i ó n era plasmar la c o n -
ciencia i n d i v i d u a l y colectiva s e g ú n u n modelo de « h o m b r e n u e v o » , p r i v a n d o
a los seres h u m a n o s de s u i n d i v i d u a l i d a d c o n l a i n t e n c i ó n de transformarlos en
elementos celulares de la colectividad nacional encuadrada en la o r g a n i z a c i ó n
capilar del Estado totalitario. G o m o f e n ó m e n o de masas revolucionario y tota-
litario, el fascismo es considerado, en m i i n t e r p r e t a c i ó n , u n f e n ó m e n o moder-
no: es visto, por tanto, c o m o u n nuevo m o v i m i e n t o p o l í t i c o que pertenece al
ambiente h i s t ó r i c o y social creado por la m o d e r n i z a c i ó n ; que participa de las
tensiones y de los conflictos de la sociedad moderna, a c e p t á n d o l a c o m o u n a
realidad irreversible aunque modificable, y pretende dar a tales tensiones y c o n -
flictos una s o l u c i ó n n o para volver al pasado n i para frenar el curso de l a H i s t o -
ria, sino con la a m b i c i ó n de afrontar los retos de la m o d e r n i d a d p r o y e c t á n d o s e
hacia la c o n s t r u c c i ó n del futuro, hacia la c r e a c i ó n de u n a nueva civilización
prefigurada s e g ú n los mitos y los proyectos de s u i d e o l o g í a totalitaria.
adecuados i n s t r u m e n t o s a n a l í t i c o s , c o r r a el peligro de "plagiar" lo h i s t ó r i c o » v o l v i e n d o a « p o n e r en
auge u n a v i s i ó n i n e v i t a b l e m e n t e i r r a c i o n a l de las v i c i s i t u d e s h u m a n a s que nieguen los nexos signiti-
cativos entre hechos y s e n t i m i e n r o s , entre las realidades i n s t i t u c i o n a l e s y entre los estados del c o r a z ó n
y de la m e n t e » , (D. C o f r a n c e s c o , «La n a z i o n a l i z z a z i o n e delle masse: s o c i e t á e p o l í t i c a n e r 9 0 0 » , en
Economía &Lavoro, a. X V I I , n . 3 , pp. 1 3 3 - 5 0 ) . Pero se trata de a p r e n s i ó n i n f u n d a d a , absolutamente
fuera de lugar respecto a l a o r i e n t a c i ó n h i s t o r i o g r á f i c a a r r i b a descrita y t í p i c a de estudiosos que, poco
provistos de u n a adecuada c o m p e t e n c i a y e x p e r i e n c i a del concreto trabajo h i s t o r i o g r á f i c o , pretenden,
s i n embargo, valorar los m é t o d o s y los resultados, c o n f u n d i e n d o a m e n u d o el j u i c i o h i s t ó r i c o c o n el
conceptualismo tautológico y la predicación moralista-política.
Para u n a a r g u m e n t a d a d e f i n i c i ó n del fascismo c o m o f e n ó m e n o l e v o l u i i o i i a r i o . en la perspei liv.i del
a m o r , cfr., E . G e n t i l e , «El fascismo fu u n a r i v o l u z i o n e ? » . en I'rospclliir Srllaiilii. miubre ilitieinbie,
1 9 7 9 . pp. 5 8 0 - 5 9 6 (cfr., supra. cap. V ) .
LA M O D E R N I D A D T O T A L I T A R I A 283
E s t a i n t e r p r e t a c i ó n del fascismo, elaborada a p r i n c i p i o s de l a d é c a d a de
1 9 7 0 e n el v o l u m e n Le origini dell'ideologia fascista, p u b l i c a d o por la e d i t o r i a l
L a r e r z a e n 1 9 7 5 , se disranciaba netamente de las interpretaciones de l a h i s -
t o r i o g r a f í a t r a d i c i o n a l entonces d o m i n a n t e s , n o s ó l o p o r q u e p o n í a de n u e v o
en d i s c u s i ó n l a tesis de la i n e x i s t e n c i a de u n a i d e o l o g í a fascista y l a v i s i ó n del
fascismo c o m o « n e g a t i v i d a d h i s t ó r i c a » , mas p o r su c a r a c t e r i z a c i ó n del fas-
c i s m o y de s u i d e o l o g í a en t é r m i n o s sustancialmente novedosos en r e l a c i ó n ,
i n c l u s o , a las orientaciones de la m á s reciente h i s t o r i o g r a f í a que p e r s i s t í a n en
negar l a existencia totalitaria del fascismo**. J u n t o a voces de consenso, m i i n -
t e r p r e t a c i ó n fue acogida c o n reacciones de h o s t i l i d a d que iban m á s allá de la
l e g í t i m a d i s e n s i ó n c r í t i c a . I n c l u s o , algunos recensores l a n z a r o n l a a c u s a c i ó n
de ser e x p r e s i ó n de u n a h i s t o r i o g r a f í a revisionista que intentaba tehabilitar
al fascismo'. L a s principales i m p u t a c i o n e s eran: l a d e f i n i c i ó n de l a i d e o l o g í a
fascista c o m o i d e o l o g í a «positiva» en tanto que e x p r e s i ó n de u n m o v i m i e n t o
p o l í t i c o de clases medias; l a c o n f u t a c i ó n de l a tesis de u n a captura i d e o l ó g i c a
del fascismo p o r parte del n a c i o n a l i s m o ; l a c a r a c t e r i z a c i ó n del fascismo c o m o
* C f r . , E . G e n t i l e , La vía italiana al totalitarismo. Partito e Stato nel regime fascista, Roma, 1995,
p p . 7 5 y ss.
' U n acusador c o n c l u í a s u r e c e n s i ó n c o n u n n o d e m a s i a d o v e l a d o l l a m a m i e n t o censorio respecto al
e d i t o r del l i b r o , p r e g u n t á n d o s e « p o r q u é ciertas editoriales c o n s i e n t e n a esta h i s t o r i o g r a f í a p r o d u c i r
n o leves s o m h r a s sobre s u b l a s ó n a n t i f a s c i s t a » ( G . S a n t o m a s s i m o , « L ' i d e o l o g i a del f a s c i s m o » , en
L'Unith, 16 de octubre de 1 9 7 5 ) m i e n t r a s otro acusaba al l i b r o de ser fruto de u n a « h i s t o r i o g r a f í a
q u e , a t r a v é s de l a filología p a r t i d i s t a y el e m p i r i s m o o b j e t i v í s t i c o , acaba s u s t a n c i a l m e n t e e n la reha-
b i l i t a c i ó n del f a s c i s m o » ( G . Q u a z z a , Antifascismo e fascismo nel nodo delle origini, cit., pp. 63-66).
[ C a s i v e i n t e a ñ o s d e s p u é s , repite el m i s m o tipo de acusaciones el v o l u m e n de R . B o s w o r t h , Italian
Dictatorship. Problems and Perspectivas in the ¡nterpretation of Mussolini and Fascism, Londres, 1998.
L a i n c o n s i s t e n c i a de las confutaciones propuestas en este l i b r o se demuestra en el hecho de que se
sustentan e n u n a p r e s e n t a c i ó n caricaturesca, hasta la falsificación, de las ideas que expongo, distorsio-
n á n d o l a s c o m o o c u r r e c o n las i m á g e n e s que reflejan los espejos deformantes del L u n a P a r k , usando
o m i s i o n e s , extrapolaciones arbitrarias de citas, falsificaciones de argumentos, t o d o a c o m p a ñ a d o de
i n s i n u a c i o n e s que buscan d e n i g r a r a l a persona del estudioso, p r e s e n t á n d o l o , c o n a r g u m e n t o s de
p u r a i n v e n c i ó n c h i s m o s a , c o m o u n h i s t o r i a d o r c u y o trabajo, a pesar de su i n f l u e n c i a e n I t a l i a y en el
extranjero, c a r e c e r í a de c r e d i b i l i d a d p o r q u e t o m a el fascismo en serio, siendo «casi a u t o m á t i c a m e n t e
a n t i - a n t i f a s c i s t a » ( p . 2 2 ) , i n s p i r a d o r de u n a « o r t o d o x i a a n t i - a n t i f a s c i s t a » (p. 2 9 ) q u e u t i l i z a l a H i s t o r i a
p a r a s i m u l a d o s intereses p o l í t i c o s conservadores ( p . 2 3 7 ) . A h o r a , p a r a mostrar c u á l es l a p r o b i d a d i n -
relectual, la seriedad y la c o m p e t e n c i a de este acusador retrasado, b a s t a r á citar a l g u n o de los ejemplos
obrenidos del l i b r o citado. Por e j e m p l o , i n c l u y e m i n o m b r e enrre los m i e m b r o s de u n inexistente
c o m i t é editorial de la revista Storia contemporánea (p. 2 1 ) ; d a c o m o p u b l i c a d a en 1 9 9 5 u n a d e f i n i c i ó n
m í a c o n t e n i d a e n u n ensayo p u b l i c a d o en 1 9 8 6 (pp. 2 1 - 2 2 ) ; a f i r m a que « o t r o s represenranres de la
Iglesia católica» aceptaron entrar en el gobierno M u s s o l i n i (p. 4 1 ) ; c o l o c a a R i e t i en el sur de Italia
(p. 1 3 4 ) ; define « a n ó n i m o » u n prefacio firmado por L i v i a D e Felice (p. 2 0 0 ) . U n a t i l t i m a cosa, pero
significativa para valorar la seriedad y la c r e d i b i l i d a d de este l i b r o sobre las i n i e t p r e i a c i o n e s del fa.scis-
m o ilaliano: el . i i i i o t c ii.ulo no hace n i n g u n a m e n c i ó n a la p r o d u c c i ó n de los m is sci ios exponeines ile
la hisioriogi.ih.i m.uxist.i italiana sobre el fascismo, de ( iatocci .i ( i . i n d e l o i o . . . S.mi .oelli, . i R.igionieti.
l i n i o esto, poi si solo, pone en evidenci.l que i l i s l i o g é n e i o de ,n ns.i, , pm .n c i . n l o ili- iniseii.i
iniele, lil.il n o M i l I I , I I I ni sel lei l i l i , .iil.is ni ilesliieiil iil.is |
JiV/ I N K X ^ I I I S 1)1 U N A I N I I K I ' K I IA( ION
fenómeno revolucionario moderno. L a acusación cr.i ilc por sí ridicula: .sólo
quien comparte una concepción de la política totalitaria como valor positivo
e ideal por realizar, aunque sin signo opuesto al fascismo, puede atribuir in-
tentos apologéticos a una interpretación que identifica en el totalitarismo la
esencia de la ideología fascista. Pero, precisamente, sobre esta tesis fundamen-
tal de m i interpretación los acusadores, extrañamente, callaban.
Desde entonces muchas cosas han cambiado en el estudio del fascismo. E n
el último cuarto de siglo, muchos prejuicios han desaparecido. Los resultados
de mis investigaciones y las tesis que en ellos propongo han encontrado con-
firmación en las indagaciones de otros estudiosos. Y me refiero, obviamente,
no sólo a los estudiosos que se han servido explícitamente de los resultados
de m i trabajo para sus estudios sobre la ideología fascista, sino fundamental-
mente a aquellos que, recorriendo vías independientes, han llegado, por lo
menos en la valoración general, a conclusiones análogas a las mías. E n efecto,
predomina actualmenre entre los estudiosos la convicción de que el fascismo
no sólo tuvo una ideología propia, sino que el papel de ésta no fue secundario
en su éxito; que el estudio de este ideario es necesario para conocer el fascis-
mo porque no es materia marginal y científicamente irrelevante; y que justo
de «ideología» se trata —es decir de ideas, creencias, mitos, visiones, aspira-
ciones, proyectos— y no sólo de expedientes propagandísticos, de técnicas
de manipulación, de organización del consenso, de instituciones culturales:
temas que ciertamente son pertinentes para la historia de la ideología pero
sólo como medio e instrumentos para su difusión.
E l estudio de la ideología por fin ha adquirido derecho de plena ciudada-
nía en la historiografía sobre el fascismo y hay razones de peso para defender
que tal teconocimiento es irrevocable. N o puede dejar de reconfortar, a quien
se ha encaminado por esta senda desde hace tiempo, escuchar hoy a estu-
diosos de distintas tendencias afirmar, incluso con diferente perspectiva, que
para comprender históricamente el fascismo «es importante verificar que el
fascismo no consiguió realizar sus objetivos, pero igualmente necesario es
identificar los componentes y los proyectos»; que hace falta «comprender la
Historia en relación a sus aspiraciones y sus realizaciones»; que la autorre-
presentación que el régimen presentó de sí mismo «es tan impottante para
entender así los objetivos del régimen como la táctica adoptada para su reali-
zación»; que la construcción del régimen correspondía «a un proyecto único
y unitario tendencialmente totalitario, es decir, con la pretensión de una
:ibsoluta organización de la sociedad desde arriba para lograr la identificación
de la voluntad de las masas con la voluntad de poder político dominante»'".
"' !•:. Collotti, Fascismo, fascismi, Florencia, 1989, pp. 17, 54, 50, 165.
I A MDDI UNIDAD lOIAIIIAUIA .'iV')
El territorio de la ideología y de la cultura fascista, cuando se contempla con
sospecha o incluso con desdeño, corre el peligro incluso de convertirse en
uno de los campos más frecuentados por noveles exploradores del fascismo
que se internan en su universo mitológico —o en su «imaginario», como se
prefiera llamar— a menudo simplemente recalcando vías abiertas por otros,
o incluso limitándose a cumplir una excursión entre las páginas de la ()/>cr/i
omnia de Mussolini convencidos de que la ideología fascista haya sido sustan-
cialmente una creación suya, y reduciendo a los otros ideólogos del fascismo,
como por ejemplo a Gentile, a simples figuras de adorno, sólo porque no
tienen en cuenta, por una especie de positivismo simplista, la complejidad de
las relaciones entre cultura y política que fueron propias del fascismo".
Los temas de un estudio seriamente histórico de la ideología fascista van
más allá de la biografía inrelectual del Duce. También incluyen el problema
de la función de la ideología en la afirmación del fascismo como movimien-
to de masas, en su política de partido y de régimen. E l éxito o el fracaso di-
un movimiento fascista, ha observado Juan Linz, depende en gran parte de la
ideología, en virtud no sólo de su formulación como ideología «negativa»,
es decir de mera oposición a ideologías preexistentes, mas precisamente del
encanto que sus formulaciones «positivas» — s u visión de la vida y de la
política, sus proyectos de organización de la sociedad y del Estado a la vez
que el estilo y las organizaciones típicas del fascismo— ejercitaron entre los
intelectuales, los jóvenes y las masas. L a importancia de la ideología fascista
—precisa L i n z — no viene para nada disminuida por la incoherencia veri-
ficable entre la ideología y la concreta política del fascismo en el poder' '.
Además, la cuestión de la ideología está necesariamente conectada con la
gestión del poder fascista y con el tema del «consenso». Componiendo una
especie de «mapa de aquello que fue el territorio ideológico c o m ú n a los
grandes componentes de la sociedad fascista» en el período de estabiliza-
ción del régimen, Zunino ha pretendido poner especialmente de relieve l.i
función de la ideología:
Las ideas-guías del fascismo, unificadas y armonizadas en una ideologf.i menos
casual e inconsistente de cuanto se ha creído durante mucho tiempo, uivienm
la triple función de legitimar al bloque social dominante, de dotar tie im seiiinlo
de identidad nacional y cohesión social a amplios estratos de la pohl.u lóii v. poi
" T í p i c o en este sentido el artículo de M a c G t e g o r K n o x , « C o n q u e s t , F ó r c i n g ,iiid 1» rsin •• i ii / . / i
cistitaly and Nazi Germany, Journal ofModernHistory,mzrzo, 1984, pp. 1-57; A, |, d r h r i i i l r un.i
tesis similat en, Fascism in the Contemporary World: Ideology, Evolution, Resurjirnif, lliMiliF i, I U / H
" J . J . L i n z , « S o m e notes Toward a Comparative Study o f Fascism i i i ,Soiioliinlod i ilvr»
W . L a q u e a r (dir.), Fascism. A Reader's Guide, Nueva York, 1979, pp. 26-27,
286 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
LA M O D E R N I D A D T O T A L I T A R I A 287

Último, de hacer de la comunidad nacional la portadora de valores y emociones

Incluso con diferentes m é t o d o s y valoraciones, la ideología fascista se
positivas."
estudia hoy como una concepción de la vida y de la política que, si bien
tomando sus elementos de fuentes distintas y preexistentes, los constituyó
Incluso sin enfatizar los resultados de estas funciones, Zunino considera,
en una síntesis nueva y original, proponiendo un proyecto de organización
con fundados argumentos, que la ideología contribuyó no poco a hacer pe-
de la sociedad y del Estado que tuvo una función importante en la adquisi-
netrar el fascismo en la colectividad italiana, reputando «imposible negar que
ción del consenso y en la movilización de las masas. E n cuanto a la indi-
aquellas "ideas" penetrasen en las fibras de la sociedad, y de cualquier manera,
viduación de los caracteres generales de la ideología fascista, la definición
consiguieran tocar a las masas populares»'*.
del fascismo como ideología revolucionaria y totalitaria propuesta por mi
No hay disertación reciente sobre el fascismo, ya fenómeno italiano o su-
interpretación es hoy compartida por la mayoría de los estudiosos del fas-
pranacional, que englobe una variedad más o menos amplia de «fascismos»,
cismo, si bien son distintas sus argumentaciones y sus opiniones respecto
que no dedique la atención adecuada a la ideología buscando definir las ma-
a los orígenes y a los elementos que lo caracterizan. Definir el fascismo
trices, los contenidos y los caracteres genetales. E n cambio, cada vez obtiene
como movimiento revolucionario ya sólo suscita escándalo entre algunos
menos crédito entre los estudiosos la imagen del fascismo como epifenómeno
estudiosos que mantienen un culto fetichista a las palabras monopolizadas
instrumental, como mero hecho organizativo, técnica de atropello y de ma-
y sacralizadas por sus ideologías, o que persisten en considerar al fascismo
nipulación, mezcolanza contingente de promesas oportunistas y demagógicas
sólo como «reacción» al marxismo o al liberalismo"'. E n un ensayo de 1976,
o de negaciones estériles. N i siquiera la tesis del fascismo como mero brazo
Zeev Sternhell, uno de los principales estudiosos de la «derecha revolucio-
armado de la ideología nacionalista, formulada a principios de la década de
naria» en Francia desde finales del XIX a la época del fascismo, sostuvo que
1920 y rebatida por varios historiadores después de la Segunda Guerra M u n -
la ideología fascista fue un sistema de pensamiento dotado de a u t o n o m í a
dial, goza ya de un incondicionado crédito entre los estudiosos. Asor Rosa
y de coherencia no inferiores a aquellos del liberalismo y del marxismo.
ha escrito:
Según Sternhell, el fascismo, producto de la simbiosis entre nacionalismo
orgánico y socialismo antimarxista, fue una ideología revolucionaria por-
Estamos de acuerdo que, ideológicamente, el nacionalismo materializará y robus-
que se o p o n í a radicalmente al orden de cosas existente y a la civilización
tecerá al fascismo y le quitará ese inherente grado originario de confusión; pero en
liberal, y su esencia fue el totalitarismo:
lo que respecta el fascismo, hablar de «instrumento material» puro y simple nos
parece demasiado reductivo, teniendo en cuenta que su primera agregación fue
eminentemente político-ideológica.''' El totalitarismo es la esencia misma del fascismo, y éste, sin duda, es el ejemplo
más genuino de ideología totalitaria. Se afana en crear una nueva civilización, un
nuevo tipo de ser humano y un estilo de vida totalmente novedoso; el fascismo
" Zunino, L'ideologia del fascismo, cit., p. 50. no podía concebir que hubiese alguna esfera de la actividad humana que pudiese
" Ibidem. p. 11.
sustraerse a la intervención del Estado.'^
" A. Asor Rosa, La cultura en Storia d'ltalia, ¡V, Dall'Unitá ad oggi, Turín, 1975, pp. 12.55-36. 1.a
tesis de una «captura» ideológica del fascismo por parte del movimiento nacionalista viene corrobo-
rada, por ejemplo, por F. Gaeta (Nazionalismo italiano, Roma-Bari, 1981), para contestar mi inter- A pesar de las dudas sobre la naturaleza totalitaria del «régimen» fascista
pretación, que en cambio pone de relieve las diferencias entre las dos ideologías y, sin infravalorar la
aportación de la ideología nacionalista en la elaboración de la ideología fascista, reconoce a esta últim.i
planteadas por historiadores y politólogos, ninguno de los estudiosos más
una autonomía propia. Según Gaeta, mi juicio dependía de la adopción de la distinción entre «fas-
cismo-movimiento» y «fascismo-régimen» propuesta por De Felice en Intervista sulfascismo (Roma-
a Marinetti, Bottai, Pellizzi, Malaparte, Gentile, Panunzio o Rocco. En definitiva, en lo que respecta
Bari 1975): sirviéndome de tal distinción, afirmaba Gaeta, yo habría «privilegiado aspectos y grupos
al problema de la «realidad del Estado autoritario de masas» tal realidad no entraba en los términos
particulares» del «fascismo-movimiento» «basándome en una deliberada no consideración del Estado
cronológicos de mi búsqueda, que se detenía en 1925; pero en el ámbito de mi exposición era, de
autoritario de masas y de un interés excesivamente predominante por los "intelectuales" disidentes o
setni-disidentes del régimen» (p. 82). En realidad en mi interpretación no había, y tío podía b.tbet. todas maneras, tomada en amplia consideración en el capítulo sobre el mito del Estado, la ideología
.ilgiiti reclamo a la distinción defeliciana, porque L'intervista sul fascismo ftie ptiblicada ilespttés ile l.i nacionalista y el «Estado autoritario de masas». Para una posterior aclaración de las relaciones entre las
publicación de mi libro sobre la ideología fascista. En lo que respecta a la otra distitición b.ibei pti ideologías del movimiento nacionalista y del fascismo, cfr., E . Gentile, «La nazione del fascismo. Alie
vilegiado, en mi investigación, a los intelectttaies «disidentes o seini-disidetites» tío me p.iieie que origini della crisi dello Stato nazionale in Italia», en Storia contemporánea, n. 6, 1993, pp. 833-887.
t.iles puedan ser definidos los intelectuales a los tpie be iledit .ido la m.iyoi p.itte de mi .m.ílisis. es dei it "' Cfr., E . Gentile, 11 fascismo fu una rivoluzionei, cit.
'' Z . Sternhell, «Fascist Ideology» en W. Laqueur (din), Fascism, cit., p. 379.
 LA MODERNIDAD TOTALITARIA 289
288 ENFOQUES D E U N A INTERPRETACIÓN

«fascismo», dilatado en s u i n d e t e r m i n a c i ó n hasta el p u n t o de resultar carente

serios del fascismo niega el c a r á c t e r totalitario de s u c o n c e p c i ó n de l a p o l í t i c a
y del E s t a d o . P h i l i p p e B u r r i n h a escrito:
E l fascismo ambiciona ia formación de una comunidad nacional unificada, per-
manentemente movilizada según los valores de fe, de fuerza y de lucha: una comu-
nidad no igualitaria, comprendida dentro de una unidad totalitaria que excluye
cualquier otra fidelidad más allá de la sumisión exclusiva a un jefe que personifica
el destino colectivo y que decide de manera absoluta; una comunidad militarizada
y cohesionada, volcada en una acción de dominio que es, al mismo tiempo, su
principio y su objetivo."
E n c a m b i o , existen diversos p u n t o s de vista entre los historiadores
la i d e o l o g í a fascista respecto al p r o b l e m a de sus o r í g e n e s . T a l d i v e r s i d a d en
gran parte depende del diferente m é t o d o adoptado al afrontar el t e m a de la
i d e o l o g í a en el fascismo, e n t e n d i d o tanto c o m o m o v i m i e n t o italiano c o m o
f e n ó m e n o s u p r a n a c i o n a l . A l g u n o s estudiosos, por ejemplo el m i s m o S t e r n -
h e l l , h a n a t r i b u i d o a l a i d e o l o g í a fascista u n a verdadera y p r o p i a d i m e n s i ó n
t e ó r i c a , u n a c o m p l e t a sistematicidad y coherencia d o c t r i n a r i a , hasta el p u n -
to de ptivilegiar a l a i d e o l o g í a c o m o d i m e n s i ó n p r i n c i p a l d o n d e buscar los
elementos fundamentales para definir el tipo ideal, la esencia del fascismo
«en el sentido p l a t ó n i c o del t é r m i n o » " . R e c o r r i e n d o este c a m i n o se vuelve
a plantear t a m b i é n el lugat y la fecha de n a c i m i e n t o de l a i d e o l o g í a fascista.
Partiendo de la a f i r m a c i ó n que la esencia i d e a l - t í p i c a del fascismo es l a s í n -
tesis entre n a c i o n a l i s m o o r g á n i c o y socialismo antimaterialista, S t e r n h e l l h a
defendido que l a i d e o l o g í a fascista n a c i ó en F r a n c i a m u c h o t i e m p o antes del
fascismo italiano, y era u n c o m p l e t o sistema t e ó r i c o antes de la G r a n G u e r r a
que o f r e c i ó s ó l o l a o c a s i ó n para la t r a n s f o r m a c i ó n de i d e o l o g í a en m o v i m i e n -
to p o l í t i c o . O t r o s estudiosos h a n h e c h o r e m o n t a r los o r í g e n e s de la i d e o l o g í a
fascista a D e Maistre^".
E s t a m a n e r a de afrontar el p r o b l e m a de los o r í g e n e s i d e o l ó g i c o s del fascis-
m o , prescindiendo de l a historia del m o v i m i e n t o y p o s t u l a n d o t e ó r i c a m e n t e
u n a « i d e a p l a t ó n i c a » de fascismo que puede ser t o m a d a s ó l o en u n a fase ideo-
l ó g i c a o r i g i n a r i a , considerada, por así decirlo, m á s p u r a y a u t é n t i c a y separad;)
de la fase de la p o l í t i c a como a c c i ó n y r e a l i z a c i ó n , deja m u y perplejos, sobre
todo porque se sirve prejudicialmente de u n uso m u y e l á s t i c o del t é r m i n o
de « h i s t o r i c i d a d » .
G l a r o , nada i m p i d e definir «fascismo» c u a l q u i e r i d e o l o g í a aparecida antes
o d e s p u é s del n a c i m i e n t o del m o v i m i e n t o fascista e n I t a l i a que resulte ser u n
i n t e n t o de s í n t e s i s entre n a c i o n a l i s m o y s o c i a l i s m o : pero e n este caso, q u i z á
sería histórica y filológicamente m á s correcto servirse del t é r m i n o « n a c i o n a l -
s o c i a l i s m o » , visto que é s t e , h i s t ó r i c a m e n t e , parece tener derecho de p r i m o -
g e n i t u r a respecto al de «fascismo» y a que efectivamente s u r g i ó e n F r a n c i a ,
e n A l e m a n i a y t a m b i é n en I t a l i a e n la f ó r m u l a de « s o c i a l i s m o n a c i o n a l » a ñ o s
antes del n a c i m i e n t o del fascismo. L a b ú s q u e d a de u n a s í n t e s i s entre n a c i o -
n a l i s m o y s o c i a l i s m o fue u n a o r i e n t a c i ó n del p e n s a m i e n t o p o l í t i c o europeo
de — y n o s ó l o f r a n c é s — m u c h o antes de l a G r a n G u e r r a y d e l n a c i m i e n t o del
fascismo; y é s t a fue ciertamente u n a de las vías a t r a v é s de las cuales inte-
lectuales y p o l í t i c o s de l a e x t r e m a i z q u i e r d a r e v o l u c i o n a r i a , en los a ñ o s de
entreguerras, llegaron al fascismo. Pero es necesario p u n t u a l i z a r que l a b ú s -
q u e d a de u n a s í n t e s i s entre s o c i a l i s m o y n a c i o n a l i s m o , c o m o « i d e o l o g í a de l a
tercera vía» entre c a p i t a l i s m o liberal y c o l e c t i v i s m o c o m u n i s t a , n i siempre n i
en c u a l q u i e r lugar d i o a l u z u n a i d e o l o g í a totalitaria de tipo fascista. S i el to-
talitarismo fue la esencia del fascismo n o se puede de n i n g u n a m a n e r a definir
fascista, y n i s i q u i e r a « p r o t o f a s c i s t a » , la s í n t e s i s s i n d i c a l - n a c i o n a l i s t a tentada
p o r algunos intelectuales en F r a n c i a a p r i n c i p i o s d e l siglo X X , y t a m p o c o se
puede definir fascista el s i n d i c a l i s m o n a c i o n a l italiano^'. D e h e c h o , si nos
m a n t e n e m o s en el p l a n o de las ideas, entonces, se debe precisar que el s i n -
d i c a l i s m o n a c i o n a l r e v o l u c i o n a r i o c r e í a e n el m i t o de l a e m a n c i p a c i ó n de los
trabajadores a t r a v é s de l a a c t u a c i ó n de los trabajadores m i s m o s , organizados
en sindicatos libres de productores, y no anhelaba u n r é g i m e n de trabaja-
dores encuadrados y s u b o r d i n a d o s a u n a o r g a n i z a c i ó n de p a r t i d o ú n i c o e n
n o m b r e de la p r i m a c í a p o l í t i c a . E l E s t a d o n u e v o del s i n d i c a l i s m o n a c i o n a l
r e v o l u c i o n a r i o n o era y no prefiguraba de n i n g u n a manera u n E s t a d o totali-
tario, sino que era c o n c e b i d o c o m o una sociedad de libres p r o d u e i o i e s , c i u -
dadanos de un E s t a d o n a c i o n a l re|iiibli(..mo otj',.ini/;ul() en nii í e d e i . i l i s m o
de a u t o n o m í a s locales. I ,a niR-v.i li.ili.i .nibel.ul.i | > I H el sindi, .ilisnin n.u ion.il
r e v o l u c i o n a r i o eni nna n.u ii'in " l a ( i n i n n u .nnenie libei.ilist.i, sm i.ilnu nie
" / , . .Srcillhcil. M . .S/ll.l|ilc l V M . A s i m i . N.invun, ,/, iidColoyu fuulUf, l'.lllx. I ' l l l ' l , .|.,| /•/
nacimiento de la ideología ¡as, nía. M . i i i i h l . Si|4ii I ' I ' | | | A , l r i i i , l . i l , i «i, i x i i i i l t i i «nliir i l M I I

'" lí B u r r i n , « A u t o r i t é » , en P. O r y ( d i r . ) , Nouvelle histoire des idees politupies. I'iiris, l ' ) H 7 |ecl. easi.: liitaii.vnio i c v o l i u i i i n i i i i o y l.is i d . i , loiic •. , . i n ,1 l.i-.u-.iiin , l i xil, , 1 | i i i i i i i i , | i |i||.|i|a|f , |, .
Nueva historia de las ideas políticas, B a r c e l o n a , M o n d a d o r i , 1 9 9 2 ) ; d i . , 1'. M i l / . a . 1 a fascismes, l'aiís, A . | . <;iv|;()r, Sergio l'anunt.io. 11 andi,a/iuiio r il /oudaiiieiilo lamliiaír dri /aiiitmii, KIIIIIM, I''/K.
I ' ) ' ) ' ) . p. 3 1 7 . 1). i ) . K I I I H I I S , I he Syndualia i ladilioii aiid lialiao laaiua M , i i i , h ,n , ! . I ' ! " ! , | IVIIHIII, I lumaiie
'•' / . S i c r n h e l l . Ni droite ni gauche. L'idéologie fasciste en h'rancc. I'.ii (s, I 'W I . simo, unií.iiaíiuno e fautuno. K . i , l ' I H H . ni . 11 unda, aliuiio /av nía, m i I , I latir aHntHf alia i'igilia
" ( l i . , I . B c r i i n , « J o s e p h de Maisrre a n d llie O i igins ol l'asc I M I I . . . , ii i d . , Ihr (.'niohcd l/iiihci o/ iliílo Slalo uapouiliro il'lt') ¡<)U)). K i . i i i . i , l'IHK
lluniaiiily. L o n d r e s , 1 9 9 0 , pp. 91 174.
290 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
i n d u s t r i a l obrera, p o l í t i c a m e n t e r e p u b l i c a n a federalista, y tendencialmente
libertaria s i n d i c a l i s t a » ; s u n a c i o n a l i s m o « n o p u d o no ser m á s que s i n d i c a l i s t a ,
c o m u n i t a r i o y federativo»^"*.
L a c o n t r i b u c i ó n de intelectuales del sindicalismo revolucionario a l a elabo-
r a c i ó n de la i d e o l o g í a fascista c o m o ideario de l a «tercera vía», está claro que no
puede ser infravalorada: pero es necesario apuntar que tal c o n t r i b u c i ó n llegó
no de u n a revisión del m a r x i s m o originario, m á s o menos h e r é t i c a aunque en
clave idealística, sino del repudio de los principios fundamentales del socialis-
m o marxista — d e la c o n c e p c i ó n de la l u c h a de clases a la llegada de la sociedad
s i n clases, del internacionalismo a la e x t i n c i ó n del E s t a d o — y de la a h j u r a c i ó n
de la fe antiestatalista y antipartidista, federalista y libertaria que h a b í a sido
fundamental en l a síntesis entre nacionalismo y socialismo operada por el
sindicalismo revolucionario intervencionista. L o s sindicalistas revolucionarios
que se c o n v i r t i e r o n al fascismo aportaron u n bagaje i d e o l ó g i c o por supuesto
influyente, pero del que h a b í a sido descargado todo el n ú c l e o esencial del s i n d i -
calismo revolucionario: el m i t o de l a huelga general, l a p r i m a c í a de la sociedad
de los productores en r e l a c i ó n al E s t a d o , el ideal de la r e v o l u c i ó n c o m o l u c h a de
e m a n c i p a c i ó n del proletariado y de l i b e r a c i ó n del h o m b r e . Sostener, c o m o hace
Sternhell, que en el m o m e n t o del armisticio en 1 9 2 8 «el fascismo mussoliniano
ya h a b í a definido casi todos sus l í m i t e s . E n cualquier caso, y a h a b í a adoptado
c o m o propias las ideas del sindicalismo revolucionario»"*', equivale a afirmar
que la i d e o l o g í a fascista n o sufrió cambios sustanciales d e s p u é s de la fase o r i -
ginaria del «fascismo sansepolcrista», cuando ésta fue efectivamente m á s afín al
sindicalismo nacional: pero esto equivale a decir que la esencia de la i d e o l o g í a
fascista fue libertaria, individualista, antiestatalista ¡ c o m o lo era precisamente l a
i d e o l o g í a del sindicalismo revolucionario!
C o h e r e n t e s c o n esta i n t e r p r e t a c i ó n , d e h e r í a m o s entonces afirmar i n c l u s o
que l a m i l i t a r i z a c i ó n y l a s a c r a l i z a c i ó n de la p o l í t i c a , el E s t a d o totalitario y la
s u b o r d i n a c i ó n integral del i n d i v i d u o y de las masas a l a c o m u n i d a d n a c i o n a l
organizada en el E s t a d o totalitario — e n definitiva los pilares fundamentales
del fascismo-partido y el f a s c i s m o - r é g i m e n — , fueron elementos « n o esencia-
les» de la i d e o l o g í a fascista, fueron, entonces, elementos contingentes d e r i v a -
dos no de su esencia t e ó r i c a sino de l a c o r r u p c i ó n de l a « i d e a p l a t ó n i c a » del
" A . O . O l i v e t t i , Dalsindacalismo rivoluzionario alcorporativismo, R o m a , 1 9 8 4 , p. 4 5 .
M . S t e r n h e l l , M . S z n a j d e r y M . A s h e r i , Naissance de l'idéologie fasciste, c i t . , p. 5 0 . F.l disen.so del
m é t o d o de a n á l i s i s y de algunas tesis sobre los o r í g e n e s y el c a r á c t e r de la i d e o l o g í a fascista n o a i e m i a .
para q u i e n esctibe, el r e c o n o c i m i e n t o de la i m p o r t a n t e c o n t t i b u c i ó n que los estttdios de S t e r n h e l l han
d.ido hasta a h o r a al c o n o c i m i e n t o de la « d e t e c h a r e v o l u c i o n a r i a » en F r a n c i a , a la r e l l e x i ó n sobre l.i
t tisis i d e o l ó g i c a y c u l t u r a l e u r o p e a en los a ñ o s precedenles al n a c i m i e n i o del laseismo y en el p e í iodo
lie entreguerras, y al a h o n d a m i e n t o del d é b a l e l i i s i o i iogr.ilii o del l.isi ismo.
LA M O D E R N I D A D TOTALITARIA 291
f a s c i s m o - i d e o l o g í a al entrar en contacto c o n l a realidad de l a p o l í t i c a concreta
del fascismo-partido y del f a s c i s m o - r é g i m e n .
A d o p t a n d o e n l a r e c o n s t r u c c i ó n de los o r í g e n e s i d e o l ó g i c o s del fascismo,
u n concepto de « f a s c i s m o i d e a l - t í p i c o » desvinculado del «fascismo h i s t ó r i -
co», y r e c o n s t r u y e n d o s u g e n e a l o g í a c o n m é t o d o e x c l u s i v a m e n t e t e ó r i c o - i n -
telectualista, otros p a í s e s y otras é p o c a s p o d r í a n ser s e ñ a l a d o s para situar el
n a c i m i e n t o de s u i d e o l o g í a . C o n el m i s m o m é t o d o , p o r ejemplo, se p o d r í a
l e g í t i m a m e n t e a f i r m a r que l a esencia del fascismo fue el racismo y el antise-
m i t i s m o : en tal caso l a p a t e r n i d a d del fascismo sería c o d i c i a d a por F r a n c i a
y A l e m a n i a , mientras se d e b e r í a llegar a c o n c l u i r que hasta 1938 el fascismo
italiano n o fue «fascista» o fue u n «fascismo i n c o m p l e t o » porque hasta aque-
lla é p o c a r a c i s m o y a n t i s e m i t i s m o n o fueron c i m i e n t o s fundamentales de l a
i d e o l o g í a fascista. C o n este m é t o d o sería igualmente l e g í t i m o ver en el fas-
c i s m o n o u n bisnieto de D e M a i s t r e sino u n sobrino de M a r x o u n h e r m a n o
del l e n i n i s m o , y p o r tanto definir la i d e o l o g í a fascista c o m o u n a «variación del
c o m u n i s m o » ^ ' ' , o i n c l u s o , i n v i r t i e n d o la r e l a c i ó n de descendencia, se puede
llegar a considerar el castrismo y el m a o í s m o variaciones del fascismo^'.
T o d o es posible c u a n d o se elabora el concepto del fascismo desvinculado
de la H i s t o r i a , a t r a v é s de la c o m b i n a c i ó n de algunos elementos considerados,
e n abstracto, «esenciales» para definir s u naturaleza, considerando exclusiva-
m e n t e presuntas afinidades i d e o l ó g i c a s y g e n e a l ó g i c a s , i n d e p e n d i e n t e m e n t e
de s u efectiva correspondencia c o n aquello que realmente h a sido l a i d e o l o g í a
del fascismo en tanto que e x p r e s i ó n de u n m o v i m i e n t o social y p o l í t i c o sur-
gido en I t a l i a d e s p u é s de l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l . N i n g u n o puede prever
a q u é otros resultados p o d r í a c o n d u c i r esta m a n e r a de estudiar los o r í g e n e s
de l a i d e o l o g í a fascista sohre u n plano e x c l u s i v a m e n t e t e ó r i c o - i n t e l e c t u a l i s t a ,
a c e n t u a n d o o r a u n o o r a el otro de los elementos — o dosificando en propor-
ciones diferentes los e l e m e n t o s — que se consideran esenciales para definir la
esencia de u n « f a s c i s m o i d e a l - t í p i c o » .
L a s construcciones i d e a l - t í p i c a s p u e d e n ser i n s t r u m e n t o s ú t i l e s para o r i e n -
tar la i n v e s t i g a c i ó n y ordenar c o n c e p t u a l m e n t e sus resultados, pero siilo si no
se pierde de vista el c a r á c t e r i n s t r u m e n t a l y artificial de tales n m s i i i i , , iones,
si n o se confunde el concepto c o n la realidad, si no se d.i .il «ide.il u p o » l o m o
c u a d r o conceptual, la existencia y la c o r p o r e i i l . u l de- tin l e n o m e i i o l i i s i ó i i t o .
E s o p o r t u n o recordar a este piopiVsiio l.i . i d m o m u o n de M.ix W e b e i , (ine
a d v e r t í a que n a d a es
'' ( l l . l ) S i l l r l l l b l i l l l , /v;ií7,wi/(»////y,//r,///i./„//, ( , / , / . , / / , « , I , I I , , ,, l ' l ' H
••• ( l i . A I ( . i , | M , i . Ihc ldr,ilogvifl,iuiu,i.UnrvA\,n\, l'll,'l
292 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN LA M O D E R N I D A D TOTALITARIA 293

[...] en cualquier caso, más peligroso que una mezcla de teoría e Historia derivada Para c o m p r e n d e r el c a r á c t e r y el contenido de l a i d e o l o g í a fascista hace
de prejuicios naturalísticos, es que se crea que se ha fijado, en aquellos cuadros falta considerar al fascismo en l a totalidad de sus manifestaciones: n o s ó l o
conceptuales de carácter teorético, el contenido «propio», «la esencia» de la rea- aquellas f o r m a l m e n t e i d e o l ó g i c a s , sino t a m b i é n aquellas organizativas, c o n -
lidad histórica, o que se empleen, en cambio, como un lecho de Procusto en el ductuales e institucionales. L a experiencia del squadrismo, la c o n c e p c i ó n y la
que deba ser constreñida la Historia, o que, en efecto, se personifiquen las «ideas» o r g a n i z a c i ó n del partido m i l i c i a , los s í m b o l o s y los ritos de l a s a c r a l i z a c i ó n
como una realidad «verdadera y propia» que subsistirá al fluir de los fenómenos,
de la p o l í t i c a , el m i t o y las instituciones del E s t a d o totalitario son elementos
es decir, como «fuerzas» reales que se manifiestan en la Historiad**
constitutivos esenciales de l a i d e o l o g í a fascista, en m a y o r m e d i d a y m á s de-
cisiva, de cuanto n o lo sea l a herencia, m á s o menos espuria, de l a r e v i s i ó n
D u d a r sobre l a validez de las t e o r í a s generales del « f a s c i s m o i d e a l - t í p i c o »
antimaterialista del m a r x i s m o y del n a c i o n a l i s m o sindicalista revolucionario.
n o significa reducir el p r o b l e m a del fascismo a l a sola realidad italiana, n i
A m i j u i c i o , s ó l o partiendo de l a c o r r e l a c i ó n de estos diversos aspectos del
c i r c u n s c r i b i r el estudio de las matrices de l a i d e o l o g í a fascista s ó l o al p e r í o d o
fascismo se puede proceder a l a d e f i n i c i ó n de l a i d e o l o g í a fascista, d i s t i n -
del n a c i m i e n t o del m o v i m i e n t o fascista. S i n embargo, se debe recordar que,
guiendo m o m e n t o s y fases de f o r m a c i ó n y de desarrollo del m o v i m i e n t o a los
precisamente el estudio a n a l í t i c o de las matrices culturales de los diversos
que corresponden ideas y c o m p o r t a m i e n t o s mentales que c o n s t i t u y e n , en los
«fascismos» c o n c l u i d o s por Mosse para A l e m a n i a , p o r S t e r n h e l l para F r a n c i a
m o t i v o s constantes y en aquellos contingentes, l a i d e o l o g í a del fascismo. E s t a ,
y por q u i e n escribe para Italia, muestra, a nuestro j u i c i o , cuanto sea arduo
corroboro, n o s ó l o fue e x p r e s i ó n de u n grupo de intelectuales, n i de M u s s o l i n i ,
asociar l a especificidad de estas diferentes tradiciones nacionales a u n ú n i c o
sino de u n variado m o v i m i e n t o social y de u n partido de masas de tipo nue-
y unitario f e n ó m e n o .
vo, e m b r i ó n del E s t a d o totalitario.
U n a h i s t o r i a del f a s c i s m o - i d e o l o g í a que prescinda de la h i s t o r i a del fas-
Sobre el p r o b l e m a de las matrices culturales e i d e o l ó g i c a s del fascismo,
cismo-partido y del f a s c i s m o - r é g i m e n sería u n a h i s t o r i a m a n c a , al aislar de
otra a c l a r a c i ó n es s i n embargo necesaria. E l n a c i m i e n t o del fascismo — y de l a
la d e f i n i c i ó n m i s m a de l a i d e o l o g í a fascista todo aquello que fue e l a b o r a c i ó n
i d e o l o g í a f a s c i s t a — en I t a l i a a causa de l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l es u n he-
i d e o l ó g i c a de l a experiencia v i v i d a p o r el fascismo en s u desarrollo, antes y
c h o i n d i s c u t i b l e y cierto, c o m o cierto e i n d i s c u t i b l e es el hecho de que el j a c o -
d e s p u é s de l a c o n q u i s t a del poder. P a r a c o m p r e n d e r el fascismo en s u c o n -
b i n i s m o n a c i ó en F r a n c i a p o r efecto de l a R e v o l u c i ó n francesa. L a madre del
j u n t o es necesario conectar l a i d e o l o g í a a l a h i s t o r i a del m o v i m i e n t o del que
fascismo, c o m o i d e o l o g í a y c o m o m o v i m i e n t o , fue l a P r i m e r a G u e r r a M u n -
es e x p r e s i ó n , volver a relacionar los aspectos i d e o l ó g i c o s del m o v i m i e n t o a las
d i a l . L a i d e n t i d a d f u n d a m e n t a l del fascismo se o r i g i n ó en l a experiencia y en
fuerzas sociales que lo c o m p o n e n , a l a a c c i ó n p o l í t i c a concreta que desarrolla,
el m i t o de l a G r a n G u e r r a y, sucesivamente, en l a experiencia y en el m i t o del
a las organizaciones y a las instituciones a las que d a v i d a y que son t a m b i é n
squadrismo'-^. E l fascismo s i n embargo no s u r g i ó de l a nada y n o se d e s a r r o l l ó
ellas, en cierta m a n e t a , e x p r e s i ó n de s u i d e o l o g í a , de s u v i s i ó n del h o m b r e y
s ó l o p o r v i r t u d p r o p i a , deduciendo ú n i c a m e n t e de sí m i s m o l a p r o p i a ideo-
de l a p o l í t i c a . Y es deber del historiador discernir c u á n t o h u b o de permanente
l o g í a . Se l o c a l i z a n elementos i m p o r t a n t e s de l a i d e o l o g í a , de l a c u l t u r a y del
y de contingente en l a i d e o l o g í a de u n m o v i m i e n t o : c u á n t o , por tanto, co-
estilo p o l í t i c o fascista e n tradiciones p o l í t i c a s preexistentes, tanto de derechas
rresponde a c o n v e n c i m i e n t o s constantes, a valores culturales fundamentales
c o m o de izquierdas: en la herencia del n a c i o n a l i s m o jacobino, en los m i i o s y
de l a i d e n t i d a d colectiva, y c u á n t o es en c a m b i o « d e r i v a c i ó n » , por decirlo
en las liturgias laicas de los m o v i m i e n t o s de m:ts;is del X I X , en el neoi i o m . m
con palabras de Pareto, de c o m p o r t a m i e n t o s contingentes o de grupos m a r -
t i c i s m o , en el i r r a c i o n a l i s m o , en el espititti.ilistno v en el voltmt.iiisim> de Lis
ginales; así c o m o es deber del historiador, al considerar l a v a r i e d a d y l a c o m -
distintas «filosofías de vida» y «lilosolí.is de l.i . I K u n í » , en el .u t i v i s n i n v en el
plejidad de las corrientes que c o n t r i b u y e r o n a generar y formar la i d e o l o g í a
a n t i p a r l a m e n t a r i s m o de los m o v i m i e n t o s i.idu .iles .mtilibei.iles de iiii.i nitev.i
fascista, d i s t i n g u i r las corrientes de las que p r o v i e n e n sus matrices culturales y
derecha y de u n a nueva i/(|itiet(l.i tcvoltu lon.iii.is. (jiie opi i.ib.m en li.ili.i
los elementos que c o n c u r r i e r o n a f o r m a r s u i d e o l o g í a a t r a v é s de u n a síntesis
y e n E u r o p a antes de la G t : m ( i n e t t . i I ii l.i uleologl.i l.isiisi.i i iMtIlitv'eion
en la que estos elementos pierden sus c a r a c t e r í s t i c a s originarias para fundirse
ideas y mitos de m o v i m i e n t o s m l t t i i . i i e s \ p o l l t u o s piei i deiiiiA, t o t i i o l.i
en u n a nueva i d e o l o g í a , l a i d e o l o g í a del E s t a d o totalitario.
vanguardia florentina de l.ti Vocr, el (ittiii tstiio, 1 1 m o v i i m i iiio mu luiitiliM.i, el

M . W c b c r , II método delle sdnizi- sloriiii iiiiiiili. Mll.iii, T ) 7 / | , I M I l i. •" ('le. F. (iiiiiilc Siona ilel /uiililo lii\ei\l,i l'l/'i I').'.' Moniiieiihi e mlllUa, ItiiliM lUtl, l'JN'J
294 ENFOQUES D E U N A INTERPRETACIÓN
s i n d i c a l i s m o r e v o l u c i o n a r i o . E l fascismo, a d e m á s , h e r e d ó aquel c o n j u n t o de
ideas, de mitos y de estados de á n i m o , que hemos definido c o m o « r a d i c a l i s m o
n a c i o n a l » , c o m ú n a la c u l t u r a de los m o v i m i e n t o s intelectuales y p o l í t i c o s de
vanguardia surgidos en Italia durante el periodo giolittiano'^. Legado m á s o
menos espurio del m i t o mazziniano del Risorgimento c o m o r e v o l u c i ó n espiri-
tual incompleta, el radicalismo nacional afirmaba la s u p r e m a c í a de la n a c i ó n
c o m o perenne realidad ideal y valor supremo de la v i d a colectiva, despreciaba el
racionalismo positivista y el materialismo, exaltaba las fuerzas espirituales c o m o
las ú n i c a s capaces de formar l a conciencia m o d e r n a de Italia para c o n d u c i r l a
a grandes empresas. C o n este objetivo el radicalismo nacional q u e r í a construir
u n E s t a d o nuevo concebido c o m o u n a c o m u n i d a d nacional u n i d a por u n a fe
c o m ú n y guiada por u n a n u e v a aristocracia de j ó v e n e s capaces de realizar la
r e v o l u c i ó n espiritual i n i c i a d a c o n el Risorgimento, a través de l a r e g e n e r a c i ó n de
los italianos, para c o n d u c i r a Italia a l a vanguardia de l a civilización moderna.
Las conexiones entre l a i d e o l o g í a fascista y los m o v i m i e n t o s intelectuales y
p o l í t i c o s del p e r í o d o precedente a la G r a n G u e r r a no justifican, s i n embargo,
la d e f i n i c i ó n de estos m o v i m i e n t o s — s u i d e o l o g í a y s u c u l t u r a — c o m o m a -
nifestaciones de « p r o t o f a s c i s m o » o i n c l u s o de « f a s c i s m o antes del f a s c i s m o »
p o r q u e ideas y m i t o s de estos m i s m o s m o v i m i e n t o s c o n f l u y e r o n t a m b i é n en
m o v i m i e n t o s culturales y p o l í t i c o s que no fueron fascistas o fueron d e c i d i d a -
m e n t e antifascistas. E s t o significa que no se puede, e n m i o p i n i ó n , interpretar
h i s t ó r i c a m e n t e l a c o n e x i ó n i d e o l ó g i c a entre estos m o v i m i e n t o s y el fascismo
c o m o u n proceso «necesario» de c o m b i n a c i ó n , considerando al fascismo el
resultado « i n e v i t a b l e » de l a c u l t u r a y de l a i d e o l o g í a de estos m o v i m i e n t o s .
R e f l e x i o n a n d o sobre las matrices culturales de l a i d e o l o g í a fascista y, m á s
a m p l i a m e n t e , sobre las relaciones entre c u l t u r a e i d e o l o g í a , N i c c o l ó Z a p p o n i
h a planteado o p o r t u n a m e n t e u n a h i p ó t e s i s interpretativa que defiende que
«la falta de correspondencia entre orientaciones culturales e i d e o l ó g i c a s » n o
constituye « u n dato de hecho excepcional, ¡sino la regla!» a p o r t a n d o persua-
sivas indicaciones para el a n á l i s i s de l a i d e o l o g í a fascista:
Aplicada al problema de los orígenes culturales de la ideología fascista, tal hipótesis
interpretativa conduce a negar que se pueda individuar cualquier tendencia cultural
destinada a desembocar por necesidad en el fascismo (o en cualquier otra ideología
política): ésta implica ai contrario que la investigación histórica deba cerciorarse sí
—en alguna medida— el fascismo haya sido precedido de manifestaciones cultura-
les orientadas de hecho, en el terreno ideológico, en su dirección.''
'" < "Ir.. I d . , limito dello Stato nuovo daU'antigioUttismo al fauisnio. R o m . i B . i i i , 1 9 8 2 , p | i . .V 2 8 .
"' N . / . a p p o n i , « G . L . Mosse e ¡I prolilcni.i d i l l e o i i p i i i i i i i l i i i i . d i del I.IMÍSIIIII: il si|'.nilu.iio di un.
svoli.i», en Storia contemporánea. .se[nieinhie, 1 9 7 0 . p. 4 / 8 .
LA M O D E R N I D A D TOTALITARIA 295
E l concepto de « p r o t o f a s c i s m o » es, en efecto, susceptible de u n a l e c t u r a
retroactiva de la H i s t o r i a c o n d i c i o n a d a por u n p r e j u i c i o t e l e o l ó g i c o o c o m o
m í n i m o i n f l u i d a p o r el m a n i d o «juicio a t i e m p o p a s a d o » que prefigura, a
t r a v é s de u n a p r o y e c c i ó n retrospectiva — u n a especie de « p r e v i s i ó n del pasa-
d o » — , el resultado p o l í t i c o inevitable de determinadas corrientes culturales.
Pero u n a cosa es estudiar el contexto c u l t u r a l e i d e o l ó g i c o de Italia antes de
la G r a n G u e r r a y del n a c i m i e n t o d e l fascismo p a r a i n d i v i d u a l i z a r los factores
que prepararon el a m b i e n t e favorable al n a c i m i e n t o de la i d e o l o g í a fascista;
y otra cosa es definir «fascista» aquel m i s m o contexto y considerar a l propio
fascismo u n a c o n s e c u e n c i a s u y a inevitable.
Estas precisiones sobre las matrices culturales y los o r í g e n e s i d e o l ó g i c o s
del fascismo son l a p r e m i s a indispensable p a r a i n t r o d u c i r l a ú l t i m a parte de
estas consideraciones sobre l a d e f i n i c i ó n del fascismo, que a t a ñ e al p r o b l e m a
de las relaciones entre el fascismo y los m o v i m i e n t o s de l a v a n g u a r d i a m o d e r -
nista, y el m á s general y m á s c o n t r o v e r t i d o p r o b l e m a de las relaciones entre
fascismo y m o d e r n i d a d .
E n el estudio de los o r í g e n e s culturales del fascismo la nueva h i s t o r i o g r a f í a
ha centrado s u a t e n c i ó n p r i n c i p a l m e n t e en las conexiones entre el fascismo y
los m o v i m i e n t o s de vanguardia c u l t u r a l de principios del siglo X X , u n tema y a
estudiado en el pasado pero que, en los estudios m á s recientes, h a sido afronta-
do dando mayor relieve al análisis del comportamiento del fascismo respecto a la
m o d e r n i d a d . T a m b i é n sobre este p r o b l e m a l a o r i e n t a c i ó n de los estudiosos re-
sulta notablemente c a m b i a d a en los ú l t i m o s a ñ o s . C o m o he dicho al p r i n c i p i o ,
el verdadero progreso de la n u e v a h i s t o r i o g r a f í a lo representa la diversa sensibili-
d a d c u l t u r a l c o n l a que se estudia el fascismo en todas sus manifestaciones, bajo
novedosas perspectivas y, sobre todo, c o n u n a n u e v a conciencia de la realidad
t r á g i c a m e n t e contradictoria de l a m o d e r n i d a d en l a H i s t o r i a C o n t e m p o r á n e a ,
observada c o n racionalidad crítica y sin la p r e t e n s i ó n n i la i l u s i ó n de identificar
la m o d e r n i d a d y el significado de la H i s t o r i a C o n t e m p o r á n e a c o n las propias
preferencias i d e o l ó g i c a s . C o n s e c u e n c i a importante de esta diveis.i sen.sibilidad
cultural es la nueva manera de afrontar hoy el problem.i de l.i « i m o d c t m d . u l » del
fascismo, sin querer de ninguna m.mci.i c o n h rii .il I . I M ismo nn.i p . i i r i i i c de i m
bleza. S i hace veinte a ñ o s i l d m i i el í.isi tsmo i o i i m un leuiiiiieiui iiindei no liie
considerado, al menos en el á m b i i o de l.i liisiui ii)|',i.i(í.i ii.ili.iu.i. un.i m,u M U Í
blasfema, hoy hablar de «l.tsi ismo modei msi.i», de »iuoilei lusmii I , I M isla», de
« m o d e r n i d a d fascista» ya no snsiii.i esi.nul.ilo lod.e. l.e, i .nai l e i l x l i i ,is p i n i
cipales de una i d e o l o g í a políiie.i inodein.i si fum I low.nd WiHliiiiix esLÍn
presentes en el fascismo»"'. 11 í.isi ismo li.i i m loboi.nlo | I ( I M ) S I l i i i i i | ) p , (ue
"' i 1 W i l l i . i i i i s , ( i'inepn of Idealogy. N l l i v.i Niiili. | 9 H 8 . |, S ' l
296 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN LA MODERNIDAD TOTALITARIA 297

[...] para bien y para mal, una de las formas dominantes que la modernización del fascismo, para evitar que la insistencia sobre la « e s t e t i z a c i ó n de l a p o l í t i c a »
asumió en Italia y en otros lugares. L a prueba de este resultado es incontrover- p u e d a c o n d u c i r a una especie de « e s t e t i z a c i ó n » del fascismo m i s m o relegando
tible. M á s allá de las vicisitudes históricas de las cambiantes políticas culturales a u n segundo lugar su « p o l i t i c i d a d » . E n este caso, en efecto, se verificaría
del régimen, el fascismo italiano, desde sus orígenes en las revueltas urbanas de
u n a b a n a l i z a c i ó n de la naturaleza f u n d a m e n t a l m e n t e p o l í t i c a del fascismo,
1914 y 1915 hasta la República de Salo, se aferró sólidamente a la vertiente de la
de su c u l t u r a , de su i d e o l o g í a y de su universo s i m b ó l i c o . L a d i m e n s i ó n
modernidad."
esencialmente « p o l í t i c a t o t a l i t a r i a » de la c u l t u r a fascista n u n c a d e b e r í a per-
derse de vista, n i siquiera c u a n d o se estudian las manifestaciones estéticas del
U n o de los m á s recientes intentos de c o n s t r u c c i ó n de u n tipo ideal de
fascismo, entre las que hay que considerar no s ó l o las artes figurativas, sino
« f a s c i s m o g e n é r i c o » c o m o m i t o p a l i n g e n é s i c o , ultranacionalista y populista,
t a m b i é n el estilo p o l í t i c o , la liturgia de masas, la p r o d u c c i ó n s i m b ó l i c a , que
define la i d e o l o g í a fascista c o m o anticonservadora, revolucionaria, m o d e r n a :
fueron elementos ciertamente esenciales y c a r a c t e r í s t i c o s del estilo fascista de
el fascismo — a f i r m a R o g e r G r i f f i n — r e p r e s e n t ó u n « m o d e r n i s m o alternati-
hacer p o l í t i c a , a d e m á s de e x p r e s i ó n de su i d e o l o g í a . E s t o en absoluto significa
vo» m á s que u n rechazo de la m o d e r n i d a d ' ^ .
infravalorar el aspecto de la « e s t e t i z a c i ó n de la p o l í t i c a » : q u i e n escribe h a sido
E l m é t o d o empleado para afrontar la c u e s t i ó n del fascismo c o m o mo-
uno de los p r i m e r o s en defender, hace m u c h o s a ñ o s , que la « p o l í t i c a c o m o es-
d e r n i s m o se presta, sin embargo, a algunas observaciones correctivas de una
p e c t á c u l o » puesta en escena por el fascismo fue la m a n i f e s t a c i ó n de u n a nue-
o r i e n t a c i ó n cuyos resultados, a m i j u i c i o , p u e d e n ser poco titiles y desviar de
v a « c o n c e p c i ó n e s t é t i c a de la v i d a p o l í t i c a » ' ^ . C o n s i d e r o deber, s i n embargo,
los objetivos del análisis de la i d e o l o g í a fascista. D e « m o d e r n i s m o fascista»,
corroborar r o t u n d a m e n t e que la d i m e n s i ó n e s t é t i c a del fascismo no puede ser
en efecto, hasta ahora se h a n o c u p a d o p r i n c i p a l m e n t e c r í t i c o s literarios e his-
analizada por separado de la c o n c e p c i ó n totalitaria de la p o l í t i c a porque fue
toriadores del arte, usando la i n t e r p r e t a c i ó n del fascismo c o m o « e s t e t i z a c i ó n
consecuencia de ésta. L a p r o d u c c i ó n s i m b ó l i c a fascista no fue el resultado de
de la p o l í t i c a » propuesta por W a l t c r B e n j a m i n : pero no siempre el m é t o d o
u n a carencia de coherencia i d e o l ó g i c a " , sino al contrario e x p r e s i ó n coherente
de análisis y las valoraciones interpretativas de estos estudios resultan c o n v i n -
y consecuente de la i d e o l o g í a totalitaria, de u n a v i s i ó n de la v i d a y de la p o l í -
c e n t e s " . E l concepto de la « e s t e t i z a c i ó n de la p o l í t i c a » a pesar de sugestivo
tica t í p i c a de u n m o v i m i e n t o que t a m b i é n era u n a n u e v a r e l i g i ó n laica"'.
puede c o n f u n d i r si se pierde de vista otro aspecto m á s i m p o r t a n t e que fue
L a a d h e s i ó n al fascismo de los intelectuales y de los artistas de la vanguar-
t í p i c o del fascismo: la « p o l i t i z a c i ó n de la estética», que no s ó l o i n s p i r ó la
d i a m o d e r n i s t a al fascismo s u c e d i ó s e g ú n los valores i d e o l ó g i c o s y p o l í t i c o s
c o n d u c t a del fascismo respecto la c u l t u r a , sino que fue el origen m i s m o de la
c o m u n e s . E l estudio de las conexiones i d e o l ó g i c o - p o l í t i c a s entre fascismo y
p a r t i c i p a c i ó n de m u c h o s intelectuales modernistas en el fascismo. E s t a consi-
m o d e r n i s m o es i m p o r t a n t e pata c o m p r e n d e r los m o t i v o s de la p a r t i c i p a c i ó n
d e r a c i ó n puede parecer obvia, pero es b i e n necesaria para resaltar este aspecto
de l a c u l t u r a italiana en la f o r m a c i ó n de la i d e o l o g í a fascista. S e g ú n el para-
d i g m a de la « n e g a t i v i d a d h i s t ó r i c a » la m i l i t a n c i a fascista de intelectuales de
" J . T . S c h n a p p , « F o r w a n d i n g a d d r e s s » en Fascism andCulture, StanfordItalian Review, n . 1-2, 1 9 9 0 , los m o v i m i e n t o s de vanguardia, c o m o los vociani y los futuristas, y de grandes
p. 5 4 .
protagonistas de la r e n o v a c i ó n filosófica, c o m o G i o v a n n i G e n t i l e , se explica-
" R . G r i f f i n , The Natureof Fascism. L o n d r e s , 1 9 9 1 , pp. 4 7 - 4 8 ; i d ( d i r . ) , Fascism, Oxford, 1995.
" Sobre las conexiones entre fascismo y vanguardia modernista: R . G r i m m y J . H e t m a n d , Faschismus ba c o n el o p o r t u n i s m o o c o n la i n g e n u a y errada v a l o r a c i ó n de aquello que
und Avantgarde, Francfort del M a i n , 1 9 8 0 ; E . G e n t i l e , « F r o m the C u l t u r a l Revolt o f the G i o l i t t i a n E r a el fascismo efectivamente era. E n el caso de valoraciones m á s indulgentes su
to the Ideology o f Fascism», en F. J . C o p p a (dir.), Studies in Modern Italian History, Nueva York-Fran-
a d h e s i ó n al fascismo se argumentaba c o n u n a presunta b o n d a d de intentos,
cfort, 1 9 8 6 , pp. 1 0 3 - 1 1 9 ; «Fascist A e s t h e t i c s » , n i i m e r o especial de South Central Review, vetano, 1989;
W . L . A d a m s o n , «Fascism a n d C u l t u r e : A v a n t - G a r d e s a n d Secular R e l i g i ó n i n the Italian C a s e » , en traicionada o pervertida por la p r á c t i c a c o r r u p t o r a del fascismo, o, incluso,
Journal of Contemporary Histoiy, j u l i o , 1 9 8 9 , pp. 4 1 1 - 4 3 5 ; ¡d., « M o d e r n i s m a n d Fascism: T h e Politie.s se justificaba en p ó s t u m a s argumentaciones c a s u í s t i c a s por la necesidad de s i -
o f C u l t u r e i n Italy, 1 9 0 3 - 1 9 2 2 » , ea American Historical Review, abril, 1 9 9 0 , pp. 3 5 9 - 3 9 0 ; «Fascism and
C u l t u r e » , n ú m e r o especial de la Stanford Italian Review, v o l . 8, n . 2 , 1 9 9 0 ; W . L A d a m s o n , « T h e I.an
m u l a r u n consenso exterior para tutelar u n a i n t e r i o r a v e r s i ó n c o n l a i n t e n c i ó n
guage o f O p p o s i t i o n i n E a r l y T w e n t i e t h - C e n t u r y Italy: Rethorical C o n t i n u i t i e s betwcen Prewat Floren
l i n e Avant-gardism a n d Mussolini's F a s c i s m » , en Journal of Modern History, marzo, 1992, pp. 2 2 - 5 1 ; " E . G c i i i i l v . « A h i i i i c considerazioni suH'ideologia fascista», en Storia contemporánea. I . 1974,
R. j . Ciolsan (dir.), Fascism, Aesthetics and Culture. H a n o v e r ( N I I ) , 1992; W . 1.. A d a m s o n . AvanI Carde pp. 123 12'l h l i . mpra. cap. I V ) .
llóreme. From Modernism to Fascism, F l a r v a r d , 1 9 9 3 ; A . I l e w i i i . Faseia Modeniinn: Aesiheiies. I'olilos Gh.. I 1 S . l i i i . i p p . „|-.p|, DcinDM.sliaiions: Fasci.si M o d c r n i i y .mil i h c 1 9 ( . ' 1 i I n h n i , , , , ,,1 i h c
and I he Avant-Carde. Stanford. 1993; E . G e n i i l e , « l ' h e ('.oiii|neM ol M o d e i n h y : F r o m M o d e r n i s i N.i F.i.si isi K , vnlii . . . I I I Fiaiuii. Aesiheiies and Ciilliire. l i l . . p. .1.
iion.illsm to F a c i s m » , en Modernism/Morlernily. sepiieinbie. |99.|, pp S I 8/.
f ( i c i i i i l i . i ht I omiinsi of Moilernilv. s\\.
298 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN I A MODl KNIDAII t O I A I I I A U I A ."/')

de poder actuar, d e n t r o del fascismo, c o n t r a el fascismo. E n t r e las m o t i v a c i o -
nes de l a p a r t i c i p a c i ó n de los intelectuales al fascismo y a la e l a b o r a c i ó n de su
i d e o l o g í a no se puede excluir, evidentemente, el i n t e r é s personal n i el error de
v a l o r a c i ó n . Pero las investigaciones recientes c o n f i r m a n que p a r t i c i p a r o n en
plena c o n c i e n c i a de aquello que era el fascismo, del m o d o e n que h a b í a surgi-
do, se h a b í a desarrollado y se h a b í a afirmado; y que s u m i l i t a n c i a fascista n o
fue fruto de u n error de v a l o r a c i ó n o de u n a i n g e n u a b o n d a d de intenciones,
sino la consecuencia de s u m a n e r a de entender l a v i d a , el m u n d o
la p o l í t i c a y el deber que frente a l a p o l í t i c a c o r r e s p o n d í a a los intelectuales
que c r e í a n en el m i t o n a c i o n a l e n aquel p a r t i c u l a r m o m e n t o de l a h i s t o r i a
italiana. E l fascismo, h a escrito Z a p p o n i , ofreció «a numerosos intelectuales
u n a realidad visible en la que depositar sus esperanzas en u n a r e g e n e r a c i ó n
c u l t u r a l a t r a v é s de l a p o l í t i c a , pero n o s u s c i t ó de l a n a d a l a c o n v i c c i ó n de
que u n resultado s i m i l a r pudiese ser a l c a n z a d o » porque tal « c o n v e n c i m i e n t o
colectivo t e n í a su origen en l a certeza, y a presente en l a c u l t u r a y d i f u n d i d a
hasta el p u n t o de forzar l a l ó g i c a de las contraposiciones p o l í t i c a s , s e g ú n l a
c u a l , al t é r m i n o de u n a e v o l u c i ó n plurisecular, la filosofía, las artes, las c i e n -
cias estaban a p u n t o de fundirse c o n l a p o l í t i c a , la " t e o r í a " de enlazarse a l a
"praxis", c o n ventajas i n c o n m e n s u r a b l e s para ambas p a r t e s » " .
En efecto, incluso d i s i n t i e n d o de algunas opciones y orientaciones del
partido y del r é g i m e n fascista, los intelectuales que se s u m a r o n al fascismo n o
consideraron que l a p o l í t i c a totalitaria, evidente y a e n I j s orientaciones del
partido m i l i c i a antes de l a c o n q u i s t a del poder, chocase c o n s u c o n c e p c i ó n
de la c u l t u r a , c o n s u idea de m o d e r n i d a d y c o n su v i s i ó n del destino de l a
n a c i ó n . D e esto no se pretende inferir que su pensamiento e s t é t i c o o
sófico, elaborado antes del n a c i m i e n t o del fascismo, sea y a definible c o m o
«fascista» o « p r o t o f a s c i s t a » . E n el caso de G i o v a n n i G e n t i l e , por ejemplo, es
posible contestar abiertamente l a tesis que define el actualismo c o m o u n a
filosofía «fascista» o destinada a convertirse en «fascista», pero nos parece
difícil negar que la a d h e s i ó n de G e n t i l e al fascismo y su p a r t i c i p a c i ó n en
la d e f i n i c i ó n de l a i d e o l o g í a totalitaria ocurriese e n plena coherencia c o n s u
m o d o de c o n c e b i r a c t u a l í s t i c a m e n t e l a v i d a , l a p o l í t i c a y el destino de Italia
en el m u n d o moderno"*. L o m i s m o vale para el futurismo. E v i d e n t e m e n t e ,
no se puede sostener la i d c n i i f i c i i i ó r i del I I I I I H I M I I U m n i l liint u n t o , pin
que tal d e f i n i c i ó n contrasta c o n la vai icil.ui m n i i . i d u tona i l r la i d r o l i i ^ l a
p o l í t i c a de los futuristas, que no (trdiginab.i el Estado l o i . i l i t . i i i o , y m n la»
posiciones de futuristas que no l u c r o n fascistas o íttetoti .ititiLisi ist.is l'rto
ni siquiera se puede sostener l a tesis de i m a siisiatichil .i)t nid.id de l.i t itliitta
futurista tespecto a los valores y a los mitos de la c i t l i i n a p o l í i i t . i í.isi ist.t. St
es exagerada l a i d e n t i f i c a c i ó n s i n reservas del f u t u r i s m o cotí el i.iscistno, otio
moderno, tanto i n f u n d a d a es l a tesis que reduce l a p a r t i c i p a c i ó n futurista al fascismo .1
u n aspecto secundario o a vicisitudes personales buscando los motivos en el
o p o r t u n i s m o y en l a i n g e n u i d a d . E o s futuristas que se i n c o r p o r a r o n al régi-
m e n fueron fascistas inquietos y c r í t i c o s que protestaron v i v a z m e n t e contra
algunas decisiones p o l í t i c a s y culturales del r é g i m e n , pero n i n g u n o de ellos
puso j a m á s e n d i s c u s i ó n los m o t i v o s fundamentales de la i d e o l o g í a totalitaria:
la p r i m a c í a del pensamiento m í t i c o , el a c t i v i s m o vitalista, la e x a l t a c i ó n m í s t i -
ca de l a c o m u n i d a d n a c i o n a l , l a s u p r e m a c í a del E s t a d o , l a p e d a g o g í a heroica
y guerrera, l a a m b i c i ó n imperialista. E l fascismo no e n g a ñ ó a los futuristas,
é s t o s se s i n t i e r o n fascinados p o r l a l l a m a d a a la m o v i l i z a c i ó n de la c u l t u r a
para la r e g e n e r a c i ó n de los italianos en el culto a l a r e l i g i ó n de la n a c i ó n y para
la c o n s t r u c c i ó n de u n a n u e v a c i v i l i z a c i ó n que e n e l futuro i m p r i m i r í a el estilo
de u n a « m o d e r n i d a d i t a l i a n a » " .
E l a r g u m e n t o de las relaciones entre fascismo y m o d e r n i d a d r e c l a m a u n a
a t e n c i ó n particular, y a que se trata de u n t e m a cuyas reflexión e i n v e s t i g a c i ó n
h a n c o n d u c i d o , a q u i e n escribe, a u n a i n t e r p r e t a c i ó n m á s c o m p l e j a de la
naturaleza del fascismo, especialmente e n t e l a c i ó n a las conexiones entre el
filo- fascismo y las vanguardias culturales.
W a l t e r A d a m s o n h a a p u n t a d o acertadamente que e l fascismo supuso la
p o l i t i z a c i ó n del m o d e r n i s m o italiano"'. E n realidad ésta se h a h í a i n i c i a d o
m u c h o antes del fascismo y, evidentemente, c o n t r i b u y ó a preparar el terreno
p a r a s u n a c i m i e n t o . M u c h o antes del n a c i m i e n t o del fascismo, el futurismo
d e f e n d i ó la necesidad de derribar la barrera entre cnltitra y políiic.i, a tt.ivés
de l a simbiosis entre c u l t u r a y vida, pata despetiat las enetjfi.is iiitelei tit.iles
storia contemporánea. B o l o i i i ; ! . 1990; i t i c l i i i i i i i i . i n i d i i r n i i ' t i i t u i in.ii i\i> r-, < . l i i n . I uor.iuni I,entile
Una hiografia. F l o r e n c i a , 1 9 9 5 .
Sobre la.s relacione.^ i i l e o l ó g n o p o l i o , .r. , n o , liíiitiiMiio \ l.r., f.itio. .,,1, ni.l-, ,1, 1,,, t i . i l , , i | , , i , ii.t

" N . Z a p p o n i , «I m i t i e le i d e o l o g i e » , en R . D e Felice ( d i r . ) , Storia deU'Italia contemporánea, vol. V I I , do.s en la nota 3 3 . ve;l.se en p . i i t u n l . i i R I >, t,-li,,* Olii I . luliiiimio tulluia e pollina, l u i l n . 19HH.
E . M o n d e l l o . Roma futurista. Ipeiiodu i e i liioylu drU'avauyHaulia iiella Roma de)(li aiim tWio, M i t i n .
Ñ a p ó l e s , 1 9 8 3 , pp. 2 0 3 - 2 0 4 .
1990; G . SAsns, Arleerazia. ¡.'avanguardia fuluiiaa tieyli aiiiii delfaoiimo. l'liin n i U , | 9 9 T F n n , ' la,
.Sobre G i o v a n n i G e n t i l e y el fascismo, la c o n f r o n t a c i ó n de las imcrpretacioiie.s se l i a vuelto ni.ís
nuevas aporlacione., t l o e n n u r n . i l e s ,<• ,l< l , , v li.il.n „ , l , i , i,„l,, I I M,(ilniOl. laiiuiHI l'JU l'l.'l,
iiiiensa en la ú l t i m a d é c a d a : cfr., S. R o m a n o , (liovanni Centile. la lilosojla al poiere. M i l . i n . 1 9 8 4 ;
A . B e r l o n i ( d i r ) . B o l o n i a . 198 / (p,,i inic|'.i.ii , (,n Se/o / / , , „ , fiom ílie I 'iipiitdhlied I Uaiti of I I Man
1 t V e n e r u s o , Gentile e ilprimato deíla tradizione cultúrale italiana. II dihallilo político all'interno del
nelíi. I . R . i m c v V F . W i m n . n i ( , l i l s . ) . en Modei Iiiun/Moiirniuy pOrlnlilr. 1994, | 9 i I 441
la\iismo. R o m a , 1 9 8 4 ; G . C a l a n d r a , Geniile e il laseismo. R o m . i H . u i , 1 9 8 7 ; S. N . i l o l i , Giovanni Gen
"' ( I l . A , l . n i i „ , n . AlodeiiiiMii and lau lun I In l'olilu , „ / 1 i//o/,r iii llaly, I l<IJJ, 11| , l (,ll
lile filosofo europeo. Witui. 1 9 8 9 ; A . D e l Noee, (iiovanni (ienlile l'ei una inierprela.'ione filoaifu a della
300 ENFOQUES D E UNAINTERPRETACIÓN
y morales de los italianos, d á n d o l e s u n nuevo y m á s intenso y d i n á m i c o sen-
t i m i e n t o de « i t a l i a n i d a d » , pues a m b i c i o n a b a conquistar nuevos p r i m a d o s en
n o m b r e de l a grandeza de la n a c i ó n , renovando y potenciando el país por
m e d i o de u n a acelerada obra de m o d e r n i z a c i ó n . M u c h o t i e m p o antes del n a -
c i m i e n t o del fascismo l a v a n g u a r d i a modernista, c o n s t i t u i d a p r i n c i p a l m e n t e
p o r el grupo de La Voce y por el m o v i m i e n t o futurista, h a b í a defendido
que la c u l t u r a d e b í a ejercer su i n f l u e n c i a sobre l a r e n o v a c i ó n de la p o l í t i c a
para c u m p l i r l a r e g e n e r a c i ó n de l a n a c i ó n a fin de que ésta fuese capaz de
afrontar aquella que he definido c o m o l a « c o n q u i s t a de la m o d e r n i d a d » .
A los m o v i m i e n t o s de la v a n g u a r d i a c u l t u r a l surgidos en I t a l i a a p r i n c i p i o s
del siglo X X era c o m ú n , de m a n e r a m á s o m e n o s acentuada, u n a e n t o n a c i ó n
p o l í t i c a nacionalista que se manifestaba c o n el m i t o del « i t a l i a n i s m o » —es
decir l a c o n v i c c i ó n de que I t a l i a estaba destinada a ejercer u n papel de gran
protagonista y u n a m i s i ó n de c i v i l i z a c i ó n en la v i d a m o d e r n a del siglo X X .
C o n tal objetivo, los m i l i t a n t e s de la n u e v a c u l t u r a n a c i o n a l consideraban
necesario u n radical proceso de r e g e n e r a c i ó n n a c i o n a l del que d e b í a nacer
u n « i t a l i a n o n u e v o » . A n t e s de l a P r i m e r a G u e r r a M u n d i a l estos m o v i m i e n -
tos d i e r o n v i d a a u n a revuelta generacional que, c o n d u c i d a en n o m b r e del
papel creativo de l a j u v e n t u d , se m a n i f e s t ó p o l í t i c a m e n t e en la c o n t e s t a c i ó n
radical del r é g i m e n parlamentario; en d i c h a c o n t e s t a c i ó n — q u e fue, sobre
todo, c u l t u r a l — se c o n f r o n t a r o n visiones e ideales diferentes de m o d e r n i d a d
pero alineados sobre el m i s m o frente: c o n t r a la m o d e r n i d a d burguesa, liberal,
racional.
E l m i t o de la « c o n q u i s t a de la m o d e r n i d a d » fue u n elemento esencial
para l a c o n e x i ó n c u l t u r a l e i d e o l ó g i c a entre las vanguardias y el fascismo.
E s t e m i t o , presente en l a c u l t u r a n a c i o n a l i t a l i a n a desde el Risorgimento,
se c o n v i r t i ó en p t e d o m i n a n t e e n l a n u e v a c u l t u r a que, a p r i n c i p i o s del X X ,
v o l v i ó a interrogarse sobre el destino de l a n a c i ó n e n u n a é p o c a de t r e m e n -
dos cambios producidos por l a m o d e r n i z a c i ó n . A p r i n c i p i o s del siglo X X , el
s e n t i m i e n t o p r e d o m i n a n t e en l a c u l t u r a m o d e r n i s t a italiana es la a c e p t a c i ó n
de las formas de v i d a de la c i v i l i z a c i ó n m o d e r n a representadas por los des-
c u b r i m i e n t o s c i e n t í f i c o s , por el desarrollo t e c n o l ó g i c o , por la a c e l e r a c i ó n del
r i t m o del tiempo, por el nuevo sentido d i n á m i c o de la existencia. Se h a atri-
b u i d o este sentimiento de p a r t i c i p a c i ó n e n t u s i á s t i c a de la m o d e r n i d a d s ó l o
al f u t u r i s m o pero, en realidad, es c o m ú n t a m b i é n entre los intelectuales y los
artistas de v a n g u a r d i a que se declaraban antifuturistas, c o m o m u c h o s vocia-
ni. «¡Sed modernos! C o m p r e n d e d en sí las formas vitales propias de nuestro
t i e m p o » ' " , p r o c l a m a b a en La Voce S c i p i o Slatapei. A p r i n c i p i o s de siglo, en
" S. Slaraper, «A¡ giovani i n i c l l i g c n l i il'liali.i». i-n l.ii Vmr. .'(> i l r .I|MI,III I I C
LA M O D E R N I D A D T O T A L I T A R I A 301
la n u e v a c u l t u r a m o d e r n i s t a y nacionalista h a y u n coro de e x a l t a c i ó n por
la m o d e r n i d a d c u y o grito u n á n i m e i n c i t a a Italia a estar lista para lanzarse
en la « v i b r a n t e v o r á g i n e » del « g r a n d i o s o m e c a n i s m o de la v i d a m o d e r n a » ^ ' .
T a m b i é n los nacionalistas de f o r m a c i ó n clasicista, c o m o E n r i c o C o r r a d i n i ,
estaban i n v a d i d o s p o r el entusiasmo, por el d i n a m i s m o de l a v i d a m o d e r n a
y alababan el « e s p í r i t u de la n u e v a v i d a [ . . . ] grande y poderosa c o m o no fue
n u n c a [ . . . ] i n i c i a d o r a de u n p o r v e n i r i n c l u s o m á s grande y poderoso [ . . . ] el
r i t m o de l a v i d a es extraordinariamente v i o l e n t o y f u l m i n a n t e [ . . . ] E l e s p í r i -
tu que c o m o tempestad m u n d i a l m u e v e a las m u l t i t u d e s inconscientes, y el
e s p í r i t u de la n u e v a vida» que « p a r e c e arrollar todo, porque n o h a n surgido
a ú n los h o m b r e s nuevos conscientes que tengan el á n i m o apropiado para
la nueva v i d a del m u n d o y sean fuertes contra las fuerzas nuevas. A q u í está l a
i n m e n s a tragedia del presente y l a epopeya del p o r v e n i r e s t a r á e n l a v i c t o r i a
del h o m b r e sobre los i n s t r u m e n t o s y las fuerzas de la vida, formidables c o m o
n o fueron n u n c a » " " . E l entusiasmo p o r l a m o d e r n i d a d contagiaba t a m b i é n a
u n j o v e n socialista r e v o l u c i o n a r i o , B e n i t o M u s s o l i n i : « n o s o t r o s nos sentimos
predispuestos a l a v i d a m ú l t i p l e , a r m ó n i c a , vertiginosa, m u n d i a l » " . Para él,
al igual que para los futuristas, el n u e v o r i t m o del t i e m p o y del c a m b i o s i m -
bolizaban la esencia de l a m o d e r n i d a d : «la palabra que resume y d a c a r á c t e r
i n c o n f u n d i b l e a nuestro siglo m u n d i a l — a f i r m a b a M u s s o l i n i en 1 9 0 9 — es
" m o v i m i e n t o " [ . . . ] M o v i m i e n t o en cualquier parte y a c e l e r a c i ó n del r i t m o
de nuestra v i d a » ^ ' .
A p r i n c i p i o s de siglo el m i t o de l a « c o n q u i s t a de l a m o d e r n i d a d » dio v i d a ,
especialmente a t r a v é s de l a c u l t u r a de las vanguardias, a u n n u e v o tipo de
n a c i o n a l i s m o que he d e n o m i n a d o « n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a » ' " ' p o r el papel
f u n d a m e n t a l que en su c a r a c t e r i z a c i ó n tuvo la p e r c e p c i ó n de l a m o d e r n i d a d ,
es decir, la v i s i ó n de l a n u e v a sociedad p r o d u c i d a por l a m o d e r n i z a c i ó n ,
a c o m p a ñ a d a p o r l a a s p i r a c i ó n a f o r m a r la c o n c i e n c i a de la nueva Italia. E l
concepto de n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a no se refiere a u n específico m o v i m i e n -
to c u l t u r a l o p o l í t i c o , sino que define u n a .sensibilidad y ima a e i i u i d meiii.il
centradas en el m i t o de la n a c i ó n y en la a c e p i a c i ó n de la modei i n / . n ion »|iie
M . Mora.sso, L'imperialhmo nelsmilo v.v. M i l . í i i . l ' I O ' i . |> U '
"" E . C o r r a d i n i , «La v i i a i-.sn-lic.i». i i i Niiriíuin.i. I ' l d l , .ili,,,., , n i , | , S . K / I , , ,/i„,ini t'iOt l'i/ i
e d i c i ó n a cargo de L . .Srrappini, l i n í i i . l ' I H d . pp di i,',
B . Mu.ssolini, « B l e i r o t » . en II l'opolo. .'H de | i i l i o ,1, l ' M I ' l , n ( y,,,, ,,,),)„,, \-, , , , | | , 1 , , i , , , , , .n^,,
de E . y D . .Susmel, F l o r e n c i a . 1 9 5 1 - | ' « , (. vol I I . pp l ' i i pi-,
" B . Miis.solini, « L a t h a i n » , en II l'iipulii. , 1 , j u l i o ,1, l ' i i i ' i , ( / / . „ / , , . , . p I H ' I S o l u i \t I ai ii'iii
i d e o l ó g i c a de Mii.s.soiini en .su i i i v e i i i i u l , l i . .'\ | I ,o juu. I,u,u,; Miemlini ,iiiil ll'e liilelIfilHitl I hiriiu
(ifl'nuiuii. Berlieley, 1 9 7 9 .
"' F . ( i e l l l l l e . " I I l i l i I I I i . v l l i o e la p o l l l l i . l - . eli K I le I v l i , , d l i i I , I illMiliino. mllHm t /mllltm, i II .
pp I d ' IdH
302 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
p o d e m o s localizar, de m a n e r a diversa y c o n diversos grados de i n t e n s i d a d y
diferentes opciones p o l í t i c a s concretas, en todos los m o v i m i e n t o s intelectua-
les de v a n g u a r d i a e, i n c l u s o , de m a n e r a m á s o m e n o s e x p l í c i t a , en el r a d i c a -
l i s m o p o l í t i c o de derechas y de izquierdas del p e r í o d o giolittiano. E s t e nuevo
n a c i o n a l i s m o se caracteriza esencialmente por s u a c t i t u d h a c i a l a v i d a m o -
derna, s e g ú n é s t a aparece a p r i n c i p i o s de siglo. L a m o d e r n i d a d era p e r c i h i d a
c o m o u n a n u e v a d i m e n s i ó n de l a h i s t o r i a h u m a n a dentro de l a que l a n a c i ó n
p o d í a acrecentar y e x p a n d i r s u potencia. P o r eso, el n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a
n o era conservador, no s e n t í a nostalgia del m u n d o p r e i n d u s t r i a l , n o s o ñ a b a
c o n atrasar el reloj de l a H i s t o r i a . S u p r i n c i p a l c a r a c t e r í s t i c a era l a a c e p t a c i ó n
de l a v i d a m o d e r n a e n tanto que é p o c a de transformaciones irreversibles que
i n v i s t e n a l a sociedad, a l a c o n c i e n c i a , a l a sensibilidad, y preparan las c o n d i -
ciones para el s u r g i m i e n t o de nuevas formas de v i d a colectiva, de u n a n u e v a
c i v i l i z a c i ó n . E s t a b a a n i m a d o p o r «el entusiasmo p o r l a m o d e r n i d a d » , enten-
d i d o c o m o e x p a n s i ó n de e n e r g í a s h u m a n a s e i n t e n s i f i c a c i ó n de l a v i d a s i n
precedentes e n l a H i s t o r i a , y por u n « s e n t i r t r á g i c o y activista de l a e x i s t e n c i a »
que repudiaba c u a l q u i e r c o m p o r t a m i e n t o n i h i l í s t i c o o c o m p l a c e n c i a deca-
dentista, c o m b a t i é n d o l o s c o n e l s e n t i m i e n t o e m o c i o n a n t e de u n a n u e v a ple-
n i t u d de v i d a y de l a a f i r m a c i ó n de v i t a l i d a d para los i n d i v i d u o s y las naciones
a t r a í d o s al v é r t i g o de l a v i d a m o d e r n a . P a r a este n a c i o n a l i s m o , m o d e r n i d a d
significaba a c e l e r a c i ó n del r i t m o del t i e m p o , i n v e n c i ó n y m u l t i p l i c a c i ó n de
los medios del h o m b r e , a c t u a c i ó n de l a v o l u n t a d de poder, i n d i v i d u a l y colec-
tiva, a t r a v é s de l a l u c h a . E n el c a m p o p o l í t i c o , m o d e r n i d a d significaba crisis
de las aristocracias tradicionales, é p o c a de las masas, ascenso de nuevas élites
y de nuevas personalidades de dominadores, p r e d o m i n i o de las colectividades
organizadas sobre el i n d i v i d u o aislado, e x p a n s i o n i s m o e c o n ó m i c o y p o l í t i c o .
E l nacionalismo modernista n o se o p o n í a a l a m o d e r n i z a c i ó n y a l a i n -
d u s t r i a l i z a c i ó n pero q u e r í a p r o m o v e r estos procesos, s u b o r d i n á n d o l o s , s i n
embargo, c o n el fin de potenciar l a n a c i ó n para que participase c o m o prota-
gonista e n l a p o l í t i c a m u n d i a l . Y m o d e r n i z a r l a n a c i ó n q u e r í a decir n o s ó l o
ciarle nuevos i n s t r u m e n t o s de desarrollo e c o n ó m i c o y social, sino t a m b i é n
regenerar a los italianos de las costumbres asimiladas durante siglos de so-
m e t i m i e n t o , darles u n a n u e v a c u l t u r a y u n a c o n c i e n c i a m o d e r n a . E l p r i n -
cipal c a r á c t e r m o d e r n i s t a de este n a c i o n a l i s m o es el p r o p ó s i t o de c o n c i l i a r
el esplritualismo — e n t e n d i d o g e n é r i c a m e n t e c o m o p r i m a c í a de l a c u l t u r a ,
de las ideas, de los s e n t i m i e n t o s — c o n l a sociedad i n d u s t r i a l de masas, para
contrastar y evitar los efectos negativos que l a m o d e r n i z a c i ó n comportaba,
es decir, el m a t e r i a l i s m o , el escepticismo, el e g o í s m o l i e d o n í s t i c o , el c o n -
l o i m i s m o , etc.; todo aquello, en definitiva, (pie el I I . K i o i i . i l i s m o m o d c n i i s i a
identificaba con la t r a d i c i ó n racionalisia e iiulividii.ilisi.i de l.i l l i i s i n n i ó n y
LA M O D E R N I D A D TOTALITARIA 303
de l a m o d e r n i d a d burguesa y liberal. E l n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a s o s t e n í a l a
necesidad de a c o m p a ñ a r la r e v o l u c i ó n i n d u s t r i a l y l a m o d e r n i z a c i ó n c o n u n a
« r e v o l u c i ó n del e s p í r i t u » para f o r m a r la sensibilidad, el c a r á c t e r y l a c o n c i e n -
cia de u n « i t a l i a n o n u e v o » , u n « h o m b r e n u e v o » capaz de c o m p r e n d e r y de
afrontar los problemas y los retos de l a v i d a m o d e r n a , m a n t e n i e n d o firme,
frente al desarrollo de las fuerzas materiales y t e c n o l ó g i c a s , l a s u p e r i o r i d a d de
las fuerzas espirituales que aseguraban u n i d a d e i d e n t i d a d colectiva a l a n a -
c i ó n . Promotores y g u í a s de esta r e v o l u c i ó n espiritual d e b í a n ser las nuevas y
j ó v e n e s aristocracias; éstas n o se f u n d a m e n t a b a n en privilegios de n a c i m i e n t o
y t r a d i c i ó n , n i se ligaban al culto fetichista del pasado, sino que eran capaces
de renovar y guiar a l a n a c i ó n e n el m a r tempestuoso de l a v i d a m o d e r n a .
Para c u m p l i r esta r e v o l u c i ó n espiritual, el n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a h i z o
u n l l a m a m i e n t o , m á s que a l a r a z ó n , a l a e n e r g í a de los sentimientos y de
las emociones; deseaba reactivar las facultades m í t i c o - p o é t i c a s , crear nuevos
m i t o s m o d e r n o s de l a n a c i ó n — u n a r e l i g i ó n laica de l a n a c i ó n — para c o n -
trarrestar las consecuencias negativas y los efectos disgregantes de l a crisis de
la sociedad t r a d i c i o n a l . A u n q u e se servía del uso m í t i c o de l a H i s t o r i a para
c o n s t r u i r nuevos universos m í t i c o s y s i m b ó l i c o s que sostuviesen l a r e l i g i ó n de
la n a c i ó n , el n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a n o t e n í a el culto fetichista de l a t r a d i -
c i ó n , no m i r a b a c o n nostalgia a u n i m a g i n a r i o o r d e n del pasado que d e b í a ser
preservado o restaurado, sino que q u e r í a participar en las transformaciones
de l a v i d a m o d e r n a proyectando a l a n a c i ó n h a c i a el futuro, c o n u n a v o l u n -
tad de poder que q u e r í a afirmarse a través de l a l u c h a y l a conquista. E l reclamo
i n s t r u m e n t a l de los m i t o s de pasadas grandezas para exaltar l a r e n o v a c i ó n del
orgullo n a c i o n a l c o n v i v í a , en el n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a , c o n los nuevos m i -
tos de futuras grandezas por conquistar; la e x a l t a c i ó n de l a s u p r e m a c í a de l a
n a c i ó n c o n v i v í a c o n l a a m b i c i ó n de crear valores y p r i n c i p i o s de u n a m o d e r n a
c i v i l i z a c i ó n u n i v e r s a l ; l a fe e n l a p r i m a c í a del e s p í r i t u c o n v i v í a c o n l a exalta-
c i ó n del realismo de l a fuerza; guerra y r e v o l u c i ó n p o d í a n ser instrumentos
necesarios para la r e g e n e r a c i ó n de la n a c i ó n , la conquista de la m o d e r n i d a d
y l a c o n s t r u c c i ó n de una nueva civilización italiana tinc d e b í a i m p t i m i i su
estilo a l a m o d e r n i d a d del siglo X X .
L a idea de u n a f u n c i ó n n i i l i i . m i e de l.i m l l i i i . i , eomo .u (ivid.id espiiiiii.il
plasmadora de la c o n e i e i u i . i iiiodi rn.i de un - i i . i l i . luievn», ei.i l o i i u i i i .1
los varios m o v i m i e n t o s de l.i v.mjMi.iidi.i iiiiidciíiist.i ( u n u m c i . i i.imhiéii
la c o n v i c c i ó n de que «.ser i n o d e m o s " SI)UIÍIII .ih.i, snhie todo, poi dei tilo en
palabras de C r o c e , poseer nn.i "(IIIIIIÍ.I di I l i i i n i h i e ( n t e g i i i " ' ' , ijiie delif.i
•" ti. ( T c i i c , "ti r i s v i y j i d t i l d s d t l i d 1' l.i . iill 111.1 I L I I M I M I t ' M I H I . . , ,11 h | , ( liltttm t WM mmnlt, h.lll.
I ' ) - ! ' ! , | l .1(1
304 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
sustituir, en la conciencia del italiano moderno, el puesto vacante por la cri-
sis de la religión tradicional. L a modernidad, desde este punto de vista, era
interpretada como época de crisis y de transición de un sistema de valores
propios del mundo preindustrial a la formación de una nueva civilización,
cuya construcción había sido confiada a la capacidad del hombre moderno
de controlar su destino y plasmar el futuro. L a percepción de estar viviendo
una crisis de civilización era fundamental en la experiencia de la modernidad
de las nuevas generaciones, incluso para los jóvenes que no militaban en las
vanguardias. «El alma colectiva —escribía Mussolini en 1 9 0 3 — no está, a ú n ,
formada por completo y se debate entre lo viejo y lo nuevo, entre los ideales
modernos y las creencias antiguas»'"*. Mezclando a Marx y Nietzsche el joven
revolucionario interpretaba la modernidad sobre todo como época de trans-
mutación de los valores que llevaría, a través del socialismo, a una superación
de la civilización cristiana y a la llegada de una nueva civilización pagana bajo
el impulso de una voluntad de poder «que se explica en la creación de nuevos
valores morales o artísticos o sociales» y «da un objetivo a la vida».
El superhombre es un símbolo, es el exponente de este periodo angustiante y trá-
gico de crisis que atraviesa la conciencia europea en la búsqueda de nuevas fuentes
de placer, de belleza, de ideal. Es la constatación de nuestra debilidad pero, al mis-
mo tiempo, también la esperanza de nuestra redención. Es el atardecer y la aurora.
Es, sobre todo, un himno a la vida —a la vida vivida con todas las energías en una
tensión continua hacia cualquier cosa más elevada, más fina, más tentadora.''*'
Como ya hemos visto en el capítulo precedente, el prohlema de la regene-
ración de los italianos y de la educación de un homhre nuevo ocupó el lugar
preeminente del proyecto de modernización cultural de las vanguardias e ins-
piró su búsqueda de un nuevo ideal de vida total que se manifestó en la exi-
gencia de una nueva religión laica, considerada elemento fundamental para
consentir que la nación se preparase para afrontar los desafíos de la moder-
nidad. E l nuevo idealismo, las varias «filosofías de la vida», el pragmatismo,
devolvían el prestigio a la experiencia de la fe en la vida de la colectividad.
L a necesidad de una religión laica nacional, como hemos visto en el capítulo
noveno, no era una forma residual de arcaicos milenarismos o de visiones es-
catológicas típicas de la época premoderna, mas un fenómeno esencialmente
moderno. E l problema de la modernidad era, por encima de todo, un pro-
"' It. Mii.ssolini, «La malattia del s e c ó l o » , en //Proletario, 6 de ¡iinio de I ')()3, en, 0/;ÍTO nmnia, eii.,
v(.l. I , |)p. 28-30.
Id., «La filosofía della forza», en //pensiero Romapiwlo. .") di- iiovn iiil.ie, (. y 1.1 de d i i i e n i l n e ile
l'IDH, en Opera omnia. eit., vol. I , [ip. IH.l 18-1.
L A M O D E R N I D A D T O I A l 11 AIIIA ÚEi
blema religioso observaba Croce en 1908: «todo el mundo conuinpoi.iiu-o
está, de nuevo, a la búsqueda de una religión» incitado «por la ncccsidail tic
orientación acerca de la realidad y de la vida, por la necesidad de un concc|ito
de la vida y de la realidad»'". E n este sentido podemos decir que totlos lo.s
movimientos de vanguardia, surgidos en Italia antes del fascismo, aspir.ib.m
a ser movimientos «religiosos», a elaborar un nuevo sentido de la vida y de l
mundo, y a difundirlo, a través de mitos modernos, para educar a las m.is.i.s
e integrarlas en el Estado nacional, dándoles una conciencia colectiva de l.i
nación como comunidad de valores y de destino.
L a vanguardia modernista, coherente con su concepción militanie ele l,i
cultura, al perseguir el proyecto de regeneración nacional invadía, inevii.i
blemente, el campo de la política, donde el enfrentamlento entre ide.iles
antagonistas de «modernidad italiana» se concretizó en un antagonismo de
ideologías políticas. Croce quería formar una conciencia italiana, «ni soi i.i
lista ni imperialista o decadentista, que reproduzca de manera novedosa la
del Risorgimento italiano»". E l filósofo proponía un modelo racional, libei.il
y burgués de modernidad que consideraba todavía plenamente válitlo p.na
consentir a Italia afrontar los retos de la vida moderna bajo la guía ile l.i
democracia parlamentaria. Desde principios de siglo, Croce se esforzí') por
combatir aquella nueva condición de espíritu hecha de misticismo, de ,K i¡
vismo, de irracionalismo, de esteticismo e imperialismo que consideraba una
forma morbosa y patológica de modernidad, que se identificaba con el dei .1
dentismo y, sucesivamente, con el fascismo. Pero el ideal liberal y burgués ile
modernidad trasmitido por los padres fundadores del Estado nacional, a una
gran parte de las nuevas generaciones se aparecía como un modelo superado
e inadecuado para plasmar a la nueva Italia y guiarla en el vórtice de la viila
moderna. Las razones que fundamentaban la crítica a la tradicií'm ¡lusti.nl.1,
racionalista e individualista estaban ampliamente difinulidas. N o obsi.inie,
dicha crítica no alimentaba una reacción antimodern.i, m.is pioponí.i oiios
paradigmas de modernidad que ideológicamente se tt.Kltiieion eti pioyet tos
políticos de transformación del Estado nacioti.il destiti.idos, sin < inb,ii)',o, a
desembocar inevitablemente en el Estado tot,tlit.it 10 I I nnno p.it.nligina
autoritario de la modernidad lo elaboti'i el niovinih oto ii.i< lon.ilim.i impe
rialista que consideraba que la demociaei i etiti.ib.i i n . onti.idti i lém i un el
movimiento de la vida moderna»""' |iot(|tti 11 piopio | i i i i i eso de desaiiollo de
la sociedad de masas, del socialismo y ile l.i ei ononii.i i apiiahiiit tuiulut U A
1 1 . ( ' i d i c "l'ir l.i liria.seira clcirUIcsillMiio (Í'IIIH).., , 11 ,,| , I , 'nnialr, <\\ . y \(t
'' . Meiiiiiti,! i/rl/a iiiia i'ila, hiÁp>i\i-,. |i VI (.I|MIIIII ,1 mili l'l|;|
•' M i i i . r . M i . / tiiipnialniiio iicl orólo \ \ , i ii , |i 1 ( 1
306 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
afirmar «la s u p r e m a c í a de l a fuerza y l a necesidad de u n d o m i n i o cada vez
m á s vasto y profundo, renovando algunas c a r a c t e r í s t i c a s c o n d i c i o n e s de las
antiguas civilizaciones d o m i n a d o r a s » " . L o s nacionalistas imperialistas esta-
b a n convencidos de que l a m o d e r n i z a c i ó n exigía, p o r la naturaleza que le
era i n t r í n s e c a e n l a é p o c a del i m p e r i a l i s m o , nuevas formas de a u t o r i t a r i s m o
para l a sociedad de masas: « r e a p a r e c e n así las tendencias o l i g á r q u i c a s , las pre-
e m i n e n c i a s militares, y los sistemas que ensalzan a las aristocracias fuertes y
directivas a u n gobierno absoluto y e n é r g i c o » " .
Estos n a c i o n a l i s m o s i m i t a b a n los ejemplos a l e m á n y j a p o n é s c o m o m o d e -
los de m o d e r n i z a c i ó n autoritaria que proponer para la c o n q u i s t a i t a l i a n a de
la m o d e r n i d a d . L a m o d e r n i d a d , para ellos, era el i n i c i o de u n a n u e v a é p o c a
de despotismo de «civilización i m p e r i a l » a l a que estaban avocados todos
los grandes Estados nacionales, i n c l u s o aquellos gobernados por r e g í m e n e s
d e m o c r á t i c o s c o m o Inglaterra y Estados U n i d o s . L a s vanguardias culturales,
c o m o La Voce y el f u t u r i s m o , buscaban otras vías para integrar a las masas en
el E s t a d o n a c i o n a l y para asegurar a l a n a c i ó n u n sistema de gobierno adecua-
do que l a guiase e n s u c a m i n o a t r a v é s de l a v i d a m o d e r n a . N i siquiera el m i t o
del « i t a l i a n i s m o » , que c o n d i c i o n a b a l a v i s i ó n vanguardista de l a m o d e r n i d a d ,
c o n d u c í a necesariamente a formas de n a c i o n a l i s m o autoritario. T í p i c o es el
caso del f u t u r i s m o que, desde sus o r í g e n e s , d e m o s t r ó u n a a c t i t u d p o l í t i c a
de a v e r s i ó n a l a d e m o c r a c i a p a r l a m e n t a r i a , transformada en verdadero c o m -
p r o m i s o de a c c i ó n tanto c o n el i n t e r v e n c i o n i s m o c o m o al final de l a G r a n
G u e r r a c o n l a f u n d a c i ó n de u n partido p o l í t i c o futurista. I n c l u s o exaltando
el n a c i o n a l i s m o y el i m p e r i a l i s m o el f u t u r i s m o se profesaba libertario y cos-
m o p o l i t a , listo a favorecer las m á s radicales reformas sociales en el á m b i t o del
r e c o n o c i m i e n t o de l a s u p r e m a c í a de l a n a c i ó n c o m o v a l o r colectivo.
E n el grupo de La Voce fue p r e d o m i n a n t e l a exigencia de c o n c i l i a r n a -
c i o n a l i s m o y c o s m o p o l i t i s m o , l i b e r t a d del i n d i v i d u o y E s t a d o n a c i o n a l . L o s
vociani p r o p o n í a n u n a n u e v a d e m o c r a c i a n a c i o n a l de masas, n o obstante s u
concepto de d e m o c r a c i a era m á s que vago e n las diversas interpretaciones
propuestas en la revista, a u n q u e r e c l a m a b a n algunas reformas concretas,
c o m o el sufragio u n i v e r s a l , l a d e s c e n t r a l i z a c i ó n a d m i n i s t r a t i v a , el liberalis-
m o . E n realidad, e n La Voce c o n v i v í a u n a t e n d e n c i a e m p í r i c a reformadora y
u n a tendencia idealista que asignaba a l a n u e v a p o l í t i c a deberes m i s i o n a r i o s
de r e g e n e r a c i ó n del c a r á c t e r de los italianos para sanarlos de los males de
u n a plurisecular tendencia a l a s u j e c i ó n , al c o n f o r m i s m o , a l a r e t ó r i c a , para
educarlos a v i v i r e n l a libertad y c o n l a d i g n i d a d de ciudadanos conscientes
" Ihidem, p. 1 1 .
'"' I d . , Imperialismo artistieo,'Yuíín, l ' ) 0 3 , p. 6 0 .
LA MODERNIDAD TOTALITARIA 307
Y responsables de u n a n a c i ó n m o d e r n a . E l grupo vociano se d i s o l v i ó antes de
la G r a n G u e r r a y n o dio v i d a a u n m o v i m i e n t o p o l í t i c o , pero m u c h o s de sus
integrantes p a r t i c i p a r o n e n p o l í t i c a para defender, si bien c o n m o t i v a c i o n e s
diferentes, l a i n t e r v e n c i ó n de I t a l i a , pues consideraban que la guerra era u n
verdadero e x a m e n de m o d e r n i d a d para l a n a c i ó n , l a p r u e b a de s u ascenso al
papel de gran potencia.
E n cualquier caso, aquello que p o l í t i c a m e n t e a c o m u n a b a a nacionalistas
autoritarios y nacionalistas d e m o c r á t i c o s o libertarios, a d e m á s de l a a v e r s i ó n
por el giolittismo al que consideraban u n a f o r m a de d i c t a d u r a p a r l a m e n t a r i a
c o r r u p t o r a , era l a a s p i r a c i ó n a l a c o n s t r u c c i ó n de u n E s t a d o nuevo que, a tra-
vés de u n a « r e v o l u c i ó n » espiritual, d e b í a provocar t a m b i é n u n a « r e v o l u c i ó n »
p o l í t i c a que condujese al poder a u n a n u e v a j o v e n clase dirigente, a u n a nue-
va aristocracia del intelecto y de c a r á c t e r . L a c o n t e s t a c i ó n antigiolittiana era
guiada, bajo l a i n s i g n i a del m i t o de l a j u v e n t u d , c o m o fuerza en sí r e v o l u c i o -
n a r i a y regeneradora, m o v i l i z a d a c o n t r a l a sociedad burguesa liberal que los
j ó v e n e s j u z g a b a n decadente y c o r r u p t a , materialista y c o n f o r m i s t a , carente de
ideales y de grandes visiones de futuro. E l « m i t o de l a j u v e n t u d » postulaba l a
existencia de peculiares cualidades regeneradoras e n las nuevas generaciones,
a t r i b u y e n d o a los j ó v e n e s prerrogativas y actitudes adecuadas para presentar-
los c o m o candidatos para f o r m a r u n a n u e v a clase dirigente capaz de guiar al
p a í s en el o c é a n o tempestuoso de l a v i d a m o d e r n a . L a vieja clase dirigente
liberal era el g u a r d i á n del pasado, l a n u e v a aristocracia era l a v a n g u a r d i a de
los nuevos italianos « c o n s t r u c t o r e s del p o r v e n i r » " . T o d o s los m o v i m i e n t o s
de l a c o n t e s t a c i ó n antigiolittiana c o m p a r t í a n el « m i t o de l a j u v e n t u d » , inter-
pretando l a l u c h a de los j ó v e n e s , sanos y vitales, c o n t r a los viejos, senescentes
y corruptos, c o m o u n a fase necesaria en l a c o n q u i s t a de l a m o d e r n i d a d . L o s
j ó v e n e s que, de derechas o de izquierdas, c o m b a t í a n c o n t r a el r é g i m e n parla-
m e n t a r i o estaban convencidos de poseer las cualidades morales y los valores
é t i c o s superiores de l a « n u e v a a r i s t o c r a c i a » destinada a guiar l a conquista de
la m o d e r n i d a d , a través de u n a r e v o l u c i ó n espiritual c o m o premisa y c o i u l i -
c i ó n de u n a r e v o l u c i ó n p o l í t i c a , para « c a m b i a r radicalmente todo el .ilm.i de
m u c h o s h o m b r e s » " , c o m o a n u n c i a b a e n 191,3 P a p i n i , c o m p i o i i i e i i d o en l.i
c a m p a ñ a futurista para preparar en «Italia la llegada de este I m i n l i K m i e v o " ' '.
L o s futuristas, c o n f i r m a b a al m i s m o tiempo B o e c i o n i , (|iieii.in d.n .i li.ili.i
" L a e x p r c s i ú n ha .sido t o m a d a del n i a i i i l i e s i o l i i n i i i s i . i ( imiío Veiiriia pauaiiila iiilii r l , ' / de
a h r i l de l ' J I O , r e p r o d u c i d o en K I ' . M a i i r i e l i l , leuii.i e iiieiii.-iuiie /iiliiiiil.i, i i l l i lAii H < I I | | ( I I i l r I I >r
M a r i a , M i l . l i i . l ' R i H . p. 3 2 .
'" < i . I ' . i p i i i i . d a nne.s.silá dell.i l i v o l i i / i o i i c . i . I I I /,/,(//',/. I'i di .ilmldi
' Id.didr d i I l i i i i i . i . . . ( 1 1 /,/,,•,//,/. I de i i i . i i / i . di l ' M I
308 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN LA MODERNIDAD TOTALITARIA 309

[...] una conciencia que la impulse cada vez más al trabajo tenaz, a la conquista d i v i d u o y de l a n a c i ó n " ' ' . G i o v a n n i B o i n e idealizaba l a d i s c i p l i n a m i l i t a r , por
feroz. Que los italianos experimenten, finalmente, la felicidad embriagadora de el sentido de l a j e r a r q u í a y del orden, m o d e l o ejemplar de e d u c a c i ó n colectiva
sentirse solos, armados, modernísimos, en lucha contra todos y no bisnietos ador- para formar el c a r á c t e r de los italianos y educarlos en el culto de l a « r e l i g i ó n
mecidos de una grandeza que ya no es ia nuestra [...] Es necesario tomar partido, de l a p a t r i a » " ' . L a c o n c i e n c i a de l a I t a l i a m o d e r n a d e b í a ser p l a s m a d a a tra-
inflamar la propia pasión, exasperar la propia fe por ésta, nuestra grandeza futura, vés de u n a « p e d a g o g í a heroica» hecha de espíritu de sacrificio, de ejercicio de l a
que cada italiano digno de este nombre siente en lo más hondo, pero ¡que desea d i s c i p l i n a , de d i s p o n i b i l i d a d al combate, de s u b l i m a c i ó n del i n d i v i d u o en
demasiado débilmente! Hacen faltan sangre, muertos... Sería necesario colgar,
la d e v o l u c i ó n a l a colectividad. T o d o s estos elementos c o n s t i t u í a n el n ú c l e o
fusilar a quien se desvía de la idea de una gran Italia futurista."
de u n a m o d e r n i s t a «ética n a c i o n a l » m a r c a d a p o r el « c u l t o a lo h e r o i c o » " " , en
« u n a a t m ó s f e r a de m i t o y de e p o p e y a » — c o m o e s c r i b í a el sindicalista r e v o l u -
T a m b i é n el « m i t o de l a v i o l e n c i a r e g e n e r a d o r a » — a t r a v é s de la guerra
cionario A n g e l o O l i v i e r o O l i v e t t i — , que d e s c u b r í a , no s i n r a z ó n , afinidades
o l a r e v o l u c i ó n — pertenece al p a t r i m o n i o de l a c u l t u r a de la v a n g u a r d i a
espirituales y culturales entre s i n d i c a l i s m o r e v o l u c i o n a r i o y f u t u r i s m o en l a
m o d e r n i s t a . P r e m i s a del i n t e r v e n c i o n i s m o de m u c h o s j ó v e n e s intelectuales
v o l u n t a d de poder y en el ideal de u n a « p a l i n g e n e s i a a t r a v é s del crisol ardien-
fue l a c o n v i c c i ó n de que Italia, para alcanzar el estadio de u n a grande n a c i ó n
te de la lucha»"^.
m o d e r n a , d e b í a sufrir l a e x p e r i e n c i a de u n a guerra. L a p a r t i c i p a c i ó n en la
E l estallido de l a guerra europea fue, en cierta m a n e r a , pronosticado y
G r a n G u e r r a representaba para I t a l i a l a entrada «en l a gran h i s t o r i a del m u n -
auspiciado p o r las vanguardias modernistas, el m o v i m i e n t o nacionalista y el
do»", s e n t e n c i ó G i o v a n n i G e n t i l e a l final del conflicto. E n l a c o n c e p c i ó n
s i n d i c a l i s m o revolucionario. E n l a v i g i l i a de l a G r a n G u e r r a , en I t a l i a h u b o l a
futurista, l a guerra era « g r a n d e y sacra ley de l a v i d a » , era l a p e r i ó d i c a « p r u e b a
espera m e s i á n i c a de u n a i n m i n e n t e c a t á s t r o f e p a l i n g e n é s i c a que estos m o v i -
sanguinosa y necesaria de l a fuerza del p u e b l o » " " . L a e x a l t a c i ó n de l a « g u e r r a
mientos i n v o c a b a n para realizar l a r e v o l u c i ó n espiritual que d e b í a regenerar
r e g e n e r a d o r a » no era solamente futurista. A u n q u e c o n motivaciones d i s t i n -
a l a n a c i ó n y llevarla definitivamente a l a « c o n q u i s t a de l a m o d e r n i d a d » . E l
tas, l a c o n c e p c i ó n positiva de l a guerra e n l a v i d a de l a n a c i ó n era p r e d o m i -
i n t e r v e n c i o n i s m o n a c i o n a l r e v o l u c i o n a r i o d e s e ó l a p a r t i c i p a c i ó n de I t a l i a en
nante en l a n u e v a c u l t u r a n a c i o n a l . L a guerra era parte integrante de l a v i s i ó n
la G r a n G u e r r a al considerarla necesario « r i t o de i n i c i a c i ó n c o l e c t i v a » de los
nacionalista de l a m o d e r n i d a d . C o r r a d i n i h a c í a a p o l o g í a de l a « m o d e r n i d a d
italianos en l a m o d e r n i d a d . Y la guerra fue para m i l l o n e s de italianos, efecti-
de l a g u e r r a » " ' . D e s d e 1 9 0 5 , c o n t r á g i c o e s p í r i t u p r o f é t i c o , M o r a s s o h a b í a
v a m e n t e , u n a t r á g i c a « e x p e r i e n c i a de m o d e r n i d a d » " " .
a n u n c i a d o : «el siglo d e c i m o n ó n i c o fue el siglo de l a u t o p í a d e m o c r á t i c o - h u -
E l n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a y l a experiencia de l a guerra establecieron
m a n i t a r i a , el siglo X X será el siglo de l a fuerza y de la c o n q u i s t a [ . . . ] S e r á e n el
las condiciones para el encuentro entre v a n g u a r d i a y fascismo. A t r a v é s de
nuevo siglo c u a n d o l a fuerza t e n d r á s u reino m á s vasto, y en el nuevo siglo se
la experiencia de l a guerra m u c h a s ideas y m u c h o s m i t o s de l a v a n g u a r d i a
v e r á n los e j é r c i t o s m á s formidables y las guerras m á s s a n g u i n a r i a s » " ^ .
m o d e r n i s t a se v e r t i e r o n e n el naciente fascismo y c o n t r i b u y e r o n a f o r m a r su
La idea de l a « m o r a l i d a d de la g u e r r a » , en el á m b i t o de l a v a n g u a r d i a
i d e o l o g í a al mezclarse c o n las ideas y los m i t o s de l a e x p e r i e n c i a del squadris-
m o d e r n i s t a , se i n f e r í a del m i t o de l a « p a l i n g e n e s i a n a c i o n a l » c o m o proceso
mo, de l a n u e v a c u l t u r a idealista, de los m á s recientes m o v i m i e n t o s radicales,
necesario para l a f o r m a c i ó n de u n a c o n c i e n c i a i t a l i a n a m o d e r n a " ' . A m e n d o l a
tanto de derechas c o m o de izquierdas, y c o n el legado, m á s o menos alterado,
a t r i b u í a a la guerra u n significado m o r a l , c o m o e x a m e n colectivo de d i s c i p l i -
de tradiciones i d e o l ó g i c a s de l a derecha y de l a i z q u i e r d a risorgimentale.
n a y de sacrificio en el que se p o n í a a p r u e b a y se t e m p l a b a el c a r á c t e r del i n -

U . B o e c i o n i , « C o n t r o l a v i g l i a c c h e r i a artistica i t a l i a n a » , en Lacerba, 1 de s e p t i e m b r e de 1913. " G . A m e n d o l a , « L a g r a n d e ¡ I l u s i o n e » , en La Voce, 2 de m a r z o de 1 9 1 1 .

^' G . G e n t i l e , « 2 4 maggio 1 9 1 5 » , e n II Resto del Carlino, 2 4 de m a y o de 1 9 1 8 , en i d . . Guerra efede. ''^ G. Borne, Díscorsi militari, ¥\orencia., 1914.

Ñ á p e l e s , 1 9 1 9 , p. 1 1 9 . L a e x p r e s i ó n es de A . O . O l i v e t t i , « S i n d i c a l i s m o e n a e i o n a l i s m u " , en l'aginr I ibn,. I ile I c l i r e i i i

F. T . M a r i n e t t i , « D i s t r u z i o n e d e l l a s i n t a s s i » ( 1 1 de m a y o de 1913), e n i d . . Teoría e invenzione de 1 9 1 1 , en F. Perfetti, i n t r o d u c c i ó n a O l i v e t t i , Dalsindiiiiliuiio iii'ulii.-ioihiiio al .nipaiaiivoino, iii.,

futurista, c i t . , p. 5 9 . p. 3 6 .

' ' F.. C o r r a d i n i , « L a g u e r r a » , e n IIRegno, 2 8 de febrero de 1904. A . ( ) . ( M i v e t t i , « L ' a l t r a c a m p a n a » , e i i / Q / w e ///'eiv-, l ' i di i i u v n i i i b i . ili l ' M l , | i .|2
Sobte 1.1 ( i c i n ( ¡ u e i r a c o m o « e x p e r i e n t ia de nnnlei iiiitul- i 11 , I ' I l e e . i 11. la i aande í lUrita r ta
M o r a s s o , L'imperialismo nel secólo X X , c i t . , pp. 3 2 y 3 9 .
meinoria nuulenia. Bolonia, 1 9 8 4 ; F,. \. l eed, lena Ai neuuao. holiiiii.i, lUM'i, A ( líbelll, Tii/flitit.t
Sobre la i m p o r t a n c i a del m i r o de la p a l i n g e n e s i a en la c u l t u n i pief.ist isia lia insistido, c o n s i i l e i á n -
della y lana. Iiiilii, I ' ) ' ) | ; | „ ( l e u lile. «Uii.i .ipoi .IIISM m II.I I i 11111,1 I ii < iiitiii|i< ( i i | | i | i i i r il M i l o
d o l o e l e m e n t o f u n d a m e n t a l de la i d e o l o g í a del « f a s c i s m o g e i u ' r i i o » ( i i i l l i i i , The Naliirc oj liunsin.
cii.. pp. 3 8 - 4 0 .
del l.l R i i ' . r M i 1.1/111111 del l.l p o l i l i i .1-. en Si ana 1 laili iiipiaaiini. m lili 111 , I 991, |i|i / V I /M/i
310 ENFOQUES D EUNA INTERPRETACIÓN LA M O D E R N I D A D T O T A L I T A R I A 311

N a c i d a de l a experiencia de l a G r a n G u e r r a y heredera d e l n a c i o n a l i s m o E n el fascismo era t í p i c a m e n t e m o d e r n i s t a l a a f i r m a c i ó n de l a s u p r e m a c í a

m o d e r n i s t a , l a i d e o l o g í a fascista puede ser considerada u n a m a n i f e s t a c i ó n
de « m o d e r n i s m o p o l í t i c o » , pretendiendo definir c o n este t é r m i n o u n a ideo-
l o g í a que acepta l a m o d e r n i z a c i ó n y estima poseer l a f ó r m u l a capaz de dar
a los seres h u m a n o s , arrastrados al v ó r t i c e de l a m o d e r n i d a d , «la capacidad
de c a m b i a r el m u n d o que los e s t á t r a n s f o r m a n d o , de recorrer s u c a m i n o e n
el i n t e r i o r de aquel v ó r t i c e y de hacerlo p r o p i o » " ' . E n el caso d e l fascismo,
de h e c h o , n o creemos q u e se p u e d a hablar de « m o d e r n i s m o r e a c c i o n a r i o » ' ' "
c o m o i d e o l o g í a a n t i m o d e r n a que pretende servirse de l a t e c n o l o g í a para
defender o afirmar el ideal de u n a sociedad t r a d i c i o n a l puesta a l reparo d e l
m o v i m i e n t o de l a c i v i l i z a c i ó n m o d e r n a . E n este sentido, el fascismo n o fue
a n t i m o d e r n o , a pesar de que e n s u i d e o l o g í a h u b o elementos de « r e v u e l t a
c o n t r a el m u n d o m o d e r n o » identificado c o n l a c i v i l i z a c i ó n protestante y
liberal, de t r a d i c i o n a l i s m o m o n á r q u i c o reaccionario o de culto m í t i c o d e l
p r o v i n c i a l i s m o « c o s t u m b r i s t a » ^ ' . E l fascismo p o s e y ó u n a v i s i ó n p r o p i a de
la m o d e r n i d a d que se c o n t r a p o n í a a l a c u l t u r a , a l a i d e o l o g í a , al estilo de l a
m o d e r n i d a d liberal, socialista y c o m u n i s t a , y r e i v i n d i c ó para sí l a p r e t e n s i ó n
de i m p o n e r l a p r o p i a f ó r m u l a de m o d e r n i d a d a l siglo X X . E n este sentido se
puede hablar de « m o d e r n i s m o fascista».
E n el fascismo, t í p i c a m e n t e m o d e r n i s t a era, p o r e n c i m a de todo, l a c o n -
c e p c i ó n activista de l a v i d a , lo q u e significaba, c o m o explicaba el ó r g a n o de
los Fasci d i C o m b a t t i m e n t o , «saber c o m p r e n d e r los tiempos que se v i v e n ,
saberse adaptar a l a a t m ó s f e r a m u r a d a , a los acontecimientos que se suceden,
que se acabalan en el vertiginoso jadeo de la civilización moderna»''^. E l activismo
se c o m p a g i n a b a c o n l a c o n c e p c i ó n irracional de l a p o l í t i c a que d e f e n d í a l a
p r i o r i d a d de l a experiencia v i v i d a respecto de l a t e o r í a , l a p r i m a c í a de l a «fe»
respecto de l a « r a z ó n » e n l a f o r m a c i ó n de u n a c u l t u r a p o l í t i c a ^ ' . E l relativismo
a n t i t e o r é t i c o d e l fascismo y el e x p e r i m e n t a l i s m o i n s t i t u c i o n a l eran otros de
los rasgos modernistas d e l fascismo, coherente c o n u n a i n t u i c i ó n existencia-
lista de l a p o l í t i c a entendida, p o r e n c i m a de todo, e n s u i n m e d i a t o origen
vitalista c o m o « a u d a c i a , c o m o tentativo, c o m o empresa, c o m o i n s a t i s f a c c i ó n
de l a realidad, c o m o aventura, c o m o c e l e b r a c i ó n d e l rito de l a a c c i ó n » " .
del p e n s a m i e n t o m í t i c o — e n sentido soreliano— e n l a p o l í t i c a de masas, y
m o d e r n i s t a era t a m b i é n el uso m í t i c o de l a H i s t o r i a y de l a t r a d i c i ó n para
la m o v i l i z a c i ó n de las masas y l a f u n d a c i ó n de u n a r e l i g i ó n p o l í t i c a . Para el
fascismo, l a t r a d i c i ó n h i s t ó r i c a n o era u n templo d o n d e c o n t e m p l a r y venerar
la m e m o r i a consagrada p o r las r u i n a s a r q u e o l ó g i c a s : l a H i s t o r i a era u n arsenal
del q u e extraer m i t o s de m o v i l i z a c i ó n y de l e g i t i m a c i ó n de l a a c c i ó n p o l í t i c a .
Las glorias d e l pasado se evocaban c o m o i n c i t a c i ó n para l a a c c i ó n d i r i g i d a a l a
c r e a c i ó n d e l futuro. E l m i t o de l a « r o m a n i d a d » p e r t e n e c í a a esta exigencia de
c o n s t r u c c i ó n del p r o p i o universo s i m b ó l i c o . E l culto a l a « r o m a n i d a d » era ce-
lebrado, m o d e r n i s t a m e n t e , c o m o m i t o de a c c i ó n para el futuro, que buscaba
crear u n a n u e v a c i v i l i z a c i ó n para l a é p o c a m o d e r n a , s ó l i d a y universal c o m o
la romana^'. L o s fascistas consideraron l a « r o m a n i d a d » fuente de i n s p i r a c i ó n
de virrudes cívicas, de sentido d e l E s t a d o , de valores organizativos universales
a recuperar para elaborar u n m o d e l o m o d e r n o de c i v i l i z a c i ó n nueva. C o n l a
i n s t i t u c i o n a l i z a c i ó n d e l « c u l t o d e l L i t t o r i o » , el fascismo realizaba, e n sus for-
mas propias, otra a s p i r a c i ó n d e l n a c i o n a l i s m o m o d e r n i s t a : l a c o n s t r u c c i ó n de
u n a r e l i g i ó n laica de l a n a c i ó n . L o s artistas de l a v a n g u a r d i a m o d e r n i s t a apor-
taron, c o n p a s i ó n y fe, s u c o n t r i b u c i ó n a l a c o n s t r u c c i ó n d e l universo s i m b ó -
lico de l a r e l i g i ó n fascista para representar a las masas y perpetuar e n el t i e m -
po sus ideales y m i t o s . S í n t e s i s de p o l í t i c a , r e l i g i ó n y e s t é t i c a , l a « m o d e r n i d a d
i t a l i a n a » , segiin el fascismo, d e b í a concretarse n o s ó l o e n nuevas instituciones
p o l í t i c a s , e n u n a n u e v a r e l i g i ó n laica, e n u n a m o d e r n i z a c i ó n a l servicio de l a
p o t e n c i a n a c i o n a l , sino que d e b í a , sohre todo, exteriorizarse c o m o m o d o de
v i v i r , c o m o estilo de v i d a . E l estilo era aquello que d e f i n í a l a esencia o r i g i n a l
y universal de u n a c i v i l i z a c i ó n y t r a n s m i t í a l a grandeza e n las é p o c a s futuras.
E n el m i t o de l a « n u e v a c i v i l i z a c i ó n » , el culto a l a « r o m a n i d a d » se concillaba,
s i n contradicciones estridentes, c o n otros aspectos p r o p i a m e n t e futuristas
del fascismo c o m o el entusiasmo p o r l a a c c i ó n , el a c t i v i s m o , el culto de la
j u v e n t u d y d e l deporte, el ideal heroico de l a aventura, el p r a g m a t i s m o y,
sobre todo, l a v o l u n t a d de e x p e r i m e n t a r c o n t i n u a m e n t e lo nuevo a través de
la a c c i ó n creativa proyectada h a c i a el futuro, s i n nostalgias rcaci ion.ii i.is p o r

u n pasado que restaurar y u n presente que preservar d e l l i i i n o . u e l c i . i d o d e l

m o v i m i e n t o m o d e r n o . E l fascismo n o s e n t í a nostalgia d e un i c i i m d e l p.is.ulo

M. B e r m a n , L'esperienza della modernith, B o l o n i a , 1 9 8 5 , p. 2 6 . [ed. cast.: Todo lo sólido se desvanece que reconstruir; n o i n s t a u r ó el culto de la t t a d i c i ó n l o i i m Mililiin.u i o n d e l
en el aire: experiencia de la modernidad, M a d r i d , Siglo X X I , 1991].
'" C f r . , J . H e r f II modernismo reazionario, Bolonia, 1988.
pasado e n u n a v i s i ó n m e t a f í s i c a de orden i m a n g i h i e ijiu piesi ivai íniegii),

' C f r . , E . G e n t i l e , « I m p e n d i n g M o d e r n i t y ; F a s c i s m a n d the A m b i v a l e n t Image o f the U n i t e d S t a t e s » , s e g r e g á n d o l o d e l r i t m o acelerado d e la vid.i m o d e i i i . i . V iciimuiía ipie l.i

vn Journal of Contemporary History, 1993, pp. 7-20.

I ) . B i a n c h i , « . . . i fascista p i c c h i a n o » , e n / / F a s c i o , 2 3 de o c t u b r e de 1 9 2 0 .
" ( i e n t i l e , Storia del partito fascista, c i t . , pp. X X X . • ( (i t (.(Miilc. II culto del l.illíirio, K C I I I M H.iii, I9'iv |,|, | r, \;;, |( V i » « i , NF«tiiiii jiiiiiiiiii

" S . I ' a n u n z i o , Italo Balho, Mil.án, 1 9 2 3 , p. 9. .mil lili ( l i l i i i l l i l i - I d i i i i . i i i i l . ' l » , I I I loiiriial oj ( oiilivipoi.ii y lli\ioi y. 1 9 9 , ' . n j , |i|i 4 dj.
312 ENFOQUES D E UNA INTERPRETACIÓN
t r a d i c i ó n era « u n a de las m á s grandes fuerzas espirituales de los p u e b l o s » pero
n o c o m o algo « s a c r o , i n m u t a b l e e i n t a n g i b l e » sino c o m o « c r e a c i ó n sucesiva y
constante de su alma»''". E l pasado d e b í a ser u n a « p l a t a f o r m a de combate para
salir en busca del p o r v e n i r » " .
M o d e r n i s t a era, en definitiva, el m i t o fascista de l a « r e v o l u c i ó n c o n t i n u a »
que i n c i t a b a a l fascismo a n o conformarse c o n los é x i t o s conseguidos, a ase-
gurar su p e r m a n e n c i a en el poder c o n u n a p r u d e n t e p o l í t i c a de c o n s e r v a c i ó n ,
s i n d u d a a sentirse obligado, casi c o n d e n a d o , por el i m p u l s o de su esencia
o r i g i n a r i a , a proyectarse h a c i a el futuro, c o m o n u e v a realidad por construir,
i m p r i m i e n d o en la c i v i l i z a c i ó n del futuro el estilo de u n a n u e v a « m o d e r n i -
d a d i t a l i a n a » a l a vez n a c i o n a l y u n i v e r s a l . E l m o d e r n i s m o fascista i n t e n t a b a
realizar u n a n u e v a s í n t e s i s entre t r a d i c i ó n y m o d e r n i d a d s i n r e n u n c i a r a l a
modernización para ejecutar los fines de p o t e n c i a de l a n a c i ó n . A u n q u e
exaltaba el ideal del « b u e n c a m p e s i n o » legado a l a tierra y a las tradiciones,
el fascismo no era a n t i i n d u s t r i a l y n o rechaza el progreso t e c n o l ó g i c o . L a tec-
n o l o g í a era u n i n s t r u m e n t o de la c i v i l i z a c i ó n m o d e r n a a l que el fascismo n o
p o d í a r e n u n c i a r s i n deber r e n u n c i a r t a m b i é n a sus a m b i c i o n e s de potencia.
E l fascismo m a n t e n í a respecto a la m o d e r n i d a d u n c o m p o r t a m i e n t o a m b i -
valente que atenuaba e n parte el entusiasmo m o d e r n i s t a del n a c i o n a l i s m o
de p r i n c i p i o s del siglo X X , i n t r o d u c i e n d o en s u v i s i ó n de l a m o d e r n i d a d u n a
d i f e r e n c i a c i ó n entre u n a m o d e r n i d a d «sana», por construir, y u n a m o d e r n i -
d a d « p e r v e r s a » que combatir, representada por el m a t e r i a l i s m o b u r g u é s , p o r
el i n d i v i d u a l i s m o liberal, por el c o l e c t i v i s m o c o m u n i s t a . I n v i r t i e n d o la v i s i ó n
crociana de l a m o d e r n i d a d , los fascistas p r e t e n d í a n ser los artífices de u n a m o -
d e r n i d a d «sana», antagonista de la m o d e r n i d a d «perversa» de m a t r i z i l u s t r a d a
y racionalista. C o n s i d e r a b a n que h a b í a n descubierto u n a n u e v a « f ó r m u l a de
la c i v i l i z a c i ó n m o d e r n a » " capaz de salvar a l a c i v i l i z a c i ó n o c c i d e n t a l de las
degeneraciones del i n d u s t r i a l i s m o , del m a q u i n i s m o , del u r b a n i s m o .
E l fascismo a m b i c i o n ó dar t é r m i n o a la c o n q u i s t a i t a l i a n a de la m o d e r n i -
d a d a t r a v é s de la r e v o l u c i ó n totalitaria que, c o m o la r e v o l u c i ó n espiritual de
las vanguardias, q u e r í a ser r e v o l u c i ó n total, es decir, i n v e s t i r todos los aspec-
tos de l a v i d a i n d i v i d u a l y colectiva, de los h á b i t o s y del c a r á c t e r , para rege-
nerar a la n a c i ó n , forjar a l « i t a l i a n o n u e v o » , c o n s t r u i r u n a n u e v a c i v i l i z a c i ó n .
E l E s t a d o totalitario y l a « s a c r a l i z a c i ó n de la p o l í t i c a » , c o n l a i n t e g r a c i ó n de
las masas en l a n a c i ó n a t r a v é s de l a fe, los ritos y los s í m b o l o s de la r e l i g i ó n
fascista, eran los fundamentos de l a « m o d e r n i d a d fascista», las estructuras c a -
'• I I . MM.ssolini, « B r e v e p r e l u d i o » , e n Gerarchia, 2 5 de enero de 1 9 2 2 .
K l . , iliscur.so d e l 4 de j u n i o de 1 9 2 4 , en Opera omnia, e i c , v o l . X X . p. 106.
" < irilica haseista, 15 de enero de 19,19.
LA M O D E R N I D A D T O T A L I T A R I A 313
paces de encauzar y utilizar todas las e n e r g í a s de la m o d e r n i z a c i ó n en ventaja
de l a p o t e n c i a n a c i o n a l , m a n t e n i e n d o alejados de l a n a c i ó n los males de l a
m o d e r n i d a d « p e r v e r s a » . L a « m o d e r n i d a d fascista» i m p o n í a a los i n d i v i d u o s y
a las masas l a r e n u n c i a a l a l i b e r t a d y a la b ú s q u e d a de la felicidad en n o m b r e
de l a s u p r e m a c í a absoluta de l a c o l e c t i v i d a d n a c i o n a l organizada e n el E s t a d o
totalitario para conseguir los fines de grandeza y de potencia.
E l a n á l i s i s de la r e l a c i ó n entre fascismo y m o d e r n i d a d es, e v i d e n t e m e n -
te, u n o de los temas fundamentales en los que l a h i s t o r i o g r a f í a a ú n debe
profundizar, no s ó l o para entender el fascismo sino para entender la n a t u -
raleza m i s m a de l a m o d e r n i d a d en el siglo X X . S i n embargo, precisamos que
considerar a l fascismo u n a e x p r e s i ó n p o l í t i c a de la m o d e r n i d a d n o significa
ni elogiarlo n i denigrar l a m o d e r n i d a d . S i se identifica la m o d e r n i d a d c o n
la t r a d i c i ó n i l u s t r a d a y l a c i v i l i z a c i ó n liberal, la e x c l u s i ó n del fascismo de l a
m o d e r n i d a d — y de c u a l q u i e r o t r a f o r m a de t o t a l i t a r i s m o — es a u t o m á t i c a .
Pero, i n c l u s o c o m p a r t i e n d o el ideal de u n a m o d e r n i d a d racionalista y liberal,
n o creo que sea coherente c o n u n a verdadera a c t i t u d c i e n t í f i c a t r a n s f o r m a r
tal ideal en u n a c a t e g o r í a de i n t e r p r e t a c i ó n h i s t o r i o g r á f i c a , v a l i d a n d o u n a
v i s i ó n d i c o t ó m i c a de la h i s t o r i a c o n t e m p o r á n e a aferrada a l a n t a g o n i s m o
«progreso/reacción», «modernidad/antimodernidad», «historia/antihistoria».
L a crisis del m o d e l o racionalista y progresista de l a m o d e r n i d a d , c o m o crite-
rio de v a l o r a c i ó n de los f e n ó m e n o s de la H i s t o r i a C o n t e m p o r á n e a , h a llevado
a reconocer que i r r a c i o n a l i d a d y m o d e r n i d a d , a u t o r i r a r i s m o y m o d e r n i d a d ,
n o son i n c o m p a t i b l e s y pueden, i n c l u s o , c o n v i v i r " . H a y nuevas formas de
a u t o r i t a r i s m o y de i r r a c i o n a l i s m o que, en absoluto, representan residuos de l a
sociedad p r e m o d e r n a , pero surgen de los procesos m i s m o s de la m o d e r n i z a -
c i ó n , generando modelos e ideales de m o d e r n i d a d alternativos o antagonistas
respecto a l m o d e l o racionalista liberal. D e s p u é s de las t r á g i c a s experiencias
del siglo X X , se debe constatar que la sociedad m o d e r n a h a sido t a m b i é n
la m a t r i z de nuevas formas de a u t o r i t a r i s m o , c o m o el totalitarismo en sus
diversas versiones y graduaciones, cuyos fundamentos se localizan en l;i m o -
v i l i z a c i ó n de las masas, en el culto de seculares deidades modernas (n.u ¡ ó n ,
raza, clase), en la é t i c a de la a b n e g a c i ó n del i n d i v i d u o a la colee ( i v i d . u l , cu el
m i t o de la p r o d u c t i v i d a d en f u n c i ó n i d e o l ó g i c a . L a m o d c r n i / . u ion n o solo li.i
provocado u n proceso irreversible de « d e s e n c a n t a m i c n i o del i n n i u l o " , y no
h a c o n d u c i d o , a t r a v é s de la s e c u l a r i z a c i ó n , a la d c s . i p . n i i uin di I iniio y de lo
sacro, sino que h a p r o d u c i d o distintas « n u i . i i n o i losis de lo s.i|n.ulo" \ nncv.is
m i t o l o g í a s . E a s a c r a l i z a c i ó n de la polítii .i es un ícnonu no i M lu i.ilnicnic mo
*' ( I l , S N I iM i i M . u l i . ( y/'///,) iY»/;/',/ii//í-. N . i | ) n l r ' . , I ' i ' i | | | , , | , |.,| I ii\ mil niiii polllhiii tir lin tiiipi
mn. M.ulll.l, 19 M - . l . l .1. l 1,1 1,1, l i l r . |9(,(,|
314 E N F O Q U E S D E UNA INTERPRETACIÓN

d e r n o y presupone l a m o d e r n i z a c i ó n y l a s e c u l a r i z a c i ó n . L a m o d e r n i d a d h a
sido u n a gran generadora de m i t o s y de creencias p o l í t i c a s proyectadas hacia
l a c o n s t r u c c i ó n del futuro, c o m e n z a n d o p o r el m i t o d o m i n a n t e de estos dos
ú l t i m o s siglos, es decir, el m i t o de l a r e v o l u c i ó n que h a sido, q u i z á , l a fuente
p r i n c i p a l de las religiones p o l í t i c a s generadas por l a modernidad"".
E l m i t o de l a r e v o l u c i ó n , l a «fe r e v o l u c i o n a r i a » e n l a p o t e n c i a regeneradora
de l a p o l í t i c a , h a sido l a m a n i f e s t a c i ó n universal de u n a sacralidad p r o p i a -
m e n t e m o d e r n a que h a a n i m a d o m o v i m i e n t o s opuestos y enemigos que
c o m p a r t i e r o n l a v o l u n t a d de conquistar l a m o d e r n i d a d para plasmar el f u t u -
ro s e g ú n el m o d e l o de sus i d e o l o g í a s . C o m u n i s m o y fascismo, experimentos
antagonistas de m o d e r n i d a d totalitaria, h a n sido los dos mayores m o v i m i e n -
tos en los que h a t o m a d o cuerpo l a «fe r e v o l u c i o n a r i a » en el siglo X X . E s de-
ber del historiador entender p o r q u é m i l l o n e s de personas, c o n motivaciones
opuestas, se h a n sentido fascinados y h a n c r e í d o en las i d e o l o g í a s de estos
m o v i m i e n t o s que p r o m e t í a n l a r e g e n e r a c i ó n de l a n a c i ó n o de l a h u m a n i d a d ,
el fin de l a a l i e n a c i ó n y de los conflictos p r o d u c i d o s por l a m o d e r n i d a d de-
m o c r á t i c a burguesa y l a c o n s t r u c c i ó n de u n a n u e v a c i v i l i z a c i ó n . E l fascismo
p r o m e t í a c o n s t r u i r u n a n u e v a c i v i l i z a c i ó n del entusiasmo y del poder colecti-
vo de i n d i v i d u o s y masas u n i d o s por l a fe en l a c o m ú n empresa de desafiar al
t i e m p o para d o m i n a r l a H i s t o r i a y plasmar el futuro, e x i g i é n d o l e s a c a m b i o ,
para el é x i t o de l a empresa, el sacrificio de l a l i b e r t a d y u n a i n c o n d i c i o n a d a
s u m i s i ó n al culto totalitario a l a p o l í t i c a .

»° E . G e n t i l e , I I culto del littorio, c i t . , pp. 3 0 1 - 3 1 3 .