Lida, M.R. Nuevas Notas para La Interpretacion Del Libro de Buen Amor

N U E V A S N O T A S P A R A L A INTERPRETACIÓN
DEL L I B R O DE B U E N A M O R
Sobre este tema escribí e n l a R F H , 2 (1940), 105 ss. A lo largo de casi

v e i n t e años de i n t e r v a l o , he r e u n i d o otras observaciones y reflexiones, e n
p a r t e sugeridas p o r l a reacción crítica a a q u e l l a interpretación y p o r las
nuevas interpretaciones que h a n a p a r e c i d o desde entonces. L a s e x p o n g o
a q u í , p o r más q u e a l hacerlo m e vea a veces e n l a d o l o r o s a precisión de
expresar m i desacuerdo c o n d o n R a m ó n M e n é n d e z P i d a l y c o n d o n A m é -
r i c o Castro, p r o h o m b r e s de l a filología hispánica, p o r quienes profeso l a
m a y o r reverencia y c o n cuya a m i s t a d m e h o n r o . M i decisión se f u n d a en
el deseo de c o n t r i b u i r a l a m e j o r comprensión d e l L i b r o y e n m i convic-
c i ó n sobre los derechos impostergables de l a b ú s q u e d a de l a v e r d a d . Per-
dónese, pues, si a l resolverme a p u b l i c a r entre estas notas algunos reparos
a los dos estudiosos citados, m e a u t o r i z o - a l m o d o m e d i e v a l - c o n el
e j e m p l o d e l sabio q u e puso e n b o c a de su m a e s t r o las palabras: " P e n s a d
p o c o e n Sócrates y m u c h o más en l a v e r d a d " (Fedón, 91 c), y c o n e l
e j e m p l o de su discípulo, q u e le refutó p a r t i e n d o cabalmente de esas
m i s m a s palabras ( M o r a l a Nicómaco, 1096 a): " Q u i z á es m e j o r C[ue exs.-
m i n e m o s e l b i e n u n i v e r s a l y v e n t i l e m o s nuestras dudas sobre su sentido,
a u n q u e esta investigación nos es v i o l e n t a , p o r sernos caros los h o m b r e s
q u e i n t r o d u j e r o n l a teoría de las ideas P o r o t r a Darte ouizá oarecerá
m e j o r y a u n es fuerza - m á x i m e p a r a u n filósofo- sacrificar hasta los
respetos personales p a r a salvaguardar l a v e r d a d : p o r q u e siéndonos caros
los dos, es sagrado deber p r e f e r i r l a v e r d a d " .
UNIDAD
A l g u n o s críticos de nuestros días n o p e r c i b e n e n el L i b r o d e b u e n

a m o r más u n i d a d q u e l a q u e r e s u l t a s e c u n d a r i a m e n t e de a g r u p a r varias
poesías e n t o r n o a " n ú c l e o s " de especial i m p o r t a n c i a . T a l a c t i t u d se
a p o y a e n las páginas, e n sí a d m i r a b l e s , de M e n é n d e z P i d a l , q u e p o n e n
1
de r e l i e v e el aspecto colectivo más b i e n q u e el p e r s o n a l d e l L i b r o , c o m o

c u l m i n a c i ó n de su estudio c o n j e t u r a l de l a j u g l a r í a castellana a n ó n i m a ,
según observó a t i n a d a m e n t e B a t t a g l i a . A s í , L e c o y a f i r m a q u e el L i b r o
2 3
carece de u n i d a d de composición, y s u p o n e q u e d u r a n t e b u e n n ú m e r o de
años J u a n R u i z proveyó de poesías a u n a c l i e n t e l a v a r i a d a , a c u m u l a n d o
1
Poesía j u g l a r e s c a y j u g l a r e s , M a d r i d , 1924, p p . 2.66 ss., 203 ss. de l a segunda
edición, 1957, citada en este artículo.
3
S. BATTAGLIA, " I I L i b r o d e b u e n a m o r " , L a C u l t u r a , 9 (1930), 723.
3
F. L E C O Y , R e c h e r c h e s s u r l e " L i b r o d e b u e n a m o r " , París, 1938, p p . 346 ss.
i8 M A R Í A ROSA LIDA DE M A L K I E L NRFH, XIII
a l v a i v é n de l a d e m a n d a u n copioso c a n c i o n e r o ; e n u n a etapa más

a m b i c i o s a y reflexiva, escogió l o más característico de su o b r a y l o orga-
n i z ó i m p r i m i é n d o l e u n i d a d s e c u n d a r i a , reforzada p o r l a declaración de
fecha, n o m b r e y cargo d e l a u t o r , piezas p r e l i m i n a r e s , conclusión y refe-
rencias de unas partes a otras. D e ahí pasa L e c o y a rastrear el p l a n de 4
d i c h a organización, e n l a q u e h a l l a dos núcleos: l a h i s t o r i a de d o ñ a

E n d r i n a (cuya u n i d a d es l a de su o r i g i n a l , e l P a m p h i l u s ) , y l a P e l e a de
d o n C a r n a l y d o ñ a C u a r e s m a (cuya u n i d a d es l a d e l c a l e n d a r i o cristia-
no); c o n el agregado de episodios satélites, dichos núcleos c o n s t i t u y e n
las dos partes d e l L i b r o : " l a h i s t o r i a estilizada de u n a p r e n d i z a j e amo-
r o s o " y el " c i c l o litúrgico d e l a m o r , fiel a l r i t m o de las estaciones".
K e l l e r m a n n e l o g i a a L e c o y p o r n o asignar p a p e l c e n t r a l a l y o p o é t i c o
5
s i n o a los episodios de V e t u l a [sie] y de d o n C a r n a l , pero e n l u g a r de

estos dos núcleos p o s t u l a c u a t r o - d o s episodios de debate, los de d o n
A m o r c o n el A r c i p r e s t e , y de d o n C a r n a l c o n d o ñ a C u a r e s m a ; y dos
episodios de cortejo, los de d o ñ a E n d r i n a y de d o ñ a G a r o z a - , más 6
p r e l i m i n a r e s , conclusión y u n v a r i a d o "resto" bastante p a r e c i d o , a decir

v e r d a d , a los insertos e n l a autobiografía picaresca q u e el m i s m o K e l l e r -
m a n n (p. 225) r e p r o c h a a M e n é n d e z P e l a y o h a b e r dejado s i n e x p l i c a c i ó n
p o s i t i v a . U n i f i c a n e l t o d o l a p r e d i l e c c i ó n juglaresca p o r el debate y l a
obsesión teológica d e l pecado (véase i n p a , p p . 36 s s . )
A poco q u e se considere histórica o e s t r u c t u r a l m e n t e t a l concepción
de l a a r q u i t e c t u r a d e l L i b r o , r e s u l t a insostenible. S i se tratase de u n m e r o
r e p e r t o r i o de recitados juglarescos, e l B u e n a m o r h a b r í a p e r d u r a d o en
f o r m a de composiciones sueltas, c o m o p e r d u r ó l a o b r a de V i l l a s a n d i n o ,
J e r e n a o M o n t o r o . A d i f e r e n c i a de éstos, J u a n R u i z m u e s t r a n o t a b l e
c o n c i e n c i a d e l p o e m a q u e está c o m p o n i e n d o - m á s q u e p o e t a a l g u n o de
l a E d a d M e d i a c a s t e l l a n a - , y las frecuentes referencias a l a redacción
de su l i b r o , además de los avisos sobre su v a l o r y l e c t u r a , p r u e b a n q u e
n o e r a p a r a él u n c o n g l o m e r a d o de p r o d u c c i o n e s diversas, a u n q u e b i e n
p o d r í a acoger a q u í y allí piezas compuestas c o n a n t e r i o r i d a d . Precisa-
m e n t e , l a famosa i n v i t a c i ó n a l oyente e n t e n d i d o a " a ñ a d i r e e m e n d a r "
(162906), si p o r u n a parte contrasta c o n l a celosa a u t o r í a de d o n J u a n
M a n u e l (Prólogo g e n e r a l y P r ó l o g o d e l C o n d e L u c a n o r ) , p o r l a o t r a
i m p l i c a el s e n t i m i e n t o m u y c l a r o de q u e el p o e m a n o es b i e n m o s t r e n c o
c o m o l a p u r a p r o d u c c i ó n juglaresca lírica o épica. Y , e n efecto, n o hay
rastro seguro de q u e l a i n v i t a c i ó n h a y a sido aceptada: l a versión de
1343 tiene más p r o b a b i l i d a d de ser reedición d e l m i s m o a u t o r , c o m o
p i e n s a M e n é n d e z P i d a l ( R o , 30, 1901, 4 3 9 ) , que r e f u n d i c i ó n ajena,
c o m o sospecha S p i t z e r . A d e m á s , según observa Castro», c o n r e f e r e n c i a a
7
las notas de u n a recitación juglaresca de h a c i a 1420, estudiadas p o r M e -
4
C o m o unos diez años antes J . M . AGUADO, G l o s a r i o s o b r e J u a n R u i z , M a d r i d ,
1929, p p . 204 ss., y como veinte años después U . L E O , Z u r d i c h t e r i s c h e n Originalität
des A r c i p r e s t e d e H i t a , F r a n k f u r t , 1958, p p . 11 ss.
5
W . K E L L E R M A N N , " Z u r Charakteristik des L i b r o d e l A r c i p r e s t e d e H i t a " , Z R P h ,
67 (1951), 225-254.
6
Así en la p. 226; en l a siguiente, los dos episodios de cortejo figuran entre los
debates contenidos en e l B u e n a m o r .
' L . SPITZER, " Z u r Auffassung der K u n s t des Arcipreste de H i t a " , Z R P h , 54 (1934),
p. 255, nota 1.
8
A . CASTRO, L a r e a l i d a d histórica d e España, México, 1954, p p . 379-380.
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O D E B U E N A M O R " *9
n é n d e z P i d a l , e l j u g l a r n o a n u n c i a t a l o c u a l composición, s i n o : " A g o r a co-

m e n c e m o s d e l L i b r o d e l A r c i p r e s t e " , q u e es t a m b i é n c o m o l o designa e l
escriba d e S, e l más reciente d e l o s m a n u s c r i t o s . A s i m i s m o , A l f o n s o
M a r t í n e z de T a l a v e r a ( C o r b a c h o , I , i v ) , a l t r a n s c r i b i r los versos 2 o 6 6 d
de l a f á b u l a de las ranas, d e m u e s t r a tener i d e a m u y neta d e q u e n o
p e r t e n e c e n a u n a composición a i s l a d a : " E l e n x i e n p l o a n t i g u o es, e l q u a l
p u s o e l A r c i p r e s t e de F i t a e n su t r a c t a d o " y , frente a l a designación p o r
a s u n t o y s i n n o m b r e de a u t o r d e l L i b r o d e A l e x a n d r e y de L o s v o t o s d e l
pavón, es s i n g u l a r q u e S a n t i l l a n a , e n su P r o e m i o a l C o n d e s t a b l e d e P o r -
t u g a l , m e n c i o n e " e l l i b r o d e l A r c h i p r e s t e d e H i t a " , a p u n t a n d o a l a per-
s o n a l i d a d d e l a u t o r c o m o a l rasgo d i s t i n t i v o .
Y así es: l a u n i d a d p e r s o n a l d e l L i b r o acaba p o r i m p o n e r s e a pesar
de l a desconcertante d i v e r s i d a d temática. M e n é n d e z P i d a l a d m i t e q u e e l
supuesto c a n c i o n e r o h a b í a s i d o c o n c e b i d o p o r s u a u t o r "engastado e n
una biografía h u m o r í s t i c a " (Poesía j u g l a r e s c a , p . 211); L e c o y ( o p . c i t . ,
p. 359) no concede a sus piezas " m á s u n i d a d q u e l a de h a b e r sido con-
cebidas y realizadas p o r u n a p e r s o n a l i d a d p o d e r o s a " ; K e l l e r m a n n , des-
pués d e h a b e r p r e v e n i d o a l l e c t o r e n l a p . 226 q u e " e l h i l o d e l y o es
por p o c o demasiado d é b i l p a r a sostener todas estas materias diversas",
e s t a m p a e n l a 238: " L a m a g n a o b r a d e l p o e t a es h a b e r e n l a z a d o tantos
m a t e r i a l e s y géneros m e d i a n t e l a representación d e l y o " . Ese s e n t i m i e n t o
es, s i n d u d a , l o q u e h a sugerido e l a r b i t r i o poco feliz d e l a u n i d a d
s e c u n d a r i a , l a c u a l e m a n a d e cotejar l a o b r a c o n e l i d e a l artístico f a m i -
l i a r a l crítico, esforzarse p o r d e s c u b r i r l o y desechar c o m o "resto", " i n -
serto", " d i g r e s i ó n " , " e x c e p c i ó n " o s i m p l e torpeza d e l a u t o r t o d o l o cpie
no se avenga, c o n él. L a f o r m a c e r r a d a c o n acción c e n t r a l y a n d a d u r a
d i n á m i c a , cjue L e c o y — c o n m u c h o ' e l más o r i g i n a l y discreto d e estos
disectores— r e c o r t a e n e l L i b r o , falsea i n c u r a b l e m e n t e l o q u e J u a n R u i z
de h e c h o escribió N o h a v u n a p r i m e r a parte (coplas 71-Qocn eme des-
a r r o l l e e l aprendizaje amoroso v a eme e l ú n i c o t r i u n f o es de d o n M e l ó n
no d e l p r o t a g o n i s t a e n p r i m e r a p e r s o n a v a l reaparecer éste r e a p a r e c e n
los fracasos v no h a v u n a s e e u n d a parte faKo-i6*¿, fiel a l r i t m o d e l a
l i t u r g i a y de las estaciones, y a q u e las alusiones a l c a l e n d a r i o se l i m i t a n
a las ' c o p l a s 1067-1321, esto es, a m e n o s d e l a m i tad ^ E p i s o d i o s c o m o e l
de doña Garoza e l de l a m o r a s o n "satélites" sólo p o r q u e e l crítico h a
r e s u e l t o c o n v e r t i r e n " n ú c l e o " e l e p i s o d i o de l a P e l e a de d o n C a r n a l L a
m a r c h a " r e g u l a r y o r d e n a d a " d e l p o e m a h a c i a s u desenlace deja s i n
explicar "opresiones" " i n s e r t o s " a m é n d e l c i t a d o e p i s o d i o de l a m o r a
capucen uigicaiunco c n i a c i lúa , t t m c i i u c i u i d u u c p i s u u i u u c
o n e n o l i a ce loro presar e l r e l a t o " v e l d e d o n H u r ó n a u e después d e l
P l a n t o d e T r o t a c o n v e n t o s n o n n é d e m e n o s d e ser u n " h o r s ñ'cruvre"-
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9
Y , p o r supuesto, nada tiene que ver con este r i t m o l a alegoría estática de los
meses con que K E L L E R M A N N , p . 238, trata de aumentar su proporción.
1 0
L o m i s m o que l a de S. BATTAGLIA, " M o t i v i d'arte nel L i b r o d e b u e n a m o r " , L a
C u l t u r a , 10 (1931), 26, que ve e n e l P l a n t o e l "desenlace" de l a autobiografía amo-
rosa.
20 M A R Í A ROSA LIDA DE M A L K I E L NRFH, XIII
AUTOBIOGRAFIA
Así, pues, lo q u e d a u n i d a d e s t r u c t u r a l a l L i b r o es l a p e r s o n a l i d a d
de su autor, q u e se expresa e n f o r m a autobiográfica. L a s excepciones a
esta f o r m a l o c o n f i r m a n , y a que se e n c u e n t r a n e x c l u s i v a m e n t e en las
adaptaciones de m a t e r i a l ajeno: e n las fábulas y cuentos y e n l a C á n t i c a
de los clérigos de T a l a v e r a el n a r r a d o r desaparece d e l proscenio, y se
reserva m u y modesta intervención en l a P e l e a de d o n C a r n a l (coplas
1068, 1077 1258 ss., 1298 ss., salvo 1131-1160, d o n d e l a p r i m e r a per-
sona t o m a l a p a l a b r a p o r tratarse de u n inserto didáctico o r i g i n a l ) . Caso
c o n t r o v e r t i d o es el d e l e p i s o d i o d e doña E n d r i n a . P a r a los más, el
g a l á n a f o r t u n a d o es el m i s m o A r c i p r e s t e , p r o t a g o n i s t a n a r r a d o r d e l L i -
b r o , dado q u e n o se a n u n c i a c a m b i o de persona a l i n t r o d u c i r d i c h o
e p i s o d i o (576 s s . ) , q u e d o ñ a V e n u s i n d i c a l a i d e n t i d a d de su i n t e r l o -
c u t o r c o n e l de d o n A m o r e n el debate p r e v i o (608), y q u e doña E n -
d r i n a le l l a m a " F y t a " (845a). P a r a mí, e l e n a m o r a d o de d o ñ a E n d r i n a
es u n personaje i n d e p e n d i e n t e d e l p r o t a g o n i s t a n a r r a d o r d e l L i b r o ,
e x c l u s i v o de este e p i s o d i o , designado c o n u n n o m b r e especial, d o n M e l ó n
- n a d a p a r e c i d o sucede e n n i n g u n a de las aventuras a u t o b i o g r á f i c a s - ,
solemnemente casado c o n su b e l l a - ú n i c o desenlace feliz en toda l a o b r a
e i n c o n c i l i a b l e c o n l a j e r a r q u í a eclesiástica q u e ostenta el n a r r a d o r - y
no menos s o l e m n e m e n t e separado de éste en l a conclusión y e n l a m o r a -
lización (891-909), d o n d e - t a m b i é n p o r única vez e n t o d a l a o b r a - se
insiste e n q u e el lance n o h a acontecido a l p r o t a g o n i s t a n a r r a d o r . Éste
e n s a m b l a desde l a c o p l a 583 c o n el e n a m o r a d o de d o ñ a E n d r i n a p o r q u e
la fuente a q u í a d a p t a d a (la c o m e d i a P a m p h i l u s ) c o m i e n z a en p r i m e r a
persona c o n u n m o n ó l o g o d e l héroe, lo q u e p e r m i t í a a J u a n R u i z pro-
seguir su p l a n t e o a u t o b i o g r á f i c o . L a raíz h o n d a de esta a m a l g a m a
11
1 1
L . SPITZER, " N o t e o n the poetic and the erapirical .1» i n medieval authors",
T r a d , 4 (1946), 414-422, partiendo de la identidad entre el y o del L i b r o y el del
episodio de doña E n d r i n a , explica el hecho de que el protagonista se atribuya como
experiencia personal u n a aventura tomada de una conocidísima o b r i l l a latina, por el
concepto medieval de l a biografía, menos i n d i v i d u a l e histórico que general y para-
digmático. Esta última observación es exacta (cf. B . SÁNCHEZ ALONSO, H i s t . d e l a h i s -
toriografía e s p . , t. 1, M a d r i d , 1941, p. 126, nota 42, acerca de la C h r o n i c a Adephonsi
I m p e r a t o r i s , y m i reseña del S a n t i l l a n a de Lapesa, de próxima publicación en
R P h , acerca de Bías c o n t r a F o r t u n a ) , pero aquí no hace al caso: el y o del narrador
está tan ausente de la historia de doña E n d r i n a como de cualquiera de las otras adap-
taciones de material ajeno, donde la p r i m e r a persona corresponde inequívocamente
a los personajes del material adaptado. E n el mismo artículo, p. 420, nota 10, Spitzer
se extraña de que el poeta contraste p o r primera vez a su mensajera con Ferrán
Carcía en la copla 913, y no al i n t r o d u c i r a aquélla en la 697. A h o r a bien: si el
poeta sitúa dicho contraste a l reanudar las aventuras en su p r o p i o nombre (copla
913), y no al contar el episodio de doña E n d r i n a (copla 697), ello prueba que con-
sideraba este último ajeno a la serie autobiográfica a la que pertenece Ferrán García.
Aprovecho esta o p o r t u n i d a d para rectificar varios errores de mis "Notas para
la interpretación, influencia, fuentes y texto del L i b r o d e b u e n a m o r " , R F H , 2 (1940);
p. 106: no es el B u e n a m o r , desde luego, tratado didáctico, es decir, l i b r o de orien-
tación escuetamente doctrinal y no estética, n i tampoco poema didáctico que exponga
directamente u n saber objetivo, como las Geórgicas o el D i t t a m o n d o , sino obra de
poesía amena con intención didáctica (siendo la conducta h u m a n a la materia p r i n c i -
pal pero no exclusiva de su didactismo), en enlace íntimo con obras de idéntica
intención de la literatura árabe y l a hebrea; i b i d e m : l a historia de doña E n d r i n a
difiere de las otras aventuras amorosas no sólo en ser más larga, sino también en
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O D E B U E N AMOR" 21
(como l a d e l n o m b r e " F y t a " e n b o c a de d o ñ a E n d r i n a ) es l a d i f i c u l t a d
d e l p o e t a m e d i e v a l de o b j e t i v a r sus p e r s o n a j e s , d i f i c u l t a d q u e e x p l i c a
12
l a p o b r e z a d e l d r a m a c o m p a r a d o c o n otras formas l i t e r a r i a s d u r a n t e
ese p e r í o d o y, e n e l caso de J u a n R u i z , es m u y verosímil q u e e l i n f l u j o
de l a c u l t u r a árabe, cuya l i t e r a t u r a desconoce e l d r a m a , acentuara e l
d e s l i z a m i e n t o de u n yo e n o t r o ( C A S T R O , op. c i t . , p . 402).
¿ Q u é sentido tiene esta autobiografía? P a r a e l lector i n g e n u o , u n
s e n t i d o v e r d a d e r o , histórico, c o n f i r m a d o p o r e l h e c h o de q u e su héroe
l l e v a e l n o m b r e d e l a u t o r : de ahí q u e e l a m a n u e n s e d e l códice de Sala-
no ser o r i g i n a l , en poseer dramatismo y desenlace feliz; p . 108: "arcipreste" en labios
de doña Garoza (1484b) n o es u n a falla como " F y t a " en labios de doña Endrina
(845a), pues en e l episodio de l a monja, el autor figura claramente como protago-
msta; i b i d e m : no es exacta l a equiparación entre el bastidor autobiografico del B u e n
"cualquier novela narrada en p r i m e r a persona", porque en aquél J u a n R u i z
enuncia repetidamente su nombre y cargo.
1 2
Véanse los siguientes ejemplos. E n e l L i b e r d e p a s s i o n e C h r i s t i et d o l o r i b u s et
p l a n c t i b u s m a t r i s e i u s ( P L , t. 182, cols. 1133 ss., según u n ms. d e l siglo x n i ) , l a
V i r g e n n a r r a a San Bernardo de Claravalle l a Pasión de Jesús y su p r o p i o duelo;
aparte e l uso retórico de l a tercera persona (por ejemplo, María dice de sí misma,
col. 1135: " S e q u e b a t u r . . . eius moestissima mater"), e l autor es incapaz de mantener
hasta el final a María como narradora y, a p a r t i r d e l diálogo en que Jesús explica
su conducta (col. 1137), asume la narración, refiriéndose a l a V i r g e n en tercera per-
sona (por ejemplo, col. 1140: " B e n e d i r t i sunt omnes q u i d i l i g u n t eam"). E l D u e l o
d e l a V i r g e n de Berceo, inspirado en dicho texto o en otro m u y semejante, muestra
aún mayor vacilación: además de l a tercera persona retórica ( i ^ d , 226, 41c, ^ d
s s . ) , e l poeta se introduce como narrador después d e l diálogo entre Jesús y su M a d r e ,
refiriéndose a ésta en tercera persona (99a: "Disso l a M a d r e " ; 109 s s . ) . A diferencia
del citado texto latino, l a p r i m e r a persona emerge de nuevo (coplas 118, 121 s s . ) ,
pero se eclipsa definitivamente a l i n t r o d u c i r l a cántica " E y a , velar" (177&, 191-192,
196c), y desde l a copla 204 l a reemplaza enfáticamente el y o d e l poeta que acaba
invocando a l a V i r g e n . E n l a V i d a d e S a n t a O r i a , Berceo nombra como autoridad
a Muño a l comienzo, medio y fin del relato (coplas 5, 171, 204-205), y lo introduce en
tercera persona, en conversación con l a Santa y su madre (153, 158-159, 170), pero
en otros pasajes no logra guardar l a distancia, y retiene l a p r i m e r a persona que
h a l l a b a en su fuente (149-150, 163 s s . ) . L a s pastorelas "Pencis l'autrier alloie m o n
c a m i n . . . " , "Pensis outre u n e b r u i e r e . . . " , " L ' a u t r i e r tout seus chevauchoie. . . " ,
" L ' a u t r i e r quant je c h e v a u c h o i e . . . " ( K . BARTSCH, R o m a n c e s e t p a s t o u r e l l e s fran-
çaises des x i i " e t x i i i " siècles, L e i p z i g , 1870, I I , núms. 51, 59, 68 y 69) comienzan
el relato en p r i m e r a persona y l o acaban en tercera; parecida alternancia ocurre en el
T e s o r e t t o , vs. 1183 ss., 2181 55. (donde, tras unas aventuras ovidianas, Ser Brunetto
baja de l a sierra a l l l a n o y se entrega a sus devociones, vs. 2394 ss., exactamente
como J u a n R u i z después de los encuentros con las serranas). Para u n caso de confu-
sión entre el y o del autor y e l de su personaje en l a versión alfonsina de las M e t a -
m o r f o s i s , I V , 192 ss., véase R P h , 12 (1958-59), 128; en la versión d e l Arcipreste de
T a l a v e r a d e l apólogo de Boccaccio sobre Pobreza y F o r t u n a véase L E O Z u r d i c h t e r i -
s c h e n Originalität .., p p . 124-125. Fuera d e l verso discutido, otros pasajes d e l
B u e n a m o r muestran a J u a n R u i z i r r u m p i e n d o en sus personajes; así, d o n A m o r
deplora l a m a l i c i a de las terceras (439CÌ), d o n Melón, sus engaños (copla 784, cuan-
do precisamente l a vehemencia de su dolor prueba que no h a calado el engaño);
doña E n d r i n a transforma en lección impersonal el temor personal de Calatea (884«¡:
" l a mue-er / n o n l a auieren los narientes" v v 1 6 6 - "ostia iure m i c h i claudet
uteroue oarens"\ v Trotaconventos generalizando l a experiencia de doña E n d r i n a
exhorta a escarmentar de los hombres (88id) y en coloquio con doña Garoza usa
p a r a sí m i s m a e l género masculino (13650c: " q u a n d o yo daua m u c h o era mucho
loado' / affola nue n o n do alo-o so v i i e desDreziado'"! Ses?un L E O OÍ? c i t r>^ KO.
« dòn M e l o n es u n reoresentánte laico d e l Arcioreste creado o o r c u e éste corno
sacerdote no Dodía casarse- de i - u a l m o d o se o o d r i a 'calificar de " r e o r i e n t a n t e s
laicos" y ' animalísticos del Arcipreste a los protagonistas de sus cuentos y fábulas
22 M A R Í A ROSA L I D A DE M A L K I E L NRFH, XIII
manca 1 3
(o quizá ya su arquetipo) introduzca al Arcipreste en los
e p í g r a f e s de l a h i s t o r i a de d o ñ a E n d r i n a , aunque en todo el episodio
el texto desconoce esa d e s i g n a c i ó n del enamorado". Todavía hoy no
f a l t a q u i e n sostenga q u e m u c h o de l o q u e se n a r r a e n e l Buen amor
s u c e d i ó de veras a l p o e t a ¡ya q u e éste l o c u e n t a " c o n c r i t e r i o r e a l i s t a "
y e n p r i m e r a persona! ( H G L H , t. i , p p . 478 y 480), b i e n q u e p a r a e l
m a y o r n ú m e r o de los estudiosos de h o y , esa a u t o b i o g r a f í a es u n a f o r m a
l i t e r a r i a . E n 1894, u n a r a b i s t a identificó esa f o r m a c o n l a de las maqa-
mat árabes y h e b r e a s , p e r o M e n é n d e z P e l a y o , q u e a d m i t í a e n e l
15
Buen
amor "evidentes h u e l l a s de o r i e n t a l i s m o , e s p e c i a l m e n t e e n los a p ó l o g o s " ,
rechazó a q u e l l a identificación, porque e n su s e n t i r l a f o r m a a u t o b i o -
g r á f i c a "parece t a n n a t u r a l y c ó m o d a " q u e n o necesitaba e x p l i c a r s e p o r
i m i t a c i ó n . N o creyó necesario M e n é n d e z P e l a y o d a r a l g ú n o t r o
1 6
ejem-
plo de esa f o r m a " t a n n a t u r a l y c ó m o d a " e n l a l i t e r a t u r a m e d i e v a l de
O c c i d e n t e y, p o r o t r a p a r t e , los a p ó l o g o s d e l Buen amor, debidamente
e x a m i n a d o s , h a n r e s u l t a d o ser e n s u e n o r m e m a y o r í a de o r i g e n d i r e c t o
latino y n o árabe (LECOY, pp. 113 ss.). No obstante, y como era de
preverse, d a d o e l m i t o h i s p á n i c o d e l a i n f a l i b i l i d a d de d o n Marcelino,
l a i d e n t i f i c a c i ó n de F e r n á n d e z y G o n z á l e z c a y ó e n o l v i d o , h a s t a q u e d o n
A m é r i c o C a s t r o h a s u b r a y a d o l a e x t r a o r d i n a r i a s i n g u l a r i d a d de l a auto-
biografía d e l Buen amor d e n t r o d e l a l i t e r a t u r a c r i s t i a n a de l a Edad
Media y, p o r n o h a l l a r n a d a a n á l o g o e n e l l a , se h a v u e l t o a l a otra
con l a sola diferencia (que se r e m o n t a a los respectivos modelos y no a J u a n

R u i z ) de que los cuentos y fábulas originales n o ofrecían l a exposición en p r i m e r a
persona, presente en l a comedia P a m p h i l u s . D e los vs. 6026c y 740c, donde d o n Melón
y doña E n d r i n a aluden a coloquios previos, no representados en el L i b r o , infiere el
m i s m o crítico (pp. 64-65) que doña E n d r i n a tiene dos enamorados distintos, e l A r c i -
preste y d o n Melón. A m i ver, estas alusiones, que J u a n R u i z agregó de suyo a l
P a m p h i l u s , así como l a insistencia, también o r i g i n a l , en intercalar u n día entre
la segunda visita de l a vieja a l a joven y el desenlace (867c, 868d, 869c, 871a),
denotan intención de crear tiempo, conforme a l arte de v e r o s i m i l i t u d concreta que,
como es notorio, preside a l a versión castellana d e l P a m p h i l u s (cf. sobre esto m i l i b r o
en prensa L a o r i g i n a l i d a d artística d e " L a C e l e s t i n a " , cap. 7). F . CAPECCHI, " I I L i b r o
d e b u e n a m o r d i J u a n R u i z , Arcipreste de H i t a " , C u N , 13 (1953), 135-164, y 14 (1954),
59-90 —artículos que distinguiré en adelante con los números I y I I — , tras enumerar
en I I , p p . 59-60, las razones que vedan identificar a d o n Melón con e l narrador,
los identifica merced a u n argumento de nuevo cuño: " l a vibrante presencia d e l
Arcipreste, protagonista de toda l a acción". Q. E . D .
1 3
Alfonso de Paradinas, hacia 1417, según MENÉNDEZ PIDAL, Poesía árabe y p o e -
sía e u r o p e a , Buenos Aires-México, 1941, p p . 114 ss.
" L i b r o d e b u e n a m o r , ed. J . D u c a m i n , T o u l o u s e , i g o t , p p . 117 y 153. Otros
errores en los epígrafes d e l ms. S: e l título de l a p . 26 conviene exclusivamente a l a
p r i m e r a de las diez coplas que encabeza; e l título de l a fábula de las coplas 32,1 ss.
omite l a palabra acostumbrada e n s i e m p l o , que figura inoportunamente en el de l a
d i a t r i b a contra e l dinero, 490 ss.; e l título de l a p. 209 conviene a las coplas 1173¬
1179, pero no da idea de l o relatado en las restantes (1180-1209); como ejemplos
de distracción, valgan el título de l a p. 318: " D e l A u e M a r i a de Santa María", y
el de l a p . 323, "Cántica de loores de Ssanta M a r i a " , donde tras cuatro versos en
h o n o r de l a V i r g e n , el escriba h a copiado u n a cántica de quejas contra l a V e n t u r a .
A l a l u z de estas inexactitudes h a de juzgarse l a apostilla final del mismo códice,
donde se menciona l a prisión d e l Arcipreste. Véase e l Apéndice d e l presente artículo.
" FRANCISCO FERNÁNDEZ Y GONZÁLEZ, D i s c u r s o s leídos a n t e l a R e a l A c a d e m i a E s -
pañola, M a d r i d , 1894, p. 55.
" M . MENÉNDEZ PELAYO, " D e las influencias semíticas en l a l i t e r a t u r a española",
en E s t u d i o s d e c r i t i c a l i t e r a r i a , t. 2, M a d r i d , 1895, p . 390.
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O D E B U E N A M O R " 23
v e r t i e n t e de J u a n R u i z , p o r así d e c i r l o . C a s t r o e n c u e n t r a el m o d e l o for-
m a l de esa autobiografía e n l a l i t e r a t u r a árabe y, e n p a r t i c u l a r , e n
E l c o l l a r d e l a p a l o m a o T r a t a d o s o b r e e l a m o r y l o s a m a n t e s de I b n
H a z m de C ó r d o b a (994-1063), señalando c o m o caracteres formales co-
m u n e s a las dos obras el género l i t e r a r i o de l a autobiografía erótica y
l a a l t e r n a n c i a de prosa y verso e n l a u n a y de verso n a r r a t i v o o m o r a l
y verso lírico en l a o t r a ( o p . c i t . , p p . 406 ss., 414 ss., 423 s s . ) .
E n t r e los comentarios suscitados p o r l a o b r a de Castro, e l artículo
de G y b b o n - M o n y p e n n y " enfoca e n especial esta tesis. A p a r t e objecio-
nes ociosas (como las de las p p . 63 y 64), e l a u t o r r e p a r a e n q u e el C o l l a r
d e l a p a l o m a n o es u n a a u t o b i o g r a f í a sino u n t r a t a d o didáctico; luego
e s t u d i a el e m p l e o de l a p r i m e r a p e r s o n a c o m o técnica n a r r a t i v a d e l
B u e n a m o r , descartando - a l a zaga de K E L L E R M A N N , p p . 234 ss.- varios
trozos (episodio de doña E n d r i n a , debate c o n d o n A m o r , cánticas de
serrana) e n los que el respectivo g é n e r o o fuente habría sugerido l a
f o r m a autobiográfica, s i n interrogarse p o r q u é J u a n R u i z se e m p e ñ ó en
a d o p t a r géneros y fuentes de f o r m a autobiográfica; y p o r ú l t i m o , reco-
noce u n resto r e b e l d e p a r a e l q u e aduce las pseudoautobiografías eró-
ticas de U l r i c h v o n L i c h t e n s t e i n , D a n t e , N i c o l e d e M a r g i v a l , G u i l l a u m e
de M a c h a u t y J e a n Froissart (los dos ú l t i m o s posteriores a J u a n R u i z ) ,
las cuales poseen en c o m ú n c u a t r o rasgos: n a r r a n u n a m o r cortés l l e v a d o
a f o r m a s extremas de r e f i n a m i e n t o ; el a u t o r se i d e n t i f i c a como protago-
n i s t a , m e n c i o n a n d o p o r m e n o r e s personales; se presenta favorablemente
c o m o d e c h a d o de amantes trovadorescos; inserta, poemas líricos trovado-
rescos d i r i g i d o s a s u d a m a . G y b b o n - M o n y p e n n y n o p u e d e menos de
r e co n o cer l o evidente, a saber, q u e n i n g u n o de estos rasgos figura e n el
B u e t i C L Y Y Í O T v tras a p u r a r su i n g e n i o p a r a e x p l i c a r l o , concluye n u e t a l
a u s e n c i a se débe a que el B u e n a m o r es u n a p a r o d i a de l a a u t o b i o g r a -
fía cortés, q u e J u a n R u i z escribe d e v i e j o p a r a r i d i c u l i z a r sus p r o p i a s
aficiones j u v e n i l e s , de suerte q u e es esta i n t e n c i ó n b u r l e s c a l o q u e d a
u n i d a d a l L i b r o . C r e o q u e pocos estudiosos a p r o b a r á n t a n p e r e g r i n o
r a c i o c i n i o e n el c u a l n o es l o menos chistoso eme e l a u t o r q u e exige
contactos de c o n t e n i d o entre el B u e n a m o r y el C o l l a r d e l a p a l o m a
a d m i t i r contacto f o r m a l (r> 6%) sostiene eme Tuan R u i z a d o o t a
P - a t i v a m e n r e il ad if u
gd.Lj.v<uuciuc o ri mnct
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nrneha n i n r o h a h i l i r l a r l d e m i e 1as r o n n ' r i V r a T n n ir p d p v p r a t H p m n « t r a
este esfuerzo n n r h a l l a r a n á W n < a l ^ u ^ i n ^ f E / M T t u Z Z r l n
t r o d P U UtZitnra rrkfí™ T n,,1 n n Z Z v ! ! n P
lTlíteratura m e d i e v a l n o c r i s t i a n a , l a i n t u i c i ó n de Castre> el^certera

P e r o ¿es concretamente el C o l l a r d e l a p a l o m a el m o d e l o estruc-
tural d e l L i b r o ? A q u í creo q u e G y b b o n - M o n y p e n n y acierta e n señalar
q u e e l escrito de I b n H a z m es f u n d a m e n t a l m e n t e u n tratado didáctico,
n o u n a o b r a de l i t e r a t u r a a m e n a c o m o e l B u e n a m o r . Pues n o consiste
en u n a serie de aventuras amorosas de traza u n i f o r m e , enhebradas sólo
p o r l a persona d e l p r o t a g o n i s t a n a r r a d o r , q u e a r r a s t r a n debates, paro-
dias litúrgicas, visiones alegóricas y disertaciones (las cuales p o c o o n a d a
t i e n e n q u e ver c o n e l a m o r ) , poemas líricos burlescos y devotos - n u n c a
1 7
G . B . GYBBON-MONYPENNY, " A u t o b i o g r a p h y i n the L i b r o de buen amor i n the
l i g h t o£ some literary comparisons", B H S , 39 (1957), 63-78.
a m o r o s o s - , todo e n t o n o p o p u l a r c o n p r e d o m i n i o humorístico. L a u n i -
dad d e l C o l l a r d e l a p a l o m a - q u e su a u t o r califica (pp. 69 ss., 73, 102,
294-295, etc.) de úsala, esto es, de tratado o ensayo didáctico e n f o r m a
e p i s t o l a r - está c o n s t i t u i d a p o r su asunto teórico, c o n p l a n y s u b d i v i -
siones expuestas a l c o m i e n z o , además de l a u n i d a d de tono aristocrático
y d e l i c a d o p s i c o l o g i s m o , r a d i c a l m e n t e d i s t i n t o s d e l estilo de J u a n R u i z ;
las anécdotas amorosas se i n s e r t a n p a r a i l u s t r a r los diferentes subtemas
del tratado y, e n consecuencia, n o son u n i f o r m e s ; e n l a m a y o r í a de los
casos, e l a u t o r n o es su p r o t a g o n i s t a , y s i e m p r e se refieren a circunstancias
y personajes históricos; p o r ú l t i m o , a b u n d a n las poesías e n q u e el a u t o r
e x p l a y a su s e n t i m i e n t o amoroso, m u c h a s d i r i g i d a s a l a p e r s o n a a m a d a .
L o q u e h a e m b r o l l a d o e l p r o b l e m a es q u e I b n H a z m , lejos de esconder
su p e r s o n a l i d a d , c o m o es d e r e g l a e n e l tratado didáctico a l a m a n e r a
o c c i d e n t a l m o d e r n a , l a ostenta, enderezando l a o b r a a s u a m i g o , h a b l a n -
d o c o n frecuencia e n p r i m e r a p e r s o n a e i l u s t r a n d o sus reflexiones c o n
lances tomados de s u s conocidos, de s u s lecturas, de s u v i d a ; n o p o r eso l a
o b r a deja de ser u n tratado didáctico de c o n t e n i d o o b j e t i v o . N o niego
l a p o s i b i l i d a d de q u e algunas reflexiones o temas de I b n H a z m h a y a n
l l e g a d o a l B u e n a m o r de u n m o d o u otro, p e r o l a f o r m a -risála- del
C o l l a r d e l a p a l o m a n o es, d e c i d i d a m e n t e , l a d e l B u e n a m o r .
P e r o h a y en las l i t e r a t u r a s semíticas o t r o género, a l q u e son i n h e r e n -
tes l a biografía y l a a u t o b i o g r a f í a l i t e r a r i a : las m a q a m a t , q u e crea
a l - H a m a d h a n í ( m u e r t o en 1008), a s i m i s m o creador (como n o t a C A S T R O ,
p. 429) de l a canción p a r a ciegos, c u l t i v a d a p o r e l A r c i p r e s t e , y q u e
al-Harirí (muerto e n n ) l l e v a a perfección: en ellas u n p i c a r o - n o
2 2
h i p ó c r i t a - q u e p r e d i c a l a v i r t u d y d e v o c i ó n que está lejos de p r a c t i c a r ,

maestro e n gramática, retórica, poesía y en tretas p a r a pasarlo b i e n a
costa d e l prójimo, d e c l a m a e n r e u n i o n e s ( m a q a m a t ) , d o n d e repetida-
m e n t e topa c o n él u n n a r r a d o r , q u e c u e n t a en p r i m e r a p e r s o n a sus
fechorías (de las q u e a veces es víctima) y transmite sus declamaciones.
Estos dos personajes d a n u n i d a d a las diversas aventuras, de t o n o p o p u -
lar y a m b i e n t e n a d a e x q u i s i t o , expuestas e n p r o s a r i m a d a , c u a j a d a de
tropos, retruécanos, p r o v e r b i o s , citas, alusiones y p a r o d i a s d e textos
sagrados y profanos, de t o d a clase de v i r t u o s i s m o v e r b a l , debates, discu-
sión d e temas e r u d i t o s e intercalación de poesías líricas e n metros
variados, lo c u a l c o n c u e r d a m u c h o más c o n e l B u e n a m o r q u e l a refinada
risála de I b n H a z m . E n c a m b i o , estas m a q a m a t n o c o n t i e n e n poesías
q u e sean v a r i a c i ó n de l o y a n a r r a d o , n i t a m p o c o cuentos y fábulas, ape-
nas r o z a n e l tema a m o r o s o (núms. 20, 23, 43), y sus dos personajes están
tan lejos d e l y o ú n i c o q u e e n l a z a el B u e n a m o r como a l - H a m a d h a n í
y al-Harirí, árabes d e P e r s i a , están lejos de l a t i e r r a de J u a n R u i z .
D e l siglo x n a l x i v , los j u d í o s de C a t a l u ñ a , L a n g u e d o c y P r o v e n z a ,
de orientación m o d e r n i s t a y l a i c a y, p o r consiguiente, c o n simpatía
h a c i a l a c i e n c i a y el arte árabes, c u l t i v a n asiduamente el género de las
m a q a m a t , r e e l a b o r á n d o l o c o n g r a n o r i g i n a l i d a d . L l a m a l a atención, a l
c o m p a r a r l a o b r a maestra de las m a q a m a t hispanohebreas, el T a h k e m o n i
de Y e h u d á b e n Selomó al-Harisí ( c a . 1 1 6 5 - a n t e 1235) c o n las m a q a m a t de
al-Harirí, cómo el j u d í o m u e s t r a m u c h o m a y o r c o n c i e n c i a l i t e r a r i a de su
l i b r o , cuyo o r i g e n , r e l a c i ó n c o n e l m o d e l o (que h a b í a t r a d u c i d o antes),
i n t e n c i ó n lingüística y l i t e r a r i a , i n t e n c i ó n m o r a l , c o n t e n i d o y excelencias,
j u n t o c o n alternadas profesiones d e maestría y de modestia, d e s a r r o l l a

i n f a t i g a b l e m e n t e en u n l a r g o p r ó l o g o . T a m b i é n es curioso que su héroe
n o sea u n p i c a r o , y que las poesías insertas sean variación lírica d e lo d i c h o
i n m e d i a t a m e n t e antes e n l a p r o s a r i m a d a . O t r o e j e m p l o de las maqámat
hispanohebreas muestra respecto d e l m o d e l o árabe diferencias radicales
q u e s o n otros tantos pasos e n l a dirección d e l B u e n a m o r : el L i b r o d e
d e l i c i a s d e l m é d i c o de B a r c e l o n a Yosef b e n M e i r i b n Sabarra ( c a .
1140- ?) f u n d e a l p r o t a g o n i s t a y a l n a r r a d o r e n u n solo personaje,
i d e n t i f i c a d o c o n e l autor, y le hace i n t e r v e n i r , n o e n m u c h a s aventuras
i n c o n e x a s , sino e n u n a sola y bastante vaga acción q u e sirve p a r a
e n c u a d r a r debates, disertaciones, aforismos, p r o v e r b i o s , retratos, paro-
dias, cuentos y fábulas que, a su vez, p u e d e n i n t r o d u c i r otros cuen-
tos y fábulas. E l L i b r o d e d e l i c i a s c o m i e n z a y acaba c o n piezas expla-
n a t o r i a s y dedicatorias de l a o b r a , e n verso lírico a l p r i n c i p i o y en prosa
r i m a d a a l final, lo q u e recuerda l a versión de 1330 d e l B u e n a m o r , c o n
sus poesías líricas a l a V i r g e n a l p r i n c i p i o y su E p í l o g o e n c u a d e r n a vía.
E l p r o t a g o n i s t a n a r r a d o r - n o y a u n p i c a r o v a g a b u n d o , sino i n v e s t i d o
c o n l a profesión y c i e n c i a d e l a u t o r — c u e n t a q u e se le aparece u n
gigante, E n á n , q u i e n será su i n t e r l o c u t o r a l o más de l a o b r a , lo que
r e c u e r d a l a aparición de d o n A m o r , n o c o m o el n i ñ o dios de l a poesía
g r e c o r r o m a n a o el adolescente d e l Román d e l a R o s e , sino c o m o " v n orne
g r a n d e " (copla 181c), i n t e r l o c u t o r de J u a n R u i z en el debate más largo
d e l B u e n a m o r . E n á n , c o n toda suerte de promesas, se ofrece a c o n d u -
c i r l e a su c i u d a d ; tras l a r g a d e l i b e r a c i ó n e n p r o y e n c o n t r a de los viajes,
c o m p a r a b l e a l a deliberación del, L i b r o castellano e n p r o y e n c o n t r a
d e l a m o r , Yosef acepta, t a l y c o m o tras e l debate c o n d o n A m o r , e l
A r c i p r e s t e c o m i e n z a su más largo e p i s o d i o . D u r a n t e el c a m i n o , los dos
viajeros, más a l g ú n huésped o c a s i o n a l , a l t e r n a n cuentos, aforismos y
debates d o c t r i n a l e s ; sus andanzas evocan l a m o v i l i d a d de J u a n R u i z p o r
su c i u d a d , p o r las sierras y puertos d e l G u a d a r r a m a , p o r Segovia (co-
plas 972 ss.; cf. C A S T R O , p p . 429-430). C u a n d o l l e g a a l a c i u d a d de E n á n ,
Yosef, m u y descontento de su hospedaje, discute c o n e l gigante sobre
a l i m e n t a c i ó n y otras materias científicas; luego le a y u d a a contraer m a t r i -
m o n i o y, a l fin, disgustado c o n l a c i u d a d e x t r a ñ a , echa de menos su
t i e r r a , c o m o J u a n R u i z n o halla, e n Segovia "poô d u l c e n i n fuente
p e r h e n a r ' y echa de menos su c a s i l l a y su h o g a r (copla 973). T a l es e l
esqueleto de l a narración autobiográfica d e l L i b r o d e d e l i c i a s ; a las seme-
janzas i n d i c a d a s , agregúese i g u a l gusto p o r las r e m i n i s c e n c i a s de los l i b r o s
sagrados y p o r los aforismos, d i s q u i s i c i o n e s docentes, cuentos, fábulas y
anécdotas, p a r o d i a s litúrgicas, u n a disertación sobre arte fisiognómica ( L i -
b r o d e d e l i c i a s , p p . 22 ss.; cf. " D e las figuras d e l A r c i p r e s t e " , 1485 s s . ) ,
u n a s e m b l a n z a caricaturesca de m u j e r (p. 180; cf. " L a serrana et de las
figuras d e l l a " , 1008 s s . ) , u n r e t r a t o humorístico basado e n antítesis y
p a r a d o j a v e r b a l (pp. 164 ss.', cf. " D e d o n f i u r ó n , m o c o d e l A r c i p r e s t e " ,
161Q u n a i n v e c t i v a c o n t r a el. v i n o (pp* 13 ss.- cf. " D e c ó m o el A m o r
castiga a l A r c i p r e s t e . . . que se g u a r d e de b e u e r m u c h o v i n o . . . " KAA. ss.)
u n a r e t a h i l a de los n o m b r e s m a l i g n o s d e l a c o m p a ñ a n t e , encartada n o aí
aparecer éste p o r p r i m e r a vez sino m u c h o más adelante e n u n a riña oue
acaba e n reconciliación ( p p . ' i 6 o ss.; cf. " D e los n o n b l e s d e l alcayueta",
924 s s . ) , v a r i o s chistes (p. 39: Sócrates, casado c o n u n a m u j e r p e q u e ñ a ,
26 M A R Í A ROSA L I D A D E M A L K I E L NRFH, XIII
e x p l i c a : " H e escogido d e l m a l l o m e n o s " ; cf. " D e las propiedades q u e las

d u e ñ a s chicas h a n " , 1617 c d ; p . 57: acémilas t a n extenuadas q u e se arro-
d i l l a n c o m o si tuviesen q u e rezar; cf. 2426c: " d e l i n o g a r a v e z e s . . . [tenía el
c a b a l l o ] / r r o d i l l a s desolladas, faziendo muchas prizes") y, sobre todo,
el aire aburguesado, m u y d i s t i n t o d e l r e f i n a m i e n t o de I b n H a z m , y la
p r e o c u p a c i ó n , m u c h o m e n o r q u e l a de al-Harirí, e n cuanto a l p u r o vir-
t u o s i s m o retórico y g r a m a t i c a l . E n esta autobiografía ficticia - d o n d e l a
l a r g a intervención d e u n i n t e r l o c u t o r s o b r e n a t u r a l , el gigante E n á n o
d o n A m o r , subraya su carácter ficticio- los dos autores v i e r t e n , p o r l o
demás, su c o n o c i m i e n t o p e r s o n a l : de ahí q u e las disquisiciones sean médi-
cas e n e l L i b r o d e d e l i c i a s y eclesiásticas e n e l B u e n a m o r . L a d i f e r e n c i a
o b v i a , en c u a n t o a l c o n t e n i d o , estriba e n que, a u n q u e Yosef trata larga-
m e n t e de mujeres y toca en sus cuentos a l g ú n caso de a m o r e i n t e r v i e n e
en ajustar las bodas d e l gigante, de h e c h o n o n a r r a aventuras amorosas;
p e r o otras maqámat hispanohebreas, c o m o las de al-Harisí, las c o n t i e n e n ,
y las de Selomó i b n S i q b a l de C ó r d o b a (comienzos d e l siglo x n ) , pre-
c u r s o r de al-Harisí y a u t o r , p o r cierto, de " m u c h a s cánticas de d a n c a " ,
n a r r a n los repetidos desengaños d e l p r o t a g o n i s t a a l p r o s e g u i r sus amores.
P o r supuesto, sería insensato p o s t u l a r p a r a J u a n R u i z l e c t u r a o i m i t a c i ó n
d i r e c t a de las maqámat hebreas, p e r o l a preciosa confesión (151306):
"después fiz muchas cánticas d e d a n c a e troteras / p a r a j u d i a s e m o r a s "
(ms. G : " p a r a judíos e m o r o s " ) — t a n t o más preciosa p o r p r e s c i n d i r de
la a c t i t u d c o n v e n c i o n a l h a c i a los j u d í o s e x h i b i d a c u a n d o el poeta ahueca
la voz (coplas ía, 1053)— y otras h u e l l a s de l a f a m i l i a r i d a d c o n l a j u d e -
r í a (78a!, 554c, 1183-1184, 1212&) p r u e b a n q u e fácilmente p u d o l l e g a r l e
n o t i c i a d e t a l l a d a de tales o b r a s . E l p a p e l d e los judíos c o m o m e d i a -
1 8
dores de l a filosofía y l a c i e n c i a árabe es b i e n c o n o c i d o ; t a m b i é n l o
C i t o el C o l l a r d e l a p a l o m a p o r l a traducción de E . GARCÍA GÓMEZ, M a d r i d ,

1 8
1952; las Maqámat de al-Harirí p o r la de T . CHENERY y F . STEINGASS, L o n d o n , 1867

y 1898, 2 tomos; el T a h k e m o n i de al-Harisí p o r la de S. I. K A E M P F , B e r l i n , 1845;
el L i b r o d e d e l i c i a s de Yosef i b n Sabarra p o r la de I. GONZÁLEZ LLUBERA, Barcelona,
1931. Sobre l a evolución e influjo de las maqámat hebreas, véase de este mismo estu-
dioso, " U n aspecte de la novel.lística oriental a la literatura medieval europea",
E s t u d i s V n i v e r s i t a r i s C a t a l a n s , 22 (1936), 463-473. CASTRO, o p . c i t . , p. 389, señala que
el L i b r o d e d e l i c i a s y e l B u e n a m o r coinciden en las consideraciones médicas p o r
las que rechazan el vino (según GONZÁLEZ LLUBERA, trad. cit., p. 13, nota, dichas
consideraciones se remontan a l S e c r e t u m s e c r e t o r u m ) ; también coincide l a tónica de
las dos invectivas: "Cierto, u n poco de v i n o es algo siempre provechoso; pero m u c h o ,
siempre es nocivo" ( L i b r o d e d e l i c i a s , p . 17) y "muchas bondades tiene sy se toma
con mesura, / a l que de mas lo beue sácalo de c o r d u r a " ( B u e n a m o r , 548&C). E l
chiste sobre la mujer pequeña plantea u n difícil problema de transmisión; que yo
sepa, l a formulación más antigua es la de P l a u t o , S t i c h u s , 120: interrogado u n per-
sonaje sobre cómo ha de ser l a novia, responde: "ex malis multis, m a l u m q u o d
m i n u m u m s t , i d minumest m a l u m " , es decir, 'de entre muchos males, el que es más
pequeño ése será el menos malo'; donde el resorte cómico está en conjugar el j u i c i o
pesimista sobre las mujeres con su concepto cuantitativo, como de cosa (que asoma
en otro chiste p l a u t i n o , C u r c u l i o , 591-592: " A n t i q u o m poetam a u d i u i scribsisse i n
tragoedia / mulieres duas peiores esse q u a m unam"). E l pasaje del S t i c h u s tiene
el corte inequívoco del diálogo p o p u l a r en que u n interlocutor (aquí, el viejo A n t i -
fón) interroga a u n sabio y a veces, p o r paradoja, a u n a mujer (aquí, las hijas
de Antifón) que da respuestas ingeniosas, diálogo que nos sabe a oriental porque
la literatura grecorromana se i n c l i n a m u c h o menos que la oriental a acoger motivos
folklóricos. L a segunda formulación que recuerdo es la de Plutarco, S o b r e e l a m o r
f r a t e r n a l , 481/, a t r i b u i d a a u n espartano que se habría justificado así de haber casado
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O DE B U E N A M O R " 27
es e l d e los conversos, c o m o Pedro Alfonso y J u a n de C a p u a , en la

d i f u s i ó n d e l c u e n t o á r a b e ; los contactos d e l L i b r o de buen amor c o n las
maqámat h i s p a n o h e b r e a s m u e s t r a n o t r a faceta, y n o l a menos original,
e n s u a c t i v i d a d c o m o transmisores d e l a c u l t u r a á r a b e .
L o q u e cabe p r e g u n t a r es p o r q u é J u a n R u i z e l i g i ó l a e s t r u c t u r a de
las maqámat h i s p a n o h e b r e a s e n l u g a r d e l m a r c o novelístico q u e le ofre-
cían Calila e Dimna, Sendebar, Barlaam e Josafat, y que adoptan el
Libro de los estados y e l Caballero Cifar. E n p r i m e r l u g a r , es e v i d e n t e
que el marco del L i b r o de los estados, e n f o r m a de n o v e l a edificante
(así c o m o e l d e l Conde Lucanor, constituido por situaciones aisladas
creadas ad hoc, q u i z á a e j e m p l o de l a D i s c i p l i n a clericalis, en u n plan-
teo q u e desecha e l e n r e d o novelesco), y e l d e l Caballero Cifar, a manera
con u n a mujer pequeña. L a aparición medieval más temprana que conozco es fiel
a l a redacción de Plutarco y se h a l l a en l a Lámpara d e l o s príncipes de Abubéquer
de T o r t o s a (1059-1130) quien, para mayor contraste, l a asigna a u n hombre corpu-
lento (trad. M . Alarcón, M a d r i d , 1930, t. 2, p . 443); l a siguiente, idéntica, es l a d e l
L i b r o d e d e l i c i a s , a nombre de Sócrates, como se h a visto. L a reelaboración de J u a n
R u i z es altamente original, pues sustituye l a anécdota p o r u n entimema cuyo for-
malismo escolástico acentúa l a comicidad, deja en intencionado silencio l a premisa
m e n o r (la mujer es u n mal) y adopta como premisa mayor u n a máxima auténtica
("del m a l tomar l o menos, dizelo el sabidor"; cf. Sem T o b , 158a " T o m a r del m a l lo
menos"). - Es típico de las vicisitudes de l a l i t e r a t u r a medieval española que los
autores d e l Siglo de O r o repitan l a b r o m a e n su formulación tradicional, s i n mues-
tras de conocer l a d e l B u e n a m o r ; así, Santa C r u z de Dueñas, F l o r e s t a española,
V I I I , 2; L o p e de Vega, S a n t i a g o e l V e r d e , I , y L a más p r u d e n t e v e n g a n z a (tercera
de las N o v e l a s a M a r c i a L e o n a r d o ) ; Rojas Z o r r i l l a , L o q u e s o n m u j e r e s , I; Quevedo,
Premática d e l t i e m p o (con cita d e l refrán " D e l m a l , e l menos"); Julián de M e d r a n o ,
S i l v a c u r i o s a ( J . M . SBARDI, R e f r a n e r o g e n e r a l español, M a d r i d , 1878, t. 10, p. 171);
A n t o n i o H u r t a d o de Mendoza, C a d a l o c o c o n s u t e m a o E l montañés i n d i a n o , I I . L a
F l o r e s t a de Santa C r u z fue probablemente el l i b r o donde leyeron l a ocurrencia los
autores españoles; a su vez, es probable que Santa C r u z l a recogiese de alguna ver-
sión l a t i n a de Plutarco, o de alguna colección de facecias en latín (como l a de J u a n
Gast, C o n u i u a l i u m s e r m o n u m l i b e r , Basilea, 1542, que bajo el título " D e uxore
p a m a " l a atribuye a Aristóteles) o en i t a l i a n o (como l a de L o d o v i c o G u i c c i a r d i n i ,
L ' h o r e d i r i c r e a t i o n e , Venezia, 1565, que l a atribuye a Leónidas), y estas colecciones
e x p l i c a n su presencia e n otras literaturas, l a francesa p o r ejemplo (epigrama atri-
b u i d o a Clément M a r o t o a M e l l i n de Saint-Gelais: " A n n e t t e est grasse..."), o l a
i t a l i a n a (Giambattista Basile, II P e n t a m e r o n e , I I I , 2). L a coincidencia en el chiste
de l a bestia de carga que se a r r o d i l l a como para rezar h a sido anotada p o r González
L l u b e r a en su trad., p. 57. Otros chistes o situaciones cómicas que habían de tener
lejana resonancia son, p p . 123-124, el d e l convite opíparo donde, so pretexto de
preocupación dietaria, sólo se p e r m i t e a l i n v i t a d o u n a l i m e n t o miserable (cf. Sancho
y el doctor Pedro Recio de Agüero); p. 164, e l d e l h o m b r e cuya h o n r a es conocida
de todos, pues desciende de u n ajusticiado (cf. Buscón, I, 7, final); p. 166, e l d e l
sabio médico que sabe que todo muerto o b i e n enfermó o bien le sobrevino u n
accidente fatal (cf. coplas de P e r o g r u l l o o de M o n s i e u r de l a Palisse). ¿Podrá ser
q u e algunos de estos chistes se hubiesen transmitido p o r conducto de conversos? T a l
parece haber sucedido con l a poesía jocosa de A b r a h a m b e n Tvíeir i b n Ezra que h a
dejado eco en L a s d e s d i c h a s de Ginés de Cañizares (cf. D . W . MCPHEETERS, " T h e
fifteenth-century c o n v e r s o poet Ginés de Cañizares", S, 6, 1952, 380-384) y en el
romance de Quevedo "Parióme adrede m i m a d r e . . . " M e es desgraciadamente inacce-
sible l a o b r a de Selomó i b n Siqbal, de q u i e n sólo conozco las breves noticias que
d a n H . GRAETZ, H i s t o r y of t h e J e w s , t. 3, P h i l a d e l p h i a , 1894 (trad. d i r i g i d a p o r
B e l l a L d w y ) , p . 318, y F . FERNÁNDEZ Y GONZÁLEZ, D i s c u r s o s . . . , p p . 36-37; a ambos
c o m o i l a MENÉNDEZ PELAYO O r i s e n e s d e l a n o v e l a t 1 M a d r i d 102K D x l i x Sobre
l a iudería de H i t a v l a importantísima j u d e r í a ' d e T o l e d o ciudad donde oroba-
blemente cursó sus estudios J u a n R u i z véase L E C O Y , o p . c i t . , ' p p .
000 nota. 2 v
337 ss
de n o v e l a entre p i a d o s a y caballeresca, es objetivo e i m p e r s o n a l . P e r o si

algo resalta en el L i b r o d e b u e n a m o r es u n a p e r s o n a l i d a d e x u b e r a n t e ,
i r r e p r i m i b l e , siempre presente (a menos que e l m a t e r i a l sea ajeno), c o n
u n a fruición en o c u p a r el p r i m e r p l a n o sin d u d a f o m e n t a d a p o r el
m u d e j a r i s m o d e l poeta, c o m o señala C a s t r o c o n tanto acierto. D e ahí
su predilección p o r l a flexible autobiografía ficticia de las maqámal
hispanohebreas, q u e le permitía a r t i c u l a r el p o e m a en t o r n o a su y o .
J u a n R u i z conoce aquellas obras orientales c o m o conoce novelas de
caballerías (170306), pero rechaza el m a r c o d o n d e no puede figurar él
en p r i m e r p l a n o p a r a p r o c l a m a r su e x p e r i e n c i a a l e c c i o n a d o r a , va sea
verdadera o ya i m a g i n a r i a . Pues en segundo l u g a r (y c l a r o que " p r i -
m e r o " y " s e g u n d o " son i m p o s i c i o n e s de análisis y no d e n o t a n p r i o r i d a d
o preferencia en l a creación poética), el p o n e r en p r i m e r a p e r s o n a las
aventuras amorosas siempre f a l l i d a s c u a d r a b a c o n l a i n t e n c i ó n didáctica
q u e g u i a b a su p l u m a .
DIDACTISMO
A l a intención didáctica de J u a n R u i z , d o n A m é r i c o C a s t r o h a pues-

to o b j e c i o n e s q u e p u e d e n agruparse así: /) " E l L i b r o d e b u e n a m o r
19
no cabe en los límites de l a poesía didáctica, en l a c u a l l a v i d a es

c o n t e m p l a d a desde f u e r a de e l l a , puesta entre paréntesis y v i s t a e n l a
firme r e a l i d a d i d e a l d e l deber ser, n o e n l a r e a l i d a d p r o b l e m á t i c a de
su e x i s t i r " ( L a r e a l i d a d . . . , p . 383). T e m a s que son didácticos e n sus
fuentes, c o m o el d e l d i n e r o e n l a sátira goliardesca, d e j a n de serlo en
el L i b r o : " E l d i n e r o crea y f o m e n t a e l m a l , pero también grandes valo-
res; n a d i e p u e d e pensar q u e sean u n m a l «las mejores moradas, / altas
e m u y costosas, fermosas e p i n t a d a s , / castillos, heredades e v i l l a s ento-
rreadas» (501); o «los nobles paños, doradas vestiduras, / joyas precio-
sas, nobles cabalgaduras» (502). E l d i n e r o c o r r o m p e a los clérigos, p e r o
«do son m u c h o s dineros, y es m u c h a nobleza» (508)" (p. 384). 2) L o s
avisos de J u a n R u i z sobre el sentido de su L i b r o son d i s t i n t o s p o r esen-
cia de l a exegesis c r i s t i a n a : " A l A r c i p r e s t e n o le interesaba l a v e r d a d q u e
b u s c a b a n los glosadores de l a B i b l i a o de los textos legales" (p. 399).
Éstos, bajo l a a p a r i e n c i a sensible, c o n c i b e n u n a r e a l i d a d firme; p a r a
J u a n R u i z , i m p r e g n a d o de m o d o s de p e n s a m i e n t o árabe, n o hay apa-
r i e n c i a y r e a l i d a d sino u n j u e g o de apariencias alternantes y rever-
sibles, y el tránsito u oscilación entre ellas es l o q u e p r o p i a m e n t e cons-
t i t u y e el tema d e l L i b r o : " E l A m o r (¿loco? ¿bueno?) es, p o r lo m i s m o ,
más u n a incitación r e i t e r a d a q u e u n a ocasión p a r a dogmatismos m o r a l i -
zantes, i n c o m p a t i b l e s e n a b s o l u t o c o n el tono y estilo' d e l a o b r a . . . L o
n e g r o y l o b l a n c o . . . n o son mejores u n o s q u e otros, sino aspectos de
l a transición y a l t e r n a n c i a de q u e son i n d i c i o " . " D e ahí q u e «bueno» y
1 8
E n España e n s u h i s t o r i a , Buenos Aires, 1948, cap. 9; " E l L i b r o d e b u e n a m o ,
del Arcipreste de H i t a " , C L , 4 (1952), 193-213; "Amores de hace m i l años ( E l
c o l l a r d e la p a l o m a de I b n H a z m de Córdoba)", C u A , 11 (1952), núm. 5, 185-198,
y en l a revisión de l a p r i m e r a obra enumerada, o sea L a r e a l i d a d histórica d e
España, cap. 12, a l a que m e atengo como a la versión última del pensamiento de
su autor.
«loco» a m o r r e c i p r o q u e n sus v a l o r e s . . . " (pp. 400-401; cf. t a m b i é n 396

ss., 418). 3) "Proponiéndoselo o n o , l a transposición a l a zona r o m á n i c a
de E s p a ñ a de las formas de l a i m a g i n a c i ó n y de l a s e n s i b i l i d a d árabes
p r o d u c í a efectos humorísticos o cómicos - s e prestaba en todo caso a
p r o d u c i r l o s " (p. 412): así, l a r e v e r s i b i l i d a d de l o c h i c o y de lo g r a n d e
se e x p r e s a e n el elogio de las d u e ñ a s chicas (p. 408); e l c o n t i n u o desli-
z a m i e n t o de u n a posición e x t r e m a en o t r a e x p l i c a l a p e c u l i a r p a r o d i a
r e l i g i o s a en e l B u e n a m o r (p. 404).
1 ) A l decir q u e el L i b r o " n o cabe en los límites de l a poesía didác-
t i c a " , p r e s u m o q u e Castro p i e n s a e n l a poesía didáctica g r e c o r r o m a n a y
sobre todo e n l a q u e se cultivó bajo su égida e n l a E u r o p a m o d e r n a , n o en
l a poesía o l i t e r a t u r a didáctica e n general, y a q u e a d m i t e l a i m p o r t a n c i a
del diclactismo en l a l i t e r a t u r a árabe (véase i n j r a , p . 59) y ya q u e conside-
r a decisivo el tratado didáctico de I b n H a z m e n l a génesis d e l B u e n a m o r .
E l g é n e r o de las m a q a m a t es n o t o r i a m e n t e didáctico, n o sólo e n c u a n t o
p r e d i c a devoción y m o r a l sino t a m b i é n e n c u a n t o alardea de erudición
y v i r t u o s i s m o l i t e r a r i o ; al-Harirí, además, insiste ante el lector r u d o y
m a l i c i o s o e n el v a l o r m o r a l de su o b r a , q u e e l lector discreto c o m p r e n -
derá y juzgará a n á l o g o a l de las fábulas y cuentos instructivos (trad.
C h e n e r y , t. 1, p p . 106 s s . ) , y las m a q a m a t hispanohebreas, q u e preci-
samente i n c l u y e n fábulas y cuentos y e l i m i n a n las tretas sórdidas d e l
p r o t a g o n i s t a p a r a ganar d i n e r o , i n s i s t e n más q u e n u n c a en lo provechoso
de sus páginas. N o puede abrigarse d u d a r a z o n a b l e sobre e l o r i g e n
semítico de l a autobiografía e n e l B u e n a m o r , p e r o n o creo p r u d e n t e
rechazar toda c o n e x i ó n c o n el d i d a c t i s m o de l a clerecía m e d i e v a l , pues
el uso didáctico de l a p r i m e r a p e r s o n a parece espontáneo, y está b i e n
atestiguado en m u c h a s obras q u e e r a n f a m i l i a r e s a l l e t r a d o de l a E d a d
M e d i a " y q u e ante e l poeta castellano l e g i t i m a r í a n l a adopción de l a
p e c u l i a r autobiografía de las m a q a m a t hispanohebreas. C o m o es sabido,
el m a y o r n ú m e r o de los materiales n o o r i g i n a l e s d e l L i b r o p r o v i e n e d e l
acervo didáctico de l a clerecía e u r o p e a , y u n caso m u y elocuente es el
de l a i n v e c t i v a d e l d i n e r o , pues a u n q u e d e s a r r o l l a este tema u n l i b r o
árabe t a n b i e n c o n o c i d o y c o m e n t a d o e n E s p a ñ a c o m o las M a q a m a t
2 0
Véanse ejemplos en R F H , 2 (1940), ] o ss. E n t r e los muchos que podrían
9
agregarse debe figurar ante todo el A r t e d e a m a r , que O v i d i o proclama como fruto

de su p r o p i a experiencia (I, 29 s s ) , expone en p r i m e r a persona e ilustra a veces
con anécdotas en las que él mismo interviene ( I I , 165 ss., 547 ss.; I I I , 245-246); la
p r i m e r a de las anécdotas citadas corresponde, en efecto, a l percance narrado en
A m o r e s , I , v n ; cf. también A r t e , I , 135 ss. y A m o r e s , I I I , 11. O t r o ejemplo que no
puede omitirse es el de las C o n f e s i o n e s de San Agustín, las cuales, según declaración
expresa de su autor ( R e t r a c t a c i o n e s , I I , 32), " D e u m laudant iustum et b o n u m atque
i n e u m excitant h u m a n u m intellectum et affectum". L a ocurrencia humorística de
componer u n poema didáctico sobre el amor parece o r i g i n a l de O v i d i o , y explica-
ble dentro de las corrientes literarias de su época ( F . L E O , P l a u t i n i s c h e F o r s c h u n g e n ,
a» ed., Berlín, t i 2 , p p . 146 ss.; E . FRANKEL, O v i d : a p o e t b e t i u e e n t w o w o r l d s ,
9
Berkeley and Los Angeles, 1956, p p . 199-200). L a raíz de las C o n f e s i o n e s no es, p o r

supuesto, grecorromana; lo que i m p o r t a es que su ejemplo hubo de predisponer a la
clerecía occidental a la acogida de la autobiografía que se propone edificar al lector
exponiendo los yerros propios, como l o demuestra el notable escrito de G u i b e r t o
de Nogent, D e u i t a s u a s i u e m o n o d i a r u m l i b r i X I I I . O t r o tanto puede decirse de
la Consolación d e l a filosofía de Boecio, con su debate entre el autor y una perso-
nificación alegórica, y sus poesías recapituladoras.
3° M A R Í A ROSA LIDA D E M A L K I E L NRFH, XIII
de al-Harirí (trad. cit., t. i , n ú m . 3, p . 119), n o cabe d u d a , después de

l a demostración de L e c o y ( o p . c i t . , p p . 237 s s . ) , q u e J u a n R u i z se i n s p i r ó
e n l a sátira goliardesca, d o n d e precisamente se e n c u e n t r a e l m o d e l o de
a l g u n a s de las expresiones citadas e n p r u e b a de q u e e l L i b r o c o n c i b e
e l d i n e r o c o m o creador de valores positivos, j u n t o c o n m u c h a s otras aná-
logas. E v i d e n t e m e n t e aquellas posesiones n o son malas e n sí, c o m o n o
l o son ser "fidalgo e sabydor", c o m o n o l o son " p a r a y s o " , " s a l v a c i ó n " ,
" d i n i d a d e s " (491 fe, 492c, 494c); l a fuerza c o r r u p t o r a d e l d i n e r o consiste
e n c o n v e r t i r en n o b l e y sabio a l l a b r i e g o r u d o , en c o m p r a r s i n m é r i t o
paraíso y salvación, en o t o r g a r d i g n i d a d e s a clérigos necios; c u a n d o los
dos poetas, el l a t i n o y el castellano, r e c o n o c e n q u e e l d i n e r o posee "las
mejores m o r a d a s " , "los nobles p a ñ o s " , etc., el tono de a m a r g a c o n d e n a
es idéntico. ¿Y q u é d e c i r de las d i s q u i s i c i o n e s , i n n e g a b l e m e n t e didác-
ticas, sobre los pecados mortales, sobre las buenas costumbres (que
i n c l u y e n las recomendaciones de p a r s i m o n i a e n e l v i n o , acerca de cuya
a f i n i d a d c o n a d m o n i c i o n e s árabes y j u d í a s h a l l a m a d o l a atención C A S -
T R O , p p . 389 s s . ) , sobre l a confesión y absolución y sobre las armas
d e l cristiano? E l p e n ú l t i m o caso es p a r t i c u l a r m e n t e i n s t r u c t i v o , pues el
p o e t a a n u n c i a su i n t e n c i ó n de enseñar e n términos estrictamente peda-
gógicos: " r e p e t i r [en el sentido académico m e d i e v a l de 'repasar, e x p l i c a r
e n detalle'] vos q u e r r í a v n a b u e n a l y c i o n " ( i i i f e ) , y c o m i e n z a c o n l a
3
profesión de m o d e s t i a q u e t a m b i é n h a l l a m o s en el P r ó l o g o y e n a l g u n a
o t r a disquisición (p. 5, coplas 151, 1133 s s . ) y q u e t a n frecuente es e n el
escritor d i d á c t i c o . 21
2) L a relación d e " c o r t e z a " y " m e o l l o " e n l a exegesis c r i s t i a n a y tam-

b i é n e n l a novelística o r i e n t a l ( C A S T R O , p . 412, cita o p o r t u n a m e n t e el
P r ó l o g o de C a l i l a e D i m n a ) , n o es u n a oposición t a n n e t a c o m o aparece
e n los M i l a g r o s de Berceo, 16 ss., 121, 1 4 1 « * , d o n d e el poeta r o m a n z a -
d o r s i m p l i f i c a las cosas p a r a q u e las " p u e d a saber t o d a l a gent". E n aqué-
llas los sentidos a d m i t i d o s s o n varios, y e n el L i b r o e l concepto d e l
a m o r , escogido c o m o t e m a c e n t r a l , ofrece t a m b i é n v a r i a d o s matices (cf.
España e n s u h i s t o r i a , p . 418): t o d o e l l o i m p o n e l a necesidad de r e p e t i r
e l aviso sobre e l sentido d e l p o e m a a l p r i n c i p i o , a l fin y, c o n c l a r i d a d
m á x i m a , a l c o m e n t a r e l e p i s o d i o ajeno (coplas 892 s s . ) , y a q u e s u des-
enlace feliz contradecía l a i n t e n c i ó n de J u a n R u i z de desaconsejar e l
l o c o a m o r . P o r eso, a m a n e r a d e g u í a , i n t e r c a l a el A r c i p r e s t e , antes de
c o m e n z a r l a autobiografía, l a D i s p u t a c i ó n de los griegos y los r o m a -
nos: s i n d u d a , l a i n t e n c i ó n p r i m i t i v a d e l c h a s c a r r i l l o fue r i d i c u l i z a r el
c ó d i g o de signos monásticos y las disputas académicas ( L E C O Y , p p . 164
s s . ) , pero l a i n t e n c i ó n c o n q u e l o trae J u a n R u i z y que él m i s m o glosa
(coplas 64 s s . ) es l a de insistir, m e d i a n t e u n e j e m p l o concreto, e n l a
d i v e r s i d a d d e sentidos q u e a d m i t e l a exegesis alegórica m e d i e v a l . A s í
c o m o cabe t o m a r el c u e n t o d e l m e d i o a m i g o y d e l a m i g o entero e n
s e n t i d o l l a n o , p e r o t a m b i é n "se p u e d e entender s p i r i t u a l m e n t e " , y d o n
J u a n M a n u e l e x p o n e u n a tras o t r a las dos i n t e r p r e t a c i o n e s ( C o n d e L u -
c a n o r , X L V I I I ) , de i g u a l m o d o u n m i s m o gesto es e n t e n d i d o p o r el d o c t o r
Agregúese l a información jurídica y literario-musical y el alarde de virtuosismo

2 1
juglaresco que subrayó con razón BATTAGLIA, " I I L i b r o d e b u e n a m o r " , p. 729, y que
CASTRO, p . 395, enlaza con " u n a larga tradición de orgullo literario hispanoislámico".
c o m o d o c t o r y p o r el r i b a l d o c o m o r i b a l d o , según h a p r e v e n i d o el Pró-
logo, p . 6, en términos generales:
E a n s i este m i l i b r o , a t o d o orne o m u g e r , a l c u e r d o e a l n o n c u e r d o ,
al q u e e n t e n d i e r e el b i e n e escogiere s a l u a c i o n e o b r a r e b i e n a m a n d o a
Dios, otrosi al que quisiere el amor loco, en la carrera que andudiere
p u e d e cada v n o b i e n d e z i r : " I n t e l l e c t u m t i b i d a b o " .
O sea: ambas i n t e r p r e t a c i o n e s s o n i g u a l m e n t e legítimas, a u n q u e n o i g u a l -

m e n t e valiosas; l o que escoge el lector q u e tiene l a v e n t u r a de ser d o c t o
y v i r t u o s o n o es i g u a l a l o q u e elige e l n e c i o y pecador: es " l o m e j o r "
( 6 d ) . E l Prólogo del citado T a h k e m o n i b r i n d a u n notable paralelo a
7
este m o d o de pensar:
P u e d e s c o m p a r a r este l i b r o a u n j a r d í n d o n d e se e n c u e n t r a t o d a suerte
d e p l a n t a s . A cada c u a l ofrece l o q u e desea, a c a d a c u a l o t o r g a l o q u e
a n h e l a , c o n f o r m e a s u i n s t r u c c i ó n y c o n d i c i ó n , c o n f o r m e a su c a p a c i d a d
y a p t i t u d . Q u i e n v e n e r a l a p a l a b r a d e D i o s , a p r e n d e allí a t e m e r a
D i o s ; q u i e n n o p r e s t a a t e n c i ó n a e l l o , p u e d e a p l i c a r s e a las m a t e r i a s
t e r r e n a l e s q u e c o n t i e n e . D e s u a m p l i o á m b i t o sacan p r o v e c h o e l n e c i o y
el sabio, e l j o v e n y e l v i e j o , c a d a c u a l de d i s t i n t o m o d o .
A u n s i n t o m a r e n c u e n t a e l hecho de q u e al-Harisí, c o m o t r a d u c t o r d e
M a i m ó n i d e s , m u y p r o b a b l e m e n t e sustentaría las o p i n i o n e s de éste sobre
la alegoría, las i n n u m e r a b l e s amonestaciones edificantes esparcidas en e l
P r ó l o g o y cuerpo d e l T a h k e m o n i n o p e r m i t e n d u d a r de q u e su a u t o r
no v a l o r a de i g u a l m a n e r a los diversos c o n t e n i d o s d e l l i b r o , c o m o n o
v a l o r a de i g u a l m a n e r a l a d i v e r s i d a d de l o r e a l , q u e aquél refleja. Y si
i d é n t i c a a c t i t u d se h a l l a n o sólo e n e l t r a t a d o D e a r t e h o n e s t e a m a n d i
del C a p e l l á n A n d r é s , e n q u i e n se p r e s u m e h u e l l a árabe, sino t a m b i é n
en e l Decamerón y en los C a n t e r b u r y t a l e s , es p o r q u e c o n g e n i a b a h o n -
d a m e n t e c o n l a m e n t a l i d a d o c c i d e n t a l , i m b u i d a desde siglos atrás e n l a
exegesis j u d e o c r i s t i a n a de las E s c r i t u r a s . 2 2
L a admisión de diversas i n t e r p r e t a c i o n e s d e v a l o r diferente n o es

i n c o m p a t i b l e c o n l a creencia e n l a r e a l i d a d firme d e l o i n t e r p r e t a d o .
C u a n d o J u a n R u i z (coplas 17 s s . ) , p a r a l l a m a r l a atención sobre el p r o -
vecho de su L i b r o , a c u m u l a imágenes q u e o p o n e n el e x t e r i o r v i l a l
i n t e r i o r valioso, i m p l í c i t a m e n t e encarece el v a l o r y r e a l i d a d de ese inte-
r i o r ; e l ajenuz, negro p o r f u e r a y b l a n c o p o r d e n t r o - c o n l a v a l o r a c i ó n
i n h e r e n t e a estos dos c o l o r e s - , c o r r e s p o n d e exactamente a l a i m a g e n
del P r ó l o g o de C a l i l a e D i m n a (el h o m b r e n o puede a p r o v e c h a r las
nueces hasta quitarles las cáscaras), idéntica en sentido a l a de B e r c e o :
" t o l g a m o s l a corteza, a l m e o l l o e n t r e m o s " . L a o t r a serie de imágenes
(coplas 69 s s . ) , en q u e J u a n R u i z c o m p a r a su L i b r o c o n u n i n s t r u m e n t o
de m ú s i c a q u e d a a q u i e n l o taña l a n o t a q u e q u i e r e o puede obtener,
2 2
Traduzco el T a h k e m o n i de la citada versión alemana de K A E M P F , p p . 87 ss.
P a r a el lúcido concepto de l a alegoría en Maimónides, ver el Enseñador d e l o s t u r -
b a d o s , t r a d . de J . SUÁREZ LORENZO, M a d r i d , s. f., p p . 26 ss. Sobre probable influjo
árabe en e l tratado D e a r t e h o n e s t e a m a n d i , véase l a trad. de J . J . PAERY, N e w York,
1941, p p . 7 ss., y E . GARCÍA GÓMEZ, trad. de E l c o l l a r d e la p a l o m a , p p . 48-49. Para
Boccaccio y Chaucer, véase m i selección d e l L i b r o d e b u e n a m o r , Buenos Aires, 1941,
p p . 12 ss.
tampoco implica negación d e l substrato objetivo de l a r e a l i d a d pues,

c o m o observó G i l l e t , e l s e n t i d o de l a a d m o n i c i ó n final es: " t a ñ e t u n o t a
y m a n t é n l a " , es d e c i r , ' c o n c é n t r a t e e n este o a q u e l s e n t i d o , c o n f o r m e a
l a lección q u e q u i e r e s o b t e n e r ' , l o c u a l parafrasea e n f o r m a s e n s i b l e e l
párrafo citado del Prólogo, p. 6 2 3
. Y el insistir en el g r a n v a l o r de lo
pequeño (1606 ss.) n o a r g u y e e q u i v a l e n c i a de l o g r a n d e y l o c h i c o , antes
s e n t i d o m u y v i v o de su d i f e r e n c i a , pues ése es el p u n t o de a r r a n q u e d e l
paradójico elogio de las d u e ñ a s chicas. N i J u a n Ruiz n i el Capellán
A n d r é s n i I b n H a z m e x p o n e n u n a f e n o m e n o l o g í a o b j e t i v a d e l a m o r ; los
tres e x p o n e n u n a v a r i e d a d de aspectos c u i d a n d o de v a l o r a r l o s , s e g ú n
la función propia del moralista. E n orden descendente de valor, el
a m o r , e n el L i b r o de J u a n R u i z , p u e d e ser d i v i n o , cortés o l o c o ; nin-
guno de estos grados es r e c í p r o c o de los otros, y l a p e r o r a c i ó n (1627¬
1628) es su p r u e b a p a l m a r i a : el poeta manifiesta que u n a de las vir-
tudes d e l L i b r o es enseñar b u e n a m o r —esto es, o r i e n t a r a l a v i d a ejem-
p l a r - a l m a l c a s a d o o a l a m a l c a s a d a ; n i p o r t r a v e s u r a i n s i n ú a e l caso
r e c í p r o c o , de q u e e l L i b r o i n d u z c a a los b i e n casados a l a v i d a liviana,
a p a r t á n d o l o s de l a d e v o c i ó n y b u e n a s obras . 2 4
2 3
J . E . GILLET, reseña de España e n s u h i s t o r i a en H R , 18 (1950), 178; también
señaló aquí G i l l e t l a correspondencia entre l a imagen del ajenuz y l a d e l verso citado
de Berceo. E n las coplas 17 ss., e l ms. G , más antiguo, parece contener u n a lección
superior, "acucar dulce blanco", mientras el ms. S, más reciente, trae "acucar negro
e blanco", sin d u d a p o r arrastre mecánico del contraste entre los colores, repetido en
los tres primeros versos de l a copla; S introduce, pues, u n a confusión ("acucar negro
e blanco") ajena a l sentido general d e l pasaje. (Asimismo, en l a copla siguiente.' G
mantiene en los cuatro versos el uso anafórico de "so", grato a l estilo de J u a n R u i z ,
y adecuado a su oposición entre exterior e interior, que S reemplaza en los dos
primeros versos p o r "sobre" y "en"). E n el v. 6g&, "en las coplas pyntadas yaze l a
falssedat", no es seguro el texto n i el sentido. Pienso que p i n t a d o aplicado a versos
o palabras equivale a 'colorado', con referencia a colores retóricos (cf. Berceo,
M i l a g r o s , 51c, 89a, y l a expresión s i n c o l o r 'absurdo' en L o o r e s , 115a, M i l a g r o s , 779a;
C o n d e L u c a n o r , x x v i : "razones coloradas e apuestas"). A u n q u e p o r asociación natu-
ral el adjetivo adquirió el sentido de 'falso' ( P a r t i d a s , V I I , x v i , 1: "palabras m i n -
trosas o encubiertas o coloradas", y l a frase "so color de"), el B u e n a m o r lo toma
siempre en buen sentido (79^, 287b, 407c, 433a, 5016, 1231c), incluso en el v. 12576
"palabrillas pyntadas" comparable a l uso d e l C o n d e L u c a n o r pues el sentido general
del pasaje es de falsedad, mientras el sentido particular d e l adjetivo es 'hermoseado,
apuesto', según garantiza e l h e m i s t i q u i o paralelo "fermosillos afeytes". Idéntica ha de
ser l a acepción en 696, y no l a de 'falseadas, falsificadas' ( L a r e a l i d a d . . . , p. ^gg),
poroue si así fuera el poeta que h a estado oponiendo apariencia v realidad vendría
a decir 'en las coplas falseadas está l a falsedad'. Sospecho, además, que es preferible
también anuí l a lección de G " e n las coplas pvntadas vaze srant fealdat" v n u e este
verso opone hermosura y fealdad como e l anterior opone verdad y m e n t i r a : " D o
covdares nue miente dize mavor verdat" Frente a las citadas coplas 17 ss 64. ÍS V
16*1 que insisten directa v enfáticamente en el valer superior d e l sentido ^ c u b i e r t o
me parece arriesgado documentar el tránsito de lo interior a lo exterior y de l o abs-
tracto a lo concreto como tema, d e l L i b v o con versos cjue expresan u n contraste oca-
sional y perfectamente explicable s i n referencia a tal tema (coplas 1138-1 i3g sobre
el c u m p l i m i e n t o d e l r i t u a l externo va nue sólo Dios ve los corazones- 114.6 sobre la
jurisdicción eclesiástica cuyo interés para el clérigo ilustran también los M i l a g r o s
ss y cûe está ejemplificada con u n p a r de casos particulares, como es de norma
en cualquier enseñanza; coplas 827 y 929 sobre u n astuto cambio de conducta; 1281c
v 1201a sobre e l iniertot P o r este camino se corre el rieseo' de erieir todo contraste
en expresión del presunto tema central.
C f . L a r e a l i d a d . . . , p . 401, y p. 418, n . 47: " N o digo que el Arcipreste sea u n
2 4
amoralista, n i que le sean indiferentes los valores m o r a l e s . . . "

La p r e s e n c i a de las d i s q u i s i c i o n e s d i d á c t i c a s m e n c i o n a d a s más arri-

b a - p a r a n o d e c i r n a d a de las f á b u l a s y a p ó l o g o s - p r u e b a q u e e l t o n o
de la o b r a n o es incompatible con el dogmatismo moralizante; más
aún: disquisiciones, fábulas y apólogos serían artísticamente absurdos
si t o d a l a o b r a n o tuviese fin d i d á c t i c o . Y t a m b i é n lo sería e l e s t i l o , c o n
s u c o n s t a n t e g e n e r a l i z a r c a d a aserto o c a d a l a n c e concreto, c o n l a p r o -
f u s i ó n de refranes y m á x i m a s , c o n l a c o m p l a c e n c i a e n l a v a r i a c i ó n retó-
rica, en las autoridades y ejemplos y en las aventuras de planteo y
desenlace semejantes. C a s t r o sólo e x p l i c a los dos últimos rasgos: "las
m e n c i o n e s de sus fuentes - d i c e e n l a p . 3 8 4 - n o s o n rasgo anecdótico
y abstractamente m e d i o e v a l ; s o n m a n i f e s t a c i o n e s de su m a n e r a de ver
a l h o m b r e " . P e r o n o todos los autores m e d i e v a l e s son amigos de enris-
t r a r a u t o r i d a d e s de m o d o anecdótico y abstracto, n o ciertamente don
J u a n M a n u e l ; y c u a n d o B e r c e o e n u n c i a las p a l a b r a s d e S a n P e d r o c o m o
p r e m i s a para l a alegorización d e l P r a d o milagroso ( M i l a g r o s , copla 17),
c l a r o está q u e m a n i f i e s t a c o n ellas su m a n e r a de v e r a l h o m b r e . L a repe-
t i c i ó n d e aventuras semejantes, j u n t o con l a enumeración v e r b a l 2 5
y la
r e f e r e n c i a a pasajes a n t e r i o r e s d e l L i b r o , c o n s t i t u y e n p a r a C a s t r o otras
2 5
L a r e a l i d a d . . . , p p . 439-440, explica como reflejo de l a "apetencia de posibles
realidades" el hábito mental árabe que, en lugar de fijar conceptualmente u n ser o
u n objeto, lo desgrana en u n a enumeración de aspectos, y da como ejemplos el elogio
y l a definición del amigo en 29 o 48 rasgos respectivamente, en el C o l l a r d e la p a l o -
m a , y l a letanía de los nombres de l a alcahueta e n el B u e n a m o r , 924 ss. M u y acertada
es s i n d u d a esta explicación psicológica, pero t a l hábito m e n t a l n o es privativo d e l
pensamiento árabe n i del de J u a n R u i z . Compárense los retratos del emperador Nicé-
foro y d e l emperador Otón en l a L e g a t i o , caps. 3 y 40, de L i u d p r a n d o de C r e m o n a
(siglo x ; cf. también i b i d . , caps. 54, 58, 63 y 64), l a descripción del Arzobispo de
T o l e d o e n l a G a r c i n e i d a de García de T o l e d o ( N R F H , 7, 1953, 249-250) y las dadas
como modelos en e l A r s v e r s i f i c a t o r i a de M a t e o de Vendóme (E. FARAL, L e s a r t s
poétiques d u x i i e t d u xiii» siécle, Paris, 1924, p p . 121 s s . ) . N o puede disociarse
e
la letanía de los nombres de l a alcahueta de otras enumeraciones del L i b r o , tales

como l a de los contingentes de d o n C a r n a l y de doña Cuaresma, l a de los pájaros e
instrumentos en l a entrada de d o n A m o r , l a de los pájaros y objetos pequeños en e l
elogio de las dueñas chicas, y estas enumeraciones son también m u y frecuentes
en l a poesía medieval (cf. LECOY, p p . 254 ss., que demuestra cómo J u a n R u i z es más
sobrio que varios poetas latinos y franceses). A propósito de otros dos casos de
L i u d p r a n d o ( A n t a p o d o s i s , V , 32, L e g a t i o , cap. 10), E . AUERBACH, L i t e r a t u r s p r a c h e u n d
P u b l i k u m i n d e r l a t e i n i s c h e n S p a t a n t i k e u n d i m M i t t e l a l t e r , B e r n , 1958, p. 115,
se satisface con señalar que l a mayor parte de los epítetos empleados derivan de u n
tardío epigrama l a t i n o a P a n , según había i n d i c a d o ya E . BAEHRENS, P o e t a e l a t i n i
m i n o r e s , L e i p z i g , 1881, t. 3, p. 170, y no presta atención a l curioso sintagma. M e
pregunto si e l refractar personas y cosas en gran número de términos antes que fijar
su esencia en conceptos únicos, no tendrá más p e c u l i a r i d a d que l a de no sernos
f a m i l i a r p o r no pertenecer a l a tradición racionalista de l a literatura grecorromana
(con alguna excepción humorística - B a t r a c o m i o m a q u i a , 294 ss.; Aristófanes, L a s
mujeres e n l a Asamblea, 1169 ss.; P l a u t o , A u l u l a r i a , 505 ss.—, o devota — H i m n o
homérico a P a n , vs. 2 y 37, y sobre todo H i m n o homérico a A r e s , H i m n o órfico a
A p o l o , de los que deriva el mencionado epigrama o mejor dicho fragmento latino—
que confirma l a regla) D e i g u a l m o d o creo que varios rasgos distintivos del arte
hispánico de los tiempos modernos tienen su raíz en l a independencia de la norma
grecorromana, avasalladora en las otras culturas de E u r o p a . Casos de hombres de letras
ajenos a l ámbito árabe que, poco duchos e n l a definición conceptual, prefieren des-
integrar u n objeto en sus aspectos concretos son H e r r e r a (como se lo enrostró malig-
namente el Prete Jacopín; cf. W . C. ATKINSON, " O n Aristotle a n d the concept of
lyric poetry i n early Spanish criticism", E M P , 6, 206) y Faria e Sousa (cf. E . GLASER,
Estudios hispano-portugueses, Valencia,' 1957, p.' 10).
expresiones de l a a l t e r n a n c i a , tránsito o d e s l i z a m i e n t o q u e es su t e m a
c e n t r a l (pp. 398, 406, 439). C a b e observar q u e l a repetición de algo
d i c h o a n t e r i o r m e n t e o c u r r e e n b u e n n ú m e r o de obras q u e n o t i e n e n
e n c o m ú n c o n e l B u e n a m o r más q u e el estar destinadas a l a recitación
antes q u e a l a l e c t u r a : l a épica p o p u l a r , homérica o m e d i e v a l (el r o m a n -
cero i n c l u s i v e ) , c o n sus epítetos fijos, c o n sus versos f o r m u l a r e s y sus
repeticiones literales d e l discurso d i r e c t o , es el e j e m p l o o b v i o . P e r o m u -
c h o más cerca d e l uso de J u a n R u i z , 9376, 938a, 1317« ("ya vos d i x e " ,
"otrosí vos d i x e " , " l a m i v i e j a s a b i d a " , caso de q u e " s a b i d a " n o tenga
a q u í sentido deponente) está l a poesía de los clérigos, a s i m i s m o d i v u l -
g a d a m e d i a n t e recitación, q u e se vale de idénticos b o r d o n c i l l o s : " e l
p r a d o que vos d i g o " , " l o q u e d i c h o avernos", " t o r n e m o s ennas flores
q u e c o m p o n e n e l p r a d o " , "desuso l o dissiemos", "las devant dichas flo-
res" ( M i l a g r o s , 11a, 1 6 a , 3 1 a , 43a, 446, etc.), los cuales saben m u y deci-
d i d a m e n t e a l a referencia didáctica d e l o r a d o r , el p r e d i c a d o r o e l maes-
tro. E l concepto de a l t e r n a n c i a n o es a p l i c a b l e a las aventuras amorosas
del B u e n a m o r : e l p r o t a g o n i s t a n a r r a d o r n u n c a se m u e s t r a " a l t e r n a t i -
vamente atraído y r e p e l i d o p o r l a persona a m a d a e n c a r n a d a e n sucesi-
vas y m u y variadas figuras" ( L a r e a l i d a d . . . , p . 406), según sucede c o n
frecuencia e n el C o l l a r d e l a p a l o m a , pues las serranas, únicas de q u i e n
el p o e t a h a b l a c o n despego, n o son precisamente " a m a d a s " : ellas son
las n u e i m p o n e n su a m o r a l d e s v a l i d o viajero c o n inversión de p a p e l q u e
es u n recurso jocoso i n m e m o r i a l . T a m p o c o es seguro q u e d o n A m o r
2 6
sea. a l t e r n a t i v a m e n t e a d m i t i d o y rechazado en una. m i s m a c i u d a d ( L a

r e a l i d a d . . . , p . 398), pues " l a v i l l a de C a s t r o " cjue le recibe m u y b i e n
(copla, 1^11^ y pertenece s i n d u d a a C a s t i l l a l a N u e v a , n o tiene p o r qué
ser Castro U r d í a l e s , p u e r t o d e V i z c a y a d o n d e d o ñ a C u a r e s m a fecha su
carta (copla 1073) y sobre cuya reacción a d o n A m o r e l p o e t a n a d a
dice . 2 7
L a repetición de las aventuras sería t a m b i é n expresión de l a transi-

ción y d e s l i z a m i e n t o - t e m a d e l L i b r o y clave d e su e s t r u c t u r a - , e n
c o n e x i ó n í n t i m a c o n l a a c t i v i d a d , e l m o v i m i e n t o , q u e l o enlaza c o n l a
n o v e l a picaresca ( L a r e a l i d a d . . . , p . 430). E l enlace se i m p o n e , e n efecto,
a todo lector de J u a n R u i z y h a sido señalado varias veces. A h o r a b i e n :
l a reflexión m o r a l es u n e l e m e n t o presente e n t o d a n o v e l a picaresca, en
f o r m a ( " -sional, más b i e n satírica q u e docente y h á b i l m e n t e f u n d i d a
con e l r e w t o e n e l L a z a r i l l o , e n f o r m a esencial y s i n integrarse c o n el
r e l a t o en l a o b r a más r e p r e s e n t a t i v a d e l género, esa A t a l a y a d e l a v i d a
2 6
E l planteo jocoso de estas cantigas, concomitante de la condición villanesca de
las heroínas, explica l a diferencia de procedimiento observada en L a r e a l i d a d . . . ,
p. 392, diferencia que también recomienda sin ascos el Capellán Andrés, I, x i , y que
persiste hasta en las refinadas serranillas de Santillana, rv y i x .
2 7
S i n reparar en e l i t i n e r a r i o de d o n A m o r - S e v i l l a y toda Andalucía (1304),
T o l e d o (1305 s s . ) , Castro (1311), H i t a , la ciudad del Arcipreste, donde hace su
entrada solemne y levanta su tienda (1225 s s . ) , y Alcalá, adonde desea encaminarse
( i c ) _ CEJADOR en su ed. y H . B . RICHARDSON, A n e t y m o l o g i c a l v o c a b u l a r y t o t h e
3 1 2
" L i b r o d e b u e n a m o r " of J u a n R u i z , a r c i p r e s t e d e H i t a , N e w H a v e n , 1930, s. v .

"Castro", identifican las dos Castros, Cejador fantaseando a sus anchas, y R i c h a r d s o n
sin dar razones. Más sensato es esta vez AGUADO, G l o s a r i o . . . , que las separa y dice
sobre " l a v i l l a de Castro": " n . de tantísimos pueblos de la región castellana, por lo
que no podemos saber a cuál de tantos Castros fue don A m o r a tener l a cuaresma".
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O D E B U E N A M O R "
h u m a n a que "enseña p o r su c o n t r a r i o / l a f o r m a de b i e n v i v i r " . A d e -2 8
más, e l L i b r o c o i n c i d e c o n l a n o v e l a picaresca e n e l fracaso r e i t e r a d o

de las aventuras, lógico e n u n a o b r a de i n t e n c i ó n edificante, y p a r a e l
q u e n o h a l l o explicación e n los escritos de Castro. P o r q u e si l a reite-
ración de las aventuras reflejase s i n s o m b r a didáctica l a p e r p e t u a alter-
n a n c i a y c a m b i o , ¿no se esperaría q u e el r e l a t o autobiográfico entreve-
rase derrotas y triunfos?
3 ) A l a explicación d e l h u m o r i s m o d e l B u e n a m o r c o m o r e s u l t a d o
de t r a n s p o n e r modos de pensar árabes a l a m b i e n t e c r i s t i a n o se o p o n e
el tratado d e l C a p e l l á n A n d r é s , d o n d e esa transposición se llevó a cabo
en t o n o cortés y m o r a l , y e n estilo d i s c u r s i v o y adusto. V a r i a s formas
d e h u m o r i s m o predilectas de J u a n R u i z , c o m o l a ironía, l a p a r a d o j a
y l a p a r o d i a , p r e s u p o n e n m u y firmes valoraciones, y n o r e c i p r o c i d a d de
valores. C u a n d o d o n A m o r c u e n t a q u e t o d a A n d a l u c í a se le h u m i l l a
(1304), q u e las damas y religiosas de T o l e d o h a n sido crueles c o n él
(1306-1307), p e r o q u e " l a v i l l a de C a s t r o " l e h a s i d o h o s p i t a l a r i a , l a
d i v e r s a acogida n o está p r e s e n t a d a c o m o u n acontecer ( L a r e a l i d a d . . .,
p. 397), sino e n j u i c i a d a m o r a l m e n t e , pues e l h e c h o de ser d o n A m o r
el q u e h a b l a antepone signo n e g a t i v o a todas sus declaraciones: b i e n
c l a r o q u e d a b a q u e e l p o e t a t r a t a b a de casquivanos a andaluces y castren-
ses, y e x a l t a b a l a v i r t u d de las toledanas; e l j u e g o irónico es a q u í e l
m i s m o q u e e n l a C á n t i c a de los clérigos d e T a l a v e r a y e n su o r i g i n a l ,
d o n d e e l e l o g i o de las m e d i d a s d i s c i p l i n a r i a s d e l P a p a e m a n a de las
p a l a b r a s hostiles de los clérigos amancebados. S i e l A r c i p r e s t e se figura
a T r o t a c o n v e n t o s en paraíso, entre dos mártires —ya q u e e n v i d a sufrió
m a r t i r i o p o r terciar entre dos a m a n t e s — , está i m p l í c i t o el j u i c i o b u r l ó n
29
sobre l a v i e j a pecadora, q u e h a p a d e c i d o tanto afán e n servicio d e l l o c o

a m o r , j u i c i o c o m p a r a b l e a l q u e a n i m a T h e l e g e n d e of g o o d W 0 1 7 1 6 H de
C h a u c e r c o n sus irónicos ínripits y éxplicits. E l resorte de l a p a r a d o j a
en e l e l o g i o de las dueñas chicas consiste e n q u e e l p o e t a hace g a l a de
l a contraposición entre l o p e q u e ñ o e n t a m a ñ o y l o g r a n d e e n v a l o r ,
de i g u a l m o d o q u e l a caracterización d e l a m o r (coplas 156 s s . ) y d e l
d i n e r o (400 ss ) c o m o operadores de c o n t r a r i o s p r e s u p o n e e l d i s t i n e o
e n t r e dichos contrarios. T a m p o c o l a p a r o d i a i m p l i c a d u a l i s m o o n i h i l i s ¬
m o valora.tivo i e l m u y o r t o d o x o B e r c e o a l r o m a n z a r l a v i d a de San E m i -
l i a n o escrita p o r S a n B r a u l i o (ed. L . V á z a u e z d e P a r e a M a r i 104*
p. x v i i i ) , i n t r o d u j o u n a d e l i c i o s a p a r o d i a de c o n c i l i o celebrado p o r los
d i a b l o s ( V i d a d e S a n Millán, 203 s s . ) . E n las religiones d e l l i b r o , l a
taracea de textos sagrados y l a p a r o d i a litúrgica b r o t a c o m o n a t u r a l
distensión e n el respectivo c í r c u l o d e letrados, s i n i n s i n u a r n i p o r asomo
2 8
E l reciente estudio de C. BLANCO AGUINAGA, "Cervantes y l a picaresca. Notas
sobre dos tipos de realismo", N R F H , 11 (1957), 313 ss., observa que el G u z m d n d e
A l f a r a c h e se vale de la forma autobiográfica para presentar a p r i o r i la v i d a , narrada
como ejemplo de desengaño, y que estructura sus episodios como particularizaciones
concretas de u n concepto m o r a l q u e les sirve de p u n t o de p a r t i d a , lo cual cuadra
notablemente a l L i b r o d e b u e n a m o r y a l a mayoría de sus episodios (por ejemplo,
coplas 76 ss., 111 ss., 166 ss., 950 ss., 1316 s s . ) .
29
¡ Así entiendo el v. 1570c, defectuoso en S ("sienpre en este m u n d o fuste por
dos maridada") y en T ("sienpre enel m u n d o p o r dios martyriada"), pero fácil de
enmendar conforme al metro y a l sentida: "sienpre enel m u n d o fuste p o r dos
martyriada".
i n d i f e r e n c i a o m e n o s p r e c i o sobre e l v a l o r d e l l i b r o o d e l r i t u a l paro-
d i a d o , pues l a esencia d e l j u e g o e s t r i b a e n a p l i c a r las f a m i l i a r e s y vene-
radas frases en contextos cómicamente alejados . 30
Juan Ruiz presenta
dos muestras de este j u e g o (374 ss. y 1236 ss.), l a p r i m e r a m u c h o m á s
l a r g a y a r t i f i c i o s a , y a q u e a c o m o d a los textos litúrgicos c o r r e s p o n d i e n t e s
a los d i s t i n t o s oficios d e l d í a a todas las andanzas diarias del clérigo
e n a m o r a d o . E n p r i n c i p i o , n o veo d i f e r e n c i a f u n d a m e n t a l e n t r e este a r t i -
ficio y, p o r e j e m p l o , el de l a Garcineida (fines d e l siglo x i ) , a r m a d a c o m o
r e l a t o de l a p r e s e n t a c i ó n de las r e l i q u i a s de u n o s m á r t i r e s a l P a p a , y
amenizada con profusa parodia escrituraria y litúrgica. Exactamente
c o m o en e l L i b r o , 374 ss., e n l a Garcineida la p a r o d i a constituye un
marco flexible que sostiene la acción de los personajes, y resulta así
m u c h o más a d e c u a d a p a r a e x p r e s a r u n a i n t e n c i ó n o r i g i n a l q u e l a p a r o -
d i a sistemática de u n s o l o t e x t o d a d o , c o m o el Evangelio según Marcos
de Plata ( C A S T R O , p p . 404-405, n o t a 3 3 ) . 3 1
S e g ú n e l m e n c i o n a d o e s t u d i o de W . K e l l e r m a n n , o p u e s t o a l a i n t e r -
p r e t a c i ó n d i d á c t i c a d e l Buen amor, h a y e n J u a n R u i z u n a escisión e n t r e
l o ético-religioso y l o e r ó t i c o - m u n d a n o , l a c u a l se refleja - q u i z á i n c o n s -
cientemente (p. 2 5 3 ) - e n e l p r e d o m i n i o d e l debate ( p p . 227, 239, 242).
El dualismo, d e l que no cabe desentenderse so p r e t e x t o de ser rasgo
g e n e r a l d e l a é p o c a , es i n h e r e n t e a l L i b r o , q u e n o a d m i t e , pues, e x p l i c a -
ción unitaria (p. 242). E n a p o y o de esta tesis, Kellermann trata de
3 0
Véase O. H . G R E E N , " O n J u a n R u i z ' s parody o£ the canonical hours", H R , 26
(1958), 13 ss.; R . JAKOBSON, " M e d i e v a l mock mystery", SLS, p p . 245 ss., 257 ss.;
I. DAVIDSON, P a r o d y i n J e w i s h l i t e r a t u r e , N e w Y o r k , 1907, cuyo cap. 1 contiene buena
información sobre e l c u l t i v o de l a p a r o d i a entre los poetas hispanohebreos, como
Yosef i b n Sabarra y al-Harisí. L a aplicación de frases bíblicas a asuntos escabrosos
es bastante frecuente en l a l i t e r a t u r a l a t i n a medieval: testigo l a C o n s u l t a t i o s a c e r d o -
t u m , para n o salir d e l ámbito de J u a n R u i z . U n ejemplo notable en romance es el
de F l a m e n c a , 2300 ss.: G u i l l e m de Nevers, modelo de gentil caballero, aplica a su
amor adúltero e l salmo D i l e x i q u o n i a m , y entra en comunicación con su amada
oficiando en misa, q u e se describe con u n a m i n u c i a que, como las coplas 374 ss. del
B u e n a m o r , d e n u n c i a n inequívocamente a l poeta clérigo. E l predicador de V i e n a
A b r a h a m a Sancta C l a r a (1644-1709), que justifica m u y a sabiendas e l empleo edi-
ficante de fábulas e historietas chocarreras, también recurre a l a p a r o d i a r i t u a l del
padrenuestro, d e l avemaria, de l a letanía, etc. (cf. T . G . VON K A R A J A N , A b r a h a m
a S a n c t a C l a r a , W i e n , 1867', p p . 234, 241-242); véase a p u d G . HIGHET, T h e c l a s s i c a l
t r a d i t i o n , N e w Y o r k , 1949, p. 649, l a parodia en antífona d e l Salmo C X , para fus-
tigar a los tahúres, curiosamente semejante a l a de J u a n R u i z , coplas 374 ss.: " D i x i t
D o m i n u s D o m i n o meo — heut gehen w i r z u m H e r r n L e o , / Sede a dextris meis —
heut werde i c h gewinnen, das ist gewiss", etc.
s l
P o r otra parte, es b i e n sabido que el carácter paródico de las cánticas de
serrana en el L i b r o d e b u e n a m o r n o es innovación d e l Arcipreste: para fealdad
caricaturesca y manjares rústicos, compárense dos composiciones provenzales anóni-
mas, " L a l t r i e r c u i d a i aber d r u d a . . . " , en L . GAUCHAT, " L e s poésies provençales
conservées p a r des chansonniers français", R o , 22 (1893), 401-402, y " M e n t r e p a r u n a
T i b i e r a . . . " , en J . AUDIAU, L a p a s t o u r e l l e d a n s l a poésie o c c i t a n e d u moyen-âge, Paris,
1923, p p . 128 ss.; p a r a l a agresividad erótica de l a moza y e l encogimiento del poeta,
la pastorela l a t i n a " E x i i t d i l u c u l o . . . ", en C a r m i n a B u r a n a , ed. J . A . Schmeller,
Breslau, 1894, n u m 63, p. 155, y l a francesa " L a u t r e j o u r en u n j a r d i n . . . " , en
K . BARTSCH, R o m a n c e s e t p a s t o u r e l l e s françaises des xii° e t x i i i ' siècles, L e i p z i g , 1870,
t. 2, n u m . 75, p p . 200 ss. L a nota m u y o r i g i n a l del Arcipreste estriba en haber esco-
gido exclusivamente l a forma paródica de l a pastorela para desprestigiar p o r el
ridículo sus amoríos serranos.
d e m o s t r a r m e d i a n t e los argumentos siguientes q u e e l pecado., a l t e r n a t i v a -

m e n t e saboreado y condenado, es l a clave d e l a r e l i g i o s i d a d d e l poeta y
el t e m a central d e l L i b r o (p. 242): 1 ) E n e l P l a n t o de T r o t a c o n v e n t o s
la m u e r t e n o está c o n c e b i d a a l m o d o estoico, c o m o superación d e l sufri-
m i e n t o e n l a t i e r r a n i , excepto de pasada, c o m o p u e r t a de salvación, s i n o
asociada a l pecado, c o n f o r m e a S a n P a b l o , R o m . , 5:12, I C o r . , 15:2
(p. 241). 2) A p a r t e c u a t r o excepciones, e l r e l a t o de las aventuras consta
de u n a afirmación naturalística sobre el h o m b r e , o t r a religiosa sobre
D i o s o e l pecado, y u n elemento q u e enlaza e l destino d e l n a r r a d o r c o n
una u o t r a : e l pecado es el p u n t o de intersección y el concepto c e n t r a l
del L i b r o (p. 242). 3) E l uso d e p e c a d o , a d i f e r e n c i a d e l de b u e n a m o r ,
es s i e m p r e inequívoco; p a r a J u a n R u i z , p e c a d o r q u i e r e decir sencilla-
m e n t e ' h o m b r e ' (pp. 242-243, 249). 4) E n las poesías devotas, e l p o e t a
i m p l o r a l a intercesión de l a V i r g e n y se acusa d e sus pecados; en los
cantares p a r a ciegos m u e s t r a su regla p o s i t i v a de c o n d u c t a (p. 244).
5) B a j o e l i n f l u j o de España e n s u h i s t o r i a , K e l l e r m a n n a f i r m a que J u a n
R u i z a p r e n d e su fenomenología d e l a m o r e n e l tratado de I b n H a z m
(p. 249), y que l a a r t i c u l a c o n su p e n s a m i e n t o c r i s t i a n o m e d i a n t e l a
ironía, t o t a l en su o b r a salvo e n l o q u e toca a su c o n c i e n c i a de pecado,
ú n i c o p u e n t e q u e m a n t i e n e c o n su religión (p. 253).
/) C a s i parece chiste, d a d o e l t e m p e r a m e n t o y las c o n d i c i o n e s c u l t u -
rales d e l poeta, a n u n c i a r q u e su reacción ante l a m u e r t e n o es estoica.
J u a n R u i z a p u n t a más o menos b r e v e m e n t e los enfoques medievales de
la m u e r t e (1521: m u e r t e i g u a l a d o r a ; 15546: m u e r t e destructora de p r o -
ceres y señoríos; 1530-1534: m u e r t e c o m o acicate p a r a l a v i d a v i r t u o s a ) ,
p e r o l o m u y s i n g u l a r d e l P l a n t o es l a e n t e r a f a l t a de resignación, e l
h o r r o r v i v í s i m o a l a m u e r t e y, lógicamente, e l j ú b i l o p o r l a v i c t o r i a
de Jesús sobre e l l a , es decir, u n a a c t i t u d m u y i n g e n u a , s i n s u b l i m a -
3 2
8 2
P o r supuesto, J u a n R u i z no inventa esta actitud. Se encuentra en l a Epístola
E X , 2-3, de San Jerónimo a H e l i o d o r o , subtitulada E p i t a p h i u m N e p o t i a n i donde,
para consolar a l corresponsal de l a pérdida de su sobrino, el Santo apostrofa a l a
muerte amplificando con toda su vehemente retórica el versículo 13:17 de Oseas: " O
m o r s . . . U l e , i l l e te uicit, i l l e te i u g u l a u i t . . . Q u i per Osee q u o n d a m t i b i rigidus
m i n a b a t u r : «Ero mors tua, o mors; ero morsus tuus, inferné». I l l i u s morte tu mortua
es. D u m q u e assumti corporis sollicitaris illecebra et auidis faucibus praedam putas,
i n t e r i o r a tua adunco dente confossa sunt. Gratias t i b i , Christe Saluator, tua agimus
creatura, q u o d tam potentem aduersarium nostrum d u m occideris, occidisti": cf. L i b r o
d e b u e n a m o r , 1556-1559. A continuación, San Jerónimo cuenta que Jesús sacó del
infierno a los patriarcas (cf. L i b r o , 1560-1563), y más adelante consuela a H e l i o d o r o
pintándole a Nepociano en el Paraíso: "Scimus q u i d e m N e p o t i a n u m nostrum esse
cum C h r i s t o et sanctorum m i x t u m choris" (cf. L i b r o , ítfoab). C o m o ecos de la
elocuente epístola, baste citar para l a E d a d M e d i a la elegía de T e o d u l f o , C o n s o l a t i o
d e o b i t u c u i u s d a m f r a t r i s (ed. E . B U E M M L E R , P o e t a e l a t i n i a e v i c a r o l i n i , B e r l i n , 1881,
t. 1, núm. 21), que en su p l a n sigue l a de Venancio F o r t u n a t o A d C h i l p e r i c u m
r e g e m e t F r e d e g u n d e m r e g i n a m , pero al llegar a la muerte de Jesús (vs. 77 s s . ) se
inspira en las citadas líneas de San Jerónimo. Y para l a E d a d M o d e r n a , el A u t o
d e l o s c a n t a r e s , donde L o p e dice en su versión a l o d i v i n o de las coplas del Caba-
llero de O l m e d o : " L a muerte cobarde / mató, aunque ella ha muerto, / al Caballe-
ro, / a l a gala de María, / la flor d e l cielo". D e n t r o del Planto, el apego de J u a n
R u i z a l a v i d a se refleja tanto en el p r e d o m i n i o del doloroso catálogo de los males
infligidos p o r la muerte como en elegir este pasaje de San Jerónimo entre las i n n u -
merables consideraciones sobre l a muerte que le ofrecía l a literatura devota. E . AUER¬
BACH, L i t e r a t u r s p r a c h e . . . , p. 103, atribuye a San P a b l o l a identificación [sic] de
muerte y pecado y, con l a escasa percepción de la o r i g i n a l i d a d de J u a n R u i z
ción m o r a l , q u e es l a o t r a c a r a de apego d e l p o e t a a l a v i d a . D e a h i
q u e l a o d i a d a M u e r t e aparezca e n e l p a p e l d e l d i a b l o , llevándose e l
a l m a d e l p e c a d o r (15246; cf. 1 5 4 i d ) , y n o sólo r e s i d i e n d o e n e l i n f i e r n o ,
según e l A p o c a l i p s i s , 20:14 (1552a, 1560, 1562 s s . ) , s i n o e n c a r g a d a de
sus castigos (1561a, 15626, 1565). D e a h í t a m b i é n q u e J u a n R u i z se
aparte d e l Génesis y de S a n P a b l o , pues e n l u g a r de d a r l a p r i o r i d a d
a l pecado y ver e n l a M u e r t e su consecuencia, o l v i d a p o r c o m p l e t o a
a q u é l y erige a ésta e n causa ú n i c a d e l a creación d e l i n f i e r n o y caída
de los ángeles (1553-1555): n o p u e d e pedirse p r u e b a más c o n t u n d e n t e de
q u e e n el B u e n a m o r e l v i t a l h o r r o r a l a M u e r t e p r e d o m i n a c o n m u c h o
sobre l a c o n c i e n c i a de pecado, 2 ) S i p a r a a d m i t i r el esquema p r o p u e s t o ,
h a y q u e p r e s c i n d i r de c u a t r o —y más a d e c i r v e r d a d — de las catorce
a v e n t u r a s amorosas d e l L i b r o , entre ellas l a de l a m o r a q u e , según e l
p r o p i o K e l l e r m a n n (p. 240), ofrece l a n o r m a m o r a l p o s i t i v a d e l p o e t a ,
¿no será l o discreto p r e s c i n d i r d e l esquema? A d e m á s , si de a c u e r d o c o n
e l escûenia. los elementos de cada a v e n t u r a son tres, s i e n d o e l pecado
p a r t e n o constante de u n o de ellos, c u a l q u i e r a de los otros elementos
p o d r í a con más razón a s p i r a r a l t í t u l o de " c o n c e p t o c e n t r a l " d e l L i b r o .
3 ) L a p r e m i s a tácita de que d e n t r o de u n l i b r o l a u n i v o c i d a d de u n
c o n c e p t o corre parejas c o n su i m p o r t a n c i a es t a n a r b i t r a r i a o u e n o mere¬
ce discusión. P o r o t r a parte, p e c a d o y b u e n a m o r n o son más inequí¬
vocos o equívocos e n e l L i b r o q u e e n e l castellano g e n e r a l de l a época.
C o m o e n éste • b e c a d o aparte e l s e n t i d o de 'pecado o r i g i n a l ' ( d e n u e e l
p o e t a prescinde, c o m o q u e d a d i c h o ) , está e m p l e a d o e n e l s e n t i d o de
V i c i o ' y de 'acto de c o m e t e r l o ' , las más veces desde e l p u n t o de vista
m o r a l (Próloeo A K 6- copla.s \*i9.b 2.\*ici 218a a i 8 c i s o l ò
i o 6 d , o 6 a i 6 o i f l i668e i í i 8 e
K K v otras desde e l c a n ó n i c o
( n a n a M ^ d i i f i a f t V a l m m á v e / c o m o i n t e r a c c i ó n fa¿«fe ,104a , 6 8 o ^ -
o t r a , en e l s e n t i d o m u y g e n e r a l de ' f a l t a " t a c h a ' (15c)- otras p'ersonifi
c a d ó c o m o e n u i v a l e n t e de ' d i a b l o ' Í2Qic 1618&
r f f e m e n i n o òecada ? A 8 b v d e r i v a d o lecádezno ^ a b )
Sem',n Kellermann /n V L % m n p ñ l é n a c e n t u a r la a m h i m i e d a d dé
Tu en amor esta evnrésión deZnTei L n r ^ a en el Prólo/o en
de « I v n «Zhv'lr^r se t r a t á del títuín Hel T i h r n \ ^ A 3ea \mn
m e n o s S o s o al a m o r r o f a n o ^ t e n S d J como a m o r c o r t é s ^ 5 5
p 5 «
patente, por desgracia, en todas las páginas que le dedica, descubre en el P l a n t o ,

1544-1564, la supuesta identificación p a u l i n a gracias al sencillo expediente de agregar
entre paréntesis a l v. 1553& la mención de pecado que en el texto original b r i l l a por
su ausencia; cf.. B u e n a m o r , 1553 ss.: " M u e r t e , por t i es fecho el lugar jnfernal, / ca
beuiendo orne sienpre e [sic; ms. T : en el] m u n d o terrenal, / n o n aurien de t i
miedo n i n de t u m a l hostal", y l a paráfrasis de estos versos en L i t e r a t u r s p r a c h e . . .,
p. 246: " l a muerte pertenece a l infierno, que fue creado para [sic] ella; si los hom-
bres viviesen eternamente (sin pecado), n o la temerían". P o r las citadas coplas
15246 y 1555, se echa de ver que J u a n R u i z concibe a l a M u e r t e como el m a l
máximo, intercambiable con cualquiera de los enemigos del hombre, sea el pecado o
el diablo. N o hay aquí u n a posición teológica reflexiva, sino u n a reacción ingenua
igual a la que en español antiguo llevó a la equiparación de "pecado" y " d i a b l o " .
N R F H , XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O D E B U E N A M O R " 39
d e c i r , suscitador de v a l o r e s m o r a l e s , e l honeste amare del Capellán A n -

drés, d e s p r e c i a b l e e n r e l a c i ó n c o n D i o s , c o m o t o d o l o m u n d a n o , p e r o n o
m a l o e n sí, n o p o r l o m e n o s p a r a t o d o m o r a l i s t a , c o m o l o es s i n ate-
n u a n t e s e l loco amor™. E l u s o de pecador casi c o m o s i n ó n i m o de h o m -
bre y l a concepción de pecar c o m o a c t i v i d a d inherente a l a condición
h u m a n a ( P r ó l o g o , p . 4: " A n t e v i e n e e l [pecar] de l a f r a q u e z a de l a n a t u r a
h u m a n a q u e es e n e l orne, q u e se n o n p u e d e escapar de p e c a d o " ; p . 5:
"E v i e n e otrosí esto p o r r r a z o n q u e l a n a t u r a v m a n a q u e mas a p a r e j a d a
e i n c l i n a d a es a l m a l q u e a l b i e n e a p e c a d o q u e a b i e n " ; p . 6: " p o r q u e
es v m a n a l cosa e l p e c a r " ; 4 3 a : " P o r nos otros p e c a d o r e s . . . r u e g a l " ; 76a:
"E y o , c o m o ssoy orne c o m o o t r o p e c a d o r " ; 1538a: " D e s q u e sal e l a l m a
al rrico pecador"), no pueden entenderse como expresión estilística
p e r s o n a l d e J u a n R u i z , p u e s p e r t e n e c e n a l a l e n g u a española general,
i n s p i r a d a p o r l a teología c r i s t i a n a . 4 ) S i e n d o e l p a p e l de
3 4
la V i r g e n
38
B u e n a m o r 'amor d i v i n o ' : en Prólogo, p p . 3 y 4: " e l buen amor de Dios e
sus mandamientos", " e l buen amor que es e l de Dios"; i¡cd: "«Libro de buen amor»
aqueste, / que los cuerpos alegre e a las almas preste" (cf. MARGHERITA MORREALE,
V e r s i o n e s españolas d e " a n i m u s " y " a n i m a " , G r a n a d a , 1957, p. 23); 6 6 c d , donde e l
poeta defiende e l B u e n a m o r (su libro) como ajeno a locura y fundado en razón;
1507c: " q u i e n buen amor pecha", es decir, 'todo subdito d e l amor divino', como lo
ha sido e l Arcipreste en v i d a de doña Garoza, que le hizo tanto bien " c o n Dios en
l y n p i o a m o r " (1503c). B u e n a m o r 'amor cortés', en 4436: "muestral b u e n amor", es
decir, 'amistad, cortesía'; 9326, donde Trotaconventos reclama para sí el nombre
eufemístico de " b u e n a m o r " : cf. uso eufemístico semejante en su epitafio, 15786;
14526, donde Trotaconventos recomienda a l " b u e n a m i g o " y su " b u e n a m o r " y pide
para él u n a muestra de cortesía; 1630a: "Pues es de «(Buen amor» emprestadlo de
grado", en asociación con g r a d o , glosada en el resto de l a copla para destacar el
matiz de benevolencia desinteresada p r o p i o de b u e n a m o r . R . MENÉNDEZ PIDAL,
" T í t u l o que e l Arcipreste de H i t a d i o a l l i b r o de sus poesías" (Poesía árabe y poesía
e u r o p e a , p. 111), ha aducido el P o e m a d e Fernán González, 641, para ilustrar l a
acepción de b u e n a m o r como pasión m u n d a n a , pero generosa y "capaz de inspirar
nobles acciones". Los versos i 8 d , 68a y 93306 e x p l i c a n 6wen a m o r en conexión con e l
título d e l poema; los dos primeros sugieren su valor, dándolo como el contenido
precioso de u n exterior h u m i l d e o frivolo; los últimos aluden a l nombre eufemístico
de l a medianera, pero agregan "e p o r dezir razón", en consonancia con las repetidas
explicaciones del título; los tres pasajes reúnen s i n d u d a ambos grados d e l b u e n
a m o r e l d i v i n o y e l h u m a n o K e l l e r m a n n (p 225) prefiere el título L i b r o d e l A r c i -
p r e s t e , dado p o r los lectores, a l título L i b r o d e b u e n a m o r dado p o r e l poeta; e l
rechazo i m p l i c a petición de p r i n c i p i o va que n o se trata de u n capricho de escriba
n i de u n a conjetura de editor, sino de u n título reiterado y aclarado p o r el autor
con singular insistencia, precisamente p o r q u e con él designa l a finalidad de su obra..
CAPECCHI "II L i b r o " I \ A A - \ A K I I 6¿i prefiere el título nronuesto Dor F Tañer
L i b r o dé c a n t a r e s , apoyándose en e l ' v 12c ("que pueda de cantares v n libreté
r i m a r " ) : nótese que l a sintaxis y e l d i m i n u t i v o p r u e b a n cjue en este verso J u a n
R u i z n o anuncia formalmente e l título o tema de su obra, como lo hace en los
repetidos pasajes en aue l o l l a m a B u e n a m o r (ízc i 8 d 66a* 68a i6aoa) v a u e Dor
supuesto Capecchi no toma en cuenta o en el V a s a i e ' crucial áâb a u e descarta
bonitamente so pretexto de a u e b u e n a m o r n o es más a u e u n velo transparente E l
m i s m o critico atribuye gratuitamente a Castro (I, p p 138 y 145) preferir como
título C a n c i o n e r o , término con cjue este último y Menéndez Pida!; Poesía j u g l a r e s -
ca o 211 describen alarma oue otra vez a l L i b r o v iustifica su resistencia al
título B u e n a m o r porque "se apoya en l a tesis de l a f u n d a m e n t a l ' intención edifican-
te" (I p . 144), s i n advertir q u e Menéndez P i d a l que es quien ha demostrado l a
autenticidad de este título se opone a d i c h a tesis ' L a verdad es <3ue el título L i b r o
ct& b u e n a m o r no se apoya en1 l a interpretación didáctica d e l poema, sino a u e es
u n argumento independiente en s u favor
3 4
L o s siguientes ejemplos, que fácilmente podrían multiplicarse, bastarán para
40 MARÍA ROSA LIDA DE MALKIEL NRFH, XIII
c o m o intercesora y r e f u g i o de pecadores e l eje d e l c u l t o m a ñ a n o , n o veo

en q u é d e n o t a p a r t i c u l a r c o n c i e n c i a de pecado e l h e c h o de q u e J u a n
R u i z en varias cantigas devotas i m p l o r e l a intercesión de l a V i r g e n y se
acuse de sus pecados. C o n este r a c i o c i n i o t a m b i é n p o d r í a situarse e l
pecado t e m a c e n t r a l de los üoeinas de Berceo L ó p e z de A v a l a e
n f i n i d a r l d e n t r n < n n e t a . mi a h / m r l . n e n tales tónicos T o s c a n t a r e s
ZH^™ Z . l l Z el Z r 1 1 , 1 ™ L . r . ^ e ^ h l e rLtnIr, Z
üe ciegos q u e trae el, ms ( j . - a p a i t e e l poco recomenüaDle m e t o a o ae
buscar las claves d e l L i b r o e n las pxezas sueltas r e u n i d a s a l n n a l - n o
ofrecen n i n g u n a enseñanza m o r a l q u e no se encuentre en e l c u e r p o de l a
o b r a (por e j e m p l o , 1531 ss., 1585, 1587, 1590, 1628) y q u e n o sea de
la más s o c o r r i d a l a y a . Pues a d i f e r e n c i a de los citados pasajes d e l texto,
parecería que en estas cantigas p a r a ciegos J u a n R u i z a d o p t a d e i n t e n t o
un t o n i l l o h u m i l d e y a v u l g a r a d o y enteramente i m p e r s o n a l : de a h í
la i n g e n u a e n u m e r a c i ó n de santos y e l m a c h a c a r c o n e l g a l a r d ó n de l a
l i m o s n a (1710 «.), o e l n o m e n o s i n g e n u o h i n c a p i é en las necesidades
y remedios de los m e n d i g o s y e n las recompensas graciosamente concre-
tas de los c a r i t a t i v o s (1720 ss.: "[vuestros hijos sean] arcedianos, / sean
r r i c o s e sean s a n o s . . . / L a s vuestras fiias amadas / veades las b i e n casa-
das. . . " ) . A l a v i s t a de esta m u y d e l i b e r a d a y m u y l o g r a d a i n g e n u i d a d ,
resalta l o a v e n t u r a d o de buscar a n u í l a nol 4 ética p e r s o n a l d e l poeta
«^nnriI lZ níZlr, I V e n o r n e n n l n c n V ' riel amnr
5 ) sso es exacto q u e J u a n K u i z o i r e z c a u n a t e n o m e n o i o g i a a e i a m o r
(o u n a l e n o m e n o l o g i a d e l pecado . E o s poetas d e l mester de clerecía
no catalogan o b j e t i v a m e n t e manifestaciones de a c o n d u c t a h u m a n a ; si
t r a t a n de v i r t u d e s o de pecados es p a r a alabarlos o c o n d e n a r l o s , p a r a
a d o c t r i n a r a l v u l g o q u e n o p u e d e allegarse a las fuentes escritas (latinas) de
la sabiduría, e n u n a p a l a b r a , p a r a m o r a l i z a r y no p a r a hacer psicología o
teología e n abstracto. P a r a l o p u r a m e n t e especulativo - h a s t a d o n d e es
capaz de c o n c e b i r l o e l h o m b r e m e d i e v a l - estaba e l latín; e l clérigo q u e
p o e t i z a en l e n g u a v u l g a r , si r o z a l a psicología o l a teología, es p o r sus
conexiones c o n l a m o r a l práctica, f u n d a d a y g u i a d a p o r l a r e l i g i ó n . Y
por eso, d i d a c t i s m o m o r a l y d e v o c i ó n c o n s t i t u y e n p a r a l a E d a d M e d i a
una u n i d a d c u y a r u p t u r a es u n a n a c r o n i s m o , reflejo de u n a m e n t a l i d a d
muy posterior. A los reparos ya expuestos sobre l a concepción d e l h u m o -
decidir este punto. Berceo, L o o r e s , y g a b y 9 4 0 * el_poeta, tomando la voz por todos
los hombres se duele de los sufrimientos que padeció Jesús para < ¿Commo
r e d l m l r i e
r a d o r ? " " E n gmm^verguenza^yago"; mezquino p e c a d o r . . ! " f 1 i a , n 8 d : lo mismo

3
en p l u r a l , agradeciendo los beneficios de Jesús, "a los sus peccadores grant esfuerzo
nos d i o " ; ' "porque los peccadores tan grant mercet ganamos"; 17606, i8oci: el poeta
expresa el terror del hombre al día del Juicio, " Y o ¿commo parezre peccador en
esse d i a . . . ? " ; 214a, 6 6 , » od: súplica final a la Virgen " p o r los tus peccadores";
S 2 S
S i g n o s , 63« terror a l día del J u i c i o expresado, como en los citados pasajes de L o o r e s ,

£/"'cortesano I I 7 ™ " E s t e D e c i d o r o v e n d o ^ e s "nueva! ' c o m e ^ z ^ T l l o r a r " M e í
original italiano', II,' 6: " U d e n d o questo, i l contadino s i ' mise a piangere"); L a z a r i -
l l o , 111: "Señores,' éste es u n niño i n o c e n t e . . . , el pecadorcico se llega aquí a nuestra
casa". E n estos últimos pasajes se percibe el tránsito a la acepción de 'digno de
lástima', 'pobre diablo', también documentada en el B u e n a m o r (16216: "quando
non tema que comer [don Hurón] ayunaua el pecador") _ y m u y frecuente en el
d e m u d a s e " 'Véndose°el oecaToTen U m H Z " " k "pecador ^ m ^ A vrwó-

sito de B u e n a m o r , 43«, AGUADO, G l o s a r i o . . . , s v . "pecador", nota con razón que el
poeta parafrasea el Avemaria.
r i s m o de J u a n R u i z c o m o consecuencia forzosa de su a d o p c i ó n de m o d o s
de pensar árabes, puede agregarse q u e l a c o n c i e n c i a de pecado está m u y
lejos de ser e l " ú n i c o p u e n t e " q u e el p o e t a m a n t i e n e c o n su r e l i g i ó n :
J u a n R u i z es m u c h o más o r t o d o x o y c o n v e n c i o n a l , m u c h o menos des-
g a r r a d o en conflicto y angustiosa tensión, de l o q u e K e l l e r m a n n le repre-
senta. T a m p o c o b r o m e a sobre D i o s , l a Pasión, l a V i r g e n , los santos, l a
confesión y absolución, las ceremonias d e l miércoles de c e n i z a (1177
55.), sobre l a muerte, sobre las " a r m a s " d e l c r i s t i a n o y l a a u s t e r i d a d de
varias amadas. E n m u c h a s otras materias e l A r c i p r e s t e ejerce su h u m o -
r i s m o s i n que e l l o a u t o r i c e a s u p o n e r q u e dichas materias n o e r a n p a r a
él i m p o r t a n t e s y respetables: y a se h a visto q u e t a l es el caso de sus
p a r o d i a s litúrgicas; t a m b i é n l o es el de sus ironías sobre l a i n c o n t i -
n e n c i a d e l clero (1690 s s . ) y sobre l a d e s h o n e s t i d a d de los jueces (342,
1459 55.), y sus referencias jocosas a l b a u t i s m o (77612), a l paraíso y los
mártires (íffoab).
E l e x a m e n de los argumentos a favor de l a i m p o r t a n c i a d e l pecado
en el L i b r o d e b u e n a m o r d e m u e s t r a q u e se l a h a exagerado grande-
mente. E l r e p a r o metódico f u n d a m e n t a l es el alcance c o n c e d i d o a unos
pocos versos episódicos q u e K e l l e r m a n n aisla de su contexto p a r a cargar
de especial sentido (75c, 1501; cf. su c o m e n t a r i o , p . 242) c o m o semi-
o c u l t o mensaje, dejándose a u n l a d o las declaraciones expresas y reite-
radas (Prólogo, coplas 13 ss., 66 ss., 933, 1630a), d o n d e e l p o e t a m a n i -
fiesta s i n ambages que e l b u e n a m o r es el t e m a de su l i b r o . L a escisión
de J u a n R u i z entre goce y p e c a d o está más p o s t u l a d a q u e p r o b a d a .
K e l l e r m a n n (p. 246) a d m i t e q u e n o tiene n a d a q u e ver c o n l a y u x t a p o -
sición de l o grave y l o risueño, n i c o n las advertencias sobre e l sentido
e n c u b i e r t o d e l p o e m a . E n c u a n t o a su tesis de q u e l a escisión se refleja,
3 5
q u i z á inconscientemente, en el p r e d o m i n i o d e l debate, b u e n o es tener

presente, en p r i m e r lugar, q u e siendo y a h a r t o difícil captar a tanta dis-
t a n c i a de t i e m p o y c u l t u r a l a i n t e n c i ó n consciente de los autores medie-
vales, pasa de t e m e r a r i o salir a caza de sus i n t e n c i o n e s subconscientes
con riesgo de e n d i l g a r l e s las q u e m e j o r p l a c e n a l crítico, e x i m i é n d o s e
3 5
K e l l e r m a n n h a l l a u n sentido nuevo a dichas advertencias, interpretándolas
literalmente: lo didáctico y l o devoto constituyen u n contenido alojado en el marco
de l o anecdótico y lo épico; así, las coplas 490 ss. contra la simonía o las coplas
553 ss. sobre reglas de conducta están en boca de d o n A m o r . Esta nueva interpreta-
ción es insostenible: 1 ) H a y muchos casos en que la relación de continente a conte-
n i d o es m u y difícil de establecer, por ejemplo, el de la Disputación del griego y
del romano, colocada entre la máxima justificatoria de la literatura amena (coplas
44 s s . ) y las reflexiones sobre el sentido i n t e r i o r (64 s s . ) , o el de los cuentecillos de
los dos perezosos y de don Pitas Payas insertados dentro de l a preceptiva de d o n
A m o r como ilustraciones de su prédica (457 ss., 474 ss.): lo mismo dígase de los
amores de doña E n d r i n a , traídos a r e m o l q u e como actualización del previo arte de
amar (580 s s . ) , o d e l elogio de las dueñas chicas, zurcido, con e l enlace de u n a
reflexión retórica, a l sermón anterior sobre las armas del cristiano, o de los episo-
dios amorosos que introducen fábulas en el diálogo para apoyar sus posiciones teó-
ricas (81 ss., 745 ss., 1347 s s . ) . 2 ) Si las advertencias atañen literalmente a los pasajes
didácticos y devotos encuadrados p o r los anecdóticos y épicos, ¿a qué insistiría el
poeta con tal ahinco en el contenido arcano del L i b r o , ya que contenido y continente
quedaban igualmente a la vista? ¿ A qué opondría en las imágenes de las coplas 16
ss. cosas valiosas encubiertas a las cosas ruines que las encubren (cf. sobre todo 186:
"so fea letra está saber de grand dotor")? T a m p o c o declara J u a n R u i z que en su
L i b r o las burlas y las veras alternan, sino que las aparentes burlas son realmente
así de l a necesidad de probarlas. E n segundo lugar, la importancia

i n d u d a b l e de los debates está c a p r i c h o s a m e n t e a b u l t a d a . S i p o r d e b a t e
se e n t i e n d e u n a s i t u a c i ó n e s e n c i a l m e n t e estática, e n q u e dos personajes
e m i t e n sobre u n m i s m o t e m a a r g u m e n t o s opuestos q u e n o a l t e r a n las
respectivas p o s i c i o n e s , a d i f e r e n c i a d e l d i á l o g o d r a m á t i c o , esencialmente
d i n á m i c o , e n q u e las o p i n i o n e s m a n i f e s t a d a s h a c e n c a m b i a r de p o s i c i ó n
a los i n t e r l o c u t o r e s , q u e a d e m á s de h a b l a r a c t ú a n , sólo p u e d e n admi-
tirse c o m o debates en e l Buen amor el del Arcipreste y don Amor
(181 ss.), e l de T r a t a c o n v e n t o s y d o ñ a G a r o z a (1347 ss.), e l d e T r o t a -
conventos y l a m o r a (1508 ss.), y a u n e n los dos p r i m e r o s h a y p e r s u a -
sión final, y e n los tres h á b i l dramatización externa . 3 6
L a p o l a r i z a c i ó n e n t r e D i o s y e l m u n d o es i n h e r e n t e a l p e n s a m i e n t o
cristiano, resultado de su buceo en la non simplex natura hominis
( P r u d e n c i o , Psicomaquia, v. 904), y p o r eso a s o m a a c a d a paso e n las
letras medievales, impregnadas como nunca de meditación cristiana.
P e r o l o característico d e l a a c t i t u d m e d i e v a l c o r r i e n t e es l a f a l t a de ten-
sión trágica entre esos dos planos, el no sentir como incompatibles
-aunque, p o r supuesto, no como igualmente valiosos- el cielo y la
tierra, el a l m a y el cuerpo, el juzgar todo v a n i d a d salvo el amor de
D i o s , c o n f o r m e a l Eclesiastés ( c o p l a 105), y e l a d m i t i r para la acción
h u m a n a los m ó v i l e s i n d i c a d o s p o r A r i s t ó t e l e s ( c o p l a 71) ya que, al fin
de cuentas, D i o s h a c r e a d o a a m b o s . E l l o n o e q u i v a l e a d i s o l v e r l a per-
s o n a l i d a d d e l A r c i p r e s t e e n e l a m b i e n t e de su época, c o m o t e m e K e l l e r ¬
veras (64 s s ) , y que e l lector discreto debe esforzarse p o r alcanzar e l sentido pro-
fundo de las palabras (46a, 139006, 1631). Y esta relación, y no l a simple yuxta-
posición de marcos amenos y exposiciones graves, es l a corriente en l a literatura
d o c t r i n a l de l a E d a d M e d i a , tanto en C a l i l a e D i m n a como en el P r a d o milagroso.
3 8
L a enumeración de las "doce situaciones de debate" (p. 226) incluye, aparte
los tres citados, piezas t a n heterogéneas como 1 ) l a Disputación del griego y del
romano (46 s s ) ; 2 ) e l rey Alcaraz y sus estrelleros (129 s s ) ; 3 ) el P l e i t o d e l lobo
y l a raposa ante e l j i m i o (321 s s . ) ; 4 ) l a riña d e l Arcipreste con Trotaconventos
(919 s s . ) ; 5 ) las cuatro serranillas (950 s s ) ; 6 ) l a Pelea de d o n C a r n a l y doña Cua-
resma (1067 s s ) ; 7) l a competencia de los que desean hospedar a d o n A m o r (1247
s s ) ; 8 ) imprecaciones contra l a M u e r t e (1520 s s ) ; 9 ) Cántica de los clérigos de
T a l a v e r a (1690 s s . ) . A h o r a b i e n : los interlocutores de 1 ) no alternan opiniones encon-
tradas sobre u n mismo asunto; entre ellos hay comunicación, a u n q u e equivocada, y
no debate. E n 2 ) y 9 ) varios personajes toman sucesivamente l a p a l a b r a a u n mismo
tenor - t o d o s los estrelleros p r e d i c e n l a muerte d e l infante, todos los clérigos protestan
contra las cartas de d o n G i l - , b i e n que e l poeta los h a diferenciado p o r crear
tensión paradójica en e l p r i m e r caso y dramática en el segundo. E n cuanto a 5), l a
excelente exposición de LECOY, p p . 129-130, y e l estudio técnico de M . EIZAGA Y
GONDRA, U n p r o c e s o e n e l " L i b r o d e b u e n a m o r " , B i l b a o , 1942, demuestran que esta
o r i g i n a l reelaboración de l a fábula esópica es u n a minuciosa p a r o d i a de procedi-
mientos judiciales, s i n diálogo n i debate. P o r e l contrario, 4 ) y 5) son breves situa-
ciones cuyos personajes actúan y se influyen mutuamente p o r su palabra, esto es,
son verdaderas situaciones dramáticas ya que no dramas, y no debates. E n 6 ) no hay
altercado de ningún género, sino desafío f o r m a l p o r cartas. E n 7) hay u n a sucesión
de retratos satíricos de unas clases p o r otras: de los clérigos seglares p o r los frai-
les, de éstos p o r aquéllos, de los caballeros p o r los escuderos, de los escuderos p o r
las' monjas y de las monjas p o r todos. E n cuanto a 8 ) , no comprendo cómo l a apa-
sionada invectiva contra l a M u e r t e , p r o n u n c i a d a p o r el Arcipreste solo en p r o p i a
persona, puede calificarse de debate. C o m o ejemplo de l a diferencia entre debate y
diálogo dramático, compárese el debate entre Celestina y Pármeno, a l fin d e l acto I ,
del "antiguo auctor" en l a C e l e s t i n o , , con e l diálogo entre los mismos personajes a l
fin del acto V I I , de Fernando de Rojas.
N R F H , XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O D E B U E N AMOR" 43
m a n n , sino a situar a l A r c i p r e s t e e n su época y e n su a m b i e n t e , s i n l o

c u a l se corre grave p e l i g r o de falsear su o b r a . P a r a algunos espíritus
excepcionales p o r ascéticos o p o r rebeldes, el d u a l i s m o p u d o p l a n t e a r
u n d i l e m a angustioso, p e r o e l L i b r o n o a u t o r i z a a ver e n e l A r c i p r e s t e u n
teólogo o u n m o r a l i s t a t o r t u r a d o p o r su visión excepcionalrnente h o n d a
y o r i g i n a l . T a n trágico d e s g a r r a m i e n t o parece m u c h o más f a m i l i a r e n
nuestros días q u e e n e l siglo x i v , m u c h o más p r o p i o de D o s t o y e v s k i q u e
de J u a n R u i z . P a r a m í es i n a d m i s i b l e i n t r o d u c i r en el L i b r o c o m o
básicos u n a a c t i t u d de e x c e p c i ó n y u n tema c e n t r a l n o o b v i o , e n l u g a r
de l a a c t i t u d n o r m a l y d e l tema r e p e t i d a m e n t e señalado c o m o c e n t r a l
p o r e l autor.
D o n R a m ó n M e n é n d e z P i d a l h a i n s e r t a d o e n su n u e v a edición de
Poesía j u g l a r e s c a algunas páginas q u e o p o n e n a l a interpretación d e l
L i b r o d e b u e n a m o r c o m o o b r a didáctica las siguientes l i m i t a c i o n e s y
reparos: i ) " O t r a faceta de época e n e l L i b r o d e b u e n a m o r es su situa-
ción d e n t r o de l a l i t e r a t u r a cuentística y n a r r a t i v a d e d i c a d a a fines
d i d á c t i c o s " (p. 207). 2) D e a c u e r d o c o n los recientes estudios de d o n
A m é r i c o Castro, el A r c i p r e s t e h a b r í a p e r c i b i d o " l a r e a l i d a d t o d a c o m o
e n i g m a i n d e s c i f r a b l e de elementos c o n t r a r i o s " (p. 207), c o m o "espejismo
siempre c a m b i a n t e " , l o c u a l se reflejaría en l a a l t e r n a n c i a d e l L i b r o
entre a m o r a D i o s y " s a c u d i d a d i o n i s í a c a " (p. 208). E j e m p l i f i c a n esa
a l t e r n a n c i a el sermón de las dueñas chicas, c o n sus diez coplas de elogio
y su m a n o t a d a final; l a s e r r a n i l l a de l a T a b l a d a , c o n su c a r i c a t u r a
quevedesca c o n v e r t i d a l u e g o " e n u n c u a d r o i d e a l i s t a de p l á c i d o embe-
l l e c i m i e n t o b u c ó l i c o " (pp. 207-208; cf. p . 212, d o n d e e l contraste se
e x t i e n d e a todas las s e r r a n i l l a s d e l A r c i p r e s t e ) ; y l a i m a g e n d e l i n s t r u -
m e n t o (copla 70), q u e e n c i e r r a el j u i c i o d e l poeta sobre l a v i d a y tam-
b i é n sobre su l i b r o (p. 208). 3) A d i f e r e n c i a de C a s t r o y e n c o n f o r m i -
d a d c o n l a n o t a de 1898 sobre e l " T í t u l o q u e el A r c i p r e s t e de H i t a
d i o a l l i b r o d e sus poesías", a f i r m a M e n é n d e z P i d a l q u e p r e d o m i n a en
el B u e n a m o r l a i n t e n c i ó n burlesca. L a enseñanza d e f i n i t i v a d e l p o e t a
sería l a que ofrece el v. 64^: " e n t i e n d e b i e n m y d i c h o e avras d u e ñ a
g a r r i d a " ; n o es creíble q u e e l b u e n a m o r sea de veras e l tema d e l L i b r o ,
p o r q u e según las coplas 923, 932 y 933, e l título es i r ó n i c o : " l a declara-
c i ó n más precisa llega a decirnos q u e jamás debe el h o m b r e d e s c u b r i r
su
j u s t o n o m b r e , y p o r eso d e n o m i n a a su l i b r o B u e n a m o r , s i g u i e n d o
u n acertado consejo de l a v i e j a T r o t a c o n v e n t o s " (p. 208). 4) L a fe d e l
A r c i p r e s t e a u n q u e sincera n o es v i v a (p 207) S u s i n c e r i d a d c o m o
m o r a l i s t a es m u y r e l a t i v a de l a i l u s o r i a u n i f o r m i d a d p o s t u l a d a
cjue hacía (p 200) sil íjucn CL TYL o n o es u n l i b r o didáctico en serio*

es " u n brote m u y tardío l a d e s p e d i d a humorística a l a época didác
t i c a d e l a l i t e r a t u r a m e d i e v a l " (p. 209; cf. " T í t u l o q u e e l A r c i o r e s -
1 ) L a l i m i t a c i ó n d e l d i d a c t i s m o d e l B u e n a m o r a su enlace c o n l a
l i t e r a t u r a n a r r a t i v a y d o c t r i n a l n o hace j u s t i c i a a su i m p o r t a n c i a y va-
r i e d a d . A d e m á s de los cuentos y fábulas que c o m p a r t e c o n esta litera-
t u r a , posee e l B u e n a m o r c o m o elementos de u n i d a d e s t r u c t u r a l l a
autobiografía presente e n las m u y didácticas maqümat hispanohebreas.
E n contraste c o n "las D i s c i p l i n a s , D o c u m e n t o s y C a s t i g o s " d e l a lite-
r a t u r a didáctica de su época, t a m b i é n encierra enseñanza n o cuentística
y n o ética, s i n o j u r í d i c a ( P l e i t o d e l l o b o y l a raposa ante el j i m i o ,
321 s s . ) , canónica (sobre l a confesión, 1131 ss.) y sobre todo l i t e r a r i o -
m u s i c a l (Prólogo, p . 7, coplas 15, 65-66 y 1634: declaraciones sobre estilo
y maestría versificatoria; 1228 ss.: sobre i n s t r u m e n t o s musicales y sus
características; 1515 55.: sobre los i n s t r u m e n t o s inadecuados p a r a "can-
tares de a r a u i g o " ) , todo lo c u a l , según se h a visto, c o n c u e r d a íntima-
m e n t e c o n el d i d a c t i s m o de las m a q a m a t árabes y hebreas. L a v a r i e d a d
de estos últimos contenidos didácticos p r u e b a hasta qué p u n t o era
n a t u r a l p a r a J u a n R u i z verter e n e l L i b r o t o d o su saber; y l a seriedad
de tales enseñanzas, q u e n a d i e h a puesto en d u d a (menos q u e n a d i e
M e n é n d e z P i d a l , q u e c o n tanta d i l i g e n c i a h a i l u s t r a d o l a técnica j u g l a -
resca c o n estos datos de J u a n R u i z ) , a u t o r i z a a s u p o n e r u n a intención
no menos seria e n el propósito didáctico d a d o expresamente c o m o el
más i m p o r tante, o sea e l m o r a l . P o r lo demás, d i c h o propósito m o r a l
n o sólo c a m p e a e n los elementos y a citados (cuentos y fábulas, auto-
biografía), s i n o t a m b i é n en e l debate c o n d o n A m o r c o n su revisión
de los pecados mortales e n l a p r i m e r a parte y sus preceptos de c o n d u c t a
en l a secunda e n l a sátira c o n t r a e l clero a u e c u l m i n a en l a j o r n a d a
d e l clérigo e n a m o r a d o (374 s s . ) , en l a d i a t r i b a c o n t r a l a simonía (492
s s . ) , en las chanzas c o n t r a l a i n c o n t i n e n c i a de religiosos seglares y orde-
nados (1235 ss., 1247 -> 3 3 ss x 2
-)>
s s e n
C á n t i c a de los clérigos de T a l a -
l a
vera (1690 s s . ) y e n las m o r a l i z a c i o n e s y exhortaciones edificantes espar-

cidas p o r t o d o e l L i b r o .
2 ) L o s ejemplos de l a a l t e r n a n c i a c o m o exteriorización de u n a visión
filosófica poco c o m p a t i b l e c o n e l d i d a c t i s m o n o son p r o b a t o r i o s . L a s
coplas 1606 ss. n o b r i n d a n u n a a l t e r n a n c i a i m p a r c i a l de elogio y escarnio
sobre las mujeres p e q u e ñ a s , a u n q u e - y n o es p o c o s i g n i f i c a t i v o - el
e l o g i o y el escarnio sobre u n m i s m o tema n o falta e n las letras medie-
vales cristianas y s e m í t i c a s . J u a n R u i z prefirió, e n c a m b i o , u n juego
37
e p i g r a m á t i c o q u e consiste e n i n d u c i r a l lector a orientarse en u n sen-

t i d o y desconcertarle presentándole de i m p r o v i s o l a dirección opuesta,
juego m u y de su gusto, pues l o repite desde e l chiste de 64^ hasta el
e p i s o d i o de d o n H u r ó n (1619 s s . ) , y le d a su más c o m p l e j a y sabrosa
realización en el de d o ñ a G a r o z a , e n h e b r a d o d e l p r i n c i p i o a l fin c o m o
u n zigzagueo de situaciones ofrecidas y súbitamente n e g a d a s . L a s coplas 38
Por ejemplo, al-Harirí, trad. Chenery, t. 1, núm. 3, p p . 119-120: en favor y en

3 7
contra del dinero; Sem T o b , P r o v e r b i o s m o r a l e s , ed. González L l u b e r a , Cambridge,

1947, 566 ss.: en favor del callar contra el hablar; 589 ss.: en favor del hablar contra
el callar. E n la dedicatoria de su m u y retórico D e c o n t e m p t u m u n d i , declara Ino-
cencio III al C a r d e n a l Galloccia (ed. M . Maccarrone, L u g a n o , 1955, p. 3): "vilitatem
humane conditionis uteumque descripsi. . . Si vero paternitas vestra suggesserit, digni¬
tatem humane nature Christo favente d e s c r i b a m . . . "
L a forma más sencilla es la de 6 d : J u a n R u i z ha estado exhortando, me-
3 8
4
diante la larga Disputación del griego y el romano, a penetrar el sentido hondo de

su obra, de suerte que, cuando después de aconsejar esto m i s m o en tres versos,
1606 ss. c o n s t i t u y e n u n caso i n t e r m e d i o . Se p r e s e n t a n c o m o conclusión

i n o c e n t e d e l S e r m ó n sobre las armas d e l c r i s t i a n o , a l q u e p o n e n fin c o n
un tópico de o r a d o r (cf. B e r c e o , M i l a g r o s , 704). E l t o n o de d i c h o ser-
m ó n , d e t e r m i n a d o a su vez p o r e l P l a n t o (cf. 1531 ss. y 1579 ss.), pre-
d i s p o n e a l l e c t o r a o t r a d i s e r t a c i ó n grave, y e n l a p r i m e r a c o p l a (1606)
la dueña pequeña es sólo u n e j e m p l o , d i s i m u l a d o e n t r e otros dos, de
cosas gratas p o r s u b r e v e d a d , m i e n t r a s t o d a v í a el p r i m e r verso de la
c o p l a s i g u i e n t e d e s p i s t a c o n n u e v o s ejemplos. A q u í , c o n r á p i d o viraje,
e l p o e t a se e n g o l f a e n e l d e l i c i o s o e l o g i o , q u e concluye parafraseando
las p a l a b r a s i n i c i a l e s (cf. 1617a y 16066c), p e r o p r e c i s a m e n t e a l v o l v e r
a l p u n t o d e p a r t i d a , c u a n d o p a r e c e r í a c o n f i r m a r e l e l o g i o , l a n z a e l silo-
gismo burlón que demuestra cómo todo lo anterior venía preparando
desde e l p r i n c i p i o l a distensión cómica.
En cuanto a las s e r r a n i l l a s , n o veo m a y o r contraste entre el tono

c a r i c a t u r e s c o de l a versión e n c u a d e r n a v í a y el supuesto t o n o i d e a l i s t a
d e l a versión zejelesca. R e c u é r d e n s e p a r a esta ú l t i m a , e n l a p r i m e r a cán-
t i c a de s e r r a n a (959 ss.), e x p r e s i o n e s como " l a gaha r r o y n , heda", " l a
chata e n d i a b l a d a " , y l a situación de 971; en l a segunda (987 ss.), los
groseros d i c t e r i o s de l a v a q u e r a , q u e d e r r i b a a l v i a j e r o a r r o j á n d o l e su
c a y a d a ; e n l a tercera (997 ss.), l a r e t a h i l a de p r e n d a s y quehaceres rús-
ticos (entre ellos e l de r e m e n d a r las abarcas, destacado p o r Cervantes
como opuesto a l a idealización pastoril), cuya sola enumeración haría
reír a l p ú b l i c o d e c i u d a d , y e n l a ú l t i m a (1022 ss.), los m a n j a r e s serra-
nos y l a e x i g e n c i a d e l d i n e r o 3 9
, p a r a caer e n l a c u e n t a de q u e n o h a y
añade: " E n t i e n d e b i e n m y d i c h o " , el lector espera algo así como "y l o juzgarás bien
compuesto" (cf. 64c, 6 8 c d , $ 8 6 c d ) ; pero con repentina pirueta e l Arcipreste dice: "e
avras dueña g a r r i d a " ; compárense otros varios chistes: 5 4 7 ^ " e l mucho vino es
b u e n o . . . en cubas e en tinajas"; 1498c: "guardas tenie l a m o n j a . . . mas que l a m i
esgrima"; 15080": " e l l a fizo b u e n seso, yo fiz... m u c h o cantar". E n el episodio de
don Hurón, "apostado doncel", l a p r o l i j a enumeración de las tachas ("sy n o n p o r
quatorze cosas nunca vy mejor que el") anula con l a misma sorpresa l a anticipada
calificación, y todavía el juego prosigue describiendo l a austeridad d e l mozo y
aclarándola burlescamente en e l verso i n m e d i a t o (162106,). E n e l P l a n t o , a l a no
muy seria declaración de pesar p o r l a muerte de Trotaconventos (1519), siguen m u y
en serio las imprecaciones generales contra l a M u e r t e ; a l volver a Trotaconventos
(1568 s s . ) , el poeta reanuda el tono menos grave del comienzo - n o t a b l e ejemplo de
cómo para el arte de l a E d a d M e d i a lo general es el vehículo p r o p i o de l a gravedad,
y lo i n d i v i d u a l es más b i e n cómico, según observó con mucho acierto ALFONSO R E -
YES en su ed. d e l L i b r o d e b u e n a m o r , M a d r i d , 1917, p. i x , contraponiendo l a
sensibilidad medieval a l a moderna, p a r a l a cual " e l y o es hoy sagrado". Sobre
el episodio de doña Garoza, véase i n f r a , p p . 63-65.
SD
Las alabanzas a l a serrana (io2 c¡e: "fermosa, locana / e byen colorada"; 10256:
4
" o m i l l o m e , b e l l a " ; 1026c: " a vos, fermosura"), descrita en el relato previo como mons-
truo de fealdad, no responden a intención embellecedora. A l acabar ese relato, J u a n
R u i z advierte (102106): " D e quanto que me d i x o e de su m a l a talla / fize bien tres
cantigas [ G : fiz tres cánticas grandes], mas n o n p u d byen p y n t a l l a " . L a única con-
servada de estas tres cantigas (1022-1042) desarrolla el p r i m e r o de los dos asuntos,
o sea l a conversación con l a serrana ("de quanto que me d i x o " ) , pero no sólo no
describe su fealdad, sino que pondera su hermosura, cosa que e l autor no hace en
n i n g u n a de las restantes cantigas conservadas, salvo cuando halaga directamente
a sus interlocutoras (964c, 988/). ¿Será que en las dos cantigas perdidas J u a n R u i z
pintaba "su mala t a l l a " , de suerte q u e los citados cumplimientos de l a cantiga
conservada estaban destinados a provocar l a risa de su público, que sabía a qué
atenerse? Nótese el adjetivo poco amable que introduce l a última réplica de l a
serrana (1040a): " D i x o me l a heda". F . BLASI, " L a s e r r a n i l l a spagnuola", A R o m , 25
e m b e l l e c i m i e n t o bucólico, y de que e n este s e n t i d o e l contraste entre las

cánticas de serrana d e l A r c i p r e s t e y las serranillas de S a n t i l l a n a , l u g a r
c o m ú n de l a h i s t o r i a d e l g é n e r o e n España, está perfectamente justifi-
cado. L a c o p l a 70 ("De todos j n s t r u m e n t o s yo, l i b r o , so p a r i e n t e . . . " )
n a d a dice sobre l a visión de l a v i d a q u e a b r i g a b a e l poeta; se refiere a l
L i b r o t a n enfática y e x c l u s i v a m e n t e q u e e n e l l a e l l i b r o h a b l a en p r i -
m e r a persona, y n o p a r a d e c l a r a r a l t e r n a n c i a de elementos opuestos, s i n o
p a r a i n s i s t i r (exactamente c o m o el P r ó l o g o , p . 6, c o n c r e t i z a d o e n l a
D i s p u t a c i ó n del. griego y e l r o m a n o ) q u e e l v a l o r de l a enseñanza q u e
el lector saque d e p e n d e r á de su talante.
3 ) D e c l a r a c i o n e s c o m o éstas o c o m o sus análogas de 909 b , 8 6 c d , 9
1634, me p a r e c e n m u c h o más definitivas q u e l a p i r u e t a de ñ^d y, a l a

vez, n a d a i n c o m p a t i b l e s c o n e l t o n o r e g o c i j a d o de muchísimas páginas,
d a d a l a especial concepción de l a E d a d M e d i a (y de m u c h o s siglos des-
pués) sobre l a necesidad de a m e n i z a r l a enseñanza. M e n é n d e z P i d a l h a
p r o b a d o i r r e f u t a b l e m e n t e q u e el título d a d o p o r J u a n R u i z a su o b r a
es L i b r o d e b u e n a m o r ( " T í t u l o q u e e l A r c i p r e s t e de H i t a d i o a l l i b r o
de sus poesías"); l a c o n j e t u r a , basada e n su i n t e r p r e t a c i ó n de las coplas
923, 932 y 933, de q u e está d a d o p o r ironía, es menos sólida. E n l a
p r i m e r a de dichas coplas, l o q u e e l poeta aconseja c l a r a m e n t e es n u n c a
v i t u p e r a r a n a d i e ( " P r o u e l o e n V r r a c a , d o te l o p o r conssejo, / q u e
n u n c a m a l rretrayas a f u r t o n i n en concejo") y quizá - e l texto de los
dos versos siguientes es oscuro y parece e s t r o p e a d o - t a m b i é n aconseje,
c o m o p r o c e d e r más seguro e n l a práctica, n o expresar e l p e n s a m i e n t o
[desfavorable], c o n f o r m e a l aforismo de l a c o p l a a n t e r i o r (922d): " o
piensa b y e n q u e fables, o c a l l a , faz te m u d o " ; y l a c o p l a 932 r e c o m i e n d a
asimismo, p o r b o c a de l a vieja, n o decir n u n c a p a l a b r a m a l s o n a n t e : e n
todo este e p i s o d i o (910-944) n o e n c u e n t r o n a d a q u e c o r r e s p o n d a a l con-
sejo de q u e "jamás debe el h o m b r e d e s c u b r i r l a «poridad» q u e g u a r d a
en su p e c h o n i debe l l a m a r a las cosas p o r su j u s t o n o m b r e " . T a m p o c o
h a l l o q u e T r o t a c o n v e n t o s p r o p o n g a el título d e B u e n a m o r p a r a el
L i b r o . L o q u e p r o p o n e , p a r a i l u s t r a r l a m o r a l e j a d e l pasaje (932c: " c a
de b u e n a p a l a b r a pa.ga.se l a v e z i n d a t " ) , es (932 '. " l l a m a t me B u e n
a m o r e fare y o l e a l t a t " y, e n efecto, o t o r g a d o e l n o m b r e eufemístico
la v i e j a hace m a r a v i l l a s e n servicio d e l A r c i p r e s t e (933c s s . ) . E l poeta
a d m i t e l a lección y d e c l a r a ( 9 3 3 ^ ) :
Por a m o r de l a v i e j a e p o r d e z i r razón,
" B u e n a m o r " dixe al l i b r o e a ella toda sacón.
E l título, i r ó n i c o p a r a designar a l a tercera*» - e x a c t a m e n t e c o m o l o es

en el P l a n t o figurársela en e l Paraíso entre dos m á r t i r e s - , n o q u i e r e
(1941), 93 ss., por no tomar en cuenta l a narración en cuaderna vía y p o r su excesivo

apego a l a pastorela francesa, equivoca l a interpretación de las cánticas de serrana
de J u a n R u i z , y sobre todo de "Cerca l a T a b l a d a . . . " , cuyas fórmulas corteses no
son ecos de galantería francesa sino p u l l a irónica. MENÉNDEZ PIDAL, "Sobre p r i m i t i v a
lírica española", C u N , 3 (1943), 213, aduce con razón el paralelo de l a pastorela pro-
venzal " M e n t r e per u n a r i b i e r a . . . " , donde el poeta traza l a caricatura de l a fea
porqueriza y acentúa l a b r o m a hablándole con gran cortesía.
° E n cuanto u n personaje de conducta i n m o r a l aspira a l nombre opuesto a su
4
particular i n m o r a l i d a d , l a pretensión de Trotaconventos "Hamat me B u e n amor"

es comparable a la d e l caballero desgarrado Falstaff, cuando en la P r i m e r a p a r t e
decir q u e el p o e t a descrea d e l " b u e n a m o r " c o m o ' a m o r d i v i n o ' y ' a m o r

cortés' - o d e l Paraíso y los m á r t i r e s " . L o s vs. i 9 , c d y 1630«^, q u e pro-
p o n e n s o l e m n e m e n t e e l t í t u l o d e l a o b r a , a f i r m a n su s e r i e d a d ; p a r t i c u -
l a r m e n t e s i g n i f i c a t i v o es e l v. 1 3 ^ que a p u n t a los dos fines de t o d a
l i t e r a t u r a didáctica - " p r o d e s s e e t d e l e c t a r e " - i n s i n u a n d o su g r a d u a l
d i f e r e n c i a de v a l o r : " q u e los cuerpos alegre e a las almas preste".
4) T a n ajenos a l h o m b r e m o d e r n o son los m o d o s de pensar de l a
E d a d M e d i a , q u e u n m e d i e v a l i s t a de l a i n s i g n e t a l l a de d o n R a m ó n n o
a d m i t e l a fe v i v a d e J u a n R u i z , "pues es fides s i n e o p e r i b u s , algo así
c o m o l a fe d e l salteador de c a m i n o s que l l e v a sobre e l pecho u n d e v o t o
e s c a p u l a r i o " (Poesía j u g l a r e s c a , p . 207). C a b a l m e n t e , t a l es l a fe que
e x h i b e n los más famosos y d i v u l g a d o s m i l a g r o s de l a V i r g e n e n l a E d a d
M e d i a : e l l a d r ó n devoto, e l clérigo e m b r i a g a d o , l a abadesa e n c i n t a , l a
m a d r e incestuosa e i n f a n t i c i d a , i n s o p o r t a b l e s p a r a l a r e l i g i o s i d a d de hoy,
son personajes tratados c o n evidente simpatía p o r los autores medieva-
les. P o r o t r a p a r t e , p a r a a f i r m a r q u e l a fe de J u a n R u i z n o se apoya
en sus obras, M e n é n d e z P i d a l n o tiene más p r u e b a q u e e l p r e d o m i -
n i o en e l L i b r o de " l a p r o f a n a b u r l a j u g l a r e s c a " ( i b i d . , p . 208). A h o r a
b i e n : a p r o p ó s i t o de l a h i p é r b o l e sacroprofana, b l a s f e m a p a r a e l lector
de nuestros días, llamé l a atención ( R F H , 8, 1946, 121) sobre e l m i l a g r o
en q u e u n c a b a l l e r o i m p l o r a devotamente l a a y u d a d e l a V i r g e n p a r a
seducir a u n a d a m a , y l a V i r g e n , s i n pararse a a q u i l a t a r su fe, responde
en sus m i s m o s términos, pues se le aparece r a d i a n t e de l u j o y h e r m o s u -
ra, p r e g u n t á n d o l e "¿Es e l l a más h e r m o s a que y o ? " y e x i g i e n d o su a m o r .
Este m i l a g r o , e l de l a V i r g e n q u e deshace l a b o d a d e su a d o r a d o r , y
tantos más m u e s t r a n c o n q u é f a c i l i d a d se m o v í a e l h o m b r e m e d i e v a l
—y n o sólo e l de E s p a ñ a — entre l o sagrado y l o p r o f a n o . D e s c o n c i e r t a a l
lector m o d e r n o de m u c h o s sermones de S a n B e r n a r d o d e C l a r a v a l l e o
a él a t r i b u i d o s y de m u c h a poesía m a r i a n a e l sensual d e t e n i m i e n t o
4 2
con q u e se d i s e r t a sobre l a a n a t o m í a y fisiología de l a V i r g e n pero n o

puede d u d a r s e d e l a sincera d e v o c i ó n de estos escritos n i de q u e f u e r o n
m o t i v o de edificación y n o d e escándalo E l austero B e r c e o agrega deta-
lles escabrosos a l texto l a t i n o de sus M i l a g r o s , y a l r o m a n z a r e l de l a
abadesa e n c i n t a n o resiste a l a tentación de g u i ñ a r h u m o r í s t i c a m e n t e
el o i o a su a u d i t o r i o , y e x p l i c a r Q ue l a p r e l a d a e n a u i e n " i a z i e m u c h a
bondat" ( K o i c d \ " n i s o ü o r su u e n t u r a v e r u a fuert e n c o n a d a / o u a n d o
b i e n se c a t i d o , fallóse e n b a r g a d a " . L o q u e h a de i n f e r i r s e de estos hechos
no es cpie B e r c e o n o tome e n serio los m i l a g r o s de l a V i r g e n sino q u e
d e E n r i q u e I V , I , 2, propone a l Príncipe de Gales: " a n d let m e n say we be men

of good government". C. L . BARBER, S h a k e s p e a r e ' S f e s t i v e c o m e d y , P r i n c e t o n , 1959,
que subraya el trasfondo de festividades populares en las comedias shakespirianas,
comenta (p. 197): " A q u í Desgobierno [ M i s r u l e , personaje folklórico que presidía
comilonas y jaranas y que se perpetúa en Falstaff] pide que se le l l a m e B u e n gobier-
no, tal como lo exige su p a p e l " . L a pretensión caracteriza ante todo a l escandaloso
personaje.
4 1
Además, W . KRAUSS, en su reseña del l i b r o de Lecoy ( Z R P h , 62, 1942, 537),
observó m u y atinadamente que "e p o r dezir razón" eleva el L i b r o p o r sobre el
plano de Trotaconventos o, para h a b l a r en plata, que " B u e n a m o r " se aplica en
broma a Trotaconventos y en serio a l L i b r o , donde se ensalza el buen amor y se
condena el loco amor, a u n q u e sin e x c l u i r l o , paralelamente (como queda dicho) al
tratado D e a r t e h o n e s t e a m a n d i .
4 2
Cf. P . S. A L L E N , M e d i e v a l L a t i n l y r i c s , Chicago, 1931, p p . 191 SÍ.
4 8 M A R Í A ROSA LIDA DE M A L K I E L NRFH, XIII
se esfuerza, en este c o m o en otros aspectos, p o r darles toda l a concre-

tez y v i t a l i d a d q u e p u e d e . L a m i s m a a c t i t u d básica, intensificada p o r
4 3
el t e m p e r a m e n t o p e r s o n a l de J u a n R u i z , es l a q u e e n el L i b r o reúne
poesías devotas de v i v a fe y aventuras más o menos l i v i a n a s , n u n c a
ajenas a propósito edificante, a u n q u e n o siempre conformes a l decoro
de épocas más tardías. P a r a l a m o d a l i d a d q u e separa p u l c r a m e n t e tierra
y c i e l o - c o n u n i n t e l e c t u a l i s m o d o n d e quizá trascienda cierta concien-
cia de i n s e g u r i d a d en l a f e - , hacer chistes c o n el n o m b r e de la moza
C r u z o m e d i t a r sobre l a Pasión entre los amoríos c o n las serranas y las
peripecias de d o n C a r n a l es tan indecoroso c o m o a m e n i z a r l a p r e d i -
c a c i ó n c o n chascarrillos, pero sabido es q u e esta ú l t i m a práctica, c u l t i -
v a d a d u r a n t e siglos de fervor r e l i g i o s o , y n o sólo entre cristianos, decae
en O c c i d e n t e b i e n e n t r a d a l a E d a d M o d e r n a , precisamente c u a n d o el
r a c i o n a l i s m o e n t i b i a l a devoción. L a bellísima escena de Calderón,
O r i g e n , pérdida y restauración d e l a V i r g e n d e l S a g r a r i o , I I , en que
p a r a esconder de los árabes l a i m a g e n de l a V i r g e n t o l e d a n a , G o d m á n
p r o f a n a el a l t a r , h a captado h o n d a m e n t e l a fe v i v a y f a m i l i a r i d a d
4 4
p a r a d ó j i c a c o n l o sagrado, t a n p r o p i a d e los tiempos medievales como

ajena a los nuestros.
L o chocante de esta f a m i l i a r devoción, de c u y a s i n c e r i d a d n o cabe
d u d a r , debe a b r i r los ojos sobre l a s i n c e r i d a d de l a moralización, tam-
b i é n expresada en f o r m a chocante p a r a el l e c t o r de hoy. Sería insensato
a t r i b u i r intención m o r a l a J u a n R u i z a base e x c l u s i v a de l a p r e m i s a :
" T o d o h o m b r e m e d i e v a l era u n m o r a l i s t a de recta i n t e n c i ó n " , p e r o
sucede q u e J u a n R u i z p r o c l a m a a voces t a l i n t e n c i ó n , y q u e además
"se d i l a t a en sermones m o r a l i s t a s " (Poesía j u g l a r e s c a , p . 208): p o r con-
« Cf. M i l a g r o s , i 6 i d , y los citados vs. o > j c d , con los pasajes correspondientes

5
del ms. de Copenhague T h o t t , 128, milagros 7 y 23 ( R . BECKER, G o n z a l o d e B e r c e o s

"Milagros" u n dihre Grundlagen, m i teinem Anhange: Mitteilungen aus der lat.
Hs. Kopenhagen, T h o t t , 1 2 8 , Strassburg, 1910): "eciam filium contra propositum
m o n a c h i habebat"; "occulto i u d i c i o dei preualens [la m a l i c i a del diablo] preciosum
castitatis s i g i l l u m confregit"; otra versión dice: " i n s t i n c t u d i a b o l i et p r o p r i a fragilitate
decepta concepit" ( H . K J E L L M A N , L a deuxième c o l l e c t i o n a n g l o - n o r m a n d e des m i -
r a c l e s d e l a S a i n t e V i e r g e e t s o n o r i g i n a l l a t i n , Paris-Uppsala, 1922, p. 60. Como
ejemplo de l a reelaboración concretizante de Berceo, compárese l a copia 162, ("Por
salud de su cuerpo e por vevir mas sano / usava lectuarios apriesa e cutiano, / en
yvierno calientes e frios en verano") con el o r i g i n a l : "pocionem [medicinalem]
pro corporis salute accipiens"; l a copia 508 ("Fol creciendo "el vientre en contra las
terniellas, / fueronseli faciendo peccas ennas masielías, / las unas eran grandes,
las otras mas poquiellas, /ca ennas primerizas caen estas cosiellas") con el original:
"Iam tempus instabat quo conceptus i l l i c i t i q u o d studiose celauerat honus deponeret,
cum ecce tam per incessum quam per c i b u m a s a n c t i m o n i a l i u m m u l i e b r i sagacitate
deprenderetur"; la versión reproducida p o r K j e l l m a n no trae n i n g u n a de "estas
cosiellas". B u e n o también es tener presente que, p o r su exaltación del alma sobre el
cuerpo, l a E d a d M e d i a está mucho más dispuesta a perdonar los yerros de la carne
que los del espíritu, la incontinencia, p o r ejemplo, que l a herejía. Tuan R u i z y,
como se ve el austero Berceo pueden bromear sobre galanteos de religiosos y
religiosas, pero no hay bromas con el clérigo que se e x t r a l i m i t a de jurisdicción
( M i l a g r o s , 904-905; B u e n a m o r , 1144 s s . ) .
4 4
T e o d o s i o - S a b e a l altar, y desciende / la imagen, pues que ya ves / que secre-
to y prisa i m p o r t a n . Godmdn-¿Y quién se podrá atrever / a poner desvanecido /
sobre aquella ara los pies? / A los brazos que en sus brazos / h a n merecido tener /
la E m p e r a t r i z de los cielos, / ¿quién ha de atreverse, quién? T e o d o s i o - L z fe de u n
godo español. G o d m d n - P u e s atrévase m i fe.
siguiente, toda interpretación q u e desatienda estos hechos corre el riesgo

de falsear e l L i b r o d e s t r u y e n d o s u i n t e g r i d a d p o r d e t e r m i n a r apriorís-
ticamente, e n c o n s o n a n c i a c o n los hábitos y valoraciones d e l intérprete,
qué es l o q u e debe tomarse e n serio. N i qué d e c i r tiene q u e e n l a E d a d
M e d i a n o todos los h o m b r e s p e n s a b a n , sentían y q u e r í a n de i g u a l m o d o ,
p e r o l a c u l t u r a d e l O c c i d e n t e europeo d u r a n t e l a E d a d M e d i a e r a
n o t a b l e m e n t e más u n i f o r m e que l a de nuestros días, p o r q u e se r e d u c í a
a u n sector m u c h o más e x i g u o de l a sociedad, p o r q u e su v o l u m e n de
e r u d i c i ó n era m u c h o más l i m i t a d o y p o r q u e estaba m o l d e a d a e n u n
g r a d o apenas c o n c e b i b l e h o y p o r u n a Iglesia u n i f o r m e : n a d i e p u e d e
negar, p o r e j e m p l o , q u e e l arte m e d i e v a l es menos v a r i a d o q u e el moder-
no, pues aparte las razones dichas, n o estaban a l a o r d e n d e l d í a e l
desborde i n d i v i d u a l , el a f á n de o r i g i n a l i d a d y e l p u j o de i n m e d i a t e z
en l a expresión, y a s i m i s m o entre los siglos X I I y x v l a l i t e r a t u r a es
m u c h o más u n i f o r m e m e n t e didáctica que entre los siglos x v n y x x .
¿Qué d u d a cabe de que h a y diferencias entre el siglo x n y e l x i v , y
entre los i n d i v i d u o s P e d r o A l f o n s o y J u a n R u i z ? N o las h a y menores en-
tre el siglo x i v y el x v i , y entre los i n d i v i d u o s P e t r a r c a y G a r c i l a s o ,
y el e x a m e n de los versos q u e éste i m i t a de a q u é l revela netamente l a
d o b l e d i f e r e n c i a : e l l o n o q u i t a q u e l a o b r a d e G a r c i l a s o sea i n e x p l i c a -
ble fuera d e l p e t r a r q u i s m o . D e m o d o p a r e c i d o , y s i n p o s t u l a r e n el
B u e n a m o r n i n g ú n calco d i r e c t o de l a D i s c i p l i n a c l e r i c a l i s , hay q u e
reconocer q u e este l i b r o , escrito p o r u n j u d í o converso e n l a l e n g u a
de l a clerecía c r i s t i a n a y p a r a su instrucción, c o n formas y materiales
semíticos, representa a m a r a v i l l a e l c o m p l e j o c u l t u r a l p e c u l i a r de España
en l a baja E d a d M e d i a , f u e r a d e l c u a l , según h a demostrado d e f i n i t i -
v a m e n t e d o n A m é r i c o Castro, es ocioso t r a t a r d e entender a l A r c i p r e s t e .
N o creo, p o r o t r a parte, q u e h a y a a n a c r o n i s m o grave e n pensar q u e
J u a n R u i z c o i n c i d e e n i n t e n c i ó n didáctica c o n u n español d e l siglo x n ,
ya q u e e l m i s m o M e n é n d e z P i d a l h a p r o b a d o que c o i n c i d e e n i n t e n c i ó n
satírica c o n los clérigos ingleses q u e a p r i n c i p i o s d e l siglo x m c o m p u -
sieron l a C o n s u l t a t i o s a c e r d o t u m (Poesía j u g l a r e s c a , p p . 205 s s . ) . M e
temo q u e más a n a c r ó n i c o sea ver e n J u a n R u i z u n " h o m b r e d e l siglo
de B o c c a c c i o " - s i p o r estas p a l a b r a s h a de entenderse algo más q u e l a
m e r a coexistencia en el t i e m p o - , c o m o l o sería d a r p o r sentado e l m i s m o
estadio de p e n s a m i e n t o historiográfico p a r a P e l a y o de O v i e d o y O t t o
de F r e i s i n g e n , ambos de l a p r i m e r a m i t a d d e l siglo x n , e l m i s m o esta-
dio de p e n s a m i e n t o político p a r a d o n J u a n M a n u e l y M a r s i l i o de P a d u a ,
ambos de l a p r i m e r a m i t a d d e l siglo x i v . E l h e c h o de q u e , e n c o n j u n t o ,
B o c c a c c i o influyó más e n España c o m o e r u d i t o y m o r a l i s t a q u e c o m o
cuentista, y de que n o hay h u e l l a d e l Decamerón e n l a l i t e r a t u r a caste-
l l a n a hasta l a segunda m i t a d d e l siglo x v i , m u e s t r a c ó m o l a contempo-
r a n e i d a d e s p i r i t u a l d e l artista español y el i t a l i a n o es u n a f a l a c i a de
c ó m p u t o . T a m p o c o veo p o r qué e q u i v a l e a " d e s u s t a n c i a r l a p o e s í a "
4 5
4 5
Véase CAROLINE B . BOURLAND, "Boccaccio and the Decamerón i n C a s t i l i a n and
Catalán literature", R H i , 12 (1905), y 68. Es probable, aunque no seguro, que
3
las justificaciones de Boccaccio al comenzar y al acabar el Decamerón - o b r a anterior

a su " c o n v e r s i ó n " - sean u n medio poco sincero de prevenir ataques, pero el ejemplo
de Chaucer a fines d e l siglo x i v y el de M a r g a r i t a de N a v a r r a a mediados del x v i ,
enseñan cómo el decoro y la m o r a l obedecen a normas tan cambiantes que hay
de J u a n R u i z e l s i t u a r l a e n l a tradición c u l t u r a l árabe-judeo-cristia-
n a de su tierra, fuertemente didáctica, más b i e n q u e e n l a tradición
h u m a n í s t i c a de l a I t a l i a d e l T r e s c i e n t o s . N i p o r q u é e l a f i r m a r su didac-
tismo supone q u e e l poeta " n o se d a b a c u e n t a de l o q u e h a c í a " , c u a n d o
precisamente l a interpretación didáctica es l a ú n i c a q u e hace hincapié
en las reiteradas declaraciones d e l poeta de e s c r i b i r c o n i n t e n t o edifi-
cante y f o r m a a m e n a .
L a tesis final parecería a s i m i l a r l a posición d e l B u e n a m o r c o n res-
pecto a l a l i t e r a t u r a didáctica de l a E d a d M e d i a a l a d e l Q u i j o t e c o n
respecto a l a n o v e l a caballeresca, de l a q u e de veras es " b r o t e t a r d í o " y
" d e s p e d i d a h u m o r í s t i c a " . T o d o e l m u n d o sabe q u e desde l a segunda
m i t a d d e l siglo x v i d e c l i n a e l l i b r o de caballerías y q u e prácticamente
acaba e n los p r i m e r o s años d e l siglo x v n , antes de l a aparición d e l
Q u i j o t e . P e r o n o es ésa l a situación d e l a l i t e r a t u r a didáctica, que justa-
m e n t e p o r los años d e l B u e n a m o r p r o d u c e su o b r a maestra de prosa, el
C o n d e L u c a n o r , y c o n p o s t e r i o r i d a d a J u a n R u i z , los P r o v e r b i o s m o r a l e s
de S e m T o b , l a D o c t r i n a d e l a discreción de P e d r o de V e r a g ü e , el L i -
b r o d e m i s e r i a d e o m n e , e l R i m a d o d e P a l a c i o de P e r o L ó p e z de A y a l a ,
en verso: y e n p r o s a , l a versión a m p l i f i c a d a de C a s t i g o s e d o c u m e n t o s
d e l r e y d o n S a n c h o , el L i b r o d e l o s g a t o s , el L i b r o d e l o s e x e m p l o s p o r
a b e d e C l e m e n t e Sánchez de V e r c i a l , e l A r c i p r e s t e d e T a l a v e r a , el E s -
péculo d e l o s l e g o s . C o n d o n J u a n M a n u e l , J u a n R u i z comparte l a
c u m b r e de l a l i t e r a t u r a didáctica castellana de l a E d a d M e d i a , de l a q u e
su L i b r o es l a expresión más r i c a y o r i g i n a l , n o su tardía p a r o d i a .
E n m i interpretación d e l L i b r o d e b u e n a m o r trato de dejar a u n

l a d o - c o n p l e n a c o n c i e n c i a de l a d i f i c u l t a d e i n c o n v e n i e n t e s de proce-
der a s í - su i n h e r e n t e visión filosófica, q u e h a n enfocado especialmente
C a s t r o y K e l l e r m a n n , p a r a atenerme a su propósito i n m e d i a t o y delibe-
r a d o y a su tema concreto. B i e n sé que t o d a o b r a maestra, u n a vez
r e a l i z a d a , sobrepasa c o n m u c h o e l i n t e n t o c o n q u e l a ejecutó su autor:
l a E n e i d a es bastante más q u e l a glorificación de A u g u s t o y de R o m a ,
c o m o e l Q u i j o t e es bastante más q u e e l ataque c o n t r a los l i b r o s de
caballerías. C o n todo, ese p u n t o de a r r a n q u e , expresamente declarado
p o r grandes artistas q u e n o e r a n falsarios o mistificadores, es u n dato
valiosísimo q u e debe p e r m a n e c e r en e l centro de l a b ú s q u e d a , y que
que andarse con pies de p l o m o para fallar sobre l a buena o m a l a fe de autores

alejados de nuestra época. E l caso de esta princesa es instructivo en extremo, ya
que se conoce bastante b i e n su v i d a . M a r g a r i t a , intachable en su conducta privada,
devota y a u n mística, activamente interesada en l a depuración ortodoxa del cato-
licismo, compone el Heptaméron con sano propósito, hoy a d m i t i d o por todos, entre-
tejiendo historias, las más de ellas lúbricas o sucias y glosando infatigablemente
su meollo edificante. Es sintomático que, para exculpar e l maridaje de indecencia
y moralización, algún crítico del siglo pasado haya sostenido que el Heptaméron
es pecadillo j u v e n i l ; en verdad, l a piadosa autora l o compuso en sus últimos años,
sin llegar a c o n c l u i r l o , como fruto último de su experiencia. L a privilegiada posición
de M a r g a r i t a , reina de N a v a r r a y hermana m u y amada de Francisco I , descarta la
p r o b a b i l i d a d de que su moralización sea cautela p a r a escudarse de ataques, como
puede argüirse para l a novela picaresca y para las N o v e l a s e j e m p l a r e s de Cervantes.
(Cf. M . J . DARMESTETER, L a R e i n e d e N a v a r r e , M a r g u e r i t e d'Angouléme, trad. P. M e r -
cieux, Paris, 1900, p p . 209 y 215-216; H . N O E L W I L L I A M S , T h e p e a r l of p r i n c e s s e s .
T h e Ufe of M a r g u e r i t e d'Angouléme, Q u e e n of N a v a r r e , L o n d o n , 1916, pp. 355 s s ) .
merece l a confrontación más c u i d a d o s a c o n c u a n t o se conozca de l a o b r a ,

l a v i d a y el a m b i e n t e d e l autor, antes de desecharlo p o r q u e n o se
compadece c o n el m o d o de pensar de l a crítica a c t u a l .
L a i n t e n c i ó n expresamente d e c l a r a d a p o r J u a n R u i z e n e l Prólogo,
en los versos p r e l i m i n a r e s hasta l a c o p l a 71, a l c o m i e n z o o fin de m u c h o s
episodios (76, 105 ss., 161 ss., 892 ss., 9 4 4 ^ 950 y 9 5 1 ^ 1319c, 1503 ss.,
1 5 0 8 a ) , e n pasajes ocasionales (por ejemplo, 8 6 c d , 1390«*) y e n l a pero-
1
9
ración final (1626 s s . ) , es m o r a l i z a n t e . C o n esta i n t e n c i ó n c o n c u e r d a n

las largas y abundantes disertaciones morales, satíricas y eruditas ya
indicadas, los numerosos cuentos y fábulas, así c o m o el alarde de maestría
versificatoria y el estilo e n l o q u e tiene de sabio, sentencioso, genera-
l i z a d o r y a m i g o de repetición y ejemplo. P o r todos estos m o t i v o s , e n
mis citadas " N o t a s . . . " y en l a I n t r o d u c c i ó n a m i edición escolar (Bue-
nos A i r e s , 1941), m e adherí a l a interpretación d e l L i b r o c o m o p o e m a
ameno de i n t e n c i ó n d i d á c t i c a . Insisto en que n i p o r asomo e n t i e n d o
46
que el B u e n a m o r sea u n " c ó d i g o de m o r a l i d a d e s " , u n a "abstracta didác-

t i c a " o u n p o e m a didascàlico a l a m a n e r a g r e c o r r o m a n a y neoclásica.
L o q u e sostengo es q u e estamos ante u n a o b r a de l i t e r a t u r a a m e n a y
provechosa a l a vez, p o r q u e su autor, c o n f o r m e a l a t e n d e n c i a de su
época, patente t a m b i é n en e l C o n d e L u c a n o r (véase sobre todo l a l a r g a
i m a g e n de las m e d i c i n a s d e l hígado, a l final d e l P r ó l o g o ) , se h a propues-
to hacer u n l i b r o " q u e los cuerpos alegre e a las almas preste" ( í g d ) . S i
subrayo l a finalidad de enseñanza más b i e n que l a de regocijo es a
causa de que, p o r n o ser h o y f a m i l i a r t a l asociación, se rechaza el propó-
sito edificante, c o n grave d e t r i m e n t o d e l s e n t i d o e i n t e g r i d a d d e l L i b r o .
A c o n t i n u a c i ó n , agrego a los argumentos detallados en m i s dos trabajos
anteriores y e n las páginas previas de éste, los siguientes que, a m i ver,
c o n f i r m a n d i c h a interpretación.
1 ) P o r u n m o d o d e pensar ajeno a l a m e n t a l i d a d g r e c o r r o m a n a y
a l a m o d e r n a , f o r m a parte d e l p r o g r a m a didáctico m e d i e v a l l a a m e n i -
zación de l a enseñanza: a los ejemplos de a l - Y a h i z ( C A S T R O , p . 415), de
I b n H a z m y de J u a n R u i z - y de las a u t o r i d a d e s q u e éstos últimos
a l e g a n - , p u e d e n agregarse los r e u n i d o s p o r O . H . G R E E N , " O n J u a n
R u i z ' s . . . " , p . 13, c o n su sensata i n f e r e n c i a sobre l a f u n c i ó n de todos
los elementos cómicos d e l L i b r o c o m o distensión p l a c e n t e r a . E j e m p l o
pocos años p o s t e r i o r a l L i b r o d e b u e n a m o r , de lance amoroso v e r t i d o
con e x t r a ñ a s e n s u a l i d a d p a r a i m p a r t i r u n a i n e q u í v o c a lección austera
es el de S e m T o b , coplas 32-33: " E n sueño v n a f e r n i o s a . . . " . P o r esa
m i s m a c o n c e p c i ó n didáctica (que siglos de exegesis alegórica f o m e n t a n
entre j u d í o s , cristianos y m u s u l m a n e s ) , lances a veces m u y desenvueltos
p u e d e n usarse s i n hipocresía p a r a i m p a r t i r lecciones edificantes; e n e l
caso de J u a n R u i z y de m u c h o s otros, las partes amenas son superiores
c o m o realización de arte a las escuetamente edificantes, p e r o si lo q u e
interesa es c o m p r e n d e r e l L i b r o y n o n o v e l a r sobre l a persona (o el
subconsciente) d e l a u t o r , hay que a d m i t i r que unas y otras r e s p o n d e n
al m i s m o p r o p ó s i t o u n i t a r i o . O t r a m o d a l i d a d , q u e es d o g m a p a r a l a
1 6
Es l a interpretación que habían propuesto G . M . BERTINI, S a g g i o s u l l i b r o d e l
" B u e n a m o r " d e l l ' A r c i p r e t e d e B i t a . L'unità d e l p o e m a , T o r i n o , s. f., en parte
S. BATTAGLIA en los artículos citados, y sobre todo L . SPITZER, " Z u r Auffassung der
K u n s t des Arcipreste de H i t a " , Z R P h , 44 (1934), 237-270.
52 M A R Í A ROSA LIDA D E M A L K I E L NRFH, XIII
p e d a g o g í a m e d i e v a l y anatema p a r a l a de hoy, consiste e n enseñar p o r

ejemplos v i t a n d o s : t a l es l a base de l a instrucción fabulística, ya q u e l a
m o r a l e j a más frecuente es l a que amonesta: " N o hagas c o m o l a c i g a r r a " ,
" N o hagas c o m o e l c u e r v o " . E l p o e m a a n g l o n o r m a n d o de fines d e l
siglo X I I , L e d o n n e i d e s a m a n z , vs. 151 ss., contiene u n a preciosa adver-
t e n c i a sobre los autores antiguos ( O v i d i o , V i r g i l i o , L u c a n o , E s t a d o ,
C a t ó n ) : en sus escritos se e n c u e n t r a n f a b u l i l l a s y p a p a r r u c h a s ( f a b l e t t e s ,
f a m f e l u e s ) tales que u n lego los desdeñaría, p e r o e n ellas aprende el
sabio a conocer seso y l o c u r a , n o b l e z a y v i l l a n í a , " l ' u n contraire tut
a estrus / p a r l ' a u t r e per c u n u i s u m ñ u s " . T o d a v í a casi a mediados d e l
siglo x v , J u a n de M e n a acude a l m i s m o p r i n c i p i o escolástico p a r a justi-
ficar l a y u x t a p o s i c i ó n de l o i n f e r n a l y lo paradisíaco e n su glorificación
del M a r q u é s de S a n t i l l a n a : " p o r q u e v n c o n t r a r i o puesto cabe otro más
c l a r a m e n t e es a l u m b r a d o , según q u i e r e el p h i l ó s o f o " . N o es otro el
47
p r i n c i p i o j u s t i f i c a t i v o de las N o v e l a s e j e m p l a r e s , d e l D e l e i t a r a p r o v e -
c h a n d o , de los Desengaños, t a n numerosos en l a novelística d e l siglo x v n
n i , b i e n m i r a d o , el de las comedias de figurón y de los d r a m a s de tesis
de época más reciente.
2) V a r i o s rasgos d e l L i b r o d e b u e n a m o r se e x p l i c a n más satisfac-
t o r i a m e n t e p o r su intención didáctica q u e p o r c u a l q u i e r a de las otras
i n t e r p r e t a c i o n e s propuestas. T a l es el caso de las repeticiones estructu-
rales; l a más desconcertante es l a de los "castigos" de d o n A m o r (423
s s . ) y los de d o ñ a V e n u s , que c o n t i e n e n u n a referencia expresa a los
p r i m e r o s (608 s s . ) . L e c o y e x p l i c a l a repetición " p o r q u e [ J u a n R u i z ] n o
tenía el v a l o r de sacrificar n i n g ú n p r o d u c t o de su v e n a " (p. 304), pero
a l e s t u d i a r con a l g ú n d e t e n i m i e n t o l a composición d e l L i b r o , ya se h a
visto q u e i m a g i n a a l poeta m u y afanoso de escoger l o mejor o más
característico de los p r o d u c t o s de su v e n a (p. 351). A l a vez, n o pue-
de menos de n o t a r L e c o y " l a repetición de aventuras casi idénticas"
(p. 3 5 9 ) . S i paramos mientes a q u e J u a n R u i z tenía p o r m o d e l o
48
f o r m a l u n a serie i n d e f i n i d a de aventuras - u n arabesco, c o m o dice grá-
47
L e d o n n e i des a m a n z , ed. G . Paris, R o , 25 (1896), 497-541, vs. 167-168: 'Cono-
cemos de veras u n contrario mediante el otro, que le hace juego'. Sobre este poema
y su enlace con la novelística oriental h a llamado l a atención GONZÁLEZ LLUBERA,
art. cit. D o n n e i — 'doñeo', voz frecuente en el L i b r o , 188c, 5496, 6330", 16140". Para
el estudio del B u e n a m o r , interesan l a declaración de L e d o n n e i des a m a n z , 173 ss.,
de que el poema está destinado a u n joven que p o r ahora hallará en él alegría y
con los años sacará provecho, l a prédica y ejemplo contra el abuso del v i n o (1217 s s ) ,
los detalles de procedimiento j u d i c i a l agregados a la escena del pleito en la fábula
del labrador y la culebra (841 ss., 864 ss., 877 s s . ) , los versos ascéticos en boca de
la d a m a (1241-1242). N o menos instructiva es l a reacción d e l sabio editor, que
niega l a autenticidad de estos últimos versos "inesperados" porque e l poeta y la
dama no se h a n mostrado ascéticos desde el comienzo, y o b s e r v l que la composi-
ción d e l poema es "poco rigurosa", puesto que los enamorados tratan "asuntos que
no debían preocuparles en absoluto, y p o r momentos [el autor] olvida totalmente
que es u n o de ellos y no él q u i e n habla. Los ejemplos no están siempre muy bien
elegidos para ilustrar el p u n t o sobre el cual se los alega; las reflexiones que provo-
can tienen u n carácter didáctico que no responde a la gracia y delicadeza de ciertas
partes" (pp. 529-530): como se ve, los lugares comunes de l a crítica sobre el B u e n
a m o r que se empeña en ajustar esta obra medieval, de estructura semítica, a la
composición lógica y l a u n i f o r m i d a d de tono del arte grecorromano y moderno. L a
cita de J u a n de M e n a está tomada de l a Coronación, Preámbulo primero.
4 8
A l unísono con Lecoy, U . L E O vacila entre asegurar que J u a n R u i z es flojo en
Acámente C a s t r o - enhebradas p o r e l y o d e l n a r r a d o r , echamos de ver

q u e p a r a él l a repetición de episodios p a r a l e l o s t e n í a i n f i n i t a m e n t e
menos i m p o r t a n c i a q u e p a r a los mentados críticos, ansiosos de d e s c u b r i r
en el L i b r o u n p l a n r e g u l a r c o n exposición, n u d o y desenlace o, c u a n d o
menos, c o n "núcleos p r i n c i p a l e s " y "episodios satélites". L o s "castigos"
amorosos y las prevenciones morales q u e J u a n R u i z r e p i t e a sabiendas
y n o p o r distracción, según p r u e b a n las referencias de los pasajes poste-
riores a los anteriores (608-609 4*3 ss.; 937-938 a 699-700; 1583a a
a
217 s s . ) , d a n el p o r q u é de esta despreocupación: a t a l p u n t o le interesa

i n c u l c a r su d o c t r i n a , que acoge gustoso toda o p o r t u n i d a d de e x p o n e r l a .
R e ñ i r l e p o r su frecuente d o u b l e e m p l o i casi es c o m o reñir a Berceo
p o r q u e l a m a y o r parte de los M i l a g r o s d e N u e s t r a Señora son u n i f o r m e s
o p o r q u e sus m o r a l i z a c i o n e s y plegarias lo son más todavía.
E s t r e c h a m e n t e asociado c o n l a repetición didáctica se e n c u e n t r a e l
desenlace semejante de las aventuras amorosas. H e escrito e n m i s " N o -
tas. . . " , p . 112, q u e c o m o l a autobiografía de L u c i o o l a d e l p i c a r o , l a
del A r c i p r e s t e r e v e l a su e j e m p l a r i d a d en l a e x h i b i c i ó n desairada d e l pro-
tagonista e n todos los lances. E n efecto: de las catorce aventuras d e l
B u e n a m o r , c i n c o fracasan p o r n e g a t i v a de l a a m a d a (77 ss., 167 ss.,
1317 ss., 1321 ss., 1508 s s . ) y dos p o r su m u e r t e (910 ss., 1332 s s . ) , dos
p o r p e r f i d i a o necedad d e l mensajero (112 ss., 1622 s s . ) , d o s ' p o r preten-
sión e x o r b i t a n t e de l a serrana (993 ss., 1006 s s . ) , m i e n t r a s en las otras
dos cánticas análogas, el poeta, c o m o q u e d a d i c h o , se p i n t a a merced
de las temibles serranas (971/: "oue de fazer q u a n t o q u i s o " ; 9840":
"rescele e fuy c o u a r d e " ) , de suerte que l a c o n s u m a c i ó n d e l a m o r le deja
en p o s t u r a más r i d i c u l a q u e n u n c a . L a ú n i c a e x c e p c i ó n es l a a v e n t u r a
de d o n M e l ó n - l ó g i c a m e n t e , ya que a d i f e r e n c i a d e l resto, en e l l a el
poeta n o i n v e n t a sino traduce, y y a que e l t r i u n f a n t e e n a m o r a d o n o es
el A r c i p r e s t e s i n o d o n M e l ó n , q u e acaba casándose c o n su b e l l a . P e r o
este desenlace, a l fin de cuentas t a m b i é n feliz p a r a l a seducida, debió
de i n q u i e t a r a J u a n R u i z , y p a r a c o n t r a r r e s t a r l o m o r a l i z a l a aventura
m u c h o más l a r g a m e n t e q u e n i n g u n a o t r a (892 s s . ) . Semejante exhibición
desairada d e l p r o t a g o n i s t a i n v a l i d a l a i n t e r p r e t a c i ó n d e l L i b r o como " l a
h i s t o r i a e s t i l i z a d a d u n aprendizaje a m o r o s o " ( L E C O Y , p . 357), en que
e
el a u t o r se h a asignado " e l p a p e l de l u c i m i e n t o " ( i b i d . , p . 366), ya

q u e después de l a ú n i c a a v e n t u r a l o g r a d a , l a de d o n M e l ó n , se r e a n u d a
la serie de fiascos. T a m p o c o c u a d r a c o n el fracaso c o m o final exclusivo la
i n t e r p r e t a c i ó n d e l B u e n a m o r c o m o l a expresión poética d e l tránsito
de u n opuesto a o t r o (pues de ser así se esperaría, según a u e d a d i c h o
s u p r a , p p . 34-35, u n a sucesión de aventuras diversas y de diverso desenla-
ce), y m u c h o menos l a q u e a f i r m a e n el L i b r o el p r e d o m i n i o d e l goce
dionisíaco o d e l " é l a n v i t a l " b e r g s o n i a n o ( C A P E C C H I , " I I L i b r o . . .", I I ,
89). P a r a K e l l e r m a n n (p. 243), e l fracaso de los amoríos no e m a n a de
i n t e n c i ó n didáctica sino d e l supuesto tema c e n t r a l d e l L i b r o , que es el
oecado y, e n p a r t i c u l a r , l a t e n d e n c i a a l pecado más b i e n que" e l pecado
¿ J i 1 I I
en acto. A p a r t e el h e c h o de q u e esta e x p l i c a c i ó n n o p u e d e extenderse a
l a n o v e l a de L u c i o , a las maqámat d e Selomó i b n S i q b a l n i a las
composición ( Z u r d i c h t e r i s c h e n Originalität..., p p . 14, 18 ss., 27), o no tan flojo

como dicen p o r ahí (pp. 63, 79, 96, 105).
54 MARÍA ROSA LIDA DE íkLALKIEL NRFH, XIII
novelas picarescas, ¿es legítimo el p a r a l e l o entre l a t e n d e n c i a a l pecado

y e l cortejo amoroso p o r u n a parte, y entre e l p e c a d o en acto y e l
l o g r o d e l a m o r p o r l a otra? S i e l i m p u l s o o t e n d e n c i a a l pecado es p a r a
el c r i s t i a n o u n a disposición i n h e r e n t e a l h o m b r e , p e r o r e p r i m i ó l e m e r c e d
a l a r e l i g i ó n , el cortejo amoroso es u n a a c t i v i d a d p e c a m i n o s a , c u a l q u i e r a
sea su é x i t o , de i g u a l suerte q u e e l r o b a r es p e c a d o i n d e p e n d i e n t e m e n t e
de q u e e l ladrón escape o n o c o n l a presa. P o r l o demás, el poeta n o
t u v o e m p a c h o de p i n t a r el pecado e n acto, n o sólo a l t r a d u c i r el P a m -
p h i l u s (laguna de 32 coplas entre las 877 y 878), s i n o a l c o m p o n e r de
su cosecha las dos p r i m e r a s cánticas de serrana (970-971; 981 s s . ) , d o n d e
el r i d í c u l o de q u e se c u b r e mostrándose forzado p o r las serranas lascivas
p r u e b a q u e n o le p r e o c u p a b a e l s u t i l d i s t i n g o entre pecado y t e n d e n c i a
al p e c a d o , sino e l afán de desvalorizar t o d o l o c o a m o r . A d e c i r v e r d a d ,
unas páginas atrás e l m i s m o K e l l e r m a n n observa (p. 234) q u e el reite-
r a d o fracaso amoroso debe conectarse c o n e l d i d a c t i s m o d e l L i b r o , m a r a -
v i l l o s a m e n t e glosado p o r el p o e t a a l m e d i t a r sobre l a p r i m e r a d e r r o t a
( c o p l a 105):
Como dize Salamo, e dize la verdat,

que las cosas del mundo todas son vanidat.
todas son pasaderas, van se con la hedat,
ssaluo amor de Dios, todas sson lyuiandat. . .
Don A m é r i c o C a s t r o ( L a r e a l i d a d , . . , p p . 385 s s . ) comenta sagaz-

m e n t e e l contraste q u e ofrece e l B u e n a m o r e n t r e l o concreto de l a p i n -
t u r a d e l a m b i e n t e , de l o n o i n d i v i d u a l i z a d o (los pies movedizos de l a j u -
glaresa y d e l tejedor, 470-471; el r a b a d á n , el pastor y su mozo, 1213; e l
a t e r i d o de frío q u e se besa las uñas, 1274c?; e l l a b r i e g o y sus tareas m e n -
suales, 1272 ss.; los asnos y tábanos e n v e r a n o , 1285, 1293«*, etc.), y l o
abstracto y vago de las figuras q u e e l a u t o r a i s l a (no sólo personificacio-
nes c o m o d o n C a r n a l , d o ñ a C u a r e s m a , d o n Jueves L a r d e r o , d o n A y u n o ,
s i n o t a m b i é n las amadas nobles, las serranas, l a m i s m a T r o t a c o n v e n t o s ) ,
y l o e x p l i c a p o r q u e los elementos a m b i e n t a l e s " n o e r a n realidades «cate-
gorizadas» l i t e r a r i a y t r a d i c i o n a l m e n t e . . . U n personaje l i t e r a r i o era, e n
c a m b i o , u n a e s t r u c t u r a c o n su v i d a y a h e c h a " . L a explicación me parece
muy acertada, p e r o n o e x c l u s i v a d e l B u e n a m o r , s i n o p e r t i n e n t e p o r
esencia a las grandes obras de l a l i t e r a t u r a didáctica. Piénsese e n e l
Román d e l a R o s e (sobre t o d o e n l a p a r t e de J e a n de M e u n g ) , en e l C o n -
d e L u c a n o r y hasta en las comedias de J u a n R u i z d e A l a r c ó n y de B e n
J o n s o n , d o n d e l o q u e sostiene p o é t i c a m e n t e l a o b r a es l a r i q u e z a concreta
de l o q u e e l a u t o r h a i n t u i d o l i b r e m e n t e - l a escalera de p i e d r a m u y
b i e n l a b r a d a p o r d e b a j o d e l T a j o y l a cámara c o n los l i b r o s d e d o n
I l l á n , e l l o d o de agua rosada, c a n e l a y a l m i z c l e de l a r e i n a R a m a y q u i a -
y n o los personajes q u e los autores n o h a n q u e r i d o concretizar p o r q u e
se p r o p o n í a n presentarlos c o m o tipificaciones convencionales de l a con-
d u c t a h u m a n a . S i , c o m o observa c o n n o menos acierto Castro (p. 387),
esto n o acontece e n l a C e l e s t i n a , es p o r q u e l a finalidad didáctica, n o
a j e n a a l a reflexión de F e r n a n d o de R o j a s sobre e l l i b r o acabado, está
lejos d e h a b e r p r e s i d i d o í n t i m a m e n t e a l l i b r o d u r a n t e su creación.
) C a b a l m e n t e l a esencial d i f e r e n c i a e n l a caracterización de T r o t a -
3
conventos y de C e l e s t i n a constituye u n t e s t i m o n i o irrecusable a favor

de l a i n t e n c i ó n didáctica presente e n e l B u e n a m o r y ausente e n l a T r a g i -

c o m e d i a . L a v e r d a d es que, a l cotejo c o n l a V i e j a d e l P a m p h i l u s , T r o t a -
c o n v e n t o s r e s u l t a considerablemente más v i v a z , más en c a m i n o a l a i n d i -
v i d u a l i z a c i ó n . P e r o a l cotejo c o n C e l e s t i n a , t a l v i v a c i d a d se reduce a
m u l t i p l i c a r las notas accesorias de a m b i e n t e y a d e s a r r o l l a r u n solo aspec-
to d e l personaje, d e s a r r o l l o que c o n t i n ú a e n otras aventuras, i n d e p e n -
d i e n t e m e n t e d e l P a m p h i l u s . Ese solo aspecto es l a maestría e n las artes
q u e i n d u c e n a l l o c o a m o r : n o aspira, pues, J u a n R u i z (como los autores
de l a C e l e s t i n a ) a l a representación i n t e g r a l , artísticamente desinteresada,
de esa c r i a t u r a h u m a n a , antes b i e n l a reduce a l a ú n i c a faceta que se pro-
p o n e fustigar, c o n esquematismo i n h e r e n t e a l a l i t e r a t u r a didáctica.
Así, l a imitación d e l P a m p h i l u s h a i n t r o d u c i d o l a n o t a de l a c o d i c i a ,
algo a m p l i a d a - c o n f o r m e a l a técnica h a b i t u a l d e l A r c i p r e s t e - , p e r o n o
a h o n d a d a , pues t a m b i é n q u e d a en suspenso: sólo R o j a s convirtió l o q u e
hasta entonces era u n rasgo humorístico s e c u n d a r i o en u n a clave trágica
de C e l e s t i n a , p o r q u e sólo él encaró c o m o artista y n o c o m o m o r a l i s t a e l
p a p e l de l a tercera. N a d a dice J u a n R u i z sobre e l pasado de T r o t a c o n -
ventos, sobre sus vicios y d e b i l i d a d e s , y, a u n q u e diestro en semblanzas
de b e l l e z a y fealdad, c a l l a su físico y a p a r i e n c i a : evidentemente, también
a q u í h a p r e v a l e c i d o l a sequedad d e l P a m p h i l u s sobre l a profusión deta-
l l i s t a c o n que l a l i t e r a t u r a r o m a n a y l a á r a b e p r e s e n t a n a l a alcahueta,
lo q u e destaca e l enfoque didáctico d e l B u e n a m o r . E n c a m b i o , el A r c i -
preste es de veras i n n o v a d o r en c u a n t o a l a h a b i l i d a d p r o f e s i o n a l de l a
m e d i a n e r a , t a n t o a l d e l i n e a r e n g e n e r a l e l t i p o (4376 ss., 937 55.) c o m o
al r e t r a t a r l a e n p a r t i c u l a r (698 ss., 1 3 1 7 « , 1573 s . ) . M u y lejos deja J u a n
R u i z a l P a m p h i l u s c u a n d o expresa l a confianza de T r o t a c o n v e n t o s e n
sus p r o p i a s artes ( 7 0 3 ^ 709, 711a, 716) o c u a n d o encarece e n o c h o versos
(704-705 n i sugeridos s i q u i e r a en el P a m p h i l u s ) l a reserva d e l g r e m i o :
lo i n s t r u c t i v o es q u e t a l reserva n o pertence a T r o t a c o n v e n t o s c o m o
i n d i v i d u o , s i n o c o m o m i e m b r o d e l " o f i c i o de corredores", según recalca
el uso d e l p l u r a l ( " e n c o b r i m o s . v e n d e m o s . . . , a y u n t a m o s . . . " ) , en
t a n t o q u e C e l e s t i n a , 3.un refiriéndose a su g r e m i o es ante t o d o i n d i v i d u o
q u e j a m á s se disuelve en categoría genérica.
L a o f e n s i v a c o n t r a doña E n d r i n a c o m i e n z a c o n l a actualización de
los preceptos p r e v i a m e n t e e n u n c i a d o s (436 55.): T r o t a c o n v e n t o s , fiel a su
g é n e r o (699a: " E r a v i e j a b u h o n a , d e s t a s q u e v e n d e n joyas"), aparece
p r e g o n a n d o sus mercancías hasta e n t r a r e n casa de l a v i u d i t a , a q u i e n
ofrece u n a s o r t i j a m i e n t r a s d e c l a r a l o q u e trae pensado (724). A p a r t á n -
dose d e l P a m p h i l u s , d o n d e s i n n i n g ú n p r e t e x t o l a V i e j a se a r r i m a a l a
p u e r t a de G a l a t e a y p o r feliz azar ésta oye las p a l a b r a s q u e le están
destinadas, T r o t a c o n v e n t o s procede " c o n a n t i p a r a " (1323a), esto es,
a d o p t a los diversos oficios q u e le a b r e n las puertas. Estos oficios e n c u b r i -
dores son otras tantas notas a m b i e n t a l e s , pues p e r t e n e c í a n a l a r e a l i d a d
social de l a época, y así l o c o n f i r m a d o n A m o r ( 4 3 8 ^ 440): T r o t a c o n -
ventos n o es s i n o l a ilustración c o n c r e t a de semejante categoría (699a,
7ooafo, 937 5., 1324&), p e r o en l a l i t e r a t u r a castellana, l a " a n t i p a r a " es
u n a p o r t e o r i g i n a l de J u a n R u i z . Q u e l a T r a g i c o m e d i a l o t u v o presente
es i n n e g a b l e ; n o menos i n n e g a b l e es q u e le i m p r i m i ó u n a d i f e r e n c i a
r a d i c a l : el d i d á c t i c o A r c i p r e s t e toca e n g e n e r a l los diversos oficios de l a
m e d i a n e r a , a u n d e n t r o de su más p o r m e n o r i z a d o e p i s o d i o (699-700), en
t a n t o q u e los autores d e l a C e l e s t i n a los d e s p l i e g a n como notas de u n

solo personaje concebido e n su c o n c r e t a i n d i v i d u a l i d a d . O t r o a p o r t e
o r i g i n a l de J u a n R u i z a l a maestría de l a tercera es su d o n de i m p r o v i -
sación, el sacar p a r t i d o , p o r e j e m p l o , d e l p l e i t o q u e i n q u i e t a a d o ñ a
E n d r i n a (y d e l q u e e l l a acaba d e enterarse) p a r a recomendar a d o n
M e l ó n c o m o e l defensor i d e a l (742 s s . ) , y en e l e p i s o d i o de l a m o r a u n a
i n s i n u a n t e acomodación a l i n t e r l o c u t o r e n l e n g u a y estilo (cf. p p . 67-68 y
n o t a 57). P e r o e n l o p r o p i a m e n t e dramático, J u a n R u i z no v a más allá
d e l P a m p h i l u s : a d i f e r e n c i a de C e l e s t i n a , T r o t a c o n v e n t o s n o o b t i e n e e l
sí de l a amada, y fuerza e l j u e g o trayéndosela c o n e n g a ñ o a su casa.
E l A r c i p r e s t e debió de a d v e r t i r c u á n t o m e n g u a b a su b r i l l a n t e r e l a t o e l
s u s t i t u i r d e repente el p o d e r de seducción de l a tercera p o r u n a b u r d a
treta, y a q u e a l referir brevemente otras hazañas de l a v i e j a n o i n t r o d u c e
estratagemas semejantes, y a t r i b u y e su é x i t o exclusivamente a sus artes,
alabadas en términos de m a g i a (941 s . ) . A su vez, las restantes aventuras
amorosas d e l L i b r o , en las q u e m e d i a T r o t a c o n v e n t o s - U r r a c a , son todas
fracasos: aparte l a de las coplas 910 ss., f r u s t r a d a p o r m u e r t e de l a d a m a ,
asistimos u n a tras o t r a a las derrotas de l a tercera (1318 ss., 1323 ss.,
1343 ss., 1508 s s . ) . V e r d a d es q u e el p o e t a siempre sabe dotar a su per-
sonaje de a n i m a c i ó n y v e r s a t i l i d a d , p e r o en los dos últimos episodios,
el de l a m o n j a e n a p a r i e n c i a f r i v o l a y el de l a m o r a zahareña, el t a l e n t o
de l a mensajera sirve más q u e n a d a p a r a realzar l a v i r t u d t r i u n f a n t e de
las adversarias. P o r valioso q u e sea el personaje de T r o t a c o n v e n t o s , n o
es e l bosquejo c o m p l e t o q u e los autores de l a T r a g i c o m e d i a sólo h u b i e -
sen t e n i d o que pasar en l i m p i o . E n t r e ambas obras hay u n a d i f e r e n c i a
f u n d a m e n t a l en q u e n o p u e d e insistirse d e m a s i a d o : el L i b r o d e b u e n
a m o r p i n t a e l t i p o general de l a tercera, s i n interesarse en l a biografía
p e r s o n a l de T r o t a c o n v e n t o s - U r r a c a , sino ú n i c a m e n t e en las mañas de su
oficio, que d e t a l l a p a r a precaver a las "señoras d u e ñ a s " ; l a T r a g i c o m e -
d i a p i n t a u n a tercera i n d i v i d u a l e n su íntegra p e r s o n a l i d a d , q u e después,
y f u e r a y a d e l ámbito de l a o b r a e n q u e nació, h a a d q u i r i d o v a l o r d e
t i p o e n g r a c i a a su m é r i t o artístico. C e l e s t i n a es personaje de d r a m a ;
T r o t a c o n v e n t o s es personaje de f á b u l a .
4) O t r o a r g u m e n t o a favor de l a i n t e n c i ó n didáctica d e l B u e n amor
es e l n o m b r e de d o ñ a E n d r i n a . P a r a C e j a d o r , l a e n d r i n a representa a l a
a m a d a m e n u d a y esquiva, c o m o l a f r u t i l l a a g r i d u l c e que el a m a n t e coge
p a r a comer; p a r a Spitzer es l a flor d e l e n d r i n o l o q u e representa a l a
a m a d a p o r su b l a n c u r a , s í m b o l o de i n o c e n c i a , p o r abrirse en p r i m a -
v e r a y p o r tener espinas; p a r a L e c o y , es u n a " d e n o m i n a c i ó n e x t r a ñ a "
q u e r e s u l t a p o r asociación de l a de d o n M e l ó n , l a c u a l a su vez r e s u l t a
p o r asociación d e l a p e l l i d o H u e r t a , e l c u a l d e r i v a de u n j u e g o de p a l a -
bras c o n e l a p e l l i d o O r t i z ; p a r a K e l l e r m a n n , que a d m i t e l a o p i n i ó n de
S p i t z e r , e l n o m b r e de d o ñ a E n d r i n a es sobre todo u n m e d i o artístico
de d a r v i d a a l personaje; p a r a L e o , q u e a d o p t a l a o p i n i ó n de K e l l e r -
m a n n , ese n o m b r e grotesco y abstruso le sirve a J u a n R u i z p a r a com-
p e n s a r c o n g e n i a l fantasía el a b u r g u e s a m i e n t o p r o s a i c o de su versión
d e l Pamphilus™. A h o r a b i e n : n i n g u n a de estas ingeniosas e l u c u b r a c i o n e s
4 9
CEJADOR, t. 1 de su ed., p p . 216 y 276, anotaciones a 596 y 812; SPITZER, " Z u r
A u f f a s s u n g . . . " , p . 265, nota 1; L E C O Y , p . 318, n . 1; K E L L E R M A N N , p. 236, nota 1;
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O DE B U E N AMOR" 57
aclara el t e r t i u m comparationis q u e p u d o m o v e r a J u a n R u i z a escoger

este n o m b r e c o m o l o hace, a l a p e r f e c c i ó n , L u i s Q u i ñ o n e s de Benavente
en s u Entremés de Pipote, en nombre de J u a n Rana (ed. E . C o t a r e l o
y M o r i , NBAE, t. 18, p. 715a); e n él, a l a q u e j a de u n a m u c h a c h a casa-
d e r a d e q u e su h e r m a n o , e l l e t r a d o P i p o t e , l a tiene s i e m p r e e n su e s t u d i o
p a r a v i g i l a r l a , el a l u d i d o r e p l i c a :
Aquí habéis de asistir, no os dé mohina,

que también la doncella es como endrina,
que apenas la han tocado
cuando el dedo le dejan señalado,
efecto d e b i d o a l a cera o p e l u s i l l a q u e l a r e c u b r e y que las d e s c r i p c i o n e s

de l a e n d r i n a s u e l e n i n d i c a r . I g n o r o si l a i m a g e n es creación d e l A r c i -
preste o corría e n s u época; m e i n c l i n o a l o s e g u n d o , y a q u e e n e l Buen
amor se lee s i n c o m e n t o a l g u n o , c o m o si fuese o b v i a , y los traspiés de
los i n t é r p r e t e s p r u e b a n s u f i c i e n t e m e n t e que no lo es . Primariamente
50
U . L E O , p p . 54 ss., 80. Cejador m a r r a l a metáfora: no hay alusión alguna a l a breve

estatura de l a dama, y l a endrina no es u n f r u t o tentador como, p o r ejemplo, la
manzana, que J u a n R u i z n o m b r a varias veces en ese sentido, 163, 678*16 y l a enu-
meración de 862 (donde no se m i e n t a n endrinas), p o r l a sencilla razón de que no
es m u y comestible (cf. P. LAROUSSE, G r a n d d i c t i o n n a i r e u n i v e r s e l d u x i x " siécle,
París, 1875, s. v . p r u n e l l e ) . L a interpretación de Spitzer es insostenible porque
e n d r i n a , l o mismo que c e r e z a , g u i n d a , m a n z a n a , p e r a , etc. designa el fruto y no la
flor; en segundo lugar, si J u a n R u i z hubiese aspirado a u n simbolismo poético,
extraña - c o m o objeta con razón L E O , p. 57, nota 7 8 - que no hubiese echado mano
de l a rosa, consagrada e n ese papel y, puede agregarse, cuyos varios aspectos no
desconoce el poeta (cf. 18«, 15006 que compara a doña Garoza con u n a "blanca
rrosa", 1663!, 16646, y sobre todo 3786, con alusión a l a r o s e v e r m e i l l e de G u i l l a u m e
de L o r r i s y Jean de M e u n g : "que l a lyeue a las vertas p o r las rosas bermejas"); p o r
último, si doña E n d r i n a fuese u n nombre de p u r o lirismo, es chocante que el autor
le haya acoplado el nombre de d o n Melón, q u e es evidentemente jocoso. Lecoy,
que a l calificar los nombres vegetales de "denominaciones extrañas" renuncia en
verdad a dilucidar su imagen, parte d e l n o m b r e Melón Ortiz, que aparece a l final
del episodio (88id), pero e l apellido O r t i z se introduce en el L i b r o como juego de
palabras con e l apellido H u e r t a dado p o r Trotaconventos a l mencionar p o r p r i m e r a
vez a l a v i u d a el nombre de su enamorado (727c), el cual es a l a vez u n apellido
corriente y el lógico complemento d e l n o m b r e Melón. L a explicación de Lecoy
peca, además p o r suponer que el nombre de d o n Melón aue aparece en 727c,
determina el de doña E n d r i n a , que h a aparecido más de quinientos versos atrás,
KQ6Q K e l l e r m a n n no aclara en qué contribuye el nombre a dar vida a l personaie va
que hay en e l L i b r o varios personajes con n o m b r e (por ejemplo las serranas Gadea
y A l d a r a ) y a u n con nombre significativo (don Hurón) de los que no puede decirse
que tengan v i d a p r o p i a . L e o exalta l a función poetizadora del nombre de doña
E n d r i n a , pero después de todo reconoce (v> M nota i S \ a u e " e l elemento de comi-
cidad q u e da u n i d a d estilística a todo el hallazgo fantástico" es " p o r lo demás,
difícil de asir" cuando precisamente para l a sutil función estética aue le asiena
hubiese sido necesario u n nombre de simbolismo claro e inmediato, no u n nombre
sin tradición literaria y sin connotación cómica.
s
» Descripción de l a endrina en T h e E n c y c l o p e d i a A m e r i c a n a , 1957, s. v . s l o e :
" T h e f r u i t i s . . . w i t h a b l o o m " ; D e r G r o s s e B r o c k h a u s , 1956, s. v . S c h l e h e : "be¬
r e i f t e n . . . Steinfrüchtchen". E l orden de creación de estos nombres en el episodio
es, pues, doña E n d r i n a , d o n Melón de l a H u e r t a (que luego permite e l retruécano
entre "de la H u e r t a " y " O r t i z " ) y doña R a m a . L E O , p. 55, nota 76, enmienda la
p l a n a a F . CASTRO GUISASOLA, O b s e r v a c i o n e s s o b r e l a s f u e n t e s l i t e r a r i a s d e " L a Ce-
l e s t i n a " , M a d r i d , 1924, p . 157 ("Juan R u i z reduce los progenitores de doña E n d r i -
na... a sola su madre"), pues cree leer mención del padre e n 909a: "Entyende
byen m i estoria de l a fija del e n d r i n o " . Pero l a enmienda es equivocada: a l mora-
no h a y , pues, en el n o m b r e de d o ñ a E n d r i n a s i m b o l i s m o lírico n i v i t a l i -
zación dramática n i f u n c i ó n estética compensadora, sino u n a m e t á f o r a
didáctica, destinada a o r i e n t a r a l p ú b l i c o desde el c o m i e n z o sobre e l
s e n t i d o d e l personaje. Este n o m b r e h a sugerido e l de l a m a d r e , d o ñ a
R a m a , que vemos s u r g i r de l a i m a g e n d e 812c, pero el n o m b r e d e l ena-
m o r a d o , d o n M e l ó n de l a H u e r t a , está t a m b i é n pensado e n clave m o r a l ,
ya q u e designa a l g a l á n c o m o u n n e c i o casquivano, q u i z á a p u n t a n d o
a l a p a r a lo i n c i e r t o de su c a l i d a d (cf. e l refrán " e l m e l ó n y e l casa-
m i e n t o h a de ser a c e r t a m i e n t o " , g l o s a d o e n E l sí d e l a s niñas, I , 9 ) . E l
r e e m p l a z o de los n o m b r e s antiguos de l a c o m e d i a l a t i n a - e l t e r e n c i a n o
P á n f i l o y l a v i r g i l i a n a G a l a t e a - p o r estos nombres vulgares, a l a vez
humorísticos y m o r a l i z a n t e s , p r u e b a q u é ajeno está J u a n R u i z a l ensue-
ñ o estético de B o c c a c c i o , m u y a f i c i o n a d o a a d o r n a r sus escritos c o n n o m -
bres a l a a n t i g u a y c a b a l m e n t e c o n e l de Pánfilo, y qué presente está
en su L i b r o l a i n t e n c i ó n d o c t r i n a l , hasta e n los detalles c o n q u e a d a p t a
una o b r i l l a ajena.
5 ) P o r ú l t i m o , n o es superfluo tener en c u e n t a las repetidas a d m i s i o -
nes de d i d a c t i s m o e n los m i s m o s críticos que rechazan l a i n t e r p r e t a c i ó n
didáctica d e l L i b r o . L e c o y , p o r e j e m p l o , escribe q u e l a a f a b u l a c i ó n auto-
biográfica h a sido c o m b i n a d a " c o n l a ú n i c a intención de hacer sensible
u n a i d e a y u n a enseñanza" (p. 360), y e n vista de l o a b s u r d o de q u e
d i c h a enseñanza sea l a d e l a m o r sensual (¡autorizada c o n trece aventuras
fracasadas d e las catorce q u e e l L i b r o narra!) y de q u e sus elementos edi-
ficantes sean u n a p a r o d i a a l a vez sincera e irónica de obras serias
(pp. 361 s s . ) , se i m p o n e l a conclusión de que, en efecto, e l p o e t a se p r o -
p u s o hacer sensible u n a i d e a y u n a enseñanza, las cuales n o son sino las
q u e él m i s m o p r e g o n a d e l P r ó l o g o a l E p í l o g o : ••reducir a (oda persona a
m e m o r i a b u e n a de b i e n o b r a r " , de suerte cjue e l lector "fazer a D i o s
s e r u i c i o en p u n t o l o desea".
lizar su relato, el Arcipreste recuerda a las "señoras dueñas" la m o r a l implícita en

el símil de l a ciruelita silvestre que revela indeleblemente el menor manoseo, y por
eso vuelve al p u n t o de p a r t i d a , pasando de l a personificación ("hija") a la imagen
("endrino"); el uso del artículo aclara l a intención de emplear el sustantivo como
n o m b r e común y no como nombre p r o p i o ; idéntico error en CAPECCHI, "II L i b r o . . . " ,
II, 63, que i m p r i m e " l a fija del E n d r i n o " , como lo había hecho Cejador en su
edición; el error parte probablemente del p r i m e r editor de J u a n R u i z , el benemérito
T O M Á S ANTONIO SÁNCHEZ, Colección d e poesías c a s t e l l a n a s a n t e r i o r e s a l s i g l o x v ,
M a d r i d , 1779, t. 4, p. x x v i i : "las bodas de d o n Melón de la H u e r t a con la h i j a de
d o n E n d r i n o " . AGUADO, S. V. p e b r e , y L E O , p. 58, creen que también don Pepión
(6586) forma parte de l a f a m i l i a vegetal, p o r su semejanza con pepón 'pepino';
pero pepión designa exclusivamente u n a antigua moneda castellana de escaso valor;
ésta es l a única acepción que conocen Berceo, el A l e x a n d r e y J u a n R u i z , y conviene
perfectamente a l v. 6s86, como anotó Cejador; T. COROMINAS, D C E C , S. V., cree posi-
ble que el poeta "juegue además con el nombre de u n vegetal (como en d o n Melón,
doña E n d r i n a , etc.): entonces se tratará probablemente de pepón 'pepino' que coin-
cidía aproximadamente": l a conjetura no convence, porque a l jugar del vocablo Tuan
R u i z nunca estropea palabras (véanse mis " N o t a s . . " , p . 1 2 a . E n cambio es acep-
table l a puntuatíón propuesta s. v p e p i t a para 845c: " A l a vieja p e p i t a " o sea,
'achaque mortal', p o r alusión a l a enfermedad de las gallinas que es l a única acep¬
ción en que J u a n R u i z emplea el término (9776); dicha puntuación e l i m i n a el
retruécano que imaginó AGUADO S V entre éeéita 'semilla' (cuyo más antiguo ejem-
p l o conocido data de fines d e l siglo xv) y P e p i t a , nombre propio (ya que Josefa y
su hipocorístico son m u y posteriores a l siglo xiv), y además exime a l poeta de la
necedad de olvidar que el nombre que h a dado a ese personaje es "doña R a m a " .
C o n m u c h a razón d o n A m é r i c o Castro rechaza p a r a el B u e n a m o r

u n d i d a c t i s m o rígido o inartístico (pp. 388, 397). E l d i d a c t i s m o d e l
B u e n a m o r es tanto o más flexible y artístico q u e el de las m a q a m a t
árabes y hebreas c o n q u e está e m p a r e n t a d o , y merece p l e n a m e n t e l a
calificación de " l i t e r a t u r a a l a vez m o r a l i z a n t e y v i t a l i z a d a " q u e el
m i s m o crítico otorga a I b n H a z m (p. 383). S u enseñanza, c o m o l a de
C a l i l a e D i m n a (p. 4 1 2 ) , es ante todo g u í a práctica de l a c o n d u c t a y
n o c o n o c i m i e n t o o b j e t i v o , p e r o t a m b i é n puede ser saber desinteresado,
c o m o l o es, e n m a y o r p r o p o r c i ó n , e l de las m a q a m a t , y y a se h a visto
q u e C a s t r o enlaza c o n l a t r a d i c i ó n hispanoislámica (y desde luego, tam-
b i é n h i s p a n o h e b r e a : testigos al-Harisí y Yosef i b n Sabarra) l a o r g u l l o s a
c o n c i e n c i a de oficio poético. L a tesis d e l m u d e j a r i s m o de J u a n R u i z n o
p u e d e menos de c o n f i r m a r e n sus varios aspectos l a intención didác-
t i c a d e l L i b r o , y p o r eso leemos e n L a r e a l i d a d . . . certeras observa-
ciones c o m o las siguientes (pp. 393 y 422): " J u n t o a esto [el suceso h u -
m a n o de l a serrana] el A r c i p r e s t e p i e n s a e n e l p r o b l e m a de l a c o n d u c t a ;
p r e d i c a y es didáctico, y t a m b i é n es didáctica y s e r m o n e a d o r a l a lite-
r a t u r a i s l á m i c a . . . S u arte consistió e n a r m o n i z a r (castellana y cristiana-
mente) las dos tendencias f u n d a m e n t a l e s de l a l i t e r a t u r a árabe de los
siglos previos: s e n s u a l i d a d y e j e m p l a r i s m o m o r a l " .
L ó g i c a m e n t e las admisiones d e l d i d a c t i s m o d e l L i b r o p u l u l a n e n e l
artículo de K e l l e r m a n n q u e establece c o m o su tema c e n t r a l u n concepto
teológico, ya que e n u n p o e m a compuesto cara a l p u e b l o , c o m o el B u e n
a m o r , l a teología n o existe p o r sí m i s m a sino c o m o base de n o r m a s prác-
ticas; d i c h o de otro m o d o , c o m o base de enseñanza m o r a l . Véase el si-
g u i e n t e m u e s t r a r i o , d e l q u e o m i t o m u c h o s ejemplos menos t e r m i n a n t e s :
p . 228: J u a n R u i z h a i n c l u i d o los casos bíblicos o clásicos " e n u n con-
j u n t o d i d á c t i c o " ; p . 229: " e l sistema entero [de i l u s t r a r cada pecado
c o n u n a fábula] corresponde p o r c i e r t o a l arte d e l a predicación medie-
v a l " ; p . 230: " l a m a n e r a n a r r a t i v a d e l L i b r o n o a p u n t a p r e c i s a m e n t e
a l efecto realista sino a l s i m b o l i s m o e j e m p l a r . N o d o m i n a l o épico,
s i n o l o p r á c t i c o " ; p . 230: " l a r e a l i d a d d e l L i b r o d e l A r c i p r e s t e d e
51
H i t a es u n a r e a l i d a d d e l o g e n e r a l , de l o típicamente h u m a n o , de lo
h e c h o v i s i b l e c o n i n t e n c i ó n e j e m p l a r . P e r o su e j e m p l o p r i n c i p a l es e l
A r c i p r e s t e m i s m o " ; p . 234: "este h e c h o [el fracaso de las aventuras amo-
rosas] debe ponerse e n c o n e x i ó n c o n e l e m p l e o docente y disuasivo d e l
e j e m p l o , a r r i b a e s t a b l e c i d o " ; p . 237: e n el debate c o n d o n A m o r " l a
d i d á c t i c a amorosa se e n f r e n t a c o n l a teológica"; p . 245: el excurso sobre
l a confesión responde a l a c o n c e p c i ó n práctica,' expuesta en e l P r ó l o g o ,
de p r o v e e r a l h o m b r e de defensas c o n t r a el pecado, cosa q u e hay que
asociar c o n lo d i c h o más a r r i b a "sobre l a a c t i t u d de e x p e r i e n c i a d e l
5 1
A q u í cita K e l l e r m a n n a W . KRAUSS q u i e n , en su mencionada reseña del l i b r o
de Lecoy, Z R P h , 62 (1942), 537, escribe a propósito de 950a: " p r o u a r todas las
cosas el apóstol lo m a n d a " : " L a v i d a es [en el B u e n a m o r ] u n continuo experimen-
tar y, en tanto que lo es, u n continuo m o r a l i z a r " . E n la p. 249 vuelve K e l l e r m a n n
sobre sus pasos para restar i m p o r t a n c i a a l sentido didáctico de los ejemplos v pro-
verbios, alegando que " n o a p u n t a n inequívocamente en tal o cual sentido, y pueden
emplearse para hacer visibles diversos enfoques espirituales o anímicos Son u n
método, no el contenido de u n pensar": sin d u d a , pero son el método didáctico p o i
excelencia —no u n método lírico, narrativo o dramático— adoptado en toda época
p a r a l a enseñanza p o p u l a r de l a m o r a l .
6o M A R Í A ROSA LIDA DE M A L K I E L NRFH, XIII
A r c i p r e s t e . . . , sobre e l p r e d o m i n i o de l o p r á c t i c o antes q u e l o é p i c o ,
sobre e l significado de p r o v a r " . . . Nótese e n especial l a observación de l a
p. 235 sobre e l e p i s o d i o de d o ñ a E n d r i n a , e l más l a r g o , más v i v a z y más
dramático, y e n c u y a ú l t i m a c o p l a , n o obstante, "desaparece t a n entera-
m e n t e l a ficción c o m o si se tratase d e l final de u n e j e m p l o , a l a m a n e r a
de los d e m á s " : esta e x a c t a observación p u e d e servir de p a u t a p a r a inter-
p r e t a r e l resto de las aventuras enhebradas en e l r e l a t o autobiográfico,
pues p o r gozosa y l o g r a d a q u e sea su realización - c o m o p o r o t r a parte
t a m b i é n l o es l a de los cuentos y f á b u l a s - , l a i n t e n c i ó n didáctica d e l
p o e t a está siempre presente y acaba p o r asomar. A n á l o g o v a l o r i n t e r -
p r e t a t i v o tiene l a observación de l a p . 248: " M á s q u e e n n i n g u n a o t r a
parte d e l L i b r o , se tiene l a impresión de q u e e n las coplas sobre l a
m u e r t e e l c o n t e n i d o religioso-didáctico hace estallar e l m a r c o n a r r a t i v o ,
de q u e l a p r é d i c a sobre l a m u e r t e es más i m p o r t a n t e p a r a e l p o e t a
q u e l a n o t i c i a sobre e l fin d e l a a l c a h u e t a " . T o d a s estas observaciones
i m p l i c a n e l r e c o n o c i m i e n t o de l a i n t e n c i ó n didáctica d e l B u e n amor,
m i e n t r a s l a observación de l a p . 245 acerca d e l e x c u r s o sobre l a confe-
sión ("en m e d i o d e l e p i s o d i o é p i c o - s a t í r i c o . . . , e l L i b r o se t r a n s f o r m a ,
pues, e n p o e m a d i d á c t i c o " ) r e v e l a que l o q u e i m p i d e a K e l l e r m a n n
a d m i t i r l a es su estrecha c o n c e p c i ó n d e l d i d a c t i s m o c o m o exposición
grave de u n saber o b j e t i v o C l a r o está q u e e l d i d a c t i s m o d e l L i b r o n o
consiste e n una. sucesión de excursos d o c t r i n a l e s s i n o e n u n a o r i e n t a -
ción m o r a l de base d e v o t a (y, s u b s i d i a r i a m e n t e , e n i n f o r m a c i o n e s de
o r d e n cognoscitivo), e x p r e s a d a e n l a tradición d e l l i b r o edificante y
a m e n o de ' m u s u l m a n e s y judíos, e l c u a l es desde l u e g o t a n sincero en
l a " s a n t i d a t m u c h a " c o m o e n e l " j u e g o e b u r l a " . P a r a nuestro gusto, el
5 2
arte de J u a n R u i z es t a n s u p e r i o r en las b u r l a s cjue l i a hecho p o n e r

en d u d a l a s i n c e r i d a d de sus veras; p e r o quizá n o sintiesen así los lec-
tores más cercanos a l p o e t a ya que e l j u g l a r d e l siglo x v desconcierta
a los e r u d i t o s m o d e r n o s p o r e l e g i r d e l B u e n a m o r precisamente dos
tiradas m o r a l i z a n t e s los versos transcritos p o r e l A r c i p r e s t e
d e T a l a v e r a p e r t e n e c e n a s i m i s m o a l a m o r a l e j a de u n a f á b u l a (cf.
supTü p p I8-IQ) C o m o Q u i e r a cjue sea l a a c t i t u d didáctica y l a b r i o s a
p e r s o n a l i d a d de Tuan R u i z e x p l i c a n su elección de las maaámat h i s p a n o
hebreas c o n su flexible e s t r u c t u r a autobiográfica, a r t i c u l a d a e n t o r n o
a l a u t o r p r o t a g o n i s t a y maestro q u e e n m u c h o s casos d e r r a m a r i d i c u -
l o sobre ' sí m i s m o p a r a desaconsejar a l p ú b l i c o su p r o p i o e x t r a v í o
DOÑA GAROZA Y LA MORA
L a u n i d a d f o r m a l q u e confiere a l L i b r o l a f o r m a autobiográfica, y
l a u n i d a d í n t i m a q u e e m a n a de su i n t e n c i ó n d i d á c t i c a c o n v e n c e n de
a r b i t r a r i o e l e r i g i r unos episodios e n " n ú c l e o s " y r e b a j a r otros a "sa-
télites" a base de su m a y o r o m e n o r extensión. D e n t r o de l a serie inde-
finida de l a a u t o b i o g r a f í a , todos t i e n e n , p o r d e c i r l o así, i g u a l j e r a r q u í a ;
y los episodios c o n t i g u o s de l a m o n j a a m o r o s a y de l a m o r a e s q u i v a l o
d o c u m e n t a n m e d i a n t e su contraste, s i n d u d a d e l i b e r a d o .
5 3
D e modo parecido, CAPECCHI, que condena la interpretación didáctica del
Buen a m o r y al r e s u m i r l o o b i e n omite los pasajes pertinentes o bien calla su
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O DE B U E N A M O R " 6l
E n t r e l o s estudiosos más recientes d e l B u e n a m o r , L E O , p p . 82 y 88,

encara l a h i s t o r i a d e d o ñ a G a r o z a c o m o u n a réplica d e l a d e d o ñ a
E n d r i n a ; sería ésta u n a versión o c c i d e n t a l y dramática y a q u é l l a u n a
versión o r i e n t a l y didáctica d e l P a m p h i l u s . L o cierto es que e l d r a m a
o c c i d e n t a l , e n t e n d i d o c o m o l a escenificación d e u n a h i s t o r i a cerrada,
m e d i a n t e e l e x c l u s i v o discurso directo d e los personajes, es ajeno a
J u a n R u i z , y l a s u p e r i o r i d a d e n este sentido d e l episodio d e d o ñ a E n -
d r i n a d e r i v a d e l a f o r m a d r a m á t i c a d e l a c o m e d i a elegiaca q u e l e h a
servido d e m o d e l o . P r o d i g i o s a m e n t e d o t a d o d e intuición concreta, d e
t a l e n t o p a r a d a r v i d a a los personajes y evocar l a conversación m e n u d a ,
J u a n R u i z puede crear u n a situación d e a p a r i e n c i a dramática, p e r o
n o p u e d e estructurar dramáticamente u n a h i s t o r i a e n s u s varias p e r i -
pecias, y t a n c i e r t o es esto que, c u a n d o t o p a e n e l P a m p h i l u s c o n u n a
v e r d a d e r a c o m e d i a , n o l a reconoce y l a envuelve e n narración. Su f o r m a
de e n f r e n t a r personajes es e l debate, sin acción n i persuasión verdade-
r a , b i e n que l o a n i m a y varía c o n todo e l vivaz atractivo d e su arte.
D e n t r o d e l debate, l a v a r i a n t e f a v o r i t a d e J u a n R u i z es l a d e l a didác-
tica p o p u l a r o r i e n t a l , d o n d e e l d i á l o g o n o procede p o r argumentos
abstractos sino p o r fábulas y apólogos. Este p r o c e d i m i e n t o , "bastante
p o c o n a t u r a l " ( L E C O Y , p . 322) p a r a e l crítico d e nuestros días, q u e h a
o l v i d a d o l a e n c r u c i j a d a d e c u l t u r a s e n que v i v i ó J u a n R u i z , d e b í a d e
ser bastante n a t u r a l p a r a u n escritor f a m i l i a r i z a d o c o n C a l i l a e D i m n a ,
con S e n d e b a r y, más o menos d e oídas, c o n las maqámat hispanohebreas.
S e e ú n G Y B B O N - M O N Y P E N N Y P 6 Q e l episodio d e d o ñ a G a r o z a es e n
m i n i a t u r a u n cuento a u e sirve d e m a r c o a otros a l a m a n e r a d e l C o n d e
L u c a n o r , más e l ' a ñ a d i d o d e l debate cosa n o a d v e r t i d a hasta a h o r a
p oro u e siendo J u a n R u i z m u c h o más grande artista q u e d o n J u a n
M a n u e l , m a n t i e n e nuestro interés e n e l cuento p r i n c i p a l y e n los per-
sonajes. .A m i entender n i l a c o m p a r a c i ó n c o n e l C o n d e L u c a n o r n i e l
j u i c i o sobre d o n J u a n M a n u e l son m u y atinados y a que, frente a l
L i b r o d e l c a b a l l e r o y d e l e s c u d e r o y a l L i b r o d e l o s e s t a d o s es e l C o n d e
L u c a n o r l a ú n i c a entre las obras mayores d e l magnate castellano s i n
,.„],,„ r i M i h ' n u n r , n a Vio reí varac Ac mirr-r\ A o l,->o / - n n t e m ' r l n c AiAír-
Jt iccioasi u Ac uesta
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don Tnan M a n u e l v n n ñ o r i n c a n a r i d a d e n l a s artes d e n a r r a c i ó n v
j u a i l ivianuci y l i u p u l 111cc1pciLiu.au. e n ia¡> ax L C S U C l i a n n u u i i y
caracterización spemn n m p h a s o b r a d a m e n t e l a e x c e l e n c i a d e s u s F x i e n
LdldLtClUdUUll, SCgUil JJ-lUCUd SUUldUdlllCllLC let CACCiCllUd uc SUS JÂlCli
i i n i p n l A c c i n más tiilr» H e n n i n n m i p l a i d e n t i d a d d e l
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c n n L i e r c v del l ™ ! L 1 ! 1 ! 1 la n rmPra rPPla W Z n m 3
d T t T d p annella
SrniplrnWeídelKpr. ,m i • el l r , Z \ Z Z n ™ „i n , J
s o c i e m j e i m n e i a e i D e r g , 19x1^ el araoe y s u t i n o , r a los cuentos 1, p a
2, 5, b , 18 a 21, 23 24, 2b, 27, 29, 3 0 e l maestro y e l discípulo p a r a

ios cuentos 9 a 17). P r e c i s a m e n t e desde e l siglo x n , c u a n d o l a D i s c i -
p l i n a c e n c a l i s corre p o r H u r o p a surge u n a c u r i o s a solución m i x t a : e n
f t ° ° P
t anglonormando L e d o n n e i d e s a m a n z damatseie
sentido, juzga románticamente incompatibles didactismo e inspiración (o belleza);
/ m u t gente e bele d i s c u r r e c o n s u a r d i e n t e e n a m o r a d o — u n c l é r i g o -
así, los castigos de d o n A m o r y de doña Venus n o son tiradas didascálicas gracias
al "férvido sentimiento" y a l a "cálida inspiración" ("II L i b r o . . . " , I, 163; cf. I I ,
8Q): e l poema de Lucrecio, disparatadamente aducido a propósito d e l P l a n t o de
Trotaconventos, l e h u b i e r a p o d i d o demostrar l o absurdo de t a l estetismo.
en u n debate, i n t e r c a m b i a n d o ambos varias fábulas y cuentos tomados

de l a r e c o p i l a c i ó n d e P e d r o A l f o n s o ; y L e c o y (p. 323, n o t a 1) aduce el
e j e m p l o p a r a l e l o d e l t r a t a d o D e a r t e h o n e s t e a m a n d i e n l a traducción
francesa de D r o u a r t l a V a c h e . Y a se ve q u é o b v i o e r a p a r a J u a n R u i z
e m p l e a r u n m a r c o de l a clerecía o c c i d e n t a l - l a visión alegórica e n e l
debate c o n d o n A m o r , l a c o m e d i a elegiaca P a m p h i l u s e n l a h i s t o r i a
de d o ñ a E n d r i n a , u n lance amoroso c o n u n a d a m a " m u c h o l e t r a d a "
(coplas 81 s s . ) e n l a p r i m e r a a v e n t u r a d e l L i b r o , y c o n u n a m o n j a e n
la h i s t o r i a de d o ñ a G a r o z a - e insertar e n él fábulas y cuentos. P a r a l a
empresa de e s c r i b i r u n e p i s o d i o amoroso algo extenso, éste era e l es-
q u e m a más a m a n o , n o i n a d e c u a d o , p o r l o demás, p a r a l a h i s t o r i a d e l a
m o n j a , y a q u e e l e n c i e r r o de l a heroína e x c l u í a más m o v i d a s andanzas.
E l e p i s o d i o de d o ñ a E n d r i n a , p o r circunstancias externas tales c o m o
el escandalizar menos a los mojigatos q u e e l galanteo m o n j i l , e l deri-
var de u n a fuente c o n o c i d a , y sus contactos c o n l a C e l e s t i n a , h a sido
m u c h o más e s t u d i a d o q u e e l de d o ñ a G a r o z a , p e r o éste merece toda
atención, pues constituye u n a m u e s t r a m á s i n d e p e n d i e n t e d e l arte d e l
A r c i p r e s t e . S u a m b i e n t e n o está sugerido m e n o s concretamente q u e e l
de a q u é l l a : e n l a p r i m e r a plática, T r o t a c o n v e n t o s m e n c i o n a l a d i e t a de
agua, l e g u m b r e s y pescado, las sayas de estameña, muestras de p o b r e z a
y a u s t e r i d a d c o n v e n t u a l frente a los regalos d e l m u n d o (1392 s s . ) ; e n
la segunda, c o n t r a p o n e entre a p i a d a d a y b u r l o n a e l tedio d e l c o n v e n t o
- l a r g o s rezos, canto, l e c t u r a y r i ñ a s - a l juego y risas d e l m u n d o (1396 s s . ) ,
y u n a observación d e l n a r r a d o r p i n t a c o n graciosa diferenciación e l
ansia c o n q u e monjas y frailes frivolos b u s c a n respectivamente l a dis-
tracción de l o c u t o r i o y refectorio (1399). L a p r o t a g o n i s t a está trazada
con l a m i s m a técnica q u e los restantes personajes d e l L i b r o o sea co-
m i e n z a p o r desprenderse de u n a situación g e n e r a l , c o m o ilustración
típica de u n a categoría h u m a n a , de acuerdo c o n e l i n h e r e n t e didactis-
m o de l a o b r a , y se v i v i f i c a a c t u a n d o , hasta casi r o z a r l a i n d i v i d u a l i z a -
ción. T r o t a c o n v e n t o s es a l c o m i e n z o u n a de "estas^ t r o t a c o n v e n t o s "
(4.A1) u n a "destas q u e v e n d e n iovas" (6QQ) p e r o después d e i n t r o d u -
cirse v e n d i e n d o joyas e n casa de d o ñ a E n d r i n a y de t r o t a r c o n sus m e n -
sajes p o r e l c o n v e n t o de d o ñ a G a r o z a entre otras empresas recibe e n e l
a p a s i o n a d o P l a n t o y epitafio " u n a fe d e v i d a " p a r a usar l a feliz expre¬
sión de L a r e a l i d a d . . , p . 440. D o ñ a E n d r i n a nace c o m o l a " d u e ñ a
falasxrera" a u e h a de ser D i e d r a de t o a u e de los castigos de d o n A m o r
(578), r e u n i e n d o todas las perfecciones de l a d a m a i d e a l (581 ss )• p r o n t o
el d e s a r r o l l o d e l r e l a t o l a m u e s t r a menos l i n a j u d a menos r i c a , menos
retraída de l o
n i] e
el p a r a d i g m a asienta c o n fisonomía m u c h o más
concreta v a n i m a d a ^ A n á l o g a m e n t e d o ñ a G a r o z a n u e sume d e l a
r e c o m e n d a c i ó n de la v i c i a d e a m a r " a l g u n a m o n i a " 'de esas aficionadas
i ^C.'JlllCiXLlci.Cl'JIl ClC V X C J tX vlC ti 11Xal O el j U-C C o d o el 11V.,IV711 (XXXil.1
al galanteo a las p-olosinas v al h n e n v i n o í'1992 ce- \ <¡» n e r f i l a e n sus

n o c a s v hréves actuaciones c o m o u n nersonaie d e r a s a o s m n v n e t o s v
m u v d i s t i n t o s d e l o s a f i r m a d o s e n s u definición" p-enefica Y corné, e n
el caso d e T r o t a c o n v e n t o s v d o ñ a E n d r i n a también e n e l d e ' d o ñ a V a
roza cárabe ' d e s D O s a d a ' ) e l n o m b r e sie-nificativrencierr.^, láT e s e n c i a del"
J
personaje. bajo- l a c u b i e r t a d e l nombreT " i n f i e l " , se esconde l a fiel des-

Cf. i n f r a , Apéndice, p . 72, acerca de l a Cántica de loores de 1678 ss. como
5 3
término de u n a progresiva personalización de l a plegaria a l a V i r g e n .

p o s a d a d e l Señor; tras l a a p a r i e n c i a de d e v a n e o m u n d a n o , l a c o n d u c t a
intachable; bajo el hábito e velo prieto, l a b l a n c a rosa (1500&) . 54
Pues si T r o t a c o n v e n t o s confirma, particularizándolos, los conceptos

generales q u e le d a n n a c i m i e n t o , y si d o ñ a E n d r i n a los m o d i f i c a a l p a r -
ticularizarlos, doña G a r o z a cobra existencia concreta desmintiéndolos en
una l í n e a q u e b r a d a d e constantes sorpresas, q u e e s t r u c t u r a e l e p i s o d i o
en l a f o r m a más d e t e n i d a y c o m p l e j a d e l zigzagueo h u m o r í s t i c o grato
a Juan Ruiz (cf. s u p r a , p p . 44-45). D i c h a q u e b r a d a c o m i e n z a e n l a c o p l a
1256, a l p r e s e n t a r e n g e n e r a l a las m o n j a s c o m o l i v i a n a s y falsas, y r u -
b r i c a r l a sátira e n c a r e c i e n d o p o r b o c a d e l n a r r a d o r s u d i s o l u c i ó n , p u e s
i n m e d i a t a m e n t e , c u a n d o d o n A m o r se q u e j a e n p a r t i c u l a r de las m o n j a s
toledanas, q u e d a n éstas ensalzadas p o r su d e v o c i ó n , c a r i d a d y austeri-
dad (1307 ss.). T r a s l a a v e n t u r a de l a b e l l a d e v o t a (1321 ss.) — q u e en
c i e r t o m o d o sirve de p r e l u d i o a l a de d o ñ a G a r o z a - , Trotaconventos,
escarmentada, aconseja amar "alguna monja", ya que su a m o r n o se
m a l o g r a r á p o r c a s a m i e n t o o p o r i n d i s c r e c i ó n , a p o y a e l consejo e n u n sar-
càstico p a n e g í r i c o d e sus ventajas y h a b i l i d a d e s (1340«^: " m a s saben e
mas v a l e n sus mocas cozineras / para el amor todo, que dueñas de
sueras"), y se ofrece a a b r i r t r a t o c o n u n a m o n j a c o n o c i d a suya. C o m o
" L E O , p. 80, empeñado en contrastar los dos episodios amorosos más largos,
exagera e l detallismo burgués d e l ambiente de doña E n d r i n a , y reduce el de doña
Garoza a u n " l i m b o " indeterminado, regateándole, p o r ejemplo, las notas descriptivas
de l a copla 1399 so pretexto de que tienen carácter general, aunque no es menos
general el de las notas descriptivas de l a copla 656, que L e o convierte (p. 55) en
propiedad p a r t i c u l a r de doña E n d r i n a . T a m p o c o es exacto que, frente a doña
E n d r i n a , persona determinada y única (pp. 75, 77), doña Garoza carezca de iden-
tidad, y sea meramente "alguna m o n j a " (1332b), intercambiable con cualquier otra
(pp. 76 y 80): ya se ha visto que dentro d e l L i b r o es idéntica l a génesis de sus
principales figuras femeninas. Y nada más falso que encasillar las notas descriptivas
de doña Garoza (1499 s s . ) bajo el rótulo de " e l ya conocido i d e a l de belleza"
(p. 80), pues tanto en el caso de doña E n d r i n a (653) como en éste, " e l ya conocido
i d e a l " y su formulación retórica (431 s s . ) ceden el paso a unas pocas notas, en
parte originales (como el "alto cuello de garca" de las dos amadas, y los "ojos que
parescian candela", 1502a de l a segunda), y de tono intensamente afectivo; en el caso
de doña Garoza, L e o mismo reconoce (p. 81) que dichas notas a p u n t a n a u n con-
traste " h o s t i l a l claustro, entre l a belleza j u v e n i l de l a monja y su vestimenta oscura
y grosera", lo que p o r cierto denota u n a intención de presentar m u y concretamente
al personaje. M u e s t r a de l a desatención a l texto que vicia e l estudio d e l profesor
Leo es l a afirmación (p. 80) de que e l nombre de doña Garoza n o sugiere n i puede
sugerir nada, y que " h u b i e r a p o d i d o llamarse sencillamente «la monja»": p o r lo
visto, l a opinión de J u a n R u i z n o debió de ser l a de su critico, ya q u e le d i o nom-
bre p r o p i o y n o poco sugestivo; cf. J . OLIVER ASÍN, " H i s t o r i a y p r e h i s t o r i a d e l cas-
tellano a l a r o z a . (Novedades sobre e l L i b r o d e b u e n a m o r ) " , B A E , 30 (1950), 389¬
421, q u i e n reconoce en a l a r o c a ( B u e n a m o r , 1392c, C a n c i o n e r o d e B a e n a , n ú m .
322, v. último) y en G a r o c a l a forma con y sin artículo d e l árabe 'arüsa ' 'novia,
desposada', como va l o había hecho para el nombre p r o p i o Cejador, en nota a
1346a, interpretándolo 'desposada, esposa del Señor, como q u i e n dice'. SPITZER, " Z u r
A u f f a s s u n g . . . " , p 26;;, nota 1 pone en d u d a e l étimon árabe v, en vista de los
nombres v e g e t a l a d e l episodio de doña E n d r i n a , cree que G a r o c a debe relacio¬
narse con c a r o z o o s a r o i o . como imagen de cosa sin valor. A esta opinión se ooone
1 ) que fuera d e l episodio de doña E n d r i n a , no hay e n el L i b r o nombres vegetales:
cf. Cruz, U r r a c a , Hurón, para mencionar sólo los significativos; 2) que como en
todos los nombres humorísticos d e l L i b r o , l a clara i n t e l i g i b i l i d a d debía ser condición
precisa a u e no posee l a supuesta asociación entre c a r o z o s a r o i o v G a r o c a - 3I oue
dado el desenlace d e l episodio, es d e l todo i n a d m i s i b l e que e l poeta escogiese para
la virtuosa m o n i ita u n nombre denigrante. O l i v e r Asín, p o r otra parte, cree que en
l a b e l l a devota, l a m o n j a e n t a b l a c o l o q u i o f a m i l i a r c o n l a v i e j a , p e r o e l
p o e t a a d v i e r t e (1347a): " e r a de b u e n a v y d a , n o n de fecho l y v i a n o " , y
muy lejos de mostrarse fácil, según l o h a n h e c h o esperar las promesas
de la medianera, inicia el largo debate por fábulas. Por otra parte
- n u e v o z i g z a g - , e l t o n o amistoso de l a m o n j a y sus excusas (1344, 1346,
1368) i n d u c e n a l lector, p r e d i s p u e s t o p o r t a n t a c o p l a satírica, a creer
q u e s u resistencia n o será cosa m a y o r , y le c o n f i r m a e n t a l p r e s u n c i ó n
e l q u e d o ñ a G a r o z a , c o m o l a frágil d o ñ a E n d r i n a ( 7 6 4 ^ , encargue a l a
m e n s a j e r a v o l v e r l u e g o . E n l a segunda v i s i t a , T r o t a c o n v e n t o s , más osa-
d a , se m o f a de l a v i d a m o n j i l y, c o m o q u e d a d i c h o , e l a u t o r i n t e r c a l a
u n a c o p l a m a l i g n a sobre frailes golosos y m o n j a s galantes q u e es n a t u r a l
a p l i c a r a l caso p a r t i c u l a r e n cuestión. Pero - p r i m e r a sorpresa- doña
G a r o z a responde m u c h o más r e s u e l t a q u e l a víspera (1423), al p u n t o
de q u e l a m e d i a n e r a se reduce a r e c l a m a r p a r a su p r o t e g i d o n o más d e l
saludo que por cortesía no puede negarse ni a un "chato pastor"
(14520*, 1480c). D o ñ a G a r o z a p i d e entonces e l r e t r a t o v e r b a l d e l A r c i -
preste, y c o n d e s c i e n d e a h a b l a r l e , a u n q u e n o l a p r i m e r a y n o a solas.
P e r o T r o t a c o n v e n t o s sale de esta v i s i t a t a n e s p e r a n z a d a , c o m o de l a v i -
s i t a a l a b e l l a d e v o t a (cf. 1328 y 1394), y e l p o e t a a c u m u l a versos que
sus dos formas el arabismo en cuestión es humorístico, pues se entendería como

'esposa o desposada m u s u l m a n a ' para zaherir a mujeres a quienes se tachaba de
moriscas de origen, e infiere este matiz del citado Decir de Pero Vélez de Guevara
( C a n c i o n e r o d e B a e n a , 32a), en escarnio de u n a dama, supuesta descendiente de
Albuhacén. A m i ver, l a broma de Pero Vélez de Guevara es idéntica a la de fray
Diego de Valencia, q u i e n en e l Decir 501 d e l mismo C a n c i o n e r o , contra el asende-
reado converso J u a n de España, acumula voces hebreas, aunque las más de ellas no
designan cosas específicamente judías: el chiste está en no emplear las palabras
castellanas habituales, sino las equivalentes árabes o hebreas para enrostrar al desti-
natario su antiguo linaje. Nótese también que los topónimos donde el término árabe
originario se h a traducido n o muestran connotación especial, pues los nombres
romances rezan "Salto de l a N o v i a " , " L o m a de l a N o v i a " , etc. y n o "Salto o loma
de l a N o v i a m o r a " . O l i v e r Asín se esfuerza p o r h a l l a r el matiz especial de 'musul-
m a n a ' e n el v. 1392c, suponiendo que Trotaconventos p i n t a a l Arcipreste como novio
árabe, p o r cuya cuenta corren el ajuar y las arras. Pero l a suposición es gratuita:
al tratar con doña Garoza, l a medianera se guarda m u y b i e n de mentar bodas, como
lo hace con toda insistencia a l tratar con doña E n d r i n a , ya q u e las excluye el
estado religioso de los dos amantes, y en cambio saca p a r t i d o de u n a situación
de que no disponía en e l otro caso- el contraste entre l a " l a z e r i a " conventual y e l
lujo y abundancia que puede b r i n d a r l e el amigo. Es probable que l a intención esti¬
lística de a l a r o c a en el v 1302c consista en evocar l a Domoa v e l regalo de l a novia
mahometana que debió de impresionar a los cristianos q u e c o n v i v í a ! con los árabes
como anota O l i v e r Asín, q u i e n asimismo señala el donaire a d i c i o n a l del juego con
el nombre nronr'o- a l a r o c a v G a r o c a romo Cruz v c r u z a d a O u i t e r i a v a u i t a r o
como e l petraroue¿co Laíra y l ' a u r a Pero si estos usos condicen bien con el estilo
Z T l u e n Z o r ^Zl t o d o i n a c e p t a b l e que Tuan Rufe insinúe con ellos el abolengo
m o r i s c c " l monja que n ^ X a en ninguna otra parte d e l largo episodio ! s
nstmctivo el P 3 con T r o arabismo de l a misma esfera semántica L a r tesd-
monTado p o r p r i m e r a vez que se sepT en Mió C i d 16,0 y 2 W sin duda hay
C m o r i s m o en el v , 6 w ' T o r casafs¿n uuestras fij'as adulen uos axuuar" pero
el humorismo consiste en l a fronía de que Z su derrota los almorávides proveerán
t b ^ ^ U ^ ^ m a s ^ ^ ^ ' ^ ^ ^ y n ^ e n que e l C i d achaque
a sus hiL a ^ d ^ m o r i s c T N o ^ i ^ ^ ^ e ^ í L r o alambicado argumento a
favor d e l origen faabe de L G ^ z a que requiere c ^ v e r ü r a l a hermosa de
cuelío de g a r z c o í o b r e s c o dT^Z y o^s c o m o c^LZ en u n a jamona entrada
en añM < £ ™ o o «5
5
crean l a impresión de que las prevenciones y d i l a c i o n e s sólo servirán

p a r a realzar " l a b u e n a c i m a " (1498«*) de l a c o n q u i s t a amorosa. L a entre-
vista de los dos amantes c o m i e n z a c o n u n verso solemne (1499a: " E n el
n o m b r e de D i o s fuy a m i s a de m a ñ a n a " , que a l a l u z de los siguientes
parece irrisión sacrilega), c o n las breves notas descriptivas de l a h e r m o s a
m o n j a , c o n l a p i e d a d m u n d a n a p o r e l sacrificio de su vocación, c o n el
deseo destacado p o r l a p l e n a c o n c i e n c i a d e l pecador, p o r l a formulación
directa y t r i u n f a l d e l a m o r c o r r e s p o n d i d o (1499 s s . ) . P e r o u n v u e l c o
súbito p o n e e n salvo el p r i m e r verso de l a entrevista, n a d a sacrilego en
v e r d a d : d o ñ a G a r o z a , l a desposada d e l Señor, es t a n fiel a D i o s y t a n
respetada e n consecuencia p o r su " m a n d a d o e l e a l a m a d o r " , c o m o l a
b e l l a devota, u n a vez casada, se excusa y es excusada de su e n a m o r a d o
(1330), y l a a n u n c i a d a " b u e n a c i m a " es e l " l y n p i o a m o r " (1503c), de
veras c o n t r a í d o " e n e l n o n b r e de D i o s " . Y , p o r ú l t i m o , u n n u e v o viraje
vuelve a b r i n d a r u n a generalización b u r l o n a sobre las monjas, a tono
con las y a señaladas y sobre t o d o e n irónico c o n t r a p u n t o c o n el pane-
gírico q u e encabeza el e p i s o d i o . Y a se ve que l o d i s t i n t i v o de esta a r q u i -
tectura es e n c a m i n a r a l lector e n u n a dirección p a r a s o r p r e n d e r l e i n m e -
d i a t a m e n t e c o n l a opuesta, y e n este caso, el más l a r g o y e l a b o r a d o de
los q u e presenta el L i b r o , l a sorpresa g i r a entre l a categoría general
y e l personaje p a r t i c u l a r , c u y a reacción l a desmiente. E s t a curiosa rela-
ción p e r d u r a e n l a C e l e s t i n a y f u n c i o n a allí c o m o u n o de los más d e l i -
cados resortes en l a creación de los caracteres . 55
Los estudiosos q u e h a n prestado atención a l a entrevista entre d o ñ a

G a r o z a y e l A r c i p r e s t e h a n a d m i r a d o su fogoso l i r i s m o , ú n i c o en todo
el p o e m a , s i n calar l a originalísima reelaboración de u n tema b i e n cono-
c i d o e n l a lírica m e d i e v a l l a t i n a y v u l g a r : l a canción de m o n j a pesa-
rosa, que e n l a l i t e r a t u r a castellana parece especialmente c u l t i v a d a en
la p r i m e r a m i t a d d e l siglo x v i , y de l a q u e se c o n o c e n además versio-
s s
Cf. para esto m i l i b r o en prensa L a o r i g i n a l i d a d artística d e " L a C e l e s t i n a " ,
cap. 11. E l zigzagueo entre la visión satírica general y l a visión enaltecedora par-
ticular explica el desenlace edificante del episodio, a l que L E O , p. 69, asigna como
causa única el " m i r a m i e n t o por su lector y quizá p o r l a censura eclesiástica". Los
dos miramientos sumados no fueron óbice para que J u a n R u i z mostrase a clérigos
seglares, frailes y monjas disputándose el privilegio de hospedar a d o n A m o r , se
exhibiese a sí mismo como protagonista de trece amoríos y a los arciprestes como
jerarquía especialmente enamoradiza, y pusiese en escena a los clérigos amancebados
de T a l a v e r a acariciando el deseo de atentar a la v i d a d e l P r i m a d o de las Españas
(copla 1704), y ya se sabe que varias de estas situaciones no son invención personal
del poeta. CAPECCHI, "II L i b r o . . . " , I I , 77-78, aferrado a su imagen preconcebida de
la medianera, no cae en que esta vez no es ella q u i e n gana la p a r t i d a , y por consi¬
guiente no percibe el o r i g i n a l planteo del episodio. P a r a el amor de monjas como
hecho social y literario en España desde el siglo x m hasta el x v n , véase la excelente
nota de don AMÉRICO CASTRO en su ed. del Buscón, M a d r i d , 1927, p p . 264 ss., y los;
textos reunidos p o r L E C O Y , p p . 266 ss. Agregúese la disposición de las P a r t i d a s V I I
22, 2; varias alusiones del A r c i p r e s t e d e T a l a v e r a , I, 2; I I , 5, 11, 1, y " M e d i a parte"
1; casi todo el contenido de Tacme R o i g , S p i l l , I I , 4 (que coincide con Tuan Ruiz"
en l a enumeración de golosinas monjiles); los villancicos " N o m e las enseñes,
m á s . . . " , i n c l u i d o p o r Diego Sánchez de Badajoz en su F a r s a d e l j u e e o d e cañas v
" G e n t i l c a b a l l e r o . . " recogido p o r Alonso M u d a r r a , T r e s l i b r o s d e música e n c i f r a
p a r a v i h u e l a ; l a canción zejelesca anónima " ¡ A y Dios, quién hincase u n d a r d o . . . ! " ;
la comedia de T i r s o , A m a r p o r señas, I; el r o m a n c i l l o malicioso corriente en varias
provincias argentinas "Estaba fray D i e g o . . . " (I. M O Y A , R o m a n c e r o , Buenos Aires,!
1941, t. 2, p p . 275-276).
66 MARÍA ROSA LIDA DE M A L K I E L NRFH, XIII
nes p o p u l a r e s . E s n o t a b l e q u e los textos d e l s i g l o x v i y u n o de los f o l k -

5 6
lóricos estén mucho más cerca que el B u e n a m o r de las versiones

medievales: quizá haya repugnado a l a devoción castellana fijar litera-
riamente, e n p r i m e r a persona, l a queja de l a m o n j a h a s t i a d a de sus
menesteres sagrados y q u e echa de m e n o s los goces d e l m u n d o . L o c i e r t o
es q u e J u a n R u i z se g u a r d ó de e x h i b i r esa l a m e n t a b l e c r i a t u r a , antes
bien e x p r e s ó p o r su p r o p i a b o c a , c o m o espectador, la natural piedad
h a c i a l a h e r m o s a q u e h a r e n u n c i a d o a l s i g l o , r e a l z a n d o así el mérito
de l a m o n j a , a q u i e n d e j a i n t a c t a e n s u p e d e s t a l de v i r t u d , p a r a edifi-
cación - y l á s t i m a - d e los legos. D e t o d o e l zigzagueo del episodio, el
más inesperado y poético es e l que, merced a esta recreación de la
c a n c i ó n m e d i e v a l , t r a n s f o r m a a l a m o n j a de s e d u c i d a e n s e d u c t o r a ( p a r a
hablar etimológicamente), ya que es e l l a l a que desvía al enamorado
de s u p r o p ó s i t o l i v i a n o y le atrae a l b u e n c a m i n o .
F r e n t e a l a h i s t o r i a de d o ñ a E n d r i n a , paráfrasis del P a m p h i l u s , la
™ A d o p t o l a denominación de d o n R A M Ó N MENÉNDEZ PEDAL, Poesía árabe y

poesía e u r o p e a , Buenos Aires-México, 1941, p. 38. P a r a u n a noticia somera y ejem-
plos varios, véase l a citada obra de A L L E N , M e d i e v a l Latín l y r i c s , p p . 75-77; e l
ejemplo más antiguo (primera m i t a d d e l siglo x n ) es l a canción anónima " P l a n g i t
nonna fletibus..." (ed. M . VATASSO, " C o n t r i b u t o a l i a storia della poesía rítmica
l a t i n a medievale", S t M , 1, 1904, 124); l a versión francesa más antigua, " Q u a n t ce
vient en m a i , ke rose est p a n i e . . . " , es d e l siglo x r a ( K . BARTSCH, R o m a n c e s e t
p a s t o u r e l l e s . . . , I, núm. 33); cf. también A . JEANROY, L e s o r i g i n e s d e l a poésie
l y r i q u e e n F r a n c e a u m o y e n a g e , 3' ed., Paris, 1025, p p . iqo-iq,i; para versiones
italianas, i b i d . , p. m i , y R . ARAMON I SERRA, "Dues c a n d i s populáis italianes e n
u n manuscrit cátala quatrecentista", E R , 1 (1947-48), 159-188; u n a versión alemana,
en boga e n 1395, se transcribe en D i e L i m b u r g e r C h r o n i k de T i l e m a n n E l h e n v o n
Wolfhagen (ed. A . Wyss, M G H , D e u t s c h e C h r o n i k e n , I V , 1, p . 48). D e l siglo x i v
es l a versión catalana "Lassa, mays m'agra v a l g u t . . . " (ed. T. RUBIO, " D e l manuscrit
129 de R i p o l l d e l segle x i v - , R e v . d e B i b l i o g l C a t a l a n a , 5, 1905, 376, trunca según
su editor); e l citado episodio del S p i l l vs. K«66 SS., refleja l a canción en que las
monjas maldicen a quienes las h a n hecho p r o n u n c i a r sus votos p o r fuerza Fuera
de las coplas I Í Q Q SS d e l B u e n a m o r n o h a quedado versión medieval en caste-
llano, aunque certifican su existencia varias canciones de entre fines d e l siglo x v y
mediados d e l x v i , en que u n a moza enamorada se resiste a entrar en el claustro:
" N o a u i e r o ser m o n i a n o . . . " " A g o r a q u e sé d'arnor ; m e metéis m o n j a ? . . . " , " A g o r a
que soy n i ñ a . . . " , " A u n q u e me v e d e s . . . " , "Meteros quiero m o n j a . . : - (D, ALONSO
v T M BLECUA Antología d e l a poesía española. Poesía d e t i p o t r a d i c i o n a l , M a d r i d ,
,956, núms. 50, 99, ,07, ,78 y 190), "¿Cómo queréis, m a d r e . . . ? " (P. HENRÍQUEZ
UREÑA L a versificación i r r e e u l a r e n l a poesía c a s t e l l a n a M a d r i d íaaa p I T I )
" N a m quero ser m o n j a , m a d r e . . . " d e l anónimo A u t o d e d o m F e r n a n d o (Autos
P o r t u e u e s e s d e G i l V i c e n t e y d e l a e s c u e l a v i c e n t i n a ed. C Michaélis de Vascon-
celos M a d r i d !Ü22 P x v Agradezco a M a r g i t F r e n k A l a t o r r e l a gentil ayuda que
me ¿restó para r e u n i r este material). O t r o testimonio de l a canción castellana de
m o n i a pesarosa es su presencia en el romancero p o p u l a r hispanoamericano (cf p o r
ejemplo M O Y A , R o m a n c e r o , t. 2, p p . 293-294) y en e l cancionero i n f a n t i l <S.' CÓR-
noüA C a n c i o n e r o español i n f a n t i l t 1 Santander io¿8 DD QÁ-OK- M O Y A OP r i t
pp 234-235- versiones argentina y chilena) D e m e d i a d o ; d e l siglo x v i datan varias
pfezas n o populares- los vs 651 ss d e l Sermón d e a m o r e s de Cristóbal de Castillejo
f i ^ 2 tonto r m á s retardatario en su pensamiento que en su arte mantienen la actitud
medieval c W ú n más b u r l o n a que compasiva Sebastián de• Uovoíco en unas décimas a
nombre d e " m ^ ^ eco en prosa ( C a n c i o n e r o " d A M Camero
v T M Asensio Sevilla X A P P 80 v 27o si > s i n dejar de reconvení'lalivlancíad
de l a m o n a reconoce e l daño d i f d ^ a J dbün T^Z^tíli^ta MuchTmás
sent.daTson'^^^^
mista P e d r o de I erma ( C a n c i o n e r o d e o b r a s d e b u r l a , P r o v o c a n t e s a r i w ed I TTsoz
™Río, M a d r i d ^ ^ ^
de d o ñ a G a r o z a n o se a p o y a e n n i n g u n a fuente docta, q u i z á e n n i n g u n a
d e t e r m i n a d a fuente libresca, y hace c u l m i n a r e l debate o r i e n t a l p o r
fábulas y apólogos en l a situación temática de u n a c a n c i ó n p o p u l a r .
E n l a breve a v e n t u r a siguiente, " D e c o m o T r o t a c o n v e n t o s f a b l o c o n l a
m o r a d e p a r t e d e l A r c i p r e s t e e de l a respuesta q u e le d i o " (1508 s s . ) ,
J u a n R u i z , desasiéndose de t o d a p r e v i a f o r m a l i t e r a r i a , r e c o r t a e n su
a m b i e n t e c o t i d i a n o u n trozo de v i d a q u e vierte e n l a f o r m a más ajus-
tada a su c a p a c i d a d poética: l a d e u n a escena sola, s i n j u e g o dramático,
sin d o m i n i o de u n a v o l u n t a d sobre o t r a ; u n p e q u e ñ o debate, a l fin.
P e r o a q u í l a esencia estática d e l debate c u a d r a í n t i m a m e n t e con l a
oposición i r r e c o n c i l i a b l e de l a m u c h a c h a m o r a a las solicitaciones peca-
minosas d e l m u n d o c r i s t i a n o , y l a a d m i r a b l e ejecución c o m p e n s a vivaz-
m e n t e l a f a l t a de v e r d a d e r o m o v i m i e n t o i n t e r i o r . C o n t a i m a d a garru-
lería, T r o t a c o n v e n t o s p r o d i g a los n o m b r e s amistosos - d o s veces " a m i g a " ,
tres veces " f i j a " en las tres coplas 1509-1511—, finge dolerse c o n afectuoso
r e p r o c h e d e l l a r g o t i e m p o pasado s i n v e r l a , y regocijarse c o n su b u e n a
f o r t u n a , encarece los dones d e l galán, y t r a t a de i n s i n u a r s e e n e l á n i m o
ción a l Sermón d e a m o r e s de Castillejo ( B A A E E , t. 32, p. 147), y Horozco (Cancione-

ro, ed. cit., p. 219) incluye con el epígrafe: "Agenas. Sigúese una glosa que dizen aver
compuesto una monja, o a lo menos se le atribuye, sobre la canción vieja que comienza
A la mia gran pena f o r t e . . . " Parecido tono emotivo tienen las quejas de la monja
en el A u t o d e las c o r t e s d e la M u e r t e , 1557, de M i c a e l de Carvajal y L u i s H u r t a d o
(BAAEE, t. 35, pp. 16& ss.). C o n diversa orientación el tema resurge en E l si de
las niñas, I I , 5, en L a H e r m a n a San S u l p i c i o , en " L a monja gitana" de Federico
García Lorca, mientras A n t o n i o Machado en su composición " E n tren" alude a la
canción infantil peninsular. L a canción de monja pesarosa no tiene, por supuesto,
la menor intención de atacar a l monasticismo cristiano; h a brotado de una actitud
antes festiva que sentimental —según revelan los deseos bastante arriscados que
expresan las pesarosas-, la cual torna en burla l a cuita de l a monja sin vocación,
apuntando a veces a l abuso muy frecuente en la E d a d M e d i a de hacer profesa:
a niños de corta edad p o r imposición de los padres o tutores (cf. E . POWERS,
M e d i e v a l éeonle. H a r d m o n d s w o r t h í c m p >ja\ L a E d a d M o d e r n a , acuciada por
la Contrarreforma (según demuestra fray luán de Pineda A g r i c u l t u r a c r i s t i a n a I I ,
18 SS 12-13 que a aba las medidas del Concilio de T r e n t e para atajar el "grande
engaño del demonio" de hacer entrar en religión niñas pequeñas), plantea más
gravemente el problema de la validez de los votos contraídos sin l a suficiente libertad
o responsabilidad, y simpatiza más con l a víctima de l a vocación forzada: de ahí
el tono patético de varias composiciones no puramente líricas del sieio xvi E n
Francia el problema suscitó reflexión seria y continua y culminó literariamente al
calor del iluminismo, favorecedor de los derechos de l a persona, en L a Religi'euse
de Diderot (cf. G . M A Y , D i d e r o t e t " L a R e l i g i e u s e " , N e w Haven-Paris, 1954, pp.
ni • aorée-uese a los textos ahí reunidos L A FONTAINE C o n t e n IT 16 Prólowv
L e t t es J r t u e a i s e s l 1) Manzoni devoto católico trazó con honda simpatía a í S - '
tica en / Promessi s¿os l a figura siniestra de la monja en verdad deserrada por el
egoísmo i n m o r a l c o n q u e hi L r i l i a ha forzado suTocación E l D r Hans H Franke
m e hTllarrTadcTíaTtenctón sobre el drama chino anónimo'(hacia el siglo xvi) con-
ñervado e n muchasTersione M K u Ssu Fan U n a monja anhela el mundo" muv
afín en espíritu v tono aTa^candón medleyal v a la fSktórica pues asimismo expíe!
sa el rencor de la protagonista ^ u s a d e r i e mña hac a sus padres e l t e d T p o * los
quehacer^^ r i t L l e s el llmento por su a b d l e r T c o S el d l e o ke tener marido
aunque^^ lT maltrate' al fiTTamonia decide e^cap^v en alguna, versiones Z c u e n '
ira un moSe huido con' el c T e s e ^ c l T ^ C ^ t ^ H ^ ^ ' Famom
Chínese X ^ s PdpTng T 4 Q pp ,10 « V cf la canciónTañera de iguaf desenlace
"L'autóe- un lundi Satín " en BARTSCH Romanceé T l a ^ s T o u r e l es I núm
«¡' L a afinidad
monasticlmo se explka por haberTurgido é n T a s circuns
budTsta anda paralelas
circunstancias paralelas del
dS
68 MARÍA ROSA O D A DE M A L K I E L NRFH, XIII
de l a m u c h a c h a a c u m u l a n d o léxico y fórmulas a r a b i z a d a s " , hasta q u e ,

p e r d i d a l a p a c i e n c i a , h a b l a f r a n c a m e n t e e n u n ú l t i m o compás de espera.
L a m o r a ataja t a n v a r i a d o juego c o n las c u a t r o lacónicas respuestas e n
su l e n g u a , h á b i l m e n t e colocadas a l final de cada c o p l a l l e n a d a c o n l a
c h a r l a t e n t a d o r a de l a m e d i a n e r a , c o m o sonoros acordes que m a r c a n
su i n e x p u g n a b l e v o l u n t a d . Nótese t a m b i é n q u e , así c o m o las m o n j a s
toledanas o d o n G i l de A l b o r n o z q u e d a n ensalzados a l r e c i b i r el j u i c i o
adverso de d o n A m o r y de los clérigos d i s o l u t o s , de i g u a l m o d o l a q u e j a
de T r o t a c o n v e n t o s sobre e l difícil acceso de l a m u c h a c h a subraya su
virtuoso retiro.
D i s t i n t o e n estructuración, e l breve e p i s o d i o t a m b i é n contrasta m i n u -
ciosamente c o n el de doña G a r o z a e n c u a n t o a l c o n t e n i d o . S i e n éste,
J u a n R u i z b r i n d a extensa y r e p e t i d a m e n t e los supuestos de l a a v e n t u r a ,
en a q u é l los reduce a tres versos ( i ^ o 8 a b c ) ; si los amores de l a m o n j a
a p a r e c e n c o m o consecuencia d e l lance f r u s t r a d o de l a b e l l a devota y
c o m o causa i n d i r e c t a d e l de l a m o r a , éste g u a r d a sólo esa escasa c o n e x i ó n
con e l a n t e r i o r y n i n g u n a con l o q u e sigue, pues es l a ú l t i m a empresa
en q u e figura T r o t a c o n v e n t o s - e s p e c t a c u l a r m e n t e d e r r o t a d a . S i l a his-
t o r i a de d o ñ a G a r o z a está p r o l o g a d a y e p i l o g a d a c o n l a enfática con-
sideración de los pros y contras d e l a m o r de m o n j a s , l a de l a m o r a es
l a ú n i c a h o r r a de moralización, a u n q u e n o de m o r a l , pues el ú l t i m o
verso d e l a estrofa i n t r o d u c t o r i a - e l verso q u e suele l l e v a r e l peso afo-
rístico de l a c u a r t e t a - c o n t r a p o n e s o b e r b i a m e n t e l a a m a d a silenciosa e
i n t a c h a b l e a l p o e t a verboso y p e c a d o r ( " e l l a fizo b u e n seso, y o fiz m u c h o
c a n t a r " ) m e d i a n t e sus dos frases simétricas y asindéticas, en las q u e u n
m i s m o v e r b o ("fiz", "fizo") se carga i n e s p e r a d a m e n t e de d i s t i n t o sen-
t i d o . D i c h o s rasgos c r e a n u n interesante contraste entre l a a p a r i e n c i a
de l a m o n j a , e q u í v o c a hasta e l final, y l a i n e q u í v o c a p o s t u r a de l a
m o r a desde e l p r i n c i p i o , contraste q u e se refleja t a m b i é n e n l a g r a t a
l o c u a c i d a d de l a p r i m e r a en l a afición a l u c i r su b e l l a p a l a b r a ( " m u -
chas fablas sabedes", reconoce T r o t a c o n v e n t o s , 1498(2, v e n c i d a p o r su
i n t e r l o c u t o r a e n l a esgrima d e l a p ó l o g o ) y hasta e n su c a p a c i d a d de escri-
b i r u n a " f e r m o s a respuesta", e l famoso b i l l e t i c o de m o n j a (14986), frente
a las c u a t r o frases descarnadas de l a m o r a , c u y a l e n g u a e x t r a ñ a simbo-
l i z a e l d e l i b e r a d o a l e j a m i e n t o de l a m u c h a c h a . L a d e l i c a d a figura de
5 7
E l árabe imperfecto de las respuestas de la mora (cf. H . B . RICHARDSON,
A n e t y m o l o g i c a l v o c a b u l a r y . . . , p . 240) testimonia el conocimiento o r a l , nada eru-
dito, que J u a n R u i z compartiría con todo su a u d i t o r i o , condición imprescindible
para el efecto d e l trozo. Es importante notar que en las palabras de Trotaconventos
el poeta ha concentrado arabismos en u n a proporción inusitada (interjección y a ,
c o d r a , albalá, laúd, según CEJADOR, O a l a u d según J . OLIVER ASÍN, " L a expresión
a l a u d en el L i b r o d e b u e n a m o r " , A l A n , 21, 1956, 212-214) y por única vez en todo
el L i b r o ha usado repetidamente C r i a d o r , designación de 'Dios' m u y adecuada a
los moros y judíos ya que aleja toda identificación con las personas cristianas de la
T r i n i d a d ; cf. los versos en que Antón de M o n t o r o alega en prueba de la buena fe
de su conversión el rezar a l a V i m e n v no i u r a r más Dor el C r i a d o r ¡Cancionero ed
E Cotarelo y M o r i M a d r i d iqoo núm «6 P qq " , O h R o p e r o amargo triste /
-
que no sientes tu dolor! / Setenta años "que nacíate / y en todos siempre' dixiste /
T n v i o l a t a bermanúste I v nunca iuré a l Criador'"! L a optación de i r , n a ("¡si el
C r i a d o r v¿s de paz con salud!" posiblemente refleje u n a fórmula de cortesía árabe,
así como la fig-ura etimológica de í K i i r ("aducho bueno vos aduen'"! posiblemente
sugiera u n sintagma característico de las lenguas semíticas.
d o ñ a G a r o z a , a l a vez v i r t u o s a y f r i v o l a , surge l e n t a m e n t e de los p r e l i -

m i n a r e s de su e p i s o d i o , de sus variadas reacciones a l o l a r g o d e l largo
debate, de las reacciones de l a vieja y d e l e n a m o r a d o , de l a sorpresa de
la entrevista final. L a r e c i a figura de l a m o r a b r o t a de u n a p i e z a de sus
c u a t r o negativas y de las palabras t a n astutas c o m o ineficaces, esta vez,
de T r o t a c o n v e n t o s . A b u e n seguro, las juglaresas moras p a r a quienes
J u a n R u i z c o m p u s o t a n t a cántica (15136) n o serían dechado de v i r t u d ;
sin e m b a r g o , e l poeta elige a u n a m o r a p o r h e r o í n a de l a más densa
versión de l a a m a d a zahareña, y l a caracteriza c o n u n a r i q u e z a y p r i m o r
i n c o m p a r a b l e s c o n las borrosas siluetas de las amadas cristianas. C r e o
q u e esta p e c u l i a r i d a d sólo p u e d e explicarse c o m o v o l u n t a r i o embe-
l l e c i m i e n t o d e l m u n d o m u s u l m á n , de i g u a l sentido - a u n q u e expre-
sado e n p l a n o social h u m i l d e y a c e n t u a n d o sólo l a s u p e r i o r i d a d m o r a l -
q u e e l q u e o p e r a d o n J u a n M a n u e l a l d e s l u m h r a r a sus lectores c o n
visiones de l a fastuosa cortesanía de los reyes hispanoárabes. A m b o s son,
en efecto, l a expresión l i t e r a r i a más perfecta d e l i m p a c t o árabe en l a
v i d a castellana de m e d i a d o s d e l siglo x i v , y e l p r i m e r paso e n el largo
trayecto de su idealización nostálgica.
APÉNDICE: L A PRISIÓN D E L A R C I P R E S T E
L a a p o s t i l l a final d e l ms. S, " E s t e es e l l i b r o d e l A r c i p r e s t e d e H i t a , e l q u a l

c o n p u s o s e y e n d o preso p o r m a n d a t o d e l c a r d e n a l d o n G i l , a r ç o b i s p o de T o l e -
d o " , si n o e m a n a d e l c o p i s t a A l f o n s o de P a r a d i n a s , es p o r l o m e n o s p o s t e r i o r
a d i c i e m b r e d e 1350, fecha e n q u e e l p r e l a d o e n c u e s t i ó n fue c r e a d o c a r d e n a l .
S o b r e e l c r é d i t o q u e merece l a a p o s t i l l a , t é n g a n s e e n c u e n t a los errores seña-
l a d o s s u p r a , p . 22, n o t a 14, y a d e m á s los h e c h o s siguientes:
/) D o n G i l o b t u v o e l a r z o b i s p a d o d e T o l e d o e n 1338, de suerte q u e e l
L i b r o , a c a b a d o e n 1330 (ms. T , i 6 3 a f e ) , n o p u d o ser " c o m p u e s t o " d u r a n t e
4
esa p r i s i ó n . D e ahí q u e , p a r a m a n t e n e r a l g ú n v a l o r a l a glosa, se p r e s u m a q u e

c o m p u s o está l a x a m e n t e e m p l e a d o p o r ' a c a b ó ' (lo q u e c o n c u e r d a c o n l a v a r i a n -
te d e l m i s m o ms. S. e n 16346: " f u e c o m p u e s t o " , d o n d e e l ms. T , m á s a n t i g u o ,
trae " f u e a c a b a d o " ) , y se refiere a l a r e v i s i ó n d e 1343, c u y o s agregados h a b l a n
d e p r i s i ó n ( i d , sd, §d, 1674/) y d e e n e m i g o s (7<2, 10c). D e todos m o d o s , q u e d a
e n p i e e l e r r o r d e d e s i g n a r c o m o c a r d e n a l a d o n G i l y a e n 1343.
2 ) D o n G i l i n t e r v i e n e e n 1340 e n l a b a t a l l a d e S a l a d o ; e n 1341 cerca a
5 8
B a z a ; a c o m i e n z o s de 1342 v a a B u r g o s a r e c a u d a r f o n d o s p a r a l a c a m p a ñ a
5 9
d e A l g e c i r a s , y desde m e d i a d o s d e l m i s m o a ñ o se h a l l a e n J e r e z de l a F r o n t e r a
r e c l u t a n d o t r o p a s ; pasa a F r a n c i a a t r a m i t a r u n e m p r é s t i t o , y allí q u e d a hasta
d e s p u é s d e agosto d e 1343 ; o f i c i a e n l a m e z q u i t a c o n s a g r a d a de A l g e c i r a s
o 0
a fines de m a r z o de 1344 ( J A R A , p . 112), y p a r t e a S e v i l l a , d o n d e i n t e r v i e n e

e n las a l i a n z a s c o n F r a n c i a e I n g l a t e r r a e n 1 3 4 5 . A s í , p u e s , desde 1339 (en
e1
q u e c o n v o c a e l c o n c i l i o de T o l e d o ) hasta 1345 (en q u e c o n v o c a e l c o n c i l i o de

A l c a l á ) , d o n G i l s e c u n d a a r d u a m e n t e a A l f o n s o X I e n l a R e c o n q u i s t a , reside
Crónica d e d o n A l f o n s o O n c e n o , ed. F . Cerdá y R i c o , M a d r i d , 1787, cap. 254,

5 8
pp. 443 ss.

A . JARA, A l b o r n o z e n C a s t i l l a , M a d r i d , 1914, p. 96, q u i e n sigue a BALTASAR
5 0
PORREÑO, V i d a y h e c h o s hazañosos d e l g r a n C a r d e n a l d o n G i l d e A l b o r n o z , Cuenca,

1626.
6 0
Crónica..., cap. 266 y 270, p p . 472 y 489, y cap. 306, p. 561.
« G . D A U M E T , Étude s u r l ' a l l i a n c e d e l a F r a n c e e t d e l a C a s t i l l e a u x i v ' e t a u
x v " siècles, Paris, 1898, p p . 12 ss., 135 ss., 149 ss., 153 ss.
7o M A R Í A ROSA L I D A DE M A L K I E L NRFH, XIII
p o c o o n a d a e n su diócesis, y es m u y d u d o s o q u e se a p l i c a r a a v i g i l a r l a m o r a l
d e sus sufragáneos, m e n o s q u e n u n c a d u r a n t e los a ñ o s 1342 y 1343, q u e
c o r r e s p o n d e n a l a c a m p a ñ a d e A l g e c i r a s . P u e d e s u p o n e r s e q u e , e n a u s e n c i a de
d o n G i l , J u a n R u i z fuese e n c a r c e l a d o p o r l o s eclesiásticos a c a r g o de l a d i ó c e -
sis, p e r o entonces de los c u a t r o d a t o s de l a g l o s a , tres r e s u l t a n e q u i v o c a d o s , l o
q u e n o t i e n d e a c o r r o b o r a r l a e x a c t i t u d d e l c u a r t o . Estas s u p o s i c i o n e s r e c u e r -
d a n l o s s u b t e r f u g i o s p a r a d e f e n d e r l a i n t e r p r e t a c i ó n l i t e r a l de 4930: " Y o vy
e n c o r t e de R o m a " , q u e es u n t ó p i c o d e l a sátira g o l i a r d e s c a (cf. L E C O Y .
p. 241).
/ ) S e g ú n J a r a , p . 184, e l 16 d e a b r i l d e 1342 d o n G i l t u v o e n T o l e d o u n
s í n o d o " q u e a g r a v ó las p e n a s i m p u e s t a s a los c o n c u b i n a r i o s " y r e g u l ó " e l m o d o
d e p a g a r a l a m i t r a los d i e z m o s d e l g a n a d o " , l o q u e , s a l v o l a d i s c r e p a n c i a e n
l o s días, c u a d r a a m a r a v i l l a c o n l a C á n t i c a d e los clérigos de T a l a v e r a , c o m o
a p u n t a L E C O Y , p . 235, y a p r u e b a M E N É N D E Z P I D A L , Poesía j u g l a r e s c a . . ., p . 206,
n o t a 2, y a d e m á s hace p l a u s i b l e l a p r i s i ó n de J u a n R u i z e n 1343. D e s g r a c i a -
d a m e n t e , las colecciones de c o n c i l i o s d e M a n s i , T e j a d a y H e f e l e n o saben
n a d a d e t a l s í n o d o , y las dos ú n i c a s c o n s t i t u c i o n e s q u e d a a c o n o c e r J a r a
m u e s t r a n m u y c u r i o s a c o i n c i d e n c i a c o n l a p r i m e r a y l a ú l t i m a d e l c o n c i l i o de
A l c a l á q u e d o n G i l r e u n i ó e n 1 3 4 7 ; agregúese que e l equívoco título de l a
62
p r i m e r a c o n s t i t u c i ó n d e l c o n c i l i o de A l c a l á d e 1347, " D e u i t a et h o n é s t a t e
c l e r i c o r u m " (que e n v e r d a d r e g l a m e n t a e l s o m b r e r o de viaje p a r a e l a l t o c l e r o )
ya i n d u j o a e r r o r a H e f e l e , q u e l o p a r a f r a s e a c o m o si r e g l a m e n t a s e l a c o n d u c -
t a de los e c l e s i á s t i c o s . M e t e m o , pues, que: e n l a n o t i c i a d e J a r a sobre e l s í n o d o
63
d e 1342, ú n i c o e n e l q u e d o n G i l se h a b r í a o c u p a d o e n los clérigos c o n c u -

b i n a r i o s , h a e n t r a d o p o r m u c h o s u a n s i a de d a r base histórica a l L i b r o d e
b u e n a m o r , q u e le h a l l e v a d o a f r a g u a r c o n s i n i g u a l d e s p a r p a j o l a m i n u t a
d e l a s u p u e s t a sesión d e l c a b i l d o d e T a l a v e r a ( p p . 172 s s ) . , e x t r a c t a d a d e las
c o p l a s 1690 ss., y las p r o v i s i o n e s d e l c o n c i l i o d e T o l e d o de 1339 ( p p . 176¬
177): " E n t r e las c o r r e c c i o n e s d i s c i p l i n a r i a s i m p u e s t a s p o r esta a s a m b l e a , figura
l a d e e n c a r c e l a r a l r e g o c i j a d o A r c i p r e s t e , p o r t a d o r d e las cartas y a u t o r d e l a
c a n c i ó n de e s c a r n i o " . J A R A (p. 184) escribe t a m b i é n q u e l a p i n t u r a d e las
m o n j a s m u n d a n a s e n e l B u e n a m o r ( c o p l a s 1241, 1255 ss., 1332 s s . ) c o r r e s p o n d e
a l a s i t u a c i ó n a n t e r i o r a l c o n c i l i o d e 1339, y l a de las m o n j a s austeras (1307
s s . ) a l a p o s t e r i o r a l s í n o d o de 1342 ( a d m i t i e n d o , a l a vez, q u e n o se sabe n a d a
s o b r e c ó m o d o n G i l d i s c i p l i n ó a las m o n j a s ) p e r o , d e todos m o d o s , este ú l t i m o
pasaje n o es de los agregados e n l a r e v i s i ó n d e 1343, de suerte q u e y a estaba
e s c r i t o e n 1330.
4 ) P o r o t r a p a r t e , N i c o l á s A n t o n i o " , a l h a b l a r de l o s escritos de d o n G i l ,
4
r e l a c i o n a p u n t u a l m e n t e las c o n s t i t u c i o n e s de 1339 y 1345 c o n los respectivos

concilios, p e r o m e n c i o n a sin r e l a c i o n a r c o n n i n g ú n sínodo o concilio u n a C o n s -
t i t u t i o n e m c o n t r a c l e r i c o s c o n c u b i n a r i o s , f e c h a d a e l 15 de a b r i l de 1342. Sos-
p e c h o q u e este escrito a c o m p a ñ a b a s e n c i l l a m e n t e l a c a r t a q u e e l austero B e n e -
d i c t o X I I l e h a b í a d i r i g i d o desde A v i ñ ó n , e l 20 d e e n e r o de ese a ñ o , c o n m i -
n á n d o l e a él y a los a r z o b i s p o s de B r a g a , C o m p o s t e l a y S e v i l l a a castigar r i g u -
r o s a m e n t e a los clérigos c o n c u b i n a r i o s . L o s vs. 1693& ( "
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esta c o n s t i t u c i ó n " ) y 16960! ( " [ q u e r r í a q u e ] a p e l l á s e m o s d e l p a p a e n t e l R e y

d e C a s t i l l a " ) - q u e n o r e f l e j a n l i t e r a l m e n t e las v e r s i o n e s c o n o c i d a s d e l a
6 2
J . T E J A D A Y RAMIRO, Colección d e cánones y d e t o d o s l o s c o n c i l i o s d e l a iglesia
d e España y d e América, M a d r i d , 1859, t. 3, p. 591; t. 6, p. 72.
6 3
H i s t o i r e des c o n c i t e s , trad. D o m H . Leclercq, París, 1915, t. 7, 2* parte, p. 900
y, a su zaga, H . J . W U R M , C a r d i n a l A l b o r n o z , d e r z w e i t e Begründer des K i r c h e n ¬
s t a a t e s , P a d e r b o r n , 1892, p. 23.
« B i b l i o t h e c a H i s p a n a V e t u s , t. 2, M a d r i d , 1788, p . 169, n . 1.
6 5
C . BARONII, O . RAINALDI, J . LADERCHII, A n n a l e s e c c l e s i a s t i c i , Barrí Ducis, 1872,
t. 25, p p . 275-276.
C o n s u l t a t i o s a c e r d o t u m - f a v o r e c e n l a c o n j e t u r a de q u e l a causa d e l r e v u e l o fue
l a c a r t a de B e n e d i c t o X I I , t r a n s m i t i d a p o r d o n G i l . A s í c a l a m o s l a génesis
d e l a d i s c u t i d a glosa. P u e s s i , c o n t r a l o n a r r a d o e n e l t e x t o , e l e s c r i b a d e S
i n t r o d u j o e n los e p í g r a f e s a l A r c i p r e s t e c o m o e n a m o r a d o de d o ñ a E n d r i n a , ¿qué
m u c h o q u e l o identificase c o n e l a r c i p r e s t e l i b i d i n o s o , p o r t a d o r de " l a s c a r t a s "
de d o n G i l e n l a C á n t i c a d e los clérigos de T a l a v e r a , agregada e n 1343, y l e
h i c i e s e e n c e r r a r p o r su p r e l a d o e n l a p r i s i ó n q u e t a m b i é n h a l l a b a m e n c i o n a d a
e n las poesías a ñ a d i d a s e n 1343? Se n e c e s i t a b a u n l e c t o r m á s a t e n t o de l o q u e
d e m u e s t r a h a b e r s i d o q u i e n b o r r a j e ó l a f a m o s a a p o s t i l l a p a r a a d v e r t i r q u e el
a r c i p r e s t e q u e l l o r a a l traer las cartas d i s c i p l i n a r i a s es i n s e p a r a b l e de los a r c i -
prestes e n a m o r a d o s a q u i e n e s se d i r i g e d o ñ a C u a r e s m a (1069c), d e los q u e
a n d a n e n el s é q u i t o de d o n A m o r (12456), de los q u e h a b l a n e n secreto c o n
d u e ñ a s e n e l mes p r i m a v e r a l p a r a advertir, en suma, la intención
satírica a c u m u l a d a sobre e l cargo, y a cjue n o sobre l a p e r s o n a d e l a u t o r . 6 0
E n c u a n t o a l a p r i s i ó n m e n c i o n a d a e n los agregados d e 1343, creo q u e fue

B A T T A G L I A , " I I L i b r o . . .", p . 722, n o t a 1, e l p r i m e r o e n o b s e r v a r q u e el p o e t a
" p o d r í a a l u d i r a u n a p r i s i ó n i d e a l " ; SFITZER, " Z u r A u f f a s s u n g . . .", p p . 255 ss.,
h a r e u n i d o e j e m p l o s de l a B i b l i a y l a l i t e r a t u r a l a t i n a m e d i e v a l l a t i n a y r o m a n -
ce q u e d o c u m e n t a n l o c o r r i e n t e d e l t ó p i c o d e v o t o d e l a " p r i s i ó n " y de l a
súplica a l a V i r g e n p a r a l i b r a r de ella a l poeta; e n español p u e d e n recordarse
B e r c e o , L o o r e s a l a V i r g e n , 1186c, ig8rf, 2310! y M i l a g r o s , 620c, y el m i s m o
J u a n R u i z , i666¿. L E C O Y , p p . 331-332, h a d e m o s t r a d o e l carácter t ó p i c o de l a
o r a c i ó n de las c o p l a s 1 ss.; a g r e g ú e s e q u e s u h e c h u r a - c o p l a s de c u a d e r n a v í a
c u y o ú l t i m o verso r e p i t e l a q u e j a e n p r i m e r a p e r s o n a , a m a n e r a de e s t r i b i l l o -
t i e n e u n p r e c e d e n t e e x a c t o e n l o s L o o r e s d e l a V i r g e n , 78 ss., y e n el P o e m a
d e Fernán González, 105 ss., y q u e los " t r a y d o r e s " y " m e s c l a d o r e s " q u e e l
p o e t a teme y m a l d i c e (es. 7a!, 1 0 c ) t a m b i é n p u e d e n e n t e n d e r s e e n s e n t i d o
t e o l ó g i c o : cf. B e r c e o , S a n t o D o m i n g o , >j68d; M i l a g r o s , 187a, 197c ("los falsos
t r a y d o r e s " ) , 202, 259c, 8410; L o o r e s , 4 c ("los falsos l e s o n g e r o s " ) , y el m i s m o
J u a n R u i z , i666g/z: " e l d i a b l o . . . / c o n s u o b l a e n g a ñ o s a " ; 1716c: " p e c a d o
[ ' d i a b l o ' ] e n g a ñ a d o r " . E s s i g n i f i c a t i v o q u e e l e s c r i b a d e S, n a d a r e a c i o a f a n -
tasear e n los epígrafes e n s e n t i d o i n g e n u o , n o v e a a l u s i o n e s biográficas e n
d i c h o s p o e m a s . E l A v e m a r i a , c o p l a s 1661 ss., t a m b i é n a ñ a d i d o e n S, i m p l o r a
l a p r o t e c c i ó n d e l a V i r g e n c o n t r a l a " g e n t e m a l i c i o s a " y e x a l t a su p o d e r de
l i b r a r a l h o m b r e de " c á r c e l p e l i g r o s a " e n l o s t é r m i n o s m á s generales; a s i m i s m o
es d e c a r á c t e r g e n e r a l l a C á n t i c a d e l o o r e s (1668 s s . ) , c u y a s dos p r i m e r a s
c o p l a s l o a n a l a V i r g e n e n a b s t r a c t o , y las restantes r u e g a n q u e g u a r d e a l
p o e t a " d e l i s y o n , / d e m u e r t e e d e o c a s i ó n " y h a b l a n d e sus a g r a v i o s " e n esta
c i b d a d " l a c i u d a d terrenal p o r oposición a l a de D i o s según i n t e r p r e t a Spitzer
e n e l l u g a r c i t a d o (cf. L o o r e s , ^ i c d , d o n d e B e r c e o ' s o l i c i t o l a p r o t e c c i ó n d e l a
6 8
E l fantaseo pseudobiográfico sin más base que las poesías mismas no se ha
cebado exclusivamente en J u a n R u i z : asi está confeccionada gran parte de las v i d a s
y r a z o s (cf. J . BOUTIÉRE y A . H . SCHUTZ, B i o g r a p h i e s des t r o u b a d o u r s , Toulouse¬
Paris, 1950, p p . x v s s . ) . T a m b i é n aconseja cautela el caso de Garcí Ferrández de
Jerena, de q u i e n el C a n c i o n e r o d e B a e n a u r d e u n a m a l i g n a biografía en los epígrafes
que antepone a sus poesías (núms. 555 a 565), las cuales son bonitas cantigas, devo-
tas o amorosas, y sin el menor asidero concreto p a r a las hablillas de los encabeza-
mientos. - C o m o fantasía pseudoerudita, vuelvo a a p u n t a r e l artículo de F . CAJPECCHI,
" I I L i b r o d e b u e n a m o r . . . " , q u i e n dejando m u y atrás la apostilla de S, nos i n f o r m a
que J u a n R u i z , persona de confianza de d o n G i l de A l b o r n o z y encargado de llevar
sus cartas a la colegiata de T a l a v e r a , fue condenado p o r éste en su vejez (bien que
dejó su retrato j u v e n i l en las coplas 1485 s s . ) a l a larga prisión p o r sus malas costum-
bres, que asoman en la alusión a la casa pública de T o l e d o (1306a) y en la alusión
obscena de la copla 1630 —ambas descubrimiento exclusivo del señor Capecchi— y,
sintiéndose cercano a la muerte, se vengó agregando a l L i b r o l a Cántica de los clé-
rigos de T a l a v e r a . H u e l g a n comentarios.
V i r g e n a l u d i e n d o c o n a l e g o r í a m o r a l i z a d a a l a h i s t o r i a d e l p a t r i a r c a José:
" T r a y m e d e l p e c c a d o d o yago e m b e b i d o , / preso so e n E g i p t o , los v i c i o s m e
a n v e n d i d o " ) . L a más p a t é t i c a de las C á n t i c a s de l o o r e s (1678 s s . ) e v i t a gene-
r a l i d a d e s y a c u m u l a las e x p r e s i o n e s d e d o l o r , p e r o n o c o n t i e n e m e n c i ó n a l g u n a
de cárcel o de e n e m i g o s : ¿no se t r a t a a q u í de q u e el p o e t a i n t e n s i f i c a l a h a b i -
t u a l p l e g a r i a a l a V i r g e n c o m o r e f u g i o de c u i t a s " , l a d e s p r e n d e p o c o a p o c o
7
d e g e n e r a l i d a d e s y acaba p o r p r e s e n t a r l a - c o n f o r m e a l a m a n e r a d i s t i n t i v a d e l
L i b r o - c o m o e x p e r i e n c i a p e r s o n a l ? M E N É N D E Z P I D A L (Poesía j u g l a r e s c a . . .,
p . 210, n o t a 1) hace h i n c a p i é e n l a frase " s i n m e r e s c e r " , c o n q u e e l p o e t a
e n c a r e c e su d o l o r (1674/, 1683a) y, c o m o K E L L E R M A N N (p. 233), l a j u z g a i n c o m -
p a t i b l e con l a interpretación de "prisión" y " c u i t a " e n sentido teológico;
p e r o i d é n t i c a i n c o m p a t i b i l i d a d se h a l l a e n t é r m i n o s generales e n l o s dos versos
i n m e d i a t o s i 6 6 8 d y 1669a: " n o n c a t a n d o su p e c a d o , salvas l o [ l a V i r g e n a s u
d e v o t o ] de a m a r g u r a . / / A y u d a s a l ynoçente con amor muy verdadero", y con
g e n e r a l i d a d s u b r a y a d a p o r e l u s o de e x p r e s i o n e s litúrgicas e n 1674e ss.: " d e
a q u e s t e d o l o r q u e s i e n t o / e n p r e s i ó n s y n m e r e s c e r , ¡ t u m e d e ñ a estorçer /
con el t u deffendimiento. / / C o n el t u deffendimiento, / n o n catando m i
m a l d a d / n i n e l m i m e r e s c i m i e n t o / mas l a t u p r o p i a b o n d a d : / q u e conmeso
e n v e r d a t / q u e so p e c a d o r
e r r a d o " , y íQ'jQj-hi " p e r o n o n so m e r e s c i e n t e , /
v e n g a a t i , Señora, e n m j e n t e / d e c o n p l i r m i p e t i c i ó n " (cf. B e r c e o , M i l a g r o s ,
7816 y g 6 $ d ; J . M a n r i q u e , C o p l a s p o r l a m u e r t e d e s u p a d r e , 39). O sea: e l
poeta, sin olvidar el concepto teológico cristiano del hombre como pecador
p o r esencia, se r e c o m i e n d a a l a V i r g e n , a l e g a n d o cjue fuers, de esa c o n d i c i ó n
esencial, no h a cometido falta y acaba l a súplica en el m i s m o t o n o general
r o g a n d o a l a V i r g e n q u e l e g u a r d e , n o de p r i s i ó n n i de e n e m i g o s , s i n o " d e
t a n f u e r t e t e n t a c i ó n " (1677c). E l c o t e j o de estas C á n t i c a s d e ' l o o r e s c o n los
versos d e P e r o L ó p e z de A y a l a , " Y o estaba e n c e r r a d o e n u n a casa escura " Ô S
es t e r m i n a n t e , m á x i m e p o r las dos c i r c u n s t a n c i a s d e ciue a u n t j u e e l C a n c i l l e r
h a b e r t e n i d o m u y p r e s e n t e l a lírica d e v o t a d e T u a n R u i z ( c o m o y a
n o t ó T . A . SÁNCHEZ, Colección..., t. i , p . 112), h a b l a de su e n c a r c e l a m i e n t o
e n t é r m i n o s i n e a u í v o c o s v d e ' e u e ' l u á n R u i z n o l o hace a u n o u e su estilo
p o é t i c o es i n f i n i t a m e n t e m á s c o n c r e t o y p i n t o r e s c o
E n s u m a : 1) las c i r c u n s t a n c i a s históricas c o n o c i d a s n o c o n f i r m a n l a n o t i c i a
s o b r e l a p r i s i ó n de J u a n R u i z , l a c u a l , c o m o b i e n v i o B a t t a g l i a , n o t a c i t a d a ,
p o d r í a ser s i m p l e c o n j e t u r a d e l a u t o r de l a glosa de S. 2 ) I n f e r i r d e las c o p l a s
agregadas e n 1343 q u e J u a n R u i z e s t u v o e n p r i s i ó n es m u c h o m á s a v e n t u r a d o
q u e i n f e r i r q u e d i a l o g ó c o n d o n A m o r , e s t u v o e n R o m a , e r a " v e l l o s o , pesco-
ç u d o " , etc. - y a q u e t o d o esto está a f i r m a d o c a t e g ó r i c a m e n t e - o, p a r a s a l i r d e l
B u e n a m o r , es m u c h o m á s a v e n t u r a d o q u e i n f e r i r de L o o r e s , s i ^ c d ("Acorri-
nos, s e n n o r a , sey n u e s t r a p a g a d a , / c a yaze e n g r a n t p e l i g r o l a n u e s t r a c a b a l -
g a d a " ) y 331 d , q u e G o n z a l o d e B e r c e o t o m ó p a r t e e n u n a t a q u e de c a b a l l e r í a
y e s t u v o preso e n E g i p t o , y d e l C a n t a r d e mió C i d , 81 ss., q u e R o d r i g o D í a z
d e V i v a r estafó a sus p r e s t a m i s t a s j u d í o s (y n o v e o p o r q u é los m o n j e s de S a n
P e d r o de C a r d e ñ a , q u e e x h i b í a n u n a d e las arcas d e l e n g a ñ o , h a n d e g o z a r de
m e n o s c r é d i t o q u e e l a u t o r d e l a g l o s a d e l ms. S, a u n q u e fuese e l c o l e g i a l
A l f o n s o de P a r a d i n a s ) . L o q u e sí se sabe c o n certeza es q u e e l r u e g o d e v o t o
p a r a l i b r a r s e de "esta p r i s i ó n " , e l d e b a t e c o n e l A m o r , l a r e q u i s i t o r i a c o n t r a
R o m a , el retrato d e l sanguíneo, l a v i d a c o m o batalla, E g i p t o c o m o lugar de
c a u t i v e r i o y e l e n g a ñ o de las arcas s o n t ó p i c o s l i t e r a r i o s . T a m p o c o d e s c u e n t o ,
p o r o t r a p a r t e , l a p o s i b i l i d a d d e q u e a l g u n a vez u n p o e t a a c o m o d a s e m á s o
N o sólo presente en las poesías devotas agregadas en 1343 ( i ss., i 6 A 8 e - g ,

6 7
1662g ss., 1668 ss., 1674 s s . ) , sino también en las ya existentes en la redacción de
1330 (cf. 1058&: " a mis coytas fagas aver consolación").
E d . A . F. Kuersteiner, N e w Y o r k , 1920, t. 1, coplas 754 ss. (ms. N ) .
6 8
m e n o s a d r e d e u n a situación v e r d a d e r a a u n a c o n s a g r a d a p o r l a t r a d i c i ó n l i t e -
r a r i a (cf. R F H , i , 1939, 284): p r o b a b l e m e n t e sea éste e l caso de l a C á n t i c a
de los clérigos de T a l a v e r a , d o n d e l a h o s t i l i d a d a las cartas d i s c i p l i n a r i a s n o
está p o r c i e r t o r e t r a t a d a d e l n a t u r a l , s i n o a través de l a C o n s u l t a t i o s a c e r d o t u m ,
a n t e r i o r e n m á s d e u n siglo, s e g ú n el b r i l l a n t e h a l l a z g o de M E N É N D E Z P I D A L ,
Poesía j u g l a r e s c a . . ., p p . 205 ss.
D e s p u é s d e e n v i a r a l a i m p r e n t a este a r t í c u l o , l l e g ó a m i s m a n o s e l d e l
señor D Á M A S O A L O N S O , " L a cárcel d e l A r c i p r e s t e " ( C u H , f e b r . 1957, 165-177),
según e l c u a l " h a y a l g o c o m o u n a p r e s e n c i a , u n c r u j i d o d e l i r i s m o r e p r e s a d o " a
lo largo d e l L i b r o d e b u e n a m o r . J u a n R u i z h a b l a , " s i n que p u e d a caber d u d a
a l g u n a , d e u n a a u t é n t i c a p r i s i ó n de c a l y c a n t o . . . L o s a r g u m e n t o s [de G O N -
Z A L O M E N É N D E Z P I D A L e n H G L H , 1, p . 477] q u e p r u e b a n l a p r i s i ó n s o n evi-
dentes e i n m e d i a t o s : e l t e x t o m i s m o d e l A r c i p r e s t e ; basta l e e r l o " ( p p . 166-167).
V e a m o s , pues, los a r g u m e n t o s de G . M e n é n d e z P i d a l . C u a n d o el p o e t a
h a b l a d e sí m i s m o , " l o hace s i n d a r c a b i d a a l a i m a g i n a c i ó n " ( H G L H , 1, p .
476). S e m e j a n t e p e c u l i a r i d a d c o n s t i t u i r í a u n a p r e m i s a i n m e j o r a b l e p a r a i n t e r -
p r e t a r l a p r i s i ó n c o m o cárcel d e c a l y c a n t o , p e r o es l i s a y l l a n a m e n t e insos-
t e n i b l e : e n p r i m e r a p e r s o n a , y s u b r a y a n d o q u e n o se t r a t a d e s u e ñ o o b o r r a -
c h e r a , J u a n R u i z d e s a r r o l l a su l a r g o debate c o n d o n A m o r (180 s s . ) , y a l
acabarlo, el ms. S - e l que según d o n R a m ó n M e n é n d e z P i d a l representa
l a r e c e n s i ó n d e 1 3 4 3 - agrega l a c o p l a 575, d o n d e e l a u t o r se n o m b r a solem-
n e m e n t e p a r a a u t e n t i c a r su c o l o q u i o c o n e l m a r i d o de d o ñ a V e n u s ; e n p r i m e r a
p e r s o n a y c o n i n d i c a c i ó n d e s u cargo, e l p o e t a , e n c o m p a ñ í a de s u c o m e n s a l ,
d o n J u e v e s L a r d e r o , r e c i b e l a c a r t a de d o ñ a C u a r e s m a (1068 s . ) , l u e g o ofrece
h o s p e d a j e a d o n A m o r t r i u n f a n t e (1260 s . ) y o b t i e n e sus c o n f i d e n c i a s (1303
s s . ) . G . M e n é n d e z P i d a l a p o y a su a f i r m a c i ó n c o n t r a s t a n d o e l r e t r a t o de d o n
M e l ó n (727 s . ) c o n e l d e l A r c i p r e s t e (1485 s s . ) . E l c o n t r a s t e carece de s e n t i d o ,
p o r q u e e l p r i m e r o a p e n a s ofrece u n rasgo físico ( b e l d a d ) , así c o m o e l s e g u n d o
apenas ofrece u n rasgo m o r a l ( v a l e n t í a ) ; e l p r i m e r o destaca e l l i n a j e y bienes,
el s e g u n d o n o los n o m b r a ; los d o s r e t r a t o s s o n i g u a l m e n t e e n a l t e c e d o r e s e
i g u a l m e n t e realistas (cf. 7 5 5 6 : e l o g i o de d o n M e l ó n p o r e n t e n d e r de p l e i t o s ,
y 1489&: e l o g i o d e l A r c i p r e s t e p o r e n t e n d e r d e j u g l a r í a ) , p e r o escogen d i s t i n t o s
aspectos, c o n f o r m e a l a d i s t i n t a s i t u a c i ó n e n q u e se i n s e r t a n . D e l a o b s e r v a c i ó n
de G . M e n é n d e z P i d a l (que e l d i s c r e t o D . A l o n s o o m i t e ) , d e b i d a m e n t e recti-
ficada, se d e s p r e n d e q u e e l B u e n a m o r , y c o n m u y e s p e c i a l c o n c i e n c i a e n l a
e d i c i ó n d e 1343, c o n t i e n e a l e g o r í a s expuestas e n p r i m e r a p e r s o n a c o m o sucesos
a c o n t e c i d o s a l a u t o r . E n l a p . 477 de l a H G L H l e e m o s : " J u a n R u i z explícita-
m e n t e nos h a b l a de p r i s i ó n e n e l c ó d . de S a l a m a n c a y s ó l o e n él. . S i esta
p r i s i ó n . . . designase l a v i d a t e r r e n a , m a l p o d r í a e x p l i c a r s e «en p r e s i ó n s i n
merescer». Y a u n resultaría, p e o r e x p l i c a r c ó m o J u a n R u i z p u e d e a t r i b u i r
su e n c i e r r o a «traydores* y « m e s c l a d o r e s » " . H e r e s p o n d i d o a todos estos re-
o a r o s e n las p á r i n a s i n m e d i a t a m e n t e a n t e r i o r e s s a l v o a l p r i m e r o o u e pasé
e n s i l e n c i o p o r p a r e c e r m e t a n flojo q u e n o m e r e c í a r e f u t a c i ó n ; p e r o c o m o es
éste e l D r i m e r o a e los a e r e s a d o s p o r D . A l o n s o c o m i e n z o p o r él m i e x a m e n
de l a a r g u m e n t a c i ó n de este ú l t i m o crítico
1) N o es e x a c t o q u e J u a n R u i z h a b l e d e p r i s i ó n s ó l o e n l a e d i c i ó n de
1343. L . S p i t z e r , e n s u e s t u d i o d e 1934, c i t ó y a l a c o p l a 787: " C o r a c o n q u e
quisiste ser p r e s o e t o m a d o / . . . posiste te e n p r e s i ó n e sospiros e c u y d a d o "
(cf. 1106: " n o n t e r n i a t a n t o s presos e l a m o r q u a n t o s t i e n " ) . D . A l o n s o
descarta l a c o p l a 787 p o r q u e e n e l l a e l uso de " p r e s i ó n " es figurado: n o c o n o z c o
m e j o r e j e m p l o d e r a z o n a m i e n t o c i r c u l a r . C o n v e n g o desde l u e g o e n q u e u n
escritor p u e d e e m p l e a r u n a m i s m a p a l a b r a ya en sentido recto, ya en sentido
f i g u r a d o ; e n l o q u e n o c o n v e n g o es q u e d e l e m p l e o figurado e n u n pasaje
i n e q u í v o c o de l a r e d a c c i ó n d e 1330 se siga n e c e s a r i a m e n t e e l e m p l e o recto e n
pasajes d i s c u t i d o s d e l a r e d a c c i ó n d e 1343. S i e n 1343 - v i e n e n a d e c i r G . M e -

n é n d e z P i d a l y D . A l o n s o - J u a n R u i z se refiere a l a c o n d i c i ó n t e r r e n a l d e l
h o m b r e , ¿por q u é n o h a b l ó d e e l l a e n 1330? L a r e s p u e s t a se e n c u e n t r a e n l a
p. 173 d e l a r t í c u l o d e D . A l o n s o , e l c u a l o b s e r v a c o n m u c h í s i m a razón q u e
" n o hay m o t i v o p a r a s u p r i m i r l e al p o b r e J u a n R u i z " el derecho de emplear
" p r i s i ó n " e n s e n t i d o t r a n s l a t i c i o e n 1330 y e n s e n t i d o r e c t o e n 1343: ¿por q u é
s u p r i m i r l e e n t o n c e s e l d e r e c h o de d e c i r u n a s cosas e n 1330 y otras e n 1343?
Si t o d o l o q u e e l p o e t a t e n í a p o r d e c i r se l o h a b í a d i c h o y a e n 1330, m a l p o d í a
h a c e r agregados e n 1343.
A d e m á s , a f i r m a D . A l o n s o q u e e n d i c h o s agregados l a q u e j a p o r l a p r i s i ó n
"es u n a o b s e s i ó n " (p. 167; cf. p . 170: " l a m i s m a o b s e s i o n a n t e c u i t a q u e ator-
m e n t a p o r todas partes a l p o e t a " ) . P u e s b i e n : e n l a n u e v a e d i c i ó n r e p r e s e n t a d a
p o r e l m s . S, J u a n R u i z r u e g a a D i o s y a l a V i r g e n q u e l e l i b r e n de p r i s i ó n
y c u i t a e n las c o p l a s 1-10, 1670-1683, y se q u e j a a l a V e n t u r a d e su t r i b u l a c i ó n
m o r t a l e n 1685-1689; n o se a c u e r d a p a r a n a d a d e cuitas y p r i s i o n e s e n e l
P r ó l o g o e n p r o s a , a u n q u e e n él h a b l a p r o l i j a y d i r e c t a m e n t e a l l e c t o r d e su
i n t e n c i ó n a l c o m p o n e r e l p o e m a ; t a m p o c o e n las c o p l a s i n t e r c a l a d a s 75, 90-92,
452, 575. 910-949* 1016-1030 (y estos d o s ú l t i m o s pasajes n o c o n d i c e n m u c h o
c o n l a a m a r g u r a d e l a s u p u e s t a p r i s i ó n ) , n i e n las d o s C á n t i c a s d e gozos a l a
V i r g e n (1635-1649), e n t o d o p a r a l e l a s a l a s d o s d e l a e d i c i ó n p r i m i t i v a (30-43),
c o m o e x p o n e n t e s d e l g é n e r o m a r i a n o e n c u y o c u l t i v o A m é r i c o C a s t r o ve n a t u -
r a l m e n t e p r u e b a de l a alegría d e l poeta, n o de su "obsesionante c u i t a " , n i
t a m p o c o e n e l A v e m a r i a glosado (1661-1667), q u e D . A l o n s o (p. 172) c a l i f i c a
r e p e t i d a m e n t e d e " j u b i l o s o " , n i e n l a c h i s p e a n t e C á n t i c a d e l o s clérigos d e
T a l a v e r a (1609-1709). E s falso, pues, q u e l a q u e j a p o r l a p r i s i ó n sea "obse-
s i o n a n t e " e n los agregados d e 1343.
E l A v e m a r i a g l o s a d o posee rasgos q u e n i n g u n o d e los d o s m e n c i o n a d o s
críticos a n o t a , p o r e s c r i b i r s i n d u d a d e p r i s a : a ) a u n q u e p e r t e n e c i e n t e a l a
r e d a c c i ó n d e 1343, c u a n d o , s e g ú n estos críticos, está J u a n R u i z s u m i d o e n " l o s
s u f r i m i e n t o s q u e a t o r m e n t a n su a n i m o ( p . 177) e n l a p r i s i ó n , es u n a poesía
j u b i l o s a , q u e e m p l e a e n f o r m a i n e q u í v o c a l a p a l a b r a cárcel p a r a e x p r e s a r
vina i m a g e n t e o l ó g i c a : n o p u e d e descartarse, e n c o n s e c u e n c i a , l a p o s i b i l i d a d
de q u e e n l a m i s m a época y e n el m i s m o presunto encierro o fuera de él,
J u a n R u i z c o m p u s i e s e otras poesías d e v o t a s c o n p a r e c i d o u s o d e prisión ;
b ) e n ese j u b i l o s o A v e m a r i a g l o s a d o J u a n R u i z r u e g a a l a V i r g e n q u e le
guarde de muerte vergoñosa (1063/*) y q u e l e a p a r t e d e gente m a l i c i o s a ,
/ cruel, m a l a , soberujosa ( i b b h i ) . D . A l o n s o se g u a r d a m u y s a b i a m e n t e d e
5
a s o c i a r estos r u e g o s c o n l a p r e s u n t a cárcel d e c a l y c a n t o ( a u n q u e es m a r c a d a
l a c o i n c i d e n c i a c o n l o s q u e d e necnoâsoaa 16705: [ q u e m e guardes] de
m u e r t e ; d : [guárdamej
7 d e t r a y d o r e s ; m e : [ q u e t o d o se t o r n e sobreJ los
m e s c l a d o r e s ), p o r l a s e n c i l l a r a z ó n d e q u e e n e l A v e m a r i a estos ruegos a l t e r n a n
con otros d e carácter evidentemente general y n o m u y adecuados para q u i e n
está s u f r i e n d o t o r m e n t o e n u n a cárcel (1663!;: " q u e m e guardes, l y n p i a r r o s a ,
/ de ffollya"; i 6 6 d - / : " t u m e g u a r d a de error, / q u e m y v i d a sienpre sigua
7
/ e n b o n d a d " ) , y d e q u e l a "gente maliciosa, / cruel, m a l a , soberujosa" de l a

c o p l a 1665, si p o r u n a p a r t e c o r r e s p o n d e a l o s " t r a y d o r e s " y " m e s c l a d o r e s " d e
7 d y 10c, d e n t r o d e l a m i s m a c o m p o s i c i ó n t i e n e c o m o r é p l i c a - e n l a c o p l a
1666, d e e s t r u c t u r a p a r a l e l a - a l " d i a b l o , s u z i o t a l , / c o n su o b l a e n g a ñ o s a " , es
d e c i r , n o se d e j a i n t e r p r e t a r c o m o l o s " h o m b r e s v i l e s " q u e c o n " l a cizaña q u e
le h a b í a n m e t i d o " a l p o e t a le h i c i e r o n v í c t i m a d e u n a p e r s e c u c i ó n j u d i c i a l
(pp. 168-169).
V a l e l a p e n a r e p e t i r e l e x a m e n d e l a s c u a t r o c o m p o s i c i o n e s líricas e n las
cuales, s e g ú n D . A l o n s o , v i e r t e J u a n R u i z e l " h o r r i b l e t o r m e n t o " q u e sufre
(p. 170). L a p r i m e r a c o n s t a d e c i n c o c o p l a s , 1668-1673; las dos p r i m e r a s enea-
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L "LIBRO DE BUEN A M O R " 75
r e c e n e n abstracto e l socorro de l a V i r g e n ; e n l a tercera, e l p o e t a d e c l a r a : " y o
so p u e s t o e n t a l e s p a n t o " , e i m p l o r a a l a V i r g e n p a r a q u e le g u a r d e " d e que-
b r a n t o , l i s y o n , m u e r t e e o c a s i ó n " (nótese l a v a g u e d a d de este t é r m i n o ) : e n
s u m a , de t o d o m a l ; e n l a c o p l a c u a r t a , leemos: " y o so m u c h o a g r a u j a d o e n
esta c i b d a d s e y e n d o " , s i n n i n g u n a especificación más. D . A l o n s o , q u e a n a l i z a
las tres c o m p o s i c i o n e s restantes, n o m e n c i o n a s i q u i e r a ésta, y c o n b u e n m o t i v o :
c u a l q u i e r a q u e h a y a leído e l B u e n a m o r , sabe l o c o n c r e t o y c i r c u n s t a n c i a d o
q u e es J u a n R u i z p a r a n o m b r a r c i u d a d e s , y n o p u e d e m e n o s de e n c o n t r a r m u y
p l a u s i b l e l a i n t e r p r e t a c i ó n de L . S p i t z e r - ' c i u d a d t e r r e n a ' e n o p o s i c i ó n a l a
" c i u d a d d e D i o s " - p a r a "esta c i b d a d " e x c e p c i o n a l m e n t e i n d e t e r m i n a d a . L a
ú l t i m a c o p l a trae u n a súplica, " l a m j c o y t a t u l a p a r t e , / t u m e s a l u a e g u i a " ,
a n á l o g a a l a de 1058c, q u e t a m b i é n se h a l l a a l final de u n a p o e s í a m a r i a n a ,
e n e l t e x t o d e 1330: " a m i s coytas fagas aver c o n s o l a c i ó n " : a D . A l o n s o toca
d e m o s t r a r l a d i f e r e n c i a f u n d a m e n t a l entre los d o s versos, c o r r e s p o n d i e n t e a l
" h o r r i b l e t o r m e n t o " q u e J u a n R u i z sufre a l c o m p o n e r e l u n o , p e r o n o a l
c o m p o n e r e l o t r o . L a s e g u n d a cántica, coplas 1673-1677, c o n t i e n e el verso " e n
p r e s i ó n s y n m e r e s c e r " , a c l a r a d o e n su c o n t e x t o ( s u p r a , p . 72) a l a l u z de e x p r e -
siones semejantes d e l a m i s m a c o m p o s i c i ó n y d e otras, y acaba c o n o t r a vaga
súplica a l a V i r g e n p a r a q u e le g u a r d e " d e t a n fuerte t e n t a c i ó n " . L a c á n t i c a
s i g u i e n t e , c o p l a s 1678-1683, l a m á s a p a s i o n a d a e n l a e x p r e s i ó n d e l d o l o r , desde
l a s e g u n d a hasta l a ú l t i m a c o p l a (en contraste c o n las a n t e r i o r e s , d o n d e l a
q u e j a o c u p a p o q u í s i m o espacio c o m p a r a d a c o n las g e n e r a l i d a d e s , y el t o n o
es m u c h o mas sosegado), ofrece n o t a b l e s p a r a l e l o s - q u e n i G . M e n é n d e z P i d a l
n i D . A l o n s o a n o t a n p o r h a b e r l e í d o e l p o e m a s i n d u d a de p r i s a - c o n las
cánticas presentes e n l a v e r s i ó n d e 1330; c o m p á r e n s e 1679: G r a n d t y a n c a l i e y o
en ty, S e ñ o r a , / l a m j e s p e r a n c a e n ty es tocia o r a , / d e t r i b u l a n c a syn tar-
d a n z a / v e n m e l i b r a r a g o r a , y 1047: M y a l m a en t i cuyda, en t u alabanca
/ de ty n o n se m u d a l a m i e s p e r a n c a ; / V i r g e n , t u m e a y u d a e sy|nj d e t a r d a n -
c a . . . " ; 1680: " V i r g e n m u y santa, y o paso a t r i b u l a d o , / p e n a a t a n t a , c o n d o l o r
a t o r m e n t a d o . . . " , y 1058: " P o r aquestas llagas desta s a n t a p a s i ó n , / a mjs coytas
fagas a v e r c o n s o l a c i ó n . . . " . P o r a ñ a d i d u r a , esta c á n t i c a q u e , s e g ú n D . A l o n s o
(p. 170), " a c t u a l i z a l a t r i b u l a c i ó n " y está l l e n a de " g r i t o s q u e p a r e c e n de m u y
a u t é n t i c a s i n c e r i d a d " , n o m i e n t a n i p a r a r e m e d i o l a p r i s i ó n de m a r r a s , c o m o
tampoco l a m i e n t a n la única copla conservada de otra cántica a l a V i r g e n
(1684) y l a C á n t i c a a l a V e n t u r a (1685-1689). A q u i e n a r g u y a q u e semejante
a u s e n c i a d e a l u s i o n e s concretas h a s i d o i m p u e s t a p o r l a c o n v e n c i ó n d e l géne-
r o - l í r i c a d e v o t a - , l a respuesta o b v i a de t o d o l e c t o r d e l B u e n a m o r es q u e
l a o b s e r v a n c i a de tales c o n v e n c i o n e s rezará c o n c u a l q u i e r p o e t a , p e r o difícil-
m e n t e c o n J u a n R u i z , c o n c r e t o y c i r c u n s t a n c i a d o si los h a y e n l o s más d i s t i n -
tos t o n o s y g é n e r o s , a p a r t e q u e l a m i s m a v a g u e d a d - n a t u r a l a l h a b l a r e n
s e n t i d o u n i v e r s a l y n o p e r s o n a l - se h a l l a e n l a o r a c i ó n n a r r a t i v a de las coplas
1 ss. V é a n s e m á s a d e l a n t e , e n l a discusión d e l a r g u m e n t o n ú m . 7, l o s detalles
concretos e n q u e a b u n d a n las c o m p o s i c i o n e s q u e fray L u i s de L e ó n escribió
desde l a cárcel i n q u i s i t o r i a l , p a r a a p r e c i a r l o e x t r a ñ o d e q u e u n p o e t a c o m o
J u a n R u i z exprese su r e a c c i ó n ante los lances de s u p r o p i a v i d a c o n lugares
coiriLiri.es de la. d e v o c i ó n m a r i a n a y e n estilo i n f i n i t a m e n t e m á s v a g o y abstracto
q u e el q u e e m p l e a a l d e s c r i b i r sus e n c u e n t r o s c o n d o n A m o r L o q u e se i n f i e r e
d e l e x a m e n d e las cánticas a l a V i r g e n agreg'adas e n 1343 es q u e e l t o n o d o l o -
r i d a m í e n a r e r p n f r s n n a l al l e r f n r i n g e n u o - vava a saber c ó m o n a r e
r e r ' a en falta en 1 n r ' m e r a s r n m n n s V n n e s íCam, v Avemaria v
rr l l 1 M te 1 d 1 'J r'D V > 1 fl rl
crece e n las restantes, c u i m i n a n a o e n i a u l t i m a ( q u i e r o s e g u i r a t i ñor ae
as flores .. c o n u n c r e s c e n d o ^ a e l o abstracto a l o c o n c r e t o , cíe l o típico a
l o i n d i v i d u a l , q u e n o es n a d a p r i v a t i v o de estas poesías, s i n o m u y p r o p i o de l a
m a n e r a artística de J u a n R u i z (cf. s u p r a , p . 72, y p . 62 acerca de T r o t a c o n v e n t o s ,

d o ñ a E n d r i n a y doña Garoza).
2) L a o r a c i ó n d e las c o p l a s 1 ss. "es u n t ó p i c o de l a E d a d M e d i a " q u e a l
final (Mió C i d , 330 s s . ) o a l final d e c a d a estrofa ( B u e n a m o r ) l l e v a l a " p e t i -
c i ó n i n d i v i d u a l " (p. 168). D . A l o n s o , p o r t r a b a j a r s i n d u d a de p r i s a , n o h a
e x a m i n a d o m á s e j e m p l o de este t ó p i c o q u e e l q u e c u a d r a a su tesis. U n exa-
m e n m e n o s a p r e s u r a d o e n s e ñ a q u e e n a l g u n o s casos a l a p a r t e n a r r a t i v a sigue
e n e f e c t o l a a p l i c a c i ó n a l caso p e r s o n a l d e l o r a n t e : Mió C i d , 330 ss., i m i t a d o e n
el A b a d d o n J u a n d e M o n t e m a y o r ( a p u d R . M E N É N D E Z PIDAL, H i s t o r i a y e p o -
p e y a , t. 2, M a d r i d , 1934, p . 232); R i m a d o d e p a l a c i o , o r a c i ó n " S e n n o r , t u n o n
m e o l u i d e s , ca paso m u y p e n a d o . . . " ; fray I ñ i g o de M e n d o z a , Sermón trobado
( a p u d R . F O U L C H É - D E L B O S C , C a n c i o n e r o c a s t e l l . d e l s i g l o x v , t. 1, p p . 546-550/";
e n o t r o s e j e m p l o s , y p r e c i s a m e n t e d e n t r o d e p o e m a s o pasajes devotos, l a a p l i -
c a c i ó n es p e r s o n a l e n l a f o r m a , p e r o l a p r i m e r a p e r s o n a d e s i g n a l a c o n d i c i ó n
h u m a n a e n g e n e r a l : B e r c e o , L o o r e s , 78 ss.; M i l a g r o s , 453 ss.; R i m a d o d e p a l a -
c i o , rogaría " S e n n o r , t u nos defiende e nos g u a r d a de o c a s i ó n . . . " C o n s t i t u y e
u n caso i n t e r m e d i o l a o r a c i ó n d e l a e p o p e y a c l e r i c a l Fernán González, 105 ss.,
con su estructura exactamente paralela a l a oración d e l B u e n a m o r , y d o n d e l a
a p l i c a c i ó n n o es n i p a r t i c u l a r n i u n i v e r s a l , s i n o c o l e c t i v a , p u e s a b a r c a a t o d a
l a E s p a ñ a c r i s t i a n a t r i b u t a r i a de A l m a n z o r . T a m b i é n es i n s t r u c t i v o este caso
p o r q u e , s i n e m p l e a r " p r i s i ó n " e n s e n t i d o a l e g ó r i c o , está m u y lejos de d e s i g n a r
c o n ese t é r m i n o u n a cárcel d e c a l y c a n t o : " s a q u a nos e l i b r a nos de t a n c r u e l
p r e s y o n " ( i o d ) . Pues - h e c h o curioso, no señalado p o r D . A l o n s o - J u a n
7
R u i z e m p l e a l a p a l a b r a c o n c r e t a " c á r c e l " e n s e n t i d o figurado i n e q u í v o c o (i666¿;

cf. i g u a l uso e n el C a n c i o n e r o d e B a e n a , n ú m . 344, v e r s o i k , y D a n z a d e l a
M u e r t e , $ z e ) , p e r o a l referirse a l a s u p u e s t a cárcel d e c a l y c a n t o , usa e x c l u s i -
v a m e n t e l a p a l a b r a " p r i s i ó n " , q u e e n los siglos x n a x i v está a m e d i o c a m i n o
e n t r e e l s e n t i d o a b s t r a c t o y el c o n c r e t o , m á s c e r c a de l a v o z a c t u a l " c a u t i v e r i o "
que de la voz actual "cárcel".
E n l a c o p l a 7, a f i r m a D . A l o n s o (p. 168), J u a n R u i z a l u d e a u n a perse-

c u c i ó n j u d i c i a l y m e n c i o n a a los " t r a y d o r e s " l o s cuales f u e r o n " c a u s a i n d u d a -
b l e d e l a p e r s e c u c i ó n m i s m a " : ¡lástima q u e c a b a l m e n t e u n o y o t r o es l o q u e
D . A l o n s o d e b i e r a p r o b a r ! L a c o p l a c o n t i e n e u n a a l u s i ó n a l e v a n g e l i o de S a n
M a t e o , 10:18-20; o f u s c a d o p o r e l l a , D . A l o n s o p a r a f r a s e a así e l t e x t o d e J u a n
R u i z : " a h o r a l a s ú p l i c a consiste e n p e d i r c o m o g r a c i a e s p e c i a l e l d o n de l a
p a l a b r a e n p r e s e n c i a d e los p o d e r o s o s a c u s a d o r e s " (p. 168). A n t e t o d o , n i S a n
M a t e o n i J u a n R u i z m e n c i o n a n tales " p o d e r o s o s a c u s a d o r e s " ; e n s e g u n d o l u g a r ,
ese p e d i d o c o n c r e t o d e l d o n de l a p a l a b r a sería a b s o l u t a m e n t e ú n i c o , n o sólo
en esta o r a c i ó n , s i n o e n todas las cánticas e n q u e J u a n R u i z h a b l a de c u i t a y
p r i s i ó n ; p e r o l o q u e J u a n R u i z p i d e es s e n c i l l a m e n t e : " S e ñ o r , t u sey c o m i g o ,
g u á r d a m e de t r a y d o r e s " : D . A l o n s o , l e y e n d o s i n d u d a d e p r i s a , h a e n c a j a d o
por su cuenta en l a súplica d e l poeta u n p o r m e n o r que pertenece a l a p i n t u r a
d e l m i l a g r o n a r r a d o e n los versos p r e v i o s de l a c o p l a ; s u p o n e r q u e J u a n R u i z
p i d e las " p a l a b r a s m e j o r e s " de 7c es t a n a t i n a d o c o m o s u p o n e r q u e e n l a c o p l a
6 p i d e a D i o s q u e l e salve d e l m a r y d e l h o r n o , y e n l a 5 d e l v i e n t r e de l a
b a l l e n a . L a c o p l a 9, e n q u e e l p o e t a - o l v i d a d o de los s u f r i m i e n t o s carcelarios
q u e l e i n f l i g e n sus i n t é r p r e t e s - f o r m u l a s o s e g a d a m e n t e a l a V i r g e n u n p e d i d o
n a d a p a r t i c u l a r ( " g á n a m e d e l t u fijo g r a c i a e b e n d i c i ó n " ) , a u t o r i z a a p e n s a r
q u e t a m b i é n e n l a 7 e l p e d i d o es g e n e r a l : el p o e t a e v o c a e l d i f í c i l j u i c i o e n q u e
Jesús p r o m e t i ó p r o t e c c i ó n a l o s suyos, y l e r u e g a q u e esté c o n él e n el J u i c i o
p o r e x c e l e n c i a y le g u a r d e de los " t r a y d o r e s " q u e d i s p u t a r á n s u a l m a , c o m o " l o s
falsos t r a i d o r e s " q u e t r a b a n d e l a l m a d e l R o m e r o de S a n t i a g o y d e l a v a r o d o n
Cf. J . G I M E N O CASALDUERO, "Sobre l a «oración narrativa» medieval: estructura,

6 8
origen, supervivencia", A U M , 16 (1957-58), 1-17.

E s t e v a n ( M i l a g r o s , 197c, 2 5 9 c / . N ó t e s e t a m b i é n q u e , a l e n d i l g a r i n t e n c i ó n
0
a u t o b i o g r á f i c a a l a a l u s i ó n a l e v a n g e l i o , D . A l o n s o hace i n c u r r i r a J u a n R u i z
e n l a t o r p e z a d e d e s i g n a r c o m o " g o b e r n a d o r e s y reyes" a las a u t o r i d a d e s
eclesiásticas ante las cuales - e s t a m p a e n l a p á g i n a s i g u i e n t e - es " r a z o n a b l e "
p e n s a r q u e los p e r s e g u i d o r e s l l e v a r o n a l p o e t a . C o n lo c u a l caemos e n l a n a d a
" r a z o n a b l e " situación s e ñ a l a d a hace a ñ o s : c u a n d o J u a n R u i z se h a l l a b a e n l a
c á r c e l , p a d e c i e n d o " h o r r i b l e t o r m e n t o " y p e r s e g u i d o p o r traidores, ¡ b u e n m o -
m e n t o e r a de congraciarse a las a u t o r i d a d e s eclesiásticas r e e d i t a n d o su L i b r o d e
e s t r u c t u r a y d i d a c t i s m o semíticos, q u e c o n t e n í a e n t r e otras l a h i s t o r i e t a de P i t a s
Payas, sus trece amoríos y las c o p l a s 1513-1514 acerca de su amistosa c o l a b o -
r a c i ó n c o n juglaresas j u d í a s y m o r a s , m e n d i g o s y escolares v a g a b u n d o s ! C o m p a -
r a d o s c o n los r e p a r o s q u e suscita esta n o v e l a , n a d a s o n los q u e h a n a r r u m b a d o
d e f i n i t i v a m e n t e el v i a j e c i t o a R o m a q u e c o n m e n o s gasto d e i m a g i n a c i ó n los
críticos n o v e l e r o s i n f i r i e r o n d e 493a: " Y o vy e n corte de R o m a , d o es l a san-
t i d a d . . ."
3) A c e r c a de las c o p l a s 8-10, d i r i g i d a s a l a V i r g e n , y e n p a r t i c u l a r d e l verso
10c ("ffaz q u e t o d o se t o r n e sobre l o s m e s c l a d o r e s " ) , c o m e n t a D . A l o n s o : " N o
p u e d e c a b e r d u d a de q u e J u a n R u i z se siente t r a i c i o n a d o , d e l a t a d o p o r seres
r e n c o r o s o s , q u e se ve a c o r r a l a d o , y p i d e c o n t r a ellos l a p r o t e c c i ó n de D i o s y
de l a V i r g e n " (p. 169). A u n q u e este a r g u m e n t o o c u p a casi u n a p á g i n a , t o d a
su s u p u e s t a fuerza p r o b a t o r i a e s t r i b a e n l a p a l a b r a " m e s c l a d o r e s " , c u y o s e n t i -
d o es t a n c l a r o c o m o el de " c á r c e l " o " p r i s i ó n " . L o q u e D . A l o n s o d e b e r í a p r o b a r
es q u e a q u í " m e s c l a d o r e s " d e b e e n t e n d e r s e ú n i c a y e x c l u s i v a m e n t e p o r los
' m e s t u r e r o s o c a l u m n i a d o r e s de c a r n e y hueso', y n o p o r los c a l u m n i a d o r e s d i a -
b ó l i c o s (recuérdese q u e " d i a b l o " s i g n i f i c a o r i g i n a r i a m e n t e ' c a l u m n i a d o r , ciza-
ñ e r o ' ) a q u i e n e s l a V i r g e n h a de h u m i l l a r (cf. Génesis, 3:15, y Epíst. a los
r o m a n o s , 16:20). R e c u é r d e n s e t a m b i é n los e p í t e t o s de B e r c e o , S a n t o D o m i n g o ,
7 6 8 6 : " c o m m o es e l d e a b l o t a n s o t i l r e b o l t o r " , y L o o r e s , c : " d e t i [la V i r g e n ]
4
se t e m i e r o n l u e g o los falsos l e s o n g e r o s " , e n el s e n t i d o d e l p r o v e n z a l l a u z e n g i e r s

' c a l u m n i a d o r e s o cizañeros'. D . A l o n s o n o p r u e b a su tesis, y n o l a r e f u e r z a
c u a n d o glosa l a i n o c e n t e p a l a b r a " t o d o " e n c o n f o r m i d a d c o n l a n o v e l a q u e v a
t r a z a n d o : d e n t r o de e l l a , " t o d o " es " e v i d e n t e m e n t e l a cizaña q u e le h a b í a n
m e t i d o " a l A r c i p r e s t e los s u s o d i c h o s m e s c l a d o r e s ; f u e r a de e l l a , n o veo p o r
q u é " t o d o " n o p u e d e ser l a c u i t a d e l p o e t a c o m o p e c a d o r , l a saña y r e n c o r e s
de D i o s y de l a V i r g e n ( c d , 106). P u e s es necesario a d v e r t i r q u e , p o r leer
4
s i n d u d a de p r i s a e l t e x t o de J u a n R u i z , h a c a í d o D . A l o n s o e n e l e r r o r de
a d j u d i c a r los " r e n c o r e s " d e 106 ( " t i r a d e m j t u sana t i r a de m j r e n c o r e s " )
a los i m a g i n a r i o s d e l a t o r a d e l p o e t a h u r t á n d o s e l o s a l a V i r g e n , a q u i e n per-
t e n e c e n a l i g u a l de sana (cí., e n l a m i s m a o r a c i ó n , d : d a m e t u m j s e r i -
4
c o r d i a , t i r a de m j t u s a ñ a " , 9c: " d a m e t u g r a c i a e d a m e c o n s o l a c i ó n " , c u y o

p a r a l e l i s m o p r u e b a q u e los dos abstractos c o r r e s p o n d e n a l personaje i n v o c a d o ) .
S i a l l e c t o r m o d e r n o r e p u g n a a t r i b u i r deseos de v e n g a n z a a D i o s o a l a V i r g e n ,
no sucedía l o m i s m o c o n e l devoto m e d i e v a l : en el M i l a g r o del clérigo igno-
r a n t e , l a V i r g e n p o n e f i n a su " b r a b i e l l o s e r m ó n " c o n l a a m e n a z a : " ¡ D e s e n d
veras q u e v a l e l a s a n n a de M a r i a ! " ( 2 i d ) , y B e r c e o a c u d e a l a i n t e r c e s i ó n
3
de Santa O r i a para que D i o s " n o n q u i e r a venganca tomar del m i pecado" ( z d ) .

4 ) E n l a C á n t i c a a l a V e n t u r a , c o p l a s 1685-1689, e l p o e t a h a b l a " d e l a
«cuita e x t r a ñ a » . . . y de su «gran t r i b u l a c i ó n » y p i d e q u e se le c a m b i e e n
«gozo». E s , pues, u n a t r i b u l a c i ó n c o n c r e t a , r e a l , t e m p o r a l . . . N o p u e d e tra-
tarse de l a v i d a t e r r e n a l o de l a h e r e n c i a d e l p e c a d o , s e n c i l l a m e n t e p o r q u e a
q u i e n s u p l i c a a h o r a es a l a F o r t u n a " (p. 170). A d m i r o l a d e s e n v o l t u r a c o n q u e
7 0
P a r a "traydores" y "engañadores" como epíteto de los diablos en el Buen
amor inclusive, c£. s u p r a , p. 71.
D . A l o n s o e c h a c o m o a l d e s c u i d o su " p u e s " (el p o e t a h a b l a " d e s u g r a n t r i b u -

lación. . . Es, p u e s , u n a tribulación concreta") p a r a d a r a su afirmación aire
d e i n f e r e n c i a lógica. L a v e r d a d es q u e J u a n R u i z h a b l a de su c u i t a c o n apasio-
n a m i e n t o , p e r o s i n u n a s o l a c i r c u n s t a n c i a c o n c r e t a , r e a l , t e m p o r a l ; e l e s t i l o de
esta c á n t i c a - c o m o el d e t o d o e l B u e n a m o r - es m á s v i v o y d i r e c t o , m e n o s
e r u d i t o y r e f l e x i v o q u e e l de las quejas c o n t r a F o r t u n a q u e a b u n d a n e n los
c a n c i o n e r o s d e l siglo x v ; p e r o de q u e los versos de a m o r de J u a n R u i z sean
infinitamente más vivos y directos que cuantos b r i n d a l a poesía cortesana d e l
s i g l o x v , ¿se i n f e r i r á q u e los trece amoríos q u e se a t r i b u y e l e a c o n t e c i e r o n
concreta, real y temporalmente? P o r supuesto, l a Cántica a l a V e n t u r a n o
c o n t i e n e l a a l e g o r í a de l a v i d a t e r r e n a l c o m o p r i s i ó n ; e n e l a l b o r o z o d e desta-
c a r t a m a ñ o d e s c u b r i m i e n t o , n o se p e r c a t a D . A l o n s o de q u e l a a u s e n c i a d e
" p r i s i ó n " , " t r a i d o r e s " y " m e s c l a d o r e s " e n esta C á n t i c a a l a V e n t u r a y su p r e -
s e n c i a e x c l u s i v a e n los versos q u e i m p l o r a n l a p r o t e c c i ó n de D i o s y de l a
V i r g e n c o r r o b o r a n l a a c e p c i ó n e s p i r i t u a l de d i c h o s t é r m i n o s : a l a j u r i s d i c c i ó n
d i v i n a c o r r e s p o n d e , e n efecto, l a c o n d i c i ó n u n i v e r s a l d e l p e c a d o r y n o a l a de
l a F o r t u n a . P e r o si los m e s c l a d o r e s e r a n de c a r n e y h u e s o y l a cárcel de c a l
y c a n t o , si " a l g o n u e v o y t e r r i b l e h a b í a a c a e c i d o h a c i a 1343 e n l a v i d a d e
J u a n R u i z " (p. 177), ¿por q u é n o sacarlo a r e l u c i r e n su q u e j a a l a F o r t u n a ,
señora de c u a n t o acaece?
5) L a s ú p l i c a d e l a c á n t i c a " Q u i e r o s e g u i r a t i , flor d e las flores. . ." es
"ardiente y emocionante (con emoción que llega al lector d e l siglo x x ) . . . Son
g r i t o s q u e p a r e c e n d e m u y a u t é n t i c a s i n c e r i d a d . . . N o se c o r r e s p o n d e n e n n a d a
con el d o l o r d e l q u e se ve p r i s i o n e r o de l a «vida t e r r e n a » . . . E s u n a p e n a m u y
e s p e c i a l p o r l a q u e e l p o e t a p a s a («yo paso a t r i b u l a d o / p e n a a t a n t a . . . » ) . . . "
(p. 170). E n s u m a : l a v i v a e m o c i ó n d e estos versos p r u e b a q u e l a p e n a e x p r e -
sada es p e r s o n a l , b r o t a de u n p e r c a n c e e n l a b i o g r a f í a d e l i n d i v i d u o J u a n
R u i z . C a s i es o c i o s o a c l a r a r q u e D . A l o n s o r e p i t e l a f a l a c i a ( v u l g a r í s i m a d e l
r o m a n t i c i s m o acá) de l i m i t a r l a s i n c e r i d a d y fuerza de l a i n s p i r a c i ó n p o é t i c a
a l o q u e l e sucede p e r s o n a l m e n t e a l a u t o r . P u e s n o l l e g a m e n o s a l l e c t o r d e l
siglo x x l a emoción n o personal, sino general, d e l D i e s i r a e :
Q u i d s u m miser tune dicturus,

quem p a t r o n u m rogaturus,
c u m u i x iustus s i t securus?
O la del poema D e c o n t e m p t u mundi:
U r b s S i o n única, m a n s i o m y s t i c a , c o n d i t a cáelo,
n u n c tibi gaudeo, n u n c m i h i lugeo, tristor, a n h e l o . . .
O bona patria, n u m tua gaudia, teque uidebo?...
D i c m i h i flagito, uerbaque reddito, dicque: "Videbis".
O l a d e los L o o r e s de Nuestra Señora:
E n grant verguenca yago, mesquino peccador,

q u a n d o veo p o r m a l siervo muerto tan buen sennor;
yo falsé su mandado, Él muere p o r m i amor.
E n grant verguenca yago, mesquino peccador.
A b u e n seguro, s o n todos éstos " g r i t o s q u e p a r e c e n de m u y a u t é n t i c a since-

r i d a d " , p e r o q u e c a b a l m e n t e se c o r r e s p o n d e n e n t o d o c o n e l d o l o r d e l p o e t a
n o p o r u n a p e n a m u y e s p e c i a l , s i n o p o r su c o n d i c i ó n u n i v e r s a l d e p e c a d o r . Y
c o m o " l a s cosas d e l m u n d o todas s o n v a n i d a t , / todas s o n p a s a d e r a s " , según
d i c e J u a n R u i z (105&C), n o v e o p o r q u é e l e m p l e o d e l a m i s m a p a l a b r a
" p a s a r " ("yo p a s o . . . p e n a a t a n t a " ) h a de tenerse p o r i n h e r e n t e a u n a p e n a
i n d i v i d u a l suya y n o a l a p e n a u n i v e r s a l p o r l a v i d a t r a n s i t o r i a e n este m u n d o .
P u e s e n t e r r e n o m e d i e v a l , l a a l u d i d a f a l a c i a estética es a d e m á s u n a n a c r o -
n i s m o , p a r t i c u l a r m e n t e d i s p a r a t a d o e n e l caso d e l p o e t a q u e , a l o f r e c e r sus
aventuras como enseñanza y escarmiento, p r o c l a m a sin dejar dudas l a condición
u n i v e r s a l de su y o (76a): " E y o , c o m o ssoy orne c o m o o t r o p e c c a d o r . . . "
6 ) L a s expresiones " s i n merescer", " a t u e r t o " son i n c o m p a t i b l e s c o n el
s e n t i d o m e t a f ó r i c o de " p r i s i ó n " (p. 171). P a r a estos r e p a r o s , q u e s o n l o s d e
d o n R a m ó n M e n é n d e z P i d a l y d e K e l l e r m a n n , véase s u p r a , p . 72, y se adver-
tirá q u é d e p r i s a h a l e í d o D . A l o n s o las cánticas e n cuestión, y a q u e t r a n s c r i -
b i e n d o d i c h a s e x p r e s i o n e s d e 1674 y 1683, n o h a p a r a d o m i e n t e s e n los versos
i 6 6 8 d , 1669a, 16756 ss. q u e a l a b a n a l a V i r g e n p o r q u e p r o t e g e a l p e c a d o r
i n d i g n o - c o n d i c i ó n h u m a n a u n i v e r s a l - y ayuda al inocente - c o n d i c i ó n huma-
n a p a r t i c u l a r , m á s m o r a l q u e t e o l ó g i c a , e j e m p l i f i c a d a e n las c o p l a s 1 ss. c o n
l a e n u m e r a c i ó n d e personajes b í b l i c o s .
7 ) L a c i t a d a c o p l a 1666, e n q u e e l s e n t i d o a l e g ó r i c o d e " c á r c e l p e l i g r o s a "
es i n d i s c u t i b l e , lejos de a u t o r i z a r l a p o s i b i l i d a d de i g u a l s e n t i d o e n los pasajes
d i s c u t i b l e s q u e e m p l e a n " p r i s i ó n " , p o r e j e m p l o 1674 y sobre t o d o 1678-1683,
m u e s t r a " c u á n d i f e r e n t e m e n t e h a b l a n artistas c o m o J u a n R u i z c u a n d o t r a t a n
a s u n t o s p e r s o n a l e s y c u a n d o t o c a n t ó p i c o s g e n e r a l e s " (p. 172). E s t e a r g u m e n t o
agrega a l a f a l a c i a d e l n ú m . 5 u n a f a l a c i a n u e v a , si b i e n n o e s p e c i a l m e n t e inge-
n i o s a : l a de c o n t r a p o n e r u n a c á n t i c a floja a l a m e j o r c á n t i c a m a r i a n a d e l
B u e n a m o r . P o r a n d a r s i n d u d a de p r i s a , D . A l o n s o h a o l v i d a d o l a c o n t r a p o -
sición j u s t a , e n t r e las d o s m e j o r e s c o m p o s i c i o n e s devotas d e l p o e m a : las citadas
c o p l a s 1678-1683 ( " Q u i e r o s e g u i r a t i , flor d e las flores. . . " ) y las c o p l a s 1555
1558, u n o de los pasajes m á s b r i o s o s e i n s p i r a d o s d e t o d o el L i b r o , y q u e n o
t r a t a d e asuntos p e r s o n a l e s s i n o de u n t ó p i c o g e n e r a l : e l j ú b i l o de l a h u m a -
n i d a d p o r l a v i c t o r i a de Jesús sobre l a M u e r t e .
P a r a r e m a c h a r e l e n c i e r r o d e J u a n R u i z , señala D . A l o n s o e l p a r e c i d o q u e
s e g ú n él g u a r d a n a l g u n o s pasajes d e las cánticas e n cuestión y o t r o s de las
poesías q u e fray L u i s de L e ó n escribió e n l a cárcel i n q u i s i t o r i a l ( p p . 173-174).
E l p a r e c i d o es m á s q u e d u d o s o e n l o s versos q u e entresaca de E s p e r a n z a s b u r -
l a d a s , i n e x i s t e n t e e n l a estrofa " V i r g e n , n o i n f i c i o n a d a . . . " de l a o d a A N u e s -
t r a Señora y e n l a ú n i c a e s t r o f a a d u c i d a d e l a o d a E n l a fiesta d e T o d o s l o s
S a n t o s , las cuales e l a b o r a n u n c o n c e p t o p i a d o s o (a m e n o r m é r i t o d e l p e c a d o r ,
m a y o r m é r i t o d e l a g r a c i a ) d e l q u e n o h a y r a s t r o e n las cánticas d e l A r c i p r e s t e .
L a m u y v a g a semejanza c o n l a e s t r o f a p r i m e r a de l a o d a A N u e s t r a Señora es
h a r t o n a t u r a l p u e s t o q u e a m b o s p o e t a s i m p l o r a n l a p r o t e c c i ó n de l a V i r g e n . L o
m á s c u r i o s o d e l cotejo es q u e D . A l o n s o , p o r r e l e e r s i n d u d a d e p r i s a los versos
d e f r a y L u i s , n o h a r e p a r a d o e n q u e , s i e n d o éste, c o m o p o e t a clásico, i n c o m -
parablemente menos d a d o que J u a n R u i z a l o particular concreto, a b u n d a en
l a o d a A N u e s t r a Señora en alusiones m u y particulares al comportamiento
d e a m i g o s y e n e m i g o s d u r a n t e su p r i s i ó n (vs. 28, 48-53, 61), a l p o d e r d e l S a n t o
O f i c i o y a l secreto de sus p r o c e d i m i e n t o s j u d i c i a l e s (39, 7 4 - 7 5 ) " . L a p o r c i ó n
f i n a l d e l a o d a E n l a fiesta d e T o d o s l o s S a n t o s , escrita e n l a c á r c e l , l a m e n t a
el estado d e l a clerecía, p i d e a D i o s q u e l a r e f o r m e , y p r o m e t e c e l e b r a r l e c u a n d o
se e n c u e n t r e " f u e r a de este e s t r e c h o " , l o q u e n o d e j a d u d a s sobre l a n a t u r a l e z a
t e m p o r a l de su p r i s i ó n . T a m b i é n h a o l v i d a d o a p u n t a r D . A l o n s o q u e e n E s p e -
r a n z a s b u r l a d a s los m e n o s característicos s o n l o s versos q u e h a r e c o r t a d o - d o n -
d e f r a y L u i s encarece s u d o l o r e n t é r m i n o s g e n e r a l e s - , f r e n t e a l t í t u l o y a l
l a r g o a p o s t r o f e a los p e r s o n i f i c a d o s c o n t e n t o s (versos 1-27), a l a d e s c r i p c i ó n
m u y p i n t o r e s c a de l a c á r c e l (10-15), a l a
i m a g e n d e l p á j a r o , q u e t a n gráfica-
m e n t e p i n t a e l fracaso de su a p r e s u r a d a d e f e n s a (40-42) y a l a s e m b l a n z a v i r g i -
l i a n a de l a v i d a de c a m p o , a l f i n a l , c o n l a q u e i m p l í c i t a m e n t e c o n d e n a ' e l
" Cf. ed. del P . A n g e l Custodio Vega, M a d r i d , 1955, p. 43: " F r a y L u i s comienza
todas las estrofas con u n a invocación a l a V i r g e n , a l a que sigue u n a p a r t i c u l a r
deprecación del poeta, alusiva a alguno de los tormentos que padece en l a cárcel".
8o M A R Í A ROSA LIDA D E M A L K I E L NRFH, XIII
ajetreo c i u d a d a n o q u e c a u s ó s u i n j u s t a p e r s e c u c i ó n (46-67). A s i m i s m o a d u c e
D . A l o n s o las famosas q u i n t i l l a s d o b l e s ' A q u í l a e n v i d i a y m e n t i r a / m e t u v i e -
r o n e n c e r r a d o . . . " c o m o p a r a l e l o a las quejas d e J u a n R u i z , p e r o e n este caso
el p a r a l e l o (si se p e r d o n a e l chiste) r e s u l t a p e r p e n d i c u l a r : y a se h a v i s t o q u e a l
h a b l a r de su s u p u e s t a p r i s i ó n de c a l y c a n t o , e l A r c i p r e s t e e v i t a r i g u r o s a m e n t e
t o d a e x p r e s i ó n c o n c r e t a y m a t e r i a l , c o m o l o es " e n c e r r a d o " ; a d e m á s , fray L u i s
se refiere a su e n c i e r r o e n p r e t é r i t o , de m o d o q u e d e j a b i e n c l a r o q u e n o
e n t i e n d e p o r él l a c o n d i c i ó n h u m a n a (lo m i s m o a l final de E n l a f i e s t a d e
T o d o s l o s S a n t o s ) , y los o c h o versos restantes, c o m o los ú l t i m o s tercetos
d e E s p e r a n z a s b u r l a d a s , a l a b a n e l r e t i r o campestre c o m o v i d a i d e a l e n l a t i e r r a .
E n t e s t i m o n i o de l a d i f e r e n c i a de t o n o q u e se o b s e r v a c u a n d o u n p o e t a
h a b l a de " p r i s i ó n " e n s e n t i d o r e c t o , v e r t i e n d o l a a n g u s t i a de l o q u e e x p e r i -
m e n t a e n p e r s o n a , y c u a n d o h a b l a e n s e n t i d o figurado, t o c a n d o u n t ó p i c o ,
D . A l o n s o o p o n e a las, c i t a d a s poesías de fray L u i s las odas A F e l i p e Ruiz
( " ¿ C u á n d o será q u e p u e d a / l i b r e de esta p r i s i ó n v o l a r a l c i e l o . . . ? " ) y N o c h e
s e r e n a ( " m i a l m a q u e a t u alteza / n a c i ó , ¿qué d e s v e n t u r a / l a t i e n e e n esta
cárcel b a j a , escura?"). E l t e s t i m o n i o es, e n efecto, a l t a m e n t e i n s t r u c t i v o . C o n -
c u e r d o e n u n t o d o c o n D . A l o n s o e n q u e e l uso de " p r i s i ó n " y de " c á r c e l "
e n estas odas es " m e t a f ó r i c o , p o r el c a u t i v e r i o q u e p a r a e l a l m a es e l m u n d o "
(p. 174). P e r o n a d a m e n o s q u e e l P . Á n g e l C . V e g a , d o c t o e d i t o r de fray
L u i s , cree q u e los dos t é r m i n o s e n c u e s t i ó n están e m p l e a d o s e n estas dos odas
también e n s e n t i d o r e c t o (ed. cit., p p . 34, 37, 474); y, p o r m u y de p r i s a q u e
e s c r i b a D . A l o n s o , sospecho q u e h a de c o n o c e r l a i n t e r p r e t a c i ó n d e l P . V e g a , y a
q u e firma l a C a r t a - e p í l o g o de su e d i c i ó n . L a exegesis d e l P . V e g a i l u s t r a m u y
aa ll v i v o l a t e n d e n c i a a i n t e r p r e t a r las creaciones l i t e r a r i a s e n s e n t i d o biográfico,
aa " t r a d u c i r " los g r a n d e s temas de arte y de p e n s a m i e n t o a p e q u e ñ o s lances
personales. R ~ e c u e r d o q u e c o n g r a n sorpresa (y h o r r o r ) de m i p a r t e oí oí u un
n aa vez vez
a aa ll gg u
unno o ss u
un n ii vv ee rr ss ii tt aa rr ii o
o ss ee ss p
p aa ñ
ñoo ll ee ss ee h
Hiissppaannooaam
meerriiccaannooss -- ee n n tt rr ee los
los q quu ee se se h h aa ll ll aa b
b aa
u -n p poo ee tt aa d d ii ss tt ii n
n gg u u ii d do o -- rreecch haazzaarr l a i n t e r p r e t a c i ó n a l e g ó r i c a de " E n u n a n o c h e
e s cuurraa. . .. . " y " ¿. A d o n d e te e s c o n d i s t e . . . ? "., c o m o t a.p u,j o g„ a z m o ñ o a m a ñ a d o p a r a
/
e n c u b r i r las s i n d u d a d i r e c t a s y sinceras c o n f i d e n c i a s e r ó' t i c a s d d ee ll aa u

u tt o
o rr .. S
S ii estas
estas
poesías nos h nu uo b ii ee ss ee n n lnl ee gg aa ddoo tt a an n m moonndda a ss de
de cc o
omm ee nn tt a
a rr ii o
o soDre
sobre ll a a vv ii d
daa ee m i nttee n n --
ción d d ee sSaa n n JJ uu aa n n de de ll a a C C rr u
u zz cc o ommoo nosnos hh aa l l e g a d o el L i b r o d e b u e n a m o r ,
¡qué n no o vv ee ll aa de escapadas n o c t u r n a s , d e correrías p o r " m o n t e s y r i b e r a s " y de
a m o r e s e n el f o n d o de l a " b o d e g a " (de c a l y c a n t o , c l a r o ) nos h a b r í a n obse-
q u i a d o los críticos a f i c i o n a d o s a l a s i n c e r i d a d a u t o b i o g r á f i c a y a all g r i t o d e l a l m a !
P a r a c o n c l u i r c o n e l p a r a l e l o de h a y L u i s : desde uesue l1aa cárcel
cárcei de
ue l a I n q u i -
sición e s c r i b e este poesías a n g u s t i a d a s , l l e n a s de concretas a l u s i o n e s a sus cir¬ cir-
c u n s t a n c i a s ;, q u i z áa h a y a escrito t a m b i é n a l g u n a s de las odas e n q u e e x p r e s a su
a n h e l o de h u i r de este m u n d o . L o q u e n o escribió tue u n a sola poesía de t o n o
sereno o risueño, u n a s o l a poesía jubilosa o de asunto amoroso, como las
v a n a s q u e J u a n R u i z agrega desde s u s u p u e s t a p r i s i ó n de 1343 (ct. los p r i m e r o s
p á r r a f o s d e l a r g u m e n t o n ú m . 1). E l cotejo c o n l a poesía de fray L u i s favorece
d e c i d i d a m e n t e l a h i p ó t e s i s de q u e l a c u i t a y l a p r i s i ó n de l a o r a c i ó n y cánticas
del A r c i p r e s t e e n 1343 d e b e n entenderse como alegorías espirituales.
8) S i l a a p o s t i l l a d e l ms. S c o n t i n ú a " u n a c a d e n a de mss., desde el que
salió d e l a p l u m a d e l A r c i p r e s t e o desde u n o m u y p r ó x i m o a ese original,
las n o t i c i a s d e l e x p l i c i t de S a l a m a n c a serían de u n v a l o r e n o r m e " (p. 175).
Ni más n i menos: si las n o t i c i a s de la a p o s t i l l a fuesen auténticas, serían
a u t é n t i c a s . S i l a a p o s t i l l a se l i m i t a a recoger l a t r a d i c i ó n o r a l , t a m b i é n es v a l i o -
sa, p o r q u e a l g u n a vez - q u e , c o n a l g u n a suerte, b i e n p u d o ser esta v e z - a l g u n a
tradición oral contiene a l g u n a v e r d a d ( p p . 175-176). Y si l a a p o s t i l l a es de l a
cosecha p e r s o n a l d e l e s c r i b a A l f o n s o de P a r a d i n a s , q u i e n l a infirió de su l e c t u r a
del p o e m a , t a m b i é n es v a l i o s a , p o r p e r t e n e c e r a " u n i n t e l e c t u a l i l u s t r e a p r i n -
NRFH, XIII NUEVAS NOTAS SOBRE E L " L I B R O DE B U E N AMOR" 8l
c i p i o s d e l siglo x v " ( i b i d . ) . A h o r a b i e n : d o n R a m ó n M e n é n d e z P i d a l cree c o n

m u c h a p r o b a b i l i d a d (Poesía árabe y poesía e u r o p e a , p p . 114 s s . ) q u e A l f o n s o
de P a r a d i n a s e j e c u t ó su c o p i a e n t r e los v e i n t e y los v e i n t i c i n c o años, e d a d u n
t a n t o t e m p r a n a p a r a c a l i f i c a r de " i n t e l e c t u a l i l u s t r e " a l p r e l a d o de q u i e n n i
M e n é n d e z P i d a l n i M . G A R C Í A B L A N C O ( " D . A l o n s o de P a r a d i n a s , c o p i s t a
d e l L i b r o d e b u e n a m o r . D a t o s p a r a s u b i o g r a f í a " , E M P , 6, 339-354) c o n s i g n a n
u n solo e s c r i t o y q u e , si n o es e r r a d a l a t r a n s c r i p c i ó n de D u c a m i n , era capaz
de gastar u n l a t í n t a n p o c o c a t ó l i c o c o m o e l d e l é x p l i c i t : " l a u s t i b i x p i s t e q u e m
l i b e r e x p l i c i t i s t e " . D . A l o n s o c a l a m u y b i e n l a s i t u a c i ó n , p u e s si l a c a l l a a q u í ,
d o n d e le c o n v i e n e a b u l t a r l a a u t o r i d a d i n t e l e c t u a l de P a r a d i n a s , r e n g l o n e s
m á s a b a j o , c u a n d o le c o n v i e n e a c h i c a r l a , n o s h a b l a d e " e l m u y j o v e n P a r a d i n a s "
(p. 176). P e r o p o r p r e c o z q u e fuese l a i n t e l e c t u a l i d a d d e P a r a d i n a s , b u e n o es
r e c o r d a r q u e los títulos de su ms. están p l a g a d o s de i n e x a c t i t u d e s e n c o n t r a -
d i c c i ó n g r o s e r a c o n e l t e x t o c o r r e s p o n d i e n t e (cf. s u p r a , p . 33, n o t a 1 4 ) , y q u e
si filólogos p r o f e s i o n a l e s c o m o T o m á s A n t o n i o S á n c h e z (que identificó a J u a n
R u i z c o n e l a r c i p r e s t e p o r t a d o r d e las cartas de d o n G i l , Colección d e poe-
sías. . ., t. 4, p . vi) y e l P . V e g a s u c u m b e n a l a u t o b i o g r a f i s m o i n g e n u o , l a
" a u t o r i d a d " y " r e s p e t o " d e las n o t i c i a s de P a r a d i n a s n o t i e n e n excesivo peso.
A c t o s e g u i d o , D . A l o n s o a c l a r a q u e esta t e r c e r a hipótesis, basada e n l a
" a u t o r i d a d " y " r e s p e t o " d e l " i n t e l e c t u a l i l u s t r e " P a r a d i n a s es, e n efecto, m u y
p o c o a f o r t u n a d a , p u e s l a " m a r a v i l l o s a c o r r e s p o n d e n c i a " c r o n o l ó g i c a de sus
n o t i c i a s , a tres cuartos d e siglo de los hechos, r e b a s a l a c a p a c i d a d de i n v e s t i -
g a c i ó n d e " e l m u y j o v e n P a r a d i n a s " y, p o r c o n s i g u i e n t e , l a a p o s t i l l a o es
t o t a l m e n t e v e r í d i c a o se r e m o n t a a u n a a n t i g u a t r a d i c i ó n o r a l (p. 176). Q u e d a
d e m o s t r a d o ( s u p r a , p p . 69-70) q u e , a p a r t e l a n o t i c i a e n d i s c u s i ó n sobre l a cárcel
d e J u a n R u i z p o r o r d e n d e d o n G i l d e A l b o r n o z , los otros tres d a t o s de l a
a p o s t i l l a s o n erróneos. D . A l o n s o , e s c r i b i e n d o s i n d u d a de p r i s a , n o h a e x a m i -
n a d o l a c r o n o l o g í a de los c o n c i l i o s y escritos de d o n G i l , y p o r eso a p o y a
l a d i s p a r a t a d a o c u r r e n c i a de P a r a d i n a s (o q u i e n fuese) de z u r c i r l a p r i s i ó n
d e q u e e l A r c i p r e s t e h a b l a e n p r i m e r a p e r s o n a c o n e l pesaroso arcipreste d e
las c o p l a s 1691 ss., s i n t o m a r e n c u e n t a q u e , a l s a t i r i z a r a l o s clérigos a m a n -
cebados, J u a n R u i z se p o n e d e l l a d o d e las a u t o r i d a d e s eclesiásticas, esto es,
del l a d o de d o n G i l .
P o r si p a r e c i e r a p o c o p r o b a b l e q u e u n l e c t o r a l e j a d o s o l a m e n t e e n tres
c u a r t o s d e s i g l o de J u a n R u i z i n c u r r i e s e e n t a n p a t e n t e e r r o r , m e p e r m i t o
recordar l a anécdota que cuelga a L o p e de V e g a el l i b r o del P. BOUHOURS, L a
m a n i e r e d e b i e n p e n s e r d a n s l e s o u v r a g e s d ' e s p r i t , escrito a unos treinta años
de l a m u e r t e de L o p e ( c i t o p o r l a e d . de A m s t e r d a m , 1688, p . 353): " J ' a y
o û ï d i r e . . . q u e le f a m e u x E v e s q u e d u B e l l a y J e a n P i e r r e C a m u s estant e n
E s p a g n e , et n e p o u v a n t e n t e n d r e u n S o n n e t d e L o p e de V e g u e q u i v i v o i t
alors, p r i a ce P o ë t e de le l u y e x p l i q u e r ; m a i s q u e l e L o p e a y a n t l û et r e l û
p l u s i e u r s fois s o n S o n n e t , a v o u a s i n c è r e m e n t q u ' i l n e l ' e n t e n d o i t pas l u y -
m ê m e " . E v i d e n t e m e n t e l a a n é c d o t a h a p a r t i d o d e l soneto h u m o r í s t i c o " C e -
d i e n d o a m i descrédito a n h e l a n t e . . . " i m p r e s o a continuación d e l L a u r e l d e
A p o l o ( O b r a s s u e l t a s , t. 1, M a d r i d , 1776, p p . 275 s . ) , d o n d e L o p e a m o n t o n a
disparates culteranos en p r i m e r a persona y acaba confesando a u n interlocutor
i m a g i n a r i o : " q u e y o soy q u i e n l o d i g o y n o l o e n t i e n d o " . E l u s o de l a
p r i m e r a p e r s o n a bastó, pues, p a r a d a r a l soneto, a p o c o s a ñ o s de escrito, u n a
interpretación autobiográfica que convierte a L o p e en c a m p e ó n d e l culteranis-
m o , b l a n c o v e r d a d e r o de su sátira. E x a c t a m e n t e l o m i s m o h a p a s a d o c o n J u a n
R u i z , a q u i e n l a famosa apostilla t r a n s f o r m a en víctima del A r z o b i s p o de
T o l e d o , c u a n d o su satírica C á n t i c a d e l o s clérigos de T a l a v e r a l e m u e s t r a
a p l a u d i e n d o s u i m p o s i c i ó n de las m e d i d a s d i s c i p l i n a r i a s r e c o m e n d a d a s p o r e l
Papa.
C o n c l u y e D . A l o n s o a s e g u r a n d o q u e e n las coplas 1-10 y 1668-1689 " e l

a u t o r h a b l a d e sí m i s m o c o m o si e s t u v i e r a e n u n a cárcel v e r d a d e r a [ s i c ] . . . ,
e n e l l a s l a ú n i c a i n t e r p r e t a c i ó n p o s i b l e es prisión = 'cárcel de c a l y c a n t o ' ;
. . . c u i t a , tribulación... están e m p l e a d a s p o r e l a u t o r p a r a d e s i g n a r los s u f r i -
m i e n t o s q u e a t o r m e n t a n s u á n i m o , h a l l á n d o s e . . . e n u n a cárcel física" ( p . 177).
L a p r i n c i p a l d i f e r e n c i a e n t r e esta c o n c l u s i ó n y l a m í a (cf. s u p r a , p . 72-73)
e s t r i b a e n q u e , a u n q u e m e parece m u c h o m á s f u n d a d a l a i n t e r p r e t a c i ó n espi-
r i t u a l de "prisión" (no menos "verdadera", cristianamente hablando) propues-
t a p o r S. B a t t a g l i a , n i h e e x c l u i d o n i e x c l u y o d e l t o d o l a p o s i b i l i d a d d e l uso
r e c t o , y l a p o s i b i l i d a d de q u e e l p o e t a h a y a e x p r e s a d o u n a s i t u a c i ó n c o n c r e t a
e n e s t i l o d e v o t o c o n v e n c i o n a l . P r o c e d o así n o p o r c u r a r m e e n s a l u d - p o r
si e n t r e l o s legajos d e l A r z o b i s p a d o d e T o l e d o a p a r e c i e r a e l p r o c e s o de J u a n
R u i z - , sino p o r q u e l a r e a l i d a d es d e m a s i a d o c o m p l e j a p a r a c o n f i a r e n q u e l a
h i p ó t e s i s m á s v e r o s í m i l sea s i e m p r e l a v e r d a d e r a , y p o r q u e , n o s i e n d o l a i n t e r -
p r e t a c i ó n t e x t u a l u n a d i s c i p l i n a m a t e m á t i c a , r a r a vez p e r m i t e l l e g a r a c o n c l u -
siones a b s o l u t a m e n t e seguras. E n l a i n t e r p r e t a c i ó n t e x t u a l n o p u e d e descar-
tarse l a r e a c c i ó n s u b j e t i v a d e l i n t é r p r e t e , y , f a l t a n d o p r u e b a o b j e t i v a e x t e r n a ,
e n u n caso d i s c u t i b l e c o m o e l d e l a " p r i s i ó n " y " c u i t a " de J u a n R u i z es
n e c e d a d i n s i g n e arrogarse t e r m i n a n t e m e n t e e l m o n o p o l i o d e l a v e r d a d . A l o
q u e a s p i r a l a i n t e r p r e t a c i ó n filológica de u n texto es ú n i c a m e n t e a l m a y o r
g r a d o p o s i b l e de v e r o s i m i l i t u d , y p a r a e l l o d e b e basarse e n b u e n a s razones y
b u e n a l ó g i c a y e n e l esfuerzo p o r c o m p r e n d e r a c a d a a u t o r e n sus c i r c u n s -
t a n c i a s , bajo l a g u í a - ¿ h a y q u e d e c i r l o ? - d e l a m o r e n t r a ñ a b l e a l t e x t o estu-
d i a d o y q u e , p r e c i s a m e n t e p o r e n t r a ñ a b l e , n o necesita i n v a d i r l a e x p o s i c i ó n
crítica c o n v a n i d o s o s floripondios. E n l o que l a interpretación filológica no
p u e d e basarse es e n l a o c u r r e n c i a p e r s o n a l d e l filólogo ( p o r o t r o n o m b r e , i n -
t u i c i ó n d e p r e s e n c i a y c r u j i d o ) , s i n m á s g a r a n t í a q u e su v e r b o s i d a d , e n e l bio¬
g r a f i s m o a n e c d ó t i c o c o m o p a n a c e a l i t e r a r i a , e n l a a p l i c a c i ó n a n a c r ó n i c a de los
m o d o s de p e n s a r , s e n t i r y a c t u a r d e l c o m e n t a d o r a l a u t o r c o m e n t a d o , e n l a
a c u m u l a c i ó n v e h e m e n t e d e frases a d v e r b i a l e s ( " s i n q u e p u e d a c a b e r d u d a a l g u -
n a " , etc.) y a f i r m a c i o n e s d e q u e l a i n t e r p r e t a c i ó n sostenida "es l a ú n i c a i n t e r -
p r e t a c i ó n p o s i b l e " , y e n l a d i f a m a c i ó n de los estudiosos e x t r a n j e r o s de o p i n i ó n
independiente.
M A R Í A R O S A L I D A DE M A L K I E L
Berkeley, California.
ÍNDICE DE PASAJES
Los pasajes anotados del L i b r o d e b u e n a m o r son: coplas 7 (p. 76), 106 (p. 77) ,
12c (p. 39, nota 33), 17 ss. y 696 (p. 32, nota 23), 3786 (p. 57, nota 49), 6586 (p.
58 n o t a ) , 909a (pp. 57-58, nota 50), 1024 ss. (p. 45, nota 39), 1131b (p. 30), 1311
(p. 34 y nota 27), 1317a (p. 34), 1392c (p. 64 nota), 15096 ss. (p. 68, nota 57),
15536 ss. (p. 38 n o t a ) , 1570c (p. 35, nota 29), 1674/ y 1683a (p. 72). E l uso de
"pecado" y " b u e n amor" se estudia en las p p . 38-39 y nota 33; el de "pecador",
en l a p . 39 y nota 34; el de "prisión", en l a p . 76; los epígrafes d e l ms. S, en l a
p. 22 y nota 14; l a apostilla de S, en las p p . 69 y 80-81.

Lida, M.R. Nuevas Notas para La Interpretacion Del Libro de Buen Amor

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N U E V A S N O T A S P A R A L A INTERPRETACIÓN

Sobre este tema escribí e n l a R F H , 2 (1940), 105 ss. A lo largo de casi

A l g u n o s críticos de nuestros días n o p e r c i b e n e n el L i b r o d e b u e n

de r e l i e v e el aspecto colectivo más b i e n q u e el p e r s o n a l d e l L i b r o , c o m o

a l v a i v é n de l a d e m a n d a u n copioso c a n c i o n e r o ; e n u n a etapa más

d i c h a organización, e n l a q u e h a l l a dos núcleos: l a h i s t o r i a de d o ñ a

s i n o a los episodios de V e t u l a [sie] y de d o n C a r n a l , pero e n l u g a r de

p r e l i m i n a r e s , conclusión y u n v a r i a d o "resto" bastante p a r e c i d o , a decir

las notas de u n a recitación juglaresca de h a c i a 1420, estudiadas p o r M e -

n é n d e z P i d a l , e l j u g l a r n o a n u n c i a t a l o c u a l composición, s i n o : " A g o r a co-

con l a sola diferencia (que se r e m o n t a a los respectivos modelos y no a J u a n

lTlíteratura m e d i e v a l n o c r i s t i a n a , l a i n t u i c i ó n de Castre> el^certera

h i p ó c r i t a - q u e p r e d i c a l a v i r t u d y d e v o c i ó n que está lejos de p r a c t i c a r ,

j u n t o c o n alternadas profesiones d e maestría y de modestia, d e s a r r o l l a

e x p l i c a : " H e escogido d e l m a l l o m e n o s " ; cf. " D e las propiedades q u e las

dores de l a filosofía y l a c i e n c i a árabe es b i e n c o n o c i d o ; t a m b i é n l o

C i t o el C o l l a r d e l a p a l o m a p o r l a traducción de E . GARCÍA GÓMEZ, M a d r i d ,

1952; las Maqámat de al-Harirí p o r la de T . CHENERY y F . STEINGASS, L o n d o n , 1867

es e l d e los conversos, c o m o Pedro Alfonso y J u a n de C a p u a , en la

de n o v e l a entre p i a d o s a y caballeresca, es objetivo e i m p e r s o n a l . P e r o si

A l a intención didáctica de J u a n R u i z , d o n A m é r i c o C a s t r o h a pues-

no cabe en los límites de l a poesía didáctica, en l a c u a l l a v i d a es

«loco» a m o r r e c i p r o q u e n sus v a l o r e s . . . " (pp. 400-401; cf. t a m b i é n 396

agregarse debe figurar ante todo el A r t e d e a m a r , que O v i d i o proclama como fruto

Berkeley and Los Angeles, 1956, p p . 199-200). L a raíz de las C o n f e s i o n e s no es, p o r

de al-Harirí (trad. cit., t. i , n ú m . 3, p . 119), n o cabe d u d a , después de

2) L a relación d e " c o r t e z a " y " m e o l l o " e n l a exegesis c r i s t i a n a y tam-

Agregúese l a información jurídica y literario-musical y el alarde de virtuosismo

O sea: ambas i n t e r p r e t a c i o n e s s o n i g u a l m e n t e legítimas, a u n q u e n o i g u a l -

L a admisión de diversas i n t e r p r e t a c i o n e s d e v a l o r diferente n o es

tampoco implica negación d e l substrato objetivo de l a r e a l i d a d pues,

amoralista, n i que le sean indiferentes los valores m o r a l e s . . . "

La p r e s e n c i a de las d i s q u i s i c i o n e s d i d á c t i c a s m e n c i o n a d a s más arri-

la letanía de los nombres de l a alcahueta de otras enumeraciones del L i b r o , tales

sea. a l t e r n a t i v a m e n t e a d m i t i d o y rechazado en una. m i s m a c i u d a d ( L a

L a repetición de las aventuras sería t a m b i é n expresión de l a transi-

" L i b r o d e b u e n a m o r " of J u a n R u i z , a r c i p r e s t e d e H i t a , N e w H a v e n , 1930, s. v .

h u m a n a que "enseña p o r su c o n t r a r i o / l a f o r m a de b i e n v i v i r " . A d e -2 8

más, e l L i b r o c o i n c i d e c o n l a n o v e l a picaresca e n e l fracaso r e i t e r a d o

sobre l a v i e j a pecadora, q u e h a p a d e c i d o tanto afán e n servicio d e l l o c o

d e m o s t r a r m e d i a n t e los argumentos siguientes q u e e l pecado., a l t e r n a t i v a -

de « I v n «Zhv'lr^r se t r a t á del títuín Hel T i h r n \ ^ A 3ea \mn

patente, por desgracia, en todas las páginas que le dedica, descubre en el P l a n t o ,

d e c i r , suscitador de v a l o r e s m o r a l e s , e l honeste amare del Capellán A n -

c o m o intercesora y r e f u g i o de pecadores e l eje d e l c u l t o m a ñ a n o , n o veo

r a d o r ? " " E n gmm^verguenza^yago"; mezquino p e c a d o r . . ! " f 1 i a , n 8 d : lo mismo

S i g n o s , 63« terror a l día del J u i c i o expresado, como en los citados pasajes de L o o r e s ,

d e m u d a s e " 'Véndose°el oecaToTen U m H Z " " k "pecador ^ m ^ A vrwó-

q u i z á inconscientemente, en el p r e d o m i n i o d e l debate, b u e n o es tener

así de l a necesidad de probarlas. E n segundo lugar, la importancia

m a n n , sino a situar a l A r c i p r e s t e e n su época y e n su a m b i e n t e , s i n l o

cjue hacía (p 200) sil íjucn CL TYL o n o es u n l i b r o didáctico en serio*

vera (1690 s s . ) y e n las m o r a l i z a c i o n e s y exhortaciones edificantes espar-

e p i g r a m á t i c o q u e consiste e n i n d u c i r a l lector a orientarse en u n sen-

Por ejemplo, al-Harirí, trad. Chenery, t. 1, núm. 3, p p . 119-120: en favor y en

contra del dinero; Sem T o b , P r o v e r b i o s m o r a l e s , ed. González L l u b e r a , Cambridge,

diante la larga Disputación del griego y el romano, a penetrar el sentido hondo de

1606 ss. c o n s t i t u y e n u n caso i n t e r m e d i o . Se p r e s e n t a n c o m o conclusión

En cuanto a las s e r r a n i l l a s , n o veo m a y o r contraste entre el tono

e m b e l l e c i m i e n t o bucólico, y de que e n este s e n t i d o e l contraste entre las

1634, me p a r e c e n m u c h o más definitivas q u e l a p i r u e t a de ñ^d y, a l a

E l título, i r ó n i c o p a r a designar a l a tercera*» - e x a c t a m e n t e c o m o l o es

(1941), 93 ss., por no tomar en cuenta l a narración en cuaderna vía y p o r su excesivo