Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
Patino Dominguez Hilda Ana Maria Persona Y Humanismo Algunas Reflexiones para La Educacion en El Siglo XXI PDF
Patino Dominguez Hilda Ana Maria Persona Y Humanismo Algunas Reflexiones para La Educacion en El Siglo XXI PDF
PERSONA Y HUMANISMO
ALGUNAS REFLEXIONES PARA
LA EDUCACIÓN EN EL SIGLO XXI
U n iv e r s id a d I b e r o a m e r ic a n a
JNIVERSIDAD IBEROAMERICANA
BIBLIOTECA FRANCISCO XAVIER CLAVIGERO
1. E d u c a c ió n h u m a n is ta - M é x ic o . I. U n iv e rs id a d
Ib e ro a m e ric a n a C iu d a d d e M é x ic o . D ire c c ió n de
S e rv ic io s p a ra la fo rm a c ió n In te g ra l.
3rim e ra e d ic ió n : 2010
D .R . © U n iv e rs id a d Ib e ro a m e ric a n a , A .C .
P rol. P a s e o d e la R e fo rm a # 8 8 0
C o lo n ia L o m a s d e S a n ta Fe
C .P . 0 1 2 1 9 M é x ic o , D .F .
p u b lic a @ u ia .m x
IS B N 9 7 8 -6 0 7 -4 1 7 -1 0 4 -4
Im p re s o y h e c h o en M é x ic o
P rin te d a n d m a d e in M é x ic o
índice
Introducción
Las grandes interrogantes del ser humano 11
Capítulo 1
El ser humano como especie biológica 19
1.1 C o s m o g é n e s is y A n tro p o g é n e s is :
D el B ig B a n g al s u rg im ie n to de la e s p e c ie h u m a n a 20
1.2 El p ro c e s o d e c e re b ra liz a c ió n
y el d e s a rro llo del p s iq u is m o h u m a n o 28
1.2.1 N e u ro n a s y a c tiv id a d c e re b ra l 36
1.3 L e n g u a je y a c tiv id a d c e re b ra l 38
1.4 B re v e re fle x ió n s o b re la re la c ió n m e n te -c e re b ro 40
1.5 N o ta s a c e rc a de la d is c u s ió n s o b re
la te o ría d e la e v o lu c ió n y la e x is te n c ia de D io s 44
Capítulo 2
La realidad personal del ser humano 49
2.1 La d im e n s ió n d e la c o rp o ra lid a d 50
2 .2 La d im e n s ió n de la c o n c ie n c ia 58
2 .3 El s e r h u m a n o c o m o p e rs o n a 64
2.3.1 U n ic id a d 65
2 .3 .2 C o m u n ic a b ilid a d 66
2 .3 .3 La p e rs o n a , s e r s e x u a d o :
c o m u n ic a c ió n y a m o r 71
2 .3 .4 L a b ilid a d 78
2 .4 La p e rs o n a c o m o s e r q u e se c o n s tru y e 81
Capítulo 3
II papel de la reflexión en el proceso
le autoconstrucción de la persona 85
.2 C ritic id a d y m u n d o a fe c tiv o :
las re la c io n e s e n tre la ra z ó n y lo s s e n tim ie n to s 94
Capítulo 4
.a dimensión ética de la persona:
a libertad y el problema del mal 121
k1 La v iv e n c ia del m a l 122
1.2 El m al im p e rs o n a l: a lg u n a s
in te rp re ta c io n e s te ó ric a s 126
Capítulo 5
La persona como ser social 141
5.1 La s o c ia b ilid a d h u m a n a :
b a s e s b io ló g ic a s y c u ltu ra le s 141
Capítulo 6
La persona: finitud y trascendencia 165
6 .2 L a s re lig io n e s m o n o te ís ta s y
su re la c ió n co n la c o n c ie n c ia é tic a
6 .3 La re lig ió n c o m o in s titu c ió n s o cia l 173
Capítulo 7
Perspectivas universitarias para
un humanismo en el siglo xxi: algunas reflexiones 181
7.1 El c o n te x to s o c io e c o n ó m ic o :
La h e g e m o n ía del p a ra d ig m a n e o lib e ra l 181
Anexo
Temario de la materia Persona y humanismo 199
Introducción
Las grandes interrogantes
del ser humano
¿Por qué hay entes y no más bien nada?
(Martin Heidegger)
H a ce p o co e s c u c h é a a lg u ie n a firm a r q u e un te x to es s ie m p re un
te jid o de vo ce s. D e a lg u n a m a n e ra , esa id e a m e d io cie rta tra n q u i
lidad a c e rc a de lo q u e in te n to o fre c e r en e ste tra b a jo . En e fe cto ,
s e tra ta de p o n e r s o b re la m e s a a lg u n a s de las id e a s y p ro p u e s ta s
q u e d is tin to s p e n s a d o re s (filó so fo s, cie n tífic o s , te ó lo g o s , s o c ió lo
g o s, e tc .) h a n v e rtid o s o b re m ú ltip le s a s p e c to s , y q u e a su v e z
han p e rm itid o la p a u la tin a y s ie m p re c o n flictiv a c o n s tru c c ió n de
d o s g ra n d e s ca te g o ría s : “p e rs o n a ” y “h u m a n is m o ” . É s to s son ju s
ta m e n te los eje s a rtic u la d o re s de los c o n te n id o s d e la a s ig n a tu ra
P e rs o n a y h u m a n is m o 1 d e l Á re a d e R e fle x ió n U n iv e rs ita ria , en
la qu e he tra b a ja d o la m a y o r p arte de mi v id a a c a d é m ic a y p ara la
cual e ste te x to p re te n d e s e r u na m o d e s ta c o n trib u c ió n . M i e scrito
e stá d irig id o a los d o c e n te s , e in te n ta s e r un a p o y o a q u ie n e s día
co n día tra b a ja n a rd u a m e n te en las a u la s y p ro m u e v e n la c o n fo r
m a ció n de una id e n tid a d u n iv e rs ita ria a tra v é s de la re fle x ió n c ríti
ca, cre a tiva , p ro p o s itiv a , v a lie n te y c o m p ro m e tid a ; es un a p o y o
p a ra a q u e llo s q u e lu c h a n p o r h a c e r v ia b le , e n el s ig lo x x i, un
h u m a n is m o y una e d u c a c ió n h u m a n ista .
P o d e m o s d e fin ir al s e r h u m a n o c o m o el a n im a l q u e p re g u n ta .
N u e s tra c a p a c id a d d e p re g u n ta r e s tá d ire c ta m e n te re la c io n a d a
c o n la c a p a c id a d m e n ta l p a ra ra z o n a r, e la b o ra r c o n c e p to s a b s
tra c to s y m a n e ja r s ím b o lo s . El s a p ie n s p re g u n ta , no s ó lo so b re
las c o s a s , sin o s o b re sí m is m o .
D e sd e q u e e m e rg ió el s e r h u m a n o c o m o e s p e c ie p e n s a n te , las
d is tin ta s tra d ic io n e s re lig io s a s s o n , sin d u d a , c a m in o s p o r los
q u e la h u m a n id a d in te n ta re s o lv e r la s p re g u n ta s fu n d a m e n ta le s .
S in e m b a rg o , el s u je to , en su e s fu e rz o ra c io n a l p o r e n te n d e r el
m u n d o y e n te n d e rs e a s í m is m o , no s e c o n fo rm ó , p o r d e c irlo
d e a lg ú n m o d o , co n a q u e lla s re s p u e s ta s b a s a d a s e n la m e ra
c re e n c ia de m ito s y d io s e s , s in o q u e b u s c ó e x p lic a rs e la s c o s a s
u tiliz a n d o la o b s e rv a c ió n y s u s c a p a c id a d e s p a ra re la c io n a r,
c o m p a ra r, c la s ific a r, a n a liz a r o s in te tiz a r, c u y o o rig e n es u na c u
rio s id a d in n a ta , un in te ré s p o r p re g u n ta r, in d a g a r, p o r s a b e r: e se
a fá n ta n p e c u lia r q u e ha im p u ls a d o el d e s a rro llo c u ltu ra l, filo s ó fi
co, c ie n tífic o y te c n o ló g ic o d e la h u m a n id a d d e s d e el tie m p o de
las c a v e rn a s h a sta n u e s tro s d ía s .
H u m a n is m o p u e d e p a re c e m o s h o y u n a p a la b ra g a s ta d a , c u yo
s e n tid o s e d e s d ib u ja e n la m u ltitu d d e a c e p c io n e s q u e s e le
o to rg a n en los d is c u rs o s p o lític o s , s o c ia le s , a rtís tic o s o filo s ó fi
co s. A d q u ie re d iv e rs a s to n a lid a d e s y m a tic e s , y s irv e p a ra ju s tifi
c a r m u c h a s c a u s a s , a v e c e s no p re c is a m e n te m u y h u m a n is ta s .
E n el c a m p o d e la e d u c a c ió n , a m e n u d o s e a b o rd a d e s d e el
e s tu d io d e d is c ip lin a s c o m o la filo s o fía , la lite ra tu ra , el a rte , o
bien , m á s e s p e c ífic a m e n te , c o n el e s tu d io d e lo s c lá s ic o s g re
c o rro m a n o s . En el á m b ito s o c ia l, h u m a n is m o se id e n tific a con
a c titu d e s c o m o la c a rid a d o la c o m p a s ió n , s o b re to d o c u a n d o se
in te rp re ta c o m o la a y u d a q u e d e b e b rin d a rs e al n e c e s ita d o , a
v e c e s d e s d e u n a p o s tu ra p a te rn a lis ta ; o b ie n , se a s o c ia co n fi
la n tro p ía o h u m a n ita ris m o , al a p e la r a la n e c e s id a d d e a p o y a r
d e s in te r e s a d a m e n te p ro y e c to s e n b e n e fic io d e la s o c ie d a d .
H u m a n is m o ta m b ié n se p u e d e e n te n d e r, d e s d e u n a p e rs p e c tiv a
d e c rític a s o c ia l, c o m o la n e c e s id a d d e e m a n c ip a c ió n d e la o p re
s ió n en la q u e se e n c u e n tra n la s p e rs o n a s en c o n d ic io n e s de
m a rg in a c ió n . El h u m a n is m o p u e d e s e r m a rx is ta , s o c ia lis ta , c a p i
ta lis ta , e x is te n c ia lis ta , a te o , b u d is ta , c ris tia n o , to d o d e p e n d e del
p u n to d e re fe re n c ia a n tro p o ló g ic o y lo s p rin c ip io s y v a lo re s b á s i
c o s en lo s c u a le s se b a sa u n a d e te rm in a d a c o s m o v is ió n . P o r ra
z o n e s h u m a n is ta s lo m is m o s e p u e d e ju s tific a r u n a g u e rra c o n tra
el te rro ris m o q u e in c ita r a u n a re b e lió n s o c ia l c o n tra la s c o n d i
c io n e s in ju s ta s , in ic ia r u na c a m p a ñ a d e v a c u n a c ió n o un p ro
g ra m a d e s a lu d p ú b lic a . E s te uso, o m á s b ie n a b u s o , d e l té rm in o
ha a c a b a d o p o r v a c ia rlo de s ig n ific a d o . T a l v e z ya e s ta m o s c a n
s a d o s de e s c u c h a r p ro p u e s ta s q u e se c a lific a n a sí m is m a s c o
m o h u m a n is ta s p o rq u e no p a re c e n s in o id e a liz a c io n e s u tó p ic a s
de “ un m u n d o m a ra v illo s o ” : u n a h u m a n id a d en fe liz a rm o n ía qu e
c o n tra s ta g ro te s c a m e n te co n u n a re a lid a d e c o n ó m ic a re g id a p o r
c rite rio s d e p re d a d o re s , c u y o fin ú ltim o e s la g a n a n c ia y el in te ré s
u tilita rio , y d o n d e la c o n s id e ra c ió n d e l o tro c o m o p e rs o n a no
p u e d e to m a rs e m u y en se rio .
Y sin e m b a rg o , h o y m á s q u e n u n c a p a re c e n e c e s a rio re to m a r el
c o n c e p to de h u m a n is m o y re s ig n ific a rlo , s o b re to d o si e s ta m o s
v ita lm e n te c o m p ro m e tid o s co n la ta re a e d u c a d o ra y si c re e m o s
q u e e lla tie n e s e n tid o en la m e d id a en q u e lo g re s e m b ra r las
s e m illa s d e la h u m a n iz a c ió n q u e fe rtilic e n un m u n d o n e c e s ita d o
d e e lla s. La d e fin ic ió n b io ló g ic a d e l s e r h u m a n o no h a c e m ás
q u e c a ra c te riz a rlo c o m o u n a e s p e c ie a n im a l m á s; en e s te s e n ti
do, c a d a in d iv id u o tie n e q u e lu c h a r p o r su s u p e rv iv e n c ia , ta l c o
m o lo h a ce n lo s d e m á s a n im a le s . S in e m b a rg o , en el c a s o del
s e r h u m a n o , el p o te n c ia l in te le c tu a l del q u e g o z a le a b re p o s ib i
lid a d e s in é d ita s d e c ru e ld a d y d e s tru c c ió n q u e h a n d e s e m b o c a
do en la p a ra d o ja de p o n e r en p e lig ro la e x tin c ió n de su p ro p ia
e s p e c ie . D e e sta fo rm a la h u m a n iz a c ió n no e s c o n c e b id a c o m o
a lg o d a d o p o r n u e s tra m e ra c o n d ic ió n b io ló g ic a , s in o c o m o una
ta re a q u e h a y q u e re a liz a r p rin c ip a lm e n te p o r v ía d e la s o c ia liz a
ció n y la e d u c a c ió n , co n v is ta a m itig a r o e n c a u z a r lo s im p u ls o s
d e s tru c tiv o s de la e s p e c ie H o m o s a p ie n s . La in s is te n c ia en el
h u m a n is m o q u iz á s s e a en el fo n d o el re fle jo d e u n a s u til c o n
c ie n c ia d e q u e el s e r h u m a n o tie n e la n e c e s id a d d e c o n s tru irs e
com o hum ano.
En e s te c o m ie n z o del s ig lo x x i n o s e n c o n tra m o s en u n a é p o c a
de p ro fu n d a s c o n tra d ic c io n e s en to d o s lo s á m b ito s d e la v id a . La
h u m a n id a d ha lo g ra d o a c o rta r la s d is ta n c ia s g e o g rá fic a s y c u ltu
ra le s g ra c ia s a lo s fru to s d e la tre m e n d a re v o lu c ió n d e la s te c n o
lo g ía s de la in fo rm a c ió n , la s c u a le s h a n c a m b ia d o rá p id a m e n te
n u e s tra fo rm a de o b te n e r c o n o c im ie n to y d e c o m u n ic a rn o s : las
c o m p u ta d o ra s , In te rn e t, lo s te lé fo n o s c e lu la re s y g a d g e ts s im ila
re s se han c o n v e rtid o en h e rra m ie n ta s c o tid ia n a s e im p re s c in d i
b le s en la v id a de m illo n e s d e p e rs o n a s . E sto , p o r o tro la d o , ha
h e c h o p a te n te las d ife re n c ia s e n tre la s c o s tu m b re s re lig io s a s ,
s o c ia le s , s e x u a le s , p o lític a s y e c o n ó m ic a s d e la s s o c ie d a d e s
h u m a n a s , y ha p ro p ic ia d o al m is m o tie m p o un a le ja m ie n to y u na
fa lta de e n te n d im ie n to e n tre e lla s y al in te rio r de sí m is m a s . Los
e n fr e n ta m ie n to s in te rr a c ia le s , la s p e rs e c u c io n e s re lig io s a s , la
h o m o fo b ia , la v io le n c ia c o n tra la m u je r y, en fin , to d a s a q u e lla s
m a n ife s ta c io n e s d e un a id io s in c ra s ia d e tip o c o n s e rv a d o r y re
a c c io n a rio , se e n fre n ta n co n la s lu c h a s lo c a le s e in te rn a c io n a le s
d e c a rá c te r p ro g re s is ta p o r a s u n to s c o m o la e q u id a d d e g é n e ro ,
lo s d e re c h o s h u m a n o s , la a c e p ta c ió n d e la d iv e rs id a d s e x u a l, el
cu id a do del m e dio a m b ie n te , la d e fe n s a de la d e m o c ra c ia , la paz,
e tc.; e s ta s te n d e n c ia s h a n s id o lla m a d a s “ n u e v o s m o v im ie n to s
so c ia le s ” y revelan un g ra d o m a y o r de co n c ie n c ia en m u c h o s s e c to
res d e la s o c ie d a d civil.
T o d o te x to es un te jid o de v o c e s , y la s q u e é s te in te n ta h a c e r o ír
d e m a n e ra m á s o m e n o s a rm ó n ic a p ro v ie n e n d e u n a s e rie de
a u to re s c u y a s lín e a s d e p e n s a m ie n to a v e c e s se c o n tra p o n e n
e n tre sí. E sta s d ife re n c ia s s e h a n e n fa tiz a d o c u a n d o s e in te n ta
c o n tra s ta r a lg u n a s p o s tu ra s , p e ro s o b re to d o tra s h a b e r s e g u id o
u n a lín e a d e ra z o n a m ie n to ; el e s m e ro se ha p u e s to en s u b ra y a r
la s s e m e ja n z a s y la s c o in c id e n c ia s m á s a llá d e s u s d ife re n c ia s .
En e s ta p o lifo n ía d e v o c e s h a y u n a s c u y a p ro c e d e n c ia id e n tific o
c la ra m e n te , m ie n tra s o tra s la s he in te rio riz a d o d e ta l m a n e ra q u e
las siento co m o propias; las he h e ch o m ías a fu e rz a de a sim ila rla s
y e s tru c tu ra rla s en m is p ro p io s ra z o n a m ie n to s a ta l p u n to de q u e
s o y in c a p a z d e id e n tific a r s u p r o c e d e n c ia . El y o e s tá s ie m
p re c o n fo rm a d o p o r lo s o tro s , p re s e n te s y a u s e n te s , c o n o c id o s y
d e sco nocido s, p e rcep tible s e im p e rce p tib le s, co n tra s ta d o s y a c e p
ta d o s , to d o s e s o s “tú ” q u e h a n c o n s tru id o la b io g ra fía p e rs o n a l
p o r la in te ra c c ió n . D e n tro d e e s a s v o c e s g u a rd o e s p e c ia l a g ra
d e c im ie n to a los m a e s tro s , a lu m n o s y c o le g a s d e la vid a u n iv e r-
sita ría con quienes he com partido autores y te m a s de índole filosófi
ca y científica. P articu la rm e n te a g ra d e z c o a los p ro fe so re s del S e
m inario m ente -ce re b ro , la m a yo ría p ro ce d e n te de d iscip lin a s co m o
la quím ica , la física, la biología o la psicología, ya q ue e llos m e in
tro d ujeron en los c a m p o s fa sc in a n te s de la realidad científica.
En un p rim e r m o m e n to e s te te x to fu e la te s is q u e e la b o ré p a ra
o b te n e r el g ra d o de m a e s tra en F ilo s o fía . P o s te rio rm e n te , en el
á n im o de c o la b o ra r co n la m a te ria de P e rs o n a y h u m a n is m o ,
a ñ a d í c a p ítu lo s y m o d ifiq u é v a ria s de s u s p a rte s. C o m o ya s e
ñ alé, la v a rie d a d de a u to re s y te x to s q u e se m e n c io n a n en e s te
tra b a jo o b e d e c e n a un a v id a a c a d é m ic a d e le c tu ra y d o c e n c ia , y
s u s id e a s han sid o de a lg u n a m a n e ra in te rp re ta d a s p o r m í e in
te g ra d a s sele ctiva m e n te , se g ú n la tem á tica , en una p o stu ra p e rso
nal. N o se tra ta , pu e s, de un e s tu d io e s p e c ia liz a d o s o b re a lg ú n
a u to r o c o rrie n te , sin o d e un te x to q u e se c o n c ib e c o m o in tro d u c
to rio , q u e p re te n d e p ro v o c a r la re fle x ió n s o b re el h u m a n is m o
(re n o v a d a p o r las in é d ita s c irc u n s ta n c ia s q u e v iv im o s ) y q u e in v i
ta al le c to r a p a rtic ip a r en e s ta d is c u s ió n .
C o n v is ta a c o n v e r tir s e e n un a p o y o d o c e n te , el te x to p r o c u
ra s e g u ir en e s e n c ia los te m a s m á s im p o rta n te s d e la m a te ria
P e rso n a y h u m a n ism o , pero in e vita ble m e n te m a n te n g o en cada
uno d e e llo s un p u n to d e v is ta p ro p io q u e d e s d e lu e g o tra to de
fu n d a m e n ta r, sin q u e e s to s ig n ifiq u e q u e m i in te rp re ta c ió n se a la
c o rre c ta , ni q u e no e x is ta n o m is io n e s im p o rta n te s q u e p o d ría n
e n riq u e c e r a lg u n a p e rs p e c tiv a en c u e s tió n . E s c rib ir s ie m p re es
a rrie s g a rs e : en el m o m e n to en q u e lo e s c rito se p u b lic a , d e a l
g u n a m a n e ra q u e d a “c o n g e la d o ” e s e in c e s a n te flu jo re n o v a d o r
del p e n s a m ie n to ; la fo to g ra fía no p e rm ite c a p ta r el m o v im ie n to y
se no s v u e lv e a je n a a la v id a : de p ro n to y a no p o d e m o s re c o n o
c e rn o s en e lla. En e s a c o n c ie n c ia , el tra b a jo e s tá a b ie rto a c u a l
q u ie r c rític a q u e p u e d a m e jo ra rlo y e n riq u e c e rlo , co n el o b je tiv o
de te je r c o le c tiv a m e n te la re fle x ió n q u e a to d o s n o s a ta ñ e , p o r
q u e c o m o bie n d ijo T e re n c io : “ n a d a h u m a n o n o s es a je n o ” .
Capítulo 1
El ser humano
como especie biológica
Si h a c e m o s una re fle x ió n s o b re lo h u m a n o no p o d e m o s , a n u e s
tro p a re c e r, o m itir el a s p e c to b io ló g ic o d e su s e r ni el p ro c e s o
e v o lu tiv o p o r el q u e e m e rg ió en c u a n to e s p e c ie , co n u na c o n
c ie n c ia d e sí y d e l m u n d o q u e le ro d e a , co n u n a m e n te ra c io n a l,
p ro y e c tiv a y p la n ific a d o ra , c a p a z de im a g in a c ió n c re a d o ra , de
g o z o e s té tic o y a m o r p o r su s s e m e ja n te s . En la h is to ria d e l u n i
v e rs o , el s u rg im ie n to d e la v id a o c u p a un tie m p o m u y b re v e en
c o m p a r a c ió n c o n lo s p ro c e s o s q u e le a n te c e d ie r o n . E n e s te
apartado h a re m o s un rá p id o re c o rrid o d e s d e el B ig B a n g h a s ta
la a p a rició n del H o m o s a p ie n s en la fa z de la T ie rra , y a n a liz a re
m o s la p e c u lia rid a d d e l c e re b ro h u m a n o , el cu a l h o y se ha c o n
v e rtid o en el o b je to p rin c ip a l d e e s tu d io de m ú ltip le s d is c ip lin a s
c o n o c id a s , en té rm in o s g e n e ra le s , c o m o “ n e u ro c ie n c ia s ” , c u y o
te m a c e n tra l es la re la c ió n e n tre la m e n te y el c e re b ro . P o r ta n to ,
ta m b ié n se a b o rd a rá n cu e stio n e s co m o ¿qué es el p e n sa m ie n to ? ,
¿ c ó m o se p ro d u c e en el c e re b ro ? , ¿ q u é re la c ió n e x is te e n tre lo
b io q u ím ic o y lo m e n ta l? y ¿ c ó m o p ro d u c e n p e n s a m ie n to n u e s
tra s n e u ro n a s ? M u c h a s so n las in te rro g a n te s q u e se p la n te a n
los d e d ic a d o s al c a m p o de las n e u ro c ie n c ia s , p u e s, p a ra fra s e
a n d o al filó s o fo e s p a ñ o l O c ta v io F u lla t, lo q u e p o d a m o s s a b e r
del s e r h u m a n o v ie n e d a d o , en m u y b u e n a p a rte , p o r lo q u e s e
p a m o s d e su p ro c e d e n c ia b io ló g ic a , e s p e c ia lm e n te de la a n a
to m ía y fis io lo g ía del c e re b ro h u m a n o .
1.1 Cosmogénesis y antropogénesis: Del Big Bang
al surgimiento de la especie humana
A p a rtir d e e n to n c e s fu e ro n a p a re c ie n d o y d e s a p a re c ie n d o de la
fa z d e la T ie rra d iv e rs a s fo rm a s de v id a m á s c o m p le ja s . La p a le
o n to lo g ía ha lo g ra d o h a c e r un re c u e n to de c ie n to s de e s p e c ie s
q u e h a b ita ro n e s te p la n e ta a n te s q u e n o s o tro s . Lo s fa m o s o s d i
n o s a u rio s , q u e d o m in a r o n d u r a n te e l p e rio d o M e s o z o ic o d e l
T riá s ic o h a c e 160 m illo n e s d e a ñ o s , fu e ro n re p tile s q u e a lc a n
z a ro n ta m a ñ o s g ig a n te s c o s y s e d iv e rs ific a ro n e n o rm e m e n te ,
h a s ta q u e se e x tin g u ie ro n en el C re tá c e o , al p a re c e r d e b id o a la
c o lis ió n d e un e n o rm e m e te o rito co n la T ie rra : el im p a c to c a u s ó
una g ra n n u b e de p o lvo q u e o s c u re c ió la a tm ó s fe ra im p id ie n d o la
fo to s ín te s is de los v e g e ta le s . La e x tin c ió n de los g ra n d e s re p tile s
p e rm itió la e v o lu c ió n d e los m a m ífe ro s , de q u ie n e s d e s c ie n d e el
H o m o sa p ie n s , ú n ico re p re s e n ta n te a ctu a l de la e s p e c ie H o m o .
En su lib ro Q u é n o s h a c e h u m a n o s ,3 el c o n o c id o b ió lo g o M a tt
R id le y d is c u te a m p lia m e n te las d ife re n c ia s y s e m e ja n z a s e n tre
la e s p e c ie h u m a n a y la s d e m á s e s p e c ie s a n im a le s , en p a rtic u la r
a q u e lla s q u e se e n c u e n tra n g e n é tic a m e n te m á s e m p a re n ta d a s
con n o s o tro s , c o m o los b o n o b o s , g o rila s y c h im p a n c é s , con
q u ie n e s c o m p a rtim o s m á s del 95 p o r c ie n to d e la e s tru c tu ra de
n u e s tro g e n o m a . H o y en d ía ya ha s id o d e s c ifra d o el g e n o m a
h u m a n o , el cu a l c o n tie n e el d is e ñ o de las e s tru c tu ra s c e lu la re s y
3 Matt Ridley, Qué nos hace humanos, Madrid, Taurus, 2005 (editado en
inglés en 2003 con el título Nature Via Nurture: Genes, Experience, and
What Makes us Human).
la s a c tiv id a d e s de las c é lu la s d e l o rg a n is m o .4 C o n tra rio a las e x
p e c ta tiv a s d e q u e el c ó d ig o g e n é tic o d e n u e s tra s c é lu la s tu v ie s e
m á s d e cie n m il g e n e s , lo s c ie n tífic o s h an h a lla d o “s o la m e n te ”
tre in ta m il. E sto s ig n ific a q u e n u e s tro g e n o m a c o n tie n e tre s m il
m illo n e s d e “ le tra s ” , e s d e c ir, d e b a s e s q u ím ic a s en u na m o lé c u
la d e a d n .5
La s e s p e c ie s q u e u n e n al h o m b re a c tu a l co n los p rim e ro s h o m í
nidos re prese ntan ve rd a d e ro s sa lto s e vo lu tivos. A sí, p o r eje m p lo , el
A u s tr a lo p it e c u s , c u y o s p rim e ro s re s to s fu e ro n e n c o n tra d o s en
el c e n tro del c o n tin e n te a fric a n o , fu e un h o m ín id o b íp e d o de p o
d e ro s a s m a n d íb u la s , sin e m b a rg o , su c e re b ro te n ía un v o lu m e n
in fe rio r a los 4 0 0 c m 3; e ste d a to da pie a p e n s a r q u e el b ip e d is m o
se p ro d u jo m u ch o a n te s q u e la e x p a n sió n del c e re b ro . O tro h o m í
nido q u e c o e x is tió con el A u s tra lo p ith e c u s fu e el H o m o h a b ilis,
q u e te n ía una m a y o r c a p a c id a d c ra n e a l (a lre d e d o r de 7 00 c m 3) y
su ca ra cterística m ás im p o rta n te es que ya no sólo se a lim e n ta b a
de frutas y vegetales sino tam bién de aním ales. Los científicos pien
san q u e el co n s u m o de p ro te ín a s a n im a le s es una p o s ib le e x p li
ca ció n del a u m e n to d e su c a p a c id a d c e re b ra l.
El H o m o e re c tu s , p o r su p a rte , e ra u na e s p e c ie co n u na ca p a c i
d ad craneal m a yo r a la del H o m o h a b ilis (a lre d e d o r de 8 00 c m 3) y
se e x p a n d ió d e s d e Á fric a h a s ta A s ia . E s to s h o m ín id o s c o n o c ía n
O tra e s p e c ie de h o m ín id o im p o rta n te de m e n c io n a r e s el N e a n
d e rth a l (H o m o s a p ie n s n e a n d e rth a le n s is ), c u y o s re s to s se han
e n c o n tra d o p rin c ip a lm e n te en A le m a n ia y F ra n c ia . S e e x tin g u ió
h a ce u n o s tre in ta m il a ñ o s , d e m o d o q u e fu e c o n te m p o rá n e o del
H o m o s a p ie n s s a p ie n s , e s p e c ie a la cu a l p e rte n e c e m o s . T a n to
el N e a n d e rth a l c o m o el s a p ie n s m o s tra b a n c la ra m e n te s ig n o s de
u na c a p a cid a d in te le ctu a l s u p e rio r a la de o tro s h o m ín id o s ; u tiliz a
ban h e rra m ie n ta s d e p ie d ra c o m o el ha ch a , fa b ric a b a n a d o rn o s y
s a b ía n h a c e r fu e g o . F ís ic a m e n te h a b ía d ife re n c ia s a n a tó m ic a s :
el N e a n d e rth a l e ra ro b u s to , co n a rc o s s u p e rc ilia re s fu e rte s y de
ro s tro p ro m in e n te , m ie n tra s q u e lo s s a p ie n s p o s ib le m e n te e ra n
m á s a lto s, de h u e s o s m á s liv ia n o s y co n c a ra s m á s p e q u e ñ a s y
m e n o s p ro tu b e ra n te s , c a ra c te rís tic a s fís ic a s q u e h e m o s c o n s e r
v a d o h a sta la a c tu a lid a d .
S e p ie n s a q u e en E u ro p a , h a c e a lre d e d o r d e c u a re n ta m il a ñ o s,
lo s n e a n d e rth a le s tu v ie ro n c o n ta c to s fre c u e n te s co n lo s sa p ie n s ,
p e ro sin s a b e r a c ie n c ia c ie rta p o r q u é fin a lm e n te s e e x tin g u ie
ron. A ú n se e s p e c u la s o b re la s c a u s a s d e su d e s a p a ric ió n : ¿ los
s a p ie n s c o m p itie ro n co n e llo s p o r re c u rs o s ? , ¿ lo s m a ta ro n en
c o m b a te ? , ¿o q u iz á se m e z c la ro n co n e llo s , de m a n e ra q u e los
g e n e s del N e a n d e rth a l v iv e n en el H o m o s a p ie n s a ú n ? 9
9 Este tema es hoy en día motivo de debate entre los especialistas, pues
cada vez parece haber más evidencia de que neanderthales y sapiens per
tenecen a dos especies diferentes, por lo que, en el caso de existir un apa
reamiento, los individuos que nacerían serían infértiles, tal como ocurre con
la muía, que es el resultado de la cruza entre un asno y un caballo.
10 Disponible en http://web.educastur.princast.es/proyectos/grupotecne/archivos/
investiga/evolucion%20humana.gif, consultado el 18 de mayo de 2007.
A u s tra lo p itec u s Homo erectus Homo neanderthalensis Homo (sapiens) sapiens
(3-2 m illones de años) (750.000 años) (100.000 a 40.000 años) (40.000 años hasta hoy)
A u n q u e fís ic a m e n te h a y a m u c h a s e m e ja n z a e n tre lo s H o m o s a
p ie n s y los p rim a te s m á s c e rc a n o s a él, en té rm in o s d e l g e n o m a
h a y g ra n d e s d ife re n c ia s , ya q u e el c ó d ig o g e n é tic o v ie n e d e te r
m in a d o p o r el o rd e n en el q u e se e s tru c tu ra n la s b a s e s p ro te ic a s
(a d e n in a , g u a n in a , e tc .) y no p o r s u s p ro p ie d a d e s p a rtic u la re s , lo
q u e da lu g a r a m illo n e s d e c o m b in a c io n e s p o s ib le s . A s í lo e x p li
ca R id le y:
La im p o rta n c ia d e e s tu d ia r el c e re b ro se in ic ió al m e n o s h a ce
2 4 0 0 a ñ o s co n el fa m o s o m é d ic o g rie g o H ip ó c ra te s , q u ie n lo
c o n s id e ra b a c o m o el c e n tro d e lo s p ro c e s o s in te le c tu a le s . A s i
m is m o , el m é d ic o g rie g o C la u d io G a le n o in s is tió en el e s tu d io
del c e re b ro p a ra e n te n d e r lo s p ro c e s o s m e n ta le s .13 A n a tó m ic a
m e n te , el c e re b ro o e n c é fa lo e s el c e n tro q u e c o o rd in a y re g u la
el fu n cio n a m ie n to del sis te m a n e rvio so y se localiza en la cabeza;
e s el ú n ico ó rg a n o to ta lm e n te p ro te g id o p o r u n a b ó v e d a ó se a ,
El c e re b ro h u m a n o es p ro d u c to de u n a e v o lu c ió n : a m e d id a q u e
se ra s tre a su fo rm a c ió n en los “á rb o le s filo g e n é tic o s ” d e las e s
p e c ie s a n im a le s , se v a h a c ie n d o m á s c o m p le ja la e s tru c tu ra y
las fu n c io n e s d e e s te ó rg a n o . El s ig u ie n te e s q u e m a p re s e n ta , a
g ra n d e s ra sg o s, los m o m e n to s e v o lu tiv o s del c e re b ro h u m a n o :14
Denominaciones Funciones
Paleocórtex
Lugar donde
Cerebro se instalan
(200 millones Zona
reptiliano las estructu
de años) hipotalámica
(Primitivo) ras instintivas
Presente
o heredadas
Lugar donde
Mesocórtex
Cerebros Cerebro se instalan
(100 millones
límbico Hipocampo los compor
de años)
Interrelacio (Superior) tamientos
Pretérito
nados adquiridos
Lugar donde
Neocórtex
se instalan:
(Se inicia con
Lóbulo - conciencia
la llegada de
orbitofrontal - imaginación
los primates)
creadora
Futuro
- libertad
El p a le o c ó rte x del c e re b ro h u m a n o re g u la lo s m e c a n is m o s de
las c o n d u c ta s h e re d a d a s q u e tie n e n q u e v e r co n la s u p e rv iv e n
cia de la e s p e c ie , ta le s c o m o el h a m b re , la se d , el in s tin to
s e x u a l, la re g u la c ió n d e la te m p e ra tu ra b a sa l, lo s m o v im ie n to s
re s p ira to rio s , s a n g u ín e o s y c a rd ia c o s , e n tre o tro s . E s ta p a rte de
n u e s tro c e re b ro es la q u e n o s “a ta ” a la n a tu ra le z a a n im a l y nos
s itú a en el m o m e n to p re s e n te . El m e s o c ó rte x se e n c a rg a de
p ro v o c a r las c o n d u c ta s de a p re n d iz a je y de a lm a c e n a rla s , es
d e cir, en él se a c u m u la n lo s c o n o c im ie n to s a d q u irid o s y, p o r lo
ta n to , se e n fo ca m á s en el p a s a d o q u e en el p re s e n te y “a ta ” al
s e r h u m a n o a u n a c u ltu r a y c iv iliz a c ió n e s p e c íf ic a , d o n d e
a p re n d e c o m p o rta m ie n to s , té c n ic a s , n o rm a s m o ra le s , e sté tic a s ,
e tc. El n e o c ó rte x e s la p a rte m á s n u e v a d e l c e re b ro , e v o lu tiv a
m e n te h a b la n d o , y la q u e s e e n c a rg a d e la s fu n c io n e s in te le c
tu a le s s u p e rio re s :
E s in te re s a n te s e ñ a la r, sin e m b a rg o , q u e e s ta b u rd a d iv is ió n de
las p a rte s de l c e re b ro h u m a n o q u e a h o ra p re s e n ta m o s no s ig n i
fic a q u e e lla s p u e d a n fu n c io n a r c o m p le ta m e n te d e m a n e ra a is
lada. Lo s p ro c e s o s c o n s c ie n te s ra c io n a le s del n e o c ó rte x e stá n
c o n e c ta d o s co n los p ro c e s o s d e l m e s o c ó rte x y d e l p a le o c ó rte x .
E x is te n m u c h a s e v id e n c ia s c ie n tífic a s d e la in te rre la c ió n e n tre
e s ta s p a rte s, p o r e je m p lo , d e l p a p e l q u e ju e g a n la s e m o c io n e s
en el p ro c e s o de d e c is ió n e in c lu s o en la c o n fo rm a c ió n d e l s e n ti
do d e l yo. D e ta l m o d o , el c e re b ro n o rm a l fu n c io n a in te g ra lm e n
te, c o m o un s is te m a , y m á s a ú n , m u c h a s de s u s fu n c io n e s no
tie n e n u na lo c a liz a c ió n fís ic a c la ra . A e s te re s p e c to , el n e u ró lo g o
A n to n io D a m a s io 16 e s u n o de lo s in v e s tig a d o re s m á s re s p e ta d o s
en el c a m p o d e la re la c ió n e n tre e m o c io n e s , c o n c ie n c ia y s e n ti
d o d el yo d e s d e el p u n to d e v is ta d e l fu n c io n a m ie n to c e re b ra l.
15 Ibidem, p. 151.
16 Antonio Damasio, The Feeling o f what Happens. Body and Emotion in the
Making o f Consciousness, Nueva York, Harvest Court Inc., 2000.
v o s y u n a c ie rta fo rm a de le n g u a je . E d g a r M o rin s o s tie n e q u e el
H o m o s a p ie n s c re ó un a c e rv o c u ltu ra l q u e a su v e z fu e p ro p ic io
p a ra el s u rg im ie n to d e l c e re b ro h u m a n o : “e s e g ra n c e re b ro s u
p e ra d e s d e c u a lq u ie r p u n to de v is ta al H o m o e re c tu s . Si la c u ltu
ra e s el re s u lta d o d e u na e v o lu c ió n n a tu ra l, el ú ltim o e s ta d io de
e sa e v o lu c ió n no p o d ía d a rs e sin q u e e x is tie s e la c u ltu ra ” .17
D e a h í q u e M o rin a c u d a al c o n c e p to d e e m e rg e n c ia p a ra e x p li
c a rs e la a p a ric ió n d e o rg a n is m o s m á s c o m p le jo s . En té rm in o s
g e n e ra le s , la e m e rg e n c ia e s el s u rg im ie n to de u n a re a lid a d con
c a ra c te rís tic a s n u e v a s a la s q u e te n d ría n lo s e le m e n to s q u e la
c o m p o n e n si é s to s s e to m a ra n p o r s e p a ra d o .
El e s tu d io del c e re b ro y su re la c ió n co n los p ro c e s o s m e n ta le s
es uno de los ca m p o s q ue h o y en día ha co b ra d o m a y o r interés y
fa s c in a c ió n , no só lo p o r p a rte d e lo s in v e s tig a d o re s m é d ic o s ,
p s iq u ia tra s , n e u ró lo g o s y p s ic ó lo g o s , s in o ta m b ié n d e filó s o
fo s , m a te m á tic o s , fís ic o s , b io q u ím ic o s , in g e n ie ro s en s is te m a s y
p e d a g o g o s , p o r n o m b ra r s ó lo a lg u n a s de las d is c ip lin a s q u e han
e n c a m in a d o su s tra b a jo s a lo q u e h o y s e d e n o m in a , de m a n e ra
g e n e ra l, “ n e u ro c ie n c ia s ” . E n tre las c ie n c ia s q u e e s tu d ia n el s is
te m a n e rv io s o se e n c u e n tra n la n e u ro b io q u ím ic a , n e u ro fa rm a c o -
logía, n e u ro v iro lo g ía , etc. L o s d e s c u b rim ie n to s en e s te a m p lio
c a m p o so n c o n tin u o s y re b a s a n co n m u c h o los o b je tiv o s de e ste
tra b a jo , p o r lo q u e ta n s ó lo q u e re m o s a p u n ta r q u e e s to s e s tu d io s
to m a n s ie m p re un a p e rs p e c tiv a e v o lu tiv a .
hipotálam o cerebelo
glándu la
pituitaria
médula ob lo n ga
Hipocampo
Hipófisis
Hipotálamo
Amígdala
A ú n existe n m u ch a s in te rro g an te s a ce rca del fu n c io n a m ie n to del
cerebro hu m ano ; é ste sig u e sie n d o un m isterio y ca d a día se d e s
cubren nue vo s datos qu e a su v e z p lantean n u e va s y m á s p ro fu n
das preg unta s. R e itera m o s q ue hasta no h ace m u ch o s a ñ o s se
p e nsab a qu e el ce re b ro te n ía z o n a s e xclu siva s de fu n cio n a m ie n to ,
pero gra cia s al d esarro llo de té cn ica s co m o la im a g e n o lo g ía o la re
so n a n cia m a g n é tica se ha p o d ido c o m p ro b a r q ue c u a n d o se re a liza
una función, varia s z o n a s d e l ce re b ro s e c o n e cta n e in te ra c tú a n e n
tre sí. A u n a d o a esto, se ha d o c u m e n ta d o e vid e n cia q ue c o m p ru e
ba que c u a n d o se d a ñ a un á re a ce re b ra l no e sp e cializa d a , otra
área p u e d e re alizar un re e m p la zo parcial de las fu n c io n e s q ue se
perdieron; esto se d e b e a la ca p a cida d q ue tie n e n las n e u ro n a s pa
ra co n e cta rse u n as con o tra s .19
A c o n tin u a c ió n , d e m a n e ra m u y g e n e ra l, s e ñ a la re m o s a lg u n a s
c a ra c te rís tic a s ya b ie n c o n o c id a s s o b re n u e s tro c e re b ro , ta n to
d e sus re g io n e s c o m o de las fu n c io n e s q u e a h í s e d e s e m p e ñ a n .
O b s é rv e n s e los s ig u ie n te s e s q u e m a s :20
P a rte s de la c o rte z a c e re b ra l
de asociación
Area visual
área
prefrontal
Movimientos precisos
F i s u r a c e n tr a l
C o r t e z a m o to ra
Emociones, conducta
Conocimiento, memoria
L ó b u lo p a r i e t a l
L ó b u lo fr o n t a l
C o rte za
so m a to se n so ri al
Reconocimiento
Lenguaje visual
(área de Broca)
L ó b u lo o c c i p i t a l
Visión
Coordinación
del equilibrio
F is u r a la t e r a l y muscular
L ó b u lo t e m p o r a l
El c e re b ro h u m a n o e s tá d iv id id o en d o s h e m is fe rio s , el iz q u ie rd o
y el d e re c h o , los c u a le s c o n s titu y e n el 85 p o r c ie n to d e su p e so .
C a d a un o de e llo s se e n c a rg a d e o rg a n iz a r y c o n tro la r los s e n ti
d o s del la d o o p u e s to del c u e rp o , d e m a n e ra q u e , p o r d e c irlo
s e n c illa m e n te , la m a n o d e re c h a “ p u e d e s a b e r” lo q u e h a ce la iz
q u ie rd a . E sto s h e m is fe rio s se e n c u e n tra n u n id o s e n tre sí p o r el
“c u e rp o c a llo s o ” , q u e e s un p u e n te d e n e u ro n a s q u e c o n e c ta las
m ita d e s de la c o rte z a . L o s c ie n tífic o s p ie n s a n q u e lo s d o s h e m is
fe rio s difieren no ta n to en lo q u e se e n fo ca n (la ¡dea de “lo ló g ico ”
fre n te a “ lo a rtís tic o ” o d e lo c o n v e rg e n te fre n te a lo d iv e rg e n te ),
sin o en la m a n e ra en q u e p ro c e s a n la in fo rm a c ió n . El h e m is fe rio
izquie rdo parece ce n tra rse en los d etalles, m ie n tra s q ue el derecho,
en g e n e ra lid a d e s . La c o rte z a c e re b ra l (n e o c ó rte x ), q u e c u b re la
ca p a e x te rio r d e los h e m is fe rio s , p ro c e s a , c o m o ya s e ñ a la m o s ,
la in fo rm a c ió n s e n s o ria l re c ib id a d e l m u n d o e x te rio r, c o n tro la los
m o v im ie n to s v o lu n ta rio s y re g u la el p e n s a m ie n to c o n s c ie n te y la
a c tiv id a d m e n ta l.
A d e m á s d e la c o rte z a c e re b ra l, el c e re b ro e s tá c o m p u e s to p o r
o tra s p a rte s . E v o lu tiv a m e n te h a b la n d o , el h ip o tá la m o e s la re
g ió n m á s a n tig u a y se e n c a rg a de a y u d a r a re g u la r el h a m b re , la
s e d , el s u e ñ o , la te m p e ra tu ra c o rp o ra l, e n tre o tra s fu n c io n e s . El
c e re b e lo , p o r su p a rte , es el e n c a rg a d o de o rg a n iz a r y c o o rd in a r
las a c c io n e s m u s c u la re s y lo s re fle jo s , y re c ib e a lg u n a s s e ñ a le s
s e n s o ria le s . El tá la m o es la re g ió n q u e c o n e c ta la c o rte z a co n el
re sto d el c e re b ro , re tra n s m itie n d o la in fo rm a c ió n q u e a h í se g e
nera. La m é d u la o b lo n g a o b u lb o ra q u íd e o c o o rd in a a c tiv id a d e s
in v o lu n ta ria s c o m o lo s la tid o s del c o ra z ó n , la re s p ira c ió n y la v a
s o c o n s tric c ió n ; c o n tie n e m u c h a s n e u ro n a s q u e se c o n e c ta n con
la m é d u la e sp in a l, la cual se e x tie n d e p o r to d o el in te rio r d e la
c o lu m n a v e rte b ra l, d e s d e la q u e p a rte n ra m ific a c io n e s n e rv io s a s
al re sto del cu e rp o .
1.2.1 Neuronas y actividad cerebral
S e g ú n los n e u ró lo g o s , lo q u e p a re c e c o n d ic io n a r el n ive l de in te
lig e n c ia no es el v o lu m e n d e l c e re b ro , s in o su s u p e rfic ie , es d e
cir, el n ú m e ro d e n e u ro n a s q u e c o m p o n e n el te jid o c e re b ra l. El
c e re b ro h u m a n o c o n tie n e a lre d e d o r d e c ie n m il m illo n e s d e n e u
ro n a s ,21 c a d a u n a d e la s c u a le s s e in te rc o n e c ta co n o tra s g ra
c ia s a la s in a p s is , y fo rm a a s í u n a red e s tru c tu ra l d e e x tre m a
c o m p le jid a d .
A d e m á s de las n e u ro n a s , el s is te m a n e rv io s o se c o m p o n e de te
jid o in te rs tic ia l y te jid o c o n e c tiv o . El p rim e ro d e s e m p e ñ a un p a
pel de s o p o rte e n a s o c ia c ió n co n la s n e u ro n a s , y el s e g u n d o
fo rm a las m e m b ra n a s m e n ín g e a s y la s “v a in a s ” q u e e n v u e lv e n a
lo s n e rv io s p e rifé ric o s .
L a s n e u ro n a s s o n c é lu la s p e c u lia r e s : e s tá n fo r m a d a s p o r un
n ú cle o , p o r te rm in a le s m u y fin a s lla m a d a s d e n d rita s y p o r e x
tre m id a d e s m á s la rg a s lla m a d a s “a x o n e s ” . N u e s tro c e re b ro u tili
za la e n e rg ía b io q u ím ic a , q u e s e p ro d u c e p o r el m e ta b o lis m o de
las c é lu la s , p a ra d e to n a r la s re a c c io n e s n e u ro n a le s . E s to s “ p a
q u e te s ” d e e n e rg ía to m a n la fo rm a d e n e u ro tra n s m is o re s ; la
n e u ro n a los re c ib e p o r m e d io d e la s d e n d rita s y lo s e n v ía h a cia
las n e u ro n a s c e rc a n a s p o r m e d io d e lo s a x o n e s .
Un n e u ro tra n s m is o r e s u n a m o lé c u la en e s ta d o d e tra n s ic ió n ,
co n d é fic it o e x c e s o de c a rg a e lé c tric a , q u e tie n d e a e s ta b iliz a r
se, lo cu a l le to m a un b re v ís im o la p so , d e u n a s c u a n ta s v ib ra
c io n e s m o le c u la re s . P a ra q u e lo s n e u ro tra n s m is o re s lle v e n la
in fo rm a c ió n d e un a n e u ro n a a o tra e s im p re s c in d ib le la e x is te n
cia d e u n a s u s ta n c ia q u e el c e re b ro m is m o p ro d u c e : la m ie lin a .
S in e lla e s im p o s ib le la s in a p s is n e u ro n a l, y a q u e d ic h a s u s ta n
cia c o n e c ta al n e u ro tra n s m is o r co n a q u e lla d e n d rita e s p e c ífic a
q u e lo a d m ite . A d e m á s , al p a s a r p o r los a x o n e s , el n e u ro tra n s
m is o r e s tim u la la c re a c ió n d e m ie lin a , p o r lo q u e a m a y o r c a n ti
da d d e m ie lin a m e n o r re s is te n c ia a la tra n s m is ió n (n o to d a s las
n e u ro n a s so n p ro d u c to ra s de m ie lin a , p e ro a q u í h a b la m o s d e un
e s q u e m a g e n e ra l). El c o n o c id o c ie n tífic o J. P. C h a n g e u x o fre c e
la s ig u ie n te e x p lic a c ió n :
A u n c u a n d o h o y en d ía se a c e p ta q u e o tra s e s p e c ie s a n im a le s
tie n e n un le n g u a je q u e les s irv e p a ra c o m u n ic a rs e e n tre sí, fu n
d a m e n ta lm e n te con fin e s de s u p e rv iv e n c ia , sin d u d a el le n g u a je
h u m a n o tra s c ie n d e las fro n te ra s de la m e ra s u p e rv iv e n c ia d e la
e s p e c ie y c o m u n ic a p e n s a m ie n to s a lta m e n te c o m p le jo s y a b s
tra c to s (p ié n s e s e en el le n g u a je de la fis ic o m a te m á tic a ). En el
te rre n o del arte, el le n g u a je es u n a fo rm a de e x p re s ió n m e ta fó ri
ca de n u e s tra s e m o c io n e s y s e n tim ie n to s , p o r e je m p lo , el le n
g u a je m u s ic a l, el p lá s tic o o el p o é tico . R e c o rd e m o s q u e H e g e l
c o lo c a b a a la p o e s ía , p o r su c a rá c te r e s p iritu a l o in m a te ria l, c o
m o la m á s e x c e ls a de la s a rte s.
T a n to R id le y c o m o C h a n g e u x c o in c id e n en s e ñ a la r q u e los g e
n e s p o r sí s o lo s no p u e d e n e x p lic a r lo s c o m p o rta m ie n to s y las
c a ra c te rís tic a s h u m a n o s , p u e s n e c e s ita n d e la in te ra c c ió n co n el
a m b ie n te n a tu ra l, so c ia l y c u ltu ra l p a ra q u e se a c tiv e n o d e s a c ti
v e n , se e x p re s e n o se in h ib a n : “T o d o p a re c e in d ic a r q u e c ie rta s
re g u la c io n e s d e la e x p re s ió n d e lo s g e n e s re q u ie re n in te ra c c io
ne s e s p e c ífic a s de l m e d io a m b ie n te fís ic o o s o c ia l” .26
El le n g u a je h u m a n o e s u n o d e lo s e je m p lo s m á s c la ro s d e q u e
la s c a p a c id a d e s h u m a n a s , si b ie n p u e d e n e s ta r in s c rita s en el
c ó d ig o g e n é tic o , só lo se a c tu a liz a n en el c o n ta c to co n el m e d io
so c ia l, en la in te ra c c ió n c o n lo s d e m á s q u e n o s h u m a n iz a n .
M ie n tra s q u e el c e re b ro e s el ó rg a n o fís ic o al q u e n o s h e m o s re
fe rid o en los a p a rta d o s a n te rio re s , la “ m e n te ” e s el c o n ju n to de
o p e ra c io n e s d e la c o n c ie n c ia , ta le s c o m o la p e rc e p c ió n , las
e m o c io n e s , lo s s e n tim ie n to s , la m e m o ria , la im a g in a c ió n , el e n
te n d im ie n to , el ra c io c in io , la re fle x ió n , la p la n e a c ió n , la p ro y e c
ció n , la to m a d e d e c is io n e s , el g o c e e s té tic o , la v o lu n ta d , etc.
E s ta s o p e ra c io n e s p u e d e n a g ru p a rs e e n la id e a g e n é ric a de
“ p e n s a m ie n to ” si lo e n te n d e m o s c o m o lo q u e la m e n te g e n e ra :
no só lo las a c tiv id a d e s ra c io n a le s del in te le c to o las im á g e n e s
de la fa n ta s ía , s in o ta m b ié n lo s d e s e o s , la s e m o c io n e s o la s p a
s io n e s ; en p o c a s p a la b ra s , to d o a q u e llo q u e in te g ra la v id a
p s íq u ic a d e un a p e rs o n a .
T o d a v ía e s un m is te rio la m a n e ra en q u e lo s im p u ls o s e lé c tric o s ,
q u e tra n s m ite n las n e u ro n a s , se tra n s fo rm a n e n p e n s a m ie n to s , y
s o b re q u é , e s p e c ífic a m e n te , s e a un p e n s a m ie n to . D e s d e el p u n
to d e v is ta filo s ó fic o , m u c h o s p e n s a d o re s h an s o s te n id o q u e el
pen sa m ie nto es la expresión de la existencia de una dim ensión “in
m aterial” , del “a lm a ” h u m a n a q u e se e x p re s a m e d ia n te el c u e rp o .
F re n te a a m b a s p o s tu ra s , L a ín E n tra lg o s o s tie n e u n a p o s tu ra
q u e él c a lific a c o m o “ m e n ta lis m o ” y la d e fin e c o m o s ig u e ;
En el c a p ítu lo s ig u ie n te , c u a n d o a b o rd e m o s la re a lid a d p e rs o n a l
del s e r h u m a n o , a b u n d a re m o s un p o c o m á s s o b re e s te p ro b le
m a; po r lo pronto te rm in a re m o s con a lg u na s notas so b re la teoría
de la e v o lu c ió n .
1.5 Notas acerca de la discusión sobre
la teoría de la evolución y la existencia de Dios
P ero, ¿ a c a s o D io s p u e d e s e r u na h ip ó te s is d e la c ie n c ia ? , ¿ es
p o s ib le p ro b a r su e x is te n c ia m e d ia n te el m é to d o c ie n tífic o ? , ¿no
s e ría e so un p re te n c io s o y, q u iz á s , un rid íc u lo a fá n re d u c ir a
D io s a un o b je to m á s d e la in d a g a c ió n e x p e rim e n ta l? T a m b ié n
es p re c is o s e ñ a la r q u e , p o r el p ro p io rig o r q u e d e m a n d a el
m é to d o c ie n tífic o , no es v á lid o s u p o n e r la e x is te n c ia d e un D ios
para d a r e x p lic a c ió n de la re a lid a d , de ta l m o d o q u e e s p re c is o
s e p a ra r el c a m p o de la fe d e la in v e s tig a c ió n c ie n tífic a , sin q u e
e s to im p liq u e q u e so n re a lid a d e s n e c e s a ria m e n te o p u e s ta s , c o n
tra d ic to ria s o in c o m p a tib le s . D e s d e el p u n to d e v is ta c ie n tífic o , la
“te o ría d el d is e ñ o in te lig e n te ” no e s en re a lid a d u n a te o ría , s im
p le m e n te p o rq u e su o b je to d e e s tu d io no p u e d e q u e d a r s u je to a
la e x p e rim e n ta c ió n c ie n tífic a .
obra de divulgación de Emst Mayr, What Evolution Is, Nueva York, Basic Books, 2001.
y a n o s o tro s m is m o s , p u e s c o m o b ie n s e ñ a la E rn e s to C a rd e n a l:
“ El s e c re to de la c ie n c ia re b a s a lo c ie n tífic o ” .31 A n te el m iste rio ,
h ab la m e jo r la v o z d e su p o e s ía :
E n te n d e re m o s p o r h u m a n is m o a q u e l p e n s a m ie n to q u e c o lo c a la
re a lid a d d e la e x p e rie n c ia h u m a n a c o m o c e n tro de su in te ré s re
fle x iv o . D e s d e e sta p e rs p e c tiv a , n o s p a re c e q u e el le n g u a je de
las n e u ro c ie n c ia s re s u lta in s u fic ie n te p a ra d a r c u e n ta d e la s e x
p e rie n c ia s p ro fu n d a m e n te h u m a n a s : c o n c ie n c ia , c o m u n ic a c ió n ,
e x p e rie n c ia e s té tic a o m ís tic a , s e n tid o m o ra l, c re a tiv id a d , a m o r,
son irre d u c tib le s a u na s im p lific a c ió n q u e s u p o n e d e s c rib irla s en
té rm in o s d e a c c ió n d e n e u ro tra n s m is o re s y re a c c io n e s b io q u ím i
cas. Si c o n c e d e m o s q u e la m a ra v illa d e l c e re b ro h u m a n o e s lo
q ue h a c e p o s ib le ta le s v iv e n c ia s , d e s c rib irla s en e s o s té rm in o s
no no s a y u d a ría a p ro fu n d iz a r en su s ig n ific a d o ; p o r e llo , e s p re
ciso a d o p ta r un le n g u a je filo s ó fic o c u y a s c a te g o ría s n o s p e rm i
ta n c o m p re n d e r y d e s e n tra ñ a r a lg u n a s de su s im p lic a c io n e s .
De a h í q u e u n a v e z c o n s id e ra d a la d im e n s ió n b io ló g ic a del s e r
h u m a n o , a b o rd e m o s e n e s te c a p ítu lo s u d im e n s ió n p e rs o n a l.
P a rtim o s de la c o n c e p c ió n de p e rs o n a q u e , en c u a n to u n id a d
b io p s ic o s o c ia l y e s p iritu a l, e s tá d e s tin a d a al a u to d e s a rro llo y
c o n s tru c c ió n d e sí m is m a a lo la rg o d e su e x is te n c ia , s ie m p re en
in te ra c c ió n co n su re a lid a d c irc u n d a n te , e s p e c ia lm e n te co n sus
s e m e ja n te s .
2.1 La dimensión de la corporalidad
C o b ra m o s c o n c ie n c ia d e l s ig n ific a d o d e la p re s e n c ia h u m a n a ,
c o m o d ife re n te de l s im p le “e s ta r a h í” d e la s c o s a s , e x a c ta m e n te
c u a n d o s e n tim o s la a u s e n c ia d e u n a p e rs o n a . La m u e rte del s e r
El c u e rp o e s p re s e n c ia p o rq u e es el c a m p o d e e x p re s ió n de la
p e rs o n a . C o n tra rio a lo s p rin c ip io s del d u a lis m o , h o y en d ía no
p o d e m o s h a b la r de un s u je to h u m a n o re a liz a d o c o m p le ta m e n te
en la in te rio rid a d de su c o n c ie n c ia d e b id o a q u e é s ta no se da
n u n c a d e un a fo rm a p u ra , a is la d a d e l m u n d o , sin o q u e s ie m p re
a p a re c e y e v o lu c io n a g ra c ia s al c o n ta c to c o n c re to y real co n las
p e rs o n a s y las c o s a s . En re a lid a d , el p e n s a m ie n to no p u e d e
fo rm a rs e sin la p a rtic ip a c ió n del c u e rp o , e s d e c ir, sin el fu n c io
n a m ie n to de to d o el o rg a n is m o , de la s a n g re q u e a lim e n ta los
c irc u ito s n e u ro n a le s y de to d o s los p ro c e s o s fís ic o s y m e ta b ó li-
c o s q u e h a ce n p o s ib le la a c tiv id a d c e re b ra l. N o e x is te , c o m o c re
ía D e s c a rte s , un p e n s a m ie n to s e p a ra d o del c u e rp o .
En c u a n to al le n g u a je , el c u e rp o es en sí m is m o u n a fo rm a de
le n g u a je ; su s d iv e rs a s p a rte s p a rtic ip a n en el ju e g o d e la c o m u
n ic a c ió n : las m a n o s, la e x p re s ió n del ro s tro , la p o s tu ra de la c o
lu m n a v e rte b ra l, el m o v im ie n to de la c a b e z a , son un le n g u a je :
“en el fo n d o to d o s los le n g u a je s no h a ce n m á s q u e d e s a rro lla r y
e s p e c ific a r el le n g u a je fu n d a m e n ta l q u e es el p ro p io c u e rp o ” .12
T a m b ié n la m a n e ra de v e s tir del c u e rp o in d ic a su fu n c ió n s o c ia l,
c o m o la necesidad de pertenencia, de protesta, de reivindicación,
etc. El s ig n ific a d o c o n c re to del le n g u a je del v e s tid o , a sí c o m o del
le n g u a je de la e x p re s ió n c o rp o ra l, e s tá n s ie m p re in flu id o s p ro
fu n d a m e n te p o r el c o n te x to c u ltu ra l e h is tó ric o en el q u e se vive.
El c u e rp o ta m b ié n es le n g u a je en el tra b a jo : la a c tiv id a d fís ic a es
la m a n e ra en la q u e los s e re s h u m a n o s tra n s fo rm a n la n a tu ra le
za y c re a n la c u ltu ra . P o r el tra b a jo e x p re s a m o s la n e c e s id a d de
m a n te n e r un co m p ro m iso co m ú n en el d o m in io de las fu e rza s de la
n a tu r a le z a ; d e a h í q u e el c u e rp o s e a ta m b ié n un in s tru m e n to
del p ro p io h o m b re . M ich e l F o u c a u lt ha e la b o ra d o un in te re s a n te
a n á lis is del c u e rp o c o m o in s tru m e n to y de lo s m e d io s q u e h is tó
ric a m e n te se ha n e m p le a d o p a ra d is c ip lin a rlo . El d o m in io in s
tru m e n ta l d el m u n d o re q u ie re un c u e rp o a d ie s tra d o ; e je m p lo de
e llo lo te n e m o s en el e jé rc ito o en el d e p o rte , en a m b o s c a s o s el
c u e rp o se a d ie s tra p a ra a d q u irir d e s tre z a s q u e p e rm ita n la in s e r
ció n de la p e rso n a en la s o c ie d a d c o n c re ta d o n d e e s ta s d e s tre z a s
so n d e m a n d a d a s , d e m o d o q u e la in s tru m e n ta lid a d del c u e rp o
en sí m is m a e stá o rie n ta d a s o c ia lm e n te : el c u e rp o no es s ó lo un
in s tru m e n to p a ra d o m in a r al m u n d o , s in o ta m b ié n p a ra s e r re c o
n o c id o p o r los d e m á s e n e s te m u n d o .
En s u m a , en c u a n to e x p e rie n c ia d e s e r p e rs o n a s en el m u n d o ,
n u e s tro c u e rp o es v iv id o ta m b ié n c o m o u n a e x p e rie n c ia de fra g i
lid a d , lo q u e no s e v id e n c ia la n e c e s id a d q u e te n e m o s d e u n a v i
da en c o m ú n , d o n d e lo s o tro s s o n el a p o rte p a ra s u b s a n a r y
a p o y a r n u e s tra s p ro p ia s lim ita c io n e s en u n a c o n tin u a re la c ió n de
in te rd e p e n d e n c ia .
El s ig u ie n te e s q u e m a re s u m e las id e a s s e ñ a la d a s en e s te a p a r
ta d o :
Expresión
Lenguaje
"Instrumento"
Nuestro cuerpo
\ Dolor físico
j Experiencia del mal
Discapacidad
El cuerpo como límite
Vejez
Enfermedad
Muerte
E s ta r c o n s c ie n te e s d a rs e c u e n ta de q u e s o m o s n o s o tro s q u ie
n e s p e n s a m o s , sin im p o rta r el c o n te n id o d e n u e s tro s p e n s a
m ie n to s . En la a c tiv id a d c o g n o s c itiv a , re fe rid a a los o b je to s del
p e n s a m ie n to , a p a re c e de m a n e ra c o n c o m ita n te el s u je to c o m o
fu e n te d e esa a c tiv id a d ; tá c ita m e n te , el yo e s tá p re s e n te a sí
m ism o : e s to e s lo q u e se lla m a a u to c o n c ie n c ia .
B e rn a rd L o n e rg a n ha a h o n d a d o en el s ig n ific a d o de la c o n c ie n
cia y ha d is tin g u id o v a rio s n iv e le s de c o n c ie n c ia q u e re v is a re
m o s m á s a d e la n te . P a ra e s te a u to r, el s u je to es “ u n a s u b s ta n c ia
q u e e stá p re s e n te a sí m is m a , q u e e s tá c o n s c ie n te ” .16 La p re
s e n c ia del s u je to a sí m is m o es c o n s ta n te a lo la rg o d e lo s p e n
s a m ie n to s q u e flu y e n en la c o n c ie n c ia , q u e no es u na re a lid a d
e s tá tic a , sin o d in á m ic a ; e s c o m o un río p o r el c u a l c o rre n m u
c h o s o b je to s d e p e n s a m ie n to : re c u e rd o s , p ro y e c to s , p re o c u p a
c io n e s , en fin, in te re s e s . E ste flu jo , a p a re n te m e n te c a ó tic o de la
co n c ie n c ia , en re a lid a d e s tá o rie n ta d o p o r el in te ré s del su je to ,
p o r a q u e lla s c o s a s q u e le o c u p a n o p re o c u p a n y q u e c o n s titu y e n
su m u y p a rtic u la r u n iv e rs o d e s e n tid o . Es c ie rto q u e la c o n c ie n
cia no es to ta lm e n te a u tó n o m a , y a q u e los e v e n to s d e l “ m u n d o
e x te rio r” p u e d e n a c a e c e r s o b re e lla de m a n e ra in e s p e ra d a , y
o b lig a r al p e n s a m ie n to a a te n d e r las d e m a n d a s q u e le h a c e la
re a lid a d ; a s im is m o , las e n fe rm e d a d e s p s íq u ic a s , c o m o la d e p re
sió n, la n e u ro s is y, en el e x tre m o , la s d iv e rs a s fo rm a s de p s ic o
sis, im p o n e n c la ro s lím ite s a la a u to n o m ía del s u je to c o n s c ie n te .
A p e s a r de e sto , b a jo c o n d ic io n e s n o rm a le s , en la c o n c ie n c ia los
p e n s a m ie n to s flu y e n en u n a e s p e c ie d e “u n id a d e s tru c tu ra d a ” ,
en el s e n tid o de q u e la s c o s a s q u e se p ie n s a n no so n a rb itra ria s ,
P o r la c o n c ie n c ia a c c e d e m o s al m u n d o del s ig n ific a d o , q u e es el
c o n c e p to fu n d a m e n ta l de la p s ic o lo g ía h u m a n a :28 p a ra c o m
p re n d e r al s e r h u m a n o es n e c e s a rio e n te n d e r la m a n e ra en q ue
sus e xp e rie n cia s y su s a ccio n es se encu e n tra n m o ld e a d a s p o r sus
e s ta d o s d e c o n c ie n c ia , lo s c u a le s , a su v e z , e s tá n m o ld e a d o s
p o r lo s s is te m a s s im b ó lic o s d e la c u ltu r a e n la q u e e s te s e r
h u m a n o p a rtic ip a . L o s s ig n ific a d o s so n c u ltu ra le s , es d e c ir, tie
nen un a fo rm a q u e es p ú b lic a y c o m u n ita ria , y no in d iv id u a l o
p riv a d a e x c lu s iv a m e n te ; e s to se d e b e a q u e la fu n c ió n s u s ta n c ia l
d e l s ig n ific a d o e s la c o m u n ic a c ió n e n tre los s e re s h u m a n o s : sin
s ig n ific a d o s c o m p a rtid o s no h a y c o m u n ic a c ió n p o s ib le .
El s e r h u m a n o , c o m o c u e rp o y c o m o c o n c ie n c ia , e s u na re a lid a d
p e rs o n a l. La p e rs o n a se d e fin e p o r d o s c a ra c te rís tic a s a p a re n
te m e n te c o n tra d ic to ria s : su in s u s titu ib le u n ic id a d y su a p e rtu ra
ra d ica l a lo o tro q u e no e s e lla m is m a . A m b a s c o n s titu y e n el m is
te rio de la re a lid a d p e rs o n a l, c a te g o ría q u e ha m a n e ja d o G a b rie l
M a rce l p a ra p la n te a r la in c a p a c id a d q u e te n e m o s p a ra c a p ta r la
c o n s titu c ió n p a ra d ó jic a d e l s e r p e rs o n a l. A c o n tin u a c ió n re v is a
re m o s c a d a un a de e s ta s c a ra c te rís tic a s .
2.3.1 Unicidad
La p e rs o n a e s un in d iv id u o , y c o m o ta l e s ú n ic o e irre p e tib le .
S u u n ic id a d le v ie n e no s o la m e n te p o r la re a lid a d m a te ria l d e su
c o rp o re id a d ,29 sin o p o r la tra m a de su v id a , e s d e c ir, p o r la h is to
ria q u e te je en su in te ra c c ió n p e rm a n e n te co n el m u n d o . El
c ú m u lo d e e x p e rie n c ia s q u e la p e rs o n a va a d q u irie n d o d u ra n te
su e x is te n c ia la v a n c o n fig u ra n d o en su s in g u la rid a d ; p o r e s o su
p re s e n c ia no es u na a b s tra c c ió n , sin o la de un a lg u ie n , un q u ie n
pa rticular y con cre to q ue lo co n vie rte en insustituible. S ó lo cu a n d o
a c c e d e m o s a la d im e n s ió n p e rs o n a l c a p ta m o s e s te c a rá c te r in
sustitu ible del su jeto h um ano. M ie n tra s in te ra ctu a m o s en el nivel de
las re la cio n e s fu n c io n a le s e im p e rso n a le s (las q u e p u e d e haber,
por ejem plo, en el m undo laboral), el ca rá cte r insustituible del otro
nos e s tá v e la d o ; lo s in d iv id u o s n o s p a re c e n c o m o p ie z a s inter
cam biable s, peones de un ta b le ro de ajedrez, sin rostro ni pasado.
P e ro en la m e d id a en q u e in te ra c tu e m o s con el o tro , a c c e d e m o s
a n iv e le s m á s p ro fu n d o s ; su d im e n s ió n p e rs o n a l e m e rg e y se
n o s m a n ifie s ta , y a tis b a m o s el m is te rio d e l o tro q u e ya no es un
otro, s in o un tú. En e s te n ive l las p e rs o n a s ya no p u e d e n s e r in
te rc a m b ia b le s ni p re s c in d ib le s , no se d e fin e n p o r s u s ro le s o el
c o n ju n to d e fu n c io n e s q u e d e s e m p e ñ a n , s in o q u e e m e rg e n c o
m o un c a m p o y un e s tilo de c o m u n ic a c ió n ; s e tra n s fo rm a n en
pre se n cia s, en fu e n te s de e n e rg ía espiritual, p o r lla m a rlo de algún
m odo. E ste nivel pe rsonal se e xp e rim e n ta en la vid a de pareja, en
la fa m ilia , en la a m is ta d y, en g e n e ra l, en to d a s a q u e lla s re la c io
nes en las q u e e s im p o s ib le s e r s u s titu id o s p o r o tro p o rq u e s u
p o n e n s ie m p re un g ra d o d e in tim id a d y a p e rtu ra q u e p e rm ite la
n a rra c ió n a u to b io g rá fic a , g ra c ia s a la cu a l d e ja m o s d e s e r só lo
in d iv id u o s p a ra re v e la rn o s c o m o p e rs o n a s .
Si la u n ic id a d re v e la el c a rá c te r irre p e tib le d e l s e r p e rs o n a , en
cu a n to fu e n te de d ig n id a d in a lie n a b le , n o s m a n ifie s ta , al m is m o
tie m p o , n u e s tra ra d ic a l s o le d a d . C o m o in d iv id u o s ú n ic o s n o s es
im p o s ib le tra n s m itir a q u e llo q u e s e n tim o s o p e n s a m o s de tal
m a n e ra q u e el otro , n u e s tro in te rlo c u to r, p u e d a re a lm e n te s e n tir
2.3.2 Comunicabilidad
El c o n te m p o rá n e o A lfo n s o L ó p e z Q u in tá s 36 s ig u e de c e rc a el
p e n s a m ie n to d e B u b e r y s o s tie n e q u e la p e rs o n a , c o m o s e r de
33 Martin Buber (1962), Yo-Tú, Trad. de Marcelo Burello, Buenos Aires, Tus-
quet Editores, 2006.
34 Joseph Gevaert, El problema del..., op. cit., p. 42.
35 Levinas recurre a las figuras bíblicas clásicas del extranjero, la viuda y el
huérfano para expresar al otro necesitado que constituye la relación ética
fundamental. Emmanuel Levinas (1982), Ética e infinito, Trad. de Jesús
María Ayuso Diez, Madrid, La Balsa de Medusa, 1991, pp. 89-97. También
puede consultarse del mismo autor Totalidad e infinito: ensayo sobre la ex
terioridad, Trad. de Daniel E. Guillot, Salamanca, Sígueme, 1999.
36 López Quintás es actualmente profesor de la Universidad Complutense
de Madrid. Alfonso López Quintás, Análisis literario y formación humanista,
Madrid, Editorial Escuela Española, 1986; Estética de la creatividad. Juego.
Arte. Literatura, Madrid, Editorial Cátedra, 1977.
re la c ió n y en re la c ió n , se v e s ie m p re “o b lig a d a ” a in te ra c tu a r con
lo o tro. El e n to rn o h u m a n o p re s e n ta d o s tip o s d e re a lid a d e s : los
o b je to s qu e c o m o re a lid a d fís ic a se p u e d e n s itu a r en el tie m p o y
en el e sp a cio, y los á m b ito s q u e e v o c a n u n a re a lid a d q u e e s c a p a
de los s e n tid o s y c o n s titu y e n e s p a c io s “ lú d ic o s ” en la m e d id a en
q ue son p o s ib ilid a d e s d e in te ra c c ió n c re a tiv a co n la re a lid a d . P a
s e m o s a e x p lic a r e s to s d o s tip o s d e re la c ió n co n m a y o r d e ta lle .
R e la c ió n de e n c u e n tro : o p u e s ta a la re la c ió n o b je tiv a n te , el e n
c u e n tro — lla m a d o ta m b ié n re la c ió n a m b ita l— e s u n a re la c ió n de
d iá lo g o co n la re a lid a d , en la q u e é s ta no e s v is ta c o m o un m e
dio, sin o c o m o un c a m p o de ju e g o o un á m b ito d e in te ra c c ió n .
La c a te g o ría d e ju e g o es a q u í fu n d a m e n ta l, p o rq u e im p lic a d o s
e le m e n to s c la ve : la lib e rta d y la c re a tiv id a d . T o d a re la c ió n de
e n c u e n tro se e s ta b le c e s o b re la b a s e del re s p e to p o r lo o tro , del
in te ré s p o r lo q u e e s te o tro e s y no p o r lo q u e p u e d a s ig n ific a r
pa ra n u e s tro u so . El re s p e to e s la c o n d ic ió n d e la lib e rta d y es
un a fo rm a d e d is ta n c ia m ie n to , d o n d e al o tro s e le p e rm ite s e r
sin in v a d irle ni m a n ip u la rle ; el o tro ya no e s v is to c o m o un m e
dio, s in o un fin, una re a lid a d a re s p e ta r. A su v e z , el re s p e to e s
p o s ib le p o rq u e el s u je to se ha d e s c e n tra d o de sí m is m o : c u a n d o
d e ja s u s in te re s e s e g o ís ta s s e to rn a g e n e ro s o . P a ra L ó p e z
Q u in tá s , a d ife re n c ia d e M a rtin B u b e r, e s p o s ib le e s ta b le c e r con
las c o s a s re la c io n e s de e n c u e n tro , el e je m p lo m á s c a ra c te rís tic o
es la a c tiv id a d del a rtis ta ; é s te in te ra c tú a co n lo s m a te ria le s p a ra
c re a r un a p in tu ra o un a e s c u ltu ra sin u n a fin a lid a d u tilita ria , sin o
e x p re s iv a , en la q u e las c u a lid a d e s d e la m a te ria so n re s p e ta d a s
p a ra h a c e rla s re s p la n d e c e r en u n a fo rm a . L o s in s tru m e n to s m u
s ic a le s so n ta m b ié n un b u e n e je m p lo p a ra e s ta b le c e r la d ife re n
cia e n tre u n a re la c ió n o b je tiv a n te y u na re la c ió n a m b ita l (de
e n c u e n tr o ): c u a n d o un p ia n o no e s m á s q u e un m u e b le e n el
Lo q u e s u c e d e en el n ive l d e lo s o b je to s se p o te n c ia con la s p e r
so n a s , en tre qu ie ne s la re la ció n a m b ita l llega a su m á xim a e x p re
sión. La s o lid a rid a d , la a m is ta d y el a m o r s o n to d a s e x p e rie n c ia s
d e e n c u e n tro q u e fu n d a n á m b ito s d e s e n tid o y c o n s titu y e n , c o
m o d ijim o s , la v e rd a d e ra v o c a c ió n h u m a n a . A d ife re n c ia d e las
re la c io n e s o b je tiv a n te s q u e lle v a n al s u je to p o r la c o rrie n te del
v é rtig o , la s a m b ita le s c o n d u c e n a la e x p e rie n c ia del “é x ta s is ” ,
u n a s e n s a c ió n d e p le n itu d y fe lic id a d p ro fu n d a q u e b ro ta d e l
d e s c u b rim ie n to d e la re a lid a d p e rs o n a l d e l o tro .
S in e m b a rg o , no e s fá c il lle g a r a e s ta b le c e r re la c io n e s de e n
c u e n tro , las o b je tiv a n te s re s u lta n m u c h o m á s c o m u n e s p o rq u e
las p rim e ra s re q u ie re n c o n d ic io n e s de m a d u re z y d e c re c im ie n to
e s p iritu a l d ifíc ile s d e a lc a n z a r, s o b re to d o en un c o n te x to s o c ia l
q u e p riv ile g ia el c o n s u m o , la p o s e s ió n m a te ria l y el p o d e r c o m o
s ig n o s de “é x ito ” p e rs o n a l, d o n d e la s p e rs o n a s m is m a s se han
c o n v e rtid o en m e rc a n c ía y se e n fre n ta u n a d e s p e rs o n a liz a c ió n
c re c ie n te . En la s o c ie d a d , e s p e c ia lm e n te la u rb a n a , v iv im o s un
p ro c e s o d e c o n s u m o irra c io n a l. La m o d a , p o r e je m p lo , o b lig a a
los in d iv id u o s a p o n e r c o n tin u a a te n c ió n a su v e s tu a rio , su a u
E rn e s to C a rd e n a l, d e s d e la fo rm a p o é tic a , e x p re s a id e a s m u y
s im ila re s a las de M a rtin B u b e r:
H a sta e s te m o m e n to , de m a n e ra g e n e ra l no s h e m o s re fe rid o al
s e r h u m a n o en c u a n to e s p e c ie b io ló g ic a , y a la p e rs o n a en su
d im e n s ió n d e u n ic id a d re la c io n a l, sin h a c e r c o n s id e ra c io n e s e s
p e c ia le s s o b re n u e s tra s d ife re n c ia s y m á s bien d e s ta c a n d o las
E s fa c tib le s u p o n e r q u e en la s é p o c a s m á s re m o ta s d e la h u m a
n id a d las d ife re n c ia s e n tre h o m b re s y m u je re s s irv ie ro n c o m o
s o p o rte p a ra la o rg a n iz a c ió n s o c ia l y la d ife re n c ia c ió n de ta re a s .
La in s titu c ió n d el p a tria rc a d o se im p u s o s o b re o tra s fo rm a s m á s
ig u a lita ria s de re la c ió n , y s o m e tió a la m u je r al d o m in io d e l h o m
bre. E s ta a n c e s tra l d e s ig u a ld a d p e rs is te h a s ta n u e s tro s d ía s ,43
ta l c o m o lo d e m u e s tra n m u c h o s e s tu d io s de g é n e ro : en té rm in o s
g e n e ra le s , las m u je re s s e e n c u e n tra n en p o s ic io n e s in fe rio re s en
los á m b ito s a c a d é m ic o s , la b o ra le s , p o lític o s e in c lu s o fa m ilia re s ,
a u n e n los p a ís e s m á s d e s a rro lla d o s . N o o b s ta n te , e s un h e c h o
q u e las lu c h a s fe m in is ta s p o r la re iv in d ic a c ió n d e lo s d e re c h o s
de la m u je r han d a do p a so s m u y im p o rta n te s en la co n stru cció n de
la e q u id a d de g é n e ro .
El a s u n to q u e n o s a ta ñ e a q u í es la re fle x ió n s o b re la s p o s ib ilid a
d e s d e e s ta b le c e r u n a v e rd a d e ra re la c ió n de e n c u e n tro co n el
o tro , un a re la c ió n q u e p o s ib ilite la s u p e ra c ió n de la s e x p e rie n
cia s c o n flic tiv a s en la s in te ra c c io n e s h u m a n a s , y a q u e é s ta s so n
c a u s a fre c u e n te d e la fru s tra c ió n d e e sa v o c a c ió n p rim o rd ia l de
a p e rtu ra y c o m u n ic a c ió n , v a lo re s q u e e s tá n en la b a s e d e la é ti
La p rim e ra fo rm a d e a m o r, y la q u e h a c e p o s ib le las d e m á s , es
el a m o r a u n o m is m o ; é s te e s d is tin to d e l e g o ís m o y se c a ra c te
riza p o r un a s a n a a u to e s tim a , e s d e c ir, p o r u n a im a g e n “o b je tiv a ”
d e sí m is m o : un re c o n o c im ie n to d e lo s p ro p io s d e fe c to s y v irtu
d e s, y un a c o n fia n z a en la c a p a c id a d p a ra lo g ra r lo q u e u n o se
p ro p o n e . El e g o ís m o , p o r o tro la d o , e s ju s ta m e n te la fa lta de
a m o r a sí m is m o , la d e b ilid a d d e un y o q u e p s íq u ic a m e n te no
p u d o s u p e ra r la e ta p a n a rc is is ta in fa n til y q u e re q u ie re c o n ti
n u a m e n te la a u to a firm a c ió n , p o r lo q u e m u e s tra d e m a n e ra p e r
s is te n te u n a o rie n ta c ió n e g o c é n tric a .
El a m o r m a d u ro e s ta m b ié n la c o n d ic ió n d e p o s ib ilid a d del
perdón , tal c o m o lo p la n te a H a n n a h A re n d t. A b u n d a re m o s en
esta a firm a c ió n en el c a p ítu lo 5 d e e s te tra b a jo , p e ro p o r el m o
m e n to nos in te re s a s u b ra y a r q u e p a ra A re n d t el a m o r se c a ra c
te riza p o r su “ no m u n d a n id a d ” ,54 y en e s te s e n tid o e s u n a fu e rz a
“a n tip o lític a ” q u e no s p e rm ite e s ta b le c e r co n lo s o tro s u n a re la
ción d e c a lid a d d is tin ta . El a m o r e s la fa c u lta d m e d ia n te la cu a l
el q u ie n p e rs o n a l se n o s re v e la e n su s v irtu d e s y d e fe c to s , y es
a c e p ta d o p o r n o s o tro s . El a m o r h a c e p o s ib le q u e la s tra n s g re
s io n e s del o tro s e a n p e rd o n a d a s , y p o r a m o r ta m b ié n p o d e m o s
51 Slavoj Zizek (1991), Mirando al sesgo. Una introducción a Jacques Lacan a través
de la cultura popular, Trad. de Jorge Piatigorsky, Buenos Aires/Barcelona/México,
Paidós, 2000, p. 256. Esta definición de Zizek se basa en la teoría psicoa-
nalítica de Lacan.
52 Sin que este sacrificio implique la autodestrucción del sujeto, pues esto
hablaría de una autoestima deficiente.
53 Hasta Freud afirma esta peculiaridad del amor materno, siempre y cuando
se trate de un hijo varón. Según Freud, el instinto agresivo “constituye el se
dimento de todos los vínculos cariñosos y amorosos entre los hombres,
quizá con la única excepción del amor que la madre siente por su hijo
varón”. Sigmund Freud, El malestar de la cultura, op. cit., pp. 67-68. Por otro
lado, Erich Fromm, que también ve el ejemplo más puro de amor en la rela
ción madre-hijo, advierte que se corre el riesgo de graves deformaciones, ya
que se trata de una relación asimétrica, donde la madre tiene el mayor control
y, por ende, la mayor responsabilidad. La posesividad exagerada o la sobre-
protección por parte de la madre repercuten de manera importantísima en la
formación de una baja autoestima en el hijo. La grandeza del amor materno
consiste justamente en su capacidad de desprendimiento, que es requisito in
dispensable para que el hijo adquiera independencia y autonomía.
54 Hannah Arendt, La condición humana, op. cit., p. 261. Esta “no mundanidad”
puede interpretarse como la revelación que tenemos de la realidad espiritual de
la persona gracias a la relación de amor que nos descubre al tú personal.
re c ib ir el p e rd ó n ; de a h í q u e é s te se a el ú n ic o p o d e r c a p a z de
re e s ta b le c e r una re la c ió n fra c tu ra d a .
La p e rs o n a , c o m o s e r de re la c ió n , e s tá lla m a d a a a lc a n z a r la fe
licid a d en el e n c u e n tro a m o ro s o co n los o tro s y a fu n d a r á m b ito s
de in te ra c c ió n c re a tiv a q u e p e rm ita n el m u tu o c re c im ie n to y u na
a u to n o m ía en in te rd e p e n d e n c ia . El lib a n é s G ib rá n K h a lil G ib rá n
(1 8 3 3 -1 9 3 1 ) e x p re s a en un le n g u a je p o é tic o la s m is m a s id e a s
m a n e ja d a s p o r F ro m m , A re n d t o L ó p e z Q u in tá s :
D e n u e v o A lm itra v o lv ió a h a b la r p a ra p re g u n ta r:
¿ Y q u é p ie n s a s del M a trim o n io , m a e s tro ?
A lo q u e él c o n te s tó :
2.3.4 Labilidad
El a m o r en rea lid a d es un fe n ó m e n o re la tiv a m e n te e x tra ñ o , p o r
qu e e xig e cie rta s c a ra c te rís tic a s q u e no re s u lta n fá c ile s de a l
c a n z a r y que, d e s d e u na v is ió n p e s im is ta d e la p e rs o n a , so n
se n c illa m e n te in a c c e s ib le s . M e n c io n a m o s ya a T h o m a s H o b b e s ,
p ara q u ie n el h o m b re e s un s e r fu n d a m e n ta lm e n te e g o ís ta y a n
tis o c ia l, qu e se u n e a lo s d e m á s m e rc e d al m ie d o y al in te ré s
ca lc u la d o de su p ro p ia s u p e rv iv e n c ia ; m o tiv a d o p o r el a fá n de ri
qu e za , p o d e r o g lo ria , u tiliz a a lo s d e m á s p a ra s a tis fa c e r su s
p ro p io s d e s e o s y es in c a p a z de a m o r. S ig m u n d F re u d , q u e ta m
bién tie n e una v is ió n p e s im is ta d e l s e r h u m a n o , s o s tie n e q u e el
a m o r no es m á s q u e u n a ilu s ió n , p u e s en el fo n d o la s re la c io n e s
“a m o ro s a s ” e stá n m o tiv a d a s p o r te n d e n c ia s a g re s iv a s , la s c u a
le s so n p ro p ia s d e la n a tu ra le z a h u m a n a . La a g re s iv id a d e s tan
in s tin tiv a c o m o la p u ls ió n lib id in a l, de m o d o q u e al d e s e o d e p la
c e r se a ñ a d e el d e s e o d e h a c e r d a ñ o al o tro : “ D e b id o a e s ta p ri
m o rd ia l h o s tilid a d , la s o c ie d a d c iv iliz a d a se v e c o n s ta n te m e n te al
b o rd e de la d e s in te g ra c ió n ” .56
A p e s a r d e q u e no p u e d e n e g a rs e la v e rd a d de ta le s a firm a c io
nes, m u e s tra n , sin e m b a rg o , u na p e rs p e c tiv a u n ila te ra l d e la re a
lida d hum ana. A s í co m o resulta ro m á n tica m e n te in g e nu o a firm a r
q u e el h o m b re e s “ b u e n o p o r n a tu r a le z a ” , c o m o lo c re ía J. J.
R o u s s e a u , ta m b ié n re s u lta e x a g e ra d o in s is tir en la in trín s e c a
m a ld a d h u m a n a . A m b o s ju ic io s c o n tra d ic e n la e x p e rie n c ia c o le c
tiv a y la h is to ria de la h u m a n id a d , d o n d e se h a c e re c u e n to ta n to
de las a tro c id a d e s m á s in s ó lita s c o m o d e a c to s de n o ta b le a l
tru is m o h e ro ic o . La g ra n d e z a y la m is e ria d e l e s p íritu h u m a n o
so n u na v iv e n c ia c o tid ia n a d e to d o s los p u e b lo s y c u ltu ra s ; de
e sta fo rm a es n e c e s a rio re c u rrir a u n a e x p lic a c ió n sin m a n i-
q u e ís m o s q u e e n tie n d a a la p e rs o n a de u n a m a n e ra m á s ca b a l.
En e s te s e n tid o , re s u lta in te re s a n te y p e rtin e n te la p ro p u e s ta d e
P aul R ic o e u r, q u ie n en su o b ra F in itu d y c u lp a b ilid a d a b o rd a el
p ro b le m a de l m al d e s d e la p e rs p e c tiv a d e la fra g ilid a d h u m a n a
en c u a n to p ro p e n s ió n a fa lla r, es d e c ir, a p e c a r. R ic o e u r59 ve en
el c o ra z ó n h u m a n o o tim o s, c o m o le lla m a b a P la tó n , el c e n tro de
la a fe c tiv id a d , d e las p a s io n e s q u e im p u ls a n los d e s e o s e g o ís ta s
del te n e r, el p o d e r y el v a le r q u e con ta n ta c la rid a d s e ñ a la ra
H o b b e s. E sta s te n d e n c ia s so n in s a c ia b le s , d e m o d o q u e m ie n
tra s el s u je to se e n c u e n tre p re s o de su ló g ic a , s e rá im p o s ib le a l
c a n z a r un e s ta d o de s a tis fa c c ió n in te rio r. D e a h í la n e c e s id a d de
c u ltiv a r u na a c titu d de d e s a p e g o ,60 q u e no s ig n ific a ni d e s in te ré s
ni in a c c ió n , sin o un e s ta d o m e n ta l de s e re n id a d , m e rc e d al cual
el s u je to p u e d a c o n tro la r el d e s e o de te n e r, a fro n ta r la fru s tra
ció n d e la p é rd id a , fre n a r el im p u ls o de e je rc e r el p o d e r s o b re los
d e m á s , e tc é te ra .
58 Ibidem, p. 66.
59 Paul Ricoeur, Finitud y culpabilidad, versión castellana de Alfonso García
Suárez y Luis M. Valdés Villanueva, Madrid, Taurus Humanidades, 1991.
60 El budismo insiste especialmente en lograr un estado de indiferencia ante
la realidad, pues considera que el apego humano es la principal fuente de
sufrimiento.
bie n o los v a lo re s q u e c o n trib u y e n al p ro p io c re c im ie n to p e rs o n a l
y al de lo s d e m á s . La c e g u e ra e s un fe n ó m e n o d e a b e rra c ió n de
la c o n c ie n c ia q u e d e s v ía el in te ré s d e l s u je to 61 y b lo q u e a su s
a s p ira c io n e s e s p iritu a le s , o la s d e fo rm a o d e s o rie n ta :
C o m o p u e d e v e rs e , fre n te al p ro b le m a d e l m a l, q u e a lo la rg o de
la h is to ria ha o c u p a d o un lu g a r im p o rta n te en la re fle x ió n de la
m a y o ría d e lo s filó s o fo s , p a re c e no h a b e r u n a re s p u e s ta s a tis
fa c to ria d e s d e el p u n to d e v is ta e x c lu s iv a m e n te ra c io n a l, d e m o
do q u e m u c h o s p e n s a d o re s lle v a n la n a v e d e s u ra z o n a m ie n to
h a s ta las o rilla s d e la fe , m ie n tra s o tro s d e s e m b o c a n en el a b
s u rd o e x is te n c ia l. A u n q u e no e s m o tiv o d e e s te tra b a jo e la b o ra r
u n a in v e s tig a c ió n al re s p e c to , re s u lta im p o rta n te a d o p ta r u na
p o s tu ra q u e e v ite c a e r en c u a lq u ie ra d e lo s d o s e x tre m o s : el de
c o n sid e ra r al s e r h u m a n o c o m o a b s o lu ta m e n te b ueno, o el de p en
sarlo c o m o ra d ic a lm e n te “ m a lo ” . E n to n c e s , p a re c e m á s ra z o n a
ble la p ro p u e s ta d e R ic o e u r, q u ie n c o n s id e ra a la h u m a n id a d
c o m o un a re a lid a d lá b il, p ro p e n s a a fa lla r, y s u b ra y a a d e m á s
qu e la p rin c ip a l lu c h a q u e el s e r h u m a n o d e b e lib ra r es c o n tra sí
En el c a m p o de la e d u c a c ió n re s u lta c ru c ia l s o s te n e r u n a c o n
ce p c ió n ju s ta d e la p e rs o n a , es d e cir, u n a c o n c e p c ió n q u e e v ite
la s im p lific a c ió n de las v is io n e s u n ila te ra le s , y a s e a n p e s im is ta s
u o p tim is ta s , y q u e to m e en c u e n ta la c o m p le jid a d d e la c o n d i
ció n h u m a n a , p u e s en la p rá c tic a e d u c a tiv a se “ a te rriz a n ” las
c o n c e p c io n e s a n tro p o ló g ic a s y, p o r e n d e , se re s ie n te n c o n m á s
fu e rz a s u s c o n s e c u e n c ia s . D e a h í que, en c u a n to s a b e r p ru d e n
cial, la e d u c a c ió n re q u ie ra un a fin a c o m p re n s ió n de la re a lid a d
h u m a n a q u e la a y u d e en su a c tu a liz a c ió n .
La co n ce p ció n de la co n d ic ió n h u m a n a co m o p ro y e c to de s e r se
e n cu e n tra en p erfe cta c o n s o n a n c ia con la idea de q u e la p e rs o n a
es una realidad abierta . La a p e rtu ra s ig n ific a q u e se e n c u e n tra
vo lca d a a lo otro y al otro; q u e es fu n d a m e n ta lm e n te un s e r en re
lación. E sta a p e rtu ra es al m is m o tie m p o la co n d ic ió n q u e h ace
posible su a p re n d iza je y p o r la q ue tie n e s e n tid o la e d u c a c ió n .
La p e rs o n a c o m o p ro y e c to , c o m o s e r ú n ic o e irre p e tib le , c o m o
a p e rtu ra y re la c ió n , lla m a d a al e n c u e n tro c re a tiv o co n la re a lid a d
y el a m o r, e s la n o c ió n q u e u n a e d u c a c ió n h u m a n is ta p re te n
d e p riv ile g ia r en su ta re a , la c u a l s e rá v is ta c o m o un a ta re a de
“a p e rtu ra ” , co m o a n tíd o to co n tra la c e rra zó n y el b lo q u e o q ue a m e
nazan la c o n d ic ió n h u m a n a .
M á s a llá de la c a p a c id a d d e un s u je to p a ra a rg u m e n ta r, el d in a
m is m o de la c ritic id a d se re fie re , fu n d a m e n ta lm e n te , a la c a p a c i
dad de p re g u n ta rs e el p o rq u é d e la s c o s a s ; é s ta es la e s e n c ia de
lo que podríam os llam ar el “espíritu filo só fico ”, esa te ndencia h um ana
a in d a g a r, a s a b e r, q u e no s e s a tis fa c e h a s ta e n c o n tra r re s p u e s
ta s, p o r lo m e n o s p la u s ib le s . S e tra ta d e la “te n d e n c ia irre s tric ta
a c o n o c e r” ,2 e s e im p u ls o q u e y a s e ñ a la b a A ris tó te le s en el lib ro
P rim e ro d e su M e ta fís ic a , a q u e l q u e n a c e d e l a s o m b ro , el q u e
ha lle v a d o a la h u m a n id a d a a v a n z a r en el c o n o c im ie n to c ie n tífi
co y filo s ó fic o d e la re a lid a d .
En e fe c to , el d in a m is m o d e la c ritic id a d e n el s e r h u m a n o ,
a d e m á s d e lle v a rlo p o r u n a b ú s q u e d a in te le c tu a l de la v e rd a d , lo
e n c a m in a h a cia un c o m p r o m is o p a ra tra n s fo rm a r a q u e lla s c o n
d ic io n e s s o c ia le s de in ju s tic ia . En e s te te n o r, q u iz á s n in g ú n o tro
p e n s a d o r ha a b o g a d o ta n to p o r la n e c e s id a d de la fo rm a c ió n
crítica com o P aulo F re ire , q u ie n ve a la edu ca ció n co m o un ejercicio
lib e ra d o r, s ie m p re y c u a n d o s irv a p a ra “d e s p e rta r" la c o n c ie n c ia
de los e d u c a n d o s , d e ta l m o d o q u e é s to s s e a n c a p a c e s de to
m a r las rie n d a s de s u p ro p ia v id a , y de re s p o n s a b iliz a rs e co n la
c o n s tru c c ió n d e un m u n d o m e jo r a tra v é s del d iá lo g o y la c o la b o
ra c ió n .4 A sí, F re ire , in s p ira d o en la s id e a s d e C a rlo s M a rx, a ñ a d e
a la c ritic id a d el e le m e n to d e la p ra x is . S e r c rític o no e s ni p o r
m u c h o un p u ro e je rc ic io in te le c tu a l, te ó ric o o c o n te m p la tiv o ; s e r
c rític o c o n s is te en tra n s fo rm a r la re a lid a d p a ra s u p rim ir las c o n
d ic io n e s d e o p re s ió n a tra v é s d e un e je rc ic io d e a c c ió n -re fle x ió n .
F re n te a la p ro p u e s ta d e F reire, q u e p re s e n ta m o s a q u í de m a n e ra
m u y re su m id a , se e n c u e n tra el p u n to de vis ta del c o n te m p o rá n e o
Jo h n P a ssm o re , cu ya p re o c u p a c ió n p rin cip a l es c ó m o e n s e ñ a r a
s e r críticos, p e ro no en el c o n te x to de la e d u c a c ió n de a d u lto s , si
no en el de la e s c u e la re g u la r, fo rm a l y s is te m á tic a . P a s s m o re
p re se n ta una a ctitu d m á s m o d e ra d a , a u n q u e e stá d e a c u e rd o con
F re ire en la a firm a c ió n de q u e e n s e ñ a r a s e r crítico no e s s im p le
m e n te “c o m u n ic a r h e c h o s ” ; no s e tra ta de q u e un p ro fe s o r sólo
e x p o n g a (e d u ca ció n b a n c a ria ) a n te s u s a lu m n o s u na se rie de
a c o n te c im ie n to s y d a to s. Si bien p ara s e r c rític o s n e c e s ita m o s in
fo rm a c ió n — no p o d e m o s c ritic a r a q u e llo qu e ig n o ra m o s — , la m e
ra tra n s m is ió n de in fo rm a c ió n n u n ca es s u fic ie n te p a ra fo rm a r un
e sp íritu crítico. T a m p o c o se tra ta de un “h á b ito ” , en el s e n tid o de
una co n d u c ta q u e de ta n to re p e tirs e se c o n v ie rta en a lg o a u to
m á tico q u e no re q u ie ra la re fle x ió n o el ra z o n a m ie n to , tal co m o se
fo rm a n las “d e s tre z a s ” m a n u a le s o m e n ta le s . C ie rta m e n te es p o
sib le e n tre n a r a a lg u ie n en la d e s tre z a de “fo rm u la r c rític a s ” , p ero
e sto no c o n stitu ye al p e n s a m ie n to crítico : “ El p ro c e s o de e n tre n a r
a los a lu m n o s para fo rm u la r [e se ] a c o p io de re s p u e s ta s p u e d e se r
c a lifica d o a d e c u a d a m e n te c o m o a d o c trin a m ie n to ",5 ya q u e é s te es
s ie m p re en el fo n d o un e n tre n a m ie n to , a u n q u e de d ife re n te n a tu
ra le za del q u e recib e n los a lu m n o s p ara a p re n d e r a su m a r, m u lti
p lic a r o dividir.
Es c ie rto q u e e x is te u na te n d e n c ia q u e s o s tie n e q u e el p e n s a
m ie n to c rític o e s un a d e s tre z a q u e se p u e d e e n s e ñ a r; h a y a u to
res y lib ro s q u e p re s e n ta n e je rc ic io s d e ra z o n a m ie n to p a ra
e n tre n a r al a lu m n o en el h á b ito del p e n s a m ie n to ló g ic o , la d e te c
ció n d e fa la c ia s y la s o lu c ió n de p ro b le m a s ; sin e m b a rg o , P a s s -
P o r e so , en la fo rm a c ió n de la c o n c ie n c ia c rític a d e b e m o s d is tin
g u ir e n tre el e je rc ic io ra c io n a l y la ra c io n a liz a c ió n . La ra c io n a li
za c ió n en s e n tid o p e y o ra tiv o e s la h a b ilid a d p a ra a rg u m e n ta r en
fa v o r o en c o n tra de d e te rm in a d a re a lid a d o s itu a c ió n , d e ja n d o
de la d o el c rite rio d e re a lid a d ; d e a h í q u e la ra c io n a liz a c ió n p u e
da in c lu s o c o n s id e ra rs e c o m o un ra s g o n e u ró tic o , y a q u e im p lic a
la n e c e s id a d o b s e s iv a de ju s tific a r la p ro p ia p o s tu ra o c o n d u c ta ,
de q u e re r te n e r “s ie m p re la ra z ó n ” sin to m a r en c u e n ta los c rite
rio s de e v id e n c ia de lo re a l, y d e n e g a r la p o s ib ilid a d de e s ta r
e q u iv o c a d o . El s u je to ra c io n a liz a d o r no p e rm ite , p a ra h a b la r en
el le n g u a je de P o p p e r, n in g u n a p o s ib ilid a d de “fa ls a c ió n ” de sus
a rg u m e n to s . E s e s ta a c titu d la q u e S ó c ra te s re c h a z a de los s o
fis ta s , m a e s tro s en el a rte d e la a rg u m e n ta c ió n , y la q u e han c ri
tic a d o a u to re s c o m o P a u l W a tz la w ic k 7 y E rn e s to S á b a to .8 E ste
ú ltim o en su n o v e la E l tú n e l p re s e n ta a un h o m b re q u e a s e s in a a
su m u je r p o r c e lo s y d u ra n te to d o el re la to o fre c e u n a s e rie de
ra c io n a liz a c io n e s q u e “ju s tific a n ” su p ro c e d e r. E s s ig n ific a tiv o el
títu lo d e la n o ve la , p u e s lo q u e lo g ra el a u to r e s tra n s m itir e sa
s e n s a c ió n de e s ta r e n c e rra d o en el “tú n e l” s o lita rio y o s c u ro de
los p e n s a m ie n to s o b s e s iv o s q u e no s e d e ja n ilu m in a r p o r la c o n
fro n ta c ió n con la re a lid a d .
6 Ibidem, p. 388.
7 Paul Watzlawick, El arte de amargarse la vida, Trad. de Xavier Molí, Bar
celona, Herder, 4a. ed., 1988.
8 Ernesto Sábato, El túnel, Madrid, Cátedra, 23a. ed., 1998.
D e s d e o tro á n g u lo , es c ie rto q u e la c a p a c id a d d e a rg u m e n ta r es
in d is p e n s a b le p a ra e je rc e r un e s p íritu c rític o , p e ro no es s u fi
c ie n te ; ta m b ié n se n e c e s ita la c u rio s id a d y un h á b ito de h a c e rs e
p re g u n ta s , a u n q u e s e r c rític o e s a lg o m á s q u e to d o e s to . P ara
P a s s m o re , el e s p íritu c rític o , en c u a n to ra s g o d e c a rá c te r, p la n
te a s e ria s d ific u lta d e s p a ra p o d e r s e r e n s e ñ a d o . La fo rm a c ió n
de l c a rá c te r e s a lg o q u e se lo g ra s ie m p re p o r m e d io s in d ire c to s :
el a m b ie n te o la a tm ó s fe ra de la e s c u e la , el e je m p lo del p ro fe s o r
o de la s a u to rid a d e s e d u c a tiv a s , y c o s a s p o r el e s tilo .
P a ra e n s e ñ a r a s e r c rític o es p re c is o s e rlo u no m is m o . E s to es
a lg o d ifícil d e lo g ra r si se e s tá en el p a p e l d e l p ro fe s o r, p o rq u e
s ig n ific a p o n e r en te la de ju ic io la s p ro p ia s a firm a c io n e s , re c o n o
c e r la p ro p ia ig n o ra n c ia , p e rm itir y fo m e n ta r la e x p re s ió n de la
d is id e n c ia . M u c h o s d o c e n te s , a c o s tu m b ra d o s a la re la c ió n v e rti
cal y o -s é -to d o /tú -n o -s a b e s , p u e d e n e n c o n tra r m u y a m e n a z a n te
el h e c h o d e s o m e te rs e e llo s m is m o s y s u s id e a s a la c rític a de
su s a lu m n o s. S e re q u ie re un alto g ra d o de h u m ild a d , el cual brota
de una a u to e s tim a e le v a d a p o r p a rte del p ro fe so r, y u na p ro fu n d a
fe en la c a p a c id a d de s u s a lu m n o s p a ra lle g a r p o r e llo s m is m o s
a la v e rd a d .
A d e m á s , e x is te u n a c o n n o ta c ió n d e la p a la b ra “c rític o ” q u e no
h e m o s a b o rd a d o , p e ro q u e es la m á s c o m ú n : la c a ra c te rís tic a de
un a p e rs o n a q u e re g u la rm e n te lla m a la a te n c ió n h a cia lo s d e fe c
to s p e rs o n a le s , de ló g ica , de p ro c e d im ie n to , de re s u lta d o s , etc.
D esde este p unto vista, los p ro fe so re s son n o rm a lm e n te “c rítico s” ,
p u e s e n tre su s p rin c ip a le s ta re a s s e e n c u e n tra la d e c o rre g ir los
e rro re s d e s u s a lu m n o s . En e fe c to , e n s e ñ a r e s m o s tra r c a m in o s ,
id e a s, p e n s a m ie n to s , p e ro ta m b ié n es c o rre g ir c o n tin u a m e n te
las d e s v ia c io n e s y e q u iv o c a c io n e s . E ste a s p e c to de la c ritic id a d
c ie rta m e n te e stá p re s e n te , p e ro no es el q u e m á s n o s in te re s a
d e s ta c a r; se tra ta m á s bie n d e p ro m o v e r el h á b ito de c u e s tio n a r
se y de p ro p o n e r a lte rn a tiv a s d ife re n te s , de c o n s tru ir y no ta n to
de d e s tru ir, de tal m o d o q u e al p e n s a m ie n to c rític o se le a s o c ie
in d is o lu b le m e n te con la c a p a c id a d cre a tiva . A u to re s co m o S h a ro n
B a ilin 9 ha n s e ñ a la d o co n a c ie rto q u e , al p a re c e r, la c re a tiv id a d
9 Sharon Bailin, canadiense, cuenta con una página de internet donde pre
senta el índice de sus trabajos y publicaciones que se han enfocado en el
campo de la filosofía de la educación en las áreas de creatividad, pensamiento
sig u e ca m in o s d is tin to s d e la c ritic id a d , p u e s p a ra s e r c re a tiv o
h a y q ue h a c e r uso de la in tu ic ió n , la im a g in a c ió n y el p e n s a
m ie n to d ive rg e n te , los c u a le s se v a le n d e tá c tic a s c o m o la lib re
a so c ia c ió n y e sca p a n a la e s tru c tu ra fé rre a d e la ló g ic a lin e a l. A
p rim e ra v ista el p e n s a m ie n to c re a tiv o p a re c e lo c a liz a rs e m á s en
el h e m is fe rio d e re ch o del c e re b ro , m ie n tra s q u e el p e n s a m ie n to
crítico es p ro p io del h e m is fe rio iz q u ie rd o o ló g ic o -ra c io n a l. Sin
em b a rg o , en sus tra b a jo s d e in v e s tig a c ió n B a ilin ha e n c o n tra d o
q u e tal c o n tra p o s ic ió n es fa ls a , p u e s en re a lid a d el p e n sa m ie n to
es producto de am bos h em isferios; é s to s no fu n c io n a n de m a n e ra
a is la d a o in d e p e n d ie n te , s in o de m a n e ra in te rc o n e c ta d a . D e ahí,
p o r e je m p lo , qu e la m ú s ic a s e a un e je rc ic io a la v e z ló g ic o y
cre a tivo . P ara fo m e n ta r el p e n s a m ie n to c rític o e s p reciso e stim u
lar am bos he m isferio s y, en realidad, se g ú n so stie n e , no p u e d e
lla m a rs e c rític o a un p e n s a m ie n to q u e n o s e a ta m b ié n c re a tiv o y
v ic e v e rs a , ra zó n p o r la cu a l s e ñ a la q u e la c re a tiv id a d es m á s
una c ua lidad de la m e n te a d u lta q u e d e la in fa n til. D e he ch o , las
g ra n d e s c re a cio n e s d e la h u m a n id a d ha n s id o p ro d u c to de p e rs o
nas adultas. B ailin p re fie re lla m a r al p e n s a m ie n to crític o “b uen
p e n s a r” o “p e n s a r b ie n ” (g o o d th in kin g ). El s ig u ie n te c u a d ro m u e s
tra las c a ra cte rística s del b u e n p e n s a r en re la c ió n con las fu n c io
nes co g n itiva s de los h e m is fe rio s c e re b ra le s :10
Integrador Ensoñador
La c ritic id a d es, en re s u m e n , un ra s g o d e c a rá c te r y, a la ve z,
una c a p a c id a d a b ie rta c u y a p ro m o c ió n e s d e e x tre m a im p o rta n
cia en la e d u c a c ió n h u m a n is ta , ya q u e e s la c o n d ic ió n d e p o s ib i
lid a d p a ra la fo r m a c ió n d e un s u je to a u tó n o m o , c a p a z d e
a u to rre g u la c ió n . C o m o d is c u tía m o s c o n a n te rio rid a d , el p ro b le
m a p a ra la e d u c a c ió n e s c ó m o fo m e n ta r la a d q u is ic ió n de e sta
c a p a c id a d , la cu a l im p lic a , en c u a n to ra s g o de c a rá c te r, no s ó lo
elem e n to s co gnitivos, sin o ta m b ié n p sico a fe ctivo s. D e sd e el punto
de v is ta p s ic o ló g ic o , p u e d e d e c irs e q u e la ra z o n a b ilid a d , o el s e r
ra z o n a b le , es la c a p a c id a d d e p o d e r d e c ir “ n o ” a u n o m is m o .13
E sta p o s ib ilid a d d e s e r im p a rc ia l s e o p o n e a la p a s ió n en la q u e
el s u je to se in v o lu c ra de tal m o d o q u e p ie rd e o b je tiv id a d : to d o s
c o n o c e m o s e je m p lo s c la ro s d e c ó m o a lg u n a s p a s io n e s (c o m o
p o d ría n s e r los c e lo s o el m ie d o ) e n tu rb ia n o e lim in a n p rá c tic a
m e n te el e je rc ic io ra c io n a l d e la s p e rs o n a s . P e ro si la s p e rs o n a s
s o m o s un a u n id a d , ¿ q u é re la c io n e s se te je n e n tre la ra z ó n y la
p a sió n , e n tre el m u n d o a fe c tiv o y el c o g n itiv o ? , ¿ es q u e la p a
sió n se o p o n e ta ja n te m e n te a la a s p ira c ió n a s e r c rític o s ? E sta s
p re g u n ta s se las han fo rm u la d o m u c h o s filó s o fo s a lo la rg o de la
h isto ria . A c o n tin u a c ió n a rg u m e n ta re m o s n u e s tra p o s tu ra s o b re
e s te te m a .
D e sd e el p u n to d e v is ta p s ic o ló g ic o , un c o m p o rta m ie n to es in te
lig e n te c u a n d o se d a e n u n a s itu a c ió n p a ra la q u e no e x is te n ru
tin a s p re e s ta b le c id a s ; e s d e c ir, c u a n d o se re s u e lv e un p ro b le m a
n u e vo , de tal m o d o q u e e s p o s ib le in fe rir, a p a rtir de e s e c o m
p o rta m ie n to , q u e el s u je to e n tie n d e la s c a ra c te rís tic a s de la s i
12 Passmore señala que el alumno “no habrá comenzado a adquirir una ca
pacidad abierta, diferente de una cerrada, mientras no comience a sentir
algún placer en su logro”. John Passmore, Filosofía de la enseñanza, Trad.
de Federico Patán, México, FCE, 1986, p. 61.
13 Richard Peters, “La razón y la pasión”, en Dearden, Hirst y Peters (eds.),
Educación y desarrollo..., op. cit., p. 201.
tu a c ió n y las p o s ib le s re s p u e s ta s a n te e lla . A p a rtir de e s ta d e fi
n ició n , pod e m o s a p u n ta r q ue los m a m ífe ro s su p e rio re s cie rta m e n te
tienen la ca pa cidad de re s p o n d e r a situ a cio n e s d e s c o n o c id a s para
o b te n e r lo q u e q u ie re n y, en c o n s e c u e n c ia , p u e d e n m o d ific a r su s
re s p u e s ta s n o rm a le s c u a n d o é s ta s ya no le s so n ú tile s p a ra s a
tis fa c e r s u s n e c e s id a d e s ; p o d ría in c lu s o d e c irs e q u e en re a lid a d
e x is te un e s c a s o fu n d a m e n to p a ra n e g a r q u e el c o m p o rta m ie n to
a n im a l re v e la un a in te lig e n c ia . C o m o se p la n te ó en el p rim e r
c a p ítu lo , el c e re b ro h u m a n o es un ó rg a n o s u m a m e n te c o m p le jo ,
s e d e del p e n s a m ie n to a b s tra c to -ra c io n a l, y e s ta c a ra c te rís tic a es
la q u e e m e rg e c o m o e x c lu s iv a de los s e re s h u m a n o s .14 La ra
c io n a lid a d se d e fin e c o m o la c a p a c id a d de:
• P rim e ro , la ra z ó n es p ú b lic a p o rq u e su v e h íc u lo es el
le n g u a je qu e , c o m o c o n s tru c c ió n s o c ia l, se s irv e d e un
v o c a b u la rio , un a g ra m á tic a y s in ta x is q u e no so n p ro p ie
da d e x c lu s iv a de un s o lo in d iv id u o .
• S e g u n d o , y d e m a n e ra m á s im p o rta n te , la ra c io n a lid a d
p u e d e ser so m e tid a a e scru tin io p ú b lico en la m e d id a en
La s c o n d u c ta s y c re e n c ia s irra c io n a le s s e d ife re n c ia n de la s “ no
ra z o n a b le s ” . E sta s ú ltim a s so n a q u e lla s q u e a p a re c e n c u a n d o
un a p e rs o n a e s c a p a z de id e n tific a r la s ra z o n e s p o r las q u e p ro
ce d e , p e ro ta le s ra z o n e s so n d é b ile s y no to m a n en c u e n ta los
a rg u m e n to s d e los d e m á s . P o d e m o s d e c ir q u e u na p e rs o n a
h a ce a lg o irra c io n a l c u a n d o se e n c u e n tra d o m in a d a p o r su s d e
se o s y a v e rs io n e s , al p u n to q u e n ie g a el p rin c ip io de re a lid a d ,
m ie n tra s q u e u na p e rs o n a h a c e a lg o n o ra z o n a b le c u a n d o fa lla
en su e x ig e n c ia de o b je tiv id a d al no to m a r en c u e n ta la s c o n s i
d e ra c io n e s q u e lo s d e m á s le o fre c e n y m u e s tra u na v is ió n e m
p o b re c id a , u n a e s p e c ie d e “ m io p ía ” m e n ta l.
A p a re n te m e n te , el p e n s a m ie n to y la c o n d u c ta ra c io n a l e x ig e n la
“s u p re s ió n ” d e la s p a s io n e s , y lle v a n al o fu s c a m ie n to q u e d e fo r
m a la re a lid a d . D e s d e la tra d ic ió n c lá s ic a de la filo s o fía , las p a
s io n e s han s id o v is ta s c o m o s e n tim ie n to s q u e el s u je to p a d e c e
sin s e r c a p a z d e d o m in a r, p o r lo q u e c o rre el p e lig ro d e co n ve rtir
se en una víctim a de la tu rb u le n c ia de su propio m u n d o afectivo.
C ie rta m e n te , p a s io n e s c o m o la e n v id ia o lo s c e lo s p u e d e n lle g a r
a p e rtu rb a r g ra v e m e n te la im p a rc ia lid a d q u e e x ig e la ra zó n , y
so n a lg o d e s e a b le d e c o n tro la r y a p re n d e r a m a n e ja r, no só lo en
a ra s de l e s p íritu c rític o s in o d e l m is m o b ie n e m o c io n a l d e l s u je to .
S in e m b a rg o , no to d a s la s e m o c io n e s s o n n e c e s a ria m e n te ir r a
c io n a le s o n o ra z o n a b le s : lo s c e lo s , p o r e je m p lo , p u e d e n s e r
p e rfe c ta m e n te ra z o n a b le s en u n a d e te rm in a d a s itu a c ió n , p o co
ra z o n a b le s en o tra y d e fin itiv a m e n te irra c io n a le s en u na te rc e ra ,
to d o d e p e n d e d e la s c irc u n s ta n c ia s y de las e v id e n c ia s q u e se
te n g a n p a ra s e n tirlo s . P o r e so , en lu g a r d e p la n te a r la d is tin c ió n
e n tre e m o c io n e s y ra z ó n , y e n tre a c c ió n o p a s ió n , P e te rs p ro p o
ne un p u n to d e v is ta m á s in te g ra l al h a b la r de n iv e le s de vida, en
los c u a le s c o e x is te n la ra z ó n y la s e m o c io n e s . E s to s n iv e le s s e r
ían, en un o rd e n je rá rq u ic o a s c e n d e n te , la irra c io n a lid a d , la no
ra z o n a b ilid a d y la ra c io n a lid a d .
En el nivel de vid a irra cio n a l e n c o n tra m o s a los in d iv id u o s qu e
e stá n d o m in a d o s p o r los d e s e o s y a v e rs io n e s (p u ls io n e s , en el
le n g u a je fre u d ia n o ). Es a q u í d o n d e a p a re c e el p e n s a m ie n to '“ilu s o
rio” , el cual es irracio n a l al c a re c e r de “s e n tid o de re a lid a d ” , es d e
cir, no s ig u e el p rin cip io ca u sa l ni e s tá c irc u n s c rito a los e s q u e m a s
e s p a c io -te m p o ra le s . La “ilu s ió n ” , p o r su parte, se rige b a jo el p rin
cip io d e “c o n g ru e n c ia a fe c tiv a ” , d o n d e las c o s a s e x te rn a s son ju z
g a d a s se g ú n los d e s e o s y a v e rs io n e s m á s p rim itivo s.
F in a lm e n te , el te rc e r n ive l d e v id a q u e p la n te a P e te rs es el de la
ra c io n a lid a d , q u e se re fie re al u so ó p tim o d e n u e s tra c a p a c id a d
ra c io n a l. En él e n c o n tra m o s q u e el m u n d o a fe c tiv o o e m o c io n a l
no ha d e s a p a re c id o , s in o q u e su c a lid a d se ha e le v a d o al a p a re
c e r co n fu e rz a , lo q u e él lla m a “ p a s io n e s ra c io n a le s ” , e n tre e lla s
d e s ta c a n la b ú s q u e d a d e la v e rd a d , el a m o r p o r la ló g ic a y el o r
d e n , la a v e rs ió n p o r lo a rb itra rio e irre le v a n te , y la v a lo ra c ió n de
la s in c e rid a d , to d a s son e m o c io n e s q u e im p u ls a n y a lie n ta n las
in d a g a c io n e s te ó ric a s y q u e ta m b ié n e s tá n p re s e n te s en la s d e
c is io n e s y a c tiv id a d e s p rá c tic a s de un s u je to .
La p a s ió n p o r d e s c u b rir la v e rd a d g e n e ra u na m e n te c u id a d o s a ,
obse rvadora y reflexiva, cualidades que ayudan a p e n sa r con propie
dad: considerar todas las aristas de un problem a, in d a ga r por puntos
de v is ta c o n tra rio s o e la b o ra r re fu ta c io n e s — “fa ls a c io n e s ”— de
los a rg u m e n to s . La a le g ría d e re s o lv e r un p ro b le m a , de lle g a r a
un a s o lu c ió n o de a p re n d e r a lg o n u e v o so n fe n ó m e n o s típ ic o s
de la v id a ra c io n a l.
T a m b ié n en la e s fe ra de la re la c ió n in te rp e rs o n a l tie n e lu g a r la
lu ch a p o r la ló g ica y la o b je tiv id a d :
¿ P e ro q u é es la o b je tiv id a d y c ó m o a c c e d e m o s a e lla ? El a n h e lo
de o b je tiv id a d , s e g ú n E d g a r M o rin , re s u lta ta m b ié n un in g re d ie n
te n e c e s a rio p a ra la e d u c a c ió n d e l fu tu ro . E s te a u to r p ro p o n e el
c o n o c im ie n to “p e rtin e n te ” , el c u a l e s el e q u iv a le n te de lo q ue
ha sta a q u í h e m o s lla m a d o “ p e n s a m ie n to c rític o ” , y c u y a c a ra c
te rís tic a p rin c ip a l e s e s ta r c o n s c ie n te d e lo s d e fe c to s y p e lig ro s
q u e c o n lle v a el p ro p io e je rc ic io d e c o n o c e r. D e s d e u n a p o s tu ra
crític a , el c o n o c im ie n to no e s el e s p e jo d e la re a lid a d , sin o una
re c o n s tru c c ió n y tra d u c c ió n d e e s a re a lid a d , y e n e s e p ro c e s o se
a n id a n los p e lig ro s d e l e rro r y la ilu s ió n .
L o s e rro re s m e n ta le s a p a re c e n p o r un m a l fu n c io n a m ie n to del
s is te m a n e u ro c e re b ra l, el c u a l d a lu g a r a p e rc e p c io n e s d is to rs io
n a d a s , c o n fu s io n e s e n tre el s u e ñ o y la v ig ilia , d e te rio ro s en la
m e m o ria y fe n ó m e n o s re la c io n a d o s . C u a n d o e s to s e rro re s son
g ra v e s y c o n s ta n te s el s u je to s e e n c u e n tra e n lo q u e P e te rs ha
lla m a d o el “ n ive l d e v id a irra c io n a l” : el m u n d o p s íq u ic o , d o n d e se
fe rm e n ta n n e c e s id a d e s , s u e ñ o s , id e a s e im á g e n e s , se in filtra en
la v is ió n del m u n d o e x te rio r del s u je to d e tal fo rm a q u e e s im p o
s ib le d is tin g u ir a a m b o s .
D e a hí la n e c e s id a d d e p o s tu la r, p a ra q u e el c o n o c im ie n to se a
p e rtin e n te , el “ p rin c ip io d e in c e rtid u m b re ra c io n a l” , m e d ia n te el
cu a l la p ro p ia ra zó n se m a n tie n e en v ig ila n te a u to c rític a .
El p a ra d ig m a q u e ha c o n s titu id o la fu e n te d e e rro r c o n s ta n te en
O c c id e n te es, p a ra M o rin , el d e la s im p lific a c ió n , q u e a n te c u a l
q u ie r c o m p le jid a d c o n c e p tu a l p re s c rib e la re d u c c ió n o la d is y u n
c ió n . A s í, fre n te a la o p o s ic ió n h o m b re -n a tu ra le z a , o b ie n re d u c e
lo h u m a n o a lo n a tu ra l (re d u c c ió n ), o b ie n p o s tu la lo s d o s c o n
ce p to s c o m o re a lid a d e s e n fre n ta d a s y c o n tra ria s (d is y u n c ió n ).
En a m b o s c a s o s , la s im p lific a c ió n im p id e c o n c e b ir la re la c ió n
ta n to d e im p lic a c ió n c o m o de s e p a ra c ió n e n tre el h o m b re y la
n a tu ra le z a . S ó lo la u tiliz a c ió n de un p a ra d ig m a c o m p le jo d e im
p lic a c ió n /d is tin c ió n /c o n ju n c ió n p e rm itiría , p o r e je m p lo , u n a m e jo r
c o n c e p c ió n d e las re la c io n e s h o m b re -n a tu ra le z a . P a ra M o rin , la
fu e n te p rin c ip a l d e l e rro r p a ra d ig m á tic o en O c c id e n te s e d e b e a
la v is ió n d u a lis ta c a rte s ia n a b a s a d a en la d is y u n c ió n , la c u a l ha
o p u e s to re a lid a d e s c o m o s u je to -o b je to , a lm a -c u e rp o , e s p íritu -
m a te ria , ca lid ad-can tid a d , fin a lid a d -ca u sa lid a d , s e n tim ie n to -ra zó n ,
lib e rta d -d e te rm in is m o , e x is te n c ia -e s e n c ia .
el c o n o c im ie n to p e rtin e n te d e b e re c o n o c e r e s a m u ltid i-
m ensionalidad e in se rta r en ella sus d atos: no podem os
a islar solam en te una parte del to d o sino las p artes unas de
otras; la d im ensió n e co n ó m ica , por e jem plo, está en inter-
retroacción p e rm a n e n te con to d a s las d e m á s d im e n sio n e s
hum anas; es m ás, la e co n o m ía c o n lle va en sí, de m anera
h o lo g rá m ic a : n e c e s id a d e s , d e s e o s y p a s io n e s h u m a n a s
que so brepasan el m ero in te ré s e co n ó m ic o .27
T o d o e sto se re s u m e d ic ie n d o q u e el c o n o c im ie n to p e rtin e n te
d e b e in c lu ir la c o m p le jid a d (c o m p le x u s s ig n ific a lo q u e e s tá te ji
d o ju n to ), lo cu a l im p lic a c o n s id e ra r q u e lo s d is tin to s e le m e n to s
q u e c o n fo rm a n un to d o s o n in s e p a ra b le s , p u e s “e x is te un te jid o
in te rd e p e n d ie n te , in te ra c tiv o e in te r-re tro a c tiv o e n tre el o b je to de
c o n o c im ie n to y s u c o n te x to , la s p a rte s y el to d o , el to d o y las
p a rte s o las p a rte s e n tre sí. P o r e s o la c o m p le jid a d e s la u n ió n
e n tre la u n id a d y la m u ltip lic id a d ” .28
¿ P e ro c ó m o fo rm a r a la s fu tu ra s g e n e ra c io n e s p a ra q u e ro m p a n
el p a ra d ig m a d e la s im p lic id a d y e n fo q u e n la re a lid a d d e s d e el
p a ra d ig m a d e la c o m p le jid a d ? La s o lu c ió n p ro p u e s ta p o r M o rin es
la fo rm a c ió n d e lo q u e él lla m a la “ in te lig e n c ia g e n e ra l” , q u e c o n
s is te en el d e s a rro llo de h a b ilid a d e s d e ra z o n a m ie n to q u e p e rm i
tan fo rm u la r y re s o lv e r p ro b le m a s :
26 Ibidem, p. 46.
27 Ibidem, pp. 46-47.
28 Ibidem, p. 47.
29 Ibidem, p. 48.
A p a rtir d e e s te p la n te a m ie n to , s e a g re g a a la n o c ió n de c ritic i
da d q u e h e m o s v e n id o m a n e ja n d o la del c u ltiv o d e la in te lig e n c ia
g e n e ra l. El g ig a n te s c o p ro g re s o q u e han lo g ra d o la s c ie n c ia s en
el c o n o c im ie n to d e la re a lid a d , g ra c ia s a la e s p e c ia liz a c ió n de
las d iversas ra m as del saber, se e n fre n ta al p ro b le m a de p e rd e r la
v is ió n del c o n ju n to . La re a lid a d , q u e es de s u y o c o m p le ja , re
q u ie re la e s p e c ia liz a c ió n d e l c o n o c im ie n to p a ra a b o rd a rla , pe ro ,
al m is m o tie m p o , re q u ie re u n a in te rp re ta c ió n q u e re c o ja lo s a s
p e c to s c o n te x tú a le s y g lo b a le s p a ra o b te n e r un c o n o c im ie n to
ca b a l de la m is m a . E sta p e rs p e c tiv a g lo b a l p u e d e s e r lo g ra d a
p o r la filo s o fía , sin e m b a rg o , é s ta se ha v u e lto un c a m p o “e n c e
rra d o en sí m is m o ” , p o r lo q u e es n e c e s a rio re c u p e ra r su m is ió n
fu n d a m e n ta l: s e r la e n c a rg a d a d e re fle x io n a r s o b re lo s p rin c ip a
les p ro b le m a s h u m a n o s .
R e c u p e ra r la p e rs p e c tiv a d e lo g lo b a l y lo c o m p le jo no es só lo
u na c u e s tió n d e e ru d ic ió n a c a d é m ic a , s in o un d e s a fío en el q ue
se ju e g a el fu tu ro m ism o de la e sp e cie h u m a n a : el d e b ilita m ie n to de
la p e rc e p c ió n de lo g lo b a l c o n d u c e al d e b ilita m ie n to d e la re s
p o n s a b ilid a d y de la solid a rid a d , ya qu e ca d a u no tie n d e a re s p o n
sab ilizarse só lo d e su ta re a e s p e c ia liz a d a y p ie rd e el s e n tid o de
v in c u la c ió n co n los d e m á s .
D e ja r de v e r lo g lo b a l es ta m b ié n d e ja r d e v e r lo e s e n c ia l, p u e s to
q u e el c o n o c im ie n to de lo p a rtic u la r s ó lo p u e d e h a c e rs e c o rre c
ta m e n te si se to m a en c u e n ta ta n to su c o n te x to c o m o su s in te r-
re la c io n e s co n s u s o tra s d im e n s io n e s . D e a h í la n e c e s id a d de
in s is tir en la fo rm a c ió n d e u na c u ltu ra g e n e ra l q u e fa v o re z c a la
b ú s q u e d a d e la c o n te x tu a liz a c ió n d e la s in fo rm a c io n e s , a d ife
re n c ia de la c u ltu ra m e ra m e n te c ie n tífic o -té c n ic a q u e tie n d e , de
m a n e ra in e v ita b le , a “ c o m p a rtim e n ta liz a r” la re a lid a d :
30 Ibidem, p. 51.
31 John Dewey (1916), Democracia y educación, Trad. Lorenzo Luzuriaga,
Madrid, Morata, 3a. ed., 1998, p. 74.
c a ra c te rís tic a s q u e M o rin a trib u y e a la fa ls a ra c io n a lid a d : su in c a
pa cid ad d e v isió n a la rg o plazo, así c o m o de v is u a liz a r los fin e s
últim os. J u s ta m e n te es fu n c io n a l p o rq u e b u s c a las s o lu c io n e s en
el co rto p lazo, e lig e los m e d io s en fu n c ió n de los fin e s y e lu d e las
c o n s id e ra c io n e s é tic a s .32
S in e m b a rg o , en el p ro c e s o de c o n o c im ie n to y de s o lu c ió n de
p ro b le m a s e s in e v ita b le , e in c lu s o n e c e s a rio , u tiliz a r la ra c io n a li
dad q u e se p a ra y red u ce . M orin no p ro p o n e la e lim in a c ió n de este
e s tilo de p e n s a m ie n to , q u e p o r lo d e m á s ha p ro d u c id o p ro g re s o s
n o ta b le s en la s c ie n c ia s , s in o m á s b ie n su c o m p le m e n ta c ió n : es
p re c is o a ñ a d ir a e s te a b o rd a je de lo real u n a ra c io n a lid a d q u e
d is tin g a y re lig u e , q u e e s ta b le z c a c o n e x io n e s y q u e s e a c a p a z
de p e n sa r co m p le ja m e n te . M ás q u e a b a n d o n a r el c o n o c im ie n to de
la s p a rte s p o r el c o n o c im ie n to de las to ta lid a d e s , o el a n á lis is p o r
la s ín te s is , h a y q u e c o n ju g a rlo s . É s te e s el d e s a fío d e la c o m p le
jid a d . La ra c io n a lid a d só lo es fa ls a c u a n d o se to rn a a b s o lu ta : la
ra c io n a lid a d té c n ic a d e H a b e rm a s se rá fa ls a s ó lo si no da lu g a r
a la ra zó n c o m u n ic a tiv a .
A d e m á s , es p re c is o c a e r en la c u e n ta d e lo s a s p e c to s c o n s tru c
tiv o s y d e s tru c tiv o s d e la h is to ria : lo q u e en un m o m e n to d a d o
p a re c ió te rrib le , m á s a d e la n te a p o rta c o n s e c u e n c ia s p o s itiv a s , y
lo q u e n o s p a re c ió b u e n o en un m o m e n to , a lo la rg o d e l tie m p o
ha re s u lta d o n o c iv o .33 P ro m o v e r e s ta to m a d e c o n c ie n c ia d e b e
s e r una d e las ta re a s p rio rita ria s d e la e d u c a c ió n . M o rin p ro p o n e
fo m e n ta r la c o n c ie n c ia d e la in c e rtid u m b re en c u a tro a s p e c to s :34
33 Algo parecido señala Lonergan cuando afirma que el bien es una historia,
es decir, que se construye en el devenir temporal, y que del mal puede surgir, y
de hecho surge, el bien. Bernard Lonergan, Filosofía de la educación. Las
conferencias de Cincinnati en 1959 sobre aspectos de la educación, Trad.
de Armando Bravo, México, Uia, 1998, cap. 3, pp. 89-123.
34 Edgar Morin, Los siete saberes..., op. cit., pp. 101-102.
• La ¡n c e rtid u m b re c e re b ro -m e n ta l, q u e se d e riv a d e l p ro
c e s o propio de la a ctividad de con o ce r, es decir, del p ro ce
so d e tra d u c c ió n y re c o n s tru c c ió n de la re a lid a d .
• La ¡n c e rtid u m b re ló g ica , ya q u e ni la c o n tra d ic c ió n s ig n i
fic a n e c e s a ria m e n te fa ls e d a d , ni la n o -c o n tra d ic c ió n es
u n a v e rd a d .
• La ¡n c e rtid u m b re ra c io n a l, q u e e x ig e a n u e s tra ra zó n
m a n te n e r u n a v ig ila n c ia a u to c rític a .
• La ¡n c e rtid u m b re p s ic o ló g ic a , y a q u e los e le m e n to s in
c o n s c ie n te s im p o n e n s ie m p re un lím ite p a ra el a u to e x -
a m e n c rític o del s u je to .
El c o n o c im ie n to lle va en sí m is m o , y d e m a n e ra p e rm a n e n te , “el
rie s g o d e la ilu sió n y del e rro r” . J u s ta m e n te e s ta c o n c ie n c ia del
c a rá cte r incierto del acto de co n o cim ie n to co n stitu ye la o p o rtu n id a d
para a c c e d e r a un co n o cim ie n to pertinente, qu e es aquel que:
C o m o a c a b a d e s e ñ a la r s e , lo s d ife r e n te s a u to r e s e s tu d ia d o s
coincide n en la ¡dea de q u e el p e n s a m ie n to crítico tie n e q ue ve r con
a c tiv id a d e s m e n ta le s c o m o “ v e r if ic a r ” o e x a m in a r ” . E n a lg o
p a re c id o in s is te L o n e rg a n c u a n d o h a b la d e l c o n o c im ie n to c o m o
una e s tru c tu ra d in á m ic a : si b ie n el c o n o c im ie n to h u m a n o im p lic a
m u c h a s o p e ra c io n e s d is tin ta s e irre d u c tib le s e n tre sí, ta le s c o m o
ve r, oler, sentir, pre gu n ta r, re la cio n a r, co n ce b ir, ju z g a r, etc., solas y
p o r sí m is m a s n in g u n a d e e s ta s a c c io n e s p u e d e lla m a rs e c o n o
c im ie n to en s e n tid o e s tric to . El “v e rd a d e ro ” c o n o c im ie n to im p lic a
u n a s e rie d e a c tiv id a d e s c o g n o s c itiv a s e s tru c tu ra d a s d e m a n e ra
d in á m ic a . E n e s a e s tru c tu ra , la s o p e ra c io n e s c o g n o s c itiv a s s e
relacionan unas con otras p o r la función q ue tienen. D e esta m anera,
Lone rga n distin g ue cu a tro n ive le s que, in te g ra d o s, co n fo rm a n el
ve rd a d e ro co n o cim ie n to : la co n cie n cia e xp e rie n cia l, la co n cie ncia
intelectual, la co n cie n c ia ra cional y la c o n c ie n c ia c o rd ia l.36
P a ra e x p lic a r el p ro c e s o d e c o n o c im ie n to re to m a re m o s el te m a
de la objetividad, que fu e la p regunta que m otivó nuestro exam en de
las p ro p u e sta s de M o rin . L o n e rg a n , q u ie n p e rte n e c e a la c o rrie n te
del “re a lism o c rític o ” , no p o n e en d u d a la e x is te n c ia de una re a li
dad o b je tiva e x te rio r a la c o n c ie n c ia del s u je to , p e ro s e ñ a la q u e el
acto de c o n o c e r no es, ni co n m u c h o , un p ro c e s o de “re c ib ir” la
D e a c u e rd o co n la p o s tu ra re a lis ta , la p rim e ra fu e n te d e l c o n o
c im ie n to so n lo s s e n tid o s e x te rn o s : ve r, o le r, o ír, s e n tir y g u s ta r
so n o p e ra c io n e s q u e lle v a n al s u je to a p e rc ib ir los o b je to s con
d e te rm in a d a s c a ra c te rís tic a s . É ste e s el n ive l de la c o n c ie n c ia
e x p e rie n c ia l, el cu a l n o s p o n e en c o n ta c to co n el m u n d o . G ra
c ia s a los s e n tid o s n o s d a m o s c u e n ta de q u e la re a lid a d e stá
ahí, fre n te a n o s o tro s . A l p e rc ib ir, el s u je to se p e rc ib e al m is m o
tie m p o c o m o el s u je to de e s ta p e rc e p c ió n ; d e a lg ú n m o d o s e e n
c u e n tra p re s e n te a sí m is m o d u ra n te to d o el p ro c e s o de c o n o
cer, si b ie n de m a n e ra tá c ita o a te m á tic a . En e s te p rim e r n ive l de
la c o n c ie n c ia e x p e rie n c ia l, la c o n s ig n a , p a ra q u ie n q u ie re c o n o
c e r m e jo r, es “e s ta r a te n to ” . P o te n c ia r el v e r, el o ír, el g u s ta r, el
s e n tir, el p a lp a r y el s a b o re a r p e rm ite u n a a p e rtu ra a la re a lid a d
q u e m u c h a s v e c e s s u b e s tim a m o s . Un s u je to a te n to a las p e r
c e p c io n e s de s u s ó rg a n o s s e n s o ria le s e s tá en m e jo re s c o n d ic io
nes d e c o n o c e r lo re a l q u e a q u e l q u e no p re s ta la a te n c ió n
d e b id a . La d is tra c c ió n s e n s o ria l e s el p rim e r o b s tá c u lo del c o n o
c im ie n to o b je tiv o .
En el s e g u n d o n ive l d e c o n c ie n c ia se re a liz a la o p e ra c ió n in te
le ctu a l de l e n te n d e r. L a n e c e s id a d de e n te n d e r s u rg e d e la p re
g u n ta q u e de s u y o p ro b le m a tiz a u n a re a lid a d . En el p ro c e s o de
tra ta r d e e n te n d e r, el s u je to , c o m o ya s e ñ a la b a D e w e y , “c a p ta
re la c io n e s ” d e u n o s h e c h o s co n o tro s y e s c a p a z de s im b o liz a r
e s ta s re la c io n e s m e d ia n te el le n g u a je (p o r e je m p lo , el le n g u a je
m a te m á tic o ), lo q u e im p lic a un n ive l de a b s tra c c ió n m a y o r. A q u í,
el s u je to re a liz a o p e ra c io n e s m e n ta le s c o m o el a n á lis is d e las
p a rte s y el to d o , la s ín te s is , la c a te g o riz a c ió n o la c la s ific a c ió n ;
se p re g u n ta y p la n te a p ro b le m a s , e s ta b le c e h ip ó te s is y p re s e n ta
s o lu c io n e s p la u s ib le s ; to d o e s to p a ra fin a lm e n te lle g a r a re a liz a r
la o p e ra c ió n d e ju z g a r en s e n tid o ló g ic o , y m e d ia n te d ic h a o p e
ra c ió n u n e un s u je to co n un p re d ic a d o : X es Y. En e s te m o m e n
to, la p e rs o n a e n tie n d e la re la c ió n e n tre d o s o m á s fe n ó m e n o s
q u e a p a re c ía n d e s lig a d o s y, al c a p ta r el n e xo , e x p e rim e n ta el
g o c e in te le c tu a l q u e a c o m p a ñ a el in s ig h t, é s te no tie n e a q u í la
c o n n o ta c ió n p s ic o ló g ic a de a u to c o n o c im ie n to , s in o la de d e s c u
b rir u na re a lid a d n u e v a q u e p e rm a n e c ía d e s c o n o c id a . L o n e rg a n ,
a m e n u d o , e je m p lific a e s te in s ig h t co n el g rito le g e n d a rio de A r-
q u ím e d e s : “ ¡E u re k a !” , q u e e m itió el filó s o fo c u a n d o d e s c u b rió la
le y del d e s p la z a m ie n to d e lo s c u e rp o s en el a g u a . P a ra un m e jo r
a p re n d iz a je , la c o n s ig n a e s la d e “s e r in te lig e n te ” , q u e s ig n ific a
p ro p o n e r re la c io n e s , e s ta b le c e r c o n e x io n e s m e d ia n te h ip ó te s is
p la u s ib le s , id e n tific a r c a u s a s y e fe c to s , en fin , p re g u n ta rs e c o n s
ta n te m e n te p o r q u é , p a ra q u é , c ó m o , q u é ta l si... S e tra ta de
tra s c e n d e r el n ive l d e l s e n tid o c o m ú n (m e d ia n te el cu a l el su je to
s im p le m e n te se a ju s ta al m u n d o ) p a ra lle g a r a p o s e e r una “c o n
cie n cia d ife re n c ia d a ” q u e , a n im a d a p o r el s e n tim ie n to de b ú s q u e
da de la ve rd a d , se a c a p a z de p re g u n ta rs e y b u s c a r el p o rq u é de
las cosas.
U na v e z q u e se ha a lc a n z a d o el e n te n d im ie n to d e un fe n ó m e n o ,
p a re c ie ra q ue el c o n o c im ie n to d e lo real ha s id o fin a lm e n te a l
c a n z a d o . P e ro e s to s e ría q u e d a rs e en u n a p o s tu ra in g e n u a . La
re a lid a d no e s ta n tra n s p a re n te — e s c o m p le ja , d iría M o rin — y
n u e s tro a c e rc a m ie n to a e lla e s d e fe c tu o s o . P o r e s o L o n e rg a n
p la n te a un te rc e r n iv e l d e c o n c ie n c ia , en el c u a l se da el c o n o c i
m ie n to ra c io n a l, p ro p ia m e n te d ic h o , q u e n o s d is tin g u e de los
a n im a le s , c o m o a rg u m e n ta m o s a n te rio rm e n te . E s te te rc e r nivel
e s re fle x iv o , la c o n c ie n c ia v u e lv e s o b re s u s a firm a c io n e s a n te rio
res p a ra lle v a r a c a b o un p ro c e s o d e re v is ió n (ta m b ié n M o rin lo
a p u n ta c u a n d o h a b la d e la n e c e s id a d d e e x a m e n y v e rific a c ió n ).
E ste nive l e m p ie z a c o n la p re g u n ta ¿ d e v e rd a d e s to e s a sí? El
s u je to v u e lv e a c o te ja r los d a to s q u e ha re c a b a d o en lo s n iv e le s
a n te rio re s , s o p e s a la e v id e n c ia , h a c e un re c u e n to d e lo s p a s o s
s e g u id o s p a ra re s o lv e r un p ro b le m a e in te n ta fa ls e a r s u s p ro p ia s
h ip ó te s is . E ste nive l s u p o n e un e je rc ic io ra c io n a l c o m p le to q ue
re g re s a s o b re el ju ic io ló g ic o , y si é s te p a s a la p ru e b a de la v e ri
fic a c ió n , el s u je to lo c o n v ie rte en un ju ic io d e re a lid a d . P o r e s o la
o p e ra c ió n c la v e d e e s te n ive l e s el ju z g a r, o p e ra c ió n q u e lle v a al
s u je to n e c e s a ria m e n te a to m a r u n a p o s tu ra c la ra re s p e c to a d e
te rm in a d o a su n to ; a p ro n u n c ia rs e p o r un sí o un no q u e le im plica
un c o m p ro m is o . La c o n s ig n a a q u í p a ra p o te n c ia r el c o n o c im ie n to
e s “s e r ra c io n a l” , o c o m o d iría co n m a y o r p re c is ió n P e te rs , “se r
ra z o n a b le ” .
Es im p o rta n te n o ta r la c o in c id e n c ia e n tre lo s d iv e rs o s a u to re s
re v is a d o s a lo la rg o d e e s te c a p ítu lo (P e te rs , P a s s m o re , M o rin ,
Freire, S avater, D e w e y, F ro m m y L o n e rg a n ); e llo s ponen una e s-
p e d a l in s is te n c ia en la ra c io n a lid a d y c o m p a rte n el m o d o de e n
te n d e rla . S e r ra c io n a l no e s s e r ra c io n a lis ta ; no s ig n ific a e s ta r
c e n tra d o en la ló g ic a d e los p ro p io s ju ic io s , s in o en la a p e rtu ra a
lo real, en la n e c e s id a d d e e x a m e n y a u to e x a m e n , en la a c e p ta
ción de la p o s ib ilid a d d e e s ta r e q u iv o c a d o y en la d is p o s ic ió n a
re c tific a r la s p ro p ia s a firm a c io n e s , e s d e c ir, en la h u m ild a d in te
le c tu a l. E sta a c titu d e s tá a c o m p a ñ a d a de la p a s ió n fu n d a m e n ta l
p o r la b ú s q u e d a d e s in te re s a d a de la v e rd a d , la cu a l g a ra n tiz a la
im p a rc ia lid a d , la o b je tiv id a d q u e F ro m m p o n e c o m o c o n d ic ió n no
só lo d el c o n o c im ie n to , s in o d e l a m o r. E s te a m o r p o r la v e rd a d es
ta m b ié n el a m o r p o r la ju s tic ia , el in g re d ie n te n e c e s a rio p a ra c o
la b o ra r en la c o n s tru c c ió n de u n a s o c ie d a d m e jo r, e n la q u e el
bien c o m ú n s u p e re la v is ió n d e l bie n p a rtic u la r o in d iv id u a l.
El e je rc ic io re fle x iv o in s ta a la p e rs o n a a p ro b le m a tiz a r y s o m e te r
a e x a m e n las a firm a c io n e s a c rític a s d e l s e n tid o c o m ú n p a ra re
c o n o c e r los p ro p io s p re ju ic io s e g o c é n tric o s (a q u e llo s re la c io n a
d o s co n n u e s tro s in te re s e s e g o ís ta s ) o e tn o c é n tric o s (a q u e llo s
re la c io n a d o s co n n u e s tro g ru p o d e p e rte n e n c ia s o c ia l). R ic h a rd
P aul y L in d a E id e r h a n tra b a ja d o m u c h o el te m a d e l p e n s a m ie n
to c rític o , al cu a l le a d ju d ic a n n u e v e c a ra c te rís tic a s d e n o m in a d a s
“e s tá n d a re s in te le c tu a le s u n iv e rs a le s ” , a s a b e r: c la rid a d , e x a c ti
tu d , p re c is ió n , re le v a n c ia , p ro fu n d id a d , a m p litu d , ló g ica , im p o r
ta n c ia y ju s tic ia . A c a d a u n o d e e llo s le c o rre s p o n d e u n a s e rie de
p re g u n ta s , lo s c u a le s s e m u e s tra n a c o n tin u a c ió n :41
La p rim e ra e v id e n c ia d e la re a lid a d h u m a n a e s su e x is te n c ia
fís ic a . En el c a p ítu lo 2 re v is a m o s c ó m o , d e s d e n u e s tro s e r c u e r
po, e x p e rim e n ta m o s p rim e ro la n o c ió n d e l lím ite . S e s ig u ie ro n
las ¡deas d e J o s e p h G e v a e rt y s e p re s e n tó la v iv e n c ia d e n u e s
tro s e r c u e rp o c o m o p re s e n c ia , e x p re s ió n , le n g u a je , in s tru m e n to
y, p o r ta n to , c o m o la c o n d ic ió n d e p o s ib ilid a d de n u e s tra re a liz a
c ió n h u m a n a , p e ro p a ra d ó jic a m e n te ta m b ié n c o m o su lím ite e
im p e d im e n to . N u e s tro c u e rp o e s a s im is m o n u e s tra e x p e rie n c ia
in m e d ia ta del m al, en la fo rm a d e d o lo r fís ic o , d e e n fe rm e d a d o
de m u e rte . P e ro el c u e rp o c o m o lim ite y fra g ilid a d s ó lo e s v iv id o
c o m o tal si te n e m o s c o n c ie n c ia d e e llo . El m al s ó lo a p a re c e c o
m o n o ció n en n u e s tra a c tiv id a d c o n s c ie n te .
El m al c o m o d a to d e la e x p e rie n c ia es a lg o c o m ú n a to d a s las
c u ltu ra s a to d o s los g ru p o s h u m a n o s ; fo rm a p a rte in d is o lu b le de
la v id a h u m a n a . La m u e rte , la e n fe rm e d a d , el h a m b re , las c a tá s
tro fe s n a tu ra le s , el e n g a ñ o , la in ju s tic ia , la v io le n c ia , e n tre o tro s
m u c h o s fe n ó m e n o s , so n v iv e n c ia s in n e g a b le s e in e v ita b le s de la
e x is te n c ia y a las q u e s o le m o s c a lific a r c o m o m a l. L a s c a ra c te ri
z a m o s c o m o m al p o rq u e :
• N os h a c e n d a ñ o , n o s p ro v o c a n d o lo r fís ic o , s u frim ie n to
e m o c io n a l o a m b o s .
• In te rru m p e n , al m e n o s m o m e n tá n e a m e n te , n u e s tro d e
sa rro llo , c re c im ie n to , re a liz a c ió n p e rs o n a l, n u e s tro s p la
nes, n u e s tro fu tu ro .
• P e rc ib im o s un d e s n iv e l e n tre lo q u e “d e b ía s e r” o lo “d e
s e a b le ” , y lo q u e o c u rre en re a lid a d .
En c u a lq u ie r ca so , el m al se n o s p re s e n ta c o m o un p ro b le m a , en
c u a n to q u e o b s ta c u liz a u n a e x is te n c ia p a c ífic a , tra n q u ila o fe liz,
e im p id e la re a liz a c ió n d e lo p ro y e c ta d o . C u a n d o in te rv ie n e n
n u e s tro libre a lb e drío y a cción vo lu n ta ria , viv im o s el m al co m o fra
caso , c o m o e q u iv o c a c ió n im p u ta b le a n o s o tro s , e s to n o s m u e v e
a la re fle x ió n y n o s p ro v o c a e m o c io n e s n e g a tiv a s , c o m o el s e n
tim ie n to d e c u lp a , el a rre p e n tim ie n to o el re m o rd im ie n to . Lo a n
te rio r n o s da p ie p a ra s e g u ir la re fle x ió n de J o s e p h G e v a e rt y
h a c e r u n a d is tin c ió n im p o rta n te e n tre el m al q u e n o s a c o n te c e
sin q u e in te rv e n g a n u e s tra d e c is ió n y el m a l q u e e s p ro d u c to de
n u e s tra d e c is ió n lib re . Al p rim e ro lo lla m a re m o s “ m al im p e rs o n a l”
y al s e g u n d o “ m al p e rs o n a l o m o ra l” .
1. E l m a l im p e rs o n a l. La re a lid a d , ta n to h u m a n a c o m o fís ic a o
n a tu ra l, e s c o n tin g e n te , a z a ro s a , p u d o no h a b e r s id o d e e s a m a
n e ra . P o r e llo es im p e rfe c ta ; e s tá s u je ta a la tra n s fo rm a c ió n c o n
tin u a , u n a m u ltitu d d e fa c to re s c a m b ia n a le a to ria m e n te el ru m b o
d e lo s s u c e s o s . N a c e n n iñ o s co n d e fe c to s c o n g é n ito s , a c o n te c e
un te rre m o to , la s llu v ia s c a u s a n el d e s b o rd a m ie n to de río s y el
d e s la v e d e m o n ta ñ a s , un v iru s in v a d e n u e s tro c u e rp o , c o n tra e
m o s el c á n c e r o la d ia b e te s , m u e re un s e r q u e rid o en un a c c i
d e n te , n o s c a e m o s , nos la s tim a m o s ... T o d o e s to fo rm a p a rte de
la v iv e n c ia c o tid ia n a d e c o s a s q u e n o s p a s a n sin q u e lo h a y a
m o s q u e rid o o b u s c a d o . Es la c o n s ta ta c ió n d e la im p e rfe c c ió n de
un m u n d o . El p ro b le m a fre n te a e s to s m a le s “ in m e re c id o s ” es:
“si D io s e x is te y es un s e r b u e n o , ¿ p o r q u é los p e rm ite ? , ¿ p o r
q u é s u fre n lo s in o c e n te s ? ” . La p re g u n ta p o r el m al en el m u n d o
n o s re m ite a la n e c e s id a d de d a rle s e n tid o al s in s e n tid o . Un fa
m o s o p o e m a d e R u b é n D a río e x p re s a e s te p e s a r e x is te n c ia l q ue
s u rg e del h e c h o d e q u e el s e r h u m a n o e s s e n s ib le y c o n s c ie n te :
D ichoso el árbol, q ue es a p e n a s sensitivo,
y m ás la piedra dura p orque esa ya no siente,
pues no hay d o lo r m ás g ra n d e que el d o lo r de se r vivo,
ni m ayor p esad um b re que la vida co n scie nte .
lo que no co nocem o s y a p e n a s so sp e ch a m o s,
y la carne que tienta con sus fre sco s racim os,
y la tum ba que ag u a rd a con sus fú n e b re s ram os,
H a b la r d e v a lo re s e s h a b la r d e l u n iv e rs o s im b ó lic o , d e l m u n d o
de los s ig n ific a d o s . L o s s is te m a s c u ltu ra le s en los q u e p a rtic i
p a m o s m o ld e a n lo s s ig n ific a d o s y e s ta b le c e n la s n o c io n e s de lo
b u e n o y lo m a lo . L o s s ig n ific a d o s , en c u a n to p ro d u c to s c u ltu ra
les, tie n e n u na fo rm a q u e es p ú b lic a y c o m u n ita ria , y no s ó lo in
d iv id u a l o p riv a d a , d e b id o a q u e la fu n c ió n s u s ta n c ia l del
s ig n ific a d o es la c o m u n ic a c ió n e n tre lo s s e re s h u m a n o s . Las
c u e s tio n e s qu e s u rg e n en e s te n ive l s o n , p o r e je m p lo , ¿ s o m o s
m a lo s p o r n a tu ra le z a ? , ¿ p o r q u é e le g im o s el m a l? o, c o m o p la n
te a D o s to ie v s k i en L o s H e rm a n o s K a ra m a z o v , si D io s no e x is tie
ra, ¿ to d o e s ta ría p e rm itid o ? Las p re g u n ta s p o r el m a l c a u s a d o
p o r el s e r h u m a n o n o s re m ite n a la a n tro p o lo g ía filo s ó fic a .
El s ig u ie n te e s q u e m a re s u m e el p la n te a m ie n to d e e s te a p a rta d o :
2 Sin que por ello se entienda que se trata de una realidad ahistórica, sino
contextuada y condicionada siempre por el espacio y el tiempo — la geografía
y la historia— de una determinada cultura.
Ejemplos de
cuestionamientos
¿Existe Dios?
¿Somos malos
por naturaleza?
¿Por qué
elegimos el mal?
Si Dios no
existiera ¿todo
estaría permitido?
El m al im p e rs o n a l se d e fin e c o m o a q u e l q u e no es b u s c a d o o
p ro vo ca d o in te n c io n a lm e n te p o r el s e r h u m a n o ; e je m p lo s de esta
c la s e de m al p u e d e n s e r la s c a tá s tro fe s q u e o c a s io n a la n a tu ra
leza, las e n fe rm e d a d e s , la m u e rte , lo s d e fe c to s fís ic o s , etc. P re
g u n ta rs e p o r su s e n tid o e s u n a c u e s tió n q u e , en n ive l filo s ó fic o ,
e stá e s tre c h a m e n te re la c io n a d a co n el p ro b le m a d e la e x is te n c ia
de D ios, ya q u e , a n te la s s itu a c io n e s q u e n o s p ro v o c a n d o lo r y
s u frim ie n to sin q u e “ h a y a m o s h e c h o n a d a p a ra m e re c e rlo ” , las
p re g u n ta s o b lig a d a s s o n : ¿ C ó m o e s q u e D io s , un s e r in fin i
ta m e n te b u e n o , p u e d e p e rm itir el m a l y el s u frim ie n to in ju s to de
lo s in o c e n te s ? , ¿ p o r q u é , si D io s e x is te , e x is te el m a l? E x p o n e
m o s a q u í, m u y e sq u e m á tic a m e n te , tan sólo a lg u n a s de las p o stu
ras filo só fica s m ás re p re se n ta tiva s respecto del te m a del m al im
personal.
In t e r p r e t a c io n e s " o p tim is ta s ” d e l m a l
P ara el e s to ic is m o , u na c o rrie n te h e lé n ic a fu n d a d a p o r Z e n ó n de
C itio a fin e s del s ig lo iv a. C., el m al en re a lid a d no e x is te , es
una c a te g o ría q u e fo rm u la m o s a c a u s a de n u e s tra lim ita d a c o m
p re n s ió n d e la to ta lid a d d e l u n iv e rs o ; si p u d ié ra m o s te n e r un
c u a d ro c o m p le to del c o s m o s v e ría m o s e so : o rd e n , a rm o n ía , p e r
fe c c ió n . Lo q u e c o n s id e ra m o s m al en n u e s tra p e q u e ñ a e s c a la es
e q u iv a le n te a fija rs e tan s ó lo en los s ile n c io s de la g ra n m e lo d ía
cósm ica . En la m úsica, los sile n cio s son tan n e ce sa rio s co m o los
so n id os y, por lo tanto, no son un “m al” , sino alg o bueno, a u n q u e
parezca im posible co m p re n de rlo . La in te rp re ta ció n e sto ica nos lla
m a a m ira r el m un d o de esta m a n e ra para no d e se s p e ra rn o s ante
la ca la m id a d y para lo g ra r lle g a r a un e sta d o de a ta ra xia o d e s
prend im ie nto, es decir, una ind ife re n cia a n te los a co n te cim ie n to s
del m undo , lo cual se tra d u ce en fo rta le za para e n fre n ta r la a d ve rsi
dad y e v ita r que el su frim ie n to nos o rille a la d e se sp e ra ció n .
In t e r p r e t a c io n e s “p e s im is t a s ” d e l m a l im p e r s o n a l
En g e n e ra l, la c o rrie n te e x is te n c ia lis ta , s u rg id a d e s p u é s de la
S e g u n d a G u e rra M u n d ia l, tie n e tin te s d e un g ra n p e s im is m o y
un a s e n s ib ilid a d h a c ia el a b s u rd o d e la e x is te n c ia h u m a n a . S o
bre el te m a del m al m e re c e e s p e c ia l m e n c ió n el fra n c é s A lb e rt
C a m u s (1 9 1 3 -1 9 6 0 ), P re m io N o b e l d e L ite ra tu ra , q u ie n tra tó d i
ch o p ro b le m a en ca si to d a su o b ra : en n o v e la s c o m o L a p e s te o
E l e x tra n je ro , y e n e n s a y o s c o m o E l m ito d e S ls ifo .
C a m u s no se c o n te n ta co n la s e x p lic a c io n e s q u e tie n d e n a d is
m in u ir o a n u la r la e x is te n c ia d e l m a l. P a ra él, el m al es un a re a li
d a d fe ro z , p a lp a b le , in s o p o rta b le ; s o b re to d o el m a l c a u s a n te del
s u frim ie n to de lo s in o c e n te s y el q u e se p re s e n ta a la m e n te c o
m o un a b s u rd o . N o e s a u s e n c ia o c a re n c ia de s e r, e s a lg o real y
p e rc e p tib le , c o m o c u a lq u ie r e n fe rm e d a d , c o m o un a lu d o un d e s
lave, c o m o un a in u n d a c ió n . E stá a h í y e s a b s o lu ta m e n te irre
c o n c ilia b le con la id e a d e un D io s b u e n o y ju s to . P o r e so , p a ra
C a m u s , la e x is te n c ia d e un D io s b u e n o y p e rfe c to e s im p e n s a
ble; no p u e d e a firm a rs e q u e e s e D io s e x is te si “ p e rm ite ” q u e los
¡n o ce n te s se a n c o n d e n a d o s al d o lo r y al s u frim ie n to : ¿ p o r q u é
n a ce un n iñ o co n c á n c e r? , ¿ p o r q u é el e s ta llid o de u n a m in a d e
ja s e p u lta d o s a d e c e n a s d e m in e ro s ? Es en la v iv e n c ia d e e s te
a b s u rd o d e c ru e ld a d q u e C a m u s a firm a q u e el p ro b le m a filo s ó fi
co fu n d a m e n ta l es el d e l s u ic id io : “J u z g a r q u e la v id a v a le o no la
p e n a d e s e r v iv id a e q u iv a le a re s p o n d e r a la c u e s tió n fu n d a m e n
tal d e la filo s o fía ” .3 Q u e la vid a v a lg a la p e n a v iv irs e , tie n e q u e
v e r co n la d e c is ió n é tic a d e c o m b a tir el m a l (el s u frim ie n to , el d o
lo r y la m u e rte ), au n c u a n d o d e a n te m a n o s e p a m o s q u e al fin a l
s e re m o s d e rro ta d o s p o r lo m á s a b s o lu to : la m u e rte .
El s ig u ie n te e s q u e m a re s u m e los p la n te a m ie n to s p ro p u e s to s en
e s te a p a rta d o :
E xiste n o tro s a u to re s q u e c o n c ib e n al s e r h u m a n o d e s d e u n a
ó p tic a m u y p e s im is ta (A. S c h o p e n h a u e r, B. S h a w , F. N ie tz s c h e ).
T h o m a s H o b b e s (1 5 8 8 -1 6 7 9 ), p o r e je m p lo , p ie n s a q u e el h o m
bre es un s e r fu n d a m e n ta lm e n te e g o ís ta y a n tis o c ia l, p e ro q u e
se u ne a los d e m á s m e rc e d al m ie d o y al in te ré s c a lc u la d o de su
p ro p ia s u p e rv iv e n c ia . El h o m b re , m o tiv a d o p o r el a fá n d e riq u e
za, p o d e r o g lo ria , q u e so n lo s tre s g ra n d e s a lic ie n te s o v a lo re s
en los q u e se fu n d a la c o n d u c ta h u m a n a , u tiliz a a lo s d e m á s p a
ra s a tis fa c e r s u s p ro p io s d e s e o s , a d e m á s e s fu n d a m e n ta lm e n te
in c a p a z d e a m a r. H o b b e s m o d ific a y p o p u la riz a la fra s e d e l ro
m a n o P la u to (2 5 4 -1 8 4 a. C ): H o m o h o m in i lu p u s : “ El h o m b re es
el lo b o del h o m b re ” .
S ig m u n d F re u d (1 8 5 6 -1 9 3 9 ) ta m b ié n s o s tie n e q u e en el s e r
h u m a n o la a g re s iv id a d e s ta n in s tin tiv a c o m o la p u ls ió n lib id in a l,
de m od o que a l d e se o de p la c e r lo a c o m p a ñ a s ie m p re e l d e se o de
h a c e r d a ñ o a l o tro . La a g re s iv id a d e s u n a c a ra c te rís tic a in s tin tiv a
de la e s p e c ie h u m a n a , y e s te im p u ls o d e s tru c tiv o a m e n a z a de
m a n e ra c o n s ta n te a la s o c ie d a d . S in e m b a rg o , d e s d e la p e rs
p e c tiv a fre u d ia n a , el m a l q u e h a c e m o s a lo s d e m á s e s p ro d u c to
de nuestro libre albe drío sólo a p a re n te m e n te : la co n cie ncia que
s e ría el e s p a c io del lib re a lb e d río y la d e lib e ra c ió n ra c io n a l es
ta n sólo una p e q ue ña parte de nuestra m ente, la cual e stá d o m in a
da p o r fu e rza s que no s o m o s c a p a ce s de identificar y q ue p e rm a
n e ce n in c o n s c ie n te s o s u b c o n s c ie n te s . En re a lid a d , n o s o m o s
libres, lo q ue c re e m o s q ue son n u e stra s “d e c is io n e s ” , son la e x p re
sión de n uestras pulsio n e s (iibidinales y a g resivas), o bien de los
m a n d a to s y p roh ibicio n e s del súper-yo, los cuales h e m o s in tro ye c-
ta d o en n uestra infancia a partir de la relación con n u e stro s padres,
fu n d a m e n ta lm e n te d e sd e la e xp e rie n cia del m iedo. De esta m a n e
ra, la m o ralidad en Freud tie n e un sentido m u y n egativo q ue ha sido
re ctificado por los p sico a na lista s posteriores.
D e s d e la p o s tu ra te o ló g ic a de s a n to T o m á s de A q u in o , el m al
m o ra l no e s a lg o d e s e a d o p o r D ios, p e ro ha p e rm itid o su e x is
te n c ia co n m ira s a un b ien, el b ie n del lib re a lb e d río , g ra c ia s al
cu a l el s e r h u m a n o se a s e m e ja a D ios en su a c tiv id a d c re a d o ra .
G o n z a lo B a ld e ra s , te ó lo g o e h is to ria d o r, in te rp re ta a s í a T o m á s
de A q u in o :
Dios, al cre a r al hom bre perm itió el mal m oral, aun cuando
no quisiera que el hom bre escogiera el actuar in m o ra lm e n
te y aun cuando de hecho, le dio al ser hum ano los m edios
de e sco g e r correctam ente. Para santo Tom ás, Dios eligió
librem ente crear un m undo en el que previo com o p re se n
tes to d o s los m ales físicos y m orales que de hecho están
presentes.4
D e s d e u n a p o s tu ra n e o to m is ta , el je s u íta c a n a d ie n s e B e rn a rd
L o n e rg a n (1 9 0 4 -1 9 8 4 ) a b o rd a el p ro b le m a del m al, d e s d e la p e rs
p e ctiva d e l p e c a d o , c o m o a lg o in h e re n te a la c o n d ic ió n h u m a
na. D is tin g u e v a rio s n iv e le s , el m á s b á s ic o e s tá re fe rid o a la
D e b id o a q u e en la e s fe ra de la a c c ió n h u m a n a el p e c a d o (c o m o
tra n s g re s ió n , fa lla o c e g u e ra ) e s un h e c h o c o tid ia n o q u e fra c tu ra
las re la c io n e s , se n e c e s ita c o n tin u a m e n te el p o d e r del p e rd ó n ,
ta n to de p e d ir c o m o d e o to rg a r, p a ra q u e é s ta s p u e d a n re s ta u
ra rs e . E s a q u í d o n d e s e p e rc ib e la n e c e s id a d y la fu e rz a d e la
fe c ris tia n a , la c u a l v e e n la s e n s e ñ a n z a s y en la re d e n c ió n de
J e s u c ris to no la insta u ra ció n d e una e ra en la q ue el p e ca d o haya
d e s a p a re c id o , sin o la p o s ib ilid a d d e e n c o n tra r en é s te un n u e v o
se n tid o : “c o n tra el p e c a d o c o m o a lg o q u e se p e rp e tú a a sí m is
m o, c o m o una re a c c ió n en c a d e n a , e s tá el a m o r d e lo s p ro p io s
e n e m ig o s y la a c e p ta c ió n d e l s u frim ie n to ” .6
P a u l R ic o e u r ( 1 9 1 3 - 2 0 0 5 ) , e n su o b ra F in itu d y c u lp a b ilid a d ,
a b o rd a el p ro b le m a d e l m al d e s d e la p e rs p e c tiv a d e la fra g ilid a d
hu m a n a en cu a n to p ro p e n s ió n a fallar, es decir, a pecar. R ico e u r7
ve e n e l c o ra z ó n h u m a n o o t im o s , c o m o le lla m a b a P la tó n , el
centro de la a fectivid a d , d e las p a s io n e s q u e im p u lsa n los d e se o s
En c u a n to p ro c e s o , la a c c ió n h u m a n a e s ir r e v e r s ib le ; u n a v e z
h e ch a , c o rre fu e ra d e l c o n tro l d e l s u je to q u e la in ic ió y s e te je en
la s a c c io n e s d e lo s o tro s lite ra lm e n te “ h a s ta el fin de lo s tie m
p o s ” . D e a h í n u e s tra c o n c ie n c ia d e q u e al a c tu a r n u n c a s a b e m o s
p le n a m e n te lo q u e h a c e m o s y, a p e s a r d e e llo , p a ra d ó jic a m e n te ,
s o m o s re s p o n s a b le s d e la s c o n s e c u e n c ia s q u e ja m á s in te n ta
m o s: to d o p ro c e s o q u e in ic ia n u n c a se c o n s u m a d e m a n e ra in
e q u ív o c a en u n a so la d ire c c ió n , y su s ig n ific a d o ja m á s se re v e la
to ta lm e n te al a g e n te , s in o a la p o s te rio r m ira d a del h is to ria d o r
q u e lo in te rp re ta . T o d o e s to le p a re c e a A re n d t u n a ra z ó n s u fi
cie n te p a ra a le ja rs e c o n d e s e s p e ra c ió n d e la e s fe ra d e lo s a s u n
to s h u m a n o s y d e s p re c ia r la c a p a c id a d d e l h o m b re p a ra la
lib e rta d , la cu a l, al p ro d u c ir la tra m a d e la s re la c io n e s h u m a n a s ,
p a re c e e n m a ra ñ a r su p ro d u c to en ta l m e d id a q u e el in d iv id u o
m á s s e m e ja u n a v íc tim a p a s iv a q u e un v e rd a d e ro a g e n te d e lo
q u e ha d e c id id o y h e c h o .9
S e p la n te a e n to n c e s el p ro b le m a d e c o n c ilia r u n a n o c ió n de lib e r
ta d qu e su p o n g a , a l m is m o tie m p o , la p é rd id a d e l c o n tro l de la a c
ción. A re n d t lo tra ta d e s o lu c io n a r p o r la v ía del p o d e r de in a u g u ra r
del sujeto, pues po r su libre decisión, sie m p re es ca p a z de c o m e n z a r
alg o n u evo. C o m o el c a rá c te r p ro c e s u a l — irre v e rs ib le — de la a c
ción no le p e rm ite al s u je to p re d e c ir o c o n tro la r las c o n s e c u e n c ia s ,
ha e n co n tra d o m e c a n is m o s q u e le p e rm ite n un m a y o r c o n tro l s o b re
su acción: se tra ta de los p o d e re s de p ro m e te r y p e rd o n a r. A m b o s
tiene n sen tid o con re la ció n a un in te rlo cu to r: el p e rd ó n se p re se n ta
co m o un “re m e d io co n tra la irre v e rs ib ilid a d ” ,10 m ie n tra s q u e la p ro
m esa se p resenta c o m o “re m e d io de la im p o sib ilid a d de p re d e c ir” .11
En c o n tra s te co n la v e n g a n z a , q u e es u n a re a c c ió n e s p e ra d a y
h a s ta c ie rto p u n to “ n a tu ra l” , el p e rd ó n re s u lta s e r u n a re s p u e s ta
in e s p e ra d a , lo m is m o p a ra q u ie n p id e p e rd ó n c o m o p a ra q u ie n lo
9 Ibidem, p. 253.
10 Ibidem, p. 256.
11 Idem.
oto rg a , y e sa re s p u e s ta in e s p e ra d a a firm a ia p ro p ia s o b e ra n ía
p e rs o n a l. En re s u m id a s c u e n ta s : la lib e rta d c o n s is te en la c a p a
cid a d d e lib ra rs e de la v e n g a n z a . E sto m is m o e x p re s a O s c a r
W ild e en un te s tim o n io p ro fu n d a m e n te e x is te n c ia l:
La p ro m e s a y, s o b re to d o , el p e rd ó n son p o s ib le s p o r la c a p a c id a d
de a m a r que, a u n q u e es un fe n ó m e n o re la tiv a m e n te e xtra ñ o , para
A re n d t “posee un in ig u a la d o p o d e r de a u to rre ve la ció n y una in ig u a
lada c la r id a d d e v is ió n p a ra d e s c u b r ir e l q u ié n , d e b id o p r e
c is a m e n te a su d esin te ré s, hasta el p unto de total n o -m u n da n id a d ,
po r lo qu e sea la p e rs o n a a m a d a , con su s v irtu d e s y d e fe c to s no
m e n o s q u e con su s lo g ro s, fra c a s o s y tra n s g re s io n e s ” .13
P o r e s o el a m o r no es “ m u n d a n o ” — no e s p o lític o — , s in o la m ás
p o d e ro s a fu e rz a a n tip o lític a . P o d ría m o s in te rp re ta r e s ta id e a de
A re n d t p o r lo m e n o s en d o s s e n tid o s: el a m o r e s la ú n ica e n e rg ía
q u e fu n cio n a co m o a n tíd o to e fica z contra la vio le n cia q ue g e n e ra el
o d io , co m o ya se señaló, o bien el am or, d e n tro de la e sfera del ar
te, c o m o un s e n tim ie n to lig a d o a la im a g in a c ió n c re a d o ra , se g ú n
la in te rp re ta c ió n q u e nos o fre c e O s c a r W ild e :
En la e s fe ra d e lo m u n d a n o , el e q u iv a le n te d e l a m o r s e rá el re s
p e to , q u e s u rg e de la c o n c ie n c ia de la re a lid a d p e rs o n a l del
o tro ,15 p o r lo q u e la p é rd id a d e re s p e to e s un in d ic io im p o rta n te
de la d e s p e rs o n a liz a c ió n en la s o c ie d a d .
El s e g u n d o p o d e r, el p o d e r d e p ro m e te r, p e rm ite un m a y o r “c o n
tr o l” s o b re la a c c ió n y no tie n e , c o m o en el c a s o del p e rd ó n , un
v ín c u lo ta n c la ro co n el a m o r, p o r e n d e , re s u lta m á s a d m is ib le
en la v id a p o lític a . D e h e c h o , la g ra n m a y o ría de las re la c io n e s
h u m a n a s e s tá n a n c la d a s en la c a p a c id a d d e p ro m e te r. La p ro
m e s a e s un m e c a n is m o p a ra c o n tro la r la im p re d e c ib ilid a d d e la
a c c ió n y se b a sa en la c o n fia n z a d e q u e la p a la b ra d e l o tro se rá
cu m p lid a . La p ro m e s a fu n c io n a en la m e d id a en q u e s e c re a en
la b u e n a v o lu n ta d ,16 ta n to d e q u ie n p ro m e te c o m o de q u ie n re c i
be la p ro m e s a . P e ro e n la m e d id a en q u e p o r la fra g ilid a d h u m a
na las p ro m e s a s se ro m p a n , e x is tirá la p o s ib ilid a d de re p a ra c ió n
p o r m e d io del p e rd ó n , d e ta l m o d o q u e a m b o s p o d e re s re s u lta n
in s e p a ra b le s en la tra m a d e la a c c ió n . L o s d o s s u rg e n d ire c ta
F in a lm e n te , no s p a re c e in te re s a n te m e n c io n a r la s id e a s q u e
a b o rd a el filó s o fo A la in B a d io u (M a rru e c o s , 1 9 3 7 ) en su lib ro É ti
ca. E n s a y o s o b re la c o n c ie n c ia d e l m a i, en él p la n te a u n a v is ió n
d ife re n te y o rig in a l q u e re to m a la c o n c e p c ió n s o b re el c a rá c te r
d a ñ in o d el s e r h u m a n o sin re s ig n a rs e a la p u ra n e g a tiv id a d . El
a u to r m a rro q u í a rg u m e n ta s u s c rític a s a la s é tic a s de h e re n c ia
k a n tia n a fu n d a m e n ta lm e n te b a s a d a s en la id e a liz a c ió n del s e r
h u m a n o q u e c o n d u c e a u n a e x ig e n c ia é tic a d e s c a rn a d a ; m á s
ta rd e , B a d io u , m u y a te n to a la in fo rm a c ió n q u e a p o rta n las c ie n
c ia s b io ló g ic a s , c o n c u e rd a en v e r al H o m o s a p ie n s c o m o una
e s p e c ie a n im a l, p e ro no lo re d u c e a e lla , s in o q u e d is tin g u e e n tre
e s te n iv e l de a n im a lid a d (en el cu a l las n o c io n e s del b ie n y el
m al n o so n a p lic a b le s , ya q u e a h í n o s c o n d u c im o s m o v id o s p o r
el in s tin to de s u p e rv iv e n c ia , c o m o c u a lq u ie r d e p re d a d o r) y el n i
v e l d e “ lo In m o rta l” (q u e s u rg e c u a n d o n o s tra n s fo rm a m o s e n s u
je to s ). El “d e v e n ir S u je to ” e s tá p o s ib ilita d o p o r la c a p ta c ió n de
la s v e rd a d e s q u e s u rg e n en c u a lq u ie r s itu a c ió n ; s ó lo a q u í a p a re
ce la d im e n s ió n é tic a p ro p ia m e n te d ich a .
a) El h o m b re , en c u a n to s u je to , se id e n tific a p o r su p e n s a
m ie n to a firm a tiv o , p o r la s v e rd a d e s s in g u la re s d e las q u e
e s c a p a z y p o r lo In m o rta l q u e h a ce de él el m á s re s is
te n te y el m á s p a ra d ó jic o de los a n im a le s .
b) El m al se d e te rm in a a p a rtir de la c a p a c id a d p o s itiv a p a
ra el B ie n , o s e a , p a ra el tra ta m ie n to a m p lio d e los p o s i
b le s y p a ra el re c h a z o del p rin c ip io c o n s e rv a d o r (a u n q u e
se tra te d e la c o n s e rv a c ió n del se r), y no in v e rs a m e n te .
c) T o d a h u m a n id a d tie n e s u s ra íc e s en la id e n tific a c ió n con
el p e n s a m ie n to d e s itu a c io n e s s in g u la re s . N o h a y é tic a
g e n e ra l. H a y s ó lo — e v e n tu a lm e n te — é tic a de p ro c e s o s
en lo s q u e se tra ta n los p o s ib le s d e u na s itu a c ió n .17
17 Alain, Badiou, Ética. Ensayo sobre la conciencia del mal, Trad. de Raúl J.
Cerdeiras, México, Herder, 2004, p. 42
P ara B a d io u , c a d a u n o de n o s o tro s , en c u a n to te n e m o s c a p a c i
da d para lo v e rd a d e ro , s o m o s “s e re s d e In m o rta f’, lo c u a l s ig n ifi
ca qu e la v e rd a d n o s c o n v o c a p o r s u p ro p ia m is m id a d , ya se
tra te de una a c tiv id a d c ie n tífic a , p o lític a , a rtís tic a o a m o ro s a . En
la s c irc u n s ta n c ia s c o n c re ta s en la s q u e n o s h a lla m o s , la c a p ta
ción de la v e rd a d irru m p e en la s itu a c ió n y la tra n s fo rm a en
“a c o n te c im ie n to ” , de e s ta m a n e ra n o s c o n v o c a a s e r fie le s a esa
d e te rm in a d a v e rd a d .
A m a n e ra de c o n c lu s ió n , p u e d e v e rs e q u e , fre n te al p ro b le m a
d e l m al, q u e ha o c u p a d o un lu g a r im p o rta n te en la re fle x ió n d e la
m a y o ría d e los filó s o fo s a lo la rg o de la h is to ria , p a re c e no h a b e r
u n a re s p u e s ta s a tis fa c to ria d e s d e el p u n to de v is ta e x c lu s iv a
m e n te ra c io n a l, de m o d o q u e m u c h o s p e n s a d o re s lle v a n la n a ve
d e su ra z o n a m ie n to h a s ta las o rilla s d e la fe , m ie n tra s o tro s d e s
e m b o c a n en el a b s u rd o e x is te n c ia l.
A u n q u e no te n e m o s u n a s o lu c ió n d e fin itiv a y c a d a p e rs o n a d e b e
to m a r un a p o s tu ra al re s p e c to , re s u lta a c o n s e ja b le e v ita r lo s e x
tre m o s , no h a y qu e c o n s id e ra r al s e r h u m a n o co m o a b so luta m e n te
b u e n o , p e ro ta m p o c o c o m o ra d ic a lm e n te “ m a lo ” . E n to n c e s , p a
re ce n m á s ra z o n a b le s p ro p u e s ta s c o m o la s d e P a u l R ico e u r,
18 Ibidem, p. 121.
19 Joseph Gevaert, El problema del hombre. Introducción a la antropología fi
losófica, Trad. de Alfonso Ortiz, Salamanca, Sígueme, 10a. ed., 1995, p. 292.
B ernard Lo nergan , H a n n ah A re n d t o A la in B adiou, q u ie ne s c o n s i
d e ra n a la ra za h u m a n a c o m o u n a re a lid a d lá b il, p ro p e n s a a fa
llar, a d e m á s s u b ra y a n q u e la p rin c ip a l lu c h a q u e el s e r h u m a n o
d e b e lib ra r es c o n tra sí m is m o . El s ig u ie n te e s q u e m a in te n ta re
s u m ir a lg u n a s d e la s p rin c ip a le s te s is p re s e n ta d a s :
Capítulo 5
La persona como ser social
Las p rim e ra s s o c ie d a d e s h u m a n a s e s ta b a n o rg a n iz a d a s p o r la
d ife re n c ia s e x u a l y p o r la e d a d ; s u s re g la s d e c o n v iv e n c ia e ra n
sim p le s , b a s a d a s en el re p a rto d e lo s b ie n e s y en el p a re n te s c o .
E sta s s o c ie d a d e s c o n s titu y e n , p a ra M o rin , el “ n ú c le o a rc a ic o ” de
los p rim e ro s g ru p o s h u m a n o s , c u y a c o m p le jiz a c ió n da o rig e n a
las “s o c ie d a d e s h is tó ric a s ” , c a ra c te riz a d a s p o r la g e n e ra c ió n de
un m a y o r c a p ita l c u ltu ra l q u e s e c o d ific a y tra n s m ite de g e n e ra
ció n en g e n e ra c ió n , d e m a n e ra q u e s e v a n p e rp e tu a n d o las o r
g a n iz a c io n e s s o c ia le s . M o rin lla m a “ n o o s fe ra ”4 al c a p ita l c u ltu ra l
p ro d u c id o p o r la s o c ie d a d , ta n to en el s e n tid o d e té c n ic a s y s a
b e re s c o m o en el de a q u e lla s c re e n c ia s , m ito s y v a lo re s q u e la
c o h e s io n a n .
C o m o p a rte de la s o c ie d a d , el in d iv id u o e s a la p a r un yo y un
n o s o tro s ; v iv e c e n tra d o en sí m is m o , p e ro s ie m p re d e n tro de una
• H o lo g rá m ic a : el in d iv id u o e s tá en la s o c ie d a d y la s o c ie
da d en el in d iv id u o .
• D ia ló g ic a : im p lic a ta n to la c o m p le m e n ta rie d a d c o m o el
a n ta g o n is m o y, p o r lo ta n to , es s ie m p re a m b iv a le n te .5
El a n ta g o n is m o es in e v ita b le p o rq u e c o rre s p o n d e a la o p o s ic ió n
e n tre lo s in te re s e s d e l in d iv id u o (e g o c e n tris m o ) y lo s in te re s e s
de la s o c ie d a d (s o c io c e n tris m o ), lo s c u a le s m u c h a s v e c e s e n tra n
en c o n flic to . Lo s in d iv id u o s n o rm a lm e n te e s c a p a n a lo s c o n tro le s
s o c ia le s de m a n e ra c la n d e s tin a , p e ro en lo s in d iv id u o s bie n s o
c ia liz a d o s a c a b a p o r p re v a le c e r el m a n d a to s o c ia l, no o b s ta n te ,
lo s q u e so n in c a p a c e s d e a d a p ta c ió n so n re le g a d o s y e x c lu id o s
en in s titu c io n e s e s p e c ia le s .
El p ro c e s o d e c o n v e rtirs e en h u m a n o e s el de a d a p ta rs e a un
d e te rm in a d o e s q u e m a de o rg a n iz a c ió n s o c ia l. En e s te p ro c e s o
la e d u c a c ió n m e re c e u na c o n s id e ra c ió n e s p e c ia l.
H e m o s ya s e ñ a la d o q u e d e fin ir al s e r h u m a n o p o r s u s ra s g o s
b io ló g ic o s n o e s s u fic ie n te . L o s h u m a n o s a p re n d e m o s a s e r
h u m a n o s en la in te ra c c ió n co n lo s d e m á s ; d e a h í q u e la s o c ia li
z a c ió n s e a d e s u y o un p ro c e s o e d u c a tiv o q u e re s p o n d e a la s
e x ig e n c ia s y n e c e s id a d e s de un d e te rm in a d o g ru p o s o c ia l. P or
e so D u rk h e im a firm a b a q u e e x is te n ta n ta s c la s e s de e d u c a c ió n
c o m o s o c ie d a d e s d is tin ta s , y en c a d a u n a d e e lla s el s is te m a
e d u c a tiv o se im p o n e a lo s in d iv id u o s co n u n a fu e rz a irre s is tib le ,
a ta l p u n to qu e “e s in ú til c re e r q u e p o d e m o s e d u c a r a n u e s tro s
h ijo s c o m o q u e re m o s ” .6 E ste a u to r p ro p o n e u n a d e fin ic ió n d e la
e d u c a c ió n que se ha c o n v e rtid o en c lá s ic a :
D e sd e e ste p u n to de v is ta , la fu n c ió n p rim o rd ia l d e la e d u c a c ió n
es la de la s o c ia liz a c ió n . D u rk h e im s o s tie n e la id e a d e q u e el se r
h u m a n o , en el p rin c ip io d e su v id a , e s un s e r “e g o ís ta y a s o c ia l”
q u e só lo p o r o b ra d e la e d u c a c ió n s e “ s o c ia liz a ” , e s d e c ir, se
v u e lv e a p to p a ra la v id a y la c o n v iv e n c ia co n s u s s e m e ja n te s ;
p o r e llo se p u e d e d e c ir q u e la e d u c a c ió n en re a lid a d “ c re a un s e r
n u e v o ” .8 En e fe c to , la e x p e rie n c ia n o s c o n s ta ta q u e g ra c ia s a la
e d u c a c ió n se va in tro y e c ta n d o en el n iñ o un c ie rto n ú m e ro de
h á b ito s , c o s tu m b re s y m o d o s d e p ro c e d e r q u e le p o s ib ilita n la
a d a p ta c ió n a su m e d io s o c ia l. A lg o m u y p a re c id o a firm a J u a n
D e lva l c u a n d o d ic e q u e “ La e d u c a c ió n e s, s in d u d a , u n a de las
m á s im p o rta n te s in s titu c io n e s s o c ia le s , la q u e h a c e q u e un a n i
m al [...] se c o n v ie rta en lo q u e e n te n d e m o s h o y p o r un s e r
h u m a n o ” .9 El m is m o B e rn a rd L o n e rg a n a firm a , en un to n o a lg o
iró n ico , q u e “ la c a m a d a a n u a l d e in fa n te s e s u na in v a s ió n p o te n
cial d e b á rb a ro s y la e d u c a c ió n d e b e c o n c e b irs e c o m o la lín e a
de v a n g u a rd ia p a ra la d e fe n s a ” .10
C o m o y a s e ñ a la m o s , u na g ra n p a rte d e l m o ld e a m ie n to h u m a n o
se e fe c tú a en el á m b ito d o m é s tic o , a u n q u e la e s c u e la tie n e ta m
b ié n un a g ra n in flu e n c ia , a s í c o m o o tro s a g e n te s d e e d u c a c ió n
in fo rm a l, p o r e je m p lo , el g ru p o d e p a re s o lo s m e d io s d e c o m u
n ic a c ió n m a s iv o s . M ie n tra s q u e la fa m ilia e s la p rin c ip a l fu e n te
de m o ld e a m ie n to en la in fa n c ia , lo s m e d io s d e c o m u n ic a c ió n y
los p a re s e je rc e n e s ta fu n c ió n d e m a n e ra p re p o n d e ra n te d u ra n te
la a d o le s c e n c ia y ju v e n tu d .
D e a lg u n a m a n e ra e s te p ro b le m a ta m b ié n fu e p re v is to p o r
P la tó n , en c u ya s o c ie d a d p e rfe c ta el c a m b io re s u lta la p rin c ip a l
a m e n a z a . P o s tu la u n a s o c ie d a d c e rra d a en sí m is m a y c a u te lo
sa co n las in flu e n c ia s d e l e x te rio r en el á n im o d e c o n s e rv a r los
p rin c ip a le s v a lo r e s y tr a d ic io n e s q u e d a n s e n tid o a la v id a
h u m a n a . En L a s L e y e s , e s c rito q u e a s o m b ra p o r su m o d e rn id a d ,
el filó s o fo g rie g o s o s tie n e p o s tu la d o s ta le s c o m o la e s c o la rid a d
g e n e ra l o b lig a to ria y a c a rg o d e l E s ta d o , la c re a c ió n de un a a u
to rid a d s u p re m a e n c a rg a d a d e la e d u c a c ió n , lo s lib ro s de te x to
u n ifo rm e s p a ra los n iñ o s , la e d u c a c ió n ig u a lita ria p a ra a m b o s
se xo s, etc. E sto s p o s tu la d o s e s tá n o rie n ta d o s a la c o n fo rm a c ió n
y p re s e rv a c ió n d e u n a s o c ie d a d q u e c o n s id e ra a lta m e n te n o civa
la in flu e n c ia c u ltu ra l d e l e x te rio r. D e a h í q u e la c e n s u ra p o r p a rte
del E s ta d o p la tó n ic o te n g a un p a p e l ta n p re p o n d e ra n te p a ra re s
trin g ir la p o e sía , los c a n to s , los ju e g o s y, en g e n e ra l, to d o a q u e l
e le m e n to q u e p ro v o q u e m e n s a je s e n c o n tra d o s o c o n tra d ic to rio s
qu e p o n g a n en c u e s tio n a m ie n to la s c re e n c ia s y las c o s tu m b re s
s o c ia lm e n te v a lid a d a s , y q u e p o r ta n to a m e n a c e n con c a m b ia r el
o rd e n p e rfe c to e s ta b le c id o .
• D is c ip lin a
• C u ltu ra
• C iv iliz a c ió n
• M o ra l.25
El le g a d o de la m o d e rn id a d en m a te ria d e e d u c a c ió n p u e d e re
su m irs e en c in c o a s p e c to s :
La educación se ha p e rc ib id o co n e cta d a , en el p e n sa m ie n
to y en las prácticas so cia le s, al p ro greso y a las otras
grandes ide as-fuerza q u e se ligaron a ella, ta n to en lo que
se refiere a la d im e n sió n de p ro g re so intelectual, com o su
N isb e t s e ñ a la , en e fe cto , q u e la id e a de p ro g re s o e s c la v e p a ra
e n te n d e r la c u ltu ra o c c id e n ta l:
D e a h í q u e en la c u ltu ra o c c id e n ta l s e d e s ta q u e n d o s g ra n d e s
te n d e n c ia s re s p e c to a la id e a d e p ro g re s o : p o r un la d o , u n a lig a
da al g ra d u a l p e rfe c c io n a m ie n to d e l s a b e r c ie n tífic o y té c n ic o y,
30 Ibidem, p. 183.
31 Robert Nisbet, Historia de la idea de progreso, Trad. de Enrique Hege-
wicz, Barcelona, Gedisa, 2a. ed., 1991, p. 19.
p o r el o tro , u na c e n tra d a en el m e jo ra m ie n to de la c o n d ic ió n m o
ral o e s p iritu a l del h o m b re .
En su c o n c e p c ió n de l “ h o m b re e d u c a d o ” , sin d u d a K a n t e s tá re fi
rié n d o s e a la id e a de p ro g re s o c o m o p e rfe c c io n a m ie n to d e l s u je
to , lo cu a l ha de lo g ra rs e a tra v é s d e l a p re n d iz a je s is te m á tic o . A
p e s a r de q u e e s ta c o n c e p c ió n p e rm a n e c e en lo s d is c u rs o s e d u
c a tiv o s de n u e s tro s d ía s , la re a lid a d es q u e la id e a d e p ro g re s o
en la s o c ie d a d c o n te m p o rá n e a se re fie re m á s bie n al a v a n c e del
c o n o c im ie n to c ie n tífic o y te c n o ló g ic o , y al b ie n e s ta r m a te ria l ta n
to in d iv id u a l c o m o c o le c tiv o . A u n q u e no so n n o c io n e s c o n tra d ic
to ria s , sin o c o m p le m e n ta ria s , en la p rá c tic a d ifíc ilm e n te a m b a s
c o n v iv e n en un m is m o n ive l. D e h e c h o , p o d e m o s a firm a r q u e la
b ú s q u e d a del p e rfe c c io n a m ie n to e s p iritu a l d e la s p e rs o n a s ha
p e rm a n e c id o en un s e g u n d o p la n o re s p e c to a la b ú s q u e d a de
s a tis fa c to re s m a te ria le s . Es en e s te d e s n iv e l d e la s fin a lid a d e s
del p ro g re s o q u e G im e n o S a c ris tá n v e “el p rim e r fra c a s o del
p ro g ra m a d e la m o d e rn id a d ” .32
D e s d e n u e s tro p u n to de v is ta el p ro b le m a no es la fe c o le c tiv a
q u e se tie n e en la e d u c a c ió n c o m o v ía d e p ro g re s o m a te ria l,
c o m o c a m in o a la m o v ilid a d s o cia l y c o m o a c c e s o a m e jo re s n i
v e le s d e v id a m e d ia n te el e je rc ic io de un tra b a jo q u e re q u ie re
c a lific a c ió n p ro fe s io n a l. La d ific u lta d p rin c ip a l m á s b ie n re s id e en
la fo rm a ció n de una co n cie ncia e xa g e ra d a m e n te in d ividualista, que
ve en la e d u c a c ió n el c a m in o de s u p ro p ia s u p e ra c ió n , sin to m a r
en cue n ta las n e ce sid a d e s de los otros y, en g eneral, sin d e sa rro lla r
u na c o n c ie n c ia de s o lid a rid a d con el g é n e ro h u m a n o , en e s p e
cia l co n lo s s e c to re s m á s d e s p ro te g id o s d e la s o c ie d a d . R e d u c ir
la id e a d e p ro g re s o al p ro g re s o m a te ria l tra e c o m o c o n s e c u e n c ia
la fo rm a c ió n d e la in d iv id u a lid a d p o s e s iv a de la q u e h a b la M i-
ch a e l A p p le ; no o b s ta n te , se p u e d e c o n tra rre s ta r e s ta in d iv id u a
lid a d p o s e s iv a si en la n o c ió n de p ro g re s o s e re c u p e ra la id e a
d e p e rfe c c io n a m ie n to e s p iritu a l y m o ra l. É se e s el v e rd a d e ro re
to de la e d u c a c ió n . En o tra s p a la b ra s , el p ro b le m a no e s q u e los
id e a le s de la m o d e rn id a d h a y a n p e rd id o v ig e n c ia , s in o q u e no se
ha n c u m p lid o c a b a lm e n te ; se han re d u c id o o te rg iv e rs a d o sus
a lc a n c e s :
Es un hecho que hoy por hoy la fe en la educación form a
parte de los anhelos co le ctivo s [...] C asi nadie se atreve
hoy a dudar de que un su je to e d u ca d o con la esco la riza -
ción es un ser hum ano m ás pleno y con m ás posibilidades.
N adie niega que una so cie d ad o un país con m ejor, más
prolongada y más u n ive rsa liza d a e sco la riza ció n tie n e tam
bién m ás po sib ilid a d e s.33
La v is ió n a n tro p o ló g ic a p o s m o d e rn a de la c u ltu ra p re s e n ta la
v e n ta ja de re s c a ta r el c o n c e p to de “c u ltu ra p o p u la r” ; h a y una v a
lo ra c ió n d e la p ro d u c c ió n local, la cual re p re s e n ta la id e n tid a d
c u ltu ra l de un p u e b lo , e s p e c ia lm e n te de s u s s e c to re s m e n o s pri
vilegiados, que son m ayoritarios. Esta contraposición entre la cultura
p o p u la r y la cultura a ca d é m ica dom in a n te cu e stio n a la h e g e m o n ía
y fa v o re c e la v a lo ra c ió n y el re s p e to p o r las d is tin ta s fo rm a c io
ne s culturales que coexisten en la sociedad, al m ism o tie m p o que
p ro m u e v e v a lo re s c o m o el re s p e to a la d iv e rs id a d , la to le ra n c ia y
el s e n tid o d e in clu s ió n , q u e son tan im p o rta n te s en n u e s tro c o n
te x to a c tu a l. V a ttim o d e fie n d e , p o r e je m p lo , la in e x is te n c ia de c a
te g o ría s c u ltu ra le s u n iv e rs a le s :
D e s d e la p e rs p e c tiv a p o s m o d e rn a , lo u n iv e rs a l se p re s e n ta c o
m o a b s tra c to , d e s e n c a rn a d o y h e g e m ó n ic o . A sí, p o r e je m p lo , la
¡d e a d e l “ h o m b r e ” c o m o c a te g o r ía u n iv e rs a l n o s e h a lla en
la re a lid a d , ya q u e el h o m b re , al m a rg e n de un c o n te x to h is tó ric o
e s p e c ífic o , n u n ca ha e x is tid o . De a h í q ue, p a ra la p o s m o d e rn i
En e s te o rd e n d e id e a s , F e rn a n d o S a v a te r s e ñ a la co n in s is te n
cia q u e la e d u c a c ió n u n lv e rs a liz a n te y h u m a n is ta es a q u e lla q u e
a y u d a a las p e rs o n a s a “v o lv e r a s u s ra íc e s ” , s ie m p re y c u a n d o
p o r ra íc e s no se e n tie n d a — ni s iq u ie ra b á s ic a m e n te — la v a lo ra
c ió n d e la c u ltu ra loca l, sin o al c o n tra rio , la d e a q u e llo q u e nos
h e rm a n a a to d o s c o m o m ie m b ro s de la m is m a e s p e c ie h u m a n a .
P a ra S a v a te r, la d iv e rs id a d de la s c u ltu ra s es el m o d o c o m o se
e x p re s a un a ra íz c o m ú n h u m a n a . D e a q u í q ue:
D e lo a n te rio r c o n c lu im o s q u e si b ie n e s d e s e a b le p ro m o v e r la
to le ra n c ia y el re s p e to h a cia la d ife re n c ia , la a c titu d in c lu y e n te no
b a s ta en la e d u c a c ió n . E s p re c is o a y u d a r a e je rc e r e n lo s e d u
c a n d o s un ju ic io c rític o q u e lo s lle v e a s a lv a r la fra g m e n ta c ió n
42 Ibidem, p. 220.
43 Fernando Savater, El valor de educar, op. cit., pp. 172-173.
c u ltu ra l y el re la tiv is m o q u e a c e p ta la v a lid e z d e to d a s las c u ltu
ras p o r igual. El e je rc ic io d e e s te ju ic io c rític o p e rm itirá d is c e rn ir
e n tre a q u e llo s e le m e n to s c u ltu ra lm e n te v a lio s o s , q u e im p u ls e n
el desarro llo pleno y a rm ó n ic o de las p e rsonas, y a q u e llo s que de
a lg u n a fo rm a o b s ta c u lic e n ta l d e s a rro llo . En o tra s p a la b ra s , no
to d o lo cultural, por el h e ch o de serlo, es en sí m ism o valioso. E xis
ten m u c h a s tra d ic io n e s , c o m o la d e la m u tila c ió n fe m e n in a , la
m u e rte p o r a p e d re a m ie n to c o m o c a s tig o p o r el a d u lte rio fe m e n i
no en la cu ltu ra m u s u lm a n a o el fo m e n to d e l a lc o h o lis m o e n tre
los tz o tz ile s, q u e re s u lta n p e rn ic io s a s y c o n d e n a b le s , y q u e un a
p ro p u e s ta h u m a n is ta d e b e ría c u e s tio n a r c rític a m e n te .
Si re co n o ce m o s q u e e x is te n d ife re n c ia s c u ltu ra le s , el le g a d o
m od erno de la e d u c a c ió n e s fu n d a m e n ta lm e n te el de la te n d e n
cia a la u n ive rsa liza ció n , a s o b re p a s a r el á m b ito de lo lo ca l p a ra
co n stru ir desde lo q u e n o s une, y no d e s d e lo q u e no s d ife re n
cia. R eca lca r las d ife re n c ia s no c o n d u c e s in o a la fra g m e n ta c ió n ,
que resulta opu e sta , p o r e s e n c ia , a la m is ió n u n iv e rs a liz a n te q u e
la m odernidad a s ig n ó a la e d u c a c ió n .
La c u ltu ra “s u p e rio r” s e rá a q u e lla q u e p re c o n ic e o d e fie n d a los
v a lo re s e m a n a d o s d e l re s p e to a la d ig n id a d h u m a n a : lo s d e re
c h o s h u m a n o s u n iv e rs a le s , en c u a n to c o n s tru c c ió n h is tó ric a
d e b e rá n s e r d e fe n d id o s p o r e n c im a de las c o s tu m b re s o tra d i
c io n e s lo c a le s q u e a te n te n c o n tra e llo s . E n tre e s to s d e re c h o s
d e s ta c a el de la lib e rta d de la s p e rs o n a s , q u e les p re v ie n e c o n tra
la m a n ip u la c ió n y le s p e rm ite c a p ta r o no los v a lo re s c u ltu ra le s
q u e su m e d io y la e d u c a c ió n le s o fre c e n .
V e m o s a q u í un n u e v o p ro p ó s ito d e la ta re a e d u c a tiv a d e la u n i
v e rs id a d : p ro m o v e r q u e las p e rs o n a s s e a n c o n s c ie n te s d e su
d e re c h o d e c o n s e rv a r y /o m o d ific a r lo s ra s g o s c u ltu ra le s . E sto s
ú ltim o s , en g e n e ra l, so n a s im ila d o s p o r lo s in d iv id u o s a te m p ra
na e d a d , d e m a n e ra s u b c o n s c ie n te o in c o n s c ie n te , p o r lo q u e su
a c e p ta c ió n , re c h a z o o m o d ific a c ió n re q u ie re , m á s a d e la n te , un
e s fu e rz o re fle x iv o c o n s c ie n te .
E s im p o rta n te s e ñ a la r q u e ta n to el re la tiv is m o c o m o la u n iv e rs a
liz a c ió n de la c u ltu ra so n id e a liz a c io n e s en la m e d id a en q u e
n in g u n o d e los d o s e x is te de m a n e ra p u ra en la re a lid a d s o c ia l.
P o r un la do, h a y c ie rta s á re a s d e l c o n o c im ie n to q u e p u e d e n
c o n s id e ra rs e c o m o “ u n iv e rs a le s ” , ya q u e g o z a n d e u na a c e p ta
ció n u n á n im e p o r la c o m u n id a d c ie n tífic a ; de a h í q u e la c ie n c ia y
la te c n o lo g ía m o d e rn a c o n s titu y a n u na e s p e c ie d e “z o n a c o m ú n ”
en la q u e e x is te n a c u e rd o s q u e va n m á s a llá de las c u ltu ra s p a r
tic u la re s . P o r o tro lad o , h a y a s p e c to s q u e se c irc u n s c rib e n a una
s o la c u ltu ra o g ru p o d e c u ltu ra s , c o m o las e x p re s io n e s a rtís tic a s
o las tra d ic io n e s , y o tro s e le m e n to s q u e in c lu s o p u e d e n s e r m o
tiv o de s e p a ra c ió n y re c h a z o e n tre u na c u ltu ra y o tra . F re n te a
e s te ú ltim o p ro b le m a , la u n iv e rs id a d e s tá lla m a d a a h a c e r una
a p o rta c ió n im p o rta n te : c re a r u n a c u ltu ra in c lu y e n te q u e fa v o re z
ca la u n ió n y no el a is la m ie n to . G im e n o S a c ris tá n s e ñ a la con
a c ie rto : “ U n a c u ltu ra es s u p e rio r a o tra en la m e d id a en q u e se
p u e d a a b rir a a p o rta c io n e s de o tro s s is te m a s c u ltu ra le s d in á m i
co s, a m a lg a m a n d o in flu e n c ia s d iv e rs a s , a b rié n d o s e a la red g e
n e ra l” .45 N o h a y q u e o lv id a r q u e la c u ltu ra e s un s is te m a a b ie rto ,
lo q u e s ig n ific a q u e en sí m is m a e s d iv e rs a y q u e a d e m á s tie n d e
a la d iv e rs ific a c ió n .
Un h u m a n is m o q u e re s p o n d a a las p ro b le m á tic a s d e l m u n d o a c
tu a l no s ó lo d e b e p ro m o v e r el d e s a rro llo de la p e rs o n a en su s
a s p e c to s in te le c tu a le s , en su c o n o c im ie n to , c u ltu ra y re fle x ió n
c rític a , ni ta m p o c o b a s ta con fo m e n ta r u n a c re c ie n te c a p a c id a d
de libertad y resp o n sa b ilid a d qu e a c e rq u e n a los su je to s al logro de
su a u to n o m ía m o ra l d e s d e u n a é tic a b a s a d a en c o n v ic c io n e s y
c o m p r o m e tid a c o n la re a liz a c ió n d e l b ie n ; s i ha d e a te n d e r a
to d a s las d im e n s io n e s de la p e rs o n a , el h u m a n is m o d e b e to m a r
en c u e n ta a q u e lla d im e n s ió n q u e tie n e q u e v e r co n su n e c e s id a d
e s p iritu a l d e a c e rc a m ie n to a la re a lid a d tra s c e n d e n te , a D ios.
E s te p la n te a m ie n to tie n e c o m o p u n to d e p a rtid a u n a c o n c e p c ió n
a n tro p o ló g ic a q u e a firm a q u e el s e r h u m a n o no s e a g o ta en la
d e fin ic ió n b io ló g ic a , en c u a n to e s p e c ie , s in o q u e en él se e n c ie
rra el m isterio de una realidad tra sce n d e n te , de ca rá c te r espiritual,
q u e s e re v e la e n la s d iv e rs a s tra d ic io n e s re lig io s a s y en v a ria s
c o rrie n te s filo s ó fic a s .
C o n la a p a ric ió n de l m o n o te ís m o a s is tim o s a u n a e v o lu c ió n en la
c o n c ie n c ia re lig io s a d e l h o m b re , p u e s a p a rtir d e e n to n c e s el
v ín c u lo e n tre la n a tu ra le z a y el h o m b re d e ja d e a b o rd a rs e d e
m a n e ra e x c lu s iv a m e n te irra c io n a l o e m o tiv a (el p o lite ís m o g e n e
ra lm e n te ve a la n a tu ra le z a c o m o la g ra n m a d re d e d o n d e p ro
c e d e to d a la v id a ), p a ra c o n c e b irs e d e s d e u n a p e rs p e c tiv a
ra c io n a l: así, la n a tu ra le z a s e c o n c ib e c o m o la ley, c o m o el o r
de n u n iv e rs a l e te rn o e in v io la b le , y en e s ta s c a ra c te rís tic a s se
e n c u e n tra su o rig e n d iv in o . P a ra la s g ra n d e s re lig io n e s m o n o
te ís ta s , el o rd e n de la n a tu ra le z a e s m a n te n id o no p o r m e ra s
fu e rz a s fís ic a s s in o p o r el p o d e r d e D io s: “el m u n d o s e ha c o n
v e rtid o en un g ra n d ra m a m o ra l en el q u e la n a tu ra le z a y el
h o m b re tie n e n un p a p e l q u e d e s e m p e ñ a r” .4
2 Ibidem, p. 133.
3 Ibidem, p. 143.
4 Ibidem, p. 153.
v id a b u e n a , s in o en la c a p a c id a d d e l h o m b re p a ra p o n e rs e en
c o n ta c to con lo d iv in o :
S in e m b a rg o , los e le m e n to s m á g ic o s no se h a n s e p a ra d o d e la
re lig ió n a u n en n u e s tra p ro p ia c iv iliz a c ió n a v a n z a d a , en la q u e
p e rm a n e c e n c a ra c te rís tic a s d e l p e n s a m ie n to m ític o , d e tal m o d o
q u e lo re a lm e n te n o v e d o s o no ha s id o la to ta l s u p e ra c ió n de d i
c h o s e le m e n to s , sin o la in te rp re ta c ió n é tic a q u e im p lic a la a fir
m a c ió n de la lib e rta d h u m a n a y q u e c o n v ie rte la o b e d ie n c ia
p a s iv a a la d iv in id a d en un s e n tim ie n to re lig io s o a c tiv o .
Los hom bres tienen plena co n cie ncia de que quien actúa
nunca sabe del to d o lo q ue hace, q ue sie m p re se hace
“cu lp a ble ” de las co n se cu e n cia s que ja m á s intentó o pro
nosticó, que po r m uy d e s a stro sa s e in e sp era d a s que sean
las co nsecue ncias de su acto no p u e d e desh a ce rlo , que el
proceso que inicia nunca se co n su m a in e q uívo ca m e n te en
un solo acto o acon te cim ie n to , y qu e su sig n ifica d o ja m á s
se revela al agente, sino a la p o ste rio r m irada del h istoria
dor que no actúa. T o d o esto es razón su ficie n te para a le
ja rse con desesp e ra ció n de la e sfera de los asuntos
hum anos y d e sp re cia r la ca p a cida d del h o m bre para la li
bertad, que, al produ cir la tra m a de las re la cio n e s hum a-
ñas, parece en m a ra ñ a r su producto en tal m edida que el
individuo m ás sem eja la víctim a y el paciente que el a u to r
y agente de lo que ha he ch o .6
D e b id o a q u e en la e s fe ra d e la a c c ió n h u m a n a el p e c a d o (c o m o
tra n s g re s ió n , fa lla o c e g u e ra ) es un h e c h o c o tid ia n o q u e fra c tu ra
la s re la c io n e s in te rp e rs o n a le s , se n e c e s ita c o n tin u a m e n te d e l
p o d e r d e l p e rd ó n , ta n to p e d ir lo c o m o o to r g a r lo , p a ra q u e
é s ta s p u e d a n re s ta u ra rs e . Es a q u í d o n d e A re n d t p e rc ib e la fu e r
z a d e la fe c ris tia n a q u e v e en las e n s e ñ a n z a s y en la re d e n c ió n
de J e s u c ris to no la in s ta u ra c ió n d e u na e ra en la q u e el p e c a d o
h a ya d e s a p a re c id o , s in o la p o s ib ilid a d d e e n c o n tra rle un n u e v o
s e n tid o g ra c ia s a la v iv e n c ia del a m o r, el c u a l:
El d e s e o h u m a n o de re la c io n a rs e co n D io s e s in n a to : a p a re c e
en to d a s la s c u ltu ra s h u m a n a s , en c u a lq u ie r é p o c a d e la h isto ria .
S e g ú n B u b e r, el h o m b re tie n e la n e c e s id a d d e c o m u n ic a rs e p e r
s o n a lm e n te con D io s, de a h í q u e s e le d e n o m in e c o m o el “T ú
e te rn o ” , a q u ie n se le ha d a d o m u c h o s n o m b re s d is tin to s .
YOLLEO10
Eh vos,
tatacom bo
soy yo.
di
no me oyes
tataconco
soy yo sin vos
sin voz
aquí yollando
R e s u lta e v id e n te en la in te rp re ta c ió n d e B u b e r el c a rá c te r é tico
q u e se da a la re lig ió n : en v irtu d d e su c a p a c id a d d e re la c io n a rs e
co n la d iv in id a d , el tú h u m a n o a d q u ie re el p o d e r d e c o n fig u ra r,
p e n e tra r y a lte ra r el m u n d o d e l e s o , d e h u m a n iz a rlo . A l p e n s a
m ie n to de B u b e r y d e A re n d t h a b ría q u e s u m a r a a u to re s c o m o
E m m a n u e l L e v in a s , lo s p e n s a d o re s c ris tia n o s Jo n S o b rin o y
L e o n a rd o B off, y m u c h o s o tro s q u e re fle x io n a n s o b re la re la c ió n
e n tre la d im e n s ió n é tic a y la re lig io s id a d d e l s e r h u m a n o , d e m a
n e ra q u e m u e s tra n q u e la s g ra n d e s tra d ic io n e s m o n o te ís ta s no
se o p o n e n a la lib e rta d h u m a n a , s in o , p o r el c o n tra rio , h an sid o
un a fu e n te q u e a lim e n ta p e rm a n e n te m e n te la c o rrie n te é tic a de
la v id a en s o c ie d a d .
12 Ibidem, p. 72.
13 Xavier Zubiri, El hombre y Dios, Madrid, Alianza, 1998.
14 Para Zubiri la persona es relativamente absoluta porque, a diferencia de
las demás especies animales, puede autoposeerse, es decir, no sólo ser “de su
yo” sino ser “suya”.
fu n d am ento de “ la” realidad. Y com o fu n d a m e n to de un
p oder d e te rm inan te de mi se r re la tiva m e n te absoluto, será
una realidad ab so luta m e n te absoluta. Es ju s to la realidad
de D io s.15
El filó s o fo e s p a ñ o l J o s é G ó m e z C a ffa re n a , al in te rp re ta r la n o
ció n de a m o r en sa n A g u s tín , c o n c lu y e q u e la e x p e rie n c ia b á s i
ca m o n o te ís ta cris tia n a no s e p a ra , ni p e rm ite se p a ra r, el a m o r
h a cia D ios del a m o r fra te rn o de los se re s h u m a n o s e ntre s í:16 la éti
ca c ris tia n a y lo re lig io s o se fu n d e n en e s a e x p e rie n c ia , re s u m id a
en la fr a s e “ D io s e s a m o r” , y si e s a m o r d e Él p ro c e d e to d o
a m o r. D e ahí q u e , si se c o n c ib e la fe re lig io s a c o m o u n a e x p e
rie n c ia p e rs o n a l d e c o n ta c to co n la d im e n s ió n s a g ra d a , la e n c o n
tra re m o s en e s tre c h a v in c u la c ió n co n la e s p iritu a lid a d c o m o
m o d o d e v id a , en el s e n tid o d e q u e a tie n d e a v a lo re s d is tin to s de
lo s m a te ria le s , c o m o el re s p e to y el a m o r. Si a te n d e m o s a la s u
g e re n c ia de C a s s ire r y d e fin im o s al s e r h u m a n o c o m o un a n im a l
s im b ó lic o , c o m p re n d e re m o s q u e la e x p re s ió n re lig io s a , en c u a n
to re lig a c ió n co n el a b s o lu to , e s u n a n e c e s id a d ta n h u m a n a c o
m o lo e s la de b u s c a r e x p lic a c io n e s ra c io n a le s a los h e c h o s q ue
se no s p re s e n ta n . S ó lo q u e no to d o e s ra c io n a liz a b le ; en ú ltim a
in s ta n c ia , la b ú s q u e d a d e l s e n tid o d e fin itiv o de la p ro p ia v id a ha
de e m p re n d e rs e p o r lo s c a m in o s q u e a b re n la s tra d ic io n e s re li
g io s a s , a llá d o n d e la ra z ó n re c o n o c e su s p ro p io s lím ite s y d o n d e
re in a el u n iv e rs o de lo s im b ó lic o ; e s un a s u n to d e la fe, y só lo
co n e lla el s e r h u m a n o e s c a p a z de tra s p a s a r la s fro n te ra s im
p u e s ta s p o r lo e m p íric a m e n te c o n s ta ta b le .
P a ra un h u m a n is m o q u e b u s q u e a te n d e r la d im e n s ió n tra s c e n
d e n te , el p ro b le m a q u e se p la n te a e s q u e la re lig ió n no só lo es
u n a e x p e rie n c ia p e rs o n a l d e c o m u n ió n co n lo s a g ra d o , sin o que
ta m b ié n tie n e un c a rá c te r in s titu c io n a l en la v id a s o c ia l. La re li
g ió n se in s titu c io n a liz a a tra v é s de p rá c tic a s a s e n ta d a s en la tra
d ic ió n , la s c u a le s se c o n v ie rte n en le y e s y c o s tu m b re s re la tiv a s
15 Ibidem, p. 148.
16 José Gómez Caffarena, El enigma y el misterio. Una filosofía de la reli
gión, Madrid, Trotta, 2007, p. 477.
a lo s rito s e s p e c ífic o s del cu lto , y a su v e z m o ld e a n lo s v a lo re s y
e s tilo s de vid a in d iv id u a le s y e je rc e n re la c io n e s d e d o m in io en el
c a m p o p o lítico . C o m o in s titu c ió n s o c ia l, la re lig ió n ha in flu id o a la
c u ltu ra y v ic e v e rs a : e s p e c ia lm e n te d e s p u é s d e l m o v im ie n to de
la Ilu stra ció n , el á m b ito de in je re n cia d e la re lig ió n en la v id a po lí
tica del E s ta d o se ha v e n id o re d u c ie n d o e n un p ro c e s o q u e c o
n o c e m o s c o m o s e c u la riz a c ió n .
A l re s p e c to , y d e s d e el p u n to d e v is ta d e la s o c io lo g ía , E d u a rd o
S o ta 1 s o s tie n e lo q u e s e d e n o m in a “te s is s u a v e ” d e la s e c u la ri
z a c ió n , q u e in c lu y e tre s a s p e c to s : la ic iz a c ió n , c a m b io re lig io s o y
p a rtic ip a c ió n so cia l. S e g ú n e s ta te s is , la re lig ió n no d e s a p a re c e
en las s o c ie d a d e s m o d e rn a s y c o m p le ja s , s in o q u e se re c o n fig u -
ra ba jo la in flu e n c ia del p lu ra lis m o y d e un e s tilo d e v id a fra g
m e n ta d o q u e im p id e la p e rc e p c ió n u n ita ria d e la re a lid a d . E s to s
fe n ó m e n o s no so n e x c lu s iv o s de lo s p a ís e s d e s a rro lla d o s , s in o
q u e aparecen en las so c ie d a d e s u rb a n a s d e to d o tipo, de las que
M é x ic o no es la e x c e p c ió n :
C o m o s e ñ a la la te s is s u a v e de la s e c u la riz a c ió n , e s te p ro c e s o
en re a lid a d no a n u la la in flu e n c ia de la re lig ió n en lo s á m b ito s de
la v id a c o m ú n y c o rrie n te . S u m a y o r in flu e n c ia q u iz á s se e n c u e n
tre en el m u n d o de la e d u c a c ió n fo rm a l, d o n d e la c o n fo rm a c ió n
de una s o c ie d a d p lu ra l y la ic a ha e x ig id o un a le ja m ie n to de los
te m a s re lig io s o s en la s a u la s , el cu a l ha a c a b a d o p o r e x c lu ir to
d a fo rm a de e s p iritu a lid a d d e la p ro p u e s ta e d u c a tiv a .
19 Ibidem, p. 47.
20 Patrick Slattery, Curriculum development in the postmodern era, Nueva
York, Garland Publishing Inc., 1997.
21 Ibidem, p. 68.
22 Esta visión de la centralidad de la espiritualidad aún se encuentra en de
bate, y mientras un segmento importante de la sociedad contemporánea
promueve y defiende la separación de poderes entre la Iglesia y el Estado,
en el otro extremo los miembros de diversas denominaciones religiosas in
A s í, e n c o n tra m o s q u e el p e n s a m ie n to p o s m o d e rn o ha s u p e ra d o
d e a lg u n a m a n e ra el re c h a z o d e a q u e lla s v e rd a d e s q u e no p u e
d e n c o m p ro b a rs e con el s ó lo u s o de la ra z ó n y q u e p e rte n e c e n a
la e s fe ra de la s c re e n c ia s re lig io s a s . En la m e d id a en q u e la “fe ”
en la ra zó n se ha v is to d e v a s ta d a p o r la a p a b u lla n te irra c io n a li
d a d de las g u e rra s , las a rm a s n u c le a re s , la d e s tru c c ió n del m e
d io a m b ie n te y lo s g e n o c id io s , lo s s e re s h u m a n o s n o s h e m o s
d a d o c u e n ta de q u e no b a s ta p a ra “d o m in a r” la n a tu ra le z a y para
“c re a r” una s o c ie d a d “fe liz ” el s ó lo a p o y o d e n u e s tra ra zó n . De
h e c h o , la ra zó n no o p e ra en a is la m ie n to , s in o im b ric a d a s ie m p re
e n el to rb e llin o de p a s io n e s , in te re s e s , p u ls io n e s , c o n v e n ie n c ia s
y d e m á s fa c to re s no ra c io n a le s : el h o m b re ra c io n a l g u ia d o p o r
la s ¡deas c la ra s y d is tin ta s , y c o n fia d o en la ló g ic a y en su in te li
g e n c ia c o m o la s a rm a s m á s p o d e ro s a s p a ra d e s e n tra ñ a r los
m is te rio s del u n iv e rs o , no e s m á s q u e u n a a b s tra c c ió n .
• La c o n c ie n c ia a n tro p o ló g ic a q u e re c o n o c e n u e s tra u n i
d a d en n u e s tra d iv e rs id a d .
• La c o n c ie n c ia e c o ló g ic a , e s d e c ir, la c o n c ie n c ia d e q ue
to d o s lo s s e re s m o rta le s h a b ita m o s u n a m is m a e s fe ra
v iv ie n te (b io s fe ra ) y e s p re c is o re c o n o c e r n u e s tro la zo
c o n s u s ta n c ia l co n e lla .
• La c o n c ie n c ia c ív ic a te rre n a l, e s d e c ir, de la re s p o n s a b i
lid a d y de la s o lid a rid a d del g é n e ro h u m a n o .
• La c o n c ie n c ia e s p iritu a l d e la h u m a n a c o n d ic ió n q u e
v ie n e d el e je rc ic io c o m p le jo d e l p e n s a m ie n to y q u e nos
En la b a s e de e s ta re fle x ió n d e b e rá e s ta r la c a p ta c ió n d e la p e r
s o n a c o m o un a re a lid a d a b ie rta , re la c io n a l y o rie n ta d a a la c o
m u n ic a c ió n c o n el o tro , q u e e n la e x p e r ie n c ia r e lig io s a se
c o n v ie rte en el O tro , d a d o r de s e n tid o ú ltim o a la v id a h u m a n a ,
e s p e c ia lm e n te a n te las e x p e rie n c ia s lím ite (c o m o la p ro p ia m u e r
te o el s u frim ie n to de los in o c e n te s ) p a ra las c u a le s la ra z ó n no
o fre c e u n a “e x p lic a c ió n ” s a tis fa c to ria . La fe c ie rta m e n te es un
“d o n ” , a lg o q u e no p u e d e o b te n e rs e c u rs a n d o c ré d ito s a c a d é m i
co s, p o r lo q ue la ta re a e d u c a tiv a c o n s is te en fo m e n ta r el d iá lo g o
23 Edgar Morin (1999), Los siete saberes necesarios para la educación del
futuro, Trad. de Mercedes Vallejo Gómez, Barcelona, Paidós, 2001, p. 71.
de la s tra d ic io n e s re lig io s a s co n la c u ltu ra y la in te ra c c ió n p e r
m a n e n te co n el c o n o c im ie n to c ie n tífic o .24
D e sd e un a p o s tu ra d e fe , un h u m a n is m o c re y e n te p a rte d e la v i
sió n del s e r h u m a n o c o m o un s e r e s p iritu a l. En lu g a r de fo m e n ta r
lo s v a lo re s m a te ria le s d e l h o m b re “ e x te r io r ” , c o m o el p o d e r, el
d in e ro o la fa m a , se tra ta d e c u ltiv a r al h o m b re “ in te rio r” que,
c o m o c e n tro d e un p e n s a m ie n to re fle x iv o y d e d e c is ió n , se c a
ra c te riz a p o r su v o lu n ta d d e d a rle s e n tid o a la v id a .25 D e e s ta s
c a ra c te rís tic a s e m a n a el re s p e to p o r su d ig n id a d , d e ta l s u e rte
q u e una e d u c a c ió n h u m a n is ta fo m e n ta u n a fo rm a c ió n p e rs o n a li
z a d a y persona liza nte. E d u c a r en el h u m a n is m o s ig n ifica p ro m o ve r
en los e s tu d ia n te s el in te ré s p o r la s c u e s tio n e s e x is te n c ia le s , a
fin d e s o b re p a s a r la b a n a lid a d y d e s e n tra ñ a r el s e n tid o tra s c e n
d e n te en s itu a c io n e s q u e n o s c o n fro n ta n , c o m o el d o lo r, la in ju s
tic ia , la e n fe rm e d a d o la m u e rte , o q u e n o s a b re n al a s o m b ro y a
la d ic h a d e v iv ir, c o m o la e x p e rie n c ia d e la c o m u n ic a c ió n , d e l
a m o r, d el g o c e e s té tic o y d e la c o n te m p la c ió n d e la b e lle z a .
La n e c e s id a d d e a b s o lu to , d e c o n e c ta rs e co n a lg o q u e tra s c ie n
da al p ro p io s u je to , e s a lg o q u e ni la c ie n c ia ni la té c n ic a p u e d e n
s a tis fa c e r p o r sí m is m a s , y q u e se lo g ra m á s p o r el a rte en c u a n
to c re a c ió n , in te rp re ta c ió n y c o n te m p la c ió n , y p o r el a m o r en el
q u e se v iv e el m is te rio d e la u n id a d en la d iv e rs id a d . A s í, la u n i
v e rs id a d d e b e s e r un e s p a c io d o n d e se p ro m u e v a y se c u ltiv e la
e x p e rie n c ia e sté tica , y d o n d e el a m o r fra te rn o se p a te n tic e en las
re la c io n e s e n tre p a re s, e n tre p ro fe s o re s y a lu m n o s , y e n tre to d o s
lo in te g ra n te s d e la in stitu ció n , p a ra q u e se lle g u e a fo rm a r v e rd a
d e ra m e n te una co m u n id a d u n iv e rs ita ria , un e s p íritu d e m u tu a
a y u d a y a c e p ta c ió n q u e p e rm ita el d e b a te , la crítica y el re c h a z o
d e las id e a s, pero no d e las p e rs o n a s . T o d o s e s to s a s p e c to s fo r
m a n p a rte de lo q u e a q u í se e n te n d e ría c o m o h u m a n is m o , q u e
e s ta ría m u y le jos del cu ltiv o d e a c titu d e s de s u m is ió n o d e p rá c ti
cas o s c u ra n tis ta s de m a n ip u la c ió n d e las c o n c ie n c ia s .
D e je m o s q u e la v o z d e l p o e ta E rn e s to C a rd e n a l p o n g a p u n to fi
nal a e s te a p a rta d o :
1 José María Vidal Villa, (1998), Mundialización: Diez tesis y otros artículos,
Barcelona, Icaria, p. 83.
d) El m e rca d o m u n d ia l aún no e x is te p le n a m e n te ; e stá en una
tran sición del co m e rc io in te rn a cio n a l al co m e rc io m undial.
e) La m u n d ia liz a c ió n e x ig e la m o v ilid a d lib re d e l ca p ita l,
a s p e c to en el q u e e s te m o d e lo e s tá m á s a v a n z a d o .
f) T a m b ié n s e re q u ie re la lib re m o v ilid a d d e la fu e rz a de
tra b a jo , a s p e c to en el q u e el p ro c e s o e s tá m á s a tra s a d o .
g ) La g lo b a liz a c ió n a u m e n ta la p o la riz a c ió n e n tre ric o s y
p o b re s , y p ro fu n d iz a el d e s a rro llo d e s ig u a l, ta n to a e s c a
la in te rn a c io n a l c o m o al in te rio r d e c a d a p a ís.
O tro c a m p o de c o n tra d ic c ió n es el d e s p la z a m ie n to d e p o b la c io
n e s c o m o re s u lta d o de la d e s ig u a l d is trib u c ió n d e la s o p o rtu n i
d a d e s d e tra b a jo e in g re s o ; e s to a e s c a la g lo b a l c a u s a c o n flic to s
c o m o la x e n o fo b ia o el ra c is m o , p a ra lo s c u a le s no e x is te en
c o n ju n to un a p o lític a q u e lo s c o n te n g a o re g u le . A s í, m ie n tra s el
p ro c e s o d e g lo b a liz a c ió n e s a c e le ra d o en la e c o n o m ía , e s le n to
en la e s fe ra d e la p o lític a m u n d ia l; é s ta q u e d a c o n fin a d a , c o m o
d ic e O rtiz, “a la in te rz o n a d e la p ro v in c ia y del m u n d o ” .5
3 Amartya Sen, “Universal Truths: Human Rights and the Western lllusion”, en
Harvard International Review, 20, núm. 3, Summer 1998, pp. 40-43. Amartya
Sen critica, por ejemplo, la tendencia en Europa y Estados Unidos de ver a Oc
cidente como la única cultura que ha valorado los derechos humanos, ignorando
con ello tradiciones culturales mucho más antiguas, como el budismo, que no
sólo enfatizó la libertad individual sino que le dio contenido político.
4 Thomas Friedman pone como ejemplo a Egipto, sus pobladores creen que
la colectividad o el grupo es más importante que el individuo, de tal modo
que enfatizar el valor de las personas como individuos es interpretado como una
medida que divide a la sociedad; la globalización se rechaza no sólo porque
signifique que todos coman hamburguesas de Me Donald’s, sino porque cam
bia la relación básica del individuo con su comunidad. Además, para un
egipcio la palabra “privatizaf significa “robar”. Thomas Friedman, “The Backlash",
en The Lexus and the Olive Tree: Understanding Globalization, Nueva York,
Farrar, Straus, Giroux, 1999.
5 Renato Ortiz, La redefinición de..., op. cit., p. 84.
n a le s fu e ro n el e je c o n c e p tu a l p a ra e n te n d e r la d in á m ic a de la
s e g u rid a d in te rn a c io n a l.
En e s te e s c e n a rio , m á s d e “d e s o rd e n m u n d ia l” q u e de o rd e n , es
n e c e s a rio tra ta r de e s c la re c e r el s ig n ific a d o d e la g lo b a liz a c ió n
en su re la ció n con el n e o lib e ra lis m o e c o n ó m ic o . P a ra J o s é G a n -
d a rilla e sta ta re a im p lic a a d o p ta r u n a p o s tu ra e p is te m o ló g ic a
q u e nos a y u d e a a b o rd a r la re a lid a d 6 d e m a n e ra c rític a y nos
p e rm ita v is lu m b ra r a lte rn a tiv a s p a ra u n a s o c ie d a d m á s in c lu y e n
te y e q u ita tiv a . G a n d a r illa s ig u e e l p u n to d e v is ta d e P a b lo
En c u a n to a la g e n e ra liz a c ió n d e la “ p ro p ie d a d in te rn a c io n a l” ,
q u e e s un s in ó n im o p a ra d e fin ir a las c o rp o ra c io n e s tra n s n a c io
n a le s, e s te o tro e s q u e m a re s u m e los p la n te a m ie n to s a b o rd a d o s
p o r V id a l V illa y G a n d a rilla :
• La “ m a n o in v is ib le ” d e l m e rc a d o c o rrig e la s c ris is d e l c a
p ita lis m o .
• Los m e rc a d o s fin a n c ie ro s fija n el ru m b o d e la e c o n o m ía .
• La c o m p e te n cia y co m p e titivid a d e stim u la n y d in a m iza n a
las e m p re sa s para a lc a n z a r una c o n tin u a m o d ern iza ció n .
• El libre in te rca m b io es un fa c to r de d e s a rro llo no só lo de la
econ om ía, sin o ta m b ié n d e la s o cie d a d en su conjunto.
• La d iv is ió n m u n d ia l d e l tra b a jo e x ig e a b a ra ta r lo s c o s to s
s a la ria le s y m o d e ra r la s re iv in d ic a c io n e s s in d ic a le s .
A l re s p e c to , J o s é L u is C o ra g g io y R o s a M a ría T o rre s s e ñ a la n
q u e la s p o lític a s s o c ia le s en re a lid a d e s tá n in s tru m e n ta d a s p a ra
o p e ra r la p o lític a e c o n ó m ic a e in tro y e c ta r, en las fu n c io n e s
p ú b lic a s , lo s v a lo re s y c rite rio s d e l m e rc a d o .8 A s í, el é x ito se
c o n v ie rte en s in ó n im o d e c o m p e titiv id a d , q u e a su v e z s ig n ific a
“ p a s a r las p ru e b a s q u e p la n te a el m e rc a d o ” .9 S e re q u ie re n in d i
v id u o s c u y a p ro d u c tiv id a d s e a c a p a z d e c o m p e tir co n la o fe rta
de b ie n e s y s e rv ic io s a e s c a la m u n d ia l. E s p e c ífic a m e n te , la u n i
v e rs id a d m e x ic a n a , le jo s d e p e rm a n e c e r al m a rg e n d e la in flu e n
cia n e o lib e ra l, se ve a fe c ta d a d e ta l m a n e ra q u e , en p a la b ra s de
Ib a rra C o la d o , se ha p u e s to en rie s g o su id e n tid a d : d e c o n c e b ir
se en el im a g in a rio c o le c tiv o c o m o u n a in s titu c ió n s o c ia l d e v o
c a c ió n a c a d é m ic a , se e s tá c o n v irtie n d o en u n a o rg a n iz a c ió n q u e
p ro v e e s e rv ic io s e d u c a tiv o s .10 E s te e n fo q u e a fe c ta , a s im is m o , la
La u n iv e rs id a d e s u n a in s titu c ió n q u e ha e s ta d o s u je ta a un es
ta d o de crisis pe rm a n en te ; sin e m b a rg o , co m o se ñ a la M iguel Á ngel
E s c o te t, su “e th o s a c a d é m ic o ” ha c a m b ia d o p o c o d e s d e la E dad
M edia hasta nue stros días. En la a ctu a lid a d , p a re ce q u e la crisis de
m a y o r d im ensión radica en la d e s h u m a n iz a c ió n del p ro ce so e d u c a
tiv o en g e n e ra l, m a n ife s ta d a en la re d u c c ió n d e l c o m p o n e n te
fo rm a tiv o fre n te al p riv ile g io de la in s tru c c ió n o e n tre n a m ie n to del
“ re c u rs o h u m a n o ” ; 1 e s ta ú ltim a s e d e b e a la n e c e s id a d in m e d ia
ta d e p ro v e e r al c a m p o d e tra b a jo c o n p ro fe s io n a le s c o m p e te n
te s e n la s á re a s té c n ic a s . S o b re e s te p ro b le m a , e s fre c u e n te
e n c o n tra r en la literatura la p re o c u p a c ió n a ce rca de las re p e rcu sio
nes q u e en el á m b ito d e la e d u c a c ió n e je rc e el m o d e lo e c o n ó m i
co d e g lo b a liz a c ió n n e o lib e ra l,12 el cu a l ha im p u e s to n u e v a s
e x ig e n c ia s en la fo rm a c ió n d e lo s p ro fe s io n a le s u n iv e rs ita rio s , y
ha g e n e ra d o te n s io n e s im p o rta n te s en la o rie n ta c ió n y s e n tid o
d e la a c c ió n e d u c a tiv a , ta n to en la e s fe ra p ú b lic a c o m o en la p ri
v a d a . M é x ic o no e s la e x c e p c ió n : el c a m p o d e la e d u c a c ió n s u
p e rio r a tra v ie s a , en la a c tu a lid a d , p o r u n a c ris is c u y a s c a u s a s
so n d e o rd e n m ú ltip le ,13 p e ro e n tre la s q u e s e e n c u e n tra de m o
do s o b re s a lie n te el im p a c to d e un m o d e lo e c o n ó m ic o c a d a v e z
m á s g lo b a liz a d o q u e d e m a n d a n u e v o s p e rfile s p ro fe s io n a le s y
u n a c re c ie n te e s p e c ia liz a c ió n .
La p r á c tic a e d u c a tiv a c e n tr a d a e n e l d o m in io d e c o n te n id o s
a c a d é m ic o s p ro p ic ia , sin p ro p o n é rs e lo , la fo rm a c ió n d e u na in d i
v id u a lid a d “típ ic a ” d e la s o c ie d a d c a p ita lis ta , v a lo ra d a d e n tro del
á m b ito p ro fe s io n a l en fu n c ió n d e s u s c o n o c im ie n to s y c a p a c id a
d e s té c n ic a s , y fu e ra d e él en fu n c ió n d e su a lto p o d e r a d q u is iti
vo, s u s p a tro n e s de c o n s u m o d e b ie n e s d e lu jo , e tc é te ra .
El s a b e r, tra n s fo rm a d o e n m e rc a n c ía , s e a c u m u la ta l c o m o lo
h a ce el capital e co n ó m ico : el s is te m a m e rito c rá tic o de eva lu ació n
tie n d e a re fo rza r e ste su p u e sto , p u e s el in d ivid u o busca a c u m u la r y
p o s e e r u na g ra n c a n tid a d d e c o n o c im ie n to s y h a b ilid a d e s té c n i
c a s c u y o d o m in io se d e m u e s tra a tra v é s d e la s c a lific a c io n e s
q u e o b tie n e . El re s u lta d o c o la te ra l d e e s te p ro c e s o d e “m e d ic ió n ”
de l c o n o c im ie n to e s la c re a c ió n d e u n a s itu a c ió n d e p e rm a n e n te
c o m p e te n c ia e n tre c o m p a ñ e ro s , q u e p u e d e c o n v e rtirs e en un
o b s tá c u lo p a ra la fo rm a c ió n d e c o m u n id a d e s d e a p re n d iz a je co -
la b o ra tiv o , tra b a jo s en e q u ip o y d e c is io n e s d e tip o c o le g ia d o .
A m e d id a q u e el c o n o c im ie n to se h izo m á s c o m p le jo , c a d a ra m a
d e l s a b e r e v o lu c io n ó h a s ta el p u n to de c o n s tru ir un le n g u a je e s
p e c ia l, un c ó d ig o p a rtic u la r m e d ia n te el c u a l se o fre c e u n a d e
17 Ibidem, p. 56.
18 Platón, Las Leyes, Estudio introductorio de Francisco Larroyo, México,
Editorial Porrúa, Colección Sepan Cuántos, núm. 139, 4a. ed., 1985, Libro
Vil, pp. 133-162.
te rm in a d a v isió n de la re a lid a d y s e in te n ta s o lu c io n a r un g ru p o
e s p e c ia l d e in te rro g a n te s y p ro b le m a s . La a p ro p ia c ió n d e e s to s
c ó d ig o s e s p e c ia liz a d o s e s la p rim e ra c o n d ic ió n q u e p e rm ite el
a v a n c e del c o n o c im ie n to c ie n tífic o , y e s ju s ta m e n te la u n iv e rs i
da d la e n c a rg a d a d e tra n s m itir e s to s le n g u a je s té c n ic o s . M ie n
tra s q u e en su s e ta p a s in ic ia le s la e d u c a c ió n fo rm a l tie n e e n tre
su s p rin c ip a le s o b je tiv o s e n s e ñ a r la c a p a c id a d b á s ic a de le c to -
e s c ritu ra en los a lu m n o s y p ro p o rc io n a rle s la s c la v e s p a ra m a n e
ja rs e en el m u n d o a n ive l d e l s e n tid o c o m ú n , la u n iv e rs id a d tie n e
la m isió n d e tra n s m itir c o n te n id o s c u ltu ra le s m á s d e n s o s , los
c u a le s in c lu y e n el m a n e jo d e c ó d ig o s e s p e c ia liz a d o s q u e p e rm i
ta n a lo s e s tu d ia n te s a c c e d e r a la c o m p re n s ió n d e lo s d is tin to s
e n fo q u e s m e to d o ló g ic o s de la s c ie n c ia s . M a n e ja r, p o r e je m p lo ,
la s claves de interpre tació n q u e utiliza la te o ría p sico a na lítica , las
d iv e rs a s te o r ía s d e la c o m u n ic a c ió n , la filo s o fía h e rm e n é u tic a ,
la fe n o m e n o lo g ía , e tc., im p lic a h a b e r p a s a d o d e l c a m p o d e l s e n
tid o c o m ú n al c a m p o d e la c ie n c ia . T a n im p o rta n te e s e s ta ta re a
q u e sin co nte n id o s cu ltu ra le s d e n so s, s u s ta n c ia le s y re le va n te s que
transm itir, la u niversidad p ie rd e el s e n tid o d e su m isión ta n to en el
a s p e c to d e la fo rm a c ió n d e c u a d ro s p ro fe s io n a le s e s p e c ia liz a
d o s co m o en el de p ro d u c ir c o n o c im ie n to m e d ia n te la fo rm a c ió n de
in v e s tig a d o re s y c ie n tífic o s .
En e fe c to , la u n iv e rs id a d e s tá lla m a d a a c o n s e rv a r la c u ltu ra
m e d ia n te la c re a c ió n y p ro fu n d iz a c ió n en le n g u a je s c a d a v e z
m á s e s p e c ia liz a d o s q u e re q u ie re n un c o n tin u o e s fu e rz o de la in
te lig e n c ia . La u n iv e rs id a d e s la in s titu c ió n s o c ia l q u e se e n c a rg a
de g e s ta r una e lite in te le c tu a l, o “ m in o ría c re a tiv a ” ,19 q u e se a
c a p a z de p ro p o n e r m e jo ra s en la v id a s o c ia l a tra v é s d e n u e v o s
d e s c u b rim ie n to s , d e a h í q u e n o s ó lo re p ro d u z c a la c u ltu ra , sin o
q u e se a e lla m is m a c re a d o ra d e c u ltu ra .
F re n te a e s te p ro b le m a , es p re c is o a c o ta r q u e el c u ltiv o d e l c o
n o cim ie n to e sp e cializa d o e xig e d e te rm in a d a s h a b ilid a d e s intelec
tu a le s e in c lu s o d e s tre z a s fís ic a s q u e in e v ita b le m e n te p ro d u c e n
d ife re n c ia s e n tre u n o s s e re s h u m a n o s y o tro s . A q u í a p a re c e el
p ro b le m a d e la v o c a c ió n p e rs o n a l y de las a p titu d e s q u e h a c e n a
la s p e rs o n a s d is tin ta s e n tre sí. E s to no d e b e , o al m e n o s no d e
b e ría , re p e rc u tir en u n a s itu a c ió n d e in ju s tic ia q u e im p liq u e el
d o m in io d e u n o s s o b re o tro s . Id e a lm e n te , to d a s las p e rs o n a s sin
d is c a p a c id a d in te le c tu a l d e b e ría n te n e r a c c e s o a la u n iv e rs id a d ,
p o rq u e d e e s te m o d o la s o c ie d a d c o n ta ría c o n s u je to s m e jo r
c a p a c ita d o s p a ra e n te n d e r el m u n d o y p ro p o n e r fo rm a s d e d e
s a rro llo s o s te n ib le , p e ro , d e s d e el p u n to de v is ta d e la in s titu
c ió n , s u b s is tiría el re to — y la re s p o n s a b ilid a d — d e m a n te n e r la
c a lid a d a c a d é m ic a a tra v é s de c ie rto s m ín im o s de e x ig e n c ia ,
ta n to d e p a rte d e lo s e s tu d ia n te s (c o n s ta n c ia , e m p e ñ o , e s tu d io
m e tó d ic o , e tc .) c o m o d e lo s p ro fe s o re s (c o n o c im ie n to d e la m a
te ria , rig o r m e to d o ló g ic o , h o n e s tid a d in te le c tu a l, h a b ilid a d e s p a ra
fa c ilita r el a p re n d iz a je ). El m a n te n e r a lto s e s tá n d a re s a c a d é m i
c o s re p e rc u te d e m a n e ra n e g a tiv a en lo s ín d ic e s d e e fic ie n c ia
te rm in a l, e s d e c ir, en la d e s e rc ió n de a lu m n o s q u e p o r s u s c a ra c
terística s p e rs o n a le s — no n e ce sa ria m e n te re fe rid a s a su c a p a cida d
in te le c tu a l— re s u lta n in a d e c u a d o s p a ra el n ive l u n iv e rs ita rio . En
e s te s e n tid o , s e te n d rá q u e s o s te n e r sin a m b a g e s q u e la u n iv e r
sid a d e s u n a in s titu c ió n e d u c a tiv a e litis ta , m ie n tra s q u e la e d u
c a ció n b á s ic a (p rim a ria y s e c u n d a ria ) n u n c a p u e d e s e rlo . É sta
es o tra d e la s d ife re n c ia s e n tre el n ive l u n iv e rs ita rio y lo s n iv e le s
e d u c a tiv o s p re c e d e n te s a él.
P o r un la d o , en c u a n to p ro c e s o d e re p ro d u c c ió n c o n s c ie n te , la
e d u c a c ió n im p lic a u n a p e rc e p c ió n d e q u e la tra d ic ió n a c u m u la d a
p o r u na d e te rm in a d a c u ltu ra e s a lg o v a lio s o q u e re fle ja los lo
g ro s d el e s p íritu h u m a n o , q u e e s a lg o fia b le ; p o r o tro , la u n iv e r
s id a d tie n e la ta re a d e p ro p o n e r n u e v o s m o d e lo s d e s e r y
c o n v iv ir q u e m e jo re n la s itu a c ió n p re s e n te , d e m o d o q u e se h alla
a n te la p a ra d ó jic a ta re a de tra n s m itir la tra d ic ió n al m is m o tie m
po q u e e s fo rz a rs e en in n o v a rla . La u n iv e rs id a d m a n tie n e la
ra zó n d e s e r en el e q u ilib rio d ifíc il: q u e re r s e rv ir a la re p ro d u c
ció n c u ltu ra l ju s ta m e n te p a ra p o d e r c a m b ia rla y m e jo ra rla .
La a v e rs ió n a in c lu ir el a s p e c to te o ló g ic o -re lig io s o en la ta re a
e d u c a tiv a tie n e m u c h a s e x p lic a c io n e s ra z o n a b le s ; p o r e je m p lo ,
el p e lig ro d e la in d o c trin a c ió n , la s u p e rs tic ió n e in c lu s o la p re s e r
v a c ió n de las in ju s tic ia s e s tru c tu ra le s en la s o c ie d a d . V is ta c o m o
fu e rz a c o n s e rv a d o ra , la re lig ió n s e a s o c ia a m e n u d o c o n el a tra
so, el o s c u ra n tis m o , la re s ig n a c ió n y el d o m in io de lo s p o d e ro
so s. E s m u y c o m p re n s ib le q u e , en e s ta s c irc u n s ta n c ia s , en el
p ro y e c to d e la m o d e rn id a d la e d u c a c ió n se h a y a c u id a d o de s e
p a ra s e de to d o v e s tig io d e re lig io s id a d y h a ya e n fa tiz a d o la fu e r
za de la ra zó n p a ra b u s c a r y e n c o n tra r la v e rd a d .
a) A m o r, en un m u n d o e g o ís ta e in d ife re n te .
b) J u s tic ia , fre n te a ta n ta s fo rm a s d e in ju s tic ia y e x c lu s ió n .
c) P az, en o p o s ic ió n a la v io le n c ia .
d) H o n e s tid a d , fre n te a la c o rru p c ió n .
e) Solidaridad, en oposición al individualism o y a la com petencia.
f) S o b r ie d a d , e n o p o s ic ió n a u n a s o c ie d a d b a s a d a en
el c o n s u m is m o .
g) C o n te m p la c ió n y g ra tu id a d , en o p o s ic ió n al p ra g m a tis m o
y al u tilita ris m o . 0
COORDINACIÓN
I PRERREQUISITOS
! IMPORTANCIA DE LA ASIGNATURA
ÁREA(S):
Esta materia pertenece al Área de Reflexión Universitaria ( a ru ), y es prerre-
quisito para cursar cualquiera de las materias del Área. Se podrá inscribir
l después de los 72 créditos cursados.
DIMENSIÓN(ES):
Contribuye a la dimensión de formación universitaria integral ya que permite
al alumno tener un espacio para la reflexión humanista, crítica y autocrítica,
dentro de su currículo académico.
COMPETENCIA(S):
| Favorece el desarrollo de las competencias de Perspectiva global humanista,
Manejo de sí mismo, Liderazgo intelectual y Comunicación.
;
TEMAS
1. Grandes interrogantes históricas del ser humano.
1.1. Concepciones del ser humano en la historia de Occidente y Oriente.
1.2. El ser humano: sus interrogantes y necesidades en el contexto con
temporáneo.
2. El hombre y su evolución.
2.1. Cosmogénesis y la dimensión planetaria.
2.2. Antropogénesis: la hominización.
2.3. Cerebralización: el desarrollo del psiquismo humano.
3. La realidad personal del ser humano.
3.1. Concepto de personeidad y de personalidad.
3.2. La conformación del yo personal: individual, social e histórico.
3.3. Concepción estructurista del cuerpo humano: cuerpo, corporeidad y
corporalidad.
3.4. El problema del dualismo: alma o psiquismo cerebral.
3.5. La mirada del otro.
3.6. La complejidad y reciprocidad de la pareja humana.
4. La dimensión socíopolítica del hombre.
4.1. La versión a/de los demás.
4.2. La recursividad de la especie humana: Individuo-Sociedad-Cultura (E.
Morin).
4.3. Animal político.
4.4. Identidad cultural.
5. La dimensión ética: la libertad y el problema del mal.
5.1. El ámbito de la ética y de la moral. La conciencia moral.
5.2. La estructura y ejercicio de la libertad.
5.3. El drama del mal.
6. Finítud y Trascendencia.
6.1. La finitud de la persona: la muerte.
6.2. Nihilismo y trascendencia.
6.3. La experiencia religiosa.
6.4. El sentido de la vida.
7. Perspectivas para un humanismo en el siglo XXI.
BIBLIOGRAFÍA
Duque, Félix, En torno al humanismo. Heidegger, Gadamer, Sloterkijk, Ma
drid, Editorial Tecnos, 2002.
Masiá Clavel, Juan, Bioética y antropología, Madrid, Universidad Pontificia
Comillas, 1998.
i
Morin, Edgar, El Método V, La humanidad de la humanidad. La identidad
| humana, Madrid, Ediciones Cátedra, 2003.
I Stein, Edith, La estructura de la persona humana, Estudios y Ensayos: Filo-
; sofía y Ciencias, Madrid, ba c , 2002.
Valverde, Carlos, Antropología Filosófica, Valencia, Edicep, 2000.
Zubiri, Xavier, Sobre el hombre, Madrid, Alianza Editorial/Sociedad de Estu-
j dios y Publicaciones, 1998.
EVALUACIÓN
REQUISITOS PARA ACREDITAR EL CURSO:
Se busca que el desempeño del alumno sea constante y que se involucre con
la dinámica propia del curso, por lo que para acreditar la materia se requiere
el 80% de asistencia y la participación constante en la discusión de clase.
Con el propósito de realizar una evaluación integral, acorde con los objetivos
y método de trabajo de esta asignatura, se sugiere considerar los siguientes
aspectos y ponderaciones porcentuales.