Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
i,i.r, '' r
CARTADELERRANTE
I' OE S IAY P OE MA .
Godof'redolommi Marini
( De Revist aAI LLEURS.Nol. año l9oj)
.:.i3,.
't..t;:,
. i:;-ii+':,
,'S5.
' .l r' :l
,t,,.
,,.1"41,
,.t.1:it$l
P OE S IAY E S C R ITU R A. J
He visto al poeta que no escribJsino que hace* po.ií, provocandola fiesta 6e¡ 5r¡voZ,
su cuerpoy su presenciaen un chorro espontáneo-Pero,entonces;su acto no dejahuella
en el tiempo? \.
'
.
No, no deja una "obru"; pero él se'insertaen unavía másprofunday escondidaque el li
bro: en la leyenda. Aún si se equivoca,porque -el error es la leyendadolorosa". Muchas
cosasque no estánescritasnos llegan por la leyenda. Expresiones, gestos,lenguasy sabi'
durías que vienen en el aire y quedan el
en ai¡e cuando nosotros desaparecemos. Eüas
persistenen las t¡adicionesque forman un pueblo- Parala poesía,la escritura,aunquePo-
sible. no es nece^sario.Y como algunosen otro plano)dl-¡ióetápüüdé-abñ¿lónarla.'Yol-
vlñros-áCónfucio, a Buda, a Sócrates,a Jesucristo,moralistasque andabanpor los pue'
blos padeciendo hambrel".
". "*:ij
"Y,'
.::/;.
; :::
..':;
!,;
LA REBELION.
He visto al poeta que muestra el mundo porque él se desnuda. Su acto revelael paisaie.
las gentes,las relacionesde hombresy cosas.Portadorde fiesta,él es portador de proba-
bilidadesporgue,con su presenciadesencadena relacionesimprevistasy provocala partici
pación activa en los Juegosa fin de dar cumplimientoa Io que nos fue dicho: "[a poesía
debe ser hechapor todos. Y no por uno". Y puestoque su acto es.librede toda depen-
denciaal mundo, es siempreel regalo,pres€ntepoéticoque conmuevey consuela.El so
porta la alienacióndel hombre contra sí mismo.
A n d r é t sr e r ó n ."Ar ca n e 1 7 ".
Nor! 7.
¿Pues.familiares. para tr, no son todos los vivrentes'l
¿ E nt on c e s .n o t e n u t r e . p a r a e l se wicio . la Pa r cam ism a ?
Tal ¡nda. solamente. sin defensa
por la vida delante, sin cuidado. LA I' OE S IAE S FIE S T.{.
Que todo lo que ha lugar. sea bendito para tr.
v uelt o h a c i ¡ l a a l e g r í a ,¡ e n te . iQu é p o d r ía . a ú n . Me Jigo: es necesario obedeceral i¡cto poéticocon y a pesardel mundo Parades€ncad¿' .
herine, m i c o n ¿ ó n l ¿ Q u é , so b r e ve n u . nar la Fiesta. Y la Fiestaes el juego.supremorigor de mr libenad. Tal es la qq¡rO,n \l f
allá, donde s¡be3 andar? -d"el.
i,oet1.::rqu:elñiiñaüté6.eGisiéinpré''rüP1-iioTado.i6
As í c om o d u k c m e n t e a l a o r illa . o b ie n e n p la ¡ e a d a
¡uidosa. muy lejos. olat o bien sobre süencrosas Un tlia. he visro al poeta mezclaooal mundo, fuerade su sepultura.horriblemente libre
hondur a sd e l a g u a .¿ l l i g e r o
nS dad o ft r a n s c u r r e .t a l . s o m o s n o so ¡ r o s ta m b ié n . enrrelasgentes.Descubritlor entrelosórdenesconvenidos.
de rea.lidad instrumenlode su
i¡ctoque hacesu canto. Cantoen el mundo,codo a codo en lasrutas.en todaslasesqui'
Nos ot r o s ' l o s p o e t a sd e l pu e b lo , d e se o so s.d o n d e nus prohibidasy permitidas. Y m¡isaún en el paisajey la naturalezapuestoque él es crca'
lo v iv ie n t e e n t o r n o n u e str o ¡ e sp ir ay m u e r e ,
dic hoso s .a p e g a d o sa c a d a u n o , turü - el ¡cto abiertoal cosmos.Sin enemigosni obstáculos posibles.¿Suvirtud? El co-
c n c ad a u n o c o n f i ¡ d o s ru¡e.tal como'Hólderli¡nos lo ha dicho en su admirable"Dichtermut".(7)
¿có m o , ca n ta r ía m o s
srn ello. nos)t¡os a cada uno su progio dios?
Cuand o l a o l s - y ¿ s í t a m b ié n - a u n o d e lo s a u d a ce s.
a la qu e é 1 .f i e l m e n r e ,s e co n fió . lo a tr a e , a ca r icú n d o lo ,
hacia lo hondo
y c uv a l a v o z d e l q u e c a nta
aho¡a e n e l á m b i ¡ o a z u l se ca lla -
En la d i c h a m u r i ó . y a ú n d e p lo ¡ a n lo s so lita r io s
s ¡s bos q u c sy t a c a í d a d e a q u e l q u e m á s a m a n .
. 1 m c n u d o r e s u c n ap a r a l a vu g e n
dc s dc e l f o ü a i c s u c a n c r ón a m r g a .
Hac e si l c n c i o y s € v a m á s m u n id o .
Pero, primero hay que pagarlasdeudas. ¿Quiénno es hoy día - y hablo de los poetasque
escribenpoemas- más o menosdeudor del cubismo,del dadaísmo,del surrealisrno? El
surrealismo,sobre todo, ha reabiertoel sueñoy Ia aspiracióna una unidad que tiende a
extender la vigilia m¡ísallá de la conciencia.Perola promesaque palpita,.enteramente yi.
va aún, en-su mejor poema,el ManifiestoSunealista,es mucho más grande. La realidad
concretaabreüí su Pozoy desbordatodacreaciónpoética.No sepodía preverque des.
pués del Primer Manifiesto se llegaríaa cantar Elsay aún Nadja,poemasque son en el
fondo y, de una maneramuy distinta el uno del otro, verdaderas "obras de arte". Inútil
es insistir en la diferenciaentre el canto de amor de estospoemasy el amor en los trova-
dores o en Dante. "No es másel amantede Jimena:esel amantede Graziella. No es más
Petrarca: esAlfred de Musset."
Y. sin embargo,cada uno a su turno, probó con sus actos.y algunoscon su vida y su
muerte.que se tratabade absolutarnente
otra cosaque de la "obra".
en el pocu?
¿Latoma de la realidadsignificael tomar a cargola actualidaduniversalizada
j
Il::
;
ra
L
5
l
l
EL POETAY LA POESIA.
No ts 2,
A perrú de c s ¡ a f e c h a s e v e p u e s. e l ca s¡ e lla n o
de L agari¡n I n a u g u r a r u n a e s c u e la .y. su b id o so b r c
u n¡ es c alera .f e c ¡ ¡ a r u n p o e m a e n p r e se n ciad e la
deca n¡ de Ca m a ¡ e t ( c u y a o r a c i ón fú n e b r e co m p o n .
d rá d os años d e s p u é s ) lo p s ¡ r o c in a r , E b o r d o d e u n a
embgrc¡ción, la ficsts anu¡l de las rcgraasi o acep-
tar la simbólica presidencie de honor del bote salva-
vi d as Un dí r d e D i c i e m b r e h a ce r fich ¡ r p o i in r e ¡ .
medb de un c ó m p l i c e . s o b r e l o s m u r o s d c la co m u -
na, u n " Celc st o g r a m a " d e l P ér e No e l. in vita n d o a Queri dos:
¡odos los niño s d e C a m a ¡ e t a " esp e r a r lo sl m u e lle .
e l s¡ bado 25 h ¡ c i a l 8 s 3 ( d e m ar e a slts) , ¡ e n ie n d o
S etrata.unavezmás.del ap oesí avdelar ea. lidad. Nolr esalidot odaví adeest aquer el] a.
en l a mano un ¡ r a m a d e p i n o o de ta m a r in d o ..." Y
pero. ¿quiénha olvidaáoei uetto reorenrade Rimbaud:
"el arte es una tontería" (l) ?
su rge,ef ec t ivr m e n t e . a l a h o r a se ñ ¿ la d ad, e u n h o r i-
inborrablede Germain
zo n¡e gr¡s c o m o u n p e r s o n a j e d e lin te r n a m á g ica i:l y. más aún ¿El restimonio
en l a proa dc u n a b a r c a , d o n d c ve stid o co n e l tr a je i.La fresrade Sainr.paui-n""-i
¡r¡dic ional y d e c o r r d o c o n u n a gr a n b a r b a . p r e fig u . N ouveau?(3 ).
ra ys E ¡ hom b r e d c n i e v e ( E l p o e m a d c lo s "Sa .
bl i ers " (Ceo r r e t l E 9 2 ) e n q u e lo s p e sca d o r e sd e
E nel fondo,el debatesobre lapoesí aylar ea] idad- enelcua] elf ut ur ism or eglóelact
- dista-de-o
Ke rbonn c nc u e n t r a n e l c a d á v e r d e l p o e r a "so b r e e l Áondado por el surrealismo
cu al f lot ab¡ un a t r ¡ n b a r b a b l a nca ") . próvocación.exasperad;;ás tarde poi oaOa' 'v
Atrac S. des ¿m p a q u e t af r e n t e a lo s n iñ o s m a ta villa - estaracfarado.
d<¡s.c ient os d e j u g u e t c s g u e ha a d q u ir id o e n la s
ti e ndas dc B r e s t . . . Y c u s n d o se we lva p o r d o n d e
vi no, des puésd . h a b e r d e c l a m a d o u n p o cm a , p a r a ¿Quépoeta.despué.sdee llos. Puede. . ver dadef am ent e. Soslayar unat alcuest ión?Seha
desa parec era l a v u e h a d e l m u ¿lle , m á s d e u n jo ve n quer| dotrascendertal ¡rerat ur a, I a. 'obr adea¡ t e'. . laspr isionesdelaest ét ica, y,el
aPesaf de
y en
ca ma¡e¡ens cco n s e w a r áe l r e c u e r d o d e h a b e r r e cib i- todavíahoy en el poema'en el cuadro
todo. se ha permanectd;';;;;;t-ane-ce
do un juguc t e d e l V i e , ¡ o P a s c u e r oe n "ca r n e y h u e . y esroocurreya - serclasificadoen las bi-
rc". obiero. ;Cómo podráevítare'l Sunealismo-
Así el poet a n o s e c o n ¡ e n t a y a . co n scr e l "a lq u F tiía ' porqueno - en las antologías escolares?
;;i;.t:;;;;á"
mi sts dc l v erb o " , u n t s u m a r u r g o d e lo e sr é r icao d e l ";
p ens am ient o . S i e m b r a d u c n d e s e n m e d io d e l p u e .
b ¡o brelón. s r c m p r e s e d i e n t o d e m a r svi¡ la , y h a ce .
p agando c on s u p c ¡ s o n a , " e l g e sto d e l p o e ta ": e s
a utent ic s m en ¡ c? l e n c s n r r d o r y e l "h a ce d o r d e m i-
l a gros " r c l úl¡ i m o " S ¡ n r o " b r e tó n cu yo r ccu cr d o
uradis des de c l i n t e r i o r d c l a s mó s p o b r e s m a n sr c-
nes.
N ota 3.
" Con los G u s t a v eC o u r b c t y lo s Ciu se p p e Ve r d i.
Ge rm ain Nou v e a u s e u b r c a ¡ l l¡ d o d e lo s lr ¡ isla s
q ue. res uelra m e n t co. p t ¡ r o n p o r la g e n e r o sid a dy l¿
bond¡d. E l " v i € j o c o m p a ñ e r o d e a n te s. b icn co r -
d i a l " quc c l t2 d e D i c i e m b ¡ c d e 1 8 9 3 . cn Alte r . e e
cri b í ¡ ¡ Rim b ¡ u d p l r s s : ¡ b e rs i e n Ad e n n o te n d r ía
a l g unr pos ibi l i d ¡ d c o m o p r o f e so r d e d ib u jo , n o s d ¡ ,
frcnt c ¡ t rnt o s m s g o s n c g r o s , e l e jcñ p lo in r p r e cia -
b l e dc elguiénq u e p o s c y ó c n t o d o se n tid o l¡ vir tu d
del des pojo: n ¡ d ¡ e n l a s m a n o s. n a d a e n lo s b o lsi-
l l o s: c lnt or ¡ c o r ¡ z ó n a b r e r r o .g r stu ito , slm p le y sa -
l ubrc c omo c l p r n " .
M ic hrel L . i r i s ( A r r s . 2 ó d e Ocr u b r c d e 1 9 5 t.)