Está en la página 1de 4

LO S APELLID O S:

orige n, e vol
ución y trans m is ión Juan Carl
os G onzál
e z Te rne ro

A l ol argo de todos e s tos años de inve s tigación ve z m ás num e ros a com unidad. Se guram e nte
m e h e e ncontrado una gran dive rs idad de e s te tráns ito s e ría l e nto y cas i im pe rce ptibl e,
ape l l
idos de ntro de m i h is toria fam il iar. H e ido apare cie ndo paul atinam e nte con m ás
de s cubrie ndo com o és tos s ufrían fre cue ncia anotado junto al nom bre , e l
trans form acione s e n e l trans curs o de l as ape l lido (s e gundo nom bre o co-nom bre ) e n
ge ne racione s, com o cam biaban tam bién s u cual q uie r docum e nto oficialo e cl e s iás tico. Con
ortografía, m uch as ve ce s de form a accide ntal , e ltrans curs o de ltie m po e s ta cos tum bre s e iría
por l lam arl o de al guna m ane ra, pue s e n un afianzando, h as ta q ue l os ape l lidos l le garon a
m is m o docum e nto e le s cribano e ra capaz de adq uirir un carácte r h e re ditario. Sobre todo con
e s cribir e lm is m o ape l l
ido de dos o h as ta tre s la im pos ición por parte de l a igle s ia, a partir de
form as dis tintas (cam biando “b” por “v”, “c” por 1564 tras e lConcil io de Tre nto, de lus o de l ibros
“z” o “q ”, con h ach e o s in e l l
a, col ocando una de re gis tros parroq uiale s ; aunq ue s on
“de ” por m e dio y q uitándol a e n e lre ngl ón abundante s l os cas os e n q ue e xis tían l ibros
s iguie nte ). D e todo e s to h e ido s acando s acram e ntal e s abie rtos varias décadas ante s
al gunas concl us ione s y re al izando s e ncil l
as de e s tas fe ch as. No obs tante , no s e rá h as ta
re fl
e xione s q ue cre o pue de n inte re s ar a otras com ie nzos de ls igl o XIX, con l a aparición de l a
pe rs onas y ayudarl e s a conoce r al go m ás Le y de l Re gis tro Civil durante e l pe riodo
s obre cuále s e lorige n y cóm o h a s ido l a com pre ndido e ntre 1830 y 1840, cuando s e
e vol ución de l os ape l lidos q ue h oy e n día ins tituya de form a oficiall a de nom inación de
portam os e n nue s tro nom bre . una pe rs ona. D e s de e s e m om e nto a l os padre s
s ól o se l e s va a pe rm itir l ael e cción de lnom bre
En prim e r l ugar h abría q ue re cordar q ue l a de pil a, com pl e m e ntándos e és te con dos
ne ce s idad de ide ntificar a al guie n cuando otro ape l lidos, q ue de bían s e r l os prim e ros de lpadre
s e re fe ría a éltuvo q ue s urgir cas i alcom ie nzo y de l a m adre y e n e s te m is m o orde n. Aunq ue
de l a h is toria, por l o q ue no h abría m ás re cie nte m e nte s e h a s uavizado e s ta norm ativa
re m e dio q ue de s ignar a cada pe rs ona con un con l a pos ibil idad de pode r inve rtir s u
nom bre q ue l o dife re nciara de l os de m ás. En col ocación. M e abs te ndré de h abl ar aq uí de l a
un principio l o norm als e ría us ar un s ol
o nom bre úl tim a propue s ta de cam bio para e lRe gis tro
y s al vo contadas e xce pcione s, com o e s e l Civil , q ue s upongo no l l
e gará a e ntrar e n vigor.
cas o de l a cul tura rom ana, e s ta cos tum bre s e
e xte nde ría h as ta bie n e ntrada l a Edad M e dia. Por l o tanto, de s de l a Edad M e dia h as ta e ls igl
o
Fue durante és ta cuando, a l a h ora de re gis trar XIX, l os ape llidos s e van h e re dando pe ro s in
e s crituras u otros docum e ntos notarial e s, s e una norm a e s tricta. D e e s ta m ane ra, e n m i
com e nzaría a cons ignar un dobl e ide ntificador. inve s tigación h e ido e ncontrándom e con
As í, junto alnom bre re cibido e n e lbautis m o dis tintos cas os a la h ora de re cibir e l
ape l
l
ido.
(nom bre de pil a o pre -nom bre ), a m e nudo s e
anotaría l a e xpre s ión q ui vocant (a q uie n Por una parte , h a s ido fre cue nte , e n l os s iglos
llam an), de tal le q ue con e ltie m po s e iría XVII y XVIII, e ncontrar h ijos q ue h e re dan s ól ol os
ge ne ral izando. ape l l
idos de s u padre : Francis co Sánch e z
M énde z, h ijo de Lucas Sánch e z M énde z, h ijo de
Elapodo o m ote , q ue por otra parte s e guro s e Francis co Sánch e z M énde z, h ijo de Jos é
h abía us ado de s de s ie m pre alm e nos e n e l Sánch e z M énde z, h ijo de Francis co Sánch e z
trato cotidiano, e m pie za a apare ce r con M énde z;o e lcas o de Paul a de M onte s Vil l
alta,
as iduidad e n l
os docum e ntos oficial e s, s obre h ija de G onzal o de M onte s Vil lalta, h ijo a s u ve z
todo com o una ne ce s idad para ide ntificar s in de Francis co de M onte s Vil l
alta, q ue fue h ijo de
lugar a dudas a un individuo de ntro de s u cada Juan de M onte s Vil l
alta;o e lde Al ons o G arcía

22
LO S APELLID O S:
orige n, e vol
ución y trans m is ión

de Aranda, q ue durante m ás de tre s s u ve z lo e ra de Fl or de O l


m e do;Be atriz de
ge ne racione s cada h ijo prim ogénito re cibe Z apata re cibe nom bre y ape l l
ido de s u abue l a
tanto l os ape ll
idos com o e lnom bre de s u Be atriz de Z apata;aligualq ue Juana de Ul loa y
padre . Me l ch ora de lVal l
e q ue l o h e re dan de s us
abue l as re s pe ctivas ;por s u parte , Lucía Pére z
En al gunos cas os, s ól o re cibían parte de l de Ávil a, e ra h ija de D ie go Lópe z de l a Cal l
e y
ape l l
ido. As í, Bibiana de Figue roa e s h ija de de Juana Lópe z, pe ro re cibe e lape l l
ido de s u
Be nito Rom án de Figue roa, Juana de Urbano l o abue l a pate rna M aría de Ávil a, s on al gunos
e s de Jos e ph Lópe z Urbano y Jos e ph a e je m plos e ntre otros m uch os. Aunq ue a ve ce s
Me lénde z, de G re gorio Pére z M e l
énde z. tam bién ocurría l o m is m o con l os h om bre s :
Al ons o de M e dina e ra h ijo de Pe dro de
Las m uje re s e n al gunas ocas ione s h e re daban Villalobos y nie to m ate rno de M e l ch or de
e lape l l
ido de s u padre y e n otras, e lde s u M e dina; Francis co de Bus tam ante , h ijo de
m adre , com o l as h e rm anas Jos e ph a de Torre s G as par de Pal m a y de Ana de Bus tam ante , e ra
y Francis ca de l a Bande ra, h ijas de Be rnabé de h om ónim o de s u abue l o Francis co de
Torre s y de Francis ca de la Bande ra. Bus tam ante ;Antonio Sánch e z de lPozo, h ijo de
M arcos Be rnaly de M argarita Xim éne z, h e re da
D e s tacar q ue durante e l s igl
o XVII h e nom bre y ape l l
idos de s u abue l o q ue s e
e ncontrado de form a re ite rada m uch os cas os llam aba igualy, e n e lcas o de Roq ue G ue rre ro,
e n q ue s e s al taba una ge ne ración, re cibie ndo és te re cibe e lape l lido de s u abue l a pate rna
las niñas e lnom bre y ape l l
ido de s u abue la: Flor Joana G ue rre ro.
de O l m e do e ra nie ta de Flor de O lm e do q ue a

D oña M aría de S al
am anca y Jacinto M e rch án de Ve ra, h e rm anos
(AH PM : 20.6.1624)
Por todo e s to, no h a s ido raro e ncontrar M ath e os de Re l os il
l
as l o e s de G raciana
abundante s cas os de h e rm anos q ue no te nían M ath e os y Es te la; Juana de Linare s, M aría
los m is m os ape l
l
idos. As í ve m os q ue Juana de Xim éne z, Francis ca Es pe jo y G e rónim a Re ina
Ull
oa e s h e rm ana de Antonio Barba Coronado; s on h e rm anas ; Inés M acías e s h e rm ana de
tam bién s on h e rm anos M aría de Sal am anca, Juana G onzál e z, la prim e ra re cibió e lape l
l
ido
Jacinto M e rch án y M agdal e na Abo, y Francis ca de s u padre , Pe dro M acías, m ie ntras q ue l a

23
LO S APELLID O S:
orige n, e vol
ución y trans m is ión

s e gunda h e re dó a s u abue l a, q ue s e ll
am aba s u abue la;tam bién s on h e rm anos Pe dro G arcía
tam bién Juana G onzál e z;Francis ca de Ayl l
ón D urán, q ue s e l lam a com o s u padre y s u
e s h e rm ana de Lucía M uñoz de G uzm án, l o abue l o, y Joan Pére z Bras a, q ue e s nie to por
m is m o q ue G racia Lópe z l o e ra de M arcos líne a m ate rna de M e l
ch or Lópe z Bras a;y de l a
Be rnal ; M aría Ne bros, com o s u m adre , e s m is m a m ane ra l o s on tam bién M ath ías
h e rm ana de Ana Vivar, q ue e ra e lnom bre de Fe rnánde z Rom án de Figue roa, Francis ca
s u abue l a;s ie ndo tam bién h e rm anos Francis co Rom án de Toro y Pe dro Rom án Corvino de
de l a Rubia, Andrés G onzál e z de l a Rubia y Figue roa.
Le onor Juáre z, nom bre y ape l l
ido q ue re cibe de

Nu ño G óm e z de L e pe Nu ño G óm e z de Atie nza
(AH PM : 16.9 .1616) (AH PM : 9 .8.1639 )
Q uie ro de s tacar q ue e n al gunos cas os h e Pe ro a m e dida q ue nos vam os ace rcando a l a
h al lado q ue s e l e s daba a l os h ijos l os ape l l
idos época actual , s e va convirtie ndo e n l o m ás
de s us padrinos o de al gún otro fam il iar, cas i h abitual e ncontrar com o l os ape l
l
idos s on
s ie m pre por razone s de h e re ncia de h e re dados de form a dire cta de padre s a h ijos y
m ayorazgos, l le gando incl us o a l o l argo de s u s in s ufrir al
te racione s pos te riore s.
vida a cam biars e l os ape l
l
idos, com o pudo s e r
e lcas o de Be nito Rom án, h ijo de M ath ías O tro cas o a de s tacar s e ría e lde l os cam bios
Fe rnánde z Rom án de Figue roa y de q ue h an s ufrido l os ape l l
idos e n s u form a de
M agdal e na Fe rnánde z de l a Pue bl a, q ue e n l as e s critura, ya s e a aladaptars e a l a ortografía de
prim e ras e s crituras q ue h e l ocal izado apare ce la época o, incl us o, provocados por e lnive l
com o Be nito Rom án de Pue bl a, pas ando cul turalde l a pe rs ona e ncargada de h ace r l os
de s pués a firm ar com o Be nito Rom án de re gis tros. As í, ape llidos com o Jim éne z, M e jías o
Figue roa;e lcas o de Catal ina Rodrígue z, por s u Rojas, h an de rivado re s pe ctivam e nte de
m adre , q ue acabará firm ando com o Catal ina Xim éne z, M e xías y Roxas, aunq ue e lprim e r
Cruzado de Figue roa, ape l l
ido pate rno; cas o tam bién apare ce e n ocas ione s com o
as im is m o, años m ás tarde s u h ijo q ue e n s us G im éne z; e vol ucionando tam bién Xoyos y H il
prim e ras e s crituras firm ará com o Al ons o de h as ta conve rtirs e e n H oyos y G il. O tros ape l lidos
M e dina, igualq ue s u padre , te rm inará por com o Bázq ue z, Carabante s, Abil és o Pabón,
de nom inars e Al ons o Cruzado de Figue roa, h an ido cam biando con e ltie m po l a “b” por
re cibie ndo e lm ayorazgo de s u ram a m ate rna; “v”. M as ías, Be ze rra y Braza s e h an trans form ado
y por úl tim o, e lcas o de lre gidor Nuño G óm e z e n M acías, Be ce rra y Bras a; trans form ándos e
de Le pe , q ue as í firm aba e n s us prim e ros años e n otros, com o G odoi, Anaia y de l os Re ie s, la “i
als e r h ijo de ltam bién re gidor don Luis de Le pe , latina” e n “y grie ga”;te rm inando por pe rde r l a
q ue pronto cam biará s u firm a por l a de Nuño “h ” ape l l
idos com o M ath e os y H arana. Un cas o
G óm e z de Atie nza, por s u fam il ia m ate rna. curios o e s e lde l a e volución s ufrida por e l

24
LO S APELLID O S:
orige n, e vol
ución y trans m is ión

ape l lido de orige n francés Sabatèe q ue M artín, q ue pas ando por H e rnánde z de lRío y
prim e ro s e trans form ó e n Sabate r, l ue go e n M artín de lRío, s e q ue daría m ás tarde s ólo en
Sal batie r q ue cam biaría a Sal vatie r, para de lRío para concl uir a finale s de ls igl
o XIX
te rm inar convirtiéndos e e n Sal
vatie rra. O e lde la convirtiéndos e e n Ríos.
e volución h as ta e lape l l
ido Ríos de s de Pe dro

Be nito R om án de Pu e bl
a Be nito R om án de Figu e roa
(AH PM : 14.4.1623) (AH PM : 15.6.1628)
Para final izar e s ta s e ncilla re fl e xión s obre l os
ape l lidos voy a h ace r una bre ve re fe re ncia a
s us pos ibl e s oríge ne s. Es tá cl aro q ue l os
prim e ros ape l ativos te ndrían q ue e s tar
re lacionados con alguna particul aridad
e s pe cialde l a pe rs ona, y as í e ncontram os q ue
la proce de ncia de l os ape l lidos pue de s e r
m uy dive rs a. Al gunos s urge n de circuns tancias
pe rs onal e s de l portador (M ore no, de l a
Rubia...);otros de loficio, cargo o s ituación e n
s u vida s ocial (G ue rre ro, Te rne ro...); con
fre cue ncia indican la local idad de
proce de ncia o e ll ugar donde re s ide n (de l
Cas til l
o, de l a Ve ga, de Al m one s te r, Laguna,
O caña...);aunq ue q uizás l os m ás fre cue nte s FUENTES D O CUM ENTALES
s e an l os patroním icos, s ie ndo form ados e n
cas te llano ge ne ral m e nte añadie ndo e ls ufijo - •ARCH IVO D IO CES ANO Y CATED RALICIO D E
e z (G onzál e z, h ijo de G onzal o;G utiérre z, h ijo M ÁLAG A
de G utie rre ; Xim éne z, h ijo de Xim e no; •ARCH IVO H IS TÓRICO PRO VINCIALD E M ÁLAG A
Enríq ue z...). D e todas m ane ras, s e a cualfue s e (AH PM )
la proce de ncia de cada ape l l
ido, e n bre ve •ARCH IVO H IS TÓRICO NACIO NAL
tie m po iría pe rdie ndo su s ignificación
originaria, rom piéndos e e n tan s ól o al gunas BIBLIO G RAFÍA:
pocas ge ne racione s cual q uie r as ociación con
e lm otivo q ue die ra orige n a és te , l le gando as í •ALBAIG ÈS, J.M .: Elgran l ibro de l os ape l
l
idos.
a nue s tros días. Círcul
o de Le ctore s. Barce l
ona, 19 9 9 .

25

También podría gustarte