Está en la página 1de 10

,

FILOSOFIA

U N I D A D Nº 2

Teorías del Conocimiento

Prof. P a t r i c i o B o r d o n e

Escaneado con CamScanner


Los griegos introdujeron los
¿Qué es el c o n o ci m i e n t o ?
términos que a ú n hoy se usan

para designar a las ramas de


La p r e g u n t a ¿ q u é es e l co n o c i m i e n t o ? ha sido abordada a lo largo de
la .filosofía que se ocupan de
la h i s t o r i a d e l a fil o s o fí a . I n c l u s o , l o s p ro b l e m a s r e l a ci o n a d o s con e l co­
los problemas del
nocimiento han dado l u g a r a ra m a s d e l a filosofía ll a m a d a s "Teoría del
conocimiento: la gnoseología

. y la epistemología. Esos conocimiento", "Gnoseología", o "Epistemología".

t é rm i n o s son gnosis A l g u n o s a u t o r e s h a n i n t e n t a d o d e s c r i b i r l o q u e s u c e d e c u a n d o se d a

("conocimiento") y episteme
el fenómeno del conocimiento. El conocimiento es u n tipo de r e l a ci ó n

1 ("saber" o "ciencia").
q u e se e s t a b l e c e e n t r e u n sujeto y u n objeto. No p o d rí a h a b e r c o n o ci ­

m i e n t o si fa l t a r a a l g u n o d e estos p o l o s d e l a r e l a c i ó n . Sujeto y objeto s o n

c o n c e p t o s i n t e r d e p e n d i e n t e s : s ó l o p u e d e h a b e r objeto d e c o n o ci m i e n t o

p a r a u n sujeto c o g n o s c e n t e y a l g u i e n es sujeto c o g n o s c e n t e si t i e n e a n ­

te é l a u n objeto d e c o n o ci m i e n t o . Por e j e m p l o , si u n ci e n t í fi c o está i n ­

teresado en e s t u d i a r e l f e n ó m e n o de los s u e ñ o s , entonces los s u e ñ o s pa­

s a n a s e r su objeto d e c o n o c i m i e n t o y e l ci e n t í fi c o , a l i n v e s t i g a r ese o b ­

j e t o , c u m p l e e l ro l d e sujeto c o g n o s c e n t e .

E l c o n o ci m i e n t o i m p l i c a u n a a c ci ó n d e l sujeto. En p r i n ci p i o , esta a c c i ó n

consiste en atender a un aspecto de la r e a l i d a d y en t r a n s fo r m a r l a (por

m e d i o de esa a t e n ci ó n ) en objeto. La r e a l i d a d q u e n o s ro d e a n o s ofrece i n ­

fi n i d a d d e f e n ó m e n o s , muchos d e e l l o s m u y c o m p l e j o s . Pero l a a c t i v i d a d

d e l c o n o ci m i e n t o no se a p l ic a a toda l a r e a l i d a d , s i n o a u n aspecto de e ll a

que ( p o r diversos motivos) nos interesa especialmente. Si, por ejemplo,

q u e r e m o s c o n o c e r el c o m p o rt a m i e n t o d e u n ci e rv o , o b s e rv a r e m o s l o q u e
[ La palabra "objeto" no remite

rJ necesariamente a una cosa h a c e e n su h á b i t a t y dej aremos d e l a d o t o d o l o q u e n o t e n g a q u e ver con

� material. El objeto de n u e s t ro i n t e r é s (el t i p o d e p l a n t a s q u e se e n c u e n t r e n en ese h á b i t a t , el r u i ­

1 conocimiento es lo que un
do d e u n arroyo c e r c a n o , l a p r e s e n ci a de u n o s insectos q u e n o m o l e s t a n a
t sujeto pone frente a él por
este a n i m a l n i i n fl u y e n e n su c o m p o rt a m i e n t o , etcétera).
i� estar interesado en conocerlo.

i Los objetos de conocimiento


¿ C u á n d o se d a e l c o n o c i m i e n t o ? El c o n o c i m i e n t o t i e n e l u g a r c u a n d o

� pueden ser: cosas materiales y e l sujeto c o g n o s c e n t e l o g r a c a p t a r o a p r e h e n d e r c a ra c t e r í s t i c a s e s e n ci a ­

�Í tangibles (edificios, ciudades, les del objeto. Las c a r a c t e r í s t i c a s e s e n c i a l e s d e un objeto son a q u e ll a s

t� herramientas}, entes que lo hacen ser lo que es, aquellas que lo d e fi n e n . Siguiendo con el

t� inmateriales (n�meros, =: e j e m p l o a n t e r i o r , e l ci e rv o q u e o b s e rv a m o s t i e n e c a r a c t e r í s t i c a s p a rt i c u ­
tF teorías}, seres vtuos [animales,
l a r e s (el t a m a ñ o d e s u s c u e rn o s , l a s m a n c h a s e n su c u e r p o ) q u e n o s o n
t:� plantas, bacterias),
e s e n c i a l e s a l o s c i e rv o s s i n o q u e s o n a c c i d e n t a l e s (ese t a m a ñ o p o d r í a s e r
�;� scnsacione� (�olor, placer�,

f� estados p s i q u i c o s (angustia, m e n o r o e s a s m a n c h a s p o d r í a n t e n e r otras fo r m a s ) . O b t e n d r e m o s u n co­

(l depresión, alegría), obras n o c i m i e n t o si l o g r a m o s c a p t a r a q u e l l a s c a r a c t e r í s t i c a s q u e s í son _ e s e n ­

t, artísticas (musicales,
c i a l e s a l a e s p e c i e d e l o s c i e rv o s ( e l m o d o e n q u e o b t i e n e e l a l i m e n t o , l a
1 . : literarias, pictóricas). Todo
manera en q u e se comunica con o t ro s c i e rv o s p a ra a l e rt a r l o s s o b r e la
L puede ser objeto de
p r e s e n ci a d e u n a n i m a l q u e p u e d e a t a c a r l o s ) .
c o n o ci m i e n t o .

Los p ro b l e m a s d e l c o n o ci m i e n t o

En l a a c t u a l i d a d , d i fí c i l m e n t e a l g u i e n d u d e d e l a p o s i b i l i d a d d e c o n o ­

cer y de l o s a l c a n c e s d e l c o n o c i m i e n t o .

Escaneado con CamScanner


los a v a n c e s c i e n t í fi c o - t e c n o l , .
na para c o m p r e n d f . ogicos nos muestran la capacidad h u m a -
I
embargo esa .d e r ?s e n o m e n o s de la naturaleza Y de la sociedad. Sin
, ev: encra es r e e m p l a z a d I d

ciencia d . . ª por a u d a c u a n d o se t o m a c o n -
e 1
a in s e g u ri d a d d e g r a n rt d
bl pa e e n u e s t ro s c o n o c i m i e n t o s . Y p ro -
I
e m a s p _ a n t e a d o s p o r diversos fil ó s o fo s d e s d e l o s i n i ci o s d e l a fi l o s o fí a s i -

g u e n t e ni e n d o v i g e n c i a y s i g u e n d i s c u t i é n d o s e hoy.

Estos p r o b l e m a s s o n , a l menos, tres:

1)
El p roblema de la po sibilidad del c o n o ci m i e n t o : ¿Es p osible co­

n ocer? Pa rece u n a p regunta absurda si tenemos en cuenta to do lo q u e

l os s eres h u m anos h an l ogrado descubrir y compr ender. Lo q u e se p l a n ­

tea, e n e ste p ro b l e m a , es si es p osible ca ptar y aprehender la realidad tal

5-
cu al � Dic�o d e o t ro m odo, si es p osible u n conocimiento objetivo, ne­

ce s a ri o Y u ni v e r s a l. Com o v eremos en este capítulo, los s o fi s t a s y los es­

céptico s niegan la p o s i b i l i d a d de u n co nocimiento obj etivo. Para e ll o s , el

c o n o ci m i e n t o d eriva d e nuestras s ensaciones y e s, p o r l o t a n t o , s ubjeti­

v o Y rela tivo. Para lo s d ogmáticos, en c ambio, e s posible un c o n o ci m i e n ­

t o c e rt e ro y objet i vo.

2) El p ro b l e m a d el origen del c o n o ci m i e n t o : ¿ C u á l es e l origen del

c o n o ci m i e n t o ? ¿ C u á l e s s o n l a s fu e n t e s d e l c o n o ci m i e n t o ? Estas p r e g u n ­

tas i n d a g a n sobre c u á l e s son l a s fa c u l t a d e s o c a p a c i d a d e s h u m a n a s q u e

nos permiten conocer. D e s a r ro l l a r e m o s t res posturas q u e intentan r es­

p o n d e r a esta c u e s t i ó n : l a r a ci o n a l i s t a , l a e m p i r i s t a y l a c r i t i ci s t a . S e g ú n

l o s r a ci o n a l i s t a s , l a r a z ó n es l a fa c u l t a d h u m a n a q u e h a c e p o s i b l e e l co­

n o c i m i e n t o . Par a l o s e m p i r i s t a s , esa fa c u l t a d n o es l a r azón s i n o la expe­

r i e n ci a . Para l a p o s t u r a c r i t i ci s t a , n o p u e d e h a b e r c o n o c i m i e n t o s i n l a i n ­

t e rv e n ci ó n d e a m b a s fa c u l t a d e s .

3) E l p ro b l e m a d e l a l c a n c e d e l c o n o ci m i e n t o : ¿ C u á l e s s o n l o s a l c a n -

ces o lí m i t e s d e l c o n o c i m i e n t o ? ¿ Q u é se p u e d e c o n o c e r ? La respuesta a

este p ro b l e m a d e p e n d e d e c ó m o h a y a s i d o r e s u e l t o e l p ro b l e m a a n t e r i o r : ·

si l a postura es r a ci o n a l i s t a , p u e d e n o h a b e r l ímites p a r a e l c o n o ci m i e n ­

t o : si l a p o s t u r a es e m p i r i s t a , s ó l o se p o d r á c o n o c e r l o q u e se p r e s e n t a a

l a e x p e r i e n ci a h u m a n a ; s i l a p o s t u r a es c r i t i c i s t a , t a m b i é n e l c o n o ci m i e n ­

to se l i m i t a r á a l m u n d o d e l a e x p e r i e n c i a . En es t e c a p í t u l o d e s a r ro ll a r e -

m o s estas r e s p u e s t a s .

Los sofistas

La d e m o c r a ci a a t e n i e n s e ( e n la primera m itad del siglo V a ntes de

Cristo) era u n t i p o d e d e m o c r a c i a d i r e c t a e n l a q u e l o s ci u d a d a n o s , r e u ­

nidos en asambleas, tomaban las decisiones que consideraban perti­ Todos los seres h u m a n o s somos su]

cognoscentes c u a n d o q u e r e m o s sal
nentes para solucionar los p ro b l e m a s y s a t i s fa c e r l o s i ntereses d e e sa
sobre a l g o y nos e m p e ñ a m o s en l o �

s o ci e d a d .

Escaneado con CamScanner


, .

._,,� � . ,, . ..
'• ' / 11� 1 .v :)! ,· ; • '

· - - -

3 j' • •

r.. .t, r..· ( ' � � : 1 1 • 11_; � ¡ :_ q

La p a l a b r a e u c e p t i ci s m o p ro vi e n e <J , , J V " r 1- . ,

. ·1 \.. \.. JJ(J g n P ' ' º e�/c(· l . . i f


VJg1 ar, e x a m i n a r c u i d a d o s a m _, t . �f, ,. , tp ()'mra, q u e s i g r n 1ca
. en e:, 11 0 c o n fi a r <·n J ac; , ,

afJrniar nada p r c c í p í t a d a rn c 11 1 . e . J r1p,1re11tes ccrt<.:_za:,, d u d a r , n o

En l a h i s t o ri a del pensamiento occidental . .


se c u e n ta acompañe AJ . ar)arcce C<Jn P1rr611 de E l i 8 q u i e n , s e g ú n
0

L· . . ' '. · . • ª
eianoro Magno en su conquisl.a de Oriente 034-32'.J a. C.).
a coi1frontac10n con l o s valore . . lt l
,, . s cu ura es de esos p u e b l o s influyó tanto en
. -, u manera de c o r n p r e n cl e r la realid d l

.. . "- a , como a e x p e r j c n c i a d e observar la r a p í d e z


con que _se p o d í a destruir todo lo que hasta e n t o n c e s había sido considerado i n ­
destrucl1 b l e .

De regre�o ª Elís, no fundó una escuela p r o p i a m e n t e . d i c h a pero tuvo admira­

do.res Y segmdores que recogieron del maestro, sobre todo, un modelo de vicia. Pi­

rran n o dejó nada escrito pero, a través de sus discípulos, se sabe que considera­

ba q u e l as cosas del m u n d o son inestables y q u e los sentidos y la razón n·� son

capaces de alcanzar la verdad. La única actitud correcta que el hombre p u e d e asu­

mir es permanecer sin opinión, porque toda opinión ya es un juicio y no se p u e d e

afirmar ni negar nada con absoluta certeza.

C o n Sexto Empírico, médico y filósofo griego de principios del siglo III d. C . , E n el s i g l o xvi, M o n t a i g

aparece la forma más radical del escepticismo: u n i ó a r m ó n i c a m e n t e el

e s c e p t i ci s m o con el
"Siempre que buscamos si el objeto es tal como nos aparece, concedernos que h u m a n i s m o renacentist

aparece. No ponemos en duda el fenómeno sino lo que se dice del fenómeno: y

esto es diferente del fenómeno mismo. Así la miel nos parece dulce; lo admitirnos

porque tenemos la sensación dE: dulzor. No investigamos sí la miel es dulce por

esencia, porque esto no es un fenómeno sino un juicio sobre el fenómeno."

Los escépticos no declaran la imposibilidad de alcanzar algún conoci­

miento verdadero porque ése ya sería un juicio afirmativo. Suspender el

juicio es saber que toda supuesta verdad es sólo provisional, y que de­

p e n d e de l as .a p a rí e n c í as circunstanciales.

. No olvidemos que una postura escéptica frente al conocimiento

influirá en la actitud que un sujeto o una sociedad tenga ante la vi­

da. En este sentido, el escepticismo tiene que ver con el descrei­

miento en las instituciones, la falta de confianza en un proyecto po­

lítico, en la validez de los· principios éticos incontrovertibles o en

la posibilidad salvífica de un fundamento religioso.

fa-------------:----
7
: c;a b a
,, a s o u e . . . .

Escaneado con CamScanner


Uelutivismo �/

Según el diccionario fil , ·


. o s ó í i c o de Ferrater Mora, el relativismo es la postura
que considera que no d
po emos conocer nada de manera absoluta: todas l as llama-
d as verdades todos I · · · • •
. . , os J Ui c 1 0 s emitidos, son relativas a los sujetos, a la é p o c a , a
1
as circunstancias, a la cultura. ·

En la filosofía occidental el l ti' · • . . , .


, . , re a vismo tiene su pnmera expresion importan-

te en Protágoras (siglo v e) t , , .
a. · , con emporaneo de Socrates y an11c10 personal de

Pericles, quien se llamó a sí mismo sofista. Según Platón, Protágoras afumaba:

Yo <ligo que el. nombre es la medida de lo que es y de lo que no es; y

<J'LW hay ii-ru1, in1nensa, diferencia entre 'u.n individuo y otro, precisa­

mente porque para. uno son. y parecen ciertas cosas, para el otro 'otras
[ . .. } .

Para el relativismo no hay verdades reconocidas por todos y esto determina,

en el ·plano de la acción, la falta de criterios fm'nes para evaluar y elegir.

Dogmatismo

Con el tiempo, la palabra dogma fue variando su s i gnifi c a c i ó n . Un dogma era,

en principio, una opinión tenida corno cierta. Hacía referencia a los j ui ci o s consi­

derados verdaderos y sobre los que se podía construir una doctrina. �


_,

m
Posteriormente, la palabra d_ogma adquirió el carácter de verdad i n a m o vi b l e ·a.

o
u
o
e incuestionable que se acepta, o bi en c o m o ob vi a o bi en c o rn o p r in c ip io de a u­
.E
toridad. En este último s e ntido, po d e rn o s hablar de una posic i ó n do gmática n o

sólo res p ecto de cu e sti o n e s religiosas s ino tam b ién d e cuesti o nes políticas o

científi c as.

En e l interior d e la ac titud do gmática hay una re sistencia al

cambio que s e manífiesta co m o t e n d enci a a la r e p e t i ción. S e

sobrevalora el criterio de a utoridad de l a tradición com o pauta

de discernimiento e ntre lo verdadero y l o falso; se apela al pa­

pel legitimador de las costumbres y en e special de las buenas

costumbres, sin c uesti on ar sus presupuestos.

Cuando en la reflexión acerca del c on ocimiento usamos la

palabra dogmatismo nos re ferimos ª. la actitud de confianza en

las verdades .sost en i d as, las cuales sirven de fundamento a un

· sistema de pensamien t o , sin pasar por un examen crítico de as


l

mismas.

Sócrates bebiendo la cicuta.

F r a g m e n t o de una

m i n i a t u r a que ilustra un

códice del d i á l o g o

platónico Fedón. Biblioteca

Nacional, M a d r i d .

l
1,

Escaneado con CamScanner


C r í itk r 1

El c o n o c i m i e n t o requiere siempre una crítica. porque las cosas ne, suelen ser

c o m o parecen o como creíamos que eran. Consideramos como tal a la p o s i c i ó n

reflexiva que examina y evalúa el conocimiento. Se diferencia de la actitud natu­

ral o espontánea que todo lo da por obvio, del dogmatismo que, como vimos, con­

sidera ciertas afinnaciones como incuestionables y del escepticismo radical des-

de donde ningún conocimiento es posible. ·

Comparte con este último el ejercicio de la d u d a , el examen atento pero

con un fin diferente. Éste es el de lograr un conocimiento racionalmente fun­

damentado .

. Sabemos que en el conocimiento siempre se ponen en juego prejuicios, ideo­

logías y saberes previos, que s� no se consideran dirigen el rumbo de lo que que­

remos saber.

La postura crítica implica, en un primer momento, saber acerca de todas las

determinaciones que nos afectan cuando queremos conocer, Nose trata de creer

que con esto lograremos eliminarlas definitivamente, pero sí que podremos ma­

nejarlas.

En un segundo momento, esta puesta en cuestión de los conocimientos desde

una posición crítica f!.OS conduce a la búsqueda de fundamentos racionales


' que

den cuenta ele la verdad o falsedad de lo afirmado,

� Veremos más adelante el pensamiento de Kant, quien hace de la crítica el eje


• .J

ft!
·a. de su filosofía.
o
u
o

-2
a

. · . · -

. . , ·

. , , ...

• 1

1 . · A n a li c e n la s i g u i e n t e e x p r e s i ó n de Protágoras:

El hombre es la medida de to de s las cosas:

•• • 2. A v e r i g ü e n q u é e n t i e n d e n s u s a m i g o s y/o fa m i li a r e s y/o· docentes, c u a n d o afir-

m a n . q u e u n a p e r s o n a es d o q rn á t i c a , y c u a n d o d i c e n q u e es e sc é p t i c a ,

3. Para d i s c u t i r :

t • C u á l e s son los r i e s g o s de las po s i ci o n e s escépticas a u l t r a n z a y c u á l e s los d e


l .

las p o s i ci 0 n � s e x a g e r a d a m e n t e d o g m á t i c a s ?

, E l a b o r e n un i n fo r m e br =v e con l a s c o n cl u s i o n e s .

Trona ti,·!

c o 11 n ci 11 11 r11 / 11 11 l
E":º?'..:. -.,.--�•·�-1'3

Escaneado con CamScanner


q u e t a l e s a u t o r i d a d e s l o a fi r m a . .

tit · s e n , q u e c i e r t o s l i b ro s o a u t o r e s o i n s -
4 u c i o n e, no podía · . '
. n e q u i v o c a r s e . A s 1 , p o r e j e m p l o , c u a n d o C o p é rn i c o
sostuvo q u e l a Tierra g i r a b I d d
, . a a re e or de l S ol , f ue c u e s t o i n a d o p o r q u e

l o � u e el a fir m a b a c ontrade cí a lo di c h o e n l a B i b l i a . E l m é t o d o d e a u -

to ndade_ s f ue m uy c riti c ado duran t e e l R e n a c i m i e n t o , é p o c a e n q u e

c omen z o a g est a rse la c ien c ia mode rn a , con sus m é to d o s de observa­

c i ó n y e x p erimen t a c i ó n .

El racionalismo: Descartes

Renato D e s c a r t e s , fi l ó s o fo fr a n c é s q u e v i v i ó e n t r e l o s a ñ o s 1596 y

1 6 5 0 , se p ro p u s o r e c h a z a r e l m é t o d o d e a u t o r i d a d e s p ro p i o d e l a fi l o ­

sofía m e d i e v a l y e s t a b l e c e r b a s e s s ó li d a s p a r a l a c i e n c i a m o d e rn a q u e

co m e n z a b a a d e s a r ro l l a r s e e n s u é p o c a ( g r a c i a s , f u n d a m e n t a l m e n t e , a

l a l a b o r d e G a l i l e o G a l i l e i ]. Desq,ide:¡__busca f u n d a m e n t a r l a p o s i b i l i d a d
Descartes n o s ó l o fu e u n n o t a b l e
de un c o n o c i m i e n t o a b s o l u t a m e n t e s e g u ro , o b j e t i v o , n e c e s a r i o y u n i ­
fi l ó s o fo s i n o t a m b i é n u n r e c o n o c i d o

v e r s a l. S e p ro p o n e fu n d a r e l s a b e r s o b r e b a s e s c u y a fi r m e z a esté m á s c i e n t í fi c o . E n t r e s u s d e s c u b r i m i e n t o s

s e e n c u e n t r a n los p r i n c i p i o s de l a
a l l á d e t o d a sospedíaj Para e l l o , D e s c a r t e s proyecta d u d a r d e todo h a s ­
geometría a n a l í t i c a y la ley de
ta h a ll a r a l g u n a e v i d e n c i a q u e s e a a b s o l u t a m e n t e i n d u b i t a b l l.' S u p l a n
r e fr a c c i ó n d e l a l u z .

es n o a c e p t a r n a d a q u e s e a d u d o s o y s ó l o d a r p o r v á l i d o l o q u e'--
sea a b -

s o l u t a m e n t e c i e r t V L o q u e e s t e fi l ó s o fo d e s e a es v � r s i d u d a n d o d e t o ­

d o q u e d a a l g o q u e s e r e s i s t a a l a d u d a . Esta d u d a q u e D e s c a r t e s d e c i ­

d e a p l i c a r a t o d o es u n a d u d a m e t ó d i c a p u e s es e l c a m i n o p a r a ll e g a r

a l a v e r d a d ( s i es . q u e esta v e r d a d e x i s t e ) .

'
E n vez d e d u d a r dé2ada s a b e r p a r t i c u l a r , l o q u e s e rí a u n a tarea i n -

fi n i t a , D e s c a rt e s a p l i c a l a d u d a m e t ó d i c a a l a s fu e n t e s d e l c o n o c i m i e n ­

t o , es d e c i r , a l a s e n s i b i l i d a d y a_ l a r a z ó n . S i estas f u e n t e s s o n d u d o s a s ,

e n t o n c e s t o d o l o c o n o c i d o a t ra v é s d e e ll a s t a m b i é n l o s e r á . •

Su c r í t i ca al saber proveniente de la sensibilidad es s e n ci ll a : l o s :

s e n t i d o s a veces nos e n g a ñ a n p u e s en o c a s i o n e s nos h a ocurrido creer

v e r a l g o y l u e g o c o m p ro b a r q u e e r a otra c o s a ( p o r e j e m p l o , v e r u n a r ­

busto a l a d i s t a n c i a y d e s c u b r i r ) u e g o q u e era u n h o m b r e ) . Si n o s e n -

. g a ñ a n d e b e n s e r d e s e c h a d o s p o r Ofrecer c o n o � i rh i e n t ?, s dudo;_os. : .

Su crítica al saber proveniente de la razon es, e n . c a rn b i o , mas

.comole]a. No es posible dudar de l a s 'v e r d a d e s .


ª las q u e ll _e g ám 9 s �

• • tr a v é s d e 1 � r a z ó n : " e l t o d o · e s m a y o r q u e l a s p a r t e s " , "ttido· o b j e t o �S·

· • i d é n :t: i c � � a s í m i s m o " , " d o s m á s d o s s o n c u a t ro ' : S i n e m b a r g o , aic� D e s ­

• - c a r t e s , p o d r ía o c u r r i r q u e u n d i o s m a l i g n o ( u n d e m o n i o ) m e ��té e n -

" .. a n d o y rn e hág· a c r e e r q u e es a b s o l u t a m e n t e c i e r t o l o q u e . e s f a l -
gan . • • • • • . . .
• 5 PSe d e m o n i o e x i s t ie r a , n i n g ú n s a b e r s e r � a s � u r q p s e s m , .r a _ z o n

so. � • d ·
' · · , iendo engañada p o r u n s e r � lJ p e r i <> r y t r a s c e n ente. •

�-la. S I · "" • ·�• • • _.' • . · , .- . .

� � � , f. ,. .,.. • ·
. -. , . . . - , � .

Escaneado con CamScanner


En este p u n t o , a l postular la hipótesis de u n dios o genio maligno,

D e s c a r t e s ll e g a a l e x t r e m o d e s u d u d a y se e n c u e n t r a e n l a m á s a b s o ­

l u t a i n c e r t i d u m b r e . S i n e m b a r g o , es e n e s t e e x t r e m o c u a n d o e l fi l ó s o ­

fo fr a n c é s a l c a n z a la primera verdad a b s o l u t a m e n t e indubitable: aun

c u a n d o el g e n i o m a l i g n o p u d i e r a e n g a ñ a r m e en todo no podría e n g a ­

ñ a r m e a c e r c a d e l o s i g u i e n t e : q u e estoy d u d a n d o . Y s i estoy d u d a n d o ,

entonces existo. La evidencia del p ro p i o pensamiento y del p ro p i o

e x i s t i r es l a base d e l a p o s i b i l i d a d d e u n c o n o c i m i e n t o s e g u ro .

S i n e m b a r g o , s i existiera e l g e n i o m a l i g n o s ó l o p o d r í a a s e g u r a r es­

ta evidencia y n i n g u n a m á s . Por e ll o , D e s c a r t e s se e m p e ñ a e n refutar

la p o s i b i l i d a d d e l a e x i s t e n c i a d e e s t e ser.

Dios como garantía del conocimiento

Para desechar la posibilidad de la existencia del genio maligno,

Descartes i n d a g a c u á l e s son l a s i d e a s q u e h a y en e l pensamiento.

S u a r g u m e n t o es e l s i g u i e n t e : � l o sé q u e p i e n s o y q u e , p o r l o t a n ­

to, existo. ¿ C u á l e s s o n las ideas q u e hay en m í ? U n a d e e s a s i d e a s es

la idea de Dios. Es l a i d e a d e JJ n s e r p e r f e c t o . ¿ C ó m o ll e g ó esa idea a

estar e n m í ? Yo n o p u e d o s e r l a c a u s a d e esa i d e a p u e s yo soy u n s e r

imperfecto (puesto q u e d u d o ) y lo imperfecto no p u e d e ser causa de

l o perfecto (ya q u e e l efecto n o p u e d e s e r m a y o r q u e su c a u s a ) . P o r l o

tanto, la causa de la idea de un ser perfecto es una idea innata que

f u e p u e s t a e n m í p o r u n s e r perfecto, es d e c i r , p o r e l m i s m o D i o s . D e s ­

cartes cree h a b e r demostrado, de este m o d o , y por métodos exclusi­

v a m e n t e r a ci o n a l e s , l a e x i s t e n c i a d e D i o s .

Dios e x i s t e y, como es perfecto, no puede ser engañador. De este

m o d o se restablece la c o n fi a n z a en el conocimiento ra ci o n a l , ya que

D i o s es la garantía de q u e lo e v i d e n t e es v e r d a d e ro . Y s o n evidentes

las verdades de la r a z ó n ( p o r e j e m p l o , l o s p r i n ci p i o s m a t e m á t i c o s ) . En

cambio, el saber sensible sigue siendo poco c o n fi a b l e aunque Dios


El racionalismo sostiene que
e x i s t a , ya q u e es u n a fa c u l t a d q u e en más de una ocasión p u e d e fa ­
la razón puede conocer la

realidad sin recurrir a los ll a r y m o s t r a rn o s c o m o v e r d a d e ro l o q u e es fa l s o .

datos q u e ofrecen los En s u m a , Descartes logra d u d a r de t o d o a p l i c a n d o la d u d a m e t ó d i ­

sentidos. Esta concepción


ca a l o s s a b e r e s s e n s i b l e y r a c i o n a l. Este c a m i n o d e l a d u d a se d e t i e ­
supone q u e la realidad
ne ante la primera verdad absolutamente indubitable ("dudo, enton­
misma tiene una estructura
c e s e x i s t o " ) . D e s d e e s t a e v i d e n c i a , e l fi l ó s o fo fr a n c é s d e d u c e o t r a v e r ­
racional afín a la razón

h u m a n a . Hay u n a d a d : " D i o s existe". Y esta segunda verdad funciona c o m o g a r a n tí a de

correspondencia entre la t o d a s l a s v e r d a d e s e v i d e n t e s a l a s q u e se l l e g a a través de la razón.

estructura de la realidad y
El racionalismo de Descartes, c o rn o otras posturas racionalistas
nuestra razón. En el
posteriores, sostiene que el v e r d a d e ro co n o ci m i e n t o es aquel que se
pensamiento de Descartes,
l o g r a con la s o l a y e x c l u s i v a a y u d a de la r a z ó n . sin r e cu rr i r a l a e x p e ­
Dios es el garante de esta
r i e n ci a , a l o s s e n t i d o s .
correspondencia.

Escaneado con CamScanner


F u e ri -t' i::,
7 :

R e sp o n d a n por c s � ri t o a las·
La u n i v e r s a l i d a d d e l a razón

· siguientes consignas:

La ra:ón no es �lgo que me c u e n t a n los demás, n i el fruto de mis


� •¿Cuáles son las

est�d,os o de .n:' experiencia, sino un procedimiento i n t e l e c t u a l \ . ' ,.

t :· c�rá�tc_risticas que
crttico q � e uüiizo p a ra organizar las noticias q u e recibo, los estudios
s e g ú n Savater
q u e realtzo � = experiencias q u e tengo, aceptando unas c o s u s '(al
'.· : d i s Ü � gu e n ,

¡ , ' 1 . . . • ' ·
c1

¡ - l ar a zón ? .
m e n o s prov1Stonal�ente, a la espera de mejores argumentos) y · 1
: : ,:: \ .: • J 4,, ·"\ 1

descartando otras, m t e n t a n d o siempre vincular mis creencias entre "1 •


1
11!1 ¿Por qué la ra z ó n , bien
• ,,, 'I '/ • • •

sf con cierta armon(a. Y lo primero q u e la razón intenta armonizar . ; - : : : � p l ic � d a ; p e rm i t e ll e g a r a


1 •• : ••• ,7� . .- ,, ' .

es m_i p u n t o de vista m e ra m e n t e personal o subjetivo con un p u n t o :· vconsensos? .


' : , · � ' t{},l,� � · t ''• • • ··. •

de v1st� más objetivo o intersubjetivo, el p u n t o de vista desde el q u e


tX,.l:f�r :qu� e lo d i o � la .

cuaiquier otro ser racional puede considerar la realidad. Si u n a 1

1i' �i�#ip�;�.:.�q��v�le11te' a1 . C? d i o _ ; , · . . ...

cre�nc�a mfa se apoya en argumentos racionote«, no pueden ser -.·" ...,. � · • - ., .. 1 , tl , .. , t , ... • . • ,. .. ? "" . .. • ·. • • ' t t

1 i ..� ; l a ) h 1 . r:n . � m 9 � d � . , _ :- . , . : r. · •, 1 · .. _.
1

n:,r. Lo t.. 1
1 ..• . .... :·,·
tacionaies sólo para caioaensuco de la razón es q u e nunca iº�\' 111;
· , · ., . ,\.· .. , • . . .. • • ► , • • � .! ... ' \ ..

t - ci: - • � , .. , ; , .i: ' 1 � • • ,.. , , • · , . , • • � '• • •

t.:.• .. �
es exclusivamente m_ i razón. De a q u r proviene la ·esencial · · ' J. � � � � - t :. ,, : , • ,_ -.:.· ....: • • • • - ·-- - • .._ .. .!

universalidad de la razón, en la q u e los grandes filósofos como

Platón o Descartes 'siempre h a n insistido. Esa universaiidad

significa, primero, que la razón es universa! en el sentido de que ·

todos los hombres la poseen; inciuso lo s - q u e la 11san peor (lo_s ,:nás

tontos, para entendernos), de modo que con at�nción y paciencia

todos podrfamos convenir et? los mismos _a�gume·ntos sobre .a_-,gunas .·

1 cuestiones; y, segundo, que la [uerza . decon vicc i á nde los · . ·: . . ., , .

. ·. razonamientos es C�,:>?_prensibl� Pª(ª' Cf.:laf qJie�a, _·cory tal �e que_ .s�··.· . :' ,- .: ' .

• .decidao seguír el r>:étod_9 raclonal; �é m�do -�u� la :,a�ó�_pue_�é.:'Y_ ·. : ·,

·�eryir.de:árbitro para zaniar much<:1s:df�putas-�ntre'losJi?,r,'b'res=· .�sa:.· ·_-

, . facultad (¿ese conjunto de facultades?y'llamada'rai:ór, es . '· · : . :·


�- .

. '
.precisamente lo que t?�OS los humanes �enemos·en comú� y, en. él/o_;: . .

\ . .

, · .··se [unda nuestra hut:iar,i�ad cómpa,:t���;- Por e�o.·�6cr�te� prev,�ne. .. , . ,

•. - a _/ j o v e � . Fedán contr�_ _ dej�rs-� fnv�1!:. p�� e� odi� a !os · · , � ;·c.·, ,'' .' 1 '-'

razonamientos "ícorno algunos llegan a odiar a los hombres. Porque-

�º existe un m a l mover qu� caer pr�sa de ese_.�dio ido� .

'.razonamientos" -(Fedó!7, 8 9 c - 9 1 b )': Det.estar la raión ·�s q�testa_r a la

· humanidad, tanto a �a propia com? � - la ajena. . _ . .

F e rn a n d o Savater, Las preguntas de fa vida,

Ariel, Barcelona, 1 9 9 9 , PP �2 :- 53·

El e m p i r i s m o : H u m e

En l a s g u e r r a s se busca i m p o n e r l a
El t é r m i n o " e m p t r i s m o " d e r i v a d e u n a p a l a b r a g r i e g a : emp�iría. Empe�-
razón de l a f u e r z a . Pareciera ser q u e

, · í fi c a " e x p e r i e n ci a " El e m p i r i s m o es l a p o s t u r a q u e s o s t i e n e l a t e s i s el m o d o d e t e r m i n a r con l a s g u e r r a s ,


na s i q n : 1 • • • • •

es, entonces, h a c e r que prevalezca l a


c o n t r a r i a a l r a c i o n a l i s m o . N o es l a ra z ó n s i n o l a e x � e n e n _ c 1 a _ l a u ru c a f u e n -
fuerza de l a r a z ó n .
te d e l c o n o c i m i e n t o , y s i n l a e x p e r i e n ci a n o es p o s i b l e n m g u n s a b e r .

Escaneado con CamScanner


La m e n t e es c o m o u n " p a p e l e n b l a n c o " en el q u e la e x p e r i e n ci a va es­

c r i b i e n d o . N o e x i s t e n a d a "a p r i o r i " , n i i d e a s perfectas q u e el a l m a haya co­

n o ci d o en otro m u n d o ( c o m o a fir m a b a P l a t ó n ) n i i d e a s i n n a t a s (como afir­

maba Descartes). U n o de los e x p o n e n t e s más destacados del empirismo

fue e l fi l ó s o fo i n g l é s D a v i d H u m e , q u i e n vivió e n t r e los a ñ o s 1 7 1 1 y 1 77 6 .

Para H u m e t o d o co n o c i m i e n t o p ro c e � � d e la e x p e r i e n c i a e x t e rn a ( l a

que p ro v i e n e de los sentidos) y de la experiencia i n t e rn a (estados de

ánimo del sujeto, fe n ó m e n o s psíquicos). A las p e r c e p ci o n e s directas

H u m e l a s ll a m a " i m p r e s i o n e s " ( p o r e j e m p l o , s e n s a c i o n e s de d o l o r , p e r ­

cepciones de color, de textura, etcétera). Las i m p r e s i o n e s se d i f e r e n ­

ci a n d e l a s p e r c e p c i o n e s i n d i r e c t a s o d e r i v a d a s , a l a s q u e H u m e ll a m a

"ideas" (por ejemplo, l o s r e c u e r d o s o l a s fa n t a s í a s ) . Las i d e a s se deri­

v a n d e l a s i m p r e s i o n e s y l a d i f e r e n c i a e n t r e i m p r e s i o n e s e i d e a s es de

v i v a c i d a d o i n t e n s i d a d . El r e c u e r d o d e u n d o l o r es m u c h o m e n o s i n t e n ­

so y v i v a z q u e e l d o l o r m i s m o .

Para H u m e t o d o s n u e s t ro s c o n o ci m i e n t o s d e r i v a n d i r e c t a o i n d i r e c ­

t a m e n t e d e i m p r e s i o n e s . I n cl u s o l a s i d e a s m á s c o m p l e j a s p ro v i e n e n d e

e ll a s . Y n o e x i s t e n i n g u n a idea q u e n o t e n g a su origen e n a l g u n a im­

presión. Esto v a l e t a m b i é n para l a s fa n t a s í a s . Por e j e m p l o , la idea de

" c e n t a u ro " se c o m p o n e d e l a s i m p r e s i o n e s d e c a b a ll o y d e h o m b r e .


La m i s m a i d e a d e D i o s d e r i v a d e l a e x p e r i e n ci a . Es u n a i d e a q u e n o 1

l

es m á s q u e l a r e u n i ó n y m u l t i p l i c a c i ó n a l i n fi n i t o d e i d e a s s o b r e c u a ­ u

l i d a d e s c a r a c t e r í s t i c a s de l o s h u m a n o s . Sé p o r e x p e r i e n c i a que tengo

ci e r t o s a b e r , q u e t e n g o ci e r t o p o d e r , q u e t e n g o c i e r t a b o n d a d . S o n c u a ­ L

l i d a d e s q u e en m í son imperfectas. M u l t i p l i co a l i n fi n i t o las ideas de

s a b e r , d e p o d e r y de b o n d a d y c o n s t r u y o la i d e a d e u n s e r e n e l q u e se

d a n l a s a b i d u rí a i n fi n i t a , e l p o d e r a b s o l u t o , l a b o n d a d p e r f e c t a . La i d e a

d e D i o s n o es, c o m o a fir m a b a D e s c a r t e s , u n a i d e a i n n a t a s i n o u n a i d e a

co m p l e j a q u e conjuga diversas ideas derivadas de s u s correspondien -

tes i m p r e s i o n e s y m u l t i p l i c a d a s a l i n fi n i t o .

D e estas r e fl e x i o n e s , H u m e e x t r a e e l c r i t e r i o p a r a d e t e r m i n a r l a va­

l i d e z de l a s i d e a s . Para q u e u n a i d e a t e n g a v a l o r c o g n o s c i t i v o , es p r e ­

c i s o q u e c o p i e o r e p r e s e n t e fi e l m e n t e u n a i m p r e s i ó n . U n a i d e a es v á l i ­

da c u a n d o c o n c u e r d a con l a s i m p r e s i o n e s d e l a s q u e d e r i v a . S i n o c o n ­

c u e r d a con n i n g u n a i m p r e s i ó n ( c o m o e n e l caso d e la i d e a de ' c e n t a u ­

ro ' } n o es v á l i d a , n o es o b j e t i v a .

E m p i r i s m o y escepticismo

Podría pensarse que las a fir m a c i o n e s del empirismo podrían llevar a

c o n cl u s i o n e s s i m i l a r e s a l a s d e l e s c e p t i c i s m o . La fi l o s o fí a de H u m e t e r m i n a

por d i s o l v e r todo co n o c i m i e n t o y toda r e a li d a d en m e r a s i m p r e s i o n e s . S i n

e m b a r g o , el m i s m o H u m e se h a o c u p a d o de a c l a r a r q u e esto n o co n d u c e

n e c e s a r i a rn e n t - a u n e s c e p t i c i s m o a b s o l u t o ( c o m o e l s o s te n i d o p o r P i r r ó n ) .

Escaneado con CamScanner

También podría gustarte