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Texto Enlaces

A realização da leitura do texto “Enlaces ...”, leva à indagação: como caracterizar


práticas educativas humanizadoras? Por que isso favorece a promoção intelectual
das crianças?
Frente a isso, a autora considera que as instituições escolares devem possibilitar a
apropriação, por parte da criança, da cultura desenvolvida e acumulada social e
historicamente pela humanidade. Nessa perspectiva, a Literatura Infantil pode ser
considerada expressão de conteúdo, estratégia e ao mesmo tempo recurso didático.
Nessa mesma perspectiva, foi pontuado que cabe à educação identificar os
elementos culturais que cada indivíduo precisa assimilar para se tornar humano,
porque o objetivo da educação deve ser, direta e intencionalmente, produzir a
humanidade em cada indivíduo.
É necessário identificar ”o quê” e ”como” ensinar e os recursos que devem ser
utilizados nas aulas. Devemos ter essa organização no planejamento, pois a definição
do conteúdo e os materiais que serão utilizados deve ser baseado em uma
intervenção educativa influênciada pela literatura infantil e no pressuposto teórico-
metodológico que sustenta o fazer do professor.
Reafirmando essa assertiva, Cecília Meireles em seu livro “Problemas da
Literatura Infantil” escreve: Se a criança desde cedo fosse posta em contato com
obras-primas, é possível que sua formação se processasse de modo mais perfeito
(MEIRELES, 1984, p. 123).
Uma das caracteristicas de uma prática educativa humanizadora é que devemos
possibilitar meios para que em todos os espaços e a todo o tempo as crianças vejam,
sintam, ouçam e realizem algo a partir de elaborações.
Temos que considerar que milhares de crianças terão em mãos apenas o que nós
colocarmos nas mãos delas. A possibilidade de escrever, ler e ouvir um texto
enriquecido, está condicionada à função da Educação.
Temos que ter responsabilidade e conduta política, porque nossa sociedade, no
que diz respeito à formação intelectual e cultural, concede “obras insignificantes” as
crianças. Isto para não falarmos dos hits das últimas semanas que as crianças (de
tanto ouvirem) chegam cantando nas instituições educativas. Nessa situação, o
educador precisa atribuir valor à criança e apresentar outras possibilidades de canto
e dança, bem como utilizar o seu conteúdo, estratégia ou recurso didático.
Seguindo neste nosso estudo, avaliamos que tratar dessas questões com
propriedade está diretamente condicionado à formação consistente do educador,
cuja ação sistematizada e intencional pode possibilitar às crianças a apropriação dos
bens culturais da humanidade; mas antes disso, ele próprio (o educador) precisa ter
acesso às grandezas da arte, da literatura e das ciências. No atual contexto, a
estratégia mais eficaz para a apropriação dos bens culturais (por ora) é o estudo, o
fortalecimento de sua própria formação.

É preciso, a todo o instante, considerar que as instituições escolares constituem o


espaço em que, intencionalmente e de forma rigorosamente planejada, os
conteúdos e valores serão ensinados e apresentados aos educandos.
mencionamos um livro de Valéria Mukhina (1995), o qual, embora tenha como título
“Psicologia da Idade Pré-Escolar”, traz como conteúdo estudos afetos à
aprendizagem e ao desenvolvimento de crianças da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental. No livro, há algo que marca a necessidade de firmarmos o propósito
de ações didáticas que humanizem. Escreve a autora, amparada na Teoria Histórico-
Cultural: A criança assimila esse mundo, a cultura humana, assimila pouco a pouco
as experiências sociais que essa cultura contém, os conhecimentos, as aptidões e as
qualidades psíquicas do homem. É essa a herança social. Sem dúvida a criança não
pode se integrar a cultura humana de forma espontânea. Consegue-o com a ajuda
contínua e a orientação do adulto – no processo de educação e ensino (MUKHINA,
1995, p. 40). É preciso, a todo o instante, considerar que as instituições escolares
constituem o espaço em que, intencionalmente e de forma rigorosamente
planejada, os conteúdos e valores serão ensinados e apresentados aos educandos. A
autora nos lembra um elemento essencial da Teoria Histórico-Cultural, qual seja, a
negação da espontaneidade. Destacamos então a importância das relações que se
efetivam, sejam de crianças Enlaces da Teoria Histórico-Cultural Com a Literatura
Infantil Práticas pedagógicas e literatura infantil 102 com outras crianças, sejam de
crianças com o educador.

Além da condução sistematizada, existem outros elementos caros à Teoria Histórico-


Cultural no que tange ao ensino e ao trabalho com arte. Lembramos Vygotsky
(1998), para quem o primeiro ponto a ser ressaltado acerca da contribuição do
ensino da arte é a construção de valores estéticos. Além disso, a condição humana
do educando poderá ser potencializada tanto quanto sua criatividade. Sobre isto, em
outra obra, o autor escreve: O melhor dos estímulos para a criação artística infantil
consiste em organizar a vida e o meio ambiente das crianças de maneira tal, que isso
crie a necessidade e a possibilidade da criação infantil (VYGOTSKY, 2009, p. 81).
Neste sentido, a necessidade de atribuirmos atenção à organização do espaço nas
instituições educativas ganha vigor com esse escrito de Vygotsky. A organização
sistematizada do espaço fica diretamente associada à “criação artística infantil”.
É comum observarmos que alguns (muitos) educadores, com a empreitada de ter
que “decorar as salas”, coisas que se tornam cansativas para 103 o professor e vazias
de sentido e significado para a criança, que chega à instituição e a sala estar
“pronta” para ela.

a organização do ambiente estimula a criatividade da criança, incluiria a participação


das crianças em um espaço que é delas e para elas. Com a participação das crianças
e com o entendimento de que a literatura infantil tem muito a oferecer, teríamos o
espaço tomado pela arte, e personagens e variados cenários revestiriam as paredes.
Assim, todas essas grandezas estariam disponibilizadas sob o toque e no campo
visual imediato das crianças.

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