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Crioulo de base lexical Portuguesa

Os crioulos são línguas naturais, de formação rápida, criadas pela necessidade


de expressão e comunicação plena entre indivíduos inseridos em comunidades
multilingues relativamente estáveis. Procurando superar a pouca
funcionalidade das suas línguas maternas, estes recorrem ao modelo imposto
(mas pouco acessível) da língua socialmente dominante e ao seu saber
linguístico para constituir uma forma de linguagem veicular simples, de uso
restrito mas eficaz, o pidgin, que posteriormente é gramaticalmente
complexificada e lexicalmente expandida, em particular pelas novas gerações
de crianças que a adquirem como língua materna, dando origem ao crioulo.
Uma base lexical é uma base de dados que contém todos os léxicos de uma
língua, ou seja, é todo o conjunto de palavras que os falantes de uma
determinada língua têm à sua disposição para expressar-se, oralmente ou por
escrito.

Chamam-se de base portuguesa os crioulos cujo léxico é, na sua maioria, de


origem portuguesa. No entanto, do ponto de vista gramatical, os crioulos são
línguas diferenciadas e autónomas. Sendo a língua-base aquela que dá o
léxico, podemos encontrar crioulos de diferentes bases: de base inglesa ( como
o Krio da Serra Leoa), de base francesa (como o crioulo das Seychelles), de
base árabe (como o Kinubi do Uganda e do Quénia) ou outra.

Os crioulos de base portuguesa são habitualmente classificados de acordo com


um critério de ordem predominantemente geográfica embora, em muitos
casos, exista também uma correlação entre a localização geográfica e o tipo de
línguas de substrato em presença no momento da formação.
A época das navegações e da expansão e colonização portuguesas foi propícia
ao contacto linguístico e à formação de crioulos. As situações
sociolinguísticas decorrentes dos diferentes tipos de contacto entre a língua
portuguesa e as outras línguas africanas, asiáticas e americanas, estiveram na
origem de manifestações linguísticas também diferentes.

Exemplos:
Em África formaram-se, os Crioulos da Alta Guiné (em Cabo Verde, Guiné-
Bissau e Casamansa) e os do Golfo da Guiné (em S. Tomé, Príncipe e Ano
Bom).

Classificam-se como Indo-portugueses os crioulos da Índia (de Diu, Damão,


Bombaim, Chaul, Korlai, Mangalor, Cananor, Tellicherry, Mahé,
Cochim,  Vaipim e Quilom e da Costa de Coromandel e de Bengala) e os
crioulos do Sri-Lanka, antigo Ceilão (Trincomalee e Batticaloa, Mannar e
zona de Puttallam). Quanto a Goa (na Índia), é discutível se aí se terá formado
um crioulo de base portuguesa. Theban (1985) e Tomás (1995) consideram,
contrariamente a Holm (1989) e Clemens (1996, 2000), que a pressão muito
forte do português, língua oficial e de instrução, teria impedido a formação de
um crioulo em Goa.

Na Ásia surgiram ainda crioulos de base portuguesa na Malásia (Malaca,


Kuala Lumpur e Singapura) e em algumas ilhas da Indonésia (Java, Flores,
Ternate, Ambom, Macassar e Timor) conhecidos sob a designação de Malaio-
portugueses.

Os crioulos Sino-portugueses são os de Macau e Hong-Kong.

Na América encontramos ainda um crioulo que se poderá considerar de base


ibérica, já que o português partilha com o castelhano a origem de uma grande
parte do léxico (o Papiamento de Curaçau, Aruba e Bonaire, nas Antilhas) e
um outro crioulo no Suriname, o Saramacano, que, sendo de base inglesa,
manifesta no seu léxico uma forte influência portuguesa.( Crioulos com forte
influência lexical Portuguesa).
Crioulo Cabo-Verdiano
O crioulo cabo-verdiano ou língua cabo-verdiana é uma língua originária do
Arquipélago de Cabo Verde. É uma língua crioula, de base lexical portuguesa.
É a língua materna de quase todos os cabo-verdianos, e é ainda usada como
segunda língua por descendentes de cabo-verdianos em outras partes do
mundo.
 ORIGEM:
A história do crioulo cabo-verdiano é difícil de traçar devido, primeiro, à falta
de registos escritos desde a formação do crioulo, segundo, devido ao
ostracismo a que o crioulo foi relegado durante a administração portuguesa.
Existem presentemente três teorias acerca da formação do crioulo cabo-
verdiano:
 Teoria eurogenética defende que o crioulo foi formado pelos
colonizadores portugueses, numa simplificação da língua portuguesa de
modo a torná-la acessível aos escravos africanos. 
  Teoria afrogenética defende que o crioulo foi formado pelos escravos
africanos, aproveitando as gramáticas de línguas da África Ocidental, e
substituindo o léxico africano pelo léxico português.
 Teoria neurogenética defende que o crioulo formou-se
espontaneamente, não por escravos nascidos no continente, mas pela
população nascida nas ilhas, aproveitando as estruturas gramaticais
inatas com as quais todo o ser humano nasce. 

 O crioulo cabo-verdiano ter-se-ia formado a partir de um pidgin de base


lexical portuguesa, na ilha de Santiago, a partir do Séc. XV. Esse pidgin seria
depois transposto para a costa Ocidental da África através dos lançados. A
partir daí, esse pidgin teria divergido em dois proto-crioulos, um que estaria
na base de todos os crioulos de Cabo Verde, e outro que estaria na base
do crioulo da Guiné Bissau.
Exemplos
Variante de Santiago:
 Tud’ dreto? (está tudo bom?)
 Moda qui bô nome? (qual é o teu nome?)
 Quant’ ano bô tem? (quantos anos tens?)
 Mim ká falá nada crioulo! (eu não falo nada crioulo!)
 Bo tá pa bodje? (tu vais para a baile?)
 É sim prope kim tá qrê! (é isso mesmo que nós queremos!)
Variante são vicente:
 Dançá em vez de badjâ «dançar»;
 Dzê em vez de flâ «dizer»;
 Encocá em vez de djungutú (SN, SL, BV & MA), djongôto
(ST) ou djongotô (FO & BR) «pôr-se de cócoras»;
 Falá em vez de papiâ «falar»;
 Guitá em vez de djobê «espreitar»;
 Ruf'ná em vez de fuliâ «atirar»;
Variante de Santo Antão:
 bói' em vez de bódj' «baile»;
 ôi' em vez de ôdj' «olho»;
 spêi' em vez de spêdj' «espelho»;
 Entre vogais, esse som (j) desaparece: vé'a em vez de bédja
«velha»;
 o'á em vez de odjâ «ver»;
 pá'a em vez de pádja «palha»;
variante da ilha do Sal:
 panhó-m' em vez de panhâ-m' «apanhar-me»;
 levó-m' em vez de levâ-m' «levar-me»;
 coçó-m' em vez de coçâ-m' «coçar-me»;
variante de São Nicolau:
 panhó-m' em vez de panhâ-m' «apanhar-me»;
 levó-m' em vez de levâ-m' «levar-me»;
 coçó-m' em vez de coçâ-m' «coçar-me»;
variante da ilha do Maio:
 cumádr' em vez de cumádri «comadre»;
 vilúd' em vez de vilúdu «veludo»;
 bunít' em vez de bunítu «bonito»;
 cantád' em vez de cantádu «cantado»;
variante da ilha do fogo:
 “tchota” (pardal);
 “Ó minina bu stâ sima tchintchirote na figuera!...” ( Ò menina
estás faladora, barulhenta!);
 “xinti” (do verbo “sentir”);
 “... bu sta ódja?” (estás a ver?...);
Variantes de Boa Vista:
 bucé em vez de bocê «você»;
 drét' em vez de drêt' «bem»;
 tchobé em vez de tchovê «chover»;
 bó em vez de bô «tu»;
 compó em vez de compô «arranjar»;
variantes de Brava:
 tabua d lava roupa;
 trazem kel bulachu la pam bem laba es ropa;
Liceu Ludgero Lima
Trabalho pratico de português

Crioulo de base lexical


Portuguesa

Elaborado por:
 Megan Medina;
 Paloma Spencer;
!

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