Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
3
CUADERNOS DEL
C O L E C C I Ó N
Prácticas desbordadas de investigación estética: comunidad,
violencia, educación, tecnología y públicos, primera edición digital 2018
Producción:
Secretaría de Cultura
Instituto Nacional de Bellas Artes
Hecho en México
ÍNDICE
Introducción 4
Más amplio lo discutible, más reducido lo indiscutible
I N T R O D U C C I Ó N
E
sta publicación es fruto del esfuerzo de investigadoras
del Centro Nacional de Investigación, Documentación
e Información de Artes Plásticas para lograr una articu-
lación conjunta desde distintas perspectivas, metodologías y
objetos de estudio, dentro de una práctica transdisciplina-
ria que busca transgredir los marcos heredados e incorporar
cuerpos y experiencias vitales como elementos activos de la
investigación.
Nos unió el interés por cuestionar nuestras vivencias,
tanto dentro como fuera del ámbito académico, respecto a
los procesos investigativos, y el deseo de repensar nuestros
marcos teóricos y modos de hacer. Partimos del concepto de
prácticas instituyentes, una de las claves de la más reciente
corriente crítica en el campo artístico y cultural, para aplicarlo
como agente activo de nuestras contradicciones, vehículo que
nos ha llevado a repensar creencias y prácticas tanto como
investigadoras individuales como sujetas a un entorno de co-
lectividades.
INTRODUCCIÓN
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 5
INTRODUCCIÓN
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 6
INTRODUCCIÓN
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 7
INTRODUCCIÓN
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 8
INTRODUCCIÓN
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 9
INTRODUCCIÓN
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 10
INTRODUCCIÓN
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 11
INTRODUCCIÓN
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 12
E
l muralismo y otras producciones simbólicas han estado
íntimamente ligadas a los procesos de reconstrucción
y reinvención de la identidad cultural en la comunidad
p’urhépecha —movimiento que inició hacia finales de la dé-
cada de 1970— y su actual construcción autonómica. Los
detonantes fueron el recrudecimiento de la discriminación,
violencia y despojo contra la comunidad de Ueámuo (Santa
Fe de la Laguna), agresiones que han padecido de manera
constante, durante siglos, los pueblos originarios, operadas en
la actualidad por los llamados mestizos y el aparato de Estado.
Es también un movimiento por la dignidad.
Los p´urhépecha habitan cuatro regiones del estado de
Michoacán, de acuerdo con las variantes dialectales: la Caña-
da, donde se encuentran los Once pueblos; la zona lacustre,
que fue el centro del reino p’urhé antes de la Conquista; la
región serrana o Meseta, rica en maderas, y la Ciénaga, la úni-
ca que en gran parte ha perdido su idioma originario.1
1
<http://www.purepecha.mx/threads/3348-Ceremonia-de-la-Toma-de-la-
Bandera-P-urh%C3%A9pecha>.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 13
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 14
2
Véase “Arte y mundo de violencias. Pensar y sentir de las mujeres” en este
libro.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 15
3
Véase “Instituirse públicos. De objeto a sujeto, de sujeto a interlocutor”
en este libro.
4
Richard Sennett, El artesano, Barcelona, Anagrama, 2009, p. 4.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 16
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 17
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 18
5
Pável Uliánov, “Curicaueri era el principal dios de los Uacúsecha: Tirepe-
nie, Curicaueri, Cuiricaveri, Curicaberi”, <www.purepecha.mx>.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 19
6
Cristina Monzón, “Los principales dioses tarascos: un ensayo de análisis
etimológico en la cosmología tarasca”, Relaciones, vol. xxvi, núm. 104, Mi-
choacán, otoño de 2005, p. 144.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 20
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 21
7
Mijaíl Bajtín, La cultura popular en la Edad Media y en el Renacimiento, Argen-
tina, Universidad de Buenos Aires, Alianza Editorial, 1983, p. 12. (Versión
de Julio César Forcat y César Conroy.)
8
Véase “Al calor de la inmersión, desde el ruido de fondo de las subjetivi-
dades. Espacialidades y subjetividades instituyentes en un panorama clima-
tizado” en este libro.
9
Lo denomino así porque surge del activismo por la autonomía.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 22
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 23
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 24
10
Hal Foster, “El artista como etnógrafo”, en El retorno de lo real. La vanguar-
dia a fines de siglo, Madrid, Akal, 2001, p. 189.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 25
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 26
11
Ticio Escobar, El mito del arte y el mito del pueblo, Buenos Aires, Ariel, 2014.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 27
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 28
12
Véase " Al calor de la inmersión…" en este libro.
13
Parafraseando a Nelly Richards en el prólogo a Ticio Escobar, op. cit.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 29
14
Gerald Rauning, “Prácticas instituyentes. Fugarse, instituir, transformar”,
eipcp, <http://eipcp.net/transversal/0106/raunig/es>.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 30
15
Max Stirner, El único y su propiedad, Madrid, Valdemar, 2004, citado en
Gerald Rauning, “Prácticas instituyentes nº 2. La crítica institucional, el po-
der constituyente y el largo aliento del proceso instituyente”, eipcp, <http://
eipcp.net/transversal/0507/raunig/es>.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 31
Referencias bibliográficas
Bajtín, Mijaíl, La cultura popular en la Edad Media y en el Renacimiento, Argentina,
Universidad de Buenos Aires, Alianza Editorial, 1983. (Versión de Julio César
Forcat y César Conroy.)
Barth, Fredrik, Los grupos étnicos y sus fronteras, México, Fondo de Cultura Eco-
nómica, 1976.
Berger, John, FYP, <http://www.frasesypensamientos.com.ar/autor/john-berger_3.
html>.
Escobar, Ticio, El mito del arte y el mito del pueblo, Buenos Aires, Ariel, 2014.
Foster, Hal, “El artista como etnógrafo”, en El retorno de lo real. La vanguardia a
fines de siglo, Madrid, Akal, 2001.
Monzón, Cristina, “Los principales dioses tarascos: un ensayo de análisis eti-
mológico en la cosmología tarasca”, Relaciones, vol. xxvi, núm. 104, Mi-
choacán, otoño de 2005.
Rauning, Gerald, “Prácticas instituyentes. Fugarse, instituir, transformar”, eipcp,
http://eipcp.net/transversal/0106/raunig/es
Rorty, Richard, Cultura y modernidad, Barcelona, Kairós, 2001.
Scott, Lyndy, “La conversión de migrantes mexicanos al protestantismo
en Chicago”, en Gail Mummert, Fronteras fragmentadas, El Colegio de Mi-
choacán, Cidem, 2009.
Sennett, Richard, El artesano, Barcelona, Anagrama, 2009.
Stirner, Max, El único y su propiedad, Madrid, Valdemar, 2004, citado por Gerald
Rauning, “Prácticas instituyentes nº 2. La crítica institucional, el poder cons-
tituyente y el largo aliento del proceso instituyente”, eipcp, <http://eipcp.net/
transversal/0507/raunig/es>.
Zárate Hernández, Eduardo, Los señores de la utopía. Etnicidad política en una comu-
nidad p’urhépecha, México, Ciesas Occidente, El Colegio de Michoacán, 2001.
Uliánov, Pável, “Curicaueri era el principal dios de los Uacúsecha: Tirepe-
nie, Curicaueri, Cuiricaveri, Curicaberi”, <www.purépecha.mx.http://www.
purepecha.mx/threads/3348-Ceremonia-de-la-Toma-de-la-Bandera-P-
urh%C3%A9pecha>.
GUILLERMINA GUADARRAMA
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 32
N
uestra época ha devenido en un mundo de violencias
cuya gama de modalidades afecta en distintos grados
a las personas. En general, padecemos más de una for-
ma de agresión a lo largo de nuestras vidas; sin embargo, el
maltrato ejercido sobre las mujeres se está incrementando y
causa estragos en cuerpos y mentes de varias de ellas.
Por ello, entender la función de lo femenino y lo masculi-
no en los seres humanos sin enmarcarla, como en el caso del
machismo o del feminismo que exacerba la virilidad, permite
no naturalizar ni justificar el maltrato. Instituir e interiorizar
un comportamiento sensible hacia nuestros semejantes sobre
su calidad de vida es el objetivo en algunas prácticas artísticas.
Hoy en día, ante la devaluación hacia las mujeres, aumen-
ta la indiferencia y agresión por parte del hombre. No es un
asunto de cuál sexo sea el que se imponga ni de desautorizar
a nadie, sino de entender desde la singularidad de cada sujeto
qué potencial tiene en su pensar y sentir. Por esta razón inti-
tular “Arte y mundo de violencias”a este escrito tiene como
fin abrir un camino de nuevas interpretaciones y posibilida-
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 33
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 34
1
Véase Bruno Laour, Una introducción a la teoría del actor-red, Buenos Aires,
Manantial, 2008. El sujeto es entendido como un actor-red que en una
relación de tipo rizoma va incorporando y ensamblando diversos elemen-
tos, tanto de las tecnologías y sus dispositivos como de los demás saberes,
llegando a una visión integradora.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 35
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 36
2
Michel Foucault, La arqueología del saber, México, Siglo XXI, 2013, p. 100.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 37
3
Véase Marcelo Augusto Pérez, conferencia sobre psicoanálisis y crimi-
nología/Freud-Lacan en Montevideo, <https://www.youtube.com/watch?v=
7tFbm1UU_iA>. Véase también Psicocorreo del mismo autor.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 38
4
Gayatri Spivak, ¿Puede hablar el sujeto subalterno?, orbis tertius, 1998, III (6)
pdf. Pensadora india, experta en crítica literaria y en teoría de la literatura,
autora de un texto fundamental en la corriente poscolonialista.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 39
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 40
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 41
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 42
5
Rolnik Suely, “El ocaso de la víctima: la creación se libra del rufián y se
reencuentra con la resistencia”, Zehar, núm. 51, 2003.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 43
6
Véase Y. Moulier Boutang, Antonella Corsani, Maurizio Lazzarato et al.,
Capitalismo cognitivo: propiedad intelectual y creación colectiva, traficantes de sue-
ños/mapas 8, 2004, <https://www.traficantes.net/sites/default/files/pdfs/Ca-
pitalismo%20cognitivo-TdS.pdf>.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 44
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 45
7
Véase Instituto Nacional de las Mujeres, Estadísticas de violencia contra las
mujeres en México, 2014, <http://estadistica.inmujeres.gob.mx/formas/con-
venciones/Nota.pdf>. Consulta: 18 de julio, 2016.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 46
8
Francisco Castillo Ávila, El mal. Una mirada desde la reflexión filosófica, Chile,
Ediciones ucsh, 2004, p. 201.
9
Enrique Guerra Manzo, Civilización y violencia en la obra de Norbert Elías,
<file:///C:/Users/Adriana/Downloads/Dialnet-CivilizacionYViolenciaEn-
LaObraDeNorbertElias-4692223%20(3).pdf>.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 47
Referencias bibliográficas
Agamben, Giorgio, “¿Qué es un dispositivo?”, Sociológica, año 26, núm. 73, ma-
yo-agosto de 2011, pp. 249-264.
Arendt, Hannah, Sobre la violencia, México, Joaquín Mortiz, 1970.
Bishop, Claire, Radial museology, Londres, Koening Books, 2013.
Castro Flores, Fernando, Contra el bienalismo. Crónicas fragmentarias del extraño
mapa artístico actual, Madrid, Akal, 2012.
Foucault, Michel, La arqueología del saber, México, Siglo XXI, 2013.
Guash, Ana María, La crítica discrepante. Entrevistas sobre arte y pensamiento actual
(2000-2011), Madrid, Ensayos/Arte Cátedra, 2012.
Lazzarato, Mauricio, <https://www.traficantes.net/sites/default/files/pdfs/Capi-
talismo%20cognitivo-TdS.pdf>. Consulta: 15 de mayo, 2016.
Lebreton, David, Antropología del dolor, Barcelona, Seix Barral, 1999.
Madrid, Ramírez Raúl, Derridá y los estudios de género. Porqué la deconstrucción no
es feminista.
Modonese, Massimo, Subalternidad, México, Instituto de Investigaciones Socia-
les, unam, 2012.
Picas Contreras, Joan, “Postcolonialismo, conocimiento y poder”, Intersticios.
Revista Sociológica de Pensamiento Crítico, vol. 5, núm. 2, 2011.
Rauning, Gerald (coord.), Producción cultural y prácticas instituyentes: líneas de rup-
tura en la crítica institucional, Madrid, Transform, Traficantes de sueños, Ma-
pas, 2008.
Rolnik, Suely, “El ocaso de la víctima: la creación se libra del rufián y se reen-
cuentra con la resistencia”, Zehar, núm. 51, 2003.
Young, Robert, ¿Qué es la crítica postcolonial?, 2006, <http://robertjcyoung.com/
criticaposcolonial.pdf>. Consulta: 15 de mayo, 2016.
ADRIANA ZAPETT
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 48
E
ste texto es resultado de la construcción colectiva en
el grupo de investigación de prácticas instituyentes del
Centro Nacional de Investigación, Documentación
e Información de Artes Plásticas. A la luz de la reflexión de
pensadores que centran su mirada en el arte, la filosofía, la
sociología, la educación o el análisis de la vida cotidiana, hago
una revisión de mi experiencia de casi treinta años en la in-
vestigación de la educación artística, la docencia y el diseño
curricular, actividades compartidas con artistas, profesores,
autoridades, investigadores, evaluadores y especialistas en
arte y educación.
El diseño curricular es un proceso complejo que se elabo-
ra entre lo instituyente y lo institucional. En ocasiones se en-
cuentran acuerdos y a veces se dan enfrentamientos sutiles o
violentos. Mucho de lo instituyente es el inicio de lo que más
adelante puede institucionalizarse. En el diseño curricular
de modelos educativos y planes de estudio de licenciaturas y
posgrados en arte en las diferentes instituciones en las que he
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 49
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 50
Antes de la institucionalización
En el diseño de propuestas curriculares para la educación
artística superior suceden muchas acciones previas a la ins-
titucionalización. Estas prácticas se tornan instituyentes por
varias razones: la defensa de una postura conceptual, las es-
trategias de trabajo colaborativo que se derivan de la puesta
en juego de una manera distinta de concebir y hacer las cosas
o por enfrentar las dinámicas institucionales y proceder de
acuerdo con ciertas convicciones distintas a las legitimadas
o reconocidas.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 51
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 52
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 53
1
Andy Hardgreaves, Profesorado, cultura y posmodernidad. Cambian los tiempos,
cambia el profesorado, España, Morata, 1996, p. 35.
2
M. Sandoval, “La colaboración y la formación del profesorado como facto-
res fundamentales para promover una educación sin exclusiones”, Contextos
Educativos. Revista de Educación, España, núm. 11, 2008, pp. 149-159.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 54
3
Véase “Al calor de la inmersión, desde el ruido de fondo de las subjetivida-
des. Modulaciones instituyentes en el panorama climatizado” en este libro.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 55
4
Suely Rolnik, “El ocaso de la víctima: la creación se libra del rufián y se
reencuentra con la resistencia”, Zehar, España, julio de 2003.
5
Mieke Bal, Los conceptos viajeros en las humanidades: una guía de viaje, Murcia,
cendeac, 2009.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 56
6
Néstor García Canclini, El mundo como un lugar extraño, Buenos Aires, Ge-
disa, 2014.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 57
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 58
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 59
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 60
7
María de Jesús Agra Pardinas, “El vuelo de la mariposa. La investiga-
ción artístico-narrativa como herramienta de formación”, en Ricardo Marín
Vidal, Investigación en educación artística, Granada, Universidad de Granada,
Universidad de Sevilla, 2005, pp. 127-150.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 61
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 62
8
Michel Foucault, Un diálogo sobre el poder y otras conversaciones, Madrid,
Alianza, 2008, p. 31.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 63
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 64
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 65
9
Arturo Solís, “Gasto en educación disminuirá 5 697 mdp en 2016”, Forbes
México, 2016, <http://www.forbes.com.mx/gasto-en-educacion-disminuira-
5697-mdp-en-2016/#gs._OEWkdM>.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 66
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 67
Referencias bibliográficas
Agra Pardinas, María de Jesús, “El vuelo de la mariposa. La investigación ar-
tístico-narrativa como herramienta de formación”, en Ricardo Marín Vidal,
Investigación en educación artística, Granada, Universidad de Granada, Univer-
sidad de Sevilla, 2005.
Bal, Mieke, Los conceptos viajeros en las humanidades: una guía de viaje, Murcia, cen-
deac, 2009.
Escobar, Ticio, “La identidad en los tiempos globales”, ponencia, Programa Es-
tudios de contingencia. Seminario espacio/crítica.
Foucault, Michel, Un diálogo sobre el poder y otras conversaciones, Madrid, Alianza,
2008.
García Canclini, Néstor, El mundo como un lugar extraño, Buenos Aires, Gedisa, 2014.
Gimeno Sacristán, J., Educar y convivir en la cultura global: las exigencias de la ciu-
dadanía, Madrid, Morata, 2001.
Giroux, Henry, Teoría y resistencia en educación, México, unam, Siglo XXI, 1992.
Guattari, Felix y Suely Rolnik, Micropolítica. Cartografías del deseo, Madrid, Tra-
ficantes de sueños, 2006.
Hardgreaves, Andy, Profesorado, cultura y posmodernidad. Cambian los tiempos, cam-
bia el profesorado, España, Morata, 1996.
__________, y Michael Fullan, La escuela que queremos, los objetivos por los que vale la
pena luchar, México, sep, Amorrortu, 2000.
Larios Denis, Jonás, Hacer investigación y ser investigador. Rutas y retos del profesor
de tiempo completo, México, Universidad de Colima, 2013.
Perales Ponce, Ruth C. (coord.), La significación de la práctica educativa, México,
Paidós, 2009.
Rancière, Jacques, Sobre políticas estéticas, Cataluña, Universidad de Cataluña,
Macba, 2005.
Rolnik, Suely, “El ocaso de la víctima: la creación se libra del rufián y se reen-
cuentra con la resistencia”, Zehar, España, julio de 2003.
Sandoval, Marta, “La colaboración y la formación del profesorado como facto-
res fundamentales para promover una educación sin exclusiones”, Contextos
Educativos, núm. 11, España, 2008.
Solís, Arturo, “Gasto en educación disminuirá 5 697 mdp en 2016”, Forbes
México, 2016, <http://www.forbes.com.mx/gasto-en-educacion-disminuira-
5697-mdp-en-2016/#gs._OEWkdM>.
Torres, Jurjo, Globalización e interdisciplinariedad: el curriculum integrado, Madrid,
Morata, 1998.
IRMA FUENTES
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 68
M
i cotidianidad pende del hilo que me conecta a Inter-
net. Cuando cierro el ordenador del trabajo enciendo
mi portátil, pongo el telediario como compañía y rui-
do de fondo de mi almuerzo, o un documental me transporta
al mundo lejano de los animales mientras intercambio men-
sajes con amigos que están aún más lejos. Todos mis movi-
mientos parecen formar parte de un coro disonante que sólo
los algoritmos de gestión de los big data parecen entender y
aprovechar. ¿Qué posibilidades de creación subjetiva, com-
partida y estética puedo concebir inmersa en este flujo, en
este ritmo vertiginoso, en este compás marcado? ¿Existe algo
propio a partir de lo cual pueda proyectar un mundo?
La modulación de la intensidad del ruido y del calor en mis
circuitos maquínicos parece configurar y regular el marco de
mi experiencia; sus efectos modifican las oportunidades, los
tiempos y los espacios de una experiencia compartida. ¿Fue
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 69
El calor se está yendo de las cosas. Los objetos de uso cotidiano rechazan
al hombre, suave pero tenazmente. Y al final éste se ve obligado a realizar
día a día una labor descomunal para vencer las resistencias secretas, no
sólo las manifiestas, que le oponen esos objetos, cuya frialdad tiene él que
compensar con su propio calor para no helarse al tocarlos.
Walter Benjamin1
1
Walter Benjamin, Calle de dirección única, Madrid, Alfaguara, 1987.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 70
2
Siegfried Krakauer, Estética sin territorio, Murcia, Colegio Oficial de Apare-
jadores y Arquitectos Técnicos, 2006, pp. 257-275.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 71
3
Ibidem, p. 251.
4
Siegfried Krakauer, Los empleados: un aspecto de la Alemania más reciente, Bar-
celona, Gedisa, 2008, p. 112.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 72
5
Walter Benjamin, “El narrador”, 1936, <http://www.catedras.fsoc.uba.ar/
reale/benjamin_ narrador.pdf>.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 73
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 74
Entornos climatizadores
La mecanización y digitalización electrónica promueven mo-
delos de producción y consumo no sólo masivos, sino deses-
pacializados, en los que la transmisión cultural tiende a una
circulación que concebimos global como si esta figura circular
y tridimensional pudiera incluir a todos los nodos en red, los
dispersos a lo largo de su superficie y los insertos en su centro.
La globalización es un fenómeno ampliamente analizado
desde la década de 1980 y ha dado vida a movimientos en su
contra empeñados en no dejar de señalar la desigual distribu-
ción de privilegios y miserias en esa supuesta red descentra-
lizada. Cualquier vínculo entre países, grupos, ideas u obje-
tos culturales se presenta en la globalización inevitablemente
disperso en esta espacialidad que técnicamente encuentra su
soporte en las redes electrónicas.
Lo que entendíamos como relaciones sociales localiza-
das, vínculos históricos, comunidades y públicos estéticos, se
difumina en una escala globalizada y acotada a los usos y
funciones programados de los dispositivos tecnológicos que
actúan ahora como principales mediadores. El ritual de las
comunidades purépechas del fuego nuevo al que alude Gui-
llermina Guadarrama se reconfigura en una hoguera alimen-
tada por un flujo electrónico que promueve un paradigma de
asociaciones disgregadas en lo cultural y lo social.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 75
6
Don Delillo, Ruido de fondo, Barcelona, Seix-Barral, 2006.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 76
7
El ciberespacio se inventa como virtualidad pero se hace efectivo con los
avances en el campo de la cibernética, especialmente la constitución públi-
ca de Internet en 1993 y la progresiva conexión de casi todos los procesos
humanos y culturales a esta red.
8
El autor considera calientes a medios de comunicación que no favorecen
la interactividad pues presentan un contenido ya definido y no exigen al
receptor una actitud especialmente activa. La prensa, la radio o el cine son
para McLuhan los medios ejemplares de esta calidez que, frente a poca
exigencia de participación sensorial, proporcionan gran cantidad de infor-
mación, que el autor relaciona con la alta resolución, en el sentido de que
los datos visuales, sonoros, lingüísticos son muy precisos y densos. Consi-
dero que la cuestión de la pasividad que McLuhan asocia a estos medios
debiera estar limitada exclusivamente a una condición física, pues aunque
en la sala de cine o leyendo el periódico no podemos movernos mucho, la
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 77
Redes ruidificadas
Señalamos a Internet como uno de los más significativos dis-
tribuidores de los ruidos que nos afectan en la actualidad, lo
que no quiere decir que todo sus ruidos resulten perceptibles
o localizables. Como nos recuerda el personaje de Delillo en
Ruido de fondo, “el hecho de que no oigas un sonido no signi-
fica que éste no se produzca. Los perros pueden oírlo, otros
animales también y estoy seguro de que existen sonidos que
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 78
9
Don Delillo, op. cit.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 79
Vibraciones colectivas
La sociedad de control ejerce su poder gracias a las tecnologías de ac-
ción a distancia de la imagen, del sonido y de los datos, que funcionan
como máquinas de modular, de cristalizar las ondas, las vibraciones
electromagnéticas (radio, televisión) o de modular y cristalizar los paquetes
de bits (las computadores y las redes digitales).
Maurizio Lazzarato10
10
Maurizio Lazzarato, Políticas del acontecimiento, Buenos Aires, Tinta limón,
2010, p. 99.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 80
11
Gilles Deleuze, “¿Qué es un dispositivo?”, en Michel Foucault, filósofo, Bar-
celona, Gedisa, 1991.
12
Suely Rolnik, planteamientos en el seminario Cuerpo, imagen y saber
en la cultura global, Facultad de Bellas Artes, Universidad Complutense de
Madrid, 24 de junio de 2011.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 81
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 82
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 83
13
Walter Benjamin, Calle de dirección única, op. cit., p. 33.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 84
Referencias bibliográficas
Benjamin, Walter, Calle de dirección única, Madrid, Alfaguara, 1987.
__________,“El narrador”, 1936, <http://www.catedras.fsoc.uba.ar/reale/benjamin
_narrador.pdf>.
Deleuze, Gilles, “¿Qué es un dispositivo?”, en Michel Foucault, filósofo, Barcelo-
na, Gedisa, 1991.
Delillo, Don, Ruido de fondo, Barcelona, Seix-Barral, 2006.
Krakauer, Siegfried, Estética sin territorio, Murcia, Colegio Oficial de Aparejado-
res y Arquitectos Técnicos, 2006.
__________, Los empleados: un aspecto de la Alemania más reciente, Barcelona, Gedisa,
2008.
McLuhan, Marshall, Comprender los medios de comunicación. Las extensiones del ser
humano, Barcelona, Paidós, 1994.
Lazzarato, Maurizio, Políticas del acontecimiento, Buenos Aires, Tinta limón,
2010.
Rolnik, Suely, planteamientos en el seminario Cuerpo, imagen y saber en la cul-
tura global, Facultad de Bellas Artes, Universidad Complutense de Madrid,
24 de junio de 2011.
Stiegler, Bernard, “L’individu désaffecté dans le processus de désindividuation
psychique et collective”, documento de trabajo para la reunión del grupo Ars
Industrialis titulada Souffrance et consommationi, 25 de febrero de 2006,
<http://arsindustrialis.org/node/1932>.
LORETO ALONSO
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 85
A
rtistas, pedagogos, museos, dramaturgos, ¡basta de
buscar opciones de participación, de sacudir la su-
puesta pasividad de los públicos! Peter Handke hizo
lo suyo con la pieza teatral Insultar al público (1966) en la que
literalmente de eso se ocupó. O el grupo teatral Gob Squad
que desde 1994 en Gran Bretaña y ahora en Berlín invita a
algunos espectadores a compartir la escena y conversar con
los actores. ¡Dejemos en paz a los espectadores de artes es-
cénicas o visitantes de museos, o audiencias de radio y te-
levisión! Esta es una glosa de la invocación de Rancière en
El espectador emancipado. Para él, como para Michel de Cer-
teau, cada quien llega con su experiencia, su bagaje cultu-
ral, su curiosidad; nunca permanece pasivo, seguramente no
en la contemplación y, si realmente lo desea, siempre logra
apropiarse de lo que se le ofrece. Es claro que a Rancière no
le interesan ni los mercados de arte, ni la hegemonía del Es-
tado, ni el paternalismo cultural en esta época caracterizada
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 86
¿Desencuentros?
Cada día se realizan todo tipo de maromas para domesti-
car, educar, dominar o liberar a los públicos y atraer a los
no públicos, ya sea a través de exposiciones espectaculares o
de múltiples actividades. ¿En qué se sustentan esos esfuer-
zos? Paradoja: el mundo del arte moderno y contemporá-
neo, además del número enorme de creadores, de recintos
expositivos, la cantidad de dinero que mueve el mercado del
arte en el mundo, no puede permitir museos modestos o vi-
sitantes escasos. Muy diferente a los museos de historia, que
se apoyan en la necesidad de fundar versiones únicas sobre
el devenir del Estado-nación para mantener cohesionadas las
subjetividades (identidad); o los de ciencia, que cuentan con
la fidelidad del sistema escolar y el patrocinio de los mercados
industriales y tecnológicos para divulgar una visión —y sólo
una— de la racionalidad científica.
Entonces, ¿por qué tantos supuestos desencuentros en-
tre espacios para el arte y los públicos “reacios”, cuando se
1
“Potencias de la variación, entrevista con Maurizio Lazzarato”, Multitudes,
2004, <http://www.multitudes.net/>. (Traducción al español, 2005.)
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 87
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 88
2
A diferencia de los museos atentos a las necesidades de sus públicos o,
incluso, del viejo paradigma de las exposiciones didácticas.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 89
3
O. Donnat y S. Octobre, “Les catégories socioprofessionnelles: un outil
encore efficace dans l’analyse des disparités culturelles”, en Les publics des
équipements culturels. Méthode et résultats d’enquêtes, 1999-2000, pp. 34 y 35,
<http://www.enluminures.culture.fr/culture/deps/2008/pdf/tdp_equip06.
pdf>. Consulta: 20 de junio, 2008.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 90
4
Programas públicos no es sólo una nueva nomenclatura de lo que hace
años se denominaba Actividades Paralelas. En la página del Museo de Arte
Contemporáneo de Barcelona leemos: “Junto con la Colección macba y las
Exposiciones temporales, los Programas públicos del macba son uno de los
ámbitos de producción de contenidos y conocimiento del Museo. Más allá
de las actividades ligadas a la iniciación y la familiarización con el arte con-
temporáneo, el macba dedica una particular atención a la investigación, al
estudio y a la formación especializada. Los Programas públicos del macba
tienen el objetivo de aumentar y fidelizar distintos grupos de interés”.
5
Irit Rogoff, “Free”, e-flux, núm 14, marzo de 2010, p. 1, <http://www.e-flux.
com/journal/free>. En el original: “The kind of knowledge that interested me [...]
was one that was not framed by disciplinary and thematic orders, a knowledge that
would instead be presented in relation to an urgent issue, and not an issue as defined
by knowledge conventions, but by the pressures and struggles of contemporaneity.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 91
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 92
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 93
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 94
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 95
7
Véase “Al calor de la inmersión, desde el ruido de fondo de las subjetivida-
des. Modulaciones instituyentes en el panorama climatizado” en este libro.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 96
8
Graciela Schmilchuk (coord.), Marco Narciso Barrera Bassols, Teresa
Márquez Martínez y César Carrillo Trueba, “Diagnóstico general y pro-
puestas para la formulación del programa del Museo de las Culturas del
Norte, en Paquimé, Chihuahua”, 1992-1993.
9
Sin embargo, nuestro esfuerzo no tuvo el respaldo político suficiente para
contrarrestar la realización de otro proyecto más convencional emanado
de otro sector del propio Instituto Nacional de Antropología e Historia: un
museo arqueológico de sitio, excelente por cierto, del que la población se
enorgullece. Al menos algo no quedó en promesas y se realizó, dicen.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 97
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 98
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 99
10
Myriam Rebeca Pérez Daniel y Stefano Sartorello (coords.), Horizontali-
dad, diálogo y reciprocidad en los métodos de investigación social y cultural, Aguasca-
lientes, San Cristóbal de Las Casas, San Luis Potosí, Centro de Estudios So-
ciales y Jurídicos Mispat, Universidad Autónoma de Chiapas, Universidad
Autónoma de San Luis Potosí, Consejo de Ciencia y Tecnología del Estado
de Chiapas, Educación para las Ciencias en Chiapas, 2012, p. 11.
11
Ibidem, p.15.
12
Ibid., p. 19.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 100
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 101
13
Ien Ang, “Change and Continuity. Art Museums and the Reproduction
of Art- Museumness”, en Andrea Witcomb y Kylie Message (cords.), The
International Handbooks of Museum Studies: Museum Theory, Estados Unidos,
John Wiley & Sons, Ltd., 2015.
14
Myriam Rebeca Pérez Daniel y Stefano Sartorello (coords.), op. cit., p. 46.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 102
15
Olaf Kaltmeier, “Para un análisis de constelaciones en el proceso de inves-
tigación”, en ibidem, p. 55.
16
Maurizio Lazzarato, Por una política menor, España, Traficantes de Sueños,
2006, p. 128.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 103
17
Ibidem, p. 129.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 104
Referencias bibliográficas
Bourdieu, P. y L. Wacquant, Respuestas para una antropología reflexiva, México,
Grijalbo, 1995.
Donnat, O. y S. Octobre, “Les catégories socioprofessionnelles: un outil encore
efficace dans l’analyse des disparités culturelles”, Les publics des équipements
culturels. Méthode et résultats d’enquêtes, 1999-2000, <http://www.enluminures.
culture.fr/culture/deps/2008/pdf/tdp_equip06.pdf>. Consulta: 20 de junio,
2007.
Énard, Mathias, Boussole, Francia, Actes Sud, 2015.
Ang, Ien, “Change and Continuity. Art Museums and the Reproduction of Art-
Museumness”, en Andrea Witcomb y Kylie Message (cords.), The Internatio-
nal Handbooks of Museum Studies: Museum Theory, Estados Unidos, John Wiley
& Sons, 2015.
Kaltmeier, Olaf, “Para un análisis de constelaciones en el proceso de inves-
tigación”, en Myriam Rebeca Pérez Daniel y Stefano Sartorello (coords.),
Horizontalidad, diálogo y reciprocidad en los métodos de investigación social y cultu-
ral, Aguascalientes, San Cristóbal de Las Casas, San Luis Potosí, Centro de
Estudios Sociales y Jurídicos Mispat, Universidad Autónoma de Chiapas,
Universidad Autónoma de San Luis Potosí, Consejo de Ciencia y Tecnología
del Estado de Chiapas, Educación para las Ciencias en Chiapas, 2012.
Lazzarato, Maurizio, Por una política menor, España, Traficantes de Sueños,
2006, <https://www.traficantes.net/sites/default/files/pdfs/Por%20una%20
pol%C3%ADtica%20menor-TdS.pdf>. Consulta: 14 de mayo, 2014.
__________, “Tradición cultural europea y nuevas formas de producción y transmi-
sión del saber”, en Olivier Blondeau, Nick Dyer Whiteford, Carlo Vercellone,
Ariel Kyrou, Antonella Corsani, Enzo Rullani, Yann Moulier Boutang y Mauri-
zio Lazzarato, Capitalismo cognitivo, propiedad intelectual y creación colectiva, España,
Traficantes de Sueños, 2004, <https://www.traficantes.net/sites/default/files/
pdfs/Capitalismo%20cognitivo-TdS.pdf>. Consulta: 27 de abril, 2016.
Mörsch, Carmen et al., Time for Cultural Mediation, <http://www.kultur-vermitt-
lung.ch/zeit-fuer-vermittlung/v1/?m=0&m2=1&lang=e,pdf>. Consulta: 16
de agosto, 2015.
Rancière, Jacques, El espectador emancipado, España, Manantial, 2010.
Reason, Peter, “Political, Epistemological, Ecological and Spiritual Dimensions
of Participation”, Studies in Cultures, Organizations and Societies, núm. 4, 1998,
pp.147-167, <http://www.aral.com.au/whyar/Reason1.pdf>. Consulta: 23 de
mayo, 2016.
GRACIELA SCHMILCHUK
P R Á C T I C A S D E S B O R D A D A S D E I N V E S T I G A C I Ó N E S T É T I C A 105
GRACIELA SCHMILCHUK
Secretaría de Cultura