li ••< •• , í.imnn.

Sacirdad

P E N Í N S U L A T3

Peter Bürger
Este e s t u d i o d e los m o v i m i e n t o s históricos d e v a n g u a r d i a en
c
{ f u t u r i s m o , dadaísmo , p r i m e r s u r r e a l i s m o ) e s u n lúcido

Teoría
analrsis d e l e f e c t o social d e a t e e n n u e s t r o t i e m p o
>
¥ a d e m a s , c o n s t i t u y e el p r i n c i p i o d e u n a t e o r i a c r i t i c a
d e l a l i t e r a t u r a , y a q u e Los m o v i m i e n t o s históricos

de la vanguardia
O)
d e v a n g u a r d i a se c u e s t i o n a r o n r a d i c a l m e n t e p o r p r i m e r a
v e z el p a p e l d e l a r t e e n La s o c i e d a d b u r g u e s a Esta t e o r i a
d e la v a n g u a r d i a , q u e e l a u t o r d e s a r r o l l a e n p o l é m i ca c o n
.01
las tesis d e Benjamín y A d o r n o , f a c i l i t a e l i n s t r u m e n t a l
teórico n e c e s a r i o p a r a e n t e n d e r Las t e n t a t i v a s v a n g u a r d i s t a s
01
d e t r a n s g r e d i r los l i m i t e s d e l a r t e i n s t i t u c i o n a l i z a d a
en

•a

m
•M
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i IB mu P E N I N S U L A
 PF.TKR B U R G K R

TEORÍA
DELA VANGUARDIA

J R A D L t í LÓN I J K J Ü R f . F U M ] | É

^ i l i c i o n e s Ptuíii^ulj

Kart d o n a
 Prologo:
trnifltiiuh. j W * t (ri-fT* Perfilas encontrados

™JN•»^-•«W-•^'••^-l"™*• " » ^-•7 '' *

.u.kgui<T L l ^ l , l

A l c o n s t r u i r u n a L e o n a d e Ja r a n g u a ! d í a p a r e c e a c ó n
7 3 ITMjn.-nM, ml.-I.UlH.. * « ^ * « * "••"l " * 1 J r

téjanle, c o m o e n pocos casos, a c e n t u a r e l s e n t i d o d e ob-

servación a l q u e r e m i t e la- noción m i s m a de theoresis.
EUo n o s u p o n e r e n u n c i a r a c u a n t o de construcción con-
c e p t u a l s i t i e m a l i c * s u p o n e la teoría, a u n q u e , b i e n m i r a -
l l r i iJ ** do, p o r las especiales característica* d e l fenómeno, u n
propósito d e s m e d i d o de f o r z a r la > d e La d e s c r i p c i ó n
podría d a r a l i r a ble c o n k n r a s g o s I T U ^ g e n u i n o s de lo
l• i d- i»*T
observado.
L a s t e o r í as d e l a r t e p a r t e n d e s u p u e s t o s y c o n c l u y e n
en d o c t r i n a s que n o s i e m p r e reserva n a la v a n g u a r d i a u n
I" • 'i 4.
lugar que haga h o n o r a la decisiva i n f l u e n c i a que lodos
le r e c o n o c e n e n e l d e s a r r o l l o d e l a r l e m o d e r n o . N o se d e -
b e r l a c o n c l u i r d e l o a n t e r i o r q u e UTUi l e ñ ó m e n o l o g i a M U
inaMPMÜtil . f i M e
m i r a d a , a p o y a d a en la visión i n d i s c r i m i n a d a d e l i n g e n u o,
M I *4->»CfT-¿*M- acaso fuere e l m e j o r m o d o de d a r m e n t a de e l l a : t a n
sólo t r a t o de p r e v e n i r a l l e c t o r d e q u e g r a n d e h a d e ser
su sorpresa c u a n d o c o m p r u e b e q u e a u n m i s m o concep-
t o se a t r i b u y e n v i r t u d e s t a n d i s p a r e s ; q u e a l g u n o s h a n
de v e r e n e l l o el g e r m e n d e l arte m o d e r n o , m i e n t r a s o t r o s
lo celebran c o m o condición d e su i m p o s i b i l i d a d .

Decía q u e p o r t u e x c e p c i o n a l i d a d . e r a d i f í c i l a r t i c u l a r
r

La v a n g u a r d i a c o n u n p r o c e d o dcL d e v e n i r p r e v i n o d e s d e
c u a l q u i e r h i s l o r i c i s m o . D e m u d o q u e s u c o n d i c i ó n d e fe-
n ó m e n o a t l p i c o d a e s c a s o p á b u l o a e x p l i c a c i o n e s (eleuló-
g i c a s : n a d a a j e n o a e l l a p u e d e e x p l i c a r e l p o r q u é , e l cuán-
d o , n i e l c ó m o d e la v a n g u a r d i a , a d i f e r e n c i a d e c u a n t o
a c o n t e c e c o n l o * e c l i p s e s s o l a r n o Las m a r e a s . D e ahí q u e
a m e n u d o se p r e t e n d a h a c e r l e J u g a r e l p a p e l d e e p i s o d i o
r e s o l u t i v o de u n a u o t r a teoría d e l a r l e , e m p e ñ a d a e n la
d e s c r i p c i ó n d e u n s u b s i s t e m a d e Los q u e c o n f i g u r a n l>>
interacción s o c i a l .

5
 A h i se p l a n t e a u n a cuestión e s e n c i a l : l a t e n d e n c i a a
q u e se m a n i f i e s t a . T a l puntualizaciún. q u e a p r i m e r a v i s t a
i n c l u i r l a c o m o manifestación c o m p l e m e n t a r i a de pro-
parece r e d o n d e i r l a descripción, y a q u e n i n g u n a de sus
v e c i ó » histórico» d e más a l t o r a n g o , i n v i t a a o b v i a r , p o r
m a n i f e s t a c i o n e » a e f u e r a d e s u a l c a n c e , se c o n v i e r t e e n
l o c o m ú n , s u p r o p i a i d e n t i d a d , l a n a t u r a l e z a d e sus i n s -
a g e n t e \- i m I q u e c u e s t i o n a La I d e a u n i t a r i a d e l a
trumentos v objetivos. Asi. no acostumbra a discutirse
v a n g u a r d i a , p o r c u a n l u desvela la h e t e r o g e n e i d a d d e pre-
si l a v a n g u a r d i a es u n h e c h o e n d ó g e n o e n e l p r o c e s o d e l
s u p u e s t o » y o b j e t i v o s d e l o s d i s t i n t o s m o v i m i e n t o s . Por-
a r t e , q u e c o m e n t a la r e a l i d a d a través de esa m i r a d a o b l i -
q u e esa d i v e r g e n c i a d e p r o p ó s i t o s — i n c i d i r e n l a socie-
c u a c o n q u e sus o b r a s r e g i s t r a n l o s a s p e c t o s m e n o s e v i -
d a d c i n c i d i r s o b r e e l a r t e — n o es e l r e s u l t a d o d e c l a s i -
d e n t e s d e l a h i s t o r i a o . p o r e l c o n t r a r i o , se t r a t a d e u n
ficar p a r a ser más c l a r o : s u p o n e M u n c i o n e s e p i s t e m o -
s e n t i m i e n t o g e n e r a l i z a d o q u e se m a n i f i e s t a e n e l á m b i t o
lógicas e i d e o l ó g i c a s d i s t i n t a » , d i f í c i l e s d e i n c l u i r c o m o
a r t í s t i c o p o r l a e s p e c i a l c a p a c i d a d q u e a l a r t e se a t r i b u y e
m a n i f e s t a c i o n e s a c c i d e n t a l e s d e u n f e n ó m e n o c o m ú n . AJ
p a r a t r a d u c i r e n m e t á f o r a s l a s v i c i s i t u d e s c i v i l iza l o r i a s .
r e c o n o c e r l a b i f u r c a c i ó n d e p r o p ó s i t o s se e s t a o b v i a n d o ,
P o c a s v e c e s se i n t e r r o g a s i l a v a n g u a r d i a p u e d e i d e n t i f i -
o c u a n t o m e n o s reía ( ¡ v i t a n d o , l a c a p a c i d a d c r i t i c a d e l
c a r s e c o n u n a a c t i t u d c r i t i c a a n t e l a c o n v e n c i ó n o se t r a t a
a r t e c o m o p r á c t i c a q u e se a p o y a e n u n a a x i o l o g i a d i s -
de u n a manifestación c o n c r e t a , c o n u n s e n t i d o histórico
t i n t a , p e r o n o a j e n a a l a q u e c o n t r o l a Ja c o n v i v e n c i a . E n
y estético preciso, i r r e d u c t i b l e al t a l a n t e i n c o n f o r m i s t a
e l p r i m e r caso, l a tipología d e l j u i c i o c r i t i c o q u e d a r l a
c o n q u e se c a r a c t e r i z a , a m e n u d o , a l a r t i s t a m o d e r n o E n
c o n f i g u r a d a c o m o s i g u e : o se t r a t a d e u n a m i r a d a a j e n a a
e l espacio q u e d e l i m i t a n estas dos o p o s i c i o n e s c o n c e p t u a -
l o a r t í s t i c o q u e se a c t u a l i z a a través s u y o , p o r s u e s p e c i a l
les, puede i n c l u i r l e la r o s a de los s e n t i d o s q u e s u b y a c e e n
predisposición p a r a s u b r a y a r el c o m e n t a r i o , o b i e n t e
los textos q u e glosan, desde regiones d i s t a n t e s , los p o r m e -
traía d e l p u n t o d e v i s t a e s p e c i f i c o d e l a r t e q u e a s u m e
nores de la v a n g u a r d i a . De todos m o d o s , quienes la entien-
l a c o m p e t e n c i a e n Ja d e n u n c i a d e p a t o l o g í a s s o c i a l e s ,
d e n c o m o u n f e n ó m e n o i n t e r i o r a l p r o c e s o d e l a r l e , acos-
otorgándose u n a p r e r r o g a t i v a que n o avala n i l a h i s t o r i a n i
t u m b r a n a i d e n t i f i c a r l a c o n u n e p i s o d i o c o n c r e t o y toca-
e l s e n t i d o c o m ú n E l s e g u n d o c a s o se l i m i t a r l a a l a o b s -
lizable en el t i e m p o , y los que la describe n c o m o el reflejo
tinación a u t o n o m i s t a , e n c a r n a d a e n u n r e v e r b e r o póstumo
e n l a p r á c t i c a artística d e l a c o n c i e n c i a c r i t i c a a n t e u n a
d e Van ptmr Vari, q u e a g o t a r l a sus r e c u r s o s e n u n e s f u e r -
situación l i m i t e , t i e n d e n a i d e n t i f i c a r l a c o n u n a a c t i t u d
z o inútil p o r r e n o v a r s e d e s d e d e n t r o p a r a c o n t i n u a r e n
capa* de generar distintos episodios con desigual virulen-
los m á r g e n e s .
cia. Los o t r o s dos cuadrantes son transitados p o r inter-
p r e t a c i o n e s q u e n o p o r más d i s c u t i b l e s g o z a n d e m e n o r L a d u a l i d a d d e c r i t i c a s q u e se a i r i b u y e a l a r t e m o d e r -
p a r r o q u i a : l a idea d e v a n g u a r d i a p e r p e t u a , c u m o m o d o n o reileja — y a la v e r c o n t r i b u y e a c o n s o l i d a r — u n a con-
n a t u r a l de d e s a r r o l l o d e l a r t e m o d e r n o , a b u n d a e n perió- cepción d e l a r t i s t a q u e i d e n t i f i c a su c o n d u c t a c o n la de
dicos y e n conciencia s de ensayistas d e postín; t a m p o c o u n r e f o r m a d o r , e n u n o s c a s o s , y La d e u n c a p r i c h o s o , e n
es r a r o d a r c o n e s a s u e r t e d e j o l g o r i o s m i s t i c o s e n los q u e o t r o s . E n a m b o s , l a d i m e n s i ó n artística d e s u c o m e t i d o
se c e l e b r a e l g o l p e d e f i n i t i v o a l a r t e , o a l o q u e sea. se r e d u c e a m e r a p e c u l i a r i d a d s i n s e n t i d o : e n e l p r i m e r
c a s o , se l e e n c o m i e n d a p e r a l t a r l a e f i c a c i a d e l a c o n d e n a
m i l i / a n d o c o n i n g e n i o los p r i n c i p i o s de la estética; e n el
segundo, l o artístico d e l i m i t a e l ámbito e n q u e u n subje-
t i v i s m o i m p e r s o n a l , c a r a c t e r i z a d o p o r la i n d i f e r e n c i a de
Según las v e r s i o n e s más i n c l u s i v a s , la a c t i t u d c r i - sus acciones, e v o l u c i o n a s i n o t r a condición q u e u n finalis-
t i c a d e l a r t e se d i r i g e a l a s o c i e d a d y a l l e n g u a j e c o n m o a r b i t r a r i o a s u m i d o c o m o confusa esperanza. L a asun-

7
d o n d e l o a r t í s t i c o c o m o m a r c o d e u n a v i s i ó n d e las
c o s a s q u e Ja o b l i c u i d a d d e Ja m i r a d a c a l i f i c a , d e s e m b o c a
necesariamente en la disidencia.
A s í , e l a r t i s t a será c r i t i c o e n l a m e d i d a e n q u e b a s a s u s
acciones e n u n sistema de p r i n c i p i o s i r r e d u c t i b l e s a l o s q u e
r i g e n Ja c o n d u c t a s o c i a l , p e r o q u e s ó l o e n ese m a r c o p u *
d e n d a r s e ; de t o d o s m u d o s , s u r e l a t i v a alienación d e b e
e n t e n d e r s e c o m o u n a p o s i c i ó n a t i p i c a d e s d e l a q u e se p u e -
d e i n c i d i r e n La h i s t o r i a , n o c o m o l i m b o e s p i r i t u a l a l t e r -
nativo a ella.
S i se a t i e n d e a La d i m e n s i ó n c r í t i c a d e l a r l e m o d e r n o
p o r e l h e c h o d e q u e s u p r o p i a c o n s t i t u c i ó n es u n a l u m a
d e c o n c i e n c i a h i s t ó r i c a, o m e j o r , sí se a t r i b u y e a l a r l e u n a
v a l e n c i a crític a e s e n c i a l , p o r c u a n t o s u s o b r a s s u p o n e n
u n j u i c i o s o b r e Las c o n d i c i o n e s h i s t ó r i c a s e n q u e e m e r -
g e n , l a d i v i s i ó n d e o b j e t o s d e La c r i t i c a q u e c a r a c t e r i z a a l
• r t e d e v a n g u a r d i a a p a r e c e s u p c r f t u a j m r e a l i d a d , más
q u e u n a b i f u r c a c i ó n d e c o m e t i d o s , se t r a t a d e u n a d e s v i a -
ción p o r l a q u e d e t e r m i n a d o s e c t o r d e l a r t e t o m a p a r a
sí l a crític a m o r a l a l a s o c i e d a d c o m o e s t i m u l o d e s u d e -
s a r r o l l o estético y garantía de su c o m p r o m i s o c o n l a his-
t o r i a . E l c r i t e r i o d e eficacia que en ello hay implícito p r o -
picia el eclecticismo, c u a n d o n o e l e s p o n l a n e i s mo instru-
m e n t a l ; d e e s t a m a n e r a se s i g u e l a t r a d i c i ó n r e l a t i v i s t a
d e a p e r t u r a a l o n u e vo q u e d u r a n t e e l siglo x i x presidió
e l d e s a r r o l l o d e l a r t e . E n ese s e n t i d o . O c t a v i o Paz a c i e r t a
al c o n s i d e r a r l a v a n g u a r d i a c o m o u n a r u p t u r a , sólo p o r
s u m a g n i l u d . m a y o r q u e b s d e l siglo x t x . T a l desviación,
a c o m p a ñ a d a d e l m a y o r énfasis e n l a m o r d a c i d a d d e l c o -
m e n t a r i o , define u n a v a n g u a r d i a c o m o c r i t i c a social a
t r a v é s d e l a r t e , a La q u e . p o r l o c o m ú n , d e d i c a n e l g r u e s o
d e s u s páginas los m a n u a l e s d e h i s t o r i a d e l a r t e c o n t e m -
poráneo,
P e r o s i se e n t i e n d e q u e l a a u t e n t i c i d a d d e l a o b r a ,
c r i t e r i o d e t e r m i n a n t e d e s u c a l i d a d , es e s e n c i a l m e n t e h i s -
tórica e n c u a n t o s u p o n e u n a r e l a c i ó n c r i t i c a e n t r e s u m a -
t e r i a b d a d y l a r e a l i d a d s o c i a l e n q u e se d a . c u a l q u i e r j u i -
c i o e x p l í c i t o e n t o r n o a su e x t e r i o r es s u n e r i l u o y f a l s a m e n -
te artístico: i m p l i c a a s u c o n t e n i d o a r g u m c n t a l y n o a su
v e r d a d c o m o o b r a de a r t e . L o social y político, l o his
tórico e n d e f i n i t i v a , son p a r t e c o n s t i t u t i v a de l a o b r a c
i n c i d e n e n s u h i s t o r i c i d a d en l a m e d i d a e n q u e se i n c o r p o -
r a n c o m o conciencia c r i t i c a en el a c t o de su producción.
E l a r t e , d e ese m o d o , s i e n d o c o n s t r u c t i v o e n Lo e s l e í i
c o , es c r í l i c o e n l o s o c i a l . S e e v a p o r a l a d i v e r g e n c i a d e
s e n t i d o s e n la a c t i v i d a d c r i t i c a de la v a n g u a r d i a : acción
c e n t r í f u g a q u e l e j o s d e n e g a r l a reflexión d i s c i p l i n a r , s ó l o
p u e d e e n t e n d e r s e c o m o s u c o n s e c u e n c i a l ó g i c a . As í p u e s ,
se p e r f i l a u n a i d e a d e v a n g u a r d i a c u y a c o n s i s t e n c i a teó-
rica n o necesita desmentir; c o n s t a n t e m e n t e la evidencia
d e l o s h e c h o s ; e n Ea q u e l o s a s p e c t o s c r í t i c os y c o n s t r u c -
t i v o s n o s o n o p c i o n e s a l t e r n a t i v a s q u e se a s u m e n d e s d e
c o m p r o m i s o s ideológicos diversos, s i n o facetas de u n mis-
m o f e n ó m e n o d e n a t u r a l e z a i n e q u í v o c a m e n t e artística , c u -
yos r e s u l t a d o s a f e c t a n d e c i s i v a m e n t e al d o m i n i o de los
v a l o r e s estéticos.
L a v a n g u a r d i a s u b r a y a l a m e d i a c i ó n d e l s i s t e m a artís-
t i c o e n e l c o n o c i m i e n t o d e Ja r e a l i d a d , C o n e l l o c r í t i ca e l
p r i n c i p i o romántico de l a i n m e d i a t e z , la t r a n s p a r e n c i a al
s e n t i m i e n t o que caracteriza a los expresionismos. I I a r l e
es i n t r a n s i t i v o , n o es u n m e d i o p a r a d i f u n d i r o e x p r e s a r
e m o c i o n e s o j u i c i o s ajenos a l p r o c e s o d e su realización:
se t r a t a d e u n a Lente a c t i v a q u e d e f o r m a l a v i s i ó n d e Las
c o s a s d e a c u e r d o c o n las p e c u l i a r i d a d e s d e s u p r o p i a c o n -
sistencia.
E n el l i m i t e , el a r t e n o seria u n i n s t r u m e n t u c o n el que
d e s c u b r i r f a c t o r e s o c u l t o s d e La r e a l i d a d : é l m i s m o s e r i a
p a r t e d e Ja r e a l i d a d c a r a c t e r i z a d a p o r s u i n e x i s t e n c i a , o
m e j o r , p o r u n a existencia s i e m p r e v i r t u a l L a idea de
s i s t e m a , e s e n c i a l e n e l a r t e c l á s i c o , se i n v i e r t e e n l a v a n -
g u a r d i a e n l a m e d i d a q u e n o se t r a t a d e o r g a n i z a r canóni-
c a m e n t e realidades existentes, s i n o de p r o v o c a r la emer-
gencia de realidades implícitas.
EL m o m e n t o p l e n o d e l a v a n g u a r d i a s e r i a e l c o n s t r u c t i -
v o , n o et c r i t i c o , a l q u e a m e n u d o se r e d u c e . L a p r o p u e s t a
e s t r u c t u r a d a de u n s i s t e ma estético, y no la m e r a c r i t i c a
9
m u r a l a La c o n v e n c i ó n , s e r i a La v i * p o r l a q u e l a v a n g u a r
día c u e s t i o n a Los v a l o r e s d e l a t r a d i c i ó n a r t í s t i c a y l o s d e l
m a r c o social q u e (califica. Sólo e n l a p r o p u e s t a de f o r m a
c o m o construcción sistemática, l a v a n g u a r d i a c o n v i e r t e l a
mediación artística e n agente c r i t i c o de l a r e a l i d a d : n o
d i s c u t i e n d o sus f u n d a m e n t o s c o n a r g u m e n t o s q u e el arte
se U m i t a a e x p r e s a r o a t r a n s m i t i r , s i n o c o n s t r u y e n d o
o t r a r e a l i d a d , i r r e d u c t i b l e a l a e x i s t e n c i a y . a l a vez. i m -
pensable a l m a r g en d e ella.
E n el e x t r e m o o p u e s t o de las a n t e r i o r es consideracio-
nes se sitúa e l S u r r e a l i s m o , c o n s i d e r a d o , c o n D a d a . La v a n -
g u a r d i a l u e r t e q u e h e r e d a y l l e v a aL l í m i t e l a c r i t i c a s o c i a l
que el E x p r e s i o n i s m o ejerció sólo m o d e r a d a m e n t e . E n
e f e c t o , s i d e s d e e l S u r r e a l i s m o se a f i r m a q u e e l a r l e
es e x p r e s i ó n d i r e c t a , i n m e d i a t a , d e l a v i d a , y l a v i d a está
c o n t r o l a d a p o r l a lógica de u n a razún r e p r e s i v a , bastará
l i b e r a r l a d e t a l l ó g i c a — a m p l i a n d o l a e x p e r i e n c i a a los
h e c h o s d e l s u b c o n s c i e n t e — p a r a o b t e n e r u n a r t e necesa-
r i a m e n t e d i s t i n t o , expresión d e vivencias i n c o n t a m i n a d a s .
E n l u d o el r a z o n a m i e n t o n o h a y n i n g u n a consideración a
l o a r t í s t i c o q u e n o sea p a r a r c d u e i r l u a m e r o r e f l e j o d e ea-
perierKias que lo trascienden.
L a v a n g u a r d i a actúa d e s d e l a c o n c i e n c i a histórica d e
su i n f l u j o en el d e s a r r o l l o del a r t e . Conciencia que al-
c a n z a t a n t o a l a m a g n i t u d d e l c a m b i o c o m o a s u sen-
t i d o especifico. La búsqueda d e l o esencial l l e v a a p a r e -
j a d a l a c r i t i c a a las c o n v e n c i o n e s , t a n t o d e l a n a l u r a l e z a
c o m o d e l u s o d e l m a t e r i a l artístico: el a r t e figura 1 ivu,
e n p i n t u r a , o t o n a l , e n música, h a p r o d u c i d o l a a t r o f i a
de c i e r t o s a s p e c t o * esenciales d e l a r l e q u e la vanguar-
d i a t r a t a d e r e c a l c a r . P e r o t a l r e i v i n d i c a c i ó n n o se l i n a
a c a b o n e u t r a l i z a n d o La h i s t o r i a — c o n l a identificación en-
tre l o ensencial y lo p r i m i t i v o , c o m o o c u r r e en Slrawins-
k y — s i n o q u e l a asunción d e l m a t e r i a l c o m o e s e n c i a d e l
a r t e c o n s t i t u y e en si m i s m o u n hecho histórico. C u a n d o
S c h o c n b e r g a s u m e l a a t o n a l i d a d , está c o n v i r t i e n d o e n m a -
t e r i a l l a d i s o n a n c i a , q u e e n l a música p u s r o m á n t l c a se
c o n s i d e r a b a c o m o m e r a i n f r a c c i ó n e x p r e s i v a . De t o d o s
m o d o s . La e x t e n s i ó n d e l a d i s o n a n c i a o l a p o s t e r i o r p r o -
10
puesta d e l a serie dodecafonica. irredoctibles a u n a m e r a
a c t u a l i z a c i ó n d e c o s t u m b r e s , n o se p l a n l e a n " c o m o p r o -
puestas onlológicas. ajenas a los valores de l a h i s t o r i a :
e n l a e l e c c i ón d e u n m o d o d e p r o c e d e r se sí(úa l a asunción
ideológica de la práctica d e l a r t e ; s u s e n t i d o l i e n e q u e ver
c o n el u s o d e t a l e s c o n d i c i o n e s . A l c a m b i a r e l m a ( e r i a l d e
Ta música v a d o p t a r u n m o d o d e p r o c e d e r d i s l i n t o , S c h o c n -
b e r g está m o d i f i c a n d o s u u s o s o c i a l : r e c h a z a s u c o m e t i d o
o r n a m e n t a l para p r o p o n e r l a c o m o f o r m a de c o n o c i m i e n -
t o . E s t e c a m b i o c o n t i e n e i m p l í c i t a u n a c r i t i c a a las c o n -
v e n c i o n e s s o c i a l e s q u e r e d u c e n e l c o m e t i d o d e l a música
a c o n c i l i a r a r t e y v i d a , d e s n a t u r a l i z a n d o el p r i m e r o al con-
v e r t i r l o e n m a r c o d e c o r a t i v o d e la existencia.
L a v a n g u a r d i a artística es i n t e r n a c i o n a l , e l s e n t i d o d e
s u reflexión e x c e d e l a s a t e n c i o n e s p e c u l i a r e s . L a g r a n c i u -
d a d p r o p o r c i o n a el á m b i t o idóneo p a r a la práctica van-
g u a r d i s t a p o r c u a n t o acentúa l a c o n d i c i ó n d e extraña-
m i e n t o , t a n t o d e l a r t i s t a c o m o de su práctica, r e s p e c to a
los v a l o r e a q u e c o n t r o l a n l a c o n v i v e n c i a A l a c t u a r c o n
u n m a r c o d e r e f e r e n c i a t a l q u e l a c o n c i e n c i a d e l o histó-
r i c o h a c e a b s t r a c c i ó n d e las v i c i s i t u d e s d e Lo c o t i d i a n o ,
l a v a n g u a r d i a d e s a t i e n d e c i r c u n s t a n c i a s c o y u n t u r a Les q u e .
e n c a m b i o , se a d u c e n a m e n u d o c o m o m o t i v o d e p r o t e s t a
p o r parte d e m o v i m i e n t o s radicales. E l hecho de que Joy-
ce n o se e n t e r a s e d e l a f u n d a c i ó n d e l C a b a r e t V u l t a i r e ,
v i v i e n d o e n Z u r i c h e n 1916, v s ó l o t u v i e r a u n a v a g a i m p r e -
sión d e l c o m i e n z o d e l a g u e r r a , r e v e l a h a s t a q u é p u n t o s u
m o d o de a t e n d e r la h i s t o r i a diñere d e l de T r i s t a n T z a r a .
EL s e n t i d o e s t é t i c o — c o m ú n a m a n i f e s t a c i o n e s v a n -
g u a r d i s t a s o c u r r i d a s e n ámbitos geográficos d i s t i n t o s —
es c o m p a r t i d o t a m b i é n p o r m o v i m i e n t o s c o n t e m p o r á n e o s
q u e afectan a d i s c i p l i n as diversas: n o sólo e l m o d o de
o p o n e r s e a Las c o n v e n c i o n e s , s i n o ta n a t u r a l e z a d e l p r o -
v e c t o artístico v i n c u l a a S c h o c n b e r g y O z e n f a n l . a Male-
vi t h y J o y c e , L a s c o i n c i d e n c i a s t e m p o r a l e s d e a c o n t e c i -
m i e n t o s a n á l o g o s e n p r á c t i c a s artísticas c l a r a m e n t e d i f e -
r e n c i a d a s c o n s t i t u y e n s ó l o u n d a t o e s p e c t a c u l a r d e l espí-
r i t u q u e c o m p a r t e n . A c o t a r La s u b j e t i v i d a d , e s t a b l e c i e n d o
u n a p a u t a s o b r e l a q u e l a l i b r e e l e c c i ó n a d q u i e r e u n sen-
11
I l d o c o n t r o l o , podrí* c o n s i d e r a r t e el o b j e t i v o común •
todas las facetas de l a v a n g u a r d i a ; establecer tas c o n d i -
c i o n e s p a r a q u e l o l i b r e n o se c o n f u n d a c o n i n d i f e r e n t e y
l o i n d e t e r m i n a d o n o se i d e n t i f i q u e c o n l o i n d i s t i n t o , s e r t a
e l f u n d a m e n t o e s t é t i c o c o m ú n a t o d a s e l l a s ; e n t e n d e r el
o b j e t o c o m o m a r c o de s u p r o p i a interpretación podría
considerarse su p r i n c i p a l contribución e n el c a m p o del
conocimiento.
L a n a t u r a l e z a artística y . a La v e z . estétic a d e l p r o y e c -
t o , el rechazo de l a figuratividad y la representación, el
f u n d a m e n t o c o n s t r u c t i v o de la n u e v a f o r m a , su condición
a b s t r a c t a y La r e l e v a n c i a e s p a c i a l d e s u c o n c e p c i ó n y p e r -
cepción, s o n aspee l o s c o n c r e t o s de u n a p r o p u e s t a q u e
i b a a m o d i f i c a r d e f i n i t i v a m e n t e La e v o l u c i ó n d e l a r t e , p o r
la m a g n i l u d d e l c a m b i o y p o r el m o d o a t i p i c u de l l e v a r l o
a c a b o . E l s e n t i d o d e l a práctica d e l a r t e c o i n c i d í a c o n
eJ de l a reflexión e n t o r n o a é l ; p e r o n o m e d í a n l e l a j e r a r -
quía c o n q u e e n e l C l a s i c i s m o e l c a n o n d e t e r m i n a b a l a
o b r a , s i n o en u n proceso de m u t u a incidenci a en el que la
reflexión se h a c e i n t e r e s a d a , y l a p r á c t i c a , r e f l e x i v a , £1 t a -
l a n t e e c l é c t i c o y l i b e r a l d e l a r t i s t a p o s r o m á n l i c o se l o m a
d i i c í p l i n a d o e i n t e n s o , sus i n t u i c i o n e s d e v i e n e n e v i d e n c i a s
a través de la asunción de l a i n t e n c i o n a l i d a d e n l a m i r a -
d a c o m o condición necesaria p a r a p e r c i b i r .
L a v a n g u a r d i a es u n f e n ó m e n o artístico y m é l i c o a l a
vez: i r r e d u c t i b l e l a n í o a u n m o d o d e e n t e n d e r l a práctica
c o m o a l d i c t a d o d e u n a o r i e n t a c i ó n estética p r e c i s a . Se h a
v i s t o c ó m o Ja a r l i s l i c i d a d e r a e l a t r i b u t o c o n q u e O r t e g a
definía l o e s p e c i f i c o d e l a r l e d e v a n g u a r d i a : e n e f e c t o ,
artísticos s o n los m e d i o s , artístico s u m a r e o d e r e f e r e n c i a
— e l a r t e — y artístico s u o b j e t i v o — i n c i d i r en el s e n t i d o
d e s u e v o l u c i ó n . P e r o t a l a s u n c i ón d e l a a r t i s t i c i d á d se
h a c e d e s d e l a a u i n c o n s c i e n c i a h i s t ó r i c a , e s t o es. d e s d e l a
consideración de q u e únicamente a s u m i e n d o la h i s t o r i -
c i d a d d e l a r t e se p u e d e i n c i d i r e n Las v i c i s i t u d e s d e s u
proceso.
i:
L a c o n c i e n c i a hi»lórica del s e n t i d o de la v a n g u a r d i a
p u e d e L-XplicaJ . 04 aso, li>- c o m p o r t e n t e j wáÉknt m
p r o y e c t o . E n p r i m e r l u g a r . Ja v a n g u a r d i a t i e n e u n f u n -
d a m e n t o historicista q u e puede resumirse en el postu-
lado: en cada m o m e n t o de la h i s t o r i a n o puede hacerse
c u a l q u i e r cosa. Por o t r a p a r l e , la c o m p o n e n t e p o s i t i v i s t a
de la m o d e r n i d a d t i e n d e a c o n s i d e r a r la o b j e t i v i d a d c o m o
g a r a n i l a d e l p r o g r e s o . F i n a l m e n t e , l a c o n c i e n c i a lingüis-
t i c a d e l a r e a l i d a d c o m p r o m e t e a l v a n g u a r d i s t a e n l a re-
flexión s u b r e e l l e n g u a j e c o m o vía d e a c c e s o a r e a l i d a d e s
n u e v a s : e l Lenguaje, p u e s , c o n s t r u y e l a r e a l i d a d , n o r e -
fiere u n m u n d o p r e e x i s t e n t e .
L a identificación e n t r e m a r c o e s t é t i co y práctica a r -
tística a d q u i e r e c u e r p o e n l a figura a t i p i c a d e l van-
g u a r d i s t a c o m o a r t i s t a e m p e ñ a d o e n e l a b o r a r u n a refle-
x i ó n estética q u e p e r a l t a e l s e n t i d o d e sus o b r a s . Re-
lie xión q u e n o p r e c e d e a l a o b r a s i n o q u e . c o m e n t á n d o l a ,
l a a n t i c i p a y l a t r a s c i e n d e a l a vez. M a r c o l e g a l , n o s i s t e m a
n o r m a t i v o : c o n d i c i ó n e p i s l é m i c a d e l a a c c i ó n , n o guía
o p e r a t i v a q u e l a r e d u c e a m e r a aplicación de p r e s c r i p -
c i o n e s e x t e r i o r e s . L a v a n g u a r d i a es i r r e d u c t i b l e a c u a l -
quier sistema d o c t r i n a l : su empeño activo e n e l c a m p o
d e l a estética m o d i h e a Las c o n d i c i o n e s d e La f o r m a , a l t e -
r a n d o la idea de belleza v p r o p o n i e n d o u n a n u e v a media-
ción e n t r e l a o b r a y la r e a l i d a d ; e n l a n t o q u e fenómeno
artístico, p r o p u r c i u n a el referente c o n c r e t o q u e a c l a r a el
s e n t i d o d e e s a n u e v a m e d i a c i ó n . S u t r a s c e n d e n c i a estétic a
n o p u e d e e n t e n d e r s e aJ m a r g e n d e sus c o n c r e t a s a p o r t a -
c i o n e s a r t í s t i c a s : s i n eL « c u a d r a d o b l a n c o s o b r e fondo
b l a n c o » , los e s c r i t o s de M a l e v i c h n o habrían pasado de
ser Los d e u n v í s i o n a r i u c o n f o r m a c i ó n filosófica i n s u f i c i e n -
te, i n c l u s o p a r a d e s c r i b i r s u p r o p i a u t u p i a .
P o r o t r a p a r t e , l a v a n g u a r d i a n o se c o l m a d e s e n t i d o
s i n Ja c o m p o n e n t e t e ó r i c a : s i s e i g n o r a c u a n t o t i e n e d e
p r o y e c t o estético, p i e r d e s u condición de r u p t u r a episte-
mológica p a r a c o n v e r t i r s e en m u e s t r a de u n extraño esli-
lo. sólo d i s t i n t o p o r l o novedoso, q u e n o cabe sino re-
p r o d u c i r p o r m i m e s i s . L o s a t r i b u t o s físicos d e l a o b r a
de a r t e v a n g u a r d i s t a s o n . a l a vez. categorías de s u c u n o -
13
c i m i e n t o ; e l p r i n c i p i o c o n s t r u c t i v o , l a a b s t r a c c i ó n . La i n -
tensidad o l a ambigüedad, n o son cualidades o remoras
anecdóticas de u n a r l e d e s c e n t r a d o , sino q u e testifican la
asunción d e u n o s p r i n c i p i o s e s t á t i c o s i r r e d u c t i b l e s a l
m e r o c o n t r o l d e u n a p r á c t i c a a r t í s t i c a, p e r o q u e s ó l o e n
ella encuentran su autentico sentido.
E s t a c o n d i c i ó n d u a l d e l a v a n g u a r d i a está e n e l o r i -
g e n d e las p a t o l o g í a s más ( r e c u e n t e s e n s u d e s a r r o l l o , t e n -
dentes en general a r e d u c i r el fenómeno a u n o de los dos
aspectos c u y a sola conjunción l o explica. A s i . la c o n t i -
n u i d a d de u n o s p r i n c i p i o s estéticos, c o n i n d e p e n d e n c i a
de l a s t o r m a s q u e l a v a n g u a r d i a r e l a t a , c o n d u c e a suce-
sivas n e o v a n g u a r d i a s e n las q u e la r i g i d e z teórica o p r i m e ,
más q u e e s t i m u l a . La p r o d u c c i ó n d e f o r m a ; p r a c t i c a d a
a m e n u d o p o r i n t e l e c t u a l e s , l a n c o v a n g u a r d i a a c a b a ne-
g a n d o l a m e d i a c i ó n artística. aL r e d u c i r l a p r á c t i c a a u n
trámite c o n c e p t u a l unívoco y s i n dobleces . L a c o m p l i c ó
d a d c o n u n a imaginería r e d u c i d a a a c e r v o estilístico
convierte la presunta fidelidad vanguardista en u n home-
naje anacrónico a sus f o r m a s o r i g i n a l e s ; la perversión d e l
s e n t i d o q u e t a l c o n d u c t a c o m p o r t a d a l u g a r a esos c o -
m e n t a r i o s q u e c o n f u n d e n la hislorización de u n fenóme-
no c o n la reducción t e m p o r a l d e s u v i g e n c i a : la adecua-
ción de la v a n g u a r d i a a c i e r t a mitología de s u t i e m p o — e n
t a n t o q u e expresión c o n s c i e n t e de sus v a l o r e s — c o n s t i t u y e
el p r i n c i p a l a r g u m e n t o p a r a s u c l a u s u r a , e n c u a n t o l a r e -
duce a u n e p i s o d i o más de u n proceso sólo c o n t r o l a d o
p o r l a lógica d e l a z a r q u e el r e l a t i v i s m o a t r i b u y e a l a b i s -
toria.
E n r e l a c i ó n c o n l a s i n g u l a r i d a d a q u e m e a c a b o de re-
f e r i r , c o n v i e n e a d v e r t i r el carácter i n t e n s i v o de la van-
g u a r d i a . C o m o p r o y e c t o p a r a c a m b i a r e l a r t e a través
d e l a a u t o r r e flexión, d e l a a u t o c r í t i ca d e sus p r i n c i p i o s v
técnicas, l a v a n g u a r d i a u n e e l Eunu a x i o m á t i c o d e s u s t e x -
t o s c o n e l carácte r e j e m p l a r d e s u s o b r a s . P o e u m a r g e n
p a r a l a rclLexión d e s i n t e r e s a d a e n a q u é l l o s v m á x i m a t e n -
sión c o n c e p t u a l e n éstos: el empeño d o c t r i n a l establece
u n ámbito d e l q u e texto y o b r a p a i l i c i p a n , d a n d o la i m -
p r e s i ó n d e q u e , e n o c a s i o n e s , i n t e r c a m b i a n sus c o m e t i d o s
c o n v e n c i o n a l e s . L a f a c e t a c o n c e p t u a l d e l a v i s i ó n y La
t r a n s c e n d e n c i a plástica d e las i d e a s , q u e l a v a n g u a r d i a
d e b e a l a t r a d i c i ó n f o r m a l i s t a d e l s i g l o JCDt, acentúa n l a
s i n g u l a r i d a d d e l a c o n t e c i m i e n t o q u e a q u i se g l o s a . Pen-
s a r v m i r a r n o serán, e n a d e l a n t e , vías a l t e r n a t i v a s d e ac-
ceso a l o r e a l , sino las facetas convencionales de u n m o d o
d i s t i n t o de conocer a través del a r t e ; los a t r i b u t o s s i m u l -
táneos d e u n a p r á c t i c a q u e a b a n d o n a e l c o m e n t a r i o p a r a
a s u m i r p l e n a m e n t e l a acción c r e a d o r a , e n t e n d i d a a h o -
r a c o m o p r o d u c c i ó n d e u n a r e a l i d a d l i b e r a d a d e l a exis-
tencia.
L a v a n g u a r d i a rechaza la idea de arte c o m o represen-
tación. E n t a n t o q u e p r o d u c t o r d e u n a r e a l i d a d e s p e c i f i c a ,
e l a r t e r e n u n c i a a c u a l q u i e r c o m e t i d o d e t r a d u c i r e n fi-
guras realidades ajenas a su p r o p i o u n i v e r s o : l a o b r a de
a r t e v a n g u a r d i s t a c o n t i e n e lo r e a l e n c a l i d a d de j u i c i o
r e s p e c t o at u s o d e l o s m a t e r i a l e s — i n s t r u m e n t o s técnicos,
valores, m i t o s — q u e la h i s t o r i a ofrece; c o m o condición
implícita d e p o s i b i l i d a d de la f o r m a , n o c o m o referent e
de alusiones simbólicas; expresa su m o d o p a r t i c u l a r de
r e f e r i r s e a l o e x i s t e n t e , de m o d o q u e el s e n t i d o estético
de l a aproximación c o n s t i t u y e el referent e d e n a t u r a l e z a
i n t e l e c t u a l c o n e l q u e dará q u i e n se e m p e ñ e e n f o r z a r s u
iconografía.
Es e q u i v o c o , p o r t a n t o , i n c l u i r e l c u b i s m o e n t r e l o s
m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a , a u n q u e el sentido d e su c r i t i -
ca a l a f i g u r a t i v i d a d i m p r e s i o n i s t a está e n e l o r i g e n d e La
v a n g u a r d i a pictórica. E l propósito de r e p r e s e n t a r l o q u e
las c o s a s s o n . y n o l o q u e a p a r e n t a n , s u p o n e a s u m i r e l
análisis i n t e l e c t u a l c o m o m a r c o e p i s l é m i c o d e l a c t o d e
p i n t a r ; a b a n d o n a r l a reducción sensitiv a de l a r e a l i d a d
c o m o ú n i c a l e g a l i d a d d e l a r e p r e s e n t a c i ó n plástica. P e r o
t a l o b j e t i v o , q u e e l c u b i s m o c o n v i e r t e e n m o d o sistemá-
t i c o de proceder, estaba a s u m i d o explícitamente en ' a pin-
t u r a de Cezanne; i n c l u s o de m a n e r a más r a d i c a l , p o r cuan-
t o e l p r o p ó s i t o d e c o n s t r u i r l a r e a l i d a d se e n t e n d í a c o m o
15
a c t i v i d a d cognoscitiva , n o i r a d a m e n t e metódica, a l o q u e
el c u b i s m o a m e n u d o la reduce. E n r e a l i d a d , e l c u b i s m o
d i v u l g a y entiende homogéneamente al ámbito de l a to-
t a l i d a d r e p r e s e n t a d a l o q u e e n C é z a n n c c o n s t i t u ía u n m o -
m e n t o d e tensión e n t r e c o n o c i m i e n t o i n t e l e c t u a l y a p r e -
hensión s e n s i t i v a d e l o f í s i c o .
E l c u b i s m o es s o b r e l o d o u n n e o f i g u r a t i v i s m o , a p o y a d o
en u n sistema de convenciones d i s t i n t o del i m p r e s i o n i s t a
p o r el f u n d a m e n l u i n i e l e c l u a i de su m i r a d a ; pero n o me-
nos dependiente de l a realidad representada y del p r o -
p i o c o m e t i d o s u b a l t e r n o d e La p i n t u r a r e s p e c t u a Jo q u e
e x i s t e e n s u e x t e r i o r : r e n u e v a s u u t i l l a j e Jo n e c e s a r i o p a r a
hacer verosímil el n u e v o p u n t o de v i s t a acerca d e las co-
sas, p e r o s u m i s i ó n s i g u e s i e n d o f u n d a m e n t a l m e n t e n a -
rrativa.
E n ese c o m p r o m i s o , e l c u b i s m o l i b e r a , n o o b s t a n t e . La
representación de los r i g o r e s de l a m i m e s i s , e n u n i n t e n t o
desesperado de c o n s t r u i r a r t i f i c i a l m e n t e la a p a r i e n c i a :
la p a r a d o j a q u e e n c i e r r a e l p r o y e c t o c o n s l i t u y e . a l a vez,
e s t i m u l o y l i m i t a c i ó n d e a l g o q u e h u b i e s e p o d i d o ser s ó l o
u n e j e r c i c io p r i v a d o d e u n p a r de p i n t o r e s , pero que el
c e l o d e Los g a l e r i s t a s c o n v i r t i ó e n u n m o v i m i e n t o t a n
g r a n d i o s o c o m o e f í m e r o , q u e e n 1918 y a p a r e c í a ' d e a n t e s
de la g u e r r a * .
De m o d u a n á l o g o a c o m o , e n s u fase a t o n a ! , S c h o c n b e r g
e x t i e n d e s i s t e m á t i c a m e n t e Jas i r r e g u l a r i d a d e s a r m ó n i c a s
f r e c u e n t a d a s p o r Jos c o m p o s i t o r e s p o s r o m á n t i c o s , ade-
c u a n d o su m a r c o n o r m a t i v o a u n a d i s t i n t a concepción de
l a e x p r e s i v i d a d , eL c u b i s m o d e b e c o n s i d e r a r s e p r e v a n g u a r -
d i a d e s d e u n p u n t o d e v i s l a q u e se r e s i s t a a l i m i t a r e l
c o n c e p t o a m e r o r e l e v o t e r m i n o l ó g i c o p a r a d e s c r i b i r fe-
n ó m e n o s d e n o v e d a d ; m á s l i g a d o s a Ja s o r p r e s a p o r l o
d i s t i n l o q ue a la conciencia de l o n u e v o .
E l c u b i s m o es, p u e s , l a r e f e r e n c i a c o n s t a n t e d e l o s m o -
v i m i e n t o s pictóricos q u e c o n s t i t u y e n la v a n g u a r d i a plena:
suprcmalismo, neoplasticismo y purismo; del m i s m o
m o d o q u e e l a t o n a l i s m o d e S c h o c n b e r g r e c a l c a La a r b i -
t r a r i e d a d estética d e s u e x p r e s i o n i s m o , y s ó l o c o n l a d o -
decafonia. e n tanto que propuesta n o r m a t i v a que dis-
c i p l i n a l a s u b j e t i v i d a d y e x o r c i z a l a I n d e f e r e n c i a . s u mú-
s i c a a l c a n z a La c o n d i c i ó n d e v a n g u a r d i a a u t e n t i c a .
P e r o e l r e c h a z o d e La r e p r e s e n t a c i ó n n o es u n c r i t e r i o
suficiente p a r a definir lo especifico de l a v a n g u a r d i a ; l a
i d e a c o n s t r u c t i v a d e l a f o r m a v a n g u a r d i s t a , f r e n t e a Ja
m a t r i z c o m p o s i t i v a d e l a o b r a d e a r t e clásica, h a c e h i s -
tórica y estéticamente s i n g u l a r su r e n u n c i a a l a figurativi-
d a d ; construcción e n t e n d i d a c o m o producción a r t i f i c i a l de
u n a f o r m a q u e o b j e t i v a u n s i s t e m a d e r e l a c i o n e s implíci -
tas. L a v a n g u a r d i a c o n s t r u y e su f o r m a a p a r t i r d e u n i d a -
d e s q u e n o s o n e n t i d a d e s físicas s i n o r e l a c i o n e s c o n c e p -
t u a l e s . Ko se t r a t a , p u e s , d e d e s f i g u r a r La m i m e s i s a t r a v é s
d e l análisi s i n t e l e c t u a l d e l o r e p r e s e n t a d o , c o m o o c u r r e
e n e l c u b i s m o , o s u b v e r t i r l a e s t r u c t u r a a s o c i a t i v a d e Lo
r e a l , c o m o haría e l S u r r e a l i s m o , s i n o d e n e g a r l a o b j e t i v i -
dad en favor de l a e s t r u c t u r a e n t e n d i d a c o m o sistema de
r e l a c i o n e s i n t e r i o r e s a Ja o b r a .
E n e l c o m e x t o d e Jas a n t e r i o r e s c o n s i d e r a c i o n e s , b a s a r
l a n o v e d a d d e Ja v a n g u a r d i a e n l a asunción d e l a j n o r g a -
n i c i d a d d e l a f o r m a f r e n t e a l a o r g a n i c i d a d de l a f o r m a
t r a d i c i o n a l es p o c o m a s q u e señalar u n m a t i z c o s t u m b r i s -
t a : La s u b v e r s i ó n d e l o r d e n n a t u r a l n o c o m p o r t a u n a p r o -
p u e s t a c o n s t r u c t i v a n u e v a ; m o d i f i c a r la jerarquía esta-
b l e c i d a e n t r e Jos e l e m e n t o s d e l a o b r a clásica n o s u p o n e
u n c a m b i o f u n d a m e n t a l e n l a idea de f o r m a , únicamente
p o n e e n c u e s t i ó n l a l e g a l i d a d e n q u e se e n m a r c a .
D e f o r m a r la m i m e s i s , a m p l i a n d o sus recursos, c o m o
o c u r r e t a n t o en e l c u b i s m o c o m o en el a t o n a l i s m o schoen-
bergiano. n o pertenece a l proyecto vanguardista propia-
m e n t e d i c h o , s i n o a l m o m e n t o c r i t i c o q u e Le p r e c e d e : l a
c r i s i s d e l a s c o n v e n c i o n e s r e p r e s e n t a t i v a s o n o r m a t i v a s se
c o n v i e r t e e n m a t e r i a l d e l a o b r a ; l a v a n g u a r d i a ve e n e s a
c r i s i s La c o n d i c i ó n p a r a c o n s t r u i r u n a i d e a d e f o r m a q u e
s u p o n g a , a l a vez, s u p e r a c i ó n estética y c o n s e c u e n c i a a r -
tística. A s i , d e l a n e g a t i v i d a d p r e v a n g u a r d i s t a se p a s a a
la p o s i t i v i d a d v a n g u a r d i s t a , a p o y a n d o l a f o r m a e n u n sis-
t e m a de a f i r m a c i o n e s e n el q u e l a práctica c o n t i e n e , e n
razón d e s u n a t u r a l e z a , l a d i m e n s i ó n c r i t i c a q u e e l p r i -
m e r m o m e n t o a c e n t u a b a : l a c r i t i c a esencial d e la van-
17
g u a r d i a r e s p e c t o a l a n c t r a d i c i o n a l es l a p r o p u e s t a d e c r i -
terios de belleza t o t a l m e n t e d i s t i n t o s .
L a naturaleza c o n s t r u c t i v a de la f o r m a v a n g u a r d i s t a
d e t e r m i n a s u t e n d e n c i a a la abstracción. La composición
clásica se f u n d a m e n t a e n l a s i d e a s d e j e r a r q u í a y t o t a l i -
d a d : e l e l e m e n t o es l a p a r t e c o n s t i t u t i v a , y s ó l o t i e n e sen-
t i d o e n e l m a r c o d e l a u n i d a d a l a q u e p e r t e n e c e . L a s te-
Laciones q u e e s t a b l e c e e l c a n o n c o m p o s i t i v o c t s s i c i s t a s o n
explícitas: s u faceta metodológica a l u d e a u n p r i n c i p i o
esencial: l a u n i d a d c o m o t o t a l i d a d . S u m a r c o de referen-
cia, es La m i m e s i s , d i r e c t a o a n a l ó g i c a , q u e d a u n s e n t i d o
t r a s c e n d e n t e a La o b r a d e a r t e . L a f o r m a v a n g u a r d i s t a , e n
c a m b i o , p a r t e de u n a i d e a f r a g m e n t a r i a de l a u n i d a d ; po-
s i b l e p o r l a a u t o n o m í a d e las r e l a c i o n e s q u e l a c o n s t r u y e n .
L a e s t r u c t u r a es i n m a n e n t e , n o e x c e d e e l á m b i t o d e l a
o b r a y , a l a vez, c u e s t i o n a s u m a t e r i a l i d a d c o m o o b j e t o .
Si el período a t o n a ! de Schocnberg supone u n a p r i m e r a
c r i t i c a a l a i d e a d e m e l o d í a c o m o sucesión d e t o n o s , c a p a z
de abstraerse del sentido del i n t e r v a l o canónico — n o i m -
p o r t a s i e n términos de consonanci a o d i s o n a n c i a — , en e l
d o d e c a l o n i s m o l a i d e a d e sucesión es r e e m p l a z a d a p o r
l a d e s i m u l t a n e i d a d d e s i l e n c i o s e n e l e s p a c i o : La u n i d a d
e l e m e n t a l es a h o r a e l e s p a c i o s o n o r o d e f i n i d o p o r u n i n t e r -
v a l o n o d e t e r m i n a d o , e n e l q u e t o d o s sus a s p e c t o s a d q u i e -
r e n la máxima relevancia; todos ellos s o n o b j e t o de u n
armazón m u s i c a l de m o d o q u e l a s u b j e t i v i d a d del a u t o r
a d q u i e r e s e n t i d o en la confrontación c o n la n o r m a t i v a do-
d e c a f ó n i c a . E l s u j e t o d e l a música h a p a s a d o , p u e s , d e
ser l a l i n e a m e l ó d i c a e s t a b i l i z a d a p o r u n c a n o n d e c o n -
sonancias a la e s t r u c t u r a de espacios m u d o s q u e l o s
m a t e r i a l e s d e La m ú s i c a — t o n o , t i m b r e , t i e m p o — d e l i -
mitan.
EL c a r á c t e r a b s t r a c t o d e l a s r e l a c i o n e s q u e c o n s t i t u y e n
l a f o r m a t e n s a , y a c a b a p o r c u e s t i o n a r . La p r o p i a o b j e -
l u a l i d a d d e l a o b r a . S i se d e f i n e l a f o r m a c o m o u n sis-
t e m a de relaciones conceptuales implícitas, el o b j e t o cons-
t i t u y e u n m e r o s o p o r t e , y s u e s t a t u t o es t r a n s i t i v o res-
pecto a la esencia d e l a o b r a , P e r o la v a n g u a r d i a asume la
p r á c t i c a artística c o m o á m b i t o f u n d a m e n t a l d e u n p r o -
15
-
y e c t o i r r e d u c t i b l e a l a reflexión i n t e l e c t u a l p u r a ; l o q u e .
paradójicamente, plantea l a relevancia del o b j e t o c o m o
h u e l l a física d e l a c t o . L a t e n s i ó n e n t r e l a n a t u r a l e z a c o n -
c e p t u a l d e l gesto estético y la o b j e t u a l i d a d m a t e r i a l de
La o b r a i m p i d e r e d u c i r l a a s i m p l e e x p r e s i ó n artística d e
u n a reflexión c o n i n t e r e s e s — y p r o d u c i d a c o n i n s t r u m e n -
t o s — ajenos a l arte . E n t a l caso, el arte volvería a de
sempeñar u n a misión d e s c r i p t i v a , p o r m u c h o q u e f u e r a
d e n a t u r a l e z a mtelecluaJ e l o b j e t o d e s u representación.
E l a n t i o b j e t i s m o de M a l e v i c h le i m p u l s a a d e s v a n e c e r e l
o b j e t o s i n d e s t r u i r F i s i e a m e n t e e l c u a d r o . P u r q u e . n o se
t r a t a d e r e d u c i r e l a c t o a r t í s t i c o a e x p r e s a r l a r e l a c i ó n en¬
t r e u n c u a d r a d o b l a n c o y u n . f o n d o también b l a n c o , p o n -
g a m o s p o r caso. E l l o podría c o m u n i c a r s e c o n u n a frase
e l e m e n t a l . Se t r a t a , p r e c i s a m e n t e , de a s u m i r a través de
la p i n t u r a u n n u e v o c o m e t i d o e n e l q u e l a r e f l e x i ó n i n t e -
l e c t u a l tiene u n a n o t a b l e i n c i d e n c i a , p e r o q u e de ningún
m o d o puede s u p l a n t a r . N e g a r la dimensión o b j e t u a l i m -
p l i c a s e ñ a l a r q u e e l s e n t i d o ú l t i m o d e Ja o b r a n o p u e d e
¡denüocarsc c o n su m e r a a p a r i e n c i a , sin q u e . p o r o t r a
p a r t e , pueda p r o d u c i r s e a l m a r g e n de ella. Así. e l o b j e t o
pasa de ser el único referente de] acto artístico a o c u p a r
u n o d e l o s p o l o s e n t r e Jos q u e se p r o d u c e e l s e n t i d o , P e r o
Ja reflexión i n t e l e c t u a l q u e . e n e l o t r o e x t r e m o , t e n s a l a
p u r a m a t e r i a l i d a d de la o b r a , g e n e r a n d o e l a c t o estético,
n o se d a e n e l m a r c o d e u n s i s t e m a n o c i o n a l p r e v i o , s i n o
q u e o c u r r e p o r el e s t i m u l o c o n c r e t o d e La o b r a c o n c r e t a ;
n o es s i n o u n m o d o d e a s u m i r u n s i s t e m a e s t é t i c o , s i e m -
p r e e n e s t a d o v i r t u a l , a l q u e l a o b r a t i e n d e , d e m o d o aná
l o g o a c u a n t o o c u r r e e n La c o n v e r g e n c i a a s i n t ó t i c a .
L a c o n d i c i ó n abstraerá d e l a f o r m a v a n g u a r d i s t a , e l
hecho de fundars e e n relaciones implícitas d e c o n c e p t o s ,
n o e n jerarquías manifiestas de elementos, e l m o d o d e
r e n u n c i a r a la t o t a l i d a d c o m o referencia d e s u e s t r u c t u r a
y a l a u n i d a d c o m o g a r a n t í a d e s u i d e n t i f i c a c i ó n, están
estrechamente vinculados a l f u n d a m e n t o espacial de su
p r o p i a n a t u r a l e z a . E s p a c i a l , e n e l s e n t i d o de q u e el espa-
c i o c o m o e n t i d a d física p r o p i c i a l a e m e r g e n c i a d e u n a
f o r m a e n t e n d i d a e n términos relaciónales, p e r o también
19
e s p a c i a l e n c u a n t o c a t e g o r í a r e l e v a n t e de u n a o b r a q u e
r e n u n c i a a l t i e m p o c o m o dimensión de s u existencia; o
bien. lo sustituye metonlmicamente p o r u n espacio que
es. a l a vez. t e s t i m o n i o y d e n u n c i a de l o a r b i t r a r i o d e l
t r a n s c u r r i r . L a e s c r i t u r a sincrónica de J o y c e l l e v a h a s t a
el e x t r e m o la anulación d e l t i e m p o q u e p r e s i d e l a o b r a
de P r o u s t ; f u n d a m e n t o estético de u n r e l a t o q u e e x c l u -
y e la duración e n f a v o r de l a acción e s t r u c t u r a n t e de l a
m e m o r i a . L a p r o p i a noción d e d o d e c a f o n i a prescinde de
la i d e a d e t i e m p o c o m o a s p e c t o e s e n c i a l d e l a e s t r u c t u r a :
la a s p i r a c i ó n a l a s i m u l t a n e i d a d c o n d u c e a q u e . c o n f r e -
c u e n c i a , p i e z a s e j e m p l a r e s d e l a música d e S c h o c n b e r g se
reduzcan a aforismo s musicales de pocos segundos de
duración, en lus q u e la idea d e t r a n s c u r s o desaparece en
f a v o r de l a noción sincrónica de p r e s e n c i a .
L a relevancia de la dimensión espacial en la f o r m a ,
evidente e n sus manifestaciones m u s i c a l y literaria, vio-
l e n t a l a c a p a c i d a d plástica d e l s o p o r t e p l a n o , a l i e n a n d o o
r e d u c i e n d o a v e c e s las p r o p u e s t a s g e n u i n a s d e l a r t i s t a ,
e v i t a n d o l a a m b i g ü e d a d e n t r e sensación c i n t e l e c c i ó n e n
e n l a s q u e se b a s a l a c u a l i d a d artística d e Ja v a n g u a r -
d i a ; así o c u r r e e n a l g u n a s p i n t u r a s d e M a l e v i c h o M o n -
d r i a n . e n las q u e l a a b s t r a c c i ó n n o es t a n t o u n a c u a l i d a d
d e l a f o r m a e n c u a n t o ésta es u n a m e t á f o r a f i g u r a t i v a d e
a q u é l l a . A l s u s t a n t i v a r l o a b s t r a c t o , se i n c u r r e e n e l gé-
n e r o , y se a b o n a l a i d e a d e a b s t r a c c i ó n c o m o c r i t e r i o d e
demarcación e n t r e m o d o s a l t e r n a t i v o s de a r t e . C o n la pa-
r a d o j a de q u e , e u n v e r l i d a e n o b j e t o , l a abstracción genera
u n a f i g u r a t i v i d a d d i s t i n t a q u e se e x p r e s a a t r a v é s d e l u s o
d e l a m i m e s i S-
Pero. a u n q u e el c u b i s m o estimuló a u n sector de la van-
g u a r d i a , en l a m e d i d a q u e hizo c o n c e b i r l a p o s i b i l i d a d de
u n a r t e f u n d a d o e n l a c o n s t r u c c i ó n de u n u n i v e r s o a r t i -
ficial g o b e r n a d o p o r leyes i n t e r n a s , su c r i t i c a i n t e l e c t u a l a
l a r e p r e s e n t a c i ó n d i o l u g a r a o t r o s e c t o r p a r a e l q u e La
a b s t r a c c i ó n n o es t a n t o l a c u a l i d a d d e u n a r e a l i d a d a l t e r n a -
t i v a c o m o l a condición esencial de u n m o d o diverso de
r e f e r i r s e a l o r e a l . M e r e f i e r o a l c u b i s m o sintético de J u a n
G r i s , y a l P u r i s m o q u e Üzeníant y Jeanneret d e s c u b r i e r o n
20
y p r a c t i c a r o n los a ñ o s q u e s i g u i e r o n a l final d e La g u e r r a
S ó l o s i se a t r i b u y e s e n t i d o e p i s t e m o l ó g i c o a u n a v a g a
d e n o m i n a c i ó n d e u n a p i n t u r a q u e c e l e b r a e n reflexión e l
n u e v o s i g l o , s o r p r e n d e r á q u e se n i e g u e l a c o n d i c i ó n d e
v a n g u a r d i a a p a r t e de la p i n t u r a considerad a c u b i s t a , y
e n c a m b i o se p r e d i q u e d e l a o b r a d e J u a n G r i s , t r a d i -
c i o n a l m e n t e i n c l u i d o e n e l l a . L a clasificación d e s u s p r o -
d u c t o s e n d o s t e n d e n c i a s c a l i f i c a d a s d e a n a l í t i c a y sinté-
tica n o h a trascendido e l propósito m e r a m e n t e descrip-
t i v o q u e l a d e n o m i n a c i ó n d e c u b i s m o e n c i e r r a . E l aná-
l i s i s y l a síntesis serían d o s m o d o s i n d i s t i n t o s d e r e f e r i r s e
a l s u j e t o d e l a p i n t u r a : d e s c o m p o n i e n d o l a figura e n fa-
c e t a s abstraída s d e u n a a p a r i e n c i a , o c o m p o n i e n d o e l
s u j e t o c o n f r a g m e n t o s q u e e v o c a n sus rasgos esencia-
l e s . P e r o , s i se o b v i a c u a n t o h a v d e c o s t u m b r i s t a e n t a l
clasificación, a d q u i e r e v e r o s i m i l i t u d l a h i p ó t e s i s d e u n
cubismo vanguardista, encarnado p o r Gris, que sistematiza
la teoría y s u p e r a el e m p i r i s m o n e o f i g u r a t i v o q u e presidió
las o b r a s d e P i c a s s o y B r a q u e . E l a u t é n t i c o s u j e t o d e sus
o b r a s n o es e l c o n j u n t o d e r a s g o s o p e r f i l e s d e l a r e a l i d a d ,
e n g a r z a d o s c o n u n a lógica q u e s u b v i e r t e s u e s t r u c t u r a ,
s i n o e l e s p a c i o c o n s e g u i d o p o r l a e s t r a t i f i c a c i ón d i o r á m i c a
de i l u s i o n e s ópticas, n e u t r a s c u a n t o c o n v e n c i o n a l e s . L a
i n s i s t e n c i a e n l o s t e m a s acentúa l a i r r e l e v a n c i a d e l o b j e -
t o respecto a l p r o c e d i m i e n t o de construcción espacial.
Análogo sentido tiene l a c r i t i c a a l c u b i s m o que funda-
m e n t a la p r o p u e s t a p u r i s t a de O z c n f a n t y J e a n n e r e t : acen-
t u a r la n a t u r a l e z a r e l a c i o n a l de u n a f o r m a c o n s t r u i d a c o n
residuos figurativos de l o c o t i d i a n o . L a reducción de los
elementos a u n c o r t o r e p e r t o r i o de objetos, elegidos p o r
la f a c i l i d a d d e c o n c e p t u a l i z a r s u v i s i ó n , n e u t r a l i z a sus aso-
c i a c i o n e s iconográficas y los r e d u c e a m a t e r i a l n e u t r o ; e n
u n proceso d e construcción de u n espacio a b s t r a c t o a l q u e
sólo la a c t i t u d consciente d e l s u j e t o d a c o n s i s t e n c i a r e a l .
E n M a l e v i c h y Mondrían, l a idea de espacio tiene que
v e r c o n l a suspensión d e l t i e m p o c o m o c a t e g o r í a d e l
c o n o c i m i e n t o ; se t r a t a d e u n c o n c e p t o l i g a d o a l a s i m u l -
t a n e i d a d c o m o condición de l a disposición, y a ésta c o m o
a t r i b u t o esencial de l a f o r m a . E n G r i s , c o m o en Ozenfant
21
y J e a n n e r e t , se p r o p o n e a n a n o c i ó n m á s s e n s i t i v a d e l es-
p a d o : sin r e n u n c i a r a u n concepto e s t r u c t u r a l de f o r m a ,
se o f r e c e l a v i s u a l i z a c i ó n d e l a s r e l a c i o n e s c o m o vía d e
a c c e s o a l o b j e t o . S i se c o m p a r a n l a s a r q u i t e c t u r a s d e M a -
l e v i c h c o n las o b r a s c o n t e m p o r á n e a s d e L e C o r b u s i e r H
a p a r e c e c l a r o e l d i s t i n t o s e n t i d o d e sus r e s p e c t i v o s m o -
dos de a s u m i r la e s p a c i a l i d a d . A u n q u e seria engañoso
c o n c l u i r que lo i n g e n u o de las a r q u i t e c t u r a s de Malevich ,
y l a i n t e n s i d a d q u e e n las d e L e C o r b u s i e r a d q u i e r e n sus
experiencias pictóricas previas, d e r i v a n de l a n a t u r a l e za de
sus c o r r e s p o n d i e n t e s c o n t r i b u c i o n e s : es, s o b r e l o d o , l a i n -
c a p a c i d a d de M a l e v i c h p a r a trascender su a c t i t u d v a n -
g u a r d i s t a l o q u e le i m p i d e e x p l o t a r las sugerencias c o n t e -
n i d a s e n sus p r i m e r a s o b r a s , v l i b e r a r s e a s i d e u n a l ó g i c a
analítica q u e , c o m o e n M o n d r i a n . W e b e r n o J o y c e . a c a b a
n e g a n d o l o s p r i n c i p i o s s o b r e l o s q u e se a s i e n t a . L e C o r b u -
sier, en c a m b i o , a s u m e , c o m o a r t i s t a , su p a s a d o vanguar-
d i s t a c o m o J e a n n e r e t ; d e m o d o q u e l a fidelidad a u n o s
c r i t e r i o s n o se r e d u c e a l a r e p r o d u c c i ó n d e u n a s f o r m a s ;
c o n s c i e n t e d e q u e l o e f í m e r o d e l a v a n g u a r d i a es u n a c o n -
dición de s u t r a s c e n d e n c i a . S ó l o c o n s u extinción, l a v a n -
g u a r d i a c u m p l e su c o m e t i d o ; i n t e r f e r i r el d e s a r r o l l o del
a r t e d e s d e l a asunció n c r i t i c a d e s u p r o p i a h i s t o r i c i d a d .
L a Tearlti de la Vanguardia, de Peter Bürger, ensayo
a l q u e e s t a s n o t a s q u i e r e n i n t r o d u c i r , es teoría e n s e n t i d o
f u e r t e : o b v i a el m o m e n t o d e l a c o n t e m p l a c i ó n , e n e l q u e e l
fenómeno puede a p o r t a r nuevas evidencias, para centrarse
en l a relación e n t r e la v a n g u a r d i a c o m o categoría y e l
d e s a r r o l l o d e l a r t e burgués c o m o o b j e t o de c o n o c i m i e n t o .
C o n u n a idea beligerante de ciencia, en la que n i los l e m a s
de e s t u d i o n i los p u n t o s de v i s t a d e b e n c o n s i d e r a r s e neu-
t r a l e s , r e c u r r e a Ja c r i t i c a d e l a i d e o l o g í a c o m o a l t e r n a t i -
v a m a t e r i a l i s t a a la hermenéutica, capa? de m o s t r a r la
o p o s i c i ó n e n t r e las o b j e t i v a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s y l a r e a -
l i d a d s o c i a l . E n ese m a r c o se d a l a p r i m e r a tesi s d e l a
o b r a : s ó l o l a v a n g u a r d i a p e r m i t e r e c o n o c e r c i e ñ a s eatc-
22
gorías de l a o b r a de a r t e en general; p o r lo q u e desde
ella pueden entenderse los estadios precedentes del a r t e
en l a sociedad burguesa, n o al c o n t r a r i o . Manifestándose
c o n t r a el estatuto de autonomía del arle, l a v a n g u a r d i a
desvelaría s u condición esencial desde p r i n c i p i o s d e l si-
g l o XIX, S u b v i r t i e n d o l o s c o m e t i d o s t r a d i c i o n a l e s d e l a r t e ,
la v a n g u a r d i a r e i v i n d i c a r í a l a e s p e c i f i c i d a d d e l a o b r a f r e n -
t e a la homogeneización de v a l o r e s y l a neutralización de
estímulos c o n las q u e l a institución g a r a n t i z a l a e s t a b i l i -
d a d c u l t u r a l . R e n u n c i a n d o a la o r g a n i c i d a d y jerarquía de
l a f u r m a . la v a n g u a r d i a criticaría jas categorías esenciales
del a r t e posromántico.
La v a n g u a r d i a aparece, pues, c o m o u n a i n s t a n c i a auto-
c r i t i c a , n o t a n t o del a r t e c o m o de l a e s t r u c t u r a social en
La q u e se d a ; n o u n a c r í t i c a i n m a n e n t e a l s i s t e m a , q u e
a c t u a r í a e n e l s e n o d e l a institución, s i n o a u t o c r í t i c a d e
la i n s t i t u c i ó n d e l a r l e e n s u t o t a l i d a d . E n e s t e p u n t o , se
p l a n t e a la segunda tesis d e l ensayo: c o n los m o v i m i e n -
t o s d e v a n g u a r d i a e l s u b s i s t e m a e s t é t i c o a l c a n z a e l esta-
d o de autocrítica. E l dadaísmo n o criticaría u n a u o t r a
t e n d e n c i a a r t í s t i c a p r e c e d e n t e , s i n o l a i n s t i t u c i ón a r l e q u e
d i c t a y c o n t r o l a t a n t o s u producción y distribución c o m o
l a s i d e a s q u e r e g u l a n l a r e c e p c i ó n d e las o b r a s c o n c r e t a s .
D e v o l v e r e l a r t e a l á m b i t o d e l a p r a x i s v i t a l es e l o b j e t i v o
c o n c r e t o de t a l autocrítica, el c o r r e l a t o d e l r e c h a z o de l a
autonomía; sobre t o d o , de su ontologización ideológica,
que l a presenta c u m o u n a condición c o n s u s t a n c i a l d e l
m i s m o , al m a r g e n de c u a l q u i e r h i s t o r i c i d a d .
C o m o se v e , es p r e c i s a m e n t e e l c o n c e p t o d e a u t o n o m í a
d e l a r l e e l c o m p o n e n t e e s e n c i a l d e l a teoría d e B ü r g e r ,
u n a de las p i e d r a s de t o q u e p a r a c o m p r e n d e r s u idea de
v a n g u a r d i a . Conviene p o r l a n t o a c l a r ar algunos aspectos
de su u s o e n e l ensayo que c o m e n t o . ¿Autonomía c o m o
categoría de la idea d e a r t e e n la s o c i e d a d b u r g u e s a , o a u -
tonomía c o m o condición de s u práctica e n t a l c i r c u n s -
tancia? E n el p r i m e r caso, la categoría, c o m o condición
d e l p e n s a m i e n t o , configur a e l m a r c o de referencia de l a
c o n d u e l a del a r t i s t a . E n e l segundo, l a condición o b j e t i v a
d e s u p r á c t i c a a f e c t a a l u n i v e r s o d e sus e x p e r i e n c i a s , y
23
sólo i n d i r e c t a m e n t e Incide e n su s i s t e m a de representa-
ciones virtuales respecto a la sociedad y su c o m e t i d o e n
ella. E s t a distinción n o parece c o n t e m p l a r s e e n el a r g u -
m e n t o d e B ü r g e r : d e l a a u t o n o m í a c o m o c o n d i c i ó n so-
c i a l se d e s p r e n d e q u e e l a r l e e s t a d e s v i n c u l a d o d e l a
v i d a práctica , d e m o d o q u e d e u n a asunció n i d e o l ó g i c a
se d e r i v a i n m e d i a t a m e n t e u n a situación l á c t i c a : p a r e c e
apostar p o r u n d e t e r m i n i s m o ideológico que, e n general,
y s o b r e l o d o e n e l a r t e , n o se c o r r e s p o n d e c o n l a r e a l i d a d
empírica. L a r e n u n c i a p o r p a r t e d e l E s t a d o burgués a l a r t e
c o m o i n s t r u m e n t o f u n d a m e n t a l p a r a e s p r e s a r sus v a l o r e s
y c o n f i g u r a r l a s c o n c i e n c i a s d e l o s c i u d a d a n o s es u n h e c h o
o b j e t i v o , que m o d i h e a las condicione s de producción del
arte respecto a u n a sociedad cortesana o medieval. Pero
d e t a l situación n o se d e s p r e n d e n e c e s a r i a m e n t e q u e e l
a r t e se d e s i n t e r e s e p o r l o s p r i n c i p i o s p o l í t i c o s y m o r a l e s ,
instalándose e n u n a especie de l i m b o estético únicamente
a d o r n a d o p o r las f a c u l t a d e s más perversas d e l espíritu L a
d i s f u n c i o n a l i d a d d e l a r t e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a y La
emergencia de la s u b j e t i v i d a d c o m o p a r a d i g m a d e la crea-
c i ó n a r t í s t i c a, p r o v o c a n u n d e s f a s e e n t r e l a n e c e s i d a d so-
c i a l d e f o r m a y La c a p a c i d a d i n d i v i d u a l p a r a p r o d u c i r l a ;
e l l o h a c o n d u c i d o , en ocasiones, a q u e l a ensoñación y
e l s u l i p s i s m o h a y a n establecido el m a r c o crítico del artis-
ta. N o o b s t a n t e , el uso de la condición de autonomía d e l
arte en el estado m o d e r n o — q u e acaso convendría pensar
c o m o emancipación d e l d e l c r m i n i t m o de u n a s convencio-
nes d e Las q u e e l a r t i s t a s ó l o s e r i a e l b r a z o e j e c u t o r — n o
ha sido siempre, n i f u n d a m e n t a l m e n t e , a s i . L a beligeran-
c i a s i m b ó l i c a , y p o r t a n t o i d e o l u g i c a . e n q u e se f u n d a e l
e c l e c t i c i s m o d e l s i g l o XtX m u e s t r a h a s t a q u é p u n t o l a c o n -
dición q u e e l R o m a n t i c i s m o i n a u g u r a , e s t i m u l a el c o m -
p r o m i s o c r i t i c o d e l a r t e , e n t e n d i d u c o m o a d h e s i ó n o re-
chazo de realidades sociales c o n sentidos políticos y m o r a
les d i v e r s o s .
S i se c o n v i e n e , p u e s , q u e l a i d e o l o g i l a c i ó n d e l a a u t o -
n o m í a , a s u m i d a c o m u a t r i b u t o o n t u Iónico d e l a r t e , o c u r r e
sólo e n a l g u n os e p i s o d i o s d e l a r l e posromántico, d e l q u e
el e s t e t i c i s m o serla culminación y expresión i l u s t r e , pare-
M 25
ce q u e e x t e n d e r t a l situación a La t o t a l i d a d d e l a r l e b u r -
gués s e a m á s b i e n u n a asunció n p r e v i a d e l e s c r i t o r : La
definición a x i o m á t i c a d e v a n g u a r d i a c o m o c r í t i ca a l a a u t o -
nomía y. p o r t a n t o , a l f u n d a m e n t o ideológico del a r l e
burgués.
E n l a s a n t e r i o r e s c o n s i d e r a c i o n e s h e o b v i a d o l o s as-
pectos del arte n o reductibles a s u faceta c o m u n k a d o r a
— e s t o es. a aquellos q u e f u n d a m e n t a n su p e c u l i a r i d a d y
establecen sus l i m i t e s respecto a l r e s t o d e prácticas de la
c o n v i v e n c i a — p o r n o i n t r o d u c i r v a r i a b l e s que el t e x l o de
B ü r g c r e v i t a . P e r o , s ó l o s i se c o n v i e n e q u e l a v a n g u a r d i a
es u n f e n ó m e n o c u y o r o c e c o n e l a r l e es p u r a r o e n l e c i r -
c u n s t a n c i a l , o se p o s t u l a q u e e l a r t e es s ó l o u n a e n t e l e -
q u i a , m á s allá d e s u m i s i ó n e s t r i c t a m e n t e n a r r a t i v a ,
p u e d e c o n t i n u a r s e c o n l a o m i s i ó n . E n ese c a s o , l a estética
s e r l a u n s u b s i s t e m a filosófico q u e se a p o y a e n e l e s t a t u t o
d e l a i n e f a b i l i d a d d e u n a p r á c t i c a q u e se v u e l v e c o n f u s a v
e v a n e s c e n t e p a r a e n c u b r i r s u atonía e p i s t é m i c a .
E l e s t a t u t o d e l o a r t í s t i c o e n l a c o n s i d e r a c i ó n d e l o es-
t é t i c o es c u e i t i ó n d e i m p o r t a n c i a c a p i t a l p a r a a b o r d a r
O t r o a s p e c t o b a s i l a r d e l I r a b a j o q u e c o m e n t o . ¿De qué
m o d o se c o r r e s p o n d e l a v a n g u a r d i a c o m o c a t e g o r í a d e l co-
n o c i m i e n t o c o n l a s o b r a s d e a r t e c o n c r e t a s d e l a s q u e se
p r e d i c a l a c o n d i c i ó n d e v a n g u a r d i a ? , o m e j o r , ¿hasia q u é
p u n t o las condiciones d e l p e n s a m i e n t o sobre la vanguar-
d i a escogidas c u m o categorías de su c o n o c i m i e n t o violen -
t a n l a r e a l i d a d e m p i r i c a d e l o q u e se t r a t a d e d e s c r i b i r ?
C o m o se h a v i s t o . P e t e r B ü r g c r i d e n t i f i c a La a u l o n o m í a
c u n el a t r i b u t o d e l a r l e burgués s o b r e el q u e l a institución
establece s u e s t r u c t u r a ideológica. L a v a n g u a i d i a . c o m o
autocrítica d e l a r t e m o d e r n o , o r i e n t a s u acción hacia el
r e c h a z o d e l a Institución, p a r a l o q u e t r a t a d e r e m i r o -
ducírlo en l a p r a x i s v i t a L T a l noción de v a n g u a r d i a col-
maría su condición de categoría c r i t i c a . Perú t a l e s t r u c -
t u r a teórica sólo a d q u i e r e verosimilílud e n p r e s e n c ia de
u n referent e q u e v e r i f i q u e l a hipótesis e n e l á m b i t o d e l a
práctica artística.
E n l o s rearty múde d e D u c h a m p c u l m i n a , a s u j u i c i o ,
u n a c o r r i e n i e c d l i c a d e l a r l e q u e a r r a n c a r l a e n 1850 y
encuentra en e l Dadaísmo y e l p r i m e r S u r r e a l i s m o sus
m o m e n t o s á l g i d o s . E n e f e c t o , l a firma d e o b j e t o s d e u s o
c o r r i e n t e estarla negando la p r o d u c e i o n i n d i v i d u a l c o m o
a t r i b u l o d e l a r t e y . a l a vez, c u e s t i o n a n d o e l m e r c a d o
c o m o c r i t e r i o d e valoración. De m o d o análogo, l a poesía
automática de Bretón desvanecerla el l i m i t e e n t r e p r o -
d u c t o r y receptor, c o n v i r t i e n d o al público en agente de
u n a p r a x i s e m a n c i p a d o r a . E l p e l i g r o de s o l i p s i s m o q u e
el p r o p i o B ü r g e r a d v i e r t e n o es l a p r i n c i p a l p a r a d o j a
q u e p r o p o r c i o n a l a e j e m p l i f i c a c i ó n d e s u t e o r í a : l o s reaáy
made a d q u i e r e n e n e l l a u n e s t a t u t o a m b i g u o q u e o s c i l a
e n t r e l a travesura y el bricolage. v tiene p o c o que v e r
c o n o t r a s i n t e r p r e t a c i o n e s de l a o b r a d e D u c h a m p , rela-
cionadas c o n la dimensión c r e a d o r a de la m i r a d a ; l o qu e
a c a s o Te harían m á s j u s t i c i a c o m o v a n g u a r d i s t a , i n c l u s o
en el sentido q u e Bürger d a al término
R e f i r i é n d o s e a l a técnica d e m ó n t a l e c o m o p m c e d f
m i e n t o p o r e l q u e se a s u m e l a i n o r g a n i c i d a d d e l a o b r a ,
y . a Ta vez. se p r o v o c a a l p ú b l i c o , e l a u t o r se e n f r e n t a
a l a p a r a d o j a d e e l o g i a r La e f i c a c i a d e l o s collares de
H e a r l f i e l d , p o r lo explícito de s u denuncia, frente a los
papiers enflata de B r a q u e , s i e m p r e expuestos a que l a
c o n t e m p l a c i ó n estética n e u t r a l i c e l o r e v u l s i v o d e s u c o n -
dición f o r m a l . Tambié n a q u i I C H c a r t e l es de H e a r l f i e l d
parecen r e d u c i d o s a p a s q u i n e s políticos, s i n o t r a c o n d i -
c i ó n q u e l a i n m e d i a t e z d e sus m e n s a j e * , e n d e t r i m e n t o
de o t r o s aspectos m e n o s c o n c l u y e n tes.
E l d e s t i n o d e ta v a n g u a r d i a r a d i c a l , c o m o r e c o n o c e
B ü r g e r está e n g r a n p a n e l i g a d o a l s u m i n i s t r o d e c o a r t a -
r
d a s estéticas e i d e o l ó g i c a s d e l a s n e o v a n g u a r d i a s más c o -
m e r c i a l e s d e t o s años c i n c u e n t a y s e s e n t a . T a l p a r a d o j a
n o se e x t i e n d e a c u a n t o h a o c u r r i d o c o n las « v a n g u a r d i a s
a u t ó n o m a s - , empeñadas e n la profundí/ación e n la f o r m a
p o r l a v i a d e l a a b s t r a c c i ó n ; y e l l o t e n d r ía q u e v e r c o n
u n a c a r a c t e r i z a c i ó n d e l a v a n g u a r d i a q u e el a u t o r h a c e e n
u n a r t i c u l o r e c i e n t e , a c e r c a d e l a estética d e A d o r n o . ' L a
I. Pcler B I ' K X K , f t f i t f j - f l v í i t f ' w d l i m * rfam •• • • . ; \
m *Revuc d ' E t i h e n q u t - . rrúm S I W
16
v a n g u a r d i a seria la radicalización lógica y aporética de l a
m o d e r n i d a d : e l i m p a c t o d e l a o b r a m o d e r n a es s ó l o u n a
p r i m e r a reacción a la q u e debe seguir l a inmersión e n
e l l a ; el i m p a c t o d a d a i s l a n o p e r m i t e n i n g u n a incursión
p o s t e r i o r , p r o v o c a u n c a m b i o de a c t i t u d e n el público.
A l l i m i t a r l a o b r a a s u f u e r z a d e c h o q u e , se r e n u n c i a
a c u a n t o de c r i t i c o t i e n e e l a r t e , m á s allá d e s u a p a r i e n -
c i a ; c o n c e b i d a , a s u vez, c o m o e x p r e s i ó n d i r e c t a d e l o s
j u i c i o s m o r a l e s o políticos de su a u t o r . T r a s v a s a r el me-
c a n i s m o , h a c i e n d o a b s t r a c c i ó n d e l s e n t i d o , es e l f u n d a -
m e n t o d e l a r t e más t r i v i a l q u e ha a s u m i d o la condición
d e v a n g u a r d i a d e s p u é s d e l a g u e r r a . P e r o , ¿ c ó m o acep-
t a r u n a r t e q u e c o n t e n g a más de l o q u e m u e s t r a . i i n
c a e r e n e l á m b i t o d e l a estética i d e a l i s t a ? E s a es l a a p o r t a
d e B ü r g e r . y ese es t a m b i é n e l n ú c l e o d e s u o b s e s i v o desa-
c u e r d o c o n A d o r n o . S u d e f i n i c i ón d e v a n g u a r d i a c o n d u c e
• r e d u c i r el a r t e a su mensaje más t r i v i a l , a n a v e s de u n
p r o c e s o d e c o n c e p t ú a lización d e l o o b v i o . C o n f i a n d o e n
que el s e n t i d o d e l c o m e n t a r i o compensará la f r o n t a l i d a d
de la m i r a d a , c a n o n i z a a t r i b u t o s d e l a r t e n u e v o , c u y a
identificación e n l a m á s r e c i e n t e m i t o l o g í a d a l u g a r a
u n a p a r a d o j a s u p r e m a : la c o n t i n u i d a d e n t r e a c t i v i d a d ar-
tística v p r a x i s v i t a l , l a d e s a c r a l i z a c i ó n d e l a r l e q u e Bür-
ger r e c l a ma p a r a el a r l e v a n g u a r d i s t a , s o n . a s i m i s m o , pro-
c l a m a d a s p o r los teóricos d e l p o s m o d e r n i s m o c o m o c r i -
t e r i o d e superació n h i s t ó r i c a d e u n a m o d e r n i d a d e n g r e i d a
y d i s t a n t e , d e m a s i a d o c o n f i a d a e n Las i d e a s y p o c o p r o c l i -
ve a l a s s e n s a c i o n e s ; La r e d u c c i ó n d e l a o b r a a l c o n t e n i d o
a r g u m e n t a l d e s u a p a r i e n c i a , a q u e B ü r g e r se ve a b o c a d o
para eludir cualquier complicidad afectiva o intelectiva
c o n e l a r t e f a c t o , es. a s i m i s m o , l a o p e r a c i ó n i m p l í c i t a e n e l
festín d e i m á g e n e s c o n q u e l o s p o s m o d e m o s incitan a
s u p e r a r l a sequía s i m b ó l i c a d e l o m o d e r n o . L a c o i n c i -
dencia podría cu tenderse a l u s o sistemático de c r i t e r i o s
y p r i n c i p i o s f o r m a l e s q u e B ü r g e r señala c o m o c a r a c t e -
rísticas d e l a v a n g u a r d i a : í n o r g a c i d a d d e l a f o r m a , táctica
del i m p a c t o y formalizacíón p o r m o n t a j e , e n t r e o t r o s .
Pero seria i n j u s t o , y sobre t o d o m i o p e , sacar p a r t i d o
epistemológico d e l azar, o plusvalía teórica d e l i n g e n i o .
27
L o q u e r e a l m e n t e r e l a c i o n a la teoría de l a v a n g u a r d i a de
B ü r g e r c o n l a m i t o l o g í a p o s m o d e r n a es s u c o m ú n p a r t i -
cipación, a u n q u e p o r razones diversas, d e u n fenómeno
q u e A d o r n o deñnió c o m o -desai lización- ( E n l k u s t u n g ) ,
e s t o es, l a p e r d i d a p o r e l a r t e d e s u c a r á c t e r p r o p i a m e n t e
e s t é t i c o p a r a a s e g u r a r s u a d a p t a c i ó n a l o s u s u s simbóli-
c o s d e l a s o c i e d a d m e r c a n t i l ; e l s e n t i d o d e a d h e s i ó n o re-
c h a z o n o sería r e l e v a n t e e n el m a r c o d e l a o p e r a c i ó n . E n
Bürger. t a l pérdida g a r a n t i z a la acción crítica respecto a
la c o n d i c i ó n d e l a r t e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a , o r i g e n d e
u n a p r á c t i c a s e p a r a d a d e l a v i d a , y d e u n a estética c o m o
reflexión a u t ó n o m a . E n e l p o s m o d e r n i s m o , c o n t r i b u y e a
la ilusión d e u n a r t e p o p u l a r , e s c e n a r i o d e l o c o t i d i a n o ,
c o r r e l a t i v o d e l paso de u n a sociedad empeñada en la p r o -
d u c c i ó n a u n a c o n v i v e n c i a e s t i m u l a d a p o r el c o n s u m o .
Nada autoriza a pensar que cuanto boy acontece en
el ámbito d e l a r t e realiza la u t o p i a q u e preside la idea
d e v a n g u a r d i a de B ü r g e r . E n t o d o c a s o , s u p o n e n d o s m o -
d o s d i s t i n t o s d e o p o n e r s e a l a r t e q u e c u l m i n a las c o n d i -
ciones históricas de la m o d e r n i d a d , cuy a d i v e r g e n c i a de
s e n t i d o s n o a c a b a d e d i s i p a r l a analogía d e sus aspec-
t o s e s t r a t é g i c o s , s i n o se a d v i e r t e q u e actúan c o n i n s t r u -
m e n t o s y r e f e r e n c i a s o p u e s t o s . E l n o ¿ m o d e r n i s m o se acer-
ca a l a v i d a t r i v i a l i ¿and o sus p r o d u c t o s , i n s e r t á n d o l o s e n
el ámbito n o c i o n a l q u e rige el sentido común: renuncian-
d o a l a abstracción c o m o f o r m a de c o n o c i m i e n t o y a b u -
s a n d o d e l a i m a g e n c o m o vía d e c o n c i l i a c i ó n . C o l m a las
necesidades residuales de u n a sociedad que n o encuen-
t r a t i e m p o p a r a leer y sólo piensa en defensa p r o p i a . E l
d e s t i n a t a r i o d e l a r l e p o s m o d e r n o es u n s e c t o r s o c i a l m a -
y o r i t a r i o y hegemónico, identiñcable p o r s i m p l e obser-
v a c i ó n . L a teoría d e B ü r g e r , e n c a m b i o , se n u t r e d e c o n -
c e p t o s c u y a v e r i f i c a c i ó n s ó l o es p o s i b l e e n e l á m b i t o d e l
l e n g u a j e ; s u v e r d a d se r e d u c e a l a l ó g i c a g r a m a t i c a l : c o m o
en l a e x p r e s i ó n « t r i á n g u l o d e c u a t r o l a d o s * , l a i n e x i s t e n -
c i a d e r e f e r e n t e m a t e r i a l c o n d e n a s u s c o n c e p t o s a l a esfe-
r a d e l a intelección p u r a . A s i . a u t o n o m í a d e l a r t e , p r a x i s
v i t a l e institución a r t e s o n c o n c e p t o s a b s t r a c t o s , ídolos de
la c o n c i e n c i a q u e actúan e n e l d i s c u r s o c o m u p o l o s d e
2B
atracción utópica. L a s categorías p a s a n de se r c o n d i c i o -
nes s u b j e t i v a s d e l p e n s a r a j u i c i o s a priori — f u e r a de
l o s c u a l e s n o h a v c o n o c i m i e n t o p o s i b l e — . p e r o s i n l a ca-
p a c i d a d d e referencia a l o r e a l c o n la q ue K a n t pensó
resolver el p r o b l e m a del c o n o c i m i e n t o .
E l m a t e r i a l i s m o utópico q u e i m p r e g n a su l e o r i a i m p i d e
a Bürger c o n c l u i r con l a r a d i c a l i d a d que a n i m a sus plan-
t e a m i e n t o s : «querer cancelar e l carácter c o n t r a d i c t o r i o en
el d e s a r r o l l o d e l a r l e , o p t a n d o p o r u n a r t e m o r a l i z a n t e
f r e n t e a o t r o " a u t ó n o m o " , es t a n e r r ó n e o c o m o p r e s c i n d i r
d e l m o m e n t o l i b e r a d o r en el art e autónomo y del m o m e n -
to represivo en el art e moralizante», a f i r ma a propósito
d e l e s t a t u t o de autonomía d e l a r t e burgués; y c o n c l u y e ,
r e s p e c t o a la negación de la autonomía e n s u idea de
v a n g u a r d i a : • d e b e m o s p r e g u n t a r n o s , desde l a experiencia
d e l a f a l s a superación ( d e l a i n s t i t u c i ó n a r t e p o r p a r t e d e
l a s n e o v a n g u a r d i a s ) , s i es d e s e a b l e e n realidad u n a s u p e r a -
c i ó n d e l sialus de autonomía del arte, s i l a d i s t a n c i a del
a r t e r e s p e c t o a l a p r a x i s v i t a l n o es g a r a n t ía d e u n a l i b e r -
t a d d e m o v i m i e n t o s e n e l s e n o d e l a c u a l se p u e d e n p e n s a r
a l t e r n a t i v a s a f a situación a c t u a l - . S i e n e l p r i m e r f r a g -
m e n t o se p u e d e a p r e c i a r u n ápice d e p e n s a m i e n t o dialéc-
t i c o , e n e l s e g u n d u se p o n e d e m a n i f i e s t o e l u s o t á c t i c o d e
l a u t o p i a . P o r q u e , e n B ü r g u c r . l a u t o p í a a f e c t a a l a refle-
x i ó n s o b r e e l a r t e , n o a l a r t e m i s m o : es u n a c a t e g o r í a d e
la e s t é t i c a, n o d e l a p r á c t i c a artística ; i n c i d e u n a vez. m á s
en conceptos incapaces de generar ideas.
E s a c a s o e n ese p u n t o d o n d e se sitúa e l f u n d a m e n t o d e
sus diferencias c o n A d o r n o : Bürger h a b l a d e conceptos
a b s t r a c t o s , A d o m o de ideas r e f e r i d a s a l o e x i s t e n t e ; c o m o
se s a b e , n o s i e m p r e reductible a l o r e a l , Bürger acusa a
A d o r n o d e f u n d a r s u estética s o b r e e l p r i n c i p i o d e a u t o n o -
mía d e l a r t e , c o n l o q u e t o d o a r t e q u e l a rechace queda-
ría f u e r a d e s u á m b i t o d e reflexión . P e r o , así c o m o p a r a
B ü r g e r l a a u t o n o m í a es u n a c a t e g o r í a a b s t r a c t a d e l p e n -
s a m i e n t o s o b r e e l a r t e m o d e r n o , p a r a A d o r n o es u n a c o n -
d i c i ó n d e ese a r t e , i n c a p a z p o r s i m i s m a d e e x p l i c a r l o ,
p e r o d e i n e v i t a b l e i n c i d e n c i a e n ese t r a n c e . E n B ü r g e r ,
La i d e a d e v a n g u a r d i a es u n a c a t e g o r í a de l a c r í t i c a ; e n
& 2 9
A d o r n o , u n a t r i b u t o d e l a p r á c t i c a artística. P e r o Jas d i -
f e r e n c i a s e n t r e s u s m o d o s r e s p e c t i v o s d e e n t e n d e r las
c a t e g o r í a s d e l a estética, y l a p r o p i a n o c i ó n d e v a n g u a r -
d i a c o m o categoría s u p r e m a d e l a r t e burgués, c u l m i n a n
en l a d i v e r g e n c i a esencial q u e hace i r r e d u c t i b l e s sus p r o -
pias ideas de a r t e : p a r a Bürger. u n a manifestación inse-
p a r a b l e de la v i d a , t e s t i m o n i o consciente d e l proceso de
emancipación social; p a r a A d o r n o , e s c r i t u r a inconsciente ADVERTENCIA
d e l a h i s t o r i a , c o n t r a p u n t o d e l o socíai y , a l a vez, antíte-
sis de la u t o p i a .
S i a c e p t a m o s q u e i a teoría e s t é t i c a s ó l o es f r u c t í f e ra
HELIO PIÑÓN
en l a m e d i d a e n q u e r e f l e i a l a e v o l u c i ó n histórica d e s u s
o b j e t o s , e n t o n c e s n o s es h o y n e c e s a r i a u n a teoría d e l a
marzo, 1986
v a n g u a r d i a c o m o i n g r e d i e n t e d e c u a l q u i e r reflexión teó-
rica sobre el arte.
E l presente t r a b a j o proviene de m i l i b r o sobre el su-
r r e a l i s m o . P a r a l a p r e s e n t a c i ó n d e c u a l q u i e r análisis p a r -
t i c u l a r m e r e m i t o a é l d e m a n e r a g l o b a l y a s í p o d r é re-
H

n u n c i a r en lo que sigue a las referencias p u n t u a l e s . E l

a l c a n c e d e l a reflexión q u e p r o p o n g o a h o r a es o t r o N o r

p r e t e n d o r e e m p l a z a r u n análisis p a r t i c u l a r i n n e c e s a r i o ,
sino ofrecer u n m a r c o categorial con cuya ayuda puedan
a c o m e t e r s e t a l e s análisis. A n á l o g a m e n t e , l o s e j e m p l o s d e
l i t e r a t u r a y a r l e s plásticas n o se o f r e c e n c o m o i n t e r p r e t a -
c i o n e s h i s t ó r i c ü - s o c i ü l ó g i c as d e o b r a s c o n c r e t a s , s i n o c o m o
ilustración d e u n a t e o r í a .
E l t r a b a j o es r e s u l t a d o d e u n p r o y e c t o s o b r e Vanguar-
dia y sociedad burguesa d e s a r r o l l a d o entre el semestre de
v e r a n o d e l ° 7 3 y e l d e 1974 e n l a U n i v e r s i d a d d e B r e m e n ,
S i n el interés de l o s e s t u d i a n t e s q u e c o l a b o r a r o n e n e l
p r o y e c t o , este t r a b a j o n o h u b i e r a nacido. A l g u n o s c a p i t u -
les sueltos f u e r o n discutidos c o n C h r i s t a Bürgcr Helenc h

H a r t h , Christel Recknagel. Janek J a r o l a w s k i . H e l m u t Lam-

p r e c h t y G e r h a r d Lcitháuser; les d o y las gracias a t o d o s
p o r sus c o n s e j o s c r í t i c o s .

30 31
 introducción: Reflexiones previas
a una ciencia crítica de la literatura

« E l m u n d o d e l son i ido t r a n s m i t i d o se le o f r e c e
a l intérprete sólo al t i e m p o q u e le i l u s t r a s o b r e su
propio mundo »
Jiirgcn HABERMAS. 1

Hermenéutica

L a c i e n c i a c r i t i c a se d i s t i n g u e d e l a c i e n c i a t r a d i c i o n a l
e n q u e s u p a r t i c u l a r p r o c e d e r r e n e j a l a s i m p l i c a c i o n e s so-
ciales. E s l o plantea determinado s p r o b l e m a s que con-
1

v i e n e t e n e r e n c u e n t a p a r a c o n s t i t u i r u n a c i e n c i a c r í t i ca
de l a l i t e r a t u r a . N o m e refiero a la equiparación i n g e n u a
e n t r e m o t i v a c i ó n i n d i v i d u a ] y r e l e v a n c i a s o c i a l q u e a ve-
ces e n c o n t r a m o s e n l a i z q u i e r d a , s i n o a u n p r o b l e m a t a d -
r i c o . L a determinación de l o q u e sea s o c i a l m e n t c relevan-
te d e p e n d e d e l a p o s i c i ó n p o l i l í c a d e l o s i n t é r p r e t e s . E s t o
significa q u e l a relevancia de u n t e m a n o puede decidirse
d i s c u t i e n d o e n u n a sociedad d i v i d i d a , a u n q u e t a l vez pue-
d a discutirse. Creo q u e si llegara a ser evidente q u e t o d o
científico elig e s u s l e m a s y s u posición a n t e l o s problemas»
tendríamos y a u n p r o g r e s o esencial e n l a discusión cien-
tífica.
L a c i e n c i a c r í t i c a se e n t i e n d e c o m o p a r t e — s i e m p r e
m e d i a d a — d e l a p r a x i s s o c i a l . N o es • d e s i n t e r e s a d a » , s i n o
q u e v a a c o m p a ñ a d a d e i n t e r e s e s . E l i n t e r é s c o n s i s t i r í a, e n
u n a p r i m e r a aproximación, e n interés p o r u n e s t a d o racio-

1. J. HABER MAS. «Erkcnntnis u n d fnlcrcssc» [«Conocímiento e

ü i i e r é i » ] . m * u Technik und Wisstntchaft ais mfdeotogie» {Téc-
nica y ciencia como 'Ideología»]. L J . S u h r k a m p . 287. F r a n c f o r t ,
IMS. p. 15Í.
2. Para la distinción entre ciencia crítica y ciencia tradicio-
nal, cf. t i ar-Uiu]" de HOKKIIPEMER que da U l u l o a su Tradiíionelte
und Ktitische Thtorle. Vier Auftaiit {Teoría ¡radieicnaí y teoría
crítica. Cuatro artículos], Fischer Bucherci. 6015, Francfort, 1970,
páginas 1244,

33
n a l , p o r u n m u n d o s i n e x p l o t a c i ó n n i r e p r e s i ó n inútiles.
P e r o esto* i n t e r e s e i n o p u e d e n i m p o n e r s e en la ciencia
de la L i t e r a t u r a d e m o d o d i r e c t o . A I p o n e r a p r u e b a esta
ciencia m a i e r i a l i s t a de l a l i t e r a t u r a que estamos buscan-
d o , * y s i al mismo tiempo a l a f o r m a d e esa b ú s q u e d a l e
c o n v i e n e u n a p r a x i s flexible e n c a d a s i t u a c i ó n históric a
concreta», tenemos q u e evitar u n a i n m e d i a t a i n s t r u m e n -
1
lalización de l a c i e n c i a , q u e n o p u e d e b e n e f i c i a r n i a la
c i e n c i a n i a esa p r a x i s s o c i a l f l e x i b l e . E l i n t e r é s q u e o r i e n -
t a e l c o n o c i m i e n t o sólo puede i m p o n e r s e e n l a c i e n c i a d e
l a l i t e r a l u r a d e t u r m a m e d i a d a , m i e n t r a s se e s t a b l e c e n Las
categorías c o n c u y a a y u d a h a n de c o m p r e n d e r l e las obje-
tivaciones l i t e r a r i a ! .
L a ciencia c r i t i c a n o consiste en c o n c e b i r categorías
n u e v a * opuestas a las - f a l s a s * categorías de la ciencia tra-
d i c i o n a l . M a s b i e n a n a l i z a l a s c a t e g o r í a s d e ta c i e n c i a
t r a d i c i o n a l , cuáles s o n las p r e g u n t a s q u e p u e d e f o r m u l a r
a p a r t i r de sus p r e s u p u e s t o s , y qué o t r a s p r e g u n t a ! que-
d a n e x c l u i d a s ( p r e c i s a m e n t e c o n l a elección de las cate-
g o r í a s ) p o r l a teoría. E n la c i e n c i a de la l i t e r a t u r a , t a m -
b i é n es i m p o r t a n t e d e s c u b r i r s i las c a t e g o r í a s están c o n c e -
bidas de m o d o q u e p e r m i t a n i n v e s t i g a r l a conexión e n t r e
las o b j e t i v a c i o n e s l i t e r a r i a s y l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s . Y es
preciso i n s i s t i r i g u a l m e n t e sobre e l significado de los m a r -
c o s c a t e g o r i a l e s d e l o s q u e se s i r v e n l o s i n v e s t i g a d o r e s .
Por e je m p lo, a l g u i e n — c o m o los f o r m a l i s t a s r u s o s — pue-
d e d e s c r i b i r u n a o b r a l i t e r a r i a c o m o La solución explí-
c i t a a u n p r o b l e m a artístico, cuyos r e s u l t a d os depende n
d e l n i v e l d e l a técnica a r l l s l i c a d e l a é p o c a . P e r o c o n e l l o
te separa del p l a n o teórico l a p r e g u n t a , gracias a l a fun-
c i ó n s o c i a l e n l a a p a r e n [ e m e n t e c l a r a p r o b l e m á t i c a artís-
tica inmanente.
P a r a p o d e r h a c e r u n a c r i t i c a a d e c u a d a a l a teoría f o r -
m a l i s t a de l a L i t e r a t u r a , es n e c e s a r i o u n m a r c o c a t e g o r i a l
q u e p e r m i t a t c m a l i z a r l a r e l a c i ó n e n t r e e l i n t e r p r e t e , y La
3. D, A i c i i n a , <••-.'•.: :
• und t'\.•<<•••> in der mairnalisii-
tthrn /jfrrtTxrwtíj/Bícífctíí {Historia y dtalArtita tn ¡ú cietvi*
matfalfta d* la literatura}, e: . \ •. • • n u m t2 (enera de
1972). o. I * .
34
o b r a l i t e r a r i a . Sólo u n a l e o n a q u e r e s p o n d a a esta deman-
d a c o n s i g u e i n c o r p o r a r a s u q u e h a c e r c i e n t í f i co l a p a r t i c u -
l a r i d a d d e l a función s o c i a l .
E n e l s e n o d e l a c i e n c i a t r a d i c i o n a l se e n c u e n t r a l a
h e r m e n é u t i c a , q u e h a a p l i c a d o sus e s f u e r z o s a l a r e l a c i ó n
e n t r e o b r a e i n t e r p r e t e , A e l l a le d e b e m o s h a b e r e n t e n d i d o
q u e l a o b r a d e a r t e n o se n o s d a a c o n o c e r c o m o u n o b -
j e t o s e n c i l l o . P a r a i d e n t i f i c a r u n t e x t o c o m o poesía, debe -
m o s r e c u r r i r a u n c o n o c i m i e n t o p r e v i o que h e r e d a m o s de
l a i r a d i c i ó n . E l t r a t a m i e n t o c i e n t í f i c o d e l o s o b j e t o s Lite-
r a r i o s empieza en el m o m e n t o e n q u e conseguimos con-
t e m p l a r c o m o f e n ó m e n o esa i n m e d i a l c z e n l a q u e u n a
p o e i i a t e n o s a p a r e c e c o m o poesía L a s o b j e t i v a c i o n e s i n -
t e l e c t u a l e s n o e q u i v a l e n a h e c h o s : están m e d i a d a s p o r l a
t r a d i c i ó n . D e c i t o se d e s p r e n d e q u e e l c o n o c i m i e n t o d e
l a L i t e r a l u r a tóio p u e d e p r o d u c i r l e p o r e l c a m i n o d e l a
discusión c r i t i c a c o n l a t r a d i c i ó n . E n l a m e d i d a e n q u e
d e b e m o s a l a h e r m e n é u t i c a La c u m p r e n s i ó n d e l a s o b j e -
t i v a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s d a d a s p o r l a t r a d i c i ó n , es n a t u -
r a l c o m e n z a r n u e s t r a r e f l e x i ó n c o n u n a c r i t i c a d e l a her-
menéutica t r a d i c i o n a l .
Leu d o t c o n c e p t o s más i m p o r t a n t e s de l a hermenéu-
t i c a , q u e G a d a m e r h a d e s a r r o l l a d o e n s u l i b r o Vtrdad v
método, s o n l o s d e prejuicio y aplica* ió« Gadamer aplica
cJ c o n c e p t o d e p r e j u i c i o e n u n l e n t i d ó m á s . c o m o e * e l
c a s o d e l h a b l a v u l g a r , d i c h o sea e n u n s e n t i d o n o p e y o r a -
t i v o . P e r o p r e j u i c i o significa, sobre l o d o , a p r o p o s i t o de
la c o m p r e n s i ó n d e u n t e x t o e x t r a ñ o , q u e e l i n t é r p r e t e n o
es u n m e r o r e c e p t a r p a s i v o , c o n v e n i d o e n c i e r t o m o d o a l
t e x t o , t i n o q u e a p o r t a d e t e r m i n a d o s c o n c e p t o s q u e se
i n c o r p o r a n necesariamente a su interprelación. Y p o r su
p a r t e a p l i c a c i ó n ( u s o ) es t o d a í n l e r p r e l a c i ó n e n t a n t o q u e
genera d e t e r m i n a d o interés p r e s e n t e , G a d a m e r s u b r a y a
q u e - e n l a c o m p r e n s i ó n s i e m p r e se v e r i f i c a u n a a p l i c a -
c i ó n a l o s t e x t o s c o m p r e n d i d o s d e l a situación p r e s e n t e
de! intérprete». E n el caso de la interpretación de u n
4
4, H- G. G u u u r a . Wahrheit und Metkode. Grundzüge eincr phi-
35
texto legal p o r u n j u e z o de la interprelación de u n pa
u f e bíblico en el sermón d e u n clérigo, el m o m e n t o d e l
u s o e n d a c t o d e l a i n t e r p r e t a c i ó n se d i s t i n g u e d e I n m e -
d i a t o , P e r a l a i n t e r p r e t a c i ó n d e u n M U h i s t ó r i c o o Lite¬
r a r i o t a m p o c o t e p r o d u c e d e e s p a l d a s a l a situación d e l
i n t é r p r e t e : c o n l o c u a l es i n d i f e r e n t e , p a r a e l c o n o c i m i e n t o
d e k » h e c h o s , q u e e l i n t é r p r e t e sea o n o c o n s c i e n t e d e
e l l o . E s t o h a v q u e s u b r a y a r l o : e l i n t é r p r e t e se a c e r c a a l
t e s t o q u e esta c o m p r e n d i e n d o c o n p r e j u i c i o s y l o I n t e r -
p r c l a c o n f u r m e a s u p a r t i c u l a r s i t u a c i ó n, a p l i c a n d o s u
situación e n él H a s t a a q u í . G a d a m e r e s i á e n l o c i e r t o ;
sin e m b a r g o , el c o n t e n i d o q u e da a l o * conceptos h a sido
c r i t i c a d o c o n t o d u d e r e c h o p o r Jürgen H a b e r m a s . - G a d a -
m e r d i r i g e el e s a m e n de las estructura» d e l p r e j u i c i o d e l
e n t e n d i m i e n t o hacía u n a r e h a b i l i t a c i ó n d e l p r e j u i c i o c o m o
t a i . - E s t o sucede p o r q u e G a d a m e r define l a c o m p r e n -
1
t i o n c o m o -sumergirse en u n acontecimiento de la tra-
d i c i ó n » IWflJrrJrer i und XiethodeS p. 2 7 3 ) . P a r a G a d a m e r .
q u e es u n c o n s e r v a d o r , La c o m p r e n s i ó n c o i n c i d e a l a p o s -
t r e c o n l a sumisión a l a a u t o r i d a d d e l a i r a d i c i ó n ; H a b e r -
m a s se h a r e f e r i d o , p o r c o n l r a p o » i e i u n , a u n a «fucr/a d e
l a reflexión- q u e haga t r a n s p a r e n t e la e s t r u c t u r a d e l p r e -
j u i c i o d e La c o m p r e n s i ó n v t e a c a p a * a s i d e r o m p e r e l
p o d e r d e l o s p r e j u i c i o s (Logñfc der Soitalwissertthaften
[ L ó g i c a d e l a s c i e n c i a s s o c i a l e s ] , p p , 2 M y s ). H a b e r m a s
m u e s t r a q u e u n a hermenéutica n e u t r a l hace de la i r a d i -
ck>n u n p o d e r a b s o l u t o a l n o t e n e r e n c u e n t a e l t i t t e m a
de t r a b a j o v d u m i n i u der S<xiaiwiss. p. 289), y
seAala, de e s t e m o d o , e l p u n i ó a l c u a l d e b e d e d i c a r s e u n a
hermenéutica c r i t i c a .
• E n Las c i e n c i a s d e l e s p í r i t u - , e s c r i b e G a d a m e r , - e l i n -
terés d e l i n v e s t i g a d o r q u e *e o c u p a d e l a t r a d i c i ó n e s t a
totaphiirhtrt Hermenrulit {Verdad y método. Fundamtntos de
uní hermenéutica filosófica]. Tutringa. 1*5 12* ). p. M I .
1 J , H I U I I U . ¿ur Log'k der --. \almuenschal ktaierim
Ifn [Ictica de tai ciencias lurüfes. \\. -• .'• ' I S u h r k a m p . 1
4 1 , Francfort. I « 0 . p. 2 » !
- {Verdad y método ]
Ib
m o t i v a d o de u n a m a n e r a especial p o r los intereses de cada
m o m e n t o . Las m o t i v a c i o n e s de cada p l a n t e a m i e n t o con-
f o r m a n el p r i m e r esbozo del t e m a y el o b j e t o de la i n -
v e s t i g a c i ó n - {Wahrheit und Meihude, p . 2t&). E l e s t u d i o
d e l a u b i c a c i ón d e l a s c i e n c i a s e n t u p r e s e n t e h i t t ó r i c o -
hermenéutico continúa s i e n d o i m p o r t a n t e ; p e r o la fórmula
-los intereses de cada m o m e n t o » supone que e l presente
es a l g o u n i f o r m e , c u y o s i n t e r e s e i se p u e d e n d e t e r m i n a r , y
é s t e n o es e l c a s o . L o s i n t e r e s e s d e q u i e n e j e r c e e l p o d e r
y de q u i e n l o padece hace y a t i e m p o q u e s o n divergentes.
G a d a m e r sólo podría h a c er de s u comprensión u n «sumer-
girse e n u n a c o n t e c i m i e n t o de l a tradición- s i c o n v i r t i e r a
e l presente en u n a u n i d a d monolítica. F r e n t e a n í a o p i -
n i ó n , q u e h a c e d e l h i s t o r i a d o r u n r e c o p i l a d o r p a s i v o» h a y
que a f i r m a r , j u n t o a Dilthcy. q u e - q u i e n l a his-
t o r i a y q u i e n hace l a h i s t o r i a s o n u n o m i s m o » . * L o q u i e r a
o n o . e l h i s t o r i a d o r , es d e c i r , e l i n t é r p r e t e , t e v e t ú m i d o
así e n l a s d i s p u l a s s o c i a l e s d e l a s a c t i t u d e s f r e n t e a i u
t i e m p o . L a p e r s p e c t i v a c o n La q u e c o n s i d e r a s u o b j e t o
es d e t e r m i n a d a p o r l a pedició n q u e a d o p t a e n e l s e n o d e
las f u e r z a s h i s t ó r i c a s d e l a é p o c a .
Crítica de la ¡deotoftia
L a h e r m e n é u t i c a , c u y a m e t a n o r e s i d e e n l a m e r a le
gitimación d e las t r a d i c i o n e s , t i n o en l a demostrarión
r a c i o n a l d e t u p r e s t i g i o a d q u i r i d o , e t s u s t i t u i d a p o r la
c h i i e a d e la ideología.' E i b i e n s a b i d o que j u n t o al con-
c e p t o d e i d e u l o g l a se i l a n u n a c a n t i d a d d e c o n c e p t o s con¬
», Tucnu ta c i i a de J . H u i c v u . E r J t n n m u und ¡meten*.
•.. • = _ - -. i - 1961, p. D c v l e luego que e i i e -hactr» n o p • •'•
m i r n J c r s e p e i n a n d o en una u r n a infinita de poiibititlad™: hav
que i m i n i r mát bien en que cada circunstancia dada l i m i u *l
m n i c m de la p u t l b i l i d a d real de leu a¿-c#iirumicniDi histórico*.
T. Para l a ' urna de k » roncrpio* de Ideología, ti- el -••
Mcukt /JrnJofir \tdeolOfla]. en - I n a r J i u l tur S o n a l i u r H h u n g -
[ I n f i n i t o para la invnilfaeiüfi w c i a l ) . S u / m l u ^ t c h r E**vc*c [E*-
c u r w ioc»MriLip| [ ]. F r a m l o n . 195* pp I W - U 1 . mti con**
37
t r a d i c t o r i o s ; aún a s i , e s t e c o n c e p t o es i n d i s p e n s a b l e p a r a mundo de los hombres, el E s t a d o , la sociedad. Ese E s t a d o ,
u n a c i e n c i a c r i t i c a p o r q u e p e r m i t e c o n c e b i r la relación esa s o c i e d a d p r o d u c e n l a r e l i g i ó n , u n a conciencio invertida
de oposición e n t r e las o b j e t i v a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s y l a rea- del mundo, porque Estado y sociedad son u n m u n d o inver-
l i d a d s o c i a l . A l i n t e n t a r s u definición, h a b r e m o s d e t e n e r t i d o . [...] L a r e l i g i ó n es l a fantástica realización de l a
en c u e n t a l a c r i t i c a de l a religión d e s a r r o l l a d a p o r M a r x e n esencia humana p o r q u e la esencia h u m a n a carece d e ver-
l a I n t r o d u c c i ó n a l a Krilik der Hegelschen Rechtsphiloso- d a d e r a r e a l i d a d . L a l u c h a c o n t r a Ta r e l i g i ó n es, p u e s , l a
phie [Critica de ta filosofía del derecho de Hegel], en la l u c h a i n d i r e c t a c o n t r a ese mundo c u y o aroma espiritual
c u a l se d e t a l l a t a l r e l a c i ó n d e o p o s i c i ó n . E l j o v e n M a r x es l a r e l i g i ó n . L a m i s e r i a religiosa es, p o r u n l a d o , l a ex-
— y e n e l lo reside l a d i f i c u l t a d , p e r o también l a f e r t i l i d a d presión d e l a m i s e r i a r e a l y . p o r o t r o , l a protesta contra
científica, d e s u c o n c e p t o d e i d e o l o g í a — l l a m a falsa con- la m i s e r i a r e a l . L a r e l i g i ó n es e l s u s p i r o d e l a c r i a t u r a
ciencia a determinados productos del pensamiento que sin agobiada, el eslado de ánimo de u n m u n d o sin corazón,
e m b a r g o n o están c o m p l e t a m e n t e a l e j a d o s d e l a v e r d a d . 1
es e l espíritu d e l o s e s t a d o s d e c o s a s c a r e n t e s d e e s p í r i t u .
L a religión [ e s ] l a a u t o c o n c i e n c i a y el a u l o s e n l i m i e n t o E s e l opio d e l p u e b l o . L a superación de l a religión, e n
d e l h o m b r e q u e aún n o se h a g a n a d o p a r a sí m i s m o o q u e t a n t o q u e f e l i c i d a d ilusoria d e l p u e b l o , es l a e x i g e n c i a d e
y a h a v u e l t o a p e r d e r s e . P e r o el hombre n o es ningún ser s u f e l i c i d a d real. L a e x i g e n c i a d e a b a n d o n a r l a s i l u s i o n e s
a b s t r a c t o , a g a z a p a d o f u e r a d e l m u n d o . E l h o m b r e es el s o b r e s u e s l a d o d e c o s a s es exigir el abandono de un esta-
do de cosas que necesita ilusiones. Así p u e s , l a c r i t i c a d e
l a r e l i g i ó n es, e n germen, l a critica del valle de lágrimas
K L v n k (ed.>. IdeoJogie, fdeologiecritik und V/isserissozialogie q u e l a r e l i g i ó n r o d e a d e u n halo de santidad*
[Ideología, critica de lü ideología y tociologia del eoMoeiimercíol
( S a i . Teste. l . i a . . N c u w i c d B<rlín. 1967- véase aquí también la
J

Introducción histórica al problema preparada p o r el editor.
I . E [ concepta de verdad utilizado en la i r a d i c i o n de la
losoffa dialéctica lo cipüea H K E L en la • iauicnic observación;
• Por l o común llamamos verdad a la concordancia de u n o h i e u i
con su concepto. Tenemos aqui u n supueitó óblelo al que i'ebe
conformarse el concepto que no* hagamos de él. E n cambio, en
bcnrido filosófico K llama verdad a la c o n c o r J a i i t i a de u n con-
tenido consigo m i s m o , p o r « p r e s a r l o d i u n modo abstracto.
Este significado de verdad e* cum pie la imun.- d i s t i n t o del que he-
mos dado antes. Por l o demás, el i i g uifitado p r u l u n d i (filosófico!
de verdad ya l o encontramos también en el u * o común del len-
guaje. Así. p o r ejemplo, se habla de u n verdadero ami^o. enicn-
diendo con ello aquel a c u r o c o m p o n a miento M a d u n i a et con-
cepto de a m i t t a d i v del m i s m o m o d o « habla de una verdadera
obra de arte. E n t u m e * decir íslm es lanío c o m o decir malo, in¬
convenienTe de p o r i l . E n esle sentido, u n mal Eslado es u n falso
Estado, y l o malo y l o falso consisten, en general, en l a contradic-
ción que se da e n l r e la determinación o el t-nnceplo y la existen-
cia de u n objetó.- 1Ett?yltlapadie der philasophischen VíUstnschaí-
r r n im G n - n d r c u * . Emer M r D i * wiasenschaft der Logikl
[Enciclopedia de los ciencias filosóficas en compendio.
parle: la cicida de ta lógica], Werke, 8. Francfort. 1970. p. «6.
[ E d i t o r i a l Orbis, Barcelona, 19£4.)
L a e s t r u c t u r a c o n t r a d i c t o r i a - d e l a i d e o l o g í a se a c l a r a
c o n e l e j e m p l o d e l a r e l i g i ó n : 1. L a r e l i g i ó n es ilusión. E l
h o m b r e p r o y e c t a en el cielo lo que q u i s i e r a v e r realizado
en la t i e r r a . L o s h o m b r e s s o n v i c t i m a s de u n a ilusión e n
l a m e d i d a e n q u e c r e e n e n D i o s , p u e s éste n o es m á s q u e l a
e n c a r n a c i ó n d e las v i r t u d e s h u m a n a s , 2, A l m i s m o t i e m p o ,
n o o b s t a n t e , e n la religión h a y u n m o m e n t o de v e r d a d : l a
r e l i g i ó n es - l a expresión de la m i s e r i a r e a l " , pues l a s i m p l e
realización i d e a l de l a h u m a n i d a d e n el c i c l o d e s c u b r e l a
carencia de a u t e n t i c a h u m a n i d a d e n la sociedad de l o s
h o m b r e s . Y es t a m b i é n - l a protesta c o n t r a fa m i s e r i a r e a l »
y a q u e , i n c l u s o en s u f o r m a a l i e n a d a , l o s i d e a l e s r e l i g i o s o s
s o n u n m o d e l o de a q u e l l o q u e t e n d r i a q u e ser e n la rea-
lidad.
M a r x n o o f r e c e e n su t e x t o u n a distinción explícita en-
{...}
Primera 9 K - M Í B X . Zur Krilik dtr Hegetsehen Rtchtsphitasophie.
Einleimng [Crítica de ta filosofia del derecho de ttegel. Introduc-
ción'], en M A R X - E M O M J Í Sntdienausgabe [Obras], edición de L Fet-
scher. Tomo I . Fischcr Siicherei. 164, F r a n c f o r t , 1966. p . 17.

M 39
(re l o s ™nsumidores d e la ideología («el p u e b l o - ) y l o s
c r í t i c o s d e l a i d e o l o g í a . P e r o l a d i s t i n c i ó n es i m p o r t a n t e
p o r q u e sólo c o n ella p o d e m o s c a p t a r la p e c u l i a r i d a d d e l
p u n t o de v i s t a dialéctico. Para l o s creyentes (los c o n s u m i -
d o r e s d e l a i d e o l o g í a ) l a r e l i g i ó n es u n a s a b i d u r í a , e n t a n t o
que los realiza c o m o h o m b r e s («la auloconciencia y e l
a m o r p r o p i o de l o s h o m b r e s - ) . Para los ateos i l u s t r a d o s
La r e l i g i ó n es e l r e s u l t a d o d e u n e n g a ñ o , c o n s c i e n t e m e n t e
p r o v o c a d o , c o n c u y a a y u d a se c o n s o l i d a u n p o d e r i l e g i t i -
m o . E l m é r i t o d e q u i e n d e h e n d e esta d o c t r i n a t r a n s m i t i d a
p o r l o s c l é r i g o s es h a b e r f o r m u l a d o l a p r e g u n t a p o r l a
fundón de l a concepción religiosa del m u n d o . S i n embar-
g o , s u r e s p u e s t a a c l a r a m u y p o c o p o r q u e se l i m i t a a n e g a r
e l s a b e r d e l o s c o n s u m i d o r e s d e La i d e o l o g í a . É s t o s se v e n
conducidos a u n s i m p l e sacrificio q u e para nada afecta a
su o b l i g a d a manipulación. E l c r i t i c o de l a ideología pre-
g u n t a t a m b i é n p o r l a función s o c i a l d e l a r e l i g i ó n , p e r o ,
en c o n t r a s t e c o n e l defensor de l a d o c t r i n a t r a n s m i t i d a
p o r Jos c l é r i g o s , t r a t a d e e x p l i c a r l a a t e n d i e n d o a l a p o s i -
c i ó n s o c i a l d e Jos c r e y e n t e * , y h a c e d e l a m i s e r i a r e a l e l
m o t i v o de la fuerza de convicción d e la concepción d e l
m u n d o . E n e s t e análisi s t * d e s c u b r e l a r e l i g i ó n c o m o a l g o
c o n t r a d i c t o r i o : a p e s a r de s u f a l s e d a d ( p u e s t o q u e D i o s n o
existe), s i n e m b a r g o le c o r r e s p o n d e v e r d a d c o m o expre-
sión de las m i s e r i a s y c o m o p r o t e s t a c o n t r a ellas. I g u a l -
m e n t e c o n t r a d i c t o r i a es s u f u n c i ó n s o c i a l : p o r u n a p a r t e ,
p r o p i c i a l a e x i s t e n c i a d e ta m i s e r i a , y a q u e p e r m i t e l a
experiencia de u n a «felicidad i l u s o r i a - ; p e r o , p o r o t r a
p a r t e , i m p i d e i g u a l m e n t e l a realización de l a «felicidad
r e a l * . E l s e n t i d o d e l m o d e l o c o n s i s t e , e n t r e o t r a s cosas, e n
q u e éste n o e s t a b l e c e i n e q u í v o c a m e n t e e n e l p l a n o t e ó r i c o
la r e l a c i ó n d e o b j e t i v a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s c o n l a r e a l i d a d
s o c i a l , s i n o q u e l o m a esa relación c o m o u n a c o n t r a d i c -
c i ó n ; y . d e ese m o d o , e l m o d e l o o r i e n t a e l análisis d e l
c a m p o de c o n o c i m i e n t o e n cuestión de f o r m a q u e éste
n o se c o n v i e r t a e n La m e r a d e m o s t r a c i ó n d e u n e s q u e m a
establecido de a n t e m a n o . E n adelante, h a b r e m o s de tener
e n c u e n t a q u e las i d e o l o g í a s están e n e l m o d e l o , n o c o m o
i m a g e n , e n el s e n t i d o de u n a duplicación c o n c e p t u a l d e
40
la r e a l i d a d s o c i a l , s i n o c o m o producto d e La p r a x i s d e l o s
h o m b r e s . S o n e l r e s u l t a d o de u n a a c t i v i d a d q u e responde
a u n a r e a l i d a d q u e se p e r c i b e c o m o i n s u f i c i e n t e . { L a n a -
t u r a l e z a h u m a n a , c u y a - a u t e n t i c a v e r d a d » , o sea. c u y a
p o s i b i l i d a d de d e s a r r o l l o en e l m u n d o real, permanecí
o c u l t a , es Llevada e n l a r e l i g i ó n h a c i a u n a « r e a l i z a c i ó n
i l u s o r i a i . ) Las ideologías n n s o n el m e r o reflejo d e deter-
m i n a d a s relaciones sociales; f o r m a n p a r t e del t o d o social
c o m o r e s u l t a d o d e l a p r a x i s de los h o m b r e s . « L o s m o m e n -
t o s ideológicos n o s o n s i m p l e s " t a p a d e r a s " p a r a Ins I n -
tereses económicos, n o s o n s i m p l e s b a n d e r a s n i consignas
de c o m b a t e , sino p a r l e s y e l e m e n t o s de las l u c h a s reales
mismas • •
E l c o n c e p t o de c r i t i c a q u e n o s p r o p o r c i o n a e] m o d e l o
m a r x i a n o m e r e c e t a m b i é n ser d e s t a c a d o . L a c r í t i ca n o se
concibe c o m o u n m o d o de j u z g a r q u e opondría brusca-
m e n t e la v e r d a d p a r t i c u l a r a l a falsedad de l a ideología,
s i n o c o m o u n m o d o d e producir c o n o c i m i e n t o s . L a c r í t i ca
t r a t a de s e p a r a r la v e r d a d y la f a l s e d a d de l a ideología
( e l g r i e g o Krinein quiere decir n o t o r i a m e n t e separado, d i -
vorciado). H a y , pues, u n m o m e n t o genuino d e v e r d a d en
l a ideología existente , p e r o sólo l a c r i t i c a p u e d e descu-
b r i r l o . ( L a crític a d e l a r e l i g i ó n d e s t r u y e La a p a r i e n c i a d e
la e x i s t e n c i a r e a l d e d i u s e s y d e l m á s allá, y p e r m i t e a l
m i s m o t i e m p o conocer los m o m e n t o s de v e r d a d en l a reli-
g i ó n , o sea, s u c a r á c t e r d e p r o t e s t a , )
E l m o d e l o m a r x i a n o d e l a crític a dialéctica d e l a ideo¬
l o g i a ha s i d o t r a d u c i d o , s u b r e t o d o p o r G e o r g Lukács v
T h e o d u r W . A d o m o , a l análisis d e o b r a s c o n c r e t a s o c o n -
j u n t o s de o b r a s . Así, Lukács i n t e r p r e t a , p o r e j e m p l o , la
n o v e l a d e E i c h e n d o r f f Aus dem Lcben entes Taugenicbli
[Sabré la vida de un vago], c o m o e x p r e s i ó n d e u n a vt-
v u e l i a c o n t r a «la a c t i v i d a d i n h u m a n a de la v i d a m o d e r n a ,
c o n t r a la " b o n d a d " , c o n t r a la " d i l i g e n c i a " de l o s viejos y
10, G. I -*us i . . J - . J-.-J- und JCtaiietfrrwH'ftrlit. V", N -
tiber p i i i ' i . - ' : J . ' i Dialektík [Historia y candencia de dase. Es-
indios de dialéctica marrtsta] {Schwarr e Rcihe. 7), A i m t e r d a m .
J967 'reproducción en facsímil de ]a edición M I piñal de l>23), pá-
g i n a * TU y u .
41
tos n u e v o s filisteos.. Lukács, a l servirse aquí de los c o n -
11
ceptos de E i c h e n d o r f f , q u i e r e i n d i c a r que l a p r o t e s t a de
éste se q u e d a e n e l p l a n o d e l a a p a r i e n c i a , p e r o q u e n o
c a p t a la esencia d e l c o n t e x t o e n el q u e tales a p a r i e n c i as
podrían c o n d u c i r a u n a comprensión p r o f u n d a .
T o d a oposición romántica viene caracterizada p o r su
a g u d a r e v e l a c i ó n d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s d e l a s o c i e d a d ca-
p i t a l i s t a , a l a q u e ataca c o n auténtico e n c o n o y b u r l a afila-
da, s i n ser capaz de llegar, en c a m b i o , a c a p t a r su esencia.
D e ahí q u e e n l a m a y o r p a r t e d e l o s c a s o s n o se c o n s i g a
o t r a cosa q u e u n a exagerada dcsvirtuación d e l p r o b l e m a ,
c o n v i n i e n d o l o q u e p o d r í a s e r u n a a u t é n t i c a crític a e n
una falsedad social. L a d e n u n c i a de las c o n t r a d i c c i o n e s
i m p l i c a d a s p o r l a d i v i s i ó n c a p i t a l i s t a d e l t r a b a j o se t r a n s -
f o r m a , i g u a l m e n t e , e n u n a magnificación a c r i t i c a de aque-
llas c i r c u n s t a n c i a s sociales en las q u e esta división d e l
t r a b a j o n o e r a t o d a v í a c o n o c i d a ; ésta es l a f u e n t e d e l e n -
t u s i a s m o p o r la E d a d Media. * 1
E i c h e n d o r f f c r i t i c a l a a p a r i e n c i a alienada de la v i d a d e
t r a b a j o ( l a v i d a b u r g u e s a » p o r q u e a ésta se l e i m p o n e des-
d e f u e r a s u finalidad, y c i f r a Jos m é r i t o s d e l o c i o e n l a
constitución de u n a v i d a l i b r e , c a r a c t e r i z a d a p o r l a auto-
d e t e r m i n a c i ó n . P o r e s o e l v a g o está e n p o s e s i ó n d e t a
v e r d a d . S i n e m b a r g o , l a crític a r o m á n t i c a a l p r i n c i p i o
b u r g u é s d e r a c i o n a l i d a d d e l o s fines es f a l s a , p o r q u e se
t r a n s f o r m a b r u s c a m e n t e e n u n a ciega exaltación d e las
c o n d i c i o n e s de v i d a p r e b u r g u e s a.
L a polémica e n t r e Lukács y A d o r n o h a apartado p o r
m u c h o t i e m p o el e s t u d i o de lo que a m b o s , m a r x i s l a s he-
gehanos, tienen e n común, que consiste en e l método de
l a crític a d i a l é c t i c a , A p e s a r d e s u a t a q u e a Lukács — q u e
11, Se encontrará literatura adicional sobre el BnáÜSíi de
obras de la c r i t i c a de la ideología en la bibliosraíia del volume n
Seminar: Lileratttr und Kunstsoziolagie, editado por P Bürger
( S h u r k a m p Tascbunbuch Wissemchali, 2A5), Francíori t v í *
Bina* 4 7 3 y sa. - . i—-
12, C , LCKACS, «Elchcndorlf-, en su Deutsche Realisten des
19. Jah/hunderis [Realistas alemanes del i lo t R XIX] Berlín
W52. pp. 59 y 60.
42
caracterizó a E i c h e n d o r f f c o m o - r o m á n t i c o f e u d a l — .
A d o r n o también e n c u e n t r a e n E i c h e n d o r f f esa c o n t r a d i c -
ción l l a m a d a p o r Lukács ant¡capitalismo r o m á n t i c o , c o m o
muestra la siguiente cita:
- L a crític a s o c i a l d e E i c h e n d o r f f es e s t ú p i d a e n l a m e -
d i d a e n q u e n o p u e d e e v i t a r e l p u n t o d e v i s t a d e l o s se-
ñores feudales desposeídos; p e r o e n s u á n i m o n o estaba
sólo l a restauración de u n o r d e n detestable, s i n o también
la resistencia c o n t r a l a tendencia d e s t r u c t i v a de lo b u r -
gués m i s m o . - 1 1
L o q u e Lukács y A d o r n o t o m a n d e l m o d e l o m a r x i a n o
es e l análisis d i a l é c t i c o d e l o s o b j e t o s i d e o l ó g i c o s . E s t o s
o b j e t o s s o n c o n t r a d i c t o r i o s , y l a m i s i ó n d e l a c r i t i c a es
expresar conceptual mente t a l contradicción. Respecto a l
p r o c e d e r d e l j o v e n M a r x se p u e d e n señalar, t a m b i é n , a l m e -
nos dos diferencias esenciales, q u e afectan s i m i l a r m e n t e a
l a c r í t i ca d e l a r e l i g i ó n y a l a c r i t i c a d e l a s o c i e d a d . L a
crítica d e s t r u y e las i l u s i o n e s religiosas ( n o el c o n t e n i d o
d e v e r d a d d e La r e l i g i ó n ) q u c l o s h o m b r e s p u e d e n h a c e r s e ;
a-La c r í t i c a d e l a r e l i g i ó n desengaña a l h o m b r e , p a r a q u e
p i e n s e , actúe c o n f o r m e a s u r e a l i d a d c o m o u n h o m b r e d e -
s e n g a ñ a d o , q u e e n t r a e n r a z ó n » ( M a n , Zur Krilik. p. 1 8 ) .
E n la aplicación d e l m o d e l o a o b r a s l i t e r a r i a s a i s l a d a s o a
g r u p o s d e o b r a s , ese o b j e t i v o n o p u e d e a c e p t a r s e s i n m á s ,
p o r q u e n o t i e n e n e l m i s m o status q u e la religión (ya v o l -
v e r e m o s s o b r e e l l o ) . E v i d e n t e m e n t e , l a r e l a c i ó n e n t r e críti-
c a d e l a i d e o l o g í a y c r i t i c a d e l a s o c i e d a d es d i s t i n t a e n
el caso de Lukács y A d o r n o y e n el c a so d e l j o v e n M a r x .
E l análisis d e o b r a s q u e h a c e La c r í t i c a d e l a i d e o l o g í a
s u p o n e u n a construcción histórica. L a contradicción de la
o b r a d e E i c h e n d o r f f s ó l o se c o m p r e n d e e n La c o n f r o n t a -
ción c o n l a r e a l i d a d s o c i a l a l a q u e r e s p o n d e , e n l a época
d e l a transición d e l a s o c i e d a d f e u d a l a l a b u r g u e s a . E l
13, T h - W. ADURNO. «Zum Gcdachtnis Eichendorffs« [ * E n me-
m o r i a de E i c h e n d o r f f - ] . en sus Noten tur Literaiur I [Notas so-
bre literatura, I] ( B i b l - S u h r l t a m p . 47), F r a n c f o r t , p. I U .
43
análisis d e o b r a s d e l a c r i t i c a d e l a i d e o l o g í a es t a m b i é n
c r i t i c a d e La s o c i e d a d , p e r o l o es s ó l o d e m o d o g r a d u a d o .
M i e n t r a s descubre el c o n t e n i d o social de las obras, debe
a f r o n t a r o t r o s i n t e n t o s d e d e s c r i p c i ó n q u e , o b i e n esca-
m o t e a n e l m o m e n t o de p r o t e s t a , o b i e n c o n d u c e n , e n
general, a l a desaparición d e l c o n t e n i d o de las o b r a s , al
desviar l o estético haci a f o r m a s vacias q u e l o echan a
perder.
Análisis de la función
H a y u n a c u e s t i ó n m á s p o r l a q u e se a p a r t a d e l m o d e l o
m a r x i a n o e l análisis d e l a c r i t i c a d e La i d e ü l o g i a , y es l a
r e n u n c i a d e éste a l a d e t e r m i n a c i ó n d e l a f u n c i ó n d e l o s
o b j e t o s i d e o l ó g i c o s . Así c o m o M a r x d i s c u t e e l c a r á c t e r
c o n t r a d i c t o r i o d e l a función social de la religión s i n t e n e r
en c u e n t a el carácter c o n t r a d i c t o r i o m i s m o de la religión
(que a m a n e r a de consuelo f r e n a c u a l q u i e r t i p o de trans-
formación de l a suciedad), el m o d o cómo Lukács y A d o r n o
e j e r c e n sus análisis c o n c r e t o s d e s d i b u j a t o d a l a p r o b l e -
mática d e l a función. Este d e s d i b u j a m i e n l o m e r e c e u n a
aclaración p o r q u e i m p l i c a e n su t o t a l i d a d e l a s p e c t o f u n -
c i o n a l d e l m o d e l o m a r x i a n o . L a r e n u n c i a de Lukács y
A d o r n o a u n a discusión d e l a f u n c i ó n s o c i a l d e l a r t e se
c o m p r e n d e c u a n d o v e m o s q u e e l l o s h a c e n d e l a estética d e
la a u t o n o m í a — a u n q u e m o d i f i c a d a — e l p u n t o d e m i r a
d e s u s análisis. P e r o l a estética d e l a a u t o n o m í a i m p l i c a
u n a d e t e r m i n a d a f u n c i ó n d e l a r t e , " a l h a c e r d e éste u n a
esfera s o c i a l d i s t a n c i a d a de la e x i s t e n c i a c o t i d i a n a de l a
burguesía, o r d e n a d a c o n f o r m e a l a r a c i o n a l i d a d d e l o s
fines y e n t a l m e d i d a c r i t i c a b l e .
L o s o c i a l e n e l a r t e es s u e v o l u c i ó n i n m a n e n t e c o n t r a
la s o c i e d a d , n o s u a c t i t u d m a n i f i e s t a [ . , , ] . S i se p u e d e
p r e d i c a r u n a f u n c i ó n s o c i a l d e l a s o b r a s d e a r t e , ésa es
s u c a r e n c i a de función. 14
14. tbid.
15. 7 h . W. AUOPNO. Aahrmche Theorie [Tcottü aHÉHaa] (Ge*.
44
C o m o es e v i d e n t e . A d o r n o a p l i c a a q u i e l c o n c e p t o d e
función e n u n s e n t i d o d i s t i n t o : p r i n c i p a l m e n t e c o m o u n a
c a t e g o r í a d e s c r i p t i v a n e u t r a l , o sea, c o n c o n n o t a c i o n e s
n e g a t i v a s , y a q u e está s o m e t i d a a l o s o b j e t i v o s c o s i f i c a d o s
d e l a v i d a b u r g u e s a F o r eso r e n u n c i a A d o r n o a u n análi-
sis de l a función, p u e s sospecha q u e t r a s s e m e j a n t e t e n -
t a t i v a se q u i e r e s o m e t e r a l a r t e a finalidades estrictas.
E s t o se v e c o n c l a r i d a d e n s u d i s p u t a c o n l a i n v e s t i g a c i ó n
p o s i t i v i s t a sobre los efectos. 16
Para A d o r n o , los efectos
s o n . e n c i e r t o m o d o , l o q u e q u e d a e n La s u p e r f i c i e d e l a
o b r a de a r t e .
E l interés p o r la explicación s o c i a l d e l a r t e d e b e v o l v e r
sobre el a r t e m i s m o , e n lugar de darse p o r satisfecho c o n
e l d e s c u b r i m i e n t o y clasificación d e l o s e f e c t o s , p u e s , a
m e n u d o , el f u n d a m e n t o social de las o b r a s de a r t e y s u
contenido social objetivo son completamente divergentes
{Astheiische Theorie [Teoría csiéiica}, p p . 333 y i , ) .
A q u i se o p o n e n b r u s c a m e n t e l a o b r a y e l e f e c t o . S i l a
o b r a d i c e l a v e r d a d s o b r e l a s o c i e d a d se e n c u e n t r a c o n
l a o p o s i c i ó n d e ésta, q u e v i v e s o m e t i d a a l a c o s i h e a c i ó n .
Y e n u n a sociedad en la c u a l todas las relaciones entre
l o s h o m b r e s están r a d i c a l m e n t e c o s l f i c a d a s . e s t e p r i n c i p i o
también v a l e p a r a la relación c o n las o b r a s de a r t e . E n
r i g o r , pues, la investigación de l o s efectos p e r m i t e c a p t a r
la r e i f i c a c i ó n u n i v e r s a l , p e r o n o l a e s e n c i a d e l a s o b r a s
de a r t e . "
Es o b v i o que en Adorno la marginadón del aspecto
Schríflcn [Obras completas] . 7 ) . F r a n c f o r t, 1970, p p . Í36 y ss.
16. La controversia Je AHORNO con la sociología positivista
del arte está documentada en la obra que citábamos en la ñuta I I .
Seminar: Literalur- und Kunusor, pp. 191-311,
17. E l concepto de eostficación l o ha desarrollado L U Í A CS con
referencia al análisis marxian o de l a mercancía y al concepto we-
beriano de racionalidad en Gtschichte und K¡as*enbewufilsein
[Berlín, l 2a., A m s t e r d a m, 19671. L u U c s interpret a la f o r m a
de La mercancía en la «c-cledAd capitalista desarrollada t o m o una
trndencia - p o r la que el hombre >e encuentra e n l r e n t a d o a t i l
propia actividad, su p r o p i o trabajo, c o mo algo o b j e t i v o , indepen-
diente de él; p o r o b r a de una legalidad Inherente, que le es ajena
y que tiende a l d o m i n i o - {id-, pp. 9 7 y ss.).
f u n c i o n a l t i e n e u n a b a s e s i s t e m á t i ca q u e l i a d e b u s c a r s e
e n s u e s t é t i c a y e n s u teoría d e l a s o c i e d a d . E n e l p á r r a f o
q u e a c a b a m o s d e c i t a r , l l a m a l a a t e n c i ón q u e A d o r n o
oponga a u n concept o especulativo de l a o b r a de arte,
q u e l e d e b e a l a estética i d e a l i s t a , u n c o n c e p t o p o s i t i v i s t a
del efecto. E n tales c i r c u n s t a n c i a s , debe r e n u n c i a r a la
p o s i b i l i d a d de c o n c i l i a r l a o b r a c o n el efecto. Según Ador-
no, l a c u l t u r a b u r g u e s a debería ser i g u a l i t a r i a , p e r o h a
f r a c a s a d o e n este s e n t i d o p o r m o t i v o s sociales. L a v e r d a d
sobre esta sociedad sólo p u e d e ser expresada aislad a e n
f o r m a d e m ó n a d a s e n las o b r a s d e a r l e . E s t a es La f u n c i ó n
d e l a r t e , a l a q u e A d o r n o se p u e d e r e f e r i r c o m o « c a r e n c i a
d e f u n c i ó n » p o r q u e e n ó) c a d a p e n s a m i e n t o se a n u l a e n
un efecto alterado.
S i es v e r d a d q u e e n e l análisis d e o b r a s l i t e r a r i a s d e l a
c r í t i c a d e La i d e o l o g í a , t a l y c o m o l o h a n p r a c t i c a d o L u -
kács y A d o r n o , p i e r d e i m p o r t a n c i a e l a s p e c t o f u n c i o n a l ,
d e b e m o s p r e g u n t a r s i es p o s i b l e u n a t r a d u c c i ó n d e l m o -
d e l o m a r x i a n o d e c r í t i c a dialéctica a l a s o b j e t i v a c i o n e s
a r t í s t i c a s , s i el a s p e c t o f u n c i o n a l n o q u e d a f u e r a d e l a l c a n -
ce d e e s t e m o d e l o . C o m o e n s a y o d e s e m e j a n t e t r a d u c c i ó n
se p u e d e l e e r e l a r t i c u l o d e H e r b e r t M a r c u s e Uber den
affirmativen Charakter der Kxtttttr [Sobre el carácter afir-
mativo de la cultura]* M a r c u s e d a u n diagnóstico g l o b a l
d e l a f u n c i ó n d e l a r t e e n Ea s o c i e d a d b u r g u e s a . S e g ú n e s t e
d i a g n ó s t i c o , l a f u n c i ó n d e l a r t e es c o n t r a d i c t o r i a : p o r u n a
parte, muestr a -verdades olvidadas» (con lo que protesta
c o n t r a u n a r e a l i d a d e n La q u e e s t a s v e r d a d e s c a r e c e n d e
v a l o r ) ; p e r o , p o r o t r a , las v e r d a d e s s o n a c t u a l i z a d a s p o r
m e d i o d e Eos f e n ó m e n o s estéticos ( c o n l o q u e e s t a b i l i z a
l a s r e l a c i o n e s s o c i a l e s c o n t r a l a s q u e p r o t e s t a ) . E s fácil
d e s c u b r i r q u e M a r c u s e se o r i e n t a c o n f o r m e a l m o d e l o d e
Ja c r í t i ca m a r x i a n a d e l a r e l i g i ó n : a s i c o m o M a r x , e n l a
r e l i g i ó n , m u e s t r a u n m o m e n t o d e l e s t a b l e c i m i e n t o de r e
I - H . MARCCSB. «tJber den affirmaliven Charakier der Kullur»
[«Sobre el carácter a f i r m a t i vo de la c u l l u r a - ] , en su Kuilur und
Gesettschalt i [Cidiuiu y sociedad, 7] <ed, S h u r k a m p , 101). Franc-
f o r t , 1965, pp. 56-101.
4b
• a c i o n e s s o c i a l e s d e f e c t u o s a s (es u n c o n s u e l o q u e f r e n a a
las fuerzas q u e l u c h a n p o r l a transformación), M a r c u s e
adscribe a l a c u l t u r a burgues a los valores h u m a n o s en el
á m b i t o d e l o i d e a l e i m p i d e así l a p r e g u n t a p o r s u p o s i b l e
realización, Y c o m o M a m r e c o n o c e e n l a religión u n m o -
m e n t o d e c r í t i ca ( « p r o t e s t a c o n t r a l a m i s e r i a r e a l » ) , t a m -
bién M a r c u s e se r e f i e r e a l a s p r e t e n s i o n e s h u m a n a s d e l a s
g r a n d e s o b r a s d e l a r t e burgués c o m o p r u t e s t a c o n t r a u n a
s o c i e d a d q u e n o h a p o d i d o s a t i s f a c e r esas p r e t e n s i o n e s .
E l ideal c u l t u r a l ha a s u m i d o l a aspiración a u n a v i d a
f e l i z : La a s p i r a c i ó n a l a h u m a n i d a d , b o n d a d . l i b e r t a d , v e r -
d a d , s o l i d a r i d a d . P e r o t o d o s e l l o s están p r o v i s t o s d e u n
signo positivo: pertenecen a u n m u n d o superior, p u r o , no
c o t i d i a n o (Über den affirmativen Charakter der Kultur,
p. &2).
M a r c u s e Llama a f i r m a t i v a a la c u l t u r a burguesa, pre-
c i s a m e n t e p o r q u e d c s t i e r r a Los v a l o r e s m e n c i o n a d o s e n
una t a f f n a p a r t a d a de l a v i d a c o t i d i a n a .
S u r a s g o d e c i s i v o es l a a f i r m a c i ó n d e u n m u n d o , c o m -
p r o m e t i d o en general, categórico en sus afirmaciones , en
p e r p e t u a m e j o r a , l l e n o de valores, esencialmente d i s t i n t o
d e las c o s a s d e l m u n d o d e l a l u c h a c o t i d i a n a p o r l a e x i s -
tencia, p e r o q u e c a d a i n d i v i d u o - d e este l a d o - , s i n t r a n s -
f o r m a r esa r e a l i d a d , p u e d e r e a l i z a r p a r a si ( i d . , p . 63).
E l c o n c e p t o d e a f i r m a c i ó n señala t a m b i é n l a f u n c i ó n
contradictoria de u n a cultura, que conserva «la m e m o r i a
d e l o q u e p o d r í a s e r - , p e r o q u e a l a vez es « j u s t i f i c a c i ó n d e
la f o r m a d e v i d a e x i s t e n t e » ( i d . , p p , ó ó y s,).
[ L a c u l t u r a a f i r m a t i v a ] ha descargado, desde luego, las
« r e l a c i o n e s e x t e r n a s » d e La r e s p o n s a b i l i d a d p o r l a « d e t e r -
minación de los h o m b r e s » —así estabiliza s u i n j u s t i c i a — ,
p e r o también m a n t i e n e l a formación de u n o r d e n m e j o r
que el presente h a a b a n d o n a d o (id,, p. 88).
La determinación de M a r c u s e de la función de l a c u l -
t u r a e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a n o se a p o y a e n o b j e t i v a c i o n e s
a r t í s t i c a s s i n g u l a r e s , s i n o s o b r e s u status en tanto que
separado de l a l u c h a c o t i d i a n a p o r l a existencia. E l m o d e l o
presenta el i m p o r t a n t e a r g u m e n t o teórico de que las obra s
de a r l e n o s u r g e n i n d i v i d u a l m e n t e , sino e n e l seno de con-
47
 diciones estructurales institucionale s que establecen m u y
c l a r a m e n t e l a f u n c i ó n d e l a o b r a . De e s t e m o d o , c u a n d o
se h a b l a d e l a f u n c i ó n d e u n a d e t e r m i n a d a o b r a , se h a c e
e n b a s e a u n d i s c u r s o m e t a f ó r i c o , p u e s las c o n s e c u e n c i a s
o b s e r v a b l e s o i n f e r i b l e s d e l t r a t o c o n l a o b r a n o se d e b e n
en a b s o l u t o a sus cualidade s p a r t i c u l a r e s , s i n o más b i e n
a l a c l a s e y m a n e r a e n q u e está r e g u l a d o e l t r a t o c o n o b r a s
d e e s t e t i p o e n u n a d e t e r m i n a d a s o c i e d a d , es d e c i r , e n
d e t e r m i n a d o s estratos o clases de u n a sociedad. Para re-
f e r i r s e a estas c o n d i c i o n e s e s t r u c t u r a l e s , h e p r o p u e s t o e l
c o n c e p t o d e institución arte.
E l artículo de M a r c u s e c o n t i e n e a f i r m a c i o n e s sobre la
f u n c i ó n (o f u n c i o n e s ! d e l a s o b r a s d e a r t e e n l a s o c i e d a d
b u r g u e s a , q u e se p u e d e n a p l i c a r a l e s l u d i u d e l c a r á c t e r
i n s t i t u c i o n a l d e las d e t e r m i n a c i o n e s d e f u n c i ó n d e Las o b -
jetivaciones c u l t u r a l e s . H a y que d i s t i n g u i r e n t r e el plano
de los receptore s y el de l a t o t a l i d a d social. E l a r t e p e r m i t e
a s u r e c e p t o r i n d i v i d u a l s a t i s f a c e r , a u n q u e s ó l o sea i d e a l -
m e n t e , las necesidades q u e h a n q u e d a d o a l m a r g e n de s u
p r a x i s c o t i d i a n a . A l d i s f r u t a r d e l a r t e , el s u j e t o burgués,
m u t i l a d o , se r e c o n o c e c o m o p e r s o n a l i d a d , P e r o a c a u s a
d e l status d e l a r t e , separado de la p r a x i s v i t a l , esta expe-
r i e n c i a n o t i e n e c o n t i n u i d a d , n o p u e d e ser i n t e g r a d a e n l a
p r a x i s c o t i d i a n a . L a c a r e n c i a d e c o n t i n u i d a d n o es idéntic a
a l a c a r e n c i a d e f u n c i ó n ( c o m o sugerí e q u i v o c a d a m e n t e e n
u n a f o r m u l a c i ó n p r i m i t i v a ) , s i n o q u e señala u n a función
especifica del a r t e e n l a sociedad burguesa: i a neutraliza-
c i ó n d e l a c r i t i c a . E s t a n e u t r a l i z a c i ó n d e las f u e r z a s t r a n s -
f o r m a d o r a s d e l a s o c i e d a d está, así, e s t r e c h a m e n t e r e l a c i o -
n a d a c o n l a función q u e el a r t e a s u m e e n la construcción
de la s u b j e t i v i d a d b u r g e s a . "
L a teoría crític a d e l a c u l t u r a d e M a r c u s e n o s h a ser-
v i d o , hasta ahora, p a r a i n t e n t a r m o s t r a r q u e las determi-
n a c i o n e s s o c i a l e s d e l a f u n c i ó n d e l a r t e están i n s t i t u c i o -
nalizadas y también p a r a alcanzar u n c o n c e p t o general de
19, Acerca de los c o m p u n c n i c i I r c u d i a n o t de l a teoría de
c u l t u r a de Margine, cf. H- S I M . F Insütulion LUeratur und THeo-
rrc des Ronutns (...] [Institución, literatura y teoría de la novela].
Tests. Bremen. 1977, cap. I , p. 3,
48
La f u n c i ó n d e l a r t e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a . C o n t r a e s t a
e m p r e s a se p u e d e o b j e t a r , n o o b s t a n t e , q u e s i se p r o c e d e
así e n e l d i s c u r s o s o b r e e l a r t e , se h a c e e q u i v a l e n t e a l
t r a t o e f e c t i v o c o n las o b r a s ; y e n c u a n t o a la sociedad
b u r g u e s a , s i b i e n es v e r d a d q u e l a i d e o l u g l a d e s u a r l e
es c a p t a d a c r i t i c a m e n t e , l a I u n c i ó n d e e s t e a r l e q u e d a ,
s i n e m b a r g u , u c u l t a . L a c u e s t i ó n g e n e r a l es l a s i g u i e n t e :
¿en q u é m e d i d a e l d i s c u r s o i n s t i t u c i o n a l i z a d o s o b r e e l a r l e
d e t e r m i n a e l t r a t o e l e c t i v o c o n Las o b r a s ? T e n e m o s t r e s
r e s p u e s t a s p o s i b l e s , Se p u e d e a c e p t a r q u e la institución
a r t e / l i t e r a t u r a y et i r a t u e f e c t i v o c o i n c i d e n t e n d e n c i a ! m e n -
t e , y e n t o n c e s e l p r o b l e m a n o i c n d r i a s e n t i d o . O b i e n se
puede a d m i t i r q u e el discurso i n s t i t u c i o n a l sobre el a r te
n o se r e l l c j a e n e l t r a t o e f e c t i v o c o n l a s u b r a s , y e n t o n c e s
el p r i n c i p i u sociológico de l a l i t e r a t u r a q u e h e m o s p r u
p u e s t o n o s e r i a a p r o p i a d o p a r a c o m p r e n d e r l a función d e
l a s o b r a s d e a r l e . A q u í se e s c o n d e l a i l u s i ó n e m p í r i c a
d e q u e l a función d e l a r l e se p u e d e c a p t a r — p r e s c i n -
d i e n d o de o r i e n t a c i o n es teóricas— m e d i a n t e u n n u m e r o
i l i m i t a d o de investigaciones concretas. M i e n t r a s q u e la
p r i m e r a respuesta c o n d u c e a la desaparición d e l p r o b l e m a ,
p e r o n o a s u resolución, l a s e g u n d a i m p i d e e s t a b l e c e r c u a l -
q u i e r clase de c o r r e s p o n d e n c i a erttre el d i s c u r s o i n s t i t u -
c i o n a l i z a d o sobre el a r t e v el i r a t u c o n las o b r a s . Se debe
buscar, pues, u n a tercera respuesta que n o acabe c o n e l
p r o b l e m a y a desde el p r o p i o p l a n o leórico. Se podría de-
c i r q u e l a relación e n t r e l a institución a r t e y e l i r a t u
efectivu c o n las obras hay que investigarla en sus trans-
f o r m a c i o n e s históricas. P a r a e l l o , h a v q u e a c l a r a r , d e s d e
luego, el concepto de - t r a t o efectivo-, pues c a b r i a l a ilu-
sión de q u e este • t r a t o e f e c t i v o » p u e d a v e r i f i c a r l o el i n -
v e s t i g a d o r d e m o d u i n m e d i a t o . Q u i e n y a se h a o c u p a d u
s e r i a m e n t e de la investigación histórica de l a recepción
s a b e q u e e s t o n o es p o s i b l e . L o q u e i n v e s t i g a m o s s o n , e n
la mayoría de lus casos, d i s c u r s o s s o b r e e l t r a t o c o n la
l i t e r a t u r a . C o n l o d o , la distinción n o carece de s e n l i d o .
e s p e c i a l m e n t e c u a n d u va d i r i g i d a a c a p t a r la función d e l
a r t e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a . P u e s c u a n d o se a c e p t a q u e
e l a r t e está i n s t i t u c i o n a l i z a d o c o m o ideolugía e n l a socie-
49
dad burguesa desarrollada, n o basta c o n d a r a conocer la I. Teoría de la vanguardia
e s t r u c t u r a c o n t r a d i c t o r i a de esta ideología; también h a y y ciencia crítica de la literatura
que c u e s t i o n a r l o q u e esta ideología podría estar encu-
briendo*

1, LA HISTORICIDAD DE LAS CATEGORÍAS

ESTETICAS

- L a h i s t o r i a es i n h e r e n t e a l a teoría estética.
Sus categorías son históricas e n s u raíz,*
ADORNO. 1

A u n q u e l o s o b j e t o s artístico s p u e d e n i n v e s t i g a r s e f r u c -
t í f e r a m e n t e a l m a r g e n d e l a h i s t o r i a , l a s t e o r í a s estéticas
están c l a r a m e n t e m a r e a d a s p o r l a é p o c a e n q u e a p a r e c i e -
r o n , c o m o s e c o m p r u e b a e n Ja m a y o r í a d e l o s c a s o s m e -
d i a n t e u n s e n c i l l o e x a m e n a posterior!. S i l a s t e o r í a s es-
téticas s o n h i s t ó r i c a s , u n a teoría c r i t i c a d e l o s o b j e t o s
a r t í s t i c o s q u e se e s f u e r c e p o r a c l a r a r s u a c t i v i d a d d e b e
a s o m a r s e a s u p r o p i o carácter histórico. D i c h o de o t r a
m a n e r a : es válido h i s t o r i a r la teoría estética.
H a y que aclarar previamente l o q u e significa historiza r
u n a t e o r í a e s t é t i c a . D e s d e l u e g o , n o se t r a t a d e c o n s t r u i r
u n a t e o r í a estética c o n t e m p o r á n e a c o n e l c r i t e r i o h i s t ó r i c o
d e q u e t o d o s l o s f e n ó m e n o s d e u n a é p o c a se e n t i e n d e n
s ó l o e n e l l a , d e q u e l a s é p o c a s s i n g u l a r e s se u b i c a n , p u e s ,
e n u n a s i m u l t a n e i d a d ideal («a la m i s m a d i s t a n c i a de
D i o s - , q u e diría R a n k e ) . E l f a l so o b j e t i v i s m o d e este p u n -
t o d e v i s t a h a s i d o y a j u s t a m e n t e c r i t i c a d o , y sería a b s u r -
d o q u e r e r r e s u c i t a r l o p a r a l a discusión de teorías.' T a m -

20. Valga como ejemplo de la a c t i t u d de recepción parasita-

ria que se presenta con la estética de la autonomía l o que Christa L T b W. A&UKhhO, ÁstHetische Theorie [Teoría estética], ediia-
BÜPCEP ha llamado <auratitación de la personalidad del poeta-, da p o r Grelel Adorno y R, Tiedemann e n Gesammelte Schrijten
Der Ürsprung der bürgeriichen Insliiution Kunsl im liiifischen [Obras completas], 7, F r a n c f o r t , 1970, p. 532.
Wtimar [--.] [El origen de ¡a institución burguesa del arte en la 2. Sobre la c r i t i c a a l historie ismo, cf, H.-G. G A E V U F H : «La i n -
Weimar cortesana]. F r a n c l o r t . 1977. cap. 4: La recepción de Goe- genuidad del llamado hisioricismo consiste en que se sustrae a
the p o r sus contemporáneo*. Sobre Jas relaciones del arte con semejante reflexión y confiando en l o metódico de su procedi-
la praxis vital e n la sociedad burguesa. miento olvida su p r o p i a h i s t o r i c i d a d - , iWahrheit und ¡dethoth'-

50 51
 p o c o se i n l i J e c o m p r e n d e ! l u d a c o n s t r u c c i ó n t e ó r i c a deJ
p u a d o C U M I O u n p a s o h a c i a Ja p r u p i a t e o r í a . A l g u n o s eie-
m e m o s d e Las t e o r í a s p r e c e d e n t e s se s e p a r a n a q u i d e t u
c o n t e x t o p r i m i t i v o y se a d a p t a n a u n o n u e v o , s i n q u e se
reJleje a d e c u a d a m e n t e el c a m b i o d e I unción y d e s i g n i f i c a -
d o d e esos e l e m c n t u s . L a v i s i ó n d e l a h i s t o r i a c o m o p r e -
h i s t o r i a d e ] p r e s e n t e . c a r a c l e r i M i i a d e las c l a s e s a s e e n J e n
l e s , es u n i l a t e r a l ( s i n p e r j u i c i o d e s u p r o g r e s i s m o ) e n e l
sentido hcgcliano del ténninu. ya q u e r e g i s t r a t o l o u n a
c a r a d e l proceso histórico y reserva la o t r a al falso ob-
j e t i v i s m o h i s t u r i c i s i a . H i s t u r i z a r la t e o r i a q u i e r e d e c i r
a l g o d i s t i n t o : i n v e s t i g a r Ja r e l a c i ó n e n t r e e l d e s a r r o l l o
d e l o s o b j e t o s y las c a t e g o r í a s d e u n a c i e n c i a . A s i e n t e n -
d i d o , e l c a r á c t e r h i s t ó r i c o d e u n a teoría n o c o m i s t e e n
e s p r e s a r e l espíritu de u n a ¿poca ( s u a&pecto histórico),
n i e n q u e i n c o r p o r e p a r t e s d e teorías p r e t é r i t a s ( h i s t o r i a
c o m o p r e h i s t o r i a d e l p r é s e n l e ) , u n o e n r e l a c i o n a r e l de%a-
r r o l l o d e l o s o b j e l o s c o n e l d e las c a t e g o r í a s . H i s t o r i a r
u n a l e u n a estética q u i e r e d e c i r c a p t a r esa relación,
Se p o d r í a o b j e t a r q u e s e m e j a n t e e m p r e s a d e b i e r a r e -
c l a m a r n e c e s a r i a m e n t e p a r a s i u n J u g a r e x t r a histórico» es
d e c i r , q u e La h i k l o r i z a c i o n s e r i a n e c e s a r i a m e n t e , c o m o t a i .
u n a ahisluJUtacLun. D i c h o de o t r a m a n e r a : la constatación
d e l c a r á c t e r h i s t ó r i c o deJ Lengua)c d e u n a c i e n c i a s u p o n e
u n p l a n o s u p e r i u r a c c e s i b l e • e s a c o n s t a t a c i ó n , y n e c e s a-
h
r i a m e n t e l r a i i s h i * t u i i c o ( c o n l u c u a l La h i s f o r i / a c i ón d e l
p l a n o s u p e r i o r q u e t e s u l t e daría los m i s m o s p r u b l e m a s L
P e r o e l c o n c e p t o d e h i s t u r i y . a e i o n n o se h a p r o p u e s t o p a r a
d i s t i n g u i r diversos niveles d e l lenguaje cienühco. sino
c o m o reflexión q u e c a p t a p o r m e d i o d e un l e n g u a j e l a h i s -
t o r i c i d a d de su p r o p i o discurso.
L o q u e q u i e r o d e c i r se p u e d e e x p l i c a r r e c u r r i e n d o a
Grwid^Hflf etntr philosaphtschen Hf'mrneiMk [Verdad y méto-
do, de una hermertéutua fiiotdfica] 2m cd Tubin-
|a. 1965, p. 2JJ) .i t u n b t t n el anáhtks de i - • „ • . cu H . R. l u ,
(
•Gest-hit-hir der K i ¡ i . i u n d H i s i u r i c * - M , • • .1 del a r l e c h i t i o -
rta»l, en Í U Uteraturtttchuhte att Frovokatmnn [Nütoria da (a
literatura cuma p w o í a n d * ] ( E d S u h r t a m p . 411). Fruición
1970. pp. 222-124.
-2
algunos i m p o r t a n t e s estudios metodológicos q u e M a n h a
f o r m u l a d o e n e l p r ó l o g o a s u s Grundñtic der Krilik der
pottttttrhen ÜJrofiomre f Fundamenlos para la crítica de Id
economía poífrícn]. C o n e l e j e m p l o del t r a b a j o , M a r x
m u e s t r a < q u e las p r o p i a s categorías abstraídas, a pesar
de su valide? — q u e d e r i v a p r e c i s a m e n t e de s u a b s t r a e -
ción— p a r a c u a l q u i e r época, s o n , i l n e m b a r g o , en l a deter-
m i n a c i ó n d e e s » m i s m a a b s t r a c c i ó n , e l p r o d u c t o d e re-
laciones históricas y poseeh su p l e n a v a l i d e z sólo p a r a
e s a s r e l a c i o n e * y d e n t r o d e e l l a s - . ' E l r a z o n a m i e n t o n o ae
entiende con facilidad, porque Marx afirma que determi-
nadas categorías simples s i e m p r e tienen v a l o r , p e r o q u e
al m i s m o t i e m p o s u g e n e r a l i d a d se d e b e a d e t e r m i n a d a s
r e l a c i o n e s h i s t ó r i c a s . L a d i s t i n c i ó n d e c i s i v a se e s t a b l e c e
e n t r e l a •validez p a r a t o d a é p o c a » y e l conocimiento Óe
caá v a l i d e i g e n e r a l { e n p a l a b r a s d e M a r x , « l a d e t e r m i n a -
ción de esa a b s t r a c c i ó n - ) . L a tesis d e M a r x d i c e , p u e s , q u e
s ó l o las r e l a c i o n e s d e s p l e g a d a s p e r m i t e n e s t e c o n o c i m i e n -
t o . E n e l s i s t e m a m u n c t a r i o . c o n t i n ú a M a r x , e! d i n e r o es
la e x p r e s i ó n d e l a r i q u e z a , p o r l o q u e l a c o n e x i ó n e n t r e e l
t r a b a j o v l a r i q u e z a q u e d a o c u l t a . L a teoría d e l o s fisió-
c r a t a s se r e f i r i ó a l t r a b a j o c o m o f u e n t e d e r i q u e z a , a u n q u e
n o a l t r a b a j o e n g e n e r a l , s i n o a su m o d a l i d a d agrícola. L a
e c o n o m í a clásica i n g l e s a . A d a m S m i t h , n u h a b l ó y a d e u n a
clase d e t e r m i n a d a d e t r a b a j o , s i n o d e l t r a b a j o e n g e n e r a l
c o m o f u e n t e d e riquera. M a r x n o ve e n e s t a e v o l u c i ó n
u n s i m p l e d e s a r r o l l o d e l a teoría e c o n ó m i c a ; l a p o s i b i l i d a d
def p r o g r e s o d e l c o n o c i m i e n t o l e p a r e c e m á s b i e n m o t i v a -
d a p o r e l d e s p l i e g u e d e l o b j e t o s o b r e e l q u e se d i r i g e e l
c o n o c i m i e n t o . C u a n d o l o s fisiócratas d e s a r r o l l a r o n s u teo-
ría, d u r a n t e l a s e g u n d a m i l a d d e l s i g l o x v u i francés, l a
a g r i c u l t u r a e r a , de hecho, el sector económico d o m i n a n t e ,
d i s t a n c i a d o de todos los demás sectores. Sólo u n a Ingla-
t e r r a m u y d e s a r r o l l a d a e n l o e c o n ó m i c o , d o n d e l a Re-
v o l u c i ó n I n d u s t r i a l y a se había e s t a b l e c i d o y se había
1 K , M A R I . Crurtdritu der Kntik der poliHxhrn Okomomie.
Francfort ' V « n a (reproducción fotc-mceiinca úr la edición mos-
c o v i t a de I W ] * * I | , p. 15; en adetaale: o V W r ú s e ,
51
d e b i l i t a d o así e l p r e d o m i n i o d e l a a g r i c u l t u r a s o b r e l o s
demás sectores p r o d u c t i v o s históricos, p e r m i t e a S m i t h
c o n o c e r q u e l a r i q u e z a es p r o d u c i d a p o r e l t r a b a j o s i n
más y n o p o r u n a c l a s e d e t e r m i n a d a d e t r a b a j o . « L a f a l l a
de ínteres p o r u n d e t e r m i n a d o t i p o de t r a b a j o s u p o n e
u n a t o t a l i d a d d e s a r r o l l a d a de tipos de t r a b a j o sobre l o s
cuales y a n o d o m i n a n i n g u n o en particular» (Grundrisse,
P- 251
Así pues, l a tesis q u e defiendo dice q u e l a conexión
que M a r x puso de relieve e n t r e el c o n o c i m i e n t o d e l a va-
lidez general de u n a categoría y e l e f e c t i v o despliegue
h i s t ó r i c o d e l o s o b j e t o s a l o s q u e esa c a t e g o r í a se a p l i c a ,
v a l e t a m b i é n p a r a l a s o b j e t i v a c i o n e s a r t í s t i c a s. T a m b i é n
a q u í l a d i f e r e n c i a c i ó n d e l o s á m b i t o s d e l o s o b j e t o s es l a
condición de p o s i b i l i d a d de u n c o n o c i m i e n t o adecuado
d e l o s o b j e t o s . P e r o l a p l e n a d i f e r e n c i a c i ó n d e l o s fenó-
m e n o s a r t í s t i c o s s ó l o se a l c a n z a e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a ,
c o n e l esteticismo, al que responden los m o v i m i e n t o s his-
tóricos de v a n g u a r d i a *
4. E l concepto de los movimientos histórico* de vanguardia
que aquí aplicamos se ha obtenido a p a r t i r del dadaísmo y del
p r i m e r surrealismo, pero i e refiere en la misma medid a • la van-
guardia rusa posterior a la Revolución de Octubre. Lo que tienen
en común estos movimientos, aunque difieren en algunos ispec-
tos. consiste en que n o se l i m i t a n a rechazar u n d c l c r m i n a d o pro-
cedimiento artístico, sino el arte de su ¿poca en su t o t a l i d a d, y ,
p o r tanto, verifican una r u p t u r a con ta tradición. Sus manifesta-
ciones extremas « dirigen especialmente contra la institución
arte, t a l y como se ha formado en el seno de la sociedad burguesa.
Esto se aplica también al f u t u r i s m o i t a l i a n o y a l expresionismo
alemán, con algunas restricciones que podrían descubrirse me-
diante investigaciones concretas.
Por lo que loca al cubismo, este no ha perseguido et m i s m o
propósito, pero cuestionó e| sistema de representación de la pers-
pectiva cení ral vigente en la p i n t u r a desde e| Renacimiento. En
esta medida, puede considerarse entra los movimientos históricos
de vanguardia, aunque no comparta su tendencia fundamental
hacia la superación del a r l e en la praxis v i l a l .
E l concepto histórico de m o v i m i e n t o de vanguardia se distin-
gue de tentativas neovanguardistas. como fas que se dieron en
Europa durant e los años cincuenta y sesenta. Aunque la neovan-
guardia se propone los mismos objetivos que p r o c l a m a r o n los
54
i
L a t e s i s se a c l a r a e n l a c a t e g o r í a c e n t r a l d e m e d i o
a r t í s t i c o ( p r o c e d i m i e n t o ) . C o n s u a y u d a se p u e d e r e c o n s -
t r u i r el p r o c e s o de producción artística c o m o u n p r o c e s o
de elección r a c i o n a l e n t r e d i v e r s o s p r o c e d i m i e n t o s , c u y o
acierto depende del efecto conseguido. Semejante recons-
t r u c c i ó n d e l a p r o d u c c i ó n artística s u p o n e n o s ó l o u n
g r a d o r e l a t i v a m e n t e a l t o de r a c i o n a l i d a d en l a producción
a r t í s t i c a , s i n o , t a m b i é n , q u e l o s m e d i o s a r t í s t i c o s se d i s -
p o n e n c o n l i b e r t a d , es d e c i r , q u e y a n o e s t é n l i g a d o s a
u n s i s t e m a de n o r m a s estilísticas, e n el c u a l — a u n q u e me-
d i a d a s — se r e f l e j a n l a s n o r m a s s o c i a l e s . E n l a c o m e d í a d e
M o l i e r e se a p l i c a r o n , d e s d e Juego, m e d i o s a r t í s t i c o s , n i
más n i m e n o s q u e c o m o s u c e d e s e g u r a m e n t e e n B e c k e t l ;
p e r o en a q u e l l a época n o podían reconocerse c o m o tales
m e d i o s artísticos, l o q u e p o d e m o s c o m p r o b a r e n l a c r i -
t i c a d e B o i l e a u , L a c r í t i c a estética es, aún a q u í , u n a
crítica d i r e c t a a l o s m e d i o s estilísticos de los cómicos
p o p u l a r e s que n o son aceptados p o r las capas sociales do-
m i n a n t e s . E n la sociedad f e u d a l a b s o l u t i s t a d e l siglo Jtvil
f r a n c é s , e l a r t e está t o d a v í a a m p l i a m e n t e i n t e g r a d o e n
l a v i d a d e las c l a s e s d o m i n a n t e s . C u a n d o e n e l s i g l o x v i i l
l a e s t é t i c a b u r g u e s a , q u e se h a d e s a r r o l l a d o p o r s i m i s m a ,
se l i b e r a d e l a s n o r m a s estilísticas q u e e l a r t e d e l a b s o -
l u t i s m o f e u d a l había v i n c u l a d o c o n l a s c l a s e s d o m i n a n t e s
d e e s t a s o c i e d a d , e l a r t e se a l i n e a c o n e l p r i n c i p i o d e l a
imiwtio naturat: L o s m e d i o s estilístico s n o h a n s o m e t i d o
todavía l a g e n e r a l i d a d d e l m e d i o artístico al efect o s o b r e
movimientos históricos de vanguardia, la pretcnsión de u n rein-
greso del arte en La praxis v i l al ya no puede plantearse seria-
mente en la sociedad existente, una ve/ que han fracasado las
intenciones vanguardistas. Cuando u n artista de nuestros días
envía u n t u b o de estufa a una exposición, ya no esta a su alcance
la intensidad de la protesta que ejercieron los reíd y madet de
Duchamp. Al c o n t r a r i o : m i e n t r a s que el Vrinair de D u c h a m p pre-
tendía hacer volar a la institución arte (con sus especificas i o n
mas de orna ni ración, como muscos y exposiciones), el artista que
encuentra el tubo de estufa anhela que su «obra» acceda a los
muscos. Pero, de este modo, la protesta vanguardista se ha conver-
tido en * u c u n i r a r i o .
55
 los receptores, u n o q u e siguen subordinándolo a u n p n n
ripio estilístico q u e varía c o n l a h i s t o r i a .
E v i d e n t e m e n t e , e l m e d i o a r t í s t i c o es l a c a t e g o r í a ge
n e r a l p a r a l a descripción de las o b r a s de a r t e . P e r o los
p r o c e d i m i e n t o s p a r t i c u l a r e s sólo p u e d e n ser conocido**
c o m o m e d i o artístico desd e los m o v i m i e n t o s históricos de
v a n g u a r d i a . U n i c a m e n t e en los m o v i m i e n t o * históricos
d e v a n g u a r d i a se h a c e d i s p o n i b l e c o m o m e d i o La t o t a l i ¬
d a d d e l m e d i o a r t í s t i c o . H a s t a ese m o m e n t o d e l d e s a r r o l l o
del a r t e , la aplicación d e l m e d i o a r t i s t i c o estaba l i m i t a d a
p o r el e s t i l o de l a época, u n c a n o n de p r o c e d i m i e n t o s a d
m i s i b l c * i n f r i n g i d o sólo a p a r e n t e m e n t e , d e n t r o de u n o s
l i m i t e s estrechos. M i e n t r a s u n estilo d o m i n a , l a categoría
d e m e d i o a r t í s t i c o e s o p a c a p o r q u e e n r e a l i d a d s ó l o se
da c o m o a l g o especial, L n rasgo característico de l o s m o
v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a c o n s i s t e , p r e c i s a m e n
t e . e n q u e n o h a n d e s a r r o l l a d o ningún e s t i l o ; n o h a y u n
estilo dadatsla n i u n estilu surrealista. Estos movimiento s
h a n a c a b a d o más b i e n c o n l a p o s i b i l i d a d d e u n e s t i l o d e
la é p o c a , y a q u e h a n c o n v e r t i d o e n p r i n c i p i o l a d l s p o n i
b i l i d a d d e l o s m e d i o s a r t í s t i c o s d e las é p o c a s p a s a d a *
Sólo l a d i s p o n i b i l i d a d u n i v e r s a l hace general la categoría
de m e d i o a r t i s t i c o .
C u a n d o l o s f o r m a l i s t a s r u s o s hacen d e l •extrañamien-
t o - el p r o c c d i m i e n l o a r t í s t i c o , ' e l c o n o c i m i e n t o d e l a pe
n e r a l i d a d de esta categoría p e r m i t e q u e e n los m o v i m i e n -
t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a e l shock de l o s r e c e p t o r e s
se c o n v i e r t a e n e l p r i n c i p i e s u p r e m o d e ta i n t e n c i ó n a r
t i s t i c a . E l e x t r a ñ a m i e n t o e f e c t i v o se c o n v i e r t e , d e e s l a
m a n e r a , e n el p r o c e d i m i e n t o a r t í s t i c o d o m i n a n t e y p u e d e
al m i s m o t i e m p o ser d i s t i n g u i d o c o m o categoría g e n e r a l .
Esto n a q u i e r e decir q u e los Formalistas rusos hayan
m o s t r a d o e l extrañamiento sobre t o d o en el arte vanguar
5, Cf. a este respeeto y a otros. V . S C L O V H I J . «Dte K u » t a l *
Veríshren- | I 9 1 S | [ - E l srtc como procedimiento»], en Trxte dtr
M M l M A n l Formalutrn \ i. . .•. d r t o i formalia,. rusos], t o m o 1
editados p o r J SitiedTer i T h c u r l e u n d G o t h i c h t e der Litera luí
und der k h e m e n Künile | J c m * e h i s l u r i a d r U literatura v i L•
b e l l u i r l e s ) * ' t < M u m , h 1464 pp M S
?6
d i s u t (•! c o n t r a ™ , e l Don Qutjole y e l r r i s f o m Skandy son
Las p r u e b a s p r e f e r i d a s p o r S k l o v k i j ) ; s o l a m e n t e a h r m o
que h a y u n a conexión necesaria e n t r e el p r i n c i p i o d e
shock en el a r t e de v a n g u a r d i a y e l e s t u d io de l a validez
g e n e r a l de U categoría d e e a i r a f t a m i e n t u . La necesidad
d e e s t a c o n e x i ó n se m a m h c s t a e n q u e s o l o e l c o m p l e t o
d e s a r r o l l o d e l o b j e f o { e n este caso l a r a d k a l i e a c i o n d e l
extrañamiento en el síiocA) p e r m i t e reconocer l a validez
general d e l a categoría. E s t o n o i m p l i c a t r a s l a d a r e l acto
d e c o n o c i m i e n t o a l a r e a l i d a d m i s m a y negar el s u j e t o
p r o d u c t o r de c o n o c i m i e n t o , sino t a n solo reconocer que
l a s p o s i b i l i d a d e s d e c o n o c i m i e n t o están l i m i t a d a s p o r e l
d e s a r r o l l o real (histórico! de los objetos.*
M i t e s i s d e q u e ú n i c a m e n t e La v a n g u a r d i a p e r m i t e re-
conocer d e t e r m i n a d a s categorías generales de la o b r a de
a r t e e n s u g e n e r a l i d a d , q u e p o r l o l a n í o d e s d e La v a n -
g u a r d i a pueden ser concepiualizadus | ü s e s t a d i o s prece-
dentes e n el d e s a r r o l l o d e l fenómeno a r t e e n l a sociedad
b u r g u e s a , p e r o n o a l c o n t r a r i u . esta tesis n o s i g n i f i c a q u e
rodos las categorías de l a o b r a de a r t e sulu alcancen su
p l e n o d e s a r r o l l o c o n et a i t e de v a n g u a r d i a , más b i e n d e *
c u b r i m o s q u e las c a i e g u r i a s e s e n c i a l e s p a r a l a d e s c r i p c i ó n
d e l a r t e a n t e r i o r a l a v a n g u a r d i a ( p o r e j e m p l o . La o r g a -
L Hay n H c r e n c u u • La relación histórica entre l u r m l i u n u y
v a n g i u i d i a t e n concreto sobre l u r m a h u i u rusa) en V, fcujiH,
Auuiiefter ' -laiitmui {tormoltsmo n a o | |*rtihrk*rop Taschen-
buch V\ . L u : 21). 2a. cd-. F r a u d a n . 1T7J- VVa»e la entrada:
F u t u r i s m o S Í * r e SVIovskIJ, cf. R e t » i e L u I I U I W «Dic " V e r t i r m -
duna/ u n d da» "neue Sehen" bel Víctor Sfck>vsii|* [ - E l "exirafta-
roiento' y l a "nueva m u i d a " en V i c i o r S h l o v i i l J - ] . en Poeíica J
( 1 9 7 0 J , pp. 22e-2«- La interesante observa* hin de K. C H M T H , de
que haya - u n a m o i n a k i o n interna para la estrecha t u n e s i o n c n u e
eslrutturaliimo y • J; ' una m o t i v a e i O i mtiodolótit* y
¡f"'\, u (StrnklurmJitmui n«rf avii'-.mardf [Esiruciuraíitmo y
vmtttna'aia] LReih* H a o w r . M u n k h . 1*n>. p. 23i, s i n embaí-
•o, n o es desarrollada en el c u n o del l i b r o. I o n una combina-
ción de g e n e r a l i d a d " rabie f u t u r i s m o v l o r m a l u m o i e • • • 1
ma K r y a i y n a Pauna**.*, Ruman Famiaíixi Thtory and Us Por-
ta: Ambiaict [La J e c i t f del formalismo ruso y Su ambtetUt
r i c o l (Stavitti c Printinc» a n d RcpT-initnfs. ÍH. La H a w / P a r l S,
FMf
57
n i c i d a d , la subordinación de las p a r t e s a u n t o d o ) s o n ne-
gadas p r e c i s a m e n t e p o r las o b r a s de v a n g u a r d i a . Asf pues,
n o t e p u e d e a c e p t a r q u e t o d a » l u c a t e g o r í a s ( v k> q u e
i m p l i c a n ) conozcan u n desarrollo similar; precisamente,
esta interpretación e v o l u c i o n i s t a anularía et carácter c o n -
t r a d i c t o r i o d e l proceso histórico en favor d e la idea de
u n p r o g r e s o l i n e a l del d e s a r r o l l o . F r e n t e a e l l o , hemos de
i n s i s t i r e n q u e e l d e s a r r o l l o h i s t ó r i c o d e b e ser c a p t a d o
t a n t o res pecio a l a sociedad en s u t o t a l i d a d c o m o respecto
a á m b i t o s p a r e l a t e s , s ó l o c o m o r e s u l t a d o d e Los d e s a r r o -
llos llenos de c o n t r a d i c c i o n e s de categorías.'
L a tesis a n t e r i o r r e q u i e r e u n a precisión m a s . S o l a m e n -
te la v a n g u a r d i a , c o m o h e m o s visto, p e r m i t e p e r c i b i r el
m e d i o artístico e n su g e n e r a l i d a d , p o r q u e ya n o l o elige
d e s d e u n p r i n c i p i o e s t i l í s t i c o , s i n o q u e c u e n t a c o n él como
medio artístico. L a p o s i b i l i d a d d e p e r c i b i r categorías de
la o b r a d e a r l e e n s u v a l i d e z g e n e r a ] n o es p r o c u r a d a d e
m o d o n a t u r a l ex nihilo p o r lm p r u i s artística d e v a n -
g u a r d i a . Tiene su condición histórica e n el d e s a r r o l l o d e l
a r t e en la sociedad b u r g u e s a. Este d e s a r r o l l o , desde la
m i t a d d e l s i g l o x i x . es d e c i r , d e s d e l a c o n s o l i d a c i ó n d e l
p o d e r p o l í t i c o d e l a burguesía, h a s u c e d i d o d e m o d o q u e
la d i a l é c t i c a d e l a f o r m a y e l c o n t e n i d o e n las c r e a c i o n e s
a r t í s t i c a s se h a d e c i d i d o s i e m p r e e n b e n e f i c i o d e l a f o r m a .
E l a s p e c t o d e l c o n t e n i d o d e Las o b r a s d e a r l e , s u s « a f i r m a
c l o n e s » , r e t r o c e d e s i e m p r e c o n relación a l a s p e c t o f o r m a l ,
q u e se o f r e c e c o m o l o e s t é t i c o e n e l s e n t i d o r e s t r i n g i d o
de la p a l a b r a . Este p r e d o m i n i o de l a f o r m a en el a r t e ,
a p r o x i m a d a m e n t e d e s d e l a m i t a d d e l s i g l o XIX. se ve des-
d e e l p u n t o d e v i s t a d e La estética d e l a p r o d u c c i ó n c o m o
disposición s u b r e el medk> artístico, v d e s d e el p u m o de
v i s t a d e l a estética d e l a r e c e p c i ó n c o m o o r i e n t a c i ó n h a c i a
la s e n s i b i l i z a c i ó n d e l o s r e c e p t o r e s . E s i m p o r t a n t e o b -
7. Cf. ta e i i e i r a t i d o 1 » i m p o r t a n t e s fcijunurnto» de Althus-
w . que apenas K han d i s c u t i do en la UFA. en L A i n n r a a .
E. B u j a s a . Lirt U Capirai I [Para leer El Capital] (Terne Collee-
t i o n Maspero. 30», Paris. 1*0, caps. I V y V. Sobre el problema de
u> falta de simultaneidad de l a i c a i e f o r i a i c o n c r e t a ^ ef l a m
bien más adrlmnie eT c a p m i l u : l J
• 59
s e r v a r l a u n i d a d d e l p r o c e s o : l o s m e d i o s a r t í s t i c o s se
c o n v i e r t e n e n m e d i o s a r t í s t i c o s e n l a m e d i d a e n q u e La
categoría de c o n t e n i d o v a a m e n o s .
D e e s t e m o d o , se h a c e c o m p r e n s i b l e u n a d e l a s p r i n c i *
pales tesis de A d o r n o que a f i r m a q u e * l a clave d e t o d o con-
t e n i d o d e l a r t e r e s i d e e n s u t é c n i c a " . * E s t a t e s i s se p u e d e
f o r m u l a r únicamente p o r q u e e n los últimos c i e n años, la
relación e n t r e el m o m e n t o f o r m a l ( t é c n i c o ) y e l m o m e n t o
d e l c o n t e n i d o ( l a s a f i r m a c i o n e s ) d e l a o b r a se h a m o d i -
ficado, y l a f o r m a se h a v u e l t o p r e d o m i n a n t e . U n a v e z
m a s se p o n e d e m a n i f i e s t o La r e l a c i ó n e n t r e e l d e s a r r o l l o
histórico de l o a o b j e t o s y las categorías q u e c a p t a n el ám-
b i t o de estos objetos. E n c u a l q u i e r caso, h a y u n p r o b l e m a
e n l a f ó r m u l a d e A d o r n o y es s u p r e t e n s i ó n d e v a l i d e z
general. S i t e n e m o s razón a l c r e e r q u e el t e o r e m a de
A d o r n o s ó l o se p u e d e f o r m u l a r e n b a s e a l d e s a r r o l l o q u e
h u b o en e l a r t e desde B a u d e l a i r c . será d i s c u t i b l e s u pre-
t c n s i ó n d e v a l i d e ? p a r a é p o c a s a n t e r i o r e s . E n l a reflexión
m e t o d o l ó g i c a q u e c i t á b a m o s a n t e s . M a r x insistía e n e s t e
p r o b l e m a , y decía e x p l i c i l a m e n l e q u e las c a t e g o r í a s abs-
traídas p o s e e n - v a l i d e z , p l e n a » s ó l o p a r a y e n e l s e n o d e
las relaciones c u y o p r o d u e l o c o n s t i t u y e n . N o q u e r e m o s
• p u n t a r c o n ello u n hislorícismo secreto e n M a r x , sino
p l a n t e a r e l p r o b l e m a d e La p o s i b i l i d a d d e u n c o n o e i m i e n v »
del pasado q u e n o c a i g a e n l a ilusión histórica de u n a
c o m p r e n s i ó n d e l p a s a d o s i n s e r v i r s e d e h i p ó t e s i s , n i Lo so-
m e t a s i m p l e m e n t e a categorías q u e s o n el p r o d u c t o de
una época p o s t e r i o r .
I . Cf. a e i l e respecto H PIESSNEK, «fJher d l e •eícllsehaítlfctwii
Bcdingungcn der m o d e m e n Malcrci» [ - S o b r e las condiciones so-
ciales de la p i n t u r a m o d e r n a - 1 . en t u Dtr*Wtt d t r L'iopit $$mm
wahlle Beitrage C N ' Kullurtazioiatie [Uai acá da ta utopÚL >
crítot escogidos sobre ta sociotagia de ' a culturo] (Sulusan^i
Taschcnbuch, 1411. l a . ta.. F r a n c f o r t . IÍT4. p p . 101 y 111
9. Tb. W. ADORHD, Veriuch über Wagnt* [ £ H M * O sobre Wñg-
rter) i K n a u r , M i . 2a- t d . M u n i c h ; Z u i k h . I « M , p 135.
-
 2. VANGUARDIA COMO AUTOCRITICA DEL ARTE
EN LA SOCIEDAD BURGUESA
E n l a i n t r o d u c c i ó n a s u s Grundrisse, M a r x añade o t r a
reflexión d e g r a n alcance metodológico . C o n c i e r n e t a m -
bién a l a p o s i b i l i d a d d e c o n o c e r f o r m a c i o n e s s o c i a l e s d e l
pasado o, en s u caso a ámbitos parciales de sociedades
r lécticamente la necesaria -unílateralidad» de l a c o n s t r u c -
pasadas. La posición h i s t o r i c i s t a . q u e cree p o d e r c o m p r e n -
d e r f o r m a c i o n e s sociales d e l pasado sin relacionarlas c o n
e l p r e s e n t e d e l a i n v e s t i g a c i ó n , n o es c o n s i d e r a d a p o r
M a r x . N o le i n t e r e s a la cuestión de l a relación e n t r e e l
d e s a r r o l l o d e l o s o b j e t o s y e l d e las c a t e g o r í a s , o sea.
Ja h i s t o r i c i d a d d e l c o n o c i m i e n t o . L o q u e c r i t i c a n o es l a
ilusión h i s t o r i c i s t a d e l a p o s i b i l i d a d d e u n c o n o c i m i e n t o
h i s t ó r i c o s i n p u n t o s d e r e f e r e n c i a h i s t ó r i c o s» s i n o l a c o n s -
trucción p r o g r e s i v a de la h i s t o r i a c o m o p r e h i s t o r i a d e l
p r e s e n t e , < E l l l a m a d o d e s a r r o l l o h i s t ó r i c o se b a s a gene-
r a l m e n t e en que la U l t i m a f o r m a c o n s i d e r a a las prece-
d e n t e s c o m o p a s o s h a c i a e l l a m i s m a y p o r eso s ó l o es
H en q u e f u n c i u n a e n el seno de u n a institución s o c i a l . E n
c a p a z d e u n a a u t o c r í t i c a escasa y b a j o m u y d e t e r m i n a d a s
condiciones — n o h a b l a m o s desde luego de los períodos
h i s t ó r i c o s q u e se s a b e n d e c a d e n t e s — , a d o p t a n d o s i e m p r e
u n p u n t o d e v i s t a u n i l a t e r a l » {Grundrisse, p . 26). E l con-
c e p t o « u n i l a t e r a l » se u t i l i z a e n u n s e n t i d o t e ó r i c o f u e r t e , y
q u i e r e d e c i r q u e u n t o d o c o n t r a d i c t o r i o n o se c o n c i b e
dialécticamente (en su carácter c o n t r a d i c t o r i o ) , s i n o q u e
t a n s ó l o se c a p t a u n a s p e c t o d e l a c o n t r a d i c c i ó n . D e e s t e
m o d o , e l p a s a d o se c o n s t r u y e c o m o p r e h i s t o r i a d e l p r e -
sente, p e r o esta construcción sólo c a p t a u n aspecto d e l
proceso c o n t r a d i c t o r i o del d e s a r r o l l o histórico. Para apre-
h e n d e r e l p r o c e s o c o m o u n t o d o , se d e b e i r más allá d e l
p r e s e n t e , a u n q u e é s t e sea l a c o n d i c i ó n básica d e t o d o co-
n o c i m i e n t o - E s t o es l o q u e h a c e M a r x , n o a l i n t r o d u c i r
la dimensión del f u t u r o , sino a l i n t r o d u c i r el concepto
de autocrítica d e l presente. « L a religión c r i s t i a n a s o l a m e n -
te f u e capaz de p r o p o r c i o n a r comprensión o b j e t i v a de la
mitología p r i m i t i v a , e n l a m e d i d a e n q u e alcanzó u n c i e r t o
g r a d o , avyáfui, p o r a s í d e c i r , d e a u t o c r í t i c a . ¥ l a e c o n o m í a
b u r g u e s a llegó únicamente a la comprensión de la ecóno-
mo
m í a f e u d a l , l a a n t i g u a o l a o r i e n t a l , c u a n d o La s o c i e d a d
b u r g u e s a inició s u a u t o c r í t i c a * {Giurtdriise, p. 26).
C u a n d o M a r x h a b l a de - c o m p r e n s i ó n o b j e t i v a » n o cae
en el autoengaño d e l h i s t o r i c i s m o . pues l a conexión d e l
c o n o c i m i e n t o h i s t ó r i c o c o n el p r e s e n t e l e p a r e c e i n c u e s -
t i o n a b l e . A l respecto, tratará únicamente de s u p e r a r d i a -
ción del pasado c o m o p r e h i s t o r i a del presente, p o r m e d i o
del concept o de a u l o c r i t i c a del presente.
Para p o d e r a p l i c a r l a autocrítica c o m o categoría h i s -
toriográlica para la descripción d e u n d e t e r m i n a d o estadio
de d e s a r r o l l o e n u n a formación social o e n u n s u b s i s t e m a
s o c i a l , es n e c e s a r i o p r e c i s a r a n t e s s u s i g n i l i c a d o . M a r x d i s -
t i n g u e l a autocrítica d e o t r o t i p o d e c r i t i c a c u y o e j e m p l o
p u d i e r a ser - l a crític a q u e e j e r c e e l c r i s t i a n i s m o c o n t r a e l
p a g a n i s m o , o el p r o t e s t a n t i s m o c o n t r a e l catolicismo»
iGrurtdrisse, p. 26), N o s r e f e r i r e m o s a esta crítica c o m o
Crítica i n m a n e n t e a l s i s t e m a . S u p a r t i c u l a r i d a d c o n s i s t e
e l e j e m p l o d e M a r x , l a c r í t i c a i n m a n e n t e a l s i s t e m a en e l
seno d e l a i n s t i t u c i ón r e l i g i ó n es l a c r í t i c a a d e t e r m i n a d a s
concepciones religiosas en n o m b r e de o t r a . E n contraste.
La a u t o c r í t i ca s u p o n e u n a d i s t a n c i a d e Las c o n c e p c i o n e s
r e l i g i o s a s e n f r e n t a d a s e n t r e s i . P e r o e s t a d i s t a n c i a es e l
f r u t o de u n a c r i t i c a r a d i c a l , l a crítica a la p r o p i a i n s t i t u
cíón religión.
L a d i s t i n c i ó n e n t r e l a c r í t i ca i n m a n e n t e a l s i s t e m a y l a
a u t o c r í t i c a se p u e d e t r a d u c i r a l á m b i t o a r t i s t i c o . E j e m p l o s
d e l a t a l i s t a i n m a n e n t e a l s i s t e m a s e r í a n, ( a l vez. l a c r í t i c a
d e l o s t e ó r i c o s d e l c l a s i c i s m o Francés a l d r a m a b a r r o c o ,
o la de Leasing a las i m i l a c i o n e s alemanas de la tragedia
clásica f r a n c e s a . E s t a crític a se m u e v e e n e l s e n o d e l a
institución t e a t r o , d o n d e h a y v a r i a s c o n c e p c i o n e s de l a t r a -
g e d i a o p u e s t a s e n t r e sí, b a s a d a s ( a u n q u e c o n m e d i a c i o n e s
m ú l t i p l e s ) e n d i s t i n t a s p o s i c i o n e s s o c i a l e s . D i s t i n t a d e ésta
es l a crític a q u e c o n c i e r n e a l a i n s t i t u c i ón a r t e e n s u t o t a -
l i d a d : la autocrítica d e l a r l e . L a i m p o r t a n c i a metodológica
d e l a categurí a d e a u l o c r i t i c a c o n s i s t e e n q u e p r e s e n t a
también l a p o s i b i l i d a d de * c o m p r e n s i o n e s objetivas» de
61
e s t a d i o s a n t e r i o r e s d e d e s a r r o l l o d e Eos s u b s i s t e m a * so- hace e v i d e n t e e n el e s t a d i o de la autocrítica. S o l a m e n t e
ciales. E s t o q u i e r e d e c i r q u e sólo c u a n d o el arte alcanza d e s d e q u e e l a r t e se h a s e p a r a d o p o r c o m p l e t o d e t o d a
e l e s t a d i o d e l a a u t o c r í t i c a es p o s i b l e 3a « c o m p r e n s i ó n r e l c r e n e i a a l a v i d a p r á c t i c a , p u e d e r e c o n o c e r s e La p r o -
o b j e t i v a > de épocas a n t e r i o r e s e n e l d e s a r r o l l o artístico, g r e s i v a separación d e l a r t e respecto a l c o n t e x t o de la v i d a
•Comprensión o b j e t i v a * n o significa u n a comprensión i n - p r á c t i c a , y l a c o n s i g u i e n t e d i f e r e n c i a c i ó n simultáne a d e
d e p e n d i e n t e de l a situación a c t u a l d e l s u j e t o t o g n o s c e n t e . u n á m b i t o e s p e c i a l d e l s a b e r (el á m b i t o d e t a e s t é t i c a !
s i n o t a n sólo u n e s t u d i o d e l p r o c e s o c o m p l e t o , e n l a me- c o m o p r i n c i p i o d e l d e s a r r o l l o d e l a r t e en la sociedad bur-
d i d a e n q u e éste h a a l c a n z a d o u n a c o n c l u s i ón s i q u i e r a guesa.
provisional. E l t e x t o d e M a n n o r e s p o n d e d i r e c t a m e n t e a l a cues-
tión d e l a s c o n d i c i o n e s s o c i a l e s q u e p e r m i t e n La autocrí-
M i segunda tesis a f i r m a q u e c o n l o s m o v i m i e n t o s d e
t i c a - U n i c a m e n t e n o s p r o p o r c i o n a l a constatación general
v a n g u a r d i a el s u b s i s t e m a artístico alcanza el estadio de
d e q u e l a c o n d i c i ó n p r e v i a d e l a a u t o c r í t i c a es l a c o m p l e t a
la a u t o c r í t i c a E l d a d a í s m o , e l m a s r a d i c a l d e l o s m o -
diferenciación de la formación s o c i a l , o de los subsistemas
v i m i e n t o s d e l a v a n g u a r d i a e u r o p e a , y a n o c r i t i c a las t e n -
sociales q u e s o n o b j e t o de l a crítica. Si t r a s l a d a m o s este
d e n c i a s artísticas p r e c e d e n t e s , s i n o l a institución arte t a l
t e o r e m a general al ámbito de la h i s t o r i a , d e s c u b r i m o s q u e
y c o m o se h a f o r m a d o en l a s o c i e d a d b u r g u e s a . C o n e l
l a a p a r i c i ó n d e l p r o l e t a r i a d o es c o n d i c i ó n p r e v i a a l a a u t o -
c o n c e p t o de institución a r t e m e refiero aquí t a n t o a l apa-
crítica de la s o c i e d a d b u r g u e s a . L a aparición d e l p r o l e t a -
r a t o d e p r o d u c c i ó n y d i s t r i b u c i ó n d e l a r t e c o m o a Las
r i a d o p e r m i t e p e r c i b i r el l i b e r a l i s m o c o m o ideología, Y la
ideas q u e s o b r e el a r t e d o m i n a n e n u n a época d a d a v q u e
m e r m a d e l a función l e g i t i m a d o r a d e l a c o n c e p c i ó n r e í r
d e t e r m i n a n e s e n c i a l m e n t e la recepción d e las o b r a s . L a
( t o s a d e l m u n d o es l a c o n d i c i ó n p r e v i a p a r a l a a u t o c r í t i c a
v a n g u a r d i a se d i r i g e c o n l r a a m b o s m o m e n t o s : c o n l r a e l
d e l s u b s i s t e m a s o c i a l d e La r e l i g i ó n . E s t a c o n c e p c i ó n d e l
a p a r a t o d e d i s t r i b u c i ó n a l q u e está s o m e t i d a l a o b r a d e
m u n d o p i e r d e s u función s o c i a l g r a c i a s a q u e e n e l trán-
a r t e , y contra e l statui d e l a r t e e n la sociedad burguesa
s i t o d e l a sociedad f e u d a l a la b u r g u e s a , la ideología de
d e s c r i t o p o r e l c o n c e p t o d e autonomía. S ó l o después de
base de l a j u s t a r e c i p r o c i d a d viene a s u s t i t u i r a las con-
q u e c o n e l e s t e t i c i s m o e l a r t e se d e s l i g a r a p o r c o m p l e t o
c e p c i o n e s d e l m u n d o ( e n t r e las q u e se h a l l a l a r e l i g i o s a )
d e t o d a c o n e x i ó n c o n l a v i d a p r á c t i c a , pudú d e s p l e g a r s e
q u e l e g i t i m a n e l d o m i n i o , « L a violencia social d e Los
l o e s t é t i c o e n s u « p u r e z a » ; a u n q u e así se h a c e m a n i f i e s t a
c a p i t a l i s t a s se i n s t i t u c i o n a l i z a c o m o u n a r e l a c i ó n d e i n -
l a o t r a c a r a d e l a a u t o n o m í a , s u c a r e n c i a d e f u n d ó n so-
t e r c a m b i o en f o r m a de c o n t r a t o Laboral p r i v a d o , y l a
c i a l . L a p r o t e s t a d e l a v a n g u a r d i a , c u y a m e t a es d e v o l v e r
sustracción d e l a p l u s v a l í a p r i v a d a d i s p o n i b l e s u s t l n j y e
el a r t e a l a p r a x i s v i t a l , descubre l a conexión e n t r e auto-
a l a subordinación política, p o r l o q u e también el merca-
n o m í a y c a r e n c i a d e función s o c i a l . L a a u t o c r í t i c a d e l
d o d f u m p e n a . c o n s u función cibernética, u n a función
s u b s i s t e m a social artístico p e r m i t e la «comprensión o b-
ideológica: l a relación e n t r e las clases p u e d e a s u m i r u n a
j e t i v a * d e las f a s e s d e d e s a r r o l l o p r e c e d e n t e s . E n b é p o c a
f o r m a a n ó n i m a e n l a f o r m a a p o l í t i c a d e La s u b o r d i n a c i ó n
d e l R e a l i s m o , p o r e j e m p l o , e l d e s a r r o l l o d e l a r t e se e n -
a l salario.» • L a clave ideológica de la sociedad b u r g u e s a
tendió b a j o el p u n t o de v i s t a d e l a aproximación c r e c i e n t e
tiene e n s u base l a pérdida de función de l a concepción
a La d e s c r i p c i ó n d e l a r e a l i d a d , p e r o a h o r a p o d e m o s r e c o -
nocer l a p a r c i a l i d a d de este c r i t e r i o . A h o r a y a n o v e m o s
e n e l r e a l i s m o el p r i n c i p i o d e l a c r e a c i ó n a r t í s t i c a, s i n o
la s u m a d e d e t e r m i n a d o s p r o c e d i m i e n t o s d e u n a é p o c a . L a 10. ] . " " LetiltniatiQHtprublfine in Spátlapttaliímiit
{El problema de la Jejiliitioeum en el capitalismo tardio] i£4,
t o t a l i d a d d e l o s p r o c e s o s d e d e s a r r o l l o d e l a r t e s ó l o se S u h r k a m p . 623). F r a n d u n . 1971, pp, * 2 y i s .

63
d e l m u n d o l e g i t i m a d o r a d e l d u m i n i o - L a religió n t e c o n
v i e r t e e n u n a s u m o p r i v a d o y . a l m u n w t i e m p o , se h a ce
p o s i b l e l a c r i t i c a a la institución religión.
¿ C u a l e s s o n . p u e s , l a s c o n d i c i o n e s h i s t ó r i c a s d e l a ."•
rúhilidad d e a u t o c r í t i c a d e l s u b s i s t e m a s o c i a l d e l a r l e ?
Al Intentar contestar e » n pregunta hay que evitar, ante
t o d o , buscar c o n e x i o n e * a p r e s u r a d a s ípur e j e m p l o , entre
La c r i s i s d e l a r t e v l a c r i s i s d e l a s o c i e d a d b u r g u e s a ! 1 1
C u a n d o se l u m a e n s e r i o l a i d e a d e u n a r e l a t i v a i n d e p e n -
d a d e l s u b s i s t e m a s o c i a l i e s p e c i o a l d e s a r r o l l o d e l a so-
ciedad en s u t o t a l i d a d , n o puede darse p o r hecho que los
l e n o m e n o s d e c r i s i s p a r a e l r e s t o d e l a s o c i e d a d se p u e d a n
t r a d u c i r también en u n a crisis de los s u b s i s t e m a s , y a l a
inversa. Para d e s c u b r i r las causas de la p o s i b i l i d a d de
la a u toe t i l i c a d e l s u b s i s t e ma a r l i s l i c o e s p r e c i s o c o n s t r u i r
la h i s t o r i a del subsistema. Semejante tarea n o puede ha-
l l . Comu ejcmpLu de ujia r r l a L k a i p t c c i p i l a d a . es decir, for-
mulada al margen óc investigaciones concreta», entre el dcsa-
m j l l u del a r l e y el de la tochedad, puede servir el i r a h a j n de
P. ToMWac. i N e p a l t o n a l l i r m a t i v . f u r i d e o l u t r l v h e n F u n k l k m
der muóemen K u n s t I m U n l e r r i v H l - [-Negación afirmativa. En
hii'ii, kobie la un-% k l t i i k j g k * th\ arte moderno»], en su Po
lititche Asthelik. Voitrüfíc u n d Auftat;e [Enética política. Con-
ItrrnfiBí y a'tículoi] ' S a n u n l u n e l . i h ' t i i r r h a n d , loa i. P a r m s t a di
Neuwieó. |171i T o m h c r f e*tnbleer una relación entre «la tuble-
u u n h e r s a l contra los c i i u p i d o t b u r f u e s c * dominantes», cuyo
(
••hlntomn m d e n i c » sena <u¡ r e - U i i e i h u del pueblu v i e t n a m i t a * , y
el fin del i « n c moderno». »Con e l l u K acaba la época del asi lla-
mado arte moderno. Donde ludavla se p r a c t k * . debe l o n v r i t l n e
en una f a n a F l arte sólo puede ser dlpno de Fe si se compromete
r o n e| procesa r r v u l i K k i n a r k i det prevente, aunque c í o suceda •
expensas de la forma» ( i d . , pp, 54 v u ) Aquí l e p o t r u l i el fu¡ del
arle, t l m p k m c n i e de l u r m a m u r a l , sin reparar en su desarrollo.
Cuando en el m i s n » íirluulu ne a l r l h u y e una lunciún Idi > • I> ,i
.•i s r l e moderno (puesto que manifiesta " n a • i 11 rapacidad de mo-
dificar la estructura social», c o n t i n u a r haciéndolo serta p m l a n -
Bnr t a l l l u i i i t n [td., p. SJt|i. i e contra-dice la afirmación del fin de
«La época del a i l llamado arte moderno-. Finalmente, en o t m
a r t i c u l o del m i s m o volume n ve a f i r m a y t e e o n i l u y e l a l e s t i de
la perdida de lumk>n del a r l e : <El m u n d u bello, que debemo*
crear. » t i l a tociedad reflejada, sino la sociedad real» (traes
den tntflu hafiirtn Gehalt dftHetuther Katetontn [SoAn rí r o »
t, ni ... toe mi de .... i ruritm], id-, n VBl.
64
cerse c o n v i r t i e n d o l a h i s t u r i a de la sociedad burguesa en
e l f u n d a m e n t o d e la h i s t o r i a d e l a r t e q u e se p r e t e n d e
edificar. Este c a m i n o relaciona las obietivaciones artfsii-
cas c o n s u p u e s t o s e s t a d i o s d e d e s a r r o l l o de La s o c i e d a d
b u r g u e s a y a c o n o c i d o s , d e e s t e m o d o , n o se o b t i e n e co-
n o c i m i e n t o a l g u n o p o r q u e l o q u e b u s c a m o s (La h i s t o r i a
d e l a r t e y s u r e s u l t a d o s o c i a l ) y a se d a p o r s a b i d o . L a
h i s t o r i a de l a sociedad en su t o t a l i d a d aparece asi c o m o
s e n t i d o d e l a h i s t o r i a d e l s u b s i s t e m a . F r e n t e a e s t o , es
necesario i n s i s t i r e n la n o s i m u l t a n e i d a d en el d e s a r r u l l o
de cada s u b s i s t e m a e n p a r t i c u l a r , a u n q u e e l l o signifique
q u e l a h i s t u r i a d e l a s o c i e d a d b u r g u e s a s ó l o i c p u e d e es-
c r i b i r c o m o síntesis d e l a a s i m e t r í a e n e l d e s a r r o l l o d e
l o s d i s t i n t u i s u b s i s t e m a s . L a s d i f i c u l t a d e s q u e se o p o n e n
a semejante empresa son evidentes, vamos a indicarlas
p a r a que pueda entenderse p o r qué h a b l a m o s de u n a i n -
d e p e n d e n c i a de la h i s t o r i a d e l s u b s i s t e m a artístico.
Para c o n s t r u i r l a h i s t o r i a d e l s u b s i s t e m a artístico m e
p a r e c e n e c e s a r i o d i s t i n g u i r Ja institución arle ( q u e f u n c i o -
n a según e l p r i n c i p i o d e a u t o n o m í a ) d e l contenido de las
obras concreías- Sólo esta distinción p e r m i t e c o m p r e n d e r
la h i s t o r i a d e l a r t e en la sociedad b u r g u e s a c o m o h i s t o r i a
de l a superación de l a d i v e r g e n c i a e n t r e la institución y
el c u n t e n i dii. E n l a sociedad b u r g u e s a ( i n c l u s o antes de
q u e l a Revolución F r a n c e s a d i e r a a la burguesía el p o d e r
p o l í t i c o ) , e l a r t e a l c a n z a u n p a r t i c u l a r status que el con-
cepto de autonomía refleja de m o d o expresivo. « E l a r t e
s ó l o se e s t a b l e c e c o m o a u t ó n o m o e n l a m e d i d a e n q u e
c o n el s u r g i m i e n t o de l a sociedad b u r g u e s a e l sistema
e c o n ó m i c o y e l p o l í t i c o se d e s l i g a n d e l c u l t u r a l , y las
imágenes t r a d i c i o n a l e s d e l m u n d o , i n f i l t r a d a s p o r l a ideo-
l o g i a básica d e l i n t e r c a m b i o j u s t o s e p a r a n a Las a r l e s d e l
H
c o n t e x t o d e las prácticas rituales,» n
12. J , U N I I I •Bewuplmachende oder retlende K r i t i k d i e
Akranlitát Waher Benjamín*» [«Crítica concterjciadorn o c r i t i c a
saltadura La actualidad de Vraller Benjamín»), en Zar Aklu • •' ••'
Watter BeniamUu L- 1 [Sobre la actualidad de Walter Ben¡atii'i] r
editado p o r S i .... i.J t S h u r k a m p Tascheobueh. 130) Francfurt.
1972. p , 1 M .
65
 H a y q u e s u b r a y a r q u e l a a u t o n o m í a se r e f i e r e a q u i a l
m o d o de función d e l s u b s i s t e m a s o c i a l a r t í s t i c o : s u i n d e -
p e n d e n c i a ( r e l a t i v a ) respecto a la pretensión de aplicación
social, L >
Desde l u g o , n o h a y que i n t e r p r e t a r l a separa-
c i ó n d e l a r t e d e l a p r a x i s v i t a l y l a simultánea d i f e r e n -
c i a c i ón d e u n a e s f e r a e s p e c i a l d e l s a b e r (el s a b e r e s t é t i c o )
c o m o u n tránsito l i n e a l ( h a y fuerzas c o n t r a r i a s i m p o r t a n -
t e s ) , n i c o m o u n t r á n s i to a d i a l é c t i c o ( a l g o a s i c o m o u n a
autorrealización d e l a r t e ) . A n t e s b i e n c o n v i e n e s u b r a y a r
q u e e l stalus de autonomía del a r t e n o aparece c o n facili-
d a d , s i n o q u e es f r u t o p r e c a r i o d e l d e s a r r o l l o d e l a s o c i e -
d a d en s u t o t a l i d a d . Puede ser c u e s t i o n a do p o r l a sociedad
( p o r sus d o m i n a d o r e s ) c u a n d o c o n s i d e r e n c o n v e n i e n t e v o l -
ver a servirse d e l a r t e . E l e j e m p l o e x t r e m o seria l a política
artística f a s c i s t a q u e l i q u i d a e l status de autonomía, p e r o
p o d e m o s r e c o r d a r también las largas l i s t a s de p r o c e s o s
c o n t r a a r t i s t a s p o r m o t i v o de faltas a la m o r a l y a la
decencia. 14
D e e s t e a t a q u e a l status de autonomía, p o r
p a r t e de i n s t a n c i as sociales, h a y q u e d i s t i n g u i r a q u e l l a
f u e r z a q u e s u r g e d e l o s c o n t e n i d o s de l a s o b r a s c o n c r e t a s
q u e se m a n i f i e s t a n e n l a t o t a l i d a d d e f o r m a y c o n t e n i d o , y
tiende a c u b r i r la distancia e n t r e o b r a y p r a x i s v i t a l . E l
a r t e v i v e , e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a , d e l a tensión e n t r e
m a r c o s i n s t i t u c i o n a l e s (liberación d e l a r t e de la pretensión
de aplicación s o c i a l ) y p o s i b l e s c o n t e n i d o s políticos de las
o b r a s c o n c r e t a s . E s t a r e l a c i ó n d e t e n s i ó n n o es n a d a es-
t a b l e ; más b i e n depende, c o m o veremos, de u n a dinámica
histórica q u e l a d i r i g e h a c i a s u s u p e r a c i ó n ,
H a b e r m a s h a i n t e n t a d o d e t e r m i n a r p a r a el a r l e este
- c o n t e n i d o » g l o b a l d e l a s o c i e d a d b u r g u e s a . - E l a r t e es
13, J , HABER MAS define la autonomía como -independencia de
la Obra de arte frente a pretensiones de aplicación ajenas al arte»
íBewuptmachende oder retunde Krilik, p. 190): yo preñero hablar
de pretensiones sociales de aplicación porque asi se evita incorpo-
r a r a l a definición, aquello que queremos definir.
14. Cf- a este respecto K. H i n m v H , Der l/nmoralismuts-Frotep
gegen die franzosische Literaiur i m 19. Jahrhundert [tx¡s procesos
por inmoralidad conlra la literatura francesa en el siglo XIX],
Árs poética, 9.
66
el r e s e r v a d o de u n a s i q u i e r a v i r t u a l satisfacción d e las
necesidades que en el proceso m a t e r i a l de l a v i d a en l a
s o c i e d a d b u r g u e s a se c o n v i e r t e n e n c i e r t o m o d o , e n i l e -
gales {Bewu&tmachende oder relíende krilik, p. 1 9 2 ) .
E n t r e estas necesidades. H a b e r m a s , i n c l u y e , c o m o o t r o s
a u t o r e s , l a -comunicación mimética con l a naturaleza», l a
• c o n v i v e n c i a solidaria» y la - f e l i c i d a d de u n a experiencia
c o m u n i c a t i v a q u e se ve d i s p e n s a d a d e l i m p e r a t i v o d e l a
r a c i o n a l i d a d d e l o s fines y c o n c e d e d e l m i s m o m o d o u n
m a r g e n a l a fantasía y a l a e s p o n t a n e i d a d d e l a c o n d u c t a »
( í d . . p p . 192 y ss ). T a l c o n s i d e r a c i ó n , v a l i o s a s i n d u d a e n e l
m a r c o d e l i n t e n t o de d e t e r m i n a r e n general l a función d e l
a r l e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a , e n n u e s t r o c o n t e x t o sería
problemática p o r q u e n o p e r m i t e c a p t a r el d e s a r r o l l o his-
tórico de los c o n t e n i d o s expresados en las o b r a s . M e pa-
r e c e n e c e s a r i o d i s t i n g u i r e n t r e e l status institucional del
arte en la sociedad b u r g u e s a (separación de las o b r a s de
arte respecto de l a p r a x i s v i t a l ) y l o s contenidos realizados
e n l a o b r a d e a r t e ( e s t o s pueden ser -necesidades residua-
l e s » e n e l s e n t i d o d e H a b e r m a s , p e r o n o es p r e c i s o q u e
así s e a ) . P u e s s ó l o e s t a d i s t i n c i ó n p e r m i t e d i s t i n g u i r l a
é p o c a e n l a q u e es p o s i b l e 3a a u t o c r í t i c a d e l a r t e . S ó l o
c o n l a a y u d a d e esta d i s t i n c i ó n se p u e d e r e s p o n d e r a l a
p r e g u n t a p o r las causas sociales de la p o s i b i l i d a d de l a a u -
tocrítica d e l a r t e .
C o n t r a este i n t e n t o de d i s t i n g u i r la determinación de
ta f o r m a d e l a r t e M
(status de autonomía) de l a d e t e r m i -
nación d e l c o n t e n i d o ( - c o n t e n i d o » d e l a s o b r a s c o n c r e t a s )
se p o d r í a o b j e t a r q u e e l m i s m o stalus de autonomía debe-
ría e n t e n d e r s e d e s d e e! p u n t o d e v i s t a d e l c o n t e n i d o , q u e
La s u p e r a c i ó n d e l a o r g a n i z a c i ó n d e l a s o c i e d a d b u r g u e s a ,
c o n f o r m e a la r a c i o n a l i d a d de los fines, significa a s p i r a r
y a a u n a f e l i c i d a d q u e n o está p e r m i t i d a e n l a s o c i e d a d .
15. E l concepto de determinación f o r m a l no quiere decir aquí
que la f o r m a constituya l * s afirmaciones del srie. sino que se
refiere a la determinación p o r la f o r m a de relacionarse, el mareo
Iniiiiuekunal. en el cual funcionan l a i obras de arte. E l concepto
está aplicado, también, en el sentido dado p o r M a r * a la deter-
minación de los objetos p o r la f o r m a de La mercancía.
67
A l g o h a y a q u í de c i e r t o L a c k t e r m i n a c i ó n de U f o r m a
n o q u e d a a l m a r g e n d e l c o n t e n i d o ; l a i n d e p e n d e n c i a res-
p e c t o a las p r e t c n s i o n e s de aplicación i n m e d i a t a también
f o r m a p a r t e d e l a o b r a c o n s e r v a d o r a desde su c o n t e n i d o
e x p l í c i t a P e r o e s l o p r e c i s a m e n t e , d e b e m o v e r a l científi-
h a u t o c r í t i c a d e l a r t e aún no p u e d e v e r i f i c a r s e s o b r e b a s e s
c o a d i s t i n g u i r e n t r e e l status de autonomía, q u e r e g u l a
e l f u n c i o n a m i e n t o d e las o b r a s c o n c r e t a s , y e l c o n t e n i d o
de e s t a s o b r a s ( o d e l a s c r e a c i o n e s c o l e c t i v a s ) . T a n t o l o s
catites d e V o l t a i r e c o m o l a poesía d e M a l l a r m é s o n o b r a s
de autónoma*; sólo q u e e l m a r g e n d e l i b e r t a d c o n -
c e d i d o p o r e l status d e a u t o n o m í a d e Las o b r a i d e a r l e es
u t i l i z a d o d e m o d o d i v e r s o e n l o s d i f e r e n t e s c o n t e x t o s so-
ciales p o r razones hüióríco-sociales d e t e r m i n a d a s . C o m o
m u e s t r a e l e j e m p l o d e V o l t a i r e , e l slalus d e autonomía
n o e x c l u y e e n a b s o l u t o u n a a c t i t u d p o l í t i c a e n \o% a r t i s t a * ;
l o q u e e n c u a l q u i e r c a s o r e s t r i n g e es l a p o s i b i l i d a d d e l
efecto.
L a separació n p r o p u e s t a e n t r e l a institución a r t e ( c u y o
m o d o d e f u n c i o n a r es l a a u t o n o m í a ) y l o s c o n t e n i d o s d e
la o b r a p e r m i t e esbozar u n a respuesta a l a p r e g u n t a p o r
las c o n d i c i o n e s de p o s i b i l i d a d de la autocrítica de los sub-
sistemas sociales artísticos. C o n respecto a la c o m p l e j a
p r e g u n t a d e l a c o n f o r m a c i ó n histórica d e l a i n s t i t u c i ón
a r t e e n este c o n t e x t o , n o s c o m e n t a r e m o s c o n señalar q u e
ese p r o c e s o t a l vez c a m i n e h a c i a s u c o n c l u s i ó n simultánea-
m e n t e c o n l a L u c h a d e l a b u r g u e s í a p o r La e m a n c i p a c i ó n .
L o s e s t u d t o s I n t e g r a d o s a l a s l e o r i a s estéticas d e K a n t y
S c h i l l e r p a r t e n d e l supuesto de u n a c o m p l e t a diferencia¬
ción del a r t e c o m o esfera separada d e l a p r a x i s v i t a l . De
e l l o p o d e m o s c o n c l u i r q u e . l o d o l o más h a c i a e l final d e l
s i g l o i v m . l a i n s t i t u c i ó n a r t e está c o m p l e t a m e n t e f o r m a -
d a en el sentido q u e a r r i b a explicábamos. Pero c o n ello n o
b a s t a p a r a q u e c o m i e n c e Ja a u t o c r í t i c a d e l a r l e . L a i d e a
d e H e g e l d e u n f i n d e l a r t e n o será a c e p t a d a p o r l o s j ó -
venes hegelianos. H a b e r m a s e x p l i c a q u e e n « l a posición
p r i v i l e g i a d a q u e el a r l e o c u p a b a j o l a f o r m a d e l espíritu
a b s o l u t o n u a s u m e , c o m o La r e l i g i ó n s u b j e t i v a d a y l a filo-
sofía c o n v e r t i d a e n c i e n c i a , t a r e a s e n e l s i s t e m a e c o n ó m i -
c o n i e n e l p o l i t i c u . p e r o e s t o l o c o m p e n s a haciéndose
ÓS
cargo de necesidades residuales q u e n o p u e d e n ser satis-
f e c h a s e n e l " s i s t e m a d e l a s n e c e s i d a d e s " , o sea. l a s o c i e d a d
b u r g u e s a * {BewuPtmachende oder retlende Kritik, pági-
nas 1 9 ) y a.). Y o m e i n c l i n o m á s b i e n a s u p o n e r q u e l a
h i s t ó r i c a s . Pues i n c l u s o c u a n d o l a i n s t i t u c i ó n d e l a r t e
a u t ó n o m o está c o m p l e t a m e n t e f o r m a d a , t o d a v í a actúan
d e n t r o d e e l l a c o n t e n i d o s d e c a r á c t e r p o l í t i c o q u e se o p o -
n e n a su p r i n c i p i o d e autonomía. Sólo en el m o m e n t o en
q u e l o s c o n t e n i d o s p i e r d e n su carácter político y el a r t e
d e s e a s i m p l e m e n t e s u a r t e , se h a c e p o s i b l e l a a u t o c r í t i c a
d e l s u b s i s t e m a s o c i a l a r t í s t i c o . E s t e e s t a d i o se a l c a n z a
a l final d e l s i g l o x i x c o n e l e s t e t i c i s m o *
1 * C M t m n u o n planrea una c r i t i c a poJIlíca a ta p n m a e t a
de l o f o r m a l en el esteticismo: - L a fi « m i es ej feiu.hr t r a s p l a n -
tado al ámbito de la política, cuya m t a l i n d e i e r m u i a c i o n de cob-
temdu ofrece u n espacio para l a u i u r a t t o n ideológica» [Bildcr-
dtemi. tw'.n n ., >•, Oppositiot bet Beardstey und Georgt [Idola-
tría. Oposición tu ética en Beard- y i . . .,. ] M u n i c h . 1770,
p. 227) Esta etílica c o m p o r t a u n anAllsli correcto de la proble-
mática política del esteticismo, pero no repara en el hecho de que.
en e| e n c t l c l s m o . el arte de la sociedad b u i p u c u K vuelve hacia
si mismo. F i t o l o ha observado A D O K X O ; «Hay algo liberador en
la auiuconctencia que el i r t e hurgue*, en calidad de burgués, al-
catira de s i m i l m o , desde el m o m e n t o en que te toma p o r la rea-
lidad, cota que n o c t t (-Der A n u í ais Siatihalier» [*EJ a n i l l a
como Jufaiirniente»), en sus Soten iur Uteratur / L Sotas tabre li-
teratura. 1} [BibJ. S u h r k a m p , <7t. pp, 10-11. T a u » , Francfort. 1 W .
p. l U k Sobre rí problema del esteticismo, cf también H C S o
•*. Kríitk das mitheiiaohen >'.•••.-• s i ; und kUwml m
ttur"•*>"• jiaSiJi .ütr lor u n d der lod* [Crrliea ; homar* a>
tttvo. Htrrneniutica y moral en » E Í toco y Ja muerta* de Hoi-
mannsthaJl Bad H o m b u r g , B e r l i n / Z u r t c h . 1970. Para Serba, l a
actualidad del esteticismo consiste en que »el p r o p i o prineipio
"estético' del modelo bceional. que debe facilitar l a comprensión
de La realidad p e n i dificultando su e i p c r t e n c u i inntedüjla. en b r u -
to (conduce) H aquella pérdida de la realidad que ya Claudio
padecía* lid., p. E l defecto fie esta ingeniosa c r i t i c a a l esteti-
cismo consiste en poner a la base, frente aJ - p r i n c i p i o del modelo
hcclonal» (que puede l u n c i o n a r perfectamente como m s t r u m c n i o
p a n conocer la realidad), una obligada -experiencia Uunediata,
en bruto», Pero asi K c r i t i c a u n m o m e n t o del « l e l l c i u n o por
,T>rdio de o t r o Por l o que se refiere a la perdida da la reaJiddd.
69
 Por m o t i v o s relacionados c o n el d e s a r r o l l o de l a bur- 3. DISCUSION DE LA TEORIA DEL ARTE
g u e s í a d e s d e s u c o n q u i s t a d e l p o d e r p o l í t i c o , t i e n d e a de- DE BENIAMIN
s a p a r e c er l a tensión e n t r e m a r c o s i n s t i t u c i o n a l e s y conte-
n i d o s d e las o b r a s p a r t i c u l a r e s e n l a s e g u n d a m i t a d d e l C o m o es s a l ¡L. W a l t e r B e n j a m í n , e n s u a r t i c u l o Das
siglo x i x . L a separación de l a p r a x i s v i t a l , q u e s i e m p r e h a Kunstwerk ¡m Zeilaíler senner techmschen Reproducisr-
c a r a c t e r i z a d o a l status i n s t i t u c i o n a l d e l a r t e e n l a socie- barkeii [La obra de arle en la época de su reproduetibilí
dad b u r g u e s a , afecta a h o r a a l c o n t e n i d o de l a o b r a . M a r - dad técnica]." h a d e s c r i t o los c a m b i o s esenciales q u e
coa i n s t i t u c i o n a l e s y c o n t e n i d o s c o i n c i d e n . L a n o v e l a e x p e r i m e n t a e l a r t e e n e l p r i m e r c u a r t o d e l s i g l o XX c o n
r e a l i s t a d e l s i g l o x i x t o d a v í a está a l s e r v i c i o d e l a a u t o c o m - el c o n c e p t o de pérdida del a u r a , y h a t r a t a d o de explicar-
p r e n s i ó n d e l b u r g u é s . L a ficción es e l m e d i o p a r a u n a r e - los p o r el c a m b i o e n el c a m p o de las técnicas de r e p r o -
flexión s o b r e l a s i t u a c i ó n d e l i n d i v i d u o e n l a s o c i e d a d . E n d u c c i ó n . H e m o s d e i n v e s t i g a r a q u i s i l a t e s is d e B e n j a m í n
el e s t e t i c i s m o , l a t e m á t i c a p i e r d e i m p o r t a n c i a e n f a v o r es a p r o p i a d a p a r a e x p l i c a r las c o n d i c i o n e s d e p o s i b i l i d a d
de u n a concentración s i e m p r e i n t e n s a de los p r o d u c t o r e s de lp autocrítica, q u e hasta a h o r a h a n s i d o d e d u c i d a s d e l
de a r t e s o b r e el m e d i o m i s m o . E l fracaso d e l p r i n c i p a l d e s a r r o l l o d e l ámbito artístico (institución y c o n t e n i d o de
p r o y e c t o l i t e r a r i o de Mallarmé. los dos años de casi c o m - las o b r a s ) , de las t r a n s f o r m a c i o n e s en el ámbito de las
p l e t a i n a c t i v i d a d de Valéry, la c a r t a L o r d C h a n d o de H o f - fuerzas p r o d u c t i v a s .
m a n n s t h a l , s o n s í n t o m a s d e u n a c r i s i s d e l a r t e . É s t e se
1 7

c o n v i e r t e p o r sí m i s m o e n u n p r o b l e m a d e s d e e l m o m e n t o
e n q u e excluye t o d o lo - a j e n o a l a r t e - . L a coincidencia
de institución y c o n t e n i d o d e s c u b r e l a pérdida d e f u n -
ción s o c i a l c o m o esencia d e l a r t e e n la s o c i e d ad b u r g u e s a
y p r o v o c a c o n ello l a autocrítica d e l a r t e . E l mérito de los
m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a es h a b e r v e r i f i c a d o
esta autocrítica.
B c n j a m i n p a r l e de u n d e t e r m i n a d o t i p o de relación
e n t r e o b r a y r e c e p t o r , q u e c a l i f i c a d e aurática.'* Lo que
Benjamín l l a m a a u r a puede t r a d u c i r s e bastante fielmente
e n e l c o n c e p t o d e i n a c c e s i b i l i d a d : - l a m a n i f e s t a c i ó n ex¬
t r a o r d i n a r i a d e u n a lejanía, p o r c e r c a q u e p u e d a e s t a r *
(Kunstwerk, p . 5 3 ) . E l a u r a p r o c e d e d e l rito d e l c u l t o , p e r o
B c n j a m i n p i e n s a q u e l a e s e n c i a d e l a r e c e p c i ó n aurática
t a m b i é n c a r a c t e r i z a a l a r t e d e s a c r a l i z a d o t a l y c o m o se h a
d e s a r r o l l a d o d e s d e e l R e n a c i m i e n t o . A B e n j a m í n n o le p a

hay que concebirla, atendiendo a autores c o m o H o f m a n n s t h a l , Ifl. En W. M i • • h M . • Das Kunstwerk im Zeitalter stmer tech
como producto no de l a búsqueda de figuras estáticas, sino de nischen Heproduzierbarkeit [Ed. S u h r k a m p . 21). Francfort, 1963.
sus motivos soeialmente condiciunados. Con o l í as palabras: la pp. 703; en l o uiceslvo, citaremos c o mo Kunstwerk. Para la c r i -
c r i t i c a al esteticismo de Sec-bi queda atrapada p o r aquello que tica de las tesis de B e n i a m i n . e s especialmente i m p o r t a n t e ta car-
quiso c r i t i c a r . Cf. a d e m l s P. BL'HGER, 'Zar asthetisicrenden Wir- la de Adorno a Benjamín del 18 de m a n o de 19io (incluida en
k l i c h k c i i s d a r s t e l l u n g bei Proust. Valéry u n d Sartrc» [«Sobre la T h W. Aoun\o. Uber Walter Bcnjamin [Sobre Walter Benjamín],
interpretación csteu>anie de la realidad en Proust, Valcry y Sar- editado por R. Tiedemann [ B i b l . S u h r k a m p , 260), Francfort. 1970,
i r a * ] , en SU ( c o m o editor) Ven Asthctizismus zum tfauveau Ro- pp. 126-134. TIEDEMANN argumenta desde u n punió de vista presu-
mán- Versuche kritücUer Literaturwissensc!¡aft [Del esieticisme m o a Adorno en Studien zar Pliiiosophie Walter Benjamín [...}
al nouveau román. Ensayos de ciencia critica de la literatura), [ E j f u d i c u sobre la filosofía de Walter Bcnjamin] (Franafurtcr
Francfort, 1974. Betrraee n i r Soziologie, 16), F r a n c l o r t . 1965. pp. ti y ss.
17. Cf. B esle respecto W. JENS, Statt einer Literaiurgeschichte 19. Cf. B . fasMasra, •Maiur^eschichfe*-Gcschichtsphi¡a¡ophie
[En el lugar de una historia de la literatura], 5a. cd,. P l u l l i n s e n . und Wtilterfahrttng in Benjamms Schriften [tlíistoria de la Na-
1 » 2 , cap,: «Der Mensch u n d dic Dinge. Die Revolución der deut- turaleza*]. Filosufia de la historia y experiencia del mundo en
Echen Prosa* [ « E l hombre y las cosas. La revolución en la prosa los escritos de Benjamín], en -Texf + K r i l i k . [ - T e x t o + c r i t i c a - ] ,
alemana*], pp- 109-lü m i m . i l / 1 2 (octubre de 1971). pp. 41-53. y aquí pp. 49 y ss.

70 71
r e c e t a n d e c i s i v a p a r a l a h i s t o r i a d e l a r t e La r u p t u r a e n t r e
e l a r t e s a c r o d e La E d a d M e d i a y e l p r o f a n o d e l R e n a c i -
m i e n t n c o m o r e s u l t a d o de la pérdida d e l a u r a . E s i a r u p -
t u r a se d e s p r e n d e , según B c n j a m i n . d e l a t r a n s f o r m a c i ó n
d e l a s técnicas d e r e p r o d u c c i ó n - P a r a él . l a r e c e p c i ó n a u r i -
fica depende de categorías c o m o s i n g u l a r i d a d y a u t e n t i c i
d a d . P e r o , p r e c i s a m e n t e , e s t a s c a t e g o r í a s se h a c e n s u p e r -
f l u a s f r e n t e a u n a r t e ( c o m o p o r e j e m p l o , e l c i n c ) q u e se
a p o y a ya e n los avances de la reproducción. Asi pues, la
i d e a d e c i s i v a d e B e n j a m í n es q u e m e d i a n t e l a t r a n s f o r -
m a c i ó n d e las técnicas d e r e p r o d u c c i ó n c a m b i a n l o s m o -
dos de percepción, p e r o también *se h a d e t r a n s f o r m a r el
carácter c o m p l e t o d e l a r t o { K u n t t w t r k . p . 25), L a recep-
c i ó n c o n t e m p l a t i v a c a r a c t e r í s t i c a d e l i n d i v i d u o b u r g u é s es
r e e m p l a z a d a p o r l a r e c e p c i ó n d e las m a s a s , d i v e r t i d a y
r a c i o n a l a l a vez. E l a r t e b a s a d o e n e l r i t u a l es s u s t i t u i d o
p o r el a r l e b a s a d o e n la política.
E n p r i m e r l u g a r , c o n s i d e r a r e m o s la reconstrucción q u e
hace Benjamín d e l d e s a r r o l l o del arte, p a r a v e r luego el
e s q u e m a de interpretación m a t e r i a l i s t a q u e p r o p o n e . L a
é p o c a d e l a r l e s a c r o , e n l a q u e éste e s t a b a l i g a d o a l o s
r i t u a l e s d e La I g l e s i a , y l a é p o c a d e l a r t e a u t ó n o m o , q u e
llega c o n la sociedad b u r g u e s a y que p r o d u c e u n nuevo
t i p o de recepción (la estética) a l l i b e r a r s e d e l r i t u a l , c o i n -
c i d e n , p a r a B e n j a m í n , bu j u e l c o n c e p t o d e « a r t e a u r a t i c o .
P e r o l a p e r i o d i z a c i ó n d e l a r t e q u e d e e l l o se d e s p r e n d e , es
p r o b l e m á t i c a p o r v a r i a s r a z o n e s . Según B e n j a m í n , e l a r t e
a u r á l k o y l a recepción i n d i v i d u a l ( s u m e r g i r s e en e l ob-
j e t o ) f o r m a n u n a u n i d a d . S i n e m b a r g o , e s t a característica
s ó l o es c i e r t a e n e l a r t e q u e h a l o g r a d o l a a u t o n o m í a , p e r o
n o en el a r t e sacro de la E d a d M e d i a (pues t a n t o las a r l e s
plásticas e n l a s c a t e d r a l e s m e d i e v a l e s c o m o l a s r e p r e s e n -
taciones de m i s t e r i o s , son recibidos c o l e c t i v a m e n t e ). L a
construcción histórica de Benjamín i g n o r a l a e m a n c i p a -
c i ó n d e l a r l e r e s p e c t o a l o s a g r a d o , l o g r a d a p o r La b u r -
guesía. L a r a z ó n d e e l l o p u e d e c o n s i s t i r , e n t r e o t r a s c o s a s ,
e n q u e c o n e l m o v i m i e n t o d e l Varí pour Vart y e l e s i e t i -
c i s m u se v e r i f i c a a l g o así c o m o u n a v u e l t a a l o s a g r a d o ( o
v u e l t a a l r i t u a l ) e n e l a r t e P e r o ésta n o t i e n e n a d a q u e v e r
72
c o n l a p r i m i t i v a f u n c i ó n s a c r a d e l a r t e , A q u i e l a r t e n o se
s o m e t e a u n r i t u a l eclesiástico d e l q u e o b t i e n e s u v a l o r de
uso; proyecta mas b i e n u n r i t u a l hacia el exterior. E n l u -
g a r d e i n c o r p o r a r s e a l á m b i t o d e l o s a g r a d o , e l a r t e se
p o n e e n e l l u g a r d e l a r e l i g i ó n . L a l l a m a d a resacraJixación
del arte del esteticismo presupone, entonces, s u total
e m a n c i p a c i ó n r e s p e c t o a l o s a g r a d o , y e n ningún c a s o p u e -
de ser e q u i p a r a d a c o n el carácter sagrado d e l a r t e me-
dieval.
P a r a j u z g a r la explicación m a t e r i a l i s t a , d a d a p o r B e n -
jamín, de l a transformación de l o s m o d o s de recepción
m e d i a n t e e l c a m b i o d e las t é c n i c a s d e r e p r o d u c c i ó n , es
i m p o r t a n t e a c l a r a r q u e j u n t o a esta explicación a p u n t a
todavía u n a m a s q u e quizá p u e d a r e s u l t a r fructífera. E n -
t i e n d e a s i q u e l o s a r t i s t a s d e v a n g u a r d i a , s o b r e l o d o Los
d a d a i s t a s , habrían e n s a y a d o efectos cinematográfico* p o r
m e d i o de l a p i n t u r a , i n c l u s o antes del d e s c u b r i m i e n t o d e l
c i n e (cf, Kunstwerk, p p , 42 y s.) « L o s d a d a i s l a s c o n c e d e n
m u c h a m e n o s i m p o r t a n c i a a sus obras p o r su u t i l i d a d
m e r c a n t i l que p o r su i n u t i l i d a d c o m o o b j e t o s de u n a con-
t e m p l a c i ó n p r o f u n d a [ . . , ] . S u s p o e s i a s s o n ensatadas de
palabras, i n c l u y e n giros obscenos y l o d u s los desperdicios
del lenguaje q u e p o d a m o s i m a g i n a r . Y l o m i s m o sus cua-
dros, a los que i n c o r p o r a n botones o billetes. L o que al-
c a n z a n p o r t a l e s m e d i o s es u n a b r u t a l d e s t r u c c i ó n d e l a u r a
d e s u s p r o d u c c i o n e s , q u e p o r m e d i o d e l a p r o d u c c i ó n re-
c i b e n e l e s t i g m a d e l a r e p r o d u c c i ó n » i Ku I p, 43).
A q u í ta p é r d i d a d e l a u r a n o se d e d u c e d e l c a m b i o e n l a s
técnicas d e r e p r o d u c c i ó n , s i n o d e l a intenció n d e l o s p r o -
d u c t o r e s de arte . La transformación de l «carácter comple-
t o d e l a r t e * n o es a q u í e l r e s u l t a d o d e I n n o v a c i o n e s t e c n o -
l ó g i c a s , s i n o q u e está m e d i a d o p o r l a c o n d u c t a c o n s c i e n t e
de u n a generación de a r t i s t a s . E l p r o p i o Benjamín sólo
a d j u d i c a a l o s d a d a l s t a s l a f u n c i ó n d e p r e c u r s o r e s , a l ge-
n e r a r u n a - e x i g e n c i a * q u e sólo puede satisfacer el n u e v o
m e d i o t é c n i c o . P e r o e s t o s u p o n e u n a d i f i c u l t a d : ¿ c ó m o se
e x p l i c a l a existencia de precursores? Para d e c i r l o de o t r a
m a n e r a : La e x p l i c a c i ó n d e l a t r a n s f o r m a c i ó n e n l o s m o d o s
d e r e c e p c i ó n p o r m e d i o d e La t r a n s f o r m a c i ó n d e l a s téc-
73
 nicas d e reproducción llene u n r a n g o d i s t i n t o ; y a n o puede
p r e t e n d e r e x p l i c a r u n sueeto histórico, s i n o , t o d o l o más,
p u e d e s e r v i r c o m o h i p ó t e s i s p a r a La p o s i b l e g e n e r a l i z a c i ó n
d e u n m o d o d e r e c e p c i ó n q u e l o s dadaístas f u e r o n l o s p r i -
m e r o s e n b u s c a r . N o se p u e d e e v i t a r l a sensación d e q u e
Benjamín descubrió la pérdida d e l a u r a d e las o b r a s d e l
a r l e e n r e l a c i ó n c o n Jas o b r a s d e v a n g u a r d i a , y q u e l u e g o
q u i s o f u n d a m e n t a r l a d e m o d o m a t e r i a l i s t a . P e r o esta e m -
presa n u carece de p r o b l e m a s , pues, c o n ello, la r u p t u r a
d e c i s i v a e n el d e s a r r o l l o d e l a r t e , c u y a i m p o r t a n c i a histó"
rica percibe m u y bien B c n j a m i n . seria e l resultado de u n a
t r a n s f o r m a c i ó n t e c n o l ó g i c a . L a e m a n c i p a c i ó n o La espe-
r a n z a d e e m a n c i p a c i ó n q u e d a n d i r e c t a m e n t e l i g a d a s a La
técnica * P e r o l a e m a n c i p a c i ó n es p r o m o v i d a p o r e l desa-
r r o l l o d e las f u e r z a s p r o d u c t i v a s , e n l a m e d i d a e n q u e éste
p r o p o r c i o n a u n c a m p o de nuevas p o s i b i l i d a d e s de realiza-
c i ó n d e las n e c e s i d a d e s d e los h o m b r e s , n o p u e d e p e n s a r s e
a l m a r g e n d e Las c o n c i e n c i a s d e l o s h o m b r e s . U n a e m a n -
cipación i m p u e s t a p o r d e s a r r o l l o n a t u r a l seria l o c o n t r a r i o
de l a emancipación.
E n e l f o n d o . Ic» q u e i n t e n t a R e n j u m i n vs t r a d u c i r e l
l e i r t c m a m a r v i a n o , M - g u r i e l c u a l , e l uV-NarniJ|i> d e l a s f u e r -
zas P M N J U U H . L V hace * a l u i las rvlacámc* de p i o d i k i i o n
d e l á m h i l o de la >mcn-dad e n M I t o t a l i d a d a l á m b i t o d e l
nne. h
H a \ q u e p i o g u n t a r * i esa i i u d u e c i ó n n o w r e d u c e
ul Mn a u n a m e r a analogía. K | c o n c e p t o m u r x i u n n d e f u e r -
za P M K I I K t i v a s e r e f i e r e a l n i v e l d e J e * a r m l h > i n - n n l r V p f c s .
20 Benjamín permanece aqui en el c o n t n i o de u n e n i u s i u -
m o p o r La H - L R I U que en U-\ a n o * r d n i e c m a c i e r u d tanto a los
m t e l e i t u a i o liberales |*e cnfonlraiÉ m t o r m a e i o n a l r f t p c c l a « o
I I . U T H I N . %'euc Sachlichkcii 1924-1932 [ .] [Nueva obittividad
¡914-1932], SiMttart. 17T0. p p M y a ) c o n » a la vanguardia revo-
lucionarla rusa p ej.. B. A B W T O V , Kurtu umt Produkium [Arte
y prodición) t d i i a d o y i r a d u c i d u p o r H , Günifter y KarLa Hiél-
•eher (Reihe Hanser, 67. M u n i c h , 1971),
11, De ahí que la e s l r e m * i ' q u l e r d a vea en las tesis de Ben-
jamín una leorta revoluciona ría del arle, Cf. H . i , i •• taller
i' n i Thesen t u eirwr " m a i c r i a l i i U s c h e n K u n i i t h e u r t e ' -
í -Laa l e s l i de Walter Benjamín sobre una "teoría materuilisia del
a r t e " * ] , en Neue Sachlichkeil 1924-J932 pp 127-139
74
de u n a d e t e r m i n a d a sociedad, que a l u d e t a n t o a la con-
c r e c i ó n d e l o s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n e n La m a q u i n a r i a ,
c o m o a l a c a p a c i d a d d e l o s t r a b a j a d o r e s p a r a u t i l i z a r esos
m e d i o s d e p r o d u c c i ó n . Es d u d o s o q u e se p u e d a o b t e n e r
aquí u n c o n c e p t o de f u e r z a p r o d u c t i v a artística, a u n q u e
s ó l o sea p o r q u e e s d i f i e i l i n c l u i r e n u n c o n c e p t o d e p r o -
ducción artística las capacidade s y h a b i l i d a d e s de l o s
p r o d u c t o r e s , y e l n i v e l d e d e s a r r o l l o d e l a s técnicas m a -
t e r i a l e s d e prc*ruccHÍn y r e p r o d u c c i ó n . L a p r o d u c c i ó n a r -
tística es s e n c i l l a m e n t e u n t i p o d e p r o d u c c i ó n d e m e r c a n -
cías ( i n c l u s o e n l a sociedad d e l c a p i t a l i s m o t a r d l o l en el
cual los m e d i o s de producción m a t e r i a l tiene n u n a i m p o r -
t a n c i a r e l a t i v a m e n t e escasa p a r a l a c a l i d a d de las o b r a s ,
a u n q u e t a l vez t e n g a n i m p o r t a n c i a p a r a l a p o s i b i l i d a d d e
la p r o p i a d i f u s i ó n y e l e f e c t o d e é s t a s . D e s d e l a i n v e n c i ó n
d e l c i n e se o b s e r v a , d e s d e l u e g o , u n a r e p e r c u s i ó n d e l a s
técnicas d e d i f u s i ó n s o b r e l a p r o d u c c i ó n . C o n e l l o , a l m e -
n o s , se h a n i m p u e s t o e n d e t e r m i n a d o s á m b i i o s u n a s técni-
cas- c u a s i i n d u s t r i a l e s d e p r o d u c c i ó n , " p e r o é s t a s n o h a n
r e s u l t a d o p r e c i s a m e n t e - e x p l o s i v a s -, sino q u e h a n verifica-
d o m a s b i e n u n a c o m p l e t a s u m i s i ón d e l c o n t e n i d o d e l a
o b r a b a f o i n t e r e s e s d e r e n t a b i l i d a d , c o n Lo c u a l l a s p o t e n -
c i a s c r í t i c a s d e l a o b r a se r e d u c e n e n b e n e f i c i o d e u n a
práctica d e c o n s u m o ( i n c l u s o e n l a s r e l a c i o n e s h u m a n a s
mas Intimas}. " 1
22. Como te sabe, toa productos de la l i t e i n i u r * de masas
t o n elaborados p o r colectivos de autores que se r e p a i i e n el traba-
ja y que a p l k a n d i r c i s u t c r i i e n o s de producción par» cada g r u p u
PBBBBaaasrim
21. E n esto consiste también la c r i t i c a <*e Adorno a Benjamín.
Cf. l u a r t i c u k i «Über d e n Fetischkarakter Ln d e r aáuiik u n d dic
R e f m ú o n des H o r r a * - [•Sobre el carácter feúihi.ta en la m u -
Ska y la regresión del \ en t u s i' • Xtutik m der
leu tVeíf [Disonancias- Música en el mando admlmtlra-
da] ( K l e i nc Vandcnhoeck Heihc. 2S/29/29»K * a cd.. G o i i m j a . 1969.
pp. 9-45, que constituye una repuesta al a r t i c u l o de Benjamín i o -
bre la obra de arte, C/. también t h r i i i a BI-RGFH. Texta>iaiy*e ais
SdfolOfl'Jtrifrit Zur Re;eplion zenxenóssiseHcr Unt*rhallunt%¡iTe-
raíur [Análisis de texto como critica de .'- ideufosla. Sobrt l a
recepción de la literatura de esparcimiento] t-Krii Utrmiunvls-
• e n h h a l t - . I : FAT 2Ó6J>. Francfort. 1973 cap I . *
75
 m e n t e : l o auráüco. p o r e j e m p l o , en relación c o n el i n d i v i -
Brecht, que h a recordado e n su DreigrosehenprozeP
d u o burgués . L o q u e B c n j a m i n d e s c u b r e es l a determina-
[Proceso de los tres centavos] el t e o r e m a de Benjamín de
ción formal d e l a r t e (en el s e n t i d o m a r x i a n o d e l t é r m i n o ) , y
la d e s t r u c c i ó n d e l a r t e a u r á t i c o p o r m e d i o d e l a s n u e v a s
en ello reside también e l m a t e r i a l i s m o de s u a r g u m e n t a ¬
técnicas d e r e p r o d u c c i ó n , es m á s c u i d a d o s o e n s u f o r m u -
c i ó n . P o r c o n t r a s t e , e l t e o r e m a c o n f o r m e a l c u a l las téc-
lación q u e el p r o p i o Benjamín: - E s t o s a p a r a t o s puedan
n i c a s d e r e p r o d u c c i ó n d e s t r u y e n e l a r t e a u r á t i c o , es u n
ser utilizados c o m o pocos para vencer al a n t i g u o a r l e
modelo explicativo pseudomaterialista.
" i r r a d i a d o r " f a l t o d e técnica, a n t i t é c n i c o , a s o c i a d o a l a
H

religión.» J <
E n contraste con Benjamín, q u e tiende a a t r i -
b u i r a los n u e v o s m e d i o s técnicos ( c o m o el c i n e ) tales
cualidades emaneipatorias, B r e c h l subraya que e n los me-
d i o s t é c n i c o s se e n c u e n t r a n d e t e r m i n a d a s p o s i b i l i d a d e s ,
p e r o q u e e l d e s a r r u l l o d e esas p u s i b i l i d a d c s d e p e n d e d e l
m o d o d e aplicación.
A s i c o m o la traducción d e l c o n c e p t o de fuerza p r o d u c -
t i v a d e s d e e l á m b i t o d e l análisis d e l a s o c i e d a d e n s u
t o t a l i d a d a l á m b i t o d e l a r t e es p r o b l e m á t i c a p o r l a s razo¬
nes c i t a d a s , s u c e d e l o m i s m o c o n e l c o n c e p t o d e r e l a c i o n e s
d e p r o d u c c i ó n , a u n q u e s ó l o sea p o r q u e M a r x l o r e s e r v a
c l a r a m e n t e a la t o t a l i d a d d e las relaciones sociales q ue
r e g u l a n e l t r a b a j o y l a d i s t r i b u c i ó n d e sus p r o d u c t o s . S i n
embargo, hemos i n t r o d u c i d o y a u n concepto, el de insti-
t u c i ó n a r t e , q u e se r e f i e r e a l a s r e l a c i o n e s e n l a s q u e e l
a r t e es p r o d u c i d o , d i s t r i b u i d o y r e c i b i d o . E s t a i n s t i t u c i ón
se c a r a c t e r i z a e n l a s o c i e d a d b u r g e s a . e n p r i m e r l u g a r ,
p o r el hecho de q u e los p r o d u c t o s que f u n c i o n a n en su
s e n o n o se v e n a f e c t a d o s ( d i r e c t a m e n t e ) p o r p r e t e n s i o n e s
de a p l i c a c i ó n s o c i a l . E l m é r i t o d e B c n j a m i n c o n s i s t e , p u e s ,
en q u e c o n el c o n c e p t o de a u r a capt ó el t i p o de relación
e n t r e o b r a y p r o d u c t o r , q u e se d a e n e l s e n o d e l a i n s t i -
tución a r t e r e g u l a d a p o r e l p r i n c i p i o d e a u t o n o m í a . D e
este m o d o , a p r e c i ó d o s h e c h o s e s e n c i a l e s : p r i m e r o , q u e
l a s o b r a s d e a r t e n o i n f l u y e n s e n c i l l a m e n t e p o r sí m i s m a s ,
s i n o q u e s u e f e c t o está d e t e r m i n a d o d e c i s i v a m e n t e p o r l a
institución e n l a q u e f u n c i o n a n ; s e g u n d o , q u e l o s m o d o s
de r e c e p c i ó n h a y q u e f u n d a m e n t a r l o s s o c i a l e histórica-
24. B, BftLCJtr. -Der Drcigroschonprozep» t ! 9 i l | . en sus Schrlf-
ten zur Liieraiur muí ¡ [Euritos ¡obre liu-ralura y nrJeJ
editados por W. HechT, lomo I . B e r l i n / W e i m a i , 1966 • ISO [al
subrayado es mío), cf. también p. 199.
H a y q u e decir, p a r a acabar, unas p a l a b r a s más sobre
l a cuestión de la p e r i o d i c i d a d d e l d e s a r r o l l o d e l ' a r t e . Y a
hemos c r i t i c a d o antes l a p e r i o d i c i d a d propuesta p o r Ben-
jamín, donde desaparece l a r u p t u r a e n t r e el art e medieval,
sacro, y el a r t e m o d e r n o , p r o f a n o . Pero de l a r u p t u r a e n t r e
a r t e a u r á t i c o y a r t e n o a u r a l i c o , q u e señala B e n j a m í n , se
puede u b t e n e r u n a conclusión metodológica: las p e r i o d i c i -
c i d a d e s e n e l d e s a r r o l l o d e l a r t e se h a n d e b u s c a r e n e l
ámbito de l a institución a r t e y n o e n el á m b i t o de los
c o n t e n i d o s d e las o b r a s c o n e r e t a s . E l l o i m p l i c a q u e l a
p e r i o d i c i d a d de la h i s t o r i a d e l a r t e n o puede desprenderse
s i n más d e las p e r i o d i c i d a d e s d e l a h i s t o r i a d e las f o r m a -
c i o n e s s o c i a l e s y d e sus fases d e d e s a r r o l l o , q u e m á s b i e n
l a misión de las ciencias de l a c u l t u r a consiste e n p o n e r
d e r e l i e v e las g r a n d e s r e v o l u c i o n e s e n e l d e s a r r o l l o de sus
o b j e t o s . S ó l o así l a c i e n c i a d e l a c u l t u r a p u e d e l o g r a r u n a
c o n t r i b u c i ó n auténtica a l a i n v e s t i g a c i ón d e l a h i s t o r i a d e
la s o c i e d a d b u r g u e s a , P e r o c u a n d o e s t a U l t i m a se a d o p t a
c o m o u n sistema p r e v i o de referencias p a r a l a investiga-
ción histórica de á m b i i o s sociales p a r c i a l e s , la cienci a de
l a c u l t u r a se m a l o g r a y q u e d a c o m o u n p r o c e d i m i e n t o
d e o r d e n a c i ó n c u y o v a l o r d e c o n o c i m i e n t o es i n s i g n i f i -
cante.
E n r e s u m e n , las c o n d i c i o n e s históricas de p o s i b i l i d a d
d e a u t o c r í t i c a d e l s u b s i s t e m a s o c i a l a r t í s t i c o n o se p u e d e n
e x p l i c a r c o n a y u d a d e l t e o r e m a de Benjamín: más b i e n
h a y q u e d e d u c i r l a s de l a anulación de las relaciones de
tensión e n t r e l a i n s t i t u c i ón a r t e ( e l status d e a u t o n o m í a ) V
l o s c o n t e n i d o s d e las o b r a s c o n c r e t a s , s o b r e l a s q u e s J
c o n s t i t u y e el arte de la sociedad burguesa. Es i m p o r t a n t e
t e n e r e n c u e n t a q u e e l a r t e y l a s o c i e d a d n o están e n f r e n -
tados c o m o dos ámbitos m u t u a m e n t e excluyentes. que.

76 77
 p r i n c i p a l m e n t e . La ( r e l a t i v a } i e p a r a e i o n d e l a r t e d e a i
l d e l I'art pour Vart c o m o reacción a n t e l a a p a r i c i ó n d e l a
p r e t e n s i o n e s d e a p l i c a c i ó n , c o m o e l d e s a r r o l l o d e l o s e o 1-
l e n i d o s . s o n fenómenos sociales, d e t e r m i n a d o s p o r el de-
s a r r o l l o d e La t o t a l i d a d d e l a s o c i e d a d .
C u a n d o c r i t i c o l a s tests d e B e n j a m í n d e q u e l a r e p r o -
d u c t i b i l i d a d técnica d e l a s o b r a s d e a r t e f u e r z a u n m o d o
d i s t i n t o ( n o auráticol de recepción, n o q u i e r o d a r a en-
tender que no concedo ninguna i m p o r t a n c i a al desarrollo
d e l a s técnicas d e r e p r o d u c c i ó n . C r e o q u e es p r e c i s o h a c e r
d o s o b s e r v a c i o n e s ; e n p r i m e r l u g a r , q u e el d e s a r r o l l o téc-
n i c o n o puede c o n s i d e r a r se v a r i a b l e independíente, pues
está e n función d e l d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d en s u t o t a l i -
d a d ; e n s e g u n d o l u g a r , q u e la r u p t u r a d e c i s i v a e n el de-
s a r r o l l o del a r t e en la sociedad b u r g u e s a n o puede descan-
sar en el d e s a r r o l l o d e l a r t e en l a sociedad b u r g u e s a c o m o
c a u s a única. C u a n d o se h a n e s t a b l e c i d o e s t a s d o s l i m i t a -
c i o n e s , l a i m p o r t a n c i a d e l d e s a r r o l l o t é c n i co p a r a eL d e -
s a r r o l l o d e las a r t e s plásticas se p u e d e r e s u m i r a a í : l a
aparición de l a fotografía y ]a c o n s i g u i e n t e p o s i b i l i d a d
de r e p r o d u c i r e x a c t a m e n t e l a r e a l i d a d p o r p r o c e d i m i e n t o s
mecánicos c o n d u c e a la d e c a d e n c i a de l a función r e p r e -
s e n t a t i v a e n Las a r l e s plásticas. L o s l i m i t e s d e e s t e m o -
11
d e l o e x p l i c a t i v o se h a c e n e v i d e n t e s a l c o m p r o b a r q u e n o
p u e d e n t r a s l a d a r s e a l a l i t e r a t u r a , p u e s e n eL c a m p o d e
l a L i t e r a t u r a n o h a y n i n g u n a i n n o v a c i ó n técnica q u e h a y a
p r o d u c i d o u n e f e c t o c o m p a r a b l e a l d e l a f o t o g r a f í a e n Jas
a r t e s plásticas. C u a n d o B e n j a m í n i n t e r p r e t a e l n a c i m i e n t o
2S, Las dilieulladea con que tropieza el i n t e n t o de basar una
caiegorta e i t í t i c i en el cunccpio de reflejo se desprenden de aqui.
Estas dificultades están condicionadas historieamenté p o r el de-
sarrollo del arta en la sociedad '-r., -.—.i y, en concreto, por la
* atrofia- de La rumión r e p r e i e n u t i t a del arte. A . G F H U N ha
ensayado una explicación sociológica de la nueva p i n t u r a tZm
Büdcr. Zut S e n a t o r i a u n d AUthatilc der moderaren Ualrreí [Pin¬
tura en tí tumpo -tia y estética da ta panuro m o d e r n a ] ,
F r a n k l u r r / B u n n , 1*601 Las condiciones sociales de la apar
de l a p i n t u r a moderna proponías poe Gehlen t o n . en a m e r a ! ,
correctas. J u n i o a la invención de la l o l o g r a l i a . d t a l a ampliación
d d espacio sttal y el anal de la alianza entre p i n t u r a y esencias
naturales < i d . pp. 40 y t t ) .
78
f o t o g r a f í a * es e v i d e n t e q u e e l m o d e l o e x p l i c a t i v o se a g o r a
p o r c o m p l e t o . L a t e o r í a d e Vari pour Vari n o es s e n c i -
l l a m e n t e l a reacción c o n t r a u n n u e v o m e d i o de r e p r o d u c -
ción ( p o r m u c h o q u e éste b a y a Llevado al á m b i t o de las
a r t e s plásticas l a t e n d e n c i a h a c i a l a t o t a l i n d e p e n d i z a c i ó n
d e l a r t e } , s i n o La r e s p u e s t a aL h e c h o d e q u e e n l a s o c i e d a d
b u r g u e s a d e s a r r o l l a d a , la o b r a de a r t e pierde progresiva-
m e n t e s u f u n c i ó n s o c i a l , ( H e m o s c a r a c t e r i z a d o e s t e de-
s a r r o l l o c o m o p é r d i d a d e l c o n t e n i d o p o l í t i c o d e las o b r a s
c o n c r e t a s . ) N o se t r a t a d e n e g a r l a i m p o r t a n c i a d e l a
t r a n s f o r m a c i ó n d e l a s técnicas d e r e p r o d u c c i ó n p a r a e l
d e s a r r o l l o d e l a r t e , p e r o n o se p u e d e d e d u c i r éste de aqué-
l l a . La c o m p l e t a diferenciación d e l s u b s i s t e m a , q u e co-
m i e n z a c o n e l i'art pour I'art y c u l m i n a c o n e l e s t e t i c i s m o ,
d e b e verse e n relación c o n l a característica t e n d e n c i a de la
sociedad b u r g u e s a h a c i a la p r o g r e s i v a división d e l t r a b a j o .
L a producción i n d i v i d u a l d e l s u b s i s t e ma a r t e , t o t a l m e n t e
d i f e r e n c i a d o , t i e n d e a e v i t a r c u a l q u i e r función s o c i a l .
E n g e n e r a l , s ó l o se p u e d e a f i r m a r c o n c e n e n q u e l a
diferenciación d e l subsistema social artístico pertenece a
l a lógica d e l d e s a r r o l l o de la sociedad b u r g u e s a . C o n l a
t e n d e n c i a a l a p r u g r e s i v a división d e l t r a b a j o , también
Los a n i s i a s se c o n v i e r t e n e n e s p e c i a l i s t a s . E s t e d e s a r r o l l o ,
q u e a l c a n z a s u c i m a e n e l e s t e t i c i s m o , l o h a r e f l e j a d o ade-
c u a d a m e n t e Valéiy. E n el seno de la t e n d e n c i a general
h a c i a la especialización c r e c i e n t e hay q u e a d m i t i r i n f l u e n -
cias reciprocas e n t r e los d i s t i n t o s ámbitos parciales. A s i ,
p o r e j e m p l o , e l d e s a r r o l l o d e l a f o t o g r a f í a h a i n f l u i d o so-
b r e La p i n t u r a p r o v o c a n d o l a d e c a d e n c i a d e l a f u n c i ó n
r e p r e s e n t a t i v a , P e r o estas i n f l u e n c i a s recíprocas n o d e b e n
s o b r e v a l o r a r s e , p o r i m p o r t a n t e q u e sea e x p l i c a r , e n p a r -
t i c u l a r , l a f a l t a d e s i m u l t a n e i d a d e n e l d e s a r r o l l o d e Jas
> - A l Surgir eL p r i m e r de reproducción auténticamen-
te revolucionario, la fotografía |simull4nfámenle c o n el a m a n e
ccr del socialismo' *L i r t e i n t u y o l a p e o s i o i d a d de la crisis tojur
al cabo de cien año ha resultado incuestionable), y reaccionó c o n
la d o c t r i n a del Vart pour I'art, que <- una teología del a r t e -
{KunSlwtrk, p . 201.
79
 d i s t i n t a s a r t e s , n o se p u e d e c o n v e r t i r e n « m o t i v o » d e l
p r o c e s o e n e l q u e las a r t e s g e n e r a n s u e s p e c i f i c i d a d . E s t e
p r o c e s o está m o t i v a d o p o r e l d e s a r r o l l o d e l a s o c i e d a d e n
su t o t a l i d a d , d e l q u e Forma p a r l e , v n o puede c o m p r e n -
d e r s e a d e c u a d a m e n t e según e l e s q u e m a d e c a u s a y e f e c t o / '
H a s t a a h o r a , h e m o s c o n t e m p l a d o la autocrítica de los
s u b s i s t e m a s s o c i a l e s a r t í s t i c o s , a l c a n z a d a c o n los m o v i -
m i e n t o s de v a n g u a r d i a e n relación c o n la t e n d e n c i a h a c i a
Ja p r o g r e s i v a d i v i s i ó n d e l t r a b a j o , característica p a r a e l
d e s a r r o l l o d e Ja s o c i e d a d b u r g u e s a . L a t e n d e n c i a d e l a so-
c i e d a d , e n s u t o t a l i d a d , a l a diferenciación d e ámbitos
p a r c i a l e s p o r l a simultánea e s p e c i a lización d e función,
aparece c o m o l a l e y de su d e s a r r o l l o a la q u e también
está s o m e t i d o e l á m b i t o a r t í s t i c o . C o n e l l o q u e d a r í a e s b o -
zado el aspecto o b j e t i v o del proceso, per o hemos de pre-
g u n t a r n o s c ó m o se reíleja e n e l s u j e t o e s t e p r o c e s o d e
diferenciación d e ámbitos sociales parciales. C r e o q u e a q u i
hay q u e g u i a r s e p o r el c o n c e p t o d e disminución de la
e x p e r i e n c i a . L a e x p e r i e n c i a se d e f i n e c o m o u n c o n j u n t o
de percepciones y reflexiones a s i m i l a d a s , q u e p u e d e n vol-
v e r s e a a p l i c a r a l a p r a x i s v i t a l ; e n t o n c e s se p u e d e c a r a c -
t e r i z a r el efecto sobre el s u j e t o de los ámbitos sociales
parciales diferenciados, motivado s p o r la progresiva d i-
visión d e l t r a b a j o c o m o disminución d e la e x p e r i e n c i a .
Disminución de l a e x p e r i e n c i a n o q u i e r e d e c i r q u e el s u j e t o
c o n v e r t i d o e n especialista de u n ámbito p a r c i a l y a n o
p e r c i b a n i r e f l e x i o n e ; e n el s e n t i d o aquí p r o p u e s t o , el c o n -
c e p t o q u i e r e d e c i r q u e las * e x p e r i e n c i a s * q u e e l especia
lista obtiene en su ámbito p a r c i a l ya n o vuelven a aplicarse
a Ja p r a x i s v i t a L L a e x p e r i e n c i a estética c o m o e x p e r i e n c i a
específica, t a l y c o m o l a d e s a r r o l l a e l e s t e t i c i s m o , s e r l a l a
37. C¡. P. FRÍNCASTEL. que resume así el resultado de su inves-
tigación subre el arte y la rúnica: L <No hay ninguna contradic-
ción entre ei desarrollo de ciertas formas del orte contemporá-
neo y l a expresión de la actividad GÉtntfnca y técnica de l a so-
ciedad del presente-, 2, - E l desarrollo del arte en el presente si-
gue u n p r i n c i p i o de desarrollo específicamente estético- (>trf et
techniauc aux XIX' et XX' siécles [Arte y técnica en los si-
glos XIX y XX} [ B A L Mcdítaiions. I f i ] , 1964, p p 221 y tt)
80
f u r n i a , e n l a c u a l se m a n i f i e s t a l a d i s m i n u c i ó n d e e x p e r i e n -
c i a — e n e l s e n t i d o d e f i n i d o a r r i b a — en e l á m b i t o d e l a r t e .
D i c h o d e o t r a m a n e r a : l a e x p e r i e n c i a estética es e l a s p e c t o
p o s i l i v u de a q u e l p r o c e s o de diferenciación d e l s u b s i s t e m a
s o c i a l a r t í s t i c o , c u v o a s p e c t o n e g a t i v o es l a p é r d i d a d e
función s o c i a l d e l o s a r t i s t a s . M i e n t r a s el a r t e i n t e r p r e t e
la r e a l i d a d o s a t i s f a g a l a s n e c e s i d a d e s r e s i d u a l e s , a u n q u e
esté s e p a r a d o d e l a p r a x i s v i l a l . r e m i t i r á t o d a v í a a ésta.
S ó l o c o n e l e s t e t i c i s m o se a c a b a l a r e l a c i ó n c o n l a s o c i e d a d
vigente hasta entonces. L a r u p t u r a con la sociedad (la
sociedad d e l i m p e r i a l i s m o ) c o n s t i t u y e el núcleo de l a o b r a
d e l e s t e t i c i s m o . É s t a es l a razón d e l r e i t e r a d o i n t e n t o d e
A d o r n o p o r s a l v a r el e s t e t i c i s m o . " L a intención de los v a n -
g u a r d i s t a s se p u e d e d e f i n i r c o m o e l i n t e n t o d e d e v o l v e r a
l a p r á c t i c a l a e x p e r i e n c i a estética ( o p u e s t a a l a p r a x i s v<
t a l ) q u e creó el esteticismo. A q u e l l o q u e más i n c o m o d a
a l a s o c i e d a d b u r g u e s a , o r d e n a d a p o r l a r a c i o n a l i d a d f'e
l o s fines, d e b e c o n v e r t i r s e e n p r i n c i p i o o r g a n i z a t i v o d e l a
existencia.
28. Cf. T h . W. ADORNO. •George u n d Hoímannsihal. Zurrí Biief-
wcchsel: 1B91-I90Ú- [-George y H o f m a n n s t h a l (a propósito del
epistolario: 1891-1906*11. en sus Prisma. KuHuTkritlk und Gesell-
schaft [Prismas. Critica de la cultura y de la sociedad] tétv. 1W).
2a. ed.. M u n i c h . 1963. pp. 190-2M; y su »Dcr AnLsi ais S l a t l h a l l e r - ,
en sus Noten tur Litcmur I, pp. 1 7 M 9 L
81
 II. El problema de la autonomía del arte
en la sociedad burguesa

J. PROBLEMAS DE LA INVESTIGACION

• Con t o d o , su autonomía [ l a d e l a r t e l es i r r e -
vocable.' 1

• E n g e n e r a l, n o se p u e d e pensar e n l a a u t o n o-
mía d e l a r t e s i n e l d i s i m u l o d e l t r a b a j o , - 3

Las d o s frases d e A d o r n o e x p o n e n e l carácter c o n t r a d i c -

t o r i o de l a categoría de autonomía; necesaria p a r a deter-
m i n a r Lo q u e es e l a r t e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a , c a r g a , s i n
e m b a r g o , c o n e l e s t i g m a de l a d e f o r m a c i ó n i d e o l ó g i c a , e n
la m e d i d a e n q u e n o p e r m i t e r e c o n o c e r s u r e l a t i v i d a d so-
c i a l . A q u í está y a i m p l i c a d a l a d e f i n i c i ón d e l a a u t o n o m í a
en la q u e n o s a p o y a r e m o s e n a d e l a n t e , distinguiéndose a la
vez d e l a s o t r a s d o s d e f i n i c i o n e s a l t e r n a t i v a s d e l c o n c e p t o .
M e r e f i e r o a l c o n c e p t o d e a u t o n o m í a d e l I'art pour I'art y
al de l a sociología p o s i t i v i s t a , q u e c o n c i b e l a autonomía
c o m o u n a m e r a ilusión s u b j e t i v a d e Los p r o d u c t o r e s d e
arte.
C u a n d o se d e f i n e l a a u t o n o m í a d e l a r t e c o m o l a i n d e -
p e n d e n c i a d e l a r t e r e s p e c t o a l a s o c i e d a d , se p u e d e n d a r
v a r i a s i n t e r p r e t a c i o n e s d e e s t a d e f i n i c i ó n . S í se e n t i e n d e
q u e s u « e s e n c i a * c o n s i s t e e n l a s e p a r a c i ó n d e l a r t e res-
p e c t o a Ja s o c i e d a d , se está a c e p t a n d o i n v o l u n t a r i a m e n t e
e l c o n c e p t o d e a r t e d e l I'art pour I'art y se i m p i d e l a ex-
p l i c a c i ó n d e e s t a s e p a r a c i ó n c o m o p r o d u c t o d e u n desa-
r r o l l o h i s t ó r i c o y s o c i a l . Y s i se a p o y a l a o p i n i ó n c o n t r a r i a

1. T h . W . ADDRNO, Astheüsche Theorie [Teoría estética], edi-

tada por Gretel A d o r n o y R. Tiedemann (GesammeUe Schrifttn
[Obras completas], 7). F r a n c f o r t . 1970, p. 9.
2. T h . W . ADORNO. Versuch líber Wagner [Tentativa sobre
Wagner] ( K n a u r , 54). 2a ert.. M u n i c h / Z u r i c h , 1963. pp. 8B V ss.

S3
 de q u e la i n d e p e n d e n c i a d e l arte respecto a l a sociedad
s ó l o se d a e n l a i m a g i n a c i ó n d e l a r t i s t a , n o se d i c e n a d a
s o b r e e l status de la o b r a , y la investigación c o r r e c t a d e la
r e l a t i v i d a d h i s t ó r i c a d e l o s f e n ó m e n o s d e a u t o n o m í a se
c o n v i e r t e b r u s c a m e n t e e n s u n e g a c i ó n : l o q u e q u e d a es
u n a m e r a ilusión. A m b o s p r i n c i p i o s i g n o r a n la c o m p l e j i -
d a d de la categoría de autonomía, cuya s i n g u l a r i d a d con-
siste en q u e describ e algo r e a l (la desaparición d e l a r t e
c o m o ámbito p a r t i c u l a r de la a c t i v i d a d h u m a n a , v i n c u l a d a
a la p r a x i s v i t a l ) , u n fenómeno real c u y a r e l a t i v i d a d social,
s i n e m b a r g o , y a n o se p u e d e p e r c i b i r , h e c h o éste q u e t a m -
p o c o escapa a l c o n c e p t o . C o m o el público, la autonomía
d e l a r t e es t a m b i é n u n a c a t e g o r í a d e l a s o c i e d a d b u r g u e s a ,
que desvela y o c u l t a u n real d e s a r r o l l o histórico. Cada dis-
c u s i ó n d e l a c a t e g o r í a d e m u e s t r a l o a p r o p i a d a q u e es p a r a
i n t e r p r e t a r y e x p l i c a r la contradicción lógica e histórica
q u e se d a e n e l h e c h o m i s m o .
B . H i n z e x p l i c a l a génesis de la idea de la a u t o n o m i a
d e l a r t e d e l a s i g u i e n t e m a n e r a : - E n e s t a fase d e l a sepa-
ración histórica de los p r o d u c t o r e s r e s p e c t o a sus m e d i o s
de producción, el a r t i s t a e r a el ónico rezagado, a l c u a l la
d i v i s i ó n d e l t r a b a j o n o había a f e c t a d o e n l o m á s míni-
m o [ . . . ] . E n l a prolongación, p o r los a r t i s t a s , del m e d i o de
producción a r t e s a n o c o n p o s t e r i o r i d a d a l a división social
del t r a b a j o , parece r e s i d i r l a razón de q u e su p r o d u c t o
haya o b t e n i d o v a l o r c o m o algo s i n g u l a r , algo " a u t ó n o m o " *
{Autonomie der Kunst, p p 175 y s . V L a p e r m a n e n c i a e n
e l n i v e l de producción a r t e s a n a l en el seno de u n a sociedad
d o m i n a d a c a d a vez m á s p o r l a d i v i s i ó n d e l t r a b a j o y l a
c o n s i g u i e n t e separación de l o s t r a b a j a d o r e s r e s p e c i o a sus
m e d i o s d e p r o d u c c i ó n es. p o r t a n t o , l a c o n d i c i ó n p r e v i a
efectiva para q u e el a r t e f u e r a c o n c e b i d o c o m o algo sin-
g u l a r . E n b a s e af t r a b a j o e m i n e n t e m e n t e c o r t e s a n o d e l

E n l o sucesivo n o p o d e m o s esbozar u n a h i s t o r i a de la
institución a r t e e n la s o c i e d a d b u r g u e s a , p o r q u e p a r a ello en i u K i. • in- ... ¿ur i •'• < <d Spraeh-
MJ.-J-[Producción mercancías culturales. Articulas sob's
s o n n e c e s a r i o s Jos t r a b a j o s p r e v i o s d e las c i e n c i a s d e l a r l e sociología de (a literatura y del lenguaje] f E d . S u h r k ' i m p . 62S).
y de l a sociedad. E n c a m b i o , p o d e m o s d i s c u t i r diversas F r a n c t o r t . 1973. pp, 12-75, y B , J . WAPMEKEN. ' A u t o n o m i e u n d I n -
p r o p u e s t a s p a r a u n a explicación m a t e r i a l i s t a de la génesis dicnslnahme. Z u i h r e r Be/iehung in der L i l e r a t u r der bürgeriichen
de l a categoría de a u t o n o m i a . p r i m e r o p o r q u e a s i aclara- GeselischalEi [«Autonomía y alineamiento. Sus relaciones en la
l i t e r a t u r a de la sociedad burguesa-] , en Rhctorik. Asthetik. Ideo-
r e m o s los c o n c e p t o s y , p r o b a b l e m e n t e también, el t e m a togle. Aspekte einer kritisehen Kultttrnissenschaít [Retríriia, es-
m i s m o , y además p o r q u e e o n l a c r i t i c a a los t r a b a j o s m a s tética, ideología. Aspectos de una ciencia critica de ta cultura].
r e c i e n t e s s e p u e d e n p r e p a r a r líneas c o n c r e t a s d e i n v e s t i - S l U t t g a r i . 1973, pp. 79-115,
gación. 1
4. Una interpretación s i m i l a r del arte burgués la d i n en los
•Aos veinte el vanguardista r u w B . A a v ^ i o v : - M i e n t r a s que la
lécnk~a de la suciedad construye sobre los bienes más al tus como
3. Me refiero a las siguientes abras: M . M Ü L L L H , KmwUtt*rtte§M sobie los más bajos y obtiene una técnica para la producción ma-
suri mateiielle Produktion. Zur Auionomie der Kunst in der ita- siva { i n d u s t r i e , radio, transporte, prensa, laboratorios científico*,
lienisihtn Renán same {Producción arlistica y producción mate¬ etcétera), el a r l e burgués se ha quedado p o r p r i n c i p i o en lo arte-
rial- Sobre la autonamia del arle en ti renacimiento italiano |. sanal v por eso está aislado de la t o t a l i d a d de la praxis social de
H . B u t u i . M M P . Autonomie und Askese [Autonomía y ascesis]: los hombres, ha sido a r r i n c o n a d o en el ámbito de la p u r a es-
tí, HiNz. Zur Dialektik des biirgerltchcn Autonomic-Begriifs [So- tética [,..1 . E l maestro aislado es el único t i p o de artista en la
bre ¡a dialéctica del concepto burgués de autonomia], todos i n - sociedad capitalista, el t i p o de los especialistas en el a r l e " p u r o " ,
cluidos en e| colectivo Autonomic der Kunst. Zur Genese und Kri- que t r a b a j a n ajenos a toda u t i l i d a d i n m e d i a t a porque ésia se basa
lik einer bürgeriichen KaiegOrie [Autonomia del arle. Sobre la en l a técnica de las máquinas. De a q u i proviene La ilusión del
génesis y la critica de una categoría burguesa} < Ed Suhrkamp. arte como fin en si m i s m o y su c o m p l e t o fetichismo burgués»
592). Francfort. 1972, citado en adelante c o m o Auionomie der {Kunst und Production {Arte y producción], editado y t r a d u c i d o
Kunst. Además, L . WLNCKLKR, -Entstechung u n d F u n k r i o n des p o r H. Günther v Karfa Hielsen [colección Hanscr. 871. M u n i c h .
l i l c r a r i s c h e n M a r k l c s - [«Origen y función del mercado l i t e r a r i o - ] , 1972. pp. I I y ss.).

84 85
a r t e r e n a c e n t i s t a , s u reacción f r e n t e a l a división d e l i r a -
b a j o es « f e u d a l » ; n i e g a s u status a r t e s a n a l y se a t i e n e a
u n a l a b o r p u r a m e n t e ideaL M . Müller llega también a unas
c o n c l u s i o n e s s i m i l a r e s : « S u r g e a s i la división d e l t r a b a j o
a r t i s t i c o en producción m a t e r i a l e ideal, p o r l o m e n o s en
l a teoría, a l a q u e el arte cortesano se v e a n i m a d o p o r l a
c o r t e ; es u n a r e s p u e s t a f e u d a l a l o s c a m b i o s e n las r e l a -
c i o n e s d e p r o d u c c i ó n » (Autonomie der Kunst, p, 26).
La tarea f u n d a m e n t a l consiste en i n t e n t a r u n a expli-
cación m a t e r i a l i s t a del fenómeno i n t e l e c t u a l c o m o resul-
t a d o d e l a o p o s i c i ó n rígida e n t r e b u r g u e s í a y n o b l e z a . L o s
a u t o r e s n o se c o n t e n t a n c o n u n a m e r a a t r i b u c i ó n d e o b -
j e t i v a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s a d e t e r m i n a d a s p o s i c i o n e s socia-
les, s i n o q u e p r e t e n d e n d e d u c i r l a s i d e o l o g í a s ( e n e s t e c a s o
l a i d e a d e l a e s e n c i a d e l o s p r o c e s o s d e p r o d u c c i ó n artísti-
c a ) de la p r o p i a dinámica social. E n t i e n d e n la pretensión
de autonomía d e l a r t e c o m o u n fenómeno q u e surge e n el
m a r c o de l a c o r t e , c o m o reacción c o n t r a el c a m b i o q u e
sufre la sociedad cortesana gracias a la i n c i p i e n t e econo-
mía c a p i t a l i s t a . E l e s q u e m a de interpretación d i f e r e n c i a d o
tiene c o r r e s p o n d e n c i a s c o n la interpretación q u e ha d a d o
W e r n e r K r a u s s d e l honnéte homme d e l s i g l o x v n francés.
E l i d e a l s o c i a l d e l honnéte homme t a m p o c o se p u e d e c o n -
c e b i r s i m p l e m e n t e c o m o i d e o l o g í a d e l a función p o l í t i c a
d e l a n o b l e z a e n r e t r o c e s o , d a d o q u e se d i r i g e p r e c i s a m e n t e
c o n l r a el p a r t i c u l a r i s m o estatal. K r a u s s lo i n t e r p r e t a c o m o
e l i n t e n t o de l a n o b l e z a p o r c o n s e g u i r e l p u e s t o p r i v i l e g i a -
d o d e l a burguesía e n s u l u c h a p a r t i c u l a r c o n t r a el a b s o l u -
t i s m o . E l f r u t o d e los t r a b a j o s de l a l l a m a d a sociología d e l
arte tiene, pues, u n v a l o r l i m i t a d o , ya q u e el m o m e n t o
5. W, K i u u s s , - U b c r die Trager der klas-úschcn Gestnnung h n
17. J a h r h u n d e r t i [«Sobre los capónenles del p u n t o ¡le vista clási-
co en e l siglo x v u > ] , en sus tSesammelte Aufsatze zur Lileratur
und Spraeh\\iisenit-ha¡t [Articulas completos sabré ciencia de la
literatura y lingüistica'}. F r a n c f o r t . 1W9, pp. 321-liS. Este artículo
parte del i m p o r t a n t e trabajo sobre sociología del público de
E. AuREatcii. «La Cour et la ville« [ - L a corte y la c i u d a d * ] , r e i m -
preso en m obra f r e r Untersuchungen tur Geschichte der fran-
Ztisischeit Bildung [Cuatro investigaciones sobre ¡a historia de la
pintura francesa]. Berna. 1951. pp. 17-50.
e s p e c u l a t i v o ( i n c l u s o e n La i n v e s t i g a c i ó n d e M ü l l e r ) d o m i n a
e n l a m e d i d a en q u e e l m a t e r i a l d e s d i c e l a v a l i d e z d e l a
t e s i s . H a y o t r a cuestión d e c i s i v a : l o q u e a q u í r e f i e r e e l c o n -
c e p t o d e a u t o n o m í a es c a s i e x c l u s i v a m e n t e e l a s p e c t o s u b -
j e t i v o d e l devenir autónomo del arte. E l i n t e n t o de explica-
c i ó n se f i j a e n l o s c o n c e p t o s q u e l o s a r t i s t a s a s o c i a n c o n
su a c t i v i d a d , pero n o en el proceso d e l devenir autónomo
c o m o u n t o d o . S i n e m b a r g o , el p r o c e s o íheluve también
o t r o e l e m e n t o : la liberación de u n a c a p a c i d a d de percep-
ción y construcción de la r e a l i d a d v i n c u l a d a h a s t a entonces
a finalidades de c u l t o . D e s d e l u e g o , h a y r a z o n e s p a r a a d -
m i t i r q u e a m b o s m o m e n t o s d e i p r o c e s o (el i d e o l ó g i c o y e l
r e a l ) están c o n e c t a d o s ; r e d u c i r e l p r o c e s o a s u d i m e n s i ó n
ideológica plantea varios p r o b l e m a s .
A l a s p e c t o r e a l d e l p r o c e s o *e d i . i g e p r e c i s a m e n t e el
i n t e n t o d e e x p l i c a c i ó n d e L u t z W i n c k l c r . É s t e p a r t e de l a
c o n s t a t a c i ó n d e H a u s e r d e q u e c o n l a sustitución d e l o s
mandantes, que encargan u n a obra para u n determinado
fin a u n a r t i s t a , p o r l o s coleccionistas de arte, q u e e n el
m e r c a d o naciente del a r t e a d q u i e r e n obra s de artistas
prestígiosus, a p a r e ce también el a r t i s t a independiente
1
c o m o c o r r e l a t o h i s t ó r i c o d e l c o l e c c i o n i s t a * W i n c k l e r de-
d u c e de ello q u e - l a abstracción de c l i e n t e y o b j e t o , faci-
l i t a d a p o r el mercado , e r a sin e m b a r g o la condición p r e v i a
p a r a l a v e r d a d e r a a b s t r a c c i ó n a r t í s t i c a : e l interés p o r l a
c o m p o s i c i ó n y las técnicas de p i n t u r a * ( W i n c k l e r , p . 18).
H a u s e r p r o c e d e de m o d o esencialmente d e s c r i p t i v o : des-
c r i b e u n d e s a r r o l l o histórico, l a aparición simultánea de
l o s c o l e c c i o n i s t a s y l o s a r t i s t a s i n d e p e n d i e n t e s ( o sea. l o s
a r t i s t a s anónimos que p r o d u c e n p a r a el m e r c a d o ) ; W i n c k -
l e r . s i n e m b a r g o , e s t a b l e c e a p a r t i r de aquí u n a explicación
d e l a génesi s d e l a a u t o n o m í a d e l a estética. P e r o l l e v a r
las a f i r m a c i o n e s d e s c r i p t i v a s h a s t a u n a construcción his-
tórica e x p l i c a t i v a m e p a r e c e p r o b l e m á t i c a , y n o s ó l o p o r -
6. A. H*esFP, SoziQlgeschichte der Kunst und Lileratur [His-
toria social del arte y de ¡a literatura] (edición especial en u n
t o m o ) . 2a. ed„ M u n i c h . 1967, pp. 31B y ss.: en adelante la citare-
mos c o m o Hauser.
«7
que oíros a r g u m e n t o s de H a u s e r sugieran conclusiones
d i s t i n t a s . M i e n t r a s q u e en c] siglo x v , c o m o c o m p r u e b a
H a u s e r . Jos t a l l e r e s d e a r t i s t a s q u e t o d a v í a p e r s e v e r a n e n
e l t r a b a j o a r t e s a n o y Jos r e g l a m e n t o s g r e m i a l e s están so
m e t i d o s (Hauser . p p . 331 y ss,), e n el tránsito d e l s i g l o *V
a l x v t c a m b i a La p o s i c i ó n s o c i a l d e l o s a r t i s t a s , p o r q u e l o s
n u e v o s seriónos y p r i n c i p a d o s p o r u n a p a r l e , y el E s t a d o
ya próspero p o r la otra, tienen siempre u n a gran demanda
d e a r t i s t a s c u a l i f i c a d o s e n situación d e a c e p t a r y l l e v a r a
c a b o g r a n d e s e n c a r g o s . H a u s e r también h a b l a e n este c o n -
t e x t o de « d e m a n d a d e l m e r c a d o d e l arte» (Hauser . p. 340) ,
p e r o n o p i e n s a e n e l m e r c a d o d o n d e se c o m e r c i a n o b r a s
concretas, s i n o e n la elevada c i i r a d e g r a n d es encargos. E l
c r e c i m i e n t o de esta c i f r a tiene c o m o consecuencia u n re-
l a j a m i e n t o de l o s L o m p r u m i s o s gremiales de los a r t i s t a s
(los g r e m i o s e r a n , p o r c i e r t o , u n i n s t r u m e n t o de los p r o -
d u c t o r e s c o n t r a la sobreproducción y la consiguiente c a l d a
de los p r e c i o s ) . M i e n t r a s q o e W i n c k l e r d e d u d e - l a abstrac-
c i ó n a r t í s t i c a : e l interés p o r La c o m p o s i c i ó n y l a s t é c n i c a s
de p i n t u r a - d e l m e c a n i s m o d e l m e r c a d o (el a r t i s t a pro-
duciría p a r » e l m e r c a d o a n ó n i m o , e n el q u e los cliente s
c o m p r a n las o b r a s , y y a n o p a r a e n c a r g o s p a r t i c u l a r e s ) ,
del a r g u m e n t o de H a u s e r q u e acabamos de esponer p o d r i a
llegarse a u n a conclusión o p u e s t a a la de W i n c k l e r . Preci-
s a m e n t e e l i n t e r é s p o r l a c o m p o s i c i ó n y l a s técnicas d e
p i n t u r a habría q u e e x p l i c a r l o e n t o n c e s p o r e l n u e v u r a n g o
w c i a t d e los a r t i s t a s , p r o d u c i d o n o p o r la decadencia d e l
a r l e p o r encargo, sino p o r su c r e c i m i e n t o,
A q u i n u se t r a t a d e d e s a r r o l l a r ta e x p l i c a c i ó n « c o r r e c -
t a » , s i n o d e r e c o n o c e r l o s p r o b l e m a s d e Ja i n v e s t i g a c i ó n ,
puestos de relieve en la divergencia e n t r e los diversos
i n t e n t o s e x p l i c a t i v o s . E l d e s a r r o l l o de l o s m e r c a d o s d e l
a r l e ( t a n t o l o s a n t i g u o s « m e r c a d o s d e e n c a r g o » c o m o Los
n u e v o * m e r c a d o s d o n d e se c o m e r c i a n o b r a s c o n c r e t a s )
p r o p o r c i o n a u n t i p o d e « h e c h o s » q u e p o r sí s o l o s n o fa-
c i l i t a n n i n g u n a c o n c l u s i ón s o b r e l a i n d e p e n d i z a r o n d e l
á m b i t o de l o estético. E l proceso secular y l l e n o d e c o n -
tradicciones (detenido u n a v o t r a ver p o r m o v i m i e n t o s
c o n t r a p u e s t o s ) p o r el que emerge el ámbito social d e lo
OH
q u e l l a m a m o s a r t e , a p e n a s se p u e d e e x p l i c a r p o r u n a ó m
c a « c a u s a - , a u n q u e ésta sea d e t a n t a i m p o r t a n c i a p a r a l a
sociedad en su c o n j u n t o c o m o el m e c a n i s m o del mercado.
E l t r a b a j o d e B r c d c k a m p se d i s t i n g u e d e l a s t e s i s t r a -
tadas hasta a h o r a e n l a m e d i d a en que este a u t o r i n t e n t a
d e m o s t r a r q u e « e l c o n c e p t o y La función d e l a r t e " l i b r e "
( a u t ó n o m o ) están l i g a d o s d e s d e e l p r i n c i p i o a d e t e r m i n a -
das clases, q u e l a c o r t e y l a g r a n burguesía p r o t e g e n e l
a r t e c o m o p r u e b a d e s u d o m i n i o - (Aitttittotnie der Kunst.
p . 9 2 ) , P a r a H r e d c k a m p . l a a u t o n o m í a es u n a - a p a r i e n c i a
d e r e a l i d a d a g r a c i a s a q u e e l e s t í m u l o e s t é t i c o es p r o d u c i -
d o c o m o m e d i o d e d o m i n i o . A e s t a se o p o n e , c o m o v a l o r
p o s i t i v u . e l a r t e s o m e t i d o . Tratará de d e m o s t r a r , pues,
q u e las clases bajas del siglo x v n o perseveran en su
c o n s e r v a d u r i s m o e m o c i o n a l c o m o l o r m a - t recen lesea»,
• • í n o e n v i r t u d d e s u c a p a c i d a d d e e x p e r i m e n t a r y re-
chazar el proceso de i n d e p e n d i c c i ó n del a r t e respcclo al
c u l t o , p u r su pretcnsión de autonomía c o m o a d a p t a d o
a l a i d e o l o g í a d e las c l a s e s s u p e r i o r e s - ( I d . , p . I 2 & I - D e l
m i s m o m o d o i n t e r p r e t a ia iconocJaslia d e los m o v i m i e n -
tos sectarios de la pequeña burguesía p l e b e y a c o m o p r o -
testa r a d i c a l c o n t r a la independilación de los estímulos
sensibles, v de a h i que S a v o n a r u l a apruebe c o m p l e t a m e n t e
u n a r t e o r i e n t a d o a l a e n s e f t a n z a m o r a l . E n e s t e t i p o de
i n t e r p r e t a c i ó n , es e s p e c i a l m e n t e p r o b l e m á t i c a l a e q u i p a -
ración d e l c o n o c i m i e n t o d e l a í n l e r p r e l a c i ó n c u n l a e x p e -
r t t n c i a d e La v i d a . E l i n t é r p r e t e t i e n e , d e s d e l u e g o , eL
d e r e c h o a d e t e r m i n a r s u posición p o r a t r i b u c h i n , puede
decidir, en base a su p v n i c u l a r experiencia social, que
el c o n s e r v a d u r i s m o estético del desposeído c o n t i e n e u n
m o m e n t o de v e r d a d ; p e r o n o es s e n c i l l o r e f e r i r s e a l a
e x p e r i e n c i a , a p r o p ó s i t o d e las c l a s e s b a j a s p e q u e n u b u r -
guesas v p l e b e v a s d e l s i g l o x v i t a l i a n o . De h e c h o , e s t u es
Lo q u e h a c e B r c d e k a m p , c o m o v u e l v e a c o m p r o b a r s e a l
final de su t r a b a j o , d u n d e c a r a c t e r i z a e l a r t e ascétko-
reUgioso c o m o « f o r m a p r e v i a de l a ' t o m a de p a r t i d o " » y
c o m i d e r a « s u d e n u n c i a artística d e l p o d e r a u r á t i c o , I * t e n -
d e n c i a h a c i a l a r e c e p c i ó n m a s i v a [---] y s u d e s i n t e r é s p o r
l o s e n c a n t o s e s t é t i c o s en f a v o r d e l a c l a r i d a d d i d á c t i c o *
99
 p o l í t i c a * c o m o a t r i b u i o s p o s i t i v o s íid., p . 1 6 9 ) . B r c d e k a m p
c o n f i r m a asi. i n v o l u n t a r i a m e n t e , la interpretación t r a d i c i o -
n a l , según l a c u a l e l a i Je c o m p r o m e t i d o n o es a r t e - a u t é n -
t i c o " . S i n e m b a r g o , es d e c i s i v o e l h e c h o d e q u e B r c d e -
k a m p considere m u y pequeño el m o m e n t o l i b e r a d o r q u e
está e n l a b a s e d e s u t o m a d e p a r t i d o p o r u n a r t e m o -
ralizante, y q u e consiste e n l a pérdida de los encantos
estéticos e n el c o n t e x t o r e l i g i o s o . H e m o s de f i j a r n o s e n l a
a p a r i c i ó n p o r s e p a r a d o d e génesis y v a l o r s i q u e r e m o s
c a p t a r e l carácter contradictorio del proceso de au t o no-
m i z a c i ó n d e l a r t e . L a o b r a e n l a q u e l o e s t é t i c o se o f r e c e
p o r p r i m e r a vez c o m o u n p a r t i c u l a r o b j e t o d e p l a c e r , p o -
dría e s t a r u n i d a en s u génesis a u n p o d e r a u r á t i c o , p e r o
esto n o c a m b i a el hecho de q u e ella hace p o s i b l e , p a r a
u n d e s a r r o l l o histórico u l t e r i o r , u n d e t e r m i n a d o t i p o de
p l a c e r íel e s t é t i c o ) , y c o n t r i b u y e a s i a c r e a r e l á m b i t o d e l o
q u e l l a m a m o s a r t e . E n o t r a s p a l a b r a s : l a c i e n c i a crític a
n o puede negar s e n c i l l a m e n t e u n a p a r t e de la r e a l i d a d
social ( c o m o la autonomía d e l a r t e ) y r e t i r a r s e t r a s alguna
d i c o t o m í a ( p o d e r a u r á t i c o versits r e c e p c i ó n m a s i v a ; es-
t í m u l o e s t é t i c o versus c l a r i d a d didác t i c o - p o l i t i c o ) ; aquí
d e b e c o m p a r e c e r l a dialéctic a d e l a r t e , d e l a q u e B e n j a m i n
h a e s c r i t o q u e - n o es j a m á s u n d o c u m e n t o d e l a c u l t u r a ,
s i n ser p o r e l l o u n p a r i e n t e d e l a b a r b a r i e - . C o n e s a ex-
1 nadas c u e s t i o n e s teóricas de m o d o q u e l a investigación
presión. B e n j a m i n n o p r e t e n d e c o n d e n a r la c u l t u r a — u n
p e n s a m i e n t o t o t a l m e n t e ajeno a su c o n c e p t o de c r i t i c a
c o m o s a l v a c i ó n — , s i n o e x p r e s a r más b i e n l a t e s i s d e q u e
Ta c u l t u r a h a p a g a d o c o n e l s u f r i m i e n t o t o d o l o q u e d e j a b a
f u e r a . ( L a c u l t u r a g r i e g a es, c o m o y a se s a b e , l a c u l t u r a d e
u n a s o c i e d a d a p o y a d a e n Ja e s c l a v i t u d , ) L a b e l l e z a d e l a
o b r a n o justifica, en a b s o l u t o , el s u f r i m i e n t o a l que debe
s u e x i s t e n c i a ; p e r o , a l a i n v e r s a , n o se p u e d e n e g a r l a o b r a ,
q u e es e l ú n i c o t e s t i m o n i o d e t a l e s s u f r i m i e n t o s . T a n i m -
p o r t a n t e es a c u s a r a l o p r e s o r ( p o d e r a u r á t i c o ) e n l a s g r a n -
des o b r a s c o m o s u p e r a r e n s e g u i d a e s t e m o m e n t o . Q u e r e r
7. W. BcroAuiN, 'Ceschichtiphilosophisch c Theson. [«Tesis
sobre fílcsoha de la h i s t u r i a * ] . en Illummationen [Iluminaciones]
Áusgewühtfé Schrifien [Obras escogidas} [ [ ] , c d i t a d a i p o r S Un-
sefd. Francfort, 1961; tesis 7.
90
c a n c e l a r el carácter c o n t r a d i c t o r i o e n el d e s a r r o l l o d e l
a r l e , o p t a n d o p o r u n a r t e moralízame f r e n t e a o t r o -autó-
n o m o » , es t a n e r r ó n e o c o m o p r e s c i n d i r d e l m o m e n t o l i -
b e r a d o r en el a r t e autónomo y del m o m e n t o represivo en
e l a r t e m o r a l i z a n t e . F r e n t e a t a l e s c o n s i d e r a c i o n e s adialéc-
ticas. d a m o s l a razón a H o r k h e i m e r y A d o r n o , c u a n d o
i n s i s t e n , e n l a Dialektik der Aufktárunfi [Dialéctica del
iluminismo], en q u e el proceso de civilización i n c o r p o r a
también l a opresión-
Las d i s t i n t a s p r o p u e s t a s recientes de aclaración de l a
génesis d e l a a u t o n o m í a d e l a r t e n o h a n s i d o c o m p a r a d a s
c o n el único á n i m o de d e s a c o n s e j a r t a l e m p r e s a , A l con-
t r a r i o , m e p a r e c e n e n g r a n m e d i d a i m p o r t a n t e s . Desde
luego, l a comparación m u e s t r a c o n c l a r i d a d e l p e l i g r o de
l a e s p e c u l a c i ó n histórico-filosófica, d e l q u e d e b e g u a r d a r s e
p r e c i s a m e n t e u n a c i e n c i a q u e se p r e t e n d e m a t e r i a l i s t a .
E s t o n o es n i n g u n a i n v i t a c i ó n a e n t r e g a r s e c i e g a m e n t e a
l o - m a t e r i a l " , pero sí t a l v e z l a d e f e n s a d e u n e m p i r i s m o
a c o m p a ñ a d o d e t e o r í a . D e t r á s d e e s t a f ó r m u l a se o c u l t a n
l o s p r o b l e m a s de l a i n v e s t i g a c i ó n , q u e e n l a c i e n c i a d e l a
c u l t u r a q u e se p r e t e n d e m a t e r i a l i s t a , p o r l o q u e y o sé, n o
h a n s i d o todavía f o r m u l a d o s , n i m u c h o m e n o s resueltos
c o n c l a r i d a d : ¿ c ó m o se p u e d e n h a c e r o p e r a t i v a s d e t e r m i -
h i s t ó r i c a p r o d u z c a r e s u l t a d o s q u e n o estén y a f i j a d o s p o r
e l p l a n u d e l a t e o r í a ? M i e n t r a s n o f o r m u l e m o s e s t a cues-
t i ó n , l a s c i e n c i a s d e l a c u l t u r a c o r r e r á n s i e m p r e c| p e l i g v o
de o s c i l a r e n t r e u n a g e n e r a l i d a d y u n a concreción i g u a l -
m e n t e indeseables. Trasladándonos a l p r o b l e m a de l a au-
t o n o m í a , se t r a t a r ía d e p r e g u n t a r d e q u é m a n e r a se re-
l a c i o n a l a separación d e l a r l e de l a p r a x i s v i t a l c o n l a
ocultación de las c o n d i c i o n e s históricas de este a c o n t e -
c i m i e n t o , p o r e j e m p l o m e d i a n t e el c u l t o a l genio. T a l vez,
l a s e p a r a c i ó n d e l o e s t é t i c o d e l a p r a x i s v i t a l se o b s e r v a
m e j o r en el d e s a r r o l l o de los conceptos estéticos, p o r l o
c u a l l a unión d e l a r t e a l a c i e n c i a , e m p r e n d i d a d u r a n t e
e l R e n a c i m i e n t o , sería i n t e r p r e t a d a c o m o u n a p r i m e r a f a s e
e n su emancipación de l o r i t u a l . E n la liberación d e l a r t e
d e s u u n i ó n i n m e d i a t a a l o s a g r a d o estaría, t a l vez, l a
91
 c l a v e d e a q u e l p r o c e s o s e c u l a r , y . c o r n o t a l . - difícil d e
c a p t a r a n a l í t i c a m e n t e , a l q u e L l a m a m o s e l d e v e n i r autóno-
m o d e l a r t e . E v i d e n t e m e n t e , e s t a separación d e l a r l e res-
p e c t o a l r i t u a l eclesiástico n o p u e d e e n t e n d e r s e c o m o u n
d e s a r r o l l o p r o g r e s i v o , sino más b i e n lleno de c o n t r a d i c -
ciones ( H a u s e r s u b r a y a u n a y o t r a vez q u e la burguesía
c o m e r c i a n t e i t a l i a n a d e l s i g l o XV s a t i s f a c e t o d a v í a s u s ne-
c e s i d a d e s de r e p r e s e n t a c i ó n m e d i a n t e l a d o n a c i ó n d e o b r a s
sacras), P e r o también b a j o la a p a r i e n c i a de arte sacro
avanza la emancipación de l o estético. I n c l u s o la C o n t r a -
r r e f o r m a , a l p o n e r e l a r t e a l s e r v i c i o d e u n e f e c t o , está
p r o v o c a n d o , paradójicamente, su liberación. L a impresión
p r o d u c i d a p o r e l a r t e b a r r o c o es. p u e s , e n o r m e , p e r o s u
i n d e p e n d e n c i a f r e n t e a l o r e l i g i o s o es t o d a v í a r e l a t i v a .
Este a r t e obtiene su efecto n o del tema, sino p r i n c i p a l -
m e n t e d e l a r i q u e z a d e f o r m a s v c o l o r e s . Así e l a r t e , q u e
la C o n t r a r r e f o r m a q u e r í a c o n v e r t i r e n u n m e d i o d e p r o p a -
g a n d a de la Iglesia, puede desprenderse de l a i n t e n c i o n a-
l i d a d sacra, p o r q u e los artistas d e s a r r o l l a n u n afilado
s e n t i d o p a r a e l e f e c t o d e las f o r m a s v l o s c o l o r e s / E l p r o -
c e s o d e e m a n c i p a c i ó n d e l o e s t é t i c o está l l e n o d e c o n t r a
d i c c i o n e s e n u n s e n t i d o m á s . Pues c o i n c i d e n c o m p l e t a -
m e n t e , c o m o h e m o s v i s t o , t a n t o l a aparició n d e u n á m b i t o
de percepción de la r e a l i d a d , d o n d e la presión de la r a-
c i o n a l i d a d de los fines y a no afecta, c o m o la ideologización
d e esa e s f e r a ( l a i d e a d e g e n i o , e t c . ) . V , finalmente, p o r l o
q u e r e s p e c t a a l a génesis d e l p r o c e s o , es e v i d e n t e q u e se
o r i g i n a e n relación c o n l a aparición de la s o c i e d a d b u r -
g u e s a , a u n q u e está c l a r o q u e e s t o todavía n o se h a d e m o s -
l u l u A q uí habría q u e d e s a r r o l l a r l o s p r i n c i p i o s d e l a
sociología del a r t e d e M a r b u r g o .
8. E l arte completamente u n i d o al r i i u a i no puede hjibcr es-
tado alineado porque n o puede d a r t e como ámbito especial. La
o b r a det arle es a q u i parte del r i t u a l . Solo u n arte que haya al-
canzado una relativa autonomía puede l o m a r posición. Asi por*,
la l u i o n o m i a del i r t e e i también la condición de una heieronom'a
posterior. La eatélica de la mertanrüi supone un arte aulónomn
92
1. LA AUTONOMIA DEL ARTE EN LA ESTETICA
DE KANT Y DE SCHILLEU
H a s t a a h o r a h e m o s v i s t o , c o n e l e j e m p l o d e las a r t e s
figurativas del R e n a c i m i e n t o . los antecedentes de l a a p a r i -
ción de l a a u t o n o m i a d e l a r t e ; sólo e n el sigl o x v u i , c o n el
despliegue de l a sociedad b u r g u e s a y la c o n q u i s t a d e l po-
d e r p o l í t i c o p o r u n a b u r g u e s ía e c o n ó m i c a m e n t e f o r t a l e -
c i d a , se o r i g i n a r á u n a estética s i s t e m á t i c a c o m o d i s c i p l i n a
filosófica, q u e v a a p r o d u c i r u n nuevo concept o de a r t e
a u t ó n o m o . E n l a e s t é t i c a filosófica se o f r e c e e l r e s u l t a d o
de u n proceso de r u p t u r a del concepto q u e h a d u r a d o u n
s i g l o . - E l c o n c e p t o m o d e r n o d e arle, c o m ú n s ó l o d e s d e e l
t i n a ! d e l s i g l o KVfU c o m o denominación q u e c o m p r e n d e
l a poesía, l a m ú s i c a , e l t e a t r o , l a p i n t u r a , l a a r q u i lee t u r a » . '
p e r m i l e u n a comprensión de l a a c t i v i d a d artística c o m o
d i s t i n t a de c u a l q u i e r o t r a a c t i v i d a d , - L a s diversas artes
f u e r o n liberadas de sus conexiones c o n l a v i d a , concebidas
c o m o u n t o d o h o m o g é n e o [ „ • ] y ese t o d o , c o m o reino d e
la c r e a t i v i d a d sin o b j e t o y del a g r a d o desinteresado, quedó
e n f r e n t a d o a l a v i d a s o c i a l , l o r a c i o n a l , q u e a p a r e c e es-
t r i c t a m e n t e o r i e n t a d o hacía l a d e f i n i c i ó n d e fines q u e d e -
terminan el porvenir.* , a
Sólo c o n la constitución de l a
estética c o m o u n a e s f e r a n a t u r a l d e l c o n o c i m i e n t o filosó-
fico a p a r e c e e l c o n c e p t o d e a r t e , c u y a c o n s e c u e n c i a es q u e
i a c r e a c i ó n artística a f e c t e a l a t o t a l i d a d d e l a s a c t i v i d a d e s
s o c i a l e s y se e n f r e n t e a e l l a s e n a b s t r a c t o . D e s d e e l hele-
n i s m o , y e s p e c i a l m e n t e d e s d e H o r a c i o , l a u n i d a d d e delec-
tare y prode.sse n o sólo era u n l u g a r común de l a poética,
s i n o , a d e m á s , u n p r i n c i p i o d e l a n a t u r a l i d a d artística; e n
c o n t r a s t e , ]a configuración de u n á m b i t o d e l a r l e l i b e r a d o
de toda finalidad va a h a c e r q u e l a t e o r i a c o n s i d e r e e l
prudesse c o m o u n e l e m e n t o a j e n o a la estética y q u e l a
crítica rechace l a t e n d e n c ia d o c t r i n a r i a de u n a o b r a c o m o
extraña a l a r t e .
9, H . KCHN, «ASthctik* [Estítica], en Das Fiseher Lexikon
[Enciclopedia Fiscker]. L i t e r a l u r 2/1. editjida pur W.-F. F r i e d r i c h
y W. K i l l y . F r a n c f o r t , 1965. PP- 52 y 53
10. Id.
 E n l a Krilik der Urteiískraft [Critica del Juicio] de s ó l o sí e s a m e r a r e p r e s e n t a c i ó n d e l o b j e t o v a a c o m p a ñ a d a
K a n t . d e 1790 q u e d a r e f l e j a d o e l a s p e c t o s u b j e t i v o d e l a
h
e n m i d e s a t i s f a c c i ó n * {KdU § 2; p p . 2S0 y s. [ e d . c a s t e l l a -
s e p a r a c i ó n d e l a r t e d e sus c o n e x i o n e s c o n l a p r á c t i c a
na, p . 103]).
v i t a l . " E l o b j e t o d e l a i n v e s t i g a c i ó n k a n t i a n a n o es l a o b r a
L a c i l a i l u s t r a l o q u e K a n t entendía p o r desinterés.
d e a r t e , s i n o e l j u i c i o e s t é t i c o ( j u i c i o d e l g u s t o ) . É s t e se
T a n t o e l i n t e r é s d i r i g i d o a l a s a t i s f a c c i ón i n m e d i a t a d e l a s
p r o d u c e e n t r e l a e s f e r a d e l o s s e n t i d o s y l a d e La r a z ó n ,
n e c e s i d a d e s e n e l c a s o d e - a q u e l i r o q u é s * . c o m o e l interés
e n t r e - e l i n t e r é s d e l a i n c l i n a c i ó n p o r l o a g r a d a b l e - {KdU
práctico d e l a razón en l a crítica social de Rousseau, s o n
§ 5: p . 287 [ e d . c a s t e l l a n a , p . 1 0 9 ] ) y e l i n t e r é s d e l a razón
a j e n o s a Ta e s f e r a d e l o q u e K a n t d e t e r m i n a c o m o o b j e t o
práctica p o r establecer el c u m p l i m i e n t o de la l e y m o r a l
d e l j u i c i o e s t é t i c o . A d e m á s se v e c l a r a m e n t e q u e . c o n s u
c o m o desinteresado. - L a satisfacción q u e d e t e r m i n a el j u i -
exigencia de g e n e r a l i d a d p a r a el j u i c i o estético. K a n t su-
c i o d e l g u s t o es t o t a l m e n t e d e s i n t e r e s a d a * (KdU 5 2; p . 2 8 0
p e r a l o s i n t e r e s e s p a r t i c u l a r e s d e s u p r o p i a c l a s e . E l teóri-
[ e d . c a s t e l l a n a , p . 1 0 2 J ) ; e l i n t e r é s se d e f i n e p o r s u - r e l a -
c o burgués p r e t e n d e i m p a r c i a l i d a d , i n c l u s o f r e n t e al p r o -
ción c o n l a f a c u l t a d de d e s e a r - ( í d e m ) . S i l a f a c u l t a d de
d u c t o de los adversarios de clase. E n l a argumentación
d e s e a r es l a c a p a c i d a d d e l o s h o m b r e s q u e p e r m i t e , d e s d e
k a n t i a n a , es b u r g u e s a l a e x i g e n c i a d e v a l i d e z g e n e r a l d e
el p u n t o de v i s t a d e l s u j e t o , u n a sociedad basada en el
l o s j u i c i o s e s t é t i c o s E l pathos d e l a g e n e r a l i d a d es c a r a c -
p r i n c i p i o de m á x i m o beneficio, entonces l a p r o p u e s t a kan-
terísticamente p r e s e n t a d o c o m o o p u e s t o a los intereses
t i a n a también coloca l a l i b e r t a d d e l a r t e f r e n t e a las vio-
p a r t i c u l a r e s de la burguesía q u e c o m b a t e a l a nobleza
lencias de l a sociedad b u r g u e s a en formación. L o estético
feudal."
se c o n c i b e c o m o u n á m b i t o a j e n o a l p r i n c i p i o d e l m á x i m o
b e n e f i c i o q u e d o m i n a s o b r e l a t o t a l i d a d d e Ja v i d a . E s t e K a n t e x p l i c a l o estético p o r su i n d e p e n d e n c i a n o sólo
m o m e n t o todavía n o o c u p a e n el m i s m o K a n t el p r i m e r d e l á m b i t o d e l o s s e n t i d o s y d e l a ética ( l o b e l l o n o es l o
p l a n o ; a l c o n t r a r i o , a c l a r a e l p r i n c i p i o ( l a separación d e l deseable n i l o b u e n o , m o r a l ) , s i n o también d e l ámbito
á m b i t o estético de t o d a relación c o n l a práctica v i t a l ) p o r de l o teórico. L a s i n g u l a r i d a d lógica de los j u i c i o s de g u s t o
el q u e d e s t a c a l a g e n e r a l i d a d d e l j u i c i o e s t é t i c o f r e n t e a l a consiste en que. ciertamente, exige validez general, - p e r o
p a r t i c u l a r i d a d de l o s j u i c i o s q u e d i r i g e la burguesía crítica n o u n a u n i v e r s a l i d a d l ó g i c a s e g ú n c o n c e p t o s - (KdU § 3 1 ;
c o n t r a el m o d o d e v i d a f e u d a l . - S i a l g u i e n m e p r e g u n t a si p . 374 f e d . c a s t e l l a n a , p . 1 8 5 ] ) - p o r q u e d e o t r o m o d o p o -
r

e n c u e n t r o h e r m o s o el p a l a c i o q u e tengo ante m i s ojos H dría ser f o r z a d a l a a p r o b a c i ó n n e c e s a r i a y u n i v e r s a l - (KdU

p u e d o seguramente contestar; " n o m e g u s t a n las cosas § 35; p , 381 f e d . castellana, p . 1 9 1 ] ) . P a r a K a n t , l a u n i v e r -
q u e n o e s t á n h e c h a s más q u e p a r a m i r a r l a s c o n l a b o c a s a l i d a d d e l o s j u i c i o s estéticos se b a s a e n l a c o n f o r m i d a d
a b i e r t a " , o b i e n c o m o a q u el iroqués a q u i e n n a d a e n Paris
H de u n c o n c e p t o c o n las c o n d i c i o n e s de u s o de la f a c u l t a d
g u s t a b a t a n t o c o m o l o s figones; p u e d o t a m b i é n , c o m o de j u z g a r , s u b j e t i v a m e n t e válidas p a r a t o d o el m u n d o
Rousseau, d e c l a m a r c o n t r a l a v a n i d a d d e los grandes, q u e (KdU 5 3 8 ; p p . 3B4 y s. [ e d . c a s t e l l a n a , p . 1 9 4 ] ) , c o n c r e -
m a l g a s t a n el s u d o r d e l p u e b l o e n cosas t a n super'fluas t a m e n t e en la c o n c o r d a n c i a de l a imaginación y el enten-
[ . . . ] . T o d o e s t o p u e d e c o n c e d é r s e m e y a t o d o p u e d e asen- d i m i e n t o (KdU § 3 5 ; p . 3 8 1 [ e d . c a s t e l l a n a , p p . 191 y S.J),
t i r á ; p e r o n o se t r a t a a h o r a d e e l l o . Se q u i e r e s a b e r t a n

12- Este m o m e n t o no es t a n i m p o r t a n t e en la argumentación

I I . I . KAHT, «Kritik der Urteiískraft., en sus Werkc in atm kantiana como el antí feudal, que Warneken ha descubierto en la
Búnden, editadas p o r W. Weischedd, D a r m s t a d i , I96i lomo V I I I n o t a de Kant sobre la música para banquetes [KdV, 44; p- 404
[ed, cast.. p . 211]): ésta es simplemente agradable, pero no puede
¡ 2 ™ E ™ 3 1
V de Kant-Studienausgabc. Widcsbaden
t o m o

1957». E n adelante citaremos KdU. ser bella {Autoticmie und Indiensinahme, p. 85).

94 95
 E n el u k i e o i i h k n u h c u d e K a n : I Juiciu ocupa u n
L
l u g a r c e n t r a l ; le c o r r e s p o n d e m e d i a r e n t r e e l c o n o c i m i e n t o
teórico ( n a t u r a l e z a ) y e l c o n o c i m i e n t o p r a c t i c o (Libertad).
Prupurciona - e l concepto de u n a finalidad de l a naturale-
za- q u e n o sólo p e r m i t e ascender d e l o p a r t i c u l a r a l o
g e n e r a l , sino q u e t a m b i é n i m e r v i c n e p r á c t i c a m e n t e e n l a
r e a l i d a d , pues sólo u n a n a t u r a l e z a p e r n a d a e n s u d i v e r s i -
d a d c o m o finalidad p u e d e r e c o n o c e r s e c u n t o mWtété y -
v e n i r t e en o b j e t o manejable en la practica.
K a n t h> concedido a lo m é l i c o u n puesto privilegiado
e n t r e l a razón y Los b e n t i d o * . y h a d e f i n i d o e l j u i c i o d e l
g u s t o c o m o l i b r e y desinteresado. S c h i l l e r p a r t e d e estas
r e f l e x i o n e s d e K a n t p a r a o c u p a r s e d e a l g o así c o m o u n a
d e t e r m i n a c i ó n d e l a f u n c i ó n s o c i a l de l o e s t é t i c o . E l i n t e n -
t o parece paradójico p o r q u e K a n t habi a puest o de relieve
el desinterés d e l j u i c i o estético, l o c u a l i m p l i c a también,
c u n i o se v i o e n p r i m e r l u g a r , l a c a r e n c i a d e f u n c i ó n d e l
a r t e . Lo q u e S c h i l l e r intentará a h o r a p r o b a r es q u e e l
arte, e n base precisamente a su a u t o n o m i a , a t u desvincu¬
Lación d e h n e s i n m e d i a t o * , es c a p a z d e c u m p l i r u n a m i s i ó n
q u e n o p o d r í a c u m p l i r s e p o r ningún o t r o m e d i o : l a e l e
v a c i u n d e l a h u m a n i d a d . E l punió d e p a r t i d a d e s u s re-
l l e x i u n e s es u n análisis d e l o q u e l l a m a , b a j o l a i m p r e s i ó n
i.au-^ida p o r l a é p o c a d e l t e r r o r d e La R e v o l u c i ó n F r a n c c -
u , < c l d r a m a de n u e s t r o t i e m p o - : - E n las clases bajas
y m á s n u m e r o s a s %e a d v i e r t e n i m p u l s o s b r u t a l e s y anár-
q u i c o s q u e se d e s e n c a d e n a n t r a s r u m p e r eL v í n c u l o d e l
o r d e n c i v i l y q u e se a p t e s u r a n a s u satisfacción a n i m a l
c u n u n a f u r i a indómita. [...] S u disolución [ l a d e ] " E s t a -
d o de u r g e n c i a ] basta p a r a j u s t i f i c a r l o . La sociedad de-
-
s a t a d a , e n vez d e p r o g r e s a r e n l a v i d a o r g á n i c a , v u e l v e a
c a e r e n e l r e i n o d e Lo e l e m e n t a l . P o r e l o t r o l a d o . Las c l a s e s
c i v i l i z a d a s n o s o f r e c e n u n e s p e c t á c u l o aún m á s r e p u g n a n t e
de l a n g u i d e z : u n a depravación d e l carácter q u e e n o j a m u -
c h o m a s p o r q u e l a m i s m a c u l t u r a es s u f u e n t e [ . . , ] . La
i l u s t r a c i ó n d e l e n f e n d i m i e n t u , d e l a q u e se v a n a g l o r i a n
— n o d e l t o d o i n j u s t a m e n t e — l a s c l a s e s más r e f i n a d a s ,
muestra en conjunto t a n poca influencia cnnoblecedora
sobre l o s s e n t i m i e n t o s q u e más b i e n fortalece c o n máxi-
'Jr.
mas de c o r r u p c i ó n . - " E n c i t e m o m e n t o d e l análiili e l
p r o b l e m a parece i n s o l u b l e . N o solo las -clases bajas y más
n u m e r o s a s * o r i e n t a n sus aceiunes c o n vistas a l a satisfac-
ción i n m e d i a l a d e sus i m p u l s o s , s i n o q u e las -clases c i v i -
l i z a d a s - n o r e c i b e n d e l a «ilustración d e l e n t e n d i m i e n t o *
n i n g u n a e d u c a c i ó n p a r a l o s a s u n t o s m o r a l e s . N o se p u e d e
c o n f i a r , p u e s , según e l análisis d e S c h i l l e r . n i e n l a b o n d a d
n a t u r a l d e l h o m b r e n i en la capacidad f o r m a d o r a d e s u
entendí m i e n t o .
L o decisivu en l a estrategia de Schiller c o m i s t e en que
n o i n t e r p r e t a e l r e s u l t a d o d e s u análisis d e s d e u n a p e r s -
pectiva antropológica, e n el s e n t i d o de u n a n a t u r a l e z a
h u m a n a perenne, sin o desde u n a perspectiva social, c o m o
p r o d u c t o de u n proceso histórico. E l d e s a r r o l l o de l a c u l -
tura ha d e s t r u i d o , nos dice Schiller. l a u n i d a d d e sensibi-
l i d a d y espíritu q u e c o n o c i e r o n l o s g r i e g o s : - N o v e m o s
S i m p l e m e n t e a s u j e t o s a i s l a d o i . l i n o a cLasea e n t e r a s d e
h o m b r e s desplegar únicameme u n a p a r t e de sus aptitudes,
m i e n t r a s q u e e l r e s t o a p e n a s c i l á n i n d i c a d a s c o n u n a leve
h u e l l a [ . . . ] . E t e r n a m e n t e e n c a d e n a d o a u n a s o l a partícula
d e l l o d o , e l h o m b r e n o se l u m i a u s i m i s m o m á s q u e c o m o
partícula; o y e n d o s i e m p r e e l único r u i d o m o n ó t o n o d e l a
r u e d a q u e el i m p u l s a , el h o m b r e jamás desarrolla l a ar-
m o n í a d e t u *ct y . e n v e z d e e s t a m p a r e n s u n a t u r a l e z a
el sello de la h u m a n i d a d , t e convierte e n u n a copia de s u
o c u p a c i ó n , d e s u c i e n c i a - tAithe!. ET: C a r t a V I , p 5 8 2
y •.. p . 5 5 4 f e d . c a s i . , p p . 43 y • i • L a d i f e r e n c i a c i ó n d e
l a s a c t i v i d a d e s d a l u g a r a - u n a clasificación m á s e s t r i c -
t a d e l a s c l a s e s s o c i a l e s y d e l o s n e g o c i o s - ( i d . , p . 5¿Z
[ e d . c a s t . . p . 4 3 1 ) ; p a r a d e c i r l o e n t é r m i n o s d e Las c i e n c i a s
s o c i a l e s : La d i v i s i ó n d e l t r a b a j o g e n e r a l a s o c i e d a d d e
clases. S e g ú n l a a r g u m e n t a c i ó n d e S c h i l l e r . é s t a n o t e pue -
d e s u p r i m i r m e d i a n t e u n a r e v o l u c i ó n p o l í t i c a , p o r q u e La
r e v o l u c i ó n s o l u La p u e d e n h a c e r Los h o m b r e s q u e . f o r m a -
13. ScMlL4.ru. .VJbei Jic a r t b r i j i t h e e r z i e h u n i d * i M e n H h e n -
[...] [-Carlas tufare la educación enética d e l h u n i b r f - ] . e n tui
SlimtUcht Wtrkt [Qbrat editadas p o r C. Prlcke y
Q. H C o p i e n , l u mo V, 4a. ed., M u n i c h . 19r>7. p SAO (carta V )
Ltd- c a n . pp, it y n ] . E n ftdclkQti cataren»-. AilHtt. I •¿
97
d o i e n la división d e l t r a b a j o , n o h a n p o d i d o acceder a l a
h u m a n i d a d . La aporta, q u e apareció en e l p r i m e r estadio
d e l análisis « c h i l l e n a n o c o m o o p o s i c i ó n i r r e s o l u b l e e n t r e
la t c n s i b i l i d a d y e l e n t e n d í m i c n t u . v u e l v e a p r e s e n t a r s e
a h o r a . E l l a o p o s i c i ó n y a n o c i e t e r n a , s i n o q u e se h a v u e l -
t o h i s t ó r i c a , p e r o n o p o r eso p a r e c e m e n o * i r r e m e d i a b l e ,
pues t o d a transformación social hacia u n h o m b r e r a c i o n a l
y a l m i s m o t i e m p o h u m a n o e x i g e prc\ i a m c n l c q u e p u e d a
f o r m a r s e en t a l sociedad.
E n este m u m e n t o de la argumentación i n t r o d u c e S c h i
l l c r e l a r t e , a l q u e a s i g n a n a d a m e n u s q u e La m i s i ó n d e
volver a r e u n i r las dos «mitades* separadas del h u m b r e .
O sea, q u e v a e n c i s e n o d e l a s o c i e d a d J e i a d i v i s i ó n d d
t r a b a j o , e l a r t e d e b e f a c i l i t a r l a f o r m a c i ó n de l a t o t a l i d a d
d e las d i s p o s i c i o n e s h u m a n a s q u e l u s i n d i v i d u o s n o p u e -
den d e s a r r o l l a r en el ámbitu d e su a c i i v i d a d . « P e r o , n u e t d e l o b e l l o E n n u e s t r o c o n t e x t o , h e m o s d e i n s i s t i r en l a
de el h o m b r e e s t a r d e s t i n a d o a desentenderse de s i m i s m o
p o r ningún f i n ? ¿Debía r o b a r n o s l a n a t u r a l e z a , p o r s u s
Unes, u n a p e r f e c c i ó n q u e l a razón n o s p r e s c r i b e c o n l o s
H i y o t ? P o r c o n s i g u i e n t e , o h a d e ser t a l s o q u e La f o r m a -
c i u n d e Las f u e r z a s a i s l a d a s h a g a n e c e s a r i o e l s a c r i f i c i o
d e t u t o t a l i d a d , u . p o r m u c h o q u e l a les d e l a n a t u r a l e z a
t i e n d a a e l l o , t i e n e q u e h a b e r e n n u s u t r u s m e d i o s d e res-
t i t u i r , C o n u n a r l e s u p e r i o r , e s a t o t a l i d a d d e n u e s t r a esen-
c i a , q u e h a s i d o d e s t r u i d a p o r e] a r t e » l 1
• t >;., Caí l a
V I , p . Sftfl [ e d . c a s i . , p p , 5 0 y i . ] ) . L a l a r c a es c o m p l i c a d a ,
p o r q u e l o s c o n c e p t o s n o s o n r i g i d u s . s i n o q u e . u n a vez
c a p t a d o s p o r l a d i a l é c t i c a d e l p c n s a m i e n l u , se transí u r -
m a n en su c o n t r a r i o . F i n q u i e r e decir, en p r i m e r l u g a r , la
misión l i m i t a d a q u e c o r r e s p o n d e a l o p a r t i c u l a r ; también
la t e u l u g i a ( l a d i l e r e n c i a c i o n d e las c a p a c i d a d e s d e l o s
h o m b r e s ) a t r i b u i d a a l d e s a r r o l l o histórico («la naturale-
s-i • p o r ú l t i m o , e l f i n r a c i o n a l de u n a l o r m a c i ó n u n i v e r s a l
d e l u s h o m b r e s . Alu,o p a r e c i d o s u c e d e c u n e l c u n c e p l o d e
n a t u r a l e z a , q u e p o r u n l a d o a l u d e a u n a ley de d e s a r r o l l o ,
y p o r el o t r o a los h o m b r e s c u m u u n a t o t a l i d a d de cuer-
p o > a l m a . Y t a m b i é n a r t e se d i c e e n u n d o b l e s e n t i d o ; e n
J
p r i m e r l u g a r , e n e l s e n t i d o d e técnica y c i e n c i a , p e r o t a m -
bién a d e m a s e n s e n t i d o m o d e r n o c u m u u n a m b n u s u r g i d o
9ñ
de la p r a x i s v i t a l ( « a r t e s u p e r i o r » ) . A s i pues, la idea de
S c h i l l e r es q u e e l a r t e , p o r s u r e n u n c i a a l a I n t e r v e n c i ó n
i n m e d i a t a e n l a r e a l i d a d , es a p r o p i a d o p a r a r e s t a u r a r l a
t o t a l i d a d h u m a n a . S c h i l l e r . q u e n o veía e n s u t i e m p o la po-
s i b i l i d a d d e c o n s t r u i r u n a s o c i e d a d q u e p e r m i t i e r a eL desa-
r r o l l o de todas I * * disposiciones panicuLares , neniará c o n
t o d o q u e esa m e t a n o n e n e p r e c i o . L a i n s t i t u c i ó n d e u n a
sociedad r a c i o n a l d e p e n d e de la realización p r e v i a de la
humanidad por medio del arte.
p u r eso a q u i n o n o s i n t e r e s a e l p e n s a m i e n t o d e S c h i -
l l e r r e l a t i v o a Los i n d i v i d u o s , c ó m o d e t e r m i n a e l i m p u l s o
d e j u e g o i d e n t i f i c a d o c o n l a a c t i v i d a d artística , c o m o sín-
tesis del i m p u l s o m a t e r i a l v e l i m p u l s o f o r m a l , y c ó m o
t r a t a d e e n c o n t r a r m e d i a n t e u n a e s p e c u l a c i ó n histórica l a
liberación d e l d e s l i e r r o e n ]o m a t e r i a l p o r la e x p e r i e n c i a
decisiva (unción social q u e S c h i l l e r a t r i b u y e a l a r l e , pre-
c i s a m e n t e p o r e s t a r e s i c d e s v i n c u l a d o d e La v i d a p r a c t i c a .
E n r e s u m e n , l a aiuoriomia del arte es u n a c a t e g o r í a
de l a s o c i e d a d b u i g u e s a . P e r m i t e d e s c r i b i r l a d e s v i n c u b -
c i o n d e l a r t e respecto a l a v i d a práctica, históricamente
d e l c r m i n a d a . d e s c r i b i r pues el f r a c a s o en l a construcción
de u n a sensualidad d i s p u e s t a c o n f o r m e a l a r a c i o n a l i d a d
d e Los fines e n l u s m i e m b r o s d e l a c l a s e q u e e i t á , p o r Lo
menos periódicamente, l i b e r a d a d e consl rice iones inme-
diatas. E n e t l o reside el m o m e n t o de verdad del d i s c u r s o
de Jas u b i a s d e a r l e a u t ó n o m a s . L a c a t e g o r í a , s i n e m b a r -
g o , n o p e r m i t e c a p t a r e l h e c h o d e q u e e s a separació n d e l
a r t e d e s u i c o n e x i o n e * c o n La v i d a p r á c t i c a e i u n procedo
histórica, q u e esta p o r t a n t o sociülmentt cundiciotiado.
Y precisamente la falsedad de la categoría, el m o m e m u
de la d e l u r m a c i u n . consiste e n q u e cad a ideología —-con
t a l d e q u e se u t i l i c e e s t e c o n c e p t o e n e l s e n t i d o d e l a crí-
tica de la ideología d e l j o v e n M a r x — esta a l s e r v i c i o d e
a l g u i e n . L a c a t e g o r í a de a u t o n o m í a n a p e r m i t e p e r c i b i r
la a p a r i c i ó n h i i t ó r i c a d e s u o b j e t o . L a s e p a r a c i ó n d e l a
o b r a de arte respecto a la p r a x i s v i t a l , relacionada c o n
la l o c i e d a d b u r g u e s a , t e t r a n s f o r m a a s i e n b ( f a l s a ) i d e a
d e l a t o t a l i n d e p e n d e n c i a d e l a o b r a d e a r t e r e s p e c t o a ta
99
s o c i e d a d L J a u l u n o m t a es u n a c a t e g o r í a ideológica e n e l
s e n t i d o rtourtSMJ d e l t é r m i n o v c o m b i n a u n m o m e n t o d e
v e r d a d {la d e s v i n c u l a r o n de! a r l e respecto a la p r a x i s
v i t a l ) c o n u n m o m e n t o d e f a l s e d a d fia h i p u s l a t ¡ ¿ a c i ó n d e
este h e c h o h i s t ó r i c o a u n a - e s e n c i a - d e l a r l e ) .
3. LA NEGACION DE ¡.A AUTONOMIA DEL ARTE
EN LA VANGUARDIA
D e l c u r s o de l a investigación p o d e m o s d e d u c i r l o si-
g u i e n t e . E l d é b a l e d e l a c a t e g o r í a d e a u t o n o m í a se r e s i e n t e
hasta a h o r a de q u e las diversas subeategorias. pensadas
u n i t a r i a m e n t e en el concepto d e o b r a de arte, n o h a n sido
d i s t i n g u i d a s c o n p r e c i s i ó n . C o m o e l d e s a r r o l l o d e l a s sub>
c a t e g o r í a s p a r t i c u l a r e s n o se p r o d u c e d e m a n e r a s i m u l t a ¬
n e a . u n a s veces el a r t e c o r t e s a n o a p a r e c e y a c o m o autóno-
m o , o t r a s v e c e s se r e s e r v a e s t a c u a l i d a d a l a r l e b u r g u é s
P a r a a c l a r a r l a s c o n t r a d i c c i o n e s q u e las d i v e r s a s i n t e r p r e -
t a c i o n e s a t r i b u y e n a l o b j e t o , v a m o s a t r a z a r u n a tipología
h i s t ó r i c a H e m o s r e d u c i d o ésta i n t e n c i o n a d a m e n t e a t r e s
e l e m e n t o s ( f i n a l i d a d , p r o d u c c i ó n , r e c e p c i ó n ) , p o r q u e se
t r a t a d e destacar el hecho d e l a f a l t a d e s i m u l t a n e i d a d e n
el d e s a r r o l l o d e las categorías p a r t i c u l a r e s .
J4) E l a r t e s a c r o ( p o r e j e m p l o , e l a r t e d e l a A l t a E d a d
M e d i a ) s i r v e c o m o o b j e t o d e c u l t o . Está t o t a l m e n t e i n c o r -
p o r a d o a l a i n s t i t u c i ón s o c i a l d e l a r e l i g i ó n . E s p r o d u c i d o
de f o r m a artesano-colectiva. E l m o d o de recepción t a m -
bién está i n s t i t u c i o n a l i z a d o c o l e c t i v a m e n t e . "
B) E l a r t e cortesano ( p o r e j e m p l o , el a r t e de la c o r t e
de L u i s X I V ) c u m p l e , a s i m i s m o , u n a f i n a l i d a d m u y b i e n
d e l i m i t a d a : es o b j e t o d e r e p r e s e n t a c i ó n , s i r v e a l a g l o r i a
14. Cf. para estu nuevamenie R. "A u f s i s t , - R i t u t . Myihos u n d
i c f o u i c h e i Spíel» | • Ril • m i t o y l i b e r t a d de espíritu»], en Terror
und Spiel Probleme dtr Ufthtnrezcption {Terror y libertad. El
problema de la recepción de los miiui], editado por M. Fuiir-
m s n n ¡Poetik und Hcrmencitlik [Poética v hermenéutita]. 4>. M u -
n i c h , 1971, pp. 211-239.
100
d e l príncipe y c o m o a u t o r r e t r a t o de la sociedad cortesa-
n a . E l a r t e c o r t e s a n o es p a r t e d e l a p r a x i s v i t a l d e l a
s o c i e d a d c o r t e s a n a , c o m o e l a r t e s a c r o l o es d e l a p r a x i s
v i t a l d e l o s c r e y e n t e s . C o n t o d o , l a s e p a r a c i ó n d e l o sa-
g r a d o es u n p r i m e r p a s o h a c i a l a e m a n c i p a c i ó n d e l a r t e .
( A q u i usamos emancipación c o m o u n c o n c e p t o descrip-
t i v o , q u e refiere l a e m e r g e n c i a d e la esfera social d e l
a r t e . ) L a d i f e r e n c i a c o n e l a r t e s a c r o se h a c e e s p e c i a l m e n -
te c l a r a e n el ámbito d e l a producción, p u e s aquí e l a r t i s t a
p r o d u c e c o m o i n d i v i d u o y d e s a r r o l l a u n a c o n c i e n c i a de la
s i n g u l a r i d a d de s u actuación. L a recepción, p o r el c o n t r a ¬
r i o . sigue siendo colectiva, a u n q u e el c o n t e n i d o de la reu-
nión c o l e c t i v a y a n o es s a g r a d o : es l a s o c i a b i l i d a d ,
C) E l a r t e b u r g u é s t i e n e l a función d e l a r e p r e s e n t a -
ción sólo e n la m e d i d a e n q u e l a burguesía a c e p t a el
c o n c e p t o d e v a l o r d e l a n o b l e z a ; l a o b j e t i v a c i ó n artística
d e l a a u t o c o m prensió n d e l a p r o p i a c l a s e es g e n n i ñ a m e n t e
b u r g u e s a . La producción y la recepción d e la a u t o c o m -
p r e n s i ó n a r t i c u l a d a e n e l a r t e y a n o están v i n c u l a d a s a l a
p r a x i s v i t a l . H a b e r m a s se r e f i e r e a e s t e h e c h o c o m o s a t i s -
f a c c i ó n d e n e c e s i d a d e s r e s i d u a l e s , es d e c i r , n e c e s i d a d e s
excluidas de la praxis vital de la sociedad burguesa. N o
s ó l o l a p r o d u c c i ó n , s i n o t a m b i é n l a r e c e p c i ó n se r e a l i z a n
a h o r a de m o d o i n d i v i d u a l . E l m o d o adecuado de a p r o p i a r -
se d e l a o b r a d e a r t e c o n s i s t e e n s u m e r g i r s e i n d i v i d u a l -
m e n t e e n e l l a , q u e y a está a l e j a d a d e l a p r a x i s v i t a l d e l
burgués, a u n q u e p r e t e n d a todavía reflejarla . Y el esteti-
c i s m o , c o n e l q u e e l a r l e b u r g u é s a l c a n z a e l e s t a d i o de l a
autocrítica, conserv a todavía esta pretensión. L a separa-
ción de l a p r a x i s v i t a l , q u e h a s i d o s i e m p r e d m o d o d e
función d e l a r l e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a , se t r a n s f o r m a
ahora en su contenido.
L a t i p o l o g í a e s b o z a d a se p u e d e r e í l e j a r e n c| s i g u i e n t e
e s q u e m a . ( L a s líneas v e r t i c a l e s m á s g r u e s a s i n d i c a n u n a
r u p t u r a decisiva e n l a evolución y las lineas d i s c o n t i n u a s
una r u p t u r a menos decisiva,}
 n a l i d a d d e l o s fines), e n e l a r t e se e x p e r i m e n t a a sí m i s m o
artt arle c o m o - h o m b r e » , y a q u í p u e d e d e s p l e g a r t o d a s sus d i s p o -
arte sacro cortesano burgués siciones, c o n l a condición de q u e este ámbito quede r i -
finalidad o b j e t o de c u l t o ¡ o b j e t o de rc- representación g u r o s a m e n t e separado de la p r a x i s v i t a l . V e m o s asi (algo
I presentación de la autocom- q u e e n e l e s q u e m a n o e s t a b a b a s t a n t e c l a r o ) q u e l a sepa-
I prensión b u r - r a c i ó n d e l a r l e r e s p e c t o a l a p r a x i s v i t a l es e l s í n t o m a
I guesa decisivo d e l a a u t o n o m i a d e l a r t e burgués. Para e v i t a r
confusiones, hemos de s u b r a y a r , n o obstante, q u e la auto-
producción artesana-colectiva j i n d i v i d u a l individual
n o m í a d e s i g n a e l slarus d e l arte en la sociedad burguesa ,
individual p e r o c o n e l l o n o se d i c e n a d a s o b r e e l c o n t e n i d o d e las
recepción c o l e c t i v a (sacra) ¡ colectiva
o b r a s . V a q u e l a i n s t i t u c i ón a r t e se p u e d e c o n s i d e r a r c o m -
p l e t a m e n t e f o r m a d a h a c i a finales d e l s i g l o x v t t i , e l desa-
El esquema p e r m i t e c o m p r e n d e r la f a l t a de s i m u l t a - r r o l l o d e l c o n t e n i d o d e l a s o b r a s está s u j e t o t o d a v í a a u n a
n e i d a d e n e l d e s a r r o l l o d e las c a t e g o r í a s i n d i v i d u a l e s . E l d i n á m i c a h i s t ó r i c a c u y o p u n t o f i n a l se a l c a n z a c o n e l es-
m o d o de producción i n d i v i d u a l característico d e l a r t e e n t e t i c i s m o , d o n d e e l p r o p i o a r t e se c o n v i e r t e e n e l c o n t e n i -
l a s o c i e d a d b u r g u e s a s u r g e y a c o n l o s m e c e n a s de l a c o r - do del arte.
te. S i n e m b a r g o , el a r t e c o r t e s a n o estaba u n i d o todavía
L o s m o v i m i e n t o s e u r o p e o s d e v a n g u a r d i a se p u e d e n
a l a p r a x i s v i t a l , a u n q u e l a función d e r e p r e s e n t a c i ó n , e n
d e f i n i r c o m o u n a t a q u e a l stalus del a r te en l a sociedad-
c o m p a r a c i ó n c o n f a función d e c u l t o , r e p r e s e n t a u n p a s o
b u r g u e s a . N o i m p u g n a n u n a e x p r e s i ó n artística p r e c e d e n t e
h a c i a el r e l a j a m i e n t o de la pretensión de aplicación social
( u n e s t i l o ) , s i n o l a institución a r t e e n s u separación de l a
i n m e d i a t a . La recepción d e l a r t e c o r t e s a n o sigue siendo
praxis v i t a l de los h o m b r e s . C u a n d o los v a n g u a r d i s t a s
t a m b i é n c o l e c t i v a , s i b i e n e l s e n t i d o d e l a s r e u n i o n e s co-
p l a n t e a n la exigencia de q u e el a r t e vuelva a ser práctico,
lectivas h a v a r i a d o . E n el ámbit o de la recepción, l a trans-
n o q u i e r e n d e c i r q u e e l c o n t e n i d o d e l a s o b r a s sea so-
f o r m a c i ó n d e c i s i v a se p r o d u c e s ó l o c o n e l a r l e burgués,
c i a l m e n t e s i g n i f i c a t i v o . L a e x i g e n c i a n o se r e f i e r e a l c o n -
q u e es r e c i b i d o p o r i n d i v i d u o s a i s l a d o s . L a n o v e l a es e l
t e n i d o d e las o b r a s ; v a d i r i g i d a c o n t r a e l f u n c i o n a m i e n t o
g é n e r o l i t e r a r i o q u e c o r r e s p o n d e a e s t e n u e v o t i p o d e re-
del arle en la sociedad, q ue decide t a n t o sobre el efecto
c e p c i ó n . T a m b i é n e n el a r t e b u r g u é s se p r o d u c e l a r u p t u -
11

ra decisiva desde el p u n t o de v i s t a de la f i n a l i d a d. E l a r t e
s a c r o y e l a r t e c o r t e s a n o están u n i d o s , a u n q u e c a d a u n o a
s u m a n e r a , c o n l a p r a x i s v i t a l de l o s r e c e p t o r e s . C o m o
o b j e t o d e c u l t o o c o m o o b j e t o d e r e p r e s e n t a c i ó n , las o b r a s
d e a r t e están a l s e r v i c i o d e u n a f i n a l i d a d . E s t o y a n o se
a p l i c a a l a r t e b u r g u é s ; l a r e p r e s e n t a c i ó n d e fa a u t o c o m -
p r e n s t ó n b u r g u e s a se v e r i f i c a e n u n r e c i n t o p r o p i o , a j e n o
a l a p r a x i s v i t a l . E l b u r g u é s , q u e e n s u p r a x i s v i t a l se ve
r e d u c i d o a u n a función p a r c i a l ( l o s a s u n t o s d e l a r a c i o -
15. Es sabido que H I C E I . habló ya de la novela como «la mo-
derno epopeva burguesa' iAsthctik \I ' editado por F Bas-
*enge en dos lomos. BcrlLn/Weimqr. lomo El, p. 452).
de la o b r a c o m o s o b r e su p a r t i c u l a r c o n t e n i d o .
Los vanguardistas ven c o m o rasgo d o m i n a n t e del arte
en la sociedad b u r g u e s a su separación de la p r a x i s v i l a l .
E s t e j u i c i o l o h a b í a f a c i l i t a d o , e n t r e o t r a s c o s a s , e l este-
t i c i s m o , a l c o n v e r t i r este m o m e n t o de la institución a r t e
en c o n t e n i d a esencial de l a o b r a . L a c o i n c i d e n c i a e n t r e
institución y c o n t e n i d o d e l a o b r a e r a e l m o t i v o l ó g i c a m e n -
te a p a r e c i d o de la p o s i b i l i d a d d e l c u e s t i o n a m i e n t o van-
g u a r d i s t a del arte. L o s vanguardistas i n t e n t a r o n , pues, u n a
superación d e l a r t e e n e l s e n t i d o h e g e l i a n o d e l t é r m i n o ,
p o r q u e e l a r t e n o había d e s e r d e s t r u i d o s i n m á s , s i n o
r e c o n d u c i d o a l a p r a x i s v i t a l , d o n d e sería t r a n s f o r m a d o
y conservado. Es i m p o r t a n t e observar que el vanguardista

102 103
a c e p t a así u n m o m e n t o e s e n c i a l d e l e s t e t i c i s m o . E s t e h a -
bía d i s t a n c i a d o e l c o n t e n i d o de l a o b r a respecto a l a p r a x i s
v i t a l . L a p r a x i s v i l a l , a l a q u e e l e s t e t i c i s m o se re lie r e p o r
e x c l u s i ó n , es l a r a c i o n a l i d a d d e l o s f i n e s d e l a c o t i d i a n i -
d a d b u r g u e s a . L o s v a n g u a r d i s t a s n o i n t e n t a n en a b s o l u t o
i n t e g r a r e l a r t e e n esa p r a x i s v i t a l ; p o r e l c o n t r a r í o , c o m -
p a r t e n l a recusación d e l m u n d o o r d e n a d o c o n f o r m e a l a
r a c i o n a l i d a d d e l o s fines q u e h a b í a f o r m u l a d o e l e s t e t i -
c i s m o . L o q u e les d i s t i n g u e d e éste es e l i n t e n t o d e o r g a -
n i z a r , a p a r t i r d e l a r t e , u n a nueva p r a x i s v i t a l . T a m b i é n a
e s t e r e s p e c t o e l e s t e t i c i s m o es c o n d i c i ó n p r e v i a d e l a i n -
t e r v e n c i ó n v a n g u a r d i s t a . S ó l o u n a r t e q u e se a p a r t a c o m -
p l e t a m e n t e d e La p r a x i s v i t a l ( d e t e r i o r a d a ) , i n c l u s o p o r e l
c o n t e n i d o d e s u s o b r a s , p u e d e ser e l e j e s o b r e e l q u e se
pueda organizar u n a nueva praxis v i t a l .
L a i n t e n c i ó n v a n g u a r d i s t a está m u y b i e n r e f l e j a d a
e n e l t e o r e m a que H e r b e r t Marcuse ha esbozado sobre el
e l d o b l e carácter d e l a r t e e n la sociedad b u r g u e s a q u e y a
v i m o s e n l a i n t r o d u c c i ó n . E n ésta, e l a r t e está s e p a r a d o
d e l a p r a x i s v i t a l y e n él t i e n e n c a b i d a t o d a s las n e c e s i -
d a d e s c u y a s a t i s f a c c i ón es i m p o s i b l e e n l a e x i s t e n c i a c o -
t i d i a n a , e n base a los p r i n c i p i o s de c o m p e t e n c i a q u e pe-
n e t r a n todos l o s ámbitos de l a vida. E l a r t e conserva
valores c o m o h u m a n i d a d , amistad , verdad, solidaridad,
q u e en c i e r to m o d o h a n sido b r u s c a m e n t e a p a r t a d o s de
la v i d a r e a l . E n l a s o c i e d a d b u r g u e s a , e l a r l e j u e g a u n
papel c o n t r a d i c t o r i o : al p r o t e s t a r c o n t r a el o r d e n deterio-
r a d o del presente p r e p a r a l a formación de u n o r d e n me-
j o r . P e r o , e n t a n t o q u e d a f o r m a a esc o r d e n m e j o r e n l a
a p a r i e n c i a d e l a ficción, d e s c a r g a a l a s o c i e d a d e x i s t e n t e
de l a presión de las fuerzas q u e p r e t e n d e n s u t r a n s f o r m a -
ción. Estas q u e d a n presas e n u n á m b i t o i d e a l . M a r c u s e
l l a m a « a f i r m a t i v o » a l a r t e q u e tiene estas consecuencias.
E l d o b l e carácter d e l arte e n la sociedad b u r g u e s a consiste
en que su d i s t a n c i a r e l a t i v a a los procesos sociales de
producción y reproducción c o n t i e n e t a n t o u n m o m e n t o
de Libertad c o m o u n m o m e n t o de f a l t a de c o m p r o m i s o ,
d e f a l t a d e c o n s e c u e n c i a s . P o r e s o se e n t i e n d e q u e e l i n -
t e n t o de l o s v a n g u a r d i s t a s p o r r e i n t e g r a r el a r t e a los
104
p r o c e s o s d e l a v i d a sea e n sí m i s m o u n a e m p r e s a e n
g r an m e d i d a c o n t r a d i c t o r i a . L a Libertad (relativa) del
a r t e f r e n t e a l a p r a x i s v i t a l es l a c o n d i c i ó n d e l a p o s i -
b i l i d a d de u n c o n o c i m i e n t o crítico de l a r e a l i d a d . U n arte
q u e y a n o esté a l z a d o s o b r e l a p r a x i s v i t a l , s i n o s e p a r a d o
p o r c o m p l e t o d e e l l a , p i e r d e c o n la d i s t a n c i a referente a
la p r a x i s v i t a l también la c a p a c i d ad de c r i t i c a r l a . E l inten-
t o de s u p r i m i r la d i s t a n c i a e n t r e a r t e y p r a x i s v i t a l podría
r e c l a m a r t o d a v í a , e n l a é p o c a d e l o s m o v i m i e n t o s histó-
ricos d e v a n g u a r d i a , e l pathos d e l p r o g r e s i s m o histórico.
Desde entonces , h e m o s c o n o c i d o l a falsa anulación de l a
d i s t a n c i a e n t r e el a r t e y la v i d a p r o d u c i d a p o r la i n d u s t r i a
de la c u l t u r a , l o q u e ha h e c h o e v i d e n t e e l carácter c o n -
t r a d i c t o r i o de las iniciativas v a n g u a r d i s t a s . "
E n l o s u c e s i v o , m o s t r a r e m o s c ó m o se t r a d u c e l a i n -
tención d e s u p e r a r l a i n s t i t u c i ó n a r t e a l o s t r e s á m b i t o s
que antes hemos necesitado para caracterizar e l arte a u -
tónomo: finalidad, producción, recepción. E n l u g a r de
o b r a v a n g u a r d i s t a conviene h a b l a r de manifestación van-
g u a r d i s t a . U n a c t o dadaísta n o t i e n e c a r á c t e r d e o b r a , p e r o
es u n a auténtica m a n i f e s t a c i ó n d e l a v a n g u a r d i a a r t í s t i c a .
Con ello n o q u i e r o decir que los v a n g u a r d i s t a s n o h a y a n
p r o d u c i d o n i n g u n a o b r a n i ningún a c t o m o m e n t á n e o d e l
m i s m o nivel. L a categoría de o b r a de arte, c o m o h e m o s
v i s t o , n o es d e s t r u i d a p o r l o s v a n g u a r d i s t a s , a u n q u e quizá
la havan t r a n s f o r m a d o p o r completo.
De l o s t r e s á m b i t o s , e l d e l a finalidad de la m a n i l e s t a -
c i ó n v a n g u a r d i s t a es e l m á s difícil d e d e l i m i t a r . E n l a o b r a
d e a r t e e s l e t i c i s t a . l a finalidad es c o n v e r t i r e n c o n t e n i d o
esencial de la o b r a l a separación de las o b r a s respecto a la
p r a x i s v i l a l q u e c a r a c t e r i z a e l status d e l a r t e e n l a socie-
d a d b u r g u e s a . S ó l o a s i se c o n v i e r t e l a o b r a d e a r t e e n u n
fin e n sí m i s m o , e n e l s e n t i d o c o m p l e t o d e l a p a l a b r a . E n
16. Psra e| problema de la ta Isa wperaeriún m i r e el arte y >*
praxis v i t a l , cf. i. H U F I U U , Sirukluntandei der Qff< >iii" ><*••'
VniuTiuchurtaen tu einer Kuregorre der bUr^erliehen Gese¡¡fc" '' J
{Cambio de estructura de in opinión pública. Im-estinacúy'es
bre una -na de la sociedad btirnueín] { P o l l l i f a . * ' * - • u T
Meuwied/Berlln. I96S, 13, pp. 176 y ss,
105
e l e s t e t i c i s m o se h a c e m a n i f i e s t a l a f a l t a de f u n c i ó n s o c i a l
d e l a r t e . L o s v a n g u a r d i s t a s n o se o p o n e n a é s t e c r e a n d o
obras de g r a n relevancia social, sino m e d i a n t e el p r i n c i p i o
de l a superación d e l a r t e en l a p r a x i s v i t a l . P e r o s e m e j a n t e
concepción y a n o p e r m i t e d i s t i n g u i r u n a finalidad Para
u n a r t e a b s t r a í d o d e l a p r a x i s v i t a l v a n o se p u e d e n i s i -
q u i e r a h a b l a r de la falta de f i n a l i d a d social, c o m o en el
caso d e l e s t e t i c i s m o . C u a n d o a r t e v p r a x i s f o r m a n u n a
u n i d a d , c u a n d o l a p r a x i s es estética y e l a r t e p r á c t i c o , y a
n o se p u e d e r e c o n o c e r u n a 1 i n a l i d a d d e l a r t e , s i m p l e m e n t e
p o r q u e y a n o r i g e l a separació n d e l o s d o s á m b i t o s f e l
a r t e y la p r a x i s v i t a l ) q u e r e q u i e r e el c o n c e p t o de fina-
lidad.
P o r l o q u e a l a producción se r e f i e r e , l o q u e s u c e d e ,
c o m o h e m o s v i s t o , es q u e l a o b r a de a r t e a u t ó n o m a se d a
individualmente. E l artista produce como individuo, con
l o c u a l s u i n d i v i d u a l i d a d es p e r c i b i d a n o c o m o e x p r e s i ó n
de algo, sino c o m o s i n g u l a r i d a d r a d i c a l . E l c o n c e p t o de
g e n i o d a fe d e e l l o . A él se o p o n e , s ó l o e n a p a r i e n c i a , l a
c o n c i e n c i a c u a s i técnica d e f a c t i b i l i d a d d e o b r a s d e a r t e
alcanzada c o n el esteticismo. Valérv, p o r e j e m p l o , m i t i f i c a
a l g e n i o a r t i s t i c o e n la m e d i d a e n q u e lo r e d u c e al i m p u l s o
p o t e n c i a l d e l a l m a y a l a a u t o r i d a d s o b r e l o s m e d i o s artís -
t i c o s . D e e s t e m o d o , se m u e s t r a n las d o c t r i n a s p s e u d o -
r r o m á n t i e a s d e l a i n s p i r a c i ó n c o m o a u t o e n g a ñ o d e los p r o -
d u c t o r e s , p e r o n o es s u p e r a d a e n a b s o l u t o l a i n t e r p r e t a c i ó n
d e l a r t e q u e se r e f i e r e a l i n d i v i d u o c o m o s u j e t o c r e a d o r .
P o r el c o n t r a r i o , e l t e o r e m a d e V a l é r y d e l a f u e r z a d e l
o r g u l l o iorgueil), como provocadora y activadora del pro-
c e s o d e c r e a c i ó n , r e n u e v a u n a v e z más l a c o n c e p c i ó n d e l
c a r á c t e r i n d i v i d u a l d e l a c r e a c i ó n artística t a n v i n c u l a d a
a l a r t e d e l a s o c i e d a d b u r g u e s a . E n sus m a n i f e s t a c i o n e s
1 1
e x t r e m a s , la v a n g u a r d i a n o p r o p o n e u n a creación colecti -
va, s i n o q u e i n c l u s o niega r a d i c a l m e n t e la categoría de la
p r o d u c c i ó n i n d i v i d u a l C u a n d o D u c h a m p f i r m a e n 1913
IT. Ct- a c i t e respecto P. BtiRcr-it. • F u n k t i o n u n d Bedcuiung
des orgucil bei Paul Valdry- [«Función y significado del orgueil en
Psul V a l e r y . ) . en Romanisliickei lahrbuck. 16 < 19651. pp. 14SMAS.
IDo
p r o d u c t o s en serie ( u n u r i n a r i o , u n a escurridera) y los
e n v í a a l a s e x p o s i c i o n e s , está n e g a n d o l a c a t e g o r í a d e l a
p r o d u c c i ó n i n d i v i d u a l . L a firma, q u e c o n s e r v a p r e c i s a m e n -
te l a i n d i v i d u a l i d a d d e l a o b r a , es e l h e c h o despreciado
p o r el a r t i s t a al e x h i b i r p r o d u c t o s e n serie c u a l e s q u i e r a a
m o d o de b u r l a , f r e n t e a t o d a pretensión de creación i n -
d i v i d u a l . L a provocación de D u c h a m p n o sólo descubre
q u e e l m e r c a d o d e l a r t e , q u e a t r i b u y e m á s v a l o r a l a firma
q u e a l a o b r a s o b r e l a q u e ésta f i g u r a , es u n a institución
cuestionable, sino que hace vacila r el m i s m o p r i n c i p i o del
arte en l a sociedad burguesa, c o n f o r m e al c u a l el i n d i v i d u o
es e l c r e a d o r d e l a s o b r a s d e a r t e . L o s ready mades de
D u c h a m p n o son obras de arte, sino manifestaciones. E l
s e n t i d o d e s u p r o v o c a c i ó n n o r e s i d e en l a t o t a l i d a d d e f o r -
m a y c o n t e n i d o de los objetos p a r t i c u l a r e s que D u c h a m p
firma, s i n o ú n i c a m e n t e en e l c o n t r a s t e e n t r e l o s o b j e t o s
p r o d u c i d o s en s e r i e , p o r u n l a d o , y l a firma y l a s e x p o s i -
ciones de a r t e p o r el o t r o . Es evidente q u e esta p r o v o -
c a c i ó n n o se p u e d e r e p e t i r e n c u a l q u i e r m o m e n t o . L a p r o -
v o c a c i ó n d e p e n d e d e cuál sea s u o b j e t i v o : e n e s t e c a s o se
t r a t a de l a idea de q u e el a r l e l o crean los i n d i v i d u o s .
P e r o , u n a vez q u e l a e s c u r r i d e r a firmada se a c e p t a e n l o s
m u s e o s , l a p r o v o c a c i ó n n o t i e n e s e n t i d o , se c o n v i e r t e e n
l o c o n t r a r i o C u a n d o u n a r t i s t a d e h o y firma y e x h i b e u n
t u b o d e e s t u f a , y a n o está d e n u n c i a n d o e l m e r c a d o d e l
a r t e , s i n o s o m e t i é n d o s e a él; n o d e s t r u y e e l c o n c e p t o d e l a
creación i n d i v i d u a l , sino q u e l o c o n f i r m a . L a razón de esto
hay q u e b u s c a r l a en el fracaso de la ¡mención vanguar-
dista de s u p e r a r el arte. C u a n d o la p r o t e s t a de la van-
g u a r d i a histórica c o n t r a l a i n s t i t u c i ó n a r t e h a l l e g a d o a
c o n s i d e r a r s e c o m o arle, l a a c t i t u d d e p r o t e s t a d e l a n e o -
v a n g u a r d i a h a d e ser inauténtica. D e ahí l a i m p r e s i ó n d e
i n d u s t r i a d e l a r t e q u e las o b r a s n e o v a n g u a r d i s t a s p r o v o -
can c o n frecuencia."
1&, Ejemplos de obras neovanjruardiatas en el ámbito de las
artes plásticas se encuentran en eL catalogo' de la exposición Sam-
Crcmer. EuropUische Avanlgardc J 50-¡NQ [Colección Cre-
a
mtr. Vanguardia europea e*nrc 1950 y 1970}. editado por G. A d n *
107
 T a l y c o m o l a v a n g u a r d i a n i e g a l a c a t e g o r í a d e ta p r o -
ducción i n d i v i d u a l , hará l u m i s m o c o n l a recepción indi-
v i d u a l . Las reacciones d e l p u b l i c o i r r i t a d o frente a la
p r o v o c a c i ó n d e u n a c t o dadá. q u e v a n d e s d e e l g r u ñ i d o
a l a v i o l e n c i a física, s o n d e c i d i d a m e n t e d e n a t u r a l e z a c o -
lectiva. S o n reacciones, respuestas a u n a provocación pre-
cedente. E l p r o d u c t o r y el receptor q u e d a n clarament e
separados, p o r más q u e el público p u e d a s i e m p r e volver-
se a c t i v o . L a s u p e r a c i ó n d e l a o p o s i c i ó n e n t r e p r o d u c t o r e s
y receptores p e r t e n e c e a la lógica de l a intención vanguar -
d i s t a de la superación d e l a r t e c o m o u n ámbito s e p a r a d o
de l a p r a x i s v i t a l . N o es c a s u a l i d a d q u e t a n t o las i n s t r u c -
c i o n e s d e T z a r a p a r a l a e l a b o r a c i ó n d e u n a poesía d a d a í s -
ta, c o m o las orientaciones de Bretón sobre l a e s c r i t u r a de
textos automáticos, tengan el aspect o de u n a r e c e t a , " E l l o
i m p l i c a u n a polémica c o n t r a la creación i n d i v i d u a l de los
a r t i s t a s , p e r o la receta también debe entenderse al pie de
la l e t r a c o m o i n d i c a c i o n e s p a r a u n a p o s i b l e a c t i v i d a d de
lus receptores. L o s textos automáticos h a y q u e leerlos,
también en este s e n t i d o , c o m o i n s t r u c c i o n e s p a r a u n a p r o -
ducción p a r t i c u l a r . P e r o esta producción n o p u e d e enten-
d e r s e c o m o p r o d u c c i ó n artística, s i n o q u e h a d e i n t e r p r e -
tarse c o m o p a r t e de u n a p r a x i s v i l a l e m a n c i p a d o r a . Bretón
se r e f i e r e a e s t o c u a n d o e x i g e « p r a c t i c a r Ea p o e s í a » (prali-
quer la poéste). E n esta exigencia ya n o c u e n t a n el p r o -
d u c t o r y e l r e c e p t o r , c o n c e p t o s q u e h a n p e r d i d o s u sen-
t i d o . Y a n o h a y p r o d u c t o r e s n i receptores, sólo qued a la
poesía c o m o i n s t r u m e n t o p a r a d u m i n a r l a v i d a . A q u i se
corre u n riesgo evidente que p o r lo menos el S u r r e a l i s m o
había s a l v a d o p a r c i a l m e n t e ; e l p e l i g r o d e l s o l í p s i s m o . La
n i . Tutiinga. 1971. Sobre el problema de la neovanpuaidia véase
también el c a p i t u l o 111. 1,
19, T . TZAMA. - F u u r taire u n poéi w d a d a i n c i [•Cómo hacer
un poema ...„'.,» n . ] en s u . Lampistcries précedtes des sept ma-
'ilfesiet dada [ J [Lampinerias. precedidas por las siete mani-
fiestos dndd], p. 6 4 . A. BREÍTUN. -Manifesté d u s u r r e a l i s m o
I - M a n i f i e n o s u r r e a l i s t a - ] | I 9 J 4 J . en H B Manifcstcs di, surrcalisme
IMumftes'oi del turreal^m»] íColl l u e v v 21 >. P a r n , 1 * U . n p 42 f
•Hjpuicntes.
IOS
r e t i r a d a aL p r o b l e m a d d s u j e t o s i n g u l a r . E l m i s m o B r e -
tón v i o e s l e p r o b l e m a v a p u n t ó d i v e r s o s r e m e d i o s . U n o
d e e l l o s es e l e n s a l z a m i e n t o d e l a e s p o n t a n e i d a d d e l a s
relaciones a m o r o s a s . P o d e m o s p r e g u n t a r n o s también si la
r i g u r o s a d ^ c i p l i n a de g r u p o n u seria u n i n t e n t o de surrea-
l i s m o p a r a c o n j u r a r el p e l i g r o d e l s o l i p s i s m o q u e le ame-
nazaba *
E n r e s u m i d a s cuentas , los m o v i m i e n t u s históricos de
v a n g u a r d i a n i e g a n las características esenciales d e l a r l e
a u t ó n o m o : la separación d e l a r t e respecto a la p r a x i s v i -
t a l , la producción i n d i v i d u a l y l a c o n s i g u i e n t e recepción i n -
d i v i d u a l . L a v a n g u a r d i a i n t e n t a l a superación d e l a r t e a u -
tónomo en el s e n t i d o de u n a reconducción d e l a r t e hacia
la p r a x i s v i t a l . E s t o n o h a s u c e d i d o | a c a s o n o p u e d a su-
ceder en l a sociedad b u r g u e s a , a n o ser en l a f o r m a de la
f a l ^ a superació n d e l a r l e a u t ó n o m o . " D e e s t a f a l s a s u p e r a -
20, Subte la concepción de g r u p o de luí s u r r e a l i s t a ! y el i r a -
bajo c o l c c l i v u que i n l e n l a m n y en p a r l e llevarun a Labu a p a r t i r
de lal Mineept-idn, c/. E l i * a b e t h L E H E , Der tpringende An-
dré Bretón poeti*chcr ldinciu.lt •••/.- [El nnreise saltarín. El ma-
terialismo poético de Andre B r e J t m ] , M u n t t h . 1971. pp. 57 y » . ,
pp. 7 3 y « .
21. B a b r i a que i n v e i l i p a r hasta qué p u n l u ha sido jt-aLizada
por los vanguardistas rusos desde la Revolución de O c l u b r c , en
base a l a transformación óe las condiciorH's sociales, la intención
de devolución del ptta a la p i a x i s v i t a l . Tanta B . A r c a l o * c o m o
3. Treljacov, definen el arte claramente, i n v i n i e n d o el concepto
de arle di -^rr<j|laULi por la suiiedad burguesa cuino actividad
L
«ocialmente útil: - L a salislaieión en la Transformación del male-
rial h i u i o en una determinada f o r m a l o c i a l m e n t c U t i l , j u n t o a
l a eapacidail para v la búsqueda intensiva de la f o r m a convenien-
te, e i t o es l u que debería querer decir la L-onsigna de " a r t e para
l u d o s " * (S. THLTJAIEOV. -Die Kunst i n der R e v o l u i i o n u n d die He
v o l u l k m i n der kunsl» [ « E l arte en la i r v u l u c i o n • la revolución
en el arte»L en su Die Arbeit des Schriftstelters {...] [£a tarea
del escritor], editado por I I Boehnckc ídas : • bueh. 11. Rein-
brY m l l a m b u r g o . 1^72, p, t i ) . - Bajándose en la técnica común
• todos los demás ámbitos de la v i d a , el a ñ i na •-- «educido p o r
la idea de conveniencia, y t e o h e n i a en el trábalo de lo material
no a p a r t i r de csipencia* subjetivas del guslo, sino a p a r t i r de
tareas objetivas de la producción- ( B . A a v * m v . «Die Kunst i n *
Svstem der p r a l e l a r i s i t i e n Kultur» [ h i i r t e en el sistema de
l a c u l t u r a pruletaria»!, en t u Kunn und ProdukiUm [Arte y pro-
109
 ciün d a n f e l a l i t e r a t u r a d e e v a s i ó n y La e s t é t i c a d e U m e r -
cancía. U n a l i t e r a t u r a q u e t i e n d e a n t e t o d o a i m p o n e r a l
l e c t o r u n a d e t e r m i n a d a c o n d u c t a d e c o n s u m o es p r a c t i c a
de hecho, p e r o n o e n el s e n t i d o e n q u e l o e n t i e n d e el van-
guardista. Semejante l i t e r a t u r a n o e » i n s t r u m e n t o de la
e m a n c i p a c i ó n , s i n o d e l a sumisión L o m i s m o se p u e d e
d e c i r de la estética de la mercancía, q u e t r a b a j a c o n los
e n c a n t o s d e l a f o r m a p a r a e s t i m u l a r l a a d q u i s i c i ón d e
mercancías inútiles," Este b r e v e a p u n t e b a s t a para mos-
t r a r q u e l a l i t e r a t u r a d e e v a s i ó n y l a estética d e l a m e r c a n -
cía s u n d e s c u b i e r t a s p o r l a l e o r i a d e Ja v a n g u a r d i a c o m o
f o r m a s d e l a f a l s a s u p e r a c i ó n d e l a institución a r t e . L a s
i n t e n c t o n e s d e l o s m o v i m i e n t o * h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a se
c u m p l e n e n la sociedad d e l c a p i t a l i s m o u r d i ó c o m o u n a
a d v e r t e n c i a f u n e s t a . D e b e m o s p r e g u n t a r n o s , d e s d e l a ex-
p e r i e n c i a d e la f a l sa superación, l i es descable, e n r e a l i -
d a d , u n a s u p e r a c i ó n d e l tlalus de a u t o n o m i a d e l arle, si
l a d i s t a n c i a d e l a r l e r e s p e c t o a l a p r a x i s v i l a l n o es g a r a n -
tía d e u n a l i b e r t a d d e m o v i m i e n t o s e n e l s e n o d e la c u a l
se p u e d a n p e n s a r a l t e r n a t i v a s u la situación a c t u a l .
d W c i u n l . p. I ) | Respecto • i o d o emto habría que d l i e u t i r . p a r
:KTI.I : de la leona de l a vanguardia y comanda con invesiipa-
eiunet concreta*, e n qué medida t\ con que consecuencia* p a n el
tu|cio a r t i s t a t la innitución arte tiene en l u * paites socialistas u n
carácter t w i a l d i s i i n t u al que tiene en la sociedad burguesa.
32 Cf. a « t e respecto C h h i i a M M R , Tettanalyse al¡ Ideo-
.'••••r. i ZM ReztptUxt
V leitgenosMitcfter ViierhaJtuntslileratur
I -in..••J.JI de testo como critica de ta ideología. Sobre la recepción,
de l a literalura de cvmuma] i K m Litrrtlurwíu.. L FAT 20ftJ>
F r a n c t o r t . 19TJ.
2J. Ct. a t i r e respecto, W. F. H u « . Krilik der Warcndsthetik
[Critwa de la estética de la mercancía] 1,1 SuhTkamp l i l i
FranefqfT. 1*71.
110
MI. La obra de arte vanguardista
I. LA PROBLEMATICA DE LA CATEGORIA l)t¿ OBRA
E l e m p l e o d e l c o n c e p t o d e o b r a d e a r t e , r e f e r i d o a Los
p r o d u c t o s de v a n g u a r d i a , p l a n t e a algunos p r o b l e m a s . Se
p o d r i a o b j e t a r q u e La criáis d e l c o n c e p t o d e o b r a p r u v o -
cada p o r lus m o l i m i e n t o s de v a n g u a r d i a n o c i evidente,
q u e l a discusión p a r t e , p u e s , d e f a l s a s p r e m i s a s . « L a des-
c o m p o s i c i ó n d e l a t r a d i c i o n a l u n i d a d de l a o b r a se p u e d e
m o s t r a r de m o d o c o m p l e t a m e n t e f o r m a l c o m o tendencia
c o l e c t i v a d e la m o d e r n i d a d . L a c o h e r e n c i a y l a i n d e p e n -
d e n c i a d e l a o b r a se c u e s t i o n a n c o n s c i e n t e m e n t e y a c a s o
se d e s t r u y e n m e t ó d i c a m e n t e . » E s p r e c i s o a s e n t i r a e s t a
1
c o n s t a t a c i ó n d e ü u b n e r ; n o está c l a r u . e n c u a l q u i e r c a s u .
q u e d e e l l o se d e s p r e n d a q u e l a estética d e b a r e n u n c i a r
hoy a l concepto de obra. B u b n c r , p o r i u parte, piensa
e n e l r e g r e s o a l k a n l i s m u c u m u l a única estética a c t u a l . 1
• L a s únicas o b r a s q u e c u e n t a n b u y s o n a q u e l l a s q u e y a
D O s o n o b r a s . » La enigmática sentencia de A d o r n o e m -
1
plea e l c o n c e p to d e o b r a e n u n d o b l e sentido: p o r u n lado,
e n u n s e n t i d o general (y desde este p u n t o de vista e l a r t e
m o d e r n o todavía nene carácter de o b r a ) ; p o r o t r o , e n el
1, R. I -L i - - •.- t U b c r euúfe Bcdiiurungen g c a t n w a r t i i e r Asthc-
lik» [-Acerca de algunas tundición** de La eaietiia t u n i c m p u r a -
nea-1. en Nene HcfU lur Phdosophie. núm 5 (19731, p. « .
1 La etieliea kaniiana no parte, c o m o sabemus. de una de-
nniciún de las o b r a * de a r l e , sino de lo» jukrloa es i éticos- Sea
embargo, para r u l e o n a , i » es decisiva la c u r t o na de obra;
m i s bien al c o n t r a r i o ; k t u i i puede i n c l u i r asimismo r a t u s re¬
foliones La belfcra n a t u r a l , que no tiene carácter de obra, que n o
et i.!,» por l o * hombne*.
3. T h . W. A P O U O . der neuen táusik [Fdo*ofia de
la mun-a -minea} tLllsicu» Buch, J t W l Francfon/Berlín Viena.
1972, ( 2 a J . p. 13,
111
 * c n l i d o de o b r a de a r t e o r g á n i c a ( A d o r n o h a b í » de -••bt.>
r e d u n d a - ) , y es •• c o n c e p t o l i m i t a d o el q u e destruye la
vanguardia. Esto n o s vale, pues, para d i s t i n g u i r entre u n
significado genera] d e l concepto de o b r a v u n determi-
nado u t o histórico. E n u n s e n t i d o general, l a o b r a de
a r l e se e s t a b l e c e c o r n o u n i d a d d e g e n e r a l i d a d e s y p a n
(icularidades. Esta u n i d a d , s i n la cual no puede concebirse
u n a o b r a d e a r l e , se r e a l i z a , s i n e m b a r g o , d e m o d o s m u y
d i v e r s o s e n las d i s t i n t a s é p o c a s d e l d e s a r r o l l o d e l a r l e . E n
l u o b r a s de a r t e orgánicas (simbólicas) la u n i d a d d e l o
g e n e r a l y l o p a r t i c u l a r se d a s i n m e d i a c i o n e s ; e n Las o b r a s
i n o r g á n i c a s ( a l e g ó r i c a s ) , p o r e l c u n l r a r i u . e n t r e las q u e *e
e n c u e n t r a n las o b r a s de v a n g u a r d i a , h a y m e d i a c i ó n . A q u i
d m o m e n t o d e l a u n i d a d está e n c i e n o m o d o c o n t e n i d o
m u y a m p l i a m e n t e , v e n e l caso e x t r e m o sólo l o p r o d u c e
el r e c e p t o r . A d o r n o señala c o n r a j u n q u e « i n c l u s o d o n d e e l
a r t e [...] c o n s i s t e e n u n a d i s c r e p a n c i a y d i s o n a n c i a e x t r e -
m a , h a y t a m b i én m o m e n t o s d e u n i d a d : s i n e l l o s n o exis-
tiría l a d i s o n a n c i a » . ' L a o b r a d e v a n g u a r d i a n o n i e g a l a
u n i d a d e n general ( a u n q u e i n c l u s o e s t o i n t e n t a r o n los da-
d a i s l a s ) . sino u n d e t e r m i n a d o U p o de u n i d a d , la conexión
e n t r e l a p a r t e y e l t o d o c a r a c t e r í s t i c a d e las o b r a s d e a r l e
orgánica*.
L a argumentación precedente nos puede s e r v i r p a r a re-
p l i c a r a k a teóricos q u e m a n t i e n e n q u e la categoría de
o b r a c a l i d e f i n i t i v a m e n t e a n t i c u a d a , pues p o d e m o s m o s
t r a r q u e l o s m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o * d e v a n g u a r d i a desa-
r r o l l a r o n aclividadea cuya adecuada comprensión requiere
el u s o d e l a categoría de o b r a ; p o r ejemplo» l o s actos d a -
dalslas c u y o propósito m a n i l i e s t o e r a la provocación d e l
p u b l i c o . E n e s t o s a c t o s se t r a í a d e a l g o m á s q u e d e l a
l i q u i d a c i ó n d e l a c a t e g o r í a d e o b r a : se t r a t a d e l a l i q u i -
dación d e l a r t e c o m o u n a a c t i v i d a d separada de l a p r a x i s
vital. H a y que i n s i s t i r en que, incluso en sus manifestacio-
nes e x l r c m a s , l o s m o v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a se r e r i e r e n
* Th Yv A D O I K O , A*rhc¡inht Thcori* [TeorU inéficm]. tói-
l a d a p o r Grrleí Adorno y R. TiedVmann ÍGeiammellr Schriflen
[Obrai ampiela*]. 1). Francfort. 1070. p 213, en adelante: Al.
112
n e g a t i v a m e n t e a l a categoría d e o b r a L o * rnaiy moda
d e D u c h a m p . p o r c j c p l ° ' >ók> t i e n e n s e n t i d o e n c o n e x i ó n
m
c o n la categoría d e o b r a . C u a n d o D u c h a m p f i r m a u n ub-
|elo c u a l q u i e r a p r o d u c i d o en s e r i e , y l o e n v i a a u n a ex-
posición, s u provocación a i a r t e i m p l i c a u n d e t e r m i n a d o
c o n c e p t o d e a r l e . V e l h e c h o d e q u e firme l o s reudy utadc*
supone u n a clara referencia a la categoría d e o b r a . La
f i r m a , q u e h a c e a l a o b r a i n d i v i d u a l e i r r e p e t i b l e , se e s t a m -
pa precisament e sobre el p r o d u t l u en serie. C o n el.u m
cuestiona» p r o v o c a n * á m e n l e e l c o n c e p t o d e e s e n c i a d e l
a r l e , l a l y c o m o ae h a c o n f o r m a d o Jes de e l K c n a c t m i c n t u .
c o m o creación i n d i v i d u a l de o b r a s singulares; e l a c t o de
p r o v o c a c i ó n m i s m o o c u p a e l p u e s t o d e l a u b r a . ¿ N o esta-
rá, p u e s , e n d e c a d e n c i a l a c a t e g o r í a d e o b r a ? L a p r o v o c a -
c i ó n d e D u c h a m p se d i i i g c e n g e n e r a l c o n l r a l a institución
t o c i a l d e l a r t e , v a q u e l a o b r a d e a r l e p e r t e n e c e a esa
I n s t i t u c i ó n . eL a t a q u e t a m b i é n l e a f e c t a , Y s i n e m b a r g o , e i
u n h e c h o h i s t ó r i c o q u e d e s p u é s d e Jos m o v i m i e n t o * d e
v a n g u a r d i a se h a n st.-u.uidu p r u d u e i e n d u u b i a * d e a r t e , q u e
la i n s t i t u c i ó n s o c i a l d e l a r l e h a r e s i s t i d o e l a t a q u e de l a
vanguardia.
U n a estética d e n u e s t r o t i e m p o n o p u e d e i g n o i a r las
m u d i litacione s trascendentales q u e los m o v i m i e n t o s de
v a n g u a r d i a h a n causado en el ámbito del a r l e , c o m o t a m -
p o c o p u e d e p r e s c i n d i r d e l h e c h o d e q u e e l a r t e te halLa
d e s d e h a c e t i e m p o e n u n a f a s e p o s v a n g u a r d i s t a . E * l * ae
c a r a c t e r i z a p o r l a restauración de l a categoría d e o b r a y
p o r La a p l i c a c i ó n c o n h n e s a i l i * t i c o s d e l o s p r o c e d i m i e n -
tos q u e l a v a n g u a r d i a i d e o i o n intención antiartística. N o
h a y q u e v e r e n e l l o u n a ' t r a i c i ó n » a l o s l i n e s d e Lo* m o -
v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a ( s u p e r a c i ó n d e l a i n s t i t u c i ó n so-
cial del arte, u n i u n del a r l e y de la vida), sino e l r e i u l t a d o
de u n p r o c e s o histórico. P o d e m o s e x p l i c a r l o d e l m o d o
s i g u i e n t e : e l f r a c a s o J e l m a q u e d e l o s m o v i m i e n t o s histó-
ricos d e v a n g u a r d i a c o n t r a l a institución a r t e , t u i n c a p a -
c i d a d p a r a r e i n t e g r a r eL a r t e a l a p r a x i s v i t a l , a c a r r e s l a
s u b s i s t e n c i a d e Ja i n s i i i u c i ó n a r l e c o m o a l g o s e p a r a d o d e
la praxis v i t a l . Pero e l ataque b ha m o s t r a d o c u m o i n * -
TTlución y h a d e s c u b i e i t o s u p r i n c i p i o e n La ( r e l a t i v a ) d l * -
113
c o n t i n u i d a d del arle en la sociedad burguesa. T o d o arte
p o r t e r i o r a los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a e n
la sociedad b u r g u e s a h a de ajustarse a este hecho: puede
d a r s e p o r s a t i s f e c h o c o n s u stalus de a u t o n o m i a , o puede
e m p r e n d e r i n i c i a t i v a s q u e a c a b e n c o n esc status, pero lo
que y a n o puede — s i n r e n u n c i a r a la pretensión de v e r d a d
d e l a r t e — es n e g a r s e n c i l l a m e n t e e l status de a u t o n o m i a
y creer en la p o s i b i l i d a d de u n efecto i n m e d i a t o .
A s i pues» l o q u e r e f i e r e l a c a t e g o r í a d e o b r a n o s ó l o
es r e s t a u r a d o a p a r t i r d e l f r a c a s o d e l a i n t e n c i ó n v a n g u a r -
d i s t a d e r e i n t e g r a r el arle a l a p r a x i s v i t a l , sino que i n -
c l u s o se a m p l í a . E l objel truuvé, l a c o s a , q u e n o es e l
r e s u l t a d o de u n proceso de producción i n d i v i d u a l , sino
el h a l l a z g o f o r t u i t o e n c| c u a l se m a t e r i a l i z a l a intención
v a n g u a r d i s t a d e u n i ó n d e l a r t e y l a p r a x i s v i t a l , h o y es
r e c o n o c i d o como obra de arle. E l objeí irouvé ha p e r d i d o
s u carácte r antiartístico» se h a c o n v e r t i d o e n u n a o b r a
autónoma q u e tiene u n s i t i o , c o m o las demás, e n los
museos/
L a r e s t a u r a c i ó n d e l a i n s t i t u c i ón a r t e y l a r e s t a u r a c i ó n
de l a categoría de o b r a i n d i c a n q u e la v a n g u a r d i a h o y y a
es h i s t o r i a . N a t u r a l m e n t e , h o y se p r o d u c e n i n t e n t o s d e
c o n t i n u a r la tradición d e lus m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a
íy q u e e s t e c o n c e p t o se p u e d a p o n e r p o r e s c r i t o , s i n q u e
n o s c h o q u e , m u e s t r a u n a vez más q u e l a v a n g u a r d i a h a
s u r g i d o h i s t d r i c a m e n t e j ; p e r o tales i n t e n t o s , c o m o p o r
e j e m p l o l o s happenings — q u e podríamos l l a m a r neovan-
g u a r d i s t a s — y a n o pueden alcanzar e l v a l o r de p r o t e s t a
de l o s actos dadaístas. i n d e p e n d i e n t e m e n t e de q u e p u e d a n
ser p l a n e a d o s y l l e v a d o s a c a b o c o n u n a m a y o r p e r f e c -
ción." E s t o se e x p l i c a p o r e l h e c h o d e q u e e l m e d i o p r o ¬
S. Cf in exposición que M : presenta en Brusela) y en o í r »
ciudades Melamarphase des Kunu u n d Anükuns!, 1910-1970 [*f*-
lamarfotis de Jai ro«i. Arte y antiarte. ¡91O-IV70]. B r i n c i a s . 1970.
6- Cf. • e i l e reí pecio M . I n v ' .1 aunen der bildenden
Kunst tm Sptiikapiialismus. Untersuchr anhand der -avanigardti
tischen» Kunst der sechziger Jahre [Funciones del arte /ijjurarrvo
en el capitalismo tardía. .< -ligación sobre el ane -vanguardis-
ta* de los aAos setenta) <F¡*chcr Tasehenbueh. 6194). Francfort
\97&. Et a u t o r traía de poner de relieve la función afirmativa ó
114
puesto p o r los vanguardistas ha p e r d i d o , desde entonces,
u n a p a r t e c o n s i d e r a b l e d e s u e f e c t o d e shock. Aunque
t a m b i é n p u e d e ser d e c i s i v o e l q u e l a s u p e r a c i ó n d e l a r t e
q u e p r e t e n d i e r o n los vanguardistas, su reingreso a l a pra-
x i s v i t a l , después d e t o d o n o h a v a t e n i d o l u g a r . L a r e c u -
p e r a c i ó n d e las i n t e n c i o n e s v a n g u a r d i s t a s y d e l o s p r o p í o s
m e d i o s de l a v a n g u a r d i a n o puede y a . e n u n c o n t e x t o dis-
t i n t o , v o l v e r a a l c a n z a r e l e f e c t o r e s t r i n g i d o d e las v a n -
g u a r d i a s históricas. E n t a n t o q u e el m e d i o c o n c u y a a y u d a
e s p e r a n a l c a n z a r los v a n g u a r d i s t a s l a superación d e l a r t e
h a o b t e n i d o c o n e l t i e m p o e l status de o b r a de a r t e , su
a p l i c a c i ó n y a n o p u e d e ser v i n c u l a d a l e g í t i m a m e n t e c o n
la p r e t e n s i ó n d e u n a r e n o v a c i ó n d e l a p r a x i s v i t a l . D i c h o
b r e v e m e n t e : la n e o v a n g u a r d i a i n s t i t u c i o n a l i z a la vanguar-
dia como arte y n i e g a asf las g e n u i n a s i n t e n c i o n e s v a n -
g u a r d i s t a s . E s t o es c i e r t o a l m a r g e n d e l a c o n c i e n c i a q u e
tenga el a r t i s t a de s u a c t i v i d a d , y q u e m u y b i e n puede ser
v a n g u a r d i s t a . Pero, e n lo concernient e al efecto social de
7
l a o b r a , éste y a n o d e p e n d e d e l a c o n c i e n c i a q u e e l a r t i s t a
a s o c i e c o n s u o b r a , s i n o d e l status de sus p r o d u c t o s . E l
a r t e n e o v a n g u a r d i s t a es a r t e a u t ó n o m o e n e l p l e n o s e n t i d o
de l a p a l a b r a , y esto q u i e r e d e c i r q u e niega l a intención
a r l e ncovanguardi&ta. Par ejemplo: - E | arte pop [ . . . ] . que en la
elección de los objetos y de los colores y en el m o d o de ejecución
parece u n i d o íntimamente a la vida de las grande* ciudades ame-
ricanas, como cualquier arle previo, hace, p o r asi decirlo, publi-
cidad de cómics. estrellas de cine, sillas eléctricas, cuartos de
baflu. coches y accidentes de coches, herramientas y comestibles
de toda clase, hace p u b l i c i d a d de la publicidad» ( p p . 76 y ss. 1.
S i n embargo. Damus no dispone de u n concepto de los movi-
mientos históricos de vanguardia, p o r l o que tiende a descuidar
la divergencia entre dadaísmo y surrealismo, p o r u n lado, y el
arte neovanguardista de los años sesenta, p o r el o t r o .
7. Por ejemplo, con referencia explícita a la exigencia de Bre-
tón de practicar la poesía. Gisela DlSCllNER resume Las intencio-
nes de la poesía concreta del m o d o siguiente: «La obra de arle
concreta aspira sin embargo B una situación utópica; su anula-
ción en la realidad concreta* {Konkrete Kunst und Geseltschaft
[Arte concreta y sociedad], en «Konkrete Poesía. Te\t + K r i l i k - ,
nóm. 25 [enero de 1970]. p. 41).
115
 I
v a n g u a r d i s t a de u n a reintegración d e l a r t e en l a p r a x i s
v i t a l . I n c l u s o los esfuerzos p o r u n a superación d e l a r t e
d e v i e n e n a c t o s artísticos, q u e a d o p t a n carácter de o b r a
cun independencia de l a v o l u n t a d de sus p r o d u c t o r e s .
H a b l a r de u n a restauración de la categoría de o b r a
desde el fracasu d e los m o v i m i e n t o s históricos de van-
g u a r d i a n u carece de p r o b l e m a s . Podría d a r la impresión
de q u e los m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a n o h a n t e n i d o u n
significado r a d i c a l p a r a el d e s a r r o l l o u l t e r i o r del art e e n l a
sociedad b u r g u e s a . P e r o asi c o m o las i n t e n c i o n e s políticas
de l o s m o v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a (reorganización de l a
praxis v i l a l p o r m e d i o del arte) n o h a n sobrevivido, su
e f e c t o a n i v e l a r t í s t i c o es. e n c a m b i o , d i f í c i l m e n t e e x a g e -
r a b a Desde esle p u n t o de vista, l a v a n g u a r d i a h a sido
r e v o l u c i o n a r i a , pues h a d e s t r u i d o el c o n c e p t o t r a d i c i o n a l
de o b r a orgánica y h a o f r e c i d o o t r o e n su l u g a r , q u e a
continuación t r a t a r e m o s de d e l i m i t a r . 1
* E l significado adjudicado a q u i a los movimientos de van-
guardia no e i cocnparlidu. ni m u c h u menos, p o r Iodo* | L » kmes-
ligadoret. E n Die Struktur der modernen Lvrik [La estructura de
la lírica moderna], de H . FÉUÜJRICII. que pretende ur¡ una leoria
de la p u n j a moderna. *c excluye por cúmplelo el dadaísmo,
y lólo se lee en la nueva edición ampliada, en el cuadro cro-
nulúgico; - r ' > Mace el dadaísmo en Zürkh* ( D i * Struktur
der modernen Lyrik. Van der Mitre des neunrehnten Iris tur
Mnte des Í I M I - I Í - •: Janrhttnders [la estructura Urica mo-
derna desde la mitad del siglo XtX hasta la mitad del siglo XX]
[Rosvohli* DeuiMhe hnzyklopadie. 25/2o/2oa]. H a m b u r g o . 196S
[2a-] [Ja., p. 288). Suhre el surrealismo, se dice: «De los
surrealista* «Mu r m * puede interesar su p r o p r a m a . que confirma
con instrumento s pseudoclenilficos u n m u d o de hacer ponía inau-
gurado p o r R i m b a u d . La convicción de que el humbr e puede am-
p l i a r i l i m i l a d a m e r i l e su experiencia en el caos del Inconsciente;
La convicción J e que el loco, a l crear una '•uibrerrcBlidad'» no »
nteno* " g e n i a l" que el poela; La euncepcion de la ponía c o m o u n
dictado a m o r f o del inconscfenic^ c s i o i son algúnos punios de ese
p r o g r a m i . A s i se contunde el «Omito — i n c l u s o poético— con la
creación. De ello no resulla ninguna poesía de rango. Líricos de
calidad elevada, que se suelen I n c l u i r e n i i e los lurrraFifttas. c o m o
Aragón u F l u a r d . apenas deben I U poesía a semelanle programa,
sino m i s bien a la general fuerza m i h i l i c a que desde Rimbaud
ha Incurpurado Ja lírica al lenguaje de k i Ilógico» (id. p. 197} En
p r i m e r lugar, hay que dejar bien claro que Ja perspectiva de m i
116
2. LO NUEVO
L a Asthciische Theorie d e A d o r n o n o se c o n c i b e c i e r -
t a m e n t e c o m o u n a teoría d e l a v a n g u a r d i a , s i n o q u e p r e -
tende u n a generalidad mavor; A d o r n o parte, n o obstante,
d e l c o n o c i m i e n t o d e q u e ef a r t e d e l p a s a d o s ó l o se p u e d e
c o m p r e n d e r a l a l u z d e l a r t e m o d e r n o . És n a t u r a l e n t o n c e s
i n v e s t i g a r s i las categorías a p l i c a d a s p o r A d o r n o e n el i m -
p ó r t a m e c a p í t u l o s o b r e l o m o d e r n o ( A T , p p . 31-56 [ e d .
c a s t e l l a n a , p p . 29-661) s o n ú t i l e s p a r a u n a c o m p r e n s i ó n
d e las o b r a s d e a r l e d e v a n g u a r d i a "
trabajo es d i s t i n t a a la de Friedrich. L u que yo l l a m o la compren-
sión de l i s r u p t u r as históricas esenciales en el desarrollo del le-
oómenu i r l e en el seno de la sociedad burguesa, l o llama Fríe-
d r l c h 'puesta de rango*. Hay algo más i m p u i l a n t e acaso: la Tnis
de la u n i d a d estructura l desde fí.i . • ' • • •• ha~ia Renn n u puede
ser disculida si se acepla el cunccplu de estructur a de Friedcich.
que resulla problemático. N o se trata de l a palabia e s t r u c t u r a (en
el pasaje citado Frledrich habla, p o r ejemplo, de «fuerza esti-
lística»), u t i l i z a d a en u n sentido d i s i i n m a| del c s i i u e i u n l i s n o o .
que sdlo se conoció tardíamente en Alemania, sino del procedi-
miento clenliheu. Esle procedí míenlo se c a r a r l c r i r a por el hecho
de que Friedcich reúne haio el cunceptu de « l i u e l u r a fenómenos
completamente heierogéneusr procedimienios poéticos (por ejem-
plo. I¿cnica4 de encadenado), contenidos e s p l i c i t u * (e| alslamicn'
to. la angustia) y u n teorema puelulúgicu del poela ( l a magia del
lenguajel. La unidad de estos diverso* ámbitos se consigue con
la ayuda del cunceptu de e s l t u c l u i a . Pero de e s t r u c t u r a sólo se
puede hablar cuando están relacionadas categorías de idéntico
orden. Queda la cuestión de si los procedí miemos artísticos de
• M vanguardias no fuer un com pie Lamente d^sarrolladus por
Rimbaud. Aquí se Irata del problema de los -piccursorei». Éstos
son descubiertos en base a la e s t r u c t u r a n a r r a t i v a de las Ínter-
prefaciones históricas, p e n i siempre solo a posleriori. Unicamente
cuando se han deierm diado los procedimientos empleados po¡
Rimbaud (no lodos), se le puede describir c o mo - p r e c u r s o r " de
la vanguardia- Dicho de o t r a manera: solo gracias a tos m o l i-
mientos de vanguardia a t r i b u i m o s hoy a Rimbaud la i m p o r t a n c i a
que se merece.
9. A d o r n o Llama moderno al arte p r •' . desde Baudclairc.
El concepio abarca, pues, los anieeedentes ile lus m o l i m i e n t o s de
vanguardia, los propios m o v i m i e n t o * y la neovanguardla. Mien-
iras que s-o Intento m o s t r a r los m o v i m l e n t u i histórko* de van-
117
 E n e l c e n t r o d e l a teoría d e A d o r n o s o b r e e l a r t e m o -
d e r n o se e n c u e n t r a l a c a t e g u r i a d e l o n u e v o . A d o r n o c u e n -
t a d e s d e Luego c o n l a p o s i b l e o b j e c i ó n c o n t r a l a a p l i c a c i ó n
d e esa c a t e g o r í a , y t r a t a d e d e b i l i t a r l a s i n e s p e r a r s u l l e -
gada: « E n u n a sociedad esencialmente n o t r v d i c i o n a l i s t a
[ o sea. l a b u r g u e u l Ja t r a d i c i ó n estética es d u d o s a a
n. L a a u t o r i d a d d e l o n u e v o et l a d e l o h i s t ó r i c a m e n t e
n e c e s a r i o - (AT, p . 38 [ e d . c a s t e l l a n a , p . 3 6 ] ) . - P e r o n o
niega [ e l concept o de l o m o d e r n o ] lo que siempre h a n
n e g a d o l o s e s t i l o s a r t í s t i c o s , es d e c i r e l a r t e s u p e r i o r , s i n o
H
la t r a d i c i ó n c o m o t a l y , e n e s t a m e d i d a , s i r v e d e r a t i f i c a -
ción d e l p r i n c i p i o burgués e n el a r t e * ( í d e m . ) . A d o r n o
hace d e l o n u e v o l a c a t e g o r í a d e l a r t e m o d e r n o , d e l a
r e n o v a c i ó n d e l o s t e m a s , m o t i v e n y p r o c e d i m i e n t o » artís-
ticos establecidos p o r el d e s a r r o l l o del a r t e desde U a d -
m i s i ó n d e l o m o d e r n o . P i e n s a q u e l a c a t e g o r í a se a p o y a
e n la h o s t i l i d a d c o n t r a l a tradición q u e c a r a c t e r i za a la
sociedad burguesa capitalista. A d o r n o ha aclarado eslas
m a n i f e s t a c i o n e s e n o t r o l u g a r : - L a s o c i e d a d b u r g u e s a cae
p o r c o m p l e i o b a j o l a ley d e l c a m b i o , d e l " i g u a l p o r i g u a l " ,
de cálculos q u e a j u s t a n y d o n d e t o d o c u a d r a . E l c a m b i o
es e n s u e s e n c i a p r o p i a a l g o i n t e m p o r a l , c o r n o l a r a t i o
m i s m a [ . . . J . Pero esto q u i e r e decir nada menos q u e re
c u e r d o , t i e m p o , m e m o r i a [,..] son l i q u i d a d o s c o m o u n
residuo irracional.- *
Empecemos por aclarar c o n algunos ejemplos el pen-
guardia romo u n fenómeno d e l i m i t a d o por l a historia. Adorno
parte de la unidad del arte moderno cuma d única arte I r e U i m "
del préseme. Por medio de una h l i i o r i a del concepta de .moder
n o . y de su p o e s i . rn cuestión, H u J i v i ha e s b o u d o una his-
icina de la euncrienei* de la transición desde la anligUcdnd tardía
IUIMÜ Bandelalrc: - L i l e r a n s c h c T r a d i l i u n u n d g c g c n w i l r W * . Be-
* u 1 i * e m der Moderan*» [«Tradición liierarta y M a n t a E pre
lente de la modernidad»], en su lJUfmiur €sthi(Hit t aíi Provoca
non [ H u r ó n * de U Itttrettira como prenotmeidn] [ E d Suhikamn
« t i l . F r a n c l u n . 14711 pp. !| — •
10. Th_ W. A a o u o , Was beoeulet: »Aufarbeitun| der V e n t a n -
fenheii- sigmuca acabamieniu del pasado») n su Erueh-
ung zur Mundirketi [Fducaciov para la mayoría <tt edad] edita
do por G. K a d e l h a i h . Francfort. \VJ0. p. I J .
III
S a r n i e n t o de A d o r n o L a n o v e d a d c o m o c a t e p o r i a estética
h a sido p r o p u e s t a p o r los m o d e r n o * desde hace m u c h o
t i e m p o , i n c l u s o c o m o p r o g r a m a E l t r o v a d o r c o r t e s a n o ae
p r e s e n t a c o n La a s p i r a c i ó n d e c a n t a r u n a - n u e v a c a n c i ó n » ;
los a u t o r e s de la t r a g i c o m e d i a francesa d i c e n satisfacer,
prio m e d i a n t e La n o m - e a u r * , u n a e x i g e n c i a d e l p ú b l i c o En
a m b o s c a s o * t e t r a t a d e a l g o d i s t i n t o a La p r e t e n s i ó n d e
n o v e d a d d e l a r l e m o d e r n o . L a - n u e v a c a n c i ó n - d e l o s poe-
t a * c o r t e s a n o s n o consiste sólo e n u n d e t e r m i n a d o t e m a
(el i i n o r K sino también en u n a c a n t i d a d de m o t i v o s par-
t i c u l a r e s ; a q u i se l l a m a n o v e d a d a l a v a r i a c i ó n d e n t r o d e
los e s t r e c h o s l í m i t e s d e u n g é n e r o E n l a t r t g i c o m e d i a
francesa ya n o estín p r e d e t e r m i n a d o s los temas, pero t i
u n e s q u e m a de d e s a r r o l l o , en e l que los c a m b i o s repenti -
nos d e l a r g u m e n t o [ p o r ejemplo, cuando descubrímm que
u n p e r s o n a j e m u e r t o n o h a b l a m u e r t o e n r e a l i d a d ! con»-
l i t u y e n el d i s t i n t i v o d e l género. E n la t r a g i c o m e d i a , q u e
t e a p r o x i m a a l o q u e m i s t a r d e se l l a m a r á l i t e r a t u r a d e
c o n s u m o , los efectos d e i f t o c * ísurpnsel que el p u b l i c o
reclama eiián previstos ya por l o * esquemas estructurales
d e l g é n e r o ; l a n o v e d a d t u r p e c o m o c i t x l u c a l c u l a d o y ea-
tablecido. Finalmente podríamos recordar u n tercer t i p o
de n o v e d a d , a q u e l q u e l o s f o r m a l i s t a s r u s o s q u i s i e r a n c o n -
v e r t i r e n la lev de d e s a r r o l l o de la l i t e r a t u r a : la renova-
ción de los p r o c e d i m i e n t o s d e n t r o de u n a l i n e a l i t e r a r i a
d a d a E l p r o c e d i m i e n t o - a u t o m á t i c o » , q u e y a n o se p e r c i b e
como f o r m a v que precisamente por ello ya no permite
t a m p o c o n i n g u n a n u e v a visión de la r e a l i d a d , d e b e * e r
r e e m p l a z a d o p o r u n u nuevo, l i b r e de tales l i m i t a c i o n e s ,
h a s t a q u e él m i s m o se h a g a - a u t o m á t i c o - y e a i j a u n a
n u e v a sustitución. 11
I I . Sobre la nW* mnWÉá en la tragicomedia. if. f B t
m
rmJien Jto-todre-i Pttrre Comedies und da» /raflzmisrfer Thcaier
u n ¡tío. Eme wirJtunisatlliíliK'i Anadyse [L*s p r i m e r a * come
dina de Fierre Comeiüe y ti rasure /raneé* hacia 1*30 V***m
I J I de t u e o n w i a f j i c s a i esicíioas}. F r a n c f o r t , 1971. pp
13. Cf- a este m pee l o J. tssssassWi D** liierarnchen Kut+r-
mmel und die E-viunon kt der Uttralur [Los recurso* animio-
II?
 N i n g u n o de estos tres t i p o s de n o v e d a d c o i n c i d e c o n lo
q u e A d o r n o l l a m a la caracterización de !o m o d e r n o . N o
se t r a t a y a d e v a r i a c i o n e s d e n t r o d e l o s e s t r e c h o s l i m i t e s
de u n género ( p o r e j e m p l o l a - n u e v a canción-), n i de u n
e f e c t o d e s o r p r e s a g a r a n t i z a d o p o r l a e s t r u c t u r a d e l géne¬
r o f p o r e j e m p l o , la t r a g i c o m e d i a ) , n i de la renovación de
ÍOs p r o c e d i m i e n t o s d e u n a l i n e a l i t e r a r i a ; n o se t r a t a d e u n
súbito d e s a r r o l l o , s i n o de la r u p t u r a , d e . u n a tradición. L o
q u e d i s t i n g u e l a aplicación d e l a categoría ¿Teló n u e v o
en l o m o d e r n o d e c u a l q u i e r aplicación precedente, entera-
m e n t e l e g i t i m a , es l a r a d i c a l i d a d d e s u r u p t u r a c o n l o d o
l o q u e h a s t a e n t o n c e s se c o n s i d e r a v i g e n t e . Y a n o se n i e
g a n los p r i n c i p i o s o p e r a t i v o s y estilísticos d e l o s a r t i s t a s ,
v á l i d o s h a s t a ese m o m e n t o , s i n o l a t r a d i c i ó n d e l a r t e e n
su totalidad.
E n este p u n t o a p l i c a A d o r n o la categoría de la nueva
c r i t i c a . Se i n c l i n a r á , p u e s , a c o n s i d e r a r q u e l a s i n g u l a r r u p -
t u r a histórica c o n l a tradición, q u e caracterizó a los m o
v m i i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a , d e b e c o n s i d e r a r s e el
p r i n c i p i o de d e s a r r o l l o del a r t e m o d e r n o en general: - L a
a c t i v a c i ó n d e l c a m b i o d e l o s p r o g r a m a s y t e n d e n c i a s esté-
t i c a s , q u e l o s filisteos h a n d e s p r e c i a d o c o m o u n a b u s o d e
la m o d a , se ve a f e c t a d a p o r u n a h o s t i l i d a d q u e c r e c e i n c e -
s a n t e m e n t e , q u e y a V a l e r y p e r c i b i ó . » " N o se l e o c u l t a a
A d o r n o , d e s d e l u e g o , q u e l a n o v e d a d es l a e t i q u e t a b a j o
la q u e e l m e r c a d o o f r e c e s i e m p r e a l o s c o n s u m i d o r e s l a s
m i s m a s m e r c a n c í a s (AT. p . 3 9 } . S u a r g u m e n t a c i ó n se h a c e
d i s c u t i b l e c u a n d o p r o c l a m a q u e e l a r t e se - a p r o p i a » d e l
m e r c a d o de los bienes de c o n s u m o . * S ó l o c o n d u c i e n d o su
i m a g i n e r í a f i a p o e s í a d e B a u d e l a i r e ] h a c i a l a p r o p i a autó-
n o m a , p u e d e a l r a v e s a r ese m e r c a d o q u e l e es h e t e r ó n o -
m o . L o m o d e r n o es a r t e p o r fa i m i t a c i ó n d e l o e n d u r e c i d o
y l o e x t r a ñ o - {AT, p . 39 [ e d . c a s t e l l a n a , p . 3 6 1 ) . A q u i e m -
httrarios y la evoíi*no*i de la Iticrafura) fed S a h r k a m p 197)
T r a n c t o r l . 19ft7, pp. 7-60 cspccialmenle la p. 21.
13. T h . W . A D O Í M J , -Thesen über rmdition» [•TCSÍE i n b r e la
tradición»], m su Obnr Leitbild Parva AtnhtiKa [Sin modelo
Pan-a Aesthelica] red. Suhrltamp. ÍOlf FrantíurE 1967 p J j '
120
pie/a a t o m a r s e v e n g a n z a e l h e c h o d e q u e A d o r n o n o t r a t e
de l i j a r c o n precisión el carácter histórico de la categoría
de l o n u e v o . A l o m i t i r esta tarea, debe d e d u c i r d i r e c t a m e n -
te l a categoría de l a s o c i e d a d de c o n s u m o . P a r a A d o r n o ,
p u e s , l a c a t e g o r í a d e l o n u e v o es l a n e c e s a r i a d u p l i c a c i ó n
e n e l á m b i t o a r t í s t i c o d e l f e n ó m e n o d o m i n a n t e e n l a so-
ciedad de c o n s u m o - Este sólo puede c o n s i s t i r , y a q u e las
m e r c a n c í a s q u e se p r o d u c e n t a m b i é n s o n v e n d i d a s , e n q u e
es p r e c i s o s e d u c i r s i e m p r e a l c o m p r a d o r c o n e l e s t í m u l o
de la n o v e d a d d e l p r o d u c t o . Según A d o r n o , e l a r t e t a m -
bién está s o m e t i d o a esta presión, c o n l o c u a l espera v e r
e n l a ley q u e d o m i n a e n la sociedad la p r o p i a resistencia
c o n t r a ésta- S i n e m b a r g o , h a y q u e t e n e r e n c u e n t a q u e e n
l a s o c i e d a d d e c o n s u m o l a c a t e g o r í a d e l o n u e v o n o es
s u b s t a n c i a l , s i n o q u e se q u e d a e n l a a p a r i e n c i a . N o d e s i g -
n a l a e s e n c i a d e l a m e i t a r j c i a , s i n o l a a p a r i e n c i a q u e se l e
i m p o n e a r t i f i c i a l m e n t e ( p u e s l o n u e v o e n l a m e r c a n c í a es
s ó l o Ja p r e s e n t a c i ó n ) . C u a n d o e l a r t e se a c o m o d a a e s a
s u p e r f i c i a l i d a d de la sociedad de c o n s u m o , h a y q u e reco-
nocer c o n pesar que debe servirse p r e c i s a m e n t e de t a l
m e c a n i s m o p a r a oponer resistencia a l a p r o p i a sociedad.
La resistencia q u e A d o r n o cree d e s c u b r i r b a j o la pre-
sión c o n t r a l a r e n o v a c i ó n es, e n r e a l i d a d , d i f í c i l m e n t e e n -
c o n l r a b l e ; esto queda reservado al sujeto crítico, que en
v i r l u d de u n p e n s a m i e n t o dialéctico p u e d e p e r c i b i r la
p o s i t i v i d a d en I n negativo. Pero, f r e n t e a esto, hay q u e
señalar q u e a l l i d o n d e a l a r l e se s o m e l e d e h e c h o a l a
p r e s i ó n p a r a l a i n n o v a c i ó n q u e i m p o n e l a s o c i e d a d de c o n -
s u m o , y a n o se p u e d e d i s t i n g u i r d e l a m o d a . L o q u e A d o r -
no l l a m a «imitación de lo endurecido y lo extraño- podia
h a b e r l o i n s p i r a d o W a r h o l : l a r e p r o d u c c i ó n d e 100 l a t a s
CampbcU's i m p l i c a resistencia c o n t r a l a sociedad de con-
s u m o s ó l o s i se q u i e r e e n t e n d e r así. L a n c o v a n g u a r d i a .
q u e r e c u p e r a La r u p t u r a v a n g u a r d i s t a c o n l a t r a d i c i ó n ,
t i e n d e a a d m i t i r i n s e n s a t a m e n t e c u a l q u i e r pretensión de
s e n t i d o Para p r e s e n t a r c o n j u s t i c i a la posición de A d o r n o
hay qu e tener en c u e n t a , desde luego, q u e c o n la - i m i t a -
c i ó n d e Lo e n d u r e c i d o » n o se r e f i r i ó s e n c i l l a m e n t e a l a
acomodación, s i n o q u e q u i s o d e c i r presentación de l o q u e
121
es e l c a s o ; y e n e s t a i n t e r p r e t a c i ó n f i d e d i g n a v e m o s q u e
c o n f i a b a e n u n a p o s i b l e p e r c e p c i ó n de a l g o q u e e n o t r o
t i e m p o p e r m a n e c í a o c u l t o . P e r o él m i s m o h a v i s t o l a a p o -
rta, e n l o c o n c e r n i e n t e a l a r t e , c o m o se m u e s t r a e n e l
s i g u i e n t e p á r r a f o : * N o h a y q u e j u / g a r s i se t r a t a e n gene-
ral de u n altavoz de las conciencias a c o m o d a d a s , q u e hace
t a b l a r a s a c o n t o d a e x p r e s i ó n , o s i se t r a t a e n c a m b i o
de la expresión atónita, i n e x p r e s i v a , q u e aquél d e n u n c i a *
(AT. p . 1 7 9 ) .
Se m u e s t r a n a s í l o s l í m i t e s d e l a u t i l i d a d d e l a c a t e g o
ría d e l o n u e v o p a r a l a c o m p r e n s i ó n d e l o s m o v i m i e n t o s
h i s t ó r i c o s de v a n g u a r d i a - S i se t r a t a r a d e c o m p r e n d e r u n a
transformación de los m e d i o s artísticos de representación,
e n t o n c e s l a c a t e g o r í a d e l o n u e v o sería a p l i c a b l e , P e r o
c u a n d o los m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a h a n
o b r a d o u n a r u p t u r a de la tradición, de cuyas eonsecuen
c i a s se d e s p r e n d e u n a t r a n s f o r m a c i ó n de l o s s i s t e m a s d e
representación, * e n t o n c e s t a l c a t e g o r í a y a n o es a p r o p i a d a
1
14. En contraste con las continua» transiórmaciones de los
medios particulares de representación acuñados p o r el desarrollo
del arfe, la transformación de los sisitmas de representación ( i n -
cluso cuando te prolonga notablemente) es u n acontecimiento
histórico trascendental. P. FiuNCASTtL ha investigado esta i r u i s -
lormaL-ion de los sistemas de representación {filuda de sotiolo-
gie de Varí \Esittdia* de sociología de! arte] [ B i b l - M c d i i a l i o n s .
74], Parí». 19701: en el curso de] sigla xv *c ha l o r m a d u en la
p i n t u r a u n sistema de represen!ación caractelibado por La pers-
pectiva y por una creación u n l l o r m e del espacio. M i e n i r a i que
las diferencias de i a maño entre las figuras r e m i t e n en Ta p i n t u r a
medieval a su d i s t i n t o significado, desde el Renacimiento mues-
t r a n el puesln de la Figura en idación con u n espacio adecuado
a la geometría cuclldea. Y m i e n t r a s que la p i n t u r a medieval reú'
ne varias escenas y permite contar una hisloria, desde el Renaci-
miento el espacio de la p i n t u r a es u n i l o r m e . sólo permite repre-
sentar u n d e t e r m i n a d o acontecí míen iu. Este * i * l c m a de represen-
tación, caracterizado a q u i de m o d o esquemática, na dominado el
arte occidental d u r a n te quinientos años. Pero a comienzo', del s i '
glo xx pierde su autorida d Indiscutible. E n el p r o p i o Cezanne. Ja
perspectiva central pierde ya Ja importanci a que todavía tenía
en los Impresionistas. i|ue la conservaron pese a su descomposi-
ción de Jas íormai. Da esle modo, se acaba con la a u t o r i d ad uni-
versal de los sistemas de representación tradicionales.
12?
p a r a r e f l e j a r l a s i t u a c i ó n. P i e r d e t o d o s u v a l o r c u a n d o se
d e s c u b r e q u e los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a
n o sólo p r e t e n d e n r o m p e r c o n l o s sistemas d e r e p r o d u c -
ción h e r e d a d o s , s i n o q u e a s p i r a n a l a superación de la
i n s t i t u c i ó n a r t e e n g e n e r a l . Se t r a t a , d e s d e l u e g o , d e h a c e r
a l g o • n u e v o » , s ó l o q u e e s l e a l g o « n u e v o » se d i s t i n g u e c u a -
l i t a t i v a m e n t e t a n t o de la transformación de los p r o c e d i -
m i e n t o s a r t í s t i c o s c o m o d e l a t r a n s f o r m a c i ó n d e l o s siste-
m a s d e r e p r e s e n t a c i ó n . E l c o n c e p t o d e l o n u e v o n o es
f a l s o , p e r o sí g e n e r a l e i n e s p e c í f i c o, p a r a l a r a d i c a l i d a d
d e la r u p t u r a de la tradición a l a q u e debe r e f e r i r s e .
Y apenas sirve, t a m p o c o , c o m o categoría p a r a l a descrip-
ción de las o b r a s de v a n g u a r d i a , n o sólo p o r ser g e n e r a l
e inespecífico. s i n o i n c l u s o p o r q u e n o o f r e c e la p o s i b i l i d a d
de d i s t i n g u i r e n t r e la m o d a ( c u a l q u i e r a ) y l a innovación
históricamente necesaria. También p l a n t e a p r o b l e m a s l a
o p i n i ó n d e A d o r n o , según l a c u a l e l c a m b i o s i e m p r e r á p i d o
d e t e n d e n c i a s artísticas c o r r e s p o n d e a u n a n e c e s i d a d h i s -
t ó r i c a . L a i n t e r p r e t a c i ó n dialéctica d e l a a c o m o d a c i ó n a l a
sociedad de c o n s u m o , c o m o resistencia c o n l r a ella m i s m a ,
conduce a l p r o b l e m a de l a c o n c o r d a n c i a fastidiosa e n t r e
m o d a s d e c o n s u m o y l o q u e a c a s o se d e b i e r a l l a m a r m o d a s
artísticas.
D e s d e a q u i se p u e d e r e c o n o c e r l a r e l a t i v i d a d histórica
de o t r o t e o r e m a de A d o r n o : l a opinión de q u e sólo e l a r t e
que sigue a la v a n g u a r d i a puede hacer j u s t i c i a al m o -
m e n t o h i s t ó r i c o d e d e s a r r o l l o d e las técnicas artísticas.
Hay q u e preguntarse seriamente si la r u p t u r a c o n la tra-
dición, l l e v a d a a c a b o p o r l o s m o v i m i e n t o s históricos de
v a n g u a r d i a , n o h a hecho supcrñuo el d i s c u r s o q u e rela-
c i o n a e l t i e m p o presente c o n el m o m e n l o histórico de las
técnicas artísticas. L a s e d u c c i ó n q u e m a n i f i e s t a n l o s m o -
v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a p o r l o s p r o c e d i m i e n t o s artístico s
d e é p o c a s p a s a d a s ( p i é n s e s e , p o r e j e m p l o , e n l a técnica
de los viejos maestros e n m u c h a s o b r a s de M a g r i t t e ) hace
casi i m p o s i b l e r e f e r i r s e a u n n i v e l histórico de los proce-
d i m i e n t o s artísticos. L o s m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a h a n
t r a n s f o r m a d o l a sucesión h i s t ó r i c a de p r o c e d i m i e n t o s y
estilos en u n a s i m u l t a n e i d a d de lo r a d i c a l m e n t e diverso.
\2i
 L a c o n s e c u e n c i a d e e l l o es q u e ningún m o v i m i e n t o a r t i s -
t i c o puede y a h o y alzarse c o n la pretensión de o c u p a r .
como arle, u n l u g a r h i s tú r i c a m e n t e s u p e r i o r a l d e o t r o
m o v i m i e n t o . De m a n e r a q u e la r i m a n g u a r d i a , al alzarse
c o n esta pretensión, sólo p u e d e h o n r a r l a , p o r q u e y a fue
r e a l i z a d a e n u n p e r i o d o a n t e r i o r . C o n t r a la aplicación de
técnicas r e a l i s t a s y a n o se p u e d e a r g u m e n t a r h o y a l u d i e n -
d o a l n i v e l h i s t ó r i c o d e las técnicas. Sí A d o r n o a r g u m e n t ó
así. e l l o n o s m u e s t r a q u e c o m o t e ó r i c o p e r t e n e c e a l a épo-
ca d e l o s m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a . P r u e b a
d e e s t o es q u e v i o l o s m o v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a n o c o m o
a l g o histórico, s i n o c o m o a l g o v i v o i n c l u s o e n e l pre-
sente. 11
3. E L AZAR
E n s u aproximación a u n a h i s t o r i a de los -azares lite-
r a r i o s - , o sea, d e l a s v e r s i o n e s q u e l a l i t e r a t u r a h a d a d o
del azar desde el r o m a n c e c o r t e s a n o d e l a E d a d M e d i a .
K ó h l e r reserva u n v o l u m i n o s o capítulo a la l i t e r a t u r a del
15. Solo et t u n s e t u e n t e cuando la . mi. i.-,. ncovangbardis<
la apoya la prelcnsión pul ¡i k a que vincula • t u producción en
una argumentación ligada estrechamente a Adorno, Chris BFZZEL,
un a u t o r de poesía concreta, afirmará asi que «un escritor revo-
lucionarla nu c> el que realice una composición seminticu-poelica
que tenga la nece%jdad de la revolución como contenido v como
proposito, sino aquel que i.on medios puédeos rrvolueiuna la poe-
sía como modelo de ia revolución m i s m a {...} en compai-ación con
la alienación de la burguesía t&rdia. la alienación compuesta p o r
el a r l e respecto a la realidad represiva es una fuerza que e m p u j a
hacia adelante- Esta fuer/a es dialéctica. v> que pone en funciona
miento la alienación estética respeclo a la realidad insoportable»
{áichitiHfi und revofuiioit [poesía y revolución], en - K o n k r c i e Poe-
sie, Text + Kritik», núm. 25 (enero de 1970). pp. 35 y ta.). Pero el
p r o p i o Adorno se muestra bastante escéplico con respecto a esa
-enorme tuerza que empuja hacia adelante* del arte neovanguar-
dista; en la Teoría estética, como hemos visto, se llega a apuntar
fa toiaT ambivalencia de lales obras, abriendo la p o s i b i l i d a d ' d e
ta c r l i i c a .
124
s i g l o x x . . E l f e r v o r e n t u s i a s t a p o r el m a t e r i a l y s u resis-
t e n c i a c o n t r a e l a z a r es, d e s d e l a s p o e s í a s d e T r i s t a n
Tzara a base de recortes de papel hasta l o s m o d e r n o s
happening, n o c a u s a , s i n o c o n s e c u e n c i a d e u n a situación
s o c i a l , e n l a c u a l l a f a l s a c o n c i e n c i a s ó l o r e s p e t a las m a -
nifestaciones de azar, l i b r e s d e ideología, n o e s t i g m a t i -
z a d o s p o r l a t o t a l c o s i í i c a c i ó n d e las r e l a c i o n e s v i t a l e s
e n t r e l o s h o m b r e s . " * K ó h l e r señala j u s t a m e n t e e l a b a n -
1
d o n a r s e a l m a t e r i a l c o m o característica t a n t o del a r t e
v a n g u a r d i s t a c o m o d e l n e u v a n g u a r d i s t a , p e r o y a m e pa-
rece más d u d o s o q u e p u e d a e n c a j a r , c o m o p r e t e n d e , l a
interpretación q u e d i o A d o r n o d e esle fenómeno. E n e l
e j e m p l o d e l hasard obioclif faaar o b j e t i v o ) de los surrea-
listas hay que m o s t r a r , p o r u n lado, las esperanzas que
p u s i e r o n los m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a e n el azar; y. p o r
o t r o , la ídeologización q u e c o m e t e n c o n e l u s o de t a l cate-
g o r í a , p r e c i s a m e n t e e n b a s e a esas e s p e r a n z a s .
A l c o m i e n z o d e Nadja (I¥28), B r e t ó n c u e n t a u n a s e r i e
d e e x t r a ñ o s a c o n t e c i m i e n t o s e n l o s c u a l e s se a c l a r a l o q u e
los s u r r e a l i s t a s e n t i e n d e n p o r «azar o b j e t i v o » . Los acon-
t e c i m i e n t o s s i g u e n u n p a i r ó n b á s i c o : d o s s u c e s o s se p o -
n e n e n conexión e n ba>e al h e c h o de q u e m u e s t r a n u n a
o más c o i n c i d e n c i a s . P o r e j e m p l o ; Bretón y su a m i g o
d e s c u b r e n e n e l marché OHX pitees, al hojear una obra
d e R i m b a u d . a u n a j o v e n v e n d e d o r a q u e n o sólu e s c r i b e
v e r s o s , s i n o q u e i n c l u s o h a l e i d o e l Paysim de Paris [Un
campesina de P d r í s ] . d e A r a g ó n . E l s e g u n d o - s u c e s o » n o
se r e c o g e a q u í d e m a n e r a e x p r e s a , p o r q u e l u > l e c t o r e s d e
Bretón y a l o c o n o c e n : l o s s u r r e a l i s t a s s o n poelas. y Ara¬
g o n es u n o d e e l l o s . E l a z a r o b j e t i v o se b a s a e n b selec-
ción de elementos semánticos e u n c o r d a n t e s ( a q u i : poeta
y A r a g ó n ) en sucesos i n d e p e n d i e n t es e n t r e si- Los s u r r e a -
listas c o n s t a t a n la c o i n c i d e n c i a , q u e r e m i t e a u n s e n l i d o
n o c a p t a b l e . E l a z a r se d a p u e s - d e p o r s i » , p e r o e x i g e p o r
p a r t e de los surrealistas u n a orientación q u e p e m ñ l e ob-
16. E, KoHLíi. Der literari>che Zufall. das Müglwhc und die
NotwidttkeU \Ei azar ¡.¡erario, lo poJiWí y la necesidad]. Mu-
nich. 1973. cap. i . y aquí p. I I .
servar la c o i n c i d e n c i a de e l e m e n t o s semánticos e n sucesos
independientes entre tL
m Jos s u r r e a l i s t a s , s i n e m b a r g o , h a y u n s e n t i d o e n las c o s a s
V a l é r y h a o b s e r v a d o c o r r e c t a m e n t e q u e e l a z a r se p u e -
de p r o v o c a r . P a r a l o g r a r u n r e s u l t a d o a z a r o s o b a s t a c o n
elegir u n o b j e t o de e n t r e u n a c a n t i d a d de o b j e t o s s i m i l a -
r t a . Entonces lo» surrealistas, en realidad, no producen
a z a r , a u n q u e d e d i c a n m u c h a a t e n c i ó n a Lu q u e c ae f u e r a
d e t o d a e x p e c t a t i v a , y p e r m i t e n s e ñ a l ar - a z a r e s - q u e . a
causa de s u i n s i g n i f i c a n c i a ( s u f a l t a de relación c o n los
p e n s a m i e n t o s d o m i n a n t e s d e l o s i n d i v i d u o s p a s a r í an d e -
sapercibidos. A p a r t i r de l a c o n s t a n c i a de que en u n a
s o c i e d a d o r d e n a d a c o n f o r m e a l a r a c i o n a l i d a d d e l o s fines,
la p o s i b i l i d a d d e d e s a r r o l l o d e l o s i n d i v i d u o s está s i e m p r e
l i m i t a d a , los surrealistas t r a t a n de d e s c u b r i r m o m e n t o s
d e i m p r e v i s i b i l i d a d e n l a v i d a c o t i d i a n a . S u a t e n c i ó n se
dirige, pues, hacia fenómenos q u e n o t i e n e n cabida en el
m u n d o de l a r a c i o n a l i d a d de l o s (mes. E l d e s c u b r i m i e n t o •
de las m a r a v i l l a s de l o c o t i d i a n o representa, evidentemen-
t e , u n e n r i q u e c i m i e n t o d e las p o s i b i l i d a d e s d e e x p e r i e n c i a s
del - h o m b r e u r b a n o - ; s i n e m b a r g o , esta ligada a u n t i p o
d e c o n d u c t a q u e r e n u n c i a a las i n i c i a t i v a s e n f a v o r d e
u n a p r e d i s p o s i c i ó n u n i v e r s a l ¡i l a i m p r e s i ó n . L o s s u r r e a -
l i s t a s n o se d a n p o r s a t i s f e c h o s c o n e l l a , y b u s c a n l a
p r o v o c a c i ó n d e l o e x e r p e t o n a l . L a fijación p o r d e t e r m i n a -
d o s l u g a r e s (tieux sacrés) y s u e s f u c n o p o r u n a mylhoto-
gie modemr m u e s t r a n que lo q u e ellos pretenden, d o m i -
n a n d o e l a z a r , es p o d e r r e p e t i r l o e x t r a o r d i n a r i o .
E l a s p e c t o i d e o l ó g i c o d e La i n t e r p r e t a c i ó n s u r r e a l i s t a
de la categoría de azar n o reside e n el i n t e n t o p o r d o m i -
n a r l o e x t r a o r d i n a r i o , s i n o e n l a inclinación a v e r e n e l
a z a r u n s c n l i d o o b j e t i v o . E l s e n t i d o es s i e m p r e o b r a d e
i n d i v i d u o s y g r u p o s ; d e las r e l a c i o n e s d e c o m u n i c a c i ó n
IT. Sobre ti u f r i L h c a d o de ta orientación como categoría de
la estética de 1» product:km, cf. P. h - n . per lran;asische Su
rrealismus Studien ium Prublem der dvüHE>""<!•••••-'••<n Liierer
lur [El surrealismo francés. I •• sobra *J problema de la
literalura de vanguardia]. Francfort. l v 7 l . p p >5-J y ss. Para l o
que M i ' » ' véase el •nálivlt del Paysan de f o n . de Aragón'que H
Incluye en es la «bra.
126
e n t r e l o s h o m b r e s n o se d e s p r e n d e ningún s e n t i d o . P a r a
a z a r o s a s , e n las c o n s t e l a c i o n e s d e s u c e s o s , a l q u e e l l o s
se r e f i e r e n c o m o « a z a r o b j e t i v o - . A u n q u e e l s e n t i d o n o se
d e j e d e t e r m i n a r , n o v a n a c a m b i a r las e x p e c t a t i v a * s u r rea
l i s t a s , pues esperan e n c o n t r a r l o e n l a r e a l i d a d . E n este
h e c h a h e m o s d e v e r u n a a b o l i c i ó n deJ i n d i v i d u u ( h u r g u e s )
Puesto q u e el m o m e n t o a c t i v o d e formación de la t c a l i d a d
e s i a e n c i e r t o m o d o o c u p a d o p o r Lus h o m b r e s d e l a ao-
c i e d a d d e Ja r a c i o n a l i d a d d e l o s f i n e s , a l i n d i v i d u o q u e
p r o t e s t a c o n l r a Ja s o c i e d a d sólu le r e s t a e n t r e g a r s e a u n a
e x p e r i e n c i a c u y a c a r a c t e r í s t i c a y c u y o v a l o r c o n s i s t e n en
la i n d e p e n d e n c i a d e l o s fines. Q u e e l s e n t i d o b u s c a d o e n
e l a z a r sea t i e m p r u i n a p r e h e n s i b l e se e x p l i c a p o r el h e c h o
de q u e si f u e r a d e t e r m i n a d o , seria a s u m i d o e n scgujda
p o r la r a c i o n a l i d a d de los n u c a , y perdería asi su v a l o r
• d e p r o t e s t a . A i i p u e s , l a e s p e r a n z a s ó l o se e x p l i c a p o r l a
t o t a l oposición a la sociedad e x i s t e n t e . Pero a l n o reco-
n o c e r q u e u n d e t e r m i n a d o d o m i n i o de la n a t u r a l e z a ne-
cesita u n a organización social, lus surrealistas c u r r e n el
p e l i g r o de q u e s u p r o t e s t a se c o n v i e r t a d e p r o n t o e n p r o -
t e s t a c u n t r a l o s o c i a l . N o se c r i t i c a La f i n a l i d a d d e La
sociedad burguesa capitalista, que hace del benelicio el
p r i n c i p i o d u m i n a n l e , s i n o la r a c i o n a l i d a d de l o s hnes en
general. A s i el azar, a l q u e los h o m b r e s están s o m e t i d o s
d e m o d o c o m p l e t a m e n t e h e t e r o n o m o , se c o n v i e r t e p a r a -
d ó j i c a m e n t e e n l a c l a v e d e La l i b e r t a d .
U n a teoría d e l a v a n g u a r d i a n o p u e d e a d m i t i r , s i n m a s ,
t a l y c u m u h a s i d o d e s a r r o l l a d o p o r los teóricos de la van-
g u a r d i a , e l c u n c e p t u d e a z a r ; p u e s se t r a t a d e u n a c a t e -
g o r í a i d e o l ó g i c a : l a p r o d u c c i ó n d e s e n t i d o , q u e es u n
a s u n t o h u m a n o , es a t r i b u i d a a U n a t u r a l e z a , v n u q u e d a
más q u e d e s c i l r a r l u . Esta reducción d e l s e n t i d o p r o d u c i d o
e n l o s p r o c e s o s c o m u n i c a t i v o s a La n a t u r a l e z a n u e t a r b i -
t r a r i a ; ealá r e l a c i o n a d a c o n l a abstracción d e la p r o t e s t a
q u e c a r a c t e r i z a a l a t e m p r a n a fase d e l m o v i m i e n t o s u r r e a -
l i s t a , P e r o l a teoría d e l a v a n g u a r d i a n o p u e d e r e n u n c i a r
p o r c o m p l e t o a l a c a t e g o r í a d e a z a r , a u n q u e s ó l o sea p o r -
q u e es d e c i s i v a p a r a l a c o m p r e n s i ó n d e l m o v i m i e n t o s u -
127
r r e a l i * i a . E l s i g n i l i e a d u q ue lus s u r r e a l i s t a s h a n d a d u a la
c a t e g o r í a , q u e se p u e d e c o n s i d e r a r c u m u c a t e g o r í a i d e u -
lógica, p e r m i t e a l ricnlflieu c a p t a r l a intención d e l m o v i -
m i e n t o , a u n q u e d e b a c r i t i c a r s e a l m i s m o t i e m p o la m i s i ó n
p a r a la que ttic concebida.
H a y u n a aplicación d e la categoría d e azar d i s t i n t a a
la q u e h e m o s v i s t o h a s t a a h o r a , q u e l o c a l i z a e l a z a r e n l a
o b r a de arte v n o en l a r e a l i d a d , en lo p r o d u c i d o y rio en
lo p e r c i b i d o , pues e l azar puede p r o d u c i r de m u y d i s t i m a s
maneras. P o d e m o s d i s t i n g u i r entre producción i n m e d i a t a o
m e d i a d a del azar. L a p r i m e r a surge en l a p i n t u r a d u r a n t e
l o s añus c i n c u e n t a , c o n m o v i m i e n t o s t u m o e l t a c h i s m o , e l
oclion paiiuiiifi y a l g u n o s o í r o s . Se t r a t a d e m o j a r l a l e l u
c o n e l p i n c e l . L a r e a l i d a d v a n o es f o r m a d a n i i n t e r p r e t a -
d a ; se r e n u n c i a a l a c r e a c i ó n i n t e n c i o n a d a d e f i g u r a s e n
f a v o r de u n d e s a r r o l l o de la e s p u n u n i c i d a d ; el azar aban-
d o n a e n b u e n a m e d i d a l a figuración. E l p i n t o r , l i b e r a d o d e
t o d a p r e s i ó n y r e g l a i o r m a l , se e n t r e g a i i n a l m c n t e a u n a
s u b j e t i v i d a d vacia. E l sujeto ya n o puede entregarse a algo
esigidn p o r e l m a t e r i a l y l a tarea: el resultado deviene
a z a r o s o en e l m a l s e n t i d o d e l a p a l a b r a , o sea. q u e r e s u l t a
a r b i t r a r i o . La protesta t o t a l c o n t r a aquel m o m e n t o de
c o a c c i ó n c o n d u c e a l p i n t o i n o h a c i a la l i b e r t a d d e l a f o r -
m a , s i n o únicamente hacia l a a r b i t r a r i e d a d , a u n q u e i s l a
p u e d a l u e g o ser i n t e r p r e t a d a c o m o e x p r e s i ó n d e i n d i v i -
dualidad.
T e n e m u s p o r o t r a p a r t e la producción m e d i a d a de azar.
E s t a v a n o es e l r e s u l t a d o d e u n a e s p o n t a n e i d a d . •• .
e n e l m a n e j o d e l m a t e r i a l , s i n o q u e es, p o r e l c u n l r a r i u .
f r u t o d e u n c a l c u l o m u y p r e c i s o . Perú e l cálcul o se re lie re
a l m e d i o ; e l p r o d u c t o es b á s t a m e i m p r e v i s i b l e . « E l p r o -
g r e s o d e l a r t e c o m o a c t i v i d a d - , s u b r a y a A d o r n o , está
•acompañado p o r l a tendencia hacia l a determinación
a b s o l u t a . S e h a s e ñ a l a d o c o n razón l a c o n v e r g e n c i a e n t r e
Las o b r a s r e a l i z a d a s t o t a l m e n t e c o n f o r m e a l a técnica y
las q u e s o n a b s o l u t a m e n t e a z a r o s a s * (AT, p . 47} . E l p r i n -
c i p i o d e construcción r e n u n c i a a la imaginación s u b j e t i v a
e n f a v o r d e u n a b a n d o n o d e U\ c o n s t r u c c i ó n a l a z a r . A d o r -
n o l o e x p l i c a c o m o reacción a l a i m p o t e n c i a d e l i n d i v i d u o
128
b u r g u é s : * L a i m p o t e n c i a en q u e l a t e c n o l o g í a h a s u m i d o
u l H l j e t o , d e s a t a d a p o r él m i s m o , h a s i d o r e c i b i d a e n l a
c o n c i e n c i a , se h a c o n v e r t i d o e n p r o g r a m a » {ÁT, p . 4 3 ) .
A q u i se r e p i t e l a i n t e r p r e t a c i ó n q u e v a h e m o s v i s t o a l
d i s c u t i r la categoría de l o n u e v o . A c o m o d a r s e a l a aliena-
c i ó n p a r e c e ser l a única f o r m a p o s i b l e d e r e s i s t e n c i a c o n -
t r a ésta. L a o b s e r v a c i ó n q u e h i c i m o s a m e s se a p l i c a , m u -
taris mttíatuSis, t a m b i é n aquí.
C a b e s u p o n e r q u e l a tesis d e A d o r n o , q u e ve e n l a
p r i m a d a de l a construcción u n a l e g a l i d a d a l a q u e l o s
a r t i s t a s se a b a n d o n a n s i n p o d e r p r e v e r l a s c o n s e c u e n c i a s
de ello, r e s u l t a de su f a m i l i a r i d a d c o n los m o d o s de c o m -
posición de la música dodecafóníca. E n su Philosophie
der ntutn Musik [Filosofía de la nueva música] llama a
la racionalidad dodecafóníca > u n sistema c e r r a d o y o p a c o
a l a vez, e n e l c u a l l a c o n s t e l a c i ó n d e l o s m e d i o s es h i p o s -
lasiada de i n m e d i a t o c o m o l i n a l i d a d y ley [ . . . ] . L a legali-
d a d e n l a q u e ésta se c u m p l e q u e d a o c u l t a p o r e l m a -
terial, a l q u e d e t e r m i n a sin q u e este d e t e r m i n a r m i s m o
ofrezca u n sentido»,'*
L a producción d e azar p o r ia aplicación d e u n p r i n c i p i o
d e c o n s t r u c c i ó n se d a e n l a l i t e r a t u r a , s i n o m e e q u i v o c o ,
c o n l a p o e s í a c o n c r e t a , m á s l a r d e q u e e n l a música. L a
m e n o r i m p o r t a n c i a d e l o s e m á n t i c o e n l a música t i e n e
c o m o consecuencia q u e en el caso de l a construcción f o r -
m a l , l a música y l a l i t e r a t u r a e s t é n m u y p r ó x i m a s . P a r a
q u e e l m a t e r i a l l i t e r a r i o se s o m e t a c o m p l e t a m e n t e a u n a
l e y d e c o n s t r u c c i ó n q u e l e es s i e m p r e a j e n a , es p r e c i s o
que r e n u n c i e a l c u n t c n i d o semántico. H a y q u e d e j a r b i e n
c l a r o , s i n e m b a r g o , q u e l a aplicación de u n a l e g a l i d a d
al m a t e r i a l d e la l i t e r a t u r a tiene u n v a l o r d i s t i n t o a l d e
la a p l i c a c i ó n d e u n p r i n c i p i o d e c o n s t r u c c i ó n s e m e j a n t e
a la música, e n base a la g e n u i n a d i v e r s i d a d de los
medios.
II T h . W Aaon.se Phiiasopliir áe¡ BSSSBM Mivik. p. 43.
129
4. E L CONCEPTO DE ALEGORÍA EN BENJAMIN
U n a l a r c a c e n t r a l d e Ta l e u ría de l a v a n g u a r d i a es e l
d e s a r r o l l o d e u n c o n c e p t o d e las o b r a s d e a r l e inorgáni-
cas. S e m e j a n le [área p u e d e i n i c i a r s e a p a r t i r d e l c o n c e p t o
d e a l e g o r í a d e B e n j a m í n , q u e , c o m o v i m o s , es u n a c a t e g o -
ría a r t i c u l a d a e s p e c i a l m e n t e r i c a , a p r o p i a d a p a r a r e f e r i r s e
t a n t o a l a s p e c t o d e Ta p r o d u c c i ó n c o m o a l d e l e f e c t o es-
tético de las o b r a s de v a n g u a r d i a . B e n j a m i n ha desarro-
l l a d o , c o m o sabemos, el c o n c e p t o p a r a la l i t e r a t u r a ba-
r r o c a ; " se p u e d e a f i r m a r , s i n e m b a r g o , q u e s u o b j e t o m á s
a p r o p i a d o es l a o b r a de v a n g u a r d i a . D i c h o d e o t r a m a n e -
r a : la experiencia de B e n j a m i n en el c o n t a c t o c o n las
o b r a s d e v a n g u a r d i a es l o q u e l e p e r m i t e t a n t o e l d e s a r r o -
l l o de la categoría c o m o su aplicación a l a l i t e r a t u r a d e l
b a r r o c o , p e r o n o a l c o n t r a r i o . P u e s t o q u e allí el d e s a r r o l l o
d e l o s o b j e t o s se a p o y a t a m b i é n e n l a i n t e r p r e t a c i ó n d e l
p a s a d o i n m e d i a t o , se p u e d e e n t e n d e r s i n v i o l e n c i a e l c o n -
c e p t o de a l e g o r í a d e B e n j a m í n c o m o u n a teoría d e l a r t e
d e v a n g u a r d i a ( i n o r g á n i c o ) , a u n q u e o b v i a m e n t e habrá q u e
p r e s c i n d i r d e l o s m o m e n t o s q u e d e r i v a n d e s u aplicación
a l a l i t e r a t u r a b a r r o c a . " A ú n así, es l ó g i c o p r e g u n t a r c ó m o
19. W B E U A U I N , Ursp'vng des Deulschen Trauerspiels [Ori-
gen de la iragedia alemana], editado por R. Tiedemann, Francfort.
1963, pp. 174 y UL¿ en l o que sigue citaremos como Vrsprang.
JO. E n m i Der framósitche Surrealismos, cap. X I , pp. 174 y
ss., he aplicado el concepto de alegoría á* B e n j a m i n como ins-
t r u m e n t o para la interpretación de la poesía de Bretón. Creo que
ha i l d o G. Lukács el p r i m e r o en afirmar que el cunceptu de ale-
goría de Benjamín se puede aplicar a Ja obra de vanguardia
(-Die weltanschau liciten Grundlagcn des A i a m g a r d e i s m u s - [ « L o s
principios ideológicos del vanguardismo»], en su Wider den mift-
versiandenen f ' , - . i " n i [Canna el realismo mal entendida], H a m
burgo, 1951, pp. 4 1 y ss.). La investigación de Benjamín obedece
a l interés por una comprensión de la l i t e r a t u r a contemporánea, y
ello no súlo es evidente por sus referencias al impresionismo en
la introducción a su obra (Ursprung. pp. 4 1 y ss.). sino que Asja
Lacis l o ha m o s t r a d o explícitamente: «En segundo lugar, dice que
su investigación no es académica, sino que tiene conexión inme-
diata con problemas contemporáneos m u y actuales. Insiste explí-
citamente en que en su trabajo ha señalado la búsqueda de u n Jen-
130
e l carácter de u n d e t e r m i n a d o t i p o de o b r a de a r t e ( l a
a l e g ó r i c a ) puede e x p l i c a r e n su e s t r u c t u r a social épocas
t a n d i s t i n t a s . Sería u n e r r o r b u s c a r , p a r a r e s p o n d e r a e s t a
p r e g u n t a , a f i n i d a d e s histórico-sociales e n t r e a m b a s épocas,
s u p o n i e n d o q u e f o r m a s artísticas iguales t i e n e n p o r ne-
c e s i d a d u n m i s m o F u n d a m e n t o s o c i a l . É s t e n o es e l caso.
H a b r í a q u e e n t e n d e r , m á s b i e n , q u e l a s f o r m a s artísticas
deben s u origen a u n determinado contexto social, pero
q u e n o m a n t i e n e n ningún v i n c u l o c o n t a l c o n t e x t o n i c o n
s i t u a c i o n e s sociales análogas, q u e e n c o n t e x t o s sociales
d i s t i n t o s podrían a s u m i r o t r a s f u n c i o n e s . L a investigación
n o debe c e n t r a r s e e n la p o s i b l e analogía e n t r e c o n t e x t o
p r i m a r i o y s e c u n d a r i o , s i n o e n ias m o d i f i c a c i o n e s sociales
de l a f u n c i ó n d e l a f o r m a artística.
Sí se d e s c o m p o n e e l c o n c e p t o d e a l e g o r í a o b t e n e m o s
el s i g u i e n t e e s q u e m a : 1. L o alegórico a r r a n c a u n elemen-
to a l a t o t a l i d a d del contexto v i t a l , lo aisla, lo despoja
d e s u f u n c i ó n . L a a l e g o r í a es. p o r t a n t o , e s e n c i a l m e n t e u n
f r a g m e n t o , en c o n t r a s t e c o n ei símbolo orgánico. * L a p i n -
t u r a e n e l t e r r e n o d e l a i n t u i c i ó n a l e g ó r i c a es f r a g m e n t o ,
r u n a [••-] - L a f a l s a a p a r i e n c i a d e l a t o t a l i d a d d e s a p a r e c e '
[Ursprung, p . 1 9 5 ) . 2. L o a l e g ó r i c o c r e a s e n t i d o a l r e u n i r
esos f r a g m e n t o s a i s l a d o s d e l a r e a l i d a d . S e t r a t a d e u n
s e n t i d o d a d o , que n o r e s u l t a del c o n t e x t o o r i g i n a l de l o s
f r a g m e n t o s . J . B e n j a m i n i n t e r p r e t a l a función de l o ale-
górico c o m o expresión de melancolía, - C u a n d o el o b j e t o
d e v i e n e alegórico b a j o la m i r a d a d e l a melancolía, d e j a
escapar l a vida, y queda c o m o m u e r t o , detenido p a r a l a
e t e r n i d a d . D e e s t a m a n e r a se e n c u e n t r a a n t e e l a r t i s t a
a l e g ó r i c o , d e s t i n a d o a él p a r a g r a c i a y d e s g r a c i a ; es d e c i r ,
e l o b j e t o es t o t a l m e n t e i n c a p a z d e i r r a d i a r s e n t i d o n i s i g -
n i f i c a d o , y c o m o s e n t i d o le c o r r e s p o n d e el q u e le c o n c e d a
e l a l e g ó r i c o - {Ursprung, p p . 2 0 4 y s.). E l t r a t o d e l alegó-
guaje f o r m a l p o r Jo dramático barroco como u n fenómeno aná-
logo al expresionismo. Por eso. dice, he tratado c o n t a m o deta-
lle Jos problemas artísticos de la alegoría, del emblema y del r i -
t u a l - (Revolulionare i m Beruf [...] [Revolucionaria por profe-
sión], editado p o r H i l d e g a r d Brenner. M u n i c h , 1 9 7 1 . p . 44).
131
r i c o c o n las c o s a s s u p o n e u n i n t e r c a m b i o p r o l o n g a d o d e
simpatía y h a s t i o : a l a a b s o r t a simpatía de los e n f e r m o s
p o r Jo e s p o r á d i c o y l o i n s i g n i f i c a n t e {se d e s p r e n d e ) d e l d e -
sengañado a b a n d o n o de los e m b l e m a s vacíos » l i d . , p 207).
4. T a m b i é n a l u d e B e n j a m i n a l p l a n o d e La r e c e p c i ó n . L a
a l e g o r í a , c u y a e s e n c i a e * ef f r a g m e n t o , r e p r e s e n t a l a h i s -
t o r i a c o m o d e c a d e n c i a : « e n l a alegoría ( r e s i d e ] l a facits
hippíKtatinx [ o sea. e l a s p e c t o f ú n e b r e ! d e Ja h i s t o r i a
c o m o p r i m i t i v o p a i s a j e p e t r i f i c a d o d e l o q u e se o f r e c e a
l a v i s t a - { I d . , p p . 182 y s.).
A l m a r g e n de q u e los c u a t r o elementos del concepto
de alegoría q u e h e m o s p r e s e n t a d o p u e d a n a p l i c a r s e a l
análisis d e o b r a s d e v a n g u a r d i a , p o d e m o s c o m p r o b a r q u e
se t r a í a d e u n a c a t e g o r í a c o m p l e j a , q u e o c u p a u n p u e s t o
e s p e c i a l m e n t e a l i o e n l a j e r a r q u í a d e las c a t e g o r í a s p a r a
la d e s c r i p c i ó n d e o b r a s . E s t a c a t e g o r í a reúne c l a r a m e n t e
d o s c o n c e p t o s d e l a p r o d u c c i ó n d e l o e s t é t i c o , d e los c u a -
les u n o c o n c i e r n e a l t r a t a m i e n t o d e l m a t e r i a l ( s e p a r a c i ó n
d e l a i p a r t e s d e s u e o n i e a t o ) y e l o t r o a La c o n a t i t u c i ó n
d e l a o b r a ( a j u s t e d e f r a g m e n t o s y fijación d e s e n t i d o } ,
c o n u n a interpretación de los procesos d e producción y
recepción [melancolía en los p r o d u c t o r e s , visión pesimis-
t a d e ta h i s t o r i a e n l o s r e c e p t o r e s ) . Y a q u e p e r m i t e d i s t i n -
g u i r e n e l p l a n o d e l análisis Los a s p e c t o s d e l a p r o d u c c i ó n
y el efecto estético, s i n d e j a r p o r e l l o de p e n s a r l o s c o m o
u n i d a d , el c o n c e p t o de alegoría de Benjamín puede ser
a p r o p i a d o p a r a o c u p a r l a categoría c e n i t a l de u n a leoría
d e las o b r a s d e a r t e d e v a n g u a r d i a . C o n n u e s t r o e s q u e m a
se p u e d e a p r e c i a r y a q u e l a u t i l i d a d de l a c a t e g o r í a r e s i d e
e n e l análisis d e l a estética d e l a p r o d u c c i ó n ; p a r a e l á m -
b i t o d e l e f e c t o e s t é t i c o , s i n e m b a r g o , r e q u e r i r í a algún
complemento.
U n a comparación de las o b r a s de a r l e orgánicas c o n
l a s I n o r g á n i c a s ( v a n g u a r d i s t a s 1. d e s d e e l p u n t o d e v i s t a
d e l a estética d e l a p r o d u c c i ó n , e n c u e n t r a u n a h e r r a m i e n -
t a esencial en l o q u e l l a m a m o s m o n t a j e , c o n el que c o i n -
ciden los dos p r i m e r o s elementos del c o n c c p l o d e alegoría.
de Benjamín. E l a r t i s t a q u e p r u d u c e u n a o b r a orgánica
{lo l l a m a r e m o s e n l o sucesivo clasicista. sin querer d a r
112
p o r ello u n concepto d e l a r t e clásico), m a n e j a s u mate-
rial c o m o algo vivo, respetando su significado aparecido
en c a d a situación c o n c r e t a de la v i d a . Para el v a n g u a r d i s -
t a , a l c o n t r a r i o , e l m a t e r i a l s ó l o es m a i e r i a l ; s u a c t i v i d a d
n o c o n s i s i e p r i n c i p a l m e n t e e n o t r a c o s a m á s q u e e n aca-
b a r c o n la « v i d a » d e los m a t e r i a l e s , arrancándolos d e l
c o n t e n t o d o n d e r e a l i z a n s u función y r e c i b e n s u significa-
d o . £1 c l a s i c i s l a v e e n e l m a i e r i a l a l p o r t a d o r d e u n s i g -
n i f i c a d o y l o a p r e c i a p o r ello, p e r o el v a n g u a r d i s t a sólo
d i s t i n g u e u n s i g n o v a c i o , p u e s él es e l ú n i c o c o n d e r e c h o
a a t r i b u i r u n s i g n i f i c a d o. De esle m o d o , el c l a s i c i s t a m a -
neja su m a i e r i a l c o m o u n a t o t a l i d a d , m i e n t r a s que el van-
g u a r d i s t a separa el suyo de la t o t a l i d a d de l a v i d a , l o
aisla, lo fragmenta .
L a d i v e r s i d a d d e las posiciones respecto al m a t e r i a l ,
se r e p r o d u c e r e s p e c t o a l a c o n s t i t u c i ó n d e l a o b r a . E l c l a -
sicista q u i e r e d a r c o n s u o b r a u n r e t r a t o v i v o de l a t o t a -
l i d a d ; t a l es s u i n t e n c i ó n , i n c l u s o c u a n d o l a p a r t e d e
r e a l i d a d p r e s e n t a d a se l i m i t a a s e r l a r e s t i t u c i ó n d e u n a
atmósfera fugaz. E l v a n g u a r d i s t a , p o r s i l p a r l e , reúne
f r a g m e n t o s c o n La i n t e n c i ó n d e f i j a r u n s e n l i d u ( c o n l o
c u a l el s e n t i d o podría ser m u v b i e n l a a d v e r t e n c i a de q u e
y a n o h a y n i n g ú n s e n t i d o ) . L a o b r a y a n o es p r o d u c i d a
c o m o u n l o d o orgánico, sino m o n t a d a sobre fragmentos.
( H a b l a r e m o s de ello en l a siguiente sección,)
De l o s a s p e c t o s h a s t a a h o r a d i s c u t i d o s d e l c o n c e p t o
d e a l e g o r í a , q u e describen u n determinado procedimien-
to, hay que distinguir aquellos que pretenden inrerpreiar
e l p r o c e d i m i e n t o . E s t e es e l c a s o c u a n d o B e n j a m í n c a r a c -
teriza l a c o n d u c t a d e l a r t i s t a alegórico c o m o melancólica.
T a l i n t e r p r e t a c i ó n n o se p u e d e t r a s l a d a r a l e g r e m e n t e d e l
b a r r o c o a l a v a n g u a r d i a , p o r q u e e n t a l c a s o se d a r í a a l
procedimiento u n significado determinado, despreciando
a s f e l h e c h o d e q u e u n p r o c e d i m i e n t o p u e d e ser a p l i c a d o
e n e l c u r s o d e La h i s t o r i a c o n s i g n i f i c a d o s d i v e r s o s , ' E n
1
21. Sobre e l problema de l a «seminliuciún de los procedi-
A m u o » Hiéranos-, ef. H - B W H B X •Funfctionsanalyie der Lilera-
lur» [ • A i h * h * i * de función de la ületatun-J. en I . Kolbe |ed-l r
133
el caso de l a alegoría parece posible, s i n e m b a r g o , consi-
d e r a n d o l o s m o d o s de creación de l o s p r o d u c t o r e s , en-
c o n t r a r s i m i l i t u d e s e n t r e e l alegórico b a r r o c o y el alegó-
rico v a n g u a r d i s t a . L o q u e B e n j a m í n l l a m a m e l a n c o l í a e s
u n a fijació n e n l o s i n g u l a r , d e s t i n a d a a l f r a c a s o p o r q u e
n o r e s p o n d e a ningún c o n c e p t o g e n e r a l de l a formación
d e l a r e a l i d a d . L a d e v o c i ó n p o r c a d a s i n g u l a r i d a d es deses-
perada, p o r q u e i m p l i c a la consciencia de qu e l a r e a l i d a d
se e s c a p a c o m o a l g o q u e está e n c o n t i n u a f o r m a c i ó n . E s
n a t u r a l v e r e n el c o n c e p t o de Benjamín l a descripción de
l a m e n t a l i d a d d e l v a n g u a r d i s t a , a l q u e y a n o l e está p e r -
m i t i d o , c o m o a l esteticista, transfigurar la p r o p i a carencia
d e función s o c i a l . E l c o n c e p t o s u r r e a l i s t a d e l ennui (del
q u e « a b u r r i m i e n t o » es sólo u n a traducción p a r c i a l ) apo-
y a r í a t a l vez e s t a i n t e r p r e t a c i ó n ^
T a m b i é n l a s e g u n d a interpretación, l a de la estética
de l a recepción, q u e da Benjamín d e l c o n c e p t o de alegoría
(la alegoría p r e s e n t a l a h i s t o r i a c o m o h i s t o r i a de l a n a -
t u r a l e z a , o sea, c o m o h i s t o r i a f a t a l d e l a d e c a d e n c i a ) p a -
r e c e a d m i t i r u n a t r a d u c c i ó n a l a r t e d e v a n g u a r d i a . S i se
t o m a l a c o n d u c t a d e l y o surrealista c o m o p r o t o t i p o de
c o n d u c t a v a n g u a r d i s t a , p o d e m o s c o m p r o b a r q u e a h i La
s o c i e d a d es r e d u c i d a a l a n a t u r a l e z a . " E l y o s u r r e a l i s t a
Neue Ansichten einer künfiigen Cermanistik [Nueva perspectiva
de una futura gennanístíca] (Reihe Hanscr, 122), M u n i c h , 1973,
pp. 179 y s s .
22. La conducta del y o surrealista, tal y c o m o queda reflejada
por Aragón en el Paysan de Parts 11926). se determina p o r la ne-
gativa a someterse a las presiones del orden social- La perdida
de posibilidades practicas de acción, que se deduce de l a falta de
una función social, da lugar a la aparición de u n vacío, precisa-
mente el ennui. Desde el p u n t o do vista surrealista, este ennui
no se valora ni m u c h o menos negativamente; es, al c o n t r a r i o , l a
condición decisiva para La transformación de l a realidad cotidiana
a l a que se aplican los surrealistas.
2). Es una lástima que la obra de Gisela Stcinwachs, que
acierta en su determinación del fenómeno, no cuente con las ca-
tegorías descriptivas que p e r m i t e n una comprensión precisa. Cf.
Gisela SrF.iNWA.cits, Mythologie des Surrtalismus oder die Rück-
verwandlung vori Kultur m Natur [...] [ L a mitología del Surrea-
114
pretende r e s t a u r a r l a o r i g i n a l i d a d de | experiencia tra-
a
t a n d o c o m o n a t u r a l el m u n d o p r o d u c i d o p o r los h o m -
b r e s . D e e s t e HM J o . s i n e m b a r g o , l a r e a l i d a d s o c i a l está
protegida c o n t r j el pensamiento de u n posible cambio. La
h i s t o r i a h e c h a p o r l o s h o m b r e s se r e b a j a a h i s t o r i a n a t u -
r a l c u a n d o se p e t r i f i c a e n u n a i m a g e n d e l a n a t u r a l e z a .
L a g r a n c i u d a d se e x p e r i m e n t a c o m o n a t u r a l e z a e n i g m á -
t i c a , p o r d o n d e e l s u r r e a l i s t a se m u e v e c o m o e l h o m b r e
p r i m i t i v o p o r la verdader a n a t u r a l e z a : en busca d e u n
s e n t i d o q u e debe p o d e r e n c o n t r a r s e e n los hechos. E n l u ¬
g a r de s u m e r g i r s e e n los m i s t e r i o s de la creación d e estas
d o s n a t u r a l e z a s p o r e l h o m b r e , c o n f í a en p o d e r d i s f r u t a r
d e l f e n ó m e n o c o m o t a l s e n t i d o . E t c a m b i o d e función d e
l a a l e g o r í a d e s d e e l b a r r o c o es c o n s i d e r a b l e : l a d e v a l u a -
c i ó n b a r r o c a d e l m u n d o e n f a v o r d e l más allá se c o n v i e r -
te, e n la v a n g u a r d i a , e n u n a afirmación f r a n c a m e n t e e n t u -
s i a s t a d e l m i s m o m u n d o , a u n q u e e n u n i n m e d i a t o análisis
d e las técnicas artística s v e r e m o s q u e t a l a f i r m a c i ó n es
d e s g a r r a d a , q u e es u n a e x p r e s i ó n d e a n g u s t i a a n t e u n a
técnica y u n a e s t r u c t u r a s o c i a l q u e r e s t r i n g e n g r a v e m e n t e
l a s p o s i b i l i d a d e s d e a c c i ó n de l o s i n d i v i d u o s .
Las interpretaciones que hemos dado del procedimien-
t o alegórico podrían ser, s i n e m b a r g o , m e n o s i m p o r t a n t e s
que l o s conceptos explicítados p o r los p r o p i o s p r o c e d i -
m i e n t o s , entre o t r a s cosas p o r q u e ellos, c o m o i n t e r p r e t a -
c i o n e s , se m u e v e n y a a u n n i v e l q u e r e q u i e r e análisis d e
obras concretas. Por lo tanto, para c o n t i n u a r nuestra c o m -
paración e n t r e o b r a s orgánicas e inorgánicas, h a b r e m o s
de p r e s c i n d i r e n a d e l a n t e d e categorías de l a i n t e r p r e -
tación.
L a o b r a d e a r t e o r g á n i c a se o f r e c e c o m o u n a c r e a c i ó n
d e l a n a t u r a l e z a : - e l a r t e b e l l o d e b e s e r considerado como
n a t u r a l e z a , p o r m á s q u e se t e n g a c o n s c i e n c i a d e q u e es
a r t e - , e s c r i b e K a n t (KdU, § 4 5 ; p . 405 [ e d . c a s t e l l a n a ,
p . 2 1 2 ] ) . Y G e o r g Lukács d i s t i n g u e u n a d o b l e misión d e l
f i r m o 0 la devolución de ta ctdtura a la naturaleza] (Sammlung
Luchterhand. 4u; col lee! ion alternalive. 3). Ncuwied'Berlín 1971
pp- 7| y s i .
135
realista (en c o n t r a s te c o n el a r t i s t a de v a n g u a r d i a ) : «pri-
5. MONTAJE
m e r o e l d e s c u b r i m i e n t o i n t e l e c t u a l y c o n f i g u r a c i ó n artís-
t i c a d e esas c o n e x i o n e s |o sea, l a s c o n e x i o n e s d e l a r e a l i -
Es i m p o r t a n t e a c l a r a r desde el p r i n c i p i o q u e e l con-
d a d s o c i a l ] ; s e g u n d o , y s i n q u e se p u e d a s e p a r a r d e l o
cepto de m o n t a j e n o i n t r o d u c e n i n g u n a categoría nueva,
a n t e r i o r , e l r e c u b r i m i e n t o a r t í s t i c o d e l a s c o n e x i o n e s abs-
a l t e r n a t i v a a l c o n c e p t o d e a l e g o r í a ; se t r a t a , m á s b i e n , d e
traídas y t r a b a j a d a s , l a s u p e r a c i ó n d e l a a b s t r a c c i ó n » . * L o
u n a categoría q u e p e r m i t e establecer c o n e x a c t i t u d u n
q u e L u k á c s f l a m a ' r e c u b r i m i e n t o » es p r e c i s a m e n t e d a r
d e t e i r n i n a d o aspecto d e l c o n c e p t o de alegoría E l m o n t a j e
a p a r i e n c i a de n a t u r a l e z a . L a o b r a de a r t e orgánica q u i e r e
s u p o n e l a f r a g m e n t a c i ó n d e l a r e a l i d a d y d e s c r i b e l a faae
o c u l t a r s u a r t i f i c i o . A l a o b r a d e v a n g u a r d i a se a p l i c a Lu
de la constitución d e l a o b r a . P u e s t o q u e el c o n c e p t o j u e
c o n t r a r i o : se o f r e c e c o m o p r o d u c t o a r t í s t i c o , c o m o a r t e -
g a u n p a p e l n o s ó l o e n l a s a r t e s plásticas y e n l a l i t e r a -
f a c t o . E n esta m e d i d a , e l m o n t a j e p u e d e s e r v i r c o m o p r i n -
t u r a , s i n o también e n el c i n e , d e b e m o s a v e r i g u a r a qué
c i p i o básico d e l a r t e v a n g u a r d i s t a , L a o b r a « m o n t a d a » d a
se r e f i e r e e n c a d a m e d i o c o n c r e t o .
a e n t e n d e r q u e está c o m p u e s t a d e f r a g m e n t o s d e r e a l i d a d ;
a c a b a c o n l a a p a r i e n c i a d e t o t a l i d a d . L a institución a r t e E l c i n e se b a s a , c o m o s a b e m o s , e n el e n c a d e n a m i e n t o
se r e a l i z a , p u e s , d e m o d o p a r a d ó j i c o e n Ja m i s m a o b r a d e de imágenes fotográficas q u e p r o d u c e n impresión de m o -
a r t e . L a r e i n t e g r a c i ó n d e l a r t e a l a p r a x i s v i t a l se p r o p o n e v i m i e n t o p o r l a v e l o c i d a d c o n q u e se s u c e d e n a n t e n u e s t r a
u n a revolución de la v i d a y p r o v o c a u n a revolución d e l v i s t a . E l m o n t a j e d e i m á g e n e s es l a reVníca operativa bá-
arle. s i c a e n e l c i n e ; n o se t r a t a d e u n a técnica a r t í s t i c a espe-
cifica, sino que viene d e t e r m i n a d a p o r e l m e d i o . A u n q u e
L a m e n c i o n a d a d i s t i n c i ó n t a m b i é n se a p l i c a a l o s d i
se p o d r í a h a c e r u n a d i s t i n c i ó n según e l u s o , p o r q u e n o r*
fe r e n t e s m o d o s d e r e c e p c i ó n e s t a b l e c i d o s p u r l o s p r i n c i -
l o m i s m o c u a n d o l a sucesión d e p l a n o s f o t o g r á f i c o s r e -
pios c o n s t r u c t i v o s de cada t i p o de o b r a , (Es o b v i o que
p r o d u c e el curso d e u n m o v i m i e n t o n a t u r a l que c u a n d o
estos m o d o s de recepción n o necesitan c o i n c i d i r e n cada
r e p r o d u c e u n m o v i m i e n t o artístico ( p o r e j e m p l o : a p a r t i r
caso c o n los m o d o s e f e c t i v o s d e recepción de c a d a o b r a
d e u n león d e m á r m o l d o r m i d o , d e s p i e r t o y p u e s t o e n
en p a r t i c u l a r . ) L a o b r a orgánica p r e t e n d e u n a impresión
p í e se p r o d u c e l a i m p r e s i ó n d e q u e ese l e ó n s a l t a , c o m o
g l o b a l . S u s m o m e n t o s c o n c r e t o * , q u e sólu t i e n e n s e n t i d o
s u c e d e e n El acorazado Potcmkin). E n el p r i m e r caso
e n conexión con l a l u l a l i d a d d e U obra , r e m i t e n siempre,
t a m b i é n se « m o n t a n » i m á g e n e s a i s l a d a s , p e r o l a i m p r e -
a l o b s e r v a r l o s p o r s e p a r a d o , a esa t o t a l i d a d . L o s m o m e n -
sión cinematográfica r e p r o d u c e p o r engaño el c u r s o de
tos concretos de la o b r a de v a n g u a r d i a t i e n e n , en c a m -
u n m o v i m i e n l o n a t u r a l . E n el segundo caso, s i n e m b a r g o ,
b i o , u n e l e v a d o g r a d o d e i n d e p e n d e n c i a y p u e d e n ser
la impresión de m o v i m i e n t o sólo puede p r o d u c i r l a el m o n -
leídos o i n t e r p r e t a d o s t a n t o e n c o n j u n t o c o m o p o r sepa-
taje de i m á g e n e s *
r a d o , sin necesidad de c o n t e m p l a r el todo de l a o b r a . E n
la o b r a d e v a n g u a r d i a s o l o p u e d e h a b l a r s e e n s e n t i d o M i e n t r a s q u e e n e l c i n e e l m o n t a j e d e i m á g e n e s es u n
r e s t r i n g i d o d e « t o t a l i d a d d e La o b r a • c o m o I U I I U d e l a
l o c a l i d a d d e Jos p o s i b l e s s e n t i d o s . 23. Sobre el problema d e l m o n t a j e m el d n e . cf. %¥. P • ••
• I K . *TJber die Monlage- («Sobre el montaje»), en Theoñe dei
Kiitot [Teoría del cose], editada pur K- W i u c - i E d S u h r k a m p . 557»,
K C L i n t e l , « E s peta am Realhsnuu» [ - 5 * trata del realis- F r a i r f u r i . :r: pp. Hj-lJO, y S. E I U M U I I K . Dtalcttuehc Thcont
m o - ] , en Marxiimut und Litera::,' Eíne Dvkumentatuxt [Mar¿ti- dei Filmi [Teoría dialéctica del cité}, en D. Profcop led.), Matena-
mo y hteraiura. Una documentación'. editado p o r F. J . R a d d i t i . lei iur Theortm dit films. AMthcttk. Saiiolocte. PolluK ! \f. -
t o m o t í . ReinbeeV en IJamburgo, 1969. p n . ti v i s . En la edición let para un teoría del cine. Estética, sociología, poUiiea], Munich .
castellana fv. BLbliuymluik, p 21. 1071. pp. M 4 1

M 7
p r o c e d í m í e n i o técnico, d a d o p o r e l p r o p i o m e d i o c i n e m a -
t o g r á f i c o , e n l a p i n t u r a l l e n e e l status de u n p r i n c i p i o ar-
t í s t i c o . N o es c a s u a l i d a d q u e e l m o n t a j e — d e j a n d o a u n
l a d o los «precursores» descubiertos siempre a posleriori—
aparece históricamente v i n c u l a d o al c u b i s m o , el m o v i -
m i e n t o q u e d e n t r o d e Ja p i n t u r a m o d e r n a h a d e s t r u i d o
c o n s c i e n t e m e n t e el s i s t e m a de representación v i g e n t e des-
de e l R e n a c i m i e n t o . E n l o s papiers collés d e P i c a s s o y B r a -
q u e . r e a l i z a d o s d u r a n t e l o s años d e l a P r i m e r a G u e r r a
M u n d i a l , h a y s i e m p r e d o s t é c n i c a s c o n t r a s t a d a s : e l -ílu-
s i o n t s m o - de los f r a g m e n t o s de r e a l i d a d ( u n t r o z o de
c e s t a , u n p a p e l p i n t a d o ) y l a « a b s t r a c c i ó n * d e l a técnica
c u b i s t a c o n l a q u e se t r a t a n l o s o b j e t o s r e p r e s e n t a d o s .
E s t e c o n t r a s t e c o n s t i t u y e s i n d u d a u n interés p r i o r i t a r i o
p a r a a m b o s a r t i s t a s , cosa q u e p o d e m o s r e c o n o c e r también
e n l o s c u a d r o s d e l a época q u e r e n u n c i a n a l a técnica d e l
montaje. * 1
E n e l i n t e n t o de d e t e r m i n a r l a s i n t e n c i o n e s d e e f e c t o
estético, q u e se p u e d e n p e r c i b i r sólo e n e l c u a d r o - m o n -
taje, h a y q u e p r o c e d e r c o n m u c h o c u i d a d o . E v i d e n t e m e n t e ,
pegar papeles de periódico en c u a d r o s supone u n m o -
m e n t o de provocación, a u n q u e n o debemos sobreestimar-
l o , p u e s a l fin y a l c a b o l o s f r a g m e n t o s d e r e a l i d a d están
a l s e r v i c i o d e u n a c o m p o s i c i ó n estética d e figuras, y b u s -
can u n e q u i l i b r i o de los e l e m e n t o s c o n c r e t o s c o m o volú-
menes, colores, etc. P o d e m o s h a b l a r fácilmente de u n a
intención r e p r i m i d a : se t r a t a d e d e s t r u i r l a s o b r a s o r g á -
nicas que p r e t e n d e n r e p r o d u c i r l a r e a l i d a d , p e r o n o me-
diante u n cuestionamiento del arte e n general como en
los m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a . E l i n t e n t o
a p u n t a a l a creación de o b j e t o s estéticos q u e p r e s c i n d a n
de los c r i t e r i o s t r a d i c i o n a l e s .
U n t i p o c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o de m o n t a j e l o d a n
los f o t o m o n t a j e s de Heartñcld q u e n o s o n e s e n c i a l m e n t e
o b j e t o s estéticos, s i n o c o n j u n t o s de imágenes. H c a r t n c l d
h a r e c u p e r a d o l a v i e j a técnica d e l o s e m b l e m a s y l a h a
Ib O por ejemplo Vm Violón 4 1 U H de Picasso, en eJ M u
>eo Je A n c de Berna
131
l l e v a d o a l c a m p o d e l a política. E l e m b l e m a reúne u n a
figura c o n dos textos diferentes, u n o (frecuentemente c o n
c a r á c t e r d e d e n u n c i a ) c o m o t i t u l o (inscripíio) y o t r o más
e x t e n s o c o m o e x p l i c a c i ó n (subscriptio). Por ejemplo:
m i e n t r a s H i t l e r está h a b l a n d o , s u t ó r a x t r a n s p a r e n t e n o s
m u e s t r a u n a c o l u m n a de m o n e d a s en e l l u g a r d e l esófago.
Inscripíio: « A d o l f , e l s u p e r h o m b r e » ; subscriptio: «Traga
o r o y dice disparates.» 1
O bien: sobre u n cartel del
S P D , " c o n e l slogan « ¡ L a socialización avanza!», sobre
e l q u e se s u p e r p o n e n d o s p e r s o n a j e s d e l m u n d o d e l a eco-
nomía, a l t i v o s , c o n c h i s t e r a y p a r a g u a s , y e n s e g u n d o pla-
n o dos m i l i t a r e s , u n o de los cuales lleva u n a b a n d e r a c o n
la c r u z g a m a d a . Inscripíio. « j A l e m a n i a todavía n o está
p e r d i d a ! » ; subscriptio. « " L a socialización avanza!", h a n
e s c r i t o los " s o c i a l " demócratas e n u n c a r t e l , y l o h a n de-
c i d i d o : l o s socialistas son m u e r t o s a t i r o s [ . . . L » H a y p
q u e d e s t a c a r t a n t o e l s e n t i d o p o l í t i c o o b v i o c o m o el m o -
m e n t o antiestético q u e c a r a c t e r i z a n a los m o n t a j e s de
H e a r t f i c l d . E n c i e r t o s e n t i d o e l f o t o m o n t a j e está p r ó x i m o
al cine, n o sólo p o r q u e a m b o s u t i l i z a n la fotografía, s i n o
t a m b i é n p o r q u e e n a m b o s c a s o s se d i s f r a z a o a l m e n o s
n o es e v i d e n t e e l h e c h o d e l m o n t a j e . E s t a razón s e p a r a ,
p o r p r i n c i p i o , el f o t o m o n t a j e del m o n t a j e de los cubistas
o del de S c h w i t t e r .
N a t u r a l m e n t e , las observaciones precedentes no pre-
tendían a g o t a r e l o b j e t o ( e l collagc c u b i s t a o e l foto-
m o n t a j e de H e a r l f i e l d ) . sino sólo m o s t r a r e l e m p l e o d e l
concepto de m o n t a j e . E n el m a r c o de u n a t c o r i a de la
v a n g u a r d i a n o i n t e r e s a la acepción cinematográfica de
esle c o n c e p t o , p o r q u e viene d a d a p o r el m e d i o . E l foto-
m o n t a j e t a m p o c o a y u d a a r e s o l v e r la cuestión, p o r q u e
o c u p a u n l u g a r i n t e r m e d i o e n t r e el m o n t a j e cinematográ-
f i c o y e l c u a d r o - m o n t a j e , y l o m á s c o m ú n es q u e o c u l t e
• Juego de palabras. Biech. en alemán, significa tanto hoja-
lata como disparate. fN. del t.)
" P a r t i d o Social demócrata Alemán. tN. dei t.)
27. John Heaittietd Dokwnentation {Documentación sobre
Jchn Hearttield], ediiada por el grupo de t r a b a j o Hcarficld. Ber
Mn fNene GcscUichalt für bildende K u n s t ) . 1969/1970. pp. i l y « .
139
e l h e c h o d e l m o n t a j e . TJna t e o r í a d e l a v a n g u a r d i a t i e n e
que p a r t i r del concept o de m o n t a j e t a l y c o m o queda i m -
p l i c a d o e n los p r i m e r o s callases cubistas. L o que distin-
g u e a éstos d e l a s t é c n i c a s d e p i n t u r a d e s a r r o l l a d a s d e s d e
e l r e n a c i m i e n t o , es l a i n c o r p o r a c i ó n d e f r a g m e n t o s d e r e a -
l i d a d a l a p i n t u r a , o sea. d e m a t e r i a l e s q u e n o h a n s i d o
e l a b o r a d o s p o r e l a r t i s t a . C o n e l l o se d e s t r u y e l a u n i d a d
de l a o b r a c o m o p r o d u c t o a b s o l u t o de la s u b j e t i v i d a d d e l
a r t i s t a . E l p e d a z o d e c e s t a q u e P i c a s s o p e g a en u n c u a d r o
p u e d e ser e l e g i d o t e n i e n d o e n c u e n t a u n a i n t e n c i ó n d e
composición; c o m o pedazo d e cesta sigue f o r m a n d o p a r t e
d e l a r e a l i d a d , y se i n c o r p o r a a l c u a d r o t a l c u a l es, s i n
e s p e r i m e n t a r c a m b i o s e s e n c i a l e s . D e e s t a m a n e r a , se v i o -
l e n t a u n s i s t e m a d e r e p r e s e n t a c i ó n q u e se b a s a e n l a r e -
p r o d u c c i ó n d e l a r e a l i d a d , es d e c i r , e n e l p r i n c i p i o d e q u e
el a r t i s t a t i e n e c o m o t a r e a Ta t r a n s p o s i c i ó n d e l a r e a l i d a d .
L o s c o b i s t a s n o se c o n t e n t a n , es v e r d a d — c o m o h a r t a u n
poco más t a r d e D u c h a m p — c o n e x h i b i r u n m e r o f r a g -
m e n t o de l a r e a l i d a d , p e r o r e n u n c i a n a la t o t a l c o n s t i t u -
ción d e l espacio d e l c u a d r o c o m o u n c o n t i n u o . 1 1
?3. J . WJSSMASS. que ofrece una útil panorámica sobre Ja u t i l i -
zación J e ta técnica del callare en la p i n t u r a moderna, resume aiJ
el efecto del collage cubista; -las partes que señalan l a realidad*
tienen la misión etc «hacer legibles para el observador los signos
pictóricos que han devenido no obrcluales-. Con ello no se p e r
sigue ningún ilusionismo en el sentido vigente hasta entonces; - e n
su lugar se akanza u n extrañamiento que juega de Una f o r m a
muy diferente con la oposición de arte y realidad-, con lo que las
contradicciones entre l o p i n t a d o y l o real son - d i sueltas p o r su
«bservador» (-Collagen oder die I n i e g r a t i o n von Realii&t i m
K u n s t w e r k - («El collage o la integración de la realidad en la
obra de a r l e » ] , en ¡inmanente Asthetik. Asthetisctte Reflexión [...]
[Estética inmanente. Reflejo esférico! [Poetik und Hermeneu-
tik, 21. Munich. I9f>&, p p . 331 y « }. A q u i se aborda e] collage
desde el p u n t o de vista de la -estética inmanente»: se trata de la
cuestión de la -integración de la realidad en la obra do arte». Este
« t e n s o a r t i c u l o apena* dedica una p i p i na a l fotomontaje de
Hausmann y Hearlfield. Pero, precisamente. Éstos habrían ofrecido
la posibilidad de p r o b a r si necesariamente se produce en el cotia-
ge esa «integración de la realidad en la obra de arte», si el p r i n -
cipio del cotla&e na se Opone más bien a una t a l integración, po-
sibilitando psi u n nuevo t i p o de arte comprometido- Cf. en este
14li
E l p r o b l e m a d e u n a técnica p i c t ó r i c a q u e h a s i d o acep¬
t a d a p o r e l s i g l o n o se p u e d e r e s o l v e r r e d u c i é n d o l o a u n a
c u e s t i ó n d e a h o r r o d e e s f u e r z o superíluo;* e n c a m b i o , l o s
1
a r g u m e n t o s d e A d o r n o sobre el significado del m o n t a j e e n
e l a r l e m o d e r n o p r o p o r c i o n a n u n i m p o r t a n t e p u n t o de
apoyo p a r a l a comprensión del fenómeno. A d o r n o observa
l o r e v o l u c i o n a r i o ( y a q u í p u e d e ser o p o r t u n a u n a metá-
f o r a t a n g a s t a d a ) d e l o s n u e v o s p r o c e d i m i e n t o s : - L a apa-
r i e n c i a d e q u e e l a r t e está r e c o n c i l i a d o c o n l a e x p e r i e n c i a
heterogénea p o r e l hecho de r e p r e s e n t a r l a debe r o m p e r s e ,
m i e n t r a s q u e l a u b r a l i t e r a l , q u e a d m i t e e s c o m b r o s d e La
experiencia, s i n apariencia, reconoce la r u p t u r a y alcanza
u n a función d i s t i n t a p a r a s u e f e c t o e s t é t i c o » (AT, p . 2 3 2 ) .
L a o b r a de a r l e orgánica, e l a b o r a d a p o r l a m a n o d e l h o m -
b r e y q u e n o o b s t a n t e se p r e t e n d e n a t u r a l e z a , p r e s e n t a u n
c u a d r o de reconciliación e n t r e el h o m b r e y l a n a t u r a l e z a .
L o característico de las o b r a s inorgánicas q u e t r a b a j a n
contexto las reflexiones do S. E I S C S S I E I * : «Para s u s t i t u i r el " r e
fleje" estático de u n acontecimiento, dado necesariamente por el
lema y l a posibilidad de su solución únicamente a través de con-
secuencia» lógicamente vinculadas a t a l a c o m e t i m i e n t o , aparece
un nuevo procedimiento a r t i s t i c o : el l i b r e m o n t a j e de influencias
{atracciones) independientes, conscientemente seleccionadas (con
efectos más allá de la composición presente y de l a escena-sujeto),
pero con una intención exacta sobre u n determinado electo temá-
t i c o final- i/íif Mutiiage der Atiraktionen [...) [El monta,* dt
atracciones'], en «Asthetik u n d K o m m u n i k a i i o n - , núm. 11 [diciem-
bre de 1973], p. 77); al respecto también KarJa HlElSCltPH. 5- M-
Etsensteins Theaterarbeit beim Moskatier ProletkuU 11921-1924)
[El trabaja teatral de Eisenstein en la cultura proletaria mosco-
vita], en - A s t h c i i k u n d Kommunikation», núm. 13 (diciembre de
1971). p p . 6fl y ss.
29. Cf. Hería WESCIIFR, Die Collage. Geschichtc eines küstteri-
schen Ausdrucksmittels [El collage. Historia de un medio de ex-
presión artístico], Colonia, 1968. p. 2 ? . que explica la introducción
del collage p o r Draque como el deseo de «evitarse el fatigoso pro-
ceso de pintar». Una breve presentación de la evolución del calla-
ge. en la que se insiste, con ratón, en los cambios de significado
do esta técnica, es la ofrecida por E. Ronzas, - D i e historischc E n t -
wickJung der Collage i n der bildenden Kunst» [ « E l desarrollo
histórico del collage en las artes plásticas»], en Primip Collage
[Principio collage], Neuwitd/Berlín. 1968. pp. I M L
141
sobre el p r i n c i p i o del m o n t a j e consiste, p a r a A d o r n o , en
q u e y a n o p r o v o c a n la a p a r i e n c i a de reconciliación. E n
t a l caso, p o d r í a m o s a s e n t i r a l e s t u d i o de A d o r n o a u n c u a n -
d o n o c o m p a r t a m o s l a t o t a l i d a d d e l a filosofía q u e l o sus-
t e n t a L a o b r a d e a r t e se t r a n s f o r m a e s e n c i a l m e n t e a l
a d m i t i r e n s u s e n o f r a g m e n t o s d e r e a l i d a d - Y a n o se t r a t a
sólo de la r e n u n c i a d e l a r t i s t a a l a creación de c u a d r o s
c o m p l e t o s ; t a m b i é n l o s c u a d r o s m i s m o s a l c a n z a n u n ¡la-
tas d i s t i n t o , p u e s u n a p a r t e d e e l l o s y a n o m a n t i e n e c o n
la r e a l i d a d Tas r e l a c i o n e s q u e c a r a c t e r i z a n a l a s o b r a s d e
a r t e o r g á n i c a s : n o r e m i t e n c o m o s i g n o a Ta r e a l i d a d , s i n o
q u e son r e a l i d a d .
N o está m u y c l a r o q u e p u e d a a t r i b u i r s e , c o m o h a c e
A d o r n o , u n s i g n i f i c a d o político a l p r o c e d i m i e n t o d e l m o n -
taje. - E l arte quiere confesar s u i m p o t e n c i a frente a la
t o t a l i d a d d e l c a p i t a l i s m o tardío e i n a u g u r a r s u a b o l i c i ó n-
(AT, p. 2 3 2 ) . S i n e m b a r g o , e l m o n t a j e l o h a n a p l i c a d o
t a n t o l o s f u t u r i s t a s i t a l i a n o s , d e l o s q u e n o se p u e d e p r e -
s u m i r en a b s o l u t o u n a v o l u n t a d de s u p r i m i r el capitalis-
m o , c o m o los vanguardistas rusos posrevolucionarios q u e
se e s f o r z a r o n p o r l a c o n s t r u c c i ó n d e l a s o c i e d a d s o c i a l i s -
t a . A t r i b u i r u n s i g n i f i c a d o e s t r i c t o a u n p r o c e d i m i e n t o es
p r o b l e m á t i c o p o r p r i n c i p i o . P a r e c e más a c e r t a d a l a a l t e r -
n a t i v a de B l o c h , q u e supone que u n p r o c e d i m i e n t o puede
tener efectos d i s t i n t o s e n c o n t e x t o s históricos d i f e r e n t e s ,
y d i s t i n g u e asi e n t r e - m o n t a j e i n m e d i a t o * (el del capita-
l i s m o t a r d i o ) y « m o n t a j e m e d i a d o » (el d e l a s o c i e d a d
s o c i a l i s t a } " A u n q u e las d e f i n i c i o n e s q u e B l o c h d a d e l
m o n t a j e sean a veces p o c o c l a r a s , q u e d a p a t e n t e q u e n o
30. Sobre l a relación entre la teoría estética de ADORNO y l a
filosofía de la h i s t o r i a desarrollada en l a Dialektik der Aufkíiir-
ung | ]"•,.;:•.:.. .. de ¡a Ilustración]* Amsterdan, 1W7, cf. T h , BsU-
MEISTER/J. K U L E N K A U P F F . Geschichlsphilosophie und phllosophi-
sche Asthetik. Zu Adornos *Xsthctisthcr Thcarie* [Filosofía de
la historia y estética filosófica. Sobre la 'Teoría estética* de Ador-
no], en «Neue H e h e tür Ptiílosophie». núm- 3 ( 1 9 7 3 ) . pp. 74-104. •
31. E. B L O C H . Erpschafi dieser Zeit [El legado de este tiem-
po], edición ampliada. Gcsammaus^abe [Obras completas], 4,
Francfort, 1962. pp. 221-228.
142
atribuye determinaciones semánticas p e r m a n e n t e s a los
procedimientos.
Asi pues, d e b e m o s t r a t a r de separar, en las investiga-
ciones de A d o r n o , sus hallazgos en l a descripción d e l
f e n ó m e n o d e l s i g n i f i c a d o e s t r i c t o q u e les a t r i b u y ó . U n a
d e s u s d e f i n i c i o n e s d e l m o n t a j e es l a s i g u í c n i e : - L a nega-
c i ó n d e l a síntesis es e l p r i n c i p i o d e c r e a c i ó n » (AT, p . 2 3 2 L
L a n e g a c i ó n d e l a síntesis e x p r e s a p a r a l a p r o d u c c i ó n es-
tética l o q u e p a r a e l e f e c t o e s t é t i c o se l l a m a r e n u n c i a a l a
reconciliación. A p l i c a n d o u n a vez más los d e s c u b r i m i e n -
t o s d e A d o r n o a l o s coilages cubistas, podemos decir que
e n é s t o s se a p r e c i a u n p r i n c i p i o d e c o n s t r u c c i ó n , p e r o n o
u n a síntesis e n e l s e n t i d o d e u n i d a d d e s i g n i f i c a d o (pién-
sese e n e l c o n t r a s t e e n t r e - i l u s i o n i s m o » y - a b s t r a c c i ó n » a l
que nos referíamos antes) *
C u a n d o A d o r n o i n t e r p r e t a l a n e g a c i ó n d e l a síntesis
c o m o n e g a c i ó n d e s e n t i d o e n g e n e r a l (¿7", p . 2 3 1 ) . c o n v i e n e
32. W . ISEP tía tratad o del montaje en la lírica moderna en
-Imagé urid MontagC- Z u r BildhomteptLon i n der Imagistischen
L y r i k u n d i n T,S. E l i o t s -Waste Land"» ( - I m a g e n y montaje. So-
bre la concepción representativa en l a lírica de imágenes y en
-Waste L a n d " de T- 5 - E l i o t ] , en immanente Asthetik twd ásibe-
tische Reflexión [...] IPoetik und tiermeneutik, 2 ) . Municb. 1966,
pp. 361-393. Partiendo de una determinación de la representación
poética como -reducción i l u s i o n a r l a de la realidad» (la represen-
tación devuelve a l a v i s t a u n único m o m e n t o del objeto]. Iser
señala como m o n t a j e representalívo la reunión (la superposición)
de imágenes que se refieren al m i s m o objeto. Describe su efecto
de l a f o r m a siguiente: - E l montaje de imágenes destruye su fi-
ní lud ilusionaría v supera la confusién de fenómenos reales con
la f o r m a en que ios vemos. Las 'imágenes' que interfieren ofre-
cen entonces la irrcpresentabilida d de lo real como una p l e n i t u d
de puntos de vista extraños, los cuales, precisamente por su ca-
rácter i n d i v i d u a l , pueden ser producidos en numero indefinido»
(id., p. 3 9 3 ) , La - i r r c p r e s e n t a b i l i d a d de l o real» no es el resultado
de una interpretación, sino el hecho descubierto p o r el montaje
de imágenes. E n vez de preguntar por qué aparece l a realidad
como irrepresentable, a l intérprete se le muestra esa irrepreser.
l a b i l i d ad como algo cierto e incuestionable. Iser adopta asi la po-
sición c o n t r a r i a a la teoría del reflejo; incluso en las imágenes
de la lírica t r a d i c i o n a l cree descubrir la ilusión realista (-la con-
fusión de fenómenos reales con La f o r m a en que los vemos»).
143
 r e c o r d a r q u e i n c l u s o La n e g a c i ó n de s e n t i d o es u n a m a -
n e r a d e d a r sen 1 i d o . T a n t o l o s t e x t o s a u t o m á t i c o s d e Jos
s u r r e a l i s t a s c o m o e l Paysan de Paris d e A r a g ó n y e l Nadja
de Bretón, p o d e m o s e n t e n d e r l o s c o m o r e s u l t a d o s de u n a
técnica d e m o n t a j e . D e h e c h o , l o s t e x t o s a u t o m á t i c o s se
c a r a c t e r i z a n s u p e r f i c i a l m e n t e p o r u n a destrucción de las
relaciones de s e n t i d o ; p e r o cabe también u n a i n t e r p r e t a
ción q u e reconozca u n s i g n i f i c a d o r e l a t i v a m e n t e consis-
t e n t e , a u n q u e n o y a s u j e t o a l a b ú s q u e da d e c o n e x i o n e s
lógicas, s i n o a p l i c a d o a l p r o c e d i m i e n t o c o n s t i t u t i v o d e l
t e x t o . Se pued e d e c i r a l g o s i m i l a r acerca de l a serie d e
a c o n t e c i m i e n t o s a i s l a d o s c o n l o s q u e c o m i e n z a Sadja de
Bretón. N o existe e n t r e ellos ningún v i n c u l o n a r r a t i v o
p o r e l q u e l o s ú l t i m o s s u p o n g a n l a n a r r a c i ó n lógica d e l o s
p r e c e d e n t e s ; p e r o Los s u c e s o s están v i n c u l a d o s d e O l r O
m o d o : t o d o s se d e s p r e n d e n d e l m i s m o m o d e l o e s t r u c t u r a l .
Con palabras del e s l r u c l u r a l i s m o . diríamos q u e el v i n c u l o
es d e n a t u r a l e z a p a r a d i g m á t i c a , n o s i n t a g m á t i c a . M i e n t r a s
q u e e l m o d e l o e s t r u c t u r a l s i n t a g m á t i c o . Ja o r a c i ó n , se ca-
r a c t e r i z a p o r t e n e r u n fin — s e a l o l a r g a q u e s e a — , e l m o -
d e l o e s t r u c t u r a l p a r a d i g m á t i c o , e l d i s c u r s o , es e m i n e n t e -
m e n t e i n c o n c l u s o . E s t a d i f e r e n c i a esencial también d a
l u g a r a dos m o d o s d i s t i n t o s d e recepción. 11
L a o b r a d e a r t e o r g á n i c a está c o n s t r u i d a d e s d e e l m o -
d e l o e s t r u c t u r a l s i n t a g m á t i c o : Las p a r t a y e l t o d o f o r m a n
u n a u n i d a d dialéctica. E l c i r c u l o hcrmcnéuMco d e s c r i be
l a l e c t u r a a d e c u a d a : l a s p a r t e s s ó l o están e n e l t o d u d e l a
o b r a , y é s l e a s u vez se e n t i e n d e ú n i c a m e n t e p o r l u p a r -
tes. L a interpretación de las p a r t e s K rige p o r u n a t n l e r -
tt. La aplicación de las c a i c f o r l u de paradigma jr siniagma
• Séfda de Bretón es el u p e e i o más convincente del trabado de
Gisela S T T I K W A C H I (tíythologic des Surrealismus oder die RUek-
verwandlung ven Kultur in Natur. Eine strukiurale Anatyse von
Bretón* •Nadie* [te mitología del surrealismo o la devolución
de la cultura a ¡a naturaleza. Un análisis estructural de *Nadja*
de Bretón] |Sammlung L u c h l e r h a n d , 40; tullecí ion Al l e m a i l ve, 3 ] .
Ncuwied/Berhn, 1971, can. 1V|. E l defecto del trábalo consiste
en que se Elmlla a buscar analogías c n l r c m o t i v os surrealistas y
varios principios surrealistas, cuyo valor d r c o n o c i m l e m u « eues-
Uonable.
144
p r e t a c i ó n a n t i c i p a d o r a d e l l o d o q u e d e e s t e m o d o es co-
r r e g i d a a s u vez. L a s u p o s i c i ó n d e u n a n e c e s a r i a a r m o n i a
e n t r e e l s e n t i d o d e l a s p a r t e s y e l s e n t i d o d e l t o d o es
condición básica e n este t i p o de r e c e p c i ó n . " E s t a s u p o -
s i c i ó n — q u e es e l r a s g o d e c i s i v o d e Las o b r a s d e a r t e
o r g á n i c a s — y a n o rige p a r a l a s o b r a s I n o r g á n i c a s , L a s
p a r t e s se - e m a n c i p a n * d e u n t o d o s i t u a d o p o r e n c i m a d e
e l l a s , a l q u e se i n c o r p o r a b a n c o m o c o m p o n e n t e n e c e s a r i o .
Pero e s t o q u i e r e d e c i r q u e las partes carecen de necesi-
d a d . E n u n t e x t o a u t o m á t i c o , d o n d e l a s i m á g e n e s se
s u c e d e n , p o d r í a n o m i t i r s e a l g u n a s d e éstas s i n q u e e l t e x t o
c a m b i a r a e s e n c i a l m e n t e . E s t o v a l e también p a r a los su-
c e s o s n a r r a d o s e n Sad¡a. L a inclusión d e n u e v o s s u c e s o s
s i m i l a r e s , c o m o La e l i m i n a c i ó n d e a l g u n o s d e Los q u e se
n a r r a n , n o producirían c a m b i o s esenciales. C a b r i a pen-
sar. I n c l u s o , e n u n a transposición. L o d e c i s i v o n o u n l o s
sucesos e n su s i n g u l a r i d a d , s i n o e l p r i n c i p i o de c o n s t r u c -
c i ó n q u e está e n La b a s e d e l a s e r i e d e a c o n t e c i m i e n t o s .
N a t u r a l m e n t e t o d o esto tiene consecuencias esenciales
p a r a la recepción. E l r e c e p t o r de las obras de v a n g u a r d i a
descubre que el método de apropiación de o b j e t i v a c i o n e s
i n t e l e c t u a l e s q u e se h a f o r m a d o p a r a las o b r a s d e a r t e
o r g á n i c a s es a h o r a i n a d e c u a d o . L a o b r a d e v a n g u a r d i a n o
p r o d u c e u n a impresión general que p e r m i t a u n a i n t e r p r e -
tación d e l s e n t i d o , n i La s u p u e s t a i m p r e s i ó n p u e d e a c l a -
r a r s e d t r i g i e n d u s e a l a s p a r t e s , p o r q u e éstas y a n o están
34. Sobre d c i r c u l o hercBenéutico. c j . H G. GaflaMB. Wahr-
htit und Methode. Grundzüge etncr phdaiophmhfn Hermeneutik
[Verdad y método. Fundamentos de una hermenéutica filosófica],
2a. #d-, T u b i n g a . 19éJ. pp. ITS j H L , y J . H u t c i i u d . Zur Logik
dar V - i . ; . ' ' . , ' w >:-. l : - r , " * F , ; r , ' - J . Y - I [Materiales
r
sobre la lógica
de lar cieneiai sociales] (ed- S u h r k a m p . 4 I I V F r a n c f o r t . 1970. pa-
ginas Jál y sa. M K u s u muestra como La dialéctica de la parle
y e l lodo en la i n t r r p r e i a c i o n de una obra puede degenerar en u n
retículo I n t e r p r e t a t i v o «que cumpla siempre con la a u t o r i d a d ilL-
m i i a d a del todo (rente a lo i n d i v i d u a l - (-Wclt&nscri&ulíche Motive
In der kunitgcsehlchtlichen Populárliteratur» [«Motivos Ideológi-
cos en la literatura popular histórico-anfstlca-]), en su (como edi-
t o r ) . Das Kunstwerk. ¿v.'tsehen Wissenschaft und \* .
[ta obre de arte entre la ciencia y la ideolog\a], Gülcriloh. 1970.
PP- U y ss.. y a q u i . p. 90.
145
s u b o r d i n a d a s a u n a intenció n d e o b r a . T a l n e g a c i ó n d i -
s e n t i d o p r o d u c e u n shock e n e l r e c e p t o r . E s t a es l a r e a c -
ción q u e p r e t e n d e el a r t i s t a de v a n g u a r d i a , p o r q u e espera
q u e e l r e c e p t o r , p r i v a d o d e l s e n t i d o , se c u e s t i o n e s u p a r -
t i c u l a r p r a x i s v i t a l y se p l a n t e e l a n e c e s i d a d d e t r a n s f o r -
m a r l a . £1 shock se b u s c a c o m o e s t i m u l o p a r a u n c a m b i o
d e c o n d u c t a ; es e l m e d i o p a r a a c a b a r c o n l a i n m a n e n c i a
estética e i n i c i a r u n a t r a n s f o r m a c i ó n d e l a p r a x i s v i t a l
de l o s r e c e p t o r e s "
L a p r o b l e m á t i c a d e l shock, c o m o p r e t e n d i d a reacción
d e l o s r e c e p t o r e s , es s u c a r á c t e r i n e s p e c i l t c o . A c e p t a n d o
i n c l u s o q u e se p u e d a c o n s e g u i r l a r u p t u r a d e l a i n m a n e n -
cia e s t é t i c a, d e ésta n o se d e r i v a u n a d e t e r m i n a d a t e n d e n -
cia e n los posibles c a m b i o s de conducía d e los receptores.
L a reacción d e l público f r e n t e al c o m p o r t a m i e n t o dada
es c a r a c t e r í s t i c a c o m o r e s p u e s t a i n e s p e c l f i c a . E l p ú b l i c o
contesta a l a provocación d e los dadaistas c o n u n f u r o r
c i e g o . * A p e n a s se d a n c a m b i o s d e c o n d u c t a e n l a p r a x i s
v i t a l de l o s r e c e p t o r e s ; i n c l u s o d e b e m o s p r e g u n t a r n o s s i
la p r o v o c a c i ó n n o r e f u e r z a m á s b i e n las a c t i t u d e s v i g e n -
tes q u e se e x p r e s a n n o t o r i a m e n t e e n c u a n t o se les d a o c a -
s i ó n . " L a estética d e l shock plantea u n p r o b l e m a más: l a
p o s i b i l i d a d de m a n t e n e r a l a larga u n efecto s i m i l a r . Nada
p i e r d e s u e f e c t o t a n r á p i d a m e n t e c o m o e l shock, porque
s u esencia consiste e n ser u n a e x p e r i e n c i a e x t r a o r d i n a r i a .
C o n l a r e p e t i c i ó n se t r a n s f o r m a r a d i c a l m e n t e . E l shock
35. Sobre el problema del shock en la m o d e r n i d a d , et. las su-
gestivas observaciones de W . B F M A U I N ' . que sin embargo preten-
dían p r o b a r su potencia {«Ober einige Motive bei Baudclaire»
[•Sobre alguno» remas en Baudclairc»]. en sus i Iluminar ionen
{iluminaciones]. Ausgcwiihltt Schrifien [/] [Obras escogidas, 1]),
editado por 5. Unseld, Francfort, 1961, pp. 201 245, y a q u i p p . 706
y siguientes.
y>. Cf. al respectu. Ja presentación de R. H A I S.UAKN, ágil y es-
pecialmente valiosa por su doeu mea i ación, en Am Anfang war
Dada {En el principio era el dadú], editado p o r K ftiha y
G. K a m p l . Stembath/Gte en 1972.
37, La teoría del distancia miento de B r e c h l será u n i n t e n t o
consecuente de superar el efecto inespecífico del shock y reco-
gerlo a La vez de f o r m a didáctica.
146
es e s p e r a d o . L a s v i o l e n t a s r e a c c i o n e s d e l p ú b l i c o a n t e l a
m e r a e n t r a d a e n e s c e n a d e los d a d a i s t a s s o n p r u e b a d e
e l l o : e l p ú b l i c o e s t a b a p r e p a r a d o p a r a e l shock p o r los
r e l a t o s p e r i o d í s t i c o s , l o e s p e r a b a . U n shock d e e s t a I n d o l e ,
c a s i i n s t i t u c i o n a l i z a d o , q u e d a m u y l e j o s d e r e p e r c u t i r so-
b r e l a p r a x i s v i t a l d e Eos r e c e p t o r e s : es « c o n s u m i d o * .
L o q u e q u e d a es e l c a r á c t e r e n i g m á t i c o d e l p r o d u c t o ,
su r e s i s t e n c i a c o n t r a el i n t e n t o de c a p t a r s u s e n t i d o . E l
r e c e p t o r n o se p u e d e r e s i g n a r s e n c i l l a m e n t e a d e s c r i b i r
el s e n t i d o de u n a p a r t e de la o b r a ; intentará e n t e n d e r el
p r o p i o carácter enigmático de la o b r a d e v a n g u a r d i a .
Para ello h a de s i t uar se en o t r o nivel de la i n t e r p r e t a -
ción. E n l u g a r d e p r e t e n d e r c a p t a r u n s e n t i d o m e d i a n t e
l a s r e l a c i o n e s e n t r e e l t o d o y las p a r l e s d e l a o b r a , tratará
de e n c o n t r a r los p r i n c i p i o s c o n s t i t u t i v o s de l a o b r a , a f i n
d e e n c o n t r a r en é s t o s l a c l a v e d e l c a r á c t e r e n i g m á t i c o d e
la creación. Asi pues, la o b r a de v a n g u a r d i a p r o v o c a en el
r e c e p t o r u n a r u p t u r a análoga a l carácter r o m p e d o r (la
i n o r g a n i c i d a d ) de la creación. E n t r e la e x p e r i e n c i a , regis-
t r a d a p o r e l shock, de l a inconveniencia del m o d o d e
r e c e p c i ó n f o r m a d o e n las o b r a s d e a r t e o r g á n i c a s , y e l
esfuerzo p o r u n a comprensión del p r i n c i p i o de c o n s t r u c -
c i ó n , se p r o d u c e u n a f r a c t u r a : l a r e n u n c i a a l a i n t e r p r e t a -
ción d e l s e n t i d o . U n a transformación d e c i s i v a p a r a el de-
s a r r o l l o d e l a r t e , p r o v o c a d a p o r l o s m o v i m i e n t o s históri-
c o s d e v a n g u a r d i a , c o n s i s t e e n ese n u e v o l i n o d e r e c e p c i ó n
n a c i d o c o n el a r t e v a n g u a r d i s t a . L a atención de los recep-
t o r e s y a n o se d i r i g e a u n s e n t i d o d e l a o b r a c a p t a b l e e n
la l e c t u r a d e sus p a r l e s , s i n o a l p r i n c i p i o d e c o n s t r u c -
ción. E s t e t i p o d e r e c e p c i ó n i n s t a a l r e c e p t o r a a c e p t a r
que l a p a r t e , q u e e n la o b r a de a r t e orgánica e r a necesaria
p o r su contribución a la constitución d e l s e n t i d o de l a
t o t a l i d a d de l a o b r a , e n l a o b r a de v a n g u a r d i a c o n s t a sólo
c o m o s i m p l e relleno de u n m o d e l o e s t r u c t u r a l .
H e m o s t r a t a d o de r e c o n s t r u i r genéticamente l a rela-
ción e n t r e la o b r a de a r t e de v a n g u a r d i a y el m é t o d o f o r -
m a l de l a ciencia d e l a r t e y l a l i t e r a t u r a , y a que h e m o s
i n t e r p r e t a d o éste c o m o r e a c c i ó n d e l o s r e c e p t o r e s f r e n t e
a las o b r a s d e v a n g u a r d i a q u e se s u s t r a e n a l o s p r o c e d i -
147
m i e m o s de la hermenéutica [ [ a d i c i o n a l . E n U M i n t e n t o
de reconstrucció n h a y q u e d e s t a c a r e s p e c i a l m e n t e l a r u p -
t u r a e n t r e los m é t o d o f o r m a l e s ( q u e a t i e n d e n a l o s p r o -
cedimientos) y l a interpretación de s e n t i d o p r e t e n d i d a pol-
la hermenéutica . S e m e j a n t e r e c o n s t r u c c i ó n d e u n a r e l a -
ción genética n o d e b e m í ] i n t e r p r e t a r s e , s i n e m b a r g o , e n
e l s e n t i d o de a s i g n a r a u n d e t e r m i n a d o t i p o d e o b r a u n
d e t e r m i n a d o m é t o d o científico , a l a s o b r a s o r g á n i c a s e l
h e r m e n é u t i c o v a las d e v a n g u a r d i a e l f o r m a l . T a l a s i g -
nación s e r i a c o n t r a d i c t o r i a c o n n u e s t r a a r g u m e n t a c i ó n .
L a o b r a de v a n g u a r d i a o b l i g a , desde luego, a u n nuevo
t i p o d e c o m p r e n s i ó n , p e r o n i é s t e se a p l i c a ú n i c a m e n t e
a la o b r a de v a n g u a r d i a n i p o r t a n t o desaparece, sin más,
la p r o b l e m á t i c a h e r m e n é u t i c a d e l a c o m p r e n s i ó n . L o q u e
sucede m a s b i e n es q u e . e n b a s e a l a t r a n s f o r m a c i ó n esen-
c i a l e n e l á m b i t o d e l o b j e t o , se l l e g a t a m b i én a u n c a m b i o
e s t r u c t u r a l d e l p r o c e d i m i e n t o de aprehensión científica
del fenómeno artístico. H a v q u e s u p o n e r q u e este p r o c e s o
d e o p o s i c i ó n de l o s m é t o d o s f o r m a l v h e r m e n é u t i c o p r e -
c e d e a l m o m e n t o d e l a superación d e a m b o s , e n e l s e n t i d o
h t g e l i a n o del término. M e parece q u e l a ciencia de la l i -
t e r a t u r a debe d e t e n e r s e h o y e n e s t e p u n t o . *
1
p e n s a r s e todavía e n u n a u n i d a d p r e c a r i a . P a r a l a r e c e p -
ción, esto significa q u e la o b r a de v a n g u a r d i a también
d e b e c o m p r e n d e r s e a l m o d o d e l a h e r m e n é u t i c a (es d e c i r ,
c o m o t o t a l i d a d de s e n t i d o ) , sólo qu e la u n i d a d h a a s u m i -
d o l a c o n t r a d i c c i ó n . L a a r m o n í a d e las p a r l e s y a n o c o n s -
t i t u y e el t o d o de l a o b r a q u e consiste, a h o r a , e n la cone-
xión c o n t r a d i c t o r i a de p a r t e s heterogéneas. L o s m o v i m i e n -
tos históricos de v a n g u a r d i a n o exigen u n a m e r a s u s t i t u -
ción de la hermenéutica p o r el p r o c e d i m i e n t o f o r m a l , n i
q u e h a g a m o s d e ésta, e n a d e l a n t e , u n p r o c e d i m i e n t o i n -
t u i t i v o de comprensión; la hermenéutica debe t r a n s f o r -
m a r s e e n c o r r e s p o n d e n c i a c o n l a n u e v a situación históri-
c a . E l m é t o d o d e análisis f o r m a l d e o b r a s d e a r t e a d q u i e -
r e g r a n i m p o r t a n c i a e n e l s e n o d e u n a h e r m e n é u t i c a críti-
ca, a m e d i d a q u e la subordinación de las p a r l e s al t o d o
e n q u e se a p o y a b a l a i n t e r p r e t a c i ó n d e l a h e r m e n é u t i c a
t r a d i c i o n a l se h a r e v e l a d o e n f u n c i ó n d e u n a estética clá-
sica. U n a hermenéutica crítica, e n l u g a r d e l t e o r e m a s o b r e
la n e c e s a r i a a r m o n í a d e l o s t o d o s y l a s p a r t e s , e s t a b l e c e -
rá l a i n v e s t i g a c i ó n d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s e n t r e l o s n i v e l e s
d e l a o b r a y , d e esta f o r m a , d e d u c i r á e n p r i m e r l u g a r el
sentido d e l todo.

L a c a u s a d e l a p o s i b i l i d a d d e u n a síntesis d e l o s p r o -
c e d i m i e n t o s f o r m a l y h e r m e n é u t i c o es l a s u p o s i c i ó n d e
q u e l a e m a n c i p a c i ó n d e las p a r t e s , i n c l u s o e n l a o b r a d e
vanguardia, n o desemboca n u n c a en u n a c o m p l e t a esci-
sión d e l t o d o d e l a o b r a . I n c l u s o d o n d e Ja n e g a c i ó n d e l a
síntesis se c o n v i e r t e e n e l p r i n c i p i o d e c r e a c i ó n , p o d r í a

33. Cfi al respecio P. BL'RCER, - Z g r Metbode. N u t r e n Í U einer

dialekiischcn Lilcraturv.'issenscha£t» [«Sobre el método. N o t i c i a
a propósito de una ciencia dialéctica de la l i t e r a t u r a . 1 . en sus
Sfwrffajl zur ¡ranzosischert Frühuufklarunn [Estudios sobre la pri-
mera ílusírútim franeeia l E d . S u h r k a m p , 523), F i a n c l o r t . 197?.
pp. 7-2], y P. BCPCFR, . B e n j a m i n * "retlende K r i l i k " . Vorüberle-
pungen aum E n t u u r l einer k r i t i s c h e n H e r m e n c u t i k * [ « L a "crítica
salvadora' de Benjamín, R c f k u o n c s previas a l proyecto de u n a
hermenéutica cnlka»J. en GermaiUsch-Romamsrhe Manalschrift
K.F. 23 (19711. pp. 19E-2I0. Los problemas científicos y teórico*, que
crea una É M B de f o r m a l i s m o y hermenéutica los abordaré en
el marco de una critica del método.

MI 149
 IV. Vanguardia y compromiso

1. E L DEBATE ENTRE ADORNO Y LUKÁCS

D e d i c a i u n a p a r l e d e l a teoría d e l a v a n g u a r d i a a l p r o -
b l e m a d e l c o m p r o m i s o s ó l o s e j u s t i f i c a s i se p u e d e d e m o s -
t r a r q u e l a v a n g u a r d i a h a m o d i f i c a d o r a d i c a l m e n t e e l sen-
t i d o d e l c o m p r o m i s o político en el a r l e y . p o r t a n t o , q u e
a n t e s d e l o s m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a se a p l i -
c ó e l c o n c e p t o d e c o m p r o m i s o de m u í ' o d i v e r s o a c o m o se
h a h e c h o d e s p u é s. D e m o s t r a r e s t o es l o q u e n o s p r o p o n e -
m o s a h o r a . E l l o s i g n i f i c a a v e r i g u a r s i se d e b e t r a t a r d e l
c o m p r o m i s o e n el m a r c o d e u n a l e o r l a d e l a v a n g u a r d i a ,
a l t i e m p o q u e se d i s c u t e n l o s p r o b l e m a s m i s m o s .
H a s t a a h o r a se h a a b o r d a d o l a teoría d e l a v a n g u a r d i a
a d o s n i v e l e s i l a intención d e l o s m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s
de v a n g u a r d i a y la descripción de las o b r a s v a n g u a r d i s t a s .
L a intención d e l o s m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a
la h e m o s v i s t o e n l a d e s t r u c c i ón de l a i n s t i t u c i ó n a r t e
c o m o u n ámbito separado de la p r a x i s v i t a l . L a i m p o r t a n -
c i a d e s e m e j a n t e intención n o c o n s i s t e e n h a b e r q u e r i d o
d e s t r u i r l a institución a r l e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a p a r a
q u e el a r t e p u d i e r a v o l v e r d e i n m e d i a t o a l a p r a x i s v i t a l ,
sino, ante todo, en haber hecho perceptible l a i m p o r t a n c i a
d e l a institución a r l e p a r a e l r e s u l t a d o s o c i a l e f e c t i v o d e
c a d a o b r a e n p a r t i c u l a r . L a o b r a d e v a n g u a r d i a se h a d e -
f i n i d o c o m o creación inorgánica. M i e n t r a s q u e e n la o b r a
d e a r t e o r g á n i c a e l p r i n c i p i u d e c o n s t r u c c i ó n d o m i n a so-
bre la parte y l a s u b o r d i n a a la u n i d a d , en las obras d e
vanguardia las partes tienen u n a independencia esencial
frente al todo; p i e r d e n valor c o m o ingredientes de u n a
t o t a l i d a d de sentido y l o ganan c o m o signos r e l a t i v a m e n t e
independientes.

E l c o n t r a s t e e n t r e o b r a s de a r t e orgánicas y v a n g u a r -

MI

d i s t a s está e n l a b a s e d e las rearías d e l a v a n g u a r d i a d e
L u k á c s y d e A d o r n o . S o o b s t a n t e , a m b a s teorías se d i s -
t i n g u e n p o r sus v a l o r a c i o n e s . Lukács c o n s e r v a la o b r a de
a r t e o r g á n i c a (él l a l l a m a r e a l i s t a ) c o m o n o r m a estética,
y p o r eso e n c u e n t r a d e c a d e n t e s a l a s o b r a s d e v a n g u a r d i a ,
m i e n t r a s q u e A d o r n o separa la o b r a de v a n g u a r d i a , i n o r -
gánica, de u n a n o r m a q u e s ó l o t i e n e s e n t i d o h i s t o r t e o ,
c o n d e n a n d o así e l r e s p a l d o a u n a r t e r e a l i s t a c o n t e m p o -
r á n e o — e n e l s e n t i d o d e L u k á c s — c o m o u n r e t r o c e s o es-
tético.* E n a m b o s c a s o s se t r a t a d e t e o r í a s d e l a r t e , c o m -
p r o m e t i d a s decisivamente en el p l a n o teórico. E l l o n o
q u i e r e d e c i r , n a t u r a l m e n t e , q u e Lukács y A d o r n o p r o p o n '
g a n r e g l a s g e n e r a l e s su p r e h i s t ó r i c a s c o m o h i c i e r o n l o s
a u t o r e s d e l a s p o é t i c a s r e n a c e n t i s t a s y b a r r o c a s ; sus teo-
rías s o n n o r m a t i v a s s ó l o a l a m a n e r a d e l a estética d e
H e g c í — c o n l a q u e a m b o s p e n s a d o r e s están c o m p r o m e t i -
dos de distinto m o d o — , que contiene u n m o m e n t o nor-
mativo.
H e g e l h a p u e s t o U estética e n l a h i s t o r i a . L a dialéc-
t i c a d e f o r m a y c o n t e n i d o v a r i a e n c a d a c a s o si t e traía d e l
a r t e s i m b ó l i c o ( o sea. e l a r t e o r i e n t a l ) , e l c l á s i c o ( g r i e g o )
o el romántico ( c r i s t i a n o ) . C o n esta periodíjación. H e g el
n o q u i e r e decir, s i n e m b a r g o , q u e l a f o r m a romántica d e l
a r t e sea a l a v e z l a más l o g r a d a ; p o r e l c o n t r a r i o , c o n s i -
dera c o m o p u n t o más e l e v a do l a n o t a b l e penetración d e
f o r m a y m a t e r i a , v i n c u l a d a a u n d e t e r m i n a d o g r a d o his-
tórico del desarroll o del m u n d o y desaparecida necesaria-
m e n t e c o n é l. L a p e r f e c c i ó n clásica, c u y a e s e n c i a c o n s i s t e
e n q u e <ej e s p í r i t u t e i d e n t i f i c a p o r c o m p l e t o c o n I U apa-
riencia e x t e r n a - , ' y a n o ea a c c e s i b l e a La o b r a d e a r t e
L Cf. G. IxaJca. .\ ... H , . , Uiflierstandenen
; Realtsmus [Cfln-
•'"" el 'tmlitmo mal entendido]. H a m b u j g o , 19K.
J . Cf. Th_ W. A K H K O , Erprefite Versdtrmme.. lu Ceort Lukács:
*Wider den Miftverwtande'icn Reatismus* [Recoiicdiacidn a la
tuena. Sobre •Centra el realismo mal entendido», de Ceorg Lu-
kács). en sus Noien zur Uiemtur I I [Notos sobre literatura Í/J
1B1M S u h i k a m p . 71 h. &*. T a n » . Francfort. |9fiJ, pp. l ' M f ? .
3. G- W. F. H K U . Aiihwtik [Estilita}, editada por F B a i i e n -
f*, Jm ed.. Berlín./Wclmar. I9aj. l o m o I . p «99.
152
romántica, p o r q u e e l p r i n c i p i o básico d e l a r t e romántico
es « t a e l e v a c i ó n d e l e s p í r i t u h a c í a s i » . S i e l e s p í r i t u * ex-
t r e m a s u c o r d i a l i d a d c o n s i g o m i s m o y d e t e r m i n a ta r e a -
l i d a d e x t e r n a c o m o u n a e x i s t e n c i a q u e n o le conviene»,
desbarata l a elevada penelración de l o e s p i r i t u a l y l o ma-
1
t e r i a l q u e logró el a r t e clásico. H e g e l d a , i n c l u s o , u n p a s o
más y a n i i e i p a u n - p u n t o final d e l R o m a n t i c i s m o » , q u e
caracteriza c o m o «la c o n t i n g e n c i a de l o c i t e r i o r y de lo
i n t e r i o r y el d e s m e m b r a m i e n t o de a m b o s aspectos, q u e
c o n d u c e a u n a superación d e l a r t e m i s m o - ( i d . , p. 509).
C o n l a f o r m a romántica del a r t e , el p r o p i o a r l e llega a s u
fin. a b r i e n d o p a s o a f o r m a s m á s a l t a s d e l a c o n c i e n c i a , o
sea. a l a filosofía. 4
Lukács acepta a l g u n o s m o m e n t o s esenciales de l a con-
cepción hegeliana. E n su o b r a , l a confrontación hegeliana
d e a r t e c l á s i c o y r o m á n t i c o se c o n v i e r t e e n e l c o n t r a s t e e n -
t r e a r t e r e a l i s t a y v a n g u a r d i s t a . V e s t e c o n t r a s t e se desa-
r r o l l a e n L u k á c s, c o m o e n H c g c l , e n e l m a r c o d e u n a f i l o
s o f i a d e l a h i s t o r i a , a u n q u e p a r a L u k á c s La h i s t o r i a y a
n o es e l m o v i m i e n t o a u t ó n o m o d e l m u n d o d e l e s p í r i t u ,
que i e separa p o r s i m i s m o d e l m u n d o externo y destruye
ü p o s i b i l i d a d d e u n a a r m o n í a clásica e n t r e e l e s p í r i t u y
loa t e m i d o s , l i n o h i s t o r i a de l a l o c i e d a d b u r g u e s a en u n
sentido materialista. * C o n el fin de los m o v i m i e n t o s bur-
gueses de emancipación, scóalado p o r l a revolución de
4. Cf. también la Nata final sobre He%el en este m i s m o libro.
5. L o s dos momentos de la i c o r l a tukacttana de la vanguar
t\ú\. • saber, la necettdad histórica de la aparición del a r l e de
vanguardia y * u recfaaru e s i f i i c o. te aprecian con claridad m el
arihcuk» | f p M i oder Bes-chreiben? Zur D I Í A ± U H O * I uber Natura.
lismus und Formalismos [¿Narrar v describir? Sobre la discusión
acerca de naturalismo y formalismo) ( i n c l u i d o en Bctriffbesttm-
" i n - , dei ' ü - i ' L PWFI kealitmus [Dettrmtriactori eonteplual del
'tálamo literario), editado por K B r i n k n u m i [ W r f f der For-
K h u i f . 212). D u n n t i a d i . 1969. pp. 3M5|. Lukács opone la descrip-
ción lunciona! subordinada • la t o t a l i d ad de la o b r a de Batrat
con t u Independiiacton en F l a u b e n y Zula- Por una parte, habla
de ese cambio como i e l resultado necesario del desarrollo »oclnl»
iid.. p. tiy, pero, p o r otra, c r i t i c a su m u d a d o : * l a necesidad
también puede ser una n e t e i t d a d de l o a r U s t i e u n c n i e l a l t o . de-
i ....!•! y malo»
153

j u n i o d e 1848. e l i n t e l e c t u a l b u r g u é s p i e r d e t a m b i é n l a
c a p a c i d a d d e r e p r o d u c i r , p o r m e d i o d e o b r a s d e a r t e rea-
listas, la t o t a l i d a d de l a sociedad burguesa t r a n s f o r m a d a .
E n l a caída n a t u r a l i s t a , e n e l d e t a l l e y l a c o n s i g u i e n t e
p é r d i d a d e u n a p e r s p e c t i v a g l o b a l » se v e l a d i s o l u c i ó n d e l
r e a l i s m o b u r g u é s , q u e a l c a n z a s u p u n t o mús a l t o c o n l a
v a n g u a r d i a . A s í . se d e s a r r o l l a u n a d e c a d e n c i a histórica-
m e n t e n e c e s a r i a . L u k á c s t r a s l a d a , p u e s , l a c r í t i ca hege-
liana d e l arte romántico al fenómeno d e la decadencia
históricamente necesaria d e l a r t e de v a n g u a r d i a , y hace
lo m i s m o c o n l a i d e a d e H e g e l , según l a c u a l , l a o b r a d e
a r t e orgánica c o n s t i t u y e u n t i p o de perfección a b s o l u t a ,
sólo q u e la ve más r e a l i z a d a e n las g r a n d e s novelas rea-
listas de Goethe. Balzac y Stendha l q u e en e l arte griego.
D e e s t e m o d o , se p o n e d e m a n i í i e s l o q u e t a m b i é n p a r a
Lukács e l p u n t o máxim o d e d e s a r r o l l o d e l a r t e r e s i d e e n
e l p a s a d o , a u n q u e , e n c o n t r a s t e c o n H e g e l , él v a a p e n s a r
q u e n o p o r e l l o l a p e r f e c c i ó n es n e c e s a r i a m e n t e m a l e a n -
zable e n e l presente, N o sólo l o s grandes a u t o r e s realistas
d e l a fase d e ascensión d e l a burguesía c o n s t i t u y e n e l mú-
d e l o d e l r e a l i s m o s o c i a l i s t a - L u k á c s se e s f o r z a r á i n c l u s o
p o r a t e n u a r l a s c o n s e c u e n c i a r a d i c a l d e s u construcción
hislórico-filosófica ( a s a b e r , l a i m p o s i b i l i d a d d e u n r e a l i s -
m o b u r g u é s p o s t e r i o r a 1848 o a 1871), p a r a a d m i t i r t a m -
bién u n r e a l i s m o b u r g u é s e n e l s i g l o x x . B
A d o r n o es r a d i c a l e n e s t e a s u n t o ; p a r a é l , l a o b r a v a n -
g u a r d i s t a es l a única e x p r e s i ó n auténtica d e l a situación
a c t u a l d e l m u n d o . L a teoría d e A d u m o p a r l e t a m b i é n d e
H e g e l , p e r o n o a c e p t a sus v a l o r a c i o n e s ( d e s p r e c i o d e l a r t e
romántico versus e x a l t a c i ó n d e l a r t e c l á s i c o ) , c o s a q u e sí
q u e h i z o , p o r c o n t r a s t e , Lukács A d o r n o i n t e n t a p e n s a r
r a d i c a l m e n t e Ja h i s t o r i z a c i ó n d e l a s f o r m a s a r t í s t i c a s e m -
p r e n d i d a p o r H e g e l , esto es, t r a t a d e e v i t a r e l c o n c e d e r
primacía s o b r e l o s demás a c u a l q u i e r a d e l o s t i p o s d e
dialéctica e n t r e f o r m a y c o n t e n i d o a p a r e c i d o s e n l a h i s -
t o r i a . B a j o e s t a p e r s p e c t i v a , f a o b r a d e v a n g u a r d i a se o f r e -
6. C¡. Gcorg LLJUCS, Wider den mifiverstandcnen Realismos.
Hamburgo. I95£.
154
ce c o m o e x p r e s i ó n h i s t ó r i c a m e n t e n e c e s a r i a d e l a a l i e n a -
ción e n l a sociedad c a p i t a l i s t a avanzada; q u e r e r m e d i r l a
c o n e l p a t r ó n d e l a u n i d a d o r g á n i c a d e l a s o b r a s clásicas,
es d e c i r , r e a l i s t a s , sería i n a d e c u a d o . A s í p u e s , p a r e c e r í a
que c o n ello A d o r n o h u b i e r a acabado d e f i n i t i v a m e n te con
la teoría n o r m a t i v a . S i n e m b a r g o , e s fácil o b s e r v a r q u e
en e l c a m i n o d e l a historización r a d i c a l , l o n o r m a t i v o en-
c u e n t r a n u e v a s v i a s d e a c c e s o a l a teoría y se i m p o n e d e
m o d o n o m e n o s severo q u e e n e l caso de Lukács.
T a m b i é n p a r a Lukács l a v a n g u a r d i a es expresión d e l a
alienación e n l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a a v a n z a d a , a u n q u e
p a r a l o s s o c i a l i s t a s e s t o s i g n i f i q u e s e r a l a vez e x p r e s i ó n
de la ceguera de l o s i n t e l e c t u a l e s burgueses, incapaces de
i d e n t i f i c a r l a s r e a l e s f u e r z a s h i s t ó r i c a s q u e se o p o n e n a
t a l alienación y t r a b a j a n p a r a c o n s e g u i r u n a t r a n s f o r m a -
ción socialista de esta sociedad. D e esta p e r s p e c t i v a poli-
t i c a depende, p a r a Lukács, l a p o s i b i l i d a d de u n a r t e rea-
lista e n e l presente. A d o r n o n o c o m p a r t e esa perspectiva
p o l í t i c a . É l e n t i e n d e q u e e l a r t e d e v a n g u a r d i a es e l ú n i c o
a r t e auténtico e n l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a avanzada . E n e l
i n t e n t o d e c r e a r o b r a s o r g á n i c a s , c e r r a d a s s o b r e sí m i s -
m a s ( q u e Lukács l l a m a r e a l i s t a s ) , A d o r n o ve n o sólo l a
r e n u n c i a a u n n i v e l a l c a n z a d o p o r l a técnica a r t í s t i c a , 1
7. P u e d e s o r p r e n d e r e l q u e ADORNO, q u e h a c u e s t i o n a d o r a d i -
c a l m e n t e j u n t o a H o H K H E t u t R d p r o g r e s o técnico e n l a Dialekük
der Aüfkldrtmg {Dialéctica de la Ilustración'], A m s t e r d a m . 1547
i el p r o g r e s o técnico a b r e l a p o s i b i l i d a d de u n a e x i s t e n c i a h u m a -
n a m e n t e digna p a r a t o d o s , p e r o e n m o d o a l g u n o la p r o v o c a ne-
c e s a r i a m e n t e } , a c e p t e «in discusión e l c o n c e p t o de p r o g r e s o téc-
n i c o e n e l á m b i t o d e l a r t e . La diíeiente a c t i t u d r e s p e c t u n l a téc-
n i c a I n d u s t r i a l y l a técnica a r u s t i c a se e x p l i c a p o r e l h e c h u de
q u e A d o r n o d i s t i n g u e e n t r e a m b a s . Cf, a este r e s p e c t o B . L I N D U E P ,
Brechl/Benjamín/Adorno. Über Veránderungen der Kunstpradi>k-
tion Im vÁssenschafllich-techniichen Zeitalier [Brechl/Benjamín/
Adorno. Sobre las transformaciones de la producción artisnea en
la era cienttlico-ticnica], e n BcrtoH Brecht J , e d i t a d o p o r H , L - A r -
n o l d ( v o l u m e n e s p e c i a l d e l a colección T e x t + K r l t i k J , M u n i c h .
1977. p p . 14-16, y aquí p p . 24 y i S - E n c u a l q u i e r c a s o , n ü s e p u e d e
r e p r o c h a r a l a teoría c r i t i c a q u e - i d e n t i f i q u e l a s r e l a c i o n e s eco-
n o m i c é d e producción c o n l a e s t r u c t u r a tecnológica de l a s I W
• a s p r o d u c t i v a s - a i n d n e r . p 27). La l e o r i a crítica relíela la ex
155
 s i n o incluso u n a v o l u n t a d sospechosa de ideología. Pues
fa o b r a o r g á n i c a , a p e s a r d e d e s c u b r i r l a s c o n t r a d i c c i o n e s
de la s o c i e d a d présenle, cae p o r s u f o r m a e n l a ilusión de
u n m u n d o p e r f e c t o, a u n q u e su c o n t e n i d o explícito i n d i q u e
todo lo contrario.
N o c o r r e s p o n d e a e s t e l u g a r l a d e c i s i ó n d e cuál d e
a m b o s p r i n c i p i o s es e l - c o r r e c t o - ; l a intención d e l a teo-
ría a q u i a p u n t a d a c o n s i s t e m á s b i e n e n m o s t r a r q u e e l
m i s m o d e b a t e t i e n e u n s e n t i d o h i s t ó r i c o . C o n e s t e fin, de-
b e m o s p r o b a r que las premisas de las que p a r t e n a m b o s
a u t o r e s s o n y a h o y históricas y q u e , p o r l o t a n t o , sería
difícil aceptarlas t a l c u a l . Para d e c i r l o e n f o r m a de tesis;
la d i s p u t a e n t r e L u k á c s y A d o r n o s o b r e l a l e g i t i m i d a d d e l
a r t e d e v a n g u a r d i a se r e d u c e a l a s p e c t o d e l m e d i o a r t i s -
t i c o y su consecuente alteración d e l l i n o de o b r a (orgáni-
ca versus v a n g u a r d i s t a ) . N i n g u n o d e l o s d o s se o c u p a , s i n
e m b a r g o , d e l a t a q u e d i r i g i d o c o n t r a l a institución a r t e
p o r los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a . P e r o , p a r a
la teoría q u e m a n t e n e m o s , este a t a q u e s u p o n e e l a c o n -
t e c i m i e n t o d e c i s i v o e n e l d e s a r r o l l o d e l a r t e e n l a so-
ciedad burguesa, p o r q u e h a puesto en evidencia el papel
q u e j u e g a l a institución a r t e , d e t e r m i n a n d o el e f e c t o de
cada o b r a en p a r t i c u l a r . S i el significado de la d i s c o n t i n u i -
d a d p r o v o c a d a p o r los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r -
d i a e n e l d e s a r r o l l o d e l a r t e n o se fija e n e l a t a q u e a l a
institución a r t e , l a s c u e s t i o n e s f o r m a l e s ( o b r a s o r g á n i c a s
periencia histórica de que el desarrollo de las tuerza* productivas
en m u d o alguno hace « t a l l a r necesariamente las r e l a j o n e s de
producción; más bien facilita medios para l a dominación dtf los
hombres. - E l carácter de la ¿pota es la preponderancia de las re-
lacione* de producción sobre las fuercas productivas que, sin em-
bargo, hace tiempo que desafian a aquella* relacione*- ( T h W
ADORNO. Einleilungsvortrag m ¡A deutschen Soiiologentag
ÍU [Con-
ferencia i'üroducloria del decimosexto Congreso de sociología ale-
mana], en Verhatidlungen des 16- deulschen Sozrologemages vom
• o i s t
P'H
¡ A
in Frankfurí. Spdtkapiialismus oder ¡idus-
iriegesetlschafi? [Discusiones del decimosexto Congreso de so
cioíoRla alemana de! 8 al I I de abril de I96S en Francfort. ¿Capi-
talismo a sociedad industrial?], editado por T h . W A d o r n o Stott-
g a n . 1969, p. 20).
156
versus inorgánicas) c o b r a n necesariamente p r o t a g o n i s m o .
Pero c u a n d o los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a
h a n d e s v e l a d o e l e n i g m a d e l e f e c t o , o sea. l a c a r e n c i a d e
t o d o e f e c t o e n e l a r t e , e n t o n c e s ninguna f o r m a nueva pue-
d e y a r e c l a m a r p a r a s i , en exclusiva, l a v a l i d e z , sea ésta
e t e r n a o sólo t e m p o r a l . L o s m o v i m i e n t o s históricos de v a n -
g u a r d i a h a n a c a b a d o más b i e n c o n t a l p r e t e n s i ó n . L u k á c s
y A d o r n o , a l d e b a t i r s e e n t o r n o a esa e x i g e n c i a , p e r m a -
necen todavía c o m p r o m e t i d o s c o n u n período d e l a r t e
p r e v a n g u a r d i s t a e n e l q u e se d a n c a m b i o s d e e s t i l o histó-
ricamente motivados.
Es c i e r t o que A d o r n o h a subrayad o el significado de
l a v a n g u a r d i a p a r a l a teoría estética d e l p r e s e n t e , p e r o
sólo ha i n s i s t i d o e n el n u e v o t i p o d e l a o b r a d e arte y
n o e n e l i n t e n t o d e l o s m o v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a p o r de-
v o l v e r e l a r t e a l a p r a x i s v i t a l . L a v a n g u a r d i a sería e n -
t o n ees s ó l o u n t i p o e s p e c i a l d e a r t e p a s a j e r o . E s t a i n t e r -
1
p r e t a c i ó n es v e r d a d e r a , y a q u e l a s a m b i c i o s a s i n t e n c i o n e s
de los m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a p u e d e n c o n s i d e r a r s e
f r a c a s a d a s , p e r o es f a l s a p o r q u e p r e c i s a m e n t e ese f r a c a s o
n o h a s i d o v a n o . Los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r -
d i a n o h a n p o d i d o d e s t r u i r l a i n s t i t u c i ó n a r t e , p e r o quizá
h a y a n acabado c o n l a p o s i b i l i d a d de q u e u n a d e t e r m i n a d a
t e n d e n c i a artística p u e d a p r e s e n t a r s e c o n l a p r e t e n s i ó n
de validez general. L a s i m u l t a n e i d a d del a r t e - r e a l i s t a - y
d e l - v a n g u a r d i s t a » es h o y u n h e c h o , c o n t r a l a q u e y a n o
puede alzarse u n a p r o t e s t a l e g i t i m a . E l significado de l a
r u p t u r a de la h i s t o r i a d e l arte, p r o v o c a d a p o r los m o v i -
m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a , n o consiste, desde lue-
g o , e n l a d e s t r u c c i ó n d e l a i n s t i t u c i ó n a r t e , a u n q u e sf t a l
v e z e n l a d e s t r u c c i ó n d e l a p o s i b i l i d a d d e c o n s i d e r a r valió-
S. « E l arte se encuentra en la realidad, tiene ahí su función
y sirvo c o m o mediador con ella de diversas maneras. Peni a la
ver eniste c o m o arte, según su p r o p i o concepto, antitético frenie
a l o que es el caso- <Th. W. ADOHNO. Erprefrte Versülmung, en sus
Noten utr Literatur II, p. 163). L a frase muestra con precisión
la distancia que separa a Adorno de los esfuerzos radicales de los
m o v i m i e n t o s histérico* de vanguardia europeos: la conservación
de la autonomía del arte.
157
u t • las n o r m a * estéticas. De a q u i se d e r i v a n c o n s e c u e n -
c i a * p a t a U i n v e s t i g a c i ó n científica d e l á i o b r a s d e a r t e :
el p u n t o de I » consideraciones n o r m a t i v a s l o o c u p a r a
a h o r a e l análisis d e |* f u n c i ó n * q u e i n v e s t i g a r l a e l e f e c t o
s o c i a l (La f u n c i ó n ) d e u n a o b r a e n e l e n c u e n t r o d e l o s
e s t i m u l o * p r e s e n t e s e n La o b r a c o n u n p u b l i c o locioLógica -
m e n t e definible d e n l r o de u n d e t e r m i n a d o m a r c o i n s t i t u -
c i o n a l , la institución a r t e .
E l d e s c u i d o d e l a institución a r t e p o r L u k á c s y A d o r n o
se h a d e e n t e n d e r e n c o n e x i ó n c o n o t r a característica
común a a m b o s teóricos: su a c t i t u d negativa ante la o b r a
d e B r e c h l . E l r e c h a z o d e B r e c h l se d e r i v a , c u e l c a s o d e
Lukács, d i r e c t a m e n t e de s u p r i n c i p i o teórico, pues las
o b r a s d e B r e c h l c o m p a r l e n La s e n t e n c i a q u e c o r r e s p o n d e
a c u a l q u i e r o b r a i n o r g á n i c a . E n A d o r n o , e l r e c h a z o n o es
u n a consecuencia i n m e d i a t a d e l p r i n c i p i u teórico c e n t r a l ,
s i n o d e u n t e o r e m a s e c u n d a r i o según e l c u a l las o b r a s d e
a r t e s o n «Ja e s c r i t u r a históric a i n c o n s c i e n t e d e l o s c a r a c -
l e r e s y l o s a b u s o s h i s t ó r i c o s » . * A l fijar La c o n e x i ó n e n t r e
U o b r a y l a sociedad q u e l a m o t i v a c o m o n e c e u r u u n e n i e
i n c o n s c i e n t e , es difícil q u e A d o r n o a c e p t e l a o b r a d e
B r e c h l . q u e se e s f u e r z a p o r c r e a r esas c o n e x i o n e » c o n l a
mayor consciencia posible."
E n r e s u m e n : e l débale e n t r e Lukács v A d o r n o , q u e e n
buena m e d i d a r e a n u d a el debate sobre el e x p r e s i o n i s m o
h a b i d o h a c i a La m i t a d d e l o s años t r e i n t a , a c a b a e n u n a
a p o n a ; a m b o s c o n c i b e n l a teoría m a t e r i a l i s t a de la c u l t u -
r a d e m o d o s a b i e r t a m e n t e e n f r e n t a d o s , c o m o se o b s e r v a
e n sus p u n t o s d e v i s t a p o l í t i c o s ,
A d u r n u , q u e n o sólo c o n s i d e ra al capitalismo tardio
9. Parm el análisis de La función, cf m i trabajo RefUxkxtti
prtviai a una ciencia criltca im liíi - -
10. T h . W. A B O R H O . reseña d r sv Vttntck tibtr I t W f x r r [T*n-
iati,>* i c t r e r - | 1* = ] . publicada en Dtt Z*u. 9 de oclubr e
de Í964. p. 2 1
I L En b Alíñamete Tkeorlt [Ttarim *\iitua\ A n u o inicn-
l a u n i n i c i o ponderado de Brecht, Estu n o cambia el hecho, l i a
embarp». de que u n escritor c o m o Brechl na i * n c cabida en la
leona de Adorno.
IN
c o m o d e f i n i t i v a m e n t e e s t a b l e c i d o , s i n o q u e a d e m á s píen
sá q u e l a e x p e r i e n c i a histórica a c a b a c o n l a s e s p e r a n z a s
puestas en e l socialismo, e n t i e n de q u e el i r l e d e vanguar-
d a n u n a protesta radical, opuesta a toda f a l t a reconei
Ilación c o n l o e x i s t e n t e , y h a c e d e eL l a ú n i c a f o r m a a n b v
tica históricamente l e g i t i m a . E n c a m b i o . Lukács c o n d e n a
e l i r t e d e v a n g u a r d i a y r e c h a u p o r c o m p l e t o s u c arác t e r
d e p r o t e s t a , p o r q u e e s a p r o t e s t a es a b s t r a c t a , c a r e n t e d e
p e r s p e c t i v a histórica, c i e g a p a r a las fuerzas q u e l u c h a n
c o n l r a el c a p i t a l i s m o . A m b os coinciden gracias a que sus
teorías i m p i d e n c o n s i d e r a r los a r g u m e n t o s o f r e c i d o s p o r
destacados autores m a t e r i a l i s t a s contemporáneos, c o m o
B r e c h l , a u n q u e c o n e l l o l a a p o r í a n o se atenúa, s i n o q u e
incluso crece.
La salida n a t u r a l de esta situación c o n s i s t e , precisa-
mente, e n converti r a tal escritor materialista en criterio
d e j u i c i o . P e r o esia solución tiene u n g r a v e inconvenien -
te: n o p e r m i t e e n t e n d e r l a o b r a de B r e c h t . q u e n o puede
ser l a r e f e r e n c i a d e t o d o j u i c i o s i n s a c r i f i c a r , a l m i s m o
t i e m p o , l a c o m p r e n s i ó n d e s u p a r t i c u l a r i d a d C u a n d o se
c o n v i e r t e a B r e c h t e n c r i t e r i o de l o q u e h o y puede hacer-
t e e n l i t e r a t u r a , y a n o es p o s i b l e j u z g a r s u p r u p i a u b r a . y
• c a s o y a n o p o d a m u s p r e g u n t a r s i Las s o l u c i o n e s q u e o f r e -
c i ó p a r a d e t e r m i n a d o s p r o b l e m a s d e p e n d i e r o n d e la época
en que fueron propuestas. E n otras palabras: justamente
c u a n d o p o d e m o s c a p t a r el significado histórico de B r e c h l ,
p e r d e m o s la ocasión d e c o n v e r t i r s u t e o r i a en m a r c o de
l a investigación. M i p r o p u e s t a p a r a s o l u c i u n a r la a n t e r i o r
aporía c u n d i s t e e n e n t e n d e r los m o v i m i e n t o s históricos
de v a n g u a r d i a c o m o r u p t u r a e n el d e s a r r o l l o d e l a r l e e n la
s o c i e d a d b u r g u e s a , y e n e l a b o r a r l a teoría d e l a l i t e r a t u r a
consecuente a esta r u p t u r a . Habría que e s t u d i a r la obr:i
y l a t e o r i a de B r e c h l , también en conexión c o n esta rup-
t u r a histórica, y p r e g u n t a r q u e l u g a r o c u p a B r e c h l d e n t r u
de los m u v i m i e n l u i históricos de v a n g u a r d i a . H a s t a el
m ó n t e n l o , e s t a c u e s t i ó n n o se h a f o r m u l a d o p o r q u e se d a
p o r h e c h o q u e B r e c h t es u n v a n g u a r d i s t a y p o r q u e se
c a r e c e d e u n c u n c e p t o p r e c i s o d e l o s m o v i m i e n t o » histó-
r i c o s d e v a n g u a r d i a . E s u c o m p l e j a cuestión n o se p u e d e
15*
investigar a q u i , y debe m u * c o m e n t a r n o s c o n algunas su
gerenciaa.
B r e c h l n u n c a h a c o m p a r t i d o l a intención d e l o s r e -
p r e s e n Lames de los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r -
d i a . Y a el j o v e n B r e c h l . q u e d e t e s t a b a e l t e a t r o d e l a b u r -
guesía i n t e l e c t u a l , n o p e n s ó n u n c a e n s u p r i m i r , s i n m á s , e l
t e a t r o , s i n o q u e se p r o p u s o m á s b i e n t r a n s f o r m a r l o e n
p r o f u n d i d a d . E n c o n t r ó e n el d e p o r t e e l m o d e l o p a r a u n
n u e v o t e a t r o , c u y a c a t e g o r i a c e n t r a l es La b u r l a , ' L a d i s -
1
t a n c i a q u e s e p a r a mi J o v e n B r e c h t d e Los m o v i m i e n t o » h i s -
l o r i c o s d e v a n g u a r d i a l e relíela e n estos d o s hecho»: con-
sideró a l a r l e c o m o f i n en si m i s m o , c o n s e r v a n d o a s i u n a
c a t e g o r í a c e n t r a l d e La estética clásica, y d e s e ó c a m b i a r ,
p e r o n o d e s t r u i r , l a institución t e a t r o . L o q u e l e a p r o x i -
m a a la v a n g u a r d i a , e n c a m b i o , es u n a c o n c e p c i ó n d e las
obras que concede independencia a los m o m e n t o s p a r t i -
c u l a r e s (este es e l m o t i v o d e q u e t a m b i é n l a f a m i l i a r i d a d
p u e d a p r o d u c i r e f e c t o ) y u n interés p u r l a i n s t i t u c i ó n a r t e .
M i e n t r a s q u e los v a n g u a r d i s t a s creen, s i n e m h a r g o . po-
d e r a t a c a r d i r e c t a m e n t e y d e s t r u i r a e s t a institución.
B r e c h l d e s a r r o l l a u n c o n c e p t o de c a m b i o de íunción que
c u n s e n a su v i a b i l i d a d real. M u y pocas observaciones pue-
d e n h a b e r m o s t r a d o q u e u n a teoría de la v a n g u a r d i a per-
m i t e situar a B r e c h t en el contexto del arte m o d e r n o y
d e t e r m i n a r de este m o d o s u s i n g u l a r i d a d . T e n e m o s razo-
nes p a r a s u p o n e r q u e l a t e o r í a d e l a v a n g u a r d i a p u e d e
c o n t r i b u i r a resolver la aporía de l a ciencia m a r x i s t a de
l a l i t e r a t u r a ( e n t r e L u k á c s y A d o r n o ) q u e a n t e s apuntá-
b a m o s , e v i t a n d o , a d e m á s , l a solución q u e r e q u i e r e u n a
c a n o n i z a c i ó n d e La teoría y l a p r a x i s a r t í s t i c a d e B r e c h t .
L a tesis a q u í a f i r m a d a c o n v i e n e , d e s d e l u e g o , t a n t o
a l a o b r a de B r e c h t c o m o también, en general, al p r o b l e -
m a d e l p a p e l d e l c o m p r o m i s o p o l í t i c o e n e l i r t e . Se t r a í a
de a f i r m a r q u e los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a
h a n c a m b i a d o f u n d a m e n t a l m e n t e el papel del c o m p r o m i s o
1 1 Cf. B, BUCHT, Mefrr ¿ufen Sport! [¡Un depon* m*¡or!]
!•'> en sus Schrifttn zum THrater [Escritos tobri Teatral,
tonn I , Berlín W e i m a i , 1*64, p p 64-efl.
160
poli m u en el a r t e . E n c o n s o n a n c i a c o n l a dobl e caracte-
rización d e l a m a n g u a r d i a q u e h e m o s p r o p u e s t o ( a t a q u e
a l a institución a r l e y u r i g e n d e u n l i p o d e a r t e inorgáni-
c o ) , l a c u e s t i u n h a d e ser d i s c u t i d a p a r a a m b o s n i v e l e s
Está J u e r a d e t o d a d u d a q u e t a m b i é n l o s m o v i m i e n t o s
históricos de v a n g u a r d i a c o n i c m p l a n u n c u m p r u m i s o p o -
lítico y m u r a l e n e l a r t e ; p e r o l a c o n e x i ó n d e e s t e c o m p r o -
m i s o c o n l a o b r a c a l a l l e n a d e t e n s i o n e s . EL c o n t e n i d o
p o l í t i c o s m o r a l q u e e l a u t o r d e s e a e x p r e s a r está Recesa
rumíente s u b o r d i n a d o , e n l a s o b r a » d e a r t e o r g á n i c a s , a l a
organicidad d e l iodo. Es decir, que tal contenid o contri-
buye desde su aparición, l o q u i e r a o n o e l a u t o r , a la par-
celación de l a p r o p i a t o t a l i d a d d e l a o b r a . L a o b r a c o m -
p r o m e t i d a v i l o puede tener éxito c u a n d o e l m i s m o c o m -
p r o m i s o es e l p r i n c i p i o u n i h e a d o r q u e d o m i n a l a o b r a
i n c l u s o e n s u a s p e c t o f o r m a l . P e r o e s t e c a s o n u es fre-
c u e n t e . L a s t r a g e d i a s d e V u l t o i r é , o l a poesía d e l a l i b e r -
tad d e l t i e m p o de la Restauración, c o n s t i t u y e n e j e m p l o s
d e l a g r a n tradició n c o n q u e c u e n t a l a u p u s i c i o n a u n a
resistencia c o m p r o m e t i d a . E n las obras d e a r l e uipanicas
s u b s i s t e s i e m p r e e l p e l i g r o d e q u e e l c o m p r o m i s o sea aje-
n o a s u l u l a l i d a d d e f o r m a y c o n t e n i d o y d e s t r u y a s u esen-
c i a . A e s t e n i v e l d e l a a r g u m e n t a c i ó n se m u e v e n Ja m a -
yor p a r t e de b s critica s del a r t e c o m p r o m e t i d o Peto h a y
q u e a d v e r t i r e n i / r g i c a m c n l c q u e esa a r g u m e n t a c i ó n s o l o
es v á l i d a i i se a t i e n e a e s t o s d o s s u p u e s t o s : se a p l i c a ex-
c l u s i v a m e n t e a las o b r a » de a r t e orgánicas v sólo c u a n d o
e l c o m p r u m i s o n o es e l p r i n c i p i o u n i f i c a d o r d e Las o b r a s .
C u a n d u la o b r a c o n s i g ue organizarse en t o r n o a l c o m p r o -
miso, su tendencia p o l i l i c a c u r r e u n n u e v o p e l i g r o : la
neutralización p u r l a i m t i i u c i o n a r l e . L a o b r a ingresa e n
u n c o n t e x t o de crcaciuncs cuyo punió en común consiste
e n l a reunificación c o n l a p r a x i s s i t a ! , v se p e r c i b e t e n d e n -
c i a l m c n l c , a l establecer su c u m p r o m i s u desde el p r i n c i p i o
e s t é t i c o d e l a o r g a n i c i d a d , c u m u u n m e r o p r o d u c t o artís-
t i c o . La institución a r t e n e u t r a l i z a el c o n t e n i d o político
t i c Jas o b r a s p a r t i c u l a r e s .
S ó l o l o s m o v i m i e n t o s históricus. d e v a n g t ardía h a n
a c l a r a d o e l s i g n i l i c a d u d e La i n s t i t u c i ón a r l e p a r a e l efee
161
I D d e o b r a s curte r e l u . C o n e l l o h a n p r o v o c a d o u n d e s p l a
dia. e l signo p a r t i c u l a r n o r e m i t e e n p r i m e r lugar a l a to-
z a m i e n t o d e l p r o b l e m a . Se h a m o s t r a d o q u e e l e f e c t o so-
t a l i d a d d e la o b r a , s i n o a la r e a l i d a d . E l r e c e p t o r puede
c i a l d e u n a o b r a n o se p u e d e l e e r s e n c i l l a m e n t e e n e l l a r
c a p t a r e l s i g n o p a r t i c u l a r , y a sea c o m o e x p r e s i ó n i m p o r -
s i n o q u e está d e t e r m i n a d o d e m o d o d e c i s i v o p o r La i n s t i -
t a n t e p a r a la v i d a política, y a c o m o c o n s i g n a política. E s t o
tución e n l a q u e -funciona». L a s reflexiones de B r e c h t y
l i e n e c o n s e c u e n c i a s e s e n c i a l e s p a r a el p a p e l d e l c o m p r o -
B e n j a m i n d u r a n t e l o s a/Vos v e i n t e y t r e i n t a , e l c a m b i o d e
m i s o e n l a o b r a . D o n d e La o b r a n o se c o n c i b e c o m o t o t a -
función de! c o r r e s p o n d i e n t e a p a r a t o de producción." n o
l i d a d o r g á n i c a , t a m p o c o se s u b o r d i n a r a y a e l m o t i v o p o -
p u e d e n entenderse sin los m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a .
lítico p a r t i c u l a r a l a a u t o r i d a d d e l c o n j u n t o de l a o b r a ,
A q u i hemos de preservarnos, desde luego, de aceptar t a n
sino q u e puede a c t u a r aisladamente. E l f u n d a m e n t o d e l
t o l a ubicación del problema establecida p o r Brecht y
t i p o de la o b r a v a n g u a r d i s t a p e r m i t e u n nuevo t i p o d e
B e n j a m i n c o m o Las soluciones que propusieron, evitando
o b r a c o m p r o m e t i d a . I n c l u s o se p u e d e d a r u n p a s o m á s y
el t r a s l a d a r l a s ahistóricamente al o b j e t o , "
a f í r m a r q u e c o n l a o b r a de v a n g u a r d i a se s u p e r a l a v i e j a
T a n f u n d a m e n t a l c o m o el a t a q u e a l a institución a r l e , d i c o t o m í a e n t r e a r t e - p u r o - y a r t e « p o l í t i c o * . P e r o es
p a r a l a t r a n s f o r m a c i ó n d e l p r o b l e m a d e l c o m p r u m i s o . es preciso q u e n o s d e t e n g a m o s u n p o c o en el significado de
el d e s a r r o l l o de u n t i p o de o b r a de a r t e inorgánica. C u a n - e s t a c o n c l u s i ó n . E n e l l a so p o d r í a e n t e n d e r , s i g u i e n d o a
d o e n la o b r a de v a n g u a r d i a l a p a r t e ya n o csi.i s o m e t i d a A d o r n o , q u e e l p r i n c i p i o e s t r u c t u r a l d e l o i n o r g á n i c o es d e
necesariamente a u n p r i n c i p i o organizativo, la pregunta p o r si e m a n c i p a d o r p o r q u e p e r m i t e m o s t r a r c r u d a m e n t e
p o r e l s i g n i f i c a d o d e Los c o n t e n i d o s p o l i t i c o * q u e t i t a i n - u n a i d e o l o g í a q u e está c a d a vez m á s l i g a d a a l s i s t e m a . E n
c o r p o r a también h a d e modificarse, pues l o s c o n t e n i d o * u n a i n t e r p r e t a c i ó n d e e s t e t i p o c o i n c i d e n a l fin v a n g u a r -
políticos de las o b r a s de v a n g u a r d i a t i e n e n d e l m i s m o d i a y c o m p r o m i s o ; p e r o a l fijar e s t a i d e n t i d a d s o l a m e n t e
m o d o u n a i n d e p e n d e n c i a e s t é t i c a m e n t e l e g i t i m a ; s u efee * n e l p r i n c i p i o e s t r u c t u r a l . La c o n s e c u e n c i a es q u e e l a r t e
t o n o l o d a l a t o t a l i d a d d e La o b r a , s i n o q u e d e b e e n t e n - c o m p r o m e t i d o queda d e t e r m i n a d o en lo q u e respecta a su
derse enteramente c o m o p a r c i a l u
E n la o b r a de vanguar- f o r m a , p e r o n o en l o referente a i u c o n t e n i d o . E n t r e esto
y c o n v e n i r e n tabú las a f i r m a c i o n e s p o l í t i c a s e n La o b r a
de v a n g u a r d i a sólo m e d i a u n paso. Pero l a superación de
11. Cf. B . B M X H T , f . . . í i - • ' \Tcoria de la radio], en i u i
Schriften tur Uteratur und Kunst [Escritos sobre hit ral ara y l a d i c o t o m í a e n t r e a r t e - p u r o - y « p o l í t i c o - se p u e d e p e n -
a r r e ] , t o m a 1. Berlín. Weimar, \9t*y, pp. 121-147: W. B E H M U I H . Der s a r d e o t r o m o d o : e n l u g a r d e e x p l i c a r e l p r i n c i p i o es-
Autor ais Produzem {El autor como productor], en m i Versm Ji*
iiber Brechl I T f i W i t d i sonre Brethi], editada p o r R. Ttedemann
(Ed. S u h r i a m p . 172), Francfort. 19». pp. 35-116, y W. BEM*MI*.
Ji.-. K\.<-.-:.\- •' Í-Í ZettaSter temer •.:-••:•...••'••.> • •• Dret Stn- 1

dien :.' ^..•••1.. . i...: ,:, [La abra de arle en la época de MU m gon. La afirmación realizada al p r i n c i p i o del análisis de que la
productibdidad léeme*. ¡ <• • - • - utbre tocioíojiid del arte) descripción en el P t y i a n - n o cst« y * u r i e n i a d a tunciunalniente por
(Ed S u h r k a m p . 2Bi Francfort. 196J, pp. 7-eii (el a r t i c u l o que d> nadie más L J que el sujeto de la narración» t P . B l a t a * . Der
Titulo a La o b r a ) .
framustichc Surrealismos {ti Surrealismo francés], p. 104) o o t e
ha tenido suficientemente presentí en el j u n i o de la documenta-
14. Esto ocurre por ejemplo en K U . ! K S H -. . p Bauka- ciün t o o r e la miseria del comerciante del p a w K que ha sido ex-
sten TU einer TheorU der atedien [Ptetas sueltas para una teoría propiado • •_' p 109). Precisamente, La obra de vanguardia n a i e
de los m e d i o * ! , en - K u r t b u c h * . núm 20 t l W ) . pp. 1W186. Reim teñera ya en v a p r i n c i p i o , sino que p e r m i t e Incorporar varios
preso en I U Palax. < I'. • Frsjtcfort/átain, 1974, pp- 1J0 jmnejpK» simultanee*» y divergente*. Ifenuneia t o c i a l y a u r k u -
y tifüúentc*- lm decídeme H d a n a 1 * ve*, sin que s t a k a l i u m , eomu en la
14. V i n o a i t . *erii m u y n a t u r a l r r c o n i i d e r a r La i n l c r p r c u j o b r a de vanguardia, c u n i i d c r a r « uno solo <k? t i l o s mumeoTu*
ciún que he propuesto del c o m i e n » del Paysan de París de A r * comu el dominante.

162 163
t r u c t u r a l v a n g u a r d i s t a de l o inorgánico c o m o afirmación
política, se t r a t a r l a de a d m i t i r q u e t a n t o los m o t i v o s p o l i
t i c o s c o m o los n o políticos p u e d e n i r J u n t o s , i n c l u s o e n
u n a m i s m a o b r a . A s i pues, e l f u n d a m e n t o d e las obras
inorgánicas p e r m i t e u n n u e v o t i p o d e a r t e c o m p r o m e -
tido, *1
E n la medida en que los motivos particulares tienen
u n a m p l i o g r a d o d e i n d e p e n d e n c i a e n las o b r a s d e v a n -
g u a r d i a , también el m o t i v o político puede a c t u a r de m o d o
i n m e d i a t o , p u e d e ser c o n f r o n t a d o p o r el e s p e c t a d o r c o n
su p r o p i a r e a l i d a d v i t a l , B r e c h t ha p e r c i b i d o esta p o s i b i -
l i d a d y se h a s e r v i d o d e e l l a . E s c r i b e e n s u Diario de tra-
baja-: • e n l a composición, p o r p a r t e s , aristotélica y e n e l
m o d o d e i n t e r p r e t a c i ó n q u e Le c o r r e s p o n d e [ . . . 1 se h a c e
c r e e r a l e s p e c t a d o r q u e Los a c o n t e c i m i e n t o s s u c e d e n e n
el escenario c o m o e n la v i d a r e a l , e x i g i e n do d e este m o d o
q u e La i n t e r p r e t a c i ó n d e l a r g u m e n t o c o n s t i t u y a u n t o d o
a b s o l u t o . L o s d e t a l l e s n o p u e d e n ser c o m p a r a d o s aislada-
m e n t e c o n l a s p a r t e s d e l a v i d a r e a l q u e les c o r r e s p o n d e n .
N o se p u e d e n " d e s c o n t e x t u a l i / a r " p a r a p o n e r l o s e n r e l a -
c i ó n c u n l a r e a l i d a d . E s t o se d a a c o n o c e r p o r e l t i p o d e
i n t e r p r e t a c i ó n . P e r o a q u i l a s u c e s i ó n d e l a r g u m e n t o es
d i s c o n t i n u a , el t o d o consta de partes independientes que
pueden y deben c o m p a r a r s e de i n m e d i a t o con l o s hechos
c o r r e s p o n d i e n t e s a la r e a l i d a d - ' B r e c h l es v a n g u a r d i s t a
1
e n l a m e d i d a e n q u e . a l l i b e r a r a l a p a r t e de la a u t o r i d a d
d e l t o d u e n l a o b r a , p e r m i t e u n n u e v o t i p o d e a r t e polí-
tico. E n l a argumentación d e B r e c h t q u e d a p a t e n t e q u e .
a u n q u e la revolución de la p r a v i s v i l a l p r e t e n d i d a p o r
l o s m o v i m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a se h a v i s t o [ r u s -
I" La obra inorgánica permite reconsiderar la cuestión fc>
i'ir l a ••' del . • n-i • .• La c r i t i c a d i r i g i d a de«de di¬
versos p u n í » de vi«ta contra el arte c u m n r u m e t i d o todavía no
se ha dado c u m i a de ello: plantea la cucilíon como si se traíate
de determinar el puesto del contenido p n l l i k o eii la obra de arte
orgánica. Dicho de o t r a manera: l a c r i t i c a al c o m p r o m i s o no ha
oTMCrvadu el desplaza m i e n m del problema provocado por lo* mo-
vimiento» h i t t o r i t o s de v a n p urdía
IT. M B i r c i r T . Arbeitsionmal [Diarto de trabajo}, editado por
W Hceht. F r a n c f o r t . 1971. p 140 (entrada del 1-119*0).
I M
i r a d a , s i n e m b a r g o , s u i n i e n c i ó n se p u e d e conservar.
Y aunqu e la total «inserció n d e l arle en ta praxis vilal
t a m b i é n h a f r a c a s a d o , l a o b r a d e a r t e se p u e d e p o n e r e n
u n a n u e v a c o n e x i ó n c o n La r e a l i d a d . N o s ó l o e n c u e n t r a
ésta e n l a o b r a u n a e x i s t e n c i a d i s t i n t a , s i n o q u e l a o b r a
m i s m a y a n o se a g o t a c o n l a r e a l i d a d . H a y q u e t e n e r e n
c u e n t a , s i n e m b a r g o , q u e e l e f e c t o p o l í t i c o d e La o b r a
d e v a n g u a r d i a está l i m i t a d o p o r La I n s t i t u c i ón a r t e , q u e
t o d a v í a c o n s t i t u y e e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a u n á m b i t o se-
p a r a d o d e la p r a x i s v i t a l .
2. NOTA FINAL SOBRE HEGEL
H e m o s v i s i o q u e H e g el hace histórico e l a r t e , p e r o n o
e l concepto de a r t e . S z o n d i ha o b s e r v a d o c o n razón: - c u
l a m e d i d a e n q u e p a r a H e g e l t o d o está e n m o v i m i e n t o , y
todas sus v a l o r a c i o n e s especificas d e p e n d e n d e l d e s a r r o l l o
histórico [,,,J , apenas necesita d e s a r r o l l a r el concepto
m i s m o d e a r t e , q u e está d e f i n i d o ú n i c a m e n t e c o n f o r m e
al m o d e l o d e l a r t e g r i e g o - . 1 1
P e r o H e g e l es c o n s c i e n t e d e
l a i n a d e c u a c i ó n d e esc c o n c e p t o d e a r t e p a r a las o b r a s d e l
presente: «Cuando c o n t e m p l a m o s e l concept o de verda-
d e r a o b r a de arte, en el sentido de o b r a ideal, e n l a q u e
t e n e m o s u n c o n t e n i d o q u e p o r u n l a d o n o es c o n t i n g e n t e
n i t e m p o r a l , y p o r el o t r o establece u n d e t e r m i n a d o m o d o
d e c r e a c i ó n , l o s p r o d u c t o s d e n u e s t r o p r o p i o t i e m p o están
en clara desventaja,! B
R e c o r d e m o s que p a r a Hegel el arte romántico (que
c o m p r e n d e desde l a E d a d M e d i a hast a su p r o p i o t i e m p o )
es ya la disolución d e l a penetración d e f o r m a y c o n t e n i d o
q u e caracterizó a l a r t e clásico (el a r t e g r i e g o ) , disolución
p r o v o c a d a p o r el d e s c u b r i m i e n t o de l a s u b j e t i v i d a d inde-
l>. P. S / c v i ttegelr Lehre von der Dtchiung 'La doctrina
Mej-eJúma de ta potito], en su poetik vnd Gfíchichliphilompnte I
[Poética y fiteuerfUt da la historia. ÍJ { S u h r k a m p Tstchenbuch
W i i v r o c r i a i i . 4 0 l . F n n c f u r t . |97f p. 30*
19. G W F. HBGEL, Asthetik. l o m o I . p. 570
163
p e n d i e n t e * E l p r i n c i p i o d e l a r t e r o m á n t i c o es l a • e l e v a -
c i ó n d e l e s p í r i t u hacia si' q u e t r a j o e l c r i s t i a n i s m o a l
m u n d o (Asthetik, I . p , 4 9 9 ) . E l espíritu y a n o se s u m e r g e
e n l o s e n s u a l , c o m o sucedía e n e l a r t e c l á s i c o , s i n o q u e
se v u e l v e h a c i a s i m i s m o y d e t e r m i n a * l a r e a l i d a d e x l e r n a
c o m o u n a e x i s t e n c i a q u e n o le c o n v i e n e » , ( i d ) . Para H e g e l h
el d e s a r r o l l o d e l a s u b j e t i v i d a d i n d e p e n d i e n t e y l a c o n t i n -
g e n c i a d e l a e x i s t e n c i a e x t e r i o r están r e l a c i o n a d a s . P o r eso
el a r t e r o m á n t i c o c o n s i s t e a l m i s m o t i e m p o e n u n a i n t i -
m i d a d de l o s u b j e t i v o y e n u n a representación d e l m u n d o
d e Jos f e n ó m e n o s e n s u c o n t i n g e n c i a : -cía a p a r i e n c i a e x t e r -
n a y a n o p e r m i t e e x p r e s a r la i n t i m i d a d [ . • . ] , P o r esa mis¬
m a razón, s i n e m b a r g o , el a r t e romántico d e j a a l a exte-
rioridad l i b r e p a r a m a n i f e s t a r s e p o r s u cuenta» y , a l res-
pecto, cada m a t e r i a , i n c l u s o las llores, los árboles y los
u t e n s i l i o s c a s e r o s m á s c o r r i e n t e s se i n c o r p o r a n a l a r e p r e -
s e n t a c i ó n c o n l a c o n t i n g e n c i a n a t u r a l d e Ja e x i s t e n c i a
l i b r e . (Asthetik, I , p . 508),
E l a r t e r o m á n t i c o es según H e g e l , e l p r o d u c t o d e l a
H
disolución de la penetración d e l espíritu y l o s s e n t i d o s
( l a a p a r i e n c i a e x t e r n a ) característica d e l a r t e clásico. P e r o
i n c l u s o H e g e l d i s t i n g u e u n a disolución u l t e r i o r d e l a r t e
romántico p r o d u c i d a p o r u n a radicalización de la o p o s i -
ción e n t r e i n t i m i d a d y r e a l i d a d e x t e r n a q u e define a l a r t e
r o m á n t i c o . E l a r t e se d e s i n t e g r a p o r - l a í m í l a c i ó n s u b j e t i -
va d e l a r t e d e l p r e s e n t e » ( e l r e a l i s m o d e l o s d e t a l l e s ) y
p o r e l " h u m o r s u b j e t i v o » . De e s t a m a n e r a , l a teoría esté-
tica de Hegel conduce, en consecuencia, a pensar en u n
final del arte, e n la m e d i d a en que e l arte, c o n f o r m e al
c l a s i c i s m o h e g e l i a n o , se e n t i e n d e c o m o l a p e r f e c t a p e -
netración de f o r m a y c o n t e n i d o .
10. Si Grecia se caracterizó por * e l contacto directo del indi-
viduo con la generalidad de la vida del Estado*, con Sócrates na-
ciú por p r i m e r a vez «la necesidad de una mayor l i b e r t a d del su-
j e t o en s i mismo» (Asthetik, I . p- 491). que w hizo dominante con
la cristiandad. Cf- la sección dedicada a Socraies en la* hegeliánas
Vorlesungen über die Phüosophie der Geschichte [Lecciones sobre
¡a filosofía de la historia] (Theorie-WcrliLau-iBabc, t o m o X I I , Franc-
f o r t . 1970. pp. Í28 y ss). Hay edición castellana en Alianza, Ma-
d r i d . 1980.
loó
A h o r a b i e n , H e g e l h a e s b o z a d o , a l m a r g e n d e s u sis-
l e m a , el c o n c e p t o de u n arte posromántico. C o n el ejem- 11
p l o d e l a p i n t u r a h o l a n d e s a , a f i r m a q u e e l interés p o r e l
o b j e t o se h a c a m b i a d o r e p e n t i n a m e n t e e n e l i n t e r é s p o r
el a r t e d e l a representación. - L o q u e d e b e m o s o b s e r v a r
n o es e l c o n t e n i d o n i s u r e a l i d a d , s i n o l a a p a r i e n c i a t o t a l -
m e n t e d e s i n t e r e s a d a r e l a t i v a a l o b j e t o . E n l o b e l l o , se f i j a
p a r a sí. e n c i e r t o m o d o , l a a p a r i e n c i a c o m o t a l . y el a r t e
es l a m a e s t r í a e n l a r e p r e s e n t a c i ó n d e t o d o s l o s s e c r e t o s
de las a p a r i e n c i a s de los fenómenos e x t e r n o s e n si abs-
t r a í d a s - (Asthetik, 1 , p . 5 7 3 ) . L o q u e señala H e g e l n o es
o t r a cosa q u e l o que n o s o t r o s h e m o s l l a m a d o la diferen-
ciación de l o estético. Dice, e x p r e s i v a m e n t e , q u e <la h a b i -
l i d a d s u b j e t i v a y e l e m p l e o d e los m e d i o s artísticos c o n -
d u c e a l a superación d e l o s c o n t e n i d o s o b j e t i v o s d e las
o b r a s d e a r t e » ( i d . ) . D e e s t e m o d o , se a n u n c i a e l d e s p l a -
z a m i e n t o de l a dialéctica de la f o r m a y c o n t e n i d o , e n fa-
v o r d e la f o r m a q u e caracterizará a l d e s a r r o l l o p o s t e r i o r
del a r t e .
L a legítima c o n v i v e n c i a d e f o r m a s y estilos, l a i m p o -
s i b i l i d a d de que n i n g u n o de ellos p u e d a a b a r s e c o n la
p r e t c n s i ó n d e s e r m á s a v a n z a d o q u e l o s d e m á s , es l a c o n -
s e c u e n c i a p a r a e l a r t e p o s v a n g u a r d i s t a d e l f r a c a s o d e las
intenciones de l a v a n g u a r d i a , c o m o hemos m o s t r a d o ya.
Pues b í c n , e l m i s m o H e g e l d e s c u b r i ó y a e s l a t e n d e n c i a
e n e l a r l e d e s u t i e m p o , ( :• e l l o n o s e n c o n t r a m o s a n t e
la disolución d e l r o m a n t i c i s m o e n e l p u n t o de v i s t a de
la época m o d e r n a , c u y a s i n g u l a r i d a d consiste en q ue la
s u b j e t i v i d a d d e l o s a r t i s t a s se e n c u e n t r a e n s u m a t e r i a y
s u p r o d u c c i ó n , y a n o está s u j e l a a l a s c o n d i c i o n e s p u e s t a s
p o r u n círculo y a en si d e t e r m i n a d o de c o n t e n i d o , c o m o
la f o r m a , s i n o q u e t a n t o e l c o n t e n i d o c o m o l a técnica d e
sus creaciones q u e d a n d e l todo a su c r i t e r i o y autoridad»
(Asthetik, 1, p. 526). H e g e l c a p t a el d e s a r r o l l o d e l a r t e c o n
21. Cf. a este respecto W . OELMI'LL.LK. Die unbcfriedigte Aufk-
lúrung. Beitrdge zu einer Theorie der Modcrnc von Lessing, Kant
und tle^el [La ilustración insatisfecha. Contribución a una teo-
ría de la modernidad de Lessing, Kant v Hegel], Francfort. 19*9.
pp 24CL2Ó4
167
l o s c o n c e p t o s d e s u b j e t i v i d a d y m u n d o e x t e r i o r ( o sea.
e s p í r i t u y s e n s u a l i d a d ) : n u e s t r o análisis p a r t e , e n c a m b i o , Epílogo a Id segunda edición
de l a distinción de u n s u b s i s t e m a s o c i a l q u e n o s llevó a l
contraste entre arte y praxis vital. Lo que ya Hegel pudo
p r o n o s t i c a r e n l a s e g u n d a d é c a d a d e l s i g l o XIX s ó l o h a
s u c e d i d o d e f i n i t i v a m e n t e t r a s e] f r a c a s o d e l o s m o v i m i e n -
tos históricos de v a n g u a r d i a , m o s t r a n d o q u e la especula-
c i ó n es u n m o d o d e c o n o c i m i e n t o .
C u a n d o a p e s a r d e las i n t e n s a s d i s c u s i o n e s y d e las
L a teoría estética d e n u e s t r o s d i a s e n c u e n t r a s u m e -
p o l é m i c a s , a veces á s p e r a s, q u e e l l i b r o h a p r o v o c a d o . 1

d i d a a l d e s c u b r i r e l c a r á c t e r h i s t ó r i c o d e l a s t e s is d e A d o r -
a p a r e c e é s t e d e n u e v o s i n m o d i f i c a c i o n e s , e l l o es d e b i d o
2

no. C u a n d o el d e s a r r o l l o d e l a r t e h a s u p e r a d o los m o v i -
a q u e l a o b r a c o r r e s p o n d e a u n a p e r s p e c t i v a históric a d e l
m i e n t o s h i s t ó r i c o s d e v a n g u a r d i a , teorías c o m o l a d e A d o r -
p r o b l e m a : e l p u n t o de v i s t a p o s t e r i o r a l o s acontecimien-
no, ligadas a ellos, h a n pasado a la h i s t o r i a t a n t o c o m o l a
t o s d e m a y o d e \9b8 y a l f r a c a s o d e l o s m o v i m i e n t o s e s t u -
d e L u k á c s , q u e s ó l o r e c o n o c i ó las o b r a s d e a r t e o r g á n i c a s .
d i a n t i l e s de los p r i m e r o s años setenta. N o q u i e r o ceder
3

L a d i s p o n i b i l i d a d t o t a l de los materiales y las f o r m a s ,

a h o r a a l a tentación d e c r i t i c a r las esperanzas q u e , e n
c a r a c t e r í s t i c a d e l a r t e p o s v a n e u a r d i s i a de Ja s o c i e d a d b u r -
aquel entonces ( s i n n i n g u n a base social), creyeron poder
g u e s a , d e b e ser i n v e s t i g a d a , t a n t o e n las p o s i b i l i d a d e s
i n s p i r a r s e s i n más e n e x p e r i e n c i a s revolucionarías c o m o la
c o m o e n las d i f i c u l t a d e s q u e i m p l i c a , p o r m e d i o d e l aná-
del f u t u r i s m o r u s o . C o n t a n t o m e n o s m o t i v o habría de ha-
lisis de o b r a s concretas.
c e r l o , a d e m á s , c u a n t o q u e t a m p o c o se h a n c u m p l i d o las
E s d i f i c i l s a b e r s i e s t a d i s p o n i b i l i d a d d e t o d a s las t r a - e s p e r a n z a s q u e v o m i s m o p u s e e n l a p o s i b i l i d a d de u n
d i c i o n e s p e r m i t e t o d a v í a u n a teoría e s t é t i c a, e n e l s e n t i -
d o e n q u e se h a e n t e n d i d o d e s d e K a n t h a s t a A d o r n o , p o r -
1. Cf. • J hcarit der • Anluurten auf Peter Búrgers
q u e l a c o m p r e n s i ó n científic a r e q u i e r e u n a d i s p o s i c i ó n Btstimmtaii . • .: Kunst und bürgerlichcr Gcscitschajt {•Teoría de
e s t r u c t u r a l d e l u s o b j e t o s . C u a n d o las p o s i b i l i d a d e s d e ¡a •• - • > ! . . ' i ' Respuestas a ¡as tesis de Peter Bürger sobre ane
c r e a c i ó n se h a n h e c h o i n f i n i t a s , n o s ó l o se o b s t a c u l i z a g r a - v sociedad burguesa], editado por W. M. Lüdke Ed Sunrltamp.
v e m e n t e l a a u t e n t i c a c r e a c i ó n , s i n o t a m b i é n s u análisi s tíí). Francfort. 1976; m adelante citaremos como Anmvrien.
c i e n t í f i c o. L a a f i r m a c i ó n d e A d o r n o d e q u e l a s o c i e d a d d e l 2. Para algunas precisiones sobre el concepto y el objeto de
la Introducción, que pretenden r e f u n d i r l a, léase m i Vcrmittlttng-
c a p i t a l i s m o t a r d í o se h a v u e l t o i r r a c i o n a l e n c i e r t a m e - Rezeption-Fnnkiion. Asihetlsche Theorie und Meivddogie der l¿-
d i c l a , ^ y q u e t a l vez y a n o p o d a m o s c o m p r e n d e r l a teóri- leraturwissentchatt {MedidciOn-Recepción-F unción. Teoría enética
camente, puede aplicarse sobre todo al a r l e posvanguar- .• metodología de la ciencia de la literatura] ( S u h r k a m p Taschcn-
dista. buch Wrsscnschaft. 2Í8|. Fram:Iort. 1979. pp. 147-159. [Este texto
sustituye ya. en la presente edición castellana, a la introducción
original a la que se reliere Bürger.]
3. Esta perspectiva no corresponde sólo a la R F A . sino que
la compartió al menos toda Europa occidental, como puede com¬
probarse en la publicación de una serte de obras en Francia que
muestran u n simila r t r a t a m i e n t o del problema y algunas solucio-
nes que también son comparables. Cf. M- L E B O T . Peiniure et
machinisme [Pintura y maqumismo]. París, 1971; M. I 11- •• •• -

22. Cf. T h . W. ADOV-IQ. Einteiimgsvartrag zum M . deulschen

Art et Politiaue {Arle y política] íBibl, 10/18, 8 S 9 ) . Paris, 1974;
i. . i en Verltandlunaen des Ifi deutsehen So. iolugenla-
1. D I . ' I O I H . Linstitution de 'a Utté'ature [ f e ¡nuUnción de la li-
gts p 17.
teratura), Bruselas. I -

1(S8
169
«aumento de la d e m o c r a c i a * en todos los ámbitos de la
vida social. Esto vale i g u a l m e n t e p a r a l a p r e g u n t a acerca
de u n a ilimitada discusión científica. E n l o s u c e s i v o q u i e -
r o l i m i t a r m e a a d m i t i r y d i s c u t i r a l g u n a s d e las c r í t i c a s a
l o s p r o b l e m a s q u e t r a t a el l i b r o , s i n r e p e t i r l o q u e y a h e
d i c h o e n algún o t r o s i t i o *
L a t e s is de l a ••carencia d e f u n c i ó n » d e l a r t e e n l a so-
c i e d a d b u r g u e s a (cf. l a c o n c l u s i ó n d e l c a p i t u l o 1. 2 ) es
r e c h a z a d a p o r l a c r í t i ca a u t o r i z a d a . A s i . p o r e j e m p l o , H a n s
L a n d e n h a i n d i c a d o a este p r o p ó s i t o q u e ° n o p u e d e n i m a
g i n a r s e i n s t i t u c i o n e s s o c i o l ó g i c a s más q u e c o m o p o r t a d o -
ras d e funcione s p a r a la t o t a l i d a d d e l s i s t e m a s o c i a l * . M i 1
f o r m u l a c i ó n es, e n e f e c t o , d i f í c i l d e e n t e n d e r . L a i n s t i t u -
ción a r t e i m p i d e q u e l o s c o n t e n i d o s de la o b r a , q u e p r o -
c u r a n u n a modificación r a d i c a l de la s o c i e d a d p o r la su-
p r e s i ó n d e la a l i e n a c i ó n , s e a n e f i c a c e s e n l a práctica . E l l o
no excluye desde luego q u e el arte, i n s t i t u c i o n a l i z a d o
c o m o está e n l a s o c i e d a d b u r g u e s a , a c e p t e l a m i s i ó n d e
f o r m a r y hacer estable al sujeto, y, p o r lo t a n t o , tenga
I unciones.
U n s e g u n d o p r o b l e m a , a l u d i d o r e p e t i d a s veces e n la
d i s c u s i ó n , se r e f i e r e a l p u e s t o c e n t r a l q u e l e c o r r e s p o n d e
al e s t e t i c i s m o e n l a c o n s t r u c c i ó n h i s t ó r i c a . E l e s t e t i c i s m o
es c o n c e b i d o c o m o c o n d i c i ó n e n l a lógica d e l d e s a r r o l l o
de los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a , v especial-
m e n t e c o m o el m o m e n t o histórico en el q u e la autonomía
i n s t i t u c i o n a l en el p l a n o del c o n t e n i d o consigue t r i u n f a r .
4. Cf. m i Vermittluug-Rezepiion-Funktion. Ástheiische Titeo-
>ic und Metodologie der Littcraiurwissenschaft i S u h r k a m p Tas
chenbuch W i H c n s c h i J t , 2Mi Francfort. 1979: espceialmcnie l a i
notas a la Introducción. EL l i b r o interna d i s c u t i r problemas mC
loüulUgkos de ta cienLÍa de I * l i t e r a t u r a a p a r t i r de l u peticione*
ante la situación présenle expuestas en trabajos previos.
i- H , S t S J K u . ¡n•:uuiion Lileratur und Theorie des Román-,
{...] [Institución literalura y teoría de la novela], tesis d o c t o r a l .
B r e m c n . 1977. p. 16 (publicada a comienzos de U U en S u h r k a m p j .
Cf. también La sugerencia de H . U . G U M B K E C H I de que el a u t o r
• habido para algunos demasiado lejos en su desvinculación de la
historia del a r l e respecto a utra» sistemas sociales- ¡en Poética 7
[1975]. p H9).
170
S e p u e d e p r e g u n t a r s i c o n e l l o n o se está p r i v i l e g i a n d o
a b u s i v a m e n t e e n l a construcción teórica a l e s t e t i c i s m o , "
a l t i e m p o q u e se d e s c u i d a n m o v i m i e n t o s c o n t r a p u e s t o s
( n a t u r a l i s m o , liltératurt engagée)? S o b r e esto h e m o s de
d e c i r d o s c o s a s : e n p r i m e r l u g a r , se d e b e d i s t i n g u i r e n t r e
el l u g a r s i s t e m á t i c o q u e e l e s t e t i c i s m o o c u p a e n e l d e s a r r o -
llo d e l arte en la sociedad b u r g u e s a y la valoración estí-
t i c a , y e n s u caso política, de l a o b r a de este m o v i m i e n t o .
Desde luego y o estoy p o r l a interpretación q u e c o n c e d e
al e s t e t i c i s m o u n a p o s i c i ó n c l a v e , e n 3a q u e p u e d e d e s c u -
b r i r s e l o q u e e n n u e s t r a s o c i e d a d se l l a m a < a r t e » ; p e r o
d e e l l o n o se d e r i v a , e n a b s o l u t o , u n m a y o r v a l o r e s t é t i c o
de s u o b r a . E l h e c h o de q u e a m b o s m o m e n t o s c o i n c i d a n
e n l a teoría d e A d o r n o , n o q u i e r e d e c i r q u e n e c e s a r i a m e n -
t e f o r m e n u n a u n i d a d . C o m o es s a b i d o , l o q u e A d o r n o h a
d e s t a c a d o d e l o s m o v i m i e n t o s d e v a n g u a r d i a n o es p r e c i -
s a m e n t e l a r u p t u r a c o n la institución a r t e . A s i las cosas,
la institución a r t e aparece n o sólo c o m o institución reco-
n o c i b l e , sino también criticable.
H a y q u e s u b r a y a r u n s e g u n d o a s p e c t o : c a d a teoría h i s -
t ó r i c a m e n t e f e c u n d a d e b e d e t e n e r e n u n p u n t o el d e s a r r o -
llo de los objetos p a r a poder c o n s t r u i r a p a r t i r de a h i .
P o r e j e m p l o . L u k á c s , c o m o es s a b i d o , c o n s t r u y e a p a r t i r
del m o m e n t o histórico del c l a s i c i s m o de W e i m a r y d e l
r e a l i s m o de B a l z a c y S t e n d h a l . V a c o n o c e m o s l a s conse-
cuencias p a r a la p o s i b i l i d a d de u n a comprensión de la lite-
r a t u r a m o d e r n a . T a m b i é n Jürgcn K r e F t sitúa ( a u n q u e so-
b r e o t r a s bases) el n i v e l de d e s a r r o l l o a l c a n z a d o p o r la l i -
t e r a t u r a e n e l c l a s i c i s m o de W e i m a r c o m o p u n t o a n g u l a r
de s u c o n s t r u c c i ó n ; l a c o n s e c u e n c i a es q u e K r e f t s ó l o c o n -
t e m p l a el esteticismo v la v a n g u a r d i a c o m o u n a m i r a d a
A. • ' IH KIIEFT. Grttndprobleme der Literaturdtdekuk ' ''roble-
mos de base en ta didáctica de la literatura) ( U T B , 714), Heidel-
b m 1977. pp. 173 y ss.
7. H. K K A C . i D i e Z u r i i c k n a h m e des A u i o n o m i c s i a t u s d e r Li-
l e r a t u r i m F r a n h r e i c h der vierziger Jahre» [ - L a renuncia al sta-
tus de autonomia de La l i t e r a t u r a en FrancLa en los años cuaren-
ta»!, en R, Kloepfer t e d A Bildimg und Ansbildunn in der Romanía
[Formación v desarrollo en la Ro"tonta}, t o m o 1. Munich. 1979.
171
• q u e c a r e c e d e f o r m a » p r o d u c i d a p o r Las p r e s i o n e s s o c i a -
les. P e r o i g u a l m e n t e p o c o p r o m e t e d o r m e p a r e c e el i n t e n -
t o d e r e c o n s t r u i r el d e s a r r o l l o de l a l i t e r a t u r a y del a r t e
en la sociedad b u r g u e s a desde el n a t u r a l i s m o o desde el
c o n c e p t o s a r t r i a n o d e Uttérature engagée, p o r q u e así l e
estarla v e d a d o desde u n p r i n c i p i o a q u e l p r o b l e m a q u e la
estética i d e a l i s t a l l a m a b a l a p e c u l i a r i d a d d e l o e s t é t i c o .
Y p r e c i s a m e n t e u n a c i e n c i a crítica de l a l i t e r a t u r a n o
p u e d e p r e s c i n d i r d e ese p r o b l e m a . A d e m á s , las e s t r a t e g i a s
d e d e f e n s a y e x c l u s i ó n n o p u e d e n p r e s t a r a y u d a , p u e s es
sabido que lo e x c l u i d o regresa siempre c o n renovadas
energías.
E n e s t a situación, l a p r o p u e s t a de H a n 5 S a n d e r s pa-
rece a p r i m e r a v i s t a p l a u s i b l e : e n l u g a r d e agotarse e n
u n a c o n s t r u c c i ó n histórica, c o n c e b i r el esteticismo y e l
c o m p r o m i s o c o m o « p o s i b l e s m á r g e n e s estructurales del
a r t e en l a sociedad burguesa»- Pero p a r a la manipulación
p r á c t i c a d e l o s c o n c e p t o s e n l a i n v e s t i g a c i ó n , e s t o sería
p a g a r u n p r e c í u m u y a l t o . P u es e n t o n c e s v a n o habría
n i n g u n a h i s t o r i a d e l a r t e en la sociedad burguesa, sino
sólo «condiciones marginale s contingentes» ( e s t r u c t u r a
d e l p ú b l i c o , situació n g l o b a l d e l a s o c i e d a d , i n t e r e s e s d e
clase y de g r u p o ) , q u e decidirían -quó v a r i a b l e s , qué for-
m a s y e n cuáles s i t u a c i o n e s h i s t ó r i c as s o n d o m i n a n t e i » .
L a hermenéutica nace, n o o b s t a n t e , c u m o u n i n t e n t o de
a f r o n t a r o b j e t i v a m e n t e el p r o b l e m a de la aclaración d e l
presente.
E n u n a dirección s i m i l a r a p u n t a n la crítica y l a pro-
p u e s t a f i n a l de G e r h a r d G o e b e l . P a r a e l l o , separará p o r
c o m p l e t o e l status de autonomia del arte ( l i b e r t a d r e s p e o
to a o t r a s i n s t i t u c i o n e s c o m o el E s l a d o y lá Iglesia ) de la
doctrina de la autonomía: « La literatura debe poseer ya
u n status i n s t i t u c i o n a l r e l a t i v a m e n t e a u t ó n o m o , y así e l
c o m p r o m i s o social y político y la " a u t o n o m i a " (quizá p a r a
m a y o r c l a r i d a d d e b e r í a m o s d e c i r aulonomitmo) quedan
c o m o o p c i o n e s alternativas.» * N a t u r a l m e n t e , tiene m u
! C- C o n t L Hi-r.nf *L*ltrtlHf und AufUJrutg {'Liie-
'atura* e HUÍ:-.. • ] presentación en ta sección de -Ciencias de
172
c h o s e n t i d o d i s t i n g u i r e n t r e e l status de a u t o n o m i a y l a
d o c t r i n a d e l a a u l u n u m í a . S i n e m b a r g o , es p r o b l e m á t i c o
d e s l i g a r a l u n o d e l o t r o . E l c o n c e p t o d e institución a r t e
se r e d u c i r l a , e n t o n c e s , a l a p o b r e d e t e r m i n a c i ó n d e La r e -
lativa independencia respecto a o t r a * instituciones c o m o
E s l a d o e I g l e s i a . En este sentido, n o obstante, la relativa
autonomía se refiere a t o d a institución y n o o f r e c e n i n -
gún r a s g o d i s t i n t i v o p a r a la institución a r t e . D i c h o de
o t r o m o d o ; l a i n s t i t u c i ó n a r l e sería e n l a s o c i e d a d b u r g u e -
sa u n a i n s t i t u c i ó n s i n d o c t r i n a , c o m p a r a b l e a u n a i g l e s i a
s i n d o g m a ; o sea: u n a iglesia q u e a d m i t e c u a l q u i e r con-
c e p t o d e fe ( t a n t o - a u t o n ó m i c o * c o r n o • c o m p r o m e t i d o » ) .
C o n e l l o . La c a t e g o r í a i n s t i t u c i ó n s e r t a v a n a ; p u e s p r e c i -
s a m e n t e l a ideolugía de l a L i t e r a t u r a , q u e r e g u l a la i n t e r -
acción c o n > e n t r e l u o b r a s d e a r l e , y c u y a comprensión
p r e t e n d e La e a l e g u r i a . se v e r i a r e d u c i d a a u n m e r o m o m e n -
to secundario. 1
R e s p e c t o a l p a p e l d e l a i n s t i t u c i ó n a r t e e n La s o c i e d a d
b u r g u e s a a v a n z a d a , c u y o a s p e c t o n o r m a t i v o o c u p a e l cen-
t r o d e l p r o b l e m a , hay que decir q u e desde los escritos de
K a n t y S c h i l l e r l a t e o r í a estétic a es u n a t e o r í a d e l a a u t o -
nomía del arte. E s l o vale i n c l u s o p a r a A d o r n o . N o conoz-
c o n i n g u n a t e o r ía estétic a d e l a r t e c o m p r o m e t i d o q u e sea
completa. Loa grandes manifiestos de Zula y S a r i re D O
s o n m a s q u e l u s m o d o s característicos de u n g e n e r o lite-
r a r i o que la d o c t r i n a de l a a u t o n o m i a c o n s i d e r a , desde
hace t i e m p o , c o m o e l pulo o p u e s t o a l a novela. Para a m -
b o s c a s o s , se p u e d e a l i r m a r q u e e l e s f u e r z o p o r u n a i n s t i -
tucionaliza*; i o n a l t e r n a t i v a de l a l i t e r a t u r a (pues t e trata
de e s o ) r e c u r r e , a l f i n , a c o n c e p t o s esenciale s d e la teoría
d e l a a u t o n o m í a . E n e s t e s e n t i d o , es s i n t o m á t i c o q u e Z o l a
la Literalura y c i e n t i a i de la suciedad», en el RumftnLilciUSf de
octubre de 1*79 en Saarhrut»;. p, 4.
9. t. H--. n ' . 1 -.i l a m i n e n la relación entre i r a r i u de
autonomía y d t x i r i » de a u u m o n i i a r u a n d u i U | • \- que el m e r
cado es la LtmdhiOn previa para que la d o e l n n a de la autonomía
del arte pueda h u i j i r ( « L e m a r c h t des toen* tvmbultques» ( « E l
mercado de los bienes simbólicos»], en L'année lodotogiqu'
[ A m a n o MKwJoftco) . 12 11971 1972], pp. i-:lr »qui. p p tí y » L
173
 oscile entre u n c o n c e p l o r a d i c a l , n o aurálico, d e e s c r i t o r
[*un auteur est un ouvrier comme u n ature. t¡ut gagne
i d v í e p o r son trovas!')" q u e responde a l e s f u e r z o p o r e l
establecimiento de u n concepto de l i t e r a t u r a n o autóno
m o , y u n a concepción aurática d e l e s c r i t o r , a l a q u e acu-
d e d e m o d o característico c u a n d o tiene q u e h a b l a r de
v a l o r e s t é t i c o . P o r l o q u e a S a r t r e s e r e f i e r e , éste a c e p -
11
tará e n Qu'ttsl-ce que ta litlérature l a d i s t i n c i ó n e n t r e poe-
sía y p r o s a , a p o y á n d o s e e n l a t r a d i c i ó n f r a n c e s a , y l i m i -
tará e l v a l o r d e s u teoría d e l c o m p r o m i s o a l á m b i t o d e l a
p r o s a . S ó l o e n B r e c h t se e n c u e n t r a n e l c m e n i o s d e u n a
t e o r í a estética d e l a l i t e r a t u r a c o m p r o m e t i d a . H a y q u e te-
n e r e n c u e n t a , s i n e m b a r g o , q u e B r e c h t f o r m u l a s u teoría
c o n p o s t e r i o r i d a d a l a t a q u e d e l o s m o v i m i e n t o s históricos
d e v a n g u a r d i a c o n t r a e l status de autonomía d e l a r t e . P o r
l o t a n t o , d e l a teoría d e B r e c h t n o se p u e d e e x t r a e r n i n -
g u n a c o n c l u s i ó n s o b r e l a i n s t i t u c i o n a l i/ación d e l a r t e e n
U s o c i e d a d b u r g u e s a a v a n z a d a , a u n q u e a c a s o sea u n i n d i -
c a d o r sobre la p o s i b i l i d a d d e u n a r t e c o m p r o m e t i d o pos-
t e r i o r a los m o v i m i e n t o s históricos de v a n g u a r d i a .
C o n l r a l a s o b s e r v a c i o n e s p r e c e d e n t e s se h a o b j e t a d o
r e p e t i d a m e n t e , e n e l c u r s o d e l a d i s c u s i ó n, q u e a l e q u i p a -
r a r a q u í e l m a r c o i n s t i t u c i o n a l c o n l a teoría estética se
menosprecia el significado d e instituciones materiales
c o m o escuela, u n i v e r s i d a d , academias, museos, e t c . para
e l f u n c i o n a m i e n t o d e l a s o b r a s d e a r t e . T a l a r g u m e n t o se-
ría a p r o p i a d o s i l a s teorías estéticas f u e r a n s ó l o cuestión
de filósofos. P e r o este n o es p r e c i s a m e n t e e l caso, pues l o s
c o n c e p t o s q u e e l l o s f o r m u l a n se i m p o n e n a través d e l a s
diversas instancias mediadoras —escuela, sobre t o d o el
i n s t i t u t o , universidad, critica literaria, escritos sobre his-
t o r i a de la l i t e r a t u r a ( p o r n o m b r a r sólo a l g u n a s ) — sobre
Jos p r o d u c t o r e s y r e c e p t o r e s d e a r t e , d e t e r m i n a n d o a s i
10. E. Z o u , Le román eipérimentat [La novela experimental]
•<..<:• I - I J :.. ir,.ri..[i 2*1 i París. |97|. p. 2*1.
l
11. Cf. n i tMitrtbueiún y la de H . S a w u e n Malurahsmui
und Astheturtimus [Naturalismo j esteticismo] t H c f l e für k r t -
tiieh* U i e r a i u r w i s s e n s c h a r i [Cuaderno* pata una e i e i t t U cítrica
de la l i t e r a t u r a ] . I . Ed. S u h r k a m p , 922) Francfort. 1979.
r
17-*
las relaciones concretas c o n las obras particulares." P o r
e s o . es n a t u r a l e l recurso a l a s teorías e s t é t i c a s p o r q u e
ellas o b t i e n e n l o s p r i n c i p a l e s conceptos s o b r e el a r t e e n
t u f o r m a d e s a r r o l l a d a . C u a n d o se p a r t e p r e c i s a m e n t e d e l
hecho de q u e e l arte en l a sociedad burguesa avanzada
está i n i t i i u c i o n a l i í a d o c o m o i d e o l o g í a , e n t o n c e * t a m b i é n
se d e b e a c e p t a r va c r i t i c a • l a f o r m a d e s a r r o l l a d a . C o n
e l l o n o t i e n e n p o r qué e x c l u i r s e las investigacione s sobre
l o s c o n c e p t o s d e a r t e y l i t e r a l u r a . p o r e j e m p l o e n l o s es¬
critos sobre h i s t o r i a de la l i t e r a t u r a y en la critica litera-
r i a ; a l c o n t r a r i o , las c o n v i e r t e e n c o m p l e m e n t o necesario.
L a a d v e r t e n c i a p a r a l a p r á c t i c a d e l a i n v e s t i g a c i ó n q u e se
deriva del p r i n c i p i o que hemos propuesto tiende a mante-
ner presente l a u n i d a d de los marcos n o r m a t i v o s de pro-
ducción y recepción s u p u e s t a e n e l c o n c e p t o d e i n s t i t u -
c i ó n a r l e , y a e v i t a r así La c o e x i s t e n c i a d e i n t e r p r e t a c i o n e s
I n c o m p a t i b l e s de instancias p a r t i c u l a r e s ( c o m o escuela,
crítica l i t e r a r i a . e t c . ) , ü
A o t r o n i v e l h a y críticas q u e . o b i e n n o a c e p t a n la tesis
del fracaso de l o s m o v i m i e n t o s de vanguardia (el fracaso
d e s u p r e t e n d i d a r e i n t e g r a c i ó n d e l a r l e e n La p r a x i s v i t a l ) .
o b i e n , c o m o B u r k h a r d l U n d n e r v e n l a m i s m a pretcnsión
de superación d e l a v a n g u a r d i a todavía e n u n a relación d e
c o n t i n u i d a d c o n la ideología de autonomía, y extraen de
e l l o La c o n c l u s i ón d e q u e l a t r a n s f e r e n c i a d e esa p r e t e n -
sión d e s u p e r a c i ó n « e l p l a n o c a t e g o r í a ! d e La i n s l i t u c i ó n
12. Vara eL Ambito de la escuela se puede indicar que ya en
1H40 el concenio de arte aulónomu coniigura el concepto de l i -
teratura de los estudiantes alemanes de bachillerato (cf. C h . BÜR-
•AK «Die Oichotomie v on " h o h e r e r " u n d " v o l k i t i l m l l c h c r " Büd-
ung» l ] [•!-• dicotomía de p i n t u r a ' p r i m i t i v a " y p i n t u r a " p o -
pular"»], e n Germanista und Deutschurtterheht. Zur Elnhett von
F * e u n d Fackdidaktik [Germanitiict y enitHanza
alemana. Sobre ta unidad de especialidad c u n r i f i e * y • . • • , . . , : . . • . ] . i
diddcru-aj. editado p o r R . SchsJtT (Krttische I n f o r m a t i o n . I T ) .
M u n k h , 1979, p 74-102.
P
U . Cf- % este respecto Aufklarung und literarische Otftntlich-
ktit [Ilustración y público literaria], editado por J Schultc-Sasse
( H e f t e t u r K r i i i s c h e U l e r a i u r w i M c u M t u J i . 2. Ed. S u h r k a m p . * * u e
I . . i , - . - 10401. Francfort I W
175
a r t e [ d e b e ] c o n d u c i r a u n a confirmación d e la t r a d i c i o n a l
a u t o n o m í a d e l a r t o {Aniworten, p . 92). D e s d e l u e g o , es i n -
t e r e s a n t e esta tesis d e L i n d n e r d e q u e ta p r e t e n s i ó n d e s u -
p e r a c i ó n d e l a r t e se e n c u e n t r a v a e n l a d o c t r i n a d e l a a u t o -
n o m í a . E n o t r o s i t i o c i t a u n p a s a j e d e S c h i l l e r q u e es i n s -
tructivo V oportuno:
q u e las r e l a c i o n e s d e i n t e r c a m b i o q u e r e g u l a n ta p r o d u c -
ción y e! t r a t o c o n l a s o b r a s d e a r t e e n l a s o c i e d a d b u r -
guesa son ideológicas, l a crítica dialéctica m e t i c u l o s a de
e s t a s f o r m a s de i n t e r c a m b i o es u n a i m p o r t a n t e t a r e a c i e n -
tífica.

- S í se d i e r a e n r e a l i d a d el c a s o e x t r a o r d i n a r i o d e q u e
l a legislació n p o l í t i c a se c o n c e d i e s e a l a r a z ó n , e l h o m b r e
f u e r a r e s p e t a d o y t r a t a d o c o m o fin a b s o l u t o , l a l e y a l z a d a
a l t r o n o y l a v e r d a d e r a l i b e r t a d se c o n v i r t i e r a e n f u n d a -
m e n t o def e d i f i c i o d e l E s t a d o , q u i s i e r a y o r e t i r a r m e p a r a
s i e m p r e c o n las Musas v consagrar toda m i a c t i v i d a d a l a
o b r a d e a r l e s u p r e m a , la monarquía de l a razón.*

L i n d n e r d e d u c e d e l t e x t o - q u e la constitución de u n a
a u t o n o m í a d e l o e s t é t i c o está u n i d a d e s d e s i e m p r e a l p r o -
b l e m a d e l a superació n d e l a a u t o n o m i a » . P o d e m o s p r e -
11

g u n t a m o s , e n c u a l q u i e r c a s o , s i así n o se p o n e a S c h i l l e r
d e m a s i a d o c e r c a d e l a v a n g u a r d i a , y a q u e e n éste n o se
t r a t a d e l a superación d e l a p r a x i s artística e n l o p o l í t i c o -
s o c i a l , s i n o d e l a justificación d e l a r e n u n c i a a l a p r a x i s
p o l í t i c a , y c o n e l l o l a j u s t i f i c a c i ón d e l a a u t o n o m í a d e l
a r t e . E n s u a r g u m e n t a c i ó n se m a n t i e n e l a d i v i s i ó n e n t r e
a m b a s esferas, c u y a penetración inlentó l a v a n g u a r d i a .
P o r l u q u e respecta a l a aceptación d u l a pretensión
vanguardista en la ciencia, que L i n d n er me atribuye n o s i n
derecho, n o podemos pensar en ella s i n u n a transforma-
ción. L a ciencia de l a l i t e r a t u r a n o puede p r o p o n e r s e el
t r a s l a d o d e l a r t e a l a p r a x i s v i t a l , p e r o t a l vez p e r m i t e
a d m i t i r la pretensión de los m o v i m i e n t o s de v a n g u a r d i a
b a j o l a f o r m a d e c r í t i c a a l a i n s t i t u c i ó n a r t e . S i es c i e r t o

14. B. LikoruR, «Aulonomisienng der L i t c r a i u r ais K u n $ i .

U B M I Í C I I M W t T k n u i l e U u n d a u k to riele Sehrcihwei^e» [ « L a auto-
n o m u a c i o n de l a Nteialura c o m o arte, modela clasico y escrliura
de a u l o i » ] , en JaUtbmh der Jean-Paul-Gesetlschaft {Anuario de ¡a
Sociedad UanPaul]. 197$. pp tSUÍJ, aquí. p. W De la p. & l to-
mamos la cha de una carta de SchiMfr de 13-7-1791 a l d u q j e
de Augustcmburg,

176 177
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h

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k á c s » ] . e n sus Soten zur l.itcratur I I [Natas sobre litera-
tura, II] ( B i b l . S u h r k a m p . 71), 6-8, F r a n c f o r t . 1963, pa-
ginas 1 5 M 8 7 .
—. «Uber den Fetischcharakter i n der M u s i k u n die Regresslon
des H o r c a s * [ « S o b r e e l carácter f e t i c h i s t a en la música
y La regresión d e l o í d o » ] , en sus Dissonanzen- Afuste in
der vervalteten Weit [Disonancias- Música en et m u n d o
a d m i n i s t r a d o ] í K I e i ne Vandenhoeck Rcihe. 2g/29/29a>.
4*- e d . , G o t t i n g a . 1969. p p , 9-45. [ E d , c a s i en R i a l p . M a -
d r i d , 1966.]
— . « G e o r g e u n d H o f m a n n s t h a L . Z u m B r i e f w e c h s e l : 1891-1906»
[ • G e o r g e y H o E m a n n s t h a l f a propósito d e l e p i s t o l a r i o ;
1*91-1906»]. en s u i Prismen. Kulturkritik und Gesellschaft
[ P r i i m i u . Critica de ta cultura y de ta sociedad] ( d t v . 159).

Reseñamos sólo los Ululas que pertenecen directamente a l

4

lema de la obra.

179
 2a. ed., M u n i c h . 1963, p p . 190-231. ( E d , c a s i , en A r i e l . B a r ginas 200-215 [ E d . cast. en Iluminaciones I, T a u r u s , M a -
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IBS 1B9
 Sumario

Prólogo: Perfiles encontrados, de H e l i o Piñón . 5

Advertencia , . , » . . 31

Introducción: reflexiones previas a una ciencia critica

de la literatura 33

[, Teoría de la vanguardia y ciencia critica de la li-

teralura 51

1. L a h i s t o r i c i d a d de las categorías estíticas 51

2. V a n g u a r d i a c o m o autocrítica d e l a r l e en l a
sociedad b u r g u e s a 60
3. Discusión de la teoría d e l a r t e de B e n j a m i n . 71

II. El problema de la autonomía del arte en la so-

ciedad burguesa 83

1. P r o b l e m a s de l a investigación a
*
2. La a u t o n o m i a d e l a r t e en la estética de K a n t
y de Schiller «
3. L a negación de l a autonomía d e l a r t e en l a
vanguardia . . 1™

III. La obra de arte vanguardista Hl

1. La problemática de l a categoría de o b r a .
2. Lo BUCTO •
í El liar 12*
4. E l c o n c e p t o de alegoría e n B e n j a m i n . . . '30
3. Montaje 1 , 7
 Ú L T I M O S TITUL05 PUBLICADOS

in I f r t h j M G u * * ™ RodilLj
IV. Vttntuardm v compromiso . . . . . . . 151
La ciencia e m p i e i a « n la palabra
1. I debate entre Adorno v L u k A c s , . . . 151 276 K * t h Bradtey
1 Nota fin*] sobre Hegel . . . . . 165 f *í l a v i t u d y sociedad t n Roma
277 J o » A Pradei
Epilogo • l a segunda edición . . . . . . . . 169 Lo sagrado
27B Antonio t i w i
G o n g o re mas
Bibllúgralía 179 279 A l b e r t o Hircchman
Las pasiones y los Intereses
260 Ernesi Befengue*
Fernando al Catata D
281 Henn L Wessetng
Divide y v a f M t r * *
282 Jowp M Fradera
Gobernar c o l o n i a l
2SJ !• • i ' ( H I • i-
1
L
- • ; i 1 j i i F•"iHi] H n i P u '
1

L o q u e nos hará p a m a r
264 C hnstian Delacampagrie
Historia d * la filosofía * n el l i ó l o XX
?B5 Raymond KlibansliT
El filósofo y la m e m o r i a ótA siglo
266 Paul Presión, pd.
La República asediada
287 Jordi Maiuquei de Muip%
España en la crisis d * 1898
28B FLogei Scrulon
Filosofía para p e r s o n a l Inteligente*
289 M n de la Nuez, ed
Piisajes después del M u r o
290 GiuIkiSissa
£1 niacer y el mal
291 Peter Linchan
Las dueñas de Zamora
292 Eugenio Trias
Etica y condición h u m a n a
293 Norbert Flus
La sociedad d * los individuos
294 Giuseppe Gakasso
En la periferia del imperio
295 Culos Semino
El t u m o del pueblo
296 Hans-Gec-rg G d d a r w
Elogio de la ( t o r í *
297 Cubeto AMgre
Dios f r e n t e a la ciencia