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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA –

CAMPUS VALENÇA

ANA VICTÓRIA MAGALHÃES FONTES

A Química Por Trás Das Bebidas Carbonatadas

VALENÇA – BAHIA

2023
1. Introdução
As bebidas carbonatadas, que são gaseificadas, como refrigerantes e cervejas, ocupam um
lugar especial no mundo das bebidas, cativando pessoas de todas as idades em todo o mundo.
As bolhas efervescentes, a variedade de sabores e a sensação refrescante tornam essas bebidas
uma escolha comum para todo tipo de ocasião. Porém, por trás desse prazer sensorial está
uma ciência fascinante que dá forma a essas bebidas de maneira única.

A química envolvida nas bebidas carbonatadas abrange diversos elementos essenciais que
contribuem para sua singularidade. Desde o processo de dissolução do dióxido de carbono
(CO2) na água sob pressão, que resulta na efervescência característica, até o papel dos ácidos
e aromatizantes na percepção do sabor, a exploração da ciência por trás dessas bebidas revela-
se um domínio complexo.

Suas origens começam no século XVIII, quando a água mineral natural era apreciada, e
cientistas buscavam maneiras de produzi-la artificialmente. Em 1772, o químico inglês Joseph
Priestley obteve sucesso ao adicionar gás carbônico na água mineral natural, criando assim a
primeira bebida carbonatada não alcoólica: a soda.

Porém, o desenvolvimento da indústria de refrigerantes só ganhou impulso em 1871, com a


invenção da rolha metálica e melhorias na fabricação de garrafas. Desse modo, as bebidas
gaseificadas começaram a se tornar populares no cotidiano das pessoas. Em 1886, um marco
importante ocorreu com a criação do primeiro refrigerante de cola na Jacob's Pharmacy, em
Atlanta, EUA. Esse produto rapidamente conquistou a preferência dos consumidores e se
transformou em um sucesso global.

Por várias décadas, as bebidas carbonatadas produzidas artificialmente eram vendidas


principalmente em farmácias e lanchonetes. A crescente demanda do público influenciou a
transição para a produção em massa e a comercialização de bebidas engarrafadas em
supermercados e estabelecimentos de alimentação.

A expansão da procura por esses produtos resultou em uma variedade crescente de opções,
com uma multiplicidade de sabores e até a inclusão de propriedades terapêuticas, com uma
adversidade a efeitos negativos à saúde em seu consumo excessivo, como problemas
metabólicos e dentários.

Este artigo tem como objetivo mergulhar no mundo da química por trás das bebidas
carbonatadas, destacando as descobertas e pesquisas que enriquecem nossa compreensão
desse universo de sabores, examinando as reações químicas que ocorrem durante a
carbonatação e seu impacto na estabilidade do produto final e na saúde do consumidor.
2. Metodologia

A pesquisa sobre a Química Por Trás das Bebidas Carbonatadas envolveu uma abordagem
abrangente e cuidadosa que consta os seguintes passos metodológicos:

1. Definição do tópico: Foi definido o tema-chave do artigo e seu título, resultantes de


abordagens e pesquisas relevantes que contrapesassem a personalidade e o constituído;

2. Revisão bibliográfica: Sites de instituições acadêmicas e fontes confiáveis na internet


foram explorados com base em qualidade, relevância e atualidade de informações,
garantindo que fossem representativas;

3. Seleção de amostra: A pesquisa abrangeu uma variedade de bebidas carbonatadas


comerciais, representativas do mercado atual e do consumo diário das pessoas. Os
dados coletados foram sintetizados e comparados aos achados;

4. Coleta de dados: Foram utilizadas entrevistas com especialistas da indústria e


profissionais da saúde que obtiveram informações em testes laboratoriais, a partir de
métodos analíticos para coletar dados sobre a composição química das bebidas,
incluindo técnicas de cromatografia, espectroscopia e análises físico-químicas.

5. Discussão e análise dos resultados: Todas as informações coletadas foram utilizadas


para organizar o artigo, focando em aspectos químicos das bebidas carbonatadas,
como a formação de bolhas de gás, os efeitos dos ácidos no sabor e a complexidade
dos aromatizantes, e as consequências na saúde do consumista;

6. Conclusões: Os resultados são apresentados e discutidos em consonância com os


objetivos propostos

7. Referências Bibliográficas: Todas as fontes utilizadas foram constadas no final do


artigo para embasar a revisão bibliográfica e fundamentar a metodologia;

8. Revisão e edição: O artigo foi revisado e editado para atingir seus fins e requisições,
de maneira objetiva e clara, sendo corrigido quaisquer tipos de erros, e o conteúdo foi
analisado para poder informar aos leitores com qualidade
3. Discussão e resultados

A carbonatação, conhecida comumente por adicionar bolhas nas bebidas, conserva a


qualidade do produto desenvolvido. Ela tem a habilidade de retardar a proliferação de
microrganismos, que reduzem a durabilidade dos produtos carbonatados. A técnica de
carbonatação é amplamente empregada nas indústrias de bebidas, abrangendo desde
refrigerantes a águas gaseificadas com ou sem aromas, cervejas, chopp e diversos outros
produtos gaseificados que bebemos no dia a dia.

Esse processo se dá por meio de uma reação química, com a dissolução do dióxido de carbono
(CO2) na água (H2O), e geralmente é realizada sob pressão em tanques pressurizados, onde o
CO2 se dissolve no líquido. O resultado disso é o ácido carbônico (H2CO3), e ele é que dá às
bebidas carbonatadas seu sabor levemente ácido. Após a carbonatação e adição de
ingredientes, a bebida é engarrafada e selada. A garrafa selada mantém a pressão, o que evita
que o CO2 escape da solução, mantendo a efervescência. A pressão é essencial para manter o
dióxido de carbono dissolvido até que a garrafa seja aberta, contudo, quando a bebida é
despressurizada, como ao abrir a embalagem do produto, este ácido volta a ser transformado
em gás.

O CO2 é um gás que não possui cor, odor e sabor distintivo, e desempenha um papel crucial
não apenas na formação da efervescência desejada, mas também na conservação e
aprimoramento do sabor das bebidas.

O baixo pH resultante da inclusão de acidulantes na bebida, juntamente com a presença de


conservantes e CO2, atua como uma eficaz barreira ao desenvolvimento de microrganismos.
No entanto, assim como acontece com outros alimentos e bebidas, os refrigerantes podem ser
suscetíveis à contaminação microbiana.

Essa contaminação muitas vezes está ligada à presença de açúcares, que servem como uma
fonte essencial de energia para o crescimento microbiano. A maioria dos refrigerantes é
adoçada com substitutos de açúcar como aspartame, acessulfame K, sacarina e ciclamato,
enquanto os refrigerantes tradicionais utilizam sacarose em forma cristalina ou líquida como
adoçante.

Além dos açúcares, outros agravantes podem ser encontrados nas constantes inovações na
indústria de refrigerantes. Alguns exemplos de inovações na indústria de bebidas
carbonatadas incluem a introdução de novos sabores, o aumento da quantidade de sucos e
polpas de frutas, a incorporação de ingredientes saudáveis como colágeno e ervas, a
formulação de opções com baixas calorias através da redução do teor de açúcar e a eliminação
de conservantes químicos.

A Revista Estudos - Vida e Saúde (Revista de Ciências Ambientais e Saúde), em 2010,


publicou um estudo em que foi analisado periodicamente a perda de CO2 e sua influência no
sabor em refrigerantes tipo cola colocados em latas de alumínio e garrafas plásticas. Foi
percebido uma primazia pelas amostras em lata quando a concentração de gás ficou menor
que 3,80 mL de CO2/1000mL. Sendo assim, foi concluído que aumento do nível de CO2 nas
embalagens mantem o sabor do produto até a validade. Esse estudo, feito por especialistas da
área, é resultado do efeito causado no sabor das bebidas carbonatadas. O processo de
carbonatação envolve a dissolução do CO2, gerando ácido carbônico. Esse ácido contribui
para o sabor levemente ácido característico das bebidas carbonatadas. A adição de
aromatizantes e ácidos orgânicos, como o ácido cítrico, influencia a percepção gustativa,
resultando na multiplicidade de sabores contemplados pelos consumidores. As bolhas de gás
liberadas durante a abertura da embalagem criam uma sensação tateável na língua, deixando
mais intensa a experiência gustativa. O equilíbrio entre o nível de carbonatação, acidez e
doçura é decisivo para a criação de um perfil de sabor atraente e equilibrado.

Sendo uma atração forte para os consumidores, a química por trás das bebidas carbonatadas é
o que faz muitas bebidas liderarem no mercado atualmente, viciando cada vez mais as pessoas
com seu aspecto único. No entanto, é importante destacar que o consumo excessivo de
bebidas carbonatadas está associado a uma série de problemas de saúde que merecem atenção.
O elevado teor de açúcares presentes em muitas dessas bebidas pode contribuir para o
aumento do risco de obesidade, diabetes tipo 2 e problemas dentários, como cáries e erosão
dentária. Além disso, a acidez das bebidas carbonatadas pode desencadear desconfortos
gastrointestinais, prejudicando a saúde digestiva a longo prazo.

O consumo de bebidas carbonatadas no Brasil é extremamente alto e não há dados divulgados


sobre os teores de sódio neste tipo de bebida distribuída no país. Uma pesquisa feita por
Cristhiane Caroline Ferrari e Lucia Maria Valente Soares, do Departamento de Ciência de
Alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos, na Universidade Estadual de Campinas,
divulgou que os teores de sódio encontrados em 97 amostras de refrigerantes envolvendo 14
marcas e 7 tipos de bebidas variaram de 19 a 202mg Na/L. As bebidas adoçadas com açúcar
apresentaram uma média de 74 ± 13mg Na/L, e as bebidas com adoçantes artificiais, uma
média de 151 ± 39mg Na/L. Portanto, os refrigerantes adoçados artificialmente fornecem
cerca de duas vezes o teor de sódio das bebidas adoçadas com açúcar. Por consequente, um
consumidor médio de refrigerantes (259mL/dia) é capaz de ingerir por dia cerca de 19mg de
sódio provenientes do refrigerante, se consumir bebidas adoçadas com açúcar enquanto que, o
consumidor médio que preferir bebidas do tipo "light" estará ingerindo aproximadamente
39mg Na/dia. Já o grande consumidor de refrigerantes (2L/dia) ao preferir os adoçados
artificialmente estará ingerindo cerca de 300mg Na/dia provenientes deste tipo de bebida. Tal
fato, além de pôr em risco a saúde de todas as pessoas que consomem, deve ser levado em
consideração especial por pessoas com recomendação de dieta hipossódica. Esse consumo
excessivo de sódio está associado a diversos problemas de saúde, como hipertensão arterial,
retenção de líquidos e aumento do risco de doenças cardiovasculares. A hipertensão, por sua
vez, é uma situação inquietante que pode acarretar complicações sérias, incluindo danos nos
vasos sanguíneos, problemas renais e até mesmo acidentes vasculares cerebrais.

Portanto, ao considerar os impactos na saúde das bebidas carbonatadas, é fundamental estar


ciente não apenas do conteúdo de açúcar e acidez, mas também do teor de sódio. A
moderação no consumo dessas bebidas e a busca por alternativas mais saudáveis são passos
importantes para mitigar os riscos associados ao elevado teor de sódio presente nesse tipo de
bebida.
4. Conclusão

Em síntese, o objetivo deste artigo foi alcançado com sucesso, visto que, foi explorado de
maneira abrangente o processo de carbonatação das bebidas, desde sua base química até suas
inovações na indústria, o que chama atenção aos consumidores, e seus efeitos na saúde
humana. Ele também destacou desafios enfrentados pelo setor, como a contaminação
microbiana, e descreveu as adaptações feitas para atender às demandas dos consumidores
modernos. Assim, o artigo fornece uma visão completa sobre o tema, cumprindo seu
propósito.
5. Referências Bibliográficas
https://www.famexgas.com.br/co2/o-que-e-carbonatacao-de-bebidas.html
27/10/2023 20:15
https://www.famexgas.com.br/co2/origem-das-bebidas-carbonatadas.html
27/10/2023 20:19
https://abir.org.br/historia-das-bebidas-carbonatadas/
27/10/2023 20:22
https://blog.neoprospecta.com/levedura-em-bebida-carbonatada/
27/10/2023 20:28
https://www.messer-br.com/blog/co2-para-bebidas/
27/10/2023 20:40
PACHECO, A. R.; SIQUEIRA, M. I. D. de; COBUCCI, R. M. A. Influência da Carbonatação
no Sabor de Refrigerante Tipo Cola. Revista Estudos - Vida e Saúde (Revista de Ciências
Ambientais e Saúde), Goiânia, Brasil, v. 36, n. 4, p. 765–774, 2010. DOI:
10.18224/est.v36i4.1127. Disponível em:
https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/estudos/article/view/1127.
06/12/2023 21:48
https://doi.org/10.1590/S0101-20612003000300021
06/12/2023 22:58
http://www.unirio.br/cecane/arquivos/1032491SM.pdf
06/12/2023 23:33

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