Está en la página 1de 142

DECORACIÓN CERÁMICA

C O N D O R H U A S I en lengua quichua sig-


nifica "Casa del Cóndor". Así se liama CURSO PRACTICO DE CERÁMICA
en arqueología a una de las más anti- TOMO 3
guas culturas cerámicas del Noroeste
argentino, que floreció durante los pri-
meros siglos de nuestra Era. Su epicen-
tro se hallaba en el cerro del mismo
nombre, en la actual provincia de Cata- Sexta E d i c i ó n
marca.

La cerámica arqueológica llamada C o n -


dorhuasi es a la vez la más antigua y la
más evolucionada en cuanto a lo técni-
co. El esoterismo que emana de sus
piezas escultóricas posee una vibración
no igualada jamás en todo el arte ar-
gentino posterior. Su antigüedad, que
oscila entre los dos mil y los dos mil
doscientos años, nos demuestra que la
cultura indígena sudamericana, mien-
tras fue independiente y genuina, tuvo
un desarrollo artístico y espiritual real-
mente asombroso, capaz de lograr una
adaptación del hombre con su medio
ecológicamente perfecta, de raíz vege-
tal, y a la vez una modalidad de vida
verdaderamente humana, basada en la
solidaridad y en la cooperación, hasta
que la depredación europea puso fin a
ese fenómeno artístico-cultural iniguala-
ble, signado por la Espiritualidad y la Vi-
sión interior.
HAGO CLARO
LO OSCURO
CONDORHUASI

Continúa en la segunda solapa


OTROS LIBROS DEL A U T O R

Es el autor, en todo el mundo, con el mayor número de libros de cerámica publicados.


Usados como textos en 42 países. Todavía prohibidos en Argentina, en algunas escuelas de Jorge Fernández Chiti
cerámica.

C E R Á M I C A Y E S M A L T E S (1969). A g o t a d o .
E S M A L T E S C E R Á M I C O S (1970). A g o t a d o .
C U R S O P R Á C T I C O D E C E R Á M I C A , T O M O 1 (1971). I r a . Edición.
C U R S O P R Á C T I C O D E C E R Á M I C A , T O M O 2 (1973). I r a . Edición.
C U R S O P R Á C T I C O D E C E R Á M I C A , T O M O 3 (1974). I r a . Edición.
C U R S O P R Á C T I C O D E C E R Á M I C A , T O M O 4 (1982). I r a . Edición.
C Ó M O E S M A L T A R E N C E R Á M I C A (1973). A g o t a d o .
C E R Á M I C A P A R A N I Ñ O S (1972). I r a . Edición.
P O E M A S D E U N C E R A M I S T A (1975).
M A N U A L DE E S M A L T E S C E R Á M I C O S , T O M O 1 (1976). I r a . Edición.
M A N U A L D E E S M A L T E S C E R Á M I C O S , T O M O 2 (1977). I r a . Edición.
M A N U A L D E E S M A L T E S C E R Á M I C O S , T O M O 3 (1977). I r a . Edición.
" E L M U N D O DE L O S C R I S T A L E S " . Película en colores (proyección g r a t u i t a ) .
DECORACIÓN CEK A1 'IJ.; a
1978.
EL L I B R O D E L C E R A M I S T A . (1978). I r a . Edición.
EL A L F A R E R O (POEMAS). 1978.
C U R S O D E E S C U L T U R A C E R Á M I C A M O D E R N A . (1978). I r a . Edición.
L A R E V I S T A D E L C E R A M I S T A . (1980)
H I S T O R I A D E L A C E R Á M I C A , T O M O 1 (1975).
L A S H U E L L A S D E L A L F A R E R O (cuentos y poemas). 1982.
CURSO PRÁCTICO DE CERÁMICA
L A C E R Á M I C A A R T Í S T I C A A C T U A L . (1983).
D I C C I O N A R I O D E C E R Á M I C A , T O M O 1 (1984).
TOMOS
D I C C I O N A R I O D E C E R Á M I C A , T O M O 2 (1985).
D I C C I O N A R I O DE C E R Á M I C A , T O M O 3 (1986).
C E R Á M I C A A R T Í S T I C A : L A S 200 P I E Z A S I N T E R N A C I O N A L M E N T E M Á S
R E P R E S E N T A T I V A S . A u d i o v i s u a l de proyección gratuita a p e d i d o .
Se actualiza anualmente. 1985.
D I G N Ó S T I C O D E M A T E R I A L E S C E R Á M I C O S (1986).
P O E M A S T R E M E N D O S (1987).
C U R S O DE E S C U L T U R A C E R Á M I C A Y M U R A L E N L A R E A L I D A D A R T Í S T I -
C A D E H O Y (1989). Sexta Edición
C U R S O P R Á C T I C O D E C E R Á M I C A , T O M O 1, SEXTA E D I C I Ó N (1990).
E S T É T I C A D E L A N U E V A I M A G E N C E R Á M I C A Y E S C U L T Ó R I C A (1991).
Q U É ES L A C E R A M O L O G Í A (1992).
H O R N O S C E R Á M I C O S (1992).
B O L E T Í N I N F O R M A T I V O C O N D O R H U A S I (1993). G r a t u i t o .
L A C E R Á M I C A E S O T É R I C A (1993).
Ú L T I M A S I N V E S T I G A C I O N E S SOBRE L A S F I B R A S C E R Á M I C A S . Boletín
G r a t u i t o . 1993.
EL L I B R O D E L C E R A M I S T A 0 9 9 4 ) . 5a. E d i c i ó n .
C U R S O P R Á C T I C O D E C E R A M I C A , T O M O 2 (1995), 6a. Edición.
H I E R B A S Y P L A N T A S C U R A T I V A S (1995).
C E R Á M I C A I N D Í G E N A A R Q U E O L Ó G I C A A R G E N T I N A (1997).
D I C C I O N A R I O I N D Í G E N A A R G E N T I N O (1997).
C U R S O P R Á C T I C O D E C E R Á M I C A , T O M O 3 (1998), 6a. Edición.
EDICIONES CONDORHUASI
*

CONDORHUASI
INSTITUTO DE C E R A M O L O G Í A A MODO DE PRÓLOGO
Consagrado a la difusión del Arte Cerámico en las ramas
A mis Santos Locos, p a r a q u i e n e s vivo.
de Investigación, Enseñanza, Editorial y Museo Arqueológico.

Medrano 1335
1179 Buenos Aires (Argentina) Arte sagrado que insufló mi vida: más Misterio salió de las manos.
desentrañé tus arcanos, Secretos manipulados con arcilla,
los mostré al mundo. sha.man.es indios pasaron la. Palabra
Treinta- y cinco papiros; que dio un Camino a muchos.
treinta y cinco rollos Museo inexpugnable
alzaron una bandera, (milagro en. Condorhuasi).
un compromiso esencial
que enfureció a los pillos.
Gracias, vida, por convertirme en Túnel,
Un millón de libros
en Ayahuasca sagrada para que suban ellos;
pasaron la Doctrina,
en Huacachaca levitante,
FOTO DE TAPA: Plato de cerámica alzaron el Magisterio.
en Misha tan temida.
policromado, con cuerda seca y esmal- Los malos y los tontos,
Chacana o escalera para el Descenso
tes. Lleva delgados relieves hechos las escuelas de nalgas cadavéricas,
al Uray Pacha,
sobre la pasta húmeda, a pipeta. Eximio directoras venales e ignaras,
que se avizora inminente,
diseño de inspiración indígena promotores de fibras cancerígenas,
plelórico de arcillas sin luz.
americanista. Autor: JULIAN DE LA los pasquines putescos,
Cavas lúbricas del Contacto,
HERRERÍA, artista paraguayo (1888- el. Pelele y sus venenos,
sede del regreso eterno.
1937). los quebrados y las antiguallas,
Gracias -arcílla-
se. aunaron para, prohibirlos,
me lias dado lodo:
para denostarlos, para plagiarlos.
el Secreto máximo,
t Uva ladrona en Carlos Paz
el. Cjo del Felino;
engulló Treinta Dineros.
los iniciados que. me hacen seguir,
mi Samayhuasi superpotente;
La paloma decurso potente;
el. tejido del Churaráyay
FOTOCOPIAR LIBROS ES DELITO PENADO POR LA LEY 11.723. el Pájaro solitario puso el. pico al cielo:
que lodo lo reubi.ca
INCURREN EN ÉL QUIEN ENCARGA, AUTORIZA O REALIZA EL su vuelo tocó las cumbres,
FOTOCOPIADO. LAS CASAS DE DE FOTOCOPIAS SON RESPON- en el. espacio circular
ensanchó la Visión secreta.
SABLES DIRECTOS. NO DEFRAUDEMOS EL DERECHO DE A U T O R . Miles de brazos se acercaron,
A P O Y E M O S AL LIBRO ARGENTINO. se apretaron, en lomo, Paz para ti:
llenaron sus Bienales. alma sufriente
El Wachiima floreció imponente. que sonreías en mi curso:
Almas; soñaciones; hierbas: porque la muerte es mentira.
© 1998 Ediciones Condorhuasi
Hecho el depósito de ley
Abril de 1998.
Impreso en la República Argentina
I.S.B.N. 987-96976-0-X
I.S.B.N. 950-43-6792-5
ÍNDICE GENERAL DE TODA LA OBRA 162. Cómo se hace una tetera, 164. Picos, 167. Cuellos, 168. Asas,
(CUATRO TOMOS) 169. Aplicaciones, 170. Formas desbastadas, 170. Modelado direc-
to, 172. Método de chorizos o rollos, 174. Paleteado, 176. Método de
planchas, 178. Formas irregulares, 182. Otros métodos, 183. ¿Vasija
manual o a torno?, 184. Modelos de vasijas escultóricas, 188. Mode-
los de vasos, 192. Cómo diseñar vasijas, 205. El nuevo concepto,
TOMO 1 (SEXTA EDICIÓN ACTUALIZADA) 206. Concepciones de vanguardia en la cerámica,de vasos, 207.
C A P Í T U L O 7: C Ó M O HACER UN VASO EN EL T O R N O A L F A R E R O ,
C A P Í T U L O 1 : I N T R O D U C C I Ó N A L A C E R Á M I C A , 11. 220. Tipos de tornos usuales, 224.EI tomo de píe, 224. Herramientas
C A P Í T U L O 2: LA MATERIA PRIMA: LA A R C I L L A , 26. Origen de las del tornero, 226. Pastas para tornear, 227. Cómo se tornea, 228.
arcillas y caolines, 29. Variedades minerales de arcillas, 30. Compo- Defectos del torneado, 233. El torno de brazo, 234.
sición química de la arcilla, 3 1 . Fundentes, 32. Tipos cerámicos de C A P Í T U L O 8: C Ó M O HACER UNA PIEZA A M O L D E , 236. Con moldes
arcillas, 35. Plasticidad de las arcillas, 38. Arcillas locales, 42. C ó m o de colada. La barbotina. Preparación de los moldes, 237. La colada,
probar una arcilla, 44. Antiplásticos y plastificantes, 46. Extracción 238. Casos especiales, 242. Terminación de las piezas coladas, 243.
de las arcillas, 47. Explotación en grandes yacimientos. 47 Análisis Defectos de la colada, 243. Con moldes de prensado, 246.
de arcillas, 49. C A P Í T U L O 9: T E R M I N A C I Ó N DE L A S PIEZAS. PULIDO. T E X T U R A S .
C A P Í T U L O 3: OTROS M A T E R I A L E S C E R Á M I C O S , 5 1 . Cuarzo, 5 1 . Fel- G R A B A D O S , 249. Rebajes, 249. Cómo pegar asas o aplicaciones
despato, 55. Caolín, 58. Carbonato de calcio, 59. Chamóte, 60. Dolo- con adhesivo cerámico, 2 5 1 . Calados, 252. Cómo detectar grietas.
mita, 6 1 . Bentonita, 6 1 . Talco, 62. Otros materiales, 62. Texturantes, Pulido, 253. Bruñido, 254. Texturas, 255. Grabados, 257. Técnicas
colorantes, vermiculita, perlita, arena, 64. indígenas, 2 6 1 .
C A P Í T U L O 4 : PREPARACIÓN DE PASTAS, 65. Clasificación de pastas CAPÍTULO 10: S E C A D O Y ENCOGIMIENTO DE L A S P I E Z A S C R U -
y artículos cerámicos, 66. Método artesanal de preparación de pas- DAS. DEFECTOS, 263. Porcentaje de contracción de una arcilla o
tas, 68. Cómo proviene la arcilla, 69. Procedimiento a partir de arcilla de una pasta, 263. Etapas del secado, 265. Métodos de secado, 266.
en polvo seco, 69. Método Condorhuasi, 7 1 . Método a partir de pie- Defectos del secado y sus remedios, 268. Cómo reparar grietas, 272.
dras de arcilla, 72. Composición de pastas, 82. Materiales ususales C A P Í T U L O 11: LA INDUSTRIA, 274. Métodos industriales. Porcelana,
(cuadro), 82. Temperatura de madurez, 83. Normas, 84. Arcillas usua- 274. Loza, 275. Fabricación de porcelana, 276. Fabricación de loza,
les para componer pastas, 86. Fórmulas de pastas, 88. Pastas de 279. Fabricación de azulejos, 2 8 1 . Ladrillos huecos, 283. El filtro pren-
bajas temperaturas, 88. Pastas de talco, 89. Pastas con chamóte, sa, 284. Máquinas extrusoras, 285.
90. Pastas refractarias, 93. Altas temperaturas, 94. Fórmulas de gres,
95. Porcelana, 97. Fórmulas de porcelana, 98. Pastas para moldes
de yeso, desfloculadores, 100. Fórmulas de barbotinas para colada, TOMO 2 (SEXTA EDICIÓN ACTUALIZADA)
102. Cálculo del agua, 102. Peso específico, 103. Desfloculadores,
103. Cantidad de desfloculador por kg de pasta, 104. Cómo preparar C A P Í T U L O 1 2 : LA C O C C I Ó N . H O R N O S C E R Á M I C O S , 13. Altas y ba-
la barbotina, 105. Pastas difícilmente desfloculables, 106. Análisis jas temperaturas, 16. Tipos de hornos. Técnicas indígenas y folkló-
de una pasta; temperatura de madurez, 108. Porcentajes de absor- ricas, 16. Técnicas caseras (hornos de aserrín), 2 1 . Hornos de leña y
ción o porosidad, 109. Porcentaje de humedad en crudo, 111. Análi- carbón, 27. Hornos a carbón mineral, 35. El hornito "Condrohuasi" a
sis prácticos, 112. Defectos de las pastas; afloraciones, 113. Pastas «leña, 36. Hornos orientales, 44. Hornos eléctricos, 46. Hornos a gas,
amarillentas, rosadas o grisáceas, 117. Pastas fofas, 118. Pastas poco 55. Otros combustibles, 63. Hornos de fibra cerámica, 64. El horno
plásticas; pastas mal compuestas, 119. Insuficiente mezcla y amasa- propio, 65. El horno Condorhuasi a leña, carbón o gas, 68. Modo de
do; pastas demasiado fusibles; defectos de las pastas de colada, cargar el horno, accesorios, 86. Medición de la temperatura, 94. Co-
120. Colorantes de pastas, 1 2 1 . lor de cocción, 95. Conos pirométricos, 96. Pirómetros, 100. Atmós-
CAPÍTULO 5: HERRAMIENTAS Y UTENSILIOS CERÁMICOS, 123. Herra- fera del homo, 102. Método y ciclos de cocción. Consejos prácticos,
mientas manuales, 123. Maquinaria para uso artístico y artesanal, 131. 105. Procesos de las pastas durante la cocción, 109. Porcentaje de
C A P Í T U L O 6: C Ó M O H A C E R UNA PIEZA A M A N O , 134. Preparación contracción de una pasta durante la cocción. Porosidad o absorción,
de la pasta, 136. Pasta demasiado seca, 137. Pasta demasiado hú- 112. Color de una pasta horneada, 114. Fallas y defectos de la coc-
meda, 138. Amasado y batido de la pasta, 140. Método de tiras, 145. ción, 115. Explosión y agrietamiento de las piezas, 115. Deformacio-
Formas básicas según el método de tiras; cilindro, 150. Vasija abier- nes, 119. Burbujas e hinchamientos, 120. Escurrimiento de los es-
ta levantada en la torneta, 156. Plato circular, 160. Formas esféricas, maltes, 1 2 1 . Enfriamiento del horno, 121. Cuidado y conservación

6 7
WllilíllllIlTiMT™™"'

altas temperaturas, 56. Motivos decorativos sobre e n g o b e s , 59.


del homo, 122. Retoques y terminación de las piezas horneadas, Dibujos sobre cerámica indígena engobada, 60. El engobe actual,
124. Cómo saber si un homo es apto para cerámica, 126. Cómo com-
probar si un horno despide gases venenosos, 128. CAPÍTULO 19: FORMULARIO PRÁCTICO DE ENGOBES, 65. Muestras,
C A P Í T U L O 13: EL E S M A L T E , 129. Definición y enfoque, 130. Tipos de 65. Variación de color, 67. Formulario de engobes 69
esmaltes, 1 3 1 . Variedades de esmaltes, 132. Esmaltes crudos y C A P I T U L O 20: D E C O R A C I Ó N S O B R E CUBIERTA, 75. Qué es deco-
fritados, 132. Materias primas, 133. Cómo aplicar los esmaltes, 134. ración, 75. Decoración sobre cubierta, 78. Utensilios y accesorios,
G o m a arábiga, 136. CMC, 137. Espesor de la capa de esmalte, 138. 8 1 . Aceites esenciales, 85. Divisor universal de piezas redondas, 86.
Preparación del bizcocho, 138. Técnicas de aplicación del esmalte, Dibujos y motivos, 87. Aplicación de colores sobre cubierta, 9 1 .
140. Con pinceleta, 140. Baño, 142. Inmersión, 143. Compresor, 144. Cocción de decorados sobre cubierta, 104. Toxicidad de colores sobre
Otras técnicas, 145. Defectos de los esmaltes, 146. Cuarteaduras, cubierta, 111. Lustres metálicos, 113. Oro, 115. Defectos del dorado,
146. Separación del esmalte, 148. Otros defectos, 148. Métodos de 123. Incrustaciones doradas, 125. Otros lustres metálicos sobre
trabajo, 150. Base plúmbica y alcalina, 152. Base plúmbica mate, cubierta, 127. Reflejos metálicos, 1 3 1 . Calcos o calcomanías, 134.
154. La cocción del esmalte, 154. Corrección de fallas, 156. Cómo Cocción de los calcos, 137. Toxicidad de calcos, 1 4 1 . Sellos de goma,
saber si un esmalte es plúmbico o alcalino, 157. Estética de los es- 1,43. Serigrafía, 144. Leyendas sobre cubierta en vajilla de hotel, 145.
ITlclItSS 157 C A P I T U L O 2 1 : D E C O R A C I Ó N B A J O CUBIERTA, 149. Decoración bajo
C A P Í T U L O 14: F O R M U L A R I O PRÁCTICO U N I V E R S A L , 161. Muestra- cubierta propiamente dicha, 152. El bizcocho, 162. Modo de aplica-
rio, 1 6 1 . Calcinación de óxidos, 162. Preparación del formulario, 163. ción, 163. Aplicación del esmalte o cubierta, 172. Cocción del decorado
Didáctica, 165. Esmaltes negros. Blancos. Grises. Amarillos, 166. bajo cubierta, 172. Óxidos bajo cubierta, 174. Decoración con sales
Naranjas. Cremas, mostazas, ocres, marfiles, 167. Turquesas. Ver- metálicas, 176. Pastel cerámico, 176. Engobes bajo cubierta, 180.
des, 168. Azules. Celestes, 169. Marrones, tostados, castaños, par- Otras técnicas, 183. Moka, 183.
do-violáceos. Rojos, 170. Lilas y rosados, 171. Morados y ciruelas. C A P Í T U L O 22: O T R O S MÉTODOS C E R Á M I C O S D E C O R A T I V O S , 189.
Violáceos. Esmaltes mates, 172. Base áspera. Base satinada, 174. Decoración en la pasta cruda, 189. Texturas, grabados, calados,
Venturina. Esmaltes crudos de plomo, 175. Esmaltes de altas tempe- pulidos, aplicaciones, relieves, 190. Cordones, alvéolos, estampados,
raturas, 176. óxidos o colores, prensado, rehundidos, surcos, patinado, inciso, 191.
C A P Í T U L O 15: LA ESCULTURA C E R A M I C A , 179. Bases técnicas. Que "A cuerda", "a cuenca", 192. Cuerda seca, embutido, incrustación,
pasta usar, 1 8 1 . Herramientas, 182. Cómo modelar, 184. Ahuecado "mishima", 193. Specks, motas, 196. Pastas cargadas, arena, pastas
de esculturas, 188. La escultura y el color, 192. Secado, 193. Coc- coloreadas, efectos, 197. Imágenes translúcidas, arenado, 199. Deco-
ción, 193. Orientación, 194. La escultura cerámica en la actualidad, ración con barbotina, 200. Engobes, 202. Slip-traíling (cordones con
199 engobes), 202. Barbotina coloreada para colar, 205. Decoración sobre
C A P Í T U L O 16: EL M U R A L C E R Á M I C O , 2 2 1 . Murales en relieve, 223. biozcocho, 206. Óxidos y pigmentos, 206. Cuerda seca, 206. Pátinas
Mosaicos, 224. Murales sobre placas o baldosas, 226. Cuerda seca, metálicas, 210. Falsas pátinas, 212. Nuevas tendencias, 213. Deco-
228. Decoración bajo cubierta sobre murales, 230. Decoración sobre ración con esmaltes, 214. Sobre esmalte crudo-seco (mayólica), 214.
cubierta en murales, 232. Otras formas usuales de trabajo, 233. Cómo Esmaltes para mayólica, 219. Caolín espeso sobre esmalte, 223.
adosar o aplicar un mural, 234. Formatos, 235. El nuevo concepto Sobre esmalte prehomeado (mayólica), 223. Empaste sobre mayólica
muralístico, 236. prehorneada, 224. "Sandwich", 225. Relieves con esmaltes, 227.
C A P Í T U L O 17: OXIDOS Y PIGMENTOS S O B R E BIZCOCHO. O X I D O S , G l a z e - í r a i l i n g (cordones con e s m a l t e s ) , 2 3 0 . E s g r a f í a d o , 2 3 1 .
246. Colores que da cada óxido; porcentaje de agente fijador, 2 5 1 . Champlevé, 2 3 1 . Cloisonné, 232. Craquelé, 232. Chorreaduras, 235.
Pigmentos, 252. Texturas, 236. Reesmaltado, 2 4 1 . Salpicado en caliente, 242. Re-
servas, 242. Plantillas, 245. Decoración tipo Talavera, 246. Técnicas,
250.
TOMO 3 ( 6 EDICIÓN: DECORACIÓN CERÁMICA)
a
CAPÍTULO 23: PIGMENTOS C E R Á M I C O S , 255. Usos cerámicos de los
pigmentos, 2 5 6 . Elaboración de pigmentos, 257, Formulario de
C A P Í T U L O 18: E N G O B E S , 11. Tipos de engobes, 12. Color y decoración, pigmentos, 2 6 1 . Fórmulas, 264. Aplicación de los pigmentos, 269.
15. Composición y materias primas, 15. Adhesivos para engobes, Esmalte vitrificador o fundente, 269. Vehículo, 270. Rebajadores de
20. Preparación del engobe, 23. Aplicación del engobe, 27. Secado, color, 272. Plastificantes, 2 7 1 . Pigmentación bajo cubierta, 272.
33 Cocción de los engobes, 33. Defectos de los engobes, 35. Engo- Pigmentación sobre engobes, 272. Pigmentación sobre bizcocho (y
bes vitrificados, 4 1 . Engobes bajo esmalte, 42. Decoración sobre en- pastas), 273. Pigmentación en cuerpos, 275. Pigmentación sobre
gobes, 43. Bruñido del engobe, 47. Engobes coloidales, 48. Engobes esmaltes, 275.
locales, 5 1 . Engobes coloreados con pigmentos, 53. Engobes para

9
8

TOMO 4 (APÉNDICES GENERALES DE LA OBRA) Una persona que no sienta la poesía, difícilmente servirá para el arte.

APENDICE 1: Lustres y reflejos metálicos. Rojos de cobre. Esmaltes de


humo. Método Condorhuasi. Esmaltes con reflejos, 7.

A P b N D I C E 2: Rakú. Pastas, esmaltes, técnicas. Cerámica negra, 64.

A P E N D I C E 3: Construyendo el horno "Condorhuasi" a garrafas. Horno


do fritas. Construcción económica del horno usando un revestimiento
refractario (método Condorhuasi), 8 1 .

A P É N D I C E 4: Materiales refractarios para el artesano. Ladrillos porosos


.lisiantes. Placas de horno. Cementos. Placas de carburo de silicio.
Refractarios para colar, 103. CAPÍTULO 18

A P É N D I C E 5: Serigrafía y revestimientos. Baldosas decoradas. Cuer- ENGOBES


das secas. Equipo serigráfico, 114.

A P É N D I C E 6: Gres salado o gres esmaltado a la sal. Pastas. Esmaltes.


Técnicas, 135. El engobe, así c o m o el esmaltado, constituye u n a t é c n i c a
c e r á m i c a no decorativa sino funcional (ligada í n t i m a m e n t e , n o
A P É N D I C E 7: Joyería cerámica. Pastas egipcias, 150. externamente, con los elementos formales) que p e r m i t e colorear
y r e c u b r i r una pieza c e r á m i c a e incluso impermeabilizarla (cuan-
A P É N D I C E 8: Pastas coloreadas. Pasta marrón. Gres marrón y negro.
Gres ocre, 160. do se trata de engobes vitrificados). En general consiste en u n a
arcilla, coloreada o no, que se aplica con la d e n s i d a d de u n a
A P É N D I C E 9: Fabricación manual de ladrillos y tejas, 169. crema espesa (barbotina) y con u n espesor de capa de u n poco
menos de u n m i l í m e t r o sobre la pieza t o d a v í a h ú m e d a . Se trata
A P É N D I C E 10: Utensilios del taller artesanal. Mezcladora de pastas. Mor-
teros. Molino de bolas. Torno. Cabina de esmaltar. Compresor. Tami- del m é t o d o c e r á m i c o c r o m á t i c o m á s a n t i g u o que utilizó el h o m -
ces. Mallas, 186. bre p r i m i t i v o , muchos milenios antes de la i n v e n c i ó n del esmal-
te. Los i n d í g e n a s americanos no e m p l e a r o n el esmaltado, sino
A P É N D I C E 1 1 : Cómo hacer un molde de yeso, 200.
que se valieron del engobe para dar color y e x p r e s i ó n a sus
A P É N D I C E 12: Higiene en el taller. Enfermedades profesionales del piezas, s u b o r d i n á n d o l o siempre a la f u n c i ó n . C r e a r o n así vasi-
ceramista, 216. jas realmente admirables, como los engobes de Nazca ( P e r ú ) ,
sobresalientes tanto p o r la suavidad de sus matices, t e x t u r a y
A P É N D I C E 13: Hornos caseros. El hornito de maceta. El hornito de coci-
na. El hornito de una sola garrafa, 223. dibujos como p o r la m a e s t r í a de su a p l i c a c i ó n , m a n t e n i e n d o
siempre el nivel de la e x p r e s i v i d a d artística a una a l t u r a rayana
A P É N D I C E 14: Gres de media temperatura (1140°). Formulario de pas- con la s u b l i m i d a d p o é t i c a . Y t o d o ello d e n t r o de la m á s absoluta
tas y de esmaltes. Óxidos. Engobes, 2 5 1 . s i m p l i c i d a d y c á l i d o i n t i m i s m o , sin p e r d e r n u n c a de vista la
A P É N D I C E 15: Método Condorhuasi para la determinación rápida del modesta s u b o r d i n a c i ó n a la f u n c i ó n que la pieza d e b í a desem-
porcentaje de impurezas en una arcilla, 260. p e ñ a r . El engobe constituye u n a t é c n i c a c e r á m i c a y a r t í s t i c a p r o -
piamente americana (aplicable tanto a la vasijería c o m o al m u r a l
o a la escultura), tal vez la ú n i c a t é c n i c a c e r á m i c a que orgullosa-
mente podemos e x h i b i r como p r o p i a los americanos, pues en

LO 1 1
la A m é r i c a i n d í g e n a llego a su p e r f e c c i ó n m á x i m a , no supera- Los engobes propiamente dichos presentan el aspecto na-
da, y s ó l o d e c a y ó a p a r t i r d e l c o l o n i a j e . Y decimos t u r a l de una pasta c e r á m i c a desnuda, tienen t e x t u r a m á s o me-
" o r g u l l o s a m e n t e " p o r q u e , a d e m á s de ser a m e r i c a n a , es nos lisa s e g ú n que se los haya b r u ñ i d o o no, su aspecto visual es
inigualable p o r la frescura y autenticidad terrea que c o m u n i c a mate y t á c t i l m e n t e distan de lo vitreo. Con t o d o , el p u l i d o o
a la pieza, i n c o r p o r á n d o s e a ella con n a t u r a l i d a d , cosa i m p o s i - b r u ñ i d o del engobe en estado semiseco le c o m u n i c a u n b r i l l o
ble de obtener mediante otras técnicas (incluso el esmaltado), alegre y fino, nada artificial, como se puede c o m p r o b a r , p o r
que en m a y o r o m e n o r m e d i d a invariablemente se nos apare- ejemplo, c o n c u r r i e n d o a los museos de a r q u e o l o g í a y a n t r o p o -
cen c o m o "superpuestas" y exteriores a la pieza, salvo excepcio- logía a fin de observar los engobes de las vasijas de culturas
nes. L a estética i n d í g e n a , en lo referente al color, se situaba en arqueológicas.
el p o l o opuesto a lo llamativo y estridente. El engobe constituye Los i n d í g e n a s argentinos t a m b i é n a p l i c a r o n engobes sobre
así u n fiel reflejo de la c o n t e x t u r a m e n t a l silenciosa y p r o f u n d a sus vasos, d e s t a c á n d o s e especialmente los de las culturas del
t í p i c a del i n d í g e n a , emparentada con la estética Zen. Noroeste y los de las c h a c o s a n t i a g u e ñ a s . Por lo general, los i n -
El engobe n a c i ó de la o b s e r v a c i ó n del h o m b r e p r i m i t i v o de d í g e n a s p r e c o l o m b i n o s e n g o b a r o n siempre sus piezas, salvo las
f q u e en la naturaleza e x i s t í a n arcillas de diferente color (rojas y negras. A ú n las m á s sencillas vasijas de b a r r o rojo, sin decorar,
blancas de variables matices), con las que p o d í a n colorearse las presentan u n simple b a ñ o o engobe m u y delgado de t o n o m á s
piezas, al aplicarse unas sobre otras. El engobe m á s a n t i g u o , oscuro, que se aplicaba m u y d i l u i d o con el p r o p ó s i t o de realzar
p o r ejemplo, datable en varios milenios antes de nuestra Era se el color cuando el del b a r r o era m u y apagado o claro. Los engo-
e n c u e n t r a en Asia, y consiste simplemente en arcilla blanca o bes comunes o p r o p i a m e n t e dichos p o r lo general no son i m p e r -
crema aplicada sobre u n a pieza confeccionada con b a r r o rojo. meables. Los i n d í g e n a s i m p e r m e a b i l i z a b a n sus vasijas l l e n á n -
A l esgrafiarse el engobe blanco (sgraffíto) s e g ú n u n a guarda o dolas con leche y d e j á n d o l a s así en reposo d u r a n t e unas sema-
dibujo, reaparece el color rojo oscuro del b a r r o de la pieza p r o - nas, o bien u n t á n d o l a s p o r d e n t r o con grasas o resinas vegeta-
d u c i e n d o u n efecto de contraste. les. El b r u ñ i d o o p u l i d o del engobe t a m b i é n lo i m p e r m e a b i l i z a .
Por o t r a parte, para el ceramista m o d e r n o el engobe resul- T o d o engobe debe l l e v a r c i e r t o p o r c e n t a j e de agente
ta siempre m u c h o m á s e c o n ó m i c o que el esmalte, tanto p o r la vitrificador (en la actualidad u n esmalte transparente), el que,
b a r a t u r a de su materia p r i m a : la arcilla, como p o r el hecho de al fundirse d u r a n t e la cocción, favorece la adherencia del engobe
que la pieza engobada requiere sólo u n a c o c c i ó n , ya que se lo a la pasta, al t i e m p o que lo hace m á s fuerte, resistente y benefi-
aplica estando la pieza t o d a v í a h ú m e d a . cia el color. Este porcentaje generalmente oscila a l r e d e d o r del
A d v e r t i m o s que muchos ceramistas mal i n f o r m a d o s , c i n - 10 %, aunque a veces puede llegar a u n 30 %, s e g ú n sus c o m p o -
c l u s o escuelas de c e r á m i c a , d e n o m i n a n " e n g o b e s " a las nentes, sin alterar el aspecto mate.
barbotinas coloreadas, o bien a la a p l i c a c i ó n de pigmentos^so-
b r e bizcocho. De esas t é c n i c a s se h a b l a r á especialmente en el Los engobes vitrificados son los mismos que los anterio-
C a p í t u l o 22 de este m i s m o T o m o . res, con la diferencia de que el porcentaje de agente vitrificador
asciende a u n 30-50 %, con lo que el engobe ofrece casi el aspec-
TIPOS DE ENGOBES to de u n esmalte. En realidad, cualquier engobe puede conver-
tirse en esmalte con sólo a u m e n t a r el porcentaje del elemento
Clasificamos los engobes en cuatro grandes tipos: engobes vitrificante i n c l u i d o en él. Estos engobes vitrificados son i m p e r -
p r o p i a m e n t e dichos; engobes vitrificados; engobes bajo esmal- meables y m u y resistentes, a la vez que resultan m á s baratos
te; y b a ñ o o lechada. que los esmaltes.

12 13
Regulando el mayor o menor porcentaje de esmalte trans- Color y d e c o r a c i ó n
parente, se puede lograr engobes m á s o menos vitrificados, a
gusto del ceramista, o sea que se puede controlar el grado de L o s engobes pueden ser blancos (incoloros) o coloreados
vitrificación en función del aspecto o textura deseados. con ó x i d o s metálicos o con pigmentos para bajo cubierta, como
se verá en su lugar. A d e m á s , sobre ellos se puede decorar ya sea
E l engobe bajo esmalte es el primer tipo de engobe pro- grabando un dibujo con una punta (esgrafiado) estando todavía
piamente dicho al que nos hemos referido, sobre el que se apli- h ú m e d o s ; o dibujando con pigmentos u ó x i d o s cuando se ha-
ca d e s p u é s de su primera cocción una capa de esmalte transpa- llan bien secos pero antes de llevarlos al horno. C o n ellos es
rente incoloro (o levemente coloreado), en su totalidad o sólo posible textular, aplicándolos con gruesa capa, o con los dedos, o
en ciertas partes, el que realza el color del engobe cuando lo a espátula. Pueden aplicarse al modo tradicional ( s e g ú n esque-
cubre y, con frecuencia, lo modifica mucho, permitiendo obte- mas y d i s e ñ o s medidos), o bien informalmente (con absoluta
ner así mayor variedad cromática, impermeabilidad y protec- libertad, mediante recursos geslnales o procesales). Pueden ser
ción para la pieza, la que puede lavarse con facilidad o dejarse a mates (sin pulir); ásperos (poco molidos); o bien b r u ñ i d o s (muy
la intemperie. pulimentados, a la manera i n d í g e n a ) . E n fin, es enorme el cam-
po de las posibilidades expresivas que permiten los engobes,
E l b a ñ o o lechada, típico de la cerámica a r q u e o l ó g i c a , con- como se verá en sus respectivos lugares de este C a p í t u l o .
siste en una simple capa o b a ñ o muy delgado de arcilla natural-
mente coloreada que se aplica sobre la pieza a fin de darle color, COMPOSICIÓN Y MATERIAS PRIMAS
no textura. Su p r e p a r a c i ó n es la misma que la de los engobes
que vamos a estudiar, con la diferencia de que se lo aplica con E n la c o m p o s i c i ó n de los engobes entran cinco tipos de in-
exceso de agua, es decir que su consistencia no es la indicada gredientes: I ) L a sustancia arcillosa formada por arcilla blanca
para lograr espesor de capa. E n cerámica a r q u e o l ó g i c a consiste o roja, y a veces caolín. 2) E l o los antiplásticos, como el cuarzo,
por lo general sencillamente en arcilla muy roja diluida en agua. carbonato de calcio, feldespato, ó x i d o de cinc, etc. 3) E l
Su color rojo m á s oscuro que el de la pasta con que se hizo la vitrificante o esmalte transparente incoloro. 4) E l ó x i d o o
pieza se debe a que esa arcilla contiene porcentajes muy eleva- pigmento colorante. 5) Los agentes reguladores de la consis-
dos de ó x i d o s de hierro, a veces con un poco de manganeso, lo tencia, viscosidad, s u s p e n s i ó n y adhesivos que se incluyen en la
que los hace m á s oscuros y colorantes. Existen ciertas varieda- pasta o barbotina, ya que se los aplica ppr vía h ú m e d a , es decir,
des de ó x i d o s de hierro de color muy atractivo, algunas son mezclando todo con adecuados porcentajes de agua (éstos últi-
algo violáceas, otras moradas, otras m a r r o n á c e a s . Nosotros uti- mos se estudiarán separadamente, dado Ío específico de su pre-
lizamos mucho ciertas variedades de este ó x i d o , que recogemos paración).
directamente en las sierras del Noroeste, para bañar vasijas o Debido a que las pastas de baja temperatura están com-
realizar bandas o esgrafiados sobre piezas recién hechas ( h ú m e - puestas casi siempre por un 70 % de sustancia arcillosa y un
das), y lo aplicamos puro (sin vitrificantes). Sus matices no se 30 % de antiplásticos (cuarzo, feldespato y carbonato de calcio),
pierden con la cocción. E l prolongado pulido o b r u ñ i d o del la c o m p o s i c i ó n del engobe deberá seguir aproximadamente esos
b a ñ o algo seco le comunica cierto brillo en superficie, c o m ú n porcentajes a fin de que coincidan los índices de c o n t r a c c i ó n de
en c e r á m i c a i n d í g e n a . la pasta y del engobe durante el secado. Es sabido que los engobes
se aplican sobre la pieza humecta, la que, al encoger durante su
secado, no debe ocasionar grietas sobre el engobe que la recubre

14 15
ni causar su desprendimiento. Para ello, ambos, pasta y engobe, rrollar muy buenos colores y actúa como necesario antiplástico
deben contraerse en medida similar. Pero dado que, en la prác- al incluírselo (solo o a c o m p a ñ a d o ) dentro del 30 por ciento usual.
tica, nunca es exactamente igual el coeficiente de c o n t r a c c i ó n E l feldespato en general perjudica y oscurece los colores en
de la pasta y del engobe, este último debe tener suficiente elas- bajas temperaturas. Ejerce una acción similar a la dcl-cuarzo
ticidad como para compensar la diferencia. como antiplástico. De manera que no conviene incluirlo, salvo
para temperaturas superiores a los 1190°C donde a c t ú a como
1) S u s t a n c i a arcillosa fundente. C o n todo, lo usamos como oscurecedor de algunos
colores en nuestro Formulario.
E l carbonato de. calcio permite obtener los m á s finos y delica-
L a arcilla blanca proporciona elasticidad y adherencia al
dos matices, imposibles de obtener con los d e m á s ingredientes.
engobe, por ello su contenido debe ser elevado. Ú s e s e una bue-
Por eso lo usamos con abundancia en nuestros engobes. L o s
na arcilla blanca, pura y de calidad constante. Se puede adqui-
colores que proporciona son suaves y originales. Se lo usará
rirla ya molida, en bolsas (sacos), y se la tamizará al preparar el
calcinado, es decir, que se colocará una cantidad del mismo en
engobe a fin de eliminar las partículas groseras que scimpre
un vaso de pasta blanca, sin tapa, y se lo h o r n e a r á a 1040°C o
contiene, como granos de arena y cuarcita, así como briznas,
s más. Así calcinado, no p r o d u c i r á problemas de burbujeado en
etc. Usese para ello una malla N 80. L o s caolines, cuando son
los engobes vitrificados o en aquellos que lo contienen en eleva-
p u r í s i m o s y de buena calidad, comunican al engobe una gran
do porcentaje. Se lo debe mezclar muy prolongadamente con
blancura, propiedad que realza notablemente los colores. L a -
los otros componentes. Conviene calcinarlo varias veces.
mentablemente, estos caolines que queman con extraordinaria
blancura ya son muy difíciles de conseguir o resultan demasia- E l óxido de cinc, también calcinado como el de calcio, consti-
rlos caros (importados). El caolín se introduce en el engobe a fin tuye un útilísimo ingrediente de los engobes, dado que permite
de proporcionar blancura; de manera que si su color post-coc- obtener muy buenos colores, sobre todo con ó x i d o s de cobalto,
ción es rosado o crema, no debe incluirse. E n ese caso es prefe- hierro y manganeso. Debe usarse la mejor calidad, pues hay
rible incluir solamente arcilla — a l menos en bajas temperatu- variedades muy impuras. Pídaselo para farmacopea.
ras—, la que siempre es m á s plástica y m á s adherente que los El carbonato ele calcio, así como el ó x i d o de cinc, actúan
caolines. E l color que proporcionan las arcillas es blanco pero como poderosos fundentes en presencia del vitrificante, de
no tan p i n o como el de los caolines p u r í s i m o s (primarios). U n a manera que su inclusión deberá controlarse o limitarse para
buena arcilla de elevada calidad debe contener ínfimos porcen- prevenir el defecto de la excesiva vitrificación del engobe.
tajes de ó x i d o s de hierro o de cal, y su color d e s p u é s de horneada Tanto el cuarzo, como el feldespato, el carbonato de calcio
debe ser blanco, no rosado y mucho menos rojizo. Si su color de y el ó x i d o de cinc, actúan como antiplásticos a la vez que mo-
c o c c i ó n es amarillento, rosado o rojizo, ello significaría que con- difican los colores del engobe en que se los incluye. Se los debe
tiene porcentajes de ó x i d o de hierro que la impurifican y la adquirir puros, de proveedores serios, y ya molidos a malla
ü

hacen inapta para obtener buenos colores con engobes (salvo N 200. Si están poco molidos o mal mezclados, los engobes no
que se desee obtener engobes rojizos o marrones). desarrollan correctamente su textura ni su color. Tampoco (li-
ben estar excesivamente molidos, no sobrepasar la malla indi
cada.
2) A n t i p l á s t i c o s
Puede usarse otros ingredientes para componei engobes,
2
como la dolomita (carbontato de calcio y magnesio), la que ejei
El cuarzo, molido a malla N 200, beneficia a los engobes ya
ce una acción similar a la del carbonato de cali io que nosotros
que impide < uarteaduras en bajas temperaturas, permite desa-

lo 17
usamos d e b i d o a su m a y o r pureza. El carbonato de bario (tóxi- das, del 30 p o r ciento p o r ejemplo, su c o m p o r t a m i e n t o puede
co) t a m b i é n puede usarse con efecto similar. c o m p r o m e t e r el resultado final. Se d e b e r á efecuar pruebas de
C u í d e s e m u c h o para no usar materias primas equivocadas, h o r n o antes de arriesgar la pieza. N o usar esmaltes excesiva-
o adulteradas, o de mala calidad (impuras). C o n frecuencia se m e n t e "blandos", como los que f u n d e n a 850°, si es que se va a
las vende equivocadas (cuarzo p o r feldespato o, peor, carbona- hornear a m á s de 1000°C.
to de calcio en vez de cuarzo). O x i d o de cinc con sulfatos, o Nuestros i n d í g e n a s utilizaban salitre (nitratos de sodio y
esmaltes vitrificantes equivocados son t a m b i é n causas comunes potasio) n a t u r a l , existentes en salares de las zonas serranas d e l
de desastres. Cada ceramista serio d e b e r í a conocer " d i a g n ó s t i - Noroeste, c o m o agente vitrificante y fijador de sus engobes. Estos
co de materiales c e r á m i c o s " y tener u n modesto l a b o r a t o r i o . t i e n e n cierto grado de vitrificación, y m u y b u e n a adherencia
C o n s ú l t e s e al respecto nuestro l i b r o Diagnóstico de Materiales (no "se salen" al pasar el dedo), lo cual sólo es posible m e d i a n t e
Cerámicos. El Laboratorio del Ceramista. la inclusión de sustancias vitreas (que se f u n d e n en el h o r n o ) .
Usaban t a m b i é n en casos arcillas salitrosas para ese m i s m o fin,
3) Esmalte vitrificador que afloran en la superficie de los salares y lagos desecados de
regiones m o n t a ñ o s a s
L o m á s p r á c t i c o es usar u n esmalte p l ú m b i c o fritado, trans-
parente e incoloro, de los usuales para bajo cubierta. Debe f u n d i r 4) Colorantes
a la misma t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n del engobe. Estos esmaltes
suelen llamarse "de m e d i o p l o m o " ya que n o son del t o d o
Los ó x i d o s colorantes desarrollan cada u n o su t í p i c o color,
p l ú m b i c o s . T a m b i é n es posible usar esmaltes alcalinos (sin p l o -
modificado en mayor o menor grado s e g ú n la a c c i ó n de los de-
mo) c o m o agente vitrificador del engobe, y de hecho los hemos
m á s ingredientes del engobe. Observando las f ó r m u l a s que i n -
usado. Sin embargo, cierto porcentaje de p l o m o realza y desta-
cluimos en nuestro Fot m i l i a r i o , p o d r e m o s c o m p r e n d e r c u á l es
ca los colores, mientras que el esmalte alcalino hace v i r a r a l g u -
el color que desarrolla cada ó x i d o (el que, repetimos, p u e d e ser
nos matices. Aconsejamos usar esmaltes p l ú m b i c o s para piezas
m u y alterado s e g ú n la acción de modificadores tales c o m o el
decorativas o artísticas, y alcalinos para vajilla (platos, tazas).
calcio y el cinc). Empleamos carbonatOS en lugar de ó x i d o s , cuan-
Ello d e b i d o a la posible t o x i c i d a d del p l o m o c o n t e n i d o en es-
do ello es posible, dado que p e r m i t e n obtener u n a m a y o r dis-
maltes p l ú m b i c o s (Ver "Manual de Esmaltes Cerámicos", T o m o 1,
p e r s i ó n del elemento colorante y una mezcla m á s r á p i d a e í n t i -
Cap. 1).
ma, ya que la partícula de los carbonatos es p e q u e ñ í s i m a en
El esmalte a ñ a d i d o al engobe se p e s a r á m u y exactamente comparación con la de sus respectivos ó x i d o s . U n ó x i d o m a l
en una buena balanza y se m e z c l a r á m u y prolongadamente j u n t o mezclado no d e s a r r o l l a r á su color c a r a c t e r í s t i c o , o p r o d u c i r á
con los otros ingredientes. Este esmalte al ser mezclado con el puntitos oscuros (que a veces el ceramista artístico b u s c a r á deli-
engobe c r u d o , a c t ú a c o m o a n t i p l á s t i c o ( d u r a n t e el secado) y beradamente).
reduce su e n c o g i m i e n t o , ya que es una especie de v i d r i o m o l i -
El ó x i d o de cobre p e r m i t e obtener color o c r á c e o o verde,
do. D u r a n t e la c o c c i ó n , al llegar a su t e m p e r a t u r a de fusión, sus
s e g ú n el modificador presente (cuarzo o calcio, respectivamen-
propiedades son otras ya que se funde y rellena los poros de la
te). El de cobalto p r o d u c e diferentes matices celestes y azules,
pasta del engobe, con lo que é s t e encoge m á s y pierde elastici-
s e g ú n los ingredientes que lo a c o m p a ñ e n y el porcentaje con
dad (se vitrifica). T a n t o la acción a n t i p l á s t i c a (en c r u d o ) c o m o la
que se lo incluya (a m a y o r porcentaje de ó x i d o o p i g m e n t o co-
vitrificante (al final de la c o c c i ó n ) , s e r á n mayores o menores
lorante el color se oscurece). El óxicío de h i e r r o p r o d u c e tonos
s e g ú n el porcentaje de esmalte i n c l u i d o . C o n adiciones eleva-
desde rosados, hasta rojizos o m a r r o n á c e o s y tierras, s e g ú n su

18 19
porcentaje y modificador presente. El de manganeso p r o d u c e des. Estudiaremos el m o d o de p r e p a r a c i ó n y de a p l i c a c i ó n de
tonos pardos o m a r r o n á c e o s y t a m b i é n grises. El de c r o m o da los m á s usuales. El C M C y la goma a r á b i g a son m á s caros p e r o
colores verdosos apagados. se usa m e n o r c a n t i d a d de estos adhesivos en polvo. L a gelatina,
Los ó x i d o s u t i l i z a d o s p a r a p r e p a r a r engobes d e b e r á n las colas y la d e x t r i n a son m á s baratas p e r o se u s a r á n m a y o r
molerse m u y finamente con m o r t e r o , o h a c i é n d o l o s pasar va- cantidad de ellas p o r litro de agua al prepararlas. Estos adhesivos
rias veces entre dos vidrios esmerilados hasta porfirizarlos. Así i m p i d e n t a m b i é n la excesiva d i s o l u c i ó n de las materias p r i m a s
hacemos nosotros c u a n d o utilizamos pigmentos que p r e p a r a - solubles, evitando que cristalicen en la superficie y p e r j u d i q u e n
mos en el taller, u ó x i d o s naturales. N o resulta h o m o g é n e a la así el color del engobe y su vitrificación.
p i g m e n t a c i ó n cuando se usan ó x i d o s m a l m o l i d o s o de g r a n o
grueso. Dicha m o l i e n d a puede realizarse en h ú m e d o , para faci- Goma arábiga
litar la o p e r a c i ó n , dejando d e s p u é s a secar el ó x i d o antes de
usarlo. Moler, lavar, secar, buscar pigmentos en las sierras, son Preparación: 1:10 (o sea, 1 gr. de goma en polvo se disuelve
todas operaciones que siempre d e b e r á llevar a cabo el ceramista 3
en 10 c m de agua; o bien 50 gr. de goma en 500 c m de agua. s

que desee llegar al nivel de la autenticidad e i n t e g r a c i ó n consi- 3


Aplicación: 1:20 (o sea, 1 c m de la s o l u c i ó n a n t e r i o r en 20
go m i s m o y con su e n t o r n o n a t u r a l y h u m a n o . L a a r t i í i c i o s i d a d s 3
c m de engobe; o bien 50 c m de goma l í q u i d a disuelta en 1
y d e s i n t e g r a c i ó n ciudadana es p u r o onanismo artisicoide que l i t r o de engobe).
a c a r r e ó el consumismo.
C o m o elemento p i g m e n t a n t e se puede usar t a m b i é n colo- CMC (carboximetiicelulosa)
res para bajo cubierta. Estos colores desarrollan m e j o r su color
3
(modificado a veces en g r a n m e d i d a al incluirlos en los engobes) Preparación: 1:100 ( o sea 1 gr. de C M C en 100 c m de agua;
dado que se hallan m o l i d o s a malla 400. A m a y o r m o l i e n d a » d e l o bien 10 gr. de C M C en 1 l i t r o de agua).
p i g m e n t o o del ó x i d o colorante, el color se desarrolla m á s ple- Aplicación: 1:200 (o sea, 1/2 cm? de s o l u c i ó n de C M C en
na e intensamente. El inconveniente de estos pigmentos reside 100 c m ' de engobe; o bien 5 cnv' de esta s o l u c i ó n en 1 l i t r o de
en su elevado precio (cuando se los c o m p r a ) . Por esta causa, en engobe).
nuestras f ó r m u l a s de engobes tratamos de evitarlos c u a n d o es
posible. R e c o m e n d a m o s al ceramista p r e p a r a r sus p r o p i o s Dextrina (de trigo)
pigmentos, siguiendo las f ó r m u l a s del c a p í t u l o respectivo en
este mismo T o m o . Preparación: 1:50 (o sea, 1 gr. de d e x t r i n a en p o l v o se d i -
1
suelve en 50 c m de agua; o bien 20 gr. de d e x t r i n a e n u n l i t r o
de agua).
5) ADHESIVOS PARA ENGOBES 3
Aplicación: 1:100 (o sea, u n c m de s o l u c i ó n de d e x t r i n a en
A l igual que los esmaltes, los engobes deben t a m b i é n apli- 100 c m ' de engobe; o bien 10 c m ' ele d e x t r i n a disuelta en 1 l i t r o
carse con adhesivos o agentes que facilitarán su adherencia a la de engobe).
pieza, con lo que se e v i t a r á que se despeguen d u r a n t e el secado,
Gelatina. Cola de c o n e j o . Cola de p e s c a d o
al m i s m o t i e m p o que se favorece la a p l i c a c i ó n al a u m e n t a r la
s u s p e n s i ó n de la pasta de engobe, la que se hace m á s plástica,
Preparación y aplicación: igual que las de goma arábiga,
flexible y untuosa. Existen adhesivos de varios precios y calida-

20 '.'I
Estos adhesivos se a d q u i e r e n en polvo seco, menos la cola
que se e x p e n d e en escamas. Se pesa las cantidades que se desea
preparar, se coloca el agua necesaria en u n recipiente y se vierte
poco a poco el adhesivo, r e v o l v i e n d o m u y bien a fin de e l i m i n a r
g r u m o s . Luego se deja t o d o en r e m o j o unas horas o u n d í a
hasta que se disuelva p o r completo. Á c o n t i n u a c i ó n , y revol-
v i e n d o siempre, se calienta la s o l u c i ó n a fuego m u y lento o a
b a ñ o de M a r í a , dejando h e r v i r de 3 a 5 m i n u t o s a llama m u y
baja. Se deja enfriar todo, se revuelve m u y bien y, estando toda-
vía tibio, se lo tamiza a t r a v é s de u n tamiz de malla N'-' 80, a p r o x i -
m a d a m e n t e , para e l i m i n a r g r u m o s . Si es necesario, se a y u d a r á
el tamizado con u n trozo de esponja bien l i m p i a . A fin de que
:l
n o fermente se a ñ a d i r á a la s o l u c i ó n 2 c m de f o r m o l p o r l i t r o ,
siempre que la desee g u a r d a r cierto t i e m p o .
El arte de p r e p a r a r buenas gomas consiste en saber i n t u i r
el p u n t o en que la s o l u c i ó n caliente es fluida, viscosa, h o m o g é - Después de pesados, los Ingredientes del engobe se molerán muy prolonga-
nea y sin g r u m o s n i burbujas. Para ello hay que c o n t r o l a r el damente en mortero (no es posible mezclarlos en frascos con cuchara). El agua
"sii o p " h a c i é n d o l o fluir a lo largo de u n a paleta o cuchara. C u a n - se deberá medir exactamente con probeta graduada (esencial).
d o fluye f á c i l m e n t e en c h o r r o m u y fino, u n i f o r m e y cristalino,
que p u e d e llegar a ser en e x t r e m o delgado sin que se q u i e b r e ,
es s e ñ a l de que se ha l o g r a d o la consistencia adecuada. De lo u s a r á al o t r o d í a , se r e v o l v e r á nuevamente t o d o m u y b i e n antes
contrario h a b r á que revolver p o r m á s tiempo y calentar de nuevo. de aplicarlo hasta que entre en s u s p e n s i ó n .
N o c o n f u n d i r las f ó r m u l a s de p r e p a r a c i ó n de adhesivos que
Existen muchos otros adhesivos, que la p r á c t i c a y la histo-
se i n c l u i r á n en esmaltes, con los mismos que se u s a r á n al aplicar
ria m a n t i e n e n o m a n t u v i e r o n en uso. Incluso los porcentajes
recomendados p u e d e n modificarse u n poco en f u n c i ó n del t i p o engobes. Estos ú l t i m o s se p r e p a r a r á n m á s viscosos ( p o r l o gene-
de engobe, m o d o de a p l i c a c i ó n , etc. Por ejemplo, u n engobe ral con el doble de densidad).
con bajo c o n t e n i d o de sustancia arcillosa (para altas t e m p e r a t u -
ras) n e c e s i t a r á m a y o r porcentaje de adhesivos para su fácil a p l i - PREPARACIÓN DEL ENGOBE
i ación.
Los engobes con elevado porcentaje de sustancia arcillosa
La goma de tragacanto se p r e p a r a y se aplica como el C M C .
y escaso de vitrificante p e r m i t e n obtener mejor adherencia, ca-
1.1 a l m i d ó n como los otros adhesivos que hemos estudiado. Puede
pacidad c u b r i t i v a y plasticidad; p e r o los buenos colores que se
t a m b i é n usarse ú t i l m e n t e clara de huevo, harina, a z ú c a r disuel-
obtiene con ellos n o son muchos. Por el c o n t r a r i o , los engobes
I . I en agua, miel, pepitas de m e m b r i l l o hervidas; o p r o d u c t o s
con m e n o r c o n t e n i d o de sustancia arcillosa y elevados p o r c e n -
quíl s < orno alginatos o sustancias que f o r m a n soluciones vis-
tajes de a n t i p l á s t i c o s y vitrificante p e r m i t e n l o g r a r los mejores
i i IS.IS.
matices. S e r á necesario efectuar pruebas hasta o b t e n e r el color
rodas e s t a s gomas, adhesivos o coloides o r g á n i c o s se mez- y t e x t u r a deseados sin que se presenten defectos, c o m o el cuar-
i E n . n i muy prolongadamente con la barbotina del engobe en el
teado y agrietado del engobe. Para p o d e r e l i m i n a r l o s , se m o d i -
momento d< su aplicación C u a n d o el engobe ya p r e p a r a d o se

T2 23
ficará la c o r r e l a c i ó n de materiales y componentes o se c o r r e g i r á
ello n i se mezcla n i — m u c h o menos— se muele. Es i m p r e s c i n -
la a p l i c a c i ó n del engobe s e g ú n se i n d i c a r á en el apartado refe-
dible usar m o r t e r o s y p i l ó n , tal c o m o lo h a c í a n los i n d í g e n a s y
rente a defectos.
los p r i m i t i v o s .
U n a vez elegida la f ó r m u l a que se e m p l e a r á para p r e p a r a r
Las instalaciones industriales u s a r á n grandes m o l i n o s de
el engobe, se p e s a r á n exactamente todos los materiales c o m p o -
bolas; o bien agitadoras de pasta, accionadas m e d i a n t e u n a h é -
nentes (en polvo seco) en una balanza adecuada y confiable (de
lice adecuada que impulse la mezcla de abajo hacia a r r i b a sin
dos platillos). A m e d i d a que se los pesa, se los i r á a r r o j a n d o a u n
p r o d u c i r burbujas de aire. El ceramista artístico o artesanal ge-
mortero de porcelana o de v i d r i o d o n d e se los m e z c l a r á y m o l e r á
neralmente m o l e r á y m e z c l a r á sus engobes a m a n o . Para facili-
perfectamente, en seco, haciendo girar el p i l ó n con v e l o c i d a d y
tar su trabajo, cuando se trate de p r e p a r a r bastante c a n t i d a d de
fuerza. U n a h o r a de m o l i e n d a en seco, p o r lo menos, s e r í a lo
engobe, recomendamos utilizar u n m o r t e r o de p o r l o menos 35
deseable. R e c u é r d e s e siempre que u n a buena m o l i e n d a es ne-
cm de d i á m e t r o (para 1 k g de pasta).
cesaria para que el engobe desarrolle b u e n color y t e x t u r a . Por
o t r a parte, n o o t r o era el "secreto" de los antiguos ceramistas A c o n t i n u a c i ó n se a ñ a d i r á el agua, de a poco, a f i n de n o
sino el m o l e r incansablemente, con amor, sin histerismo i m p a - favorecer la f o r m a c i ó n de g r u m o s en el engobe, u t i l i z a n d o una
ciente. N o sirve el m é t o d o "ciudadano" o "de cocina" de mez- probeta o frasco g r a d u a d o para m e d i r l a . El porcentaje de agua
clar engobes o esmaltes a cuchara en una cacerola o frasco; con agregada o s c i l a r á entre u n 60 y u n 80 % en peso, es decir que se
:l
a ñ a d i r á de 600 a 800 c m de agua p o r cada k g de engobe seco.
N o podemos recomendar u n porcentaje exacto de agua para
todos los tipos de engobes, ya que dicha c a n t i d a d d e p e n d e r á
del m é t o d o de a p l i c a c i ó n y, t a m b i é n , de la c o m p o s i c i ó n del
engobe. Por ejemplo, u n engobe que se a p l i c a r á a pinceleta,
r e q u e r i r á suficiente cantidad de agua como para que la misma
c o r r a f á c i l m e n t e sobre la pieza depositando sin d i f i c u l t a d el
engobe con su debida consistencia; mientras que, si se lo aplica
con compresor y pistola de aire, la mezcla s e r á m á s f l u i d a ( m á s
agua). Por otra parte, ciertas f ó r m u l a s que c o n t i e n e n m a y o r
porcentaje de arcilla y escaso de a n t i p l á s t i c o r e q u e r i r á n mayo-
res cantidades de agua, ya que la arcilla la absorbe á v i d a m e n t e
mientras que el cuarzo, el feldespato, etc., no la absorben. Así,
los engobes de altas temperaturas que contienen poca arcilla,
requieren poca agua. T a m b i é n influye en d i c h o porcentaje el
estado de h u m e d a d de la pieza que se h a b r á de engobar: si se
halla m u y h ú m e d a , poco h ú m e d a , semiseca, etc. U n a pieza re-
cién t e r m i n a d a , con mucha h u m e d a d , n e c e s i t a r á de u n engobe
bastante fluido para que pueda encoger j u n t o con la pieza sin
cuartearse. Por el c o n t r a r i o , si el engobe se aplicará sobre una
pieza ya bastante seca, el porcentaje de agua necesaria lera
menor, pues d i c h o engobe d e l i c i a aplicarse bastante espeso \
Aplicación del engobe sobre una figura cuya pasta se halla todavía h ú m e d a . C a d a
tanto se deberá revolver la suspensión del engobe (espeso). denso (con menos agua). La p r á c t i c a y la expei ient ¡a adi | la

24
te y adhesivo*. L a f o r m a c i ó n de bacterias favorece la plasticidad
en el trabajo i n d i c a r á n al ceramista el porcentaje adecuado de
del engobe y facilita su a p l i c a c i ó n . C o n t o d o , si se lo estacionara
agua, d e n t r o del m a r g e n i n d i c a d o dei 60 al 80 % (a veces p u e d e
varias semanas, sobre todo en t i e m p o caluroso, p u e d e f e r m e n -
ser m á s ) .
tar y p r o d u c i r s e burbujas nocivas. En ese ú l t i m o caso se a ñ a d i r á
U n a vez agregada el agua, se m e z c l a r á t o d o n u e v a m e n t e
al agua u n 2 % de f o r m o l . U n b u e n engobe, para p o d e r aplicar-
d u r a n t e u n a media hora, ya que el agua disuelve g r u m o s de
se, debe ser untuoso, agradable en su viscosidad y m u y placente-
ó x i d o s y el color se d e s p e r s a r á m á s f á c i l m e n t e . Esto es especial-
ro por su aspecto y fluidez.
m e n t e necesario c u a n d o el engobe contiene m á s de u n ó x i d o
Si se desea espesar u n engobe demasiado l í q u i d o , se le agre-
colorante. E n este ú l t i m o caso es recomendable p r i m e r o mez-
g a r á m u y p e q u e ñ o s porcentajes de b ó r a x o sal de cocina disuel-
clar bien todos los colorantes con u n poco de cuarzo o de arcilla
t o s en agua. P o r el c o n t r a r i o , si se lo desea hacer m á s f l u i d o sin
del m i s m o engobe y luego volcarlos al m o r t e r o para mezclarlos
agregarle m á s agua, se le a ñ a d i r á una p e q u e ñ a c a n t i d a d de car-
con el total. Así la mezcla se h a r á mejor y m á s r á p i d a m e n t e .
bonato de sodio t a m b i é n disuelta en agua. U n 1 % de este car-
I n m e d i a t a m e n t e , se m e d i r á el v o l u m e n total del engobe al
bonato p e r m i t e l o g r a r mejor adherencia del engobe a la pieza.
que acabamos de a ñ a d i r el agua, a fin de p o d e r calcular la can-
t i d a d de adhesivo r e q u e r i d a , s e g ú n se e x p l i c ó en el a p a r t a d o
Peso específico
anterior. Para dicha m e d i c i ó n se u s a r á una simple j a r r a gra-
d u a d a en c e n t í m e t r o s c ú b i c o s . U n a vez a ñ a d i d o el adhesivo,
El peso específico recomendado (o densidad) de u n engobe
n u e v a m e n t e se m e z c l a r á y r e v o l v e r á todo perfectamente, a fin
antes de su a p l i c a c i ó n , oscilará entre 1,35 y 1,80 en la m a y o r í a
de que d i c h o adhesivo se compenetre í n t i m a m e n t e con la pasta
del engobe y p u e d a a s í ejercer su b e n é f i c a a c c i ó n . de los casos. Acerca de su d e t e r m i n a c i ó n , c o n s ú l t e s e el C a p í t u l o
4 de este Curso Práctico, Tomo 1.
A fin de e l i m i n a r p a r t í c u l a s gruesas que p u e d a n contener
los materiales con que se p r e p a r a el engobe, conviene t a m i z a r l o
APLICACIÓN DEL ENGOBE
antes de aplicarlo (en su estado h ú m e d o ) . Para ello se lo h a r á
pasar p o r una criba o tamiz i n o x i d a b l e de malla N- 80. Noso-
Al igual que los esmaltes, los engobes p u e d e n aplicarse a
tros n o tamizamos los engobes puesto que usamos materiales
m a n o (con p i n c e l e t a ) ; m e d i a n t e pistola de a i r e ; p o r b a ñ o ,
bastante puros, que a d q u i r i m o s ya molidos, y dado que gene-
i n m e r s i ó n ; o bien a e s p á t u l a , con los dedos, etc. L a pieza p o r
r a l m e n t e los aplicamos a pinceleta o p o r i n m e r s i ó n o b a ñ o . Sin
engobar d e b e r á estar libre de polvo o cuerpos e x t r a ñ o s , que
embargo, cuando se los a p l i c a r á con pistola de aire, y c u a n d o se
i m p e d i r í a n la correcta adherencia del engobe. A d e m á s , en la
e m p l e a n materiales i m p u r o s o poco molidos, s e r á necesario ta-
gran mayoría de los casos, los engobes se aplican estando la pieza
mizar todos los engobes.
húmeda.
Es conveniente dejar estacionar o reposar la mezcla p o r lo
El ceramista artístico y artesanal casi siempre los a p l i c a r á a
menos 24 ó 48 horas antes de aplicarla. Así se e l i m i n a r á n las
pinceleta (pincel corto de p u n t a recta, chata y ancha). L a consis-
perjudiciales burbujas de aire a la vez que, al esponjarse e h i n -
tencia del engobe debe ser tal que p e r m i t a una a p l i c a c i ó n fácil y
charse los componentes, la capa del engobe se v o l v e r á m u c h o
u n a g r a d a b l e e m b a d u r n a m i e n t o . Si la pinceleta " n o c o r r e " , se
mas plástica, h o m o g é n e a y resistente. Los antiguos alfareros
,i< ost t i m b r a b a n envejecer varios días el engobe h ú m e d o (hasta
una semana o m á s ) , y luego lo h a c í a n hervir. Esto ú l t i m o favo- * R e c o n o c e m o s q u e en u n l u g a r de e n s e ñ a n z a n o es p o s i b l e d e j a r
rece la s u s p e n s i ó n del engobe a la vez que lo hace m á s resisten- e s t a c i o n a l los e n g o b e s , l o q u e n o p e r j u d i c a p u e s se p r e p a r a n cantidades
pequeñas.

27
Pesando los ingredientes del engobe, para después mezclarlos y molerlos m u y
bien e n mortero de porcelana.

p o d r á agregar u n poco m á s de agua al engobe, r e v o l v i é n d o l o


b i e n . Si se lo deja reposar o si se suspende el trabajo p o r varias
horas, se lo r e v o l v e r á nuevamente al volver a trabajar. A l a p l i -
carlo con pinceleta, se debe tratar de n o mezclar el engobe c o n
la pasta de la pieza cuando ésta se halla demasiado h ú m e d a ,
pues ello a l t e r a r á el color final. H a y que saber depositar la capa
del engobe sin "arrastrar" arcilla h ú m e d a de la superficie a la
pieza. Esto es especialmente i m p o r t a n t e cuando se engoba pie- Aplicación del engobe sobre una pieza h ú m e d a (con pinceleta c h a t a de punta
zas hechas con b a r r o rojo. recta).

Es esencial saber manejar la pinceleta de m a n e r a que ella


no deje burbujas de aire en la capa del engobe, las que p u e d e n
Algunos antiguos alfareros aplicaban p r i m e r o u n a o dos
hasta hacer que dicha capa se desprenda al secarse.
capas de engobe a fin de "taponar" la superficie de la pieza. La
C u a n d o se engoba sobre pastas con chamóle, se debe c u i d a r
dejaban secar unas horas o u n d í a y aplicaban entonces una
m u c h o el o b t u r a r los poros de la superficie de la pieza, para lo
tercera y cuarta capa. La q u i n t a o ú l t i m a capa se p u l í a , estando
cual se a p l i c a r á el engobe m á s ilútelo y se d e s p l a z a r á la pinceleta
t o d a v í a algo h ú m e d a , con una gamuza para que el engobe ad-
en varias direcciones (horizontal, vertical y oblicua). De lo con-
quiriera brillo (bruñido).
t r a r i o , d e s p u é s de la c o c c i ó n , a p a r e c e r á n poros sin cubrir.

28 29
El espesor de la capa del engobe c r u d o puede ser desde 1 a C u a n d o se desee hacer texturas en la capa del engobe, ellas
1,5 m i l í m e t r o s . C o n todo, a veces se aplican capas m u y delga- se r e a l i z a r á n a p l i c á n d o l o o bien con e s p á t u l a , o con los dedos, o
das, casi u n simple b a ñ o . El m i s m o ceramista d e b e r á escoger el con perilla de goma; o bien se lo g r a b a r á o m a r c a r á c o n cual-
espesor adecuado al d i s e ñ o de su pieza. En este t e r r e n o nos q u i e r p u n t a , h e r r a m i e n t a , utensilio, r e t í c u l a de tela o metal,
movemos d e n t r o de u n a l i b e r t a d m u c h o m a y o r que c u a n d o se peine, cepillo, brocha, matriz, sello, etc. Eso sí, a fin de evitar
trata de esmaltes. L o cierto es que los engobes no desarrollan que el engobe t e x t u r a d o se agriete en sus partes m á s gruesas se
buenos colores si n o se los aplica con capa suficientemente grue- r e a l i z a r á n pruebas, se las h o r n e a r á y, si es necesario, se agrega-
sa. A d e m á s , dicha capa de ser uniforme para que el c o l o r no rá mayor porcentaje de sustancia arcillosa y cuarzo al engobe, y
varíe. se rebajará la cantidad de vitrificante (lo que m o d i f i c a r á los co-
Nosotros aplicamos dos capas fumes de engobe espeso. lores de las f ó r m u l a s si se alteran demasiado los porcentajes:
Dejamos secar u n t i e m p o hasta que el engobe haya a d q u i r i d o pruébese primero con pequeñas adiciones de arcilla y cuarzo,
consistencia y cierta capacidad de a b s o r c i ó n como para p e r m i - del 5 al 1 0 % ) .
t i r que o t r a capa posterior "agarre". L a ú l t i m a capa debe c u b r i r L a a p l i c a c i ó n mediante pistola de aire, accionada con u n
todas las i r r e g u l a r i d a d e s de la superficie, salvo que se realice compresor de alta p r e s i ó n (para engobes espesos), e s t á espe-
texturas. cialmente indicada para grandes piezas. L a pistola debe tener
L a a p l i c a c i ó n m a n u a l del engobe requiere p r á c t i c a y expe- una boquilla bastante ancha a f i n de que el material espeso sal-
riencia, pues se "debe t o m a r la m a n o " a los diversos factores ga sin dificultad. Conviene colocar la pieza que se engoba sobre
que influyen decisivamente en el resultado final. Por ejemplo, u n a t ó r n e l a o base giratoria. El espesor de la capa debe ser u n i -
si se aplica el engobe con capa demasiado delgada, no se desa- f o r m e y grueso, s e g ú n ya se i n d i c ó . La densidad de los engobes
r r o l l a n i su color n i su t e x t u r a c a r a c t e r í s t i c o s . Si dicha capa es que se a p l i c a r á n mediante este m é t o d o debe ser baja, de a p r o x i -
demasiado gruesa, p o r el c o n t r a r i o , el engobe puede agrietarse
d u r a n t e el secado o en la c o c c i ó n . L a densidad o c a n t i d a d de
agua con que se a p l i c a r á u n engobe t a m b i é n se aprecia p o r ex-
periencia. Por ejemplo, si la pieza se halla demasiado h ú m e d a y
el engobe excesivamente denso o espeso, é s t e puede separarse
o descascararse d u r a n t e el secado de la pieza, la que, estando
m u y h ú m e d a , e n c o g e r á m u c h o , mientras que el engobe, dema-
siado seco, e n c o g e r á poco: la t e n s i ó n ejercida p o r la pieza es tal
que el engobe se desprende al secarse. Por el c o n t r a r i o , si la
pieza p o r engobar se halla semiseca, el engobe se a p l i c a r á m u y
espeso o denso para que la capa encoja poco (ya que la pieza
casi ha t e r m i n a d o de encoger); de n o ser así, el engobe se cuar-
t e a r á , al no p e r m i t i r l e la pieza encoger suficientemente.
Sobre pastas que encogen mucho (piezas m u y h ú m e d a s ; ar-
< illas m u y plásticas; pastas con poco a n t i p l á s t i c o y sin c h a m ó t e ;
barros rojos) se t r a t a r á de que el engobe encoja más, para lo cual
se a u m e n t a r á el porcentaje de arcilla en la f ó r m u l a o bien se lo
Pinceletas para aplicar engobes (permiten obtener u n a capa de espesor unifor-
aplicará con m á s agua. me, sin encimar).

SO 31
4

En ciertos países t a m b i é n se aplican engobes sobre piezas


secas e, incluso, sobre bizcocho. E n esos casos el c o n t e n i d o de
agua del engobe debe ser m í n i m o y se a u m e n t a r á el porcentaje
de a n t i p l á s t i c o s con respecto al de arcilla, la que se r e b a j a r á
hasta a l r e d e d o r del 35-40 % (los engobes aplicados sobre bizco-
cho casi n o deben encoger al secarse). L a arcilla, en t o d o o en
p a r t e , puede i n t r o d u c i r s e calcinada para evitar su c o n t r a c c i ó n
y p r e v e n i r cuarteaduras. En este caso, se u s a r á m a y o r c a n t i d a d
de adhesivos para reemplazar el agua.

SECADO

L a pieza engobada debe secarse lentamente, y lejos del sol


o de fuentes de c a l o r (estufas), a fin de n o p e r j u d i c a r la
adherencia de la capa del engobe sobre la pieza. R e l é a s e al res-
pecto lo d i c h o en el C a p í t u l o 10 de este Curso ( T o m o 1). U n
secado demasiado r á p i d o puede p r o d u c i r defectos en la m u t u a
a d a p t a c i ó n entre pasta y engobe, y provocar grietas o el des-
Engobando a pinceleta un mural con relieves (pasta todavía húmeda) p r e n d i m i e n t o de la capa del engobe. Es m á s peligrosa la p r i m e -
ra etapa del secado: cuando el engobe ya n o humedezca los
madamentc 1,30 (es decir que se a ñ a d i r á bastante agua), sobre dedos al tocarlo, se p o d r á acelerar g r a d u a l m e n t e el proceso y
t o d o si el compresor n o tiene suficiente potencia de salida. Ú s e - e x p o n e r la pieza p r i m e r o al aire y d e s p u é s al sol. C u a n d o se
se siempre una buena m á s c a r a protectora al utilizar compresor, trata de esculturas que han sido engobadas, se las c u b r i r á con
p o r el p e l i g r o de contraer silicosis. un plástico, tal como se i n d i c ó en el C a p í t u l o citado. U n engobe
El bario se utiliza para engobar partes interiores de las pie- recién aplicado no puede tocarse pues se d a ñ a la capa: al engobar
zas h ú m e d a s : se vierte suficiente engobe d e n t r o del vaso; se lo las piezas, c o l ó q u e s e l a s previamente sobre una tabla o disco de
hace g i r a r con rapidez a fin de que cubra toda la superficie y madera con papeles de d i a r i o debajo y d é j e s e l a s secar allí mis,-
luego se vuelca el sobrante al exterior. T a m b i é n se puede verter mo.
el engobe a chorros sobre el e x t e r i o r de las piezas: así se p o d r á
l o g r a r notables electos artísticos c o m b i n a n d o engobes de colo- COCCIÓN DE LOS ENGOBES
res a r m ó n i c o s .
L a inmersión se utiliza sobre t o d o en instalaciones i n d u s - La o p e r a c i ó n de h o r n e a r u n a pieza engobada no difiere de
triales. Con ella se logra u n i f o r m i d a d en la capa y rapidez en la la de h o r n e a r una pieza cruda. A l respecto, c o n s ú l t e s e lo d i c h o
a p l i c a c i ó n . Se debe sumergir la pieza c r u d a suavemente d e n t r o en el C a p í t u l o 12 de este Curso ( T o m o 2). Se t e n d r á especial
del engobe acuoso, para evitar la f o r m a c i ó n de burbujas o cá- cuidado, p o r o t r a parte, de espaciar y airear suficientemente las
maras de aire que i m p e d i r á n la adherencia del engobe e n zo- piezas d e n t r o del h o r n o , a fin de que la escasez de aire n o i m p i -
nas y c a u s a r á n la f o r m a c i ó n de poros. L a densidad debe ser da el correcto desarrollo de los colores de los engobes. A d e m á s ,
baja (1,30). Ú s e s e m u c h a goma o adhesivos. las piezas engobadas e s t a r á n distanciadas entre sí de manera

32
,111<- un engobe de d e t e r m i n a d o color n o altere el color d e l L a t e m p e r a t u r a de cocción es i m p o r t a n t í s i m a causa de va-
engobe vecino se se halla demasiado p r ó x i m o a él (debido a r i a c i ó n en el color de los engobes, sobre t o d o c u a n d o c o n t i e n e n
volatilizaciones de los ó x i d o s colorantes). L o m i s m o vale con m á s del 20 % de agente vitrificante. A m e d i d a que se a u m e n t a
la t e m p e r a t u r a de cocción, los diversos componentes del engobe
respecto a h o r n e a r piezas esmaltadas si se las estiba p r ó x i m a s a
se van f u n d i e n d o gracias a la a c c i ó n f u n d e n t e d e l esmalte
piezas con engobes. El engobe es d e l i c a d í s i m o al respecto, pues
vitrificante agregado, sobre t o d o el calcio, el cinc y, d e s p u é s , el
recibe volatilizaciones con facilidad provenientes de piezas veci-
feldespato. U n engobe con t e x t u r a mate calculado para 1020°C,
nas.
puede fundirse completamente y convertirse casi en u n esmalte
H o r n é e s e muy lentamente al p r i n c i p i o , y d é j e s e buena venti-
ya a los 1050°C, sobre todo cuando el porcentaje vitrificante es
lación d e n t r o del h o r n o hasta los 400-600°C, para desalojar los
elevado (SO % ) . (Contrólese con e x a c t i t u d la t e m p e r a t u r a en esos
perjudiciales vapores de agua que p u e d e n p r o d u c i r defectos en
casos. Ello se debe a que, a mayor t e m p e r a t u r a , el vitrificante
el engobe. L a a t m ó s f e r a del h o r n o debe ser p u r a y o x i d a n t e ,
puede disolver m a y o r cantidad de sustancias refractarias. L o
sin c a r b ó n u otros gases e x t r a ñ o s . Los h o r n o s que p r o d u c e n
m i s m o p o d r í a o c u r r i r si el ciclo de c o c c i ó n se p r o l o n g a m u c h o
una a t m ó s f e r a deficiente de o x í g e n o , c o m o muchos a gas, l e ñ a
m á s allá de lo o r d i n a r i o .
y los alimentados a querosene, p e t r ó l e o , etc., alteran los colores
de los engobes en r e l a c i ó n directa con la i m p u r e z a de su a t m ó s - L o engobes de nuestro F o r m u l a r i o han sido p r e p a r a d o s
fera. Los hornos e l é c t r i c o s y los buenos h o r n o s a gas o l e ñ a son para ser horneados a unos 1020° C . En r e s u m e n : a f i n de l o g r a r
los m á s indicados para que el engobe desarrolle b u e n color, a u n m i s m o color en diferentes cocciones, h o r n é e s e s i e m p r e en
c o n d i c i ó n de que la a t m ó s f e r a de c o c c i ó n sea o x i d a n t e , carente las mismas condiciones de t e m p e r a t u r a , a t m ó s f e r a , ciclo de coc-
d e h u m o y gases reductores que a r r u i n a r í a n o m a n c h a r í a n el c i ó n y vecindad m u t u a de las piezas.
engobe.
Pueden servir para h o r n e a r engobes los h o r n o s a gas que DEFECTOS DE LOS ENGOBES
d e n llama m u y o x i d a n t e y p u r a , para lo cual los quemadores
deben ser de excelente calidad. En a t m ó s f e r a n e u t r a (deficiente D e s c a s c a r a m i e n t o o d e s p r e n d i m i e n t o del e n g o b e c r u d o
d e o x í g e n o ) o en r e d u c t o r a (carente de o x í g e n o ) n o p u e d e
obtenerse ciertos matices, p e r o es posible l o g r a r otros d i l e r e n - -Este defecto se p r o d u c e al secarse el engobe y p u e d e de-
ics y aceptables, c o m o los p r o d u c i d o s p o r la r e d u c c i ó n de los berse a varias causas. Casi siempre se debe a que el engobe enco-
ó x i d o s colorantes ( r e d u c i e n d o el ó x i d o de h i e r r o rojo o f é r r i c o , ge poco, d e b i d o a su bajo porcentaje de arcilla y elevado de
por ejemplo, que da rojizos, el engobe se va oscureciendo pues a n t i p l á s t i c o s ; o bien a que el c u e r p o de la pieza h ú m e d a encoge
el óxido f é r r i c o para a ferroso, que es gris-negruzco). Es preciso demasiado c o n respecto a la capacidad de e n c o g i m i e n t o d e l
probar con los diversos ó x i d o s y f ó r m u l a s que clamos, si bien en engobe, ya sea a causa de que el engobe ha sido aplicado c o n
general los colores se oscurecen y muchos no p u e d e n obtenerse poca agua o a que la pieza engobada se hallaba excesivamente
o se .11 r u i n a n en a t m ó s f e r a s no oxidantes (los amarillos son m u y h ú m e d a . Para c o r r e g i r este delecto, a u m é n t e s e el porcentaje
sensibles .1 la a t m ó s f e r a de c o c c i ó n ) . de arcilla en el engobe, o a p l í q u e s e l o m á s f l u i d o (con m á s agua)
I In ( i c i o de h o r n a d a demasiado r á p i d o t a m b i é n puede al- o e n g ó b e s e la pieza cuando se halla menos h ú m e d a , sobre t o d o
i ( i . o el color y la t e x t u r a del engobe: h o r n é e s e lentamente al c u a n d o se trata de b a r r o rojo liso (que encoge m u c h o ) . Puede
p i ¡ni ipio y en un ciclo total de 5 a 7 horas para hornos m e d i a - deberse t a m b i é n a fallas en la p r e p a r a c i ó n de la pasta c o n que
mi', (i i u n o m í n i m o ) . se hizo la pieza (con poco a n t i p l á s t i c o ) .

35
II
A fin de adecuar el í n d i c e de e n c o g i m i e n t o de la pasta y el A g r i e t a m i e n t o del e n g o b e c r u d o
del engobe, conviene utilizar al p r e p a r a r el engobe (cuando ello
es posible) la misma arcilla con que se fabricó la pieza. Durante su secado muchos engobes pueden agrietarse (grie-
O t r a causa m u y frecuente de este defecto reside en que el tas gruesas). Este defecto se debe a varias causas, la m á s c o m ú n
engobe se a p l i c ó c o n capa excesivamente gruesa y espesa. Aplí- de las cuales consiste en que el engobe agrietado ha encogido
queselo con capa de espesor adecuado ( n i excesivo n i deficien- m u c h o con respecto a la pieza. Ello puede deberse a exceso de
te), y con suficiente fluidez como para que la pinceleta c o r r a sin agua, a un c o n t e n i d o demasiado grande de arcilla en la f ó r m u -
dificultad sobre la pieza h ú m e d a . N o se olvide de t a m i z a r l o y la del engobe, a una a p l i c a c i ó n demasiado gruesa de la capa, a
m o l e r l o bien, y a q u e , si contiene g r u m o s , la p e l í c u l a no se adhe- que la pieza engobada se hallaba demasiado seca, a exceso de
r i r á correctamente a la pieza. gomas, o a exceso de m o l i e n d a (este ú l t i m o defecto suele p r o -
A d e m á s , m u y frecuentemente p r o d u c e n la s e p a r a c i ó n del ducirse cuando se muele el engobe en m o l i n o de bolas d u r a n t e
engobe seco las comunes afloraciones de sales solubles disueltas demasiado t i e m p o ) . Rebájese el c o n t e n i d o de arcilla y agua o
en las pastas de mala calidad, como la m a y o r í a de los barros a u m é n t e s e el de cuarzo u otros antiplásticos. A p l i q ú e s e el engobe
rojos comprados. Dichas afloraciones de sales se notan d e s p u é s con capa de espesor adecuado; a ñ á d a s e la c a n t i d a d r e c o m e n -
de la c o c c i ó n como unas manchas blancas irregulares que apa- dada de gomas; y no se deje secar demasiado la pieza p o r
recen sobre ciertas zonas de la superficie de la pieza. C u a n d o la engobar.
pieza hecha con u n b a r r o i m p u r o se seca, dichas afloraciones
A veces puede agrietarse u n engobe d u r a n t e el secado o en
n o se notan a simple vista, p e r o sin embargo pueden hacer que
la c o c c i ó n a causa de su escaso p o d e r de adherencia. Ello gene-
el engobe se desprenda de la superficie de la pieza u n a vez seco.
r a l m e n t e se debe a u n exceso de a n t i p l á s t i c o s : c u a n d o el defec-
Acerca de c ó m o e l i m i n a r estas sales disueltas en las pastas,
to se debe a esta ú l t i m a causa se a u m e n t a r á el porcentaje de
c o n s ú l t e s e lo d i c h o en el C a p í t u l o 4 de este Curso (Tomo 1).
sustancia arcillosa, que siempre c o m u n i c a m a y o r a d h e r e n c i a al
T a m b i é n puede deberse el d e s p r e n d i m i e n t o del engobe engobe (aunque no se debe a ñ a d i r demasiada arcilla, ya que su
d u r a n t e su secado a que la pieza se hallaba sucia de grasa, c u - exceso puede provocar grietas p o r exagerado e n c o g i m i e n t o ) .
bierta de polvo o de sustancias e x t r a ñ a s al aplicarse el engobe. T a m b i é n puede p r o d u c i r grietas en el engobe u n secado
M u c h o influye - c o n respecto a este defecto- el estado d e j a demasiado r á p i d o , así como u n h o r n e a d o en ciclo m u y acelera-
pieza, su grado de h u m e d a d y su capacidad de e n c o g i m i e n t o : si do, sobre todo al p r i n c i p i o de la c o c c i ó n .
la pasta contiene c h a m ó t e e n c o g e r á menos que si se trata de
pastas lisas; y si se la engoba estando t o d a v í a m u y h ú m e d a , la Cuarteaduras en el engobe h o r n e a d o
pieza e n c o g e r á m á s que si estuviera menos h ú m e d a o algo seca
(a veces mucho m á s ) . L a p r á c t i c a s e r á la m e j o r g u í a en estos ca-
A diferencia de las grietas, que son siempre gruesas, las
sos. A d e m á s , ciertas arcillas (como las rojas sin c h a m ó t e ) enco-
cuarteaduras producidas en el engobe d u r a n t e la c o c c i ó n son
gen m á s que las blancas. A veces influye t a m b i é n el t i p o de pie-
finas y p u e d e n llegar a p r o d u c i r s e hasta bastante t i e m p o des
za. Por ejemplo: u n a escultura de gruesas paredes e n c o g e r á m á s
pues de la c o c c i ó n . Siempre se deben a que el coeficiente de
que si se trata de u n vaso de p a r e d delgada, y la pasta " t i r a r á "
d i l a t a c i ó n t é r m i c a del engobe es m a y o r que el de la pieza, el
m u c h o m á s al secarse ( c a u s a r á mayores tensiones sobre la p e l í -
decir, que el engobe encoge más que la pieza durante la ce* ción
cula del engobe, la que puede desprenderse si carece de sufi-
M u c h o d e p e n d e r á del porcentaje de vitrificante agregado
ciente resistencia y elasticidad).
al engobe. C u a n d o éste es elevado (superior al 2 0 % ) » al Ilegal i
su t e m p e r a t u r a de fusión dicho esmalte puede dilatarse v GX

36
pandirse notablemente ( s e g ú n su c o m p o s i c i ó n ) , lo cual hace que deberse a que se lo ha revuelto m a l . Conviene realizar esta ope-
el engobe tienda a encoger demasiado d u r a n t e el e n f r i a m i e n t o . r a c i ó n en u n m o r t e r o y con u n p i l ó n . C u a n d o se usa pinceles o
Esta t e n s i ó n de e n c o g i m i e n t o que e x p e r i m e n t a el engobe de- cucharas para revolver, ellos i n t r o d u c e n aire en la pasta d e l
t e r m i n a la f o r m a c i ó n de las cuarteaduras aludidas c u a n d o la engobe a cada pasada. Si se trata de fermentaciones, p u e d e n
pasta encoge m u c h o menos (las pastas con c h a m ó t e encogen eliminarse i n c l u y e n d o adiciones de formo] al engobe, tal c o m o
menos que las "lisas"). se e x p l i c ó al referirnos a su p r e p a r a c i ó n . El f o r m o l se a g r e g a r á
T a m b i é n i n f l u i r á la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n del engobe, la sobre l o d o en verano, y c u a n d o se va a g u a r d a r varios d í a s o
que lo h a r á g r a d u a l m e n t e m á s vitreo a m e d i d a que ella se eleve. m á s el engobe ya p r e p a r a d o ( h ú m e d o ) .
U n exceso de cuarzo en la f ó r m u l a del engobe t a m b i é n Las pastas de baja t e m p e r a t u r a son m u y porosas u n a vez
p u e d e p r o d u c i r este defecto, ya cjue el cuarzo hace d i l a t a r m u - h o r n e a d a s . E l l o hace q u e , si se las e n g o b a b i z c o c h a d a s
cho las pastas bajo la a c c i ó n del calor (tanto m á s cuanto m á s (horneadas ya u n a vez), la pieza a b s o r b e r á agua y d e s p e d i r á
í i ñ á m e n t e m o l i d o se halle). En este caso, r e b á j e s e el porcentaje burbujas de aire que a t r a v e s a r á n el engobe. Para eliminarlas, se
de cuarzo en el engobe y e l é v e s e el de arcilla, caolín o feldespato. a p l i c a r á n otras capas de engobe cuando las anteriores e s t é n se-
T a m b i é n p o d r í a reemplazarse el cuarzo utilizado p o r o t r o m á s cas o semisecas.
grueso. L a malla r e c o m e n d a d a es la N ° 200.
En raras ocasiones se a p l i c a r á u n engobe sobre u n a pieza F u s i ó n de e n g o b e
ya bizcochada. En este caso el m i s m o se c u a r t e a r í a al secarse o al
ser h o r n e a d o , ya que la arcilla c r u d a d e l engobe encoge d u r a n - Muchas veces s u c e d e r á que, al p r e p a r a r u n engobe, que
te el secado, mientras que la pasta bizcochada no. Para p r e v e n i r q u e r í a m o s resultara mate, o f r e c e r á u n aspecto v i t r e o , c o m o si
ese defecto, cuando se engobe sobre bizcocho se empleará poco o nada fuera u n esmalte ( m á s o menos a r r u g a d o ) . Ello se debe a que
de arcilla cruda: se la c a l c i n a r á p r e v i a m e n t e y se la i n c l u i r á a s í e n contiene exceso de vitrificante; a que se ha i n c l u i d o demasiado
la f ó r m u l a del engobe. L a c a l c i n a c i ó n se h a r á colocando arcilla carbonato de calcio o de ó x i d o de cinc, los que se f u n d e n fácil-
seca en polvo d e n t r o de una vasija l i m p i a , de pasta blanca y sin mente bajo la a c c i ó n del esmalte vitrificador; o a que la tempe-
tapa, y se h o r n e a r á todo a lá t e m p e r a t u r a usual ( 1 0 0 0 ° - 1040° C). r a t u r a de c o c c i ó n recomendada para d i c h o engobe se ha sobre-
pasado. Para c o r r e g i r este defecto, se r e b a j a r á el porcentaje de
Poros esmalte vitrificante; o el de calcio o cinc; o se r e b a j a r á unos 20-
30 grados la t e m p e r a t u r a de cocción del engobe. T r á t e s e de
Se trata de "agujemos" m á s o menos grandes que se pue- e m p l e a r siempre una arcilla de buena calidad, pues si se usa
d e n producir ya al aplicar el engobe, c u a n d o la pieza contiene una arcilla m á s fusible al p r e p a r a r el engobe, é s t e sin d u d a f u n -
( li.unote, cuando la pinceleta c o r r e demasiado r á p i d a m e n t e o d i r á antes (a m e n o r t e m p e r a t u r a ) . Puede corregirse t a m b i é n
i l i a n d o la pasta del engobe contiene burbujas de aire ( p o r n o este defecto a u m e n t a n d o en el engobe el porcentaje de sustan-
haberla estacionado o p o r haberla revuelto bruscamente). cias refractarias, c o m o el cuarzo, la arcilla o el c a o l í n .
Para p o d e r e l i m i n a r este defecto, " t a p ó n e s e " la pieza c o n -
lei ( i o n . i d a con c h a m ó t e con u n a capa p r e v i a de engobe m u y Feo c o l o r
H u i d o (lechada), y a p l i q ú e s e el engobe lentamente dejando que
i . K I . I ( . i p . i se " p o s e " sobre la pieza con suavidad y sin r e v o l v e r C u a n d o obtenemos u n color desagradable h a b i e n d o u t i l i -
( o n l.i pinceleta, cosa que i n t r o d u c i r í a burbujas de aire e n t r e zado una f ó r m u l a probada antes con buenos resultados, p i é n s e s e
I U I p< l e . >i el engobe contiene burbujas de aire, ello p u e d e
l

si no se ha m o l i d o insuficientemente la mezcla sobre t o d o c u a n d o

Vi 39
se a ñ a d i ó el ó x i d o colorante (siempre se d e b e r á usar m o r t e r o ) . fritados; n o se haga adiciones exageradas de calcio o cinc; y no
Este ú l t i m o debe molerse m u y bien antes de incluirse en el se deje de i n c l u i r adhesivos a la mezcla del engobe, los que ac-
m o r t e r o : ello h a r á que la d i s p e r s i ó n del color sea la c o r r e c t a a t ú a n b e n é f i c a m e n t e en los engobes y esmaltes i m p i d i e n d o la
fin de que se desarrolle el color sui g é n e r i s . Muchas veces, pese d i s o l u c i ó n de sales solubles en el agua. I n g r e d i e n t e s solubles,
a estar m u y bien m o l i d o u n engobe, é s t e no desarrolla su color tales c o m o el b ó r a x , nitratos y carbonates alcalinos, se s u p r i m i -
d e b i d o a que se lo a p l i c ó con capa excesivamente delgada, o r á n de la f ó r m u l a si f o r m a n afloraciones perjudiciales, o bien se
m u y f l u i d o ; o bien a que se lo h o r n e ó a una t e m p e r a t u r a m u y d e s l e i r á el engobe que los contiene en s o l u c i ó n de g o m a o C M C
i n f e r i o r a la recomendada. C u í d e s e asimismo de que tanto los en vez de agua para su a p l i c a c i ó n .
m o r t e r o s como las pinceletas se hallen l i m p i o s de otros ó x i d o s N o usar arcillas de mala calidad c o m o m a t e r i a b á s i c a para
al p r e p a r a r o aplicar los engobes, de lo c o n t r a r i o el color se p r e p a r a r engobes, ya que ellas suelen contener elevados p o r -
c o n t a m i n a r í a con otros indeseables. Piezas esmaltadas, con ó x i - centajes de sales solubles que afloran d u r a n t e el secado y a r r u i -
dos o c o n engobes de d i f e r e n t e color, p r o d u c e n f á c i l m e n t e nan la superficie. Si no se dispone de arcillas de la m e j o r cali-
volatilizaciones y manchas sobre las piezas engobadas que son dad (puras), es posible e l i m i n a r g r a n parte de esas d a ñ o s a s sa-
horneadas en su vecindad. Repetimos que el engobe es suma- les p o r lavado: se a g r e g a r á a b u n d a n t e agua caliente a la arcilla,
m e n t e delicado al respecto. se r e v o l v e r á y se d e j a r á decantar. Se e l i m i n a r á el agua que
sobrenada, con la que d e s a p a r e c e r á n las sales disueltas. Se re-
p e t i r á la o p e r a c i ó n varias veces. Por supuesto, se u t i l i z a r á la
Arrugas
arcilla decantada, u n a vez seca, para p r e p a r a r los engobes.

C u a n d o u n engobe se ha vitrificado excesivamente, ya sea En general, podemos afirmar que u n b u e n engobe bien
p o r q u e se ha i n c l u i d o en su c o m p o s i c i ó n exceso de esmalte, de p r e p a r a d o y aplicado debe presentar ya al secarse u n aspecto
calcio o de cinc, o p o r q u e se ha sobrepasado su t e m p e r a t u r a saludable y p l a c e n t e r o a la vista, sin a f l o r a c i o n e s , g r i e t a s ,
ó p t i m a de c o c c i ó n , g e n e r a l m e n t e p r e s e n t a r á u n a superficie manchones n i otras i r r e g u l a r i d a d e s . El carbonato de b a r i o pue-
imperfectamente f u n d i d a , a r r u g a d a y c o n t r a í d a o a m p o l l a d a . de p r e c i p i t a r esas sales, en adiciones del 0 , 1 % con respecto al
Ello indica que la f ó r m u l a se halla descompensada tanto c o m o peso de la arcilla seca. (Ver Tomo 1, C a p í t u l o 4).
engobe y como esmalte. Si se desea l o g r a r u n engobe m u y b i e n
vitrificado como u n esmalte, a u m é n t e s e el porcentaje de cuarzo ENGOBES VITRIFICADOS
a fin de e l i m i n a r ese c o r r u g a m i e n t o .
Los engobes vitrificados p r o p i a m e n t e dichos son aquellos
que presentan una superficie vitrea, similar a la de u n esmalte.
A f l o r a c i o n e s cristalinas *
A veces resulta difícil distinguirlos de los verdaderos esmaltes.
Estos engobes-esmaltes son m u y resistentes (para revestimientos,
A veces se observa en ciertos engobes que, al secarse, p r e -
p o r ejemplo) y baratos.
sentan en la superficie unas formaciones cristalinas t r a n s p a r e n -
tes que a l t e r a r á n muchas veces el color. Ellas se deben a la diso- Sin embargo, nosotros t a m b i é n d e n o m i n a m o s vitrificados
l u c i ó n parcial, al contacto con el agua, de ciertos componentes a aquellos engobes que contienen elevados porcentajes de es
alcalinos del esmalte vitrificador o de otros materiales de reac- malte transparente en su f ó r m u l a , superiores al 30%. A u n q u e
ción alcalina (calcio, bario, cinc, feldespato, b ó r a x ) , los que cris- estos engobes presenten una superficie á s p e r a y mate, r o m o l.i
talizan en la superficie. Para c o r r e g i r este delecto, c a m b í e s e el de u n engobe t í p i c o , su exceso de vitrificante hace que se obten
esmalte p o r o t r o menos soluble; no se use esmaltes crudos sino ga ciertos colores imposibles de l o g r a r r o n bajos pot < enl.i|< s

40
ii
' I o d o consiste en obtener una buena c o r r e l a c i ó n entre los c o m - Si, en cambio, se aplicara una cubierta de esmalte alcalino, o
p o n e n t e s y la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n , de m a n e r a q u e el a l c a l i n o - b o r á c i c o , el color o b t e n i d o sería aturquesado. L o mis-
vitrificante a c t ú e favorablemente sobre el engobe sin llegar a m o sucede con los d e m á s ó x i d o s colorantes del engobe: bajo
c o n v e r t i r l o en esmalte. esmalte su c o l o r d e p e n d e r á d e l t i p o d e l m i s m o ( s e g ú n sea
Cualquiera de las f ó r m u l a s de engobes que presentamos plúmbico o alcalino). A l respecto, recomendamos consultar nues-
puede vitrificarse con sólo a u m e n t a r el porcentaje de esmalte t r o libro Manual de. Esmaltes Cerámicos, T o m o 1, d o n d e presenta-
a ñ a d i d o r e c o m e n d a d o para dicha f ó r m u l a . Es preciso efectuar mos u n c u a d r o con los colores que da cada ó x i d o en los esmal-
pruebas de h o r n o hasta l o g r a r la t e x t u r a , color y g r a d o de tes. Es preferible aplicar la cubierta del esmalte sobre el engobe
vitrificación deseado. P r u é b e s e g r a d u a l m e n t e con 30, 40 y 5 0 % ya horneado (pieza bizcochada). C o n todo, para efectos m á s
de esmalte. r ú s t i c o s , es posible aplicar dicho esmalte sobre el engobe c r u d o -
Los engobes típicos n o son impermeables y su resistencia seco (monococ < ion). Es preciso p r o b a r con cada t i p o de engobe
al rayado no es m u y elevada. A m e d i d a que se eleva el p o r c e n - y cubierta.
taje de elemento vitrificador d i c h o engobe se v o l v e r á g r a d u a l - L a c e r á m i c a artística puede servirse provechosamente de
m e n t e i m p e r m e a b l e y m á s resistente. Por ejemplo, si se desea este m e d i o casi no empleado. Una simple pincelada de esmalte
engobar una placa para revestimiento o u n m u r a l que e s t a r á trasparente sobre un sencillo y barato engobe de color rosa o b -
situado en exteriores, se u s a r á engobes vitrificados, los que per- t e n i d o con ó x i d o de h i e r r o , p e r m i t e obtener u n a apariencia de
m i t i r á n su lavado frecuente, a la vez que c o b r a r á n resistencia a esmalte rosado imposible de lograr de otra m a n e r a .
los agentes a t m o s f é r i c o s , jabones y a la a b r a s i ó n . L o m i s m o d i -
remos con respecto a engobar el i n t e r i o r de u n florero: se u s a r á DECORACIÓN SOBRE ENGOBES
engobes vitrificados si se desea i m p e r m e a b i l i z a r l o , de lo c o n t r a -
r i o el agua r e z u m a r í a al e x t e r i o r del m i s m o . El engobe es una técnica no explota en la a c t u a l i d a d en la
La vitrificación de u n engobe depende del tipo de esmalte m e d i d a de sus posibilidades. En especial la c e r á m i c a a r t í s t i c a
utilizado, el que siempre altera el color de la f ó r m u l a (a m a y o r p o d r í a valerse de su infinita capacidad de p r o p o r c i o n a r recur-
c a n t i d a d de vitrificante el color se a c e n t ú a ) . Es preciso efectuar sos i n é d i t o s y, a la vez, genuinos p o r la frescura e i n m e d i a t e z de
pruebas de h o r n o c u a n d o se desee p r e p a r a r u n o de estos engo- su e x p r e s i ó n . El engobe es ideal para dar color n a t u r a l y sobrio
bes. U n a de las ventajes que ofrecen consiste en que la pieza va a esculturas y murales. Por ejemplo, fondos plenos de m u r a l
al h o r n o una sola vez, y ya resulta p r á c t i c a m e n t e esmaltada. (celeste, verdoso, sepia), para realizar sobre ellos dibujos con
p i g m e n t o negro. Desgraciadamente la "esmaltitis" aqueja a los
ENGOBES B A J O ESMALTE ceramistas que saben poco de esmalte, p o r lo cual los engobes
casi n i se ven en n u e s t r o m e d i o , en e x p o s i c i o n e s , salones
Sobre una pieza engobada y h o r n e a d a puede aplicarse u n a c e r á m i c o s , etc.
capa de esmalte transparente, ya sea en zonas o en su t o t a l i d a d . Ya nos hemos referido al engobe bajo esmalte t r a n s p a r e n t e .
Así puede obtenerse efectos artísticos imposibles de l o g r a r de O t r a técnica decorativa, sumamente f r u c t í f e r a y gratificante,
otra maneta. Influye en el color o b t e n i d o el tipo de esmalte consiste en dejar secar perfectamente el engobe (antes de lle-
Utilizado para la c u b i e r t a mencionada. Por ejemplo, si sobre u n varlo al h o r n o ) . Se pule suavemente la superficie si se desea y,
engobe coloreado a base de ó x i d o de cobre se sopletea o se a p l i - sobre la misma, es posible efectuar dibujos o texturas de color
i ,i un esmalte p l ú m b i c o , d i c h o esmalte se d e j a r á t e ñ i r con el con óxidos o con p i g m e n t o s aplicados a esponja, a p i n c e l o
o x i d o presente en el engobe y se o b t e n d r á así u n color v e r d e . sopleteados. ( C o n s ú l t e s e nuestro f o r m u l a r i o de p i g m e n t o s en

12 43
este m i s m o T o m o ) . En todos los casos el ó x i d o o el p i g m e n t o se
m o l e r á m u y bien en u n m o r t e r o y se lo m e z c l a r á con u n 30% de
esmalte transparente para bajo cubierta antes de aplicarlo (Ver
T o m o 2, Cap. 17). Este esmalte a c t u a r á d u r a n t e la cocción c o m o
agente fijador y p e r m i t i r á que el color se adhiera al engobe.
Estos ó x i d o s o estos pigmentos usados para decorar o d i b u j a r
sobre engobes crudos-secos se a p l i c a r á n m u y bien mezclados
con arcilla (10%) y C M C a fin de que la a p l i c a c i ó n resulte
u n t u o s a , fácil y a g r a d a b l e . N o hay p e o r cosa que a p l i c a r
p i g m e n t o s magros, "secos", que no " c o r r e n " con fluidez.
Este recurso es simple y e c o n ó m i c o , ya que se e f e c t ú a sólo
una cocción. Por ejemplo, sobre algunas partes de una pieza
confeccionada con b a r r o rojo se puede aplicar u n engobe blan-
co. U n a vez seco, se e f e c t u a r á n sobre él dibujos o texturas c o n
los ó x i d o s (los m á s usuales son los de cobre, h i e r r o y cobalto) y
se h o r n e a . En una segunda c o c c i ó n , si se desea, se p o d r í a a p l i -
car u n a cubierta de esmalte transparente sobre la pieza, de
m a n e r a que los ó x i d o s m o d i f i c a r á n su color en f u n c i ó n d e l es-
malte utilizado. El ó x i d o de cobre p r o p o r c i o n a r á así color ver-
Sobre engobe blanco parcialmente cubierto c o n óxido de hierro (u otro pigmento
de (bajo esmalte), el de cobalto azul y el de h i e r r o m o r a d o , los cualquiera) se realiza un dibujo esgrafiado sobre dicho engobe. Para esgrafiar se
que se d e s t a c a r á n notablemente si se los a p l i c ó sobre el blanco usa aquí el revés del pincel. Siempre resulta más cálido esgrafiar c o n punta de
del engobe. madera que c o n metal.

El resultado, sin embargo, es m u c h o m á s natural y sobrio si


se aplican los p i g m e n t o s sobre el engobe (con agua y bastante
C M C o gomas m á s el esmalte vitrificador) pero sin cubierta trans-
parente, la que lo h a r í a r e l a m i d o .
O t r a técnica sumamente d i f u n d i d a desde los tiempos p r e -
h i s t ó r i c o s , aunque poco utilizada hoy, es el esgrafiado (sgraffito)
del engobe. Este m é t o d o delicioso y n a t u r a l consiste en aplicar
u n engobe sobre parte o sobre toda una pieza; p o r ejemplo,
engobe blanco sobre una vasija de pasta roja (a fin de obtener
contraste). Cuando el engobe se halle algo m á s seco, se lo esgrafía
con u n a p u n t a , esteca, desbastador, etc., es decir, se raspa o raya
el engobe s e g ú n u n dibujo o grabado. A l q u e d a r así al desou-
b i e r t o la pasta de la pieza, su color contrastante p e r m i t e distin-
g u i r con claridad el dibujo. Si se desea, se p u e d e aplicar una
cubierta de esmalte transparente d e s p u é s de la p r i m e r a coc- Aplicando bandas con óxido de hierro bien molido sobre un engobe blanco rocían
aplicado sobre un vaso aún húmedo. El girar de la torneta permite obtener bandas
perfectas.

44 I i
quiere efecto de relieve. Los chinos y m á s tarde los persas y los
á r a b e s e m p l e a r o n este m é t o d o d u r a n t e milenios. L o s m o d e r -
nos nos hemos o l v i d a d o de estas t é c n i c a s tan frescas y simples, o
tal vez su misma sencillez y n a t u r a l i d a d rayana en lo sublime
nos la vuelva inasequible o impracticable.
Sobre u n dibujo o grabado realizado en c h a m p l e v é , si se
desea, t a m b i é n se puede aplicar una cubierta de esmalte transpa-
rente en una segunda cocción, o reforzarlo con ó x i d o s o colores.
Los engobes pueden t a m b i é n aplicarse con perilla de goma,
jeringa, pipeta o mamadera, sobre baldosas crudas o sobre pie-
zas, a fin de decorar o de obtener dibujos de c o n t o r n o s en relie-
ve. Estos engobes deben ser fluidos y, a la vez, consistentes, para
lo cual se debe regular b i e n la a d i c i ó n de adhesivos. T a m b i é n
conviene efectuar pruebas, dado que si el relieve es elevado el
engobe p o d r í a cuartearse. Para evitar ese defecto se a ñ a d i r á
m á s cuarzo o arcilla a la f ó r m u l a .
E m p l e a n d o una plantilla perforada es posible realizar d i -
bujos c o n los engobes, ya sea en positivo ( a p l i c á n d o l o s d e n t r o
de la p e r f o r a c i ó n de una plantilla), o en negativo ( a p l i c á n d o l o s
hacia afuera del c o n t o r n o de una planilla o f o r m a sin p e r f o r a r ) .

BRUÑIDO DEL ENGOBE

Los i n d í g e n a s a m e r i c a n o s s i e m p r e b r u ñ í a n o p u l í a n
" - - : c.,. - - • ' p r o l o n g a d a m e n t e sus engobes, cuando se hallaban en u n esta-
d o de h u m e d a d que algunos d e n o m i n a n " d u r e z a de cuero"
Este plato, de pasta roja, primero fue cubierto con engobe blanco. Luego se retiró
en partes el engobe (champlevé), y en partes se lo esgrafió, según un dibujo de
(cuando la pieza se halla ya algo seca y hace r u i d o c o m o de
inspiración indígena argentina. Artista: Pili Casime. cuero al golpearla con la u ñ a ) . Para ello usaban u n a p i e d r a o
canto r o d a d o , m u y liso (llamado á g a t a en muchas zonas rurales
de S u d a m é r i c a ) , una c a ñ a , u n hueso o u n palillo de m a d e r a
c i ó n o realzar el dibujo con p i g m e n t o n e g r o aplicado a pincel, o
perfectamente p u l i d o s .
con ó x i d o s o pigmentos.
O t r a a n t i q u í s i m a t é c n i c a utilizada con engobes, t a m b i é n T a m b i é n p u e d e utilizarse para ese efecto u n a gamuza, cue-
r o , u n a varilla de v i d r i o , papel de diario, etc. El engobe adquie-
olvidada hoy, es la del champlevé. Es similar al esgrafiado e n el
re así u n b r i l l o que no desaparece d u r a n t e la c o c c i ó n y le c o m u -
sentido de que se trata de raspar sobre el engobe. Pero, a dife-
nica u n aspecto i n c o n f u n d i b l e . El a ñ a d i r mica en p o l v o a los
rencia de éste, no consiste sólo en efectuar u n grabado s e g ú n
engobes, t a m b i é n p e r m i t e obtener b r i l l o r u t i l a n t e al ser expuesta
u n a l í n e a o c o n t o r n o , sino que se trata de r e t i r a r o "levantar"
la pieza engobada al sol. Los i n d í g e n a s usaban arcillas m i c á c e a s
toda una zona del engobe cuando éste se halle algo m á s seco o
a fin de obtener esas r e í l e c t a n c i a s . Para b r u ñ i r n o se debe u t i l i -
"durito". Así se obtiene n o sólo c o n t o r n o , sino que el d i b u j o ad-

46 47
zar cucharas u objetos de metal oxidable, pues los engobes re- tratos) o carbonato de calcio, ellos a c t u a r á n c o m o fundentes
s u l t a r á n manchados o sucios d e s p u é s de su c o c c i ó n . d u r a n t e la c o c c i ó n . De no ser así, se le a ñ a d i r á p e q u e ñ o s p o r -
Los maravillosos engobes de Nazca, p o r ejemplo, deben su centajes de carbonato de sodio o de fundente alcalino. Repeti-
aspecto fresco al paciente p u l i d o con que los alfareros i n d í g e - mos que se debe escoger u n a arcilla de grano finísimo ya que
nas realzaban el color y aspecto de las piezas. El pulirlos con las hay de grano n a t u r a l m e n t e grosero imposibles de m o l e r m á s
papel de lija o esponja suave, en cambio, p e r m i t e obtener su- allá de cierto p u n t o . U n a vez bien molida, se a ñ a d e a dicha
perficies á s p e r a s y mates en vez de brillantes. A d v e r t i m o s que el arcilla suficiente agua hasta que adquiera una consistencia tal
b r u ñ i d o no consiste en u n b r i l l o llamativo y superficial, sino que se p u e d a revolver perfectamente la mezcla, que t o m a u n
delicado y l í m p i d o , que une lo estético a lo funcional ya que color lechoso (densidad 1,20). Esta ú l t i m a o p e r a c i ó n conviene
impermeabiliza los vasos. A l g u n o s i n d í g e n a s aplicaban grasas o hacerla en u n recipiente alto m á s bien que ancho y, si es posible,
resinas para i m p e r m e a b i l i z a r los engobes mediante p r o l o n g a - de v i d r i o , a fin de p o d e r c o n t r o l a r el proceso.
do p u l i d o con á g a t a o c a ñ a . Si la arcilla se deposita o sedimenta m u y r á p i d a m e n t e , con-
El peculiar efecto de leve b r i l l o que p r o d u c e el b r u ñ i d o de viene agregar a la mezcla u n agente r e g u l a d o r de la suspen-
los engobes se debe a que la p r o l o n g a d a p u l i m e n t a c i ó n de la sión. A l cabo de varias horas o al o t r o d í a se o b s e r v a r á el frasco:
superficie algo h ú m e d a acuesta u horizontaliza las ínfimas par- el sedimento o poso contiene las p a r t í c u l a s m á s gruesas de la
tículas de arcilla, p l e g á n d o l a s a la m a n e r a de escamas de pez, lo arcilla que siempre se depositan antes que las m á s finas. El lí-
cual p r o d u c e la reflectancia, es decir, la r e f l e x i ó n del rayo de q u i d o lechoso de a r r i b a c o n t e n d r á las p a r t í c u l a s m á s finas. M e -
luz, en vez de su a b s o r c i ó n . diante u n a g o m a o sifón, o, simplemente, volcando d i c h o líqui-
do blancuzco a o t r o frasco, se recogen esas p a r t í c u l a s coloidales
ENGOBES COLOIDALES de arcilla en s u s p e n s i ó n y se desecha el sedimento. A s í habre-
mos e l i m i n a d o gran parte de las p a r t í c u l a s groseras, inservibles
Así se puede d e n o m i n a r a ciertos engobes sumamente de- para obtener estos engobes. R e p i t i e n d o con paciencia esta ope-
licados y exquisitos, que se observan en piezas a r q u e o l ó g i c a s r a c i ó n sucesivamente, llegaremos a recoger las p a r t í c u l a s m á s
antiguas, en especial en la c e r á m i c a griega y en la r o m a n a (térra finas de arcilla, las que f o r m a r á n una p e l í c u l a casi transparente
sigillala), y en muchas piezas i n d í g e n a s americanas. M u c h o se al ser horneadas sobre una pieza d e b i d o precisamente a su ta-
ha discutido acerca de si se trataba de esmaltes o de engobes. m a ñ o finísimo y a la presencia de sales alcalinas de baja tempe-
N o insistiremos en este tema, pues ya hemos hablado acerca de r a t u r a de fusión.
la existencia de una zona indiferenciada entre esmaltes y engobes Con respecto al t i e m p o de s e d i m e n t a c i ó n no p o d e m o s dar
vitrificados al referirnos a la vitrificación de los engobes. normas fijas, ya que d e p e n d e r á del t i p o de arcilla utilizada (las
A l parecer, la c e r á m i c a g r e c o r r o m a n a está recubierta con m á s plásticas t a r d a r á n m á s en sedimentarse), de su pureza, de
u n engobe finísimo p r e p a r a d o con arcillas de p a r t í c u l a s e x t r e - la c a n t i d a d de agua empleada y de los reguladores de la sus-
m a d a m e n t e finas (coloidales), con el agregado de sales alcalinas p e n s i ó n utilizados (no siempre necesarios) que p u e d e n ser áci-
que actuaban como fundente o vitrificante d u r a n t e la c o c c i ó n . do acético, t a n i n o , b ó r a x , etc. ( p e q u e ñ í s i m a s adiciones).
Su t é c n i c a de p r e p a r a c i ó n p o d r í a ser la siguiente: d C ó m o saber en forma p r á c t i c a si u n a arcilla es de grano
Se elige una arcilla blanca o roja de grano m u y fino y se la fino o grueso? Las arcillas de p a r t í c u l a finísimas t a r d a n m u c h o
muele prolongadamente en seco y en h ú m e d o hasta p r o í i r i z a r l a , en sedimentarse cuando se las d i l u y e en agua caliente (al 100%).
en m o r t e r o o m o l i n o de bolas (o entre dos vidrios esmerilados). Las magras se depositan con rapidez. Las de g r a n o fino hacen
Si la arcilla contiene n a t u r a l m e n t e álcalis, sales solubles ( n i - que la pasta p r e p a r a d a con ellas encoja m u c h o ; m i e n t r a s que

48 49
las de grano grueso e n c o g e r á n menos. C u a n t o m á s fina sea la ENGOBESLOCALES
p a r t í c u l a de una arcilla tanto m á s e n c o g e r á al secarse: h á g a s e
una muestra con pasta h ú m e d a de 10 cm de largo, y m í d a s e su En las zonas rurales de nuestra A m é r i c a , alejadas de cen-
e n c o g i m i e n t o de secado (debe ser s u p e r i o r al 12%). E n todos tros en los que se puede obtener arcillas m u y puras, se, puede
los casos se t a m i z a r á p o r malla N ° 200 la arcilla destinada a p r e - p r e p a r a r engobes de elevada calidad m e d i a n t e el m é t o d o de
p a r a r estos engobes coloidales. prueba y error, tal como h a c í a n los i n d í g e n a s americanos, maes-
Los engobes coloidales p u e d e n colorearse con ó x i d o s m o - tros., insuperables en el arte de engobar.
lidos a malla finísima. Creemos que los engobes de los i n d í g e - En p r i m e r lugar, es m u y sencillo p r e p a r a r simples engobes
nas peruanos de Nazca, y muchos del Noroeste a r g e n t i n o , se que consistan en aplicar t i e r r a o arcilla blanca o c r e m a (bien
o b t e n í a n mediante u n proceso similar de d e c a n t a c i ó n y d e p u - molida) sobre piezas hechas con b a r r o rojo. Es necesario efec-
r a c i ó n de las arcillas utilizadas. T e n i e n d o la paciencia ele dejar tuar pruebas de cocción a f i n de c o m p r o b a r si el engobe no se
sedimentar varias veces las arcillas, agregando u n p o q u i t o de cuartea. En las m o n t a ñ a s existen tierras n a t u r a l m e n t e colorea-
sal c o m ú n , e l i m i n a n d o ese sedimento (descarte) y r e c o g i e n d o das: rojizas y ocres (a base de ó x i d o s de h i e r r o ) , grises o violáceas
la parte lechosa que n o se deposita, se obtiene u n m a t e r i a l de ( p i r o l u s i t a : ó x i d o s de manganeso), verdosas o aturquesaclas
g r a n o tan fino que, una vez seco, se puede utilizar como engobe (compuestos de cobre), minerales negros, caolines (blancos o
que se autovitrifica d u r a n t e la c o c c i ó n debido precisamente a la amarillentos), y muchas otras (carbonates y sulfates coloreados).
e x t r e m a f i n u r a de su grano y a la presencia ele álcalis fundentes T a m b i é n se encuentra pigmentos verdes, negros, etc. E n todos
en su seno. L a capa de a p l i c a c i ó n de estos engobes s e r á suma- los casos p r i m e r o se los t a m i z a r á y luego se los l a v a r á (levigación)
m e n t e delgada, como u n b a ñ o liviano. a varias aguas y se los m o l e r á m u y bien en u n m o r t e r o antes de
Las buenas bentonitas blancas p o d r í a n usarse p a r a hacer usarlos. Así se o b t e n d r á resultados satisfactorios ( h o r n e a n d o a
estos engobes. Pero t é n g a s e presente que las comunes en toda llama roja, sin h u m o ) , como lo son siempre aquellos que son
A m é r i c a contienen hasta u n 50% de arenillas, p o r lo cual se las fruto del c o r a z ó n y del a m o r p o r el trabajo. De q u é sirve, en la
t a m i z a r á p o r malla N ° 200 antes de usarlas. A d e m á s son m u y gran m a y o r í a de los casos, la "lujosa" c e r á m i c a ciudadana, pre-
férricas. parada con c a r í s i m o s esmaltes y materias primas q u í m i c a m e n t e
El b r u ñ i d o del engobe t o d a v í a algo h ú m e d o favorece el depuradas (siempre compradas, claro está, m e d i a n t e d i n e r o ) ,
efecto, pues las p a r t í c u l a s arcillosas se disponen h o r i z o n t a l m e n t e si el resultado no pasa casi nunca ele ser u n m u e s t r a r i o de su
("se acuestan"), con lo que a d q u i e r e n u n aspecto de transpa- d e s h u m a n i z a c i ó n , superficialidad y e x h i b i c i o n i s m o narcisista,
rencia vitrea. cuando no de la histeria o del desequilibrio e m o c i o n a l del po-
P e q u e ñ a s adiciones de nitratos (salitre) a los engobes de bre habitante de nuestros h o r m i g u e r o s urbanos, esclavo de sí
Nazca (precolombinos), acentuaban su vitrificación. Dichas sa- m i s m o y de los d e m á s , eterno p o r t a d o r de m á s c a r a s para ocul-
les sódicas y p o t á s i c a s son de m u y bajo p u n t o de fusión, y se tar su v e r d a d e r a naturaleza que, de tan pobre, s e r í a i n s o p o r t a -
hallan presentes en arcillas de la zona, o bien en d e p ó s i t o s a lo ble para el p r o p i o sujeto.
largo del litoral m a r í t i m o * . Estos engobes r ú s t i c o s pueden consistir en u n s i m p l e b a ñ o
o "lechada" o t a m b i é n p u e d e n hacer u n espesor de capa de u n
m i l í m e t r o o m á s . Sobre ellos se puede dibujar con p i g m e n t o s
negros o de o t r o color antes de hornearlos, c o m o en las típicas
* R e c o m e n d a m o s l e e r los a r t í c u l o s " T e r r a s i g i l l a t a e " I l l i t a " e n n u e s -
t r o Diccionario de Cerámica. urnas Santamarianas, confeccionadas con b a r r o r o j o , muchas
de las cuales llevan u n b a ñ o de arcilla o caolín de c o l o r crema,

50 51
i

ENGOBES COLOREADOS CON PIGMENTOS

Para colorear engobes, en vez de ó x i d o s puede utilizarse


colores para bajo cubierta o pigmentos. Éstos se a d q u i e r e n en
casas especializadas (o los p r e p a r a el m i s m o ceramista) y, si b i e n
resultan m á s caros que los ó x i d o s puros, con ellos se p u e d e ob-
tener engobes de colores originales en dependencia d e l color
de cada p i g m e n t o . Para que estos pigmentos no resulten altera-
dos en su color al ser incluidos en el engobe, deben ser q u í m i c a -
mente inertes, es decir, que se los c a l c i n a r á a elevada t e m p e r a -
tura y se los p r e p a r a r á s e g ú n f ó r m u l a s adecuadas (espinelas).
A l respecto, c o n s ú l t e s e nuestro Manual de Esmaltes Cerámicos,
T o m o 1°, y el F o r m u l a r i o de Pigmentos en este m i s m o T o m o .

Alfarera africana alisando el engobe con un trapo, después de aplicarlo al pasar


de la mano (Mozambique).

sobre el que se efectuaba guardas o dibujos g e o m é t r i c o s o


zoomofos ( m u y estilizados) a base de pigmentos negros o par-
dos recogidos en las m o n t a ñ a s , luego molidos en m o r t e r o s de
p i e d r a y aplicados a pincel o brocha.
Las tierras ocres, a veces verdosas o g r i s á c e a s , se encuen-
t r a n c o m ú n m e n t e en casi toda nuestra A m é r i c a . Dichos ocres
p u e d e n ser a veces m u y claros, casi amarillentos, en ocasiones
de color mostaza, a veces m á s oscuros, casi marrones. En tocios
los casos, d e s p u é s de su c o c c i ó n , q u e m a n de color rojizo, ya que
son h i d r ó x i d o s de h i e r r o , que al calor del h o r n o se c o n v i e r t e n
en el c o m ú n ó x i d o de h i e r r o r o j o o f é r r i c o . N o se crea, pues,
que los ocres crudos resultan con ese m i s m o color d e s p u é s de la
cocción. Gran plato coloreado con engobes y bruñido (39 cms de diámetro). L a poética
excelsa del artista argentino Artemio Allsio coincide con u n a técnica s u p r e m a .

52 53
Para prepararlos, se e m p l e a r á arcilla en polvo de similar
c o m p o s i c i ó n que la de la pieza, con la que se m e z c l a r á n m u y
í n t i m a m e n t e los pigmentos. Si n o se conoce la f ó r m u l a de la
pasta de la pieza que se desea engobar, se d e j a r á secar u n a p o r -
c i ó n de esa pasta c r u d a , se la m o l e r á en m o r t e r o y se la p e s a r á a
fin de p o d e r c a l c u l a r el p o r c e n t a j e con que se i n c l u i r á el
p i g m e n t o . Por lo general, basta con i n c l u i r el p i g m e n t o o color
para bajo cubierta en porcentajes de 8, 1.0 ó 15% (de u n 3-5%
p a r a azules). Es preciso efectuar pruebas de h o r n o hasta l o g r a r
el color deseado, para lo cual, p o r supuesto, se necesita pesar
con e x a c t i t u d los componenetes de las diversas pruebas en u n a
b u e n a balanza para p o d e r r e p e t i r el color.
A fin de que el engobe se adhiera mejor a la pieza, se a ñ a d e
al m i s m o u n 15-30% de esmalte transparente i n c o l o r o para bajo
cubierta, el que a c t u a r á como agente fijador y a c e n t u a r á el co-
l o r del p i g m e n t o d u r a n t e la cocción. Estos engobes p u e d e n a p l i -
carse a pinceleta sobre pastas crudas en estado h ú m e d o , semiseco
o seco*. Se evita el p e l i g r o de a g r i e t a m i e n t o al aplicarlo con
capa m u y delgada, lo que puede lograrse f á c i l m e n t e c u a n d o el
color del engobe es vivo d e b i d o al p i g m e n t o utilizado. I n c l u s o a
veces se aplica estos p i g m e n t o s solos o con m u y poca arcilla:
r e l é a s e al respecto lo explicado en el C a p í t u l o 17 de este Curso, Engobe marrón, sobriamente esgrafiado sobre lá pasta blanca del f o n d o (que re-
T o m o 2. En todos los casos, es esencial r e g u l a r el porcentaje aparece). Se debe retocar antes de la cocción.

adecuado de esmalte transparente p a r a p o d e r l o g r a r u n b r i l l o


y t e x t u r a agradable.
N o se olvide que los verdaderos engobes son los arcillosos.
A d i c i o n a n d o C M C o gomas a estos engobes, se favorece su C u a n d o c o n t i e n e n poca o n u l a arcilla, y m u c h o p i g m e n t o , p o r
adherencia a la pieza y se facilita el b r u ñ i d o (los i n d í g e n a s agre- lo general n o son sino p á t i n a s ciudadanas, cuyo efecto resulta
gaban grasas, gomas o resinas insolubles en agua). superficial y desintegrado (pictórico), nunca verdaderos engobes,
Muchos ceramistas p u l e n p r o l o n g a d a m e n t e estos engobes cuya esencia es la de ser p r o f u n d o s , suaves, f u n c i o n a l e s y
o p i g m e n t o s para obtener superficies b r u ñ i d a s . Salvo que se a n t i c o s m é t i c o s , nunca encubridores n i tampoco llamativos. El
utilice colores suaves y delicados, suelen resultar superficiales, a u t é n t i c o engobe funciona siempre como parte de u n c o n j u n t o
o demasiado llamativos. C o n todo, si se los sabe adecuar a la (pieza), cuya f o r m a realza y cuyo sentido c o n t r i b u y e a manifes-
f o r m a , o si se los e s g r a f í a con o r i g i n a l i d a d , puede lograrse elec- tar a t r a v é s de su t e x t u r a con respuesta táctil y su color sobrio y
tos aceptables. profundo que nos hace p e n e t r a r en lo i n t e r i o r de la o b r a para
beber de ella su mensaje, sin la interferencia del c o l o r i n c h e que
* C u a n d o l a p i e z a se h a l l e seca, el e n g o b e h ú m e d o p u e d e a g r i e t a r s e
nos h a r í a quedar en la periferia o en lo superficial, sin p o d e r li-
si es m u y a r c i l l o s o ; i n c l u y a s e más c u a r z o e n p o l v o p a r a e v i t a r l o y r e b á j e s e mas allá.
la arcilla, o incluyasela calcinada. N o c o n f u n d i r , pues, c o n los v e r d a d e r o s e n g o b e s las

54 00
coloraciones sobre c r u d o o sobre bizcocho logradas aplicando Este engobe de base es, p o r supuesto, blanco y v i t r e o , siem-
pigmentos para bajo cubierta u ó x i d o s mezclados con esmaltes. pre que se hallen m u y b i e n molidos sus ingredientes.
E n nuestro m e d i o es frecuente llamar engobe a cualquier t é c n i - A fin de colorearlo, ú s e n s e los siguientes porcentajes de
ca c r o m á t i c a : barbotinas coloreadas; pigmentos bajo cubierta ó x i d o s m e t á l i c o s : c r o m o 3% (verdoso g r i s á c e o ) ; h i e r r o 3 a 8%
sobre bizcocho, etc. Ello sucede p o r mala f o r m a c i ó n c e r á m i c a . ( g r a d u a l m e n t e m á s r o j i z o s - m a r r o n á c e o s ) ; cobalto 3% (azules);
manganeso 2% (terrosos claros); n í q u e l 2% ( m a r r o n á c e o s ) . P r u é -
ENGOBES PARA ALTAS TEMPERATURAS bese con otros porcentajes y con ó x i d o s en c o m b i n a c i ó n . Estos
resultan m u y buenos para escultura y m u r a l , d a d o que sus co-
Para hacer estos engobes, siempre se s e g u i r á a p r o x i m a d a - lores son p r o f u n d o s y no superficiales. A d e m á s , son m u y resis-
mente la misma c o m p o s i c i ó n de la pasta, a u m e n t a n d o , eso sí, el tentes dada su vitrificación.
porcentaje de fundente, en este caso el feldespato (nosotros lla- C o n c r o m a t o de h i e r r o (7%) se obtiene m a r r o n e s oscuros.
mamos a las altas temperaturas "la c e r á m i c a del feldespato"). Si Con arcilla roja 60 y feldespato 4 0 % se consigue buenos fondos
se desea sobrepasar las temperaturas de 1 2 3 0 ° C, se a u m e n t a r á naturales rojizos especiales para bases de vasijas. A p l i q ú e s e a
g r a d u a l m e n t e el porcentaje del cuarzo y arcilla a expensas d e l pincel o pistola, con capa de buen espesor (casi 1 m m ) si se
j feldespato; o bien, para engobes de temperaturas m u y elevadas
desea buena .cobertura. A pistola la t e x t u r a es m á s u n i f o r m e y
( m á s de 1280° C), t a m b i é n se r e e m p l a z a r á parte de la arcilla
á s p e r a , sin c o r r e r el riesgo de que se n o t e n las pinceladas y
p o r c a o l í n (que es m á s refractario). M u c h o depende t a m b i é n
del g r a d o de vitrificación deseado. Si n o se quiere u n engobe
vitreo, sino seco y bastante á s p e r o , se r e b a j a r á entonces el p o r -
centaje del vitrificante (el feldespato) al m í n i m o que contiene la
pasta (nunca menos de u n 15-19% para 1200° C). La d i n á m i c a
del engobe es pues similar a la de la c o m p o s i c i ó n de pastas, y el
ceramista creativo d e b e r á él mismo c o m p r e n d e r l a para así l o -
g r a r sus propios engobes. El elemento colorante es siempre u n
ó x i d o m e t á l i c o , o b i e n u n p i g m e n t o para bajo cubierta que p o -
sea la refractariedad necesaria para la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n
de estos engobes.
Por cierto que los mejores engobes para altas temperaturas
son los " p o r c e l á n i c o s " , es decir, suficientemente vitrificados al
p u n t o de tomar aspecto del bizcocho (biscuit) de porcelana. Sin
embargo, q u i e n los prefiera mates, lo c o n s e g u i r á con sólo au-
m e n t a r el porcentaje de arcilla aluminosa o c a o l í n , rebajando el
maravilloso feldespato.
Para trabajo a 1 2 3 0 ° C y algo m á s nosotros usamos la si-
guiente f ó r m u l a de base:

arcilla blanca aluminosa (sin cal) 50


Fuente decorada con flores hechas con engobe azul; trazos m a r r o n e s (tallos);
feldespato 50
hojas verdosas; fondo color tierra clara (crema).

56 57
MOTIVOS DECORATIVOS SOBRE ENGOBES

A c o n t i n u a c i ó n presentamos a l g u n o s e j e m p l o s de
o r n a m e n t í s t i c a i n d í g e n a americana p r e c o l o m b i n a realizada so-
bre engobes, ya sea con pigmentos sobre o t r o engobe de color
contrastante, o bien con engobes sobre la pasta n a t u r a l (rojiza).
L a o r n a m e n t a c i ó n americana no ha sido a ú n estudiada, y es
sumamente c a r a c t e r í s t i c a y evolucionada. Sus p r i n c i p i o s de d i -
s e ñ o y visión artística son p r o p i o s y genuinos, y en ellos h a n
bebido m u c h í s i m o s artistas europeos, algunos de ellos honestos
— c o m o M e n r y M o o r e , q u i e n r e c o n o c i ó expresamente su inspi-
r a c i ó n en la escultura mexicana antigua; o Picasso en la c e r á m i -
ca de Nazca— y otros no tanto. Es típico del arte a m e r i c a n o
p r e c o l o m b i n o el uso del espacio negativo como i n g r e d i e n t e de
la f o r m a (uno de los mejores logros del arte m o d e r n o e u r o p e o )
y su estilización o g e o m e t r i z a c i ó n (el v e r d a d e r o arte p o p u l a r
j a m á s ha sido "realista"). A d e m á s , antes del coloniaje, ha sido
siempre u n arte popular, pues se trabajaba p o r t r a d i c i ó n y n o
por aprendizaje i n d i v i d u a l . Las pautas tradicionales en lo for-
mal y en lo t é c n i c o h a c í a n de ese arte u n sistema e s t é t i c o v á l i d o
para todos, no exclusivamente para élites como lo es t o d a v í a el
arte m o d e r n o . En la m á s modesta choza de los i n d í g e n a s exis-
tían obras de arte que hoy se c o t i z a r í a n en el mercado m u n d i a l
de a n t i g ü e d a d e s valiosas, y ellos las usaban s i m p l e m e n t e para
la f u n c i ó n diaria. Y, lo que es m á s i m p o r t a n t e , las h a b í a n hecho
Escultura cerámica engobada (policroma). Ivo Ríos (Bolivia). ellos mismos con sus manos.
L a s u p e r i o r i d a d c u l t u r a l y h u m a n a de los i n d í g e n a s sobre
encimadas. Es interesante t a m b i é n el aplicarlos bastante d i l u i - los europeos consistía en que para los "indios" el arte era algo
dos, con capa delgada, y a veces m u y diluidos, ya sea a esponja c o n n a t u r a l , no a p r e n d i d o . Los europeos, p o r el c o n t r a r i o , tie-
o a pincel, de m a n e r a que se note la pasta subyacente y las m a r - nen que c o n c u r r i r d u r a n t e a ñ o s a las escuelas a fin de a p r e n -
cas de la a p l i c a c i ó n . Se logra así u n efecto n a t u r a l y fresco m u y der. L o que sí no precisan a p r e n d e r (pues lo han h e r e d a d o de
m o d e r n o (informal). milenios de t r a d i c i ó n "occidental"), es 'el arte de la r a p i ñ a .
L o m i s m o que sucede con los esmaltes, no se espere c o n los
engobes "de alta" estridencias de color, n i llamativos contrastes.
A l c o n t r a r i o , la alta t e m p e r a t u r a rechaza t o d o lo superficial y
no a d m i t e matices vividos, "decorativos". Es el reino de la p r o -
f u n d i d a d interior, reflejada en el color, que tiende a la sereni-
dad, al silencio. Allí la t e x t u r a se i m p o n e a lo c r o m á t i c o y lo
estructural lleva la p r i m a c í a .

58 59
D I B U J O S SOBRE CERÁMICA INDÍGENA E N G O B A D A

60 SI
El dibujo esotérico de la cultura Aguada (750 d.C.) del Noroeste argentino carac-
teriza el período que nosotros denominamos "culminativo" (cumbre del arte en la
poética y la técnica)

63
No es lo mismo publicar Fórmulas en un libro, que un libro de Fórmulas. Lo
EL ENGOBE A C T U A L primero puede formar. Los "Formularios" no explicativos deforman al ceramista.

En la c e r á m i c a artística de hoy el engobe se ha l i b e r a d o .


D e s p u é s del t r a t a m i e n t o y a m p l i o uso del engobe que h i c i e r o n
los padres de la c e r á m i c a artística actual: Picasso y M i r ó , que
desecharon el esmalte j u n t o con sus connotaciones artificiosas,
el uso del engobe a l c a n z ó u n nivel s u p e r i o r desde el p u n t o de
vista cualitativo, aunque cuantitativamente t o d a v í a no ha co-
b r a d o su debida d i f u s i ó n (subsiste t o d a v í a tanta r e m o r a m e n -
t a l . . . ) . L a l i b e r a c i ó n del engobe consiste en hacer de él u n a a p l i -
c a c i ó n y uso totalmente l i b r e , ya sea m e d i a n t e aplicaciones CAPÍTULO 19
gestuales y corporales (con los dedos; a brochazos), o sin la t r a -
dicionalista s u j e c i ó n a esquemas decorativos preestablecidos, FORMULARIO PRÁCTICO DE ENGOBES
c e ñ i d o s y timoratos, c o m o lo son los utilizados en la c e r á m i c a (PARA B A J A S T E M P E R A T U R A S )
decorativa, de bazar o de escuelas de c e r á m i c a .

Muestras

Se c o n f e c c i o n a r á n muestras c o n pasta b l a n c a lisa (sin


c h a m ó t e ) , de a p r o x i m a d a m e n t e 5 p o r 6 c m , y unos 7 m m de
espesor. Tal como se e x p l i c ó en el apartado referente a la a p l i -
c a c i ó n de los engobes, los ingredientes se p e s a r á n c o n exacti-
t u d e n u n a b u e n a balanza de dos platillos y se m o l e r á n perfec-
tamente en u n m o r t e r o (no sirve la mezcla a cuchara en reci-
pientes). Se e s c r i b i r á la f ó r m u l a d e t r á s de cada muestra, a fin
de p o d e r consultarla con facilidad y rapidez, g r a b á n d o l a en la
pasta b l a n d a al dorso o e s c r i b i é n d o l a con ó x i d o s u n a vez seca.
Insistimos en que la m o l i e n d a debe ser p r o l o n g a d a .
Nuestras f ó r m u l a s han sido confeccionadas u t i l i z a n d o ar-
cilla blanca T i n c a r en polvo seco. T r á t e s e de usar esa m i s m a
arcilla p a r a p o d e r l o g r a r los mismos colores. Si se e m p l e a u n a
arcilla m á s fusible, algunos engobes (con elevados porcentajes
de fundente) se v i t r i f i c a r á n a nuestra t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n
en vez de presentar aspecto mate. En tal caso a u m é n t e s e el
porcentaje de arcilla y cuarzo o r e b á j e s e el vitrificante. C u a n d o
n o usamos esta arcilla blanca en nuestro F o r m u l a r i o , lo m e n -
cionamos expresamente, como en el caso de la arcilla roja, la
que t a m b i é n se u s a r á en polvo. Arcillas poco aluminosas, o no

64 65
m u y blancas, p u e d e n mejorarse r e e m p l a z a n d o parte del c o n - N o o l v i d a r que el carbonato de calcio y los ó x i d o s de cinc y
t e n i d o arcilloso del engobe p o r un b u e n caolín bien blanco. manganeso deben calcinarse antes de utilizarse c o m o i n g r e -
Ú s e s e en cada país u n a arcilla blanca de buena calidacj, dientes de los engobes. Los d e m á s ó x i d o s colorantes t a m b i é n
aluminosa y carente de h i e r r o y cal. E n cada país existen varie- d e b e r í a n calcinarse y levigarse a varias aguas antes de usarse,
dades de arcillas blancas aceptables: es preciso buscar. C u a n d o sobre t o d o c u a n d o se requiere u n i f o r m i d a d de c o l o r en toda
se deba usar arcillas rojas, éstas deben ser aluminosas y sin cal. u n a serie de piezas. Insistimos en que todos los materiales de-
Esto ú l t i m o es esencial. J a m á s se u s a r á para engobes bentonitas b e r á n estar molidos a malla N ° 200 y que la mezcla y m o l i e n d a
n i arcillas m o n t m o r i l l o n í t i c a s . del engobe será muy prolongada e í n t i m a , hecha en m o r t e r o (esen-
Las arcillas que salen del h o r n o con color rosado, o a m a r i - cial). Ú s e s e carbonato de calcio c o m ú n o pesado (no el "livia-
llento, y o c r á c e o en vez de blanco, l ó g i c a m e n t e a l t e r a r á n el co- no", o b t e n i d o q u í m i c a m e n t e ) .
l o r del engobe, sobre t o d o los verdes, azules, blancos, a m a r i -
llos. Es i m p o r t a n t e p r o b a r cuál ha de ser el color de cada arcilla Variación de c o l o r
u n a vez h o r n e a d a . Nosotros las clasificamos en tres grandes
g r u p o s : blancas, rosadas y rojas. P r u é b e s e c o n u n p u ñ a d i t o de T é n g a s e en cuenta que el color t í p i c o de cada engobe que
arcilla en polvo seco, a 1000° C, en a t m ó s f e r a o x i d a n t e (no c o n - presentamos puede variar en f u n c i ó n de diversos factores, q u e
f u n d i r arcilla en polvo con pasta h ú m e d a ) . son:
Para confeccionar cada muestra de engobe sobre una pla- 1. T i p o y calidad de los materiales empleados, sobre t o d o de
ca del t a m a ñ o i n d i c a d o b a s t a r á con e m p l e a r unos 7 gr de arci- la arcilla (pureza, color).
lla. Por ejemplo, c u a n d o una f ó r m u l a contenga 70 de arcilla y 2. M o l i e n d a y mezcla de los ingredientes: grano de la arcilla
30 de cuarzo, se p e s a r á n 7 gr de arcilla y 3 gr cíe cuarzo para su y malla de los a n t i p l á s t i c o s ; m o l i e n d a de los ó x i d o s (debe
respectiva muestra. ser m u y fina); mezcla y m o l i e n d a í n t i m a de todos los c o m -
Todos estos engobes han sido confeccionados para una tem- ponentes del engobe (esencial, pues c o n poca o m a l a mez-
p e r a t u r a de 1020-1040° C, la que se debe c o n t r o l a r bien. cla el engobe no desarrolla su color).
U n a vez horneadas las muestras con engobes, c o n v e n d r í a 3. Espesor de la capa del engobe (con capa demasiado delga-
aplicar en sus e x t r e m o s o á n g u l o s u n esmalte t r a n s p a r e n t e da n o desarrolla su color c o r r e c t a m e n t e ) .
( p l ú m b i c o en u n e x t r e m o y alcalino en o t r o ) y h o r n e a r de nue- 4. Porcentaje de vitrificante: a m a y o r c a n t i d a d de esmalte
vo: así se p o d r á visualizar c ó m o vira el color del engobe bajo vitrificante el color se a c e n t ú a u oscurece (si es excesivo, el
esmalte, para aplicarlos sobre d e t e r m i n a d a pieza s e g ú n el color engobe puede cuartearse o fundirse).
deseado. 5. T e m p e r a t u r a de cocción: si se la sobrepasa, el c o l o r se alte-
C o m o agente vitrificador y de fijación, recomendamos usar ra y el engobe puede fundirse o ampollarse.
u n esmalte transparente i n c o l o r o plúmbico c o m o los usuales para 6. A p l i c a c i ó n correcta: una mala a p l i c a c i ó n , c o m o a r r a s t r a r
bajo cubierta, el que debe f u n d i r a la t e m p e r a t u r a a que se con la pinceleta pasta de la pieza al aplicar el engobe; o el
h o r n e a r á el engobe. Estos esmaltes deben ser fritados. Si n o se aplicarlo demasiado fluido (exceso de agua); o demasiado
posee h o r n o de frita, es preferible c o m p r a r l o s . Los esmaltes denso; o dejando c á m a r a s . d e aire entre la capa de engobe
transparentes crudos a l t e r a n el color de muchos engobes. N o y la pasta, son factores que a l t e r a r á n el color t í p i c o .
usar esmaltes m u y "blandos" (de t e m p e r a t u r a s excesivamente
7. C a l c i n a c i ó n del carbonato de calcio y del ó x i d o d e l cinc: si
bajas: 850° C). T a m p o c o se u s a r á n los transparentes b o r á c i c o s
no se c a l c i n a n , ciertos engobes p u e d e n a m p o l l a r s e y
n i los alcalinos (salvo caso especial).
corrugarse, sobre todo los que c o n t i e n e n elevados p o r c e n -
tajes de vitrificante.

G6 67
8. El t i p o de vitrificante u t i l i z a d o puede alterar m u c h o el co- FORMULARIO DE ENGOBES
l o r y la t e x t u r a del engobe, al i n f l u i r directamente sobre el (Temperatura 1040° C. Atmósfera oxidante)
grado de vitrificación. T r á t e s e de utilizar el esmalte reco-
m e n d a d o (para bajo cubierta) de lo c o n t r a r i o e f e c t ú e s e u n a
p r u e b a antes de arriesgar la pieza. D i c h o vitrificante debe BLANCOS
f u n d i r entre 1000 y 1 0 4 0 ° C.
9. M o d o de h o r n e a r : u n h o r n o defectuoso, con diferencias La blancura de un engobe se halla en dependencia de la pureza de sus
de t e m p e r a t u r a en su i n t e r i o r ; el estibar m u y " t u p i d o " , ingredientes. Usese una arcilla blanca muy pura, o bien un caolín blanquísi-
p o r exceso de carga; el contacto o la p r o x i m i d a d entre pie- mo. Si el cuarzo, etc., contienen trazas de óxido de hierro, el tono adquirirá un
zas engobadas o esmaltadas con diferentes ó x i d o s ; o u n a dejo rosado o amarillento.
a t m ó s f e r a i m p u r a , deficiente de o x í g e n o , o con exceso de
carbono u otros gases provenientes de la c o m b u s t i ó n de arcilla blanca 70 arcilla blanca 70
otras piezas o de los quemadores, son factores que segura- cuarzo 20 cuarzo 20
feldespato 10 carb. calcio 10
m e n t e a l t e r a r á n el color de la pieza engobada.
esmalte 10 esmalte 10
10. R e g u l a r i d a d de la superficie p o r engobar: c u a n d o ella.es
j u g o s a o t e x t u r a d a v a r i a r á el color del engobe en f u n c i ó n
de las luces y sombras proyectadas y d e b i d o a que n o se arcilla blanca 70
p u e d e lograr u n espesor de capa u n i f o r m e si existen sobre cuarzo 30
la pieza rugosidades, crestas o texturas. esmalte 15
A d v e r t i m o s que en nuestro F o r m u l a r i o usamos las siguien-
tes a b r e v i a t u r a s : ó x : ó x i d o de; carb.: c a r b o n a t o de; p i g . :
pigmento.

NEGROS

arcilla r o j a 70 arcilla roja 70


cuarzo 25 cuarzo 20
carb. manganeso 15 carb. cobre 10
carb. cobalto 3 carb. manganeso ' 8
esmalte 30 óx. hierro 7
esmalte 30

Si no se dispone de carbonatos es posible usar los respectivos óxidos calci-


nados, pero la molienda debe ser muy prolongada, sobre todo con el de manga-
neso.

68 69
GRISES CREMAS, OCRES, B E I G E , A N T E , A R E N A

gris m u y claro gris m e d i o arena ante


arcilla blanca 70 arcilla blanca 70 arcilla blanca 70 arcilla blanca 70
carb. calcio 20 feldespato 15 cuarzo 10 cuarzo 20
feldespato 10 pigmento negro 2 ó x . cinc 15 ó x . cinc 8
pigmento negro 1 esmalte 10 óx. hierro 1 óx. titanio 8
esmalte 10 esmalte 15 óx. hierro 0,300
esmalte 9Q

gris p l o m o
arcilla blanca 70
carb. calcio 20 crema ocre r o j i z o
feldespato 10 arcilla blanca 70 arcilla blanca 70
pigmento negro 3 cuarzo 20 cuarzo 20
esmalte 15 ó x . cinc 8 ó x . cinc 8
óx. titanio 8 óx. titanio 8
óx. h i e r r o 1 óx. hierro 5
Con cromato ele hierro (calcinación a 1050° de 76 gr de óx. de cromo esmalte 15 esmalte 15
bien mezclado con 80 gr de óx. de hierro) se obtiene muy buenos grises medios
al 3% de cromato. Con mayor porcentaje el color oscurece y con menor se dan
grises claros.
ocre ocre vivo
arcilla blanca 70 arcilla blanca 70 arcilla blanca 70
feldespato 20 ó x . cinc 15 ó x . cinc 15
c r o m a t o ele h i e r r o 3 óx. h i e r r o 4 óx. hierro 8
esmalte 20 esmalte 15 esmalte 15

beige
AMARILLO arcilla blanca 70
amarillo muy cíaro cuarzo 30
arcilla blanca 70 carb. manganeso 10
ó x . cinc 20 esmalte ]0
pigmento amarillo 25
esmalte 30

Usese un pigmento amarillo para bajo cubierta a base de praseodimio-


vanadio-circonio (no a base de antimonio-estaño).

70 71
MARRONES, PARDOS, TOSTADOS ATURQUESADO

m a r r ó n oscuro m a r r ó n típico arcilla blanca 80


arcilla roja 70 arcilla blanca 70 cuarzo 30
cuarzo 20 ó x . cinc 15 carb. cobalto 1
carb. manganeso 14 óx. hierro 4 óx. cromo 3
esmalte 30 carb. manganeso 10 esmalte 15
esmalte 25

o c r e - m a r r ó n claro pardo CELESTES


arcilla blanca 70 arcilla blanca 70 celeste c i e l o celeste c l a r o
ó x . cinc 15 cuarzo 30
óx. hierro 4 carb. manganeso 10 arcilla blanca 70 arcilla blanca . 70
carb. cobre 6 esmalte 30 ó x . cinc 15 cuarzo 30
esmalte 15 carb. cobalto 1 carb. cobalto 1
esmalte 15 esmalte 30

MORADOS Y ROJIZOS
celeste ocaso
rojizo claro rojizo oscuro arcilla blanca 70
arcilla blanca 70 arcilla blanca 70 carb. calcio 30
cuarzo 30 cuarzo 30 ó x . cobalto 3
óx. hierro 5 óx. hierro 10 esmalte 30
esmalte 30 esmalte 30

morado oscuro tierra rojiza clara


arcilla blanca 70 arcilla blanca 70 AZULES
cuarzo 25 cuarzo 20
óx. hierro 5 ó x . cinc 8 azul c i e l o azul p o e s í a
carb. cobalto 2 óx. titanio 8 arcilla blanca . 70 arcilla blanca 70
esmalte 30 óx. h i e r r o 5 ó x . cinc 15 cuarzo 30
esmalte 15 carb. cobalto 3 carb. cobalto 6
esmalte 15 esmalte 20

r o j i z o apagado
arcilla r o j a 70
carb. calcio 20
cuarzo 10
esmalte ».l . 30

72 73
Si lo opuesto de lo negro es lo blanco; de lo bueno lo malo; lo que se opone a lo
VERDES
"artístico" es lo "decorativo".
verde fuerte verde claro
arcilla blanca 80 arcilla blanca 70
carb. calcio 25 cuarzo 30
ó x . cobre 8 óx. cromo 3
esmalte 30 esmalte 30

ROSADOS
CAPÍTULO 20
r o s a d o - s a l m ó n claro rosado oscuro
a r c i l l a blanca 70 arcilla blanca 70 DECORACIÓN SOBRE CUBIERTA
cuarzo 30 cuarzo 30
óx. hierro 0,500 óx. hierro 2
esmalte 20 esmalte 20
Qué es d e c o r a c i ó n

(puede obtenerse rosados más claros con 0,200 de óx. de hierro). D e n o m i n a m o s " m é t o d o s c e r á m i c o s decorativos" a cual-
q u i e r t é c n i c a cerámica (es decir, refractaria = que resista el fue-
go) que sirve para "decorar" una pieza. N o nos interesan, pues,
todos aquellos m é t o d o s no c e r á m i c o s , a u n q u e tan usuales hoy,
que no son p r o d u c t o del fuego, como el aplicar b e t ú n sobre el
bizcocho, p i n t u r a s no c e r á m i c a s , lacas, p á t i n a s "en frío", etc.
L o decorativo se relaciona externamente con la f o r m a del
objeto, es accidental a la pieza y, en m a y o r o m e n o r m e d i d a ,
e x t r a ñ o a ella, de manera que, si faltara o fuera d i f e r e n t e , la
pieza no c a m b i a r í a m á s que en los aspectos superficiales de su
apariencia. Por lo tanto no consideramos decorativas las t é c n i c a s
c e r á m i c a s superiores tales c o m o el esmaltado y el engobe, ya
que ellas p r o p o r c i o n a n color y t e x t u r a al objeto c e r á m i c o , se
relacionan íntimamente con la forma y no son accidentales n i ex-
t r a ñ a s a ella, tanto que i n t e r v i e n e n desde el p r i n c i p i o en el
d i s e ñ o , en m u t u a i n t e r a c c i ó n e i n t e r d e p e n d e n c i a con la con-
c e p c i ó n f o r m a l del objeto, que siempre ha de ser "pensado"
N O T A : Advertimos que las presentes f ó r m u l a s se hallan debidamen-
te registradas (propiedad intelectual del autor). Por lo tanto, si bien pue-
desde el comienzo t a m b i é n en t é r m i n o s de t e x t u r a y color. Por
den ser utilizadas por el ceramista para engobar sus piezas, no pueden ser este m o t i v o , tanto el esmalte como el engobe se h a n t r a t a d o
reproducidas por escrito sin m e n c i ó n del autor, ni utilizadas para usos separadamente, en c a p í t u l o s p r o p i o s .
comerciales.

74 75
>

E n r e s u m e n : el color y la t e x t u r a , de p o r sí, n o son ele-


mentos decorativos sino funcionales. Sí son decorativos los d i -
bujos, guardas, adornos, aplicaciones y otros recursos cuya esen-
cia consiste en l l a m a r la a t e n c i ó n sobre la pieza, a d o r n a r l a ,
m e j o r a r l a desde el p u n t o de vista exterioi-. L o decorativo casi
s i e m p r e transige c o n el m a l gusto i m p e r a n t e , pues tiende a
p r o v o c a r la venta. Por eso, en t é r m i n o s de m á x i m a , podemos
decir que "decorativo es c u a l q u i e r a d o r n o o agregado hecho
sobre u n a pieza, de tal m o d o que, si faltara, la pieza q u e d a r í a
mejor".
T a m p o c o son decorativas, p o r supuesto, n i las pastas n a t u -
r a l m e n t e coloreadas (como las rojas), n i las que reciben c o l o r
d e b i d o a las t é c n i c a s superiores de c o c c i ó n o de c o m p o s i c i ó n
creativa (como el gres), o las pastas grises o negras p r o d u c i d a s
p o r la a t m ó s f e r a h u m e a n t e .
Sin embargo, no se crea que los m é t o d o s decorativos son
incapaces de alcanzar el nivel a r t í s t i c o : m u y p o r el c o n t r a r i o .
T a m p o c o se piense que el esmalte o el engobe n o suelen ser
tratados decorativamente, c u a n d o n o se los sabe d i s e ñ a r o a r m o -
n i z a r con la f o r m a . L o que decimos s i m p l e m e n t e es que el
engobe y el esmalte de suyo no son métodos decorativos (aunque
u n a m a n o novata, superficial o i n e x p e r t a así los conciba y tra-

Utilizando el divisor universal, se divide el plato a lápiz de m a n e r a q u e resulte


perfecta la distribución de los elementos decorativos. (Si lo que se b u s c a e s sime-
tría).

te); y que las restantes t é c n i c a s — c o m o la d e c o r a c i ó n p a r a bajo


y sobre cubierta, etc.—, sí lo son, aunque en d e t e r m i n a d o s ca-
sos, u n a m a n o suave y sutil, d e t r á s de la cual respira u n a perso-
n a l i d a d a r t í s t i c a fuerte y creativa, sepa c ó m o ennoblecerlos y
elevarlos a u n nivel s u p e r i o r de e x p r e s i ó n a r t í s t i c a a u t é n t i c a .
T o d o depende, en ú l t i m a instancia, m á s que del m e d i o emplea-
do, de la m a n o que lo h u m a n i z a .
B a s t a r í a con r e c u r r i r a la historia para observar piezas,
como las antiguas vasijas del Museo G u i m e t de P a r í s , p o r ejem-
Izq.: Forma de dividir un plato para su decoración sobre cubierta. Der.: Plato ter- p l o , cuya d e c o r a c i ó n ha sido realizada con tal n a t u r a l i d a d , per-
minado, decorado con azul. Se ha reservado en forma de flor la porcelana blanca
del f o n d o .
fección y fineza de trazo, con tal m a e s t r í a y o r i g i n a l i d a d en la

76 77
a r m o n i z a c i ó n de los colores y con tanta e x p r e s i ó n en la ejecu-
c i ó n d e l d i b u j o y e l e c c i ó n del tema ( m a n t e n i é n d o n o s s i e m p r e ,
p o r supuesto, d e n t r o de u n a correcta perspectiva h i s t ó r i c a ) , en
las que la d e c o r a c i ó n n o sólo alcanza el nivel de la m á s e x q u i s i -
ta e x p r e s i ó n a r t í s t i c a sino que se convierte en lo m á s i m p o r t a n -
te de la pieza, a u n q u e sin p e r d e r n u n c a de vista su maravillosa
a r m o n í a con la causa f o r m a l (forma); m a t e r i a l (pasta y esmal-
te); t é c n i c a ( t o r n o y pincel); y final (funcionalidad y e x p r e s i ó n
de la vasija). Y c o m o c o n t r a p a r t i d a , t a m b i é n b a s t a r í a con ob-
servar las frígidas piezas esmaltadas de nuestros salones y gale-
r í a s , confeccionadas m e c á n i c a m e n t e y sin o r i g i n a l i d a d , cuyos
esmaltes de bazar a m e n u d o o f e n d e n n o sólo a la vista sino a
todos aquellos ceramistas antiguos que, a lo largo de m á s de
15.000 a ñ o s de desarrollo de la c e r á m i c a , h a n puesto en sus
piezas n o sólo sus vidas sino t a m b i é n su c o r a z ó n , volcando en
ellas su amor, su dolor, su tristeza; n o su histeria o su persona-
l i d a d desdoblada c o m o sucede en las piezas de hoy, tanto m á s
p r e m i a d a s cuanto m á s desintegradas y anodinas.

DECORACIÓN SOBRE CUBIERTA*

Escultura con leyendas sobre cubierta. Demuestra que la decoración, n o b l e m e n -


L a d e c o r a c i ó n sobre cubierta, o d e c o r a c i ó n p r o p i a m e n t e d i - te usada, puede ser connotatlva y expresivista, esencial para revelar el sentido de
cha, es aquella que se realiza sobre u n a pieza de p o r c e l a n a o la pieza. M. Kimiyo (Faenza).
loza ya esmaltada y h o r n e a d a , que casi siempre es a d q u i r i d a
p o r el d e c o r a d o r a fin de decorarla con colores** especiales
p a r a d e c o r a c i ó n , los que se h o r n e a n a temperaturas m u y bajas, generalmente a pincel, aunque t a m b i é n puede usarse a e r ó g r a f o ,
que oscilan a l r e d e d o r de los 7 5 0 ° C. Esta d e c o r a c i ó n se realiza plantillas perforadas, rociadores o procesos i n d u s t r i a l e s ( m á -
quinas s e r i g r á í i c a s ; aplicadoras de calcos y o r o ; fileteadoras;
etc.).
Los colores para d e c o r a c i ó n sobre cubierta (que n o d e b e n
* Respecto a la p r e p a r a c i ó n de estos pigmentos sobre cubierta, vel- ser c o n f u n d i d o s con los de bajo cubierta) se a d q u i e r e n ya mez-
en nuestro Diccionario de. Cerámica los artículos "sobre cubierta"; "pigmentos
clados con u n f u n d e n t e o esmalte de m u y baja t e m p e r a t u r a ,
cerámicos"; "decoración".
que se f u n d e entre los 5 3 0 ° y los 8 0 0 ° C, s e g ú n las costumbres y
** En este libro hablamos de "colores" o "pigmentos" para decorar
sobre cubierta, indiferentemente. En muchos países se los designa tam- necesidades. D i c h o f u n d e n t e o esmalte, al fundirse sobre el es-
b i é n "esmaltes sobre cubierta" (de 750° C) o de "tercer fuego" (la pieza va malte blanco de loza o porcelana que ya lleva h o r n e a d o la pie-
tres veces al horno). T é c n i c a m e n t e son esmaltes, aunque de muy baja tem- za que se decora (que siempre es de t e m p e r a t u r a m u c h o m a -
p e r a t u r a . Todas son denominaciones correctas aunque, p o r razones y o r ) , p e r m i t e que el color se a d h i e r a a la superficie d e l m i s m o ,
didácticas, preferimos denominarlos "colores" o bien "pigmentos" usados la que resulta " m o r d i d a " n o bien a q u é l se reblandece. C o n t o d o ,
para d e c o r a c i ó n .

78 79
i

su resistencia y d u r a c i ó n es m e n o r que la de los colores p a r a plía la f u n c i ó n de p e r m i t i r a los comensales evadirse tal vez de
bajo cubierta, ya que n o resisten m u c h o el rayado, la a b r a s i ó n la forzada etiqueta i m p e r a n t e entonces. Y u n a taza de t é o
n i el ataque de los á c i d o s de los alimentos (vajilla). Sin embar- chocolate destinada p a r a u n m o m e n t o í n t i m o , p o r t a b a u n a
go, si la diferencia entre la t e m p e r a t u r a de fusión del color d e c o r a c i ó n excitante m u y diferente de la que se u s a r í a p a r a
(unos 7 5 0 ° C p o r lo general) y la del esmalte no.es m u y g r a n d e , u n a r e c e p c i ó n palaciega. Hasta los animales se o r n a m e n t a n de
d i c h o color r e s u l t a r á m e j o r a d h e r i d o y m á s c o m p e n e t r a d o c o n diferente f o r m a c u a n d o les llega el m o m e n t o de amar: ciertos
el esmalte de la pieza, con lo que d u r a r á m á s y a u m e n t a r á m u c h o p á j a r o s y peces se c u b r e n entonces de p l u m a s o escamas, de
su resistencia abrasiva. Si, p o r el c o n t r a r i o , d i c h a diferencia es n u e v o color, a c e n t ú a n su b r i l l o y hasta la f o r m a del c u e r p o y el
m u c h a , el c o l o r r e s u l t a r á c o m o en la s u p e r f i c i e , sin m o d o de a n d a r adquiere nueva elegancia. Los animales do-
c o m p e n e t r a c i ó n , n o " m o r d e r á " bien el esmalte de base y n o m é s t i c o s t a m b i é n se alegran c u a n d o el a m o viste r o p a nueva, o
d u r a r á m u c h o el d i b u j o , el que se i r á b o r r a n d o con el t i e m p o . c u a n d o se los asea y a d o r n a con u n collar n u e v o , p o r e j e m p l o .
A l g u n o s colores son m á s resistentes que otros, y p u e d e n llevar- En r e s u m e n : l o decorativo, c u a n d o está hecho con u n sentido
se a temperaturas mayores. Otros ya se alteran apenas se so- a u t é n t i c a m e n t e h u m a n o , n o es s u p e r f l u o sino funcional. A d e -
i brepasan los 7 3 0 ° C. m á s , nadie puede p r e s c i n d i r de ello en su vida.
< Esta t é c n i c a , que a l c a n z ó a n t i g u a m e n t e u n elevado nivel
a r t í s t i c o , ha d e c a í d o en la a c t u a l i d a d p o r i m p e r i c i a y falta de Utensilios y a c c e s o r i o s
oficio de los decoradores, noble g r e m i o que ha sido p r á c t i c a -
m e n t e a n i q u i l a d o p o r las crueles exigencias de la p r o d u c c i ó n Los colores p a r a d e c o r a c i ó n o p a r a sobre c u b i e r t a (s.c.) se
c o m e r c i a l en serie, atenta sólo al l u c r o y e x t r a ñ a a la e x p r e s i ó n a d q u i e r e n en casas especializadas, se e x p e n d e n en p o l v o seco y
a r t í s t i c a o p o é t i c a de las obras. Porque, en electo, m e d i a n t e esta se g u a r d a n con tapa bien cerrada, para p r o t e g e r l o s d e l p o l v o .
t é c n i c a alcanzaron el nivel de la e x p r e s i v i d a d p o é t i c a tanto los Se los elabora a base de ó x i d o s y sales m e t á l i c a s , mezclados c o n
famosos platos chinos de la d i n a s t í a C h i n g , como los mejores elevados porcentajes de fritas adecuadas, y su paleta es m u c h o
e j e m p l a r e s de la p o r c e l a n a de S é v r e s bajo L u i s 15, o las m á s a m p l i a que la de bajo cubierta, puesto que, c u a n t o m á s
estatuillas de porcelana alegremente decoradas de la manufac- baja sea la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n del color, tanta m a y o r varie-
t u r a de Meissen, Ñ a p ó l e s y C a p o d i m o n t e , así como la sobria y dad de matices se p o d r á lograr. A m e d i d a que la t e m p e r a t u r a
elegante loza inglesa y holandesa del siglo pasado. N o despre- se eleva, se reduce la gama de colorantes que la resisten.
ciemos, pues, lo "decorativo" salvo c u a n d o es r a m p l ó n y chaba- Se d i s p o n d r á t a m b i é n de una paleta con r e c e p t á c u l o s o
cano (como en la actualidad), y recordemos que las piezas b i e n bien de potes o tacitas de loza esmaltada, d o n d e los colores en
decoradas c u m p l e n una/unción nada d e s d e ñ a b l e , c o m o lo es*la uso se m e z c l a r á n c o n el aceite al trabajarlos y de d o n d e los r e -
de alegrar la vida, los ambientes, la vajilla, la mesa, los m o m e n - c o g e r á el pincel. Ambos d e b e r á n tener su c o r r e s p o n d i e n t e tapa,
tos í n t i m o s , en fin, todas aquellas p e q u e ñ a s cosas de la v i d a que puede ser u n simple trozo de v i d r i o . Su piso i n t e r n o s e r á
cotidiana, concreta, que cobran n u e v a luz c u a n d o se las l l e n a c u r v o (como u n m o r t e r o ) , p a r a p e r m i t i r la m o l i e n d a .
de c o l o r o cuando nos recrean con escenas sugestivas y m o t i v a - Se d i s p o n d r á de pinceles de diverso t i p o y de m u y b u e n a
ciones e x t r a í d a s de la vida misma. El o r n a m e n t o y la b u e n a calidad, los que se l i m p i a r á n m u y bien, d e s p u é s de usados, con
d e c o r a c i ó n nos p r o p o r c i o n a n adecuados e s t í m u l o s s e g ú n las a g u a r r á s , l u e g o con agua y j a b ó n , y se los s e c a r á b i e n . Los p i n -
circunstancias, e s t í m u l o s que el p s i c o a n á l i s i s ha descubierto al celes deben guardarse a p o y á n d o l o s i n v e r t i d o s , p o r e j e m p l o ,
estudiar la influencia del o r n a m e n t o en la vida cotidiana. U n a h u n d i e n d o el m a n g o en u n pote con arena fina. T a m b i é n p o -
escena campestre en u n j u e g o de mesa f r a n c é s del siglo 18 c u m - d r í a n guardarse apoyados horizontalmente sobre u n papel, p e r o

80 81
sobre biscuit de porcelana (mate), lo que p r o d u c e u n efecto
sin q u e se t o q u e n e n t r e sí. N u n c a se los a p o y a r á d e n t r o de u n
especial, y t a m b i é n sobre esmaltes mates. El color sobre esas
vaso c o n el pelo hacia abajo, pues se d e f o r m a n .
superficies n o desarrolla toda su i n t e n s i d a d c r o m á t i c a n i ad-
Son necesarios los pinceles de p u n t a fina, de m a r t a , p a r a
quiere b r i l l o , p e r o se logra u n efecto c o m o de p i n t u r a d e s v a í d a
trazos p e q u e ñ o s y mayores o para filetear. O t r o s pinceles s e r á n
y despareja usual hoy. T a m b i é n a veces se decora sobre esmal-
chatos, de pelo corto, p a r a trazar bandas. Pinceles de p u n t a
tes transparentes, a u n q u e el resultado es inferior.
fina y pelo largo se u s a r á n p a r a o r o , a s í c o m o otros especiales
de cabo c o r t o y pelo m u y largo. El g r a n p i t u á (putois)* chato, o Es m u y conveniente que el ceramista d e c o r a d o r se confec-
el r e d o n d o y en p u n t a , con m u c h o pelo, se u s a r á para "taponar" cione él m i s m o (ya que no es fácil hallarlos en el c o m e r c i o ) u n
o c o l o r e a r superficies lisas y u n i f o r m e s . Pinceles en "pata de divisor universal de piezas redondas, de c a r t ó n o de p a p e l pe-
cabra" o cortados al sesgo s e r v i r á n p a r a efectuar filetes o f r a n - gado sobre c a r t ó n , el que m e d i r á unos 30 p o r 30 c m . Se lo
jas. U n t a p ó n b l a n d o de g o m a p l u m a , t a m b i é n s e r v i r á p a r a confecciona t r a z a n d o circunferencias c o n c é n t r i c a s distantes
t a p o n a r superficies grandes. Se n e c e s i t a r á t a m b i é n u n a o va- e n t r e sí 1 c m . T r a z a n d o los d i á m e t r o s de las circunferencias, se
rias e s p á t u l a s de acero i n o x i d a b l e (de buena calidad) para e m - d i v i d i r á el divisor en 4, 8, 16 y 32 partes; 3, 6 y 12; 10, 20 y 24.
pastar los colores sobre u n a placa de v i d r i o (otros l o h a r á n en Colocando la pieza sobre el divisor, se p o d r á m a r c a r a l á p i z las
las tacitas con p i l ó n ) ; y frascos con aceite de t r e m e n t i n a rectifi- l í n e a s verticales que d i v i d i r á n la pieza, e m p l e a n d o u n a regla o
cada (de Venecia), aceite de clavo de olor, a g u a r r á s vegetal y p l o m a d a para levantar las l í n e a s desde la base a p o y a d a e n el
alcohol. Por lo general, se a d q u i e r e u n aceite d i l u y e n t e espe- divisor hasta e l cuello de la pieza. Para ello c o n v i e n e colocarla
cial, en casas especializadas, p a r a empastar los colores, si b i e n sobre u n a t o r n e t a giratoria, accesorio m u y útil p a r a el decora-
algunos e m p l e a n d i r e c t a m e n t e t r e m e n t i n a , rebajada con agua- dor, a s í c o m o el g r a m i l o las escaleras de apoyo g r a d u a b l e para
r r á s c u a n d o sea necesario. Unas gotas de clavo h a r í a n que la la m a n o c u a n d o se filetea. Puede servir t a m b i é n u n t r a n s p o r t a -
t r e m e n t i n a no se evapore y el empastado no se seque. Quienes d o r circular de p l á s t i c o .
usan el aceite d i l u y e n t e especial, d e b e r á n a d q u i r i r t a m b i é n o t r o Es recomendable que el decorador se confeccione u n mues-
aceite de t i p o m á s liviano, que s e r v i r á p a r a rebajar el p r i m e r o t r a r i o de colores sobre cubierta, para lo cual u t i l i z a r á u n p l a t o
c u a n d o sea necesario. T a m b i é n se n e c e s i t a r á estecas y lancetas g r a n d e esmaltado, sobre cuyo b o r d e a p l i c a r á todos los colores
de m a d e r a d u r a o hueso p a r a raspar u n color, esgrafiar, etc. existentes con tres espesores de capa: delgada, m e d i a n a y grue-
U n g o t e r o o cuentagotas de v i d r i o a fin de a ñ a d i r p e q u e ñ a s sa, a fin de p o d e r visualizar la diferencia que se p r o d u c e e n el
cantidades de aceite c u a n d o se desee. U n o o dos p l u m i n e s p a r a t o n o s e g ú n el m a y o r o m e n o r g r o s o r de capa. Las super-
l í n e a s ; marcadores al alcohol; lápices p a r a marcar dibujos. Gasa posiciones de colores sobre c u b i e r t a n o resultan m u y satisfac-
o trapos que n o despidan pelusa, etc. torias, a u n q u e algunos fabricantes en E u r o p a e l a b o r a n a l g u -
nos colores mezclables entre sí. A fin de p r o b a r el r e s u l t a d o de
Las piezas sobre las cpie se d e c o r a r á s e r á n de porcelana o
las superposiciones de los colores que se u s a r á , sobre el c í r c u l o
loza de b u e n a calidad. Resulta m e j o r el decorado sobre esmal-
i n t e r n o del m i s m o plato se t r a z a r á u n a banda h o r i z o n t a l y o t r a
te blanco b r i l l a n t e , que sobre esmalte de o t r o color o de super-
vertical con cada color, de u n c e n t í m e t r o de ancho cada u n a ,
ficie mate. C o n todo, en la actualidad se ven piezas decoradas
dejando que la p r i m e r a seque perfectamente antes de aplicar
la segunda. Así se o b t e n d r á n todas las superposiciones posi-
bles.
* El p i t u á (putois) es u n pincel m u y caro, de pelo de calidad finísima
(importado), indispensable para obtener fondos parejos y tersos. Puede A l g u n o s fabricantes e x p e n d e n sus colores sobre c u b i e r t a ,
ser chato (grande o p e q u e ñ o ) o r e d o n d o (con corte en c ú p u l a , plano o en clasificados en series. Aconsejan no mezclar e n t r e sí colores
punta).

82 83
pertenecientes a series diferentes, n i tampoco con blanco. Para
l o g r a r colores menos brillantes y m á s mates (como m u c h o s de-
coradores usan h o y ) se puede mezclarlos con c a r b o n a t o de ba-
r i o , o d i ó x i d o de titanio, o con color blanco en p e q u e ñ o s p o r -
centajes, lo que, sin embargo, a r r u i n a r á o a l t e r a r á ciertos colo-
res. Para decorar biscuit de porcelana con colores sobre cubier-
ta males se los mezcla con carbonato de bario.
El l u g a r en que se trabaja d e b e r á carecer de p o l v o : se lo
m a n t e n d r á l i m p i o y sin corrientes de aire. Si se d e p o s i t a n gra-
nos de polvo del aire sobre los colores o sobre el trabajo realiza-
do o s e c á n d o s e , é s t e se a f e a r á , pues a p a r e c e r á n visibles des-
p u é s de la c o c c i ó n .

Aceites esenciales

Son aceites a r o m á t i c o s , no solubles en agua, y de su cono-


c i m i e n t o y uso depende la calidad del trabajo del decorador.
En nuestro Diccionario de Cerámica se h a l l a r á a m p l i a i n f o r m a -
c i ó n referente a cada u n o de ellos. Podemos clasificarlos e n
retardadores del secado p o r u n laclo, y en secantes p o r el o t r o . Los
retardadores p e r m i t e n retrasar el secado del d e c o r a d o c u a n d o
el d i s e ñ o es trabajoso o requiere t i e m p o : basta con agregar al
d i l u y e n t e unas gotas para conseguir que n o seque p o r algunas
horas. Se c o m p o r t a n como retardadores del secado ( a ñ a d i d o s
en p e q u e ñ o s porcentajes al d i l u y e n t e a base de t r e m e n t i n a ) los
aceites o esencias de clavo, lavanda o espliego, copaiba, los que
son caros, y los p r o d u c t o s industriales e t i l é n g l i c o l , aceite de
m á q u i n a , glicerina. Son aceites n o secantes (no secan) los acei-
tes de ricino o de castor, oliva, m a n í y a l g o d ó n . Son secantes
(aceleran el secado) los aceites de linaza en especial, y t a m b i é n
los de girasol, nuez y c á ñ a m o . L a esencia (o aceite esencial) de
p i n o seca en u n a a dos horas, y el de m i r b a n a en unas tres
horas. C o m o se ve, de acuerdo con el t i p o de trabajo que se
realiza, el d e c o r a d o r inteligente y creativo d o s i f i c a r á sus p r o -
pios aceites, ya que n o existe una f ó r m u l a " ó m n i b u s " ( v á l i d a
para todos los casos). Los diluyentes comerciales son mezclas
de aceites baratos, útiles para uso standard, a los que se d e b e r á

84 85
d a r la densidad adecuada ( r e b a j á n d o l o s ) y el p e r í o d o de seca-
do necesario s e g ú n los casos. Ver en el Diccionario m e n c i o n a d o
los a r t í c u l o s "aceite"; "aceites esenciales"; "esencia"; "retarda-
dor"; "secante", y en cada a r t í c u l o las propiedades de cada aceite
o esencia en particular.

Muestrario de doce colores sobre cubierta hecho sobre un plato de porcelana.


Centro: superposiciones de colores. Borde: cada color aparece c o n c a p a liviana,
normal y gruesa.

Dibujos y motivos

Antes de llevarlos a la porcelana, se los r e a l i z a r á sobre pa-


pel, en especial mientras el d e c o r a d o r n o se halle m u y e x p e -
r i m e n t a d o . L u e g o se p a s a r á el dibujo sobre la p o r c e l a n a o loza
esmaltada. Existen unos l á p i c e s especiales, al pastel, c o n los
cuales es posible d i b u j a r sobre la porcelana l i m p i a , sin aceitarla
antes. A l g u n o s l á p i c e s comunes, con m i n a de grafito, t a m b i é n
Divisor universal de piezas redondas.
p e r m i t e n efectuar dibujos sobre la pieza, a u n q u e el trazo n o es
n í t i d o . El c a r b ó n de los lápices d e s a p a r e c e r á solo d u r a n t e la

86 87
i

c o c c i ó n : n o es preciso b o r r a r l o . Si se usa marcadores para dise- largo del dibujo, el grafito del lápiz o del c a r b ó n i c o se fijará a la
ñ a r sobre las piezas, se d e b e r á b o r r a r el trazo antes de aplicar porcelana, p r e v i a m e n t e tratada con una capa de t r e m e n t i n a
el color. C u a n d o haya que hacer u n dibujo detallado y exacto s e g ú n se e x p l i c ó antes. O t r o m é t o d o para r e p r o d u c i r u n mis-
sobre la porcelana y n o se d i s p o n g a m á s que de lápices c o m u - m o dibujo sobre la porcelana, consiste en aplicar sobre ella u n
nes de grafito, se p a s a r á sobre la superficie esmaltada de la estarcido ( s p ú l v e r o ) o plantilla, las l í n e a s de cuyo d i b u j o h a n
pieza p o r decorar u n p a ñ o e m b e b i d o en t r e m e n t i n a d i l u i d a sido perforadas c o n t r a u n c a r t ó n b l a n d o p o r m e d i o de u n a al-
con u n poco de a g u a r r á s , dejando así u n a delgada capa aceito- filer. Sobre esta plantilla se pasa u n a m u ñ e q u i t a o bolsita con
sa sobre la porcelana. U n a vez bien seca, se p o d r á d i b u j a r so- n e g r o de h u m o o grafito en p o l v o .
b r e ella con facilidad. T a m b i é n se p u e d e "calcar" u n dibujo so- Los dibujos que se r e a l i z a r á p u e d e n ser de i n s p i r a c i ó n
b r e la porcelana, p a r a lo cual o bien se u s a r á papel c a r b ó n i c o o n a t u r a l (vegetal, a n i m a l , a n t r o p o m o r f a ) o bien g e o m é t r i c o s
u n simple papel de calcar, d e t r á s del cual se pasa repetidas ve- (guardas, o r n a m e n t o s , estilizaciones de flores, etc.), abstractos,
ces u n lápiz graso. C o n u n a p u n t a r o m a , que se p a s a r á a lo de i n s p i r a c i ó n expresionista, surrealista, p r i m i t i v a , i n d í g e n a ,
etc. E n fin, la o r n a m e n t a c i ó n t o m a sus motivos de las fuentes
m á s p r ó x i m a s en el t i e m p o y en el espacio (la h i s t o r i a , la é p o c a ;
el lugar, el país), así c o m o de la m o d a o el uso, los m i t o s y t r a d i -
ciones populares, lo inconsciente colectivo, etc., y, lo q u e es m á s
i m p o r t a n t e que t o d o , la t r a d i c i ó n . Diversas culturas t r a d i c i o -
nales t o m a n i n s p i r a c i ó n de las fuentes ancestrales (culturas i n -
d í g e n a s , orientales, etc.).
Se t r a z a r á sobre la porcelana sólo las l í n e a s p r i n c i p a l e s o
estructurales del dibujo. Los detalles se c o n f e c c i o n a r á n d e s p u é s
directamente. Recortes de papeles, colocados sobre la pieza,
p e r m i t i r á n darnos u n a idea de c ó m o r e s u l t a r í a u n a superficie
coloreada. M u c h o s d i s e ñ o s m o d e r n o s se basan en las c o m b i n a -
ciones caprichosas que puede hacerse con estos papeles de co-
lores, a m a n e r a de prueba, sobre las piezas. Si se h a l o g r a d o
u n a c o m b i n a c i ó n agradable, se la m a r c a r á con l á p i z s e g ú n se
a p l i c ó para d e s p u é s aplicar el color sobre cubierta. L a base de
u n a b u e n a d e c o r a c i ó n s e r á , en todos los casos, el d i b u j o .
P r a c t í q u e s e cuanto se pueda con dibujo g e o m é t r i c o , t r a z a n d o
l í n e a s a m a n o , c o m p á s y marcador, c o m p á r e s e c ó m o resulta u n
d i b u j o aplicado sobre u n p l a n o de f o n d o y sin él, h á g a s e t a m -
b i é n figuras del n a t u r a l , realistas p r i m e r o a fin de "soltar" la
m a n o , y t a m b i é n estilizaciones de la figura h u m a n a , a n i m a l o
vegetal. A p r é n d a s e a matizar. C o m b í n e n s e figuras, e f e c t ú e n s e
superposiciones parciales de ellas, s i t ú e s e l a s d e n t r o de franjas,
bandas o campos; en fin, n o se olvide de t e x t u r a r con l í n e a s o
p u n t o s para diferenciar planos y t r á t e s e siempre de a r m o n i z a r
Haciendo filetes sobre cubierta con el pincel largo y puntiagudo

88 89
los colores que se u s a r á , de manera que el resultado sea s o b r i o dicional, r u t i n a r i a y no creativa, que pasaba p o r el gusto del
y elegante, nunca llamativo y vulgar. c o m p r a d o r y no p o r el del artista. Es así c o m o se ven esculturas
A l g u n o s decoradores, m á s tradicionalistas, se i n s p i r a n en decoradas con estridentes colores para espanto d e l p ú b l i c o ge-
la porcelana europea de los siglos 19 y 18 al trabajar. Estos "des- n e r a l , no c o m p e n e t r a d o en arte; aplicaciones de color fuera de
arraigados" de su é p o c a y l u g a r o b t i e n e n así é x i t o c o m e r c i a l , registro (no c e ñ i d o s a los contornos del dibujo); y otras p r u e -
ya que nuestras e s t ú p i d a s clases c o m p r a d o r a s a d q u i e r e n las bas de l i b e r a c i ó n y desprejuiciamiento portadoras de e v i d e n -
piezas c o m o s í m b o l o de "status", no p o r su valor a r t í s t i c o en sí, tes connotaciones filosóficas y estéticas.
que n i sienten n i c o m p r e n d e n . Sin embargo, existe en la actua-
l i d a d u n m o v i m i e n t o de e s p í r i t u m o d e r n o , que, en casi t o d o el
A p l i c a c i ó n de los colores sobre cubierta
m u n d o , parte de los p r i n c i p i o s del d i s e ñ o y de la m o d e r n a v i -
s i ó n al decorar u o r n a m e n t a r . A m b o s estilos o "filosofías" son
Se los a p l i c a r á sobre la pieza seca y l i m p i a , ya esmaltada,
m u y c a r a c t e r í s t i c o s y contrapuestos; n o es posible c o m b i n a r l o s .
sin grasa n i polvo. Para ello, conviene l i m p i a r la p o r c e l a n a f r o -
En resumen, u n b u e n d i b u j o y una correcta c o m b i n a c i ó n de
t á n d o l a con u n p a ñ o embebido en alcohol, p r e v i a m e n t e lavada
colores son los brazos d e l decorador, a d e m á s , p o r supuesto, de
con j a b ó n .
la p o é t i c a presente en las buenas obras.
Es necesario que la superficie de la pieza que se va a deco-
En la actualidad, y para c e r á m i c a artística, se hace uso de r a r n o t e n g a h u m e d a d , l o q u e es f r e c u e n t e d e b i d o a
colores para sobre cubierta pero liberándolos de las perniciosas condensaciones en i n v i e r n o , c u a n d o hay estufas, en d í a s o cli-
ataduras y bretes a que estaban sometidos en la d e c o r a c i ó n t r a - mas h ú m e d o s , o cuando hay diferencia entre la t e m p e r a t u r a
de las piezas y la del local de trabajo. L a h u m e d a d s i e m p r e
p e r j u d i c a r á el decorado, antes, d u r a n t e y d e s p u é s de realizar-
lo, e inclusive d e n t r o del h o r n o .
Se supone que los colores p r o v i e n e n del fabricante perfec-
tamente m o l i d o s y desagrumados. Sin embargo, d a d o q u e con
frecuencia se observa que algunos colores, pese a estar b i e n
molidos, presentan tendencia a agrumarse, se los d e s a g r u m a r á
m u y bien antes de usarlos, m o l i é n d o l o s en u n m o r t e r o de p o r -
celana o v i d r i o (bien l i m p i o ) , o, mejor, en las tacitas de loza si se
dispone de ellas. Para ello se u s a r á u n p i l ó n de p o r c e l a n a o
v i d r i o , o, en el caso de las tacitas, u n p e q u e ñ o p i l o n c i t o o m a n i t o
de c e r á m i c a esmaltada de blanco que el m i s m o ceramista pue-
de confeccionarse (gres).
C o n una e s p á t u l a de acero v e r d a d e r a m e n t e i n o x i d a b l e
(difícil de conseguir hoy) o, mejor a ú n , de hudfeo, se e x t r a e r á
del frasco la cantidad de color que se u s a r á para"el trabajo que
tenemos entre manos. El color se d e p o s i t a r á sobre la placa de
Decorando una porcelana. En este caso la decoradora e m p a s t a sus colores d e n - v i d r i o esmerilado, a fin de mezclarlo y empastarlo con el aceite
tro de unas tacitas que ella misma fabricó con gres. También podría usarse una d i l u y e n t e , cosa que t a m b i é n p o d r í a hacerse con u n p i l ó n d e n -
placa de vidrio para ese fin. t r o de las "tacitas" para colores, a c o n d i c i ó n de que su i n t e r i o r

90 91
Actualmente el decorado sobre cubierta es utilizado conceptualmente para escul-
tura cerámica, pues toda dogmática es nula. K. Uke (Japón): "Un hombre entre los
hombres". Faenza.

sea c ó n c a v o y u n i f o r m e , c o m o u n m o r t e r o . E l secreto de reali-


zar los dibujos con fluidez consiste en saber dosificar la c a n t i - Simples pinceladas informales con azul, amarillo y verde, sobre u n a porcelana
d a d de aceites diluyentes necesaria y su densidad. En general, actual de Sévres. El color es liberado de su empleo servil tradicional. N o se oculta
la porcelana del fondo, que no lleva color en un 5 0 % de la superficie q u e p e r m a -
se aconseja empastar el color con u n 25-35 p o r ciento fie aceite
nece blanca. Artista: Viola Frey.
d i l u y e n t e (en peso).
Dichos aceites p u e d e n a d q u i r i r s e ya preparados d o n d e se
a d q u i e r e n los colores. C o n v i e n e tener u n o m á s espeso y o t r o

92 93
m á s liviano, para rebajar la viscosidad del p r i m e r o c u a n d o sea dos partes de aceite pesado). C o m o es de suponer, se m o l e r á y
necesario como, p o r ejemplo, c u a n d o se trabaja con p l u m í n , o m e z c l a r á todo muy prolongadamente sobre el v i d r i o con la e s p á t u l a
c u a n d o el color se ha espesado. Si no se trabaja con aceites ad- o bien con el p i l ó n en las tacitas, hasta que el empasto a d q u i e r a
q u i r i d o s , se puede utilizar esencia de t r e m e n t i n a rectificada u n a consistencia viscosa y u n i f o r m e , untuosa y fluida -para el
espesa (evaporada), la que se r e b a j a r á con u n a g u a r r á s vegetal pincel. A l recoger u n poco de esta mezcla con la e s p á t u l a , debe
de b u e n a calidad o t r e m e n t i n a o r d i n a r i a liviana. U n p o q u i t o escurrirse en gotones pesados y largos de aspecto p l á s t i c o y
de aceite de clavo o de lavanda h a r á n que la t r e m e n t i n a n o se flexible.
evapore en la placa de v i d r i o o en la tacita mientras se trabaja, C u a n d o se deje el trabajo p o r u n t i e m p o , al r e t o m a r l o se
al igual que el de p i n o . Los aceites comerciales ya p r o v i e n e n d e b e r á mezclar y empastar el c o l o r n u e v a m e n t e hasta q u e re-
dosados con estos ingredientes (cuando son de buena calidad). cobre su debida consistencia. Si se ha empleado exceso de esen-
En resumen, siempre se d i s p o n d r á de u n aceite graso, espeso cia o d i l u y e n t e graso (pesado), a p a r e c e r á n p e q u e ñ a s burbujas
( t r e m e n t i n a evaporada, reducida) y de o t r o liviano para reba- d e s p u é s de la c o c c i ó n . Si la capa de color ha sido aplicada exce-
j a r el p r i m e r o ( a g u a r r á s vegetal o t r e m e n t i n a o r d i n a r i a ) . L a sivamente gruesa, el color se d e s c a s c a r á . Para p r o b a r si la c o n -
p r o p o r c i ó n c o m ú n m e n t e usada entre ambos aceites es de u n sistencia de la mezcla de color y aceites es la correcta, se aplica-
30% de a g u a r r á s o d i l u y e n t e liviano y u n 70% de t r e m e n t i n a
grasa o d i l u y e n t e pesado (o sea, u n a parte de aceite liviano y

Decoración sobre cubierta sobre porcelana. Con pincel delgado se hizo ios trazos Tratamiento sobre cubierta de carácter artístico (no decorativista). P. Martlnson
(Urss): "Gráfica". Faenza.
finos. C o n pincel grueso las manchas (un solo toque).

94 95
d r á al sol la t r e m e n t i n a c o m ú n , v o l c á n d o l a en u n p l a t o . Así
a d q u i r i r á c o n s i s t e n c i a al e v a p o r a r s e los aceites l i v i a n o s
( t r e m e n t i n a r e d u c i d a ) . Precisamente, los aceites grasos o pesa-
dos son los que p e r m i t e n aplicar u n a capa m á s densa d é color,
m á s p i g m e n t a n t e , o sea que se l o g r a r á n tonos m á s fuertes u
oscuros. L a e x p e r i e n c i a i n d i c a r á al d e c o r a d o r c u á n d o , o c o n
c u á l e s colores, d e b e r á utilizar aceites m á s espesos.
C u a n d o se desee b o r r a r t o d o u n decorado ya hecho, se lo
f r o t a r á con u n p a ñ o bien e m b e b i d o en t r e m e n t i n a liviana o
aguarrás.
En vez de aceites, algunos h a n usado soluciones espesas
de goma a r á b i g a , o d e x t r i n a , o vinagre, o a z ú c a r (jarabe espe-
so), o s i m p l e m e n t e agua, T o d o consiste, r e p e t i m o s , e n saber
dar la debida consistencia a la mezcla a fin de que la capa de
color resulte vivida y n o d e s v a í d a , p o r falta de p i g m e n t o .
Es m u y i m p o r t a n t e saber l o g r a r fondos de color, regulares
Artística aplicación procesal (chorreaduras) del color sobre cubierta. Porcelana y absolutamente lisos. L a antigua porcelana de S é v r e s se h a b í a
(Ch. Richards).
especializado en la o b t e n c i ó n de fondos, ya sea que c u b r i e r a n
la pieza entera, c o m o sus á n g u l o s o zonas, dejando a veces par-
r a u n poco de color sobre.unas muestras o piezas rotas de la tes sin colorear, llamadas "reservas", en las que a p a r e c í a el co-
m i s m a porcelana que se u s a r á . U n a vez seco, debe resistir el l o r b l a n q u í s i m o de esa porcelana. Se precisa de m u c h a p r á c t i c a
roce suave del d e d o sin que se separe o d a ñ e . Si el c o l o r se
b o r r a , es s e ñ a l de que se u s ó poco aceite graso; si, p o r el c o n -
t r a r i o , se pega al d e d o o si tarda en secarse o no se seca e n
absoluto, es i n d i c i o de que se u s ó exceso de aceite pesado. E l
exceso de aceite pesado puede hacer que el color se desdibuje
o c h o r r e e . U n color aplicado con diluyentes de buena densi-
d a d y bien dosificados debe secarse en menos de tres horas. Si
n o se seca, se r e c o m e n z a r á n u e v a m e n t e el trabajo e m p l e a n d o
aceite menos pesado ( m á s d i l u i d o ) .
Si bien estos colores sobre cubierta no se a p l i c a r á n con capa
de excesivo espesor, es p o s i b l e a p l i c a r u n a o varias capas
encimadas para reforzar a l g ú n color demasiado claro. L a f u n -
c i ó n del aceite es la de servir como v e h í c u l o para facilitar la
a c c i ó n del pincel, a fin de que deposite suficiente color sobre el
esmalte de base. De no usarse, los colores q u e d a r í a n m u y cla-
ros y c o m o lavados, ya que la capa n o t e n d r í a consistencia. Teteras de porcelana (inglesas). La decoración a c o m p a ñ a la o s a d í a y originalidad
C u a n d o no se dispone de aceite o d i l u y e n t e espeso, se e x p o n - de la forma.

96 97
y c u i d a d o para l o g r a r buenos fondos, los que p u e d e n afearse si
se p e r m i t e que se deposite p o l v o sobre ellos d u r a n t e el secado
del color. Estos fondos p u e d e n lograrse aplicando el color con
consistencia m á s l í q u i d a c o n p i n c e l chato ( p i t u á chato), y pa-
s á n d o l o h o r i z o n t a l m e n t e v v e r t i c a l m e n t e . Antes que seque, se
i g u a l a r á la superficie coloreada m e d i a n t e el t a p ó n de e s p u m a
de goma, g o l p e á n d o l o v e r t i c a l m e n t e , o b i e n con el p i t u á re-
d o n d o (para " t a p o n a r " ) . U n a vez seca esta m a n o de color, se
p o d r í a aplicar o t r a capa m á s delgada, para igualar. O t r o m é t o -
d o de obtener fondos m u y lisos es el de p r e p a r a r b i e n el color,
m á s d i l u i d o que de c o s t u m b r e , sobre u n a placa de v i d r i o ,
" t a p o n a n d o " o sea, b a t i é n d o l o con el t a p ó n de espuma de g o m a
p r o l o n g a d a m e n t e , hasta que resulte terso y u n t u o s o . E n segui-
da se l o v o l c a r á o v e r t e r á sobre la superficie p o r colorear,
i t a p o n a n d o siempre con el t a p ó n de espuma de goma, es decir,
Original dibujo sobre cubierta (alusivo a las moscas que pintó Leonardo d a Vinci
b a t i e n d o el color sobre su campo g o l p e a n d o v e r t i c a l m e n t e c o n en un plato al no poder pagar).
el t a p ó n blando. Esta o p e r a c i ó n se h a r á c o n rapidez, antes de
que el color se seque. C u a n d o se espesa, se d e j a r á de "taponar".
U n a vez seca la capa, se p o d r í a , con m u c h o c u i d a d o , c o r r e g i r apagados y menos relucientes. N o es posible realizar s u p e r p o -
a l g u n a i r r e g u l a r i d a d visible. Si d e s p u é s de la p r i m e r a c o c c i ó n siciones de colores sobre cubierta, n i esfumaduras, salvo que se
persiste a l g ú n defecto, se a p l i c a r á n u e v a m e n t e el color d o n d e las haga con a e r ó g r a f o . U n a vez secos, los colores sobre cubier-
es necesario y se h o r n e a r á o t r a vez. O t r a f o r m a de hacer fon- ta p u e d e n rasparse con u n a p u n t a , si se'desea (esgrafiado), a
dos plenos (mayores, en platos, p o r e j e m p l o ) consiste en fijar el fin de obtener ciertos efectos especiales, al reaparecer el c o l o r
p l a t o a u n a torneta. H a c i é n d o l a girar, se e x t e n d e r á el color con blanco de la porcelana en las raspaduras.
p i t u á ancho d e s p l a z á n d o l o a i z q u i e r d a y derecha sin detenerse C u a n d o se use p l u m í n para trazar l í n e a s o c o n t o r n o s , la
m i e n t r a s la t o r n e t a gira. En seguida se i g u a l a r á la superficie consistencia del color se r e b a j a r á hasta l o g r a r la d e n s i d a d de la
t a p o n a n d o v e r t i c a l m e n t e con p i t u á r e d o n d o o con el t a p ó n de tinta c h i n a (se l i m p i a r á varias veces el p l u m í n m i e n t r a s se tra-
e s p u m a de goma. U n a vez bien seca esta p r i m e r a cap^, se po- baja). A l g u n o s mezclan el color que se a p l i c a r á a p l u m í n (lí-
d r í a aplicar una segunda, m á s d i l u i d a , si es necesario. neas, contornos, leyendas o firmas) simplemente con j a r a b e que
Los colores para sobre cubierta p u e d e n aplicarse t a m b i é n se hace d i l u y e n d o a z ú c a r en agua tibia. A l filetear, se a p o y a r á la
con a e r ó g r a f o (de b o q u i l l a m u y p e q u e ñ a y alta p r e s i ó n ) o m a n o firmemente sobre el g r a m i l , u n soporte g r a d u a d o o so-
p u l v e r i z a d o r de gota finísima, p r e p a r á n d o l o s m á s d i l u i d o s . bre una g r a d i l l a , c o l o c á n d o l a u n poco p o r encima de la zona
Pueden aplicarse m e d i a n t e pantalla s e r i g r á f i c a para decorar sobre la que se trabaja mientras la pieza gira l e n t a m e n t e sobre
azulejos (ver su A p é n d i c e , T o m o 4); sopletearse usando p l a n t i - la torneta. Bandas o franjas se t r a z a r á n u t i l i z a n d o u n p i n c e l
llas para degrades; emplearse para colorear "biscuit" de porce- chato o bien u n o grande de p u n t a .
lana o loza d u r a ; usarse en c o m b i n a c i ó n con lustres u otros Interesantes y originales efectos p u e d e obtenerse pasando
m é t o d o s decorativos. Sobre esmalte blanco b r i l l a n t e a d q u i e r e n la p i n c e l a d a c o n d i f e r e n t e s p r e s i o n e s o cargas d e c o l o r ;
su m á x i m o realce y b r i l l o ; y sobre esmaltes mates resultan m á s taponando una superficie y pasando d e s p u é s u n pincel de p u n t a

98 99
m o j a d o en a g u a r r á s , el que d e s l e i r á el color p o r d o n d e pasa; n u a l o a u t o m á t i c a , o bien e m p l e a n d o u n t a p ó n o r o d i l l o r o t a t i -
m o j a n d o u n pincel en varios colores a la vez o trabajando si- vo accionado a m a n o ; u t i l i z a n d o a e r ó g r a f o de aire c o m p r i m i -
m u l t á n e a m e n t e con varios pinceles; dejando que se agote el do; u otros sistemas m e c á n i c o s y a u t o m á t i c o s de i m p r e s i ó n en
color en el pincel al pasarlo, para obtener gradaciones; a p l i - serie. Hacemos n o t a r que, en nuestro m e d i o , la d e c o r a c i ó n i n -
c a n d o los colores con r o d i l l o ele espuma de goma sobre g r a n - cluso a escala i n d u s t r i a l se e f e c t ú a s e g ú n m é t o d o s manuales en
des superficies; etc. L a d e c o r a c i ó n a escala i n d u s t r i a l se v a l d f á la gran m a y o r í a de los casos, salvo c u a n d o se trata de la decora-
de m é t o d o s seriados, desde la a p l i c a c i ó n m a q u i n i z a d a con r o - c i ó n de azulejos en grandes plantas. Si bien existen m á q u i n a s
d i l l o de espuma de goma, m e d i a n t e pantalla s e r i g r á f í c a ma- capaces de efectuar decorados en serie, a u t o m á t i c a m e n t e y a
escala i n d u s t r i a l , es necesario confesar que los resultados hasta
a h o r a son lamentables.
C u a n d o se desee taponar u n a superficie d e j a n d o zonas sin
colorear denominadas reservas, antes de aplicar el c o l o r con el
t a p ó n se c u b r i r á dichas zonas con carbonato de calcio en p o l v o
finísimo d e s l e í d o en s o l u c i ó n de goma a r á b i g a a C M C espesos.

Plato de porcelana japonesa actual, decorado sobre cubierta con el efecto de


"agote" del pincel. Jarra de porcelana, decorada en pleno con color negro sobre cubierta, el que fue
esgrafiado estando todavía húmedo c o n punta de esteca.

100 101
Elegante dibujo hecho c o n color negro sobre cubierta.

to de calcio s i m p l e m e n t e se puede c u b r i r la zona reservada con


u n papel de seda o de p l o m o , o con u n p l á s t i c o a d h e r e n t e es-
pecial. C u a n d o se desee reservar asas, o picos de teteras que se
decoran con a e r ó g r a f o , se las c u b r i r á bien con los papeles i n d i -
cados.
U n a vez aplicados, los colores sobre cubierta se s e c a r á n en
Sobrias líneas azules sobre porcelana blanca de fondo.
u n ambiente libre de polvo y suciedad, ya sea c u b r i é n d o l o s o
bien a c o n d i c i o n a n d o el ambiente c o n extractores de aire acon-
d i c i o n a d o deshumectante, o estufas que n o l i b e r e n h u m e d a d
Sin esperar a que se seque d e l t o d o la capa que recubre la "re- al aire. Las condiciones a t m o s f é r i c a s de d i c h o a m b i e n t e , p o r
serva", se t a p o n a r á c o n el p i t u á y el t a p ó n de espuma de g o m a o t r a parte, s e r á n normales (sin excesos en n i n g ú n sentido). Si
s e g ú n se e x p l i c ó o b i e n se a p l i c a r á el f o n d o de c o l o r c o n se dispone de u n secadero especial, se puede colocar d e n t r o de
a e r ó g r a f o , sin preocuparse p o r la parte cubierta (reservada). él las piezas decoradas c u a n d o el color se haya secado bastante.
A l t e r m i n a r el t a p o n a d o , y cuando el carbonato de calcio se Allí se e l i m i n a r á parte de los residuos o r g á n i c o s , gracias al ca-
haya secado, se d e s p r e n d e r á y d e s c a s c a r a r á solo. A l usar lor, el que a s c e n d e r á m u y lentamente y g r a d u a l m e n t e .
a e r ó g r a f o o pulverizador, en vez de aplicar la capa de carbona-

103
102
C o c c i ó n de d e c o r a d o s s o b r e c u b i e r t a

El h o r n o aconsejable para la c o c c i ó n de las piezas decora-


das es u n h o r n o e l é c t r i c o especial para c e r á m i c a , de m a r c h a n o
m u y r á p i d a . C o n s ú l t e s e el C a p í t u l o 12, del T o m o 2 de este Cur-
so c o n respecto a su uso. C u a n d o u n d e c o r a d o r a ú n no posee
su p r o p i o h o r n o , l l e v a r á a h o r n e a r sus piezas a casa de o t r o
d e c o r a d o r que lo tenga.
A n t i g u a m e n t e , estos colores se l l a m a b a n "de fuego de
m u f l a " , precisamente d e b i d o a que, p a r a ser horneados ccm
buenos resultados, se necesitaba de una m u f l a aislante, que
i m p e d í a el acceso d e l h u m o del c a r b ó n o l e ñ a a la c á m a r a de
c o c c i ó n . Eloy d í a , con los m o d e r n o s h o r n o s e l é c t r i c o s , cuya at-
m ó s f e r a es sumamente l i m p i a y o x i d a n t e , n o se precisa de u n a
/ m u f l a o, m á s bien, la c á m a r a misma del h o r n o hace las veces de
m u f l a . L o i m p o r t a n t e es que la a t m ó s f e r a sea p u r í s i m a y de
m á x i m a o x i d a c i ó n , lo que d i f í c i l m e n t e se c o n s e g u i r á en u n
h o r n o a gas, salvo que tenga u n a m u f l a completa h e r m é t i c a en
su i n t e r i o r (cosa difícil de hallar hoy). Es esencial, p o r otra par-
te, que el h o r n o se halle l i m p i o al h o r n e a r estos delicados colo- Arbol-casa-río-figura h u m a n a , son los temas más frecuentes en escenas o paisa-
jes sobre murales decorativos.

res, sin suciedad o polvo depositado en las placas o l a d r i l l o s , y


sin h u m e d a d . A d e m á s , conviene h o r n e a r las piezas decoradas
sobre c u b i e r t a solas, sin h o r n e a r j u n t a m e n t e otros decorados
de o t r o t i p o (como colores para bajo cubierta, o r o , etc.)*. C i e r -
tos colores sobre cubierta (como los azules), son m á s resistentes
que otros a las a t m ó s f e r a s menos oxidantes de los h o r n o s a gas
(en c o m p a r a c i ó n con la a t m ó s f e r a p u r í s i m a de los e l é c t r i c o s ) ;
mientras que muchos colores se a r r u i n a n (amarillos, rojos, na-
ranjas, rosados, liláceos). Por o x i d a n t e que sea la a t m ó s f e r a de
u n h o r n o a gas, siempre contiene m u c h o menos o x í g e n o que
uno eléctrico.

* Cuando una misma pieza se decore con estos colores sobre cubier-
ta y t a m b i é n con oro, p r i m e r o se h o r n e a r á los colores sobre cubierta y
Decorado con dibujo tradicional sobre cuatro azulejos. d e s p u é s el oro, en hornadas diferentes.

104 105
!

tas e s t a r á n con los cierres sin ajusfar hasta los 2 0 0 ° C, y las


Existen h o r n o s industriales a gas para h o r n e a r decorados toberas abiertas hasta que se haya "quemado" la m a y o r parte
sobre cubierta. Poseen media mufla para proteger los pigmentos d é los aceites y se observe que ya casi no salen vapores olorosos.
de los gases provenientes de los quemadores. A d e m á s , se r e g u - C u a n d o dichos vapores se hallan en exceso d e n t r o d e l h o r n o ,
la la l l a m a a m á x i m a o x i d a c i ó n . Así es posible conseguir acep- los colores p u e d e n arruinarse: de a h í la urgencia de darles bue-
tables resultados a escala i n d u s t r i a l , a u n q u e se debe a d v e r t i r na salida al exterior. A eso de los 4 0 0 - 5 0 0 ° C, si ya n o salen
que algunos tonos n o resultan tan intensos como en el h o r n o vapores n i olor, se c e r r a r á n las toberas y se c o l o c a r á el t a p ó n
e l é c t r i c o . I n c l u s i v e m u c h a s f á b r i c a s de p o r c e l a n a ( q u e la s u p e r i o r para acelerar el proceso de vitrificación del color. A la
h o r n e a n a h o r n o s a gas a 1 3 0 0 ° C), poseen otros h o r n o s e l é c t r i - t e m p e r a t u r a i n d i c a d a , que oscila a l r e d e d o r de los 7 5 0 ° C , se
cos p a r a h o r n e a r colores sobre cubierta y o r o , ya que en ellos el a p a g a r á el h o r n o y se q u i t a r á el t a p ó n superior. A l g u n o s colo-
matiz es m á s vivido y n o hay que e l i m i n a r ciertas gamas que, res resultan m e j o r a temperaturas algo menores ( 7 0 0 - 7 3 0 ° C);
c o m o las c á l i d a s , son m u y sensibles a la a t m ó s f e r a deficiente de otros, p o r el c o n t r a r i o , a t e m p e r a t u r a algo m a y o r ( 7 8 0 ° C). Los
o x í g e n o del h o r n o a gas (Ver el l i b r o "Hornos Cerámicos" al res- azules, p o r ejemplo, resisten temperaturas m á s elevadas. Otros,
pecto). en cambio, se a r r u i n a n al sobrepasar ciertos l í m i t e s * . El m i s m o
L a marcha de la c o c c i ó n se i n i c i a r á a r i t m o m u y lento, a u n - ceramista d e b e r á , a base de experiencia, f o r m a r su p r o p i o ba-
que se gaste u n poco m á s de e n e r g í a eléctrica. A d e m á s , las puer- gaje de datos c o n respecto a los colores que usa, ya que p u e d e n
v a r i a r s e g ú n el fabricante. R e c u é r d e s e que algunos platos de
1 S é v r e s iban al h o r n o hasta 12 veces (a veces m á s ) , ya que cada
color r e q u e r í a u n p u n t o ó p t i m o de c o c c i ó n (se comenzaba p o r
aplicar y h o r n e a r el color de m a y o r t e m p e r a t u r a , g r a d u a l m e n -
te, hasta llegar al de m á s baja, que se horneaba ai ú l t i m o ) .
A l g u n o s tipos de esmaltes de loza n o resisten b i e n varias
cocciones Cierta porcelana, p o r el c o n t r a r i o , beneficia los colo-
res si se los h o r n e a varias veces. L a c o c c i ó n , en fin, nos e n s e ñ a -
r á m á s que el mejor maestro. Allí a p r e n d e r e m o s a c o m p r o b a r
c u á l es el espesor de capa ó p t i m o adecuado a nuestros fines, el
que v a r í a con cada color ( u n color aplicado con espesor exage-
r a d o se descascara); ella nos d i r á cuál es el v e r d a d e r o matiz
que desarrolla cada color que, en c r u d o , a veces es m u y claro o
diferente; t a m b i é n sabremos si la mezcla ele aceites es adecua-
da, pues si el color resulta como e s c u r r i d o y desdibujado s e r á
p o r q u e se lo a p l i c ó demasiado d i l u i d o ; la buena o mala mezcla
del color se v e r á d e s p u é s de la c o c c i ó n : si aparecen p u n t o s os-
curos será p o r q u e se los m e z c l ó mal o poco. A p l i c a d o s c o n capa

* R e s p é t e s e las indicaciones del fabricante acerca de la temperatura


ó p t i m a de cocción de cada color. Cuando el r i t m o de cocción es r á p i d o ,
Decoración manual (a pincel), en u n a fábrica de vajilla de porcelana. La artesanía como en el h o r n o t ú n e l especial para d e c o r a c i ó n , se puede sobrepasar un
no h a muerto, ni morirá j a m á s , ante el ataque despiadado de la industria. poco de tope m á x i m o .

107
106
decerse a la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n del decorado. Sin embar-
go, al h o r n e a r decorados sobre porcelana d u r a , p u e d e n tocar-
se y hasta encimarse, dado que el esmalte n o ha "trabajado"
a ú n (con tal de que el decorado no se toque). El c o n t r o l de la
t e m p e r a t u r a se r e a l i z a r á m u y exactamente mediante p i r ó m e t r o s
b i e n regulados, m e d i a n t e conos de Seger, o mejor, c o n ambos
m é t o d o s a la vez. C o n s ú l t e s e el C a p í t u l o 12, T o m o 2, de este
Curso.
Ciertos platos de loza se "rajan" al h o r n e a r sus decorados
sobre cubierta. Ello se debe al r i t m o de c o c c i ó n demasiado r á -
p i d o , que cierto tipo de loza no tolera. Se d e b e r á h o r n e a r y
enfriar m u y lentamente dicha loza, o bien p r e s c i n d i r de ella en
absoluto.

División del c a m p o de un plato de porcelana a fin de decorarlo.

deficiente estos colores n o vitrifican bien, p i e r d e n b r i l l o o que-


dan mates y "lavados".
L a carga d e n t r o del h o r n o se realiza o bien sobre placas
convencionales, las que c o n s u m e n m u c h a e n e r g í a eléctrica p o r
ser gruesas; o bien sobre soportes especiales, c o m o los usuales
p a r a platos o baldosas; o bien a p o y a n d o las piezas en soportes
m e t á l i c o s especiales, los que, a estas temperaturas, p u e d e n d a r
buenos resultados. Estos soportes m e t á l i c o s tienen la ventaja i T "F "t
de que, dado que son livianos y de poco espesor, p e r m i t e n car-
gar m á s piezas d e n t r o del h o r n o , a la vez que hacen a h o r r a r
e n e r g í a e l é c t r i c a (no se olvide que tanto las piezas como las pla-
cas y soportes deben alcanzar la misma t e m p e r a t u r a de coc-
c i ó n ) . Las piezas no se d e b e r á n tocar entre sí, c u a n d o se trabaja
con esmaltes de bajas temperaturas, ya que p o d r í a n r e b l a n - Orlas para realizar con colores sobre cubierta u o r o en platos decorativos.

108 109
Existen t a m b i é n colores para d e c o r a c i ó n sobre cubierta que
p u e d e n hornearse a 5 2 0 - 5 4 0 ° C, los que j a m á s se u s a r á n p a r a
decorar vajilla, pues no resisten la a b r a s i ó n del lavado d i a r i o .
Otros colores sobre cubierta, llamados reactivos, se h o r n e a n
entre los 9 5 0 - 1 0 0 0 ° C, y se aplican generalmente sobre azule-
jos de buena calidad ya esmaltados. A l reblandecerse el esmalte
de base, el color "ataca" el fondo, es decir, penetra en el seno
del esmalte y p r o d u c e así u n interesante efecto de relieve o
r e h u n d i d o desdibujado perceptible al tacto. Este t i p o de deco-
r a c i ó n se usa en la actualidad para decorar azulejos. N o se a p l i -
R -„ $ f c a r á n sobre esmaltes que b u r b u j e e n a la t e m p e r a t u r a i n d i c a d a ,
lo que sucede con los esmaltes comunes de 1 0 4 0 ° C. Se u s a r á n
azulejos industriales ya esmaltados con esmaltes de t e m p e r a t u -
ra algo mayor, de unos 1 1 0 0 ° C.
Debe existir suficiente lapso entre la t e m p e r a t u r a de f u -
sión del p i g m e n t o sobre cubierta (cuando " m u e r d e " la capa
del esmalte), y el comienzo de la a p a r i c i ó n de burbujas en el
seno del esmalte de base. M u c h o s esmaltes blancos ya "traba-
j a n " o reaccionan a temperaturas excesivamente bajas ( 7 5 0 ° C ) ,
lo que se manifiesta en la a p a r i c i ó n de p e q u e ñ a s burbujas, las
que n o desaparecen al apagar el h o r n o , lo que a r r u i n a la pieza
y el decorado, que resulta b u r b u j e a d o p o r c u l p a del esmalte de
base, no del color de d e c o r a c i ó n . Ello t a m b i é n puede deberse a
que se h o r n e ó al decorado sobre cubierta a t e m p e r a t u r a exce-
sivamente alta, p o r e r r o r del p i r ó m e t r o o del c o n t r o l de la t e m -
p e r a t u r a . C u a n d o el esmalte blanco de base sobre el cual se
decora es de r e a c c i ó n r á p i d a , con b u r b u j e o t e m p r a n o , se lo
eliminará o corregirá.

Toxicidad de los colores sobre cubierta

* A l g u n o s colores para sobre cubierta son t ó x i c o s c u a n d o se


los aplica sobre vajilla de mesa, pues al contacto c o n alimentos
á c i d o s (mermeladas, j u g o s , vinagre, salsas, etc.), p u e d e n des-
p r e n d e r compuestos de p l o m o de la frita b l a n d a c o n que se los
mezcla, o de otros metales sumamente t ó x i c o s , c o m o el c a d m i o
y selenio, bario, vanadio, etc. Nosotros hemos p r o b a d o varios
Orlas y guardas de tipo tradicional para dibujo sobre cubierta
en platos o vajilla de porcelana.
de estos platos así decorados, efectuando la " p r u e b a del p l o -

110 111
m o " , y nos hemos hallado con la sorpresa de que p a r a el uso
d o m é s t i c o e r a n sencillamente venenos. Y esto sucede t a n t o c o n
los colores para d e c o r a c i ó n sobre c u b i e r t a c o m o con los calcos.
En necesario que los fabricantes declaren en el envase sLel co-
lor es apto p a r a vajilla o si no lo es. Así el ceramista, el i n d u s -
t r i a l o el d e c o r a d o r p o d r á n saber si e s t á n e n v e n e n a n d o gente,
cosa que suponemos a nadie a g r a d a r á (salvo a ciertos s á d i c o s
fabricantes de colores). En los p a í s e s de E u r o p a , etc., existen
severas disposiciones que castigan a quienes i n d u s t r i a l i z a n co-
lores o c a l c o m a n í a s tóxicas sin manifestarlo en el envase, cosa
que n o se realiza en nuestro p a í s n i en n i n g u n o de habla caste-
llana. Para c o m p r o b a r la posible t o x i c i d a d de u n p l a t o de vaji-
lla con esmalte o c o n decorados sobre cubierta, e f e c t ú e s e la
d e n o m i n a d a "Prueba C o n d o r h u a s i " , la que n o r e q u i e r e n i de
e q u i p o especial n i de conocimientos de q u í m i c a (consultar el
Manual de Esmaltes Cerámicos, T o m o 1°, Cap. 1). Esta p r u e b a n o
aparece en la Primera Edición d e l l i b r o pues la hemos desarro-
llado p o s t e r i o r m e n t e . E n resumen: colores sobre c u b i e r t a que
p u e d a n resultar t ó x i c o s para vajilla n o deben usarse p o r razo-
Decorando sobre cubierta. O b s é r v e s e el c ó m o d o a p o y o de la m a n o u s a n d o nes elementales de h u m a n i d a d . A d e m á s su uso constituye u n
escalerillas y un listón. delito. Sí p o d r á n ser utilizados para decorar objetos q u e n o se
h a l l a r á n en contacto con alimentos.
En general todos estos colores son t ó x i c o s o venenosos
c u a n d o e s t á n en contacto con alimentos l í q u i d o s á c i d o s . N o se
los debe aplicar, pues, en el c í r c u l o i n t e r i o r del p l a t o , sino en el
o r i l l o o ala, d o n d e el a l i m e n t o n o contacta. Así se h a c í a hasta
hace pocas d é c a d a s . A c t u a l m e n t e , la i g n o r a n c i a de los fabri-
cantes y la c o r r u p c i ó n de las autoridades hace que la m a y o r í a
de las vajillas lleven decorados venenosos precisamente al cen-
t r o del plato. Los rojos y naranjas son los m á s t ó x i c o s .

LUSTRES METÁLICOS

Se l l a m a lustre a u n a delgada capa c o n s t i t u i d a p o r u n a


laca o m e d i o cjue contiene sales m e t á l i c a s en s o l u c i ó n . Pueden
estar confeccionados a base de metales preciosos ( o r o , plata,
p l a t i n o ) , o n o preciosos (cobre, h i e r r o , manganeso, cobalto,
n í q u e l , c a d m i o , u r a n i o , b i s m u t o , etc.). Todos los tipos de lus-

112 113
En E s p a ñ a existe g r a n c o n f u s i ó n c o n respecto a "lustres" y
"reflejos m e t á l i c o s " . Allá, incluso especialistas y cartelas de
museos, c o n f u n d e n unos con otros. Los reflejos son eso: visos,
irisaciones o "reflejos" de u n o o varios colores (sobre esroaltes).
Los lustres t i e n e n aspecto m u y diferente: los dorados de la ce-
r á m i c a morisca, tanto de o r o como de cobre, n o son reflejos
sino "lustres". El c r i t e r i o para diferenciarlos es este: c u a n d o la
capa es c u b r i t i v a o semicubritiva se trata de lustres; c u a n d o n o
10 es, de reflejos. E n el A p é n d i c e especial del T o m o 4 a m p l i a r e -
mos el tema.

DECORACIÓN CON ORO LÍQUIDO

El o r o l í q u i d o se adquiere en casas especializadas y se a p l i -


ca sobre esmaltes blancos, de loza o, mejor, sobre p o r c e l a n a . L o
m á s frecuente es aplicar o r o sobre porcelana con esmalte b l a n -
co. C o n todo, es posible aplicarlo sobre esmaltes azules, etc., e,
Tratamiento artístico con lustre dorado: deja partes sin cubrir.
inclusive, sobre bizcocho de porcelana blanca (sin esmaltar).
Este t i p o de lustre puede ser brillante o mate: este ú l t i m o es
tres se aplican sobre el esmalte ya h o r n e a d o o sea en u n a terce- de precio m á s elevado, ya que contiene mayores porcentajes
r a c o c c i ó n , y se los h o r n e a a temperaturas c o m p r e n d i d a s entre de o r o m e t á l i c o . Ambos se presentan en el c o m e r c i o c o m o u n
600 y 8 0 0 ° C ( p o r lo general entre 7 0 0 - 7 5 0 ° C). l í q u i d o oscuro y espeso, cuya a p l i c a c i ó n requiere de g r a n es-
L a c e r á m i c a c h i n a a n t i g u a se sirvió de este m e d i o decora- c r u p u l o s i d a d y c u i d a d o a f i n de obtener dorados finos y tersos,
t i v o : existen piezas ya desde la d i n a s t í a S u n g que presentan sin defectos. El o r o para d e c o r a c i ó n , repetimos, ya se e x p e n d e
filetes dorados (en o x i d a c i ó n ) . Sin embargo, f u e r o n los persas en f o r m a de l í q u i d o (a diferencia de los colores p a r a bajo y
y los á r a b e s quienes los d i v u l g a r o n y d i f u n d i e r o n a m p l i a m e n t e obre cubierta, que se venden en polvo seco, rara vez empasta-
hacia E u r o p a para la f a b r i c a c i ó n de piezas de elevado precio, dos), el que es de color oscuro pues contiene u n c o m p u e s t o
p a r a uso exclusivo de las clases gobernantes y ricos mercade- soluble ele o r o en u n m e d i o aceitoso, m á s u n f u n d e n t e m e t á l i c o
res. Los á r a b e s i n t r o d u j e r o n en sus talleres de a l f a r e r í a del sur (bismuto, etc.). B ó r a x , r o d i o y otros ingredientes i n t e r v i e n e n
de E s p a ñ a la p r á c t i c a de decorar grandes vasos a base de lus- s e g ú n las recetas de cada fabricante. En general el c o n t e n i d o
tres (en r e d u c c i ó n ) , desde d o n d e p a s ó a Italia. Los talleres ita- de o r ó m e t á l i c o en u n buen lustre d o r a d o oscila a l r e d e d o r d e l
lianos i m i t a r o n esta t é c n i c a i n t r o d u c i d a en E u r o p a p o r los á r a - 11 p o r ciento. D i c h o m e d i o oleoso p e r m i t e la a p l i c a c i ó n , y p u e -
bes, y luego crearon procesos t é c n i c o s p r o p i o s . P o s t e r i o r m e n - de estar c o n s t i t u i d o p o r una dosificación de aceites de buena
te, la porcelana francesa de los siglos 18 y 19 hizo a b u n d a n t e calidad, c o m o t r e m e n t i n a de Venecia, p r e p a r a d a p o r evapora-
uso del lustre a base de o r o (oxidante), llegando a p r o d u c i r ción lenta del aceite de t r e m e n t i n a , al aire y sin calor; y agrega-
finísimas piezas, especialmente desde mediados del siglo 18, en dos de aceite de lavanda,.clavo, alcanfor, espliego, colofonia,
que la porcelana de S é v r e s p r e d o m i n a i n d i s c u t i b l e m e n t e sobre etc., aunque actualmente, d e b i d o al elevado precio de los acei-
toda Europa.

114 115
Aplicación de u n a banda de oro sobre una taza en u n a fábrica de porcelana. Se
u s a una torneta giratoria y pincel para franjas (ancho).

tes esenciales, se tiende a reemplazarlos p o r p r o d u c t o s i n d u s -


triales derivados del p e t r ó l e o , al menos en parte.
Hace d é c a d a s el o r o para lustre de e x p e n d í a en f o r m a de
polvo de o r o m e t á l i c o , el que era de a p l i c a c i ó n dificultosa y
r e q u e r í a larga p r á c t i c a su p r e p a r a c i ó n , d i s o l u c i ó n , a p l i c a c i ó n ,
p u l i d o post c o c c i ó n , etc.
En p r i m e r lugar, la pieza p o r d o r a r debe l i m p i a r s e perfec-
tamente, con u n p a ñ o e m b e b i d o en alcohol o acetona. C u a l -
q u i e r tipo de suciedad, en la pieza, o el pincel, ya sea polvo,
grasa u otros cuerpos e x t r a ñ o s , así como la h u m e d a d , la a r r u i -
n a r á indefectiblemente.
El o r o , así c o m o la plata o el platino, c u b r e n p o r c o m p l e t o
los esmaltes sobre los cuales se aplican, n o i m p o r t a su color. Es
decir que se puede d o r a r sobre esmaltes de p o r c e l a n a tanto
blancos como azules, etc.
Diversos motivos ornamentales actuales sobre azulejos, para ser realizados c o n
colores sobre cubierta.

116 117
L a a p l i c a c i ó n se h a r á en u n ambiente sin h u m e d a d n i p o l -
vo, y lejos de c u a l q u i e r color, pincel o pieza c r u d a p e r t e n e c i e n -
te a o t r o t i p o de d e c o r a c i ó n , pues a r r u i n a r í a n el trabajo del
d o r a d o , así fuera p o r simple p r o x i m i d a d . L a p i n c e l a d a ' d e b e
dejar u n a capa semitransparente, de color m a r r ó n c l a r o . Se
e v i t a r á tanto u n espesor escaso como u n a excesivo (capa de
color oscuro en c r u d o ) . A d e m á s , se lo a p l i c a r á con u n i f o r m i -
dad.
El frasco que contiene o r o se c o n s e r v a r á bien t a p a d o y en
l u g a r oscuro (pues la luz lo altera). El ambiente n o debe ser
m u y frío n i h ú m e d o . A l trabajar, es p r e f e r i b l e e x t r a e r d e l fras-
co la c a n t i d a d de o r o que se u s a r á en vez de i n t r o d u c i r el p i n c e l
d e n t r o del frasco. Si se usa o r o b r i l l a n t e , n o se debe agitar el
frasco antes de usarlo, n i t a m p o c o " r e v o l v e r " d e n t r o d e l mis-
m o c o n el pincel. El o r o mate, p o r el c o n t r a r i o , se d e b e r á agitar
Decorando c o n oro líquido sobre porcelana.
p r o l o n g a d a m e n t e , a fin de homogeneizar la s u s p e n s i ó n . A l efec-
to, algunos acostumbran dar vuelta el frasco varias veces a l g u -
Si b i e n la capa de o r o una vez h o r n e a d a es cubritiva, con nas horas antes de trabajar, para agitarlo c u a n d o se inicie la
t o d o , si el esmalte de base e s t á cuarteado, dichas cuarteaduras labor. N o se caliente n i se deje enfriar m u c h o el objeto que se
no p o d r á n disimularse pues el o r o a p a r e c e r á c o m o agrietado d e c o r a r á con o r o . Si la pieza p r o v i e n e de u n a m b i e n t e h ú m e d o
sobre ellas. o frío, déjesela ambientar d u r a n t e varios días antes de trabajarla
Se u s a r á u n p i n c e l especial para o r o , ele pelo largo y flexi- para que se seque y caldee. Las manos d e b e r á n estar perfecta-
ble a u n q u e resistente. Puede usarse tanto u n p i n c e l - p l u m a recto m e n t e limpias. E n t i e m p o caluroso, si el d e c o r a d o r suda p o r
c o m o en "pata de cabra". Estos pinceles se u s a r á n exclusivamen- las manos t e n d r á que usar guantes (suaves, de h i l o ) .
te p a r a o r o , a riesgo de a r r u i n a r el trabajo. Se los l e v a r á c o n el El o r o b r i l l a n t e ya sale del h o r n o c o n su b r i l l o c a r a c t e r í s t i -
l í q u i d o d i l u y e n t e para o r o y se los e x p r i m i r á suavemente c o n co. El mate, p o r el c o n t r a r i o , debe p u l i r s e , al e x t r a e r la pieza
los dedos o u n p a ñ o fino. T a m b i é n p u e d e usarse p l u m a s o del h o r n o , u t i l i z a n d o para ello u n p a ñ o h ú m e d o que c o n t e n g a
plumines. cuarzo en polvo finísimo (malla 400). L a a p l i c a c i ó n del o r o mate
Por lo general, se utiliza el o r o p a r a hacer filetes delgados es m á s fácil que la del o r o l í q u i d o . El o r o mate, r e p e t i m o s , se
o b i e n p a r a agregar p e q u e ñ o s detalles a u n d i b u j o hecho con debe agitar y revolver, para lo cual se e m p l e a r á u n a e s p á t u l a o
colores para sobre cubierta. Y ello se debe o bien a razones de varilla de v i d r i o o hueso (no de metal). U n a vez t e r m i n a d o el
e c o n o m í a , ya que los lustres a base de o r o y p l a t i n o son m u y d o r a d o , no se lo debe tocar directamente c o n los dedos, ya que
caros, o b i e n a que, dado su t í p i c o b r i l l o , es fácil caer en lo la h u m e d a d n a t u r a l de la piel lo a r r u i n a r á ( c u í d e s e , asimismo,
recargado. Sea como fuere, se los u s a r á sobriamente tal como de no toser, e s t o r n u d a r n i vociferar: la saliva t a m b i é n los afec-
se estila e n las piezas francesas maestras del d o r a d o de los a ñ o s ta, a s í c o m o el aliento h ú m e d o ) .
1750-1790. A p a r t i r del 1800 se abusa del d o r a d o y las piezas En caso de que el o r o l í q u i d o se haya espesado e n el fras-
aparecen cada vez m á s recargadas y groseras ( a l r e d e d o r de co, es p r e f e r i b l e c o m u n i c a r l e fluidez a d i c i o n á n d o l e algunas
1830). gotas de u n a nueva p a r t i d a del m i s m o o r o . C o n t o d o , se p u e d e

118 119
a ñ a d i r l e u n poco del l í q u i d o d i l u y e n t e especial que se adquie-
r e j u n t o con el l u s t r e , si n o se dispone de o r o fresco. Esos
diluyentes se p r e p a r a n a base de esencia de t r e m e n t i n a rectifi-
cada, m á s algunos otros aceites. N o se a ñ a d a excesivamente
del m e n c i o n a d o d i l u y e n t e , dado que el lustre p o d r í a a r r u i n a r -
se al diluirse demasiado.
El espesor de la capa s e r á suficiente de m a n e r a que se l o -
gre el efecto a p r o p i a d o , de lo c o n t r a r i o se o b t e n d r á u n c o l o r
rosado, d e s p u é s de la c o c c i ó n , en vez d e l d o r a d o , p o r deficien-
cia de capa.
El o r o se h o r n e a r á a p r o x i m a d a m e n t e a 7 0 0 ° C (hasta 7 5 0 °
C si se trata de loza d u r a y u n poco m á s p a r a porcelana). E l
h o r n o e s t a r á perfectamente l i m p i o , a s í como las placas, etc. Se
h o r n e a r á exclusivamente lustres, sin colocar j u n t a m e n t e , p o r
e j e m p l o , piezas decoradas con colores para sobre cubierta, n i
piezas para p r e h o r n e a r decoradas con colores de bajo cubier-
ta, a u n q u e todas se h o r n e e n a la misma t e m p e r a t u r a . L a c o m -
b u s t i ó n de otros aceites, así c o m o la glicerina, etc., p r o d u c e n
d e n t r o del h o r n o u n a a t m ó s f e r a perjudicial p a r a el o r o : resul-
t a r á mate o defectuoso. >

L a c o c c i ó n se c o m e n z a r á m u y lentamente, dejando m u y
b u e n a v e n t i l a c i ó n d e n t r o del h o r n o hasta los 4 5 0 - 5 0 0 ° C. Para
ello b a s t a r á con dejar abierta la p u e r t a del h o r n o unos m i l í m e -
tros, o los cierres flojos (sin apretarlos)*. N o se coloque el ta-
p ó n s u p e r i o r del h o r n o hasta los 5 5 0 - 6 0 0 ° C. Si el h o r n o "sube"
m u y r á p i d a m e n t e , h o r n é e s e hasta el final a m e d i o t a p ó n . Es
esencial que se lleven al h o r n o las piezas decoradas u n a vez
que se hayan secado p o r c o m p l e t o . Para ello se las d e j a r á a
secar de 24 a 48 horas p o r lo menos e n u n a a t m ó s f e r a n a t u r a l
y seca. Las piezas d e b e r á n protegerse del p o l v o que casi siem-
p r e contiene el aire, y siempre existe en los talleres. Si no se las
p r o t e g e , a p a r e c e r á n unos p u n t o s desagradables d e s p u é s de la

* N o abrir mucho la puerta y cerrarla ya a los 200° C, pues la dife-


rencia de temperatura p o d r í a hacer "rajarse" algunas piezas de loza. TanP
poco se acelere el enfriamiento abriendo las puertas antes de los 200° C. Esquemas decorativos de estilo gótico en baldosas de Salnt-Pierre sur Dives (si-
La porcelana es mucho m á s resistente que la loza al respecto. glo 12). Obsérvese cómo varía el diseño ornamental en función del diferente t a -
m a ñ o y forma de c a d a baldosa.

120 121
c o c c i ó n sobre las zonas doradas. Repetimos que el secado d e l
o r o se h a r á lejos de otras piezas decoradas con otros colores,
c o m o los de sobre cubierta, ya que los vapores de aceites grasos
d e s d i b u j a r á n el d o r a d o e i m p e d i r á n que seque. Si una pieza se
d e c o r a r á con colores para sobre cubierta y t a m b i é n con o r o , se
h o r n e a r á p r i m e r o el color sobre cubierta y, d e s p u é s de esa coc-
c i ó n , se la d o r a r á y se la v o l v e r á a hornear.
Antes de confeccionar u n trabajo sobre una p a r t i d a g r a n -
de de piezas, p r i m e r o p r u é b e s e sobre u n a pieza si el esmalte de
la m i s m a tolera la a p l i c a c i ó n del o r o (los esmaltes con ó x i d o de
cobre p o r lo general lo a r r u i n a n ) . P r u é b e s e t a m b i é n el espesor
adecuado de la capa.
Si se aplica o r o mate sobre una capa de o r o b r i l l a n t e ya
h o r n e a d a , el efecto s e r á de u n a hermosa t e x t u r a mate. Si se
aplica o r o mate sobre u n a capa ya h o r n e a d a de o r o t a m b i é n
mate, el resultado s e r á o r o mate cíe calidad s u p e r i o r (que siem-
pre se p u l i r á d e s p u é s de h o r n e a d o ) . U n a capa de o r o b r i l l a n t e
aplicado sobre u n esmalte mate o color (ya h o r n e a d o ) , da p o r
resultado u n o r o mate (a m á s bajo costo). El o r o puede aplicar-
se t a m b i é n sobre biscuü de porcelana bien p u l i d o , con m u y bue-
nos resultados.
Esquemas ornamentales islámicos sobre azulejos, basados en elementos
C u a n d o sea necesario c o r r e g i r o b o r r a r u n trazo m a l he- geométricos puros: triángulos, octógonos, estrellas octogonales y entrelazados
cho, e s p é r e s e a que el o r o se haya secado: se lo r a s p a r á e n t o n - poligonales.
ces c o n e s p á t u l a de m a d e r a o hueso. C u í d e s e de no dejar ras-
tros del o r o d o n d e se lo ha q u i t a d o , pues, de n o ser así, des-
p u é s de la c o c c i ó n a p a r e c e r á n unas marcas desagradables de Defectos del d o r a d o
color gris o rosado.
El o r o puede aplicarse, a d e m á s de con pincel o p l u m a , C u a n d o el o r o n o se adhiere bien y "se sale" d e s p u é s de
con a e r ó g r a f o , r o d i l l o de goma y otros medios de r e p r o d u c - h o r n e a d o , ello puede deberse a que se lo h o r n e ó a u n r i t m o
c i ó n en serie. T a m b i é n existen c a l c o m a n í a s hechas a base de m u y acelerado de e l e v a c i ó n de la t e m p e r a t u r a . A la m i s m a cau-
o r o . Es preferible a d q u i r i r el o r o l í q u i d o antes que o r o en p o l - sa p u e d e atribuirse el que el o r o b r i l l a n t e salga del h o r n o sin
vo, ya que en el p r i m e r o ya viene calculada la consistencia ó p - b r i l l o . A m b o s defectos p u e d e n deberse t a m b i é n a u n a c o c c i ó n
t i m a p a r a una correcta a p l i c a c i ó n , mientras que, en el segundo a t e m p e r a t u r a demasiado baja, que no p e r m i t i ó la a d h e r e n c i a
caso, la d e b e r á averiguar el m i s m o ceramista. del o r o ; a una c o c c i ó n demasiado r á p i d a (acelerada); a que el
Los lustres plateados se obtienen c o n soluciones a base de oro es de mala calidad (baja ley); o a que se lo a p l i c ó c o n capa
platino y p u e d e n ser tanto brillantes como mates. Se los aplica de espesor insuficiente. Estos mismos defectos p o d r í a n p r o d u -
al igual que el o r o y, p o r supuesto, son m u c h o m á s caros. cirse si el o r o ha sido m u y d i l u i d o , p o r exceso de aceite d i l u y e n t e
(en este caso suele presentar aspecto rojizo).

122 123
C u a n d o el o r o brillante aparece como aterciopelado o como tamine con polvo. J a m á s se d e v o l v e r á a d i c h o frasco el o r o so-
si estuviera velado, ello puede deberse a una c o c c i ó n demasia- brante.
do r á p i d a o a falta de v e n t i l a c i ó n d e n t r o del h o r n o , sobre t o d o Es c o m ú n que a l g ú n desesperado ceramista venga a mos-
al iniciar la c o c c i ó n , ya sea p o r exceso de piezas o p o r mala trarnos una pieza d o r a d a cuyo esmalte de base r e s u l t ó * t o t a l -
v e n t i l a c i ó n (o a que se u s ó u n h o r n o m u y p e q u e ñ o ) . C u a n d o el mente b u r b u j e a d o . Ello no es a t r i b u i b l e n i al o r o n i a su aplica-
oro se presenta con aspecto desagradable, sin b r i l l o , sin tersura c i ó n , sino a que se u s ó u n esmalte demasiado b l a n d o ( t o d o es-
e i r r e g u l a r , ello puede ser causado p o r una a p l i c a c i ó n d e m a - malte b u r b u j e a unos 8 0 ° antes de m a d u r a r y algunos esmaltes
siado gruesa o espesa del o r o ( m u y seco). Incluso, puede llegar ya "trabajan" 100 ó 200 grados antes). Se r e e m p l a z a r á el es-
a descascararse. Si en vez de d o r a d o aparece rosado o g r i s á c e o , malte p o r o t r o de t e m p e r a t u r a superior.
seguramente se lo a p l i c ó con capa de insuficiente espesor, o
b i e n se s o b r e p a s ó su t e m p e r a t u r a ó p t i m a de c o c c i ó n . Desde d i n a s t í a s tan remotas como la S u n g (1120 d . C ) , ya
Cuarteaduras o grietas producidas en la capa de o r o pue- aplicaban los chinos d e l i c a d í s i m o s filetes dorados (al b o r d e ) ,
d e n deberse a que el esmalte sobre el que se lo a p l i c ó es dema- siempre con g r a n sobriedad, sin recargos. Estos lustres d o r a -
siado b l a n d o (de m u y baja t e m p e r a t u r a ) , y ya c o m e n z ó a dos son anteriores en varios siglos a los á r a b e s .
reblandecerse a la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n del o r o . Si el esmal-
te m a d u r a hacia los 9 5 0 ° C, p o r ejemplo, el o r o se h o r n e a r á a INCRUSTACIONES DORADAS
6 5 0 - 6 7 0 ° C, no m á s .
L a h u m e d a d en las piezas que se d o r a n , en la a t m ó s f e r a Ciertas piezas de porcelana fina, como muchas de S é v r e s
en que se trabajan o se secan las piezas, d e n t r o del h o r n o , en p o r ejemplo, aparecen decoradas s e g ú n la t é c n i c a d e n o m i n a -
los pinceles, dedos, etc., h a r á que el o r o aparezca con lunares da de "incrustaciones de o r o " , las que generalmente se aplican
claros d e s p u é s de la c o c c i ó n . Manchas o lunares t a m b i é n pue- sobre el b o r d e de u n plato (ya esmaltado y h o r n e a d o ) y p r o d u -
d e n ser p r o d u c i d o s p o r suciedad o p o l v o en las piezas, o p o r el cen efectos notables y m u y c a r a c t e r í s t i c o s . Se r e q u i e r e de cera
p o l v o del aire que se deposita sobre ellas mientras se secan cuan- o p a r a f í n a l í q u i d a , que es resistente al á c i d o fluorhídrico, el
do n o se las cubre. El h o r n o , a d e m á s , d e b e r á estar perfecta- que debe m a n i p u l a r s e con guantes de g o m a y con m u c h o cui-
m e n t e l i m p i o , así como las placas y soportes (se l i m p i a r á n a dado, d a d o que sus vapores son m u y venenosos. C o n p a r a f i n a
cada c o c c i ó n ) . l í q u i d a se va r e a l i z a n d o el d i b u j o deseado ( g e n e r a l m e n t e
L a a t m ó s f e r a del h o r n o s e r á p u r í s i m a . Se u s a r á u n b u e n estilizaciones de ramas u hojas) dejando sin p a r a f i n a r las zonas
h o r n o e l é c t r i c o , m u y l i m p i o y que no desprenda p a r t í c u l a s de d o n d e se a p l i c a r á el o r o , es decir, que el d i b u j o con p a r a f i n a se
ladrillos desde el techo. Los antiguos talleres que usaban h o r - h a r á en negativo, b o r d e a n d o el motivo. U n a vez seca la capa
nos a c a r b ó n , etc., horneaban sus dorados d e n t r o de una m u y de p a r a f i n a , se aplica encima, con p i n c e l especial, el á c i d o
b u e n a m u d a , bien h e r m é t i c a y con a b e r t u r a al aire (al exte- fluorhídrico, el que a t a c a r á o " m o r d e r á " las partes n o parafina-
r i o r ) . D í g a s e lo m i s m o si se h o r n e a en h o r n o a gas: se debe usar das, dejando intactas las zonas cubiertas con parafina. El á c i d o
m u f l a pues los gases i m p u r o s y los vapores de agua p r o d u c i d o s a c t u a r á d u r a n t e algunos m i n u t o s . L u e g o se l a v a r á el plato con
p o r la c o m b u s t i ó n d e l gas de p e t r ó l e o p r o d u c e n defectos. E n agua, y se o b s e r v a r á c ó m o el d i b u j o ha q u e d a d o g r a b a d o en
a t m ó s f e r a r e d u c t o r a el d o r a d o se opaca y desluce (pierde b r i - hueco sobre el esmalte de la porcelana. T a m b i é n se p o d r á cu-
llo). b r i r con parafina t o d o el b o r d e del plato, y q u i t a r l a d e s p u é s
s e g ú n el dibujo. Usese á c i d o fluorhídrico c o n c e n t r a d o (no d i -
Se c o l o c a r á la tapa al frasco en que se g u a r d a el o r o en
luido).
t o d o m o m e n t o , para evitar que se evapore, se espese y se con-

124 125
b a r b o t i n a en c r u d o , que t a m b i é n se d o r a n en tercera c o c c i ó n
p e r o que siempre aparecen en relieve, es decir, que el decora-
do con o r o queda a nivel m á s elevado que el d e l esmalte. Este
ú l t i m o t i p o de d e c o r a c i ó n es de m e n o r valor que el p r i m e r o .
C o n s ú l t e s e los apartados referentes a o r o y a reservas, e n este
mismo Tomo.

OTROS LUSTRES METÁLICOS SOBRE CUBIERTA*

A d e m á s de los dorados y plateados, existen lustres de otros


colores. A l g u n o s de ellos t a m b i é n se elaboran a base de o r o y
son caros, c o m o los lustres negros, celestes, azules, p ú r p u r a ,
rosados, etc. O t r o s son m á s baratos y se p r e p a r a n c o n metales
n o preciosos, c o m o h i e r r o , manganeso, b i s m u t o , cobre, etc., o
con mezclas de varios ó x i d o s .
Estos lustres son semitransparentes o s e m i c u b r i t i v o s (se-
g ú n el espesor de capa y el t i p o de lustre). S i e m p r e i n f l u y e
sobre su color el t o n o del esmalte sobre el que se a p l i c a n , y se
t e n d r á m u y en cuenta el color d e l m i s m o .
L a a p l i c a c i ó n y c o c c i ó n de estos lustres es s i m i l a r a la del
oro, del que acabamos de hablar. Pero se los a p l i c a r á c o n capa
de espesor m u y delgado para p o d e r obtener u n a superficie ter-
sa, bien vitrificada y una p e l í c u l a con buenas irisaciones. Pafa
d i l u i r l o s se les a ñ a d i r á unas gotas del aceite d i l u y e n t e c o n que
se e x p e n d e n . Se r e v o l v e r á bien el frasco de estos lustres antes
de usarlos (al c o n t r a r i o del o r o brillante), a u n q u e ciertas m a r -
cas comerciales no deben agitarse n i t a m p o c o mezclarse entre
sí ( s í g a n s e las instrucciones del fabricante).
Plato decorado con lustre marrón sobre esmalte claro. Manises, siglo 15. Estilo y
factura árabes. Máxima abstracción.

* E n muchas estaciones del S u b t e r r á n e o de Buenos Aires ( M o r e n o ,


Independencia, Av. de Mayo), así como en el interior de la gran j a u l a de
D i c h o r e h u n d i d o o grabado es de rnuy escaso calibre, a u n - los loros en el J a r d í n Zoológico de dicha ciudad, existen h e r m o s í s i m o s y
que perfectamente visible. U n a vez seco el plato, se aplica o r o valiosísimos azulejos decorados con lustres dorados, y oscuros de cobre.
sobre el grabado, el que valoriza n o t a b l e m e n t e estas piezas de Sería de esperar un mejor cuidado de esos ejemplares ú n i c o s ( e s p a ñ o l e s
de comienzos de siglo), y que no se destruya la mencionada j a u l a . Ya lian
c o l e c c i ó n . N o c o n f u n d i r estos trabajos con á c i d o (grabados en
sido arruinados m u c h í s i m o s revestimientos artesanales ingleses de p l o m o
r e h u n d i d o a m á s bajo nivel que el esmalte), con o t r o t i p o de en el s u b t e r r á n e o de la calle Corrientes, para ser reemplazados p o r ho-
d e c o r a c i ó n en relieve, hecha con esmaltes o aplicaciones de rrendas chapas metálicas de lo m á s desabridas (¿intereses s u b t e r r á n e o s ? ) .

126 127
Se obtiene interesantes efectos s u p e r p o n i e n d o a u n lustre
ya h o r n e a d o , u n a delgada capa de o t r o lustre de d i f e r e n t e co-
lor. I n c l u s o se los p u e d e mezclar entre sí (cosa que, p o r supues-
to, a l t e r a r á el color p r o p i o de cada u n o ) o bien trabajar con
varios pinceles mojados en diferentes lustres a la vez: efectuan-
do pruebas, se p o d r á l o g r a r efectos i n é d i t o s . Muchas veces los
lustres salen del h o r n o cubiertos p o r u n a capa o p á t i n a oscura
que desaparece al frotarlos o p u l i r l o s . Si se los s o b r e h o r n e a ,
g r a d u a l m e n t e van desapareciendo (se d e c o l o r a n ) .
Para la c e r á m i c a de bazar se h a n usado diversos tipos de
lustres m a r m o l i z a n t e s , craquelantes, veteados, n a c a r a d o s y
otros, no m u y apreciados para piezas de nivel a r t í s t i c o . Todos
los lustres (incluso los dorados) se h o r n e a r á n poco t i e m p o des-
p u é s de su a p l i c a c i ó n . Si se deja t r a n s c u r r i r m u c h o t i e m p o ,
p o d r í a n alterarse. Su a p l i c a c i ó n t a m b i é n p u e d e realizarse c o n
a e r ó g r a f o u otros medios de r e p r o d u c c i ó n en serie, s i e m p r e
con m á s c a r a p r o t e c t o r a .
En la actualidad, se ha revalorizado el uso de lustres. I n -
cluso hay escultores que colorean con ellos sus piezas esmalta-
das, y no falta q u i e n ha aplicado o r o b r i l l a n t e sobre u n a escul-
t u r a de terracota sin esmaltar.
Para obtener el efecto del m a r m o l a d o , se aplica u n lustre
c u a l q u i e r a sobre la pieza ya esmaltada. U n a vez b i e n seco d i -
cho lustre, se lo s a l p i c a r á m e d i a n t e pincel grueso c o n el lustre
o l í q u i d o m a r m o l i z a n t e , el que t a m b i é n puede aplicarse con
aerógrafo.
Plato árabe decorado c o n lustres marronáceos y azulados. Alude a la m í s t i c a T a m b i é n se obtiene efectos m a r m ó r e o s s o m e t i e n d o la pie-
Islámica del Número Cuatro. Valencia. Siglo 15.
za que se acaba de l u s t r a r con u n lustre cualquiera, y antes que
el lustre aplicado se seque, a u n a c o r r i e n t e de aire c o m p r i m i -
do, usando u n a pistola o a e r ó g r a f o v a c í o (sólo debe salir aire
L a pieza para l u s t r a r (así c o m o los pinceles) deben estar seco).
perfectamente l i m p i o s . Ú s e s e u n p i n c e l diferente para cada E n t r e el c o m p r e s o r y la pistola se i n s t a l a r á s i e m p r e u n fil-
lustre. Secado y c o c c i ó n se h a r á n con m u y buena v e n t i l a c i ó n t r o de lana de v i d r i o , a fin de que condense la h u m e d a d que
(en la sala de trabajo y d e n t r o del h o r n o ) , h o r n e a n d o lenta- p r o v i e n e del aire inyectado a p r e s i ó n , el que a r r u i n a r í a los lus-
m e n t e hasta temperaturas entre 660 y 7 3 0 ° C. M u c h o s lustres tres, el o r o , etc. L o m i s m o d i r e m o s acerca d e l aceite que p o d r í a
comerciales son t ó x i c o s si se i n h a l a n al aplicarse u hornearse, o p r o v e n i r del compresor, o del aceitado del a e r ó g r a f o .
afectan la piel p o r contacto, pues c o n t i e n e n t o l u e n o , etc. Ciertos lustres no son coloreados, sino que solamente p r o -

128 1.29
p o r c i o n a n iridiscencia al esmalte sobre el que se aplican. Estos REFLEJOS METÁLICOS*
efectos iridiscentes deben ser sobrios y finos a riesgo de a r r u i -
n a r la pieza. C o n s ú l t e s e el A p é n d i c e respectivo en el T o m o 4 Los lustres que acabamos de estudiar se h o r n e a n en at-
del Curso. m ó s f e r a o x i d a n t e ; de no ser así se a r r u i n a n salvo algunos (ap-
tos p a r a ser horneados en los h o r n o s a gas sin m u f l a ) . L o s re-
flejos. m e t á l i c o s , p o r el c o n t r a r i o , se o b t i e n e n h o r n e a n d o las
piezas en condiciones de intensa r e d u c c i ó n h u m e a n t e . Los an-
tiguos á r a b e s y sus herederos, los alfareros moriscos de la pe-
n í n s u l a ibérica, f u e r o n ios maestros en la o b t e n c i ó n de esta cla-
se de reflejos, muchos de los cuales no se h a n p o d i d o o b t e n e r
n u n c a d e s p u é s . D u r a n t e el R e n a c i m i e n t o italiano, estos refle-
jos se v a l o r i z a r o n m u c h o , y algunos ceramistas, c o m o " M a s t r o
G i o r g i o A n d r e o l i " , se h i c i e r o n f a m o s o s p o r sus l u s t r e s
iridiscentes cuyas f o r m u l a s g u a r d a r o n tan celosamente que
desaparecieron con ellos. C o n t o d o , al hablar de "esmaltes de
h u m o " o ele "esmaltes con reflejos" en el Curso Práctico, T o m o
4, y en el Manual de Esmaltes, T o m o 3, el secretismo desapare-
ció, pues se basaba en la i g n o r a n c i a que la e x p e r i m e n t a c i ó n y
la i n t u i c i ó n siempre son capaces de vencer.
En algunos p a í s e s se venden ya preparadas estas sustan-
cias p r o d u c t o r a s de reflejos, las que se d i l u y e n en gomas, o en
vinagre s e g ú n las antiguas f ó r m u l a s , antes de aplicarse en capa
liviana sobre los esmaltes ya horneados. L a c o c c i ó n r e d u c t o r a
h u m e a n t e se r e a l i z a r á o b i e n en una m u l l a bien c e r r a d a de u n
h o r n o a l e ñ a o a gas, o colocando la pieza en una caceta h e r m é -
tica.
En u n h o r n o e l é c t r i c o , t a m b i é n se p o d r í a llevar adelante
la c o c c i ó n h u m e a n t e i n t r o d u c i e n d o p o r la tobera o boca supe-
r i o r d e l h o r n o bolitas de naftalina, a p a r t i r de los 5 0 0 - 5 5 0 ° C,
cada cinco m i n u t o s a p r o x i m a d a m e n t e . N o bien se a r r o j a d e n -
t r o del h o r n o u n a o varias bolitas de naftalina, se c o l o c a r á i n -
m e d i a t a m e n t e el t a p ó n a f i n de q u e los gases ( c a r b o n o )

* Insistimos en que, si se logra una capa cubritiva, se trata en reali-


dad de lustres. Los famosos clorados «árabes de cobre ahumado (nacidos a
Haciendo una banda o franja con lustre sobre u n a pieza ya esmaltada. Obsérvese imitación del o r o chino demasiado caro por entonces), no son reflejos sino
la m a n o derecha apoyada sobre el gramil, mientras que la izquierda hace girar la
lustres. En E s p a ñ a se suelen confundir ambos.
torneta.

130 131
reductores permanezcan d e n t r o del h o r n o . C u a n d o se observe el e l é c t r i c o que n o ha sido d i s e ñ a d o para ese fin. L a r e d u c c i ó n
que el c a r b ó n se ha volatilizado, se e c h a r á n nuevas bolitas (al debe intensificarse al m á x i m o hasta o b t e n e r u n a a t m ó s f e r a
i n t r o d u c i r las bolitas de naftalina d e n t r o del h o r n o c u í d e s e m u y carbonosa ( h u m o d e n t r o del h o r n o ) . L a c o c c i ó n se c o m e n z a r á
bien de que ellas no caigan sobre las resistencias n i las t o q u e n en o x i d a c i ó n y la r e d u c c i ó n se e f e c t u a r á al llegar a la t e m p e r a -
pues las f u n d i r í a n : c o l o q ú e s e una vasija d e n t r o del h o r n o p o r t u r a tope ( 6 5 0 ° C), m a n t e n i é n d o l a d u r a n t e u n a m e d i a h o r a a
debajo de la tobera de m a n e r a que la naftalina caiga d e n t r o de esa t e m p e r a t u r a e i n t r o d u c i e n d o naftalina, brea o asfalto*.
ella). A d v e r t i m o s , sin embargo, que estas experiencias c o n at- Las m á s antiguas f ó r m u l a s (todas de o r i g e n á r a b e ) , c o m o
m ó s f e r a r e d u c t o r a no deben llevarse a cabo en los h o r n o s e l é c - las que p r o v i e n e n de los tiempos del R e n a c i m i e n t o , p r e s c r i b e n
tricos salvo p o r e x c e p c i ó n , pues se a r r u i n a r í a n p r o n t o las resis- el uso de sales de cobre, p o r ejemplo, mezcladas c o n ocre r o j o .
tencias si n o son resistentes al carbono, c o m o n o lo son precisa- Se muele t o d o y se lo disuelve en vinagre hasta f o r m a r u n a
m e n t e las de m e j o r calidad ( K a n t h a l ) . pasta espesa. Se aplica la mezcla sobre esmalte ya h o r n e a d o , en
Para p o d e r r e d u c i r en h o r n o s e l é c t r i c o s , algunos fabrican- capa liviana, y se la h o r n e a a a l r e d e d o r de 6 5 0 ° C, m a n t e n i e n -
tes ubican las resistencias en " t ú n e l e s " excavados en el i n t e r i o r do u n a a t m ó s f e r a fuertemente r e d u c t o r a y h u m e a n t e d u r a n t e
de los ladrillos refractarios, con lo cual evitan el contacto direc- m e d i a h o r a . Dicha a t m ó s f e r a "reduce" los ó x i d o s a m e t a l , ha-
to de las mismas con los gases reductores. Sin embargo, así alo- ciendo que se f o r m e u n a fina p e l í c u l a m e t á l i c a sobre la capa
jadas sin suficiente acceso de aire, se f o r m a n peligrosas c á m a - del esmalte, lo que p r o v o c a los reflejos, cuyo c o l o r e i n t e n s i d a d
ras de calor en dichos " t ú n e l e s " , lo que puede hacerlas f u n d i r se hallan en d e p e n d e n c i a del t i p o de metal e m p l e a d o p a r a ela-
r á p i d a m e n t e al n o p o d e r irradiarse el calor debido precisamente b o r a r el reflejo, del esmalte sobre el que se los aplica, del espe-
a que los ladrillos aislantes lo i m p i d e n . Este p e l i g r o es m a y o r sor de la capa y, tal vez lo m á s i m p o r t a n t e , de las buenas, malas
c u a n d o se h o r n e a a elevadas temperaturas, pues puede existir o deficientes condiciones de la r e d u c c i ó n . Si la pieza sale d e l
hasta varios centenares de grados de diferencia entre la t e m p e - h o r n o cubierta de u n a capa o costra oscura que se descascara,
r a t u r a de las resistencias y el i n t e r i o r del h o r n o d o n d e se ha- se la p u l i r á con u n p a ñ o h ú m e d o y u n poco de cuarzo e n p o l v o
l l a n las piezas. Por o t r a parte, las eventuales reparaciones se fino.
hacen sumamente dificultosas y caras. Este tipo de h o r n o s ó l o P e q u e ñ a s adiciones de n i t r a t o de plata (2%) c o m u n i c a n al
p u e d e servir para t e m p e r a t u r a s m u y bajas (hasta 1040° C). reflejo visos dorados claros. T a m b i é n p o d r í a adicionarse hasta
Algunos p r o d u c e n la a t m ó s f e r a r e d u c t o r a en el h o r n o eléc- u n 10% de sales de b i s m u t o p a r a o b t e n e r o t r o s efectos
trico inyectando en su i n t e r i o r p e q u e ñ a s cantidades de gas na- iridiscentes.
t u r a l o en garrafas, a t r a v é s de u n p e q u e ñ o tubo m e t á l i c o que C u a n d o el reflejo se h o r n e a r á sobre esmaltes de bajas t e m -
p e n e t r e p o r u n agujerito de m e d i o c e n t í m e t r o efectuado en peraturas ( p o r ejemplo, esmaltes de 9 5 0 - 1 0 0 0 ° C), la capa de
a l g u n a parte de la zona i n f e r i o r del h o r n o . C o n t o d o , si b i e n
reflejo m e t á l i c o se h o r n e a r á y r e d u c i r á a 6 0 0 - 6 5 0 ° C. Si se trata
algunos ceramistas a f i r m a n lo c o n t r a r i o , la i n y e c c i ó n de gas
de esmaltes de m a y o r t e m p e r a t u r a de m a d u r e z , se i r á a u m e n -
combustible en el h o r n o e l é c t r i c o p e r j u d i c a las resistencias, se-
t a n d o c o r r e l a t i v a m e n t e la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n del refle-
g ú n lo establece la firma K a n t h a l .
jo-
U n b u e n h o r n o a gas, que p e r m i t a obtener una c o m p l e t a
r e d u c c i ó n ( a t m ó s f e r a r e d u c t o r a , c o n s ú l t e s e nuestro Manual de
Esmaltes Cerámicos, T o m o 3), s e r í a especial para obtener estos
reflejos, evitando así las complicaciones y riesgos de l o g r a r l a en
* Consúltese en el Tomo 4 de esta Obra, los Apéndices 1 y 3.

132 133
CALCOS O CALCOMANÍAS

De bajas t e m p e r a t u r a s

El m é t o d o de d e c o r a c i ó n basado en el empleo de calcoma-


n í a s , se d i f u n d i ó a m p l i a m e n t e en I n g l a t e r r a hacia el siglo pa-
sado. Si son de buena calidad, y se las ha sabido escoger o idear
de acuerdo con la f o r m a y f u n c i ó n de la pieza sobre la que se
aplican, p e r m i t i r á n sin d u d a realizar trabajos de b u e n nivel, tal
c o m o se demuestra f á c i l m e n t e observando las notables piezas
de loza d u r a inglesa de fines d e l siglo pasado y comienzos d e l
actual, algunos de cuyos ejemplares alcanzan hoy elevado p r e -
cio en el comercio de a n t i g ü e d a d e s .
U n a c a l c o m a n í a consiste en u n d i b u j o en colores i m p r e s o
s e r i g r á f i c a m e n t e sobre u n a p e l í c u l a a d h e r i d a a su vez a u n pa-
pel d u r o que le sirve de soporte. A l contacto con el agua, d i c h a
p e l í c u l a se separa del papel, y, dado que su cara i n t e r i o r es •
gomosa, puede "pegarse" f á c i l m e n t e a la superficie de la pieza 1 *WJÍ>. J E S í í a ! X & "i - : •• "i
que se va a decorar. D i c h o dibujo se confecciona a base de colo- Aplicando calcomanías sobre esmalte ya horneado. Obsérvese el "alisacalco" en
res para sobre cubierta, cuidadosamente impresos en serie p o r forma de riñon.
fabricantes especializados. Existen c a l c o m a n í a s de gran calidad,
fabricadas con medios t é c n i c o s superiores y de acuerdo a dise-
ñ o s evolucionados, a u n q u e t a m b i é n las hay chabacanas o de en grandes o p e q u e ñ a s tiradas. Acerca de su f a b r i c a c i ó n , ver el
calidad inferior, que n o v i t r i f i c a n satisfactoriamente. Por des- a r t í c u l o "Calco", en nuestro Diccionario de Cerámica.
gracia, se observa en nuestro m e d i o que las m á s usuales y d i - Se las aplica siempre sobre porcelana o loza ya h o r n e a d a y,
fundidas son las m á s o r d i n a r i a s , c o n dibujos llamativos y sin p o r supuesto, esmaltada (generalmente de blanco). Se l i m p i a
valor a r t í s t i c o , mientras que las v e r d a d e r a m e n t e estéticas y ele- bien la superficie de la porcelana, ya sea l a v á n d o l a c o n j a b ó n o
gantes, quedan relegadas y no se v e n d e n . detergentes y d e j á n d o l a a secar m u y bien d u r a n t e varios d í a s ,
o f r o t á n d o l a con u n p a ñ o e m b e b i d o en alcohol o acetona. Es
Las c a l c o m a n í a s se a d q u i e r e n en casas que p r o v e e n a los
esencial que la pieza p o r decorar no contenga nada de h u m e -
ceramistas, y puede ser de f a b r i c a c i ó n nacional o i m p o r t a d a s .
d a d . Pueden aplicarse t a m b i é n sobre esmaltes transparentes
Se presentan impresas en hojas con el m i s m o m o t i v o r e p e t i d o
aunque el destaque del color es menor.
muchas veces, protegidas p o r u n papel celofán. Las p o d r í a t a m -
b i é n fabricar el m i s m o ceramista, p o r medios s e r i g r á í i c o s sobre Se recorta la c a l c o m a n í a de la hoja en que viene i m p r e s a
papel especial para ese f i n ; o encargarlas a especialistas ya sea m e d i a n t e u n a tijera, sin d a ñ a r l a . En seguida se la sumerge en
agua unos segundos o m e d i o m i n u t o a fin de que el p a p e l se
humedezca y se p u e d a deslizar la p e l í c u l a gomosa q u e sostiene
* L a palabra alude a la " m a n í a " por aplicar este tipo de d e c o r a c i ó n el d i b u j o ( c o l o d i ó n ) . Si la p e l í c u l a n o se desprende c o n facili-
difundida hacia fines del siglo pasado. Es m á s correcto d e n o m i n a r l o "cal- d a d , s u m é r j a s e l a nuevamente d u r a n t e u n ratito m á s , puesto
cos". que, si se forcejea con los dedos para d e s l i z a r í a , se p o d r í a r o m -

134 135
b e r á n quedar burbujas de aire entre la c a l c o m a n í a y la pieza,
pues ello h a r í a que se f o r m e n p u n t o s sin vitrificar, p o r m a l a
adherencia. C u a n d o se observe alguna b u r b u j a , se la p u e d e
" p i n c h a r " c o n u n a aguja bien afilada y se a l i s a r á l o m e j o r posi-
ble. El d e c o r a d o r e x p e r i m e n t a d o s a b r á c ó m o p e g a r correcta-
m e n t e u n a c a l c o m a n í a a la pieza de m o d o que su a d h e r e n c i a
sea perfecta, sin q u e b r a r la p e l í c u l a de color, sin que se f o r m e n
arrugas en ella n i burbujas de aire entre ella y la pieza. Es f u n -
d a m e n t a l , pues, e l i m i n a r toda la h u m e d a d de la p e l í c u l a adhe-
r i d a a la pieza pasando con delicadeza y rapidez el alisacalco,
desde el c e n t r o hacia afuera.
L a g r a n i n d u s t r i a m o d e r n a de vajilla dispone de m á q u i -
nas aplicadoras de calcos, capaces de realizar m e c á n i c a m e n t e
el proceso de a p l i c a c i ó n y alisado. C o n t o d o , los resultados son
superiores m e d i a n t e la a p l i c a c i ó n m a n u a l .

Cocción de calcos
Artesana de una fábrica de porcelana, aplicando calcomanías.
Antes de h o r n e a r las piezas decoradas con c a l c o m a n í a s , se
las d e j a r á secar perfectamente. N o debe existir restos de h u -
p e r la p e l í c u l a , que es m u y delgada y frágil. En general, basta m e d a d al llevarlas al h o r n o : conviene tenerlas e n a t m ó s f e r a
s u m e r g i r la c a l c o m a n í a en u n plato c o n agua d u r a n t e m e d i o t e m p l a d a antes de la c o c c i ó n .
m i n u t o , y luego dejarla fuera del p l a t o unos segundos, p a r a L a carga del h o r n o y la m a r c h a de la c o c c i ó n se h a r á c o m o
que la p e l í c u l a que la recubre se deslice con facilidad y se p u e - se e x p l i c ó al r e f e r i r n o s a la c o c c i ó n de decorados sobre cubier-
da pegar al esmalte blanco que recubre la pieza. Por supuesto ta. El m e j o r h o r n o p a r a calcos es el e l é c t r i c o , si b i e n es posible
que el papel que sirve de s o s t é n a la c a l c o m a n í a se e l i m i n a r á . usar u n b u e n h o r n o a gas especialmente fabricado p a r a h o r n e a r
N o se deje la c a l c o m a n í a sumergida en agua demasiado t i e m - colores sobre c u b i e r t a y calcos. Su a t m ó s f e r a debe ser m u y
po, d a d o que la p e l í c u l a gomosa se d i s o l v e r í a y d e s p u é s s e r í a o x i d a n t e , p u r a y sin h u m e d a d n i gases reductores, c o n b u e n
dificultoso pegarla. tiraje y m e d i a m u f l a p a r a p r o t e c c i ó n de piezas.
U n a vez separada la p e l í c u l a , se o b s e r v a r á que su cara i n - Si se trata de porcelana, las piezas p o d r í a n tocarse e n t r e sí,
t e r i o r es gomosa. Se la t o m a r á con s u m o c u i d a d o entre los de- d u r a n t e la c o c c i ó n , c o n tal de que no se t o q u e n las c a l c o m a n í a s
dos a fin de n o q u e b r a r l a , y se la a p l i c a r á en el l u g a r i n d i c a d o que se h o r n e a n . É s t a s necesitan de b u e n acceso de aire d e n t r o
de la pieza (sobre su esmalte ya h o r n e a d o ) , a l i s á n d o l a con u n del h o r n o , a fin de que su color se desarrolle perfectamente. El
"alisacalco", o e s p á t u l a p e q u e ñ a de g o m a que h a r á que se eli- h o r n o n o d e b e r á c o n t e n e r h u m e d a d y, al c o m i e n z o de la coc-
m i n e toda el agua que la c a l c o m a n í a contiene en su cara i n t e r - c i ó n , se e l e v a r á m u y lentamente la t e m p e r a t u r a p a r a p e r m i t i r
na, p a s á n d o l a repetidas veces sobre la m i s m a ya pegada a la que se e l i m i n e n la h u m e d a d que pueda existir a s í c o m o los
pieza, en sentido h o r i z o n t a l y vertical. De n i n g u n a m a n e r a de- gases provenientes de la c o m b u s t i ó n de la g o m a y la p e l í c u l a .

136 137
a l c a n z ó la t e m p e r a t u r a ó p t i m a de c o c c i ó n (para a h o r r a r ener-
gía e l é c t r i c a ) .
Si se las aplica sobre piezas de loza, h o r n é e s e y e n f r í e s e
m u y lentamente; n o se deje entreabierta la p u e r t a al c o m i e n z o
de la c o c c i ó n ; y no se abra el h o r n o antes de los 1 4 0 ° C. De lo
c o n t r a r i o los platos de loza se r a j a r á n con facilidad.
C o n s ú l t e s e al fabricante acerca de la t e m p e r a t u r a ó p t i m a
de c o c c i ó n de cada hoja de c a l c o m a n í a . B a s t a r í a con h o r n e a r l a s
a 2 0 ° m á s o menos de la t e m p e r a t u r a i n d i c a d a p a r a q u e el ma-
tiz ya se altere. Las fabricadas a base de azules t o l e r a n m a y o r
t e m p e r a t u r a , mientras que los colores rojos o a m a r i l l o s se alte-
r a n f á c i l m e n t e si se la sobrepasa. Por lo general, d i c h a t e m p e -
r a t u r a oscila a l r e d e d o r de los 7 3 0 - 7 5 0 ° C. U n a c o r r e c t a
vitrificación se l o g r a r á h o r n e a n d o la c a l c o m a n í a sin sobrepasar
el tope i n d i c a d o , p e r o a r i t m o lento de c o c c i ó n : así se consegui-
r á u n a c o m p e n e t r a c i ó n m á s í n t i m a del color con el esmalte, y
la c a l c o m a n í a no se " r a y a r á " tan f á c i l m e n t e al usar la pieza.
.Muchas veces se ven c a l c o m a n í a s tan m a l horneadas que des-
aparecen al lavar la pieza de vajilla, p o r ejemplo.
C a l c o m a n í a bajo cubierta azul oscuro, del típico matiz propio del estilo "Willow",
de loza inglesa de fines del siglo pasado, muy imitado hoy, pero ya no igualado en C u a n d o el fabricante n o r e c o m i e n d a u n a t e m p e r a t u r a
su sabor artesanal. ó p t i m a de c o c c i ó n , sino u n intervalo de fusión, c o m o , p o r ejem-
plo 7 5 0 - 7 8 0 ° C, el decorador m i s m o d e b e r á averiguar, m e d i a n t e
la p r á c t i c a , q u é diferencias de color y vitrificación se p r o d u c e n
C o n v i e n e dejar la p u e r t a del h o r n o floja* al comienzo de la h o r n e a n d o a ambos extremos del tope. C o n frecuencia se de-
c o c c i ó n , y n o colocar el t a p ó n s u p e r i o r hasta los 4 5 0 - 5 0 0 ° C. El b e r á o p t a r e n t r e u n buen tono y u n a vitrificación n o d e l t o d o
r i t m o de e l e v a c i ó n de la t e m p e r a t u r a s e r á l e n t o . Si se acelera perfecta, o u n color algo i n f e r i o r al ó p t i m o p e r o c o n m e j o r
d e m a s i a d o , los colores se d a ñ a n , a s í c o m o la a d h e r e n c i a y vitrificación y d u r a c i ó n cíel decorado, sobre t o d o c u a n d o se trata
vitrificación de la c a l c o m a n í a . Demasiado a m e n u d o se obser- de vajilla, que s u f r i r á frecuentes lavados con abrasivos. Es re-
van c a l c o m a n í a s m a l vitrificadas, con adherencia i m p e r f e c t a al comendable lavar las vajillas decoradas m e d i a n t e c a l c o m a n í a s
esmalte de la porcelana, con relieves groseros, que se p e r c i b e n con detergente y esponja suave, nunca con v i r u t a de acero n i
a la vista o al tacto, los que i n d i c a n que el color de la c a l c o m a n í a abrasivos a base de cuarzo (en polvo).
no ha t e n i d o t i e m p o o t e m p e r a t u r a suficiente para fundirse
Al llegar a la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n considerada ó p t i m a ,
con el esmalte. U n a c a l c o m a n í a bien h o r n e a d a debe i n c o r p o -
se a p a g a r á el h o r n o y se q u i t a r á el t a p ó n superior. Se l o d e j a r á
rarse al esmalte, y n o dejar ese feo relieve, tan c o m ú n , que i n -
enfriar lentamente.
dica que la c o c c i ó n se r e a l i z ó m u y r á p i d a m e n t e o que n o se
A l g u n o s decoradores se l i m i t a n a a d q u i r i r d i r e c t a m e n t e
en fábricas de porcelana, j u e g o s de t é , café, etc., ya esmaltados
* O sea con los cierres sin apretar al m á x i m o ; no con la puerta entre-
de blanco b r i l l a n t e . Los decoran a base de c a l c o m a n í a s y los
abierta. r e v e n d e n así decorados con buenas ganancias, d a d o que existe

138 139
g r a n diferencia entre los precios de las piezas a d q u i r i d a s en el seno m i s m o del esmalte las i n c o r p o r a í n t i m a m e n t e a la pie-
f á b r i c a s y los del c o m e r c i o . za, cosa que n o sucede con las c a l c o m a n í a s comunes, de sobre
cubierta, que casi siempre aparecen como superpuestas y agre-
De elevadas t e m p e r a t u r a s gadas. Las c a l c o m a n í a s para bajo c u b i e r t a p r á c t i c a m e n t e n o se
usan h o y en n u e s t r o m e d i o , salvo casos aislados. C u a n d o
En muchos p a í s e s , tradicionales p r o d u c t o r e s de loza p a r a e s p o r á d i c a m e n t e se las usa, se evidencia c o n c l a r i d a d la distan-
vajilla, se acostumbra aplicar c a l c o m a n í a s para bajo cubierta, las cia que m e d i a con respecto a las antiguas, c o m o aquellas tan
que se h o r n e a n a m á s de 1 1 5 0 ° C, j u n t o con el esmalte que las c a r a c t e r í s t i c a s de la loza d u r a inglesa de comienzos de siglo.
c u b r e . Ellas se aplican sobre el bizcocho de loza, se p r e h o r n e a n C o n t o d o , e x i s t e u n a m o d e r n a t e n d e n c i a q u e t r a t a de
a unos 6 0 0 - 6 5 0 ° C, a f i n de e l i m i n a r los adhesivos o r g á n i c o s , y r e v i g o r i z a r las c a l c o m a n í a s bajo cubierta, y hasta se h a n elabora-
l u e g o son cubiertas p o r la capa de esmalte que se aplica p o r do algunos tipos que n o precisan de p r e h o r n e a d o p r e v i o . El
i n m e r s i ó n o a m á q u i n a p o r c o r t i n a de esmalte. L u e g o se h o r n e a color p r e f e r i d o es el de cobalto, pues resiste las t e m p e r a t u r a s
t o d o j u n t o , c a l c o m a n í a y esmalte. Las elevadas t e m p e r a t u r a s a elevadas de la loza d u r a ( m á s de 1 2 3 0 ° C), si b i e n se usa bastan-
que se h o r n e a n los esmaltes de loza r e s t r i n g e n m u c h o la paleta te el r u b í , verdoso y m a r r ó n .
de colores que p u e d e n ser usados p a r a las c a l c o m a n í a s bajo Nosotros hemos descrito el m o d o de a p l i c a c i ó n de las m o -
cubierta, pero el d e c o r a d o resulta así p r o t e g i d o p o r el esmalte dernas c a l c o m a n í a s . Las m á s antiguas no eran "deslizables" sino
superpuesto y no se b o r r a n i altera. A d e m á s , desde el p u n t o de del tipo " d ú p l e x " : el lado visible n o era el derecho, c o m o en las
vista e s t é t i c o , son superiores en el sentido de que su fusión en actuales, y se d e b í a pasar p r e v i a m e n t e sobre la pieza, a p i n c e l ,
u n barniz adhesivo sobre el que se aplicaba la c a l c o m a n í a , a
p r e s i ó n . L u e g o se la h u m e d e c í a hasta que el papel de s o s t é n se
desprendía.
M u c h o s escultores usan actualmente c a l c o m a n í a s (gene-
r a l m e n t e i m i t a n d o recortes de diarios) que aplican sobre el es-
malte ya h o r n e a d o de sus piezas. Las p u e d e n hacer ellos mis-
mos p o r medios s e r i g r á f i c o s (ver A p é n d i c e en T o m o 4).

Toxicidad de los c a l c o s

Es la m i s m a a que ya nos hemos r e f e r i d o al h a b l a r de los


colores para "sobre cubierta", en este m i s m o C a p í t u l o . R e l é a s e
lo d i c h o . L a i r r e s p o n s a b i l i d a d de fabricantes, la i g n o r a n c i a de
comerciantes que las venden, la falta de oficio de los ceramistas,
artesanos e industriales, y la i n e p t i t u d de quienes e n s e ñ a n y
d i r i g e n escuelas de c e r á m i c a que se atreven a o t o r g a r t í t u l o s de
"profesores", t o d o se ha confabulado para que m i l l a r e s de des-
prevenidos usuarios de vajilla p o r t a d o r a de calcos venenosos
Calco azul bajo cubierta de estilo "Willow" (inglés de fines del siglo pasado).
Obsérvese el tamaño del calco (para una fuente), y el m o d o de mojarlo a fin de se i n t o x i q u e n sin saber j a m á s la causa. Los m é d i c o s t a m p o c o se
separarlo para su aplicación. hallan al tanto del p r o b l e m a , salvo e x c e p c i ó n . P i é n s e s e q u e las

140 141
fritas de p l o m o y b ó r a x (con que se mezclan los p i g m e n t o s p a r a
calcos) son en e x t r e m o solubles, desprenden p l o m o , c a d m i o ,
selenio y otros venenos al contacto c o n alimentos á c i d o s l í q u i -
dos (sopas, ensaladas, compotas, guisados), los q u e pasan al
e s t ó m a g o del inocente usuario o comensal. Las a u t o r i d a d e s ,
m á s preocupadas p o r la p o l í t i c a que p o r la salud p ú b l i c a , se
desentienden del p r o b l e m a , mientras que, c u a n d o a l g ú n inge-
n u o (como nosotros) e f e c t ú a u n a d e n u n c i a , t o d o t e r m i n a y se
arregla con u n a d á d i v a o c o i m a que va a p a r a r al bolsillo de los
inspectores. Es que las modernas "democracias" m a d e i n U S A
m á s se p r e o c u p a n del c o n t r o l i d e o l ó g i c o y de recaudar i m p u e s -
tos que de gobernar.
D e b e r í a ser obligatorio e x p e n d e r cada hoja de calco c o n
u n sello de fábrica que diga "apto para vajilla", o b i e n , " n o apto
para vajilla". A n t e la d u d a , j a m á s se aplique calco al i n t e r i o r de
1
platos o tazas, al menos en la zona central del plato o fuente (es
menos riesgosa el ala lateral del borde, que n o contacta con el
a l i m e n t o ) . Los calcos venenosos son los rojos y naranjas, a u n -
que casi todos d e s p r e n d e n p l o m o , poderoso v e n e n o q u e causa
la e n f e r m e d a d l l a m a d a "saturnismo".

SELLOS DE GOMA

U n sello de goma c o m ú n , m o j a d o en sulfato de cobalto


disuelto en agua (o en j a r a b e de agua y a z ú c a r , o en u n a solu-
c i ó n liviana de goma a r á b i g a o de C M C ) , puede servir p a r a
f i r m a r o p o n e r marcas de fábrica sobre piezas ya esmaltadas,
a h o r r á n d o s e la p é r d i d a de t i e m p o que significaría el firmarlas
o estamparlas a m a n o . En general, este m é t o d o se usa p a r a loza
sanitaria o p r o d u c t o s industriales, c o m o m i n g i t o r i o s , porcela-
n a e l é c t r i c a , etc. M u c h o s decoradores de platos t a m b i é n fir-
m a n sus trabajos al dorso del m i s m o , v a l i é n d o s e de u n sello de
goma, o b i e n firman a p l u m í n y con d i c h o sello estampan otras
indicaciones, como serie, n o m b r e del taller, t i p o de p r o d u c t o o
el o b l i g a t o r i o "made i n " .
Estos sellos p u e d e n aplicarse t a m b i é n sobre piezas cuyo
esmalte a ú n n o ha sido h o r n e a d o (crudo-seco) p e r o c u a n d o se
halle del t o d o seco. El cobalto puede usarse en c u a l q u i e r a de

143
sus compuestos ( ó x i d o , sulfato, carbonato), aunque el sulfato colores de sobre cubierta, c o n s ú l t e s e el A p é n d i c e respectivo de
resulta m á s u n i f o r m e para este f i n . C u a n d o se trata de aplicar- este Curso, d o n d e se lo describe e ilustra detalladamente (Tomo
lo s a b r é cubierta, se lo p u e d e mezclar con u n a s o l u c i ó n m á s 4)-
espesa de goma a r á b i g a o C M C para a u m e n t a r la s u s p e n s i ó n y Para decorar s e r i g r á f i c a m e n t e , se u s a r á n colores p a r a so-
facilitar la a p l i c a c i ó n , o b i e n con aceites usuales. Para verdes, se b r e c u b i e r t a , e m p a s t a d o s c o n u n 30 p o r c i e n t o de aceite
ha usado ó x i d o de c r o m o (o sus sales). Para negros, p i g m e n t o diluyente.
n e g r o p a r a bajo cubierta.
Hace t i e m p o se u s a r o n muchos de estos sellos, estampa- CÓMO EFECTUAR TÍTULOS O E M B L E M A S
dos c o n dibujos de animales, guardas o figuras. A l g u n o s e r a n SOBRE CUBIERTA PARA VAJILLA DE H O T E L
p e q u e ñ o s y otros grandes c o m o para estampar t o d o u n p l a t o .
I n c l u s o se los usaba p a r a aplicar colores p a r a sobre c u b i e r t a y Los hoteles o restaurantes acostumbran hacer aplicar so-
o r o . El color o lustre se aplicaba p r e v i a m e n t e sobre u n a placa bre sus piezas de vajilla (platos, tazas) sus respectivos n o m b r e s ,
de v i d r i o , para d a r l e la consistencia a p r o p i a d a con los diluyentes a c o m p a ñ a d o s a veces p o r u n e m b l e m a c a r a c t e r í s t i c o . D a d o que
usuales para cada t i p o de color (sobre cubierta, bajo cubierta, se d e b e r á siempre r e p e t i r exactamente el m i s m o d i b u j o y t i p o
ó x i d o , etc.), m á s o menos espeso s e g ú n necesidad. L u e g o se de letra o e m b l e m a sobre centenares de piezas, d e s c r i b i r e m o s
apoyaba suavemente el sello sobre dicha placa p a r a recoger el u n sencillo m é t o d o r á p i d o , fácil y e c o n ó m i c o , ya q u e resulta
color y se lo aplicaba entonces sobre la pieza que se decoraba o m u y costoso efectuar los dibujos y letras a p i n c e l y a m a n o , u n o
estampaba, ya fuera sobre cubierta, sobre esmalte c r u d o , bajo p o r u n o , o encargar c a l c o m a n í a s a u n fabricante, l o que de-
cubierta, etc. m a n d a r í a m u c h o t i e m p o de espera y grandes gastos que sólo
C u a n d o estos estampados con sellos de g o m a se realizan se j u s t i f i c a n p a r a grandes series y tiradas.
sobre bizcocho (para bajo cubierta), d i c h o bizcocho debe ser de Sellos de g o m a y aplicaciones con u n a p l a n t i l l a p e r f o r a d a
t e m p e r a t u r a lo suficientemente elevada c o m o para que n o re- deben descartarse pues estas leyendas se fijan casi s i e m p r e so-
sulte poroso, sino compacto, pues no q u e d a n n í t i d a s las l e y e n - b r e los cantos de platos o costados de tazas, i n v a r i a b l e m e n t e
das sobre superficies n o lisas. Por el c o n t r a r i o , se leen perfecta- curvos. A d v e r t i m o s que en la g r a n m a y o r í a de los casos estas
m e n t e si el bizcocho es v i t r e o y liso, c o m o la porcelana e l é c t r i - leyendas se realizan en u n solo color: azul, ya sea p o r t r a d i c i ó n
ca, m o r t e r o s , porcelana para vajilla, etc. U s a n d o colores p a r a o t a m b i é n d e b i d o a que las soluciones de sales de cobalto tie-
sobre cubierta, la a p l i c a c i ó n con sello de g o m a resulta mejor, n e n g r a n p o d e r adhesivo y p i g m e n t a n t e .
ya que ellos c o n t i e n e n fundentes que " m u e r d e n " sobre el es- E n p r i m e r lugar, se debe hacer a tinta c h i n a el d i b u j o , c o n
malte de base ya cocido. C u a n d o se usa sulfato de cobalto (u sus leyendas, sobre u n papel blanco, el que puede llevar aplica-
otros ó x i d o s ) d i r e c t a m e n t e sobre la pasta bizcochada a 1 0 4 0 ° ciones de letras de t i p o g r a f í a o b i e n ser hecho t o t a l m e n t e a
C, conviene agregarle cierto porcentaje de u n esmalte adecua- m a n o . I n c l u s o se puede pegar sobre el papel blanco o sobre el
d o que f u n d a bien a la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n de la pieza. Ello dibujo las leyendas, que se p u e d e n encargar impresas en papel
n o es necesario c u a n d o se aplica sobre esmalte crudo-seco (no i l u s t r a c i ó n a c u a l q u i e r casa de t i p o g r a f í a , las que g e n e r a l m e n t e
h o r n e a d o ) , o sobre porcelana o pastas m u y vitrificadas. tienen u n c a t á l o g o o m u e s t r a r i o p a r a elegir los tipos de letras,
ya sea cursiva o de i m p r e n t a , de varios cuerpos o t a m a ñ o s . T a m -
SERIGRAFIA b i é n p u e d e n hacerse en una buena c o m p u t a d o r a con i m p r e s o r a
que posea v a r i e d a d de tipos y sea capaz de i m p r i m i r en n e g r o
Con respecto a los m é t o d o s de a p l i c a c i ó n s e r i g r á f i c a de los oscuro.

144 145
U n a vez p r e p a r a d o el o r i g i n a l , y a p r o b a d o p o r el cliente, Se adquiere "papel de a r r o z " (del usual p a r a c i g a r r i l l o s ) y
se c o n c u r r i r á a u n taller de fotograbado (de los muchos que se lo recorta d e l t a m a ñ o de cada a p l i c a c i ó n . Se lo h u m e d e c e
hacen clisés para i m p r e n t a ) , d o n d e se e n c a r g a r á u n grabado s u m e r g i é n d o l o u n m i n u t o en agua, se lo escurre y se lo aplica
sobre u n a plancha de eme de las usuales p a r a clisés (para i m - sobre la plancha del grabado, p r e v i a m e n t e coloreada s e g ú n se
p r i m i r libros, folletos, etc.). i n d i c ó . I n m e d i a t a m e n t e se calienta sobre u n m e c h e r o el dorso
U n a vez hecho el grabado (el que n o se h a r á m o n t a r sobre de la plancha d e l grabado con el papel de a r r o z ya aplicado,
u n taco de madera, c o m o se debe hacer p a r a i m p r i m i r ) , se a p l i - hasta que el m i s m o se desprenda con el color a d h e r i d o . L u e g o
c a r á c o n u n a e s p á t u l a de g o m a de color azul para sobre c u b i e r - se fijará el papel a s í i m p r e s o sobre la taza o plato, h u m e d e c i é n -
ta p o r sobre la superficie del grabado. El color d e b e r á estar d o l o l i g e r a m e n t e con una s o l u c i ó n de goma a r á b i g a , C . M . C . ,
bien empastado y p r e p a r a d o tal c o m o se i n d i c a para decora- etc., si es necesario. U n a vez seco todo, se lo h o r n e a a 7 5 0 ° C,
c i ó n sobre cubierta. A d v e r t i m o s que el color debe p e n e t r a r b i e n tal c o m o se i n d i c a para colores sobre cubierta.
d e n t r o d e l r e h u n d i d o del grabado. A c o n t i n u a c i ó n se b a r r e bien
con e s p á t u l a la superficie del g r a b a d o sobre la que se a p l i c ó el
c o l o r y se repasa a rasero con u n a gasa hasta e l i m i n a r t o d o el
c o l o r existente fuera d e l surco grabado, de lo c o n t r a r i o , la a p l i -
c a c i ó n r e s u l t a r á sucia.

Sobrio decorado sobre cubierta, q u e no acapara ávidamente toda la superficie de


la pieza, c o m o sucede en la decoración burda.

146 147
Decorar no debe simular ni. disimular; aparentar ni impresionar; rellenar ni
apabullar ni. perifollar. La función ele la decoración es simplemente dar paso a la
esencia; revelarla; manifestarla; hacerla accesible, agradable y vivida. Por tanto,
debe aludir a. lo profundo de la pieza, no a lo aparencial o exterior.

CAPÍTULO 21

DECORACION BAJO CUBIERTA

D e n o m i n a m o s d e c o r a c i ó n bajo cubierta a c u a l q u i e r t i p o
de d e c o r a c i ó n c e r á m i c a que se e f e c t ú a sobre el bizcocho toda-
vía no esmaltado (o t a m b i é n sobre la pasta c r u d a p e r o seca), y
que d e s p u é s se cubre con u n a capa de esmalte t r a n s p a r e n t e o
cubierta v i t r e a que protege y hace destacar el c o l o r d e l d i b u j o
u o r n a m e n t o . Este t i p o de d e c o r a c i ó n p u e d e efectuarse con
p i g m e n t o s * especiales para bajo c u b i e r t a ( d e c o r a c i ó n p r o p i a -
m e n t e dicha bajo cubierta); con ó x i d o s o sales m e t á l i c o s ; con
pastel c e r á m i c o ; con engobes, etc., siempre que se los c u b r a
p o s t e r i o r m e n t e con u n a cubierta de esmalte t r a n s p a r e n t e .
E n r e a l i d a d , casi cualquier t i p o de d e c o r a c i ó n sobre piezas
p u e d e cubrirse con u n a cubierta transparente. I n c l u s o los gra-
bados hechos sobre la pasta c r u d a se destacan n o t a b l e m e n t e si
se los cubre, d e s p u é s de bizcochada la pieza, con u n esmalte
transparente levemente coloreado: el ó x i d o p i g m e n t a n t e pe-
netra ("ataca") al f o n d o de las incisiones, haciendo que ellas se
destaquen m e d i a n t e contrastes de luz y sombra. T a m b i é n los
engobes (esgrafiados o no) p u e d e n destacarse y a d q u i r i r ma-
yor v a r i e d a d si se les aplica encima u n a capa de esmalte trans-
parente. Se trata de u n m é t o d o c e r á m i c o universal que consti-

* En todo el libro los llamaremos indiferentemente "colores" o bien


"pigmentos" para decorar bajo cubierta o bajo esmalte.

148 149
bizcochada, se d e b e r á aplicar la capa del esmalte c o n c u i d a d o a
fin de n o d a ñ a r el decorado, o bien h a b r á que " p r e h o r n e a r " la
pieza ya decorada p e r o t o d a v í a sin esmaltar a fin de fijar el
p i g m e n t o y hacerlo m á s resistente. El p e l i g r o m a y o r existe cuan-
do se esmalta a pinceleta, pues ella p u e d e a r r a s t r a r p a r t e d e l
p i g m e n t o si é s t e no h a sido aplicado con adhesivos. M e n o s pe-
l i g r o existe si se aplica el esmalte p o r i n m e r s i ó n , a u n q u e a ve-
ces c o n este m é t o d o los decorados t a m b i é n p u e d e n d a ñ a r s e . El
sopletear la capa de esmalte, p o r el c o n t r a r i o , e l i m i n a los p e l i -
gros, pues las p a r t í c u l a s de esmalte así se aplican a p r e s i ó n seca.
Todos los m é t o d o s p u e d e n seguirse, a c o n d i c i ó n de saber con-
t r o l a r los riesgos.
Si se decora sobre bizcocho, p o r ejemplo, y se e s m a l t a r á
d e s p u é s p o r i n m e r s i ó n o a pinceleta, el decorado d e b e r á a p l i -
carse c o n bastante g o m a o adhesivos a f i n de que n o se b o r r e o
desdibuje al aplicar el esmalte, p e r o dichos adhesivos p u e d e n
hacer que el esmalte b u r b u j e e . Para evitarlo, se e f e c t u a r á u n
l i g e r o p r e h o r n e a d o de la pieza decorada, a p u n t o r o j o (unos
600°) y u n a vez fría se la e s m a l t a r á . M u c h o d e p e n d e t a m b i é n
del t i p o de adhesivo usado y del m o d o de p r e p a r a r l o . E n gene-
r a l , resulta m á s p r á c t i c o decorar sobre crudo-seco, bizcochar la
pieza y, una vez e x t r a í d a del h o r n o , se la e s m a l t a r á . Este m é t o -
do p e r m i t e efectuar alguna c o r r e c c i ó n en el decorado, c u a n d o
sea necesario. Sin embargo, c u a n d o el color se aplica c o n u n
* v e h í c u l o poco gomoso, como alcohol con glicerina, n o hay pe-
l i g r o de b u r b u j e o a u n q u e se decore sobre bizcocho. T a m b i é n
Esgrafiando un decorado bajo cubierta (pez), después de haber aplicado bandas es p o s i b l e d e c o r a r sobre c r u d o y e n s e g u i d a e s m a l t a r p o r
y filetes.
p u l v e r i z a c i ó n . L u e g o se h o r n e a t o d o j u n t a m e n t e : este m é t o d o
se d e n o m i n a " m o n o c o c c i ó n " y es usual en f á b r i c a s de baldosas
tuye u n campo i n m e n s o de nuevas posibilidades de e x p r e s i ó n esmaltadas italianas, etc. C l a r o que para que n o se p r o d u z c a n
p l á s t i c a d e n t r o de la c e r á m i c a , lamentablemente r e d u c i d o h o y fallas en el decorado n i en el esmalte es preciso c o n t r o l a r b i e n
a dos o tres formas convencionales de trabajo de bajo nivel. Es los procesos, usar una pasta de talco (no c a l c á r e a ) y u n esmalte
nuestra tarea el r e s t i t u i r l o a su a n t i g u o esplendor. apto p a r a m o n o c o c c i ó n . A l respecto c o n s ú l t e s e n u e s t r o Manual
Este tipo de decorado "bajo c u b i e r t a " p u e d e hacerse se- de Esmaltes Cerámicos, T o m o 3, Cap. 17.
g ú n dos caminos principales: sobre crudo o bien sobre bizcocho. Si Nosotros, personalmente, preferimos p i g m e n t a r sobre biz-
se decora sobre la pasta c r u d a , g e n e r a l m e n t e se bizcocha p r i - cocho bien cocido, aplicando los colores con s o l u c i ó n de C M C
m e r o la pieza c r u d a ya decorada y p o s t e r i o r m e n t e se la esmal- en agua. Esmaltamos sin p r e h o r n e a r u n a vez seco el decorado,
ta y se la r e h o r n e a . Si, en cambio, se decora sobre la pieza ya y c o n buenos resultados siempre que el adhesivo haya sido p r e -

150
U n a vez bizcochada la pieza de porcelana o loza (de pasta
tan blanca c o m o la calidad de los materiales lo p e r m i t a ) , se la
decora a p i n c e l c o n colores especiales p a r a este t i p o de decora-
c i ó n , los que se a d q u i e r e n en casas especializadas (o los f a b r i c a
artesanalmente el ceramista), pues deben elaborarse c u i d a d o -
samente y hallarse m o l i d o s a mallas finísimas. L a m e n t a b l e m e n -
te, la gama de colores existente en nuestro m e d i o n o s i e m p r e
satisface las exigencias de la c e r á m i c a artística.
U n a vez realizado el d i b u j o , se lo deja secar y se le d a u n
r á p i d o " p r e h o r n e a d o " a fin de e l i m i n a r m e d i a n t e el fuego las
sustancias o r g á n i c a s del v e h í c u l o con que suelen aplicarse estos
colores, p r á c t i c a que, en algunos casos, n o es necesaria, tal c o m o
se e x p l i c a r á luego. D e s p u é s de este p r e h o r n e a d o (a p u n t o rojo:
unos 6 0 0 ° C), y u n a vez que la pieza haya sido sacada d e l h o r n o
frío, se aplica sobre el dibujo la cubierta o capa de esmalte trans-
p a r e n t e i n c o l o r o , el que p r o t e g e el d e c o r a d o de la a c c i ó n
d e l e t é r e a de los jabones o á c i d o s (en platos, tazas, etc.), i m p i d e
que se b o r r e c o n el t i e m p o d e b i d o al desgaste p o r el uso (cosa

Decorando bajo cubierta (sobre bizcocho) con pincel de punta fina y pelo largo.

p a r a d o c o r r e c t a m e n t e (con la d e n s i d a d r e c o m e n d a d a ) . É s t e se
q u e m a antes de que el esmalte v i t r i f i q u e , con lo que n o p r o d u -
ce b u r b u j e o . Resultan m a l v i v i d o s los colores aplicados sobre
bizcocho que sobre la pasta c r u d a .

DECORACIÓN B A J O CUBIERTA PROPIAMENTE DICHA

L a d e c o r a c i ó n l l a m a d a "bajo c u b i e r t a " es q u i z á la m á s no-


ble de las t é c n i c a s c e r á m i c a s decorativas. Desde los inigualables
ejemplares chinos de la d i n a s t í a M i n g , hasta la porcelana e u r o -
pea de los siglos 18 y 19, este tipo de d e c o r a c i ó n de elevada
calidad ha sido a m p l i a m e n t e u t i l i z a d o , especialmente con colo-
res azules sobre pasta de porcelana o loza m u y blancas. Decoración bajo cubierta (sobre bizcocho), lista para recibir la c a p a d e esmalte
que recubrirá todo el dibujo.

153
ñ o s . Para trazos finos, contornos o para filetear, se n e c e s i t a r á
que sucede con la d e c o r a c i ó n de "sobre cubierta"), a la vez q u e
pinceles de p u n t a delgada, de pelo m u y flexible y d ó c i l , p e r o , a
lo realza n o t a b l e m e n t e . Estas cubiertas n o d e b e r í a n cuartearse,
la vez, firme y fuerte. Para hacer bandas anchas o p a r a c u b r i r
pues ello p e r j u d i c a r í a el d i b u j o al p e r m i t i r que al agua, jabo-
superficies mayores, se p r e c i s a r á pinceles chatos de p u n t a cua-
nes, etc., p e n e t r e n p o r debajo de las cuarteaduras y m a n c h e n
d r a d a o bien r e d o n d o s , p u n t i a g u d o s y con m u c h o p e l o .
el bizcocho. En algunos casos se han u t i l i z a d o cubiertas trans-
L a porcelana china con d e c o r a c i ó n bajo cubierta de la é p o c a
parentes levemente coloreadas, p e r o su uso n o ha p r o s p e r a d o :
M i n g , p o r e j e m p l o , ha p r o p o r c i o n a d o los m á s finos ejemplares
se las prefiere incoloras sobre bizcocho m u y blanco*. N o s i r v e n
realizados con esta t é c n i c a , i m i t a d a luego p o r la p o r c e l a n a eu-
p a r a este f i n las pastas que dan color rosado o a m a r i l l e n t o , des-
p u é s de horneadas, a u n q u e nada p r o h i b e al ceramista u t i l i z a r ropea. En las piezas M i n g , de tan elevada t e m p e r a t u r a , sólo se
pastas coloreadas para decorarlas "bajo cubierta": los b a r r o s utiliza el color azul (que es el m á s refractario), el que se destaca
rojos, p o r e j e m p l o , p e r m i t e n obtener interesantes piezas de y valoriza sobre el color blanco i n m a c u l a d o de su t í p i c a pasta
sabor r ú s t i c o , decoradas con dibujos hechos a base de gruesos (debido n o exclusivamente a la pureza de los materiales, c o m o
trazos realizados c o n ó x i d o s , sobre los cuales p o s t e r i o r m e n t e muchos creen, sino t a m b i é n a la a t m ó s f e r a r e d u c t o r a de la coc-
se aplica la cubierta de esmalte transparente i n c o l o r o , la que c i ó n ) . El trazo es finísimo, seguro y sutil, sin huellas de que se
realza y aviva el color soso p o s t - c o c c i ó n de algunos de esos ba- haya "repasado" sobre lo p i n t a d o , defecto que se e v i d e n c i a
r r o s , a la vez que destaca la c o l o r a c i ó n d e l ó x i d o . m u c h o d e s p u é s de la c o c c i ó n .
L a base de la d e c o r a c i ó n es el c o n o c i m i e n t o y la p r á c t i c a
Se desmerece m u c h o el trabajo si el bizcocho es rosado, o
del d i b u j o , el que siempre se h a r á p r i m e r o en p a p e l antes de
a m a r i l l e n t o , en vez de blanco p u r o (el contraste c r o m á t i c o es
llevarlo a la pieza, salvo que se trabaje en serie o que ya se
m e n o r ) . Los hornos a gas p e r m i t e n obtener bizcochos m u y blan-
tenga g r a n e x p e r i e n c i a . L a m a n o debe estar c o n v e n i e n t e m e n -
cos, ideales para decorar, a diferencia de los e l é c t r i c o s , de los
te apoyada al realizar el d i b u j o , el que puede trazarse p r i m e r o
cuales el bizcocho n o resulta del t o d o blanco. C o m o c o n t r a p a r -
débilmente c o n l á p i z s o b r e el b i z c o c h o , c u y a s m a r c a s
tida, el decorado resulta mejor en h o r n o e l é c t r i c o que en el de
d e s a p a r e e c e r á n luego d u r a n t e el p r e h o r n e a d o o la c o c c i ó n .
gas, q u e d e c o l o r a a l g u n o s p i g m e n t o s . V e r los a r t í c u l o s
" B l a n q u e a d o r " y " B l a n q u e a r " en el Diccionario de Cerámica. C o n v i e n e dibujar apoyando la pieza sobre u n a t o r n e t a de mesa,
a fin de hacer g i r a r la pieza sin tocarla. C u a n d o se tracen filetes
C o m o se e x p l i c ó antes, t a m b i é n es posible decorar sobre la
o bandas de color sobre vasos o platos, se puede usar u n g r a m i l
pasta cruda-seca, b i z c o c h a r y p o s t e r i o r m e n t e e s m a l t a r y
o soporte m ó v i l y graduable para apoyo de la m a n o . C u a n d o se
r e h o r n e a r . Las pastas c r u d a s son m e n o s porosas q u e las
haga dibujos detallados sobre platos o placas, p o r e j e m p l o , c o n -
bizcochadas a baja t e m p e r a t u r a ( 1 0 4 0 ° C), con lo que se facilita
v e n d r á apoyarlos en f o r m a algo i n c l i n a d a m e d i a n t e u n soporte
la a c c i ó n del pincel.
(tipo tablero) que los fije e i m p i d a su deslizamiento.
Los pinceles necesarios s e r á n de m u y buena calidad (de
Es recomendable disponer de unos p e q u e ñ o s potes c o n
m a r t a , p o r ejemplo), y se d i s p o n d r á de diversos tipos y tama-
tapa d o n d e se g u a r d a r á n los colores, cuando no se los e s t é usan-
do, p r o t e g i d o s del polvo. A l g u n o s e x t r a e n del frasco o envase
* A d v e r ü i n o s , sin embargo, que resultan m u y bien los decorados bajo la c a n t i d a d de color que u t i l i z a r á n , y lo mezclan c o n el v e h í c u l o
cubierta turquesa realizados con p i g m e n t o azul, p o r ejemplo; o con sobre u n a placa de v i d r i o , v a l i é n d o s e de una e s p á t u l a . Dicha
pigmentos marrones bajo esmalte o cubierta naranja m á s clara. Se obtie- plaga h a r á las veces de paleta, aunque r e l a t i v a m e n t e , ya que
nen así los llamarlos contrastes de a n á l o g o s , o sea ¡os logrados p o r la muchos colores para bajo cubierta son grises en c r u d o y sólo
intensificación del mismo color. T a m b i é n quedan muy bien los dibujos
desarrollan su color d e s p u é s de la c o c c i ó n .
negros bajo esmalte turquesa o verde.

155
Antes ele comenzar con la d e c o r a c i ó n , es aconsejable mez-
clar los colores con u n 10-15 p o r ciento del mismo esmalte trans-
p a r e n t e o cubierta q u e se u s a r á d e s p u é s para c u b r i r la pieza, lo
que h a r á que el color se a d h i e r a m e j o r al bizcocho d u r a n t e la
c o c c i ó n . Esta mezcla se h a r á en u n m o r t e r o de porcelana m o -
l i e n d o bien y p r o l o n g a d a m e n t e .
U n a vez seco el d i b u j o ya t e r m i n a d o , se lo d e b e r á t r a t a r
con s u m o c u i d a d o p o r q u e el color se desprende f á c i l m e n t e al
contacto con los dedos, ya sea que se lo p r e h o r n e e o no. C o n
t o d o , si se usa u n a s o l u c i ó n espesa de C M C o de goma a r á b i g a
al aplicarlo, o de agentes adhesivos adecuados, é s t o s f o r m a r á n
u n a capa que lo p r o t e g e r á m e j o r c o n t r a posibles rayaduras o
marcas digitales p r o d u c i d a s en el taller o mientras se lleva las
piezas decoradas al h o r n o para su p r e h o r n e a d o . El c u i d a d o es
/ el m e j o r protector en todo caso, ya que, d u r a n t e el p r e h o r n e a d o Haciendo un dibujo bajo cubierta sobre bizcocho blanco.
( c u a n d o se lo hace), dichos fijadores o protectores se q u e m a n y
el d i b u j o puede d a ñ a r s e n u e v a m e n t e al ser esmaltada la pieza. El bizcocho sobre el que se decora d e b e r á ser lo m á s blan-
Si se desea fijar perfectamente el d i b u j o al bizcocho antes de co que se p u e d a p a r a que el color se destaque; a d e m á s , t e n d r á
a p l i c a r l e la capa de e s m a l t e (la p i n c e l e t a , p o r e j e m p l o ,
que estar perfectamente liso y u n i f o r m e , sin poros n i i r r e g u l a -
d e s d i b u j a r á el decorado o lo b o r r a r á en partes, cosa que n o
ridades que a r r u i n a r í a n el d i b u j o . Por o t r a parte, es i m p r e s c i n -
sucede si se esmalta con c o m p r e s o r ) , se lo m e z c l a r á con m a y o -
dible que el bizcocho se halle l i m p i o , sin restos de l i j a d u r a s n i
res p e r o adecuados porcentajes d e l m i s m o esmalte de c u b i e r t a
p o l v o . U n a vez t e r m i n a d o el decorado, se c u b r i r á o g u a r d a r á
que se u s a r á . Así el color se vitrificará y f u n d i r á con la pasta,
la pieza para protegerla del polvo del aire hasta que se la h o r n e e .
claro que se d e b e r á a f r o n t a r el costo de otra h o r n a d a , ya que,
A d v e r t i m o s que t a n t o el t i p o de pasta e m p l e a d a , c o m o el
t en este caso, rio basta con p r e h o r n e a r a 6 0 0 ° C la pieza decora-
t i p o de esmalte o cubierta, así como la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n
da, sino que s e r á necesario h o r n e a r l a a la t e m p e r a t u r a final, de
final, son factores que i n f l u i r á n sobre el color, m o d i f i c á n d o l o a
m a d u r e z de la cubierta, salvo que se mezcle el color c o n j u n
veces poco y otras veces m u c h o . Las pastas m u y vitrificadas
esmalte algo m á s fusible a u n q u e de la misma c o m p o s i c i ó n q u í -
m o d i f i c a r á n bastante los colores, sobre t o d o si la c u b i e r t a es de
m i c a que el posterior. D i c h o porcentaje de esmalte fijador osci-
altas t e m p e r a t u r a s . Por otra parte, si se utiliza u n a c u b i e r t a
la entre u n 15 y u n 30 p o r ciento: es preciso hacer pruebas y
hornearlas, pues algunos colores se v i t r i f i c a n con mayores p o r - q u í m i c a m e n t e m u y activa, con exceso de p l o m o o de álcalis, o
centajes de esmalte y otros con menos ( t a m b i é n influye en esto esmaltes crudos, los colores p a r a bajo c u b i e r t a p u e d e n alterar-
la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n : a m a y o r t e m p e r a t u r a m e j o r v i t r i - se demasiado e, incluso, desaparecer "comidos" p o r la cubier-
ficación del color). S i e m p r e es m á s p r á c t i c o decorar sobre la ta. Ú s e s e u n esmalte fritado, especial para decorar a bajo cu-
pasta c r u d a , a u n q u e la f r a g i l i d a d de ciertas piezas m u y delga- bierta, de m e d i o p l o m o , con calcio y b ó r a x . Y decimos especial
das (hechas a m o l d e ) lo desaconseje. Sin embargo, los p i g m e n t o s p o r q u e las cubiertas con cinc, p o r e j e m p l o , p e r j u d i c a n los colo-
p i e r d e n p o d e r colorante sobre c r u d o , y se avivan sobre bizco- res rosados (de c r o m o - e s t a ñ o ) , y t a m b i é n los verdes de c r o m o .
cho. Las p l ú m b i c a s realzan los amarillos de a n t i m o n i o y los m a r r o -
nes de h i e r r o , así como los verdes de cobre, p e r o p e r j u d i c a n

156 157
deseado, al i n t e r i o r de las cuales se a p l i c a r á el c o l o r p a r a bajo
cubierta de acuerdo con esa g u í a p e r o sin tocarla. El exceso de
c a r b ó n p o d r í a p e r j u d i c a r la adherencia del color, a l t e r a r l o ,
p e r f o r a r l o , hacerlo agrietar o hincharse, e incluso puede'hacer
b u r b u j e a r la cubierta de esmalte.
Con t o d o , dado que ciertos lápices o marcadores son de
m e j o r calidad y puesto que ciertas cubiertas de esmalte son m á s
resistentes, a veces n o se presentan dichos inconvenientes. Es
preciso probar. Son preferibles los lápices de m i n a d u r a a los
blandos, ya que los p r i m e r o s p e r m i t e n efectuar trazos menos
fuertes. En la actualidad, algunos e m p l e a n marcadores al alco-
h o l p a r a efectuar los trazos, aunque este t i p o de d i b u j o es algo
grosero y sólo se presta para marcas grandes y gruesas.
C u a n d o se trabaja en serie, es posible valerse de u n a p l a n i -
lla perforada de celofán, celuloide delgado u o t r o m a t e r i a l p l á s -
tico: las l í n e a s del dibujo se r e c o r t a r á n sobre dichas plantillas o
bien se lo p u n t e a r á con una alfiler. L u e g o se aplica la p l a n t i l l a

Figuras o estatuillas de porcelana dinamarquesas, decoradas c o n colores bajo


cubierta.

Sos turquesas de cobre, los que resultan m e j o r bajo una cubier-


ta alcalina, al igual que los verdes de c r o m o .
El artista decorador, acostumbrado a confeccionar u n mis-
m o t i p o cíe d i b u j o sobre bizcocho, n o n e c e s i t a r á de la g u í a de
trazar u n calco o esquema con lápiz o papel c a r b ó n i c o antes de
aplicar los colores. Pero el d e c o r a d o r c e r á m i c o a ú n n o m u y
e x p e r i m e n t a d o t e n d r á que servirse de una g u í a , la que p u e d e
consistir o bien en u n calco suave hecho con papel de calcar o
c a r b ó n i c o , o en u n esquema hecho a lápiz, m u y poco detallado
(sólo las líneas estructurales del d i b u j o que se r e a l i z a r á ) . E n
todos estos casos las l í n e a s s e r á n linas y suaves, de lo c o n t r a r i o
el exceso de c a r b ó n p e r j u d i c a r í a la adherencia correcta del co-
lor. O t r o m é t o d o que seguramente e v i t a r á los inconvenientes
debidos al c a r b ó n del lápiz, consiste en trazar las l í n e a s p r i n c i -
pales del dibujo sobre el bizcocho, a t a m a ñ o u n poco m a y o r del Decorando dos pequeños candelabros y una caja c o n colores para bajo cubierta.

158 159
sobre la pieza p o r decorar y se pasa sobre ella (estarcido) u n a
m u ñ e q u i t a o bolsita rellena de c a r b ó n m o l i d o ( s p ó l v e r o ) . El
d i b u j o q u e d a r á así apenas marcado.
N o utilizar gomas de borrar, lijas n i el d e d o c u a n d o se de-
see b o r r a r u n trazo. N o es necesario b o r r a r el d i b u j o de g u í a ,
ya que el c a r b ó n desaparece d u r a n t e la c o c c i ó n . C o n t o d o , si se
desea e l i m i n a r alguna l í n e a o marca, se la r a s p a r á c o n u n a h o -
j i t a de afeitar, p o r e j e m p l o . L o m i s m o vale con respecto a los
colores: se los r a s p a r á u n a vez b i e n secos. N o b o r r a r en h ú m e -
do, ya que el c o l o r acuoso se d i f u n d i r á sobre toda u n a zona
a r r u i n á n d o l a : d e s p u é s de la c o c c i ó n a p a r e c e r á n m a n c h a s ,
s a l p i c a d u r a s o h u e l l a s d i g i t a l e s q u e n o se v e n antes d e l
h o r n e a d o . L a m e j o r p r á c t i c a c o n s i s t i r á en realizar el d i b u j o de
m e m o r i a , sin m a r c a r l o p r e v i a m e n t e , y de una sola p i n c e l a d a o
trazo, sin repasar ( d e n t r o de lo posible) n i borrar. C o n t o d o , si
el p i n c e l se ha "agotado", se p o d r á aplicar color u n a s e g u n d a
vez sobre el dibujo que, de n o hacerlo, se n o t a r í a poco. C u a n -
d o se desee b o r r a r t o d o el decorado hecho sobre una pieza, se Comienzo de la decoración bajo cubierta, sobre el bizcocho apenas m a r c a d o a
la l a v a r á con agua y se la c e p i l l a r á e n é r g i c a m e n t e con cepillo lápiz. Arriba: el artesano fija su mano sobre las escalerillas de m a d e r a . Abajo:
de paja pita. A l g u n o s antiguos decoradores marcaban a p i n c e l a p o y a el codo sobre la m e s a mientras sostiene un brazo con el otro. Lo esencial
es el correcto apoyo.
las l í n e a s del dibujo con u n a especie de t i n t a rojiza clara, hecha
d i l u y e n d o m i n i o e n a g u a ; e n este caso n o se n e c e s i t a
p r e h o r n e a d o para b o r r a r este c o l o r (lo i n c o r p o r a y lo d e c o l o r a
la cubierta). A d v e r t i m o s que el m i n i o , así c o m o muchos colo-
res, es venenoso si se i n g i e r e : n o llevar el p i n c e l a la boca n i
usar recipientes de cocina. N o dejarlo al alcance de n i ñ o s o
animales d o m é s t i c o s .
Al aplicar los colores para bajo cubierta, é s t o s no d e b e r á n
ser mezclados entre sí p a r a obtener tonos i n t e r m e d i o s (como si
se tratara de p i n t u r a ) . Si se los mezcla, r e s u l t a r á u n g r i s á c e o
sucio u o t r o color inesperado d e b i d o a la r e a c c i ó n q u í m i c a de
los ó x i d o s m e t á l i c o s de que e s t á n compuestos estos colores. Esto
vale tanto para colores c o m o para esmaltes. C o n todo, a veces
se p o d r á agrisar algo u n color, a ñ a d i é n d o l e u n p o q u i t o de o t r o :
es preciso probar.
Ya hemos d i c h o que el trazo s e r á delicado y r á p i d o . L a
carga del color no s e r á excesiva, d a d o que el m i s m o p o d r í a
separarse del bizcocho, ampollarse, cuartearse o bien sobresa-

161
160
l i r feamente al e x t e r i o r del esmalte, i m p i d i e n d o en zonas su p a r t i r de u n b u e n bizcocho. Esto significa: 1) bien liso y u n i f o r -
vitrificación. Los colores a base de ó x i d o ele cobalto (azules) se me, sin c h a m ó t e ; 2) b i e n blanco, para lo cual l o mejotf s e r í a
a p l i c a r á n con capa m á s suave, ya que t i ñ e n m u y i n t e n s a m e n t e . h o r n e a r l o en h o r n o s a gas, p a r t i e n d o p o r supuesto de unfg pas-
Por el c o n t r a r i o , los amarillos, naranjas y liláceos se a p l i c a r á n ta hecha con una arcilla lo m á s blanca y p u r a posible; Sjfbien
con capa de espesor m á s grueso, pues t i ñ e n menos y t i e n d e n a cocido, o sea sin poros, o con poros m u y p e q u e ñ o s , p a r a lo cual
desaparecer. se h o r n e a r á el bizcocho a buena t e m p e r a t u r a (de 1080 a 1 1 0 0 °
Si se desea esgrafiar estos colores, se los r a y a r á o r a s p a r á C para bajas temperaturas), de manera que la buena vitrificación
con u n a p u n t a en h ú m e d o o en seco. Los esfumados se h a r á n d i s m i n u y a la a b s o r c i ó n del color para la pasta y facilite la n i t i -
con l í n e a s o trazos, e v i t a n d o en lo posible la s u p e r p o s i c i ó n de dez d e l trazo. Bizcochos porosos, infracocidos, n o p e r m i t e n u n
colores diferentes. Los trazos se h a r á n c o n pincel de p u n t a fina, decorado bajo cubierta de calidad superior. L a pasta i d e a l es la
aplicando el c o l o r oscuro sobre el claro de f o n d o , y n u n c a al porcelánica blanquísima.
r e v é s . Los contornos se h a r á n con n e g r o , m a r r ó n u o t r o c o l o r
oscuro, con pincel m u y fino. P í n t e s e p r i m e r o con el c o l o r que M o d o de a p l i c a c i ó n
o c u p a r á m a y o r e x t e n s i ó n en el d i b u j o , y así sucesivamente.
H á g a s e u n m u e s t r a r i o de colores para visualizar el t o n o final Antes de aplicar los p i g m e n t o s , se los m o l e r á y m e z c l a r á
(post c o c c i ó n ) , ya que, en c r u d o , a veces no p o d r á saberse c u á l m u y bien en un mortero para desagrumarlos y h u m e c t a r l o s . Si
s e r á el color resultante. Para obtener tonos claros, poco i n t e n - se los a p l i c a r á sobre loza o pastas m u y porosas, de baja t e m p e -
sos, se d i l u i r á el color c o n m a y o r c a n t i d a d de agua o v e h í c u l o r a t u r a , se los d i l u i r á con u n a s o l u c i ó n o v e h í c u l o c o m p u e s t o
que de o r d i n a r i o . C u a n d o se desee obtener grandes zonas de p o r 7*0 p o r ciento de glicerina y 30 p o r ciento de agua (o sea,
color h o m o g é n e o , se r e p a s a r á varias veces el color, a p l i c a n d o 3 :i
70 c m de glicerina y 30 c m d e agua). E n general, se a ñ a d i r á 3
la segunda capa antes de que la p r i m e r a se haya secado d e l 3
c m de v e h í c u l o p o r cada g r a m o de color en seco. El v e h í c u l o
t o d o . Si el bizcocho es m u y absorbente, se lo p o d r á h u m e d e c e r p e r m i t e que el pincel se deslice con soltura, sin que se trabe o
p a r a que el p i n c e l c o r r a con fluidez. Pero ello se h a r á con detenga debido a la gran a b s o r c i ó n del bizcocho, el que, al " c h u -
a e r ó g r a f o , con m u c h a u n i f o r m i d a d y no lo recomendamos sal- par" el agua m u y r á p i d a m e n t e , l i a n a que la pincelada n o c o r r a
vo c u a n d o el h o r n o se pasa de 9 0 0 ° C (malos h o r n o s ) , l o que c ó m o d a m e n t e y que el dibujo n o resulte n í t i d o n i vivaz.
p r o d u c e bizcochos excesivamente porosos. C u a n d o se utiliza como v e h í c u l o esta s o l u c i ó n de g l i c e r i n a
Los ceramistas somos m u y e d í p i c o s : amantes de la t r a d i - y agua, no s i e m p r e es necesario p r e h o r n e a r a 6 0 0 ° C la pieza
c i ó n y fijados al pasado, sin dejar de lado la a v e n t u r a hacia lo decorada. Se e f e c t u a r á u n a p r u e b a depositando la c u b i e r t a de
desconocido. Esta c o n t r a d i c t o r i a ambivalencia se e n c o n t r a r á esmalte sobre u n dibujo así aplicado para c o m p r o b a r si aquella
siempre en c e r á m i c a . Por ello diversas costumbres y t r a d i c i o - resulta alterada (burbujeada) a lo largo de las l í n e a s d e l d i b u j o
nes h a n persistido d u r a n t e siglos y han d e t e r m i n a d o d i f e r e n - d e b i d o al d e s p r e n d i m i e n t o de los gases procedentes de la c o m -
tes sistemas y m o d a l i d a d e s para la a p l i c a c i ó n de estos colores, b u s t i ó n del m e d i o . L a glicerina despide abundantes gases ya a
los que siempre se aplican d i l u y é n d o l o s en u n medio que sirve los 2 5 0 ° C. En vez de glicerina t a m b i é n se puede u t i l i z a r u n a
como vehículo para facilitar la a c c i ó n del pincel. s o l u c i ó n de g o m a a r á b i g a disuelta en agua, p r e p a r á n d o l a tal
c o m o se explica en nuestro C a p í t u l o referente a Engobes, de
El b i z c o c h o este m i s m o T o m o . T a m b i é n p u e d e emplearse silicato de sodio
disuelto en agua, así como otros adhesivos, C M C , etc. C o n s ú l t e s e
L a base d e l é x i t o con este t i p o de d e c o r a c i ó n consiste en el C a p í t u l o m e n c i o n a d o . T a m b i é n se ha u t i l i z a d o una s o l u c i ó n

163
Decorando bajo cubierta (sobre la torneta giratoria) en una fábrica d e porcelana
Decoradora aplicando colores bajo cubierta (sobre bizcocho). (Dinamarca). U s a pincel de punta fina y pelo largo (para mayor c a r g a d e color).

de g o m a a r á b i g a m á s espesa o concentrada, d i l u y e n d o 25 gr
3
de esta goma en polvo en 100 era de agua (o 250 gr de g o m a y s o l u c i ó n espesa ele a z ú c a r (50%). Cada ceramista u s a r á el
en 1 l i t r o de agua). O t r o s decoradores utilizan aceites diluyentes m é t o d o que m á s le agrade o convenga. A d v e r t i m o s que el j a r a -
p a r a aplicar estos colores, sobre t o d o c u a n d o se trata de bizco- be de a z ú c a r f e r m e n t a con facilidad, sobre t o d o en v e r a n o : n o
chos m u y porosos. Estos aceites diluyentes se p r e p a r a n a base debe guardarse.
de aceite de t r e m e n t i n a rectificada, m á s u n p o q u i t o de aceite
de linaza (u otros a r o m á t i c o s ) . C u a n d o se emplea aceites, siem- Método C o n d o r h u a s i
p r e se d e b e r á p r e h o r n e a r a p u n t o r o j o la pieza decorada antes
de esmaltarla. T a m b i é n se ha u t i l i z a d o u n a s o l u c i ó n concentra- En nuestro Taller acostumbramos mezclar el p i g m e n t o con
da de a z ú c a r c o m ú n d i l u i d a en agua caliente; o alcohol (25%) y u n 10 p o r ciento del m i s m o esmalte transparente de c u b i e r t a
glicerina (75%). E l alcohol acelera el secado del d e c o r a d o . E n que se u s a r á p a r a c u b r i r d e s p u é s t o d o el decorado. Y eso lo
I n g l a t e r r a se ha usado u n a mezcla de alcohol (25%), agua (25%) hacemos en seco, siempre d e n t r o de u n m o r t e r o de porcelana,

164 165
lo que h a r á que los p i g m e n t o s se d e s a g r u m e n . L u e g o a ñ a d i -
mos u n 300 p o r ciento de s o l u c i ó n de C M C (que siempre tene-
mos p r e p a r a d a en el taller para a ñ a d i r a los esmaltes, engobes,
etc.), y mezclamos t o d o d e n t r o del m i s m o m o r t e r o . L a solu-
c i ó n de C M C la p r e p a r a m o s s e g ú n se explica en.el C a p í t u l o
"Engobes" de este m i s m o T o m o . Por ejemplo: si se u s a r á 1 gra-
m o de p i g m e n t o , se lo m e z c l a r á con u n v e h í c u l o hecho con 3
3
c m de s o l u c i ó n de C M C (si se u s a r á 10 gr de p i g m e n t o , se lo
3
h a b r á de mezclar con 30 c m de s o l u c i ó n de C M C ) . E m p l e a n d o
C M C de buena calidad (bien blanco), p r e p a r á n d o l o y filtrán-
d o l o s e g ú n se i n d i c ó , y no dejando que f e r m e n t e , n o se presen-
tan problemas de burbujeo del esmalte aunque n o se p r e h o r n e e
el decorado y t a n t o se p u e d e decorar sobre c r u d o como sobre
bizcocho.
C u a n d o se r e q u i e r a u n v e h í c u l o u n poco m á s espeso (para
bizcochos m u y porosos), se puede p r e p a r a r la s o l u c i ó n de C M C
d i s o l v i e n d o 20 gramos de C M C en p o l v o para u n l i t r o de agua.
En general, se u s a r á la d i l u c i ó n de 10 gramos p o r l i t r o (que da
u n a consistencia y viscosidad n o r m a l p a r a la m a y o r í a de los
casos). Ú s e s e una s o l u c i ó n m á s concentrada sólo en caso de
real necesidad (no se olvide de que los adhesivos son carbonosos
y p u e d e n causar burbujas al quemarse d u r a n t e la cocción, a r r u i -
n a n d o el decorado).
Ciertos colores s u m a m e n t e delicados y exquisitos (lilas, U n a vez terminado el decorado, la pieza se prehornea a unos 700° C (para fijar el
rojos de oro, amarillos y naranjas de calidez s u p e r i o r ) p u e d e n color y evitar que manche el esmalte líquido de la tina). Luego se la esmalta por
inmersión. O b s e r v a r a la Izquierda las piezas decoradas pero aún sin esmaltar; y
alterarse o arruinarse si el v e h í c u l o es demasiado denso, gomoso,
a la derecha las ya esmaltadas.
aceitoso o carbonoso, en cuyo caso se los a p l i c a r á con menos
v e h í c u l o y m á s agua, o con agua y alcohol, o, si es necesario,
con agua sola (a c o n d i c i ó n de que el bizcocho n o sea demasia- U n poco de arcilla m u y blanca (5%) b i e n mezclada c o n los
d o poroso). p i g m e n t o s en m o r t e r o a u m e n t a r á la s u s p e n s i ó n y f a c i l i t a r á la
Siempre que se pueda, se e v i t a r á el p r e h o r n e a d o . H u m e - a p l i c a c i ó n , a u n q u e usando adecuados adhesivos ello n o es ne-
deciendo u n i f o r m e m e n t e la superficie de la pieza que se deco- cesario. Si los p i g m e n t o s se a p l i c a r á n solamente d i l u i d o s en
r a r á a fin de que n o resulte demasiado absorbente al aplicar el agua, en ese caso sí aconsejamos mezclarlos con u n poco de
color, se p o d r í a e m p l e a r u n a s o l u c i ó n n o m u y espesa cíe g o m a arcilla (5%), y, si el bizcocho es m u y poroso y absorbente, se
a r á b i g a o de glicerina d i l u i d a en l u g a r de aceites, agregando a u m e n t a r á d i c h o porcentaje, el que no debe ser excesivo pues
s i e m p r e u n 5 p o r ciento de arcilla en p o l v o finísimo ( m u y b l a n - la arcilla d i l u y e la i n t e n s i d a d del color. A d e m á s , la arcilla debe
ca) para a u m e n t a r la s u s p e n s i ó n . Así se p o d r á evitar casi siem- molerse a malla finísima, pues de lo c o n t r a r i o a p a r e c e r á n unos
p r e el p r e h o r n e a d o y se a h o r r a r á su costo.

166 167
feos g r u m o s debajo d e l esmalte. C o n v i e n e tamizarla p o r m a l l a
N ° 150 a fin de e l i m i n a r arenillas.
C u a n d o se desee d i l u i r u n color p a r a aclarar algo su t o n o ,
se le a ñ a d i r á u n poco de cuarzo, o a l ú m i n a o c a o l í n o arcilla
m u y blancos y puros, m o l i d o s a malla finísima. Se m e z c l a r á t o d o
c o n el c o l o r y el v e h í c u l o , y se lo m o l e r á m u y e n é r g i c a y
p r o l o n g a d a m e n t e en u n m o r t e r o de porcelana o v i d r i o p a r a
d e s h a c e r los p o s i b l e s g r u m o s y l o g r a r u n a í n t i m a
c o m p e n e t r a c i ó n de los materiales. C o n v i e n e m o l e r bajo u n a
m o l e t a los colores en p o l v o seco c u a n d o no se hallen m u y b i e n
m o l i d o s o si se observan g r u m o s : a d q u i é r a s e en c u a l q u i e r
v i d r i e r í a unos sobrantes de v i d r i o grueso esmerilado en u n a

Sobria y desprejuiciada aplicación de colores bajo cubierta, a dedo o c o n trazos


gestuales.

de sus caras, y h á g a s e pasar el color entre dos de esos v i d r i o s ,


p o r entre sus caras esmeriladas, f r o t á n d o l o s con fuerza. El co-
l o r c a e r á p o r los costados de la moleta perfectamente m o l i d o
sobre u n papel colocado debajo. Esta o p e r a c i ó n p u e d e reali-
zarse varias veces, y conviene efectuarla h o r i z o n t a l m e n t e , so-
b r e una mesa firme y colocando u n papel l i m p i o p a r a recoger
el color.
Los colores para bajo c u b i e r t a p u e d e n aplicarse t a m b i é n
s e r i g r á f i c a m e n t e ; p o r a e r ó g r a f o ; p o r b a ñ o o i n m e r s i ó n parcial;
o m e d i a n t e otros m é t o d o s industriales de estampado o i m p r e -
sión m e c á n i c a .
Comenzado la decoración bajo cubierta sobre bizcocho. L a d e c o r a c i ó n para bajo cubierta p u e d e realizarse n o sola-
m e n t e m e d i a n t e pincel, sino t a m b i é n con aerógrafo. C o n este

168
169
m é t o d o se puede l o g r a r efectos m u y m o d e r n o s de t é c n i c a ar- zonas p e q u e ñ a s . E n especial, esta t é c n i c a es insustituible para
tística o decorativa. M u y usado desde fines del siglo pasado y p r o d u c i r efectos de esfumadura y superposiciones de colores,
comienzos del actual, esta t é c n i c a ha c a í d o en desuso i n e x p l i c a - cosas que no se puede realizar m u y satisfactoriamente a pincel.
b l e m e n t e , ya que p e r m i t e obtener trabajos de elevado n i v e l , El d i s e ñ o se a j u s t a r á al i n s t r u m e n t o o h e r r a m i e n t a , tal c o m o es
m u y m o d e r n o s d a d o el i n s t r u m e n t o usado, y m u y fáciles de o b l i g a t o r i o en arte m o d e r n o . De m a n e r a que n o se i m i t a r á c o n
realizar. a e r ó g r a f o la t é c n i c a del pincel, m á s detallista y sofisticada. El
Se p u e d e e m p l e a r o b i e n u n a e r ó g r a f o accionado c o n d i b u j o o d i s e ñ o se r e c o r t a r á sobre plantillas perforadas de car-
compresor, o bien u n b u e n r o c i a d o r de p e l u q u e r í a u otros ac- t ó n , papel secante, celuloide, plástico, etc., o sobre perfiles. N o
se o c u l t a r á que el d i b u j o ha sido hecho s e g ú n la g u í a d e l recor-
cionados a m a n o . L o i m p o r t a n t e es que las rociaduras o gotas
te; al c o n t r a r i o , el encanto de esta t é c n i c a consiste precisamen-
sean finísimas y que se pueda trabajar con detalle, p a r a c u b r i r
te en saber sacar p a r t i d o de sus enormes ventajas sin d i s i m u -
larlas. U n a hoja, u n a flor, unas ramas, u n a f i g u r a h u m a n a , u n
ave, u n a casa, m o n t a ñ a , etc., se r e c o r t a n o agujerean en p l e n o
sobre la p l a n t i l l a . Esta se aplica sobre el bizcocho de la pieza, se
sopletea el color sobre lafplantilla y se r e p i t e n los m o t i v o s a p r o -
v e c h a n d o l a f a c i l i d a j l de p r o d u c i r s u p e r p o s i c i o n e s y
esfumaduras, sabiendo siempre contrastar los colores.
Dichos colores así pulverizados se a p l i c a r á n bastante d i l u i -
dos en agua, con u n poco de goma a r á b i g a o C M C a fin de
a u m e n t a r la s u s p e n s i ó n , de m a n e r a que "pasen" p e r f e c t a m e n -
te a t r a v é s de la pistola. Esta se l i m p i a r á cuidadosamente a cada
c o l o r y d e s p u é s de u t i l i z a d a : E x i s t e n u n o s p e q u e ñ o s
compresores sin tanque, con motor, polea y c o r r e a a la vista,
aptos para este t i p o de trabajo, cuya p r e s i ó n oscila a l r e d e d o r
de las 30 libras. Son especiales para accionar a e r ó g r a f o s de baja
p r e s i ó n (de b o q u i l l a p e q u e ñ í s i m a : menos de u n m i l í m e t r o ) .
Los colores e s t a r á n m u y finamente m o l i d o s p a r a que la
pistola n o se tape, y se los t a m i z a r á p o r u n a c r i b a o t a m i z de
acero i n o x i d a b l e de malla 200. C o n respecto a lo d e m á s , esmal-
tado, a p l i c a c i ó n , c o c c i ó n , etc., vale t o d o lo d i c h o a n t e r i o r m e n -
te acerca d é l a d e c o r a c i ó n de bajo cubierta a p i n c e l .
Los colores bajo cubierta p u e d e n aplicarse t a m b i é n a es-
ponja, con brocha, t a p ó n , con los dedos, salpicarse c o n cepillo
o peine, aplicarse a manchones m e d i a n t e p u l v e r i z a d o r de i n -
secticida o en d e g r a d é con r o c i a d o r de p e l u q u e r o . E n fin, el
d e c o r a d o r creativo h a l l a r á siempre nuevos m é t o d o s de e x p r e -
s i ó n , que le p e r m i t i r á n salir de lo r u t i n a r i o y lo c o n f o r h i i s t a .
Aplicación de colores bajo cubierta por medio de un aerógrafo que funciona a aire
comprimido.

170 171
Aplicación del esmalte o cubierta

El esmaltado ( c u b r i m i e n t o de t o d o el decorado p o r la capa


de p o l v o de esmalte h ú m e d o ) se r e a l i z a r á m e d i a n t e compresor,
p a r a n o a r r u i n a r el d i b u j o ; o bien p o r i n m e r s i ó n , hecha m u y
delicadamente. L a cubierta p o d r í a aplicarse a pinceleta si el
c o l o r ha sido fijado al bizcocho ya sea c o n u n a c o c c i ó n a t e m p e -
raturas superiores a 1 0 0 0 ° C ( m e z c l á n d o l o con u n 10-15 p o r
ciento de esmalte de c u b i e r t a o de o t r o m á s fusible p e r o s i m i -
lar) o bien d u r a n t e u n a c o c c i ó n a la t e m p e r a t u r a final del p r o -
d u c t o . P r u é b e s e hasta a v e r i g u a r el p o r c e n t a j e e x a c t o de
vitrificante que r e q u i e r e cada color a d e t e r m i n a d a t e m p e r a t u -
ra p a r a adherirse al bizcocho sin que se desprenda l u e g o al
contacto del esmalte c r u d o . Así bien fijado el color, se lo p o d r á
esmaltar con c u a l q u i e r t é c n i c a , a ú n c o n pinceleta, que es la que
m á s p o d r í a d a ñ a r l o o desdibujarlo. L a cubierta j a m á s se a p l i -
c a r á c o n capa m u y gruesa; debe ser delgada (aunque suficien-
te) p a r a que el esmalte f u n d a bien y el color se destaque. Capas
gruesas p r o d u c i r í a n cuarteo.

Cocción del decorado bajo cubierta

L a c o c c i ó n de estos colores debe realizarse con sumo c u i -


d a d o d u r a n t e el m a n i p u l e o al cargar el h o r n o , ya que al m e n o r
toque p u e d e n rayarse. Si se los p r e h o r n e a , d é j e s e m u y b u e n a
v e n t i l a c i ó n d e n t r o del h o r n o mientras se calcina el m e d i o . De
lo c o n t r a r i o , ciertos colores m u y delicados, c o m o los lilas, p u e -
den desaparecer d e b i d o a la r e d u c c i ó n p r o d u c i d a (deficiencia
de o x í g e n o ) . En tal caso, en vez de glicerina y agua, ú s e s e agua
y alcohol o gomas finas.
N o se los h o r n e e j u n t o con piezas de b a r r o rojo, que, al
p r o d u c i r h u m o o gases, a r r u i n a r á n los m á s delicados colores,
Para su cocción final, las piezas de porcelana esmaltada se hornean dentro de
c o m o los amarillos, naranjas y rosas. cacetas refractarias superpuestas en pilas (según el tamaño del horno). Ello cuando
N u n c a se insistirá bastante en que el bizcocho para bajo la atmósfera del horno no es muy pura, como sucede con los hornos a combusti-
c u b i e r t a debe hornearse a t e m p e r a t u r a s u p e r i o r a la del esmal- bles líquidos, leña o carbón, y muchas veces c o n el gas natural c u a n d o contiene
azufre. Sin embargo, c o n los modernos hornos a gas, con q u e m a d o r e s bien regu-
te que d e s p u é s se le aplique a fin de que no resulte demasiado
lados, es posible hornear "al aire" (sin cacetas).
poroso. Es m u y difícil decorar sobre pastas porosas pues son

172
173
excesivamente absorbentes y no dejan que el p i n c e l se deslice capa de esmalte transparente p l ú m b i c o en ciertas zonas, dichas
con facilidad y rapidez. zonas esmaltadas a p a r e c e r á n d e s p u é s de la segunda c o c c i ó n
L a a t m ó s f e r a de c o c c i ó n s e r á lo m á s o x i d a n t e y p u r a que coloreadas de verde, d e b i d o a la a c c i ó n p i g m e n t a n t e d e l ó x i d o
se pueda, sin carbono, h u m e d a d , azufre n i gases i m p u r o s . L o s de cobre sobre el esmalte que contiene el engobe. C o n s ú l t e s e al
hornos eléctricos son ideales para hornear estos decorados, salvo respecto el C a p í t u l o m e n c i o n a d o , así c o m o el c u a d r o d e l final
que se emplee u n b u e n h o r n o a gas con buena v e n t i l a c i ó n , bue- del C a p í t u l o 4 de nuestro l i b r o Manual de Esmaltes Cerámicos,
nos quemadores regulables y mufla o media mufla. T o m o 1.
Ya hemos d i c h o que los ó x i d o s no se prestan,para dibujos
ÓXIDOS BAJO CUBIERTA detallados c o m o los colores para bajo cubierta ( m á s caros). Se
los utiliza a m p l i a m e n t e en f o r m a de gruesas pinceladas, o a p l i -
c á n d o l o s a esponja sobre el bizcocho. L a p r e p a r a c i ó n se realiza
L a d e c o r a c i ó n bajo c u b i e r t a puede t a m b i é n efectuarse c o n
m o l i é n d o l o s p r o l o n g a d a m e n t e en m o r t e r o , y m e z c l á n d o l o s c o n
ó x i d o s m e t á l i c o s en vez de p i g m e n t o s o colores para bajo c u -
cierto porcentaje de esmalte o agente fijador (10-15% p o r lo
bierta. Los ó x i d o s de cobre, cobalto, h i e r r o , c r o m o y m a n g a n e -
general) y con u n poco (5%) de arcilla blanca en p o l v o a fin de
so han sido utilizados desde a n t a ñ o para colorear vasijas he-
a u m e n t a r la s u s p e n s i ó n (o de goma a r á b i g a o C M C ) . D a d o que
chas con b a r r o rojo sobre las que se aplicaba p r e v i a m e n t e u n
con estos ó x i d o s n o se busca u n d i b u j o n í t i d o e i m p e c a b l e , sino
b a ñ o o engobe de c a o l í n o arcilla blanca. U n a vez secado t o d o ,
u n efecto de sabor fresco y r ú s t i c o , no i m p o r t a m u c h o que se
se lo horneaba. D e s p u é s de la p r i m e r a c o c c i ó n del engobe, se
escurran algo al aplicarle la cubierta de esmalte a pinceleta.
aplicaba el ó x i d o , l u e g o se esmaltaba t o d o y se volvía a hornear.
T a m b i é n se los p u e d e aplicar a compresor, salpicarlos, etc.
Las vasijas a r q u e o l ó g i c a s persas ofrecen notables ejemplares
Se r e c o m i e n d a aplicar el ó x i d o sobre el bizcocho y en se-
así decorados.
g u i d a se lo esmalta. O bien sobre engobe seco n o h o r n e a d o .
Estos ó x i d o s bajo cubierta se prestan especialmente p a r a D e s p u é s de la p r i m e r a c o c c i ó n del engobe decorado c o n ó x i -
piezas r ú s t i c a s , de sabor folklórico y ligero. Los m á s antiguos
dos, se repasan los ó x i d o s d o n d e sea necesario y se aplica la
ejemplares de la c e r á m i c a egipcia, persa y c h i n a ya aparecen
cubierta. L u e g o se h o r n e a p o r segunda vez. Estos ó x i d o s t a m -
decorados con estos ó x i d o s aplicados bajo cubierta o bajo es-
b i é n p u e d e n aplicarse sobre el esmalte seco (antes de h o r n e a r l o ) ,
malte.
a fin de l o g r a r c h o r r e a d u r a s . O sea que se los p u e d e aplicar
C o n s ú l t e s e el T o m o 2, C a p í t u l o 17, de este Curso acerca
sobre pastas crudas p e r o secas; sobre engobe c r u d o p e r o seco;
de q u é color p r o p o r c i o n a cada ó x i d o aplicado bajo esmalte
sobre bizcocho; etc.: en todos los casos se a p l i c a r á l u e g o sobre
p l ú m b i c o y bajo esmalte alcalino, ya que varia s e g ú n el t i p o de
el ó x i d o la c u b i e r t a de esmalte que, d e s p u é s de h o r n e a r l a , des-
esmalte. Precisamente esta v a r i a c i ó n de color p e r m i t e o b t e n e r
t a c a r á n o t a b l e m e n t e los colores típicos de cada ó x i d o , al dejar-
interesantes efectos bajo cubierta, que el ceramista e x p e r i m e n -
se T e ñ i r p o r e l l o s , t o d o s los cuales p o s e e n g r a n p o d e r
tado s a b r á c ó m o utilizar.
p i g m e n t a n t e . Son recomendables en especial las mezclas de
L a c e r á m i c a es el arte de los ó x i d o s (decimos siempre), y
ó x i d o s o las tradicionales chorreaduras, e m p l e a n d o ó x i d o s q u e
es i m p r e s c i n d i b l e que el ceramista sepa c ó m o colorea cada ó x i -
p r o p o r c i o n e n colores contrastantes. N o se los a p l i q u e c o n car-
do a cada pasta o bizcocho sin esmalte; y c ó m o colorea a cada
ga excesiva pues p r o d u c e n color n e g r o oscuro en vez del t o n o
t i p o de esmalte, s e g ú n sea p l ú m b i c o o alcalino. Por e j e m p l o ,
c a r a c t e r í s t i c o de cada ó x i d o .
u n engobe c o m ú n que contenga ó x i d o de cobre d a r á , d e s p u é s
de la c o c c i ó n , u n color o c r á c e o . Pero si se le s u p e r p o n e u n a

174 175
D e c o r a c i ó n bajo cubierta c o n sales metálicas

A d e m á s de colores especiales bajo c u b i e r t a , y de ó x i d o s


m e t á l i c o s , es posible decorar u t i l i z a n d o sales m e t á l i c a s , las que
d a n mejores resultados que los ó x i d o s solos, ya que p e r m i t e n
l o g r a r u n a mejor s u s p e n s i ó n y aplicabilidad del color, pues su
p a r t í c u l a es m u c h o m á s p e q u e ñ a que la de los ó x i d o s . Dichas
sales p u e d e n ser carbonatos, c l o r u r o s , nitratos o sulfatos. Se
aplican sobre bizcocho s e g ú n el m é t o d o ya descrito para colo-
res y se disuelven en u n a s o l u c i ó n de alcohol (25%) y g l i c e r i n a
(75%); o alcohol, a z ú c a r d i l u i d a y agua, s e g ú n las p r o p o r c i o n e s
a n t e r i o r m e n t e indicadas. Estas sales p u e d e n aplicarse m e d i a n -
te sello de goma, a p i n c e l , esponja, etc. Si la c u b i e r t a aparece
con burbujas, el decorado c o n sales d e b e r á p r e h o r n e a r s e , o
b i e n las sales m e t á l i c a s se a p l i c a r á n sobre la pasta cruda-seca.
Estas sales son tóxicas al contactarlas o ingerirlas. J a m á s se las
s o p í e t e a r á p o r la m i s m a causa.

PASTEL CERÁMICO*

L a t é c n i c a del pastel c e r á m i c o consiste en efectuar sobre


bizcocho blanco y liso u n d i b u j o , que puede ser en u n solo co-
l o r (sanguina, azul, n e g r o , etc..) o bien en varios colores. D i c h o
d i b u j o se recubre p o s t e r i o r m e n t e con u n esmalte t r a n s p a r e n t e Plato de loza decorado c o n pastel cerámico azul bajo cubierta transparente. O b r a
del gran ceramista uruguayo López L o m p a .

* Recordamos que sobre éste y otros procesos industriales, fruto de


nuestra investigación, tenemos derechos registrados de p r o p i e d a d inte-
i n c o l o r o p a r a "bajo cubierta". Esta interesante t é c n i c a , espe-
lectual. Si bien pueden ser utilizados por el ceramista para decorar sus c i a l m e n t e r e c o m e n d a d a p a r a m u r a l e s , retratos o grandes y
piezas, no pueden ser industrializados n i fabricados para la venta sin auto- medianos vasos a r t í s t i c o s , ha estado en uso d u r a n t e el siglo
rización del autor. Estos lápices, que nunca se fabricaron en nuestro país, pasado en E u r o p a y, si b i e n n u n c a ha dejado de ser e m p l e a d a
curiosamente comenzaron a fabricarse no bien a p a r e c i ó la p r i m e r a edi- del t o d o , t a m p o c o se p o p u l a r i z ó muchos e n t r e los ceramistas.
ción de este libro, del que se c o p i ó la idea, f ó r m u l a y técnica, que b á s t a n l e Y ello d e b i d o a que r e q u i e r e el d o m i n i o d e l d i b u j o , y a que los
trabajo nos llevó crear. Pero lo peor del caso es que cierto "docente" (sin
trabajos realizados e x i g e n u n t r a t a m i e n t o a r t í s t i c o , de elevado
título) de cierta "Escuela de C e r á m i c a " —que prohibe a sus alumnos el
uso de nuestros libros— t a m b i é n se sirvió de nuestra f ó r m u l a con despar-
n i v e l . Se asemeja a la p i n t u r a al pastel p o r el aspecto á s p e r o de
pajo increíble, y fabrica dichos crayons que vende en casas del ramo. Se ve su trazo, o al d i b u j o a c a r b ó n . Por la calidad del r e s u l t a d o , esta
que él personalmente lee muy bien nuestros libros y que los convierte en t é c n i c a m e r e c e r í a ciertamente u n a d i f u s i ó n m u c h o m a y o r .
plata apenas puede. Queda el j u i c i o moral al criterio de sus propios a l u m - Los l á p i c e s de pastel c e r á m i c o o "crayons" n o son fáciles
nos. de conseguir en todos los p a í s e s . En E u r o p a a veces se los en-

176 177
cuentva en casas especializadas. En nuestro m e d i o los p u e d e taran con u n 10% de ó x i d o y 90% de arcilla. El c r o m o c o n u n
fabricar el m i s m o ceramista, para lo cual e s c o g e r á p r i m e r o los 50% a partes iguales. O t r o s colores, como la gama c á l i d a , de
colores p a r a bajo cubierta que desee empastar. A cada u n o de m e n o r p i g m e n t a c i ó n , n e c e s i t a r á n de u n 70% de c o l o r y u n 30%
dichos colores en p o l v o seco, se le a ñ a d i r á 15-20 p o r ciento de de arcilla empastante. Los lápices hechos con arcilla y nada o
arcilla blanca en p o l v o y u n 10 p o r ciento d e l m i s m o esmalte de casi nada de cera o adhesivo, resultan m á s " d u r o s " p a r a el tra-
c u b i e r t a que se u s a r á . Se m o l e r á t o d o m u y b i e n , en seco, e m - zo y es posible realizar l í n e a s delgadas con ellos, a d i f e r e n c i a de
p l e a n d o para ello u n m o r t e r o de porcelana o de v i d r i o . En los "pastosos", aptos para trazos gruesos. T o d o d e p e n d e del
seguida h a b r á que p r o c e d e r a empastar la mezcla p a r a p o d e r trabajo que se va a efectuar. U n a d e c o r a c i ó n con detalles en
usarla. Para ello se u s a r á cera de abejas, p r e v i a m e n t e d e r r e t i d a u n a vasijita, p o r ejemplo, e x i g i r á una l í n e a n í t i d a y delgada,
a b a ñ o de M a r í a * . Cada 100 gr de la mezcla m e n c i o n a d a de m i e n t r a s que u n g r a n m u r a l callejero p r e c i s a r á de l í n e a s g r u e -
p i g m e n t o , arcilla y esmalte se d e s l e i r á n — r e v o l v i e n d o m u y bien sas, visibles desde m a y o r distancia.
c o n u n palillo mientras la cera de halla l í q u i d a en b a ñ o t i b i o — C o n estos l á p i c e s se p o d r á d i b u j a r sobre pasta bizcochada,
en a p r o x i m a d a m e n t e 50-58 gr de cera (a m a y o r c a n t i d a d de blanca o coloreada, aunque se prefiere la p r i m e r a a fin de que
cera, m á s pastoso resulta el c r a y ó n ) . E n vez de cera se p o d r í a el color se destaque. A d e m á s , conviene que d i c h a pasta se halle
usar t a m b i é n c u a l q u i e r goma o adhesivo espeso de buena cali- perfectamente lisa (lijada o p u l i d a ) * , para que el trazo n o re-
d a d , disuelto en agua, respetando m á s o menos la m i s m a p r o - sulte d i s c o n t i n u o , lo que s u c e d e r í a si se aplica el pastel sobre
p o r c i ó n de mezcla y v e h í c u l o (goma, cera). C u a n d o la pasta del pastas con c h a m ó t e . Sirven t a m b i é n para escribir d e t r á s de
pastel e s t é consistente, c o m o si fuera arcilla de modelar, se la muestras, para firmar piezas, etc., ya sea que se r e c u b r a lo es-
a r r o l l a r á con los dedos, a m o l d e o p o r prensado hasta d a r l e la crito con esmalte transparente o no.
f o r m a de p e q u e ñ o s c i l i n d r o s , del t a m a ñ o de la tiza escolar o
U n a de las ventajas que ofrecen estos l á p i c e s f r e s i d e en que
algo menor. C u a n d o se use cera n a t u r a l , se la puede volcar,
su a p l i c a c i ó n es r á p i d a y fácil: no se necesita de f í n c e l e s , n i de
d e r r e t i d a y ya mezclada c o n el color, d e n t r o de u n a especie de
agua o v e h í c u l o s . H e m o s visto l á m i n a s de vasijai o potes ale-
canal c i l i n d r i c o tallado en u n a placa de yeso y del ancho de u n
manes o suizos de hace varias d é c a d a s , decorados c o n estos
l á p i z grueso. C u a n d o los crayons se hallen perfectamente se-
pasteles con u n a soltura y gracia tal que llamaba la a t e n c i ó n . Se
cos, se los p o d r á usar.
trataba de escenas callejeras de los típicos burgos medievales.
Si se desea u n l á p i z mtás d u r o (menos pastoso), se p o d r á Es posible utilizar toda la gama de colores bajo c u b i e r t a o
elevar el porcentaje de arcilla (hasta u n 40%) y rebajar el de p i g m e n t o s e x i s t e n t e s . A d e m á s , se p u e d e efectuar
cera (a u n 50%). Es posible t a m b i é n e l i m i n a r casi c o m p l e t a - superposiciones de colores diferentes, cosa difícil de l o g r a r con
m e n t e la cera o el adhesivo y empastar el color m e z c l á n d o l o pinceles. Estos colores al pastel p u e d e n t a m b i é n aplicarse so-
m u y b i e n sólo con u n a v a r i e d a d m u y blanca y p u r a de arcilla bre esmalte c r u d o p e r o seco, con tal de e n d u r e c e r la capa del
p l á s t i c a . Ya que la mezcla se h a r á en h ú m e d o , u n a vez seco este esmalte b o r n e á n d o l o a unos 6 0 0 - 6 5 0 ° C ( p u n t o r o j o ) . Asimis-
l á p i z se lo h o r n e a r á a unos 7 5 0 ° C a fin de e n d u r e c e r l o p a r a m o , se los p u e d e m o j a r o h u m e d e c e r a f i n d e l o g r a r
p o d e r usarlo. Se d e b e r á p r o b a r el porcentaje ó p t i m o de arcilla esfumaduras, o t a m b i é n se puede l o g r a r lo m i s m o f r o t a n d o el
y c o l o r a n t e p a r a cada color. Por ejemplo, los colores hechos a dedo o u n t r a p o sobre el color ya aplicado.
base de ó x i d o de cobalto, que es el m á s p i g m e n t a n t e , se empas-

* J a m á s se lijará u n a pieza ya bizcochada, pues el esmalte posterior se arruinará.


* Úsese c e r a natural de abejas o c e r a virgen, la que se adquiere en casas de
Líjese tan sólo sobre crudo seco.
apicultura (donde se vende miel, jalea real, elementos para apicultores).

178 179
Esta t é c n i c a se p r e s t a r í a para la r e a l i z a c i ó n de grandes
m u r a l e s que s e r á n expuestos p ú b l i c a m e n t e , al aire libre o en
lugares p ú b l i c o s , cosa i m p o s i b l e de l o g r a r con la p i n t u r a con-
vencional, pues, al ser h o r n e a d o el m u r a l con su cubierta de
esmalte transparente, ya n o es atacable p o r la lluvia, el p o l v o ,
el sol, las rayaduras, los jabones n i el a l q u i t r á n .
U n a vez hecho el d i b u j o sobre bizcocho, se h o r n e a r á a baja
t e m p e r a t u r a (unos 6 0 0 ° C) las placas o la pieza respectiva, p a r a
l o g r a r la volatilización de la cera o gomas utilizadas c o m o m e -
d i o de empastar los colores son que se p e r j u d i q u e la c u b i e r t a
de esmalte que se a p l i c a r á p o s t e r i o r m e n t e ( p o d r í a b u r b u j e a r ) .
D e s p u é s de este p r e h o r n e a d o y una vez frías las placas, se a p l i -
c a r á la cubierta de esmalte transparente, p r e f e r i b l e m e n t e me-
d i a n t e pistola o p u l v e r i z a d o r , con capa de delgado espesor, y se
la h o r n e a r á a su t e m p e r a t u r a de m a d u r e z ( 1 0 4 0 - 1 0 5 0 ° C). Re-
c o m e n d a m o s usar u n a cubierta que no se cuartee sobre la pas-
ta empleada, de lo c o n t r a r i o el color se a r r u i n a r á con el t i e m p o
o a p a r e c e r á n manchones sobre la pasta, sobre todo si la pieza o
el m u r a l se lavan c o n agua y se e x p o n e n al exterior.
Pieza de gres gris verdoso (1230°), sobre la cual se aplicó un e n g o b e blanco
estando todavía h ú m e d a (en su parte interior solamente). U n a vez seco todo, se
ENGOBES B A J O CUBIERTA
decoró con colores para bajo cubierta (azul y marrón). Luego se aplicó el esmalte
t r a n s p a r e n t e e n el interior, por baño, y se h o r n e ó todo en u n a s o l a c o c c i ó n
Sobre la pieza t o d a v í a h ú m e d a se realizan dibujos o m o t i - (monococción).
vos con engobes, ya sean blancos o de otros colores. U n a vez
seca la pieza con el engobe, p e r o antes de h o r n e a r l a , t o d a v í a se
p u e d e d i b u j a r o colorear sobre la zona engobada (o sobre la m e r a c o c c i ó n , t o d a v í a se está a t i e m p o de c o r r e g i r a l g ú n deta-
pasta n o engobada) con pigmentos p a r a bajo cubierta aplica- lle con p i g m e n t o bajo cubierta u ó x i d o . U n a vez aplicada y
dos a pincel o, s i m p l e m e n t e , con ó x i d o s aplicados a esponja y h o r n e a d a la c u b i e r t a (que puede ser tanto i n c o l o r a c o m o d é b i l -
d i l u i d o s en agua. Se h o r n e a todo y, p o s t e r i o r m e n t e , se aplica m e n t e coloreada), el engobe bajo cubierta cobra g r a n realce,
sobre el dibujo u n a delgada cubierta de esmalte transparente, así c o m o la d e c o r a c i ó n hecha a base de ó x i d o s . M u c h o d e p e n -
a pinceleta o con pistola. Se obtiene así m u y buenos colores, d e r á del tipo de cubierta utilizado: recomendamos las p l ú m b i c a s
p r o d u c i d o s p o r el c o l o r del engobe bajo la cubierta que, si se ( " m e d i o p l o m o " ) , ya que los ó x i d o s componentes del engobe o
c o m b i n a a r m ó n i c a m e n t e con el color de la pasta (o de los otros aplicados sobre él p r o d u c e n tonalidades vividas (el de h i e r r o
colores u ó x i d o s si se los i n c l u y ó ) , p u e d e n p r o d u c i r obras de da desde rosado hasta marrones, s e g ú n la carga; el de cobre da
g r a n valor, d e n t r o de u n a l í n e a de t i p o i n g e n u o aunque l l e n a verdes selváticos; el de cobalto azul p r o f u n d o , el de m a n g a n e -
de sabor n a t u r a l y fresco. En especial queda m u y bien el engobe so p a r d o s - v i o l á c e o s ) .
blanco aplicado en zonas sobre una pieza de pasta roja, realza- El esgrafiado de los engobes bajo cubierta, t a m b i é n per-
do c u a n d o se q u i e r a con ó x i d o s colorantes. D e s p u é s de la p r i -

180 181
Otras t é c n i c a s para bajo c u b i e r t a

M u c h o s otros m é t o d o s se prestan t a m b i é n p a r a d e c o r a r
bajo cubierta. M e d i a n t e pantalla s e r i g r á f i c a es posible aplicar
u n d i b u j o en serie sobre bizcocho liso y blanco, poco poroso,
tal c o m o se explica en el T o m o 4 de este Curso, A p é n d i c e 5.
Hace d é c a d a s se fabricaban así b e l l í s i m o s azulejos, placas p a r a
bandejas y otras piezas planas que son hoy m o t i v o de nuestra
a d m i r a c i ó n p o r la delicadeza y sobriedad del c o n j u n t o . Calco-
m a n í a s bajo cubierta han sido t a m b i é n a m p l i a m e n t e utilizadas
p o r la loza inglesa, p o r ejemplo, con el famoso estilo " W i l l o w " ,
efectuadas con motivos chinescos en cobalto, p r e f e r i d o p o r su
resistencia a las elevadas temperaturas de la loza inglesa y a los
gases del h o r n o a h u l l a . Sellos de goma empastados en colores
para bajo cubierta, sales m e t á l i c a s (sulfato o n i t r a t o de cobalto)
u ó x i d o s (menos aptos que las sales) t a m b i é n f u e r o n o son e m -
pleados p o r la i n d u s t r i a y el taller artesanal. Sobre todos ellos,
p r e h o r n e a d o s o no, se aplicaba en u n a segunda c o c c i ó n la c u -
bierta transparente adecuada, o esmalte que p e r m i t a u n b u e n
destaque del c o l o r usado, no se cuartee (no se debe t o l e r a r las
cuarteaduras para d e c o r a c i ó n bajo cubierta), y sea resistente al
uso de la pieza, rayaduras y á c i d o s (vajilla), jabones y desgaste
(revestimientos). i
Si se trata de decorar bajo cubierta vajilla de mesa (platos,
tazas), es esencial estar seguro de que el esmalte de c u b i e r t a n o
Bellísimos azulejos ingleses y franceses de principios de siglo, decorados bajo sea t ó x i c o . L a m a y o r í a de las cubiertas d e s p r e n d e n p l o m o al
cubierta con pantalla serigráfica de seda. En la actualidad, casi no se practica ya
contacto con los alimentos, lo que causa la espantosa e n f e r m e -
está técnica. Dichos duraderos revestimientos han sido reemplazados por los or-
dinarios azulejos actuales, decorados sobre cubierta, de corta duración y gusto d a d del saturnismo. Las autoridades d e b e r í a n c o n t r o l a r la ap-
Gres m u y blanco. t i t u d de la loza de mesa (Ver " L e y del P l o m o " en n u e s t r o Ma-
múllele Esmaltes Cerámicos, T o m o 1, C a p í t u l o 1).

Moka
m i t e obtener resultados m u y satisfactorios. C o n s ú l t e s e el C a p í -
t u l o 18 de este T o m o acerca de la " d e c o r a c i ó n con engobes". Así se d e n o m i n a ( p o r a l u s i ó n a u n a p i e d r a de cuarzo, con
Para obtener i n f o r m a c i ó n m á s detallada, c o n s ú l t e s e t a m b i é n formaciones a la manera de h e l é c h o s ) , u n t i p o de d e c o r a d o
los c a p í t u l o s referentes a engobes, ó x i d o s y esmaltes en los T o -
bajo cubierta usado en el siglo pasado y r e v i v i d o en la actuali-
mos 2 y 3 de esta O b r a .
d a d . Consiste en aplicar p o r goteo o c h o r r e o unas gotas de " t é
de m o k a " sobre u n engobe fresco r e c i é n aplicado ( h ú m e d o ) .

182
183
D i c h o t é se d e s p a r r a m a y penetra en el engobe, dejando unas
interesantes e inigualables texturas. Se p r e p a r a el " t é de m o k a "
h i r v i e n d o 25 gramos de picaduras de tabaco n e g r o en m e d i o
l i t r o de agua. L u e g o se le agrega 30 gramos de ó x i d o de m a n -
ganeso m u y finamente m o l i d o ; o de h i e r r o (u otros ó x i d o s en
m e n o r p o r c e n t a j e ) . ¡El t é p u e d e espesarse con u n p o c o de
t r e m e n t i n a (no debe ser demasiado chirle). El engobe de base
debe ser claro, contrastante. U n a vez bien seco todo se lo hornea.
Posteriormente, el decorado procesalmente o b t e n i d o se recubre
con esmalte transparente i n c o l o r o , especial para bajo c u b i e r t a ,
el que h a r á que se destaque el efecto M o k a . E n vez de ó x i d o s
colorantes es preferible usar carbonates o sales (de m a n g a n e -
so, etc.), ya que su p a r t í c u l a es p e q u e ñ í s i m a mientras que d i -
chos ó x i d o s suelen dejar p u n t o s p o r mala m o l i e n d a .

Piezas decoradas bajo cubierta según la técnica d e n o m i n a d a "Moka".


Fresco decorado actual con azul y ocre bajo cubierta. A ú n en el diseño tradicional
la evolución es innegable, puesto que lo nuevo se impone siempre (tarde o tem-
prano).
184
Formas de esmaltar por inmer-
sión platos ya decorados bajo
c u b i e r t a ( p r e h o r n e a d o s ) . Se
precisa práctica para obtener
uniformidad de capa sin formar
gotones.

186
í

La decoración siempre refleja los mecanismos inconscientes del que la realiza.


Puede ser histérica y llueca; o silenciosa y profunda. También puede ser superfi-
cial y casquivana; o elegante y sobria. Potente y vivida, o estéril y enfermiza.
Puede ser banal y barata, o expresiva y cargada de sentido. También puede ser
sobrecargada, fastidiosa y posesiva, o llena de desasimiento, de Nada y de aspado.
En suma, es una clara manifestación (un test) del "Yo" de quien la hizo.

CAPÍTULO 22

OTROS MÉTODOS CERÁMICOS DECORATIVOS

En este C a p í t u l o nos referiremos a diversos m é t o d o s deco-


rativos que, desde tiempos antiguos hasta la a c t u a l i d a d , han
conservado su vigencia o estima entre los ceramistas y e n t e n d i -
dos.

DECORACIÓN EN LA PASTA CRUDA

Sobre la pasta c r u d a h ú m e d a es posible efectuar texturas,


grabados o incisiones de diverso tipo, ya sea siguiendo u n d i b u -
j o , g u a r d a u o r n a m e n t o ; trazando acanaladuras o e s t r í a s ; o, sim-
plemente, a fin de obtener texturas táctiles de superficie. A e l l a s
y a los calados ya nos hemos referido en el C a p í t u l o 9 ( T o m o 1)
de este Curso, y allí r e m i t i m o s al lector. Sobre la pasta c r u d a
p e r o seca se p u e d e t a m b i é n texturar, ya sea. puliéndola con pa-
pel de lija o, a veces, g r a b á n d o l a groseramente (detalles m i n u -
ciosos e incisiones finas se h a r á n sobre la pasta c r u d a h ú m e d a ) .
L a pasta semiseca se puede p u l i r ( b r u ñ i d o ) con u n canto r o d a -
Uso tradicionalista pero actual del decorado bajo cubierta sobre gres.
do, u n palito, una varilla ele v i d r i o , u n cuero o con u n a c a ñ a
bien lisa ( m é t o d o i n d í g e n a ) . Aplicaciones decorativas t a m b i é n se
h a r á n con pasta c r u d a y se las a p l i c a r á sobre la pasta h ú m e d a ,
e m p l e a n d o u n adhesivo c e r á m i c o cuya p r e p a r a c i ó n se explica
en dicho C a p í t u l o (Tomo 1). Dichas aplicaciones p u e d e n con-
sistir en delgadas planchas de pasta lisa ( p á j a r o s , flores, etc.),

188 189
da comercial sobre ceniceros u otras piezas p u e d e n hacerse sobre
la pasta h ú m e d a . Para ello, u n a vez t e r m i n a d a la pieza p e r o
c u a n d o haya a d q u i r i d o cierta consistencia como p a r a n o defor-
marse, se i m p r i m i r á la leyenda a p r e s i ó n aplicando u n sello de
goma, o bien u n clisé de i m p r e n t a ( m e t á l i c o ) , que se m a n d a r á a
hacer ex profeso. Dicho sello o clisé es p o r t a d o r de la l e y e n d a
p e r o en negativo, de m a n e r a que, al estamparse, quede en posi-
tivo perfectamente legible. M á n d e s e hacer el sello o clisé con
bastante p r o f u n d i d a d , de m a n e r a que la i m p r e s i ó n sea p r o f u n -
d a ( p o c o m á s de u n m i l í m e t r o ) . En su i n t e r i o r , u n a vez
bizcochada la pieza, se a p l i c a r á color con ó x i d o s o bien c o n u n a
delgada capa de esmalte. Puede t a m b i é n destacarse la leyenda
pasando d e n t r o del r e h u n d i d o p i g m e n t o n e g r o a p i n c e l , o b i e n
ó x i d o de cobre m u y cargado.
Sobre las piezas de pasta c r u d a ( t o d a v í a sin h o r n e a r ) p e r o
seca es posible aplicar óxidos o colores para bajo cubierta, si bien
siempre es preferible aplicarlos sobre bizcocho: los colores r e -
sultan m á s vivos. C o n t o d o , cuando se aplica capas bastante car-
gadas de ó x i d o s sobre piezas r ú s t i c a s , se puede usar de este
m é t o d o sobre c r u d o a fin de ahorrarse u n a h o r n a d a . A i respec-
to, r e m i t i m o s al lector al C a p í t u l o 17 (Tomo 2) de esta O b r a ,
d o n d e se estudia este tema con detalle*.
Patinando con ó x i d o s (de cobre, p o r ejemplo) las texturas o
Sencillas pero tensas acanaladuras hechas c o n el dedo o media caña grabados, éstos se realzan y destacan notablemente, ya que el
sobre pasta h ú m e d a .
ó x i d o penetra hasta el fondo de los surcos y p r o d u c e a s í con-
trastes de luz y sombra. Si se pasa u n p a ñ o , p a p e l o esponja
del m i s m o o de o t r o color que el del resto de la pieza, o bien en secos sobre la p á t i n a , el ó x i d o d e s a p a r e c e r á de las partes exte-
relieves realizados, p o r ejemplo, con fideos o choricitos de pasta, riores o superficiales, pero q u e d a r á en el f o n d o de los r e h u n -
a fin de f o r m a r o r n a m e n t o s . didos, o s c u r e c i é n d o l o s .
C u a n d o se trabaja con choricitos m u y delgados para hacer Prensando pasta h ú m e d a sobre una placa de yeso, o d e n t r o
inscripciones; o para f o r m a r alvéolos d e n t r o de los cuales se alo- de u n m o l d e con grabados o texturas, es posible r e p r o d u c i r en
j a r á n esmaltes (cloisonné), se u t i l i z a r á una perilla de goma de
boca m u y delgada, u n a j e r i n g a o u n a pipeta fina. C o n una m a -
* Las piezas crudas pero secas (sin hornear) suelen rajarse o agrie-
triz de yeso o de pasta horneada, p o r ejemplo, se puede realizar tarse cuando se les aplica ó x i d o s disueltos en agua, si se lo hace p o r
estampados a p r e s i ó n sobre la pasta, los que p u e d e n ser f i g u - i n m e r s i ó n o si se las moja demasiado, por sopleteado, p o r ejemplo. Esto
ras, ornamentos, leyendas, s í m b o l o s o, s i m p l e m e n t e , texturas. sucede en especial con gruesas esculturas. En este caso, el sopleteado debe
C u a l q u i e r utensilio o accesorio puede servir para estampar o ser lo m á s "seco" posible, sin "mojar". El bizcocho, por ser absorbente, no
grabar (incluso la u ñ a ) . Marcas de fábrica, leyendas opropagan- presenta ese peligro.

190 191
pasta. D i c h o r e h u n d i d o , surco o g r a b a d o t a m b i é n p u e d e
realizarse a m a n o , con u n a p u n t a o esteca, siguiendo u n a p l a n -
tilla, y t a m b i é n se puede i m p r i m i r mediante u n a f o r m a o ma-
triz para trabajos en serie. «
O t r o m é t o d o para d e l i m i t a r zonas esmaltadas consistía, p o r
el c o n t r a r i o , en dejar sobre el nivel o superficie de la pasta c r u -
da de la baldosa u n delgado relieve, el que p o d í a hacerse p o r
estampado o bien aplicando u n choricito delgado de pasta en
realce, el que, d e s p u é s del bizcochado, p e r m i t í a d e l i m i t a r y se-
parar las zonas esmaltadas, ya que el esmalte quedaba como
atrapado d e n t r o de los alvéolos formados p o r los relieves. Este
ú l t i m o m é t o d o se d e n o m i n a b a "a cuenca". El m é t o d o m á s anti-
guo para separar esmaltes de diferentes colores, sin e m b a r g o ,
ha sido el de la "cuerda seca", a m p l i a m e n t e utilizado e n la ac-
tualidad.
L a t é c n i c a del embutido, incrustación o "intarsio" e n Italia,
consiste en efectuar u n dibujo con u n a p u n t a sobre la pasta
h ú m e d a , el que puede ser figurativo u o r n a m e n t a l , p e r o debe

Primitivistas grabados e incisiones en zig zag sobre pasta de gres. La vanguar-


dia actual busca inspiración en las técnicas arcaicas.

serie u n mismo m o t i v o sobre muchas piezas. M u c h o s moldes


de yeso para colada, p o r ejemplo, se c o n s t r u y e n c o n grabados o
r e h u n d i d o s internos que d e j a r á n relieves sobre las piezas.
En los antiguos azulejos o baldosas esmaltados usados p a r a
revestimiento de paredes, tan c a r a c t e r í s t i c o s de los siglos 16 y
17 e s p a ñ o l e italiano, las zonas con diferentes esmaltes se sepa-
raban efectuando sobre la pasta fresca de la baldosa u n surco o
r e h u n d i d o , el que s e r v í a para d e l i m i t a r los esmaltes de d i f e r e n -
tes colores e i m p e d i r que se encimen o mezclen. Este surco es-
trecho se h a c í a aplicando una cuerda o soguita sobre la pasta
h ú m e d a de la baldosa, siguiendo u n dibujo y h u n d i é n d o l a u n
poco en dicha pasta. D u r a n t e la c o c c i ó n la c u e r d a se quemaba
y d e s a p a r e c í a , dejando al descubierto el surco i m p r e s o e n la
Suaves incisiones realizadas con pigmento azul. Premio F a e n z a .

192 193
Famoso juego de té inglés de W e d g w o o d (1780), de pasta porcelánica coloreada
de azul. Las aplicaciones se confeccionaron con la m i s m a pasta pero blanca (sin
colorear).

alisará y e m p a r e j a r á el hueco así f o r m a d o . L u e g o se r e l l e n a r á


este hueco o r e h u n d i d o con pasta de color contrastante, la que
Mezclas de pastas de diferente color producen veteados de carácter procesal. se i n t r o d u c i r á a p r e s i ó n d e n t r o de la cavidad, y cuyo g r a d o de
h u m e d a d d e b e r á ser similar al del resto de la placa. C u a n d o
t o d o se haya secado, se p u l i r á m u y bien la superficie de la placa
tener dos dimensiones (es decir, n o e s t a r á constituido p o r l í n e a s así e m b u t i d a . Este m é t o d o ( i n c r u s t a c i ó n ) se utilizó m u c h o a n t i -
delgadas que no se c i e r r a n para d e t e r m i n a r u n p l a n o ) . S u p o n - guamente para baldosas de pisos, p o r ejemplo, los que, s e g ú n
gamos que se desee hacer u n p á j a r o s e g ú n la t é c n i c a d e l este m é t o d o p u e d e n decorarse y ofrecer m a y o r d u r a c i ó n ante
"intarsio": p r i m e r o se lo d i b u j a r á sobre u n a placa o pieza de el d e s g a s t e . Esta t é c n i c a d e e m b u t i r pastas c o l o r e a d a s
pasta h ú m e d a a u n q u e u n poco seca. C u a n d o la pasta se haya contrastantes se d e n o m i n ó t a m b i é n "a la encáustica". E n nues-
secado u n p o q u i t o m á s , se " l e v a n t a r á " o q u i t a r á la pasta que tro Diccionario de Cerámica se h a l l a r á , en los respectivos a r t í c u -
c o n f o r m a la superficie i n t e r n a del dibujo ( p r o f u n d i d a d de unos los, m á s detallada i n f o r m a c i ó n sobre cada técnica.
dos m i l í m e t r o s ) , con una esteca de acero de p u n t a chata. Se

194
A l p r e p a r a r pastas (cosa que t o d o ceramista d i g n o de ese
n o m b r e debe hacer), puede lograrse i n t e r e s a n t í s i m o s specks
(motas) de color contrastante a d i c i o n á n d o l e de 1,5 a 3 p o r cien-
to de ó x i d o de manganeso g r a n u l a r ( m o l i d o grueso: d e m e d i o
a u n m i l í m e t r o de t a m a ñ o cada grano); o bien de i l m e n i t a t a m -
b i é n g r a n u l a r ( g r a n u l a r significa que se u s a r á g r a n u l o s de esos
materiales, no polvo fino). Esta t é c n i c a es ideal p a r a obtener
pastas de gres para escultura o m u r a l . Sobre pastas que n o se
e s m a l t a r á n , se obtiene de este m o d o en altas temperaturas (1200°
C) texturas naturales y fuertes. Y sobre pastas esmaltadas, el
esmalte se t e x t u r a positivamente al disolver p a r c i a l m e n t e los
granulos del material. El resultado en ambos casos en de u n a
n a t u r a l i d a d sorprendente.
En C o n d o r h u a s i e x p e r i m e n t a m o s c o n t i n u a m e n t e con d i -
Aplicación manual de relieves decorativos sobre un plato todavía húmedo. Los versos materiales (naturales o no) a fin de obtener estos p u n t o s
relieves se confeccionan a molde, y pueden hacerse con pasta de color contrastante negros texturadores de pastas fuertes. Usamos arenas negras, m u y
(azul, etc.).

Se d e n o m i n a "mishima" a u n a antigua t é c n i c a coreana simi-


lar: se realiza u n dibujo sobre una pieza, se lo graba con p u n t a
gruesa y luego se aplica encima del surco (con pincel) u n a del-
gada capa de engobe o pasta de o t r o color contrastante. U n a
vez que todo se haya secado, se lo p u l e . El d i b u j o o c o n t o r n o
aparece entonces n í t i d o y coloreado con diferente color. Puede
utilizarse una m a t r i z a f i n de grabar el m i s m o dibujo repetidas
veces. A la v e r d a d , todas las culturas i n d í g e n a s u t i l i z a r o n esta
técnica.
Specks (puntos o motas) sobre la pasta pueden lograrse salpi-
c á n d o l a con ó x i d o de manganeso o p i g m e n t o negro diluidos en
agua (mezclados con 30 p o r ciento de esmalte transparente). O
en el cuerpo mismo de la pasta ( m á s artístico) se obtienen mez-
c l á n d o l a en estado s e m i l í q u i d o con c h a m ó t e n e g r o o rojo, o con
l a d r i l l o m o l i d o , buscando siempre contraste de color. El c h a m ó t e
n e g r o se h a r á t i ñ e n d o c h a m ó t e c o m ú n al s u m e r g i r l o en u n a
s o l u c i ó n espesa de p i g m e n t o u ó x i d o de manganeso (mezclados
con esmalte transparente). Este c h a m ó t e de color ya p i g m e n t a d o
debe calcinarse antes de ser i n c o r p o r a d o a la pasta, a f i n de fijar Aplicando a mano relieves ornamentales sobre piezas recién d e s m o l d a d a s
el color. (todavía húmedas). Antigua fábrica de W e d g w o o d .

196
comunes en las playas de mar, formadas p o r magnetita n a t u r a l , Mezclas de pastas coloreadas p e r m i t e n obtener s o r p r e n d e n -
o i l m e n i t a . Se las recoge en marea baja, cuando q u e d a n en la tes resultados. T a n t o p u e d e n hacerse con pastas naturales (arci-
superficie de la arena lisa. Usamos a d e m á s c a r b u r o de silicio al llas rojas blancas), o t a m b i é n con pastas p r e p a r a d a s p o r el
3 p o r ciento, siempre que sea de malla algo gruesa: N ° 20 a p r o x i - ceramista: pasta azul con pasta blanca; o pasta m a r r ó n con pas-
m a d a m e n t e , a fin de obtener puntos negros texturantes. M u - ta blanca contrastante; o gres n e g r o con m a r r ó n o blanco; o
chas arcillas rojas c o n t i e n e n , ya n a t u r a l m e n t e mezclados, p o r - pastas verdosas con blancas. L a mezcla se h a r á a m a n o , super-
centajes de piritas de h i e r r o , en granos visibles a simple vista (2 p o n i e n d o tortas o tajadas de pastas y m e z c l á n d o l a s e n t r e sí para
al 3%). D e s p u é s de la c o c c i ó n , cobran u n color m a r r o n á c e o , obtener veteados y efectos jaspeados; o bien en la m á q u i n a
capaz de t e x t u r a r y otorgar variedad a la pasta. L a m e n t a b l e - trafiladora m a n u a l , para hacer rollos, tubos o planchas, que re-
m e n t e n o es fácil obtener estas arcillas, o bien varia d i c h o conte- sultan así con i n t e r e s a n t í s i m o s electos procesales y fuertes, ya
n i d o y tipo de u n a p a r t i d a a otra. que n o consisten en recursos de superficie, sino que afectan al
Pastas cargadas son aquellas a las que se agrega (al prepa- c u e r p o total de la pieza. Ver en el Diccionario de Cerámica los
rarlas) diferentes rellenos o cargadores, el m á s c o m ú n de los cua- a r t í c u l o s 'Jaspe" (pastas de jaspe), "Basalto" (pastas de basalto),
les es el c h a m ó t e (20 a 35%). Pero t a m b i é n son m u y útiles y "Neriage"; y el A p é n d i c e "Pastas Coloreadas" en el T o m o 4 de
eficaces la arena de g r a n o m e d i a n o , ya sea ella blanca o bien este Curso.
rojiza, s e g ú n el efecto que se busque (15-30%). En C o n d o r h u a s i
cargamos las pastas (de baja o de alta t e m p e r a t u r a ) con adicio- Imágenes t r a n s l ú c i d a s
nes de c a r b u r o de silicio, de malla N ° 2 0 , y en porcentajes eleva-
dos, de hasta u n 50 p o r ciento con respecto al peso total de la Se o b t i e n e n p o r adelgazamiento de la p a r e d de u n a pieza
pasta. Obtenemos a s í texturas negras inigualables. hecha con pasta de porcelana m u y vitrificada, cocida a t e m p e -
O t r o s "cargadores" menos usados, p e r o que precisamente r a t u r a de 1280° C como m í n i m o . Las m á s comunes consisten
p o r ello p e r m i t e n obtener o r i g i n a l i d a d al artista, y que hemos en aplicar granos p e q u e ñ o s de arroz sobre la b a r b o t i n a t o d a v í a
p r o b a d o con excelentes resultados, son la v e r m i c u l i t a , la mica, h ú m e d a de la pieza. En la c o c c i ó n de bizcocho, el a r r o z se que-
la perlita, las cenizas v o l c á n i c a s , lava o p i e d r a P ó m e z . Las pastas ma y desaparece, dejando u n hueco que debe llegar hasta la
de fibra ya han sido estudiadas en El Libro del Ceramista, C a p í t u l o m i t a d del grosor de la p a r e d de la pieza. T a m b i é n se conservan
2, ya sean ellas fibras de n y l o n o naturales (pelo). Otros carga- los detalles, nervaduras, etc., del grano. D e s p u é s del bizcochado
dores de pastas p u e d e n ser colorantes: ellos son diversos m i n e r a - se aplica u n esmalte transparente. D o n d e se halla la h u e l l a de
les, tales como la pirolusita g r a n u l a r ( ó x i d o de manganeso), la u n g r a n o de arroz, u n a vez vitrificada la porcelana y b i e n f u n d i -
i l m e n i t a en granos, las piritas t a m b i é n granulares, la p e r l i t a y d o el esmalte, s e r á perfectamente visible al trasluz la i m a g e n d e l
otras piedras naturales. L a c o n d i c i ó n que deben c u m p l i r tales grano. C o n el m i s m o m é t o d o es posible obtener otros tipos de
minerales es la de n o dilatarse en la c o c c i ó n , de lo c o n t r a r i o las i m á g e n e s , como caras de chinas, etc. Se las hace sencillamente a
piezas se a g r i e t a r í a n o se r a j a r í a n en el h o r n o * . pincel d u r o desbastando sobre la barbotina h ú m e d a . T o d o con-
siste, pues, en l o g r a r u n dibujo rebajado, para adelgazar la pa-
r e d de la porcelana, la que, d o n d e es m á s delgada, l ó g i c a m e n t e
* La vermiculita es uno de los mejores texturadores y cargas de pas- resulta m á s t r a n s l ú c i d a . I m p o s i b l e obtener esto efecto si n o es
tas, usable desde 1000 hasta 1 140° C. En Condorhuasi hemos propiciado
sobre porcelana esmaltada y m u y vitrificada.
y d i f u n d i d o el uso de este tipo de carga desde 1970, al igual que el de la
arena de grano medio. Ver a r t í c u l o respectivo en el Diccionario de Cerámi-
c.a, y T o m o 1 de este Curso Práctico, Cap. 3.

198 199
Arenado

Ladrillos, tejas, etc., p u e d e n texturarse m e d i a n t e la aplica-


c i ó n con aire c o m p r i m i d o de arena fina o mediana, mientras la
pieza se halla t o d a v í a h ú m e d a . Dicho material se adhiere c o n
fuerza a la superficie de la teja, p o r ejemplo, la que, d e s p u é s de
h o r n e a d a , aparece con u n a atractiva t e x t u r a p r o d u c i d a p o r las
p a r t í c u l a s de arena. T o d o tipo de piezas, desde vasos hasta es-
culturas, p o d r í a n texturarse a m a n o con este simple, e c o n ó m i -
co y r ú s t i c o m é t o d o . A l g u n o s han utilizado el arenado a p r e s i ó n
p a r a t e x t u r a r sobre c r u d o o bizcocho esculturas o murales, es-
maltados o no; y n o falta q u i e n usa ese m é t o d o a fin de r e t i r a r
de u n a pieza u n esmalte fracasado.

DECORACIÓN CON B A R B O T I N A

U t i l i z a n d o b a r b o t i n a o pasta s e m i l í q u i d a , es posible deco-


rar y dar color a las piezas, ya que la misma puede ser blanca o
t a m b i é n coloreada. Acerca de c ó m o obtener barbotinas colo-

Plato artísticamente decorado sobre pasta h ú m e d a con delgados cordones de


barbotina, aplicados con perilla o jeringa. U n a vez bizcochado se esmaltó a siete
colores. Julián de la Herrería, paraguayo (1888-1937).

reacias, c o n s ú l t e s e el C a p í t u l o "Engobes" y el A p é n d i c e "Pastas


coloreadas" de esta misma O b r a , d o n d e se h a l l a r á n f ó r m u l a s de
diversos colores. L a barbotina t a m b i é n p u e d e ser p r e p a r a d a
por el ceramista, utilizando las f ó r m u l a s de pastas q u e damos
en el T o m o 1° de este Curso. Conviene usar la m i s m a pasta que
el cuerpo de la pieza sobre la que se d e c o r a r á . Puede c o l o r e á r s e l a
t a m b i é n mediante d e s l e í d o en agua de pasta ya c o m p r a d a , m u y
bien desagrumada, para lo que es conveniente desflocularla (ver
T o m o 1°, "pastas para colada"); luego se a ñ a d i r á los diversos
ó x i d o s colorantes, a v o l u n t a d .
E r r ó n e a m e n t e , en muchas escuelas de c e r á m i c a se deno-
m i n a "engobes" a las barbotinas coloreadas. Estas p u e d e n con-
sistir s i m p l e m e n t e en pasta roja d e s l e í d a en agua, que se aplica
Una sencilla trafiladora manual permite obtener cordones de barbotina o pasta y se b r u ñ e sobre u n a pieza hecha con pasta blanca; o b i e n se las
coloreada para decorar sobre h ú m e d o .

200 201
p u e d e p r e p a r a r con pasta blanca coloreada c o n ó x i d o s m e t á l i -
cos pigmentantes: de h i e r r o para obtener c o l o r a c i ó n rojiza;
manganeso para marrones; cobalto p a r a azules; c r o m o p a r a
v e r d e s . Las b a r b o t i n a s p u e d e n t a m b i é n c o l o r e a r s e c o n
p i g m e n t o s para bajo cubierta, a fin de obtener m a y o r v a r i e d a d
c r o m á t i c a . Lamentablemente, las barbotinas de p o r sí n o son
a d h e r e n t e s , y se descascaran sobre el c u e r p o de la p i e z a
bizcochada, salvo que se las p r e p a r e c o m o hemos i n d i c a d o en el
C a p í t u l o referente a Engobes, en este T o m o , a d i c i o n á n d o l e s
vitrificantes, a n ü p l á s t i c o s y calcinando parte de la arcilla.

Engobes

C o n s ú l t e s e el c a p í t u l o consagrado a la p r e p a r a c i ó n y a p l i -
c a c i ó n de los engobes en este m i s m o T o m o , así como el F o r m u -
lario respectivo. R e l é a s e t a m b i é n lo que hemos dicho allí acerca
de los m é t o d o s d e c o r a t i v o s d e n o m i n a d o s e s g r a f i a d o y
" c h a m p l e v é " ; y lo que se explica en los apartados "bi^uñido de
los engobes", "engobes locales", "engobes coloidales", " t é r r a
sigillata" y t a m b i é n e s t ú c h e s e allí lo que decimos acerca de los
engobes coloreados con pigmentos. N o vale la pena r e p e t i r nue-
vamente lo que ya se e x p l i c ó p o r separado. El engobe, así c o m o
el esmalte, ha sido tratado en C a p í t u l o aparte, dada la i m p o r -
tancia de ambas t é c n i c a s , eme, p o r sí mismas, n o son decorati-
vas, aunque p u e d a n ser tratadas decorativamente.
Su a p l i c a c i ó n decorativa se h a r á c o n pinceleta o con pincel;
con pistola de aire c o m p r i m i d o ; p o r i n m e r s i ó n , b a ñ o , salpica-
do, goteado, manchado, etc., o con u n a plantilla p e r f o r a d a se-
g ú n u n dibujo.

C o r d o n e s c o n e n g o b e s (Siip-trailing) Sobre pasta húmeda se aplicó cordones de barbotina blanca de color contrastante.
Los grafismos devienen significativos. Joan Cots (eximio ceramista catalán).
Esta técnica, m u y empleada en los p a í s e s de habla inglesa
desde hace siglos, consiste en p r e p a r a r u n a pasta de engobe,
m á s o menos fluida, y a p l i c a r l a — m e d i a n t e una perilla de goma, es útil aplicar o insertar en la p u n t a (desmochada) de u n a p e r i -
u n a pipeta, j e r i n g a o m a m a d e r a — de m a n e r a que el trazo de la lla de goma, con aguja para inyecciones (las hay desde m u y grue-
barbotina (engobe) sea delgado como u n c o r d ó n o choricito para sas hasta m u y finas). Estas aplicaciones se h a r á n , al igual que los
decorar tortas de p a s t e l e r í a . Para obtener choricitos angostos, engobes, sobre piezas t o d a v í a h ú m e d a s : si se hallan m u y h ú m e -

203
U n a vez seca la pieza así decorada, se la h o r n e a y luego —
si se desea— se le puede aplicar encima u n a cubierta delgada
de esmalte transparente.
El grosor de los "choricitos" se r e g u l a r á p o r m e d i o - d e la
m e d i d a del pico de la perilla: puede ser desde m u y delgado,
como u n h i l o , hasta m u y grueso, como u n l á p i z . Su relieve o
e l e v a c i ó n con respecto al nivel de la pieza, d e p e n d e r á d e l g r a d o
de vitrificación de la b a r b o t i n a y de su consistencia al aplicarla
( m á s o menos agua). N o se olvide de usar gomas o adhesivos al
p r e p a r a r la barbotina.
T a m b i é n es posible preparar estos cordones coloreando con
pigmentos para bajo cubierta la misma barbotina o pasta usada
p a r a hacer la pieza, a ñ a d i e n d o cierto porcentaje de esmalte
transparente i n c o l o r o para bajo cubierta, el que p e r m i t i r á obte-
ner vitrificación y dureza (10 a 20%).
A d v e r t i m o s que, para que estos cordones n o se agrieten n i
q u i e b r e n al secarse la pieza, n i tampoco d u r a n t e la c o c c i ó n de la
Cordones de engobes vitrificados y esmaltes, con sentido antitradicionalista. pieza, se d e b e r á seguir cualquiera de las f ó r m u l a s que damos
John Maltby
en nuestro F o r m u l a r i o de Engobes (en este m i s m o T o m o ) . N o
hacerlos j a m á s con arcilla p u r a , n i menos con b e n t o n i t a , para
das, la barbotina se p r e p a r a r á m á s fluida (con m á s agua); si se evitar su agrietamiento o d e s p r e n d i m i e n t o p o r e n c o g i m i e n t o
hallan algo m á s secas, la b a r b o t i n a se a p l i c a r á con m a y o r consis- excesivo sobre el c u e r p o de la pieza a la cual se aplican.
tencia (menos agua). El color de la barbotina queda a e l e c c i ó n
del decorador: en nuestro F o r m u l a r i o de engobes h a l l a r á d i -
B a r b o t i n a coloreada para colar
versas f ó r m u l a s . C o n respecto a la aplicación de estos "choricitos"
de pasta s e m i l í q u i d a , r e l é a s e el C a p í t u l o Engobes, d o n d e se t r a -
C u a n d o se trabaje con moldes de yeso, es posible obtener
ta a m p l i a m e n t e el tema. A d v e r t i m o s que estos trazos p u e d e n
piezas coloreadas, en todo su e x t e r i o r o sólo en partes, e m p l e a n -
prepararse con engobes poco vitrificados o, p o r el c o n t r a r i o ,
do b a r b o t i n a de color. Si el m o l d e tiene "relieves" tallados en
m u y vitrificados (casi u n esmalte). Se a j u s t a r á la f ó r m u l a usada
r e h u n d i d o (es decir, si en la pieza colada a p a r e c e r á n relieves),
s e g ú n el resultado obtenido en las primeras pruebas que se haga:
ellos se p u e d e n " p i n t a r " d e n t r o del m o l d e con b a r b o t i n a colo-
a veces se p r o d u c i r á n defectos que siempre es posible c o r r e g i r
siguiendo las instrucciones i m p a r t i d a s en el C a p í t u l o m e n c i o - reada, a pincel, antes de colar. En seguida se cuela c o m o de
nado. costumbre, con barbotina o r d i n a r i a sin colorear y, al desmoldarse
la pieza, se v e r á que la barbotina de color aparece perfectamen-
Este tipo de d e c o r a c i ó n puede aplicarse de acuerdo c o n u n
te a d h e r i d a al relieve. Ambas barbotinas se p r e p a r a r á n de la
d i b u j o convencional, o bien m á s elaborado, s e g ú n los criterios
misma manera, m e j o r a ú n , ú s e s e la misma b a r b o t i n a de base y
con que trabaje el ceramista. T a m b i é n es posible aplicar fechas
c o l o r é e s e una p o r c i ó n (la que se u s a r á p a r a t e ñ i r los relieves)
o leyendas p o r p u n t e a d o con la pasta fluida. S a b i é n d o l a usar, la
s e g ú n el color deseado, de acuerdo con alguna de las f ó r m u l a s
t é c n i c a del " c o r d ó n o choricito de barbotina", puede p r o p o r -
que presentamos en nuestro F o r m u l a r i o de engobes.
cionar satisfacciones al ceramista m á s exigente.

204 20:5
Si se desea obtener una pieza de colada con diferente color entonces su f u n c i ó n puede ser la de separar zonas c o n esmaltes
en toda su parte externa, p r i m e r o se v e r t e r á d e n t r o del m o l d e diferentes y evitar que se e n c i m e n al f u n d i r s e . Para hacer
barbotina coloreada, d e j á n d o l a allí unos pocos minutos. Se hace murales, p o r ejemplo, las cuerdas secas son imprescindibles, ya
salir el sobrante y l u e g o se cuela c o m o de o r d i n a r i o , c o n sea para trazar el dibujo a pincel o bien para separar esmaltes y
b a r b o t i n a c o m ú n . A l desmoldar, la pieza a p a r e c e r á con d i f e r e n - diferenciar zonas coloreadas. A d e m á s , sirven c o m o sombreado
te color en su cara e x t e r i o r e i n t e r n a , el que se a c e n t u a r á , p o r y para ciertos detalles oscuros.
supuesto, en la c o c c i ó n . Por lo general, se la prepara con ó x i d o de manganeso mez-
clado con u n 15-20 p o r ciento de esmalte transparente fijador,
DECORACIÓN SOBRE BIZCOCHO m u y bien mezclado y m o l i d o todo en u n m o r t e r o . El color re-
sultante s e r á n e g r o o p a r d o oscuro. Es posible, sin embargo,
Sobre pastas ya horneadas, es posible decorar s e g ú n diver- p r e p a r a r cuerdas secas con otros colores u t i l i z a n d o p i g m e n t o s
sos m é t o d o s , los que a veces o r n a m e n t a n la pieza y otras sim- o colores para bajo cubierta, o bien otros ó x i d o s m e t á l i c o s :
p l e m e n t e la colorean. c o n s ú l t e s e al respecto el C a p í t u l o 17 de este Curso ( T o m o 2),
d o n d e p r o p o r c i o n a m o s detalles abundantes, y el A p é n d i c e
Óxidos y pigmentos Serigrafía y Revestimientos en el T o m o 4. L o tradicional, sin em-
bargo (y, a la vez, lo m á s e c o n ó m i c o ) , es el emplear u n a c u e r d a
Los ó x i d o s m e t á l i c o s (siempre m u y bien molidos), así c o m o seca negra a base de manganeso. Si se la desea espesa y con
los pigmentos o colores para bajo cubierta, p u e d e n ser aplica- relieve para d e l i m i t a r zonas esmaltadas, entonces se la a p l i c a r á
dos sobre pastas bizcochadas o crudas a f i n de darles color. E n c o n c i e r t o g r o s o r m e z c l a d a c o n aceite d i l u y e n t e d e n s o
todos los casos se los a p l i c a r á previamente mezclados con ade- ( t r e m e n t i n a espesa rebajada eventualmente con u n poco de
cuados porcentajes de esmalte transparente, el que los h a r á f i - a g u a r r á s ) . Si no se la a p l i c a r á con capa m u y gruesa, sino, sim-
jarse a la pasta, de lo c o n t r a r i o se d e s p r e n d e r í a n . Los m é t o d o s plemente, para efectuar letras o contornos, entonces se la apli-
de a p l i c a c i ó n son los ya c o n o c i d o s : a esponja, p i n c e l , p o r c a r á d i l u i d a con una solución de goma a r á b i g a m á s o menos
f r o t a c i ó n , a e r ó g r a f o o p u l v e r i z a d o r , b a ñ o o i n m e r s i ó n , etc. espesa, s e g ú n se desee; o glicerina y agua, para facilitar la ac-
C o n s ú l t e s e el C a p í t u l o 17 del T o m o 2 del Curso, d o n d e nos re- ción del pincel, el que no c o r r e r á fluidamente sobre el bizcocho
ferimos a m p l i a m e n t e al tema*. Ya hemos d i c h o que la c e r á m i c a si se usara solamente agua. Acerca de la solución de goma a r á b i g a
es el arte de los ó x i d o s : se a p l i c a c i ó n es universal (sobre pastas o de la glicerina, c o n s ú l t e s e el C a p í t u l o referente a la a p l i c a c i ó n
crudas pero secas, sobre bizcocho, sobre esmaltes crudos, bajo de los colores para bajo cubierta, en este m i s m o T o m o .
cubierta, para colorear pastas o engobes, para fabricar pigmentos Déjese secar perfectamente la cuerda seca antes de aplicar el
o colores, etc.). esmalte c o n t i g u o : de lo c o n t r a r i o éste se m a n c h a r á de n e g r o al
absorber el agua del esmalte parte del aceite no seco de la cuer-
Cuerda seca da. Si a ú n así se presenta esa falla, se d e b e r á p r e h o r n e a r a 6 0 0 ° C
el trazo hecho a cuerda seca antes de aplicar los esmaltes contiguos.
Consiste en u n trazo realizado a pincel, s e g ú n u n dibujo o Para p r e p a r a r la cuerda seca con ó x i d o de manganeso, no
leyenda, el que sirve a la manera del lápiz en el dibujo: d e l i m i t a es necesario calcinarlo previamente (lo que s í e s necesario cuando
contornos. Si se aplica esta cuerda seca m u y espesa y gruesa, se lo incluye en esmaltes). El esmalte vitrificante o agente fijador
de la cuerda seca, puede ser cualquier esmalte para bajo cubier-
* C o n s ú l t e s e t a m b i é n el c a p í t u l o "Pigmentos C e r á m i c o s " , en este ta ( m e d i o p l o m o ) , que funda a la t e m p e r a t u r a a que se va a
mismo Tomo.

206 207
h o r n e a r (habituahnente 1040° C). Dicha t e m p e r a t u r a p u e d e ser
m e n o r ( 9 0 0 - 9 5 0 ° C), o bien m a y o r (1 100° C). T é n g a s e presente
que el ó x i d o de manganeso se funde a los 1 1 5 0 ° C, p o r l o q u e
no se debe superar dicha t e m p e r a t u r a , a riesgo de que la cuer-
da se vitrifique. Para temperaturas de gres ú s e s e , en vez del
ó x i d o de manganeso, u n p i g m e n t o negro para bajo c u b i e r t a ,
que es u n a mezcla de ó x i d o s resistentes a temperaturas de 1 2 3 0 °
C y m á s t a m b i é n : ver C a p í t u l o "Pigmentos C e r á m i c o s " en este
m i s m o T o m o ( p i g m e n t o negro en el F o r m u l a r i o allí i n c l u i d o ) .
Se lo m e z c l a r á con 30 p o r ciento de esmalte transparente.
L a c u e r d a seca puede t a m b i é n mezclarse con u n esmalte
alcalino, inclusive con una frita alcalina que f u n d a a 8 5 0 ° C. Es

Sobre bizcocho claro, se hace el dibujo a lápiz. Sobre las líneas dibujadas, se
aplica cuerda seca negra para delimitar contornos. Al interior del dibujo, s e d e p o -
Tratamiento con óxido de manganeso sobre pasta de gres. Obra del artista sita esmalte en capa gruesa (no debe burbujear). Se produce un interesante con-
catalán Joan Cots. traste entre zona esmaltada y coloreada, y fondo de bizcocho rústico sin esmaltar.

208
209
esencial que una vez horneada no se salga al pasarle el dedo. polvo, la que, d e s p u é s de lustrada, d a r á a la pieza u n aspecto de
T a m p o c o debe aparecer resquebrajada n i agrietada. Exceso de bronce viejo (aunque falso y e x t r a ñ o al gusto d e l v e r d a d e r o
esmalte (o esmalte m u y fusible) h a r á n que se f u n d a del todo, entendido).
con lo que se a r r u i n a . Esta t é c n i c a y f ó r m u l a fue creada en El b a ñ o g a l v a n o p l á s t i c o , sobre piezas bizcochadas "o b i e n
C o n d o r h u a s i en 1970, y d i f u n d i d a hacia todos los países (ante- esmaltadas, p e r m i t e obtener la fijación ele capas m e t á l i c a s de
r i o r m e n t e h a b í a u n secreto " t a b ú " en t o r n o al m o d o de prepa- cobre, etc., sobre ellas. Dicha capa t e n d r á tanto m a y o r espesor
r a r las cuerdas secas). A n t e r i o r m e n t e se la h a c í a sólo con m a n - cuanto m á s p r o l o n g a d o sea el b a ñ o . Ver en el Diccionario de Ce-
ganeso empastado con t r e m e n t i n a , sin esmalte fijador, con lo rámica el a r t í c u l o "Galvanoplastia".
cual se salía al pasarle el dedo incluso d e s p u é s de horneada. Todas estas p á t i n a s negras metálicas antes descritas sólo tien-
d e n a i m i t a r los t í p i c o s y n a t u r a l e s m a n c h o n e s n e g r o s o
Pátinas metálicas negruzcos p r o p i o s de la cocción a l e ñ a , p o r lo cual siempre son
e s t é t i c a m e n t e falsarias, c o m o t o d a i m i t a c i ó n . Estos sabrosos
En la actualidad, se las obtiene enfrío, para l o g r a r los típi- manchones nosotros los logramos h o r n e a n d o la pieza en el
cos manchones p r o p i o s de la cocción a l e ñ a , sobre r ú s t i c a s vasi- h o r n i t o C o n d o r h u a s i a l e ñ a (ver Tomo 2), para lo cual una vez
jas o tinajones de terracota. Ya que la m o d a tiende hoy hacia la que se ha llegado al final de la cocción (cuando no se echa m á s
c e r á m i c a r ú s t i c a , las imitaciones ciudadanas no desaprovechan combustible) y cuando el h o r n o ya empieza a enfriarse, arroja-
la o p o r t u n i d a d de hacer pasar p o r cocidas en h o r n o a l e ñ a las mos p o r la tobera o agujero superior de la tapa del h o r n o bollitos
piezas horneadas en hornos eléctricos o a gas. de caballo bien secos. Allí d o n d e contacta u n bollito c o n u n a
L o m á s c o m ú n hoy consiste en f r o t a r grafito en p o l v o , parte de la pieza (por supuesto siempre bizcocho, y preferente-
empastado con b e t ú n , grasa o sebo, sobre una pieza de terracota mente rojo), queda indeleble u n hermoso y n a t u r a l m a n c h ó n
bizcochada. U n barniz o laca (con que se mezcla el grafito) per- negro oscuro, que a veces puede ser g r i s á c e o , o negro-gris a la
m i t e su fijación a la pieza. M i s m o efecto es posible l o g r a r frotan- vez. Esta mancha no se b o r r a n i desaparece con el lavado de la
do u n trozo de p l o m o sobre el bizcocho. pieza. Si se arroja d e n t r o del h o r n i t o a l e ñ a u n a c a n t i d a d g r a n -
Mezclando el p o l v o m e t á l i c o o de grafito con una frita m u y de de estiércol de caballo d u r a n t e el e n f r i a m i e n t o (y hasta los
b l a n d a (flux de 5 0 0 - 8 5 0 ° C), y aplicando la llama de u n peque- 6 0 0 ° C), las piezas a p a r e c e r á n enteramente negras y brillantes
ñ o soplete, de refilón para no rajar la pieza, es posible l o g r a r la si f u e r o n b r u ñ i d a s . El b r u ñ i d o resulta mejor sobre pastas rojas
vitrificación del esmalte y, con ello, la fijación d e l m a n c h ó n ne- sin c h a m ó t e . El estiércol ele caballo es mejor que el de vaca, y el
gro. C o n todo, se trata de evitar el uso de llama, que p u e d e de cabra mejor que el de caballo. Si no se consigue e s t i é r c o l ,
p r o d u c i r grietas en el bizcocho. M á s seguro es el m é t o d o de p u e d e usarse a s e r r í n bien seco, en bollos, el que se hace m o j á n -
horno, que describimos a c o n t i n u a c i ó n . dolo y p r e n s á n d o l o hasta que tome consistencia. Se s e c a r á per-
fectamente antes de p o d e r usarse. T a m b i é n p o d r í a arrojarse al
Los ó x i d o s de cobre, cobalto y manganeso, aplicados a p i n -
i n t e r i o r del h o r n o e m p a q u e t á n d o l o con papel y piola, para que
cel o esponja m u y cargados (con capa m u y gruesa) — t a l c o m o
entre fácilmente p o r la tobera. T a p ó n e s e la tobera y todo el h o r n o
se explica en el C a p í t u l o respectivo en el T o m o 2, con u n 15-20
d e s p u é s de echar el material humeante, el que p u e d e renovar-
p o r c i e n t o de esmalte fijador y agua—, t a m b i é n p r o d u c e n
se si la p r i m e r a carga se quema p r o n t o .
manchones negros de aspecto metálico si se los hornea a suficiente
temperatura. Piezas hechas con pasta roja y ya horneadas en h o r n o eléc-
O t r o tipo de p á t i n a m e t á l i c a consiste en aplicar sobre u n a trico o a gas, p u e d e n "mancharse" o ennegrecerse en zonas con
escultura bizcochada u n a laca mezclada con bronce m e t á l i c o en sólo calentarlas a unos 7 0 0 ° C en el h o r n o que se posea, y des-

210 211
pues arrojarlas candentes d e n t r o de u n tacho o recipiente me- rojo. U n a vez seco se lo frotará con u n p a ñ o . Puede o s c u r e c é r s e l o
tálico lleno de a s e r r í n bien seco. Para dicha o p e r a c i ó n se u s a r á a ú n m á s a d i c i o n á n d o l e ó x i d o ele manganeso en polvo o cual-
una tenaza larga de h i e r r o . Se t a p a r á el tacho mientras la pieza quier tinte negro. Por supuesto ciue todas estas falsas p á t i n a s
se halle d e n t r o y salga h u m o . desaparecen si se hornea la pieza a m á s de 2 0 0 ° C. H a y ciuien
Las p á t i n a s con sales m e t á l i c a s son sabrosas y dignas de mezcla cera con b e t ú n .
experimentarse. Las hemos descripto a m p l i a m e n t e en nuestro Resmas vegetales insolubles en agua p u e d e n aplicarse en
l i b r o Hornos Cerámicos, Sexta Parte: "Cocciones volátiles con sa- caliente, sobre el bizcocho, con varias capas, a fin de d a r l e b r i l l o
les m e t á l i c a s " . . Estas p á t i n a s no son íálsas n i artificiales, ya que ( m é t o d o i n d í g e n a ) . Se deja secar cada capa antes de aplicar la otra.
son de fuego. El b a ñ o en leche comunica a las piezas u n a especie de b r u -
ñ i d o , el que se c o m p l e t a r á f r o t a n d o con u n p a ñ o . El aceite de
Falsas pátinas l i n o , aplicado a pincel en capas sucesivas (a intervalos de dos
horas), p e r m i t e obtener superficies brillantes.
Así llamamos a ciertos m é t o d o s decorativos caseros que usan Pinturas comunes, barnices en frío, lacas, colores al ó l e o ,
muchos ceramistas, los que n o son c e r á m i c o s ya que no son p r o - pigmentos a base ele cemento, tintas, etc. no son sino algunos
ducidos p o r la acción del fuego o calor. Con todo, muchas veces de los diversos medios no c e r á m i c o s que se han u t i l i z a d o p a r a
sirven para "salir del a p u r o " cuando no hay t i e m p o para o t r a colorear piezas comerciales de baja calidad.
s o l u c i ó n . Estas p á t i n a s p u e d e n conseguirse p o r m u y diferentes El ensebar una pieza de terracota, es decir, aplicarle varias
medios. El m á s c o m ú n consiste en pasar o frotar b e t ú n o cera capas de sebo d e r r e t i d o en su interior, permite impermeabilizarla
sobre el bizcocho, sobre todo si es rojo: su color se o s c u r e c e r á y cuando ha de contener l í q u i d o s .
t o m a r á u n matiz aceptable. Es posible mezclar la cera con ocre, A u n q u e a veces debamos r e c u r r i r a a l g u n o de estos m é t o -
con ó x i d o de h i e r r o o negro de h u m o para colorearla u oscure- dos para salir del paso, no dejan de ser meras falsificaciones de
cerla. T a m b i é n es posible frotar sobre una pieza bizcochada ja- quien no d o m i n a los infinitos recursos de la t é c n i c a c e r á m i c a
b ó n en polvo seco mezclado con polvo de cuarzo o talco, e m - a u t é n t i c a , obtenidos siempre p o r m e d i o del gran calor.
p l e a n d o u n p a ñ o g r u e s o . En t o d o s los casos, f r ó t e s e
prolongadamente. Nuevas t e n d e n c i a s
El sumergir en té una pieza de pasta roja bizcochada, d u -
rante u n d í a o dos, comunica a la pasta —sobre todo c u a n d o T o d o cambia en la vida y, l ó g i c a m e n t e , t a m b i é n en el arte.
resulta demasiado clara— u n color m á s oscuro m u y atrayente. En la actualidad, c u c e r á m i c a de arte, especialmente en escul-
Si se hierve la pieza en t é , el efecto s e r á m u y eficaz. t u r a y m u r a l , se hace a m p l i o uso de pinturas post cocción, es decir,
T a m b i é n p u e d e oscurecerse el c o l o r de u n a pasta ya de colorantes que no van al h o r n o . Así se presenta la pieza para
bizcochada a p l i c á n d o l e una solución oscurececlora p r e p a r a d a su e x p o s i c i ó n . Este uso ele p i n t u r a s en frío posee connotaciones
mezclando una cucharadita de té de á c i d o p i r o g á l i c o (pirogallol) de c a r á c t e r conexptual, y tiende a desmitificar o desacralizar la
en poco m á s de m e d i o l i t r o de agua. A l cabo de unas horas, se técnica c e r á m i c a , aherrojada d u r a n t e siglos p o r viejos ceramistas
completa una r e a c c i ó n q u í m i c a que p r o d u c e como resultado excesivamente c e ñ i d o s a la t r a d i c i ó n y a las "normas". N o se
u n color oscuro sobre la pieza. P r o t é j a n s e las manos del contac- puede p r e t e n d e r i m p o n e r una d o g m á t i c a al arte, y menos al
to con el á c i d o . nuestro, tan abierto a las infinitas posibilidades que p e r m i t e la
El b e t ú n de J u d e a disuelto en gasolina o querosene es t a m - moderna tecnología (fotografía cerámica; fototropismo;
b i é n u n b u e n oscurecedor, sobre todo aplicado sobre bizcocho serigrafía; galvanoplastia; t e r m o l u m i n i s c e n c i a , etc.).

212 213
(
(

( Dichas "pinturas post c o c c i ó n " son las h a b i t u a l m e n t e usa-


das p o r los pintores, de caballete o de b r o c h a gorda: desde p i n -
turas al ó l e o y acrílicas, hasta barnices y pinturas de pared. G r a n -
des esculturas se ven en famosos salones así "pintadas", y ello
nos parece una interesante aventura positiva, c o m o lo es t o d o
lo n u e v o , tenga o no f u t u r a a c e p t a c i ó n . Por o t r a parte, la " p i n -
t u r a post cocción", es decir, en frío, aplicada d e s p u é s que la pie-
^ za se h o r n e ó , fue a m p l i a m e n t e usada p o r todas las culturas i n -
d í g e n a s americanas: mexicanas, peruanas, etc. L a c e r á m i c a es
a m p l i a e infinita, c o m o la vida misma, y nada n i nadie puede n i
debe e m b r e t a r l a d e n t r o de límites a p r i o r í s t i c o s , los que, siem-
pre, tienen una base represivista, que rechaza el cambio en todo,
en el arte y en la sociedad.
L a p i n t u r a en frío, mientras no m i e n t a n i p r e t e n d a hacer-
se pasar p o r t é c n i c a de c o c c i ó n , es noble en sí misma. L o i n n o -
ble en arte (y en la vida) es cualquier t é c n i c a mendaz, esto es,
mentirosa, como lo son aquellos recursos que buscan hacerse Gran plato decorado al estilo mayólica. Sobre la capa del esmalte claro de f o n d o
pasar p o r c e r á m i c o s (de fuego). Tal es el caso, p o r ejemplo, de (todavía sin hornear), se aplica colores para bajo cubierta, en este caso según
artesanos que aplican sebo, resinas y goma laca en la superficie diseños gestuales y procesales, J . Gustin
de las piezas, que d e s p u é s b r u ñ e n intensamente a cada capa.
Ello n o es malo en sí m i s m o , a c o n d i c i ó n de n o ser mendaz.

( DECORACIÓN CON ESMALTES

* Si bien el esmalte (así c o n t ó el engobe) no constituye de p o r


sí u n a t é c n i c a decorativa, tal c o m o ya se e x p l i c ó perfectamente,
es posible decorar con esmaltes y, p o r cierto, s e g ú n una g r a n
d i v e r s i d a d de m é t o d o s y técnicas combinables entre sí.
(
( S o b r e esmalte c r u d o - s e c o (mayólica)*

U n a vez que se ha aplicado la capa de esmalte sobre la pie-


za o baldosa, y c u a n d o dicha capa se halle perfectamente seca,

t
i * Al hablar de esmalte crudo-seco nos referimos al esmalte ya aplica-
do sobre la pieza pero una vez seco y sin haberlo horneado todavía (no nos
referimos en este caso a los esmaltes crudos en c o n t r a p o s i c i ó n con los Aplicando colores para bajo cubierta sobre la capa de un esmalte t o d a v í a sin
fritados). hornear (mayólica). Mural de J . Gustin

215
214
(

(
es posible decorar sobre ella aplicando a pincel ó x i d o s o colores
p a r a bajo cubierta. Esta t é c n i c a fue a m p l i a m e n t e utilizada d u -
rante el Renacimiento para la d e c o r a c i ó n de platos y vasijas, y
t a m b i é n para o r n a m e n t a r los famosos azulejos de mayólica. Por
lo general se decoraba sobre esmaltes de e s t a ñ o (blancos b r i -
llantes), u t i l i z a n d o ó x i d o de cobalto disuelto en agua: de allí el
n o m b r e de "azulejos" (el cobalto p r o d u c e colores azules). De
m a n e r a que solamente se debe l l a m a r " m a y ó l i c a " a una baldosa
decorada sobre esmalte crudo-seco; j a m á s s e r í a lícito aplicar ese
h o n r o s o n o m b r e a u n a simple baldosa decorada con colores de
d e c o r a c i ó n sobre cubierta ( 7 5 0 ° C) o con esmaltes sobre bizco-
cho rojo, como suele hacerse hoy.
Esta técnica, a m p l i a m e n t e d i f u n d i d a d u r a n t e el Renaci-
m i e n t o italiano, es de i n d u d a b l e o r i g e n árabe, ya que su foco de
i r r a d i a c i ó n hacia E u r o p a se hallaba en los talleres que los alfa-
reros á r a b e s t e n í a n instalados en M a l l o r c a (de allí su n o m b r e ) .
Los á r a b e s a p o r t a r o n a E s p a ñ a lo m á s sabroso y o r i g i n a l de su
c u l t u r a : la c e r á m i c a , la a r q u i t e c t u r a , la i n g e n i e r í a , la m e d i c i n a ,
la filosofía, la m a t e m á t i c a (los n ú m e r o s a r á b i g o s ) , la u r b a n í s t i c a ,
la a s t r o n o m í a , la q u í m i c a , etc. Y sobre t o d o u n m o d o de v i d a
tolerante, basado en el placer y n o en la r e p r e s i ó n . Recuperar y
Plato decorado con la técnica de mayólica, a seis colores sobre la c a p a del e s m a l -
r e a s u m i r esa c u l t u r a es el i m p e r a t i v o que sienten hoy todas las te todavía sin hornear. A ñ o 1520. Atribuido a un pintor italiano llamado "Jacopo".
personas cultas y desprejuiciadas.
En u n museo de L o n d r e s se g u a r d a u n famoso plato de
m a y ó l i c a fabricado en Italia a l r e d e d o r de ;1520, en el que apa-
f u n d e p o r c o m p l e t o en el seno del segundo. D i c h a c o m p e -
rece representado u n decorador o p i n t o r realizando el r e t r a t o
n e t r a c i ó n m u t u a entre esmalte y color h a r á que la superficie n o
de una pareja sobre u n pato de c e r á m i c a . Los clientes e s t á n
se pueda rayar p o r el uso o lavado, como sucede a m e n u d o c o n
sentados ante el artista, q u i e n , mientras trabaja, apoya el p l a t o
sobre la rodilla cubierta p o r u n delantal. Los colores o pigmentos los colores para sobre cubierta. A d e m á s , sabiendo sacar p a r t i d o
(seis) los guarda en u n a especie de tacitas o platitos hondos, que del notable efecto que se obtiene s e g ú n esta t é c n i c a , es posible
se h a l l a n sobre u n b a n q u i t o , cada u n o c o n su respectivo pincel. realizar piezas de elevado nivel artístico, con u n sabor g e n u i n o
El d e c o r a d o r confecciona el retrato de los clientes a la vista de y vital.
ellos (recordemos que p o r entonces n o se c o n o c í a la fotografía). Los pigmentos que se u s a r á s e r á n o bien colores p a r a bajo
Los colores empleados son ó x i d o s : azul ( ó x i d o de cobalto), ver- cubierta o bien ó x i d o s m e t á l i c o s , aunque son preferibles los co-
de ( ó x i d o de cobre), naranja ( a n t i m o n i a t o de p l o m o ) , a m a r i l l o lores ya que son m á s puros, se hallan mejor m o l i d o s y la paleta
( ó x i d o de a n t i m o n i o ) , rojizo (calcina de h i e r r o ) y n e g r o (calcina es m á s a m p l i a . A d e m á s , si se desea r e p e t i r un m i s m o matiz, el
de cobalto, h i e r r o , manganeso y cobre). color para bajo c u b i e r t a p r e s e n t a r á casi s i e m p r e constancia
c r o m á t i c a , mientras que el ó x i d o v a r í a c o n las partidas.
El "efecto m a y ó l i c a " se debe a la í n t i m a c o m p e n e t r a c i ó n
entre color y esmalte, ya que, al hornearse j u n t o s , el p r i m e r o se

21(5 217
Los pinceles s e r á n los mismos que se utiliza para d e c o r a r el dibujo penetra demasiado y el decorado puede desdibujarse
bajo cubierta: d e b e r á n ser suaves p a r a no d a ñ a r o escoriar el o aparecer c o m o q u e b r a d o (lo que a veces puede ser u n efecto
esmalte c r u d o sobre el que se decora. Si se decora sobre u n voluntario).
esmalte crudo-seco m u y p u l v e r u l e n t o , es decir, que se desme- Para el esmalte de m a y ó l i c a , la base alcalina r e s u l t a r á m á s
nuza c o m o lanilla al secar, la pincelada no r e s u l t a r á f i r m e y el blanca, mientras que la p l ú m b i c a a p a r e c e r á u n poco a m a r i l l e n -
esmalte se p e r j u d i c a r á . Conviene siempre, para evitar ese de- ta. P r u é b e s e c o n ambas, ya que algunos colores se alteran s e g ú n
fecto, a ñ a d i r suficiente c a n t i d a d de goma a r á b i g a o C . M . C . al la c o m p o s i c i ó n q u í m i c a de la base. A la base se le a g r e g a r á u n
esmalte ( d u r a n t e su p r e p a r a c i ó n ) de m a n e r a que, al secarse, la 12-14% de ó x i d o de e s t a ñ o calcinado ( p u r o , no del a d u l t e r a d o ,
capa resulte d u r a y no se desprenda al contacto del pincel. C o n que se vende hoy). Resulta t a m b i é n u n m u y b u e n semimate si
respecto a los porcentajes de g o m a u otros adhesivos que se se lo opacifica con 7% de ó x i d o de e s t a ñ o calcinado m á s o t r o 7%
a g r e g a r á n al esmalte, c o n s ú l t e s e el C a p í t u l o 13 del Tomo 2 de de ó x i d o de titanio. El efecto de m a y ó l i c a resulta a s í c o n menos
esta O b r a . E n general, para l o g r a r una superficie d u r a c o m o b r i l l o , aunque terso y con b u e n destaque de color si la base v i -
para dibujar a p i n c e l sobre ella, se a g r e g a r á toda la g o m a que el trea es blanca, c o m o lo son los esmaltes a l c a l i n o - b o r á c i c o s . N o
esmalte tolere. Si la capa de esmalte es demasiado absorbente, recomendamos usar esmaltes comprados para decorar m a y ó l i c a ,
el pincel se s e c a r á m u y r á p i d a m e n t e y no c o r r e r á con la debida
fluidez, cosa necesaria en este tipo de d e c o r a c i ó n , en que lo
esencial es el trazo r á p i d o , firme y seguro, sin repasar. Se p u e d e ESMALTES PARA M A Y Ó L I C A (1040° C)
h u m e d e c e r levemente la superficie del esmalte antes de deco- Blanco Levemente a m a r i l l e n t o
rar, aplicando agua con u n poco de goma mediante u n rociador, minio 46,100 minio 42
a fin de d i s m i n u i r esa a b s o r c i ó n excesiva cuando se presenta, cuarzo 33,290 feldespato 25,8
a u n q u e , generalmente con agregar goma al p r e p a r a r el esmal- bórax anhidro 11 óx. e s t a ñ o 12,4
carb. calcio calcinado 5,800 arcilla blanca 8,5
te se e l i m i n a este p r o b l e m a . Por otra parte, si los colores se a p l i -
arcilla blanca 10 óx. cinc 3,6
can con exceso de h u m e d a d en el pincel, el trazo no r e s u l t a r á
óx. e s t a ñ o 14 cuarzo 2,2
n í t i d o y el dibujo se c o r r e r á . U n exceso de goma en el esmalte,
p o d r í a p r o d u c i r u n b u r b u j e o en el m i s m o . Se debe c o m b i n a r Nota: Los esmaltes de p l o m o - e s t a ñ o burbujean si se los aplica con capa
una correcta p r e p a r a c i ó n y a p l i c a c i ó n del esmalte y del color gruesa, con exceso de agua; si se los hornea h ú m e d o s o muy r á p i d a m e n t e ;
p a r a obtener buenos resultados (la p r á c t i c a lo es todo). A d e - si el e s l a ñ o es i m p u r o o no calcinado. Fritados ofrecen menos peligro.
m á s , si se h u m e d e c e excesivamente el esmalte seco, é s t e se
descascarará.
ya que esos blancos e s t á n opacilicados con circonio, p o r lo que
Recomendamos utilizar u n esmalte blanco opaco b r i l l a n t e resultan con u n b r i l l o excesivo, r e l a m i d o . En E s p a ñ a es c o m ú n
a base de e s t a ñ o para decorar s e g ú n esta t é c n i c a (los blancos de usar esmaltes p l ú m b i c o s para m a y ó l i c a , los que si son de alto
c i r c o n i o no son aptos para obtener efectos artísticos). Resultan p l o m o resultan de color crema y no blancos. A d e m á s , la a u t é n -
m u y bien aplicados a compresor (si no contienen m i n i o ) , que tica t r a d i c i ó n á r a b e consistía en usar esmaltes a l c a l i n o - b o r á c i c o s
no debe sopletearse dada su t o x i c i d a d . para decorar m a y ó l i c a : esos esmaltes no son tóxicos y n o p r e -
Si se hornea a t e m p e r a t u r a algo i n f e r i o r a la ó p t i m a p a r a la sentan la tendencia al burbujeo p r o p i a de los esmaltes de p l o -
m a d u r e z del esmalte de base, el color q u e d a r á c o m o en la su- m o - e s t a ñ o . C o n todo, u n poco de ó x i d o de p l o m o p u e d e mejo-
perficie, sin c o m p e n e t r a c i ó n con el esmalte, ya que n o lo " m o r - rar el color, c u a n d o se trabaja con pigmentos variados, p e r o a
d e r á " y no p e n e t r a r á en él. Por el c o n t r a r i o , si se lo sobrehornea,

218 219
c o n d i c i ó n de que el esmalte sea p r e d o m i n a n t e m e n t e alcalino- y se i n d e p e n d i z a r a del trabajo artesanal de taller, c o n v i r t i é n d o -
b o r á c i c o , y — l o esencial— bien blanco d e s p u é s de h o r n e a d o . se en arte de caballete, retrato o alabanza, dedicada al servicio
Los esmaltes hechos con m i n i o c r u d o n o deben sopletearse exclusivo de las clases dominantes. Por ello r e c o m e n d a m o s v i -
j a m á s , d e b i d o a su t o x i c i d a d (saturnismo). Se los a p l i c a r á a vamente al lector el observar y tratar de c o m p r e n d e r la decora-
pinceleta o p o r i n m e r s i ó n . c i ó n r e n a c e n t í s t i c a sobre m a y ó l i c a . Esa o b s e r v a c i ó n d i r e c t a es
E n el Manual ele Esmaltes Cerámicos, T o m o 2, C a p í t u l o 10, insustituible para sentir la m a y ó l i c a ; n o bastan las palabras.
presentamos dos esmaltes (Base " M o r o " y Base "Arabe"), idea- En p r i m e r l u g a r veremos que casi siempre representaban
íes para obtener el m i s m o efecto n a t u r a l p r o p i o de la m a y ó l i c a escenas e x t r a í d a s de la vida misma, con la que se hallaban i n t e -
á r a b e e s p a ñ o l a de siglos pasados. A m b o s son crudos ( a u n q u e grados e s p o n t á n e a m e n t e (sin necesidad de psicoanalistas); o bien
t a m b i é n p u e d e n fritarse) y se los aplica f á c i l m e n t e disueltos en o r n a m e n t a b a n de acuerdo con tradiciones populares consagra-
s o l u c i ó n de C M C o bien con alcohol m e t í l i c o . En el C a p í t u l o 9 das p o r el uso y apreciadas p o r el cliente ( m u t u a i n t e g r a c i ó n
de ese m i s m o T o m o se habla de "esmaltes de m a y ó l i c a " en espe- con el m e d i o que el i n d i v i d u a l i s m o y la esquizofrenia m o d e r n a s
cial. n o p u e d e n aceptar). L u e g o se o b s e r v a r á t a m b i é n el uso y trata-
El esmalte de base para m a y ó l i c a p o d r í a ser cualquier es- m i e n t o de los colores. Estos e r a n pocos, n o m á s de seis, a veces
malte transparente i n c o l o r o p l ú m b i c o , o t a m b i é n alcalino, o u n a sólo tres. D a d o que esta t é c n i c a decorativa es similar a la acua-
mezcla de ambos p o r mitades, opacificando con 14% de ó x i d o rela, es posible efectuar superposiciones de colores diferentes o
de e s t a ñ o calcinado. C o n alto p l o m o los colores resultan m e j o r esfumados, cosa que no es posible en la d e c o r a c i ó n bajo cubier-
pero el esmalte de f o n d o resulta levemente a m a r i l l e n t o . Los ta. El d i b u j o se p u e d e trasladar al esmalte crudo-seco e m p l e a n -
esmaltes alcalinos son m u y blancos. Puede usarse esmaltes co- d o u n a especie de tinta rojiza obtenida mezclando m i n i o con
merciales de c i r c o n i o (blancos brillantes), aunque el efecto n o agua ( m u y d e s l e í d o ) . Dado que el m i n i o se funde j u n t o con el
es tan sobrio como con e s t a ñ o . Para decorar con azul (cobalto) esmalte, no q u e d a r á n marcas n i rastros de su color r o j i z o des-
es p r e f e r i b l e u n a base m u y blanca, sin b r i l l o excesivo. L a p u é s de la c o c c i ó n . P r i m e r o se a p l i c a r á n los tonos claros, y des-
o p a c i í l c a c i ó n p u e d e hacerse t a m b i é n con 10% de e s t a ñ o m á s p u é s los m á s oscuros. Las zonas iluminadas se c o l o r e a r á n con
4% de ó x i d o de titanio. Nuestras bases p l ú m b i c a y alcalina se tonalidades claras y p o r lo general se las s i t ú a a la i z q u i e r d a (del
prestan para m a y ó l i c a , opacificadas con 14% de e s t a ñ o o c o n observador); mientras que los sombreados se ubican a la dere-
e s t a ñ o y titanio. cha de los objetos. A l oscurecer u n color, p r i m e r o se a p l i c a r á el
A f í n de endurecer la p e l í c u l a del esmalte no horneado antes m á s claro y luego se s u p e r p o n d r á n los tonos m á s oscuros. A l
de decorar, t a m b i é n se p o d r í a agregar al esmalte, en vez de cargar el pincel con m á s color u ó x i d o , el m i s m o c o l o r se oscu-
gomas, u n 5% de arcilla en polvo m á s u n 1% de silicato de sodio. rece, así como al pasar una segunda m a n o sobre u n a m i s m a
Se mezcla b i e n en u n m o r t e r o la arcilla con el silicato y luego se pincelada. C o n todo, es preferible n o repasar. Las escenas figu-
vierte todo en el esmalte mientras se lo prepara. R e v u é l v a s e rativas, así como los ornamentos g e o m é t r i c o s o estilizaciones
m u y p r o l o n g a d a m e n t e para que el silicato se mezcle perfecta- ornamentales, se encierran en registros o zonas que general-
mente con el c o n j u n t o . mente son circulares o rectangulares.
En tiempos del Renacimiento italiano, los m á s grandes p i n - El arabesco se utiliza para bordes de platos, orlas, etc., m i e n -
tores y escultores n o d e s d e ñ a b a n t r a b a j a r c o n m a t e r i a l e s tras que el filete d e l i m i t a ornamentos en vasijas cilindricas (re-
c e r á m i c o s , ya que p o r entonces el arte que se practicaba era gistros horizontales). El decorador e x p e r i m e n t a d o p o d r á , sin
t o d a v í a de taller, a u t é n t i c o y sincero. Posteriormente, definidas embargo, utilizar su p r o p i a t é c n i c a de trabajo, d e s c u b r i r á n u e -
causas e c o n ó m i c a s y sociales h i c i e r o n que la p i n t u r a se separara vos p r o c e d i m i e n t o s , efectos i n é d i t o s , tonos originales obtenidos

220 221
tar ese defecto conviene mezclar el color con u n poco de esmal-
m e d i a n t e superposiciones (jamás mezclando los colores antes
te transparente de la misma base del esmalte de la m a y ó l i c a
de aplicarlos) o u t i l i z a n d o los p r i n c i p i o s de la m o d e r n a c o m p o -
(5%) o bien aplicar u n a leve capa de ese m i s m o esmalte transpa-
sición y t e o r í a de los colores. T é n g a s e siempre presente que el
rente con c o m p r e s o r y pistola sobre todo el trabajo c u a n d o e s t é
color n o se ve antes de la cocción: sólo d e s p u é s de h o r n e a d o
t e r m i n a d o . El esmalte al que nos referimos es la m i s m a base
desarrolla su matiz, valor e intensidad, de m a n e r a que el n i v e l
usada p e r o sin e s t a ñ o . El color queda así en "sandwich" entre
de trabajo es i n t u i t i v o y mediatizado (requiere experiencia y
dos esmaltes, y el efecto es notable. T a m b i é n p o d r í a sopletearse
trabajo para saber de antemano q u é color r e s u l t a r á ) , n o tan
u n a capa muy fina de cualquier esmalte usual p a r a bajo cubier-
visual e i n m e d i a t o c o m o la acuarela o el ó l e o . L a t é c n i c a de
ta. N o sopletear j a m á s esmaltes que c o n t e n g a n m i n i o c r u d o ,
trabajo puede basarse en pinceladas, grandes o p e q u e ñ a s , en
d e b i d o a su t o x i c i d a d .
d i m i n u t o s trazos entrecruzados, en manchas o puntos de color.
Los contornos se r e a l i z a r á n abase de calcina o p i g m e n t o n e g r o ,
o b i e n con cuerda seca de manganeso m u y bien m o l i d o . El c o n - C a o l í n e s p e s o s o b r e esmalte
t o r n o p o d r í a eliminarse c u a n d o se logre g r a n d o m i n i o de la
t é c n i c a . Los fondos casi siempre son blancos (el m i s m o esmalte Los antiguos chinos utilizaban v o l u n t a r i a m e n t e p a r a deco-
a c t ú a como f o n d o u n i f o r m e ) ; aunque en algunos casos se ob- r a r sobre esmaltes el defecto descrito en el p á r r a f o a n t e r i o r (co-
servan fondos azules, cuyas pinceladas se destacan (no se disi- lores poco f u n d i d o s ) . Para ello realizaban dibujos u o r n a m e n -
mulan). tos sobre esmalte crudo-seco simplemente con c a o l í n disuelto
en agua. D u r a n t e la cocción el esmalte se f u n d i r á p e r o el c a o l í n
Las cubiertas italianas de e s t a ñ o del Renacimiento y é p o -
no, el que q u e d a r á s u p e r n a d a n d o sobre la superficie d e l esmal-
cas posteriores eran p l ú m b i c a s , a base de m i n i o , arena y arcilla,
te con u n aspecto mate o rugoso m u y o r i g i n a l . Este efecto p u e -
a l o que se a ñ a d í a opacificante ( e s t a ñ o ) . Por lo tanto, el esmalte
de lograrse t a m b i é n con cualquier ó x i d o m e t á l i c o , con ocre, c o n
resultante n o era blanco, sino m á s o menos de color crema. Las
arcilla o con colores para bajo cubierta. N o se los m e z c l a r á con
cubiertas p u r a m e n t e alcalinas (no tóxicas) aparecen en E u r o p a
agente fijador precisamente para que no se f u n d a n . El espesor
m u c h o d e s p u é s , al generalizarse las fritas. Pero los p r i m e r o s
o grosor de capa c o n que se los a p l i c a r á i n f l u i r á decisivamente
esmaltes á r a b e s p a r a m a y ó l i c a fueron a l c a l i n o - b o r á c i c o s , p a r a
sobre el efecto final. Conviene aplicarlos bastante gruesos, a p i n -
q u e resultaran blancos, y nacieron c o m o u n i n t e n t o de i m i t a r la
cel y con poca agua (espesos). Puede trazarse tanto l í n e a s c o m o
b l a n c u r a de la porcelana china, que ellos c o n o c í a n m u y bien a
zonas enteras.
t r a v é s de la " r u t a de la seda". Por supuesto que la c u b i e r t a de
m a y ó l i c a era opaca p e r o con cierto b r i l l o superficial (semimate). Esta t é c n i c a se presta especialmente para murales o piezas
artísticas. Se debe buscar colores de f o n d o que contrasten c o n
C u a n d o haya que b o r r a r (cosa siempre indeseable en esta
el blanco o crema del c a o l í n . Por ejemplo u n m u r a l c o n esmalte
t é c n i c a ) , se puede raspar m u y suavemente el color aplicado con
r o j o opaco queda m u y bien con dibujos negros y zonas blancas
u n pincel blando y seco, una vez que el color se haya secado
o cremas con caolín espeso. Se obtiene con este m é t o d o simple
b i e n . U n raspador de p u n t a , t a m b i é n p o d r í a p e r m i t i r q u i t a r o
y gratificante m u y buenos efectos e s p o n t á n e o s de cuarteaduras
rayar u n color. S i e m p r e se t e n d r á g r a n c u i d a d o para n o d a ñ a r
del c a o l í n , amenazas de descascaramiento, relieves, realces, etc.
la capa de esmalte. Si esto sucede, se p o d r á " r e m e n d a r " con u n
poco del m i s m o esmalte.
S o b r e esmalte p r e h o r n e a d o (mayólica)
En algunos platos antiguos de m a y ó l i c a de Talavera, p o r
ejemplo, se observan ciertos colores poco f u n d i d o s con respec-
Facilita m u c h o el trabajo del decorador sobre m a y ó l i c a si
to a otros aplicados en el m i s m o plato. Ello se debe a su m a y o r
refractariedad y espesor de capa, o a poca m o l i e n d a . Para e v i -

222 223
p r e h o r n e a a unos 7 0 0 - 7 5 0 ° C el esmalte de base sobre el que p l e m e n t e se u s a r á u n a barbotina coloreada o engobe, que desarro-
a p l i c a r á los colores. D i c h o esmalte q u e d a r á así e n d u r e c i d o y lle el color deseado y que no se cuartee al secarse. Para ello
firme, de manera que el pincel p o d r á deslizarse sobre u n a su- recomendamos utilizar cualquiera de las f ó r m u l a s que presen-
perficie endurecida, no blanda corno c u a n d o no se p r e h o r n e a . tamos en nuestro F o r m u l a r i o de engobes (en este m i s m o T o m o ) .
Esta técnica es similar a la a n t e r i o r (tipo acuarela), salvo en Si se desea obtener otros matices, puede utilizarse p i g m e n t o s o
lo referente a la a b s o r c i ó n del esmalte de base, que es m u y poca. colores para bajo cubierta, mezclados con base de engobe ( p o r
Y en que n o es posible raspar o b o r r a r u n color, ya que el esmal- ejemplo, p r e p á r e s e una base compuesta p o r u n 70% de arcilla
te de base se ha e n d u r e c i d o con el p r e h o r n e a d o (sinterizado). blanca en polvo, 15% de cuarzo y, eventualmente, u n 10% de
N o se debe llegar a la t e m p e r a t u r a de b u r b u j e o del esmalte de carbonato de calcio calcinado). P r u é b e s e c u á l e s colores a d m i -
base d u r a n t e el p r e h o r n e a d o , ya que esas burbujas i m p e d i r á n ten la presencia de calcio, es decir, si desarrollan m e j o r color
la a c c i ó n del pincel y el trabajo se a r r u i n a r á . Basta con que la con ese material o sin él en la f ó r m u l a . A l g u n o s p i g m e n t o s re-
superficie del esmalte se endurezca, lo que d e p e n d e de» su s u l t a r á n m e j o r ( d e s p u é s de la c o c c i ó n ) con cuarzo solamente en
fusibilidad. A veces, s e r á suficiente u n p r e h o r n e a d o a 7 2 0 ° C. la f ó r m u l a — a d e m á s , p o r supuesto, de la arcilla—. O t r o s , me-
Para facilitar la fusión de los colores aplicados sobre el es- j o r a r á n con calcio; otros, p o r el c o n t r a r i o , se p e r j u d i c a r á n c o n
malte p r e h o r n e a d o , se p o d r í a sopletear u n a capa m u y delgada este material. Es preciso efectuar pruebas. Si el empaste se agrieta
del esmalte de base (pero sin e s t a ñ o ) sobre los colores ya secos. al secarse, o d e s p u é s del h o r n e a d o , ello se d e b e r á a q u e ha sido
Sobre el esmalte p r e h o r n e a d o y sinterizado es posible de- aplicado con capa demasiado gruesa. A u m é n t e s e el porcentaje
corar t a m b i é n con pastel c e r á m i c o . Acerca de su p r e p a r a c i ó n de cuarzo o i n t r o d ú z c a s e parte de la arcilla calcinada (es decir,
en f o r m a de lápices (crayons), c o n s ú l t e s e el C a p í t u l o referente calcínese parte de la arcilla en polvo antes de usarse). C o n s ú l t e s e
a la d e c o r a c i ó n bajo c u b i e r t a en este mismo T o m o . el C a p í t u l o referente a Engobes y sus defectos en este m i s m o
Antes de h o r n e a r la pieza decorada, se la d e j a r á secar per- Tomo.
fectamente al abrigo del polvo. L a t e m p e r a t u r a de cocción s e r á Se r e c o m i e n d a aplicar u n a delgada capa de esmalte trans-
la del esmalte de base: generalmente entre los 10-20-1040° C. Si parente (de la m i s m a base usada p e r o sin e s t a ñ o ) sobre el deco-
la t e m p e r a t u r a del h o r n e a d o es mayor, los colores se f u n d i r á n r a d o realizado, una vez que se haya secado, lo que facilitará su
m e j o r con el esmalte y p e n e t r a r á n m á s en él. De lo c o n t r a r i o , fijación. A d e m á s , c o n v i e n e mezclar s i e m p r e estos colores al
q u e d a r á n en la superficie. empaste, al prepararlos, con u n 10% del m i s m o esmalte que se
utilizó para p r e p a r a r la base, p e r o sin e s t a ñ o (base p l ú m b i c a
E m p a s t e sobre m a y ó l i c a p r e h o r n e a d a p o r l o general).

L a d e c o r a c i ó n al empaste se realiza sobre u n esmalte blanco "Sandwich"


de e s t a ñ o , ya p r e h o r n e a d o o e n d u r e c i d o a unos 7 5 0 ° C, s e g ú n
se i n d i c ó en el apartado anterior. Su t é c n i c a es similar a la del En muchas baldosas decoradas italianas actuales (de supe-
ó l e o . Los colores que se u s a r á para decorar s e g ú n este m é t o d o r i o r calidad), se observa que se a p l i c ó sobre el bizcocho de gres
son los pigmentos usuales para bajo cubierta (en porcentajes u n esmalte blanco opaco, sobre el cual (estando c r u d o p e r o seco
del 5 al 10%), u ocasionalmente t a m b i é n ó x i d o s m e t á l i c o s , p e r o el esmalte) se ha decorado d e s p u é s con ó x i d o s m e t á l i c o s o car-
empastados en u n m e d i o o v e h í c u l o viscoso que tarde en secar- bonates disueltos en agua (de manganeso, cobre, cobalto). So-
se, y de consistencia similar a la del ó l e o . Sólo que no se p o d r á bre d i c h o decorado ya t e r m i n a d o se ha sopleteado d e s p u é s una
usar aceites n i gomas, los que h a r í a n b u r b u j e a r el esmalte. S i m - capa de esmalte transparente p l ú m b i c o , para bajo cubierta, el

224 225
que recubre toda la baldosa d a n d o así p r o f u n d i d a d al color y
m á s c u e r p o al dibujo, el que queda i n c o r p o r a d o al seno del
esmalte. Se evita así el feo efecto de superficialidad q u e presen-
tan las rutinarias baldosas decoradas de hoy (de sobrecubierta o
con ñ o ñ o s dibujitos a perilla de goma, siempre iguales y r e p e t i -
dos hasta lo insoportable).

Relieves c o n esmaltes

U t i l i z a n d o adecuados esmaltes, es posible aplicar relieves


sobre piezas, en f o r m a de ornamentos, fiorituras, orlas, p u n t o s ,
etc. Estos relieves hechos con esmaltes son m u y apreciados ya
que no resulta fácil realizarlos. A veces se los c o n f u n d e c o n re-
lieves similares hechos con barbotina sobre pasta c r u d a - h ú m e -
da. Pero en este ú l t i m o caso aparecen recubiertos — t a n t o el
relieve c o m o el resto de la pieza— p o r u n m i s m o esmalte o cu-
bierta transparente. C u a n d o se trata de verdaderos relieves con
esmaltes, su a u t e n t i c i d a d se nota en que dichos relieves e s t á n
confeccionados con esmaltes de colores diferentes d e l fondo y
sin cubierta sobrepuesta. Dicho fondo a veces es la pasta m i s m a
de la pieza, coloreada previamente. Otras veces es u n esmalte
de base de t e m p e r a t u r a m u c h o m á s elevada que la del esmalte
con que se r e a l i z ó el relieve (en este caso p r i m e r o se h o r n e a r á el
esmalte de base, d e s p u é s se a p l i c a r á el relieve y se l o h o r n e a r á a
su t e m p e r a t u r a m e n o r ) .
Es esencial emplear esmaltes opacos para realizar relieves;
no se u s a r á esmaltes transparentes ya que, al f u n d i r s e , f l u i r á n y
d e s a p a r e c e r á el r e l i e v e o realce. Se p u e d e usar esmaltes
opacificados con e s t a ñ o , circonio, antimonio, calcio, cinc y titanio,
etc. Deben ser esmaltes m u y viscosos que no fluyan al vitrificarse.
A d e m á s , su t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n debe ajustarse m u y exacta-
mente.
Porcelana japonesa (Satsuma) de principios de siglo, decorada en partes c o n Se los aplica con u n a perilla de goma o j e r i n g a de boca
relieves de esmaltes sobre cubierta (anchos, gruesos) y c o n "choricitos" o cordo-
m u y estrecha, de manera que el choricito fluya c o n espesor
nes m u y delgados (de medio milímetro). Según nuestras pruebas d e horno, pri-
m e r o se aplicó sobre el esmalte duro de la porcelana un color marrón oscuro d e u n i f o r m e al decorar. Repetimos que dicho c h o r i c i t o n o debe
fondo (sobre cubierta), reservado en partes. Sobre dicho color se aplicó luego deformarse d u r a n t e la c o c c i ó n . T a m b i é n p u e d e n ser aplicados
relieves y cordones también con colores sobre cubierta, de 750° C (los que se mediante u n pincel especial, que p e r m i t a " m o d e l a r " ciertos re-
deshicieron y desdibujaron a los 900°). Porcentajes de caolín mezclados c o n el
color sobre cubierta harán que el cordón no se d e s a h a g a ni se funda.
lieves o bien gotear esmalte.

226 227
Estos esmaltes para realizar los relieves t a m b i é n p u e d e n
aplicarse sobre o t r o esmalte crudo-seco, el que debe ser opaco,
generalmente blanco. Los relieves que se haga n o solamente
s e r á n "choricitos" o cordones de esmalte; t a m b i é n se p u e d e efec-
tuar figuras o arabescos de buen t a m a ñ o , siempre en realce c o n
respecto al resto del esmalte c r u d o sobre el que se los aplica.
l i l i C u a n d o se a p l i q u e el c o r d ó n sobre crudo-seco, ambos esmaltes
(el del c o r d ó n y el de base) d e b e r á n f u n d i r a la m i s m a t e m p e r a -
tura.
L a p r e p a r a c i ó n del esmalte para relieve p u e d e ser la si-

^iiSlIllil
guiente: 40-60% de u n esmalte blanco opaco (de e s t a ñ o u o t r o
o p a c i í i c a n t e ) ; 20% de c a o l í n ; 10 a 20% de bizcocho de loza o
porcelana m o l i d o a malla i m p a l p a b l e ( c h a m ó t e ) ; y de u n 3 a u n
10% de color o p i g m e n t o para bajo cubierta. Se m o l e r á t o d o
m u y p r o l o n g a d a m e n t e en m o r t e r o y se le a ñ a d i r á gomas o
adhesivos antes de usarlo. Por cierto que, en f u n c i ó n de la t e m -
p e r a t u r a a que se desee hornear, se a u m e n t a r á o r e b a j a r á el
porcentaje de esmalte blanco (tanto m a y o r cuanto m á s baja sea
dicha t e m p e r a t u r a ) . L o m á s p r á c t i c o es p a r t i r de la t e m p e r a t u -
ra a que se h o r n e a r á ( 1 1 5 0 ° , 1040°, 7 5 0 ° C, etc.): se escoge el
esmalte adecuado, se lo prueba, se lo adapta con porcentajes de
caolín p a r a hacerlo m á s viscoso de m a n e r a que n o se deshaga el
choricito, y se lo colorea con p i g m e n t o s u ó x i d o s s e g ú n los p o r -
centajes habituales.
T a m b i é n puede realizarse relieves s i m p l e m e n t e c o n colo-
res para sobre cubierta, ele tercera c o c c i ó n ( 7 5 0 ° C ) . A fin de
que n o se desdibujen, se los m e z c l a r á con porcentajes adecua-
dos de arcilla m u y blanca o caolín, hasta l o g r a r el c h o r i c i t o per-
fecto, sin grietas n i fundidos. Se aplican a j e r i n g a o p i p e t a de
boca m u y fina. P r u é b e s e p r i m e r o con 5% de arcilla blanca o
c a o l í n , h o r n é e s e a 7 5 0 ° C y, si el c o r d ó n se deshace, se a u m e n t a -
:•• ;. '..r-vv .j;;. ;
:
, , :
r á el caolín al 10, 15 ó 20%. Es preciso probar.
U n a especie de relieve —aunque de m e n o r realce que el
a n t e r i o r — puede obtenerse d e c o r a n d o s i m p l e m e n t e c o n c a o l í n
disuelto en agua sobre esmalte opaco crudo-seco. D e s p u é s de
h o r n e a d o , ya que el caolín d i f í c i l m e n t e se funde con el esmalte
de base, q u e d a r á una especie de relieve claramente d e l i n e a d o ,
Sobre la pasta de fondo coloreada c o n óxidos, se aplicó cordones de esmaltes, con el que se puede decorar siguiendo dibujos, arabescos, etc.. A
en relieves. Joan Cots. Gres.

228
229
m a y o r espesor de la capa de c a o l í n , tanto m a y o r s e r á el relieve ancho, cuya culata se i n t r o d u c e en el pico desmochado de u n a
obtenido. perilla de goma).

C o r d o n e s c o n e s m a l t e s (Glaze-trailing) Esgrafiado

Esta técnica, similar a la anterior, consiste en decorar c o n Es posible raspar con u n a p u n t a sobre u n esmalte ya a p l i -
choricitos o cordones de esmalte, sobre bizcocho g e n e r a l m e n t e cado sobre la pieza p e r o en estado crudo-seco, es decir, a ú n n o
coloreado p e r o n o esmaltado. Se u s a r á u n esmalte opaco, que h o r n e a d o . D o n d e se ha raspado la capa de esmalte r e a p a r e c e r á
se p u e d e volver m á s viscoso a g r e g á n d o l e c a o l í n o bizcocho i m - el bizcocho, el que, d e s p u é s de la cocción p r o d u c i r á interesan-
palpable tal c o m o se i n d i c ó en el apartado anterior. L a decora- tes efectos de contraste. El esgrafiado n o se puede efectuar so-
c i ó n se a p l i c a r á con p e r i l l a de g o m a o j e r i n g a . L a a b e r t u r a de bre esmaltes transparentes, ya que su g r a n fusibilidad y fluidez
cuya boca r e g u l a r á el espesor del chorizo. A l igual que la t é c n i - h a r á n que el raspado desaparezca d u r a n t e la c o c c i ó n y que se
ca del choricito o c o r d ó n realizado con b a r b o t i n a (slip-trailings), vuelvan a u n i r las partes del esmalte separadas p o r el surco
estos "trailings" o trazos hechos con esmaltes deben m a n t e n e r hecho con la p u n t a de la h e r r a m i e n t a . Se u s a r á , pues, u n es-
su f o r m a r e d o n d e a d a d e s p u é s de horneados, de lo c o n t r a r i o se malte opaco que n o escurra, de alta viscosidad.
achatan y parecen cintas o fideos, con lo que se p i e r d e el efecto El esgrafiado constituye u n a t é c n i c a a n t i q u í s i m a (sgraffito),
deseado. L a viscosidad de estos esmaltes y su fusibilidad es el
y se la realiza a base de rayaduras hechas en el esmalte de acuerdo
factor q u e p e r m i t i r á conservar dicha f o r m a : El c a o l í n y el bizco-
con u n dibujo simple u o r n a m e n t o . Incluso se p u e d e oscurecer
cho i m p a l p a b l e agregados al esmalte opaco, así c o m o su t e m p e -
el surco esgrafiado p o r m e d i o de p i g m e n t o n e g r o aplicado a
r a t u r a de cocción, d e t e r m i n a r á n la m a y o r o m e n o r viscosidad
pincel, a fin de hacerlo destacar. N o c o n f u n d i r el sgraffito he-
del esmalte usado, que debe fundirse p e r o n o licuarse.
cho sobre esmaltes con el que se puede realizar sobre engobes,
Estos decorados g e n e r a l m e n t e se aplican sobre piezas que del que d e r i v ó el p r i m e r o .
se sumergen en u n b a ñ o de color ( ó x i d o de cobalto, p o r ejem-
plo) antes de ser bizcochadas o engobadas. Sobre la pasta a s í Champlevé
coloreada, se aplica el choricito de esmalte con color contrastante
— es tradicional usar esmalte blanco sobre f o n d o azul— y se Consiste en "levantar" o q u i t a r toda una zona o masa de
vuelve a hornear. D i c h o f o n d o suele ser t a m b i é n u n engobe esmalte crudo-seco, no s i m p l e m e n t e en hacer rayaduras c o m o
coloreado, a m e n u d o azul, o t a m b i é n u n a pasta de gres colorea- en el esgrafiado. C u a n d o se trabaja sobre bizcocho coloreado, si
do. se q u i t a n o levantan zonas del esmalte, es posible p r o d u c i r efec-
Estos "trailings" resultan m e j o r si son hechos con esmaltes tosjnotables, que hacen destacar zonas de u n a figura, p o r ejem-
de altas temperaturas, que siempre son m á s viscosos y difícil- p l o . Ú s e s e u n esmalte que n o fluya al hornearse, de m a n e r a
m e n t e se escurren. que la zona "levantada" quede bien d e l i m i t a d a d e s p u é s de la
Estos cordones o choricitos de f i n í s i m o espesor t a m b i é n c o c c i ó n . Así c o m o el esgrafiado, el c h a m p l e v é se r e a l i z a r á estan-
p u e d e n realizarse con colores para sobre cubierta (750° C), even- do el esmalte ya aplicado sobre la pieza bizcochada, p e r o cuan-
t u a l m e n t e mezclados con cierto porcentaje de c a o l í n o arcilla do é s t e ya se haya secado.
m u y blancos para que n o se "aplasten" (porcelana Satsuma). Se M u c h o s decoradores, en vez de "levantar" zonas del es-
los a p l i c a r á con j e r i n g a , perilla o p i p e t a de pico m u y delgado malte ya aplicado acostumbran "reservar" dichas partes sobre
(puede usarse agujas para inyecciones recortadas, de diverso las que n o se desea aplicar esmalte. Para ello pasan sobre el

230 231
d i b u j o una m a n o de parafina l í q u i d a antes de esmaltar, s e g ú n
se indica en ci apartado respectivo (Ver "reservas").

Cioisonné

L a a n t i q u í s i m a t é c n i c a del " c i o i s o n n é " consiste en e n c e r r a r


esmaltes d e n t r o de tabiques (cloisons), hechos con choricitos
delgados de pasta o barbotina sobre la pieza c r u d a - h ú m e d a .
U n a vez bizcochada la pieza, se a p l i c a r á esmaltes d e n t r o de los
a l v é o l o s o cloisons, los que quedan como encerrados, p r o d u -
c i e n d o u n notable efecto de relieve o contraste. U n a m a r a v i l l o -
sa pieza china de la d i n a s t í a M i n g , p o r e j e m p l o , aparece esmal-
tada con f o n d o azul, p e r o lleva alvéolos en f o r m a de capullos de
loto y aves a c u á t i c a s d e n t r o de los cuales se a p l i c ó esmalte blan-
co con toques amarillentos. Los p e c í o l o s , a s í como las crestas de
las olas, se realizaron con choricitos de barbotina. Estos choricitos
o cordones de pasta son m u y delgados, y se aplican con p e r i l l a
de g o m a o j e r i n g a de boca m u y delgada. Se deja a secar t o d o , se
bizcocha y luego se esmalta. P r i m e r o se esmalta el f o n d o n o
d e c o r a d o de la pieza y d e s p u é s se van aplicando los esmaltes
d e n t r o de sus respectivos "cloisons", r e t i r a n d o p r e v i a m e n t e el
esmalte de base si se e s m a l t ó la pieza p o r i n m e r s i ó n ; o b i e n
"reservando" los cloisons si se sopletea.
D e n o m í n a s e t a m b i é n " c i o i s o n n é " a la d e c o r a c i ó n con es-
maltes que utiliza como separador simplemente a la cuerda seca,
ya estudiada antes. Lamentablemente, el efecto es excesivamente
decorativista.

Craquelé

Este efecto consiste en unas cuarteaduras o grietas que apa-


recen en el esmalte d e s p u é s de h o r n e a d o . En bajas t e m p e r a t u -
ras generalmente son gruesas y desagradables; en altas t e m p e -
raturas son delgadas (a veces finísimas como telas de a r a ñ a ) y
m u y hermosas. Se p r o d u c e n cuando se utiliza esmaltes c u y o
coeficiente de d i l a t a c i ó n t é r m i c a es m u y elevado con respecto al
de la pasta, como sucede cuando los esmaltes son m u y alcalinos
(en bajas temperaturas). Se dice que los antiguos chinos llega-

232
sideran defectos. Las de elevadas temperaturas p u e d e n n o serlo
si se las ha sabido controlar, r e g u l a n d o la d i l a t a c i ó n t é r m i c a
m u t u a e n t r e pasta y esmalte, y sabiendo hornear. C o n s ú l t e s e al
respecto nuestro Manual de Esmaltes Cerámicos, T o m o 1,,Capítu-
lo^.

Chorreaduras

Los antiguos chinos se especializaron en o b t e n e r h e r m o s í -


simas c h o r r e a d u r a s con esmaltes de colores contrastantes, t a m -
b i é n realizadas con ó x i d o s o colores suavemente c h o r r e a d o s
sobre u n esmalte. A l fundirse el mismo en el h o r n o , el ó x i d o
desarrolla su color, así como el esmalte sobre el q u e aparece
c o m o c h o r r e a d o . C u a n d o el efecto se l o g r a a base de dos o m á s
esmaltes, el que se coloca en segundo t é r m i n o c h o r r e a r á o se
d e s l i z a r á sobre el p r i m e r o , sobre t o d o si se aplican gotones so-
bre la boca de la vasija. U n esmalte chorreable p u e d e aplicarse
en c r u d o sobre o t r o t a m b i é n c r u d o , o bien sobre u n esmalte ya
Vaso chino c o n esmalte craquele. Dinastía S u n g (año 900 d . C ) .
cocido. L o esencial es a r m o n i z a r bien los colores de ambos es-
maltes a fin de que las chorreaduras y compenetraciones resul-
r o n a c o n t r o l a r estas cuarteaduras hasta darles la f o r m a de telas
de a r a ñ a , de m a y o r a m e n o r a lo largo de la pieza. Son especial-
m e n t e notables c u a n d o se las logra v o l u n t a r i a m e n t e sobre es-
maltes de porcelana blanca. Se las p u e d e realzar h i r v i e n d o la
pieza en té o f r o t á n d o l a c o n t i n t a c h i n a . R e p e t i m o s : estas
cuarteaduras son estéticas c u a n d o son delgadas; sublimes cuan-
do son d e l g a d í s i m a s y cuya t r a m a es apretada o c u a n d o el ta-
m a ñ o de los trozos encerrados d e n t r o de las cuarteaduras au-
m e n t a o d i s m i n u y e de m a n e r a g r a d u a l a lo largo de la pieza.
N o son estéticas c u a n d o son gruesas, groseras, i r r e g u l a r e s y
carentes de g r a d a c i ó n : en este ú l t i m o caso son u n simple defec-
to d e l esmaltado, no u n efecto o b t e n i d o v o l u n t a r i a m e n t e o re-
g u l a d o . En alguna e x p o s i c i ó n ha observado el a u t o r una h o r r i -
ble pieza con u n esmalte groseramente cuarteado p o r i g n o r a n -
cia y falta de oficio d e l a u t o r : sin e m b a r g o la cartela d e c í a
p o m p o s a m e n t e : "esmalte blanco craquele". C o m o es lógico su-
poner, d a d o el l a m e n t a b l e n i v e l de nuestros j u r a d o s , d i c h o
bodrio obtuvo una m e n c i ó n . Chorreaduras con esmaltes de colores contrastantes. Dinastía Tang (600-900
En general, las cuarteaduras de bajas temperaturas se c o n - d . C ) . Antigua China.

234 235
ten estéticas; y c o n t r o l a r la t e m p e r a t u r a ó p t i m a de c o c c i ó n para
que el esmalte que c h o r r e a lo haga hasta d o n d e se desee, sin
llegar al fondo ele la pieza, pues la h a r í a pegarse a la placa del
horno arruinándola.
Se necesita de una m a n o maestra para l o g r a r c h o r r e a d u r a s
e s t é t i c a s y, a d e m á s , es preciso saber m u c h o de esmaltes. L o s
mejores son los opalescentes, cuya translucidez les da u n aspec-
to imposible de l o g r a r con otros tipos de esmaltes. Ciertas pie-
zas chinas aparecen como chorreadas con tonalidades tan leves
que p a r e c e r í a que u n a m a n o e t é r e a las ha realizado. C u a n d o
u n esmalte tienda a chorrear, no se debe tener burgueses repa-
ros en dejar la parte i n f e r i o r de la pieza sin esmaltar, a fin de
que la c h o r r e a d u r a p u e d a descender l i b r e m e n t e sobre la pieza
sin llegar al piso del h o r n o . Algunas piezas chinas antiguas de-
j a b a n sin esmaltar hasta 10 c m por sobre la base del vaso, sin
que p o r ello se desmerezca para nada su calidad n i valor. N o es
la estética del bazar l a correcta, a u n q u e muchos la sustenten sin
saberlo. Claro que, p a r a revelar una pasta, ella debe ser noble,
con b u e n a t e x t u r a y color. Desabridas pastas compradas n o sir-
ven para este fin.

Decoración c o n esmaltes coloreados sobre una base de esmalte blanco.


Texturas Algunos trazos tienen relieve.

Los esmaltes p u e d e n texturarse a b u n d a n t e m e n t e , ya sea


m e d i a n t e color (texturas visuales) o b i e n con texturas de super- res bajo cubierta sobre el bizcocho, para colocar d e s p u é s u n a
ficie (táctiles). capa de esmalte transparente de cubierta, el que, d u r a n t e la
Las texturas visuales p u e d e n lograrse mezclando esmaltes c o c c i ó n , se deja t e ñ i r p o r el ó x i d o que subyace; s u p e r p o n i e n d o
de diferentes colores; a ñ a d i é n d o l e s ó x i d o s colorantes; mezclando esmaltes de diferente color, los que, al vitrificarse en el h o r n o ,
o m o l i e n d o mal dichos ó x i d o s a fin de que aparezcan p u n t i t o s p r o d u c e n puntos, lagunas, jaspeados, lunares o anillos de colo-
de c o l o r o s c u r o visibles d e s p u é s de la c o c c i ó n ; m e d i a n t e res contrastantes; aplicando u n esmalte transparente (colorea-
salpicaduras de ó x i d o s o colores bajo cubierta hechas con u n do) con capa m u y gruesa sobre el fondo de u n vaso: d i c h a capa
cepillo o p u l v e r i z a d o r sobre esmalte crudo-seco; espolvorean- puede llegar a tener 1 cm de espesor; sopleteando ó x i d o s o co-
do u n esmalte sobre o t r o o u n ó x i d o o color bajo cubierta sobre lores bajo cubierta sobre un esmalte crudo-seco ya aplicado so-
o t r o esmalte crudo-seco; e m p l e a n d o una plantilla recortada y bre la pieza; decorando con colores bajo cubierta u ó x i d o s a
aplicando colores bajo cubierta u ó x i d o s sobre esmalte c r u d o - pincel, esponja, e s p á t u l a , etc., sobre u n esmalte crudo-seco. E n
seco; aplicando u n a tela de t r a m a m u y abierta, como u n t r a p o fin, es infinita la gama de posibilidades decorativas que se pue-
rejilla, sobre el esmalte crudo-seco y aplicando luego u n color u de l o g r a r t e x t u r a n d o un esmalte mediante m é t o d o s basados en
ó x i d o a esponja, pincel, rociador, etc.; aplicando ó x i d o s o colo- contrastes de color.

236 237
Esmalte texturado c o n grietas y descascarados producidos por infracocción.

blancos brillosos son m á s bien p i c t ó r i c o s ; en ellos lo i m p o r t a n t e


"Selva de vida", escultura por la eximia ceramista María dos Santos (Porto Alegre,
Brasil): Gres marrón y porcelana blanca. Evidente connotación ecológica, alusiva a
es lo visual, n o lo táctil. Por supuesto que para escultura se usa-
la criminal deforestación del Amazonas, que amenaza deteriorar el régimen de llu- r á esmaltes netamente táctiles, con lo que q u e d a n fuera del arte
vias e inundaciones en todo el cono sur de Sudamérica. del v o l u m e n los tratamientos m e r a m e n t e p i c t ó r i c o s , c o m o lo
son los lustres vulgares; p á t i n a s imitativas (de b r o n c e p o r ejem-
plo: u n a a u t é n t i c a obra n o debe parecerse a nada, s ó l o a sí mis-
Texturas táctiles, de superficie, puede obtenerse s e g ú n el
ma); esmaltes transparentes y blancos "escupidera"; a s í c o m o
t i p o de esmalte utilizado, ya sea transparente, opaco, mate, cris-
los tratamientos tan superficiales a base de ó x i d o s . Para ello es
talizado, rugoso, etc. En r e a l i d a d , t o d o esmalte presenta u n a
preferible usar pastas de color, terracota o gres, q u e siempre
t e x t u r a táctil, y el v e r d a d e r o e n t e n d i d o se ve llevado a "pasar la s e r á n i n d i s c u t i b l e m e n t e a u t é n t i c a s y veraces. Las mejores tex-
m a n o " sobre una pieza bien esmaltada como si la acariciara, turas son las naturales, propias del m a t e r i a l usado y de la ac-
precisamente a fin de e x p e r i m e n t a r la s e n s a c i ó n táctil que p r o - c i ó n del fuego.
p o r c i o n a la c e r á m i c a esmaltada.
A d v e r t i m o s que no debemos ser r e t r ó g r a d o s n i d o g m á t i -
Claro que ciertos esmaltes p r o d u c e n texturas dentudamente
cos: con frecuencia se ve en la escultura c e r á m i c a v a n g u a r d i s t a
táctiles, con respuesta al toque, como los levemente á s p e r o s de
actual, tratamientos pictóricos, texturas con lustres y colores para
cinc, p o r ejemplo. Los esmaltes transparentes comunes o los

238
239
g ú n se explica en el apartado referente a "relieves c o n esmal-
tes", realizadas sobre o t r o esmalte crudo-seco, p u e d e n realzar
las c a r a c t e r í s t i c a s de u n b u e n esmalte, siempre que dichos efec-
tos sean b i e n pensados, probados y e x p e r i m e n t a d o s , rio fruto
del capricho del m o m e n t o , casi siempre p e r j u d i c i a l en c e r á m i -
ca. A l aplicarse u n esmalte transparente sobre u n a pasta graba-
da, o sobre aplicaciones en relieve hechas en la m i s m a pasta con
barbotina, t a m b i é n se p r o d u c i r á n texturas de superficie, a u n -
que éstas p r o v e n g a n en r e a l i d a d de la pasta.
O t r o s efectos texturales p u e d e n p r o v e n i r del aspecto que
presente el m i s m o esmalte al salir del h o r n o d e b i d o a u n a coc-
ción especial, r e d u c t o r a , etc. El saber manejar b i e n el h o r n o ,
Texturación de un esmalte por medio de ampollas y burbujas de carácter proce- ofrece al ceramista creativo y e x p e r i m e n t a d o posibilidades i n -
sal. Es esencial que las ampollas tengan bordes fuertes y que no se quiebren al sospechadas de e x p r e s i ó n . A veces hasta h o r n e a r a 1 0 0 0 ° C u n
tocarlas o presionarlas. esmalte que resulta f l u i d o a 1040° C para obtener u n a t e x t u r a
granulosa, p é t r e a , especial para esculturas.
Cuerpos e x t r a ñ o s agregados o aplicados al esmalte, c o m o
sobre cubierta, o r o , calcos s e r i g r á f i c o s , etc. Pero se d e b e r á ad- l i m a d u r a s m e t á l i c a s , alambres o hilos de cobre, etc., así como
v e r t i r b i e n que dichos tratamientos son connotativos, es decir, granos de arroz, piedras o g r a n i t o m o l i d o s , cuarzo de malla
que se trata de escultura conceptual, lo cual p e r m i t e echar m a n o gruesa, arena, c a r b u r o de silicio de malla N ° 4 0 , etc., d e j a r á n su
de esos recursos n o p o r su valor decorativo en sí, sino c o m o c a r a c t e r í s t i c a t e x t u r a sobre la superficie del esmalte al salir del
sustento de u n concepto o idea que se c o m u n i c a a t r a v é s de esos horno.
recursos o técnicas que en este tipo de escultura n o f u n c i o n a n
decorativamente sino conceptualmente. Reesmaltado
Los descascaramientos texturales, m u y usados actualmente en
esmaltes para escultura, se obtienen i n f r a h o r n e a n d o m u c h o u n C u a n d o u n a pieza esmaltada con esmalte blanco ya ha sido
esmalte. Por ejemplo: u n esmalte que m a d u r a a 1040° C, apare- horneada, p u e d e p r o p o r c i o n á r s e l e m a y o r c u e r p o , b r i l l o y p r o -
c e r á totalmente agrietado o descascarado si se lo i n f r a h o r n e a a f u n d i d a d a p l i c á n d o l e una nueva capa de esmalte transparente
solamente 8 5 0 - 9 0 0 ° C. Similares descascaramientos se o b t i e n e n y v o l v i e n d o a hornear: así se realizaron en E u r o p a , a fines d e l
t a m b i é n saturando o cargando u n esmalte con buenos porcenta- siglo 17, las p r i m e r a s imitaciones de la porcelana c h i n a . Para
jes de c a o l í n , carbonato de calcio calcinado, o d o l o m i t a calcina- reesmaltar una pieza conviene calentarla ( p r e v i a m e n t e lavada),
da. Dichos porcentajes oscilan entre u n 20-30-35%, a veces m á s . y a ñ a d i r bastante g o m a al segundo esmalte a fin de q u e tenga
T o d o d e p e n d e del t i p o de esmalte usado (de su fusibilidad y buena adherencia.
capacidad fundente).
Esmaltes mates defectuosos que resultan m a l sobre escul-
Otras texturas táctiles p e r o decorativas p u e d e n ser p r o d u - turas p o r mala a d a p t a c i ó n a las pastas con c h a m ó t e , resultan
cidas p o r el craquele, p o r los relieve de esmalte, aplicaciones perfectos si se los reesmalta y rehornea, ya que la capa del es-
hechas a e s p á t u l a , empaste, etc., s e g ú n se e x p l i c ó a n t e r i o r m e n - malte posterior facilita su correcta fusión.
te. Bolitas o aplicaciones de esmalte e n d u r e c i d o con c a o l í n , se-

240 241
S a l p i c a d o en caliente

Para R a k ú en especial, es posible decorar sobre el esmalte


a ú n caliente, con sales m e t á l i c a s diluidas en agua. Para ello, n o
b i e n se extrae la pieza del h o r n o a 9 5 0 ° C (o t a m b i é n a 900 u
8 5 0 ° C ) , se la salpica m e d i a n t e u n a b r o c h a con u n a s o l u c i ó n de
sales de cobre, o cobalto, h i e r r o , etc. I n m e d i a t a m e n t e la sal,
d e b i d o a la t e m p e r a t u r a , se convierte en su ó x i d o respectivo y
se i n c o r p o r a al esmalte, dejando marcas, gotas o salpicaduras
de intenso c a r á c t e r procesal. Es esencial que, c u a n d o se hace la
salpicadura, el esmalte se encuentre t o d a v í a viscoso o fluido. A
m a y o r fluidez, mejores y m á s incorporadas s e r á n las marcas del
proceso. Dichas sales p u e d e n ser sulfatos (sulfato de cobre p o r
ejemplo), cloruros o nitratos. La a c c i ó n de salpicar debe d u r a r
s ó l o u n instante, pues i n m e d i a t a m e n t e de sacada la pieza ca-
liente del i n t e r i o r del h o r n o y sin demoras, se la zambulle en el
i n t e r i o r del tacho o lata con a s e r r í n . Ver en el Tomo 4 el A p é n d i -
ce " R a k ú " .
Las sales p r e v i a m e n t e se d i s o l v e r á n en agua tibia y se salpi-
c a r á n a brochazos con pulverizador, etc. M i e n t r a s el maestro de
R a k ú extrae la pieza d e l h o r n o con las tenazas, u n a y u d a n t e
s e r á el encargado de efectuar la i n s t a n t á n e a salpicadura. Las
sales m e t á l i c a s diluidas en agua son tóxicas (penetran a t r a v é s
de la piel). N o se debe s u m e r g i r las manos en soluciones de
sales, y m u c h o menos sopletearlas. N o son t ó x i c o s los respecti- Sobria reserva de esmalte claro sobre gres ocre. Donde se aplicó parafina, el
vos ó x i d o s al contacto con la piel. El c l o r u r o f é r r i c o ya p r o v i e n e esmalte no se adhiere y reaparece el color de la pasta.
en estado l í q u i d o ( p o r tanto, n o precisa ser d e s l e í d o en agua).
se al bizcocho (ni el engobe a la pasta) aunque la sopleteada o el
RESERVAS b a ñ o hayan c u b i e r t o toda la pieza. A l hablar de los colores p a r a
sobre cubierta y de la a p l i c a c i ó n del o r o , ya hemos e x p l i c a d o
Así se llama a ciertas zonas que se desea dejar desprovistas c ó m o realizar reservas en esos casos: nos r e m i t i m o s a sus res-
de esmaltes, engobes, etc., durante el proceso de esmaltar o engo- pectivos c a p í t u l o s . Los colores para bajo cubierta, p o r su parte,
bar u n a pieza. Si se esmalta con pistola de aire o p o r i n m e r s i ó n , se r e s e r v a r á n aplicando plantillas protectoras, de papel de seda,
no es fácil dejar zonas de la pieza sin cubrir, ya sea para que se p l á s t i c o , etc. A h o r a nos referiremos al m é t o d o de efectuar ro&
vea la pasta o para aplicar en ese l u g a r o t r o esmalte o u n color. servas c u a n d o se trata de esmaltes o engobes.
E n cambio, si se cubre dicha zona con u n a capa de parafina o Los antiguos chinos realizaron reservas a p l i c a n d o sobre m*
cera, d e r r e t i d a , éstas, al endurecerse, i m p e d i r á n que el esmalte bizcocho recortes de papel embebido en cera d e r r e t i d a , los q u é '
v i t r i f i q u e sobre el l u g a r "reservado", pues no l l e g a r á a a d h e r i r - representaban capullos u otros motivos. En la actualidad, se usa

242 243
mechante aplicaciones de m i e l , o de resinas viscosas n o solubles
en agua, las que se quemaban en el h o r n o . En la a c t u a l i d a d se
usa t a m b i é n aplicaciones de papeles de plástico.
Originales contrastes entre zonas esmaltadas y sin esmaltar
se puede obtener s e g ú n esta t é c n i c a ; o superposiciones de es-
maltes diferentes en zonas o dibujos reservados; incluso es posi-
ble esgrafiar o t a m b i é n "levantar" partes de la zona p a r a f i n a d a
seca siguiendo u n d i b u j o o u n motivo.
Los pinceles usados se e s c u r r i r á n con u n t r a p o o papel
estando la parafina t o d a v í a caliente y d e s p u é s se l a v a r á n con
Reservas hechas dejando correr parafina en caliente, para producir efectos nafta (gasolina).
procesales.
PLANTILLAS
p a r a el m i s m o fin u n a e m u l s i ó n de cera o parafina derretidas,
las que, estando t o d a v í a calientes, se aplican a pincel sobre el El d e c o r a d o r c e r á m i c o d e b e r á hacer uso c o n t i n u o de p l a n -
bizcocho s e g ú n el dibujo deseado. Si se trata de engobes, se las tillas —ya sean perforadas o macizas— a fin de r e p e t i r u n mis-
a p l i c a r á sobre pasta c r u d a p e r o seca o semiseca. En algunos m o o r n a m e n t o en toda una serie de piezas o, s i m p l e m e n t e , para
casos se ha usado vaselina l í q u i d a o sebo d e r r e t i d o , a fin de obtener efectos especiales.
obtener estas reservas ornamentales o b i e n simplemente p a r a Estas plantillas s e r v i r á n para decorar, colorear o t e x t u l a r
i m p e d i r que se fije el'esmalte aplicado p o r i n m e r s i ó n a la cara o con engobes, con esmaltes, con ó x i d o s , con colores p a r a bajo o
manos de una estatuilla de porcelana, p o r ejemplo, que se de- sobre c u b i e r t a , c o n lustres, etc. E n fin, c u a l q u i e r m é t o d o
sea dejarlas sin esmaltar. N o es necesario e l i m i n a r n i el esmalte c e r á m i c o que p e r m i t a dar u n color o u n a t e x t u r a a u n a pieza
n i la parafina antes de hornear: d e s a p a r e c e r á n solos d u r a n t e la bizcochada o no, puede valerse de plantillas. Ellas se p u e d e n
c o c c i ó n sin que el esmalte llegue a adherirse. realizar simplemente con papel o cartulina, con c a r t ó n , m a d e r a
Previamente la parafina o cera se d e r r i t e en u n recipiente
A B
al calor, y se la i r á aplicando antes de que se seque, de lo c o n t r a -
r i o s e r á dificultosa la a p l i c a c i ó n . L a ú n i c a dificultad que ofrece
este m é t o d o consiste e n que la e m u l s i ó n se e n f r í a apenas se toca
la pieza y en seguida se endurece y empasta. Por o t r a parte, ya
que se la a p l i c a r á bastante caliente, se a r r u i n a n los pinceles. En
algunos países se e x p e n d e una e m u l s i ó n de parafina en frío,
que evita estos inconvenientes. U n a e m u l s i ó n p r e p a r a d a c o n
u n 50% de parafina y o t r o 50% de querosene, t o d o d e r r e t i d o
en u n recipiente caliente, ha dado m u y buenos resultados (no
llevar al fuego sino a b a ñ o M a r í a ) . Puede calentarse u n poco la
p i e z a en el h o r n o c e r á m i c o p a r a r e t a r d a r el secado de la
emulsión. A. Plantilla perforada: el dibujo resultará e n positivo al sopletear.
Los i n d í g e n a s reservaban las piezas que iban a engobar B. Plantilla maciza: el dibujo resultará en negativo al sopletear.

244 245
delgada, celuloide, tela plástica, etc. T o d o d e p e n d e de la d u r a -
c i ó n de la misma y de que se la p r e t e n d a usar m u c h o o poco
t i e m p o . Las plantillas perforadas p e r m i t e n obtener dibujos en
"positivo", o sea cjue el m o t i v o a p a r e c e r á tal c o m o si fuera he-
cho r e a l í s t i c a m e n t e , ya sea coloreado en pleno o s i m p l e m e n t e
pasando u n pincel a lo largo del c o n t o r n o i n t e r i o r del recorte.
Las plantillas n o perforadas p e r m i t e n obtener dibujos en "ne-
gativo", o sea que se c o l o r e a r á la zona que rodea al m i s m o . Las
ilustraciones p e r m i t e n visualizar ambos tipos de plantillas, las
que p u e d e n combinarse entre sí, superponerse, etc. Recomen-
damos leer en nuestro Diccionario de Cerámica los a r t í c u l o s " P i n -
t u r a negativa" y " D i b u j o negativo".

DECORACIÓN TIPO TALAVERA

Se llama "Talavera" a u n tipo de c e r á m i c a (en r e a l i d a d loza


b l a n d a o de baja t e m p e r a t u r a : 9 5 0 - 9 8 0 ° C) típica del p u e b l i t o
de Talavera de la Reina, y otros vecinos, de Castilla la N u e v a ,
todos ellos bastante p r ó x i m o s a M a d r i d . Se fabricó allí desde el
siglo 16 una c e r á m i c a a u t é n t i c a m e n t e popular, ya que las piezas
se destinaban al uso d i a r i o de las clases populares, quienes las
confeccionaban en los diversos alfares o talleres rurales (no era
u n a c e r á m i c a "de c i u d a d " ) . Se h a c í a n así ollas, c á n t a r o s , botijos,
platos, cuencos, tazas, tinajas, macetas, pucheros, cazuelas, j a -
rras, orzas, ladrillos, etc., s e g ú n t é c n i c a s heredadas de los á r a -
bes, quienes legaron precisamente al i d i o m a las palabras alfare-
r í a , alfarero y alfar, así c o m o u n c ú m u l o de t é r m i n o s c e r á m i c o s
del m i s m o e i n d u d a b l e o r i g e n : cachifa, alamoja, alarife, alcalibe,
releje, rifa, t r a m u j í y centenares m á s .
Las alfares de Talavera pasaron p o r diversos p e r í o d o s de
florecimiento y decadencia. Aveces la p r o d u c c i ó n de sabor p o -
p u l a r p r e d o m i n a b a ; otras veces abundaban las piezas para el
consumo de las clases dominantes. E n general, podemos afir-
m a r que la vasijería de i n s p i r a c i ó n y destino p o p u l a r es m u c h o
m á s creativa y a u t é n t i c a que la que llamaremos " a r i s t o c r á t i c a " , Auténticos ejemplares (de los más antiguos) de la "serie de mariposas". Azul so-
la que siempre i m i t a b a ejemplares italianos y copiaba grabados bre cubierta blanca de estaño. Talavera de la Reina, siglo 16. Es conocido el sen-
tido místico que t e n í a la mariposa entre los árabes.
o dibujos extranjeros. Las clases altas usaban vajilla de plata. E l Dado que estos dos platos corresponden al ciclo cristiano (año 1750), el n ú m e r o
rey se h a c í a traer vajilla de loza de U r b i n o (Italia), decorada místico rector es el Tres (tres mariposas) y sus múltiplos.

246 247
p o r pintores famosos. Pero c u a n d o en 1601 el d u q u e de L e r m a
hace p r o h i b i r la vajilla de plata y o r o para a m o n e d a r el precio-
so m e t a l , e n t o n c e s todas las clases sociales pasan a usar
forzadamente c e r á m i c a de Talavera, la que trata entonces de
servir el gusto a r i s t o c r á t i c o , perfeccionando la d e c o r a c i ó n , la
que, p o r supuesto, s e r á extranjerizante, artificiosa y fría. N o
a g r a d ó a los nobles y eclesiásticos esta p r o h i b i c i ó n , pues v i é n -
dose obligados a usar loza y vasos de Talavera, se consideraban
h u m i l l a d o s al nivel del pueblo, que siempre la u s ó . D e s p u é s de
casi u n siglo, c u a n d o la ordenanza cae en desuso, la p r o d u c c i ó n
pasa nuevamente a ser m á s popular, menos m e d i d a y prolija,
m á s descuidada, grosera y con fallas, pero a u t é n t i c a y g e n u i n a .
A l p o d e r i m p o r t a r los ricos o t r a vez loza fina de Italia, y al vol-
ver a usar vajilla de plata y o r o , Talavera pasa otra vez a servir al
p u e b l o y desaparecen casi las piezas "de lujo", hasta que decae.
De manera que los actuales decoradores de c i u d a d que i m i t a n
las piezas de Talavera, copian los ejemplares de gusto "aristo-
c r á t i c o " , mientras que los coleccionistas internacionales apre-
cian m á s las piezas de a u t é n t i c o sabor popular, sobre t o d o las
m á s antiguas.
A "las Indias" (América) se exportaba gran cantidad de loza,
c o m o lo atestiguan los fragmentos hallados en C a y a s t á (Santa
Fe), de i n d u d a b l e o r i g e n talaverano (loza blanca decorada tipo
m a y ó l i c a con cobalto). En la actualidad subsisten en Talavera
t a l l e r e s q u e t r a b a j a n ya s e g ú n t é c n i c a s m á s m o d e r n a s ,
semiindustriales, con pastas y esmaltes comprados, y cuya p r o -
d u c c i ó n se acomoda al gusto del turista, si bien cada tanto apa-
recen modas arcaizantes o "de estilo antiguo".
Las piezas d é l o s p e r í o d o s m á s antiguos son valiosos ejem-
plares de c o l e c c i ó n . L a sene "de mariposas", que comienza en
el siglo 16, consiste en grandes platos hondos y gruesos, con
u n a curiosa mariposa ele o r i g e n á r a b e en el borde, t o d o p i n t a -

— >

La tradición esotérica árabe (más antigua), se basa en la mística del N ú m e r o


Cuatro y sus múltiplos (8, 12, 16, 3 2 ) , aplicados a la decoración cerámica (Ver
nuestro libro "La Cerámica Esotérica"). Platos de Paterna, año 1400 d . C . Es evi-
dente la pureza de la técnica y poética árabes (precristianas).

248
do en azul sobre el blanco de la cubierta de e s t a ñ o . L u e g o apa- Los esmaltes se h a c í a n en el taller con m i n i o o l i t a r g i r i o ,
rece la serie " t r i c o l o r " , azul, naranja y manganeso p a r a c o n t o r - a r e n a m o l i d a ( c u a r z o ) , a r c i l l a y ó x i d o de e s t a ñ o c o m o
nos, con temas de flores, animales, personas o edificios. A b u n - o p a c i í i c a n t e . En las é p o c a s m á s antiguas se usaba galena (sulfuro
d a n los p l a t o s c o n m o t i v o s r e l i g i o s o s a s í c o m o las " p i l a s de p l o m o ) y una calcina hecha d e r r i t i e n d o p l o m o y e s t a ñ o j u n -
benditeras" d o m é s t i c a s . Placas, cuadros recordatorios con azu- tamente. L a abundancia de arcilla a ñ a d i d a a este esmalte de
lejos en azul sobre blanco de e s t a ñ o , se m u l t i p l i c a n a p a r t i r de p l o m o c r u d o insolubilizaba cierta parte del p l o m o soluble, si
entonces, siempre d e n t r o de una r u s t i c i d a d sin m e l i n d r e s . Las bien hay datos que se refieren a los "dolores de b a r r i g a " que
ilustraciones e j e m p l i f i c a r á n los principales tipos de la p r o d u c - provocaba esta c e r á m i c a (cuando se guardaba c o m i d a en ellas).
c i ó n talaverana a u t é n t i c a , y hacemos n o t a r que la m a y o r parte Y es m u y posible que generaciones o familias enteras de alfare-
de lo que hoy se vende como de "estilo Talavera" poco o nada ros hayan desaparecido sin dejar rastros de su e m i g r a c i ó n p r e -
tiene que ver con la p r o d u c c i ó n de los mejores p e r í o d o s . E n cisamente a causa del manejo descuidado de los compuestos de
r e a l i d a d , entristece al amante de la c e r á m i c a a u t é n t i c a el visitar p l o m o , poderoso veneno causa de u n a e n f e r m e d a d profesional
Talavera y pueblos vecinos. Poco subsiste de a u t é n t i c o allí, y lo t í p i c a del ceramista. A ú n hoy, en toda E s p a ñ a se usan vasijas y
que se vende en las tiendas preparadas para el turista es real- vajilla sumamente tóxica, capaz de desprender p l o m o al con-
m e n t e espantoso, pretencioso, i m i t a t i v o , m u e r t o . tacto con los alimentos. Este p r o b l e m a debe controlarse seria-
mente, y las autoridades sanitarias no d e b e r í a n desentenderse
Técnicas talaveranas y aledañas de él, tal como se ha venido haciendo hasta hace poco. C o n s ú l t e s e
al respecto nuestro Manual de Esmaltes Cerámicos, T o m o 1, y el
Dejando de lado las imitaciones "al estilo Talavera" de hoy a r t í c u l o "Saturnismo", en el Diccionario de Cerámica*.
(con pastas y esmaltes comerciales h o r r i p i l a n t e s , horneados en L a d e c o r a c i ó n se h a c í a a pincel con los ó x i d o s m e t á l i c o s
h o r n o s eléctricos), nosotros describiremos las t é c n i c a s antiguas conocidos, tradicionales en la a l f a r e r í a universal. L o s colores
y a u t é n t i c a s en las que se usaba barros rojos y la e j e c u c i ó n era a que p r e d o m i n a n son verde, naranja, amarillo, azul y mangane-
t o r n o , nunca a m o l d e . El h o r n o á r a b e u h o r n o vertical a l e ñ a so, sobre el f o n d o blanco o crema de la cubierta, o d e l engobe
(cilindrico) era el usual, con t e c h u m b r e abovedada y carga p o r c u a n d o el esmalte es transparente. Los esmaltes de h i e r r o son
la p u e r t a lateral. L a c o c c i ó n llegaba hasta unos 9 6 0 - 1 0 0 0 ° C. los m á s comunes para a l f a r e r í a barata sin decorar. A veces, p a r a
Si la vasija era "de agua" (para g u a r d a r agua) n o se usaba resaltar el color bajo cubierta, se daba p r e v i a m e n t e a la pieza
esmalte o v i d r i a d o . Si era "de fuego" (para cocina) se la b a ñ a b a u n b a ñ o de c a o l í n b i e n blanco (engobe), sobre el que se decora-
con u n esmalte de p l o m o c r u d o , similar a nuestra base p l ú m b i c a . ba, y d e s p u é s se esmaltaba todo p o r i n m e r s i ó n (o b a ñ ó en el
C u a n d o d e s p u é s aparecen las cubiertas de e s t a ñ o (esmalte de e x t e r i o r ) . Las piezas hechas en m a y ó l i c a aparecen b i e n dibuja-
p l o m o opacificado con ó x i d o de e s t a ñ o ) , las piezas se decoran al das, p o r especialistas, y se tomaban siempre los modelos de gra-
estilo mayólica. Las hay t a m b i é n con esmalte transparente y color bados o dibujos extranjeros, sobre todo italianos. Si b i e n la ins-
bajo cubierta (toque m u y r ú s t i c o y gracioso). A veces el esmalte
transparente que cubre el i n t e r i o r de la vasija c h o r r e a u n poco
p o r fuera, dejando una típica m o j a d u r a i n f o r m e llamada " m a n - * Actualmente existe mayor control en E s p a ñ a sobre la loza para
d i l " (características de A l c o r c ó n y C a m p o r r e a l ) . H a y t a m b i é n vajilla, pero ello fue a consecuencia cié su entrada en el Mercado C o m ú n
esmaltes blancos alcalinos de e s t a ñ o (decorados con azul), d e r i - Europeo, cuyas normas al respecto son muy severas. En A m é r i c a Latina,
v a c i ó n de la a u t é n t i c a t r a d i c i ó n á r a b e (alcalina en vez de sin embargo, millones de inocentes usuarios de vajilla que lleva esmaltes
de p l o m o c o n t i n ú a e n v e n e n á n d o s e i m p u n e m e n t e , dada la c o r r u p t e l a
plúmbica).
imperante y la d e s r e g u l a c i ó n que a c a r r e ó el "neoliberalismo".

250 251
p i r a c i ó n italiana e s t á presente en la d e c o r a c i ó n , no se debe o l v i -
dar que la a l f a r e r í a e s p a ñ o l a n a c i ó gracias al h e r v i d e r o artesanal
que los á r a b e s i n t r o d u j e r o n en E s p a ñ a , d u r a n t e 800 a ñ o s , y
r t i r tanto en las formas y técnicas como en el haber i n c o r p o r a d o
su c u l t u r a a nuestro arte, pues la c e r á m i c a era entonces algo
vivo, cotidiano, de uso real, empleada para beber, cocinar, guar-
que a ellos se debe la m a y ó l i c a o cubierta opaca de e s t a ñ o . L a
dar agua, aceite o vino, rezar (pilas), decorar (azulejos), para
c e r á m i c a era tan p o p u l a r p o r entonces que t o d o se h a c í a con
frascos de farmacia, placas m o r t u o r i a s y hasta para los p i n t o r e s -
ese noble m a t e r i a l . L a m a n o del pueblo d e j ó su marca y su sen-
cos bacines h i g i é n i c o s , p o p u l a r m e n t e clasificados p o r entonces
en t a m a ñ o s "de n i ñ a , de doncella y de monja". L o m e j o r q u e
tiene E s p a ñ a es su pueblo (sus "clases populares", c o n una o l i -
g a r q u í a extranjerizante). Y precisamente ese p u e b l o , su p o r -
ción m á s h u m i l d e , nos l e g ó a n ó n i m a m e n t e lo m á s p u r o y lo
m á s nacional de E s p a ñ a : su c e r á m i c a .

"Yo soy la que pecó..." Lápida colocada en la t u m b a de la esposa de un noble


español, quien le dio muerte (cosa permitida por entonces por el d e r e c h o ecle-
siástico bajo excusa de adulterio). Año 1533. Estos "conquistadores" perpetraron
el genocidio de América.

252 253

L
I

El. color tiene ubicuidad plástica: se relaciona con todo. 1) Con las materias
usadas. 2) Con la. forma (le da. paso o la interfiere.). 3) Con el contenido y
expresión. 4) Con el proceso técnico. De allí que la "pigmentología." (arle de la
fabricación de pigmentos) deba, ser -materia básica ele estudio en toda escuela o
curso seno de cerámica.

CAPÍTULO 23

PIGMENTOS CERÁMICOS

Los p i g m e n t o s c e r á m i c o s son mezclas de ó x i d o s y otros


materiales colorantes, estabilizadores y m o d i f i c a d o r e s de los
colores, que se calcinan a temperaturas m á s o menos elevadas
( s e g ú n el color), la que oscila entre los 850 y 1 3 0 0 ° C, y son
cuidadosa y p r o l o n g a d a m e n t e lavados y molidos a m a l l a finísi-
m a ( N ° 350-500). U n a vez preparados, dichos p i g m e n t o s deben
ser suficientemente refractarios como para resistir las t e m p e r a -
turas de c o c c i ó n de las piezas sobre las cuales se aplican sin alte-
r a r su p r o p i o color. Su f u n c i ó n es la de dar color a los p r o d u c t o s
c e r á m i c o s ( f u n c i ó n colorante), p e r o a la vez es texturante (cuando
c u b r e n grandes superficies, de esculturas p o r e j e m p l o ) , y
decorante, c u a n d o se los usa para dibujar u o r n a m e n t a r bajo cu-
bierta, sobre engobe, etc.
D i r i g i é n d o n o s al ceramista de arte, o al taller i n d u s t r i a l de
tipo artesanal (no a la fría planta automatizada d o n d e la m a n o
Plato de Talavera de la Reina (año 1650 aproximadamente). El dibujo ha sido h u m a n a no deja u n a señal diferente sobre cada pieza), describi-
copiado de modelos flamencos o italianos. Pigmentos azul y ocre sobre esmalte de
fondo crema claro.
remos m é t o d o s y presentaremos f ó r m u l a s de tipo m á s bien tra-
dicional y prescindiremos del uso de ó x i d o s caros y raros que la
i n d u s t r i a especializada emplea hoy*, aunque con resultados
bastante lamentables p o r cierto. Está c o m p r o b a d o que u n color

* Como los de circonio, vanadio, praseodimio, i r i d i o , i t r i o , cerio, y,


por supuesto, oro y platino.

254 255
4

m o l i d o y p r e p a r a d o a m a n o p o r el m i s m o ceramista conserva j u n t o s a t e m p e r a t u r a de 1000 o m á s grados, esmalte y


u n sabor de "cosa viva" que no puede presentar el color i n d u s - p i g m e n t o resultan mejor compenetrados). O t a m b i é n pue-
t r i a l . Es que la m a t e r i a n o desmiente n i niega j a m á s al h o m b r e den aplicarse sobre un esmalte blanco brillante ya h o r n e a d o
que se le acerca para relacionarse directamente con ella, en for- ( d e c o r a c i ó n sobre cubierta), para cuya fijación el color de
ma táctil y, p o r tanto, profunda. d e c o r a c i ó n o de "tercera cocción" se hornea a m u y baja t e m -
A fin de a m p l i a r i n f o r m a c i ó n , r e m i t i m o s al lector a nuestro p e r a t u r a ( 7 5 0 - 8 0 0 ° C) y n o r e s u l t a t a n í n t i m a m e n t e
Diccionario de Cerámica, artículos "Pigmentos c e r á m i c o s " ; c o m p e n e t r a d o con el esmalte como en el caso de la decora-
"Espinela"; "Color", c i ó n t i p o m a y ó l i c a . Los colores para d e c o r a c i ó n o sobre
c u b i e r t a d e b e n mezclarse c o n elevados porcentajes de
U s o s c e r á m i c o s de los p i g m e n t o s fundentes o mordientes m u y blandos, que f u n d a n a t e m -
peraturas m u y bajas. En el presente c a p í t u l o no nos referi-
Los pigmentos c e r á m i c o s p u e d e n usarse como colorantes mos a la p r e p a r a c i ó n de colores para d e c o r a c i ó n sobre cu-
para: bierta, dado lo específico d e l tema. Nos r e f e r i r e m o s sólo a
1) D e c o r a c i ó n bajo cubierta o bajo esmalte (ver C a p í t u l o res- los llamados p i g m e n t o s p a r a bajo cubierta, d e n o m i n a d o s
pectivo). v u l g a r m e n t e "calcinas".
2) Para d e c o r a c i ó n sobre engobe blanco o coloreado, el que pue-
de hallarse crudo-seco o bien cocido al ser decorado. ELABORACIÓN DE PIGMENTOS
3) Para ser aplicados sobre pastas bizcochadas, es decir, p a r a co-
lorear piezas que h a n sido horneadas una vez, bien sea p o r Las materias primas que prescriben las respectivas f ó r m u -
sopleteado (esculturas o murales, p o r ejemplo), a pincel, las de p i g m e n t o s d e b e r á n ser puras y de la mejor c a l i d a d . N o
i n m e r s i ó n o b a ñ o . Las pastas crudas p e r o secas ( t o d a v í a n o resultan típicos los colores si se utiliza materiales i m p u r o s o a d u l -
horneadas) t a m b i é n pueden recibir la aplicación de una capa terados ( ó x i d o s de e s t a ñ o y cinc), o contaminados c o n ó x i d o de
de p i g m e n t o u ó x i d o . h i e r r o (cuarzo, carbonato de calcio, arcilla). Todos estos mate-
4) Para colorear esmaltes, engobes o pastas, en cuyo caso los riales deben ser b l a n q u í s i m o s ya al ser a d q u i r i d o s p a r a que n o
pigmentos son p r o l o n g a d a m e n t e mezclados y m o l i d o s p o r alteren el color. Se los c o m p r a r á molidos a malla finísima ( N °
vía h ú m e d a con el esmalte, engobe o pasta que se p r e p a r a , 200-300), en especial la a l ú m i n a (no sirve la de g r a n o grueso).
s e g ú n d e t e r m i n a d o s porcentajes, los que oscilan entre u n El ó x i d o es e s t a ñ o , el de cinc y el de carbonato de calcio se calci-
m í n i m o del 0,5% para p i g m e n t o s azules, que son los m á s n a r á n (se los h o r n e a r á en u n a vasija sin tapa a unos 1 0 0 0 ° C (o
pigmentantes (cobalto), hasta u n m á x i m o del 10 al 15% (los poco m á s ) antes de usarse y d e b e r á n resultar m u y blancos des-
pigmentos no son baratos: se t r a t a r á pues, de l o g r a r los p u é s de la c a l c i n a c i ó n . N o sirven si resultan verdosos, a m a r i -
mejores colores a base de ó x i d o s n o m u y caros, c o m o el de llentos o rosados. El ó x i d o de a n t i m o n i o se c a l c i n a r á a unos
h i e r r o , manganeso, etc., pero que tengan suficiente p o d e r 9 0 0 ° C, n o m á s , e i g u a l m e n t e debe resultar m u y blanco, sin
p i g m e n t a n t e c o m o para no e x i g i r ser incluidos en p o r c e n - concreciones. A ú n blanco d e s p u é s de calcinado, el ó x i d o de es-
tajes demasiado elevados para colorear). t a ñ o , p o r ejemplo, puede ser a d u l t e r a d o , como lo hemos c o m -
5) T a m b i é n es posible decorar con pigmentos a p l i c á n d o l o s so- p r o b a d o nosotros al analizar u n supuesto " ó x i d o de e s t a ñ o " que
bre u n esmalte blanco de e s t a ñ o , p o r ejemplo, para obte- no era sino u n b l a n q u í s i m o sulfato de bario (y a m p o l l a b a los
ner el efecto mayólica si dicho esmalte ha sido aplicado so- esmaltes en f o r m a i m p r e s i o n a n t e ) . Los ó x i d o s m e t á l i c o s (cobre,
bre la pieza p e r o t o d a v í a no fue h o r n e a d o (al hornearse cobalto, h i e r r o , manganeso, c r o m o , n í q u e l , etc.) se l a v a r á n a

256 257
ya bien mezcladas (consistencia pastosa). C u a n d o n o existen
sustancias solubles en la f ó r m u l a , es posible efectuar la mezcla
p o r vía seca, en m o r t e r o , pero d u r a n t e t o d o el t i e m p o que sea
necesario, hasta que las p a r t í c u l a s pasen p o r u n a m a l l a N ° 200
p o r lo menos. C o n todo, resulta m á s r á p i d a y m e j o r la mezcla y
m o l i e n d a de las materias p r i m a s si se la e f e c t ú a p o r v í a l í q u i d a ,
con m o l i n o de bolas, d u r a n t e muchas horas. E n n u e s t r o taller,
ya que p r e p a r a m o s p e q u e ñ a s cantidades de p i g m e n t o , m o l e -
mos en m o r t e r o p o r vía seca cuando no utilizamos materias
primas solubles, y procedemos s e g ú n se i n d i c ó c u a n d o las hay.
El p i g m e n t o que se mezcle en h ú m e d o debe tener u n a consis-
tencia pastosa, no l í q u i d a .
Antes de la c a l c i n a c i ó n , el p i g m e n t o h ú m e d o ya mezclado
y m o l i d o se s e c a r á p o r e v a p o r a c i ó n , para lo cual se lo c o l o c a r á a
calor tibio en u n frasco de v i d r i o t é r m i c o , o en u n a taza enlozada,
sobre el h o r n o , d e n t r o del h o r n o apenas tibio ( 1 0 0 ° C), cerca de
Aplicando pigmento negro sobre una placa bizcochada, para realizar un mural
c o n dibujos. Para adherirse, el pigmento se mezclará en mortero con 30 por cien- u n a fuente de calor, a b a ñ o de M a r í a , etc. N o usar bizcocho
to de esmalte transparente incoloro. poroso para la d e s e c a c i ó n , ya que é s t e a b s o r b e r í a p a r t e d e l
material soluble (como el bicromato de potasio, descompensando
la f ó r m u l a ) . U n a vez bien desecado, el p i g m e n t o d e b e r á ser
varias agrias antes de ser usados, para lo cual se los c o l o c a r á nuevamente m o l i d o u n poco para que se desagrume. Para su
d e n t r o de u n frasco alto con abundante agua caliente, se los c a l c i n a c i ó n , la mezcla se d e p o s i t a r á en u n crisol refractario bajo.
a g i t a r á , se los d e j a r á decantar y se r e p e t i r á la o p e r a c i ó n varias E n n u e s t r o t a l l e r , p a r a c a l c i n a r p e q u e ñ a s c a n t i d a d e s de
veces para e l i m i n a r sales solubles perjudiciales j u n t o con el agua p i g m e n t o , para pruebas, usamos placas delgadas de l a d r i l l o re-
(triple lavado). L u e g o se los d e j a r á secar sobre el h o r n o o a b a ñ o fractario de h o r n o . Si no se dispone de estos elementos, el mis-
de M a r í a . D e s p u é s de lavados para e l i m i n a r solubles, estos óxi- mo ceramista p u e d e confeccionarse unas "tacitas" o crisoles de
dos m e t á l i c o s t a m b i é n se c a l c i n a r á n a 1 0 0 0 - 1 0 4 0 ° C para e l i m i - c a l c i n a c i ó n hechos con una pasta que p r e p a r a r á (como se i n d i -
nar volátiles (menos el de a n t i m o n i o que —corno ya se d i j o — se ca en el T o m o I de este Curso) mezclando 30 partes en peso de
c a l c i n a r á a sólo 9 0 0 ° C ) . u n caolín blanco, con 30 partes de arcilla blanca y p u r a , y 40
L a pesada se h a r á en u n a buena balanza de dos platillos, partes de c h a m ó t e de cacetas o de ladrillos de h o r n o * . Dichos
con pesas (no sirven las "otras"). L a mezcla y m o l i e n d a de los crisoles o cacetas de c a l c i n a c i ó n s e r á n de base plana y n o ten-
ingredientes se e f e c t u a r á en u n m o r t e r o de porcelana, m u y d r á n tapa, dado que nuestras f ó r m u l a s son todas de a t m ó s f e r a
p r o l o n g a d a m e n t e , o en u n m o l i n o de bolas, si se trata de g r a n - o x i d a n t e . L a c a l c i n a c i ó n se h a r á en u n h o r n o e l é c t r i c o . El de
des cantidades, para l o g r a r u n a í n t i m a c o m p e n e t r a c i ó n de las gas no p r o p o r c i o n a una a t m ó s f e r a de o x i d a c i ó n tan p u r a , con
p a r t í c u l a s , de lo c o n t r a r i o muchos colores n o resultan b i e n . Si lo que muchos colores se alteran o n o resultan tan vivos. Puede
en la f ó r m u l a existen sustancias solubles (como el b i c r o m a t o de usarse desde u n p e q u e ñ o h o r n i t o de pruebas que llegue hasta
potasio, á c i d o b ó r i c o , b ó r a x , carbonato de sodio, c r o m a t o de
p l o m o ) , es preferible p r e v i a m e n t e disolver dichos materiales en * Estos crisoles, una vez secos, se h o r n e a r á n a 1200° C, o p o r lo me-
poca agua caliente y a ñ a d i r l o s así al resto de las materias p r i m a s nos a 1100°C,

259
1 2 3 0 ° C, p o r lo menos, hasta u n h o r n o g r a n d e y lento. El t i e m - b i c r o m a t o de potasio, pues el c o l o r puede resultar a m a r i l l e n t o
po de c a l c i n a c i ó n es i m p o r t a n t e , ya que muchos colores n o re- de la c a l c i n a c i ó n , y recuperar el color sui g é n e r i s d e s p u é s de
sultan correctos horneados demasiado r á p i d a m e n t e , m i e n t r a s lavado c o n agua caliente. Ciertos pigmentos que n o c o n t e n g a n
que resultan b i e n si se mantiene la t e m p e r a t u r a tope de m e d i a materias p r i m a s solubles n o n e c e s i t a r á n ser lavados. Es necesa-
a u n a hora. Si b i e n algunos colores resultan aceptables calcina- r i o m o l e r nuevamente el p i g m e n t o calcinado hasta l o g r a r la
dos a sólo 1 0 4 0 ° C , p o r ejemplo, nosotros damos la t e m p e r a t u - malla adecuada, ya sea en m o r t e r o de porcelana a m a n o , o en
ra a que resultan mejor, m á s estables, inertes y resistentes al m o l i n o de bolas (para cantidades mayores). E n n u e s t r o taller
ataque del esmalte de cubierta. C o n todo, a 1 0 4 0 ° C o poco m á s efectuamos p r i m e r o una e n é r g i c a y p r o l o n g a d a m o l i e n d a en
es posible obtener m u y buenos pigmentos (cualquier h o r n o de m o r t e r o . Y luego pasamos cada p i g m e n t o p o r m o l e t a e n t r e dos
1 0 4 0 ° C puede llegar f á c i l m e n t e a 1 0 8 0 - 1 1 0 0 ° C).
vidrios esmerilados de cristal d u r o , sobre u n a mesa firme. Esta
U n p i g m e n t o m a l mezclado no r e s u l t a r á bien aunque se lo ú l t i m a o p e r a c i ó n d e b e r í a realizarse varias veces p a r a cada co-
h o r n e e a 1 3 0 0 ° C, mientras que, b i e n mezclado y p r e p a r a d o , a lor. Muchas veces s e r á necesario recalcinar el p i g m e n t o , cuan-
veces resulta ó p t i m o a t e m p e r a t u r a bastante menor. El m i s m o d o n o se ha l o g r a d o su color ó p t i m o . C u a n d o u n p i g m e n t o n o
color resulta a veces bastante diferente calcinado a t e m p e r a t u r a "sale", ello se debe casi siempre o a la mala mezcla y m o l i e n d a ,
superior. A l g u n o s son usables a ambas (aunque difiera el t o n o ) . o b i e n a fallas en los materiales, c u a n d o no a inexacta pesada
A l g u n o s no se alteran m u c h o horneados a cono 06 y 6; otros se (en c e r á m i c a n o se puede pesar "a ojo" n i mezclar "a cuchara").
a r r u i n a n y se f u n d e n calcinados a temperaturas altas; otros e x i - E n tal caso, se m o l e r á nuevamente el p i g m e n t o i n m a d u r o . Se lo
gen las m á s elevadas temperaturas para q u e d a r b i e n . E l m i s m o
v o l v e r á a calcinar a la t e m p e r a t u r a recomendada; y luego se lo
c e r a m i s t a d e b e r á c o m p r o b a r la t e m p e r a t u r a ó p t i m a de
l a v a r á y v o l v e r á a m o l e r p r o l o n g a d a m e n t e . Rara vez u n color
c a l c i n a c i ó n del p i g m e n t o que emplee s e g ú n su uso específico,
n o s a l d r á ó p t i m o de la segunda c a l c i n a c i ó n .
ya que a veces u n p i g m e n t o que resulta b u e n o sobre bizcocho o
C u a n d o pedimos materiales " p u r o s " con ello q u e r e m o s
bajo cubierta calcinado sólo a 1 0 4 0 ° C (como los negros p o r
decir que se e m p l e a r á n materias p r i m a s de buena c a l i d a d in-
ejemplo), se descompone si se lo usa mezclado con esmalte (para
dustrial o coviercial. M u c h o s ceramistas p r i n c i p i a n t e s c o m p r a n
obtener grises), d a n d o azulados o verdosos. Para evitar esa falla
materiales "para análisis", los que resultan c a r í s i m o s . L o s mate-
en el esmalte coloreado con dicho p i g m e n t o , se lo c a l c i n a r á e n é r -
riales "para a n á l i s i s " se e x p e n d e n en lujosos envases. N o así los
gicamente a la m a y o r t e m p e r a t u r a posible que tolere sin f u n -
"comerciales". Estos ú l t i m o s n o son costosos.
dirse. Y a ú n así, c u a n d o el esmalte es exageradamente activo (o
inadecuado), igualmente r e s u l t a r á descompuesto. M u c h o influye
FORMULARIO DE PIGMENTOS
t a m b i é n el m o d o de p r e p a r a c i ó n , ya que nos ha pasado que u n
p i g m e n t o n e g r o de s u p e r i o r calidad de u n b u e n fabricante n o
L a m a y o r í a de los pigmentos que presentamos h a n d a d o
r e s u l t ó descompuesto en esmaltes, mientras que sí se descom-
puso el m i s m o p i g m e n t o fabricado p o r o t r o i n d u s t r i a l de infe- b u e n resultado para todos los diversos usos c e r á m i c o s . Sin e m -
rior tecnología. bargo, algunos desarrollan su color ó p t i m o usados bajo cubier-
ta, y se d e t e r i o r a n u n poco sobre bizcocho. Otros, p o r el c o n t r a -
D e s p u é s de calcinado, el p i g m e n t o d e b e r á molerse m u y rio, d a n m u y b u e n color sobre bizcocho o engobes — p a r a escul-
p r o l o n g a d a m e n t e a m a l l a finísima, pues tiende a agrumarse al turas o murales p o r ejemplo—, el que n o resulta t a n b u e n o usa-
reaccionar sus componentes en el h o r n o ; y se lo l a v a r á a varias d o bajo cubierta. Es preciso p r o b a r antes de arriesgar la pieza
aguas cuando en su f ó r m u l a se incluyan materias primas solu- (la c e r á m i c a es el arte de las pruebas).
bles. Esto es e s p e c i a l m e n t e necesario c u a n d o se h a u s a d o Las f ó r m u l a s que llevan asterisco (*) al pie resultan mejor

260 261
sobre bizcocho o engobes que bajo cubierta. Las que n o lo lle- ras p o d r á efectuar pruebas c o n su h o r n o , a 1 0 4 0 ° C o hasta
van, resultan buenas t a m b i é n para bajo cubierta. D a d o que no 1 1 0 0 ° C, y m u c h í s i m a s veces l o g r a r á resultados sorprendentes,
todos los ceramistas d i s p o n e n de h o r n o para altas t e m p e r a t u - a c o n d i c i ó n de que los pigmentos hayan sido m u y b i e n mezcla-
ras ( 1 2 3 0 ° C), hemos tratado de i n c l u i r f ó r m u l a s que r e s u l t a r á n dos, m o l i d o s y lavados, y recalcinados si es necesario. N o se o l -
bien en bajas ( 1 0 4 0 ° C). Los h o r n o s e l é c t r i c o s fabricados para vide que m u c h o depende de las materias p r i m a s que se use, las
bajas temperaturas ( 1 0 4 0 ° C) p o d r í a n a r r u i n a r s e si se los lleva a que d e b e r á n ser puras, sobre t o d o el ó x i d o de e s t a ñ o , tan bue-
altas. n o antes y t a n " m a l o " hoy. Por o t r a parte, debemos a d v e r t i r que
Se u s a r á u n a m u y b u e n a arcilla, lo m á s blanca que se con- las temperaturas de c a l c i n a c i ó n que recomendamos son las ne-
siga, o b i e n u n c a o l í n lavado que resulte m u y blanco de la coc- cesarias para l o g r a r buenos pigmentos para bajo c u b i e r t a , que
c i ó n . L a magnesia calcinada o "magnesia usta" se p r e p a r a calci- resistan del esmalte que se les superpone sin que se alteren.
n a n d o carbonato de magnesio a 1 0 4 0 ° C. Existe u n a v a r i e d a d Pero muchos de dichos pigmentos p o d r á n ser calcinados a t e m -
f a r m a c é u t i c a de magnesia calcinada m u y blanca y p u r a . Los otros peraturas m á s bajas, como a 1 0 4 0 ° C, c u a n d o n o se los u s a r á
ingredientes, como el ó x i d o de cinc y el de e s t a ñ o , t a m b i é n se- p a r a bajo cubierta, sino para decorar sobre pastas, engobes o
r á n puros (suelen expenderse m u y i m p u r o s o adulterados) y se bizcocho. Esto sucede especialmente con los azules, m u c h o s de
los c a l c i n a r á antes de p o d e r usarse. Es preferible utilizar el car- cuyos tonos especiales se dan b i e n sobre pastas o engobes p e r o
b o n a t o de calcio liviano (obtenido q u í m i c a m e n t e ) en vez del
n o resultan correctos bajo cubierta n i n o se c a l c i n ó el p i g m e n t o
"pesado", pues el p r i m e r o es m á s p u r o y su p a r t í c u l a m á s pe-
a temperaturas m u y elevadas. Los azules, en especial, deben
queña.
molerse m u c h o m á s p r o l o n g a d a m e n t e que los otros p a r a c u -
Acerca de c ó m o diagnosticar o reconocer materiales en for- brir bien.
m a p r á c t i c a y r á p i d a , c o n s ú l t e s e nuestro l i b r o Diagnóstico de Las f ó r m u l a s de pigmentos que presentamos abarcan t o d o
Materiales Cerámicos. Es sumamente i m p o r t a n t e que el ceramista el c í r c u l o c r o m á t i c o obtenible e n c e r á m i c a , salvo algunos colo-
a p r e n d a a diagnosticar materiales, pues es m u y frecuente q u e res m u y caros a base de metales preciosos que hemos e l i m i n a -
ciertas materias p r i m a s se v e n d a n equivocadas (cuarzo p o r do. E n general, cuanto m á s barato y r ú s t i c o es u n color, t a n t o
feldespato; carbonato de calcio p o r cuarzo, etc.). m á s a r t í s t i c o resulta, como sucede con los obtenidos a base del
A l p r e p a r a r pigmentos, t é n g a s e en cuenta que el b i c r o m a t o noble ó x i d o de h i e r r o . Pero t é n g a s e en cuenta que el m a t i z p o -
de potasio, el c r o m a t o de p l o m o , el ó x i d o de a n t i m o n i o y el d r á v a r i a r u n p o c o en d e p e n d e n c i a de la t e m p e r a t u r a de
m i n i o son m u y venenosos. E n general, todos los ó x i d o s m e t á l i - c a l c i n a c i ó n (sólo 2 0 ° en m á s o menos p o d r á n a l t e r a r l o ) ; d e l ta-
cos son t a m b i é n tóxicos si se i n g i e r e n , en especial el de cinc, así m a ñ o de p a r t í c u l a ( s e g ú n el t i e m p o y f o r m a de m o l i e n d a ) ; de
c o m o el carbonato de cobre. N o usar vajilla de mesa p a r a p r e - los materiales usados (ciertos ó x i d o s de h i e r r o son m á s v i o l á c e o s
p a r a r pigmentos, n i llevarlos a la cocina para secarlos. L e e r en y otros m á s rojizos); del t i e m p o de c a l c i n a c i ó n ; de la a t m ó s f e r a
el T o m o 4 de este Curso Práctico l o referente a " H i g i e n e e n el
del h o r n o ; etc. C u a n d o no se desea alterar los matices en t o d a
Taller. Enfermedades profesionales del Ceramista".
u n a serie de piezas, se d e b e r á p r e p a r a r u n a c a n t i d a d m á s g r a n -
Varios de los p i g m e n t o s morados, rosas y liláceos —que de de p i g m e n t o de u n a sola vez.
resultan m á s estables y mejor a 1 2 3 0 ° C o m á s — , los hemos
o b t e n i d o con u n color c a r a c t e r í s t i c o incluso a temperaturas tan N O T A : Advertimos que las presentes f ó r m u l a s se hallan debidamen-
bajas c o m o 1 0 4 0 ° C e n c o c c i ó n p r o l o n g a d a . Sin embargo, debe- te registradas (propiedad intelectual del autor). Por lo tanto, si bien pue-
mos r e c o m e n d a r la t e m p e r a t u r a a que reaccionan b i e n con se- den ser utilizadas p o r el ceramista para engobar sus piezas, no p u e d e n ser
g u r i d a d . E l ceramista que n o tenga h o r n o de altas t e m p e r a t u - reproducidas por escrito sin m e n c i ó n del autor, n i utilizadas para fines
comerciales.

262 263
TIERRAS OSCURAS (y marrones)
PIGMENTOS CERÁMICOS (FORMULARIO)
alúmina 55,5 19 34,5 24,75
NOTA: Utilizárnoslas siguientes abreviaturas: óx. "óxido de". Carb.: "carbonato de". 0

Cale: "calcinado a". Las temperaturas son en grados centígrados. arcilla


21 11,65 38,4
ox. cinc
TIERRAS CÁLIDAS Y ROJIZAS 21,7 24 26 40,5 24,75 15,4
ox. cromo
óx. hierro 48,7 80 22,8 26 27,5 38,85
alúmina 50 3 11,3 17,5 magnesia 51,3 20
arcilla 37 10 54,5 46,2
óx. manganeso
óx. cinc 55 53 56 54 29 55,5 12
minio
óx. cromo 22 20 20 17 11 13 Cale: 1230° 1230° 1230° 1040' 1040° 1040° 1230° 1040°
óx. hierro 50 23 24 24 17,7 23 14 (a 1040°
magnesia marrón)
Cale: 950° 1230° 1230° 1230° 1230° 1230° 1230°
(a 1230° (a 1040°
morado) se aclara)

ROSADOS, LILAS Y MORADOS

ácido bórico 2
TIERRAS CLARAS (ocres, cremas y amarillentas) bicromato de potasio 3 2 3
carb. calcio 26 15 30 40 34,8
alúmina 11,3 18 59 cromato de plomo 2
arcilla 37 0.5
ox. cromo
carb. calcio 11 19 10 16 19,7 4
cuarzo
óx. cinc 56 54 29 45,8 42 :» 24 52 73 50 57 45 65
óx. estaño
óx. cromo 20 17 1 1 2 1230° 1230° 1230° 1230° 1230° 1230°
Cale:
óx. hierro 24 17,7 23 48,7 7 9 16,5 (•)
magnesia 51,3
óx. titanio 73 45,2 41,5
Cale: 1040" 1040° 1040° 1 040° 1040° (a 1040° 1040° 1040°
crema.
A 1 230°
ocre)
*

264 265
A Z U L E S (claros, celestes, medios y oscuros)
ROSADOS, L I L A S Y MORADOS

ácido bórico 12,8 48 ácido bórico 14 \


alúmina 24 alúmina 49 33,3 85,7 75 60 56,10 ^ 60
bicromato de potasio 3 3,85 3,6 2 arcilla 33,5
bórax anhidro 4 4 óx. cinc 19 10,5 35,65 20
carb. calcio 25 32,05 23,5 22 óx. cobalto 37 4,7 3,8 5 22,2 8,25 20
óx. cromo 17,8
óx. cinc 26
cuarzo 20
cromato de plomo 3 2,1
cuarzo 18 18 18 óx. estaño 9,5
Cale: 1150° (a 1050- 1040- 1040- (a 1230° (a 1230° (a 1040-
espato flúor 7
oscuro 1200° 1230° 1230° verdoso aunque- 1230°
óx. estaño 50 64,10 50,9 50 85,1
celeste) aunque- sado) aturque-
Cale: 1230° 1230° 1230° 1230° 1280° 1120-
sado) sado)
(1) 1200°

(1) Para resultar un buen lila violáceo, este pigmento debe salir ya violeta intenso de la
calcinación. Se lo triturará y luego se molerá finamente. Al lavarlo con agua caliente y VERDES
bórax, mejora o aparece el color típico.
óx. antimonio 50

arcilla 4,25 65 32,7 9,5


bórax 2,1 1
óx. cinc 21
A M A R I L L O S (y naranjas vivos) carb. calcio 5,63
carb. cobalto 19,8 12,3
óx. antimonio 30 25 34,5 8,4 38
óx. cobre negro
óx. estaño 12 19 13,8 80,2
óx. cromo 70,42 25 79
minio 58 1 54 51,7 41 43
cuarzo 9,85 60
nitrato de potasio . 2 8,2
feldespato 15
Cale: 1040° 1040° 1040° 4 1,6 9,5
minio 7,74

Estos amarillos ele estaño-antimonio se alteran si se sobrepasa el cono 06 (1040° C) al óx. níquel
1040° 1040° 1230° 1 040° 1050- 1040- 1040° 1040°
hornearlos bajo cubierta. Ver artículo "Amarillo" en el Dicción/trio /le Cerámica. Amari- Cale:
llos resistentes a altas temperaturas, para colorear esmaltes de gres (1230°), o pastas de 1 200° 1230° verde verde
porcelana (1280° C), los hemos obtenido calcinando a 1300° C, 85 gr de óxido de verdo- verdoso amari- rústico
circonio, más 12.gramos de óxido de vanadio, más 3 gr de óxido de estaño, en atmós- so azu- gi isa- liento
fera muy oxidante.
lado

267
266 :
NEGROS APLICACIÓN DE LOS PIGMENTOS
óx. cobalto B
5 31 Los p i g m e n t o s * se aplican s e g ú n diversas técnicas (pincel,
óx. cromo 54 63 7 b a ñ o , p u l v e r i z a c i ó n , i n m e r s i ó n , espolvoreo o f r o t a c i ó n , espon-
óx. hierro 26 32 37 j a d o , cepillado, etc.), y para diversos usos (bajo cubierta, sobre
óx. manganeso 15
óx. níquel
12 bizcocho, sobre engobes, etc.). Cada t é c n i c a y cada uso e x i g i r á
13 diferentes m é t o d o s de trabajo. L a a p l i c a c i ó n a pistola, p o r ejem-
Cale: 1230° 1230° 1050- plo, exige que se tamice previamente el color p o r u n a m a l l a
1230° N ° 150 p o r lo menos. C o m o n o r m a general, los p i g m e n t o s se
a p l i c a n m e d i a n t e el a g r e g a d o de u n esmalte v i t r i f i c a n t e ,
.Simeón' T ° ' , S b!C !
8 ° °" P
í l p i i C a i á Cl
U e
«viana, o bien se lo
- ebajaiá con acalla y cuarzo bten molidos hasta lograr a ojo el tono deseado
r C c a a
fundente o m o r d i e n t e ; de u n v e h í c u l o y de u n plastificante. A
veces con u n rebajador del color.

Esmalte v i t r i f i c a d o r o f u n d e n t e

S b
Los pigmentos no p u e d e n adherirse p o r sí mismos a las
B
cot!r2 S
F
P a , a
T ' ° ,r
°J p
« a S t a S r
° 1«™ rebajar otros
colores). E n vez de a r e l a puede usarse u n c a o l í n que resulte m u y
a s u o s c r a s
pastas, bizcochadas o no, ya que son m u y refractarios y n o "muer-
blanco de la c o c c i ó n .
den" sobre ellas para poderse fijar. Para ese fin, deben ser mez-
clados en m o r t e r o con determinados porcentajes de esmalte
arcilla muy blanca 40 vitrificante o agente de fijación, el que oscila en a l r e d e d o r de
carb. calcio 0 „ u n 30 p o r ciento (a veces m á s ) para aplicarlos sobre bizcocho.
carb. plomo 33 D i c h o porcentaje depende de la t e m p e r a t u r a de fusión de d i -
cuarzo 10 cho esmalte, o sea de su m a y o r o m e n o r capacidad de vitrificar
óx. estaño a la t e m p e r a t u r a a que se hornea; de la refractariedad de cada
'2 65
Cale: tipo de p i g m e n t o (algunos r e q u i e r e n m á s vitrificante q u e otros
1040° ¡230°
para poderse a d h e r i r ) ; y de la t e m p e r a t u r a de c o c c i ó n . E n altas
temperaturas, p o r ejemplo, los ó x i d o s no r e q u i e r e n vitrificante,
Cuanto más puros sean los materiaies usados, tanto más blanco resultará el color pues al vitrificarse esas pastas de gres, ellas mismas a c t ú a n c o m o
esmalte vitrificador, sobre las que el ó x i d o " m u e r d e " perfecta-
mente y se c o m p e n e t r a m u y í n t i m a m e n t e con ellas. En bajas
temperaturas, p o r el c o n t r a r i o , si no se a ñ a d e esmalte a los ó x i -
dos o pigmentos, éstos se desprenden apenas se pasa el dedo
sobre la pieza. El esmalte de fijación que nosotros empleamos

* Nos referimos a los pigmentos para bajo cubierta, o calcinas, o co-


lores bajo cubierta, ya sean los que presentamos en nuestro F o r m u l a r i o o
los que adquiera el ceramista en el comercio.

268
269
es u n esmalte fritado usual p a r a bajo cubierta, de 1 0 4 0 ° C. N o
conviene usar esmaltes crudos para ese fin, ya que son m á s v i - Rebajadores de color
' rulentos o activos que los fritados y p u e d e n alterar o a r r u i n a r
muchos colores. El agregado de esmalte vitrificador, p o r o t r a Así d e n o m i n a m o s nosotros a una mezcla p o r partes iguales
parte, realza o aviva el color usado, que, de no llevarlo, resulta de arcilla blanca o c a o l í n , cuarzo y a l ú m i n a m u y blancos, b i e n
"apagado". Este esmalte debe ser p l ú m b i c o , calcico y levemente m o l i d o s y mezclados, que se a ñ a d e n al p i g m e n t o a fin de reba-
b o r á c i c o (fritado). j a r o aclarar su color cuando se desee. Por ejemplo, p a r a l o g r a r
N o se debe exceder la c a n t i d a d de esmalte fijador usado, u n celeste, se puede rebajar u n p i g m e n t o azul c o n d i c h o a ñ a d i -
pues, si es m u c h a , el p i g m e n t o se altera e n su color y la t e x t u r a do. Eso sí, se m o l e r á todo m u y bien en m o r t e r o . Si n o se dispo-
mate se p i e r d e , ya que o resulta una especie de capa vitrea o ne de a l ú m i n a , es posible rebajar el color a ñ a d i e n d o s ó l o arcilla
i n c l u s o se a g r i e t a o descascara d i c h a capa p o r e x c e s i v a (o caolín) y cuarzo. T é n g a s e en cuenta que, si se a ñ a d e m u c h o
vitrificación. S i e m p r e se d e b e r á p r o b a r antes de arriesgar la rebajador, t a m b i é n se d e b e r á a u m e n t a r el porcentaje de esmal-
pieza, hasta averiguar el porcentaje adecuado. te vitrificante o de fijación para que el color se a d h i e r a y n o se
Los p i g m e n t o s para bajo cubierta d e b e r í a n venderse p u - desprenda d e s p u é s de h o r n e a d o c u a n d o se l o aplica sobre biz-
ros, es decir, sin mezcla de esmalte vitrificador, el que debe ser cocho. U n a capa m u y liviana de color, o con exceso de v e h í c u l o ,
agregado p o r el ceramista de acuerdo con su uso. Sin embargo, t a m b i é n p e r m i t e rebajar el t o n o o matiz, a c l a r á n d o l o (como
algunos comerciantes suelen adicionarle porcentajes de esmal- sucede con los negros, que se vuelven grises con capa delgada).
te a fin de rebajarlo (para ganar m á s ) , lo cual p e r j u d i c a ciertas C u a l q u i e r color t a m b i é n p o d r í a rebajarse de t o n o m e z c l á n d o l o
aplicaciones que se haga del p i g m e n t o ( p o r ejemplo p a r a escul- con p i g m e n t o blanco.
turas o murales sobre bizcocho, sin la cubierta transparente).
Plastificantes
Vehículo
El agregado de arcilla plástica m u y blanca al p i g m e n t o an-
tes de su a p l i c a c i ó n p e r m i t i r á una fácil, untuosa y placentera
El v e h í c u l o es u n simple m e d i o que p e r m i t e o facilita la
a p l i c a c i ó n . Son desagradables esas capas magras de p i g m e n t o ,
a c c i ó n d e l p i n c e l , o qtie p e r m i t e la a p l i c a b i l i d a d de cada 1
que se ven a m e n u d o , las que resultan "secas ' y sin vida sobre
p i g m e n t o . El m á s c o m ú n es el agua, si bien es posible m e j o r a r
bizcocho. El a ñ a d i r bastante arcilla m u y blanca y p l á s t i c a a cada
la s u s p e n s i ó n m e d i a n t e adhesivos, c o m o gomas, C M C y todos
color hace que la pincelada sea m á s sua|?e y cubritiva, y eleva la
los usados para bajo cubierta ( c o n s ú l t e s e el C a p í t u l o respecti-
s u s p e n s i ó n del p i g m e n t o que se aplica p o r p u l v e r i z a c i ó n . Pero
vo). Sin v e h í c u l o que posibilite la a p l i c a c i ó n del p i g m e n t o p o r
n o se debe exceder de ciertos topes, ya que, se u s ó demasiada
vía l í q u i d a , ellos sólo p o d r í a n aplicarse p o r f r o t a c i ó n (pero siem-
arcilla, el color r e s u l t a r á m u y aclarado o alterado (sobre t o d o
p r e mezclados con esmalte vitrificador). El m e d i o o v e h í c u l o n o
los m á s "sensibles": los lilas y rosados), y la capa c r u d a p u e d e
influye sobre el color, y, dado que o se evapora si es agua, o
agrietarse p o r excesivo e n c o g i m i e n t o (la arcilla encoge al secar-
desaparece d u r a n t e la c o c c i ó n si son adhesivos o r g á n i c o s (go-
se), con lo que se d e s c a s c a r a r í a . El a ñ a d i d o de este plastificante
mas, jarabe de a z ú c a r , glicerina, aceites, alcohol), no i n t e r v i e n e
es necesario para aplicar p i g m e n t o s sobre engobes, y t a m b i é n
realmente en el proceso de p i g m e n t a c i ó n . Su m i s i ó n es facilitar
sobre pastas, y puede oscilar entre u n 10 hasta u n 30 p o r cien-
la a p l i c a c i ó n . M é z c l e s e el p i g m e n t o con u n 300 p o r ciento de
3 to. Para bajo cubierta n o se lo u s a r á , ya que los aceites o gomas
v e h í c u l o (o sea, 3 c m de v e h í c u l o l í q u i d o p o r cada g r a m o de
usuales hacen plástica la a p l i c a c i ó n . Sin embargo, hasta u n 5
p i g m e n t o seco).
p o r ciento de arcilla m u y blanca y p u r a , m u y bierf mezclada c o n

270
271
el p i g m e n t o , s e r í a ele desear p a r a bajo cubierta, a fin de elevar treos que la pasta (ya que llevan a su vez u n porcentaje de es-
la s u s p e n s i ó n y m e j o r a r c o n ello la aplicabilidad del c o l o r (el malte), el color se desarrolla bien, ya sea que se lo aplicjue sobre
p i n c e l puede m a n i o b r a r con m a y o r s o l t u r a y " e m b a d u r n a " engobe c r u d o o bien h o r n e a d o . Sobre engobes ya h o r n e a d o s ,
m e j o r ) . Se debe tamizar p o r malla N ° 150 a 200 la arcilla usada, los colores resultan u n poco m á s vivos que sobre engobes c r u -
a fin de e l i m i n a r arenillas de cuarzo que siempre posee, y que dos para una misma carga. En m u y interesante d e c o r a r o colo-
afean la capa vitrea ( d e s p u é s de la c o c c i ó n aparecen bajo la cu- rear sobre engobe, ya que dicha t é c n i c a nos relaciona con el
b i e r t a del esmalte: defecto h a r t o frecuente y h o r r e n d o ) . m é t o d o i n d í g e n a de d e c o r a c i ó n , que c o n s i s t í a precisamente e n
Si una capa de p i g m e n t o arcilloso, aplicado sobre bizcocho eso: aplicar pigmentos negros sobre u n engobe c r e m a o rojizo,
o engobe crudo-seco, se descascara antes de ser h o r n e a d a , ello p o r ejemplo. E l v e h í c u l o siempre es acuoso, p e r o de consisten-
se debe a exceso de arcilla, la que encoge d u r a n t e el secado. cia m á s densa que la del agua, para lo cual se a ñ a d i r á n gomas; o
Pero si no se d e s c a s c a r ó d u r a n t e el secado, sino que ello se p r o - s o l u c i ó n de C M C ; o j a r a b e de agua y a z ú c a r ; y u n p o q u i t o de
d u j o d u r a n t e l a c o c c i ó n , d i c h a falla se d e b e al exceso de arcilla tamizada para elevar la s u s p e n s i ó n .
vitrificante o de t e m p e r a t u r a .

PIGMENTACIÓN BAJO CUBIERTA PIGMENTACIÓN SOBRE BIZCOCHO (y pastas crudas)

Se realiza p r e v i a mezcla con el p i g m e n t o de u n 5-10 p o r Constituye una t é c n i c a segura y fácil el colorear (o deco-
ciento del m i s m o esmalte de cubierta que se u s a r á , a fin de que rar) c o n p i g m e n t o s sobre piezas bizcochadas. Así es posible ob-
" m u e r d a " m e j o r sobre el bizcocho. Los diversos tipos de v e h í - tener ornamentaciones m u y variadas y atrayentes sobre vasijas
culos l í q u i d o s ( m á s o menos densos o espesos) se describen en y piezas de t o d o t i p o . N o se debe olvidar a ñ a d i r el porcentaje
el C a p í t u l o respectivo. Previo u n p r e h o r n e a d o a unos 6 0 0 ° C usual (30 ó m á s p o r ciento) de esmalte fijador al p i g m e n t o , c o n
p a r a q u e m a r el v e h í c u l o y evitar que la cubierta burbujee (cosa el que se lo m o l e r á y m e z c l a r á m u y í n t i m a m e n t e , a riesgo de
q u e muchas veces n o es necesaria), se aplica el esmalte transpa- a r r u i n a r el trabajo. Muchas veces, tanto esculturas c o m o murales
rente de cubierta p o r i n m e r s i ó n o a pistola. L a pinceleta al a p l i - r e s u l t a n c o l o r e a d o s y t e x t u r a d o s c o n é x i t o al a p l i c á r s e l e s
car d i c h o esmalte puede hacer que el color se "corra", si b i e n a p i g m e n t o s de color adecuado. L o que se debe evitar es la des-
veces u n a m a n o e x p e r t a y cuidadosa puede usarla c o n é x i t o , agradable marca de la pincelada (eliminable p o r f r o t a c i ó n sua-
sin p r e h o r n e a d o . ve), p a r a lo cual es preferible usar el m é t o d o de p u l v e r i z a c i ó n
m e d i a n t e pistola o pulverizador. El p i g m e n t o c o n su v e h í c u l o
PIGMENTACIÓN SOBRE ENGOBES acuoso (agua con u n poco de goma a r á b i g a ; o s o l u c i ó n de C M C ;
o bien agua con u n a s o l u c i ó n de a z ú c a r para espesar el m e d i o y
elevar su consistencia) d e b e r á tamizarse p o r u n a m a l l a N ° 150 a
Si se engoba u n a pieza estando t o d a v í a h ú m e d a , es posible
fin de que n o se o b t u r e la b o q u i l l a de la pistola. Para que la
decorar o colorear d i c h o engobe no h o r n e a d o p e r o ya seco
a p l i c a c i ó n resulte m á s plástica conviene agregar al p i g m e n t o en
e m p l e a n d o estos p i g m e n t o s c e r á m i c o s . Para ello se los m e z c l a r á
s u s p e n s i ó n u n poco de arcilla blanca en polvo (tamizada). M e -
con adecuados porcentajes de esmalte transparente, los q u e
diante pistola es posible obtener u n a capa táctil, seca y mate, a
oscilan en a l r e d e d o r de u n 30 p o r ciento (a veces u n poco m á s
veces u n poco levemente granulosa, especial p a r a esculturas o
p a r a azules y negros, p o r ejemplo). Si n o se a ñ a d e este esmalte
murales. El porcentaje de vitrificante no debe ser excesivo, para
o agente vitrificante, el p i g m e n t o n o resulta b i e n a d h e r i d o n i se
que n o se altere la t e x t u r a mate del p i g m e n t o , n i se agriete o
desarrolla correctamente su color. Siendo los engobes m á s ví-

272 273
descascare la capa d e s p u é s de la c o c c i ó n . Pero tampoco debe dola m á s seca o granulosa, cosa f á c i l m e n t e obtenible c o n pistola
ser insuficiente, pues el p i g m e n t o se d e s p r e n d e r í a al simple a ú n para el poco e x p e r t o . Proponemos, pues, este m é t o d o de
contacto de la m a n o . Sopleteando de esta m a n e r a p i g m e n t o s
trabajo como una útil y eficaz alternativa para el artista r e ñ i d o
sobre esculturas o murales, es posible "salvar" buenas piezas
con los esmaltes.
cuyo esmalte ha fracasado p o r cualquier motivo, ya sea a p l i c á n -
dolos sobre el esmalte fallado, o h a c i é n d o l o previamente q u i t a r
por arenado a p r e s i ó n . T a m b i é n es posible aplicar p i g m e n t o s
PIGMENTACIÓN EN CUERPOS CERÁMICOS
p o r b a ñ o o i n m e r s i ó n . L o esencial en estos casos es agregar ar-
cilla a la s u s p e n c i ó n , para evitar que el p i g m e n t o se sedimente
El c u e r p o m i s m o o seno de esmaltes, engobes y pastas pue-
(5-10%).
de t e ñ i r s e m e d i a n t e la a d i c i ó n de pigmentos del c o l o r deseado.
M a y o r t e m p e r a t u r a de cocción aviva y realza bastante los Es preciso p r o b a r con el p i g m e n t o que se prefiera, en varios
colores morados, lilas y rosados, así c o m o los tierras (1080- porcentajes; p r o c e d e r p o r a p r o x i m a c i ó n hasta l o g r a r el t o n o
1100°C), mientras que a r r u i n a r á a los amarillos de a n t i m o n i o ,
deseado ya sea en pastas, esmaltes o engobes. C o n respecto a
por ejemplo, si se sobrepasa los 1 0 4 0 ° C.
los esmaltes, las f ó r m u l a s que damos en el T o m o 2° de este Cur-
Si bien es posible aplicar estos pigmentos (preparados y so Práctico p u e d e n i n c l u i r pigmentos en vez de ó x i d o s , con lo
aplicados s e g ú n se i n d i c ó ) t a m b i é n sobre pastas crudas, es pre- que se l o g r a r á buena variedad de matices. L o m i s m o d i r e m o s
ferible hacerlo sobre bizcocho, ya que ciertas pastas c o n t i e n e n con respecto a los engobes y pastas. L a ú n i c a d i f i c u l t a d que se
m u c h o h u m u s y p a r t í c u l a s o r g á n i c a s , las que, al quemarse d u -
da con las pastas es que, para t e ñ i r l a s , a veces es preciso m u c h a
rante la c o c c i ó n , d e t e r i o r a r í a n ciertos colores, sobre t o d o los
cantidad de p i g m e n t o , algunos de los cuales resultan caros cuan-
m á s sensibles. Por o t r a parte, los colores se realzan u n poco m á s
d o incluyen ó x i d o s costosos, como el de cobalto, p o r e j e m p l o .
sobre bizcocho que sobre pastas crudas para una misma carga.
Pero con pigmentos nobles p e r o baratos, c o m o los hechos con
A d e m á s , es frecuente que una escultura o placa de m u r a l se
h i e r r o y manganeso, p o r ejemplo, es posible obtener maravillo-
agriete si se la "moja" demasiado (estando cruda) al p i g m e n t a r i a ,
sos colores integrados, con sólo molerlos y mezclarlos m u y p r o -
ya sea p o r i n m e r s i ó n o sopleteado. Déjese de sopletear no bien
longada, paciente y amorosamente.
aparecen mojaduras o chorreaduras. Él bizcocho, p o r ser p o r o -
so y absorbente, no presenta ese p e l i g r o , y la capa resulta m á s
u n i f o r m e y gruesa.
PIGMENTACIÓN SOBRE ESMALTES
Muchos escultores o muralistas no m u y duchos en el difícil
arte de esmaltar ("el arte de los dioses"), p u e d e n echar m a n o de T n los c a p í t u l o s respectivos de este mismo T o m o se explica
estos pigmentos, a p l i c á n d o l o s s e g ú n lo indicamos, en especial la t é c n i c a de o r n a m e n t a r sobre esmaltes no horneados p e r o se-
p o r sopleteado. Placiendo previamente unas pruebas para c o m - cos usando pigmentos (mayólica). Allí r e m i t i m o s al lector, así
p r o b a r el color, el resultado es siempre seguro y f á c i l m e n t e co- como para lo referente a la d e c o r a c i ó n sobre cubierta.
rregible, y n o exige gran experiencia c o m o el esmalte. T a m p o -
co a r r u i n a r á la a veces valiosa pieza una simple falla de c o c c i ó n ,
como el exceso de t e m p e r a t u r a en varios conos. A d e m á s , siem-
pre es posible sopletear m á s u o t r o color sobre el ya h o r n e a d o , La decoración puede ser aceptable cuando alegra sin perjudicar la función. Y puede
si se desea acentuar o cambiar el t o n o , c o r r e g i r alguna i m p e r - ser ridicula como dibujar una margarita en el ano. 'laminen puede ser criminal,
como el aplicar un calco rojo de cadmio venenoso al centro de un plato de cocina o
fección o dar " m á s t e x t u r a " a la escultura, p o r ejemplo, h a c i é n -
al. borde de una taza o jarro (filete rojo).

274
D I C C I O N A R I O D E CERÁMICA LIBROS QUE HAN CREADO LA "CERÁMICA HOLÍSTICA"

por Jorge F e r n á n d e z Chiti LA CERÁMICA ESOTÉRICA


Extensa obra de 450 p á g s . que indaga en los aspectos
secretos y esenciales del Arte terreo. Revela los recón-
ditos misterios milenarios que dieron nacimiento a la
Tres tomos c o n a m p l í s i m a i n f o r m a c i ó n , c o n f o r m a n u n a ver- cerámica, su alquimia, su mística, sus arcanos. El ver-
dadera enciclopedia de la ciencia y el arte c e r á m i c o . Responde dadero Vaso es el "interior" (y el visible su símbolo).
todas las preguntas que pueda plantearse el ceramista, el técni- 42 C a p í t u l o s ilustrados.
co, el profesor, el ingeniero, el artista, el crítico, el h i s t o r i a d o r , el
arqueólogo.
ros OÍ riLOiofkiíHtiilcA
El p r i m e r D i c c i o n a r i o de C e r á m i c a propiamente d i c h o que
se p u b l i c a e n t o d o el m u n d o . ( N o es u n m e r o v o c a b u l a r i o n i u n CERÁMICA INDÍGENA ARQUEOLÓGICA AR-
á l b u m de f o t o g r a f í a s para rellenar espacio.) CERÁMICA GENTINA
INDIGENA
O b r a de consulta i m p r e s c i n d i b l e en la escuela y el taller, LAS TÉCNICAS. LOS ORÍGENES. EL DISEÑO
ARQUEOLÓGICA
p a r a el artesano, el artista, el i n d u s t r i a l , el docente, el estudiante ARGENTINA Obra renovadora que, con nueva m e t o d o l o g í a y siste-
y el ceramista profesional. mas de análisis, ofrece puntos de vista e i n f o r m a c i ó n
novedosa acerca de las técnicas propias de nuestra ce-
Permite evacuar cualquier consulta de ciencia, t é c n i c a , arte r á m i c a a r q u e o l ó g i c a , eliminando prejuicios de comien-
y c u l t u r a c e r á m i c a y de todas las ciencias afines: q u í m i c a , física, zos de siglo y aclarando el difícil panorama referente
m i n e r a l o g í a , g e o l o g í a , a r q u e o l o g í a , c e r á m i c a i n d í g e n a , historia. al problema de sus o r í g e n e s . El m o d o de d i s e ñ a r , los
m ó d u l o s n u m é r i c o s , reglas compositivas y otras leyes
C o n abundantes tablas explicativas al final de la obra, de
de la creación i n d í g e n a son estudiados con p r o f u n d i -
materiales, temperaturas, escalas, s í m b o l o s , pesos y m e d i d a s ,
dad. M u y ilustrado. 308 p á g s .
conversiones, equivalencias, f ó r m u l a s , listas y datos t é c n i c o s .
Registra y explica 5000 palabras de t é c n i c a , arte c e r á m i c o ,
ciencias afines y datos ú t i l e s al ceramista.
Q U É ES L A C E R A M O L O G Í A
Obra m á x i m a de la literatura c e r á m i c a universal. R e ú n e toda I m p o r t a n t e estudio sobre la m e t o d o l o g í a del arte
la i n f o r m a c i ó n d i s p o n i b l e . L o m á s completo que se ha escrito c e r á m i c o integral. Clasifica y describe todas las mate-
hasta h o y en c u a l q u i e r i d i o m a d e l m u n d o . rias que debe abarcar cualquier programa de estudios
c e r á m i c o s serios, d i v i d i e n d o la ciencia ceramológica
en tres grandes ramas: C E R A M O L O G Í A CIENTÍFI-
CA; C E R A M O L O G Í A ARTÍSTICA; Y CERAMO-
L O G Í A C U L T U R A L . Presenta, a d e m á s , un novedoso
sistema para calificar piezas en concursos y salones,
sin posibilidad de que haya favoritismos, acomodos
y turbios manejos (lacra de nuestros salones c e r á m i -
cos).

276 277
CONDORHUASI: INSTITUTO D E CERAMOLOGÍA
ESTÉTICA DE LA NUEVA I M A G E N CERÁMICA Y
ESCULTÓRICA Primera i n s t i t u c i ó n consagrada a la i n v e s t i g a c i ó n c e r á m i c a científica y ar-
La m á s moderna estética práctica, elaborada por u n ar- tístfca 1"ve" y a la e n s e ñ a n z a y f o r m a c i ó n del ceramista profesional a u n
gentino y no inspirada en libros extranjeros. Ha hecho S e l s u p e r t o r . Y u CARRERA D E C E R A M O L O G I A permite estudia a
furor en Europa y J a p ó n donde se proyecta traducirla. A L T A c I r Á M I C A en todos sus aspectos. Sus egresados obtienen el titulo
de CERAMÓLOGO P R O F E S I O N A L . El I n s t i t u t o posee l a b o r a t o r i o ,
Analiza y explica q u é es el arte, su clasificación, y plan- fnstrumental m i c r o s c ó p i c o , biblioteca y colección de a r q u e o l o g í a .
tea una nueva teoría de la estética basada en el análisis
de la I M A G E N , que clasifica desde el p u n t o de vista
s e m á n t i c o ; s e g ú n su horizonte de referencia; s e g ú n su CARRERA DE CERAMOLOGÍA
"modus operandi" o modalidad operativa; y s e g ú n la r e p r e s e n t a c i ó n . Cien- Planificación de materias (cursadas en tres años):
tos de fotografías ilustran esta tipología. CINCO MATERIAS BÁSICAS: VASIJA.
N o es posible hacer arte sin conocer estética, salvo copiones de estilos y de »• ESCULTURA.
obras plagiados de revistas extranjeras. U n libro para aprender a crear con MURAL.
PASTAS.
seriedad. "Argentinos: a las cosas" (dijo Ortega y Gasset). ESMALTES.

CINCO MATERIAS TÉCNICAS: DIAGNÓSTICO Y LABORATORIO.


HIERBAS Y PLANTAS CURATIVAS CONSTRUCCIÓN DE HORNOS.
junet itBvn"JD£z rtitTi
PIGMENTOS.
HIERBAS V La vuelta a la Naturaleza es la base y clave de toda
ENCOBES.
PLHNTHS s a n a c i ó n . Los vegetales y sus principios son la base DECORACIÓN.
LURflTIlins milenaria para la cura de los males que afligen a la h u -
CINCO MATERIAS CULTURALES: HISTORIA DE LA CERÁMICA.
manidad, al alcance de todos y a bajo precio. Este libro ARQUEOLOGÍA Y ANTROPOLOGÍA.
estudia las propiedades curativas de m á s de 2 0 0 plan- MINERALES Y ROCAS.
tas, todas ellas ilustradas. Presenta sus dosificaciones y CERÁMICA ARTÍSTICA ACTUAL.
m o d o de p r e p a r a c i ó n . ES EL Ú N I C O LIBRO Q U E ES- PSICOLOGÍA DEL ARTE, FILOSOFÍA, ESTÉTICA.

T U D I A T O D A S LAS P L A N T A S S H A M Á N I C A S , usa-
das por nuestros i n d í g e n a s para experimentar Videncia. Es resultado de Otros CURSOS T É C N I C O S Y ESPECIALIDADES (para quienes no cursan
tres d é c a d a s de estudios vegetales en las sierras de C ó r d o b a y Santiago del
la Carrera):
Estero. Ú n i c o libro en su tipo que contiene las ú l t i m a s prescripciones (el
CURSO DE INICIACIÓN CERÁMICA.
m á s actualizado).
CURSO DE A R Q U E O L O G Í A C E R Á M I C A .
CURSO DE ESMALTES CERÁMICOS.
C U R S O DE PASTAS C E R Á M I C A S .
CURSO DE ESCULTURA Y M U R A L .
CURSO DE D I A G N Ó S T I C O Y L A B O R A T O R I O .
CURSO DE C E R Á M I C A ARTÍSTICA.
CURSO DE P R O F U N D I Z A C I Ó N CERÁMICA.
C U R S O D E A L T A S T E M P E R A T U R A S (gres y p o r c e l a n a ) .
DICCIONARIO INDIGENA ARGENTINO: DE
C O N S T R U C C I Ó N DE HORNOS.
S H A M A N I S M O , MÍSTICA, ESOTERISMO, SIM-
ASESOR A M I E N T O INDUSTRIAL. ANÁLISIS DE ARCILLAS Y M A -
BOLOGÍA, ESPIRITUALIDAD Y COSMOVISIÓN
TERIALES CERÁMICOS.
ANDINA.
Obra imprescindible para interpretar los mitogramas o
dibujos sobre c e r á m i c a a r q u e o l ó g i c a .

279
278
C O L E C C I O N A R Q U E O L O G I C A C O N D O R H U A S I . C o n t i e n e 1200 p i e - Como homenaje a los indios de Condor-
zas d e c e r á m i c a a r q u e o l ó g i c a a r g e n t i n a , a l g u n a s c o n m á s d e 2000 a ñ o s de huasi, cuyo habitat incluyó al Noroeste ar-
a n t i g ü e d a d . Se v i s i t a g r a t u i t a m e n t e . D e s d e 1970, C o n d o r h u a s i v i e n e f o r - gentino y chileno, en 1969 hemos creado la
m a n d o esta c o l e c c i ó n , q u e es u n h o m e n a j e a l I n d i o a m e r i c a n o , s o m e t i d o
Institución del mismo nombre, consagrada
a l m á s b r u t a l g e n o c i d i o , q u e a ú n p e r d u r a c o n t r a sus d e s c e n d i e n t e s .
a la investigación, enseñanza, editorial y
Museo arqueológico. A lo largo de estas
tres décadas hemos publicado 35 libros, al-
gunos de ellos en su sexta edición, usados
como textos en 42 países. Su autor en
B I E N A L E S D E C O N D O R H U A S I . Desde 1989 (cada a ñ o impar) organiza-
mos nuestras famosas Bienales, para estudiar con seriedad nuevas técnicas 1980 iue elegido miembro de la Academia
y tendencias, y para integrar ajos ceramistas latinoamericanos, cuyo nivel Internacional de Cerámica, con sede en Gi-
cultural, estético y técnico a ú n es m u y bajo. Liberarlo es nuestra M i s i ó n . La nebra (Suiza); fue profesor universitario,
Bienal de F l o r i a n ó p o l i s (Brasil), en 1993, c o n t ó con la p a r t i c i p a c i ó n de 850 dedicado a filosofía, letras y antropología;
ceramistas (libros de inscriptos a d i s p o s i c i ó n ) . La de Bolivia (Santa Criz)
en 1995, c o n t ó con 800 inscriptos. La de 1997, con 550 inscriptos, t u v o lugar ha dictado más de 300 cursos en su país y
en C ó r d o b a (Argentina). exterior; y dirige la Bienal Latinoamericana
de Cerámica Artística y Artesanal que se
realiza cada año impar desde 1989, la que
congrega entre 800 y 600 ceramistas y do-
centes de todo nuestro Continente.
CONDORHUASI trabaja para sostenerse: no recibimos ni aceptamos subsidios.
Realizamos ANALISIS de arcillas y otros materiales; y asesoramos técnica y esté-
ticamente. Certificamos la autenticidad de piezas arqueológicas. Restauraciones. Actualmente Jorge Fernández Chiti se ha-
lla consagrado a la investigación del sha-
manismo y espiritualidad indígena argenti-
na, como base para fundamentar la identi-
dad cultural de que carecemos, y como úni-
co medio de reacción posible frente a la
INSCRÍBASE GRATUITAMENTE EN NUESTRO FICHERO: RECIBIRÁ IN- cultura Kitsch invasiva global que nos opri-
FORMACIONES Y BOLETINES, O PODRÁ REALIZAR CONSULTAS. me y a la vez nos quita nuestra identidad
cultural sudamericana y nuestras bases mi-
lenarias de sana convivencia no depredato-
CONDORHUASI ria, como lo eran las pautas heredadas de
nuestros antepasados indígenas. Recupe-
M e d r a n o 1335 C A S I L L A D E C O I J R E O 400 rar todo ese acervo, hacer de él cultura vi-
1179 B u e n o s A i r e s S U C U R S A L 12
T e l / F a x 827-1070 1412 B U E N O S A I R E S va y no historia muerta, es lo que Fernán-
Argentina dez Chiti denomina "reviviscencia" cultural
indígena, camino que deberían seguir
nuestras escuelas y programas deseosos
de avizorar una entidad cultural realmente
sudamericana y argentina, en vez de un
Ul présenle edición fue realizada gráficamente par LARA Producciones Editoriales
pozo ciego pseudocultural imitativo de pau-
en Buenos Aires durante el mes de abril de 1998
tas importadas por TV. "El arte indígena es
el fundamento cultural de nuestra identidad
nacional", dice el autor.

También podría gustarte