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Abordagem de Gesell (1880-1961)

O americano Arnold Gesell, a partir de 1919, empenhou-se em reunir


observações feitas em condições muito precisas na clínica do Desenvolvimento da
Criança na Universidade de Yale, trazendo a contribuição mais importante, no que
concerne às crianças em idade pré-escolar (do nascimento aos cinco anos), para o
conhecimento da ordem segundo a qual se operam as aquisições no curso do
desenvolvimento.
Para Gesell (1998):
"O ciclo do desenvolvimento humano é contínuo. Todo o crescimento
assenta num crescimento anterior. O processo do desenvolvimento é,
assim, um misto paradoxal de criação e de perpetuação. A criança está
sempre se tornando qualquer coisa de novo; e, no entanto, é sempre a
súmula da essência do seu passado.(...) O passado foi sempre o prelúdio
de tudo." (p. 27)
Dessa forma, segundo Gesell, muito antes do nascimento, o futuro bebê está já
marcado por uma individualidade própria e com potencialidades peculiares, sendo que
cada criança tem um esquema de desenvolvimento único, determinado por essas
potencialidades e pelo seu meio ambiente.
A criança, para ele, é uma unidade, como produto do sistema nervoso. A mente
em formação é um componente inseparável de uma vasta rede de tecido vivo.
Fisicamente, a sua estrutura é representada por um vasto labirinto de fibras nervosas,
que, funcionalmente, resultam em tendências e esquemas de comportamento. Cabe à
neurociência desvendar as inter-relações entre os centros nervosos e, às ciências do
comportamento, analisar as interações da criança com o meio e os esquemas de
comportamento.
O conceito de gradiente do desenvolvimento é importante para que se
compreenda sua visão do desenvolvimento. Segundo Gesell (1998), um gradiente do
desenvolvimento é uma série de fases ou graus de maturidade por onde a criança vai
progredindo em direção a um nível mais elevado de comportamento. À medida que a
criança cresce, os seus esquemas de comportamento tornam-se cada vez mais
complexos e parecem incorporar, em grau cada vez maior, as marcas de influências
culturais. Os mecanismos do desenvolvimento, no entanto, não se alteram; a criança
mantém-se fiel aos seus próprios esquemas de crescimento e adaptação.
geOs gradientes do desenvolvimento são quadros de referência que podem servir
para localizar a fase de maturidade que uma criança atingiu numa dada área de
comportamento, não servindo, no entanto, para determinar uma idade mental. A sua
finalidade é a de determinar a posição aproximada que ela ocupa em várias seqüências
do desenvolvimento, podendo dizer até onde ela chegou e para onde é que ela tende a
seguir. Aplicando vários gradientes às suas diversas áreas do comportamento - motor
grosseiro, motor fino, adaptativo, linguagem e pessoal-social - pode-se conseguir uma
visão mais clara do seu status de maturidade total, com indicação de quais são os seus
pontos fortes e os seus pontos fracos característicos. Segundo Gesell, várias estratégias
ou práticas educacionais podem ser adaptadas às diversas fases do desenvolvimento
infantil.
Teste de Gesell

Arnold Gesell e colaboradores/ 1947

Faixa Etária de aplicação – 4 semanas - 36 meses

– Corresponde a uma avaliação direta e a observação da qualidade e da integração de


comportamentos.

– As categorias de análise desta escala referemse às áreas: comportamento adaptativo;


comportamento motor grosseiro e delicado; comportamento de linguagem e comportamento
pessoal-social.

– Constitui um bom instrumento de diagnóstico, porém com limitações importantes.

Arnold Gesell e colaboradores, na década de 20, elaboraram um programa de testes


com a finalidade de avaliar o comportamento da criança durante o desenvolvimento e assim
realizar o exame diagnóstico de seus desvios. O teste sofreu modificações e atualizações, sendo
conhecido atualmente como Escala de Desenvolvimento de Gesell e Amatruda9 .

O teste de Gesell é um teste de referência, envolvendo a avaliação direta e a


observação da qualidade e da integração de comportamentos10. Pode ser aplicado em
crianças de quatro semanas até 36 meses de idade cronológica. As categorias de análise dessa
escala referem-se às seguintes áreas: comportamento adaptativo (organização e adaptação
sensório-motora, cognição); comportamento motor grosseiro e delicado (sustentação da
cabeça, sentar, engatinhar, andar, manipulação de objetos com as mãos); comportamento de
linguagem (expressiva ou receptiva); comportamento pessoal-social (relação com o meio-
ambiente)9,11.

Os comportamentos acima descritos são observados nas idades-chave de: quatro


semanas, 16 semanas, 28 semanas, 40 semanas, 12 meses, 18 meses, 24 meses e 36 meses. O
resultado final é quantitativo e expresso como quociente de desenvolvimento (QD), quando a
criança é prematura deve ser usada a idade corrigida na avaliação. Tais dados são comparados
a uma escala elaborada a partir dos comportamentos padrão apresentados por crianças em
determinadas faixas etárias9,12.

De acordo com Gesell e Amatruda9 , a confiabilidade e validade desse teste são


consideradas boas, constituindo-se em um bom instrumento diagnóstico, muito utilizado em
pesquisas e em centros de reabilitação. Entre tanto, o teste apresenta algumas limitações: não
considera a movimentação espontânea do RN, sua qualidade de movimentos e baseia-se na
teoria neuromaturacional do desenvolvimento.

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