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1. INTRODUÇÃO.
Devemos nos aproximar da vida e obra do Senhor Jesus também com nossos
acentos próprios: somos uma sociedade aprovada pela Santa Sé e com um
carisma reconhecido. Por isso, devemos ser conscientes de nossos acentos
próprios embora ainda não tenhamos um manual da Cristologia. A novidade está
na perspectiva, na maneira como se agrupam e se apresentam os elementos que
são comuns à única espiritualidade cristã.
Partimos do homem situado:
1. Roto e ansioso de resposta, de infinito. (A aproximação ao mistério de Cristo é
em primeira pessoa, deve haver um ENCONTRO, já que Cristo é uma pessoa,
minha relação com o Senhor Jesus é “pessoal”).
Remontamos às origens:
2. Trindade
3. Pecado Original: promessa (Gn 3,15).
4. História da reconciliação: Anúncio a Maria, Encarnação, Cristo reconciliador.
5. Abre-se um dinamismo reconciliador que culmina na missão da Igreja.
2.1.1. CRIAÇÃO: Deus trindade cria por amor, convida o homem à comunhão. O
homem é Imagem e Semelhança de Deus. Isto constitui uma chave antropológica
para compreender o ser humano e para compreender o mistério de Cristo feito
homem. “primogênito de toda a criação” (Cl 1, 15-20). Tudo foi criado por Ele e
para Ele, nele foram criadas todas as coisas. Já desde o começo há um
dinamismo que aponta para Cristo, há uma universalidade em Cristo que não se
pode apagar. A Criação era boa e mantém sua bondade: sofre os danos do
pecado mas não intrinsecamente. A marca de Deus permanece.
2.1.2. PECADO: O ser humano rompe com Deus. O pecado submerge o homem
em uma realidade de lonjura de Deus. Este dado é fundamental para entender o
mistério de Cristo, não podemos esquecer deste dado fundamental.
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2.1.3. PROMESSA: dá-se no mesmo momento da queda (Gn 3,15): Anúncio
reconciliador de Cristo.
3. O MISTÉRIO REVELADO
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3.1. O TESTEMUNHO DA SAGRADA ESCRITURA.
B- Prefigurações:
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1. Adão: Cristo é o novo Adão. Possui a primogenitura universal da nova criação
(Rm 5,12; 1Cor 15,21).
2. Sacerdócio: Jesus, sacerdote supremo ou perfeito (ver Hebreus,
especialmente o capitulo 7). É uma das instituições fundamentais do povo
escolhido. Homens escolhidos que fazem preces e sacrifícios, com os quais se
mantém viva a esperança futura. É bom esclarecer que não há nenhum
sacerdote nem nenhum rito sacerdotal que estabeleça uma salvação definitiva.
3. O sacerdote é MEDIADOR: homem escolhido para mediar entre Deus e o
povo, Cristo o é em plenitude. O sacerdócio tem toda uma dimensão
SACRIFICIAL que é cumprida por Cristo. Assume, além disso, a figura do
CORDEIRO que era sacrificado em Páscoa.
4. Profetas: São precursores do “profeta”, enviados do Senhor que anunciavam
sua palavra. Seu significado literal é “o que profere a palavra”. Fala a palavra
da qual Deus lhe encarregou. Já no A.T. dizia-se que era o Verbo que falava
pelos profetas (Ver Hb 1). O sofrimento do profeta prefigura a paixão, isto se
vê de maneira clara nas figuras de Isaias:
Servo sofredor.
Chamado (Is 49,5).
Missão que tem como parte: o sofrimento (Is 52,13-53).
Cristo aceita o sacrifício e morre por sua própria vontade (Is 53,7)
Sacrifício vigário e expiatório: depositado em uma pessoa que, sem culpa
alguma, vai pagar pelos pecados de todo o povo.
É livre: ele se entrega à morte: Is 53, 12.
Textos da exaltação do Servo: figura da ressurreição (Is 52, 13-15; 53, 10-
12).
3. Realeza: O Rei é também prefigura do Messias.
Promessa a Judá: Gn 49, 8-12.
Regerá ao povo: Temporal―Saul e Davi― e Eterno: com Cristo-ungido (Sl 2).
Descendência de Davi: Os 3, 5-5; Mq 4,7; Dn 7,14;
Is 7,14: Virgindade da mãe desse Messias
Emanuel: «Deus conosco»
7. O Messias e seu povo.
1º Reino messiânico: universal. O ponto de partida é o povo de Israel que se
abre a universalidade.
2º O estabelecimento do reino messiânico é etapa necessária para a
reconciliação entre Deus e o homem, é o Messias quem faz tal
reconciliação. O ano sabático, era o ano em que Deus anunciava a
salvação. (ver CIC 433).
3º Inaugura uma nova aliança, que é cumprimento do que se prefigurava,
OS EVANGELHOS:
O mensageiro da paz, da boa nova que se lê em Is 52,7 adquire sentido
messiânico no N.T.: a Boa Nova é Cristo mesmo, Jesus, Evangelho do Pai.
São 4 as testemunhas que anunciam a Cristo. A DV nos fala do evangelho
quadriforme, no sentido que se complementam. Estes 4 Evangelistas tratam de
dar resposta à pergunta: quem é Jesus? E embora as respostas sejam
essencialmente iguais, cada uma o faz com uma singularidade própria.
Os três primeiros são muito parecidos, são os chamados sinóticos, cada um com
sua própria característica. Nos três, o Pai é quem apresenta ao Filho: No Batismo
e na transfiguração: Mt 3,13 ss; Mt 17,1 ss.
MATEUS:
Dirigido fundamentalmente aos judeus. Isso norteia a linha de suas
colocações, considerando óbvio que o leitor conhece todas as tradições.
Tem usos semíticos.
Jesus é apresentado como Rei – Messiânico.
Destaca-se a transcendência de sua origem pela concepção virginal.
Chama o Senhor Jesus de filho de Davi (Mt 22,45) para assim manifestar que
é da estirpe messiânica.
Mt 1, 21: O nome que lhe dá o anjo.
Este Messias instaura um reino: legislador e soberano de Israel.
Mt 16: Instituição da Igreja: funda um novo povo, dá as chaves a Pedro.
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Jesus é Deus, é Rei soberano.
MARCOS:
Foi intérprete de Pedro: reflete a pregação de Pedro.
Não necessariamente escreve para os palestinos.
Mc 1,1: Começo do Evangelho de Cristo Filho de Deus.
Tem uma quantidade de dados interligados.
Ressalta muitos traços humanos, transparecendo assim o mistério de sua
pessoa.
Mc 1, 38 “para isto saí”
Destaca os sentimentos do Senhor: Ira (3,5); amor (10,16); amor ao jovem
rico (10,21); eu sou (14,62).
A morte de Jesus: debilidade humana, Mc 15,39: o centurião confessa a
divindade de Jesus.
LUCAS:
- Discípulo de Paulo. Médico.
- Escreve a comunidades helênicas, por isso suaviza muitas expressões
semíticas.
- Cita a genealogia desde Adão, porque tem uma visão universal da salvação.
- É o único que chama Cristo de “Senhor Jesus”.
- Faz insistência na presença do E.S.
JOÃO:
- É o mais teológico e o mais controvertido.
- Prólogo: Afirma a preexistência do Verbo e portanto a origem Divina de Jesus.
- Deixa entrever algumas relações do Verbo com o Pai.
- Esse Verbo se fez carne (1,13)
- Jo 1,18: Leitura de toda a obra de Jesus como uma manifestação de sua
glória.
- É firme na afirmação de Jesus como Filho de Deus.
- Dá detalhes da Encarnação: V.13-14.
- Acentos próprios nas diferentes passagens: cansaço e sede (4,6); confusão
(12,27).
- Harmonia entre a divindade e a humanidade na pessoa de Cristo.
SÃO PAULO:
Esta marcado por sua conversão, que é um encontro “pessoal” com Cristo
ressuscitado, o que firma e marca sua vida e apostolado e se reflete em suas
epístolas.
Isto é chave para compreender sua Cristologia.
Seu caráter é existencial; é o autor mais veemente, o mas apaixonado, reflexo
de seu caráter forte.
Em todas as suas cartas transparece, como fruto de sua conversão, o
convencimento de que Jesus é Filho de Deus. At 9,20 nos manifesta que
imediatamente passou a pregar esta verdade nas sinagogas: Cristo é Filho de
Deus.
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Cl 1,1ss: Se entrevê a afirmação da preexistência do Verbo. Nota de
divindade.
Vê-se claramente seu pensamento sobre a origem de Jesus. Em Cl 1,15ss, há
uma primazia de Cristo: o hino tem dois momentos claros, primeiro Cristo
como Criador, com um acento na preexistência e segundo um acento mais
colocado na obra reconciliadora.
Fl 2, 6-11 - primeira parte: preexistência de Deus; despoja-se de si mesmo.
Nome: manifesta a identidade e missão; ser mesmo da pessoa, ref. Is 45,23.
Este hino é uma síntese rica e expressiva da Cristologia paulina.
HEBREUS:
É um texto do qual SP não é o autor mas o pensamento é de origem paulina.
Centralidade: sacrifício, por sua potestade sacerdotal.
Prólogo: expressa a fé na preexistência do Filho.
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Distinção fundamental entre a antiga aliança e a nova. Por que este acento?
Porque sua pregação vai precisamente para os Hebreus.
Distinção de grau e natureza: a AA é profética, a NA é filial
A idéia do sacerdócio como mediação é forte.
4.1. ANUNCIAÇÃO-ENCARNAÇÃO.
(Ver Em Companhia de Maria)
O Senhor está contigo: Emanuel: Deus conosco. Expressa-se assim, desde o
início, na saudação do anjo, a Divindade de Jesus.
Tem muitos sinais messiânicos como a saudação “Jairé”.
Concepção virginal: entrada ao mundo de maneira milagrosa, sinal de sua
Divindade.
A concepção está expressa no Sim de Maria.
4.1.3. REVELAÇÃO
Todo a vida de Cristo deve ser vista como uma unidade: Nascimento e
infância, vida oculta, ministério reconciliador, paixão, morte, ressurreição,
ascensão.
A apresentação de Maria: aos pastores ―que significa a apresentação ao povo
de Israel― e aos Magos ―que significa a apresentação aos gentios―.
A visitação: O reconhecimento de Isabel.
Apresentação no templo: consciência da expectativa do povo no Messias.
4.2.3. BATISMO.
4.2.4 AS TENTAÇÕES.
São três: Converter as pedras em pão (costuma-se identificar com o prazer),
“Se és Filho de Deus, lança-te abaixo” (poder) e se me adorares, te darei…
(ter).
O inimigo sonda para ver quem é.
O próprio E.S. impulsiona Jesus para o deserto.
Onde o primeiro Adão pecou, o novo Adão triunfa.
Jesus cumpre perfeitamente a vocação do povo de Israel… os 40 dias no
deserto fazem alusão aos 40 anos que o povo vagou pelo deserto e onde se
rebelou várias vezes contra Deus.
São uma antecipação da vitória que se dará com a Cruz e a Ressurreição.
As tentações têm um elemento revelador acerca do SJ e da pessoa humana,
pelo sentido salvífico e porque nos ensinam a enfrentar a tentação. Recordam-
nos que a tentação não é pecado, é uma ocasião de luta para vencer e
crescer.
Manifestam a veracidade da humanidade de Jesus que se acha submetida à
tentação.
Se não pecou, como é livre? Se Jesus é o santo de Deus, havia um
crescimento em santidade em Jesus?, Jesus… podia pecar?
A santidade é comunhão com Deus: implica na consagração, na pertença a
Deus. É diferente da santidade como esmero moral, como mero moralismo.
A santidade bíblica é mais que isso: é a entrega total do ser e do fazer a Deus
que tem como conseqüência esse esmero moral.
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Jesus é Santo porque se consagra por obediência amorosa ao Pai totalmente.
Sob esta perspectiva, por ser plenamente humano, Jesus crescia em
Santidade, é modelo real porque é verdadeiro homem.
Ele experimenta realmente o conflito humano que a tentação produz, mas
livremente opta pelo Plano de Deus.
Não pecou e nem sequer era possível que pecasse.
Como pode ser livre? Porque a liberdade é o exercício (…) o fato é que Jesus é
livre no sentido pleno da palavra. O fato de não poder pecar não diminui a sua
liberdade, o pecado não é uma opção de liberdade mas sim de escravidão.
Pelo contrário sua liberdade Lhe permite ser obediente.
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Se com algum termo podemos englobar este dinamismo do anúncio do reino é a
Reconciliação, que parte do coração do homem, Mc 7,20: o que importa é o que
sai do coração do homem, Cristo aponta para esta dimensão do homem.
Há uma dinâmica nos evangelhos que conduz o leitor a este ponto da Cruz. Os
evangelhos não são narrações frias e jornalísticas dos fatos, são testemunhos de
fé de homem que tocaram com suas mãos o evangelho vivo. Nesse sentido os
evangelhos vão apontando para esse momento central que constitui a paixão,
morte e ressurreição do Senhor.
1. Conspiração e traição (Mt 26, Mc 14, Lc 22): Há uma interação entre os atores
humanos que causam a morte do Senhor e há uma “permissividade” da parte de
Deus. Estariam os autores predestinados a matar Jesus? Já que Cristo ia morrer…
tinha que morrer, alguém tinha que cumprir o encargo? (CIC) Salva a
responsabilidade pessoal por sua liberdade já que Deus em sua onipotência que
transcende o tempo vê estas decisões que não deixam de ser livres. (NT. Este
pedaço está confuso. Não entendi o que se pretendeu dizer.) Por outro lado deve-se
entender que os culpados somos todos nós, os homens, porque morreu por
nossos pecados. A atitude de Nosso Senhor perante esta realidade é de um
valente enfrentamento, não foge. Já conhecia, além disso, o que lhe aconteceria
pela prenúncio que fez, mais de uma vez, de sua paixão. Isto nos fala de sua
aceitação livre para passar por esse momento. É por isso modelo de entrega, de
sacrifício, de generosidade livre.
5. Processo e condenação:
Julgado no sinédrio como blasfemo por ter-se proclamado Deus.
No tribunal romano o acusam de revolucionário, de opor-se a César.
Uma característica notória é que ninguém assume a responsabilidade neste
processo, até Judas se enforca fugindo do remorso.
Há, além disso, um elemento de que estão impregnados todos estes
momentos: MANSIDÃO E HUMILDADE.
Manifesta sua realeza perante o soldado que lhe bate: “Se falei mal, prova-o,
mas se falei bem, por que me bates?”
Há um realismo diante do sofrimento. O Senhor não foge, libertando sua
mente. Enfrenta o sofrimento com toda a carga de dor profunda que se
manifesta no Getsemani.
6. Crucificação e morte:
O cume do sacrifício pascal: o cordeiro derramou seu sangue.
Sacrifício da nova aliança em relação à antiga que foi selada com um cordeiro.
É único: de uma vez para sempre (ver Hebreus) supera todo sacrifico do A.T.
Deus mesmo entrega seu Filho: é vítima e receptor do sacrifício.
Se Ele é vítima… então Deus morre na Cruz?
É uma morte real, não se pode afirmar que morre a divindade porque quem se
sacrifica não é o Pai nem o E.S., é o Filho. Portanto, a pessoa do Filho é a que se
entrega no sacrifício, na natureza “humana” pois sua natureza divina transcende
a morte. (Há uma heresia que afirma que o Pai também foi crucificado:
Patripassionismo). É pois, a segunda pessoa da Trindade que morre.
A Cruz é sinal de esperança, todo ser humano pode associar-se à Cruz de
Cristo recebendo a graça de seu efeito salvador e salvífico.
Os efeitos são universais: Reconcilía-nos nas 4 dimensões, devolve-nos à
comunhão com Deus.
A RESSURREIÇÃO.
Acontecimento inseparável de todos os mistérios do Senhor, leva a sua plenitude
todos os mistérios. Já se apresentou a ressurreição como uma lenda (Lesy) ou
como um mito (Bultman). Seu sentido o encontramos novamente nos
evangelhos. Elementos que ressaltam:
1. Sepulcro vazio: Não é prova por si mesmo mas é testemunho; sinal essencial.
2. Aparições dos anjos: Tradição: a primeira a quem o Senhor ressuscitado
apareceu foi a Maria sua mãe.
3. Aparições de Cristo ressuscitado.
Característica comum das aparições: convida à cooperação, Emaús é
possivelmente a passagem mais paradigmática neste sentido: Jesus se deixa
descobrir e suscita a fé neles.
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A fé chega através da pregação. Há uma mediação de envio, chega pelo
testemunho de outros: como o testemunho das mulheres aos apóstolos. A
Igreja tem o dever de transmitir esta verdade.
Como se mostra Jesus nas aparições?
Com simplicidade: sem grandes manifestações.
“Deixa-se” ver: porque já não tem um corpo visível igual ao nosso, é um
corpo que já não está no espaço ou o tempo, entretanto se deixa ver no
espaço e no tempo, é real, é o mesmo corpo, há uma identidade mas é corpo
“glorioso”, está transformado em um sentido material.
É importante o papel das mulheres.
As aparições têm lugar em Jerusalém e em outras partes da Galiléia: a
prioridade por Jerusalém é que no lugar em que morreu torna-se vitorioso.
Por sua vez, sai de Jerusalém e aparece na Galiléia para tirar a centralidade
do Templo, Ele é o novo Templo.
Caráter escatológico do sucesso da ressurreição: Cumpre todas as promessas
do A. T. e as que o próprio Jesus fazia em sua vida.
É um fato histórico?
Sim, porque se deu no espaço e no tempo humanos, aconteceu em uma data,
em um lugar.
Não, porque é “meta-histórico”: o próprio fato escapa à história, ninguém o
viu nesse momento, não há nenhuma testemunha, mas é um fato
“verificável”.
A ressurreição é obra da Trindade: Como feito Salvífico é uma intervenção
direta de Deus: as três pessoas atuam juntas cada uma manifestando sua
própria originalidade.
Cristo em sua vida declara ter poder para ressuscitar.
A ressurreição é a confirmação definitiva da revelação. Confirma tudo o que
Cristo havia dito e falado (1 Cor 15-18).
Confirma-se a verdade de sua divindade: tinha-a mostrado (Jo 8,28).
É importante a relação da Ressurreição com a Encarnação e a Cruz: é o
cumprimento do que começou na Encarnação segundo o desígnio divino.
Completa a manifestação do conteúdo divino da Encarnação. Plenitude da
Igreja.
Valor sotereológico da salvação: “Se Cristo não ressuscitou, vã é nossa fé”. A
Ressurreição tem uma eficácia redentora, há uma união entre a Cruz e a
Ressurreição conformando um único mistério pascal. Só na Ressurreição a Cuz
alcança seu pleno significado de evento Salvífico, formando uma única
realidade.
Neste acontecimento podemos ver dois aspectos:
1. A justificação do Pai que nos retorna à comunhão com Deus.
2. Realiza-se a adoção filial, nascemos a uma vida nova, o Senhor nos eleva a
uma condição inimaginável. A ressurreição é princípio de vida nova para a
humanidade. A ressurreição de Cristo fundamenta nossa própria ressurreição.
A ASCENSÃO.
Que papel tem? É a glorificação final de Cristo ressuscitado. Durante quarenta
dias continua vivendo em uma imersão temporal. Uma vez cumprido este
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período, sobe aos céus. Dá-se a partida definitiva (ver CIC 828). At 1,9: foi
levantado (estado de glorificação).
A ascensão tem dupla relação. Penetra no mistério da Encarnação: é a etapa
final do mistério da Encarnação, abre caminho para nós (Jo 14,6); além disso,
está intimamente ligada ao envio do E.S. que nos conecta diretamente com a
redenção.
1. Ebionitas: Judeus cristãos marcados por uma idéia muito rígida, herança do
monoteísmo veterotestamentário. Cristo é homem, embora nasça da virgem
Maria prodigiosamente. No batismo, Deus o adota.
2. Adocionismo: (Teodoro o velho) Cristo é um homem escolhido e adotado por
Deus (Paulo da Samosata).
3. Modalistas: mantêm a divindade de Cristo mas Ele não é diferente do Pai. É,
melhor dizendo, um “modo” do Pai. Representantes: Noeto e Praéxas. É
chamado também Patripassionismo.
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