Está en la página 1de 18

LA LABIODENTAL SONORA

EN EL ESPAÑOL DE M É X I C O

Las m i n u c i o s a s investigaciones de A m a d o A l o n s o en t o r n o a l a
1
a n t i g u a p r o n u n c i a c i ó n d e l castellano parecen haber d e m o s t r a d o
satisfactoriamente q u e , al menos en amplias regiones h i s p á n i c a s ,
la d i s t i n c i ó n entre l a b i l a b i a l Ibl y l a l a b i o d e n t a l NI se m a n t u v o
hasta b i e n e n t r a d o el siglo x v i , c o n t r a r i a m e n t e a l o q u e se h a b í a
pensado antes de q u e A l o n s o h i c i e r a sus indagaciones. M e n é n -
dez P i d a l , en efecto, a u n q u e consignaba l a a n t i g u a o p o s i c i ó n
blv e n c u a n t o representantes de articulaciones o c l u s i v a y frica-
2
t i v a respectivamente (b = [ b ] y v = [~b]) , pensaba q u e " l a v
n u n c a se p r o n u n c i ó n a t i v a m e n t e en castellano [ c o m o l a b i o d e n -
t a l ] , sino q u e el signo v se a r t i c u l ó siempre con los m i s m o s valores
3
de ["b] y [ b ] q u e l a é " . T o m á s N a v a r r o , p o r su p a r t e , a p o y á n -
4
dose en l o d i c h o p o r C u e r v o a fines d e l siglo p a s a d o , considera-
b a t a m b i é n q u e l a ú n i c a d i s t i n c i ó n existente entre las antiguas b
y v e r a l a d e p e n d i e n t e d e l c a r á c t e r oclusivo de l a p r i m e r a [ b ] y
del f r i c a t i v o p r o p i o de l a segunda f"b], pero a ñ a d í a q u e " n o h a y
n o t i c i a de q u e l a v l a b i o d e n t a l h a y a sido n u n c a c o r r i e n t e en l a p r o -

1
A . A L O N S O , De la pronunciación medieval a la moderna en español, Gredos,
M a d r i d , 1955.
2 a
R A M Ó N M E N É N D E Z P I D A L , Manual de gramática histórica española, 6 ed.,
Espasa-Calpe, M a d r i d , 1941, § 35 bis, 4, p . 114.
3
Ibid., § 35, 2, p . 98.
4
RUFINO JOSÉ CUERVO, " D i s q u i s i c i o n e s sobre a n t i g u a o r t o g r a f í a y p r o -
n u n c i a c i ó n castellana", RHi, 2 (1985), p . 9. Estudios estos que abrieron y mar-
caron el camino que h a b r í a de seguir d é c a d a s d e s p u é s A m a d o Alonso. Cuervo
h a b í a advertido que " d e las consideraciones en que se apoya Nebrija y del
alfabeto que constituye, claramente se deduce que él consideraba como soni-
dos diferentes l a b y la u, l a c y la z", etc. (Disquisiciones, p . 241 en Obras, Insti-
tuto Caro y C u e r v o , B o g o t á , 1954, t. 2, p o r donde cito).

NRFH, X X X V I (1988), n ú m . 1, 153-170


154 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

5
n u n c i a c i ó n e s p a ñ o l a " . E l t e s t i m o n i o de los a n t i g u o s g r a m á t i c o s
e s p a ñ o l e s , analizado cuidadosamente por A m a d o A l o n s o , d e m o s t r ó
c u á n e q u i v o c a d a era esa creencia. L a a r t i c u l a c i ó n l a b i o d e n t a l de
l a NI se c o n s e r v ó , al m e n o s en las regiones m e r i d i o n a l e s de la Pe-
6
n í n s u l a I b é r i c a , hasta el siglo x v i , y en algunas zonas p a r t i c u -
l a r m e n t e c o n s e r v a d o r a s hasta c o m i e n z o s del siglo X V I I p o r lo
7
m e n o s . T a m b i é n los s e f a r d í e s expulsados de E s p a ñ a en 1492 lle-
v a r o n en sus l a b i o s esa distinción, b (bilabial) - v (labiodental),
8
que h a n m a n t e n i d o en las hablas del O r i e n t e hasta nuestros d í a s .
Restos de l a NI l a b i o d e n t a l se h a n h a l l a d o , en n u e s t r o siglo,
en hablas de ciertos t e r r i t o r i o s i b é r i c o s y a m e r i c a n o s . A u r e l i o M .
E s p i n o s a l a e n c o n t r ó en dos p e q u e ñ a s p o b l a c i o n e s de l a p r o v i n -
9
cia de C á c e r e s — S e r r a d i l l a y G a r r o v i l l a s — y M a n u e l Sanchís
1 0
G u a r n e r l a a t e s t i g u ó en l a C a n a l de N a v a r r é s , l o c a l i d a d de l a

5 a
T . N A V A R R O T O M Á S , Manual de pronunciación española, 5 ed., Hafner,
N e w Y o r k , 1957, § p. 9 1 .
6
Cf. A . A L O N S O , op. cit., p p . 45-46. Y Rafael Lapesa — m a g n í f i c o editor
de los escritos de Alonso en torno al tema— hace una a d i c i ó n v a l i o s í s i m a en
su i n t e r p o l a c i ó n : " q u e los andaluces d i s t i n g u í a n , lo confirma h . 1560 A n t o n i o
de C o r r o , sevillano, al decir que la p r o n u n c i a c i ó n francesa de b y v era igual
a la e s p a ñ o l a " ( p . 46).
7
Recoge A L O N S O los testimonios de los e x t r e m e ñ o s Gonzalo Correas
(1626) y Gonzalo Bravo Graxera (1634) en tal sentido (pp. cit., pp. 41 y 47-48).
C o m o en seguida veremos, la distinción ha subsistido en algunos pueblos de
E x t r e m a d u r a hasta nuestro siglo. Por otra parte, llega A M A D O A L O N S O a la
c o n c l u s i ó n de que la NI labiodental e s p a ñ o l a era del mismo tipo que la italia-
na, ya que " a d e m á s de ser m á s floja que la francesa, con el filo de los dientes
rozando la cara interior del labio inferior, es seguro que no era rehilada, como
lo es la francesa" (op. cit., pp. 70-71).
8 a
C f . LAPESA, Historia de la lengua española, 8 ed., Gredos, M a d r i d , 1980,
§ 125, 4; p . 527. A p a r t e " d e la d i s t i n c i ó n entre b oclusiva y b fricativa, sobre
todo en posición i n i c i a l , s e g ú n la procedencia latina, donde en el e s p a ñ o l mo-
derno hay confusión c o m p l e t a " ( M A X L . W A G N E R , Caracteres generales del judeo-
español de Oriente, Revista de Filología E s p a ñ o l a , M a d r i d , 1930, p. 16 (anejo
12). E n el judeo e s p a ñ o l de Bucarest no sólo se conserva l a / v / l a b i o d e n t a l en
cualquier posición — [ v e n i r k a v á i u k o m v e n s é r a v l á r l etc — sino que ha
a t r a í d o en muchos casos a Ib/ intervocálicas procedentes de Ipl latina í k a v é -
sa, risivír, k á v r a ] , las cuales alternan con articulaciones bilabiales oclusivas
[ b ] , no fricativas [ a b a n d o n á r , a b é z b a 'abeja', a b r i g o ] , etc. (Cf. M A R I U S S A L A ,
Phonétique et bhonolom du judéo-esóasnol du Bucarest M o u t o n T h e Hasue-Paris
1971, §§ 21 y 11 respectivamente). '
9
A . M . ESPINOSA, Arcaísmos dialectales. La conservación de «s»y «z» sonoras en
Cáceresy Salamanca, Revista de Filología E s p a ñ o l a , M a d r i d , 1935, p . 4, nota
1 (anejo 19). E n ambos pueblos, al parecer," la NI labiodental fricativa estaba
en o p o s i c i ó n a la Ibl bilabial oclusiva.
1 0
M . SANCHÍS G U A R N E R , " E x t e n s i ó n y v i t a l i d a d del dialecto valenciano
NRFH, XXXVI LA L A B I O D E N T A L SONORA EN M É X I C O 155

p r o v i n c i a de V a l e n c i a . A ñ o s d e s p u é s , l a NI l a b i o d e n t a l fue reco-
g i d a en el h a b l a c u l t a de l a c i u d a d de G r a n a d a y comarcas p r ó x i -
m a s , c o m o a r t i c u l a c i ó n que a p a r e c í a " c o n g r a n frecuencia, pero
1 1
sin r e g u l a r i d a d a l g u n a " , a s í c o m o en u n p u e b l o de la p r o v i n -
1 2
cia de M á l a g a : A l a m e d a .
E n l o que a las hablas americanas respecta, se h a n hallado ves-
t i g i o s de l a NI l a b i o d e n t a l en el sur de A r i z o n a y en el n o r t e de
1 3 14
M é x i c o , a s í c o m o en a l g u n a c i u d a d de C a l i f o r n i a . C o m o rea-
l i z a c i ó n ocasional, a s i s t e m á t i c a , he tenido y o o c a s i ó n de registrarla
en diversas hablas h i s p á n i c a s de t o d o el suroeste de los Estados
U n i d o s : San M a r c o s (Texas), M o r a ( N u e v o M é x i c o ) , T u c s o n ( A r i -
15
z o n a ) y San J o s é ( C a l i f o r n i a ) . Y a s í , c o m o r e a l i z a c i ó n e s p o r á -
d i c a , la hemos h a l l a d o t a m b i é n m u y ocasionalmente en diversas
localidades de M é x i c o d u r a n t e el l a r g o proceso de l e v a n t a m i e n t o
1 6
d e l atlas l i n g ü í s t i c o del p a í s . Y en el h a b l a c u l t a de la c i u d a d
de M é x i c o , especialmente en situaciones formales o en elocucio-
nes esmeradas y e n f á t i c a s , n o es excesivamente r a r o o í r u n a que
o t r a l a b i o d e n t a l [ v ] m á s o menos tensa y r e h i l a n t e . E n el Para-
g u a y , en c a m b i o , l a a r t i c u l a c i ó n l a b i o d e n t a l [ v ] parece ser casi
1 7
a b s o l u t a m e n t e general, en d e t r i m e n t o de l a b i l a b i a l [ b ] , c o m o
h e m o s visto q u e s u c e d í a , a u n q u e p o r causas m u y diferentes, en
el j u d e o e s p a ñ o l de Bucarest (cf. supra, n o t a 8 ) .
N a t u r a l m e n t e que todos estos diversos t e s t i m o n i o s hacen re-

apitxat", RFE, 2 3 ( 1 9 3 6 ) , 4 5 - 6 2 , cf. p . 6 1 .


1 1
D Á M A S O A L O N S O , A L O N S O Z A M O R A V I C E N T E y M A R Í A JOSEFA C A N E L L A -
DA DE Z A M O R A , "Vocales andaluzas", NRFH, 4 ( 1 9 5 0 ) , 2 0 9 - 2 3 0 ; en especial,
pp. 226-228.
1 2
D Á M A S O A L O N S O , En la Andalucía de la E, Artes Gráficas C l a v i l e ñ o , M a -
d r i d , 1 9 5 6 , p . 1 6 , nota 6 .
1 3
Cf. A N I T A C. POST, " S o u t h e r n A r i z o n a Spanish p h o n o l o g y " , Umver-
sity of Arizona Bulletin, Tucson, 5 ( 1 9 3 4 ) , p. 3 2 , y D É L O S L . C A N F I E L D La pro-
nunciación del español en América, I n s t i t u t o Caro y Cuervo, B o g o t á , 1 9 6 2 , p. 6 9 .
1 4
Cf. R O B E R T P H I L I P S , " T h e influence o f English on the NI i n Los A n -
geles S p a n i s h " , en R . W . E w t o n y J . O r n s t e i n (eds.), Studies in language and
linguistics, Texas Western Press, E l Paso, 1 9 7 2 , p p . 2 0 1 - 2 1 2 .
1 5
Se trata de 1 9 encuestas —cinco en cada localidad, salvo en M o r a , don-
de sólo pude hacer cuatro— realizadas entre diciembre de 1 9 8 5 y octubre de
1 9 8 6 . Breve noticia de ellas he dado en el ALM, 2 5 ( 1 9 8 7 ) , 2 0 1 - 2 0 8 .
1 6
Cf. J . M . L O P E B L A N C H , " L a s zonas dialectales de M é x i c o : proyecto
de d e l i m i t a c i ó n " , NRFH, 1 9 ( 1 9 7 0 ) , 1 - 1 1 .
1 7
Cf. G E R M Á N DE G R A N D A , "Observaciones sobre la fonética del e s p a ñ o l
en el P a r a g u a y " , ALM, 2 0 ( 1 9 8 2 ) , 1 4 5 - 1 9 4 . E n r e l a c i ó n con el origen de esta
[ v ] , cf. infra, nota 4 1 .
156 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

ferencia a m u y diferentes clases de uves. A u n q u e el supuesto ar-


c a í s m o del inexistente " e s p a ñ o l de A m é r i c a " p u d i e r a hacer pensar
q u e p o d í a existir a l g u n a r e l a c i ó n h i s t ó r i c a entre l a a n t i g u a d i s t i n -
c i ó n e s p a ñ o l a de Ihl b i l a b i a l y NI l a b i o d e n t a l y los vestigios de
[ v ] l a b i o d e n t a l recogidos en el e s p a ñ o l a m e r i c a n o , n a d a p e r m i t i -
r í a sostener t a l d e p e n d e n c i a . A q u e l l a NI m e d i e v a l y r e n a c e n t i s t a
n a d a tiene que ver c o n esta [ v ] c o n t e m p o r á n e a .
Q u e l a a n t i g u a o p o s i c i ó n blv l l e g ó a A m é r i c a en labios de a l -
g u n o s de los p r i m e r o s colonizadores parece ser cosa p r o b a d a . R a -
fael Lapesa, r e c o r d a n d o l o s e ñ a l a d o p o r R o d o l f o L e n z sobre l a
d i f e r e n t e m a n e r a en q u e los o í d o s araucanos i n t e r p r e t a b a n l a Ib/
1 8
y l a NI e s p a ñ o l a s , llega a l a c o n c l u s i ó n de que b y v " t o d a v í a
e r a n distintas en l a p r o n u n c i a c i ó n de algunos c o n q u i s t a d o r e s y
colonos de C h i l e " , a u n q u e a c a b a r í a n p o r c o n f u n d i r s e en b r e v e
1 9
p l a z o . Para l a N u e v a E s p a ñ a , m e parece a l t a m e n t e p r o b a t o r i o
el t e s t i m o n i o i n d i r e c t o q u e p r o p o r c i o n a D i e g o de O r d a z , en c u -
yas cartas m a n u s c r i t a s se m a n t i e n e n n í t i d a m e n t e diferenciadas l a
Ihl y la NI. Pero otros escribanos c o e t á n e o s suyos c o n f u n d í a n t o -
20
t a l m e n t e los dos f o n e m a s . Difícil d e t e r m i n a r si los casos de dis-
t i n c i ó n blv en el p r i m i t i v o e s p a ñ o l a m e r i c a n o c o r r e s p o n d e n a l a
diferencia "oclusiva/fricativa" o a la oposición "bilabial/labio-
d e n t a l " , p e r o supongo q u e , d a d o el alto n ú m e r o de e m i g r a n t e s
andaluces, en c u y o d i a l e c t o l a l a b i o d e n t a l e n c o n t r a b a a ú n seguro
r e f u g i o , la g r a f í a v r e p r e s e n t a r í a en ellos u n f o n e m a l a b i o d e n t a l .
Pero las [ v ] labiodentales registradas en nuestros d í a s no guar-
d a n r e l a c i ó n d i r e c t a a l g u n a c o n las NI del siglo x v i . V e a m o s a l -
go m á s de cerca q u é p e c u l i a r i d a d e s p r e s e n t a n cada u n o de los
diversos t e s t i m o n i o s de [ v ] antes e n u m e r a d o s .
L a s que m a y o r e s p o s i b i l i d a d e s p o d r í a n tener de ser c o n t i n u a -
d o r a s de las labiodentales a n t i g u a s s e r í a n las encontradas e n las
localidades m e r i d i o n a l e s de E s p a ñ a . E n u n h e r m o s o e s t u d i o so-
b r e La fragmentación fonética peninsular, hace D á m a s o A l o n s o u n de-
2 1
t e n i d o a n á l i s i s de l a i g u a l a c i ó n " B = V en la P e n í n s u l a

1 8
Cf. R . L E N Z , Para el conocimiento del español de América, en BDH, 6 ( 1 9 4 0 ) ,
pp. 245-246.
1 9
R . LAPESA, op. cit., § 1 2 9 , 1 , p. 562.
2 0
Cf. J . M . L O P E B L A N C H , El habla de Diego de Ordaz. Contribución a la his-
toria del español americano, U N A M , M é x i c o , 1 9 8 5 , p . 4 6 . E n los manuscritos
ordacianos sólo hallo u n caso de c o n f u s i ó n : ovispo. Pero en las cartas que no
son a u t ó g r a f a s , la confusión es constante: vino y bino, valen y batían, servido y
serbicio, ventura y bentura, conviene y conbiene, vibienda, e t c é t e r a .
2 1
ELH, C . S . I . C . , M a d r i d , 1 9 6 2 , supl. del t. 1 , p p . 2 0 0 - 2 0 1 .
NRFH, XXXVI LA L A B I O D E N T A L SONORA EN M É X I C O 157

H i s p á n i c a " , y considera q u e l a existencia a n t i g u a de u n a [ v ] la-


b i o d e n t a l en t o d o el sur de l a P e n í n s u l a I b é r i c a resulta y a incues-
t i o n a b l e , pero n o p o r " l a s a f i r m a c i o n e s de algunos d ó m i n e s d e l
siglo x v i , c o n l a cabeza « c o n f o r m a d a » p o r el m o l d e de los m o d e -
los l a t i n o s " , sino p o r

l a r e p a r t i c i ó n q u e t i e n e n h o y [ . . . ] los restos de l a v e n l a P e n í n s u -
l a : t o d o el sur de P o r t u g a l , p u n t o s de C á c e r e s , a l g u n o s p u n t o s e n
A n d a l u c í a ( M á l a g a , etc., c o n a b u n d a n c i a e n G r a n a d a ) , p u n t o s de
h a b l a n o v a l e n c i a n a de V a l e n c i a ; el v a l e n c i a n o [ . . . ] salvo l a faja
c e n t r a l de apitxat; en C a t a l u ñ a , el c a m p o de T a r r a g o n a , y , fuera,
las Baleares y A l g u e r . Esa r e p a r t i c i ó n es m e r i d i o n a l y p e r i f é r i c a .

S i n negar l a r a i g a m b r e m e r i d i o n a l de l a a n t i g u a [ v ] l a b i o d e n -
t a l , los datos m o d e r n o s a q u e a t e n d í a D á m a s o A l o n s o n o parecen
ser e n t e r a m e n t e seguros, en especial en l o que se refiere a l a c o n -
s e r v a c i ó n de labiodentales en A n d a l u c í a . E l p r o p i o D á m a s o Alonso
h a b í a a d v e r t i d o que de todos los f e n ó m e n o s f o n é t i c o s registrados
en su estudio sobre el h a b l a de G r a n a d a "este de la l a b i o d e n t a l
s o n o r a es el m á s necesitado de u n a sosegada y n u t r i d a i n v e s t i g a -
2 2
c i ó n c o m p l e m e n t a r i a " . A t a l i n v e s t i g a c i ó n se e n t r e g ó G r e g o r i o
S a l v a d o r , c o n resultados que n o c o n f i r m a b a n lo registrado p o r
A l o n s o , C a n e l l a d a y Z a m o r a . E n efecto, S a l v a d o r , c a t e d r á t i c o de
l a U n i v e r s i d a d de G r a n a d a y residente d u r a n t e m u c h o s a ñ o s en
esa c i u d a d , a f i r m a b a en 1961 q u e " d e s p u é s de h a b e r realizado
p o r e n c i m a d e l centenar de encuestas dialectales en A n d a l u c í a y
h a b e r v i v i d o m u c h o s a ñ o s , c o n el o í d o a t e n t o , en el a m b i e n t e gra-
n a d i n o d o n d e ellos l a d e s c u b r i e r o n [ l a v l a b i o d e n t a l ] , a ú n no he
23
t e n i d o l a f o r t u n a de e s c u c h a r l a " . Y , respetuoso de l a seriedad
c i e n t í f i c a de los descubridores de t a l [ v ] , i m a g i n a b a u n a s o l u c i ó n
u n t a n t o sorprendente: que se t r a t a r a de " u v e s r i s u e ñ a s " . L o ex-
plicaba así:

H a y unas determinadas circunstancias en que u n a a r t i c u l a c i ó n b i -


l a b i a l p u e d e c o n v e r t i r s e i n s e n s i b l e m e n t e e n l a b i o d e n t a l : c u a n d o se

2 2
"Vocales andaluzas", p . 2 2 7 . Y posteriormente insistía en destacar la
inseguridad de tales datos: "Se han s e ñ a l a d o , a d e m á s , muchos casos e s p o r á -
dicos de v en Granada y varios en a l g ú n punto de la provincia de M á l a g a ,
pero en condiciones dudosas, que n e c e s i t a r í a n m a y o r a t e n c i ó n " ( D . A L O N S O ,
La fragmentación, pp. 156-157).
2 3
Esto lo escribió S A L V A D O R en su r e s e ñ a del l i b r o sobre Dialectología es-
pañola de A L O N S O Z A M O R A , p u b l i c a d a en AFA, 1 2 - 1 3 ( 1 9 6 1 ) , p. 3 9 9 .
158 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

pronuncia al mismo tiempo que se ríe o se sonríe abiertamente [ . . . ] .


Ahora bien, este hecho no es granadino sino universal [ . . . ] . He visto
esta v (e incluso emes y pes labiodentales) en hablantes risueños de
24
m u y variada procedencia g e o g r á f i c a .

E x p l i c a c i ó n que he calificado de sorprendente, y a que n o de-


j a r í a de s o r p r e n d e r que l i n g ü i s t a s t a n serios y a u t o r i z a d o s c o m o
D á m a s o A l o n s o , A l o n s o Z a m o r a y M a . Josefa C a n e l l a d a pasa-
r a n p o r alto, y a u n a d m i t i e r a n sin rechistar, "ese aire de j o l g o r i o
c o n que algunas gentes se p r e s t a n a u n a i n v e s t i g a c i ó n f o n é t i c a de
2 5
este t i p o " . E n u n estudio p o s t e r i o r — a l que h a b r é de referir-
26
m e c o n frecuencia en las p á g i n a s q u e s i g u e n — el profesor Sal-
v a d o r explica q u e las encuestas g r a n a d i n a s de A l o n s o - C a n e l l a -
d a - Z a m o r a se efectuaron en u n despacho de l a F a c u l t a d de F i l o -
sofía y L e t r a s , y q u e los i n f o r m a n t e s e r a n los estudiantes de l a
p r o p i a F a c u l t a d . N o parece m u y p r o b a b l e que esos j ó v e n e s gra-
n a d i n o s — p o r m u y festivo que se considere el c a r á c t e r de los a n -
daluces en general: n o t a n t o el de los g r a n a d i n o s — m a n t u v i e r a n
"ese aire de j o l g o r i o " en el i n t e r i o r del despacho en que a u t o r i -
zados profesores l l e v a b a n seriamente a cabo u n t r a b a j o t a n serio
c o m o en ellos cabe suponer. R e c u e r d a S a l v a d o r " e l aire festivo
c o n q u e aquellos de m i s c o m p a ñ e r o s y c o m p a ñ e r a s q u e e r a n l l a -
m a d o s p a r a observarles las a b e r t u r a s v o c á l i c a s salían del despa-
2 7
cho donde se l l e v a b a a cabo el i n t e r r o g a t o r i o " . N o d u d o de que
aquellos j ó v e n e s m o s t r a r a n u n " a i r e f e s t i v o " al salir del despacho-
l a b o r a t o r i o y al r e u n i r s e c o n sus c o m p a ñ e r o s , pero i m a g i n o que
en el i n t e r i o r d e l despacho, solos, aislados de sus c o m p a ñ e r o s y
en presencia de dos o tres c a t e d r á t i c o s afamados, g u a r d a r í a n u n a
a c t i t u d m u c h o m á s f o r m a l y respetuosa. M e resisto a pensar que
t a n a u t o r i z a d o s encuestadores d i e r a n p o r buenas y normales res-
puestas a r t i c u l a d a s e n t r e risas o en p l e n a sonrisa. Y m e resisto
a pensar que aquellas encuestas se h i c i e r a n en u n a m b i e n t e t a n
falto de seriedad, t a n festivo, c o m o p a r a que tantas [ b ] se c o n v i r -
t i e r a n en [ v ] . M á s b i e n c a b r í a i n c l i n a r s e a pensar l o c o n t r a r i o .
Esto es, que l o i m p o n e n t e de l a s i t u a c i ó n , l a f o r m a l i d a d del i n t e -

2 4
Loe. cit.
2 5
Loe. cit.
2 6
" L a labiodental sonora en el e s p a ñ o l a c t u a l " , en Actas del II Simposio
Internacional de Lengua Española, Las Palmas de G r a n Canaria, 1984, p p . 45-54.
E s t á t a m b i é n recogido en el l i b r o del propio S A L V A D O R , Estudios dialecto lógicos,
Paraninfo, M a d r i d , 1987, p p . 124-131, por donde hago todas mis citas.
2 7
Estudios dialectológicos, p . 128.
NRFH, XXXVI LA L A B I O D E N T A L SONORA EN M É X I C O 159

r r o g a t o r i o h u b i e r a n i m p u l s a d o a los estudiantes i n f o r m a d o r e s a
a d o p t a r u n a a c t i t u d l i n g ü í s t i c a esmerada, s u m a m e n t e f o r m a l , ge-
n e r a d o r a de m o d a l i d a d e s e n f á t i c a s de e x p r e s i ó n , y q u e , e n conse-
c u e n c i a , h u b i e r a n a r t i c u l a d o esas [ v ] labiodentales debidas a
p r e j u i c i o s escolares, a p r u r i t o de c o r r e c c i ó n , de q u e t a n t o habre-
m o s de h a b l a r e n l o q u e sigue. T a l vez los estudiantes g r a n a d i n o s
q u i s i e r a n d e m o s t r a r o r a l m e n t e a sus sabios encuestadores que te-
n í a n " b u e n a o r t o g r a f í a " . Pero claro e s t á q u e , n o h a b i e n d o p a r t i -
cipado en las encuestas, cualquier h i p ó t e s i s que se haga s e r á , como
ésta, enteramente infundada.
D e c u a l q u i e r m o d o , sea c u a l fuere l a e x p l i c a c i ó n de las [ v ] l a -
biodentales registradas e n las encuestas g r a n a d i n a s , l o q u e q u e d a
en c l a r o es q u e el h a b l a c u l t a de l a c i u d a d de G r a n a d a n o parece
28
r e a l i z a r n o r m a l m e n t e articulaciones labiodentales s o n o r a s . E l
t e s t i m o n i o de G r e g o r i o Salvador q u e d a respaldado p o r el c o r t é s
escepticismo c o n q u e o t r o entonces c a t e d r á t i c o de l a U n i v e r s i d a d
de G r a n a d a , A n t o n i o L l ó r e n t e , se h a r e f e r i d o al hallazgo de A l o n -
so, C a n e l l a d a y Z a m o r a :

Aparición de labiodental fricativa sonora (v): Sólo se presenta en fonética


combinatoria y sintáctica como solución de los grupos s+b. M u y
e s p o r á d i c a m e n t e aparece en posición intermedia, en contacto con
l í q u i d a , nunca en posición inicial n i intervocálica; sin embargo, se
29
ha hablado de una v intervocálica en G r a n a d a .

E n l o q u e respecta a las labiodentales sonoras registradas e n


t e r r i t o r i o v a l e n c i a n o o e n l a p r o v i n c i a de C á c e r e s , parece razona-
ble l a o b s e r v a c i ó n q u e Salvador hace e n el sentido de q u e

ambas zonas son fronterizas con las hablas portuguesas y valencia-


nas que poseen la labiodental y por lo que se refiere a la [primera]
no se puede olvidar que la p r o n u n c i a c i ó n de la uve en su castellano
es u n hecho en hablantes bilingües del á r e a valenciana, del sur de
C a t a l u ñ a y de las islas Baleares y, por supuesto, en los monolin-

2 8
" N o hay en Granada n i en n i n g ú n otro lugar de A n d a l u c í a , que sepa-
mos, uves habituales, e s p o n t á n e a s , no condicionadas. Esto conviene dejarlo
ya m u y claro, proclamarlo a s í de una vez por todas y prescindir del dato para
cualquier tipo de e s p e c u l a c i ó n histórica o de d e s c r i p c i ó n d i a l e c t a l " (ibid.,
p. 130). Y en el ALEA sólo figuran casos de l a b i o d e n t a l i z a c i ó n de v cuando
ésta v a precedida de a s p i r a c i ó n procedente de -s implosiva.
2 9
A . L L Ó R E N T E M A L D O N A D O DE G U E V A R A , " F o n é t i c a y f o n o l o g í a anda-
l u z a s " , RFE, 45 (1962), p p . 235-236.
160 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

gües castellanos de esas zonas, lo que le da al f e n ó m e n o u n carácter


innegable de sustrato o a d s t r a t o » .

A u n q u e n o creo q u e el b i l i n g ü i s m o de G a r r o v i l l a s y S e r r a d i -
11a — s i es que existe— sea de l a m i s m a m a g n i t u d que el de l a
31
z o n a v a l e n c i a n a , p a r a é s t a n o parece arriesgado i n v o c a r l a i n -
fluencia del adstrato. Cosa q u e — c r e o — es l o que debe hacerse
t a m b i é n en el caso de los dialectos h i s p á n i c o s del suroeste de los
Estados U n i d o s . Es l o que h i z o A n i t a C . Post, al s e ñ a l a r que la
a p a r i c i ó n de v labiodentales en el e s p a ñ o l del sur de A r i z o n a se
3 2
d a b a sólo en el habla de personas b i l i n g ü e s en i n g l é s y e s p a ñ o l .
Es l o que h a a d v e r t i d o R o b e r t P h i l i p s en el e s p a ñ o l h a b l a d o en
l a c i u d a d c a l i f o r n i a n a de L o s Á n g e l e s (cf. n o t a 14). Y es lo q u e
he observado y o en el h a b l a de todos los i n f o r m a n t e s del suroeste
de los Estados U n i d o s en que he r e c o g i d o t e s t i m o n i o s de [ v ] : t o -
dos ellos h a b l a b a n el i n g l é s t a n b i e n o, p o r l o general, m e j o r que
el e s p a ñ o l .
T e n e m o s , pues, y a dos clases de NI en e s p a ñ o l c o n t e m p o r á -
neo: l a que a r t i c u l a n hispanohablantes que residen en t e r r i t o r i o s
e n q u e se h a b l a o t r a l e n g u a poseedora de NI l a b i o d e n t a l — c o m o
el v a l e n c i a n o , el c a t a l á n o el i n g l é s — , y l a que s u b s i s t í a en a l g u -
nos p u n t o s arcaizantes de l a p r o v i n c i a de C á c e r e s , t o d a v í a en
3 3
192 5 , c o m o vestigio d e l pasado.
A d e m á s , en dialectos en que l a Ib/ b i l a b i a l — o r t o g r á f i c a m e n t e
b o v— p r e c e d i d a p o r u n a a s p i r a c i ó n procedente de -s i m p l o s i v a
(secuencia sb, c o m o en desbaratar, desvanecer, las barcas o las vacas)
p u e d e transformarse en l a b i o d e n t a l , y a sonora [v], y a sorda [ f ] .
Se t r a t a s i m p l e m e n t e de u n f e n ó m e n o p a r t i c u l a r de a s i m i l a c i ó n

3 0
Estudios dialectologías, p. 125.
3 1
Si la situación de ambas regiones fuera, como sospecho, diferente, las
NI labiodentales de la provincia de C á c e r e s p o d r í a n en verdad ser rastros ar-
caizantes de la antigua labiodental c o m ú n en el sur de la P e n í n s u l a , como la
presentaron sus descubridores y como D á m a s o Alonso se ha inclinado a inter-
pretarla.
3 2
N o contradice —me parece— esta o b s e r v a c i ó n de A n i t a Post lo que ob-
jeta D . L . C A N F I E L D en el sentido de que él h a b í a aprendido " a pronunciar
el e s p a ñ o l en Nogales de los 12 a los 15 a ñ o s de e d a d " y t e n í a la certeza de
que "las labiodentales de estas dos lenguas son distintas, siendo el sonido cas-
tellano m á s postdental de a r t i c u l a c i ó n , y por lo tanto, propicio a convertirse
en b i l a b i a l " (La pronunciación, p. 69, nota 14). Esta o b s e r v a c i ó n se p r e s t a r í a
a m u y diversos comentarios.
3 3
N o sabemos si hoy en d í a se h a b r á n extinguido esos vestigios extreme-
ñ o s de la NI antigua. Sería conveniente investigarlo.
NRFH, XXXVI LA L A B I O D E N T A L SONORA E N M É X I C O 161

a r t i c u l a t o r i a , a m p l i a m e n t e d o c u m e n t a d o en diversos dialectos de
E s p a ñ a y de A m é r i c a : [ d e f i v a r a t á r , r e ^ f a l á r ] , etc.
D i s t i n g u e G r e g o r i o S a l v a d o r o t r o caso m á s en q u e l a b i l a b i a l
suele realizarse c o m o l a b i o d e n t a l sonora: a q u e l en q u e el f o n e m a
l a b i a l v a en p o s i c i ó n i n i c i a l absoluta —tras pausa— o p r e c e d i d o
de u n a consonante nasal. Y p r o p o r c i o n a u n a e x p l i c a c i ó n razonable:

Se trata, creo, de una tendencia a mantener en el fonema Ibl su ras-


go fricativo en los ú n i c o s casos en que el contexto fónico condiciona
la oclusión de la labial [ . . . ] . E n la oposición p/b lo pertinente no
es sólo la sonoridad, sino que t a m b i é n el carácter de interrupto o
continuo del fonema juega papel esencial, es algo m á s , o por lo me-
nos tiende a serlo, que una mera redundancia combinatoria. L a apa-
rición de esa labiodental en sustitución siempre del alófono oclusivo
y nunca del fricativo del fonema Ibl parece claro resultado de esa
34
tendencia que d i g o .

H a b r í a q u e d i s t i n g u i r n í t i d a m e n t e esta l a b i o d e n t a l i z a c i ó n es-
p o n t á n e a y " n a t u r a l " de la Ibl, p r o d u c t o de u n proceso f o n é t i c o
i n c o n s c i e n t e , de l a " l l a m a d a v p e d a n t e " , falso f o n e m a q u e sólo
aparece " e n p r o n u n c i a c i ó n n o e s p o n t á n e a " ( p . 131). L a p r i m e r a
corresponde a a r t i c u l a c i o n e s labiodentales en palabras c o m o con-
vocar, conversación, conveniente, envía, un veintidós por ciento, y a u n convus-
tible o un vanderín, y e n varios o vamos pero s ó l o tras pausa ( p . 124).
Recoge S a l v a d o r t e s t i m o n i o s de [ v ] tras nasal en el h a b l a de dos
ilustres filólogos e s p a ñ o l e s y , en r e l a c i ó n c o n M é x i c o , e n dos per-
sonalidades p ú b l i c a s de n u e s t r o p a í s :

Y dos [uves] m á s , por ú l t i m o , que h a b r á n oído millones de perso-


nas. Mientras corrijo pruebas del libro, comienza el Campeonato
M u n d i a l de F ú t b o l y, en la ceremonia inaugural, el presidente del
c o m i t é organizador, Guillermo C a ñ e d o , da la bienvenida a los asis-
tentes y el propio Presidente de la Nación, M i g u e l de Lamadrid [sic],
envía u n saludo del pueblo mexicano a los telespectadores de todo
el m u n d o : dos uves históricas (nota 18).

Estos dos t e s t i m o n i o s m e x i c a n o s de a r t i c u l a c i ó n l a b i o d e n t a l
de v se a d u c e n c o m o c o r r o b o r a c i ó n de l a tesis r e l a t i v a al c o n d i c i o -
n a m i e n t o d e l f e n ó m e n o p o r parte de u n a nasal q u e preceda a l a
l a b i a l . L a tesis n o deja de ser a t r a c t i v a y a u n seductora. D u r a n t e
semanas he i d o a c u m u l a n d o casos de a r t i c u l a c i o n e s labiodentales

3 4
Estudios, p . 130.
162 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

p a r a t r a t a r de ver si l a i n s i n u a c i ó n de G r e g o r i o S a l v a d o r en rela-
c i ó n con M é x i c o corresponde o n o a l a realidad. É l m i s m o propone:

Por lo que se refiere al español de A m é r i c a , no faltan pruebas de


v afectadas n i de labiodentalización de rJ en el grupo s + b, y en
lo que respecta a v precedida de nasal tengo ejemplos anotados por
m í y , para Colombia, existe el testimonio de Luis Flórez. Conven-
d r á precisar en futuros trabajos con q u é frecuencia se dan y en q u é
á r e a s (p. 131).

H a g a m o s u n i n t e n t o en r e l a c i ó n , b á s i c a m e n t e , c o n el e s p a ñ o l
h a b l a d o en l a c i u d a d de M é x i c o .
N o se d a n en él casos de l a b i o d e n t a l sonora c o n d i c i o n a d a p o r
p r e v i a a s p i r a c i ó n de -s i m p l o s i v a , cosa n a t u r a l , d a d o el firme m a n -
t e n i m i e n t o de l a /s/ en los dialectos de los a l t i p l a n o s c e n t r a l y m e -
r i d i o n a l de M é x i c o . N o cabe t a m p o c o i m a g i n a r s i q u i e r a casos de
l a b i o d e n t a l i z a c i ó n p o r i n f l u e n c i a d e l n á h u a t l , y a q u e en esta l e n -
g u a n o existe NI, a d i f e r e n c i a de l o que sucede en g u a r a n í , cuyas
NI parecen ser causa de las a b u n d a n t e s [ v ] q u e existen en el es-
p a ñ o l p a r a g u a y o (cf. infra, n o t a 4 1 ) . P r á c t i c a m e n t e todos los ca-
sos de [ v ] que he recogido en M é x i c o pertenecen a elocuciones
formales — e n especial, discursos p o l í t i c o s — y de m a n e r a m u y so-
bresaliente al h a b l a de locutores de r a d i o y de t e l e v i s i ó n . Se t r a t a -
ría, pues, de l a v u l t r a c o r r e c t a t a n r e i t e r a d a m e n t e censurada y
r i d i c u l i z a d a p o r m u y diversos l i n g ü i s t a s . P e r o a c e r q u é m o n o s u n
35
poco a los t e s t i m o n i o s r e u n i d o s , p a r a v e r q u é observaciones
p u e d e n hacerse a ellos.
A d i f e r e n c i a de l o q u e constata G r e g o r i o S a l v a d o r p a r a el ha-
3 6
b l a de los locutores e s p a ñ o l e s , e n l a de los m e x i c a n o s l a a p a r i -
c i ó n de l a l a b i o d e n t a l sonora p u e d e darse e n c u a l q u i e r p o s i c i ó n
c o m o r e a l i z a c i ó n d e l a l ó f o n o o c l u s i v o de Ib/ o d e l a l ó f o n o f r i c a t i -
v o . E n efecto, he r e c o g i d o m ú l t i p l e s t e s t i m o n i o s de [ v ] e n las si-
guientes secuencias f o n é t i c a s :
1. P o s i c i ó n i n i c i a l absoluta, al c o m i e n z o de e l o c u c i ó n o tras

3 5
Los cuales se a p r o x i m a n a medio m i l l a r . Pero debo advertir que son
fruto de muchas horas de escucha de los programas de noticias de la radio y,
sobre todo, de la televisión. Q u e la a p a r i c i ó n de NI labiodentales es m u y espo-
r á d i c a t a m b i é n en M é x i c o .
3 6
" L a a p a r i c i ó n de esa labiodental [se da] en s u s t i t u c i ó n siempre del aló-
fono oclusivo y nunca del fricativo del fonema Ib/" (La pronunciación, p. 130.
E l subrayado es m í o ) .
NRFH, XXXVI L A L A B I O D E N T A L SONORA E N M É X I C O 163

pausa c o m p l e t a : " Famos y a " , " D i e z p a r a t i , veinte p a r a m í " .


O sea, c o m o representante del a l ó f o n o o c l u s i v o [b].
2. E n p o s i c i ó n i n t e r v o c á l i c a , y a en i n t e r i o r de p a l a b r a , y a en
sílaba inicial: " l a c a d o " , " p a r a v i v i r " , " h a vuelto", "esta p i d a " .
Es d e c i r , c o m o representante del a l ó f o n o f r i c a t i v o [b].
3. Precedida de nasal, y a d e n t r o de l a p a l a b r a , y a en f o n é t i c a
s i n t á c t i c a : " i n v i c t o s " , " c o n v o c a t o r i a " , " u n veinte p o r c i e n t o " .
O sea, c o m o representante del a l ó f o n o oclusivo [ b ] .
4. P r e c e d i d a de otras consonantes, t a m b i é n d e n t r o de l a pa-
l a b r a o en f o n é t i c a s i n t á c t i c a : " p e r v e r s i ó n " , " e s t a r v i e j o " , " o l v i -
d a " , " e l v e l e r o " , " l a s v e n t a s " , " d e s v í o " etc. O sea, c o m o
representante del a l ó f o n o f r i c a t i v o [b].
C o m o se v e , n o c o i n c i d e n m i s observaciones c o n las q u e hace
S a l v a d o r e n r e l a c i ó n c o n los a l ó f o n o s d e l f o n e m a Ihl a q u e susti-
t u y e l a a r t i c u l a c i ó n l a b i o d e n t a l . E n M é x i c o , las personas que ar-
t i c u l a n [ v ] tras pausa o nasal son las m i s m a s q u e se s i r v e n de l a
l a b i o d e n t a l e n p o s i c i ó n i n t e r v o c á l i c a o tras diversas consonantes.
E n c u a n t o a los locutores e s p a ñ o l e s , n o t e n g o , l ó g i c a m e n t e ,
l a e x p e r i e n c i a de S a l v a d o r e n el estudio de su h a b l a . Pero sí p u e -
d o d e c i r que u n o de ellos — l l a m a d o J o a q u í n P e l á e z — e n v í a oca-
s i o n a l m e n t e a M é x i c o " v í a s a t é l i t e " , breves reportajes sobre l a
a c t u a l i d a d e s p a ñ o l a , y a él he o í d o decir n o s ó l o " c o n v i e n e ' ' —de
a c u e r d o c o n l a tesis de S a l v a d o r — , sino t a m b i é n " p a n y v i n o "
y " l a v í c t i m a " , en c o n t r a de d i c h a tesis. S i n c e r a m e n t e , n o creo
que l a l a b i o d e n t a l i z a c i ó n de Ihl se p r o d u z c a , e x c l u s i v a y n a t u r a l -
m e n t e , c o m o r e a l i z a c i ó n del a l ó f o n o f r i c a t i v o de l a l a b i a l . C r e o
q u e — t a m b i é n en E s p a ñ a — el l o c u t o r o r e c i t a d o r q u e d i g a " c o n -
v i d a r " , " e n vez d e " o " c o n v a t e " , d i r á t a m b i é n " v i v i r " , " s a l v o "
o " l a voz".
P e r o en u n a cosa sí c o i n c i d e n , a l menos p a r c i a l m e n t e , m i s o b -
servaciones c o n las de G r e g o r i o S a l v a d o r : a u n q u e — r e p i t o — l a
l a b i o d e n t a l i z a c i ó n de Ihl n o se d a exclusivamente tras pausa o con-
sonante nasal, sí observo q u e l a a p a r i c i ó n de [ v ] labiodentales es
r e l a t i v a o p r o p o r c i o n a l m e n t e m á s frecuente tras nasal. P a r a ha-
cer esta a f i r m a c i ó n , n o m e baso e n i m p r e s i o n e s subjetivas, sino
e n u n r e c u e n t o e s t a d í s t i c o , c u y o resultado es el siguiente:
L a secuencia o r t o g r á f i c a nv (invitar) o n + v (un vaso) represen-
t a e n e s p a ñ o l s ó l o u n 8 % a p r o x i m a d a m e n t e de apariciones en el
d i s c u r s o . A l a v i n t e r v o c á l i c a corresponde a l r e d e d o r de u n 4 8 %
y a l a v- i n i c i a l de p a l a b r a u n 3 6 % . Y a l a secuencia " c o n s o n a n t e
d i s t i n t a de I ni + M" solamente u n 8 % a p r o x i m a d a m e n t e . Pues
b i e n , a ese 8 % de casos e n que aparece l a secuencia n(+)v corres-
164 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

p o n d e u n 2 6 % de los t e s t i m o n i o s de a r t i c u l a c i ó n l a b i o d e n t a l que
he r e u n i d o , en t a n t o que al 4 8 % de los casos de v i n t e r v o c á l i c a
c o r r e s p o n d e sólo u n 3 5 % de las l a b i o d e n t a l e s recogidas p o r m í ,
en vez del 1 5 6 % que p r o p o r c i o n a l m e n t e d e b e r í a c o r r e s p o n d e r l e .
Pero l a s i t u a c i ó n es m u y p a r e c i d a en el caso de l a secuencia
" c o n s o n a n t e diferente de « ( + ) » " : al 8 % de los casos en que apa-
rece t a l secuencia en el discurso h i s p á n i c o corresponde u n 2 7 %
de los testimonios de articulaciones labiodentales reunidas p o r m í .
Esto es, esencialmente lo m i s m o ( s ó l o u n 1 % m á s ) q u e l o que su-
cede en el caso de l a secuencia n(+)v. E n c o n c l u s i ó n , creo que l o
q u e sucede es q u e l a l a b i o d e n t a l i z a c i ó n de v resulta c l a r a m e n t e
f a v o r e c i d a p o r l a presencia de u n a c o n s o n a n t e a n t e r i o r , sea nasal
o sea de c u a l q u i e r o t r a clase. E n efecto, al 1 6 % de secuencias
" c o n s o n a n t e + v " ( 8 % de n(+)v y 8 % de " o t r a s consonantes + v " )
c o r r e s p o n d e el 53 % de todos los casos de a r t i c u l a c i o n e s l a b i o d e n -
tales, en t a n t o que al 8 4 % de todas las d e m á s posiciones de v co-
r r e s p o n d e sólo el 4 7 % restante de las articulaciones labiodentales.
L a d i f e r e n c i a es d e m a s i a d o n o t a b l e p a r a n o ser s i g n i f i c a t i v a , sin-
tomática.
E n s í n t e s i s , el f e n ó m e n o u l t r a c o r r e c t o y a u n pedante de l a la-
b i o d e n t a l i z a c i ó n de v se ve f u e r t e m e n t e f a v o r e c i d o p o r l a presen-
cia de u n a consonante a n t e r i o r , sea o n o nasal. E n t r e las
consonantes n o nasales, parece ser — s e g ú n m i s datos— que l a
l\l favorece al f e n ó m e n o c o n m a y o r a s i d u i d a d que las d e m á s c o n -
sonantes, e x c e p c i ó n hecha de l a / n / . E n m i s m a t e r i a l e s , son rela-
t i v a m e n t e frecuentes casos c o m o " o l v i d a r " , " d e l v i e r n e s " , " e l
v e i n t e " , " v o l v e r é " , " d e l v a s o " , " c a l v i c i e " . C l a r o e s t á que la se-
c u e n c i a o r t o g r á f i c a " 1 + v " es r e l a t i v a m e n t e elevada e n e s p a ñ o l
a causa de l a frecuente a p a r i c i ó n del a r t í c u l o : " e l v e l e r o " , " d e l
v i a c r u c i s " , " e l v o l t a j e " , etc. Q u i z á a esto se deba l a o b s e r v a c i ó n
q u e h i c i e r o n A l o n s o , C a n e l l a d a y Z a m o r a en el e s t u d i o c i t a d o en
l a n o t a 1 1 : " E n l í n e a s generales se p u e d e a f i r m a r q u e l a l a b i o -
d e n t a l es m á s acusada y p e r t i n a z en los casos en q u e v a p r e c e d i d a
de a r t í c u l o " ( p . 2 2 7 ) . P o r su p a r t e , los casos de l a b i o d e n t a l i z a -
c i ó n de v i n i c i a l absoluta — s i t u a c i ó n m u c h o m e n o s frecuente que
las a n t e r i o r m e n t e citadas— p u e d e n estar favorecidos p o r l a m a -
y o r fuerza a r t i c u l a t o r i a c o r r e s p o n d i e n t e al c o m i e n z o de l a elo-
cución.
Recoge S a l v a d o r casos de b p r e c e d i d a de nasal e n que t a m -
b i é n se p r o d u c e l a b i o d e n t a l i z a c i ó n : " a n v o s , convates y G r a n Bre-
t a ñ a " ( p . 129). Y o he recogido asimismo algunos pocos: " t a n v i é n "
y " e n v a j a d a ' ' . Pero el hecho n o se l i m i t a a b p r e c e d i d a p o r nasal,
NRFH, XXXVI L A L A B I O D E N T A L SONORA EN M É X I C O 165

sino que lo he d o c u m e n t a d o — y a ú n m á s frecuentemente— e n


otros contextos: " h a y pecas", " i n s o p o r t a b l e m e n t e p e l l a " , " p o r
p i e n " , " m á s v a j o " . Si l a l a b i o d e n t a l i z a c i ó n de v fuera u n f e n ó -
m e n o e s p o n t á n e o y n a t u r a l c u a n d o v a precedida p o r nasal, debe-
r í a producirse t a m b i é n , y c o n l a m i s m a frecuencia, en l a secuencia
m(+)b; pero l a v e r d a d es q u e , en este caso, l a l a b i o d e n t a l i z a c i ó n
de b es s u m a m e n t e ocasional, al menos en los materiales m e x i c a -
nos r e u n i d o s p o r m í . F r e n t e a m á s de ciento v e i n t e casos de la-
b i o d e n t a l i z a c i ó n de « ( + ) » , sólo he recogido los dos citados ( t a n p i é n
y encajada) de l a b i o d e n t a l i z a c i ó n de n( + )b, y los c u a t r o , t a m b i é n
m e n c i o n a d o s , de otras secuencias ( " h a y pecas, pella, p o r pien y
m á s c a j o " ) . A s í pues, l a l a b i o d e n t a l i z a c i ó n de b n o se p r o d u c e
solamente en el a l ó f o n o o c l u s i v o [b], sino t a m b i é n en el a l ó f o n o
f r i c a t i v o [ t > ] . N o es u n f e n ó m e n o f o n é t i c o c o n d i c i o n a d o , sino
u n caso de a s i s t e m á t i c a c o n f u s i ó n , s i m i l a r al que se d a b a en cier-
to a c t o r m e x i c a n o q u e , t r a t a n d o de r e p r o d u c i r l a l e n g u a c l á s i c a
e s p a ñ o l a — p a r a l o c u a l c r e í a q u e l a a r t i c u l a c i ó n de /0/ i n t e r d e n -
t a l era i n d i s p e n s a b l e — , h a b l a b a de G a r a l a z o de l a V e g a . . .
D e acuerdo c o n m i s observaciones, p u e d o a ñ a d i r algunos p o r -
m e n o r e s m á s . H e a d v e r t i d o que l a frecuencia de a r t i c u l a c i o n e s
labiodentales a u m e n t a c u a n d o el l o c u t o r o el o r a d o r lee su c o m u -
n i c a d o y d i s m i n u y e c u a n d o habla e s p o n t á n e a m e n t e . L a vista a y u -
d a , sin d u d a , a l a m e m o r i a a aislar y destacar esas p. Y , p o r o t r a
p a r t e , he a d v e r t i d o a s i m i s m o q u e l a frecuencia de labiodentales
a u m e n t a t a m b i é n c u a n t o m á s f o r m a l o solemne es l a s i t u a c i ó n .
U n o de los locutores de t e l e v i s i ó n c u y a h a b l a he a n a l i z a d o c o n
m a y o r insistencia y c u i d a d o hace frecuentes entrevistas en d i r e c -
t o . S i el e n t r e v i s t a d o es persona de la confianza del e n t r e v i s t a d o r
y l a c o n v e r s a c i ó n se desliza n a t u r a l m e n t e d e n t r o de u n a m b i e n t e
i n f o r m a l y e s p o n t á n e o , n o p r o n u n c i a el l o c u t o r n i n g u n a [ v ] la-
b i o d e n t a l ; pero si el e n t r e v i s t a d o es personaje i m p o r t a n t e o de re-
c o n o c i d a a u t o r i d a d c u l t u r a l , l a entrevista se desarrolla de m a n e r a
m á s f o r m a l y , en consecuencia, la a p a r i c i ó n de [v] labiodental b r o t a
c o n r e l a t i v a frecuencia. Y ese m i s m o l o c u t o r , al leer las noticias
i n f o r m a t i v a s — a c t i v i d a d m á s f o r m a l que l a de e n t r e v i s t a r a u n a
p e r s o n a de su c o n f i a n z a — a r t i c u l a frecuentes [ v ] l a b i o d e n t a l e s .
L o s t e s t i m o n i o s q u e conozco sobre l a s i t u a c i ó n que el f e n ó -
m e n o g u a r d a e n H i s p a n o a m é r i c a c o i n c i d e n con l o que he adver-
tido en el e s p a ñ o l de M é x i c o . V e á m o s l o : Quienes h a n escrito alguna
a n o t a c i ó n e n t o r n o al f e n ó m e n o c o i n c i d e n en c o n s i d e r a r l o p r o p i o
de maestros de escuela, actores de t e a t r o , personas i n s t r u i d a s o
l o c u t o r e s de r a d i o y t e l e v i s i ó n . Y c o i n c i d e n a s i m i s m o e n s e ñ a l a r
166 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

que las condiciones que favorecen el f e n ó m e n o son todas las si-


tuaciones formales o solemnes: en conferencias o discursos, al leer
o h a b l a r ante u n p ú b l i c o , e t c é t e r a .
Q u e l a l a b i o d e n t a l i z a c i ó n de v es u n " v i c i o " escolar i n c u l c a -
d o e n los a l u m n o s p o r algunos maestros l o sostienen casi todos.
" P o r el c u i d a d o de l a escuela" e x p l i c a H e n r í q u e z U r e ñ a la dife-
r e n c i a c i ó n — " e r r ó n e a " — de b y v en el e s p a ñ o l de Santo
3 7
D o m i n g o . A l a "insistence o f p r i m a r y a n d secondary school tea¬
3 8
c h e r s " l a a t r i b u y e Stanley L . R o b e en el e s p a ñ o l de P a n a m á ,
a s í c o m o Elsie A l v a r a d o , q u i e n l a j u z g a " r e m i n i s c e n c i a de los a ñ o s
39
e s c o l a r e s " . C o m o " p r o n o n c i a t i o n s c o l a i r e " l a considera B e r t i l
40 41
M a l m b e r g en r e l a c i ó n c o n el h a b l a a r g e n t i n a y l a p a r a g u a y a .
Se r e f i e r e n al e m p e ñ o de algunos maestros p o r m a n t e n e r la dife-
r e n c i a c i ó n b/v y t r a n s m i t i r l a a sus a l u m n o s L u i s F l ó r e z en l o que
4 2
respecta al e s p a ñ o l de C o l o m b i a y Á n g e l R o s e n b l a t en r e l a c i ó n
43 4 4
con el habla v e n e z o l a n a y t a m b i é n con l a n o r m a e s p a ñ o l a . Ese
e m p e ñ o de tantos maestros t r a t a de ser j u s t i f i c a d o p o r el a f á n de
f a c i l i t a r l a b u e n a o r t o g r a f í a en los d i c t a d o s , s e g ú n l o constatan
4 5
R o s e n b l a t , A l v a r a d o y , p a r a E s p a ñ a , D á m a s o A l o n s o . Y des-

3 7
P. H E N R Í Q U E Z U R E Ñ A , El español de Santo Domingo, BDH, 5 (1936), §43,
pp. 1 3 7 - 1 3 8 . Diferenciación paralela a la de z y s o de // y y en el habla de la isla.
3 8
S. L . R O B E , The Spanish of rural Panamá, University of California Press,
Berkeley-Los Angeles, 1 9 6 0 , § 1 1 . 5 , p . 4 2 .
3 9
E . A L V A R A D O D E R I C O R D , El español de Panamá. Estudio fonético y fonológi-
co, E d . U n i v e r s i t a r i a , P a n a m á , 1 9 7 1 , p. 8 4 .
4 0
B . M A L M B E R G , Études sur la phonétique de l'espagnol parlé en Argentine,
C . W . K . Glearup, Lund-Copenhague, 1 9 5 0 , p . 6 0 .
4 1
Notas sobre la fonética del español en el Paraguay, Aarsbok, L u n d , 1 9 4 7 ,
p. 1 5 . Cosa esta ú l t i m a que rechaza tajantemente G E R M Á N DE G R A N D A por-
que la a p a r i c i ó n constante de [ v ] labiodentales en el e s p a ñ o l paraguayo se de-
be a la influencia del adstrato g u a r a n í , lengua que posee una [v] "de realización
poco tensa y de fricación d é b i l " coincidente con la [v] del e s p a ñ o l paraguayo
("Observaciones sobre la fonética del e s p a ñ o l en el P a r a g u a y " , p. 1 5 6 ) .
4 2
L . F L Ó R E Z , La pronunciación del español en Bogotá, I n s t i t u t o Caro y Cuer-
vo, B o g o t á , 1 9 5 1 , § 5 7 , p . 1 4 3 .
4 3
A . R O S E N B L A T , Buenas y malas palabras en el castellano de Venezuela. Segun-
da serie, E d i m e , C a r a c a s - M a d r i d , 1 9 6 0 , pp. 2 1 6 y 3 7 5 .
4 4
Recuerda ROSENBLAT {loe. cit.) el testimonio de P í o Baroja, en La feria
de los discretos, cuando " r i d i c u l i z a b a a u n maestro de escuela de C ó r d o b a , el
d ó m i n e P i ñ u e l a " , cuyos alumnos " t e n í a n que decir primaferajida", si no que-
r í a n ser castigados.
4 5
" H a y maestros que la defienden [la d i s t i n c i ó n b/v] como una necesi-
dad para facilitar la o r t o g r a f í a " ( R O S E N B L A T , op. cit., p. 2 1 9 ) . " L o s maestros
que e n s e ñ a n a leer y escribir, para ayudar a la o r t o g r a f í a de los n i ñ o s , p r o n u n -
cian como labiodental la v" ( A L V A R A D O D E R I C O R D , El español de Panamá,
NRFH, XXXVI L A L A B I O D E N T A L SONORA E N M É X I C O 167

p u é s , ya establecida l a m a n í a d i f e r e n c i a d o r a , resulta difícil des-


hacerse de ella, y m á s si se tiene en c u e n t a q u e " m u c h a s personas
4 6
a p r e n d i e r o n a p r o n u n c i a r l a [ l a v] c o n s u d o r y l á g r i m a s " .
A d e m á s de los maestros de escuela, suelen considerarse a d a l i -
des de l a d i s t i n c i ó n a los actores y a los recitadores de p o e s í a . E n
l o q u e al e s p a ñ o l de V e n e z u e l a se refiere, R o s e n b l a t s o s t e n í a q u e
los actores de teatro e r a n los m á s apasionados defensores de l a
47
a r t i c u l a c i ó n l a b i o d e n t a l de l a v , y D á m a s o A l o n s o se refiere a
los actores y recitadores e s p a ñ o l e s de poemas en t é r m i n o s m u y
48
parecidos .
L a f u n c i ó n d i s t i n g u i d o r a q u e d u r a n t e t a n t o t i e m p o correspon-
d í a m a n t e n e r a maestros, actores y recitadores parece h a b e r pa-
sado a h o r a a labios de los l o c u t o r e s de r a d i o y — a ú n m á s , c r e o -
de t e l e v i s i ó n . Casi todos los filólogos que se h a n ocupado del asunto
49
h a c e n clara referencia a e l l o . Y e n t a n t o que el alcance de los
maestros n o rebasaba los l í m i t e s del a u l a escolar, el alcance de
los m o d e r n o s medios de i n f o r m a c i ó n — r a d i o y t e l e v i s i ó n — es m u -
cho m a y o r y llega a todos los rincones d e l p a í s . N o creo arriesga-
d o a f i r m a r que el a c t u a l auge de las [ v ] labiodentales en el e s p a ñ o l
de l a c i u d a d de M é x i c o tiene su r a z ó n p r i m e r a en el hecho de q u e
dos de los locutores de t e l e v i s i ó n m á s famosos y escuchados d e l

p. 8 4 ) . " S o n legión los maestros que no h a r á n u n dictado sin pronunciar es-


p l é n d i d a s labiodentales" ( D . A L O N S O , La fragmentación, p . 204).
4 6
A . R O S E N B L A T , loe. cit.
4 7
A . ROSENBLAT, op. cit., p . 375. Recordaba la confesión de U n a m u n o :
" Y o n o puedo soportar a los actores [españoles] que dicen vive, p r o n u n c i á n d o -
lo con las u v é s francesas" (ibid., p . 219).
4 8
Y en La fragmentación, nota 541 observa: " A m i g o s m u y queridos del
autor de estas líneas pasan, a u t o m á t i c a m e n t e , a articular como labiodental la
v e t i m o l ó g i c a en cuanto se ponen a recitar u n poema; lo olvidan, inmediata-
m e n t e , en cuanto vuelven a la c o n v e r s a c i ó n " . Es algo similar a lo que obser-
vaba v o , l í n e a s antes, en relación con el locutor mexicano al hacer entrevistas
formales a grandes personajes.
4 9
E n C o l o m b i a , " q u i e n e s m á s frecuentemente se e m p e ñ a n en p r o d u c i r
dicho sonido son los radiofonistas" ( L . F L Ó R E Z , La pronunciación, § 57. C f .
t a m b i é n su l i b r o Apuntes de español, I n s t i t u t o Caro y C u e r v o , B o g o t á , 1977, p p .
13-14). Para Venezuela, v é a s e el cap. que dedica ROSENBLAT a " E l castella-
no de la radio y la t e l e v i s i ó n " (op. cit., esp. p p . 375-376). Para P a n a m á , v é a s e
E . A L V A R A D O , p . 84. Y para E s p a ñ a , a d e m á s de lo dicho por D . A L O N S O (La
fragrnentación, p . 203), r e c u é r d e n s e los abundantes ejemplos que foma G . SAL-
V A D O R de labios de u n solo locutor de televisión, aunque - s e g ú n é l - en con-
textos fonéticos donde ú n i c a m e n t e c a b í a el alófono oclusivo [b] (Estudios
dialectológicos, p . 129).
168 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

p a í s se h a n d a d o a t r a t a r de p r o n u n c i a r l a c o n u n e n t u s i a s m o d i g -
n o de m e j o r causa. L a g r a n m a y o r í a de los t e s t i m o n i o s de [ v ] p o r
m í recopilados procede de esos dos locutores. Y de a h í , de l a tele-
v i s i ó n , h a n i d o e x t e n d i é n d o s e y ascendiendo hasta llegar a l a v o z
p r e s i d e n c i a l , c o m o G r e g o r i o S a l v a d o r o b s e r v ó e n los dos e j e m -
plos mexicanos p o r él aducidos.
Estas tres grandes c a t e g o r í a s de d i s t i n g u i d o r e s se c o m p l e t a n
c o n el concurso de personas c o m u n e s y corrientes, p e r o c o n p r e -
tensiones cultistas o i n c l i n a c i o n e s pedantes. S o n adictos a estas
5 0
[v] labiodentales " a l g u n o s c o l o m b i a n o s c u l t o s " , sobre t o d o
51
" c u a n d o aspiran a h a b l a r finamente" , " u n o s pocos p e d a n t e s "
5 2 5 3
p a n a m e ñ o s , a l g ú n q u e o t r o p u e r t o r r i q u e ñ o i n s t r u i d o , ciertos
5 4
chilenos de " p r o n u n c i a c i ó n e n t e r a m e n t e a r t i f i c i a l " , a s í c o m o
algunos e s p a ñ o l e s "demasiado influidos por prejuicios ortográfi-
5 5
cos o p a r t i c u l a r m e n t e propensos a a f e c t a c i ó n " . E n s í n t e s i s ,
s i e m p r e entre personas de h a b l a afectada o en situaciones m u y
5 6
formales; n u n c a e n el h a b l a e s p o n t á n e a o i n f o r m a l .
T a m b i é n h a n s e ñ a l a d o algunos autores que la l a b i o d e n t a l i z a -
c i ó n de v es m á s frecuente en l a l e c t u r a , de acuerdo c o n l o q u e
y o he observado en el h a b l a de los locutores m e x i c a n o s (cf.
1
supraf .

5 0
L . F L Ó R E Z , Apuntes, p. 13. Cf. t a m b i é n R U F I N O J O S É C U E R V O , Apunta-
ciones críticas sobre el lenguaje bogotano, en Obras, t. 1, I n s t i t u t o C a r o y C u e r v o ,
B o g o t á , 1954, n ú m . 12, p p . 106-107.
5 1
L . F L Ó R E Z , La pronunciación, § 57, p . 143.
5 2
S. L . R O B E , The Spanish, p . 42.
5 3
Cf. T . N A V A R R O T O M Á S , El español de Puerto Rico, U n i v e r s i d a d de Puer-
to R i c o , R í o Piedras, 1948, p . 60, nota 2. S e g ú n T o m á s N a v a r r o , " e l p r u r i t o
de emplear este sonido [ v ] no se da entre los p u e r t o r r i q u e ñ o s instruidos con
tanto e m p e ñ o como entre las personas de igual clase de otras regiones de
América".
5 4
R O D O L F O L E N Z , El español en Chile, en BDH, 6 (1940), p . 139.
5 5
T. N A V A R R O T O M Á S , Manual, § 9 1 , p. 92.
5 6
L a [v] " n o ocurre en el habla informal de n i n g ú n nivel, pero se escu-
cha a veces cuando la persona habla con t e n s i ó n e m o c i o n a l " ( A L V A R A D O DE
R I C O R D , El español de Panamá, p. 84).
5 7
Ello se debe a lo que ROSENBLAT l l a m ó " e l fetichismo de la l e t r a " i m -
presa, " e n la creencia de que si se hace la d i s t i n c i ó n en la escritura se debe
hacer igualmente en la p r o n u n c i a c i ó n " (Buenas, p. 219). E n el mismo sentido
lo observan L u í s F L Ó R E Z para C o l o m b i a ( " T a l p r o n u n c i a c i ó n la realizan
cuando leen u n texto, no al hablar c o r r i e n t e m e n t e " : Apuntes, p . 14) o para
toda H i s p a n o a m é r i c a : " E n todos los países de la A m é r i c a e s p a ñ o l a hay quie-
nes p r o n u n c i a n la v labiodental cuando hablan o leen para el p ú b l i c o " (Leccio-
nes de pronunciación, 2a. ed., I n s t i t u t o C a r o y Cuervo, B o g o t á , 1963, p . 98),
NRFH, XXXVI LA L A B I O D E N T A L SONORA EN M É X I C O 169

E n c u a n t o a los contextos f o n é t i c o s q u e parecen p r o p i c i a r l a


l a b i o d e n t a l i z a c i ó n , es de j u s t i c i a a d v e r t i r q u e , antes que G r e g o -
r i o S a l v a d o r , y a L u i s F l ó r e z h a b í a observado r e i t e r a d a m e n t e que
el f e n ó m e n o se p r o d u c e ante t o d o , " s e g ú n nuestras observacio-
nes, c o n l a v i n i c i a l de p a l a b r a y l a que sigue a consonante nasal,
d e n t r o de v o c a b l o o en el enlace s i n t á c t i c o : veinte, los valores, envi-
58
dia, en vano", e t c . . Pero F l ó r e z , a diferencia de Salvador, no de-
c í a que esas dos posiciones c o n d i c i o n a r a n l a a p a r i c i ó n de l a
a r t i c u l a c i ó n l a b i o d e n t a l , sino sólo que l a p r o p i c i a b a n . E n c a m b i o
otros estudiosos, c o m o C r i s t i n a I s b á s e s c u , o b s e r v a n que l a l a b i o -
5 9
d e n t a l i z a c i ó n se produce en cualquier p o s i c i ó n . Y L u b o m i r Bar-
tos, p o r su p a r t e , a d v i e r t e que — e n el h a b l a de sólo dos es-
t u d i a n t e s cubanos residentes en Praga— l a v i n t e r v o c á l i c a era ple-
n a m e n t e l a b i o d e n t a l , e n t a n t o q u e e n p o s i c i ó n i n i c i a l absoluta te-
n í a u n a a r t i c u l a c i ó n c o m p l e j a , b i l a b i a l o c l u s i v a p o r u n lado y al
m i s m o t i e m p o l a b i o d e n t a l , p o r c u a n t o q u e " l o s incisivos supe-
6 0
r i o r e s t o c a n suavemente el l a b i o i n f e r i o r " . P e r o claro e s t á que
las observaciones obtenidas en u n a encuesta t a n p a r t i c u l a r y a t r a -
v é s de datos t a n r e d u c i d o s c o m o los q u e m a n e j a el profesor Bar-
tos n o son p r o b a t o r i a s de n a d a seguro.
Pienso, en c o n c l u s i ó n , que e n el e s p a ñ o l de M é x i c o sólo se
h a l l a n t e s t i m o n i o s de l a l l a m a d a v pedante, u l t r a c o r r e c t a o afec-
t a d a , que aparece casi e x c l u s i v a m e n t e en elocuciones formales o
en el h a b l a e n f á t i c a , y q u e puede encontrarse en c u a l q u i e r posi-
c i ó n , a u n q u e l a presencia de u n a consonante precedente — n o s ó -
l o nasal— favorece firmemente l a a r t i c u l a c i ó n l a b i o d e n t a l d e l
f o n e m a Ihl c u a n d o e s t á representado p o r el g r a f e m a v y sólo m u -
c h í s i m o m á s e s p o r á d i c a m e n t e c u a n d o corresponde al grafema b.
Y n o obstante el c a r á c t e r u l t r a c o r r e c t o , a r t i f i c i a l , pedantesco
y a u n r i d í c u l o de ese t i p o de a r t i c u l a c i o n e s , t r a t e m o s de j u z g a r l o s

así como E L S I E A L V A R A D O respecto de los locutores " c u a n d o l e e n " (cp. ext.,


p. 84), aunque t a m b i é n entonces sólo ocasionalmente.
5 8
La pronunciación, § 57, p . 143. L o m i s m o en Apuntes, p . 13.
5 9
" L a labiodental [v] se encuentra, en la p r o n u n c i a c i ó n cubana [. . . ] en
todos los contornos fónicos, respondiendo tanto al grafema v (en la m a y o r í a
de los casos) como al grafema b (con menor frecuencia)": C . ISUBASESCU,
" S o b r e la existencia de una fricativa labiodental sonora [ v ] en el e s p a ñ o l cu-
b a n o " , CH (3), pp. 477-478.
6 0
L . B A R T O S , " L a realización de los grafemas b y v en el e s p a ñ o l actual
con respecto a la m o d a l i d a d c u b a n a " , IAP, 1 (1967), p . 64.
170 J U A N M . LOPE B L A N C H NRFH, XXXVI

c o n a l g u n a benevolencia y de v e r algo p o s i t i v o en el f e n ó m e n o ,
p e n s a n d o que responde, e n b u e n a m e d i d a , al excelso a f á n de su-
p e r a c i ó n que ha i m p u l s a d o al g é n e r o h u m a n o p o r e n c i m a y p o r
d e l a n t e de las d e m á s especies a n i m a l e s .

JUAN M . LOPE BLANCH


U n i v e r s i d a d Nacional A u t ó n o m a de M é x i c o
E l Colegio de M é x i c o

También podría gustarte