Está en la página 1de 63

LITERATURA ESPAÑOLA DEL SIGLO DE ORO

PROFESORA: LUISA OCARANZA


AYUDANTE: JUAN MARDONES

DOSSIER Nº 12
UNIDAD III: Lírica

CONTENIDOS: PERSPECTIVAS TEÓRICAS

1. Fuentes:
Línea de tiempo, poetas del Siglo de Oro.

2. Bibliografía:
a. Aurora Egido: “Sin Poética hay poeta. Sobre la teoría de égogla en el Siglo de
oro.”
b. Alicia de Colombi- Monguió: “Teoría y práctica en la Era Renacentista de Fray
Luis de León a Lope de Vega.”
c. Evelia T. Sánchez: “La lírica latina en el siglo de oro español (1500 - 1700)”

LECTURA PARA LA CLASE

 No hay, se evaluará en la prueba.


Género Lírico en el Siglo de Oro Español

Garcilaso de la Vega Fray Luis de León San Juan de la Cruz Luis de Góngora (1561- Francisco de Quevedo
(1501-1536) (1527/1528- 1591) (1542-1591) 1627) (1580-1645)
elegías, soneto, égloga Lit. Ascético Lit. Mística Culteranismo Conceptismo
Sin poética hay poetas.
Sobre la teoría de la égloga
en el Siglo de Oro

por Aurora EGIDO


(Universidad de Zaragoza)

. . . 6¿n RheXósUca ay n.kQXónÁ,coo; y ò<Ln


Poètica ay poztaò- o¿n aAtc Lógica ay
¿óg¿coo nata/iatcò; qa{z) OL hombun tiz-
ne oJL u¿o natuAal dz ¿a Kazón, zl qaa¿
z¿> ¿a &uzn£z da toda¿> zòtaò COÒOÒ .
(LÓpZz Plnoíano, Philosophia Antigua
Poética, i n , p . 22*)
En p r i n c i p i o , l a é g l o g a c a r e c í a de a r t e , s i por
é s t e entendemos l a s r e g l a s que p r e s t a l a p o é t i c a . Su c ó -
digo era r e t ó r i c o y sus leyes l a confinaban al t e r r e n o
b a j o d e l t e r c e r e s t i l o . La h i s t o r i a c o n f i r m a , s i n embar-
g o , su v e r s a t i l i d a d y p r o t e í s m o para a p a r e c e r en l o s más
v a r i a d o s g é n e r o s , i n c l u i d o s a q u e l l o s que f u e r o n de i n v e n -
c i ó n r e n a c e n t i s t a , como l a p r o s a n o v e l e s c a y l a t r a g i c o -
media p a s t o r i l e s . Por l o mismo, adapto su m a t e r i a en t o -
dos l o s n i v e l e s d e l d e c o r o e s t i l í s t i c o y de l a j e r a r q u í a
s o c i a l , a b a r c a n d o d e s d e l a voz y e l p o r t e d e l p a s t o r
c a z u r r o o bobo h a s t a e l p a s t o r c o r t e s a n o o f i l o s ó f i c o de

EGIDO, Aurora. "Sin poética hay poetas". Sobre la teoría de la égloga en el Siglo de
Oro. En Critictfn (loulouse), 30, 1985, pp. ^5-77.
44 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

escuela. No falto además en su amplia trayectoria un dis-


fraz "a lo divino" que permitió contrahacer bajo las es-
pecies del pastor bonus la bucólica virgiliana. La rique-
za de la égloga se extendió, en fin, a las maneras y visa-
jes cortesanos, se impuso en la fiesta y trascendió a las
artes plásticas y a la pintura del escenario satírico que
Serlio diseño, bajo los dictados de Vitruvio, con los ca-
racteres de la bucólica clásica adaptada a los telares
del teatro. La difusión de Virgilio a través de la musi-
ca es, por otro lado, un aspecto más de su fructífera
vigencia en los siglos áureos (1).

(1) Para la pastoril española, véanse los estudios, fundamentales de


Juan Bautista Avalle-Arce, La novela pastoril española, Madrid, Ist-
mo, 1975 ; J.P.W. Crawford, Spanish Pastoral Drama before Lope de
Vega, Fhiladelphia, 1937; Francisco López Estrada, Los libros de
pastores en la Literatura española* La órbita previa, Madrid, Gredos,
197M-, especialmente pp. 424-H77; y Marcial José Bayo, Virgilio y la
pastoral española del Renacimiento (1480-1550), Madrid, Gredos, 1970.
Para la divinización de lo pastoril, Bruce W. Wardropper, Historia
de la poesia lírica a lo divino en la Cristianidad Occidental, Madrid,
Revista de Occidente, 1958. De pasada, entra en el tema de la pasto-
ril en la fiesta cortesana George Irving Dale, Gomes and Social Pas-
times in the Spanish Drama of the Golden Age, en HR, 3, 1940, pp.
219-241. Mas a nuestro propósito, S.P. Cravens, Feliciano de Silva
y los antecedentes de la novela pastoril en sus libros de caballe-
rías, Chapel Hill, Estudios de Hispanófila, 1976, p. 39ss. De la
mascara pastoril en los retratos y su vertiente mitológica tratan
Emilio Orozco, KL teatro y la teatralidad del Barroco, Barcelona,
Planeta, 1966, p. 106 y 277ss., y Julián Gallego, Visión y símbolos
en la pintura española del Siglo de Oro, Madrid, 1972, pp. 63-6H,
255-256, con referencia a la pastoril navideña en la pintura. Para
el triple escenario de Serlio, utilizado en la tragicomedia con fi-
nes no sólo escénicos, sino retóricos y estilísticos, véanse Ricar-
do Bruscagli, G.B. Oiraldi^ cómico, satirico, trágico, en TI teatro
italiano del Riñascimento, a cura di Maristella di Panizza, Milano,
Edizione da Comunitá, 1980, p. 261ss; y A. Favio, ibíd., p. 381. El
escenario satírico, plenamente bucólico, puede verse en Daniel Bár-
baro, La Pratica delia Prespectiva, Venècia, 1568, p. 158. Lo pasto-
ril apoyo la maquinaria escénica teatral en las comedias de Lope
(véase Mia Gerhardt, Essai d'analyse littéraire de la pastorale dans
les littératures italiennes, espagnoles et françaises, Hes Publishers,
Utrecht, 1975, p. 159). Para la rica proliferación de la égloga en
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 45

P e r o a q u í no vamos a o c u p a r n o s d e l a t r a y e c t o r i a
l i t e r a r i a o a r t í s t i c a de l a é g l o g a , s i n o de s u s a s p e c t o s
t e ó r i c o s , a s a b i e n d a s d e q u e , como s e ñ a l a b a A n t o n i o V i l a ^
n o v a , " e s un h e c h o i r r e c u s a b l e q u e t o d a s l a s i n n o v a c i o n e s
e s t é t i c a s que a r r a i g a n en l a l i t e r a t u r a e s p a ñ o l a de l o s
s i g l o s XVI y XVII s e d e s a r r o l l a n con a b s o l u t a i n d e p e n d e n -
c i a de l a s t e o r i z a c i o n e s de l o s p r e c e p t i s t a s " ( 2 ) . É s t a s ,
a d e m á s , l l e g a n muy t a r d e , c u a n d o l a é g l o g a h a d a d o s u s
m e j o r e s f r u t o s y e s t á a p u n t o de e x t i n g u i r s e en a l g u n o s
géneros.

La p o é t i c a d e l a é g l o g a en E s p a ñ a no s ó l o e s t a r d í a
s i n o p o b r e . Aun a s í p u e d e n r a s t r e a r s e e n prólogos y tex-
tos diversos algunas opiniones previas a su s i s t e m a t i z a -
c i ó n e n l a p r e c e p t i v a . Aquí no s e d e s a t ó una p o l é m i c a e n -

l o s d i s t i n t o s g é n e r o s , véase W. Leonard Grant, Neo-Latin Literature


and the Pastoral> The U n i v e r s i t y of North Carolina P r e s s , 1965. So-
bre l a transmisión musical de l o p a s t o r i l y su función e s c o l a r ,
Alberto Blecua, Virgilio en España en los siglos XVI y XVII, en Ac-
tes del Vi Simposi de la Secció Catalana de la Societat Espanyola
d'Estudis clàssics (Barcelona, 11-13 de f e b r e r d e l 1981), Barcelona,
1983, p p . 61-77; también J e s s i e Anne Owens, Músic in the Early Ferra-
rese Pastoral : A Study of Beccari1$ "II sacrificio", en II teatro
italiano...; c i t . , p . 583ss. Una idea de l o s v a l o r e s que l a égloga
p r e s e n t a en l a f i e s t a c o r t e s a n a puede verse en l a Questión de amor
(1508-1512), obra anónima publicada en 1513 y que r e c r e a l a vida de
l a c o r t e n a p o l i t a n a (véase e l t e x t o de Menéndez Pelayo, Orígenes de
la novelas I I , NBAE, Madrid, 1931, y, más l e j o s , l a nota 2 9 ) . Un muy
r e c i e n t e t r a b a j o de Donald McGrady ha llamado la atención sobre l a
p r e s e n c i a de enigmas, desde V i r g i l i o , en l a é g l o g a . Lope i n c l u y e uno
de t i p o e r ó t i c o en La Arcadia. Pero también l o s hay en o t r a s novelas
p a s t o r i l e s . Véase su a r t í c u l o ¿Iotas sobre el enigma erótico, con es-
pecial referencia a los "Cuarenta enigmas en lengua castellana", en
Criticón, 27, 1984, p p . 71-108. Covarrubias en su Tesoro muestra
un amplísimo muestreo de pastor y sus derivados y t i e n e en cuenta l o s
s i g n i f i c a d o s r e l i g i o s o s ( p r e l a d o , pastor sumo o Sumo P o n t í f i c e , Buen
P a s t o r , e t c . ) . Conviene t e n e r en cuenta que para é l pastoral y p a s -
t o r i l son l o mismo, pero l a primera voz se r e f i e r e especialmente a
l o s p r e l a d o s e c l e s i á s t i c o s . En l a d e f i n i c i ó n de égloga, sigue cu-
riosamente l o s comentarios de Herrera a G a r c i l a s o .
(2) Antonio Vilanova, " P r e c e p t i s t a s de i o s s i g l o s XVI y XVII", en
Historia General de las Literaturas Hispánicas, Barcelona,1968, v o l .
I I I , p . 559.
46 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

tre antiguos y modernos comparable a la que surgió en Ita-


lia en torno a It paòtok Fldo de Guarini en los últimos
quince años del siglo XVI y que dejaría su huella en la
posterior diatriba francesa en torno a le Cid (1636) de
Corneille ( 3 ) . Aun así, cabe decir que desde los comenta-
rios de Herrera a las labZaA de Cáscales o a Saavedra Fa-
jardo, los preceptistas españoles se hicieron eco o plan-
tearon la discusión en torno al tema en términos parejos
a los del debate italiano. Por otro lado, la práctica li-
teraria impuso una poética empírica, que los autores
aceptaron o desarrollaron con la libertad que presta el
uso de lo implícito frente a la inexistente autoridad
de normas establecidas. El hecho de que la tradición con-
sintiese en el tratamiento narrativo e ínterlocutivo de
la égloga favoreció su diversidad genérica y facilitó la
mezcla de estilos, como veremos.

Juan Luis Vives, al prologar su traducción de las


Ge.áig¿ca¿ de Virgilio, sintetizó los problemas que el asun-
to acarreaba desde la Edad Media confirmando el carácter
retórico de los mismos. Además de historiar la égloga
hasta Poliziano y enumerar sus comentaristas cristianos
y paganos, alude a su carácter alegórico, a su impresión
de obra juvenil, de canto utópico de la naturaleza feliz,
degustada por ciudadanos eméritos, y maestra de vida. De-
duce de ella una doble finalidad de placer y provecho y,
al recoger la tradición de la rota Vergili medieval, Vi-
ves no hace sino elevar al estilo sublime propio de la
Envida los terrenos humildes y medios de las &icü£¿ca¿ y
las Gcóiglcaò, suscitando la dignificación, seriedad y al-
tura de lo pastoril por encima de su sencilla impostación
retórica. Vives era además consciente del uso escolar
frecuente de las tiucóLLcab y hasta señala, como cosa sabi-
da , que en todos los tiempos se han sacado las suertes
con versos de Virgilio (4).

(3) Bernard Keinberg, A Histovy of Literary CvCticísm %n the Italian


Renaissance, The University of Chicago Press, 1963, 2 vol., p. ll03ss.
en particular.
(V) Juan Luis Vives, "Introducción a las Geórgicas de Virgilio", en
Antolog-va de humanistas españoles,ed. de Ana M. Arancón, Madrid, Ed.
Nacional, 1980, pp. 393-408. Para las suertes, p. 395. Sigue los co-
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 47

T o d a s l a s r e t ó r i c a s c o n f i n a b a n l a é g l o g a a un b a j o
l u g a r e s t i l í s t i c o y s o c i a l , pues la rueda v i r g i l i a n a ha-
b í a i m p u e s t o e s e d o b l e d e s t i n o en s u s a n i l l o s a l a s d i -
v i s i o n e s e l o c u t i v a s f o r m u l a d a s e n l a Rh<¿£oK¿ca ad HoA<¿nnuim{5) .
El d e t e r m i n i s m e q u e s e d e d u c í a d e t a l e s p r o p u e s t a s s u s c i -
t o ya e n J u a n d e l E n c i n a u n a s u e r t e d e r e b e l d í a p u e s ,
aun t r a t a n d o de a c o m o d a r s e a l a t r a d i c i ó n r e t ó r i c a , p r o -
c u r ó d i g n i f i c a r y e l e v a r l o p a s t o r i l por encima de l a e s -
t i m a c i ó n c o m ú n . La l e c t u r a a l e g ó r i c a q u e , s u p e r p u e s t a a
la l i t e r a l , se asignaba a la égloga desde los comentarios
d e S e r v i o a l a s tiucóLLcaò d e V i r g i l i o , f a v o r e c í a e s a p o s i -
b i l i d a d d e a s c e n s o . Cabe r e s a l t a r e n e s e s e n t i d o como e l
p a s t o r bobo d e l t e a t r o p r e l o p e s c o e v o l u c i o n a de l a comi-
c i d a d p r i m a r i a de l a s p i e z a s n a v i d e ñ a s h a s t a s e r v i r de
s o p o r t e d o c t r i n a l t e o l ó g i c o y m e t a m o r f o s e a r s e en a u t o r i -
d a d s a g r a d a , como o c u r r e en l a s p i e z a s d e E n c i n a o P e d r o
M a n u e l d e U r r e a ( 6 ) . La p r i m e r a i m i t a c i ó n c a s t e l l a n a d e

comentarios a V i r g i l i o de Donato, Servio y Probo V a l e r i a n o , que s i r -


vieron de base r e t ó r i c a para l a égloga en e l Renacimiento. También
hace mención de Teócríto y confirma l a n a t u r a l e z a como "maestra de
l a vida" ( p . 405). Admirar lo campestre es e n t e n d e r que la aparente
s e n c i l l e z de Catón, Varrón, Columela y Paladio sobre e l campo ence-
r r a b a " s e r i e d a d y e l e v a c i ó n " ( p . 407).
(5) Edmond F a r a l , Les arts poètiques du Xile et du XUIe siècle,
P a r i s , 1958, cap. I I I , p . 8 6 s s . Así l o formula Jean de Garlande :
"ítem sunt t r e s s t y l i secundum t r e s s t a t u s hominum : p a s t o r a l i v i t a e
convenit s t y l u s h u m i l i s , a g r i c o l i s m e d i o c r i s , g r a v i s g r a v i b u s p e r s o -
n i s quae praesunt p a s t o r i b u s e t a g r i c o l i s " , r e f e r i d o s respectivamen-
t e a l a s Bucólicas, l a s Geórgicas y la Eneida, como se s a b e . Este
sistema a f e c t ó a l a l i t e r a t u r a vulgar y l a t i n a h a s t a e l s i g l o XVII.
Para l a t r a d i c i ó n c l a s i c a e h i s p a n a , E. Lausberg, Manual de retórica
literaria,, Madrid, Gredos, 1966, voz humilis, y José Rico Verdú, La
retórica española de los siglos XVI y XVII, Madrid, C . S . I . C , 1973,
quien alude a l a s r e t ó r i c a s de García Matamoros, Andrés Sempere,etc .,
en r e l a c i ó n con l a rueda v i r g i l i a n a . Una c l a r a s í n t e s i s d e l problema,
en Francisco López Estrada, Introducción a la literatura medieval es-
pañola, Madrid, Gredos, 1979, p . 184ss. A l a s c o n t r a d i c c i o n e s que se
deducen de l a mezcla d e l a l t o y najo e s t i l o hace r e f e r e n c i a R . J .
Andrews, Prometheus in Search of Prestige, U n i v e r s i t y of C a l i f o r n i a
Publ. i n Modern Philology, 1969, p . 30.
(6) John Brotherton, The "pastor-bobo" in the Spanish Theatre Before
48 Aurora EGÍDO Criticón, 30, 1985

las églogas de Virgilio, las CopíaA cíe ticngo RavaZgo, había


impuesto además, con anterioridad a Encina, una utiliza-
ción política que más tarde perseguiría también Francis-
co de Madrid, mezclando en la alegoría fines religiosos
y pacifistas (7). La inserción de factores épicos en el

The Time of Lope de Vega, London, Támesis, 1975, p. 196ss. Y parti-


cularmente Miguel Ángel Pérez Priego, El teatro de Diego Sánchez de
Badajos, Caceres, 1982, p. 102ss., y p. 187 para el pastor didáctico
y moralizador. La dependencia de urrea respecto a Encina ya fue des-
tacada por don Marcelino Menéndez Pelayo en sus Orígenes de la nove-
la, III, Madrid, NBAE, 1910, p. CLXI. Véase la ed. de Eugenio Asensio,
Pedro Manuel de Urrea, Églogas dramáticas y poesías desconocidas,
Madrid, 1950, p. XXXV, donde apunta la herencia de Virgilio y el
uso de la lengua villanesca por exigencias retóricas. En la Égloga
sobre el nascimiento de Muestro Salvador Jesu Christo (p. 65ss.)
aparece la imagen de David pastor, una de tantas conversiones de pas-
tores en autoridades sagradas o pastores sabios, como los de Lucas
Fernández y Gil Vicente. El conflicto social del tema pastoril se
vislumbra en las especiales relaciones de la pastorela (decoro de
la dama y el pastor). Véase Ramón Menéndez Pidal, Romancero Hispánico.
Teoría e Historia, Madrid, Espasa-Calpe, 1968, II, p. 136ss.
<7) Véase Alberto Blecua, "La Égloga" de Francisco de Madrid en un
manuscrito del siglo XVI, en Serta Philologica F. lázaro Carreter,
Madrid, Cátedra, 1983, pp. 39-66. Para el tema en Encina, véase Juan
Carlos Temprano, Móviles y metas en la poesía pastoril de Juan del
Encina, Universidad de Oviedo, 1975, cap. V, p. 123ss. Charlotte
Stern, The "Coplas de Mingo Revulgo" and the Early Spanish Drama, en
HRy 1976, 44, pp. 311-322, ya destaco' que las Coplas sirvieron de
modelo retórico posterior. Hernando del Pulgar las consignó como
obra bucólica y así aparece adjetivado en el ms. de la B.N. de las
Coplas. Éstas recogen la tradición de las Églogas 1 y III de Virgi-
lio, que luego tomarán las poesías del Cancionero musical de Palacio
y el teatro de Encina y Lucas Fernández. La vertiente de propaganda
personal y política fue seguida por Fernán López de Yanguas, Diego
de Avila y otros. El artículo de Stern ofrece numerosos datos sobre
la alabanza de aldea en la poesía española de cancionero, no exenta
de quejas de pastores. El pastor sirve de nexo entre el momento li-
túrgico y el del público en numerosas obras navideñas, como el Aucto
nuevo del santo nacimiento de Christo Nuestro Señor> ed. de Ronald
E- Surtz, Valencia, Chapel Hill, 1981, p. 14. Sobre la inserción de
la épica en la égloga, Joseph E. Gillet, Propalladia and other Works
of Bartolomé de Torres Náharroy University of Pennsylvania, 1961,
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 49

marco b u c ó l i c o i n t e n s i f i c ó s u s p o s i b i l i d a d e s a s c e n s i o n a -
l e s en l a e s c a l a e s t a m e n t a l d e l d e c o r o . Los n u e v o s d e s -
t i n o s de l a é g l o g a l a e l e v a b a n p o r e n c i m a de s u s o r í g e -
nes r e t ó r i c o s ; pero e l e s t i l o humilis p l a g a r á l a s c o n f e -
s i o n e s d e l o s p r ó l o g o s d u r a n t e más d e un s i g l o , como c o n -
f i r m a , pongo por c a s o , l a c a r t a - d e d i c a t o r i a de L u i s G a l -
v e z d e M o n t a l v o e n B¿ paòtot d& fXJUda ( 8 ) .

J u a n d e l E n c i n a , en s u s d o s d e d i c a t o r i a s a l o s
R e y e s C a t ó l i c o s y a l P r í n c i p e , c o n s i g u e e n s a l z a r l a huma 1 -
d a d d e s u o r i g i n a l t r a n s l a c i ó n d e l a s Bucòticaò virgilianas
p r e c i s a m e n t e por l a a l t a d i g n i d a d de sus d e s t i n a t a r i o s .
Pero también porque l a a l e g o r í a p e r m i t e "debaxo de a q u e l l a
corteza y rústica simplicidad" colocar altas sentencias.
La t r a d i c i ó n a f i r m a b a a d e m á s t o d a l a g e n e a l o g í a b í b l i c a
de l o s p a s t o r e s que f u e r o n p a t r i a r c a s , p r o f e t a s y r e y e s ,
d e s d e Abel a David y, p o r s i f u e r a p o c o , e l c a t á l o g o de
r ú s t i c o s v a r o n e s que además f u e r o n c a p i t a n e s f o r t í s i m o s ,
como l e a s e g u r a b a C a t ó n e l C e n s o r i o ( 9 ) . Los p r o f e s i o n a -

v o l . IV, p . 449, quien s e ñ a l a ; e n t r e o t r a s , p i e z a s de Martín de Herre-


r a , Égloga de unos pastores (1510-1511), e l B a c h i l l e r de l a P r a d i l l a ,
Égloga vedi (1514), y d e l propio Torres Naharro.
(8) En l a e d . de Marcelino Menéndez Pelayo, Orígenes de la novela, II,
Madrid, NBAE, 1907, p . 399; y lo mismo en l a d e d i c a t o r i a en verso
1
("Dejarás l a g r a v e d a d . , / ) y en e l soneto f i n a l ( p . 399 y 483). El
prólogo l l e v a b a además —por t r a d i c i ó n — l a t ó p i c a de l a humildad.
Por o t r o l a d o , e s t á l a d i g n i f i c a c i ó n e t i c a de lo campestre, aunque
—como señaló Fray Antonio de Guevara en e l Menosprecio de corte y
alabanza de aldea, Madrid, Espasa-Calpe, 1967, p p . 4 1 - 4 2 ~ "En e l
estado de p a s t o r e s Abel fue bueno y Abimelec fue malo". Los prólogos
l a t i n o s de Catón, Varrón y Columela en torno a l a e x a l t a c i ó n de l a
a g r i c u l t u r a iban por ese d e r r o t e r o cercano a l de l a vida b u c ó l i c a y
su p e r f e c c i ó n moral (y económica) f r e n t e a l a vida ciudadana y apun-
tando a l a s Geórgicas v i r g i l i a n a s (véase Tore Janson, Latin Prose
Prefaces. Studies in Literary Conventionsy Almqvist & W i k s e l l , Stokholm,
Gòteborg, Uppsala, 1964, p . 8 3 s s . ) . El camino del "beatus i l l e " e s t a -
ba a b i e r t o a t a l e s consideraciones para toda la b u c ó l i c a española y
no creo valga l a pena i n s i s t i r en e l l o . Una anónima Comedia pastoril
española ( s . XVI, [1570 o 1580], e d . y e s t u d i o de José Ignacio Uz-
quiza González, Càceres, 1982, p . 22) da muestras de esos e c o s , toma-
dos de Guevara y de l a Diana de Montemayor.
(9) Véase Juan del Encina, Obras Completas, I , e d . , i n t r o d u c c i ó n y no-
50 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

les célebres del pastoreo y la fama de los autores que


tocaron los temas rústicos mejoraban así la calidad de
la traducción de sus églogas y del propio Juan del Enci-
na que se autoinstalaba con ellas en el panteó'n clásico.
Por otra parte, la consabida cristianización medieval
de Virgilio-profeta, Encina la trasladaba al mesianismo
que en la tgtoga IV aplicaba al príncipe don Juan un des-
tino redentorista como salvador de España. Convertido el
poeta en profeta de su propio tiempo, dirá por tanto :

tàtòoò de. SlcítLa, d<¿x.<¿moo paòtoK&ò,


aícemoò IOÁ veZcu* da WJU&IQ dzzÁA,
nazán noò combada OUZK dz <UCA<L\)ÁA
mutQJúoo mío altoò de COÒOÒ mayoKQA. (10)

tas de Ana María Rambaldo, pp. 218-231 (la cita en p. 228). Encina
cree, con Donato, que el orden virgiliano : Bucólicasy Geórgicas,
Eneida sigue la orden de los mortalesnque primero fueron pastores,
luego agricultores y después guerreros. Servio y Macrobio le sirven
para la base retórica. Véase el prólogo de Rambaldo, pp. X1X-XX. El
fundamento de estas dedicatorias, como del Prohemio al Arte de poesva
castellana, es retorico. Conviene tener en cuenta que el proceso de
nacionalización a que somete Encina la égloga no era extraño al gé-
nero. Virgilio romanizó el idilio del poeta siracusano en un proceso
de imitación que atendía a la contaminación imitatoria. Sobre la ori-
ginalidad de la imitatio virgiliana, véase Andrée Thill, "Alter ab
Illo". fíecherches sur l1 imitativa dans la poésie personnelle à Vapo-
que auguetéennes Paris, Les Belles Lettres, 1979, p. 39ss. También
se refiere en p. 53 a.la poética del género.
(10) Juan del Encina, ibíd., p. 229 y pp. 270-271; para la égloga IV,
James A, Anderson, Encina and Virgil (Valencia, University, Mississi-
pi Romance Monographs, Inc. 8, 1974), dice que las traducciones de En-
cina estaban destinadas en parte a gente que no podía leer a Virgi-
lio en latín, aunque también tiene en cuenta a los buenos conocedo-
res de Virgilio y de la poesía española. Claro que también se da la
vertiente fiel al estilo humilis en las églogas de Lucas Fernández
y en las de Gil Vicente. Éste demuestra en el Auto de la visitación,
en el Auto pastoril castellano y en el Auto de los Reyes Magos cómo
la égloga estaba al servicio de la casa real portuguesa. El vaquero
Gil Vicente o los pastores contemplativos o navideños servían de pa-
satiempo cortesano (véase Gil Vicente, Obras dramáticas castellanas,
ed. de Dámaso Alonso, Madrid, Espasa-Calpe, 1968). Para la égloga
como divertimiento cortesano, W. Leonard Grant, ob. cit., en nota 1,
p. 343ss.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 51

Cantando en " e s t i l o n o t a b l e a n o t a b l e s " y e l o g i a n d o e l


r e i n a d o de l o s Reyes C a t ó l i c o s , a s e g u r a b a l a d i g n i d a d de
l a é g l o g a y l a confirmaba c a p a z , por v i a a l e g ó r i c a , de
e q u i p a r a r s e a l a s u b l i m i d a d é p i c a . Y e l l o t a n t o en su
p o e s í a como en su t e a t r o , pues l a c l a s i f i c a c i ó n e s t i l í s -
t i c a de l a é g l o g a es i n d e p e n d i e n t e de l a s t r e s formas
en que además p o d í a v e r t e r s e : n a r r a t i v a , d r a m á t i c a o
m i x t a . T r i p l e v e r t i e n t e que a s e g u r a b a s u p r o t e í s m o g e n é -
rico .
La marca a l e g ó r i c a , cuya t r a d i c i ó n también puede
p e r s e g u i r s e en l a é g l o g a i t a l i a n a de f i n a l e s d e l XV
( p i e n s o en Antonio G e r a l d i n o ) , a f i r m ó su v e r s a t i l i d a d
e s t i l í s t i c a y t e m á t i c a y su c a p a c i d a d de a d a p t a r s e a l o s
d i s t i n t o s g é n e r o s y e s t i l o s (11) . T r a s l a t r a d u c c i ó n e n -
c i n i a n a , V i r g i l i o s e adueña de l a s a u l a s de r e t ó r i c a y
g r a m á t i c a y o c a s i o n a l m e n t e de l o s p u l p i t o s , p e r o e l cam-
po de l a s t r a d u c c i o n e s queda yermo con l a p r e s e n c i a de
G a r c i l a s o q u e , según A l b e r t o B l e c u a , impide con s u s m o l -
d e s e l s e g u i m i e n t o v i r g i l i a n o p a r a i m p o n e r s e é l como mo-
d e l o . Hasta l a década de 1570-1580 no s e o f r e c e un p a n o -
rama r i c o en t r a d u c c i o n e s de l a s ÏÏucóL·LcaA. E s t a s a p a r e c e -
r á n t a n t o en p r o s a como en v e r s o o en ambos a l a v e z ,
según c o n v e n í a a l a t e o r í a a r i s t o t é l i c a más a c e p t a d a de
l a i m i t a c i ó n . La p o e s í a en p r o s a de l a n o v e l a p a s t o r i l
f a v o r e c í a t a l e q u i d a d y l a i m p u l s a b a . Pero además l a
p r o p i a f u n c i ó n d i d á c t i c a d e s d e N e b r i j a , con s u s é c p h r a -
ses de V i r g i l i o en p r o s a a l a l c a n c e de l o s n i ñ o s . La v i -
da h u m a n í s t i c a de l a é g l o g a s e a l z a b a a s í por encima de
l a t e o r í a de l o s g é n e r o s y a s e n t a b a su p e r v i v e n c i a s o b r e
b a s e s r e t ó r i c a s (12) . El t é r m i n o mismo de égloga se

(11) El Carmen bucolicum (Roma, 1485) de Antonio Geraldino, tan


v i n c u l a d o , por l a d e d i c a t o r i a a l a r z o b i s p o don Alfonso, a l a vida
zaragozana de su a u t o r , es un buen ejemplo de e l l o . Las h u e l l a s de
l a Eneida y de l a s Geórgicas muestran l a temprana impregnación de
e s t i l o s impropios de l a égloga, a s í como l a c r i s t i a n i z a c i ó n y e l
e l o g i o a l a monarquía de l o s Reyes C a t ó l i c o s como o c u r r e con Encina
(véase Marcial José Bayo# o b . c i t . , p . 1 7 s s . ) . La r e a c c i ó n c o n t r a
e l alegorismo de l a égloga se ve en Juan de l a Cueva (Marcelino Me-
néndez Pelayo, Bibliografía hispano-latina clásica¿ v o l . IX, Madrid,
1942, p . 121).
(12) Para l a s t r a d u c c i o n e s de V i r g i l i o , Marcelino Menéndez Pelayo,
52 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

fue ensanchando c o n s i d e r a b l e m e n t e y s e h i z o t a n t o s i n ó n i -
mo de comedia, f a r s a y a u t o (en Lucas F e r n á n d e z , por ejem-
p l o ) como de n o v e l a p a s t o r i l ( 1 3 ) . La i n v e n c i ó n g a r c i l a -
s i s t a de l a é g l o g a v e r t i d a en e l molde e n d e c a s i l á b i c o
a b r i ó l o s caminos de l a nueva p o e s í a d i g n i f i c a n d o l a ma-
t e r i a b u c ó l i c a y p r e s t a n d o una f i l o g r a f í a y una v i s i ó n
d e l hombre y de l a n a t u r a l e z a completamente n u e v a s . S e -
r í a n p r e c i s a m e n t e l o s c o m e n t a r i o s a G a r c i l a s o l o s que
a p o r t a r í a n un s u s t a n c i o s o avance a l a t e o r í a de l a é g l o -
g a , a p u n t a n d o e l camino de l a s p o é t i c a s p o s t e r i o r e s .
Pero a n t e s de a n a l i z a r e s e a s p e c t o , c o n v i e n e t e n e r
en c u e n t a que l a t r a y e c t o r i a p r o s í s t i c a de l a m a t e r i a p a s -
t o r i l a n t e s de i n d e p e n d i z a r s e s u r g e como rama de l a l l a -
mada n o v e l a de c a b a l l e r í a s . Y en e s e p r e - n a c i m i e n t o nove-
l í s t i c o ya l l e v a l a s h u e l l a s r e t ó r i c a s e s t i l í s t i c a s a que

ibíd., Marcial José Bayo, ob. c i t . y Alberto Blecua, a r t . c i t . en


nota 1. Además Theodore S. Beardsley, J r v Hispano-Classical Tvansla-
tions Printed Between 1482 and 2699, Duquesne University Press, P i t t s -
but-g, Pennsylvania, 1970» quien muestra el silencio de traducciones
de Teócrito —a excepción de Villegas— frente a las 32 de Virgilio»
entre traducciones totales o parciales y versiones como las de Enci-
na (p. 109). La cristianización de Virgilio le favorecía frente a
Teócrito (p. 120).
(i3) Juan Fernández de Idiáquez, en su traducción de las Églogas de
Virgilio, Barcelona, Pedro Malo, 1574 (B.N., R/8852) hace a Virgilio
deudor de Teócrito. Al principio de la Égloga II y de las otras que
siguen, recoge la usual interpretación en prosa de lo que los auto-
res han opinado respecto a quién se esconde debajo de cada nombre.
Téngase en cuenta que las propias Bucólicas de Virgilio contenían
su propia ars poética implícita, como ha señalado Michael C.J. Put-
nam, Virgil's Pastoral Art Studies in the "Eclogues", Princeton y
University Press, 1970, p . 15. Véase Lucas Fernández, Farsas y églo-
gas, ed. de María Josefa Canellada, Madrid, Castalia, 1976, p . 27ss.,
y 81, 104, 133 y 165, para los t í t u l o s , con un fino^estudio de la
lengua r ú s t i c a . En este caso, cabe recordar que la Égloga de las
grandes lluvias recoge el enfrentamiento del poeta con Juan del Enci-
na. Canellada recoge la l i s t a de gastos para representar, en el
Corpus de 1501, la Comedia de Bras Gil y Berenguela ( i b í d . , p . 12).
En otras catedrales españolas la égloga rustica alimentó festejos
populares del Corpus, fomentando esa faceta popular del género.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 53

n o s v e n i m o s r e f i r i e n d o . L a s o b r a s cié F e l i c i a n o d e S i l v a
c o n f i r m a n a l p a s t o r en s u a m b i e n t e y con s u s r e c u r s o s
c ó m i c o s en m e d i o d e u n a n a t u r a l e z a i d í l i c a c a r g a d a d e
l i r i s m o y m u s i c a . E s a misma r u s t i c i d a d s e a l z a c o n e l
i d e a l d e l p l a t o n i s m o a m o r o s o e n e l Amadeo de Gtec¿a ( 1 5 3 0 )
y s e c a r g a de r e f i n a m i e n t o s c o r t e s a n o s en l a c u a r t a p a r -
t e d e l flonÁAZt dz Híquna ( 1 5 5 1 ) . Es p o s i b l e q u e , como a s e -
g u r a Sydney P . Cravens, Silva se inspirase — a l margen
de l o s t e x t o s l i t e r a r i o s — en e l b u c o l i s m o o c a s i o n a l de
l a s bodas d e l f u t u r o F e l i p e I I y en l a s de su hermana
María, en l a s que e l d i s f r a z p a s t o r i l quedaba d i g n i f i c a d o
h a s t a e l máximo por s u s r e a l e s u s u a r i o s , con l o c u a l e n -
tramos en l a r i c a c o l i s i ó n d e l a r t e p a s t o r i l con l a p r o -
p i a v i d a c o r t e s a n a . La mezcla de p e r s o n a j e s de d i s t i n t a s
c a t e g o r í a s s o c i a l e s rompía una vez más con e l e s q u e m a t i s -
mo r e t ó r i c o t r a d i c i o n a l y a s e g u r a b a l o s a l t o s v u e l o s que
e l neoplatonismo impondría a l a s novelas p a s t o r i l e s a
p a r t i r de l a V¿ana ( 1 4 ) . I d é n t i c o t r a v e s t i m o a p a r e c e en
Menóta e Ateca de Bernardim R i v e i r o y en l a Com&Ua do \JÁA\)0
de Gil V i c e n t e , donde l a p a l a b r a de s u s p a s t o r e s d e l a t a
su o r i g e n n o b l e y l a s o s p e c h a de que su c a n t o e s "cousa
t r i s t e e mais que de p a s t o r " ( 1 5 ) . La comedia b a r r o c a ,
como confirma a l a s c l a r a s Et vQAgonzo*o en potado de T i r s o
de Molina, r e c r e a r á numerosas v e c e s e s a f i g u r a d e l n o b l e
d i s f r a z a d o de p e l l i c o ,

Las m i s c e l á n e a s r e n a c e n t i s t a s o f r e c e n en s u s s e l -
vas e s c e n a s y c o l o q u i o s p a s t o r i l e s que como l o s de T o r -
quemada a b r e n caminos a l e l o g i o de l a v i d a c a m p e s t r e en
su d o b l e v e r t i e n t e de b e l l e z a y bondad. Pero s u s argumen-

(14) S . P . Cravens, o b . c i t . , p . 39 y 7 5 s s . F e l i c i a n o de S i l v a i d e n t i -
fico' a l p a s t o r con e l poeta y con e l músico g r a c i a s a G a r c i l a s o y a
Sannazaro. Sobre l a p o e s í a que i n s e r t a en su o b r a , véanse l a s p . 91,
110-112. Cervantes ofrece en su comedia La casa de los celos y sel-
vas de Ardenia una c u r i o s a fusión de l o c a b e l l e r e s c o , en l a l í n e a
de Boiardo, con l o p a s t o r i l , en sus dos v e r t i e n t e s i d e a l i z a d a y r ú s -
t i c a , como ha señalado Jean Canavaggio, Cervantes dramaturge. Un
théàtre à naitre, P a r i s , P . U . F . , 1977, p . 103ss.
(15) Eugenio Asensio, Bernardim Bibeiro a la luz de un manuscrito
nuevo, en Estudios Portugueses, P a r i s , 1974, p p . 199-224, y d e l mismo,
Bernardim Ribeiro y los problemas de "Menina e Moca", en Arquivos do
Centro Cultural Portuguès, X I I I , S e p a r a t a , p . 60.
54 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

t o s c a n t a n e s a s e x c e l e n c i a s con e l ejemplo t ó p i c o de l o s
r e y e s , e m p e r a d o r e s , p r í n c i p e s y o b i s p o s que han o f i c i a d o
de p a s t o r e s y han p r e s t a d o a l t í s i m a d i g n i d a d a l o f i c i o .
Las s e r i e s v i e n e n j u s t i f i c a d a s por l a u s u a l v e r t i e n t e
b í b l i c a y c l á s i c a en l a que I s a a c y l o s h i j o s de Jacob
caminan a l l a d o de Romulo y Remo, P a r i s y Giges o e l
mismo V i r i a t o , s i n que f a l t e l a e s p e c i e d e l p a s t o r f i l ó -
sofo p a r a d a r p r e s t i g i o a l e j e r c i c i o d e l p a s t o r e o ( 1 6 ) .
Pero e s Juan Pére2 de Moya en su YÁJLO^O^JJI aQ.CA<¿£a q u i e n
e n c a r n a l a i d e n t i f i c a c i ó n más a l t a d e l p a s t o r con e l p o e -
t a a l d i b u j a r a Apolo como guardián de l o s ganados de Ad-
meto, l o que l o c o n v e r t í a además en r e y de g e n t e s o p a s -
t o r de pueblos^. Sus a r g u m e n t o s , b a s a d o s en l a a u t o r i d a d
de l a s E£óno¿og¿ao de San I s i d o r o , l e l l e v a n a que l a con-
s a g r a c i ó n a Apolo de l o s v e r s o s h e r o i c o s s e s i t ú e en e l
marco t e m p o r a l de su d e d i c a c i ó n b u c ó l i c a . La é p i c a s e
s u p e d i t a b a a s í , por e l s e n t i d o a l e g ó r i c o y a n a g ó g i c o de
l a f á b u l a , a l o s á m b i t o s de l a é g l o g a , cada vez más a l e -
j a d o s de su humilde p r o c e d e n c i a r e t ó r i c a ( 1 7 ) .

Las novelas p a s t o r i l e s confirman plenamente e s a


i r r e s i s t i b l e a s c e n s i ó n d e l p a s t o r t r a n s f o r m a d o en p o e t a
y f i l ó s o f o , g r a c i a s p r e c i s a m e n t e a l o s e f e c t o s de l a e s -
c u e l a de amor que c o n v i e r t e n a l p a s t o r r u s t i c o en e l c o n -
t e m p l a t i v o más avezado en e l n e o p l a t o n i s m o a l uso ( 1 8 ) .
P e r o , a n t e s de e n t r a r en l a s r e g i o n e s de l a Vixx.no. y s u s
t e r r i t o r i o s a f i n e s , c o n v i e n e t e n e r en c u e n t a l a p o é t i c a
i m p l í c i t a en l a s t r a d u c c i o n e s de l a ÑidodLa. de S a n n a z a r o .
É s t a s c o n f i r m a n , c u r i o s a m e n t e , en l a p e r s o n a de s u s t r a -
d u c t o r e s —como o c u r r e con G a r c i l a s o — f l a f i g u r a d e l
g u e r r e r o que e n s a y a en s u s o c i o s l a d i v e r s i ó n de lo p a s -
t o r i l . Con Jerónimo de Urrea s e i n i c i a l a s e r i e combina-

d o ) Antonio de Torquemada, Colloquios satíricos (Marcelino Menéndez


Pelayo, Orígenes de la novela, I I , Madrid, NBAE, 1907, pp. 510-521).
El coloquio séptimo incluye una historia de amor del pastor Torcato
con una pastora llamada Belisa. Véase, más abajo, la nota 30.
(17) Juan Pérez de Moya, Filosofía secreta, Barcelona, Ed. Glosa,1977,
2 vols.; I, p . 217ss. y 233ss.
(18) Desde esa perspectiva se pueden explicar los discursos académi-
cos de La Galatea, pongo por caso. Véase mi artículo en prensa : To-
pografía y cronografía en "la Galatea", en Lecciones cervantinas, 2a-
rago ,za, C.A.Z,A.R.
TEORIA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 55

t o r i a d e l h e r o í s m o é p i c o c o n e l b u c ó l i c o , y e l l o no s o -
l o en e l e j e r c i c i o v i t a l , s i n o e n l o s p l a n t e a m i e n t o s l i -
t e r a r i o s ( 1 9 ) . Uno d e l o s t r a d u c t o r e s d e S a n n a z a r o , B l a s -
co de G a r a y , r e f r e n d a l a t r a d i c i o n a l c o n s i d e r a c i ó n de l o
p a s t o r i l como g é n e r o m e n o r y o c u p a c i ó n o c i o s a ; p e r o , a l
r e a c c i o n a r c o n t r a l o s medio l e t r a d u l o s que a c h a c a s e n
e n l a t r a s l a c i ó n e n p r o s a m u c h o s e p í t e t o s más p r o p i o s
d e l v e r s o , s e d e f i e n d e de s u s a t a q u e s a c o g i e n d o su l i b r o
a l p a d r i n a z g o m o r a l d e un a l t o c a r g o d e l a c o r t e y p a r -
t i e n d o de l a b a s e de que l o que e l l e c t o r t i e n e e n t r e
manos e s p o e s í a p r o p i a m e n t e d i c h a ( 2 0 ) . La v e r s i ó n d e S e -
d e ñ o d e l a A/iccuUa, a l d e s t a c a r e l g o c e d e l o s á r b o l e s e s -
p a c i o s o s d e l monte f r e n t e a l compuesto j a r d í n , o a l e n c a -
r e c e r l a b e l l e z a y l i b e r t a d d e l p á j a r o e n l a rama f r e n t e
a l que e s t á e n j a u l a d o , no h a c e s i n o a s e g u r a r l a d i g n i d a d
y s u p e r i o r i d a d d e l o r u s t i c o f r e n t e a l o c o r t e s a n o . La
c a n c i ó n t o s c a , e s c r i t a en l a c o r t e z a de l a s h a y a s , f r e n t e
a " l o s s e n t i d o s v e r s o s en l a s b r u ñ i d a s p l a n a s d e l d o r a d o
l i b r o " , a p a r e c í a como un e n c a r e c i m i e n t o c l a r í s i m o , l a
c o n f i r m a c i ó n d e q u e l a s é g l o g a s r ú s t i c a s y l a zampona d e
Coridón l l e v a b a n e l s e l l o de l a Arcadia c l á s i c a , l a au-
t o r i d a d d e V i r g i l i o y l a d e l ya c l á s i c o S a n n a z a r o , l o q u e
venía a s i g n i f i c a r que su humildad e r a s ó l o a p a r e n t e ( 2 1 ) .

El c a r á c t e r a l e g ó r i c o de l a é g l o g a p e r m i t i ó b a j o
e l d i s f r a z p a s t o r i l e l e j e r c i c i o de una c u i d a d a p r o s a

(19) Rogelio Reyes Cano, La "Arcadia" de Sannazaro en España, S e v i l l a ,


1973, p . 3 9 s s . La Arcadia se t r a d u j o c u a t r o veces a l c a s t e l l a n o . La
primera vez en Toledo, en 1547.
(20) R. Reyes, i b í d . , p p . 59-60. Véase A. Egido, Las fronteras de la
poesía en prosa en el Siglo de Oro, en Edad de 0roy I I I , Universidad
Autónoma de Madrid, 1984, p p , 6 7 - 9 5 .
(21) R. Reyes, i b í d , , p . 173. Un e s t u d i o r e c i e n t e de William J . Ken-
nedy, Jacopo Sannazaro and the Uses of Pastoral ( U n i v e r s i t y Press of
New England, Hanover y London, 1983, p . 1 ) , s e ñ a l a que l a e l e c c i ó n
de l o p a s t o r i l por p a r t e de Sannazaro se j u s t i f i c a por t r a t a r s e de
una forma h í b r i d a que l e p e r m i t í a e l uso d e l monólogo, e l d i á l o g o ,
l a n a r r a c i ó n , l a r e f l e x i ó n f i l o s ó f i c a , e l comentario s a t í r i c o y l a
i n t e g r a c i ó n de e s t i l o s y géneros v a r i a d o s . El Renacimiento f a v o r e -
c i ó e l a r t e c o m b i n a t o r i o . Sobre l a mezcla de p o e s í a y p r o s a , p . 103
(según é l , s i r v e n a p ú b l i c o s d i s t i n t o s ) .
56 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

p o é t i c a y de un v e r s o q u e n i p o r e l v o c a b u l a r i o n i p o r
e l m e t r o p o d í a t i l d a r s e d e h u m i l d e . Los casos de amor
de l a VÁJOWOL i b a n " d i s f r a z a d o s debaxo de nombres y e s t i l o
p a s t o r i l " (22), como e l p r o p i o Montemayor c o n f i r m a . Y
t o d a s l a s n o v e l a s p a s t o r i l e s i m p o s t a r o n su e s t i l o h a s t a
l o s mas a l t o s v u e l o s q u e l a é g l o g a g a r c i l a s i s t a h a b í a
marcado, ampliando l a v a r i e d a d de e s t i l o s y g é n e r o s im-
p u e s t a por e l modelo, aunque f u e r a a r a t o s e n c u b i e r t a
con t ó p i c o s de humildad, como l a Fortuna de amoK de Antonio
de L o f r a s o (23) .
La g e o g r a f í a y e l tiempo e s t a b a n a c t u a l i z a d o s y
e s p a ñ o l i z a d o s , p e r o e l i d e a l i s m o a p a r e c í a s i e m p r e en
mayor o menor g r a d o . Cuando C e r v a n t e s p r o l o g a La GaJUxZda,
la d e s i g n a como é g l o g a , aun a s a b i e n d a s de que é l ha i n -
t r o d u c i d o en l a m a t e r i a i n n o v a c i o n e s de p e s o . Es c u r i o -
so cómo p r a c t i c a l a humildad a p a r e n t e a l a s e g u r a r que l a
poesía es e j e r c i c i o p r i m e r i z o para e n t r e n a r s e así, cara

(22) Jorge de Montemayor, Los siete libros de la Diana, Madrid, Es-


pasa-Calpe, 1967, p . 7, con la cuidada introducción de Francisco
López Estrada que recoge aspectos básicos del problema teórico que
tratamos. Además de la bibliografía citada, véase el estudio i n t r o -
ductorio de Amadeu Solé-Leris, The Spanish Pastoral Novel* Boston,
Twayne, 1980- E.C. Riley, Teoría de la novela en Cervantes (Madrid,
1971, p . 215), llamo* la atención sobre la teorización retórica de
los prólogos de las novelas de Montemayor, González de Bobadilla y
López de Enciso, en la línea de Sannazaro. Todos justificaban la in-
cursión en e s t i l o s más a l t o s que el humilde.
(23) Gaspar Gil Polo, Primera parte de Diana enamorada, Madrid, Espa-
sa-Calpe, 1962, p. 10, ed. de Rafael Ferreres. En la "Epístola a los
lectores" el autor destaca la variedad métrica y de materia de su
obra, abundando en e l decoro de sus personajes y en la utilidad de
sus "fictiones imaginadas". En cuanto a Los diez libros de fortuna
d'amor compuestos por Antonio de lo Frasso (Barcelona, Pedro Malo,
1573), se deshace en tópicos de humildad en prólogo y dedicatoria,
incidiendo en el "baxo e s t i l o " de su obra. Claro que el autor sardo
disculpaba mejor así su e s t i l o castellano. Al final incluye el d i s -
curso de su vida en una Égloga entre Frexano y Claridoro (p. 211ss.),
en verso. Bernardo de Balbuena, Siglo de Oro, en las Selvas de Erífi-
le (Madrid, Alonso Pérez, 1608; B.N. R/2831, p. 9 ) , t i t u l a de "églo-
gas" cada uno de los capítulos en prosa y verso. También sigue en la
dedicatoria el tópico de que este género es producto de su juventud.
TEORÍA- DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 57

a l f u t u r o , e n " e m p r e s a s más a l t a s " . P e r o é l s a b e h a s t a q u é p u n -


t o s e e l e v ó V i r g i l i o en e l e s t i l o d e s u s é g l o g a s y c o n é l
j u s t i f i c a l a ascensión a l t e r r e n o f i l o s ó f i c o que sus p a s t o r e s
e j e r c e n más a l l á d e l a " a c o s t u m b r a d a l l a n e z a " ( 2 4 ) . D e l a s c o n -
t r a d i c c i o n e s e s t i l í s t i c a s y s o c i a l e s que e l c o n f l i c t o r e a l -
i d e a l d e l a p a s t o r i l c o n l l e v a d i o b u e n a c u e n t a C e r v a n t e s en e l
Coloquio de ¿Oò pWioò y e n e l Qu¿jote, como e s b i e n c o n o c i d o í 2 5 ) .
La r u s t i c i d a d d e l o s p a s t o r e s d e La GaZate/i e r a m e r a a p a -
r i e n c i a y s e b a s a b a e n un a c e p t a d o c o n v e n c i o n a l i s m o l i t e -
r a r i o q u e e s t a b a l e j o s d e c u a l q u i e r v e r o s i m i l i t u d q u e no
i m p l i c a s e e l s u s t r a t o n e o p l a t ó n i c o en e l q u e l a o b r a s e
s u s t e n t a b a , y aunque C e r v a n t e s i n t r o d u j o v a r i a c i o n e s s u s -
t a n c i a l e s respecto a sus predecesores avanzó c o n s i d e r a b l e -
m e n t e en e l d e s a r r o l l o d e l p a s t o r - p o e t a , m u s i c o y f i l ó s o -
f o , s a l i d o de l a s a u l a s , que l u e g o a p r o v e c h a r í a l a p r o s a
académica d e l s i g l o XVII.

La Attcadía. d e L o p e p o d í a c o n t e n e r a s í e l p e s o e r u d i -
to de l a s o f f i c c i n a e de T e x t o r , T i t e l m a n s o C a s t r i o t a y
o f r e c e r a d e m á s t o d a l a v a r i a d a gama q u e l a m a t e r i a p a s t o -
r i l supone con l a i n s e r c i ó n d e l c a n t o amebeo, l a e p í s t o -
l a , l a n a r r a c i ó n , l a d e s c r i p c i ó n , e l drama y l a e l e g í a
f ú n e b r e , a l a b r i g o , como e n l a c o m e d i a La paótosiaZ do, Jacinto,
de l a t r a d i c i ó n s e c u l a r que v i n c u l a b a e s t e c i c l o a l a

(24) Conocidas son l a s p a l a b r a s de Cervantes en La Calatea, ed. de


Juan B a u t i s t a Avalle-Arce, Madrid, 1961, pp. 5-9 :"La ocupación de
e s c r e b i r églogas en e s t e tiempo que, en g e n e r a l , anda tan d e s f a v o r e c i -
d a . , . " (p, 5 y n o t a ) . Véanse también p , 6 y 8; sobre l o p a s t o r i l en
C e r v a n t e s , Juan B a u t i s t a Avalle-Arce, La novela pastoril , cap.
V I I I , y Américo C a s t r o , SI pensamiento de Cervantes, Barcelona-Madrid,
Noguera, 1972, p . 179ss.
(25) Miguel de Cervantes, "Novela y coloquio que pasó e n t r e Cipión y
Berganza1', Novelas Ejemplares II, ed. de Harry S i e b e r , Madrid, Cátedra,
1982, p . 2 9 9 s s . ; y Avalle-Arce, La novela pastoril, p . 254 y n o t a .
Berganza c u e s t i o n a l a verdad de l a s h i s t o r i a s p a s t o r i l e s que había
"oído l e e r " , con r e f e r e n c i a a l Pastor de FÍlida de Luis Gálvez de
Montalvo y o t r o s momentos de l a Diana, c o n t r a s t a n d o esos c a n t o s con
e l "Cata e l lobo do va J u a n i c a " de sus amos, con t e j u e l a s y g r u ñ i d o s ,
m i e n t r a s s e espulgaban. Desmitificación de nombres y e s t i l o s de unos
l i b r o s con "cosas soñadas y bien e s c r i t a s para e n t r e t e n i m i e n t o de l o s
o c i o s o s y no verdad alguna" ( p . 309). E.C. R i l e y , Teoría de la novela
en Cervantes, Madrid, Taurus, 1971, pp. 3 0 - 3 1 , 61 y 136-137 pássim.
58 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

tradición pastoril de la casa de Alba (26). Los pastores


se escolarizaron definitivamente en la Áccodemiú. dtgLL AticadL
a finales del siglo XVII en Roma , prestando sus visajes
al ceremonial y la máscara académicas, pero, como ha seña-
lado W.F. King, también las academias españolas demues-
tran la socialización de la égloga. Las obras de Gaspar
Mercader, Gabriel de Corral o Ana Abarca de Bolea llevan
al pastor a la academia, confirmando la verdadera marca
de las disputas y juegos que los pastores habían ejerci-
do previamente desde la Viana (27).

126) Lope de Vega, La Arcadia, ed, de Edwin S. Morby, Madrid, Casta-


lia, 1975. Morby destaca los afanes de exactitud histórica de Lope
y sintetiza la amplia muestra de polianteas que socorren su obra.
La princeps (1598) lo subraya en el título, Arcadias prosas y versos,
señalando una mixtura que luego se ve en la confrontación Naturale-
za/Arte y en la mezcla estilística. Pues en el prologo dice ser poeta
pobre y la materia, elevada ("Estos rústicos pensamientos, aunque
conocidos de ocasiones altas..-"). Son los suyos pastores que se
suben a cortesanos y filósofos y el soneto de.Marcela a Lope apunta:
"Bien hablaban entonces los pastores,/porque eran en extremo corte-
sanos" (ibíd., pp. 56-58). Véase Rafael Osuna, "La Arcadia" de Lope
de Vega : Génesis¿ estructura y originalidad, Madrid, Anejos del
BRAE, XXVI, Madrid, 1973, nota 31; y p. 191ss., sobre el uso de la
erudición en la pastoril; y p. ^3ss. , 239ss. , para la mezcla de for-
mas y estilos de esta epitome que también contiene academias. Con-
viene recordar el tono paródico del tratamiento pastoril de Lope en
su comedia La Arcadia (circa, 1615, según M. Gerhardt, ob. cit., p.
158). Quevedo también se rió" de los pastores en una premá'tica y en
el Buscón, sobre todo de los que encubrían lamentos autobiográficos
bajo ese disfraz. En este sentido cabe recordar la boga del romance-
ro pastoril, iniciado por Timoneda y cristalizado con Lope de Vega
Y Liñán en las Flores de 1589-1592, como señaló R. Menéndez Pidal»
Romancero Hispánico, vol. II, p. 136ss.
(27) w.F. King, Prosa novelística y academias literarias en el siglo
XVII, Madrid, Anejos de la RAE, X, 1963, pp. 16-17 y ll3ss. Cree,
con Avalle, que se trata de un proceso de "socialización" del tema.
El prado de Valencia de Gaspar Mercader (Valencia, 1600) está vincu-
lada a la academia de los Nocturnos, y la Cintia de Aranjuez, de Ga-
briel de Corral (Madrid, 1629), a la academia madrileña de Francis-
co de Mendoza (aunque esta ditima desmitifica como ficticia la Ar-
cadia de Sannazaro). En cuanto a la Vigilia y octavario de San Juan
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 59

Las n o v e l a s p a s t o r i l e s s e d e s a r r o l l a n y c r e c e n
a l margen d e l a p o é t i c a a r i s t o t é l i c a y su i n v e n c i ó n s e
a s i e n t a en l a m o v i l i d a d d e l a é g l o g a q u e l e s p e r m i t e e n
c a d a una de e l l a s e l u s o d e l a p r o s a y d e l v e r s o , o l a
i n c l u s i ó n de n a r r a c i o n e s , d e s c r i p c i o n e s , c a r t a s y d i á l o -
g o s d r a m á t i c o s . C e r v a n t e s e s e l q u e más a d e l a n t a e n e l
uso r e t ó r i c o , imprimiendo innovaciones que abren e l cami-
no d e l a n o v e l a m o d e r n a , p e r o e n v a n o b u s c a r e m o s e n e l l a s
l a p l a s m a c i ó n d e u n a s r e g l a s q u e no s e a n l a s i m p l í c i t a s .
La Viana e s e l m o d e l o y e n s u a c e p t a c i ó n o r e c h a z o s e b a -
san l a s n o v e l a s p o s t e r i o r e s . Todas e l l a s confirman, s i n
embargo, l a i n t e n s i f i c a c i ó n de l o s problemas e s t i l í s t i -
c o s r e t ó r i c o s ya a p u n t a d o s y l a v e r t i e n t e a l e g ó r i c a d e l
d i s f r a z p a s t o r i l . C e r v a n t e s conoce l a p r e c e p t i v a a r i s t o -
t é l i c a c u a n d o ya h a e s c r i t o La Gaíatza, p e r o en l o s comen-
t a r i o s de H e r r e r a a G a r c i l a s o p e r f i l a l o que e s una p o é -
t i c a de l a égloga y a d e l a n t a lo que l u e g o , a l a v i s t a de
l a F¿t060Ú¿a Antigua Poética d e L ó p e z P i n c i a n o e n 1 5 9 6 , l e
p e r m i t i ó una mayor c l a r i d a d y j u i c i o c r í t i c o s o b r e l o p a s -
t o r i l , en é p o c a s p o s t e r i o r e s ( 2 8 ) .

La p o e s í a p a s t o r i l d e e s t a s o b r a s , o l a q u e s u r g e
d e forma i n d e p e n d i e n t e en l a l í r i c a r e n a c e n t i s t a b a j o
l o s d i c t a d o s de G a r c i l a s o , remontó sobradamente su v u e -
l o h a s t a a l t u r a s r e t ó r i c a s q u e , a l e m p a r e j a r l a con l a
é p i c a , a s e g u r a b a n l a s f u t u r a s i n n o v a c i o n e s que Gongora
i m p r i m i r í a a l a b u c ó l i c a e n s u s p o e m a s m a y o r e s . Aun a s í
c a b e r e c o r d a r q u e l a é g l o g a en v e r s o , d e forma a i s l a d a ,
no e s t a n f r e c u e n t e e n E s p a ñ a como en I t a l i a , s i b i e n

Bautista de dofïa Ana Abarca (Zaragoza, 1679), aparece v i n c u l a d a i n -


directamente a l grupo oscense de Lastanosa y a l a s academias a r a g o -
n e s a s . La p r o p i a monja s e v i s t e de p a s t o r a Anarda en l a o b r a .
(28) E.C. R i l e y , Teoría de la novela, c i t . , p . 30 y 6 1 , asegura que
Cervantes conoció l a p r e c e p t i v a n e o a r i s t o t é l i c a despuésde La Gala-
tea. Aun a s í l a propia evolución d e l género l e l l e v a b a a p l a n t e a m i e n -
t o s muy cercanos a l o s de l a Poética de A r i s t ó t e l e s . Eran i d e a s que
s e f i l t r a b a n por l a p r o p i a v í a c r e a t i v a y a m b i e n t a l , a l margen de
l a s p r e c e p t i v a s . Como e l propio Riley afirma, l a l i t e r a t u r a p a s t o r i l
r e n a c e n t i s t a c o n t r i b u y ó a l d e s a r r o l l o de l a a u t o c o n c i e n c i a l i t e r a -
ria.
60 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

pueden citarse los ejemplos de Montemayor, Herrera, Fran-


cisco de la Torre y Lope de Vega, entre otros (29).

A la "sublimidad" de la égloga contribuyó podero-


samente la literatura a lo divino (30). En esta riquísi-
ma vertiente de la que apenas podemos trazar un esbozo
pesan razones de moral y provecho, y no solo de deleite,
como en las novelas pastoriles o en la tradición lírica.
Los denuestos en este sentido de Malón de Chaide contra
los efectos de las V¿ana6, Garcilascsy Boscanes confirman
que el aprovechamiento eclesiástico de lo pastoril iba
por otros derroteros (31). Marcel Bataillon dibujo' la

(29) Mia Gerhardlt, ob. cit., p. 168. Claro que ello no quita para
que la égloga aparezca insertada en la novela pastoril. La autora
supone que el ejemplo magistral de Garcilaso debió desalentar a al-
gunos posibles seguidores. Inés Macdonald, La "Égloga XI" de Garcila-
so, en Elias Rivers, (ed.) La poesia de Garcilaso (Barcelona, Ariel,
1974), apunta la presencia del estilo alto, épico, en el elogio al
duque de Albav Véase ademas Inés Azar, Discurso retórico y mundo pas-
toral en la "Égloga segunda" de Garcilaso, Amsterdam, 1981, donde
replantea la debatida teatralidad de la égloga, negándola. Otra pers-
pectiva es la de Pamela Waley, Garcilaso's Second Eclogue is a Play>
en MLR, 72, july 1977, pp. 585-596. La polémica parte de los Comen-
tarios de Herrera. Conviene recordar, como lo hace Waley, la particu-
lar égloga pastoril incluida en la anónima Question de amor de dos
enamorados, 1512 (B.N. US02, 11143), f. XVIIIss. (Véase supra la no-
ta 1). La pieza escenifica lo que Flamiano y otros caballeros han
"vivido" en la novela previamente. Hay acotaciones en prosa, villan-
cicos y al final se prolonga con una mascarada. Esta cortesanía re-
trata lo que muchas novelas pastoriles y La selva sin amor de Lope
confirman del papel social festivo del género.
(30) Glen R. Gale, en su edición crítica de Sebastián de Córdoba,
Garcilaso a lo divino, intr., texto y notas, Madrid, Castalia, 1971,
analiza el proceso de los contrafacta y la huella de Sebastián de Cór-
doba en la cristianización de la égloga renacentista. El intento di-
dáctico se plasma en sus églogas a lo divino. Lo fundamental es su vi-
sión negativa, desde el punto de vista moral, de la poesía de Boscán
y Garcilaso, "dañosa, sobre todo, para los mancebos y mujeres sin
esperiencia", según dice en la dedicatoria (p. 83). El nivel alegóri-
co de las églogas queda explicado en la II por un argumento en prosa
(p. 170).
(31) Malón de Chaide, La conversión de la Magdalena, Madrid, Espasa-
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 61

c r i s t i a n i z a c i ó n h u m a n í s t i c a de V i r g i l i o y e l p a p e l que
e l erasmismo j u g o , a t r a v é s de V i v e s , Maldonado y o t r o s ,
en e l a s e n t a m i e n t o d e l nuevo b u c o l i s m o s u r g i d o con l a
Diana* Los e r a s m i s t a s p r e p a r a r o n además l a i m p r o n t a de l a
p o é t i c a a r i s t o t é l i c a con su búsqueda de l a m o r a l i d a d y
l a r a c i o n a l i d a d . El apoyo que d i s p e n s a r o n a l g é n e r o p a s -
t o r i l y a l a n o v e l a b i z a n t i n a , f r e n t e a l a n o v e l a de c a -
b a l l e r í a s , les hacía volver las espaldas a la inverosimi-
l i t u d y a l r e a l i s m o c r u d o , abogando por un n a t u r a l i s m o
que d e s c u b r e l a bondad d e l hombre en c o n t a c t o con l a n a -
t u r a l e z a ( 3 2 ) . P e r o hay más; l a t r a d i c i o n a l f i g u r a d e l
pastor c r i s t i a n i z a d o permitía la s á t i r a r e l i g i o s a y e l
a t a q u e a l a r e l i g i ó n h u e r a . En e s a l í n e a han de s i t u a r s e
o b r a s como e l Paòtofi. Bonuò de Juan Maldonado ( B u r g o s , 1 5 3 1 ) ,
que b a j o l a p a r á b o l a e v a n g é l i c a p a s t o r i l s a t i r i z a , p o r
un l a d o , l a s l a c r a s de l a I g l e s i a y d i b u j a , p o r o t r o , un
e s p e j o d e l p r e l a d o a u t é n t i c o , d e l v e r d a d e r o p a s t o r , en
l a l í n e a marcada p o r Erasmo ( 3 3 ) .

Calpe, 1959, ed. del P. Félix García, a la zaga de De los nombres de


Cristo de Fray Luis, arremete contra esa Diana escondida en la f a l -
triquera de la doncellita que no va así a recogerse para pensar en
Dios ( I , pp. 25-26), Al hablar de Dios como alma del mundo c i t a r á a
Virgilio (p. 88). Sobre el Cantar de los Cantares, véase I, p. 27,
51 y 72.
(32) Marcel Bataillon, Erasmo y España, México, FCE, 1979, p. 15
(sobre Virgilio en la enseñanza humorística), pp. 651-652 (sobre los
citados Colloquios de Torquemada y el Tratado llamado el Desseoso,
vestigio primitivo del ideal p a s t o r i l ) , p. 762 (sobre Fray Luis) y
pp. 770-771 (sobre Aristóteles y el género p a s t o r i l ) . Téngase en
cuenta, por otro lado, que en los Opúsculos juveniles Erasmo había
trazado en el Plan de Estudios su consideración sobre las églogas,
dibujándolas como reflejo de la primera Edad de Oro, paradigma de
sencillez. En e l l a s , "las pasiones no tienen complejidad alguna;
deléitanse con cantarcillos y refranes sentenciosos; y creen en he-
chizos y agüeros" (Obras escogidas¿ Madrid, Aguilar, 1964, p. 456).
(33) M. Bataillon, i b í d . , p. 647, apunta en los Eremitae de Maldona-
do el gusto p a s t o r i l de tipo petrarquista que luego surgirá con la
Diana. He tenido acceso al único ejemplar existente del Pastor Bonus
(Burgos, 1531) de la Biblioteca Universitaria de Zaragoza. Una s í n t e -
sis de las propuestas reformistas del libro hace Eugenio Asensio en
el libro en col. con Juan Alcina Rovira, "Paraenesis ad litteras".
62 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

En l a v e r t i e n t e a g u s t i n i a n a d e l s p o l i a r e A e g i p -
t i o s , l a I g l e s i a c o n t r a h i z o tempranamente l a égloga
—como a p u n t o W a r d r o p p e r — y a q u e é s t a p r e s e n t a b a m u l t i -
tud de a f i n i d a d e s e n t r e l o pagano y lo c r i s t i a n o . Desde
el pastor del teatro l i t ú r g i c o y l o s c o n t r a f a c t a de Gar-
c i l a s o de S e b a s t i á n de Córdoba cabe t o d a una s e r i e de
a d a p t a c i o n e s que s e p l a s m a r í a n en c a n c i o n e s y v i l l a n e s c a s ,
comedias y n o v e l a s p a s t o r i l e s a lo d i v i n o , que a d a p t a r í a n
e l e s t i l o profano a l o s cánones r e l i g i o s o s , aunque a v e -
c e s asomen c r í t i c a s q u e d e n u n c i a n l a p e l i g r o s a a d a p t a c i ó n
r e l i g i o s a d e l o p a s t o r i l ( 3 4 ) , En e s t e s e n t i d o , cabe d e s -
t a c a r l a i m p o r t a n c i a d e l CantaA de toó Cantonea d e S a l o m ó n ,
d e s d e e l GaAcLLooO a ¿o dív-íno a San J u a n d e l a C r u z , q u i e n
h i z o de l a f u e n t e b í b l i c a a s u n t o de " p o e s í a m í s t i c a d i v i -
n a " ( 3 5 ) , En e s e p r o c e s o , l a é g l o g a no s ó l o s e s u b l i m a b a
en e l a s p e c t o r e t o r i c o o s o c i a l q u e hemos v i s t o en l a l i -
t e r a t u r a p r o f a n a , s i n o q u e q u e d a b a t r a s c e n d e n t a l i z a d a en
su s e n t i d o anagógico.

Juan Maldonado y el humanismo español en tiempos de Carlos V, Ma-


d r i d , Fundación U n i v e r s i t a r i a Española, 1980 ; "La parábola evangé-
l i c a del buen p a s t o r y d e l p a s t o r mercenario l e s i r v e de h i l o con-
ductor y u n i f i c a d o r de l a s p a r t e s sucesivas.'Bonum e t malum pastorem
conamur e x p r i m e r e ' " ( p . 3 5 ) . Sobre l a a l e g o r í a d e l p a s t o r , del p a s t o r
a p ó s t o l y de C r i s t o , p a s t o r bonus, véase Migne, Patrología latina3
CCXIX, Index II, De allegoriis.
(34) B. Wardropper, ob. c i t , , p . 2 9 s s . , señala en nota l a r i c a t r a d i -
ción recogida en l a Patrología latina, XIX, pp. 533-773 de Migne s o -
bre l a obra de Sedulio y de F a l t o n i a Proba, c r i s t i a n i z a c i ó n de V i r g i -
l i o que no gustaba a San Jerónimo. Sobre e l tema, H. Jeanmaire, Le
messianisme de Virgile, P a r i s , L i b r . Philosophique. J . Vrin, 1930. En
l a l í r i c a , fray Ambrosio de Montesinos, G a r c i l a s o , fray Luis, San Juan,
Francisco Guerrero, Soto de Rojas y la poesía t r a d i c i o n a l muestran l a
fecundidad de l a p a s t o r i l a l o d i v i n o . Góngora (como un s i g l o después
e l Padre I s l a ) s e b u r l a r á de e s t a s contrahechuras ( p . 323). Juan Bau-
t i s t a Avalle-Arce {La novela pastoril, p , 265ss.) apunta en cambio
que " e l racionalismo de l o s humanistas l e s hace ver con d e s a f e c t o un
género, como e l p a s t o r i l , que de intención se deshace de toda t r a b a
a c t u a l i z a d o r a " . La censura se c e n t r a a s í en l a f a l t a de verismo.
(35) Véanse B. Wardropper, ob. c i t , , p . 6 5 s s . , y l a i n t r o d u c c i ó n c i t .
de Glen R. Gale a Sebastián de Córdoba, p . 1 2 s s . ; y antes, Dámaso Alon-
s o , La poesía de San Juan de la Cruz (desde esta ladera), Madrid,
19if2f pp. 113-122.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 63

F r a y L u i s d e León o c u p a un l u g a r r e l e v a n t e en e l
p r o c e s o . T r a s l a s h u e l l a s d e l a Exposición doZ Cantan, d e
A r i a s Montano, acomete e l c o m e n t a r i o y v e r s i ó n d e l t e x t o
b í b l i c o c o n t o d a s l a s c a u t e l a s , a u n q u e é s t a s no l e e x i -
m i e r a n , como s a b e m o s , d e l o s c o n o c i d o s p r o b l e m a s ( 3 6 ) . Su
mayor d e s a f í o c o n s i s t i ó p r e c i s a m e n t e en l a l a b o r f i l o l ó -
g i c a que l e l l e v ó a i n t e r p r e t a r e l s e n t i d o l i t e r a l d e l
CantaSi d& Zoo CantaAeA, o b r a q u e c o n s i d e r ó como é g l o g a p a s t o -
r i l en v e r s o en l a que Salomón y s u e s p o s a — c o n v e r t i d o s
en p a s t o r y p a s t o r a — d e c í a n s u s a m o r e s . Que l u e g o a n a l i -
z a s e b a j o l o s a m o r o s o s r e q u i e b r o s e l amor con q u e e l E s -
p í r i t u S a n t o e x p l i c a b a l a E n c a r n a c i ó n d e C r i s t o y e l amor
a s u I g l e s i a , no l e l i b r a b a d e l e r o t i s m o i m p u e s t o p o r l a
l e c t u r a l i t e r a l d e l t e x t o b í b l i c o . F r a y L u i s no s ó l o f i -
jo' e l g é n e r o p a s t o r i l d e la- o b r a , s i n o q u e a d v i r t i ó a l
l e c t o r —como h i c i e r o n l o s t r a d u c t o r e s d e l a AAcacLüi— d e
l a s n o v e d a d e s q u e l a l e n g u a d e l poema a c a r r e a b a . T a m b i é n
é l p r e t e n d i ó por encima de e l l o a s e n t a r l a " c o r t e s a n í a "
e s t i l í s t i c a y l a d i g n i d a d d e l r e y q u e h a b l a b a con l e n g u a -
j e d e p a s t o r e s ( 3 7 ) . La Exposición no t e m e a c u d i r a l o s
p o e t a s p a r a e x p l i c a r l o s s í n t o m a s de l a enfermedad amoro-
s a , aunque l u e g o j u s t i f i q u e con San L u c a s l a p a r á b o l a de
l a o v e j a p e r d i d a y o t r o s l u g a r e s d e l poema ( 3 8 ) . Lo p a s -

(36) Véase a l r e s p e c t ó l a e d i c i ó n d e l P. F é l i x G a r c í a , Obras Castella-


nas de Fray Luis de León, I3 Madrid, BAC, 1957 , p p . 47-210.
(37) I b í d . , p . 59. El prólogo ( p . 7 0 s s . ) a l a Exposición s i t u a l a can-
ción como "enamorado razonamiento e n t r e d o s , p a s t o r y p a s t o r a " y d e -
c l a r a l a idoneidad d e l género para e x p r e s a r l a m a t e r i a amorosa. Aun-
que a c l a r a : "debajo de amorosos r e q u i e b r o s , e x p l i c a e l E s p í r i t u San-
t o l a Encarnación de C r i s t o y e l e n t r a ñ a b l e amor que siempre tuvo a su
I g l e s i a " . Pero l o fundamental es e l p l a n t e a m i e n t o e s t i l í s t i c o y gené-
r i c o : "en su primer origen se e s c r i b i ó en m e t r o , y es todo é l una
égloga p a s t o r i l , donde con p a l a b r a s y l e n g u a j e de p a s t o r e s , hablan
Salomon y su Esposa y algunas veces sus companeros, como s i todos fue-
sen gentes de a l d e a " . El f i n a l recoge e l e s t i l o en"razones c o r t a d a s
y d e s c o n c e r t a d a s " que s ó l o l i g a e l c o n c i e r t o d e l h i l o p e r s o n a l . El
t e x t o hebreo ( t a n t o s c o en su v e r s i ó n romance) " e r a todo e l bien ha-
b l a r y toda l a c o r t e s a n í a de aquel tiempo e n t r e a q u e l l a g e n t e " . Véase
también p . 77, donde i n s i s t e en e l c a r á c t e r de é g l o g a . De nuevo apa-
r e c e l a enfermedad de amor en l a p . 153.
(38) I b í d . , p . 77, 82, 86, 10M- y 128-129.
64 Aurora EGíDO Criticón, 30, 1985

toril aflora constantemente en sus interpretaciones y se


muestra excelente conocedor de la tradición de la égloga
al trazar la filografía del CantaA y su decoro. El mismo
desconcierto estilístico queda explicado "porque estos
libros donde se tratan pasiones de amor o otras tales
llevan sus razonamientos o las ligaduras de ellos en el
hilo de los afectos, y no en el concierto de las pala-
bras" (39). La rusticidad es sólo aparente, porque el
pastor-rey ha aprendido bien la elocuencia en las escue-
las de amor del jardín cerrado (40). En Pe loó nombUOA de
CnÀAto, aprovecherá hasta el máximo la localización pasto-
ril a orillas del Tormes y situará su cronographia en la
estación del amor (41). El impulso al cántico se deduce
precisamente de la situación buco'lica de la obra. Fray
Luis, que había traducido las EgtoQdò de Virgilio y los
primeros libros de las GdÓKglcOÁ, aprovecha el modelo de
la novela pastoril, sobre todo en la confluencia de los
terrenos de la poesía en prosa. Su perspectiva religiosa
no le impide seguir, sin embargo, a Horacio y a Teócrito.
El pastor se configura fundamentalmente en la tradición
del Antiguo y del Nuzvo Tzòtam&nto, y las maravillas de la
vida pastoril se justifican, con los doce patriarcas, pe-
ro también con que "no ay poeta [...] que no la alabe y
cante" y sobre todo Virgilio, al que no necesita nombrar
para destacar la elegancia de sus versos. Fray Luis en-
tendía que el amor era connatural a la voz del pastor y
así lo asequra por la tradición latina y por el propio
Espíritu Santo que en los Canta/LZ6 tomo dos personas de
pastores para, "por sus figuras dellos y por su boca, ha-
zer representación del increíble amor que nos tiene" (42).

(39) Ibíd., p. 111.


(i*0) Ibíd., p. 130. Véanse además las traducciones de las Églogas de
Virgilio en II, p, 835ss.; la paráfrasis de la Geórgica I, en 879ss,;
y Víctor García de la Concha, Fray Luis de León : "Exposición del Can-
tar de los Cantares"^ en Academia Literaria Renacentista I. Fray Luis
de León, Salamanca, 1981, pp. 171-172.
(41) Sigo la ed. de Cristóbal Cuevas, Fray Luis de León, De los nom-
bres de Cristo, Madrid, Cátedra, 1982. Téngase en cuenta el estudio
de Julio Caro Baroja, La estación del amor (Fiestas populares de mayo
a San Juan), Madrid, Taurus, 1979, para la localización temporal de
la obra.
(42) Marcello habla : nmas yo, como los páxaros, en viendo lo verde,
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 65

Al agustino no se le escapaba la inverosimilitud que se


deducía de las finezas amorosas en boca de toscos y rús-
ticos; por ello Marcello explicará que "la fineza del
sentir es del campo y de la soledad" y que nadie mejor
que los pastores para el decir amoroso (43). La perspec-
tiva era, como vemos, plenamente literaria.
Los aspectos morales de la confrontación corte/al-
dea le llevan a la oposición de lo lascivo y artificioso
de una con lo sencillo y puro de la otra, de forma que
Fray Luis entrevio teóricamente todos los problemas implí-
citos en lo pastoril de la confrontación de la Naturaleza
con el Arte. Asentó la superioridad de los pastores para
el amor y la armonía, así como para su capacidad de go-
bernarse comunitariamente sin reglas generales, "sino en
cada tiempo y en cada occasion ordena su govierno confor-
me al caso particular del que rige". Cabe así destacar la
utopía luisiana de un gobierno sin leyes ni ministros,
sólo sometido a las bondades del maestro-pastor que cuida
de su grey, la cura, la castiga y le hace música (44). En
Cristo ejemplifica Fray Luis la Arcadia y el Edén paradi-
siacos, fundiendo el pastor divino con el bucólico, y
asigna a su programa y a sus pastos espirituales una ex-
tensa simbologia religiosa (45).

La exegesis de fray Luis en los NomblZò y en el Can-


túJi dista mucho del alegorismo que imprimió Cipriano de
la Huerga, para sustraer del poema todos los resortes de
la literalidad hebrea. En las Ex.p¿anaLtLonZA buscara la vero-
similitud aristotélica con particular cuidado del decoro
e impondrá' en la base dialogística del original una alta

desseo cantar o hablar" (ed. cit., p. 150). Véase la introducción de


Cristóbal Cuevas, p. 41, 95ss. y 101. La glosa de Pastor* en p. 220ss.
(43) Sobra la verosimilitud, ver pp. 222-223. La incongruencia entre
la calidad del pastor y su lenguaje se explica desde el argumento
de la superioridad moral del campo frente a la ciudad, y por conside-
rar que la naturaleza es "una como escuela de amor puro y verdadero".
(44) Ibíd., p. 224.
(45) Ibíd., p. 230.
66 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

tensión dramática que también tienen los HottÒK&b (46).


Consiguió así un equilibrio que no alcanzaron siempre las
novelas pastoriles, como corroboran las censuras que Lo-
pe, Tirso, Agustín de Salazar y otros moldearon poste-
riormente sobre la égloga, sin contar con que el agota-
miento del género lo hizo blanco de ataques en la sátira
quevedesca y en el romancero (47).
San Juan de la Cruz contribuyó a dar un sesgo mís-
tico a la égloga en su CdnCíco EópÁAÁAiat. Los comentarios
que añadió parten, desde el prólogo, del sentido alegóri-
co del Cantan, asignando a pastores, majadas y otero,sim-
bolismos correspondientes a deseos, afectos, jerarquías
y altezas divinas del alma. Pero no sólo su exegesis se
ve afectada sino su propio Cántico, que fray Jerónimo de
San José interpretaría también como égloga (48).
Fray Juan de los Ángeles muestra una amplia teori-
zación en su ConòideAottonum SplnAMiaJUim SupeA ÍÁhnxm Cantlcc
CantLcowm Satomoniò (Madrid, 1607). En primer lugar, trata-
rá de seguir a fray Luis en el simbolismo, asentando que
no hay en su libro palabra que no tenga significación mis*
tica y entenderá que el estilo del Cantan, es vario, pasan-
do del epitalámíco al geórgico y al bucólico.
En cuanto Introduce, tòtoò doò amantcò zn ttiajz y
¿onma dt paóton y paòtona, y ganado*, he dice butóti-
co, uto £ò paàtonJJL, y toda la obnxi ¿& Uümaná. buco-
teca, o égloga., como £aó de IdóoúXo y VÁAQiLLo.En

(46) Víctor García de la Concha, art. cit., p. 191.


(47) Avalle-Arce, La novela pastoril_, p. 265ss. También hay que con-
tar con la existencia de novelas pastoriles a lo divino, como las de
fray Bartolomé Ponce, Lope, etc.
(48) Vida y obras completas de San Juan de la Cruz% ed. de Crisógono
de Jesús et. al» , Madrid, BAC, 1972, p. 693ss. y 713. Y para los
problemas textuales, San Juan de la Cruz, Cántico Espiritual, ed.
de Eulogio Pacho, Madrid, Fundación Universitaria, 1981, p. 628ss.
El comentario de la estrofa 2a homologa a los pastores con los mis-
mos ángeles. El proceso ascencional del pastor es así evidente. Véa-
se Fray Jerónimo de San José, Historia del venerable fray Juan de
la Cruz, Madrid, 1641, p. 277.
TEORIA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 67

cuanto ¿nüLoducz a QnÁMto t¿ a la IgloMla hablando,


dahajo de tmtd^oKaò, dz vlmb y cxmpoò, e* gzóiglco
y da labKadon.<¿¿ * ( 49)
Afirma d e l Cawta/i e l " e s t i l o p o é t i c o , y en v e r s o l í r i c o ,
y en forma de r e p r e s e n t a c i ó n o c o l o q u i o " . Acomodándose
a l e s t i l o d r a m á t i c o y a l p o é t i c o , e l Canta/L c o n f i r m a b a su
c a r á c t e r m i x t o . La a d e c u a c i ó n p a r a l a e x p r e s i ó n d e l amor
de l o p a s t o r i l e s o t r o de l o s p u n t o s t r a t a d o s p o r F r a y
Juan de l o s Angeles q u i e n d e s a r r o l l a además l a i d e n t i f i -
c a c i ó n que e l EvangeLLo de San Joan (XX) h a c e de C r i s t o como
P a s t o r Bonus, d e r r o t e r o é s t e que t i ñ e una a m p l í s i m a p r o -
d u c c i ó n de l i t e r a t u r a r e l i g i o s a que s e a l e j a de n u e s t r o s
modestos p r o p ó s i t o s ( 5 0 ) .

C e n t r á n d o n o s ya en l a p o é t i c a p r o p i a m e n t e d i c h a ,
l o s comentarios d e l Brócense apenas s i apuntan d e t a l l e s
m e n o r e s , como e l c a n t o amebeo, s o b r e e l c a r á c t e r de l a
é g l o g a ( 5 1 ) . H e r r e r a , s i n embargo, h a c e un d e t e n i d o h i s -
torial encaminado a a s e g u r a r su a n t i g ü e d a d y d i g n i d a d .
Minturno g u í a s u s p a s o s i n i c i a l e s y Donato e n d e r e z a s u s
c l a s i f i c a c i o n e s . C e n t r a l a é g l o g a en l a m a t e r i a amorosa,
l a l o c a l i z a en l a Edad d e Oro y a s i e n t a s u d i c c i ó n s i m p l e ,
p e r o e l e g a n t e , con " l a r u s t i q u e z a de l a a l d e a ; p e r o no
s i n g r a c i a , n i con p r o f u n d a i g n o r a n c i a y v e j e z p o r q u e s e
t i e m p l a su r u s t i c i d a d con l a p u r e z a de l a s v o c e s p r o p i a s
a l e s t i l o " . El p r e s t i g i o de V i r g i l i o y G a r c i l a s o , de T e ó -
c r i t o y Mosco, a v a l a n su c a l i d a d . Es i n t e r e s a n t e r e c a l a r
en su v i s i ó n de l a p a s t o r i l t e o c r i t e a que é l c o n s i d e r a s u -

(i+9) Obras místicas del M.R.P. Fray Juan de los Angeles, Segunda Par-
t e , ed. del P. Fray Jaime Sala y Fray Gregorio Fuentes, Madrid, NBAE,
1917, p. 2*K
(50) I b í d . , p. 181ss. La sermonística primero, las comedias de san-
t o s , los numerosos autos sacramentales (de Lope, de Calderón) y has-
ta obras de cautiverio como La gran sultana doña Catalina de Oviedo
de Cervantes recogen la afable imagen de Cristo-Pastor o glosan el
tema de la oveja perdida o de los apóstoles-pastores. Véanse, por e j . ,
Obras completas del B. Maestro Juan de Ávila, vol. I I , ed. c r í t i c a
de Luis Sala Balust, Madrid, BAC, 1953, p. 260 y 298, con el tema
de la oveja perdida, para el domingo III después de Pentecostés.
(51) Gavcilaso de la Vega y sus comentarios* Obras completas del poe-
ta, ed. de Antonio Gallego Morell, Universidad de Granada, 1966, p276.
68 Aurora EG1DO Criticón, 30, 1985

perada en parte por Virgilio (52). Con las Po£tíca6 de


Escalígero va trazando una historia que no olvida a Pe-
trarca y a Boccaccio , a Sannazaro y Vida, para terminar
el panteón ilustre con el "Príncipe" de las églogas en
España, Garcilaso de la Vega, entendiendo que el toleda-
no ha sabido conferir a la égloga la variedad estilísti-
ca que le es propia y ello con la "sencillez y blandura
y propiedad de lengua que se ve en ésta. La cual se com-
pone de odas, elegías y otras partes líricas y cosas de
tragedia y es felicemente imitada de las de Virgilio (53).
Herrera , al igual que los exégetas del CantaK da toó Canta-
*e¿, va más allá de la consignada dignificación estilísti-
ca de la égloga para recabar su mezcla genérica y plan-
tear asi asuntos concernientes a la poética. El alegoris-
mo va implícito en su interpretación de los personajes,
como la tradición pedía.

La primera poética española, la de López Pinciano,


no avanza demasiado en el terreno trazado al considerar
la égloga dentro de las seis especies menores de la Po&tc-
CXL. Asegura que no puede compararse con la tragedia, la
comedia o la épica que hacen "libro justo", sino con
"obrillas" como la sátira, el mimo o la elegía (54), Cla-
ro que a continuación, y a cambio de no ser "grandes",
las califica de "insignes". En síntesis, esta poesía es
para Pinciano imitación de gente rustica, ejercitando
un oficio que les capacita para el canto de la égloga,
cuyo estilo es humilde, como sus metáforas, aunque éstas

(52) Ibid-, p. 454ss. La cita, en p. 456.


(53) Ibíd., p. 457.
(54) López Pinciano» Philosophia Antigua Poética* ed. de Alfredo
Carballo Picazo, Madrid, 1973, vol. III, pp* 231-232. Poco es lo que
sobre la égloga se había dicho anteriormente en El arte poética en
romance castellano compuesta por Miguel Sánchez de Lima, Madrid, 1580
(B.N. R/1858), quien identifica arte con preceptos (f. 5b) y cit3,
como ejemplo para una "maraña" métrica, una égloga» Lo más interesan-
te es que con ésta engarza la breve Historia de los amores entre Ce-
lidonio y la pastora Laurina (f. 67ss.), en abreviado verso, donde
glosa el tema sanjuanista del pastorcillo muerto de amores con nota-
bles semejanzas con el místico respecto al pastor penado y que se
desmaya.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 69

son de mayor a menor, diferentes, según se apliquen a


boyerizos, ovejeros o cabreros. La nobleza del pastor
boyerizo queda así destacada por encima de la de cual-
quier otro personaje rústico (55). Cabe añadir además
su elogio de la agricultura. En materia métrica, le asig-
na los tercetos y también las octavas, sin menoscabo de
las redondillas, "que ay —dice Fadrique— una bucólica
en ellas hecha muy ilustre, y anda en nombre de Mingo
Rebulgo"(56). La cita no me parece vana y expresa no só-
lo la voluntad de destacar Pinciano una peculiar forma
de la égloga española frente a la Arcadia, que a ratos
cuestiona, sino la de confrontar los variados extremos
métricos entre los que circulaba. Por otro lado, y esto
me parece fundamental, Pinciano, al hablar en su dltima
epístola del teatro y los actores, hace salir por entre
cortinas uno "con hábito de pastor, el zamarro con lis-
tas doradas, y una caperuça muy galana, y un cuello muy
grande con la lechuguilla muy tiessa, que devía tener
una libra de almidón" (57). Porque aquí se demuestran
concordancias palpitantes con la citada polémica italia-
na en torno a 11 paòtoK F¿do, ya que Pinciano se cuestio-
na :"¿ qué tiene que ver un pastor con tragedia ?*' , a lo
que Fadrique apostilla que los pastores también llevaron
a Sinón ante el rey Príamo "en la acción harto grave,
que fué épica" (58). Hasta aquí hemos llegado. La égloga,
palmariamente, se alzaba desde sus bajos orígenes a los
terrenos de la épica y de la tragedia contra toda puri-
dad aristotélica. Y en cuanto a las minucias del disfraz
del actor, su inadecuación o su inverosimilitud, Pinciano
considera esencial el ornato, el movimiento, el vulto y
el gesto, porque son los que dan vida al poema. Expira
con ello el oficio del poeta y empieza el del actor (59).

(55) Ibid., p.' 244.


(56) Ibid., vol. I, pp. 160-161. Se apoya en los Officios de Cicerón
para alabar las letras, las armas, la agricultura y la mercancía. Co-
loca la agricultura en el lugar más antiguo, apoyando así su presti-
gio. Para la métrica de la Bucólica y la cita, vol. II, pp. 291-292.
(57) Ibid., vol. III, p. 274.
(58) Ibid., III, pp. 274-275.
(59) Ibid., vol. I, pp. 281-285 y 287. Creo que Sanford Shepard (El
70 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

Pinciano atiende así a los aspectos dramáticos y


h a s t a t é c n i c o s de l a é g l o g a r e p r e s e n t a d a y l a e n s a l z a
c u a n t o puede; pero no puede e v i t a r c o n s i d e r a r l a como mo-
do e x t r a v a g a n t e que cambia d e l g é n e r o n a r r a t i v o a l a c t i -
vo y a l común. La é g l o g a s e d i s t a n c i a a s í de l a comedia,
l a t r a g e d i a y l a é p i c a , que g u a r d a n s i e m p r e un modo de
i m i t a r . La é g l o g a , l e j o s de g u a r d a r o r d e n , basaba sus
e x t r a v a g a n c i a s en su p o s i b i l i d a d de cambiar de modo i m i -
t a t o r i o . Estamos a s í a l a s p u e r t a s de l a c o n s a g r a c i ó n de
l o s g é n e r o s mixtos que conformarán l a r e n o v a d o r a p o é t i -
ca b a r r o c a ; pero l a t r a d i c i ó n o b l i g a b a a l c o m e n t a r i s t a
a t e r m i n a r su d i s c u r s o s i t u a n d o l a é g l o g a f u e r a de. l o s
poemas p r i n c i p a l e s , j u n t o a l a s a t í r i c a , l a l í r i c a , e l
mimo, e l apólogo y e l epigrama ( 6 0 ) .

Luis Alfonso de C a r b a l l o en e l OUnz tíe Apo¿0, y


s i g u i e n d o e l modelo de V i r g i l i o , d i c e que " l a Égloga es
una compostura común de l a p o e s í a e x a g e m á t i c a y m i s t a y
d r a g m á t i c a : porque u n a s v e z e s s e haze i n t r o d u z i e n d o p e r -
sonas que h a b l e n , o t r a s vezes h a b l a e l mismo p o e t a " . El
a l e g o r i s m o queda también e x p r e s a d o , pero C a r b a l l o ve b a -
jo e l s i l v e s t r e manto c o s a s a l t í s i m a s , como l a s u p u e s t a
p r o f e c í a de l a venida de C r i s t o que s e a s i g n a b a a V i r g i -
l i o . Aconseja d i s c u r s o s p a r a é g l o g a s , y o t r a s m a t e r i a s
g r a v e s , y también l a rima encadenada { 6 1 ) . Los d e t a l l e s
d e l maestro a s t u r i a n o s o b r e l a é g l o g a no son muchos, p e -
ro afirman su d i v e r s i d a d g e n é r i c a y e s t i l í s t i c a , e n s a l -
zándola a l e q u i p a r a r l a con m a t e r i a s g r a v e s ( 6 2 ) .

Pinciano y las teorías literarias del Siglo de 0roy Madrid, Gredos,


1970, pp. 136-14-1) desestima en exceso la aportación de Pinciano a
la teoría de los géneros menores. El ser él el primero le obligaba
a cubrir un vacío en el que no siempre era fácil romper con la t r a -
dición establecida. Véanse Vilanova, ob. c i t . , pp. 609-614 y R. Cle-
ments, Lopes Pinciano's "Philosophia Antigua Poética and the Spanish
Contribution to Benaissance Literary Theory, en HR, 1955, pp.48-55.
A juicio de E.C.Riley {The Dramàtic Theories of don Jusepe Antonio
González de Salas3 en HR, XIX, 1951, p . 203), la poética de Aristó-
teles apenas se deja t r a s l u c i r en Herrera con anterioridad al Pinciano.
(60) Ed. cit., vol. I, pp. 286-287.
(61) Luis Alfonso de Carballo, Cisne de Apolo, ed. de Alberto Porque-
ras Mayo, Madrid, C.S.I.C,,1958,vol.II,p.l03;para la cita, p. 104.
(62) Ibíd.,p.l03 y 128;y véase su teoría del coloquio en II,pp.33-34.
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 71

C á s c a l e s , que defendió 7 a V i r g i l i o en s u s CoAtaò


ú¿to£Óg<ÍC(Ui (63) , también s e ocupo de l a b u c ó l i c a , aunque
en t é r m i n o s poco o g i n a l e s , muy p a r e c i d o s a l o s de P i n c i a -
n o , como ha s e ñ a l a d o G a r c í a B e r r i o ( 6 4 ) , y s i n l a s m a t i -
zaciones que Carballo añadió s o b r e l a forma d r a m á t i c a ,
e x e g e m á t i c a y m i x t a . Creo que l a c o n s i d e r a c i ó n é p i c a de
l a é g l o g a , en l a l í n e a de M i n t u r n o , que C á s c a l e s e x p r e -
s a , e s un d a t o más a f a v o r de l a v a l o r a c i ó n y p r e s t i g i o
que e l tiempo l e h a b í a i d o c o n c e d i e n d o . Que a p a r e z c a en
un a r i s t o t é l i c o como e l p r e c e p t i s t a m u r c i a n o aun apoya
mas e l a r g u m e n t o .
Por o t r a p a r t e , González de S a l a s , aunque p r e o c u -
pado por e l g é n e r o s u b l i m e en su NUeva ¿dea dt Zo. £n.ag<¿.d¿a an-
¿LQUCL ( 6 5 ) , hace unas o b s e r v a c i o n e s i n t e r e s a n t e s al d i s -
t i n g u i r e n t r e poema n a r r a t i v o y d r a m á t i c o en l a é p i c a que
c o n v i e n e t e n e r en c u e n t a a l a h o r a de v a l o r a r ambos en
l a s é g l o g a s . La epopeya y l a t r a g e d i a s e homologan y d i -
ce que hubo p a r t e s de l a ICcada y de l a QdÁAQji que s e r e p r e -
s e n t a r o n en e l t e a t r o . E s t e a s p e c t o de l a i n t e r l o c u c i ó n
de p e r s o n a s a f e c t a , como sabemos, a l a misma e s e n c i a de
l a é g l o g a y a su c o n f i g u r a c i ó n t e a t r a l o p a r a t e a t r a l .
Como se ha s e ñ a l a d o r e c i e n t e m e n t e , l a t e o r í a de

(63) Francisco Cáscales, Cartas Filológicas, Madrid, Clásicos Caste-


llanos , ed. de Justo García Soriano» Madrid, 1961, I I , p . 23; véase
p . 192ss. para la curiosa conjunción de las viñas virgilianas con
los viñedos murcianos.
<6*+) Introducción a la Poética clasicista : Cáscales, Barcelona, Pla-
neta, 1975, p . 292 pássím. Antonio Vilanova, oh. c i t . , p . 627 ya des-
tacó en Cáscales la inclusión de la égloga, la s á t i r a y la elegía
en el apartado de épicas menores. Lo más curioso es que también in-
cluye las novelas pastoriles en la "épica".
(65) Jusepe Antonio Goncález de Salas, Nueva idea de la tragedia an-
tigua, Madrid, 1633 (B.N.T. 1521), p . 198. Lo mismo dice en la Ilus-
tración al libro de Poética de Aristóteles Estagirita ( s . e . , s . a . )
(B.N. 3/60795), pp. 198-199. Y añade aquí, a propósito de la mezcla
de géneros en una obra, que Phocio "a la Historia de Heliodoro la
llamó Dramática". A propósito de la división de la poesía, Cristóbal
Suárez de Figueroa, en El Passagero, Advertencias utilissimas de la
vida humana^ Madrid, 1617, p . 72, concibe la poesía mélica como modo
mixto que narra e imita, introduciendo al que habla, asunto básico
para la teoría de la égloga.
72 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

l a égloga t i ñ d l a polémica en torno a l a s Sol&dadzA que


Antonio de l a s I n f a n t a s d e f e n d i e r a como t a l "égloga cuya
n a t u r a l e z a i n t r o d u c e v a r i o s p e r s o n a j e s " . Las acusaciones
a Gongora iban plagadas d e l pecar por l a mezcla de e s t i -
los y de g é n e r o s . Cabe r e c o r d a r que también la novela
p a s t o r i l se puso en c o t e j o con l a obra de Gongora y que
Salazar Mardones i l u s t r o y defendió l a l a r g a n a r r a c i ó n
de l a "Fábula de PÍramo y Tisbe" con e l ejemplo de l a
VÁjma de Montemayor y con l a ILíada. Pero e s t o cae ya den-
t r o de l amplio concepto de l a t e o r í a de l a i m i t a c i ó n a r i s -
t o t é l i c a ( 6 6 ) . El impulso de Gongora se c l a r i f i c a a l a
luz de l a s e d i c i o n e s c a s t e l l a n a s de V i r g i l i o que r e v a l o -
r í z a n l a égloga a l c o l o c a r l a p a r e j a con l a s obras mayores.
La t r a d u c c i ó n de C r i s t ó b a l de Mesa es un buen ejemplo,
en e l que además vemos cómo l a d e d i c a t o r i a a l Marqués
de Priego ("Oye l a p a s t o r i l s i l v e s t r e amena") c o n t r a s t a ,
al i g u a l que l a de l a s SolzdadeA de Gongora, l a égloga
con l a é p i c a , pero para que l a segunda dejase paso a l a
primera {67) .

(66) Tomo la cita de la "Carta de don Antonio de las Infantas y Men-


doza respondiendo a la que escribió a don Luis de Gongora en razón
de las Soledades*1de Ana Martínez Arancón, ha batalla en torno a Gon-
gora, Barcelona, Bosch, 1978 (para la cita, p. 48, y p. 271, para
Salazar Mardones). También Lope acusó a Gongora de mezclar estilos
(ibíd., p. 54ss.). Andrés de Almansa y Mendoza también discute sobre
la colisión lírica-heroica en las Soledades, para concebirla como s i l -
va de indeterminada materia, que pide la lírica (ibíd,, pp. 31-33).
José Rico Verdu, Sobre algunos problemas planteados por la teoria de
los géneros literarios del Renacimiento, en Edad de Oro II, Universi-
dad Autónoma de Madrid, 1983, pp.. 157-178, al tratar de los géneros
menores, se fija en la inclusión de la égloga por parte de Scalígero
y Carvallo dentro del diálogo dramático. Hace hincapié en cómo Pincia-
no e l é v a l a bucólica y en cómo Gongora afirmó el sentido lírico y el
lenguaje heroico de su obra. Sobre el panorama trazado, poco añade,
salvo la inclusión del mismo Gongora en el género pastoril, lo que
Diego Saavedra Fajardo incluye sobre el tema en la República Literaria,
Madrid, 1956, p. 30, 39-40 y 69.
(67) Las Églogas, y Geórgicas de Virgilio, y Rimas y el Pompeyo trage-
dia, Madrid, Juan de la Cuesta, 1618. Véase la aprobación generaliza-
da del "elegante estilo" de todo el libro hecha por Luis Tribaldos,
así como la mezcla de estilos que su conjunto significa. La flauta
rustica puede a la clara trompa de alto estilo épico. Nótese la dispo-
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SÍGLO DE ORO 73

R e c a p i t u l a n d o , podemos a f i r m a r l a p o b r e z a d e n u e s -
t r a p r e c e p t i v a en t o r n o a l t e m a y s u t a r d í a i n c o r p o r a c i ó n ,
como o c u r r e en l o s o t r o s g é n e r o s , a l a p o é t i c a . P e r o l o s
planteamientos r e t ó r i c o s y los propiamente poéticos, i n i -
c i a d o s por Herrera y seguidos por P i n c i a n o , confirman, a
cambio, i d é n t i c a s c o n s i d e r a c i o n e s que en l a s p o é t i c a s i t a -
lianas : la verosimilitud, la imperfección y el bajo e s t i -
l o en l a r u e d a v i r g i l i a n a , l a c o n s i d e r a c i ó n d e g é n e r o m e n o r ,
l a s r e f e r e n c i a s a l m e t r o y s u i n c l u s i ó n como g é n e r o m i x t o .
Al l a d o , o t r o s p l a n t e a m i e n t o s q u e d a n e s b o z a d o s , como e l d e
su u t i l i d a d o p l a c e r , p l a s m a d o s , s o b r e t o d o , en l a v e r t i e n -
t e a l o d i v i n o . En c u a n t o a l a u d i t o r i o q u e i m p o n e s u s g u s -
t o s en It paòtox. FÁJÍO o e n l a c o m e d i a n u e v a d e L o p e , a q u í
a p e n a s a p a r e c e en l a m a t i z a c i ó n t e ó r i c a . C l a r o q u e s i e l
aparato teórico sobre la égloga española no p u e d e c o m p a r a r -
s e con e l d e s a t a d o por D e n o r e s , G i u l i o Del Bene, G u a r i n i
o T a s s o , l a p r á c t i c a l i t e r a r i a de lo p a s t o r i l , de t a n l a r -
ga a n d a d u r a en E s p a ñ a , confirmo' e s o s s u p u e s t o s con l a s me-
j o r e s r e g l a s que son l a s que da e l u s o . La i n m u t a b i l i d a d
de l o s g r a n d e s g é n e r o s a r i s t o t é l i c o s q u e d a b a d e s c a l i f i c a -
da por l a p r o l i f e r a c i ó n de l o s g é n e r o s m e n o r e s , c o n v e r t i -
dos en o t r o s "mi.notauros de P a s i f e " como l a é g l o g a . Sin
n e c e s i d a d de p o l é m i c a s e n t r e a n t i g u o s y m o d e r n o s , l o s a u -
t o r e s e s p a ñ o l e s h a b í a n t r i u n f a d o en e l e j e r c i c i o d e l a r t e .
Las r e t ó r i c a s l a t i n a s o en romance a y u d a r o n a l p r o c e s o de
a f i a n z a c i o n . d e l a mezcla de e s t i l o s y de g é n e r o s m i x t o s .
Cabe r e c o r d a r a e s t e r e s p e c t o l a RetO>u.ca £e££o¿áo£¿ca de f r a y
Luis de Granada (68) . Cuando l a s p o é t i c a s a p a r e c e n , l a é g l o -

s i c i ó n {Bucólicas, Geórgicas, Eneida) en Las obras de Publio Virgilio


Marón, traduzido en prosa Castellana por Diego López, V a l l a d o l i d , F r a n -
c i s c o Fernández, 1600 (B.N. R/3314), con extensísimos comentarios en
p r o s a . Otro, t a n t o ocurre con l a c u r i o s a t r a d u c c i ó n d e l Licenciado
Abdías Joseph , Obras de Publio Virgilio Marón concordado. En latin
artificial, en latin natural, en lengua Castellana, de prossa, y ver-
so, y en notas latinas, Madrid, Domingo García Morras, 1660 (B.N.
R/16031), quien u t i l i z a l a traducción de Fray Luis que supera — s e -
gún Abdías-* a l o r i g i n a l l a t i n o . Fundamental, como indicábamos, e s
e l d i s t i n t o uso de l a prosa o d e l v e r s o , o de ambos, en l a s t r a d u c -
c i o n e s , para entender l a pervivencia de l a égloga en l o s d i s t i n t o s
géneros.
(68) Fray Luis de Granada, Obras, ed. de José Joaquín de Mora, Madrid,
74 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

ga va h e r i d a de m u e r t e a su j u b i l a c i ó n académica o a l a
v e r t i e n t e p a r ó d i c a , aunque permanezca l a t e n t e en l a come-
d i a p a l a c i e g a . Las b u r l a s m o s t r a b a n su a g o t a m i e n t o y l a
v e r t i e n t e a c a d e m i c i s t a y c o r t e s a n a su consagración inte-
l e c t u a l y s o c i a l , p e r o también su a m a n e r a m i e n t o . E¿ pnodo
dt MOJULYÍQJJJL (1600) de Gaspar Mercader s e o f r e c e como l i b r o
c u r i o s o y con e l e g a n t e y s u b i d o e s t i l o ( 6 9 ) . La óeJLva ò<tn
amoK de Lope i n a u g u r a l a é g l o g a m a j e s t u o s a , mero p r e t e x t o
p a r a e l c a n t o , l a m ú s i c a , e l b a i l e y l a s p e r s p e c t i v a s de
l a m a q u i n a r i a de Cosme L o t t i . Como d e c í a e l p r o p i o Lope :
" l o menos que en e l l a hubo f u e r o n mis v e r s o s " ( 7 0 ) .

El j u e g o r e t o r i c o h a b í a p e r m i t i d o a l a é g l o g a l a
p o s i b i l i d a d de un a s c e n s o cada vez mayor y más r i c o . Los
a n i l l o s de l a r u e d a v i r g i l i a n a d e s p l a z a b a n a s í l a b u c ó l i -
ca a l a s a l t u r a s de l a é p i c a . Y s i n n e c e s i d a d de p r e c e p -
t o s , o mejor, c o n t r a e l l o s , l a égloga aprovechaba su c a -
r á c t e r mixto p a r a n u t r i r e l t e a t r o , l a p o e s í a l í r i c a , l a

1849, Los seis libros de la retorica eclesiástica o de la manera de


predicary Madrid, 1849, p . 6 0 3 s s . ; véase p . 6 0 9 s s . , para l a materia
que corresponde a cada estilo.
(69) Gaspar de Mercader, El prado de Valencia,Valencia, Pedro P a t r i c i o
Mey, 1600 (B.N. R/1182). Véase l a aprobación de Pedro Juan Asensio.
El e s t i l o es complejo, l l e n o de h i p é r b a t o s , períodos l a r g o s y ornato
a r t i f i c i o s o . Y en cuanto a l o p a s t o r i l , encubrimiento de e n t r a d a s y
f i e s t a s c o r t e s a n a s , o r i l l a s d e l T u r i a . El propio a u t o r s e r e t r a t a como
t a l en l a o b r a , haciéndose juez de una j u s t a ; y h a s t a incluye varios
poemas de Guillen de C a s t r o , A r t i e d a , Carlos Boyl, j u n t o con premios,
carteles, etc.
(70) Lope de Vega, La selva sin amor, en Colección escogida de obras no
dramáticas de Fray Lope F é l i x de Vega Carpió, e d . de Cayetano R o s e l l ,
Madrid, 1856, p . 300ss. Se s u b t i t u l a : "Égloga pastoril, que s e canto''
a su Majestad, que Dios guarde en f i e s t a s de su s a l u d " . Léase l a d e d i -
c a t o r i a a l Almirante de C a s t i l l a para l a c i t a y l o s pormenores de l a
puesta en escena q u e , con su magnificencia, r e f l e j a l a Casa de Campo,
e l p a l a c i o y e l Soto de Manzanares. Lope percibe l a incongruencia de
que l o s d i o s e s aparezcan en l a égloga ( e l l o " r e q u e r í a más d i s c u r s o que
l a é g l o g a " ) . En e l prologo en prosa a n a l i z a e l género y e l c a r á c t e r
a l e g ó r i c o , mostrando su a l t u r a a l i n d i c a r que debajo de e s t i l o p a s t o -
r i l hubo personas i l u s t r e s , emperadores, e t c . desde V i r g i l i o ( p . 306).
Lope ofrece una r i q u í s i m a variedad de églogas, i n c l u s o u t i l i z á n d o l a s
p a r a l a e l e g í a , como l a que dedicó a Paravicino ( p . 3 3 1 ) .
TEORÍA DE LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 75

m i s c e l á n e a , l a p r o s a n o v e l e s c a y e l ancho campo de l a l i t e -
r a t u r a a s c é t i c a y m í s t i c a . Las marcas c l á s i c a s de l a é g l o -
ga f a c i l i t a b a n su i n s e r c i ó n en l a l í r i c a , en l a n a r r a t i v a
y en e l drama, ya f u e s e en e l e j e r c i c i o meramente d i a l o -
g a l , i n t e r l o c u t i v o , de su forma o en l a p r á c t i c a e s c é n i c a .
Conviene r e c o r d a r que a n t e s de que en España s e
a l z a s e voz a l g u n a s o b r e l a r u p t u r a de l o s g é n e r o s t r a d i -
c i o n a l e s , Luis V i v e s , en Vz KaXlonz diczndi, h a b í a a l z a d o l a
suya c o n t r a l o s p r e c e p t o s que r i g e n l a s r e t o r i c a s y l a s
p o é t i c a s , apoyándose en e l uso y en l a o b s e r v a c i ó n d i r e c -
t a de l a s o b r a s de su t i e m p o . Y a s í d i r í a :
Tampoco puede òOòtznzAòZ la antigua división dzt
<u>tULo en òubllmz, mzdlo o ínfimo, como 6l 02 tuatoAa
dz hacQJi alguna dívlòlon de I00 ciudadanos medíante
zl cznòo. LOÓ vlstfudzò dzJL ZbtlLo òon muy va/Uadaò :
una* dzpzndzn de la zlzcclón de laò palabKOò, OVIOÒ
dzl contzxto y dzl númztio, oViaò de laò faiguAaò y òche.-
ma&, OXAOÒ de la ¿uetza y agudeza de La aAgumznXación,
o&ux¿> dz la gfiavQÁad dz la òzntzncla : pon. conòiguizn-
tzt no puzdzn ÒZJI ViZà loó gznzKQ* dz ZàtÀJLo, òlno ln-
iinlXoà, pu<u bajo cada uno dz ZÒÏOÒ KZàpzcto* puzdzn
azñalaMZ mío dz &1Z0 manutioA dz zòcAlblA. y zòtoò
In^lnltoó Zòtlloò ÁJfctznmzdíQo conviene eòtudlanloò y
claòlilcaAloò poKQuz kay muckoó colonia IntznmzdLloò cn-
tjiz zl blanco y zl nzguo... ( 71)

Los g é n e r o s m e n o r e s , c o n s i d e r a d o s como f r a g m e n t o s
desgajados de una u n i d a d s u p e r i o r , m u e s t r a n una mayor p r o x i -
midad a l a r e t ó r i c a que l o s g é n e r o s m a y o r e s , más a f i n e s a
la poética ( 7 2 ) . "Los t i e m p o s mudan l a s c o s a s y p e r f i c i o n a r

(71) Tomo l a c i t a de l a t r a d u c c i ó n de Marcelino Menéndez Pelayo,


Historia de las ideas estéticas en Españay Madrid, C . S . I . C , 1974,
v o l . I , p . 6 3 1 . Vives también se opone a l a d i s t i n c i ó n e n t r e poesía
y prosa y c r e e que Platón es p o e t a , aunque en p r o s a . Menéndez Pelayo
hace h i n c a p i é en l o s ataques de Vives contra l a r e t ó r i c a t r a d i c i o n a l .
Éste consideraba l a r e t ó r i c a como una d e r i v a c i ó n de l o s e s t u d i o s f i l o -
sóficos .
(72) E. Lausberg, Manual de retorica literaria, Madrid, Gredos, 1967,
v o l . I I , p . 510, s e ñ a l a l a c o i n c i d e n c i a de l o s géneros menores con l o s
p r a e x e r c i t a m e n t a y apunta su proximidad a l a r e t o r i c a , f r e n t e a l o s
76 Aurora EGIDO Criticón, 30, 1985

l a s a r t e s " , como d e c í a C e r v a n t e s en Et ftifalàn dlchoòO. Antes


que l a comedia nueva, l a é g l o g a , en s u s r i c a s y m ú l t i p l e s
v a r i a n t e s , mostró s u s c a p a c i d a d e s p a r a d e s a r r o l l a r s e a l
margen de l a Poética de A r i s t ó t e l e s .


EGIDO, Aurora. "Sin poética hay poetas"» Sobre la teoría de la égloga en el Siglo de
Oro. En Criticón (Toulouse), 30, 1985, pp. ^3- 77.

Resumen. El título de la ponencia viene a cuento, en su primera parte, de una frase


de López Pinciano, sacada de su Philosophía Antigua, en la que defiende que la poesía,
como la retórica y otras artes, puede surgir al margen de las reglas marcadas por el
Arte. Y así se cumple fielmente en el campo teórico y en la práctica de la églgoa,
cuya preceptiva implícita se desarrolla mucho antes de la tardía incorporación de Es-
paña a las poéticas renacentistas propiamente dichas. Se trata, en fin, de explicar
la trayectoria de tales formulaciones empíricas; y para ello, se rastrean las opinio-
nes vertidas al respecto en los prólogos y en los textos —teatrales, poéticos, mis-
celáneos, e t c * — de la literatura áurea, asi como en las primeras traducciones de Vir-
gilio y Sannazaro al castellano, buscando los hilos conductores que permitan una valo-
ración conjunta de la estimación de la égloga en su vertiente religiosa y profana.
Mas allá de los marcos estilísticos y genéricos, la égloga mostró su po-
limorfismo y su capacidad de cambio, ajustándose a las leyes marcadas por el uso y
despreciando el confinamiento que, como género menor y de condición fragmentaria, le
asignaban la retórica y la poética clásicas.

Résuaé. La poésie, comme la rhétorique et d'autres arts, peut — s i l Y on en croit la


phrase de López Pinciano qui sert de titre à cette coamunication— surgir en dehors
des regles fixées par l T Art. C'est ce que montre, sur le plan théorique et sur le plan
pratique, le cas de l f églogue,dont les normes implícites prennent corps bien avant la
tardive adhesión de TEspagne aux arts poètiques de la Renaissance proprement dits.
Pour retracer I'histoíre de ees formules empiriques, on a recherché les
jugements émis dans les prologues et dans les textes (théatre, poésie, miscellanées,
etc.) du Siècle d'Or, ainsi que dans les premieres traductions en castillan de Virgi-
le et de Sannazaro. Ont été ainsi dégagées les lignes directrices permettant d T avoir
une vue d'ensemble de l'églogue, qu'elle soit religieuse ou qu'elle soit profane.

géneros poéticos mayores, "obras poéticas (opera) basadas en si mis-


mas".
TEORÍA DÉ LA ÉGLOGA EN EL SIGLO DE ORO 77

L'églogue apparaít alors,par-dela le cadre des styles ou des genres, com-


me dotée dfun polyroorphisme certain, cette faculté d'adaptation aux exigences de l'usa-
ge la faisant sortir du role mineur et fragmentaire que lúi assignaient la rhétorique
et la poétique clàssiques.

Simary. Poetry, as rethoric and other arts, tnay, according to the words of López
Pinciano which entitle this article, appear independently from the rules established
by Art. This is obvious in the case of eclogue both from a theoretical and a practi-
cal point of view : this is due to the fact that implícit rules of eclogue take sha-
pe long before the late adoption by Spain of the poetical arts of the Renaissance.
In order to trace again the history of empiric formula, an analysis of
various approaches and views present in prologues and textes (theatre, poetry, miscel-
lanea) of the Golden Age as well as in the first castilian translations of Virgile and
Sannazaro has been carried out. On the basis of this work, a general outlook of reli-
gious and profane eclogue is proposed.
The eclogue then appears, outside the tradítional classificatíon of lite-
rary styles and genres, as endowed with a definite polymorphic quality, since, through
such a capacity to meet the changing requirements of usage, it moves far beyond the
boundaíres of the winor part in which it had been confined by classical rhetoric and
poetry.

Palabras clave : Poética renacentista y barroca, ffgloga. Género pastoril.


Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis
a Lope de Vega

De Garcilaso de la Vega a Sor Juana Inés de la Cruz el mundo poético


del Renacimiento, en sus diferentes avatares estilísticos, puede definirse
con una sola palabra: imitatio. Tal es el principio absoluto y acaso el úni-
co terreno común de una realidad elástica en perspectivas múltiples y fluc-
tuantes. La teoría y práctica de una poética que va desde Petrarca a Cal-
derón exige una serie de deslindes, justamente por ser una palabra única
determinando tan evidente diversidad.
La imitatio estructura y debe estructurar necesariamente lo que el lec-
tor ha de anticipar al acercarse a un texto renacentista, definido al menos
en su génesis por la relación entre sí mismo y el modelo. Dentro de tal
poética la intertextualidad es genéticamente imprescindible y todo estu-
dio que intente dejar de lado el hoy denigrado rastreo de fuentes no po-
drá dar nunca cuenta del origen que determina la existencia del texto en
cuanto tal, ni de la relativa o absoluta originalidad de éste. El problema
puede parecer nimio si el crítico moderno decide no interesarse por estos
elementos y atender al modo significativo del texto per se. Este es en rea-
lidad el momento más peligroso porque, aunque no siempre, la imitatio
puede producir no solamente una relación genética sino una relación fun-
cional entre el texto y el modelo, en cuyo caso el significado textual de-
pende justamente de tal relación. Como es imposible precisar a priori
cuándo la intertextualidad es genética o funcional, el estudio de subtextos
se hace imprescindible en ambos casos. Puesto en términos lingüísticos,
si no se toma en consideración el modelo no se puede dar cuenta cabal
del significante de un texto; pero, lo que es más grave, en muchos casos
—sólo precisables a posteriori— tal ignorancia puede invalidar todo apa-
rente entendimiento del significado.
Dicho esto, atendamos ahora a esa palabra única que nos exige esta pe-
culiar actitud práctica crítica: la imitación. Hemos dicho que la poética re-
nacentista, tanto en su teoría como en su práctica, está fundamentada en

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
324 Alicia de Colombí-Monguió

esta sola palabra. En una palabra sola, pero no en un solo concepto, ya


que lo peculiar de la imitatio es su elasticidad conceptual, lo cual permite
su unívoco gobierno en la poética o poéticas renacentistas.
En grandes líneas, por imitación puede entenderse: a) la imitación de
uno o varios modelos, y b) la mimesis aristotélica. Claro que la diferen-
ciación entre ambos tipos suele fundirse en tratadistas como Escalígero
quienes sostienen que imitar a los grandes escritores es imitar la natura-
leza en su misma y más pura esencia. Aun considerando solamente la pri-
mera acepción de imitatio, al leer las poéticas del momento se nota de in-
mediato que la palabra cubre una extraordinaria variedad de conceptos, a
menudo contradictorios, incluyendo la notable batalla entre los que apo-
yaban la necesidad de imitar un modelo único (Bembo, Córtese) —el cual
en poesía vernácula era siempre Petrarca—, o la conveniencia de imitar
modelos múltiples (Pico della Mirándola, Policiano), dé disimular cuida-
dosamente la imitación (Vida, Parthenio) o de dejar que el modelo se
transparente (Bembo), de imitar los procedimientos retóricos, los tropos,
las figuras, y así enriquecer el texto propio con gemas estilísticas (Calcag-
ni, Vida) o de imitar no sólo la lengua y voces sino hasta el espíritu mis-
mo del modelo (Bembo)1.
En nuestra literatura nunca se siguió, que yo sepa, la posición que exi-
ge el modelo único y absoluto, de modo tal que no será necesario dete-
nernos en esto, puesto que es obvio que desde Boscán y Garcilaso los mo-
delos, aun dentro de un mismo poema, suelen ser múltiples. Cierto es que
en algunas poesías la trama intertextual puede ser menos compleja que en
otras, y que en algunas ocasiones la complejidad es de distinto orden. Por
ejemplo, dentro de un poema de Fray Luis suelen encontrarse menos in-
tertextos yuxtapuestos de diferentes proveniencias que en uno de Calde-
rón, pero no necesariamente menos complejidad alusiva. Es decir, que un
poeta puede acumular una serie de subtextos de diferentes autores dentro
de una obra donde otro logra una compleja red intertextual con alusiones
de diferentes poemas de un mismo poeta.
Tratar de poner un orden estricto en la omnipresente imitatio parece
ser y tal vez sea labor imposible. Pero el intento de encontrar algunos cau-
ces reguladores, por relativos que sean, se impone si hemos de lograr al-

1
Le epistole 'De imitatione» di Giovanfrancesco Pico della Mirándola e di Pietro Bembo, ed.
Giorgio Santangelo (Florida, 1954); P. CÓRTESE y ANGELO POLIZIANO, ambas cartas en Prosatori
latini del Quattrocento, ed. E. Garin (Milán-Nápoles, 1952), pp. 902-911; PETRARCA, ed. Vittorio Ros-
si y Umbert o Bosco (Florencia, 1933-42); BERNARDINO PARTHENIO, Della imitatione poética (Vene-
cia, 1560); CELIO CALCAGNINI, «Super imitatione commentatio», en Trattati di poética e retorica del
Cinquecento, ed. Bernard Weinberg (Bari, 1970-74), I, p. 213; The 'Arte Poética» of Marco Girola-
mo Vida, ed. Ralph Williams (Nueva York, 1976).

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega 325

guna inteligibilidad en el uso crítico de un término que, por una parte,


no puede ser ignorado para el justo entendimiento del poema renacentista
y, por otra parte, es tan amplio que significándolo todo podría no llevar
a nada, salvo a notable confusión.
En 1541 se publica el tratado de Bartolomeo Ricci, De imitatione, don-
de parece indicarse, aunque sin usar los conceptos con mayor precisión,
que dentro del género imitatio pueden hallarse tres especies: el seguir (se-
qui), el imitar (imitare) y el emular (aemulare)2. Aquí seguiremos a Ricci
en estas distinciones, aunque teniendo bien claro que no son categorías
fijas. Para ejemplificarlas voy a usar textos cuyo origen se halla en un mo-
delo único, evitando así una elasticidad tan excesiva que me permitiría pro-
bar cualquier cosa. He de ceñirme, pues, estrictamente a una sola línea imi-
tativa, si bien de excepcional riqueza y fecundidad en nuestras letras, como
creo haber probado ya en varios estudios. Me refiero a la Canzone 323,
de Petrarca, llamada delle Visioni. Poema dedicado a la muerte de Laura,
cada una de sus seis estrofas encierra una visión que es figura de la amada
y su lamentado fin: gentil fiera destrozada por perros asesinos, nave es-
trellada, inmolado fénix, aniquilada fuente, nueva Eurídice. En cada vi-
sión revive Laura su último destino, en cada símbolo la muerte la transe
para transfigurarla.
Tomemos ahora la primera categoría de Ricci, el seguir (sequi), o sea
la imitación no transformadora, el tomar las frases, figuras e ideas del mo-
delo sin ir mucho más allá de una transcripción de éste, más o menos afor-
tunada, dentro de un nuevo texto. El primero que imita la Canzone 323
en tanto canción fúnebre es Diego Dávalos y Figueroa en su Miscelánea
Austral, publicada en Lima en 1602-1603. El tema prácticamente no cam-
bia, puesto que el poeta lamenta ahora la muerte de su hermana, otro ar-
quetipo de perfecciones como Laura. Consideremos la estrofa de la nave,
que se halla en casi todas estas imitaciones y comparémosla con la de
Petrarca:

De allí por alta mar formé una nave


con la xarcia de seda, velas de oro.
Tranquilo el alto mar, viento suave,
llena de honestidad por gran thesoro,

2
De imitatione libri tres (Venecia, 1545), f. 43v. También Daniel Bárbaro en su «Della eloquen-
za» habla de semejante distinción tripartita dentro de la imitación: accostarsi, aguagliarli y superargli,
en Trattati, ed. Weinberg, II, p. 450.

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
326 Alicia de Colombí Monguió

sereno el cielo (como puede y sabe


hazerle el padre del superno choro)
estava; pero luego embravecida
el agua fue, y la nave sumergida3.
Indi per alto mar vidi una nave,
con le sarte di seta, et d'ór la vela,
tutta d'aborio et d'ebeno contesta;
e '1 mar tranquillo, et l'aura era soave,
e '1 ciel qual é se nulla nube il vela,
ella carca di ricca merce honesta:
poi repente tempesta
oriental turbó sí l'aere et l'onde,
che la nave percosse ad un scoglio.
O che grave cordoglio!
Breve hora oppresse, et poco spazio asconde,
l'alte richezze a nul altre seconde.
Indudablemente Dávalos ha guardado las figuras del original y, a me-
nudo, hasta las palabras exactas de Petrarca. Lo que suprimió y más aun
lo que desafortunadamente agregó, no implica ninguna transformación au-
téntica. El modelo, algo mutilado, su pulida textura algo más áspera, está
presente en casi cada palabra, amén por supuesto de la estructura de toda
la obra. Por cierto, Petrarca no hubiera estado de acuerdo con tal prácti-
ca, ya que —usando la venerable metáfora de las abejas que Séneca había
hecho uno de los lugares comunes de la imitatio —recomendaba elocuen-
temente: «Cuidad que lo que cogéis no quede en su forma original. No
serían gloriosas las abejas si no convirtieran lo que encuentran en algo di-
ferente y a veces mejor» (Ep. Fam., 1.8.23). Para Petrarca la imitación
debe ser transformadora. Pero Dávalos fue una abeja colectora, lo cual no
contradecía tampoco ciertos preceptos de la imitatio, tal cual los define
por ejemplo Giovanbattista Giraldi Cinzio4. Claramente, en uno de los
sonetos preliminares de la Miscelánea por don Diego de Carvajal, Correo
Mayor de los Reinos del Perú, se llama a Dávalos «cauta abeja cuidosa»:
«Tal tu ingenio, Delio, que es colmena / depósito del néctar de escrito-
res.» Efectivamente, Dávalos en toda su poesía, y a veces con fortunares
un verdadero depósito de la creación ajena, y la suya es creación autén-
tica justamente por estar regida por una poética de selectiva y erudita acu-
mulación de modelos. La labor transformadora es mínima, a punto tal

3
Miscelánea Austral, 190-197. Ver mi estudio «Las visiones de Petrarca en la América virrei-
nal», Revista Iberoamericana, 120-121 (1982), pp. 569-579.
4
G. GlRALDI ClNZIO, «Super imitatione epistula», en Trattati, I, pp. 199-200

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega 327

que alguna vez dice de un poema suyo ser traducción o imitación del ita-
liano. La frase dice bien, porque de tenderse una línea que vaya desde la
traducción fiel al poema absolutamente original, que acaso no exista, esta
forma imitativa está situada en el punto medio entre esa traducción y la
imitación transformadora de que habla Petrarca.
Vayamos ahora a nuestro próximo ejemplo. En 1610 don Francisco
de Quevedo rehizo una canción, que había escrito a la muerte de un cier-
to don Juan, con motivo de la de don Luis Carrillo Sotomayor. Compa-
remos nuevamente la estrofa de la nave con la Canzone delle Visioni:
Miré ligera nave
que, con alas de lino, en presto vuelo
por el aire suave
iba segura del rigor del cielo
y de tormenta grave.
En los golfos del mar el sol nadaba
y en sus ondas temblaba,
y ella, preñada de riquezas sumas,
rompiendo sus cristales,
le argentaba de espumas,
cuando, en furor iguales
en sus velas los vientos se entregaron
y, dando en un bajío
sus leños desató su mesmo brío
que de escarmientos todo el mar poblaron,
dejando de su pérdida en memoria
rotas jarcias, parleras de su historia5.

Comparada con su modelo las amplificaciones resaltan por su natura-


leza decorativa, peculiarmente colorista. Ha omitido la descripción alegó-
rica del muerto, lo cual en una canción fúnebre es inesperado; pero cuán-
to más lo es que omita también el lamento. Cuando sus visiones termi-
nan, en la canción fúnebre casi no se ha oído una queja. El final nos da
la clave de este silencio:

Nave, tomó ya puerto;


laurel, se ve en el cielo transplantado,
y de él teje corona;
fuente, hoy más pura, a la de Gracia corre

5
FRANCISCO DE QEVEDO, Obra poética, ed. José Manuel Blecua (Madrid, 1969), p. 470. Sobre
el poema, mi estudio «Las visiones de Petrarca en el barroco español, I», Nueva Revista de Filología
Hispánica, 28:2 (1979), pp. 289-299.

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
328 Alicia de Colombí-Monguió
desde aqueste desierto
con tono regalado;
serafín pisa ya la mejor zona,
sin que tan alto nido nadie borre;
ansí que el que a don Luis llora no sabe
que, pájaro, laurel y fuente y nave
tiene en el cielo donde fue escogido
flores, y curso largo, y puerto, y nido.
Quevedo ha cambiado la estructura del poema de Petrarca al agregar
esta felicísima enumeración que cierra el poema, transplantando cada fi-
gura desde el recinto de sus demostraciones al de la permanente morada
trascendental. Por eso no hay lamento en su canción: ante la muerte de
don Luis Carrillo no cabe el llanto. La canción de Quevedo es así un cla-
ro caso de imitación transformadora. El poeta ha tomado cada figura y la
ha acomodado a una realidad muy distinta a la de Laura; al hacerlo ha
cambiado uno de los símbolos, introduciendo por primera vez en esta se-
rie el del jilguero, que tendrá asombrosa fortuna y, finalmente, ha variado
la estructura del poema, dándole el que ha de ser su cuño barroco desde
esta imitación a la de Calderón de la Barca6.
En mayo de 1614, estando Lope enfermo en Toledo escribe al Duque
de Sessa una carta donde dice admirarse de «la buelta del Padre Poncia-
no»7. Se trataba del trinitario Fray Ponciano Basurto, que debía de haber
estado en prisiones y no me asombraría que cautivo en tierra extranjera,
lo cual no es de extrañar siendo trinitario8. Hacia esta época debió de es-
cribir Lope una canción en que se celebra el regreso y la liberación de Ba-
surto, y que se publica en las Rimas sacras. A mi juicio es indudable que
el modelo de Lope es la canción de Quevedo, de la cual toma las figuras
de las tres primeras estrofas, ahora en muy airosos sextetos liras, y a la
cual sigue en la estrofa final con su doble enumeración. Por lo demás,
todo lo cambia:

6
La imagen se imita en la «Canción real a una mudanza». Ver «Las visiones de Petrarca en el
barroco español, II», Nueva Revista de Filología Hispánica, 29:1 (1980), pp. 156-164. De ahí pasa a
México; ver mi trabajo «El poema del Padre Matías de Bocanegra. Trayectoria de una imitación»,
Thesaurus (1981), 1-21. Otro estudio sobre la canción de Calderón aparecerá en 1984 en Kentucky
Romance Quarterly.
7
Obras de Lope de Vega, ed. Real Academia Española, I (Madrid, 1890), «Nueva biografía por
don Cayetano de la Barrera», p. 209.
8
A esto parece aludir la cuarta estrofa de la canción de Lope: «El cautivo que oprime / vulgo
africano y bárbara cadena / llanto en el cielo imprime / y anocheciendo en su desierta arena / ya con
el grillo roto / amanece en España y cumple el voto». LOPE FÉLIX DE VEGA CARPIÓ Obras escogidas,
II: Poesías líricas, Poemas, Prosa, Novelas, ed. F. Sainz de Robles (Madrid, 1964), p. 107.

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega 329

De agricultor villano
detenido el arroyo diligente,
que acumulaba en vano
céspedes pardos a su pie inocente,
venciendo el flaco muro
cobró su margen y corrió más puro.
Ya en el poema de Quevedo la fuente de la Canzone delle Visioni se
había vuelto en «parlero de cristal un arroyuelo», pero la peripecia de su
destrucción nada tiene que ver con esta escena realista del agricultor tra-
tando de detener al arroyo con macizos de pasto seco. La de Lope ya no
es ni remotamente esa fuente arquetípica del eterno locus amoenus que per-
vive en la canción a Carrillo. La estrofa del jilguero es más cercana a la
de su modelo:
Puso mano enemiga
a la pintada pluma del jilguero
laberintos de liga;
mas libre al viento y del injusto acero
que le detuvo un año,
vengóse del silencio y del engaño.
Es evidente que el jilguero de Lope, salvo en su más feliz destino, es
el «pintado jilguero» de Quevedo, que «manchadas con la liga vio sus ga-
las». En nueva acomodación a la realidad del Padre Basurto, cuya prisión
debió de durar un año, Lope hace que para este jilguero la trampa no sea
mortal, sino solamente temporaria, pues «lo detuvo un año». Tampoco su-
fre su nave desastrado naufragio contra un bajío; sólo la furia de una tem-
pestad, y en esto más se acerca a la de Petrarca, con su «tempesta oriental»:

Sobrevino a la nave
cargada de preciosas margaritas,
la tormenta más grave
de cuantas fueron de la mar escritas;
mas luego puesta en sueño,
dio puerto a la esperanza y patria al dueño.
A la nave de Quevedo parece haberse yuxtapuesto aquí el recuerdo de
una «Canción a la muerte de la Reina Margarita de" Austria», donde por
motivos obvios la nave va cargada de perlas9. Indudablemente la imita-

9
Cancionero de 1628, ed. José Manuel Blecua (Madrid, 1945), pp. 428-430. La reina Margarita
murió en 1611 y el poema se escribió en esa ocasión; es también una clara imitación de la Canzone
delle Visioni.

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
330 Alicia de Colombí-Monguió

ción de Lope es transformadora, pero aún más, justamente por haber


transformado tanto es la suya lo que Petrarca había llamado imitación es-
condida: «[el poeta] ocultará su imitación de modo que no parezca simi-
lar a ninguna, y así traerá de lo antiguo algo nuevo» (Ep. Fam., 23.19.10).
Estas son las imitaciones que disimulan el serlo: «Debemos asegurarnos
que aunque algo sea similar mucho sea diferente, y que la similitud mis-
ma quede escondida, de modo que sólo pueda percibirla el silencioso ras-
treo de la mente; que pueda ser entendido que la cosa es similar más que
sea declarado que lo es». Así Amadeo Parthenio en 1560 sugiere diferen-
tes métodos de cómo disimular la imitación10. Lope, que indudablemente
había leído sus poéticas, sabe hacerlo maravillosamente11.
En nuestros tres ejemplos el modelo ha tenido una función generado-
ra de los respectivos textos, en los cuales es posible reconocer las dos ca-
tegorías de Ricci: el sequi (Dávalos) y el imitare (Quevedo, Lope), y den-
tro de la imitación transformadora, aquella que transluce el modelo con
relativa claridad (Quevedo) y aquella que lo disimula (Lope). Considere-
mos ahora cuando la imitación —siempre transformadora en estas cir-
cunstancias— tiene importancia funcional. Como para tenerla el modelo
debe ser claramente reconocido, este tipo de imitación nunca disimula su
presencia, porque de hacerlo se perdería buena parte del sentido de la
obra. Así, Marco Girolamo Vida dice bien que ocultamiento y emulación
no pueden coexistir, porque si no el lector no podría notar la victoria del
poeta sobre su modelo12. Es decir, el poeta escribe en respuesta o reto im-
plícito a algún aspecto —formal o temáticor- de otro poema. Natural-
mente, de ignorarse la existencia de esta obra es imposible entender el nue-
vo poema como respuesta a otro, o saber qué tipo de victoria se ha lo-
grado, o qué clase de reto ha habido hacia alguien o algo determinado.
Tal ocurre con la primera imitación española de la Canzone 323, la muy
hermosa de Fray Luis de León, «Mi trabajoso día...»13. Fray Luis trueca
el destino y propósito de cada figura de la Canzone, y los que fueran ver-
sos fúnebres se vuelven ejemplo y exhortación moral: cada visión un caso
del desengaño. En su poema coinciden por un lado la estructura formal
del de Petrarca, el artificio de presentar en cada estrofa el avatar alegórico

10
PARTHENIO, Della imitatione..., p. 48.
11
Baste recordar la «Respuesta a un papel que escribió un señor de estos reinos en razón de la
nueva poesía» (LOPE, Obras escogidas, II, ed. Sainz de Robles, cit.) donde el Fénix cita a Tasso, Cas-
telvetro, Bárbaro, «Danielos, Vidas y Horacios» (II, p. 916) y Pico Mirandulano (II, p. 917).
12
Vida, Arte Poética, ed. Williams, pp. 257-258.
13
Poesías de Fray Luis de León, ed. P. Ángel C. Vega (Madrid, 1955). Sobre el poema y la com-
pleja red intertextual ver mis estudios «La visión evocada. La canción de Petrarca en el verso de Fray
Luis», Anuario de Letras, México, 14 (1976), pp. 155-173, y «Las visiones de Petrarca en el barroco
español, II», cit. supra, pp. 151-154.

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega 331

de una misma realidad, y por otro lado la vena ética de Fray Luis y del
mismo Petrarca del Trionfo d'Amore. Petrarca en la Canzone delle Visio-
ni cantó en Laura a la mujer beatífica en trayectoria triunfal hacia el Pa-
raíso. Pero tanto en sus Trionfi como en otros poemas del Canzoniere, el
poeta ve en la amada peligro maléfico y hasta mortal. La canción de Fray
Luis refleja este espíritu tan fiel al suyo propio, transvasando en estrofas
donde se acumulan ecos de Petrarca que, conviviendo junto al recuerdo
de la Canzone, le responde desde ángulos opuestos con la otra cara de la
verdad. Obviamente el caso de Fray Luis corresponde a la tercera cate-
goría ricciana de la imitatio, el aemulare. De no tenerse aquí en cuenta el
modelo, no puede haber una cabal comprensión del significado de un poe-
ma que está reflejando el envés de otro.
A la luz de las poéticas renacentistas, y a la luz de esta polifacética y
omnipresente imitatio en nuestra poesía culta, justo es recordar las lúci-
das palabras de Bakhtin: «Cuando cada miembro de la comunidad de ha-
blantes toma posesión de una palabra [entiéndase en nuestro caso de un
texto] ésta no es una palabra neutral del lenguaje, deshabitada de voces
ajenas. No, recibe la palabra de la voz de otro, y su palabra está llena de
aquella otra voz»14. Por eso, puede ser que toda lectura sea finalmente un
misreading más o menos fecundo, pero de olvidar la realidad imitativa de
un poema de estos siglos áureos, mucho me temo que estos misreadings
sean necesariamente estériles.

ALICIA DE COLOMBÍ-MONGUIÓ

State University ofNew York at Albany

14
MlKHAlL BAKHTIN, Problems ofDostoevsky's Poetics, trad. R. W. Rotsel (s.l.: Ardis, 1973),
p. 167.

AIH. Actas VIII (1983). Teoría y práctica de la poética renacentista: de Fray Luis a Lope de Vega. ALICIA ...
LA LIRLCA LATINA E N EL SIGLO DE ORO
ESPAÑOL

11. TEMASY TEXTOS

El humanista, en contraposición a un tipo frecuente en


el sabio, el artista o el especialista contemporáneo, es, ante
todo, un hombre integral.
Hace, por tanto, suya, y lo muestra en su obra literaria,
la frase de Terencio: Homo sum, humani nihil a me d e -
~itacm pato (47). Todos los temas profundamente humanos
hacen vibrar la lira de nuestros humanistas: religión, lami-
lia, patria, amistad, arte, ciencia...
Veamos algunas muestras que confirmen nuestro aserto:
a) Tema reJigioso.-El humanista podrá ser un hombre
religiosamente equivocado, nunca irreligioso. Fallaría enton-
ces en 41 un elemento constitutivo de la humanitas.
Como seguidor de los clásicos recordará con Ficino:
Poetriam veterzam fuisse tum fheologiam tum philosophiam.
Como poeta pensará con Poliziano, en su Nlctricia, que Dios,
para elevarnos a El, te nostrae, divina Poetica, menti - Ais-
rigam dominamque dedit.
Verdad es que en esa posición caben mixtificaciones y des-
viaciones -precisamente uno de los últimos libros escritos
en torno a este tema hace resaltar la responsabilidad del hu-
manismo renacentista en la crisis actual (48)-; pero afir-

(47) Heauto~ztimor~met>os, v. 77.


(48) F. G . ~ÁNCHEZ-MARÍN:H U ~ I W I ~ ~natuml
S W ~ Oy c&-
/%Z~M%GSWO
t i m o , Madrid, 1954, págs. 21-22.
mamos que España, como ha sucedido con otros movimientos
ideológicos, supo asimilar a su idiosincrasia cultural, depu-
rándolo, cuanto de acertado había en el Renacimiento, sin
caer -gracias en parte a la austeridad ejemplar de su Corte
y en parte al peculiar genio de nuestro pueblo- ni en el
sensualismo fastuoso y mundano de la muelle Italia ni en la
rebelde autosuficiencia de la tenaz Germania, origen ya d e
lamentables relajaciones, ya de insuturables rupturas.
Entre nuestros líricos apenas hay uno que prescinda del
tema religioso, y algunos, como Arias Montano, le han de-
dicado casi toda su inspiración, de tan honda raigambre bí-
blica como la más religiosa lírica medieval.
#Cantannuestros poetas ya a la Divinidad una y trina, ya
a cristo crucificado, como Flaminio, Resende, etc. , ya al
nombre de Jesús, como Arias Barbosa,

Nomen adoratum terris, Hereboque, poloque,


Immemor haud unquam nominis huius ero,

ya sus misterios, que inicia y celebra así Montano:

Mysteriornm Christi kitk

Quo me sancte vocas Dei?


Secretumque iubes a sapientibus
Mundi, discere nesciis
Quae discenda doces, ire per asperos
Montes, et nemus invium,
Devotae petere et rura Samariae ... (49).

Nullius quondam memoratur aevi


Purius aeque sol nituisse annis
A die primum peragrati in amplo
Aethere cursus.

(49) Hymni et saecula, e. c . , fol. 234.


...................................
Rumor est, illic plateas per omneis
Aureum vdum, niveamque vestem
Rite festivo et pretiosa cultu
Cuncta nitere.
Arcubus, signis, vario ac tropaeo
Compita ornantur, fora, templa, vki,
Quaque Dux parti statuit triumphi
Ducere pompam ... (M).

Con mucha frecuencia también celebran a Nuestra Seño-


ra, la bella musa de los poetas renacentistas más que las del
Parnaso o el Helicón (SI), ya sin mancilla, ya siempre vir-
gen, ya dolorosa, Reina del universo o Madre de los hombres.
,Copiemos, por ser suyos, algunos fragmentos de la com-
posición de Nebrija a la Virgen Patrona de la ciudad de Sa-
lamanca, Nuestra Señora de la Vega, y otro de una de Fray
Luis, inspirada en e l Cantar de los Cantares y con alusio-
nes a su combatida existencia :

Ad Virginem eamdemque Matrem Dei Mariam cui aedes i9z agro


sdmanticensi dicata est
Nulla sit ut mundi quae tibi non serviat ora
Vtque Dei Matrem te putet omnis homo,
Hanc, Regina, tibi posuit Salmantica sedem,
,Rure suburbano, Tormis ubi unda fluit.
....................................... ..<......
lam Venus a superis, et oum Lunonie Minerva,
Iamque Diana fugit, nomine pulsa tuo.
Iam Ceres et Tellus campo cessere relicto.
Fhminibus nymphae, drias rustica fronde (52).
................................................
Hoc revoluta tuis genibus pia turba precamur,
Diva, regas urbem prospiciasque tuam.

(50) Ibid., fd. 275.


(51) Cf. BONALDO M.8 OLIVO: LO Vergine nell' Umanesimo, Treviso,
1.931.
(62) Verso imperfecto, pero muy expresivo y evocador tratándose de
una Virgen que tiene su trono junto a un río y entre encinares.
EVELIA T. ~ Á N C H E Z , A . C . 1.

Ad Dei Ge~zitricemMariam carmen ex zoto

T e servante ratem, maxima virginum,


Iam portum incolumis, iam teneo, licet
Iactatus graviter, dum sua Protheus
In nos suscitat agmina.

Adnatas nitet ut punpureo rosa,


Spinas inter hians ore, Syonias
Sic formae egregio lumine virgines,
O coniux mea, praeteris ...
.......................................
O surge, o propera, charior o unihi
Ipsis vita oculis, surge columbula
Exesus paries, ve1 cava saxea,
(Cui dant grata cubilia ...

Angeles y Santos desfilan también en bella teoría por


nuestra poesía latina, pero no podemos detenernos más.
b) T m filosófico.-Felizmente olvidaron los humanis-
tas que Platón había arrojado de su Rephblica a los poetas,
y amenazaba a los preferidos filbsofos con arrojarlos tam-
b i h si per lasciviam disserendi poetas fuel.int imitati, como
recordaba Pico de la Mirandola en carta a Hermolao Bár-
baro.
No faltan, pues, composiciones notables sobre este tema
-tal la extensa A?ziimo& de Barbosa contra la obra de
Erasmo Encomion Moriae o Stultitiae Laus-; pero por su
misma naturaleza raro es que se pueda clasificar como esen-
cialmente lírica alguna de estas composiciones.
c) A si mismos, a su patria y familia.-El Humanismo
viene a poner la personailidad en primer plano. De aquí la
fruición con que estos poetas suelen tomarse a sí mismos,
rara vez en tono jocoso -hay un ejemplo en Nebrija-,
como tema y objeto de sus versos.
Copiemos algunas de las bellas composiciones de Salva-
dor Solano A si mismo y De ~ 1 6 0 +zatali:
...................................
Dat baccas Sycion, rosas dat Enna,
Paestanum violas nemus puellis,
Messes Gargara, dat Timolus uvas,
Dulces (Hybla favos, Hymetos una,
...................................
Cygnos Erydanus, Padusa cygnos.
At tu quid tribus, Solane? Versus.

Orna floribus hanc domum,


Albas fer puer et rosas,
Natalis meus est dies,
Magno hoc lumine qui nitet,
Fer florum calathos, et calle tibia.

Hic herbas, hederam sere,


Paesti quaere rosaria,
Post Daphnen quoque lauream,
Narcissum et varium nimis.
Cura munda domus floreat ordine ...

Los hondos afectos familiares, propios de todo hombre


esencialmente tal, ponen delicados matices en la lírica de
nuestros humanistas y comunican a su obra un calor de poe-
sía sincera y entrañable.
Ya es Sobrarias cantando a su hijita recien nacida, a
quien apoatrofa heroicamente :

Isabela, mihi vita iucundior omni,


................................................
S d a tibi dos sit cuin probitate pudor.
Penelopem semper teneas sub pectore, manes
Aut pete tartareos protinus umbra recens (53).

ya Barbosa o el Brocense lamentando las muertes de sus


respectivas esposas, etc.
El amor al rincón donde radica el propio hogar va de or-
dinario fuertemente ligado a esos afectos. Así lamenta Juan

--
(53) Epist. famil., lib. XII, epíct. 9
Verzosa, en carta desde Roma a Jerónimo Zurita, la ausen-
cia de lo que ama por suyo :

Quod si vitales spirant mihi leniter aurae,


E t si sedatis resident haec tempora turbis,
Deposita spe maiorum, mea chara revisam,
Indignus reperire isthic, quae inventa reliqui,
Dum peto per terras non invenienda remotas ...

Y Marineo, dirigiéndose a una obra suya que sale a re-


correr el mundo, exclama con emoción al evocar el recuer-
do de su pueblecito natal:

Ibis in Italiam, doctis quae gaudet alumnis,


Hesperiae iaudes inclyta Roma leget.
.............................. ..A ...............
Inde Panhormitas foelices nomine dictos
Aspicies, o quam t e liber esse velim !
............................. ...............
. . A

Hic ubi .magnates notosque reviseris omnes,


Post natale s d u m Biziniumque petes.
T e soror a c fratres omnes, multique propinqui
Turba salutatam maxima convenient.
...............................................
O quam Sicanios proceres vidisse iuvabit !
O quam te nostrae tecta subire d m u c !...

En ocasión de su centenario recobró la fama de que go-


zaba en su tiempo la poesía con que saluda Nebrija a su
casita lebrijana cuando tornaba de su larga estancia en
Italia :

Salve, parva domus, pariter salvete, peiiates


Atque lares, ortus conscia turba mei.
.............................. ..C ...............
Hic mihi nascenti primum risere parentes,
Vagitusque aneos audiit iste locus.
Hic fuerant cunae quae me mulsere iacentem.
Hic cecinit mater carmina dum vigilo.
E x eollo patris onus hic praedulce pependi,
E t matris gremio sarcina grata fui.
................................................
Accipe nie reducem, per tanta pericula vectuin,
Postque aunos inultos accipe me reducem.
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . * . . . . . . . . . . . .
Ilic vitae ,portus, requies liic certa laboruni.
Hic mihi clefuncto dulce levameii erit ..

E l más abnegado y robusto amor a la gran patria, Espa-


ña, que la ordenación de la caridad exige, que es como una
extensión del amor1 a los padres y aun noMe objeto de la
virtud de la piedad, ha inflamado muy frecuentemente la ins-
piración #de nuestros poetas y héchola vibrar con los más
entonados versos. Pero de ordinario, por cantar sus victo-
rias, [lamentar sus desastres o referir sus venturas, tienen
más bien un fondo épico narrativo. Así la oda inédita de
Resende, Ode in Gallos (51), algunas entusiastas de Barbo-
sa a la primera venida de Carlos V a España, el largo poe-
ma De HLrpapziae foelicitnte de Marineo, etc.
De intento he nombrado a estos extranjeros-españoles,
porque es más glorioso para España su entusiasmo que el
de los propios hijos. P o r todos habla el italiano Pedro Már-
tir cuando, a punto de cruzar los Pirineos, saluda a España
con estas encendidas excilamaciones :

Salve, optata mihi, solam sub pondere caeli


Regnantem videant sidera, terra, mare.

Terra ferax hispana, mihi optatissima, salve.


Iam veniat mundus sub tua iuga rogo.

Imperium tibi fata nuant quodcumque sub axe est,


Hesperia, occidui, terra colenda mihi.

d) A reyes y p~ínc.ipes.-Muy relaci&lado está con el


anterior este tema. Casi pudiéramos llamarle una consecuen-
cia lógica.

(M) Autógrafo de J. Páez de Castro. B. N . de Madrid, ins. 6426, fo


lio 33.
Los reyes que aparecen en esta temática son, iiaturali-
mente, los de la época más gloriosa de Espafia y Portugal:
los Reyes Católicos, Carlos 1, Felipe 11, Manuel el Afortu-
nado, los dos Juanes 11 y 111, el rey don Sebastián y los
príncipes de ambas cortes.
Lea,mos unos ditirambos de Marineo -también ahora pre-
ferimos a los extranjeros- a la Reina Católica. Puede su-
ponerse sinceridad en un hombre a quien e4 dolor por la
muerte de doíía Isabel puso casi a punto de muerte.

Ad regiizam Helisabern quae sortita est no~niunsew


Nacta novos, virtute tua, Regina, triamplios,
Altior o sexu gloria foemineo,
Sex dedit excelleiis soli iibi nomina virtus:
Alta, l~u~nilis,
fortis, foemina, iusta, potelis

Tampoco puede llamarse épica la interesante con~posición


de Flaminio que podríamos titular con razón L a s siete fle-
chas de la 7,ei~aIsabel. Flaminio ha simbolizado en las siete
flechas, y condensado en nueve djsticos, las mayores empre-
sas de España hasta su tiempo. Copiamos los primeros :
Si plures nesas retinet Regina sagittas,
Effectus varios maxima quaeque tenet:
Prima rebellantes confecit cuspide mauros ;
Altera in oceaiium compulit ire Tagum,
Quo petat inventum securus navita mundum.
Tertia longinquo est pervia duxque mari.
..............................................
Orbibus at variis retinent quae vincula iiesus
Arsacidas viilcent, Sauromatasque truces...

Las siguientes liras de Solano celebran a una princesa:


Ad Lyraw, cum Ioaqrmn, Caroli Caesaris filia,
ir~gre'eretzw Salmanticam
....................................
Salva sis virgo comitata nympliis,
O veai, virgo, zephyris secundis,
Caesarum salve soboles, nitorque
Et decus ingens.
Nexiles auro rutilante crines
Fulmiiiant, collum grave fert monile,
Et treiuunt .mire inedia micantes
Fronti pyropi.. ,.
Para Resende, aunque también dedica bellos versos a
Carlos V, Felipe 11, etc., el inspirador de sus cantos líricos
es don Sebastián, el joven rey heroico y desgraciado.
No siempre son laudatorias las composiciones de este tema.
No es servil la musa de nuestros poetas, contra lo que cier-
tos prejuicios podrían suponer. Veamos cómo fustiga Fal-
có (55) el lamentable lance conocido en la Historia con el
nombre de «saco de Roma)):

Hispane miles, cuius ira numiliis


Tuam repressit dexteram?
Cum tluper imo victor aequabas solo
Vrbes et arces Lingonum.
Ve1 cum nefando Romam adortus impetu
' H o c inquinasti saeculum.
Non puspuratos ordo texit Principes,
Non infulatos flamines.
Suinmumque mundi (proh aefas) Antistitem
Nostrum retentum carcere
Flevere gentes.. .
...........................................
Pascuntur alacres insepulta corpora
Aves et hostiles canes.
10 triumphe concinentes barbari
Altam petunt Byzantion.. .

e ) A personajes de la noblesa ececliQstica, nze'litap. o civiJ.


Es éste uno de los temas a que más versos dedican nuestros
poetas ; pero por su misma índole se entrelazan en ellos fre-
cuentemente la relación de &ritos o hazañas, lo cual lee
da un carácter en gran parte épico.

(55) Opsra foetica, Madrid, 1600, fol. d10.


Por lo mismo, podría argumentarse que predomina en es-
tos versos el ditirambo desmesurado. Así es, en efecto, sobre
todo cuando los. italianos agradecen la protección hispana.
Pero bien puede perdonarse este defecto, que brota espontá-
neamente con el género :
i\ilaeceiias, atauis edite regibus ( 5 G ) .

Tyrrlieila regunl progenies.. .


... ... ... Ivl'aecerias ... (57)

Para dos humanistas, estos nobles y príncipes de la Igle-


sia eran sus mecenas: los que los honraban con dignidades
y empleos, los que costeaban la edición de sus obras. Todo
lo que hoy, cuando la era del hombre ha muerto desde mu-
chos puntos de vista, esperamos de orgai~ismosy colectivi-
dades, lo debían entonces, en aq~ielreino de la personalidad
individual, a estos egregios protectores.
Los poetas hacían bien en pagar con ~ e r s o s iina
. n~oiieda
entonces en alza y muy propia de ellos, como repiten bas-
tantes veces, sobre todo siendo cierto que estos mecenas,
poco positivistas, se coilsideraban muy bien pagados con tinos
dísticos laudatorios, y hacían de ellos colección, y los osten-
taban como joyas de su casa a la manera que mucstran los
potentados de hoy sus caballos, sus perlas, o una colección
de raros abanicos.
i De ctiántas alabanzas justas a sus heroicos antepasados
podría hacer ostentación la actual nobleza l~ispanolusitana,
sobre las cuales, trocadas sus aficiones, ni se nos ocurre Ila-
marles la atención! Desfilan por la lírica de nuestros poetas
los Alba, Medinaceli, Medinasidonia, Ossorio, Fernández de
Córdoba -comenzando en el Gran Capitán-, Henríquez,
Braganza, etc. Y entre los eclesiásticos, Cisneros, Fonseca,
Alfonso de Aragón, el cardenal Henriqiie, etc. Lo mejor de
la Historia penins~~lar.

(56) Horacio, O d . , 1 1,l.


(57) Id., Ud., ,11129, 1 y 3.
LA L Í R I C . ~ LATINA ES EL S I G L O DE O R O ESPAROL 297

f) De nmistad.-Sentimiento que culti~aiilos humanistas


con fruición y esmero es e[ de la amistad, y las composicio-
nes que mutuamente se dedican son una de sus manifestacio-
nes. Podríamos escribir una historia del l~~imanisinoeuropeo
a través de la poesía latina y recoger de este tema una an-
tología extraordinaria. Sólo a Marineo dedican sus amigos
más de 24 composiciones.
Por el tema, predomina en ellas el tono lírico, y reflejan
los más variados cambiantes de ideas y sentimientos. Copie-
mos algunas estrofas.
De Barbosa a Nebrija:
...................................................
Miscuit hic sacris Torn~iiiPermessidos undis,
Barbaricum iiostro reppulit orbe genus.
...................................................
Ore poteiis vario est, seu coiidit amabile carmen,
Dulcior Andiiio defluit ore Jiquor.
...................................................
Ipse triumphali redimitus tempo -a lauro
Vivus sydereas incipit ire vías.
Vivet in aeternum, vivet tua Musa decusque,
Antoni,aetlierium dum vehat astra polus ...

De Pinel al Brocense
Hic ubi praecipiti decurrit flumine Tormes
Turbidaque immensum volvit arena vadum,
Qua tenet aiitiquam celebris Salmantica sedem,
Quidam est, cui Miisae praemia magna ferunt ...

Por ser suya vamos a copiar también una estrofa alcaica


del desterrado Garcilaso a su amigo Telesío (58):
.................................
Nuni tu fluentem divitiis Tagum
Num prata giris uvida roscidis
Mutare me insanum putabas,
Dulcibus iinmemoremque amicis?...

@) Sobre Telesio cf A. PAGAXO: L'opera poetica di Antorzio Tele-


sjo, en Studi ddn anore di J . Torraca, NApoles, 1922, págs. 315-18.CHIARA:
A+~lonioTelesio, en Giomale ~zapoletni~o, 1881.
g ) E$egíacas.-Amor a los reyes, a los nobles o a los
amigos ha de exbresarse finalmente ante la última morada:
el sepulcro. Quizá afea este género un poco de monotonía y
uniformidad; pero monótono y uniforme es el polvo que a
grandes y pequeños iguala.
A veces revisten estas composiciones la forma típica de
monodias, imitación de Poliziano. Así, la de Solano al hele-
nista Fernán Núñez:

E n P:ntianus humi iacet,


E n ille, ille decus tuum,
Qui sernionibus Atticis
Ornavit tuos,
Afflavit tuos ...

Con más frecuencia predomina el dístico elegíaco. Por


ejempilo, éstos en que Resende lamenta la ,muerte de la hu-
manista toledana y poetisa Luisa Sigea :

Occubuit Sygaea, decus telluris Iberae,


Ac aevi ac sexus gloria prima sui,
Maeretis caramque deae lugetis aluniuam,
Vestraque iustitio squalida templa silent.

Iusta Hippocrenen viridi de cespite factus


Et pulla tumulus veste adopertus erat.
(Circum aderaut Musae, quarum quae maxima,
Praefica, sic orsa est, subcinuitque cliorus:
Calliope : ~ P l a n g i t eSygaeam quantum fas plntigere divas,
E t date futiereum carmen ad esequias.n

~ N e c t i t e flexibileis hedera vivace corollas,


Spargite Paestanas terque quaterque rosas.*
Musae: «Quin et flexibileis ramos necteiiius et iasmes,
Sertaque leucoiis lilia purpureis.. .u

h) Otros temas.-Por fin, y prescindieizdo del tema sa-


tírico -muy rico e interesante en nuestra producción, pero
que dejamos para un articulo sobre la epigramática-, exis-
ten otros pequeños grupos de composiciones no clasificables.
Así el tema politico-social, especifico de Arias Barbosa.
Tomando para el concepto de «democracia» el sentido pe-
yorativo, la apostrofa siempre duramente :

Audi, posteritas, nostro quocl contigit aevo


Hesperia in nostra, te meminisse iuvat.

Liber ut hibernis exundans imbribus, alveo


Exit, et efusos occupat amnis agros,
Libera colla gerens sic plebs Iiispana vagatur,
E t regnum, atque urbes, imperiumque tenet.. .

Credas pedes istud melius caput isset ad irnos,


Nam tali capiti convenit ille locus.

.................................................
Lusit in Hispanis fortuna volubilis oris,
Hunc ludum, plebi nam favet illa magis.
Ilirnc quidam ludum ferret cum nobilis aegre:
aIam tfaber est rector nobilitatis)), ait.
Cui faber : «Haud, inquit, mirun~est, id inertia vestra est.
Hie locus haud noster, si regeretis, erat.)~

Vis miscere polum terris, vis sidera *ponto.


dn proprio, inque suo vis nihil esse loco.
Auguror unde tuum in caput impendere ruinam,
Nam subito casu, quae violenta, ruunt.
Ipsa redi ad vestrum, vilis plebecula, quaestum,
Patriciique regant, vilia vilis agas.

Expresiones, como se ve, duras, y sóilo comprensibles -ya


que no justificadas- por la pasión del momento, ya que en
las anteriores diatribas hace siempre alusión al levantamien-
t o de las Comunidades.

Escasísimas son en nuestra lírica latina las poesías de


tema erótico. L o demuestra la siguiente proporción: para 7
composiciones eróticas, sobre 693, que hallamos en los hu-
manistas salmailtinos, tiene 47 sobre 112 el greco-florenti-
no Miguel Marulle (59), y 10 sobre 39, colectivamente, los
poetas Pedro Bembo, Andrés Navagiero, Baltasar Castiglio-
ne y Juan Cotta en la Antología examinada (60).
Aíin se ahonda esta diferencia si advertimos que esas es-
casas composiciones son casi todas de los ítaloespaíioles. Ma-
rineo tiene una muy delicada, Al espejo de ~mzdoncella. Fla-
minio, algunas íntimamente doloridas, que podrían hacer sos-
pechar un motivo romántico en su temprana muerte. Así, la
siguiente :

Exue nuiic, ingrata, metuin. et gaudia carpe,


Nunc bibe, nunc iiostro siste cruore sitim.
E n tihi devoveo percussum rulnere pectus,
Cui scio iioii ultra verbera saeva dabis.
E t mea ut mitis te iemper provocet umbra,
Per caelum, terrar, perque sequatur aquas,
Ecce extrema inihi cecinerunt stamina Parcae.
Hoc sit, ut esulles, mente superba. Vale.

Ese carácter tiene también la de Garcilaso Venus 31 Czrpi-


do. Solano, en cambio, compuso unos deliciosos versos con-
tra el Amor, en que parece jugiletear, burlón, con el pequeño
arquero, a quien arroja con las saetas de sus yambos:

Superi, fidem vestram, fidem 7,estram invoco,


Patiar ne tantuli minas?

Tu nunc minas mi congeris, tu talpula?


T u mi faces, tu caecule?

(59) MIGUEL SARCH~XIOTE MARGLLE : Epig~.au~z~nolaet Hymiii, Pa-


rís, 1629.
(60) Carmina quinque illustrium poetarum. / Additis nonnullis Masci
Antonii Flaminii libellis / nunquanl a n t a impressis. / Florentiae apud
Laurentium Torrentinum hIDLLI ... / Iulii 111 Pont. Mas. et Cosnii Me-
dicis ILatinorum Ducis Priuilegio cnutum est.
Adeste Iambi, arripite iiuiic hunc mordicus,
(Laniate, ferte, caedite.
Nunc, nunc furorem, nunc amaritudiiiem,
Necate ferro, fulmine.
Sed vos cavete, ne puer forsan volet,
Pennas habet superbulus.. .

Más enérgicamente difiere aún esta poesía de la italiana


desde e[ punto de vista moral. Una extraña mezcla de cielo
y lodo es tan notable en aqu&lla, que un italiano contempo-
ráneo se siente movido a justificar a sus compatriotas: «Pu-
ritana 6 la suscettibilitd della spregiudicatezza critica moderna
i ~ e porre
l la religione degli umanisti a confronto con la loro
lirica amorosa)) ((61). Lo cierto es que en España un Segis-
mundo Malatesta, un Bandello, se hubieran hallado desam-
bientado~.Nuestro Renacimiento es religioso y austero ; en
una palabra, español.

Entre las muchas composiciones de temas estrictamente


vzitológicos pocas pueden considerarse líricas. Lo son, en
cambio, algunas de tema arqueológico y en que se celebran
moi~umentosartísticos, como aquella de Falcó, que tiene sie-
te al Real Monasterio :

O tu, qui palles Iiac visa mole, viator,


Ingrcdere ulterius plusque stupebis opus.
Autorem taceo, iiam si tibi dixero nomen,
Illico reni tantam senseris esse iiili 1 (62).

Asimismo la de Nebrija A las ruitlas de M é ~ i d a ,que pü-


diera ser el n~odelode la muy conocida de Rodrigo Caro a

(61) G. TOFFANIX
: S t o ~ i a dell' U m a i ~ e s i w o' ,3.a ecl., Bolonia, 1948,
1 290.
(62) Opera poctica, ecl. c., fol. 4 v.
b s de Itálica (63), mucho más que del soneto a las mismas
de Pedro de Quirós :

....................................................
Mic ubi nunc poditim est et in orbes semireductos,
Surgentesque gradus atque a n a h t h r a vides,
Scaena fuit quondam tragedis atque comoedis,
Nota theatrales exhibuitque iocos.
Hic ubi nunc porta est...

Casi traducción es también de una latina, aunque de or-


dinario se ignore, aquella otra de Quevedo: «Buscas a
Roma en Roma, peregrino.. .B.

Hasta el tema pueril y tierno de las raeniae - e n español


unanas»- en la acepción que Horacio (M), con otros, atri-
buye a esta palabra, cultivan nuestros humanistas. Ejemplo
ésta de Solano :

........................,.., ..................
T u post Luciolo, tu blandule Somne venito,
Somnule blandulule, blandule Somnicule.
Luscula Luciolo ludat, et Lucía cantet,
Expromat lusus ILucia Luciolo.
Hos tibi, pupe, canat Iovianus, pupule, lusus,
Haec sit Pontani naenia naeniola.. .

No se insinúa apenas en el Renacimiento la emoción esté-


tica que impulsa a cantar a la Naturaleza, y menos como ani-
mada. Esta es siempre para el humanista, en todas las mani-
festaciones artísticas, marco del hombre. Tendrá que venir
el Romanticismo a darle personalidad. No se conciben un
absoluto Corot, un Teodoro Rousseau -preliunciados sólo
por Lorena y Watteau- renacentisias.

(63) &f. J. ALVAREZ y SLENZ D E BURUAGA:Las ruinas de Ewtkrita y


de Itólica o tvavks de Nebra'ja y Rodrigo Caro, en Revista de Estudios
Extremeíios, Badajoz, 1949, pigs. 66479.
(64) Epist. 1 1.
L A LÍRICA
L A T I Y A E N EL SIGLO DE O R O ESPAÑOL 303

Pero existe en la lírica algítn ejemplo interesante ; así


apostrofa Arias Montano al astro rey:

Alme Sol, quartus nitidum dies quein


Plurima in inundi celebrat creatum
Commoda, o liicis pater, efficacis
O Pater ignis.
Noctis obscuro procul usque a b antro
Aureurn differs agitasque ciiimm
Semper itisomnern, vigil ipse, nuiiquam
Lassus euiido.
... ... ... .., ... ... ... ... ... ... ..* ... ...
Interiin tu Sol age, vade, iussain
Sedulus norinam teneas, memorque
T e neqiie in caelo sine me nitere aut
Vive-e posse.. . (65).

E s ya el «Para y óyeme, o11 sol, yo te saludo...)) de Es-


pronceda. Pero, ;no se pierde también, anticipadamente, el
San Jorge de Altdorfer en un bosque romántico, y no apos-
trofa a la bóveda estrellada el Montano de la poesía caste-
llana, Fr. Luis de León, en su Noclre sereiln:

Alma región luciente,


templo de claridad y fermosura ... ?

Quedémonos aquí ; buen lugar de reposo hemos hallado.


Pero, tras u11 momento de descanso, alentémoi~os,y aliénten-
se los investigadores -en la milguardia los hispanos- a es-
~ r i b i rtotalmente este preterido capítulo : L n poesin lntilzn ??ho-
demn en Espníicc. Capít~lilode singular interks en todas las
literaturas nacionales.

También podría gustarte