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História da Psicologia Organizacional

No trabalho de Münsterberg, com a publicação Psychology and Industrial Efficiency,


em 1913, estão a marca do nascimento da psicologia industrial e as principais preo-
cupações centrais da época da industrialização e de um novo campo, como a seleção
de trabalhadores, os fatores que afetam a eficiência do trabalhador, busca pelo me-
lhor indivíduo para o trabalho, o melhor trabalho e o melhor efeito possível, em que,
nesse sentido, elaboraram-se testes psicológicos com o intuito de ajustar as pessoas
aos cargos que ocupam (MÜNSTERBERG, 1913).

A prática dos psicólogos nas organizações desenvolveu-se a partir do início do século


XIX, com o nome de psicologia industrial, sendo definida como “o estudo do compor-
tamento humano” nos aspectos da vida relacionados com a produção, distribuição e
uso dos bens e serviços da civilização (TIFFIN & MCCORMICK, 1975, p.3).

A revolução industrial trouxe aos psicólogos uma nova forma de olhar para o modelo de
produção da época, a forma que era realizado o trabalho coletivo, a perda do controle
do processo de produção pelos trabalhadores e a compra e venda da força de trabalho.

Devido a todos os avanços da industrialização e urbanização, sobretudo nos Estados


Unidos e Europa, emergiram práticas da psicologia nas organizações, com a intenção
de minimizar os problemas dos indivíduos nas fábricas e reduzir os efeitos mecanicis-
tas da atividade através da melhora no relacionamento com os empregados.

Nesse período, o modo de organização das indústrias era o taylorismo (organização


científica de trabalho), que concentrava o controle das tarefas em um superior, reti-
rando qualquer decisão sobre o trabalhador. A intenção era eliminar qualquer rebe-
lião dos trabalhadores e intensificar o trabalho (BRAVERMAN,1987). Para isso, a forma
de gestão das atividades nessa época é pautada em controle excessivo das ativida-
des. O objetivo era dar o melhor rendimento ao trabalho.

O taylorismo visava ao aumento de produtividade com economia de tempo, supressão


de atividades desnecessárias no processo produtivo e utilização máxima da máquina.

Nessa época, o significado de trabalho na sociedade passa a ter uma relação diferen-
te, sendo visto como essencial para a sobrevivência do indivíduo, em consequência,
tendo gerado ao indivíduo o crescimento da população e geração de economia, fon-
te da Revolução Industrial.

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Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017 1
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Com todas as mudanças, o capitalismo ficou muito forte nas indústrias, as quais ti-
nham como maior objetivo a obtenção de lucro, o que demandava mão de obra.
Diante disso, justifica o interesse da psicologia no mundo do trabalho, uma vez que a
sua finalidade é estudar as relações dos seres humanos.

Em respostas aos desafios que surgiram nesse período, houve o aparecimento dos
testes psicológicos como ferramenta para a seleção de pessoas nas fábricas. Várias
abordagens e métodos também surgiram, como a já citada psicologia industrial, a
psicometria, os processos seletivos e métodos de treinamento.

Filme tempos modernos

De direção de Charlie Chaplin, em 1963, o


seu famoso personagem “O Vagabundo”
(The Tramp) tenta sobreviver em meio ao
mundo moderno e industrializado. É con-
siderada uma forte crítica ao capitalismo,
bem como uma crítica aos maus tratos que
os empregados passaram a receber durante
a Revolução Industrial.

Por isso, se faziam tão importantes as avalia-


ções e testes psicológicos, pois tinham a in-
tenção de encontrar a melhor forma de trabalhar para os profissionais executarem as
atividades em sua máxima produtividade, ou seja, a busca de qualidades mentais era
por meio dos testes psicológicos.

Segundo Carvalho (1999), tendiam a abordar o ser humano como uma máquina, que
deveria atingir o melhor funcionamento possível. Por meio de testes psicológicos,
buscava se identificar os indivíduos aptos para as fábricas, fazendo uma triagem dos
potencialmente nocivos. Almejavam selecionar e classificar habilidades pessoais em
função das tarefas desenvolvidas e avaliar processos mentais, como atenção, tomada
de decisão e julgamento.

Assim, frente ao avanço da técnica e as transformações das relações sociais, ocorre-


ram processos acelerados da industrialização e urbanização. Nesse contexto de in-
dustrialização, sobretudo nos Estados Unidos e Europa, emergem práticas da psico-
logia em relação ao trabalho, em conjuntura ao conturbado século, por decorrência
das guerras e recessões econômicas.

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Após o período de pós-guerra, caracterizada pela reconstrução da economia das ci-


dades e, consequentemente, da vida social, a psicologia organizacional surge em
substituição à psicologia industrial. Essa fase é marcada pelas novas atribuições dos
psicólogos nas organizações, que passam a contribuir com a estrutura das empresas,
seleção de pessoal, inserção de novas tecnologias, motivação, desenvolvimento orga-
nizacional e treinamentos.

Segundo Schein (1982), a psicologia organizacional diferencia da psicologia indus-


trial em duas formas:

1. Primeiro na psicologia organizacional os problemas tradicionais (recrutamento,


testes, seleção, treino, análise de tarefas, incentivos, condições de trabalho) pas-
sam a ser tratados como inter-relacionados e ligados ao sistema social da organi-
zação.

2. A psicologia organizacional passa a se interessar não somente por comportamen-


to individual do indivíduo, como também pelos comportamentos de grupos, sub-
sistemas e estímulos internos e externos.

A psicologia organizacional se constituiu como uma ampliação da psicologia industrial.

No Brasil, em meados de 1920, nasce a psicologia do trabalho como ciência e pro-


fissão, seguindo as tendências dos Estados Unidos e Europa, se constituindo como
uma psicotécnica, sob a influência de personalidades, como Léon Walther, Roberto
Mange, Emilio Mira y López, entre outros.

Interessou-se? Veja as obras publicadas desses autores:

• Psicologia do Trabalho Industrial, de Léon Walther (1963).

• Arquivos Brasileiros de Psicotécnica, de Emilio Mira y López (1967).

Oficialmente, a profissão de psicólogo foi regulamentada no Brasil em 1962. Como


é recente!

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