Está en la página 1de 14

Relatório do dia 16 de agosto de 2022.

Apresentação do paciente observado:


Criança com 8 anos de idade, cursando o 3º ano do ensino fundamental.
Pai: senhor X. 48 anos de idade (profissão Mestre de obra)
Mãe: Senhora X .42 anos de idade (profissão cuidadora de idosos)
5 irmãos / dois por parte de mãe e três por parte de pai.
Reside na residência irmão de 13 anos e irmã de 22 anos (por parte de
mãe) os demais irmãos por parte de pai residem com as respectivas mães
dos relacionamentos passados do pai da referida criança e
eventualmente frequenta a residência, sendo duas meninas de 17 e 15 e
um menino de 13anos.
Queixa principal: dificuldade de desenvolver habilidades escolares/
agressividade no ambiente escolar e familiar, episódios de xixi na cama e
instabilidade emocional.
Solicitação de avaliação psicológica solicitada pela unidade escolar.
Referente ao processo de gravides, a mãe relata que foi conturbado pois,
quando engravidou o atual marido e pai da referida criança retoma o
relacionamento com a ex- esposa e ela passa, quase todo o período de
gravides sozinha e sem apoio do pai da criança.
Relata que neste período sentiu muito medo, rejeição, crise de auto
estima, inadequação, insegurança muito “ódio”, raiva. (SIC)
Senhora X diz que chegou a pensar que estava em processo depressivo,
porém não houve diagnostico sobre tal quando busca ajuda terapêutica.
Quando a criança nasce o pai retorna ao lar e os pais resolvem refazer o
relacionamento, porém o pai traz dois dos seus filhos do último
relacionamento para morar na mesma residência com os dois filhos da
atual esposa.
Relatam um período conturbado de muitas brigas e desentendimento
com agressões verbais e físicas entre os filhos e o casal por conta disso
também entra em conflito.
A referida criança é recebida neste contexto faz xixi na cama ainda com 8
anos de idade, tem dependência da mãe, agitado e agressivo com os
irmãos.
Quando a criança completa 6 anos de idade, o pai decide que os filhos
dele com a “ex- esposa “ deveriam retornar a residir com a mãe delas,
sendo assim temos a atual dinâmica atual com pai, mãe, irmã de 22 anos
irmão de 13 e a criança que está referida neste caso para investigação e
analise da demanda inicial apresentada.
Senhora X relata que a partir daí a dinâmica da casa fica mais leve e
menos conflituosa.
Na escola a professora diz que ele não para sentado e que é agressivo
com os amigos de sala, diz que não termina as atividades e que na maior
parte das vezes risca com força o caderno até rasgar a folha, apaga com
violência e tende a amassar e rasgar a folha também.
O resultado acadêmico dele é a considerado baixo uma vez que a criança
não acompanha a turma no desenvolvimento cognitivo, tende a não
solicitar ajuda, desiste da tarefa e acaba indo cutucar os amigos que
estão fazendo lição.
Senhora X diz que na reunião a professora relata que os alunos da sala
passaram a ignorar a criança referida neste relatório alegando que que
ele é um “CHATO”, ela percebe que ele se sente triste mas acaba sendo
agressivo quando ela pede para formar grupo com os colegas de sala.
Não tem muito contato com outras crianças da idade, sendo assim
convive mais com o irmão de 13 nos atualmente.
Gosta de videogames de luta e fica tenso quando perde, em jogos de
tabuleiro e cartas tende a “trapacear” quando percebe que está perdendo
e por vezes bagunça jogo de todos para que não haja possibilidade de
definir um vencedor.
A pediatra pontua que está acima do peso e então a mãe sorrindo refere-
se a ele como “ZOIDÂO”.
Neste momento a Psicóloga intervém e diz a mãe para que explique
melhor o termo “zoidão”.
A mãe complementa que ele não tem limites, tudo quer comer, e mesmo
após acabar de comer quer o que os outros estão comendo.
Relata que ele tem bom coração, mas é bruto e não sabe receber carinho,
por isso machuca, diz que ele gosta de conversar com os assuntos de
vídeo game e jogar “UNO”9jogo de cartas.
Neste momento a mãe chora e diz que tem medo de ele ser rejeitado,
porque ele age assim os irmãos não quer ficar com ele e na escola isso
se repete.
O pai passa a sessão toda em silencio e a psicóloga abre para que ele
fale, o mesmo rejeita a oportunidade informando que ele trabalha muito
só chega a noite então a senhora X poderia falar melhor.
Relatório da observação do dia 16 de agosto de 2022.

A psicóloga me convida para entrar na sala de um novo atendimento para uma


criança de 8 anos.
Inicialmente ela faz a entrevista inicial com os pais, a mesma pede autorização
a eles para que eu assista e participe do processo de atendimento da criança
usando como base de observação do caso para cumprimento de estagio,
citando o caso sem referência de dados pessoais, os pais foram solícitos e
participativos.
A Psicóloga inicia com perguntas sobre a demanda inicial ao qual os pais
buscavam atendimento. (Anamnese).
Busca referência sobre a dinâmica da família, período de gestação,
comportamento e também sobre toda a vivencia do dia a dia da criança entre
outros...
Entendemos que os pais buscam atendimento psicológico, devido orientação e
encaminhamento da instituição escolar, uma vez que a criança apresenta
dificuldade de aprendizado e também comportamento agressivo no ambiente
escolar com os amigos de sala.
A psicóloga informa os pais que os atendimentos será uma vez por semana
com uma hora de duração com a participação só da criança, ela e eu como
“observadora”.
Os pais concordam com os atendimentos e se comprometem em colaborar
para que o processo terapêutico tenha bons resultados.
A psicóloga explica como ela trabalha com criança aplicando atividades
gráficas e lúdicas para criar vinculo e colher informações para análise da
queixa inicial, ela combina pagamento e solicita que os pais um relatório com
o conteúdo acadêmico da criança e também do comportamento na instituição
escolar.

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).
Relatório do dia 23 de agosto de 2022.

A psicóloga recebe a criança que entra um tanto desconfiado e senta no divã


encolhido no canto.
Ela nos apresenta e diz a ele que iremos nos encontrar algumas vezes e
brincar juntos com jogos, vamos desenhar e também conversar...
A criança sorri e diz que gosta de brincar de uno (jogo de cartas) SIC.
Na sequência a psicóloga coloca na mesa lápis e borracha, giz de cera e lápis
de cor e diz hoje para a gente se conhecer vamos desenhar?
A criança aceita desenhar e psicóloga diz:
-Você sabe fazer um auto-retrato? Sabe o que é isso?
A criança balança a cabeça na negativa e ela orienta ele que era um desenho
dele mesmo, se ele conseguia desenhar ele mesmo e que ela ia desenhar ela
para acompanhar ele ...
A atividade inicia e é notório que o menino está nervoso, desenha e apaga
várias vezes, em um momento ao apagar (bruscamente), rasga a folha e
começa a chorar, a psicóloga acalma ele e diz que tem mais folhas e que ele
podia iniciar novamente a atividade.
A criança pega a nova folha e diz:
-Tia vamos brincar de jogo eu sou muito ruim não sei desenhar e nem ler, e
junto a fala ele amaça a folha nova em branco que recebeu.
A psicóloga observa e diz:
- Antes da gente brincar posso te contar uma história? Se você aceitar sua
recompensa será jogar seu jogo preferido (UNO).
Ela conta história do conto infantil “ João sem medo” fala sobre a coragem e o
medo e traz isso para a atividade no medo de errar e não saber fazer ...
Após brinca de uno, mas não reinicia a atividade...

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).
Relatório do 30 de agosto de 2022.

A criança chega animada e diz a psicóloga que treinou com o pai o jogo de
cartas e que ela ia tomar uma “surra” dele, percebi que neste momento o
vínculo tinha sido criado.
Ela diz a ele que sim poderia jogar após realizar a atividade, então o desafiou a
fazer o “auto retrato”, desta vez ela também o acompanharia no desenho
fazendo o dela também.
Novamente ele inicia e apaga muitas e muitas vezes principalmente na parte
da cabeça da criança que ele tenta desenhar, após pronto, olha e diz:
- Nossa tia a cabeça está torta (risos), vou arrumar ...
E mais uma vez ele apaga e faz novamente.
Ao terminar os desenhos a psicóloga faz perguntas sobre o que ele gosta nele
e o que ele não gosta.
Ele diz que não gosta de ser “burro” (SIC) e que não gosta da cabeça dele que
é grande e torta, e porque ter uma cabeça grande se não tem inteligência e na
sequência da fala uma risada tímida.
Continua dizendo que não gosta de ser “gordo” (SIC), mas que gosta de ser
forte.
A psicóloga diz a ele:
-E o que você acha que é bom e legal em você?
Ele responde que não há nada que ele goste nele...
Neste momento a psicóloga diz que ia ajuda-lo, porque ela tinha um talento
secreto e que ia contar só para ele, seu talento era de ver o interior das
pessoas e a beleza que as pessoas não via, que era um segredo deles, mas
que ela podia ver muito além e que ela tinha visto coisas nele algumas coisas
que ele não estava conseguindo ver, mas que ela ia ajudar ele, a se conhecer
melhor...
Ela pontua muitas qualidades e habilidades nele e encerra a sessão com jogo
de carta.

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).
Relatório do dia 06 de setembro de 2022.

A mãe chega atrasada com a criança e diz que o atraso se refere a ter que ir à
escola por conta de uma ocorrência que acriança recebe porque brigou com
um amigo no ambiente escolar.
Neste momento observo na criança um olhar e sorriso de satisfação pelo feito
um tanto discreto, mas totalmente expressivo.
A mão inicia um choro e sua fala é que não sabe mais o que fazer com ele,
porque ele sempre arruma briga na escola, não tira boas notas e que a vida
dela é escutar coisas ruins sobre ele. (SIC).
A psicóloga acalma a mãe e diz que tudo vai dar certo, que ela ia descobrir o
porquê tudo isso estava acontecendo e que as coisas iam se acalmar.
Inicia-se a sessão e o menino apresenta um semblante assustado e ao mesmo
tempo um comportamento eufórico, entra agitado e vai se explicando para a
psicóloga, dizendo que só bateu no menino porque ele gritou com ele e ele não
aceita que grite com ele.
A psicóloga solicita que ele fale mais sobre o porquê ele fica agressivo com o
grito do menino e o que o menino diz para ele se sentir tão irritado.
O Paciente diz que estava fazendo juntos a pedido da professora uma
atividade de recorte e colagem de imagens que iniciava com as consoantes ...
Então ele e o menino recortou figuras, mas o menino falou que ele colou tudo
errado e o menino gritou com ele chamando ele de: “cabeção retardado”.
Ele disse que todo mundo riu dele e então, ele ficou muito bravo e tacou o
caderno na cara do menino e deu um chute na mochila dele, o menino chorou
(nesta hora ele dá uma risada sarcástica), e complementa dizendo que a
professora mandou ele sair fora da sala, ele sentou e disse que não ia sair e
daí a professora sai e busca a diretora que o convida a recolher o material e ir
para a diretoria, onde liga para a mãe e diz que ele bateu no menino.
Nesta sessão a psicóloga o acolhe e retoma com ele regras de socialização e
de como agir quando alguém o desrespeita com emprego de adjetivos ruins.
Finaliza a sessão com desenho livre para dar a oportunidade de a criança
expressar-se através do desenho.
Ele desenha bolas de fogo caindo na terra como um cometa.
*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no
período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).

Relatório do dia 13 de setembro de 2022.

A psicóloga inicia a sessão com uma atividade com massinha, solicita que o
menino faça o que vem à cabeça.
A criança faz uma bola e um menino onde o tamanho da cabeça era
desproporcional ao corpo e por conta disso ele tentava colocar em pé, mas, o
peso da cabeça derrubava o tronco do boneco que foi construído com ele.
Ele tenta algumas vezes e se irrita e desmancha o boneco dando pequenos
socos em cima da mesa.
A psicóloga questiona o comportamento dele e diz o porquê ele desmanchou,
que ela achou muito bonito e criativo o boneco que ele fez.
Imediatamente ele tenta reconstruir e diz a ela que se ela gostou ele iria fazer
outro, mas não aquele porque o cabeção dele fazia ele cair toda hora.
Neste momento a psicóloga diz que o boneco podia ser como ele quisesse e
que se não desse para ficar em pé que eles poderiam colocar deitado na folha
de sulfite, apertar um pouquinho e levantar a folho e assim ele parecia estar em
pé como era o desejo dele.
O menino pontua que melhor não porque quem tem cabeça grande é “BURRO”
e não sabe fazer nada, então ele ia dar uma cabeça boa para ele, para ele ser
“espertão”.
A Psicóloga a deixa livre e ele constrói outro boneco com cabeça pequena e
finalmente coloca-o em pé e comemora o feito.
A psicóloga faz vários objetos de massinha e os dois brincam de inventar
histórias para os objetos criados.

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).
Relatório do dia 20 de setembro de 2022.

A psicóloga inicia a sessão solicitando que o menino brinque de jogo da


memória, aqui o objetivo era observar a capacidade dele de atenção e
concentração incluindo a capacidade de memorização.
Ele inicia o jogo muito empolgado, mas nitidamente não consegue guardar o
local das imagens para fazer apressando assim ele erra continuamente e a
cada erro bate em sua cabeça, fica nervoso e manifesta sudorese na região da
cabeça umedecendo levemente seus cabelos.
Levando em consideração que era o dia nublado e que a sala estava
refrigerada em um ambiente agradável, a psicóloga percebe que o estado de
nervosismo e auto agressividade estava causando a sudorese.
A psicóloga oferece água e começa a errar propositalmente, e diz a ele:
“Nossa errei (risos) ops! Errei de novo (risos) EITAAAAA errei (risos), ele
observa ela e começa a rir também quando ela erra, e neste momento os
socos na cabeça começa a desaparecer é nítido que ele começa a se sentir
mais confortável quando ela erra também.
Ele começa a fazer alguns acertos depois de muitas jogadas e comemora em
voz alta e com muita euforia, a partir deste momento os erros não era mais
punido com socos na cabeça, havia só um sorriso de canto e um olhar
desconfiado para a psicóloga observando a reação dela quando ele errava.
Finaliza a sessão e ele sai feliz e diz que marcou mais pontos que a psicóloga
que ele era muito bom, a mão da um sorriso aparentemente acompanhado de
um olhar desconfiado, e então a psicóloga diz:
Parabéns! Seu filho é muito bom! Eu sou boa neste jogo, treino todos os dias,
mas ele é muito melhor ganhou de mim!
O menino abraça a psicóloga e diz a ela que na outra semana ele pega leve
com ela ... (risos).

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).
Relatório do dia 27 de setembro de 2022.

A psicóloga me informa que tem a intenção de investigar a capacidade que a


criança tem de assimilar, acomodar e equilibrar o conteúdo proposto.
A criança chega animada e falando em tom alto e desproporcional ao ambiente
que ele só queria jogar “UNO”(jogo de cartas).
A psicóloga se posiciona com firmeza dizendo que adoraria jogar uno com ele,
porém ela diz que antes da diversão vem a obrigação e que sendo assim ela
precisava conhecer um pouquinho mais ele, e isso era o dever dela, em
sequência ela pergunta:
-Qual o seu dever?
Neste momento paira um silencio na sala e ele diz com face de
descontentamento “haaa estudar!!”.
A psicóloga o conforta dizendo que lá ele não estava estudando, mas que era
necessário ele fazer algumas atividades, e isso ajudaria ela descobrir como
abrir a “portinha” que estava bloqueando o aprendizado e fazia ele ficar
descontente na escola. A criança sorri e diz que a é uma portona então, porque
ele consegue aprender nada...
A psicóloga pega uma imagem com uma família brincando no parque em um
dia ensolarado e próximo ao parque tem, casas, uma igreja, um hospital,
alguns carros, adultos e crianças que parecem circular entre o parque e os
estabelecimentos.
Ela solicita que ele crie uma história com a imagem que ele está vendo, que
toda a imaginação usada com as figuras apresentadas seria muito legal e que
após a sessão eles iam contar a história que ele criou para mãe que o
aguardava lá fora.
A Criança apresenta um semblante de preocupação, mas participa da atividade
e a psicóloga o acompanha escrevendo a história narrada por ele.

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).
Relatório do dia 04 de outubro de 2022.

Com Base na sessão passada onde a criança precisa criar uma história com as
figuras apresentadas, a psicóloga apresenta que a acriança apresenta muita
dificuldade de desenvolver um contexto coerente para criação de uma história
com início, meio e fim...
O desempenho da criança se dá abaixo da média que é esperado para
assimilação, equilibrarão e acomodação do conteúdo.
Sendo assim nesta sessão ela resolve investigar a capacidade de associação
do fonema ao grafema para verifica se existia a possibilidade de uma escuta
comprometida que poderia trazer prejuízos ao processo de aprendizado.
Ela faz uma brincadeira de com música onde a criança escuta a letra na
música e procura a figura da letra em cartões em cima da mesa.
Inicia a brincadeira ele acerta as vogais porem as consoantes confundi, f/v, p/b,
d/b entre outros.
A psicóloga insere figuras de animais e diz que ele poderia achar as letras
iniciais quando ela falasse o nome dos animais ...
Ele se diverte com a brincadeira pois corria para ela e na mesa para pegar a
letra, trazia uma mesmo que errada, mas comum ar de confiança que estava
acertando.
Ao encerrar a sessão a psicóloga me diz que há indícios de uma “dislexia
auditiva e que muito provável ele teria uma alteração no PAC ,(processamento
auditivo central).

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).
Relatório do dia 11 de outubro de 2022

A psicóloga inicia a sessão solicitando que a criança faça um desenho de uma


família qualquer e conte uma história sobre ela.
Pode ser família de pessoas, animais, objetos ou misto, como você quiser ...
Ele faz um desenho de uma mulher, um homem e uma criança...
A psicóloga diz: Muito bom! Agora me conte uma história desta família.
De uma forma sucinta e muito resumida ele diz que é uma família legal que
gosta de passear e que a filha era uma bruxa, mas eles não sabiam, só por
isso eles gostava dela, mas se ela soubesse que ela era bruxa não ia gostar
dela.
Na sequência a psicóloga diz para que ele faça um desenho da sua família...
Ele desenha o pai, a mãe, duas irmãs, dois irmãos um cachorro e ele como se
estivesse separado de toda a família em um canto sozinho, a psicóloga fala se
está tudo pronto ou se falta alguém? Ela emenda dizendo que achava, e que
ela estava confusa e em dúvida, porque ela tinha uma impressão que ele tinha
mais uma irmã, mas que não sabia ao certo...
Ele responde:
- Haaaa psicóloga você deve estar lembrando da F.X, filha do meu pai, ela não
é da nossa família ela brigou e disse que não tem família que a gente não era
nada dela então agora só tenho 4 irmãos.
Então a psicóloga disse:
- Há então ok, agora entendi, por isso então eu estava em dúvida, eu não sabia
disso...
Em sequência a psicóloga solicita, que ele desenhe uma família onde alguém
desta família não está bem.
Ele desenha 6 bexigas grandes, diz que é um pai, uma mãe e irmãos o que
não está bem tem uma cabeça grande e é gordo e por isso ele é muito feio e
ninguém gosta dele.

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).
Relatório do dia 18 de outubro de 2022.

Nesta sessão a psicóloga solicita para que ele desenhe uma família que ele
gostaria de ter, ele desenha três ursos, diz que é a mãe o pai e o filho eles
mora na floresta, não precisa estudar e os pais do muito carinho e brinca com
ele porque não tem irmão.
Finaliza a sessão com brincadeira de cartas e a psicóloga diz para a criança
que na próxima semana ia deixar ela de folga e ia chamar a mamãe para
contar para ela o quanto ele foi incrível e fez todas as atividades, que ela ia
pedir para ele fazer uma visita para uns amigos dela que ia ajudar ela a abrir a
portinha.
Ele pergunta se eles eram iguais a ela que brincava, neste momento ela
explica que não um pouco diferente, mas que era mais rápido e que eles iam
continuar se vendo e brincando.
Solicita a mãe que na próxima sessão gostaria de passar umas orientações
sobre encaminhamentos para dar sequência ao processo terapêutico.
Como eu estava encerrando o meu período de estagio, a psicóloga me conta
que iria encaminhar a criança para concomitante ao processo terapêutico fazer
uma avaliação com:
Neurologista pediátrico, otorrino, oftalmologista., neuropsicóloga, fonoaudióloga
e manter o processo terapêutico com psicóloga.
Na visão psicológica ela entende que a dinâmica familiar conflituosa e a falta
de participação do pai no processo, criaram lacunas na relação e no processo
de compreensão entre eles, o que fez eles agirem rispidamente um com os
outros, por meio de agressão verbal , física e abandono, o que pode justificar o
comportamento manifesto pela criança no âmbito escolar , uma vez que , o
método aprendido para solução de conflitos no ambiente familiar é o que a
criança usa como mecanismo de defesa para resolver questões de
descontentamento, e assim, afetividade entre eles está totalmente
comprometida.
Em relação ao “EU”, a criança está acometida de um complexo de inferioridade
e auto- rejeição o que pode estar vinculado ao processo gestacional diante do
sentir da mãe pela separação conflituosa no período gestacional, pela
competividade dos irmãos em busca de aceitação , desvalorizando o outro para
sentir-se melhor e aceito, pela dinâmica familiar em agredir verbalmente com
emprego de adjetivos ofensivos destacando características comportamentais
(ZOIUDÂO- comilão-guloso),fisiológicas (Mijão) físicas(gordo e cabeção).
Por conta do peso que a criança sente em relação a vivencia de sofrimentos
subjetivos em todo seu contexto de vida, como forma de defesa, no ambiente
escolar, quando as crianças isolam ele, chama ele de chato, burro, cavalo,
gordo e cabeção.
Há uma manifestação de gatilhos que dispara e ele, parte para se defender da
forma que foi condicionado pelo ambiente familiar ao qual foi inserido. Por
conta disso sugere-se dar continuidade ao processo de psicoterapia.
Em relação ao processo de aprendizado ela quer uma investigação mais
profunda pois ele fala alto e desproporcional ao ambiente e há indícios que ele
não escuta muito bem e por conta disso, não consegue dosar o som da sua
própria voz. (Há fortes Indícios de alteração do “PAC” que precisa de uma
investigação mais aprofundada para possíveis providencias necessárias).
Justifica o encaminhamento para otorrino e o oftalmologista só para ter certeza
de que a criança consegue enxergar bem, uma vez que a investigação será
completa e precisa.
Solicita avaliação e acompanhamento com Fonoaudióloga para melhorar e
corrigir a associação do fonema ao grafema o que ajudara no processo de
assimilação do conteúdo também por associação de som.
Em todo contexto no ponto de vista dela ele apresenta sintomas compatíveis
com o CID 10 – R 48, e que aspectos emocionais potencializa a dificuldade
apresentada no processo de aprendizagem.
Solicita melhor investigação para fechar o diagnóstico e fazer as intervenções
necessárias, para promover mais qualidade de vida e bem-estar para referida
criança analisada neste processo.

*observação, participação da sessão e discussão do caso com a psicóloga no


período das 9:00 as 13:00hs (4 horas estagio).

También podría gustarte