El Lenguaje de las Abejas
En algunos periódicos han a p a r e - c a c i ó n entre estas i n f a t i g a b l e s visita-
cido artículos c o m e n t a n d o la reciente
p u b l i c a c i ó n de un l i b r o del Profesor
Karl V o n Frisch, d o n d e éste e x p o n e
los resultados o b t e n i d o s después de
un intenso y paciente estudio, que ha
d u r a d o más de 40 años, de esa m a r a -
v i l l o s a s o c i e d a d que constituye el mun-
d o de los abejas.
Por c o n s i d e r a r l o de g r a n interés
v e m o s a intentar a b o r d a r este tema
s i g u i e n d o los trabajos de V o n Frisch.
El d e s c u b r i m i e n t o de medios de
c o m u n i c a c i ó n entre esas incansables
t r a b a j a d o r a s que son las abejas, se
puede considerar, sin d u d a a l g u n a ,
c o m o uno de los mds interesantes
entre los recientes p r o g r e s o s de la
^ p s i c o l o g í a a n i m a l , ciencia que está
•--' a d q u i r i e n d o c a d a día mds d e s a r r o -
lio.
Los trabajos de V o n Frisch, que
han sido muy discutidos, son a d m i t i -
dos sin reservas p o r todos los cientí-
ficos que se d e d i c a n a la p s i c o l o g í a
a n i m a l . Estos trabajos tienen un inte-
rés t e ó r i c o de e x t r a o r d i n a r i a i m p o r -
t a n c i a , y hoy pueden ser y a c o n o c i d o s
de t o d o el g r a n p ú b l i c o .
Es s a b i d o , que entre los m i e m b r o s
de uno c o l m e n a estd d i s t r i b u i d o el
t r a b a j o a r e a l i z a r con precisión mate-
m á t i c a , y es e n c o m e n d a d a a un g r u -
p o de abejas la t a r e a , de necesidad
v i t a l p a r a la s o c i e d a d , de traer del
e x t e r i o r el p o l e n y néctar tan necesa-
rios p a r a ellas. Este g r u p o , el mds nu-
m e r o s o , estd constituido p o r las lla-
madas abejas « p r o v e e d o r a s » .
Si una de éstas en su paseo d i a r i o
p o r ei c a m p o encuentra una fuente de
a p r o v i s i o n a m i e n t o , esta fuente se vé
r á p i d a m e n t e i n v a d i d a p o r un ejército
de p r o v e e d o r a s que l l e g a n de la c o l -
mena per^^ectamente i n f o r m a d a s de
su existencia y l o c a l i z a c i ó n , sin nece-
sidad de ser a c o m p a -
ñados p o r la feliz des-
•^^bridora. Af>ro^^isionam,cnto
Tenemos que pre-
g u n t a r n o s , ¿de qué me-
d i o se v a l e n p a r a in-
dicarse e x a c t a m e n t e el
e m p l a z a m i e n t o de un
lugar cualquiera de
a p r o v i s i o n a m i e n t o pre-
viamente localizado? ""^
K a r l V o n Frisch, en
su interesante l i b r o , nos
contesta con unos a r g u -
mentos perfectamente
admisibles, f r u t o de un
l a r g o t r a b a j o , y nos in-
forma detalladamente
del m e d i o de c o m u n i -
Las abejas nos d o n un e j e m p l o constante de l a b o r i o s i d a d .
Diputación de Almería — Biblioteca. Egesta (Vélez Rubio). 1/1/1956, p. 14
Si la fuente estd más
d o r a s de flores.
El o b s e r v ó d u r a n t e muchos años
las abejas que v i v í a n , p r e v i a m e n t e
n u m e r a d a s , en una c o l m e n a de cristal,
y después de sus p r i m e r a s hipótesis
a b a n d o n a d a s p o s t e r i o r m e n t e , llegó a
una e x p l i c a c i ó n i n d u d a b l e m e n t e cier-
ta.
El que nos dice que las p r o v e e -
d o r a s se i n f o r m a n bien del l u g a r de
e m p l a z a m i e n t o de u n o f u e n t e de a p r o -
v i s i o n a m i e n t o c o n los datos f a c i l i t a d o s
p o r la a b e j a e x p l o r a d o r a : la distancia
de esta fuente a la c o l m e n a y la direc-
ción a seguir.
^
Una vez que la a b e j a e x p l o r a d o r a
v u e l v e a la c o l m e n a después de su
h a l l a z g o ejecuta una d a n z a , sobre los
rayos del Sol, p a r a a n u n c i a r a sus
c o m p a ñ e r a s el é x i t o de su v i a j e . Esta
d a n z a es distinta según la distancia
de la fuente a la c o l m e n a . Si está a
menos de 50 a 100 metros es circular.
(f¡g. 1).
Colmena
: — —^
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lejos
la d a n z a es m u c h o mds c o m p l i c a d a ,
es la d a n z a que el Profesor Frisch lio-
Fo ¿
ma, p o r su f o r m a , en n ú m e r o o c h o , y
t a m b i é n d a n z a bulliciosa p o r los m o -
vimientos que ejecuta la a b e j a . En
este caso la distancio viene d a d a p o r
el r i t m o , p a r a 150 metros describe
cuarenta vueltas p o r m i n u t o . El r i t m o
d i s m i n u y e al ir a u m e n t a n d o lo distan-
cia, (fig. 2).
¿Y la d i r e c c i ó n c o m o es i n d i c a d a ?
Pora c o m u n i c a r esto la a b e j a toma
c o m o punto de referencia el Sol y
t r o z o un á n g u l o e q u i v a l e n t e al que
f o r m a el Sol, fuente de a p r o v i s i o n a -
m i e n t o , y c o l m e n a . (Fig. 3).
La d a n z a bulliciosa pare-
ce ser c o m o un signo d e m o s t r a t i v o de
la d i r e c c i ó n de la g r a v e d a d , de la
que se sirve p a r a señalar a sus c o m -
pañeras lo d i r e c c i ó n del Sol.
He l l e g a d o a h o r a al f i n a l de mi
a r t í c u l o , y es el m o m e n t o de e n f r e n -
tarnos con los resultados de estas ex-
periencias, ¿podemos d a r el n o m b r e
de l e n g u a j e a estas danzas?
Es uno p r e g u n t a de difícil contes-
t a c i ó n , y o que en este caso la n o c i ó n
de l e n g u a j e es muy l i g e r a y mds bien
estos f e n ó m e n o s p u e d e n ser la ex-
presión de una sencilla
emoción contagiosa.
Para J. Leconte, este
medio decomunicación
no tiene n a d o c o m ú n
con el l e n g u a j e huma-
no, y más bien d e b e m o s
c o n s i d e r a r l o en la cate-
g o r í a de los f e n ó m e n o s
de c o n v e r g e n c i a , bien
c o n o c i d o s en B i o l o g í a .
JUAN O N A RUIZ
Profesor del Ciclo de Ciencias
So/ de la Naturaleza