1

Anna-Carola Krauíle

ni i
r i

DEL RENACIMIENTO A N U E S T R O S DÍAS

K Ó N E M A N N
 E L E X P R E S I O N I S M O c o n t r a r i o s e i r r e c o n c i l i a b l e s , la a m e n a z a d e u n a

ABSTRACTO 1 9 4 5 - 1 9 6 0 n u e v a g u e r r a f l o t ó m á s d e u n a v e z e n el aire. E n

c o n s e c u e n c i a , no s e podía hablar d e u n a vuelta

La abstracción c o m o lenguaje universal a la n o r m a l i d a d .

D e s p u é s d e la S e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , las D u r a n t e los p r i m e r o s a ñ o s d e la p o s g u e r r a ,

personas a n h e l a b a n un nuevo c o m i e n z o . El r e i n a b a e n el m u n d o d e l ari;e ciert:a p é r d i d a d e

m u n d o celebró que las sangrientas guerras, la o r i e n t a c i ó n , s o b r e t o d o e n E u r o p a . ¿Qué r u m -

q u e entre 1 9 3 6 y 1 9 4 5 h a b í a n d e j a d o en rui- b o había q u e s e g u i r ? L o s artistas b u s c a b a n p u n -

El arte n u e v o de un n a s a E u r o p a , por fin h u b i e r a n a c a b a d o y la po- t o s d e r e f e r e n c i a . L a p e r s e c u c i ó n d e a r t i s t a s y la

m u n d o n u e v o b l a c i ó n e s p e r a b a vivir e n p a z y p r o s p e r i d a d . N a - d e s t r u c c i ó n d e c u a d r o s p o r parte d e los f a s c i s -

die d e s e a b a q u e s e le r e c o r d a r a n los h o r r o r e s tas y nacionalsocialistas condujeron a un e m p o -

LA d e la g u e r r a , s o b r e t o d o e n A l e m a n i a , d o n d e el brecimiento artístico. P a r a evitar la persecución

p a s a d o m á s r e c i e n t e p e s a b a s o b r e la c o n c i e n - o l a s c o n s e c u e n c i a s d e la g u e r r a h u b o u n a s e -
ABSTRACCIÓN c i a d e l país. El f a s c i s m o , la g u e r r a y el h o l o c a u s - rie d e v a n g u a r d i s t a s d e s t a c a d o s c o m o Maro

Y LA PINTURA to h a b í a n s a c u d i d o p r o f u n d a m e n t e t o d o s l o s C h a g a l l , J o s e f A l b e r s , Lászió M o h o l y - N a g y , Piet

v a l o r e s é t i c o s y m o r a l e s e x i s t e n t e s . A s i m i s m o , el Mondrian, Marcel Duchamp, George Grosz,

FIGURATIVA l a n z a m i e n t o por pari;e d e l a s t r o p a s e s t a d o u n i - M a x E r n s t o S a l v a d o r Dalí q u e e m i g r a r o n a los

d e n s e s d e la p r i m e r a b o m b a a t ó m i c a s o b r e la E s t a d o s U n i d o s , un país d o n d e l a s d i f i c u l t a d e s
a partir d e 1 9 4 5
c i u d a d d e H i r o s h i m a e n el v e r a n o d e 1 9 4 5 h a - q u e t r a j o c o n s i g o la p o s g u e r r a n o s e d e j a r o n

bía m o s t r a d o b r u t a l m e n t e a la h u m a n i d a d el sentir tanto c o m o e n Europa.

e f e c t o d e v a s t a d o r d e la t e c n o l o g í a m o d e r n a . El
A s i m i s m o , la s i t u a c i ó n e c o n ó m i c a privilegia-
m i e d o a la e n o r m e f u e r z a d e d e s t r u c c i ó n de la
d a d e los E s t a d o s U n i d o s p e r m i t i ó u n g e n e r o s o
bomba c a r a c t e r i z ó la d é c a d a s i g u i e n t e . E n los
m e c e n a z g o privado que e n E u r o p a hubiera sido
a ñ o s 5 0 , la é p o c a d e la g u e r r a fría e n la q u e las
d e l t o d o i m p e n s a b l e . E n los E s t a d o s U n i d o s el
d o s s u p e r p o t e n c i a s , E E . U U . y U R S S , h a b í a n divi-
patrocinio de artistas disfrutaba de una larga
d i d o el m u n d o e n d o s b a n d o s ideológicamente
t r a d i c i ó n . D e s d e la " A r m o r y Show", que en

13
,..•1 9 4 5 : L a c a p i t u l a c i ó n d e J a p ó n 1 9 5 7 : V u e i o a e r o r i m e r satéfTte ar- a t o m i c e s : o f e r t a s o o n t i c a s p a r a la
p t e r m i n a c o n la S e g u n d a i j u e r r a t i f i c i a l d e la T i e r r a : el S p u t n i K s o - reducción de armas.
«/tundía S 'unoa I OÍ-JU ) sp s VKÍtlCC),
1 984: C h i n a d e o d e u n a reiorma
fcnfan la"- b a ^ e - l e n u u o u r d e i
1959 Ld i c t L la c a ^ l i i s t . e 1 C u b
mundial, económica c o n elementos capita-
a c e n t ú a ei conrlicto este-oesíe (cri-
listas. E l a s e s i n a t o . d e i n d i r a G n a n o i
1 948: Reforma monetaria en Ale- sis o e los misiles entre los E E . U U . v
e n 13 I n d i a c a u s a g r a v e s d i s t u r b i o s .
m a n i a . P u e n t e a e r e o s o b r e Be,''lin i IIPSS' hdsia q r ¿ 1 II t --L n
p a r a c o n t r a r r e s t a r el b l o q u e o s o - n a n i e d e la G u e r r a Fría. 1 9 8 5 : Miijail G o r o a c n o v e s n o m -
í.vifitico d e la c i u a a d , El p r e s i d e n t e n o r t e a m e r i c a n o
1 961 Ld 1= ce 1 de^ m i c I r=o e c r r - ' a n o "^ei ° i ne PCUS
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Kruschov. La situación e n Vietnam
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se agrava hasta llegar a a c c i o n e s
t p ca II a - - 1 0 - 8 d^ a er o c oa la^os v an p
1 9 7 5 ^--1 a |p j p ~ r-"-
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Les rusos entran en Arganisran
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P p t la s 1 CIO I i l 1I LiPSb
del d e 1.6 it:y : i i ' , i ' , i á , , C o : 1 lü.M:,^:.i e í . c o n -
PacTO o e Varsov ^ e r d u II 1 H EEU J 2001 Ma-- d e s e n o j 3 a
m u e r e n en ataques terroristas en
1969 1 9 8 2 G ^ r - L P >.s
j - - i r
re G r a n B r e t a ñ a y A r g é n , i i i !
c e * Apoilf.) 1 1 .
i l m a g e n d e Dresde, d e s t r u i d a tras !s a t a c a n ; a 1983 C ti n II n 2003 E E U U G . B una OTO
1972
sel b o m b a r d e o del 1 3 - 2 - 1 9 4 5 a s is-aelíes sta i n t e r n a c i o n a l c o n t r a l a s a r m a s pa-ises d e c l a r a n la g u e r r a a Iraqr "

106 A B S T R A C C I Ó N ¥ P I N T U R A F Í G U B A T I ¥ & fA P A B T I B DE t 945)

 E d w a r d H o p p e r , Noctámbulos 1 942.
Óleo sobre lienzo, 84.1 x 1 5 2 , 4 c-m.
Art Instituto, Chicago; Friends of
American Art Collectlon, 1 9 4 2 . 5 1

Innumerables lectores de novelas y afi-

cionados al cine tienen una imagen de-
terminada de los solitarios héroes de la
gran ciudad que vivían en los EE.UU. en
los años 3 0 y 4 0 . El famoso cuadro de
Hopper se corresponde con exactitud
con esta Imagen y realmente existen in-
teracciones entre la pintura de Hopper y
el cine. Sin embargo, Hopper no refleja
historias. Las motivaciones, Igual que las
causas y los efectos del s u c e s o repre-
sentado en sus cuadros no tienen nin-
guna importancia. Hopper parece haber
detenido el tiempo c o m o en un mo-
mento de sorprendente reconocimiento.

1913 había d a d o a c o n o c e r el v a n g u a r d i s m o d e u n r e a l i s m o p a r e c i d o al d e la N u e v a Objetivi-

e u r o p e o e n el N u e v o M u n d o , los a m a n t e s del d a d , s e c o n v i r t i ó e n ¡a v o z m á s i m p o r t a n t e e n el

art:e d e la p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o X X d e s a r r o l l a - m u n d o a r t í s t i c o i n t e r n a c i o n a l d e la p o s g u e r r a ,

ron u n a g r a n a f i c i ó n por los e x p r e s i o n i s t a s , los cuyos artistas más significativos fueron Grant

c u b i s t a s y los s u r r e a l i s t a s y m i r a b a n , no s i n c i e r - W o o d , A n d r e w W y e t h y E d w a r d H o p p e r L a pie-

ta e n v i d i a , el rico p a i s a j e artístico e u r o p e o , c u y o za m u s i c a l q u e s e e s t a b a i n t e r p r e t a n d o tenía un

c e n t r o art:ístico i n d i s c u t i b l e e r a , d e s d e los días n o m b r e : la a b s t r a c c i ó n . Y la m e l o d í a e r a a m p l i a -

d e l i m p r e s i o n i s m o , París. P a r a s o l v e n t a r el d é f i c i t m e n t e c o n o c i d a : y a e n los p r i m e r o s v e i n t e a ñ o s

artístico, c o n s i d e r a d o d o l o r o s a m e n t e un vacío d e e s t e s i g l o a l g u n o s g o r r i o n e s la h a b í a n e n t o -

c u l t u r a l , pero t a m b i é n , tal y c o m o e x p r e s ó la s e - n a d o d e s d e los t e j a d o s (de edificios c o n s t r u c t i -

ñora R o c k e f e l l e r , c o f u n d a d o r a d e l M u s e o d e A r - vistas); los e x p r e s i o n i s t a s V a s i l y l<andinsl<y y P a u l

te M o d e r n o , c o n el fin d e " a h o r r a r a los a r t i s t a s K l e e , los c o n s t r u c t i v i s t a s d e la B a u h a u s , l a s pin-

c o n t e m p o r á n e o s un d e s t i n o d r a m á t i c o c o m o el t o r a s y p i n t o r e s del v a n g u a r d i s m o r u s o y los s u -

de V a n G o g h , que durante s u vida no g a n ó c o n r r e a l i s t a s h a b í a n a l l a n a d o el c a m i n o c o n s u

s u s c u a d r o s ni el d i n e r o s u f i c i e n t e p a r a c o m - n u e v o arte. A q u e l l o s c l á s i c o s del m u n d o m o d e r -

prarse pan", en 1 9 2 9 s e i n a u g u r ó un museo n o q u e t o d a v í a vivían s e convirtieron e n el lazo

que, f u n d a d o y f i n a n c i a d o m e d i a n t e c a p i t a l pri- d e u n i ó n entre ia pre y la p o s g u e r r a .

vado, se dedicó exclusivamente a exponer obje- D u r a n t e la p o s g u e r r a s e r e c h a z ó e n Occi-

t o s d e arte m o d e r n o . A c t u a l m e n t e , el M u s e o d e
Arte M o d e r n o d e N u e v a Y o r k está c o n s i d e r a d o
u n o d e los m á s i m p o r t a n t e s y c é l e b r e s m u s e o s
d e arte del s i g l o X X . S i g u i e n d o e s t e e j e m p l o d e
compromiso artístico, diez años más
t a m b i é n s e i n a u g u r ó e n N u e v a Y o r k el M u s e o
G u g g e n h e i m , q u e e n un p r i n c i p i o s e d e n o m i n ó ,
en c o r r e s p o n d e n c i a c o n s u p r o g r a m a , " M u s e o
d e A r t e no Objetivo" y c o n ello hacía r e f e r e n c i a
d e n t e c u a l q u i e r t i p o d e pintura f i g u r a t i v a ; a u n -
q u e m á s por m o t i v o s i d e o l ó g i c o s q u e p o r moti-
v o s estéticos. A c a u s a d e u n a p o s i c i ó n d e f e n s i -
v a a d o p t a d a c o n d e m a s i a d a rapidez, c u a l q u i e r
tarde tipo de representación figurativa se a s o c i a b a
c o n el arte nazi o el realismo socialista, que se
difundía y consideraba políticamente correcto
Cari Hofer, Hombre en ruinas, 1 9 3 7 .
en los países del b l o q u e oriental. Por el c o n t r a - Óleo sobre lienzo, 1 2 0 x 1 1 8 c m .
no, s e creía q u e la pintura a b s t r a c t a e r a la ú n i c a Staatliche K u n s t s a m m i u n g e n , Kassel

al g r u e s o d e la c o l e c c i ó n ; a u n q u e éste c a m b i ó r e p r e s e n t a c i ó n artística p o s i b l e p a r a l o s países

c o n rapidez. A estas dos instituciones y a un
gran nijmero de coleccionistas y m e c e n a s d e b e
a g r a d e c e r s e q u e a lo largo d e los a ñ o s 4 0 d e
n u e s t r o s i g l o N u e v a Y o r k s e c o n v i r t i e r a e n la
n u e v a m e t r ó p o l i d e l arte, c o n lo q u e r e l e v ó a
París d e s u t r a d i c i o n a l p o s i c i ó n p r i v i l e g i a d a .
"libres" o c c i d e n t a l e s , por s u e s p o n t a n e i d a d y s u
c o n t e n i d o no c o m p r o m e t i d o . A s i m i s m o , era
c o m p r e n s i b l e q u e el p ú b l i c o prefiriese c o n t e m -
plar c u a d r o s a b s t r a c t o s q u e o b s e i v a r l a s repre-
s e n t a c i o n e s q u e m o s t r a b a n de u n a f o r m a pene-
t r a n t e la m i s e r i a d e la g u e r r a y d e la i n m i n e n t e

B a j o la i n f l u e n c i a d e l o s a r t i s t a s e u r o p e o s posguerra, c o m o m o s t r a b a e n s u s c u a d r o s el

e m i g r a d o s a E E . U U . la e s c e n a artística a m e r i c a - a l e m á n C a r i H o f e r Así, la pintura a b s t r a c t a s e

na, q u e h a s t a e n t o n c e s no h a b í a t e n i d o n i n g ú n c o n v i r t i ó e n los a ñ o s 5 0 e n el estilo c l a r a m e n t e

eco internacional y que ahora se impregnaba dominante del hemisferio occidental.

A B S T R A C C I Ó N ¥ P i K T U R A F I G U R A T I V A (A P A R T i R D E í 9 4 5 ! 107
J a c k s o n Pollock, Número 32, 1 9 5 0 .
Pintura de barniz sobre lienzo,
2 6 9 X 4 5 7 , 5 cm. Kunstsammiung
Nordrhein-Westfalen, Dusseldorf
Mediante una acción controlada, pero
también determinada por la casualidad,
Pollock cubre el lienzo de color en un
proceso que se desarrolla prácticamente
por si mismo. La falta de puesta en es-
cena de un reparto específico y de una
relación armónica composicional acen-
túa la pureza superficial del cuadro. Sin
embargo, la pintura de Pollock conserva
la posibilidad de recrear formas de figu-
ras y un espacio ilusionista, porque en la
red negra, que ni es totalmente caótica,
ni por el contrario forma un dibujo repe-
tidle, el observador puede ver sus pro-
pias figuras, es decir puede acercar o
alejar la estructura de determinados
complejos contextúales. Estas posibi-
lidades no están determinadas y el
espectador debe verlas por sí mismo.
W o l s , Pintura, 1 9 4 6 - 4 7 Óleo sobre
lienzo, 8 0 x 8 0 cm, Staatliche Museen,
Berlín. Patrimonio Cultural Prusiano,
Galería Nacional
108 A B S T R A C C I Ó N Y P I N T U R A
MIÉ
El e x p r e s i o n i s m o a b s t r a c t o , el t a c h i s m o , el
i n f o r m a l i s m o y la action painting
El I d i o m a i n t e r n a c i o n a l d e ia a b s t r a c c i ó n s u e l e
d e f i n i r s e a v e c e s c o m o el arte d e u n c o m i e n z o
n u e v o . A p e s a r d e q u e el arte p o s t e r i o r a 1 9 4 5
no p r e s e n t ó n i n g u n a "hora cero", p u e s t o que
s u s raíces s e e n c u e n t r a n c l a r a m e n t e e n el arte
d e la p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o X X , sí p u e d e afir-
m a r s e q u e t r a s la g u e r r a c o m e n z ó u n a n u e v a
e r a artística. E l c o n c e p t o d e arte s e d e f i n i ó d e
n u e v o . T r a s la g u e r r a n a d i e creía q u e s e p u d i e r a
c a m b i a r el m u n d o c o n el p i n c e l . B a r n e t t N e w -
m a n r e c u e r d a q u e e n 1 9 4 1 tenía la i m p r e s i ó n
d e q u e ' e l m u n d o s e a c e r c a a s u fin. P e r o c o n
ello la p i n t u r a t a m b i é n p e r d i ó s u s i g n i f i c a d o y
l e g i t i m a c i ó n . E r a i m p o s i b l e s e g u i r p i n t a n d o flo-
res, f i g u r a s y p e r s o n a s . La c u e s t i ó n q u e s e p l a n -
teaba era qué se podía hacer".
L o s a r t i s t a s d e la p o s g u e r r a pusieron a
p r u e b a la p i n t u r a : t o m a r o n s u t r a d i c i o n a l fun-
ción imitadora y dejaron q u e se expresara des-
maquillada y desprovista de todas sus funcio-
n e s r e p r e s e n t a t i v a s . S i n e m b a r g o , al contrario
d e l o s v a n g u a r d i s t a s p o s t e r i o r e s a la P r i m e r a
G u e r r a M u n d i a l , a h o r a los artistas n o d e s e a b a n
d e s a r r o l l a r c o n el arte a b s t r a c t o ni v a l o r e s n u e -
v o s p a r a el m u n d o , ni u t o p í a s . D a b a n v u e l t a s a l -
r e d e d o r d e sf m i s m o s b u s c a n d o f o r m a s d e e x -
p r e s i ó n i n d i v i d u a l e s . D e ello resultó u n d e s c o n -
certante n ú m e r o de estilos y movimientos. Los
pintores abstractos f r a n c e s e s G e o r g e s Mathieu
y W o l s h a b í a n d e s a r r o l l a d o , p a r t i e n d o del auto-
matismo psíquico s u r r e a l i s t a , un estilo d e e s c r i -
tura incontrolada q u e d e n o m i n a r o n "tachismo"
(término derivado del francés fsc/ie, m a n c h a ) .
Los pintores a l e m a n e s Willy Baumeister, Ernst
W i i h e l m Nay, Kari Otto G o t z y K. R. H. S o n d e r -
F I G U R A T I V A (A PARTIR DE 1 945)
b o r g a d a p t a r o n e s t e estilo a s u p r o p i a f o r m a d e
p i n t a r El arte a b s t r a c t o a l e m á n d e e s t a é p o c a
s e i n c l u y e e n el c o n c e p t o (francés) d e " i n f o r m a l "
e n el s e n t i d o d e "sin f o r m a (que r e p r o d u c i r i " .
Y a n o existía n i n g ú n c a n o n q u e e s p e c i f i c a r a
c ó m o había q u e c o n c e b i r el arte. L a s u b j e t i v i -
d a d d e l artista, q u e había s i d o d e t e r m i n a n t e por
p r i m e r a v e z d u r a n t e el e x p r e s i o n i s m o , s e c o n v i r -
t i ó e n el ú n i c o s i s t e m a v á l i d o d e m e s u r a d e la
p r o d u c c i ó n artística. L a c u e s t i ó n d e h a s t a q u é
p u n t o el a r t i s t a c o n s i d e r a b a l a s c o n v e n c i o n e s
e s t é t i c a s o los m o d e l o s d e c o m p o s i c i ó n tradi-
c i o n a l e s d e p e n d í a e n t e r a m e n t e d e él. La liber-
t a d artística q u e s e e n c o n t r a b a e n la r e n u n c i a a
c u a l q u i e r tipo d e r e g l a s hizo difícil s u a c c e s o al
gran público. Para m u c h a s p e r s o n a s era i n c o m -
prensible c ó m o estos c u a d r o s , en los c u a l e s no
h a b í a n i n g u n a p i n c e l a d a q u e r e f l e j a s e la v i d a
cotidiana, podían ser considerados expresión
del sentir moderno. M á s de uno c o n s i d e r ó e s -
tas pinturas m a n c h u r r o n e s s o b r e v a i o r a d o s y di-
letantes. La característica m á s i m p o r t a n t e d é e s -
tos trabajos fue q u e ya no representaban n a d a
q u e pudiera r e c o n o c e r s e a p r i m e r a vista. S u
c o n t e m p l a c i ó n requería n u e v a s f o r m a s de vi-
s i ó n . Y a n o s e "leía" a l g o d e u n c u a d r o , s i n o
q u e había q u e " m e t e r s e e n él", lo c u a l r e q u i e r e
fantasía, c o n c e n t r a c i ó n , reflexión y autognosis.
E n e s t e s e n t i d o los c u a d r o s s e c o r r e s p o n d í a n
perfectamente c o n s u t i e m p o . A c a u s a d e la
a p a r e n t e a u s e n c i a d e c u a l q u i e r tipo d e m e n s a j e
e n los c u a d r o s , los e s p e c t a d o r e s d e p e n d í a n d e
ellos m i s m o s : estaban obligados a pensar sobre
sí m i s m o s y s o b r e el m u n d o .
J a c k s o n Pollock) que junto a Robert Mother-
w e l l y W i l i e m d e K o o n i n g e s u n o d e los repre-
s e n t a n t e s m á s s i g n i f i c a t i v o s del e x p r e s i o n i s m o
a b s t r a c t o n o r t e a m e r i c a n o , dio a los e s p e c t a d o -
r e s d e s u s c u a d r o s el c o n s e j o s i g u i e n t e ; " D e b e n
Intentar a s i m i l a r lo q u e el c u a d r o les o f r e c e y n o
t r a e r e n la m e n t e u n c o n t e n i d o p r i n c i p a l y u n a
opinión tomada de antemano y buscar su con-
f i r m a c i ó n e n el c u a d r o " .
Esta forma de observación de una pintura
e n la q u e la fantasía e r a u n e l e m e n t o p r i m o r d i a l
y a h a b í a s i d o e l o g i a d a por L e o n a r d o d a V i n e l
h a c i a el a ñ o 1 5 0 0 e n suTratado sobre la pintu-
ra, e n el q u e s e lee; " U n a n u e v a f o r m a d e o b s e r -
v a r inventiva c o n s i s t e e n c o n t e m p l a r u n a p a r e d
repleta d e d i f e r e n t e s t i p o s d e m a n c h a s . S i u n o
d e s e a i n v e n t a r s e a l g u n a s i t u a c i ó n , allí puede
observar c o s a s q u e recuerdan paisajes diversos.
Ya que mediante cosas confusas e indetermina-
d a s s e d e s p i e r t a el intelecto p a r a i n v e n t a r c o s a s
nuevas".
Sin d u d a alguna, esto se c o r r e s p o n d e t a m -
b i é n c o n los c u a d r o s del e s t a d o u n i d e n s e Jacl<-
s o n Pollocic No o b s t a n t e , e n el resto d e los crite-
rios este pintor n o s e inspiró d e n i n g u n a m a n e r a
e n la pintura del g r a n m a e s t r o italiano. T o d o lo
c o n t r a r i o ; hizo c a e r la p i n t u r a t r a d i c i o n a l e n el
estricto s e n t i d o d e la p a l a b r a . E n v e z d e pintar
s o b r e u n c a b a l l e t e , extendía s u s l i e n z o s s o b r e el
s u e l o . Y a n o s e p o d í a h a b l a r d e la a c t i v i d a d d e
"pintar" c o m o s i e m p r e s e h a b í a h e c h o c u a n d o
P o l l o c k d e j a b a c h o r r e a r la p i n t u r a d e g r a n d e s
p i n c e l e s y latas a g u j e r e a d a s o c u a n d o a r r o j a b a
c o n s a l v a j e s m o v i m i e n t o s la pintura c o m o si f u e -
ra u n p e q u e ñ o d e i v i c h e o i n c l u s o c u a n d o corría
por e n c i m a d e s u s lienzos e x t e n d i d o s e n el s u e -
lo. Por e s o u n crítico d e n o m i n ó acertadamente
este tipo d e pintura action painting, pintura de
a c c i ó n . Esta c a l i f i c a c i ó n d e t e r m i n a c o n c l a n d a d
la i n t e n c i ó n d e P o l l o c k ; p i n t a r e r a u n a a c c i ó n ;
u n a c e r e m o n i a real, a u n q u e a m e n u d o e n u n
e s t a d o d e éxtasis y d e t r a n c e . E l pintor n u n c a
p o d í a p r e d e c i r la a p a r i e n c i a final d e s u e s f u e r z o .
P o l l o c k e n c o n t r ó los títulos d e s u s c u a d r o con
p o s t e r i o r i d a d , s e g ú n lo q u e le r e c o r d a r a la e s -
t r u c t u r a d e s u dripping (chorreo). S i n e m b a r g o ,
la m a y o r í a d e las v e c e s sólo los t i t u l a b a c o n u n
n ú m e r o o la f e c h a del día d e s u c r e a c i ó n . O I n -
c l u s o los d e j a b a s e n c i l l a m e n t e " s i n t í t u l o " p a r a
n o limitar al e s p e c t a d o r .
Los p i n t o r e s a b s t r a c t o s n o q u e r í a n d a r n i n -
g ú n tipo d e i n s t r u c c i ó n ; e s m á s , el e s p e c t a d o r
d e b í a c r e a r c o m o u n s e g u n d o artista s u p r o p i o
c u a d r o individual. E! lienzo p i n t a d o s ó l o e r a la
e x c u s a p a r a ello. M e d i a n t e e s t e t i p o d e c o n t e m -
p l a c i ó n c r e a t i v a , el c u a d r o s i e m p r e p e r m a n e c e
forzosamente actual y c o n t e m p o r á n e o puesto
A B S T R A C C I Ó N
q u e s e " c r e a " j u s t o e n el m o m e n t o e n q u e el
e s p e c t a d o r lo c o n t e m p l a . M i e n t r a s q u e l a s h u e -
llas c r o m á t i c a s n o r e c i b a n n i n g ú n significado
p o s i b l e p o r parte d e l e s p e c t a d o r , la o b r a será
ú n i c a m e n t e u n p e d a z o d e lienzo c o n color, a l g o
que p u e d e definirse más c o m o una actividad
" m a n u a l " q u e "artística"./Pero p r e c i s a m e n t e por-
q u e el c u a d r o t a m b i é n r e p r e s e n t a la r e a l i d a d
c o m o "prueba evidente", c o m o d o c u m e n t o de
u n p r o c e s o l a b o r a l , p u e d e c o n s i d e r a r s e al m i s -
m o t i e m p o realista d e n t r o d e s u a b s t r a c c i ó n . E s
u n a c o p i a realista d e la r e a l i d a d ; las h u e l l a s c r o -
m á t i c a s s o n las h u e l l a s del m o v i m i e n t o d e la vi-
Wlllenn de K o o n i n g , Woman VI, 1 9 5 3 .
d a m i s m a . E l c u a d r o y a n o e s u n a i m i t a c i ó n , ni Óleo sobre lienzo, 1 7 4 x 1 4 9 c m .
u n a f i c c i ó n , s i n o el p r o t o c o l o d e u n proceso Donación de G. David T h o m p s o n .
Carnegie M u s e u m of Art, Pittsburg
real. P a r a s u b r a y a r t o d a v í a m á s el a c e r c a m i e n t o
Las características pictóricas de la pintu-
d e s u s c u a d r o s a la r e a l i d a d , la m a y o r í a d e los
ra de De Kooning son extremadamente
e x p r e s i o n i s t a s a b s t r a c t o s r e n u n c i a r o n a l o s pe- dinámicas. A menudo pinta con pince-
les gruesos y drásticos movimientos de
sados marcos, que normalmente aislan una
la muñeca. "No mires, pinta", exclamó
o b r a d e arte d e l m u n d o q u e la r o d e a . A d e m á s , más de una vez el artista, y realmente
sus cuadros vivían de la dinámica de su
la pintura all over de P o l l o c k , s u i n g r á v i d o c h o -
forma de pintar y de la fuerza expresiva
rreo h a s t a el b o r d e d e los c u a d r o s , p r o d u c e la de los colores. En correspondencia, en
i m p r e s i ó n d e q u e las m a n c h a s p o d r i a n s a l i r s e su serie Women (mujeres), al pintor le
importa mucho más el cuerpo del cua-
d e l lienzo p a r a s e g u i r s u c u r s o i n t e r m i n a b l e . T a l dro que la representación del cuerpo
r e p r e s e n t a c i ó n e s c é n i c a y a había s e i v i d o a los femenino. Con una forma de pintar muy
gestual, crea una configuración de s u -
i m p r e s i o n i s t a s p a r a c r e a r la s e n s a c i ó n d e a c e r -
perficies y líneas de los que el objeto
c a m i e n t o a la r e a l i d a d . J a c k "the D r i p p e r " a u - sólo aparece en algunas zonas.
m e n t a b a e s t a s e n s a c i ó n m e d i a n t e el monu-
mental formato de sus cuadros, que se presen-
t a n al e s p e c t a d o r c o m o una gran pared que
hay que mirar obligatoriamente. El c u a d r o s e
c o n v i e r t e e n parte del m u n d o q u e n o s r o d e a .
Colores silenciosos, superficies profundas:
la a b s t r a c c i ó n g e o m é t r i c a
P a r a l e l a m e n t e al lírico e x p r e s i o n i s m o a b s t r a c t o
d e P o l l o c k y d e D e K o o n i n g s e d e s a r r o l l ó la
abstracción geométrica, que elimina por c o m -
pleto d e d u c c i o n e s r e f e r e n t e s al e s t a d o d e á n i - M a r k Rothko, Earth and Green, 1 9 5 5 .
m o i n d i v i d u a l d e l artista o ai p r o c e s o d e c r e a - Óleo sobre lienzo, 2 3 1 , 5 x 1 8 7 c m ,
M u s e u m Ludwig, Colonia
c i ó n d e l c u a d r o . D e ahí q u e esta t e n d e n c i a s e
denomine también "abstracción post-painterly".
L o s p i n t o r e s d e la a b s t r a c c i ó n g e o m é t r i c a retira-
ron el t r a z o i n d i v i d u a l d e la pintura y r e l l e n a r o n
los l i e n z o s c o n s u p e r f i c i e s c r o m á t i c a s l l a n a s y
c l a r a s . La f u n c i ó n del c u a d r o y a n o e r a r e c o r d a r
o b j e t o s m a t e r i a l e s , s i n o q u e d e b í a f u n c i o n a r in-
dependientemente como puro y simple arte
pictórico. Los espectadores tenían que c o n c e n -
t r a r s e e n el c u a d r o s i n d e r r o c h a r n i n g ú n t i p o d e
pensamiento en c ó m o habla sido elaborado o
q u é e s lo q u e s e p o d í a r e c o n o c e r e n él. L o ú n i -
c o i m p o r t a n t e e r a la c o n f r o n t a c i ó n : por u n l a d o
la pintura y p o r otro q u i e n lo c o n t e m p l a . L a c a -
Y PIWTURA. F I G U R A T I V A ÍA P A R T I R D E 1 9 4 5 1 109

A d Reinhardt, Pintura abstracta,
1 9 5 4 - 5 9 . Óleo sobre lienzo,
2 7 6 X 1 0 2 cm, M u s e u m Ludwig,
Colonia
Barnett N e w m a n , ¿Quién teme al rojo,
al amarillo y al azul? 1 9 6 9 - 7 0 Óleo
sobre lienzo, 2 7 4 x 6 0 3 cm, Staatliche
Museen, Berlín. Patrirnonio Cultural
Prusiano, Galena Nacional y Amigos de
la Galería Nacional
N e w m a n deseaba que "el espectador
sienta su presencia ante el cuadro". Esto
lo logra mediante la monumentalidad
(obsérvese las dimensiones) y la Intensi-
dad de las superficies coloreadas. El
cuadro mantiene al espectador Intran-
quilo y permite que éste elabore autóno-
mamente el cuadro y con ello que se dé
cuenta de su presencia. Tras una larga
contemplación, los cuadros de N e w m a n
se abren a grandes espacios cromáticos.
110 ABSTRACCIÓN Y P I N T U R A
dena "artista-cuadro-espectador", determinada
p o r K a n d i n s k y , el a n c e s t r o d e la pintura a b s t r a c -
ta, q u e d a b a r e d u c i d a a los d o s ú l t i m o s e s l a b o -
n e s y así s e d e j a b a al e s p e c t a d o r s o l o c o n el
cuadro.
Pintores c o m o Barnett N e w m a n , Mark Roth-
ko y A d R e i n h a r d t q u e r í a n p i n t a r c u a d r o s d e
m e d i t a c i ó n y s u m e r s i ó n . L a s filosofías asiáticas
d e s e m p e ñ a r o n un papel importante, sobre todo
p a r a l o s e s p a c i o s p i c t ó r i c o s infinitos d e New-
m a n . E s j u s t a m e n t e lo v a c u o d e los c u a d r o s lo
q u e d e j a al e s p e c t a d o r , e n u n a m e d i d a i n u s u a l ,
un l u g a r p a r a s u s p r o p i o s s e n t i m i e n t o s . L a m o -
n u m e n t a l i d a d d e los c u a d r o s h a c e q u e el t i e m -
po y el e s p a c i o p i e r d a n c o m p l e t a m e n t e s u s i g -
nificado. E n los i n m e n s o s c u a d r o s de N e w m a n ,
el e s p e c t a d o r s e e n f r e n t a a s u p e r f i c i e s c r o m á t i -
c a s q u e después de un tiempo de observación
c o m i e n z a n a vibrar y s e convierten en una a m e -
n a z a c a s i v i v a p a r a la retina. D e e s t e m o d o a d -
q u i e r e s i g n i f i c a d o s u p r e g u n t a ¿Quién teme ai
rojo, al amarillo y al azul?
Las superficies cromáticas indefinidas de
Mark Rohtko son más suaves y m e n o s reserva-
d a s . L o s d i f u s o s y n e b u l o s o s r e c t á n g u l o s pinta-
dos desarrollan, tras una larga c o n t e m p l a c i ó n ,
u n a p r o f u n d a e s p a c i a l i d a d , m i e n t r a s q u e el c o -
lorido m a t e y m a t e r i a l a c e n t ú a la s u p e r f i c i a l i d a d
del c u a d r o . Al igual que Newman, también
Rothl<o s u e l e t r a b a j a r s o b r e lienzos m o n u m e n -
t a l e s p a r a q u e el o b s e r v a d o r s e e n c u e n t r e ro-
deado completamente p o r el c o l o r " P i n t a r u n
c u a d r o p e q u e ñ o s i g n i f i c a s a l i r s e d e la p r o p i a
e x p e r i e n c i a (y d e la d e l e s p e c t a d o r ) . S I s e pinta
un c u a d r o grande, uno se encuentra dentro de
él" a f i r m a R o t h k o . La i n m e r s i ó n c a s i m í s t i c a e n
el c o l o r r e v e l a el o r i g e n r u s o d e Rothl<o y s u
a r r a i g a d a p o s i c i ó n e s p i r i t u a l religiosa. A l m i s m o
t i e m p o , c a r a c t e r i z a el t í p i c o intento d e la pintura
abstracta de posguerra de presentar un arte
nuevo m á s "realista" y concentrado directamen-
F I G U R A T I V A ÍA PARTIR DE 1945)
te e n el e s p e c t a d o r m e d i a n t e la i l u s i ó n d e l c u a -
dro mismo.
T a m b i é n en este sentido debe interpretarse
la c a p c i o s a d e c l a r a c i ó n d e A d R e i n h a r d t : " E l ar-
te e s arte y t o d o lo d e m á s e s t o d o lo d e m á s " . El
arte y a n o imita ni r e p r o d u c e , s i n o q u e a n u n c i a
sus propias verdades. Y para descubridas du-
r a n t e la c o n t e m p l a c i ó n d e los c u a d r o s d e R e i n -
hardt, q u e a p r i m e r a vista p a r e c e n m o n o c r o m o s
pero que en realidad presentan u n a gradación
m u y m a t i z a d a d e c o l o r e s , h a c e falta t i e m p o . S i
el e s p e c t a d o r s e p e r m i t e la c o n t e m p l a c i ó n pro-
l o n g a d a d e l c u a d r o , s e a b r e a n t e él u n a s o r -
prendente variedad de colores. S i n embargo,
e s t e e f e c t o t a n sutil s ó l o p u e d e e x p e r i m e n t a r s e
si s e c o n t e m p l a el o r i g i n a l , q u e c o n s t i t u y e un
g r a n e s p a c i o c r o m á t i c o e n el q u e u n o puede
i n t r o d u c i r s e c o n la m i r a d a ; e s c o m o c u a n d o los
o j o s s e a c o s t u m b r a n a la o s c u r i d a d y p u e d e n
r e c o n o c e r s e o b j e t o s q u e al p r i n c i p i o p e r m a n e -
c í a n i n v i s i b l e s . L o s c u a d r o s d e N e w m a n , Rothl<o
y R e i n h a r d t r e q u i e r e n u n a o b s e r v a c i ó n s i n pri-
sas. Estos crearon c u a d r o s de tranquilidad y s u -
m e r s i ó n o, tal c o m o lo d e s c r i b i ó u n c r í t i c o a m e -
ricano, " N e w m a n c e r r ó la v e n t a n a , R o t h k o b a j ó
l a s p e r s i a n a s y R e i n h a r d t a p a g ó la luz".
EL A R I i C O N C R E T O
1955-1975
El arte d e l o s b o r d e s r í g i d o s : op art,
coiour-fieid painting y liard edge
Al contrario d e los artistas c o m o Newman o
Rothko, para los pintores construotivistas los
e f e c t o s del c o l o r n o t e n í a n n a d a m e t a f í s i c a m e n -
t e m i s t e r i o s o , s i n o q u e e r a n f e n ó m e n o s físicos,
c u y o variado efecto se podía analizar d e m a n e -
ra e x p e r i m e n t a l . S e g ú n s u o p i n i ó n , u n a o b r a d e
arte n o d e s c a n s a b a s o b r e u n p r o c e s o d e a b s -
t r a c c i ó n , s i n o s o b r e el u s o i n m i n e n t e d e los e l e -
 m e n t o s m á s c o n c r e t o s del c u a d r o , e s d e c i r , ia

s u p e r f i c i e , la línea, el v o l u m e n , el e s p a c i o y el

color E n este sentido s u s c u a d r o s t a m b i é n pue-

den c o n s i d e r a r s e concretos, a p e s a r de no ser

figurativos. L l a m a r o n a s u arte " a b s t r a c c i ó n c o n -

c r e t a " y c o n e l l o h i c i e r o n h i n c a p i é e n q u e la

pintura abstracta no e v o c a algo que s e halla

f u e r a d e ella, s i n o q u e p o s e e u n v a l o r propio.

L o s e f e c t o s d e l a s f o r m a s y del c o l o r t a m -

b i é n f u e r o n i n v e s t i g a d o s p o r los a r t i s t a s d e l "op

art" ( a b r e v i a c i ó n d e "optical art'), c u y o s c u a d r o s

t u v i e r o n u n a g r a n i n f l u e n c i a e n los d e c o r a d o r e s

y d i s e ñ a d o r e s d e l a s d é c a d a s d e los 5 0 y 6 0 . E l

v e r d a d e r o p a d r e d e l o p art y s u r e p r e s e n t a n t e

más importante fue Víctor Vasarely, q u e ya a

m e d i a d o s d e los a ñ o s 3 0 c o m e n z ó c o n la i n -

vestigación sistemática de los efectos ópticos,

p a r a , tal y c o m o e n s u día h i c i e r o n los i m p r e s i o -

nistas, llegar al f o n d o d e la r e a l i d a d v i s u a l . P o r

e s t e c a m i n o t a m b i é n s i g u i ó B r i d g e t Riley, q u e

e s t a b a i n t e r e s a d a e n c r e a r m o v i m i e n t o e n el e s -

t a t i s m o del c u a d r o . E l e s t u d i o d e los puntillistas

f r a n c e s e s S e u r a t y S i g n a c le m o s t r ó l a s inter-

a c c i o n e s d o m i n a n t e s q u e t i e n e n p a r a el ojo h u -

m a n o los colores q u e a r m o n i z a n y contrastan

entre s f E n s u o b r a , los c o n t r a s t e s entre los c o - líticas s e c o n v i r t i e r o n e n el v e r d a d e r o s u j e t o pic- V i c t o r Vasarely, Lant II, 1 9 6 6 ,

lores y las f o r m a s p o n e n e n m o v i m i e n t o la s u -
perficie del c u a d r o , c r e a n i m á g e n e s p o s t e r i o r e s
y efectos de rotación. De igual f o r m a , s e incor-
pora u n e s p a c i o c o n f u s o y c e n t e l l e a n t e , así c o -
m o m o v i m i e n t o s virtuales.
Temple sobre madera contrachapada,
t ó r i c o d e l " c o l o u r - f i e i d p a i n t i n g " , la p i n t u r a de
8 0 X 8 0 cm, M u s e u m Ludwig, Colonia
s u p e r f i c i e s c r o m á t i c a s . A q u í el c o l o r y a n o era,
tal y c o m o a f i r m ó A l b e r s " u n a c i r c u n s t a n c i a d e
la f o r m a " , s i n o la f i n a l i d a d e n sí d e la l a b o r artís-
t i c a : E s t e c o l o r a u t ó n o m o q u e s e e n c u e n t r a a sí

Estos efectos cinéticos ya habían sido uno m i s m o s e c o n v i e r t e d e n t r o d e l c u a d r o , c u y a s di-

d e l o s o b j e t i v o s d e l artista d e la B a u h a u s Lászió m e n s i o n e s e n el c a s o d e A l b e r s s o n relativa-

Moholy-Nagy. P e r o m i e n t r a s q u e e n los a ñ o s mente reducidas, en una alternación m u y varia-

2 0 e s t e h t J n g a r o t o d a v í a s e servía d e un t r a z a - d a ; u n e f e c t o q u e el a r t i s t a d e n o m i n ó , e n s u

d o d e línea p e r s p e c t i v o p a r a c r e a r e s p a c i o , los t e o r i a b a s a d a t o t a l m e n t e e n la práctica, " i n t e r a c -

artistas del o p art s ó l o utilizaron la s u p e r f i c i e d e l c i ó n d e los c o l o r e s " . S i n e m b a r g o , lo m á s i m -

c u a d r o b i d i m e n s i o n a l y p e r m i t i e r o n q u e el m o - p o r t a n t e p a r a él e r a q u e la f u n c i ó n del c o l o r (no

vimiento se f o r m a r a por s u propia fuarza c o m o c o m o e n el o p art) n o s e a g o t e en e s t a i n t e r a c -

excitación psicológica mediante una dura c o n - ción, s i n o q u e el color m a n t e n g a s u s p r o p i a s

frontación cromática. c a r a c t e r í s t i c a s d e n t r o d e la c o m u n i c a c i ó n . " E l

La c o n f i r m a c i ó n del valor propio del color c o l o r - e s c r i b i ó A l b e r s - , s i g u e . I g u a l q u e el s e r

I q u e s e e s c o n d í a d e t r á s de e s t a c o n c e p c i ó n no h u m a n o , d o s m o d o s de p r o c e d e r diferentes:

i' e r a n a d a n u e v o . T i e n e s u s raíces e n 1 9 3 0 , e n p r i m e r o el d e la realización p e r s o n a l y l u e g o el

I los f u n d a m e n t o s p o s t u l a d o s p o r el artista V a n d e la s o c i a l . U n o d e b e p o d e r s e r al m i s m o t i e m -

D o e s b u r g , i n t e g r a n t e d e l m o v i m i e n t o D e StijI, po u n i n d i v i d u o y un m i e m b r o d e la s o c i e d a d . " Josef Albers, Homenaje al cuadrado.

e n r e f e r e n c i a al "arte e l e m e n t a l " y e n el f u n c i o -
n a l i s m o d e la B a u h a u s , q u e e l p r o f e s o r Josef
A l b e r s , q u e había e m i g r a d o a E E . U U . , habi'a e x -
Abierto hacia fuera, 1 9 6 7 , Óleo sobre
El c o l o r t a m b i é n s e e n c u e n t r a e n el c e n t r o masonita, 1 2 1 , 5 x 1 2 1 , 5 c m . Staatliche
d e i n t e r é s d e l o s p i n t o r e s " h a r d e d g e " Franl< Museen, Berlín. Patrimonio Cultural
Prusiano, Galería Nacional
Stella, K e n n e t h N o l a n d y E l l s w o r t h Kelly. S u s

t e n d i d o por a q u e l país e n los a ñ o s 5 0 . E n i n n u - c u a d r o s s o n puramente c o l o r Y para estos pin-

m e r a b l e s v a r i a n t e s d e s u c u a d r o Homage to the tores, allí d o n d e a c a b a el c o l o r t a m b i é n acaba

Square - Homenaje al cuadrado, Albers persi- c o n s e c u e n t e m e n t e el c u a d r o . L o s " s h a p e d o a n -

g u e el c a r á c t e r a u t ó n o m o y la c o n s o n a n c i a d e v a s e s " , l i e n z o s c o r t a d o s , d e S t e l l a s o n u n a pro-

los c o l o r e s . L a s i n v e s t i g a c i o n e s c r o m á t i c a s a n a - v o c a c i ó n por el h e c h o d e q u e no a l u d e n a n a -

A B S T R A C C I Ó N Y PINTURA F I G U R A T I V A (A PARTIR DE 1 945) 111


Yves Klein, Relieve de esponjas,
monocromo azul, 1 9 6 0 . Madera,
esponjas y pigmentos disueltos en
acetona, 2 3 0 x 1 5 4 cm. Museo de
Arte de Dusseldorf en el Ehrenhof
Lucio Fontana, Concetto spaziale
(Concepto espacial!, 1 9 6 6 . Óleo sobre
lienzo, 8 0 x 1 0 0 cm. M u s e u m Ludwig,
Colonia
112 A B S T R A C C I Ó N
da en particular y las declaraciones de Stella re-
firiéndose a ello son muy serenas: "Constante-
mente me tropiezo con personas que se aterran
a los valores tradicionales de la pintura, los va-
lores humanistas que siempre creen ver sobre
el lienzo. Cuando discuto con ellos siempre
acaban afirmando que sobre el lienzo hay más
cosas que únicamente colores. Mi pintura se
basa en la realidad de que sólo existe aquello
que realmente puede contemplarse."
Los cuadros de Stella rechazan la Imagen
romántica del artista que plasma su alma sobre
el lienzo: no contienen ningún elemento miste-
rioso. Desaparece un nivel de significado e in-
terpretación más profundo. Ya no es posible su-
mergirse durante mucho tiempo en el cuadro,
ni siquiera es necesario, porque las
images, las instantáneas, pueden percibirse por
completo de una sola mirada. Se encuentran en
el espacio como una señal. La representación y
lo representado se funden entre sí, mediante lo
cual los cuadros luminosos son más objeto que
pintura: por lo tanto, el artista los entiende más
cercanos a la realidad, ya que como objetos
penetran realmente a través del espacio.
/ Por otro lado, los cuadros se afirman, justamen-
R E A L I S M O Y ARTE DE
ACCIÓN 1 9 5 8 - 1 9 7 5
E l l í m i t e e n t r e e l a r t e y la v i d a :
Nouveau Réalisme
Un carácter de objeto parecido también se en-
cuentra en ios trabajos de los "nouveaux réalis-
Y P I N T U R A F I G U R A T I V A (A P A R T I R
tes". Con sus obras, este grupo de pintores reali-
zó, a principios de los 6 0 , una verdadera acción
equilibnsta entre el mundo del arte y el mundo
real de las cosas. Asf artistas como YvesJ^leir^
Incorporaban objetos en sus pinturas, por ejem-
plo esponjas, que integraban en el lienzo me-
diante un cromatismo idéntico. El color azul era
sin duda alguna el preferido de "Yves, el mono-
cromo", como solía denominarse a sí mismo en
tono de broma, que es en la iconografía de la
historia del arte el color de la trascendencia y,
desde el romanticismo, la expresión de la nos-
talgia hacia lo infinito. Klein se hizo famoso gra-
cias a sus antropometrías: en unas acciones ar-
tísticas muy espectaculares, mujeres desnudas
pintadas de azul se deslizaban sobre el lienzo
"instant extendido en el suelo según las Indicaciones
del pintor El artista no "pintaba" estos cuadros
tan inconvencionales con el pincel, sino con la
"realidad" misma. Por el contrario, sus grandes
cuadros monocromos ya son más ingeniosos y
a la vez igual de reales. Por un lado, los cuadros
azules son la última exageración de la pintura
no figurativa, ya que resulta inimaginable algo
más abstracto que lienzos pintados uniforme-
mente de un mismo color (recuérdese el Cua-
drado negro sobre fondo blanco de Malevich).
te porque no muestran nada diferente a sí mis-
mos, su identidad como objeto real.
El pintor italiano Lucio Fontana llevó este
pnncipio de realidad al extremo. El título de su
cuadro Concetto spaziale - Concepto espacial
debe tomarse al pie de la letra: en vez de con el
pincel. Fontana trabajó sobre su cuadro cuida-
dosamente imprimado y e n c u a d r a d o en un
marco con un cuchillo afilado. Los cortes no es-
taban pensados como un acto de destrucción,
sino que debían expresar el proceso de conver-
sión de una superficie en espacio mediante la
apertura de los cortes. La tensión del lienzo im-
primado obliga a los cortes a doblarse hacia
atrás y permite ver "sobre" el lienzo la oscuridad
que se encuentra entre el cuadro y la pared. No
existe una manera más real de representar la
espacialidad. En estos cuadros no se define pic-
tóricamente de nuevo el concepto de espacio,
como hicieron en su día ios cubistas, sino que
se sustituye sencillamente mediante el espacio
real. La realidad había penetrado en del arte.
L a r e a l i d a d c o n q u i s t a la p i n t u r a
A mediados de los años 6 0 muchos artistas re-
nunciaron por completo a la pintura en la bús-
D E 1 9 4 5 )
q u e d a del m á s v e r í d i c o r e a l i s m o , c o n s i g u i e n d o
c o n ello el e f e c t o v a s t o t a n a n h e l a d o . E l c u a d r o
pintado les resultaba s o s p e c h o s o , ya que era y
s i e m p r e será u n a Ilusión y f i c c i ó n . Y s u e m p e ñ o
residía j u s t a m e n t e e n destruir e s t e m u n d o artís-
tico ilusionista. El arte debía s e r algo q u e no
f u n c i o n a r a ú n i c a m e n t e d e n t r o del s i s t e m a "arte"
y q u e e n la r e a l i d a d s o c i a l f u e r a d e la torre d e
marfil, t u v i e r a s i g n i f i c a d o . El arte d e b í a e s t a r in-
t e g r a d o d e n t r o d e la v i d a . E n el intento d e derri-
b a r "la frontera entre el arte y la v i d a " , los artis-
t a s s e l a n z a r o n a la b ú s q u e d a d e n u e v a s for-
m a s . E n el h a p p e n i n g , la a c c i ó n artística, lo e s -
p o n t á n e o y el s u c e s o c a s u a l s e d e c l a r a b a n arte.
L o s environments, a q u e l l a s i n s t a l a c i o n e s tan
g r a n d e s q u e s e p r e s e n t a n a n t e el e s p e c t a d o r
c o m o un a m b i e n t e real ienvironment significa
e n i n g l é s " a m b i e n t e " ) l l e g a n a f u n d i r el arte y el
m u n d o real.
S i n e m b a r g o , la f u s i ó n d e l arte c o n la reali-
d a d p r e s e n t a u n p r o b l e m a ; e l m i s m o c o n el
que también tropezaron los dadaístas cuando
q u i s i e r o n c a m b i a r el arte por el anti-arte. Y a
q u e , ¿ c ó m o p u e d e r e c o n o c e r s e el arte si y a n o
s e d i f e r e n c i a d e los o b j e t o s c o t i d i a n o s ?
E s t a p r e g u n t a t a m b i é n s e la hizo el p i n t o r
a m e n c a n o J a s p e r J o h n s . Analizó, c o m o en su
día M a g r i t t e , la r e a l i d a d artística y el s i g n i f i c a d o
d e l a s i m á g e n e s y d e l o s s í m b o l o s . ¿Es u n a
b a n d e r a p i n t a d a m e n o s real q u e u n a b a n d e r a
a u t é n t i c a ? E l c u a d r o Bandera sobre un fondo
naranja r e q u i e r e , p u e s t o q u e n o r e s p o n d e a la
p r e g u n t a , u n a r e f l e x i ó n s o b r e el arte y s u f u n -
ción imitadora y simbólica. La pregunta m á s im-
p o r t a n t e e s la s i g u i e n t e : ¿Qué d i f e r e n c i a el arte
d e la r e a l i d a d ?
Los c u a d r o s de Robert R a u s c h e n b e r g t a m -
b i é n invitan a h a c e r u n a r e f l e x i ó n crítica s o b r e
el arte y la r e a l i d a d . A f i n a l e s d e los a ñ o s 5 0 , el
pintor c o m e n z ó a integrar o b j e t o s r e a l e s e n s u s
c u a d r o s . A esta c o m b i n a c i ó n d e pintura con
o b j e t o s n o r m a l e s e i n u s u a l e s s e le dio el n o m -
bre d e " c o m b i n e p a i n t i n g s " ( p i n t u r a s c o m b i n a -
d a s ) . R e c u e r d a n el arte M E R Z del dadaísta
S c h w i t t e r s . E n c o n s e c u e n c i a , e s t e arte t a m b i é n
s e c o n o c e c o n el n o m b r e n e o d a d a í s m o . S i n
e m b a r g o , al c o n t r a r i o d e s u s r e b e l d e s a n t e c e s o -
res, los n e o d a d a í s t a s no d e s e a b a n d e s c u b r i r
con sus combinaciones inusuales verdades
m á s p r o f u n d a s . P a r a ellos, la c a s u a l y u x t a p o s i -
ción de objetos se correspondía simplemente
c o n la v i d a real. L a s r e l a c i o n e s e n t r e los d i f e r e n -
t e s á m b i t o s las tenía q u e e n c o n t r a r el e s p e c t a -
d o r p o r sí m i s m o .
A B S T R A C C I Ó N
Igual q u e Pollock, R a u s c h e n b e r g t a m p o c o Frank Stella, Sanbornville ( 1 9 6 6 .
Pintura alquídica y exposídica sobre
d a al e s p e c t a d o r n i n g ú n t i p o d e r e f e r e n c i a a la
lienzo, 3 7 1 x 2 6 4 x 1 0 c m . Staatliche
h o r a d e c o n t e m p l a r el c u a d r o . La m i r a d a n o e s - Museen, Berlín. Patrimonio Cultura
tá g u i a d a m e d i a n t e n i n g ú n t i p o d e composi- Prusiano, Galería Nacional
Con los "black paintings", formas simétri-
ción determinada, sino que uno se va abriendo
cas sobre franjas de color negro, Frank
c a m i n o por la s u p e r f i c i e d e l c u a d r o e n busca Stella renunció a finales de los años 5 0
d e u n p u n t o p a r a o r i e n t a r s e . E n t o d o s los r i n c o - a la autoafirmación subjetiva que habla
caracterizado el expresionismo abstrac-
n e s h a y a l g o q u e d e s c u b r i r ; las r e l a c i o n e s s e to En vez de plasmar su alma sobre el
d a n s e g ú n s e a la p e r c e p c i ó n I n d i v i d u a l . E s t a lienzo, buscó las leyes objetivas de la
percepción. Desde allí comenzó a definir
v i s i ó n t o d a v í a e s característica d e la p i n t u r a del
de nuevo las condiciones de la pintura:
i n f o r m a l i s m o . S i n e m b a r g o , al i g u a l q u e s u s ¿cómo podía aumentarse la expresión
dinámica de las formas básicas geomé-
c o l e g a s d e la a b s t r a c c i ó n c o n c r e t a , R a u s c h e n -
tricas SI se eliminaba la estructura tradi-
b e r g t a m b i é n i n t e n t ó retirar al m á x i m o posible cional del lienzo? Con esta transgresión
s u p a p e l d e c r e a d o r artístico p a r a d e j a r vía libre concreta de los límites del cuadro, los
lienzos cortados, 'shaped canvases', a
a la p e r c e p c i ó n d e l e s p e c t a d o r . H i z o u s o d e los que pertenecía Sanbornville I no só-
m a t e r i a l e s y a e l a b o r a d o s y los o r d e n ó d e u n a lo cuestionaban las diferencias entre ia
pintura y la escultura, sino que la forma
m a n e r a q u e d i e r a n la i m p r e s i ó n d e c a s u a l i d a d .
misma pasó de ser el medio de repre-
Él t a m b i é n c o n s i d e r a b a , c o m o s u p r e d e c e s o r sentación a ser el contenido del cuadro.
Schwitters, una estructura del cuadro a m b i e n t a -
d a e n sí m i s m a y a c e n t u a b a s u s c o m p o s i c i o n e s
mediante una intervención pictórica puntual y
c a s u a l . C o n el u s o d e m o s t r a t i v o de objetos,
R a u s c h e n b e r g r e n u n c i a b a a la f i r m a individual
q u e p o r r e g l a g e n e r a l c a r a c t e r i z a u n c u a d r o . No
a r g u m e n t a b a c o n u n a p i n t u r a q u e h a c í a refe-
r e n c i a a sí m i s m a , c o m o los artistas d e l e x p r e -
s i o n i s m o , s i n o q u e i n c o r p o r a b a o b j e t o s , q u e el
e s p e c t a d o r c o n o c í a d e la v i d a c o t i d i a n a , c o m o
m e d i o artístico. De esta f o r m a , R a u s c h e n b e r g
i n t e n t ó c e r r a r el g r a n e s p a c i o entre el artista y el
e s p e c t a d o r p a r a c o n s t r u i r u n p u e n t e e n t r e la
creatividad de ambos. Mediante la I n c o r p o r a -
c i ó n d e o b j e t o s extraídos d e la v i d a c o t i d i a n a , el
artista s e c o n v i r t i ó e n p i o n e r o del p o p art, e n el
q u e la d i f e r e n c i a e n t r e la o b r a d e a r t e y l o s
objetos de uso cotidiano tiende a ser nula.
Y P I N T U R A F I G U R A T I V A {A P A R T I R D E t 9 4 5 ) 113
Robert R a u s c h e n b e r g , Canyon, 1 9 5 9 ,
Combine painting,
21 9 X 1 7 9 X 5 7 , 8 cm. Sonnabend
Gallery, Nueva Yorl<
Rauschenberg, el inventor de los c o m -
bine paintings, colagey pinturas combi-
nadas con objetos tridimensionales de
las formas más variadas, abre una nue-
va dirección en el arte de los años 5 0 y
6 0 , Las diferencias todavía válidas entre
la pintura y el arte de los objetos se hi-
zo mucho más variable mediante las
composiciones de este artista,
influenciado por el dadaísmo y los
ready mades de Duchamp, cubrió la
superficie del cuadro que había "impri-
mado" previamente con trozos de papel
pintado, recortes de películas o fotogra-
fías con objetos Iridimensionaies, c o m o
relojes, almohadas o incluso pájaros di-
secados. Con estas composiciones creó
una realidad m u c h o más amplia y per-
cibida de otra forma, una nueva interac-
ción entre tema, contenido y significado
y una estética pionera en el c a m p o del
arte. Rauschenberg opinaba que un
paisaje tradicional sólo era la reproduc-
ción de la percepción de la naturaleza,
por el contrario, una "pintura combina-
d a ' era naturaleza,-Gracias a la gran va-
nedad de posibilidades de expresiones
técnicas y artísticas, pero sobre todo por
la adopción de objetos y motivos de la
vida cotidiana, Rauschenberg está con-
siderado c o m o el "padre del pop art'.

POP ART día, los artistas s e e n f r e n t a r o n c o n la i n t e g r a c i ó n

1958-1965 del g r a n flujo d e i m á g e n e s en s u s p r o p i o s t r a b a -

Jasper J o h n s , Bandera sobre fondo
naranja, 1 9 5 7 , Encáustico sobre lienza
1 6 7 X 1 2 4 cm, M u s e u m Ludwig,
Colonia
"Todo es bonito"
S i l o s p i n t o r e s a b s t r a c t o s d e la d é c a d a d e la
p o s g u e r r a h a b í a n d e s t e r r a d o del arte el m u n d o
m a t e n a l p a r a a l c a n z a r un m a y o r a c e r c a m i e n t o a
j o s . L a s o b r a s c r e a d a s y a n o e r a n m u n d o s artísti-
c o s o r i g i n a l e s , s i n o " i m á g e n e s tras i m á g e n e s " .
D e s p u é s d e la a b s t r a c c i ó n t a n elitista del a r -
te, el p ú b l i c o d e b i ó s e n t i r s e v e r d a d e r a m e n t e li-
b e r a d o c o n los c u a d r o s q u e a h o r a r e p r e s e n t a -

la r e a l i d a d , los artistas del pop-art lo r e c u p e r a r o n b a n un m u n d o c o n o c i d o y c o m p r e n s i b l e . Y a n a -

c o n t o d a s u f u e r z a y d e la f o r m a m á s d i r e c t a die debía s e n t i r m i e d o a n t e el arte: n o hacía falta

q u e u n o s e p u e d a I m a g i n a r . El "arte popular", lla- adquirir c o n o c i m i e n t o s previos, ni e s p e c i a l e s L o

mado p o p art, q u e s e d e s a r r o l l ó a la v e z e n q u e a q u í s e podía v e r lo c o n o c í a y r e c o n o c í a t o -

I n g l a t e r r a y E E , U U . , e l e v ó a f i n a l e s d e los a ñ o s d o el m u n d o . Por ello, n o e s d e e x t r a ñ a r q u e e s -

5 0 , e s decir, e n los a ñ o s m á s p r o d u c t i v o s del te arte g o z a r a d e u n a g r a n a d m i r a c i ó n , s o b r e t o -

m i l a g r o e c o n ó m i c o , los objetos b a n a l e s d e la vi- d o entre la g e n t e j o v e n . E l arte s e p r e s e n t a b a c o -

d a c o t i d i a n a a la categoría d e o b r a s d e arte. L o s m o algo f r e s c o q u e ya n o r e s p i r a b a el m o h o s o

artistas del p o p art e v o c a r o n las i m á g e n e s d e la a m b i e n t e d e ios m u s e o s . C o n ¡a a s t u t a m a n i o b r a

c u l t u r a p o p u l a r d e m a s a s , d e ia p r e n s a s e n s a c i o - d e traer al m u n d o del arte el c o n s u m i s m o c o m o

nalista y a m a r i l l a , d e la p r o p a g a n d a , d e l c i n e y motivo artístico, ¡os artistas c o m o W e s s e l m a n n ,

d e l d i s e ñ o . A la c o m p e t e n c i a d e la t e l e v i s i ó n , Hamilton, OIdenburg, Hockney o W a r h o l siguie-

q u e c o m e n z ó a p e n e t r a r y a d o m i n a r el día a ron por u n p e l i g r o s o derrotero: por un lado d e -

114 ABSTRACCÍÓW Y P I N T U R A F I G U R A T I V A (A P A R T I R D E 1 9 4 5 1
 M'MAYBEHEBECAMEILL:
s e a b a n c o n un fin c l a r a m e n t e crítico q u e los o b -

AND COULDNl
j e t o s m i s m o s s e e x p r e s a r a n sin n i n g ú n tipo d e

i l u s i ó n : p o r otro, el p o p art s e r v i a a la c u l t u r a d e

m a s a s e l e v a n d o a la c o n d i c i ó n d e s u p e r e s t r e l l a s LEAVE THE
del arte las latas d e s o p a s e n c o n s e r v a , las bote-
STUPIO-''
llas d e C o c a - C o l a o los p a q u e t e s d e detergente.

Esta tendencia no sólo e m p l e a b a productos de

la c u l t u r a d e m a s a s industrial, s i n o q u e a d e m á s

las o b r a s e r a n t r a t a d a s c o m o tal y f a b r i c a d a s e n

s e r i e e n el e s t u d i o . d e A n d y W a r h o l , conocido

t a m b i é n c o m o " T h e FactorY". La sehgrafía, que

representaba un procedimiento de reproducción

sin p r o b l e m a s y a la v e z m u y v a r i a b l e , s e c o n v i r -

tió e n el m e d i o f a v o r e c i d o . Múltiples, imágenes y

objetos q u e se fabricaban en grandes cantida-

d e s y q u e r o b a b a n a la o b r a d e arte s u u n i c i d a d ,

s e c o r r e s p o n d í a n e s e n c i a l m e n t e c o n la d o b l e

p o s i c i ó n q u e el p o p art: m a n t e n í a entre s e r u n

arte d e élite y u n a c u l t u r a d e m a s a s .

El c u a d r o e l a b o r a d o a m a n o había c u m p l i d o

su cometido. O posiblemente escondía nuevos

e n c a n t o s artísticos e n s u t é c n i c a t r a d i c i o n a l . R o y

L i c h t e n s t e i n t r a s p a s ó d i b u j o s d e c ó m i c s s o b r e el

lienzo c o n a y u d a d e u n p r o y e c t o r d e diapositi-

v a s , p a r a convertir la I m a g e n i m p r e s a e n u n c u a -

dro e l a b o r a d o d e f o r m a t r a d i c i o n a l c o n p i n c e l e s real c o n la e x a c t i t u d d e u n a c á m a r a f o t o g r á f i c a , Roy Lichtenstein, M-Maybe IA Girl's

PIcture), 1 9 6 5 . IVIagna sobre lienzo,
y pinturas. L o s c u a d r o s p i n t a d o s m i n u c i o s a m e n - y a q u e c o p i a b a n s o b r e ef lienzo l a s f o t o g r a f í a s
1 5 2 x 1 5 2 cm. M u s e u m Ludw/lg,
te c o n p u n t o s t e n í a n u n c a r á c t e r revelador, por- d e s u s m o t i v o s , v a l i é n d o s e d e la a y u d a d e u n Colonia
que con su formato t a m b i é n monumentalizaban proyector d e diapositivas. S i g u i e n d o la m i s m a lí- ¿Se trata sólo de un cómIc ampliado?
Seguramente el cuadro M-Maybe IA
la b a n a l i d a d del c ó m i c . S i n e m b a r g o , el poten- n e a q u e los pintores p e r t e n e c i e n t e s a la N u e v a
Girl's Picturelde Roy Lichtenstein dice
cial crítico d e esta o b r a p e r m a n e c i ó equilibrado, Objetividad, los hiperrealistas q u e r í a n a n a l i z a r mucho sobre la estandarización de las
p u e s s e m o v í a e n t r e la d i s t a n c i a i r ó n i c a y la c o n la m á x i m a m e t i c u l o s i d a d la a p a r i e n c i a s u - experiencias mediante un idioma pictó-
rico comercializado, del cual ya no se
m a g n i f i c e n c i a d e la c u l t u r a c o t i d i a n a a m e r i c a n a . perficial d e las c o s a s . M e d i a n t e la e x a c t a r e p r e - puede huir si se vive en una gran ciu-
La visión del p o p art c o m o u n a crítica m a l i c i o s a s e n t a c i ó n , q u e c o n f r e c u e n c i a s u p e r a b a el brillo dad. Asimismo, Lichtenstein presenta un
virtuoso dominio de la composición de
y profunda del resplandeciente m u n d o c o n s u - y la nitidez d e ia fotografía imitada, s e p o n e d e
puntos y superficies contorneadas, que
miste o c o m o u n a I n g e n i o s a a d a p t a c i ó n d e l flujo manifiesto un efecto e n a j e n a d o q u e permite gana nuevas formas de expresión a par-
tir de la técnica de producción en masa.
c o m e r c i a l es una cuestión interpretativa que c o n t e m p l a r el c u a d r o d e s d e u n p u n t o d e v i s t a
La reacción de los artistas a la gran c a n -
d e b e c o n t e s t a r c a d a c u a l p o r sí m i s m o . n u e v o y r e v e l a d o r D e l m i s m o m o d o q u e el e s - tidad de imágenes de la cultura trivial
p e c t a d o r se da c u e n t a c o n rapidez d e q u e el creó sus propias paradojas: Lichtenstein
T a m b i é n c o n los m a t e r i a l e s artísticos t r a d i -
estilizó una firma inconfundible de la re-
c i o n a l e s e n la m a n o , p i n c e l y pintura, ios hiper- c u a d r o n o e s u n a foto real, la f o r m a d e r e p r e - tirada hacia el anonimato de las imáge-
realistas s e c o n c e n t r a r o n a f i n a l e s d e los 6 0 e n s e n t a c i ó n d e s l u m b r a n t e le i n d i c a la a p a r i e n c i a nes que le sirvieron de modelo y confi-
guró el mensaje de sus cuadros a partir
s u n u e v o m u n d o feliz. A u n q u e e l l o s t a m b i é n ilusoria del m u n d o r e p r e s e n t a d o . C o n ello los h i -
de la negación de la autoría artístlcat-
p i n t a b a n " c u a d r o s s i g u i e n d o otros c u a d r o s " , la perrealistas adoptan una posición contraria y

f o r m a e n q u e lo h i c i e r o n t r a n s m i t i ó d i s t a n c i a . crítica a l a s t e n d e n c i a s e x a l t a d o r a s del mundo

c o n s u m i s t e del p o p art.

A s i m i s m o , los r e p r e s e n t a n t e s d e l " r e a l i s m o

EL R E A L I S M O F O T O G R A F I C O crítico" e m p e z a r o n a criticar la p r e s u n t u o s a s o -

c i e d a d del b i e n e s t a r T a m b i é n ellos, al Igual q u e

O HIPERREALISMO
s u s p r e d e c e s o r e s d e la N u e v a O b j e t i v i d a d d e los
1965-1975
a ñ o s 2 0 , r e p r e s e n t a r o n la r e a l i d a d m a n i f e s t a n d o

"Nada es real" u n a crítica s o c i a l . S i b i e n h u b i e r a n d e s e a d o e m -

Los h i p e r r e a l i s t a s R i c h a r d E s t e s , Philip P e a r i s t e i n p l e a r la pintura c o m o portavoz s o c i a l y p o l í t i c o

y C h u c k Cióse s e c c i o n a r o n la r e a l i d a d c o n u n a en s u función de personajes comprometidos

m i r a d a m u y m i n u c i o s a . R e p r e s e n t a r o n el m u n d o c o n su época, internacionalmente s u fuerza era

A B S T R A C C I Ó N Y PINTURA F I G U R A T I V A (A PARTIR DE 1 945) 1 15

 A N D Y WARHOL

Andy Warhol se convirtió en una auténtica es-

trella del pop de las artes plásticas. S u fama es
de carácter mundial, sus cuadros se pueden
adquirir como posters o postales y existen ge-
neraciones enteras que se identifican con estos
productos. No es un compromiso determinado,
una "conciencia" precisa, la c a u s a de esta si-
tuación, porque en los cuadros se encuentra
(en el caso de que realmente fuera así) una crí-
tica o ironía confusa que está abierta a cual-
quier tipo de interpretación. Aparte, claro está,
de una fuerza de empuje de una protesta que
surge desde "abajo" contra los productos de la
alta cultura, que se encuentran celebradamen-
te sobre pedestales y que en gran parte se ve-
neran sin ningijn tipo de reflexión
A s i m i s m o , t a m b i é n es determinante para
su f a m a la posibilidad de ver reflejado y con-
vertido al mismo tiempo en arte progresivo la
agradable familiaridad de las m a r c a s de los
objetos y la fuerza de atracción de las fotogra-
fías de las estrellas de la sociedad, Y es sobre
todo la gran porción de a b s u r d a genialidad
que se encuentra en la despreocupada y tozu-
da repetición de los objetos y personajes lo
que hace tan atractivo el pop art de Warhol.
Sin embargo, los críticos de arte ven en la
obra de Warhol unos significados más profun-
dos En cierto modo, puede afirmarse que este
arte expresa más sobre el estado psicológico
de la sociedad de los medios de comunicación
y producción en masa que las investigaciones
sociológicas. Aparte de ello, los c u a d r o s de
Warhol poseen cualidades estéticas propias, se Resplandeciente i c o n o de la cultura " p o p " : Marilyn, 1 9 6 4 Polímero yserigrafía sobre lienza
encuentran en una relación muy estrecha con 101,6 X 1 0 1 , 6 cm. Colección de Thomas A m m a n n , Zurich,
obras anteriores y posteriores de otros artistas y
para muchos son un modelo a seguir habían logrado J a s p e r J o h n s y Robert R a u - miento es interminable. Junto a las series de
Cuando en 1 9 6 0 Andy Warhol comenzó a schenberg. S u enemigo era la pintura subjetiva Impresiones de grandes estreüas de cine, W a r -
y elitista de los grandes artistas, el expresionis- ho¡ t a m b i é n creó series según las fotografías
mo abstracto: 'lo odio', expresó Andy a un ami- de víctimas de suicidios y accidentes y que se
go, 'y voy a comenzar con el pop art'. Este con- hacían famosos durante 1 5 minutos gracias a
cepto se había convertido desde hacía poco los noticieros y periódicos.
tiempo en usual para ios partícipes y definía en
un principio a algunos artistas Ingleses que ex-
Ambulance Disaster 1 9 6 3 . Serigrafla,
perimentaban con materiales de uso cotidiano.
31 5 X 2 0 3 cm. Stadtisches Museum Abteiberg,
La pnmera Idea ' p o p ' de Warhol fue la de
MOnchengladbach; Colección Dr Erich Man<
copiar pictóricamente secuencias extraídas de
un cómic en un formato inmenso. Sin embar-
go, al poco tiempo se dio cuenta de que Roy
Lichtenstein había tenido la m i s m a idea (aun-
que paralelamente, con independencia de
Warhol) y la realizaba más consecuentemente.
Warhol pasó a la ampliación fragmentada de
anuncios publicitarios y marcas comerciales.
En 1 9 6 2 surgieron los primeros cuadros
en serie de las conservas de Sopas Campbell.
Este año fue el más Importante en el desarrollo
artístico d e W a r h o l : en un corto e s p a c i o de
tiempo encontró su estilo propio y peculiar y
A n d y W a r h o l hacia 1 9 7 0 tuvo todas las ¡deas que variaría sucesivamen-
te. El descubrimiento de que podía impnmir so-
pintar c u a d r o s de formato g r a n d e tenia 3 2 bre lienzos y otros soportes fotografías del ta-
años y era diseñador publicitario de considera- maño que él deseaba con ayuda de la serigra-
ble éxito en Nueva York Diez años antes W a r - fía fue decisivo En su estudio, que él llamaba
hol, hijo de emigrantes checos, había dado los ' T h e Factor/", Warhol comenzó a producir una
primeros pasos dificiles en su oficio, con lo que gran cantidad de senes de imágenes. Tuvo mu-
dejó tras de sí una infancia atormentada en chos ayudantes, por regla general tipos muy ra-
Pittsburg, la lúgubre ciudad del carbón y del ros surgidos del escenario 'underground' (con
a c e r o Durante este tiempo, el dibujante se sin- los que también rodó películas). La duplicación
tió cada vez más atraído por el arte "real" y so- o multiplicación reticulada de motivos puede
ñaba con la fama. Este sueño se vio alentado entenderse como una alegoría de lo sustituidle
por el r á p i d o éxito q u e por a q u e l t i e m p o de los productos de consumo, cuyo avitualla-

116 ABSTRACCIÓN Y PINTURA F I G U R A T I V A (A PARTIR DE 1945)

m í n i m a ; ia pintura d e los a ñ o s 7 0 d e s e m p e ñ a b a c i l i t a b a , o i n c l u s o e r a n e c e s a r i o , p a r a ia c o m -

un p a p e l s e c u n d a r i o e n el m u n d o del arte. p r e n s i ó n d e las o b r a s d e arte. E n el intento d e

M u c h o s artistas habían a b a n d o n a d o s u s i n c o r p o r a r al e s p e c t a d o r m e d i a n t e la c o l a b o r a -

e s t u d i o s a c o n s e c u e n c i a del n e o d a d a í s m o y d e c i ó n reflexiva e n la p r o d u c c i ó n artística, el arte s e

los happenings c o n el fin d e p r o d u c i r e n la n a t u - intelectualizó c a d a v e z m á s . E s t e p r o c e s o había

raleza u n e f í m e r o " L a n d Art" o p a r a s e g u i r c o n a c o m p a ñ a d o el d e s a r r o l l o artístico d e t o d o el s i -

materiales diferentes "mitologías individuales". glo X X . La p a r t i c i p a c i ó n del e s p e c t a d o r s e había

T a m b i é n la fotografía, los v í d e o s o los o r d e n a d o - d e s a r r o l l a d o h a s t a tal p u n t o q u e t a m b i é n había

r e s e s t i m u l a b a n n u e v a s f o r m a s d e arte e x p e r i - d e s a p a r e c i d o el s e g u n d o e s l a b ó n d e la c a d e n a

m e n t a l . Otro g r u p o , los m i n i m a l i s t a s , c r e a r o n m o - " a r t i s t a - c u a d r o - e s p e c t a d o r " : la o b r a d e arte per-

d e r a d o s c u a d r o s de c u e r p o s g e o m é t r i c o s , c o n la c e p t i b l e había t e r m i n a d o s u l a b o r A mediados

firme i n t e n c i ó n de d i s t a n c i a r s e del estridente d e los a ñ o s 6 0 el arte e x p e r i m e n t ó a la v e z u n a

p o p art. T o d a v í a m á s b r e v e s q u e éstos i j i t i m o s d e s m a t e r i a l i z a c i ó n . L a o b r a d e arte q u e u n o te-

e r a n ios "artistas c o n c e p t u a l e s " , q u e t r a n s m i t í a n nía e n f r e n t e y q u e había q u e a n a l i z a r d e s a p a r e -

al p i j b l i c o s u idea del c u a d r o i j n i c a m e n t e por e s - ció. A h o r a ú n i c a m e n t e existía la f u e r z a d e i m a g i -

crito. La o b r a d e arte a m e n u d o y a n o s e realiza- n a c i ó n del e s p e c t a d o r . E l arte s e d i s o l v i ó e n ia

ba. S ó l o el e s t í m u l o c o n c e p t u a l y a s e c o n s i d e r a - a m p l i a c i ó n d e l c o n c e p t o artístico. I n t e g r a d o de Gerhard Richter, Erna (Desnudo en

b a arte. D e e s t a f o r m a , R a u s c h e n b e r g c u m p l i ó e s t a f o r m a en la r e a l i d a d , frustró f o r z o s a m e n t e la una escalera!. 1 9 6 6 , Óleo sobre lienzo,
2 0 0 X 1 3 0 cm, M u s e u m Ludwig,
c o n u n i m p o r t a n t í s i m o e n c a r g o d e u n retrato p o s i b i l i d a d d e influir e n ella. E n c o n s e c u e n c i a ,
Colonia
c o n el s i g u i e n t e e n u n c i a d o lapidario: " E s t o e s un también perdió por c o m p l e t o s u f u n c i ó n de Richter expuso sin nIngUn tipo de c o -
retrato si lo a f i r m o yo". A s u s f r a s e s , p l a n e s y o b - transmisora de utopías y contraproyectos para mentario una fotografía reproducida
pictóricamente. Igual que en los c u a -
jetos, q u e e r a n el v e h í c u l o d e e x p r e s i ó n d e los a l c a n z a r u n m u n d o mejor.
dros de Warhol, aquí también surgen
artistas conceptuales, unieron un principio las características banales y casuales de
E s t a e x p e r i e n c i a tan d e s e n c a n t a d o r a d e s p e r -
una instantánea, que no son dignas de
e m a n c i p a d o r para poner en m a r c h a un proceso t ó a p r i n c i p i o s d e los a ñ o s 8 0 u n a p a s i ó n por un cuadro, y que a s u vez acentúan el
d e reflexión: la r e c a p a c i t a c i ó n s o b r e la r e a l i d a d las g r a n d e s i l u s i o n e s y por la a p a r i e n c i a d e las medio de la muestra (sobre todo por la
poca nitidez del flash), Richter opuso a
(artística) debía p o n e r d e m a n i f i e s t o la relatividad i m á g e n e s . La pintura volvía a s u s o r í g e n e s . A h o -
la hegemonía de la pintura abstracta un
del m u n d o real. ra q u e el arte s e había liberado d e c u a l q u i e r tipo realismo fotográfico y un tema clásico,
el desnudo, cuya clásica forma pictónca
C o m o c o n s e c u e n c i a d e t o d o ello, d e s p u é s d e a m b i c i o n e s políticas y del intento d e poner
desaparece por el tipo de representa-
del p o p art s u r g i e r o n u n a g r a n c a n t i d a d d e for- e n c o n s o n a n c i a el arte y ia v i d a , p o d í a volver a ción convirtiéndose éste en irrepetible.

m a s artísticas. C o n f r e c u e n c i a , s u característica s e r s i m p l e m e n t e arte: la h e r m o s a i l u s i ó n , la i m i -

c o n j u n t a e r a u n sinfín d e i d e a s m i n u c i o s a m e n t e tación que puede contemplarse con una desin-

pensadas y estructuradas cuyo conocimiento fa- t e r e s a d a satisfacción, volvía a r e n a c e r .

Richard Estes, Rappaports Pharmacy,

1 9 7 6 , Óleo sobre lienzo 1 0 0 x 1 2 5
cm, Ludwig Museum, Budapest
Estes consiguió nuevos y fascinantes
efectos pictóricos gracias a su excelente
don de observación y a la representa-
ción técnicamente exacta de la realidad.
Con una minuciosidad fotográfica re-
produce su entorno ambiental sobre el
lienzo. Sin embargo, en realidad sobre-
pasa la objetividad de la fotografía: en
sus cuadros, las superficies reflectantes
se funden con lo reflejado y ellas mis-
m a s se convierten en cuadro: el fenó-
meno de la gran ciudad se convierte en
ilusión, en un proyección autorretratada.
C u a n d o se pregunta a los hiperrea-
listas c o m o Estes cuál es el fin de su
pintura responden que creen que todo
lo abstracto es una mentira y que de-
sean pintar lo mejor que pueden el
mundo real. Pero esta pseudodeclara-
ción no los convierte en reaccionarios
pintores de hotel. S u posición ante la
af¡r;mación de lo existente, que a p a r e n -
temente no valora, es real y también
cuestionada, recuerda con fuerza al pop
art y ligeramente a E d w a r d Hopper

A B S T R A C C I Ó N Y PINTURA F I G U R A T I V A (A PARTIR DE 1945) 117


Francis Bacon, Tres estudios de
Isabel Rawsthorne, 1 9 6 7 . Óleo sobre
lienzo, 1 1 9 x 1 5 2 , 5 c m , Staatliche
Museen, Berlín, Patrimonio Cultural
Prusiano, Galería Nacional
Francis Bacon pintó, c o m o si no hubiera
explorado con los ojos la superficie de
las personas, sino que se hubiera pasea-
do con la vista por la parte interior de su
piel, por la c a r n e En las borrosas m a n -
chas de color del cuadro Tres estudios
de Isabel Rawsthorne, la retratada apa-
rece como una m a s a cálida y pulsátil,
cuyas células vivas se obstinan contra la
paralelización que sufren en el destierro
de la eternidad del cuadro.
En la yuxtaposición de los tres estu-
dios se Imita un movimiento de huida y
persecución: por un lado la modelo mi-
ra por encima del hombro hacia atrás,
por otro, intenta esconderse detrás de la
puerta y finalmente, la retratada se en-
cuentra espetada en la pared. Casi pare-
ce que sea la seccionadora mirada del
pintor porque huye. En los cuadros de
Bacon la pintura se convierte en un arte
contradictorio que sólo puede reflejar
aspectos de la vida si también pone de
manifiesto sus peligros y su mortalidad.
118 A B S T R A C C I Ó N Y P I N T U R A
LA PINTURA FIGURATIVA
A PARTIR DE 1970
E n b u s c a de pistas subjetivas
T a n t o el r e n a c i m i e n t o d e la pintura c o m o el n u e -
v o interés q u e s u s c i t a b a c o n d u j o la m i r a d a h a c i a
a q u e l l o s artistas q u e s i e m p r e h a b í a n p e r s e v e r a -
d o e n ella. A e s t e g r u p o p e r t e n e c í a n el i n g l é s
F r a n c i s B a c o n y los a l e m a n e s A n s e l m Kiefer,
G e r h a r d Richter, G e o r g Baselitz y A R . P e n c k . El
pintor inglés F r a n c i s B a c o n desarrolló, p a r t i e n d o
del s u r r e a l i s m o , q u e c o n o c i ó d e j o v e n , u n estilo
completamente p r o p i o q u e lo c o n v i r t i ó e n u n o
d e los p r i n c i p a l e s artistas d e nuestro siglo. S u te-
m a f u e el s e r h u m a n o , al q u e r e p r e s e n t ó c o m o
u n a criatura t o r t u r a d a y v e j a d a s i t u a d a dentro d e
espacios superficiales e indefinidos o aislados
e n invisibles c a j a s d e cristal. La c l a r i d a d del e s -
p a c i o c o n t r a s t a i r r i t a n t e m e n t e c o n la violenta y
d e f o r m a n t e f o r m a d e r e p r e s e n t a c i ó n pictórica d e
ias figuras. M e d i a n t e el u s o d e u n a pintura pas-
t o s a , las f r o n t e r a s q u e limitan c o n la i n m a t e r i a l i -
d a d fluyen por el c u a d r o d e f o r m a q u e las per-
sonas representadas, a menudo buenos amigos
del artista, p a r e c e n m a s a s d e c a r n e c r u d a . E n la
a b s t r a c c i ó n s u s c u a d r o s s e c o n v i e r t e n e n la i m a -
g e n d e la v i d a interior d e las p e r s o n a s martiriza-
d a s y heridas. B a c o n f u e d u r a n t e g r a n parte d e
s u v i d a un artista solitario q u e p u e d e ser clasifi-
c a d o d e n t r o d e los m u c h o s " i s m o s " estilísticos
del siglo X X .
A n s e l m Kiefer y Gerhard Richter se habían
d e d i c a d o e n los a ñ o s 7 0 a la " b i j s q u e d a d e pis-
tas". D e u n a f o r m a m u y p e r s o n a l y m á s allá d e
F I G U R A T I V A (A P A R T I R D E 1 9 4 5 )
c u a l q u i e r pintura ilustradora y r e a l i s t a , Kiefer s e
e n f r e n t ó c o n el p a s a d o a l e m á n , c o n el f a s c i s m o
y c o n la i d e o l o g í a del c a r á c t e r a l e m á n . A d o p t ó la
c o n c e p c i ó n artística del i n f o r m a l i s m o , q u e o f u s -
c a b a p i c t ó r i c a m e n t e el c u a d r o c o n el fin d e a u -
m e n t a r la p a r t i c i p a c i ó n d e l e s p e c t a d o r D e s a r r o -
lló u n a pintura q u e e r a a b s t r a c t a y c o n c r e t a a
m i s m o t i e m p o . El e s p e c t a d o r s e v e o b l i g a d o a
d a r u n a e x p r e s i ó n d e t e r m i n a d a a los d i f e r e n t e s
e l e m e n t o s q u e a p a r e c e n e n el c u a d r o mediante
u n a l a b o r I n t e l e c t u a l p r o p i a . El e m p a s t e s e c o ,
d u r o y m u y material, e n el q u e K i e f e r t a m b i é n
i n t r o d u c í a p r o d u c t o s n a t u r a l e s c o m o tierra, paja
o pelos, c o n c e d e al c u a d r o u n a a c t u a l i d a d e s t r e -
m e c e d o r a . S u s c u a d r o s d e historia n o s o n r e p r e -
sentaciones tradicionales que recuerdan algijn
s u c e s o , s i n o q u e t i e n e n el c a r á c t e r d e m e m o r i a
c o l e c t i v a y m a n t i e n e n viva la h i s t o n a , q u e s i e m -
pre está p r e s e n t e y s e p u e d e e v o c a r d e n u e v o ;
c a d a individuo debe enfrentarse a su manera
c o n el p a s a d o q u e a q u í s e c o n s e r v a . Lo q u e s e
activa e n la m e n t e del e s p e c t a d o r m e d i a n t e la
n a t u r a l i d a d d e la p i n t u r a , e s el e s p e j o d e u n a
c o n c i e n c i a histórica propia, no c o m o u n l e j a n o
recuerdo, sino c o m o algo que posee significado
a q u í y a h o r a y q u e t i e n e valor d e historia c o n -
temporánea.
Mientras que Kiefer se enfrentaba en s u s
c u a d r o s c o n la historia m á s r e c i e n t e d e A l e m a -
nia, G e r h a r d Richter t r a t a b a d e f o r m a m u y v a r i a -
d a la i l u s i ó n d e l o s c u a d r o s . M i e n t r a s tanto,
G e o r g B a s e l i t z e x p e r i m e n t a b a d e n u e v o y d e for-
m a e x p r e s i v a el c o n c e p t o d e "la p i n t u r a como
pintura"; s u característica m á s d e t e r m i n a n t e fue
la r e p r e s e n t a c i ó n de m o t i v o s p i n t a d o s al revés,
c o n la c a b e z a h a c i a a b a j o . S u pintura espontá-
n e a y s u b j e t i v a fue t o d o u n s í m b o l o p a r a la g e -
neración postenor
N u e v o , s a l v a j e y más allá d e c u a l q u i e r
tradición
L o s p i n t o r e s d e los a ñ o s 8 0 d e s e s t i m a r o n por
c o m p l e t o la i d e a d e llevar el arte a la vida. Ellos
r e c l a m a b a n u n arte e s p e s o q u e e n t u s i a s m a r a
los s e n t i d o s _ y no un arte intelectual. A h o r a d e -
s e a b a n expresar espontánea y originalmente, co-
m o e n s u día los e x p r e s i o n i s t a s d e D I e Brücke,
s u s p e n s a m i e n t o s y s e n t i m i e n t o s , pintar c u a d r o s
d e s u t i e m p o ; u n a p o s i c i ó n por la q u e s e les d e -
n o m i n ó n e o e x p r e s i o n i s t a s . P i n t a b a n lo q u e l e s
g u s t a b a y lo q u e les p r e o c u p a b a e n c a d a m o -
m e n t o sin t e n e r en c u e n t a n i n g u n a c o n v e n c i ó n ,
s o b r e t o d o n i n g u n a c o n v e n c i ó n artística, d e u n a
f o r m a s a l v a j e , d e s e n v u e l t a y c o n s c i e n t e d e sí
m i s m a . P i n t a b a n la e x i s t e n c i a e n las g r a n d e s c i u - m e n t o "arte=vida", q u e la m o d e r n i d a d mantenía
d a d e s , las tribus u r b a n a s , los n o c t á m b u l o s y los u n i d o c o m o c o n u n a g r a p a , y q u e e n f r e n t a r o n el
discotequeros o también tematizaban en sus arte c o n el p r o b l e m a d e r e l e v a n c i a d e la v i d a
c u a d r o s l a s r e l a c i o n e s s e x u a l e s , e s decir, pinta- c o t i d i a n a . La v u e l t a a la pintura, a la p r o d u c c i ó n
b a n s u propia v i d a . La c u e s t i o n e s estilísticas d e de objetos perceptibles, no fue para ellos de nin-
la historia n u n c a p r e o c u p a r o n a e s t o s " n u e v o s g ú n m o d o u n a retirada r e s i g n a d a al m u n d o her-
bárbaros". A s í q u e a d o p t a r o n s i n r e m o r d i m i e n t o s m é t i c o del arte, s i n o m á s bien u n a a c l a r a c i ó n y
c u a l q u i e r tipo d e f o r m a q u e e n c o n t r a b a n e n el u n c á l c u l o m u y s e r e n o d e lo q u e el arte e s c a -
b a ú l d e la historia y s e sirvieron d e los m e d i o s paz de h a c e r
estilísticos q u e c r e y e r o n n e c e s a r i o s p a r a c o n c e - El c a m p o del arte s e h a ido a m p l i a n d o h a c i a
d e r a s u s c u a d r o s el e f e c t o q u e b u s c a b a n . C o n f i n a l e s del siglo X X . C o m o e n t i e m p o s del pop
s u a n a r q u i s m o estético s e e n c o n t r a b a n f u e r a d e art, q u e c o n s u l e m a "All is pretty - T o d o e s b o n i -
c u a l q u i e r línea t r a d i c i o n a l . E r a n " t r a n s v a n g u a r - to" p u e d e c o n s i d e r a r s e c o m o e l p r i m e r estilo
distas" posmoderno, actualmente también se suele cru-
E s t e c o n c e p t o f u e e m p l e a d o en u n p r i n c i p i o z a r la frontera entre el arte y la c u l t u r a d e lo coti-
p a r a c a l i f i c a r a los pintores s u b j e t i v i s t a s italianos: diano. Antiguas formas de expresión subcultura-
F r a n c e s c o C l e m e n t e , S a n d r o Chía y E n z o C u c c h I . les, c o m o l o s graffiti d e Keith H a r i n g , s e c o n v i e r -
P o s t e r i o r m e n t e , p a r a definir e s t e f e n ó m e n o q u e t e n g r a c i a s a u n m e r c a d o artístico e n c o n s t a n t e
había a d q u i r i d o u n c a r á c t e r i n t e r n a c i o n a l y q u e m o v i m i e n t o en arte q u e s e e x p o n e e n los m u -
s e había e x p a n d i d o h a c i a otros á m b i t o s , s e e m - s e o s y, u n a v e z o b t e n i d o el título "nobiliario", s e
p l e ó el t é r m i n o " p o s m o d e r n i d a d " . La m o d e r n i - v e n d e c o m o objeto artístico s o b r e c a m i s e t a s , r e -
d a d clásica, c o n s u s u t o p í a s a t a d a s al arte, p a r e - lojes y c e n i c e r o s .
cía h a b e r f r a c a s a d o e n s u intento d e "disolver el A c t u a l m e n t e el arte y a no c o n o c e fronteras.
arte e n la vida". E n s u m i l e n a r i a historia h a d e s a r r o l l a d o u n a v a -
Pero, ¿era n e c e s a r i o d i c h o p r o c e s o ? ¿Por q u é riedad ilimitada. M á s allá d e c u a l q u i e r d o c t r i n a ,
el arte, c o m o c o m p o n e n t e s e p a r a d o y e s p e c i a l aparte d e s e r n u e v a e i n n o v a d o r a , la pintura a b s -
d e la r e a l i d a d , y a n o debía p r e s e n t a r s e c o m o tal? tracta s e e n c u e n t r a en n u e s t r o s días c o n los m i s -
¿Cuál e r a el m o t i v o p a r a d i s o l v e r l o e n la r e a l i - m o s d e r e c h o s q u e el arte material, el arte por or-
d a d ? ¿No e s j u s t a m e n t e la f i c c i ó n q u e s e e n - d e n a d o r o vídeo, i n s t a l a c i o n e s , arte d e objetos o
c u e n t r a e n u n a o b r a d e arte la q u e n o s f a s c i n a ? performances, mixed media: las f o r m a s d e e x p r e -
¿No e s lo "diferente" del arte lo q u e a c e n t ú a la s i ó n artística s e e n t r e l a z a n . No e x i s t e n a d a q u e
visión d e la r e a l i d a d ? Esto e s lo q u e s e p r e g u n t a - n o exista. E i n c l u s o la n a d a p u e d e s e r arte: si lo
ron los artistas q u e d e j a r o n t r a s d e si el e x p e r i - m i r a m o s c o n los ojos a d e c u a d o s .
A B S T R A C C I Ó N Y PINTURA F I G U R A T I V A (A
Georg Baselitz, Amarillo triste, 1 9 8 2 .
Óleo sobre lienzo, 2 5 0 x 2 0 0 c m
Kunstsammiung Nordrhein-Westfalen,
Dusseldorf
También Baselitz quiere expresar la "pin-
tura como pintura". El color y la forma
son los verdaderos portadores del m e n -
saje.
Sin embargo, al contrario de las ten-
dencias abstractas del siglo XX, no re-
nuncia por completo al objeto, sino que
lo invierte para acentuar el hecho de que
es su excusa viviente para pintar Las
huellas del color demuestran que este
artista realmente pinta sus cuadros al
revés y que no sólo les da la vuelta. Para
expresar la dimensión sensual del color
(como materia) y de la acción de pintar
trabaja con pinceles grandes y con una
técnica ligera y gestual: incluso a veces
pinta con los d e d o s
A n s e l m Kiefer, Varus, 1 9 7 6 . Oleo y
pintura acrílica sobre lienzo,
2 0 0 x 2 7 0 cm.StedelIjkvan
A b b e m u s e u m , Eindhoven
Los cuadros de Kiefer persiguen c o n s -
tantemente las cicatnces que el nacio-
nalsocialismo ha dejado en la c o n s -
ciencia de los alemanes. El cuadro Va-
rus muestra de forma alegórica el lugar
donde se produjo la Batalla de Teuto-
burgo en el año 9 d.C. Este s u c e s o fue
alzado en el siglo XIX c o m o punto de""
partida histórico de la identidad a l e m a -
na. En el cuadro están escritos los nom-
bres de escritores y otros personajes
que han contribuido directa o indirecta-
mente a la conciencia nacionalsocialis-
ta. Unas líneas que recuerdan a un ár-
bol genealógico c o n d u c e n al nombre
de Hermann, el héroe de la batalla. El
bosque, c o m o paisaje típico alemán,
tiene claramente la forma del intenor de
una catedral gótica: otra parte importan-
te de la mitología del 'espíritu alemán'.
Kiefer muestra que la historia reciente
no sólo cubre la historia del pasado,
sino también la forma. Para él no existe
una mirada inocente al pasado.
PARTIR DE 1945) 119
m i s m a . P i n t a b a n la e x i s t e n c i a e n las g r a n d e s c i u -
d a d e s , las t r i b u s u r b a n a s , los n o c t á m b u l o s y los
discotequeros o t a m b i é n tematizaban en s u s
c u a d r o s las r e l a c i o n e s s e x u a l e s , e s decir, pinta-
b a n s u propia v i d a . La c u e s t i o n e s estilísticas d e
la historia n u n c a p r e o c u p a r o n a e s t o s " n u e v o s
bárbaros". A s í q u e a d o p t a r o n sin r e m o r d i m i e n t o s
c u a l q u i e r tipo d e f o r m a q u e e n c o n t r a b a n e n el
b a ú l d e la historia y s e s i r v i e r o n d e los m e d i o s
estilísticos q u e c r e y e r o n n e c e s a r i o s p a r a c o n c e -
d e r a s u s c u a d r o s el e f e c t o q u e b u s c a b a n . C o n
s u a n a r q u i s m o estético s e e n c o n t r a b a n f u e r a d e
c u a l q u i e r línea t r a d i c i o n a l . E r a n " t r a n s v a n g u a r -
distas".
E s t e c o n c e p t o f u e e m p l e a d o e n u n principio
p a r a c a l i f i c a r a los pintores subjetivistas italianos:
Francesco Clemente, Sandro Chia y Enzo Cucchi.
P o s t e r i o r m e n t e , p a r a definir e s t e f e n ó m e n o
había a d q u i r i d o un c a r á c t e r i n t e r n a c i o n a l y q u e
s e había e x p a n d i d o h a c i a otros á m b i t o s , s e e m -
p l e ó el t é r m i n o " p o s m o d e r n i d a d " . La m o d e r n i -
d a d clásica, c o n s u s utopías a t a d a s al art:e, p a r e -
cía h a b e r f r a c a s a d o e n s u intento d e " d i s o l v e r el
arte e n la v i d a " .
Pero, ¿era n e c e s a r i o d i c h o p r o c e s o ? ¿Por q u é
el arte, c o m o c o m p o n e n t e separado y especial
d e ia r e a l i d a d , y a n o debía p r e s e n t a r s e c o m o tal?
¿Cuál e r a el m o t i v o p a r a d i s o l v e r i o e n la r e a l i -
d a d ? ¿No e s j u s t a m e n t e ia f i c c i ó n q u e s e e n -
c u e n t r a e n u n a o b r a d e arte la q u e n o s f a s c i n a ?
¿No e s lo ' d i f e r e n t e ' del arte lo q u e a c e n t i j a la
visión d e la r e a l i d a d ? E s t o e s lo q u e s e p r e g u n t a -
ron los artistas q u e d e j a r o n tras d e si el e x p e r i -
m e n t o "arte=vida", q u e la m o d e r n i d a d mantenía
u n i d o c o m o c o n u n a g r a p a , y q u e e n f r e n t a r o n el
arte c o n el p r o b l e m a d e r e l e v a n c i a d e la v i d a
c o t i d i a n a . La vuelta a la pintura, a la p r o d u c c i ó n
d e o b j e t o s p e r c e p t i b l e s , n o fue p a r a e l l o s d e n l n -
g i j n m o d o u n a retirada r e s i g n a d a al m u n d o her-
m é t i c o del arte, s i n o m á s bien u n a a c l a r a c i ó n y
u n c á l c u l o m u y s e r e n o d e lo q u e el arte e s c a -
paz de h a c e r
El c a m p o del arte s e h a ido a m p l i a n d o h a c i a
f i n a l e s d e l s i g l o X X . C o m o en t i e m p o s del
art, q u e c o n s u l e m a "All Is pretty - T o d o e s b o n i -
to" p u e d e c o n s i d e r a r s e c o m o el p r i m e r estilo
posmoderno, actualmente también s e suele cru-
zar la frontera entre el arte y la c u l t u r a d e lo coti-
diano. Antiguas formas de expresión subcultura-
les, c o m o los graffiti d e Keith H a r i n g , s e c o n v i e r -
t e n g r a c i a s a u n m e r c a d o artístico e n c o n s t a n t e
que
m o v i m i e n t o e n arte q u e s e e x p o n e e n los m u -
s e o s y, u n a v e z o b t e n i d o el título "nobiliario", s e
v e n d e c o m o objeto artístico s o b r e c a m i s e t a s , r e -
lojes y c e n i c e r o s .
A c t u a l m e n t e el arte y a no c o n o c e fronteras.
E n s u m i l e n a r i a historia h a d e s a r r o l l a d o u n a v a -
riedad ilimitada. M á s allá d e c u a l q u i e r d o c t r i n a ,
aparte d e s e r n u e v a e i n n o v a d o r a , la pintura a b s -
tracta s e e n c u e n t r a e n nuestros días c o n los m i s -
m o s d e r e c h o s q u e el arte material, el arte por or-
d e n a d o r o vídeo, i n s t a l a c i o n e s , arte d e objetos o
performances, mixed media: las f o r m a s d e e x p r e -
s i ó n artística s e e n t r e l a z a n . No e x i s t e n a d a q u e
n o exista. E i n c l u s o la n a d a p u e d e s e r arte: si lo
m i r a m o s c o n los ojos a d e c u a d o s .
A B S T R A C C I Ó N Y PINTURA F I G U R A T I V A (A
pop
Georg Baselitz, Amarillo triste. 1 9 8 2 .
Óleo sobre lienzo, 2 5 0 x 2 0 0 cm,
Kunstsammiung Nordrhein-Westfalen,
Dusseldorf
También Baselitz quiere expresar la 'pin-
tura como pintura'. El color y la forma
son los verdaderos portadores del men-
saje
Sin embargo, al contrarío de las ten-
dencias abstractas del siglo XX, no re-
nuncia por completo al objeto, sino que
lo Invierte para acentuar el hecho de que
es su excusa viviente para pintar Las
huellas del color demuestran que este
artista realmente pinta sus cuadros al
revés y que no sólo les da la vuelta. Para
expresar la dimensión sensual del color
(como materia) y de la acción de pintar
trabaja con pinceles grandes y con una
técnica ligera y gestual: incluso a veces
pinta con los dedos.
A n s e l m Kiefer, Varus. 1 9 7 6 . Óleo y
pintura acrílica sobre lienza
2 0 0 X 2 7 0 cm. Stedellji< van
A b b e m u s e u m , Eindhoven
Los cuadros de Kiefer persiguen c o n s -
tantemente las cicatnces que el nacio-
nalsocialismo ha dejado en la c o n s -
ciencia de los a l e m a n e s El cuadro Va-
rus muestra de forma alegórica el lugar
donde se produjo la Batalla de Teuto-
burgo en el año 9 d.C. Este s u c e s o fue
alzado en el siglo XIX c o m o punto de""
partida histórico de la identidad a l e m a -
na. En el cuadro están escritos los n o m -
bres de escritores y otros personajes
que han contribuido directa o indirecta-
mente a la conciencia nacionalsocialis-
ta. Unas líneas que recuerdan a un ár-
bol genealógico c o n d u c e n al nombre
de Hermann, el héroe de la batalla. El
bosque, c o m o pai'saje típico alemán,
tiene claramente la forma del interior de
una catedral gótica: otra parte Importan-
te de la mitología del "espíritu alemán',
Kiefer muestra que la historia reciente
no sólo cubre la historia del pasado,
sino también la forma. Para él no existe
una mirada ¡nocente al p a s a d a
PARTIR DE 1 945) 119