Contados por

MIGUEL ANGEL PALERMO

Ilustrados por
DELIA CONTAR3IO

~ SECRETARIA DE C U L T U R A DE LA NACION
EDICIONES CULTURALES ARGENTINAS
^ C E N T R O E D I T C R DE A M E R I C A LATINA
¿ 198". E D I C I O N E S C U L T U R A L E S A R G E N T I N A S
S u i p a c h a 1008 - ( 1 0 0 8 ) B u e n o s A i r e s . R e p ú b l i c a A r g e n t i n a

I m p r e s o y e d i t a d o en la R e p ú b l i c a A r g e n t i n a
Q u e d a h e c h o ei d e p o s i t o q u e p r e v i e n e la ley 11.723
I S B N 9 5 0 - 3 6 - 0 ! 18-8
Acá empieza el libro

Hubo un tlempo en que los guaraníes ocupa-

ron mucha selva, selva paraguaya, argentina,
brasilera...
Cultivaban la tierra, recogían los frutos,
pescaban peces, cazaban algunos animales. Vi-
vían a su manera, a veces hacían la guerra v
siempre pero siempre hacían poesía.
A los guaraníes les gustaba contar historias y
también cantarlas.
Este libro quiere recoger algunas de esas his-
torias, con héroes de cuerpo resplandeciente co-
mo el sol y seres malvados que tienen secuestra-
do al fuego.con un mundo que se fue haciendo
de a poco, humildemente, con la pura magia de
la poesía.
El origen de la Tierra

n
V — / u e n t a n los g u a r a n í e s q u e en el p r i n c i p i o de
los t i e m p o s e s t a b a solo el D i o s C r e a d o r , q u e
ellos l l a m a n Ñ a n d e r ú . Ñ a n d e r ú se h a b í a c r e a d o
a sí m i s m o , de a p o c o .
En ese e n t o n c e s n o h a b í a ni á r b o l e s ni m o n -
t a ñ a s ni g e n t e ni n a d a . E n su s o l e d a d , Ñ a n d e r ú
e m p e z ó a c r e a r . C r e ó p r i m e r o el l e n g u a j e de los
h o m b r e s , las p a l a b r a s . Y e n t o n c e s q u i s o q u e al-
guien m á s p u d i e r a h a b l a r y creó a o t r o s dioses,
c u a t r o p a r e j a s de dioses q u e a su vez i b a n a te-
ner h i j o s t a m b i é n d i o s e s .
D e s p u é s , Ñ a n d e r ú hizo q u e la p u n t a del bas-
t ó n q u e s i e m p r e llevaba en la m a n o e m p e z a r a a
e n g o r d a r , m á s y m á s . De allí salió la T i e r r a , de a
poquito.
P a r a q u e la T i e r r a n o se m o v i e r a , creó u n a

9
p a l m e r a , t r a u n a p a l m e r a q u e íoa a a u r a r p a r a
s i e m p r e y e s t a b a j u s t o en el m e d i o de la T i e r r a .
D e s p u é s c r e ó o t r a p a l m e r a igual en el Este (que
es p o r d o n d e sale el s o l ) , o t r a en el Oeste, o t r a en
el N o r t e y o t r a en el S u r . Y así, con esas c i n c o
p a l m e r a s q u e iban a vivir siempre, sin secarse
n u n c a , la T i e r r a q u e d ó c o m o c l a v a d a , bien fir-
me.
Al cielo lo d e j ó a p o y a d o s o b r e c u a t r o co-
l u m n a s , c u a t r o p o s t e s de m a d e r a iguales a su
bastón.
F u e e n t o n c e s c u a n d o hizo los p r i m e r o s ani-
m a l e s y las p r i m e r a s p l a n t a s . U n o de los p r i m e -
ros q u e voló p o r ahí f u e el Colibrí; la V í b o r a f u e
la p r i m e r a q u e se a r r a s t r ó . La p r i m e r a en c a n t a r
f u e la C i g a r r a .
L o s g u a r a n í e s dicen q u e , de e n t r a d a , Ñ a n d e -
rú h a b í a h e c h o la T i e r r a t o d a t a p a d a por u n a sel-
va q u e n o se a c a b a b a m á s ; p a r e c e ser q u e des-
pués p e n s ó q u e e r a m e j o r q u e h u b i e r a t a m b i é n
c a m p o s sin á r b o l e s , y ahí creó a la L a n g o s t a . La
L a n g o s t a i b a p o r t o d o s l a d o s , a los saltos, y en
a l g u n o s l u g a r e s c l a v a b a la cola en el suelo (igual
q u e h a c e n h o y t o d a s las l a n g o s t a s p a r a p o n e r
sus h u e v o s ) . E n ese l u g a r crecía el p a s t o y d e s a -
p a r e c í a n los á r b o l e s y es así q u e las llanuras a p a -
recieron d e s p u é s q u e v i n o la L a n g o s t a . C u a n d o
e s t u v i e r o n listos esos c a m p o s , llegó la P e r d i z ,
q u e se a l e g r ó , c a n t ó de c o n t e n t a y se q u e d ó a vi-
vir a h í .
D e s p u é s Ñ a n d e r ú i n v e n t ó al T a t ú , q u e se
p u s o e n s e g u i d a a e s c a r b a r la tierra.
L a L e c h u z a q u e d ó c o m o d u e ñ a de la o s c u r i -
d a d : p o r e s o . sale n a d a m á s que de n o c h e y
d u e r m e de d í a .

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 Después vinieron otros m u c h o s animales y
t a m b i é n los p r i m e r o s h o m b r e s y m u j e r e s .
E n t o n c e s , Ñ a n d e r ú se volvió al cielo y les de-
j ó e n c a r g a d o a los o t r o s dioses que c u i d a r a n
bien d e t o d o .
P a s ó el t i e m p o : a l g u n a s p e r s o n a s se h a b í a n
vuelto m u y b u e n a s p e r o o t r a s se h a b í a n v u e l t o
m u y m a l a s : n o t o d o a n d a b a b i e n , así q u e los
dioses d e c i d i e r o n q u e era m e j o r hacer a r r e g l o s .
P e r o p a r a n o d e j a r las cosas a m e d i a s , m a n -
d a r o n un d i l u v i o : t o d a la T i e r r a se i n u n d ó . La
gente b u e n a p u d o subir al cielo con Ñ a n d e r ú ,
p e r o los q u e e r a n m a l o s se t r a n s f o r m a r o n en
a n i m a l e s : r a n a s , peces y o t r o s b i c h o s .
D e s p u é s , Ñ a n d e r ú le p i d i ó a o t r o de los
dioses, q u e se l l a m a b a J a k a i r a , q u e se e n c a r g a r a
de h a c e r de n u e v o la t i e r r a . J a k a i r a , a su vez, le
dio ese t r a b a j o a su h i j o P a - p a \ l i r i .
P a - p a Mirí t r a b a j ó m u c h o . Hizo nuevas
p l a n t a s , n u e v o s a n i m a l e s ; f u e a m a s a n d o la
tierra n u e v a y l l e n á n d o l a de á r b o l e s y p a s t o . Hi-
zo ríos y a r r o y o s . P e r o p a r e c e q u e a n t e s de q u e
t e r m i n a r a lo l l a m ó la m a d r e , p o r q u e lo q u e r í a
ver, y P a - p a Mirí d e j ó las cosas c o m o e s t a b a n .
Y dicen los g u a r a n í e s q u e p o r eso hay m o n t a -
ñas q u e n o son sino m o n t o n e s de tierra y
p i e d r a s q u e le s o b r a r o n al dios y q u e a la g e n t e
no le sirven p a r a n a d a .
El primer fuego llega a los
hombres

V
I f u e así c o m o , d e s p u é s del d i l u v i o , P a - p a
Miri hizo la n u e v a T i e r r a .
C u a n d o P a - p a Miri t e r m i n ó su t r a b a j o , p e n -
só q u e a la gente le f a l t a b a n a l g u n a s cosas p a r a
vivir b i e n . L o p r i m e r o e r a el f u e g o , p o r q u e los
h o m b r e s de esos t i e m p o s a n t i g u o s no lo c o n o -
c í a n , así q u e no p o d í a n c o c i n a r ni e n c e n d e r f o -
g o n e s p a r a c a l e n t a r s e en las n o c h e s de f r í o , ni
s e n t a r s e a c h a r l a r a l r e d e d o r de la luz.
E n esa é p o c a , solo u n o s p o c o s t e n í a n f u e g o :
n o e r a n ni h o m b r e s ni a n i m a l e s sino u n o s seres
m a l o s que se l l a m a b a n F u t u r o s C u e r v o s . Vivían
en u n a m o n t a ñ a , no q u e r í a n c o m p a r t i r el f u e g o
c o n n a d i e y. p a r a c o l m o , les g u s t a b a c o m e r s e a
los h o m b r e s . Y lo q u e e r a p e o r t o d a v í a , e r a n po-
derosísimos.
 E n t o n c e s , P a - p a M i r i decidió sacarles el
f u e g o a los F u t u r o s C u e r v o s y lo l l a m ó a C u r u -
r ú , el s a p o , p a r a q u e lo a y u d a r a . (Ya ven c o m o
h a s t a un b i c h o c h i q u i t o , si es b u e n o , p u e d e a y u -
dar a un dios).
— V e n í , C u r u r ú —le d i j o P a - p a Miri — .
V o s m e vas a a y u d a r a c o n s e g u i r f u e g o p a r a to-
d o s . P o r q u e vos sos c h i q u i t o p e r o hay algo q u e
sabés h a c e r m u y bien y es a t r a p a r cualquier cosa
q u e a n d e v o l a n d o . Y a c á v a n a volar b r a s a s .
C u r u r ú n o e n t e n d í a b i e n , p e r o igual e s t a b a
o r g u l l o s o — h a s t a m e d i o h i n c h a d o de o r g u l l o ,
d i c e n — de q u e n a d a m e n o s q u e P a - p a Miri lo
llevara c o m o a y u d a n t e .
— Y o te voy a explicar bien —le d i j o el d i o s .
Se a g a c h ó p a r a h a b l a r l e en la o r e j i t a a C u r u r ú y
le d i j o , m u y b a j i t o :
—Bsss bsss bsss. ¿ E n t e n d i s t e ? Y d e s p u é s ,
bss bss bssss; y e n t o n c e s , ¡bs! ¿ E s t a m o s , m ' h i j o
Cururú?
Claro, ustedes no entendieron nada porque
P a - p a Miri h a b l a b a en s e c r e t o p a r a q u e no lo
o y e r a n los F u t u r o s C u e r v o s ( ¡ t e n í a n un o í d o ! ) .
P e r o C u r u r ú sí q u e e n t e n d i ó . Dio dos saltitos y
d i j o q u e sí.
E n t o n c e s P a - p a Miri y el s a p o se f u e r o n ca-
m i n a n d o p a r a la m o n t a ñ a d o n d e vivían los co-
m e g e n t e s , q u e e r a n los d u e ñ o s del f u e g o .
B u e n o , la v e r d a d es q u e el q u e c a m i n a b a era P a -
p a Miri: C u r u r ú iba salta q u e te salta.
C u a n d o l l e g a r o n , P a - p a Miri se tiró al suelo
y se q u e d ó q u i e t o . P a r e c í a d e s m a y a d o . El s a p o
se q u e d ó entre el p a s t o , m á s allá, y c o m o era chi-
q u i t o y de c o l o r v e r d e n a d i e lo veía. P e r o él sí

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q u e veía y m i r a b a bien lo q u e p a s a b a .
Al r a t o a p a r e c i e r o n los F u t u r o s C u e r v o s y
vieron a P a - p a Miri t i r a d o en el p i s o .
— ¡ M m m m ! — d i j e r o n — . ¡ C o m i d a ! ¡A coci-
n a r ! ¡A h a c e r un a s a d o c o n éste!
E m p e z a r o n a c o r r e r , j u n t a n d o r a m a s , y en-
c e n d i e r o n u n a f o g a t a j u s t o al lado de P a - p a Mi-
ri. P e r o él n o se q u e m a b a ( ¡ p a r a eso era un
dios!). C u a n d o el f u e g o e s t a b a bien f u e r t e y se
h a b í a n f o r m a d o un m o n t ó n de b r a s a s , P a - p a
Miri e m p e z ó a p o n e r en m a r c h a su p l a n , q u e n a -
d a m á s q u e C u r u r ú c o n o c í a . La idea era hacer
saltar b r a s a s y q u e el s a p o p u d i e r a pescar a l g u n a
al vuelo y llevársela.
Así q u e espió con d i s i m u l o y c u a n d o n i n g u -
n o de los F u t u r o s C u e r v o s m i r a b a , le p e g ó u n a
b u e n a p a t a d a a la h o g u e r a . S a l t a r o n c a r b o n e s
encendidos para todos lados. Algunos cayeron
d o n d e e s t a b a C u r u r ú , q u e pegó un salto p a r a
a d e l a n t e y estiró la l e n g u a ; p e r o no p u d o
agarrar nada.
P a - p a Miri m i r ó a C u r u r ú y l e v a n t ó las cejas
c o m o p r e g u n t á n d o l e . El s a p o d i j o q u e n o con la
cabeza.
Los Futuros-Cuervos estaban extrañados:
¿ p o r q u é h a b í a s a l t a d o así el f u e g o ? M i r a r o n a
P a - p a M i r i p e r o lo v i e r o n q u i e t o c o m o a n t e s ; se
e n c o g i e r o n de h o m b r o s y t r a j e r o n m á s leña.
E n t o n c e s , P a - p a Miri esperó a q u e se hi-
cieran m á s b r a s a s y p e g ó o t r a p a t a d a f u e r t e . De
n u e v o s a l t a r o n los c a r b o n e s y esta vez C u r u r ú
dio un b u e n b r i n c o , estiró r á p i d o la lengua ¡y
a g a r r ó u n a b r a s a igual q u e si f u e r a u n a m o s c a !
A mí n o m e p r e g u n t e n c ó m o hizo p a r a no
q u e m a r s e , p o r q u e n o sé: casi seguro q u e P a - p a

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 iMin d i i n u a i u u u a uiauid p a i d que p u u i c i a
a g u a n t a r el f u e g o en la b o c a . La cuestión es q u e
C u r u r u se t r a g ó la b r a s a , cerró la b o c a y se
q u e d ó c o m o si n a d a .
P a - p a Miri le p r e g u n t ó o t r a vez con las cejas
desde l e j o s y C u r u r ú d i j o q u e sí con la c a b e z a y
con el d e d i t o índice y el p u l g a r hizo u n a seña
q u e q u e r í a decir: " U n p o q u i t o " .
E n t o n c e s , el dios se p a r ó y le d i j o en voz al-
ta:
— U n p o q u i t o b a s t a , m" h i j o C u r u r ú . V a m o s
rápido.
Los F u t u r o s C u e r v o s se q u e d a r o n p a s m a -
d o s . ¿ C ó m o h a b í a h e c h o ese h o m b r e , q u e ellos
se c r e í a n q u e ya e s t a b a m e d i o a s a d o , p a r a po-
nerse de pie c o m o si n a d a ?
P a - p a Miri se f u e con el s a p o y, c u a n d o estu-
vieron l e j o s , le d i j o :
— L a r g á el f u e g o , m ' h i j o .
C u r u r ú e s c u p i ó la b r a s a .
— A h o r a , a n d á a b u s c a r mi arco y mis
flechas.
El s a p o salió a los saltos largos y volvió con
lo q u e le h a b í a n p e d i d o . E n t o n c e s , P a - p a Miri
p r e n d i ó f u e g o a la p u n t a de m a d e r a d u r a de u n a
flecha y la tiró c o n el a r c o c o n t r a un á r b o l , un
laurel. El f u e g o se q u e d ó a d e n t r o del á r b o l , pe-
ro no lo q u e m ó .
D e s p u é s , con un p o c o de b r a s a q u e q u e d a -
b a , e n c e n d i ó o t r a flecha con p u n t a de m a d e r a y
la tiró c o n t r a u n a p l a n t a q u e se llama " b e j u c o
s u b t e r r á n e o " . P a s ó lo m i s m o .
E n t o n c e s , P a - p a Miri l l a m ó a la gente y les
d i j o q u e en la m a d e r a de esas dos p l a n t a s e s t a b a
e s c o n d i d o el f u e g o , q u e c u a n d o quisieran te-

18
 . jrío t e n í a n q u e c o r t a r un buen p e d a z o de laurel
- n e i u c o , h a c e r l e un a g u j e r i t o , m e t e r ahí la p u n -
a J e m a d e r a de u n a flecha y h a c e r l a d a r vueltas
MUÍ y r á p i d o : en s e g u i d a s a l d r í a n las l l a m i t a s .
Desde e n t o n c e s , los g u a r a n í e s h i c i e r o n f u e g o
Je ese m o d o .
D e s p u é s , p a r a q u e los F u t u r o s C u e r v o s n o
-¡en i e r a n h a c i e n d o mal a la g e n t e , P a - p a Miri
os c o n v i r t i ó en u n o s p a j a r r a c o s n e g r o s a los
;ue la g e n t e del c a m p o l l a m a " c u e r v o s " o " j o -
e s " y los g u a r a n í e s u r u b ú e s .

19
Nuestro Señor del Cuerpo
como el Sol y su hermano
Futura Luna

Z-^icen los g u a r a n í e s q u e hace m u c h o p e r o

m u c h o , en la m i s m a é p o c a de P a - p a M i r i , a p a -
reció u n c h i c o . Este chico t a m b i é n era un dios, y
f u e u n o d e los p r i m e r o s en p o b l a r la t i e r r a . Se
l l a m a b a P a í R e t é K u a r a í , q u e en g u a r a n í quiere
decir " N u e s t r o S e ñ o r del C u e r p o c o m o el S o l "
o " N u e s t r o S e ñ o r del C u e r p o R e s p l a n d e c i e n -
t e " , p o r q u e t e n í a el c u e r p o brillante c o m o la
luz.
Este c h i c o l u m i n o s o vivía solo, p e r o sabia
a r r e g l á r s e l a s p o r su c u e n t a sin p r o b l e m a s . H a -
bía a p r e n d i d o a c a z a r y a pescar sin q u e le ense-
ñ a r a n y así se c o n s e g u í a q u é c o m e r . T a m b i é n
sabía c ó m o c o c i n a r s e la c o m i d a .
Así e s t a b a Paí Reté K u a r a í m u y t r a n q u i l o ,
c u a n d o u n a vez se e n c o n t r ó con u n o s a los q u e

20
 n u n c a en su vida n a b i a visto a n t e s . N o eran ni
h o m b r e s ni a n i m a l e s y se l l a m a b a n los Seres Pri-
m i t i v o s . E r a n m a l o s , m u y m a l o s , y les e n c a n t a -
b a c o m e r s e a t o d o el q u e se les a c e r c a b a . C u a n -
d o v i e r o n al c h i c o , d i j e r o n :
— ¡Llegó el a l m u e r z o ! ¡ L i n d o , el chico lumi-
noso!
P e r o , c o m o e r a n u n o s f a l s o s , c u a n d o él llegó
lo s a l u d a r o n m u y a m a b l e s y s o n r i e n t e s , hacién-
d o s e los a m i g o s y los s i m p á t i c o s , y e m p e z a r o n a
c h a r l a r : q u e si e s t o , q u e si lo o t r o . M i e n t r a s t a n -
t o , u n o d e ellos se f u e p o r d e t r á s de los á r b o l e s ,
e s c o n d i d o c o m o un c a z a d o r , con su a r c o y su
f l e c h a , y c u a n d o e s t u v o cerca le tiró un f l e c h a z o
p o r la e s p a l d a ( ¡ q u é t r a i c i o n e r o s q u e e r a n estos
Seres P r i m i t i v o s ! ) .
P e r o P a í Reté K u a r a í n o era un chico así n o -
m á s : era m u y p o d e r o s o p o r q u e era h i j o del cre-
a d o r Ñ a n d e r ú , así q u e c u a n d o la f l e c h a le p e g ó ,
se e s c u c h ó " ¡ b o i n g ! " y le r e b o t ó en el c u e r p o .
El sintió a l g o , p o r q u e d i j o :
— ¡ E p a ! ¡Un m o s q u i t o ! —y n o se dio c u e n -
ta.
El Ser P r i m i t i v o q u e h a b í a t i r a d o se rascó la
c a b e z a , e x t r a ñ a d o : ¡ n u n c a h a b í a visto algo así!
E n t o n c e s , v i n o d e s p a c i t o o t r o y le d i j o :
— ¡ Q u é flojo q u e sos! ¡ D e j á m e tirar a mí
ahora!
E s t i r ó la c u e r d a del a r c o y tiró o t r o f l e c h a z o .
" ¡ B o i n g ! " hizo en la e s p a l d a de Paí Reté
Kuaraí y rebotó también.
— P e r o , ¡estos m o s q u i t o s ! — d i j o el chico; se
p e g ó un m a n o t a z o en la e s p a l d a y siguió c o n v e r -
sando.
E n t o n c e s el m á s f u e r t e de los Seres Primiti-
-i -i
 vos a g a r r ó su a r c o , f u e p o r detrás de Paí Reté
K u a r a í , e s t i r ó la c u e r d a t a n t o que parecía q u e
la iba a r o m p e r y le tiro un flechazo c o m o p a r a
p a s a r de l a d o a l a d o un t r o n c o de á r b o l .
Los Seres P r i m i t i v o s vieron venir la flecha,
q u e z u m b a b a p o r el aire; vieron c ó m o se acerca-
b a m á s y m á s al c h i c o , q u e m i r a b a p a r a o t r a
p a r t e . Los m u y m a l d i t o s p e n s a r o n : " ¡ A h o r a sí
q u e s o n ó é s t e ! " ; p e r o la flecha hizo " ¡ B o o -
o i i i n g ! " y t a m b i é n r e b o t ó . Paí Rete K u a r a í di-
jo: j
— E s t e m o s q u i t o o era m u y g r a n d e o era un j
t á b a n o . M e picó m á s f u e r t e que los o t r o s .
L o s Seres P r i m i t i v o s n o sabían qué h a c e r .
— C o n éste n o se p u e d e —decían a l g u n o s .
— Y b u e n o , e s p e r e m o s un p o c o , a ver si en-
c o n t r a m o s la f o r m a de c a z a r l o . M i e n t r a s , crece,
se h a c e m á s g r a n d e , y t e n e m o s más p a r a c o m e r
—dijo otro.
Así q u e d i s i m u l a r o n la cosa, hicieron c o m o
si no h u b i e r a p a s a d o n a d a y Paí Reté K u a r a í se
q u e d ó a vivir cerca d e ellos un t i e m p o .
P a s a r o n u n o s d í a s y el chico r e s p l a n d e c i e n t e
p e n s ó q u e sería b u e n o t e n e r un h e r m a n o , p o r -
q u e solo se a b u r r í a . E n t o n c e s usó su p o d e r :
a g a r r ó u n a h o j a , la s o p l ó y ¡zas! la h o j a se con-
virtió en o t r o c h i c o , q u e vino a ser su h e r m a n o
m e n o r y se l l a m ó Y a c y r á , que en castellano
q u i e r e decir " F u t u r a L u n a " . C u a n d o n a c i ó ,
Y a c y r á n o e r a un b e b é : e s t a b a b a s t a n t e crecido
y p o d í a c a m i n a r y h a b l a r , así que fue e n s e g u i d a
un b u e n c o m p a ñ e r o p a r a Paí Reté K u a r a í . Los
d o s salían a c a m i n a r , c a z a r y pescar j u n t o s .
U n a vez, v i e r o n q u e los Seres P r i m i t i v o s es-
t a b a n sin c o m i d a y d e c i d i e r o n conseguirles algo.

24
 : f u e r o n al m o n t e y vieron un l o r o p a r a d o en
r a m a . " ¡ A l g o es a l g o ! " , p e n s a r o n y le tira-
:: un f l e c h a z o , p e r o la f l e c h a le p a s ó c e r c a sin
•-arle.
C l a r o q u e si Paí Reté K u a r a í y Y a c y r á no
-.:n chicos c o m u n e s , éste t a m p o c o e r a u n l o r o
- m u n . Se l l a m a b a L o r o del D i s c r e t o H a b l a r y
- a un bicho s a b i o , q u e c o n o c í a u n m o n t ó n de
wis.
C u a n d o la f l e c h a le p a s ó z u m b a n d o , el l o r o
c e n o j ó ( b u e n o , h a y q u e r e c o n o c e r q u e tenía
i / ó n , ¿ n o ? ) , los m i r ó de c o s t a d o con u n o j o ,
s
: i c o m o m i r a n s i e m p r e los l o r o s , y d i j o :
— ¡ Q u é b o n i t o ! ¡A esos q u e e s t á n e s p e r a n d o
•\ira c o m é r s e l o s , ustedes salen a b u s c a r l e s corni-
j a . p a r a a y u d a r l o s ! ¡ Q u é vivos q u e s o n u s t e d e s
.ios! — p o r q u e este l o r o s a b í a t o d a la h i s t o r i a de
. o r n o los Seres P r i m i t i v o s h a b í a n q u e r i d o c a z a r
a Paí Reté K u a r a í .
Los d o s h e r m a n o s se q u e d a r o n muy
• o r p r e n d i d o s y n o s a b í a n q u é d e c i r . D e s p u é s , le
e m p e z a r o n a p r e g u n t a r y el L o r o del D i s c r e t o
H a b l a r ( q u e de d i s c r e t o n o t e n í a m á s q u e el
nombre, porque hablaba y hablaba y hablaba)
'js d i j o q u i é n e s e r a n esos Seres P r i m i t i v o s , q u e
chicos se creían q u e e r a n tan s i m p á t i c o s , y
f j s c o n t ó q u é p l a n e a b a n : ¡esperar el m o m e n t o
r a r a p o d e r m a n d a r l o s a la p a r r i l l a ! T a m b i é n les
: o n t ó de t o d o s a los q u e ya se h a b í a n c o m i d o .
A Paí Reté K u a r a í le dio m u c h a r a b i a y se
puso a p e n s a r c ó m o v e n g a r s e y s a c a r del m e d i o
i esos, p o r q u e eran un p e l i g r o . P e n s ó y p e n s ó y
J final se le o c u r r i ó . Le d i j o a Y a c y r á :
— Por ahí hay un río con m u c h a c o r r e n t a d a .
pasa e n t r e u n a s b a r r a n c a s m u y a l t a s , ¿te
 ^ o r u u i . ' n a \ un l i u ü c u uc ai uui q u t 311 >
• ^ w
p u e n t e p a r a c r u z a r . ¿ S a b e s q u é p e n s é ? Va-
:.os a hacer que los Seres P r i m i t i v o s p a s e n por
.:-.: y c u a n d o estén en el m e d i o del t r o n c o lo va-
::os a d a r v u e l t a , así se c a e n . Vos e s c o n d é t e cer-
,i del rio y esperá a q u e te h a g a u n a s e ñ a : en-
tices, \ e n i s c o r r i e n d o y m e a y u d á s . ¡Ya vas a
er lo q u e les p a s a a esos s i n v e r g ü e n z a s !
Así q u e los h e r m a n o s se f u e r o n c o r r i e n d o ,
:;iO p a r a c a d a l a d o . Y a c y r á se e s c o n d i ó . P a í Re-
e Kuaraí llegó d o n d e e s t a b a n los Seres Primiti-
.os y les d i j o :
— ¡Al o t r o l a d o del río está lleno de u n o s ár-
boles con f r u t a m u y b u e n a ! ¡ V e n g a n ! ¡Yo los
'.levo al l u g a r !
Los o t r o s le c r e y e r o n y lo s i g u i e r o n . Al lie-
car al río, les d i j o :
— E s del o t r o l a d o . C r u c e n p o r el t r o n c o ,
que yo voy a t r á s .
P e r o c u a n d o e s t a b a n p a s a n d o s o b r e el a g u a ,
el chico del c u e r p o r e s p l a n d e c i e n t e le hizo u n a
-eña al h e r m a n o , el o t r o salió c o r r i e n d o y entre
ios d o s d i e r o n vuelta el t r o n c o . L o s Seres P r i m i -
:ivos t r a t a r o n de h a c e r e q u i l i b r i o r e v o l e a n d o los
b r a z o s y las p i e r n a s , p e r o se c a y e r o n . E n t o n c e s ,
Paí Reté K u a r a í les gritó u n a s p a l a b r a s con po-
der m á g i c o :
— ¡ C o n v i é r t a n s e en a n i m a l e s del a g u a !
Y a p e n a s c a d a u n o t o c a b a el a g u a del río al
: a e r , se i b a n c o n v i r t i e n d o : u n o s en n u t r i a s ,
o t r o s en y a c a r é s , o t r o s en peces y varios b i c h o s
m á s . Así p a s ó con t o d o s , m e n o s con u n a m u j e r
de los Seres P r i m i t i v o s q u e iba a d e l a n t e y pegó
un salto e n o r m e : en lugar de caerse al río, p u d o
i'egar a la o t r a orilla.
-
 C u a n d o P a í Reté K u a r a í vio q u e ella se h a -
bía s a l v a d o , se p u s o f u r i o s o y sin p e n s a r m u c h o
en lo q u e e s t a b a d i c i e n d o , le gritó o t r a s p a l a b r a s
con p o d e r m á g i c o :
— ¡Ser h o r r i b l e ! ¡ D o r m i t e y d e s p u é s desper-
táte y q u e c u a n d o te despiertes t o d o s te t e n g a n
m i e d o p a r a s i e m p r e y n a d i e se te q u i e r a a c e r c a r !
Ella se q u e d ó d o r m i d a . C u a n d o d e s p e r t ó , se
e n c o n t r ó r a r a : se' h a b í a c o n v e r t i d o en un ya-
g u a r e t é , esa f i e r a q u e es c o m o un tigre m a n c h a -
d o . F u e el p r i m e r y a g u a r e t é que h u b o s o b r e la
t i e r r a . Los g u a r a n í e s p o n e n este caso c o m o
e j e m p l o de q u e c u a n d o u n o está e n o j a d o , tiene
q u e c u i d a r bien la l e n g u a y fijarse con a t e n c i ó n
q u é dice p a r a no h a c e r m a c a n a s ; si el chico
r e s p l a n d e c i e n t e no h u b i e r a p e r d i d o la cabeza y
d i c h o eso, a h o r a no h a b r í a y a g u a r e t é s , que son
tan peligrosos y meten tanto miedo
Los h e r m a n o s c r e c i e r o n . Paí Reté K u a r a í in-
v e n t ó a l g u n a s p l a n t a s n u e v a s y de o t r a s q u e ya
e s t a b a n le explicó al h e r m a n o p a r a q u é servían
(cuáles d a b a n f r u t a b u e n a p a r a c o m e r , cuáles
h a b í a q u e c o c i n a r y así). I n v e n t ó t a m b i é n la yer-
ba m a t e , q u e hizo crecer de los h o m b r o s de u n a
m u j e r q u e e s t a b a triste:
— A l e g r á t e —le d i j o — , a h o r a ya t o d o s los
h o m b r e s van a tener esta p l a n t a p a r a p o d e r to-
m a r m a t e —y la m u j e r se puso c o n t e n t a .
D e s p u é s , Y a c y r á se m e t i ó en un lío. Le gus-
t a b a ir de n o c h e a espiar en las casas de la g e n t e ,
m e t e r s e d e s p a c i o a d e n t r o y revolver t o d o . U n a
m u j e r se dio c u e n t a y decidió m a r c a r al espión
p a r a d e s p u é s r e c o n o c e r l o de d í a . así q u e se
e m p l a s t ó la m a n o con un líquido o s c u r o que se
s a c a b a de un á r b o l y c u a n d o él e n t r ó a la n o c h e ,
2S
 j n c h a s t r ó la cara con eso. N u n c a se p u a o sa-
.: las m a n c h a s .
E n t o n c e s . Y a c y r á se c a n s ó de vivir en la
crra y se q u i s o ir al cielo. Paí Rete K u a r a í le
> e ñ ó c ó m o : le dio su a r c o y un m o n t ó n de
•.•chas. Le dijo q u e a p u n t a r a al cielo y t i r a r a .
:cyrá le hizo c a s o , la flecha salió v o l a n d o ,
, L i u u u u ! " , y al r a t o se o y ó un r u i d o , lejos
'¡pac!" 1 ): se h a b í a c l a v a d o en el cielo. E n t o n -
> . el h e r m a n o m a y o r le d i j o q u e t i r a r a o t r a
.•cha q u e se c l a v a r a en la p u n t a del p a l o de la
-.•erior. Y a c y r á a p u n t ó bien (tenía un o j o b á r -
•to, p o r q u e la flecha casi n o se veía ahí a r r i b a )
:iró o t r a vez. " ; F i u u u ! " , f u e la s e g u n d a
echa v o l a n d o y al r a t o se o y ó " ¡ p a c ! " : se h a -
a c l a v a d o en la o t r a . D e s p u é s hizo lo m i s m o
mi o t r a f l e c h a y c o n o t r a y con o t r a y c o n o t r a ,
: <ta q u e se f o r m ó u n a especie de c u e r d a de
echas, u n a e n s a r t a d a en la o t r a , q u e l l e g a b a
asta cerca del piso. Y a c y r á las u s ó p a r a t r e p a r ,
j g ó al cielo y ahí se q u e d ó . Se c o n v i r t i ó en la
u n a (¿vieron q u e tenía bien p u e s t o a n t e s el
i m b r e de " F u t u r a L u n a " ? ) y a h o r a se lo ve
en de n o c h e , t o d a v í a c o n la c a r a m a n c h a d a .

- x
••'(íjK^
X:—r
¿o
Chana hace las cosas difíciles

9
V - ^ e g u n los g u a r a n í e s , Pai Rete K u a r a í ,
N u e s t r o S e ñ o r del C u e r p o c o m o el Sol, e s t u v o
m u c h o t i e m p o en la T i e r r a , a r r e g l a n d o las c o s a s
p a r a c u a n d o a p a r e c i e r a n los p r i m e r o s g u a r a -
níes.
P e r o a p a r e c i ó en ese e n t o n c e s u n o q u e se lla-
m a b a C h a r i a , q u e t a m b i é n era m u y p o d e r o s o
p e r o q u e e m b r o l l a b a t o d o . Iba s i e m p r e p o r
d e t r á s de Paí R e t é K u a r a í y tenía la m a n í a de
c a m b i a r lo q u e él h a c í a o de c o p i a r l o h a c i e n d o
algo p a r e c i d o p e r o m a l o .
Paí R e t e K u a r a í i n v e n t ó las a b e j a s y las avis-
pas q u e d a n miel, p a r a q u e c u a n d o h u b i e r a gen-
te en la T i e r r a t u v i e r a n algo rico p a r a c o m e r . Y
decidió q u e en c a d a á r b o l h u b i e r a u n a c o l m e n a ,
así s i e m p r e h a b í a miel a m a n o .

30
 ¡'ero u ñ a r í a , q u e era m a i o , cujo c u a n u o ei
• o ^e f u e :
— ¿ P a r a q u é t a n fácil? ; Q u e t r a b a j e n los
m b r e s ! ¡ Q u e h a y a c o l m e n a s n a d a m á s q u e en
.runos á r b o l e s , q u e la g e n t e t e n g a q u e c a m i n a r
icho p a r a e n c o n t r a r l a s !
V, con su p o d e r , hizo d e s a p a r e c e r un m o n t ó n
• .olmenas.
Después, Paí Reté K u a r a í hizo q u e t o d o s los
"oles t u v i e r a n f r u t a b u e n a p a r a c o m e r . E n un
•Mnento q u e d a r o n c a r g a d o s de f r u t a s . Al r a t o ,
•.aria vio esto y d i j o , el m a l d i t o :
— ¡Qué fácil les va a ser t o d o a los h o m b r e s
:! ¡Ya a ser cuestión de estirar la m a n o y
•arrar u n a f r u t a ! ¡ N o ! ¡ Q u é t r a b a j e n ! ¡ Q u e
:o unos p o c o s á r b o l e s t e n g a n f r u t a q u e sirva
¡ra c o m e r y los d e m á s n o !
Y otra vez, con su p o d e r , hizo q u e la m a y o r í a
• 'os á r b o l e s d i e r a n u n o s f r u t i t o s c h i q u i t i t o s
:e d a n l á s t i m a , o con m a l g u s t o , o d u r í s i m o s ,
.;ue dan d o l o r de b a r r i g a si u n o los c o m e .
— ¡ J i , j i , ji! —se r e í a .
Después, P a í Reté K u a r a í i n v e n t ó las p l a n t a s A
a m a d a s p a r a q u e los h o m b r e s t u v i e r a n sus
acras: creó el z a p a l l o , el m a í z , la b a t a t a , y el
a m , el p o r o t o y un m o n t ó n de cosas m á s .
Dijo: ' ^ "
— P a r a q u e a la g e n t e n o le f a l t e n u n c a c o m i -
a
J^u/
¡que estas p l a n t a s c r e z c a n en un solo d í a ! " Mf^^^
,'ue se s i e m b r e n a—la m a ñ a n a ,v a la n o c h e .va es- - _VA
Vl •
' > *
iistas p a r a c o s e c h a r !
(."haría lo vio y lo e s c u c h ó , y d i j o : /^^Ws
— ¿ P a r a q u e tan fácil? ¡ N o , s e ñ o r ! ¡ Q u e t a r -
meses!
\ con su Doder. asi f u e .

31
 Paí Rete K u a r a í creó a la a n g u i l a , q u e no ha-
ce m a l a n a d i e . C h a r i a f u e c o r r i e n d o e i m e n i ó
una víbora venenosa.
— ¡Ji, ji, ji! — s e reía.
Para que, cuando hubiera hombres, pudieran
c a z a r fácil al t a p i r , P a í Reté K u a r a í h a b í a cre-
a d o a u n chico q u e i m i t a b a igualito, i g u a l i t o , el
grito de ese a n i m a l : c u a n d o lo e s c u c h a b a n , los
t a p i r e s se creían q u e era a l g u n o de ellos q u e los
e s t a b a l l a m a n d o y v e n í a n . E n t o n c e s Paí Reté
K u a r a í los p o d í a c a z a r , y lo m i s m o i b a n a p o d e r
h a c e r los h o m b r e s . P e r o C h a r i a d i j o :
— ¡ Q u é fácil les va a ser cazar a los h o m b r e s !
¡No me gusta!
E n t o n c e s le p i d i ó p r e s t a d o el chico g r i t a d o r
a P a í Reté K u a r a í . Le hizo imitar el g r i t o , pero
c u a n d o v i n o c o r r i e n d o un t a p i r , C h a r i a a g a r r ó
al m u c h a c h i t o y se lo revoleó e n c i m a . Al caer
s o b r e el l o m o del a n i m a l , el chico se c o n v i r t i ó en
g a r r a p a t a . Desde e n t o n c e s hay g a r r a p a t a s m o -
lestas y los t a p i r e s son m u y ariscos y difíciles de
cazar.
P a í Reté K u a r a í se d i o c u e n t a de las m a c a n a s
de C h a r i a , se c a n s ó de a g u a n t a r l o y decidió sa-
c á r s e l o de e n c i m a . Así q u e un día lo l l a m ó y le
dio u n a v i n c h a c o n un a d o r n o de m a d e r a p a r a la!
frente.
— T o m á —le d i j o — . P a r a vos.
— ¡ Q u é l i n d o ! — d i j o C h a r i a y se lo p u s o . j
P e r o en s e g u i d a sintió q u e algo le quemaba,<
p o r q u e Paí Reté K u a r a í h a b í a e s c o n d i d o una;
b r a s a en el a d o r n o . Se lo q u i s o sacar, p e r o pare-'
cía p e g a d o . E n t o n c e s c o r r i ó hasta un río y se
z a m b u l l o . P e r o e^e f u e g o de P-i; Rere Kuaraí no
ve a p a g a b a con a c u a . C ! m : m :.•!!:. ••:: :cndo y
 d e r e p e n t e hizo " ¡ p u f f ! " y se c o n v i r t i ó en un
m o n t ó n de cenizas.
El p r o b l e m a f u e q u e esa ceniza era tan mal-
dita c o m o él y se t r a n s f o r m ó en u n a n u b e de je-
jenes. Los jejenes, que son unos bichitos c o m o
m o s q u i t a s c h i q u i t i t i t a s p e r o que pican q u e da
m i e d o , se f u e r o n v o l a n d o t o d o s j u n t o s y e m p e -
z a r o n a p i c o t e a r d e lo lindo a Paí Reté K u a r a í ,
q u e d a b a m a n o t a z o s p a r a t o d o s l a d o s , desespe-
rado.
E n t o n c e s se le o c u r r i ó q u e si t e n í a n a l g o m á s
q u e p i c a r se iban a d i s t r a e r ; m o v i ó las m a n o s y
a p a r e c i e r o n un m o n t ó n d e a n i m a l e s de t o d o ti-
po (había m o n o s y gatos monteses, hurones y
p á j a r o s , p a t o s y c o a t í e s .y de t o d o un p o c o ) . Los
j e j e n e s se les f u e r o n e n c i m a , p e r o en seguida
v o l v i e r o n a a g u i j o n e a r t a m b i é n a P a í Reté
K u a r a í . Ya lo h a b í a n d e j a d o t o d o h i n c h a d o y
dolorido y no sabía qué hacer. Entonces, llamó
al c r e a d o r Ñ a n d e r ú :
— ¡ Ñ a n d e r ú , Ñ a n d e r ú ! ¡Ayudáme, por fa-
vor!
A p a r e c i ó Ñ a n d e r ú , e s p a n t ó a los j e j e n e s ,
q u e se f u e r o n v o l a n d o , a s u s t a d o s , y a él le dio
u n a v a s i j a llena de r o c í o .
— F r o t á t e con esto y vas a q u e d a r c o m o
n u e v o —le d i j o , y se f u e .
P a í Reté K u a r a í le h i z o caso y se f r o t o c o n el
r o c i o . E n s e g u i d a le d e s a p a r e c i e r o n las r o n c h a s
q u e le h a b í a n h e c h o los b i c h o s .
P u s o la vasija en el suelo y se s e n t ó a d e s c a n -
sar un p o c o . P e r o a u n q u e se h a b í a n ido los j e j e -
nes, h a b í a q u e d a d o ese o t r o m o n t ó n d e a n i m a -
les q u e él a c a b a b a de h a c e r y que a n d a b a n al-
b o r o t a d í s i m o s p o r las p i c a d u r a s , c o m o l o c o s ,

34
c o r r i e n d o y s a l t a n d o de acá p a r a allá. A l g u n o le
dio u n a p a t a d a a la v a s i j a con el rocío de Ñ a n -
d e r ú y la r o m p i ó . El l í q u i d o se d e s p a r r a m ó por
la t i e r r a y de ahí c r e c i e r o n u n a s c a l a b a z a s ( c o m o
esas c o n las q u e se h a c e n los m a t e s ) y u n a c a ñ a .
P e r o n o e r a n u n a c a l a b a z a y u n a c a ñ a cual-
q u i e r a : d e la c a l a b a z a n a c i ó en seguida el p r i m e r
h o m b r e ; de la c a ñ a a p a r e c i ó la p r i m e r a m u j e r .
P a í R e t é K u a r a í les m o s t r ó las c o l m e n a s de
miel ( q u e a p a r e c í a n en a l g u n o s á r b o l e s ) , los f r u -
tales, los z a p a l l o s , los maíces, las b a t a t a s , los
m a n í e s , los p o r o t o s y o t r a s p l a n t a s p a r a h a c e r
las c h a c r a s ( q u e i b a n a t a r d a r meses en crecer) v
las d e m á s cosas de la T i e r r a . Les d i j o cuál era la
v í b o r a v e n e n o s a y q u e tuvieran c u i d a d o con
ella. Les e n s e ñ ó c ó m o p l a n t a r y c ó m o j u n t a r
miel y f r u t a , c ó m o c o c i n a r y c ó m o h a c e r sus
cantos sagrados y rezar a Ñ a n d e r ú .
C u a n d o t e r m i n ó , P a í Reté K u a r a í , N u e s t r o
S e ñ o r del C u e r p o R e s p l a n d e c i e n t e , s u b i ó al
cielo j u n t o c o n su a m i g o , el L o r o del D i s c r e t o
H a b l a r , a q u é l q u e le h a b í a c o n t a d o lo de los Se-
res P r i m i t i v o s q u e se lo q u e r í a n c o m e r c u a n d o
e r a c h i c o (los g u a r a n í e s dicen que se lo llevó pa-
r a q u e este c h a r l a t á n n o h a b l a r a de m á s en la
T i e r r a ) . El L o r o se f u e a vivir cerca de Ñ a n d e r ú .
Paí R e t é K u a r a í se c o n v i r t i ó en el Sol y sigue
b r i l l a n d o c o m o a n t e s , p e r o a h o r a en el cielo
c u a n d o es d e d í a .
i n cuento con muchos
pecaríes y un yacaré

fL— ste es u n c u e n t o q u e los g u a r a n í e s a veces

c u e n t a n a los chicos.
Dicen q u e u n a vez un h o m b r e m a n d ó a su
u j o ( q u e ya era un m u c h a c h o ) q u e f u e r a a revi-
ar las t r a m p a s p a r a p e c a r í e s , a ver si h a b í a
. a i d o a l g u n o . Los pecaríes s o n u n o s a n i m a l e s
•\irecidos a c h a n c h o s s a l v a j e s . El h o m b r e , q u e
abía m u c h a s cosas, le d i j o al m u c h a c h o :
—Si n o c a y ó n i n g u n o en las t r a m p a s , veníte
•n seguida p a r a c a s a . Si ves h u e l l a s de pecaríes,
no las sigas, p o r q u e cerca de d o n d e están las
r a m p a s , h a y un lugar p e l i g r o s o . Yo sé p o r q u é
e lo d i g o .
— P e r o si veo huellas de pécari —le c o n t e s t ó
h i j o — , en t o d o c a s o las sigo un p o c o , n a d a
•as; en u n a de esas p u e d o c a z a r algo.

37
 ¿Qué pemonos?
— ¡ M o n o s , m o n o s ! — d i j o el m u c h a c h o .
El G u a r d i á n se le a c e r c ó , le m e t i ó el hocico
al l a d o de la nariz y le d i j o :
— ¡ P e c a r í e s , q u e r r á s decir! ¿Te creés q u e yo
soy z o n z o ?
— N o , n o , n o , ¡ p o r f a v o r ! — c o n t e s t ó el
m u c h a c h o — . ¡ N o , s e ñ o r ! Vea, yo, esteee... iba
por acá n o m á s y...
— ¡Y q u e r í a s c a z a r pecaríes! B u e n o , está
b i e n , ¡ b a s t a d e e x c u s a s ! T e n e s suerte: h o y a n d o
de m u y b u e n h u m o r , así q u e no m e voy a eno-
j a r . Y p a r a q u e veas q u e estoy c o n t e n t o , te digo
q u e te cases c o n mi h i j a .
— E s q u e y o . . . — e m p e z ó a c o n t e s t a r el
muchacho.
— ¿ C ó m o ? — g r i t ó el G u a r d i á n de los Peca-
r í e s — . ¿ N o te q u e r é s c a z a r con mi h e r m o s a hi-
j a ? ¿ N o s d e s p r e c i á s ? — b e r r e ó , m o s t r a n d o los
colmillos.
— N o , p o r f a v o r , ¡si es un h o n o r ! ¡ G r a c i a s !
—le d i j o el m u c h a c h o , q u e e s t a b a c a d a vez m á s
asustado.
— ¡ A h ! ¡ M á s vale así! — d i j o el G u a r d i á n . Se
dio v u e l t a y g r i t ó — : ¡ H i j a , vení p a r a acá q u e es-
tá tu n o v i o !
A p a r e c i ó c o r r i e n d o u n a pécari g o r d i t a , q u e
le hizo o j i t o s al m u c h a c h o , m e d i o c o q u e t a .
A t r á s , venía t o d a la p a r e n t e l a : c o m o c i n c u e n t a
pecaríes m á s . El m u c h a c h o j u n t ó f u e r z a y le
s o n r i ó a la c h a n c h i t a .
— B u e n o , ¡ t o d o el m u n d o p a r a casa! — d i j o
el G u a r d i á n — . ¡ V á m o n o s !
Y el m u c h a c h o se t u v o q u e ir con los a n i m a -
les, al t r o t e , p o r el m o n t e . Lo hicieron t r a b a j a r :
35
36
•jando h a b í a á r b o l e s con f r u t a s , se tenía q u e
abir y tirárselas al suelo p a r a q u e c o m i e r a n .
D e s p u é s llegaron a u n a l a g u n a e n o r m e . El
guardián m a n d ó q u e la c r u z a r a n y la h i j a le di-
o al m u c h a c h o q u e se le a g a r r a r a f u e r t e de los
•^elos y ella lo iba a llevar n a d a n d o .
P a s a r o n al o t r o l a d o , v i a j a r o n o t r o p o c o y
legaron a un lugar p a r a d e s c a n s a r . Los pecaríes
e d u r m i e r o n , p e r o el m u c h a c h o p e n s ó :
— A h o r a tengo q u e a p r o v e c h a r p a r a esca-
larme.
Así q u e se levantó d e s p a c i t o , se f u e en p u n -
•itas de pie y c u a n d o e s t u v o lejos se p u s o a
correr c o m o loco. Llegó a la l a g u n a : y a h o r a ,
•cómo cruzaba?
Pasó un pato nadando:
— C r u z á m e al o t r o l a d o , p a t o —le d i j o .
— N o , soy m u y chico p a r a eso — c o n t e s t ó el
pato.
P a s ó n a d a n d o un b i g u á ( q u e es u n p a j a r r a c o
n e g r o , m e d i o p a r e c i d o a los p a t o s ) :
— C r u z á m e al o t r o l a d o , b i g u á —le p i d i ó .
— N o , soy m u y chico p a r a eso — c o n t e s t ó el
biguá.
P a s ó un y a c a r é :
— ¡Señor de la e s p a l d a t e r s a y los o j o s relu-
cientes c o m o flores, c r u z á m e , p o r f a v o r ! —le
dijo.
Al y a c a r é le l l a m ó la a t e n c i ó n q u e le d i j e r a n
q u e era l i n d o , y le c o n t e s t ó :
— E s t á b i e n , m e acerco a la orilla y te subís a
mi l o m o .
El m u c h a c h o se subió, se s e n t ó e n c i m a y el
y a c a r é salió n a d a n d o . Al r a t o d i j o :
— ¡ Q u é te voy a parecer de e s p a l d a tersa y
quiere comer.
— E s c ó n d e t e en mi c a n a s t o , d e b a j o de los
p e s c a d o s q u e s a q u é — c o n t e s t o el p a j a r o . Le hi-
zo caso y se m e t i ó a d e n t r o , t a p á n d o s e con un
m o n t ó n de m o j a r r a s , a l g u n o s bagres y varios
sabalos.
Llegó el y a c a r é :
— ¿ N o h a s visto un m u c h a c h o , m a r t í n pes-
c a d o r ? —le p r e g u n t ó .
— N o vi n i n g u n o .
— ¡ M e n t i r a ! — g r i t ó el y a c a r é — . Las huellas
llegan h a s t a a c á . ¡Vos lo e s c o n d i s t e !
— Y o no fui — d i j o el o t r o .
— ¡A ver ese c a n a s t o ! — g r i t ó el y a c a r é , f u -
rioso.
E n t o n c e s , el m a r t í n p e s c a d o r a g a r r ó el ca-
n a s t o con las p a t a s y salió v o l a n d o . C u a n d o es-
t u v o l e j o s , b a j ó y el m u c h a c h o p u d o salir. T e n í a
b a s t a n t e o l o r a p e s c a d o , p e r o se h a b í a s a c a d o de
e n c i m a al y a c a r é . Le dio las gracias al m a r t í n
p e s c a d o r y se f u e p a r a su c a s a .
C u a n d o se le p a s ó el s u s t o , se rió muchísi-
mo.
Eso sí, la siguiente vez q u e f u e a revisar las
t r a m p a s p a r a p e c a r í e s , c u a n d o vio que n o h a b í a
n i n g u n o se volvió e n s e g u i d i t a p a r a su p u e b l o ,
a u n q u e e s t a b a lleno de h u e l l a s de esos a n i m a l e s ,
p i s a d a s f r e s q u i t a s q u e i b a n p a r a el m o n t e .

37
¿Quiénes son los guaraníes?
 iiitAiü. ui. v a i i u j jjvji u i , ¿ajjaiius,
m a n d i o c a s , batatas, ajíes, maníes, a l g o d ó n ,
tabaco y otras más.
En ei m o n t e s a c a b a n f r u t a s silvestres, p a l m i t o s
de p a l m e r a y miel de a b e j a s o a v i s p a s . Allí
t a m b i é n c a z a b a n varios a n i m a l e s , c o n a r c o y
Hechas o c o n t r a m p a s , p a r a c o n s e g u i r c a r n e :
t a p i r e s , c o r z u e l a s , ciervos, c a r p i n c h o s y o t r o s
roedores más chicos, m o n o s , coatíes, p á j a r o s
y o t r o s . J u n t a b a n h u e v o s de aves s a l v a j e s y
tenían algunos patos domesticados. T a m b i é n
pescaban con arco y flechas, anzuelos,
t r a m p a s h e c h a s con c a n a s t o s y v e n e n o s q u e
t i r a b a n al a g u a p a r a a t o n t a r a los peces h a s t a
q u e p o d í a n a g a r r a r l o s con la m a n o .
A n t i g u a m e n t e , los g u a r a n í e s v i a j a b a n m u c h o
p o r el a g u a : h a c í a n g r a n d e s r e c o r r i d o s en
c a n o a s h e c h a s con t r o n c o s a h u e c a d o s .

39
Vestirse y adornarse
Su r o p a era m u y sencilla: en t i e m p o s a n t i g u o s ,
m uc h o s a n d a b a n t o t a l m e n t e d e s n u d o s ,
e s p e c i a l m e n t e en los lugares c a l u r o s o s de m u y
al n o r t e . En los g r u p o s de la A r g e n t i n a , los
h o m b r e s u s a b a n el c h i r i p á (un d e l a n t a l de
i
a l g o d ó n ) y las m u j e r e s un vestido largo h a s t a
las r o d i l l a s , de esa m i s m a tela. A d e m á s , se
yn \
a d o r n a b a n m u c h o con t o c a d o s de p l u m a s p a r a
^v^r) la c a b e z a y collares de dientes o g a r r a s de

• TXp)
^'¿[V a n i m a l e s , de semillas o de p l u m a s . C l a v a d o
b a j o el l a b i o i n f e r i o r , los h o m b r e s llevaban
o t r o a d o r n o , de m a d e r a , piedra o m e t a l ,
llamado tembetá.
Mucha guerra
; la g u e r r a , a d e m á s del a r c o y las f l e c h a s ,
^ e l e a b a n c o n u n a s m a z a s de m a d e r a p e s a d a ,
Tiuy l a r g a s . Los g u a r a n í e s f u e r o n p u e b l o s
muy g u e r r e r o s , q u e a n t i g u a m e n t e p r a c t i c a b a n
A c a n i b a l i s m o con m u c h o s e n e m i g o s
p r i s i o n e r o s . P e r o no c o m í a n c a r n e h u m a n a
j o m o a l i m e n t o sino p o r r a z o n e s m á g i c a s ,
p o r q u e e s p e r a b a n así a d q u i r i r el p o d e r y la
:'uerza de los o t r o s .

Aldeas y casas grandes

Vivían en aldeas f o r m a d a s p o r v a r i a s casas
g r a n d e s h e c h a s con u n a r m a z ó n de t r o n c o s y
techo y p a r e d e s de p a j a y h o j a s de p a l m e r a .
En c a d a u n a vivía t o d a u n a p a r e n t e l a (los
h e r m a n o s c a s a d o s , los p a d r e s , los a b u e l o s ,
etc.); c a d a m a t r i m o n i o o c u p a b a u n a especie
de h a b i t a c i ó n s e p a r a d a p o r u n a e s t e r a . A
veces, un h o m b r e tenía v a r i a s e s p o s a s . P a r a
d o r m i r , u s a b a n h a m a c a s c o l g a d a s de dos
postes.
Las a l d e a s p o d i a n ser m á s o m e n o s g r a n d e s :
en ellas vivían e n t r e 50 y v a r i o s cientos de
personas.
C u a n d o las tierras s e m b r a d a s se h a c í a n p o c o
fértiles (cosa q u e en las selvas p a s a c a d a tres a
cinco a ñ o s ) , d e s m o n t a b a n o t r o s p e d a z o s de
selva; c u a n d o los cultivos q u e d a b a n m u y
lejos, la a l d e a se m u d a b a .
Los c u a r a n i e s f a b r i c a b a n ollas de c e r á m i c a .
40
 — T e d i g o q u e n o — d i j o el h o m b r e — . Es pe- ;
ligroso. j
El m u c h a c h o se f u e ; m i r ó las t r a m p a s y vio
q u e e s t a b a n vacias. T o d o el piso e s t a b a lleno de
p i s a d a s de pecaríes, q u e se a l e j a b a n p o r el m o n -
te.
— Y o voy a ver si e n c u e n t r o a estos pecaríes
— d i j o el m u c h a c h o , q u e era b a s t a n t e c a b e z a
d u r a — . N o q u i e r o volver con las m a n o s vacías.
T o t a l , ¿ q u é m e va a p a s a r ?
Así q u e p r e p a r ó su a r c o y sus f l e c h a s y em-
p e z ó a seguir las h u e l l a s , q u e se iban p o r e n t r e
los á r b o l e s . Llegó a un p a l m a r g r a n d í s i m o : las
h u e l l a s p a r e c í a n recién h e c h a s , f r e s q u i t a s .
— E s t o y cerca — d i j o — . Ya los voy a en-
contrar.
P e r o en eso, de d e t r á s de un t r o n c o de p a l m e -
r a , salió un pécari e n o r m e , g r a n d e c o m o u n a va-
c a , m u y p e l u d o , q u e le d i j o con u n a voz q u e m e -
tía m i e d o :
— ¿ Q u é a n d á s b u s c a n d o por acá vos?
El m u c h a c h o se q u e d ó d u r o del s u s t o , p o r -
que se dio c u e n t a de q u e éste era el G u a r d i á n de
los P e c a r í e s , u n o q u e se e n c a r g a de c u i d a r a es-
tos a n i m a l e s y q u e es p o d e r o s í s i m o y b a s t a n t e
b r a v o . El a r c o y la f l e c h a se le c a y e r o n de las
manos.
— T e p r e g u n t é q u é a n d á s b u s c a n d o p o r acá
vos — r e p i t i ó el o t r o , c o n voz de m a l h u m o r .
— A n d o b u s c a n d o p e . . . m o n o s — d i j o el
m u c h a c h o , p o r q u e e s t a b a t a n a b a t a t a d o q u e ca-
si dice " p e c a r í e s " , c o s a q u e al G u a r d i á n no le
iba a g u s t a r ni m e d i o , p e r o en seguida t r a t ó de
a r r e g l a r la cosa d i c i e n d o " m o n o s " .
— ¿ P e m o n o s ? — p r e g u n t ó el G u a r d i á n — .
O
 v o s relucientes!
— Sí, es cierto — c o n t e s t ó el m u c h a c h o — ; en
va p u e b l o , t o d o s dicen e s o . S o b r e t o d o las
m u c h a c h a s , q u e s i e m p r e se a c u e r d a n de vos.
— ¿ A h , sí? ¿Y q u é dicen c u a n d o se a c u e r -
dan?
— Dicen: " ¡ A y , ese s e ñ o r de e s p a l d a tersa y
)jos relucientes c o m o f l o r e s ! " .
— ¡Ja, j a , j a ! —se rió, c o n t e n t o , el o t r o . Pe-
ro al r a t o insistió:
— ¿ C ó m o era q u e d e c í a n las c h i c a s ?
— " A y , ese s e ñ o r de la e s p a l d a tersa y los
o j o s relucientes c o m o f l o r e s ! " — d i j o el
; n u c h a c h o , q u e se e s t a b a e m p e z a n d o a divertir
¡ornándole el pelo.
— ¡ J a , j a , j a ! — s e rió, c o n t e n t o , el y a c a r é ,
a b r i e n d o m u c h o la b o c a z a .
C u a n d o e s t a b a n l l e g a n d o a la o t r a orilla, di-
jo o t r a vez:
— R e p e t í m e lo q u e dicen las m u c h a c h a s de
tu p u e b l o .
El o t r o se p a r ó s o b r e el l o m o del y a c a r é , h a -
ciendo e q u i l i b r i o ; se a g a r r ó de la r a m a de un ár-
bol q u e d a b a s o b r e el a g u a , l e v a n t ó los pies y le
gritó, m i e n t r a s el o t r o seguía s o l o :
— ¿Sabés q u é dicen s i e m p r e ? "¡Yacaré
viejo, de e s p a l d a g r a n u l i e n t a y o j o s c h i q u i t o s ! "
¡ C ó m o se e n o j ó el y a c a r é ! El m u c h a c h o sal-
tó a tierra y salió c o r r i e n d o ; el o t r o lo siguió.
E n t o n c e s , se dio c u e n t a de q u e ese y a c a r é era
m u c h o m á s r á p i d o de lo q u e él h a b í a c r e í d o . Si-
guió c o r r i e n d o y c o r r i e n d o , y se e n c o n t r ó con
un m a r t í n p e s c a d o r q u e , c l a r o , e s t a b a p e s c a n -
d o . Le d i j o :
— A y u d á m e , m a r t í n p e s c a d o r ; el y a c a r é m e
44
¿ Quiénes son los guaraníes?
[.os g u a r a n í e s f u e r o n un p u e b l o m u y
n u m e r o s o q u e vivía en v a r i o s p a í s e s ,
especialmente Brasil, P a r a g u a y y la A r g e n t i n a ,
a u n q u e g r u p o s e m p a r e n t a d o s (o p o r lo m e n o s
con i d i o m a p a r e c i d o ) t a m b i é n se e n c o n t r a b a n
en las A n t i l l a s y el n o r t e de S u d a m é r i c a . E n
n u e s t r o país vivían a n t i g u a m e n t e en M i s i o n e s ,
parte de C o r r i e n t e s y v a r i o s l u g a r e s a lo largo
del río P a r a n á h a s t a llegar al D e l t a . U n g r u p o
e m p a r e n t a d o , el de los c h i r i g u a n o s o a v a ,
h a b i t a b a p a r t e s de Bolivia y el N o r o e s t e
a r g e n t i n o ( d o n d e a ú n viven).
H o y , los g u a r a n í e s de la A r g e n t i n a p e r t e n e c e n
a un g r u p o q u e se l l a m a mbvá, q u e se
e n c u e n t r a en M i s i o n e s ( a u n q u e t a m b i é n viven
en el P a r a g u a y y el sur del Brasil).

Cosechar, cazar, pescar en la selva'

Los g u a r a n í e s s i e m p r e f u e r o n c u l t i v a d o r e s de
z o n a s de selva. P a r a c u l t i v a r , t e n í a n q u e
c o r t a r los á r b o l e s c o n h a c h a s de p i e d r a (desde
la llegada de los e s p a ñ o l e s las c a m b i a r o n por
o t r a s de h i e r r o ) , q u e m a r la m a l e z a y s e m b r a r
eon un p a l o , e n t r e la ceniza q u e servia c o m o
fertilizante. T e n í a n m u c h a s p l a n t a s c u l t i v a d a s :
miiu.Hu.>, i c j i u o s uc a i g o a o n y b a n c o s ,
c u c h a r a s y o t r o s o b j e t o s de m a d e r a .

Jefes sacerdotes
Los j e f e s e r a n g e n e r a l m e n t e s a c e r d o t e s y p o r
lo c o m ú n n o m a n d a b a n m á s q u e en su a l d e a ,
a u n q u e a veces v a r i a s aldeas se u n i a n p a r a la
g u e r r a , b a j o el m a n d o de u n a sola a u t o r i d a d .
Ser j e f e era b a s t a n t e t r a b a j o s o e n t r e los
g u a r a n í e s , p o r q u e tenía q u e ser m u y b u e n
orador (más que dar órdenes, debía convencer
a los d e m á s ) y e s t a b a o b l i g a d o a a y u d a r a
t o d o s en c a s o de n e c e s i d a d : conseguirles
comida, etcétera.
Las e n f e r m e d a d e s las t r a t a b a n los s a c e r d o t e s ,
que eran curanderos, por medios mágicos y
t a m b i é n u s a n d o u n a g r a n c a n t i d a d de p l a n t a s
medicinales.

Dioses V cantos sagrados

^ o

La religión de los g u a r a n í e s es m u y e l a b o r a d a ,
con u n a serie de m i t o s ( m u c h o s de los cuales
se t r a n s m i t e n en f o r m a de c a n t o s s a g r a d o s )
q u e c u e n t a n la h i s t o r i a de la creación de la
tierra, el origen de los a n i m a l e s , las p l a n t a s y
los h o m b r e s , la o r g a n i z a c i ó n social, etc.
T a m b i é n h a y u n a c a n t i d a d de bailes y
c a n c i o n e s religiosas, y rezos individuales q u e
hacen a q u e l l o s q u e b u s c a n la p e r f e c c i ó n del
alma.
46
 en un dios c r e a d o r , Ñ a n d e r ú , q u e
a t ó el l e n g u a j e h u m a n o , creó la tierra y
• ida a o t r o s c u a t r o dioses p r i n c i p a l e s q u e
•::fletarían la c r e a c i ó n : el del f u e g o , el de la
; a a \ e r a y el r o c í o , el del sol y el del t r u e n o
lluvias, c a d a u n o con su m u j e r . A su
estas p a r e j a s de dioses t u v i e r o n h i j o s q u e
:.picn f u e r o n dioses.
: . m a s de los c a n t o s y r e l a t o s religiosos, los
..¡ranies p o s e e n c u e n t o s p a r a d i v e r t i r s e y
c iones i n f a n t i l e s .

' k'scle que llegan los españoles, las

osas se ponen feas
¡ando l l e g a r o n los e s p a ñ o l e s , m u c h o s
¡araníes se a l i a r o n al p r i n c i p i o c o n ellos,
'',to a c a b a r o n esclavizados p o r los e u r o p e o s ,
.uc los f o r z a b a n a t r a b a j a r en sus
• i a n t a c i o n e s , en la recolección de la y e r b a
n a t e , c o m o r e m e r o s , c h a n g a d o r e s , sirvientes,
:c. O t r o s p u d i e r o n resistir a los
- m q u i s t a d o r e s , p e l e a n d o en la selva. D e s p u é s ,
:na g r a n c a n t i d a d vivió en las m i s i o n e s de los
c u i t a s , q u e los d e f e n d í a n de los b l a n c o s p e r o
h a c í a n vivir en u n a f o r m a d i s t i n t a a sus
: a d i c i o n e s . L a s e p i d e m i a s c o n t a g i a d a s p o r los
•Mancos h i c i e r o n b a j a r m u c h í s i m o la c a n t i d a d
ae g u a r a n í e s . C u a n d o los j e s u í t a s f u e r o n
. \ p u l s a d o s p o r las a u t o r i d a d e s c o l o n i a l e s , los
: u a r a n í e s d e las m i s i o n e s c a y e r o n en p o d e r de
a n o s c r i o l l o s , o se e s c a p a r o n al m o n t e o se
a b a l a r o n en otra-* parte^ c o m o c a m p e s i n o s .
 L o s mbyá s o n el g r u p o c o n m e n o s i n f l u e n c i a
e u r o p e a e n t r e t o d o s los g u a r a n í e s , p o r q u e
s i e m p r e l o g r a r o n vivir i n d e p e n d i e n t e s en la
selva.
C o m o h u b o u n s r a n m e s t i z a j e c on los
e s p a ñ o l e s o sus d e s c e n d i e n t e s , el i d i o m a
g u a r a n í se h i z o g e n e r a l e n t r e la p o b l a c i ó n
criolla del P a r a g u a y y p a r t e de la A r g e n t i n a
( M i s i o n e s , C o r r i e n t e s ) , a u n q u e el g u a r a n í que
h a b l a n los i n d í g e n a s es algo d i f e r e n t e .
H o y , en M i s i o n e s los mbyá llevan u n a vida
m u y difícil a r r i n c o n a d o s p o r la c o l o n i z a c i ó n
b l a n c a (criolla o extranjera)-, su s u b s i s t e n c i a es
c a d a vez m á s c o m p l i c a d a p o r q u e escasean los
a n i m a l e s de c a z a a m e d i d a q u e se d e s t r u y e la
selva ( a d e m á s de q u e tienen q u e c o m p e t i r con
c a z a d o r e s b l a n c o s q u e les d e s t r u y e n las
t r a m p a s o se las s a q u e a n ) ; h a c e n sus c h a c r a s
c u a n d o tienen terreno disponible, pescan,
j u n t a n miel y f r u t o s del m o n t e y f a b r i c a n
c a n a s t o s y tallas de m a d e r a en f o r m a de
a n i m a l e s p a r a v e n d e r . M u c h o s t r a b a j a n en las
p l a n t a c i o n e s . Ya n o viven en las casas g r a n d e s
c o m o antes, sino que ahora cada matrimonio
se h a c e u n r a n c h i t o p r o p i o .
¿Dónde encontramos
estos cuentos?
El o r i g e n d e la T i e r r a

Esta a d a p t a c i ó n del m i t o de la Creación se basa en

verdiones de los c a n t o s sagrados guaraníes recogidas por
León C a d o g a n , p u b l i c a d a s en su " A y v u R a p y t a . Textos
míticos de los m b y á - g u a r a n i del G u a i r a " , Buleiim Fa-
cuhade de Filosofía, Ciencias e Letras, U n . de Sao
P a u l o , n1' 227, 1959. y en su libro en colaboración con
A. López A u s t i n . La literatura de los guaraníes, Méxi-
co. J o a q u i n M o r t i z . 19"0.

N u e s t r o S e ñ o r del C u e r p o c o m o el S o l y
su h e r m a n o F u t u r a Luna.

Esta a d a p t a c i ó n del mito del Sol y la Luna se basa en

\ e r s i o n e s de C a d o g a n (1959) y C a d o g a n y López Aus-
tin: el episodio de la creación de la yerba mate se inspira
en versión del libro de L o r e n z o R a m o s . Benito R a m o s y
A n t o n i o R a m í r e z . El canto resplandeciente. Ayvu
Rendy I era. Plegarias de los mbyá-guaraní de Misiones
( c o m p i l a c i ó n , p r ó l o g o y notas de Cario-- Martínez G a m -
ba). Bs. As., edic. trilingüe. Ediciones del Sol. 1984.
51
( haría h a c e las c o s a s difíciles

Emú recreación de! mito del e n f r e n t a m i e n t o del Sol

n C h a r i a se basa en tres o b r a s de C a d o g a n : " Y w y r a
V v r y . Fluye el árbol de la p a l a b r a " , p u b l i c a d o en
•un/emento Antropológico, \ . 5 (1-2), págs. 7-111,
f u n c i ó n . Universidad C a t ó l i c a , 1970, y las otras dos
•ates c i t a d a s (una de ellas en c o l a b o r a c i ó n con López
\us¡ ¡n).

11 p r i m e r f u e g o l l e g a a l o s hombres

La recreación del mito sobre el d o n del f u e g o a los

o m b r e s se basa en versiones de C a d o g a n ( " A y v u Ra-
\vta. . . . " ) y de este autor j u n t o con López Austin (obra
.nada).

I n cuento con muchos pecaríes y

nn y a c a r é

Esta reelaboración se basa en versiones de C a d o g a n

' 1959) y C a d o g a n y López A u s t i n .
El o r i g e n d e la T i e r r a

Esta a d a p t a c i ó n del mito de la Creación se basa en

versiones de los c a n t o s s a g r a d o s guaraníes recogidas por
León C a d o g a n . p u b l i c a d a s en su " A y v u R a p y t a . Textos
míticos de los m b y á - g u a r a n i del G u a i r á " , Buleiim Fa-
cultade de Filosofía, Ciencias e Letras. L'n. de Sao
P a u l o , n° 227, 1959, y en su libro en colaboración con
A. López A u s t i n . La literatura de los guaraníes, Méxi-
co. J o a q u í n M o r t i z . 1970.

N u e s t r o S e ñ o r del C u e r p o c o m o el S o l y
su h e r m a n o F u t u r a Luna.

Esta a d a p t a c i ó n del mito del Sol y la Luna se basa en

versiones de C a d o g a n (1959) y C a d o g a n y López Aus-
tin: el episodio de la creación de la yerba mate se inspira
en versión del libro de L o r e n z o R a m o s . Benito R a m o s y
A n t o n i o R a m í r e z . El canto resplandeciente. Ayvu
Rendy I era. Plegarias de los mbyá-guarani de Misiones
( c o m p i l a c i ó n , p r ó l o g o y notas de Carlos Martínez G a m -
ba). Bs. As., edic. trilingüe. Ediciones del Sol, 1984.

56
('haría h a c e las c o s a s d i f í c i l e s

Emú recreación de! mito del e n f r e n t a m i e n t o de! Sol

n C h a n a se basa en tres o b r a s de C a d o g a n : " Y w y r a
Ncery. Fluye el árbol de la p a l a b r a " , p u b l i c a d o en
iiplememo Antropológico, 5 (1-2), págs. 7-111,
f u n c i ó n . Universidad C a t ó l i c a , 1970, y las otras dos
:;¡es citadas (una de ellas en c o l a b o r a c i ó n con López
\ustin).

K! p r i m e r f u e g o l l e g a a l o s hombres

La recreación del mito sobre el d o n del f u e g o a los

o m b r e s se basa en versiones de C a d o g a n ( " A y v u Ra-
•\vta. . . . " ) y de este autor j u n t o con López Austin (obra
, :iada).

I n cuento con muchos pecaríes y

nn v a c a r é

Esta reelaboración se basa en versiones de C a d o g a n

11959) y C a d o g a n y López A u s t i n .
Indice
A c á e m p i e z a el l i b r o / 7
El o r i g e n de la T i e r r a / 9
El p r i m e r f u e g o llega a los h o m b r e s / 1 3
N u e s t r o S e ñ o r del C u e r p o c o m o el Sol y su
hermano Futura Luna/20
C h a r i a h a c e las c o s a s d i f í c i l e s / 3 0
L'n c u e n t o c o n m u c h o s pecaríes y un y a c a r é / 3 7
¿ Q u i é n e s son los g u a r a n í e s ? / 4 5
¿ D ó n d e e n c o n t r a m o s estos c u e n t o s ? / 5 5