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PARADIGMAS E CONCEITOS DA GEOGRAFIA

Ana karoliny dos Santos Filgueira1


Caroline Santos da Silva2
Maria José Fernandes3
Larissa Félix Rosas de Vasconcelos4

RESUMO

O presente piper tem como objetivo salientar por meio das discussões, o contexto histórico da
geografia, focalizando nos conceitos e nos paradigmas que formam ela. Foi possível
desenvolver as discussões por meio da relação entre esses conceitos e dos paradigmas, além
de alguns nomes de geógrafos e astrônomos importantes que influenciaram os estudos da
geografia clássica, contextos abordados em textos informativos. Com o intuito de apontar e
informar ao leitor sobre as bases formativas da geografia e também sobre o período pré-
científico da mesma, sendo que a partir dessas informações, que foram vistas e repassadas, o
profissional pedagogo irá ter como base uma fundamentação teórica estruturada para poder
exercer de forma responsável conteúdos geográficos durante sua docência, entendendo de
onde vem e como ela se formou durante os séculos.

Palavras-chave: Conceitos e paradigmas. Geografia Clássica. Contexto histórico.

RESUMEN

Este trabajo tiene como objetivo resaltar a través de discusiones el contexto histórico de la
geografía, centrándose en los conceptos y paradigmas que la conforman. Fue posible
desarrollar las discursiones a través de la relación entre estos conceptos y paradigmas, además
de algunos nombres de importantes geógrafos y astrónomos que influyeron en los estudios de
la geografía clásica, contextos abordados en textos informativos. Con el fin de señalar e
informar al lector sobre las bases formativas de la geografía y también sobre el período
precientífico de la geografía, y a partir de estas informaciones que fueron vistas y
transmitidas, el pedagogo profesional tendrá como fundamento teórico estructurado para
poder ejercer de manera responsable contenidos geográficos durante su enseñanza,
entendiendo de dónde viene y cómo se formó a lo largo de los siglos.

Palabras claves: Conceptos y paradigmas. Geografía Clásica. Contexto histórico

1 Graduanda do Curso de pedagogia – UEPB – Campus III – Guarabira – PB.


Email: claudia.galvao3010@gmail.com
2 Graduanda do Curso de pedagogia – UEPB – Campus III – Guarabira – PB.
Email: claudia.galvao3010@gmail.com
3 Graduanda do Curso de pedagogia – UEPB – Campus III – Guarabira – PB.
Email: claudia.galvao3010@gmail.com
4 Graduanda do Curso de pedagogia – UEPB – Campus III – Guarabira – PB.
Email: claudia.galvao3010@gmail.com
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho trata-se de um paper construído a partir de leituras de autores da


área da geografia. Esse estudo tem como objetivo realizar uma revisão do percurso do
conhecimento geográfico desde o período pré-científico da geografia, que remonta a pré-
história, até a contemporaneidade em que a geografia é organizada de forma sistemática e
metodológica, além disso, será abordado os conceitos e paradigmas da geografia.

Para o desenvolvimento deste estudo, utilizou-se das contribuições de Rocha (1997) a


respeito da geografia clássica e sua contribuição histórica para a ciência geográfica, e Costa e
Rocha (2010) a respeito dos conceitos e paradigmas da geografia.

2 A CONSTRUÇÃO DA GEOGRAFIA OCIDENTAL

No processo histórico desta especificidade do saber humano, os (as) gregos (as) são
considerados (as) os (as) primeiros (as) a registrar de forma sistematizada os conhecimentos
geográficos. Os (as) romanos (as), partindo dos conhecimentos herdados dos (os) gregos (as),
ampliaram significativamente estes conhecimentos, tornando-se os (as) responsáveis pelas
grandes contribuições que passariam ser, mais tarde, fundamentais no desenvolvimento da
geografia enquanto ciência. Autores como Erastóstenes, Tales de Mileto, Anaximandro,
Heródoto, Hipócrates, Hipócrates, além de outros, produziram os conhecimentos alicerçados
do que mais tarde seria a geografia científica, fato que justifica alguns comentários sobre eles
(ROCHA, 1997).
Apesar da imensa contribuição destes autores, foram, sem dúvida, Estrabão e Cláudio
Ptolomeu os maiores responsáveis pela sistematização dos conhecimentos geográficos na
Antiguidade Clássica. Suas obras, ressaltamos, serviram de modelo para os geográficos
responsáveis pela grande retomada de produção de conhecimentos geográficos, ocorrida a
partir do século XV, como veremos mais adiante (ROCHA, 1997).
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3 AS CONTRIBUIÇÕES DE ESTRABÃO E PTOLOMEU PARA O SURGIMENTO


DA GEOGRAFIA CLÁSSICA

Estrabão e Cláudio Ptolomeu foram importantes geógrafos, que com seus estudos
contribuíram para o surgimento da geografia clássica. Estrabão gostava muito de viajar. Além
de geógrafo, era historiador, e usava a geografia descritiva; observava muito os fatos ao seu
redor. A partir disso, descrevia os acontecimentos e histórias que vivenciava e ouvia. Estrabão
não se importava muito com os cálculos e com a matemática e astronomia, meios que são
fundamentais para os estudos da geografia. E foi ao ouvir muitas histórias que ele tem duas
principais obras, Memórias antigas e Geografia. Apesar de tudo, ele fez uma análise de
mundo e produziu um mapa mundi. Nesse mapa tinha os espaços geográficos que eram
conhecidos e os que só conheciam por falas de pessoas.
Já Ptolomeu, além de geógrafo, ele era astrônomo e matemático. Diferente de
Estrabão, Ptolomeu gostava de fazer cálculos e usar a astronomia e a matemática. Ele foi um
dos mais importantes representantes da geografia naquela época. Em sua obra, tinha quadros
de latitude e de longitude, além dos cálculos que tinham referência com a variação do dia, de
acordo com a distância do equador.

Com os estudos feitos desses dois geógrafos, a geografia se divide em duas. A esse
respeito, Prado Jr. (1961) esclarece:

Respectivamente de um e de outro se originaram as duas grandes partes em


que tradicionalmente se dividirá a matéria: geografia matemática e política.
A primeira abrange a parte geral, onde ao lado da astronomia, cosmografia e
cartografia, se colocam as considerações gerais sobre a Terra e sua
configuração. Na outra se reúne a descrição dos diferentes países e povos.
(PRADO JR, 1961, p. 171)

4 O PERÍODO PRÉ-CIENTÍFICO DA GEOGRAFIA

De acordo com Costa e Rocha (2010), o período pré-científico da geografia


corresponde ao período em que os saberes geográficos eram desprovidos de sistematização e
organização metodológica. O referente período remota a pré-história, onde os povos pré-
históricos expressavam seus conhecimentos acerca do espaço em que viviam (noção de
orientação, direção) e outros conhecimentos do cotidiano através das pinturas rupestres.
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Ainda de acordo com os estudos de Costa e Rocha (2010), na Antiguidade clássica as


civilizações da Mesopotâmia e do Egito possuíam conhecimentos geográficos que eram
obtidos a partir de estudos. Esses estudos eram realizados devido a necessidade de
compreender a dinâmica da água, visto que esses povos praticavam a agricultura. Essa
atividade necessitava do uso abundante dos recursos hídricos, para isso, esses povos
estudavam tcnicas de irrigação, extensão de rios e variação de volume da água.
Ainda no período da Antiguidade Clássica, Costa e Rocha (2010) dizem que a
contribuição dos gregos para o conhecimento geográfico é considerada a mais relevante e
significativa. Os povos gregos desenvolveram estudos sobre a medição do espaço e a
discussão da forma da terra, o estudo da física, da superfície terrestre e a descrição dos
aspectos físicos-espaciais. O principal objetivo do estudo realizado pelos gregos era descrever
as características do espaço e a possibilidade de utilização e exploração desse espaço. Na
maioria das vezes, os estudos geográficos desenvolvidos pelos gregos tinham caráter
descritivo e informativo.
Mais adiante, no período da Idade Média, o qual o sistema social e político e
econômico era o feudalismo, e o contexto de forte influência da igreja católica, as grandes
contribuições dos gregos foram descartadas e os conhecimentos que se enquadravam em
conhecimentos geográficos ficaram estagnados (COSTA, ROCHA, 2010).
No período pré-científico da geografia, os conhecimentos caracterizados como
geográficos estavam fragmentados e desorganizados. Esse período durou até o século XVIII.
A organização científica da geografia ocorreu somente no século XIX, na Alemanha
(COSTA, ROCHA, 2010).

5 A ORGANIZAÇÃO DA GEOGRAFIA E SEUS PARADIGMAS

A organização da geografia e seus paradigmas é um conjunto de base metodológica


que consolida a geografia como ciência no século XIX. Vale salientar que entre os cinco
paradigmas, o primeiro é o determinismo e que este tem uma grande influência do
positivismo. O determinismo ambiental está relacionado à ideia que justifica intenso
desenvolvimento das potências da Europa e da América onde seu desenvolvimento se deu
principalmente por estarem território com vantagens do meio ambiente. Friedrich Ratzel,
afirma a teoria de que o desenvolvimento do homem depende diretamente das condições
ambientais, podendo assim interferir nas suas capacidades de progredir.
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O possibilíssimo foi um paradigma criado por Paul Vidal de La Blache, está ligado
também ao determinismo geográfico, porém vê o ambiente como fornecedor de possibilidades
de mudança ao homem. Segundo a teoria, o homem é o principal agente na geografia e em
suas mudanças, e não mais a natureza, ao contrário do que afirmam os deterministas.
O método regional é o método que consiste em dividir a natureza em regiões, seguindo
critérios de similaridade e diferenciação. Os espaços eram divididos em classes, nas quais os
elementos mais homogêneos determinariam cada classe, e assim as descontinuidades destes
trariam as divisões das áreas. Este pensamento geográfico ficou conhecido como método
regional.
A nova geografia, também chamada de geografia pragmática e geografia quantitativa,
é uma corrente de pensamento que surgiu no contexto pós Segunda Guerra Mundial, na
década de 1950, numa necessidade de exatidão de conceitos mais teóricos ligados a
estatísticas matemáticas, além de justificar a crise econômica dos países capitalistas de
Terceiro Mundo após a guerra como estatísticas como seu PIB.
A geografia crítica é uma corrente que propõe romper com a ideia de neutralidade
científica para fazer da geografia uma ciência apta a elaborar uma crítica radical à sociedade
capitalista pelo estudo do espaço e das formas de apropriação da natureza.

6 A GEOGRAFIA E SEUS CONCEITOS

Além dos paradigmas que formam a geografia, ela também é formada por 5 conceitos,
que se caracterizam por serem os seus princípios. Uma das definições da palavra geografia é
que ela descreva a Terra, mas, na verdade, ela vai além dessa descrição, ela estuda as coisas
que acontecem no espaço. De início é válido ressaltar aqui os conceitos que servem como
base para os estudos geográficos.
O primeiro conceito, e um dos mais importantes, é o espaço; nele vai acontecer todas
as atividades humanas, e será a partir do espaço que os outros quatro conceitos irão se
desenvolver. De acordo com pesquisas feitas em fontes de estudo, o espaço se caracteriza pelo
espaço natural, onde não tem interferência do ser humano; e o espaço geográfico, nele é visto
as interferências do ser humano. Conforme propõem Costa e Rocha (2010)

A ação humana tende a modificar o meio natural e transformá-


lo em meio geográfico, ou seja, moldado e trabalhado pela
intervenção do homem e realizado no transcorrer da história.
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Assim, ao longo do tempo a atuação da sociedade


(re)transforma o espaço em uma ação dinâmica continua.
(COSTA e ROCHA, 2010, p. 43-44)

O segundo conceito é o de território. Para alguns autores, o território é caracterizado


como um espaço dominado por algum individuo ou grupo, ou controle de alguma área. Sabe-
se que o território é constituído a partir das ações humanas. Esse conceito tem várias
definições, cada uma com um ponto de vista de um autor, consequentemente, a definição de
território está em modificação a cada momento. Nesse sentido, afirma Saquet (2004):

Um território é produzido, ao mesmo tempo, por relações políticas, culturais


e econômicas, nas quais as relações de poder inerentes às relações sociais
estão presentes num jogo contínuo de dominação e submissão, de controle
do espaço geográfico.

O terceiro conceito é o de região, segundo Corrêa (2003, p. 22), a aceitação do


conceito está na ideia de que a “superfície da Terra é constituída por áreas diferentes entre si.”
A partir da fala de Corrêa, entende-se que esse conceito será constituído a partir dos
paradigmas da geografia. A região passa uma ideia de fragmentação do espaço geográfico.

O quarto conceito é o de paisagem, de acordo com Suertegaray (2001, p. 5) “[…] um


conceito que nos permite analisar o espaço geográfico sob uma dimensão, qual seja o da
conjunção de elementos naturais e tecnificados, socioeconômicos e culturais”. Dessa forma, a
paisagem vai ser construída a partir das modificações humanas, que são as modificações
sociais e culturas. Isso quer dizer que a paisagem vai ser formada pelos meios naturais da
Terra que apresenta interferência humana.

O quinto conceito vai ser o de lugar, que apresenta características particulares com
questões políticas, econômicas e sociais. Para alguns autores, o conceito de lugar está
relacionado a ideia de localização, e será nessas localizações que irá acontecer as articulações
humanas.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisar e estudar sobre os conceitos e o contexto histórico da geográfica possibilita


para futuros docentes e docentes informações que enriquecem as suas aulas e seus
conhecimentos sobre determinado tema. Mesmo que esses assuntos não sejam conteúdo do
ensino infantil e dos anos iniciais, mas para o professor é uma base para conseguir entender
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como se formou a geografia e seus pontos importantes. Além de que a partir desses prévios
conhecimentos o docente terá em mãos ferramentas para repassar para sociedade essas
informações de forma segura.
Entender a construção da geografia ocidental por meio do processo histórico, junto
com às informações das contribuições de Estrabão e Ptolomeu, e os passos em que a geografia
se tornou pré-científica, e ainda mais os seus conceitos e os paradigmas, são processos
importantes para a construção do conhecimento geográfico, além de trazer essas informações
os textos servem também para repassar para o leitor de forma sistematizada como ocorreu e o
que ainda pode ocorrer para a geografia continuar sendo estudada e consequentemente ter
mudanças em seus futuros estudos, com novos pesquisadores, historiadores, geógrafos,
astrônomos e matemáticos, já que esses profissionais ainda são importantes para a construção
de novos conhecimentos geográficos.

REFERÊNCIAS

COSTA, Fábio Rodrigues da; ROCHA, Márcio Mendes. Geografia: Conceitos e


Paradigmas – Apontamentos Preliminares. Rev. GEOMAE Campo Mourão, PR v.1n.2 p.25
– 56 2ºSem 2010 ISSN 2178-3306.

ROCHA, Genylton Odilon Rêgo da. Geografia Clássica: Uma contribuição para a história da
ciência geográfica. Revista de Educação, Cultura e Meio Ambiente – Dez.- N° 10, Vol I,
1997.

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