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Umas férias

Resumo e Trechos realistas no conto "Umas Férias"


de Machado de Assis

O conto começa com a personagem José Martins, na escola  recebendo a 


inesperada visita de um homem com aparências rústicas que ao  perceber é
seu tio José, a quem chama de ‘’Zeca’’, que depois de conversar com o
professor, faz com que ele acabe saindo mais cedo da escola. Os dois seguem
até a escola de Felícia a irmã de José Martins,que conseqüentemente também
acaba saindo mais cedo da escola.
Os irmãos que vão com o tio para casa  e estranham o comportamento do
mesmo que parece estar triste e apreensivo, principalmente ao falar com as
pessoas no caminho.Mas muito felizes e esperançosos acreditam que algo
bom como uma festa de aniversário, ou alguma confraternização esta por
acontecer,principalmente José Martins que não gosta de ir a escola e muito
menos de estudar.
Mas ao chegar em casa se deparam com uma triste surpresa, o velório do
próprio pai, que acaba de morrer.Se passa então a semana mais triste da vida
deles, que ficam loucos para voltar pra escola...Na Segunda-Feira então
quando retornam esquecem todos os problemas e voltam a sorrir.

Trechos Realistas:

‘’...-- Sr. José Martins, pode sair.


A minha sensação de prazer foi tal que venceu a de espanto. Tinha dez anos
apenas,
gostava de folgar, não gostava de aprender. Um chamado de casa, o próprio
tio, irmão
de meu pai, que chegara na véspera de Guaratiba, era naturalmente alguma
festa,
passeio, qualquer cousa. Corri a buscar o chapéu, meti o livro de leitura no
bolso e desci
as escadas da escola, um sobradinho da Rua do Senado. No corredor beijei a
mão a tio
Zeca. Na rua fui andando ao pé dele, amiudando os passos, e levantando a
cara. Ele não
me dizia nada, eu não me atrevia a nenhuma pergunta. Pouco depois
chegávamos ao
colégio de minha irmã Felícia; disse-me que esperasse, entrou, subiu,
desceram, e fomos os três a caminho de casa. A minha alegria agora era
maior. Certamente havia festa em casa, pois que íamos os dous, ela e eu;
íamos na frente, trocando as nossas perguntas e conjeturas.’’
O trecho a cima é um dos mais importantes e explicativos do conto, pois ele é
quem da início a história, e a fantasia de José Martins e sua irmã Felícia de que
eles estariam saindo mais cedo da escola para alguma festa.

‘’Não se tratava de um dia santo, com a sua folga e recreio, não era festa, não
eram as horas breves ou longas, para a gente desfiar em casa, arredada dos
castigos da
escola. Que essa queda de um sonho tão bonito fizesse crescer a minha dor
de filho não
é cousa que possa afirmar ou negar; melhor é calar. O pai ali estava defunto,
sem pulos,
nem danças, nem risadas, nem bandas de música, cousas todas também
defuntas. Se me
houvessem dito à saída da escola por que é que me iam lá buscar, é claro que
a alegria
não houvera penetrado o coração, donde era agora expelida a punhadas.’’

Essa é a hora em que José Martins se depara com a triste situação de seu pai
morto, então a ficha dele lentamente começa a cair e ele percebe que preferiria
não ter saído da escola, e nem ficaria alegre se soubesse o verdadeiro motivo
de sua saída.

‘’A missa do sétimo dia restituiu-me à rua; no sábado não fui a escola, fui à
casa de meu padrinho, onde pude falar um pouco mais, e no domingo estive à
porta da loja. Não era alegria completa. A total alegria foi segunda-feira, na
escola. Entrei vestido de preto, fui mirado com curiosidade, mas tão outro ao
pé dos meus condiscípulos, que me esqueceram as férias sem gosto, e achei
uma grande alegria sem férias.’’

O último e mais importante trecho revela José Martins voltando a escola, e


recuperando a sua alegria, e tentando esquecer as suas tristes férias.E é ele
também que explica praticamente  toda a situação e até mesmo o título do
conto.Por si só um dos mais realistas.

Umas Férias alcança uma apoteose dramática e emocionante especial num modelo já


reconhecido, seja pelos diálogos da mãe de José Martins com ele, ou por como ele
interpreta esses diálogos com um não concreto pareamento de tristeza da recém viúva
com a confusão infantil das férias tristes. A melancolia, o pessimismo e a frieza de um
assertivo conto realista se desmancha positivamente, ao ponto de não exercitar todos os
detalhes da realidade do protagonista para a manutenção da psicologia infantil situada na
ironia persistente de que as férias e o luto se misturam até a dita alegria plena de voltar às
aulas, mesmo com o estranhamento consistente do protagonista entender a alegria sem
férias. ‘Alegria sem férias’, por sinal, talvez seja o conceito de morte que ironicamente
Machado de Assis concebeu durante toda a narrativa. Mas ele só se concretiza ao final,
quando a impressão das férias sem gosto é reconhecida ao sair de casa.

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