Documentos de Académico
Documentos de Profesional
Documentos de Cultura
STRIX HISPANICA
/jprometeO'!
-i I i b r o s
Campagne, Fabián
Srix hispánica : demonología cristiana y cultura folklórica en
la Epaña moderna . - la ed. - Buenos Aires : Prometeo Libros,
2009.
387 p. ; 21x15 cm.
ISBN 978-987-574-366-3
1. Historiografía. I. Título
C D D 907.2
P r e f a c io ..................................................................................................................... ............................... 9
P r i m e r a p a r t e . H i s t o r i o g r a f í a . D e m o n o l o g ía c r i s t ia n a y c u l t u r a f o lk ló r ic a
e n el c o n te x to e u r o p e o
C a p ít u l o 1. U n a q u e l a r r e d e h i s t o r i a d o r e s . L a m it o l o g ía d e l s a b b a t e n
la h i s t o r i o g r a f í a d e la c a z a d e b r u j a s ........................................................................................17
2 . O c c i d e n t e d e s q u ic i a d o : las h o g u e r a s d e la m o d e r n i d a d ................................. 2 6
3 . E u r o p a e x ó t i c a : e l d e s c u b r i m i e n t o d e l sa lv a je i n t e r i o r ................................... 3 7
4 . L o s p a d r e s f u n d a d o r e s : d e m o n io s i lu s tr a d o s , b r u ja s i l u m i n i s t a s ............... 4 4
5 . R a c io n a lis ta s y r o m á n t ic o s : la s p r i m e r a s e s c a r a m u z a s ..................................... S3
6 . B r u je r ía y r i t o : la e x t r a o r d i n a r i a f o r t u n a d e M a r g a r e t M u r r a y ................... 68
8 . La p o l é m i c a q u e n o c e s a : d e b a t e s y p e r s p e c tiv a s a c t u a l e s ....................... 1 2 6
S e g u n d a p a r t e . E s tu d io s d e c a s o . D e m o n o l o g ía c r is ti a n a y c u l t u r a
f o lk ló r i c a e n e l m u n d o i b é r i c o
C a p ít u l o 2 . A r q u e o l o g í a d e la b r u j a . T e r r o r e s n o c t u r n o s y d e m o n io s
in f a n tic id a s e n la E s p a ñ a m o d e r n a ..................................................................................... 1 S 1
1. I n f a n tic id io y b r u j e r í a e n e l c o n t e x t o e u r o p e o ............................................... I S l
3 . L o s a lc a n c e s g e o g r á f ic o s d e l c o m p le j o m í t i c o d e la b r u j a ........................ 173
4. Avatares del D oble: vam piros, hadas, pesadillas y aparecidos................. 179
4. A m odo de b a la n c e ...................................................................... ^ 3?
Bibliografía .......................................................................................... ^
¿H acia d o n d e v o la b a n las b ru ja s d e a n ta ñ o ? La re s p u e s ta p o s e e la
sim p licid ad d el a x io m a : las b ru ja s v o lab an al a q u e la rre . El sab b a t, sin e m
b a rg o , e n c ie rra m ás p ro b le m a s q u e los q u e la fábula su g ie re . La sacrileg a
asam b lea c o n fig u ró d u ra n te m ás d e d o s siglos u n n o -lu g a r ficc io n al, u n
espacio v irtu a l q u e leg itim ó la p e rse c u c ió n m asiva d e u n c rim e n im ag in ario ,
u n a re p r e s ió n ju d ic ia l q u e c o stó la vida d e 5 0 .0 0 0 p e rs o n a s a p ro x im a d a
m e n te , acusadas d e in te g ra r u n a in é d ita , n o v ed o sa y fa n ta sm á tic a se cta de
a d o ra d o re s d el d e m o n io . D e h e c h o , el sa b b a t c o n fig u ró u n a d e las m ás
e x ito sas o b je tiv a c io n e s d e la c risp a d a te o lo g ía ta rd o -e sc o lá stic a , u n ro l d e
p riv ile g io só lo c o m p a r tid o c o n el te a tro d e la p o se sió n d iab ó lica . F a cto re s
c o m o el p o d e r d e n o m in a c ió n d e la id e o lo g ía d e m o n o ló g ic a , la a p lic a ció n
d el m é to d o in q u isito ria l a la e x tirp a c ió n d e la d isid e n c ia id e o ló g ic a , y la
confianza fanática e n la cap acid ad d el to r m e n to p a ra d ilu c id a r los c rím e n e s
se c re to s, c o n trib u y e ro n a o to r g a r e n tid a d p le n a al p a rad ig m a d e la b ru je ría
c o m o d e lito co lec tiv o .
La m a g n itu d d e la c a c ería ju d ic ia l q u e tu v o lu g a r e n tr e lo s siglos X V
y X V II, y el c a rá c te r b iz a rro d e los h e c h o s q u e los m a g istra d o s laicos y
ecle siástico s a trib u y e ro n a lo s ac u sad o s d e a d o ra r al d e m o n io en el sab b at,
o b sesio n ó d e sd e s ie m p re a los h is to ria d o re s d e la b ru je ría m o d e r n a . D e sd e
las p rim e ra s décadas d e l siglo X IX , in v estig a d o re s p o sitiv istas y ro m á n tic o s
p la n te a ro n la p o sib ilid a d d e la e x iste n c ia d e a lg ú n fe n ó m e n o h is tó ric o re a l
d e trá s d e la g ra n caza d e b ru ja s re n a c e n tis ta . D e h e c h o , re s u lta b a difícil a d
m itir q u e la E u ro p a d e L e o n a rd o y M ig u el A n g el, M aquiavelo y M o n ta ig n e ,
C o p é rn ic o y G alileo, S hak esp eare y C e rv a n te s, se h u b ie ra a b o cad o , sin m ás,
a la d esq u ic ia d a p e rs e c u c ió n d e fan tasm a s in e x is te n te s , al e x te r m in io de
u n a im ag in aria e s tirp e d e d e m o n io s c o n fo rm a h u m a n a . M u ch as re sp u e sta s
9
S t r ix H is p a n ic a . P r e f a c io
10
Fabián Alejandro Campagne
la e x is te n c ia de u n c o n s ta n te in te rc a m b io d e tra z o s flo ta n te s , d e u n a
in o c u lta b le circ u la c ió n d e tern a s y m o tiv o s e n tr e la m ito lo g ía e ru d ita del
a q u e la rre y los c o m p le jo s fo lk ló ric o s re a lm e n te e x is te n te s e n el c a m p o
e u ro p e o p re -in d u s tria l.
Los ensayos q u e in te g ra n el lib ro q u e el le c to r tie n e a h o ra e n tr e sus
m a n o s se p la n te a n c o m o o b je tiv o , p re c is a m e n te , c o n tr ib u ir a d e s e n tre ñ a r
las re la c io n e s e x is te n te s e n tr e d e m o n o lo g ía c ristia n a y c u ltu ra fo lk ló ric a
e n u n e sc e n a rio esp ec ífic o —E spaña y el m u n d o ib é ric o — y en u n p e río d o
d e te r m in a d o : los siglos d e la p rim e ra m o d e r n id a d . P ara ello , la p rim e ra
p a r te d e Strix Hispánico se d ed ic a al análisis d e la h is to rio g ra fía d e la caza
d e b ru ja s e u ro p e a , m a n te n ie n d o c o m o h ilo c o n d u c to r lo s d e b a te s en
to r n o a la riq u ísim a y c o m p le ja m ito lo g ía d el sa b b a t c o n tin e n ta l. La se
g u n d a p a r te in clu y e u n a se rie d e estu d io s d e caso e n to r n o a d o s figuras
p a ra d ig m á tic a s del fo lk lo re ib é ric o tra d ic io n a l: la bruja y el salu d ad o r.
A p o c o q u e el espec ialista se ab o ca al análisis d el c o m p le jo d e la b ru ja
p e n in s u la r d e te c ta u n a su p e rp o sic ió n id io sin crásica d e m ito lo g e m a s q u e
p o n e a p ru e b a las m ás e lab o ra d a s h e rra m ie n ta s te ó ric a s y m e to d o ló g ic a s
al alcan ce d e los h is to ria d o re s d e la c u ltu ra c o n te m p o rá n e o s . En e fe c to ,
el p ro b le m a de la p ro fu n d a o rig in a lid a d d el e s te re o tip o d e la b ru ja ib é ric a
n o p u e d e a b o rd a rse sin r e c u r r ir al apoyo d e o tra s d iscip lin as, llam ad as a
c u b rir las lag u n as, los silen cio s, q u e la h is to ria a c a d ém ic a n o p u e d e , n o
osa in te rp e la r. El salu d ad o r, p o r su p a r te , es u n a d e las fig u ras m ás i r r e
d u c tib le m e n te lo cales d e l fo lk lo re p e n in su la r, p u e s re s u lta p rá c tic a m e n te
im p o sib le d e te c ta r su p re s e n c ia m ás allá d e l esp acio ib e ro a m e ric a n o . A ún
c u a n d o los sa lu d a d o re s n o in te g ra r o n d e m a n e ra p e r m a n e n te el sistem a
d e la b ru je ría p o p u la r esp a ñ o la , d u ra n te g ra n p a r te d e la E d ad M o d e rn a
h ic ie ro n d e la d e te c c ió n d e b ru ja s y d e la n e u tra liz a c ió n d e maleficia u n a
d e sus activ id ad es m ás re p re se n ta tiv a s y lu c ra tiv a s, m ás allá d e su c o n v e n
cional v ir tu d p a ra c u ra r la h id ro fo b ia y d e su e sp e c ta c u la r d o m in io so b re
el fuego. El c o m p le jo d el sa lu d a d o r c o n stitu y e u n te m a p a rtic u la rm e n te
a p ro p ia d o p a ra e n c a ra r el e stu d io d e las in te ra c c io n e s e n tr e d e m o n o lo g ía
cristian a y c u ltu ra fo lk ló ric a , p u e s sus tra zo s esp ecífico s e x ig ie ro n hasta sus
m ism ísim o s lím ite s a d o s d e los m ás p re te n c io s o s d isp o sitiv o s te o ló g ic o s
d iseñ ad o s p o r el p e n s a m ie n to c ristia n o tra d ic io n a l: el m o d e lo d e s u p e r s
tic ió n a g u stin ian o y el d is c e rn im ie n to d e e s p íritu s.
11
S t r ix H is p a n ic a . P r e f a c io
12
Fabián Alejandro Campacjne
15
CAPÍTULO 1
Un aquelarre de historiadores.
La mitología d e l sabbat en la
historiografía de la caza de brujas 1
i?
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el co n te xro europeo
18
Fabián Alejandro Campagne
5 A lan M a c ía rla n e , Witchcrajt in Tudor and Stuart Engiand: A Regional and Comparativa
S tu d j, R o u tle d g e , L o n d re s, 1 970; iMichel de C e r te a u , La possession de Loudun, P arís,
J u llia rd , 1 9 7 0 ; K e ith T h o m a s, Religión and the Decline ojM agic: Studies in Papular P ic lij
in Sixteenth and Scvemeenth-centurj’ Engiand, L o n d re s,W e id e n fe ld and N ic h o lso n , 1971;
H . C . E rik M id e lfo rt, Witch Hunting in Southwestcrn Germany, 1 5 6 2 -1 6 8 4 :T h e Social
and Intcllectual Eoundations, S ta n fo rd , S tan fo rd U n iv e rsitv P re ss , 1 972; Paul B oyer
a n d S te p h e n N iss e n b a u m , Salem Possessed:The Social origings oJVitchcrajt, C a m b rid g e ,
H a rv a rd L ln iv ersity P re ss, 1 9 7 4 ;W illia m M o n te r, Witchcraft in France and Switzerland:
The Borderlands during the Rejormation, Ith aca, C o rn e ll U n iv e rsitv P re ss, 1 976; A lfred
S o m a n ,“Les p ro c e s d e so rc e lle rie au P a rlc m c n t ele Paris ( 1 5 6 5 -1 6 4 0 )”, Annales.E.S.C.,
32: 4 (1 9 7 7 ), p p . 7 9 0 -8 1 4 ; A lfred S o m an , “T h e P a rla m e n t o f P aris an d th e G re a t
W itc h H u n t ( 1 5 6 5 -1 6 4 0 ) , Sixteenth Century Journal, 9 :2 (1 9 7 8 ), p p. 3 0 -4 4 ; R o b e rt
M u c h e m b le d , “S o rc ié re s d u C a m b résis. L’a c c u ltu ra tio n d u m o n d e r u ra l au x X V Ie
e t X V lIe sie cles” , en A A .V V ., Prophetes et sorcicrs dans les Pays-Bas. X V le-X V Ílle siecle,
P arís, H a c h e tte , 1 9 7 8 , p p. 1 5 5 -2 6 1 ; R o b e r t M u c h e m b le d , Les derniers büchers. Un ri-
llage de Elandre et ses sorcicrcs soux Louix XIV , P arís, Ram say, 1 9 8 1 ; G u stav H e n n in g s e n ,
TheW itches’Advócate: Basque Witchcrajt and the Spanish Inquisition, R e n o , L lniversity o f
N ev ad a P re ss, 1980 (e d ic ió n e n castellan o : El ahogado de las brujas. Brujería vasca e
Inquisición, M a d rid , A lianza, 1 9 8 3 ); C h ristin a L arn er, Enemies ojG od:TheW itch-hunt in
Scotland, B a ltim o re ,T h e Jo h n H o p k in s lln iv e rs ity P re ss, 1 9 8 1 ; Jo h n P u tn a m D e m o s ,
E ntenaining Satan:Witchcraft andThe Culture o j Early New Engiand, N u ev a Y ork, O x f o rd
U n iv e rsity P re ss, 1 9 8 2; E m m a n u e l Le Roy L a d u rie , La sorciére deJasmin, P arís, S euil,
1983 (e d ic ió n e n c a ste lla n o : La bruja de ja sm in , B a rcelo n a, A rgos V ergara, 1 9 8 4 ).
19
H istoriografía. D em onología crisliana y cultura lolklorica en el con texro eu ropeo
(1 9 7 6 ), E d w a rd P e te rs (1 9 7 8 ) y F ra n co C a rd in i (1 9 7 9 ) . 6 El sim p le listad o
de las e d ito ria le s u n iv e rsita ria s líd e re s q u e p o r e n to n c e s c o m e n z a b a n a
in te re s a rs e en la p u b lic ac ió n d e m o n o g ra fía s so b re la b ru je ría e u ro p e a ,
basta p a ra d e m o s tra r la re a lid ad d e la re v o lu c ió n h isto rio g rá fic a a la q u e
e stam o s a lu d ie n d o .
E n la d écad a d e 1990 el lid e ra z g o d el c a m p o h is to rio g rá fic o recay ó en
un a nuev a g e n e ra c ió n d e a c a d é m ic o s, q u ie n e s c o n tin u a ro n re v o lu c io n a n
d o las in v estig a cio n e s so b re la caza d e b ru jas co n la a p e rtu ra d e nuevas
esp ecializacio n es, re la c io n a d a s c o n los e stu d io s d e g é n e ro , el fo lk lo re , el
análisis del d isc u rso , el psico an álisis y la h is to ria d el a r t e . ' C ab ría u b ic a r
en esta c o h o rte a W o lfg an g B e h rin g er, B rian L evack, G á b o r K laniczay,
Eva P ó cs, B en g t A n k a rlo o , P ie r r e tte Paravv, Lvndal R o p er, Ja m e s S h arp e,
6je ffre v B u rto n R ussell, Witchcraft in the AlidJleAges, Ithaca, C o rn e ll U n iv e rsity P ress,
1 9 7 2 ; N o rm a n C o h n , Europe’s Inner Demons.An Inquiry InspircJ b j the GreatW itch-Hunt,
L o n d re s, C h a tto a n d W in d u s , 197 5 (e d ic ió n en castellan o : Los demoniosfam iliares de
Europa, Madrid, Alianza, 1 980); R ic h a rd Kieckhefer, European Witch Triáis:Their Foun-
daiions in Popular and Lcarned Culture, 1 3 0 0 -1 5 0 0 , B erkeley, U n iv ersity o f C a lifo rn ia
P re ss, 1 976; E d w ard P e te rs, The Magician, the Witch and the La ir, F ilaldelfia, U n iv e r
sity o f P en n sy iv ania P re ss, 1978; F ra n c o C a rd in i, Magia, stregoneria, superstizioni nell
Occidente medierale, F lo re n c ia , La N u e v a Italia, 1979 (ed ició n en castellan o : Magia,
brujería y superstición en el Occidente medieval, B a rcelo n a, P enínsula, 1982).
' Las re fe re n c ia s b ib lio g ráficas q u e se in c lu y e n en la p r e s e n te secció n han sid o se le c
cio n ad as m e r a m e n te a m o d o de e je m p lo . P ara un análisis h isto rio g rá fic o d e c a rá c te r
e x h a u stiv o p u e d e c o n s u lta rs e : J o n a th a n B a rry an d Chven D avies ( e d s .) , 'Palgrave
Advances in IVitchcraft Historiography, B asin g sto k e, H a m p sh ire , P algrave M a cm illan ,
2 0 0 7 ;T h o m a s A. F u d g e, “T ra d itio n s an d T ra je c to rie s in th e H isto rio g ra p h y o f E u
ro p e a n W itc h -F Iu n tin g ”, History Compass, 4 :3 (2 0 0 6 ), p p . 4 8 8 -5 2 7 ; R o n a id H u tto n ,
“A n th ro p o lo g ic a l and H istó ric a ! A p p ro a c h e s to W itc h c ra ft: P o ten tial f o r a N e w C o-
lla b o ra tio n ? ”, HistoricalJournal, 4 7 :2 (2 0 0 4 ), p p . 4 1 3 -4 3 4 . Para los a p o rte s a n te rio re s
a 1995 p u e d e c o n s u lta rs e : Fabián A le ja n d ro C a m p a g n e, “El larg o viaje al sab b at: la
caza d e b ru ja s e n la E u ro p a m o d e r n a ”, en Fray M a rtín de C astañ eg a, Tratado de las
supersticiones y hechicerías, B u en o s A ires, F acu ltad de Filosofía y L e tra s /U n iv e rs id a d
d e B u en o s A ire s, 1 9 97, p p . ix -c x iii. P ara los a p o r te s a n te rio re s a la d écad a d e 1970
c o n tin ú a sie n d o d e u tilid a d la c o n s u lta del clásico a rtíc u lo de W illíam M o n te r, “T h e
H is to rio g ra p h y o f E u ro p e a n W itc h c ra ft; P ro g re s s an d P ro s p e c ts ”, Journal oflnterdis-
eipliñary H istory, 2 : 4 ( 1 9 7 2 ), p p . 4 3 5 - 4 5 1 .
20
Fabián Alejandro Campagne
R o b ín B riggs y S tu a rt C la rk , e n tr e o tr o s .8 F in a lm e n te , el c o m ie n z o d el
n u ev o m ile n io asiste a la ir ru p c ió n d e una te rc e ra cam a d a d e in v estig a d o re s
in te g ra d a p o r esp ecialistas c o m o D ia n e P u rk iss, M alc o lm G ask ill, M a rió n
G ib so n , M a ría T a u sie t, A rm a n d o M ag g i, W a lte r S te p h e n s, M ic h ae l Bailey,
A liso n R o w la n d s, G ary W a ite , T a m ar H e rz ig y Jo n a th a n D u r r a n t, e n tr e
o tro s e x p o n e n te s d e u n lista d o q u e re s u lta cada vez m ás a b ru m a d o r.9 C ab e
21
H istoriografía. D em onolo^ia cristiana y cultura folklórica en el co n te x to eu io p eo
22
Fabián Alejandro Campagne
23
H istoriografía. D em on ología cristiana v cultura íolklórica en el co n tcxro europeo
24
Fabián Alejandro Campagne
in c re m e n ta d e m a n e ra e x p o n e n c ia l la c an tid a d d e d o c u m e n to s o rig in a le s
q u e p u e d e n c o n s u lta rs e p o r I n t e r n e t .21
T odo e ste fe n o m e n a l e sfu e rz o c o le c tiv o ha d e se m b o c a d o en 2 0 0 6 en
d o s lo g ro s q u e c o ro n a n c u a tro d é cad as d e e ru d ic ió n v tra b a jo siste m á tic o .
M e re fie ro , e n p r i m e r lugar, a la p u b lic a ció n d e la m o n u m e n ta l Encyclo-
pedia ofW itchcraft: The Western Tradition, u n e sfu e rz o co le c tiv o q u e alb e rg a
7 5 8 a rtíc u lo s , re d a c ta d o s p o r 170 e x p e rto s d e 2 9 países d if e re n te s ;22 y
en se g u n d o lugar, a la a p a ric ió n d e Magic, Ritual, andW itchcraft, la p rim e ra
re v ista acad ém ica q u e h a h e c h o d e la caza d e b ru ja s e u ro p e a u n a d e sus
esp ecializacio n es e x d u y e n te s .23 P ro b a b le m e n te n ad a re fle je c o n m a y o r
c o n tu n d e n c ia la c e n tra lid a d q u e el e stu d io d e l fe n ó m e n o d is fru ta a c tu a l
m e n te en el sen o de la a cad em ia o c c id e n ta l, q u e el h e c h o d e q u e u n o de
chasse aux sorciers sur la Riviera lémanique (1 4 7 7 -1 4 8 4 ), L ausana, 1 996; L au ren c e P fister,
L’enfer sur terre. Sorcellerie a Dommartin (1 4 9 8 ), L ausana, 1 9 9 7 ; G e o rg M o d e stin , Le
diable che?, l ’évéque. Chasse aux sorciers dans le diocése de Lausanne (vers 1 4 6 0 ), L ausana,
1 9 9 9 ; S o p h ie S im ó n , “Si je le veux, i 1 m ourral”: Maléfices el sorcellerie dans la campagne
genevoise (1 4 9 7 -¡ 5 3 0 ), L ausana, 2 0 0 7 ; M a rtin e O s to r e r o , K ath rin U tz T re m p y G e o rg
M o d e stin (e d s .), ¡nquisition et sorcellerie en Suisse romandc. Le registre Ac 2 9 des Archives
cantonales vaudoises (1 4 3 8 -1 5 2 8 ), L ausana, 2 0 0 7 .
21 h t t p : / / e t e x t .v i r g in i a .e d u /s a le m /w itc h c r a f t (S alem W itc h T riáis: D o c u m e n ta r ) '
A rch iv a n d T ra n s c rip tio n P ro je c t); h t t p : / / w w w .a r ts .e d .a c .u k /w it c h e s /i n d e x .h t m l
(T h e S urvey o f S co ttish W itc h c ra ft 1 5 6 3 -1 7 3 6 ) ; h t t p : / / d l x s 2 . lib ra ry .c o r n e ll.e d u /w /
w i t c h / i n d e x .h t m l (T h e C o rn e ll U n iv e rsity L ibrary W itc h c ra ft C o lle c tio n ); h t t p : / /
g a llic a .b n f .f r / (G allica: B ib lio th é q u e n a tio n a le d e F ra n c e ). h t t p : / A v w w .h i s t o r y .
o x . a c . u k / s ta f f /r o b in b r ig g s /se a rc h _ tria ls .h tm l (a b stra c ts o f 4 0 0 L o rra in e w itc h c ra ft
triá is e d ite d by O x f o rd sc h o la r R o b in Brisjgs).
22 R ic h a rd M . G o ld e n ( e d .) , Encyclopedia of Witchcraft. The Western Tradition, S anta
B a rb ara, A B C -C lio , 2 0 0 6 , 4 vols. H asta la p u b lic a c ió n d e esta o b ra fu n d a m e n ta l, los
esp ecialistas d e b ie ro n c o n fo rm a rs e co n el te x to clásico d e R o ssell H o p e R o b b in s,
The Encyclopedia ofW itchcraft and Demonology, N u ev a Y ork, C ro w n P u b lish e rs, 1 9 5 9 .
E sfu erz o s re c ie n te s d e m u c h a m e n o r e n v e rg a d u ra so n los e n c a ra d o s p o r M ich ael D.
Bailey, Historical D ictionary oj W itchcraft, L an h am , S c a re c ro w P re ss , 2 0 0 3 (1 9 9 p á g i
n as d e te x to ) y W illia m E. B u rn s, Il'iícli H unts in Europe and America: An Encyclopedia,
W e s tp o rt, G re e n w o o d P re ss , 2 0 0 3 (3 5 9 páginas d e te x to ) .
23 La re v ista es e d ita d a p o r la University oj Pennsylvania. El p r im e r n ú m e r o v io ia lu z
e n el v e ra n o b o re a l d e 2 0 0 6 . A c tu a lm e n te cada v o lu m e n c o n s ta d e d o s n ú m e r o s d e
a p a ric ió n s e m e stra l. L os p r im e ro s e d ito re s g e n e ra le s d e sig n a d o s h an sid o M ich ael
D. Bailey y B rian P. C o p c n h a v e r; véase h t t p : / / m a g ic .p e n n p re s s .o rg .
25
H istoriografía. D em on ología cristiana v cultura folklórica en el con texro europeo
¿ Q u é sa b e m o s so b re la a ra n caza d e b ru ja s e u ro p e a ? G racias al p e rs is
te n te e sfu e rz o cie n tífic o d e ta lla d o en el a p a rta d o a n te rio r, en la a c tu a li
dad re s u lta p o sib le d e te r m in a r c o n sin g u la r p re c isió n las d im e n sio n e s y
los alcan ces d e las d ife re n te s o lea d a s re p re siv a s. U n e x te n d id o co n se n so
e n tr e lo s esp ec ialista s p e r m ite s o s te n e r q u e la cacería ju d ic ia l q u e estalla
en 1428 e n el c a n tó n d e Valais, c o n s titu iría el p r im e r caso c o m p ro b a d o
d e re p re s ió n d e la b ru je ría c o m o c rim e n c o le c tiv o . 21 La p rim e ra h o g u e
ra se h a b ría e n c e n d id o ya a fin ales d e 1427. 26 Los 18 m e se s iniciales de
esta p r im e r a p e rs e c u c ió n d e la n u e v a secta d e a d o ra d o re s d el d e m o n io
p ro d u je ro n u n sald o d e 200 c o n d e n a d o s al su p licio p o r el fuego. Las e je
c u c io n e s c o n tin u a ro n h asta 1436, y la cifra to ta l d e v íctim as alcan zaría las
tr e s c ie n ta s . 27 O tr o s e p iso d io s q u e c o m p ite n p o r se r c o n sid e ra d o s c o m o
la p r im e r a caza d e b ru ja s d e l c o n tin e n te so n los p ro c e s o s m ilan eses d e
1390 c o n tra Sibillia Z a n n i y P ie rin a Ruga ti s, y el ju ic io d e M a tte u c c ia di
F ra n c e sc o , d e s a rro lla d o e n T o d i e n 1428;28 sin e m b a rg o , a u n q u e en esto s
p ro c e s o s italia n o s se d e te c ta n m u c h o s d e los c o m p o n e n te s d el e s te re o tip o
26
Fabián Alejandro Campagnc
29 P ara esta d isc u sió n véase A rn o B o rst, Barbaren, Ketzer und ArtistenJVeltcn des M ittelal-
ters, M u n ic h , R . P ip er, 1988 (c ito p o r la ed ició n en inglés: MedieraUVorlds: Barharians,
Heredes, and Arrists in ¡he M iJJle Ages, tra n sla te d by E ric H a n s e n , C h ica g o , T h e U n i
v e rsity o f C hicago P re ss, 1 9 9 6 , p p. 109 y ss,); N o r m a n C o h n , Europe’s Inner Demons,
p p . 1 1 8 -1 4 3 ; 181 -2 0 1 ; C h ris to p h e r S. M ackay,“G e n e ra l I n tro d u c tio n ” , en H e n ric u s
In stito ris y Jaco b u s S p re n g er, Malleus Malcjicarum, v o l. 1, pp. 4 9 y s s .; C a rio G in zb u rg ,
Historia nocturna, p p . 6 8 -7 2 ; Ju lio C a ro B aroja, Las brujas y su m undo, p p . 115 V ss.
30 F ra n c k M e rc ie r, La Vauderie d ’Arras, Una chasse aux sorciéres a FAutomne du M ojen Age,
R e n n e s, P resses U n iv e rsita ire s d e R e n n e s, 2 0 0 6 .
31 W o lfg an g B e h rin g er, “A llem ag n e, ‘m e re d e ta n t de s o r c ié r e s ’ . A u c o e u r d es p e rsé -
c u tio n s ” , en R o b e rt M u c h e m b le d ( e d .) , Magie et soreeHerie en Europe du Atojen Age a
nous jours, P arís, A rm a n d C o lin , 1 9 9 4 , p. 6 8.
32W o lfg an g B e h rin g er, Witches andW itch-H unts, p. 7 3 .
-7
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
29
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro eu ropeo
30
Fabián A leja n d ro Campacjnc
3i
H istoriografía. D em on ología cristiana v cultura folklórica en el con texro europeo
32
Fabián Alejandro Campagne
D e to d a s fo rm a s, n in g u n a re g ió n e u ro p e a ig u alará en in te n sid a d y v io
lencia a las p e rs e c u c io n e s q u e te n d rá n lu g a r én los p rin c ip a d o s eclesiástico s
d el o e ste a lem án d u ra n te las p rim e ra s d écad as d e l siglo X V II.5+ D e h e c h o ,
e n tr e 1585 y 1 6 3 5 , los celo so s p re la d o s c o n tr a rre f o rm is ta s a c a rg o d e seis
d im in u to s esta d o s cató lico s —los e le c to ra d o s d e T rier, C o lo n ia y M ainz;
los o b isp ad o s de B am b erg , W ü rz b u r g y E ic h sta tt— c o n d e n a ro n a m u e r te
a c e rc a d e o c h o m il p e rs o n a s .” E sta cifra e sc a lo fria n te e q u iv ale a 18% del
to ta l d e víctim as p rovo cad as p o r la caza d e b ru ja s e n tr e 1428 y 1 7 8 2 .56 U na
p a rtic u la r ferocidad c a ra c te rizó a F erd in an d von B ayern, p rín c ip e -a rz o b isp o
de C o lo n ia, q u ie n e n tr e 1 6 2 4 y 1 6 3 4 e n v ió a la h o g u e ra a 2 .2 0 0 c o n d e n a
d o s p o r el d e lito d e b ru je ría ; estas cifras c o n v ie r te n al fa n ático e le c to r de
C o lo n ia e n el m á x im o c a z a d o r d e b ru ja s d e la h is to ria e u r o p e a .57
A p a r t ir de los p rim e ro s a ñ o s d e la d é c a d a d e 1 6 3 0 las p e rs e c u c io
nes m asivas a d q u ie re n c a rá c te r e x c e p c io n a l en O c c id e n te , y tie n d e n a
c o n c e n tra rs e en la p e rife ria d e la civ ilizació n e u ro -a tlá n tic a . D e ja n d o d e
lado los g ra n d e s ep iso d io s d e p o se sió n c o le c tiv a q u e a fe c ta ro n a d iv e rso s
co n v e n to s fe m e n in o s d u ra n te las d é c ad a s c e n tra le s d e l siglo X V II,58 las
33
H istoriografía. Demonolo<na cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
IV. Los procesos de Jerónimo deVillanueva y las monjas de San Plácido, 1 6 2 8 -1 6 6 0 , M a d rid ,
C o n s e jo S u p e rio r d e Inv estig acio n es C ie n tífic a , 1 9 9 3 , passim.
/:1 M a lco lm G ask ill, íVitcbjnders: A Scrcnteenth-Ccntury English Tragedy, C a m b rid g e ,
H a rv a rd U n iv e rsity P re ss, 2 0 0 5 .
60 M a n fre d T s c h a ik n e r, “C a n tó n o f G ra u b ü n d e n (G ris o n s )” , en R ic h a rd M . G o ld en
( e d .) , Encyclopedia oflVitchcrajt, v o l. II, p p. 4 5 5 -4 S 6 .
61 P. C . M ax w ell S tu a r t, An Abundance oJ)Vítchcs:The Greac Scottish}Virch-Hunt, S tro u d ,
T e m p u s, 2 0 0 5 . B rian L evack se m u e s tra e n d e s a c u e rd o co n M a x w e ll-S tu a rt, y c o n
sid e ra q u e los p ro c e so s d e 1 6 5 8 -1 6 5 9 d e b e n c o n s id e ra rs e u n fe n ó m e n o d ife re n te
d e la g r a n p e rs e c u c ió n d e los añ o s 1 6 6 1 -1 6 6 2 ; cfr. B rian P. L evack, W itch-H unting in
Scotland. Lah; Polirics and Religión, L o n d re s , R o u tle d g e , 2 0 0 8 , p. 81.
62 B en g t A n k a rlo o , “S w ed en : th e M ass B u rn in g s ( 1 6 6 8 -7 6 ) ”, en B engt A n k arlo o y
G u sta v H e n n in g s e n (e d s .) , Early Modern European iVitchcrajt: Centres and Pcriphcrics,
O x f o r d , C la r e n d o n P re ss , 1993 ( 1 9 9 0 ) , p p . 2 8 3 - 3 1 7 ; B engt A n k a rlo o , “M agies
escan d in av es e t so rc ie rs d u N o r d ”, en R o b e rt M u c h e m b le d (e d .), Magie et sorcellerie
en Europe, p p . 1 9 5 -2 1 4 .
65 N o r b e r t S ch in d ler, í Viderspenstige Lente: Studien zurVoIkskultur in dcrjriihen N euzeit,
F ra n k fu rt, F is c h e rT a sc h e n b u c h , 1992 (c ito p o r la ed ició n en inglés: Rebellion, Com-
m unity and Custom in Early Modern Germany, tra n sla te d by P am ela S elw y n , C a m b rid g e ,
C a m b rid g e U n iv e rsity P ress, 2 0 0 2 , pp. 2 3 6 y ss.); R o b in B riags, íVitchesand Neighbors,
p p . 3 5 2 -3 5 4 ; W o lfg an g B e h rin g er, H exenvejolgung in Bavern (c ito p o r la e d ició n en
in g lés: í Vitchcmjc Persecucions in horaria: Popular Magic, Religious Zealotry and Reason o j
State in Early Modern Europe, tra n sla te d by j. C. G rayson and D avid L e d e re r, C a m
b r id g e , C a m b rid g e U n iv e rsity P re ss, 1 9 9 7 , p p . 3 3 7 -3 4 4 ); R o b e rt P o -C h ia H sia,
Social Discipline in the Reformarían. Central Europe, 1 5 5 0 - 1 750, L o n d res, R o u tle d g e ,
1 9 9 2 , p p . 63 y ss.
64 La c a n tid a d d e e s tu d io s so b re los p ro c e so s de S alem su p e ra c u a lq u ie r ep iso d io de
la caza d e b ru ja s e u ro p e a . P a rtic u la r in te ré s re v iste n M ary B eth N o r to n , In the D eril’s
Snare:The SalemíVitchcrajt Crisis o j 1 6 9 2 , N u ev a Y ork, V intage B ooks, 2 0 0 2 ; B e rn a rd
R o s e n th a l, Salem Story: Reading theW itch Triáis o j 16 9 2 , C a m b rid g e , C a m b rid g e U n i
v e rsity P re ss, 1 9 9 5 ; M a ry lin n e K. R o a ch , The SalemIVitch Triáis:A Day-by-Day Chronide
oj a Com m unhy Under Siege, L an h am , T a y lo rT ra d e P u b lish in g , 2 0 0 4 (2 0 0 2 ); F ran cés
34
Fabián Alejandro Campagne
B ill, A Dehision o f Sotan. The Full Story o f the SalemlYitch Triáis, C a m b rid g e , D a C apo
P re ss, 2 0 0 2 (1 9 9 5 ).
6’ G á b o r Klaniczay, “B ü c h e rs tard ifs e n E u ro p e c e n tra le e t o r ie n ta le ” , en R o b e rt
M u c h e m b le d (e d .), Magia at sorcelleric en Europe, p p. 2 1 5 -2 3 1 .
66 G á b o r Klaniczay, “H u n g a ry :T h e A ceusations and th e lln iv c rs c o f P o p u lar M ngic”, en
B engt A n k arlo o y G ustav H en n in g sen (e d s.), Early Modern European)Vitchcraft, p. 222.
67 G u stav H e n n in g s e n ( e d .) , The Solazar üocum ents, p p. 4 7 2 - 4 9 1 ; R a in e r D e c k e r, Die
Pdpste und die Hexen: aus den geheimen Akten der Inquisition, D a r m s ta d t, P rirm is Verlag,
2 0 0 3 (c ito p o r la e d ic ió n e n inglés: Witchcraft and the Papacy An Account Drcnving on
the Formerly Secret Records oj the Román Inquisition, tra n s la te d bv H . C- E rik M id e lfo rt,
C h a rlo tte sv ille , U n iv e rsity o tV irg in ia P re ss, 2 0 0 8 , p p. 1 1 3 -1 3 1 ).
6S B rian L e v a c k ,“T h e D e c lin e an d E nd o fW itc h c ra fy P ro s e c u tio n s ”, en B engt A n k a r
lo o y S tu a rt C la rk (e d s .) , Witchcraft and Magic in Furopc:The Eighteenth and Nincteenth
Centuries, F ilad elfia, U n iv e rsity o f P ennsylvania P re ss, 1 9 9 9 , p p . 7 4 -7 8 .
69 L yndal R o p e r, IVicch Craze, pp. 2 2 2 -2 4 6 ;W o lfg a n g B c h rin g er, Witchcraft Persecutions
in Bavaria, p p . 3 2 2 -3 5 4 .
70 R a in e r D e c k e r, Witchcraft and the Papacy, p p. 1 9 4 -2 0 2 ; E lisab eth K o rro d i-A e b li,
“A nna G ó ld i (1 7 3 4 -1 7 8 2 ) ” , e n R ic h a rd M . G o ld e n ( e d .) , Encyclopedia o f ¡Vitchcraft,
vol. II, p p . 4 5 0 - 4 5 1 .
71 W o lfg an g B e h rin g cr, Witehcs a n d W itc h H u n is, p. 1 4 9 . P ara u n a a p ro x im a c ió n aún
m ás m o d e ra d a véase jo n a th a n D u r r a n t, YVitchcraft, Gender and Society in Early Modern
Germany, pp. 2 4 4 -2 4 5 .
35
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro eu ropeo
72 P ara u n a c o r re c ta p o n d e ra c ió n d e l c a rá c te r g e r m a n o c é n tr ic o d e la m o d e r n a caza
d e b ru ja s véase Michael D. Bailev,“ThcAoe ofMagicians: Pcriodization in th e H isto ry
o f E u ro p e a n M a g ic” , Magic, R itual, andW achcm jt, 3 :1 , 2 0 0 8 , pp. 2 2 -2 3 .
73 W o líg an g B e h rin g er, , “A llem ag n e, ‘m e r e d e ta n t de s o r c ié r e s ’”, p p. 8 8 -9 1 , 95-
98
R o b ín B riggs, TheW itches ojLorraine, N u ev a Y ork, O x f o rd lln iv e rs ity P re ss, 2 0 0 7 ;
B rig itte R o c lie la n d e t, Sorciéres, Jiables et büchers en Franche-Comté aux XVIe et XVIIe
siecle, B e san co n , E d itio n s d u C é tr e , Í9 9 7 ; W ill iam M o n te r, Witchcraft in France and
Switzeríand, 6 7 -8 7 .
73 W illia m M o n te r, “T oads an d E u c h a rists: T h e M ale W itc h e s o f N o rm a n d y , 1564-
1 6 6 0 ’, French Histórica! Siadies, 2 0 :4 , 1 9 9 7 , p. 5 7 3 .
W o lfg an g B e h rin g e r, Witches andW iich-H unts, p. 150.
36
Fabián Alejandro Campagne
37
H istoriografía. D em on o lo gía cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
véase D av id W a ld ro n , The Sign ojtheíV itch: M odcrnity and the Pagan Reviva1, D u rh n m ,
C a ro lin a A cad e m ic P re ss, 2 0 0 8 , pp. 4 1 -7 6 .
S3 K ath leen B id d ick , “T h e D e v il’s A nal E ye: in q u isito ria l O p tic s and E th n o g ra p h ic
A u th o rity ” , e n K a th le e n B iddick, The Shock ojAíedievalism, D u rh a m , D u k e U n iv e rsity
P re ss, 1 9 9 8 , p p . 1 0 6 -1 0 7 .
84 P ie rre d e L an cre, Tablean de l’inconstance des mauvais anges et demons, ou il est amplcmcnt
traicté des Sorciers, S^dc la Sorcelleric, París, N icolás B uon, 1 613, p. 37: “c o m o la devoción
e in s tru c c ió n d e m u c h o s b u e n o s relig io so s alejó a los d e m o n io s y a los m a lo s ángeles
d e las In d ias, d el Ja p ó n y de o tro s lu g a re s, ésto s se lanzan ah o ra m u ltitu d in a ria m e n te
so b re la C ristia n d a d ( . . . ) . Y d e h e c h o , m u c h o s in g lese s, e sco ceses y o tro s viajeros
q u e v en ían a c o m p ra r v in o a esta ciu d ad d e B u rd e o s , n o s a se g u ra ro n h a b e r visto d u
r a n te sus trav esías g ra n d e s b an d ad as de d e m o n io s e n fo rm a d e h o m b re s esp an to so s
in g re sa n d o en el t e r r i t o r i o de F ran cia” (la tra d u c c ió n d el fran c és es m ía).
s’ P ara u n in te re s a n te análisis de la g e o p o lític a del m al y d e l topos d e la m ov ilid ad
d iab ó lica véase Jo rg e C a ñ iz a re s-E sg u e rra , Puritan Conquistadors: Iherianiring the A t
lantic, 1 5 5 0 -1 7 0 0 , S ta n fo rd , S tan fo rd U n iv e rs ity P re s s , 2 0 0 6 ( c ito p o r la e d ic ió n
39
H istoriografía. D em on o lo gía cristiana v cultura folklórica en el con texro europeo
40
Fabián Alejandro Campagne
41
H istoriografía. D em o n ología cristiana v cultura folklórica en el con texro europeo
p r e g u n ta d o si sa b e q u é a ñ o es e l q u e a h o ra e s ta m o s , d ijo q u e n o sabe
a u n q u e sa b e q u e es e l m e s d e f e b r e r o . F u e p r e g u n ta d o p o r su re v e re n c ia
96 L ouis C h á te llie r, The Religión o j the Poor: Rural Missions in Europe and the Formarían o j
Modern Catholicism, c. 1500-c. 1 8 0 0 , tra n sla te d by B rian P earce, C a m b rid g e , C a m b rid g e
U n iv e rsity P re ss, 1 9 9 7 ( 1 9 9 3 ), p p . 3 5 -3 6 . V éase ta m b ié n Mirarles et sabbats:Journal
du Pére Maunoir. Missiones en Bretagne, 1 6 3 1 -1 6 5 0 , p re s e n té p a r É ric L eb ec, P arís, Le
É d itio n s d e P a ris, 1 9 9 7 , p p . 3 1 -5 3 .
9/ L ouis C h á te llie r, The Religión o j the Poor, p. 34.
9S C itad o p o r K e ith T h o m a s, Religión and the Decline f Magic, p. 84: “d o n d e las oracio n es
d e la g e n te c o m ú n se p a re c e n m ás a c o n ju ro s y e n c a n ta m ie n to s q u e a d e v o c io n e s”
(la tra d u c c ió n d el in g lés es m ía ).
99 je a n - P ie r r e D e d ie u , “C h ristia n is a tio n e n N o u v e lle C astille. C a té c h ism e , c o m m u -
n io n , m e sse e t c o n firm a tio n d an s l ’a rc h e v é c h é d e T o lé d e , 1 5 4 0 -1 6 5 0 ”, Melanges de
la Casa de Velazquez, 15 ( 1 9 7 9 ), p p. 2 6 1 -2 9 4 .
42
Fabián A leja n d ro C atnpagne
43
H istoriografía. D em on ología cristiana v cultura folklórica en el con texro europeo
44
Fabián A le ja n d ro C a m pagne
45
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el oon texro europeo
46
Fabián Alejandro Campagne
47
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
D avid H a u b e r (1 6 9 S -1 7 6 S ), s u p e r in te n d e n te ec le siástico d el p e q u e ñ o
co n d ad o calvinista d e S chaum burg;-L ippe, d o n d e cien to s de p e rso n a s habían
sid o c o n d e n a d a s a la h o g u e ra p o r el c rim e n d e b ru je ría d u ra n te el siglo
X VII. D e fe n s o r d e u n a c o n c e p c ió n p a rtic u la rm e n te ra c io n a l d e p ie tis m o
p r o te s ta n te , H a u b e r fu n d a e n 1 7 3 9 u n a p u b lic a c ió n p e rió d ic a d e d ic a d a a
la d ifu sió n d e fu e n te s p rim a ria s re la c io n ad a s c o n la h is to ria d e la b ru je ría .
Esta Bibliothecú si ve acta et scñpta magica, v e rd a d e ro eq u iv alen te d iecio ch esco
de los M aterials TouarJs a H istory qfW ítchcraft d e H e n ry C h a rle s L ea, te n ía
u n a p e rio d ic id a d b im e s tra l, y a lo la rg o d e sus 36 n ú m e ro s d io a c o n o c e r
d o c u m e n to s d e e x tr a o rd in a rio im p o rta n c ia , c o m o las bu las Super illius
specula y Summis desiderantes ajjectibus, el A'lalleus M a lfica ru m , la r e tr a c ta
ció n de C o rn e liu s L o o s, u n r e s u m e n d el p ro c e s o d e l D r. D ie tr ic h F lad d e,
el e s ta tu to in g lés d e 1 7 3 6 , y e x tr a c to s d e lo s ju ic io s q u e p o r e n to n c e s se
estab an d e s a rro lla n d o en H u n g ría . La p u b lic a c ió n lleg ó a su fin e n 1 7 4 5 ,
a raíz de la d e sig n a ció n d e H a u b e r c o m o p a s to r d e la c o m u n id a d a lem an a
e n C o p e n h a g u e . C ab e d e sta c a r la d im e n sió n p o lític a q u e la d ifu sió n de
aq u e llo s d o c u m e n to s a d q u iría e n u n e sc e n a rio c o m o el S acro Im p e rio , en
el cual lo s p ro c e s o s p o r b ru je ría a ú n c o n stitu ía n u n p e lig ro p o te n c ia l. P o r
e llo , n o cab e n d u d as d e q u e el o b je tiv o p rin c ip a l d el e d ito r d e la Bibliotheca
e ra in flu ir e n la o p in ió n p ú b lic a p r o te s ta n te ale m a n a . El p rin c ip a l c o la b o
ra d o r p e rm a n e n te d e H au b e r, Jo h a n n D avid K óliler, se d e se m p e ñ a b a c o m o
p ro f e s o r d e h is to ria e n la U n iv e rsid a d d e G ó ttin g e n . 109
M u y p r o n to , sin e m b a rg o , la A lem a n ia p ro te s ta n te d e ja rá d e se r el
c e n tr o d e los d e b a te s so b re el p asa d o y el p re s e n te d e la re p re s ió n d e la
b ru je ría , y las p rin c ip a le s p o lé m ic a s se tra sla d a rá n a te r r it o r i o cató lico :
lo s e stad o s a le m a n e s m e rid io n a le s , lo s d o m in io s d e los H a b sb u rg o , y los
p rin c ip a d o s d e l n o r t e d e Ita lia . 110 R e su lta d e p a rtic u la r in te ré s la p o lé m ic a
italian a, p u e s e n ella d e te c ta m o s p o r p r im e r a vez la ir ru p c ió n d e algunas
48
Fabián Alejandro Campacjne
49
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro eu ropeo
113 M ic h aela V a le n te , Johann IVicr: Agli albori della critica razionale dell’occulto e del
demoniaco, F lo re n c e , O ls c h k i, 2 0 0 3 ; lan B o s trid g e , I Vitchcraft and Its Tramjormations,
c .¡ 6 5 0 - c .I 7 5 0 , O x f o r d , C la re n d o n P re ss , 1 9 9 7 , p p. 7 3 -7 7 ; F abián A le ja n d ro C a m
p a g n e , Homo Catholicus, Homo Superstitiosus, p p. S 0 2 -S 3 1 , 6 0 0 -6 0 9 ; M ich el F o u cau lt,
“Las d e sv ia c io n e s relig io sas y el sa b e r m é d ic o ” , e n M ich el F o u c a u lt, La vida de los
hombres infames. Ensayos sobre desviación y dominación, e d ició n y tra d u c c ió n d e Julia Varela
y F e rn a n d o A lvarez U ría , B u en o s A ires, A lta m ira , 1 9 9 3 , p p . 1 3 -2 4 .
114 D riesV anysacker, “G iro la m o T a rta ro tti ( 1 7 0 6 -1 7 6 1 )”, e n R ic h a rd M . G o ld e n (e d .),
Encyclopedia ofíVitchcraft, v o l. IV, p p. 1 1 0 7 -1 1 0 8 .
115 C ita d o p o r R o m a n o C a n o sa e Isabella C o lo n n e llo , Gli ultimo roghi. La fi n e della
caccia alie streghe in Italia, R o m a , S ap ere 2 0 0 0 , 1 9 8 3 , p. 4 8 : “D e to d o lo d ic h o hasta
aq u í p u e d e n e x tr a rs e d o s c o ro la rio s im p o rta n te s . E n p r im e r lu g ar, q u e el m o d e r n o
c o n g r e s o n o c t u r n o d e las b r u ja s n o es o tr a co sa q u e u n a m e z c la d e la L ilith h e b r e a ,
la L a m ia y la G e llo d e lo s g r ie g o s , y las s tr e g e s , sagas y v o lá tic a s d e lo s la tin o s ,
c o n la b r ig a d a n o c t u r n a q u e b a jo la g u ía d e D ia n a y H e r o d ía s se c r e ía , u n p o c o
p o r t o d o E u r o p a , salía d e r e c o r r i d a p o r la n o c h e . E n s e g u n d o lu g a r, q u e to d o s
lo s h o m b r e s sa b io s d e to d a s las n a c io n e s s ie m p r e h a n c o n s id e r a d o ta le s cosas
50
Fabián A leja n d ro C am p a g n e
c o m o p r o d u c t o d e lo s e m b u s te s y d e la im a g in a c ió n d e lo s c e r e b r o s lig e r o s ” (la
tr a d u c c ió n d e l ita lia n o es m ía ).
116 R o n a ld H u tto n , TheTriumph o f the Moon, p. 137. P ara u n e je m p lo d e esta clase de
le c tu ra s a p re su ra d a s d e l lib ro d e T a r ta r o tti véase L ew is S p en ce, “M o d e rn T h e o r ie s
a b o u tW itc h c r a f t” , Occuh Rericir, 6 9 :3 (1 9 4 2 ), p p. 8 9 -9 1 .
117 J u lie tte W o o d , “T h e R e ality o fW itc h C u lts R e a ss e rte d : F e rtility and S atanism ” , en
Jo n a th a n B a rry y O w e n D avies (e d s .), Palgrave Adrances inU'itchcraft Historiography, p.
7 9 . C u rio s a m e n te , ju lie tte W o o d p a re c e c o m p a r tir la le c tu ra d e T a rta r o tti p ro p u e sta
p o r M o n ta g u e S u m m e rs.
118 N o r m a n C o h n , Europe’s Inner Demons, p. 148.
5 -i
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
52
Fabián Alejandro Campagne
53
H istoriografía. D em on o lo gía cristiana y cultura folklórica en el co n te xto europeo
Es p ro b a b le q u e P u rk iss te n g a ra z ó n e n u n asp e c to : a p e sa r d e lo q u e
c ie r to s e n tid o c o m ú n h is to rio g rá fic o p u e d a su g e rir, M u rra y n o só lo n o
fue la p rim e ra a c a d é m ic a q u e p r o p u s o q u e la caza d e b ru ja s te m p ra n o -
m o d e r n a p o d ría e x p lic a rs e a p a r t ir d e la su p e rv iv e n c ia d e una an tig u a
re lig ió n p ag an a e n la E u ro p a d el R e n a c im ie n to , sino q u e fue p rá c tic a m e n te
la ú ltim a e n u n contmuum d e in te le c tu a le s v a ro n es q u e p ro p u sie ro n la m ism a
tesis a n te s q u e ella. El p r im e r o d e e sto s e stu d io so s es, p re c is a m e n te , K arl
E rn s t Ja rc k e , u n jo v e n c a tó lic o c o n v e rs o q u e e n se ñ a b a d e re c h o p e n a l en
la U n iv e rsid a d d e B erlín . Id e o ló g ic a m e n te e n e m ig o d e las re v o lu c io n e s
lib e ra le s, Ja rc k e o ficiab a c o m o v o c e ro y a p o lo g ista d e los in te re se s d e la
iglesia ro m a n a d e c im o n ó n ic a . F u e e n to n c e s q u e d e c id ió p u b lic a r en los
Annalen der Deutschcn und Auslcindischcn Criminal-Rcchts-Pjlege, u n a re v ista
esp ecializad a en d e re c h o , los e x tra c to s d e u n ju ic io p o r b ru je ría ale m á n del
siglo X V II. ja r c k e a p ro v e ch a lo s c o m e n ta rio s al te x to d e l d o c u m e n to p a ra
d a r a c o n o c e r su re v o lu c io n a ria te o ría : la b ru je ría te m p ra n o - m o d e rn a e ra ,
en re a lid a d , el re m a n e n te d e g ra d a d o d e la an tig u a re lig ió n pagana d e los
g e rm a n o s q u e h ab ía lo g ra d o so b re v iv ir en el sen o d e las clases p o p u la re s.
D e m o n iz a d o p o r lo s a g e n te s d e l c ris tia n is m o v e rn á c u lo , aq u e l atáv ico
p ag an ism o a le m á n re a c c io n ó a n te lo s a ta q u e s d e la Iglesia m ed iev al a su
m ie n d o d e m a n e ra e x p líc ita la a d o ra c ió n d el d e m o n io . Esta tra n sfo rm a c ió n
tra jo c o m o c o n se c u e n c ia la c o m p le ta e n a je n a c ió n d e la p o b la c ió n r u r a l,
q u e d e sd e fin ales d e l M e d io e v o c o m e n z ó a d e n u n c ia r a n te las a u to rid a d e s
a los p ra c tic a n te s d e aq u e llo s a n tig u o s c u lto s d e fo rm a d o s p o r la p re s ió n
de la c u ltu ra d o m in a n te . C o n e sta te o r ía , el jo v e n c a te d rá tic o d e d e re c h o
c o n seg u ía u n b rilla n te d o b le re s u lta d o : a c ep ta b a la tesis ra c io n alista q u e
n e g ab a e x is te n c ia a la b ru je ría p ro p ia m e n te d ich a y, sim u ltá n e a m e n te , e x
o n e ra b a a lo s in q u isid o re s y m a g istra d o s se c u la re s d e to d a re sp o n sa b ilid a d
p o r el a n iq u ila m ie n to d e u n c u lto a n tiso c ia l y p e r v e r s o . 124
54
F a b iá n A l e ja n d r o C a m p a cjn ?
55
H i s t o r i o g r a f í a . D e m o n o l o g í a c r i s t i a n a v c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n t e x r o e u r o p e o
56
Fabián Alejandro Campagne
57
H i s t o r i o g r a f í a . D e m o n o l o g j í a c r i s t i a n a v c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n t e x t o e u r o p e o
58
Fabián A leja n d ro Cam patjne
llevado a la q u ie b ra p o r la p e rs is te n te ce n su ra n a p o le ó n ic a . 133 M ic h e le t es
u n c laro e je m p lo d e ascenso social en b ase a los p a tro n e s m e rito c rá tic o s
v id e n te s en la Francia p o s t-re v o lu c io n a ria . Escala co n ra p id e z p o sicio n es
en el sistem a ed u c a tiv o y en la b u ro c ra c ia estata le s: m a e s tro en la escuela
n o rm a l, je fe de la sec ció n h istó ric a d el A rch iv o N a c io n al, p ro fe s o r en el
College de France.lii D e fe n so r a u ltra n za d e la g esta d e 1 7 8 9 , M ic h e le t hizo
d e la Iglesia C ató lica y d el e sta d o ab so lu tista los b la n c o s p rin c ip a le s d e su
p ré d ic a in te le c tu a l. D e sa rro lló u n a m a rg o d e sp re c io hacia los p e río d o s
h istó ric o s en los cuales habían m e d ra d o d ichas in stitu c io n e s: la E dad M edia
y el A nden ñegime. P o r el c o n tra rio , m anifestaba u n a ad m irac ió n sin reserv as
p o r las ép o cas en las cuales el cato lic ism o y el a b so lu tism o hab ían h allad o
claros lím ite s al d e sp lie g u e d e su m aléfica in flu en cia: el R e n a c im ie n to y la
R ev o lu ció n F ra n c e s a . 135 D e h e c h o , se ha a trib u id o a M ic h e le t la in v en ció n
m ism a d e la n o c ió n d e R e n a c im ie n to c o m o esp ejo in v e rtid o del M ed io ev o ,
“esa fo rm a d e vida b iz a rra , m o n s tru o s a , p ro d ig io sa m e n te a rtific ia l ” . 130 La
c a rre ra d o c e n te d e M ic h e let llega a su fin en 1 8 5 1 , c u a n d o el ré g im e n de
Luis N a p o le ó n lo e x o n e ra d e l Coliche Je Francc a raíz d e su ex cesiv o e n tu
siasm o p o r la R e v o lu c ió n d e 1848 y p o r su n egativa a p re s ta r ju r a m e n to
d e le a lta d al P re s id e n te d e la R e p ú b lic a . A lejad o c o m p u lsiv a m e n te de
la e n señ an za s u p e r io r y d e l acceso a los p rin c ip a le s arch iv o s n acio n a les,
M ic h e le t in ició ia re d a c c ió n d e u n a se rie d e ensayos difíciles d e clasificar:
L’Insecte (1 8 5 3 ), L’Oiseau (1 8 5 6 ), l ’Amour (1 S S 9 ), Le Fcmmc (1 8 6 0 ), La Mer
(1 8 6 1 ) y l a M pntngne (1 868 ). Es en el m a rc o d e esta se rie d e m o n o g ra fía s
d o n d e d e b e m o s u b ic a r La Sorciére, (1 8 6 2 ), el p rin c ip a l a p o rte d e M ic h e le t
a la h is to rio g ra fía d e la caza d e b ru ja s. En e fe c to , d e m a n e ra sim u ltá n e a
a la re d a c c ió n d e las o b ra s m e n o re s a n tes m e n c io n a d a s, M ic h e le t c o n ti
59
H i s t o r i o g r a f í a . D e m o n o l o g t a c r i s t i a n a y c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n t e x r o e u r o p e o
l4! R ich a rd L andes, “ju le s M ic h e le t ( 1 7 9 8 -1 8 7 4 )”, p. 7S 9; R osina Lajo y M a ríaV icto ria
F ríg o la, “P re fa c io ” , p p . 1 9 -2 0 .
1+4 C ito p o r la e d ic ió n en caste lla n o an te s m e n c io n a d a , ju le s M ic h e le t, La Bruja, pp.
3 7 -3 8 : “P o r el c o n tr a rio , la Iglesia ha re s u lta d o im p o te n te a la h o ra d e e n g e n d ra r.
¡Q u é p á lid o s, d iáfan o s, tr a n s p a r e n te s , in c o lo ro s re su lta n sus ángeles! ( . . . ) M u y d i
fe re n te es el S atán q u e su rg e d e l se n o a r d ie n te d e la B ru ja, vivo, a rm a d o , b la n d ie n d o
las arm a s am e n a z a d o r. P o r g ra n d e q u e haya sid o el m ie d o q u e ha in sp ira d o , hay q u e
co n fesa r q u e sin é l, n o s h a b ría m o s m u e r to d e p u ra m o n o to n ía . D e to d a s las plagas
q u e a z o ta n a esta é p o c a , el a b u r rim ie n to es quizás la m ás p esad a. C u a n d o se in te n ta
h a c e r h a b la r a lasT rcs P erso n as e n tr e ellas, c o m o lu v o la m ala id ea d e h a c e rlo M ilto n ,
el a b u r rim ie n to se eleva a lo su b lim e ( . . . ) . P o r el c o n tr a rio , S atán, h ijo d e la b ru ja ,
a tre v id o , es capaz d e se r la ré p lic a d e je s ú s. E stoy casi se g u ro de q u e a Je su c ris to
d eb ía d iv e r tir le , can sad o c o m o esta b a d e la in sip id ez d e sus S an to s.”
141 /b id ., p p . 2 9 3 -2 9 S : “El e x tr a ñ o re la to q u e sigue está sacad o te x tu a lm e n te d e las
tre s d e c la ra c io n e s ( . . . ) . H u b ie ra d e s e a d o ab re v ia rlo p a ra q u e fu e ra m e n o s p e n o s o
p e ro , a b re v ia d o , h u b ie ra p e r d id o im p o rta n c ia y u tilid a d ( . . . ) . H e lo aquí: G ira rd n o
tu v o p ie d a d , c u a n d o le dijo:Y a q u e reh u sáis se r re v e stid a co n los d o n e s d e D io s, se rá
n e c e s a rio q u e os d e sn u d é is. D e b e ría is h a c e rlo p ú b lic a m e n te a n te la faz d e la tie r r a ,
p e ro lo haréis an te vuestro co n fe so r qu e g u a rd a rá silencio ( . . . ) . A sustada y te m b lo ro s a ,
n o d isc u tió , se h u m illó ( . . . ) . E n to n c e s el je s u íta la a z o tó co n la disc ip lin a. Ya estab a
e x tra ñ a d a d e q u e , e n m e d io d e ta n ta s am en aza s, le co lo c a rá un a lm o h a d ó n d e b a jo d e
cad a c o d o . P e ro su so rp re sa fue m ay ú scu la c u a n d o el ju e z , el p a d re ir rita d o , la b esó
im p ú d ic a m e n te d e fo rm a in e s p e ra d a . ( . . . ) . La o b ligó a b a ja r d e l le c h o , a p o s tr a r s e a
sus pies y a q u e se d e sn u d a ra p o r c o m p le to . Ella se resistía p id ien d o a g rito s clem en cia.
D e s p u é s, e m b a rg a d a p o r la e m o c ió n desfalleció y fue e n to n c e s c u a n d o él la tu v o a su
d isc re c ió in . A p e s a r d e e s ta r d e sv a n e c id a , ella s in tió ‘c ie rta divina d u lz u r a ’ al c o n ta c to
q u e d u r ó m u y p o c o . E n el m o m e n to e n q u e volvió e n sí, la ab ra z ó y le p r o d u jo u n
d o lo r n u e v o q u e ella n o había e x p e r im e n ta d o jam ás h asta e n to n c e s .”
6i
H istoriografía. D em on ología cristiana v cultura folklórica en el con texro europeo
146 Ibid., p. 142: “T odavía h asta el añ o 1 0 0 0 , m ie n tra s el p u e b lo fab rica b a sus san to s y
sus ley en d as, la vida a p le n a lu z te n ía alg ú n in te r é s p ara él. Sus n o c tu r n o s a q u e la rre s
n o so n m ás q u e un lig e ro r e s to d e p ag an ism o .”
147 Ibid., p. 144: “C re o q u e e s to se p la n te ó d e g o lp e : fue la e x p lo sió n de u n a furia
lo q u e im p u lsó la im p ie d a d a la a ltu ra d e las c ó le ra s p o p u la re s. Para c o m p r e n d e r lo
q u e fu e ro n estas c ó le ra s , hay q u e r e c o r d a r q u e e s te p u e b lo ( . . . ) había e sp e ra d o y
co n fiad o en el m ila g ro q u e n u n c a lle g ó . L o llamó e n vano en el día d e s e sp e ra d o de
su n ecesid ad su p re m a . D e s d e e n to n c e s , el cielo le p a re c ió el aliado d e sus fero ces
v e rd u g o s, él m ism o un v e rd u g o . D e aq u í s u rg e n la M isa N e g ra y la Jaqucric"
14S Ibid., p. 146: “Se había le v a n ta d o el a lta r p ara el g ra n sie rv o R e b e ld e , a A quel a
q u ie n se p e rju d ic ó , el v iejo p r o s c r ito in ju s ta m e n te e x p u lsa d o d e l cielo , el E sp íritu
q u e c re ó la tie r r a , el M a e stro q u e h iz o g e r m in a r las p lan tas.”
149 Ibid., p. 1 4 5 :“C re o q u e el a q u e la rre , e n la fo rm a d e e n to n c e s , fue o b ra de la M ujer,
d e u n a m u je r d e s e sp e ra d a , tal c o m o lo era la b ru ja d e aq u ella é p o c a .”
150 Ibid., p. 149: “ C o n to d a s e g u rid a d , to d o s e s tab an e m o c io n a d o s , c u a n d o so b re la
c ria tu ra sa crificad a, h u m illa d a , q u e se e n tre g a b a , se hacía la p le g a ria y la o fre n d a para
la co sech a. Se o frec ía tr ig o al E s p íritu d e la tie r r a , q u e h ace g e r m in a r al trig o . P ájaros
62
Fabián A leja n d ro Campagn¡
63
H is to r io g r a f ía . D e m o n o l o ú í a c ristia n a y c u l t u r a lo lk ló ric a e n el c o ü t e x r o e u r o p e o
64
Fabián Alejandro Campagne
6.5
H i s t o r i o a r a i í a . D e m o n o l o g í a c r i s t i a n a y c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n t e x r o e u r o p e o
16i C ita d o p o r R o n a ld H u tto n , TheTrium ph o f the Moori, p. 1 33: “the early modern per-
sectirion o f presumed witches as its worst recorded aspea”.
164 L elan d L. E stes, “In c a rn a tio n s o f Evil: C h a n g in g P ersp ectiv as o n th e E u ro p e a n
W itc h C ra z e (an d th e In flu e n c e o f D o g m a tic T h e o lo g y )”, Clio, 13:2 (1 9 8 4 ), pp.
1 3 6 -1 3 7 .
165 C h ristaT u czay , “T h e N in e te e n th C e n tu r y : M ed iev alism an d W itc h c ra ft” , p. 58.
66
Fabián Alejandro (jm pacjne
67
Hiy.oi lografía. D e m o n o l o g í a cristiana y cultura folklórica e n el c o n t e x r o e u r o p e o
so b re la p e rs e c u c ió n d e la b ru je ría e n tr e 1 2 S 8 y 1 5 2 6 , u n á n im e m e n te
c o n sid e ra d o c o m o el m ás im p o rta n te a p o rte e n la m a te ria d e sd e la Ges-
cliiclu e de Soldán d e 1 8 4 3 . P ero su n o m b re ha q u e d a d o in d iso lu b le m e n te
asociado a una se g u n d a o b ra , p u b lic a d a al a ñ o sig u ie n te : Quellen und Unter-
suchunijcn zur Gcschichte des Hexcmvalms, una rec o p ila ció n d e d o c u m e n to s en
la linea d e l in ac a b a d o p ro y e c to de H e n ry C h arle s Lea. A m b as co le c c io n e s
d o c u m e n ta le s , la d el a le m á n y la del n o r te a m e r ic a n o , c o n tin ú a n hasta el
p re s e n te sie n d o o b je to d e fre c u e n te c o n su lta p o r p a rte d e los esp ecialistas
en la h isto ria d e la caza d e b ru jas. H an sen es c o n sid e ra d o ta m b ié n el c re ad o r
d e la d e n o m in a d a n o c ió n a c u m u la tiv a d e b ru je ría , u n a te o ría q u e so stie n e
q u e el m ito d el sa b b at se d e s a rro lló d e m a n e ra g ra d u a l d u ra n te los siglos
finales d el M ed io e v o , a p a r tir d e la fusión d e e le m e n to s d e o rig e n d ife re n te
en u n ú nico y n o v ed o so e s te re o tip o ta rd o -e sc o lá stic o . El arc h iv ista alem án
m a n tu v o in te n so s c o n ta c to s c o n los e sp ecialistas n o rte a m e ric a n o s : apoyó
las in v estig acio n es d e B u rr d u ra n te su p e rip lo e u ro p e o , y en 190S p u b licó
u n a tra d u c c ió n a lem an a d e la h is to ria d e la inq u isición m e d ie v al d e L e a . 169
H an sen fallece e n 1943 d u ra n te u n raid a é re o b ritá n ic o so b re la c iu d a d de
C o lo n ia , u n final p a ra d ó jic o p a ra q u ie n e n 1933 había re n u n c ia d o a sus
carg o s p ú b lic o s c o m o p ro te s ta p o r la lleg ad a d e los nazis al p o d e r . 1/0
y
6. B r u j e r í a r it o : la e x t r a o r d i n a r i a f o r t u n a d e
M argaret Murray
A p e sa r d e los esfu erzo s d e los a le m a n e s Jarc k e y M o n e , y d el e x tr a o r
d in a rio éx ito e d ito ria l d e La Sorcicre d e M ic h e le t, las te o ría s q u e asim ilaban
a las víctim as de la caza d e b ru ja s c o n los a d h e re n te s a u n a an tig u a re lig ió n
p ag an a, to d av ía v ig e n te a c o m ie n z o s d e la E d ad M o d e rn a , n o lo g ra ro n
im p re s io n a r a los c írc u lo s a c a d é m ic o s, p o r e n to n c e s d o m in a d o s p o r la
68
Fabian Alejandro Campagne
69
H istoriografía. D em on o lo gía cristiana y cultura folklórica en el con texro e u r o p e o
70
Fabián Alejandro Campagne
So lo n g ag o as th e y e a r 1 8 8 6 I le a r n e d th a t th e r e w a s in e x is te n c e a
m a n u s c r ip t s e ttin g f o r th th e d o c tr in e s o f Italian w itc h c r a f t ( . . . ) . H a v in g
u r g e d it o n M a d d a le n a , m y c o lle c to r o f fo lk -lo re , w h ile sh e w a s leacling
71
Historiografía. Demonología cristiana v cultura folklórica e n el contexto e u r o p e o
a w a n d e rin g life in T u sc a n v , to m a k e a n e f fo r t to o b ta in o r r c c o v e r
s o m c th in g o f th e k in d , I a t last r e c e iv e d f r o m h e r , o n Ja n u a ry 1, 1 8 9 7 ,
fro m C o lle , Val d ’Elsa, n e a r S iena, th e M S e n title d A rad ia, o r th e C o sp e l
o f th e W it c h e s .1"
72
Fabián Alejandro Campagne
d ie ro n r e c u r r ir p a ra e n fr e n ta r la tira n ía d e lo s se ñ o re s fe u d ale s y d e la
Iglesia m ed iev al:
73
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
74
habían .-¡¡cjandro Campagnc
75
H istoriogralía. D em on ología cristiana y cultura folklórica e n el c o n t e x r o e u r o p e o
76
Fabián Alejandro Campagne
B a rcelo n a, L abor, 1 9 7 8 ): “el c u lto d ián ico abraza la cre e n c ia y los ritu a le s re lig io so s
d e las p e rso n a s a q u ie n e s se lla m a b a “b r u jo s y b ru ja s ” e n el ta rd o -m e d io e v o . La
ev id en cia p ru e b a q u e d eb a jo d e la re lig ió n cristia n a ex istía u n c u lto p ra c tic a d o p o r
m u c h o s g r u p o s d e la c o m u n id a d , a u n q u e p r io rita r ia m e n te p o r lo s m ás ig n o ra n te s o
p o r q u ie n e s h ab itab an e n las re g io n e s m e n o s d e n s a m e n te p o b lad as del país. Su o rig e n
p u e d e ra s tr e a r s e h asta la e ra p re -c ris tia n a , y p o r ello p o d e m o s c o n s id e ra rla c o m o la
an tig u a re lig ió n d e E u ro p a O c c id e n ta l.”
- , L . P. T , .
194 M a rg a re t A lice M u rray , The God o f theW itches, n . p . , N u V isio n P u b lic a tio n s, 2005
(1 9 3 3 ), p p . 2 1 -2 2 (e d ic ió n e n c a ste lla n o : El dios de los brujos, M é x ico , F C E , 1 9 8 5 ).
,9' M a rg a re t A lice M u rray , TheW itch-C uh inIVestern Europe, p. 18, 3 8 , 6 1 , 8 1 ; The God
o f theW itches, p p . 2 4 -2 5 .
196 M a rg a re t A lice M u rray , The God o f thcW itchcs, p. 12
197 M a rg a re t A lice M u rray , T heW ítch-C ult inWestern Europe,pp. 2 7 9 -2 8 0 .
i9s M a rg a re t A lice M u rray , The God o f iheW ilches, p p. 1 27 y ss.
199 M a rg a re t A lice M u rray , TheW itch-C ult inWestern Europe, pp. 1 3 7 , 1 6 0 -1 , 173: “la
r e u n ió n g e n e ra l d e to d o s lo s m ie m b ro s d e la re lig ió n .”
77
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el contexro europeo
78
Fabián A leja n d ro C am paqne
del fo rm u la rio “Degrccs, with Dates" [“G ra d o s acad é m ico s alcanzados, y fechas] co n la
frase “Cart’t remember” [“N o r e c u e r d o ”) (C a ro lin e G a te s and J u lie tte W o o d , A Covsn
ojScholars, p. 9 1 , n . 4 ).
208 H u tto n , TheTriumph o f the Moon, p. 195.
209 M a rg a re t A lice M u rray , My First HnndrcdYcars, L o n d re s, W illiam K im b er, 1 963, n.
104: “c u a n d o sú b ita m e n te c o m p re n d í q u e el así lla m a d o D iab lo era s im p le m e n te un
h o m b re d isfrazad o se n tí u n so b re s a lto ; casi ra e asu sté ai v e r c ó m o to d o s los h ec h o s
re g istra d o s co b ra b a n s e n tid o , m o s trá n d o n o s q u e las b ru ja s eran a d h e re n te s a una
an tig u a y p rim itiv a fo rm a d e re lig ió n , y q u e los re g istro s habían sido p ro d u c id o s p ol
los m ie m b ro s d e u n a re lig ió n n ueva y re p re siv a ” (la tra d u c c ió n del inglés es m ía ).
79
H istoriogralía. D em on ología cristiana v cultura tolklórica en el con texro eu ropeo
8o
l ü b i á n A le ja n d r o C o in p a q n e
8i
H istoriografía. D em o n ología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
82
Fa bián A le ja n d ro Campac/ne
P- ? 3-
223 C a ro lin e O a te s an d J u lie tte W o o d , A Coren o f Scholars, p. 1 6.
224 N o e x is te aú n u n a m o n o g ra fía acad é m ica re le v a n te so b re la figura y la o b ra de
M o n ta g u e S u m m e rs. N o o b sta n te , p a ra u n análisis d e su ley en d a y m ito re su lta útil
la c o n su lta d e B ro c a rd S ew ell, Montague Sammcrs:A Memoir, L o n d re s, C ecial & A m elia
W o o lf, 1 9 6 5 . S o b re su p ro d u c c ió n v é a s e T im o th y D ’A rch S m ith , Montague Summers.
A Bibliography, W c llin g b o ro u g h , A q u arian P re ss, 1 983. P o r ú ltim o , ta m b ié n m e re c e
se r te n id a en c o n s id e ra c ió n la a u to b io g ra fía del p ro p io S u m m e rs , The Gallanty Shoiv:
An Autobiographv, L o n d re s, C . W o o lf, 1 980.
223 Ju lián G o o d a r e ,“M o n ta g u e S u m m e rs (1 8 8 0 -1 9 4 8 )”, en R ic h a rd M . G o ld en (e d .),
Encjdopedia ofl'Vítchcraft, vol. ÍV, p. 1 090.
83
H istoriografía. D em onoluuía cristiana v cultura f o l k l ó r i c a cu el con texro eu ropeo
q4
Fabián Alejandro Campagne
85
H istoriografía. D em on o lo gía cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
%
Fabián A leja n d ro C am pagne
240 Ibid., p. 124: “In many o f these instances it is píain that there is no a c tu a lfig h t through
the air ( . . . ) . h is very pertinent, however, to noticc in this conncxion the actual Icritation o f
human beings, which is, ahhough perhaps an (inusual,yet by no means an unknown, pheno-
menon in the séanccs o f modern spiritism, where hoth the levitation o f persons ( . . . ) rabies and
chairs ( . . . ) have occurrcd again and again under condirions n'hich eannot possibly admit o f
legerdemain, ilhision or charlatanry” (“e n m u ch as in stan cias re su lta claro q u e n o ex iste
u n v u e lo real p o r los aires ( . . . ) . P arece p e r tin e n te , sin e m b a rg o , r e p a r a r e n u n te m a
c o n e x o , la ¡ev itació n d e se re s h u m a n o s, un fe n ó m e n o q u e , a u n q u e in u su a l, n o r e
su lta en n in g ú n caso d e s c o n o c id o e n las sesiones d el e s p iritism o m o d e r n o , d o n d e la
lev itació n ta n to d e p e rso n a s c o m o de m esas y sillas ha o c u r rid o u n a y o tra v e z , bajo
c o n d ic io n e s q u e n o p u e d e n p o sib le m e n te a d m itir ni ju e g o s d e m a n o s, ni ilu sio n ism o
ni c h a rla ta n e ría ”).
241 Ibid., p. 9 7 : “adm its no solution sa ve by the m aterialization o f evil intelligences o f
power” (“n o a d m ite o tr a so lu c ió n q u e la m a te ria liz a c ió n d e in te lig e n c ia s d e p o d e r
m alv a d a s”).
242 Ibid., p p . 9 5 -9 6 : “/iliss Scatcherd, in a symposium, Surrival, gires certain o f her oivn
experiences that g o fa r to prove the partial re-matcrialization o f the dead by the utilization
o f the materia! substanee and ectoplasmic emanations o f the living. And i f disembodied spirits
can upon occasion, hoivever rare, thus materializes uhy not evil intelligences irhose cjforts at
corporeúlity are urged and aided by the longing thoughts and concentrated ivill powcr f thosc
who eagerly seek them?” (“En u n sim p o sio , M iss S c a tch erd o fre c e algunas e x p e rie n c ia s
p ro p ias q u e in clu so p e r m ite n p r o b a r la re -m a te ria liz a c ió n p arcial d e los m u e r to s , a
p a r tir d e la u tilizació n d e la sustancia m a te ria l y de las e m a n a c io n e s ecto p lásm ic as
d e los vivos. Y si los e s p íritu s d c s e n c a rn a d o s p u e d e n , en alg u n a q u e o tr a rara o c a
sió n , m a te ria liz a rs e d e dicha m a n e ra , ¡ p o r q u ié n o p o d r á n h a c e rlo las in telig en cias
m alv ad as, cu y o s esfu erzo s hacia la c o rp o ra lid a d se ven u rg id o s y ayu d ad o s p o r los
p e n s a m ie n to s an h e la n te s y el p o d e r d e v o lu n ta d c o n c e n tr a d o d e aquellas p e rso n a s
q u e d e sean a n sio sa m e n te c o n ta c ta rlo s? ”).
87
H istoriografía. D em on ología cristiana v cultura folklórica en el con texro europeo
T h e e x is le n c e o f evil d is c a rn a te ín te llig e n c e s h av in g b c e n o r th o d o x ly
esta b lish e d , a re a lm w h ich o w n s o n c ch ief, an d it is reaso n a b le to su p p o se ,
n ia n y h ic r a rc h ie s , a k in g d o m th a t is a t c o n tin u a l w a rfa re w ith all th a t is
g o o d , e v e r striv in g t o d o ev il an d b r in g m a n in lo b o n d a g e ; it is o b v io u s
th a t il lie b e so d e te r m in e d m a n w ill b e ab le in s o m e vvay o r a n o th e r
to g e t in to to u c h w ith th is d a r k sh a d o w ' w o r id , an d h o w e v e r r a r e su c h
a c o n n e x io n m a v b e it is, at le a s t, p o ss ib le . it is th is c o n n e x io n w ith its
c o n s e q u e n c e s , c o n d itio n s , a n d a tte n d a n t c irc u m s ta n c e s , th a t is k n o w n
as W i t c h c r a f t.243
241 Ibid., p. 9 0.
Ibid., p. 7 5 .
245 Ibid., p p . 6 2 -6 3 : “H a b ie n d o sid o esta b le c id a de m a n e ra o r to d o x a la e x is te n c ia de
in telig en cias d e se n c a rn a d a s m alv ad as, u n re in o p re sid id o p o r un ú n ico jefe, y q u e
re su lta ra z o n a b le im a g in a r o rg a n iz a d o e n varias je ra rq u ía s , u n re in o q u e está en
c o n s ta n te g u e r ra co n to d o lo q u e es b u e n o , esfo rz á n d o se sie m p re p o r h a c e rle m al v
p o r esclavizar al h o m b r e ; re su lta o b v io q u e u n h o m b r e , d o ta d o co n la d e le rm iiu u . >n
n e c e s a ria , lo g ra rá de u n a m a n e ra u o tr a p o n e r s e e n c o n ta c to co n este o sc u ro m u n d o
d e so m b ra s , y aú n c u a n d o r a ra , n o p o d rá n e g a rse qu e esta c o n e x ió n re su lta c u a n to
m e n o s p o sib le . Es esta c o n e x ió n y sus c o n se c u e n c ia s, c o n d icio n es y c ircu n stan cias
esp e ra b le s lo q u e se c o n o c e c o m o B ru je ría ” (las tra d u c c io n e s d e l inglés so n m ías).
«8
Fabián A leja n d ro C a m pagne
89
H istoriografía. D em o n ología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
T h is w as u n d o u b te d ly th e g r e a t a p p e a l o f th e O íd R e lig ió n ; th e g o d
w a s th e r e p r e s e n t w ith th e w o r s h ip p e r s , th e y c o u ld se e h ir n , th e v c o u ld
sp e a k to h im as frie n d to f rie n d , w h e re a s th e C h ristia n G o d w as u n se e n
an d far aw a y in H e a v e n , an d th e p e titio n e r c o u ld n e v e r b e s u re th a t his
p r a y e r w o u ld re a c h th e d iv in e e a r . '’4
91
i listoriografía. D em onología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
92
Fabián A le ja n d ro C a m pagne
93
H istoriografía. D em on ología cristiana v cultura lolk lórica en el con texro europeo
Od
Fabián A leja n d ro C am pagne
teo ría se basaba en “documcnts corn jro m the hackc¡roimd o j their own age and
divorced from the scrious study o j their historical a n tc c e d c n ts o b je tó , asim ism o ,
la dudosa e tim o lo g ía q u e e q u ip a ra b a a D ian a c o n Janus, y c u e stio n ó una
m e to d o lo g ía q u e en o casio n es leía las fuentes de m a n e ra lite ra l, y en o c a
siones las so m etía a profundas rein terp retacion es.26>También re a c c io n a ro n
las voces p re stig io sa s d e los d ecan o s del p arad ig m a racio n alista: G e o rg e
L incoln B u rr lo hizo d e sd e la trib u n a d e la American Historical Revieir; y
G eo rg e L vm an K ittre d g e d e sd e las p ág in as de su lib ro Witchcraft in Oíd and
N ew E ngland, e d ita d o p o r la U n iv e rsid a d d e H a rv a rd en 1 9 2 9 .266 El m ism o
año el h is to ria d o r inglés C ecil L’E stra n g e E w en p u b lica Witch H unting and
Witch Triáis, un a investig ació n q ue fue percib irla p o r m u c h o s c o m o una
desafío im p líc ito al m o d e lo d e M u rra y : en e fe c to , tras in d ag a r d u ra n te
años e n a rch iv o s, fu e n te s p rim a ria s y p ro c e so s in é d ito s , L’E stra n g e E w en
no halló ra s tro alg u n o d e l s u p u e s t o c u lto a la fe rtilid a d se ñ alad o p o r la
e g ip tó lo g a . A u n q u e el h is to ria d o r inglés ap en as re p a ra b a en la Witch cult
theorj, M u rra y re a c c io n ó p u b lic a n d o una se rie d e rese ñ a s b ib lio g ráficas
en las q u e descalificaba c o n d u ro s té rm in o s las c o n c lu sio n e s y el m é to d o
de su c o le g a .267
P o co afectada p o r los d e b a te s a c ad ém ic o s, la fo rtu n a d e los lib ro s de
M u rray c o n tin ú o en ascenso hasta alcan zar su p ic o m á x im o de p o p u la rid a d
tras la finalización de la S eg u n d a G u e rra M u n d ia l. En los ú ltim o s añ o s de
la d éc ad a d e 1 9 4 0 , The God o j theW ítches se tra n s fo rm ó en u n hest-seljer.
P oco d e s p u é s , la Oxford U nircrsitj Press c o m p ró lo s d e re c h o s d e l lib ro
p ara p u b lic a r en 1952 u n a ed ic ió n en rú s tic a . D iez añ o s m ás ta r d e h aría
lo p ro p io c o n TheWitch-Cult. in IFestcrn Europc, q u e n o se re e d ita b a d e sd e
1 9 2 1 .2SS Las o p in io n e s favorables se v o lv ie ro n m ás fre c u e n te s. En 1 9 4 5 ,
Sir G e o rg e C la rk , u n a re s p e ta d a figura d el establishment u n iv e rsita rio b r i
95
H istoriografía. D em on ología cristiana v cultura lolkloi ica en c-1 co n te xto europeo
c¡6
Fabián. Ucjandro Cumpoquc
97
H is to r io g r a f ía . D e m o n o lo g ía c ris tia n a y c u lt u r a fo lk ló r ic a en el c o n te x r o e u ro p e o
2i0 P ara la c rític a al m o d e lo d e M u rra y véase Je ffre y B u rto n R ussell, Witchcrajt in the
ñíiddle Ages, p p. 3 6 -3 7 .
U n o s años a n te s , C h a d w ic k H a n se n había s o s te n id o una tesis sim ilar para la N ueva
In g la te rra p u r ita n a , s u g irie n d o la p o sib ilid a d de q u e en to r n o a Salem V illage d e t e r
m in a d o s in d iv id u o s se d e d ic a ra n e fe c tiv a m e n te a la p ráctica d e la b ru je ría diabólica;
véase C h a d w ic k H a n s e n , Witchcrajt at Salem, N u e v a Y ork, G e o rg e B razilier, 1985
(1 9 6 9 ), p p . 5, 1 8 9 - 1 9 7 ,2 2 6 .
2si je ffre y B u rto n R u ssell, Witchcrajt in the M iddlc Ages, p. 20: “¿existía una realidad
o b jetiv a d e trá s del fe n ó m e n o d e cre e n c ia ? ” ; “si d efin im o s a la b ru je ría e u ro p e a de
u n a m a n e ra q u e in clu y a to d o s los e le m e n to s s o b re n a tu ra le s q u e le asignaban los
in q u isid o re s, p r o b a b le m e n te a r rib a r e m o s a u n a re sp u e s ta neg ativ a. P o r el o tr o lado,
si u b ic a m o s a la b r u je ría e n el c o n te x to d el e x te n d id o fe n ó m e n o de la a d o ra c ió n del
d e m o n io y d e la c re e n c ia b r u je r il, n u e s tra r e s p u e s ta se rá d ife re n te . C o m o ob
ba A rag o , p o r fu e ra d e las m a te m á tic a s p u ra s , c u a lq u ie ra q u e p ro n u n c ie la p
im p o sib le care c e d e p r u d e n c ia ” (la tr a d u c c ió n d e l in g lés es m ía).
Fa b iá n A l e j a n d r o C a m p a g n e
99
iu g r a líj. D e m o n o lo g ía c r is tia n a y c u lt u r a lu lk lú r ic a en el c o n te x to e u ro p e o
285 Ibid., p. 86
2SSJ. R .V een stra, Magic and Divination at the Cauris ojBurgundy and France:Te\t and Conlexl
ofLaurens Vignons Corare les Derincurs (1 4 1 1 ), L e id en , B rill, 1 9 9 8 , p p. 9 2 -9 3 .
2S7 G ab riel A udisio, Les“laudüis”: naissanee, ric et mort d ’une dissidenee (X lle-X V ie sieele),
T u rín , A lb e r t M e y n ier, 1989 (cito p o r la e d ic ió n en in g lés: ThelYaldcnsian Dlsseni:Per-
secution and Survival, c. 11 70 c. 1 5 7 0 , C a m b rid g e , C a m b rid g e U n iv e rsitv P re ss, 1999,
p p . 7 3 -7 8 ); R ich a rd K ieck h efer, EuropeanlVUch Triáis, p p. 4 0 -4 2 ; M a rtin e O storeE g,
Tolátret avec les démons’, p p. 17 4 -1 8 2 , 2 7 4 -2 7 5 ; A rn o B o rst, M eJicralUbrlds, pp. 1 15-
1 17; F ra n ck M e rc ie r, LaVauderie d ’Arras, p p. 8 7 -9 0 .
Fabián A leja n d ro C u m p ü c jn e
103
H is to r io g r a lia . D e m o n o lo g ía c r is tia n a v c u lt u r a fo lk ló r ic a en e l c o n te x r o e u ro p e o
la s ó r d e n e s m e n o r e s r e c i b i d a s n o c o n s e g u í a n b e n e f i c i o a l g u n o n i l o g r a b a n
m e d r a r e n la c a r r e r a e c le s i á s t ic a . E s te e x c e s o d e p o s t u l a n t e s e n r e l a c i ó n c o n
la o f e r t a d e c a r a o s e x i s t e n t e lo s c o n d e n a b a a u n a v id a e r r a n t e , e n la c u a l
t r a t a b a n d e o b t e n e r v e n ta j a s d e la a l f a b e t i z a c i ó n y d e l o s c o n o c i m i e n t o s
m u s i c a le s a d q u i r i d o s d u r a n t e s u p a s o p o r la u n i v e r s i d a d . B a s á n d o s e e n u n a
c o n d e n a e c l e s i á s t i c a d e 1 2 9 1 q u e lo s e q u i p a r a c o n u n a s e c t a , R o s e a f i r m a
q u e lo s g o l i a r d o s d i s p e r s o s p o r E u r o p a i n i c i a r o n u n p r o c e s o d e o r g a n i
z a c i ó n f o r m a l i n s p i r a d o e n la s f l a m a n t e s ó r d e n e s m e n d i c a n t e s . 29' F u e r o n
a l g u n o s m i e m b r o s d e e s ta o r g a n i z a c i ó n i n t e r n a c i o n a l d e c l é r i g o s a m b u l a n
t e s , p a r t i c u l a r m e n t e r e s e n t i d o s p o r s u i n c a p a c i d a d p a r a i n s e r t a r s e e n las
p o s ic io n e s d e p o d e r e c le s iá s tic o , lo s q u e t o m a r o n c o n ta c to c o n a q u e llo s
g r u p o s in fo rm a le s d e h e r b o la ria s e x tá tic a s , tr a n s f o rm á n d o s e e n líd e re s
d e s u s c o n v e n t í c u l o s m á g i c o - r e l i g i o s o s . 29S A r a í z d e la i n t e r v e n c i ó n d e lo s
g o l i a r d o s , lo s g r u p o s d e veneficae t r a s c e n d i e r o n e l c a r á c t e r m e r a m e n t e lo c a l
q u e h a b ía n te n id o h a s ta e n to n c e s p a ra c o n v e r tir s e e n u n a s o c ie d a d s e c re ta
i n t e r n a c i o n a l m e n t e h o m o l o g a d a . 299 G r a c ia s a s u s c o n o c i m i e n t o s t e o l ó g i c o s
y a la p r á c t i c a d e s a c r a m e n t a l e s c o m o e l e x o r c i s m o —d e r i v a d o d e u n a d e la s
ó r d e n e s c l e r i c a l e s m e n o r e s —, l o s g o l i a r d o s f u e r o n r e s p o n s a b l e s d e l p a p e l
c r e c i e n t e q u e la a d o r a c i ó n d e S a tá n c o m e n z ó a a d q u i r i r e n lo s r i t u a l e s d e
la s h e c h i c e r a s .T a m b i é n f u e r o n e ll o s lo s q u e i n t r o d u j e r o n e n la s c e r e m o n i a s
e l e m e n t o s c o m o la m i s a n e g r a y e l ó s c u l o i n f a m e : 300
c o m m o n m e n ta l c o n d itio n . In an y ca se , w h e th e r th e y to o k it se rio u s ly
th e m se lv e s o r n o t, tlicy s h o u ld n a tu ra lly still in c lin e to th e b e lie f th a t
t h e ir d u p e s w e r e w o rs h ip p itig th e D e v il, as th e o n iy s o u r c e o í m a lig n
sp iritu a l p o w e r , an d th e r e fo r e th at a c u lt o f th e D ev il w as w h a t th e y w e r e
r e q u ir e d to c o n c o c t as th e s p iritu a l le a d e rs o f d ie s e m a le f ic a e .301
105
H is to r io g r a f ía . D e m o n o lo g ía cris tia n a y c u lt u r a fo lk ló r ic a en e l c o n te x r o e u ro p e o
302 C a rio Ginzburg, / Benandanti, pp, 2 0 7 -2 0 8 : “los jueves de to d as las c u a tro tém p o ra s
d e l a ñ o e ra m o s o b lig ad o s a ir ju n to c o n e sto s b ru jo s p o r m u c h a s cam p iñ as, com o
C o rm o n s , d e la n te d e la iglesia d e lassico, y h asta la re g ió n d e V erona.”
303 ¡bid. , p, 2 1 7 : “soy benandante p o r q u e voy co n los o tro s a c o m b a tir, in v isib lem en te,
co n el e s p íritu , m ie n tra s el c u e r p o p e r m a n e c e ” ; “si n o s o tro s salim os v e n c e d o re s,
a q u e l añ o se rá d e a b u n d a n c ia ; y si p e r d e m o s , se rá d e ca re stía .”
Fabián A leja n d ro C am pagne
107
I íisLo rio sJra fia . D e m o n o lü o ia cris tia n a y c u lt u r a fo lk ló r ic a e n el c o n te x r o e u ro p e o
te r m in a ra n a su m ie n d o c o m o p ro p io el p u n to d e vista d el re p re so r. La
e x tin c ió n d e lin itiv a d el m ito a g ra rio e ra só lo c u e stió n d e tie m p o . 308
A lo larg o d el lib ro , G inzburg; id e n tific a v ario s c o m p le jo s fo lk ló ric o s
e u ro p e o s q u e tie n e n e v id e n te s p u n to s d e c o n ta c to c o n la c re e n c ia d e los
benandanti. Sin e m b a rg o , evita e x tr a e r co n clu sio n e s g e n e ra les q u e p u d ie ra n
aplicarse m ás allá d el c o n te x to friu lan o . R esu lta posib le afirm a)' co n ce rte z a
q u e en el F riu li la b ru je ría d iab ó lic a se d ifu n d ió a p a r tir d e la d e fo rm a c ió n
de un c o m p le jo a g ra rio a n te r io r : el a q u e la rre , p rá c tic a m e n te d e sc o n o c id o
en la re g ió n en el ú ltim o c u a rto d e l siglo X V I, su rg ió fin a lm e n te c o n to d o
su e s p le n d o r c. 1 6 4 0 -1 6 5 0 , d e la m a n o d e la satan izació n d e u n c o m p le jo
a g ra rio p re -c ris tia n o . A vanzar m ás allá d e e sta m o d e s ta c o n c lu s ió n re s u l
taba en e x tr e m o a rrie sg a d o : “e naturalm ente impossibile estendere senz’altro,
pero analogía, quesla conclusione ad altri región': d ’Europa; tutlavia, pero quanto
parziale e cireoscritta, essa puo costituire u n ’ipotesi per ulterior i ricerche”, 309
A p en as u n p á rra fo d e sp u é s , G in z b u rg esb o za c o m o al p asar la q u e v ein te
años d e sp u é s te r m in a ría sie n d o la h ip ó te sis p rin c ip a l d e Storia nolturna:
i i in d u d a b le c o n e x ió n e n tr e los benandanti y los c h a m a n e s sib e ria n o s (“ii
problema della connessione, indubitabile, esistente tra benandanti e sciamani”)-,310
tras esta re fe re n c ia fugaz, sin e m b a rg o , el tó p ic o n o re c ib e tr a ta m ie n to
u lte rio r e n lo q u e re s ta d e l ensayo.
Los m é r ito s d e l p r im e r lib ro d e C a rio G in z b u rg se p o n d e ra n m e jo r
a la d istan c ia. En p r im e r lugar, su in v estig a c ió n p u so p o r p rim e ra vez en
ev id en cia u n a sp e c to h asta e n to n c e s d e sc u id a d o d el p ro c e s o de c o n s tr u c
ció n del e s te re o tip o d e l sab b at. E n el caso d e los benandanti, al m e n o s , la
im a g e n del a q u e la rre q u e e m e rg e d e lo s in te rro g a to rio s n o p u e d e m e r a
m e n te c o n sid e ra rs e c o m o el p r o d u c to d e una ficció n c o n s tru id a p o r la
alta c u ltu ra te o lo g a l. El sab b a t q u e se d e s c rib e en los p ro c e s o s friu lan o s
es un p r o d u c to e m in e n te m e n te h íb r id o , la r e s u lta n te d e u n s in ie s tro
d iálo g o e n tr e in q u isid o re s y c a m p e sin o s: los p rim e ro s , p u b lic ista s d el
d isc u rso d e m o n o ló g ic o ta rd o -e s c o lá s tic o ; los se g u n d o s, p o rta d o re s de
30S Ibid. , p p . 1 4 2 -2 0 3 .
309 Ibid., p. xii: “re s u lta n a tu r a lm e n te im p o sib le e x te n d e r p o r sim p le analogía esta
c o n c lu sió n a o tra s re g io n e s d e E u ro p a ; aú n así, a u n q u e p arcial y c irc u n sc rip ta , la
m ism a p u e d e c o n s titu ir una h ip ó te sis p a ra u lte r io r e s in v estig ac io n e s”.
3,0 Ib id ., p. xiii: “el p ro b le m a de la c o n e x ió n , in d u d a b le , q u e ex iste e n tr e los benandami
v los c h a m a n e s” (las tra d u c c io n e s d e l ita lia n o so n m ías).
108
Fabián Alejandro Campognc
109
H istoriografía. D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
n o
Fabián Alejandro Campaqne
m
H istoriografía. D cm on ulooja cristiana v cultura folklórica en el c o n t e x r o e u r o p e o
114
Fabián Alejandro Campagne
La r e d u c c ió n d el a p o r te d e G in z b u rg al m o d e lo in te r p r e ta tiv o de
M u rray q u e se im p u so en la h is to rio g rafía an g lo sajo n a de los años ’7 0 , no
o b stó p ara q u e / benandanti re c ib ie ra apoyos significativos en o tro s ám b ito s
académ icos. P a rtic u la rm e n te lu m in o so s re s u lta ro n dos trab ajo s p u b licad o s
en 1 9 7 6 : u n paper d el ru m a n o M ircea E liade y un lib ro d e la h is to ria d o ra
italiana Luisa M u ra ro . A m b o s in v estig ad o res re c o g ie ro n el g u a n te lan zad o
p o r G in z b u rg en 1 9 6 6 , e in te n ta ro n r e s p o n d e r el in te rro g a n te q u e había
q u e d a d o sin re s p u e sta : ¿resu ltab a p o sib le g e n e ra liz a r las c o n c lu sio n e s del
caso friu la n o al m ás a m p lio c o n te x to p a n e u ro p e o ? M ircea E liade ( 1 9 0 7 -
1 9 8 6 ) , d e can o de los h isto riad o res de la relig ió n c o n te m p o rá n e o s , re sp o n d e
de m a n e ra a firm a tiv a en u n a rtíc u lo in c lu id o en una c o le c tá n e a p u b lic ad a
p o r la U n iv e rsid a d de C hicago. En e fe c to , en el ric o a c e rb o del fo lk lo re
ru m a n o , E liade id en tific a dos c o m p le jo s q u e g u a rd a n e stre c h a re la c ió n
con la ley en d a d e los c o m b a tie n te s en éx tasis italian os: los strigoi y los ca-
lusari. Los striejoi son los b ru ja s y b ru jo s d e la c u ltu ra lo cal. Según el m ito
p o p u lar, nacían en v u e lto s en la m e m b ra n a a m n ió tic a , ven ían al m u n d o con
la cofia. Al lle g a r a la ed ad a d u lta ad q u iría n la capacidad de d e s p r e n d e r a
v o lu n ta d el alm a del c u e rp o , y d e esa fo rm a p o d ía n p e n e tr a r en las casas
h e rm é tic a m e n te c e rra d a s, ju g a r con lo b o s v osos sin su frir d a ñ o , ro b a r
la le c h e d e las vacas, o m e ta m o rfo s e a rs e en an im ales. P e ro m ás su g estiv o
resu ltab a el h e c h o d e q u e d u ra n te aquellas e x p e rie n c ia s ex tá tic a s los strigoi,
m o n ta d o s so b re esco b as o b a rrile s , se trasla d a se n fu era de los p o b lad o s
o “h asta el fin del m u n d o , d o n d e n o c re c e la h ie rb a ” , p a ra c o m b a tir e n tre
ellos c o n g a rro te s , h ach as y g uadañas. Las b atallas p arec ían te n e r u n a fi
nalidad e m in e n te m e n te lú d ica: p o c o an tes del alba, los strigoí llo ra b a n y
se re c o n c ilia b a n .328 A p a r t ir d e la c o n sta ta c ió n d e las sem ejan zas q u e e x is
tían e n tr e benandanti y strigoi, E liade co n clu y e q u e las c a rac te rístic a s d e la
b ru je ría fo lk ló ric a ru m a n a d e m o s tra ría n la a u te n tic id a d d e lo s e sc e n a rio s
p re -c ris tia n o s b asad os en viajes o n íric o s, travesías e x tá tic a s y c o m b a te s
ritu a le s .329 U na circ u n sta n c ia p a rtic u la r c o n trib u v e al re fo rz a m ie n to de
115
H istoriugraíía. D em onulo^ía cristiana v cultura folklórica c. ci con texro europeo
116
fabicin Alejandro Campagne
334 Luisa M u ra ro , La Signara delgioco. La caccia alie streghe interpretata dalle sue vittime,
M ilán , La T a rta ru g a , 2 0 0 6 (1 9 7 6 ), pp. 2 0 0 -2 0 7 .
355 Ibid., p. 192: “el a c to in a u g u ra l de la caza d e b ru ja s” (la tra d u c c ió n d e l italian o
es m ía).
117
H istoriografía, D em on ología cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
118
Fabián A leja n d ro C am pagne
119
H istoriografía. D cm on ologia cristiana y cultura folklórica en el con texro europeo
120
Fabián A le ja n d ro C a m pagne
121
H istoriografía. D e m o n o l o g ía cristiana y cultura folklórica en el co n te xto europeo
122
Fab iá n A l e j a n d r o C a m p n g n c
sin embargo, en la noche de] 31 de julio al I o de agosto, los mazzeri ele las
diferentes aldeas combaten en éxtasis entre sí, en una lid cuyo trofeo no
son las cosechas sino la cantidad de muertes que sufrirá cada aldea duran
te el año entrante.353 Ahora bien, aunque las diferencias específicas entre
benandanti, táhosok, kresniksy mazzeri no pueden ignorarse, las semejanzas
formales son tales que permiten suponer la existencia de alguna matriz
mítica anterior de la cual todos ellos derivarían.
En cuanto a las procesiones en espíritu y las travesías al m undo de los
m uertos, los rastros que reflejan su presencia en las regiones de predo
m inio celta y germ ánico son aún anteriores a los testimonios referidos
a los combates en éxtasis. D e hecho, irrum pe n en los registros escritos
europeos con el celebérrim o Canon episcopi del siglo IX , en el cual se
anatematiza con indignación a las mujeres que afirmaban participar de
cabalgatas en espíritu bajo la guía de una m isteriosa deidad femenina, por
entonces identificada con las figuras de Diana, H olda o Herodías. A partir
del siglo X I, las referencias a las procesiones en éxtasis se vuelven extre
madamente frecuentes en colecciones de excmpla, serm onarios v libros de
entretenimiento.También se multiplican los nom bres de las figuras rectoras
que presidían las travesías nocturnas: Abundia, Satia, Bensozia, Perchta,
Richella, entre otras.354
E l peso que las experiencias ex-somáticas, el éxtasis y el trance tienen
en esta larga serie de complejos m íticos, fue lo que llevó a G inzbu rg a
sostener que el hilo invisible que liga entre sí estas diferentes creencias no
es otro que el cham anism o siberiano.355 Al respecto, el historiador italiano
resulta claramente tributario del m odelo de M ircea Eliade. En efecto,
desde la publicación de Le Chamanismo et IcsTechniquesArchaiqucs de 1'Exrene
en 1 9 S 1 , el ru m an o im puso una estrategia de aproxim ación al fenómeno
cham ánico que otorgó al com ponente extático un lugar de privilegio. A
la hora de definir el fenómeno, Eliade sostuvo: “una prim era definición
de tan com plejo fenóm eno, y quizás la m enos aventurada, sería ésta: cha
123
H í s t o r i o g r a í i a . D e m o n o l o g í a c r i s t i a n a y c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n t e x r o e u r o p e o
126
Fabiart A leja n d ro C am paqne
127
Historio¡;i'afía. Dem on olog ía cristiana y cultura folklórica en el c o n te xto europeo
363G u stav H e n n in g s e n , “ ‘T h e L adies fro m Outside’: A11 Archaic P a tte r n o f the W it
ches’ S ab b ath”, en B engt A n k a rlo o y G ustav H e n n in g s e n (e d s.), Early Modern European
¡inchcrajc, pp. 2 0 S -2 0 6 .
G iu se p p e P itre , Usi c costumi, credenze e pregiudizi del popolo siciliano, P a le rm o ,
P e d o n e L a u rie l, 1S 89, vol. IV, p p. 1 5 3 -1 7 7 ,
367 Gustas- H e n n in g s e n , “ ‘T h e Ladies fro m O u ts id e ’ “ , p. 195.
i6S lbid., p, 196.
369 U n análisis re c ie n te de la re p re sió n in q u isito rial a la q u e fu e ro n so m e tid a s las donne
di ¡ora siciliana p u e d e h a lla rse e n M aría Sofía M e ssan a, hiquisiiori, negromanti e streghe
nella Sicilia moderna ( I $ 0 0 -1 7 8 2 ), P a le rm o , S e lle rio , 2 0 0 7 , pp. 5 5 0 -5 7 3 . M essana
ta m b ié n in tro d u c e en la d isc u sió n a los uomini diJora, u n asp e c to del c o m p le jo m ítico
sicilian o d e s cu id ad o e n la clásica m o n o g ra fía d e G ustav H e n n in g s e n .
Fabián Al ej a n dr o Cauipagnc
129
Historiografía. D e m o n o l o g í a cristiana y cultura folklórica e n el contexro e u r o p e o
Eva P ócs (e o s.), Communicating nith the Spirits, B u d a p est, C e n tra l E u ro p ean U niversity
P re ss, 2 0 0 S ,p p . 8 4 -1 5 1 .
374 G á b o r K laniczay, “S h am an istic E le m e n ts in C e n tra l E u ro p e a n W itc h c r a f t” , p.
144.
3/> Ibid., p. 145.
376 Ibid., p. 140.
m Ibid., p p. 1 4 5 -1 4 6 .
130
Fabián A leja n d ro ( am p a q n e
co sm ología balto-eslava, del laclo divino de esta opo sición de base hallarnos
a u n dios del t r u e n o y la fertilidad: P e r k u n a s / P e r u n . En el b a n d o o p u e sto
se e n c u e n t r a V elnias/V eles, la s e r p ie n te del caos, q ue r e t ie n e las aguas o
las libera co n violencia: si el d ra g ó n es d e r r o t a d o , las aguas serán lib e ra
das y c o m e n z a rá a llo v er.3,5 A p a r t i r de la evidencia p r o p o r c io n a d a p o r el
m ito , Pócs c re e posib le d e d u c ir la ex isten cia d e dos co m p le jo s rivales en
el se n o del m i s m o sistem a r i t u a l : los c h am a n es blanco s, iniciados del dios
de las t o r m e n t a s ,’ Jv los c h a m a n e s n e £>
b ro s ,> s e r v id o re s de su rival m ítica,’
la s e r p i e n t e / d r a g ó n . Son los d e s c e n d ie n te s d e estos defen s o re s del caos
los q u e se c o n v e r t ir á n en las b ru ja s y b ru jo s d e los c o m b a te s en éxtasis
h is tó r i c a m e n t e c o m p r o b a d o s ; 3' 9 en los táhosok, en los benandanti o en los
kresniks, en c a m b io , res u ltaría posible identificar a los h e r e d e r o s d e los
c h am a n es blan cos, d e fe n s o re s del dios de la lluvia v la fertilidad.
O t r o especialista q u e ha realizad o un a p o r t e in d ire c to a u n q u e significa
tivo al e stu d io de la re la c ió n b r u j e r í a / c h a m a n i s m o es C laud e L e c o u te u x ,
d u r a n t e m u c h o t i e m p o p r o f e s o r d e lite r a tu ra v civilización m edieval en
la Unircrsité de Paris IV-Sorbonnc. A p a r t i r de su p r o f u n d o c o n o c im ie n t o de
las fu e n te s literarias v d e las lenguas g e rm á n ic a s m ed ie v a les , L e o o u te u x
e x h u m ó la rica m i to lo g ía del Doble, un u n iv e r so d e creencias q u e tien e
e v id e n tes p u n to s d e c o n ta c to co n las c o n c e p c io n e s cham ánicas del alm a,
p e r o q u e ta m b ié n p o s e e características pro pias q u e obligan a con fig u rarlo
c o m o u n c o m p l e jo m ític o d if e re n te . Para el p e n s a m ie n t o arcaico el alma
tien e c a rá c t e r m ú l ti p le , p u e s la p o te n c i a q u e in fo rm a a los seres h u m a n o s
n o se r e d u c e a u n ú n ic o p n e u m a vital. A u n q u e e n tr e los in d o n e s io s o los
p u e b lo s n o r-asiático s el h o m b r e p o d ía llegar a t e n e r hasta siete e sp íritus,
el e s q u e m a q u e p a re c e h a b e r p r i m a d o en m u c h a s cu ltu ras siberianas y
e u ro p e a s es e! de las tre s a lm a s .380 La e x p re s ió n m á s sofisticada de este
m o d e l o t r i p a r t i t o es el q u e se d e s p r e n d e d e las sagas y de las leyendas es
candinavas. El n o r u e g o a n tig u o disponía de tres t é r m i n o s p ara d e n o t a r lo
q u e la tradición judeo-cristian a designaría c o m o alm a: hugr, h a m ry fylgja.
El hugr es el p ri n c ip i o activo universal q u e se m an ifiesta en cada h o m b r e ,
la m ás i m p e r s o n a l d e las alm as m ú ltip le s ; es ta m b ié n la fuerza vital q ue
131
H i s t o r i o g r a f í a . D e m o n o l o g í a c r i s t i a n a v c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n t c x r o e u r o p e o
3s! R eg ís Boyer, Le monde au JoubJe. La magia ehez l a aneicns Scandinaves. P arís, Bercr,
19 8 6 , pp, 3 2 -3 9 .
3S_> Ib id ., pp. 4 9 -5 4 .
3S3f t i J . , p p . 3 9 -4 9 .
8 C la u d e L e c o u te u x . Pees. Sordera; et Loap-garous au M oten Age. Histoirc du doubíe,
P arís, Irnago, 1 9 9 2 , pp. 8 1 -1 4 4 (e d ició n en castellan o : Hadas, brajas y hombres lobo
Fabián A leja n d ro C uinpa^nc
m Ibid., p. 141.
3SS/fcicí.,p. 148.
3S9 R o n a ld H u tto n , “Shamanism: Mapping th e R o u n d a rie s”, Afagic, R itual, andíVirrh-
craft, 1:2 (2 0 0 6 ), p .2 0 9 .
134
Fabián A leja n d ro Campacjne
135
1 li .s lo n o ^ r a H a . D e n i o n o l o ^ í a c r i s t i a n a v c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n t e x r o e u r o p e o
c h a m a n e s c u m p l ía n en el m o m e n t o en q u e c o m ie n z a n a e x is tir re g istro s
escrito s d e sus actividades e ra n las d e sa n a d o r e s v adiv inos, a u n q u e en
ocasiones ta m b ié n p o d ía n i n t e r c e d e r a n te los e sp íritu s en po s del b ie n e s
t a r de los in t e g r a n t e s del clan; (IV) la m ay o ría d e estos especialistas eran
h o m b r e s , a u n q u e ta m b ié n existía u na i m p o r t a n t e m in o ría de m u j e r e s ; (V )
en m u c h o s , quizás en la to talid a d d e los casos, sus performances im p licaban
el in g r e s o en u n esta d o d e c o n c ie n cia a lte ra d o , a u n q u e n o ex is te e v i d e n
cia fi r m e q u e p e r m i t a c o n f i r m a r q u e los tra n c e s ten ían lu g a r en todas
las c e re m o n ia s ni q u e el éxtasis se c o n s id e ra b a un a co n d ic ió n ne cesaria
p ara la o b te n c i ó n d e los ob jetiv o s p e rs e g u id o s . En síntesis, los c h a m a n e s
sib erian os e ra n especialistas m á g ic o -r e lig io s o s q u e ten ía n la facultad d e
e n t r a r e n c o n ta c to c o n el m u n d o d e los esp íritu s, co n la finalidad p rá ctic a
de o b t e n e r res u ltad o s c o n c re to s e n el m u n d o de la e x p e rie n c ia cotidiana.
Al p r i v a r a los tr a n c e s y a las e x p e rie n c ia s ex -s o m á tic a s del p ap el r e l e
v an te q u e te n ía n e n el e s q u e m a d e Eliade, la n u ev a d efinición d e H u t t o n
no s obliga a r e f le x io n a r so b r e la co n v en ie n c ia de r e p u t a r in m e d i a t a m e n t e
c o m o c h a m á n ica c u a lq u ie r e x p e r i e n c ia e x tá tic a re c o g id a p o r el fo lk lore
y la m i to lo g ía e u ro p e a s . D e h e c h o , el b ri tá n i c o llam a la ate n c ió n so b r e las
i m p o r t a n t e s diferencias q u e se p a ra n a los c h a m a n e s s ib erian o s de figuras
c o m o los benandanti friu lano s, los táhosok h ú n g a ro s y los m a g o s de las sa
gas escandinavas. Los ritu a le s c h a m á n ic o s se c e le b ra b a n e n o ú b lic o v e ran
v o lu n t a r i a m e n t e in d u c id o s a p a r t i r d e un e s ta d o d e vigilia an te rio r. Los
tr a n c e s de los c o m b a t ie n t e s e n e s p íritu itálicos, m a g ia re s y n ó r d i c o s , en
ca m b io , ten ía n u n c a rá c t e r e m i n e n t e m e n t e p riv a d o y s e c r e to , te n d ía n a
p r o d u c i r s e d u r a n t e el su e ñ o , y p o r lo g e n e r a l n o c o m e n z a b a n de m a n e r a
v o lu n t a r i a .400 Los do s c o m p le jo s m á g ic o -r e lig io s o s se d ifere n c ian ta m b ié n
p o r o t r o m o t iv o esencial: los p u e b lo s sib erian o s n o creían e n las bru jas; las
desgracias m a te ria le s se atrib u ía n a la ira de los e sp íritu s o a los c h a m a n e s
d e las c o m u n i d a d e s e n e m ig a s .401 A u n q u e p o s e e n e v id e n te s p u n t o s d e c o n
ta c t o co n el f e n ó m e n o c h a m á n ic o , los c o m b a t ie n t e s e n éxtasis e u r o p e o s
co nfigu rarían u n co m p le jo m ág ic o -re lig io so c o n características pro p ias, un
m u n d o de creen cia s q u e p a r e c e m á s c e r c a n o a la e x te n d i d a m i to lo g ía del
m Ibid., p. 110.
wo Ibid., p. 145.
401 Ibid., p. 142.
137
Historiografía. Dem onoto«ta cristiana y c u ku ra folklórica en el con te xro europeo
139
H i s t o r i o s j r a t í a . D e m o n o l o u í a c r i s t i a n a v c u l t u r a f o l k l ó r i c a c u el c o n t e x r o e u r o p e o
4.0 Ib id ., p p . 2 6 -3 8 .
4.1 //>;</., p p . 1 3 7 1 3 8 ; 1 4 6 -1 5 1 .
4.2 Ibid., p. 138.
413 P ara u n a c o n c e p c ió n d in á m ic a d e la c u ltu ra c a m p e s in a te m p r a n o - m o d e r n a ,
cuya in flu e n cia ta m b ié n se p e rc ib e e n el análisis q u e B e h rin g e r d e d ic a a C h o n ra d
S to e c k h lin , véase D avid W a rrc n S abean, Poner in the Blood: Popular Culture &y¡Ila¡je
Discourse in Early Modern G erm án/, C a m b rid g e , C a m b rid g e U n iv e rsity P re ss, 1997
(1 9 8 4 ), p p . 6 1 -1 1 2 .
140
fü b iá n A le ja n d ro C a m pagne
141
H i s t o r i o g r a f í a . D e m o n o l o g í a c r i s t i a n a y c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n t e x r o e u r o p e o
h o g u e ra s ni c o n d e n a s a m u e r t e ? ¿ C ó m o o b tu v i e r o n un é x it o tan i m p o r
ta n t e co n sólo 1 2 c o n d e n a s a castigos m ás o m e n o s severos, so b re un total
m u y s u p e r i o r d e p ro c e s a d o s? ¿Y p o r q u é estos re s u lta d o s no se alcanzan a
finales del siglo XVI, c u a n d o c o m i e n z a n los p r i m e r o s p ro c e s o s c o n tr a los
benandanti?41S N a r d o n c o n s id e ra q u e la r e s p u e s ta se e n c u e n t r a en los i n t e
reses p a rtic u la re s d e los in q u isid o re s in v o lu c rad o s en las d ife re n te s oleadas
re presiv as. El p a ra le lis m o e n t r e in q u isid o re s y e tn ó g r a fo s s u g e r id o p o r
G in z b u rg d e b e re c h a z a r s e c o n énfasis .419 A ú n c u a n d o ap arezcan plagados
d e rela to s c o lo r id o s d e clara p ro c e d e n c ia folklórica, los p ro ces o s judiciales
en g e n e r a l , y ios e x p e d ie n te s inq u isito riales en pa rticu lar, n o p u e d e n c o n
s id e rars e c o m o el m e d i o m ás ad e c u a d o para a c c e d e r al m u n d o de creencias
ca m p e sin a s r e a l m e n t e e x is te n t e s e n la E u ro p a p r e i n d u s tr ia l .420Y ello n o
sólo p o r la f e n o m e n a l m e d i a c ió n q u e im plica la p re s e n c ia de u n a g e n te
re p r e s o r . Los p r o c e s o s ju dic ia les son dispositivos artificiales q u e reflejan
d e m a n e r a siste m á tica las in t e n c io n e s , los objetivo s, las p r i o r id a d e s de los
m a g is tra d o s in v o lu c rad o s. En ocasion es, incluso, se ven c o n d ic io n a d o s p o r
los c o n flic to s o riv alid ad es e n t r e d if e re n te s fu e ro s o ju risd ic c io n e s . Los
e x p e d i e n t e s r e c o g e n u n a v e rd a d c o n s t r u id a q u e es, ad e m á s, el re la to q ue
al tr ib u n a l le in te re sa estable cer, la v e rs ió n d e los h e c h o s q u e ha eleg id o
d e m o s tr a r . P o r ello, e n fun ció n del d e lito q u e los ju e c e s dec id a n c o n fig u
rar, las p r e g u n t a s , los in t e r r o g a t o r i o s , las estrateg ias y los p r o c e d i m i e n t o s
se o r i e n t a r á n e n d if e re n te s se n tid o s, p o t e n c i a n d o d e t e r m i n a d o s indicios,
d e v a lu a n d o o ig n o r a n d o o t r o s .421 El in q u is id o r q u e im pu lsa los p r i m e r o s
^ Ib id ., p . 3 0 .
419 Para u n a aguda crític a a esta c o m p a ra c ió n e n tre in q u isid o re s, e tn ó g ra fo s e h is to ria
d o r e s , a u n q u e c o n a rg u m e n to s d ife re n te s d e los o fre c id o s p o r F ra n co N a rd o n , véase
K a th le e n B id d ick , “T h e D e v il’s A nal E ye”, p p. 1 0 5 -1 0 8 ; 1 27-1 3 4 .T am bién re su lta n
d e in te r é s las re fle x io n e s d e o tro s h is to ria d o re s q u e , a p r o p ó s ito del m é to d o p u e s to
en p rá c tic a p o r G in z b u rg e n ¡benandanti e Storia notturna, no só lo c u e stio n an la asi
m ila c ió n e n tr e in q u isid o re s y a n tro p ó lo g o s sino q u e sien tan du d as so b re la capacidad
m ism a d e la p rá c tic a e tn o g rá fic a p a ra re c u p e r a r d e m a n e ra efectiva la voz de los o tro s;
cfr. Luisa W h ite , Speaking with Vampires: Rumor and H istorj in Colonial Africa, B erkeley,
U n iv e rsity o f C a lifo rn ia P re ss , 2 0 0 0 , p p. 2 2 -2 5 ; F lo rik e E g m o n d an d P e te r M asón,
The M ammoth and the Mouse:Microhistory and Morpholosy, B a ltim o re ,T h e Jo h n H o p k in s
L In iv ersity P re ss, 1 9 9 7 , p p. 6 7 -8 2 .
420 F ra n c o N a r d o n , Benandanti e inquisitori ncl Friuli del Seicento, p p . 3 6 -3 7 , 176.
421 Ib id ., p p . 3 9 , 6 5 .
142
Fabián A leja n d ro Cam pagne
422 M . , p. 174.
*n Ibid., p p . 1 0 7 -1 1 0 .
424 Ibid. , p p . 1 1 3 -1 1 5 ; 1 2 2 -1 2 7 .
143
Historio^raíia. Dem on olog ía cristiana v cultura iolU orica en el con te xro europeo
144
¡a b ia n A leja n d ro C a m pagne
nes al alc ance d e los estu d io so s actua les no se r e d u c e n a las v e rsio ne s más
e x tr e m a s del p arad ig m a ro m á n ti c o —q u e p o stu la b a n la ex isten cia d e sectas
de ad o ra d o re s del d e m o n i o o la su pervivencia d e religiones p rehistó ricas en
plena E u ro p a m o d e r n a —ni a las fo rm u la c io n e s más radicales del p a rad ig m a
racionalista, q u e n egab an a la c u lt u ra v e rn ácu la y a las creen cia s locales
to d a relevancia en la din ám ica d e la caza d e bru jas y en la c o n s t r u c c i ó n de
los e s te re o tip o s teo lo ga le s.42' D e h e c h o , la in negable vigencia del “Ginzburg
paradigm” explica q u e u na cu e stió n tan p o lé m ic a c o m o la s u p e rv iv en cia del
c h a m a n is m o en el c a m p o e u r o p e o p re - in d u s tria l c o n ti n ú e s e d u c i e n d o a
recon o cid os especialistas del c a m p o h is to rio g rá fic o e n c u e stió n .428 En u n
a rtícu lo pu blicad o en 2 0 0 3 , G á b o r Klaniczay co n sid era re lev an te la c o m p a
ración e n tr e los c h a m a n e s sib erian os y los “santo s vivos” ta r d o -m e d ie v a le s ,
p o r t a d o r e s de u n n u e v o m o d e l o d e san tida d e n el cual r a p t o s , p ro fe cías y
éxtasis o c u p a b a n un lu g a r p r e p o n d e r a n t e ; y a u n q u e va n o a d m i te q u e sus
e x p erien cias religiosas p u e d a n ser catalogadas c o m o charnánicas, co n clu y e
qu e aqu ellos m ísticos y v isionarios c u m p lía n e n la socied ad cristiana de
su t i e m p o las fun cio nes q u e cabían a los c h a m a n e s en sus c o m u n i d a d e s de
2 0 0 5 ; A rie lT o a íl, Pasque di sangue. Ebrei d ’Europa e omicidi rituali, B o lo n ia, II M u lin o ,
2 0 0 8 (segunda edición).
4-' U n a e je m p lo de la so fistica ció n q u e han a d q u irid o los e sq u e m a s in te r p re ta tiv o s
a ctu ales es el ensayo q u e D avid F ra n k fu r te r d ed ica a los p ro c e so s de o b je tiv a c ió n d el
m ito d e la c o n sp ira c ió n d iab ó lica, en el q u e el a u to r in te n ta d e m o s tr a r la ta n g ib ilid a d
q u e las e n c a rn a c io n e s del m al p u e d e n a d q u irir en el m u n d o m a te ria l sin q u e ello
im p liq u e a c e p ta r la re alid ad d e los h ec h o s específicos a trib u id o s a los c o m p le ta d o s d e
t u r n o ; véase D avid F ra n k fu rte r, Eril Incarnatc: Rumors ofDcmonic Conspiracy and Satanie
Abuse in History, P rin c e to n , P rin c e to n U n iv e rsity P re ss, 2 0 0 6 , p p . 21 2 -2 2 4 .
42i P ara un e je m p lo al re sp e c to véase véase E d w a rd Bever, The Realuics oJVuchcrajt and
Popular Magic in Early Modern Europe: Culture, Cognición, and Evcryday Lije, B asin g sto k e,
H a m p s h ire , P algrave M a cm illan , 2 0 0 8 , p. 187: “most witch suspeets were nol shamans,
o j coiirse, but there is eeidence that signijicant clcments o j shamanism did esist in Europe in
the early modern periotí' (“p o r s u p u e sto , la m ay o ría d e los so sp e c h o so s d e b r u je ría no
eran ch am an es, p e r o la ev id en cia rev ela q u e en la E u ro p a te m p r a n o -m o d e r n a ex istían
significativos e le m e n to s de c h a m a n is m o ” ; la tra d u c c ió n d e l inglés es m ía ). L a m e n ta
b le m e n te , el ensavo d e B ever fue p u b lic a d o u n a vez finalizada la re d a c c ió n d el lib ro
q u e el le c to r tie n e e n tr e sus m a n o s , y p o r e llo sus c o n c lu s io n e s n o h an p o d id o se r
in c o rp o ra d a s p le n a m e n te e n el p r e s e n te cap ítu lo .
145
H i s t o r i o g r a f í a . D e m o n o l o g í a c r i s t i a n a .y c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el c o n r e x r o e u r o p e o
146
Fabián A leja n d ro C am paqne
147
Segunda p a rte
ESTUDIOS DE CASO
D em on ología cristiana y cultura folk lórica en el
m undo ib érico
149
CAPÍTULO 2
Arqueología de la bruja.
Terrores nocturnos y demonios
infanticidas en la España moderna
1 Véase R ichard K ieckhefer, “Avenging the Blood o f C hildren: A nxiety over Chile!
Victims and the O rigins o f the E uropean W itchT rials”, en A lb erto F erreiro (e d .), The
Devil, Heresj andlVicchcrtfi in the AliddleAges: :¡y, in Honor ojJeffrey /:. Russell, Leiden,
Brill, 1998, pp. 91 -1 09 ; M aríaT ausiet, “W itchcraft as M etaphor: Infanticide and Its
Translations in A ragón in th e Sixteenth and Seventeenth C e n tu ries”, en S tu art C lark
151
Estudios de caso. Den).onofüí¿ú cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
(e d .), Languages oj I l'uchaajL; Narruiiu.-, Idcologj and Meaning in Early Modern Culture,
Nueva York, St:. M a rtín ’s Press, 2001, pp. 179-198.
2 En D inam arca, p o r ejem plo, las brujas casi nunca eran responsabilizadas p o r la
m u e rte de niños en el v ientre m a te rn o , o de recién nacidos en sus cunas; en jutlandia,
sobre 271 testim o nio s relacionados con m u e rte s hum anas para el p eríodo 1609-
1687, sólo 6% guarda relación con el deceso de criaturas (Jens C hristian V. johanse,
“D en m ark :T h e Socioloov ol A ccusations”, en Bengt A nkarloo y Gustav H enningsen
[eds.], Early Modern EuropeanlVitchcrajt: Centres and Peí¡pheries, C larendon Press, O xlord,
1993, p. 356). Una situación sim ilar se daba en el sur de Suecia (P er Sórlin, ‘incita/
Aris’: Witchcntft and Magic Triáis in Souihern Sncden, 1 6 3 S '1 7 S 4 , Leiden, Brill, 1999,
p. 128: “J e ir children aere aniong the victims, there being no equiialenL to the concineniuI
phenomenon o f witches uho attacked babies and hilled thern’ jupocos niños se contaban entre
las victim as, pues n o existía un equivalente del fenóm eno continental de las brujas
que atacaban y m ataban a los infantes]; la trad u cció n del inglés es m ía). En la región
del Ju ra, W illiam M o n te r d escubre o tra excepción al patrón general (E. W illiam
A lonter, Witchcraft in Frunce and Su iizcrland:Thc Borderlands during P\cfjiiujlíuii, hhaca,
C o rnell U niversity Press, 1976, p. 1 26: “in chis moumainous, dairying región, dead co ir¿'
figure inore prouiinenilv among maleficia thun dead chihlren” [k‘en esta región de m ontaña,
dedicada a la p ro du cción de lácteos, no era el asesinato de niños sino la m u e rte del
ganado la co n secuencia más p ro m in e n te de los m aleticios]; la trad ucción dei inglés
es m ía). C ristin a L arn er se m ostraba igualm ente sorprendida por el escaso núm ero
de infanticidios registrad o s en las fuentes escocesas (C hristina Larner, Enauies oj God:
Theli-itch-hunt in Scotland, B altim o re,T h e John H opkins U niversity Press, 1981, pp.
9 1, 151, 200: “eicn nhen ü babv huí believed to be caten it huí /juí speciallj murdetedfor the
parpóse. It iicís dug up” [“aún cuando se creía que un niño había sido devorado, nunca
se decía que había sido asesinado especialm ente con dicho propósito, sino que las
brujas habían d e se n te rra d o una criatu ra ya m u e rta ”); la traducción del inglés es mía).
Las bru jas de L orena parecen aunar los rasgos de sus equivalentes suizos y escoceses:
aún cuando en ocasiones tam bién asesinaban a los niños, la magia m eteorológica y
ios ataques co n tra las cosechas constituyen el elem en to constante en la región; al
m ism o tiem p o , ios ded os de los pequeños m u e rto s sin bautizar eran em pleados
com o candelas p o r las b ru jas (“elles a\oieni trois chandelles [ ...] et que c’estoient doigts
de petits enjanis mornéz et non baptisez” [tenían tres candelas, que eran los dedos de
niños p eq u eñ o s m u e rto s sin bautizar”}), aunque la víctim a no era nunca asesinada
con tal p ro p ó sito , sino d esen terrad a de su tum ba (“ellesjurem querir ledite enfant en
la cyineihiere de ¡eur eglise” [“fueron a buscar al m encionado niño al cem en terio de su
iglesia”; la trad u cció n del francés es m ía]). (R obin Briggs, “Le sabbat des sorciers en
L o rrain e”, dans N icole jaeques-jaquin e t M áxim e P réaud [dirs.], Le sabbat des sorciers
152
la biitn A leja n d ro C a m pagnc
en Europe, A’U'-.Vi lüc siecle, G renoble, Jcro m e M illón, 1993, p. 156, 179). En las
descripciones del sabbat q u e se d esprenden de los in terro g ato rio s llevados a cabo
p o r el P arlam ento de París, Alfred Soman d etecta que p rácticam ente nunca se hace
alusión a niños devorados (Alfred Som an, “Les p ro ces de sorcellerie au P.irlom ent
de Paris [ 1565-1640]”, Armales, £.S .C ., 32:4 (1977], p. 801). En la ciudad doY'enecia
propiam ente dicha, R uth M artin encu en tra sólo dos casos en los que el uso de niños
m uertos form a p a rte significativa de la denuncia (R uth M artin, IVttchcrajt and The
Inquisición in lenice, I S b 0 - I6 5 0 , O x to rd , Basil Blackwell, 19S9, p. 205); no obstante,
Guido R uggiero, com o antes C ario G inzburg, dem uestra que en las áreas rurales bajo
dom inio de la R epública la creencia en la b ru jería inlantieida estaba am pliam ente
diiundida (G uido R uogiero, Binding Passions:ía¡es oj Magic, Marriacqe, and Poner at the
End oj the Renaissance, N ueva Y ork, O x fo rd U niversity Press, 1993, pp. 73-74; 150-
155). Para un juicio tem p ran o en que se haya ausente toda referencia a la m u e rte de
niños véase R ene F ilh o l,“Proeés de sorcellerie á B ressuire (A oút-S eptem bre 1475)”,
Kevue historique de droitjrancais et étranger, 42 (1 9 6 4 ), pp. 75-83.
3 jon ath an D u rra n t, iVitchcraft, Gender and Society in Early Modern Gennany, Brill,
Leiden, 2007, p. xiii.
153
Estudios de caso. Du n on olo u ú cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
4 R o b e rt M u ch em b lcd , Leí dem ias buchers. Un village de Flandre et ses sorcieres sous Louis
XIV, París, Ramsay, 1981, p. 25: “para dañar los granos y otros frutos de la tierra,
para p ro d u c ir lluvias, g ranizo, parásitos, ratas y ratones” (la traducción del francés
es m ía).
5W olfgang B ehringer, Hexernerjolgung in fíayeru:Volksniagie, (jhiubcnseijcr nnd Staaistcison
in der Friihen Neuzeit, M unich, R. O ld cn b o u rg Vcrlag, 1987 (cito p o r la edición en
inglés: JVitchcrajt Persecution in Baiaria: Popular Magic, Religious Zealotry and Reason c f State
in Early Modern Europe, tran slated by J. C. G rayson and David L ederer, C am bridge,
C am b rid ge U niversity Press, 1997, p. 167).
6 R o b e rt R o u land, “’Fantastical and Devilishe P ersons’: E uropean W itch-beliefs in
C om parative P erspective”, en Bengt A nkarloo y Gustav H enningsen (eds.), Early
Modern Europear^Vitchcrcjt,^- 162.
' H . C. E rik M id e lío rt, JKúl/í Hunting in Soutlnrestern Germany, i 5 6 2 -1 6S4:The Social
and Intellectual FounJaiiom, S tanford, S tanford U niversity Press, 1972, p. 101.
154
Fabián A le ja n d r o C aiu p a q u c
s Lyndal R o p e r,“W itchcraft and Fanlasv in Oarly M odern G erm any”, en Lyndal Roper,
Osdipus ¿k_zhe Devil:Wicchcraf[, SexualiLy and Religión in Early Modern Europe, Londres,
R outledge, 1997, p. 207.
9 C itado p o r R obín Briggs, “Le sabbat des sorciers en L orraine”, p. 164: “un día ella
en tró en la casa de la m encionada Blaise, ap roxim adam ente a la hora de las V íspe
ras, [donde] en co n tró un niño de cerca de m edio año de vida ( . . . ) ; la m encionada
Alison to m ó del polvo que llevaba consigo y le arro jó las partículas, retirándose
luego; in co n tin en te, el niño m u rió antes de que se hiciera de día. Luego de que el
peq u eño hubiera sido e n te rra d o , el diablo hizo que lo re tira ra n d e la tie rra , para que
la m encionada Alison lo llevara el jueves siguiente al sitio en que celebran el sabbat,
don d e el niño fue asado y devorado p o r los asistentes” (la traducción del francés es
m ía). Sobre el carácter peculiar de esta confesión véase R obin Briggs, Witches and
Neighbours:The Social and Cultural Coiuext oj European W itchcraft, N ueva Y ork, Penguin
Books, 1996, p. 39: uthis is in Jact a most un usual element in Lorraine coiifessions, which
normallv just describe a banquee ai which the mear was unpleasant and unsahedAVhen the
Jlesh was idencijied it was most commonly said to be rhat o f small birds” ("éste es de hecho un
elem ento m uy inusual en las confesiones lorenesas, que n o rm alm e n te sólo describen
un ban qu ete en el cual !a carne resultaba desagradable y sosa. En las ocasiones en
que se identificaba ia carn e ingerida, p o r lo com ún se decía que provenía de aves de
pequeño p o rte [la traducción del inglés es m ía)).
155
Estudios de caso. Deinonolooía c¡ istiana \ cultura lolklorica en el mundo ibérico
lu W alter Stephens, Detnon LoversAYitchcraft, Sex and the Crisis o f Belicf C hicago,T he
U niversity o f Chicago P ress, 2 002, p. 3.
" jeffrey B u rto n R ussell, IVitchcrfi in the Middle Ages, Ithaca, C ornell University
Press, 19S4 (1 9 7 2 ), p. 251.
: Michael David Bailey, B jttling Demons: iVitchcnft, Heresy and Rijonn in the Late Middle
Ages, Filadelfia, Pennsylvaiüa State U niversity Press, 2 003, pp. 28, 41 y ss., 96.
!1 Fr. loarmis Nulcr, formicarius líber V, en H einrich Institoris - Jacob Sprenger, Ala-
lkrs Mahficarvm , Lugduni, Clavdii Bovrgeatr, M DCLX1X, p. 315: “fue un hecho de
público co n o cim ien to , tal com o m e lo refirió el m encionado juez Pedro, que en un
breve lapso de tiem p o las brujas de la región de B erna devoraron trece niños, y por
ello la justicia pública castigó con la debida dureza a tales parricidas” (la traducción
ele i latín es m ía).
" D om en ico M am m oli, Proccsso alia strego Matteuccía di Francesco, 20 marzo 1428, Res
T ud ertin ae 8 ,T o d i, 1969, pp. 3Q-31; C laudio Bondi, Strix. Medichesse, streghe e fauuc-
chiere neU'halía del Rinascirncnto, R om a, L ucarini, 1989, p. 38.
156
l ü b i á i i . \lcj aiiJn) C j m p j ^ n c
157
E slu d io s d e ca so . D e m o n o lo u ía c r is tia n a v c u lt u r a fo lk ló r ic a en e i m u n d o ib é r ic o
2. A n o m a l í a s i b é r i c a s : e l c o m p l e j o d e la b r u j a p e n i n s u l a r
15 8
f a b ia n A le ja n d r o C a m p a g n e
159
E stu d io s d e caso. D e n iu iiu lo 'U J cristia n a v c u ltu ra lo ik ló ric a en el m u n d o ib érico
2l>Véase H enrv K am en, The Phoenix and t!¡e Ela me: Catalonia anJ the Counta Rfoimation,
N ew Flaven.Yalc U niversity P ress, 1993, pp. 240-241 (edición en castellano: Cambio
cultura! en la sociedad del Siglo de Oro. Cataluñay Castilla, siglos -VI /--A !'//, M adrid, Siglo
XXI, 1998).
Florencio ldoate, La Brujería en Xararray sus Documentos, Pam plona, Diputación Foral
de N avarra / In stitu to P ríncipe deV iana (C SIC ), 1978, d o cu m en to 23, p. 264.
'■ Frav P ru d en cio de Sandoval, hlistoria de la í ida y Hechos del Imperador Carlosl , Bi
blioteca de A utores Españoles, M adrid, 1955, to m o LXXXi, pp. 250-252.
'' Es de d estacar la influencia cjue en los procesos de Z uuarram urdi tuvo la caza de
brujas im pulsada en el L abourd p o r P ierre de Lanero, una de las expresiones más
radicalizadas de la dem o n o lo iu a le m p ra n o -m o d e rn a ; véase G ustav H enningsen,
TI:ell'¡ichcs':lJíocate: Basque IVitehcrajt and the Syanish Inquisition, R eno, Llniversitv oí
Nevada Press, 1980 (cito por la edición en castellano: El ahogado Je las brujas. Brujería
easca e Inquisición, tradu cción de .Marisa R ey-H enningsen, M adrid, Alianza. 1983,
pp. 21-35).
160
Fabián A lc ja n d io C a m p a g a c
161
Ebl udiob d e caso. D e i n o n o l o g í d c r i s t ia n a y c u l t u r a i o l k l ó r i c a e n el m u n d o ib é r i c o
Francisco N uñez, Libro intitulado del parto humano, en el qual se contienen remedios muy
vtilesy i sítales para el parto diffieuhoso de las muyeres, con otros machos secretos, Alcalá de
Henares, 15 80, f. 1 59 y. Para una edición m o d ern a véase Fabián A lejandro Campagne
y A ndrea Rau (eds.), Testoy Concordancias JelTrataJo del paito humano del doctor Francisco
Nuñe¿, 16ü' C en tu ry Medical Textos Series 12, The Hispanic Sem inarv of Medieval
Studies, U niversidad d e W isc o n sin , M adison, 1997
36 Juan Francisco Blanco, Brujería y otros oficios populares de la magia, Valladolid, Am
b ito , 1992, p. 32.
:' C itado p o r F leliodoro C o rd e n te M artín ez, Brujería y hechicería en el obispado de
Cuenca, p. 27.
162
Fabián A le ja n d r o C a m p a g n e
casas y camas las pellizcan, de manera que reciben m ucho daño. Y según
las señales que les quedan, son pellizcos de brujas”. 38
De todas formas, la especialidad re c u rre n te de la bruja española no
eran los pellizcos ni las laceraciones: en la mayoría de los casos, mataba
a los niños succionándoles la sangre. En España, de hecho, la asociación
entre brujería y vampirismo era tan estrecha c om o la relación que ligaba
a la brujería con el infanticidio. Las brujas ridiculizadas p o r Lope de Ba
rrientes en las décadas centrales del siglo XV, ingresaban en las casas con
el objetivo excluyem e de “chupar a los niños”. 39 Idéntico modín operandi
caracterizará, un siglo más tarde, a los seres n o ctu rn os descriptos p o r el
D octor Francisco N úñez, quien, a diferencia del obispo Barrientos, creía
firm e m e n te en su existencia: “ay cierto g en ero de m ugeres malignas,
que se dizen bruxas ( . . . ) las quales chupan la sangre de los niños, y los
matan y ahogan ( . . . ) y no es fabuloso auer m u e r to muchos niños”.40 El
vampirismo ocupó tam bién un papel destacado en los célebres procesos
de Zugarram urdi; en la anónim a Relación del Auto, que Juan de Mongastón
im prim e en Logroño en 1610, se describe exhaustivam ente el p ro ced i
miento: “y a los niños que son pequeños los chupan p o r e¡ sieso y p o r ¡a
natura; apretando recio con las manos y chupando fu e rte m e n te les sacan
y chupan la sangre, y con alfileres y agujas les pican las sienes y en lo alto
de la cabeza, y p o r el espinazo y otras partes y m iem b ro s del cuerpo; y po r
allí les van ch upando la sangre, diciéndoles el dem onio: chupa y traga eso,
que es bueno para vosotras”.41 En El Buscón de Francisco de Q uevedo, los
compañeros de escuela del protagonista atribuyen idéntica actividad a su
madre, a quien toda Segovia tildaba de bruja, hechicera y alcahueta: “cuál
decía ( . . . ) que m e quería mal p o rq u e mi madre le había chupado dos her-
163
Lstudios lie caso. Demonología ui.-Auma y cultura folklórica e n el mundo ibérico
manitas pequeñas, (le n o che”.4' Aún los textos más escépticos confirm an,
po r la negativa, la e n o rm e difusión de la creencia popular; tal es el caso
del ritual diocesano publicado en Girona en 1550: “si exiscimavic mulieres
convente in gaitas, vel alia animalia, iré de nocte suygere sanguinem puerorum,
huismoJi, Ljiiod es impossible (sic) nisi deo, ideojatuum creciere”.4Í
Aún en pleno siglo XVIII continuaban existiendo especialistas populares
que lucraban sanando a los niños “chupados po r las brujas”, v no en las
recónditas aldeas de las provincias periféricas, sino en la misma Madrid. En
la casa de Isabel Poveda, situada en la calle de Cedaceros, era continuo el
afluir de madres con hijos afectados p o r dicho mal. El proceso inquisitorial
que se le siguió a la curandera p e rm ite conocer en detalle el ritual curativo:
Isabel tomaba un pichón v lo abría, colocándolo en la boca del estómago del
niño, recitando “sorguina, mohina, cruz en frente, freno en voca, que no
pares aquí ni en la villa to d a”; al día siguiente, la sanadora proclamaba que
el cadáver del ave estaba lleno de gusanos, y el niño curado de brujerías.44
Entre los térm in o s que el lexicógrafo Esteban deTerreros y Pando incluye
en su célebre Diccionario castellano con las voces de ciencias y artes (Madrid,
1786-1793), hallamos la expresión “chupado de brujas”: “se dice del que
está flaco y de scolorido”.4> Resulta evidente que en las postrimerías del
Setecientos la simbiosis entre brujería y vampirismo —sucedáneo folklórico
de la m u e r te p o r consum ición—se mantenía incólume. La profundidad de
las huellas que el habitas mítico puede dejar en el lenguaje cotidiano resulta
a m e n u d o so rp re n d en te. En 1983 se realiza en la periferia de la ciudad
de León, en el estado m exicano de Guanajuato, una encuesta sociológica
164
fü b 'n 'i n . [ I c j u n J u C d tiip a y u c
“Y n o es fabu lo so a u e r e n t r a d o en casas m u y c e r r a d a s ”
165
Estudios d e caso. D e m o n o l o g í a cristiana y cultura folklórica en el m u n d o ibérico
“Sintió e n c im a d e si m u y g r a n p e s o ”
55 Julio C aro Baroja, Brujería vasca, San S eb astián ,T x erto a, 198S, p. 258.
56F lorencio Idoate, La Brujería en Navarra y sus Documentos, p. 403.
57 C itado p o r M anuel F ernández N ieto (e d .), Proceso a la brujería, p. 45.
>s C arm elo LisonToiosana, Las brujas en la historia de España, p. 302.
39 Juan Blázquez xMiguel, “Breve bosquejo de la hechicería alm eriense en el siglo
XVIII”, Boletín del Instituto de Estudios Ahnet tenses, 5 (1985), pp. 51-58.
60 Sebastian C irac E stopiñán, Los procesos de hechicerías en la inquisición de Castilla la
Nueva, p. 195.
167
Estudios d e caso. D e m o n o l o g í a cristiana v cultura folklórica en el m u n d o ibérico
61 S obre la relación en tre m orfología e h isto ria véase C ario Ginzbursj, “Spie. Radici
di un paradigm a indiziario”, en A ldo Garsjani (e d .), Crisi della Racione, Turín, Ei-
naudi, 1979, pp. 59 -1 06 (edición en castellano: “Indicios. Raíces de un paradigm a
de inferencias indieiales”, en Mitos, emblemas, indicios. Moijolüyía e historia, Barcelona,
G edisa, 1989, pp. 138-175).
°2 C itado p o r M aríaT ausiet, Ponzoña en los ojos, p. 348.
“ Ihid.,p. 353.
64 H eliodoro C o rd en te M artín ez, Brujería y hechicería en el obispado de Cuenca, p. 32.
168
Fabián Alejandro Campagne
169
Estudios d e caso. D e m o n o l o g í a cristiana y cultura folklórica en el m u n d o ibérico
“Se e m b o r r a c h a b a n en las b o d e g a s d o n d e e n t r a b a n ”
70 M aríaT ausiet, Un proceso Je brujería abierto en 1591 por el Arzobispo Je Zaragoza (con
tra Catalina García, vecina Je Veñarroya), Z aragoza, Institución Fernando el Católico
(C SIC ), 1988, p. 38.
7! C itado p o r M artí G elab ertó , La palabra JelpreJicaJor, p. 126: “en ocasiones infunden
sueño en las m ad res v arrebatan de sus m ism os pechos a las criatu ras”.
7!F ieiiodoro C o rd e n te M artínez, Brujería y hechicería en el obispaJo de Cuenca, p. 30.
73 Sebastián C irac E stopíñán, Los procesos de hechicerías en la Inquisición de Castilla la
Nueva, p. 190.
14 Ibid.,p. 190.
170
Fabián Alejandro Campagne
aTor de Laguna a beberse tres tinajas de vino en una bodega. Lina noche,
María y Ana se untaron los muslos y las axilas, y al instante se hallaron en
la misma bodega con los otros. O tras noches iban a Peñarredonda, y al
llegar orinaban y luego bailaban al son de unos tam borcillos . /3 Gracias a un
proceso aragonés de 1572, llega hasta nosotros el diálogo que mantuvieron
una m adre y su hija en la taberna local. ¿ Por qué no hay brujas ahora?, se
preguntaba la más joven. La m ad re responde: aquella no era tem porada
de brujas po rq ue había poco vino en las bodegas; sólo cuando éstas están
llenas “las broxas de las cubas ahogan las criaturas ” .76
Son muchos los testimonios en los cuales las brujas aparecen realizando
conductas, en apariencia, m uy extrañas. En el marco de los procesos in
coados en 1611 p o r el ayuntam iento de Fuenterrabía (Guipúzcoa), la niña
Isabel García afirmó que las monedas de o ro que las brujas le entregaban
se transformaban al día siguiente en trozos de ca rb ó n .77 En un proceso
navarro de 1576, el niño Beltrán Barberarena na rró a los magistrados las
actividades que los brujos realizaban en el sabbat al que lo llevaba su abuela:
“y en acabando de dancar fueron este testigo y todos los sobredichos al
rio de dicho lugar de Anocibar y estuvieron u n ra to allí, labando unos paños
y haziendoles son con el dicho ta m b o r ” .78 En 1527, Agueda de Luna, de
15 años de edad, vecina de Hinojosa (Guadalajara), refirió a una amiga
que la noche anterior, transform ada en gato gracias a un un güento, había
p enetrado p o r la chim enea de su casa, y se había dedicado a esparcir las
cenizas de la lum bre, a cambiar de sitio las escudillas y a revolver to do
cuando había en la cocina ;79 Agueda refirió tam bién que cada vez que
utilizaba aquel preparado su cuerpo p erm anecía m u e r t o en el lugar, pero
7Í I b i d p. 194-,
76 C itado p o r María T ausiet, “W itch craft as M e tap h o r”, pp. 188 y 195. La autora
in terp reta el dicho com o ex presión m etafórica de la m u e rte p o r asfixia, que las p ro
pias m adres ¡es provocaban a sus hijos cuando se acostaban con ellos estando ebrias.
C reo que en el m arco del com plejo de la b ruja ibérica la expresión tam bién adm ite
la in terp retació n que estoy p roponiendo.
77 Julio C aro Baroja, Brujería Vasca, p. 231.
78 Florencio Idoate, La Brujería en Navarra y sus Documentos, p. 345. La bastardilla es mía,
79 La asociación en tre bru jería y fenóm enos ¡>ukerge¡st es una característica presente en
m uchos com plejos folklóricos europeos; véase al respecto Gillian B e n n ett,“G host and
W itch in th e S ixteenth and S eventeenth C e n to n e s” , Folklore, 97:1 (1 9 8 6 ), pp. 4-5.
171
hstudius de caso. Demonoluuía cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
172
Iv b íú ii A le ja n d r o C u in p a yn e
3. Los a l c a n c e s g e o g r á f i c o s d e l c o m p l e j o m í t i c o
d e la b r u j a
Esta asom brosa conjunción de caracteres se rep ite solam ente en las
áreas g eográíico-culturales ligadas al espacio ibérico. Por ello, la hallam os
profusam ente en las Islas C anarias, en P ortugal, en Brasil y en H ispano
am érica. Francisco Fajardo Spinola halló gran cantidad de casos de niños
chupados p o r las brujas en los archivos de la Inquisición canaria: dieciséis
en el siglo XVI, dieciséis en el siglo XVII, ocho en el siglo XVIII. En pleno
siglo XIX se velaba p o r las noches a los recién nacidos hasta su bautism o, y
se m antenía prendida la luz p o r te m o r a las b ru jas.51 En 1624, Sebastiana
Enríquez, de L anzarote, declaró ante el visitador del Santo O ficio que un
p e rro y un gato habían en trad o p o r un orificio m ientras do rm ía y se habían
arrojado sobre ella.S3 La visita a las cavas tam bién era p arte de las fechorías
nocturnas ele las brujas isleñas.86
En P ortugal, b ru jería , vam pirism o e infanticidio tam bién se hallaban
inextricablem ente relacionados en la tem prana m o d ern id ad . C om o quiere
Francisco B ethencou rt, “quando se traca de maleficios a criancas, aplicase o
termo ‘embruxar’ e designase o presumlvel agente por ¿nJA'a”.s7Todas las noches,
al acostar a los niños, las m adres recitaban conjuros específicos para evi
tar que “as bruxas chuxassem as criancas”.Sb Era creencia m uy difundida que
“militas criancas morriaw porque as bruxas as chupavam a través das nádegas”.s9
C uando las bruxas portuguesas atacaban a los adultos, se lanzaban sobre
los d u rm ien tes, aplastándolos e inm ovilizándolos bajo su peso, tal com o
44 Francisco Fajardo Spinola, “Des vols e t assem blées des so rd é re s dans les docum ents
de l ’lnquisition canarienne”, p. 304.
ss ¡bid., p. 304.
“ lbid., p. 309.
b/ Francisco B eth en co u rt, 0 imaginario da magia. Feiiiceiras, saludadores e nigromantes
no século XVI, Lisboa, P rojecto U niveisidade A berta, 1987, p. 32: “cuando se trata
de m aleficios a niños se aplica el térm in o em brujar, y al presum ible agente se lo
designa com o b ru ja.”
José P edro Paiva, fráticas e creabas magicas. 0 medo e ú necessidade dos mágicos na
diocese de Coimbra (¡6 5 0 -1 7 4 0 ), C oim bra, Livraria M inerva, 1992, p. 1 25: “las brujas
chupasen a los niños”.
89 lbid., p. 264: “m uchos niños m orían porque las brujas los chupaban p o r las nalgas ”
173
Estudios de caso. Demonología cristiana y cultura lolklóricu en el inundo ibérico
se desprende del siguiente testim o n io : “se vynha hila cousa lamcar com ella
na cama ( . . . ) jazendo neíla com seu marydo na cama e que ho nao semtya como
hoinetn senan como estopas”90. En te rrito rio lusitano las habitaciones cerradas
tam p oco podían d e te n e r a las bruxas: “saíam por qualquer buraco da casa e
pelo ar”.9' En 1760, C atarina Dias se autoadjudicó la m u e rte de 300 niños
ante los inquisidores de Lisboa; d u ran te sus salidas n o ctu rn as, tam bién se
había dedicado a d e rra m a r el vino de las cavas.92 Los m ism os trazos pueden
hallarse en los testim onios provenientes de Brasil. En 17+2 com parece ante
el trib unal inquisitorial de Lisboa, p ro v en ien te de Minas G erais, la esclava
Luiza da Silva Soares; en la colonia, tras h ab er sido ferozm ente to rtu ra d a
p o r sus am os, había adm itid o su responsabilidad en el asesinato de un niño,
en cuyo cu a rto había p e n e tra d o en form a de m ariposa, p or la ranura de
una ventana, para ch up arle la sangre p o r la n a riz .n
La fusión de m itologem as que co nstituía el com plejo m ítico de la bruja
ibérica tam b ién llegó a p ro d u c irse en Elispanoam érica colonial. El episo
dio m ás e x trao rd in ario re m ite al pro ceso civil incoado en 1S65 co n tra un
nu m ero so g ru p o de esclavos africanos, resid en tes en C artagena de Indias.
Los esclavos eran p ro p ied ad del capitán D iego Polo, a cuyos oídos llegaron
las p ersisten tes quejas que los neg ro s lanzaban contra G uiom ar, una de sus
com pañeras de cautiverio. Según el re la to de los denunciantes, G uiom ar
m olestaba p o r las noches a los d u rm ien tes aplastándolos con el peso de
su cu e rp o , “en tu m ecién d o lo s con hierbas y haciéndoles p e rd e r el seso”.91
90 Francisco B e d ic n co u rt, 0 imaginario Ja magia, p. 1 24: “una cosa se lanzó sobre ella
m ientras yacía con su m arid o en la cam a, y que no la sentía com o sí fuera un h om bre
sino co m o sí se tratara de estopa”
91 lbiJ .,p . 166: “salían p o r cu alq u ier agujero de la casa y po r el aire" (las traducciones
del p o rtu g u é s son m ías).
92 Laura de M ello e Souza,“A utour d ’une ellipse: le sabbat dans le m onde luso-brésilíen
de 1’A n d en R égim e” , en N icole Jacques-C haquin e t M áxime Préaud (d írs.), Le sabbat
Jes sorciers, XVe-XVllle siécles, p. 341.
93 Laura d e M ello e Souza, 0 Diabo e a Terra Je Santa Cruz. Feiticaria e religiosidad^
popular no Brasil colonial, San Pablo, C om panhia das Letras, 1986 (cito p o r la edición
en castellano: El diablo en la tierra de Santa Cruz. Hechicería y religiosiJaJ popuhir en
el Brasil colonial, versión española de Teresa R odríguez M artínez, M adrid, Alianza,
1993, p p . 3 1 9 -3 20).
94 D iana Luz Ceballos G óm ez, Hechicería, brujería, e Inquisición en el Nuevo Reino Je Gra-
naJa. Un Juelo Je imaginarios, B ogotá, E ditorial U niversidad N acional, 1994, p. 125.
174
habían Alejandro Cainpaync
175
Estudios de caso. D em unoloyú cristiana v cultora loíklórica en el mundo ibérico
97 Ibid., p. 151.
98 M arc S im m ons, l'Vitchcraji in the Southuest: Spanish and Indian Supernaturalism on
the Ría Grande, L incoln, U niversity o f N ebraska Press, 1980 (1974), p. 118: ‘‘puedo
asum ir la form a de un gato e ingresar en una casa a través del agujero más pequeño
( . . . ) . H e m atad o a dos recién nacidos, a tres niñas y a dos niños” (la traducción del
inglés es m ía).
99 ju lio Vicuña C ifuentes, Mitos y supersticiones. Recogidos de la tradición oral chilena,
Santiago de C hile, Im p ren ta L lniversitaria, 1915, pp. 9 y 11.
100A dolio C o lom b res, Seres sobrenaturales de la cultura popular argentina, Buenos Aires,
Ediciones del Sol, 2003 (1 9 8 4 ), pp. 131-132; Elena M . Rojas (com p.), Acerca de
los relatos orales en la Provincia Je Tucumán, Tucum án, Facultad de Filosofía y Letras-
Universidad N acional d eT u cu m án , 1986, p. 108.
176
F a b i á n A l c j ü n J 10 C a mp a cjí ic
177
Estudios de caso. Domonolo^ía cristiana v cultura lolklorica en e¡ mundo ibérico
|U* fra y B ern ard in o d e Sahagún, Historia general Je las cosas Je Nueva España, in tro d u c
ción, paleografía, glosario y notas de A lfredo López Auslin y Josc-Iina G arcía Q uintana,
M adrid, A lianza, 1988, vol. II, p. S98.
i j:' A ndrea Salta, “Sá Súrbile, tra streg o n eria e sciam anesim e”, SarJegna M e d ite rr á n e a ,
1 (1 9 9 7 ), pp. 1-3.
106 D o lo resT u rch i, ieggenJe e raecotni populari della Sardegna, R om a, N ew to n Com p-
to n , 1984, pp. 34-36.
178
Fabián A le ja n d r o C a m p a ^ n e
sustancialm ente más an tig u o . 107 Sin em bargo , las graneles semejanzas
morfológicas que existen en tre ambas figuras no nos p erm iten descartar
la posibilidad de que el complejo ibérico tuviera una influencia decisiva
en la configuración final que la creencia local adquirió tras la finalización
de la etapa de dominación española.
Las peculiaridades del folklore filipino también aportan algunos indi
cios sobre el contenido original del campo semántico del té rm in o bruja.
Una de las criaturas sobrenaturales más temidas p or los habitantes del
archipiélago es el aswang. Se trata de una figura compleja, que se manifiesta
bajo diferentes fo rm a s.I0S En una de sus encarnaciones más extendidas se
la representa co m o un m o n s tru o n o c tu r n o q ue devora las visceras de sus
víctimas. Suele ensañarse con las mujeres embarazadas, a quienes ataca
con la intención de succionar los fluidos vitales del feto. N o caben dudas
de que el awang lilipino es una figura mítica idiosincrásica, independiente
del complejo de la bruja ibérica. Sin em bargo, resulta en ex tre m o suges
tivo el té r m in o con el cual la etnia íloho designaba esta manifestación del
m o n s tru o filipino especializada en el asesinato de niños pequeños: buruka,
un form a corrom pid a del castellano bruja . 109 Es probable que la primitiva
asociación del té r m in o ibérico con el vampirismo infanticida, facilitara la
utilización de la palabra europea para caracterizar a una figura mítica local
especializada en la succión de fluidos y en el asesinato intrauterino.
4. A v a ta re s d e l D oble : v a m p ir o s , h a d a s , p e s a d illa s
y a p a re c id o s
107Ya hem os visto que m uchos de los trazos característicos de la súrbile sarda aparecen
tam bién en las brujas infanticidas italianas; véase ChristaTuczay, EsoLerismo c magia ncl
Medioevo, pp. 2 19-220; D om enico M am m oli, Procedo alia strega Maiceuccia di Francesco,
pp. 33, 35; R ichard K ieckhefer, “Avenging the Blood o f C hildren”, pp. 94 y ss.
!0S M áxim o R am os, “T he Asivang Syncrasy in Philippine F olklore”, Western Folklore,
2 8 :4 (1 9 6 9 ), pp. 238 -2 48 . Véase tam bién Fenella C annell, Poirer and Intimacy in the
Christian Philippines, C am bridge, C am bridge U niversity Press, 1999, pp. 141-151.
109 M áxim o R am os, “T he Aswaiy Syncrasy in Philippine Folklore”, p .2 4 1 .
179
junción de todos ellos en una única lisu ra m ítica sui generis. En síntesis:
la bruja ibérica era un agente m aléfico n o c tu rn o , especializado en (orina
casi excluyem e en el asesinato de niños recién nacidos. R ecu rría para ello
a laceraciones, m ordiscos o m u tilaciones, aunque con más frecuencia su
accionar infanticida se asociaba con el varnpirism o y la succión de sangre.
Poseía la extraordinaria capacidad de p e n etrar en aposentos h erm éticam en
te cerrados, aprovechándose para ello de los m en o res resquicios existentes
en p u ertas y m uros. Estaba dotada con fabulosos p o d eres m etam órficos,
que le p erm itían adop tar una gam a casi infinita de form as anim ales, o
transform arse incluso en objetos in ertes. C uando atacaba a los d u rm ien tes
adultos se lanzaba sobre ellos, aplastándolos con su peso y provocándoles
una angustiante sensación de parálisis y ahogo. En ocasiones, sus ataques
adquirían características com pulsivas, com o si se tratara de un destino
trágico del cual le resultab a im posible escapar.Tam bién se le adjudicaban
algunas conductas específicas: b eb e rse el vino alm acenado en cavas y
bodegas, espantar a los paseantes n o c tu rn o s, hacer la colada a la vera de
arrovos
J
v cursos de agua,’ apagar
J I
la lu m b re de los hogares,’ o rin a r en el
in te rio r de las casas, d eso rd en ar o d estro zar los trasto s que hallaba en la
cocina, y realizar regalos valiosos que, a la luz del día, se transform aban
en objetos sin valor.
En estos trazos del com plejo de la bruja ibérica, y en p articu lar en
aquellos de apariencia m ás exó tica, el especialista en el folklore m ed ite
rrán eo y en la m itología indoeuropea com parada ráp id am en te descubre los
caracteres básicos de una serie de figuras m íticas claram ente identificables:
el dem o n io infanticida, el ap arecido-vam piro, el co rtejo de las hadas y
el esp íritu de la pesadilla, avatares específicos de la arcaica m itología del
Doble.
El d e m o n i o n o c t u r n o i n f a n tic id a
110 M ercedes López Salva, “Demonios y espíritus en las religiones prim itivas del
P ró xim o O rie n te ”, en Aurelio Pérez Jim énez y Gonzalo Cruz Andreotti (ed s.), Seres
Intermedios. Angeles, Demonios y Genios en el Mundo Mediterráneo, M álaga, Ediciones
C lásicas/C h arta A ntiqua, 2000, pp. 4 2 -4 5 .
¡ a b i j a Aleja n d ro Cuinpa^nc
l!i jefirey B u rto n Russeli, The Dc\'il: Perccptions o j EviljromAntiquity lo Primitiva Chris-
tiauity, fthaca, C o rn eli U niversity Press, 1987 (1 9 7 7 ), pp. 73 y 92; N o rm an C ohn,
Cosmos, Chaos and theííorld to Come:The .íncicnt Roots oj Apocalyptic Faith, N ew Haven,
Yaíe U niversity Press, 1993 (cito p o r ía edición en castellano: El cosmos, el caos y el
mundo venidero. Las antiguas ratees de la j e apocalíptica, traducción de Bettina Blanch,
Barcelona, C rítica, 1995, p. 69).
112 JoA nn Scurlock, “Baby-Snatching D em ons, Restless Souls and the D angers of
C hildbirth: M edico-M agical M eans ol Dealing with Som e o f the Perifs oí M otherhood
in A ncient M esopotam ia”, Incógnita, 2 (1 9 9 1 ), pp. 137-185.
113 D iane Purkiss, At the Bottom o j the Garden:A Dark History oj Patries, Hobgoblins, and
Other Troublesome Things, N ueva York, N ew York U niversity Press, 2003, p. 32.
114 JoA nne Scurlock and B urton R. A ndersen (eds.), Diagnosis in Assyrian and Bab-
ylonian Medicine:Ancient Sources, Translations, and Modern Medical Analysis, Cham paign,
x8i
Estudios ele caso. Demonología cristiana y cultura folklórica e¡\ el mumlo ibérico
formas. N o tengo otra misión que la destrucción de los niños pequeños ” . 119
En un testam ento ético redactado enVenecia en 1544, el rabino Eleazar
el Grande advertía a su hijo sobre los peligros representados p or Lilith:
“nunca dejes a un niño sólo en su cuna, ni de día ni de noche, ni tam poco
pases la noche solo en tu morada. Pues en tales circunstancias Lilith se
apodera del h o m b re o del niño con su fatal abrazo ” . 1’0 El rabino Hayvim
Vital (1 542-1620) enseñaba que Lilith podía to m a r la forma de un gato, de
un ganso, o de cualquier otra ave de corral, p o r lo que aconsejaba que se
impidiera el ingreso de animales domésticos en las habitaciones en las que
descansaban las parturientas o los recién nacidos; también sugería tapar la
nariz de los pequeños que reían duran te el sueño, pues ello podía indicar
que el m o n s tru o estaba tr atando de atraérselos m ediante juegos y muecas
siniestras . 121 Los judíos m arroquíes empleaban objetos de h ie r r o —cuchillas,
espadas, tijeras—para neutralizar los ataques del espíritu asesino . 122 El m ito
de Lilith c o m o dem o nio infanticida continuó obsesionando a las familias
tradicionales hasta m uy entrada la edad contem poránea. De hecho, todavía
ocupaba un lugar destacado en los exorcismos que las comunidades hebreas
instaladas en Medio O rie n te practicaban a comienzos del siglo X X . 125
Entre las muchas variantes griegas del child-killing demon, caníbal y
vampiro, cobran particular im portancia las figuras de Lamia, Cello y Alarmo.
La popularidad del p rim e ro de estos dem onios fue tan im p o rta n te que su
nom bre llegó a sustantivarse, transform ándose en sinónimo de m o n s tru o
no cturno infanticida. Según una de las tradiciones más difundidas, Lamia
era hija de los reyes Belo y Libia. Seducido p o r su virginal pureza, Zeus
la convirtió en su amante, provocando los celos inveterados de su esposa
Hera. La venganza de la reina del O lim p o consistió en asesinar de manera
sistemática la totalidad de la descendencia engendrada p or Lamia. Desga
rrada p o r el dolor, la joven se ocultó en una cueva solitaria del desierto de
Libia, donde se fue transfo rm an do en un ente riionstruoso, especializado
119 M icheie K lein, A Time lo Be Born: Cusroms and Folklore oj jeuish Birrh, Filadelfia,
Jewish Publication Society, 1998, p. 14S.
¡20lbid., p. 147.
Ibid., p. 148.
122 Ibid., p. 153.
I!i Raphael Patai, The Flebrew Goddess, p. 240.
183
Estudios de caso. Demonolouía cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
LH P ierre G rim al, Diccionario Je mitología griega y romana, Paidós, B arcelona, 1984
(1 9 6 3 ),pp. 303-304. Sobre Lamia véase tam bién DavidW alter Leinweber, “W itchcraft
and Lamiae in ‘T h e G olden Ass’”, Folklore, 105 (1994), pp. 77-82.
125 S obre C ello véase Sarah lies Johnston, ñestless DeaJ: Encountcrs Becu-cen che Living and
the DeaJ in Ancient Greece, Berkeley, Llniversitv oí C alilornia, 1999, pp. 161-199.
126 IbiJ., p. 166.
’2/ D iane Purkiss, At the Bottoin o j the GarJen, pp. 27-28.
¡ Sarah lies jo h n sto n , Restleu DeaJ, p. 127; D iane Purkiss, At the Boiiorn oj the GarJen,
pp. 71 y 77; C h risto p h er A. F arao n e,“T heA gon¡slic C o n tex t of Early G reek Binding
Spells” , in C h risto p h er Faraone and D irk O bbink (eds.), Magika Eliera: Ancient Greek
Magic anJ Religión, N ueva York, O x fo rd Llniversitv Press, 1997 (1 9 9 1 ), pp. 3, 17, 22;
J. H . M . S tru b b e, “C ursed be he that m oves my bones”, en IbiJ., p. 43.
129 El tópico se m antuvo vigente d urante siglos en el folklore europeo; véase al respecto
L’u p cho S. R isteski, “C ategories o f t h e ‘Evil D ead ’ in M acedonian Folk Religión”,
en G áb o r Klaniczay y Eva Pócs (ed s.), Christian Demonology anJ Popular Mythology,
B udapest, C en tral E uropean U niversity Press, 2 006, pp. 207-210.
184
Fabián A ¡c ja n d to C a m ^ u in e
aunque no parece te n e r relación d irecta con los espíritus sem itas y g rie
gos, puede considerarse com o un peculiar avatar del child-killing demon,
que transform ado en ave rapaz deam bula p o r la noche en busca de recién
nacidos a quienes devorar o v am pirizar.llU
El c o r t e jo d e las hadas
' í0Ver Sabino PereaY ébenes, “Las striges: m ujeres-pájaros, lujuriosas, devoradoras”,
en Sabino PereaY ebenes, El sello de Dios (2). Ceremonias de la muerte. Nueve estudios sobre
magia y creencias populares greco-romanas, M adrid, Signifer, 2002, pp. 233-270; Alex
Scobie, “S trigiform W itch es in Rom án and O th e r C u ltu res”, Cabula, 19 (1 9 7 8 ), pp.
7 4 -1 0 1; A n n e-M arieT up et, La Magia dans la poésie latine 1: Des origines á la jtn da régne
d'Auguste, París, Les Belles L ettres, 1976, pp. 68-7S, 3 3 1-339, 376-391.
¡ii Cfr. C laude L ecou teux, Au-dela da Meiveillcux. Des croyances du Moyen Age, París,
Presses de l ’U niversité de P aris-Sorbonne, 1995, p. 162.
1 Cfr. Laurence Harf-Lancner, Lesfées an Moj en Agc.Morgane ei Mclusine. La naissance des
fées, París, H o n o ré C ham pion, ¡9 8 4 ,p . 24; C laude L ecouteux, Au-delá du Merveilleux,
p. 165; D iane Purkiss, At the Bottom o f the Carden, pp. 12 y 51.
‘ B urchardo de W orm s, Decretum, XIX, 5, en iMigne, PL 140, 971: “m ujeres ag res
tes, a las que llam an selváticas” (¡a traducción de! latín es m ía); al resp ec to véase
Laurence H arf-Lancner, Le monde desfées dans V Occidente medieval, París, H achette,
2 003, p. 14.
IU D iane Purkiss, At the Bottom o f the Garden, pp. 220 y ss.
185
Estudios de caso. Deiaonuluui'a cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
: i 1M aríe-C h arlo tte D elm as, Fées el lutins. Les esprits de la ¡tature, Le G rand Légendaires
de F rance, 1, París, O m n ib u s, 2 0 0 6 , pp. 6 5 7-658.
1}b U n ejem p lo paradigm ático lo constituyen las dormí dijuora sicilianas; véase G us
tav F lenningsen, “T h e Ladies íro m O u tsid e : An A rchaic P a tte rn o f the W itc h e s’
S abbath” , en Bengt A nk arloo y G ustav H enningsen (ed s.), Early Modern European
IVitchcraft, p. 200.
137 K atherine Briggs, LLe Fairies in Tradition und Literatura, L ondres, R outledge, 2002
(1 9 6 7 ), p. 114.
Iís lbid., p. 69.
m Ibid., p .1 0 9 .
1íú Jean-M ichel D o u let, Quand les démons enlevaiem les eijants. Les chanejclins: érude d ’une
figure myihique, París, Presses de l ’U niversité de Paris-Sorbonne, 2002, pp. 17-34;
M a ríe-C h arlo tte D elm as, Fées et lutins, pp. 17, 125, 208-20 9, 251, 816; Jean-C laude
S ch m ítt, Le Saint Lévrier. Guinejort,guerisseur d ’eujancs depuis le Xllle siécle, París, Flam-
m ario n , 1979, pp. 109-121; D iane P urkiss, Al the Bonom oj'the Garden, pp. 52-61.
86
liib iú u A le ja n d r o C u m p a g a e
del b au tism o .141 Los objetos de h ierro , y uno o dos candiles encendidos,
eran universalm ente considerados com o los rem ed io s más efectivos contra
las hadas que sustraían a los p equeños de sus cu n as.142
Las procesiones n o ctu rn as, a m en u d o bajo la guía de alguna arcaica
divinidad fem enina, eran o tra de las características sobresalientes de las
agrestesfeminae.ni A unque el espacio salvaje era su ecosistem a n atu ral, en
ocasiones visitaban el m undo de los hum anos, penetran do subrepticiam ente
en los hogares y viviendas. En las p rim eras décadas del siglo XIII, Guillau-
m e d ’A uvergne confirm aba en De universo creaturarum h aber oído hablar de
espíritus que en ciertas noches tom aban la form a de m uchachos y m ujeres
vestidos con ropas brillantes: presididos p o r D om ina A bundia, visitaban los
establos y bodegas para b e b e r y co n su m ir las viandas que los m o rad o res
habían dejado preparadas para ellos, a quienes en agradecim iento re c o m
pensan con abundantes bienes m ateriales; cuando esperaban una de estas
visitas, los habitantes de la casa abrían sus g ran ero s y dejaban d escu b ierto s
sus b a rrile s.144 Hacia 1280, el Román de la rose de jean de M eung co m pleta
el cuadro de la difundida creencia: “errant avec clame HabonJe ( . . . ) entrene
dans les maisons, car ni barres ni clés les arreteni, et ils pénétrem par ¡es chatieres
141 R ichard and Eva Blum , The Dangerou* Hour:The Lote oj Crisis and Mystery in Rural
Greece, N ueva York, C harles S crib n er’s sons, 1970, pp. 1 1-20.
142 Jean-M ichel D o u let, Quand les Jémons enlevuient les enfurtís, pp. 67 y 328.
145 Ver W olfgang Behringer, Chonrad Stoeckhlin und die Nachtschar: Eine Geschichte aus
desfriihen Neuzeit, M unich, R. Piper, 1994 (cito p o r !a edición en inglés: Shamúii o f
Oberstdorf: Chonrad Stoeckhlin and the Phantoms o f the Night, translated by H. C. Erik
M idelfo rt, C h arlottesville, U niversity Press o f V irginia, 1998, pp. 4 7 -7 1 ); C ario
G inzburg, Storia Notturna. Una decifrazione del Sabba, T urín, Einaudi, 1990 (cito po r
la edición en castellano: Historia Nocturna. Un desciframiento del aquelarre, traducción
de A lb erto Clavería Ibáííez, B arcelona, M uchnik, 1991, pp. 8 3 -1 0 2 ); Hans P eter
D uerr, Dreamüme, pp. 12-39.
4;Tiiüinas B. de Mayo, The Demonology flVilIram ofAuvergne: By Tire and Sword, Lewis-
to n .T h e Edwin M ellen Press, 2007, pp. 204-207; Jean-P atrice B oudet, Entre Science et
n ig r o m a n te . Astrologie, dirination et magie dans 1’Occidente médiévul (Xile-XVe siécle), París,
Publications de la S orbonne, 2006, pp. 21 8-219; N orm an C ohn, Europe’s inner Demons:
An inquiry inspiredby the GreatWitch-Hunt, Londres, C hatto and W indus, 197S, p. 273
(edición en castellano: Los demoniosfamiliares de Europa, M adrid, Alianza, 1980).
187
Estudios de caso. Demonología cristiana v cultura lolklórica en el mundo ibérico
et les ¡entes”. I4> Dos siglos antes, B urcardo ya había reparado en la capacidad
de p e n e tra r en habitaciones cerrad as, característica de estas procesiones
n o c tu rn a s14". En el í'olicrjticus de John oí Salisbury (c. 1 ! 56-1 159), la p ro
cesión n o ctu rn a de las hadas es descrip ta en el m ism o fragm ento que las
lamias infanticidas, lo que d em u estra que las sem ejanzas form ales e n tre las
sylraiicas feminae y el child-killing demon ya eran percibidas p o r los in telec
tuales m edievales14'.Todavía a m ediados del siglo XX, lasgialoúJes —plural
de Cello, el antiguo d em o n io infanticida g rieg o —eran conocidas en la isla
de M Jvkonos com o “las buenas dam as”,5 u n o de los clásicos eufem ism os
em pleados para re ferirse a las liadas sin n o m b rarla s.I4b
La leyenda atribuye a los esp íritu s feéricos una serie de conductas e ste
reotipadas; con frecuencia se fas describe lavando ropa y haciendo grandes
coladas junto a ¡as fuentes o cursos de a g u a .149 En Bretaña los folkloristas
han d etec tad o la creencia en “las lavanderas de la n oche”, obligadas a batir
y re to rc e r la ropa hasta el fin del m u n d o , com o castigo p o r haber co m e
tido infanticidio, trabajado en dom ingo, o e n te rra d o a sus p arien tes en
form a in d ig n a .'30 El lavado era una p oderosa actividad fem enina, asociada
a la especial p otencia procreativ a y destru ctiv a de las m ujeres; en el sur
de Francia, un pro verb io sostenía que la m u jer que volvía de lavar la ropa
en el arroy o podía c o m erse vivo a su esp o so .111 En A ragón, las lavanderas
eran unas hadas n o ctu rn a s y m aléficas, cuya colada podía verse tendida
188
Fabián Alejandio CainpJijnc
El a p a re c id o -v a m p iro
1=2 M anuel M artín Sánchez, Seres milicos y personajes Janiásncos españoles, M adrid,
Edaf, 2002, p. 156.
]*' E m m anuel Le Roy L adurie, La sorciére Je Jasmin, París, Seuil, 1983 (cito p o r la
edición en castellano: La bruja Je ja^min, traducción de M anuel S errat, Barcelona,
Araos Vergara, 1984, p. 48).
'' M anuel M artín Sánchez, Seres míticas y personajes fantásticos españoles, p. 153.
133 K atherine Briags, The Fairies in Tradición and Literature, p. 18.
i56 C arm elo Lisón Tolosana, La Santa Compaña. Fantasías reales, realidades fantásticas,
M adrid, Akal, 1998, p. 22S.
189
E st u di os d e caso. D e m o n o l o g í a c ris tia n a y c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el m u n d o i b é r i c o
v e z q u e o s c u r e c ía ; las a lm a s d e e s to s d if u n to s se r e u n ía n tr e s v e c e s al a ñ o :
la v ís p e r a d e N a v id a d , la n o c h e d e S an J u a n y la n o c h e d e l o d o s lo s S a n to s ,
d e s f ila n d o e n la rg a s p r o c e s io n e s h a c ia lo s l u g a r e s d e r e u n i ó n . l3/
E n e l f o lk lo r e e u r o p e o , sin e m b a r g o , e l a p a r e c id o o revenant n o es u n
f a n ta s m a , u n a e n t i d a d m e r a m e n t e e s p ir i tu a l : e s el c a d á v e r d e u n m u e r t o
q u e s a le d e s u s e p u l tu r a p a r a i n t e r a c t u a r c o n lo s v i v o s .135 N o se t r a ta d e
u n m u e r t o - v i v o s in o d e u n c a d á v e r - a n im a d o . El a p a r e c id o h a b la , g r u ñ e ,
garita, g o lp e a ; p o s e e , e n d e f in itiv a , tr e s d i m e n s io n e s . P o r e llo , y d a d o q u e
t i e n e u n c u e r p o , e s p o s ib le m a ta r lo . El v e r d a d e r o f a n ta s m a , e n c a m b io ,
es m u d o , y se m a n if ie s ta h a b i t u a l m e n t e d u r a n t e e l s u e ñ o . El revenant, p o r
su p a r t e , p u e d e a p a r e c e r b a jo t o r m a a n im a l; e s ta e s u n a c r e e n c ia c o m p a r
tid a p o r la s a n tig u a s c u l t u r a s g r ie g a y e s c a n d in a v a , lo q u e d e m u e s t r a q u e
e s t a m o s e n p r e s e n c ia d e u n f o n d o c o m ú n i n d o e u r o p e o . 160
1w jean D elu m eau , La peur en OccidenL aux X I Ve cl ,Y¡Tile siécles. Une cité assiégée, París,
Fayard, i 97S (cito p o r la edición en castellano: El miedo en Occidente (siglos X1V-XVIII).
Una ciudad sitiada, versión castellana de M auro A rm iño, M adrid, T aurus, 1989, p.
130).
l3i Para la figura del fantasm a, en ten d id o com o un en te espiritual, com o una m anifes
tación del alm a de los m u e rto s que en tra en com unicación con el m undo de los vivos,
véase O w en D avies, The llaunicd:A Social Histoxy ojGhosts, Basingstoke, H am pshire,
Palgrave M acm illan, 2 00 7, pp. 2 y ss. Para un tratam ie n to m enos restrictivo, que
analiza en co n ju n to ta n to el fenóm eno de los fantasm as com o el de los aparecidos
o rev in ien tes (rertrntf/us), vease P eter G. M axw ell-S tuart, Ghosts: A Hiscory oj Phan-
cotns, Ghouls S^Oiher Spirits oj the Dead, S tro u d , G lo u cestersh ire,T em p u s, 2007, pp.
3 9 -1 6 4 . Para una colección de fuentes traducidas al inglés, en la que se encuentran
tan to relato s de fantasm as com o de revenants, véase A ndrew Jovnes, Medieval Ghosts
Stories: An Anthology o f M itadest Matvels and Prodigies, W oodbridgc, Suflolk, Bovdell
and B rew er, 2006 (2 00 1).
l3y La figura del revenanL no se ajusta estrictam ente al dogm a cristiano de la resurrección
de los m u erto s. D e hecho, la posesión del cadáver p o r un dem onio era la explicación
canónica del fen ó m eno datla p o r la Iglesia M edieval. Por lo tanto, la intrusión del
aparecido en la litera tu ra clerical p o ste rio r al siglo XI debería explicarse a p a rtir de
la necesidad de im p o n er y difundir la creencia en las alm as P urgatorio; véase Jacques
Le G off, La Naissance da Purgatoire, París, G allim ard, 1981, pp. 241 y ss.
!6ÜC laude L eco u teu x, Au-Jela da M cneilleux, pp. 184-185, 20S, 212, 222. Lecouteux
ha tratad o el tem a m ás in extenso en un libro dedicado p o r com pleto a la cuestión:
FJiitomei et Revenants au Moyen Age, París, Im ago, 1996 (1986) (edición en castellano:
Fantasmas f aparecidos en la Edad Media, Palm a de M allorca, José J. de O lañeta, 1999).
190
h ib iá n A le ja n d r o C arupagnc
E n la m e n ta lid a d t r a d ic io n a l el a p a r e c id o n o b u s c a b a n e c e s a r ia m e n t e
d a ñ a r a lo s v iv o s; e n o c a s io n e s , r e g r e s a b a p a r a p r o t e g e r y c o l a b o r a r c o n
su f a m i li a .16' P e r o e n la m a y o r ía d e lo s c a s o s su s in t e n c i o n e s e r a n s in ie s
tr a s . C la u d e L e c o u t e u x p r o p o n e u n a tip o lo g ía p r o v is io n a l d e revenaras,
c u y o s n o m b r e s lle v a n im p líc ito e l a c c io n a r p a r t i c u l a r q u e lo s c a r a c te r iz a :
l ’appeleur ( e l q u e lla m a a lo s v e c in o s p o r su n o m b r e ) , le frappeur (e l q u e
g o lp e a a las p u e r t a s d e las c a s a s ), le visiteiir (e l q u e in g r e s a e n las v iv ie n d a s ),
¡'aflam é (e l q u e d e v o r a a lo s v iv o s ), l ’appesart (e l q u e se a r r o j a s o b r e las
p e r s o n a s q u e p a s a n ), l'étra n g leu r (el q u e a h o g a a su s v íc tim a s ) , le m ácheur (el
q u e d e v o r a su p r o p io s u d a r i o ) '62 El lis ta d o q u e d a i n c o m p l e to , sin e m b a r g o ,
si n o a g r e g a m o s o t r o d e lo s tr a z o s d is tin tiv o s d e m u c h o s a p a r e c id o s f o lk ló
r ic o s : su a fic ió n p o r la s a n g r e d e lo s v iv o s. La se d d e lo s m u e r t o s c o n f o r m a
u n topos b á s ic o d e l p e n s a m i e n to a rc a ic o . E n las d iv e r s a s c o n c e p c io n e s d e la
m u e r t e , el d i f u n to n o m u e r e d e f in itiv a m e n te , s in o q u e a d q u ie r e u n m o d o
e l e m e n t a l d e e x is te n c ia ; y e n la e s p e r a d e su r e t o r n o al c i r c u i t o c ó s m ic o
o d e su l i b e r a c i ó n d e f in itiv a , e l a lm a d e l m u e r t o s u f r e , y e s e s u f r im ie n to
es h a b i t u a l m e n t e e x p r e s a d o p o r la s e d . 163 A l m i s m o ti e m p o , lo s m u e r t o s
e s tá n s e d ie n to s d e to d o r e b o s a m ie n to b io ló g ic o , y p o r e s o a ta c a n a lo s v iv o s
e n lo s m o m e n t o s e n q u e la te n s ió n v ita l d e las c o le c tiv id a d e s e s tá e n su
m á x im o e s p l e n d o r : d e s p u é s d e l p a r t o , d e s p u é s d e la c o s e c h a .164
Para una visión d iferente del problem a de los aparecidos, centrada en las fuentes y en
la visión eclesiástica, véase: jean -C iau d e S chm itt, Les Revenants, lesVñ-ants et les Morís
dans la Soáeté méJiévale, París, G allim ard, 1994.
161 John C u th b e rt Lawson, Modern Greek Folklore anJAncient Greek Religión, N ueva York,
U niversity Books, 1964 (1 9 1 0 ), p. 395.
162 C laude L ecouteux, Flistoire Jes lanipires. Autopsie d ’un mythe, París, Im ago, 1999,
pp. 6 3 - 8 4 .
M ircea Eliade, Traite J'histoire Jes religions, París, Payot, 1964 (cito p o r la edición
en castellano: TrataJo Je historia Je las religiones, traducción deT om ás Segovia, M éxico,
Ediciones Era, 1992, p. 187);A lan D u n d es,“T heV am pire as B loodthirsly R evenant: A
Psychoanalytic Post M o rte m ”, en Alan D undes (e d .), TheYampire:A Casebook, M adison,
The U niversity ofYVisconsin Press, 1998, pp. 165, 170.
164 Sabina M auliocco, “W itchcraft, H caling and V ernacular M agicin Italy”, en W illem
de B lécou rty O w en Davies (eds.), Witchcr^i ContinueJ: Popular Magie in MoJern Europe,
M anchester, M anchester U niversity Press, 2 004, p. 159; M ircea Eliade, Tratado de
historia de las religiones, p. 316.
191
E st u di os d e c as ó. D o i n o n o l o a í a cr is tia na v c u l t u r a ¡ o lk l ó r ic a en el m u n d o ib é r ic o
E n s ín te s is , el v a m p ir o es e s e n c ia l m e n te u n a v a r ie d a d e s p e c ífic a d e l
revenm u p a n e u r o p e o . 165 U n a c o le c c ió n d e c im o n ó n i c a d e r e la t o s p o p u la r e s
p r u s ia n o s r e c o g e u n a h i s to r i a q u e t r a n s c u r r e e n la c iu d a d d e B re s la u e n
I 5 9 1 . Su p r o t a g o n i s t a e s u n ‘z a p a te r o a c o m o d a d o q u e se q u ita la v id a sin
m o t i v o a p a r e n t e . P o c o d e s p u é s d e l d e c e s o , u n e s p e c t r o c o n la a p a r ie n c ia
d e l s u ic id a c o m ie n z a a a c o s a r a su s v e c in o s d e c o m u n i d a d . A c o s tu m b r a
i n t r o d u c i r s e e n e l le c h o d e lo s d u r m i e n t e s , a p la s tá n d o lo s y s o f o c á n d o lo s
c o n su p e s o . S e a f e r r a a e llo s c o n ta l tu e r z a q u e p o r la m a ñ a n a las v íc tim a s
p u e d e n o b s e r v a r c o n c la r id a d la s m a r c a s q u e lo s d e d o s d e l v is ita n te d e ja n
e n su s b r a z o s y p i e r n a s . O c h o m e s e s d e s p u é s d e l e n t i e r r o las a u t o r i d a d e s
lo c a le s d e c i d e n a b r i r la t u m b a d e l z a p a te r o , e n c o n t r á n d o s e c o n e l c a d á v e r
i n t a c t o , sin s ig n o a lg u n o d e c o r r u p c i ó n . L os r e s p o n s a b le s d e la e x h u m a
c ió n p r o c e d e n e n t o n c e s a c e r c e n a r la c a b e z a , a m u t i l a r lo s m ie m b r o s , a
e x t r a e r el c o r a z ó n , a i n c i n e r a r lo s r e s to s e n u n a p ir a p u r i f ic a d o ™ .16,1 P o r
o t r a p a r t e , e n el c a p ít u l o S 1 d e l Traite sur Ies A p paritions des esprits ei sur Ies
vampires ou les R evenans de H ongrie, de M oravie, etc ( 1 7 5 1 ) , e l b e n e d ic t in o
D o r n A u g u s tin C a lm e t r e p r o d u c e u n r e l a to d e v a m p ir o s p r o c e d e n t e d e
M o ra v ia , e n e l c u a l el p r o ta g o n is ta ta m b ié n se c o m p o r t a c o m o u n a p a re c id o
c o n v e n c io n a l. l6/T a n to la n a r r a c ió n p r u s ia n a c o m o la rn o ra v a c o n tr ib u y e n
a d e m o s t r a r q u e la le y e n d a d e l v a m p ir o d e b e a n a liz a r s e e n e l m a r c o m á s
a m p lio d e la m i to lo g ía d e l revenara. E n el p r i m e r c a s o , la s u c c ió n d e s a n g re
n o se c u e n ta e n t r e las a c tiv id a d e s r e a liz a d a s p o r el e s p e c t r o y ta m p o c o se
u tiliz a e l t é r m i n o v a m p ir o p a r a d e s c r i b i r e l a c c io n a r d e l a c o s a d o r n o c tu r n o .
S in e m b a r g o , las p r e c a u c i o n e s q u e se t o m a n c o n el c u e r p o d e l z a p a te r o
r e c u e r d a n e l t r a t a m ie n t o q u e e l f o lk lo r e p o s t e r i o r r e c o m e n d a r á o to r g a r
a lo s c a d á v e r e s s o s p e c h a d o s d e v a m p ir iz a r . El p r o ta g o n is ta d e l s e g u n d o
r e l a t o t a m p o c o b e b e la s a n g re d e su s v íc tim a s y sin e m b a r g o el b e n e d ic tin o
C a lm e t lo lla m a v a m p ir o , lo q u e p r o b a r ía q u e a n te s d e e m p le a r s e p a ra
d e s ig n a r a lo s b e b e d o r e s d e s a n g r e h u m a n a e l t é r m i n o p u d o u tiliz a rs e
192
í a b i ü í i . [ L j j n J i ú Cantpüijiic
193
E st u di os d e caso. D e m o a o l o ¡ ¿ í a cr is tia na v c u l t u r a f o l k l ó r i c a en el m u n d o ib é r i c o
e r a n v íc tim a s d e u n in t e n s o s u e ñ o q u e n o lo g r a b a n c o n tr o la r . El p r o b l e
m a se s o l u c io n ó c u a n d o el a r z o b is p o a u to r i z ó la e x h u m a c ió n d e l c u e r p o
d e l v a m p i r o a g r e s o r .173 A lg u n o s revenants se c o m p o r t a b a n c o m o d u e n d e s
tr a v ie s o s . E n R u m a n ia s o lía n c o r t a r le ñ a y a v u d a r e n las ta r e a s d e l h o g a r,
p e r o t a m b i é n d e v o r a b a n c u a n ta c o m id a e n c o n t r a b a n v d e s o r d e n a b a n los
e n s e r e s d o m é s t i c o s . 1'4 E n B u lg a r ia , p r o y e c ta b a n s o m b r a s o m in o s a s s o b r e
las p a r e d e s d e las h a b it a c i o n e s , a t e r r o r i z a b a n a io s v e c in o s c o n a u llid o s y
g r i t o s e n s o r d e c e d o r e s , e in g r e s a b a n e n lo s h o g a r e s v a c ío s e s c u p ie n d o s a n
g r e s o b r e e l p is o , r e v o l v ie n d o lo s m u e b l e s , y e n s u c ia n d o c o n e s t ié r c o l las
im á g e n e s d e lo s s a n t o s .1" E n tr e lo s g ita n o s , lo s v a m p iro s v o lv ían a e n c e n d e r
lo s f o g o n e s a p a g a d o s , v o lc a b a n lo s c a r r o m a to s y r o m p ía n la v a jilla .1' 6 En
C r o a c ia , la h o s p ita lid a d lo g r a b a p r o p i c i a r a lo s v a m p ir o s : si s a tis fa c ía n su
a p e t i t o c o n la s v itu a lla s q u e le s d e ja b a n p r e p a r a d a s , n o a ta c a b a n a n in g u n o
d e lo s h a b ita n te s d e la c a s a .177 E n E u r o p a O r i e n t a l ta m b ié n s u g e ría n d is tr a e r
al a c o s a d o r n o c t u r n o e s p a r c ie n d o d e n t r o d e l a ta vid o e n lo s a l r e d e d o r e s d e
la t u m b a s u s ta n c ia s g r a n u la r e s im p o s ib le s d e c o n ta r : m ijo , a r e n a , s e m illa s
d e m o s ta z a o a m a p o la , e t c . 1' 5 M u c h o s v a m p ir o s a h o g a b a n a su s v íc tim a s
h a s ta m a ta r la s ; d e h e c h o , la m a y o r ía d e las p e r s o n a s q u e c a ía n b a jo su m a
lig n a in f lu e n c ia se q u e ja b a n s is te m á ti c a m e n t e d e la p e r s i s t e n t e s e n s a c ió n
d e s o l o c a c i ó n q u e la s e m b a r g a b a d u r a n t e la n o c h e . 1‘9 F in a lm e n te , la b r u ja
y e l v a m p i r o c o m p a r t í a n m u c h o s tr a z o s e n e l f o lk lo r e d e E u r o p a O r ie n t a l .
E n R u m a n ia , a m b o s s e i n t r o d u c ía n e n lo s r e c i n t o s c e r r a d o s in g r e s a n d o p o r
e l o jo d e la c e r r a d u r a . IS0 El t é r m i n o strigoi se e m p le a b a ta n to p a r a d e s ig n a r
a la b r u j a c o m o al v a m p ir o . S ó lo q u e la p r i m e r a e r a u n strigoi v iv o , y el
194
F abián A lc ja n d to C am pu^nc
El d e m o n io d e la p esadilla
195
e s t u d i o s ‘ k: caso. D e m o n u l o t n a c¡ Liliana v c u l t u r a f o l k l ó r i c a en el i n u n d o ib é r i c o
p r e s e n c ia e x t r a ñ a , a m e n a z a n te y o m i n o s a , im p o s ib le d e d e f i n i r .185A u n q u e
la p a rá lisis d u r a n t e el s u e ñ o s u e le r e la c io n a r s e c o n las p e s a d illa s , se tr a ta d e
f e n ó m e n o s d i f e r e n t e s . D e h e c h o , la p r i m e r a t i e n d e a p r o d u c i r s e d u r a n te
la fase d e l s u e ñ o R E M . E llo e x p lic a r ía la c a p a c id a d d e p e r c i b i r e s tím u lo s
s e n s o r ia le s q u e e x p e r i m e n t a n lo s d u r m i e n t e s a f e c ta d o s p o r la s e n s a c ió n
d e i n m o v ilid a d , p u e s e l e s ta d io d e l s u e ñ o p a r a d o ja l se c a r a c t e r iz a p o r u n a
i n te n s a a c tiv id a d d e l s is te m a n e r v i o s o c e n t r a l . Is‘>
S e g ú n las c r e e n c ia s a n c e s t r a le s , el r e s p o n s a b le d e p r o v o c a r e s ta s h o r r i
b le s s e n s a c io n e s —o p r e s i ó n , p a r á lis is , a h o g o — es u n d e m o n i o q u e cab a lg a
s o b r e lo s d u r m i e n t e s , u n e n t e q u e p o s e e u n p e s o y q u e se a r r o ja s o b r e la
p e r s o n a e le g id a p a r a a p la s ta r la , p a r a a h o g a r la , p a r a a g o b i a r l a .18' P a ra el
p e n s a m i e n t o a r c a ic o , la p e s a d illa p u e d e t a m b ié n s e r: a) u n m u e r t o m a lig n o ,
u n a p a r e c id o a g r e s iv o ; b ) u n e s p ír i t u m a n ip u la d o p o r u n a p e r s o n a v iv a,
m a lé f ic a ; c) e l a lm a d e u n a h e c h i c e r a q u e , m o v id a p o r lo s p e n s a m ie n to s
d e su p r o p i e t a r i a , se la n z a s o b r e s u v íc tim a p a r a t o r t u r a r l a . 153 C o m o ta l,
el e s p í r i t u d e la p e s a d illa c o n f o r m a u n o d e lo s c o m p le jo s m ític o s m á s
c a r a c t e r í s t i c o s d e la p r i m i t i v a m i t o l o g ía e u r o p e a . S u le y e n d a a tra v ie s a el
c o n t i n e n t e d e u n e x t r e m o a o t r o . E n E s c a n d in a v ia , las p e s a d illa s p o d ía n
19Ó
hihián .I¡cjundio Campagnc
185 K atherine M o rris, Sorceress or ÍVicch?:The Image oj Gender in Medieval Iceland and
Northern Europe, Lanham , U niversity Press o f A m erica, 1991, p. SS.
!* Claude L eco u teu x, Les nains et les eljes au Mojen Age, París IniagO, 2003 (19S8), pp.
160-1 61 (edición en castellano: Enanos y eljos en la Edad Media, Palma de M allorca,
José J. de O lañ eta, 1998).
I!i' Claude L ecouteux, Fées, Sorciéres et Loups-garous au Aloyen Age. Hisioire du double,
París, Imago, 1992, pp. 116-118 (edición en castellano: Hadas, brujas y hombres lobo en
la Edad Media. Historia del doble, Palma de M allorca, José J. de O lañeta, 1999).
152 O w en Davies, “Tlie N ightm are E xperience, Sleep Paralysis, and W itchcraft Ac-
cusations”, p. 194.
'“ T estim onio recogido en 1964 en S aint-G eorges-d’H u rtiéres, Saboya. C itado p o r
Alice Joisten e t C hristían Abry, Etresjantastiques des Alpes. Extraits de la collecte Charles
Joisien ( i 9 3 6 -!9 8 1 ), París, Editions E m ente, 1995, p. 238: “la chauche-vielle era
una vieja villana y despreciable, que iba a aplastar con todo su peso a los niños que
no decían sus oraciones o que no querían d o rm irse. Ella pesaba, pesaba, pesaba” (la
traducción del francés es m ía).
197
L s t u d i u s d e caso. D e m o n o l o g í a cr is tia na y c u l t u r a io lk lu r ic a e n el i n u n d o ib c r i c o
194 C harles S tew art, Deinons and the Devil, pp. 216 y 253.
R obín Briggs, TheU'iiclies o j Lorraine, N ueva York, O xford U niversity Press, 2007,
pp. 130-131; R obin Briggs, “D angerous Spirits: Shapeshüiino, A pparitions, and Fan-
tasv in L orraine W itch craft T riáis”, en K athrvn A. Edw ards (e d .), i I I:'hsicj:.,
and líandering Spirits: Tradicional Beliejand Folklore in Early Modern Europe, Kirksviüe,
T ru m an State U niversity P ress, 2 002, p. 16; M arie-C harlotte D elm as, Fées et lucins,
pp. 124-127; Jean-M iehe! D o u let, (hiand les deuions enlevaienc les ajanes, p. 365.
196 O w en D avies, “T he N ightm are E xperiencc, Slcep Paralysis, and W itchcraft Ac-
cusations”, p. 194.
Ví' O liv ier de M arliave et je a n : C laude P ertu zé, Panthéon n¡ i ,"IoliIgunc, Ediüons
L oubatiéres, 1990, pp. 142-143; Jesús C allejo Cabo y C arlos Canales, Duendes. Cura
de los seres mágicos de España, M adrid, Edal, 1994, pp. 1S 6 -187.
Joan A niades, “Los ogros m lantiles”, Revista de Dialectología y Tradiciones Populares,
13 (1 9 5 7 ), p. 262; jesús C allejo Cabo y C arlos Canales, Duendes, pp. 187-188.
199 M anuel M artín Sánchez, Seres míticos y personajesjancásiicos españoles, p. 41 8.
200 Algirdas Julien G reim as, Des Dieux et des Iloiiuncs. Etudes de Muhologie lituanicnne,
París, PUF, 1985, p. 55.
198
hib 'u 'in A le ja n d r o C a m p a g n c
199
E st u di os tic caso. D e m o n o l o g í a cris tia na v c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el m u n d o ib é r i c o
200
í'ü b ijii A ie j a n d io C u iu p j g n c
La m i t o l o g í a d e l D oble
H a s ta a q u í h e m o s p r e s e n ta d o p o r s e p a r a d o c u a tr o f ig u ra s r e c u r r e n t e s
d e la m ito lo g ía a rc a ic a e u r o p e a : el d e m o n io n o c t u r n o in fa n tic id a , el c o r t e jo
d e las h a d a s , el a p a r e c id o - v a m p ir o , y el e s p í r it u d e la p e s a d illa . M u c h o s
r e l a t o s , sin e m b a r g o , t a n t o a q u e llo s p r o v e n i e n t e s d e l d is c u r s o e r u d i t o
c o m o d e la n a r r a tiv a p o p u la r , d e s c r ib e n d e m o n io s n o c t u r n o s q u e r e ú n e n
d e m a n e r a s im u ltá n e a e n su f ig u ra lo s tr a z o s d e v a r io s d e lo s c o m p le jo s
m ític o s a n te s m e n c io n a d o s . E n m ú ltip le s o c a s io n e s , d e u n e x t r e m o al o t r o
d e E u r o p a , e l a ta c a n te n o c t u r n o e s , al m is m o t ie m p o , e s p ír i t u v a m p ír ic o ,
f e é r ic o , in f a n tic id a y p e s a d ille s c o . G e r v a is d e T i lb u r y , l e tr a d o in g lé s y u n o
d e lo s p r i m e r o s f o lk lo r is ta s d e la E d ad M e d ia , a f irm a e n su Ocia im perialia
(c. 1 2 1 1 ) q u e m u c h a s m u je r e s d e c la r a n p a r ti c ip a r d e p r o c e s io n e s n o c t u r n a s
en c o m p a ñ ía d e las la m ia e ; c a d a v e z q u e in g r e s a n e n u n a casa o p r i m e n a
lo s d u r m i e n t e s , b e b e n s a n g r e n h u m a n a , m u e v e n a lo s r e c ié n n a c id o s d e
lu g a r e n lu g a r, y p r o v o c a n s e ria s e n f e r m e d a d e s .213 E n e s te c a s o , las h a d a s
s o n t a m b ié n d e m o n io s in f a n tic id a s , v a m p ir o s y e s p ír itu s o p r e s o r e s .
V a rio s sig lo s d e s p u é s , M a r t i n W e i n r e i c h ( 1 5 4 8 - 1 6 0 9 ) , p r o f e s o r e n
B re s la u , r e la ta e n t é r m i n o s c u a s i- e tn o g r á f ic o s u n e p is o d io o c u r r i d o e n
B e n d s c h in , e n la f r o n t e r a c o n M o r a v ia . j o h a n n C u n tz e , u n c o n o c id o c i u
d a d a n o , r e g r e s a d e s p u é s d e su m u e r t e p a r a a c o s a r a su s v e c in o s : a r r a n c a a
lo s r e c i é n n a c id o s d e su s c u n a s , a p la s ta lo s s e n o s d e las p a r t u r i e n t a s , a h o g a
c o n s u p e s o a lo s d u r m ie n t e s , s u c c io n a la s a n g re d e lo s v iv o s, se e s c a p a
d e su t u m b a a tr a v é s d e p e q u e ñ o s o r if i c io s .214 E n e s te c a s o , el a p a r e c id o -
v a m p ir o e s ta m b i é n e s p í r it u p e s a d ille s c o y d e m o n io in f a n tic id a . La f u s ió n
e n t r e v a m p ir is m o y o p r e s ió n n o c t u r n a se c o n f ir m a t a m b i é n e n e l c a s o d e
la Mora c h e c a , e l A lp g e r m a n o o el lu d a k la p ó n , tr e s e n tid a d e s p e s a d ille s c a s
q u e s u c c io n a n s a n g re h u m a n a .2' 3
21* G ervaise o fT ilb u ry , Otia Imperialia, edited by Félix L iebrecht, H annover, Cari
R üm pler, 1856, c. 93, pp. 4 5-46 y c. 86, pp. 39-40. C itado p o r Hans P eter Broedel,
The Malleus M alficarum and the Construction ../I í /!■. h. uijl: Eucounters ¡¡ ith the Supernatural
between Thealuyy- and Popular Belief, Ph.D. diss, U niversity oí W ashington, 1998, pp.
319-320. Esta tesis ha sido editada com o libro: The Malleus Maleficarum and the Cons-
tructiüii oj\V¡tchciaJt:Theology and Popular B e lij, M anchester, M anchester U niversity
Press, 2004.
2!4 C laude L ecouteux, hlistoire desVampires, pp. 163-174.
u í Ibid., p. 78.
201
E st u d io s d e caso. D e m o n o l o g í a cris tia na y c u l t u r a lo l k l ó r i c a en el i n u n d o ib é r i c o
L as s i m ilitu d e s f o r m a le s y e l c a r á c t e r in te r c a m b ia b le d e su s c a r a c te r e s
p r i n c i p a l e s p e r m i t e s u p o n e r la e x i s te n c i a d e u n c o m p le j o m í ti c o m a y o r,
q u e o t o r g a s e n t id o a las d is tin ta s f ig u ra s in d iv id u a le s d e l f o lk lo r e i n d o e u
r o p e o . L a r e s p u e s t a a n u e s t r o i n t e r r o g a n t e p a r e c e h a lla r s e e n la c o m p le ja
y r i q u ís i m a m ito lo g ía d e l D oble. P a r a la m e n ta lid a d a r c a ic a , e l a lm a e s u n a
e n t i d a d m ú l t i p le . P a ra lo s p u e b lo s t u r c o - t á r t a r o s y si h e r í a n o s , el a lm a es
t r ip l e : e l a lm a i n f e r i o r r e s id e e n lo s h u e s o s ; u n a lm a in t e r m e d ia p u e d e
a b a n d o n a r e l c u e r p o d u r a n t e e l s u e ñ o ; u n a t e r c e r a lm a se s e p a r a d e l
c u e r p o c o n la m u e r t e , y se a p a r e c e a lo s h u m a n o s b a jo la a p a r ie n c ia d e
u n f a n t a s m a .216 I d é n tic a c la s ific a c ió n r e a liz a b a n lo s a n tig u o s e s c a n d in a v o s ,
c u a n d o d iv id ía n e l a lm a e n t r e s p r in c i p io s d if e r e n t e s : h ugr, b a m r y jy l g ja .2'1
C o n f r e c u e n c ia , e s to s o t r o s - y o físic o s y p s íq u ic o s a d o p ta n f o r m a s a n im a le s
d u r a n t e su s tr a v e s ía s e x - s o m á tic a s .
L a li b r e c i r c u la c ió n d e l D oble se c o n s ig u e d u r a n te e l é x ta s is o d u r a n t e
el s u e ñ o . P o r e llo , u n a i r r e s is ti b le s o m n o le n c ia d e s c ie n d e p o r lo c o m ú n
s o b r e la s p e r s o n a s a s a lta d a s p o r e l d o b l e e s p ir itu a l d e su s e n e m ig o s o p o r
a lg ú n o t r o v is ita n te n o c tu r n o .T a m b i é n la m u e r t e , c la r o , lib e r a a lo s d o b le s
e s p i r i t u a l e s . L o s a p a r e c id o s s o n lo s d o b le s m a t e r i a le s d e lo s m u e r t o s , el
o tr o - y ro físic o q u e se m a n if ie s ta e n la r e a li d a d c o m o u n s e r m a t e r ia l y q u e
p u e d e , e n t o n c e s , a p la s ta r a lo s d u r m i e n te s , s u c c io n a r la s a n g re d e los v iv o s,
s u s t r a e r a lo s r e c i é n n a c id o s d e s u s c u n a s . S u m a te r ia lid a d n o le im p id e ,
s in e m b a r g o , p e n e t r a r e n á m b it o s c e r r a d o s p o r lo s m e n o r e s r e s q u ic io s u
o r if ic io s . D e s d e e s ta p e r s p e c tiv a , C l a u d e L e c o u te u x h a s o s te n id o q u e la
m a y o ría d e las fig u ra s m ític a s d e l f o lk lo r e p a n e u r o p e o —lo s e lfo s, lo s e n a n o s ,
las h a d a s , lo s h o m b r e s - lo b o , lo s a p a r e c id o s , lo s v a m p ir o s , las p e s a d illa s —n o
s e r ía n s in o a v a ta r e s e s p e c ífic o s d e la p r o t e i c a fig u ra d e l D oble.
C o m o lo p o n e d e m a n if ie s to e l m á s e le m e n ta l an á lisis d e lo s v ia je s e x t á
ti c o s , e x i s te n t a n t o e v id e n te s s im i li tu d e s c o m o m a r c a d a s d if e re n c ia s e n t r e
el a r q u e t i p o d e l a lm a m ú l t i p le y e l c h a m a n is m o s ib e ria n o . L as tra v e s ía s d e
lo s d i f e r e n t e s a v a ta r e s d e la f ig u ra d e l Doble n o d e r iv a n d e tr a n c e s in d u c id o s
202
F abián A lc ja n d to tü m p a g n c
203
h s t u d io s <Je caso. D e m o n o i o u i a cri st ian a y c u l t u r a i o l k l ó r i c a en c! m u n d o i b c r ic o
fraílan os, los táltosok húngaros, los strigoi ru m an o s, las moras serbias, los
kresniks eslovenos, y los mcizzeri c o rs o s.2’®P ero existían tam bién otras
m areas de nacim iento m enos difundidas. N acer sin el cartílago de la nariz,
con dien tes, con un pezón e x tra , o con labio lep o rino , eran estigm as que
delataban a los futuros vampiros en el m u n d o eslavo.” 4 En Europa, un poco
p o r todas p a rte s, el noveno, el sép tim o o el qu in to hijo consecutivo del
m ism o sexo estaba destinado a co n v ertirse en h o m b re lobo —en caso de
fuera varón—y en pesadilla, en caso de fuera m u je r.2"5 H e aquí una últim a
constatación que p one de m anifiesto que para la m entalidad arcaica, exis
tían lazos invisibles e n tre las distintas ex presiones del m aléfico dem onio
n o c tu rn o y los diversos avatares de la m itología del Doble.
Eva Pócs, “Possession P hciiom ena, Possession System s”, pp. 107-109; Félix Oinas,
“East Euro pean Vampires”, p. 52; C ario G inzburg, Historia nocturna, pp. 121 -140; 210-
211; G ábor Klaniczay, “Sham anistic E lem ents in C entra! E uropean W itchcraft”, pp.
129-1 50; C ario G inzburg, I benandanti, pp. 1 1 ,1 7 - 2 5 ,5 8 ; H arrv A. Senil, IVere-Wolf
andVampiie in Romanía, pp. 5 ,1 0 , 6 4 -6 6 , 1 1 1 ,1 1 5 ; M ircea E liade,“Som e observations
on E uropean W itch craft”, en M ircea Eliade, OcculiismJVitchcrafi and Cultural Fashions.
Essays in Comparadle Religions, C hicago,T he U niversity ol Chicago Press, 1976 (cito
p o r la edición en castellano: “Algunas observaciones sobre la brujería europea”, en
M ircea Eliade, Ocultismo, brujería y modas culturales, traducción de E nrique Butelm an,
Buenos A ires, M arym ar, 1977, pp. 123-1 24); D orothy C arrington, The Dream-Hunters
oJCorsica, pp. 57-92 .
” 4 R aym ondT . M cN ally e t Radu F lorescu, /I la recherche de Dracula. L’histoire, la lé-
gende, le mythe, París, R o b e rt L affont, 1973, p. 160; Paul Barber, Vampires, Burial, and
Death, p. 3 1.
W íllem de B léco urt, “Bediling the N ig h tm are”, p. 239; Agnes M urgoci, “The
V am pire In R oum ania”, p. 20; C laude L ecouteux, Histoire Jes Vampires, p. 59; Paul
Barber, Vampires, Burial, and Death, p. 30; Jean D elum eau, El miedo en Occidente, p. 145;
C ristiana Bastos, “Bruxas e b ru x o s no n o rd e ste algarvio. Algurnas r e p r e s e n ta r e s da
doenca e da cura” , Trabalhos de Antropología e etnología, 2 5 :2 -4 (1985), p. 288.
204
F a b iá n A le ja n d r o C a u ip o g n c
226 J. C o ram inas, Dicciónario crítico etimológico de la lengua castellana, M adrid, G redos,
1954, vol. I, pp. 530-532.
111 C laude L ecouteux, Au-dela du Merveilleux, pp. 99 y 107; Sophie Bridier, Le cau
chemar, pp. 30-31.
22s M aríaT ausiet, Ponzoña en los ojos, p. 349.
229 Dyan E llio tt, Pallen Bodies:Pollution, Sexualitj, ScDemonoIogj' in the MiddleAges, Fila-
delfía, U niversity o f Pennsylvania Press, 1999, pp. 52-60; C harles HcKvard H opkin,
The Sha re qfThomas Aguinas in the Gronth o j theWiichciajt Delusion, Nueva York, AMS
Press, 1984 (1 9 4 0 ), pp. 138-1 39; Hans P eter Broedel, The Malleus Maíeficarum and
the Construciion cjiViicheiaJt, pp. 153-155.
205
h á t u d i o s t i c c a s o . D c n i o n o l o o í a c r i s t i a n a y c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el m u n d o i b é r i c o
230 M artín P érez, Libro de las conjesiones. Una raJiografia Je la sociedad medieval española,
edición crítica, in tro d u cció n y notas p o r A ntonio García y García et alii, M adrid,
B iblioteca de A utores C ristianos, 2 002, p. 608.
231 María Nieves Sánchez G onzález de H e rre ro ,“Estudio lingüístico de los manuscritos
base de la edición”, en IbiJ., p. XL.
232 O penitencial Je Muitiin Pere¿ em meJievo portugués, edición crítica a cargo de Mario
M artin s, Lusitania Sacra, 2 (19S 7), p. 4 8: “a los que creen y afirm an que las m ujeres
se vuelven estrechas, y andan de n oche p o r el aire y po r la tie rra , y entran po r los
agujeros para d ev o rar y ch u p ar a los niños, im póngasele aquella penitencia” (la tra
d ucción del p o rtu g u és es m ía).
233 Fabián A lejandro C am pagne, Homo Catholicus, Homo Supersticiosas. El discurso an-
tisupersticioso en la España Je los siglos X V a .VVIH, M adrid, M iño y Davala, 2002, pp.
471 y ss.
206
h i b iá n . ilc ju n d fo C om paiji)c
234 Cfr. T e x to s y Concordancias del Tratado de adivinanza y de magia, edición sem ipaleo-
gráfica en m icrofichas a cargo de M aría Isabel M o n to y a ,T h e H ispanic Sem inary of
Medieval Studies, M adison, 1994, p. 10, n. 2.
P alom a C u en ca M u ñ o s, El Tractado de la Divinanca de Lope de Barrientos, pp.
23 y 29.
L ope de B arrien tos, “T ractado de !a adivinanca”, p. 1S2.
2,7 Ibid., p. 151.
238 En esta quaestio, L ope de B arrientos rep ro d u c e en gran m edida el tex to del Canon
episcopi, p o r in te rm e d io d e la Summa de poenitemia de R aim undo de P eñafort; véase
al respecto Palom a C uenca M uñoz, El Tractado de la Divinanca de Lope de Barrientos,
pp. 75-76.
207
Estudios de taso. Dem onología cristiana v cultura folklórica en el mumlo ibérico
con el paradigm a del co m p lo t diabólico o con la im agen del sabbat que por
la m ism a época estaba surg ien do en los Alpes O ccidentales.
D os décadas más tard e, el franciscano Alonso de Espina ataca en su For-
talitíum Fidei (c. 1458-1460) la m ism a su perstición reprobada p o r M artin
Pérez y p o r Lope de B arrien tes: la creencia en que ciertas m ujeres, a las
que denom ina bruxae, pued en re c o rre r p o r la noche varios cientos de leguas
en m enos de cu atro o cinco horas, p en e tran d o en las casas cerradas p o r los
m eno res resquicios con la intención de succionar la sangre de los niños.
Espina sostiene que existe una clase p articu lar de dem onios, especializados
en difundir estos engaños: “i111illuJuni virus etJeminas i¡u¡ xoyu'mae si ve bruxae
vuljjariter mtncupatuur”.~w En la creencia p o p u lar denostada p or el francis
cano, la bruja continúa asociada a los ataques n o ctu rn o s, al infanticidio y al
v am p irism o .2+l Pero el a u to r agrega adem ás el té rm in o xoiyuiria, de origen
vasco, llam ado a te n e r en el fu tu ro e n o rm e fo rtu n a. De hecho, cuando en
1519 estalle en C uenca uno de los más im p o rtan tes pánicos de la España
te m p ran o -m o d e rn a en to rn o a la figura de la b ru ja infanticida —la mism a
ciudad en la que Lope de B arríentos detecta la creencia ochenta años antes—,
“xorguina” será el té rm in o casi ex clu y en te con el cual se designará a las
m isteriosas atacantes n o c tu rn a s.'42 ¿Es posible suponer, tal com o lo hem os
h echo con el vocablo bruja, que el te rm in o xorguina tam bién designaba en
el origen una variante local del esp íritu n o c tu rn o infanticida, pesadillesco
ly> Un relato sinóptico sobre la em ergencia de la caza de brujas en los Alpes O ccid en
tales, en to rn o a la teoría de la secta y al estereo tip o dem onizado del sabbat, puede
bailarse en W ollgang Behringer, il'i tchcs ::i,dl I n, h F!uní:>:A Global Liisiory, C am bridge,
Polity Press, 2 00 4, pp. 61 y ss.
H enry C harles Lea, MaterialsToivard a History ofiVitchcrajt, vol. 1, p. 288: “aquellos
engañan a los hom bres y a las m ujeres v ulgarm ente llam adas sorguinas o brujas” (la
trad u cció n del latín es m ía).
241 R esulta tam bién en e x tre m o sugestiva la descripción que Espina hace de los
esp íritu s y dem o nio s que se dedican a acosar a los d u rm ie n te s po r las noches, pues
m uchos de sus trazos distintivos —en particular, la capacidad para ingresar en vi
viendas h erm éticam en te cerradas p o r d e n tro — reap arecerán décadas más tarde en
los ataques n o ctu rn o s atribuidos a las brujas ibéricas; véase Alisa Meyühas Ginio, La
foneresse de la foi. La visión du monde d ’Alonso Je Espina, moiite espaynol (? -l4 6 6 ), París
C erf, 1998, pp. 173-174.
242 H eliodoro C o rd en te M artínez, Brujería y hechicería en el obispado de Cuenca, pp.
23-44.
208
la h ia n A le ja n d ro C a m p a g n e
V (1 9 9 2 ), p. 23.
209
E l u d i o s d e c a s o . D c m o n ü i o u í a c r i i ü a n a v c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el m u n d o i b é r i c o
210
i'u b iá a A le ja n d r o C a m p a g n e
247 Sobre la crisis ele la dem onología radical véase Fabián A lejandro Cam pagne “W itch
craft and the Sense o f the Im possible in Early M odern Spain. Some reflections based
on the L iterature o f S uperstition (c. 1 500-1 800)”, Harvard Thcoloyical Review, 96: 1
(2 0 0 3), p p .25-6 2; Fabián A lejandro C am pagne, Homo Catholicus, Homo Supcrstitiosus,
pp. 522 -5 39 ; ían B ostridge, Wiithcuift and usTrúiiJormatious, c. 1650-c. 1750, O x fo rd ,
C larend on Press, 1997, passim; R om ano Canosa ed Isabella C olonnello, Gli uhimi
21 1
Estudios de caso. Demonología cristiana v cultura Ioikloi ica en el mundo ibérico
roghi. La fíne della caccia alie streghe in Italia, R om a, Sapere 7000, 1983, passim; Roy
P o rter, “W itch craft and Magic in E níigbtm ent, R om antic and Liberal T h o u g h t”, en
Bengt A nkarloo and S tuart C lark (eds.), íVitchcraJt and Magic in Europe: The Eighte-
enth and Nineteemh Centuries, Fílaclellia, U niversity o f Peimsylvam'a Press, 1999, pp.
191-282.
24a l )os ejem plos al resp ecto, e n tre m uchos o tro s posibles, son los casos analizados
p o r Lara S em boloni, “Cacería de brujas en C oahuila, 1748-1751. ‘D e villa en villa,
sin D ios ni Santa M aría’”, Historia Mexicana, 54:2 (2 0 0 4 ), pp. 3 2 5-364, y p o r María
Tausiel, ¿os posesos de ¡osos (1S 12-1814). Brujería y justiciu popular en tiempos de revolución,
Zaragoza, In stitu to Aragonés de A ntropología, 2 002, pp. 29, 126, 142, 144.
' v>José M iguel de B arandiarán, Brujería y brujas en los relatos populares vascos, San Se
bastián, T x e rto a , 1998 (1 9 8 3 ), pp. 34-35. La bastardilla es mía.
212
fü b iú n A lejandro Canipugnc
estigmas de nacim iento .2’0 C o m o las hadas y los espíritus acuáticos de los
bosques, la bruja del relato tam bién aparece asociada con la hilandería.
En 192 1, Barandiarán recoge en Ataun otro cuento de brujas sugerente:
“a una alhóndiga de Vizcaya iban todas las noches dos brujas a b eb er el
sabroso vino de allí. Se metían p o r el agujero de la llave, convertidas en
horm igas”.“5l C o m o la procesión nocturna de las hadas medievales, com o
las brujas acusadas ante la Inquisición toledana, las protagonistas de este
relato visitan.cavas y bodegas, adoptan formas animales y penetran en
lugares cerrados a través de pequeñas aberturas. En Liguinaga, de hecho,
se decía que las belaguileak entran en las casas p o r el m e n o r orificio que
presentan los m uros y p u e rta s .2j2 También es bastante general en el País
Vasco la creencia en que las brujas se reúnen jun to a los arroyos y remansos
que sirven de lavaderos; Barandiarán la detecta en Vizcaya, Guipúzcoa,
Alava, Navarra, Labourd y Soule .2i3 Un relato de 1926, que el informante
había oído de boca de su abuelo, fusiona las figuras de la bruja, el hada
lavandera y el trickster doméstico: “un h o m b re de Bedayo, ( . . . ) al llegar
al lugar en que el camino se cruza con el río, oía el ru ido que el golpear
de la ropa de la colada produce. — ¿Es esta hora de hacer esa labor?, dijo
él. — Si, Maurizio, responde ella. Agarra esta ropa para retorcerla ( . . . ) .
Una cosa negra le ofreció la bruja ( . . . ) . La agarró Maurizio con sus manos
y era un manojo de árgomas con pinchos. — ¡Qué áspera es esta ropa!,
exclamó. — Sí, ¡ja, ja, ja!, dijo ella, y se alejó ” .254También en los relatos
orales aragoneses, recogidos p o r Angel Gari Lacruz a finales de la década
de 1960, aparecen sim ultáneam ente descripciones de reuniones de brujas
y de hadas-lavanderas. En E lT urbón, un dicho ¡ocal resum e la confluencia
entre ambos complejos míticos: “En ElTurbón las brujas extienden la ropa
blanca al sol”. En otros lugares, los to pónim os de brujas y lavanderas apa
recen separados, p ero m uy pró xim os unos de otros. El Castillo de Pega,
213
E st u di os d e c a s o . D e m o i i o l o ^ ' j c ri i sl i an a v c u l t u r a l u l L l ó r i c a wn el m u n d o i b é r i c o
2” Ángel C ari L acruz, “Les sabbats en Aragón d ’aprés les doeum ents et la tradición
ó rale”, pp. 286-288.
2=6 Juan G. A tienza, C u /a J e la s b r u ja s e n E s p a ñ a , B arcelona, A rín, 1986, p. 186.
‘ José M iguel de Barandiarán, B r u je r ía y b r u ja s e n lo s r e la to s p o p u la r e s va sco s , p. 144.
S obre el mal di >:¡<>en el País Vasco véase la síntesis de A ntón E rkoreka, B e g iz k o a .
214
F a b iá n A l e j a n d r o C a m p a c jn c
En Galicia, p o r su p a rte , las meigos rondan el lecho de las p artu rien tas
tom ando diversas form as anim ales: m oscardón, gato, gallina, cabra, ab e
jo rro , araña, pulga. El siguiente es un reíalo oral recogido a com ienzos de
la década de 1970: “al lado de la cama d o n d e estaba dando a luz una m ujer,
apareció una araña. Le p idieron al m édico que la quem ase. Si no, el niño
tendría enferm edad es incurables. El m édico les p reg u n tó si creían que
aquella araña transm itía alguna en ferm ed ad . Le con testaro n que no, que
era a meiga”. El vam pirism o se percibe tam bién en u n o de los apelativos
frecuentes de la bruja local: chuchona, 26' C om o en los tiem pos de antaño,
la bruja de la leyenda gallega co n tem p o rán ea continúa visitando cavas y
bodegas, e in tro du cién d o se en las casas p o r el orificio de la c e rra d u ra .262
Tam bién conserva m uchos de los trazos más arcaicos del com plejo ibérico:
en la aldea de Bealo, en Pontevedra, las maléficas acudían a peinarse y a
lavarse en la fuente Pinseira d u ran te la n oche de San Ju a n .263 D e la amplia
encuesta realizada en el cam po gallego p o r C arm elo LisónTolosana se des
p rende que las meigas “hacen p e rd e r el sen tid o ”, “quitan la salud” y “secan
a los niños”. Tam bién resu lta en e x tre m o sugestivo que se las considere
demonios, “revestidas del d em o n io ”; cuando les m ira una m u je r que tienen
p o r m eiga dicen “víame o demo”, ex p resió n acabada de la simbiosis en tre
folklore tradicional y dem onología ra d ic a l.264 La tradición gallega supone
que será bruja la séptim a o novena hija concebida de m anera consecutiva;
para evitar dicho destin o nefasto, la niña debe ser apadrinada p o r una
de sus herm anas m ayores, y bautizada con alguno de los n o m b res de la
Sagrada Fam ilia.26i
La güaxa asturiana, p o r su p a rte , es una vieja seca y arrugada que suc
ciona la sangre de sus víctim as, especialm ente n iños;266 de allí los versos
del cancionero astur publicados en la década de 1880: “diz q ’anda de noche
p o r to d o el llugar, com en d o los neños que g o rd o s tán ¿Si el m ío la bruxa
261 Carlos Alonso del Real, “La b ru jería en Galicia”, en Brujología, pp. 21, 23-24.
262 Xosé R am ón M arino F erro, La brújala en Galicia, Vigo, N igraT rca, 2006, pp. 67,
146-147.
26i Juan G. Atienza, Guía Je las brujas en España, p. 40.
264 C arm elo Lisón Tolosana, Las brujas en ¡a historia Je España, p. 317.
Xosé R am ón M ariño F erro, La brujería en Galicia, p. 53.
266 M iguel I. A rríela G allastegui, G anes/seres mágicos Je 1a mitología Je Asturias, Gijón,
Trea, 1995, p. 168.
215
Estudios ile caso. Demonolouia cristiana y cultura folklórica en el inundo ibérico
267 C arlos R ico-A vello, “La b ru jería en A sturias”, pp. 129-1 30.
“ s Elviro M artín ez, Brujería asturiana, L eón, E ditorial E verest, 1987, pp. 25 y ss.
}°9 Juan G. A tienza, Guía Je las brujas en España, p. 57.
270 Julio C aro Baroja, Las brujasy su inundo, M adrid, Alianza, 1990 (1961), p. 290.
2,1 Ibid., p. 288. La bastardilla es mía.
2/2 C ésar M o ran , “N otas folklóricas leonesas”, Revista de Dialectología y Tradiciones
Populares, 4:1 (1 9 4 8 ), pp. 72-73.
271 C o n stan tin o Cabal, La mitología asturiana. El sacerdocio del diablo, M adrid, D ipu
tación de A sturias, 1928, pp. 72-7 3 ; J. M. Fernández-Pajares, Del Folklore Je Pajares,
O v ied o , Real In stitu to de Estudios A sturianos, 1984, pp. 68-69; Elviro M artínez,
Brujería asturiana, p. 87.
2,4 F rancisco Rúa A ller y M anuel Rubio G ago, La piedra celeste: creencias populares
leonesas, León, D ip u tación Provincial, 1986, p. 170.
216
¡ a b iá n A l e jd u dt o Citmpdijnc
“en verano, al recoger la paja, a veces las brujas la echaban para atrás”; en
Saacelle, “p or las noches entraban po r el hu m e ro de la casa y el agujero de
la p u e rta ”. Para evitar este ultimo contratiem po, en Masueco de la Ribera
se tapaban po r la noche estos oriticios con cruces y e s c a p u l a r i o s . E n
Cataluña, po r otra parte, ¡os amuletos de hierro m antienen alejadas a las
brujas, al igual que ocu rre con las hadas v otros demonios no cturno s de
la mitología popular e u ro p e a . ’ '6 En Asturias valen a este efecto casi todos
los instrum entos de hierro, el ajo y las hojas de r u d a .2'7
Por último, Vicente Risco recoge en su descripción de las procesiones
de m u e rto s en el noroeste peninsular un relato p ro ce d e n te de Lugo, en
el cual detec tam os un detalle inquietante: la bruja que cierra la p ro ce
sión no cturn a es coja.2" D e allí tam bién el dicho gallego: “nunca falta un
cojo en una C om paña ” .2'9 La cojera, al igual que el monosandalismo y
las extremidades zoomorfas, caracterizan en el relato mítico a los héroes
dotados de la facultad de viajar hasta el m u n d o de los m u erto s y re to rn a r
a voluntad, expresión estilizada de los inconmensurables poderes de las
técnicas arcaicas del éxtasis.2S0También caracterizan, de un ex trem o al otro
de Europa, a las más diversas variantes locales de la inagotable mitología
del Doble,2SI
pp. 144 y ss.; Francois D elpech, “C am ino del infierno tan to anda el cojo com o el
viento. M onosandalism e et m agie d ’am our” , en J. P. D uviols y A. M olinié-B ertrand
(eds.), E n fe rs e t d a n m a tio n s d a n s le m o n d e h i s p a n iq u e et h is p a n o a m é r ic a in , París PUF
1996, pp. 175-191; C arlos G inzburg, H i s to r i a n o c tu r n a , pp. 173 y ss.
251 Tal es el caso de m uchas variantes del c h ild - k illin g d em o n (D iane Purkíss A t tb e
217
Estudios tle caso. Demonología cristiana v cultura íolklórica en el mundo ibérico
“T h e Ladies írom O u tsid e”, p. 2 0 2 ), tle las hadas alpinas (Alice jo isten e t Christian
Abry, Etres f ¡mastiques Jes Alpes, p. 26), tle las nereidas y otras exotihá griegas (C har
les Stexvart, Demons and ibc Devil, pp. 166 y 1S 1), de las hadas v duendes pirenaicos
(O liv ier de M arliave e t jeart-C laude Pertu/.é, Pontliéon pyrénéen, pp. 90 y 152), de ios
Jips, p e rro s vam piros de !a m itología catalana (M anuel M artín Sánchez, Seres milicos
y personajes fantásticos españoles, p. 4 2 9 ), de la Lilitu súm era (Jeltrey B urton Russell,
7 he Devil, p. 93) y d e la Reina de Saba, según la tradición m usulm ana (M aríaTatisiet,
“Avalares del Mal: el diablo en las bru jas”, en M aríaT ausiet y jam es Am elang (eds.),
El diablo en la EJciJ Moderna, pp. 5 9-60).
J. C o rom in as, Diccionario critico eíiinolóijico, ro l. 1, pp. 530-531.
■
>!,i Jean Francois Le N ail, “P rocédures co n tre des sorcieres de Seix en 1562”, Bullctin
de la société ariéc¡eoise, 31 (1 9 7 6 ), pp. 1 8 6 ,2 0 1 .
218
Fühii.u¡ Alejandro Cainpdijiic
219
Estudios de caso. Deiiiunoluoia cristiana y cultura iolklói ica en tí! mundu ibérico
220
lü b 'iá ii A l c j u n d i o tiiia p a yn c
*91 jean -P ierre Pinies, Figure* de la sorcellciie lúucjueJucieime, pp. 40 y 94-95: “podía
en trar en las casas a través de las ventanas y de las p u ertas cerradas”; “una tarde,
yo estaba acostada ju n to a m i herm ana, cuando escuché un ru id o en la escalera, y
luego alguien que subía. D e rep en te, mi herm ana sintió una m ano sobre su pecho, y
oyó que alguien le hablaba falseando su voz. Yo lo reconocí y dije, ¡es la F um ée!” (la
traducción del francés es m ía).
w í b i d pp. 87 y ss.
Ibid., p. 139: “vio una en o rm e araña descen d er de la chim enea y dirigirse hacia la
habitación de la arren dataria. {El huésped] lanzó su sable y golpeó a la araña, a rra n
cándole una pata” (la traducción del francés es m ía).
' y4 Ibid., p. 42: “de una persona que cojea se dice: m ira, cam ina com o b ru jo ”; “cada
vez que m i p ob re m ad re veía a un cojo decía: ahí tienes, ahí va uno [un b rujo)” (las
traducciones del francés son m ías).
221
E st u di os d e caso. D e m o n o l u o í j cri íaiuna . c u l t u r a f o l k l ó r i c a en el m u n d o ib é r ic o
es de alguna form a su alter ego\ y es así que los golpes dados al anim al o
al o b jeto -b ru jo , se im p rim en sobre el p ro p io c u erp o del ag reso r.21’1’ El
siguiente relato , recogido en 1962, sintetiza el accionar de los brujos en
la localidad de Fressiniéres, en el d e p a rta m en to francés de Haut-Alpes, en
el antiguo D elfinado: “le sorcier icnaic serrer Ies gens dans leur lii. II entrait dans
la maison par le chatiére, sous laJarme d ’un chut. On Vemendan monter au has du
¡it; ca roulak comme un panier, ca moniail sur la poitrine et ca vous serrait a ne
pas pouvoir respire" .299 En to d o m enos en el n o m b re, este sorcier-cauchemar
de los Alpes occidentales recu erd a el accionar de la bréish languedociana,
de las brouches gasconas, de la broxa aragonesa, de la bruxa lusitana, de la
xorguina vasca. D etrás de cada una de estas figuras m íticas detectam o s la
presencia de un antepasado co m ú n , el m aléfico acosador n o c tu rn o , el
espíritu infanticida y pesadillesco del tip o mahr, una figura universal de la
prim itiva m itología p an eu ro p ea, un avalar paradigm ático de la m itología
del Doble de la cual la bruja pirenaica no sería sino un exitoso y perd u rab le
avatar regional.
2,“ Alice jo iste n e t C hristian Abry, Étresfantastiques Jes Alpes, pp. 129-130.
293 IbiJ., p. ! 43: “el b ru jo iba a aplastar a las personas en .sus lechos. E ntraba en las casas
po r la gatera, bajo la form a de un gato. Lo oíam os instalarse debajo de la cam a; luego
giraba com o una canasta, se te subía sobre e! pecho, y presionaba hasta im p ed irte
respirar” (la trad u cció n dei francés es m ía).
CAPÍTULO 3
Santa Catalina el saludador. y
Autopsia de un complejo mítico ibérico
1 Sobre esta cuestión véase Fabián A lejandro C ainpagne, Homo Caiholicus, Homo
Superstitiosus. El discurso aniisupcrsiicioso en la España de los siglos X V a XV11I, M adrid,
Miño y Dáviia, 2002, pp. 37-133.
22 5
Estudios de caso. Demonolooía cristiana v cultura folklórica en ci mundo ibérico
2 Juan T orres Fontes, “El saludador”, en Homenaje a José Ballcstcr, M urcia, Hijos de
A n tonio Z am o ra, 19 7 2 , pp. 131-138; M aría dei C arm en Z am ora Z am ora “Aprove
cham ientos forestales en la com arca del cam po de C artagena (luí ante la Edad M edia”,
Scripta Nova. Revista Electrónica de G eo g rfía y Ciencias Sociales, ! 3 (1997).
3 Véase M artín P érez, Libro de ¡as confesiones. Una radiografía de ¡a sociedad medieval
española, edición crítica, in troducción y notas p o r A ntonio G arcía y G arcía et alii,
M ad rid , Biblioteca de A utores C ristianos, 2002.
4Véase P edro M . C átedra, Sermón,sociedad y literatura en la Edad Media. SanVicente ferrer
en Castilla (1 4 1 1 -1 4 1 2 ), Salam anca, Junta de Castilla y León, 1994.
1 Los tres te x to s son el Tractado de caso y fortuna, el Tractado del dormir ¿^despertar
del sonar, y el Tractado de la divinaca e sus especies. D os ediciones m o d ern as reproducen
los tratad o s en con ju nto: Textos y Concordancias del Tratado de adivinanza y de magia,
edición sem ipaleográiica en m ícroiichas a cargo de María Isabel M ontova,T he Hís
panle Sem inary o f M edieval Studies, M adison, 1994; Fernando Alvarez L ó p e z ,Irte
mágica y hechicería medieval.Trcs tratados de magia en la corte de Juan //,V alladolid, D ipu
tación Provincial de Valladolid, 2000. Lina tercera edición repro d u ce únicam ente el
Trattado de la di¡ inanca: Palom a C uenca M uñoz, El Tractado de la Dívinanca de Lope Je
Barríanos. La magia medieval en la visión de un obispo de Cuenca, C uenca, Ayuntam iento
de C uenca, 1994.
6 R elirién d o se a los saludadores, M artí G elab ertó sostuvo recien tem en te que “desde
la Edad M edia se tien e conocim iento de la existencia de estos individuos”. Sin em bar
go, n o ap o rta evidencia bibliográfica ni docum ental alguna para so sten er sem ejante
afi rm acíó n ; ctr. M artí G e lab ertó , La palabra del predicador. Contraerform a y superstición
en Cataluña (siglos X Vll-X VW ), Lleida, M ilenio, 2005, p. 281.
Fabián Alejandro Catnpa^nc
' En E uropa, el com plejo m ágico-religioso más cercano al de los saludadores ibéricos
parece h ab er sido el culto de San H u b erto , un santo nacido en las cercanías de Lieja
a m ediados clel siglo Vil. Los fam iliares de San H u b e rto se decían dotados del p o d er
de sanar o p revenir la rabia con sólo locar a las personas. Sin em bargo, parecen haber
carecido de los restan tes trazos característicos de los saludadores ibéricos; véase al
respecto H enri G aidoz, La rage el Saint-Hnbert, París, Picard, 1S87; M arc Bloch, Les
rois thaumalurges, Strasbourg, Publications de la Faculté des L ettres de Strasbourg,
1924 (cito p o r la edición en castellano: Los reyes taumaturgos, traducción de M arcos
Lara, M éxico, FCE, 1988, pp. 167, 348-350).
5 Citado p o r j. M . Diez B orque, La sociedad española y los viajeros del siglo XVII, M adrid,
Sociedad G eneral Española de Librería S .A ., 1975, p. 159.
' Fray Benito G eró n im o Feyjoó y M on ten eg ro , Teatro Critico Universal o Discursos
varios en todo genero de materias, para desengaño de errores comunes, M adrid, 1777, tom o
111, pp. 4-5.
10 Luis Sánchez G ranjel, “A spectos m édicos de la litera tu ra antísuperstíciosa espa
ñola de los siglos XVI y XVII”, en Humanismo y Medicina, Salam anca, Universidad de
Salamanca, 1968, p. 66.
227
e l u d i o s (le c a s o . D e m o n o l o y j a c r i s t i a n a v c u l t u r a i u l k h a ica > n el i n u n d o i b é r i c o
1. Los s a l u d a d o r e s : s a n a d o r e s c a r i s m á t i c o s e n s u e l o
ib érico
"A lg u n o s am ores dan 1SO 1 com o fccha de edición: S tuart Clark, Tlúiikiiy niih Demora:
7he Uea oj¡Vitchcrfi in Early Modern Europe, O x fo rd : C larendon Press, 1997, p. 49S;
y yo m ism o, siguiendo a C lark: Fabián A lejandro C am paone, Humo Cacholicus, Homo
Supemiiíosus, p. 32. Lou Arm Honrza considera, sin em bargo, que la fecha correcta es
1 S 14, y que la confusión surge p o r un tratado de títu lo similar, Arte para bien confesar,
p ublicado p o r un an ó nim o m onje jeró n im o poco después de 1500: Lou Ann Hom za,
ReligiousAuthoriiy in che SpaniJi Renaissance, B altim ore,T he John Llopkins University
Press, 2000, p. 152.
12 P edro C iru elo , Arle de bien conjasar, assi para el eonjessor como para el paútem e, Sevilla,
1 548; fol. xvii v.
228
l a b i á u A l c j j n J i ü í iihí i ihc
229
Estudios de caso. D em onolouú cristiana y cultura lulklórica en el mundo ibérico
agua o azeyte hiruiendo. O tro s miden a pies descalzos vna barra de hierro
a rd i e n d o ... O tro s en tran en un h o rn o encendido y fu erte”. 1’
R e s u lta evidente que no estamos en presencia de empíricos o ensalmado
res corrientes. De la relación de la Reprobación de Ciruelo extraemos algunos
otros datos destacados. N o sólo curaban enferm os; también saludaban a
ho m b res y animales con carácter preventivo. Diseñaron algunas prácticas
cuasi-sacramentales, que los transfo rm aron en agentes activos de una h e
terodoxa paraliturgia vernácula, en com petencia directa con los agentes
de la religión oficial: “saludan el pan y lo mandan guardar p o r reliquias:
con mas deuocion que el pan ben dito de los sacerdotes de la yglesia en los
do m ingos”. 16 Finalmente, C iruelo deja en te n d e r que en muchas diócesis y
concejos los saludadores actuaban librem ente, con el co nsentim iento de las
autoridades civiles y eclesiásticas: “todos los perlados y juezes que perm iten
en sus diócesis que anten estos públicos saludadores, pecan m o rta lm e n te
si n o los castigan y echan de la tierra” . 17
C iruelo no fue el p r i m e r rep ro b a d o r de supersticiones en dedicar un
capítulo co m p leto al fenóm eno de los saludadores. Lo mismo había hecho,
un par de años antes, el franciscano Martín de Castañega en su Tratado de
las supersticiones y hechicerías (L ogroño, 1 529). Su descripción, sin e m b a r
go, resulta ex tr e m a d a m e n te p o b re desde el p u n to de vista etnográfico.Ib
El interés excluyente de Castañega era de m o stra r el carácter lícito del
accionar de los saludadores, que atribuía a virtudes naturales ocultas en
su aliento o saliva, d escartando tod o o rd en de causalidad sobrenatural o
pretern atu ra l. D e hecho, C iruelo y Castañega inauguran dos vertientes
opuestas de la teología m o ral española: la de los detractores y la de los
defensores de esta peculiar estirpe de sanadores carismáticos.19
230
¡ a b ij n A le ja tid iJ C a m p a g n e
23 1
Estudios do caso, i Kinonoio^ía cristiana v cultura íulklorica en el inundo ibérico
que este rasgo espectacular tuvo un carácter netam ente coyuntural (duró
poco tiem po —tíñales de) siglo XVI, comienzos del siglo XVII— y afectó
p articularm ente a los saludadores del Levante peninsular) contribuyó a
in crem entar de manera exponencial el prestigio e influencia locales de esta
peculiar estirpe de taumaturgos rurales. La inmunidad a las heridas era
otro de los rasgos novedosos subrayados por Navarro: algunos saludadores
se decían capaces de doblar c om o un arco la hoja de una espacia, apoyando
la punta sobre el pecho y la em p uñ adu ra contra la p a r e d .’’
Sin embargo, el ejemplo más acabado de la extraordinaria plasticidad
del m ito del saludador, de su infinita capacidad para in corpo rar trazos
ajenos a su leyenda, es su asociación tardía con la expulsión de demonios
v el exorcism o popular. En 16S3, el tiscal del arzobispado de Zaragoza
denuncia ante la Inquisición al saludador Pablo Borao. Se lo acusaba de
exorcizar mujeres aún cuando nunca había sido consagrado sacerdote ni
recibido las órdenes menores. Borao intentó neutralizar los cargos alu
diendo a su protunda piedad personal: se confesaba y comulgaba todos los
días, y curaba p o r medio de la oración mental que practicaba ju n to con los
posesos. También afirmaba haber visto a la Virgen ¡María —”se le apareció
ahuyentando los dem onios”—, a muchos santos v ángeles, y a las almas del
P urgatorio.26 P ronto confesó el origen de sus poderes sanadores: “se ja c
taba tenía un Christo en el paladar, en la mano derecha la rueda de Santa
Cathalina y en la espalda un quadro figurando la SantissimaTrinidad com o
la pintan, dizenlo dieziocho testigos”. ’7 Sostenía que su saliva tenía virtud
para cu rar toda clase de enferm edades, v por ello solía trazar cruces con
la lengua sobre el vientre de las mujeres afectadas p or maleficios. Borao
atribuía poderes similares al semen y a la orina, según un patrón arcaico
que confería a los fluidos corporales la virtud de transmitir la gracia que
habitaba el c uerp o del taum atu rgo .2'’ En prisión confesó que muchas de
las fórmulas contra los demonios que incluía en las filacterias que coníec-
’ I b id ., fol. 93 r.
' María Tausiet, A b r a c a d a b r a O r u n ip o te n s . M a g ia u r b a n a en Z a r a g o z a e n la E d a d M o d e r n a ,
233
kstudios de caso. Demonología cristiana v cultura folklórica en el mundo ibérico
29 lbid., p. 163.
30 A id., p. 149.
31 Fray B enito G eró n im o Feijóo y M o n te n eg ro , Teatro Critico Universal, p. 1
í2 lbid., p. 9
' ‘YVikü ir: M olero, Magic et sorccIlcric en Espayne au siecle des Luinícrcs, I 700-1 820, París,
L’F iarm attan , 2 0 06 , p. 141.
234
Fabián A le ja n d r o C a n ip a yn e
235
LsUkiio.> cío caso. Dcmonulutua cn>u.ui.i v cultura loikiúrica en el mundo ibérico
39 Ibid., p. 142.
40 Sebastián Cirac Estopiñán, Los procesos de hechicerías en la Inquisición de Castilla la
Nueva (Tribunales deToledo y Cuenca), M adrid, CSIC, 1942, p. 63.
41 Ibid., p. 244.
237
Lsludios de caso. Demonolouia cristiana v cultura iulklórica en ei niumlu ibérico
a los seres humanos. El procedim iento que empleaban también tenía rasgos
particulares. A diferencia de los saludadores españoles, que otorgaban a
la saliva un papel destacado en los rituales curativos, sus colegas lusitanos
bendecían agua con sal e hisopeaban al ganado con una rama de laurel.4’
El té r m in o saludador no era el único e m pleado en Portugal para referirse
a estos taum aturgos campesinos. También se los denominaba ben¿cJe¡tos'i
o hemos.4'' D esde finales del siglo XVII se generaliza en to do el país el uso
del vocablo curandeiro, que en el habla co m ún comienza a desplazar al
té r m in o más arcaico de saludador; la práctica inquisitorial, sin embargo,
continuó siem pre estableciendo un matiz diferencial entre ambas palabras,
reserv and o la expresión saludador para aquellos que afirmaban curar por
un d on divino adquirido desde la cu na.45
La originalidad del saludador p o rtug ués n o se agota en las especilici-
dades lingüísticas. D esde el siglo XVI se especializó en la identificación de
Jctticeitasy en la neutralización de maleficia. Con frecuencia atribuía el o ri
gen de las enfermedades misteriosas al espíritu de los muertos. Pedro Anes,
saludador del té rm in o de Sousel, diagnosticó la dolencia que aquejaba a una
niña r e cu rrien d o a u n recipiente de agua con sal, que él m ism o bendijo por
medio de soplidos y d e la señal de la cruz. Gracias al ritual descubrió que la
causa de la enfe rm ed ad era el alma de la m a d re de la pequeña, enfurecida
con el resto de la familia que se negaba a cum plir un voto religioso que
la m u jer había form u lad o cuando todavía vivía.46 Los benzedeiros lusitanos
dem ostrab an una capacidad de contacto con el m u n d o de los espíritus de
que carecían sus colegas españoles. C onfirm a esta presunción el hecho de
que m uch os saludadores vernáculos diagnosticaran las enferm edades y
prescribieran los tratam ientos p o r m edio de la interpretación de los sueños.
47 ;tici.,p. 62
4S Ibid., pp. 139-140.
49 ibid., p. 140.
50 José P edro Paiva, Pláticas e cíenlas maricas, pp. 202-203.
51T ím othy D. W alker, Doctors, Folk Medicine and ibe Inquisition, pp. 357-358.
239
E st u di os d e caso. D e m o n o l o s n a c ris tia na v c u l t u r a f o l k l ó r i c a en el m u n d u ib é r i c o
240
h ilsiú n A le ja n d ro C dinjjaqnc
241
E^LutliuS <Jc caso. Demonolo^ia cristiana v cultura lolklorica en el mundo ibérico
62 Ibid., p. 360.
63 Eugenio O lavarría y D u arte, “Supersticiones españolas de m edicina popular”, en
G eorge W illiam Black, Medicina popular, Barcelona, Alta Fulla, 1982 (1 8 8 9 ), pp.
330-331.
64 En el siglo XVII, los prop ag an d istas de la m o n arq u ía in te n ta ro n e x p lo ta r la
circunstancia d e que el rey Felipe IV hu b iera nacido un V iernes Santo, tratan d o
243
E st u d io s (le cas o. D c m o n o l o o i ' j cris tia na v c u l t u r a i o lk lo r ic a en el m u n d o ib é r ic o
de fo rtalece r con ello el carism a real; véase A ndrew W. K eitl, Inieniing ihc SacreJ:
Impostare, ¡nquisiiion and ihc Boundaries oj che Supei natural in Golden Age Spain, Leiden,
Brill, 2 00 5, p. 4 2 . Según la leyenda, p o r h ab er nacido en dicho día Felipe IV podía
ver a los asesinados tal com o estaban en el m o m e n to de su m u e rte ; p o r eso, para
esquivar tales visiones que le habían asaltado en su juventud solía cam inar erguido y
con los ojos o rien tad o s hacia el cielo; véase Elviro M artínez, Brujería asturiana, León,
E verest, 1987, p. 141.
C itado p o r jesús Callejo y José A ntonio íniesta, Testigos del piodigio. 'Poderes ocultos
y oficios insólitos, M adrid, Anaya, 2 001, pp. 4 4 -4 6 .
244
L a b i á n . ! l e j a n d r o C an uK U jnc
lim eño condenó a varios sanadores carism áticos que portaban cruces en
el pecho y en el cielo de la b o ca .66 La inquisición novohispana supo ser aún
más im placable: en 1659 fue ejecutado en M éxico el saludador Francisco
López de A ponte, especializado en la cura de dolencias oftalm ológicas.
Solía acercar a su boca el hisopillo con el que limpiaba los ojos de sus
pacientes, pues en su vaho residía la v irtu d sanadora. También se decía
zahori, y se atribuía el p o d er de le e r los pensam ientos ajenos.e/ En el siglo
XVIÍI la leyenda del saludador era bien conocida en elT ucum án colonial.
D urante el proceso p or hechicería que el cabildo de Santiago del Estero
le si^ue en 1761 al zam bo M arcos A zuela, el juez quiso saber qué virtud
tenía el acusado en el aliento y en el ta c to ;68 el com plejo m ítico aparece de
m anera explícita en el alegato del abobado de A zuela, cuya estrategia era
asim ilar las prácticas de su defendido a la gracia gratis data que se atribuía
a los saludadores españoles:
ha esto tam bién se agreda y p arece m u y del caso qu e los saludadores del
R evno de España con el aliento co n ten id o en su soplo m atan al anim al mas
ro b u sto que padece m as de ravia y lo m ism o a q ualquier p erzo n a razional
liziado d e este achaque, ( . . . ) llegando a tan to mi virtud qe. con un soplo
o p o n ien d o las m anos enzim a apagan una varra de fierro acavado de salir
d e la {ragua y aun viendo esta y o tras p ru eb as qe. p arecen im posibles no
se les em baraza y p o r se r nazidos con esa g racia.6y
66 jo sé T o rib io M edina, Historia del Tribunal del Santo Oficio de la Inquisición de Lima,
Santiago de Chile, 1887, p. 389.
6/A ntonio G arcía-M olina R iq u elm e,“El A uto de Fe de M éxico de 1659; el saludador
loco, López de A ponte”, R aista de la Inquisición, 3 ( I 994), p. 185.
Judilh F arberm an, Las salamancas de Lorenza. Magia, hechicería y curandciismo en el
Tucumán colonial, Buenos A ires, Siglo XXI, 2005, p. 222.
69 Archivo General de la Provincia de Santiago del Estero, Tribunales, leg. 1 3, exp. 1052
(1761), fol. 188-189 (foliación privada). A gradezco a mi colega Judith Farberm an
su Generosidad para c o m p artir conm igo este d o cu m en to inédito.
70 José Pedro Barran, Medicina y sociedad en el Uruguay del Novecientos, M ontevideo,
Ediciones de la Banda O rien tal, 1994, to m o í, p. 34.
245
tslm liüs lie caso. Dem oiiolo¿ja cristiana y eukura tolUórica cu el mundo ibérico
246
l'ü b íá n A le ja n d r o C a m p a g n e
C ham an es y s a lu d a d o r e s
71Véase Eva Pócs, “Possession P henom ena, Possession-System s: Som e E ast-C entral
E uropean Exam ples”, in G ábor Klaniczay and Eva Pócs (ed s.), Communication ¡riih the
Spirits, B udapest, C en tral E uropean U niversity Press, 2 005, p. 132.
70 G loria Flahertv, Shamanism and the Eíghieemh Century, P rin c eto n , P rinceton U ni
versity Press, 1992, pp. 21-42; Vilm os Voigt, “Shaman: P erson o r W o rd ”, in Mihaly
H oppál (ecf), Shomanimi in Eurasia, G otinga, H ero d o t, 1984, p. 14.
77 Ronald H u tto n , Shamans: Siberiun Spiriiuality and chsWestern Imaginación, Londres,
H am bledon and L ondon, 2001, pp. 30-32.
247
E s t u d i o s d e c a s o . Í X - m o n o l o i n a c r i s t i a n a v c u l t u r a U d k k a ica c u e l m u n d o i b é r i c o
1 170-1 190, y describ e cerem onias que los m ercaderes noruegos habrían
observado d u ran te sus contactos con aq u ello s . '5
El cham anism o ingresa de m anera definitiva en el m undo académ ico
occidental con el legendario estu d io de M ircea Eliade, Le U iam anism e et
les lechniques A rchaiques Je I ’E xtase (P aris, 19S1). Eií elec to , siguiendo las
huellas de ios trabajos pioneros deW aclav Sieroszewski, VValdemar Bogoras,
VValdemar Jochelson, y S. M. Shirokogoroff, e n tre o tro s, el h istoriador r u
m ano sentc> las bases de un m odelo que, en las décadas siguientes, alcanzaría
un éxito e x tra o rd in a rio '1'’. Según Eliade, “una p rim era dcÜnición de tan
com plejo fenóm eno, y quizás la m enos aventurada, sería ésta: cham anism o
es la técnica del éxtasis”.5” El cham án es el especialista en una clase p a rti
cular de tran ce, d u ran te el cual su alm a abandona el cu erp o para ascender
al cielo o d escen d er al infiern o , para e n tra r en con tacto con las grandes
divinidades cósm icas, con n ú m en es in term ed io s o con los espíritus de los
m u erto s. D u ran te sus viajes en espíritu se dedica a cap tu rar y devolver
el alm a sustraída de los cu erp o s en ferm o s, a guiar a los m u erto s hacia su
m orada definitiva, v a ad q u irir conocim ien to s ocultos. Para realizar estas
travesías extáticas, el alm a del cham án asum e con frecuencia características
teriom órficas. La vocación del fu tu ro cham án se declara p o r m edio de
una en ferm ed ad iniciáticá, y la p rim e ra serie de viajes extáticos incluye
siem pre instancias de d e sm em b ra m ien to y resu rrecció n del cu erp o del
asp iran te.Sl En toda la inm ensa área que co m p ren d e el c en tro y el n o rte
de Asia, la vida m ágico-religiosa de la sociedad gira alred ed o r del chamán
—aunque tam b ién se observan fenóm enos sim ilares, típicam ente chamá-
nicos, en A m érica, Indonesia y O cean ía .S2 En su ma¡jnui¡¡ opus , Eliade se
248
esfuerza p or señalar las diferencias entre el chamán v el poseso: el prim ero
domina sus espíritus, sin transformarse nunca en su in strum ento; aunque
se encuentran chamanes verdaderam ente poseídos, éstos co n siitu \en , en
realidad, excepciones aberrantes.
Aun cuando sus parám etros continúan vioentes en diversos ámbitos
académicos, el m odelo de Eliade no ha dejado de suscitar críticas en las
últimas d é c a d a s . A n t r o p ó l o g o s e historiadores —tales c om o Michae!
Taussitf, Cristiano Grottanelli, Michel Perrin, Carolina Humphrev, Florike
Egrnond, Peter Masón y Midiólas Saunders, éntre otros— han llamado
la atención sobre los peligros que entraña la reificación de categorías, la
naturalización de constructos teóricos que term inan incorporados en una
¡ingua franca cu vos vocablos pierden con el tiem po toda especificidad, y en
consecuencia, su capacidad inicial para dar cuenta de la diversidad de las
culturas lo c a l e s /3 Una de las críticas más agudas del m odelo de Eliade ha
23
Las escuelas antropológicas sudam ericanas se encuentran en tre las m ás reacias a
revisar los postulados del m odelo de Eliade; cfr. Ana M. Llamazares, “A rte cham án ico:
visiones del universo”, en Ana Alaría Llamazares v C arlos M artínez Sarasoía (eds.),
El lenguaje Je los dioses. Arte, chamanismo v cusmovisión indígena en Sudamet¡ca, Buenos
Aires, Bihlos, 2004, p. 81; Judith F arberm an, Las salamant.as de Lorenza, pp. 239-243;
José Antonio Pérez G'ollán e Incs G ordilIo,“Vilca U turuncu. Hacia una arquoloaía del
uso de aiucinógenus en las sociedades prehispánicas de los Andes del Sur”, Cuicuilco,
1:1 (1994), pp . 9 9-140.
Para M ichaelTaussig la “m igración del alm a” se ha transform ado en un m ero este
reotipo y el “cham anism o” en “r/it’í Idiíeni projcLiion oj a Siberian ñame” (MichaelTaussig,
Shamanism, Colonialism and theW’ild Man: a Sutdy inTcrror and Healiny, Chicago, C hícalo
U niversity Press, 1987, p .4 4 8 ). Para el equipo de especialistas italianos liderados po r
Cristiano G rottanelli el cham anism o es, al i^ual que el to tem ism o , c-1 fetichism o, o
el anim ism o, una ¡m ención, o m ejo r aún, una construcción de los antropólogos v de
los historiadores de la religión (C ristiano G rottanelli, Pie tro C lem ente, Fahio Dei v
Alessandro Sim onicca, “Discussione su ‘Storia n o ttu rn a ’”, (hiademi di Storia, 17:34
| ! 9 9 1 1, p. 106). Según M ichel P errin , las diversas definiciones de cham anism o no
hacen más que com binar una serie de térm in o s im precisos extraídos de la psicología
-tra n c e , éxtasis, estado psíquico ex trao rd in ario — y de la historia de las religiones
-carism a, p ro íétism o, m istic ism o - con elem entos arb itrariam en te arrancados de su
contexto sociocultural específico (M ichel P errin , Les praticiens du ¡ere: un exemple de
chumanisme, Paris, PUF, 1992, pp. 103-104). Para C aroiine H um phrev, “shamanism
is not one ihing, but many” (C aroiine H um phrev, “Shamanic Prácticos and the State in
249
Estudios de caso. Demunolooía cristiana y cultura folklórica en o! mumlo ibérico
sido form ulada p o r el h isto riad o r b ritán ico R onald H u tto n . La cuidadosa
de-construcción de la categoría ensayada p o r H u tto n p rete n d e restitu ir a
la noción de cham anism o su especificidad h istórico-ctnográfica. Para ello
pro p o n e una nueva definición del fenóm eno, estru ctu rad a en to rn o a tres
com po nentes esenciales: a) los cham anes han sido a je n ie s especializados en
la com unicación con el m undo de los espíritus; sólo en algunas ocasiones
dichos conta'ctos podían re q u e rir el viaje del alm a y las travesías en éx ta
sis; de h echo, ninguna evidencia confirm a que los estados de conciencia
alterada tuvieran lugar siem p re o se los considerara im prescindibles para
lo g rar la com unicación en cuestión; b) el contacto con el m undo espiritual
se lograba d u ran te pafonnanccs públicas de alto conten id o dram ático y las
cerem onias tenían lu aar ante la vista de n u m ero so publico asistente; c) el
objetivo de la com unicación con los espíritus tenía un carácter em in en
te m e n te práctico y el p o d e r del cham án siem pre estaba al servicio de la
co m u n id ad .86
D esde que C ario G inzburg publicara / benandanti (1966) y Storia noi-
[urna (1 9 8 6 ), la histo ria académ ica se ha visto seducida p o r el m odelo
cham ánico, ignorando m uchas de las críticas antes m encionadas.by Diversos
N o rth e rn Asia”, in N icholasThom as and Carolinc H um phrcv (cd .), Shamanism, Hisiory
and ihe State, Ann A rbor, LIniversity o f M ichigan Press, 1994, p. 20$); a los cham anes
rara m e n te se los veía com o una categoría, sino que se los recordaba com o indivi
duos (C aro lin e M um phrey and Llrgunoe O n o n , Shamans and Elders, O x fo rd , O xford
LIniversity Press, 1996, p. 1 8 3 ).Tras p reguntarse hasta qué p u nto se justifica hacer
referen cia a “soineihincj called sham anim ”, Florike Egm ond y P eter Masón responden:
uvery simply, the exisLiny ethno^raphital literaiuie can produce an excepiion to any universal
definitiva ojit.There may be certain clemcnis in ihese construets that can bejound with striking
rCijuLuiiy a11 over [he uorld” (Florike E am ond and P eter M asón, The Mainmath and ihe
Mottse: Microhisiory and Morpholosy, B altim ore, T h e John H opkins LIniversity Press,
i 997 , p. 69). Para N icholas S aunders, el cham anism o ha d em o strad o ber una camisa
de íuerza en la in tep retació n del a rte o cultura m aterial prehistóricas, originada en
la confianza acrítica d epositada en la actividad cham ánica com o categoría explicativa
om niabarcadora (N icholas S aunders, “La ‘estética del b rillo ’: cham anism o, p o d er y
a rte de la analogía”, en Ana M aría Llamazares y C arlos M artínez Sarasola [eds.], TI
lenguaje de los dioses, p. 1 35).
R onald H u tto n , Shainans: Siberian Spirituahiy and [he Western hnuijinaiion, p. 110.
S7 Los datos de las ediciones originales son los siguientes: C ario G inzburg, 1 Benandanti.
Slreyoneña e cuhi acjrari tro ciiuptecemo e seicenio,Turín, Einaudi, 1966; Storia Noiturna.
Una decifnuione del Sabba, T urín, Einaudi, 1986.
250
F d b ü n A leja n d o .) C d ia p u g n c
ss Jcan-M ichel Sallm ann, K’aples ct ses saiius a l ’age baroque, París, PUF, 1994, p. 374;
David G en tilco re, From Bishop ro ¡ Vicch: The Syscem of che Sacred in Early Modern Terra
d ’Otranto, M anchester, M anchestcr U niversity P ress, 1992, pp. 171-172; Lucetta
Scaraíiia, La suma degli impús^'tbili.Viiendc e significad del la dciuziunc a Sania Rica,Torino,
R osem berg & Seliicrs, 1990, pp. 84-87; Jean-M ichel S allm ann,“image el fonction du
saint <lans la reg ión de N aples á ia iin du XV lllc siécle”, Mélanges de 1’Ecole Francaise
de R om e, 9 1;2 (1 9 7 9 ), p. 864.
59 Pcter Burke, “Rituals o f Healino in Early M o d era italy”, in P eter Burke, The Flistorical
Anclaopology of Early Modern hahE ssays on Peicepdon and Communitadon, C am bridge,
C am bridge U niversity Press, 1994 (1 9 8 7 ), pp. 219-220.
90 ChristaTuczay, Magie und Aíagier im Miccelalcer, M ünchen, D eutscherT aschenbuch
Verlag, 2003 (cito p o r la edición italiana: Esaterismo e magia nel Mediocw. Siregoneria,
esorásmi, sordlegi e incantesimi, traduzione di Fahio M axim iliano Bondani, R om a,
N ew ton C o m p to n , 2 006, pp. 212-227); W olfgang Behringer, Chonrad Stocckhlin und
die K’achcschar: Eine Geschichie aus desjr'ühen Nsuzeit, M ünchen, R. Piper, 1994 (cito
por la edición en inglés: Shaman o f Obcrstdorf: Chanrad Scoeckhlin and the Phantoms o f
the Night, translated by H . C. Erik M id e llo rt, C harlottesville, U niversity ofV irginia
Press, 1998, pp. 142-145); Gustav F lenningsen, “T h e Ladies from O utside: An Ar-
chaic P attern o f the Witchcs* Sabbath”, in Bengt A nkarloo and Gustav H enningsen
(eds.), Early Modern EuropeaníVitchcrtft, pp. 2 0 7-215; G ábor Klaniczay, “Sham anistic
E lem ents in C entral ’E uropean YVitchcraft”, in The Uses o f Supcrnatural Poiver:The
Transformación o j Popular Religión in Medieval and Early-Modern Europe, Princc-ton,
P rin ceto n U nivetsitv Press, 1990, pp. 129-1 50; M ircea Eliade, “Som e observations
on E uropean W itch craft”, in M ircea Eliade, Occuhism,\Yicchcrafi and Cultural Fashions:
Essays in Comparadle Religions, C hicago,T he U niversity o f Chicago Press, 1976 (cito
p o r la edición en castellano: “Algunas observaciones sobre la b rujería eu ro p ea”, en
M ircea Eliade, Ocultismo, brujería y modas culturales, traducción de E nrique Butelm an
Buenos A ires, M arym ar, 1977, pp. 109-143).
251
L.>ludios d e caso. D e n i o n o l o o u c r i s t ia n a v ^ i i h u r a i o l k lo r ic a e n el m u n d o i b é r ic o
caso, los atribuidos a ios líderes valdenses en los Alpes occidentales —con
el chamanism o euroasiático.91
Desde esta perspectiva, ¿existen elem entos para caracterizar com o cha
manes a los saludadores ib érico s? .lo m an d o particu larm ente en cuenta las
marcas de nacim iento, Francois Delpech respondió de manera afirmativa a
la p r e g u n t a / 2 La cuestión m erece, sin em bargo, un análisis más cuidadoso.
Del c onjunto de trazos del saludador, tres podrían caracterizarse como
cercanos al m o delo chamaluco: el dom inio sobre el fuego, los sueños y
visiones iniciáticos, v los vagidos intrauterinos.
Son innumerables los registros etnográficos en los que los chamanes
aparecen manipulando la materia ígnea sin consecuencias físicas de ninguna
clase.9i Los táltosok húngaros dominaban el fuego v apagaban con facilidad
los incendios.94 En cierto sentido, el dominio sobre el fuego y la incine
ración podían equivaler a una iniciación ritual. En Sudamérica, quienes
sobrevivían a la descarga de un rayo estaban destinados a convertirse en
curanderos carismáticos.91 En el Bajo Languedoc, un eiidcvinüirc local d es
cubrió sus p od eres el día en que sintió súbitam ente que sus dedos ardían
>)! W olfgang Behringer, “How W aldcn^ians B ecam eW itches: H ereiics and T heir Jour-
ney to the O th e rW o rld ”, in G ábor Klaniczay and Eva Pócs (eds.), Communi<.ating nith
the Spiríts, B udapest, C en tral E uropean U niversity Press, 2005, pp. 176-1S2.
92 Francois D elp ech , “L á ‘marí-jue* de* sorciéres: logkjue(s) de la stigm atisntion día-
b o lk ju c”, en N ícole Jacc|ucs-Chacjuin et M áxim e Préaud (d irs.), Le sabbat des sordera
a i Europe, .Yle-A VIII siecles, G renoble, Jéró m e Msllon, 1993, p. 366: “le vecteur qui a
a^ure lo continuité ez lo transmission Je ce sisteme de croyances jusqu’á l ’cpogue ¡noderne est
idus douic le chamanisme, doiiL les sorciers d'une pare, les saludadores d'aucre pare sont larcje-
meiu iributaires” (‘‘el vecto r que ha asegurado la continuidad y la transm isión de este
sistem a de creencias hasta la época m o d ern a es sin dudas el cham anism o, del cual,
las bruja* p o r un lado y los saludadores p o r el o tro , son am pliam ente trib u tario s”;
la trad u cció n del irancés es m ía).
H M argaret Stulley, Shamanism: An Introduetion, L ondon, R outledge, 2 002, pp. 25,
103; E rn esto de M ar tino , 11 mondo mágico. Prolegómeno a una storia del magismo,Tor\no,
Paulo B oringhiert, 1948 (cito p o r la edición francesa: Le monde magigue. Parapsycbologie,
ethnologie et histoire, París, M arabout U niversité, i 971, pp. i 5-8 1); M ircea Eliade, El
chamanismo y ¡as técnicas arcaicas del estasis, pp. 173, 241 , 266, 26S, 287.
yt G ábor Klaniczay. “H ungarv;T he Aecusaüons and the U n h ersc o f Popular M agic”, en
Bengt A nkarloo y Gustav H enningsen (eds), Early Modern European I Vicchcrajt, p. 245.
A rm ando Pérez d e N ucci, Magia y chamanismo en la medicina popular del N.O. argentino,
T ucum án, E ditorial U niversitaria de T ucum án, 1989, p. 57.
252
/ u b i u u A l e j a n d r o C d n ip ü ^ n c
101 C arlos Alvar, El rey Anuru y su mundo. Diccionario Je mitología aru'irica, M adrid,
Afianza, 1991, pp. 114-115, voz: D am a del lago.
102 D iane P urkiss, Al i he bottorn o f the Carden: A Dark History ojFairies, Hobgoblíns, and
Oiher Troublesoine Thingsy Nueva York, N ew York U niversity Press, 2003, pp. 6 9 - /0 ,
7 9 , 10 2 ;T o k T h ü in p so n ,“H osüng the D ead:T hanatopie Aspects ot the Irish Sidlie”, in
G áb o r K laniezary and Eva Pócs (eds), Comniunículíng nith the Spiríts, pp. 193-203.
!0iT im o th y D. W alker, Doctors, Eolk Medicine and the Incpiisition, p. 278; Paiva, Práticas
e crencas magicas, p. 7 9 ; C ristiana Bastos, “Bruxas e b ru x o s no nordeste algarvio.
A lgunas rep re sen taco es da d oenca e da cura”, Trabalbos de Antropología e etnología,
2 5 :2 -4 (1 9 8 5 ), pp. 292-293.
2 54
hib id u A h ju n J io C jn ip o íin c
indio (le! pueblo de Aconquija a quien solían consultar los jueces seculares
de la ciudad de San Miguel d eT u cum án , en el actual territo rio argentino,
sostuvo que la gracia se le había anunciado “desde el vientre de su m ad re ”,
donde había hablado antes de nacer.Iü+ Entre los cuna del istmo de Panamá,
uno de los signos que indicaban el nacim iento de un futuro ncte (chamán)
era, precisam ente, el llanto in tra u te rin o .105
Ninguno de los tres trazos analizados hasta aquí p e rm ite p o r sí m is
mo fundam entar la identificación en tre los saludadores y los chamanes.
De hecho, los principales rasgos del m o delo chamánico se encuentran
ausentes del complejo del saludador ibérico: los saludadores no caían en
trance, no entraban en contacto directo con el m u n d o de los espíritus,
y no realizaban complejos rituales de carácter público al servicio de la
propia comunidad.
La creencia en el carácter múltiple del alma hum ana parece haber sido
un rasgo universal de la mentalidad arcaica. Muchas culturas sostuvieron
que los h om bres estaban simultáneam ente habitados p o r varios principios
vitales, algunos de los cuales podían abandonar transitoriam ente el c u e r
po sin ocasionar p o r ello la m u e rte de la persona. Entre los malayos los
hom bres poseían, al m enos, dos espíritus vitales106, cifra que se elevaba
a tres en tre los pilagá del Chaco arg en tin o ,107 y a cuatro en tre los yolmo
de la región de H elambu, en N e p a l.I0S Para los pueblos turco-tá rtaro s v
siberianos el alma es triple: un espíritu inferior reside en los huesos; un
alma interm edia puede abandonar el c u erp o du rante el sueño; una tercera
entidad se libera con la m u e rte , y se aparece a los vivos bajo la form a de
2 55
E studio s J e caso. IX 'in o iH íli.u M cristiana v cu ltu ra lo lk ló ric a en el m undo ib érico
256
lu b iü ii A le ja n d r o C d in p jq m
Doble guarda estrechos lazos con el modelo chamánico, las travesías del
alma libre son experiencias extáticas privadas, individuales, que no tienen
biliar durante ceremonias públicas ni pretenden necesariamente prestar
un servicio al resto de la c o m u n id a d .11*
;Existen elem entos que nos perm itan suponer que el complejo del
saludador ibérico guarda alguna relación con la mitología del Doble? Dos
trazos individuales de la figura del saludador parecen te n e r puntos de
contacto con la creencia en el alma múltiple: las marcas de nacim iento y
la mitología del séptim o hijo varón.
Las marcas de nacim iento eran, en efecto, una de las señales principales
que caracterizaban al individuo dotado con la facultad de liberar a voluntad
su alma exterior. Algunos investigadores han postulado un origen com ún
para la mitología de la marca de nacimiento carismática, que se rem ontaría
a un conjunto de atávicas representaciones indo-iranias.Hí Sin embargo, los
diferentes complejos míticos europeos parecen haber contado con sistemas
de señales específicos, lo que desaconsejaría la apresurada reducción de la
totalidad de los estigmas a un tipo único. La marca de nacimiento específica
que caracterizaba a los diversos avatares de la mitología del Doble era la
cofia. El niño que nacía env uelto de manera parcial o total en la mem brana
amniótica estaba destinado a disfrutar de dones especiales: clarividencia,
sanación, segunda vista, inmunidad ante el fuego, el agua y las heridas;116 a
ello se sumaba —desde una perspectiva no siempre venturosa—la capacidad
de liberar sus aher-egos físicos o psíquicos.117Así ocurría con ¡os licántropos
y vampiros paneslavos, los benandanti friulanos, los strigoi ru m an os, las
moras serbias, y los kresniks eslovenos, entre o tr o s .118
,u Ronald H u tto n , Shamans: Siberian Spiritualiiy and the ÍÍl'síc'üi h n a fn a tio n , pp.
140 y ss.
Francois D elpech, “La 'm a rq u e ’ des sorciércs: loaique(s) de la scigm atisation
diabolíque”, p. 362.
1!o C esan B erm ani, Volare al sabba. Una ricerca sulla sLrecjoneria popolare, R om a, D eri-
veA pprodi, 2008, p. 316.
11; Nicolc Bel i l i o n t, Les sienes de la naissance. Erada des représentatious symboliques associées
aux naissances sinyidietes, París, Plon, 1971, pp. 19-65.
;' H arry A. Senn, IVere-ilolfanJVompiie in Rumania, Nueva York, East E uropean M ono-
graphs, 1982, pp. 5 ,1 0 , 64, 6 6 ,1 1 1 ,1 1 5 ; Eva Pócs, Eetueen the Livincj and the Dead, p.
32; Cario G inzburg, Storia notturna (cito por la edición en castellano: Historia nocturna.
Un desciframiento del aquelarre, traducción de A lb erto Clavería lbáñez, B arcelona,
257
Estudios d e caso. Dcinonolouía cristiana y cultura folklórica e n el m u n d o ibérico
(con mucha frecuencia, la flor de lis). Parece que inicialmente los sep ten a
rios sanaban toda clase de dolencias, y que sólo a raíz de la influencia del
m ito de la taum aturgia real tendieron cada vez más a especializarse en la
cura de escrófulas.121 Resulta sugestivo que en un espacio liminar co m o el
Rosellón, los saludadors locales pudieran te n e r tanto “une marque distinctive
au palüís de la bouche ¿omine une croix” —típica de los saludadores e sp añ ole s-
com o “une fleur de lys”, característica de los septenarios franceses.1’’ Ello
explica tam bién el hecho de que durante los siglos XVil y XV111 110 todos
los saludadores ibéricos se consideraran séptim os hijos; que en su Traite
de superstitions (1679), Jean Baptiste Thiers use el térm in o saludador para
designar a los familiares de Santa Catalina que no eran séptim os hijos;123
que en sus Opúsculos y doctrinas prácticas (Logroño, 17S4), el Padre Cala-
tavud atribuya a los que nacen séptim os “en la continuada generación de
varones” una especial gracia para curar lamparones, la gota coral y el mal
de corazón, sin relacionarlos con los saludadores ni con la hidrofobia;124
que a mediados del siglo XIX, Pablo Gorosábel afirme que “la gracia [de los
saludadores], según ellos, es hereditaria en ciertas familias de la provincia,
aunque los que d esem peñ en este oficio no sean precisam ente los séptim os
hijos varones”; o que en la Cataluña del siglo XX los etnógrafos pudiesen
distinguir claramente a los saludadors de los setens. 126
N o p o d em o s negar, sin embargo, que en circunstancias específicas la
imbricación en tre ambas mitologías contribuyó a transform ar al saludador
en la contracara positiva del licántropo —un clásico avatar del complejo del
Doble.121 Según Teófilo Braga, el últim o hijo de una serie de siete varones
259
d e Cdiu. D e m o n o l o g í a c r i s t ia n a v <. uliu i a í o i k l ó n c a e n el m u n d o ib é r i c o
1 ' C itado p o r D aniel G ranada, Supersciciunes del Rio de la Placa, p. 583. Véase tam bién
al resp ec to Francisco Vaz da Silva, “Iberian seventh-bo rn children, w erew olves, and
th e dragón slayer: A case siudy in the com paratíve in te rp re ta ro n oí sym bolic praxis
and fairytales” , Folklore, 1 14:3 (2 0 0 3 ), pp. 335-353.
129 En este sen tido deb em os destacar tam bién los estudios recientes que ponen el
énfasis en form as de posesión alternativas a 1a invasión diabólica, com o la posesión
divina o la posesión p o r los espíritus de los m u erto s; véase David L ederer,“Living with
the D ead. G hosts in M o dern Bavaria”, in K athrvnA . Edwards (ed .), Ilííciiü/i tsjl'iic/ics,
andlYandering SpiricsiTradicional B e lija n d Folklore in Early Modern Europe, Kirksvílle,
T rum an State U niversity Press, 2002, pp. 25-5 3; M oshe Sluhovsky,“Discc-rningSpirits
in Early M o d ern E uro pe”, in G ábor Klaniczay and Eva Pócs (eds.), Cornmunieacing uiih
che Spirics, pp. 53-70; N ancv Caciola, Discetning Spirics: Divine and Demonio Possession
in che Middle Ages, Ilhaca, C ornell U niversity Press, 2003, pp. 31-78.
150 Giovanni P izza,“TheV irgin and the Spider: Revisiting Spirit Possession in Southern
E u rop e”, in C ristina Papa, Giovanni Pizza and Filippo M. Z erilli (eds.), íncontri di
ecnoluíjia europea / European Echnulogy Mectings, Ñ apóles, Edizioni Scientifiche ítaíiane,
1998, pp. 58-59.
260
1Llhidli .'I ¡CjciuJt O C jU lp jg ilC
261
E st u d io s d e caso. D e m u n o i o í i í a c ris tia n a v c u l t u r a i o l k l o r i c a e n el m u n d o ibci ic o
The Culi o f St. Katherine ojAlexundriü in Early Medieval Europe: Church, Eaiih and Culture
in the M edievallíísc, A ld e rsk o t, A shgate, 2 007, pp. ! -2. Para los peculiaridades que
el culto d e Santa Catalina ad q u irió en E uropa O rien tal véase G ary M arker, Imperial
Saini:The Cuh of St. Catherine and the Datvn ojFemale Rule in Russia, DeKalh, N o rth ern
Illinois U niversity Press, 2 0 0 7 , capítulos 2 a 5.
,JS El g ru p o se co m p letaba con San A cacio, San Blas, San C ristóbal, San C iríaco, San
D ionisio, San E rasm o, San E ustaquio, San Jorge, San Gil, San Pantaleón y San Vito.
IÍS Véase al resp ec to la difundida versión de la leyenda repro ducida p o r jacopo da
Vorágine en la Legenda Aurea: Jacobus de Vorágine, The Golden Legenl, translated bv
G rang cr Ryan and H elm u t R ippergcr, N ueva York, A rno, 1969, pp. 707-716.
MUEl convento sinaíta, in in terru m p id am en te habitado desde el m o m ento de su funda
ción, se en cu en tra en tre las casas de oración más antiguas de la cristiandad; véase Sarali
G allick, The Big Booi ofiVomen Saints, N ueva York, H a rp e r Collins, 2007, p. 355.
F u b íú a A l e j a n d r o C a n tp a q n c
141 Francois D elpech , “La ‘m a rq u e ’ des sorciers”, p. 355, n. 35. Sobre la génesis del
culto de Santa Catalina en la península del Sinaí véase C hristm e W alsh, The Culi oj St.
Katherine oj. ílcxandria in Early Medieval Europe, pp. 39-46.
142 Bruce A. Beatie, “Saint C atherine o f A lexandria:T raclitionalT hem es and the De-
velopm ent o f a Medieval G erm án H agiographic N arrativ e”, Spcculum, 5 2 :4 (1977),
pp. 7 8 8 -7 89 .
!4i“Sanctae C atharinae virginis el m arly ru s translado el m iraeula rotom agensia saec.
XI”, Analecta M landiana, 22 (1903), pp. 4 2 3 -4 3 8 ; C hristine Walsh, The Culi o f Si.
Katherine of.ílexandria in Early Medieval Europe, pp. 63 y ss.
144 Gail A shton, The Generation oj Identity in Late Medieval llafogruphy: Speakiny the
Saint, L ondon, R ou tledg e, 2000, pp. 17-23; B ruce A. Beatie, “Saint C atherine o f
A lexandria”, pp. 7 8 5-78 6.
G eorges e t A ndrée Duby, Les procés de Jeanne d'Arc, Paris, G allim ard, 1973 (cito
por la edición en castellano: Los procesos de Juana de Arco, traducción de Servicio de
Traducción U niversitario, G ranada, Universidad de G ran ad a/U n iv ersitat de Valencia,
2005 pp. 26, 4 2 , 52 y ss).
263
Hí,Uk 1íu.-> d e caso. I X m o n o i o o í a cris tia na v c u l tu r a Folklórica e n el m u n d o ib é r ic o
264
l\ibiúií . i IcjjiiJio tdinpd*.jiic
A New Dictionarj oj Saines, com pifed by D onald A ttw ater, edited and revised by
John C um m in g ,T unb rid 5eWeISs, Burnes and O ates, 1993, p. 265; A Book oj íhc Saines,
edited by the B enedictine m onks, W hitefish, Kessinger Publishing, 2003 (1921), p.
228; K eíth L uria, “R ural and Viüage Píety”, in P eter M atheson (e d .), Kcfotinatiun
Chrisiianitj, M inneapolis, F ortress Press, 2007, p. S3.
265
E st u di os tic caso. D c m o n o l u ^ í a cri st ian a y c u l t u r a f o l k l ó r i c a e n el m u n d o i b é r i c o
151 Ped ro de Ribadaneyra, Flos sancionan de las vidas de los sancos, Barcelona, 1790,
to rn o III, pp. 133-1 34.
W illiam C hristian Jr., Local Religión in Sixceench Cemury Spain, P rinceton, Prin-
ceto n U niversity Press, 1982 (cito p o r la edición en castellano: Religiosidad local en
la España de Felipe i/, traducción de Javier Calzada y José Luis Gil A ristu, M adrid,
N erea, 1991, p. 95).
A m ero H cikkinen y T im o K ervinen, “F in lan d :T h e Male D om ination”, en Bengt
A ukarloo y Gustav H enningsen (ed s.), Early Modera European ¡Vitchcraji, p. 329.
266
h ib iú i) A le ja n d r o Can¡püíjne
267
E.siudíus d e c as o. D e i n o n o l o ^ í a cri st ian a v c u l t u r a f o l k l ó r i c a c¡i c! i n u n d o ib é r ic o
26»
¡\iluánAL-jünJio Cumpugoc
160 Cabe d estacar que m u cho s santos cristian o s—exitosos o fracasados- tam bién cu ra
ban m ediante la saliva, según el preced en te del p ro p io Jesucristo (Marcos 8, 22-25):
tal era el caso de Santa C o lette de C orbie en la p rim era m itad del siglo XV (P eter
Dinzelbaeher, “Sante o streghe. Aleuni casi del tard o m edioevo”, en G abriella Z arrí
[ed.j, finzione e saruita ira medioevo ed eta moderna,Turín, R osenberg & Sellier, 1991,
p. 79); de) toled ano Fray A ndrés de la Rosa en la segunda m itad del siglo XVI (Juan
Blázquez M iguel, Eros/Tánatos, p. 243); o de la m ística M adam e A carie en el París de
m ediados del siglo XVII (Sophie H oudard, “M ystics orV isionaries? D iscern m en t of
Spirits in the First P art o f the Seventeenth C en tu ry in France”, en G ábor Klaniczay
Y Eva Pócs [eds.], Communicaiing ivith the Spirits, p. 76).
161 L vnnT horndike, A Hisiory oJMayic and Experimental Science, N ueva York, C olum bio
University Press, 1934, vol. III, p. 531.
269
E st u d io s d e caso. D e m o n o l o o í a c ri s t ia n a y c u l t u r a i o l k l o r i c a e n el m u n d o ib é r i c o
270
fa b ió n A le ja n d r o C a m p a ^iic
27i
E lu d ios tic caso, Demonología c¡ i^ü.uia v cultura ¡ulkioi ica en el mundo ibérico
4. S a l u d a d o r e s y s a n p a o la r i: el s u s t r a t o m e d i t e r r á n e o
‘: David G en tilcore, Healers and ILeohng in Early Mudan iialy, M anchester, M anchester
U niversity Press, 1998, pp. 107-108.
172 Francois D elp ech, “L a ‘m a rq u e ’ des so rcieres”, p. 361
í7i E rn esto de M artin o , La ierra Jel rintorso (cito p o r la edición en castellano: La tierra
del remordimiento, trad ucción de JuanV ivanco, B arcelona, E diciones B ellaterra, 1999,
p. 255).
174 José P edro Paiva, Práticos e créticas mágicos, p. 102.
272
fjbiünAlcjjaJro Íüjhpjuiic
serpiente ‘‘.sin medicamentos, por medio del poder de San Pablo Aposto!,
que recibían desde el momento mismo del nacimiento”.1,5 Desde Roberto
Bissi auc en 1325 solicitó licencia para ejercer su oficio en la ciudad de
Reggio.hasta Paolo Ciarailo —que- ejercía en losAbruzzos en la década de
i 670.. los encantadores de serpientes italianos siempre siguieron el mismo
protocolo: tocaban las heridas con sus manos y las untaban con saliva: en
ocasiones, humedecían trozos de pan en la boca v se los daban a comer a
sus pacientes. 1'0 L o s familiares de Santa Catalina, Santa Quiteria v San Pablo
compartían aún un último trazo distintivo: todos ellos se consideraban
inmunes a la ponzoña que inoculaban los perros rabiosos v las serpientes
venenosas. Ello permitía a los especialistas italianos montar impactantes
m ise-en -sc c n cs -comparables a las que organizaban los saludadores cuando
pretendían demostrar su portentoso dominio sobre el fuego. En abril de
1580, Giacomo Antonio Dolci, prior del Colegio de Físicos veneciano,
quedó tan impresionado con las habilidades del s a n p a o lú ro Bartolomeo
Riccio, que recomendo a las autoridades sanitarias convertir la licencia
del sanador en un privilegio por diez años; junto con el prior del Colegio
de Apotecarios, Dolci había visto como Riccio manipulaba las serpientes
conservadas para la elaboración de antídotos: el curandero llegó incluso a
introducir la cabeza de los ofidios dentro de su propia boca. En la década
de 1650, Jacopo Sozzi asombró de manera similar a los miembros de la
A c c a J e m id J c l C im en to : tomo una de las víboras más feroces, la oblioó a
vaciar no sólo su veneno, sino toda su espuma y saliva dentro de un vaso
de vino, y luego se bebió el líquido emponzoñado sin consecuencia alguna
para su salud.1' 7
Todo indica que el complejo italiano es más antiguo que su contraparte
ibérica. La primera mención impresa a los s d n p a o la r i parece hallarse en
el L ib c llu s J e re n e n is , de Ferdinando Ponzetti (Roma, 1521); sin embargo,
en Italia se detectan desde mucho antes referencias a sanadores carismá
ticos portadores de características similares. Algunos, como los marsos,
se remontan a la antigüedad clásica. Otros, como las dinastías de serp a ri
175 David G entilcore, Medical Charlacanism in Early Modern h a ly, N ueva York, O xford
U niversity Press, 2006, p. 175.
176 Ibid., p. 176.
m Ibid., pp. 177-179.
273
Estudios de caso. Demonología cristiana v cultura folklórica en el mundo ibérico
1/;> David G en tilcore, hleahrs and EUaling in Early Modern h .¡/;,'. p. 106.
1,9 En el siglo XVII, los archivos de la Inquisición dan cuenta (le la existencia de
saludadores en Sicilia (G ustav H ennigsen, “T h e Ladies from O u tsid e”, p. 199). Los
testim o n io s del siglo X V 1!I, p o r su p a rte , confirm an la existencia de form as de ta-
raiuism o en la Península Ibérica; véase Pilar L e ó n ,“M edicalT heot Íes ofT aranúsm in
E igliteen th -cen tury Spain”, in P ereg rin e H o rd en (e d .), Music as Medicirte:The History
ojMusicThcrapy Sim e Ani'n¡uity} A ld ersh o t, Ashgate, 2000, pp. 273-292.
1SÜ A m te-M arie T upet, La Magie dans la poésie latine 1: Des origines a la f i n du regne
d ’Auguste, París, Les Belles L ettres, 1976, p. 197.
i : David G en tilcore, Healers and Healing in Early Modern h a ly , p. 106.
274
F a b iá n A l e j a n d r o C a m p a g n e
de serpiente. Así, en la Libia Cirenaica habrían habitado los psvlos, los mar-
márides y los garamantes; los ophiógenes, p o r su parte, se situaban, según
el caso, en las costas del m ar de M ármara, en Asia M eno r o en C h ip re .132 La
tradición m editerráne a tam bién asignaba virtudes semejantes a sanadores
carismáticos individuales. En el Evangelio del PseuJo-Tomás, un texto apócrifo
de linalcs del siglo 11 d.C . que recopila anécdotas sobre la infancia de Jesús,
se narra el siguiente episodio: “mientras Jacobo recogía la paja, una víbora
lo m ordió y cayó al suelo c o m o m u erto . Y viendo esto Jesús, sopló sobre
la herida, y Jacobo quedó curado, y la víbora m u r ió ”. 183
Los relatos de los viajeros europeos dan cuenta de la e n o rm e dimensión
espacio-temporal de la creencia. En su Relation Je voyagesjaits dans la Turquie,
la ThébaiJe &_la Barbarie (Lyon, 1686), el sacerdote Jean C oppin nos dejó
una descripción de los santones del Asia Menor: “a Jemis-nus, ih contrejont les
enragés et mangent Jes serpents en vie”. En 1 829, en Egipto, Etienne Geoffroy
Saint-Hilaire fue testigo de festividades musulm anas du ran te las cuales los
m o d e rn o s psylos, “ajjectant Jes manieres d ’insenés”, se hacían m o r d e r varias
veces p o r cobras venenosas. En Le Ni 1, Egypte et Nubie (París, 1853), Máxime
du Camp afirma haber presenciado una cerem onia de inmunización contra
el veneno de serpiente, que implicaba dejarse m o r d e r p o r un animal joven,
y luego diversas prácticas rituales, c om o soplar sobre la herida y depositar
en ella saliva. Finalmente, en su “Histoire Je serpents Jans l ’Egypte ancienne et
moJem e' (1947), Louis Keim er afirma haber visto en L uxor “Jes Ilum ines du
peuple brandissant des poignées de serpents et les devorant a belles Jents; on croit
que cet acte conjere une sorte d ’iminunité”. 184
275
Estudios de caso. Dcjuunolutna cristiana v culiura loikiorica en el mundo ibérico
ls> Al resp ec to , resu lta p articu larm en te sugestivo que m uchas crónicas españolas
reco n o cieran a los grand es evangelizadores am ericanos una inm unidad sim ilar a
Sas m o rd ed u ras de las alim añas ponzoñosas. Hacia 1560, Fray Juan de San Pedro,
parafraseando litera lm e n te al Salmo 90, versículo 13, atribuye a lus predicadores
agustinos el p o d e r de “cam inal' sobre la se rp ien te y e! basilisco” (Fray ju a n de San
P edro, La persecución del demonio: Crónica de los primeros agustinos en el Norte del Perú
(1560), M álaga, Algazara, 2007 [1992], p. 212). E! jesuita juan Eusebio N ierem berg
asignaba la m ism a virtud so brenatural a sus com pañeros de orden José de A nchieta
y M arciel de L orenzana; el p rim e ro , enviado al Brasil en 1553, dislrutaba paseando
descalzo p o r la selva, m ientras que al segundo, arribado al Paraguay en 1609, el veneno
de las serp ien tes no le hacía m ella (jorge Cañizares-Esguci ra, Puritan Conguistadors:
íherianizing the Atlantic, 15 5 0 - 1 700, S tanford, Stanford U niversity Press, 2006; cito
por la edición en castellano: Católicos v puritanos en la colonización Je América, traducción
de Pablo Sánchez León, M adrid, Marcial Pons, 2 008, pp. 190; 194-196).
276
Fabián Alejandro Campayne
en sus personas el sujeto mítico del saludador? En una aguda crítica del
tratam iento dado p o r Cario Ginzburg al mito de los betiandatui, VVillem de
Blécourt sostuvo que éstos eran, antes que nada, sanadores carismáticos
y neutralizadores de maleficia. Las narraciones referidas a sus travesías y
batallas en éxtasis no eran sino un medio de legitimar aquellas otras h a
bilidades, una estrategia para potenciar su influencia y prestigio locales,
una tecnología publicitaria destinada a fascinar a sus potenciales clientes,
instalando la sensación de que sus virtudes taumatúrgicas y sus dotes an-
tibrujeriles derivaban del carácter anfibio de sus naturalezas.llSo
La tesis de Blécourt nos trae a colación la referencia con la que Antonio
deTorquemada culminaba la reflexión sobre los saludadores en su Jardín de
flores curiosas. El humanista rescataba las dotes taumatúrgicas del saludador,
pero condenaba com o supersticiosos los restantes trazos espectaculares
que rodeaban su figura, en particular su dominio del fuego: “podría ser que
algunos, fingiendo ser saludadores, no lo siendo, se ayudassen de aquello [de
las proezas con el fuego]”. !b7 Medio siglo después, Gaspar Navarro sostenía
un p u n to de vista semejante. Los saludadores realizaban las proezas con
el fuego “y otros muchos embaym ientos que hazen delante de las gentes,
para que les tengan p or santos, y piensen que ellos tienen virtud espiritual
para sanar las en ferm edad es”; lí>s Navarro preguntaba, desafiante: “para
ten er gracia de Saludador ó serlo, ( . . . ) ¿de qué sirve, sin auer necessidad,
entrar en vn h o rn o de fuego?”. 189 Torquemada y Navarro se adelantaron
varios siglos a la intuición de VVillem de Blécourt: la investidura simbólica
de los especialistas carismáticos requería de mitos y ritos que perm itieran
construir en to rn o de sus personas identidades sacralizadas, generadoras
de una confianza y de un te m o r reverenciales. Los combates en éxtasis o el
dominio del fuego cobran sentido, entonces, en función de los servicios más
prosaicos que aquellos especialistas carismáticos prestaban a nivel local.
Al margen de los complejos míticos que los constituían com o figuras
de poder, los benandanti y los saludadores históricos pueden considerarse
277
Estudios de caso. Demonología cristiana y cultura folklórica en el inundo ibérico
!yu R onald H u tto n , Shamans: Siberian Spirituality and thelVestern Imaginación, p. 1 37.
191 S obre los cunning-Jolk o mse-jolk vease O w en Davies, Popular Magic: Cunning-j'olk
in English History, L ondon, H am bledon, 2 007, passim; E m m a Wilby, Cunning Folk
a¡¡d Familiar Spirits: Shamanisiic Visionary Tradilions in Early Modera BrÍL¡J¡ i Viichcriifi and
Magic, B righton, Sussex A cadem ic Press, 2 005, pp. 26-45; Francois Bordes, Sorciers
et Sorcieres. Broces de sorcellerie en Cascogne el Pays Basque, Totilou.se, Privat, 1999, pp.
162-167; R obin Briggs, Witches and Neighbors:The Social and Cultural Context oj'Eu-
ropean Witchcraft, N ueva York, Vikíng, 1996, pp. 122-126; 171 -174; 277*281; jean
Favret-Saada, Les mots, la mort, les sorts, París, G allim ard, 1977, passím; Alan Macfar-
lane, ¡Vitchcieift in Tudor and Stuart England:A Regional and Comparadle Study, P rospect
H eights (Illm oís),W aveíand Press, 1991 (1 9 7 0 ), pp. 115-135; K eithT hom as, F\eligion
and the Decline ojMagic: Sludies in the Popular Beliejs in Sixceenih and Seventeeiuh Cenmry
England, L ondres, P enguin, 1991 (1 9 7 1 ), pp. 212-251; R o b e rt M uchem bled, Culture
populaire et culture des élites dans la Erante moderne (A Ve-XVUle siécles), París, Flam m arion,
1978, pp. 109-116.
192 G uido R u g g ie ro ,“T he YVomen P riests o f Latisana: Apollonia Madizza and theT ies
T h at Bind”, in G uido R uygiero, Binding Passiones:Tales o f Magic, Marriage and Power at che
End oj the Renaissance, N ueva York, O xford U niversity Press, 1993, pp. 130-174.
Robin Briggs, 1heWitches oj Lorraine, Nueva York, O x fo rd U niversity Press, 2007,
pp. 199, 206 -2 1 0.
194 Para un estu d io de caso acerca de la vecindad conceptual que a m en u d o carac
terizaba al p a r de opuestos cunning jo lk /h r u jz s en la m entalidad tradicional vease
T im othy R .T an g h erlin i,“ ‘í low do you know sh e’s a w itch?’: W itches, C unning Folk,
and C o n ip etitio n in D en m ark ”, Western Folklore, 59 (2 0 0 0 ), pp. 279-303.
Fabián Alejandro Campaync
279
EsuuÜos (lo caso. Dotnonoloi>ía cristiana v cultura toiklorica on ol mundo ibérico
algunos saludadores tam bién com enzaron a cumplir dicho rol. Así res
pondían, sin duda, a las ansiedades colectivas generadas p or las [recuentes
psicosis hrujeriles que po r entonces afectaban al Levante español. I% El caso
del aragonés Andrés Mascarón, procesado po r la Inquisición a comienzos
de la década de 1620, d em u estra la coyuntura! adaptación de los poderes
tradicionales del saludador a la detección de brujas. A los magistrados
laicos solía decirles “que la persona a quien diese mayor soplo, aquel era
b ru x o , o b ru x a”. Un testigo, que en julio de 1620 lo vio en acción en la
villa de Bielsa, “le hoyó decir que ( . . . ) Dios le había dado aquella gracia
para hacerlo, p o r ser hijo seteno de su madre, varón ( . . . ) . Y así publica
m e n te saluda a m u c h o s . .. , y a los ganados.Y que le oyó decir que conoscía
a las Bruxas.Y que decía que haría quedar a las Bruxas en la yglesia, y se
pondría en un h o rn o encendido y que no se quemaría.Y dice el testigo vio
que visitaba enferm os y los saludaba (.. ,).Y que preguntándole el testigo
co m o conoscía a las Bruxas, dijo que, en viendo la que era bruja, se le
encendían las carnes”. Sobre el inicio de su vocación, el propio Mascarón
explicaba lo siguiente: “se puso a hacer este oficio porque le dixeron los
saludadores que tenía virtud para saludar y curar la rabia, y que tenía la
rueda de Santa Catalina debaxo la lengua, porque les había dicho era hijo
seteno ( . . . ) , v que le enseñaron lo que había de hacer para curar la rabia”.
C o m o en otros casos, su condición de séptim o hijo precedía y provocaba
el d escu brim ien to del estigma. Mascarón dejaba para el final los servicios
específicos que prestaba a las comunidades rurales: “y que también bendice
el pan y la sal y el agua, diciendo ( . . . ) Señora Santa Q u ite ñ a libra del mal
a quien com iere este pan y sal, y le hecha agua bendita.Y que estando una
lechona rabiosa en el lugar de Santa Cilia, la soplo en la voca y luego se
había m u e r to ( . . . ) Y que en Bielsa habia hecho algunas curas a personas
que decian estaban em bruxadas dándoles una vevida de vino y aceite”. 199
Caialonia and the Counter Refotiuatioii, N ew Haven,Yale Llniversitv Press, 1993, pp.
237-241 (edición en castellano: Cambio cultural en la sociedad del Siglo de Oro. Cataluña
y Castilla, siglos XVI-XVII, M adrid, Siglo XXI, 1998).
‘‘>!>Para Aragón véase M aríaT ausiet, Ponzoña en los ojos. Brujeríay superstición en Aragón
en el siglo XVI, Z aragoza, Institución Fernando el C atólico, 2000, p rim e ra p a rte ; para
C ataluña véase M a rtí G elab ertó , La palabra del predicador, pp. 143-148.
199 Anoel C ari L aeruz, Brujería e Inquisición en el Alto Aragón en la primera mitad de!
siglo XVII, Z aragoza, D iputación G eneral de A ra g ó n /D e p a rta m e n to de C ultura y
E ducación, 1991, pp. 351-352.
280
ÍjIjíjhAlejandro C umpuque
281
CAPÍTULO 4
El hálito de fuego.
Mitología popular y poder
taumatúrgico en el mundo rural
1 Para la crisis y rem isión de la dem onología radical tardo-escolástica véase Roy
P orter, “W itch craft and M agic in E nlightm ent, R o m an ü c and Liberal T hought”, in
Bengt A nkarloo and S tuart C lark (ed s.), WiichcrafL and Alayic in Europe:The Eiyhteenih
and Nineteenth Centurias, Filadelfia, U niversity of Pennsylvania Press, 1999, pp. 193 y
ss.; R o b e rt M uchem bled, Une histoire du diable, XII-XXc siecle, París, Seuil, 2000, pp.
199-247; A ndrew Fix, Fallen Anejéis: Bahhasar Bekher, Spirit Belief, and Coifessionalism
in the Sevenieenth Cemury Dutch Republic, D o rd re c h t, K luw er A cadem ic Publishers,
1999, pp. 3-12; Ian B ostridge, Witchcraft and iis Transfonnations, c.l650-c. 17 50, O x
ford, C iarendon Press, 1997, passim; H . C. E rik M id e lfo rt, ExorcLtn and Enliyhtmeni:
Johann joseph Gassner and ihe Demons of Eiyhuenth-Ceiuury Germany, N ew Haven,Yale
U niversity Press, 2005, pp. 27 y ss.
2Véase Fernando R. de la Flor, PasionesJrías. Secreto y disimulación en el Barroco hispano,
M adrid, M arcial P'ons, 2 005, pp. 129-1 39
*Véase A ntonio A lvarez-O sorio A lvariño, “P ro te o en el palacio: el a rte de la disim u
lación v la sim ulación del co rtesan o ”, en M iguel M oran y B ernardo j. G arcía (eds.),
El Madrid deVelázquezy Calderón:Vi!!ay corte en el siglo XV11, M adrid, A yuntam iento de
283
E stu d io s d e c a so . D em o n o lu iJ Íd c ris tia n a v c u lt u r a U *!U osica c u el u m m lo ib é r ic o
M adrid y Fundación Caja M adrid, 2000, pp. 3 i 1-1 37; G abriela F, Canavese, “Ética
y estética de la civilidad b arroca. Coacción e x te rio r y «ohierno de la im agen en la
p rim e ra m o d ern id ad hispánica”, Cuadernos de Historia de España, 79 (2 0 0 3 -2 0 0 4 ),
pp. 1 6 7 -188.
4 Véase Perez Z ag o rin , ¡1'ái.v oj Lying: Disimulación, Persecución and Conjonniiy in Early
Modern Europe, C am bridge, H arvard U niversity Press, 1990; C ario G inzburg, II nicode-
mismo. SimuLuione e dissimulazione religiosa nel!’Europa del ‘5 0 0 ,lu r ín , Einaudi, 1970.
5Véase P edro Fraile, El vigilante de la atalaya. La génesis de los espacios de control en los
albores del capitalismo, Lleida, M ilenio, 2005, pp. 56 y ss; José A ntonio Maravall, La
literatura picaresca desde la historia social (Siglos X V Iy XVII), M adrid,T aurus, 1986, pp.
5 25 -5 9 0 .
6Véase Jaim e C o n treras, ‘‘Los orígenes de la inquisición desde el problem a co n v er
so: una h istoria de significados y rep resen tacio n es”, en Agostillo B orrom eo (ed .),
L’lnquisizione. Atci del Simposio internazionale Citta del Vaticano^ 29-31 ottobre ¡ 9 9 S ,
Ciudad del Vaticano, Biblioteca A postólica Vaticana, 2003, pp. 155-192; Benzion Ne-
tanyahu, The Origins o f the Inquisición in Lifteenth Century Spain) N ueva Y ork, R andom
H ouse, 1995 (cito p o r la edición en castellano: Los orígenes de la Inquisición en la España
del siglo AT, trad u cción de Angel Alcalá Gal ve y C iríaco M orón A rroyo, Barcelona,
C rítica, Í 9 9 9 , pp. 76 1-768 ); joseph P érez, Historia de una tragedia. La expuhión de ¡os
judíos de España, Barcelona, C rítica, 2001 (1 9 9 3 ), pp. 88-106; Julio C aro Baroja, Las
formas Complejas de la vida religiosa, M adrid, Sarpe, 1985, pp. 505-521.
28 4
F a b iá n A l c j ü n J ¡ o .C ^ m p ü¡'i¡¡c
1. La b r u j a y la e u c a r i s t í a
7 Slavoj Zizek, Die Pupe unJ ¡a 7>\cr.¡. Das Chrisiciuum zivischen Perversión und Subver
sión, F ran k íu rt, Suhrkam p Verlag, 2003 (cito p o r la edición en castellano: El títere y
el enano. El núcleo perverso del cristianismo, traducción de Alcira Bixio, Buenos Aires,
Paidós, 200S, p. 19).
ú “.-1 religión jor Jepurting Jrom teligion’\ al d ecir de M arcel G auchet; véase su Le Jé
seiuíumement du monde. Une histoire politique de la religión, Paris, G allim ard, 1985
(cito p o r la edición en inglés: The üiscnchantment o j the World: A Political hlistory of
Religión, tran slated bv O scar B urge, P rin c e to n , P rin e cto n U niversity Press, 1997,
pp. 101 y ss).
285
Estudios de caso. Demonología cristiana v cultura folklórica en e! mundo ibérico
los m ísticos.9 “¿A donde te escondiste, A m ado, y m e dejaste con gem ido?”,
preguntan los sa n to s.10 La invisibilidad, la inm aterialidad de aquella deidad
inasible desatan, en to n ce s, una frenética búsqueda del significante, de los
objetos, espacios y tiem p o s capaces de d e te rm in a r la presencia real de!
ente desencarnado. Por lo tan to , si con su Ascensión el hom bre-dios parecía
iniciar una nueva ex p erien cia de d esen can tam ien to del universo, desde un
com ienzo los cristianos se m o straro n em peñados en frustrar sus designios.
Así, las sucesivas cosificaciones de lo sobrenatural —los sacram entos, las
reliquias, las im ágenes, los altares, los sepulcros—no serían sino frenéticos
in ten to s p o r devolver a la tie rra al dios fugitivo, una m arcada preferencia
p o r el avatar de los orígenes (el h o m b re-d io s) en perjuicio del avalar del
triu n fo (el d ios-esp íritu ).
Este com bate p o r la cap tu ra de los significantes y de los sentidos nunca
adquirió m ayores dim ensiones que d u ran te el crucial perío d o de la historia
de la cu ltu ra occidental que se inicia con el segundo m ilenio. A p a rtir del
siglo XIII, de h echo, las p rim eras escaram uzas se transfo rm an en guerra
declarada. El p rete n d id o m o n o p o lio de la Iglesia latina com o in té rp re te
ex cluyente del E spíritu Santo, su pericia y destreza para la identificación
de significantes, fue p o r en to n ces co n testad o desde el in te rio r m ism o del
colectivo cristiano , com o p ro b ab lem en te nunca lo fuera antes ni lo sería
después. D os fenóm enos expresan m e jo r que ningún o tro las pretensiones
del verbo y del gesto reb eld es, el desafío de las in terp re tacio n es h e te ro
doxas del E sp íritu , el re to de la cap tu ra no autorizada del significante. Me
refiero a las herejías espiritualistas y al m isticism o fem enino.
D esde los inicios del siglo XIII hacen su aparición las prim eras m anifes
taciones de lo que luego se co nocería com o la herejía del Libre E sp íritu .11
9 M ichel d e C e rte a u , LaJable mystique. XVle-XVIle siecle, Paris, G alíim ard, 1982 (cito
p o r la edición en castellano: La fábula mística, siglos XVI-XVII, traducción de Jorge
López M o ctezu m a, M éxico, U niversidad Iberoam ericana, 1993, p. 12).
10 La referencia rem ite, po r supuesto, al desgarrador interrog ante con el que com ienza
el Cántico espiritual de San Juan de la C ruz.
" U na in tro d u c ció n al problem a de las sectas espiritualistas tardo-m edievales puede
hallarse en R o b e rt E. L erner, The Heresy oj the Free Spirit in the Later MiddleAges, N otre
D am e, U niversity o f N o tr e D am e Press, 199! (1 9 7 2 ); M alcolm L am bert, Medieval
Fleresy: Popular Moiementsjiotn the Gregorian Rcjorm to the Rífunnotion, O x fo rd , Black
w ell, 2002 (1 9 7 7 ), pp. 200-2.07. Véase tam bién la traducción inglesa del clásico de
286
Fabián AlcjauJio Campagne
H erb ert G ru nd m an n, que dedica un capítulo com pleto a la herejía del Libre Espíritu:
Religious Movements in the Middle Ages, N o tre D am e, Llniversitv o f N o tre D am e Press,
1995, pp. 153-185.
12 C itado p o r N o rm an C ohn, The Pursuit o j the Millenium: Revolutionary Millenarians
and Mysiical Anarchists ojthe Middle Ages, O x fo rd , O x fo rd U niversity Press, 1957 (cito
p o r la edición en castellano: En pos del Milenio. Revolucionarios milenaristasy anar¡.piistas
místicos de la Edad Media, traducción de fa tercera edición inglesa p o r Ram ón Alaix
Busquets, M adrid, Alianza, 1989, p. 154).
IJ Los p ro nósticos no se cu m p liero n , y en el m es de sep tiem b re la papisa y dos de
sus seguidores m orían en la hoguera; véase Barbara N ew n ian , From Virile iVoman to
IVomanChrist: Studies in Medieval Religión and Litemture, Filadelfia, U niversity o f Penn-
sylvania Press, 1995, pp. 182 y ss.
287
Estudios de caso. Demonoíooia cristiana v cultura i o 1k U>r ica en ci mundo ibérico
tan ilustres com o los alum brados e sp añ o les,14 los anabaptistas alem anes v
h o land eses,15 y los raniers ingleses. ir‘
De m anera casi sim ultánea irru m p e la rebelión del verbo fem enino. Se
trata del fenó m en o que A ndré Vauchez caracterizara com o una verdadera
invasión m ístic a .1' Esta nueva form a de santidad era mas fem enina que
m asculina, y parecía resistir cualquier in te n to de asimilación a un ordo
bien definido. En la iglesia p rim itiva, los rostros específicos de la santidad
fem enina habían sido los d e las m ártires; y en el alto m edioevo, jos de las
abadesas y soberanas piad o sas.ks En los últim os siglos de la Edad Media,
1! Una introducción apropiada al problem a de los alum brados españolea puede hallarse
en A lastair M arm itón, Heresv and Mvsticism in Sixteenth-Cemui \ $pa¡n:Thc Alumbrados,
C am bridge, jam es C larke, 1992.
lj Una sintética y clara introducción a la eclesiología v d o ctrin a espiritualistas del
anabaptism o renacen tista p uede bailarse en A. l.Y an D eu rsen , Hei kopergeld van de
Guadua Eeun, Assen and A m sterdam , Van G o reu m , I978-19S I (cito p o r la edición
en inglés: Plaiu Lives in a Cuíden Age: Popular Culture, Religión and Socieiv in Sevcnteemh-
Centurv llolland, C am bridge, C am bridge U niversitv Press, 19 9 1, pp. 30+-3 1S). Sobre
las pautas de organización de las com unidades anabaptistas véase jam es M. Stayer,
“A nahaptist M oravia, I 526 -1622: C om m inutarían C hristian ¡tv in O n e C o u n ir v”, in
Jam es M . Staver, The Cernían Pcasauis'War andAnabapiist Communiiy o f Goods, M ontreal,
M cGill Q u c e n ’s U niversity Press, 1991, pp. I 39-1 59. La referencia ineludible sobre
el tem a con tinú a siendo, p o r supuesto, el clásico de G eorge W illiam s, The Radical
Rcjormaiion, F iladeltia,T h e W estem inster Press, 1962 (edición en castellano: La Re-
ju tm a radical, M éxico, FCE, 1983).
Para la espinosa cuestión de los raniers ingleses véase C h risto p h er H ill, The World
Turned Upside Dotvn: Radical ¡deas duiing lite Engíish Revoluiion, L ondon,T em ple Smith,
I 972 (cito por la edición en castellano: El mundo irastoi nado. El ideario popular extremista
en la Revolución inglesa del siglo XVII, traducción de María del C arm en Ruiz de Elvira,
M adrid, Siglo XXI, ¡9 8 3 (1 9 7 2 ), pp 17 3 -246). La existencia de una secta y doctrina
tanta ha sido puesta en duda p o r Ja brillante nioiíOgi'aJ/a de j. C. Davis, Ecor, Mvrh
and tIi>ioiy:The R am as and the llistoi ians, C am bridge, C am bridge U niversity Press,
2002 (1 9 8 6 ), passim. En defensa de la p ostura de Hill véase G erald Avlm er, “Did the
R anters Fxist?”, Past and Presenr, 1 17 (1 9 8 7 ), pp. 208-219.
1; A n dre Vauchez, La sai mete en Decidan aux dem ias siécles du Moj en. Ige d ’aprés les pioces
de cuuon'nation a les documems 1iaí.jiographiaues, R om a, Ecole francaise de R om e, 1988
(1 9 8 1 ), pp. + 72-47 8.
15 P eter D inzelbacher, “Same o streghe. Alcun i casi del rardo m edioevo” , en Gabriel la
Z arri (e d .): Einzione e saniitá Lia medioe\ u ed etá moderna, ) urín, R osenberg & Selliers,
1991, p. 72.
¡xibiün A l c jj n d io C u w p u y n c
19A unque la m ística fem enina alcanza su m ayor desarro llo a p a rtir del siglo XIV, sus
prim eras m anifestaciones se p ro d u cen d u ran te el siglo XIII; véase Caroline W alker
B ynum ,“W om en M ystics in th e T h irte e n th C en tu rv :T h e Case of the N uns of H elfta”,
en C aroline W alker Bynum ,/i:ius as Mother: SluJics in ihe Spiritualiiy o f the Fligh Middle
Ages, Berkeley, U niversity o f California Press, i 984, pp. 170-262.
20 Para Santa M arie d ’O ignies véase Dyan H lliott, Proving ll'omu/i: Peínale Spirituality
and Inguisitional Cuhure in the Later Middle Ages, P rin c e to n , P rin c eto n U niversity
Press, 2 0 04 , pp. 4 7 -8 4 ; P eter D inzelbacher, “Sante o streghe. Alcuni casi del tardo
m edioevo”, pp. 66, 7 2 , 75.
21 Para A m aury de Bénc véase J. M . M . H .T hijssen, “M aster A m alric and the Arnalri-
cians: Inquisitoria! P ro ced ure and the Supression o f H eresy at the University o f Paris”,
Speculum, 71:1 (1 9 9 6 ), pp. 4 3-6 5 ; R o b e rt E. L erner, The Heresy ofthe Free Spirit in [he
Later Middle Ages, pp. 1 3 ,7 0 , 88, 185, 195, 237; M alcolm L am bert, Medieval Heresy, pp.
107-108; H e rb e rt G ru n d m an n , Religious ALovements in the Middle Ages, pp. 1 5 3 -1 6 !.
289
Esludios de caso. Demunulugía cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
la Edad M edia; la tercera será elevada a los altares en 1881, aún cuando
su proceso había com enzado en 13 19.22
H erejes y m ísticos habían liberado al esp íritu divino de las ataduras im
puestas p o r la iglesia gregoriana. La institución debía re c a p tu ra r al Espíritu
Santo, en cerra rlo nuevam ente tras los m uros de la fortaleza o rto d o x a. Lina
de las p rim era s reacciones de la religión oficial apuntará a acabar con el
significante fluido. La teología escolástica e x tre m ó los esfuerzos p o r anclar
en la m ateria, de una vez y para siem p re, a la elusiva divinidad cristiana,
p o r definir una nueva y definitiva neo-en carn ació n que co n trib u y era a
deslegitim ar ios intento s de captura ensayados p o r místicos y h erejes.23 Una
vez m ás, las coincidencias cronológicas nos abrum an. En 1 2 1 S se reú n e el
IV C oncilio de L etran , escenario elegido p o r la Iglesia latina para definir,
con una precisión nunca antes lograda, la presencia real v concreta del dios
encarnado en la eucarística. M ediante la in g en io sa—m ilagrosa—disyunción
de la form a y la sustancia de la m ateria ritu al consagrada, la transubstancia-
ción se convirtió en el m ás acabado, el más am bicioso in ten to de la teolooía
o rto d o x a p o r o fre c e r al colectivo cristiano una re-m aterialización plausi
ble del h o m b re -d io s.24 Los padres conciliares confirm aban que la Palabra
encarnada nunca se había re tira d o plen am en te. Aquella deidad enam orada
de la m ateria se había c o rp o riza d o p o r segunda vez en el sacram en to eu-
carístico. Por ello, desde el m o m e n to m ism o en que C risto exclam ó “Ene
es m i c u e rp o ”, la eucaristía devino el d em ostrativo p o r antonom asia, la
290
Fabián A le ja n d r o C a m p a g n e
2>A rm ando Maggi, In the Coiupanj' ofDemuns: Unnacural Beings, Lovc, and Idcm iij in ihe
Italian Renaissance, C hicago,T he U niversity o f Chicago Press, 2006, p. xi.
26 Para un brillante análisis de las relaciones e n tre eucaristía y E ncarnación véase Lee
Palm er W andel, The Eucharisc in ihc Reformación: Incarnauon and Liturgy, C am bridge,
C am bridge U niversity Press, 2005, pp. 4 0 -4 4 , 160-163, 256-262.
27 Peter D inzelbacher,“Sante o streghe. Alcuni casi dcl tard o m edioevo”, p. 75. Dinzel
bacher propone, sin em bargo, una interpretación diferente de la inedia sacram ental de
M arie d ’O ignies: se trataría de una respuesta lanzada desde el cam po de la ortodoxia
a la endura —suicidio p o r inanición- practicada p o r las perfectas cataras.
26 Un ejem plo tardío es el de Santa Rosa de Lima: Frank G raziano, Hí/u/nl> of'Love:
The Alystica! Marriage o f Saint Rose o flim a , O x fo rd , O x fo rd U niversity Press, 2004,
p. 46.
29 N ancy Caciola, Discerning Spirits: Divine and Demonic Possession in che Middle Ages,
Ithaca, C ornell U niversity P ress, 2 003, p. 289.
291
r.st. Üios de caso, Deinonolugía cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
292
F a lta n A lc ja u J io C a m p a g n e
i2 Véase David Keck, Angels and Angelology in the Middle Ages, N ueva York, O xford
University Press, 1998, pp. 7 1 - 1 14;T iziana S uarez-N ani, Les anges et la philosophie.
Subjeaivité et fonciion cosmologique Jes substances séparées á la f i n du XHIe siecle, París,
W in, 2002, pp. 27-32; Renzo Lavatori, Gli angelí. Storia epensiero, G énova. M arietti,
1991, pp. 146-152; Jean-M arie Vernier, Les anges chez Saint Ihomas d'Aquin. París,
Nouvelles Editions Latines, 1986, passim.
JJ Dyan E lliott, “O n Angelic D isem b o d im en t and the Incredible P urity o f D em ons”,
in Dyan E lliott, fallen Bodies: Polluiion, Sexuality, and Deinouology in the Middle Ages,
Filadelfía, U niversity o f Pennsylvania Press, 1999, pp. 127-156.
v Hans P eter Broedel, The Malleus Maíeficarum and the Consiruction ofWiichcrafi: En-
counters ivith the Supernalural between Theology and Populai B elief, Ph.D. dissertation,
University o f W ashington, 1998, p. 156. Esta tesis ha sido editada com o ¡íbro: The
Malleus Maíeficarum and the Construciion f)Vitcha-Lft:Theology and Popular Belief M an
chester, M anchester U niversity Press, 2004.
293
Estudios do caso. Demonolu^ía cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
11Véase W alter S tephens, Demou LuicisA Vttchcrafi, Sex, and che Crisis oj Relief, Chicago,
T h e U nivcrsity o f Chicago P ress, 2 002, pp. 32-124; Maaike van d e r Lugt, Le rer, le
demolí el la ticrge: Les ihéoiies medievales de la gcnciaiiun exiraardinaire. Une étude sur Ies
rapporis entre ihéologie, philosophie naiurelle et médeáne, París, Beller L ettres, 2004,
pp. 189-357.
36 K athleen Biddick, “T h e D evil’s Anal Eye: Inquisitorial O plies and E thnographic
A u th o rity ”, in K athleen Biddick, The Shock oj Medievalism, D urham , D uke U nivcrsity
Press, 1998, pp. 114-116.
Hans P eter B roedel, The Mallcus Maleficarum and ihe Consuuaíuti ajWiichcraji, pp.
141 y ss.
■ C harles E dw ard H opk in, The Sitare oj Titanias Aquinas in ihe Crumh o f cheH'iccherafi
Del lisian, N ueva York, AMS Press, 1984 (1 9 4 0 ), pp. 174-184.
í9 Las referencias a la profanación de la eucaristía p o r p a rte de brujas v dem onios
son in n u m erab les. Si n os circunscribim os a las fuentes m ás tem pranas podem os
hallar algunos ejem plos in teresan tes en Silvia B ertolin y Ezio E m erico G erb o re , La
stregoncria nellaYalle d ’Aasia medievale, Q u a rt (A O ), M usum eci, 2003, p. 74; Franck
294
Fabián Alcjundio Campagne
M ercíer, La l'auderie J ’Arras. Una chasse aux sorciéres a l ’Automne du Aloyen Age, Rennes,
Presses U niversitaires de R ennes, 2006, pp. 114-116; jean -P atrice B oudet, Entre
scicncc el ¡¡¡¿¡romance. Astrolo^ie, divination et magie dans ¡'Occidente medieval (Xlle-XVe
siécle), París, Publica tions de la S orbonne, 2006, pp. 481 y 4 8 3 ; Rene Filliol, “Procés
de sorcellerie á Bressuire (A oüt-S eptem bte 147S), Revuc historique de droitfrancois et
étranger, 42:1 (19 64 ), p. 79; M artine O sto rero , "Folátrer jvec Ies démons". Sabbat et chasse
aux sorciers aYevey (¡4 4 8 ), Lausana, Llniversité de Lausanne, 1995, p. 227; L'imatjinoiie
du sabbat. Edition critique des textes Ies plus anciens(1430 c - 1440 c.), réunis par M artine
O storero, Agostino Paravicini Bagliani y K athrin U tz T re m p , en colaboración con
C atherine C hene, Lausana, Llniversité de Lausanne, 1999, pp. 291, 347, 349, 371.
Para una visión general de la relación e n tre b ru jería y sacrilegio eucarístico véase
W alter S tephens, Demon Lovers, pp. 221-232.
295
Estudios de caso. Demonología cristiana y cultura folklórica cu el mundo ibérico
D ios n o m ata tan so la m e n te la cosa uiua, antes fáze resu citar las m u ertas.
M as este p u d o m atar el to ro e t n o n p o d ra fazer viuo ( . . . ) . M as si q u ier
q u el cream o s q u e fue n o m b re de D ios aquel quel d ix o , digagelo o tra
u ez, e t tó rn e lo uiuo; si n o to rn e m o s q u e fue n o m b re del diablo” ( . . . ) .
E Z a m b ri d ix o q u e lo n o n podrió fazer de ninguna m an era, m as que lo
resuscitasse sant S iluestre ( . . . ) . E desq u e la o ración fue acabada, llegosse
san t S ilu estre al to ro e d ix o a gran d es uozes: “n o m b re de m aldición e t de
m u e r te , assi c o m o e n tra ste p o r la o reia d este to ro , assi sal agora p o r el
m an d ato d e N u e s tro S eñ o r Ihesu C risto el N azareno qu e fue cruciíígado.
E tu , to r o , le u a n ta le en el su n o m b re m uy q u ed o e t m u y m anso e t ue
p o ral b u sto de las uacas o n d e u en iste , e t no fagas m al a n inguno” . E a
estas palauras d e san t S iluestre leuantosse el to r o .40
40 Primera Crónica General Je España, que man Jó componer Alfonso el Sabio y se continuaba
bajo Sancho IV en 1289 , edición de R am ón M euéndez Pida! el alii, B arcelona, G redos,
1955, pp. 189-190.
41 Slavoj Z izek, El títere y el enano, p. 38.
' 1 G eoffrey R o b e rt Q uaifé, GoJly Zea1 anJ Eurious Kage:ThelViich in Early MoJcrn Eu
rope, N ueva York, St. M a rtin ’s P ress, 1987 (cito p o r la edición en castellano: Magia
y maleficio. Las brujas y el fanatismo religioso, traducción de Jordi B eltrán, Barcelona,
C rítica, 1989, p. 31).
296
F a b iá n . ilc ja u d ru C a u ip a g n c
43 La Santa Biblia, traducida de los tex to s originales en equipo bajo la dirección del
Dr. Evaristo M artín N ieto , M adrid, E diciones Paulinas, 1980 (2 1 a edición), p. 1431.
La bastardilla es rnía.
44 Ibid., p. 1 343. La bastardilla es m ía.
" ’ A ndré M unzinger, Dhcerning the SpiritiiThL'ülogical and Ethical Ihiincneiuics in Paul,
C am bridge, C am bridge U niversity Press, 2007, pp. 191-196.
46 La Santa Biblia, p. 13SS. La bastardilla es m ía.
297
Eiludios de caso. Demonología cristiana y cultura folklórica en el mundo ibérico
298
Fabián Alejandro Campagne
49 M oshe Sluhovsky, Believe ¡wl Every Spirit: Possession, My,ih ¡,in, and Diseernment in Early
Modern Catholicism, Chicago, T he U niversity o f Chicago Press, 2007, pp. 173-179;
N ancy Caciola: Discerning Spirits:Diviue and Demonio Possession in the MtddleAges khaca;
pp. 284-314; Dyan E lliott, ProvingWoman: Eemale Spirituality and Inquisitiunal Culture
in the Later Middle Ages, pp. 256-263.
50 El análisis más com p leto de los ap o rtes de Jean G erson al rediseño de la discretio
spirituum se en cu en tra, a m i entender, en la todavía inédita tesis doctoral de W endy
Love A nderson, Eree Spirits, Presumptuous)Vomen, and Ealse ProphetsiThe Discernment o j
Spirits in the Late Middle Ages, Ph.D . dissertation, T he U niversity o f C hicago, 2002,
pp. 234-299.
si U na síntesis del rol que le cupo a Jean G erson en el C oncilio de C onstanza puede
hallarse en Brian P atrick M cG uire, jean Gerson and the Last Medieval Kcjormaiion, U ni
versity P ark,T he Pennsylvania State U niversity P ress, 2 005, pp. 240-283.
52 El carácter in finitam ente p ro teico del d em onio, que en tan to espíritu desencar
nado podía ad o p tar la apariencia que deseara, contribuía a p o ten ciar 1a ansiedad, la
desorientación y la sensación de indefención en que estaba inm ersa la alta cultura
299
L s tu d io s d e ca so . D e m o n o lo g ía c ris tia n a y c u iiu r a fo lk ló r ic a e n el m u n d o ib é r ic o
2. El saludador y la máscara
300
h a b id a A le ja n d r o C a m p a g n e
i4 Pedro C iru elo , Reprobación de las supersticiones y hechizarías. Libro muy útil y necessario
a todos ¡os buenos christianos, M edina del C am po, 1SS 1, fí. xxxviii r —xxxix r.
55 M artillo del Río, Disquisitionuin magicarum iibri sex, Lovanii, 1599, tom us prim us,
p. 41.
>6 G aspar N avarro, Tribuía! de Superstición Ladina. Explorador del saber, astucia,y poder de¡
Demonio; en que se condena ¡o que suele correr por bueno en Hechizos, Agüeros (...)y semejantes
acciones vulgares, H uesca, 1631, fol. 91 v.
301
Estudios de caso. Deniunoiooia cristiana v cultura lolklonca en ei mundo iDcnco
57 Eva Pócs, “Possession P h enom ena, Possession-System s: Som c E ast-C entral Euro-
pean E xam ples”, en G ábo r Klaniczay y Eva Pócs (eds.), CoimmmküU¡j with the Spirits,
Budapest, C en tral E uropean LIniversity Press, 2 0 05, p. 91.
iS Fabián A lejandro C am pagne, “C harism atic H ealing un Iberían Soif: An Autopsy of
a Mytliical C o m p lex in Early M o d e ra Spain”, Folklore, i 18:1 (2007), p. 53.
302
¡ d b iú u A lc jü u d i'o L d in p d g iie
>9 Fabián A lejandro C am pagne, “W itchcraft and the S ense-oí-the-lm possible in Early
M o d ern Spain: Som e R eíleclions Based on the L iterature o f S uperstition (c. 1500
- 1 8 0 0 ) ”, Harvard Theological Review, 96:1 (2 0 0 3 ), pp. 25-62.
60 Para el p ro b lem a de las relaciones e n tre objetividad, autenticidad e im aginación en
la dernonología m o d ern a véase S tu art C lark, lanicia ojthe Eye.l’ision in Early Modern
European Culture, O xford , O xford University Press, 2007, pp. 123-160; Claudia Swan,
Art, Science, and Witchcraft in Early Modern Holland: Jacques de Gheyn II (1SÓ5-1629),
C am bridge, C am bridge U niversity Press, 2005, pp. 175-194; Sabine M acC orm ack,
Religión in cheAndesAasion and Imaginarían in Early Colonial Perú, P rin c eto n , P rinceton
U niversity Press, 1991, pp. 15-35, 225-240.
61 Para ía relación entre m elancolía y dernonología véase R oger B artra, Cuhuray melan
colía. Las enfermedades del alma en la España del Siglo de Oro, B arcelona, A nagram a, 2001,
pp. 4 9 -6 3 ; Sidney Anglo, “M elancholia and W itchcraft: T he D ebate betw een VVier,
Bodin, and Scot”, en Brian Levaek (e d .), Ardeles ooWitchcraft, Magic and Dernonolog)-:
The Literature ojWnchcraJt, N ueva Y ork, G arland Pubiishing, 1992, pp. 137-156; H.
C. E rik M id elfo rt, “jo h an n W eyer and th eT ran sfo rm alio n o f the Insanity D efense” ,
in R o b e rt Po-Chia Hsia (e d .), The Germán People and the Rcjormanon, Ithaca, C ornell
U niversity Press, 1988, pp. 234-61; M ichel F o u cau lt,“Las desviaciones religiosas y el
303
Estudios de caso. Demonolo^ía cristiana v cultura folklórica en el mundo ibérico
304
fab'tjn Alejandro Compognc
S tu art C lark, Yanities o j the Eje, 204-235; Caciola, N ancy: Discerniny Spirits: Divine
and Deuionk Possession in the Middle Ages, pp. 31 -125, 176-222.
“ Dyan E lliott, “Seeing D ouble: John G erson, the D isc ern m en t o f S pirits, and Joan
o f A re”, American Histórica! Review, 107:1 (2002), p. 27.
67 M oshe Sluhovsky,“D iscerning Spirits in Early M o d ern E urope”, en G ábor Klaniezav
y Eva Pócs (eds.), Communicatínci niih the Spirits, p. 53. La traducción del inglés es mía.
La fecha d e la edición p ríncipe de la Reprobación de C iru elo continúa siendo m a te
ria de discusión hasta el presen te. En cualquier caso, la m ás antigua de las ediciones
extensas conservadas es la salm antina de 1538; véase Lou Ann H om za, Religious
Audiority in the Spanish Renaissance, Baltim ore, T he John H opkins U niversitv Press,
2000, p. 199.
°9 Fray M artín de C astañega, Trazado de las Supersticiones y Hechicerías, edición con
estudio prelim in ar y n otas de Fabián A lejandro C am pagne, Buenos A ires, Facultad
de Filosofía y L etras/U n iv ersid ad de Buenos A ires, 1997, pp. 95-98.
305
Estudios de caso. Demonulo^ía cristiana v cultura lolklóriea en el mundo ibérico
M artín del Río exclam ara: “¡Es francam ente difícil d istinguir el pacto con
el dem onio del efecto n atural o m ilagroso!”74.
P rim e r ensayo: el c u r a n d e r o y el s a lu d a d o r
Alan M acLirlane, Wiiclicaift in Tudur and Stuart England: A Regional and Comparadve
Siudy, P ro sp ect H eights, Illinois, Waveland Press, 1991 (1 9 7 0 ), pp. 11 5-1 35; Keith
T hom as, Religión and the Decline o f Magic: Studies in che Popular Bchef in Sixteauh and
Sciaueem h Caitury England, L ondon, Penguin, 1991 (1971), pp. 212-251; R o b ert
M uchem bled, Culture populaire et culture des élites dans la Frunce inodernc (X Ve-XVIlle
siécles), París, F lam m arion, 1978, pp. 109-116; Francois Bordes, Sordas ei Sorciéres.
Procés de sorcellerie en Cascogne et Pays Basque, T oulouse, Privat, 1999, pp. 162-167;
Jeanne Favret-Saada, Les mots, la niort, les sorts, París, G allim ard, 1977, passim.
/6 O w en D avies, Popular Magic: Cunning-Jolk in English History, pp. vii, xi, 10-11,
1 4 ,9 3 -1 1 8 .
" T o m o la ex p resión theater o f auihority del análisis que David F ra n k íu rter dedica al
accionar ritu al d e los denom inados “e x p e rto s en la identificación dei m al”: Evil In-
carnale:Rumors ofDanonic Consyiracy and Satanic Abuse in History, P rinceton, P rinceton
U niversity P ress, 2 00 6, p. 38.
O w en D avies, Popular Magic: Cunning-Jolk in English History, p. ix.
'9 Ibid., p. 163. La distinción en tre cunning m en y chaimas propuesta po r O w en Davies,
en cam bio, p arece re m itir a un fenóm eno m eram en te insular. En el resto de Europa,
ios especialistas carism áticos activos en el m undo ru ral poseían de m anera sim ultánea
los trazos distintivos de los cunning-men y las características que O w en Davis atribuye
a los charmers ingleses. Los saludadores ibéricos, por caso, poseían sus poderes ta u
m atúrgicos desde la cuna -u n rasgo que Davis atribuiría a los encantadores-, pero
sim u ltán eam en te cobraban p o r sus servicios (com o lo dem uestran los estipendios
308
ix iL ijn A le ja n d r o ta n ip ü ijn c
A escala eu ro pea, los wise-Jolk asum ían con frecuencia identidades m íti
cas prestigiosas que contribuían a p o ten ciar los aspectos carism áticos de su
oficio. Wolfgang B ehringer atribuye esta táctica a los líderes de las pequeñas
com unidades valdenses de los Alpes O ccidentales, que legitim aban su fama
de santidad y sus v irtud es taum atúrgicas a p a rtir de las travesías en éxtasis
que se les atrib u ían .80 Según la tesis del h isto riad o r y folklorista holandés
W illem de B lécourt, algo sim ilar ocurría con los célebres benandanti friula
nos. En una aguda crítica del análisis del m ito realizado p o r Garlo Ginzburg,
D e B lécourt sostuvo que los benandanti eran, antes que nada, sanadores
populares y neu tralizadores de hechizos. Las narraciones referidas a sus
travesías y batallas en éxtasis eran sim p lem en te un m edio para potenciar
aquellas otras habilidades, un ardid para am pliar su influencia y prestigio
locales, una mise-en-scéne orien tad a a seducir a sus clientes y vecinos, ins
talando la sensación de que sus v irtudes taum atúrgicas y antib ru jeriles
derivaban de sus experiencias ex-som áticas.sl Se trataría del fenóm eno que
los folkloristas anglosajones denom inan acts oj ostemion, la puesta en acto
de narrativas tradicionales, de com plejos legenda! ios asum idos y actuados
en la vida real p o r actores sociales concretos; en tales circunstancias, no
son los hechos los que se conv ierten en n arració n , sino los relatos los que
devienen m apas de acción co lectiva.82 D e hecho, de un e x tre m o a o tro del
co n tin ente se detectan leyendas protagonizadas p o r héroes que e n tran en
contacto con habitantes de m undos paralelos —hadas, elfos, tro lls, ángeles,
dem onios, los espíritus de los m u e rto s—y creencias que postulan que los
que les pagaban los concejos cam pesinos) y detectaban brujas y m aleficiados —dos
rasgos que el h isto riad o r inglés atribuiría a los wise-folk■ véase al resp ec to O w en
Davies, “C h arm ers and C harm ing in England andW ales from the E ighteenth to the
T w entieth C en tu ry ”, Folklore, 109 (1998), pp. 41-5 2 .
S0\Volfgang Behringer, “How W aldensians Became W itches: H ered es a n d ! h eír Jour-
ney to the O th e r W orld”, en G ábor Klaniczay y Eva Pócs (ed s.), Communicating with
the Spirits, pp. 178-182.
M W illem de B lécourt, “S puren einer V olkskultur o d e r D am onisierung? K ritische
B em erkungen zu G inzburgs ‘B enandanti’”, Kea. Z eiu ch n jtjiir Kuliuruissemchaften, 5
(1993), p. 24.
íí" Stephen M itchell, “A case o f w itchcraft assault in early n in eteen ih -cen tu ry En
gland as ostensive action ”, in W illem de B lécourt and O w en Davies (eds.), Witchcraft
Contiuued: Popular Magic in Modern Europe, M anchester, M anchester U niversity Press,
2004, pp. 21-22.
309
b u l a d l o s tle caso. D e m o n o l o g í a c r i i ü a n a y c u l l u r a í o l k ló r ic a e n el m u n d o ib é r i c o
310
Fabián A le ja n d r o C tniipagnc
SU
C st u d io s tic caso. D e m o n o l o u i a c r i s t ia n a y c u l t u r a Soiklúrica c u e! m u n d o i b é r ic o
51 M arc Bloch, Les rois thaumaiurges, S trasbourg, Publications de la Faculté des L ettres
de Strasbourg, 1924 (cito por la edición en castellano: Los reyes laumaiuryos, traducción
de M arcos Lara, M éxico, FCE, 1988, p. 274).
91 F rancisco Vaz da Silva, “Ib erian se v e n th -b o rn c h ild re n , w erew olves, and the
dragón slayer: A case study in the compara ti ve in te rp re ta tio n o f sym bolic praxis and
íairytales”, Folklore, 114:3 (2 0 0 3 ), pp. 335-353.
93 G aspar N avarro, Tribvnal de Superstición Ladina , fol. 91 r. La bastardilla es m ía.
3 12
ia b iá ii A le ja n d r o C a n ip a q n c
54Valérie M olero, Magie ci so icelktie en Espugue uu siecle Jes Lumicrcs, 1 7 00-1820, París,
L’H arm attan , 2 0 0 6, pp. 131-132.
93 Pablo de G orusábel, Noticia de las Cosas Memorables de Guipúzcoa o Descripción de la
provincia y de sus habitadores: exposición de las instituciones,jueros, privilegios, ordenanzas y
3*3
E st u di os d e caso. D e m o n o lo p ía c ris tia na v c u h i i r a lo lk ló ric a e n el m u n d o ib é r ic o
E n o c a s io n e s n o e r a n lo s p a d r e s , s in o lo s m is m o s s a lu d a d o r e s e n e j e r c i
c io lo s q u e c o n t r ib u ía n a la r e p r o d u c c i ó n d e l c o le c tiv o d e s a n a d o r e s c a ris -
m á tic o s . A sí s e d e d u c e d e l p r o c e s o i n q u is ito r ia l c o n t r a A n d r é s M a s c a r ó n ,
u n o d e lo s m á s c e l e b r e s s a lu d a d o r e s d e la p r i m e r a m ita d d e l sig lo X V II:
d e edad + 0 año s, y qu e n a s d ó en S alvatierra, en las m ontañ as de A ragón,
y d esde edad de 12 años se crio en Z aragoza, a don d e se casó y lia residido
y q u e liabia usado el oficio d e sastre y c o c h e ro . Y que desde el año 1617,
hace el o lid o de sa lu d ad o r, y con ocasión del oficio de saludador había
an d ad o p o r los lugares del R eyno de A ragón. Y que se puso a hacer este
oficio porque le dixeron los saludadores que cenia i irtud para saludar y c u rar de
rabia, y q u e ten ia la ru e d a de Santa C atalina debaxo la lengua, porque Ies
habia dicho que era hijo sereno, varón, de su madre, y que le enseñaron lo que
habia de hacer para curar de rabia.96
leyes: reseña del gobierno civil, eclesiástico y militar: idea de la administración de justicia, etc,
Tolosa, Im pren ta de E. L ópez, 1899, to m o 1, p. 359. La bastardilla es mía.
96 Anuel C ari L acruz, Brujería e Inquisición en el Alto Aragón en la primera mitad del siglo
X 17/, Z aragoza, D iputación G eneral de A ra g ó n /D e p a rta m e n to de C ultura y Educa
ción, 1991, p. 351. La bastardilla es m ía.
3M
Fabián A le ja n d r o C ain p a g n e
Tam bién los zahoríes ibéricos re cu rrían a estrategias sim ilares, com o lo
dem uestra el proceso que la inquisición sevillana le inicia a Luis F ernández
Pérez en 173S.9s
En ocasiones, los cu randeros que se autoprocíam aban saludadores reve
laban de m anera detallada las artim añas a las que rec u rrían para en carn ar
el m ito. Tal es el caso del zapatero G abriel M onteche, procesado p o r el
tribu nal inquisitorial de Zaragoza en 1619:
avia h ech o ollieío de sa lu d ad o r m uchos años, fingiendo q u e tenía v irtud
para c u ra r m o rd e d u ra s de p e rro s raviosos y para cu rar de o tra s e n fer
m ed ades y lib rar los té rm in o s de p ied ra, diziendo q u e tenía en un braco
la ru e d a d e Santa C atalina y en o tr o braco una cruz, las quales se avia
hech o con una aguja para en g añ ar y d ar a e n te n d e r qu e avia nacido con
ellas. Y q u e las enseñava a m uchos para q u e creyesen q u e tenía v irtu d
( . . . ) y q u e asim ism o dava a e n te n d e r q u e era hijo sé tim o y qu e tenia
v irtu d y gracia d e D io s ."
315
E s tu d i o s d e caso. D e m o n o l o g í a e r i s ü a n a v c u l t u r a í o l k l o r i c a e n et m u n d o i b é r ic o
I0' Eva Kushner, “T h e E m ergence o f the Paradoxical Self”, in jonathan H art (ed.),
Itiiüíjiniiiij Calcare: Essajs in Early Modern History and Liituxiiure, Nueva York, Garland
Publishing, 1996, p. 45.
Iu' Stephen G reen b latt, Rcnoissanee Self-Foshioning: From More lo Shakespeare, Chicago,
The Chicago U niversity Press, 1980, pp. 1-3; John Jeí fríes M artin, Mjalis oj Renaissance
InJiviJiiúlism, Basingstoke, H am pshire, Palgrave M acm illan, 2004, p. 16.
3 16
F a b iá n A l e j a n d r o C o m p a g n e
S e g u n d o ensayo: el p á r r o c o y el s a lu d a d o r
318
F a b iá n A l e j a n d i o C o m p u ^ u e
yores to rm e n to s que [el santo] sentía era verse h o n rad o de los ho m b res v
con opinión de santo. Para esto pedía a Dios ( . . . ) que m uriese d onde no
fuese conocido, para que ni en vida ni en m u e rte le h o n rasen ”. 111
Para principios del siglo XVII, los cu randeros que encarnaban el m ito
del saludador habían logrado co n fo rm ar con éx ito un sistem a cerrad o de
santidad que se sustentaba, al igual que el estereo tip o canónico, sobre un
conjun to de rasgos e x te rn o s fácilm ente im itables. En consecuencia, la
m ím ica com o recu rso para re d u c ir el desafío de la o tred ad se conv irtió en
una estrategia al alcance de los propios agentes de la religión oficial, que
disputaban con los saludadores el m on o p o lio de lo sagrado en las áreas
ru ra le s.112 H allam os un ejem p lo paradigm ático en el Patrocino de ángeles y
combate de demonios, publicado en 1652 Fray Francisco de Blasco Lanuza.
U n sacerdote a cargo de la p arro q u ia de la N uza, en el obispado aragonés
de Jaca, com enzó a divulgar la noticia ele que había recibido el p o d e r de
curar el mal de la rabia p o r in tercesió n de Santa Q u iteria:
ay u n lu g ar en este O b isp a d o de Iacca, q u e se dice la N uza; y algunos de
sus P arro ch o s, en siglos p reced id o s, no sin impulso celestial, t omencaron a
dar bendiciones sobre los hombres y animales mordidos de perros rabiosos, inuo-
cando /a intercesión de S. Quiteña. V ieron q u e to d o s sanauan; y co m en co a
diuulgarae la gracia qu e en ellos se e x p erim en tau a; d e tal m an era, que
acudían los infectos de tan pen o so y m ortal achaque ( . . . ) a re c e h ir p o r sus
m an o s el re m e d io . Q u a n d o e n tro el R e to r p re c e d e n te al q u e aora viue,
n o hallo escrito ni el o rigen d e tal gracia, ni sabia au erig u ar si era gracia
co n ced id a a los P arro ch o s d e aquella fam ilia; que fu ero n m uchos años
111 José Luis Sánchez Lora, El Diseño de la Santidad. La desfiguración de San Juan de la
Cruzs H uelva, U niversidad de H uelva, 2 0 04, p. 90.
112 D e hech o , el esp íritu de com petencia local con frecuencia inducía a los sacerdotes
católicos a tran sg red ir la fro n tera que separaba ia religión oficial de la cultura folkló
rica. En un trabajo ya clásico, M ary O ’N eil sostiene que el 20 % de las acusaciones de
superstición investigadas p o r la Inquisición de M odena en tre 1580 v 1600, im plicaban
de m anera d irecta a sacerd otes y clérigos católicos: M ary O ’N e il,“Sacerdote ovvero
Strione: Eccfesiastical and S uperstitious R em edies ín S ix teen ih -C en tu ry ítaly”, en
Steven L. Kaplan (e d .), Understanding Popular Culture: Europefrom the Middle Ages to
the Nineteenth C e iu u r j, Berlín y N ueva York, M outon, 1984, p. 56. Para un ejem plo
de sacerdotes u su rp an d o las funciones de los dci-ins-guei isseurs del ducado de Lorena
véase R obin Briggs, TheWitches o f Lorraine, Nueva York, O xford U niversity Press,
2007, p p . 182-190.
319
Es tu d i o s d e caso. D e m o n o l o g í a cr i st ia n a v c u l t u r a f o lk l ó r ic a e n el m u n d o i b é r ic o
320
Fabián Alejandro Campagne
111 David G entilcore, Flealersand Fiealing in Early Modern haly, M anchester, M anchester
U niversity Press, 1998, p. 106.
116Véase Francois D elp ech , “La ‘m a rq u e ’ des sorciéres: logíque(s) de la stigm atisa-
tion diabolique”, en NicoJe jacques-C haquín e t M áxim e Préaud (d irs.): Le sabbat des
sorciers en Europe (XVe-XVlIIe siécles), G renoble, jé ró m e M illón, 1993, pp. 347-36S;
N icole B elm ont, Les signes de la naissartce. Fuide des représenrations symholiques as.sociées
aux naissances singuliéres, París, Plon, 1971, pp. 19-65.
117 Para la noción de “te rrito rio de gracia” véase Keith Luria, Territories of Grace: Cultural
Change in the Seventeenth-Ceniury Diocese o j Grenoble, Berkeley, U niversity o f California
Press, 1991, pp. 93-9 4.
321
Se especializaba en el cáncer de pecho. Las m ujeres sanadas m antenían viva
sil em oción cuando narraban lo sucedido cuarenta años más tard e, d urante
el proceso de beatificación del franciscano; ante el re q u e rim ien to de las
autorid ades apostólicas, descubrían sus pechos y m ostraban la señal de la
cru z que se m antenía indeleble sobre la piel desde el m o m e n to m ism o en
que Fray A ndrés la trazara. C uraba tam bién o tro s males. L am iendo y san
tiguando, prestaba su asistencia d u ra n te los p arto s difíciles. A las m ujeres
afectadas p o r terrib le s flujos de sanare les colocaba vendas bien ensalivadas
a lred ed o r del vien tre. Lo m ism o hacía con los tu m o res oculares Jv co a las
inflam aciones genitales. Al igual que o tro s sanadores tradicionales, Fray
A ndrés tenía el don de la adivinación. Em anaba de su cu erp o un o lo r a
rosas que im pregnaba cualq u ier lugar p o r el que p a sa b a ."8 C uando m urió
a los seten ta años, un calor re p e n tin o b ro tó de su cu erp o y gotas de sudor
de grandes dim ensiones h u m ed eciero n su frente, revelando una naturaleza
ígnea equiparable a la de los m ism os salu d ad o res.1''"'
La figura de Fray A ndrés de la Rosa resultaba am bigua desde la p e rs
pectiva de los m o delos de santidad im pulsados p o r la C o n trarrefo rm a. Por
un lado, hacía gala de un proverbial h um ildad: jam ás levantaba la vista del
suelo, se alim entaba a base de pan y agua, d o rm ía en el suelo, caminaba
descalzo, evitaba m o n ta r en carretas o cabalgaduras, po rtab a un cilicio,
se flagelaba con frecuencia. Sin em b arg o , sus do tes taum atúrgicas atraían
m u ltitu d es: lejos estam os aquí de la pudorosa reserva m anifestada por
C arlos B orrom eo o Juan de la C ruz.T al vez p o r ello la o rd en to m ó a b ru p
ta m e n te la decisión de su sp en d er el p ro ceso de beatificación del fraile.1’0
El legajo y la encuesta co rresp o n d ien tes fueron red escu b ierto s en 1982,
en el convento franciscano de V alencia.1-1
T ercer ensay'o: el in q u is id o r y el s a lu d a d o r
121 A p a rtir del red esc u b rim ien to del proceso tle beatiíicaeión Juan Blázquez Miguel
escribió una biografía del franciscano: Juan Blá/.ques M iguel, Fray Andrés de la Rosa.
El Padre Samo deYecla, Yecla, A yuntam iento deYecla, 1982.
1-2 A ndrew W. K eitt, Inventing the Sacrcd, p. 163; Fabián A lejandro C am pagne, Flomo
Catholicus, Flomo Snpcrsritiotus, p. 445; P eter B urke, “ H o w to be a C ounter-R etorm añon
Saint”, in P eter Burke, The Histórica! Anthropology oj Early Moilcrn ha ly, C am bridge,
C am bridge U niversity Press, 1994 (1 9 8 7 ), p.SO.
Es tu d i o s f ie caso. D e m o n o l o g í a cr i st ia n a y c u l t u r a í o l k lo r ic a e n el m u n d o ib é r ic o
324
Fahlóri A l e j a n d r o i ü i n p a q n e
C ontesta: Lo cierto es que aunque el vulgo dize que los saludadores tienen
v irtu d , n o dexa d e se r m ateria m u y sospechosa ( . . . ) Lo q u e dizen los
d o cto res en este p u n to es que si la persona q u e cura es pía y virtuosa, y no
se halla en su m o d o d e c u ra r vana circunstancia, se p u e d e p e r m itir .121
3^5
E s t u d i o s d e caso. D e m o n o i o a ú c r i s t ia n a v t u i i u r a l o l k l o n c a e n el m u n d o nx-i ico
326
Fahi cin A le ja n d r o C a m p a g n e
condimente, es, sin embargo, un indicio vehemente Je \i tal virtud de obrar tales
maravillas es de Dios o del demomo. P o r eso, cuando ios que hacen estas
cosas son h o m b re tle vida re p ro b a b le , m ás bien han de re p u ta rs e p o r
h ech icero s q u e p o r p o se ed o re s de las gracias gratis dad as. l2i>
l2ü Francisco de V itoria, De magia, p. 1259: “M x gratiae per disciplinan et ariem possidentur.
Sed, ut ait Apostolus: Omnes gracias operatur unus et ídem spiritus, dividens singulis prout vuh.
Magi autem alii ab aliis accipiunt ain arcan, autjacuhatem. Et licet bono, aut mala vita non
sit omnino ejjicax signuni et argumentum an virius facienJi buiumiodi mirabilia sil a Deo,
vel a daemone, tomen est magntim indicium. Unde qui hace operantur, si prorsus sint. bomines
inwrobatae vitae, credendi potius malejici, quam gradarían po^essores”. La bastardilla del
te x to castellano es mía.
129 Véase jaeques Vidal, ‘"L’arbítraire des juges d ’Eglise en m atiére de sorcellere”, en
N icole Jaeques-C haquin et M áxim e P réaud, Lesabbat dessorciers en Europa (XVe-XVUle
siecles), pp. 75-8 6 ; María íausiet, Ponzoña en los ojos. Brujería y superstición en Aragón en
el siglo XVI, Z aragoza, Institución Fernando el C atólico, 2000, pp. i 85-215; Chris-
tina L am er, Enemies oj God:The\Vitch Hunt in Scotland> B altim ore,T he John H opkins
LIniversity Press, 1981, pp. 66-68; Jam es Sharpe, Instruments ofDarknessrWitchcriift in
Earlv Afodern England, Fiíadelfia, LIniversity o f Pennsylvania Press, 1996, pp. 2 ] 3-234;
Wolfgang Behringer, Hexenvcrjolgung in Baj-ernA'olksmogie, Glaubenseifer und Staaisrason
in der Friihen Neuzeit, M unich, R. O ld en b o u rg Verlag, 1987 (cito p o r la edición en
ing\és:\Vitcbcrqj[ Persccution in Boyaría: Popular Magia, Religious Zealotry and Reason oj State
in Early Modern Europe, translaícd bv J. C. G rayson and David L ederer, C am bridge,
C am bridge LIniversity Press, 1997, pp. 2 1 5 ,2 3 1 ,3 1 2 ) ; Brian Levack, TbelVitch Hunt
in Early Modern Europe, Londres, Longm an, 1987 (cito p o r la traducción castellana
d e la segunda edición en inglés: La caza de brujas en 1a Europa moderna, traducción de
José Luis Gil A ristu, M adrid, Alianza, 1995, pp. 108-117).
327
clave de la virtu d p erso n al, sólo que ahora lograban im bricar “pureza de
costum bres” y“virtud sanadora” con argum entos más sólidos. En electo,
al lim itar la causalidad divina d irecta - e l don so b ren atu ral— al p rim e r
g ru p o de saludadores —el de los v erdaderos sa n to s-, desligaban la noción
de gracia gratis data de la figura del saludador. Si éste efectivam ente c u
raba, lo hacía p o r una co m p lex ió n p artic u la r de su naturaleza, no p o r el
regalo de un don so b ren atu ral. A hora resultaba posible ligar la pureza de
co stu m b res a la v irtu d sanadora de los taum aturgos pop u lares, p u esto que
va
J
no se trataba de una Ogracia Ogratis dada; Jv en consecuencia,’ la ausencia
de c o m p o rtam ie n to s y conductas ex te rio re s asociadas al e stereo tip o de
la santidad perso nal to rn a b a teo ló g icam en te plausible la asociación e n tre
el d em o n io y el saludador.
El objetivo de los inquisidores locales era el m ism o que el de los intentos
an terio res ensayados en España: la apropiación del com plejo del saludador;
sólo que ahora la form ulación alcanzaba una consistencia intelectual de que
carecían los esfuerzos previos. En efecto, con el tex to de Dos Saludadores el
Santo O ficio p o rtu g u é s lo g ró fabricar un saludador abstracto, un e ste re o
tip o estrech am e n te relacionado con los p arám etro s de santidad personal
y pureza de costu m b res p ro p u g n ad o s p o r la m oral trid e n tin a , de m anera
de to r n a r p ráctica m e n te inviable la encarnación real de la nueva ííg u ra .'5’
La estrategia tran sfo rm ab a al carism a de sanación en una tautología, pues
lo ligaba de m anera indisoluble a la v irtu d personal y a la d o ctrin a de la
Iglesia. La carga de la p ru e b a se había in vertido: no sólo los m ilagros no
eran ya p ru eb a de santidad, sino que ellos m ism os necesitaban pruebas
adicionales p ara ser aceptados com o ta le s.|3Í Por ello, lejos de considerar a
la totalidad de los saludadores com o agentes diabólicos, com o querían los
teó log os del siglo XVI, los inquisidores p o rtu g u eses los calificaron in tozo
co m o agentes divinos. Para ser considerado saludador, un c u ran d ero rural
debía en carnar en su persona la ascética pureza del santo c o n t r a r r e f o r m a d o
—co m o Fray A ndrés de la Rosa en la segunda m itad del siglo XVI.
::: R esulta sugestivo que esta m ism a ecuación e n tre dones sobrenaturales y virtud
p erso n al tam b ién sirviera para to rn a r inviable o tro com plejo m ítico que du ran te
siglos desalió ex ito sa m e n te a la religión oficial: el don taum atúrgico de los m onarcas
franceses; véase Jeílrey W. M e rrick , The Desacrali/ation oj the French Monarchy in ihe
Eighteenth Century, Baton R ouge, Louisiana State U niversity P ress, 1990, p. 20.
’' A n drew W. K eitt, lnventing the Sacred, pp. 180.181.
330
Fabián Alejandro Campagne
134 C om o sostien eT irn othy W alker, “indeed, hloly Office personnel seemed to have, hccn the
mosc agirated —everi unnerved- when they occasionally cncountcrcd saludadores who askcdJor
no specific sum in returnjor iheir services, asserüng that ir was unsccmíyjor a man o f God to
solicit remunerar ion” (T im oihy D. W alker, Doctors, Folk Medicine and the Inguisition, p.
67): “de h echo, el personal del Santo OFicio parece haberse sentido p articu larm en te
agitado —incluso ir r ita d o - cuando ocasionalm ente se encontraba con saludadores
q ue n o pedían dinero a cam bio de sus servicios, afirm ando que para un h om bre de
Dios resultaban im p rop io solicitar una rem u n era ció n ”; la traducción del inglés es
m ía).T am po co cobraba nada a sus clientes el cu ran d ero G eró n im o de Solané, más
conocido com o elT ata D ios, quien en 1872 provocó una m asacre de inm igrantes en
Tandil, en la provincia argentina de Buenos Aires; véase John Lynch, Massacre in the
Pampas, 1872, N o rm an , U niversity oi O klahom a Press, 1998 (cito p o r la edición en
castellano: Masacre en las pampas. La matanza de inmigrantes en Tandil, 1872, traducción
de M aría Teresa La Valle, Buenos A ires, E m ecé, 2001, p. 116). Es necesario aclarar,
sin em bargo, que los sanadores carism áticos que afirm aban no cobrar nada p o r los
servicios prestados con frecuencia participaban de los sistem as locales de re c ip ro
cidad equilibrada, lo que im plicaba que m uchas de sus tareas eran rem uneradas
en especie; véase Sabina M agliocco, “W itchcraft, H ealing and V ernacular M agic in
Italy”, en W illem de B lécourt y O w en Davies (eds.), Witchcraft Continued, p. 163;
O w en Davies, Popular Magic: Cunning-Jolh in English History, p. 86. Estas estrategias
de in tercam bio no m ercantilizadas que se practicaban en las com unidades rurales
p re-in du striales perm itían ínvísibilizar, a los ojos de los inquisidores, el carácter in
teresado de las curas practicadas p o r los cunning-men cam pesinos. Los estudiosos del
cham anism o siberiano d e te c ta ro n casos de especialistas locales que recibían p o r sus
servicios pagos en din ero o diezm os regulares, p ero tam bién hallaron practicantes
q ue debían co n ten tarse con la celebración de un festival en su h o n o r o con el respeto
y la g ratitu d de sus com unidades (R onald H u tto n , Shamans: Siberian Spirituality and
theWestern Imaginarían, p. 100).
331
t.sriKÍ¡os d e ca so. D e m o n o l o g í a c r i st ia n a v c u l t u r a f o lk l ó r ic a e n el m u n d o i b é r ic o
sacerd otes sim o n íaco s.1,0 El recu rso al d erech o de excepción p ropuesto
p o r Francisco de V itoria resultaba una vía m enos traum ática: se suspendía
la vigencia de la d o ctrin a sin negar ab iertam en te sus postulados.
Esta estrategia alcanzará un grado m ayúsculo de p erfección a finales
del siglo XVII, gracias a un nuevo reg lam en to sobre los saludadores fo r
m ulado p o r la Inquisición p o rtu g u e sa.T a n to C iru elo com o V itoria habían
im pulsado con sus m aniobras la dem onización del adversario; para facilitar
la tarea de la discretio spirituum, anulaban uno de los tres um brales de p o
sibilidad p o ten cia lm e n te vigentes detrás de la figura del saludador: el ordo
sob ren atu ral. El objetivo explícito de am bos teólogos era la desaparición
de la creencia, la d e stru cció n del m ito. Fiem os visto, sin em bargo, que
algunos agentes vernáculos de la religión oficial ensayaron una estrategia
diferen te, buscando en c a rn a r en la perso n a de los sacerdotes consagrados
la figura del saludador. Al igual que C iru elo y V itoria, p reten d ían ligar así
la gracia gratis data a la santidad de la perso n a o del m in isterio oficiantes;
p ero a diferencia de aquellos, no perseguían la supresión de la creencia, no
p reten d ían su p rim ir su m em o ria: en to d o m en o s en el n o m b re, A ndrés de
la Rosa y los p árro co s de la N uza asum ieron los trazos del saludador.
El Santo O ficio lusitano avanzará con audacia en la m ism a dirección. En
1690, la Inquisición p o rtu g u esa aprobó un d o cu m en to titulado Dos Saluda
dores. Se tra ta de un te x to ex tra o rd in ario , que lleva hasta sus m ism ísim os
lím ites el ensayo de apropiación clerical del com plejo del salu d ad o r.131 A
diferencia de Fray A ndrés y de los curas aragoneses, los inquisidores p o rtu
gueses asum irán incluso el n o m b re m ism o del adversario. D e hecho, el d o
cu m en to com ienza afirm ando que Dios es el único saludador verdadero. La
aplicación del té rm in o saludador a la divinidad m ism a llevaba la táctica de
(re)cap tu ra del E spíritu hasta niveles nunca antes alcanzados. La ingeniería
destinada a la apropiación plena del significante continuaba luego con una
m aniobra que superaba los in ten to s previos ensayados p o r los agentes del
catolicism o español. E xisten dos tipos de saludadores, según el p arecer de
los inquisidores p o rtu g u eses: quienes curan p o r v irtu d divina —los ángeles
i3° K athleen G. Cushing, Rejorrn and ihc Papacy in the Elcrcmh Cenrury: Spirituality and
social change, M anchester, M anchester lln iv ersitv Press, 2005, p 96.
131 Para !o que sigue m e baso en la descripción del do cu m en to realizada p o rT im othy
D .W alker, Doctors, Folk Medicine and the ¡nquisition:The Rcpression ojM agical Hcaling in
Portugal during rhe F.nlightmem, L eklen, Brill, 2005, p. 298.
328
Fabián Alejandro Cnmpaqnc
329
clave de la virtud p erso n al, sólo que ahora lograban im bricar “pureza de
costum bres” y “virtud sanadora” con argum entos más sólidos. En electo,
al lim itar la causalidad divina directa - e l don so bren atu ral— al p rim e r
g ru p o de saludadores —el de los verd ad ero s santos—, desligaban la noción
de gracia gratis data de la figura del saludador. Si éste efectivam ente c u
rab a, lo hacía p o r una com p lex ió n p articu la r de su naturaleza, no p o r el
regalo de un doji sob ren atu ral. A hora resultaba posible ligar la pureza de
co stu m b res a la v irtu d sanadora de los taum aturgos populares, pu esto que
ya no se trataba de una gracia gratis dada; y en consecuencia, la ausencia
de co m p o rtam ien to s y conductas ex terio res asociadas al este re o tip o de
la santidad personal to rn a b a teo ló g icam en te plausible la asociación en tre
el dem o n io v el saludador.
El objetivo de los inquisidores locales era el m ism o que el de los intentos
an terio res ensayados en España: la apropiación del com plejo del saludador;
sólo que ahora la form ulación alcanzaba una consistencia intelectual de que
carecían los esfuerzos previos. En efecto, con el tex to de Dos Saludadores el
Santo O ficio p o rtu g u é s lo g ró fabricar un saludador abstracto, un e ste re o
tip o estrech am en te relacionado con los p arám etro s de santidad personal
y pu reza de costu m bres p ro p u g n ad o s p o r la m oral trid e n tin a , de m anera
de to rn a r p rácticam en te inviable la encarnación real de la nueva fig u ra .Ii2
La estrategia transform aba al carism a de sanación en una tauto lo g ía, pues
lo ligaba de m anera indisoluble a la v irtu d personal y a la d o ctrin a de la
Iglesia. La carga de la p ru eb a se había invertido: no sólo los m ilagros no
eran ya p ru e b a de santidad, sino que ellos m ism os necesitaban pruebas
adicionales para ser aceptados com o ta le s.1” Por ello, lejos de considerar a
la to talid ad de los saludadores com o agentes diabólicos, com o querían los
teó log os del siglo XVI, los inquisidores p o rtu g ueses los calificaron in toto
co m o agentes divinos. Para ser considerado saludador, un c u ran d ero rural
debía en carnar en su perso n a la ascética pureza del santo co n trarrefo rm ad o
—com o Fray A ndrés de la Rosa en la segunda m itad del siglo XVI.
,S2 R esulta sugestivo que esta m ism a ecuación en tre dones so brenaturales y virtu d
p erso n al tam bién sirviera para to rn a r inviable o tro com plejo m ítico que durante
siglos desafió ex ito sam en te a la religión oficial: el don taum atúrgico de los m onarcas
franceses; véase JeffrevW . M erriclc, The Dcsacralization o f the French Alonarchy in che
Eighteenth Century, B aten R ouge, Louisiana State U niversity Press, 1990, p. 20.
BJ A ndrew W. K eitt, Inrcnting the Sacrcd, pp. 180.1 81.
33°
Fabián Alejandro Campaqiic
134 C om o sostien eT im o thy W alker, “indeed, Floly Office personnel seemed to have been che
mosr agirated —even unnerved- when they occasionally encountered saludadores who askcd for
no specific sum in rciurn Jor iheir services, asserting that it was vnscenilyjor a man o f God to
solide remunerarían” (T im othv D. W alker, Doctors, Folk Medicine and the lnquisition} p.
67): “de h echo, el personal del Santo O ficio parece haberse sentido p articu larm en te
agitado —incluso irritad o — cuando ocasionalm ente se encontraba con saludadores
que no pedían d in ero a cam bio de sus servicios, afirm ando que para un hom bre de
Dios resultaban im pro pio solicitar una rem u n eració n ”; la traducción del inglés es
m ía). Tam poco cobraba nada a sus clientes el cu randero G erónim o de Solané, más
conocido com o elTata D ios, quien en 1S72 provocó una m asacre de inm igrantes en
Tandil, en la provincia argentina de Buenos Aires; véase John Lynch, Afassacre in the
Pampas, 1872, N o rm an , U niversity o f O klahom a Press, 1998 (cito p o r la edición en
castellano: Alasacre en las pampas. La matanza de inmigrantes en Tandil, 1872, traducción
de M aría Teresa La Valle, Buenos Aires, E m ecé, 2001, p. 116). Es necesario aclarar,
sin em bargo, que los sanadores carism áticos que afirm aban no cobrar nada p o r los
servicios prestados con frecuencia participaban de los sistem as locales de re c ip ro
cidad equilibrada, lo que im plicaba que m uchas de sus tareas eran rem uneradas
en especie; véase Sabina M agliocco, “W itchcraft, H ealing and Vernacular M agic in
Italy”, en W illem de B lécourt y O w en Davies (eds.), Wicchcraft Continued, p. 163;
O w en Davies, Popular Magic: Cunníng fo lk in English History, p. 86. Estas estrategias
de in tercam bio no m ercantilizadas que se practicaban en las com unidades rurales
pre-in d u striales p erm itían invisibilizar, a los ojos de los inquisidores, el carácter in
teresad o de las curas practicadas p o r los cunning-men cam pesinos. Los estudiosos del
cham anism o siberiano d etectaro n casos de especialistas locales que recibían p o r sus
servicios paaos en d inero o diezm os regulares, p ero tam bién hallaron practicantes
que debían co n ten tarse con la celebración de un festival en su h o n o r o con el respeto
y la g ratitu d de sus com unidades (Ronald H u tto n , Shamans: Siberian Spirituality and
thelVestern Imagination, p. 100).
331
4. A modo de balance
Tras un ard u o esfuerzo, los teólogos y los inc|u¡$klores lograron fi
nalm en te c a p tu ra r al significante, n e u tra liz a r en térm in o s discursivos
una exitosa m aterialización de lo so b ren atu ral cristiano, que a despecho
de su aparente sim pleza había ofrecido m ayor resistencia que la herejía
espiritualista o que la invasión m ística; que incluso había osado desafiar
en su p ro p io te rre n o al significante m aterial excluyem e, a la única neo-
encarnación o rto d o x a: la eucaristía.
¿Tuvo eficacia p ráctica este te rc e r ensayo de apropiación im pulsado
p o r la alta cu ltu ra teologal peninsular? Algunos indicios revelan que en
coyunturas represivas específicas la nueva estrategia resultaba funcional.
En 1761, el cabildo de Santiago del E stero inició un proceso p o r h ech i
cería co n tra el zam bo M arcos A zuela, reco n o cid o cu ran d ero , adivino v
co n trab ru jo d elT u cu m án c o lo n ial.Ii> En su alegato, el abogado defensor
pretendió desincrim inar al acusado, asimilando el oficio de Azuela a la gracia
de nacim iento que la creencia atribuía a! sujeto m ítico del saludador. En su
co n tu n d e n te resp u esta, el p ro c u ra d o r fiscal desestim ó los arg u m en to s de
su colega, siguiendo una línea de razo n am ien to ex trem ad am en te sim ilar a
la desarrollada p o r los inquisidores p o rtu g u eses en Dos Saludadores:
q u erien d o este [el abogado defensor] co m p arar a los hechr/.eros diabólicos
con los sa lu d ad o res, q u a n d o estos son p o r especial gracia qe la divina
o m n ip o ten cia les a co n ferid o para los venenosos anim ales qe c o n tra m i
nan su artificioso v e n e n o a lo s-cu erp o s hum an o s ( . . . ) , y esto com o es
q u e p a ra ello son a p ro b ad o s p o r el Santo oficio de la ynquisicion y con
su resp ec tiv a lizencia pasada esta p o r los cavilóos d e las jurisdicciones
o rd in arias d o n d e tran sitan se le s p e r m íte , y andan con un divino señ o r
cruzificado q u e tra e n colgado a f cuello y con esse y aquellas Palabras
q u e d izen ( . . . ) so plan ( . . . ) , p e r o és advertencia que esta gracia la tienen
aqu ello s q u e nazen en D ías qe D iés p o r su alto fin dirigió para q u ita r el
v en en o d e anim ales p o n z o ñ o s o s.1,6
155 ju d ith F arb erm an , Las salamanca': de Loíenza. Magia, hechicería y curanderismo en el
Tuaimán colonial, Buenos A ires, Siglo XXI, 200'S, pp. 19S y ss.
'* Archivo General de. la Provincia de SahtiagQ iel t t r T ribunales, leg. 1 3, exp. 1052
(1 7 6 1 ), fol. 188-189 (foliación privada). A ai^d /c o a mi colega ju d ith Farberm an
su generosidad para c o m p a rtir conm igo este d o cu m en to inédito.
332
habían Alejandro Campacjnc
333
Bibliografía
1. La c a z a d e b r u j a s e n la E u r o p a m o d e r n a
335
y m x ! ¡1 S P A N IC A
336
habían Alejandro ( ampaqnc
337
G askill, M .ilcolm . “W itc h c ra lt ¡n E arly M o d e rn K cnt: S te re o tv p c s and the Back ■
g ro u n d to A ceu sal¡o n s” , in Jo n ath an B arry, M a rian n e H e s le r and G arclh
R o b e rts (ed s), op.cít., pp. 2 5 7 -8 7 .
-----------------. Hellish N elhL ast o f Bricain’sIVicches, L o n d res, F o u rth S tate, 2 002.
---------------- I Vitchfndcrs:A Serentcenth-Ccntury EnglishTragedy, C am b rid g e, H arvard
LIniversity P ress, 2 0 0 5 .
G eis, G ilb e rt and Ivan B unn. .1 Erial oflVitches:A Seventeenih-ceniury¡¡'¡tchcraft Pro-
secution, L o n d res, R o u tle d g e , 1997.
G ib so n , M a rió n . ReadmgWit chcrajt: Stories o f Early English¡Vitches, L ondres, R o u t
led g e, 1999.
---------------- . ( e d .). ÍVitchcraft and Society in Engiand and Amcricn, 1 3SO-Í 750, Itliaca,
C o rn e ll L Iniversity P ress, 2 0 0 3 .
G o ld e n , R ich ard M . (e d .). Enciclopedia o f IVirchcraft. The ¡Yestcrn Tradition, Santa
B arb ara, A B C -C lio , 2 0 0 6 , 4 vols.
H an sen , Jo sep h . Zauherwahn, Inquisition, und Elexenprozcssen im M ittclaher und die
Entstchung der Grosicn Hcxcnvcrfolgunt¡, M u n ic h , R . O k le n b o n rg , 1900.
-----------------. Zauherwahn, inquirirían, und HexcrtprozcKcn im Mírtclaher und die Ents-
te ’n ung der Grossen Hcxcnrcrfolgung, M u n ic h , R . O ld e n b o n rg , 1900.
H erzig ,T am ar. “W itc h e s, Saints, and H crctics: H e in ric h K ra m e r’sT ies u 'ith italian
W o n ie n M y stics”, laqic, Rinial, andiVitchcraft, 1:1 (2 0 0 6 ), pp. 2 4 -5 5 .
Mili, F ra n c é s .. i Deliision oj Saran.lhe Full Star y q f the SalemlVirch Triáis, C a m b rid g e,
Da C a p o P re ss, 2 0 0 2 (1 9 9 5 ).
-----------------. ( e d .). The Salem IVitch Triáis Reader, C a m b rid g e , Da C apo P ress,
2000 .
H o u d a rd , S opbie. íe s scicnces du diahle. Qiiatre discours sur la sorcellcríe, París, C e rí,
1992.
H u lts, Linda C. ThcíVitch as M use:Art, Gcndcr, and Poner in Early Modern Europe,
Filadelfia, L Iniversity o f P ennsylvania P re ss, 2 0 0 5 .
K am en , H en ry . “Spain”, in R ic h a rd M . G o ld e n (e d .), op.cít., vol. iV, p. 1069-
1070.
Klaniczav, G ábor. “B ü c h ers ta rd ifs e n E u ro p e c e n tra le e t o rie n ta le ”, en R o b e rt
M u c h e m b le d ( e d .), op.cít., p p . 2 1 5 -2 3 1 .
K ittre d g e , G e o rg e Lym an. I Vitchcrajt in Oíd and New Engiand, C a m b rid g e, H arvard
LIniversity P re ss, 1929.
K o rro d i-A e b li, E lisab eth . “Arm a G ókli (1 7 3 4 -1 7 8 2 )”, in R ich a rd M . G o ld en
(e d .), op.cit., vol. 11, p p . 4 5 0 -4 5 1 .
K o rs, Alan C h a rles and Ecbvard P e te rs (e d s.). Wítchcraft in Europe, 4 0 0 -1 7 0 0 : A
Documcntary History, Filadelfia, U n iv ersity o f Pennsylvania Press, 2001 (2nd
e d .).
K riim er, F iein rich . Der Hexenhammcr: Mallcus .U alficarum Kommentierte Neuiíher-
sctzung, e d ite d an d tra n sla te d by W olfgang B ehringer, G ü n te r Je ro u sc h e k and
W e rn e rT s c h a c h e r; in tro d u c tio n by W olfgang B e h rin g e r and G ü n te r J e ro u s
ch ek , M u n ic h , D e u tsc h e rT a sc h e n b u c h , 2 0 0 0 .
338
F a b iá n A l e j a n d r o C a m p a g n e
339
Strix Hispanica
340
Fabián . llc ja n J io C a m p a q n e
P e te rs , E dw n rd. The Magician, the Witch and ihe La ir, F iladellia, U n iv ersity o f
P ennsylvania P ress, 1978.
P fister, I au re n c e . Vcnfet sur ierre. Sorcellerie a Dommartin (1 4 9 8 ), L ausana, U n i
v e rsité cié L ausanne, 1997.
Puyol Buil, C arlos. Inquisición y política en el reinado de Felipe IV. Los procesos de
Jerónimo de Villanueva y las monjas de San Plácido, i 6 2 8 - 16 6 0 , M a d rid , C onsejo
S u p e rio r d e Inv estigaciones C ien tífica, 1993.
Q u aife, G. R. Godly Zeal and Furious Rage:The\Vitch in Early Modern Europe, B ecken-
h a m , C ro o m H e lm , 1987 (ed ició n en castellan o : Magia y maleficio. Las brujasy
el fanatismo religioso, tra d u c c ió n de Jo rd i B e ltrán , B arcelona, C rítica, 1989).
Rapley, R o b e rt. Witch Hunts: From Salem to Guantanamo Boy, M o n tre a l, M cG ilb
Q u e e n ’s U n iv ersity P ress, 2 0 0 7 .
R id er, C a th e rin e . Magic and Impotcnce in the Middle Ages, O x fo rd , O x fo rd U n i
v ersity P ress, 2 00 6.
R o ach , M a ry lin n e K. The SalemWiich Triah:A Day-by-Day Lhronicle o j a Community
Under Siege, L a n h am ,T ay lo rT rad e P ublishing, 2 0 0 4 (2 0 0 2 ).
R o b b in s, R ossell H o p e. The Encyclopcdia ofWitchcrajt and Demonology, N ueva York,
C ro w n P u b lish ers, 1959.
R o c h e la n d e t, B rig itte. Sorcieres, diables et buchers en Franche-Coimé aux A’VIe et XVIIe
siecle, B esancon, E d itions du C é tre , 1997.
R o m e o , G iovanni. Inquim ori, esorcisti e streghe ncll’ltalia della Contror¡jornia, M ilán,
S ansoni, 2 0 0 4 ( 1 9 9 0 ) .
R o p e r, Lyndal. Oedipus and ihe Devil: Witchcraft, Sexuality and Religión in Early
Modern Europe, L o n d res, R o u tle d g e , 1994.
---------------- . Witch Craze:lerror and Fantasy in Baroque Germany, New ' H aven,Y ale
U n iv ersity P ress, 2 0 0 4 .
R o se n th a l, B e rn a rd . Salem Siory: Reading the Witch Triáis of 1 6 9 2 , C a m b rid g e,
C a m b rid g e U n iv ersity P ress, 1995.
R o w lan d s, A lison. Witchcraft Narratives in Germany: Rothcnburg, 1 5 6 1 -1 6 5 2 , M an
ch ester, M a n c h e ste r U n iv ersity P ress, 2 0 0 3 .
S chindler, N o r b e rt. Widerspenstige Lente:Sntdien y.urVolkskultur in derfrühen N euzeit,
F ra n k fu rt, F isch erT asch en b u ch , 1992 (ed ició n en inglés: Rebellion, Community
and Custoni in Early Modern Germany, tra n sla te d by P am ela S ehvyn, C a m b rid g e,
C a m b rid g e U n iv ersity P ress, 2 0 0 2 ).
S cholz W illiam s, G erh ild . On the inconstancy c f Witches: Pierre De Lancre’s Tabican
De L’inconstance Des .Mauvais Anges Et Daacmons 1 6 1 2 , tran slated by H a rrie t
S to n e and G erh ild S cholz W illiam s, T em p e, A rizona C e n te r o f M edieval and
R en aissance S tu dies, 2 0 0 6 .
S h arpe, Jam es. Instruments oj Darkness: Wiichcraft in England, 1 5 5 0 -1 7 5 0 , L o n d res,
H am ish L lam ilto n, 1996.
— - ..- — . (e d .). English Witchcraft, 1 5 6 0 -1 7 3 6 , L o n d res, P ick erin g & C h a tto ,
2003, 6 vols.
S im ón, Sophie. “Si je Je veux, il mourra!’ Maléfices et sorcellerie dans la campagne
genevoise (1 4 9 7 -1 5 3 0 ), Lausana, U n iv ersité d e L ausanne, 2 0 0 7 .
341
StkiX I l]S|‘.\\!C A
2. La m i t o l o g í a d e l s a b b a t e n la h i s t o r i o g r a f í a d e la c a z a
de b ru jas
A bbiati, S e rg io .“G iro la m o T a rta ro tti ( 1 7 0 6 -1 7 6 1 )” , en S ergio A bbíati, A ttilio A g -
n o le tto e M aria R o sario Lazzati (e d s .), La stregoncria: diavoli, streghe, inquisitori
dalTrecento al Seitcccnto, M ilán , M o n d a d o ri, 1 984, pp. 2 9 8 -3 3 1 .
A c k e rm a n , R o b e rt. J. G. Frazer: His Life andW ork, C a m b rid g e , C a m b rid g e Llni-
v ersity P ress, 1987.
A n k arlo o , B engt and G ustav H e n n in g se n (e d s.). Early Modern EuropeaníVitchcraft:
Centres and Peripheries, O x f o rd , C la re n d o n P re ss, 1993 (1 9 9 0 ).
A udisio, G ab riel. Les“Vaudoi\”: naissance, vie et mort d ’une dissidence (Xlle-X V le siecle),
T o rin o , A lb e rt M eynier, 1989 (ed ició n en inglés: TheWaldcnsian DissenuPerse-
342
¡xihidn Al eji un lto Cum ptiqnc
canon and Sun ¡va!, c, ¡ 1 70- c. /5 7 0 , tran slated i>> C laire D avison, C a m b rid g e,
C a m b rid g e L lniversity P ress, 1999).
Barry, jon athan and O w en D avies (e d s.), Palgrave Adumccs in W'nchaaft ¡hstono-
graphy, B asingstoke, H am p sh ire, Palorave M ocm illnn, 2 007.
B ehring er, W olfgang. Chonrad Stoeckhlin und die h'achtschar: Bine Geschichte o¡¡s de*
fríihen N euzeit, M u n ich , R. P iper, 1994 (edición en inglés: Shnman ojOherst-
dorj: Chonrad Stoeckhlin and the Phanromt o f the ¡\tg lu , tran slated by H . C. E rik
M id e lfo rt, C h a rlo ttc sv iiie , U n iv ersity o fV irg in ia P ress, 1998).
---------------- _ “W itc h c ra ft S tudies in A ustria, G e rm a n y and S w itz e rla n d ”, en Jo-
n aíhan Barry, M a rian n e H e s te r y G areth R o b e rts (e d s.), Witchcraft in Early
Modern turopc: Studies in Culture and R elief C a m b rid g e , C a m b rid g e U n iv ersity
P ress, 1996, pp. 6 4 -9 5 .
---------------- . “E b erh ard David H au b er (1 6 9 5 -1 7 6 5 )”, en R ichard M . G oldcn (e d .),
op.cii. , vol. 11, pp. 4 7 6 -4 7 7 .
— —■ -------- . “Jacob G rim m (1 7 8 5 -1 8 6 3 )”, en Ibid. , vol. II, pp. 4 6 0 -4 6 2 .
— -— —. “W iíh elm G o ttlie b Soldán (1 8 0 3 -1 8 6 9 )”, en Ibid., vol. IV, p. 1060.
——------- — . “Jo sp eh H an sen (1 8 6 2 -1 9 4 3 ), en ¡bid.t vol. 1!, p. 4 7 4 -4 7 5
----------------- ------------ . ‘T lo w W ald en sian s B ccam e W itc h e s : M eretics and th e ir Jo u rn e y
to th e O th e r W o rld ”, e n G á b o r K laniczay y Éva P ócs (e d s .), op.cit.y pp.
15 5 -1 9 2 .
B er^er, H elen A. A ( om munity of)Virchcs: Contcrnporary h ’co-Paganism andWirchcraJt
in the United States, C o lu m b ia, U n iv ersity o f S outh C aro lin a P ress, 1998.
B e rm an i, C esare. Volare al sabba. Una ricerca sulla stregoneria popolare, R o m a,
D e riv e A p p ro d i, 2 0 0 8 .
Bever, E d w ard . The Realitics oJWirchcraJt and Popular Magic in Early Modern Europe:
Culture, Cognition, and Everyday Lije, B asingstoke, H am p sh ire, Palgrave M ac-
m illan , 2 0 0 8 .
B iddick, K ath leen . “T h e D e v il’sA nal Eye: In q u isito rial O p tic s and E th n o g rap h ic
A u th o rity ”, in K ath leen B iddick, The Shock o j Medievalism, D u rh a m , D uke
U n iv ersity P ress, 1 9 9 8 ,p p . 1 0 5 -1 3 4 .
C am p ag n e, Fabián A lejan d ro . “El largo viaje al sabbat: la caza de b ru jas en la
E u ro p a m o d e rn a ”, en Fray M a rtín de C astañega, Tratado de las supersticiones
y hechicerías, B uenos A ires, F acultad de Filosofía y L e tra s /U n iv e rs id a d de
B uenos A ires, 1997, pp. ix-cxiii.
C anosa, R o m a n o ed Isabella C o lo n n e llo . Gli ultimo roghi. La fin e della caccia alie
streghe in Italia, R o m a, S apere 2 0 0 0 , 1983.
C a p o ra e l, Linda R. uE rg o tism :T h e Satan loosed in Salem ?”, Science, 192 (1 9 7 6 ),
pp. 2 1 -2 6 .
C a rr in oa to n ,’ D o ro th vj . The Dream-Hunters oJ f Corsica,5 L o n d re s,’ P h o e n ix ,’ 2 0 0 0
(1 9 9 5 ).
C astañ ed a, C arlo s. TheTeachings o f Don ju a n : AYaqui Way oj Knowlcdge, Berkelev,
U n iv ersity o f C alifo rn ia P ress, 1968 (ed ició n en castellan o : Las enseñanzas de
Don Ju an . Una fo rm a yaqui de conocimiento, tra d u c c ió n de JuanT ovar, M éxico,
FC E , 1972)
343
SlRIX HISPANICA
C h a tc liie r, L ouis. / he Religión of the Poor: Ri m il Missions in Europe and the Formation
oj Modern Catbolicism,c. I 500 —c. IS 0 0 , tran slated !>y Brian P earce, C a m b rid g e,
C a m b rid g e U n iv e rsity P re ss, 1997 (1 9 9 3 ).
C h ristian Jr., W illia m . Apparitions in Late Medieval and Renaissance Spain, P r in
c e to n , P rin c e to n U n iv ersity P re ss, 1981 (ed ició n en castellan o : Apariciones
en Castilla y Cataluña (Siglos X1V-XV1), tra d u c c ió n d e Elov F u en te, M a d rid ,
N e re a , 19 9 0 ).
Daly, M ary. G y n l Ecology:The Methaethics c f Radical Feniinism, B oston, Beacon P ress,
1 9 9 0 (1 9 7 9 ).
D ’A rc h S m ith , T im o th y . M ontague Summers. A Bihliography, W e llin g b o ro u g h ,
A q u arian P re ss, 1983.
-----------------Montague Summers:A Talk, E d im b u rg o ,T ra g a ra P re ss, 1984.
d e B lé c o u rt, W ille m . “S p u re n e in e r V o lk sk u ltn r o d e r D am o n isie ru n g ? K ritisch e
B e m e rk u n g e n zu G in zb u rg s ‘B e n a n d a n ti’” , Kea. Zeitschrift fiir Kulturivissens-
chaften, S (1 9 9 3 ), p p . 17-30.
-----------------. “T h e r e tu r n o f th e sabbat: m e n ta l a rc h e o lo g ie s, c o n je c tu ra l h isto rie s
o r p o litical m y th o lo g ies?”, e n Jo n a th an B arry y O w e n D avies (e d s.), op.cit.,
pp. 1 2 5 -1 4 5 .
-----------------. “A Jo u rn e y to H ell: R e c o n sid e rin g th e Livonian ‘W e re \v o lf’“ , Magic,
Ritual andW itchcraft, 2:1 (2 0 0 7 ), pp. 4 9 -6 7 .
D e d ie u , Je a n -P ie rre . “C h ristian isatio n en N o u v e lle C astille. C a té ch ism e, co m -
m u n io n , m e sse e t c o n firm a tio n dans l’a rc h e v é c h é de T oléde, 1 5 4 0 -1 6 5 0 ”,
Mélanges de la Casa deVelazquez, 15 (1 9 7 9 ), p p. 2 6 1 -2 9 4 .
del C o l, A n d re a . “P re fa z io n e ”, en F ran co N a rd o n , op.cit., p p. 5 -1 5 .
D e lu m e a u , Je an . le catholicisme entre Luthcr etVoltaire, P arís, PUF, 1971 (ed ició n
en castellan o : El catolicismo de Lutero aVohaire, tra d u c c ió n d e M iguel C an d el,
B arcelo n a, L abor, 197 1 ).
de M avo, T h o m a s B. The Demonologj’ c f William oj A uvergne: By Fire and Sword,
L e \v is to n ,T h e E d w in M e lle n P re ss, 2 0 0 7 .
D illin g er, jo h a n n e s , “C o n c e rn in g ‘W itc h e s and W itc h b u s te rs ’: In terd iscip lin a ry
an d In te rn a tio n a l C o -o p e ra tio n ” , Folklore, 108 (1 9 9 7 ), pp. 1 1 1 -1 1 2 .
D u e rr, Plans P e te r. Traumzeit: Über die Grenze zivischen Wildnis un Zivilisation,
F ra n k fu rt, Syndikat A u to re n -u n d V erlagsgesellschaft, 1978 (edición en inglés:
Dreamtime: Concerning the Boundary betii'eenWilderness and Civilization, tra n sla te d
by Felicitas G o o d m a n , O x fo rd , Basil B lackw ell, 198 5 ).
E g m o n d , F lo rik e an d P e te r M asón. The Á-lammoth and the Mouse: Microhistory and
Morpholosy, B a ltim o re ,T h e Jo h n H o p k in s L íniversity P re ss, 1997.
E h re n re ic h , B arbara an d D e ird re E nglish. Witches, Midn'ives, and Nurses: a History
of]Vomen Healcrs, L o n d re s ,W r ite r s and R e a d e rs P ublishing, 1973.
E liade, M ircea. Le Chamanisme et Ies Techniques Archaique de l ’Extase, Paris, Payot,
1968 (2 m e . é d .) (ed ició n en castellan o : El chamanismo y ¡as técnicas arcaicas del
éxtasis, tra d u c c ió n d e E rn e stin a de C h a m p o u rc in , M éxico, FC E, 1 992).
-----------------. “Som e o b se rv a tio n s on E u ro p e a n W itc h c ra ft”, in Occultism,Witchcraft
and Cultural Fashians.Essays in Comparative Religions, C h ica g o ,T h e U n iv ersity o f
344
hibian Alejandro ( ainpagne
345
Sl'KIX HISPANICA
346
Isra e l, Jo n alh an . fhc Dutch Republic. lis Rise, (iicumcss, and luí!, 1477-1 S 0 6 } O x fo rd ,
C larcn d o n P ress, 1995.
——------------ . Ríiíhúil Enliglument: Plnh>sop!íj und the Muking oj Modcrnity, l ó ¿ 0 -1 1M),
N ueva York, O x fo rd U n iv ersity P ress, 2 001.
ja c q u e s-C h a q u in , N icole et M áxim e P réau d (ed s.). Le sabbat des sorciers, XVe-XVIlle
siecles, G ren o b le, J c ro m e M illó n , 1993.
Je ro u sc h e k , G (ínter. “C h ristia n T h o m a siu s ( 1 6 5 5 -1 7 2 8 )”, in R ich a rd M . G o ld en
- (e d .), op.cit., vol. IV, p. 1116.
K aplan, E d w ard . Michelei’s Pociic Vision. A Romnmic Philosophy oj Nature, Man, and
11 ornan, A m h e rst, U n iv ersity o f M assachusctts P ress, 1977.
K e p h a rt, M . j. “R ationalists vs. R o m an tics am o n a S cholars ofV V itchcraft” , in Max
M a n v ic k ( e d .), IViichcraji and Sorcery: Selected Readings, L o n d res, P enguin,
1 9 9 0 ( 1 9 7 0 ) , p p. 3 2 6 - 3 4 2 .
K icck h eler, R ich ard . Europcan Witch Trials:Thcir Foundation-; in Popular and Lc.arned
Culture, 1 3 0 0 - 1 5 0 0 , Berkeley, U n iv ersity o f C alifo rn ia P ress, 1976.
----------- — ‘‘F o re w o rd ”, in E lliot R ose, op.cit., pp. vii-xiv.
-------------— _“M y tholo gies ofV V itchcraft in th e F iftee n d i C e n tu ry ”, Magic, Ritual,
and Witchcrajt, 1:1 (2 0 0 6 ), pp. 7 9 -1 0 8 .
Klaniczay, G ábor. “S ham anistic E le m e n ts in C e n tral E u ro p can W itc h c ra ft”, en
G á b o r Klaniczay, The Uses o f Supernatural Po¡ver:The Iransjormation oj Popular
Religión in Medieval and Early-Modern Europa, P rin c e to n , P rin c e to n L Iniversity
P ress, 1 9 9 0 , pp. 1 2 9-150.
— —--------- . “H u n a a ry :T h e A ccusations and th e U n iv erse oí P o p u lar M agic” , in
B engt A n k arlo o and G ustav H en n in g sen (e d s.), op.cit., pp. 2 1 9 -2 5 5 .
-------- --------, “ Le sabbat ra c o n té p a r les té m o in s d es p ro c é s d e so rc e lle rie en
H o n g rie ”, en N icole Jaccjues-C haquin y M áxim e P réau d (e d s.), op.cit., pp.
2 2 7 -2 4 6 .
---------------- . “T h e P ro cess o f T ran ce, H eavenly and D iabolic A p p aritio n s in jo -
h an n es N id e r ’s F o rm ica riu s”, Discussion Paper Series 6 5 , B udapest, C o lleg iu m
B u d a p e s t/ín s titu te for A dvanced Study, 2 0 0 3 .
------------ — “Sham anism a n d W itc h c ra ft”, Magic, Ritual andlVitchcraft, 1 :2 (2 0 0 6 ),
pp. 2 1 4 - 2 2 1 .
Klaniczav, G á b o r and Eva P ócs (e d s.). Communicating with the Spirits, B udapest,
C e n tra l E u ro p ean L Iniversity P ress, 2 0 0 5 .
K iig m an , G ail. Cñlus: Symbolic Tranformarían in Romanian Ritual, C hicago, T h e
U n iv ersity o f C hicago P ress, 1981.
Lajo, R osina y M aría V icto ria F rígola. “P re fac io ”, en ju le s M ic h elet, op.cit., pp.
15-26.
L andes, R ich a rd , “ju le s M ic h elet ( 1 7 9 8 -1 8 7 4 )”, en R ichard M . G o ld en ( e d .),
o p . c i t vol. III, pp. 7 5 8 -7 5 9 .
L arn er, C h ristin a. Witchcrajt and Religión: The Politics o f Popular Belief, O x ío r d ,
Basil B lackw ell, 1985.
L elan d , C h arles G odfrey. Aradia: Gospel o f theWitches, C o sim o , N ueva Y ork, 2007
(1899).
347
.vnux HISIHNICW
348
.
h a b ía n iL jü n J io C am pagne
—------- — “W itches and tito N u m b crT h irieen ", Folk-lore, ■>1 (1920), pp. 204-209.
—------------ _ The W itch-Cuh m Western taropé, n .p ., Filiijuarian P ublishino, 2007
( i 92 ¡) (ed ició n en castellan o ; El culto Je Li brujería en turopa occ'ulenra!, B ar
celo n a, Labor, 1978).
---------— — . The God o f the Witches, n .p ., N uV ision P u b iicatio n s, 2005 (1 933)
(ed ició n en castellan o ; El dios de los brujos, tra d u c c ió n de ju a n José lítrilla ,
.M éxico, FC E , 1985).
-----------------_ Jhe Divine King in England, L o n d res, Sarnpson, Low and M a rsto n ,
1954.
----------------. My First HundredYears, L o n d res, W illiam K im ber, 1963.
N a rd o n , F ranco, Benandanti e inquisitori nel Friuli del Seicento, T rieste, Edizioní
L lniversitá di T rie ste , 1999.
N ire m b e ra , D avid. Communities ofVjolcnce: Persecución o f Minorities in the Middle
Ages, P rin c e to n , P rin c e to n L lniversitv Press, 1996 (ed ició n en castellan o :
Comunidades de violencia. La persecución de las minorías en la Edad M edia, tra d u c
ción de A nroni C a rd o n a , B arcelona, Península, 2 0 0 1 ).
O a te s, C a ro iin e and Ju lie tte W ood. .-1 Cos-en o f Scholars: Margaret Murray and her
]\’o rking Methods, A rch iv e S eries 1, L o ndres, FLS Books, 1998.
P a rrin d e r, GeoHrev. ]l'nchcraft: European and .-¡frican, H a rm o n d sw o rth , Pelican-
P en au in , 1958.
P earson. Jo. “W ritin o rW itch craít:T h e H isto rian s H istorv, the P ra c titio n e rs’ Past”,
en Jonathan B arrv v O w e n D avies (e d s.), op.cit., pp. 2 2 5 -2 4 1 .
P e te rs, E d w ard . “H e n rv C harles Lea and th e ‘A b o d e o f M o n s te rs ’”, en A nael
Alcalá (e d .), The Spanish Inquisition and the Inquisitorial M ind, N ueva York,
C o lu m b ia Llniversitv Press, 1984, pp. 5 7 7 -6 0 8 .
— —■ — , “H e n rv C harles Lea (1 8 2 5 -1 9 0 9 )”, en H elen D am ico v Joseph Zavadil
(e d s.), Medieval Scholarship: Biographical Studies o j the Formation oj a Discipline,
Nueva York, G arlan d . 1995, vol. í, pp. 8 9 -9 9 .
— —---------- . “H e n rv C h a rles Lea and th e L ib ra rle sW ith in a L ibran*”, inV V .A A .,
The Penn Library Colíections at 2 j 0: From Franklin to theWcb, Fíladelfia, lln iv e rs itv
o f Pennsylvania L ibrarv, 2 0 0 0 , pp. 3 3-60.
—. . “G eorcje L incoln B u rr (1 8 5 7 -1 9 3 8 )”, en R ichard M . G o ld e n (e d .),
op.cit. , vol. í, pp. 1 5 3 -1 5 4 .
P etitier, Paule (e d .). ‘La sorciére'defules Michelet: l ’envers de l ’histoire, París, H o n o ré
C h a m p io n , 2 0 0 4 .
P itre , G iu se p p e. (Jsi e costumi, credenze e pregiudizi del popolo siciliano, P a le rm o ,
P ed o n e L au riel, 1889, vol. IV, pp. 153-177.
P ó cs, Eva. Fairies and Witches at the Boundary o f South-Eastern and Central Europe,
F o lk lo re Fellow s C o m m u n ic a tio n s 2 4 3 , H elsin sk i, A k ad em ia S c ien tiaru m
Fennica, 1989.
----------------, “Le sabbat e t les m vtholoaies in d o -eu ro p ée n n es”, dans N icole Jacques-
C haquin e t M á x im e P ré a u d (e d s.), op.cit., pp. 2 3 -3 2 .
----------------. Between the Livinq and the Dead:A Perspectiva on 1! itches and Seers in the
Early Modern Age, B ud ap est, C e n tra l E u ro p ean lln iv e rs itv P ress, 1999.
349
yreix
350
Fabián Alejandro ( ampagne
A lvarez L ó p ez, F ern an d o . Arte mágica y hechicería medieval. Tres tratados de magia en
la corte de Juan 11, V alladolid, D ip u tació n P rovincial de V alladolid, 2 0 00.
A m ad es, Jo an . “Los o g ro s in fan tiles”, Revista de DialectologíayTradiciones Populares,
13 (1 9 5 7 ), pp. 2 5 4 -2 8 5 .
---------------- - “B rujas y b ru jo s. Para un estu d io so b re las diferencias e n tre las brujas
catalanas y las astu ria n a s”, Boletín del Instituto de Estudios Afturianos, 32 (1 9 5 7 ),
pp. 4 5 2 -4 5 7 .
351
ÜTRIX HISPANICA
352
h a b ía n A l e j a n d r o C a m p a g n e
B lu m , R ich a rd and Eva. The Dangerous Hour:The Lore o¡ Crisis and Mystery in Rural
Greece, N ueva York, C harles S c rih n e r's so n s, 1970.
B o rd es, F rancois. Sorciers el Sordera. Proces ele sorcellerie en Guscogne el Pays Basque,
T o u lo u se, P riv a t, 1999.
B o u teiller, M arcelle. Sorciers el jeteurs de sort, P arís, P lo n , 1958.
Boyer, R égis. Le monde du doubk. Le magíe chez les anciens Scandinaves, P arís, Berg
In te rn a tio n a l, 1986.
B rid ier, S o p h ie. Le cauchemar. Elude d ’une fig u r e m ythique, P arís, P re sse s du
l ’U n iv e rsité d e P aris-S o rb o n n e, 2 0 0 1 .
Briggs, C h arles L. “T h e m ea n ín g o f n o n se n se , th e p o e tic s o f e m b o d im e n t, and
th e p ro d u c tio n o f p o w e r in VVarao h ealin g ”, en C arol L ad erm an y M arina
R o sem an (e d s.), The Performance o f Healing, N ueva York, R o u tle d g e , 1996,
pp. 1 8 5 -1 3 2 .
Briggs, K a th e rin e , The Fairies inTradition and Literatura, L o n d re s, R o u tle d g e , 2002
0 9 6 7 ).
B riggs, R o b in . “Le sabbat des so rc ie rs en L o rra in e ”, en N ico le jacq u es-Jaq u in y
M á x im e P ré au d ( d irs .), op.cit., pp. 1 5 5 -1 8 1 .
---------------- . “D an g ero u s S pirits: Shapeshifting, A p p a ritio n s, and Fantasy in L o rra
ine W itc h c ra ft T riáis”, en K ath ry n A. E d w ard s (e d .), op.cit., pp. 1-24.
B rill, Jacq u es. Lilith ou la Mere obscure, P arís, P ayot, 1991.
Brujologla. Congreso de San Sebastián. Ponenciasy Comunicaciones, M a d rid , S em inarios
y E d icio n es, 1975.
B urke, P eter. “R itu als o f H ealing in E arly M o d e rn Italy” , en P e te r B urke, The His
torical Anthropolog)’ o f Early Modern Italy: Essaj’s on Perception and Conmwnication,
C a m b rid g e , C a m b rid g e U n iv ersity P ress, 1994 (1 9 8 7 ), pp. 2 0 7 -2 2 0 .
B u rk e rt,W a !te r. The Orientalizing Revolulion: Near Eastern Irfluence on Greek Culture
in the Early Archaic Age, C a m b rid g e , P larvard U n iv ersity P ress, 1991.
C abal, C o n sta n tin o . La mitología asturiana. El sacerdocio del diablo, M a d rid , D ip u
tació n d e A stu rias, 1 928.
C aciola, N ancy. Discerning Spirits: Divine and Demonic Possession in the M iddle Ages.
Ithaca, C o rn e ll U n iv ersity P re ss, 2 0 0 3 .
C allejo , je s ú s y Jo sé A n to n io Iniesta. Testigos del prodigio. Poderes ocultos y oficios
insólitos, M a d rid , A naya, 2 0 0 1 .
C allejo C abo, Jesú s y C arlo s C anales. Duendes. Guía de los seres mágicos de España,
M a d rid , E daf, 1994.
C a lm e t, D o m A u g u stin . Dissenation sur les vampires, les revenants en corps, ¡es escom-
muniés, les oupires ou vampires, brucolaques, etc. (1 7 5 1 ), te x te p r e s e n té p a r R oland
V illen eu v e, G re n o b le , J é ró m e M illó n , 1998.
C a m p a g n e, Fabián A lejan d ro . “W itc h o r D ernon? F airies, V am pires an d N ig h t-
m ares in E arly M o d e rn S pain”, A n a Ethnographica Hungariea, 5 3 :2 (2 0 0 8 ),
pp. 3 8 1 -4 1 0 .
-----------------. “ C h a rism a tic H ealin g on Ib e ria n S oil. A n A u to p sy o f a M ythical
C o m p le x in E arly M o d e rn Spain”, Folklore, 118:1 (2 0 0 7 ), pp. 4 4 -6 4 .
353
SiK!X1llM'ANKW
354
F a b iá n A l e j a n d r o ( a m p c ia n e
— ------------ , “B ru jería y calum nia: h isto ria de Juana R uiz, de D a iia iiT ’, en ju lio
C aro B aroja, Vidas Mágicas e Inquisición, M a d rid , Istm o, 1992 (1 9 6 7 ), ro m o
2, pp. 6 5 -8 1 .
C eb allo s G ó m ez, D iana Luz. Elechicería, brujería, e Inquisición en el Nuevo Reino
de Granado. Un duelo de imaginarios, B ogotá, E d ito rial U niv ersid ad N acional,
1994.
C e rv a n te s , F ern an d o . The Devil in the NewlVorld:The Jmpact o f Diabolism in New
Spaint N e w Haven,Yale U n iv ersity P ress, 1 9 9 4 , pp. 2 4, 2 9, 108-112 (edición
en castellan o : El diablo en el Nuevo Mundo. El impacto del diabolismo a troves de
¡a colonización, H e rd e r, B arcelona, 1996).
C h ristian j r . , W illiam . Local Religión in Sixieenth Century Spain, P rin c e to n , P rin
c e to n U n iv ersity P ress, 1982 (ed ició n en castellano: Religiosidad local en la
España de Felipe 11, tra d u c c ió n de Javier C alzada y José Luis Gil A ristu , M-adrid,
N e re a , 1991).
C irac E sto p iñ án , S ebastián. Los procesos de hechicerías en la Inquisición de Castilla la
Nueva (Tribunales deToledoy Cuenca), M a d rid , CSIC, 1 942.
C lark , S tu a rt. Vanities o j the Ejre:Vision in Early Modern European Culture, O x fo rd ,
O x fo rd U n iv ersity P ress, 2 0 0 7 .
C o h n , N o rm a n . Cosmos, Chaos and thelVorld to Come:The Ancient Roots ofApocalyptic
Eaith, N ew H aven,Yale L lniversitv P ress, 1993 (edición en castellano: El cosmos,
el caos y el mundo venidero. Las antiguas raíces de laJ e apocalíptica, tra d u c c ió n de
B ettin a B lanch, B arcelona, C rítica, 1995).
C o lo rn b res, A dolfo. Seres sobrenaturales de la cultura popular argentina, B uenos A ires,
E dicio n es del Sol, 2 003 (1 9 8 4 ).
C o n tre ra s, Jaim e. El Santo Oficio de la Inquisición de Galicia (poder, sociedad, cultura),
M a d rid , A kal, 1 982.
C o r d e n te M a rtín e z , H e lio d o ro . Brujería y hechicería en el obispado de Cuenca,
C u e n ca, D ip u ta c ió n P rovincial, 1990.
C o ro m in a s, J. Diccionario crítico etimológico de la lengua castellana, M a d rid , G red o s,
1 9 5 4 , 3 to m o s.
C ra p an za n o ,V in cen t. The Hamadsha:A Study in Aloroccan Ethnopsychiarry, Berkeley,
U n iv ersity o f C a lifo rn ia P ress, 1973.
C u en ca M u ñ o z , P alom a. El Tractado de la Divinanca de Lope de Barrientos. La magia
medieval en la visión de un obispo de Cuenca, C u e n c a , A y u n ta m ie n to d e C u e n ca,
1994.
D a n fo rth , L o rin g M . Fircivalking and Religious Healing:'[he Anastenaria of Greece
and the American Firewalking Movemcnt., P rin c e to n , P rin c e to n L íniversity P ress,
1989.
D avies, O w e n . “C h a rm e rs and C h a rm in g in E ngland and W ales fro m th e E ighte-
e n th to th e T w e n tie th C e n tu ry ”, Folklore, 109 (1 9 9 8 ), pp. 4 1 -5 2 .
------------ — . “T h e N ig h tm a re E x p e rie n c e , S leep Parnlysis, an d W itc h c ra ft A ccu-
satio n s” , Folklore, 1 14 (2 0 0 3 ), pp. 1 8 1 -2 0 3 .
----------------. Popular Magic: Cunning-jolk in English Flisrory, L o n d re s, H am b led o n
C o n tin u u m , 2 0 0 7 (2 0 0 3 ).
355
STRIX HISPANICA
356
h a b ía n A l e j a n d r o ( a m p a i j n e
357
S I KiX i l lM 'W IC A
G ari L acru z, A ngel. Brujería e Inquisición en el Alto Aragón en ¡a primera mirad ilcl siqlo
XVII, Z arag o za, D ip u tació n G e n e ra l de A ra g ó n /D e p a r ta m e n to de C u liu ra v
E d u cació n , 1991.
----------------“Les sabbats en A rag ó n d ’ap res les d o c u m e n ts e t la tra d itio n o ra te ”,
en N ico le Ja cq u es-C h a q u in e t M á x im e P ré a u d (d irs .), op.cir., pp. 2 8 1 -2 9 8 .
G aster, M . “T w o T h o u san d Years ot a C h a rm against th e C h ild -stcalin g W itc h ”,
Foik-Lore, 1 1:2 (1 9 0 0 ), pp. 129-3 62.
G e la b e rtó , M a rtí. La palabra del predicador. Contrarreforma y superstición en Cataluña
(siglos X VU -XV Ilt), L leida, M ilen io , 2 0 0 5 .
G e n tilc o re , D avid. Frorn Bishop to\Vitch:The System ofihc Sacred in Early Modern Terra
d ’Otranto, M a n ch ester, M a n c h e ste r U n iv e rsitv P ress, 1992.
-----------------. HeaJers and Healincj in Early Modern Italv, M a n ch ester, M a n c h e ste r
L Iniversity P ress, 1 998.
------------------ Medical Charlnranism in Early Modern Iraly, N ueva York, O x fo rd Llni-
v e rsitv P re ss, 2 0 0 6 .
G in zb u rg , C ario . “Spie. Radici di un parad ig m a in d iziario ”, en A ldo G argani ( e d .),
Crisi dalla Ragionc, T u rín , E inaudi, 1 9 7 9 , p p. S 9 -1 0 6 (ed ició n en castellano:
“Ind icio s. R aíces d e u n p arad ig m a d e in feren cias indicíales”, en Micos, emble
mas, indicios. Morfología e historia, tra d u c c ió n d e C arlos C a tro p p i, B arcelona,
G ed isa, 1 989, pp. 1 3 8 -1 7 5 ).
G ran ad a, D an iel. Supersticiones del Río de la Plata, M o n te v id e o , A. B a rreiro v
R a m o s, 1896.
G re im a s, A lg ird as ju lie n . Des Dieux ei des Hommes. Etudes de Myihologic lituanienne,
P arís, PU F, 1985.
G r o tta n e lli, C ris tia n o , P ie tro C le m e n te , Fabio Dei v A lessan d ro S im onicca.
“D iscu ssio n e su ‘S to ria n o tt u r n a ’” , Qiiaderni di Storia, 1 7 :3 4 (1 9 9 1 ), pp 103-
129.
G u illa m e t, Jo a n . Bruixeria a Catalunya. B a rcelo n a, E d icio n s La P araula Viva,
1983.
H arf-L an cn er, L au ren c e. Les Fées au Moyen Age. Morgane et Mélusine. La naissance des
fées, P arís, F lo n o ré C h a m p io n , 1984.
—---------------. Le monde desfé e s dans I ’Occidente medieval, París, F íach ette, 2 003.
H e n n in g se n , G ustav. ThelVitches’Advocare: BasqueíVitchcraft and the Spanish Inauisi-
tion, R e n o , L Iniversity o f N evada P ress, 1980 (edición en castellano: El abogado
de las brujas. Brujería vasca e Inquisición, tra d u c c ió n de M arisa R e y -H en n in g sen ,
M a d rid , A lianza, 1 9 8 3 ).
---------------- . (e d .). The Solazar Documents: Inquisitor Alonso de Salazar Frías and Others
on the BasqueWitch Persecution, L e id en , B rill, 2 0 0 4 .
H e rn ú ñ e z , P ó llu x . Monstruos, duendes y seres fantásticos de la mitología cántabra,
M a d rid , A naya, 1994.
H o m za, Lu A n n . R eligiousAuthority in the Spanish Rcnaissancc, B a ltim o re ,T h e John
F lopkins L Iniversity P re ss, 2 0 0 0 .
H o p k in , C h a rles E d w ard . The Share cfThom asAquinas in the Gron-th o f theWitchcraft
Oclusión, N u ev a York, AM S P re ss, 19S 4 (1 9 4 0 ).
358
h ib iá n A le ja n d r o ( a m p a g n e
H u ffo rd , David j. The Terror ihat Comes in the \'ig h t:A n E.\pcríence Ccntcred Siudy
o f Supernatural Assault Traditions, Filadelfia, U n ¡\e rs ity o f Pennsylvania P ress,
19 8 9 .
H u m p h rey , C a ro lin e. “S ham anic P rácticos and th e S tate in N o r th e rn Asia”, en
N ich o lasT h o m as y C a ro lin e H u m p h re y ( e d .), Shamanism, History and the State,
A nn A rb o r, U n iv ersity o f M ichigan P ress, 1994, pp. 191-228.
H u m p h rey , C a ro lin e and U rg u n o e O n o n . Shamans and Elders, O x to rd , O x fo rd
U n iv ersity P ress, 1996.
Ibarlucía, R icard o yV aleria C a ste lló -Jo u b e rt (ed s.). Vampiria. De Polidori a Lovecraft,
B uenos A ires, A d rian a H idalgo, 2 0 0 3 .
Id o ate, F lo ren cio . La Brujería en Navarra y sus Documentos, P am p lo n a, D ip u tació n
Foral d e N avarra / In stitu to P rín c ip e d eV ian a (C S IC ), 1978.
Idoyaga M olina, A n atild e. “La b ru ja P ilagá”, en Scripta Erbnologíca, 5:2 (1 9 7 8 -
\ 9 7 9 ), pp. 9 5 -1 1 7 .
ja c o b so n S ch u tte, A nne. Pretense q f hfoliness, Inquisition, and Cender in the Repubíic
of'enice, ¡ 6 1 8 -1 7 5 0 , B a ltim o re ,T h e Jo h n H opkins U n iv ersity P ress, 2 001.
Jacq u es-Jaq u in , N ico le e t M áxim e P ré au d [d irs .], Le sabbat des sorciers en Europe,
XVe-XVIHcsíccle, G re n o b le , jé r o m e M illón, 1993.
Jim én e z O rn e la s, R e n e. “M arginalidad y m o rta lid a d infantil” , Psevísta Mexicana de
Sociología, 5 0 :4 (1 9 8 8 ), pp. 1 7 1-185.
Jo h n s to n , Sarah ¡les. Restless Dead: F.ncounrcrs Betiveen the livin g and the Dead in
Ancient Greece, Berkeley, U n iv ersity o f C a lilo rn ia, 1999.
jo is te n , A lice e t C h ristian A bry. Etres fantastiques des Alpes. Extraits de la collecte
Charles Joisten (1 9 3 6 -1 9 8 1 ), P arís, E ditions E n te n te , 1995.
Jo n e s, E rn e s t. Le cauchemar, P arís, Payot, 1973 (1 9 3 1 ).
jo y n e s , A n d rew . Medieval Ghosts Srories.-An Antbology o f M itades, Marvels and Prodi-
gies, W o o d b rid g e , Suffolk, B oydell and B rew er, 2006 (2 0 0 1 ).
K am en , H en ry . Inquisition andSociety in Spain, L o n d o n , W eidenfeld and N icolson,
1985 (ed ició n en castellan o : La Inquisición española, tra d u c c ió n de G abriela
Z ayas, B arcelo n a, C rítica, 1 988, p. 2 6 2 ).
----------------- 7 ¡¡¿ Phoenix and the Elame. Catalonia and the Coumer Rejormation,
N e w H av en , Yale U n iv e rsity P re ss, 1993 (e d ició n en c a ste lla n o : Cambio
cultural en la sociedad del Siglo de Oro. Cataluña y Castilla, siglos XV1-XVIÍ,
tra d u c c ió n d e C a rlo s A. C a ra n c i y P alom a S ánchez del M o ra l, M a d rid ,
Siglo X X I, 1 99 8 ).
K e itt, A n d rew W. Inventing the Sacred: Impostura, Inquisition and the Rotindaries q f the
Supernatural in Golden Age Spain, L eiden, B rill, 2 0 0 $ .
K ieckhefer, R ic h a rd .“A v e n g in g th e Blood o f C hildren: A nxiety over C hildV ictim s
and th e O rig in s o f th e E u ro p e a n W itc h T riáis”, in A lb e rto F e rre iro (e d .), The
Devil, Heresy andWitchcraft in the Middle Ages: Essays in Honor ofJeffrey B. Russell,
L eid en , B rill, 1 9 98, p p. 9 1 -1 0 9 .
K laniczay, G ábor. “T h e D eclin e o f W itc h e s and th e Rise oí'V am pires u n d e r th e
E ig h te e n th -C e n tu ry H ab sb u rg M o n a rch y ”, en G á b o r Klaniczay, The Uses o f
359
.YI'KIX t IISPANK/A
360
Fabián Alejandro (.ampogne
362
P e rd ig u e ro , E n riq u e. “M ajrical Síeaiin^> in Spain (1 8 7 S - 1936): M edical P luralism
and (he Search lo r H e g e n io n y ”, en W iliem de B léco urt and O w e n D avies
(e d s.), op,LÍt., pp. I 33 1 50.
P erea Y éb en es, Sabino. “Las strig es: m u je re s-p á ja ro s, lu juriosas, d e v o ra d o ra s”,
en Sabino P erea Y ébenes, El sello de Dios (2). Ceremonias de la muer re. Nueve
estudios sobre magia y creencias populares greco-romanas, M a d rid , Signifer, 2 0 0 2 ,
p p. 2 3 3 -2 7 0 .
P é re z d e N u cci, A rm an d o . Magia y chamanismo en la medicina popular del N.O.
argentino,Tucum&rt, E d ito rial U n iv ersitaria d c T u c u m á n , 1989.
P e rrin , M ichel. Les praticiens du reve: un excmple de chamanisme, P arís, PUF, 1992.
P inies, je a n -P ie rre . Figures de la sorcellerie languedocicrme. Breish, endevinaire, armier,
París, E d itions d u C N R S , 1983.
P izza, G io v an n i. “T h e V irgin an d th e S p id er: R e v isitin g S p irit P ossession in
S o u th ern E u ro p e”, en C ristina Papa, G iovanni Pizza y F ilippo M . Z erilli (ed s.),
Incontri di etnología europea/ European Ethnology Meetings, Ñ a p ó le s, E dizioni
S c ie n tifk h e Italiane, 3 998, pp. 4 9 -8 2 .
P ócs, Eva. “Possession P h e n o m e n a , P ossession-system s: Som e E a st-C e n tra l E u
ro p e a n E x am p le s”, e n G á b o r K laniczay y Eva P ócs (e d s.), Communicating with
the Spirits, B udap est, C e n tra l E u ro p e a n U n iv ersity P ress, 2 0 0 5 , pp. 8 4 -1 5 1 .
P u rk iss, D iane. A t the Bottom ojrhe Carden:A Dark H iuory ojEairies, Hobgoblins, and
OtherTrouhlesomeThings, N ueva Y ork, N e w York U n iv ersity P ress, 2 0 0 3 .
R a m o s, M áx im o . “T h e Aswang Syncrasy in P h ilip p in e F o lk lo re”, Western Folklore,
2 8 :4 (1 9 6 9 ), pp. 2 3 8 -2 4 8 .
Ram sey, M atthew . Professional and Popular Medicine in Erance, 1110-1 S30:The Social
World o j Medical Practice, C a m b rid g e , C a m b rid g e U n iv ersity P ress, 2 002.
R e g u era, íñaki. La Inquisición Española en el PaísVasco. El tribunal de Calahorra, 1513-
1 5 7 0 , San S e b a s tiá n ,T x e rto a , 3984.
R e v e rte C o m a , José M anuel.. “C h a m a n ism o ”, en Brujología. . . , op.cit., p p . 297-
3 10.
R ico-A vello, C arlos. “La b ru je ría e n A stu rias”, en B r u jo lo g ía .o p .c it., p p. 1 19-
138.
R isco, V icente. “La p ro cesió n de las ánim as y las prem o n icio n es de m u e r te ”, Revista
de Dialectología y Tradiciones populares, 2 :2 (1 9 4 6 ), p p. 3 8 0 -4 2 9 .
R istesk i, L’u p c h o S. “C a te g o rie s o f th e ‘Evil D e a d 1in M acedonian Folie R e lig ió n ”,
en G á b o r Klaniczay y Eva P ócs (e d s.), C.hristian Dcmonologj' and Popular M ytho-
logy, B u d ap est, C e n tra l E u ro p e a n U n iv ersity P ress, 2 0 0 6 , pp. 2 0 2 -2 1 2 .
R od ríg u ez-V ig il R u b io , Ju an Luis. Bruxas, lobos e Inquisición. El proceso de Ana María
García, la Lobera, O v ie d o , E diciones N o b e l, 1996.
R ojas, E lena M . (c o m p .). Acerca de los relatos orales en la Provincia de Tucumán,
T u cu m án , F acultad de Filosofía y L e tra s-U n iv e rsid a d N acional de T u cu m án ,
1986.
R ose, C a ro l. Spirits, Fairies, Leprechauns, and Goblins: An Enciclopedia, N ueva York,
W .W . N o r to n , 1996.
363
R úa A ller, F ran cisco y M an u el R u b io G ago. La piedra celeste: creencias populares
leonesas, L eón , D ip u tació n P rovincial, 1986.
R usjg iero , G u id o . Bindrng Passions: Tales of Alogic, A’larriage, and Pon er at the End oj
the Renaissance, N u eva Y ork, O x fo rd L Iniversity P ress, 1993.
R u ssell, je lf re y B u rto n . The Devil: Perceptions o j Evil fro m A ntíquity to Primitive
Christianity, Ithaca, C o rn e ll lln iv e rs ity P ress, 1987 (1 9 7 7 ).
S c h m itt, Je a n -C la u d e . Les Kcrenants, lesVivanrs a les Morís dans ¡a Societé mcúiévale,
P arís, G a llim a rd , 1994.
Sáez, Jo sé M ig uel y P ed ro M a rse t. “P ro fesio n ales sa n ita rio s en la M urcia del siglo
XVIII. N ú m e r o , ev o lu ció n y d is trib u c ió n ” , Asclepio, 45 (1 9 9 3 ), pp. 7 1 -1 0 2 .
Sahlins, P eter. Forest Rites: The IVar o f the Demoiscllcs in h'incteenih-Century France,
C a m b rid g e , H a rv a rd L lniversity P re ss, 1994.
S alinger, M a rg a re tta . “A B aroque P ain tin g o! Saint C a th e rin e ” , The Metropolitan
Museum o fA rt B ulletin, 1:10 (1 9 4 3 ), p p. 2 9 6 -2 9 9 .
S án chez G o n zález d e H e r re ro , M aría N ieves. “E stu d io lin g ü ístico de los m a
n u sc rito s b ase d e ia e d ic ió n ”, en M a rtín P é re z , Libro de ¡as confesiones. Una
radiografía de la sociedad medieval española, ed ició n c rític a, in tro d u c c ió n y notas
p o r A n to n io G arcía y G arcía et alii, M a d rid , B iblioteca d e A u ro res C ristian o s,
2 0 0 2 , p p . x x x iii-x li.
S ánchez G ran jel, Luis. “A sp ectos m éd ico s de la lite ra tu ra antisupersticiosa esp añ o
la d e los siglos XVI y XVII” , en Humanismo y Medicina, Salam anca, L lniversidad
d e S alam anca, 1 96 8, pp. 1 1 3 -1 7 3 .
S ánchez O r te g a , M aría H elen a. Ese viejo diablo llamado amor. La magia amorosa en
la España moderna, M a d rid , L lniversidad N acional de E d u cació n a D istancia,
2004.
S a rríó n M o ra , A delin a. Beatasy endemoniadas. Mujeres heterodoxaí ante la Inquisición,
siglos X V I a XI X, M a d rid , A lianza, 2 0 0 3 .
S atta, A n d r e a .“Sá S ú rb ile, tra stre g o n e ria e sc iam an esim e” , Sardegna Mediterránea,
1 (1 9 9 7 ), pp. 1-11.
Xai
St r i x H is p á n ic a
366
r
Indice analítico
A b u n d ia: 187, 18 8 (n ).
A carie, B arbe: 2 6 9 (n ).
A lo n so , M a rtin h o : 240.
A gustín d e H ip o n a: 2 9 8 .
A ire -s u r-O d o u r: 26 4.
alien to : 2 2 9 -3 1 , 2 3 4 , 2 3 6 , 2 4 3 , 2 4 5 , 2 7 0 , 3 0 1 , 3 1 3 , 3 24-5.
alm a m ú ltip le : 131, 2 0 2 , 2 2 2 , 2 5 5 , 257.
A lm ería: 167.
a lp: 197, 2 0 1 .
am au rian s: 287 .
A m au ry d e B éne: 289.
A m b o to (b ru ja s d e): 158.
anastenaria: 2 6 8 , 2 7 2 .
A n ch ieta, jo sé d e: 2 7 6 (n ).
A nes, P ed ro : 23 8.
A nes C a stro , jo r g e : 2 39.
ángeles: 3 9 , 6 1 , 2 3 3 , 2 9 3 , 3 0 4 , 3 0 9 , 3 1 6 , 3 2 8 -9 .
367
S t r i x HISPANICA
A ngitia: 27 4 .
aoroi: 184.
A radía: 7 1 -4 , 91 (n ).
aswang: 179.
A u g sb u rg o : 12 5 , 139 , 1S5-6.
A u stria: 3 5 , 197.
A vvakum : 2 4 7 .
ávmni:
y
261.
A zu ela, M arco s: 2 4 5 , 3 3 2 -3 .
B a m b e rg : 33.
P m c r o ít, G e o rg e : 65.
haraha: 2 6 8 -9 .
B a rb e ra re n a , B eltrán : 171.
B arcelo n a: 1 6 5 ,2 3 4 .
Baviera: 36.
B eam u d, A g u ed a d e: 1 70 -1 .
B éarn: 2 1 8 -2 0 .
368
Bckker, R allhasar; 47.
bvlinjuilc: 2 1 2 .
bcnzcdciros: 2 3 8 .
B erna: 156.
B e rn ard d e C lairv au x : 2 9 8 .
B e rn a rd in o d e Siena: 156-7.
B insfeld, P eter: 3 0 -1 ,
Bissi, R o b e rto : 2 7 3 .
B orao, Pablo: 2 3 3 .
B o u rd o ise, A d rien : 4 2 .
Brasil: 1 7 3 -4 , 2 7 6 (n ).
bréisch: 22 1 - 3.
B reslau: 2 0 1 .
B retañ a: 4 1 , 188-9.
B ulgaria: 194, 2 0 0 , 25 6.
C alatav u d , P ed ro d e: 25 9.
369
MKLXI-H.SPANK'A
C a n arias (islas); 17 3 , 2 0 9 .
C a n ta b ria : 166.
C apilla S ixtina: 2 6 3 .
C aravaca (c ru z d e ): 2 3 6 .
C a rta g e n a d e Indias: 1 7 4 -5 .
C a ta lin a d e S iena: 31 8 .
C a ta lu ñ a : 3 2 , 2 1 7 , 2 4 6 , 2 5 9 , 2 6 4 , 2 6 8 , 2 7 9 , 315.
ca ta ro s: 9 9 -1 0 0 , 1 0 1 (n ), 2 2 2 , 2 9 1 (n ), 2 9 3 .
caterius: 2 4 6 .
cauca-vielha: 198.
C e rd e ñ a : 4 1 , 17 8 , 270.
C haco a rg e n tin o : 2 5 5 .
charmers: 3 0 8 (n ).
c h irig u an o s: 2 7 0 .
c h u p a d o p o r las b ru jas: 16 0 , 1 6 2 -4 , 2 0 6 -7 , 216.
370
líipuui . ucjauufa v iiui^íiíjuí’
C o im b ra: 23 9 .
co jera: 2 1 7 , 22 1.
C o le tte d e C o rb ie : 2 6 9 (n ).
C o lo n ia: 3 3 , 3 7 (n ), 6 7 -8 .
co m ad ro n as: 5 8 , 155.
C o m o , B e rn a rd o de: 28.
C o m p añ a , Santa: 2 1 7 , 261.
co m p u lsió n h o m icid a (de las b ru jas y esp íritu s n o c tu rn o s ): 170, 177 -8 , 180,
1 9 7 ,2 0 3 , 2 1 2 ,2 1 5 ,2 2 0 - 1 .
C o n sta n tin o : 2 9 5 , 26 8.
C o p p in , Jean : 2 7 5 .
C ó rceg a: 4 1 , 121 -2 , 2 0 4 .
C o re lla , Jaim e d e: 32 5.
C o ro m in a s, j .: 2 1 8 .
C ro acia: 19 4 , 2 0 0 , 2 5 6 .
c ru z en el palad ar: 2 3 4 , 2 4 0 (n ), 2 4 3 -4 , 2 4 6 , 2 S 9 (n ), 2 6 6 , 3 0 1 ,3 1 3 .
cu n a: 255.
cunning-men: 138, 146, 2 7 8 -9 , 2 8 1 , 3 0 7 -8 , 310-1 1, 3 3 1 (n ), 3 3 3 .
C u n tz e , Jo h ann: 20 1.
curandeiros: 2 5 4 , 308.
C u sa, N icolás de: 125.
d ’Aílly, P ie rre : 299 .
371
S t r ix H w a n ic a
clab tsof¡ : 20 0 .
D alm au , Susana: 168.
Dalv, M ary: 7 0 .
d e C o te s , L u d ovíco: 4 1 .
d e E sp in a, A lo n so : 2 0 8 .
d e la F u e n te , G asp ar: 4 0 .
d el R ío , M a rtín : 2 3 (n ), 3 1 , 4 9 , 5 6 , 2 3 2 , 2 7 0 , 3 0 6 -7 .
D elfin ad o : 2 7 , 4 1 , 2 2 3 .
d e lle P ia tte , Z u an : 12 5 -6 .
devin-guérisseurs: 3 0 8 , 3 1 9 (n ).
D iana: 5 0 -1 , 7 1 -3 , 9 5 , 1 2 3 ,2 0 7 .
diamc cult: 7 6 -7 , 7 8 , 8 3 .
D ick so n W h ite , A n d re w : 6 6 .
D in am arca: 3 1 , 3 7 , 1 5 2 (n ), 308.
D io n iso s: 55.
372
h a b ía n A le ja n d r o ( am paíjn e
D o rs e t O o s e r: 7 9 -8 0 .
d u C a m p , ¿Máxime: 2 7 5 .
E g ip to : 7 9 , 2 6 2 , 27S.
E h re n re ic h , B arbara: S8.
E llw an g en : 154.
E m ilia R o m an a: 2 8 , 7 1 , 7 4.
endevínaires: 252 .
E n tre Ríos: 2 4 6 .
E scandinavia: 137, 1 9 6 ,2 5 6 .
esclavos: 5 5 , 174-6.
E scocia: 3 1 , 3 4 , 3 7 , 186.
escró fu las: 2 5 9 , 31 2.
E u ro p a O rie n ta l: 3 5 , 1 2 9 (n ), 130, 1 9 3 -4 , 2 S S (n ), 2 6 2 (n ).
exociká: 198, 2 1 8 (n ).
éx tasis (c o m b a te s, travesías, p ro c e sio n e s e n ): 7 1 , IOS, 107, 111, 115 -6 , 1 21-3,
126, i 27, 1 30- 3, 137-9, 1 4 i, 143, 2! i , 2 2 2 , 2 3 9 , 2 5 1 , 2 5 8 , 2 7 7 , 309.
fam iliares (d e san to s cristian o s): 2 2 7 (n ), 2 2 9 , 2 4 0 (n ), 2 5 9 , 2 6 1 , 2 6 7 , 2 7 2-
301.
F eijóo, B enito Je ró n im o : 2 2 7 , 2 3 4 , 3 0 6 , 3 2 6 -8 .
373
S t r i x i li .i'\ .it \
F elipe IV: 2 43 4 (n ).
F e rn á n d e z , P ed ro : 2 3 9 .
F e rn á n d e z d e V illegas, P e d ro : ¡S S .
F e rn a n d o d e Baviera: 33.
F in landia: 2 6 6 .
F lad d e, D r. D ie tric h : 3 0, 4 8 .
ñ o r d e lis: 2 4 0 , 2S 9.
F o lig no , A n g ela da: 2 8 9 .
folk-possession systems: 2 6 0 , 3 0 2 .
F o lk lo re S o ciety: 7 6.
F ra n co C o n d a d o : 36.
F ra n k fu rt: 3 1 , 5 2 , 57.
F re u d , S ig m u n d : 6 9 .
fu eg o (d o m in io so b re el): 1 1, 2 2 5 , 2 3 5 -6 , 2 4 0 (n ), 2 4 2 , 2 4 6 , 2 5 2 -3 , 2 5 7 -8 , 2 6 8 ,
2 7 3 , 2 7 7 , 2 7 9 , 3 0 1 ,3 1 0 , 3 1 5 .
f/lg ja : 1 3 1 , 2 0 2 , 25 6 .
G a le o te , Josefa: 169.
G alicia: 15 9 , ¡ 6 5 , 167, 2 ¡ 5 , 2 1 7 , 2 6 5 , 313.
g an ad o (salu d ad o res d e ): 2 3 7 -8 .
374
G arcía jo v e , E ladio: 2 4 4 .
G il, Isabel: 2 3 6 -7 .
G il, P ed ro : 168.
G ilb e rt,W illia m : 312.
G in eb ra: 4 3 .
G iro n a: 164, 24 1.
G iu se p p e da C o p e rtin o : 3 2 2 (n ).
G lanvill, jo se p h : 4 9.
G laru s: 35.
G o g u illo n , P é ro n n e : 153-4.
g o liard o s: 103-4.
G o n zález, Pablo: 2 3 4 .
G o ro sá b c l, Pablo de: 2 4 2 , 2 5 9 , 31 3.
G ran ad a: 29.
G ran ad a, D an iel: 2 4 5 -6 .
G rasse, G e o rg T h e o d o r: 53.
G re n o b le : 4 1 , 264.
375
G rim m , Jacob: 4 6 , S 7-8 , 6 2 , 6 4 , 7 4 , 110.
giiuxa: 2 15-6.
G u ip ú zco a: 17 1 , 21 3, 2 4 2 , 313.
H alliday, W .B .: 9 4 .
H alloue’cn: 189.
Hamadiha: 2 6 8 -9 , 2 7 2 .
ham r: 1 3 1 -2 , 2 0 2 , 2 5 6 .
H a n se n , Jo sep h : 17, 6 4 , 6 6 -8 .
H a u sm á n n in , W alp u rg a: 156.
hebu: 2 7 0 .
H é c a te : 55.
H e le n a (e m p e ra triz ): 2 9 5 .
H e rm a s: 2 9 8 .
H e ro d ía s: 5 0 , 7 1 , 7 2 ( n ) , 123.
H e r r e r a , L icen ciad o : 4 0 .
hexenmcisters: 3 0 8 .
h id ro fo b ia : 11, 2 3 7 , 2 4 2 -3 , 2 5 9 , 2 6 5 , 2 6 9 , 2 7 1 -3 , 301.
h ie r ro (a m u le to s d e ): 1 7 7 , 1 8 3 , 1 8 7 , 2 1 7 .
hilla: 198.
H isp a n o am érica : 1 7 4 , 176 , 2 2 7 , 244.
H o lan d a: 3 0 8 .
H o n o rio , R a y m u n d o Ja c in to : 31 3.
H o p k in s, M a tth e w : 3 4 , 8 5 (n ).
376
H o r s t, G eo rg : 4 6 , 5 2 -3 .
h o m o p o ro : 2 00.
H u elva: 4 0 .
in cu b o : 20 5 .
in fan ticid io : 1 4 4 (n ), 151, 1 5 2 (n ), 1 5 3 -5 , 157, 160 -1 , 163, 173, 175, 181, 188,
20 8 .
Italia: 2 6 , 2 8 , 3 5 -7 , 4 8 , 7 1 -3 , 116 -7 , 1 4 4 (n ), 1 5 3 (n ), 1 5 8 (n ), 2 7 2 -3 , 2 8 9 , 3 i 5,
3 2 0 -1 .
Jaca: 3 1 9 , 32 3 .
Ja co b o V I: 31.
Jaén: 26 4 .
je a n d ’A rras: 2 0 9 -1 0 .
Je an d e M eu n g : 1 87.
Jo ao M an u el: 240.
Jo h n oí Saiisbury: 188.
Jo h n so n , R ich a rd : 1 3 5 -6 , 247.
Jo u v in , A .: 227,
J lia n d e la C ru z : 2 8 6 (n ), 3 18 , 322.
Ju a n a d e A rco : 7 5 , 9 2 , 2 6 3 , 305.
kanishibari: 2 00.
377
K iítre d g e , G e o r^ e Lym an: 17, 6 7 , 8 0 , 9 5.
kíoijc )o!k: 308.
kokma: 2 0 9 .
kresniks: 1 2 1 -3 , 131, 2 0 4 , 2 2 2 , 2 5 7 .
kudlak: 122.
La N u za (p a rro q u ia ): 3 1 9 -2 0 , 3 2 3 , 328.
L ab o u rd : I 6 0 (n ) , 2 1 3 .
L am ash tu : 181.
L am ia: 5 0 (n ), 1 8 3 -4 , 188 , 2 0 1 .
/am inak: 2 1 4 .
L an cre, F ie rre d e: 3 1, 3 9 , 5 6 , 16 0 ( n ), 2 1 9 .
L an g u ed oc: 19 8 , 2 2 0 ,2 2 2 - 3 , 2 5 2 .
lech u za: 16 6 , 2 1 6 .
Lecky, W illiam : 6 5 .
L ilith: 5 0 (n ), 1 8 2 -3 .
Libia: 1 8 3 ,2 7 5 .
Lim a: 24 5 .
Lisboa: 174.
L ituania: 198.
lobishómen: 26 0 .
378
Fabián A le ja n d r o C iim ¡ M i( jn e
Lucifer: 72.
ludak: 201.
M add alena: 7 1 -4 .
M a d rid : 159, 1 62, 164, 166, 2 3 4 , 2 6 5 , 325.
M affei, S cipione: 4 9 .
mahr: 2 0 0 , 2 0 5 , 2 0 9 , 2 1 8 , 223.
M ajarliza: 2 6 4 , 2 6 6 .
m al d e ojo: 2 1 4 (n ), 237.
Malleus M a lfc a ru m : 2 4, 2 7 , 3 0 - 1 ,4 8 , 8 5 , 1 5 8 -9 , 2 3 4 .
M anoir, Ju lien : 4 1 .
M arso s: 2 7 3 -4 .
M a rtín s, G aspar: 23 9.
379
S t r ix I I w w i o
M a x im in o : 262 3.
mazzeri: 1 2 1 -3 , 2 0 4 , 222 .
M e d ite rrá n e o : 4 2 , 2 6 7 , 2 7 0 -2 , 2 7 4 , 2 7 6 .
meiga: 2 1 5 ,2 2 1 .
M elu sin a: 2 1 0 .
M e n o c c h io S can d ella: 4 3 .
M e so p o ta m ia : 180.
M é x ico : 16 4 , 1 7 6 -8 , 24 5 .
M ic h e le t, Ju le s: 4 6 , 5 5 , 5 7 - 6 4 ,6 8 , 7 0 - 1 , 7 3 - 5 , 9 7 .
m ísticas: 2 8 9 , 2 9 1 , 2 9 8 .
M o d u c c o , B attista: 106.
M o n e , F ra n z jo s e f : 5 5 -6 .
m o n o sa n d a lis m o : 2 1 7 .
M o n ta illo u : 4 3 , 2 2 2 .
M o n te c h e , G ab riel: 3 1 5 -6 .
M o n te fa lc o , C h iara da: 28 9 .
M o n te ig n e z , A lison d e: 155.
M o n te v id e o : 2 4 5 . ■
m o ra : 2 0 0 -2 0 1 , 2 5 6 .
M o rav ia: 19 2 , 2 0 1 .
M o m io : 18 3 -4 .
M u r a to r i, L u d o v ico A n to n io : 4 9 .
M u rcia: 2 2 5 , 2 3 5 , 3 2 1 .
M u rray , M a rg a re t: 4 6 , 5 1 , 5 3 -5 , 5 7, 6 8 , 7 0 , 7 4 -6 , 7 8 -8 3 , 8 8 -9 0 , 9 2 -1 0 3 , 105,
1 0 9 -1 0 , n 2 - 1 5 , 1 33 -4 .
Nachtschar: 1 3 9 -4 0 .
N a r d o n , F ra n co : 1 3 3 , 141 -4.
N av arra: 2 9 , 1 6 0 -1 , 2 1 3 , 2 7 9 , 315.
380
m o t a n A l e j a n d r o i. a m p a i f n e
N ep al: 25 5 .
N ew M éxico: 17 6.
N ie re m b e rg , Ju an E usebio: 2 7 6 (n ).
N u ev a E spaña: 1 7 7 - 8 ,2 4 5 .
N u eva G ran ad a: 174 -6 .
N u ev a In g la te rra : 2 5 (n ), 3 4, 6 5 , 9 S (n).
N u re m b e rg : 28.
N u tin i, H u g o : 17 6 -7 .
O re n se : 167, 31 3.
O v ie d o : 4 0 , 24 4.
P ablo (ad iv in o ): 25 4.
País Vasco: 168, 2 1 2 -4 .
p an sa lu d ad o : 2 3 0 , 2 6 5 , 2 6 9 , 2 7 3 , 3 1 0 -1 1 , 320.
P anam á: 2 5 5 .
paoliani: 2 7 2 .
P e a rso n , K arl: 7 4 -5 , 7 8.
pesodilleu: 198.
pcsanta: 198.
381
STRIX HISPANICA
P ersp icaz: 2 4 6 .
P iro v an o , M aifreda di: 287.
P ó cs, Eva: 2 0 ,. 1 2 9 -3 1 , 133, 2 4 7 , 260.
P o lan co , Ju an de: 4 1 .
P o lo n ia: 197.
P o n te v e d ra : 2 1 S.
popobaiva: 199.
P o re te , M a rg u e rite : 2 9 0 (n ).
P o rtu g a l: 1 7 3 -4 , 2 2 7 , 2 3 7 -8 , 2 6 0 , 2 6 4 , 3 2 8 -3 3 1 .
Q u e v e d o , F ran cisco d e: 16 3, 1 6 4 (n ).
Q u ite r ia , S anta: 2 2 8 -9 , 2 3 5 , 2 3 7 , 2 4 1 , 2 5 8 , 2 6 1 , 2 6 4 -9 , 2 7 2 -3 , 2 8 0 , 3 0 1 -2 ,
3 0 7 ,3 1 0 ,3 1 9 - 2 0 .
R a b e, Ju a n d e: 4 2 .
R av en sb u rg : 27.
R e la cio n es T o pográficas: 2 6 6 .
R ém y, N ico lás: 31.
rcvenants: 1 9 0 (n ), 19 1 , 194.
R ib ad a n ey ra, P ed ro d e: 2 6 5 .
R iccio , B a rto lo m e o : 2 7 3 .
R osa d e L im a: 2 9 1 (n ), 2 9 2 (n ), 3 1 8 .
R u d y e rd , Sir B en jam ín : 4 2 .
F a b iá n A l e j a n d r o C a irip a rjn c
Sacro Im p e rio R o m a n o G e rm á n ic o : 2 7, 2 9, 4 8.
Sahagún, B e rn a rd in o d e: 178.
S ain t-H ilaire, E tien n e G eo fíro y : 275.
Salem.- 2 5 (n ), 3 4 , 6 5 , 9 8 (n ), 146.
saliva: 3 3 0 -1 , 2 3 3 -4 , 2 3 6 , 2 3 8 , 2 4 4 , 2 6 9 , 2 7 3 -5 , 30 1, 3 0 5 , 3 1 0 , 3 2 0 -1 , 323,
329, 331.
S alo m ón : 182.
Salta: 2 7 0 .
salu d ad o res: 1 i , 2 2 5 -3 0 , 2 3 2 -4 3 , 2 4 5 , 2 4 7 , 2 5 2 -5 , 2 5 8 -6 1 , 2 6 4 , 2 6 7 -7 0 , 2 7 2 -3 ,
2 7 6 -7 , 2 7 9 -8 0 , 3 0 1 -2 , 3 0 5 -6 , 3 0 8 , 3 1 0 -1 1 , 3 1 3 -1 7 , 3 1 9 -3 3 ,
S alzburgo: 34.
San H u b e r to : 2 2 7 (n ).
383
S lR lX HISPANICA
sanpnolan: 2 7 1 -4 , 2 7 6 , 3 2 0 -1 .
S anta R ita: 26 7 .
Santiago d e C o m p o s te la : 3 1 3 .
Santiago d e l E stero : 2 4 5 , 3 3 2 .
sarra-maiica: 198.
Segovia: 163.
seg u n d a vista: 2 3 1 , 2 4 3 , 2 5 7 -8 .
selffa sh io n in g : 3 1 6 -7 .
s é p tim o hijo: 2 0 4 , 2 1 2 , 2 3 2 , 2 4 2 , 2 4 4 , 2 4 6 , 2 5 7 -9 , 2 7 9 -8 0 , 3 0 1 , 3 1 1 -1 4 .
S erbia: 1 9 3 , 2 0 0 ,2 5 6 .
serpari: 2 7 3 , 3 2 0 .
Sevilla, F u lg en cio : 2 3 5 .
setms: 2 4 6 , 2 5 9 , 2 6 8 .
Sicilia: 4 1 , 2 7 4 (n ), 3 1 5 .
Sidi A h m ed D gh u g h i: 2 6 8 .
Sidi Áli b en H am d u sh : 2 6 8 .
slogutis: 198.
S o ld án , W ilh e lm : 4 6 , 5 8 , 6 3 -5 , 6 7 -8 .
S olané, G e ró n im o d e : 3 3 1 (n ).
so p o r irre fre n a b le : 1 6 9 , 17 7, 193, 197, 2 0 2 , 2 0 9 , 2 1 1 , 219.
sotré: 198.
Sozzi, Jaco p o : 2 7 3 .
384
Fabián A Icjandro ( ampognc
su ig o i: 1 1 5 -6 , 1 9 4 - 5 , 2 0 4 ,2 2 2 ,2 5 7 .
strix: 184.
srrzyga: 197.
su c u b o : 20 5 .
su e ñ o s in iciáticos: 107, 2 3 9 , 2 5 2 -4 .
Sugoí: 2 14.
Suiza: 2 6 , 31, 3 4 , 3 6, 4 3.
S u m m e rs, M o n ta g u e: 2 4 , 4 6 , 5 1 , 5 6 -7 , 8 3 -8 , 344.
ta c to real: 2 5 9 , 3 3 0 (n ).
ta ra n tism o : 2 6 8 , 27 2.
T a rta ro tti, G iro lam o : 4 6 , 4 9 - 5 2 , 57, 1 10.
T e rre ro s y P an d o, E steban: 164.
T oledo: 4 2 , 166, 2 6 4 -6 .
T om ás d e A q u in o: 293 .
T o rq u em ad a, A n to n io de: 2 3 1 , 277.
toverdokter: 3 08.
385
STRIX H bPA N IC A
T u cu m án : 2 4 5 , 2 h 5 , 3 3 2 -3 .
U rq u iza, ju s to Jo sé d e : 2 4 6 .
Valais: 2 6 -7 . -
V alaquia: 193.
V aliadolid: 160, 1 6 1 (n ).
v am p iro s: 13 2, 17 9, 192, 1 9 4 -5 , 2 0 1 -2 , 2 0 4 , 2 0 9 , 2 1 8 (n ), 2 5 6 -7
van D ale, A n th o n ie : 4 7 .
V anlandi: 197, 2 0 0 .
vecchia religionc: 7 2 -3 .
V enegas, Ju an Jo sé d e: 2 3 4 .
V enezuela: 27 0.
V ic e n te F e rre r: 4 3 , 2 2 6 .
V iern es S an to: 2 4 0 , 2 4 3 , 2 4 6 , 3 1 5 (n ).
V illar d e O lalla, P ed ro d e : 168.
v o n G re y e rz , P e te r: 156.
V orágine, Ja c o p o da: 2 6 3 .
rrakhnás: 198.
w arao : 2 7 0 .
W e in re ic h , M a rtin : 2 0 1 .
W icca: 9 4 .
W ie r, jo h a n n e s : 157.
W ie se n ste ig : 2 9 -3 0 .
ivise-jolk/wise-men: v e r cunning-m en.
W itse n , N ich o las: 135, 2 4 7 .
386
W ü rz b u rg : 33.
xucladors: 246 .
yanas: 189.
Yecla: 321, 32 3.
Y pres: 311.
Z a m o ra . 23 5.
Z iz ek , Slavoj: 2 8 5 .