Esther Díaz

(editora)

LA POSCIENCIA
EL CONOCIMIENTO CIENTÍFICO
EN LAS POSTRIMERÍAS
DE LA MODERNIDAD

Susana de Luque

Esther Díaz

Mónica Giardina

Antonio Gutiérrez

María Cristina Gracia

Eduardo Laso

Enrique Moralejo

Rubén H. Pardo

Silvia Rivera

Juan Samaja

Editorial líihlos
 1 67. 1 Díaz. Eslher
DÍA L a p o s c i e n e i a : el c o n o c i m i e n t o c i e n t i l i e o e n las
1
p o s t r i m e r í a s d e la m o d e r n i d a d . I' e d . -
B u e n o s A i r e s : B i b l o s . 2 0 0 0 . 4 0 7 p.; 2 3 x 1 6 cm.

ISBN 950-786-243-9

I. T í t u l o - 1. E p i s t e m o l o g í a

D i s e ñ o d e t a p a : Horacio Ossaní
I l u s t r a c i ó n d e t a p a : f o t o g r a m a d e l a p e l í c u l a Cóndor CHÍA ( 2 0 0 0 ) . d i r i g i d a por
P a b l o H o l e e r , J u a n P a b l o B u s e a r i n i v S w a n G l e e e r ( P a t a g o n i k F i l m s G r o u p S.A.)
A r m a d o : Hernán Díaz
C o o r d i n a c i ó n : Mónica Urreslarazu

V Editorial Biblos, 2000

P a s a j e . l o s é M. GiuíTra 3 1 8 , 1064 B u e n o s Aires
editorial_biblos@c:iudad.com.ar / www.editorialbiblos.com
H e c h o el d e p ó s i t o q u e d i s p o n e l a L e y 11.723
I m p r e s o e n la A r g e n t i n a

N i n g u n a p a r t e d e e s t a p u b l i c a c i ó n , i n c l u i d o el d i s e ñ o d e la c u b i e r t a , p u e d e r e p r o d u c i r s e ,
a l m a c e n a r s e o t r a n s m i t i r s e e n forma a l g u n a , n i t a m p o c o p o r m e d i o a l g u n o , s e a é s t e eléc-
t r i c o , q u í m i c o , m e c á n i c o , ó p t i c o d e g r a b a c i ó n o d e f o t o c o p i a , s i n la p r e v i a a u t o r i z a c i ó n
e s c r i t a p o r p a r t e d e la e d i t o r i a l .

Kste l i b r o se t e r m i n ó d e i m p r i m i r
e n I n d u g r a f s.a. e n el m e s d e
julio d e 2 0 0 0 .
 LAS CIENCIAS F O R M A L E S EN LA ERA P O S M O D E R N A *

Silvia Rivera

¿Son las proposiciones de la matemática y

la lógica proposiciones antropológicas, que di-
cen cómo inferimos y calculamos nosotros, los
hombres?
L. WITTGENSTEIN, Observaciones sobre los
fundamentos de la matemática

Hablar de "ciencias formales" implica a c e p t a r u n d e t e r m i n a d o criterio

de clasificación de las ciencias. La clasificación h a b i t u a l c o n s t r u y e este
c r i t e r i o t o m a n d o c o m o r e f e r e n c i a p r i n c i p a l el o b j e t o e s t u d i a d o e n c a d a
caso. En este sentido las ciencias formales se caracterizan por estudiar
e n t e s "ideales" que, por n o u b i c a r s e en u n espacio y t i e m p o d a d o s ,
p a r e c e n e s c a p a r a los c o n d i c i o n a m i e n t o s históricos. Se t r a t a concreta-
m e n t e d e la lógica y las m a t e m á t i c a s , q u e se c o n s t i t u y e n c o m o c i e n c i a s
e n la G r e c i a c l á s i c a . El m o d e l o p l a t ó n i c o i m p e r a n t e e n la é p o c a e s t a b l e c e
u n a g r a d a c i ó n j e r á r q u i c a d e l a r e a l i d a d , q u e u b i c a e n el n i v e l m á s a l t o
a las formas o esencias. E n t r e los s u p u e s t o s de este modelo se e n c u e n t r a
u n a fuerte v a l o r a c i ó n d e la e s t a b i l i d a d y p e r m a n e n c i a , q u e p o r c o n t r a -
p o s i c i ó n c o n d u c e a u n p r o g r e s i v o d e s p r e c i o d e l m u n d o físico, c o n s t a n -
t e m e n t e a m e n a z a d o p o r el d e v e n i r y el c a o s .
F r e n t e a la c o n t i n g e n c i a d e l o s h e c h o s e m p í r i c o s s e d e s t a c a la fijeza
e inmutabilidad de las formas - n ú m e r o s , relaciones, ideas- que v a n a
erigirse en arquetipo y modelo de toda experiencia posible, c o n s i d e r a d a
e n s u a s p e c t o e s t r u c t u r a l . La lógica y las m a t e m á t i c a s e s t u d i a n e s t a s
r e l a c i o n e s e s t r u c t u r a l e s a s p i r a n d o a l c a n z a r e n e s t e p r o c e s o el m á x i m o
grado de exactitud y necesidad que pueda contener u n saber h u m a n o .

* P a r t e d e e s t e a r t í c u l o fue p u b l i c a d o e n S. R i v e r a . "Lógica y l e n g u a j e " , e n E . D í a z (ed.)

Metodología de las ciencias sociales. B u e n o s Aires, Biblos, 1997.

[83]
S4 C i e n c i a s lomialcs* v c i e n c i a s í n d i c a s

La e x a c t i t u d y n e c e s i d a d d e l a s p r o p o s i c i o n e s l ó g i c a s y m a t e m á t i c a s
d e p e n d e e n t o n c e s de las s e ñ a l a d a s características de su objeto de estu-
dio, p e r o t a m b i é n del m é t o d o u t i l i z a d o : la d e m o s t r a c i ó n d e d u c t i v a a
1
partir de principios evidentes llamados "axiomas".
La n a t u r a l e z a del r a z o n a m i e n t o d e d u c t i v o g a r a n t i z a q u e , d e s e g u i r
c o r r e c t a m e n t e s u s p a s o s , la v e r d a d d e los a x i o m a s se e x t i e n d a a t o d a s l a s
p r o p o s i c i o n e s d e r i v a d a s d e e l l o s . P i s t o le p e r m i t e a m a t e m á t i c o s y l ó g i c o s
llegar a c o n c l u s i o n e s q u e se p r e t e n d e n i n d u d a b l e s e irrefutables. Y les
p e r m i t e t a m b i é n d i f e r e n c i a r s e d e l o s c i e n t í f i c o s q u e t r a b a j a n e n el á m b i l o
d e l a s c i e n c i a s l á c t i c a s . E n p r i m e r t é r m i n o , p o r q u e el o b j e t o d e e s t u d i o q u e
estos últimos m a n e j a n - h e c h o s naturales y sociales- no es inmutable y
p e r f e c t o . E n s e g u n d o t é r m i n o , p o r q u e el p u n t o d e p a r t i d a d e s u s r a z o n a -
m i e n t o s s o n h i p ó t e s i s provisorias y tentativas, q u e se verifican a t r a v é s de
u n a p l u r a l i d a d d e m é t o d o s q u e en t o d o s los c a s o s c o m b i n a n en g r a d o
diverso r a z o n a m i e n t o s lógicos -válidos e inválidos-' y e x p e r i m e n t a c i ó n .
S u s c o n c l u s i o n e s , lejos d e s e r n e c e s a r i a s , se e n c u e n t r a n s i e m p r e s u j e t a s
a p r o c e s o s d e revisión y crítica.
El p r e s t i g i o d e l a s c i e n c i a s f o r m a l e s , p r e s e n t e y a e n s u c o m i e n z o
g r i e g o , s e c o n s o l i d a l u e g o e n la m o d e r n i d a d . El n o t a b l e d e s a r r o l l o d e la
ciencia experimental que caracteriza a este período histórico no cuestio-
n a sino q u e fortalece los s u p u e s t o s y los v a l o r e s p r e s e n t e s e n la tradi-
c i o n a l clasificación d e l a s c i e n c i a s . P o r q u e la e x p e r i m e n t a c i ó n se m u e s -
t r a i n s u f i c i e n t e p a r a g a r a n t i z a r p o r sí m i s m a l a o b j e t i v i d a d d e l o s r e s u l -
t a d o s a l o s q u e l l e g a n l o s c i e n t í f i c o s n a t u r a l e s . El l o g r o d e la o b j e t i v i d a d
n e c e s i t a la j u s t i f i c a c i ó n lógica d e e s o s r e s u l t a d o s , y t a m b i é n s u e x p r e -
sión m a t e m á t i c a . Sólo de este m o d o p o d r á n ser p r e s e n t a d o s c o m o leyes

1. E n e s t e p u n t o el p r o c e s o d e d u c t i v o q u e c a r a c t e r i z a a l o s s i s t e m a s a x i o m á t i c o s s e
d i f e r e n c i a d e l t i p o d e d e d u c c i ó n q u e u t i l i z a m o s e n el á m b i t o d e n u e s t r a v i d a c o t i d i a n a , y
q u e s e c o n o c e c o m o ( ¿ e d u c c i ó n natural. La d e d u c c i ó n n a t u r a l s e a p o y a e n d i f e r e n t e s r e g l a s
de inferencia, q u e se a s e m e j a n a n u e s t r o u s o h a b i t u a l d e las p a r t í c u l a s lógicas y se p o n e n
en m a r c h a a p a r t i r de s u p u e s t o s q u e se e n c u e n t r a n a n c l a d o s e n t r e las c r e e n c i a s c o m u n e s
o "sentido c o m ú n de u n grupo", pero sin q u e se d e d i q u e a e s t o s s u p u e s t o s u n a a t e n c i ó n
e s p e c i a l . E s d e c i r q u e e n e s t e c a s o la d e d u c c i ó n p a r t e d e p r o p o s i c i o n e s q u e s o n a c e p t a d a s
i r r e f l e x i v a m e n t e p o r p e r t e n e c e r a n u e s t r o p a t r i m o n i o c u l t u r a l . S i n e m b a r g o , e n el á m b i t o
d o la c i e n c i a e s i m p o r t a n t e s o m e t e r a u n c o n t r o l l ó g i c o r i g u r o s o l a s p r e m i s a s o h i p ó t e s i s
q u e s e u t i l i z a n c o r n o p u n t o d e p a r t i d a . E s t o s e l o g r a e l i g i e n d o , e n f u n c i ó n d e la a c e p t a c i ó n
de u n d e t e r m i n a d o crilerio de racionalidad, a l g u n o s e n u n c i a d o s como p u n t o de partida,
a l o s q u e s e l l a m a axiomas, y q u e s o n los p r i n c i p i o s i n d e m o s t r a b l e s de t o d a s e c u e n c i a
deductiva.
2. L o s r a z o n a m i e n t o s i n v á l i d o s s o n a q u e l l o s e n l o s q u e la v e r d a d d e l a s p r e m i s a s n o
g a r a n t i z a la v e r d a d d e la c o n c l u s i ó n . E n t r e l o s r a z o n a m i e n t o s i n v á l i d o s e n c o n t r a m o s los
r a z o n a m i e n t o s i n d u c t i v o s y los analógicos.
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 85

universales con reconocida capacidad de explicación v amplio poder

predictivo.
Sin e m b a r g o , y a p e s a r d e los esfuerzos d e q u i e n e s e n las ú l t i m a s
d é c a d a s h a n decidido a t r i n c h e r a r s e en d e f e n s a de la c o n c e p c i ó n tradi­
c i o n a l cié l a r a z ó n , e s i n d u d a b l e q u e e l r e s q u e b r a j a m i e n t o d e l p r o y e c t o
m o d e r n o afecta de u n m o d o especial a las ciencias formales. Por eso, ya
i n s t a l a d o s e n el h o r i z o n t e p o s m o d e r n o y c o n s e c u e n t e s c o n s u m o d a l i ­
dad específica de trabajo intelectual, se i m p o n e u n a tarea de reformu­
l a c i ó n d e l a s c a r a c t e r í s t i c a s p r o p i a s d e la n e c e s i d a d l ó g i c a y m a t e m á t i ­
ca. E s t e h o r i z o n t e se h a l l a a t r a v e s a d o p o r la e x t e n d i d a c o n c i e n c i a d e los
límites presentes en todas las e m p r e s a s h u m a n a s , que n o s enfrenta con
la e x p e r i e n c i a d e u n a c o n t i n g e n c i a r a d i c a l . L a p r e g u n t a e s e n t o n c e s
c ó m o f u n d a m e n t a r la i n e x o r a b i l i d a d de las c i e n c i a s f o r m a l e s u n a vez
q u e las v e r d a d e s a u t o e v i d e n t e s . los i m p e r a t i v o s u n i v e r s a l e s y las certe­
z a s a b s o l u t a s s e h a n d e s m o r o n a d o b a j o el m a r t i l l o d e l a d e s c o n s t r u c ­
ción p o s m o d e r n a .
Para esta pregunta no hay respuesta, a no ser que estemos dispues­
tos a modificar s u s t a n c i a l m e n t e la m o d a l i d a d d e ese p r o c e s o q u e llama­
m o s " í u n d a m e n t a c i ó n " . Sólo reconociendo q u e en este n u e v o horizonte
la p r e t e n s i ó n d e u n a í u n d a m e n t a c i ó n t e ó r i c a y ú l t i m a e s i m p o s i b l e
p o d r e m o s d i r i g i r n u e s t r o t r a b a j o h a c i a la i n v e n c i ó n d e n u e v a s m o d a l i ­
d a d e s de justificación d e los c o n o c i m i e n t o s . J u s t i f i c a c i o n e s q u e no se­
r á n y a ni t e ó r i c a s ni ú l t i m a s , s i n o p r o v i s o r i a s y p r á c t i c a s . Y si r e o r i e n ­
t a m o s n u e s t r a m i r a d a en este sentido, dirigiéndola h a c i a los múltiples
m e c a n i s m o s a t r a v é s d e los c u a l e s los h o m b r e s c o n s t r u y e n eso q u e en
c a d a c a s o l l a m a n "realidad", v e r e m o s la i m p o r t a n t e f u n c i ó n q u e en e s t a
c o n s t r u c c i ó n t i e n e l a rigidez d e l a s r e g l a s l ó g i c a s y m a t e m á t i c a s . P o r q u e
la i n e x o r a b i l i d a d d e e s t a s r e g l a s p o s i b i l i t a la e x i s t e n c i a d e l c o n s e n s o
b á s i c o n e c e s a r i o p a r a el d e s a r r o l l o d e l a c o m u n i c a c i ó n e n g e n e r a l , e s
decir, de todo tipo de i n t e r c a m b i o significativo e n t r e los h o m b r e s .

1. L O S C O M I E N Z O S G R I E G O S D E L A S C I E N C I A S FORMALES

Los p r i m e r o s intentos de elaborar s i s t e m a s axiomáticos se r e m o n t a n

a A r i s t ó t e l e s y E u c l i d e s . E n Elementos, Euclides sistematiza los princi­
pales descubrimientos geométricos de sus predecesores. Porque en u n
s e n t i d o a m p l i o del t é r m i n o - c o m o c o n o c i m i e n t o p r á c t i c o q u e utiliza
n ú m e r o s y figuras g e o m é t r i c a s - las m a t e m á t i c a s s o n a n t e r i o r e s a la
o b r a cié l o s g r i e g o s c l á s i c o s . E n e s t e s e n t i d o a m p l i o l a s m a t e m á t i c a s
86 Ciencias lonnales v ciencias lácticas

incluyen las contribuciones de m u c h a s civilizaciones p a s a d a s , entre las

q u e s e d e s t a c a n la e g i p c i a y la b a b i l o n i a . P e r o lo q u e s e m a n e j a e n e s t o s
c a s o s n o e s u n s a b e r teórico s i s t e m á t i c o q u e p r o c e d e s i g u i e n d o los p a s o s
de u n a metodología rigurosa sino u n a serie de reglas simples y desco­
n e c t a d a s a l a s q u e se llega p o r t a n t e o , e x p e r i m e n t a c i ó n y o b s e r v a c i ó n .
E s t a s r e g l a s p e r m i t e n a l a s p e r s o n a s r e s o l v e r p r o b l e m a s d e la v i d a
diaria: calendario, agricultura y comercio.
P o r el c o n t r a r i o , el o b j e t i v o d e l o s g r i e g o s e s p r e s e n t a r l a s m a t e m á ­
t i c a s c o m o u n c u e r p o fijo d e v e r d a d e s . E n e s t e s e n t i d o d e b e e n t e n d e r s e
el t r a b a j o d e E u c l i d e s , q u e e x c e d e el p l a n o d e l a s i s t e m a t i z a c i ó n d e
d e s c u b r i m i e n t o s a n t e r i o r e s y s e o r i e n t a h a c i a la i n v e n c i ó n d e la g e o m e ­
t r í a c o m o c i e n c i a . E s t o lo c o n s i g u e p r e s e n t a n d o l a g e o m e t r í a c o m o u n
s i s t e m a d e d u c t i v o e n el c u a l t o d o s l o s e n u n c i a d o s s e d e r i v a n n e c e s a r i a ­
m e n t e d e u n a serie r e d u c i d a d e s u p u e s t o s b á s i c o s o a x i o m a s . P a r a la
c o n c e p c i ó n clásica, la elección de los a x i o m a s n o es arbitraria; se i m p o ­
n e n porque se trata de verdades necesarias, evidentes y absolutas. Su
evidencia hace innecesaria su demostración, en tanto su carácter abso­
l u t o los c o l o c a al m a r g e n d e t o d a c o n t i n g e n c i a histórica. D e a q u í s u r g e
e s a n e c e s i d a d q u e s e e x t i e n d e - a t r a v é s d e l a d e d u c c i ó n - a t o d o el
s i s t e m a q u e s e deriva de ellos.
D u r a n t e m u c h o s siglos se p e n s ó e n la g e o m e t r í a de E u c l i d e s c o m o la
ú n i c a posible, y a d e m á s c a p a z de d a r c u e n t a de las p r o p i e d a d e s del
e s p a c i o r e a l . P e r o a f i n e s d e l s i g l o x i x , c o n el d e s a r r o l l o d e g e o m e t r í a s
alternativas, se pone de manifiesto que es posible construir sistemas
deductivos lógicamente c o h e r e n t e s - e s decir, n o contradictorios-, par­
t i e n d o d e a x i o m a s d i v e r s o s . E s t o lleva a c u e s t i o n a r el c a r á c t e r v e r d a d e r o
y evidente d e los axiomas, q u e e m p i e z a n a ser c o n s i d e r a d o s c o m o p u n ­
tos d e p a r t i d a c o n v e n c i o n a l e s del e n c a d e n a m i e n t o deductivo. E s t a
m o d i f i c a c i ó n e n l a c o n c e p c i ó n d e l o s a x i o m a s , j u n t o c o n el p r o g r e s o d e
la formalización - q u e n o s enfrenta con fórmulas c o m p u e s t a s por sím­
bolos y que, en t a n t o no h a c e n referencia a objetos, n o p u e d e n ser ni
v e r d a d e r a s ni f a l s a s - a p r o x i m a c a d a vez m á s la e s t r u c t u r a d e los siste­
m a s a x i o m á t i c o s a la de los j u e g o s , e n t a n t o los d e s v i n c u l a d e t o d o
3
c o m p r o m i s o ontológico.
S i n e m b a r g o , e s t a c r e c i e n t e d i s p o s i c i ó n a u n a revisión crítica d e la
n a t u r a l e z a y de las características de los a x i o m a s no se extiende e n
principio a los p a s o s del r a z o n a m i e n t o deductivo. E s decir que, a u n en
c a s o d e a c e p t a r la c i t a d a c o m p a r a c i ó n c o n los j u e g o s , las reglas q u e

3 . " O n t o l o g i a " h a c e r e f e r e n c i a a u n a p a r t e d e l a filosofía q u e , a p a r t i r d e la h i p ó t e s i s d e la

e x i s t e n c i a d e u n m u n d o d e e n t e s (cosas), los e s t u d i a en su a s p e c t o m á s g e n e r a l .
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 87

e s t r u c t u r a n los r a z o n a m i e n t o s n o s o n c u e s t i o n a d a s y se c o n s t i t u y e n en
el r e d u c t o ú l t i m o d e l a n e c e s i d a d e n s u a s p e c t o f o r m a l .
P r e c i s a m e n t e es Aristóteles q u i e n p o r p r i m e r a vez clasifica y c a r a c -
t e r i z a l a s d i f e r e n t e s f o r m a s d e r a z o n a m i e n t o . Y a lo l a r g o d e e s t e p r o c e s o
otorga a la lógica s u a c t a de n a c i m i e n t o c o m o disciplina a u t ó n o m a y
4
e s p e c í f i c a . Al i g u a l q u e E u c l i d e s , lo l o g r a r e c o p i l a n d o y s i s t e m a t i z a n d o
l a s r e f l e x i o n e s p r e s e n t e s e n l o s p e n s a d o r e s q u e lo a n t e c e d i e r o n , a c e r c a
d e l o s p r i n c i p i o s f o r m a l e s q u e a r t i c u l a n e l p e n s a m i e n t o , el l e n g u a j e y l a
r e a l i d a d . P e r o c o m o e n t r e s u s s u p u e s t o s s e e n c u e n t r a el d e l a e x i s t e n c i a
d e u n a c o r r e s p o n d e n c i a e n t r e e s t o s ó r d e n e s , la lógica e s c o n s i d e r a d a
p o r A r i s t ó t e l e s u n organon o i n s t r u m e n t o a d e c u a d o p a r a a c c e d e r a la
e s t r u c t u r a d e l m u n d o y p o r l o t a n t o i m p r e s c i n d i b l e e n el d e s a r r o l l o d e
las diferentes investigaciones científicas.
E n u n p r i m e r m o m e n t o l a l ó g i c a s e p r e s e n t a , p u e s , c o m o el e s t u d i o
de los r a z o n a m i e n t o s . E n t r e los diferentes tipos de r a z o n a m i e n t o se
d e s t a c a el s e ñ a l a d o r a z o n a m i e n t o d e d u c t i v o q u e , a u n q u e p u e d e a d o p -
t a r f o r m a s diversas, s e c a r a c t e r i z a p o r q u e e n t o d a s ellas la v e r d a d de las
p r e m i s a s g a r a n t i z a l a v e r d a d d e la c o n c l u s i ó n . P e r o lo i m p o r t a n t e e s
a n a l i z a r los m o t i v o s q u e e s t á n e n la b a s e del i n t e r é s d e los griegos p o r
los r a z o n a m i e n t o s . E s t e análisis n o s remite a las p a r t i c u l a r e s p r á c t i c a s
sociales que se articulan en esa época y nos permite entender por qué
es en ese dispositivo histórico d o n d e se sientan las b a s e s de las diferen-
t e s c i e n c i a s e n las q u e h a s t a h o y se clasifica n u e s t r o c o n o c i m i e n t o : la
lógica, la m a t e m á t i c a , la física, la m e d i c i n a y la h i s t o r i a , e n t r e o t r a s . El
n a c i m i e n t o d e e s t a s c i e n c i a s e s el r e s u l t a d o d e u n p r o c e s o q u e s e h a b í a
i n i c i a d o u n p a r d e s i g l o s a n t e s , a l r e d e d o r d e l VIII a n t e s d e C r i s t o , y q u e
c o n d u c e d e s d e el m i t o h a s t a el l o g o s .
E n t r e las m ú l t i p l e s a c e p c i o n e s del t é r m i n o 'logos' se d e s t a c a a q u e l l a
q u e lo p r e s e n t a c o m o d i s c u r s o , e s d e c i r , c o m o u n t i p o d e p a l a b r a a r t i -
culada de acuerdo con principios racionales. E n este sentido se contra-
p o n e a "mito". Por "mito" t a m b i é n d e b e m o s e n t e n d e r "palabra", p e r o u n a
palabra mágico-religiosa, que es solidaria de e s t r u c t u r a s de p e n s a m i e n -
to diferentes y específicas, tales c o m o la d e totalidad, c o m p l e t i t u d o
identidad de los contrarios. E s t a p a l a b r a se i n s e r t a e n u n m u n d o m u y

4 . La p a l a b r a ' l ó g i c a ' d e r i v a d e l v o c a b l o g r i e g o logos. E n t r e s u s n u m e r o s a s t r a d u c c i o n e s

se d e s t a c a n e n t r e o t r a s "palabra", "discurso", "pensamiento", "razón". T a m b i é n se a g r e g a n
a e s t o s s i g n i f i c a d o s b á s i c o s el d e " p r i n c i p i o " o "ley". El v e r b o legein s e t r a d u c e p o r " d e c i r " ,
" h a b l a r " , p e r o s e t r a t a d e u n d e c i r s i g n i f i c a t i v o . E s p o r e s t o q u e s e h a i n d i c a d o q u e el
s e n t i d o p r i m a r i o d e legein e s " r e u n i r " , " o r d e n a r " , u n i r l a s p a l a b r a s d e m o d o t a l q u e s e
o b t e n g a l a r a z ó n o el s e n t i d o d e lo d i c h o . Logos i n d i c a , a s í . e s p e c í f i c a m e n t e , e s o s p r i n c i p i o s
o c r i t e r i o s d e o r d e n q u e o t o r g a n i n t e l i g i b i l i d a d al d i s c u r s o y t a m b i é n al p e n s a m i e n t o .
88 Ciencias formales v ciencias fácíicas

p e c u l i a r . El m u n d o m í t i c o e s u n m u n d o a t r a v e s a d o p o r s o r p r e n d e n t e s
c o n t i n u i d a d e s , a p u n t o tal q u e los d i o s e s n o se diferencian de los fenó­
m e n o s físicos, l a s p a l a b r a s s e i d e n t i f i c a n c o n l a s c o s a s r e p r e s e n t a d a s
p o r e l l a s y l o s h o m b r e s , c o n la n a t u r a l e z a m i s m a . U n e j e m p l o d e e s t o lo
e n c o n t r a m o s e n la m a g i a , d o n d e e s p o s i b l e incidir a c t i v a m e n t e e n l a s
condiciones de vida de u n a p e r s o n a o p e r a n d o con su n o m b r e . T a m b i é n
s e a p r e c i a e n la c o m p l e t a d i v i n i z a c i ó n d e la n a t u r a l e z a y e n la d i s o l u c i ó n
d e la i d e n t i d a d e i n d i v i d u a l i d a d de los h o m b r e s e n la especie, q u e c a r a c ­
t e r i z a a l u n i v e r s o m í t i c o . A d e m á s , e n el m i t o l a v e r d a d d e u n a a f i r m a c i ó n
s e s u s t e n t a e n l a a u t o r i d a d d e q u i e n l a p r o f i e r e . E n el c a s o d e a l g u n o s
p e r s o n a j e s p r i v i l e g i a d o s o " m a e s t r o s d e l a v e r d a d " - e l r e y , el a d i v i n o y
el p o e t a - s u p a l a b r a e r a v e r d a d e r a e n v i r t u d d e l p o d e r q u e d e t e n t a b a n
d e n t r o del grupo, sin i m p o r t a r en a b s o l u t o q u e s u s s e n t e n c i a s respeta­
r a n los p r i n c i p i o s d e d e r i v a c i ó n lógica o d e c o r r e s p o n d e n c i a c o n la
realidad, a partir de los c u a l e s n u e s t r a c u l t u r a e x a m i n a h o y los cono­
cimientos para decidir acerca de su sentido y verdad.
El s e r h u m a n o vivió m u c h í s i m o t i e m p o i n m e r s o e n e s t e m u n d o m í ­
tico. S i n e m b a r g o , a p a r t i r del siglo vm a n t e s d e Cristo, y e n relación c o n
las i m p o r t a n t e s transformaciones económicas, sociales y políticas que
e n e s a é p o c a s e d e s e n c a d e n a n e n el P e l o p o n e s o , c o m i e n z a a p e r f i l a r s e
u n tipo d e p a l a b r a diferente. Se t r a t a de la p a l a b r a lógico-racional,
e s t r u c t u r a d a s o b r e l a b a s e d e p r i n c i p i o s t a l e s c o m o el d e i d e n t i d a d , n o
c o n t r a d i c c i ó n y tercero excluido, q u e o t o r g a n u n i d a d y c o h e r e n c i a al
d i s c u r s o y al p e n s a m i e n t o . C a b e d e s t a c a r q u e e s t e o r d e n n o sólo a l c a n z a
a la p a l a b r a y al p e n s a m i e n t o s i n o q u e s e e x t i e n d e t a m b i é n al m u n d o .
E s p o r e s t o q u e n u e s t r o m u n d o p a r e c e t e n e r u n a e s t r u c t u r a lógica, y d e
h e c h o l a t i e n e , p o r q u e l o s i n s t r u m e n t o s a t r a v é s d e l o s c u a l e s lo a p r e ­
h e n d e m o s confieren s u fisonomía específica a la r e a l i d a d e n la q u e n o s
insertamos.
E s t e p r o c e s o d e d e s a c r a l i z a c i ó n d e la p a l a b r a m o d i f i c a p o r c o m p l e t o
l a c o n c e p c i ó n d e l a v e r d a d q u e s e m a n e j a , q u e s e d e s p l a z a d e s d e el
c r i t e r i o d e a u t o r i d a d h a c i a la b ú s q u e d a del c o n s e n s o p o r m e d i o d e la
utilización de a r g u m e n t o s convincentes. Estos a r g u m e n t o s se forman a
p a r t i r de e n c a d e n a m i e n t o s d e p r o p o s i c i o n e s e n l a z a d a s de f o r m a s diver­
sas. A p e s a r de la infinita c a n t i d a d de proposiciones q u e p u e d e n formar­
se en las distintas lenguas históricas, es posible reconocer tipos básicos
d e e n l a c e q u e s o n c o m u n e s a t o d a s ellas. E s t o s tipos d e enlace n o s
p e r m i t e n f u n d a m e n t a r la v e r d a d d e a l g u n a s p r o p o s i c i o n e s e n la v e r d a d
de otras que nos parecen evidentes, sea porque las c a p t a m o s por obser­
v a c i ó n directa, p o r q u e n o p o d e m o s hallar o t r a s q u e les sirvan d e f u n d a ­
m e n t o o p o r q u e p e r t e n e c e n al fondo de s u p u e s t o s c o m p a r t i d o s q u e
c o n f o r m a n el s e n t i d o c o m ú n d e u n g r u p o : " E l s o n i d o q u e e s c u c h o e s
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 89

a g u d o " , " t o d o o b j e t o e s i g u a l a sí m i s m o " o t a m b i é n "la c i e n c i a c a m b i a

porque progresa". Es importante tener en cuenta que no siempre es
posible establecer u n a nítida distinción entre las proposiciones c u y a
verdad se f u n d a m e n t a en otras y aquellas que sirven de f u n d a m e n t o . De
h e c h o , o c u r r e q u e m u c h a s v e c e s la o b s e r v a c i ó n d i r e c t a e s e n g a ñ o s a , y
t a m b i é n q u e las proposiciones q u e e x p r e s a n los s u p u e s t o s c o m p a r t i d o s
por u n g r u p o c a m b i a n de u n a c u l t u r a a otra.
D e t o d o s m o d o s , lo q u e a q u í n o s i n t e r e s a e s d e s t a c a r l a a b s o l u t a
n e c e s i d a d d e f u n d a m e n t a r lo q u e n o s o t r o s c r e e m o s o c u e s t i o n a m o s .
E s t a n e c e s i d a d se i m p o n e c o m o c o n s e c u e n c i a de la c i t a d a t r a n s f o r m a -
ción e n la forma de e n t e n d e r la p a l a b r a y la v e r d a d q u e se i m p o n e
d e f i n i t i v a m e n t e e n A t e n a s e n el s i g l o v a n t e s d e C r i s t o . T o d o el d e s a r r o l l o
del c o n o c i m i e n t o occidental se inscribe e n este p r o c e s o de desacraliza-
ción de la palabra. Sobre esta b a s e se consolidan las prácticas de fun-
d a m e n t a c i ó n y j u s t i f i c a c i ó n - e n el s e n t i d o d e " d a r r a z ó n " d e n u e s t r a s
afirmaciones- que caracterizan nuestro modo de pensar y argumentar.
Y también se consolidan las ciencias q u e van a estudiar estas prácticas.
Pero este estudio se realiza desde u n a perspectiva m u y particular,
m a r c a d a f u e r t e m e n t e p o r l o s v a l o r e s d o m i n a n t e s e n el i m a g i n a r i o s o c i a l
5
de la é p o c a . E s t a perspectiva define y despliega s u objeto de e s t u d i o
a b s t r a y e n d o d e él t o d o a q u e l l o q u e n o s i n d i c a q u e e s el r e s u l t a d o d e u n a
c o n s t r u c c i ó n s o c i a l . A b s t r a e , p u e s , lo e m p í r i c o , lo h i s t ó r i c o , lo m a t e r i a l ,
al t i e m p o q u e e n f a t i z a lo i n m u t a b l e , e s t r u c t u r a l y f o r m a l .
E n este capítulo se p r e s e n t a n los c o n t e n i d o s m í n i m o s de la lógica - s u s
e s t r u c t u r a s f u n d a m e n t a l e s - d e s d e el i n t e r i o r d e s u d i s c u r s o , e s d e c i r , t a l
c o m o l o s l ó g i c o s lo p r e s e n t a r o n . E s t o e s n e c e s a r i o , e n t r e o t r a s c o s a s , p a r a
c o m p r e n d e r la f u n c i ó n q u e e s t a ciencia c u m p l e e n la a r t i c u l a c i ó n d e l a s
d i f e r e n t e s e t a p a s del c o n o c i m i e n t o científico. S i n e m b a r g o , s u g e r i r e m o s
l u e g o otro p u n t o d e vista posible, a c o r d e c o n la m i r a d a d e s c o n s t r u c t i v a y
p r a g m á t i c a d e la p o s m o d e r n i d a d . P u n t o de vista q u e s e r e s u m e m u y b i e n
e n u n a reflexión d e l filósofo a u s t r í a c o L u d w i g W i t t g e n s t e i n , q u i e n s e p r e -
g u n t a y n o s p r e g u n t a por q u é no leer los textos b á s i c o s de las ciencias
6
formales como textos de antropología.

5. El c o n c e p t o " i m a g i n a r i o s o c i a l " h a c e r e f e r e n c i a a l a s i d e a s q u e e n c a d a s o c i e d a d o p e r a n
c o m o reguladoras de c o n d u c t a s . E s a s ideas, valores y apreciaciones se c o n s t i t u y e n d e s d e
los d i s c u r s o s y prácticas sociales, es decir, d e s d e los dispositivos de s a b e r - p o d e r .
6 . V é a s e L. W i t t g e n s t e i n , Observaciones a los fundamentos de la matemática, Madrid,
A l i a n z a , 1 9 7 8 , P a r t e m, p a r á g r a f o 6 5 .
90 Ciencias formales y ciencias fácticas

2 . E L C A R Á C T E R F O R M A L D E LA L Ó G I C A

T o d o e l t i e m p o , t a n t o e n el á m b i t o d e n u e s t r a v i d a c o t i d i a n a c o m o e n
p r á c t i c a s m á s e s p e c i a l i z a d a s c o m o el d e r e c h o , l a q u í m i c a o l a m a t e m á -
tica, s u p o n e m o s q u e ciertas p r o p o s i c i o n e s s o n v e r d a d e r a s y p r o b a m o s ,
a través de m e c a n i s m o s de inferencia o derivación, que otras son, a su
vez, v e r d a d e r a s d e m o s t r a n d o q u e se s i g u e n n e c e s a r i a m e n t e d e las pri-
m e r a s . E s t o s m e c a n i s m o s p u e d e n ser c o r r e c t o s o incorrectos, y a la
lógica c o m p e t e establecer esta distinción.
A n a l i c e m o s el s i g u i e n t e e j e m p l o q u e n o s p r o p o n e n e n s u l i b r o M.
7
C o h é n y E . N a g e l . C o n s i d e r e m o s la s i g u i e n t e p r o p o s i c i ó n : " H a y p o r lo
m e n o s d o s p e r s o n a s e n l a c i u d a d d e N u e v a Y o r k q u e t i e n e n el m i s m o
n ú m e r o d e c a b e l l o s e n l a c a b e z a " , a l a q u e d e s i g n a r e m o s c o n el s í m b o l o
"q" ¿ C ó m o p o d r í a d e m o s t r a r s e s u v e r d a d ? U n m é t o d o d i r e c t o s e r í a el d e
corroboración empírica que supone buscar y hallar dos individuos que
t e n g a n r e a l m e n t e el m i s m o n ú m e r o d e c a b e l l o s . E l p r o b l e m a e s q u e n o
e s é s t a u n a t a r e a s e n c i l l a , p u e s t o q u e s u p o n e el e x a m e n m i n u c i o s o d e l
c u e r o c a b e l l u d o d e p o r lo m e n o s s e i s m i l l o n e s d e p e r s o n a s . P e r o t a m b i é n
p o d e m o s d e m o s t r a r q u e l a p r o p o s i c i ó n "q" s e d e s p r e n d e c o n n e c e s i d a d
de o t r a s c u y a v e r d a d es posible establecer c o n m a y o r facilidad. E x a m i -
n e m o s la p r o p o s i c i ó n "Hay cinco mil p e l u q u e r í a s e n la c i u d a d de N u e v a
York". ¿ E s é s t a u n a p r o p o s i c i ó n relevante p a r a e s t a b l e c e r la v e r d a d d e
" q " ? O b v i a m e n t e n o l o e s , p u e s el d a t o s o b r e e l n ú m e r o d e p e l u q u e r í a s ,
a u n siendo verdadero, no resulta u n elemento de juicio satisfactorio
p a r a e s t a b l e c e r l a v e r d a d d e "q".
C o n s i d e r e m o s a h o r a e s t a o t r a p r o p o s i c i ó n : "El n ú m e r o d e h a b i t a n t e s
d é l a c i u d a d d e N u e v a Y o r k e s m a y o r q u e el n ú m e r o d e c a b e l l o s q u e t i e n e
e n la c a b e z a u n o c u a l q u i e r a d e s u s h a b i t a n t e s " , a la q u e s i m b o l i z a r e m o s
c o n "p". P a r a facilitar la t a r e a d e a n á l i s i s d e e s t a p r o p o s i c i ó n u t i l i z a r e -
m o s cifras p e q u e ñ a s a los fines d e la ejemplificación. " S u p o n g a m o s " ,
p r o p o n e n C o h é n y N a g e l , " q u e el n ú m e r o m a y o r d e c a b e l l o s q u e t i e n e
c u a l q u i e r h a b i t a n t e d e la c i u d a d d e N u e v a Y o r k s e a c i n c u e n t a , y q u e
h a y a e n ella c i n c u e n t a y u n h a b i t a n t e s n i n g u n o de los c u a l e s e s c o m -
p l e t a m e n t e calvo. A s i g n e m o s a c a d a h a b i t a n t e u n n ú m e r o c o r r e s p o n -
d i e n t e a s u n ú m e r o d e cabellos: la p r i m e r a p e r s o n a t e n d r á u n cabello,
la s e g u n d a d o s , etc. h a s t a llegar a la q u i n c u a g é s i m a p e r s o n a , q u e t e n -
d r á , a lo s u m o , c i n c u e n t a c a b e l l o s . Q u e d a u n h a b i t a n t e y c o m o h e m o s
s u p u e s t o q u e n i n g u n o tiene m á s de c i n c u e n t a cabellos, éste debe por
fuerza p o s e e r u n n ú m e r o de cabellos igual al d e u n o de s u s c o n c i u d a -

7. Introducción a la lógica y al método científico, B u e n o s A i r e s , A m o r r o r t u , 1 9 9 0 . p p . 1 6 y 17.

L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 91

s
d a n o s " . Si n o s d e t e n e m o s u n m i n u t o e n e s t e r a z o n a m i e n t o a d v e r t i r e ­
mos, sin lugar a d u d a s , q u e se trata de u n r a z o n a m i e n t o a b s o l u t a m e n t e
g e n e r a l q u e n o d e p e n d e del n ú m e r o d e cabellos y h a b i t a n t e s elegidos
s i n o d e la f o r m a e n la q u e s e a r t i c u l a n y d e r i v a n p r o p o s i c i o n e s .
P r e c i s a m e n t e e s la "lógica" la d i s c i p l i n a e n c a r g a d a d e e s t u d i a r los
principios q u e p e r m i t e n e s t a b l e c e r la distinción e n t r e los m e c a n i s m o s
9
correctos y los incorrectos de derivación de proposiciones. A h o r a bien,
estos principios no p u e d e n d e p e n d e r de los contenidos o significados
ocasionales de los signos lingüísticos q u e utilizamos, p u e s e n s u b ú s ­
q u e d a d e n e c e s i d a d , u n i v e r s a l i d a d y rigor a b s o l u t o , l a l ó g i c a d e j a d e l a d o
l a s c o n t i n g e n c i a s d e l a s l e n g u a s h i s t ó r i c a s . P o r el c o n t r a r i o , d e b e r á
a t e n e r s e a la e s t r u c t u r a i n v a r i a n t e q u e a t r a v i e s a n u e s t r o s r a z o n a m i e n ­
tos. E s t a e s t r u c t u r a se t o r n a manifiesta c u a n d o r e e m p l a z a m o s los con­
tenidos materiales de n u e s t r a s sentencias por ciertos símbolos denomi­
n a d o s " v a r i a b l e s " , d e m o d o s e m e j a n t e a c o m o e n el á l g e b r a s e r e e m p l a ­
z a n los n ú m e r o s p o r letras q u e m a n t i e n e n la regla d e la e c u a c i ó n , inde­
p e n d i e n t e m e n t e d e los c a s o s c o n c r e t o s e n los q u e s e efectiviza. Si reto­
m a m o s n u e s t r o e j e m p l o a n t e r i o r p o d e m o s a f i r m a r q u e s i e s el c a s o q u e
"el n ú m e r o d e h a b i t a n t e s d e l a c i u d a d d e N u e v a Y o r k e s m a y o r q u e el
n ú m e r o d e cabellos q u e tiene e n la c a b e z a u n o c u a l q u i e r a d e s u s h a b i ­
t a n t e s " ("p"), e n t o n c e s e s el c a s o q u e " h a y p o r l o m e n o s d o s p e r s o n a s e n
l a c i u d a d d e N u e v a Y o r k q u e t i e n e n el m i s m o n ú m e r o d e c a b e l l o s e n l a
c a b e z a " ("q"). Y " p " e s v e r d a d e r a , e n t o n c e s " q " t a m b i é n l o e s . E x p r e s a d o
e n s í m b o l o s t e n e m o s la s i g u i e n t e f o r m a d e r a z o n a m i e n t o : Si "p" e n t o n ­
c e s "q", y " p " , e n t o n c e s " q " . ' °
La lógica se p r e s e n t a c o m o u n a ciencia formal. E s t o significa que,
d e j a n d o d e l a d o el s i g n i f i c a d o o c o n t e n i d o d e n u e s t r a s a f i r m a c i o n e s ,
f o c a l i z a s u a t e n c i ó n e n el e s q u e m a o e s q u e l e t o q u e l a s o r d e n a y e s t r u c ­
t u r a . Q u e d a claro, e n t o n c e s , q u e la v e r d a d de las p r o p o s i c i o n e s d e las
q u e p a r t e n n u e s t r a s a r g u m e n t a c i o n e s n o e s a l g o r e l e v a n t e . Lo q u e sí e s
r e l e v a n t e e s la c o n e x i ó n n e c e s a r i a o relación d e i m p l i c a c i ó n " e n t r e las

8 . í d e m , p. 17.
9 . A e s t o s p r i n c i p i o s o " r e g l a s " l e s c o n f e r i r n o s v a l i d e z u n i v e r s a l c o n el o b j e t i v o d e q u e
g a r a n t i c e n el a c u e r d o m í n i m o n e c e s a r i o p a r a q u e l o s h o m b r e s c o i n c i d a n e n l a e s t r u c t u r a
formal de s u r a z o n a m i e n t o .
10. El e s q u e m a o b t e n i d o e n e s t e c a s o c o r r e s p o n d e a la f o r m a l ó g i c a d e u n t i p o d e a r g u ­
m e n t o d e n o m i n a d o modus ponens.
11. I n f e r i m o s v á l i d a m e n t e u n a p r o p o s i c i ó n d e o t r a s ó l o si h a y u n a r e l a c i ó n o b j e t i v a d e
i m p l i c a c i ó n e n t r e la p r i m e r a y la s e g u n d a . A p a r t i r d e a q u í e s p o s i b l e d i s t i n g u i r l a inferencia,
q u e e s u n p r o c e s o o a c t i v i d a d q u e t i e n e u n d e s a r r o l l o e n el t i e m p o y q u e o c u r r e e n l a m e n t e
d e u n s u j e t o , d e la implicación, c o n s i d e r a d a c o m o u n a r e l a c i ó n o b j e t i v a e n t r e p r o p o s i c i o n e s .
92 C i e n c i a s IciniiiiliN \' c i e n c i a s l á c t i c a s

proposiciones, i n d e p e n d i e n t e m e n t e de su valor de verdad. En n u e s t r o

e j e m p l o , y a u n s u p o n i e n d o q u e la p r o p o s i c i ó n "p" - q u e n o s i n f o r m a
a c e r c a d e l a r e l a c i ó n e n t r e - el n ú m e r o d e h a b i t a n t e s d e l a c i u d a d d e
N u e v a Y o r k y el n u m e r ó de- c a b e l l o s d e s u s c a b e z a s - f u e r a d e 1 t e c h o f a l s a ,
la l ó g i c a d e s t a c a la r e l a c i ó n n e c e s a r i a e n t r e e s t a p r o p o s i c i ó n y o t r a s
t a l e s c o m o "q" c o n l a s q u e m a n t i e n e u n a r e l a c i ó n l ó g i c a d e i m p l i c a c i ó n .
La f o r m a d e e s t a r e l a c i ó n s e m a n i f i e s t a t a n p r o n t o c o m o a b s t r a e m o s el
c o n t e n i d o e m p í r i c o a partir del c i t a d o p r o c e s o de simbolización.

3 . E L O B J E T O D E E S T U D I O D E LA L Ó G I C A

E s t á c l a r o y a p o r q u é la l ó g i c a e s u n a c i e n c i a f o r m a l . P e r o r e s t a
todavía establecer con m a y o r precisión cuál es su objeto de estudio
e s p e c í f i c o . P r e s e n t a m o s l a l ó g i c a c o m o ei e s t u d i o d e l a s r e l a c i o n e s
n e c e s a r i a s d e i m p l i c a c i ó n e n t r e p r o p o s i c i o n e s , q u e c o n d i c i o n a n la v a l i d e z
de las inferencias o p r o c e s o s de derivación, sobre las q u e se a r t i c u l a n
n u e s t r o s r a z o n a m i e n t o s . A h o r a b i e n , e s fácil a d v e r t i r q u e , e n e s t a p r i -
m e r a aproximación, se entrecruzan dos planos de objetos diferentes:
c\' p l a n o d e l l e n g u a j e y el d e l p e n s a m i e n t o . ¿ S e o c u p a , e n t o n c e s , l a
lógica d e n u e s t r o s p r o c e s o s de p e n s a m i e n t o o de los signos de n u e s t r o
lenguaje?
A n t e t o d o d e b e m o s s e p a r a r c o n c l a r i d a d l a l ó g i c a t a n t o ele l a p s i c o -
logía c o m o d e l a s d i f e r e n t e s r a m a s d e la l i n g ü í s t i c a . E n p r i m e r l u g a r , la
diferencia q u e e s t a b l e c e la lógica e n t r e m e c a n i s m o s c o r r e c t o s e inco-
r r e c t o s d e d e r i v a c i ó n d e p r o p o s i c i o n e s n o p o n e el a c e n t o e n l o s p r o c e s o s
s u b j e t i v o s q u e se p r o d u c e n en la m e n t e de u n sujeto y q u e a c o m p a ñ a n
las inferencias sino en las relaciones necesarias de implicación entre
p r o p o s i c i o n e s q u e s e s u p o n e n e n l a b a s e d e l a s i n f e r e n c i a s . Si b i e n la
lógica e s u n p r o d u c t o histórico q u e recopila y s i s t e m a t i z a los principios
de n u e s t r a s prácticas concretas de deducción y íundamentación, res-
t r i n g e s u a t e n c i ó n a los r e s u l t a d o s o b t e n i d o s , a los q u e se o t o r g a u n
s t a t u s peculiar. S u peculiaridad consiste en que estos r e s u l t a d o s se
i n d e p e n d i z a n , u b i c á n d o s e e n u n e s p a c i o d e " i d e a l i d a d " q u e los p o n e al
m a r g e n ele t o d a c o n t i n g e n c i a e m p í r i c a . E l o b j e t o d e e s t u d i o d e l a l ó g i c a
se u b i c a fuera del t i e m p o y del espacio, invistiéndose c o n las p r o p i e d a -
d e s d e perfección e i n m u t a b i l i d a d . P e n s e m o s e n la m a t e m á t i c a - o t r a
ciencia formal- cuyo objeto de estudio -los n ú m e r o s , las figuras geomé-
t r i c a s - e s por c o m p l e t o i n d e p e n d i e n t e t a n t o de los p r o c e s o s a t r a v é s de
los c u a l e s los a p r e h e n d e m o s c o m o de los objetos físicos a p a r t i r d e los
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 93

c u a l e s l o s r e p r e s e n t a m o s . El h e c h o d e q u e "la s u m a d e l o s á n g u l o s
i n t e r i o r e s d e u n t r i á n g u l o s e a i g u a l a d o s r e c t o s " , q u e i n t e r e s a al m a t e ­
mático, es por completo independiente de nuestros m e c a n i s m o s subje­
tivos de a p r e n d i z a j e y t a m b i é n de n u e s t r a s m e d i c i o n e s de los á n g u l o s
de los diferentes objetos t r i a n g u l a r e s q u e p o d e m o s c o n s t r u i r o e n c o n ­
trar a nuestro alrededor.
P e r o si b i e n e s p o s i b l e d e s l i n d a r la lógica del e s t u d i o d e f e n ó m e ­
n o s p s i c o l ó g i c o s o p r o c e s o s s u b j e t i v o s , e s t o n o r e s u l t a a s í e n el c a s o
del lenguaje. P o r q u e los p r i n c i p i o s "lógicos" q u e o r g a n i z a n y e s t r u c t u ­
r a n n u e s t r o p e n s a m i e n t o son. sin lugar a d u d a s , de carácter lingüís­
t i c o . D e a h í q u e el a n á l i s i s l ó g i c o s e a también, e n c i e r t o m o d o , a n á l i s i s
lingüístico.
P e r o s i b i e n e s c i e r t o q u e l a l ó g i c a s e o c u p a d e l l e n g u a j e , lo h a c e d e
u n m o d o e s p e c i a l y p r o p i o q u e la d i s t i n g u e n í t i d a m e n t e d e o t r a s d i s c i ­
p l i n a s q u e t i e n e n a l l e n g u a j e c o m o o b j e t o d e e s t u d i o . P o r lo t a n t o , y e n
s e g u n d o lugar, la lógica n o d e b e c o n f u n d i r s e c o n n i n g u n a de las p a r t e s
d e la l i n g ü í s t i c a . P o r q u e la l i n g ü í s t i c a , o e n g e n e r a l l a s d i s t i n t a s c i e n c i a s
del lenguaje, s o n c i e n c i a s e m p í r i c a s d e s c r i p t i v a s q u e e s t u d i a n d e m o d o
s i s t e m á t i c o la forma c o m o d i s t i n t o s p u e b l o s utilizan las p a l a b r a s . La
lógica, p o r s u p a r t e , se o c u p a d e la e s t r u c t u r a b á s i c a y u n i v e r s a l d e t o d o
lenguaje, atendiendo con exclusividad a s u s aspectos formales, q u e se
relacionan d i r e c t a m e n t e con los a s p e c t o s formales de n u e s t r o p e n s a ­
miento.
P r e c i s a m e n t e es en v i r t u d de s u c a r á c t e r formal q u e la lógica p r e t e n ­
d e s e r u n a c i e n c i a u n i v e r s a l , t a n r i g u r o s a c o m o la m a t e m á t i c a , c a p a z d e
r e a l i z a r o p e r a c i o n e s y c á l c u l o s d e m o d o e x a c t o . E s t o r e q u i e r e la confec­
c i ó n d e u n lenguaje artificial, a d i f e r e n c i a d e l lenguaje natural u ordina­
rio, s i e m p r e r e l a t i v o a u n a c o m u n i d a d h i s t ó r i c a , s e m b r a d o i n e v i t a b l e ­
m e n t e de redundancias, vaguedades y ambigüedades. E n cierta forma
t o d a c i e n c i a r e c u r r e al e m p l e o d e u n l e n g u a j e artificial del q u e f o r m a n
p a r t e los t é r m i n o s t é c n i c o s d e c a d a u n a . P e r o e n el c a s o d e la m a t e m á ­
t i c a y l a l ó g i c a , el l e n g u a j e a r t i f i c i a l r e q u e r i d o es formal o simbólico. Un
l e n g u a j e d e e s t a í n d o l e i m p l i c a d o s c u e s t i o n e s . L a p r i m e r a e s el u s o d e
símbolos abstractos, que se dividen en dos grandes categorías: símbolos
constantes, q u e s o n a q u e l l o s q u e t i e n e n u n s e n t i d o fijo d e n t r o d e l l e n ­
g u a j e e n c u e s t i ó n , c o m o p o r e j e m p l o " = " y "+" e n a r i t m é t i c a p o r u n a
p a r t e , y símbolos variables, p o r l a o t r a , c u y o s e n t i d o c a m b i a s e g ú n el
c o n t e x t o e n el q u e s e u t i l i c e n , c o m o s u c e d e , p o r e j e m p l o c o n l a s l e t r a s
" x " e "y" e n l a s e c u a c i o n e s m a t e m á t i c a s . L a s e g u n d a e s l a e x i s t e n c i a d e
reglas explícitas q u e e s t a b l e z c a n el u s o d e l o s t é r m i n o s y l a f o r m a c i ó n
y transformación de fórmulas y enunciados.
E s necesario aclarar q u e de a l g ú n m o d o todos los lenguajes, en t a n t o
94 Ciencias lormales v ciencias lácticas

1 2
se e s t r u c t u r a n como sistemas reglamentados de signos, p u e d e n con-
s i d e r a r s e s i s t e m a s s i m b ó l i c o s . P e r o la l ó g i c a s e p r e s e n t a a sí m i s m a
c o m o u n simbolismo perfecto q u e reduce, y h a s t a aniquila, las inevita-
b l e s d e s p r o l i j i d a d e s d e l i n t e r c a m b i o l i n g ü í s t i c o c o t i d i a n o , e n el m a r e o
d e l a s d i f e r e n t e s c o m u n i d a d e s h i s t ó r i c a s . A p e s a r d e e s t a p r e t e n s i ó n , la
l ó g i c a n o p u e d e p r e s c i n d i r p o r c o m p l e t o d e la r e f e r e n c i a a l a s l e n g u a s
n a t u r a l e s , r e f e r e n c i a q u e n o s e dirige a la p a r t i c u l a r i d a d d e s u s signi-
f i c a d o s s i n o a la e s t r u c t u r a o a n d a m i a j e c o m ú n a t o d a s ellas.

4. LAS E S T R U C T U R A S L Ó G I C A S FUNDAMENTALES

4 . 1 . Términos y proposiciones

Allá e n los c o m i e n z o s griegos, A r i s t ó t e l e s c o n c i b e la lógica c o m o u n a

l ó g i c a d e t é r m i n o s . El t é r m i n o e s la e s t r u c t u r a lógica m á s e l e m e n t a l .
F o r m a d o p o r u n o o m á s signos, se utiliza p a r a n o m b r a r o d e s i g n a r algo.
E s n e c e s a r i o d i f e r e n c i a r el t é r m i n o d e l o s s i g n o s q u e l e s i r v e n c o m o
m e d i o d e e x p r e s i ó n . E s t a distinción n o s p e r m i t e r e c o n o c e r q u e , e n pri-
m e r lugar, distintas p a l a b r a s p u e d e n expresar u n m i s m o término. Por
e j e m p l o : 'red', ' r o u g e ' , 'rojo'. E n s e g u n d o l u g a r , o c u r r e m u c h a s v e c e s q u e
u n m i s m o signo o palabra expresa términos diferentes. Pensemos, por
e j e m p l o e n l a p a l a b r a ' v e l a ' q u e s i g n i f i c a t a n t o l a a c c i ó n d e c u i d a r el
s u e ñ o o el r e p o s o d e a l g u i e n , el c i l i n d r o d e c e r a q u e u t i l i z a m o s p a r a
i l u m i n a r n o s y los lienzos q u e i m p u l s a n a a l g u n a s e m b a r c a c i o n e s . Por
último, ocurre t a m b i é n q u e u n término se expresa a través de varias
p a l a b r a s . É s t e n o s ó l o e s el c a s o d e l o s n o m b r e s c o m p u e s t o s , p o r e j e m -
p l o ' M e r c u r i o ' o ' J o s é H e r n á n d e z ' , s i n o t a m b i é n el d e l a s l l a m a d a s d e s -
c r i p c i o n e s , p o r e j e m p l o , " E l p l a n e t a q u e e s t á m á s c e r c a d e l s o l " o "el
a u t o r del M a r t í n Fierro".
Los t é r m i n o s son. p a r a Aristóteles, las u n i d a d e s m í n i m a s e irreduc-
tibles del a n á l i s i s lógico. D e s d e e s t a p e r s p e c t i v a , los t é r m i n o s se dividen
e n términos lógicos o constantes lógicas q u e s ó l o t i e n e n s i g n i f i c a c i ó n e n
el c o n t e x t o d e l a e s t r u c t u r a l ó g i c a q u e i n t e g r a n - ' t o d o s ' , ' a l g u n o s ' , ' n i n -
g ú n ' - y l o s términos no-lógicos o variables lógicas q u e t i e n e n signifiea-

12. A l g u n o s a u t o r e s u t i l i z a n l a p a l a b r a ' s í m b o l o ' c o m o s i n ó n i m o d e s i g n o ' . S i n e m b a r g o ,

lo m á s f r e c u e n t e e s u t i l i z a r la p a l a b r a s í m b o l o ' p a r a r e f e r i r s e a u n a c l a s e e s p e c i a l d e s i g n o .
C o n c r e t a m e n t e 'símbolo' a l u d e a a q u e l l o s signos c o n v e n c i o n a l e s de c a r á c t e r social. U n
e j e m p l o d e e s t o e s la p a l o m a c o m o s í m b o l o d e la p a z .
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 95

ción independiente dentro de u n lenguaje. A d e m á s p u e d e n ser sustitui­

d o s p o r otros de la m i s m a c a t e g o r í a lógica o g r a m a t i c a l , sin q u e varíe p o r
ello la e s t r u c t u r a lógica d e la q u e f o r m a n p a r t e . I n t e g r a n e s t e g r u p o los
n o m b r e s propios, los s u s t a n t i v o s c o m u n e s y los adjetivos.
Por su parte, las proposiciones son e s t r u c t u r a s lógicas m á s comple­
jas, integradas por términos, tienen u n sentido completo y pueden ser
v e r d a d e r a s o falsas. E s i m p o r t a n t e n o confundir "proposición" con "ora­
c i ó n " . L a o r a c i ó n e s el v e h í c u l o p a r a e x p r e s a r u n a p r o p o s i c i ó n , d e m o d o
tal q u e diferentes oraciones p u e d e n e x p r e s a r u n a m i s m a proposición,
p o r e j e m p l o " T o d o s los h o m b r e s s o n m o r t a l e s " y "Si u n i n d i v i d u o c u a l ­
q u i e r a e s h o m b r e , e n t o n c e s e s m o r t a l " . O t a m b i é n "II p l e u t " y " L l u e v e " .
E n rigor de verdad, no t o d a s las oraciones sirven p a r a e x p r e s a r propo­
s i c i o n e s . S ó l o lo h a c e n l a s o r a c i o n e s d e c l a r a t i v a s , q u e c o r r e s p o n d e n a l
u s o informativo del lenguaje. Sólo de e s t a s oraciones es posible predicar
v e r d a d y f a l s e d a d . U n a p r o p o s i c i ó n s e r á v e r d a d e r a si la i n f o r m a c i ó n q u e
t r a n s m i t e c o r r e s p o n d e o c o n c u e r d a c o n los h e c h o s del m u n d o q u e des­
cribe, y s e r á falsa si n o existe tal c o n c o r d a n c i a o c o r r e s p o n d e n c i a . E s t e
m o d o d e e n t e n d e r la v e r d a d c o m o correlación o a d e c u a c i ó n e n t r e l a s
p r o p o s i c i o n e s del lenguaje y los h e c h o s del m u n d o se d e n o m i n a "con­
c e p c i ó n s e m á n t i c a d e la v e r d a d " . Q u e d a claro q u e , e n t a n t o u n t é r m i n o
n o afirma ni niega e s t a d o de c o s a s alguno, n o p u e d e ser ni v e r d a d e r o ni
falso. Sólo p o d e m o s h a b l a r d e "corrección" o "incorrección" e n la aplica­
ción de u n término.
L a lógica a r i s t o t é l i c a r e d u c e t o d a s l a s p r o p o s i c i o n e s a la f o r m a p r e ­
d i c a t i v a b á s i c a : " S e s P". S i a p l i c a m o s el p r o c e s o d e a b s t r a c c i ó n a l a
p r o p o s i c i ó n " T o d o s l o s h o m b r e s s o n m o r t a l e s " , r e e m p l a z a n d o l o s térmi­
nos no lógicos p o r s í m b o l o s v a r i a b l e s - e n e s t e c a s o v a r i a b l e s d e t é r m i ­
1 3
n o s - , o b t e n e m o s la f o r m a lógica "Todo S e s P". Por s u p a r t e , la f o r m a
l ó g i c a d e " N i n g ú n m o l u s c o e s v e r t e b r a d o " e s " N i n g ú n S e s P".
D u r a n t e m u c h o s siglos s e creyó q u e la lógica aristotélica era, s i n m á s ,
la l ó g i c a . L a s c o n t r i b u c i o n e s d e f i l ó s o f o s p o s t e r i o r e s , e n t r e e l l o s l o s

13. El p r o c e s o d e ahstracciónse. efectiviza a t r a v é s del r e e m p l a z o d é l o s t é r m i n o s no-lógicos

p o r v a r i a b l e s o s í m b o l o s elegidos p a r a indicarlos, de m o d o ta] q u e se o b t i e n e u n e s q u e l e t o
o e s t r u c t u r a d e u n a l t o g r a d o d e g e n e r a l i z a c i ó n , e n el q u e s e p r e s c i n d e d e t o d o c o n t e n i d o
i n t u i t i v o o d e s c r i p t i v o . E s t a e s t r u c t u r a e s Informa lógica. L a a b s t r a c c i ó n , e n t a n t o n o s
a c e r c a la f o r m a l ó g i c a , s u p o n e u n a g e n e r a l i z a c i ó n . P o r el c o n t r a r i o , el p r o c e s o d e i n t e r p r e ­
t a c i ó n c o n s i s t e e n la s u s t i t u c i ó n d e l a s v a r i a b l e s p o r t é r m i n o s d e s c r i p t i v o s d e la m i s m a
categoría semántica. Toda interpretación consiste en u n a particularización. Una m i s m a
f o r m a l ó g i c a , p o r e j e m p l o "Todo S e s P", e s p a s i b l e d e e j e m p l o s d e s u s t i t u c i ó n d i f e r e n t e s
e i n n u m e r a b l e s . A l g u n o s ejemplos de i n t e r p r e t a c i ó n s o n "Todos los h o m b r e s s o n m o r t a ­
les". " T o d o s l o s p e r r o s s o n m a m í f e r o s " , " T o d o s l o s c u e r p o s s o n e x t e n s o s " .
96 Ciencias formales v ciencias lácticas

e s t o i c o s y los p e n s a d o r e s medievales, n o i n t r o d u j e r o n n i n g u n a modifi­

c a c i ó n e s e n c i a l e n el s i s t e m a a r i s t o t é l i c o , t a l v e z d e b i d o a l g r a n p r e s t i g i o
d e l q u e g o z a b a A r i s t ó t e l e s , c o n s i d e r a d o u n a " a u t o r i d a d " e n el t e r r e n o d e
la e s p e c u l a c i ó n t e ó r i c a . E s t e h e c h o c o n t r i b u y ó a b o s q u e j a r u n a i m a g e n
especial d e la lógica, c o m o u n a ciencia a c a b a d a y c o m p l e t a , p o r o c u p a r ­
se de objetos i n m u t a b l e s y perfectos: los principios lógicos e s t r u c t u r a n ­
tes del p e n s a m i e n t o y del m u n d o . E s t o e s así a p u n t o tal que, a fines del
s i g l o XVIII, e l f i l ó s o f o a l e m á n I m m a n u e l K a n t a f i r m a , e n el p r ó l o g o d e s u
Crítica de la razón pura, q u e d e s d e Aristóteles la lógica n o h a d a d o u n
p a s o atrás, pero t a m p o c o n i n g u n o h a c i a adelante. Esto indica q u e se
halla, d e s d e s u nacimiento, "conclusa y perfecta"."
A p e s a r d e e s t a visión k a n t i a n a d e la i n m o v i l i d a d de la lógica, p o c o
t i e m p o d e s p u é s , a m e d i a d o s del siglo xix, se inicia u n a t r a n s f o r m a c i ó n
r e v o l u c i o n a r i a , q u e la modifica s u s t a n c i a l m e n t e . P o r q u e a p e s a r del
p r e s t i g i o y d e la i n n e g a b l e i m p o r t a n c i a d e la lógica ari s t o t él i ca, n o p u e ­
d e n d e s c o n o c e r s e s u s límites. E s t o s límites t i e n e n q u e ver, e n p r i m e r
lugar, c o n s u simbolización incompleta, q u e c o n s e r v a t é r m i n o s del len­
g u a j e n a t u r a l ( t o d o s , a l g u n o s , n i n g ú n ) . E n s e g u n d o l u g a r , el a n á l i s i s
l ó g i c o d e A r i s t ó t e l e s m a n t i e n e u n a e s t r e c h a d e p e n d e n c i a c o n el a n á l i s i s
gramatical de las l e n g u a s naturales. A d e m á s , al reducir todas las pro­
p o s i c i o n e s a la f o r m a a t r i b u t i v a - ú n i c a forma a c e p t a d a - c a r a c t e r i z a d a
p o r la a s i g n a c i ó n d e u n p r e d i c a d o a u n sujeto a t r a v é s del v e r b o "ser"
( " S ó c r a t e s e s m o r t a l " ) , i m p i d e el a n á l i s i s d e p r o p o s i c i o n e s m á s c o m p l e ­
j a s . E n t r e e s t a s ú l t i m a s s e e n c u e n t r a n l a s r e l a c i ó n a l e s t a l e s c o m o "A e s
m á s g r a n d e q u e B" o t a m b i é n " B e r n a r d o a m a a Eloísa", d e u s o f r e c u e n t e
e n m a t e m á t i c a s y e n el l e n g u a j e c o m ú n .
E s t a s y o t r a s r a z o n e s i m p u l s a n u n a r e f o r m a q u e e s i n i c i a d a p o r el
i n g l é s G e o r g e B o o l e y el a l e m á n G o t t l o b F r e g e , y q u e s e o r i e n t a a u n a
m a t e m a t i z a c i ó n de la lógica, c o n s i s t e n t e e n la s u b o r d i n a c i ó n d e la lógica
al m é t o d o d e la m a t e m á t i c a . E s t o s u p o n e u n a r i g u r o s a a x i o m a t i z a c i ó n
y t a m b i é n u n a c o m p l e t a f o r m a l i z a c i ó n , lo q u e p e r m i t e s u a r t i c u l a c i ó n
como u n sistema de cálculo.
U n m o m e n t o d e c i s i v o e n el d e s a r r o l l o d e e s t a n u e v a l ó g i c a , d e n o m i -

14. El p a r á g r a f o c o m p l e t o d i c e a s í : " Q u e l a l ó g i c a h a l l e v a d o e s a m a r c h a s e g u r a [la m a r c h a

s e g u r a d e u n a c i e n c i a ] d e s d e l o s t i e m p o s m á s r e m o t o s , p u e d e c o l e g i r s e p o r el h e c h o d e q u e .
desde Aristóteles, no h a tenido q u e dar u n paso atrás, a no ser q u e se c u e n t e n como
c o r r e c c i o n e s la s u p r e s i ó n d e a l g u n a s s u t i l e z a s i n ú t i l e s o l a d e t e r m i n a c i ó n m á s c l a r a d e
lo e x p u e s t o , c o s a e m p e r o q u e p e r t e n e c e m á s a la e l e g a n c i a q u e a l a c e r t e z a d e u n a c i e n c i a .
N o t a b l e e s t a m b i é n e n e l l a el q u e t a m p o c o h a s t a h o y h a p o d i d o d a r u n p a s o a d e l a n t e . Así
p u e s , s e g ú n t o d a a p a r i e n c i a , h á l l a s e c o n c l u s a y p e r f e c t a " . I. K a n t , Críticade la razón pura,
M é x i c o , L o s a d a , 1 9 7 0 , p . 11.
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 97

n a d a " l ó g i c a s i m b ó l i c a " o " l ó g i c a m a t e m á t i c a " , lo c o n s t i t u y e l a p u b l i c a ­

c i ó n d e l o s Principia Maíhernatica ( 1 9 1 3 ) d e H e r t r a n d R u s s e l l y Al f r e d
W h i t e h e a d . E s o s a u t o r e s i n t e n t a n p r o b a r q u e la m a t e m á t i c a , en e s p e ­
cial la a r i t m é t i c a , e s u n a r a m a o e x t e n s i ó n d e la lógica, d e m o d o tal q u e
todos los c o n c e p t o s m a t e m á t i c o s d e b e n p o d e r derivarse de u n n ú m e r o
limitado de a x i o m a s lógicos. P a r a lograrlo, d e b e n d e s a r r o l l a r n u e v a s
p a r t e s d e l a l ó g i c a (la l ó g i c a d e l a s p r o p o s i c i o n e s , d e l a c u a n t i f i c a c i ó n ,
de las relaciones y de las clases).
Sólo n o s o c u p a r e m o s e n este capitulo de p r e s e n t a r a l g u n o s elemen­
t o s d e la lógica d e l a s p r o p o s i c i o n e s o lógica p r e p o s i c i o n a l . E n ella las
p r o p o s i c i o n e s s o n c o n s i d e r a d a s c o m o los e l e m e n t o s indivisibles, ins­
t a n c i a s ú l t i m a s del análisis.
L a s p r o p o s i c i o n e s m á s s i m p l e s q u e p o d e m o s c o n s t r u i r s o n l a s pro­
posiciones atómicas que describen un hecho simple. Se las simboliza
c o n l a s l e t r a s " p " , "q", " s " . E j e m p l o s d e p r o p o s i c i o n e s a t ó m i c a s s o n :
"Llueve", " C a r l o s e s t u d i a " , " W i t t g e n s t e i n n a c i ó e n Austria". S o n s i m p l e s
p o r q u e s u s p a r t e s n o s o n , a s u vez, p r o p o s i c i o n e s . L a s p r o p o s i c i o n e s
a t ó m i c a s s o n v e r d a d e r a s o f a l s a s s i el h e c h o q u e p r e s e n t a n s e d a e n l a
1 5
r e a l i d a d . P o r lo t a n t o , l a c u e s t i ó n d e d e c i d i r a c e r c a d e la v e r d a d y l a
falsedad d e u n e n u n c i a d o a t ó m i c o n o e s u n p r o b l e m a d e a n á l i s i s lógico
s i n o d e i n f o r m a c i ó n e m p í r i c a . " C a r l o s e s t u d i a " e s v e r d a d e r a si, efectiva­
m e n t e , l a p e r s o n a a q u i e n h a c e r e f e r e n c i a el n o m b r e " C a r l o s " e s t u d i a
l B
habitualmente.
Sin e m b a r g o , la m a y o r p a r t e de las p r o p o s i c i o n e s d e n u e s t r o lenguaje
no son proposiciones a t ó m i c a s sino moleculares, es decir, combinacio­
n e s d e p r o p o s i c i o n e s a t r a v é s d e conectivas lógicas, t a l e s c o m o la c o n ­
j u n c i ó n , l a n e g a c i ó n , l a d i s y u n c i ó n y el c o n d i c i o n a l , e n t r e o t r a s . " L l u e v e
y n o l l u e v e " " C a r l o s e s t u d i a o n o e s t u d i a " , "Si C a r l o s e s t u d i a e n t o n c e s
a p r u e b a el e x a m e n " , " W i t t g e n s t e i n n a c i ó e n A u s t r i a y R u s s e l l n a c i ó e n
G a l e s " , "Si llueve, iré al c i n e o m e q u e d a r é e n c a s a " s o n p r o p o s i c i o n e s
moleculares. Estos ejemplos n o s permiten advertir q u e las proposicio­
n e s m o l e c u l a r e s s o n a q u e l l a s c u y a s p a r t e s sí s o n p r o p o s i c i o n e s , q u e s e
relacionan a través de nexos o conectivas, tales como las que se detallan
a continuación:

15. La lógica clásica s e a p o y a e n el p r i n c i p i o a r i s t o t é l i c o , s e g ú n el c u a l u n e n u n c i a d o e s

o b i e n v e r d a d e r o o b i e n falso, p e r o n o a m b a s c o s a s a la vez. E s t e p r i n c i p i o r e c i b e el n o m b r e
d e principio de bivalencia. E n n u e s t r o siglo s e h a p l a n t e a d o s i s t e m á t i c a m e n t e el p r o b l e m a
d e s u n o a c e p t a c i ó n . E s t o h a d a d o l u g a r al s u r g i m i e n t o d e l a s lógicas no clásicas.
16. C u a n d o u n e n u n c i a d o - a t ó m i c o o m o l e c u l a r - e s v e r d a d e r o , s e d i c e q u e t i e n e u n v a l o r
d e v e r d a d p o s i t i v o y, c u a n d o e s falso, q u e t i e n e u n v a l o r d e v e r d a d n e g a t i v o . A la v e r d a d
y la f a l s e d a d d e e n u n c i a d o s e l e s d a . e n t o n c e s , el n o m b r e g e n e r a l d e v a l o r d e v e r d a d .
98 Ciencias formales v ciencias lácticas

Conectiva Signo Uso lingüístico

conjunción . y

disyunción inclusiva v o. o lo u n o o lo o t r o (o a m b o s ) .

disyunción exclusiva w o. o lo u n o o lo o t r o (pero n o a m b o s ) .

negación - n o , n o e s el c a s o q u e .

condicional D si ... e n t o n c e s .

bicondicional = si y s ó l o si.

negación alternativa / es incompatible con.

negación conjunta i n i ... n i . n i lo u n o n i lo o t r o .

S o b r e e s t a b a s e es posible r e p r e s e n t a r la forma lógica de las propo-

s i c i o n e s m o l e c u l a r e s m e n c i o n a d a s a n t e s . P a r a ello s e r e e m p l a z a n l a s
p r o p o s i c i o n e s a t ó m i c a s p o r v a r i a b l e s p r o p o s i c i o n a l e s y los n e x o s p o r el
símbolo correspondiente:

" L l u e v e y n o llueve" "p . -p"

"Carlos estudia o no estudia" "p v -p"

"Si C a r l o s e s t u d i a e n t o n c e s
a p r u e b a el e x a m e n " "p z> q"

"Wittgenstein nació en Austria

y Russell nació en Gales" "p . q"

"Si l i u e v e , iré al c i n e
o me quedaré en casa" "p z> (q w r)"

E s fácil o b s e r v a r q u e , a d i f e r e n c i a d e lo q u e o c u r r í a e n l a l ó g i c a
aristotélica, en este caso asistimos a u n a formalización completa, q u e
a l c a n z a t a m b i é n a los t é r m i n o s lógicos, e n este c a s o las c o n e c t i v a s o
n e x o s s e ñ a l a d o s . E s t o v a a permitir q u e la lógica proposicional se es-
t r u c t u r e c o m o u n s i s t e m a de cálculo q u e p e r m i t a decidir, a través de
p r o c e d i m i e n t o s m e c á n i c o s , el v a l o r d e v e r d a d d e l a s d i f e r e n t e s f ó r m u l a s
del sistema.
Y a d i j i m o s q u e , p a r a l a l ó g i c a c l á s i c a , el v a l o r d e v e r d a d d e l a p r o p o -
sición a t ó m i c a se r e d u c e a la b i p o l a r i d a d v e r d a d e r o - f a l s o . El m o d o d e
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 99

d e c i d i r e n t r e e s t a s p o s i b i l i d a d e s e x c e d e el á m b i t o e s t r i c t a m e n t e l ó g i c o .
E s n e c e s a r i o r e m i t i r s e a la v e r i f i c a c i ó n e m p í r i c a . P e r o e s t o n o e s a s í e n
el c a s o d e l a s p r o p o s i c i o n e s m o l e c u l a r e s , p o r q u e s u v a l o r d e v e r d a d
d e p e n d e e x c l u s i v a m e n t e del valor de v e r d a d de las p r o p o s i c i o n e s q u e la
integran y que son afectadas por u n a determinada conectiva. Ludwig
W i t t g e n s t e i n , d i s c í p u l o d e B e r t r a n d R u s s e l l , e n s u l i b r o Tractatus logico-
pfiüosophicus a f i r m a q u e la p r o p o s i c i ó n m o l e c u l a r e s u n a f u n c i ó n d e
v e r d a d d e s u s c o m p o n e n t e s a t ó m i c a s , e n t a n t o la proposición a t ó m i c a
1 7
e s u n a f u n c i ó n d e v e r d a d d e sí m i s m a . C o n s i d e r e m o s la s i g u i e n t e
proposición: "Wittgenstein nació en Austria y Russell nació en Gales" de
l a f o r m a " p . q"; d e a c u e r d o c o n l o a f i r m a d o p o r W i t t g e n s t e i n , s u v a l o r
de v e r d a d d e p e n d e exclusivamente del valor de verdad de s u s c o m p o ­
n e n t e s . P u e d e o c u r r i r q u e "p" s e a v e r d a d e r a y n o lo s e a "q" o a l a i n v e r s a ,
o tal vez q u e a m b a s s e a n falsas. E n t o d o s e s t o s c a s o s la p r o p o s i c i ó n
m o l e c u l a r "p . q" s e r á f a l s a , p o r q u e lo q u e ella a f i r m a e s q u e s e d a t a n t o
" p " c o m o "q". L a l e y q u e r i g e l a c o n j u n c i ó n n o s d i c e q u e s ó l o s i a m b o s
c o m p o n e n t e s a t ó m i c o s s o n v e r d a d e r o s , e s v e r d a d e r a la p r o p o s i c i ó n
m o l e c u l a r c o r r e s p o n d i e n t e . N o o c u r r e lo m i s m o c o n l a f o r m a p r e p o s i c i o ­
1 8
n a l "p v q " , q u e a f i r m a la e x i s t e n c i a del h e c h o r e p r e s e n t a d o p o r "p" o la
d e l h e c h o r e p r e s e n t a d o p o r "q", o l a d e a m b o s . P o r l o t a n t o , l a p r o p o s i c i ó n
"p v q" e s v e r d a d e r a e n t o d a s e s t a s p o s i b l e s c o m b i n a c i o n e s , c o n e x c e p c i ó n
d e a q u e l l a e n la q u e a m b a s p r o p o s i c i o n e s a t ó m i c a s s o n falsas.
Es necesario, pues, conocer las leyes que rigen c a d a conectiva p a r a
e n t e n d e r c ó m o e s p o s i b l e d e t e r m i n a r el v a l o r d e v e r d a d d e l a p r o p o s i c i ó n
molecular:

- Conjunción: La proposición m o l e c u l a r conjuntiva es v e r d a d e r a sólo

c u a n d o a m b a s proposiciones a t ó m i c a s son v e r d a d e r a s . E n los d e m á s
c a s o s e s falsa.
- Disyunción inclusiva: Una proposición molecular disyuntiva inclu­
y e n t e es falsa s o l a m e n t e c u a n d o a m b a s proposiciones a t ó m i c a s s o n
falsas. E n los d e m á s c a s o s es v e r d a d e r a .
- Disyunción exclusiva: Una proposición molecular disyuntiva exclu-
y e n t e e s v e r d a d e r a s ó l o e n el c a s o d e q u e u n o d e l o s c o m p o n e n t e s
a t ó m i c o s s e a v e r d a d e r o y el o t r o f a l s o . C u a n d o s u s v a l o r e s s o n i g u a ­
les, la d i s y u n c i ó n e x c l u s i v a e s falsa.
- Condicional: Una proposición molecular condicional es falsa sólo

17. L. W i t t g e n s t e i n . Tractatus logico-plúlosophicus, Madrid, Alianza, 1 9 7 9 . p r o p o s i c i ó n 5.

18. Si i n t e r p r e t a m o s e s t a f o r m a o b t e n e m o s , e n t r e o t r o s e j e m p l o s d e s u s t i t u c i ó n , la p r o ­
p o s i c i ó n " L l u e v e o h a c e frío".
 C i e n c i a s l o n n a l e s \' c i e n c i a s l á c t i c a s

c u a n d o el a n t e c e d e n t e e s v e r d a d e r o y el c o n s e c u e n t e e s f a l s o . E n l o s
d e m á s casos es verdadera.
- Incondicional: Una proposición molecular Incondicional es verdadera
s ó l o c u a n d o a m b o s c o m p o n e n t e s a t ó m i c o s t i e n e n el m i s m o v a l o r d e
v e r d a d . S i s u s v a l o r e s s o n d i s t i n t o s e n t r e sí e n t o n c e s e s f a l s a .
- Negación simple: L a n e g a c i ó n c a m b i a el v a l o r d e v e r d a d d e u n a p r o -
p o s i c i ó n a t ó m i c a o m o l e c u l a r . S i e s v e r d a d e r a la c o n v i e r t e e n f a l s a ,
v si e s f a l s a e n v e r d a d e r a .
Negación alternativa: La n e g a c i ó n a l t e r n a t i v a e n t r e d o s p r o p o s i c i o -
n e s es falsa c u a n d o a m b o s c o m p o n e n t e s son verdaderos. E n t o d o s
los d e m á s c a s o s es v e r d a d e r a .
- Negación conjunta: La n e g a c i ó n c o n j u n t a e n t r e d o s p r o p o s i c i o n e s e s
v e r d a d e r a sólo c u a n d o a m b o s c o m p o n e n t e s son falsos. E n t o d o s los
1
o t r o s c a s o s e s falsa.' '

S o b r e e s t a b a s e . Wittgenstein inventa u n m é t o d o m e c á n i c o de deci-

sión que permite establecer las condiciones de verdad de u n a proposi-
ción m o l e c u l a r c u b r i e n d o t o d o s los c a s o s posibles de c o m b i n a c i ó n de los
v a l o r e s d e v e r d a d d e l a s p r o p o s i c i o n e s q u e la c o m p o n e n . E s t e m é t o d o
e s c o n o c i d o c o n el n o m b r e d e " t a b l a s d e v e r d a d " . R e t o m a n d o el e j e m p l o
a n t e r i o r "Wittgenstein nació en A u s t r i a y Russell nació en Gales": pri-
m e r o , se a b s t r a e la f o r m a lógica d e la p r o p o s i c i ó n , e n f u n c i ó n d e los
s í m b o l o s a n t e r i o r m e n t e p r e s e n t a d o s . S e g u n d o , se a s i g n a n valores a los
c o m p o n e n t e s a t ó m i c o s , d e m o d o tal q u e t o d a s las p o s i b l e s c o m b i n a c i o -
2 0
n e s e n t r e ellos r e s u l t e n r e p r e s e n t a d a s . Por ú l t i m o se r e s u e l v e la t a b l a
ele a c u e r d o c o n l a l e y d e l a c o n e c t i v a e n c u e s t i ó n .

E J E M P L O 1: " W i t t g e n s t e i n n a c i ó e n A u s t r i a y R u s s e l l n a c i ó e n G a l e s " .

p q

V V V
F F V
V F F
F F F

19. V é a s e M a r í a A n g é l i c a v J u l i o C. C o l a o i l l i d e M u r o . E l e m e n t o s de Iónica moderna y

filosofía. B u e n o s Aires. E s t r a d a . 1977. pp. 122-123.
2 0 . W i l l a r d v a n O r i n a n Q u i n e c o m p l e t a el m é t o d o i d e a d o p o r W i t t g e n s t e i n c o n u n s i s t e m a
d e a s i g n a c i ó n d e v a l o r e s , e o n s i s l e n i e e n a s i g n a r a la p r i m e r a v a r i a b l e p r e p o s i c i o n a l (p) l o s
v a l o r e s v e r d a d e r o (v) y falso (F). E n el r a s o d e la s e g u n d a v a r i a b l e p r e p o s i c i o n a l (q), e s t o s
v a l o r e s s e d u p l i c a n , e n t a n t o l o s d e la p r i m e r a (p) s e r e p i t e n tal c o m o s e h a b í a n d a d o e n
u n p r i n c i p i o , h a s t a a l c a n z a r a l o s d e r¡. S e p r o s i g u e d e e s t e m o d o e n el c a s o d e e x i s t i r o t r a s
variables, es decir, de a c u e r d o con u n a proyección geométrica.
La-> c i e n c i a s l a m í a l e s e n la e r a pnsii i n d c n la 101

EJEMPLO 2 : "Si C a r l o s e s t u d i a e n t o n c e s a p r o b a r á el examen"

p -J
t|

V V \'

F V V
V F F
F V F

El m é t o d o d e l a s t a b l a s d e v e r d a d n o s i n d i c a e n q u é c a s o s u n a
función veritativa e s v e r d a d e r a y e n q u é c a s o s e s falsa, d e a c u e r d o c o n
lo q u e d e t e r m i n a l a l e y d e c a d a c o n e c t i v a y a g o t a n d o s i e m p r e l a s c o m ­
binaciones posibles de valores de verdad de s u s componentes. Pero no
e s p o s i b l e ir m á s lejos. El c á l c u l o l ó g i c o n o n o s p e r m i t e d e c i d i r a c e r c a
d e l v a l o r d e v e r d a d d e l a s p r o p o s i c i o n e s a t ó m i c a s . Lo q u e s e i m p o n e e s
u n cotejo d e c a d a u n a d e ellas c o n la r e a l i d a d .
Es posible encontrar, sin embargo, dos casos extremos de funciones
v e r i t a t i v a s q u e s o n s i e m p r e v e r d a d e r a s o s i e m p r e f a l s a s . E s e s t o lo q u e
o c u r r e c o n "p v -p", p o r u n a p a r t e , y "p . -p", p o r la o t r a :

"Llueve o no llueve"

p V "P

V V F
F V V

"Llueve y n o llueve"

p -p

V F F
F F V

La p r i m e r a d e e s t a s p r o p o s i c i o n e s , "p v -p", e s v e r d a d e r a p a r a t o d a s
las posibles combinaciones de verdad de s u s componentes elementales,
y r e c i b e el n o m b r e d e tautología. La s e g u n d a , q u e se evidencia falsa p a r a
t o d o s e s o s p o s i b l e s v a l o r e s , r e c i b e el n o m b r e d e contradicción. Aun
c u a n d o el v a l o r d e v e r d a d d e l a s p r o p o s i c i o n e s a t ó m i c a s q u e i n t e g r a n l a s
f u n c i o n e s v e r i t a t i v a s d e b a d e c i d i r s e e n ú l t i m a i n s t a n c i a p o r vía e m p í ­
r i c a , el v a l o r d e v e r d a d , t a n t o d e l a s t a u t o l o g í a s c o m o d e l a s c o n t r a d i c ­
c i o n e s , e s i n d e p e n d i e n t e d e la e x p e r i e n c i a . P o r q u e la v e r d a d o f a l s e d a d
de estas proposiciones es lógicamente necesaria.
102 Ciencias formales v ciencias tácticas

" L l u e v e y n o llueve", p r o p o s i c i ó n d e la f o r m a "p . -p". e s falsa p a r a

c u a l q u i e r r e g i s t r o m e t e o r o l ó g i c o p o s i b l e . Lo q u e e n r e a l i d a d o c u r r e e s
q u e n o dice n a d a a c e r c a del t i e m p o . T a m p o c o "Llueve o n o llueve",
p r o p o s i c i ó n d e la f o r m a "p v -p" ( p r o p o s i c i ó n i n d u d a b l e m e n t e v e r d a d e ­
ra), n o s p r o p o r c i o n a i n f o r m a c i ó n a c e r c a del t i e m p o . E n t a n t o s u v e r d a d
o f a l s e d a d p u e d e d e t e r m i n a r s e con a b s o l u t a precisión a t r a v é s del a n á ­
lisis d e los s í m b o l o s q u e las i n t e g r a n , s o n v e r d a d e r a s o falsas i n d e p e n ­
d i e n t e m e n t e d e la experiencia. C u a n d o u n a proposición tiene e s t a s
c a r a c t e r í s t i c a s s e l a d e n o m i n a analítica. P o r el c o n t r a r i o , l a s p r o p o s i c i o ­
n e s que, p o r informarnos acerca de h e c h o s del m u n d o requieren p a r a
la d e t e r m i n a c i ó n d e su valor de v e r d a d u n a c o n f r o n t a c i ó n empírica, se
denominan proposiciones sintéticas.

4.2. Razonamientos

U n r a z o n a m i e n t o es u n a e s t r u c t u r a lógica compleja, f o r m a d a p o r
p r o p o s i c i o n e s , e n la c u a l de u n a o m á s p r o p o s i c i o n e s l l a m a d a s premisas
se obtiene otra llamada conclusión.
U n e j e m p l o d e r a z o n a m i e n t o e s el s i g u i e n t e :

T o d o s los h o m b r e s s o n m o r t a l e s
Sócrates es h o m b r e
Sócrates es mortal

(La l í n e a i n d i c a la d i f e r e n c i a d e n i v e l e n t r e l a s p r e m i s a s y la c o n c l u ­
s i ó n , e s t a l í n e a d e b e l e e r s e c o m o "luego", " e n t o n c e s " , " p o r lo t a n t o " , " e n
consecuencia".)

Las proposiciones que integran u n razonamiento pueden ser verda­

d e r a s o falsas e n función de la c o n c e p c i ó n s e m á n t i c a d e la v e r d a d y a
p l a n t e a d a . S i n e m b a r g o , e s t o s p r e d i c a d o s n o p u e d e n a p l i c a r s e al r a z o ­
n a m i e n t o . El r a z o n a m i e n t o n o d e s c r i b e h e c h o a l g u n o sino q u e e s t a b l e c e
u n a relación especial e n t r e la - o l a s - p r e m i s a s y la c o n c l u s i ó n . Se t r a t a
d e la relación d e derivación o inferencia de la c o n c l u s i ó n a p a r t i r d e l a s
p r e m i s a s , c u a l q u i e r a s e a s u v a l o r d e v e r d a d . S i el p a s a j e d e l a s p r e m i s a s
a la c o n c l u s i ó n e s t á , por así decirlo, "justificado", e n t o n c e s d i r e m o s q u e
e l r a z o n a m i e n t o e s válido. E n c a s o contrario, s e r á inválido. El r a z o n a ­
m i e n t o es, sin l u g a r a d u d a s , la e s t r u c t u r a lógica f u n d a m e n t a l , e n t a n t o
se utiliza en las a r g u m e n t a c i o n e s , científicas o cotidianas, p a r a obtener
conclusiones a partir de datos expresados a través de proposiciones ya
dadas.
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 103

L a f o r m a d e u n r a z o n a m i e n t o v a r i a s e g ú n el t i p o d e a n á l i s i s e l e g i d o .
D e s d e l a p e r s p e c t i v a d e l a l ó g i c a d e t é r m i n o s a r i s t o t é l i c a , el p r o c e s o d e
a b s t r a c c i ó n a p l i c a d o a l r a z o n a m i e n t o p r e s e n t a d o e n el p a r á g r a f o a n t e ­
rior n o s e n f r e n t a c o n la s i g u i e n t e f o r m a d e r a z o n a m i e n t o :

Todo S es P
X es S
2 1
X es P

P o r o t r a p a r t e , s i n o s u b i c a m o s e n el m a r c o d e l a l ó g i c a p r e p o s i c i o n a l ,
el r a z o n a m i e n t o s e e n u n c i a a s í :

Si t o d o s l o s h o m b r e s s o n m o r t a l e s , e n t o n c e s S ó c r a t e s e s m o r t a l
T o d o s los h o m b r e s s o n m o r t a l e s
Sócrates es mortal

Aplicando las variables proposicionales q u e c o n o c e m o s y los s í m b o ­

los c o r r e s p o n d i e n t e s a las conectivas, o b t e n e m o s la s i g u i e n t e f o r m a d e
razonamiento:

p =5 q
P
q

L o s r a z o n a m i e n t o s s e d i v i d e n e n d o s c l a s e s f u n d a m e n t a l e s : l o s de-
ductivosy l o s no-deductivos. A continuación caracterizaremos cada uno
d e ellos.
E n l o s razonamientos deductivos la relación q u e s e e s t a b l e c e e n t r e l a s
p r e m i s a s y l a c o n c l u s i ó n e s u n a r e l a c i ó n d e implicación lógica. L a c o n ­
c l u s i ó n s e deduce l ó g i c a m e n t e d e las p r e m i s a s . E s t o significa q u e d e
p r e m i s a s v e r d a d e r a s n o se p u e d e inferir u n a c o n c l u s i ó n falsa. Si n o s
p l a n t e a m o s l a s p o s i b l e s c o m b i n a c i o n e s e n t r e el v a l o r d e v e r d a d d e l a s
p r e m i s a s y el v a l o r d e v e r d a d d e l a c o n c l u s i ó n , o b t e n e m o s c u a t r o c a s o s :

- Premisas verdaderas - Conclusión verdadera

- Premisas falsas - C o n c l u s i ó n falsa
- Premisas falsas - Conclusión verdadera
- Premisas verdaderas - Conclusión falsa

2 1 . "x" e s . e n e s t e c a s o , u n a v a r i a b l e d e i n d i v i d u o .
104 Ciencias lormales v ciencias íácUcas

El r a z o n a m i e n t o d e d u c t i v o \'álido e x c l u y e la ú l t i m a p o s i b i l i d a d . Si l a s
p r e m i s a s s o n v e r d a d e r a s , l a c o n c l u s i ó n n o p u e d e s e r f a l s a . L a v e r d a d dé­
l a s p r e m i s a s e s g a r a n t í a n e c e s a r i a d e la v e r d a d d e la c o n c l u s i ó n , e n t r e
o t r a s c o s a s p o r q u e la c o n c l u s i ó n n o a g r e g a i n f o r m a c i ó n s i n o q u e explí­
cita algo q u e ya está dicho, de algún modo, en las premisas. Por ejemplo:

J u a n se t r a s l a d ó a L o n d r e s o J u a n c a m b i o de trabajo
No e s el c a s o q u e J u a n c a m b i ó d e t r a b a j o
P o r lo t a n t o J u a n s e t r a s l a d ó a L o n d r e s

La validez d e los r a z o n a m i e n t o s d e d u c t i v o s e s u n a validez formal.

E s t o significa eme n o d e p e n d e del c o n t e n i d o sino q u e es la forma d e
o r g a n i z a c i ó n o e s t r u c t u r a del r a z o n a m i e n t o aquello q u e d e t e r m i n a s u
v a l i d e z . P o r lo t a n t o , si e s t a b l e c e m o s la v a l i d e z d e u n a f o r m a d e r a z o n a ­
m i e n t o , e s t a b l e c e m o s al m i s m o t i e m p o la v a l i d e z d e t o d o s l o s e j e m p l o s
d e s u s t i t u c i ó n q u e p u e d e n o b t e n e r s e a t r a v é s d e la i n t e r p r e t a c i ó n d e e s a
forma de razonamiento.
A c o n t i n u a c i ó n p r e s e n t a r e m o s a l g u n a s d e l a s m á s i m p o r t a n t e s for­
m a s válidas de razonamientos deductivos:

Modus Ponens Modus Tollens Silogismo hipotético

p => q pz^q p 3 q
r
p -q q ^

H a y r a z o n a m i e n t o s c l a r a m e n t e inválidos. S o n a q u e l l o s e n los q u e la
c o n c l u s i ó n n o se deriva de las p r e m i s a s ni se justifica e n m o d o a l g u n o
e n e l l a s . O t r o s , p o r el c o n t r a r i o , a p e s a r d e s u i n v a l i d e z , r e s u l t a n a l t a ­
m e n t e p e r s u a s i v o s . S o n é s t o s l a s falacias, q u e p u e d e n definirse c o m o
formas de razonamiento que parecen válidas, en general por s u seme­
janza con alguna de las formas elementales válidas presentadas, pero
q u e se m u e s t r a n inválidas c u a n d o se las analiza cuidadosamente. Un
e j e m p l o d e r a z o n a m i e n t o i n v á l i d o e s el s i g u i e n t e :

Falacia de afirmación del consecuente

P =5 q
q

Los r a z o n a m i e n t o s d e d u c t i v o s se caracterizan, entre o t r a s cosas,

p o r q u e la c o n c l u s i ó n se p r e s e n t a , c u a n d o s o n válidos, c o m o a b s o l u t a -
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 105

m e n t e necesaria. E s t a n e c e s i d a d s e a p o y a e n el a s p e c t o f o r m a l d e s u
validez. Pero en n u e s t r a s a r g u m e n t a c i o n e s r e c u r r i m o s h a b l t u a l m c n t e
a otro tipo d e r a z o n a m i e n t o que, a diferencia de los anteriores, p r e s e n ­
t a n a s u c o n c l u s i ó n b a j o el s i g n o d e l a probabilidad. Esto ocurre porque
l a f o r m a d e j a d e s e r d e c i s i v a , y el c o n t e n i d o o i n f o r m a c i ó n c o n c r e t a q u e
n o s t r a n s m i t e n p a s a a o c u p a r el p r i m e r p l a n o . S e t r a t a d e l o s razona­
mientos no deductivos, e n t r e l o s q u e s e d i s t i n g u e n : 1) razonamientos
inductivos, y 2) los razonamientos por analogía.

1) L o s r a z o n a m i e n t o s i n d u c t i v o s s e c a r a c t e r i z a n p o r q u e , a p a r t i r d e u n a
c a n t i d a d variable de p r e m i s a s q u e d a n c u e n t a de h e c h o s singulares
d a d o s a los q u e se a c c e d e por observación, se p r o p o n e u n a c o n c l u s i ó n
universal. Se trata de u n a generalización q u e alcanza a todos los c a s o s
s e m e j a n t e s a los del d o m i n i o c o n s i d e r a d o p o r l a s p r e m i s a s . Por ejemplo:

Razonamiento inductivo

El b r o n c e e s t r a n s m i s o r d e l a e l e c t r i c i d a d
El c o b r e e s t r a n s m i s o r d e la e l e c t r i c i d a d
El h i e r r o e s t r a n s m i s o r d e la e l e c t r i c i d a d
T o d o s l o s m e t a l e s s o n t r a n s m i s o r e s d e la e l e c t r i c i d a d

F o r m a de razonamiento inductivo

X I t i e n e la p r o p i e d a d P
X 2 t i e n e la p r o p i e d a d P
X 3 t i e n e la p r o p i e d a d P

T o d o s l o s X t i e n e n la p r o p i e d a d P

E s fácil a d v e r t i r q u e e n l o s r a z o n a m i e n t o s i n d u c t i v o s l a c o n c l u s i ó n
a g r e g a i n f o r m a c i ó n y, p o r lo t a n t o , d i c e m á s d e lo q u e e s t a b a d i c h o e n
l a s p r e m i s a s . Por e s t e m o t i v o la v e r d a d d e l a s p r e m i s a s n o s e s i g u e ,
n e c e s a r i a m e n t e , d e la v e r d a d d e la c o n c l u s i ó n . La c o n c l u s i ó n s e p r e s e n ­
t a , p u e s , s i e m p r e c o m o p r o b a b l e . Lo ú n i c o q u e s e p u e d e h a c e r e s t r a t a r
d e a u m e n t a r , a t r a v é s d e m e d i o s e x t r a l ó g i c o s , el g r a d o d e p r o b a b i l i d a d .
E s t o s e l o g r a m e j o r a n d o la c a n t i d a d y la c a l i d a d d e i n f o r m a c i ó n q u e
transmiten las premisas.
D e t o d o s m o d o s , e s i m p o r t a n t e t e n e r e n c u e n t a q u e . a u n q u e verifi­
q u e m o s c u i d a d o s a m e n t e la v e r d a d d e l a s p r e m i s a s d e l a s q u e s e p a r t e ,
s i e m p r e e s posible o b t e n e r u n a c o n c l u s i ó n falsa. P o r q u e n o se t r a t a a q u í
d e u n a v a l i d e z f o r m a l , c o m o e n el c a s o d e l r a z o n a m i e n t o d e d u c t i v o .
106 Ciencias formales v ciencias lácticas

T o d o s l o s r a z o n a m i e n t o s i n d u c t i v o s t i e n e n la m i s m a f o r m a . Lo q u e
c u e n t a e n e l l o s e s el c o n t e n i d o i n f o r m a t i v o d e l a s p r e m i s a s y s u a d e c u a ­
ción con los h e c h o s que representan.

2 ) P o r s u p a r t e , l o s razonamientos por analogía, se caracterizan porque

las p r e m i s a s a f i r m a n la s i m i l a r i d a d e n t r e d o s objetos o m á s objetos e n
u n o o m á s aspectos o propiedades. Sobre esta base, concluyen su simi­
laridad en otro aspecto o propiedad no m e n c i o n a d a en las premisas. Por
ejemplo:

El c o b r e e s u n m e t a l y e s c o n d u c t o r d e la e l e c t r i c i d a d
El b r o n c e e s u n m e t a l y e s c o n d u c t o r d e la e l e c t r i c i d a d
El h i e r r o e s u n m e t a l y e s c o n d u c t o r d e la e l e c t r i c i d a d
El o r o e s u n m e t a l y p o r lo t a n t o t i e n e q u e s e r c o n d u c t o r d e la
electricidad.

Los r a z o n a m i e n t o s analógicos v i n c u l a n p r e m i s a s de u n cierto grado

de generalidad, con u n a conclusión del m i s m o grado de generalidad. A
diferencia d e los r a z o n a m i e n t o s inductivos, la c o n c l u s i ó n n o a u m e n t a
l a i n f o r m a c i ó n a u m e n t a n d o el g r a d o d e g e n e r a l i d a d e n r e l a c i ó n c o n l a s
p r e m i s a s . El a u m e n t o de i n f o r m a c i ó n q u e c a r a c t e r i z a a la c o n c l u s i ó n se
da porque se extienden ciertas propiedades a objetos no mencionados
en las premisas. Esta extensión se justifica en virtud de su similaridad
c o n los objetos o individuos c o n s i d e r a d o s en ellas.

5. T I P O S D E I N F E R E N C I A S

H a s t a a h o r a h e m o s analizado los distintos tipos de r a z o n a m i e n t o

considerándolos c o m o e s t r u c t u r a s a u t ó n o m a s y en cierto sentido inde­
p e n d i e n t e s del proceso y las c i r c u n s t a n c i a s e n las q u e se construyen.
E s t a p e r s p e c t i v a , e x t e n d i d a e n t r e los lógicos, e s válida y p e r m i t e u n a
sistematización clara de los diferentes tipos de r a z o n a m i e n t o s . Pero
t a m b i é n p o d e m o s i n t e n t a r r e l a c i o n a r los r a z o n a m i e n t o s c o n las inferen­
2 2
c i a s q u e les d a n origen, p o r u n a parte, y c o n las c i r c u n s t a n c i a s con­
c r e t a s e n l a s q u e e s t a s inferencias se p o n e n e n j u e g o , por la otra. E s t o

2 2 . R e c o r d e m o s q u e p o r " i n f e r e n c i a " s e e n t i e n d e el p r o c e s o p o r el c u a l d e r i v a m o s u n a
conclusión a partir de determinadas premisas.
L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 107

e s l o q u e i n t e n t a C h a r l e s S a n d e r s P e i r c e , q u i e n e n s u s Collected Papers
y en otros lugares de s u s m a n u s c r i t o s reconoce tres tipos de inferencias:
l a s deductivas, l a s inductivas y las abductivas.
E n p r i m e r l u g a r , e n c o n t r a m o s a l a s i n f e r e n c i a s deductivas, caracte-
r í s t i c a s d e l m o d o d e r a z o n a r d e q u i e n e s s e o c u p a n d e l a s c i e n c i a s for-
m a l e s , e s decir, d e la lógica y la m a t e m á t i c a . E n e s t e tipo d e i n f e r e n c i a
p r o c e d e m o s a p a r t i r d e u n a p r e m i s a g e n e r a l , l l a m a d a p o r Peirce¡ "regla",
y a v e c e s t a m b i é n " v e r d a d g e n e r a l " y "ley d e la n a t u r a l e z a " . P o r e j e m p l o ,
l a y a c l á s i c a p r o p o s i c i ó n " T o d o s l o s h o m b r e s s o n m o r t a l e s " . Al a p l i c a r
e s t a r e g l a a u n c a s o s u b s u m i d o e n ella " S ó c r a t e s e s h o m b r e " , o b t e n e m o s
u n r e s u l t a d o " S ó c r a t e s e s mortal". De este m o d o la d e d u c c i ó n m u e s t r a
23
- p a r a P e i r c e - " q u e a l g o debe ser". O, t a m b i é n , " T o d o s los m e t a l e s s o n
c o n d u c t o r e s d e la e l e c t r i c i d a d " (regla) s e a p l i c a a "El c o b r e e s u n m e t a l "
(caso) y s e o b t i e n e "El c o b r e e s c o n d u c t o r d e la e l e c t r i c i d a d " ( r e s u l t a d o ) .
E n s e g u n d o l u g a r , l a s i n f e r e n c i a s inductivas se caracterizan por esta-
blecer r e l a c i o n e s e n t r e c a s o s y r e s u l t a d o s . S o b r e la b a s e d e e s t a s relacio-
n e s s e d e r i v a la r e g l a o v e r d a d g e n e r a l . E n el p u n t o d e p a r t i d a n o s e
e n c u e n t r a y a u n a ley g e n e r a l s i n o u n o o m á s h e c h o s o b s e r v a c i o n a l e s . E s t e
tipo de inferencia suele ser utilizada por q u i e n e s se d e d i c a n a las ciencias
n a t u r a l e s , e n t a n t o b u s c a n la f o r m u l a c i ó n d e leyes g e n e r a l e s q u e p e r m i t e n
e x p l i c a r y p r e d e c i r los h e c h o s d e la n a t u r a l e z a . Del c a s o "El c o b r e e s u n
m e t a l " y del r e s u l t a d o "El c o b r e e s u n c o n d u c t o r d e l a e l e c t r i c i d a d " s e
concluye q u e ' T o d o s los m e t a l e s s o n c o n d u c t o r e s d e la electricidad".
P o r ú l t i m o , P e i r c e p r e s e n t a l a i n f e r e n c i a abductiva, también llamada
retroducción. S e t r a t a d e l t i p o d e i n f e r e n c i a m á s a u d a z , e n el q u e l a
s a g a c i d a d y el i n g e n i o j u e g a n u n p a p e l d e c i s i v o . E s el t i p o d e i n f e r e n c i a
típica d e los r a z o n a m i e n t o s detectivescos, a u n q u e t a m b i é n e s frecuente
e n el á m b i t o d e l a m e d i c i n a . S e t r a t a e n e s t e c a s o d e d e s c i f r a r " p i s t a s "
o "síntomas", e s t o es, d e a n a l i z a r u n r e s u l t a d o , p a r a r e t r o c e d e r a partir
d e é l h a s t a s u s c a u s a s . L a r e l a c i ó n e n t r e e l r e s u l t a d o y el c a s o s e e s t a -
blece a t r a v é s d e la regla o v e r d a d general. La v e r d a d g e n e r a l e s u n
e n u n c i a d o o ley q u e s e r e c u e r d a , s e i n t u y e o s e i n v e n t a c o n el p r o p ó s i t o
de esclarecer u n determinado hecho que funciona como signo, síntoma
o indicio de o t r a cosa. Si r e t o m a m o s n u e s t r o ejemplo, a p a r t i r del r e s u l -
t a d o "El c o b r e e s c o n d u c t o r d e l a e l e c t r i c i d a d " , p o d e m o s o b t e n e r l a
c o n c l u s i ó n a b d u c t i v a o c a s o q u e n o s e x p l i c a p o r q u é el c o b r e e s c o n d u c -
t o r d e la e l e c t r i c i d a d , al p r e s e n t a r n o s s u c a u s a : "El c o b r e e s u n m e t a l " .
La c o n c l u s i ó n a b d u c t i v a o c a s o s e o b t i e n e a t r a v é s d e la v i n c u l a c i ó n del

2 3 . V é a s e C h . S . P e i r c e , Collected Papers. Cambridge, Harvard University Press. 1933-

1958.
108 C'it'iuias formales v ciencias l a r d e a s

r e s u l t a d o c o n la r e g l a " T o d o s l o s m e t a l e s s o n c o n d u c t o r e s d e l a e l e c t r i ­
cidad".
P a r a P e i r c e la c o n s t r u c c i ó n d e la a b d u c c i ó n d e s c r i b e u n p r o c e s o e n
el c u a l u n s u j e t o s e e n f r e n t a a u n h e c h o o b s e r v a d o q u e r e q u i e r e e x p l i ­
c a c i ó n y q u e p a r e c e i m p o r t a n t e . P a r a e x p l i c a r l o r e c u r r e a u n a ley o r e g l a
q u e c o n o c e o q u e i n v e n t a . L a a b d u c c i ó n e s , p o r lo t a n t o , e s e p a s o e n t r e
u n h e c h o y s u c a u s a , E s e p a s o p u e d e s e r i n t u i t i v o o p e r c e p t i v o , tal vez
p r o d u c t o d e l i n g e n i o o la a d i v i n a c i ó n . S i n e m b a r g o , p u e d e l u e g o s e r
v e r i f i c a d o p a r a c o n f i r m a r o r e f u t a r la c o n c l u s i ó n a l c a n z a d a .
L o s t i p o s d e i n f e r e n c i a s p r e s e n t a d o s p u e d e n e s q u e m a t i z a r s e del si­
guiente modo:

Deducción Inducción Abduccicm

Regla Caso Resultado

Caso Resultado Regla
J 4
Resultado Regla Caso

E s i m p o r t a n t e t e n e r e n c u e n t a q u e el g r a d o d e n e c e s i d a d c o n el q u e
s e p r e s e n t a la c o n c l u s i ó n d e e s t o s r a z o n a m i e n t o s d i s m i n u y e c o n s i d e r a ­
2 5
b l e m e n t e d e i z q u i e r d a a d e r e c h a . Por s u p a r t e , la f e r t i l i d a d o creativi­
d a d a u m e n t a decididamente en esa m i s m a dirección, a l c a n z a n d o s u
nivel m á x i m o e n la inferencia a b d u c t i v a .

6. L Ó G I C A Y C I E N C I A

El c o n o c i m i e n t o q u e l l a m a m o s "científico" s e c o n s t i t u y e c o m o tal e n
f u n c i ó n d e c i e r t a s c a r a c t e r í s t i c a s q u e lo d e f i n e n . E n t r e e l l a s s e d e s t a c a n

2 4 . E n r e a l i d a d P e i r c e e s q u e m a t i z a la a b d u c c i ó n c o l o c a n d o p r i m e r o la r e g l a . P o r lo t a n t o :

Regla
Resultado
Caso

S i n e m b a r g o , c o m o b i e n d e s t a c a N a n e y H a r r o w i t z ("El m o d e l o p o l i c í a c o : C h a r l e s S a n -
clers P e i r c e y E d g a r Alian Poe". e n U. E c o y A. S e b e o k (ecls.). Eí signo de los tres. B a r c e l o n a .
L u m e n . 1 9 8 9 . p. 2 4 6 ) el d i a g r a m a q u e p r e s e n t a m o s y q u e t i e n e al r e s u l t a d o c o m o p u n t o
de partida parece ser m u c h o m a s preciso.
2 5 . F e i r c e l l a m a a e s a f e r t i l i d a d o p o t e n c i a c r e a t i v a " u b e r t v " . c o n s i d e r a n d o q u e é s t a llega
al m á x i m o e n la i n f e r e n c i a a b d u c t i v a
L a s c i e n c i a s t e r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a 109

l a s d e sisíematicidady fundamentación. Las proposiciones científicas no

se p r e s e n t a n a i s l a d a s sino a r t i c u l a d a s e n función de relaciones lógicas
diversas, q u e las o r d e n a n de a c u e r d o con u n criterio orgánico y q u e
posibilitan también su Íundamentación. Toda Í u n d a m e n t a c i ó n racional
s e c o n s t r u y e s o b r e la b a s e d e l a s e s t r u c t u r a s d e r a z o n a m i e n t o q u e la
lógica a n a l i z a y r e c o n o c e c o m o u m v e r s a l m e n t e válidas. Las inferencias,
o m e c a n i s m o s de derivación de conclusiones a partir de premisas, q u e
se a p o y a n e n l a s r e l a c i o n e s l ó g i c a s d e i m p l i c a c i ó n e s c a p a n a s í al c a p r i -
• h o o m e r o a r b i t r i o d e los h o m b r e s . Los científicos r e c u r r e n a ellas a la
h o r a d e d a r r a z ó n d e s u s a f i r m a c i o n e s , e n s u e s f u e r z o p o r a l c a n z a r el
m á x i m o n i v e l p o s i b l e d e o b j e t i v i d a d . L a p r e c i s i ó n y r i g u r o s i d a d e n el m a -
nejo del l e n g u a j e e s u n a c o n d i c i ó n i m p o r t a n t e p a r a llegar a e s t a m e t a .
V n u e v a m e n t e e s la l ó g i c a la q u e n o s o r i e n t a e n la c o n s t r u c c i ó n d e
¡enguajes artificiales, q u e e s c a p a n a las a m b i g ü e d a d e s y v a g u e d a d e s d e
nuestras lenguas históricas.
La e x i s t e n c i a d e u n a r e l a c i ó n e s e n c i a l e n t r e lógica y c i e n c i a r e s u l t a
>. e s t a a l t u r a e v i d e n t e . El c u i d a d o s o e s t u d i o d e l a l ó g i c a a p o r t a , s i n d u d a
a l g u n a , e l e m e n t o s n e c e s a r i o s , y h a s t a i m p r e s c i n d i b l e s , p a r a el d e s a r r o -
llo d e l a c i e n c i a . S i n e m b a r g o , e s t e a p o r t e p u e d e p r e s e n t a r s e d e m o d o s
d i v e r s o s . E n p r i m e r l u g a r , la lógica, d e s d e s u n a c i m i e n t o , s e c o n s t i t u y e
e n u n organono i n s t r u m e n t o n e c e s a r i o p a r a el a v a n c e d e l c o n o c i m i e n t o
científico, p u e s se c o n s i d e r a b a q u e p a r a q u e h u b i e r a ciencia era n e c e -
sario q u e l a s p r o p o s i c i o n e s f o r m e n u n s i s t e m a lógico. E n e s t e c a s o la
lógica n o sólo p r o v e e e s q u e m a s d e r a z o n a m i e n t o válidos s i n o q u e ins-
t r u y e , t a m b i é n , e n el a d e c u a d o m a n e j o d e l o s s í m b o l o s .
P e r o , e n s e g u n d o l u g a r , p o d e m o s p e n s a r q u e el e s t u d i o d e l a l ó g i c a
n o s a c e r c a a l o s s u p u e s t o s b á s i c o s d e la r a c i o n a l i d a d científica. Y e s
necesario tener u n a clara conciencia de estos s u p u e s t o s para que nues-
t r a m i r a d a s o b r e la c i e n c i a n o s e a u n a m i r a d a i n g e n u a . El c o n o c i m i e n t o
c i e n t í f i c o , q u e t r a d i c i o n a l m e n t e a s e n t ó s u e s p e c i f i c i d a d e n el e j e r c i c i o
c r i t i c o , m u c h a s v e c e s s e a p r o x i m a , p a r a d ó j i c a m e n t e , a s u o p u e s t o , el
d o g m a t i s m o . Esto ocurre c u a n d o u n s a b e r absolutiza los s u p u e s t o s
s o b r e los q u e se s u s t e n t a . La c i e n c i a a b s o l u t i z a los p r i n c i p i o s d e la lógica
q u e le s o n e s e n c i a l e s a s u d e s a r r o l l o , al c o n s i d e r a r l o s e x p r e s i ó n d i r e c t a
d e la e s t r u c t u r a m i s m a d e l m u n d o y d e la r a z ó n . A p a r t i r d e a q u í l a s
proposiciones lógicas son concebidas c o m o proposiciones descriptivas
d e e s t o s p r i n c i p i o s , y p o r lo t a n t o v e r d a d e r a s . S i n e m b a r g o , p o d e m o s
a n i m a r n o s a p e n s a r q u e l a s p r o p o s i c i o n e s l ó g i c a s describen g prescri-
be!], e n u n m i s m o m o v i m i e n t o , el m o d o e n q u e d e h e c h o p e n s a m o s y el
m o d o e n el q u e d e b e m o s p e n s a r p a r a q u e e l a c u e r d o b á s i c o e n t r e l o s
h o m b r e s q u e d e g a r a n t i z a d o y la c o m u n i c a c i ó n s e a a s í p o s i b l e . Lo q u e
las proposiciones lógicas d e s c r i b e n no son, p u e s , principios u n i v e r s a l e s
1 10 Ciencias (orinales y ciencias lácticas

y n e c e s a r i o s del p e n s a m i e n t o y del m u n d o , s i n o la e s t r u c t u r a formal d e

n u e s t r a s prácticas concretas de íundamentación de proposiciones y de
d e r i v a c i ó n d e c o n c l u s i o n e s a p a r t i r d e p r e m i s a s . Al m i s m o t i e m p o q u e
las d e s c r i b e n y las s i s t e m a t i z a n , les confieren n e c e s i d a d y u n i v e r s a l i d a d
al o t o r g a r l e s u n s t a t u s p r i v i l e g i a d o . L a s p r o p o s i c i o n e s d e la l ó g i c a s e
convierten así en "reglas" o n o r m a s de todo r a z o n a m i e n t o válido. De este
m o d o p r e s c r i b e n la t r a m a o r e d q u e a r t i c u l a n u e s t r o p e n s a m i e n t o ,
d e t e r m i n a n d o el e s p a c i o d e l o p e n s a b l e p o r el h o m b r e . A u n l o s r a z o n a -
m i e n t o s i n v á l i d o s o i n c o r r e c t o s e n c u e n t r a n u n l u g a r e n la s i s t e m a t i z a -
ción d e la lógica. N a d a e s c a p a a s u p o d e r o m n i a b a r c a d o r . Pero e n t a n t o
l a l ó g i c a e s el l í m i t e d e l p e n s a m i e n t o lo e s t a m b i é n d e n u e s t r o l e n g u a j e
y d e n u e s t r a e x p e r i e n c i a d e l m u n d o . C o n o c e m o s y a la a b s o l u t a i n t e r d e -
p e n d e n c i a que existe entre las categorías lingüísticas y las categorías
mentales. Y son estas categorías las que mediatizan n u e s t r a s percepcio-
n e s , d e v o l v i é n d o n o s la i m a g e n d e u n m u n d o o r d e n a d o a p a r t i r d e rela-
c i o n e s l ó g i c a s t a l e s c o m o la d e s u s t a n c i a - a c c i d e n t e o t a m b i é n c a u s a -
efecto.
L u d w i g W i t t g e n s t e i n e s u n o d e los filósofos q u e p r o b l e m a t i z a , h a s t a
s u s ú l t i m a s c o n s e c u e n c i a s , e s t a c u e s t i ó n d e la lógica c o m o límite a b s o -
luto de n u e s t r o p e n s a m i e n t o y de nuestro m u n d o . T a m b i é n se ocupa,
26
e n s u y a c i t a d o Tractatus logico-philosophicus, de la relación e n t r e las
p r o p o s i c i o n e s lógicas, las leyes científicas y las p r o p o s i c i o n e s q u e d a n
c u e n t a de los h e c h o s accesibles a la observación empírica.
Wittgenstein afirma q u e las leyes científicas funcionan c o m o instan-
cias intermedias que p o n e n en contacto las categorías a b s t r a c t a s y
g e n e r a l e s d e la lógica c o n i n s t a n c i a s d i r e c t a m e n t e p e r c e p t i v a s . S e t r a t a
de reglas que nos indican en qué términos tenemos que pensar, y por
lo t a n t o e x p r e s a r , l o s h e c h o s d e l m u n d o .
Wittgenstein c o m p a r a los diferentes s i s t e m a s de leyes científicas a
a l g ú n tipo de malla o red de diseño geométrico -triangular, por ejem-
plo-, q u e se aplica a u n a superficie con m a n c h a s irregulares b l a n c a s y
n e g r a s . La irregular n a t u r a l e z a bicolor podría ser d e s c r i p t a p o r m a l l a s
d e d i s e ñ o geométrico h e x a g o n a l o c u a d r a n g u l a r , e n t r e otros. La lógica
e s l a q u e e s t a b l e c e el c a r á c t e r g e o m é t r i c o d e l a m a l l a , e n t a n t o l a c i e n c i a
elige l a f o r m a e s p e c í f i c a , s i e m p r e g e o m é t r i c a , d e l a s a b e r t u r a s d e la
m a l l a o red. E s t o t a l m e n t e imposible decir algo del u n i v e r s o i n d e p e n -
d i e n t e m e n t e de a l g ú n s i s t e m a científico d e r e p r e s e n t a c i ó n , o red e n
n u e s t r o ejemplo, c u y a c o n d i c i ó n de posibilidad b á s i c a e s lógica, o g e o m é -
t r i c a , d e a c u e r d o c o n el e j e m p l o e l e g i d o p o r W i t t g e n s t e i n .

26. Véanse proposiciones 6.34 y ss.

L a s c i e n c i a s f o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a

C o n r e l a c i ó n a l p r o b l e m a d e l l í m i t e , q u e el o p t i m i s m o r a c i o n a l i s t a d e
la c i e n c i a m o d e r n a se esforzó p o r exorcizar, e s o p o r t u n o r e c o r d a r la
siguiente observación de Wittgenstein:

E n la b a s e d e t o d a la m o d e r n a c o n c e p c i ó n del m u n d o e s t á la
ilusión d e q u e l a s l l a m a d a s leyes n a t u r a l e s s e a n la e x p l i c a c i ó n d e
los f e n ó m e n o s n a t u r a l e s . Así, los m o d e r n o s confían e n l a s leyes
n a t u r a l e s c o m o e n a l g o i n v i o l a b l e , lo m i s m o q u e l o s a n t i g u o s en
D i o s y e n el d e s t i n o . Y a m b o s t i e n e n r a z ó n y n o l a t i e n e n ; p e r o l o s
antiguos eran a ú n m á s claros, en c u a n t o reconocían u n límite
p r e c i s o , m i e n t r a s q u e el s i s t e m a m o d e r n o q u i e r e a p a r e n t a r que
2 7
todo está explicado.

7. H A C I A LA A N T R O P O L O G I Z A C I Ó N D E LA L Ó G I C A Y LA M A T E M Á T I C A

Las proposiciones lógicas y m a t e m á t i c a s son las ú n i c a s proposicio-

n e s científicas q u e en n u e s t r o lenguaje e x p r e s a n u n a n e c e s i d a d abso-
luta. Esto les confiere u n a dignidad especial y las u b i c a e n t r e los fun-
d a m e n t o s del conocimiento. P o r q u e a las proposiciones lógicas y m a t e -
m á t i c a s r e c u r r i m o s u n a y o t r a vez, p a r a a r g u m e n t a r , r a z o n a r y justificar
n u e s t r a s c r e e n c i a s . P e r o ¿ c u á l e s a s u v e z el f u n d a m e n t o d e s u n e c e s i -
d a d ? N o e s é s t a u n a p r e g u n t a fácil d e r e s p o n d e r , p r e c i s a m e n t e p o r q u e
n o s enfrenta con los límites de eso q u e l l a m a m o s "razón".
L a t r a d i c i ó n filosófica o c c i d e n t a l , d e s d e los a n t i g u o s h a s t a los m o d e r -
nos, ubicó este f u n d a m e n t o ya en u n m u n d o de entes ideales (objetos
y relaciones), ya en procesos subjetivos de carácter trascendental que,
e n t a n t o v a n m á s a l l á d e lo q u e a c o n t e c e e n l a m e n t e d e l o s i n d i v i d u o s
concretos, r e p r e s e n t a n i n s t a n c i a s b á s i c a s del p e n s a m i e n t o e n t e n d i d o
en sentido universal.
P e r o l a c r í t i c a p o s m o d e r n a s o c a v a el h o r i z o n t e d e c e r t e z a s c l á s i c a s a l
m o s t r a r s u s l í m i t e s . Ni l o s e n t e s q u e s e p r e t e n d e n i d e a l e s , n i l o s p r o c e -
s o s s u b j e t i v o s q u e s e p r e s e n t a n b a j o el s i g n o d e l a t r a s c e n d e n t a l i d a d
e s c a p a n a determinismos históricos. En u n primer m o m e n t o p u e d e
p a r e c e r que, c o m o c o n s e c u e n c i a de e s t a crítica, algo se pierde d e m o d o
definitivo, e m p o b r e c i e n d o n u e s t r a visión del m u n d o y del c o n o c i m i e n t o .
Sin embargo, tan pronto como transitamos hasta sus últimas conse-
cuencias su camino, descubrimos que no perdemos sino que s u m a m o s ,

2 7 . L. W i t t g e n s t e i n . Tractatus logico-phüosophicus, proposiciones 6.371 y 6.372.

1 12 Ciencias formales v ciencias lácticas

en especial porque g a n a m o s nuevas perspectivas de abordaje y análisis

d e n u e s t r a s p r o d u c c i o n e s t e ó r i c a s . D e e s t e m o d o la c o m p r e n s i ó n s e
e n r i q u e c e a l d e s p r e n d e r s e d e l a e x i g e n c i a d e lo a b s o l u t o .
La n e c e s i d a d d e la l ó g i c a y la m a t e m á t i c a s e a s i e n t a e n la i n e x o r a b i -
lidad d e s u s leyes. E s t a inexorabilidad no d a c u e n t a de u n a legalidad
p r e e x i s t e n t e . P o r el c o n t r a r i o , e s a t r a v é s d e n u e s t r a s p r á c t i c a s d e i n f e -
r e n c i a y c á l c u l o c o m o i n t r o d u c i m o s l a n e c e s i d a d e n el m u n d o . E s t o e s
p r e c i s a m e n t e l o q u e n o s i n d i c a el e s t u d i o d e l a s p r o p o s i c i o n e s d e l a s
ciencias formales, tan pronto como n o s a c e r c a m o s a ellas desde u n a
perspectiva m á s amplia, que p o d e m o s llamar "antropológica" y que
enfatiza la d i m e n s i ó n social de los c o n o c i m i e n t o s .
Todo texto admite u n a pluralidad de lecturas y u s o s posibles. E n
p r i m e r lugar, p o d e m o s leer u n libro d e lógica p a r a e s t u d i a r s u s leyes y
los m e c a n i s m o s de derivación válida de proposiciones. E n s e g u n d o lu-
gar, p o d e m o s leer ese m i s m o libro c o m o e p i s t e m ó l o g o s d i s p u e s t o s a
a n a l i z a r s u s m é t o d o s , el s t a t u s d e s u s p r o p o s i c i o n e s y l a s c a r a c t e r í s t i -
c a s de la verdad q u e s u p o n e n . En tercer lugar, p o d e m o s e n c o n t r a r en
s u s p á g i n a s i n f o r m a c i ó n q u e n o s p e r m i t a a c e r c a r n o s a la f o r m a d e vida
d e los h o m b r e s q u e se rigen por s u s leyes p a r a inferir, d e d u c i r o derivar.
O p a r a c a l c u l a r y c o n t a r s i el l i b r o e n c u e s t i ó n n o e s d e l ó g i c a s i n o d e
matemática.
E n c u a r t o lugar, p o d e m o s orientar n u e s t r a atención hacia los recur-
s o s r e t ó r i c o s p r e s e n t e s e n el t e x t o p a r a p e r s u a d i r n o s d e la o b j e t i v i d a d
d e la i n f o r m a c i ó n q u e n o s t r a n s m i t e n .
Los d o s ú l t i m o s u s o s s e ñ a l a d o s s o n p r e c i s a m e n t e los q u e e m p i e z a n
a destacarse en las últimas décadas.
D e s d e u n a l e c t u r a a n t r o p o l ó g i c a , la l ó g i c a y la m a t e m á t i c a s e p r e s e n -
t a n c o m o ejercicios, c o m o p r á c t i c a s c o t i d i a n a s q u e se a r t i c u l a n de a c u e r d o
con reglas y que, entre s u s características distintivas, ubican estas
reglas m á s allá de toda d u d a posible. Por este motivo e s t a m o s en general
d i s p u e s t o s a modificar c u a l q u i e r d a t o d e la realidad a n t e s q u e d u d a r d e
u n procedimiento deductivo. Pero no porque s u s p a s o s c o r r e s p o n d a n
c o n c e r t e z a a u n a v e r d a d e s t a b l e c i d a s i n o p o r q u e lo q u e d e f i n e el e j e r -
c i c i o d e " p e n s a r " , " i n f e r i r " , " a r g u m e n t a r " e s el c a r á c t e r i n c u e s t i o n a b l e d e
s u s reglas.

Al i m a g i n a r m a t e m á t i c a s o l ó g i c a s a l t e r n a t i v a s n o e n t r a m o s , p u e s ,
e n c o n t r a d i c c i ó n a l g u n a c o n la v e r d a d , y a q u e n i n g u n a v e r d a d p r e e x i s t e
a l a d e d u c c i ó n l ó g i c a , s i n o q u e e s e s t a d e d u c c i ó n el m é t o d o q u e u t i l i z a -
m o s p a r a f u n d a m e n t a r l a v e r d a d . P e r o sí e n t r a r í a m o s e n c o n t r a d i c c i ó n ,
o mejor a ú n conflicto, n o y a con u n a v e r d a d p r e e x i s t e n t e sino c o n u n
i m p e r a t i v o p r á c t i c o , si i m a g i n a m o s l a s r e g l a s l ó g i c a s y m a t e m á t i c a s
L a s c i e n c i a s l o r m a l e s e n la e r a p o s m o d e r n a

c o m o flexibles y c a m b i a n t e s . E n t r a r í a m o s en conflicto del m i s m o m o d o

q u e si i m a g i n a m o s a n u e s t r o s p a t r o n e s d e m e d i d a c o n s t r u i d o s d e u n
material elástico, en vez d e m a d e r a o acero. No l l a m a r í a m o s falsas a las
r e g l a s d e m e d i r a s í c o n s t r u i d a s , p e r o sí i n s e r v i b l e s , p o r q u e n o s e r v i r í a n
p a r a los fines p r á c t i c o s p a r a los q u e f u e r o n c r e a d a s . Del m i s m o m o d o
c o m o p e r t e n e c e a l a " e s e n c i a " d e l m e d i r el q u e t o d o s u t i l i c e m o s l o s
m i s m o s i n s t r u m e n t o s d e m e d i d a , e s p r o p i o d e l a i n f e r e n c i a y el c á l c u l o
q u e r e s p o n d a n a r e g l a s fijas e i n a m o v i b l e s .
C o n t a r e inferir n o s o n s i m p l e s p a s a t i e m p o s s i n o a c t i v i d a d e s q u e
tienen u n p a p e l f u n d a m e n t a l en n u e s t r a vida, e n la c o n s t r u c c i ó n del
c o n s e n s o m í n i m o q u e h a c e p o s i b l e l a v i d a s o c i a l . D e a h í el é n f a s i s q u e
e n n u e s t r a s s o c i e d a d e s s e p o n e e n el a p r e n d i z a j e o e n t r e n a m i e n t o d e l o s
h o m b r e s e n s u s t é c n i c a s . P o r q u e a la retórica d e s u s textos, o r i e n t a d a
h a c i a la p r e s e n t a c i ó n d e s u s c o n t e n i d o s c o m o i n t e m p o r a l e s , a b s o l u t o s
e i n c u e s t i o n a b l e s , s e s u m a u n a d i e s t r a m i e n t o riguroso y f u e r t e m e n t e
institucionalizado que recurre entre otras cosas a estímulos, recompen-
s a s y c a s t i g o s . P a r a f r a s e a n d o a W i t t g e n s t e i n , e s p o s i b l e a f i r m a r q u e lo
ú n i c o q u e c o r r e s p o n d e e n el m u n d o a l a n e c e s i d a d l ó g i c a y m a t e m á t i c a
2 8
es la p r o f u n d a n e c e s i d a d q u e t i e n e n los h o m b r e s d e u n a c o n v e n c i ó n .
Convención que no debe confundirse con arbitrariedad. Porque aquello
que n o s d e t e r m i n a a a c e p t a r u n a regla u otra, es decir, u n s i s t e m a u otro
de inferencia o cálculo, es algo q u e n o s remite en todos los c a s o s al
complejo e n t r a m a d o d e la i n t e r a c c i ó n social, es decir, a l a s n e c e s i d a d e s
y m o d a l i d a d e s p r o p i a s de c a d a f o r m a d e vida. La a c e p t a c i ó n d e u n
c o n j u n t o d e r e g l a s c o m o i n s t a n c i a o r i e n t a d o r a d e la c o n d u c t a e s u n
h e c h o s o c i a l y r e q u i e r e , p o r lo t a n t o , u n s o p o r t e i n s t i t u c i o n a l a d e c u a d o .
A c a s o si v e o e n P a r í s el m e t r o p a t r ó n , p e r o n o c o n o z c o l a i n s t i t u c i ó n d e
l a m e d i d a n i s u c o n e x i ó n c o n é l , ¿ p o d r í a d e c i r q u e c o n o z c o el m e t r o
p a t r ó n ? No, e n t a n t o " t a m b i é n la d e m o s t r a c i ó n e s p a r t e d e u n a i n s t i t u -
2 9
ción".

2 8 . L. W i t t g e n s t e i n , Observaciones a los fundamentos de la matemática. P a r t e i. p a r á g r a -

fo 6 4 .
2 9 . í d e m . P a r t e m, p a ^ l g r a f o 3 6 .