BIBLIOTECA FILOSÓFICA

94

JACQUES DERRIDA
,(1930)

Cristina de Peretti y Paco Vidarte

diciones d e O r t o
 > f ió Colección
Filósofos y Textos

Director ÍNDICE
L u i s Jiménez M o r e n o
I . C U A D R O CRONOLÓGICO 7
Bio-bibliografia de Derrida 8
A c o n t e c i m i e n t o s c u l t u r a l e s y socio-políticos 9
I I . E L P E N S A M I E N T O D E J A C Q U E S D E R R I D A . . 13
AiCs - P r i m e r a edición 1 9 9 8 , 1
1. D E C O N S T R U C C I Ó N Y G R A M A T O L O G L A 17
1.1. Deconstrucciones 17
1.2. Gramatología versus l o g o - f o n o c e n t r i s m o . . . 20
1.3. T e x t o , i n j e r t o y diseminación 24
1.4. E l «juego» d e l o s i n d e c i d i b l e s :
d e la economía d e l a différance a l a lógica
del suplemento 26
© Cristina d e Peretti ' 2. D E L A H U E L L A A L A C E N I Z A 31
Paco Vidarte / n - r A ^ ¿ H HV. ü n \ \ ^ i ^ ' )
© EDICIONESDEL ORTO '
2.1. E l resto y la ruina 31
c / S a n Máximo 31,4° 8 2.2. L a traducción 35
Ediñcio 2 0 0 0 2.3. E l d o b l e sí 38
28041 Madrid
2.4. L a ceniza de la m e m o r i a 40
I.S.B.N.: 84-7923-183-1 3. L A I N V E N C I Ó N D E L O T R O 44
Depósito L e g a l : M ^ 3 9 1 1 - 1 9 9 8
3.1. R e s p o n s a b i l i d a d e indecídibilidad 44
I m p r e s o e n España
3.2. E l otro espectral 47
I m p r i m e : EDICLÁS 3.3. L a hospitalidad 51
c / S a n Máximo 3 1 , 4 " 8 3.4. D e la justicia por venir 54
28041 Madrid
Encuademación: C A Y E T A N O I I I . SELECCIÓN D E T E X T O S 57
M a t e o García, 2 9
28017 Madrid ; I V . BIBLIOGRAFÍA 89
 1 .w.-íí,^ t

I
.-JD; ••t^n i val . '•
CUADRO CRONOLÓGICO

' i
I-1
 8 Derrida
Bio-bibliografía de Jacques
Derrida*
1 9 3 0 N a c i m i e n t o e l 15 de j u l i o
en E l - B i a r ( A r g e l i a ) .
1935-48 Estudios e n distintos
liceos d e A r g e l y El-Biar.
1 9 4 8 -4 9 Lettres supérieures ( l i -
ceo Bugeaud de A r g e l ) .
1949- 51 Primer viaje a Francia.
Internado en el liceo Louis-
l e - G r a n d d e París. P r e p a r a -
ción p a r a l a Ecole Nórmale
Supérieure ( E N S ) .
1 9 5 2 -5 3 I n g r e s o e n l a E N S d o n -
de conoce a Althusser.
1953-54 Viaje a Lovaina ( A r -
c h i v o s - H u s s e r l ) . E s c r i b e Le
probléme de la genése dans
la philosophie de Husserl
( M e m o r i a de Estudios S u -
p e r i o r e s . N o s e publicará
hasta 1990). Sigue los cur-
sos d e F o u c a u l t .
1 9 5 6 - 5 7 Agregación. B e c a d e
special auditor ( U n i v . d e
Harvard). Matrimonio con
Marguerite Aucouturier. Dos
hijos: Pierre ( 1 9 6 3 ) y Jean
(1967).
1 9 5 7 -5 9 S e r v i c i o m i l i t a r e n p l e -
na guerra de Argelia.
1959- 6 0 Profesor en un liceo de
Le Mans.
1960-64 Profesor en la Sorbon-
ne. Primeras publicaciones
e n Critique y Tel Quel. P r e -
m i o Jean-Cavaülés p o r l a
«Introducción» a s u t r a d u c -
ción t r a n c e s a d e El origen
• Biografía establecida básicamenie a partir del «Curriculum viiae» elaborado
porG.Bennington e n y a c ^ i í e í D e r r i d a . Paris, E d . du Seuil, 1991.
de la geometría d e H u s s e r l
(publicada e n 1962). Inves-
tigador del C N R S . D i m i t e
p a r a enseñar c o m o maitre-
assistant d e l a E N S ( h a s t a
1984).
1966 Conferencia e n C o l o q u i o
Internacional (Univ. Johns
Hopkins, Baltimore). E n -
cuentro c o n Lacan y c o n
Paul de M a n .
1 9 6 7 Publicación d e s u s t r e s
p r i m e r o s l i b r o s : GR, ED y
La voix et le phénoméne.
1968 Encuentros con Blanchot.
Seminarios e n la Univ. de
Berlín.
1 9 7 2 T r e s n u e v o s l i b r o s : D. M
y POS. R u p t u r a d e f i n i t i v a
c o n S o l l e r s y Tel Quel.
1 9 7 3 P r i m e r a publicación d e
L 'archéologie du frivole.
1 9 7 4 Publicación d e GL.
1 9 7 5 Fundación d e l G R E P H .
Imparte cursos e n la Univ.
de Y a l e .
1 9 7 6 P r i m e r a publicacicíi ácEP.
1 9 7 8 Publicación d e La vérité
en peinture.
1 9 7 9 Etats généraux de la Phi-
losophie ( S o r b o n n e ) .
1980 Tesis de Estado e n l a Sor-
b o n n e . Publicación d e La
carie póstale, de Socrate á
Freud et au-delá.
1 9 8 1 Fundación d e l a A s o c i a -
ción J e a n - H u s . V i a j e a P r a -
ga. E n c a r c e l a d o p o r l a p o l i -
cía c h e c a . L i b e r a d o d o s días
C u a d r o cronológico
después p o r intervención d e
Mitterand.,
1 9 8 2 Á.D. Wlíite Professor at
large ( U n i v . d e C o m e l l ) .
1 9 8 3 Fundación d e l Collége In-
ternational de Philosophie
(Paris). Actividades en con-
t r a d e l Apartheid. D i r e c t o r
de estudios (hasta l a fecha)
e n l a EHESS. Publicación d e
D 'un ton apocalyplique...
1 9 8 4 Publicación d e Otobio-
graphies y La fdosofia como
institución.
1 9 8 6 Publicación d e Schibbo-
leth y PAR. P r o f e s o r v i s i t a n -
te ( h a s t a l a f e c h a ) e n I r v i n e
(Univ. de California).
1 9 8 7 Publicación d e UG. De
l-esprit.PSYy FC.
1 9 8 8 Publicación f r a n c e s a d e
MEM y Signéponge.
1 9 9 0 Publicación d e Limited
Inc., Du divit á la philo-
sophie, Le probléme de la
genése dans la philosophie
de Husserl y MA V.
1 9 9 1 Publicación ds Donner le
temps y AC.
1 9 9 2 Publicación dePS.
1 9 9 3 Publicación d e PAS, SN,
Khóra, Pregnances y SP.
1 9 9 4 Publicación d e Foive de
loi y Politiques de l 'amitié.
1 9 9 5 Publicación d e Moscou
aller-retour y MA.
1 9 9 6 Publicación d e Le mono-
linguisme de l'autre. Apo-
nes, EC y RE.
1 9 9 7 Publicación d e Marx en
jeu ( c o n M . G u i l l a u m e ) , CO,
De rhospiialité, A, y Le
droit a la philosophie du
9
point de vue cosmopoliti-
que.
1 9 9 8 Publicación d e Demeure
y Voiles ( c o n H . C i x o u s ) . . .
Acontecimientos culturales y
socio-políticos
1 9 3 0 F r e u d : El malestar en la
cultura. M u s i l : El hombre
sin atributos. Buñuel/Dalí:
La edad de oro.
1 9 3 1 HusserV. Meditaciones car-
tesianas.
1933 Hitler, canciller d e A l e -
mania.
1 9 3 6 C h a p l i n : Tiempos moder-
nos. M u e r e U n a m u n o . G u e -
r r a c i v i l e n España ( 1 9 3 6 - 3 9 ) .
1 9 3 7 P i c a s s o : Guernica. J . R e -
n o i r La gran ilusión.
1 9 3 8 S a r t r e : La nausea. M u e r e
H u s s e r l . Disolución d e l Cír-
culo de Viena.
1 9 3 9 J o y c e : Finnegans Wake.
M u e r e Freud. C o m i enzo de
la dictadura d e Franco. C o -
mienzo de la Segunda Gue-
rra M u n d i a l .
1 9 4 0 Pétain f i m i a u n a r m i s t i c i o
con Alemania. Asesinato de
Trotsky.
1 9 4 1 M a r c u s e : Razón y revolu-
ción. O r s o n W c l l e s : Ciuda-
dano Kane. A t a q u e japonés
a Pearl Harbour.
1 9 4 2 C a m u s : El extranjero. D e -
sembarco aliado en e l norte
de A f r i c a .
1 9 4 3 S a r t r e : El ser y la nada.
M . C u r t i z : Casablanca. Caí-
da d e M u s s o l i n i .
 10
1 9 4 4 A d o m o / H o r i c h e i m e n Dia-
lécíica de la Ilustración.
Desembarco aliado e n N o r -
mandía. Liberación d e París.
1 9 4 5 B o m b a s atómicas s o b r e
Hiroshima y Nagasaki. C a -
pitulación d e A l e m a n i a y
d e Ja[)ón. C o n f e r e n c i a d e
Y a i t a . Creación d e l a O N U
y la U N E S C O .
1 9 4 6 S a r t r e : El existencialismo
es un humanismo. N e o r r e a -
lismo italiano en e l cine
(1946-54). Procesos de N u -
remberg. Principio de la
guerra de Indochina. Cuarta
República fi^cesa. Perrai,
presidente de A i g e n t i n a .
1 9 4 7 C a m u s ; La peste. H e i d e g -
g e r : Carta sobre el huma-
nismo.
1948 Asesinato de Gandhi. D e -
claración d e l E s t a d o d e I s -
r a e l y p r i m e r a g u e r r a árabe-
israelí. Creación d e l a O T A N .
1 9 4 9 B c a u v o i r El segundo sexo.
División d e A l a n a n i a . R e -
pública P o p u l a r C h i n a .
1 9 5 0 H e i d e g g e r : Caminos de
bosque. G u e r r a e n C o r e a
(1950-53).
1952 D i c t a d u r a d e B a t i s t a e n
Cuba.
1 9 5 3 B e c k e t t : Esperando a Go-
dot. M u e r e S t a l i n .
1954 Independencia d e Indo-
china. Principio de la guerra
de A r g e l i a . Nasser o c u p a e l
poder en Egipto.
1 9 5 5 Lévi-Strauss: Tristes tró-
picos. M a r c u s e : Eros y ci-
vilización. M u e r e O r t e g a .
Pacto de Varsovia.
Derrida
1 9 5 6 Aparición d e l r o c k a n d
roll. Crisis d e l canal d e
S u e z . I n d e p e n d e n c i a d e Tú-
nez y Marruecos.
1957 I n i c i o de l a e r a espacial:
Sputnik I ( U R S S ) . Creación
d e l M e r c a d o Común.
1 9 5 8 Lévi-Strauss: Antropolo-
gía estructural. Q u i n t a R e -
pública f r a n c e s a ( d e G a u l l e ) .
1 9 5 9 H e i d e g g e r : De camino al
habla. Nouvelle Vague f r a n -
cesa e n e l cine ( 1 9 5 9 - 6 4 ) .
T r i u n f o d e l a revolución c u -
bana.
1 9 6 0 G a d a m e r Verdad y méto-
do. Fundación d e l a r e v i s t a
Tel quel. J . F . K e n n e d y , p r e -
sidente d e E E . U U .
1 9 6 1 Lévinas; Totalidad e infi-
nito. Nouveau román fran-
cés e n l i t e r a t u r a . C o n s t r u c -
ción d e l M u r o d e Berlín.
1 9 6 2 W a r h o l : CampbeUs Soup
Cans 200. K u b r i c k : Lolita.
Independencia de Argelia.
Crisis de los misiles e n
Cuba.
1963 Asesinato d e Kennedy.
1964 Sartre rechaza e l P r e m i o
Nobel. C o m i e n z o de l a gue-
rra del V i e t n a m .
1965 Asesinato d e M a l c o i m X .
1 9 6 6 F o u c a u l t ; Las palabras y
las cosas. A d o r n o : Dialéc-
tica negativa. L a c a n : Es-
critos. Revolución c u l t u r a l
china.
1 9 6 7 H o r k h e i m e r Crítica de la
razón instrumental. G " Már-
q u e z : Cien años de sole-
dad. D i c t a d u r a d e l o s C o r o -
C u a d r o cronológico
neles e n Grecia (1967-74).
Guerra d e los Seis Dias.
1 9 6 8 G r u p o «Tel Quel»: Teoría
de conjunto. H a b e r m a s : Co-
nocimiento e interés. K u -
b r i c k : 2001, una odisea del
espacio. «Mayo francés».
P r i m a v e r a de Praga.
1 9 6 9 D e l e u z e : Diferencia y re-
petición. L l e g a d a d e l h o m -
bre a ia luna. Pompidou,
n u e v o p r e s i d e n t e francés.
1970 Salvador A l l e n d e , presi-
dente d e (3hile.
1 9 7 2 D e l e u z e ' G u a t t a r i : El Antie-
dipo. B e r t o l u c c i : El último
tango en París.
1973 G o l p e d e Estado d e P i n o -
chet en C h i l e .
1 9 7 4 Revolución «de l o s c l a v e -
les» e n P o r t u g a l . Escándalo
del Wateigate.
1 9 7 5 F o u c a u l t : Vigilar y casti-
gar. M u e r e F r a n c o . F i n d e
la guerra en V i e t n a m .
1976 M u e r e Heidegger. M a t a n -
za en Soweto. C o m i e n z o de
la dictadura militar e n A r -
gentina (1976-83).
1 9 7 7 M o v i m i e n t o d e l o s Nou-
veaux Philosophes. P r i m e -
ras e l e c c i o n e s g e n e r a l e s e n
España. «Carta 77» ( H a v e l ) .
1978 Acuerdos d e C a m p D a -
vid. S e aprueba la Constitu-
ción española.
1 9 7 9 L y o t a r d : La condición
postmoderna. R o r t y : La fi-
losofía y el espejo de la na-
turaleza. D e M a n : Alego-
rías de la lectura. Cárter y
Breznev firman el S A L T II.
La U R S S invade Afganis-
II
tán. Régimen f u n d a m e n t a -
l i s t a islámico d e J o m e i n i e n
Irán. T r a t a d o d e p a z e g i p -
cio-israelí. T h a t c h e r , p r i m e -
r a m i n i s t r a británica.
1 9 8 0 V a t t i m o : Las aventuras
de la diferencia. P r i m e r a
película d e Almodóvar. A s e -
sinato d e John L e n n o n . G u e -
r r a Itán-Irak ( 1 9 8 0 - 8 8 ) . R e a -
gan, presidente de E E . U U .
S i n d i c a t o «Solidamosc» ( W a -
lesa) en P o l o n i a .
1 9 8 1 H a b e r m a s : Teoría de la
acción comunicativa. M u e -
re Lacan. Intento de golpe
d e E s t a d o e n España. M i t -
t e r a n d , p r e s i d e n t e francés.
A s e s i n a t o d e Sadat.
1982 Guerra de las M a l v i n a s .
L a O L P reconoce a Israel.
M a t a n z a d e palestinos e n
Sabrá y C h a t i l a . E l P S O E
gana las elecciones.
1983 A s e s i n a t o d e Indira G a n d h i .
1 9 8 5 V a t t i m o : El fin de la mo-
dernidad. G o r b a c h o v , líder
d e l a U R S S . España y P o r -
tugal ingresan en la C E E .
1986 Desastre nuclear en Cher-
n o b i l . Escándalo d e l «Iran-
gate».
1 9 8 7 «Percstroika». F i n n a d e l
p r i m e r acuerdo sobre desar-
m e . C o m i e n z o d e l a «Inti-
fada» p a l e s t i n a .
1989 Victoria de Yeltsin e n las
primeras elecciones d e m o -
cráticas e n l a U R S S . M a -
tanza de T i a n a n m e n . C a e e l
M u r o d e Berlín.
1 9 9 0 Liberación d e N e l s o n Mán-
dela. Desintegración d e l a
12 Derrida

U R S S . F i n de l a dictadura 1 9 9 7 d e M a n : Ideología estética.

en C h i l e . N o r r i s : Contra el relativis-
1 9 9 1 J a m e s o n : Teoría de la mo. B l a i r , p r i m e r m i n i s t r o
postmodernidad. G u e r r a d e l británico. G o b i e r n o francés
G o l f o . F i n «oficial» d e l d e «cohabitación» ( C h i r a c /
Apartheid e n Sudáfrica. Jospin). Guerra civil e n
Conferencia d e P a z para Zaire.
Oriente Medio. Firma del 1998 M u e r e n Lyotard y Octa-
tratado d e Maastricht. vio Paz. Lanzamiento del
1992 Asesinato de Budiaf: ini- Discovery. A c u e r d o d e p a z
cio de l a escalada de terro- en e l Ulster. C u m b r e d e l
rismo h i n d a m e n t a l i s t a islá- Euro. Violencia en Indone- II
mico e n Argelia. Guerra e n sia. I n i c i o d e l a crisis d e
la e x - Y u g o s l a v i a . C l i n t o n , Küsovo. I n t e n t o d e g o l p e E L PENSAMIENTO D E J A C Q U E S D E R R I D A
presidente de E E . U U . de Estado en A l b a n i a . . .
1 9 9 3 Lévinas: Dios, la muerte
y el tiempo. L y o t a r d : Mo- Abreviaturas
ralidades postmodernas.
A Adieu - o E m m a n u e l Lévinas
R a w l s : El liberalismo poli- A C L ' a u t r e cap
• • tico. N a c e l a Unión E u r o - AL Allériíés
pea. F i n n a d e los a c u e r d o s C O Cosmopoliles de loiis les pays.
GATT. encoré u n effort!
D Ladisséminaüo'i
1994 R e v u e l t a zapatista e n
E C Échographies - de l a televisión
C h i a p a s . Mándela g a n a l a s E D L'écritiire el l a différence
elecciones e n Sudáfrica. EP Éperons. Les siyies de Nielzsche
Guerra civil en Ruanda. FC F e u l a cendre
1 9 9 5 P u t n a m : Pragmatismo. GL Glas
GR D e l a grammalologie
Una cuestión abierta. M u e - M M a r g e s - de l a philosophie
r e n D e l e u z e y Lévinas. M a - MA M a l d'archive
V tanza d e refugiados hutus. MAV Mémoires d'aveugle
'"• F r a n c i a : C h i r a c g a n a l a s M E M Mémoires - pour P a u l de M a n
OR L ' o r e i l l e d e l ' a u t r e
. elecciones. Pruebas nuclea- PAR Parages
í - r e s francesas e n M u r u r o a . PAS Passions
A s e s i n a t o d e Isaac R a b i n . POS Posilioiis
N a c i m i e n t o del euro. P S Poinis de suspensión
P S Y Psyché. I n v e n i i o n s de t ' a u t r e
1 9 9 6 E a g l e t o n : Las ilusiones
R E Résislances - de l a psychanalyse
de la poslmodernidad. E l SN Sauflenom
P P g a n a las elecciones. N e - SP Spectres de M a r x
tanyahu, primer ministro de UG UIvsse gramophone. Deux mots
pour Joyce
h Israel.
 14 Dolida
S i d e c u a l q u i e r a u t o r , p e n s a d o r , filósofo, r e s u l t a d i -
fícil d a r c u e n t a , e n l o q u e t r a d i c i o n a l m e n t e s e v i e n e d e -
n o m i n a n d o u n a «introducción», s i n a l t e r a r l a riqueza
de s u escritura y sin perder buena parte del calado d e
s u reflexión, e n e l c a s o d e D e r r i d a d i c h o i n c o n v e n i e n t e
se a c r e c i e n t a aún más d e b i d o a l a e n o r m e c o m p l e j i d a d
d e u n p e n s a m i e n t o q u e , negándose a d e j a r s e e n c a s i l l a r
e n u n p r o y e c t o o p r o g r a m a filosófico, e n u n s i m p l e
Corpus o s i s t e m a d e i d e a s , y a b o r d a n d o l a tradición fi-
losófica o c c i d e n t a l c o n u n g e s t o s i e m p r e d o b l e , s e t r a -
duce a s i m i s m o e n una escritura profusa, diseminada, a
m e n u d o equívoca y e x t r a o r d i n a r i a m e n t e p e r f o r m a t i v a
c u y o carácter a b i e r t o e s c o n s e c u e n c i a d e u n p e n s a -
m i e n t o v i v o , e n t o d o s l o s s e n t i d o s d e l a expresión
(Texto 22).
Así, p o r e j e m p l o , a u n q u e l o s p r i m e r o s t e x t o s d e
r D e r r i d a ( e n u n o d e l o s c u a l e s , e n GR c o n c r e t a m e n t e ^ s e
u t i l i z a p o r p r i m e r a v e z l a p a l a b r a «deconstrucción») s e
' p u b l i c a n d u r a n t e l o s años 6 0 , ~ e n u n m o m e n t o e n e l q u e
e l e s t r u c t u r a l i s m o c o n o c e , e n F r a n c i a , u n a p o g e o máxi-
m o c o m o p a r a d i g m a metodológico d o m i n a n t e e n l a s
c i e n c i a s h u m a n a s , s u vinculación c o n e s t e m o v i m i e n t o
n o deja d e ser distante ( T e x t o 15). P o r otra parte, p o -
dría d e c i r s e q u e l a tradición académica e n l a q u e s e
f o r m a D e r r i d a e s d e c o r t e básicamente fenomenológico
p e r o , u n a v e z más, l a relación q u e sostendrá c o n l a f e -
nomenología t r a s c e n d e n t a l h u s s e r l i a r i a s e c o m p l i c a y a
q u e a e l l a vendrán a s u m a r s e , d e s d e u n p r i m e r m o m e n -
t o , s u t e m p r a n o interés p o r l a l i t e r a t u r a , p o r u n a r e l e c -
t u r a d e l psicoanálisis, (teoría d e l i n s c o n s c i e n t e e i n s -
cripción d e las h u e l l a s , t r a b a j o d e d u e l o , e t c . ) o p o r u n a
e x p e r i e n c i a d e p e n s a m i e n t o t a n eminentemer^^iHíá
La filosofía
c o m o e s l a d e Lévinas ( v o l u n t a d d e explicación c o n l a
nIsíona~dér73go5 ^ l i g o , p e n s a m i e n t o d e l a h u e l l a , r e - ,
!ación c o n i o O t r o ) ^ _ o t a n decididamente_dese5íabilizaT-
¿ora d e l a metafísica c o m o s o n e l p r o y e c t o d e i n v e r -
<rón n i e t z s c h e a n o ( i m p o r t a n c i a d e l a cuestión d e l
e s t i l o , crítica, p.e., d e l o s c o n c e p t o s d e ser y d e v e r d a d ,
• l o s q u e o p o n e a q u e l l o s , más «vitales», d e d e v e n i r ,
u e g o e interpretación) o djrtoto_dejuperacÍOT
d e g g e r i a n o ( c u e s t i o n a m i e n t o d e l a ontoteología, d e l a
ieiermináción d e l s e r c o m o p r e s e n c i a , atención a l a d i -
f e r e n c i a ónlico-ontológica, e t c . ) . C a m p o s t o d o s e l l o s
en y c o n los cuales D e r r i d a ha seguido m a n t e n i e n d o u n
n e x o d e interés y d e reflexión c o n s t a n t e , l o c u a l e n
modo alguno implica, s i n embargo, u n a continuidad
dogmática r e s p e c t o a éstos.
P o r s u p a r t e , c o n e l p a s o d e l o s años, e l p e n s a m i e n -
t o j d e D e r r i d a , p a s a m i e n t o q u e comúnmente s e c o n o c e
c o n e l n o m b r e d e «deconstrucción», h a i d o asmiísmo ^
afectando a e incidiendo sobre u n m u y variado elenco
de c a m p o s d e aplicación teórica y práctica c o m o s o n ,
,
además d e l a filosofía y l a crítica l i t e r a r i a , l a lingüísti-'^^'o;
ca, e l psicoanálisis, e l d e r e c h o y l a política, l a h i s t o r i a ,
l ^ ^ a c q u i t e c t u i a y l a estética o l a técnica: vídeo, c i n e ,
etc.
A h o r a bien, a l lado d e estos discursos que se hacen
cargo p e r f o r m a t i v a m e n t e d e l p e n s a m i e n t o deconstruc-
tivo, n o cabe duda que desde hace y a t i e m p o v e n i m o s
a s i s t i e n d o a u n u s o c a d a v e z niás c o n f u s o e i n d i s c r i m i - J \ ¡ ^
n a d o , e s t o es, á u n auténtico. a b u s Q U i i i e . a o J i a c e j i n t u r
e n aumgito,_J£Uérminn der^nslnicción ( T ^ x t o 9 V tér-,'
mino que vemos utilizado por doquier en filosofíaxai
l i t e r a t u r a c o m o m e r o j n ó n i m o d e «destruccióna^ o
 16 Derrida
/ " c o m o antónimo.de «construcción»; q u e h a l l a m o s c o n
frecuencia, e n tantos discursos, lamentablemente aso-
Jreiado a y con l a postmodemidad; o^ue_apM;ecejde re-
p e n t e , a m o d o d e g a n c h o más o m e n o s o p o r t u n i s t a ^ t a n
p r o n t o ¿1 e l título d e u n a película c o m o e n eliJeLcapí-
tiíló^e u n l i b r o , d e c o c i n a . !
41_,SCTalaL.£Ste^buso - m e j o r o p e o r i n t e n c i o n a d o
p o r p a r t e d e quÍCT^~utiIizan e l término « d ^ o n s ü j c -
ción^-Tño preténdanos, p o r s t q ) u e s t o . e n m d 3 o a l g u n o
CTigmOS e n j u e c e s c a p a c e s d e determinar^qnién t i e n e o
ño d e r e c h o a o s t e n t a r e l rótuIo^de_<<decmisj£uaápnis-
te>>. P a r a s e m e j a n t e cuestión ñ o h a y i m a r ^ p u e s t a s j y n -
p l e n i homogénea. A h o r a b i e n , e n deconstmcción^jiQ
J o c l o _ y a l e ^ D e ahí p o r u n a p a r t e q u e , a p e s a r d e q u e l a
deconstrución n o sea u n n o m b r e inequívoco n i d e s i g n e
u n m o v i m i e n t o unificado pues, si se suele utilizar d i -
c h o término p a r a n o m b r a r e l t r a b a j o d e D e r r i d a , l a s u -
p u e s t a u n i d a d a l a q u e apuntaría t a n sólo estaría r e s p a l -
d a d a p o r l a t e n u e garantía d e u n a firma, n o o b s t a n t e , y
e n v i r t u d p r e c i s a m e n t e d e l a estratégica c o m p l e j i d a d
q u e encierra, d e los t r e m e n d o s efectos d e c o n t a m i n a -
ción q u e p r o v o c a , a j a deconstrucción n o s e l e p u e d e
atribuir n p p ffljgnjfu^ijfSnj^lara y um'V0Ca>>_ (^¿'í', p .
3 8 7 ) c o m o t a m p o c o se la puede equiparar (con vistas,
curiosMiiente, a b a l l a r e l protundd~3^asosiego q u e
' p r o d u c e ) nj^ a u n a m e r a operación n e g a t i v a o n i h i l i s t a
(Texto 9), n i a u n simple artificio de la cultura^pgstmo-
I d m i a . D e ahí también q u i T p a n f R a c e r deconstiucción
^ ( s i es q u e s e p u e d e h a b l a r d e ésta c o m o d e a l g o q u e s e
¡ *^ h a c e , l o c u a l sería b a s t a n t e d i s c u t i b l e : T e x t o 1 6 ) , n o
' V ^ baste c o n decirlo, c o n poner a l o que se hace la etiqueta
d e deconstrucción. T o d o e s t r i b a e n u n a s u t i l d i f e r e n c i a
La filosofía 17
de t o n o , d e a c e n t o , d e e s t i l o . P a r a l a deconstmcción, l a
atención p r e s t a d a a e s t o s e l e m e n t o s n o es u n a s u n t o t r i -
v i a l , c o m o t a m p o c o l o es l a n e c e s i d a d d e p r o c e d e r c o n
: o d a m i n u c i o s i d a d , d e p r e s t a r atención a l a s d i f e r e n -
cias, p o r n i m i a s q u e p u e d a n p a r e c e r , o d e p o n e r e n e n -
r e d i c h o c u a l q u i e r p o s i b l e p r e j u i c i o q u e esté f u n c i o -
::ando e n u n t e x t o o e n las lecturas d e l m i s m o . P o r eso,
deconstrucción r e q u i e r e , e n t o d o c a s o , c o m o diría
N i e t z s c h e , n o sólo «saber m a n e j a r b i e n e l a r c o y l a fle-
cha» s i n o , además, d o m i n a r «el a r t e d e oír» así c o m o
el d e «rumiar».
1. DECONSTRUCCIÓN Y GRAMATOLOGÍA
1.1. Deconstrucciones?)
A u n q u e , a l o l a r g o d e s u dilatadísima o b r a , D e r r i d a "
o f r e c e a l g i m a v e z , n u n c a c o n m u c h a frecuencia, a l g u n a
•definición» ( s i e m p r e b r e v e y n u n c a d e m a s i a d o «elo-
cuente» p a r a q u i e n n o a c o s t u m b r a a l e e r l e ) d e l a d e -
construcción, refiriéndose a e l l a c o m o «más d e u n a
lengua» (MEM, p . 3 8 ) , c o m o «una c i e r t a e x p e r i e n c i a
aporéSca d e l o imposible» ( p . e . , PSy, p . 2/) 0 , 1 0 " q u e
\-iene a s e r ío m i s m o , c o m o «la e x p e r i e n c i a m i s m a d e
la p o s i b i l i d a d ( i m p o s i b l e ) d e l o imposible» ( p . e . , SN, p .
3 2 ) , etc., p o r n u e s t r a p a r t e , a n t e s d e pasarriO-Ya a a v e n -
t u r a r u n a definición d e l a m i s m a s i n o a t r a t a r d e e j ^ l i -
c a r e n qué c o n s i s t e l a d e c o n s t r u c c i o n , q u e r e m o s p u n ^
tualizar a s i m i s m o , c o n e l f m d e despejar otros tantos
m a l e n t e n d i d o s , q u e l a deconstrucción, a p e s a r d e l o
q u e p u e d a p a r e c e r a s i m p l e v i s t a , n o esjujjn^nálisis,
n i u n a c r i t i c a , n i unmétodo ( T e x t o s T ^ y 2 8 ) .
 18 Derrida U filosofía 19

U t i l i z a d o , c o m o y a a p u n t a m o s , p o r v e z p r i m e r a p o r ?u- también s o b r e e l l o s : ^ e , e s O T b i i j ; e s p e c t o ^
D e r r i d a ( q u i e n , d i c h o s e a d e pasó, n o l e atribuyó e n - d e j a r l o s n u n c a ^ i n t a c t o s ( T e x t o 2 ) y d e e s c r i b i r e n e l l o s
' J t o n c e s n i n g u n a i m p o r t a n c i a r e l e v a n t e a e s a p a l a b r a ) e s c m t a n d o e n t r e l a s líneas, e n l o s márgenes, e s c u d r i -
( T e x t o 9 ) e n e l m o m e n t o d e a u g e d e l e s t m c t u r a l i s m o , ñando l a s f i s u r a s , l o s d e s l i z a m i e n t o s , l o s d e s p l a z a -
el término deconstmccióiMiretÉnde, e n p r i m e r l u g a r , m i e n t o s , n o c o n v i s t a s a a r m i n a r s u s códigos s i n o a
t r a d u c i r , adaptándolas a l a s n e c e s i d a d e s d e l a p r o p i a r e - p r o d u c i r , d e f o r m a a c t i v a y t r a n s f o r m a d o r a , l a e s t r u c t u -
flexíóiTHerridiana, l a s p a l a b r a s h e i d e g g e r i a n a s d e Des- r a s i g n i f i c a n t e d e l t e x t o : n o s u v e r d a d o s u s e n t i d o , ,
\ o d e Abbau ( T e x t o 9 ) . smo s u f o n d o d e i l e g i b i l i d a d y , a l a v e z , e s e e x c e s o , e s
" L a deconstrucción, l e j o s p u e s d e o m i t i r , d e r e c h a z a r s u p l e m e n t o d e e s c r i t u r a y d e l e c t u r a q u e , i n t e r r o g a n d o l
o d e i n t e n t a r t r a n s g r e d i r s i m p l e m e n t e l a tradición filo- La economía d e l t e x t o , d e s c u b r i e n d o s u m o d o d e ftin-|
sófica o c c i d e n t a l , l a a s u m e y l a h e r e d a . «Pensar l a g e - c i o n a m i e n t o y d e organización, p o n i e n d o e n m a r c h a ^
nealogía e s t r u c t u r a d a d e s u s c o n c e p t o s d e l a m a n e r a >as e f e c t o s , a b r e l a l e c t u r a e n l u g a r d e c e r r a r l a y d e
más fiel, más i n t e r i o r , p e r o a l m i s m o t i e m p o , d e s d e u n p r o t e g e r l a , d i s l o c a t o d a p r o p i e d a d y e x p o n e e l t e x t o a
c i e r t o e x t e r i o r i n c a l i f i c a b l e p o r e l l a , innombrable» la indecidibüidad d e s u lógica d o b l e , p l u r a l . D e ahí, l a
{POS, p . 1 5 ) e s p r e c i s a m e n t e d e t e r m i n a r l o q u e e s o s r e l e v a n c i a q u e t i e n e l a práctica d e l a estrategiíparaJa
d i s c u r s o s , e s o s e s q u e m a s d e p e n s a m i e n t o , q u e también deconstmcción, l a c u a l , n o s i e n d o - c o m o y a señalamos
s o n l o s n u e s t r o s p u e s t o q u e rigen n u e s t r a civilización ¿ntés- u n método, s i n e m b a r g o «no e x c l u y e u n a c i e r t a
d e s d e h a c e s i g l o s , h a n v e n i d o d i s i m u l a n d o , i n d u c i e n d o ¿ndadura q u e e s p r e c i s o seguir» 0 , p . 3Ó3y
y p r o h i b i e n d o . C o n una estrategia siempre desdoblada P o r e s o , c a b e e n t e n d e r l a deconstmcción c o m o u n a
q u e e x i g e , a s u v e z , n o o p e r a r n u n c a e n u n s o l o t e r r e n o e s p e c i e d e p a l a n c a d e intervención a c t i v a q u e a f e c t a a
( T e x t o 6 ) , l a deconstmcción v a a j e n e r q u e t r a b a j a r e n l a c u l t u r a d e O c c i d e n t e t a n t o e n s u s m a n i f e s t a c i o n e s
e l inestable^bordé^e^ íoslímites d e l a m e t a f i s i c a : d e n - p a s a d a s c o m o también e n l a s a c t u a l e s . Y l e a f e c t a , l e s
t r o d e e l l a , a t e n t a a n o d e j a r s e a p r e s a r e n s u s r e d e s , y afecta, n o y a c o m o a l g o v e n i d o d e f u e r a q u e i n c i d i e s e
t r a t a n d o d e h a c e r l a d e s b o r d a r . S e v a a h a c e r así c a r g o s o b r e e l l a s s i n o c o m o u n a c o n t e c i m i e n t o q u e está t r a -
d e l a h e r e n c i a metafísica, n o y a reproduciéndola p a s i - b a j a n d o d e s d e s i e m p r e d e n t r o d e t o d a s y c a d a u n a d e
v a m e n t e s i n o transformándola, solicitándola («Solicitar e s t a s : «la deconstmcción n o e s u n a operación q u e
s i g n i f i c a , e n latín a n f i g u o , c o n m o v e r c o m o u n t o d o , h a - s u r g e aprés coup, d e s d e e l e x t e r i o r , u n b u e n día, s i n o
c e r t e m b l a r e n s u totalidad», M, p . 2 2 ) , e s t o e s , r e e l a - q u e y a está s i e m p r e o b r a n d o e n l a obra» {MEM, p . 8 3 ) ^
borándola a c t i v a m e n t e , p o r q u e «la h e r e n c i a jamás e s t c f T e x t o 2 2 ) . Y , a u n q u e p o r c o m o d i d a d y economía»
a l g o dado, e s s i e m p r e u n a tarea» {SP,p. 94J. S e t r a t a , a l r e f e r i m o s a «eso» q u e o c u r r e , h a b l e m o s d e «la» d e -
p u e s , s i n p r e c i p i t a r s e , tomándose t o d o e l t i e m p o n e c e - constmcción, e n s i n g u l a r , sería más p r e c i s o h a b l a r d e
s a r i o , d e r e l e e r l o s t e x t o s q u e l a c o n f o r m a n , d e r e e s c r i - «deconstmcciones».
e ^ p l u r a l . _ D e u n a _ p ] u r a l i d a d de_,

I
 20 Derrida
d e c o n s t r u c c i o n e s s i e m p r e s i n g u l a r e s p u e s t o q u e éstas
"no d e j a n n u n c a d e r e i n v e n t a r s e a s í m i s m a s c a d a v e z
( T e x t o 1 3 ) : c a d a v e z , c o m o s i fiiese s i e m p r e l a p r i m e r a
y l a última, l a única v e z . U n a p l u r a l i d a d , p u e s , d e d e -
c o n s t r u c c i o n e s q u e , l e j o s d e a p u n t a r h a c i a u n a monóto-
n a y p r o g r a m a d a repetición metodológica, p r o c e d i -
m e n t a l , t r a d u c e e l a c o n t e c i m i e n t o inédito e i r r e p e t i b l e
\e deconstrucción q u e c a d a v e z t i e n e l u g a r e n c a d a
I texto (Texto 22).
1.2. Gramatologíavers\¿lo^^nohentrismo.
A u n c u a n d o l a metafísica)no p u e d a d e ningún m o d o
s e r c o n c e b i d a c o m o u n e s p a c i o homogéneo, idéntico a
sí m i s m o , sí c a b e s e n a l ^ e n e l l a , a l o l a r g o d e s u h i s t o -
ria, u n a «estructura d o m i n a n t ^ i ^ u e l a g q b i e m a ^ y a l a
que D e r r i d a s e r e f i e r e c o n e l nónibre7^<^!2i2:^°™^"
centrismo». E l p e n s a m i e n t o c o m o togo^ial q u e s e a t r i -
"búye una^oiíiSóiníecesariFcon l a V e r d a d y c o n e l s e r
d e l e n t e c o m o p r e s e n c i a , d e l c u a l d a razón) sólo p u e d e
p r o d u c i r s e «como auto-afección» a través d e l a v o z .
E s t e s i s t e m a d e l oírse-hablm^jdealismo q u e c o n c e d e
ese p r i v i l e g i o a lá'^^^-(sustancia fónica), a l a v o z , a l
h a b l a , c o m o relación e s e n c i a l e i n m e d i a t a d e l a c o n -
c i e n c i a ( q u e es l a v o z , p r e s e n t e a sí m i s m a , q u e se o y e
hablar) con e l sentido, e s j o j u e D e i r i d a d e n o ^ m ^ -
n o c e n t r i s m a P e r o , d a d o q u ^ J a j / o z , p o r s u relación
^^^^ongíñaria v e s e n c i a l con e l f ó g o g ^ j p a i ^ e c ^ ó l S T j c a
dj^ÜtSajleLsentido, d i c h o f o n o c e n t r i s m o es j o l i d a -
rio de un l o g o c a i t r i s m o , b a s e a s u v S U e t o d o i d e a l i s m o ,
p u e s t o ~ ^ i e " c o n s t i t u y e un e x i g e n t e d e s e o de que e x i s t a
j¿n_sentidoj^a p r e f i j a d o a n t e s e i n d e p e n d i e n t e m e n t e d d
L a filosofía 21
I g g g u a j e , s e n t i d o q u e s e c o n o c e también c o n e l n o m b r e
d ? «significado trascendental».
E s t a sistemáticarampRadad e n t r e e l fonocentrismo
y e H o g o c e n t r i s m o , este l o g o f o n o c e n t r i s m o generaliza-
do^eimgmCTiTodo'érdiscurso filosóficoocddetital
dffidfí Sfffírat^^~^ta5Téce^SrmLsist^^ j e r a r q u i z a d o
de- o p o s i c i o n e s , ( r e a l i d a d / s i g n o , d e n t r o / f i i e r a , s i g n i f i c a -
do/significante, etc.) que, a l o t o r g a r l a primacíaalj^-
imnojiiás^ereago a l j o ; ^ ^ ^ , ^ ! ^ ^ de^ ^
v^luagii^dejía^gsait^ escritura q u e n a d a ^ ^ "
t i e n e q u e v e r , según l a tradición, c o n esa o t r a e s c r i t u r a , '^'•^
«en s e n t i d o metafórico, l a e s c r i t u r a n a t u r a l , d i v i n a y
viva», l a «buena» e s c r i t u r a q u e s e i n s c r i b e e n e l l i b r o
( d e j D i o s ) y q u e . _Ia tradición filosófica d e O c c i d e n t e
s i e m p r e h a r e s p e t a d o . I - a «mala» e s c r i t u r a , p o r e l c o n -
t r a r i o , es d e v a l u a d a p o r q u e s e l a c o n s i d e r a n o sólo
c o m o u n «signo d e signo», c o m o u n s i g n i f i c a n t e ( s i g n o
gráfico) d e o t r o s i g n i f i c a n t e ( l e n g u a ) , e s t o e s , c o m o l a
representación d e u n s e n t i d o p r e e x i s t e n t e , c o m o u n a
m e r a técnica s e c u n d a r i a y a c c e s o r i a a l s e r v i c i o d e l a
v o z o h a b l a «originaria», s i n o también, c o n fi-ecuencia,
c o m o algo artificial y peligroso, c o m o u n m a l que vie-
n e d e íliera y q u e a m e n a z a e l h a b l a , l a i n t e r i o r i d a d , l a
p r e s e n c i a a sí. E s t a desvalorización d e l a e s c r i t u r a c o -
iresponde, de hecho, a l predominio occidental (etno-
c e n t r i s m o ) d e l a e s c r i t u r a alfabéticav f o r m a más e x t r e -
m a d e l a ^cHfíira fonética, q u e n o c o m p a r t e n s i n
e m b a r g o t o d a s l a s c i v i l i z a c i o n e s ^ D e ahí q u e D e r r i d a
d e f i n a también a v e c e s e l l o g o c e n t r i s m o c o m o l a «me-
tafísica d e l a e s c r i t u r a fonética».'
Lejos, n o obstante, d e limitarse a denunciar l a
coimplicación d e l l o g o f o n o c e n t r i s m o c o n e l r e c h a z o d e
 22 Derrida
l a e s c r i t u r a , D e r r i d a s e p r o p o n e l a rehabilitación d e l a
C'^'^^íura, ^^esto e s también l a liberación d e l s i g n i f i c a n t e
~ d e s u d e p e n d e n c i a ( o derivación) r e s p e c t o d e l lógos, d e
la verdad, del significado, del querer-decir. E s t a rehabi-
litación, q u e p a s a p o r l o t a n t o p o r u n a g l o b a l s o l i c i t a -
ción d e l a lógica d e l s i g n o , n o c o n s i s t e _ a i ^ t o r g ^ ^ l a
e s c r i t u r a y a l s i g n i f i c a n t e e l priyüegio q u e s i e m p r e j i a n
ostentado el habla y e l significado. Contentarse con i n -
: v e r t i r l o s términos d e u n a jerarquía e s r e p r o d u c i r , a u n -
que a l a inversa, el m i s m o esquema que se pretende de-
( c o n s t r u i r , cerrándose d e e s e m o d o e l p a s o p a r a u n a
transformación a c t i v a . D e l o q u e s e t r a t a , p o r e l c o n t r a -
I rio, e s d e c o m p l i c a r l a e s t r u c t u r a m i s m a d e e s a lógica
í oposícional. D e ahí q u e , s i e n u n p r i m e r m o m e n t o s e
d a u n a e s p e c i e d e inversión, d e i n m e d i a t o s e p r o c e d a a
t r a n s f o r m a r l a , a d e s p l a z a r l o s términos i m p l i c a d o s e n
ella, reestmcturando todo e l c a m p o significativo e n e l
que se m u e v e n ( T e x t o 8).
D e r r i d a emprende pues l a tarea d e releer y reescri-
b i r l a h i s t o r i a q u e c o n f o r m a l a devaluación d e l a e s c r i -
tura, desde s u gesto inaugural c o n e l m i t o de T h e u t h y
T h a m u s q u e r e l a t a e l Fedro d e Platón, h a s t a n u e s t r o s
días ( f o n o l o g i s m o ) , p a s a n d o p o r m o m e n t o s t a n s i g n i f i -
c a t i v o s c o m o s o n , p . e . , Rousse«ji, S a u s s u r e o Lévi-
^ ^ ^ t r a u s s . ^ ^ l Q _ q u e _ ^ t r a t a t a m b í ^ para Derrida. es d e
«producir u n n u e v o c o n c e p t o d e escritura» ( T e x t o s 7 y
8 ) . P r e c i s a n d o l o s r a s g o s fimdamentales d e t o d a e s c r i -
t u r a : inscripción, i t e r a b i l i d a d , a u s e n c i a d e r e f e r e n t e , e s -
p a c i a m i e n t o , D e r r i d a v a a m o s t r a r q u e éstos también
" s o n a p l i c a b l e s a t o d o e l l e n g u a j e e n g e n e r a l , c o m o sís-
t e m a a r t i c u l a d o . S e p r o d u c e así u n a generalización y
ún c o n s i g u i e n t e d e s p l a z a m i e n t o d e l c o n c e p t o t r a d i c i o -
L a filosofía 23
n a l d e e s c r i t u r a . E s t a _ e s c r i t u r a «generalizada») «antes
d e l h a b l a y e n e l habla», e s Ío q u e _ D e r r i d a l l a m a
chi)escritura»: n o e n e l s e n t i d o d e u n a a n t e r i o r i d a d c r o -
nológica d e l s i s t e m a d e e s c r i t u r a s o b r e e l h a b l a s i n o e n
el d e que, a l abarcar e l c a m p o d e todos los signos l i n -
güísticos, l a ( a r c h i ) e s c r i t u r a c o n s t i t u y e p r e c i s a m e n t e l a
condición d e p o s i b i l i d a d d e t o d o e l l e n g u a j e , t a n t o d e l v
habla c o m o d e la escritura en sentido restringido.
Reelaborando la historia de la escritura a partir de ia
nocíoride_^;^ma [ T e x t o 8 ) ^ c o m o p o s i b i l i d a d d e t o d a
TñSCfípcíonori g e n e r a l , ,ía gramatología, c o m o c i e n c i a
g e n e r a l d e l a e s c r i t u r a , rJQjerl-SHio él p e n s a m i e n t o ( d e l
m o v i m i e n t o ) d e j a différance fcf más a d e l a n t e T y d e l a
huella (Texto 5), deldevenir arbitrario e inmotivado
del^sifflior^ d e c i r también l a ci^iciarder^gen t a c h a - ^" tL
d o . L a noción d e h u e l l a , c o m o e s t r u c t u r a d e c o n s t a n t g ^ ^
Xeenyío a l o o t r o , n o r e c o n d u c e a n i n g u n a ^ r e s e n c i a j j i
ñ S g ú n o r i g e n , a mngúri^^ifícadQJrase^^ sino
sólo a l a separación d e u n a d i f e r e n c i a , a l a d e s a r t i c u l a -
ción d e l a p r e s e n c i a q u e es, p r e c i s a m e n t e , t o d a e s c r i t u -
ra. L a h u e l l a , s i m u l a c r o d e p r e s e n c i a d i s l o c a d a , n o r e -
m i t e d e h e c h o más q u e a o t r a h u e l l a : l a h u e l l a e s
s i e m p r e l a h u e l l a d e l a h u e l l a , l a h u e l l a d e l b o r r a r s e de i
la h u e l l a ( T e x t o s 1 y 7 ) .
L a estmctura del signo (marca reiterable c o m o con-
dición d e l a significación) e s e n t o n c e s ese m o v i m i e n t o
del significante d e significante q u e constituye a l len-
g u a j e . C a d a p a l a b r a s e d e f i n e p o r s u d i f e r e n c i a c o n las_
demás r e m i f i e n d o a s i m i s m o a e l l a s e n e l p r o c e s o s i g n i -
ficativo. E l s e n t i d o q u e d a así c o n t i n u a m e n t e d i f e r i d o ,
n o dándose " s i n o a p a r t i r d e l a duphcación d e l s i g n i f i -
cante, es decir, a p a r t i r d e u n s i g n i f i c a d o q u e s i e m p r e
 24 Derrida
está e n posición d e s i g n i f i c a n t e . L a v o z y ei h a b l a , a l
i g u a l q u e l a e s c r i t u r a , s o n también u n t e j i d o d e h u e l l a s ,
d e gramaá, d e e s p a c i a m i e n t o s d i f e r e n c i a l e s , d e r e l a c i o -
nes c o n l o otro. E l l e g ^ j e ^ b e r a d o d e s u sonigti-
\^^:^3S¿^ m i ^ i t o _ a ] J o g o 5 ^ laváSfJaTquerer-decü-. es uñjue-
go l i b r e d e d i f e r e n c i a s , d e reenvíos s i g n i f i c a n t e s .
1.3. Texto, injerto y diseminación.
P a r a D e r r i d a f e l t e x t ^ ( T e x t o 1 2 ; c f también t e x t o s
2, 7 y 2 2 ) n o puede, p o r consiguiente, ser sino u n teji-
do d e h u e l l a s , u n e n t r a m a d o d e d i f e r e n c i a s q u e , d e s -
b o r d a n d o e l concepto'Iméal "dé e'scritíira q u e s e p l a s m a
h a b i t u a l m e n t e en l a f o r m a d e l l i b r o e s c r i t o p o r un a u t o r ,
p o n e d e m a n i f i e s t o la i m p o s i b i l i d a d d e q u e se p u e d a n
d e l i m i t a r rigurosamente sus p r o p i o s b o r d e s , r e s a l t a n d o
a s i m i s m o q u e l o q u e s u e l e d e n o m i n a r s e el «contexto»
r e s u l t a i n s a t u r a b l e p u e s t o q u e s i e m p r e está a b i e r t o ^ a
nuevas determinaciones.
Y es q u e la t e x t u a l i d a d d e r r i d i a n a s u p o n e un t e j i d o
' ^ i n t e r m i n a b l e d e t e x t o s : _ d e l e c t u r a s y d e e s c r i t u r a s . «Es-
c r i b i r q u i e r e d e c i r if^CTtaK'V(Texto 4 ) . C a d a t e x t o r e m i -
te s i e m p r e a o t r o s t e x t o s , entrecruzándose c o n t i n u a -
m e n t e c o n e l l o s , injertándose en e l l o s y dejándose a su
v e z i n j e r t a r p o r e l l o s ( T e x t o 4 ) , g e n e r a n d o así c o n s t a n -
t e m e n t e o t r o s t e x t o s , en un p r o c e s o d e significación
p l u r a l , en un d e s p l i e g u e d e c o n s t a n t e s reenvíos s i g n i f i -
c a n t e s . «Cada t e x t o es u n a máquina c o n múltiples c a -
b e z a s d e l e c t u r a p a r a o t r o s textos» {PAR, p . 1 5 2 ) .
S i b i e n h a y d e t e r m i n a d o s t e x t o s d e r r i d i a n o s (p.e.,
Glas, «Tympan», «Survivre») q u e p o n e n (tipo)gráfica-
m e n t e d e m a n i f i e s t o esa estrategia d e l injerto t e x t u a l .
L a filosofía 25
p u e d e d e c i r s e q u e t o d o s y c a d a u n o d e l o s demás t e x -
t o s , n o sólo d e r r i d i a n o s , s o n s i e m p r e , e n m a y o r o m e -
n o r g r a d o , p r o d u c t o d e e s a práctica d e i n s e r t a r u n o s
t e x t o s e n o t r o s . D e ahí también l a e s p e c i a l atención
que D e r r i d a concede, e n l a tarea d e lectura y d e escritu- j
r a , t a n t o a l o q u e s u e l e n d e n o m i n a r s e l o s t e x t o s «me-
nores» d e u n a u t o r c o m o a t o d o s a q u e l l o s e l e m e n t o s _
que tradicionalmente se consideran elementos m a r g i -
n a l e s d e l t e x t o . Así, p o r e j e m p l o , l a s n o t a s a p i e d e pá-
g i n a , l o s p r e f a c i o s ^ prólogos, e x e r g o s , apéndices^'otros
t a n t o s i n j e r t o s t e x t u a l e s q u e , a m o d o también d e s u p l e -
m e n t o ( c f . más a d e l a n t e ) , n o d e j a n d e r e i n s c r i b i r s e e n _
e i t e x t o , s u b v i r t i e n d o e l o r d e r i jerárquico e n t r e e l a r r i -
ba/abajo, entre e l dentro/fuera, entre e l c o m i e n z o / f i n a l ,
d e s c e n t r a n d o e l t e x t o y p o n i e n d o fin a l a i d e a d e u n
t e x t o c o m o producción t e x t u a l i n a u g u r a l , c o m o l i b r o o
c o m o o b r a : l a b u e n a e s c r i t u r a alfabética y l i n e a l , t o t a l i -
d a d n a t u r a l c e r r a d a s o b r e sí m i s m a . P e r o D e r r i d a t a m -
bién p r e s t a m u c h o interés a e s o s o t r o s e l e m e n t o s «mar;_
añales», p o r q u e tipográficos, q u e s o n l a s c o m i l l a s , l a s
c u r s i v a s , l o s paréntesis, l o s g u i o n e s , l o s e s p a c i o s e n .
b l a n c o , e t c . , l o s c u a l e s , además d e r e c a l c a r c i e r t o s
efectos d e l t e x t o , c o n t r i b u y e n n o p o c o a desbaratar e l
etñocéntrico d e s e o d e q u e l a e s c r i t u r a s e a p i u g j rigu-
r o s a m e n t e fonética; .
E n cuanto a . l a d i s e m i n a d ^ , h a y q u e precisar que, V ^ ^ ^ ^
c o m o dispersión signiÍTcativa y g e n e r a t i v a q u e es ( T e x -
t o 3 ) , resulta irreductible a esa m u l t i p l i c i d a d abarcable
d e s e n t i d o q u e es l a h a b i t u a l p o l i s e m i a . L a d i s e m i n a -
ción d i l a p i d a , haciéndolo e s t a l l a r e impidíaido" qiíe ^
\ - u e l v a a l g u n a v e z a l p a d r e , e s t o es, también a l lógos^^Q\
sentido q u e l a polisemia_acumula__y_ate^ Y es que,
 26 Derrida
además, r e g i d a p o r l a lógica d e s d o b l a d a y c o n t a m i n a n -
t e , . d e l n i / n i (lógica también d e l «o b i e m > p e r o , s o b r e
t o d o , d e l «a l a vez») o d e l «entre» ( T e x t o 8 ) , e s e o p e r a -
d o r d e g e n e r a l i d a d q u e e s l a diseminación n o t r a b a j a
sólo e l h o r i z o n t e semántico d e l a s p a l a b r a s s i n o q u e
h a c e también p r o l i f e r a r «lo seminal» d e s u s e n t i d o e n
e l j u e g o d e l a s i n t a x i s e n l a q u e éstas s e i n s e r t a n . L a
l e y d e l t e x t o , c o m o p r o c e s o s i g n i f i c a n t e , n o será, p o r
consiguiente, sino la ley d e l exceso indecidible.
1.4. El juego de los indecidibles: de la economía
de la différance a la lógica del suplemento.
Más a d e l a n t e , v e r e m o s l a i m p o r t a n c i a q u e l a e x p e -
riencia d e l a i n d e c i d i b i l i d a d c o b r a , e n e l p e n s a m i e n t o
d e r r i d i a n o , a n i v e l i n c l u s o d e l a decisión y l a r e s p o n s a -
b i l i d a d q u e podríamos d e n o m i n a r ético-politica ( T e x t o
29). D e m o m e n t o , nos_limitaremos, s i nembargo, a ha-
b l a r d e l a l c a n c e que^tienén | i s i m i s m o e s o s términos,
t r a b a j a d o s p o r l a d ( s e m i n a c i ^ n j , q u e D e r r i d a l l a m a «in-
¿ecjdibies» ( T e x t o 8 ) - . g u e _ ^ r e s i s t e n ^ c t i y a m e n t e a l
s i s t e m a logofonocéntrico ^ L a - l a - v e r d a d ^ m o l e y d e l
lóigijaje. M a r c a s d e l a l e n g u a p r o d u c i d a s p o r u n a e s -
tratégica l a b o r d e p a l e o n i m i a (reinscripción a c t i v a e n
e l t e x t o d e términos c o r r i e n t e s : p . e . , e s c r i t u r a ) o , r a r a
v e z , p o r l a acuñación d e u n n u e v o término, l o s i n d e c i -
dibles ^ s g n j m a s j < i m i ^ ^ cuya plurah-
d a d semántica, a m e n u d o c o n t r a d i c t o r i a e i n c o m p a t i b l e
( p u e s s o m e t i d a a u n douhle hind: T e x t o 2 9 ) , n o h a c e
s i n o a c r e c e n t a r s e c o n l a práctica sintáctica q u e l o s t r a -
baja y a l a v e z l o s hace trabajar. S e trata, pues, d e u n o s
e l e m e n t o s q u e , pudiéndose r e i n s c r i b i r e n u n a c a d e n a
L a filosofía 27
de sustituciones, son, s i n embargo, irreductibles a cual^
q u i e r f o r m a d e ^ e r a c i ó n lógica o dialéctica. N o s e d e -
jmTéñcerrm' e n ningún t i p o d e definición o ^ ^ s i ^ i i f i
"cadOj^ n i _ t2unpoco_ e n l a c a d e n a d e o p o s i c i o n e s clásicas
b i n a r i a s p o r l a q u e s e rige e l j i i s c u r s p , y p r o d u c e n así
u n r e s q u e b r a j a m i e n t o y u n a contaminación e n e l canT-
p o d e l a lógica d i s c u r s i v a , r e s a l t a n d o d e e s t e m o d o l o
a b s u r d o d e l a pretensión metafísica d e l q u e r e r - d e c i r .
S o n numerosos los_indecyiblga_^que_pueblan los
t e x t o s d e D e r r i d a , s u e s c r i t u r a y también s u l e c t u r a d e
l o s textos,..de-t5n^5^^añrói^.~A a l g u n o s d e e s t o s índeci-
diblp<f^^Jie»es-=^^ho r e f ^ e n c i a "«(escritura,) hueíía,
g - a m a ; ^ e m i n a c i ó ^ , o t r o s l o s m e n c i o n a r e m o s más
a d e l a n t e ( r e s t o ^ - o ^ i z a , r u i n a , e s p e c t r o ) . D e l o s demás,
m u c h o s máS"^(phármakon, h i m e t j , q i c e n t a d u r a , m a r c a ,
margqOj-^y u n l a r g o eTcétera), n i s i q u i e r a h a b l a r e m o s .
E n t o d o caso, e l r e s t o d e i n d e c i d i b l e s s i e m p r e está
a b i e r t o : a l d e s c u b r i m i e n t o , a l a invención, e s d e c i r ,
también a l a l e c t u r a y a l a e s c r i t u r a s i e m p r e p o r v e n i r .
D o s s o n , n o obstante, l o s indecidibles a l o s q u e he-
m o s a l u d i d o ya, a u n q u e sólo d e p a s a d a . Detengámonos
a h o r a u n p o c o más e n e l l o s . P o r u n a p a r t e , l a différan-
ce. q u e e s u n «neografísmo» p r o d u c i d o p o r l a i n s c r i p -
ción d e l a l e t r a «a» ( e n l u g a r d e «e») e n la p a l a b r a f r a n -
c e s a dijférence. E s t a «discreta intervención gráfica»,
esta «marca muda», s e e s c r i b e y s e l e e , p e r o n o s e o y e
(Af, p . 4 ) . L a i n c a p a c i d a d d e la v o z p a r a h a c e r oír aquí
u n a diferencia^qué7 s m e m b a r g o , l a e s c r i t u r a sí p l a s m a ,
p o n e , u n a v e z más, e n e n t r e d i c h o l a e x i s t e n c i a d e u n a
e s c r i t u r a pura y rigurosamente fonética. D e r r i d a v a a
m u l t i p l i c a r l a s a d v e r t e n c i a s r e s p e c t o a l a différance.
E s t a n o e s «literalmente n i u n a p a l a b r a n i u n concepto»
 28 Derrida
^ ( A / , p . 3 ) . T a m p o c o eg. u n a temática s i n o , a n t e s b i e n , u n
l u g a r d e c r u c e , u n «foco», del q u e p a r t e n y e n t o m o a l
c u a l s e a n u d a n t o d a u n a s e r i e d e h i l o s y d e líneas d e
f u e r z a d i f e r e n t e s . U n «foco» q u e i n d i c a , p r e c i s a m e n t e ,
e l s i s t e m a g e n e r a l d e l a economía d e l p e n s a m i e n t o d e
D e r r i d a , e n e l q u e ningún e l e m e n t o r e s u l t a n u n c a s e r
u n m e r o átomo c o n c e p t u a l o semántico s i n o u n e l e -
m e n t o q u e se inscribe dentro d e u n a c o m p l e j a econo-
mía t e x t u a l ( T e x t o 2 5 ) . L a différance n o es t a m p o c o u n
p r i n c i p i o {M, p . 7 ) , n i u n o r i g e n ( T e x t o 5 ) ; y n o s e e x -
p o n e , n o s e p r e s e n t a n u n c a . N o t i e r i e «ni e x i s t e n c i a n i
esencia» ( A / , p . 6 ) . P e r o n o e s e n m o d o a l g u n o i n e f a -
Ijle, p u e s t o q u e l a différance s e e s c r i b e .
L a différance d e r i v a d e l v e r b o \^Ak^_differr^ q u e
s i g n i f i c a a l a v e z (M, p . 8 ) 1 . «retrasarjj:alcular^ r e s e r -
v a r , temporizar» ( s e n t i d o q u e n o c o n t e m p l a l a m e t a f i s i -
ca, q u e n o t r a d u c e l a p a l a b r a «diferencia»: m o v i m i e n t o
d e temporización e n e l q u e l a p r e s e n c i a e s c o n t i n u a -
m e n t e d i f e r i d a ) y 2 . «no s e r idéntico, s e r otro», i m p l i -
c a n d o así l a i d e a d e uñ intéryalq, d e u n a d i s t a n c i a , d e
u n e s p a c i a m i e n t o p e r o también ( m o t i v o a l q u e n o r e -
m i t e l a différence fi^ces^ u n a interpretación d e l ( o d e
l o ) «diferente» c o m o pólem^ ( e n c a s t e l l a n o : d i f e r e n -
cia, desavenencia).
C o m p e n s a n d o económicamente l a s c a r e n c i a s d e l
término «diferencia», l a différance será a ¡a vez t e m p o -
rización y e s p a c i a m i e n t o ( T e x t o 5 ) . A h o r a b i e n , l o difí-
cil y , p o r c o n s i g u i e n t e también, e l r e t o estratégico c o n -
s i s t e e n l o g r a r p e n s a r a la vez a m b o s m o v i m i e n t o s : l a
différance c o m o desvío económico y c o m o g a s t o s i n
r e s e r v a , e s t o es, e l cálculo y l a diseminación. L a v i d a ,
como también señala F r e u d , se p r o t e g e de c u a l q u i e r
L a filosofía 29
g a s t o m o r t a l d e p r e s e n c i a «difiriendo l a inversión p e l i -
g r o s a , e s d e c i r , c o n s t i t u y e n d o u n a reserva» {ED, p .
3 0 0 ) . P e r o r e s e r v a r ( s e ) e s c o n s e r v a r ( s e ) y r e m i t i r a más
t a r d e . A h o r a b i e n , esa dilación económica q u e e s l a dif-
férance c o m o temporización n o s u p o n e s i m p l e m e n t e
d i f e r i r u n a p r e s e n c i a q u e , más a d e l a n t e , s i e m p r e s e
p u e d a r e c u p e r a r . Y e l l o n o p o r q u e u n a c i e r t a pérdida d e
presencia sea irreparable sino porque n i m c a se h a dado
s e m e j a n t e p l e n i t u d o r i g i n a r i a . L a différance q u e e s , a l
m i s m o tiempo, espaciamiento disloca a s u v e z toda
f o r m a d e p r e s e n c i a p l e n a y d e o r i g e n s i m p l e así c o m o
t o d a lógica d e l a i d e n t i d a d . L a d i f e r e n c i a , e l i n t e r v a l o ,
s e p a r a n a l p r e s e n t e ( t i e m p o ) y a l a p r e s e n c i a (ser, s u j e -
t o ) d e sí m i s m o s . L o s físuran. l o s d e s g a r r a n , l o s d i f e -
rencian, los espacian e n u n gasto s i n reserva ( T e x t o 5).
P o r e s o también, l a différance, c o m o e l m o v i m i e n t o
m i s m o d e l a (archi)escritura, d e l a huella, esto es,
c o m o m o v i m i e n t o (activo y a lavez pasivo (A/, p. 9 y
1 2 ) d e producción d e d i f e r e n c i a s , d e e f e c t o s d e d i f e -
r e n c i a , n o será p r e c i s a m e n t e s i n o l a condición d e l a
significación, d e u n a significación s i e m p r e d i v i d i d a y
diferida (Textos 9 y 14). ^
P a s e m o s a h o r a , p o r o t r a p a r t e , a t r a t a r de.laí^traña
y a m b i g u a lógica d e ese o t r o indecidible» e l s u p j e n i s n - i i )
t Q ^ q u e , e n cumiío t a l , a g l u t i n a a s u v e z vaníís r r i o t f v o s
'S'TErvezlíontradictorios e T r i s q p a r a b l e s .
T ) e c i r q u e «el s u p l e m e n t o suple» s i g n i f i c a a ¡a vez
1. q u e e l s u p l e m e n t o s e añade a a l g o . E l s u p l e m e n t o
sería e n t o n c e s u n a e s p e c i e d e e x c e d e n t e . q u e vendría a
complementar, a perfeccionar u n a presencia plena; se-
ría «una p l e n i t u d q u e e n r i q u e c e o t r a p l e n i t u d , e l colmo
d e l a presencia» {GR, p . 2 0 8 ) ; p e r o también 2 . q u e e l
 30 Derrida
suplemento sustituye, hace-las-veces-de, interviene en-
lugar::de ( c f . ibid), n o s i e n d o así e l _ s u p l e m e n t o sitiQ^
a l g o s u b a l t e m o , a c c e s o r i o , artifícial
R e c o r d e m o s q u e n o d e o t r a f o r m a es precisMnente
cómo l a filosofía t r a d i c i o n a l m e n t e h a d e f i n i d o s i e m p r e ,
p o r e j e m p l o , l a escritura respecto d e l a v o z , del habla.
R e c o r d e m o s a s i m i s m o q u e l o s e l e m e n t o s así l l a m a d o s
«marginales» d e l t e x t o también f o r m a n p a r t e i n t e g r a n t e
dejl. N o o l v i d e m o s t a m p o c o , finahnente, q u e l o q u e
hace justamente que u n indecidible sea u n indecidible
es, c o m o y a señalamos, q u e n o s o l a m e n t e n o s e d e j a
a p r e s a r e n l a c a d e n a d e o p o s i c i o n e s b i n a r i a s d e la t r a -
dición metafísica, s i n o q u e además l a s s o l i c i t a c o m p l i -
cándolas e n l a lógica d e l n i / n i , d e l e r i t r e . D i c h o e s t o e n -
tenderemos que, c o m o explica D e r r i d a , e l suplemento
n o s e a «ni u n más n i u n menos», c o m o t a m p o c c T e s
a l g o extemó'ni «el c o m p l e m e n t o d e u n adentro» ( T e x -
t o 8 ) . «Si c o l m a e s c o m o s e c o l m a u n vacío» {GR, p .
2 0 8 ) . E l s u p l e m e n t o s e ^ a g ^ e g a - a a l g o p^5_añadir^lp_que
l e ^ f a l t a : «En a l g u n a p a r t e , a l g o n o p u e d e l l e n a r s e por si
mismo, n o p u e d e r e a l i z a r s e - s i n o , deiándose c o l m a r p o r
m e d i o d e s i g n o y procuración» {ibid.). E l s u p l e m e n t o
s u p l e , p u e s , l a c a r e n c i a o r i g i n a r i a y e s e n c j a l d e esa p r e -
sencia pretendidamente plena'eTiidivisa, supuestamen-
t e p r e s e n t e a sí m i s m a q u e n o es s i n o u n m i t o , e l m i t o
p o r e x c e l e n c i a d e l p e n s a m i e n t o filosófíco o c c i d e n t a l ,
su gran quimera.
L a filosofía 31
2 . D E LAJiIi£LLA_ALA C E N I Z A
XÍ^^irésto y l a m i n a ^
D e ü m n o d o análogo a l a operación r e a l i z a d a e n l a
gramatología m e d i a n t e l a h u e l l a y e l s u p l e m e n t o y , e n
cierta manera, siguiendo i m a estrategia similar, v a n a
surgir e n l a obra posterior de Jacques D e r r i d a las n o -
c i o n e s d e resto, ceniza y ruina. T o d a s e l l a s v i e n e n a
señalar justSñente e s o q u e n o s e d e j a r e d u c i r a l a p r e -
sencia, a la esencia, a l a e x i s t e n c i a ( T e x t o 2 1 ) y que, n o
o b s t a n t e , s o n e l excremento q u e e l q u e h a c e r filosófico
necesariamente segrega, excreta, exuda c o m o p r o d u c -
t o s d e d e s e c h o d e u n a operación q u e s e p r e t e n d e p u r a y
I m i p i a d e todo résid,. p e r f e c t a e n sí m i s m a Resto q u e
no_es fácilmente e l i m i n a b l e , r e s t o q u e resta, p e r m a n e -
ce, p e r o también resiste a u n s i s e i n t e n t a c a m u f l a r l o
p o r t o d o s l o s m e d i o s , aimsí s e i n t e n t a reciclarlOi r e c u -
p e r a r l o , r e a s i m i l a r l o d e n t r o d e l a m i s m a operación q u e
l o había e x p u l s a d o c o m o l o inútil y^dañino p a r a e l filo-
sofarjiropiamente dicho.
l^escritura, ];iasta c i e r t o p u n t o y l l e v a n d o e s t a a n a -
logía c o n c u i d a d o d e n o c o n f u n d i r los_ténnmo_s y a q u e
c a d a u n o d e e l l o s n a c e e n u n a deconstmcción s i n g u l a r
d e u n t e x t o p a r t i c u l a r , podría ser t r a t a d a c o m o e l resto
y a l a v e z l a ruina d e l a v o z i n t e r i o r de l a c o n c i e n c i a
q u e l a e x p u l s a f i i e r a d e sí c o n i o l o a c c i d e n t a l , l o i n s e r -
vible, l o secundario, l o absolutamente prescindible.
C o m o también l a h u e l l a , q u e e s , según e s t a p e r s p e c -
t i v a , o t r o r e s t o q u e r e s p o n d e a l a a-lógica p e c u l i a r d e
l a restáñela (restance), a-lógica p o r q u e p r e c i s a m e n t e
es l o q u e v i e n e a d e s a f i a r aLtógoí, a l a e s t r u c t u r a q u e
t o m a e l lógos c o m o c e n t r o , q u e s e a p o y a e n u n a d i s t i n -
 32 Derrida
ción f i r m e e h t r e l a p r e s e n c i a y l a a u s e n c i a , e n t r e e l
adentro y el afuera.
S i n e m b a r g o , e l t^sto) e n deconstrucción, n o d e b e
c o n f u n d i r s e c o n l a noción t r a d i c i o n a l d e r e s t o c o m o
a l g o q u e , p e s e a t o d o , es y permanece g u a r d a n d o - y
ése e s t o d o s u mérito, s u única c u a l i d a d - a l g u n a s d e l a s
p r o p i e d a d e s , sólo q u e im t a n t o d e t e r i o r a d a s , d e a q u e l l o
de l o q u e es resto. Porque e l resto n i siguiera es resto
d e l lógos, n o e s e l r e s t o d e n i n g u n a t o t a l i d a d p r e e x i s -
teñte^^rimera, n o es l o q u e q u e d a d e im s e n t i d o q u e ,
p o r l a razón q u e f u e r e , se h u b i e r a v i s t o r e d u c i d o a c e -
nizas, a m i n a ; n o es e l rastro, l a pista q u e pudiera r e -
m o n t a m o s arqueológicamente, recomponiéndolo, a u n
o r i g e n s i n f i s u r a s y q u e , e n c i e r t o m o d o , s e conservaría
e n s u s r e s t o s c o m o u n Fénix q u e v o l v i e r a a r e n a c e r . E l
r e s t o n o es n i e x i s t e n i s u b s i s t e c o m o u n e n t e , n o r e s -
p o n d e a l a p r e g u n t a clásica d e l a ontología ¿qué e s ? ;
más b i e n , e n l a línea h e i d e g g e r i a n a d e l es gibt habría
q u e d e c i r q u e hay o se da e l r e s t o : «La c e n i z a n o es
n a d a q u e esté e n e l m u n d o , n a d a q u e r e s t e c o m o u n
e n t e . E s e l ser, más b i e n , q u e h a y - e s u n n o m b r e d e l
s e r q u e h a y ahí, p e r o q u e , dándose {es gibt ashes), n o
es n a d a , r e s t a más allá d e t o d o l o q u e es» (FC, p . 5 7 ) .
Y e l l o d e s d e e l c o m i e n z o ; e l r e s t o s i e m p r e y a está o p e -
r a n d o n o c o m o im a c c i d e n t e s o b r e v e n i d o o c o m o e l n e -
cesario desgaste que produce el paso del t i e m p o : e l res-
to viene a significar la propia finitud, la imposibilidad
de u n t o d o clausurado s i n grietas, l a necesaria apertura
en e l o r i g e n hacia l o otro distinto de l o m i s m o , la con-
taminación d e l o u n o p o r l a más i r r e d u c t i b l e a l t e r i d a d .
E l r e s t o , c o m o l a e s c r i t u r a , c o m o o t r a figura más d e
l a diseminación, n u n c a v u e l v e a l p a d r e , n o l e s i r v e d e
L a fílosofia 33
m o n u m e n t o , d e r e c u e r d o , s i a^asosólo_de m o n i i m e n t o _
fiinerarin^ de tumKqTJmplica^^lchiralmentn Iñ fíllSPn-
cia de o r i g e n . - p o r q u e n o es e l resultado d e n i n g i m a
operación n i d e degradación a l g i m a - y d e u n s e n t i d o
p l e n o a l que r e m i t i r o poder r e t o m a r para que ese resto,
ese a m a s i j o d e ^ r u i n a s , esas c e n i z a s t e n g a n algún s e n t i -
d o p a r a e l intérprete s i e m p r e d e s e o s o d e l l e g a r a u n a
vCTdad última. P o r m u c h o q u e e n e l r e s t o se h u s m e e , s e
rastree, se l o a n a l i c e , t a l u n S h e r l o c k H o l m e s , n u n c a s e
hallará e n él i n d i c i o d e n a d a y n o s dejará e n l a i n d e c i -
d i b i l i d a d más a b s o l u t a , e n l a c a r e n c i a d e fimdamento a l
q u e a g a r r a m o s , e n e l más c o m p l e t o o l v i d o . E l r e s t o n o
v i e n e a r e m e d i a r n a d a n i p u e d e jamás s e r v i r d e c o n s u e -
l o porque, justamente, siempre cabe l a posibilidad d e
s u desaparición t o t a l , d e q u e n o p e r m a n e z c a e n a b s o l u -
t o : q u e no h a y a r e s t o , q u e n o s q u e d e m o s sin r e s t o t a m -
bién es u n a p o s i b i l i d a d d e l r e s t o q u e n o a p a r e c e c o m o
su o p u e s t a .
L a filosofía, a l m e n o s u n c i e r t o q u e h a c e r filosófico
c o m o e l d e l a o n t o l o ^ a clásica, i t n p l i c a ^ s i e m p r e _ u n ^
p r o c e d e r edificante,Ttéticó^ cgnstructiyQ,jii¿Qdicív d e
consolidación p r o g r e s i v a f u n a c i e r t a l a l w r _ d e ^ a r q u i t e c - /
tura, e l establecimiento de u n anclaje y u n a cimenta-
ción f i r m e y b i e n a s e n t a d a , p i e d r a s o b r e p i e d r a . P u e s
b i e n , l o q u e l a deconstrmxión^^uiere^onCT^e^^ -7
m e d i a n t e ^ t a lógica d e l a r e s t a n c ^ i V , e n e s t e c a s o p a r -
ticular, d e l a r u i n a ( T e x t o 18) es e l fracasox^l^^^año
q u e d i c h a pretensión e r i c u b r e , y a q u e n o h a y más q u e
l e e r c o n d e t e n i m i e n t o l o s t e x t o s d e d i c h a tradición p a r a
señalar e s a s p i e d r a s d e t o q u e , e s o s r e s q u e b r a j a m i e n t o s
en su estmctura que le s o n absolutamente propios, i n -
h e r e n t e s , t a n a f m e s a l a constmcción c o m o s u e s t a r e n
 34 Derrida
deconstrucción m i s m o . Y a q u e , r e p e t i m o s , eíj;gsto n o
es a l g o s o b r e v e n i d o , p r o v o c a d o , e l r e s u l t a d o d e u n p r o -
ceder agresivo, destmctor, sino algo t a n i n t e r i o r a l sis-
t e m a e n deconstmcción q u e éste n i s i q u i e r a p u e d e p r o -
testar n i defenderse d e s u p r o p i o resto q u e l e es t a n
familiar y a la vez tan inquietante.
E n e s t e s e n t i d o , c a b e señalar q u e l a deconstmcción
n o t i e n e n a d a q u e v e r c o n u n a técnica d e d e s m o n t a j e ,
c o n un^^fiárpoFtierra a g o l p e d e m a r t u i o , e n n a d a s e
p ^ e c e aunadanólicíón. Cómo d i c e D e r r i d a , ca^sedé-
construiT^ello s e d e c o n s t r u y e c o n u n a s u a v i d a d m u y
d i s t i n t a d e c u a l q u i e r o t r o espírim d e e n c a r n i z a m i e n t o
q u e m a l i n t e n c i o n a d a m e n t e q u i s i e r a atribuírsele: «Quiero
m u c h o todo cuanto deconstmyo a m i modo, los textos
q u e m e apetece leer desde este p u n t o d e v i s t a decons-
t m c t i v o s o n t e x t o s q u e a m o [...] m e e n c u e n t r o e n u n a
^elación d e c e l o j m o r o s o y e n . a b s o l u t o d e ensañamiai-
t o n i h i l i s t a r e s p e c t o d e e s o s textos» {OR, p . 119).
(ípr''-Pero, a p e s a r d e q u e l a deconstmcción n o s e a a l g o
h e g a t i v o , podría q u e d a m o s l a tentación d e p e n s a r q u e ,
en e l fondo, a partir del resto, d e las cenizas, d e l a hue-
l l a o d e l a m i n a p o c o más s e p u e d e h a c e r y a q u e r e a l -
mente, p o r m u c h o q u e se diga e n sentido contrario, n o
h a y l u g a r p a r a h a c e r g r a n c o s a . ¿Cómo p u e d e n a c e r d e
aquí u n p e n s a m i e n t o a f m n a t i v o ? , ¿cómo d e j a r l e s i t i o a
la m e m o r i a , a l a historia, a u n a labor d e archivo des-
pués d e l a catástrofe q u e s u p o n e l a c e n i z a ( T e x t o 2 3 ) ,
u n r e s t o q u e n o p e r m i t e h u r g a r e n él e n b u s c a d e n a d a ?
Quizás h a y a q u e c a m b i a r e l p u n t o d e v i s t a y d e j a r d e
v e r e l r e s t o c o m o a q u e l l o a_ l o , q u e . l a deconstmcción
t i e n d e , s u l u g a r d e l l e g a d a , e l l u g a r d o n d e ésta s e d e t i e -
n e , y , más b i e n , c o m e n z a r a c o n s i d e r a r l a i n d e c i d i b i l i -
filosofía 35
d a d del r e s t o c o m o u n p u n t o d e p a r t i d a , l a n e c e s a r i a
pyrificairon-a l a v e z depuración, purificación d e l a
tradición h e r e d a d a q u e n o p u e d e s e r a s u m i d a s i n más
a c r i t i c a m e n t e y pirificación, m e m o r i a i n c i n e r a n t e J l u e
^ o l o c o n s u m e e n e l h o l o c a u s t o d e esta h e r e f l c i a ^ q u e
p o n e e n m a r c h a l a deconstmcción. E n e f e c t o , sólo a
partir del resto, d e l o que, s i n quedar, permanece y pue-
d e s i e m p r e d e s a p a r e c e r p o r c o m p l e t o ; sólo a p a r t i r d e
la i n d e c i d i b i l i d a d q u e supone n o p o d e r h a c e m o s cargo
de u n sentido preestablecido, predefinido, y a c o n f i g u -
r a d o e i n a m o v i b l e ; sólo a p a r t i r d e l a problematización
d e j a j i e r e n c i a ^ d e l a h i s t o r i a y d e l a j n g n o r i a ; sólo a
p a r t i r d e l d u e l o m t e r m i n a b l e q u e p o r t a e n sí l a pérdida
y l a asunción d e u n l e n g u a j e y u n m o d o d e h a c e r filo-
s o f i a s e c u l a r e s , q u e n o j e p u e d e n negM^xcQ^np-S-Que
n o e s ^ p o s i b l e - j q m p e r j e u n día p a r a otjXtl-SÓÍo a p a r t i r
d e . e s t e J r a b a i o d e d u e l o e s ^ o s j b l e j a invOTciráj^
d i s t i n t o , o t r o , q u e n o r e s p o n d a s i n más a u n a g e n e a l o -
gía, a u n ^ p r o y e c t o de^ensmnietüoque a s p i r a a s e g u i r
desplegándose d e s d e l a s e g u r i d a d d e u n a s c o o r d e n a d a s
desde hace largo t i e m p o establecidas y que parecen h a -
b e r fimcionado s i n p r o b l e m a s y h a b e r d e l i m i t a d o e l
d i s c u r r i r filosófico h a s t a s u extenuación.
22. La traducción.
U n e j e m p l o notable d e t o d o e l l o es e l p r o b l e m a d e
l a traducción q u e v a a m o s t r a r cómo e l r e s t o n o p a r a l i - ;
zaj_suspende o bloquea e l pensar sino q u e l o incita a
p o n e r s e en m a r c h a y s i _ a l g o i m p i d e e s j r e c i s a m e n t e
q u e éste l l e g u e a d e t e n e r s e e n l a s e g u r i d a d d e a l g u n a
v e r d a d inconmoviblát Latraducción se c o n s i d e r a
 36 Derrida
h a b i t u a l m e n t e c o m o l a traslación d e l s e n t i d o d e u n a
lengua a otra, sentido q u e debe pemianecer inalterado
a través d e d i c h o p r o c e s o s i n q u e l e a f e c t e p a r a n a d a s u
reinscripción e n u n a l e n g u a d i s t i n t a . Y , s i l a traducción
es b u e n a , n a d a s e habrá p e r d i d o d e l s e n t i d o e n s u t r a s -
l a d o : será u n a traducción v e r d a d e r a . P a r a q u e e s t e e s -
q u e m a f u n c i o n e e s p r e c i s o q u e h a y a u n núcleo sólido e
i r r e d u c t i b l e d e s e n t i d o i n v a r i a b l e detrás d e c a d a t e x t o ,
una idealidad q u e gobierne y supervise todo e l proceso
y q u e sirva d e referencia para poder j u z g a r sobre l o
adecuado o inadecuado del m i s m o . .£araxo^^^iar l a
e x a c t i t u d d e u n a traducción b a s t a c o n r e m o n t a r s e a l
o r i g e n , a l o r i g i n a l , a l a l e n g u a m a d r e u n a y única. L a
" filosofía s e a s i e n t a t r a d i c i o n a l m e n t e s o b r e esta t e s i s d e
' l a tradúdbifidad.universal ( T e x t o 1 0 ) a p a r t i r d e u n
iJ¿¿^séñtido~linívoCo ó c u y a m u l t i v o c i d a d e s , c u a n d o m e -
nos, limitada y controlable. U n sentido original a l q u e
l a traducción l e acontecería c o m o u n a c c i d e n t e i n n e c e -
s a r i o , u n s u p l e m e n t o , sólo q u e , según esta lógica q u e
y a c o n o c e m o s , l a traducción t i e n e l u g a r p o r q u e e n c i e r -
t o m o d o es r e q u e r i d a p o r e l o r i g i n a l e n d e m a n d a d e ser
t r a d u c i d o , d e s e r leído p a r a sobrevivú c o m o t e x t o .
Sólo p o r q u e e n e l o r i g e n n o h a y u n a p l e n i t u d d e s e n t i -
d o , u n s e n t i d o único y p o r q u e e s t e s e n t i d o n o e s unívo-
c o , p o r q u e l a traducción n o s e rige p o r l a v u e l t a a l p a -
d r e s i n o q u e e s u n a afinación d i s e m i n a n t e q u e r e c r e a
e l o r i g i n a l , l a traducción e s p o s i b l e y n e c e s a r i a , así
c o m o u n a t a r e a i n t e r m i n a b l e q u e n o s e c i e r r a s o b r e sí
m i s m a y a q u e n o puede detenerse n i descansar e n u n a
lengua madre a la que todo pudiera remitirse. L a tra-
ducciónjmp^ica,siempre n o q u e h a y a u n a lenguaérTel
origen, sino la m u l t i p l i c i d a d irreductible d e lenguas:
_3 filosofía 37
- S i t u v i e r a q u e aventurar. D i o s m e guarde, u n a sola
¿eñnición de^ja da;onstmcción, b r e v e , elíptica, econó-
zuca c o m o u n a c o n s i g n a , diría s i n h a c e r u n a f r a s e : más
Je una len^a» (MEMp. 3 8 ) .
, o m o e l e p i s o d i o q u e n a r r a i a constmcción d e l a
: : ' r r e d e B a b e l ( T e x t o 1 4 ) . L a h i s t o r i a d e l fi*acaso d e l a
reducción c o m o re-con-ducción a u n a s o l a l e n g u a q u e
se impondría v i o l e n t a m e n t e , p o r l a f u e r z a , s o b r e l a s
j e m a s . F r e n t e a e l l o , l a confusión, e l más d e u n a l e n -
r-¿. e l d e c r e t o d i v i n o d e l a n e c e s i d a d d e traducción
_-_e l l e v a a p a r e j a d a l a f a t a l c o n s e c u e n c i a d e l a i n t r a d u -
- , 7 : i i d a d última, d e u n a traducción q u e n o s e p u e d e d e -
¿enibarazar d e l r e s t o , q u e s i e m p r e d e j a a l g o p o r t r a d u -
l o i n t r a d u c i b i e , q u e m u e v e a l a traducción, q u e
persistir incansablemente e n e l intento. B a b e l es
^ f:gura de l a m u l t i p l i c i d a d de las lenguas y ' H e l a l m ^
-'. S ' b i l i d a d d e a c a b a r l a construcción d e l a t o r r e ^ d e ^ d e -
•¿rminar uíTs^itído^único y v e r d a d e r o q u e h a g a l a l a -
dé traducción p e r f e c t i b l e , t e r m i n a b l e , f m i t a y , a l a
>?5ire, s u p e r f l u a . N o q u e d a , s i n o l a traducción i n c e s a q -
la t r a d u c i b i l i d a d máxima a l a q u e n o s f u e r z a e l r e s t ^
r - i x i m a m e n t e i n t r a d u c i b i e p o r q u e <do q u e p e r m a n e c e
.r^aducible es, e n e l f o n d o , l a única c o s a pg^íraí/ud^
^ única c o s a traducible)) (UG, p . 5 9 - 6 0 ) . L a t r a d u c -
r.ónaparece así c o m o o b r a d e l a diseminación y d e l a
^érañce^Q]emplo singular d e s u abrirse paso, d e s u
s p a c i a m i e n t o s i n r e p o s o último; ejemplojambién d e t
j m t e r m i n a b i l i d a d d e l e s t a r e n deconstmcción. ^ ^/j>í*»"*^
P o r q u e , e n t r e o t r a s c o s a s , e n l a deconstmcción, s e
r a t a de n o quedarse anclado, clavado, sujeto e n n i n g u -
tradición n i t a m p o c o e n l a prosecución d e análisis
i ^ g u n o e n direccióiyhacia u n o r i g e n o u n a m e t a ^ u e .
 38 ¡ Derrida
1
u n a v e z a l c a n z a d o s , obligarían a s u s p e n d o " y d a r p o r
t e r m i n a d a n u e s t r a l a b o r e n u n engañoso, apocalípticcLy
aütosatisfechó\iin-de l a filosofía, d e l a historía, d e l a
razón, d e l a v e r d a d finalmente e l u c i d a d a : «Si p o r u n a
hipótesis^aísurda h u b i e r a u n a y u n a s o l a d e c o n s t m c -
ción, u n a s o l a tesis d e ' L a deconstmcción', ésta p l a n -
tearía l a d i v i s i b i l i d a d : l a dijférance coiW d i v i s i b i l i d a d
[ T y P o r q u e n o h a y u n e l e m e n t o i n d i v i s i b l e n i u n orígen
s i m p l e , e s p o r l o q u e e l análisis es intenninable» {RE.
p . 4 8 ) . L a r e s t a n c i a n o s c o n d u c e p u e s a esta d i v i s i b i l i -
d a d última, a l a i m p o s i b i l i d a d d e d e t e n e r s e ; e l r e s t o es
l o q u e o b l i g a a l p e n s a m i e n t o a d a r u n p a s o más allá
cuando e n apariencia parece haberle segado l a hierba
bajo sus pies, v \ , ^ pretensión d e u n o r i g e n p r i m e r o i n d i v i s i b l e , l a d i v i s i b i -
23. El doble si} \ ^propiacioñy ^ g m l m c 3 e l | e ^
^za^ S e a f i r m a , p o r último. Ta iterabííidad^la repetición
E s p r e c i s a m e n t e e s a d i v i s i b i l i d a d s i n límites l o q u e
c o n s t i t u y e este secreto d e l a t e x t u a l i d a d que es a f i r m a -
d o e n deconstmcción: u n s e c r e t o s i n c o n t e n i d o q u e n o
oculta verdad alguna e nuna interioridad o u n oscuran-
t i s m o inaccesible, u n secreto que n o es guardado sino
para t e s t i m o n i a r l a renuncia a comprender e l sentido,
u n s e c r e t o «sin c o n t e n i d o s e p a r a b l e d e s u e x p e r i e n c i a
performativa» {PAS, p . 5 6 ) , es d e c i r , u t ^ e c r e t o . q u e
s u r g e d e l a d i v i s i b i l i d a d , d e l c o r t e m i s m o , cféf^rirse
pásó^cTtrazo d e l a e s c r i t u r a , e l s e c r e t o d e l o e s c i n d i d o
(^grC^merg),'marginado, dejado a u n j a d o , e l resto. E l
s e c r e t o c o m o o t r a figura más d e l r e s t o , d e l o q u e r e s t a
y r e s i s t e y q u e p o n e e n m a r c h a e l p e n s a r , e l d e c i r , qu_e
p e r m i t e y d a l u g a r a l d e c i r , a l a l i t e r a t u r a c o m o «el d e -
r e c h o a d e c i r l o todo» s i n t o c a r a l s e c r e t o , s i n d e s v e l a r -
U filosofía 39
lo. sin registrarlo. N o se trata d e t r n T s ^ e t ^ l o u e ten^a
q u e ser d e s c u b i e r t o , e s c l a r e c i d o , s i n o ^ e l s e c r e t o c o m o
las i n f i n i t a s p o s i b i l i d a d e s d e l e c t u r a y e s c r i t u r a d e l t e x -
':o: «Esta r e s t a n c i a n o s e h a l l a c o g i d a e n ningún t r a y e c -
t o c i r c u l a r , ningún i t i n e r a r i o p r o p i o e n t r e s u o r i g e n y s u
f m . S u m o v i m i e n t o n o t i e n e ningún c e n t r o [...] L e g i b l e
c o m o u n e s c r i t o , e s t e inédito p u e d e s i e m p r e p e r m a n e -
cer s e c r e t o , n o p o r q u e g u a r d e u n s e c r e t o s i n o p o r q u e
s i e m p r e p u e d e c a r e c e r d e él y s i m u l a r u n a v e r d a d e s -
c o n d i d a e n t r e s u s pliegues» {EP, p . 1 1 1 ) . S e a f i r m a l a *^
m t e r m i n a b i h d a d d e l ^ á l i s i s liberándonosle cualquíCT
H o r i z o n t e d e interpretación r e s t r i c t i v o , s o b r e t o d o d e l d e ^
La v e r d a d c o m o s e n t i d o único. Y s e ^ p n a . f r e n t e a l a
l i d a d siñTimjté q u e d e s f o n d a t o 4 o i n t e n t o d e u n a ^ o m -
prénsión e x h a u s t i v a d e l t e x t a j c u a l q u i e r m a n i o b r a r e
la ceni-
'Texto 20), lareproductibilidadria-copia no c o m o sim-
p l e a u t o m a t i s m o mecánico, l a repeüción p o r l a r e p e t i -
ción, s i n o c o m o condición i n d i s p e n s a b l e p a r a l a c o n s t i -
ración d e c u a l q u i e r i d e a l i d a d , d e c u a l q u i e r i d e n t i d a d .
E n e f e c t o , l o q u e l a r e s t a n c i a v i e n e a señalar es l a n e c e -
s i d a d d e l a repetición, d e l d o b l e , d e l s i m u l a c r o , d e l a
copia anteriores a l original, a l concepto m i s m o c o m o
>u condición d e p o s i b i l i d a d . P o r q u e t o d o es c o p i a , r e -
petición. L a u n i c i d a d d e l c o n c e p t o n o l e v i e n e s i n o d e
s u p o d e r s a l i r d e sí, r e p e t i r s e ; c o m o l a a u t e n t i c i d a d d e
la f i r m a d e l s u j e t o n o d e r i v a s i n o d e s u r e p r o d u c t i b i l i d a d ,
d e l a p o s i b i l i d a d d e s e r r e p e t i d a , i m i t a d a , c o p i a d a ad
infinitum s i g u i e n d o e l e s q u e m a d e l a h u e l l a q u e s i e m -
pre r e m i t e a l o o t r o d e sí y jamás p e r m a n e c e e n sí m i s m a .
 40 Derrida
Y c a d a h u e l l a , c a d a r e s t o , c a d a firma, c a d a r e p e t i -
ción s e c o n s t i t u y e n e n u n a re-afirmación d e sí: l a afír-
' mación n a c e d e e s t e m o d o y sólo es p o s i b l e c o m o r e -
afirmación d e l a repetición, l a repetición a c a d a p a s o
d e u n sí, u n d o b l e sí, u n sí q u e s a l e d e sí y r e s p o n d e d e
sí, s e r e s p o n d e e i n v i t a a r e - a f i r m a r s e c o n o t r o sí r e - d o -
b l a d o ( T e x t o 1 7 ) . E n este p l a n t e a m i e n t o q u e , l o a n u n c i a -
m o s , es c o m p l i c a d o , D e r r i d a s e a c e r c a a l p e n s a m i e n t o
d e l e t e r n o retomo» vinculándolo c o n l a repetición y l3_
noción ílindamental d e l acontecúniento y d e l o o t r o .
E n s u l i b r o Parages es d o n d e s e v a a v e r c o n m a y o r
claridad y e n u n p r i m e r m o m e n t o , siendo el asunto ex-
tremadamente complejo y habiendo demasiado en jue-
g o , cómo d e l a h u e l l a q u e s e r e p i t e s e p a s a , e n u n a n u e -
v a p e r s p e c t i v a , a l a lógica d e l oui, oui («sí, sí») y d e l
viens. viens («ven, ven»). L a repetición, l o q u e s i e m p r e
p e r m a n e c e y r e s i s t e , sólo i n t e r e s a e n l a m e d i d a e n q u e
p e r m i t e e l s a l t o h a c i a l a a l t e r i d a d , h a c i a l a afirmación
d e l o t r o a quien o a /o q u e s e l e d i c e «ven, ven» o «sí,
sí» ( q u e más a d e l a n t e a b o r d a r e m o s b a j o e l epígrafe d e
l a h o s p i t a l i d a d , aquí y a p r e f i g u r a d a e n e l p e n s a m i e n t o
del resto y la huella).
2 . 4 . La ceniza de la memoria.
Afirmación o re-afirmación q u e n o s p e r m i t e n a b o r -
d a r l a s e g u n d a cuestión q u e dejábamos a b i e r t a u n a s lí-
n e a s más a r r i b a , a saber, s i d e l p e n s a m i e n t o d e l r e s t o
e r a p o s i b l e r e c u p e r a r algún t i p o d e i n q u i e t u d histórica
e n filosofía, s i aún e r a p o s i b l e u n e j e r c i c i o d e m e m o r i a
y recuperación d e l a tradición. E v i d e n t e m e n t e , s i h e -
m o s l l e g a d o a v e r cómo l a r e s i s t e n c i a d e l r e s t o s e r e d u -
La filosofía 41
zt a s u iterabílidad, a s u repetición, l a m e m o r i a h a d e
u g a r aquí u n p a p e l n a d a d e s p r e c i a b l e . E n p r i m e r l u g a r
rv?rque, e n u n c i e r t o s e n t i d o , _ t a n t o l a h u e l l a , c o m o l a
m i n a o l a c e n i z a s o n i n s e p a r a b l e s d e l camposemántico
del_reciierdgiXJa^leca e n absolu-
t o es c a p r i c h o s a r U i T r e c u e r d o t r a n s i d o d e o l v i d o y h a s -
-.2. d e l o l v i d o d e l o l v i d o m i s m o , es c i e r t o : «La c e n i z a e s
u n a destmcción d e t a l c a l i b r e q u e e l s i g n o m i s m o d e l a
destmcción e s arrebatado» {PS. p . 4 0 3 ) .
S i n e m b a r g o , l a p r o p i a repetición l l e v a implícita e n
51 u n d o b l e d e s e o paradójico: e l d e l a c e n i z a j a ¿ e s -
'íucción t o t a l , e l b o r r a m i e n t o s i q u i e r a d e l p r o p i o b o -
r r a r s e d e l a h u e l l a , l a desaparición s i n r e s t o y , p o r o t r a
parte, la necesidad i n e v i t a b l e d e guardar algo e n la i n e -
moria, d e guardarlo todo sin que nada se pierda, l l e y ^
"a"copia, e l a r c h i v o h a s t a l o i m p e n s a b l e , ser c o n s e c u e n -
:es c o n l a repetición n o e n s u f a c e t a d e destmcción d e
cualquier identidad y m i s m i d a d , sino e n su vertiente
conservadora: l o que se repite e n cierto m o d o se archi-
v a , p a s a a l a m e m o r i a . C o m o haciéndose e c o d e l a s d o s
ñinciones d e l r e s t o : «Del r e s t o h a y s i e m p r e d o s fiancio-
oes que se intersecan. U n a asegura, guarda, a s i m i l a , i n -
t e r i o r i z a , i d e a l i z a , r e l e v a l a caída e n e l m o n u m e n t o . L a
caída s e m a n t i e n e ahí, e m b a l s a m a y m o m i f i c a , m o n u -
m e m o r i z a , s e n o m b r a ahí-tumba. P o r t a n t o , p e r o c o m o
caída, ahí s e e r i g e . L a o t r a - d e j a c a e r e l resto» {GL, p .
~ b - 8 b ) . E s j p , _ q u e e n o t r o l u g a r es b a u t i z a d o c o m o e l
" r j / de archivo ( T e x t o 2 7 ) : q u e e n s u l a b o r d e c o n s e r -
\n a c a b a p o r q u e m a r f o t o d o , _ d e s t r i i i r l o _ t o d o . H a y
algo, u n m a l e n el archivo que hace que al final t o d o se
pierda irremediablemente, u n ciego deseo de aniquila-
ción, m i e n t r a s q u e e s e m i s m o m a l s e e n t i e n d e también
 42 Derrida
c o m o e n f e m i e d a d , fiebre, pasión p o r g u a r d a r , c o n s e r -
v a r y e v i t a r q u e nada se p i e r d a e n e l o l v i d o .
E n s e g u n d o l u g a r , h a c e r s e c a r g o d e l a pérdida d e l a
m e m o r i a que c o n l l e v a el resto nos conduce a una acti-
t u d , también e l l a paradójica, d o i i d e s e m o z a e l r e c u g r -
d o ^ ^ l p l y i d p ^ y q u e J i o es o t r a q u e l a d e l d u e l o . E n e l .
d u e l o s e l l o r a l a a u s e n c i a d e u n a pérdida q u e a l m i s m o ,
t i e m p o n o se q u i e r e dar p o r t o t a l m e n t e perdida, c o m o
y a sida, pasada, irrecuperable. C o n f l i c t o q u e finalm^-
te se resuelve y se t e r m i n a , a s i i m l a n d o e l objeto p e r d U
dóTTíácTehdoIoparte d e n o s o t r o s m i s m o s s i n d e j a r deél
^mjañ sólo u n r e s t o q u e n o h a y a m o s i n t r o y e c t a d o y d e ^
v o r a d o . S i n e m b a r g o , e n degonstrucción d i c h o d u e l o s e
h a c e T n t e r m i n a b l e . E l r e s t o , u n a v e z más, r e s i s t e . L a s
c e n i z a s n o p e r m i t e n ser d i g e r i d a s n i r e a s u m i d a s e n u n a
Aufhebung q u e n o d e j e n i t a n s i q u i e r a u n r a s t r o , s i n o
que permanecen incorporadas c o m o l o radicalmente
o t r o d e l o que n o cabe deshacerse y que prolonga per-
m a n e n t e m e n t e , difiriéndolas, l a l a b o r d e l d u e l o , d e l
análisis s i n fin, d e l h o l o c a u s t o i n c i n e r a n t e d e l a r e m e -
moración.
P o r o t r a parte, l a insistencia e n l a ceniza es necesa-
ria p o r q u e , e n c i e r t o s e n t i d o , sólo l a r a d i c a l a u s e n c i a d e
m e m o r i a d e u n p a s a d o , d e u n a tradición monolíticos
q u e s e c o n s t i t u y e n e n p r o y e c t o , e n línea d e a v a n c e A l -
tura, e n e l c a m i n o q u eforzosamente debe seguir todo
p e n s a m i e n t o p e r m i t e l a invención e n e l más a m p l i o
s e n t i d o d e e s t e término c o m o a p e r t u r a h o s p i t a l a r i a a ^ a
a l t e r i d a d , a l a n o v e d a d i n a u d i t a d e ío absolutamerüe
o t r o y d e c u a l q u i e r o t r o . Sólo d e s d e e l topos m a r g i n a l
q u e s e a b r e c o n e l r e s t o , d e s d e e l b o r d e d e l ahí d e l a
c e n i z a ( / / y a ¡á cendre), s e l i b e r a u n e s p a c i o e n e l q u e
La filosofia 43
pueden tener lugar la promesa y eL-dwi, donde se pro-
p i c i a l a g r a t u i d a d así c o m o l o i n e s p e r a d o d e l a c o n t e c i -
miento.
Sí q u e c a b e , p u e s , l a m e m o r i a , p e r o l a m e m o r i a d e l
r e s t o ; «la m e m o r i a s i n a n t e r i o r i d a d , l a m e m o r i a d e u n
pasado q u e n u n c a h a sido presente, u n a m e m o r i a s i n
o r i g e n , u n a m e m o r i a d e p o r v e n i r n o t i e n e relación c o n -
venida n i conveniente con aquello q u e llamamos c o -
r r i e n t e m e n t e memoria» {MEM, p . 1 3 4 ) . E s t a es l a única
herencia posible que, por eso m i s m o , p o r ser herencia
de u n r e s t o q u e i m p l i c a l a d i v i s i b i l i d a d s i n límite, n o e s
u n a n i única, s i n o h e r e n c i a s i e m p r e d e u n a h e r e d a d d i -
v i d i d a , fragmentadaf:=c;^«>s j i r o n e s n o a p u n t a n a n i n -
gún t o d o p r e v i o . H e r e d a r e s , e n c i e r t o m o d o , hacer
memoria s u b r a y a n d o l a p e r f o r m a t i v i d a d q u e e s t a e x -
presión l l e v a implícita, p o r q u e l a m e m o r i a n u n c a está
d a d a s i n más, e n b l o q u e , s i n o q u e h a d e hacerse c o m o
decía S a n Agustín q u e había q u e hacer la verdad, c o n -
frontándonos d e l l e n o c o n u n a e x p e r i e n c i a q u e l a d e -
constmcción s i e m p r e s e e s f u e r z a e n p o n e r d e r e l i e v e :
la d e l a i n d e c i d i b i l i d a d d e cara a unas m i n a s q u e n o se
dejan recomponer, frente a unas piedras que n o hablan
p a r a c o n t a r s u h i s t o r i a p o r más q u e e l m e j o r arqueólo-,
go las interrogue.
Indecidibilidad q u e se muestra c o m o experiencia
del desierto, donde n o h a y c a m i n o y a previamente tra-
zado q u e se pueda seguir, d o n d e carecemos d e t o d o
agarradero, condicionamiento, v a l o r o proyecto q u e
p u e d a i n c l i n a r u n a decisión q u e n o sería t a l , p r e c i s a -
m e n t e p o r h a b e r s e v i s t o p r i v a d a d e t o d o riesgo, p o r n o
ser, e n s u m a , s i n o e l d e s p l i e g u e d e u n p l a n a n t e r i o r , l a
consecuencia necesaria d e haberse doblegado a c i r -
 44 Derrida
cunstancias, deseos, prejuicios q u e adquieren v a l o r de-
t e r m i n a n t e y p o r ello i m p i d e n que, a l decidir, n o s abra-
mos realmente camino, u n camino n o hollado, u n ca-
m i n o inventado, n o planificado de antemano. U n a
decisión n a c i d a d e l a p m e b a d e l o i n d e c i d i b l e , p r e f i g u -
rada y a e n la perplejidad producida p o r e l resto que,
c o m o v i m o s , parecía p a r a l i z a m o s y p r o h i b i m o s c u a l -
q u i e r afirmación, c u a l q u i e r r e c u e r d o t r a s e l h o l o c a u s t o
d e l a c e n i z a , c u a n d o , e n r e a l i d a d , n o hacía s i n o a b r i r e l
c a m p o p a r a u n a decisión c o m o afirmación r e m e m o r a n -
te, a b s o l u t a m e n t e i n c o n d i c i o n a d a e i n c o n d i c i o n a l , d e l
otro.
3. L A I N V E N C I Ó N D E L OTRO ^ V
3.1. Responsabilidad e indecidibilidad. / U J ^ - ^
D e s d e e l c o m i e n z o d e e s t a s páginas h e m o s v e n i d o
subrayando e l acento q u e p o n e Derrida e n la d i m e n -
s i ó n d e l a a l t e r i d a d . T o d a s y c a d a u n a d e l a s figuras
q u e h e m o s v e n i d o evocgí^^hasta a h o r a n o s o n s i n o
íoirnas d e a p u n t a r h a c i a l o o t r o , h a c i a a l g o q u e d e s b o r -
A l a e l c a m p o d e l o c o n o c i d o , d e Ío f a m i l i a r , d e l o m i s ^
(jT n o , d e 16 m e t a f o r i z a b l e o a n t i c i p a b l e p o r q u e , j u s t a -
n e n t e : «Prepararse^ara esta v e n i d a d e l o n f r n es IQ^
l u e _ p o d e m o s ^ l l a m a r l a deconstmccjón» {PSY. p . 5 3 ;
T e x t o 13). Y esta v e n i d a d e l o o t r o es l o que v a a e x i g i r
y h a c e r i n d i s p e n s a b l e l a reflexión a c e r c a d e u n a c i e r t a
f ' ^ e s p o n s a b i l i d a d ^ ^ deconstmcción.,Una r e s p o n s a b i l i -
d a d q u e , g u a r d a n d o s u v i e j o n o m b r e , v a a l l e v a r a l límite
e s t e c o n c e p t o dotándolo d e u n a n u e v a significación y
c u e s t i o n a n d o e l t r a t a m i e n t o q u e t r a d i c i o n a l m e n t e l a fi-
La filosofía 45
losofía h a h e c h o d e e s t e término. L a r e s p o n s a b i l i d a d
n o p u e d e s e r c o m p r e n d i d a más q u e c o m o relación c o n
l o o t r o , sólo q u e d i c h a relación, a l e s t a b l e c e r s e c o n l a
a l t e r i d a d radical, h a d e s e r p o r n e c e s i d a d u n a relación
i m p o s i b l e , u n a «relación s i n relación» q u e p e r m i t a a l
otro seguir siendo otro. Q u e permita q u e l a venida d e l
o t r o e x c e d a c u a l q u i e r predicción, c u a l q u i e r p r o g r a m a -
ción o cálculo p o r n u e s t r a p a r t e q u e amortigüe e l p e l i -
gro absoluto, l o m o n s t m o s o de aquello q u e n o admite
representación, t r a s c e n d i e n d o l o s límites d e l o s i q u i e r a
i m a g i n a b l e . Y es e s t e d e s b o r d a m i e n t o d e n u e s t r a c a p a -
cidad d e respuesta, q u e se v e presa e n l a i n d e c i d i b i l i -
d a d d e l doble vínculo ( T e x t o 2 9 ) , d e l a i m p o s i b i l i d a d
d e r e s p o n d e r a l «ven» q u e e l o t r o n o s d i r i g e l o q u e h a
d e h a c e r s u r g i r e n n o s o t r o s a s u v e z o t r o «ven», c o m o
un eco a l suyo, l o q u e h a d e hacer surgir e n nosotros l a
r e s p o n s a b i l i d a d e n s e n t i d o d e r r i d i a n o c o m o condiciórx^
de posibilidad de cualquier respuesta T T e x t o 19), d e
c u a l q u i e r decisión.
^ e n c u e n t r o c o n l o o t r o se h a l l a m a r c a d o s i e m p r e
por el signo d e l a aleatoriedad, d e l o incalculable, de l o
i n d e c i d i b l e y p o r e s o m i s m o a b r e e l ámbito d e l a r e s -
p o n s a b i l i d a d y d e l a decisión, p o r q u e b o r r a t o d a p o s i -
b i l i d a d d e q u e n u e s t r a r e s p u e s t a o n u e s t r a decisión r e s -
p e c t o a él e s t u v i e r a y a p r e f i g u r a d a d e a n t e m a n o e n u n
h o r i z o n t e d e e s p e r a q u e neutralizaría s u carácter n o v e -
doso e inaudito haciendo d e . l o ^ t r o , sencillamente, lq_
e s p e r a d o , a q u e l l o c u y a v e n i d a estábamos p r e p a r a n d o ^
p o r q u e n o s encontrábamos s o b r e a v i s o . S i l a a l t e r i d a d
p o r t a l a m a r c a d e l o indecilíible es p o r q u e s o b r e p a s a
este o r d e n d e l a espera, i n c l u s o e l o r d e n d e l o q u e h a c e
f a l l a r e l cálculo, l a formalización d e n t r o d e u n s i s t e m a ;
 46 Derrida
n o es l o q u e hace fracasar las expectativas d e u n p r o -
g r a m a y s u s predicciones s i n o a q u e l l o que, p o r ser d e
o t r o o r d e n c o m p l e t a m e n t e distinto, n i siquiera es sus-
c e p t i b l e d e e s t e t i p o d e c o n j e t u r a s , siéndoles d e l t o d o
heterogéneo. E s e n t o n c e s c u a n d o n o s v e m o s c o n f r o n -
t a d o s c o n esta aporía d e l a i n d e c i d i b i l i d a d ( T e x t o 1 1 )
( q u e v a m u c h o más allá d e l a i n d i f e r e n c i a d e l a v o l u n -
t a d d e n o s a b e r cómo e l e g i r e n t r e d o s p a r e s d e o p u e s -
t o s o d e u n a «neutralización i n t e r m i n a b l e d e l a d e c i -
sióm>), c u a n d o s u r g e l a decisión e n deconstmcción
c o m o invención s i n r e g l a , y a q u e s i dispusiéramos e n
c a d a c a s o , s i dispusiéramos f r e n t e a l o o t r o , d e t o d a
u n a batería d e r e s p u e s t a s a p l i c a b l e s casuísticamente n o
estaríamos s i n o e j e c u t a n d o u n p r o g r a m a c a l c u l a d o q u e
impediría e l riesgo q u e i m p l i c a l a r e s p o n s a b i l i d a d , l a
decisión; más b i e n «ésta sería l a definición más s e g u r a ,
más t r a n q u i l i z a d o r a d e l a responsabilidad como irres-
ponsabilidad, d e l a m o r a l c o n f u n d i d a c o n e l cálculo j u -
rídico, d e l a política o r g a n i z a d a e n tecno-ciencia» {AC,
p . 7 1 ) . Y a q u e l o o t r o t a m p o c o es l o p o s i b l e , l o q u e
n u e s t r o h o r i z o n t e pemiitiría d e f i n i r c o m o s o r p r e n d e n t e ,
sino l oimposible, la (imposible) posibilidad d e l o i m -
posible y es precisamente esto l o que queda, resta p o r
pensar. A l t e r i d a d radical q u e t a m p o c o es l o n u e v o s i n o
l o q u e está s i e m p r e p o r v e n i r y q u e a p e l a a s i m i s m o a
u n ejercicio d e m e m o r i a ; e l acontecer d e l o o t r o se ins-
cribe, c o m o y a v i m o s e n el caso d e la textualidad, de la
huella, d e la ceniza y de la m i n a , e n el recuerdo, dentro
d e u n a c i e r t a repetición.
La filosofía 47
3.2. El otro espectral. --^.^sr \
P a r a a b o r d a r e s t a probíanática v a a s u r g i r , e n c o n e -
xión d i r e c t a c o n c u a n t o v e n i m o s t r a t a n d o aquí, u n a
n u e v a f i g u r a , u n n u e v o término: l a e s p e c t r a l i d a d [ a u n -
q u e «la lógica d e l a e s p e c t r a l i d a d , i n s e p a r a b l e d e l a
i d e a d e l a i d e a ( d e l a idealización d e l a i d e a l i d a d c o m o
e f e c t o d e iterabílidad), i n s e p a r a b l e d e l m o t i v o m i s m o ,
n o d i g a m o s más d e l a ' i d e a ' d e l a deconstmcción, está
e n o b r a , m u y f r e c u e n t e m e n t e d e f o r m a explícita, e n t o -
dos los ensayos publicados en el trascurso d e los v e i n t e
últimos años» (SP, p . 2 4 n . 1 ) ] , q u e hará d i c h o tránsito
h a c i a l a r e s p o n s a b i l i d a d más s e n c i l l o y a l a v e z más
comprensible, y a que e l distanci amiento que l a textua-
l i d a d y l a e s c r i t u r a r e s p e c t o d e l a ética o l a política p u -
dieran suponer para algunos - p e s e a las repetidas adver-
tencias d e D e r r i d a de q u e n o estaba m a n e j a n d o u n a
noción d e t e x t o n i d e e s c r i t u r a r e s t r i n g i d o s - t i e n d e a
d e s v a n e c e r s e c o n e l n u e v o c a m p o a b i e r t o p o r l a noción
d e e s p e c t r o , e n c o n s o n a n c i a c o n l a a n t e r i o r lógica d e l a
r e s t a n c i a , d o n d e l a figura d e l a a l t e r i d a d , d e l o t r o , d e l a
otra o d e l o otro, de u n tercero, adquiere una relevancia
f u n d a m e n t a l , produciéndose a s i m i s m o u n c a m b i o d e
t o n o e n e l d i s c u r s o q u e tratará a p a r t i r d e a h o r a más e x -
plícitamente, s i n d e j a r d e h a b e r l o h e c h o n u n c a d e u n o
u o t r o m o d o , tópicas c o m o l a d e l d e r e c h o , l a j u s t i c i a , l a
responsabilidad o la democracia.
L a lógica d e l a e s p e c t r a l i d a d h e r e d a , e n c i e r t o
m o d o , l a s características q u e s e l e habían a t r i b u i d o a l
resto, a l a huella, incluso a l suplemento. E n efecto, e l
e s p e c t r o n o e s n i p r e s e n t e n i a u s e n t e , a s u m a n e r a es u n
resto, u n s u p l e m e n t o de la presencia, u n desecho; t a m -
 48 Derrida
b i e n ei espectro se inserta dentro del espacio del d u e l o
i n t e r m i n a b l e a l q u e hacíamos r e f e r e n c i a más a r r i b a ;
p e r o , p o r e l l o m i s m o , s i g n i f i c a también l o i n a p r e n s i b l e ,
l o indomeñable, l o q u e l a metafísica, l a r a c i o n a h d a d n o
puede someter n i tematizar c o m o s u objeto d e estudio:
l a Filosofía c o n mayúsculas n o c r e e e n l o s e s p e c t r o s .
E s p e c t r o s q u e a c o n t e c e n re-apareciéndose, e s p e c t r o s
q u e s o n r e - a p a r e c i d o s , p o r t a n d o e n sí e l s e l l o d e l a r e -
petición y e l r e t o m o . H a b l a r d e e s p e c t r a l i d a d e s h a b l a r
d e iterabílidad y d e u n a re-aparición q u e s i e m p r e está
en retirada, que se retrae a todo intento d e metaforiza-
ción o conceptualización, q u e s e r e s i s t e a t o d a t e n t a t i v a
de hacer u n a ciencia d e l o espectral, u n a f e n o m e n o l o -
gía d e l e s p e c t r o q u e s i g u i e r a s u s h u e l l a s h a s t a u n s u -
puesto o r i g e n . E l espectro resiste y permanece p o r s u
estar e n retirada, p o r n o hallarse n u n c a c o m p l e t a m e n t e
p r e s e n t e , p o r n o s e r r e d u c t i b l e a l o óntico, a l o q u e es
n i a l qué es, a n i n g u n a e s e n c i a l i d a d s u b s i s t e n t e .
A e s t o s r a s g o s , l a e s p e c t r a l i d a d v i e n e a añadir o ,
más b i e n , a s u b r a y a r u n a t e m p o r a l i d a d m u y p e c u l i a r
pues los re-aparecidos n o acontecen sino e n u n t i e m p o
dislocado que rompe la iinealidad de presente-pasado^
fiituro ( T e x t o 2 6 ) así c o m o c u a l q u i e r p r e v i si b i l i d a d o
predicción a c e r c a d e cuándo será s u próxima v e n i d a .
E l f a n t a s m a pasa y l a s más d e l a s v e c e s pasa i n a d v e r -
fído, s i n q u e n o s d e m o s c u e n t a , s i n e s p e r a r l o , e s c u -
rriéndose e n t r e n u e s t r o s d e d o s q u e i n t e n t a n e n v a n o
a s i r l o . Y s u pasar v i e n e a fígurar e l i r a - p r o p i o t e n e r l u -
g a r d e l a c o n t e c i m i e n t o , d e l es gibt, d e a q u e l l o q u e hay,
q u e se da, p e r o q u e n o p e r t e n e c e a l ámbito d e l e n t e , d e
aquello q u e habita e l resto, l a ceniza, d e l a q u e dice
D e r r i d a , e n u n m o m e n t o d a d o , «es l a c a s a d e l ser». U n
La filosofía 49
tiempo dislocado q u enos invita a u n n u e v o ejercicio
d e m e m o r i a q u e n o r e m i t e d i r e c t a m e n t e y s i n desvíos
a l factum d e ! o r e c o r d a d o , n o e n v a n o «la e s t m c t u r a
d e l a r c h i v o es espectral», s i n o q u e , a l e s t a r l a m e m o r i a
m a r c a d a p o r e s t e i n c e s a n t e r e t o m o d e l o fantasmático,
n o p u e d e ser y a s i n más l a m e m o r i a q u e r e - p r e s e n t a u n
p a s a d o q u e h a d e j a d o d e ser. E s más b i e n l a m e m o r i a
creadora de u n pasado q u e tiene lugar precisamente
por el acto re-creador del recuerdo. U n acontecimiento
q u e t i e n e l u g a r e n l a rememoración a posteriori, q u e
«comienza p o r re-aparecer», s i n q u e h a y a h a b i d o u n a
aparición p r i m e r a y o r i g i n a r i a q u e n o h a y a s i d o p r e c e -
d i d a p o r o t r a re-aparición, c o m o l a s fantasías n o v e l a -
das i n c o n s c i e n t e s q u e r e c r e a n e l p r o p i o p a s a d o r e m i -
tiéndolo h a s t a u n t r a u m a i n e x i s t e n t e q u e , s i n e m b a r g o ,
t i e n e r e a l i d a d e f e c t i v a sólo p o r h a b e r s i d o r e c o r d a d o
s i n h a b e r s e p r o d u c i d o n u n c a . Así, e l e s p e c t r o , s i n e l
c u a l n o es p o s i b l e p e n s a r e l m o t i v o p r i n c i p a l d e l a c o n -
t e c i m i e n t o , n o e s s i n o l a m e m o r i a d e sí, s u p r o p i a r e -
afirmación q u e s e r e p i t e e n s u r e t o m a r , e n s u r e - a p a r e -
cer: «Repetición y p r i m e r a v e z , h e aquí t a l v e z l a
cuestión d e ! a c o n t e c i m i e n t o c o m o cuestión d e l f a n t a s -
m a [...] Repetición V p r i m e r a v e z p e r o también r e p e t i -
ción y última v e z , p o r q u e l a s i n g u l a r i d a d d e t o d a pri-
mera vez h a c e d e e l l o también u n a última vez. C a d a
v e z , es e l a c o n t e c i m i e n t o m i s m o , u n a p r i m e r a v e z es
u n a última v e z . C o m p l e t a m e n t e distinta» {SP, p . 3 1 ) .
. a c o n t e c i m i e n t o q u e , a l m i s m o t i e m p o , e s también e n
e s t e t i e m p o d e s e n c a j a d o , u n a p r o m e s a d e sí a b i e r t a a l
p o r v e n i r . L a re-aparición d e l e s p e c t r o , u n a re-aparición
impersonal que disuelve cualquier atisbo de identidad a
sí. d e u n y o i n m u t a b l e e n c a d a u n a d e l a s r e - a p a r i c i o -

50 Derrida
n e s , es u n p r o m e t e r s e p a r a más a d e l a n t e q u e y a e s u n
recuerdo d e lo que nunca ha existido pero que, c o m o e l
r e s t o , lo hay ahí, pasa, acontece, tiene y da lugar, re-
siste y resta y, s o b r e t o d o , más q u e habitar junto a n o -
s o t r o s , a l n o c o n o c e r e l r e p o s o , a l n o p e r m a n e c e r idén-
t i c o a sí e n u n aquí y a h o r a , e n u n a r e s i d e n c i a , e n u n
h o g a r fijo, n o s asedia c o m o l o más f a m i l i a r p e r o a s i -
m i s m o c o m o l o más i n q u i e t a n t e .
E n SP e s d o n d e a p a r e c e e x p u e s t o c o n más d e t a l l e
e s t e asediar d e l e s p e c t r o a p a r t i r d e l a l e c t u r a d e a l g u -
nos textos d e M a r x de entre los cuales, evidentemente,
s o b r e s a l e e l c o n o c i d o i n i c i o d e l Manifiesto del partido
comunista: «Un e s p e c t r o a s e d i a E u r o p a , e l e s p e c t r o d e l
comunismo». E l asedio es e l m a t i z d i f e r e n c i a l d e l o es-
pectral y traduce l a restancia y l a resistencia del resto.
E n cuanto alteridad radical, l o absolutamente otro y e l
c u a l q u i e r o t r o q u e figura e l e s p e c t r o , s u m o d o d e a c o n -
t e c e r es e l asedio. L o e s p e c t r a l n o s a c e c h a , n o s v e s i n
q u e l o v e a m o s , v e s i n s e r v i s t o , estando ahí: p o r e s o
puede hacerse pasar p o r e l otro, p o r cualquier o t r o e n
a b s o l u t o d o m e s t i c a b l e p o r mí m i s m o , i m p r e d e c i b l e ,
inesperado y siempre por venir, a punto de llegar o lle-
^ g a n d o y a . D e r r i d a l l a m a a l e s p e c t r o también p o r e s t a
_>* razón e l arribante!, l o q u e s i e m p r e está v i n i e n d o e s t a n -
— ' d o aún p o r v e n i r , l o q u e h a b i e n d o y a l l e g a d o está p o r
^ llegar. Y este arribante, este o t r o r a d i c a l caracterizado
S c o m o l o e s p e c t r a l es l o q u e v a a e x i g i r d e n u e s t r a p a r t e
u n a disposición d e a p e r t u r a , d e r e s p o n s a b i l i d a d y d e
h o s p i t a l i d a d . E n t r e otras cosas p o r q u e es i m p o s i b l e de-
s e m b a r a z a r s e d e l e s p e c t r o , d e l f a n t a s m a c o m o también
q u i s i e r a n d e s e m b a r a z a r s e d e M a r x d e m a s i a d o rápida-
m e n t e apresuradas lecturas revisionistas y pseudo-his-
La filosofía 51
tóricas d e l a evolución y situación a c t u a l d e l c a p i t a l i s -
m o e n O c c i d e n t e , q u e p a r e c i e r a h a b e r l l e g a d o a s u fin
sin darse cuenta d e los espectros, d e los restos, d e las
cenizas que, a su paso, h a dejado e n la cuneta y que, l e -
j o s d e ser u n r e s i d u o inerte, r e t o m a n para hacer efecti-
v o su asedio.
3 . 3 . La hospitalidad. ,^T;(o<r
U n a s e d i o d e n u e s t r a casa, d e n u e s t r o éthos^or
p a r t e d e l o o t r o o d e c u a l q u i e r o t r o , p o r q u e h a y más d e
u n e s p e c t r o c o m o también h a y más d e u n o t r o , p e r o
también u n a s e d i o ^ q u e r e c o g e , l a e s p e c t r a l i d a d d e l o s
n u e v o s archivó^ tele-tecno-científícog¿lque n o s i n v a d e n
p o r ~ d o q m e r , l o s m e d i o s d e comunicación, l a p r o d u c -
cióñ mcésáaite 3 e r e a l i d a d e s pfotéticasy v i r t u a l e s q u e
desafían l o s parámetros d e l a ontología y , c l a r o está, d e
l a ética clásica v i n c u l a d a a e l l a , i n c a p a z d e d a r c u e n t a
d e l a a r t e - f a c t u a l i d a d d e l m u n d o e n q u e v i v i m o s . S i es
p o s i b l e h a b l a r d e u n a disposición ética e n d e c o n s t m c -
ción, h a c i e n d o t o d a s l a s s a l v e d a d e s q u e r e q u i e r e e s t a
palabra, h a d e c o m e n z a r p r e c i s a m e n t e p o r esta e x -
apropiación ddíethoFprexto 3 1 ) - c o m o ^' ' " g ^ ^ - p r o p i o
y f a m i l i a r i n c o n t a m i n a d o - p o r l o extraño, p o r l o d i f e -
raíté7por"éTotfo q u e h a s t a a h o r a parecíamos h a b e r p o -
d i d o m a n t e n e r e n e l e x t e r i o r d e n u e s t r o más p r i v a d o r e -
c i n t o d e i n t i m i d a d . L o e s p e c t r a l es l o q u e c o n t a m i n a
esta delimitación d e fi-onteras e n t r e u n a d e n t r o y u n
a f u e r a , e n t r e l o p r o p i o y l o extraño, e n t r e l o m i s m o y l o
o t r o ; v i e n e a señalar l a i m p o s i b i l i d a d d e u n a d e m a r c a -
ción e s t r i c t a , d e l a n e c e s a r i a contaminación, d e l a a f i r -
mación d e l a a l t e r i d a d q u e , p o r o t r a p a r t e , i n e v i t a b l e -
 52 Demda
m e n t e se (nos) i m p o n e : aiteridad que requiere ser afir-
m a d a e n deconstmcción a u n a s a b i e n d a s d e q u e p u e d e
c o n l l e v a r l o peor, l o o t r o c o m o e l m a l radical, c o m o e l
a s e d i o y l a persecución.
Y, s i n embargo, precisamente p o r e i talante afirma-
t i v o d e e s t e p e n s a m i e n t o d e l a h u e l l a , d e l «ven, ven»
s o b r e e l q u e h e m o s i n s i s t i d o quizás e n e x c e s o , a n t e l o
otro n o cabe s i n o j a hospitalidad o, c o m o a veces dice
D e r r i d a , l a hostipitaíidad^SiCÚXuá d o n d e s e m e z c l a n j p -
di sociablemente l o hospitalario c o n u n a cierta hostili-
d a d j c o n u n a restricción d e u n a h o s p i t a l i d a d q u e s e
querría u n i v e r s a l e i n c o n d i c i o n a l : «Más v a l e l a a p e r t u -
r a d e l p o r v e n i r : ése es e l a x i o m a d é l a deconstmcción,
aquello a p a r l i r de l o cual siempre se h a puesto en . m o -
v i m i e n t o y l o q u e la liga, c o m o el porvenir m i s m o , c o n
rialterídad, c o n l a d i g n i d a d s i n p r e c i o d e l a alteridad»
{EC, p . 2 9 ) . A e s t e r e s p e c t o D e r r i d a señala u n a i n e v i t a -
ble paradoja concerniente a las leyes d e l a hospitalidad.
P o r u n a p a r t e , h a c e hincapié e n l a n e c e s i d a d d e u n a
L e y i n c o n d i c i o n a l hospitalaria q u e , c o m o a l espectro,
n o j ) r e g u n t a r a a l arribante p o r s u procedencia, p o r s u
condición, n i p o r s u i d e n t i d a d p a r a d a r l e c o b i j o , p a r a
a l b e r g a r l o e n e l más acá d e l h o g a r q u e s e c o n s i d e r a
p r o p i o ( T e x t o 3 0 ) . P o r o t r a parte^^esta l e y , p a r a q u e n o
quede reducida a u n m e r o ideal inalcanzable, a u n de-
seo l l e n o d e b u e n a conciencia, precisa inscribirse, t r a -
d u c i r s e - l o q u e s i e m p r e dejará u n r e s t o - e n l a p a r t i c u -
laridad d e unas leyes concretas, u n derecho q u e l a
regule, l a haga factible, posible, realizable, aplicable e n
l a s i n g u l a r i d a d d e c a d a huésped q u e l l e g a , a l t i e m p o
que, p o r l o m i s m o , p o r necesitar inscribirse dentro d e l
ámbito n o r m a t i v o d e l d e r e c h o y s u tradición, c o r r e e l
La filosofía 53
riesgo d e v e r s e m e d i a t i z a d a , p e r v e r t i d a , l i m i t a d a y c o n -
d i c i o n a d a . Hn^ej^ e n t r e r ^ e s t a s d o s l e v e s h a d e s i t u a r s e
la reflexión s o b r e l a _ h o s p i t a l i d a d , c o e x t o i s i y a j c o ^ l a
ética, a l a e s p e r a d e q u e e s a h o s p i t a l i d a d i n c o n d i c i o n a l
es q u e e x i s t e , s i es q u e es e s p e r a b l e - p u e d a l l e g a r a
darse s i n reservas e n u n espacio n o regido exclusiva-
m e n t e p o r e l i n t e r c a m b i o , l a economía, e l d e b e r , l o s
flujos y c u p o s d e inmigración o l a s l e y e s d e e x t r a n j e -
ria. S i e l e s p e c t r o e s j o q u e t r a s p a s a y h a c e fútil t o d a
fronteíaTTaT^s^alidad apir^e^ entoncescomo ei
modo de u n a r e s p u e s t a a"drchá"experiencia umbráj
t i c a : i m d e j a r l e p a s o a l o q u e y a s e a b r e p a s o , a ío q u e
n o p i d e p a s o p e r o a l o q u e sí, c a b e , e n última i n s t a n c i a ,
dificultarle e l acceso, c a m u f l a r l o , soslayado, conjurar-
l o , r e p r i m i r l o y m a r g i n a r l o _ ^ o m o desde siempre se
h i z o , p o r e j e m p l o , c o n J g éscritura:'^pesde5ljnQmfioto
e n q u e h a y e s p e c t r o ^ J a h o s p i t a l i d a d y l a exclusión c o -
r r e n parejas» {SP, p . 2 2 3 ) . S e t r a t a d e a f r o n t a r r e s p o n -
s a b l e m e n t e e l r e t o q u e l a n u e v a figura d e l o t r o e s p e c -
t r a l v i e n e a p o n e r e n j u e g o y q u e , según s e m i r e , h a
h e c h o e n t r a r e n c r i s i s u n a nociónJradjcionaldehos^
talidad centrada e n e j j j a p e l acoggdor p e r o dominante,
coiitrohdoT^patriarcalj fi^^^^ del^señor d e l a c a s a q u e
i m p o n e s u s c o n d i c i o n e s y c o s t u m b r e s a t o d o aquél q u e
l l e g a y queéldeja o j i Q ^ d e j a p a s m i : y t o d o e l l o d e s d e e l
cáiñbío q u e h a n s u p u e s t o l a s t r a n s f o r m a c i o n e s técnicas
y políticas, l a a c m a l i d a d d e v e n i d a a r t e f a c t o , l a d e s a p a -
rición d e e s p a c i o s i m p e r m e a b l e s , l a hnposíbilidad d e
l i n d e s i n f r a n q u e a b l e s así c o m o d e l ámbito de-ÍQ:priva-
d o , d e l o p r o p i o , l a m i s m a disolución d e l a i p s e i d a d d e l
sujeto y s u reflejo e n l a ipseidad i n v i o l a b l e d e l hogar
familiar, s m dejar d e contar c o n e l hecho d e q u e las
 54 Derrida
propias instituciones y organismos encargados de v i g i -
lar, r e g u l a r y c o n t r o l a r l a s i d a s y v e n i d a s d e l o s huéspe-
des - e l ejército, l a policía- s e h a n t o m a d o c o m o e l l o s ,
e n c i e r t a m e d i d a , e s p e c t r a l e s y e n t r a n también e n e l
j u e g o d e l d o b l e a s e d i o fantasmático.
3 . 4 . De la justicia por venir.
U n a hospitalidad, pues, q u e h e m o s querido hacer
arrancar desde l a huella y e l resto pasando por los es-
p e c t r o s , c o m o a p e r t u r a , «espera s i n h o r i z o n t e d e espera»,
volcada hacia e l porvenir y hacia l o otro y profiinda-
m e n t e m a r c a d a y h a s t a e x i g i d a p o r a q u e l más a n t i g u o
término d e l a differance q u e veíamos a l c o m i e n z o :
- f «No h a y differance s i n a l t e r i d a d , n o h a y a l t e r i d a d s i n
s i n g u l a r i d a d , n o h a y s i n g u l a r i d a d s i n aquí-ahora» {SP, p .
V v \; T e x t o 2 5 ) . P o r q u e l a h o s p i t a l i d a d e s p e c t r a l h a d e
\e c a r g o d e l a u r g e n c i a q u e s u p o n e e l aquí y e l
a h o r a del o t r o q u e n o s r e c l a m a . . Y es e n esta urgencia,
e n l a i m p r o r r o g a b l e e i n a p l a z a b l e decisión q u e s e n o s
i m p o n e c u a n d o e s e l o t r o e l q u e está e n j u e g o , e n l a
responsabilidad ante l o indecidible que n o permite una
, ^¿dilación e n n u e s t r a r e s p u e s t a q u e h a d e s e r p r o n t a - ^ i i l -
m i n e n t e , c u a n d o s e h a c e p r e c i s o h a b l a r d e justicia
( T e x t o 2 4 ) . J u s t i c i a c o m o a p r e n d e r a v i v i r c o n e l ótrQ,
c o n los fantasmas: l o que quiere decir tener e n cuenta
a l o t r o q u e y a n o está p r e s e n t e , q u e aún n o está p r e s e n -
te, q u e n o s e q u i e r e q u e esté p r e s e n t e ; y a l p t r o , n o s6\g_
e n e s t e s e n t i d o e s p e c t r a l d e l o q u e n u n c a está s i m p l e -
m e n t e p r e s e n t e , s i n o a l o o t r o , más r a d i c a l m e n t e , c o m o
l a p r o p i a j u s t i c i a , u n a j u s t i c i a c o m o deseó, c o m o p r o -
m e s a , c o m o p o r v e n i r a l o c u a l l a deconstmcción s e
La filosofía 55
siente incapaz de renunciar. Y a que s i la justicia fuera
a l g o s e n c i llámente p r e s e n t e , a c t u a l m e n t e , aquí y a h o r a ,
l o más p r o b a b l e e s q u e h u b i e r a s i d o c o n f u n d i d a c o n l a
positividad del derecho, de unas leyes y normas con-
c r e t a s q u e s e d i j e r a n j u s t a s y habría p e r d i d o c o n e l l o
t o d a s u e f e c t i v i d a d ^ l a e f e c t i v i d a d , e l asedio^ d e T o q u e
n o está p r e s e n t e n i p o d e m o s c o n t r o l a r a n u e s t r o a n t o j o
pero que nos contempla y nos pone en m o v i m i g i t o .
L a dislocación e s p a c i o 4 M h p o r a l p u e s t a e n j u e g o
por l a espectralidad y, antes, p o r el espaciamiento y l a
temporízación d e l a differance, c u h n i n a n así e n e s t e
d e s e o d e j u s t i c i a : «La disyunción ¿no e s a c a s o l a p o s i -
b i l i d a d m i s m a d e l o t r o ? ¿Cómo d i s t i n g u i r e n t r e d o s d e -
sajustes, e n t r e l a disyunción d e l o i n j u s t o y l a q u e a b r e
l a i n f i n i t a disimetría d e l a relación c o n e l o t r o , e s d e c i r ,
e l l u g a r p a r a l a justicia?» (57^ p . 4 8 ) . J u s t i c i a e n l a e s -
peranza y l a apuesta por el porvenir, e n l a hospitalidad
a n t e e l a c o n t e c i m i e n t o , e n l a afirmación d e u n a p r o m e -
sa e m a n c i p a t o r i a así c o m o e n l a anticipación d e o t r a
democracia irreductible a l a s f o r m a s presentes que y a
c o n o c e m o s o a las f o r m a s futuras q u e p o d a m o s i m a g i -
nar, p r e c i s a m e n t e p a r a e v i t a r l a tentación d e c o n f u n d i r -
l a c o n u n c i e r t o fin y a c a b a m i e n t o d e l a h i s t o r i a , p a r a
evitar renunciar a su perfectibilidad.
Justicia, d e m o c r a c i a y p o r v e n i r que se i n s c r i b e n d i -
r e c t a m e n t e e n e l d o b l e m o v i m i e n t o d e l a differance,
crítico y a f i r m a t i v o , s u r g i d o e n e l c o n t e x t o d e l a d i s p u -
ta c o n e l e s t m c t u r a l i s m o pero que a s o m a a cada paso
p o r l o s e s c r i t o s d e D e r r i d a y q u e n o s h a s e r v i d o aquí,
bajo diversos rostros, c o m o hilo conductor d e nuestra
exposición d e u n a deconstmcción i n t e r m i n a b l e , r e s a l -
t a n d o u n a v e z más cómo, s i n s u v i r t u a l i d a d d e d e s a j u s -
 56 Derrída

^tar, d i f e r i r , d e s e n c a j a r , d e c o n s t r u i r l a metafísica d e l a
presencia, n o h u b i e r a sido p o s i b l e esta o t r a faceta d e
afirmación d e l o r a d i c a l m e n t e o t r o , l a p o s i b i l i d a d d e
a b r i r u n ámbito d i s t i n t o d e l a m e r a p r e s e n c i a - e l r e s t o -
capaz d e l i b e r a m o s d e l o que s i e m p r e h a sido l o peor,
de la verdad, d e la violencia d e lo uno, de l a inapelabi-
l l i d a d d e l o único y l o m i s m o , d e l a interpretación i n -
m o v i l i s t a y certera, d e l o i n d i s c u t i b l e d e l saber q u e
Sabe y , p o r q u e y a s a b e , s e d e t i e n e , d e j a d e p e n s a r y , l o III
q u e e s más g r a v e , t a m p o c o d e j a p e n s a r
SELECCIÓN D E T E X T O S
 88 Derrida

n o detenerse a reconocer sus predicados reales. H a c e

f a l t a , p u e s , más allá d e u n a percepción, r e c i b i r a l o t r o
c o r r i e n d o e l riesgo s i e m p r e i n q u i e t a n t e , extrañamente
i n q u i e t a n t e , i n q u i e t a n t e c o m o e l e x t r a n j e r o (unheim-
lich), d e l a h o s p i t a l i d a d o f r e c i d a a l huésped c o m o
ghost o Geist o Gast. N o h a y h o s p i t a l i d a d s i n q u e esté
e n j u e g o l a e s p e c t r a l i d a d {A, p . 1 9 2 - 1 9 3 ) .

> Texto 31

(Cosmopoliíes de tous les pays, encoré u n effortl (1997). Confe-

rencia pronunciada ante el Parlamento Internacional de Escritores,
en lomo al tema de la hospitalidad y de las ciudades-refugio)

[La hospitalidad como ética]

L a h o s p i t a l i d a d e s lá c u l t u r a m i s m a y n o es u n a éti-
ca e n t r e o t r a s . E n l a m e d i d a e n q u e atañe t a n t o a l ethos, a
saber, a l a m o r a d a , a l chez-soi ( a l a c a s a , a l h o g a r ) , a l
lugar d e l a estancia f a m i l i a r c o m o a l a m a n e r a d e estar
ahí, a l a m a n e r a d e r e f e r i r s e a u n o m i s m o y a l o s o t r o s ,
a los otros c o m o los suyos propios o c o m o a unos e x -
t r a n j e r o s , la ética es hospitalidad, e s d e a r r i b a a b a j o
coextensiva con laexperiencia de la hospitalidad, cual-
quiera que sea l a f o r m a e n que se l a abra o se l a l i m i t e .
P e r o p o r e s a m i s m a razón, y p o r q u e e l s e r - u n o - m i s m o
e n casa (la ipseidad m i s m a ) supone u n a acogida o u n a
inclusión d e l o t r o q u e u n o i n t e n t a a p r o p i a r s e , c o n t r o l a r ,
d o m i n a r , según d i f e r e n t e s m o d a l i d a d e s d e l a v i o l e n c i a ,
h a y u n a h i s t o r i a d e l a h o s p i t a l i d a d , u n a perversión
s i e m p r e p o s i b l e d e La l e y d e l a h o s p i t a l i d a d ( q u e p u e -
d e p a r e c e r i n c o n d i c i o n a l ) y de las l e y e s q u e v i e n e n a
l i m i t a r l a , a c o n d i c i o n a r l a inscribiéndola e n u n d e r e c h o
{CO, p . 4 2 - 4 3 ) .
 90 Derrida Bibliografía 91

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1^' - A^^pajüd*^^&i^ ^ c o c ^ Z ^ ^ é ^
94 Derrida
B I B L I O T E C A F I L O S O F I C A

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primary and secondary bibliography, Nueva York, Garland,
1992, i . Esta colección pretende poner a disposición de estudiantes y
VIDARTE, P : Bibliografía de Jacques Derrida en castellano. Inter- personas cultas, en general, estudios rigurosos, breves y de fácil
net, http://www.hydra.umn.edu/derrida/esp.html manejo, para el conocimiento de los grandes pensadores, así como
el acceso directo a páginas, especialmente significativas, de sus
[Esta Bibliografía, tanto en lo que concierne a las obras de Derrida
escritos. L a redacción está hecha, con carácter didáctico, por es-
como a las traducciones y a los estudios monográficos, etc., no es
pecialistas en cada tema.
de ningún modo exhaustiva sino que tan sólo pretende ser una
orientación útil para el lector].
Títulos aparecidos:
ABELARDO, C . Raña D'ORS, M . Ocaña
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