ESTUDI

DE

7 1 7 4 8 2
BIBLIOTECA CENTRAL
de performance en laUniversidad de Nueva York
y d i r e c t o r a f u n d a d o r a d e l I n s t i t u t o Hemisférico
d e P e r f o r m a n c e y Política. S u c a m p o d e e s t u d i o a b a r c a

e l t e a t r o y e l p e r f o r m a n c e f e m i n i s t a , así
c o m o e l p e r f o r m a n c e y l a política e n l a s Américas.

E s a u t o r a , e n t r e o t r a s o b r a s , d e The Archive

and the Repertoire: Performing Cultural Memory

in the Américas.

MARCELA FUENTES ( M a r s h a Cali) e s licenciada

en artes combinadas por la Universidad

de Buenos Aires, doctora en estudios de

performance por laUniversidad de Nueva

Y o r k y académica e n l a U n i v e r s i d a d

de California. En s u trabajo explora

el p e r f o r m a n c e e n el c o n t e x t o neoliberal

y e l u s o d e n u e v a s tecnologías q u e r e d e f i n e n

conceptos fundamentales de este tipo

d e interpretación.
ESTUDIOS AVANZADOS DE PERFORMANCE

A R T E U N I V E R S A L
 Trnducción
RjcARDO RUBIO Estudios avanzados
ALCIRA Bixio
NIA. ANTONIETA
SILVIA
CANCINO
PELAEZ
de p e r f o r m a n c e

SekcclÓ77
DIANA TAYLOR / MARCELA FUENTES

Introducción
DIANA TAYLOR

Inh-oducción a los ensayos

MARCELA FUENTES

ÜÑAM
BlBLIOtéOA CENTRAL

FACT.J7.0i_£2—

PRECIO.

F O N D O D E C U L T U R A E C O N Ó M I C A
P r i m c r i i edición, 2 0 1 1 7 1 7 4 8 2

T n y l o r , D i a n a , y M a r c e l a A . F u e n t e s (cdits.)
E s t u d i o s a v a n z a d o s d e p e r f o r m a n c e / e d , c i n t r o d . g e n e r a l d e D i a n a T a y l o r , c d . c íntrod.
ÍNDICE
d e c a d a c.ipíni)o d e M a r c e l a A . F u c n l c s ; i r f l d . d e R i c a r d o Rubio» A i d r a B m o . M a . A n t o n i c -
tn C a n c i n o , S i l v i a Pcláez.—México: F C E , I n s t i t u t o Hemisférico d e P e r f o r m a n c e y Política,
T i s c l i S c i i o o l o f t h e ^Vrts, N e w Y o r k U n i v e r s i t y . 2 0 1 1
631 p . : i l u s . ; 23 X 17 c m — ( C o l e e . A r t e U n i v e r s a l ) Introdticcióii. Performance, teoría y práctica 7
I S B N 978-607-16-0031-0 D I A N A TAYLOR
1 . P e r f o r m a n c e 2 . A r t e s escénicas I . F u e n t e s , M a r c e l a A . , e d . H . R u b i o , R i c a r d o , tr.
I I I . B i x i o , A d r a , t r . IV. C a n c i n o , María A n t o n i e t a , t r . V . Peláez, S i l v i a , cr. VI. S e r . V I I . t .
Restauríición d e k c o n d u c t a 31
L C PN23Q9 D c w c y 790.2 T 7 3 7 c RICHARD SCHECHNER

C u e r p o s q u e i m p o r t a n . S o b r e l o s límites m a t e r i a l e s y d i s c u r s i v o s d e l " s e x o " 5 1

JUDITH B U T L E R

O n t o l o g í a d e l p e r f o r m a n c e : representación s i n reproducción 91
BIBLIOTECA CENTRAL
PEGGY P H E L A N

JE- ^ Ift
P o s m o d e r n i s m o , subjetividad y arte corporal: u n a trayectoria 123
A M E L I A JONES

MATRIZ | 6 ^ ^ < ^ >

C u l t u r a y p e r f o r m a n c e e n e l m u n d o circunatlántico 187
JOSEPH ROACH
NUM. A D Q . 3 _ i : ^ ^ 9 : ^

E l performance permanece 215

Dutribiición mundial REBECCA SCHNEIDER

D . R . © 2011, I n s t i t u t o P l e m i s f c r i c o d e P e r f o r m a n c e y Política,
T i s d i ScIiooI o f the A r t s , N e w Y o r k Untvcrsit}', O b j e t o s d e etnografía 2 4 1
721 B r o a d w a y , 6 t h F l o o r , N e w Y o r k , N Y 10003, U S A
BARUARA KlRSHENBLATT-GlMBLETT
© P o r l o s artículos, véase l a sección "Créditos" a l final d e l l i b r o

D . R . © 2011, F o n d o d e C u l t u r a Económica L a otra historia del performance intercultural 305

C a r r e t e r a P i c a d i o - A j u s c o 227; 14738 México, D . E COCO Fusco
E m p r e s a ccrtific.id.T I S O 9001:2008

Comentarios: cditorinI@fondodeculuiracconomica.com
A c t u a c i o n e s d e l p o d e r : l a política d e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e . 343
www.fondo deculturaeconomica.com
T e l . (55) 5224-4672; f a x (55) 5227-4640 N G Ü G I W A T H I O N G ' O

S e p r o h i b e l a reproducdón t o t a l o p a r d a l d e e s t a o b r a , s e a c u a l f u e r e
el m e d i o , s i n l a a n u e n c i a p o r e s c r i t o d e l t i t u l a r d e l o s d e r e c h o s . D e s o b e d i e n c i a simbólica. P e r f o r m a n c e , participación y política
íil f i n a l d e l a d i c t a d u r a f u j i m o r i s t a . 377
ISBN 978-607-16-0631-0
VÍCTOR VICM
I m p r e s o e n iS'iéxico • Priiited in México
" U s t e d está aquí": e l A D N d e l p e r f o r m a n c e 401
D I A N A TAYLOR

P e r f o r m a n c e y globalización . 431 I N T R O D U C C I Ó N
JoN M C K E N Z I E

formancey teoría y práctica

Zapatistas digitales ^^^9
JiLL LAÑE D I A N A T A Y L O R

E n defensa del arte del performance 489

GUILLERMO GÓMEZ-PEÑA

Inmóvil: s o b r e l a v i b r a n t e microscopía d e l a d a n z a 521 j

D u r a n t e l o s últimos c u a r e n t a años h e m o s v i s t o u n a proliferación d e l u s o d e l a p a -
ANDRÉ LEPECKI ¡
l a b r a performance.'' S i l a b u s c a m o s e n G o o g l e h o y día e n c o n t r a m o s 5 5 0 m i l l o n e s

I n t r o d u c c i ó n a l a teoría d e l a desidentiñcación 549 d e r e s u l t a d o s e n inglés y español s i n i r más allá. ¿Pero qué úgn\¿\i:.';a performance y

JOSÉ E S T E B A N M U Ñ O Z p o r qué p a r e c e s e r t a n útU p a r a r e f e r i r q u e h a c e r e s t a n d i v e r s o s c o m o l a m e r c a d o -

t e c n i a , l a s a r t e s y l o s d e p o r t e s ? Performance^ c o m o término, a e a c o m p l i c a c i o n e s
C o r p o r a l i d a d e s políticas: representación, f r o n t e r a y s e x u a l i d a d prácticas y teóricas t a n t o p o r s u u b i c u i d a d c o m o p o r s u ambigüedad. E n L a t i n o -
en el p e r f o r m a n c e m e x i c a n o • • 605 américa, d o n d e e l t é r m i n o n o t i e n e e q u i v a l e n t e e n español y e n portugués, j ^ e T ^ o / -
A N T O N I O PRIETO STAMBAUGH manee t r a d i c i o n a l m e n t e s e h a u s a d o e n l a s a r t e s , e s p e c i a l m e n t e p a r a r e f e r i r s e a l
" a r t e áú. performance" o " a r t e d e acción". T r a d u c i d o d e m a n e r a s i m p l e , p e r o a m b i -
Créditos 629
gua a la vez c o m o el performance o l a performance •—travestismo que nos invita a
p e n s a r a c e r c a d e l s e x o o e l género dú.performance—el t é r m i n o está e m p e z a n d o
a s e r u s a d o p a r a h a b l a r d e d r a m a s s o c i a l e s y prácticas c o r p o r a l e s . A d e m á s , e n e l
ámbito d e l o s n e g o c i o s y l a m e r c a d o t e c n i a l a p a l a b r a a p a r e c e e n relación c o n l o s
más v a r i a d o s e n t e s : l e n t e s p a r a e l s o l , z a p a t o s d e t e n i s , c o m p u t a d o r a s y c o c l i e s p r e -
sumen de peí formalice. L a p a l a b r a a p a r e c e p o r t o d a s p a r t e s , a u n q u e n o s e p a m o s
n e c e s a r i a m e n t e a qué s e r e f i e r e . E n l a introducción -¿1 Etnografía del hahla^ l a c o m -
p i l a d o r a Lucía A . G o l l u s c i o Q.nÚQ\\áG,performance c o m o ejecución o actuación.

* A u n q u e p e r f o r m a n c e e s u n préstamo d e l i d i o m a inglés, d a d o s u e x t e n s o u s o e n e l v o c a b u l a r i o a c a -
démico, s e omitirán l a s c u r s i v a S j e x c e p t o c u a n d o s e b a g a alusión : d v o c a b l o m i s m o . A s í también l a a m -
iíigücdad d e g e n e r o e n e l t e r m i n o — c o m o señala T a y l o r más a d e l a n t e — y s u u s o d e u n a u o t r a m a n e r a , h a
i m p l i c a d o q u e e n l a p r e s e n t e publicación a p a r e z c a según e l s e n t i d o q u e l e a p l i q u e c a d a a u t o n [ E . ]
L u a a A . G o l l u s c i o ( c o m p . ) , E h i o g r a f i a del h a b l a . Textos f t n u l a c i o n a l e s , B u e n o s - A i r e s , E u d e b a ,
2 0 0 2 , p. 3 6 .

[7]
 D I A N A T A Y L O R
s 9
S e e l i g e ejecución p o r s u asociación semántica c o n hacej- y c o n actualización o
•puesta en acto, e n g e n e r a l , y p o r s u e x t e n d i d a aplicación a l d o m i n i o d e l a r t e (música,
poesía, t e a t i - o ) , e n p a r t i c u l a r . L a ti-aducción e n español áaperformance p o r actuación
r e s u l t a también p e r t i n e n t e y a q u e e v o c a s i g n i f i c a d o s t a l e s como presentación delante
de una audiencia o puesta en escena q u e s o n i n h e r e n t e s a l c o n c e p t o performance
q u e R i c h a i x l B a u m a n d e s a r r o l l a desde sus p r i m e r o s trabajos sobre e l t e m a . ^
E n Latinoamérica, e l u s o d e l a ^úi^^f;^performance, a pesar d e que para a l g u -
nos representa u n nuevo coloniaHsmo, cuenta c o n u n a extendida c o m u n i d a d d e
h a b l a n t e s q u e e n c u e n t r a n e n l a a m p l i t u d d e l término posibiÜdades q u e están a u -
s e n t e s e n s u traducción p o r "ejecución" o "actuación". Volveré s o b r e e s t e p u n t o
más a d e l a n t e .
P a r a m\\z\\os,performance r e f i e r e a u n a f o r m a específica d e a r t e , a r t e e n v i v o o
a r t e acción q u e surgió e n l o s a r l o s s e s e n t a y s e t e n t a p a r a r o m p e r c o n l o s l a z o s
i n s t i t u c i o n a l e s y económicos q u e excluían a a r t i s t a s s i n a c c e s o a t e a t r o s , galerías y
espacios oficiales o comerciales d e arte. D e m a n e r a r e p e n t i n a u n p e r f o r m a n c e
podía s u r g i r e n c u a l q u i e r s i t i o , e n c u a l q u i e r m o m e n t o . E l a r t i s t a sólo n e c e s i t a b a
s u c u e r p o , s u s p a l a b r a s , l a imaginación p a r a e x p r e s a r s e f r e n t e a u n púbHco q u e s e
veía a v e c e s i n t e r p e l a d o e n e l e v e n t o d e m a n e r a i n v o l u n t a r i a o i n e s p e r a d a . E l
performance, antinstitucional,antielltista, anticonsumista, viene a constituir u n a
provocación y u n a c t o p o H t i c o c a s i p o r definición, a u n q u e l o político s e e n t i e n d a
más c o m o p o s t u r a d e r u p t u r a y desafío q u e c o m o posición ideológica o dogmática.
E l p e r f o r m a n c e , c o m o a c t o d e i n t e r v e n c i ó n efímero, i n t e r r u m p e c i r c u i t o s d e
industrias culturales q u e crean productos d e consumo. N o depende d e textos o
e d i t o r i a l e s ; n o n e c e s i t a d i r e c t o r , a c t o r e s , diseñadores o t o d o e l a p a r a t o técmco q u e
o c u p a l a g e n t e d e t e a t r o ; n o r e q u i e r e d e e s p a c i o s e s p e c i a l e s p a r a e x i s t i r - , sólo d e l a
p r e s e n c i a d e l o l a p e r f o r m a n c e r a y s u público.^ . complicación terminológica s e a g r a v a p o r e l h e c h o d e q u e performance e s u n a
E l p e r f o r m a n c e , e n Latinoamérica, s e m a n i f i e s t a d e múltiples m a n e r a s . L a
p r o p u e s t a d e A l e j a n d r o J o d o r o w s k y , c h i l e n o r a d i c a d o e n México e n l o s s e s e n t a ,
^ R i c h a r d B a u m a n , V e r b a l A r t as Performance, Rowlcy, Massachusctls, N c w b u r y Housc, 1977.
U s o p e r f o r m a n c e r o / a p a r a r e f e r i r m e a g e n t e q u e h a c e performance a r t o arte e n vivo, aunque
también l i a y m u c h a flexibilidad e n e s t e término q u e s e p u e d e u s a r p a r a h a b l a r t a n t o d e g e n t e q u e h a c e
c a b a r e t c o m o d e u n a g e n t e s o c i a l q u e u s a p e r f o r m a n c e p a r a s u p r o p u e s t a o auto-presentación ( p o r
e j e m p l o , e i p r e s i d e n t e d e l a República e s u n g r a n p e r f o r m a n c e r o ) . J e s u s a R o d r í g u e z , b r i U a n t e p e r f o r -
m a n c e r a m e x i c a n a , j u e g a c o n l a p a l a b r a a l r e f e r i r s e a l o s a r t i s t a s y ¡os públicos d e p e r f o r m a n c e como
"performenzos".
INTRODUCCIÓN
inspiró a m u c h o s a " s a c a r a l t e a t r o d e l t e a t r o " , ' ' a d e s p l a z a r e l a r t e d e l a s galerías y
b o r r a r - l a s f r o n t e r a s e n t r e a c t o s artísticos y e l d r a m a c o t i d i a n o d e l a v i d a " r e a l " . E l
p e r f o r m a n c e , c o m o acción, v a más allá d e l a representación, p a r a c o m p l i c a r l a d i s -
tinción aristotélica e n t r e l a representación mlmética y s u r e f e r e n t e " r e a l " . Según
J o d o r o w s l c y ; e l p e r f o r m a n c e podía d e j a r " h u e l l a s d e u n a c t o r e a l " , ^ u n a obser\^ación
q u e a p u n t a a l a fiierza p r o f i i n d a d e l m e d i o . V i s t o d e e s e m o d o u n a p e r s o n a podría
enconti-arse e n el "centro r e g i o n a l d e ejercicios culturales" de F e l i p e E h r e n b e r g ( X a -
l a p a , México, 1 9 7 5 ) , u n e s p a c i o público t e m p o r a h - n e n t e d e l i m i t a d o y c o n v e r t i d o e n
escenaiio; o entrar e nu n elevador que contiene u nbulto abandonado: e lcuerpo d e
G u i l l e r m o Gómez-Peña c o m o r e c u e r d o d e l i n d o c u m e n t a d o i n v i s i b l e e n l o s E s t a -
d o s U n i d o s a l final d e l o s años s e t e n t a . ^ O d e s c u b r i r u n f o H e t o flotando e nel cielo
a n u n c i a n d o q u e " c a d a h o m b r e q u e t r a b a j a p o r l a amplificación, a u n q u e s e a m e n t a l ,
d e s u s e s p a c i o s d e v i d a e s u n a r t i s t a " , acción ( e n t r e o t i ' a s ) r e a l i z a d a p o r C A D A [ C o -
lectivo d e A c c i o n e s d e A r t e ] e nplena dictadura chilena.'' O f o r m a r parte d e u n
" t e a t r o i n v i s i b l e " d e A u g u s t o B o a l d o n d e l o s e s p e c t a d o r e s n o sabían q u e e s t a b a n
p a r t i c i p a n d o e n u n a e s c e n a , y a fiiese u n a discusión c a l l e j e r a a c e r c a d e l a g u e r r a o
sobre los precios d e l a c o i n i d a e n u n restaurante.^ E s t o s actos, a u n q u e escenificados,
interpelan e inscriben lo real de m a n e r a m u y cona'eta.
D e e n t r a d a , e n t o n c e s , q u e d a c l a r o q u e performance n o e s u n r e f e r e n t e e s t a b l e .
H a y m u c h o s p u n t o s d e i n e s t a b i l i d a d a u n q u e aquí sólo indicaré a l g u n o s :
1) L a ^ÚTihii-xperformance n o h a s i d o a c e p t a d a u n i v e r s a l m e n t e p a r a r e f e r i r s e a
a r t e e n v i v o o Uve art c o m o s e l e l l a m a e n I n g l a t e r r a . A u n q u e h a h a b i d o m á s a c e p -
tación e n l o s últimos años, n o t o d o s l o s a r t i s t a s u t i l i z a n l a p a l a b r a p a r a h a b l a r d e s u
t r a b a j o . A l g u n o s s e r e f i e r e n a pxoto-bappeizings, o "efímeros pánicos", o a r t e acción,
o body-paintingj o r i t u a l e s F l u x u s , e n t r e o t r o s n o m b r e s . ^ E n L a t i n o a m é r i c a , l a
- / V l e j a n d r o J o d o r o w s k y , " H a c i a e l efímero pánico o S a c a r a l t e a t r o d e l t e a t r o " , e n T e a t r o pánico, México,
Era, 1965.
^ A n t o n i o I M c t o S t a m b a u g h , "Pánico, p e r f o r m a n c e y política: C u a t r o décadas d e acción n o - o b j c n i a l
e a México", C o n j u n t o ( C a s a d e l a s Américas), n ú m . 1 2 1 , a b r i l - j u n i o d e 2 0 0 1 .
^ G u i l l e r m o G ó m e z - P e ñ a , í'Varriorfor G r i n g o s t r o i k a , M i n n e s o t a , G r a y w o l f P r e s s , 1 9 9 3 , p . 2 0 .
Acción d e C A D A , " j A y Sudaméríca!", 1 2 d e j u l i o d e 1 9 8 1 . R o b e r t N e u s t a d t , cada Día: L a creación de
m arte social, S a n t i a g o d e C h i l e , C u a r t o P r o p i o , 2 0 0 1 , p . 3 3 .
A u g u s t o B o a l , T e a t r o del O p r i m i d a 1 : teoría y práctica, México, N u e \ ' a I m a g e n , 1 9 8 0 .
M a r i s B u s t a m e n t e , " N o n - o b j e c t i v c A r t s i n México 1 9 6 3 - 8 3 " , e n C o c o F u s c o ( e d . ) , Corpus Delecti:
^Performance A r t ofthe Américas, L o n d r e s , R o u t l e d g e , 2 0 0 0 , p . 2 2 7 ; A n t o n i o P r i e t o S t a m b a u g h , op. cit.
 10 D I A N A T A Y L O R INTRODUCCIÓN 11

pídnbríi e x t r a n j e r a q u e s u e n a f u e r a d e l u g a r t a n t o e n español c o m o e n portugués, históricamente s e h a n a c e p t a d o c o m o n a t u r a l e s o t r a n s p a r e n t e s . ^ ' ' E l c u e r p o d e l

s i n c o n s i d e r a r p o r e l m o m e n t o i d i o m a s autóctonos. a r t i s t a e n p e r f o r m a n c e n o s h a c e r e - p e n s a r e l c u e r p o y e l género s e x u a l c o m o
2 ) E s t o s performances o actos disruptivos t i e n e n largas trayectorias. A l g u n o s construcción s o c i a l . L a práctica d e l drag ( t r - a v e s t i s m o o t r a n s f o r m i s m o ) a n u n c i a
e s t u d i o s o s , c o m o R o s e L e e G o l d b e r g , sitúan l o s a n t e c e d e n t e s d e p e r f o r m a n c e e n q u e e l género s e x u a l e s u n p e r f o r m a n c e c o n e l q u e s e p u e d e j u g a r , a u n q u e e n l a
l a s prácticas d e l o s f u m r i s t a s , dadaístas y s u r r e a l i s t a s q u e s e e n f o c a b a n más e n e l e x p e r i e n c i a c o t i d i a n a d e l a mayoría d e n o s o t r o s / a s e l género n o s l i m i t a a c i e r t a s
proceso creativo q u ee n e lproducto final.Maris B u s t a m a n t e y Mónica A l a y e r , f o r m a s específicas d e s e r y a c t u a r . L a p e r s o n a q u e p a d e c e a n o r e x l a m u e s t r a q u e e l
p e r f o r m a n c e r a s m e x i c a n a s , t r a z a n sus v e r s i o n e s d e p e r f o r m a n c e e n México e n l a p r o p i o c u e r p o s e h a c o n v e r t i d o e n u n e s p a c i o d e confrontación, c o n r e s p e c t o a l
t r a y e c t o r i a q u e v a d e s d e l a l l e g a d a d e l s u r r e a l i s m o a d i c h o país, e l d e s a r r o l l o d e l c u a l p a r e c e q u e l a única opción e s r e c h a z a r t o d a e x i g e n c i a a c o n s u m i r a l i m e n t o s .
a r t e n o - o b j e c t u a l , y l a inclusión d e l p e r f o r m a n c e e n l a c u r r i c u l a d e l a A c a d e m i a E l c o n c e p t o d e p e r f o r m a n c e s e r e l a c i o n a t a m b i é n c o n teorías d e d r a m a s o c i d e s -
d e S a n C a r l o s ( 1 9 7 2 ) . ^ ^ T e ó r i c o s c o m o J o s e f i n a Alcázar, F e r n a n d o F u e n t e s , y t u d i a d a s p o r antropólogos c o m o V i c t o r T u r n e r . ^ ^ L a s prácticas d e p e r f o r m a n c e
A n t o n i o P r i e t o o f r e c e n l i i s t o r i a s d e p e r f o r m a n c e e n México m i e n t r a s q u e o t r o s cambian tanto como la finalidad, a v e c e s artística, a v e c e s política, a v e c e s r i t u a l .
t i - a z a n l a s genealogías d e e s t a s prácticas e n s u s r e s p e c t i v o s p a í s e s . E n B r a s i l p o - L o i m p o r t a n t e e s r e s a l t a r q u e e l p e r f o r m a n c e s u r g e d e v a r i a s prácticas artísticas
dríamos p e n s a r e n p r e c u r s o r e s c o m o F l a v i o d e C a r v a l h o q u e trabajó e n l o s años pero trasciende sus h'mites; c o m b i n a m u c h o s e l e m e n t o s para crear algo inespera-
t r e i n t a , y e n a r t i s t a s c o m o ITélio O i t i c i c a , L y g i a C l a r k o D e n i s e S t o k l o s . C o m o do, chocante, llamativo.
nos recuerda Rebecca Schneider, siempre hay que hablar e np l u r a l a l referirse a 3 ) A u n e n l o s c a s o s e n q u e a r t i s t a s y teóricos r e c o n o c e n raíces c o m u n e s , c o m o
las h i s t o r i a s d e l s u r g i m i e n t o performance íír^^para n o f e t i c h i z a r l a n o c i ó n d e e l s u r r e a h s m o , l a s prácticas c a m b i a n según e l c o n t e x t o sociopolítico. E l p e r i o d o
orígenes, prácticas e s p e d f i c a s y autoría.^^ L a s t r a y e c t o r i a s s o n m u c h a s y l o s ámbitos e n e l q u e s u r g e l a práctica d e l p e r f o r m a n c e , , l o s años s e s e n t a — u n a época t u r b u -
d e circidación s o n d i s t i n t o s . P a r a a l g i u i o s , e l c o n c e p t o performance s u r g e d e l l e n t a e n m u c h a s p a r t e s d e l m u n d o — , es e n Latinoamérica u n p e r i o d o d e e x t r e m a
c a m p o d e l a s a r t e s v i s u a l e s . O t r o s l o sitúan e n relación a l t e a t r o . P a r a o t r o s , l o s v i o l e n c i a , c o n g o l p e s niiÜtares a l o l a r g o d e l a región, m a s a c r e s y desapariciones
p e r f o r m a n c e s también s u r g e n d e l a v i d a c o t i d i a n a , i l u m i n a n d o s i s t e m a s sociales a u n e n países " e s t a b l e s " c o m o M é x i c o . E l c o n t e x t o e n sí, quiérase o n o , c o n v i e r t e
n o r m a t i v o s y a v e c e s r e p r e s i v o s ( p o r e j e m p l o , l a noción d e género s e x u a l ) q u e t o d a acción performática e n u n a c t o c o n r e s o n a n c i a s l o c a l e s . D e p r o n t o , u n a c t o
R o s c L e c G o l d b e r g , Performance A r t : F r o m F u t u r h m to the Present, Nueva York, Hianics and espontáneo c o r p o r a l q u e p e r t u r b a l a c o t i d i a n i d a d s e p u e d e v e r c o m o u n p e r f o r -
H u d s o n , 2 0 0 5 ; M a r i s B u s t a m a n t e , "¿Qué e s p e r f o r m a n c e ? " , m e s a r e d o n d a , 2° E n c u e n t r o d e l I n s t i t u t o mance d e resistencia a la censura. E n m o m e n t o s d e dictadura los militares pueden
Hemisférico, M o n t e r r e y , México, 2 0 0 1 , d i s p p n i b l c e n : i i t t p : / / h e r a i . n y u . c d u / p o r / s e m i n a r / m c x i c o / t e x t o -
c o n t r o l a r los m e d i o s , las editoriales, los g u i o n e s , t o d o m e n o s los cuerpos d e c i u -
m u r i s . s h t m i y " N o n - o b j e c t i v c A r t s i n México 1 9 6 3 - 8 3 " .
M ó n i c a M a y e r , Rosa c h i l l a n t e : mujeres y performance en México, México, C o n a c u l t a - F o n c a , A V ] d a d a n o s q u e se e x p r e s a n p e r f e c t a m e n t e c o n g e s t o s mínimos. E s t e es u n e j e m p l o d e
E d i c i o n e s , P i n t o m i R a y a , 2 0 0 4 ; M a r i s B u s t a m e n t e , " N o n - o b j e c t i v e A r t s i n México 1 9 6 3 - S 3 " y " ¿ Q u é e s cómo e l p e r f o r m a n c e , a p e s a r d e l a s t r a d i c i o n e s y t r a y e c t o r i a s c o m p a r t i d a s , s i e m p r e
performance?"
b r o t a in situ y c o b r a f u e r z a l o c a l .
•^^ J o s e f i n a Alcázar y F e r n a n d o F u e n t e s , " L a h i s t o r i a d e p e r f o r m a n c e e n México", d i s p o n i b l e e n : h t t p : / /
w\vv\'.geifc.org/actionart/actionart01/grupos/03-adla/articnios/mexico/müxico.htm (1° d e n o v i e m b r e d e E s t e v o l u m e n t r a z a v a r i a s t r a y e c t o r i a s d e p e r f o r m a n c e : n o sólo l a s p r á c t i -
2 0 0 6 ) ; A n t o n i o P r i e t o Stambaugh,"PáiiÍco, p e r f o r m a n c e y política: C u a t r o décadas d e acción n o - o b j e t u a l
c a s artísticas m e n c i o n a d a s aquí s i n o l a s m ú l t i p l e s i n d a g a c i o n e s teóricas, a n t i o
e n México", C o n j u n t o ( C a s a d e l a s Américas), n ú m . 1 2 1 , a b r i l - j u n i o d e 2 0 0 1 ; M ó n i c a M a y e r , Rosa chi-
l l a n t e : mujeres y performance en México, México, A V J E d i c i o n e s , 2 0 0 4 ; M a r i s B u s t a m e n t e , " N o n - o b j e c t i v e
A r t s i n M : e x i c o 1 9 6 3 - 8 3 " y "¿Qiié e s p e r f o r m a n c e ? " ; E m i l i o T a r r a g o n a , " A c c i o n e s e n e l Perú ( 1 9 6 5 - 2 0 0 0 ) : ^'' E l e j e m p l o q u e n o s d a M ó n i c a M a y e r e s i m p o r t a n t e : e n l a p o r t a d a i n t e r i o r d e Rosa chillante se r e -
R a s t r o s y f l i e n t e s p a r a u n a p r i m e r a cronología", e n Acciones en el P e n i ( 1 9 6 5 - 2 0 0 0 ) , L i m a , I n s d t u t o C u l - fiere a u n a c t o performádco d e M a r y R i c l i a r d s o n , s u f r a g i s t a i n g l e s a e n 1 9 1 4 , q u e a m e n a z a c o n d e s t r u i r l a
tural Peruano Norteamericano, 2005. ^^euus del espejo d e Velázquez ( " l a m u j e r m á s h e r m o s a d e l a h i s t o r i a " ) p a r a d e n u n c i a r q u e e l g o b i e r n o e s t a b a
^•^ R e b e c c a S c h n e i d e r , " S o l o S o l o S o l o " , e n G a v i n B i i t t {eó.),Afíer Crtticísm: New Essays i n A r t and d e s t r u y e n d o a l a s u f r a g i s t a P a n k l i u r t s , " e l p e r s o n a j e más h e r m o s o d e l a h i s t o r i a m o d e r n a " .
Performance, Londres, Blackvvell, 2 0 0 5 . V i c t o r T u r n e r , TJjeAntbropology of Performance, Nueva York, PAJ Publications, 1986.
12 D I A N A TAi'LOR
posdisciplmariíis, q u e s u r g i e r o n t a m b i é n e n i o s años s e s e n t a . M i e n t r a s l o s a r t i s -
t a s b u s c a b a n f o r m a s d e I n t e r r u m p i r e l espectáculo h e g e m ó n i c o d e d o m i n a c i ó n
c u l t u r a l y política, l o s i n t e l e c t u a l e s y e s t u d i a n t e s s e r e b e l a b a n e n c o n t i ' a d e l m i l i -
t a r i s m o , d e l r a c i s m o , d e l s e x i s m o d e s u s s o c i e d a d e s y conü-a l a s i n s t i t u c i o n e s
identificadas c o n e l p o d e r : las u n i v e r s i d a d e s e n t r e otras. T e m o q u e los artistas q u e
l e a n e s t e t e x t o a h o r a s e p r e g u n t e n : ^qué t i e n e q u e v e r l a práctica artística c o n
c o n s i d e r a c i o n e s teóricas y académicas? L o s e n s a y o s r e u n i d o s e n e s t e v o l u m e n ,
v a r i o s d e eüos e s c r i t o s p o r a r t i s t a s q u e s o n teóricos y v i c e v e r s a , m u e s t i ' a n q u e h a y
temas q u e n o se p u e d e n trabajar n i pensar desde u n s o l o lugar. E l cuerpo, p o r
e j e m p l o , m a t e r i a p r i m a d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e , n o es u n espacio n e u t i ' o o t r a n s -
p a r e n t e ; e l c u e r p o h u m a n o s e v i v e d e f o r m a i n t e n s a m e n t e p e r s o n a l {mi c u e r p o ) ,
p r o d u c t o y copartícipe d e fiierzas s o c i a l e s q u e l o h a c e n v i s i b l e ( o i n v i s i b l e ) a t r a -
vés d e n o c i o n e s d e género, s e x u a l i d a d , r a z a , c l a s e , y p e r t e n e n c i a ( e n términos d e
ciudadam'a, p o r ejemplo, o estado civil o m i g r a t o r i o ) , entre otros. L o s p e r f o r m a n -
ceros s o n los q u e escenifican e l cuerpo c o m o p a r t e c e n t r a l d e s u propuesta, p e r o
l o s teóricos ( f e m i n i s t a s , m a r x i s t a s , p o s t e s t r u c t u r a h s t a s , etcétera) s o n l o s q u e c o m -
p l i c a n t o d a noción a p r i o r i d e l c u e r p o c o m o a l g o " n a t u r a l " o d a d o . L o s a r t i s t a s
s o n l o s q u e j u e g a n c o n l a i d e a d e re-presentación, c o n l a transmisión d e l c o n o c i -
m i e n t o a través d e g e s t o s c o r p o r a l e s , c o n l a m i r a d a d e l e s p e c t a d o r , y c o n e l u s o
d e l e s p a c i o ( e n t r e o t r o s e j e m p l o s ) , p e r o e s t a s prácticas v a n m u c h o más allá d e l o
artístico e n s u p o t e n c i a l s o c i a l . PsicoanaÜstas, m i l i t a r e s , a r q u i t e c t o s , políticos,
a b o g a d o s , e m p r e s a r i o s , t o d o s q u i e r e n s a b e r cómo c o n t r o l a r l a m i r a d a d e l e s p e c t a -
d o r o cómo s e d o m i n a e l e s p a c i o . L a s d i s c u s i o n e s q u e se d a n e n e s t o s ensayos
m u e s t r a n l a s m u c h a s d i m e n s i o n e s q u e t o d o a r t i s t a y teórico b a r a j a e n s u q u e h a -
c e r p r o f e s i o n a l . " ¿ C ó m o r e p r e s e n t a r (física o d i s c u r s i v a m e n t e ) u n c u e r p o minori-
t a r i o ' s m c a e r e n e l r e p e r t o r i o d e imágenes p a t r i a r c a l e s y c o l o n i a l e s q u e e x i s t e n e n
nuestras sociedades?", n o s preguntan Coco Fusco y Guillermo Gómez-Peña;
"¿Cómo l o g r a r q u e l o s e s p e c t a d o r e s d e j e n d e s e r p a s i v o s p a r a c o n v e r t i r s e e n
es-pect-actoresY\e p l a n t e a A u g u s t o B o a l . L a h i s t o r i a n o s h a m o s t r a d o q u e m u -
c h a s v e c e s l o s m e j o r e s a r t i s t a s h a n s i d o i m p o r t a n t e s teóricos; b a s t a p e n s a r e n
S t a n i s l a v s k y , B r e c h t , G r o t o w s k i , B o a l , S c h e c h n e r , Gómez-Peña, e n t r e o t r o s ,
p a r a r e c o n o c e r q u e l a teoría m e j o r a l a práctica y q u e l a práctica s i e m p r e e s c e n i f i c a
u n a teoría, quiérase o n o . E s t e v o l u m e n d a p o r s e n t a d o q u e l o s d e b a t e s q u e s e
p l a n t e a n aquí r e q u i e r e n l a participación t a n t o d e l o s a r t i s t a s c o m o d e l o s teóricos
jMTRODUCCTÓN 13
del p e r f o r m a n c e y d e todos aquellos que nos p o s i c i o n a m o s e n el c o n t i n u o que se d a
éntrelos d o s p o l o s .
E s t a p r o p u e s t a d e colaboración y diálogo i n t e r d i s c i p l i n a r i o n o e s h a b i t u a l e n
nuestr'os e n t o r n o s profesionales e n d o n d e todos se e n t r e n a n e n escuelas especiali-
zadas. E n las artes h a y escuelas particulares para estudiar teatro, artes visuales y
o t r a s prácticas c r e a t i v a s . L a s d i s c i p l i n a s académicas t r a d i c i o n a . l e s , p r o d u c t o d e l
s i g l o X I X , t i e n e n f r o n t e r a s fijas q u e s e p a r a n c a m p o s d e s a b e r e n u n i d a d e s d i s c r e -
t a s y a b a r c a b l e s . L a s o b r a s dramáticas, p o r e j e m p l o , s e e s t u d i a b a n e n d e p a r t a -
m e n t o s d e l i t e r a t u r a m i e n t r a s q u e l a s p u e s t a s e n e s c e n a pertenecían a l a s e s c u e l a s
d e a r t e dramático; l a música s e e s t u d i a b a e n u n d e p a r t a m e n t o d i f e r e n t e , y l o s e s -
t u d i o s s o b r e l a recepción o l o s anáUsis d e espectáculos s o c i a l e s s e r e a l i z a b a n e n
d e p a r t a m e n t o s d e sociología. U n f e n ó m e n o c o m o e l o l a p e r f o r m a n c e , q u e a b a r c a
t o d o s e s t o s c a m p o s , n o s e podía e s t u d i a r d e n t r o d e f o r m a c i o n e s d i s c i p U n a r i a s
e s t a b l e c i d a s . A d e m á s , l o s críticos d e l s i s t e m a o b s e r v a r o n q u e l o s c a m p o s acadé-
m i c o s r e a f i r m a n u n a s e r i e d e jerarquías y v a l o r e s ; l o q u e nó s e r e c o n o c e o v a l o r i z a
e n l a s o c i e d a d t a m p o c o s e l e g i t i m i t a a través d e l a enseñanza. T e m a s d e género,
r a z a , c l a s e y s e x u a H d a d , p o r e j e m p l o , e r a n invisibÜizados t a n t o e n l a s o c i e d a d
c o m o e n l a a c a d e m i a . C a m p o s posdiscipÜnarios c o m o l o s e s t u d i o s c u l t u r a l e s y
l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e s u r g e n d e e s e m o m e n t o y d e e s e afán'de r e l a c i o n a r
l o político c o n l o artístico y c o n l o económico. •/ • '
E l campo de los estudios del performance, producto de los cuestionamientos
q u e c o n v u l s i o n a r o n a l a a c a d e m i a a fines d e l o s s e s e n t a , buscó t r a s c e n d e r l a s s e p a r a -
c i o n e s d i s c i p l i n a r i a s e n t r e antropología, t e a t r o , lingüística, sociología y a r t e s v i s u a l e s
enfocándose e n e l e s t u d i o d e l c o m p o r t a m i e n t o humano,'prácticas c o r p o r a l e s , a c t o s ,
r i t u a l e s , j u e g o s y e n u n c i a c i o n e s . L l a g o hincapié tn posdisciplinario e n l u g a r d e m u l t i
o i n t e r d i s c i p h n a r i o p o r q u e e l c a m p o surgió c l a r a m e n t e d e d i s c i p l i n a s e s t a b l e c i d a s .
E n l u g a r d e c o m b i n a r e l e m e n t o s d e d o s o más c a m p o s i n t e l e c t u a l e s (definición d e
l o Ínter o m u l t i d i s c i p l i n a r i o ) , e l c a m p o d e l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e t r a s c i e n d e
f r o n t e r a s d i s c i p l i n a r l a s p a r a e s t u d i a r fenómenos más c o m p l e j o s c o n l e n t e s m e t o d o -
lógicos más flexibles q u e p r o v i e n e n d e las artes, h u m a n i d a d e s y ciencias sociales.
L o s o b j e t o s d e análisis i n c l u y e n t e x t o s , d o c u m e n t o s , estadísticas ( e l e m e n t o s q u e
d e f i n o c o m o m a t e r i a l e s d e archivo) y también a c t o s e n v i v o , q u e s o n p a r t e d e l o q u e
d e n o m i n o reper¿orio.~L'¿\. m e m o r i a d e a r c h i v o s e r e g i s t r a e n d o c u m e n t o s , t e x t o s l i t e -
i'íirios, c a r t a s , r e s t o s arqueológicos, h u e s o s , v i d e o s , d l s q u e t e s , e s decü-, t o d o s a q u e l l o s
14 D I A N A T A Y L O R
materiíiies s u p u e s t a m e n t e r e s i s t e n t e s a l c a m b i o . O p e r a a través d e l a d i s t a n c i a , t a n t o
e n términos t e m p o r a l e s c o m o e s p a c i a l e s : d a d a s l a s car-acterísticas d e e s t e s i s t e m a d e
ti-ansmisión d e c o n o c i m i e n t o , l o s i n v e s t i g a d o r e s , p o r e j e m p l o , p u e d e n v o l v e r a e x a -
m i n a r u nmanuscrito antiguo. P o r s u capacidad d e persistencia e n e l t i e m p o e l ar-
c l i i v o s u p e r a a l c o m p o r t a m i e n t o e n v i v o . T i e n e más p o d e r d e extensión; n o r e q u i e r e
d e l a c o n t e m p o r a n e i d a d n i c o e s p a c i a l i d a d e n t r e qiüen l o a - e a y q u i e n l o r e c i b e . E l
r e p e r t o r i o , p o r o t r o l a d o , c o n s i s t e e n l a m e m o r i a c o r p o r a l q u e c i r c u l a a través d e
p e r f o r m a n c e s , g e s t o s , narración, o r a l , m o v i m i e n t o , d a n z a , c a n t o ; además r e q u i e r e
p r e s e n c i a : l a g e n t e p a i ' t i c i p a e n l a producción y reproducción d e l c o n o c i m i e n t o a i
" e s t a r a l L L " y f o r m a r p a r t e d e e s a t r a n s m i s i ó n . L a m e m o r i a c o r p o r a l , s i e m p r e eii vivo,
n o p u e d e r e p r o d u c i r s e e n e l a r c h i v o . ^ ^ L o q u e e l a r c h i v o a t e s o r a e s l a representación
d e l a c t o e n v i v o , a través d e f o t o s , v i d e o s o n o t a s d e producción. A u n q u e h a y m u -
c h o s d e b a t e s e n relación a l c a r á c t e r efímero o d u r a d e r o d e l p e r f o r m a n c e , e n m i
t r a b a j o p r o p o n g o q u e e s t o s d o s s i s t e m a s d e transmisión ( e l a r c l i i v o y e l r e p e r t o r i o
entre otros, c o m o p o r ejemplo, l o s sistemas visuales o digitales) t r a s m i t e n el conoci-
m i e n t o d e m a n e r a s d i s t i n t a s ; a v e c e s f u n c i o n a n d e m a n e r a simultánea, a v e c e s d e
m a n e r a conflictiva. E n ocasiones^ ciertos objetos del archivo (una foto, por ejemplo)
se c o n v i e r t e n e n p a r t e d e u n p e r f o r m a n c e ( p a r t e d e l r e p e r t o r i o ) , c o m o c u a n d o l a s
M a d r e s d e P l a z a d e M a y o p o r t a n , e n s u s c u e r p o s las f o t o s d e s u s h i j o s desapareci-
d o s pai*a r e a l i z a r s u r e c l a m o d e j u s t i c i a . A v e c e s , l a s búsquedas d e m a t e r i a l e s e n a r -
cliivos se c o n v i e r t e n e n t o d o u n d r a m a p a r a e l investigador. L o s materiales y las
prácticas d e l a r c h i v o y e l r e p e r t o r i o s e i n t e r c a l a n d e m u c l i a s m a n e r a s .
L o s ensayos que r e p r o d u c i m o s e n este v o l u m e n divergen e n m u c h o s p u n t o s
p e r o e n f a t i z a n u n a cosa: p e r f o r m a n c e n o t i e n e d e f i n i c i o n e s o H m i t e s fijos. Como
C o m o señido e n m i Übro, The Archive and the Repertoire, D u r l i i i m , D u k e U n i v e r s i t } ' Press, 2 0 0 3 :
" T a l c o m o e l arcliivo excede a l o ' v i v o ' ( ) ' a q u eperdura), e l r e p e r t o r i o excede a larchivo. E l p e r f o r m a n c e
' e n v i v o ' , n o p u e d e s e r c a p t u r a d o , o t r a n s m i t i d o a través d e l a r c h i v o . U n v i d e o d e u n p e r f o r m a n c e n o e s e l
p e r f o r m a n c e , a u n q u e g e n e r a l m e n t e v i e n e a r e e m p l a z a r l o c o m o o b j e t o d e a u i l l i s i s ( e l v i d e o es p a r t e d e l a r -
cliivo; l o que se representa e n e l v i d e o e s p a i - t c d e l r e p e r t o r i o ) . P e r o eso n oquiere decir q u e el p e r f o r m a n c e ,
c o m o c o m p o r t a m i e n t o r i t u a l i z a d o , f o r i T i a l i z a d o , o r e i t e r a t i v o , d e s a p a r e z c a . L o s p e r f o r m a n c e s también s e
r e d u p l i c a n a través d e s u s p r o p i a s e s t r u c t u r a s y códigos. E s t o s i g n i f i c a q u e e l r e p e r t o r i o , c o m o e l a r c h i v o ,
es m e d i a t i z a d o . E l p r o c e s o d e selección, m e m o r i z a c i ó n o i n t e r n a l i z a ció n y transmisión o c u r r e d e n t r o d e
s i s t e m a s específicos d e r e p r e s e n tuición a l o s q u e a s u v e z a } ' u d a a c o n s t i t u i r . M u c l i a s f o r m a s d e a c t o s c o r -
p o r a l e s están s i e m p r e p r e s e n t e s y e n u n c o n s t a n t e e s t a d o d e reactuaiización. E s t o s a c t o s s e r e c o n s t i t u y e n a
sí m i s m o s , t r a n s m i t i e n d o m e m o r i a c o m u n a l , h i s t o r i a s y raiores d e u n g r u p o o generación a l s i g u i e n t e . L o s
actos e n c a r n a d o s y sus r e p r e s e n t a c i o n e s g e n e r a n , r e g i s t n m y t r a n s m i t e n c o n o c i m i e n t o " .
INTRODUCCIÓN 15
el arte del performance, cuya firerza d e innovación y convocación d e p e n d e d e s u
h a b i l i d a d para r o m p e r barreras y para r e c o m b i n a r e l e m e n t o s e ideas dispares,
performance c o m o c o n c e p t o teórico y c o m o l e n t e metodológico r e s i s t e l a c o d i f i -
cación f o r m a l . P o r e n d e , l o s d e p a r t a m e n t o s q u e se d e d i c a n a l o s estudios d e l
p e r f o r m a n c e y q u e s e c o n c e n t r a n e n a c c i o n e s y c o m p o r t a m i e n t o s en vivo c o m o
o b j e t o d e análisis, a v e c e s s e d e n o m i n a n anti o posdiscipÜnarios. L a f o r m a más
p r o d u c t i v a d e a p r o x i m a r n o s a i p e r f o r m a n c e t a l v e z sería m o d i f i c a r l a p r e g u n t a :
e n l u g a r d e p r e g u n t a r n o s ¿qué e s o n o e s e l p e r f o r m a n c e ? h a y q u e p r e g u n t a r s e
¿qué n o s p e r m i t e h a c e r y v e r p e r f o r m a n c e , t a n t o e n términos teóricos c o m o a r -
tísticos, q u e n o s e p u e d e h a c e r / p e n s a r a través d e o t r o s fenómenos? L o s artícu-
l o s q u e i n c l u i m o s aquí m u e s t r a n l a a g U l d a d d e l p e r f o r m a n c e p a r a a n a U z a r t e m a s
que n o entran e n campos disciplinarios tradicionales: R i c h a r d Schechner exa-
mina al performance c o m o l e n t e metodológico, G u i l l e r m o Gómez-Peña y
A m e h a J o n e s a b o r d a n ú-performance art y e l body art ( o a r t e c o r p o r a l ) , J o n M c -
K e n z i e escribe sobre p e r f o r m a n c e c o m o p a r a d i g m a u b i c u o d e n t r o d e l c o n t e x t o
d e l a globalización. P a r a m u c h o s , s i n o t o d o s , p e r f o r m a n c e s e p r e s e n t a como
z o n a d e c o n f l i c t o sociopolítico. E l c u e r p o e n sí, n o s d i c e J u d i t h B u t l e r , n o e x i s t e
a p a r t e d e s u enunciación, e s p r o d u c t o d e s i s t e m a s d i s c u r s i v o s y p e r f o r m a t i v o s .
O t r o s a u t o r e s , c o m o Ngúgr W a T h i o n g ' o y JÜl L a ñ e , e x p l o r a n l o s d i s t i n t o s u s o s
d e l e s p a c i o púbhco y d e l e s p a c i o v i r t u a l ( i n t e r n e t ) p o r p a r t e d e a r t i s t a s y a c t i v i s -
tas, e n l u c h a s d e p o d e r c o n t r a f l i e r z a s d e l E s t a d o . E n e l t r a b a j o d e A n t o n i o P r i e -
t o S t a m b a u g h y José M u ñ o z , e l p e r f o r m a n c e a p a r e c e c o m o u n a r e s p u e s t a a r t í s -
t i c a e n l a q u e e l c u e r p o es e s c e n a r i o d e provocación s o c i a l . A n d r é L e p e c k i
i n v e s t i g a l a relación e n t r e e l m o v i m i e n t o y s u o p u e s t o e n l a d a n z a y l a s u b j e t i v i -
d a d p o s m o d e r h a , m i e n t r a s q u e Víctor V i c h y D i a n a T a y l o r a n a E z a n e l p e r f o r -
m a n c e c o m o i n s t r u m e n t o d e p r o t e s t a p o H t i c a d e n t r o d e p r o c e s o s democráticos.
B a r b a r a K i r s h e n b l a t t - G i m b l e t t p r o p o n e q u e e l p e r f o r m a n c e n o se U m i t a a los
c u e r p o s e n v i v o : l o s o b j e t o s t a m b i é n actúan y c o n f r e c u e n c i a c o n s t i t u y e n u n a
pai-te c e n t r a l d e n t r o d e p e r f o r m a n c e s sociales.
E l c a m p o que se define a c t u a l m e n t e c o m o estudios del p e r f o r m a n c e t o m a a c -
t o s y c o m p o r t a m i e n t o s en vivo c o m o s u o b j e t o d e análisis, a u n c u a n d o e s t o s c o m -
p o r t a m i e n t o s i n c l u y a n u n a interacción c o n o b j e t o s o p e r f o r m a n c e s e n i n t e r n e t . L o s
estudios hterarios e x a m i n a n textos. L o s d e p a r t a m e n t o s d e estudios del cine se d e -
dican a filmes. L o s estudios del performance, c o m o campo post o antidiscip-linario.
 D I A N A
16
p i d e n p r e s t a d a s v a r i a s e s t r a t e g i a s y metodologías d e d i s t i n t o s c a m p o s p a r a e x a -
m i n a r prácticas e n c a r n a d a s y c o m p o r t a m i e n t o s e x p r e s i v o s .
L o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e r e c i b i e r o n d e l a lingüística l a i n f l u e n c i a d e
pensadores c o m o J. L . A u s t i n , J o h n Searle y F e r d i n a n d d e Saussure, quienes exa-
m i n a r o n l a ñ m c i ó n p e r f o r m a t i v a d e l a comunicación; parole ( a c t o d e h a b l a ) e n
términos s a u s s u r e a n o s . ^ ^ E s t e m o d e l o lingüístico e n f a t i z a l a i m p o r t a n c i a d e l a c -
t o r c u l t u r a l e n e l u s o d e l a l e n g u a pangue]. E n 1 9 5 5 A u s t i n a n u n c i a s u interés e n
la capacidad creativa h u m a n a e n u n a serie d e charlas e n l a U n i v e r s i d a d d e H a r -
v a . r d q u e s e pubhcaría después d e s u m u e r t e b a j o e l título Cómo hacer cosas con
palabras. L a s p e r s o n a s n o sólo a d o p t a n u n a l e n g u a s i n o q u e l a u s a n d e m a n e r a
c r e a t i v a . E l a r g o t , e l a l b u r y e l l u n f a r d o s o n e j e m p l o s d e cómo u n g r u p o m i n o r i -
t a r i o y a u t o d e s i g n a d o a - e a s u s p r o p i o s códigos d e n t r o d e l i d i o m a d o m i n a n t e p a r a
c o m u n i c a r s e . L o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e c o m o e s t a c o r r i e n t e lingüística, q u e
vendría a l l a m a r s e speech acá theory [teoría d e l a c t o d e l h a b l a ] , s e d e d i c a r o n a r e c o -
n o c e r l a c r e a t i v i d a d d e l o s u s o s d e l h a b l a , e s d e c i r , n o sólo l a s i n s t a n c i a s f o r m a l e s
d e enunciación, s i n o t a m b i é n s u s f o r m a s p a r t i c u l a r e s d e expresión.
C o m o l a antropología d e l o s s e s e n t a , l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e s e d e d i c a n a
r o m p e r c o n n o c i o n e s n o r m a t i v a s d e l c o m p o r t a m i e n t o tales c o m o las p r o m u l g a d a s
p o r e i sociólogo E m i l e D u r k l i e i m , q u e s o s t u v o q u e s o n l a s c o n d i c i o n e s s o c i a l e s , y
n o los agentes individuales, quienes r i g e n creencias y c o n d u c t a s . P a r a los post-
e s t r u c t u r a l i s t a s , l a c u l t u r a n o es u n a c o s a a r m a d a , p e t r i f l c a d a , s i n o u n c a m p o d e
disputas sociales e n las cuales las p e r s o n a s c o n v i v e n y l u c h a n p o r s o b r e v i v i r e
i m p o n e r s u s ideologías. A d i f e r e n c i a d e l a antropología d e e s a época, e l n u e v o
c a m p o d e e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e rechazó e l e n f o q u e coloniaÜsta q u e i m p h c a b a
estudiar los c o m p o r t a m i e n t o s d e los "otros" (generalmente los "no occidentales")
p a r a f o c a l i z a r s e más b i e n e n l o s c o m p o r t a m i e n t o s d e n u e s t r a s p r o p i a s s o c i e d a d e s ,
i n c l u y e n d o e l r o l d e l p r o p i o i n v e s t i g a d o r . E l antropólogo V i c t o r T u r n e r colaboró
c o n e l d i r e c t o r y teórico d e t e a t r o R i c h a r d S c h e c l m e r p a r a e x p l o r a r l a intersección
e n t r e e l t e a t r o y l a antropología. E n l i b r o s c o m o From Ritual to 7heati-e [ D e s d e e l
R e f e r i r s e ¡i l o s s i g u i e n t e s t e x t o s ; J o h n S e a r l e , " ¿ Q u é e s u n a c t o d e h a b l a ? " ; D e l l H y n i e s , " B r e a k -
t h r o u g h ínto P e r f o r m a n c e " , e n B e n - A i n o s ) ' G o l d s t e i n ( e d s . ) , F o l k l o r e , Performance nncl Commmúcañon,
1 9 7 5 , y " H i e E t h n o g r a p h y o f S p e a k i n g " , e n G l a d w i n y S t u r t c v a n t {Q.Á^^,Anthropology a n d P h i m a n
vior, 1 9 8 2 ; R i c l i a r d B a u m a n , VerbalArí ns Performance ( 1 9 7 7 ) ; C h a r l e s B r i g g s , Competeme h¡
( 1 9 8 S ) ; y M i c h c U e Z . R o s a l d o , " H i e Tlñngs W e D o "Wiüi W o r d s " , e n Laiíguage i n Socieíy, 1 9 8 2 .
Véase, p o r e j e m p l o , e l t r a b a j o d e D u r k l i c i m Lasformas elementales de lo vida religiosa.
T A Y L O R INTRODUCCIÓN 17
r i t u a l a l t e a t i ' o , 1 9 8 2 ] y Uje Anthropology of Perfonnance [Antropología d e p e r f o r -
m a n c e , 1 9 8 6 ] d e T u r n e r , y Between Theatre and. Anthropology [ E n t r e e l t e a t r o y l a
antropología, 1 9 S 5 ] d e S c h e c h n e r , l o s a u t o r e s p u b l i c a n s u s o b s e r v a c i o n e s respecto
d e l a relación e n t r e p e r f o r m a n c e y d r a m a s o c i a l d u r a n t e l o s años s e t e n t a . T u r n e r
plantea que los dr'amas sociales se d e s a r r o l l a n e n cuatro m o m e n t o s , q u e e v o c a n l a
e s t r u c t i u - a d e l a t r a g e d i a aristotéUca: r u p t u r a , a i s i s , conciMación ( m o m e n t o e n q u e
u n j u e z o autoridad reconocida trata d e reconciliar dos partes e nconflicto), y final-
m e n t e resolución o aceptación d e l a n o resolución. L a s c u a t r o e t a p a s d e l d r a m a
s o c i a l , según T u r n e r , s o n c a s i u n i v e r s a l e s . T u r n e r a t r i b u y e e l carácter dramático d e l
d e s a r r o l l o d e l a c r i s i s s o c i a l ( q u e v a d e c r i s i s a resolución) a l h e c h o d e q u e , p a i ' a él,
e l t e a t r o y e l d r a m a s o c i a l c o m p a r t e n l a s m i s m a s raíces; e l t e a t r o s a l e d e l d r a m a
s o c i a l , y l a terminología d e s a r r o l l a d a p o r Aristóteles i l u m i n a l a s d o s ár'eas.^^
D e e s t a c o r r i e n t e "dramatúrglca" ( t a n t o e n antropología, sociología, y t e a t r o ) ,
estudiosos d e p e r f o r m a n c e c o m i e n z a n a escribir acerca d e los i n d i v i d u o s y g r u p o s
s o c i a l e s c o m o a g e n t e s q u e e s c e n i f i c a n s u s p r o p i o s d r a m a s . Según e U o s , l a s n o r -
m a s q u e r i g e n a l a s s o c i e d a d e s s o n s i e m p r e c o n s t r u i d a s y n e g o c i a d a s , n o sólo
i m p u e s t a s d e s d e a r r i b a . ¿Cómo p o d e m o s a n a H z a r las m a n e r a s e n q u e las p e r s o n a s
se o r g a n i z a n s i n o c o n s i d e r a m o s e l m o d o e n q u e e s c o g e n e n t r e d i f e r e n t e s o p c i o -
n e s , cómo m a n e j a n s u s t i e m p o s , y c ó m o s e a u t o p r e s e n t a n a n t e o t r o s ( e l y o c o m o
s e r s o c i a l ) ? I n d i v i d u o s y g r u p o s s e r e p r e s e n t a n a sí m i s m o s y t f a t a n d e m e j o r a r
s u s c i r c u n s t a n c i a s a través d e e s t o s p e r f o r m a n c e s . E l m o d e l o dramatúrgico también
enfatizó l o s c o m p o n e n t e s lúdicos y estéticos d e l o s e v e n t o s s o c i a l e s , y l a a n s i e d a d
q u e s e v i v e e n m o m e n t o s d e c r i s i s o transición v i v i d o s c o m o t i e m p o s " H m i n a l e s "
e n t r e r u p t u r a y reorganización.
D e l ár-ea artística ( t e a t r o y a r t e s v i s u a l e s ) , l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e h e r e -
d a n s u propensión v a n g u a r d i s t a q u e v a l o r a l a o r i g i n a l i d a d , l a transgresión y l a
autenticidad". A l a vez, heredan algunos prejuicios colonialistas vanguaixlistas
que consideran a lo n o occidental c o m o materia p r i m a a ser apropiada y transfor-
m a d a e n " o r i g i n a l " e n O c c i d e n t e . L a s b a r r e r a s e n t r e l o q u e s e h a d e s i g n a d o the West
md the rest [ e l O c c i d e n t e y t o d o l o demás] a p o j ^ a n t o d a l a e s t r u c t u r a ideológica
del l l a m a d o p r i m e r m u n d o . E l p e r f o r m a n c e (aliora e n t e n d i d o e n l a h'nea d e las
Beba-
l e p r e s e n t a c i o n e s n o c o n v e n c i o n a l e s , c o m o l o s happenings, y e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e )
Performance
^ ' c a s e ' ^ l u r n e r , F r o m R i t u a l to T h e a t r e : V}e P l u i n a n Seriausiiess ofPlay, N u e v a Y o r k , PAJ P u b l i c a t i o n s ,
1982, pp. 11,1.2.
 IS
es u n a práctica estética q u e t i e n e s u s raíces e n e i t e a t r o , l a s a i t e s v i s u a l e s , e l s u r r e a l -
i s m o o t r a d i c i o n e s perforniáticas a n t e r i o r e s , c o m o e l c a b a r e t y e l periódico e n
v i v o . Según d e t e r m i n a d a s h i s t o r i a s d e l a d i s c i p l i n a , e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e e s u n
p r o d u c t o v a n g u a r d i s t a c u y o s orígenes están e n E u r o p a y l o s E s t a d o s U n i d o s ; e l
r e s t o d e l m u n d o tendrá s u s prácticas artísticas, p e r o s o n o t r a s . L o s r i t u a l e s d e
curación y posesión o l o s a d o r n o s d e l c u e r p o a f r o - a m e r i n d i o q u e i n s p i r a r o n a l o s
v a n g u a r d i s t a s p e r t e n e c e n , según e s t o s a u t o r e s , a l m u n d o p r i m i t i v o , n o a l r e p e r -
torio de performances culturales.
E l énfasis v a n g u a r d i s t a e n l a o r i g i n a l i d a d , l o efímero y l a n o v e d a d
d i v e r s a s t i - a d i c i o n e s d e práctica d e l p e r f o r m a n c e . P o r e j e m p l o , e n 1 9 6 9 , M i c h a e l
K i r b y , m i e m b r o ñmdador d e l D e p a r t a m e n t o d e E s t u d i o s d e l P e r f o r m a n c e q u e se
crearía e n l a U n i v e r s i d a d d e N u e v a Y o r k e n 1 9 8 0 , afirmó q u e " e l t e a t r o a m b i e n -
t a l [environmental theater] e s u n a a-eación reciente"^° a s o c i a d a a l a v a n g u a r d i a ,
aunque admite que h a y ejemplos desde e l teatro griego e n adelante q u e pueden
s e r c a t a l o g a d o s b a j o e l m i s m o t é r m i n o . E s e l e l e m e n t o específicamente estético
q u e , p a i - a lürby, l o d i f e r e n c i a d e f o r m a s m á s a n t i g u a s . S i n e m b a r g o , d i c h o énfa-
s i s e n l o estético, n o a l c a n z a p a i - a d i s t i n g u i r e j e m p l o s r e c i e n t e s d e a q u e h o s más
antiguos. E l fraile M o t o H n i a , u n o d e los p r i m e r o s doce franciscanos e n llegar a
A m é r i c a e n e l s i g l o x v i , d e s c r i b e u n a celebración d e l a fiesta d e l C u e r p o y l a
Sangre de Cristo [Corpus Christl] e n 1538 durante l acual participantes nativos
d e T l a x c a l a e l a b o r a r o n p l a t a f o r m a s " t o d a s d e o r o y p l u m a s " así c o m o m o n t a ñ a s
y bosques poblados d e animales tanto vivos c o m o artificiales q u e eran "algo m a -
r a v i l l o s o p a r a v e r " y a través d e l o s c u a l e s l o s e s p e c t a d o r e s / p a r t i c i p a n t e s
b a n p a r a o b t e n e r u n e f e c t o " n a t u r a l " . Ferform-ance p o d r á s e r u n t é r m i n o r e c i e n t e ,
p e r o m u c h a s d e l a s prácticas q u e a s o c i a m o s c o n l a p a l a b r a h a n e x i s t i d o s i e m p r e
e n A m é r i c a . D e c l a r a c i o n e s c o m o l a s d e K i r b y a fines d e l o s s e s e n t a r e p r e s e n t a n
l a obsesión p o r l o n u e v o q u e caracterizó a l p e r i o d o , q u e o l v i d a e I g n o r a a q u e l l a s
prácticas q u e l o p r e c e d i e r o n .
E s t e tipo d e afirmación llevó a m u c h o s a señalar a l c a m p o e m e r g e n t e d e e s t u -
d i o s d e l p e r f o r m a n c e c o m o ahistórico, o i n c l u s o , antiJiistórico. E x i s t e n n u m e r o s o s
e j e m p l o s d e o l v i d o s s i m i l a r e s acompañados p o r n u e v o s " d e s c u b r i m i e n t o s " q u e u n a
v e z m á s r e s t a b l e c e n l a s e f i s i o n e s d e l o s l a z o s e n t r e prácticas e u r o p e a s , o r i e n t a l e s
2 0 M i c l i u c l I C i r b y , " E n v i r o n m c n t a l l l i c a t r e " , e n E . T . l O r b y ( c d . ) , T a t a ! Theatre,
1969, p. 2 6 5 .
D I A N A T A Y L O R INTRODUCCIÓN 19
y o c c i d e n t a l e s : A r t a u d i n s p i r a d o p o r l o s t a r a h u m a r a s , l a i n f l u e n c i a e n e l ti-abajo
d e B r e c l r t d e f o r n i a s n o o c c i d e n t a l e s c o m o b a s e p a r a s u estética r e v o l u c i o n a r i a , e l
interés d e G r o t o w s k i e n l o s h u i c h o l e s , p o r n o m b r a r sólo l o s c a s o s m á s c o n o c i d o s .
P o c o s teóricos y a r t i s t a s ( s a l v o n o t a b l e s e x c e p c i o n e s ) a b o r d a n s e r i a m e n t e l a m u -
t u a consti-ucción d e l o o c c i d e n t a l y e l r e s t o d e l m u n d o . E l c o n o c i m i e n t o y l a s p r á c -
ticas cidtiu-ales c i r c u l a n , c a m b i a n , se e n r i q u e c e n c o n e l c o n t a c t o c o n otras f o r m a s
d e s e r y c o n o c e r ; n o o b e d e c e n f r o n t e r a s n a c i o n a l e s , lingüísticas o económicas.
P o d e m o s c a r a c t e r i z a r e s t a chculación e n términos d e transculturación o g l o b a l i -
oculta zación, p e r o n o c a b e d u d a d e q u e l a s prácticas c u l t u r a l e s n o s o n e s t a b l e s . Teóricos
c o m o l i o m i B h a b h a , G u i l l e r m o G ó m e z - P e ñ a , G l o r i a A n z a l d ú a , N é s t o r García
C a n c l i n i , R o s s a n a ReguÜlo y Jesús M a r t í n B a i h e r o , e n t r e o t r o s , e s t u d i a n e s t o s
e s p a c i o s d e transición e hibridación. U n a h i s t o r i a q u e s e l i m i t a a d o c u m e n t a r l a s
i n n o v a c i o n e s artísticas e n términos d e h o m b r e s i l u s t r e s ( A r t a u d , 3 r e c h t , Gro-
t o w s k i ) elude a l o s m u c h o s actores sociales q u e c o n t r i b u y e n a l c o n o c i m i e n t o .
Performance, c o m o acto reiterado, hace visible otras trayectorias culturales y nos
p e r m i t e r e s i s t i r l a construcción d o m i n a n t e d e l p o d e r artístico e i n t e l e c t u a l . D e
esta m a n e r a , los estudios d e l p e r f o r m a n c e se p r e s t a n a proyectos anticoloniaUstas.
A través d e l a música p o d e m o s s e g u i r e l r a s t r o d e c o m u n i d a d e s d e a f r o d e s c e n -
dientes q u e se dispersaron p o r e l c o n t i n e n t e a m e r i c a n o . L a s pastorelas h a c e n v i -
s i b l e s l a s r u t a s q u e t o m a r o n g r u p o s m e s t i z o s d e l a región c e n t r a l d e M é x i c o h a c i a
e l sLU'oeste d e E s t a d o s U n i d o s . P e r f o r m a n c e n o s p e r m i t e r e - e v a l u a r l o q u e s a b e -
m o s a p a r t i r d e t e x t o s y c o m p o r t a m i e n t o s y a l a v e z n o s e x i g e c u e s t i o n a r las d e f i -
camina- n i c i o n e s m i s m a s d e l c o n o c i m i e n t o y r e p l a n t e a r n o s p r e g i m t a s c o m o ¿cuáles s o n
las fiientes válidas y a u t o r i z a d a s d e l c o n o c i m i e n t o ? , ¿quiénes s o n l o s " e x p e r t o s " ,
l o s e s t u d i o s o s q u e a n a l i z a n e l b a i l e o l a p e r s o n a q u e t a l l a l a máscara q u e u s a n l o s
d a n z a n t e s ? , ¿o l o s d o s , d e m a n e r a d i s t i n t a p e r o c o m p l e m e n t a r i a ? , ¿qué c a m b i a s i
t o m a m o s a l r e p e r t o r i o y a l a r c h i v o c o m o f o r m a s legítimas d e transmisión d e c o -
n o c i m i e n t o y m e m o r i a c o l e c t i v a ? T a l v e z este c a m b i o d e perspectiA^a n o s p e r m i t i -
ría r e c o n o c e r q u e p e r f o r m a n c e n o e s sólo e l a c t o v a n g u a r d i s t a eñ'mero s i n o u n
a c t o d e t r a n s f e r e n c i a ( c o m o señala e l teórico P a u l C o n n e r t o n ) q u e p e r m i t e q u e l a
i d e n t i d a d y l a m e m o r i a c o l e c t i v a s e t r a n s m i t a n a través d e c e r e m o n i a s c o m p a r t i -
d a s ( p o r e j e m p l o , e n fiestas d e año n u e v o o e n e l día d e l a r a z a ) o c o m p o r t a m i e n -
Nueva York, Dutton, tos reiterados c o m o aprender a hablar u n i d i o m a , cocinar c o m i d a s regionales o
t a l l a r u n a máscara.
 20 D I A N A T A Y L O R
L o s p e r f o r m a n c e s f u n c i o n a n c o m o actos v i t a l e s d e transferencia, t r a n s m i -
t i e n d o s a b e r s o c i a l , m e m o r i a y s e n t i d o d e i d e n t i d a d a U'avés de a c c i o n e s r e i t e r a d a s ,
o l o q u e R i c h a i ' d S c l i e c h n e r l l a m a " c o n d u c t a r e a l i z a d a d o s veces" [¿wice-behaved
behavior]. Performance e n u n n i v e l , c o n s t i t u y e e l o b j e t o d e análisis d e l o s e s t u d i o s
d e l p e r f o r m a n c e . P o d e m o s d e c i r q u e u n a d a n z a es u n performance o q u e u n r i -
t u a l o u n d e p o r t e s o n u n p e r f o r m a n c e . E s t a s prácticas i m p l i c a n c o m p o r t a m i e n t o s
p r e d e t e r m i n a d o s q u e c u e n t a n c o n r e g l a s o n o r m a s ; e l r o m p e r l a s n o r m a s es l a
n o r m a d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e . L a participación d e l o s actores s o c i a l e s s e e n s a -
y a , e s r e i t e r a d a , y c o n v e n c i o n a l o n o r m a t i v a . T o d o s s a b e m o s de qué m o d o c o m -
p o r t a r n o s e n e s t o s e v e n t o s , s e a u n a o b r a d e t e a t r o o u n happening o u n a p r o t e s t a
política. P a r a c o n s t i t u i r l a s e n o b j e t o d e análisis, l o s i n v e s t i g a d o r e s d e f i n e n d i s t i n -
t a s prácticas separándolas d e o t r a s q u e f o r m a n p a r t e d e s u c o n t e x t o . M u c h a s v e -
c e s e l m a r c o q u e s e p a r a d i c l i a s prácticas d e l a v i d a c o t i d i a n a f o r m a p a r t e d e l a
p r o p i a n a t i u ' a l e z a d e l e v e n t o : u n a d a n z a d e t e r m i n a d a o u n a protesta p o h t i c a t i e -
n e n p r i n c i p i o y fin, n o s o n p a r t e i n d i f e r e n c i a d a d e o t r a s prácticas c u l t u r a l e s c o m o
c a m i n a r e n l a vía p ú b h c a .
E n o t r o ^ITÍWO,performance también c o n s t i t u y e u n l e n t e metodológico q u e n o s
p e r m i t e a n a l i z a r e v e n t o s c o m o p e r f o r m a n c e s . L a s c o n d u c t a s de d u d a d a m ' a , género,
e t n i c i d a d e i d e n t i d a d s e x u a l , p o r e j e m p l o , s o n e n s a y a d a s y reproducidas a d i a r i o e n
l a e s f e r a pública, d e m a n e r a c o n s c i e n t e o i n c o n s c i e n t e . E n este c a s o , podríamos
d e c i r q u e c a m i n a r - e n l a vía púbÜca s e - p u e d e e n t e n d e r c o m o u n p e r f o r m a n c e d e
género, p o r e j e m p l o , y a q u e l o s s e r e s h u m a n o s i n t e r n a l i z a n m o d e l o s d e c o m p o r t a -
m i e n t o s s o c i a l m e n t e a p r o p i a d o s y i o s r e p r o d u c e n d e muciias maneras. L a d i s t i n -
ción es/como ( p e r f o r m a n c e ) q u e h a c e R i c h a i ' d S c h e c h n e r subráyala comprensión d e
p e r f o r m a n c e c o m o u n fenómeno q u e es a l a v e z " r e a l " y "construido", c o m o u n a
s e r i e d e prácticas q u e r e ú n e n l o q u e históricamente s e h a separado y m a n t e n i d o
c o m o u n i d a d discreta.
L o s d i v e r s o s u s o s d e l a p a l a b r a performance tienen q u e ver c o n l a s c o m p l e -
j a s c a p a s d e s i g n i f i c a d o s d e l término q u e a v e c e s p a r ' e c e n contríidecirse p e r o q u e
también s e r e f i i e r z a n e n t r e sí. V i c t o r T u r n e r b a s a s u comprensión d e l término e n
l a raíz etimológica fiTiacQSd-parfonmir, q u e s i g n i f i c a " c o m p l e t a r ' o " ^ ' ^ ^ i ^ ^ i " ma-
n e r a e x h a u s t i v a " . P a r - a T u r n e r , l o s p e r f o r m a n c e s r e v e l a n e l cadete^' m a s p r o f u n d o ,
g e n u i n o e i n d i v i d u a l d e i m a c u l t r u : a . G u i a d o p o r l a c r e e n c i a cn^^ " i ' L i v e r s a l i d a d y
r e l a t i v a t r a n s p a r e n c i a c o m u n i c a t i v a d e p e r f o r m a n c e c o m o acto sí'^^^^*^^'"^^^^"ner
INTRODUCCIÓN 21
afirm.ó q u e l o s p u e b l o s p o d í a n l l e g a r a c o m p r e n d e r s e e n t r e sí a través d e s u s p e r -
f o r m a n c e s . Par-a o t r o s , s i n e m b a r - g o , p e r f o r m a n c e s i g n i f i c a e x a c t a m e n t e l o o p u e s t o :
l o ar-üficial, constriúdo, ficticio; l a " p u e s t a e n e s c e n a " q u e r e p r e s e n t a l a antítesis d e l o
r e a l y v e r d a d e r o . M i e n t r a s e n a l g u n o s c a s o s e l énfasis e n e l a s p e c t o a r t i f i c i a l d e
p e r f o r m a n c e c o m o c o n s t r u c t o r e v e l a u n p r e j u i c i o a n t i t e a t r a l , e n l e c t u r a s más c o m -
p l e j a s l o c o n s t r u i d o e s r e c o n o c i d o c o m o copar'tícipe d e l o r e a l ( c o m o señala A l e -
j a n d r o J o d o r o w s k ) ^ e n e l ámbito artístico). A u n q u e u n a d a n z a , u n r i t u a l , o u n a
manifestación r e q u i e r e n d e u n m a r c o q u e l a s d i f e r e n c i e d e o t r a s prácticas s o c i a l e s
e n l a s q u e se i n s e r t a n , esto n o i m p l i c a q u e dichos p e r f o r m a n c e s n o sean reales o
v e r d a d e r o s . P o r e l c o n t r a r i o , l a I d e a d e q u e p e r f o r m a n c e d e s t i l a u n a v e r d a d más " v e r -
d a d e r a " q u e l a v i d a m i s m a U e g a d e s d e Aristóteles a S h a k e s p e a r - e y C a l d e r ó n d e l a
Barca, y desde A r t a u d y G r o t o w s k i hasta e lpresente. Para l o s chamanes, e l es-
t a d o d e ü-ance e s e l más " r e a l " d e t o d o s . A u n q u e r e s u l t e irónico, e l ámbito e n e l q u e
más s e m a n e j a e l c o n c e p t o d e p e r f o r m a n c e e s e l m u n d o d e l o s n e g o c i o s . P a r a
a q u e l l o s q u e s e c o n d u c e n e n e l t e r r e n o d e l a m e r c a d o t e c n i a , a u n más q u e p a r a l o s
v a n g u a r d i s t a s , t o d o es p e r f o r m a n c e ; l a s c o m p u t a d o r a s , l o s l e n t e s p a r a e l s o l ,
l o s automóviles, c u m p l e n s u fiinción explícita ( p r o c e s a r m a t e r i a l e s d i g i t a l e s , b l o -
q u e a r e l s o l , t r a n s p o r t a r p a s a j e r o s ) a l a v e z q u e señalan u n a i m a g e n d e m o d e r n i d a d
y p o d e r a d q u i s i t i v o . L o s superTÍsores evalúan l a e f i c i e n c i a d e l o s e m p l e a d o s e n s u s
p u e s t o s d e t r a b a j o ( s u p e r f o r m a n c e ) así c o m o t a m b i é n s e evalúan l a s z a p a t i l l a s d e
tenis y l a bolsa financiera, supuestamente c o nvistas a superar e l p e r f o r m a n c e de l a
c o m p e t e n c i a . T a m b i é n e n e l e n t o r n o político, l o s a s e s o r e s c o n c l u y e n q u e l o q u e
g e n e r a l m e n t e d e t e r m i n a e l éxito político e n e l p e r f o r m a n c e d e u n c a n d i d a t o o fi-
g u r a política e s e l " e s t i l o " más q u e l o s " l o g r o s " . L a c i e n c i a también h a c o m e n z a d o
s u exploración e n e l c a m p o d e l c o m p o r t a m i e i : i t o y l a c u l t u r a e x p r e s i v a . L a s c i e n -
c i a s c o g m t i v a s y l a neurología s e i n t e r e s a n e n e l m o d o e n q u e e l m i m e t i s m o , l a
identificación y l a empatía c o n s t i t u y e n a c t i v i d a d e s c e n t r a l e s e n l a s u p e r v i v e n c i a d e
h u m a n o s y a n i m a l e s . ^ ^ E l biólogo R i c l i a r d D a w k i n s p r o p o n e q u e l o s a c t o s m i m é -
ticos ( o"memes") t r a n s m i t e n c o n o c i m i e n t o vital. " L o s m e m e s s o n relatos, cancio-
n e s , hábitos, h a b i l i d a d e s , i n v e n c i o n e s , y m a n e r a s d e h a c e r c o s a s q u e c o p i a m o s d e
o t r a s p e r s o n a s p o r imitación."^^
2 ^ Consúltese, p o r e j e m p l o , l o s e s t u d i o s d e V i t t o r i o G i i l i c s e , D a v i d H e e g e r . R o n a J d A . R e n s i n k y D a n i e l
J. S i m m o n s .
22 S u s a n B l a c k m o r e , " ' D i e P o w e r o f M e m e s " , Sdenlipc American, 2 0 0 0 , pp. 64-73.
 22 D I A N A T A Y L O R
I n c l u s o denü'o d é l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e , l a s n o c i o n e s r e l a c i o n a d a s c o n
e l r o l y l a fruición d e l p e r f o r m a n c e varían a m p l i a m e n t e . A l g u n o s e s p e c i a l i s t a s p r o -
c l a m a n e l carácter efímero d e l p e r f o r m a n c e y a r g u m e n t a n q u e d e s a p a r e c e p o r q u e
n i n g u n a f o r m a d e d o c u m e n t a c i ó n o reproducción c a p t u r a l o e?i vivo. P e g g ) / " P h e -
l a n , d e s d e u n a posición l a c a n i a n a , d e l i m i t a l a v i d a d e l p e r f o r m a n c e a l p r e s e n t e :
" E l p e r f o r m a n c e n o se guarda, registra, d o c u m e n t a n i participa d e m a n e r a alguna
e n l a circulación d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s de lasrepresentaciones: una vez q u e l o
hace, se c o n v i e r t e e n o t r a cosa; y a n o es p e r f o r m a n c e [ . . . ] E i p e r f o r m a n c e se
m a n t i e n e fiel a s u p r o p i a e n t i d a d a través d e l a desaparición".^^ U n v i d e o d e u n
p e r f o r m a n c e n o es p e r f o r m a n c e ; es e l registi'o d e a r c h i v o , p e r o n o e l acto e n
v i v o . S i n e m b a r g o , l a diferenciación e n t r e e l a c t o e n v i v o y s u reproducción n o e s
tan firme n i e s t a b l e . S i s e g u i m o s e l t r - a b a j o d e l teórico c o l o m b i a n o Jesús M a r t í n
B a r b e r o s e p u e d e r e f i i t a r q u e e l a c t o d e v e r y d i s c u t i r e l v i d e o también es u n a c t o
e n v i v o a u n q u e e l v i d e o e n sí n o l o s e a . M u c h o s a r t i s t a s u s a n v i d e o s c o m o p a r t e
del performance, mientras otras ( c o m o A n a M e n d i e t a ) desarrollan el p e r f o r m a n -
c e p a r a l a cámara. L a s f o t o s serán e l p e r f o r m a n c e q u e v e n l o s e s p e c t a d o r e s . T o d a
discusión a c e r c a d e l o s a c t o s e n v i v o también s e c o m p l i c a s i c o n s i d e r a m o s e l e s -
p a c i o v i r t u a l q u e a b r e i n t e r n e t . ¿Qiié s i g n i f i c a e l c o n c e p t o en vivo e n relación a l a
red} ¿ D e qué m a n e r a i n t e r n e t n o s desafía a r e p e n s a r " a q u e l l o q u e e n t e n d í a m o s
c o m o efímero? P e r f o r m a n c e s t r a n s m i t i d o s o r e a f i z a d o s e n l a r e d n o s e p a r - a n e l
m o m e n t o d e creación d e l a i n s t a n c i a d e a r c h i v o c o m o l o h a c e P h e l a n ; a l c o n t r a -
r i o , se a u t o a r c h i v a n desde e l c o m i e n z o . C o m o t o d o s saben, m u c h o s a s u pesar, l o
q u e está e n l a r e d n o s i e m p r e d e s a p a i ' e c e . C o m o señala J i l l L a ñ e e n s u a i - t i c u l o
a c e r c a d e l o s z a p a t i s t a s d i g i t a l e s , e l e s p a d o v i r t u a l está p e r m a n e n t e m e n t e presente
y e s u n a p l a t a f o r m a política p o t e n t e , y m u y " r e a l " .
J o s e p h R o a c h , p o r o t r o l a d o , e x t i e n d e s u comprensión d e p e r f o r m a n c e c o m o
copartícipe d e l a m e m o r i a y l a h i s t o r i a . P a r a e s t e teórico, p e r f o r m a n c e p a r t i c i p a
e n l a tr-ansmisión q u e a s e g u r a l a c o n t i n u i d a d d e l s a b e r :
L a s genealogías d e p e r f o r m a n c e s e c o n s t i t u y e n a p a r t i r d e k i d e a d e q u e l o s
m o v i m i e n t o s e x p r e s i v o s s o n r e s e r v a s mnemónicas, e i n c l u y e n m o v i m i e n t o s
23 P e g g y Phelíin, U n m a r k e d : Uje Politics of Perfonnance, Londres y Nuevit York, Roiidedgc, 1993,
p . 1 4 6 . Véase e l e n s a y o "Ontología d e l p e r f o r m a n c e : representación s i n reproducción" q u e i n c l u i m o s e n
este v o l u m e n .
INTRODUCCIÓN 23
concertados que se r e a l i z a n y recuerdan c o n e l cuerpo, m o v i m i e n t o s residuales
q u e s e r e t i e n e n implícitamente e n imágenes o p a l a b r a s ( o e n l a s p a u s a s e n t r e
e l l a s ) , y m o v i m i e n t o s i m a g i n a r i o s q u e s e sueñan e n l a m e n t e , n o p r e v i o s a l l e n -
guaje p e r o que l o c o n s t i t u y e n [...]^'*
Teóricos p r o v e n i e n t e s d e l a Hngüística, l a filosofía y l a retórica ( J . L . A u s t i n ,
J a c q u e s D e r r i d a y J u d i t h B u t l e r ) d e s a r r o l l a r o n términos c o m o performativo o
realizativo j performatividad para designar actos verbales q u e"hacen" e i n t e r -
v i e n e n . \^XY performativo para A u s t i n , refiere a s i t u a c i o n e s e n las q u e "el acto d e
e x p r e s a r l a oración e s r e a f i z a r u n a acción, o p a r t e d e e l l a , acción q u e a s u v e z n o
sería n o r m a l m e n t e d e s c r i p t a c o m o c o n s i s t e n t e e n d e c i r a l g o " . ^ ^ E n a l g u n o s c a -
s o s , l a reiteración y e l m a r c o c o n v e n c i o n a l q u e a n t e s asocié c o n p e r f o r m a n c e e s
c l a r a : e s d e n t r o d e l e s c e n a r i o o f i c i a l d e u n c a s a m i e n t o d o n d e l a s p a l a b r a s "sí,
q u i e r o " c o n l l e v a n p e s o legíil. O t r o s académicos d e s a r r o h a r o n l a n o c i ó n d e p e r -
formativo ofrecida por A u s t i n de distintas maneras. Jacques D e r r i d a , p o r e j e m -
p l o , s u b r a y a l a i m p o r t a n c i a d e l a c l t a c i o n a l i d a d y d e l a i t e r a b i f i d a d e n e l speech act,
a l p l a n t e a r l a cuestión d e s i " u n a enunciación p e r f o r m a t i v a p o d r í a t e n e r éxito s i
s u formulación n o r e p i t i e r a u n e n u n c i a d o c o d i f i c a d o ' o i t e r a b l e " . ^ ^ S i n e m b a r g o ,
el m a r c o e n e l q u ese basa e l uso performatividad q u e h a c e J u d i t h BuÜer e s
difícil d e i d e n t i f i c a r : e l p r o c e s o d e socialización p o r e l c u a l n o c i o n e s c o m o g é n e -
r o e i d e n t i d a d s e x u a l o r a c i a l s e p r o d u c e n a través d e prácticas r e g u l a t o r i a s y c i -
t a c i o n a l e s n o es e v i d e n t e p o r q u e e l m i s m o p r o c e s o d e normalización l o h a i n v i -
s i b i l i z a d o . P o r e j e m p l o , d e b i d o a l éxito d e e s t e p r o c e s o d e norma.lización n o n o s
d a m o s c u e n t a d e q u e l a i d e n t i d a d s e x u a l es u n p e r f o r m a n c e , es decir, n o u n h e -
c h o biológico s i n o u n a c o n s t r u c c i ó n s o c i a l d e i d e n t i d a d . C o m o señala B u t l e r ,
p r o c l a m a r q u e u n / a recién n a c i d o / a e s n i ñ o / a s i g n i f i c a i n t r o d u c i r l o / a e n u n s i s -
t e m a d e regulación d i s c u r s i v o . M i e n t r a s q u e e n A u s t i n e l p e r f o r m a t i v o a p u n t a
al " l e n g u a j e q u e hace", a c e n t u a n d o d e esta m a n e r a l a v o l u n t a d p e r s o n a l , e n B u t -
l e r l a p e r f o r m a t i v i d a d v a e n dirección c o n t r a r i a , a l s u b o r d i n a r s u b j e t i v i d a d y a c -
2^* J o s e p h R o a c l i , Citíes ofthe Dead: C i r a m - A t l a n i i c Performance, Nueva York, Columbia University
Press, 1 9 9 6 , p. 2 6 .
25 J . L . A u s t i n , Cómo hacer cosas con palabras, B u e n o s A i r e s , B a r c e l o n a , México, Paidós, 1 9 7 1 , p - 4 6 .
2 6 J a c q u e s D e r r i d a , " F i r m a , a c o n t e c i m i e n t o , c o n t e x t o " , e n Márgenes de l a filosofía, M a d r i d , Cátedra,
19S9,p.368.
 24 D I A N A T A Y L O R
ción c u l t u r a l a l a práctica d i s c u r s i v a n o r m a t i v a . E n e s t a t r a y e c t o r i a , e l u s o d e l o s
tiímmos performativo y performatividad n o remite a u n acualidad (o adjetivo)
de p e r f o r m a n c e ( c o m o e n e l caso, p o r e j e m p l o , d e u n e v e n t o p e r f o r m a t i v o , es
decir, q u e i n c l u y e e l e m e n t o s teatrales) s i n o a u n a p r o p i e d a d d e l discurso. D e c i r
q u e e l h o m b r e e s p e r f o r m a t i v o n o impÜca q u e éste p o s e e c u a l i d a d e s dramáticas
s i n o q u e s e r h o m b r e es p r o d u c t o d e u n a s e r i e i n t e r m i n a b l e d e actos d i s c u r s i v o s
y disciphnarios q u e establecen l an o r m a de m a s c u l i n i d a d e n cierta sociedad.
Q i i e d a c l a r o , p u e s , q u e l a s '^ú-^x.'^z performance, performativo y performati-
vidad t a m b i é n c u e n t a n c o n l a r g a s h i s t o r i a s y n o s o n t é r m i n o s i n t e r c a m b i a b l e s .
A p e s a r d e q u e t a l v e z y a s e a d e m a s i a d o t a r d e p a r a r e c u p e r a r e l u s o d e l término
performativo d e n t r o d e l t e r r e n o n o discursivo d e p e r f o r m a n c e (es decir, para
r e f e r k a a c c i o n e s más q u e a e f e c t o s d e d i s c u r s o ) , d e s e o p r o p o n e r q u e r e c u r r a m o s
a u n a p a l a b r a d e l u s o contemporáneo performance e n ts'p'^ñol, performdtico,
para denotar l af o r m a adjetivada del aspecto n o discursivo de performance. D e
e s t e m o d o , p a r a r e f e r i r a l a s características e s p e c t a c u l a r e s o t e a t r a l e s d e u n d e t e r -
m i n a d o s u c e s o diríamos q u e s e trató d e a l g o performático y n o p e r f o r m a t i v o .
¿ C u á l sería l a i m p o r t a n c i a d e e l l o ? M e p a r e c e v i t a l señalar q u e l o s c a m p o s
performáticos y v i s u a . l e s s o n f o r m a s s e p a r a d a s , a u n q u e m u c h a s v e c e s asocia-
d a s , d e l a expresión d i s c u r s i v a a l a q u e t a n t o h a p r i v i l e g i a d o e l l o g o c e n t r i s m o
o c c i d e n t a l . N o d i s p o n e r d e u n a p a l a b r a p a r a r e f e r i r s e a e s e e s p a c i o performáti-
c o e s p r o d u c t o d e l m i s m o l o g o c e n t r i s m o q u e l o n i e g a c o m o categoría.
D e e s t a m a n e r a , u n o d e l o s p r o b l e m a s e n e l u s o d e l a ^ú'ú:^):'^ performmice, y
s u s f a l s o s análogos ( p e r f o r m a t i v o y p e r f o r m a t i v i d a d ) p r o v i e n e d e l a m p H o r a n g o
de c o m p o r t a m i e n t o s que abarca: desde l a danza hasta el c o m p o r t a m i e n t o cultural
c o n v e n c i o n a l . A l g u n o s p r e g i m t a n : ¿entonces, t o d o e s p e r f o r m a n c e ? N o , p e r o t o d o
se p u e d e a n a l i z a r c o m o p e r f o r m a n c e o , a p a r e n t e m e n t e , t o d o se p u e d e v e n d e r
u s a n d o l a ^ú^hí^ performance. L o s múltiples s i g n i f i c a d o s át performance t a l v e z
c o m p h q u e n u n a definición c l a r a , p e r o , a l a v e z , e s t a m u l t i p l i c i d a d p o n e e n e v i -
d e n c i a n o sólo l a s p r o f u n d a s i n t e r c o n e x i o n e s q u e s e d a n e n t r e t o d o s e s t o s s i s t e -
m a s s i n o también s u s f r i c c i o n e s p r o d u c t i v a s . A s í c o m o l a s d i s t i n t a s a p f i c a c i o n e s
d e l término e n d i v e r s o s ámbitos (artístico, académico, político, científico, c o m e r c i a l )
r a r a m e n t e s e i n t e r p e l a n d e m a n e r a d\íQCti^^ performance h a t e n i d o también u n a
h i s t o r i a d e i n t r a d u c i b i l i d a d . E s irónico e l h e c h o d e q u e e l término h a y a s i d o s o -
m e t i d o a l o s c o m p a r t i m e n t o s d i s c i p h n a r i o s y geográficos q u e a p u n t a a d e s a f i a i - , y
INTRODUCCIÓN 25
s e l e h a y a n e g a d o l a u n i v e r s a l i d a d y t r a n s p a r e n c i a q u e a l g u n o s señalan c o m o e l
p o t e n c i a l d e p e r f o r m a n c e c o m o metodología d e anáhsis. E s t o s d i v e r s o s p u n t o s
d e i n t r a d u c i b i l i d a d s o n , d e m a n e r a c l a r a , l o q u e h a c e d e l t é r m i n o y s u s prácticas
u n c a m p o teóricamente i n c l u s i v o y c n l t u r a l m e n t e r e v e l a d o r .
A p e s a r d e l a s a c u s a c i o n e s d e o^t performance e s u n a p a l a b r a s a j o n a , y t a l
v e z i n n e c e s a r i a , ^ ^ y d e q u e n o h a y m a n e r a d e h a c e r l a s o n a r n a t u r a l n i e n español
n i e n p o r t u g u é s , académicos y a r t i s t a s h a n c o m e n z a d o a a p r e c i a r l a s cualidades
multívocas y estratégicas d e l t é r m i n o . A u n q u e l a p a l a b r a p u e d e p a r e c e r e x t r a n -
j e r a e i n t r a d u c i b i e , l a s e s t r a t e g i a s performátlcas están p r o f u n d a m e n t e enraiza-
d a s e n A m é r i c a d e s d e s u s orígenes; p o r e j e m p l o l o s a z t e c a s , m a y a s e i n c a s , e n -
t r e m u c h o s o t r o s g r u p o s i n d í g e n a s , c o n t a b a n c o n prácticas c o m o e l c a n t o y
e l b a i l e p a r a t r a n s m i t i r s u s h i s t o r i a s . A u n así, a l g u n o s s e q u e j a n d e q u e l a p a -
l a b r a performance debería t r a d u c i r s e p o r a l g u n a o t r a e n español o p o r t u g u é s .
L a s sugerencias q u ese ofrecen t i e n d e n a serpalabras derivadas del arte teatral
o d e l a s a r t e s plásticas, c o m o t e a t r a f i d a d , espectáculo, acción o representación.
Estas palabras captan aspectos fundamentales de l o q u e queremos decir c o n
p e r f o r m a n c e , p e r o , c o m o v e r e m o s , e n c a d a i n s t a n c i a a l g u n a dimensión c l a v e
queda Riera.
Teatralidad y espectácido c a p t a n e l s e n t i d o d e p e r f o r m a n c e c o m o a l g o c o n s -
triúdo y a b a r c a d o r . Teatralidad m u e s t r a l a distinción e n t r e l o q u e es p e r f o r m a n c e
y l o q u e p u e d e s e r v i s t o como p e r f o r m a n c e . Teatralidad n o s e r e f i e r e d e m o d o e x -
clusivo a l teatro, n i fiinciona c o m o a d j e t i v o d e t e a t r o , p e r o sí a p u n t a a l l e n t e m e -
todológico q u e señala o e n m a r c a a i o b j e t o d e e s t u d i o como t e a t r o : p o r e j e m p l o ,
se d i c e q u e e l c a n d i d a t o p r e s i d e n c i a l es m u y " t e a t r a l " . T a l c o m o s u c e d e e n e l t e a -
tro, l a t e a t r a l i d a d n o s m u e s t r a q u e l a s cosas p a s a n c o m o e n u n escenario, c o n
participantes supuestamente e n v i v o ; l a v i d a parece estar estructurada alrededor
d e u n guión esquemático, c o n u n fin p r e e s t a b l e c i d o ( a u n q u e a d a p t a b l e , según l a s
c i r c u n s t a n c i a s ) . D e m a n e r a o p u e s t a a l a s n a r r a t i v a s , l o s e s c e n a r i o s [scenario] n o s
obligan a considerar la existencia corporal de todos los participantes. L a teatraH-
dad n o depende exclusivamente del lenguaje articulado (narrativa) para t r a n s m i -
t i r u n a acción o u n p a t r ó n e s t a b l e c i d o d e c o m p o r t a m i e n t o s ; l o s g e s t o s , e l e n t o r n o
2 ^ S e g ú n e l C/ave Sj}íinis/j La?iguage DicHofia?y:"pcríormancc: ( f e m i n i n e ) [perfórmans] E s p e c t á c u l o
o representación pública, e s p . s i t i e n e u n carácter i n n o w i d o r . S u u s o e s i n n e c e s a r i o y p u e d e s u s d t u i r s e
p o r presentación".
 26 D I A N A T A Y L O R INTRODUCCIÓN

físico y l o s c u e r p o s m i s m o s d e l o s pívrticipímtes e n t r a n e n e l m a r c o t e a t r a l . L a
acción o t i ' a m a está e s t r u c t u r a d a d e m a n e r a p r e d e c i b l e y r e s p o n d e a u n a fórnuüa
c o n o c i d a q u e s e p u e d e r e p e t i r . L a t e a t i ' a l i d a d ( t o m a r u n a situación como t e a t r o )
h a c e a l a r d e d e s u artificiOj d e s u "ser c o n s t r u i d a " ; p u g n a p o r l a eficacia, n o p o r l a
a u t e n t i c i d a d . L a p r e g u n t a q u e s e l e h a c e a l a t e a t r a l i d a d n o e s s i l a situación a l a q u e
a l u d e e s v e r d a d e r a o fiüsa s i n o s i fiinciona o n o ñmciona. A d i f e r e n c i a á&perfor-
mancey teatraUclad. c o n n o t a u n a dimensión c o n s c i e n t e , c o n t r o l a d a y , p o r e s o m i s m o ,
s i e m p r e política. D i f i e r e d e especíácido e n q u e l a teatraÜdad s u b r a y a l a m e c á n i c a
d e l espectáculo y c e l e b r a l o s h i l o s q u e s e m a n i p u l a n detrás d e l e s c e n a r i o . P o r e l
c o n t r a r i o , espectáculo, c o m o señaló G u y D e b o r d , " n o e s u n c o n j u n t o d e imágenes,
s i n o u n a relación s o c i a l e n t r e p e r s o n a s , m e d i a t i z a d a a través d e imágenes", q u e a
v e c e s p r e t e n d e p a s a r c o m o n o m e d i a t i z a d a , e s d e c i r , s i m u l a s e r n a t u r a l u orgánica.^^
D e e s t a m a n e r a , c o m o y a l o afirmé e n o t r o t r a b a j o , e l espectáculo " s o m e t e a l o s
i n d i v i d u o s a u n a economía d e l a m n - a d a y d e l m l r a r " ^ ' q u e p u e d e a p a r e c e r más
n o r m a i l z a d o r a , es decir, m e n o s t e a t r a l . L a g e n t e p u e d e n o estar c o n s c i e n t e d e l r o l
q u e l e t o c a e n e l espectáculo. S i n e m b a r g o , a m b o s términos, teah-alidady espectáculo,
s o n s u s t a n t i v o s s i n v e r b o . C o m o l a'pÚTihs:-^perforjnance, a p u n t a n a l a dimensión
s o c i a l ( l a s o c i e d a d d e l espectáculo) p e r o a d i f e r e n c i a d e ésta n o i n c l u y e n l a d i -
m e n s i ó n i n d i v i d u a l . Performance ( s u s t a n t i v o ) , to perform ( v e r b o ) a b a r c a n n o sólo
l a s d i m e n s i o n e s s o c i a l e s e i n d i v i d u a l e s s i n o también l a s i n t e r a c c i o n e s p e r m a n e n -
tes e n t r e a m b o s . E l p e r f o r m a n c e i n d i v i d u a l p u e d e t r a n s f o r m a r los espacios s o c i o -
políticos. M u c h o s e p i e r d e a m i e n t e n d e r , c u a n d o r e s i g n a m o s e l p o t e n c i a l p a r ' a l a
InterYcnción d i r e c t a y a c t i v a a l a d o p t a r términos c o m o teatralidad o espectáculo e n
vez á&performance. Dibujo de Dia?ia Raznovich

P a l a b r a s c o m o acción y representación d a n l u g a r a l a acción i n d i v i d u a l y a l a

intervención. Acción p u e d e s e r d e f i n i d a c o m o a c t o ; s i r v e t a n t o p a r a r e f e r h a u n género y p e r t e n e n c i a étnica. Acción a p a r e c e c o m o más d i r e c t a e i n t e n c i o n a l , y d e

happeningvM\gv\';\xd\st% o u n arte-acción, o u n a "intervención"poh'tlca.^íTírwí c o n - e s a m a n e r a c o n m e n o s i m p l i c a c i o n e s s o c i a l e s y p o h ' t i c a s c}^z perform q u e e v o c a

c i t a l a s d i m e n s i o n e s estéticas y p o h ' t i c a s d e l v e r b o " a c t u a r " , e n e l s e n t i d o d e " i n t e r - t a n t o l a prohibición c o m o e l p o t e n c i a l p a r a l a transgresión. P o r e j e m p l o , p o d e m o s

v e n i r " . P e r o accióji e s u n t é r m i n o q u e n o d a c u e n t a d e l o s m a n d a t o s económicos d e s p l e g a ! ' múltiples r o l e s s o c i a l e s a l a v e z ( t a l e s c o m o género, r a z a , c l a s e , e t c . )

y s o c i a l e s q u e p r e s i o n a n a l o s i n d i v i d u o s par-a q u e s e d e s e m n j e l v a n d e n t r o d e m i e n t r a s p a r t i c i p a m o s e n u n a "acción" a n t i m H i t a r d e f i n i d a . E n u n c a s o n o s r e b e -

ciertas escalas n o r m a t i v a s ; p o r e j e m p l o , l a m a n e r a e n q u e d e s p l e g a m o s nuestro l a m o s c o n t r a l a a u t o r i d a d i m p u e s t a (acción a n t i m i l i t a r ) ; e n e l o t r o , n o s p l e g a m o s

2^ G u y D e b o r d , L a sociedad del espectáculo, B u e n o s A i r e s , L a M a r c a , 1 9 9 5 , p . 4 0 .
2^ 'DisappeañngActs: Spectacies of Gender and N n t i o n a l i s m h i Argeuthid's " D i r t y W a r \, D u k e
U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 7 , p. 119; e loriginal e n Ingles.
a l a n o r m a ( r o l s o c i a l ) . Representación, a u n c o n s u v e r b o representar, e v o c a n o c i o -
n e s d e m i m e s i s d e q u i e b r e e n t r e l o " r e a l " y s u "representación", n o c i o n e s q u e s e
h a n c o m p h c a d o d e m o d o m u y p r o d u c t i v o a través d e l o s ttmvciO^ performance y
 2S D I A N A T A Y L O R
perform. A p e s a r d e q u e e s t o s términos s e h a n p r o p u e s t o c o m o a l t e r n a t i v a s a l ío-
]:^i\co performance, t o d o s e l l o s t a m b i é n d e r i v a n d e l e n g u a j e s , h i s t o r i a s c u l l T i r a l e s e
ideologías e u r o p e a s .
P e r f o r m a n c e , c o m o señalan l o s a u t o r e s i n c l u i d o s e n e s t e v o l u m e n , i m p l i c a
s i m u l t á n e a m e n t e u n p r o c e s o , práctica, a c t o , e p i s t e m e , e v e n t o , m o d o d e t r a n s -
misión, d e s e m p e ñ o , realización y m e d i o d e i n t e r v e n c i ó n e n e l m u n d o . E n l a s
p a l a b r a s d e l teórico m e x i c a n o A n t o n i o P r i e t o S t a m b a u g h , p e r f o r m a n c e e s u n a
" e s p o n j a muíante" q u e a b s o r b e i d e a s y metodologías d e v a r i a s d i s c i p h n a s para
aproximarse a nuevas formas de conceptualizar e lm u n d o . E l hecho d e q u e n o
se p u e d a d e f i n i r o c o n t e n e r d e m a n e r a d e f i n i t i v a e s u n a v e n t a j a piu^a l o s a r t i s t a s
y teóricos q u e n o p u e d e n r e a l i z a r s u s q u e h a c e r e s p r o f e s i o n a l e s exclusivamente
d e n t r o d e estructuras y disciplinas previstas. P a r a todos, pues, estos ensayos
a b r e n l a s p u e r t a s a o t r a f o r m a d e desarroüar prácticas y teorías e n e s t e m u n d o
e n e l q u e l o estético, l o e c o n ó m i c o , l o político y l o s o c i a l r e s u l t a n categorías
indisociables.
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• , The Anthropology of Performance, N u e v a Y o r k , P A J P u b l i c a t i o n s , 1 9 8 6 . Restauración de la conducta

RICI-IARD S C H E C H N E R
Richard Schechner es director teatral^ ensayista y profesor universitario en el Depar-
tamento de Estudios de Performance de la Universidad de Nueva York. Su trabajo
dentro de la escena experimental de los años sesenta en los Estados Unidos, así como el
intercambio intelectual que mantuvo con. el antropólogo Victor Turner, lo llevaría a
constituirse como uno de los pensadores inás prolíficos deiitro del campo del performance.
Publicado en 1985, B e t v v e e n T l i e a t r e a n d A n t h r o p o l o g ) ^ [ E n t r e e l t e a t r o y l a
antropolpgía] es uno de los textos principales de Schechner, ahí el autor presenta los
múltiples puntos de encuentro entre estas dos disciplinas, el teatro y la anti-opología, e
introduce así el nodo que constituye una de las matrices fimdamentales de los estudios
delperformance. En el texto cpue presentamos, Schechner establece que la conducta res-
taurada es la característica principal delperformance que atañe tanto a las represen-
taciones del campo estético como a las acciones que forman parte de los performances
cid tur al es (ceremonias y rituales, entreoíros). Según Schechner, las conductas humanas
pueden separarse de su contexto de origen. Así, a pesar de haber surgido como parte de
un proceso concreto, la conducta en su 7 n a t e r i a l i d a d (lo que Schechner define como cin-
tas de comportamiento) constituye una "cosa" que se puede usar como se usa una máscara
o un vestuario, y por lo tanto se presta a ser manipulada, modifi.cada y preservada. De
esta 77ianera, Schechner argumenta que la conducta es un elemento externo al sujeto y que
se puede reh-abajar, intervenir y alterar más allá de su origen en tiempo y espacio. Son
ejemplos de este fenómeno la. batalla simulada enti'e moros y a'istianos (que en sus co-
mienzos en América tuvo una función evangeliza dora) y las representaciones de la
muerte del Inca Atahaulpa, que datan del siglo xx^iJi.

[33]
 34 PRESENTACIÓN

La definición de performance que propone Schechner instala una consideración

temporal que caracteriza al performance como un acto que nunca se da por primera
vez, como una conducta que es de por sí comportamiento repetido f t r v v i c e - b e h a v e d
b e h a v i o r o "comportamiento ejecutado dos veces"). Esta repetición es lo que le da al
performance su fuerza simbólica y refi^exiva, como en el caso de las rondas de las Ma-
dres de Plaza de Mayo de Argentina, quienes al volver cada jueves con sus pañuelos a
marchar para reclamar por la aparición con vida de sus hijos desaparecidos, instaura-
ron su acción no violenta como un potente ritual de denuncia que las j>osicÍonó como
contundentes actores políticos.
Aun cuando el abordaje del performance como conducta restaurada implica pensar
esa conducta en relación con un pasado y dentro de una convención que se reactiva, la
definición de Schechner también incluye atención al performance en tanto creación o
invención, como una oportunidad para volver a ser lo que uno fue, así como para
''volver a ser lo que uno nunca fue pero desearía haber sido".
La colaboración entre Turner y Schechner implica para la antropología una pro-
fundización en el abordaje de la cultura desde un marco teatral, un lente epistémico
que "contamina" a las ciencias sociales. El concepto de performance permite observar
las prácticas simbólicas y corporales a través de las cuales los pueblos transmiten sus
normas y creencias, y exponen y tramitan sus conflictos. Desde elpunto de vista teah'al,
y especialmente desde el campo experimental que le es afín a Schechner, cuyo trabajo
fue paralelo al auge < r / e / p e r f o r m a n c e a r t en los Estados Unidos, dperformance per-
mite atender al comportamiento corporal y así desplazar al texto escrito de su lugar
central en la producción teatral Como en el caso de Eugenio Barba, la cultura hindú
enparticiúary la cultura oriental en general, son influencias claves en el desarrollo de
este tipo de aproximación a la práctica teatral
M.F.
L A C O N D U C T A R E S T A U R A D A E S L A C O N D U C T A E N EJECUCIÓN T R A T A D A D E L A M i s -
m a m a n e r a e n q u e e l d i r e c t o r d e v m a película t r a t a u n a c i n t a cinematográfica.
Estas secuencias d e conducta^ p u e d e n reordenarse o reconstruirse y s o n i n d e p e n -
d i e n t e s d e l o s s i s t e m a s c a u s a l e s ( s o c i a l e s , psicológicos, tecnológicos) q u e l e s d i e r o n
o r i g e n ; i n c l u s o podríamos d e c i r q u e t i e n e n v i d a p r o p i a , p u e s l a " v e r d a d " o r i g i n a l o
la "fiiente" d e l a conducta p u e d e perderse, ignorarse o contradecirse ( a u n cuando
a p a r e n t e m e n t e s e l e esté h o n r a n d o y o b s e r v a n d o ) , y l a f o r m a e n q u e s e creó, e n -
contró o desarrolló l a s e c u e n c i a d e l a c o n d u c t a s e p u e d e d e s c o n o c e r , o c u l t a r , e l a -
b o r a i - o d i s t o r s i o n a r p o r e l m i t o y l a tradición. O r i g i n a d a s c o m o p r o c e s o s y u t i f i z a -
das e n l o s e n s a y o s p a r a crear u n n u e v o p r o c e s o — e l p e r f o r m a n c e — las secuencias
d e c o n d u c t a n o c o n s t i t u y e n e n sí m i s m a s u n p r o c e s o , s i n o c o s a s , e l e m e n t o s c o n s -
titutivos, material.
L a c o n d u c t a r e s t a u r a d a p u e d e s e r d e l a r g a duración, c o m o e n a l g u n o s d r a m a s
y r i t u a l e s , o d e c o r t a duración, c o m o e n a l g u n o s g e s t o s , d a n z a s y m a n t r a s , y s e u s a
en todo tipo d e representaciones: del c h a m a n i s m o y el exorcismo a los estados d e
^ E n F r n n i e A n a l y s i s [ E r v i n g ] GoíTmnn usó e l término secuencias de actividad: " E l término ' s e c u e n -
c i a será u s a d o p a r a r e f e r i r s e a c u a l q u i e r segmentación o c o r t e a r b i t r a r i o d e l a c o r r i e n t e d e a c t i v i d a d e n
c u r s o , i n c l u y e n d o aquí l a s s e c u e n c i a s d e s u c e s o s , r e a l e s o ficdonales, v i s t o s d e s d e l a p e r s p e c t i v a d e q u i e n e s
están i n v o l u c r a d o s s u b j ' e t i v a m e n t e e n m a n t e n e r u n interés e n e l l o s . N o s e p r e t e n d e q u e l a s e c u e n c i a r e f l c j ' e
u n a división i n h e r e n t e a l o s t e m a s d e investigación n i u n a división analítica r e a l i z a d a p o r l o s a l u m n o s q u e
i n v e s t i g a n ; sólo s e usará p a r a r e f e r i r s e a c o d a s e r i e d e s u c e s o s ( d e c u a l q u i e r e s t a t u s r e s p e c t o a l a r e a l i d a d )
q u e u n o q u i e r e h a c e r n o t a r c o m o p u n t o d e p a r t i d a p u r a e l análisis", 1 9 7 4 , p . 1 0 . M i secuencia de conducta
está r e l a c i o n a d a c o n e l término d e G o f T m a n , p e r o e s también, c o m o s e verá después, s i g n i f i c a t i v a m e n t e
diferente.

[35]
 36 R I C H A R D S C H E C H N E R
tríince, d e l r i t u a l a l a d a n z a artística y e l t e a t r o , d e l o s r i t o s d e iniciación a l o s
d r a m a s s o c i a l e s , d e l psicoanálisis a l p s i c o d r a m a y a l aniüisis t r a n s a c c i o n a i . D e h e -
c h o , l a c o n d u c t a r e s t a u r a d a e s l a característica p r i n c i p a l d e l p e r f o r m a n c e ; l o s
p r a c t i c a n t e s d e todas estas artes, r i t o s y p r o c e d i m i e n t o s curativos a s u m e n q u e a l -
gunas conductas —secuencias o r g a n i z a d a s d e sucesos, a c c i o n e s programadas,
textos conocidos, m o v i m i e n t o s p a u t a d o s — existen independientemente d e l o s
a c t o r e s q u e l a s r e a U z a n . D e b i d o a e l l o l a s s e c u e n c i a s de c o n d u c t a p u e d e n s e r a l -
macenadas, t r a n s m i t i d a s , m a n i p u l a d a s y transformadas; l o s actores enti-an e n
c o n t a c t o c o n e l l a s , l a s r e c o b r a n , r e c u e r d a n o , i n c l u s o , las i n v e n t a n y l u e g o v u e l v e n
a c o m p o r t a r s e según l o s pai-ámeti-os, y a s i e n d o a b s o r b i d o s ( a l r e p r e s e j i t a r e l p a p e l ,
a l e n t r a r e n t r - a n c e ) o y a c o e x i s t i e n d o c o n e l l a s ( e l verfrerndungseffekt d e B r e c h t ) .
L a l a b o r d e restauración s e H e v a a c a b o e n l o s e n s a y o s y e n l a transmisión d e l a
c o n d u c t a d e l m a e s t r o ÍÜ a p r e n d i z . E n t e n d e r l o q u e s u c e d e d u r a n t e e l e n t r e n a -
m i e n t o , l o s e n s a y o s , l o s tídleres — i n v e s t i g a r e l m o d o s u b j u n t i v o q u e e s e l m e d i o
d e e s t a s o p e r a c i o n e s — e s l a m a n e r a más s e g u r a d e r e l a c i o n i u - e l p e r f o r m a n c e e s -
tético c o n e l r i t u a l .
L a c o n d u c t a r e s t a u r a d a está allí a R i e r a , l e j o s d e mí; está s e p a i - a d a y , p o r t a n t o ,
se p u e d e ti-abajar e n , e l l a o m o d i f i c a r a u n c u a n d o y a h a s u c e d i d o . A s i m i s m o , i n -
c l u y e u n v a s t o e s p e c t r o d e a c c i o n e s : p u e d e s e r e l y o e n o t r o e s t a d o psicológico u
o t i - o t i e m p o , c o m o e n l a c a t a r s i s psicoanalítica; p u e d e existir* e n u n a e s f e r a n o
c o m ú n d e l a r e a h d a d s o c i o c u l t u r a l , c o m o e n l a pasión de C r i s t o o l a recreación e n
B a h d e l a l u c h a e n t r e R a n g d a y B a r o n g ; o p u e d e ser s a n c i o n a d a p o r l a c o n v e n -
ción estética, c o m o e n e l d r a m a y l a d a n z a ; p u e d e ser, también, e l t i p o e s p e c i a l d e
c o n d u c t a esperada d e a l g u i e n q u e p a r t i c i p a e n u n ritual tradicional, p o r e j e m p l o ,
l a valentía d e m o s t r a d a p o r u n j o v e n g a l a u k u e n P a p u a N u e v a G u i n e a d u r a n t e
s u iniciación a l n o d e r r a m a r n i u n a l á g r i m a c u a n d o las h o j a s p u i a t i a g u d a s c o r t a n
e l i n t e r i o r d e s u s f o s a s nasiües o l a t i m i d e z d e u n a n o v i a e s t a d u n i d e n s e q u e s e
s o n r o j a e n s u b o d a a u n c u a n d o y a h a v i v i d o c o n s u n o v i o d u r a n t e d o s años.
D e c u a l q u i e r m a n e r a , l a c o n d u c t a r e s t a u r a d a es simbólica y r e f l e x i v a : n o e s
u n a c o n d u c t a vacía, está l l e n a d e s i g n i f i c a d o s q u e s e t r a n s m i t e n poHsémicamente.
E s t o s términos difíciles e x p r e s a n u n s o l o p r i n c i p i o : e l yo p u e d e a c t u a r e n o t r o o
c o m o o t r o ; e l y o s o c i a l o t r a n s i n d i v i d u a l es u n r o l o conjunto d e r o l e s . L a c o n d u c -
t a simbólica y r e f l e x i v a e s l a consoHdación e n e l t e a t r o de u n a s e r i e d e p r o c e s o s
s o c i a l e s , r e l i g i o s o s , estéticos, médicos y e d u c a t i v o s . Performance s i g n i f i c a " n u n c a
ESTAUIU-CIÓN D EL A C O N D U C T A 37
p o r p r i m e r a v e z " : s i g n i f i c a " p o r s e g u n d a v e z y h a s t a n ' número d e veces". Perfor-
mance e s " c o n d u c t a r e a f i z a d a d o s v e c e s " .
M i l a pintiu-a, n i l a escultiu'a, n i l a escritura m u e s t r a n l a c o n d u c t a real tal cual
se está r e a H z a n d o . S i n e m b a r g o , mués d e años a n t e s d e q u e e x i s t i e r a e l c i n e s e h a -
cían r i t u a l e s a p a r t i r d e s e c u e n c i a s d e c o n d u c t a r e s t a u r a d a : acción y stasis c o e x i s -
tían e n e l m i s m o s u c e s o . U n a sensación d e b i e n e s t a r fiuía d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s
r i t u a l e s : l a c o m u n i d a d , l o s a n c e s t r o s y l o s d i o s e s p a r t i c i p a b a n , simultáneamente,
de h a b e r s i d o , ser y l l e g a r a ser. L a s s e c u e n c i a s d e c o n d u c t a s e r e p r e s e n t a b a n c i e n -
tos d e v e c e s y l o s r e c u r s o s mnemotécnicos a s e g u r a b a n q u e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s
fiieran c o r r e c t a s , e s t o es, t r a n s m i t i d a s d u r a n t e n u m e r o s a s g e n e r a c i o n e s c o n e s c a s a s
v a r i a c i o n e s a c c i d e n t a l e s . I n c l u s o a h o r a , e l t e m o r e n l a n o c h e d e e s t r e n o n o es p o r
l a p r e s e n c i a d e l púbhco, s i n o p o r s a b e r q u e l o s e r r o r e s y a n o s e p e r d o n a n .
T a l c o n s t a n c i a e n l a transmisión e s aún más a s o m b r o s a p o r q u e l a c o n d u c t a
r e s t a u r a d a i n v o l u c r a l a t o m a d e d e c i s i o n e s . L o s a n i m a l e s s e r e p i t e n a sí m i s m o s y
lo m i s m o h a c e n los ciclos d e l a l u n a , pero u nactor puede negarse a realizar a l g u n a
acción. E s t e t e m a , e l d e l a elección, n o r e s u l t a sencülo. S i b i e n a l g u n o s etólogos
y especiahstas e n ' e l e s t u d i o d e l cerebro a r g u y e n que n o existe u n a diferencia s i g -
n i f i c a t i v a — n i n g u n a d i f e r e n c i a d e ningún t i p o — e n t r e e l c o m p o r t a m i e n t o d e l o s
a n i m a l e s y e l d e l o s s e r e s h u m a n o s , a l m e n o s t e n e m o s l a "ilusión d e l a elección",
l a sensación d e q u e p o d e m o s d e c i d i r , y e s o b a s t a . H a s t a e l c h a m á n q u e h a r e c i b i d o
" e l l l a m a d o " , e l m é d i u m q u e está c a y e n d o e n t r a n c e y e l a c t o r p r o f e s i o n a l c u y o
t e x t o d e p e r f o r m a n c e es c o m o u n a s e g u n d a n a t u r a l e z a d e c i d e n r e s i s t i r s e o c e d e r ,
y s e s o s p e d i a d e q u i e n e s a c c e d e n m u y fácihnente o d e l o s q u e s e r e h u s a n m u y
p r o n t o . E x i s t e u n a c o n t i n u i d a d e n t r e l a escasa fibertad d e elección e n e l r i t u a l y l a
g r a n l i b e r t a d e n l a s r e p r e s e n t a c i o n e s t e a t r a l e s c o n fines estéticos; e n e s t a s últimas,
l a fiinción d e l o s e n s a y o s e s d o b l e : p o r u n l a d o , r e s t r i n g i r l a s o p c i o n e s o , a l m e n o s ,
e s c l a r e c e r l a s r e g l a s d e l a improvisación; p o r o t r o , e s t a b l e c e r u n a p a r t i t u r a , y e s a
p a r t i t i n - a e s u n r i t u a l p o r c o n t r a t o : u n a c o n d u c t a fija q u e t o d o s l o s p a r t i c i p a n t e s
aceptan seguir.
L a c o n d u c t a r e s t a u r a d a s e p u e d e u s a r c o m o u n a máscara o u n a v e s t i m e n t a ; s u
f o r m a p u e d e v e r s e d e s d e e l e x t e r i o r y p u e d e m o d i f i c a r s e . E s t o es p r e c i s a m e n t e l o
que h a c e n u n d k e c t o r de teatro, u n concifio de obispos, y los grandes actores y
chamanes: m o d i f i c a r l a p a r t i t u r a del performance, l o cual puede hacerse porque
ésta n o e s u n s u c e s o n a t u r a l , s i n o u n m o d e l o d e elección h u m a n a , t a n t o i n d i v i d u a l
 38 R I C H A R D S C H E C H N E R RESTAURACIÓN D EL A C O N D U C T A 39

c o m o c o l e c t i v a . U n a p a r t i t i u ' a e x i s t e , c o m o T u r n e r señala, e n m o d o s u b j v m t i v o , e n d e S h a k e s p e a r e , e l R a m c h a i l t m a n a s d e T u i s i d a s , e l E d i p o d e Sófocles; s i n e m -

lo q u eStanislavsk)^ H a m o el " c o m o si".^ Puesto q u e existe c o m o segunda natiu-a- b a r g o , l o q u e e n reaÜdad e s c r i b i e r o n e s o s a u t o r e s n o f u e p r o p i a m e n t e l a h i s t o r i a ,
l e z a , l a c o n d u c t a r e s t a u r a d a está s i e m p r e s u j e t a a revisión. E s t a s e g u n d a n a t i u - a l e - s i n o u n a versión d e a l g o . E s difícil señalar e x a c t a m e n t e l o q u e d e t e r m i n a q u e u n a
za combina negatividad y subjuntividad. obra pertenezca a u n a colectividad o p r o v e n g a d e ella. L a conducta restaurada
E x p r e s a d o e n términos p e r s o n a l e s , l a c o n d u c t a r e s t a u r a d a e s " y o c o m p o r t á n - o f r e c e a i n d i v i d u o s y a g r u p o s l a posibiÜdad d e v o l v e r a s e r l o q u e a l g u n a v e z
d o m e c o m o s i f u e r a a l g u i e n m á s " o " c o m o s i R i e r a además d e m í m i s m o " , o " c o m o f u e r o n o, i n c l u s o , c o n m a y o r f r e c u e n c i a , d e v o l v e r a ser l o q u e n u n c a fiieron pero
s i n o f r i e r a y o m i s m o " , c o m o e n e l t r a n c e ; p e r o e s t e " a l g u i e n más" podría t a m b i é n d e s e a r o n h a b e r s i d o o l l e g a r a ser.
s e r " y o e n o t r o e s t a d o d e s e r o e x i s t i r " , c o m o s i h u b i e r a múltiples " 3 ^ 0 " e n c a d a L o s d i a g r a m a s 1 , 2 , 3 y 4 s o n c u a t r o v e r s i o n e s d e m i hipótesis fimdamental:
p e r s o n a . L a d i f e r e n c i a e n t r e o t r a s " f o r m a s d e presentación d e l y o " más f o r m a l e s - ' y las c o n d u c t a s d e l p e r f o r m a n c e s o n c o n d u c t a s restauradas:
e l a c t u a r m e a m í m i s m o — ^ p o r e j e m p l o , a l e x t e r i o r i z a r u n sueño, r e x p e r i m e n t a r
u n t r a u m a d e l a niñez o m o s t r a r a o t r o l o q u e h i c e a y e r — es u n a d i f e r e n c i a d e
PASADO FUTURO
grado, n o d e tipo.
Fuentes d e subjuntivo P e r f o r m a n c e s d e subjunüvo
También e x i s t e u n a c o n t i n u i d a d q u e v i n c u l a l a s f o r m a s d e p r e s e n t a r e l y o
* Talleres q u e n u n c a s e
c o n l a s f o r m a s d e p r e s e n t a r a l o s o t r o s : l a acmación e n d r a m a s , d a n z a s y r i t u a l e s . p r e s e n t a n públicamente
L o m i s m o p u e d e decirse d e l a s acciones sociales y los p e r f o r m a n c e s culturales, SUBJUNTIVO
5. S u c e s o n o o c u r r i d o * Paraíeotro y
sucesos c u y o o r i g e n n o p u e d e s e r u b i c a d o e n l o s i n d i v i d u o s , s i es q u e p u e d e s e r virtual " s u c e s o s " n o públicos

t r a z a d o d e a l g u n a m a n e r a . T a l e s s u c e s o s s e d e s a r r o l l a n én u n a e s p i r a l d e r e t r o n l i - mítico —• — >
5. S u c e s o s r e s t a u r a d o s n o
ficcionai
mentación c o n l a s a c c i o n e s d e l o s i n d i v i d u o s c u a n d o s o n r e p r e s e n t a d o s ; así, p o r ocurridos y n oactuados e n
público
ejemplo, aquello que los hablantes de h i n d i del norte d e l aI n d i a v e n represen-
t a d o e n e l R a m i l l a l e s d i c e cómo a c t u a r e n s u v i d a c o t i d i a n a y , a l a i n v e r s a : l a m a -
l.Yo "aliora"
n e r a e n q u e actúan e n s u v i d a c o t i d i a n a a f e c t a l a representación d e l R a m H l a . S e
suele considerar a l a srepresentaciones míticas c o m o m o d e l o s e j e m p l a r e s , pero
Fuentes d e indicativo \ ^ \s d e i n d i c a t i v o
e n r e a l i d a d l a v i d a c o t i d i a n a d e l ag e n t e se expresa e n e lm o n t a j e , los gestos, los
d e t a l l e s d e l v e s t u a r i o y l a s e s t r u c t u r a s escénicas d e l R a m i l l a ( y d e o t r o s p e r f o r - \ 2 . A l g u i e n más

m a n c e s folclóricos). INDICATIVO
E n algunas ocasiones, los sucesos colectivos se a t r i b u y e n a "personas" cuya actual
4. S u c e s o
e x i s t e n c i a o s c i l a e n t r e l o s h ' m i t e s d e l a h i s t o r i a y l a ficción: l o s H b r o s d e M o i s é s , l a liistórico \ restaurado

Ilíada y l a Odisea d e H o m e r o , e l Mahabharata d e V y a s . E n a l g u n a s o t r a s , d i c h a s

3. S u c e s o j /
a c c i o n e s e h i s t o r i a s s o n anónimas y p e r t e n e c e n a l f o l c l o r e , l a l e y e n d a y e l m i t o ; e n
3. S u c e s o n o r e s t a u r a d o
otras tantas, s o n "originales", o, p o r l o m e n o s , se a t r i b u y e n a i n d i v i d u o s : e l H a m i e t

^ V i c t o r T u r n e r , F r o m R i t u a l to Theati-e: The H u m a n Seriousness of Play, Nueva York, Pcrforming Aits

J o u r n a l Press, 1 9 8 2 , pp. 8 2 - 8 4 .
E r v i n g G o f f i n a n , The Presentation o f S e l f h i Everyday Life, N u e v a Y o r k , D o u b l e d a y / A n c h o r , 1959
Diag?-n/na 1
[ e d . e s p . : L a presentación ele l a persona en l a vida cotidiana, Buenos Aires, A m o r r o r t u , 1993].
 iTAaR/VCIÓN D E L A C O N D U C T A 41

Original autorizado E l d i a g r a m a 1 m u e s t r a l a c o n d u c t a r e s t a u r a d a c o m o u n a proyección d e " m i y o

:)íu*ticular" ( 1 2 ) , c o m o u n a restaiu-ación d e u n p a s a d o históricamente v e r i h c a -
_ > 3 - y 4 ) , o , c o n más f r e c u e n c i a , c o m o l a restauración d e u n p a s a d o q u e
n u n c a existió ( 1 5 a-> 5b); p o r ejemplo, a m i cuando los datos pudieran ser m u y
Ding)'ama 2 i n t e r e s a n t e s , e l R i c a r d o 1 1 1 histórico n o e s t a n i m p o r t a n t e p a r a a l g u i e n q u e está
p r e p a r a n d o u n a producción d e l a o b r a d e Shaícespeare c o m o l o e s l a lógica d e l t e x t o
Fuente Performance
s u c e s o n o ocurrido Ensayos d e S h a k e s p e a r e : e l R i c a r d o d e l a imaginación d e S h a k e s p e a r e . L o s d i a g r a m a s 2 , 3
suceso no restaurado
> 5 y 4 s o n e l a b o r a c i o n e s d e m i hipótesis R u i d a m e n t a l ; m e ocuparé d e e l l a s más t a r d e .
A n t e s e s n e c e s a r i o m e n c i o n a r q u e e l c o r o l a r i o d e l a hipótesis f i m d a m e n t a l e s q u e
la m a y o r parte de los performances ( a u n aquellos q u e aparentemente s o n despla-
z a m i e n t o s s i m p l e s 1 ->- 2 o r e - a - e a c i o n e s 1 3 -> 4 ) son, o con rapidez llegan a
ser, 1 5 a - > 5 b , p u e s es e s t e " c o n j u n t o o c o m p u e s t o p e r f o r m a t i v o " ( d o n d e e l p r o -
Diaginmn 3 yecto R i t u r o , 5b, g o b i e r n a l o que se selecciona o i n v e n t a d e l pasado • — y se proyecta
de m a n e r a i n v e r s a h a c i a e l p a s a d o — , 5 a ) e l q u e c o n s t i t u y e l a c i r c u n s t a n c i a p e r -
f o r m a t i v a más e s t a b l e y f r e c u e n t e . D e f o r m a t a n g i b l e , e l f u t u r o — e l p r o y e c t o q u e
n a c e d e l p r o c e s o d e e n s a y o — • d e t e r m i n a e l p a s a d o : l o q u e se mantendrá d e e n s a y o s
5. S u c e s o n o a c o n t e c i d o / s u c e s 0 c o n c e p t u a l l z a d o
. e . reconstrucción a n t e r i o r e s o d e l a s "ñientes". E s t a situación e s t a n c i e r t a p a r a l o s p e r f o r m a n c e s
r i t u a l e s c o m o p a r a e l t e a t r o c o n fines estéticos. O c u r r e n p r o c e s o s análogos a u n e n
donde n o h a y ensayos e n el sentido euroestadunidense.

E l diagrama 1 proviene d ela perspectiva t e m p o r a l del ensayo y d e la perspec-

t i v a psicológica d e u n a c t o r i n d i v i d u a l . " Y o " ( 1 ) e s u n a p e r s o n a q u e e n s a y a p a r a
u n p e r f o r m a n c e q u e s e hevará a c a b o : 2 , 4 , o 5 b . L o q u e p r e c e d e a l p e r f o r m a n c e
• t a n t o t e m p o r a l c o m o c o n c e p t u a l m e n t e — o b i e n es a l g o q u e n o p u e d e i d e n -
1 Yo tificarse d e m a n e r a d e f i n i t i v a , c o m o c u a n d o u n a p e r s o n a se p o n e d e u n h u m o r
d e t e r m i n a d o , o e s algún s u c e s o p r e v i o b i e n d e f i n i d o , e l c u a l p u e d e s e r h i s t ó r i c a -
m e n t e v e r i f i c a b l e ( 3 ) o n o ( 5 a ) ; s i n o l o es, se t r a t a d e u n suceso, l e g e n d a r i o ,
ficcional ( c o m o e n m u c h a s o b r a s ) o , c o m o s e verá m á s a d e l a n t e , d e l a p r o y e c -
ción h a c i a atrás e n e l t i e m p o d e l s u c e s o ñ i t u r o p r o p u e s t o . E n o t r a s p a . l a b r a s , l o s
ensayos crean l a necesidad de pensar e n e l futuro de f o r m a t a lq u e p e r m i t a

3. S u c e s o 5. S u c e s p n o a c o n t e c i d o crear u n pasado.
restaurado/recreación
Así p u e s , e l d i a g r a m a 1 s e d i v i d e e n c u a d r a n t e s p a r a i n d i c a r e l m o d o y l a
temporalidad. E l cuadrante superior dereclio contiene eventos ficcionaies, míticos
^ l e g e n d a r i o s , y s u m o d o es e l s u b j u n t i v o . E n p a l a b r a s d e T u r n e x ' , e n este c u a d r a n -
'"lo a p l i c a n l o s e s q u e m a s c o g n i t i v o s q u e d a n s e n t i d o y o r d e n a l a v i d a c o t i d i a n a .

Diagrama 4
 42 R I C H A R D S C H E C H N E R
l o s cuíües están s u s p e n d i d o s , p o r d e c i r l o d e a l g u n a m a n e r a , y e n e l s i m b o l i s m o
r i t u a l i n c l u s o se p r e s e n t a n d e s t r m d o s o d i s u e l t o s . E v i d e n t e m e n t e , l a " v a i n a " d e l
espacio-tiempo l i m i n a l creada p o r e l rito, o e n l a actualidad p o rciertos tipos de
t e a t r o r i t u a l i z a d o reñexivamente, e s p o t e n d a l m e n t e p e l i g r o s a . ' * E s t e p a s a d o s i e m -
p r e está e n p r o c e s o d e transformación, d e l m i s m o m o d o q u e u n c o n c i l i o p a p a l
p u e d e redeñnir l a s a c c i o n e s d e C r i s t o , o u n g r a n a c t o r d e n o h d e l s i g l o x x p u e d e
i n t r o d u c i r n u e v a s v a r i a c i o n e s e n u n a inise en scene d e l s i g l o x v dé Z e a m i .
E l c u a c h a n t e i n f e r i o r i z q u i e r d o , e l d e l p a s a d o r e a l / i n d i c a t i v o , es l a h i s t o r i a
concebida c o m o u n o r d e n d e heclios. D e s d e luego, t o d o o r d e n se v u e l v e u n a c o n -
vención y s e c o n d i c i o n a p o r c o s m o v i s i o n e s y p e r s p e c t i v a s p o h t i c a s particiüares.
L o s s u c e s o s s i e m p r e están a s c e n d i e n d o d e l c u a d r a n t e i n f e r i o r i z q u i e r d o a l s u p e -
r i o r i z q u i e r d o : e l i n d i c a t i v o d e h o y s e c o n v i e r t e e n e l s u b j u n t i v o d e mañana. E s
u n a d e las m a n e r a s e n que l a e x p e r i e n c i a h u m a n a se recicla.
E l c u a d r a n t e i n f e r i o r d e r e c h o — e i R i t u r o / i n d i c a t i v o — es e l p e r f o r m a n c e
reiü a s e r r e p r e s e n t a d o . E s i n d i c a t i v o p o r q u e r e a l m e n t e s u c e d e . E s t á e n e l ílituro
p o r q u e e l d i a g r a m a está c o n c e b i d o d e s d e l a p e r s p e c t i v a t e m p o r a l d e u n a s e c u e n -
c i a d e e n s a y o s e n p r o g r e s o : e n l o s d i a g r a m a s 2 y 3 e l " 3 ^ 0 " está moviéndose d e i z -
quierda a derecha j u n t o c o n los,ensayos.
E n el cuadrante superior dereclio n oh a y nada •—el f u t u r o / s u b j u n t i v o — p o r -
que e n realidad l o sperformances siempre s o n representados. S i n embargo, a l -
g u i e n p o d r í a c o l o c a r e n e s t a ái-ea a l g u n o s t a l l e r e s y e l p a r a t e a t r - o d e G r o t o w s k i ,
c o m o u n a s e c u e n c i a 1 - > 5 a ~y 5 c . E l p a r a t e a t i - o y l o s t a l l e r e s s o n p r e p a r a c i o n e s y
p r o c e s o s q u e i m p l i c a n p e r f o r m a n c e s q u e n u n c a existirán. E l t r a b a j o p a r a t e a t r a l
e x i s t e " c o m o s i " p u d i e r a h a b e r u n p e r f o r m a n c e , u n fin a l p r o c e s o ; p e r o e l p r o c e s o
n o t e r m i n a , n o t i e n e u n a conclusión lógica, s i m p l e m e n t e s e d e t i e n e . N o h a y p e r -
f o r m a n c e e n el p u n t o 5c.
En 1 2 y o m e c o n v i e r t o e n a l g u i e n más, o s o y y o m i s m o e n o t r o e s t a d o d e
e ^ s t e n c i a o ánimo t a n " d i f e r e n t e d e m í " q u e "además d e m í m i s m o " p a r - e z c o o t r o o
estar- "poseído p o r o t i - o " . S e e n s a y a p o c o p a i ' a e s t e t i p o d e p e r f o r m a n c e , e n o c a s i o n e s
n a d a . D e s d e q u e n a c e , l a g e n t e está i n m e r s a e n e l t i p o d e a c c i o n e s s o c i a l e s p e r f o r -
m a t i v a s q u e p r e p a r a n d e m a n e r - a s u f i c i e n t e p a i - a e n t r a r e n t r a n c e . C u i d a r niños, i n -
c l u s o bebés, e n u n a i g l e s i a d e a f r o a m e r i c a n o s o e n B a l i r e v e l a u n e n t r e n a m i e n t o
^ Víctor T u r n e r , op. cit., p . 8 4 .
RESTAURACIÓN D EL A C O N D U C T A 43
c o n t i n u o p o r o s m o s i s . E l d e s p l a z a m i e n t o d e 1-> 2 p u e d e s e r m í n i m o , c o m o e n
alp-unos c a m b i o s d e ánimo, o m u y R i e r t e , c o m o e n a l g u n o s t r a n c e s , p e r o e n a m -
b o s c a s o s h a y p o c a invocación, y a s e a a u n p a s a d o reíd o s u b j u n t i v o . " A l g o p a s a " y
e l i n d i v i d u o ( a c t o r ) d e j a d e s e r él m i s m o . E s t e t i p o d e p e r f o r m a n c e p u e d e s e r
n i u y i n t e n s o d e b i d o a q u e e s m u y c e r c a n o a l " c o m p o r t a m i e n t o n a t u r a l " (quizá e s
e x t i ' a o r d i n a r i o d e s d e e l e x t e r i o r , p e r o es e s p e r a d o d e s d e e i i n t e r i o r d e l a c u l t u r a ) ,
y a s e a p o r r e n d i r s e a p o d e r o s a s f u e r z a s e x t e r n a s , c o m o e n l a posesión, o p o r d e j a r -
se d o m i n a r - p o r l o s e s t a d o s d e á n u n o e n e l i n t e r i o r d e u n o m i s m o . P u e d e suceder-
le a a l g u i e n , d e m a n e r a r e p e n t i n a , y t a l c o m p o r t a m i e n t o p e r f o r m a t i v o instantá-
n e o es c o n s i d e r a d o c o m o e v i d e n c i a d e l p o d e r d e l a f l i e r z a q u e p o s e e a l s u j e t o . E l
actor n o parece estar actuando, sino q u e e x p e r i m e n t a , s ib i e n de m a n e r a t e m p o -
r a l , u n a transformación g e n u i n a (transportación). L a m a y o r p a r t e d e l o s p e r f o r -
mances 1 2 s o n s o l o s , a u n c u a n d o e s t o s s o l o s o c u r r a n simultáneamente e n e l
m i s m o espacio.
L o s o r p r e n d e n t e d e l a d a n z a d e t r a n c e S a n g h y a n g b a f i n e s a es q u e c a d a
danzante h a encarnado tanto l a p a r t i t u r a colectiva q u e l o s solos f o r m a n u n a
unidad, u n p e r f o r m a n c e de grupo. U n a vez recobrados d e ltrance, los i n d i v i -
duos suelen n o estar conscientes d e que otros e s t u v i e r o n d a n z a n d o , y e n ocasio-
n e s m s i q u i e r a r e c u e r d a n s u p r o p i a d a n z a . Presencié v a r i a s v e c e s concordancias
s i m i l a r e s d e s o l o s q u e s e convertían e n u n e n s a m b l e e n l a I g l e s i a I n s t i t u c i o n a l
d e B r o o k l y n . C u a n d o l o s cánticos evangélicos a l c a n z a b a n e l c l i m a x , más d e u n a
d o c e n a d e m u j e r e s , h o m b r e s y niños s e caían e n l o s p a s i U o s . L a g e n t e l o s o b s e r -
v a b a d e c e r c a , asiéndolos s i s e volvían m u y v i o l e n t o s , c u i d a n d o q u e n o s e g o l -
p e a r a n c o n t r a l a s sÜlas, tranquÜizándolos c u a n d o e l c a n t o decrecía; e l m i s m o
t i p o d e a y u d a se ofrece a los d a n z a n t e s q u e caen e n trance e n B a h y e n otras
p a r t e s . E n B r o o k l y n e l s u c e s o está o r g a n i z a d o m u y p r o h j a m e n t e : n o h a y d u d a
de q u e l a s p e r s o n a s c u y o c a n t o d e s e n c a d e n a b a l a d a n z a - t r a n c e n o e s t a b a n e n
t r a n c e , sólo e r a n l o s t r a n s p o r t a d o r e s q u e i m p u l s a b a n a l a g e n t e a c a e r e n d i c h o
e s t a d o ; u n a v e z e n él, l o s d a n z a n t e s d e p e n d í a n d e s u s a m i g o s p a r a q u e l a d a n z a
fuera segura. L a s otras personas d e l a iglesia —potenciales danzantes e n trance,
p e r o e n e l m o m e n t o i n v o l u c r a d o s más o m e n o s e n l a acción— f o r m a b a n u n a
c o n t i n u i d a d q u e I b a d e s d e e l e s p e c t a d o r frío h a s t a i n d i v i d u o s q u e a p l a u d í a n
casi t o t a l m e n t e e n trance, g o l p e t e a b a n c o n e l p i e o g r i t a b a n . C a d a i n d i v i d u o e n
t r a n c e d a n z a b a s o l o , p e r o t o d o s d a n z a b a n a l u n í s o n o , t o d a l a i g l e s i a s e mecía
 44 R I C H A R D S C H E C H N E R
c o n energía p e r f o r m a t i v a c o l e c t i v a . E l f i l m e The IToiy Ghost People d e P e t e r
A d a i r , acerca d e u n a secta cristiana f u n d a m e n t a l i s t a b l a n c a d e l este d e V i r g i n i a
q u e m a n i p u l a serpientes, muéstralo m i s m o .
En 1 3 4 s e r e s t a u r a u n s u c e s o d e algún o t r o l u g a r o d e l p a s a d o , c o m o
o c u r r e , p o r e j e m p l o , e n l o s periódicos v i v i e n t e s o e n l o s d i o r a m a s d e l M u s e o
Norteamericano de Elistoria Natm-al, q u eaunque estrictamexite n o son conduc-
t a s s i n o a m b i e n t e s r e s t a u r a d o s , i n c o r p o r a n a c c i o n e s c a d a v e z c o n más f r e c u e n c i a .
M á s a d e l a n t e discutiré l o s p u e b l o s r e s t a u r a d o s y l o s p a r q u e s temáticos e n d o n d e
l a r e a l i d a d y l a fantasía s e m e z c l a n l i b r e m e n t e , p e r o a n t e s m e referiré a l o s z o o l ó -
g i c o s q u e , a d i f e r e n c i a d e l o s p a r q u e s temáticos, s e esñierzan e n l o g r a r q u e s u s
e x h i b i c i o n e s s e a n réplicas g e n u i n a s d e hábltats n a t u r a l e s . C o n e l o b j e t o d e r e p r e -
s e n t a r l a v i d a s a l v a j e e n p e h g r o d e extinción, l o s e n c a r g a d o s d e l zoológico c r e a n
p a r q u e s d e reproducción.
E n e l p a r q u e d e reproducción c e r c a n o a F r o n t R o y a l , V h ' g i n i a , l o s i n t e n t o s
p o r m a n t e n e r u n a m b i e n t e auténtico y prístino s o n t a l e s q u e t o d o s l o s v i s i t a n t e s ,
c o n excepción d e l a g e n t e d e d i c a d a a l a c r i a n z a d e l o s a n i m a l e s , l o s v e t e r i n a r i o s y
l o s etólogos, están e x c l u i d o s . E n e l W i l d A n i m a l P a r l e d e S a n D i e g o , e n l a s h e r -
m o s a s c o h n a s q u e están a a p r o x i m a d a m e n t e 4 5 E l ó m e t r o s a l n o r e s t e d e l a c i u d a d ,
se c o m b i n a a u t e n t i c i d a d y v a l o r e s c u l t u r a l e s l o c a l e s (shtick). Q r i i e n e s r e c o r r e n l a
exhibición d e d o s a t r e s kilómetros c u a d r a d o s e n e l m o n o r r i e l r e c i b e n r e c o r d a -
torios continuos de la-autenticidad del parque p o r parte del gina d e turistas, y e l
f o l l e t o q u e t o d o s l o s v i s i t a n t e s r e c i b e n i n i c i a así:
Acompáñenos [ . . . ] p a r a c o n t e m p l a r a l o s a n i m a l e s salvajes d e l m u n d o y a l a
n a t u r a l e z a e n s u estado salvaje [...] para fortalecer u n c o m p r o m i s o c o n l a c o n -
servación d e l a v i d a s i l v e s t r e e n t o d o e l m u n d o [ . . . ] p a r a l u c h a r p o r l a s u p e r v i -
v e n c i a d e l a h u m a n i d a d m i s m a m e d i a n t e l a preservación d e l a n a t u r : i l e z n .
P o r supuesto, j u n t o al m o n o r r i e l de l areserva natural h a y u n a g r a n cantidad
de puestos de comida, tiendas d e souvenirs y teatros que ofrecen exliibiclones de
a n i m a l e s (pájar-os e n t r e n a d o s , a n i m a l e s d e g r a n j a e n s u s c o r r a l e s , e t c . ) . A d e m á s ,
e l p a r q u e o f r e c e c o n c i e r t o s n o c t u r n o s d e j a z z , b l u e g r a s s , caÜpso y s o n i d o s d e
b i g b a n d . P l a y u n M c D o n a l d ' s . E n e l m i s m o f o l l e t o se I n v i t a a los v i s i t a n t e s
más d e r r o c h a d o r e s a " d i s f r u t a r u n t e n t a d o r b i s t e c ' D e l m o n i c o ' d e más d e u n
RESTAURACIÓN D EL A C O N D U C T A 45
c u a r t o d e Icilo e n T l i o r n T r e e T e r r a c e t o d a s l a s n o c h e s y e m p r e n d e r o t r o ' C a r a -
v a n T o u r ' a l a r e s e r v a " . V a y a . P e r o l o q u e más m e interesó f l i e q u e c u a n d o l e
p r e g u n t é a l guía d e l m o n o r r i e l q u é c o m í a n l o s l e o n e s q u e a n d a b a n e n h b e r t a d ,
m e r e s p o n d i ó q u e c o r a i p r i m i d o s c o n t o d o s l o s n u t r i e n t e s p o s i b l e s . ¿Por qué n o
se a l i m e n t a n d e l o s antílopes q u e c o r r e n a l o l a r g o d e l a c e r c a t r a t a n d o d e a l e -
j a r s e d e l o s l e o n e s ? , l e p r e g u n t é , y l a r e s p u e s t a f u e q u e a u n q u e l o s antílopes n o
e s c a s e a n y sí s o n c a z a d o s p o r l o s l e o n e s e n África, s e necesitaría d e m a s i a d o e s -
p a c i o y , quizá, n o sería t a n a g r a d a b l e p a r a l o s v i s i t a n t e s p r e s e n c i a r t a l e s c e n a s .
D e esta f o r m a , 1 3 ~>- 4 s e t r a n s f o r m a p o r v a l o r e s c u l t u r a l e s específicos e n
l 5 a - > 5 b . E l t o n o g e n e r a l d e l W i l d A n i m a l P a r k e s d e c o e x i s t e n c i a pacífica.
E l c o m p o r t a m i e n t o d e cacería d e l o s a n i m a l e s carnívoros s e c o n o c e , p e r o n o s e
p u e d e p r e s e n c i a r . E l 5 a , q u e e l p a r q u e r e s t a u r a es c o n s i s t e n t e c o n l a s n o c i o n e s
de l a C a l i f o r n i a actual d e l a m e j o r m a n e r a d e " c o n t e m p l a r [...] l a n a t u r a l e z a e n
estado salvaje".
M u c h o s performances tradicionales son 1 - > 3 4;'también l o s o n a q u e l l o s
que se j n a n t i e n e n e n u n r e p e r t o r i o q u e se adhiere e s t r i c t a m e n t e a l a " p a r t i t u r a "
o r i g i n a l . C u a n d o e l T e a t r o d e A r t e d e M o s c ú visitó l l u e v a Y o r k a m e d i a d o s d e
1 9 6 0 , p r o c l a m a b a p r e s e n t a r a Chéjov según l a s mise en scene o r i g i n a l e s d e S t a n i s -
lavsky. C u a n d o v i varias obras d e B r e c h t e n el B e r h n E n s e m b l e d e 1 9 6 9 m e dije-
r o n q u e h a b í a n s e g u i d o l o s Modelhiichs ( l o s d e t a l l a d o s r e c u e n t o s fotográficos d e l
a u t o r s o b r e s u s mise en scene),y c o n e l m i s m o a p e g o , l o s bídiets clásicos h a n e s t a -
d o p a s a n d o á través d e d i v e r s a s g e n e r a c i o n e s d e b a i l a r i n e s . S i n e m b a i ' g o , a u n l o s
i n t e n t o s más esüictos d e s e g u i r \->Z~> 4 ,s o n a m e n u d o , e n reafidad, ejemplos
d e 1 ~> 5 a - > 5 b . E l d e s p l a z a m i e n t o 1 - y 3 ~>- 4 e s m u y , i n e s t a b l e , s i m p l e m e n t e
porque a u n cuando l a m e m o r i a del serh u m a n o pueda incrementarse con e l uso
d e l fihiie o d e n o t a c i o n e s e x a c t a s , u n p e r f o r m a n c e s i e m p r e o c m - r e d e n t r o d e c o n -
textos diversos, y estos n o se c o n t r o l a n d e m a n e r a sencilla.
C o m o r e s u l t a o b v i o c u a n d o p e n s a m o s e n l a s p r o d u c c i o n e s d e Stanislavslc)'- a
p r i n c i p i o s d e s i g l o y e l T e a t r o d e A r t e d e M^oscú e n l a a c t u a l i d a d , l a s c i r c u n s t a n c i a s
sociales c a m b i a n . A u n l o s c u e r p o s d e l o s b a i l a r i n e s , l a m a n e r a e n q u e se s u p o n e
deben lucir y moverse, l o q u e piensan y a'een, cambia radicalmente e n periodos
r e l a t i v a m e n t e breves, y eso s m m e n c i o n a r las reacciones, los s e n t i m i e n t o s y los
e s t a d o s d e ánimo d e l p ú b h c o . P e r f o r m a n c e s q u e a l g u n a v e z f u e r o n d e a c t u a h d a d ,
i n c l u s o d e v a n g u a r d i a , p r o n t o s e c o n v i e r t e n e n p i e z a s d e época. E s t o s t i p o s d e
 A6 R I C H A R D S C H E C H N E R
c a m b i o s c o n t e x t i i a i e s n o p u e d e n m e d i i - s e m e d i a n t e notación l a b a n i a n a ^ ( 2 ) . L a
d i f e r e n c i a e n t r e 1 -> 3 ~> 4yl-> 5 a - > 5 b se m u e s t r a ' e n l a . f i g u r a 2 . E n l->3 -> 4
h a y u n suceso (3) a l que s i e m p r e se regresa, el cual siiTe d e m o d e l o y d e c o r r e c t i -
v o ; s i d u r a n t e u n e n s a y o d e u n a d e l a s o b r a s d e B r e c h t según s u s -mise en scene
a u t o r i z a d a s , s e s o s p e c h a q u e algún g e s t o n o s e está a c t u a n d o c o m o B r e c h t p r e -
tendía, s e c o n t i ' a s t a c o n e l Modelbiich ( y a l g i m a o t r a e v i d e n c i a d o c u m e n t a l ) , y s e
h a c e l o q u e e l Modelbiich e s t a b l e c e . E s l a a u t o r i d a d . T o d o s l o s d e t a l l e s s e c o t e j a n
c o n u n o r i g i n a l a u t o r i z a d o . M u c h o s r i t u a l e s s i g u e n e s t e patrón. E s t o n o q u i e r e
decir, s i n e m b a r g o , q u e l o s r i t u a l e s — y l a s puestas e n escena d e B r e c h t — n o
cambien. S et r a n s f o r m a n de d o smaneras: p r i m e r o , mediante u n a lenta d i s m i n u -
ción, i n e v i t a b l e p o r l a s c a m b i a n t e s c i r c u n s t a n c i a s históricas; s e g u n d o , a través d e
revisiones oficiales reahzadas p o r los propietarios o herederos del original a u t o r i -
z a d o . E n c u a l q u i e r a d e l o s c a s o s , m i p e r s p e c t i v a e s q u e 1 - y 3 ->- 4 e s m u y i n e s t a -
b l e : s i e m p r e está convirtiéndose e n 1 5a 5b.
E l d r a m a n o h c o n s t i t u y e u n m u y b u e n e j e m p l o d e u n género d e p e r f o r m a n c e
q u e es a l m i s m o t i e m p o , y d e m a n e r a deliberada, 1 - y 3 - > 4 y 1 5a 5b. T o d a
l a p a r t i t i u - a d e u n a o b r a n o h , s u p u e s t a e n e s c e n a , música, t e x t o , v e s t u a r i o , máscaras,
se t r a n s m i t e e n v a r i a s e s c u e l a s o famÜias d e generación e n generación y l a s v a r i a c i o -
n e s s o n sólo m e n o r e s . E n e s t e s e n t i d o , e l n o h , p o r l o m e n o s d e s d e l a l^estam'ación
M e i j i d e l s i g l o x i x , e s u n e j e m p l o c l a r o d e 1 - > 3 -> 4 . E n e l t r a n s c m s o d e s u v i d a ,
u n shite ( e l a c t o r p r i n c i p a l e n e l n o h , fiteralmente e l "hacedor", e l q u e u s a l a más-
c a r a ) , s e m u e v e d e u n r o l a o t r o e n u n a progresión; l o s r o l e s a c u m u l a d o s r e s u l t a n
e q u i v a l e n t e s a t o d a u n a c a r r e r a p r o f e s i o n a l . Él a c e p t a l a p a r t i t u r a d e l r o l a i q u e se
a p r o x i m a y d e j a atrás l a d e l q u e a c a b a d e r e p r e s e n t a r . Sólo l o s g r a n d e s maestros
n o h s e a t r e v e n a c a m b i a r u n a p a r t i t u r a ; e l shite enseña a s u s discípulos e s t o s c a m -
b i o s , q u e así l l e g a n a i n t e g r a r s e a l a p a r t i t u r a . L o s r o l e s , s u l u g a r d e n t r o d e l t e x t o
^ L a notación Iabani:in¡t, análoga e n términos g e n c n i l e s a ] a notación n n u s i c a l , f i i c d e s a r r o l l a d a p o r
R u d o l f V e n L a b a n e n 1 9 2 8 . Según u n artículo d e l Nenn York Times ( 6 d e m a y o d e 1 9 7 9 , Sección " A r t s
a n d Leisurc", p . 19) escrito p o r Jack A n d e r s o n : " E l sistema registra los m o v i m i e n t o s d e danza m e d i a n t e
símbolos e n u n a página q u e e s leída d e a b a j o h a c i a a r r i b a . T r e s líneas v e r t i c a l e s básicas r e p r e s e n t a n e l c e n -
t r o d e l c u e r p o y s u s l a d o s d e r e c h o c i z q u i e r d o . S e i n d i c a qué p a r t e s d e l c u e r p o están e n m o v i m i e n t o c o n
símbolos s o b r e i a s líneas; l a f o r m a d e l o s símbolos i n d i c a n l a dirección d e l m o v i m i e n t o , y s u l o n g i t u d l a
duración d e l m o v i m i e n t o . E s t o , más o t r o s típos d e j i o t n d o n e s t a l e s c o m o ' e s f u e r z o d e f o r m a ' , h a c e p o s i b l e
c o n s e r v a r m á s o m e n o s u n a d a n z a o c u a l q u i e r o t r a mise en scéne c o r p o r a l m u c l i o t i e m p o después d e q u e
h a dejado d e ser representada. E n l a actualidad, tales sistemas s o n u s a d o s a m p l i a m e n t e e n l a danza, y u n
poco m e n o s e ne l teatro".
RESTAURACIÓN D EL A C O N D U C T A 47
c o m p l e t o del performance, y los textos m i s m o s del performance c o m o pasos e n l a
progresión d e l a s o b r a s n o h q u e c o n f o r m a n u n a v i d a d e actuación, c o n s t r u y e n u n
sistema c o m p l e j o pero descifrable. N o obstante, cada p e r f o r m a n c e n o h i n d i v i d u a l
también i n c l u y e s o r p r e s a s .
L o s g r u p o s q u e h a c e n u n a o b r a n o h están c o n s t i t u i d o s p o r m i e m b r o s d e f a -
m i h a s d i f e r e n t e s , c a d a u n a c o n s u s p r o p i a s t r a d i c i o n e s y " s e c r e t o s " ; además, e l
shite y e l c o r o t r a b a j a n j u n t o s p e r o ' c l waki, e l kyogen, e l flautista y l o s p e r c u s i o n i s -
tas t r a b a j a n p o r s e p a r a d o , d e m a n e r a q u e s i u n a o b r a n o h s e h a c e c o n f o r m e a l a
tradición, e l e n s a m b l e n o s e r e a h z a s i n o h a s t a u n o s c u a n t o s días a n t e s d e l p e r f o r -
m a n c e : n o s e l l e v a a c a b o n i n g ú n e n s a y o ; e n l u g a r d e e U o , e l shite e s b o z a s u p l a n .
F i e l a s u a s p e c t o z e n , u n a o b r a dramática n o h e s c e n i f i c a d a t r a d i c i o n a l m e n t e o c u -
rre únicamente u n a v e z , e n c o n t r a n d o s u e s e n c i a e n l a i n m e d i a t e z a b s o l u t a d e l a
reunión d e t o d o s l o s a c t o r e s q u e l a c o n s t i t u y e n . C o m o e l a r q u e r o z e n , e l shite y s u s
colegas l e d a n a l b l a n c o o n o . • • ^
D u r a n t e e l p e r f o r m a n c e , a través d e señales s u t i l e s q u e e l shite h a c e a l o s
músicos y a l o s o t r o s p a r t i c i p a n t e s , o c u r r e n v a r i a c i o n e s : s e r e p i t e n o c o r t a n
r u t i n a s , s e m o d i f i c a e l énfasis, s e a c e l e r a n o d e s a c e l e r a n , t i e m p o s ; a u n l a e l e c -
ción d e q u é v e s t u a r i o o máscara u s a r d e p e n d e e n a l g u n a s o c a s i o n e s d e l a o p i n i ó n
d e l shite r e s p e c t o a l e s t a d o d e á n i m o d e l a a u d i e n c i a r e u n i d a e n e s e m o m e n t o .
E l shite evalúa d i c h o e s t a d o d e á n i m o o b s e r v a n d o c ó m o s e c o n g r e g a n o c ó m o
r e a c c i o n a n a las p r i m e r a s obras d e l p r o g r a m a n o h c o m p l e t o , e l c u a l p u e d e i n c l u i r
c i n c o n o h y c u a t r o o b r a s cómicas kyogen y d u r a r s i e t e h o r a s o m á s . L o s a c t o r e s
n o h q u e f o r m a n u n a "coinpañía"para h a c e r g i r a s p o r e l e x t r a n j e r o , e n d o n d e r e -
p i t e n las m i s m a s o b r a s u n a y o t r a v e z , s i e m p r e c o n l o s m i s m o s actores, se q u e j a n
de a b u r r i m i e n t o y falta d e o p o r t u n i d a d e s p a r a e l d e s a r r o l l o d e l a c r e a t i v i d a d . D e
m a n e r a ó p t i m a , c a d a p e r f o r m a n c e d e n o h y c a d a variación d u r a n t e u n p e r f o r -
m a n c e e s l a p u n t a d e l a n z a d e u n a l a r g a tradición f o r m a d a d u r a n t e e l t i e m p o d e
K a n a m i y Z e a m i e n l o s siglos x i v y x v , casi e x t i n t a para m e d i a d o s d e l x i x , y
floreciente de n u e v o e n l a a c t u a h d a d . E s t a p u n t a d e l a n z a es t a n t o 1 - > 3 4
como 1 - y 5 a- > 5b.
C i e r t o t e a t r o e x p e r i m e n t a l contemporáneo d e N u e v a Y o r k también c o m b i n a
1 3 4y1 5a 5 b , p e r o d e u n a f o r m a q u e s u g i e r e l a configuración 1 3
5 b : l a restauración e n e l m o d o s u b j u n t i v o d e u n p a s a d o p r o b a d a m e n t e f a c t u a l . E n
Rumstick Road d e l W o o s t e r G r o u p s e r e p r o d u c e n g r a b a c i o n e s r e a l e s d e S p a l d i n g
48 R I C H A R D S C H E C H N E R
j^ESTAUR^VCIÓN D E L A C O N D U C T A 49

G r a y entrevistando a s upadre, a s u abuela y al psiquiatra d e s um a d r e c o m o parte j c l i n e r R i c h a r d , Uoe End of Hnmanism, N u e v a Y o r k , P e r f o r m i n g A r t s J o u r n a l P u b l i -

d e u n a r e m i n i s c e n c i a q u e p r e s e n t a e l e s t a d o d e ánimo d e G r a y p o r l a v i d a y e l
cations, 1 9 8 2 .
s u i c i d i o d e ésta.
T u r n e r V i c t o r , From Ritual to Tljeatre: ThePIinnan Seriousness ofPlay, N u e v a Y o r k , P e r f o r m i n g
T o d a s l a s técnicas q u e s e u s a n e n Riumtick Road-—^movimlentos parecidos a
/Vrts J o u r n a l Press, 1 9 S 2 .
l o s d e l a d a n z a , i n t e r p e l a c i o n e s d i r e c t a s a l a a u d i e n c i a , u n a progresión d e e v e n t o s
organizados c o n f o r m e a convenciones narrativas asociativas e n v e z d e lineales,
a c t o r e s q u e a l g u n a s v e c e s s e r e p r e s e n t a n a sí m i s m o s y a l g u n a s o t r a s i n t e r p r e t a n
p e r s o n a j e s — están b i e n e s t a b l e c i d a s e n e l t e a t r o e x p e r i m e n t a l e u r o e s t a d u n i d e n s e .
S i n e m b a r g o , los d o c u m e n t o s m e d u l a r e s d e l a obra, las grabaciones, cartas y f o t o -
grafías q u e G r a y encontró e n l a c a s a d e s u p a d r e s o n e m p l e a d o s s i n p r o c e s a r , t a l
cual se o r i g i n a r o n . R o b e r t W i l s o n e n s u o b r a c o n R a y m o n d A n d r e w s , u n j o v e n
s o r d o , y C h r i s t o p h e r K n o w l e s , u n j o v e n c o n daño c e r e b r a l ( o a l g u i e n q u e s e r e -
l a c i o n a c o n l a e x p e r i e n c i a d e m a n e r a p o c o común, d e p e n d i e n d o d e l a p e r s p e c t i v a
sobre el asunto), i n t r o d u c e n de m a n e r a similar el m a t e r i a l y c o m p o r t a m i e n t o s sin
p r o c e s a r d e n t r o d e p e r f o r m a n c e s m u y artísticos o e s t i l i z a d o s . E l S q u a t T l i e a t r e ,
c u y a par'ed trasera d e l escenario es e n r e a l i d a d u n a v e n t a n a q u e d a d e m a n e r a d i -
r e c t a a l a c o n c u r r i d a C a l l e 2 3 e n M a n l i a t t a n , también c o m b i n a m a t e r i a l e s s i n
procesar, l o n o ensayado y n o tratado, c o n l o a l t a m e n t e r e f i n a d o (procesado). P o r
supuesto, l o q u ese considera s i n procesar desde u n a perspectiva p u e d e ser visto
c o m o r e f i n a d o d e s d e o t r a . ¿Cómo p u e d e s e r l a C a U e 2 3 n a t u r a l e z a s i n procesar?
O quizá e s n a t u r a l e z a h u m a n a ' s i n p r o c e s a r , p e r o , ¿no e s e s t o u n a contradicción
d e términos?*^

Traducción d e A n t o n i e t a C a n c i n o

BIBLIOGRyVFÍA

G o f f m a n , E r v i n g , TJje Presentation of Setf in Everyány Life, N u e v a Y o r k , D o u b l e d a y / A n -

c h o r , 1 9 5 9 [ e d . esp.: La presentación de la persona en la vida cotidiana, B u e n o s A i r e s ,
•Amorrortu, 1993].
• •, Frame Analyús, N u e v a Y o r k , N u e v a Y o r k , P l a r p e r C o l o p h o n B o o k s , 1 9 7 4 .

^ P a r a a h o n d a r s o b r e e s t e p r o b l e m a , véase a i capítulo 7 d e R i c l i a r d S c l i e c l i n e r e n HieEndofHitmaiímn,

N u e v a York, P c r f o r m i n gy\xts Journal Pubiications, 19S2.
 Cuerpos que importan

S O B R E L O S LÍMITES M A T E R I A L E S
Y DISCURSIVOS DEL "SEXO"

J U D I T H B U T L E R
 El cuerpo es uno de ¡os ejes centrales dentro de la teoría y la práctica delperformance. La
noción de cuerpo coitvoca inmediatamente las categorías de diferencia sexual y de géne-
ro así como la de raza. A pesar de la aparente materialidad orgánica del sexo y del gé-
nero, concebidos como atributos naturales que definen a las personas desde su naci-
miento, numerosos análisis sitúan a estas categorías como construcciones sociales, y
postulan que la supuesta materialidad que define a una persona de acuerdo con estos
atributos no es residtado de un acontecimiento único, como el nacimiento, sino que se
juega en el tiempo a través de procesos de reiteración y cita a la norma que los regula:
ser mujer u hombre implica comportarse de acuerdo con parámetros establecidos que
van desde la vestimenta a elegir hasta la manera de sentarse.
En este ensayo, lafilósofay crítica cultural estadunidense, Judith Butler, explora dos
cuestiones fundamentales a la hora de abordar el cuerpo: la relación entre cuerpo y
discurso, en donde el cuerpo, aparentemente "orgánico", resulta ordenado en géneros
por el discurso del poder; y la idea de actuación y de repetición (performatividad), que
refiere a la centralidad de la acción reiterada en el proceso de materialización de los
cuerpos sexuados. Según Butler, el hecho de que el género de una persona se defina en su
presentación a través de una serie de comportamientos regulados, así como por medio
de la reite7'acLón ritualizada de dicha presentación, muestra que el cuerpo no constitu-
ys la frontera entre naturaleza y cultura como dicta el discurso normativo al determi-
Tiar la ilegitimidad de aquellos cuerpos que se apartan de lo establecido. Para Butler, es
u través de la performatividad del género como se produce la diferencia sexual; la cita
al conjunto de normas que regulan la actuación del género es el modo en que el cuerpo

[53]
 54 PRESENTACIÓN

se hace material, el modo en qtie los sujetos devienen hombre o mujer. La actuación y
repetición (performatividad) de ''performances" de diferencia sexual y de género (la
actuación reiterada de acuerdo con la norma) revela, según Butler, que el cuerpo no ¿Por qué deberían n u e s t r o s cuerpos t e r m i n a r e n l a
tiene nada de natural^ y muestra que precisamente en esta contingencia del cuerpo p i e l o i n c l u i r , e n e l m e j o r d e i o s casos, o t r o s seres
sexuado respecto de su actuación en géneros se encuentra ¡aposibilidad de otro tipo de encapsulados p o r l a piel?
comportamientos (performances) qiie develen la manera en que unos cuerpos resultan D o N N A '\:ÍKKmK{,Mamfiestopara cyborgs
viables y otros so?z marcados como abyectos. En el centro de la teoría de Butler reside la
idea de "valor' de los cuerpos que (no) importan, la cual resulta operativa para denun- S i u n o r e f l e x i o n a r e a l m e n t e sobre e l c u e r p o c o m o t a l ,
ciar la normatividad que constituye los cuerpos que nombra como naturales y de este advierte que n o existe ningún p e r f i l posible del cuerpo
modo asegurar el imperativo heterosexual.
c o m o t a l . H a y p e n s a m i e n t o s sobre l a sistematícidad
J^a noción de perfonnatividad, utilizada por Butler en su análisis de ¡a conducta del cuerpo, h a y códigos de v a l o r acerca d e l cuerpo. E l
sexuada, tiene sus raíces en el trabajo del lingüista J. L . Austin (Cómo h a c e r cosas cuerpo c o m o t a i n o puede concebirse y, p o r cierto, y o
c o n p a l a b r a s ) quien distingue entre "proposiciones constativas": enunciados que des-
no puedo abordarlo.
criben o afirman un estado de cosas; y proposiciones realizativas o perfonnativas, en las G A Y A T R I CHAKRAVORTY SPIVAK, "In a Word",
que a través de un enunciado se produce una acción (por ejemplo una promesa a partir entrevista c o n E l l e n R o o n e y
de la frase "Yo prometo"), o se inaugura un nuevo estado (como se da a. h'avés de la
fórmula "Yo te bautizo"). Es elfilósofo Jacques Derrida (Márgenes d e l a filosofía) N o h a y n i n g u n a naturaleza, sólo e x i s t e n los efectos d e
quien agrega al concepto de enunciado performativo las nociones de repetición (cita) y la n a t u r a l e z a : l a desnaturalización o l a naturalización.
de contexto como factores centrales para establecer la validez de la. acción ejecutada a J A C Q . U E S D E R R I D A , - D í 7 / Y e / J tiejupo
través de dichos enunciados realizativos: es porque se dan dentro de cotitextos legiti-
mados y porque se ejecutan de determinadas maneras de acuerdo con la tradición, que
ciertos enunciados tienen valor de verdad
En contraposición con ciertas teoríasfeministas que afirman que el sexo es la su-
perficie (el límite orgánico) sobre la cual se juega el género a voluntad, es decir, la ma-
triz sobre la cual un sujeto voluntarista opta por diferentes opciones para representarse
a tra.vés del género elegido, Butler plantea que la diferencia sexual es en sí una cons-
trucción marcada por prácticas discursivas, y que la performatividad del género no
responde a un acto singular conciente sino a una práctica regulada por el poder. Al
ubicar dicho performance de género como necesariamente incompleto e inestable, y por
lo tanto dependiente de la cita y ¡a reiteración de la norma, Butler señala las múltiples
posibilidades que se abren para aquellos cuerpos históricamente excluidos en la zona de
lo abyecto, que quedan así liberados del apelativo de antinatural o contranatura.

M . F.
¿HAY ALGÚN M O D O D E V I N C U L A R L A CUESTIÓN D E L A M A T E R I A L I D A D D E L C U E R -
p o c o n l a p e r f o r m a t i v i d a d d e l género? * Y , ¿qué l u g a r o c u p a l a categoría d e l s e x o
e n s e m e j a n t e relación? C o n s i d e r e m o s p r i m e r o q u e l a d i f e r e n c i a s e x u a l se i n v o c a
f r e c u e n t e m e n t e c o m o u n a cuestión d e d i f e r e n c i a s m a t e r i a l e s . S i n e m b a r g o , l a d i -
f e r e n c i a sexaial n u n c a es s e n c i l l a m e n t e u n a ñinción d e d i f e r e n c i a s m a t e r i a l e s q u e
n o estén d e algún m o d o m a r c a d a s y f o r m a d a s p o r las prácticas d i s c u r s i v a s . Además,
a f i r m a r que las diferencias sexuales s o n i n d i s o c i a b l e s d e las d e m a r c a c i o n e s d i s -
c u r s i v a s n o es l o m i s m o q u e d e c i r q u e e l d i s c u r s o c a u s a l a d i f e r e n c i a s e x u a l . L a
categoría d e s e x o es, d e s d e e l c o m i e n z o , n o r m a t i v a ; es l o q u e F o u c a u l t llamó u n
i d e a l r e g u l a t o r i o . E n e s t e s e n t i d o p u e s , e l s e x o n o sólo f u n c i o n a c o m o n o r m a ,
s i n o q u e además es p a r t e d e u n a práctica r e g u l a d o r a q u e p r o d u c e l o s c u e r p o s q u e
g o b i e r n a , c u y a fiierza r e g u l a d o r a se m a n i f i e s t a c o m o u n a e s p e c i e d e p o d e r p r o -
d u c t i v o , e l p o d e r de producir' (demarcar, c i r c u n s a i b l r , d i f e r e n c i a r ) los cuerpos que
c o n t r o l a . D e m o d o t a l q u e e l s e x o es u n i d e a l r e g u l a t o r i o c u y a materialización se
i m p o n e y se l o g r a ( o n o ) m e d i a n t e c i e r t a s prácticas s u m a m e n t e r e g u l a d a s . E n
o t r a s p a l a b r a s , e l " s e x o " es u n a construcción i d e a l q u e se m a t e r i a l i z a o b l i g a t o r i a -
m e n t e a través d e l tiempo. N o es u n a r e a B d a d s i m p l e o i m a condición estática d e
u n c u e r p o , s i n o u n p r o c e s o m e d i a n t e e l c u a l las n o r m a s r e g u l a d o r a s m a t e r i a l i z a n
e l s e x o y l o g r a n t a l materialización e n v i r t u d d e l a reiteración f o r z a d a d e esas
n o r m a s . Q u e e s t a reiteración sea n e c e s a r i a es u n a señal d e q u e l a materialización
* E l p r e s e n t e e n s a y o , c o m o o t r o s q u e se i n c l u y e n e n este U b r e , y a h a s i d o p u b l i c a d o ; p a r a c o n o c e r l a
r e f e r e n c i a compÍet-a vc.ise a l f i n a l d e l l i b r o . [ E . ]

[57]
 58 JUDITH BUTLEa
n u n c a es c o m p l e t a , d e q u e l o s c u e r p o s n u n c a a c a t a n e n t e r a m e n t e las n o r m a s m e -
d i a n t e las cuales se i m p o n e s u materialización. E n r e a l i d a d , s o n las i n e s t a b i l i d a d e s
l a s p o s i b i l i d a d e s , d e rematerialización a b i e r t a s p o r e s t e p r o c e s o l a s q u e m a r c a n u n
e s p a c i o e n e l c u a l l a f u e r z a d e l a l e y r e g u l a d o r a p u e d e v o l v e r s e c o n t r a sí m i s m a y
p r o d u c i r r e a r t i c u l a c i o n e s q u e p o n g a n e n t e l a d e j u i c i o l a ñierza hegemónica d e '
esas m i s m a s l e y e s r e g u l a d o r a s .
P e r o , e n t o n c e s , ¿cómo se r e l a c i o n a l a noción d e p e r f o r m a t i v i d a d d e l género'
c o n esta concepción d e l a materialización? E n e l p r i m e r caso, l a p e r f o r m a t i v i d a d ,
debe entenderse, n o c o m o u n "acto" s i n g u l a r y deliberado, sino, antes b i e n , c o m a
l a práctica r e i t e r a t i v a y r e f e r e n c i a l m e d i a n t e l a c u a l e l d i s c u r s o p r o d u c e l o s efectos
q u e n o m b r a . L o q u e , según e s p e r o , quedará c l a r a m e n t e m a n i f i e s t o e n l o q u e s i g u e
es q u e las n o r m a s r e g u l a d o r a s d e l s e x o o b r a n d e u n a m a n e r a p e r f o r m a t i v a pí
c o n s t i - u i r l a m a t e r i a l i d a d d e l o s c u e r p o s y, más específicamente, p a r a m a t e r i a l i z a r ;
e l s e x o e n aras d e c o n s o l i d a r e l i m p e r a t i v o h e t e r o s e x u a l .
E n e s t e s e n t i d o , l o q u e c o n s t i t u y e e l carácter fijo d e l c u e r p o , s u s c o n t o r n o s , -
sus m o v i m i e n t o s , será p l e n a m e n t e m a t e r i a l , p e r o l a m a t e r i a l i d a d deberá r e c o n c e -
b i r s e c o m o e l e f e c t o más p r o d u c t i v o d e l p o d e r . Y n o habrá m o d o d e i n t e r p r e t a r e l ,
género c o m o u n a construcción c u l t m - a l q u e se i m p o n e s o b r e l a s u p e r f i c i e d e l a m a -
teria, e n t e n d i d a o c o m o el cuerpo o c o m o su sexo dado. A n t e s b i e n , u n a v e z que'
se e n t i e n d e e l s e x o m i s m o e n s u n o r m a t i v i d a d , l a m a t e r i a l i d a d d e l c u e r p o y a n o
p u e d e concebirse i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l a m a t e r i a l i d a d d e esa n o r m a r e g u -
l a d o r a . E l s e x o n o es p u e s s e n c i l l a m e n t e a l g o q u e u n o t i e n e o u n a descripción
estática d e l o q u e u n o es: será u n a d e las n o r m a s m e d i a n t e l a s c u a l e s e s e " u n o "
p u e d e l l e g a r a ser v i a b l e , n o r m a q u e c a U f i c a u n c u e r p o p a r a t o d a l a v i d a d e n t r o d e
l a e s f e r a d e l a inteÜgibilidad c u l t u r a l . ^
L a s c u e s t i o n e s q u e estarán e n j u e g o e n t a l reformulación d e l a m a t e r i a l i d a d d e
l o s c u e r p o s serán las s i g u i e n t e s : 1 ) l a reconsideración d e l a m a t e r i a d e l o s c u e r p o s
c o m o e l e f e c t o d e u n a dinámica d e p o d e r , d e m o d o t a l q u e d i c h a m a t e r i a sea i n d i -
s o c i a b l e d e las n o r m a s r e g u l a d o r a s q u e g o b i e r n a n s u materiaUzación y l a s i g n i f i -
cación d e a q u e l l o s e f e c t o s m a t e r i a l e s ; 2 ) l a comprensión d e l a p e r f o r m a t i v i d a d ,
n o c o m o e l acto m e d i a n t e e l cual u n sujeto d a v i d a a l o que n o m b r a , sino, antes
^ E v i d e n t e m e n t e , e l sexo n o es sólo ]ii n o r m a m e d i a n t e l a c u a l l l e g a n a m a t e r i a l i z a r s e ios c u e r p o s y n o
está c l a r o q u e e l sexo p u e d a o p e r a r c o m o n o r m a i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e o t r o s r e q u e r i m i e n t o s n o r m a t i v o s
sóbrelos c u e r p o s .
C U E R P O S O-UE I M P O R T A N 59
c o m o ese p o d e r r e i t e r a t i v o d e l d i s c u r s o p a r a p r o d u c h l o s fenómenos q u e
'^^^^ía e i m p o n e ; 3)h construcción d e l s e x o , n o y a c o m o u n d a t o c o r p o r a l d a d o
^ ^ U e e l c u a l se i m p o n e a r t i f i c i a l m e n t e l a construcción d e l género, s i n o c o m o u n a
^ o r m a c u l t i u ' a l q u e g o b i e r n a l a materialización d e l o s c u e r p o s ; 4) u n a r e c o n c e p -
ión d e l p r o c e s o m e d i a n t e e l c u a l u n s u j e t o a s u m e , se a p r o p i a , a d o p t a u n a n o r m a
cor o o r a l , n o c o m o a l g o a l o q u e , e s t r i c t a m e n t e h a b l a n d o , se s o m e t e , s i n o , más
b i e n c o m o u n a evolución e n l a q u e e l s u j e t o , e l y o h a b l a n t e , s e f o r m a e n v i r t u d
de p a s a r p o r ese p r o c e s o d e a s u m i r u n s e x o , y 5) u n a vinculación d e este p r o c e s o d e
a s u m i r u n s e x o c o n l a cuestión d e l a identificación y c o n l o s m e d i o s d i s c u r s i v o s
que e m p l e a e l i m p e r a t i v o h e t e r o s e x u a l para p e r m i t i r ciertas identificaciones
sexuales y e x c l u i r y r e p u d i a r o t r a s . E s t a m a t r i z e x c l u y e n t e m e d i a n t e l a c u a l se
f o r m a n l o s s u j e t o s r e q u i e r e p u e s l a producción simultánea d e u n a e s f e r a d e seres
abyectos, d e a q u e l l o s q u e n o s o n s u j e t o s , p e r o q u e f o r m a n e l e x t e r i o r c o n s t i t u t i v o
d e l c a m p o d e l o s s u j e t o s . L o a b y e c t o ^ d e s i g n a aquí p r e c i s a m e n t e a q u e l l a s z o n a s
i n v i s i b l e s , i n h a b i t a d a s d e l a v i d a s o c i a l q u e , s i n e m b a r g o , están d e n s a m e n t e p o -
bladas p o r q u i e n e s n o g o z a n d e l a jerarquía d e l o s s u j e t o s , p e r o c u y a condición d e
v i v i r b a j o e l s i g n o d e l o i n v i s i b l e es n e c e s a r i a p a r a c i r c u n s c r i b i r l a e s f e r a d e l o s
sujetos. E s t a z o n a d e i n h a b i t a l i d a d constituirá e l límite q u e d e f i n a e l t e r r e n o d e l
s u j e t o ; y constituirá también ese s i t i o d e i d e n t i f i c a c i o n e s t e m i d a s c o n t i - a las c u a -
les, y e n v i r m d d e las c u a l e s , e l t e r r e n o d e l s u j e t o circunscribirá s u p r o p i a p r e -
tensión a l a autonomía y a l a v i d a . E n e s t e s e n t i d o , p u e s , e l s u j e t o , s e c o n s t i t u y e
a través d e l a f u e r z a d e l a exclusión y l a abyección, u n a f u e r z a q u e p r o d u c e u n
^ L a abyección ( e n laün, ab-jeclío) I m p l i c a l i t e r a l m e n t e l a acción d e a r r o j a r R i e r a , desechar, e x c l u i r y ,
p o r l o t a n t o , s u p o n e y p r o d u c e u n t e r r e n o d e acción desde e l c u a l se establece l a d i f e r e n c i a . Aquí l a i d e a
de desechar evoca l a noción psicoanalítica d e Verwerfimg, q u e i m p l i c a u n a forclusión q u e f i m d a a l s u j e t o
y que, c o n s e c u e n t e m e n t e , establece l a p o c a s o l i d e z d e t a l fiindación. M i e n t r a s l a noción psicoansüítica
de Verioerfimg t r a d u c i d a c o m o "forclusión" p r o d u c e l a s o c i a l i d u d a través d e l r e p u d i o d e u n s i g n i f i c a n t e
p r i m a r i o q u e p r o d u c e u n i n c o n s c i e n t e o, e n l a teoría l a c a n i a n a , e l r e g i s t r o d e l o r e a l , l a noción d e abyec-
ción d e s i g n a u n a condición d e g r a d a d a o e x c l u i d a d e n t r o d e l o s términos d e l a s o c i a l i d a d . E n r e a l i d a d , l o
f b r c i u i d o o r e p u d i a d o d e n t r o d e l o s términos psicoanalídcos es p r e c i s a m e n t e l o q u e n o p u e d e v o l v e r a
e n t r a r e n e l c a m p o d e l o s o c i a l s i n p r o v o c a r l a a m e n a z a d e psicosis, es decir, d e l a disolución d e l s u j e t o
• " i s m o . L o q u e s o s t e n g o es q u e , d e n t r o d e l a socÍJilidad h a y ciertas z o n a s abyectas q u e también s u g i e r e n
^sta a m e n a z a y q u e c o n s t i t u y e n z o n a s d e i n h a b i t a b i l l d n d q u e e l s u j e t o , e n s u fantasía, s u p o n e a m e n a z a d o -
"•as para s u p r o p i a i n t e g r i d a d p u e s l e p r e s e n t i m l a p e r s p e c t i v a d e u n a disolución psicótica ( " P r e f i e r o estar
^ ^ " c r t o antes d e h n c e r t a i o s e r t a l cosa"). Véase e l artículo s o b r e "Forclusión" e n J e a n L a p l a n c h e y J . E .
^ o n t a h s , Vocnbii/aire de ¡apsychanalyse, París, Presses U n i v e r s i t a i r e s d e F r u n c e , 1 9 6 7 , p p . 1 6 3 - 1 6 7 [ e d . esp.:
'fí-wwrw depsicoandllsis, B u e n o s A i r e s , Paidós, 1 9 9 7 ] .
60 JUDITH BUTLE
e x t e r i o r c o n s t i t u t i v o d e l s u j e t o , u n e x t e r i o r a b y e c t o q u e , después d e t o d o ,
i n t e r i o r al sujeto c o m o su propio repudio Emdacional.
L a formación d e u n s u j e t o e x i g e u n a identificación c o n e l f a n t a s m a n o r m
t i v o d e l s e x o y e s t a identificación se d a a través d e u n r e p u d i o q u e p r o d u c e u '
c a m p o d e abyección, u n r e p u d i o s i n e l c u a l e l s u j e t o n o p u e d e e m e r g e r . E s t e
u n r e p u d i o q u e créala v a l e n c i a d e l a abyección y s u condición d e e s p e c t r o a m e n a
d o r p a r a e l s u j e t o . P o r o t r a p a r t e , l a materialización d e u n s e x o d a d o será e s e n c i
p a r a l a regiilarización de las prácticas identifica lorias q u e procurarán p e r s i s t e n t
m e n t e q u e e l s u j e t o r e c h a c e l a identificación c o n l a abyección d e l s e x o . Y s i n e n
b a r g o , e s a abyección r e c h a z a d a amenazará c o n e x p o n e r l a s p r e s u n c i o n e s p r o p i
d e l s u j e t o s e x u a d o , b a s a d a s c o m o e l s u j e t o m i s m o e n u n r e p u d i o cuyas c o n s e c u e
cias él n o p u e d e c o n t r o l a r - p l e n a m e n t e . L a t a r e a consistirá e n c o n s i d e r a r q u e es
a m e n a z a y este r e c h a z o n o s o n u n a oposición p e r m a n e n t e a l a s n o r m a s s o c i a l
c o n d e n a d a 'Apathos d e l e t e r n o ñ'acaso, s i n o más b i e n u n r e c u r s o crítico e n l a l u c l i
p o r r e a r t i c u l a r l o s términos m i s m o s d e l a l e g i t i m i d a d simbóÜca y l a i n t e l i g i b i l i d a
F i n a h n e n t e , l a moviHzación d e l a s categorías d e s e x o d e n t r o d e l d i s c u r s
p o h t i c o se caracterizará, d e algún m o d o , p o r l a s i n e s t a b i l i d a d e s m i s m a s q u e t a l e
categorías e f e c t i v a m e n t e p r o d u c e n y r e c h a z a n . A u n q u e l o s d i s c u r s o s político
q u e m o v i l i z a n l a s categorías d e i d e n t i d a d t i e n d e n a c u l t i v a r l a s i d e n t i f i c a c i o n e s
favor de u n objetivo pohtico,-puede ocurrir que la persistencia de l a desidentifi
cación s e a i g u a l m e n t e e s e n c i a l p a r a l a rearticulación d e l a c o m p e t e n c i a d e m o
crática. E n r e a l i d a d , es p o s i b l e q u e t a n t o l a política f e m i n i s t a c o m o l a p o h ' t i
qiieer se m o v i U c e n p r e c i s a m e n t e a través d e prácticas q u e d e s t a c a n l a d e s i d e n t i f i
cación c o n a q u e l l a s n o r m a s r e g u l a d o r a s m e d i a n t e las c u a l e s s e m a t e r i a l i z a l a di-
ferencia sexual. T a l e s desidentlficaciones colectivas p u e d e n f a c i l i t a r u n a recon-
ceptuahzación d e cuáles s o n l o s c u e r p o s q u e i m p o r t a n y qué c u e r p o s habrán d e
s u r g i r c o m o m a t e r i a crítica d e interés.
De ¡a construcción a la materialización
L a relación e n t r e c u l t u r a y n a t u r a l e z a s u p u e s t a p o r a l g u n o s m o d e l o s d e consti'UC'
ción d e l género i m p l i c a u n a c u l u u a o u n a acción d e l o s o c i a l y q u e es, s i n e m b a r
g o , s u c o n t r a p a r t i d a n e c e s a r i a . U n a cuestión q u e h a n p l a n t e a d o l a s f e m i n i s t a s e£
7 IMPORTAN 61
CUERPOS a u E
• e l d i s c u r s o q u e r e p r e s e n t a l a acción d e construcción c o m o u n a e s p e c i e d e
• ' n o imposición n o es e n r e a U d a d tácitamente m a s c u l i n i s t a , m i e n t r a s q u e
iitipres^ s u p e r f i c i e p a s i v a , a l a e s p e r a d e l a c t o d e penetración m e d i a n t e e l
1 ^ 1 lííip-na significación, n o es tácitamente o , t a l v e z d e m a s i a d o e v i d e n t e -
cual abit, ü
n t e f e m e n i n a . ¿Es e l s e x o a l género d e l m i s m o m o d o q u e l o f e m e n i n o a l o
mascuüno?' _ _ _
O t r a s i n t e l e c m a l e s f e m i n i s t a s s o s t u v i e r o n q u e es n e c e s a r i o r e c o n c e b n e l c o n -
cepto m i s m o d e n a t u r a l e z a , p o r q u e este c o n c e p t o t i e n e u n a h i s t o r i a y l a r e p r e s e n -
tación d e l a n a t u r a l e z a c o m o l a página e n b l a n c o c a r e n t e d e v i d a , c o m o a q u e l l o
q u e está, p o r así d e c i r l o , m u e r t o d e s d e s i e m p r e , es d e c i d i d a m e n t e m o d e r n a y t a l
v e z se v i n c u l e a l a aparición d e l o s m e d i o s tecnológicos d e dominación. E n r e a l i -
d a d h u b o q u i e n e s s o s t u v i e r o n q u e u n a reconcepción d e l a n a t u r a l e z a c o m o u n
c o n j u n t o d e i n t e r r e l a c i o n e s dinámicas se a d a p t a m e j o r t a n t o a l o s o b j e t i v o s f e m i -
nistas c o m o a l o s ecológicos (pai-a a l g u n o s p r o d u j o u n a a l i a n z a , d e o t r o m o d o
i m p r o b a b l e , c o n l a o b r a d e Giües D e l e u z e ) . E s t a reconcepción también p o n e e n
tela de j u i c i o e l m o d e l o d e construcción m e d i a n t e e l c u a l l o s o c i a l actúa u n i l a t e r a l -
m e n t e s o b r e l o n a t u r a l y l e i m p r i m e sus parámetros y sus s i g n i f i c a c i o n e s . E n r e a -
l i d a d , l a distinción r a d i c a l e n t r e s e x o y género, s i b i e n f i i e c r u c i a l p a i ' a l a versión
d e l f e m i n i s m o d e S i m o n e d e B e a u v o i r , f u e c r i t i c a d a e n l o s años r e c i e n t e s p o r
d e g r a d a r l o n a t i u - a l a a q u e l l o q u e está a n t e s d e l a inteÜgibUidad, q u e n e c e s i t a u n a
m a r c a , s i n o y a u n a h u e U a , d e l o s o c i a l p a r a s i g n i f i c a r , p a r a ser c o n o c i d o , p a i ' a a d -
quirir valor. E s t e enfoque pasa p o r alto que l a naturaleza tiene u n a h i s t o r i a , y n o
u n a h i s t o r i a m e r a m e n t e s o c i a l , y además q u e e l s e x o se p o s i c i o n a d e m a n e r a a m -
t>igua e n relación c o n e l c o n c e p t o d e n a t u r a l e z a y c o n s u h i s t o r i a . E l c o n c e p t o d e
sexo es e n sí m i s m o u n t e r r e n o c o n f l i c t i v o , f o r m a d o m e d i a n t e u n a s e r i e d e d i s p u -
tas s o b r e cuál debería ser e l c r i t e r i o d e c i s i v o p a r a d i s t i n g u i r e n t r e l o s d o s s e x o s ; e l
c o n c e p t o d e s e x o t i e n e u n a h i s t o r i a c u b i e r t a p o r l a figura d e l s i t i o o l a s u p e r f i c i e
inscripción. S i n e m b a r g o , r e p r e s e n t a d o c o m o ese s i t i o o s u p e r f i c i e , l o n a t m - a l
valo'^'^^^''^*^^ ^ o m o a q u e l l o q u e además c a r e c e d e v a l o r ; p o r l o demás, a s u m e s u
q u e 1 ^ ^•^^^^^^^ t i e m p o q u e a s u m e s u carácter s o c i a l , es decu", a l m i s m o t i e m p o
v a l a ^ "^^^^'^^2,a r e n u n c i a a s u condición n a t u r a l . D e a c u e r d o c o n e s t a p e r s p e c t i -
construcción s o c i a l d e l o n a t u r a l s u p o n e p u e s q u e l o s o c i a l a n u l a l o n a t u r a l .
Lampcre7 O r t n c r / a s F c m a l c t o M : U c as N a t u r c i s t o C u l t u r e ? " , c u Miclieüe R o s a l d o y L o u i s e
^'^ s.), Warnaiu Culture, andSociety, S t a n f o r d , S t a n f o r d U n i v e r s i t } ' Press, 1 9 7 4 , p p . 6 7 - 6 8 .
 62 J U D I T H BUTL¿
. E n l a m e d i d a e n q u e se b a s e e n e s t a construcción, l a distinción sexo/género
d i l u y e s i g u i e n d o líneas p a r a l e l a s ; s i e l género es l a significación s o c i a l q u e asun^
e l s e x o d e n t r o d e u n a c u l t u r a d a d a , y e n n o m b r e d e n u e s t r a argumentación dej
r e m o s q u e l o s términos s o c i a l y c u l t u r a l p e r m a n e z c a n e n u n a i n e s t a b l e relació
d e i n t e r c a m b i o , ¿qué q u e d a p u e s d e l s e x o , s i es q u e q u e d a a l g o , u n a v e z q u e b
a s u m i d o s u carácter s o c i a l c o m o género? L o q u e está e n j u e g o es l a significació
d e l término asunción, c u a n d o a s u m i d o s i g n i f i c a ser e l e v a d o a u n a esfi^ra s u p e r i o
c o m o e n h. Asunción de la Virgen. S i e l género c o n s i s t e e n las s i g n i f i c a c i o n e s socic
les q u e a s u m e e l s e x o , e l s e x o n o a c m n u l a p u e s s i g n i E c a c i o n e s c o m o p r o p i e d a d
sociales a d i c t i v a s , s i n o q u e más b i e n q u e d a r e e m p l a z a d o p o r las s i g n i f i c a c i o n e s so'
cíales q u e a c e p t a ; e n e l c u r s o d e esta asunción, e l s e x o q u e d a d e s p l a z a d o y e m e r g e
género, n o c o m o u n término d e u n a relación c o n t i n u a d a d e oposición a l sexo, s i n '
c o m o e l término q u e a b s o r b e y d e s p l a z a a l s e x o , l a m a r c a d e s u p l e n a c o n s u s t a
elación c o n e l género o e n l o q u e , d e s d e u n p u n t o d e v i s t a m a t e r i a l i s t a , c o n s t i t u i r
u n a c o m p l e t a desústanciación.
C u a n d o l a distinción sexo/género se u n e a u n a noción d e c o n s t r u c t i v i s m
lingüístico r a d i c a l , e l p r o b l e m a e m p e o r a aún más, p o r q u e e l s e x o , a l q u e se d e f i n
c o m o a n t e r i o r a l género, será e n sí m i s m o u n a postulación, u n a construcción, ofire
c i d a d e n t r o d e l l e n g u a j e , c o m o a q u e l l o q u e es a n t e r i o r a l l e n g u a j e , a n t e r i o r a 1
construcción. P e r o e s t e s e x o p o s t u l a d o c o m o a n t e r i o r a l a consbrucción se c o n v e r
tii-á, e n v i r t u d d e h a b e r s i d o p o s t u l a d o , e n e l e f i : c t o d e e s a m i s m a postulación, l a
consü-ucción d e l a construcción. S i e l género es l a construcción s o c i a l d e l s e x o
sólo es p o s i b l e t e n e r acceso a e s t e s e x o m e d i a n t e s u construcción, l u e g o , a p a i ' e n - '
t e n i e n t e l o q u e o c m T e es n o sólo q u e e l s e x o es a b s o r b i d o p o r e l género, s i n o qué
e l s e x o U e g a a s e r a l g o s e m e j a n t e a u n a ficción, t a l v e z u n a fimtasía, r e t r o a c t i v a -
m e n t e i n s t a l a d a e n u n s i t i o preUngüístico a l c u a l n o h a y acceso d k e c t o .
P e r o , ¿es j u s t o d e c i r q u e e l s e x o d e s a p a r e c e p o r c o m p l e t o , q u e es u n a ficción
i m p u e s t a s o b r e y e n c o n t r a d e l o q u e es v e r d a d , q u e es u n a fimtasía s o b r e y c o n t r a
l a r e a h d a d ? ¿O a c a s o estas o p o s i c i o n e s m i s m a s d e b e n r e c o n c e b i r s e d e m o d o t a l
q u e , s i e l s e x o es u n a ficción, es u n a ficción d e n t r o d e c u y a s n e c e s i d a d e s v i v i m o s , '
s i n las c u a l e s l a v i d a m i s m a sería i m p e n s a b l e ? Y s i e l s e x o es u n a fimtasía, ¿es t a l
v e z u n c a m p o fimtasmático q u e c o n s t i t u y e e l t e r r e n o m i s m o d e l a inteÜglblÜdad
c u l t i u - a l ? S e m e j a n t e reconcepción d e tales o p o s i c i o n e s c o n v e n c i o n a l e s , ¿impÜca
u n a reconcepción d e l c o n s t r u c t i v i s m o e n s u s e n t i d o h a b i t u a l ?
7 IMPORTAN 63
CUERPOS
• 'ón c o n s t r u c t i v i s t a r a d i c a l tendió a p r o d u c i r l a p r e m i s a q u e r e f i r t a y
^ ' ' c o n f i n i i a s u p r o p i o o b j e t i v o . S i t a l teoría n o p u e d e c o n s i d e r a r a l s e x o
^ s i t i o o l a s u p e r f i c i e s o b r e l a c u a l actúa, t e r m i n a p u e s p o r s u p o n e r q u e e l
l o n o c o n s t r u i d o y así l e p o n e h ' m i t e s a l c o n s t r u c t i v i s m o hngüístico, c i r -
' b i e n d o i n a d v e r t i d a m e n t e a q u e l l o q u e continúa s i e n d o i n e x p l i c a b l e d e n t r o
'^^"loTtérminos d e l a construcción. S i , p o r e l o t i ' o l a d o , e l s e x o es u n a p r e m i s a
^ ^ • f i c i a l u n a ficción, e l género n o p r e s u p o n e u n s e x o s o b r e e l c u a l actúa s i n o
a n t e s b i e n , e l género p r o d u c e u n a denominación e r r a d a d e u n s e x o p r e d i s c u r -
^ ' v o y l a siguificación d e l a construcción se t r a n s f i D r m a e n l a d e l m o n i s m o Ün-
güísrico, e n v i r t u d d e l c u a l t o d o es s i e m p r e y únicamente l e n g u a j e . D e m o d o q u e
l o q u e se g e n e r a es u n d e b a t e e x a s p e r a d o d e l q u e m u c h o s y a n o s h e m o s c a n s a d o :
o b i e n 1) e l c o n s t r u c t i v i s m o se r e d u c e a u n a posición d e m o n i s m o lijigüístico,
según l a c u a l l a consti-ucción lingüística s e c o n s i d e r a g e n e r a t i v a y d e t e r m i n a n t e
y, e n este caso, p o d e m o s oír d e c i r a l o s críticos q u e p a r t e n d e e s t a presunción: " S i
t o d o es d i s c u r s o , ¿qué p a s a c o n e l c u e r p o ? " , o b i e n , 2) c u a n d o l a construcción se
p r e s e n t a r e d u c i d a a l a acción v e r b a l q u e p a r e c e p r e s u p o n e r u n s u j e t o , p o d e m o s oír
decir a l o s críticos q u e p a r t e n d e t a l presunción: " S i e l género es a l g o c o n s t i ' u i d o ,
quién l l e v a a c a b o t a l constaicción?"; a u n q u e , p o r s u p u e s t o , 3) l a fi^rmulación más
p e r t i n e n t e d e e s t a p r e g u n t a s e a l a s i g u i e n t e : " S i e l s u j e t o es a l g o c o n s t r m d o ,
¿quién c o n s t r u y e a l s u j e t o ? " E n e l p r i m e r caso, l a construcción tomó e l l u g a r d e
u n a acción s e m e j a n t e a l a d e u n d i o s q u e n o sólo c a u s a , s i n o q u e c o m p o n e t o d o l o
q u e es s u o b j e t o ; es l o p e r f o r m a t i v o d i v i n o q u e d a v i d a y c o n s t i t x i y e e x h a u s t i v a -
m e n t e l o q u e n o m b r a e i n a u g u r a a l a v e z . D e a c u e r d o c o n esta visión d e l a c o n s -
trucción, p a r a q u e a l g o sea c o n s t r u i d o , d e b e ser c r e a d o y d e t e r m i n a d o a U'avés d e
ese p r o c e s o .
E n e l s e g u n d o y t e r c e r caso, l a s s e d u c c i o n e s d e l a gramática p a r e c e n e j e r c e r
g r a n i n f i u e n c i a ; e l crítico p r e g u n t a : "¿No d e b e h a b e r u n a g e n t e h u m a n o , u n s u j e -
si se q u i e r e , q u e giu'e e l c u r s o d e l a construcción?" S i l a p r i m e r a versión d e l
c o n s t r u c t i v i s m o s u p o n e q u e l a construcción o p e r a d e m a n e r a d e t e r m i n i s t a , h a -
c i e n d o u n a p a r o d i a d e l a c a p a c i d a d d e acción h u m a n a , l a s e g u n d a i n t e r p r e t a
el c o n s t r u c t i v i s m o s u p o n e l a existencia d e u n sujeto v o l u n t a r i s t a que crea s u
Señero m e d i a n t e u n a acción i n s t r u m e n t a l . E n e s t e último c a s o se e n t i e n d e l a
^onstrucción c o m o u n a e s p e c i e d e a r t i f i c i o m a n i p u l a b l e , u n a concepción q u e n o
supone la existencia de u n sujeto, sino que rehabifita precisamente al sujeto
 64 JUDITH BUTLER
v o l u n t a r i s t a d e l h u m a n i s m o q u e e l c o n s t i ' u c t i v i s m O j d e v e z e n c u a n d o , prociu:ó
p o n e r e n tela de j u i c i o .
S i e l género es u n a construcción, ¿debe h a b e r imyo o u n nosotros q u e l l e v e n
a c a b o o r e a l i c e n esa construcción? ¿Cómo p u e d e h a b e r u n a a c t i v i d a d , u n a c t o d e
construcción, s i n p r e s u p o n e r l a e x i s t e n c i a d e u n a g e n t e q u e p r e c e d a y r e a l i c e t a l
a c t i v i d a d ? ¿Cómo p o d e m o s e x p l i c a r l a motivación y l a dirección d e l a c o n s -
trucción s i n t a l s u j e t o ? C o m o réplica, y o sugeriría q u e p a r a r e c o n c e b h l a cuestión
b a j o u n a l u z d i f e r e n t e h a c e f a l t a a d o p t a r c i e r t a a c t i t u d r e c e l o s a e n relación c o n
l a gramática. P o r q u e s i e l género es a l g o c o n s t r u i d o , n o l o es n e c e s a r i a m e n t e p o r
u n y o o uta n o s o t r o s q u e e x i s t a n a n t e s d e l a consti:ucción, e n ningún s e n t i d o e s -
p a c i a l o t e m p o r a l d e l término a n t e s . E n r e a l i d a d , n o está m u y c l a r o q u e p u e d a
h a b e r u n y o o u n n o s o t r o s q u e n o h a y a s i d o s o m e t i d o , q u e n o esté s u j e t o a l gé-
n e r o , s i p o r generización se e n t i e n d e , e n t r e o t r a s cosas, l a s r e l a c i o n e s d i f e r e n c i a -
d o r a s m e d i a n t e l a s c u a l e s l o s s u j e t o s h a b l a n t e s c o b r a n v i d a . S u j e t o a l género,
p e r o s u b j e t i v a d o p o r e l género, e l y o n o está n i a n t e s n i después d e l p r o c e s o d e
esta generización, s i n o q u e sólo e m e r g e d e n t i - o ( y c o m o l a m a t r i z d e ) l a s r e l a c i o -
n e s d e género m i s m a s .
E s t o n o s c o n d u c e p u e s a l a s e g u n d a objeción, l a q u e s o s t i e n e q u e e l c o n s -
t r u c t i v i s m o n i e g a l a c a p a c i d a d d e acción, s e i m p o n e p o r e n c i m a d e l a i n s t a n c i a
del sujeto y t e r m i n a suponiendo l a existencia del,sujeto q u e cuestiona. A f i r m a r
q u e e l s u j e t o es p r o d u c i d o , d e n t r o d e u n a m a t r i z , y c o m o u n a m a t r i z , g e n e r i z a d a d e
r e l a c i o n e s n o s i g n i f i c a s u p r h n k a l s u j e t o , s i n o sólo i n t e r e s a r s e p o r l a s c o n d i c i o n e s
d e s u formación y s u operación. L a a c t i v i d a d d e esta generización n o p u e d e ser,
e s t r i c t a m e n t e h a b l a n d o , u n a c t o o u n a expresión h u m a n o s , u n a aprobación v o -
l u n t a r i a y, c i e r t a m e n t e n o se t r a t a d e a d o p t a r u n a máscara; es l a maüiz q u e h a c e
p o s i b l e t o d a disposición p r e v i a , s u condición c u l t u r a l c a p a c i t a d o r a . E n e s t e s e n t i -
d o , l a maü-iz d e l a s r e l a c i o n e s d e género es a n t e r i o r a l a aparición d e l o , h u m a n o .
C o n s i d e r e m o s e l caso d e l a interpelación médica q u e ( a p e s a r d e l a r e c i e n t e i n c o r -
poración d e o t r o s a p e l a t i v o s más g e n e r a l e s ) h a c e p a s a r a u n niño o u n a niña d e l a
categoría d e bebé a l a d e niño o niña y l a niña se f e m l n i z a m e d i a n t e esa d e n o m i -
nación q u e l a i n t i - o d u c e e n e l t e r r e n o d e l l e n g r i a j e y e l p a r e n t e s c o a U'avés d e l a
interpelación d e género. P e r o esa feminización d e l a niña n o t e r m i n a aUí; p o r e l
c o n t r a r i o , l a s d i v e r s a s a u t o r i d a d e s r e i t e r a n esa interpelación f n n d a c i o n a l a l o lar-go
d e v a r i o s i n t e r v a l o s d e t i e m p o p a r a f o r t a l e c e r o c o m b a t i r este e f e c t o n a t u r a l i z a d o .
CUERPOS Q U KIMPORTAN 65
]^íL denominación es a l a v e z u n m o d o d e fijar u n a f r o n t e r a y también d e i n c u l c a r
j-epetidamente u n a n o r m a .
T a l e s a t r i b u c i o n e s o i n t e r p e l a c i o n e s c o n t r i b u y e n a f o r m a r ese c a m p o d e l d i s -
c u r s o y e l p o d e r q u e o r q u e s t a , d e l i m i t a y s u s t e n t a a q u e l l o q u e se c a f i f i c a c o m o l o
h u m a n o . E s t o se a d v i e r t e c o n m a y o r c l a r i d a d e n l o s e j e m p l o s d e a q u e l l o s seres
a b y e c t o s q u e n o p a r e c e n a p r o p i a d a m e n t e g e n e r i z a d o s ; l o q u e se c u e s t i o n a es,
pues, s u h u m a n i d a d m i s m a . E n r e a U d a d , l a constr-ucción d e l género o p e r a a p e -
l a n d o a m e d i o s e x c l u y e n t e s , d e m o d o t a l q u e l o h u m a n o se p r o d u c e n o sólo p o r
e n c i m a y c o n t i - a l o i n h u m a n o , s i n o también a través d e u n a s e r i e d e f o r c l u s i o n c s ,
de s u p r e s i o n e s r a d i c a l e s a l a s q u e se les m e g a e s t r i c t a m e n t e l a p o s i b i l i d a d d e a r -
dculación c u l t m - a l . D e ahí q u e sea i n s u f i c i e n t e s o s t e n e r q u e l o s s u j e t o s h u m a n o s
s o n c o n s t r u c c i o n e s , p u e s l a construcción d e l o h u m a n o es u n a operación d i f e -
r e n c i a l q u e p r o d u c e l o más o m e n o s h u m a n o , l o i n h u m a n o , l o h u m a n a m e n t e i n -
concebible. E s t o s sitios excluidos, a l transformarse e n s u exterior c o n s t i t u t i v o ,
l l e g a n a Umitár l o h u m a n o y a c o n s t i t u i r u n a a m e n a z a p a r a t a l e s f r o n t e r a s , p u e s
indican la persistente posibilidad de derrumbaiias y rearticularlas.''
Paradójicamente, l a indagación d e e s t e t i p o d e s u p r e s i o n e s y e x c l u s i o n e s , m e -
d i a n t e l a s c u a l e s o p e r a l a consü-ucción d e l s u j e t o , y a n o es c o n s t r u c t i v i s m o n i
t a m p o c o e s e n c i a l i s m o . P o r q u e h a y u n ámbito e x t e r i o r a l o q u e c o n s t r u y e e l d i s -
c u r s o , p e r o n o se t r a t a d e u n e x t e r i o r a b s o l u t o , u n a e x t e r n a l i d a d ontológica q u e
e x c e d a o se o p o n g a a l a s f r o n t e r a s d e l d i s c u r s o ; ^ c o m o e x t e r i o r c o n s t i t u t i v o , es
a q u e l l o q u e sólo p u e d e c o n c e b h s e ( c u a n d o p u e d e c o n c e b i r s e ) e n relación c o n ese
d i s c u r s o , e n sus márgenes y f o r m a n d o sus límites s u t i l e s . D e m o d o q u e e l d e b a t e
entre e l c o n s t r u c t i v i s m o y e l esenciafismo pasa c o m p l e t a m e n t e p o r alto l a cues-
tión e s e n c i a l d e l a deconstrucción, p o r q u e l a cuestión e s e n c i a l n u n c a f u e q u e todo
S o b r e e n f o q u e s d i f e r e n t e s p e r o relíicionudos c o n estii problemática d e l a exclusión, l a abyección y
líi creación d e l o h u m a n o , véanse J u l i a \<s\9,t^vx,'Po'wers of Horror: An Essay on Abjection, León R o u d i e z
( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , C o l u m b i a U n i v e r s i t ) ' Press, 1 9 8 2 [ e d . esp.: Poderes de la perversión, B u e n o s A i r e s , C a -
tálogos, 1 9 8 8 ] ; J o h n F l e t c l i e r y A n d r e v v Benjamín ( c o m p s . ) , Abjection, Melancholia and Lave: The Work of
Ma Kristeva, N u e v a Y o r k y L o n d r e s , R o u d e d g e , 1 9 9 0 ; y J e a n - F r a n 9 o i s L y o t a r d , 7?je Inhumaii: Llejlecñons
o« Time, GeoíFrey B c n n i n g t o n y R a c h e l B o v v l b y ( t r a d s . ) , S t a n f o r d , S t a n f o r d U n i v e r s i t ) ' Press, 1 9 9 1 [ e d .
•^sp.: Lo inhumano: charlas sobre el tiempo, B u e n o s A i r e s , M a n a n t i a l , 1 9 8 8 ] .
^ S o b r e u n a l e c t u r a m u y p r o v o c a d o r a q u e m u e s t r a cómo se v i n c u l a e l p r o b l e m a d e l a referendiüidad
lingüística c o n e l p r o b l e m a cspeci^fíco de l a r e f e r e n c i a a l o s c u e r p o s y qué s i g n i f i c a r e f e r e n c i a e n este caso,
véase C a t h y C a r u t h , " T l i e C l a i m s o f R e f e r e n c e " , The Yale Journal of Criiicism, v o l . 4 , núm. 1 , otoño d e
1990,pp.193^200.
 66 JUDITH BUTLER
se construye discursivamente', esta cuestión e s e n c i a l , c u a n d o se p l a n t e a , c o r r e s p o n d e
a u n e s p e c i e d e m o n i s m o d i s c u r s i v o o iingüisticisino q u e n i e g a l a R i e r z a consütu-
t i v a d e l a exclusión, l a supresión, l a forclusión y l a abyección v i o l e n t a s y s u r e t o r n o
d e s t r u c t i v o d e n t r o d e l o s términos m i s m o s d e l a l e g i t i m i d a d dlscru-siva.
A f i r m a r q u e h a y u n a m a t r i z d e las r e l a c i o n e s d e género q u e i n s t i t u y e y s u s -
t e n t a a l s u j e t o n o e q u i v a l e a dech- q u e h a y a u n a m a t r i z s i n g u l a r q u e actúe d e m a -
n e r a s i n g u l a r y d e t e r m i n a n t e , c u y o e f e c t o sea p r o d u c i r u n s u j e t o . E s t o implicaría
s i t u a r l a m a t r i z e n l a posición d e l s u j e t o d e n t r o d e u n a formulación g r a m a t i c a l
que necesariamente debe volver a considerarse. E n reahdad, la f o r m a proposicio-
n a l el discurso constituye al sujeto c o n s e r v a l a posición d e s u j e t o d e l a formulación
gramatical, a u n cuando invierta el lugar del sujeto y del discurso. L a construc-
ción d e b e s i g n i f i c a r más q u e u n a s i m p l e inversión d e términos.
l i a y d e f e n s o r e s y críticos d e l a construcción q u e c o n s t r u y e n esa posición s i -
g u i e n d o líneas e s t r u c t u r a J l s t a s . A m e n u d o s o s t i e n e n q u e h a y e s t r u c t u r a s q u e
c o n s t r u y e n a l s u j e t o , fiierzas i m p e r s o n a l e s tales c o m o l a c u l t i u ' a , e l d i s c u r s o o e l
p o d e r , d a n d o p o r s e n t a d o q u e estos términos o c u p a n e l s i t i o g r a m a t i c a l d e l s u j e t o
después d e q u e l o h u m a n o h a s i d o d e s a l o j a d o d e s u l u g a r . E n esta p e r s p e c t i v a , e l
l u g a r g r a m a t i c a l y metafísico d e l s u j e t o se c o n s e i ' v a , a u n c u a n d o e l c a n d i d a t o q u e
l o o c u p a c a m b i e . C o m o r e s u l t a d o d e e l l o , l a construcción se e n t i e n d e todavía
c o m o u n p r o c e s o u n i l a t e r a l i n i c i a d o p o r u n s u j e t o p r e v i o , c o n l o c u a l se f o r t a l e c e
a q u e l l a presunción d e l a m e t a f i ' s i c a d e l s u j e t o según l a c u a l d o n d e h a y a c t i v i d a d ,
s i e m p r e h a y detrás u n s u j e t o I n i c i a d o r y v o l u n t a r i o . E n e s t a p e r s p e c t i v a , e l d i s -
c u r s o , e l l e n g u a j e o l o s o c i a l se e n c a r n a n y e n d i c h a encarnación se r e c o n s o l i d a l a
metafísica d e l s u j e t o .
E n e s t e s e g u n d o e n f o q u e , l a construcción n o es u n a a c t i v i d a d , s i n o q u e es u n
a c t o , u n a c t o q u e o c u r r e u n a v e z y c u y o s e f e c t o s se e s t a b l e c e n firmemente. D e
m o d o tal que el constructivismo queda reducido a u n d e t e r m i n i s m o e impHca l a
evacuación o e l d e s p l a z a m i e n t o d e l a c a p a c i d a d d e acción h u m a n a .
E s t a p e r s p e c t i v a está e n l a b a s e d e l a tergiversación a través d e l a c u a l se l e
a'iticó a F o u c a u l t q u e e n c a r n a r a a l p o d e r : s i e l p o d e r se c o n s t r u y e erróneamente
c o m o u n s u j e t o g r a m a t i c a l y metafísico y s i ese s i t i o m e t a f i ' s i c o d e n t r o d e l d i s c u r s o
h u m a n i s t a fiie e l s i t i o p r i v i l e g i a d o d e l o h u m a n o , l u e g o e l p o d e r p a r e c e h a b e r d e s -
p l a z a d o a l o h u m a n o c o m o e l o r i g e n d e l a a c t i v i d a d . P e r o , s i l a visión d e p o d e r d e
F o u c a u l t se e n t i e n d e c o m o l a destrucción y l a subversión d e e s t a gramática y
^yjTRPOS Q U E I M P O R T A N 67
esta metafísica d e l s u j e t o , s i e l p o d e r o r q u e s t a l a formación y l a s u s t a n c i a d e l o s
s u j e t o s , n o p u e d e s e r e x p H c a d o p a i T i e n d o d e l s u j e t o q u e es s u e f e c t o . Y aquí y a n o
sería a d e c u a d o d e c i r q u e e l término construcción c o r r e s p o n d e a l s i t i o g r a m a t i c a l
d e l s u j e t o , p o r q u e l a construcción n o es n i u n s u j e t o n i s u a c t o , s i n o u n p r o c e s o d e
reiteración m e d i a n t e e l c u a l U e g a n a e m e r g e r t a n t o l o s s u j e t o s c o m o l o s a c t o s . N o
l i a y ningún p o d e r q u e actúe, sólo h a y u n a actuación r e i t e r a d a q u e s e h a c e p o d e r
e n v i r t u d d e s u p e r s i s t e n c i a e inestabÜldad.
Y o propondría, e n l u g a r d e estas c o n c e p c i o n e s d e construcción, u n r e t o r n o a
la noción d e m a t e r i a , n o c o m o s i t i o o s u p e r f i c i e , s i n o c o m o u n p r o c e s o d e m a t e -
rialización q u e se e s t a b i l i z a a través d e l tiempo p a r a p r o d u d r e l e f e c t o d e f r o n t e r a ,
de p e r m a n e n c i a y d e s u p e r f i c i e q u e l l a m a m o s m a t e r i a . C r e o q u e e l h e c h o d e q u e
l a m a t e r i a s i e m p r e esté m a t e r i a f i z a d a d e b e e n t e n d e r s e e n relación c o n l o s e f e c t o s
productivos, y e n realidad materiafizadores, del poder regulador e n e l sentido
f o u c a u l t i a n o . ' ^ P o r l o t a n t o , l a p r e g u n t a q u e h a y q u e h a c e r s e y a n o es ¿de qué
m o d o se c o n s t i t u y e e l género c o m o ( y a través d e ) c i e r t a interpretación d e l s e x o ?
( u n a p r e g u n t a q u e d e j a l a m a t e r i a d e l s e x o f u e r a d e l a teorización), s i n o ¿a través
de qué n o r m a s r e g u l a d o r a s se m a t e r i a l i z a e l s e x o ? ¿y cómo es q u e e l h e c h o d e
e n t e n d e r l a m a t e r i a h d a d d e l s e x o c o m o a l g o d a d o s u p o n e y c o n s o l i d a las c o n d i -
c i o n e s n o r m a t i v a s p a r a q u e se dé t a l materialización?
L o e s e n c i a l e s t r i b a e n t o n c e s e n q u e l a construcción n o es u n a c t o único n i u n
p r o c e s o c a u s a l i n i c i a d o p o r u n s u j e t o y q u e c u l m i n a e n u n a s e r i e d e e f e c t o s fija-
d o s . L a construcción n o sólo se r e a l i z a e n e l tiempo, s i n o q u e es e n sí m i s m a u n
p r o c e s o t e m p o r a l q u e o p e r a a través d e l a reiteración d e n o r m a s ; e n e l c u r s o d e
e s t a reiteración e l sex:o se p r o d u c e y a l a v e z se d e s e s t a b i l i z a . ^ C o m o u n e f e c t o
^ A u n q u e F o u c a u l t h a c e l a distinción e n t r e e l m o d e l o jurídico y e l m o d e l o p r o d u c t i v o d e l p o d e r e n 77JÍ
I-IÍstQ)y ofSexuality, Fohtme One, R o b c r t H u r l e y ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , V i n t a g e , 1 9 7 8 [ e d . esp.: Historia de la
sexualidad, v o l . 1 , B u e n o s A i r e s , S i g l o X X I , 1 9 9 0 ] , h e s o s t e n i d o q u e c a d a m o d e l o s u p o n e l a e x i s t e n c i a d e l
o t r o . L a producción d e u n s u j e t o — s u sujeción (assujetissement)— es u n m e d i o p a r a l o g r a r s u regulación.
Véase m i " S e x u a l I n v c r s i o n s " e n D o m n a S t i m t o n ( c o m p . ) , Discourses of Sexuality, A n n H a r b o r , U n l v e r s i t y
o f M i c h i g a n Press, 1 9 9 2 , pp. 3 4 4 - 3 6 1 .
^ N o se t r a t a s i m p l e m e n t e d e c o n s t m i r l a p e r f o r m a t i v i d a d c o m o u n a repetición d e a c t o s , c o m o sí l o s
!*ctos p e r m a n e c i e r a n i n t a c t o s e idénticos a sí m i s m o s a m e d i d a q u e se l o s r e p i t e e n e l t i e m p o , e n t e n d i e n d o
el t i e m p o c o m o a l g o e x t e r i o r a l o s a c t o s m i s m o s . P o r e l c o n t r a r i o , u n a c t o es e n sí m i s m o u n a repetición,
l i n a sedimentación y u n c o n g e l a m i e n t o d e l p a s a d o q u e p r e c i s a m e n t e q u e d a f o r c l u i d o p o r s u s e m e j a n z a
c o n e l a c t o . E n este s e n t i d o , u n a c t o es s i e m p r e u n a f a l l a t e m p o r a l d e l a m e m o r i a . E n l o q u e s i g u e , e m p l e o
'a noción l a c a n i a n a d e q u e t o d o a c t o d e b e c o n s t r u i r s e c o m o repetición, l a repetición d e l o q u e n o p u e d e
ser r e c o r d a d o , l o i r r e c u p e r a b l e y, p o r l o t a n t o , c o m o e s p e c t r o t e m i b l e d e l a desconstitución d e l s u j e t o .
 68 JUDITH BUTLE
sedimentíldo d e u n a práctica r e i t e r a t i v a o r i t L i a l j e l s e x o a d q u i e r e s u e f e c t o natu--^
r a l i z a d o y; s i n e m b a r g o , e n v i r t u d d e e s t a m i s m a reiteración se a b r e n b r e c h a s y
fisuras q u e r e p r e s e n t a n i n e s t a b i l i d a d e s c o n s t i t u t i v a s d e tales c o n s t r u c c i o n e s
c o m o aquello q u e escapa a l a n o r m a o que l a rebasa, c o m o aquello que n o p u e d e
d e f i n k s e n i fijarse c o m p l e t a m e n t e m e d i a n t e l a l a b o r r e p e t i t i v a d e esa n o r m a . E s t a
i n e s t a b i l i d a d es l a p o s i b i l i d a d d e s c o n s t i t u y e n t e d e l p r o c e s o m i s m o d e repetición,
l a fiierza q u e d e s h a c e l o s e f e c t o s m i s m o s m e d i a n t e l o s cuales se e s t a b i l i z a e l
"sexo", l a p o s i b U i d a d d e hacer e n t r a r e n u n a crisis p o t e n c i a l m e n t e p r o d u c t i v a l a
consolidación d e las n o r m a s d e l sexo.^
L a . noción d e r r i d c a n a d e i t e r a b i i i d a d , f o r m u l a d a e n r e s p u e s t a a l a teorización d e l o s actos d e l h a b l a d e
J o h n S e a r l e y J . L . A u s t i n , también i m p l i c a q u e t o d o a c t o es e n sí m i s m o u n a recitación, l a c i t a d e u n a
c a d e n a p r e v i a d e actos q u e están i m p h ' c i t o s e n u n a c t o p r e s e n t e y q u e p e r m a n e n t e m e n t e l e q u i t a n a t o d o
a c t o p r e s e n t e s u condición d e a c t u a l i d a d . Véase l a n o t a 9 i/ifra s o b r e !a d i f e r e n c i a e n t r e u n a repetición
h e c h a e n f a v o r d e l a fantasía d e d o m i n i o ( e s t o es, u n a repetición d e actos q u e c o n s d t u y e n a l s u j e t o y q u e
se e n t i e n d e n c o m o l o s actos c o n s t r u c t i v o s o c o n s t i t u y e n t e s d e u n s u j e t o ) y u n a noción d e repetición-
compulsión, t o m a d a d e F r e u d , q u e r o m p e esa fantasía d e d o m i n i o y fija sus límites.
^ L a noción d e t e m p o r a l i d a d n o debería c o n s t r u i r s e c o m o u n a s e n c i l l a sucesión d e m o m e n t o s d i s -
t i n t o s , i g u a l m e n t e d i s t a n t e s e n t r e sí. S e m e j a n t e representación e s p a c i a l d e l t i e m p o r e e m p l a z a a c i e r t o
m o d e l o temático d e l t i p o d e duración q u e n o p e r m i t e h a c e r tales metáforas espaciales. L o s e s f u e r z o s p o r
d e s c r i b i r o n o m b r a r este l a p s o t i e n d e n a caer e n e l m a p a espacial, c o m o l o s o s t u v i e r o n v a r i o s filósofos,
e n t r e e l l o s B e r g s o n y H e i d e g g e r . P o r l o t a n t o , es i m p o r t a n t e s u b r a y a r e l efecto d e sedimeníacián q u e i m -
p l i c a l a t e m p o r a l i d a d d e l a construcción. Aquí, l o s l l a m a d o s " m o m e n t o s " n o s o n u n i d a d e s e q u i v a l e n t e s y
d i s t i n t a s d e t i e m p o , p o r q u e e l p a s a d o sería e n t o n c e s u n a acumulación y u n c o n g e l a m i e n t o d e tales m o -
m e n t o s q u e finalmente l o s harían i n d i s t i n g u i b l e s . E l p a s a d o deberá c o n s i s t i r además e n a q u e l l o n e g a d o e n
l a construcción, deberá abarcar las esferas d e l o r e p r i m i d o , l o o l v i d a d o y l o i r r e c u p e r a b l e m e n t e f o r c l u i d o .
A q u e l l o q u e n o está i n c l u i d o — q u e h a s i d o d e j a d o e n e l e x t e r i o r p o r l a f r o n t e r a — c o m o fenómeno c o n s -
t r u c t i v o d e l e f e c t o s e d i m e n t a d o l l a m a d o construcción será t a n e s e n c i a l p a r a s u definición c o m o l o q u e h a
s i d o i n c l u i d o ; esta e x t e r i o r i d a d n o es d i s t i n g u i b l e c o m o u n m o m e n t o . E n r e a l i d a d , l a noción d e m o m e n t o
quizá n o sea o t r a cosa q u e u n a fantasía r e t r o s p e c t i v a d e l d o m i n i o matemático i m p u e s t o a l a s d u r a c i o n e s
i n t e r r u m p i d a s del pasado.
S o s t e n e r q u e l a construcción es f u n d a m e n t a l m e n t e u n a cuestión d e iteración es d a r p r i o r i d a d a l a
m o d a l i d a d t e m p o r a l d e l a construcción. E n l a m e d i d a e n q u e t a l teoría r e q u i e r a u n a espacialización
d e l tícmpo ( a tiavés de l a postulación d e m o m e n t o s d e s c o n e c t a d o s y l i m i t a d o s ) , esta versión t e m p o r a l de l a
construcción s u p o n e u n a espacialización d e l a t e m p o r a l i d a d m i s m a q u e u n o podría e n t e n d e r , s i g u i e n d o
a H e i d e g g e r , c o m o l a reducción d e l a temponüidad a l t i e m p o .
E l énfasis p u e s t o p o r F o u c a u l t e n las r e l a c i o n e s convergen íes de p o d e r ( q u e d e m a n e r a t e n t a t i v a podría
c o n t r a p o n e r s e c o n e l énfasis p u e s t o p o r D e r r i d a e n l a iteración) i m p l i c a t r a z a r u n m a p a d e las r e l a c i o n e s
de p o d e r q u e , e n e l c u r s o d e u n p r o c e s o genealógico, f o r m a n u n e f e c t o c o n s t r u i d o . L a noción d e c o n -
v e r g e n c i a s u p o n e l a i d e a d e m o v i m i e n t o y también d e espacio; c o m o r e s u l t a d o d e e l l o , p a r e c e e l u d i r l a
p a r a d o j a señalada a n t e s e n l a ' c u a l l a explicación m i s m a d e l a t e m p o r a l i d a d e x i g e l a espaciiüización d e l
m o m e n t o . P o r otro lado, el enfoque de Foucault de la convergencia n o teoriza plenamente sobre l o que
69
CUERPOS Q U E IMPORTAN
C i e r t a s formiüaciones d e l a posición c o n s t r u c t i v i s t a r a d i c a l p a r e c e n p r o d u c h
• d e m a n e r a o b l i g a d a u n m o m e n t o d e r e i t e r a d a exasperación, p o r q u e a p a r e n -
' n e n t e c u a n d o se c o n s t r u y e c o m o u n i d e a l i s t a hngüístico, e l c o n s t r u c t i v i s t a r e -
futa la realidad de los cuerpos, l a p e r t i n e n c i a d e l a ciencia, los datos supuestos d e
i c i i u i e n t o , e n v e j e c i m i e n t o , e n f e r m e d a d y m u e r t e . E l crítico podría s o s p e c h a r
también q u e e l c o n s t r u c t i v i s t a s u f r e d e c i e r t a s o m a t o f o b i a y querría a s e g u r a r s e
q u e este teórico a b s t r a c t o a d m i t a q u e mínimamente h a y p a r t e s , a c t i v i d a d e s , c a -
p a c i d a d e s s e x u a l m e n t e d i f e r e n c i a d a s , d i f e r e n c i a s h o r m o n a l e s y cromosómicas
q u e p u e d e n a d m i t k s e s i n h a c e r r e f e r e n c i a a l a construcción. A u n q u e e n este m o -
m e n t o q u i e r o d a r l e s a m i s i n t e r l o c u t o r e s l a a b s o l u t a t r a n q u i l i d a d , aún p r e v a l e c e
c i e r t a a n g u s t i a . A d m i t i r e l carácter i n n e g a b l e d e l s e x o o s u m a t e r i a l i d a d , s i e m p r e
es a d m i t i r c i e r t a versión d e l s e x o , c i e r t a formación d e m a t e r i a U d a d . E l d i s c u r s o
e n e l c u a l y a través d e l c u a l se h a c e e s t a concesión, y sí, esta concesión i n v a r i a b l e -
m e n t e se h a c e , ¿no es acaso f o r m a t i v o d e l fenómeno m i s m o q u e a d m i t e ? A f i r m a r
q u e e l d i s c u r s o es f o r m a t i v o n o e q u i v a l e a d e c i r q u e o r i g i n a , c a u s a o c o m p o n e
exliaustivamente aquello que concede; antes bien, sigiilfica que n o h a y n i n g u n a
p r o v o c a e l m o v i m i e n t o m e d i a n t e e l c u a l se d i c e q u e c o n v e r g e n e l p o d e r y e l d i s c u r s o . E n c i e r t o sentído,
trazar u n m a p a d e l p o d e r n o basta p a r a t e o r i z a r a c a b a d a m e n t e l a t e m p o r a l i d a d .
S i g n i f i c a t i v a m e n t e , e l análisis d e r r i d e a n o d e l a i t e r a b i i i d a d d e b e d i s t i n g u i r s e d e l a m e r a repetición e n
la cual las d i s t a n c i a s e n t r e m o m e n t o s t e m p o r a l e s se c o n s i d e r a n u n i f o r m e s e n c u a n t o a s u extensión e s p a -
cial. L a d i s t a n c i a en¿}-e m o m e n t o s d e t i e m p o n o p u e d e , según l a terminología de D e r r i d a , espacializarse o
l i m i t a r s e c o m o u n o b j e t o i d e n t i f i c a b l e . E s l a différance n o t e m a t i z a b l e q u e e r o s i o n a y se o p o n e a t o d a a f i r -
mación d e u n a i d e n t i d a d d i s t i n t i v a , i n c l u y e n d o l a I d e n t i d a d . d i s t i n t i v a d e l m o m e n t o . L o q u e d i f e r e n c i a l o s
m o m e n t o s n o es u n a duración espacial y e x t e n d i d a p o r q u e , p o r así d e c i r l o , también e l l a podría c o n s i d e r a r -
se u n m o m e n t o y e n t o n c e s n o representaría l o q u e q u e d a e n t r e l o s m o m e n t o s . E s t e entre, q u e es a l m i s m o
t i e m p o en medio y fuera, es c o m o u n espacio n o t e m a t i z a b l e y u n t i e m p o n o t e m a t i z a b l e q u e c o n v e r g e n .
E l l e n g u a j e d e l a construcción d e F o u c a u l t i n c l u y e términos c o m o aumento,proliferación y co7ivergen-
cin q u e s u p o n e n l a e x i s t e n c i a d e u n a esfera t e m p o r a l n o t e o r i z a d a exph'ci ta m e n t e . E n p a r t e , e l p r o b l e m a
consiste e n q u e m i e n t r a s F o u c a u l t a p a r e n t e m e n t e p r o c u r a d a r u n a e s p e c i f i c i d a d histórica a s u versión d e
los efectos genealógicos, e n r e a l i d a d estaría d a n d o p r i o r i d a d a u n e n f o q u e d e l a genealogía a n t e s q u e a
u n e n f o q u e filosófico d e l a t e m p o r a l i d a d . E n " H i e S u b j e c t a n d P o w e r " , e n H u b e r t D r c y f u s y P a u l R a b i -
n o s ( c o m p s . ) , MichelFoucault: Beyond Structuralism andHermeneutics, C h i c a g o , N o r d i w e s t e r n U n i v c r s i t y
Press, 1 9 8 3 [ e d . esp.: Michel Foucault: más allá del estructuralismo y la hermenéutica, México, U N A M , 1 9 8 8 ] .
F o u c a u l t se r e f i e r e a " l a d i v e r s i d a d d e [ . . . ] s e c u e n c i a lógica" q u e c a r a c t e r i z a a las r e l a c i o n e s d e p o d e r ,
i n d u d a b l e m e n t e r e c h a z a l a a p a r e n t e llneaüdad implícita e n l o s m o d e l o s d e i t e r a b i i i d a d q u e se v i n c u l a n
^ l i n e a l i d a d d e los m o d e l o s más a n t i g u o s d e l a secuencia histórica. Y s i n e m b a r g o , n o n o s o f r e c e u n a
especificación d e i a "secuencia": ¿es l a noción m i s m a d e "secuencia" l o q u e varía históricamente o l o q u e
Víi-ria s o n las c o n f i g u r a c i o n e s d e s e c u e n c i a y l a s e c u e n c i a m i s m a p e r r p a n c c e i n v a r i a b l e ? D e algún m o d o ,
!*mbas p o s i c i o n e s d e s c u i d a n l a formación y representación s o c i a l específica d e l a t e m p o r a l i d a d . Aquí
podría c o n s u l t a r s e l a o b r a d e F i e r r e B o u r d i e u p a r a c o m p r e n d e r l a t e m p o r a l i d a d de l a construcción s o c i a l .
 70 JUDITH BUTLER
r e f e r e n c i a a u n c u e r p o p u r o q u e n o sea a l m i s m o t i e m p o u n a formación a d i c i o n a l
d e ese c u e r p o . E n e s t e s e n t i d o , n o se n i e g a l a c a p a c i d a d lingüística p a r a r e f e r i r s e a
l o s c u e r p o s s e x u a d o s , p e r o s e a l t e r a l a significación m i s m a d e r e f e r e n c i a l i d a d . E n
términos filosóficos, l a proposición asertórica es s i e m p r e , h a s t a c i e r t o p u n t o , p e r -
formativa.
P o r l o t a n t o , e n relación c o n e l sexo, s i u n o a d m i t e l a m a t e r i a l i d a d d e l sexo o d e l
c u e r p o , esa concesión m i s m a , ¿opera, p e r f o r m a t i v a m e n t e , c o m o u n m o d o d e m a t e -
r i a l i z a r ese sexo? Y además, ¿cómo l o g r a c o n s t i t u i r l a concesión r e i t e r a d a d e ese s e x o
— u n a concesión q u e n o t i e n e q u e h a c e r s e n e c e s a r i a m e n t e e n e l h a b l a o p o r e s -
c r i t o , s i n o q u e podría señalarse d e u n m o d o m u c h o más r u d h n e n t a r i o — l a s e d i -
mentación y l a producción d e ese e f e c t o m a t e r i a l ?
E l crítico m o d e r a d o podría a d m i t i r q u e alguna parte d e l s e x o se c o n s t r u y e ,
p e r o q u e c i e r t a m e n t e h a y o t r a q u e n o y, p o r l o t a n t o s i e n t e p o r s u p u e s t o l a o b l i g a -
ción n o sólo d e m a r c a r l a l i n e a q u e s e p a r a l o c o n s t r u i d o d e l o n o c o n s t r u i d o , s i n o
también d e e x p f i c a r qué s i g n i f i c a e s t o d e q u e e l s e x o se p r e s e n t e e n p a r t e s c u y a
diferenciación n o es u n a cuestión d e construcción. P e r o , a m e d i d a q u e se t r a z a esa
línea d e demarcación e n t r e p a r t e s t a n e v i d e n t e s , l o n o c o n s t r u i d o q u e d a l i m i t a d o
u n a v e z más e n Aártud d e u n a práctica s i g n i f i c a n t e y e l K m l t e m i s m o q u e e s t a b a
d e s t i n a d o a p r o t e g e r a l g u n a s p a r t e s d e l s e x o d e l a contaminación d e l c o n s t r u c t i v i s -
m o se d e f i n e a l i o r a p o r l a construcción m i s m a d e l anticonstrucüvismo. L a c o n s -
trucción, ¿es a l g o q u e l e o c u r r e íi u n o b j e t o y a h e c h o , u n a cosa d a d a p r e v i a m e n t e y
a l g o q u e l e o c u r r e e n g r a d o s ? ¿O e n a m b o s l a d o s d e l d e b a t e n o s e s t a m o s r e f i r i e n d o
quizá a u n a práctica i n e v i t a b l e d e significación, d e demarcación y deUmitación a l a
que luego nos r e f e r i m o s , d e m o d o t a l que nuestras "referencias" s i e m p r e s u p o n e n
( y c o n fi-ecuencia o c u l t a n ) esta deHmitación p r e v i a ? E n r e a h d a d , r e f e r i r s e i n g e n u a
o d i r e c t a m e n t e a t a l o b j e t o e x t r a d i s c u r s i v o e x i g e d e h m l t a r p r e v i a m e n t e e l ámbito
d e l o e x t r a d i s c u r s i v o . Y , e n l a m e d i d a e n q u e se p u e d a d e U m i t a r , l o d i s c u r s i v o e s t a -
rá deÜmitado p o r e l d i s c u r s o m i s m o d e l c u a l p r o c u r a Überarse. E s t a defimitación,
q u e a m e n u d o se r e p r e s e n t a c o m o u n a suposición n o t e o r i z a d a e n c u a l q u i e r a c t o
d e desaipción, m a r c a u n a f r o n t e r a q u e i n c l u y e y e x c l u y e , q u e d e c i d e , p o r así d e c i r -
l o , cuál será y cuál n o será l a m a t e r i a d e l o b j e t o a l q u e n o s r e f e r i r e m o s l u e g o . E s t a
marcación tendrá c i e r t a fiierza n o r m a t i v a y, e n r e a h d a d , c i e r t a v i o l e n c i a , p o r q u e
sólo p u e d e c o n s t r u i r a ü-avés d e l a supresión; sólo p u e d e d e h m l t a r a l g o a p h c a n d o
Cierto criterio, e n decir u n p r i n c i p i o d e selectividad.
CUERPOS a U E IMPORTAN 71
L o q u e habrá d e i n c l u i r s e y l o q u e n o habrá d e i n c l u i r s e d e n t r o d e las f r o n t e -
i-as d e l s e x o estará d e t e r m i n a d o p o r u n a operación más o m e n o s tácita d e e x c l u -
sión. S i c u e s t i o n a m o s e l carácter fijo d e l a l e y e s t i - u c t u r a H s t a q u e d i v i d e y H m i t a
ios sexos e n v i r t u d d e s u diferenciación diádica d e n t r o d e l a m a t r i z h e t e r o s e x u a l , l o
h a r e m o s d e s d e l a s r e g i o n e s e x t e r i o r e s d e e s a f r o n t e r a ( n o d e s d e u n a posición,
sino desde las posibihdades discursivas que ofrece e l e x t e r i o r c o n s t i t u t i v o d e las
p o s i c i o n e s hegemónicas) y ese c u e s t i o n a m i e n t o constituirá e l r e t o r n o d e s b a r a t a -
d o r d e l o s e x c l u i d o s d e s d e e l i n t e r i o r d e l a lógica m i s m a d e l s i m b o h s m o h e t e r o -
sexual.
L a t r a y e c t o r i a d e e s t e t e x t o indagará, p u e s , l a p o s i b i l i d a d d e t a l e f e c t o d e s b a -
r a t a d o r , p e r o l o hará i n d i r e c t a m e n t e , r e s p o n d i e n d o a d o s i n t e r r o g a n t e s i n t e r r e l a -
c i o n a d o s q u e se les h a n forimüado a las v e r s i o n e s construcüvistas d e l género, n o
p a r a d e f e n d e r a l c o n s t r u c t i v i s m o ^ e r i " e , s i n o p a r a c u e s t i o n a r las s u p r e s i o n e s y e x -
c l u s i o n e s q u e c o n s t i t u y e n sus h ' m i t e s . E s t a s críticas s u p o n e n q u e , i n m e r s a s e n l a
gramática r e c i b i d a , h a y u n a s e r i e d e o p o s i c i o n e s metafísicas e n t r e e l m a t e r i a l i s m o
y e l i d e a l i s m o , o p o s i c i o n e s q u e , c o m o argumentaré l u e g o , están s i e n d o r e d e f i n i -
das r a d i c a l m e n t e p o r u n r e v i s i o n i s m o postestructuraÜsta d e l a p e r f o r m a t i v i d a d
d i s c u r s i v a t a l c o m o ésta o p e r a e n l a materiafización d e l s e x o .
• Laperformatimdad como apelación a la cita
C u a n d o e n e l l e n g u a j e l a c a n i a n o se d i c e q u e a l g u i e n a s u m e u n s e x o , l a gramática
de l a frase crea l a expectación d e q u e h a y a l g u i e n q u e , a l d e s p e r t a r s e , i n d a g a y
d e l i b e r a s o b r e qué s e x o asumirá ese día, u n a gramática e n l a c u a l l a asunción se
a s i m i l a p r o n t o a l a noción d e u n a elección e n a l t o g r a d o r e f i e x i v a . P e r o s i l o q u e
i m p o n e esta asunción es u n a p a r a t o r e g u l a d o r d e h e t e r o s e x T i a h d a d y l a asunción se
reitera a través d e l a producción f o r z a d a d e l s e x o , se t r a t a p u e s d e u n a asunción
d e l s e x o o b l i g a d a d e s d e e l p r i n c i p i o . Y s i e x i s t e u n a h b e r t a d d e acción, ésta d e b e
buscarse, paradójicamente, e n las poslbÜidades q u e o f r e c e n l a apropiación obÜga-
díi d e l a l e y r e g u l a d o r a , l a materialización d e esa l e y , l a apropiación i m p u e s t a y
l a identificación c o n tales d e m a n d a s n o r m a t i v a s . L a formación, l a elaboración, l a
orientación, l a circunscripción y l a significación d e ese c u e r p o s e x u a d o n o serán
i-m c o n j u n t o d e a c c i o n e s r e a h z a d a s e n o b s e r v a n c i a d e d i c h a l e y ; p o r e l c o n t r a r i o ,
 72 JUDTTH BUTLER
serán u n c o n j u n t o d e íicciones m o v i l i z a d a s p o r l a l e y , l a acumulación d e citas o
r e f e r e n c i a s y l a disimulación d e l a l e y q u e p r o d u c e e f e c t o s m a t e r i a l e s , t a n t o l a
n e c e s i d a d v i v i d a d e a q u e l l o s e f e c t o s c o m o l a oposición v i v i d a a t a l n e c e s i d a d .
D e m o d o q u e l a p e r f o r m a t i v i d a d n o es p u e s u n a c t o s i n g u l a r , p o r q u e s i e m p r e
es l a reiteración d e u n a n o r m a o u n c o n j u n t o d e n o r m a s y, e n l a m e d i d a e n q u e
a d q u i e r a l a condición d e a c t o e n e l p r e s e n t e , o c u l t a o d i s i m u l a las c o n v e n c i o n e s
d e las q u e es u n a repetición. Además, e s t e a c t o n o es p r i m a r i a m e n t e t e a t r a l ; e n
r e a l i d a d , s u a p a r e n t e t e a t r a l i d a d se p r o d u c e e n l a m e d i d a e n q u e p e r m a n e z c a d i -
s i m u l a d a s u h i s t o r i c i d a d e, i n v e r s a m e n t e , s u t e a t r a h d a d a d q u i e r e c i e r t o carácter
inevitable p o r l a i m p o s i b i h d a d de revelar p l e n a m e n t e su historicidad. E n el m a r -
co d e l a teoría d e l a c t o d e l h a b l a , se c o n s i d e r a p e r f o r m a t i v a a a q u e l l a práctica
d i s c u r s i v a q u e r e a l i z a o p r o d u c e l o q u e n o m b r a . ^ D e a c u e r d o c o n l a versión bíbH-
ca d e l o p e r f o r m a t i v o , es decir, "¡Hágase l a l u z ! " , parecería q u e u n fenómeno q u e
se n o m b r a c o b r a v i d a e n v i r t u d d e l p o d e r d e u n s u j e t o o d e s u v o l u n t a d . D e
a c u e r d o c o n u n a reformiüación crítica, D e r r i d a a c l a r a q u e este p o d e r n o es l a
función d e u n a v o l u n t a d q u e o r i g i n a , s i n o q u e es s i e m p r e d e r i v a t i v o :
¿Podría u n a enunciación p e r f o r m a t i v a tener éxito s i su formulación n o r e p i t i e r a
u n a enunciación "codificada" o i t e r a t i v a o, e n otras palabras, s i l a fórmula que se
p r o n u n c i a para i n i c i a r u n a reunión o para botar u n barco o para celebrar- u n m a t r i -
m o n i o n o se i d e n t i f i c a r a d e algún m o d o c o n u n a "cita"? [...] e n taltipología,l a
categoría de intención n o desaparecerá, tendrá su lugai" pero desde ese lugar y a n o
podi'ágobernarla totalidad d e l c s c e n a r i o y e l s i s t e m a d c Qn\\ná^Q\ón.[e?207idn¿ioj¡]}°
5 Véase J . L . A u s t i n , How to Do Things with Wordí, J . O . U r s o n y M a r i n a Sbisá ( c o m p s . ) , C a m b r i d g e ,
M a s s a c l i u s e t t s , P l a n ' a r d U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 5 5 [ e d . esp.: Cómo hacer cosas con palabras, B u e n o s A i r e s ,
Paidós, 1 9 7 1 ] , y Philosophical Papers, O x f o r d U n i v e r s i t y Press, 1 9 6 1 , e s p e c i a l m e n t e las p p . 2 3 3 - 2 5 2 [ e d .
esp.: Ensayos filosofeas, M a d r i d , A l i a n z a , 1 9 8 8 ] ; S h o s h a n a F e l m a n , Jl)e Literary Speech-Ací: Don Juan With
J. L . Austin, ar Sediiction in Two Langnages, C a t h e r i n e P o r t e r ( t r a d . ) , ítaca, Cornelí U n i v e r s i t y ^Press, 1 9 8 3 ;
B a r b a r a J o h n s o n , " P o e t r ) ' a n d P e r f o r m a t i v c L a n g u a g e : Mallarmé a n d A u s t i n " , e n The Criftcal DiJference:
Essaysinthe Contemparary Rhetoric ofReading, BaltÍmore,Johns P l o p k i n s U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 0 , p p . 5 2 -
6 6 ; M a r ) ' L o u i s e ^i^X.t,A ^peechAct Vjeory of Literary Disconrse, I n d i a n a U n l v e r s i t ^ ^ P r e s s , 1 9 7 7 , y L u d w i g
W i t t g e n s t e i n , Philosophical Investigations ( t n i d . ) d e G E M A n s c o m b e , N u e v a Y o r k , M a c m L l l a n , 1 9 5 8 , p r i m e r a
p a r t e [ e d . esp.: Investigaciones filosóficas, B a r c e l o t u t , G r i j a l b o - M o n d a d o r i , 1 9 8 8 ] ,
J a c q u e s D e r r i d a , " S i g n a t u r e , E v e n t , C o n t e x t " , e n G e r a l d GraíT ( c o m p . ) , Limited, Inc., S a m u e l
V V e b e r y J e f f r c y M e h i m a n ( t r a d s . ) , E v a n s t o n , N o r t h w e s t e r n U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 8 , p . 1 8 [ e d . esp.: " F i r m a ,
a c o n t e c i m i e n t o , c o n t e x t o " , e n Márgenes de lafilosofía, M a d r i d , Cátedra, 1 9 8 9 ] .
CUERPOS a U E IMPORTAN 73
• E n qué m e d i d a o b t i e n e e l d i s c u r s o l a a u t o r i d a d n e c e s a r i a p a r a h a c e r r e a U -
dad l o n o m b r a m e d i a n t e u n a cita d e las convenciones de autoridad? Y u n
d e t e r m i n a d o s u j e t o , ¿se c o n s i d e r a e l a u t o r d e s u s e f e c t o s d i s c u r s l A ^ o s , e n t a n t o l a
práctica d e a p e l a r a las c i t a s , m e d i a n t e l a c u a l s e l o c o n d i c i o n a y m o v i h z a , p e r m a -
n e z c a s i n m a r c a s ? E n r e a l i d a d , ¿no podría o c u r r i r q u e l a producción d e l s u j e t o
c o m o o r i g i n a d o r a d e sus e f e c t o s sea p r e c i s a m e n t e u n a c o n s e c u e n c i a d e esta a p e -
lación d i s i m u l a d a a las citas? Además, s i u n s u j e t o h e g a r a a ser t a l sometiéndose a
las n o r m a s d e l s e x o , ¿podremos i n t e r p r e t a r " q u e esa asunción es p r e c i s a m e n t e u n a
m a n e r a más d e r e c u r r i r a las citas? E n o t r a s p a l a b r a s , l a n o r m a d e l s e x o ejerce s u
i n f l u e n c i a e n l a m e d i d a e n q u e s e l a c i t e c o m o n o r m a , p e r o también h a c e d e r i v a r
su p o d e r e n las citas q u e i m p o n e . ¿De qué f o r m a podríamos i n t e r p r e t a r l a prácti-
ca d e c i t a r las n o r m a s d e l s e x o c o m o e l p r o c e s o d e a p r o x i m a r s e a t a l e s n o r m a s o
de identificane con ellas}
P o r l o demás, e n e l s e n o d e l psicoanálisis, ¿hasta qué p u n t o se a f i a n z a e l c u e r p o
sexaiado a través d e prácticas i d e n t i f i c a t o r i a s g o b e r n a d a s p o r e s q u e m a s r e g u l a d o r e s ?
Aquí l a identificación n o se e m p l e a c o m o u n a a c t i v i d a d i m i t a t i v a , m e c h a n t e l a c u a l
u n ser c o n s c i e n t e se m o d e l a a i m a g e n y s e m e j a n z a d e o t r o ; p o r e l c o n t r a r i o , l a
identificación es l a pasión p o r l a s e m e j a n z a , m e d i a n t e l a c u a l e m e r g e p r i m a r i a m e n -
t e e l yo.^^ F r e u d s o s t i e n e q u e " e l y o es p r i m e r o y p r i n c i p a l m e n t e u n y o c o r p o r a l " y
q u e e l y o es, además, " u n a proyección d e u n a s u p e r f i c i e ' V ^ l o q u e podríamos cai*ac-
t e r i z a r c o m o u n a morfología i m a g i n a r i a . P o r o t r a p a r t e , y o chría q u e esta m o r f o l o -
gía i m a g i n a r i a n o es u n a operación o r q u e s t a d a " m e d i a n t e e s q u e m a s r e g u l a d o r e s q u e
p r o d u c e n p o s i b i U d a d c s inteÜgibles y morfológicas. E s t o s e s q u e m a s r e g u l a d o r e s n o
Véase M i c h e l B o r c h - J a c o b s c n , TJje Freudian Subject, C a t h e r i n e P o r t e r ( t r a d . ) , S t a n f o r d , S t a n f o r d
U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 8 . M i e n t r a s B o r c i i - J a c o b s e n , e n u n a i n t e r e s a n t e teoría d e cómo l a identificación
precede y f o r m a a l y o , t i e n d e a a f i r m a r l a p r i o r i d a d d e l a identificación p o r e n c i m a de c u a l q u i e r e x p e r i e n -
cia I i b i d i n a l , y o diría q u e l a identificación es e n sí m i s m a u n a asimilación a p a s i o n a d a o l i b i d i n i d . Véase
también l a a c e r t a d a distinción e n t r e m o d e l o Imitatívo y m o d e l o mlmétíco d e identificación e n R u t h
Leys, " H i e R e a l M i s s Beaucliamp: G e n d e r and tlie Subject o f I m i t a t l o n " , e n J u d i d i E u d e r y J o a n Scott
(comps.), TJjeorize the Political, N u e v a Y o r k , R o u d e d g e , 1 9 9 2 , p p . 1 6 7 - 2 1 4 ; K a j a S i l v e r m a n , Male
Subjectivity ai the Margins, N u e v a Y o r k , R o u t l e d g e , 1 9 9 2 , p p . 2 6 2 - 2 7 0 ; M a r y A n n D o a n e , " M i s r e c o g n i -
t i o n a n d Tdentíty", e n R o n E u r n e t t ( c o m p . ) , Explorations in Film Theory: SelecíedEssaysfrom Ciné-Tracts,
R l o o n i i n g t o n , I n d i a n a U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 1 , pp. 1 5 - 2 5 , y D i a n a Fuss, "Freud's F a l l e n W o m e n : I d e n t i -
fication, D e s i r e " y " A C a s e o f P l o m o s e x u a l i t y i n a W o m a n " , Vje Yale Journal of Cñticism, v o l . 6 , núm. 1 ,
1 9 9 1 , pp. 1-23.
S i g m u d F r e u d , TJie Ego and the Id,]-Arí\z^ S t r a c h c y ( c o m p . ) J o a n R i v i e r e ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , N o r -
t o n , 1 9 6 0 , p. 1 6 [ e d . esp.: El yo y el ello, e n Obras completas, v o l . 1 9 , B u e n o s A i r e s , A m o r r o r t u , 1 9 7 8 - 1 9 8 5 ] .
 /4 JUDITH BUTLER
s o n estructiiríis e t e r n a s , s i n o q u e c o n s t i t u y e n c r i t e r i o s liistóricamente r e v i s a b l e s d e
inteligibilidad que producen y conquistan los cuerpos que i m p o r t a n .
S i l a formdación d e u n y o c o r p o r a l , u n c o n t o r n o e s t a b l e y e l e s t a b l e c i m i e n t o
d e u n a f r o n t e r a e s p a c i a l se l o g r a n a través d e prácticas i d e n t i f i c a t o r i a s y s i e l p s i c o -
análisis d o c u m e n t a las f o r m a s d e o b r a r hegemónicas d e tales i d e n t i f i c a c i o n e s , ¿po-
d e m o s p u e s i n t e r p r e t a r q u e e l psicoanáhsis i n c u l c a l a m a t r i z , h e t e r o s e x u a l e n e l n i v e l
d e l a morfogénesis c o r p o r a l ? L o q u e L a c a n l l a m a l a asunción o e l acceso a l a l e y
simbóhca p u e d e i n t e r p r e t a r s e c o m o u n a e s p e c i e d e c i t a d e l a l e y y así ofirece l a
o p o r t u n i d a d d e v i n c u l a r l a cuestión d e l a materialización d e l s e x o c o n l a r e c o n c e p -
ción d e l a p e r f o r m a t i v i d a d c o m o u n a apelación a l a c i t a . A u n q u e L a c a n a f i r m a q u e
l a l e y simbóhca tiene u n a jerarquía semiautónoma q u e es a n t e r i o r a l m o m e n t o e n
q u e e l s u j e t o a s u m e l a s p o s i c i o n e s sexuadas, estas p o s i c i o n e s n o r m a t i v a s , es decir,
l o s s e x o s , sólo s e c o n o c e n a través d e las s e m e j a n z a s q u e c a u s a n . L a f u e r z a y l a n e -
c e s i d a d d e estas n o r m a s ( e l "sexo" c o m o fimción simbóhca d e b e e n t e n d e r s e c o m o
u n a e s p e d e d e m a d a m i e n t o o p r e c e p t o ) es p u e s fimcionalmente dependiente de la
s e m e j a n z a y l a c i t a d e l a l e y ; l a l e y s i n s u aproximación n o es l e y o, más p r e c i s a m e n -
te, n o es más q u e u n a l e y q u e rige s o l a m e n t e p a r a a q u e l l o s q u e l a a c a t a n s o b r e l a
base d e l a f e r e h g i o s a . S i e l s e x o se a s u m e d e l m i s m o m o d o e n q u e se c i t a u n a l e y
l u e g o " l a l e y d e l s e x o " se f o r t a l e c e e ideaÜza r e p e t i d a m e n t e sólo e n l a m e d i d a e n q u e
se l a r e i t e r a c o m o l a ley, q u e se p r o d u z c a c o m o t a l , c o m o e l i d e a l a n t e r i o r e i n -
a p r o x i m a b l e , m e d i a n t e l a s citas n i i s m a s q u e se a f i r m a q u e esa l e y o r d e n a . S i se
i n t e r p r e t a l a significación q u e d a L a c a n a l a asunción c o m o c i t a , y a n o se l e d a a l a
l e y u n a f o r m a fija, p r e v i a a s u c i t a , s i n o q u e se l a p r o d u c e . m e d i a n t e l a c i t a , c o m o
a q u e l l o q u e p r e c e d e y e x c e d e las a p r o x i m a d o n e s m o r t a l e s q u e reaÜza e l s u j e t o .
E n e s t e caso, p u e d e hacérsele a l a l e y simbóhca d e L a c a n e l m i s m o t i p o d e
crítica q u e l e hacía Níetzsche a l a noción d e D i o s : l a fiierza a t r i b u i d a a e s t e p o d e r
p r e v i o e i d e a l se h a c e derivar- y d e s v i a r d e l a aü-ibución m i s m a . ^ ^ E s t a percepción
^•^ Nicr¿sclie s o s t i e n e q u e eí idesil de D i o s se p r o d u j o , " e n Ja m i s m a m e d i d a " , c o m o u n s e n t i d o h u m a n o
de fi-acaso y d e s d i c l i a , y q u e s u producción íiie l a idealización q u e instituyó y reforzó esa d c s d i c l i a ; véase
F c i c d r i c h N i c t z s c h e , 0 » tht Gtnefíbgy of Mornh, V V a l t e r K a n f r a i n m ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , V i n t a g e , 1 9 6 9 ,
sección 2 0 [ e d . esp.: La genealogía ¿le ¡a moral, M a d r i d , A l i a n z a , 1 9 9 8 ] . E l h e c l i o d e q u e l a l e y simbólica
e n L a c a n p r o d u z c a l a i n c a p a c i d a d d e a p r o x i m a r s e a l o s ideales s e x u a d o s c o r p o r i z a d o s e i m p u e s t o s p o r l a
l e y se e n t i e n d e c o m o u n a señal p r o m e t e d o m d e q u e n o es p o r c o m p l e t o eficaz, q u e n o c o n s t i t u y e c x l i a u s -
tívamente la p s i q u e d e ningún s u j e t o d a d o . S i n e m b a r g o , ¿hasta qué p u n t o esta concepción d e l a l e y
p r o d u c e l a f a l l a m i s m a q u e p r o c u r a o r d e n a r y m a n t i e n e u n a d i s t a n c i a ontológica e n t r e las leyes y sus
a p r o x i m a c i o n e s f a l l i d a s , d e m o d o t a l qvie estas n o t i e n e n l a f u e r z a p a r a a l t e r n a r l a acción d e l a l e y m i s m a ?
CUERPOS QUR IMPORTAN 75
de líi ilegltin^líiíi'^ 1 ^ ^^Y simbóhca d e l s e x o es l a q u e a p a r e c e d r a m a t i z a d a h a s t a
c i e r t o p u n t o e n e l filme contemporáneo París en llamas: e l i d e a l q u e s e p r o c u r a
imitín' d e p e n d e d e q u e l a imitación m i s m a se j u z g u e c o m o u n i d e a l . Y a u n q u e l o
j;Ímbóhco p a r e z c a c o n s t i t u i r u n a fiierza q u e n o p u e d e c o n t r a v e n i r s e s i n l a p s i c o s i s ,
debería r e c o n c e b i r s e c o m o u n a s e r i e d e m a n d a t o s n o r m a U z a d o r e s q u e fijan l o s
límites d e l s e x o m e d i a n t e l a a m e n a z a d e l a p s i c o s i s , l a abyección, l a i m p o s i b i h d a d
psíquica d e v i v i r . Además, debería e n t e n d e r s e q u e esta l e y sólo p u e d e c o n s t i t u i r
una ley m e d i d a e n q u e i m p o n g a las c i t a s y a p r o x i m a c i o n e s diferenciadas
l l a m a d a s f e m e n i n a s y m a s c u U n a s . E l s u p u e s t o d e q u e l a l e y simbóhca d e l s e x o
o-oza d e u n a ontología s e p a r a b l e a n t e i i o r y autónoma a s u asunción q u e d a i m -
p u g n a d o p o r l a noción d e q u e l a c i t a d e l a l e y es e l m e c a n i s m o m i s m o d e s u p r o -
ducción y articulación. D e m o d o q u e l o q u e i m p o n e l o simbólico es u n a c i t a d e
su l e y q u e r e i t e r a y c o n s o h d a l a e s t r a t a g e m a d e s u p r o p i a f u e r z a . ¿Qiié s i g n i f i c a
citar la l e y para p r o d u c i r l a d e u n m o d o diferente, citar la l e y para poder reiterar y
cooptar su poder, para p o n e r e n evidencia l a m a t r i z heterosexual y desplazar e l
efecto d e s u necesidad?
E l p r o c e s o d e esa sedimentación o l o q u e podríamos üamar l a materiahzadón
será u n a e s p e c i e d e apelación a l a s c i t a s , l a adquisidón d e l s e r m e d i a n t e l a d t a d e l
poder, u n a cita que establece u n a c o m p l i c i d a d o r i g i n a r i a c o n el p o d e r e n l a f o r -
mación d e l y o .
E n e s t e s e n t i d o , l a acción d e n o t a d a p o r l a p e r f o r m a t i v i d a d d e l s e x o estará
d i r e c t a m e n t e e n c o n t r a d e c u a l q u i e r noción d e s u j e t o v o l u n t a r i s t a q u e e x i s t e d e
m a n e r a a b s o l u t a m e n t e i n d e p e n d i e n t e d e las n o r m a s r e g u l a d o r a s a l a s q u e se o p o -
n e . L a p a r a d o j a d e l a sujeción (assujetissement) es p r e c i s a m e n t e q u e e l s u j e t o q u e
habría d e o p o n e r s e a t a l e s n o r m a s h a s i d o h a b U l t a d o , s i n o y a p r o d u c i d o , p o r esas
m i s m a s n o r m a s . A u n q u e e s t a restiicción c o n s t i t u t i v a n o n i e g a l a p o s i b i h d a d d e l a
acción, l a r e d u c e a u n a práctica r e i t e r a t i v a o r e a i - t i c u l a d o r a , i n m a n e n t e a l p o d e r y
n o l a c o n s i d e r a c o m o mía relación d e oposición e x t e r n a a l p o d e r .
C o m o r e s u l t a d o d e e s t a reformuladón d e l a p e r f o r m a t i v i d a d : a) n o es p o s i b l e
t e o r i z a r l a p e r f o r m a t i v i d a d d e l género i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l a práctica f o r z a d a
y r e i t e r a t i v a d e l o s regímenes s e x u a l e s r e g u l a d o r e s ; b) e n e s t e e n f o q u e , i a c a p a c i -
d a d d e acción, c o n d i c i o n a d a p o r l o s regímenes m i s m o s d e l d i s c u r s o / p o d e r , n o
puede combinarse con el v o l u n t a r i s m o o el i n d i v i d u a l i s m o y m u c h o m e n o s c o n
el c o n s u m i s m o , y e n m o d o a l g u n o s u p o n e l a e x i s t e n c i a d e u n s u j e t o q u e escoge;
 76 JUDITH BUTLER
c) ú régimen d e l i e t e r o s e x n a l i d a d o p e r a c o n e l o b j e t o d e c l r c u n s c r i b k y c o n t o r n e a r
l a m a t e r i a l i d a d d e l s e x o y esa m a t e r i a l i d a d s e f o r m a y se s o s t i e n e c o m o y a través
d e l a materialización d e las n o r m a s r e g u l a d o r a s q u e s o n e n p a r t e l a s d e l a h e g e -
monía h e t e r o s e x u a l ; d) l a materialización d e l a s n o r m a s r e q u i e r e q u e s e d e n e s o s
p r o c e s o s i d e n t l f i c a d o r e s , a través d e l o s c u a l e s a l g u i e n a s u m e tales n o r m a s o se
a p r o p i a d e eüas y estas i d e n t i f i c a c i o n e s p r e c e d e n y p e r m i t e n l a formación d e u n
s u j e t o , p e r o éste n o l a s r e a h z a e n e l s e n t i d o e s t r i c t o d e l a p a l a b r a , y e) l o s h ' m i t e s
del constructivismo quedan expuestos e n aquehas fronteras de l a v i d a corporal
d o n d e l o s c u e r p o s a b y e c t o s o d e s l e g i t i m a d o s n o h e g a n a ser c o n s i d e r a d o s c u e r p o s .
S i l a m a t e r i a l i d a d d e l c u e r p o está d e m a r c a d a e n e l d i s c u r s o , e s t a demarcación
producirá, p u e s , u n ámbito d e s e x o e x c l u i d o y n o l e g i t i m a d o . D e ahí q u e s e a
i g u a l m e n t e i m p o r t a n t e r e f i e x i o n a r s o b r e d e qué m o d o y h a s t a qué p u n t o se c o n s -
t i - u y e n l o s c u e r p o s así c o m o s o b r e d e qué m o d o y h a s t a qué p u n t o n o se c o n s t r u -
y e n ; además, i n t e r r o g a r s e a c e r c a d e l m o d o e n q u e l o s c u e r p o s n o l l e g a n a m a t e -
r i a l i z a r l a n o r m a les ofrece e l e x t e r i o r necesario, si n o y a e l a p o y o necesario, a los
c u e r p o s q u e , a l m a t e r i a h z a r - l a n o r m a , a l c a n z a n l a categoría d e c u e r p o s q u e i m -
portan.
¿Cómo p u e d e u n o r e f l e x i o n a r , e n t o n c e s , a tiavés d e l a m a t e r i a d e l o s c u e r p o s
e n t e n d i d a c o m o u n a e s p e c i e d e materialización g o b e r n a d a p o r n o r m a s r e g u l a d o -
ras, p a r a p o d e r a v e r i g u a r cómo actúa l a hegemonía h e t e r o s e x u a l e n l a formación
d e a q u e l l o q u e d e t e r m i n a q u e u n c u e r p o sea v i a b l e ? ¿Cómo p r o d u c e esa m a t e r i a -
hzadón d e l a n o r m a e n l a formación c o r p o r a l u n a e s f e r a d e c u e r p o s a b y e c t o s , u n
c a m p o d e deformación q u e , a l n o a l c a n z a r l a condición d e p l e n a m e n t e h u m a n o ,
r e f i r e r z a a q u e h a s n o r m a s r e g u l a d o r a s ? ¿Qiié oposición podría o f r e c e r e l ámbito
d e l o s e x c l u i d o s y a b y e c t o s a l a hegemonía simbóhca q u e o b h g a a r e a r t i c u l a r r a d i -
c a h n e n t e a q u e h o q u e d e t e r m i n a qué c u e r p o s i m p o r t a n , qué e s t i l o s d e v i d a se
c o n s i d e r a n v i d a , qué v i d a s v a l e l a p e n a p r o t e g e r , qué v i d a s v a l e l a p e n a s a l v a r , qué
v i d a s m e r e c e n q u e se üore s u pérdida?
La trayectoria del texto
D o s t e x t o s q u e c o n f o r m a n e l f o c o d e esta indagación p r o c e d e n d e d i v e r s a s t i - a d i -
d o n e s d e l a e s c r i t u r a : d Timeo d e Platón, "Introducdón d d n a r d s i s m o " d e F r e u d ,
•UERPOS Q U E I M P O R T A N 77
e s c r i t o s d e J a c q u e s L a c a n , d e r t o s r e l a t o s d e W i h a C a t i i e r , l a n o v d a Pas-
algunos
lijg d e N e l l a L a r s e n , e l filme París en llamas d e J e n n i e L i v i n g s t o n y c i e r t o s e n s a -
ros d e l a teoría y l a p o h t i c a s e x u a l r e c i e n t e s , así c o m o a l g u n o s t e x t o s d e l a teoría
demoa'ática r a d i c a l . L a a m p h t u d histórica d e l m a t e r i a l n o p r e t e n d e s u g e r i r q u e
e n estos c o n t e x t o s p e r s i s t a u n único i m p e r a t i v o h e t e r o s e x u a l ; sólo p r o c u r a señalar
que, e n cada u n o d e eUos l a i n e s t a b l h d a d q u e p r o d u c e e l e s f i i e r z o p o r fijar e l s i t i o
d e l c u e r p o s e x u a d o desafía l o s h ' m i t e s d e l a i n t e l i g i b i h d a d d i s c u r s i v a . Aquí l o i m -
p o r t a n t e n o es únicamente d e s t a c a r l a d i f i c u l t a d q u e i m p l i c a d e t e r m i n a r e l s i t i o
i n d i s c u t i d o d e l s e x o a través d e l d i s c u r s o . A n t e s b i e n , l o q u e p r e t e n d o es m o s t r a r
que l a condición i n d i s c u t i d a d e l s e x o d e n t r o d e l a d i a d a h e t e r o s e x n d a f i r m a las
a c c i o n e s d e c i e r t o s m a n d a t o s simbóhcos y q u e o p o n e r s e a e U a c u e s t i o n a dónde y
cómo se fijan l o s h ' m i t e s d e u n a i n t e l i g i b i h d a d simbólica.
L a p r i m e r a p a r t e d e l l i b r o t r a t a p r i n c i p a l m e n t e d e l a producción d e l a s
morfologías s e x u a d a s m e d i a n t e l a aphcación d e e s q u e m a s r e g u l a d o r e s . A l o l a r -
g o d e e s t o s capítulos p r o c u r o m o s t r a r d e qué m a n e r a o b r a n l a s r e l a c i o n e s d e
p o d e r e n l a formación m i s m a d e l s e x o y s u m a t e r i a h d a d . L o s p r i m e r o s d o s e n -
sayos s o n e s f i i e r z o s genealógicamente d i f e r e n t e s p o r c a r a c t e r i z a r l a s r e l a c i o n e s
de p o d e r q u e p e r f i l a n l o s c u e r p o s : " L o s c u e r p o s q u e i m p o r t a n " s u g i e r e q u e e n
las p o s i c i o n e s teoréticas contemporáneas'se r e a n u d a n c i e r t a s t e n s i o n e s clásicas.
E l e n s a y o c o n s i d e r a b r e v e m e n t e las p o s t u r a s d e Aristóteles y d e F o u c a u l t , p e r o
l u e g o o f r e c e u n a revisión d e l a l e c t i u - a d e Platón hedía p o r I r i g a r a y a través d e
u n a consideración d e l a chora d e l Timeo d e Platón. L a chora ( " e l d i s t r i t o " ) es e s e
sitio donde parecen fusionarse l a m a t e r i a l i d a d y la f e m i n e i d a d para f o r m a r u n a
m a t e r i a h d a d a n t e r i o r y f o r m a t i v a d e c u a l q u i e r noción d e l o empírico. E t i " E l
f a l o l e s b i a n o y e l i m a g i n a r i o morfológico" t r a t o d e m o s t r a r cómo l a h e t e r o -
sexualidad n o r m a t i v a m o d e l a u n perfil corporal que vacila entre la m a t e r i a h d a d
y l o i m a g i n a r i o y q u e e n r e a h d a d es e s a vacilación m i s m a . N i n g u n o d e e s t o s
ensayos p r e t e n d e d i s c u t i r l a m a t e r i a h d a d d e l cuerpo; p o r e l conti-ario, e n c o n j u n -
í^o c o n s t i t u y e n e s f u e r z o s p a r c i a l e s y genealógicamente s u p e r p u e s t o s d e e s t a b l e -
cer las c o n d i c i o n e s n o r m a t i v a s e n las q u e s e e n m a r c a y se f o r m a l a m a t e r i a l i d a d
d e l c u e r p o y , e n p a r t i c u l a r , cómo s e f o r m a a ti'avés d e categorías d i f e r e n c i a l e s
de s e x o .
E n el curso d e l segundo ensayo, e m e r g e o t r a serie de i n t e r r o g a n t e s relativas a
problemática d e l a morfogénesis: ¿cómo fiindonan l a s i d e n t i f i c a c i o n e s p a r a
 78 JUDITH BUTLER
p r o d u c i r y o p o n e r s e a l o q u e F r e u d llamó " e l y o c o r p o r a l " ? C o m o fenómeno p r o -
y e c t a d o , e l c u e r p o n o es m e r a m e n t e i a f i i e n t e d e d o n d e s u r g e l a proyección, s i n o
q u e s i e m p r e es también u n fenómeno e n e l m u n d o , u n d i s t a n c i a m i e n t o d e l y o
m i s m o q u e l a a f i r m a . E n r e a l i d a d , l a asuncióji d e l s e x o , l a asunción d e c i e r t a m a -
t e r i a l i d a d c o n t o r n e a d a , es e n sí m i s m a u n a f o r m a d a d a a ese c u e r p o , u n a m o r f o -
génesis q u e se p r o d u c e a través d e u n c o n j u n t o d e p r o y e c c i o n e s i d e n t i f i c a t o r i a s .
Q r i e e l c u e r p o a l c u a l u n o " p e r t e n e c e " sea h a s t a c i e r t o p u n t o u n c u e r p o q u e e n
p a r t e o b t i e n e s u s c o n t o r n o s sexaiados e n c o n d i c i o n e s e s p e c u l a r e s y e n relación
c o n e l e x t e r i o r s u g i e r e q u e l o s p r o c e s o s i d e n t i f i c a t o r i o s s o n e s e n c i a l e s pai-a l a f o r -
mación d e l a m a t e r i a h d a d sexuada.^**
E s t a revisión d e F r e u d y L a c a n continúa e n e l t e r c e r capítulo, " I d e n t i f i c a -
ción fantasmática y l a asunción d e l s e x o " . E n él s m - g e n d o s c u e s t i o n e s d e s i g n i f i -
cación s o c i a l y p o h t i c a : a) s i las p r o y e c c i o n e s i d e n t i f i c a t o r i a s están r e g u l a d a s p o r
las n o r m a s s o c i a l e s y s i esas n o r m a s se c o n s t r u y e n c o m o i m p e r a t i v o s h e t e r o -
s e x u a l e s , p o r l o t a n t o podría d e c i r s e q u e l a h e t e r o s e x u a h d a d n o r m a t i v a es p a r -
c i a l m e n t e responsable d e l t i p o de f o r m a que m o d e l a la m a t e r i a c o r p o r a l d e l sexo,
y b) d a d o q u e l a h e t e r o s e x u a h d a d n o r m a t i v a e v i d e n t e m e n t e n o es e l único régi-
m e n r e g u l a d o r q u e o p e r a e n l a producción d e l o s c o n t o r n o s c o r p o r a l e s o e n l a
fijación d e l o s límites d e l a i n t e l i g i b i l i d a d c o r p o r a l , t i e n e s e n t i d o p r e g u n t a r s e
qué o t r o s regímenes d e producción r e g u l a d o r a d e t e r m i n a n l o s p e r f i l e s d e l a m a -
t e r i a h d a d d e l o s c u e r p o s . Aquí parecería q u e l a regulación s o c i a l d e l a r a z a s u r g e ,
n o s i m p l e m e n t e c o m o o t r o ámbito d e p o d e r , c o m p l e t a m e n t e s e p a r a b l e d e l a d i -
f e r e n c i a sexTral o d e l a s e x u a l i d a d , s i n o q u e s u adición s u b v i e r t e l o s e f e c t o s m o -
n o h t i c o s d e l i m p e r a t i v o h e t e r o s e x u a l , c o m o l o h e d e s c r i t o h a s t a aquí. L o simbó-
h c o (ese r e g i s t r o d e l i d e a l r e g u l a t o r i o ) s i e m p r e es además u n a a c t i v i d a d r a c i a l o ,
más p r e c i s a m e n t e , l a práctica r e i t e r a d a d e i n t e r p e l a c i o n e s que destacan las dife-
rencias raciales. A n t e s q u e a c e p t a r u n m o d e l o q u e e n t i e n d e e l r a c i s m o c o m o d i s -
criminación s o b r e l a b a s e d e r u i a r a z a d a d a p r e v i a m e n t e , s i g o l a h ' n e a d e a q u e h a s
teorías r e c i e n t e s q u e h a n s o s t e n i d o q u e l a r a z a se p r o d u c e p a r c i a l m e n t e c o m o u n
e f e c t o d e l a h i s t o r i a d e l r a c i s m o , q u e sus f r o n t e r a s y s i g n i f i c a c i o n e s se c o n s t i ' u y e n
a l o l a r g o d e l t i e m p o , n o sólo a l s e r v i c i o d e l r a c i s m o , s i n o también a l s e r v i c i o d e
E n e l capítulo 2 d e Cuerpos que importmu. t o m o m u y e n s e r i o l a crítica d e L a c a n q u e d e s t a c a las
i m p l i c a c i o n e s l i m i t a d a s y falogocéntricas d e l m o d e l o especular e n e l e s t a d i o d e l espejo.
ERPOS Q U E I M P O R T A N 79
lii oposición a l r a c i s m o . ^ ^ A l r e p u d i a r - a q u e h o s m o d e l o s d e p o d e r q u e reduchían las
diferencias raciales a los efectos derivativos de l a diferencia sexual ( c o m o s i
\-x d i f e r e n c i a s e x u a l n o f u e r a sólo i n d e p e n d i e n t e d e l a articulación r a c i a l s i n o , d e
ítlgún m o d o , a n t e r i o r , e n u n s e n t i d o t e m p o r a l u ontológico), p a r e c e e s e n c i a l r e -
c o n c e b i r l o s e s c e n a r i o s d e producción y , p o r l o t a n t o , d e las prácticas s e x u a h z a -
doras, n o sólo c o m o a q u e h o s a través d e las c u a l e s se i n c u l c a e l h r r p e r a t i v o h e t e r o -
s e x u a l , s i n o también c o m o l o s e s c e n a r i o s a través d e l o s c u a l e s s e fijan y s e
c o m b a t e n las f r o n t e r a s d e l a distinción r a c i a l . L a " a m e n a z a " d e l a h o m o s e x u a h d a d
adquiere u n a complejidad d i s t i n t i v a especialmente e n aquehas coyunturas d o n d e
la h e t e r o s e x u a h d a d o b h g a t o r i a f u n c i o n a a l s e r v i c i o d e m a n t e n e r las f o r m a s h e g e -
mónicas d e l a p u r e z a r a c i a l .
Parece esencial o p o n e r resistencia al m o d e l o d e p o d e r que t i e n d e a establecer
r e l a c i o n e s p a r a l e l a s o analógicas e n t r e e l r a c i s m o , l a h o m o f o b i a y l a m i s o g i n i a . A f i r -
m a r s u e q u i v a l e n c i a a b s t r a c t a o e s t r u c t m ' a l n o sólo p a s a p o r a l t o las h i s t o r i a s especí-
ficas d e s u construcción o elaboración, s i n o q u e además p o s p o n e l a i m p o r t a n t e t a -
rea d e r e f l e x i o n a r s o b r e las m a n e r a s e n q u e estos v e c t o r e s d e p o d e r se n e c e s i t a n
^5 Véase M i c h a e l OmÍ y H o w a r d W i n a n t , RacialFormation in the United States:From the 1960s to the
19S0s, N u e r a Y o r k , R o u d e d g e , 1 9 8 6 . Véase también A n t l i o n y A p p i a l i , " I l i e U n c o m p l e t e d A r g u m e n t : D u
B o i s a n d d i c I l l u s i o n o f R a c e " , e n H e n r y L o u i s G a t e s , Jr. ( c o m p . ) , "Race", Writing and Difference, C h i c a g o ,
Universit)' o f C h i c a g o Press, 1 9 8 6 , pp. 2 1 - 3 7 ; C o l e t t e G u i l l a u m i n , "Race a n d N a t u r e : T l i e S y s t e m o f
M^x'ks\Femin¡siSiudies, v o l . 8 , n n m . 2 , o t D ñ D d e 1 9 8 8 , p p . 2 5 - 4 4 ; D a v i d L l o y d , " R a c e U n d e r R e p r e s c n t a -
t i o n " , O.xfordLiterary Revievj, 1 3 , p r i m a v e r a d e 1 9 9 1 , p p . 6 2 - 9 4 ; S y l v i a \ ' V y n t e r , ' * O n D i s c n c l i a u d n g D i s -
cüursc: ' M i n o r i t } ' ' L i t e r a r y Cñticism a n d B e y o n d " , e n A b d u l R . j a n M o h a m m e d y D a v i d L l o y d ( c o m p s . ) ,
77jf Nature and Context of Minoríty Discourse, N u e v a Y o r k , O x f o r d U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1 9 9 0 , p p . 4 3 2 - 4 6 9 .
I n s i s t o , a f i r m a r q u e l a r a z a es e l r e s u l t a d o d e u n a producción, d e u n a construcción o h a s t a q u e tiene
u n carácter ficticio n o e q u i v a l e a s u g e r i r q u e s e a u n a construcción a r t i f i c i a l n i p r e s c i n d i b l e . P a t r i c i a
V V i l l i a m s c o n c l u y e s u TheAlchemy of Race and Righis c o n u n a frase q u e d e s t a c a h a s t a qué p u n t o se v i v e n
las c o n s t r u c c i o n e s retóricas d e r a z a : " U n a c o m p l e j i d a d d e m e n s a j e s i m p l i c a d o s e n n u e s t r o ser" ( C a m -
b r i d g e , H a r v a r d U n i v e r s i t ) ' Press, 1 9 9 1 , p . 2 3 6 ) . E n u n epílogo t i t u l a d o " A W o r d o n C a t e g o r i e s " , Wílíiams
o b s e r v a : " S i b i e n e l h e c h o d e ser n e g r a h a s i d o l a más p o d e r o s a atribución s o c i a l d e m i v i d a , ésa es sólo
l i n a d e las m u c l i a s n a r r a t i v a s r e c t o r a s o ficciones d o m i n a n t e s a través d e las cuales m e e s t o y r e c o n f i g u -
n i n d o c o n s t a n t e m e n t e e n e l mundo"(p.256).Aquí l a atribución d e ser n e g r a c o n s t i t u y e n o sólo u n a d e las
m u c h a s f i c c i o n e s d o m i n a n t e s , s i n o también u n a ficción movUizadora, u n a ficción " i través d e l a c u a l " se
••ealizasu rcconfigunición rcíle.'áva. L a aCí-Íbudón,por ficticia q u e sea, n o sólo es " d o m i n a n t e " , es d e c i r q u e
c o n s t i t u y e u n m a r c o c o n s t a n t e y p o d e r o s o , s i n o q u e también es, d e m a n e r a paradójica y p r o m e t e d o r a , u n
^'ecurso,\\r\o a través del cual sc: h a c e p o s i b l e l a transformación. C i t o aquí estas líneas c o n e l propósito
de s u b r a y a r l o s i g u i e n t e : d e c i r q u e l a r a z a es u n a construcción o u n a atribución, e n m o d o a l g t m o l e q u i t a
11^1 término l a fuer¿a q u e tiene e n l a v i d a ; p o r e l c o n t r a r i o , l a r a z a l l e g a a ser p r e c i s a m e n t e u n a fiierza d o m i -
•líinte e i n d i s p e n s a b l e d e n t r o d e l o s d i s c u r s o s s a t u r a d o s políticamente e n l o s cuides p e r m a n e n t e m e n t e se
hace n e c e s a r i o dai- a l término u n a significación contraria a sus u s o s racistas.
80 JUDITH BUTLER
y d e s p l i e g a n recíprocamente p a r a l o g r a r s u p r o p i a articulación. E n r e a l i d a d , quizá
n o s e a p o s i b l e i m a g i n a r n i n g u n a d e estas n o c i o n e s n i s u s i n t e r r e l a c i o n e s s i n u n a
concepción s u s t a n c i a l m e n t e r e v i s a d a d e l p o d e r , t a n t o e n s u s d i m e n s i o n e s g e o p o -
líticas c o m o e n l o s sucedáneos a c t u a l e s d e s u circulación i n t e r s e c t a n t e . ^ ^ P o r o t r o
l a d o , c u a l q u i e r análisis q u e d e s t a q u e u n A^ector d e p o d e r e n c i m a d e o t r o i n d u d a -
b l e m e n t e se volverá v u l n e r a b l e a l a s críticas d e q u e n o sólo i g n o r a o s u b e s t i m a a
l o s demás; se l e criticará además q u e s u s p r o p i a s c o n s t r u c c i o n e s d e p e n d e n d e l a
exclusión d e l a s o t r a s p a r a t e n e r v a l i d e z . E n e l o t r o e x t r e m o , c u a l q u i e r análisis
que pretenda abarcar todos l o s vectores d e l poder corre e l riesgo d e pecar de
c i e r t o i m p e r i a l i s m o epistemológico q u e c o n s i s t e e n s u p o n e r q u e c u a l q u i e r e s c r i -
t o r d a d o p u e d e r e p r e s e n t a r y e x p l i c a r l a s c o m p l e j i d a d e s d e l p o d e r contemporá-
n e o . Ningún a u t o r n i ningún t e x t o p u e d e n o f r e c e r s e m e j a n t e r e f l e j o d e l m u n d o y
a q u e l l o s q u e p r e t e n d e n o f r e c e r s e m e j a n t e s p a n o r a m a s y a se h a c e n s o s p e c h o s o s
p o r e l m e r o h e c h o d e t e n e r t a l pretensión. S i n e m b a r g o , e l f r a c a s o d e l a función
mimética t i e n e s u s p r o p i o s u s o s p o h ' t i c o s , p o r q u e l a producción de^ t e x t o s sólo
p u e d e s e r u n a m a n e r a d e r e c o n f i g u r a r l o q u e habrá d e c o n s i d e r a r s e e l m u n d o .
P o r q u e los t e x t o s n o reflejan l a t o t a h d a d d e sus autores n i d e sus m u n d o s , e n t r a n
e n u n c a m p o d e lectura c o m o provocaciones parciales q u e n o s o l a m e n t e r e q u i e -
r e n l a existencia de u n conjunto de textos previos para obtener legibilidad, sino
q u e ( e n e l m e j o r d e l o s c a s o s ) i n i c i a n u n a s e r i e d e a p r o p i a c i o n e s y críticas q u e
p o n e n e n tela de j u i c i o sus p r e m i s a s f u n d a m e n t a l e s .
E s t a d e m a n d a d e m e d i t a r s o b r e e l p o d e r contemporáneo e n t o d a s u c o m p l e -
j i d a d y e n t o d a s s u s Interarticiüaciones continúa s i e n d o , a p e s a r d e s u i m p o s i b i h -
d a d , i n d i s c u t i b l e m e n t e i m p o r t a n t e . S i n e m b a r g o , sería u n ' e r r o r i m p o n e r l o s
m i s m o s c r i t e r i o s a t o d o s l o s p r o d u c t o s c u l t u r a l e s , p u e s quizá s e a p r e c i s a m e n t e l a
p a r c i a h d a d d e u n t e x t o l o q u e c o n c h c i o n e e l carácter r a d i c a l d e sus p e r c e p c i o n e s . A l
tomar c o m o p u n t o de partida la m a t r i z heterosexual o l a hegemom'a heterosexual
Vciinse G a y a t r i Clialcravorty Spivak, "Scattcred Speculations o n tiie Q u e s t i o n o f V a l u e " y "Sub-
a l t c r n S t u d i e s : D e c o n s t r u c t i n g H i s t o r i o g r a p h y " , e n /?/ Oí/jcr Worlds:Essays in CiütumlPolidcs, N u e v a "^'ork,
R o u d e d g e , 1 9 8 7 , y " C a n d i c S u b a l t e r n S p e a k ? " , e n C a r y N e J s o n y L a w r e n c e G o l d b e r g ( c o m p s . ) , Marxism
and the Interpretation of Culture, U r b a n a , U n i v e r s i t j ' o f I l l i n o i s Press, 1 9 8 8 ; T e j a s w i n i Níranjana, History,
Post~Sfí-uctura/ism, andthe Colonia/ Context, B e r k e l e y , U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a Press, 1 9 9 2 ; C h a n d r a T a l p a d e
M o h a n t y , " C a r t o g r a p h i e s o f S t r u g g l e : T l i L : d W o r l d W o m e n a n d d i e Politícs o f F e m i n i s m " y " U n d e r W e s t e r n
Eycs: F e m i n i s t SclioJarship a n d C o l o n i a l Discourses", e n C l i a n d r a M o h a n t } ' , A n n Russo y L o u r d e s T o r r e s
( c o m p s . ) , Ihird World Women and the Politícs of Feminis?n, E l o o m i n g t o n , I n d i a n a U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 9 1 ,
p p . 1 - 1 8 0 ; L i s a L o v v e , CrÍticalTeiraÍ7is:FrenchandBritÍsh Oríentalisms, ítaca, C o r n e l l U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1 9 9 1 .
CUERPOS QUE IMPORTAN 81
se c o r r e e l r i e s g o d e c a e r e n c i e r t a e s t r e c h e z d e rrúras, p e r o se l o c o r r e p a r a p o d e r
f i n a l m e n t e p r e s e n t a r s u a p a r e n t e p r i o r i d a d y autonomía c o m o u n a f o r m a d e p o -
der. E s t o ocurrirá d e n t r o d e l t e x t o , p e r o t a l v e z c o n más e f i c a c i a e n s u s d i v e r s a s
apropiaciones. E n reahdad, m e parece q u e u n o escribe d e n t r o d e u n c a m p o de
e s c r i t i u ' a q u e es i n v a r i a b l e m e n t e y p r o m e t e d o r a m e n t e más a m p h o y m e n o s d o -
m i n a b l e q u e aquél s o b r e e l c u a l u n o m a n t i e n e u n a a u t o r i d a d p r o v i s o r i a y q u e l a s
reapropiaciones inesperadas d e u n a d e t e r m i n a d a o b r a e n sectores a los que n u n c a
e s t u v o d i r i g i d a i n t e n c i o n a l m e n t e s o n a l g u n a s d e l a s más p r o v e c h o s a s . L a p r o b l e -
mática p o h t i c a d e o p e r a r d e n t r o d e l a s c o m p l e j i d a d e s d e l p o d e r se p l a n t e a h a c i a
e l final d e "Identificación fantasmática y l a asunción d e l s e x o " y es u n t e m a q u e
continúo i n d a g a n d o e n l a interpretación d e l f i l m e París en llamas q u e o f r e z c o e n
e l capítulo c u a t r o , " E l género e n fiamas: c u e s t i o n e s d e apropiación y subversión",
y n u e v a m e n t e e n e l capítulo seis, " H a c e r s e p a s a r p o r l o q u e u n o n o es: e l desafío
psicoanahtico de N e h a Larsen".
E n l a s e g u n d a p a r t e d e l t e x t o , a b o r d o p r i m e r a m e n t e u n a selección d e l a
ficción d e W i f i a C a t h e r , d o n d e c o n s i d e r o l a m a n e r a e n q u e l o simbóhco p a t e r -
n a l p e r m i t e r e t e r r i t o r i a l i z a c i o n e s s u b v e r s i v a s t a n t o d e l género c o m o d e l a
s e x u a l i d a d . E n c o n t r a d e l a p e r s p e c t i v a según l a c u a l l a s e x u a h d a d podría e s t a r
p o r c o m p l e t o d e s c o n e c t a d a d e l género, s u g i e r o q u e l a ficción d e C a t h e r r e p r e -
s e n t a c i e r t a infracción d e l género p a r a p o d e r e x p r e s a r u n d e s t i n o i n d e c i b l e . L a s
breves l e c t u r a s d e l a ficción d e C a t h e r , e n p a r t i c u l a r " T o m m y Üie U n s e n t i m e n -
t a l " , " P a u l ' s C a s e " y f r a g m e n t o s d e MiAnlonia, r e t o m a n l a cuestión d e l a p o s i -
b i h d a d d e d a r n u e v a significación a l a l e y p a t e r n a l c u a n d o ésta d e s e s t a b i h z a l a
operación d e l o s n o m b r e s y l a s p a r t e s d e l c u e r p o c o m o s i t i o s d e identificación y
d e s e o c o n t r a r i a d o s . E n C a t h e r , e l n o m b r e p r o d u c e u n a desestabihzación d e l a s
n o c i o n e s c o n v e n c i o n a l e s d e género e i n t e g r i d a d c o r p o r a l q u e simultáneamente
desvían y e x p o n e n l a h o m o s e x u a l i d a d . E s t e t i p o d e a s t u c i a t e x t u a l p u e d e i n t e r -
p r e t a r s e c o m o u n e j e m p l o más d e l o q u e E v e K o s o f s k y S e d g w i c k anahzó h a b i -
t u a l m e n t e c o m o " l a epistemología d e l clóset".*^^ S i n e m b a r g o , e n C a t h e r , l a
^^ticulación d e l género se vinciüa c o n l a narración, y l a p o s i b i l i d a d d e d a r f o r m a
^íirrativa a l d e s e o l e s b i a n o , d e m o d o t a l q u e s u ficción c u e s t i o n a i m p h c i t a m e n t e
O c u l t a r s e e n e l clóset" a l u d e a l o c u l t a m i e n t o d e l a h o m o s e . \ : u a l i d a d [ T . ] .
17
l e d ' ' ^^'^ ''^osofsig' S e d g w i c k , Episteniology ofthe Closet, B e r k e l e y , U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a Press, 1 9 9 0
• ^sp.: Epistemología del armario, B a r c e l o n a , E d i c i o n e s d e l a T e m p e s t a d , 1 9 9 8 ] .
 82 JUDITH BUTLER
e l m o d o específico e n q u e S e d g w i c k s u g i e r e , a d i f i s r e n c i a d e l a p r o p i a C a t h e r ,
u n a desconexión e n t r e l a s e x u a h d a d y e l género.
L a lectLu-a d e Passing d e N e h a L a i ' s e n c o n s i d e r a h a s t a qué p u n t o u n a r e d e s -
cripción d e l o simbóhco c o m o v e c t o r d e l o s i m p e r a t i v o s d e género y d e r a z a p o n e
e n t e l a d e j m c i o l a afirmación d e q u e l a d i f e r e n c i a s e x u a l es, e n c i e r t o s e n d d o , a n -
t e r i o r a l a s d i f e r e n c i a s r a c i a l e s . E n e l t e x t o d e L a r s e n , l a p a l a b r a queer ( " r a r o " , "anó-
m a l o " , "extraño") d e s t a c a l a s a n g u s t i a s t a n t o s e x u a l e s c o m o r a c i a l e s y o b h g a a h a c e r
u n a lectru-a q u e p r o c m ' a indagar- e n qué m e d i d a l a regulación s e x u a l o p e r a a través
d e l a regulación d e l a s f r o n t e r a s r a c i a l e s y e n qué m e d i d a l a s d i s t i n c i o n e s r a c i a l e s
o p e r a n c o m o u n escudo c o n t r a ciertas transgresiones sexuales s o c i a l m e n t e p e h -
g r o s a s . L a n o v e l a d e L a r s e n o f r e c e u n e n f o q u e p a r a r e t e o r i z a r l o simbólico c o m o
u n conjunto de n o r m a s racialmente articuladas y para considerar tanto la Iristori-
c i d a d d e t a l e s n o r m a s c o m o sus p u n t o s d e c o n f i i c t o y c o n v e r g e n c i a y l o s h ' m i t e s
i m p u e s t o s a s u rearticulación.
S i l a p e r f o r m a t i v i d a d se c o n s t r u y e c o m o ese p o d e r q u e t i e n e e l d i s c u r s o p a r a
p r o d u c i r e f e c t o s a través d e l a reiteración, ¿cómo h e m o s d e e n t e n d e r l o s h ' m i t e s
d e t a l producción, l a s c o n d i c i o n e s r e s t i - i c t i v a s e n q u e se d a t a l producción? E s t o s
límites s o c i a l e s y p o h t i c o s , ¿se a p h c a n a l a p o s i b i h d a d d e d a r n u e v a significación
a l género y a l a r a z a o s o n l o s h ' m i t e s m i s m o s l o s q u e están, e s t r i c t a m e n t e h a b l a n -
d o , f u e r a d e l o s o c i a l ? ¿Debemos e n t e n d e r e s t e " e x t e r i o r " c o m o a q u e h o q u e se r e -
s i s t e p e r m a n e n t e m e n t e a l a elaboración d i s c u r s i v a o e s t a m o s a n t e u n a f r o n t e r a
v a r i a b l e q u e se fija y s e v u e l v e a fijar m e d i a n t e i n v e r s i o n e s p o K t i c a s ?
L a teoría i n n o v a d o r a d e l d i s c u r s o p o h t i c o o f r e c i d a p o r S l a v o j Z i z e k e n El
sublime objeto de la ideología r e t o m a l a cuestión d e l a d i f e r e n c i a s e x u a l p l a n t e a d a
p o r L a c a n e n relación c o n e l carácter p e r f o r m a t i v o d e l o s s i g n i f i c a n t e s p o h t i c o s .
L a l e c t u r a d e s u o b r a y e l e n s a y o s i g u i e n t e s o b r e l a resignificación d e l término
queer s o n i n d a g a c i o n e s s o b r e l o s u s o s y l o s h ' m i t e s d e a p h c a r u n a p e r s p e c t i v a p s i c o -
a.nahtica a u n a teoría d e l a p e r f o r m a t i v i d a d p o h t i c a y l a c o m p e t e n c i a demoa-ática.
Z i z e k d e s a r r o U a u n a teoría d e l o s s i g n i f i c a n t e s p o h ' t i c o s c o m o p e r f o r m a t l v o s
q u e , a l c o n v e r t i r s e e n s i t i o s d e c a r g a fantasmática, a f e c t a n e l p o d e r d e m o v i l i z a r
pohtícamente a l o s p o s i b l e s a d h e r e n t e s . U n a s p e c t o c e n t r a l d e l a formulación d e
Z i z e k d e p e r f o r m a t i v i d a d p o h t i c a es u n a crítica d e l análisis d e l d i s c u r s o q u e ,
E v e K o s o f s k ) ' S e d g w i c k . " A c r o s s G e n d e r , A c r o s s ScxiiaÜt)': W i l l a C a t l i e r a n d O t h e r s " . Souíh
Atlantic Quarterly, v o l . 8 8 , núm. 1 , i n v i e r n o d e 1 9 8 9 , p p . 5 3 - 7 2 .
33
CUERPOS Q U E IMPORTAN 71 748 2
geo-ún e l a u t o r , p a s a p o r a l t o a q u e h o q u e se r e s i s t e a l a simbohzación, l o q u e él
llama alternativamente el "trauma" y " l o real". A u n q u e i n n o v a d o r a e insti-uctiva,
teoría tiende s i n e m b a r - g o a a p o y a r s e e n u n a n t a g o n i s m o s e x u a l n o p r o b l e m a -
tizado que, i n a d v e r t i d a m e n t e , i n s t a l a u n a m a t r i z heterosexual c o m o l a esti-uctura
p e r m a n e n t e e i n d i s c u t i b l e d e l a c u l t u r a e n l a c u a l las m u j e r e s o p e r a n c o m o u n a
" m a n c h a " d e n t r o d e l dÍscm-so. Q u i e n e s p r e t e n d e n c u e s t i o n a r e s t a e s t r u c t u r a están
p u e s d i s c u t i e n d o c o n l o r e a l , c o n l o q u e está fiiera d e t o d a discusión y a r g u m e n -
tación, e l t r a u m a y l a n e c e s i d a d d e edipización q u e c o n d i c i o n a y l i m i t a t o d o
discurso.
L o s e s f u e r z o s d e Z i z e k p o r v i n c u l a r e l carácter p e r f o r m a t i v o d e l d i s c u r s o
a l p o d e r d e l a m o A Ó h z a c i ó n p o h t i c a s o n , s i n e m b a r g o , c o m p l e t a m e n t e váhdos. L a
vinculación e x p h c i t a q u e e s t a b l e c e e n t r e l a teoría d e l a p e r f o r m a t i v i d a d y l a d e
la hegemonía, t a l c o m o a p a r e c e a r t i c u l a d a e n l a teoría democrática r a d i c a l d e E r -
n e s t o L a c l a u y C h a n t a l Mouífe, o f r e c e u n a p r o f u n d a visión d e l a movihzación
p o h t i c a i n t e r p r e t a d a m e d i a n t e u n a teoría d e b a s e p s i c o a n a h t i c a d e l a fantasía
ideológica. A b o r d a n d o d e s d e u n p u n t o d e v i s t a crítico l a teoría d e Z i z e k , y o c o n -
s i d e r o e n qué m e d i d a podi'íamos r e c o n c e b i r l a p e r f o r m a t i v i d a d c o m o u n a a p e l a -
ción a l a c i t a y u n a reasignación d e significación y h a s t a qué p u n t o podría e l p s i -
coanáhsis c o n s e r v a r s u fiierza e x p h c a t i v a e n u n a teoría d e l a hegemonía q u e rio
r e d i f i q u e n i l a n o r m a h e t e r o s e x u a l n i s u c o n s e c u e n c i a misógina.
E n e l capítulo final, s u g i e r o , p u e s , q u e l a s prácticas c o n f i i c t i v a s d e l a queerness
podrían e n t e n d e r s e , n o sólo c o m o u n e j e m p l o d e p o h t i c a c i t a c i o n a l , s i n o c o m o
u n a relaboración específica q u e t r a n s f o r m e l a abyección e n acción p o h t i c a y q u e
podría exphcar- p o r qué l a apelación a l a s c i t a s t i e n e u n p o r v e n i r e n l a p o h t i c a
contemporánea. L a afirmación púbhca d e l a queeiiiess r e p r e s e n t a l a p e r f o r m a t i v i -
d a d c o m o apelación a l a s c i t a s c o n e l propósito d e d a r n u e v a significación a l a
abyección d e l a h o m o s e x u a l i d a d , p a r a t r a n s f o r m a r l a e n desafío y l e g i t i m i d a d .
S o s t e n g o q u e éste n o t i e n e q u e s e r u n d i s c u r s o i n v e r s o , e n e l q u e l a d e s a f i a n t e
infirmación d e l o n o c o n v e n c i o n a l r e i n s t a l e dialécticamente l a versión q u e p r o c u r a
s u p e r a r . A n t e s b i e n , se t r a t a d e u n a pohtización d e l a abyección, e n u n e s f i i e r z o
p o r r e e s c r i b i r l a l i i s t o r i a d e l término y p o r i m p u l s a r s u a p r e m i a n t e resignificación.
S u g i e r o q u e e s t a e s t r a t e g i a es - e s e n c i a l p a r a c r e a r u n tipo d e c o m u n i d a d e n e l q u e
^ o sea t a n difícil s o b r e v i v i r c o n s i d a ; e n e l q u e l a s v i d a s queer h e g u e n a s e r l e g i -
bles, v a l o r a d a s , m e r e c e d o r a s d e a p o y o ; e n e l c u a l l a pasión, l a s h e r i d a s , l a p e n a , l a
SS8LÍ0TECA C E N T R A L
U.N.A.M.
 S4 JUDITH BUTLER
aspiración s e a n r e c o n o c i d a s s i n q u e se fijen l o s términos d e ese r e c o n o c i m i e n t o
e u algún o t r o o r d e n c o n c e p t u a l d e fidta d e v i d a y d e rígida exclusión. S i h a y u n a
dimensión n o r m a t i v a e n este l i b r o , c o n s i s t e p r e c i s a m e n t e e n a s i g n a r l e u n a r e s i g -
nlficación r a d i c a l a l a esfera simbóhca, e n d e s v i a r l a c a d e n a d e c i t a s h a c i a u n fii-
t i n o q u e t e n g a más p o s i b i h d a d e s d e e x p a n d k l a significación m i s m a d e l o q u e QXI\
e l m u n d o se c o n s i d e r a u n c u e r p o v a l u a d o y v a l o r a b l e .
P a r a p o d e r r e c o n s i d e r a r l o simbóhco c o m o u n ámbito c a p a z d e efectuar- e s t e
t i p o d e resignificación, será n e c e s a r i o c o n c e b i r l o simbóhco c o m o u n a regulación
d e l a significación q u e varía c o n e l t i e m p o y n o c o m o u n a e s t r u c t u r a c a s i p e r m a -
n e n t e . E s t a reconcepción d e l o simbóhco d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a dinámica
t e m p o r a l d e l d i s c u r s o r e g u l a r tomará m u y s e r i a m e n t e e l desafío l a c a n i a n o a las
v e r s i o n e s a n g l o n o r t e a m e r i c a n a s d e l género, p a r a c o n s i d e r a r l a categoría d e l s e x o
c o m o u n a n o r m a hngüística, p e r o reformulará esa n o r m a t i v i d a d e n términos f o u -
c a u l t i a n o s c o m o ideal regulatorio. Inspirándose también e n l a s v e r s i o n e s a n g l o -
n o r t e a m e r i c a n a s d e l género, e s t e p r o y e c t o i n t e n t a o p o n e r s e a l a estasis e s t r u c t u r a l
de l a n o r m a que i m p o n e l a heterosexuahdad p r o p i a del enfoque psicoanahtico,
s i n d e s c a r t a r p o r e h o l o e v i d e n t e m e n t e v a h o s o d e las p e r s p e c t i v a s p s i c o a n a h t i c a s .
E n r e a h d a d , e l s e x o es u n i d e a l r e g u l a t o r i o , i m a materiahzadón f o r z o s a y d i f e r e n -
c i a d a d e l o s c u e r p o s q u e producirá l o q u e r e s t a , l o e x t e r i o r , l o q u e podría h a m a r s e
su "inconsciente". E s t a insistencia e n que t o d o m o v i m i e n t o f o r m a t i v o necesita
institiür sus e x c l u s i o n e s d a p a r t i c u l a r i m p o r t a n c i a a las figuras p s i c o a n a h t i c a s d e
l a represión y forclusión.
E n este s e n t i d o , m e o p o n g o a l e n f o q u e p r o p u e s t o p o r F o u c a u l t d e l a hipótesis
r e p r e s i v a c o m o u n a m e r a i n s t a n c i a d e l p o d e r juríchco y s o s t e n g o q u e ese e n f o q u e n o ^
a b o r d a las f o r m a s e n q u e o p e r a l a represión c o m o u n a m o d a l i d a d d e l p o d e r p r o d u c -
t i v o . D e b e d e h a b e r u n m o d o d e s o m e t e r e l psicoanáhsis a u n a redesa-ipción f o u -
caultiana, a u n cuando e l p r o p i o F o u c a u l t negara t a l posibilidad.^^ E s t e t e x t o acepta
F o u c a u l t s o s t i e n e q u e e l psicoanálisis m a n t i e n e u n a l e y r e p r e s o r a q u e es jurídica e n s u f o r m a , es
decir, n e g a t i v a , r e g u l i i d o r a y resti-ictiva. Y se p r e g u n t a s i c u a n d o d e c i m o s q u e e l d e s e o está " r e p r i m i d o "
p o r l a ley, e n r e a l i d a d este n o es e n sí m i s m o e l efecto, e l p r o d u c t o , e l r e s u l t a d o i n d u c i d o d e esa ley. L a
caracterización l i g e r i u n e n t e v e l a d a d e l a " l e y d e l deseo" de L a c a n q u e h a c e F o u c a u l t n o e x p l i c a l o s efectos
g e n e r a d o r e s d e esa l e y d e n t r o d e l a teoría d e l psicoanálisis. F o u c a u l t s o s d e n e q u e p u e d e h a l l a r s e e l m i s m o
m o d e l o d e p o d e r e n las p o s i c i o n e s psicoanalíticas q u e l e a t r i b u y e n l u i a condición p r e d i s c u r s i v a a l a s e x u a l i -
d a d r e p r i m i d a y aquellas q u e e n t i e n d e n e l deseo m i s m o c o m o e l efeclo de l a prohibición: " L o q u e d i s t i n g u e
a l análisis h e c l i o a t e n d i e n d o a l a represión de l o s i n s t i n t o s de a q u e l b a s a d o e n l a l e y d e l deseo es c l a r a m e n t e '
l a m a n e r a e n q u e cada u n o d e e l l o s c o n c i b e e l p o d e r . A m b o s análisis p i i r t e n d e u n a representación común
•Ul-RPOS Q U E I M P O R T A N 85
c o m o p u n t o d e p a r t i d a l a noción d e F o u c a u l t d e q u e e l p o d e r r e g u l a d o r p r o d u c e a
los sujetos q u e c o n t i - o l a , d e q u e e l p o d e r n o sólo se i m p o n e e x t e r n a m e n t e , s i n o q u e
f l m c i o n a c o m o e l m e d i o r e g u l a d o r d e l o s sujetos. E l r e t o r n o a l psicoanáhsis está,
pues, g u i a d o p o r l a cuestión r e l a t i v a a l m o d o e n q u e c i e r t a s n o r m a s r e g u l a d o r a s
forniín'i u n s u j e t o , s e x u a d o e n términos q u e h a c e n i n d i s t i n g u i b l e l a formación psí-
q u i c a d e l a formación c o r p o r a l . M i e n t r a s a l g u n a s p e r s p e c t i v a s p s i c o a n a h t i c a s sitúan
líi constitución d e l s e x o e n e l m o m e n t o d e l d e s a r r o h o o l o d e f i n e n c o m o u n e f e c t o
de u n a e s t r u c m r a simbólica c a s i p e r m a n e n t e , y o c o n s i d e r o q u e este e f e c t o c o n s t i -
t u y e n t e d e l p o d e r regiüador es r e i t e r a d o y r e i t e r a b l e . A esta comprensión d e l p o d e r
c o m o producción o b h g a d a y r e i t e r a t i v a es e s e n c i a l a g r e g a r l a i d e a d e q u e e l p o -
der también fimclona m e d i a n t e l a forclusión d e efectos, l a producción d e u n e x t e r i o r ,
u n ámbito i n h a b i t a b l e e i n i n t e h g i b l e q u e h m i t a e l ámbito d e l o s efectos i n t e h g i b l e s .
del p o d e r que, según e l u s o q u e se l e de y l a posición q u e se l e a t r i b u y a r e s p e c t o d e l d e s e o , c o n d u c e a d o s
resultados o p u e s t o s : o b i e n a l a p r o m e s a d e u n a "liberación", sí se c o n s i d e r a q u e e l p o d e r t i e n e sólo u n a
i n f l u e n c i a e x t e r i o r e n e l d e s e o o, e n e l caso q u e se l o c o n s i d e r e constit-utívo d e l deseo m i s m o , a l a s i g u i e n t e
afirmación: u n o está s i e m p r e y a a t r a p a d o " {V)e History of Sexuality, Voluine One, R o b e r t P l u r l e y ( t r a d . ) ,
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F o u c a u l t caracteriza l u e g o la l e y l a c a n i a n a c o m o p e r f o r m a t i v a jurídica: " H a b l a y es l a n o r m a " ( p . 8 3 ) , esta
ley es "monótona y está a p a r e n t e m e n t e c o n d e n a d a a r e p e t i r s e " . Aquí F o u c a u l t s u p o n e q u e esta repetición
es u n a repedción d e a q u e l l o q u e es idéntico a sí m i s m o . D e m o d o q u e F o u c a u l t e n t i e n d e q u e las a c c i o n e s
p e r f o r m a t i v a s y r e p e t i t i v a s d e l a l e y l a c a n i a n a p r o d u c e n s u j e t o s u n i f o r m e s y homogéneos; l o s sujetos
n o r m a l i z a d o s d e l a represión.
P e r o e n L a c a n l a repetición n o es s u b j e t i v a d o r a e n e l sentído e n ' q u e l o s u g i e r e F o u c a u l t . E n r e a l i d a d ,
la repedción n o sólo es l a m a r c a q u e d e algún m o d o no /O^TÍ? h a c e r l a sujeción, s i n o q u e es e n sí m i s m a u n
e j e m p l o más d e ese fracaso. L o q u e se r e p i t e e n e l s u j e t o es a q u e l l o q u e ñie r a d i c a l m e n t e e x c l u i d o d e l a
formación d e l s u j e t o , a q u e l l o q u e a m e n a z a l a f r o n t e r a y l a c o h e r e n c i a d e l s u j e t o m i s m o .
D e este m o d o , L a c a n continúa e l análisis de l a compulsión a l a repetición i n i c i a d o p o r F r e u d e n Más allá
</el principia de placer. E n este t e x t o , F r e u d s o s t i e n e q u e c i e r t a s f o r m a s d e l a compulsión a l a repedción n o
p u e d e n i n t e r p r e t a r s e c o m o t e n d e n c i a s a l s e r v i c i o d e u n a fantasía d e d o m i n a r e l m a t e r i a l traumátíco,
s i n o q u e están, a n t e s b i e n , a l s e r v i c i o d e u n a pulsión d e m u e r t e , q u e p r o c u r a d e s a r m a r e des c a t e e t i z a r e l
y o m i s m o . E n L a c a n , l a repetición es p r e c i s a m e n t e a q u e l l o q u e s o c a v a l a fantasía d e d o m i n i o a s o c i a d a
yo m i s m o , u n a "resistencia d e l sujeto". L a c a n describe este esfiierzo p o r recuperar el l u g a r fantaseado
p r e v i o a l a formación d e l y o c o m o e l o b j e t o d e l a repetición, p u e s l a repetición es l a des constitución d e l
)°- L a repetición se p r e s e n t a p r i m e r o c o m o u n a f o r m a q u e n o está m u y clara; es d e c i r q u e n o es e v i d e n t e
P^"^ sí m i s m a , c o m o u n a reproducción o u n h a c e r p r e s e n t e , en acto". E n l o q u e s i g u e q u e d a c l a r o q u e t o d o
^l^to es e n c i e r t o s e n t i d o u n a repetición d e l o irrecuperable: " U n a c t o , u n v e r d a d e r o a c t o , s i e m p r e tiene u n
¿1'/^!^'^^° e s t r u c t u r a p o r e l h e c l i o d e c o n c e r n i r a a l g o r e a l q u e n o está c a p t a d o c o n t o d a e v i d e n c i a e n
I c i t a d o e n J a c q u e s L a c a n , Tlje Fóur Fundamental Concepts ofFsychoanalysis, J a c q u e s - A l n i n M l J e r ( e d . ) ,
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 86 JUDITH BUTLE
¿En qué m e d i d a es e l s e x o u n a producción o b l i g a d a , u n e f e c t o f o r z a d o q u
fija l o s límites d e l o q u e a l c a n z a l a categoría d e c u e r p o , r e g u l a n d o l o s término'
p o r l o s q u e se c o n f i i ' m a o n o l a v a l i d e z d e l o s c u e r p o s ? E n este l i b r o , m i propósito e
l l e g a r a u n a comprensión d e cómo a q u e l l o q u e fire e x c l u i d o o d e s t e r r a d o d e 1
e s f e r a p r o p i a m e n t e d i c h a d e l s e x o , e n t e n d i e n d o q u e esa e s f e r a se a f i r m a m e d i a n t '
u n i m p e r a t i v o q u e i m p o n e l a h e t e r o s e x u a h d a d , podría p r o d u c i r s e c o m o u n r e
t o r n o p e r t i u ' b a d o r , n o sólo c o m o u n a oposición i m a g i n a r i a q u e p r o d u c e u n a fah-,
e n l a aphcación d e l a l e y i n e v i t a b l e , s i n o c o m o u n a desorganización c a p a c i t a d o r a ;
c o m o l a ocasión d e r e a r t i c u l a r r a d i c a l m e n t e e l h o r i z o n t e simbóhco e n e l c u a l h a
c u e r p o s q u e i m p o r t a n más q u e o t r o s .
Traducción de A l c i r a B i x i o
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 Ontología del •performance:
representación sin reproducción

P E G G Y P H E L A N
 Peggy Phelan es tina importante Í7ívestigado?-a estaduniderise de performance cuyo tra-
bajo se mitre de las teorías psicoanalíticas, postestructura listas y feministas. Phelan ha
publicado numerosos ensayos sobre performance dentiv de las artes visuales, teatro,
danza, activismo e incluso análisis de casos legales. Uno de los esciitos más famosos de
Phelan es el ensayo qu^ publicamos aquí, que forma parte de su libro U n m a r k e d . T l i e
P o i i t i c s o f P e r f o r m a n c e [ S i n M a r c a . L a política d e l p e r f o r m a n c e ] (1993). En este
ensayo, Phelan define la ontología, el ser del performance, caracterizándolo como "repre-
sentación sin reproducción", es decir, como un acto que siempre se realiza por línica vez.
Así, para Phelan, la instaiícia documental, que se da a través de teaiologías reproductivas
como el video o la fotografía, es radicalmente distinta al performance sobre el que se
basa; no es "el performance'' sino "un registro del performance". Para Phelan, el perfor-
mance plantea el valor del ahora; aunque se repita, se trata de un nuevo performance
que debe ser considerado en su singularidad y no como reproducción del anteHor. La
característica fundamental que define al performance, según el análisis de esta teórica,
es que "llega a ser lo que es a través de la desaparición . Phelan constituye su definición
de performance a partir de las exploraciones que se dieroji en el campo del p e r f o r m a n c e
¡U't, en el que, a diferencia de oirás artes, lo fundamental es la desaparición (desmate-
^'ialización) del objeto artístico. Para Phelan, el hecho de que el performance sea un
^contecimie72¿o efímeiv abre posibilidades políticas en tomo a la desaparición, que se
contrapone con la lógica reproductiva del capitalismo. Lo que Phelan propone es wt
acercamiento al performance como un acontecimiento que aporta la posibilidad de otro
tipo de economía representacional, un fenómeno cuyas huellas radican en la psique del

[93]
 PRESENTACIÓ

público, es decir, de aquellos que compartieron el performance en el momento de su ejecu acto que no con.fmr " f r " "'''""S^'" ' 1 " ' ' "
>'""-mZ! de aJr « una verdad üUUn. a lo real, asi como la .nfo^ulad de
ción. Performance aparece así como una pérdida necesaria para la aparición de la subje
tividad del espectador, qíie elude cualquier tipo de control Podemos decir que elperfor
manee desaparece del espacio escénico para reaparecer como recuerdo (impreciso) en la
mente de los espectadores.
En respuesta al auge de las políticas de la identidad, tal como se dio afines de los
años setenta y durante los ochenta en los Estados Unidos (momento en que se postuló la
presencia en el campo de la imagen como táctica fundamental para el empoderamiento
de grupos minoritarios) Phelan recurre al psicoanálisis y a las teoríasfeministas para
alertarnos acerca de los límites de la imagen como recurso político. De este modo, Phe- •
lan desafia la "metafísica de la presencia" ya que dentro de su análisis la imagen no es
garantía de verdad, no da cuenta de la autenticidad de un sujeto, sino que Phelan se-
ñala que la presencia es siempre parcial. Salirse de la creencia en la visibilidad como
garantía de fuerza política trae aparejado, según Phelan, el poder de lo "sin ínarca\
aquello a lo que no se puede acceder, y que nos elude siempre como exceso. Para Phelan,
esta "desaparición en el acto", que ella considera fundamental en el campo de-perfor-
manee o arte acción, nos enseña el valor de lo que no va a poder ser adqxtirido como
mercancía, y desafía las reglas del consumo capitalista. De estaforma, el ausentamiento,
la desaparÍciÓ7i, inaugura la posibilidad de una atención a lo que no está presente,
una operación en la que la memoria y el campo de lo inconsciente adquieren un papel
protagónico.
A pesar de que Phelan utiliza su análisis para definir el arte del performance de
manera global (la ontología del performance), el eje de su exploración en este ensayo es el
lugar de las mujeres en el campo de representación visual denh'o de la cidtura patriar-
cal ¿De qué manera se postula la diferencia sexual dentro del campo de representación
culñiral? ¿De qué modo se puede afirmar la presencia del cuerpofemenino sin caer en la
economía patriarcal quefimda la dferencia sexual en los genitales a través de marcas
de más y menos, es decir, de quien tiene y a quien le faltad La economía patriarcal
valoriza un género (el masculino) al que marca como poseedor del falo, en deh'imento
del género femenino, que queda asi sin marca, sin valor ni significado, disponible para
contener las signficaciones otorgadas por la cultura patriarcal. Phelan, a partir de las
exploraciones de artistas de performance, plantea que, dentro de este marco, el espacio de
representación de la mujer está en tomar la vía negativa, es decir, reside en la negación
como una forma de representación. El espacio de lofemenino surge asíenti'e la presencia
LA ÚNICA VIDA D E LP E R F O R M A N C E T R A N S C U R R E E N E EPRESENTE. E L PERFOR-

m a n c e n o se g u a r d a , r e g i s t r a , d o c u m e n t a n i p a r t i c i p a d e m a n e r a a l g u n a e n l a
circulación d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s : u n a v e z q u e l o h a c e , se c o n v i e r t e e n o t r a
cosa; y a n o es p e r f o r m a n c e . E n l a m e d i d a e n q u e e l p e r f o r m a n c e p r e t e n d a i n -
gresar e n l a economía d e l a reproducción, t r a i c i o n a y d e b i l i t a l a p r o m e s a d e s u
p r o p i a ontología. E l p e r f o r m a n c e se m a n t i e n e fiel a s u p r o p i a e n t i d a d a través
de l a desaparición. L a s p r e s i o n e s q u e i n f l u y e n p a r a q u e e l p e r f o r m a n c e s u c u m b a
a las l e y e s d e l a economía r e p r o d u c t i v a s o n e n o r m e s : e n n u e s t r a c u l t u r a sólo
e n c o n t a d a s o c a s i o n e s s e v a l o r a e l ahora q u e a b o r d a e l p e r f o r m a n c e , s u f a c e t a
más p r o f i m d a —^es p o r e s t a razón q u e d i c l i o ahora se c o m p l e m e n t a y se s u s t e n t a
a través d e l a cámara d o c u m e n t a d o r a , e l a r c h i v o d e p e r f o r m a n c e e n v i d e o — . E l
p e r f o r m a n c e se d a e n u n t i e m p o q u e n o se repetu'á. P u e d e r e a l i z a r s e d e n u e v o ,
p e r o e s t a repetición y a l o v u e l v e o t r a c o s a . Así, e l d o c u m e n t o d e u n p e r f o r m a n c e
es sólo u n estímulo p a r a l a m e m o r i a , u n i m p u l s o p a r a q u e e l r e c u e r d o s e h a g a
presente.
L a s demás a r t e s , e n e s p e c i a l l a p i n t u r a y l a fotografía, s e d i r i g e n c a d a v e z más
h a c i a e l p e r f o r m a n c e . P o r e j e m p l o , l a a r t i s t a f r a n c e s a S o p h i e C a l l e fotografió l a s
galerías d e l M u s e o I s a b e U a S t e w a r t G a r d n e r , e n B o s t o n . E n 1 9 9 0 , v a r i a s p i n t u r a s
Valiosas d e ese m u s e o R i e r o n r o b a d a s . C a l l e entrevistó a u n g r u p o d e v i s i t a n t e s y
•trabajadores d e l m u s e o , y les pidió q u e d e s c r i b i e s e n las p i n t u r a s q u e habían s i d o
t o b a d a s . Después, transcribió esos t e x t o s y l o s colocó j u n t o a las f o t o g r a f i ' a s q u e e s -
^•^han e x p u e s t a s e n ese m o m e n t o e n las galerías d e l m u s e o . S u o b r a s u g i e r e q u e las

[97]
 98
P E G G Y P H E L A
descripciones y recuerdos de las pinturas c o n s t i t u y e n s u presencia continua,
p e s a r d e l a a u s e n c i a d e las p i n t i u a s m i s m a s . C a l l e d i i i g e l a m i r a d a a u n a n o c i t
sobre e l c o m e r c i o i n t e r a c t i v o que se d a e n t r e e l o b j e t o d e arte y e l espectado-
S i b i e n tales i n t e r c a m b i o s a m e n u d o s e r e g i s t r a n c o m o l o s o b j e t i v o s d e c l a r a d o
d e m u s e o s y galerías, e l e f e c t o I n s t i t u c i o n a l d e l a galería c o n f r e c u e n c i a p a r e e
condenar l a obra de arte a u n arresto domiciliario, a l controlar t o d o c o m e n t a r i
conflicüvo y n o p r o f e s i o n a l a l r e d e d o r d e l a o b r a . E l a c t o v e r b a l d e l a m e m o r i a
l a desaipción (expresión c o n s t a t i v a d e A u s t i n ) se c o n v i e r t e e n u n a expresió
p e r f o r m a t i v a o realizativa c u a n d o C a l l e coloca estos c o m e n t a r i o s d e n t r o de 1
representación d e l m u s e o . L a s d e s a i p c i o n e s r e l l e n a n y, d e este m o d o , c o m p l e
m e n t a n (añaden, p o s p o n e n y s u s t i t u y e n ) a las p i n t u r a s r o b a d a s . E l h e c h o d e q u
e s t a s d e s c r i p c i o n e s varíen d e f o r m a c o n s i d e r a b l e — i n c l u s o a v e c e s drástica-
sólo d a crédito a l h e c l i o d e q u e l a interacción e n t r e e l o b j e t o d e a r t e y e l e s p e c t a '
d o r es e n e s e n c i a p e r f o r m a t i v a , y p o r e n d e r e s i s t e n t e a las p r e t e n s i o n e s d e v a l i d e
y precisión endémicas d e l d i s c u r s o d e reproducción. M i e n t r a s e l h i s t o r i a d o r d
a r t e d e b e p r e g u n t a r s e s i l a reproducción d e l a o b r a es e x a c t a y c l a r a , C a l l e se p r e -
g u n t a e n qué m o m e n t o l a v i s t a y l a m e m o r i a o l v i d a n e l o b j e t o m i s m o y e n t r a n e n
el c o n j u n t o d e significados y asociaciones personales propias del sujeto. S u obra
también s u g i e r e q u e e l o l v i d o ( o e l r o b o ) d e l o b j e t o es u n a energía fimdamental
p a r a s u recuperación d e s c r i p t i v a . L a descripción m i s m a n o r e p r o d u c e e l o b j e t o ,
s i n o q u e n o s a y u d a a r e s t a u r a r y v o l v e r a e x p o n e r e l e s f i i e r z o d e r e c o r d a r l o q u e se
perdió. L a s d e s c r i p c i o n e s n o s r e c u e r d a n e l m o d o e n q u e l a pérdida a d q u i e r e s i g -
n i f i c a d o y g e n e r a l a recuperación, n o sólo d e l y p a r a e i o b j e t o , s i n o también p a r a
q u i e n r e c u e r d a . L a desaparición d e l o b j e t o es fimdamental p a r a e l p e r f o r m a n c e ;
e n s a y a y r e p i t e l a desaparición d e l s u j e t o q u e a n h e l a s i e m p r e q u e se l e r e c u e r d e .
P a r a s u contribución e n Dislocations [Dislocaciones], e n e l M u s e o d e A r t e
M o d e r n o d e N u e v a Y o r k , e n 1 9 9 1 , C a l l e se valló d e l a m i s m a i d e a , p e r o e s t a v e z
pidió a ciu-adores, policías y r e s t a u r a d o r e s q u e d e s c r i b i e r a n las p i n t u r a s d e l a c o -
lección p e r m a n e n t e q u e e s t a b a n e n préstamo. También l e s pidió q u e d i b u j a r a n
pequeñas p i n t u r a s a p a r t i r d e sus r e c u e r d o s d e d i c h a s p i n t u r a s . Después acomodó
l o s t e x t o s y las p i n t i u ' a s n u e v a s d e a c u e r d o c o n l a s d i m e n s i o n e s e x a c t a s d e l a s
p i n t u r a s e n tránsito, y las colocó e n las p a r e d e s d o n d e éstas s u e l e n estar. C a l l e
llamó a s u o b r a Ghosis [Fantasmas], y c o n f o r m e e l v i s i t a n t e d e s c u b r e l a o b r a , d i s e -
m i n a d a p o r t o d o e l m u s e o , es c o m o s i l a p r o p i a m i r a d a d e l a a r t i s t a s i g u i e r a y
OTOLOGÍA D E L P E R F O R M A N C E 99
^.^gtreara a l e s p e c t a d o r m i e n t i - a s e l l a s e a b r e p a s o p o r e l m u s e o . ^ Además, l a o b r a
(je C a l l e p a r e c e d e s a p a r e c e r p o r q u e está d i s p e r s a a l o l a r g o d e l a "colección p e r -
i n a n e i ^ t e " j q u e e n r e a U d a d es u n a colección e n tránsito a p e s a r d e s u p e r m a n e n c i a .
L a contribución artística d e C a l l e es u n a e s p e c i e d e a u t o - o c u l t a m i e n t o e n e l q u e
ofrece las p a l a b r a s d e o t r o s a c e r c a d e o t r a s o b r a s d e a i t e c o n s u p r o p i o estÜo a r -
ffscico. / V I h a c e r v i s i b l e e l i n t e n t o d e o f r e c e r l o q u e e l l a n o t i e n e , l o q u e n o s e v e ,
C ; d l e s u b v i e r t e e l objetÍA^o d e l a exposición d e l m u s e o . C a l l e m u e s t r a l o q u e e l
i n u s e o n o t i e n e n i p u e d e o f r e c e r , y a p r o v e c h a esa a u s e n c i a pai-a g e n e r a r s u p r o p i a
o b r a . A l c o l o c a r l o s r e c u e r d o s e n e l l u g a r d e las p i n t u r a s , p i d e q u e l o s f a n t a s m a s
de l a m e m o r i a se v e a n c o m o e q u i v a l e n t e s a " l a colección p e r m a n e n t e " d e " g r a n -
des o b r a s " . P a r e c i e r a q u e s i se p r e g u n t a a las m i s m a s p e r s o n a s u n a y o t r a v e z s o -
bre las m i s m a s p i n t u r a s , c a d a v e z describirían u n a p i n t i u ' a u n p o c o d i s t i n t a . E n
este s e n t i d o . C a l l e d e m u e s t r a l a c a l i d a d p e r f o r m a t i v a d e t o d o a c t o d e n i i i - a r .
/
E l p e r f o r m a n c e , e n u n s e n t i d o ontológico e s t r i c t o , n o es r e p r o d u c t i v o . D i c h a
c u a l i d a d l o c o n v i e r t e e n e l m i e m b r o m e n o r d e las a r t e s contemporáneas. E l p e r -
f o r m a n c e o b s t r u y e l a deÜcada m a q u i n a r i a d e l a representación r e p r o d u c t i v a n e -
cesaria píura l a circulación d e l c a p i t a l . Qiiizás e n ningún o t r o l u g a r l a a f i n i d a d
e n t r e k ideología d e l c a p i t a l i s m o y e l a r t e se h a g a más p a t e n t e q u e e n l o s d e b a t e s
acerca d e las políticas d e financlamiento d e l N a t i o n a l E n d o w m e n t f o r t l i e A r t s
( N E A ) [ F o m e n t o N a c i o n a l d e l A i t e ] . ^ F r e n t e a l a i t e d e l a fotografía y e l d e l p e r -
f o r m a n c e , l o s políticos conser^^adores i m p i d i e r o n e l p a t r o c i n i o d e l o s c u e r p o s
"reales" q u e i m p l i c a b a n y hacían v i s i b l e s estas f o r m a s d e a r t e .
E l p e r f o r m a n c e i m p l i c a l o r e a l a través d e l a p r e s e n c i a d e c u e r p o s v i v o s . L a
cotitempiíición d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e i m p l i c a u n p r o c e s o d e c o n s u m o : n o q u e -
^í^ri r e s i d u o s , e l a t e n t o e s p e c t a d o r d e b e t r a t a r d e a p r o v e c h a r t o d o . S i n u n a c o p i a ,
el p e r f o r m a n c e e n v i v o d e s c i e n d e v e r t i g i n o s a m e n t e a l c a m p o d e l o v i s i b l e — e n
^ E s t a noción d e s e g u i r y n i s t r e a r e n i u n a s p e c t o f u n d a m e n t a l d e l o s p e r f o r m a n c e s a n t e r i o r e s d e C a l l e ,
^^^sc J e a n E a u d r l l l a r d , Sntle Ventiemie/Sopbie Calle, Piense Follólo Me, p a r a l a v i g i l a n c i a d o c u m e n t a d a d e
^ 1 extraño q u e r e a l i z a C a l l e ,
^ Véanse m i s e n s a y o s " M o n e y T ; d k s " y " M o n e y T a i k s , A g a i n " p a r a u n a comprensión c o m p l e t a .
 100 P E G G Y PHELAN:
u n presente c o n carga m a n i a c a — y desaparece e n l a m e m o r i a , e n e l r e i n o de l a
invisibilidad y l o inconsciente, d o n d e evade las n o r m a s y e l c o n t r o l . E l perfor-^
m a n e e se r e s i s t e a las c i r c u l a c i o n e s e q u i l i b r a d a s d e l o financiero. N o " a h o r r a n a d a :
sólo g a s t a . M i e n t r a s l a fiDtografía es \ a i l n e r a b i e a l o s e m b a t e s d e l a Rusificación
y l a c o p i a , e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e es v u l n e r a b l e a l o s d e l a v a c u i d a d y l a d e s v a -
loración. E l p e r f o r m a n c e señala l a p o s i b i l i d a d d e r e v a l o r a : - l a v a c u i d a d ; esta r e v a l o -
ración p o t e n c i a l o t o r g a a l a r t e d e l p e r f o r m a n c e s u a r i s t a o p o s i t o r a d i s t i n t i v a . ^
I n t e n t a r escribir acerca d e l a c o n t e c i m i e n t o i n d o c u m e n t a b l e d e l p e r f o r m a n c e
es i n v o c a r las r e g l a s d e l d o c u m e n t o e s c r i t o y a l t e r a r así e l a c t o m i s m o . I g u a l que-
l a física cuántica descubrió q u e l o s m a c r o i n s t r u m e n t o s n o p u e d e n m e d i r l a s
partículas microscópicas s i n t r a n s f o r m a r l a s , l o s críticos d e l p e r f o r m a n c e se d a n
c u e n t a d e q u e l a e m p r e s a d e e s c r i b i r a c e r c a d e él —y d e e s t e m o d o c o n s e r v a r l o —
es u n a l a b o r q u e a l t e r a e n l o f u n d a m e n t a l d i c h o a c t o . S i n e m b a r g o , t a m p o c o
c o n v i e n e n e g a r s e s i n más a e s c r i b i r s o b r e e l p e r f o r m a n c e e n v i r t u d d e s u t r a n s f o r -
mación i n e l u d i b l e . E l desafío q u e p r e s e n t a n las a f i r m a c i o n e s ontofógicas d e l p e r -
f o r m a n c e a l a e s c r i t u r a c o n s i s t e e n d e s t a c a r u n a v e z más l a s p o s i b i l i d a d e s p e r f o r -
m a t i v a s d e l a p r o p i a e s a i t u r a . E l a c t o d e e s c r i b i r p a r a q u e a l g o d e s a p a r e z c a , más
que el acto d e escribir para consei'varlo, debe recordarnos que la consecuencia de
l a desaparición es l a e x p e r i e n c i a d e l a s u b j e t i v i d a d m i s m a .
Éste es e l p r o y e c t o d e R o l a n d B a r d i e s t a n t o e n La cámara líicida c o m o e n Ro~
¡and Barthespor Roland Barthés. E s también s u p r o y e c t o e n E! imperio de los signos
p e r o e n este l i b r o t r a b a j a c o n e l r e c u e r d o d e u n a c i u d a d e n l a q u e y a n o está, u n a
c i u d a d d e l a c u a l desaparece, c o m o motivación p a r a l a búsqueda d e u n a e s c r i t u r a
p e r f o r m a t i v a o r i e n t a d a a l a desaparición. E l r a s t r o q u e d e j a ese t e x t o es e l p u n t o d e
e n c u e n t r o d e u n a desaparición m u t u a ; l a s u b j e t i v i d a d c o m p a r t i d a es p o s i b l e p a r a
B a r t h e s p o r q u e dos personas p u e d e n reconocer el m i s m o i m p o s i b l e . V i v i r p o r u n
^ a m o r c u y a m e t a es c o m p a r t i r l o i m p o s i b l e es u n p r o y e c t o t a n t o h u m i l d e c o m o e x -
t r e m a d a m e n t e a m b i c i o s o , p u e s b u s c a l a conexión sólo e n l o q u e y a n o está ahí.
M e m o r i a . V i s t a . A m o r . D e b e i m p l i c a r u n a vista c o m p l e t a de l a ausencia (parte
a m b i c i o s a ) del, o t r o , u n a v i s t a q u e también a b a r q u e e l r e c o n o c i m i e n t o d e l a p r e s e n -
c i a ( p a r t e h u m i l d e ) d e l o t r o : e l r e c o n o c i m i e n t o d e l a p r e s e n c i a ( s i e m p r e pai'clal) d e l
o t r o es e l r e c o n o c i m i e n t o d e l a a u s e n c i a ( s i e m p r e p a r d a l ) p r o p i a .
^ P o r s u p u e s t o n o t o d o ú. performance art t i e n e u n l a d o c o n t e s t a t a r i o . Aquí m e r e f i e r o a l a s a f i r m a -
c i o n e s ontológicas d e l p e r f o r m a n c e y n o a l a problemática d e l a a m b i c i t 5 n .
rOLOGÍA D E L P E R F 0 R 3 V 1 A N C E 101
E n e l c a m p o d e l a lingüística, e l a c t o d e h a b l a p e r f o r m a t i v o c o m p a r t e c o n l a
ontologííi d e l p e r f o r m a n c e l a i n c a p a c i d a d d e ser r e p r o d u c i d o o r e p e t i d o . " I J n t a n -
(-0 a c t o I n d i v i d u a l e histórico, u n a expresión p e r f o r m a t i v a n o p u e d e r e p e t i r s e .
C a d a reproducción es u n n u e v o a c t o q u e p r a c t i c a a l g u i e n c a l i f i c a d o . D e o t r o
n i o d o , l a reproducción d e l a expresión p e r f o r m a t i v a p o r p a r t e d e o t r a p e r s o n a
n e c e s a r i a m e n t e l a t r a n s f o r m a e n u n a expresión c o n s t a t i v a . " ' '
L a e s c r i t u r a , a c t i v i d a d q u e p a r a l a producción d e s i g n i f i c a d o se basa e n l a r e -
producción d e l o M i s m o ( e l g a t o d e c u a t r o l e t r a s significará u n a y o t r a v e z e l p e l u -
do a n i m a l d e c u a t r o p a t a s c o n b i g o t e s ) , p u e d e r e f e r i r a l m a r c o d e l p e r f o r m a n c e
pero n o l o g r a i m i t a r a u n a r t e q u e n o es r e p r o d u c t i v o . L a imitación d e l d i s c u r s o y l a
escrltiira, e l extraño p r o c e s o m e d i a n t e e l c u a l p o n e m o s p a l a b r a s e n b o c a d e l o s d e -
más y las d e l o s demás e n l a n u e s t r a , d e s c a n s a e n u n a economía susütutiva e n l a q u e
se p r e s u p o n e n y r e s t a b l e c e n las e q u i v a l e n c i a s . E l p e r f o r m a n c e r e c h a z a este s i s t e m a
de i n t e r c a m b i o y se r e s i s t e a l a economía c i r c u l a t o r i a q u e es fimdamental e n l a e s -
critura y el discurso. E l p e r f o r m a n c e h o n r a l a idea de que u n a cantidad h m i t a d a de
personas e n u n m a r c o específico d e t i e m p o / e s p a c i o p a r t i c i p e d e u n a e x p e r i e n c i a
valiosa q u e n o deja h u e l l a v i s i b l e ti'as d e sí. E s c r i b i r a c e r c a d e e l l o p o r f u e r z a c a n c e -
la l a " I m ' a s t i - e a b i l i d a d " i n a u g u r a d a d e n t r o d e esta p r o m e s a p e r f o r m a t i v a . L a i n d e -
p e n d e n c i a d e l p e r f o r m a n c e r e s p e c t o d e l a reproducción m a s i v a , tecnológica, econó-
m i c a y lingüística, es s u m a y o r f o r t a l e z a . P e r o esta f o r t a l e z a es d e v a l u a d a c o n
I r e c u e n c i a p o r e f e c t o d e las ideologías agresivas d e l c a p i t a l y l a reproducción. E s c r i -
bir acerca d e l p e r f o r m a n c e a m e n u d o , s i n q u e r e r l o , f o m e n t a esta d e b i l i d a d y cae e n e l
i m p u l s o d e l d o c u m e n t a l . E l r e t o q u e e l p e r f o r m a n c e p l a n t e a a l a e s c r i t u r a es d e s c u -
b r i r u n a m a n e r a e n q u e las p a l a b r a s r e p e t i d a s se c o n v i e r t a n e n e x p r e s i o n e s p e r f o r -
matlvas, y n o , c o m o advierte Benveniste, en constativas.
j . L . A u s t i n p r o p u s o l a distinción e n t r e e x p r e s i o n e s p e r f o r m a t i v a s y c o n s t a t i v a s
211 / - / o i ü to Do Uohígs with Worcb [Cómo hacer cosas con palabras]} A u s t i n s o s t i e n e
que e l d i s c u r s o p o s e e t a n t o u n e l e m e n t o c o n s t a t i v o ( d e s a i b i r cosas e n e l m u n d o )
c o m o u n o p e r f o r m a t i v o ( d e c i r a l g o es h a c e r o a ' e a r a l g o , p o r e j e m p l o , " p r o m e t o " ,
E m i l e B e n v e n i s t e , Prohktm ín General Lbiguistícs, c i t a d o e n S h o s h a n a F e l m a n , Uje LUerary Speech
^'^^y p. 2 1 [ e d . esp.: Problemas de lingüística general, México y B u e n o s A i r e s , S i g l o X X ] l , 2 0 0 4 ] .
p J- L . A u s t i n , Hoia to Do TJjtngs wítb Words, 2* ed., C a m b r i d g e , M a s s a c l i u s c t t s , P l a r v a r d Üniversit)'
^fess, 1 9 7 5 [ e d . esp.: Cómo bacer casas con palabras, B u e n o s A i r e s , Paidós, 1 9 7 1 ] . L a r c l e c t u r a q u e h a c e
^''f'da d e A u s t i n también p r o v i e n e d e u n interés e n e l e l e m e n t o p e r f o r m a t i v o d e n t r o d e l l e n g u a j e .
 102 P E G G Y P H E L A
"apuesto", " r u e g o " ) . L o s actos d e h a b l a p e r f o r m a t i v o s se r e f i e r e n sólo a e l l o s m i s m o s ,
l l e v a n a c a b o l a a c t i v i d a d q u e se s i g n i f i c a a través d e l d i s c u r s o . P a r a D e r r i d a , l a escri-
t u r a p e r f o r m a t i v a p r o m e t e fidelidad sólo a l a enunciación d e l a p r o m e s a : p r o m e t
a n u n c i a r esta promesa.*"' E l e n u n c i a d o p e r f o r m a t i v o o l a expresión p e r f o r m a t i v a e
i m p o r t a n t e para D e r r i d a justamente porque expone l a independencia del lenguaj
d e s u r e f e r e n t e e x t e r n o . Así, p a r a D e r r i d a , e l e n u n c i a d o p e r f o r m a t i v o r e p r e s e n t a e l
a l i o r a d e l a e s c r i t u r a e n tiempo p r e s e n t e . ^ T a n i a M o d l e s k i e x p l o r a l a relación e n t r e
D e r r i d a y A u s t i n , y a f i r m a q u e " l a e s c r i t u r a aítica f e m i n i s t a es a l m i s m o tiempo,
p e r f o r m a t i v a y utópica".^ E s decir, k e s c r i t u r a crítica f e m i n i s t a es u n a r e p r e s e n - :
tación d e l a c r e e n c i a e n u n fiituro m e j o r ; e l a c t o d e e s c r i b i r p r o c u r a ese fiatiu-o.^
M o d l e s k i v a más allá y a f u i n a q u e l a relación d e l a m u j e r c o n e l m o d o p e r f o r m a t i v o
d e e s a i b i r y h a b l a r es e s p e c i a l m e n t e i n t e n s a p o r q u e las m u j e r e s n o tienen g a r a n t i -
z a d o e l l u j o d e h a c e r p r o m e s a s lingüísticas d e n t r o d e l falogocenti-Ísmo, p u e s c o n
d e m a s i a d a f r e c u e n c i a s o n ellas m i s m a s a q u e l l o q u e se p r o m e t e . A l h a c e r r e f e r e n c i a
a l r e l a t o d e S h o s h a n a F e l m a n s o b r e e l escándalo d e l c u e r p o h a b l a n t e , u n escándalo-
q u e F e l m a n e x p l i c a a través d e u n a l e c t u r a d e l Don Juan d e M o l i e r e , M o d l e s k i
s o s t i e n e q u e e l escándalo tiene d i f e r e n t e s afectos y efectos p a r a l a s m u j e r e s y l o s
h o m b r e s . " E l escándalo r e a l , liistórico, q u e a b o r d a e l p r o p i o f e m i n i s m o c l a r a m e n t e
n o se e q u i p a i ' a a l d e l e s c r i t o r q u e se h a l l a e n e l c e n t r o d e l discm'so, s i n o q u e es e l
escándalo d e l a m u j e r q u e p e r m a n e c e fiiera d e él, n o es e l escándalo d e l c u e r p o h a -
b l a n t e ' s i n o e l escándalo d e l ' c u e r p o m u d o ' . " L a e s a i t u r a crítica f e m i n i s t a , a f i r m a
Modleslü, " t r a b a j a h a c i a u n tiempo e n q u e e l c u e r p o t r a d i c i o n a l m e n t e m u d o , l a
m a d r e ' , dará e l m i s m o acceso a ' l o s n o m b r e s ' — ^ l e n g u a j e y d i s c u r s o — q u e l o s h o m -
bres h a n d i s f r u t a d o " . ^ ' '
S i M o d l e s k i a c i e r t a a l s u g e r i r q u e l a oposición p a r a l a s f e m i n i s t a s q u e e s c r i -
b e n se e n c u e n t r a e n t r e l o s c u e r p o s h a b l a n t e s d e l o s h o m b r e s y l o s c u e r p o s m u d o s
d e l a s m u j e r e s , p a r a e l p e r f o r m a n c e l a oposición s e e n c u e n t r a e n t r e e l c u e r p o d e l
^ Jíicqucs D e r r i d i i , " S i g n n t u r c , E v e n t , C o n t e x t " , e n G e m i d Gr.iírCcomp.),Z,míiVíí'/, Inc., S a m u e l W e b e r
y JefFrey A'íelilman ( t r a d s . ) , . E v a n s t o n , N o r t h w e s t e r n U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 8 [ e d . e s p . : " F i r m a , A c o n t e -
c i m i e n t o , C o n t e x t o " , e n Márgenes de lafilosofía, M a d r i d , E d i c i o n e s Cátedra, 1 9 8 9 ] .
^ Véase F e l m a n , V)e Literary Speech^kt, p a r a u n a l e c t u r a d e s k i m b r a n t e d e A u s t i n .
^ T a n i a M o d l e s k i , " S o m e F u n c t i o n s o f f e m i n i s t Critícism, o r U i e S c a n d a l o f t h e M ' u t e B o d y " , Ocíober,
núm. 4 9 , v e n i n o d e 1 9 8 9 , p . 5 .
^ Véase m i e n s a y o " R e c i t i n g t l i e Citatíon o f O t l i e r s " p a r a u n a discusión c o m p l e t a d e l e n s a y o y p e r -
formance de M o d l e s k i .
/¿íWíw.pp. 1 5 , 1 9 .
^^jsjTOLOGÍA D E L P E R F O R M A N C E 103
i l ' i c e r y, pí^'^ i n v o c a r e l título d e l l i b r o d e E l a i n e S c a r r y [The Body m Pain], e l c u e r -
^ Q d e l d o l o r . A i d e s p l a z a r s e d e l a gramática d e l a s p a l a b r a s a l a gramática d e l
c u e r p o , se o p e r a u n d e s p l a z a m i e n t o d e l r e i n o d e l a metáfora a l d e l a m e t o n i m i a .
S i n e m b a r g o , p a r a e l a r t e m i s m o d e l p e r f o r m a n c e , e l r e f e r e n t e es s i e m p . r e e l p e r -
t i n e n t e c u e r p o a g o n i z a n t e d e q u i e n .realiza e l a c t o . L a metáfora o p e r a p a r a a s e g u -
rar u n a jerarquía v e r t i c a l d e v a l o r , y es r e p r o d u c t i v a ; o p e r a p a r a b o r r a r l a d i s i m i l i -
t u d y n e g a r l a d i f e r e n c i a ; c o n v i e r t e d o s e n u n o . L a m e t o n i m i a es a d i t i v a y
íisociativa; o p e r a p a r a a s e g u r a r u n eje h o r i z o n t a l d e contigüidad y d e s p l a z a m i e n t o .
" L a t e t e r a está h i r v i e n d o " es u n e n u n c i a d o q u e s u p o n e q u e h a y a g u a e n l a t e t e r a .
L a cuestión n o es q u e l a t e t e r a s e a c o m o e l a g u a ( d e l m o d o e n q u e e l a m o r m e t a -
fórico es c o m o u n a r o s a ) , s i n o q u e l a t e t e r a h i e r v e p o r q u e h i e r v e e l a g u a d e n t r o
de e l l a .
E n el performance, e l cuerpo opera c o m o m e t o n i m i a d e l yo, d e l personaje,
de l a v o z , d e l a p r e s e n c i a . P e r o e n l a p l e n i t u d d e s u a p a r e n t e v i s i b i l i d a d y d i s p o -
nibiÜdad, q u i e n e j e c u t a e l p e r f o r m a n c e d e h e c h o d e s a p a r e c e p a r a r e p r e s e n t a r
o t r a cosa: b a i l e , m o v i m i e n t o , s o n i d o , p e r s o n a j e , a r t e o c o m o l o s r e t r a t o s d e C i n d y
S h e r m a n n o s a)aidaron a descubrir, e l i n t e n t o m i s m o d e q u e aparezca e l cuerpo
f e m e n i n o i m p l i c a l a adición d e o t r a c o s a a l c u e r p o . E s a adición d e v i e n e e l o b j e t o
de l a m i r a d a d e l e s p e c t a d o r , d e m o d o m u y p a r e c i d o a l a m a n e r a e n q u e o p e r a e l
c o m p l e m e n t o para asegurar y desplazar e l significado establecido del significan-
te ( f l o t a n t e ) . D e l m i s m o m o d o e n q u e e l c u e r p o d e S h e r m a n p e r m a n e c e i n a c c e -
sible a l a v i s t a t a l c u a l es, t a m p o c o e l s i g n o l o g r a r e p r o d u c i r e l r e f e r e n t e . E l p e r -
f o r m a n c e e m p l e a e l c u e r p o d e l performer p a r a p l a n t e a r u n a p r e g u n t a s o b r e l a
i n c a p a c i d a d d e a s e g i u ' a r l a relación e n t r e s u b j e t i v i d a d y e l c u e r p o p e r s e ; e l p e r -
f o r m a n c e u s a e l c u e r p o p a r a p o n e r d e m a n i f i e s t o l a c a r e n c i a d e S e r q u e se p r o m e t e
m e d i a n t e e l c u e r p o y a través d e él, a q u e l l o q u e n o p u e d e s e r v i s t o s i n u n c o m -
plemento.
A l e m p l e a r e l c u e r p o d e m a n e r a metonímica, e l p e r f o r m a n c e es c a p a z d e r e -
s i s t i r l a reproducción d e l a metáfora, y l a metáfora q u e m e i n t e r e s a v i v a m e n t e
r e s i s t i r es l a d e l género, q u e a p o y a l a jerarquía v e r t i c a l d e v a l o r p o r m e d i o d e l s e -
ñalamiento sistemático d e l o p o s i t i v o y l o n e g a t i v o . C o n e l fin d e r e p r e s e n t a r e s t e
señalamiento, l a inetáfora d e l género s u p o n e c u e r p o s u n i f i c a d o s biológicamente
^ ' i s t i n t o s . D e m a n e r a más específica, e s t o s c u e r p o s u n i f i c a d o s s o n d i f e r e n t e s e n
a s p e c t o d e l c u e r p o , es decir, l a d i f e r e n c i a se u b i c a e n l o s g e n i t a l e s .
 104
PEGGYPHELA
C o m o o b s e r v a M a c C a i i n e l i a c e r c a d e l r e l a t o d e L a c a n s o b r e las " l e y e s d e
excreción m i n a r i a ' V ^ l o s baños q u e d i v i d e n a m u j e r e s y v a r o n e s s o n i n s t i t u c i o n e ^
s o c i a l e s q u e f o m e n t a n e l t r a b a j o metafórico d e e s c o n d e r l a d i f e r e n c i a d e género/^
g e n i t a l . L o s g e n i t a l e s m i s m o s están s i e m p r e o c u l t o s d e n t r o d e l a metáfora, y '
l a metáfora, c o m o t r a b a j a d o r c u l t i u - a l , t r a n s f o r m a c o n t i n u a m e n t e l a d i f e r e n c i a -
e n l o M i s m o . L a t a r e a c o n j u n t a d e l a metáfora y l a c u l t u r a es r e p r o d u c i r s e a sfi
m i s m a ; l o c o n s i g u e a l c o n v e r t i r d o s ( o más) e n u n o . ^ ^ A l v a l o r a r u n género y
m a r c a r l o ( c o n e l f a l o ) , l a c u l t i u a r e p r o d u c e u n s e x o y u n género, e l h o m o s e x u a l . !
S i e s t o es c i e r t o , a las m u j e r e s n o les q u e d a más q u e d e s a p a r e c e r , p e r o n o lo'
h a c e n . ¿O sí? S i las m u j e r e s n o se r e p r o d u c e n d e n t r o d e l a metáfora o l a c u l t i u : a ,
¿cómo s o b r e v i v e n ? S i se t r a t a d e s u p e r v i v e n c i a , ¿por qué las m u j e r e s b l a n c a s ( e n
a p a r i e n c i a , t r a b a j a d o r a s c u l t u r a l e s v i s i b l e s ) p a r t i c i p a n e n l a reproducción d e s u
p r o p i a negación? ¿Qiié a s p e c t o s d e i o s c u e r p o s y l e n g u a j e s d e l a s m u j e r e s q u e d a n
f u e r a d e l a metáfora y d e n t r o d e l o r e a l histórico? O , p a r a d e c i r l o d e o t r o m o d o ,
¿cómo se r e p r o d u c e n y r e p r e s e n t a n las m u j e r e s d e n t t o d e las figuras y metáforas
d e l a representación y c u l t u r a h o m o s e x u a l e s ? ¿Pueden s o b r e v i v i r acaso e n o t r o
sistema autoreproductivo?
" L o q u e fimda n u e s t r a economía de género ( l a división d e l o s s e x o s y s u v a l o r a -
ción m u t u a ) es l a exclusión d e la madre, más específicamente, d e s u c u e r p o , más,
específicamente aún, d e ms genitales. E s t o s n o p u e d e n , n o d e b e n , verse L a
n a d a d i s c u r s i v a e icónica d e l o s g e n i t a l e s d e l a m a d r e es l o q u e n o e n f r e n t a n
n i l a c u l t u r a n i l a metáfora. E s o s g e m t a l e s d e b e n b o r r a t s e p a r a p e r m i t i r o p e r a r a l
f a l o c o m o l o q u e s i e m p r e m a r c a , v a l o r a y h i e r e . L a castración es u n a r e s p u e s t a a esta
ceguera ante los genitales de l a m a d r e . E n " L o o m i n o s o " , F r e u d sugiere que el t e m o r
a l a c e g u e r a es u n d e s p l a z a m i e n t o d e l t e m o r más proñuido a l a casttación, p e r o
c o n s e g u r i d a d fimciona también a l a i n v e r s a , quizá i n c l u s o c o n más fiierza. A p a r t a r
l a m i r a d a d e l a " n a d a " d e l o s g e n i t a l e s d e l a m a d r e es l a c e g u e r a q u e i m p u l s a l a
casti'ación. E s t a es l a c e g u e r a d e E d i p o . ¿Es n e c e s a r i a l a c e g u e r a p a r a e l a n d -
E d i p o ? ¿Par-a E l e c t i ' a ? ¿Necesita c e g u e r a l a m e t o n i m i a c o n t a n t a a n s i e d a d c o m o
l a n e c e s i t a l a metáfora?
n Jacciucs L a c a n , ÉcHU: a Se/ectiou, A l a n Shcñdan ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k . W . W . N o r t o n , 1 9 7 7 , p . 1 5 1
[ e d . esp.: Escriios, México, B u e n o s A i r e s , M a d r i d , S i g l o X X I , 2 0 0 9 ] .
J u l i c t MacCannell,i*z¿rí/n/í^¿í7£:í7//; CrUicism muí ihe CuUurnl Unconscious, p p . 9 0 - 1 1 7 .
^•^ Ihiéem, p. 1 0 6 ; c u r s i v a s e n e l o r i g i n a l .
• rOLOGÍA D E L PERFORJv'ÍANCE 105
L o s órdenes c u l t u r a l e s se b a s a n e n l a r e n u n c i a d e l d e s e o y p l a c e r c o n s c i e n t e s ,
y p r o m e t e n u n a r e c o m p e n s a p o r e s t a r e n u n c i a . MacCanneü d e n o m i n a a e s t o " l a
pj-oniesa posiüva d e l a castración", y l a u b i c a e n l a i d e a m i s m a d e v a l o r : e l d e s e o d e
ger v a l o r a d o p o r e l o t i ' o . ( P a r a L a c a n , e l v a l o r es e l r e c o n o c i m i e n t o d e l o t r o . ) L a
e s p e r a n z a d e ser v a l o r a d o i m p u l s a a l s u j e t o a h a c e r s a c r i f i c i o s , y e n e s p e c i a l a r e -
n u n c i a r a l p l a c e r c o n s c i e n t e . E s t a disposición a r e n u n c i a r a l p l a c e r i m p l i c a q u e e l
o r d e n simbólico es m o r a l , y q u e e l s u j e t o o b e d e c e u n a l e y ( i n t e r n a ) q u e o t o r g a a l
sujeto u n v e l o d e d i g n i d a d . ¿Por qué sólo u n v e l o d e d i g n i d a d y n o l a d i g n i d a d
m i s m a ? P o r q u e e l o t r o ñuidamental ( e l q u e rige "Ja o t r a e s c e n a " q u e r o n d a l a e s c e -
nii c o n s c i e n t e ) es l a m a d r e simbólica. E l l a es e l o t r o i d e a l d e q u i e n e l s u j e t o desea
la dignificación; p e r o e l l a n o p u e d e a p a r e c e r d e n t r o d e l a economía fálica r e p r e -
s e n t a c i o n a l q u e se b a s a e n l a desaparición d e s u ser.^"^ E l s u j e t o psíquico o p e r a p a r a
u n f a n t a s m a q u e l e p e r m i t e a l s u j e t o v e l o s y c o r t i n a s e n v e z d e satisfacción.
E l p e r f o r m a n c e se a c e r c a a l o r e a l a l r e s i s t i r l a reducción metafórica d e l o s
dos e n e l u n o . P e r o a l t r a s l a d a r s e d e s d e las p r e t e n s i o n e s d e l a metáfora, r e p r o d u c -
ción y p l a c e r , h a c i a las d e l a m e t o n i m i a , d e s p l a z a m i e n t o y d o l o r , e l p e r f o r m a n c e
m a r c a a l c u e r p o m i s m o c o m o pérdida. E l p e r f o r m a n c e es e l i n t e n t o d e v a l o r a r l o
q u e n o es r e p r o d u c t i v o , metafórico. E s t o se r e p r e s e n t a m e d i a n t e l a escenificación
d e l d r a m a d e l r e c o n o c i m i e n t o erróneo ( g e m e l o s , a c t o r e s q u e h a c e n p e r s o n a j e s
q u e r e p r e s e n t a n a o t r o s p e r s o n a j e s , d o b l e s , crímenes, s e c r e t o s , e t c . ) q u e e n o c a s i o -
nes p r o d u c e e l r e c o n o c i m i e n t o d e l d e s e o d e ser v i s t o p o r e l o t r o ( y d e n t r o d e él).
Así, p a r a e l espectadoi", e l espectáculo d e l p e r f o r m a n c e es e n sí m i s m o u n a p r o -
yección d e l e s c e n a r i o d o n d e tiene l u g a r s u p r o p i o d e s e o .
D e m o d o más específico, u n género d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e l l a m a d o a r t e
d e l s u f r i m i e n t o [hardship art] o a r t e d e s u p l i c i o [ordeal art] i n t e n t a i n v o c a r u n a
dis-tinción e n t r e p r e s e n c i a y representación a l e m p l e a r e l c u e r p o s i n g u l a r c o m o
m e t o n i m i a d e l a e x p e r i e n c i a e n a p a r i e n c i a n o recíproca d e l d o l o r . E s t e p e r f o r -
m a n c e p i d e q u e se atestigüe l a s i n g u l a r i d a d d e l a m u e r t e d e l i n d i v i d u o y t a m -
bién p i d e a l e s p e c t a d o r q u e h a g a l o i m p o s i b l e : c o m p a r t i r esa m u e r t e ensuyándo-
E s p o r e s t a razón q u e e l p e r f o r m a n c e c o m p a r t e u n vínculo f u n d a m e n t a l c o n
L a desaparición d e l ser d e l a m a d r e también d a c u e n t a d e l éxito ( r e l a r i v o ) de l a v i s i b i l i d a d d e g r u -
¡intinborto. E l s u t i l d e s p l a z a m i e n t o d e l a i m a g e n d e l a m a d r e a l a i m a g e n h i p e r v i s i b l e d e l f e t o a n t e s
" o v i s t o se l o g r a p r e c i s a m e n t e p o r q u e e l ser d e l a m a d r e es l o q u e s i e m p r e se e x c l u y e e n l a s economías
'•^Prcsentacionales.
 106 PEGGY PHELA
e l r i t u a l . P o r e j e m p l o , l a m i s a católica es l a p r o m e s a p e r f o r m a t i v a r i t u a l i z a d a d
r e c o r d a r y e n s a y a r l a m u e r t e d e l o t r o . Así, l a p r o m e s a q u e e v o c a e s t e p e r f o r m :
ce es a p r e n d e r a v a l o r a r l o q u e se perdió, a p r e n d e r n o e l s i g n i f i c a d o , s i n o e l v a l o
de l o que n o p u e d e r e p r o d u c i r s e n i verse d e n u e v o . C o m i e n z a c o n e l c o n o c i m i e n -
t o d e s u p r o p i o f r a c a s o , q u e n o p u e d e ser l o g r a d o .
II
A n g e l i k a F e s t a crea p e r f o r m a n c e s e n l o s q u e a p a r e c e p a r a desapar-ecer. S u a p a r i - ,
ción es s i e m p r e e x t r a o r d i n a r i a : p e n d e d e p o l e a s ; se s i e n t a c o m p l e t a m e n t e v e s t i d a ;
s o b r e t u m b a s y se i n t r o d u c e c o n p e c e s a t a d o s a p a r t e s d e s u c u e r p o ; se i n s t a l a e a '
u n a atestada esquina d e l centro de l a ciudad de N u e v a Y o r k ( e n l a octava y
B r o a d w a y ) v e s t i d a c o n u n t r a j e r o j o d e c o n e j o y c o n d o s b a r r a s d e p a n e n las,
m a n o s ; c o n u n a máscai-a d e e s p e j o , u n v e s t i d o n e g r o , q u e r e c u e r d a e l d e a l g u n a
anticuaría, y c o n las m a n o s y l o s p i e s p i n t a d o s d e b l a n c o , s o s t i e n e u n tazón b l a n -
co d e f r u t a y se p a r a a l a v e r a d e u n c a m i n o r u r a l . M i e n t r a s más dramática sea l a
aparición, más p e r t u r b a d o r a es s u desaparición. C o m o l o s p e r f o r m a n c e s q u e se
b a s a n e n l a desaparición, l a o b r a d e F e s t a d e s a i b e e l tránsito d e l c u e r p o d e l a
m u j e r d e s d e l a v i s i b i l i d a d h a c i a l a i n v i s i b i l i d a d , y v i c e v e r s a . L o q u e se a p r e c i a e n
e s t o s p e r f o r m a n c e s es e l t r a b a j o y e l d o l o r d e e s t e tránsito e t e r n o y l i m i n a l .
E n s u p e r f o r m a n c e d e 1 9 8 7 , l l a m a d o a p r o p i a d a m e n t e , UnHtIedDance (with
fish andothers) [Danza sin títido (con-pez y otros)], q u e se llevó a c a b o e n l l i e E x -
p e r i m e n t a l I n t e r m e d i a F o u n d a t i o n , e n N u e v a Y o r k , Festa esUivo literalmente
suspendida de u n a polea durante veinticuatro h o r a s . E l performance tuvo lugar
e n t r e e l mediodía d e l sábado 3 0 d e m a y o y e l mediodía d e l d o m i n g o 3 1 . L a p o l e a
se colocó e n t r e d o s s o p o r t e s d e m a d e r a c o n u n ángulo d e c e r c a d e 8 0 g r a d o s , d e
l a q u e F e s t a se colgó, c o n s u c u e r p o e n v u e l t o c o n sábanas b l a n c a s , y s u r o s t r o y
p e s o d i r i g i d o s a l s u e l o . S u s o j o s e s t a b a n c u b i e r t o s c o n c i n t a a d h e s i v a g r i s , y así
m i r a b a , d e m u c h a s m a n e r a s , más allá d e l e s p e c t a d o r . A p r o x i m a d a m e n t e a 8 0
centímetros d e l a b a s e d e l a p o l e a había u n pequeño almohadón, e n d o n d e F e s t a
a p o y a b a s u s p i e s d e s c a l z o s . S u s p i e s se p r o y e c t a b a n simultáneamente e n u n a
U n a , p a r t e d e Ja descripción d e este p e r f o r m a n c e apareció p o r p r i m e r a v e z e n m i e n s a y o " F e m i n i s t
Tlicory, Poststructiiralism, and Performance".
j^fOLOGÍA D E L P E R F O R M A N C E
Angelika Festa, U n d d e d D a n c e ( w i t h fish a n d o t h e r s ) , 1987, Foto HiibertHohn,
cortesía de A n g e l i k a Festa.
p a n t a l l a detrás d e e l l a , a l a i z q u i e r d a , e n p r i m e r p l a n o . L a proyección l o s a g r a n d a -
ba t a n t o q u e parecían d e l tamaño d e l r e s t o d e l c u e r p o d e F e s t a . E n u n m o n i t o r
fiente a e l l a , a l a i z q u i e r d a , se reproducía c o n t i n u a m e n t e l a embriología d e u n
pez. P o r último, e n u n m o n i t o r más pequeño f r e n t e a F e s t a , u n v i d e o q u e d o c u -
m e n t a b a l a d a n z a (re)producía y r e f l e j a b a ( a m a n e r a d e inflexión) e l p e r f o r m a n c e
completo.
L a s imágenes d e m u e r t e , n a c i m i e n t o y resurrección están s u p e r p u e s t a s d e
m o d o v i s u a l ; l o q u e F e s t a d e s e a señalar es q u e e s t o s órdenes s o n filosóficamente
( y mitológicamente) i n s e p a r a b l e s . L a o b r a es s o b r e t o d o u n espectáculo d e s u f r i -
m i e n t o ; s i b i e n n o d e s e o m i n i m i z a i " e s t e a s p e c t o d e l p e r f o r m a n c e , comenzaré
p o r a n a l i z a r a l g u n a s d e las a f i r m a c i o n e s más ampÜas q u e f o r m u l a Untitled Dance.
E l performance busca mostrar equivalencia entre algunas de las oposiciones
i^ácitas d e l a metafísica o c c i d e n t a l : n a c i m i e n t o y m u e r t e , t i e m p o y e s p a c i o , e s p e c -
táculo y s e c r e t o . A l q u e d a r s u s p e n d i d a e n t r e d o s p o l o s ( d o s p o l a r i d a d e s ) , l o s
p e r f o r m a n c e s d e F e s t a s u g i e r e n q u e es sólo d e n t r o d e l e s p a c i o entre o p o s i c i o n e s
^ o n d e p u e d e r e p r e s e n t a r s e u n a m u j e r . U n a representación así es, p o r t a n t o y
" n e c e s a r i a m e n t e , e n e x t r e m o i n c i e r t a , c a s i i m p o s i b l e d e l o c a l i z a r o a f i r m a r . Está
 P E G G Y P H E L
e n u n e s p a c i o e n e l q u e n o h a y base, u n e s p a c i o e n e l q u e l o s p i e s ( d e s c a l z o s )
tocan el suelo.
L a iconografía d e l p e r f o r m a n c e es c o n t r a d i c t o r i a : c a d a posición se v e socai
d a p o r o t r a q u e sm'ge. E l p r o p i o cuerjoo d e F e s t a pai'ece evocar' imágenes d e m o i r u
m u e r t a s y c a p u l l o s h a b i t a d o s . A través d e l a l e c t u r a d e l a i m a g e n p u e d e a f i r m a r
a l g o c o m o l o sígviiente: l a f e c u n d i d a d q u e se j u e g a e n l a i m a g e n c e n t r a l ofrece u-
i m a g e n d e l a h i s t o r i a c o m o m u e r t e ( l a m o m i a ) y d e l ílitiu-o c o m o n o n a t o ( e l cap-
l i o ) . E l p e r f o r m a n c e d e v e i n t i c u a t r o h o r a s deíine e l p r e s e n t e ( e l c u e r p o d e F e s
c o m o l o q u e está s u s p e n d i d o d e c o n t i n u o y así p r o h i b e t a n t o e l r e g r e s o I n d e s e a
d e e s a m u e r t e c o m o l a a t i ' a c t i v a p o s i b i l i d a d d e ese n a c i m i e n t o . E l p r e s e n t e es
q u e n o t o l e r a l a m u e r t e n i e l n a c i m i e n t o , s i n o q u e sólo e x i s t e d e b i d o a estos d
a c t o s o r i g i n a r i o s . A m b o s s o n n e c e s a r i o s p a r a q u e e l p r e s e n t e s e a p r e s e n t e , p<
q u e e x i s t a e n animación s u s p e n d i d a e n t i ' e e l p a s a d o y e l íiitiu-o.
P e r o esta o b v i e d a d se r e d u c e c o n o t r a p a r t e d e l p e r f o r m a n c e : e l v i d e o d e l p e z s
d e t i e n e e n e l p r e c i s o m o m e n t o e n q u e F e s t a sale d e l embrión; l u e g o l a c i n t a e m p i e
z a d e n u e v o . Así, l a c i n t a p r o p o n e o t r a definición d e l i i s t o r i a d i f e r e n t e d e l a q u ,
ofirece l a i m a g e n c e n t r a l ( h i s t o r i a c o m o m u e r t e ) . L a h i s t o r i a se v i s u a l i z a e n l a c i n '
c o m o u n a embriología e t e r n a c u y a t r a s c e n d e n c i a n o se h a l l a e n l a s a l i d a ( l a p r e t e n
sión u b i c u a d e u n a transformación liistóñca), s i n o e n l a repetición c o n t i n u a d e l d
cío d e esa mutación q u e g e n e r a n a c i m i e n t o . ( " C r e c e d y m u l t i p l i c a o s " es u n a expre-
sión q u e d e m a n e r a i n g e n i o s a se h a c e l i t e r a l a través d e l a proyección r e p e t i d a d e l a
cinta.)
Así, l a t e r c e r a I m a g e n , r e c o r t a las o t r a s d o s . L a s imágenes p r o y e c t a d a s d e l o s pies
de F e s t a p a r e c e n u n a alusión, m i t a d irónica, m i t a d d e v o t a , a l a h i s t o r i a d e l a s r e p r e -
s e n t a c i o n e s d e l o s p i e s e n s a n g r e n t a d o s d e l C r i s t o c r u c i f i c a d o . P o r u n a p a r t e (¿un
p i e ? ) , l a s p r o y e c c i o n e s s o n c o m o d e t a l l e s fotográficos d e p i n t u r a s m a m e r i s t a s , y
p o r o t r a , p a r e c e n c i m e n t a r e l p e r f o r m a n c e ; d e b i d o a s u tamaño, e x i g e n más a t e n -
ción p o r p a r t e d e l e s p e c t a d o r . L a distribución e s p a c i a l d e l c u a r t o • — c o n F e s t a e n e l
m e d i o , l a p a n t a l l a c o n l o s p i e s detrás d e e l l a y a l a i z q u i e r d a , l a c i n t a d e l p e z f r e n t e
a e l l a también a l a i z q u i e r d a , y e l pequeño m o n i t o r d e s f a s a d o d h - e c t a m e n t e fi-cnte a
e l l a y e l e v a d o — o b l i g a a l e s p e c t a d o r c o n s t a n t e m e n t e a. apartar la vista d e l c u e r p o
s u s p e n d i d o d e F e s t a . P a r a v e r l o s p i e s p r o y e c t a d o s , s e d e b e m i r a r más aUá d e
F e s t a ; p a r a v e r l a c i n t a d e l embrión d e l p e z o e l m o n i t o r q u e g r a b a e l p e r f o r m a n c e
e n t e r o , h a y q u e d a r l a e s p a l d a a F e s t a . E l h e c l i o d e q u e estas imágenes p r o y e c t a d a s
^^.TOLOGÍA D E L P E R F O R M A N C E 109
j-ezcan c o n s u m i b l e s m i e n t r a s q u e l a i m a g e n c e n t r a l es, p o r así d e c i r l o , u n a i m a -
^' á^^^) s u g i e r e q u e a c c e d e m o s a v e r a l g o sólo m e d i a n t e e l s e g u n d o o r d e n d e l a
presentación. E l c u e r p o d e F e s t a ( y e n p a r t i c u l a r * sus o j o s ) e l u d e l a c a p a c i d a d
del e s p e c t a d o r d e c o m p r e n d e r , d e v e r y, p o r e n d e , d e a s i r l o .
L a i m p o s i b i l i d a d d e v e r l o s o j o s (eyes/I)^^ es l o q u e l o c a l i z a a l c u e r p o s u s p e n -
dido de Festa para e l espectador. L a incapacidad del espectador para encontrarse
con s u m i i ' a d a define a l c u e r p o d e l o t r o c o m o p e r d i d o ; e l d o l o r d e esta pérdida se e n -
l ^ t i z a c o n e l c o n s i g u i e n t e r e c o n o c i m i e n t o d e q u e e l c u e r p o r e p r e s e n t a d o está ahí
de m a n e r a m a n i f i e s t a y d o l o r o s a , t a n t o p a r a F e s t a c o m o p a r a e l espectador. F e s t a n o
p u e d e v e r s u c u e r p o p o r q u e s u s o j o s están s e l l a d o s ; e l e s p e c t a d o r n o p u e d e v e r a
Festa y debe mirar" e n c a m b i o e l capullo d e u n cuerpo p e r d i d o y s i n ojos. C o m o
a f i r m a W a l l a c e S t e v e n s : " E l c u e r p o n o es u n c u e r p o pai-a s e r v i s t o / s i n o u n o j o
que e s t u d i a s u párpado n e g r o " , y s u párpado posteriorf^ e l análisis (hinterfiragen)
nietzscheano.^^
¿Cuál es l a cuestión d e f o n d o p a r a l a s m u j e r e s ? ¿Espalda c o n t r a l a p a r e d ?
¿Dar l a m e d i a v u e l t a ? ¿Echarse p a r a atrás?^'^ U n r e c i e n t e ti-abajo fotográfico d e
L o r n a S i m p s o n p l a n t e a e l p r o b l e m a d e l a relación e n t r e d a r l a \ a i e l t a o d a r l a e s -
p a l d a y e l r o s t r o n e g r o . P o r e j e m p l o , e n Giiarded Coijditions [Coiidiciones vigila-
das], S i m p s o n r e o r g a n i z a l a s imágenes f r a g m e n t a d a s d e l c u e r p o d e u n a m u j e r
n e g r a a través d e fotografías polaroid. L a m u j e r está d e e s p a l d a s a l e s p e c t a d o r ;
dado q u e l a i m a g e n d e l a m u j e r está s e g m e n t a d a e n t r e s s e c c i o n e s e n s e n t i d o
v e r t i c a l y se r e p i t e e n u n a s e r i e d e seis p a n e l e s h o r i z o n t a l e s , se h a c e i m p o s i b l e
v e r l a s i n b o r r a r l a . S i b i e n l a o b r a d e S i m p s o n t r a t a s i n d u d a s o b r e l a tradición
d o c u m e n t a l d e l a fotografía, tradición q u e t i e n e fijertes l a z o s c o n e l d i s c u r s o y las
técnicas d e l a c r i m i n a K s t i c a , e n Giiarded Cojzditiofts, S i m p s o n también p r o p o n e
u n a r e s p u e s t a psicoanalítica más p r o f i a n d a q u e a n a l i z a l a v i o l e n c i a p r e s e n t e e n l a
percepción m i s m a . E n l a p a r t e i n f e r i o r d e l a i m a g e n a p a r e c e n estas p a l a b r a s :
L a a u t o r a j u e g a c o n l a homología fónica e n t r e eye ( o j o ) y I ( y o ) .
Aquí l a a u t o r a j u e g a c o n ¿tack ( n e g r o ) y dack ( p o s t c r i o r - c s p a l d a ) . S t e v e n s , W a l l a c e , " S t a r s a t
T a l i a p o o s a " , The Palm at the End of the Mind: Selected Poems A / Í Í / / ; P / w y , P l o l l y S t e v e n s ( e d . ) , N u e v a Y o r k ,
^'"tagcBooks,1972.
i'tinterfragen se r e f i e r e ÜL método d e análisis p r o p u e s t o p o r N i e t x s c i i e q u e c o n s i s t e e n I n t c r p e i a r s e
^^sde atrás, es decir, v e r s e c o m o n o s vería u n cjítraiío, c o m o e x t r a n j e r o d e sí m i s m o , p a r a q u e l o o b v i o
^P^rczca c o m o exü-año. F u e n t e : Nietzsche's System, J o h n R i c h a r d s o n .
E s t a s frases s o n j u e g o s d e p a l a b r a s a p a r t i r d e e x p r e s i o n e s idiomátícas c o m p u e s t a s p o r l a p a l a b r a
'^^'^ (¿>ackout, bnckojf), q u e P h e l a n u t i l i z a p a r a i n t r o d u c i r l a p i e z a d e S i m p s o n c u y o eje es l a e s p a l d a (back).
 110
PEGGY PHE
Angelika Festa, U n t i t l e d D u n c e ( w i d i fish a n d o t i \ e r s ) , 1987. Foto Hiibert Hohn, corte.
de Angelika Festa.
"Ataques Sexuales/Ataques de O d i o / A t a q u e s Sexuales/Ataques de O d i o " . L a v i
l e n d a r a c i a l y s e x u a l fi^rma p a r t e i n t e g r a l d e l m o d o e n q u e se p e r c i b e a l a m u |
a f i r o e s t a d u n i d e n s e . S u r e s p u e s t a a u n a percepción q u e p r e t e n d e s u desaparición
s u contención d e n t r o d e l o s m a r c o s d i s c u r s i v o s d e l a criminología o d e l a p a t o l
gía, es d a r l a e s p a l d a , d a r s e v u e l t a . E n l a p a r t e m e d i a d e s u e s p a l d a , l a m u j
a p r i e t a s u s puños y r e p i t e l a p o s e d e l m o d e l o m a s c u l i n o d e M a p p l e t h o r p e a
LelandRichard ( 1 9 8 0 ) . M i e n t r a s q u e p a r a M a p p l e t h o r p e e l puño c e r r a d o d e l m
délo es u n g e s t o t e n d i e n t e a g e n e r a r u n a i m a g e n p r o p i a ( s u puño e v o c a e l m o d
e n q u e Mappleüiorpe s o s t i e n e e l o b t u r a d o r d e l a cámara fotográfica), e n l a o b r a d
S i m p s o n , e l puño es u n a r e s p u e s t a a l o s a t a q u e s s e x u a l e s y r a c i a l e s señalados c o m
la base m i s m a e n l a q u e descansa s u i m a g e n . C o m o e n l a o b r a d e Festa, e l i n t e n t
d e l e e r l a i m a g e n d e l c u e r p o d e l a m u j e r r e p r e s e n t a d a e n l a fotografía d e S i m p s o
r e q u i e r e u n a c e r c a m i e n t o bilingüe a l a p a l a b r a y l a i m a g e n , a l o q u e p u e d e v e r s e
l o q u e n o . L a e s p a l d a r e g i s t r a l a disolución d e l s u j e t o d e n t r o d e u n c a m p o l i n
güístico y v i s u a l q u e r e q u i e r e q u e e l l a sea o l o M i s m o o e l o t r o c o n t e n i b l e , s i e m -
p r e fijo. Pax-a c o n t r a r r e s t a r eso, s u g i e r e S i m p s o n , n e c e s i t a m o s v e r y l e e r d e o t r a s
maneras.
j.trOLOGÍA D E L P E R F O R M A N C E 111
j a v i s t a es t a n t o i m a g e n c o m o p a l a b r a ; l a m i r a d a es p o s i b l e t a n t o p o r l a s
n c i a c i o n e s d e l o s o j o s e x p r e s i v o s c o m o p o r q u e e l s u j e t o a s u m e u n a posición
v e r d e n t r o d e l a óptica y gramática d e l l e n g u a j e . A l n e g a r e s t a posición a l
c t a d o r , F e s t a y S i m p s o n también d e t i e n e n l a s h a b i t u a l e s p r e t e n s i o n e s e n u n -
• t i v a s d e l a crítica. S i b i e n l a m i r a d a f o m e n t a l o q u e L a c a n d e n o m i n a " e l a s p e c -
0 de que esto m e pertenece t a n r e m i n i s c e n t e d e l c o n c e p t o d e propiedad"^" y l l e v a
observador a desear el d o m i n i o d e l a i m a g e n , e l s u f r i m i e n t o i n s c r i t o e n e l p e r -
f o r m a n c e d e F e s t a h a c e q u e e l o b s e r v a d o r se s i e n t a i m p o t e n t e . E n l a o b r a d e
S i m p s o n , " e l a s p e c t o d e q u e e s t o m e p e r t e n e c e " p r o p i o d e l a tradición d o c u m e n -
y l a n a r r a t i v a d e l d o m i n i o q u e es p a r t e i n t e g r a l d e d i c h a tradición— está
n i u y cerca d e l " a s p e c t o d e q u e e s t o m e p e r t e n e c e " p r o p i o d e l a e s c l a v i t u d , d e l t r a -
bajo doméstico y d e l a h i s t o r i a d e t r a b a j o s e x u a l a l a s q u e se d e b e r e c i b i r c o n n a d a
m e n o s q u e u n puño c e r r a d o , v o l v i e n d o l a e s p a l d a y g e n e r a n d o u n a c o n c i e n c i a d e
la p r o p i a condición v i g i l a d a e n j u e g o d e n t r o d e l a representación v i s u a l . ' ' ^
L e j o s d e l a posición t r a d i c i o n a l d e a u t o r i d a d g a r a n t i z a d a p o r las c o n v e n c i o n e s
de d i s c u r s o q u e o p e r a n d e n t r o d e l a tradición d o c u m e n t a l d e l a fotografía, t r a d i -
ción q u e f u n c i o n a p a r a a s e g u r a r q u e a q u e l l o q u e se o f r e z c a p a r a ser v i s t o p e r -
t e n e z c a a l m i s m o c a m p o d e c o n o c i m i e n t o d e q u i e n m i r a , l a s fotografías d e
Simpson convocan u n a f o r m a de lectura basada e n fragmentos, e n u n o r d e n se-
r i a d o y b a j o e l r e c o n o c i m i e n t o d e q u e l o q u e se m u e s t r a n o es l o q u e se d e s e a v e r .
E n esta pérdida d e s e g u r i d a d , e l e s p e c t a d o r s i e n t e u n a separación i n t e r n a e n t r e e l
espectáculo d e l s u f r i m i e n t o q u e p r e s e n c i a p e r o n o p u e d e u b i c a r y e l d o l o r i n t e r n o
q u e n o p u e d e e x p r e s a r . P e r o e l e s p e c t a d o r también s i e n t e a l i v i o a l r e c o n o c e r l o
r e a l histórico q u e n o se e x l i i b e y n o o b s t a n t e se t r a n s m i t e d e n t r o d e l a o b r a d e
Simpson.
E n l a o b r a d e F e s t a se d a u n a separación s e m e j a n t e : Untitled Dance es u n
e l a b o r a d o j u e g o d e p a l a b r a s s o b r e l a noción d e l a f o r t a l e z a d e l a m u j e r . E l t r a b a -
j o d e l p e r f o r m a n c e a l u d e a l t r a b a j o d e p a r t o — y las sábanas b l a n c a s y e l t o c a d o
í-ojo a l u d e n a l o s c o l o r e s d e l p r o c e s o d e n a c i m i e n t o — , l a l u z b l a n c a e n e l c e n t r o
^ Jíicqucs L n c a n , Fotir Finida mental Concepts of Psycho-Analysts, J a c q u e s - A l a m M i l I e r ( e d . ) , A l a n
r e n d a n ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , N o r t o n , 1 9 7 8 , p . 8 1 l e d . esp.: El Seminario, L i b r o 1 1 , Los cuah-o conceptos
J'"^dame!iiales delpsicoanálisis, B a r c e l o n a , Paidós, 1 9 8 6 ] .
Píitíi U n a e x c e l e n t e discusión d e e s t a s c o n d i c i o n e s v i g i l a d a s e n televisión, ficción y teoría ci'ítica p a r a
la
^"Jjer a f r o e s t a d u n i d e n s e , véase Invisibiltty Bines de M i c l i e l e W a l l a c e .
 PEGGY PHELAi
d e l d o l o r y l a s a n g r e r o j a q u e s e a b r e p a s o e n d i c h a l u z . ^ L a proyección d e l o s p i e
p l a n t e a kónicamente l a cuestión d e l c u e r p o f e m e n i n o c o m o f e t i c h e — l a parte
s u s t i t u i d a (eróticamente) p o r l a t o t a l i d a d — q u e e l p e r f o r m a n c e e n s u c o n j u n t d
b u s c a c o n f r o n t a r . C o n f o r m e se i n t e n t a h a l l a r l a f o r m a d e l e e r e s t e c u e r p o s u s p e n ^
d i d o y n o o b s t a n t e c o n t i ' o l a d o y c o n f i n a d o p o r c o m p l e t o , l a s imágenes d e o t r a
m u j e r e s a t a d a s i n u n d a n l a m i r a d a . Imágenes t a n a b s u r d a m e n t e cómicas c o m o 1
d a m i s e l a N e l l a t a d a a l a s vías d e l f e r r o c a r r i l e n e s p e r a d e q u e D u d l e y D o r i g b
v e n z a a l r e l o j y l a s a l v e , y t a n p e r t u r b a d o r a s c o m o l a t i - a d i c i o n a l q u e m a d e márti
res y b r u j a s , c o e x i s t e n c o n imágenes más c o m u n e s d e m u j e r e s a t a d a s a n i v e a s ca-
m a s d e h o s p i t a l e n n o m b r e d e l a " c u r a d e l a h i s t e r i a " , anoréxicas f o r z a d a s a c o m e
o c u a l q u i e r m a l e s t a r médico p o r e l c u a l l a s m u j e r e s p a d e c e n u n d o l o r o s o d o m i n i
y por el cual continuamos tan perversamente embelesadas.
E l a u s t e r o m i n i m a l i s m o d e esta p i e z a ( c o m p l e t o s i l e n c i o , wn^i performer, s,
acción m a n i f i e s t a ) e n r e a l i d a d i n c i t a a l e s p e c t a d o r a a r m a r u n a h s t a s i m i l a r . L Í .
h s t a s l l e g a n a a s e m e j a r s e d e f o r m a v e r t i g i n o s a h a s t a q u e se v u e l v e c a s i i m p o s i b l
d i s t i n g u k e n t r e l o s g r i t o s d e Neü e n l a s vías d e l f e r r o c a r r i l y l o s g r i t o s d e histéri
cas d e l h o s p i t a l . E l a c e r t i j o c o n s i s t e t a n t o e n a v e r i g u a r cómo es q u e estas sitúa-?
c l o n e s l l e g a r o n a separai'se y a l a v e z cómo F e s t a l a s reúne n u e v a m e n t e .
L a anoréxica o b s e s i o n a d a c o n l a i m a g e n d e u n y o d e l g a d o ; N e l l , p e r s o n a l i z a -
ción d e l d r a m a c a r i c a t i u i z a d o d e l a sepai-ación p o r l a m i t a d , d e l mártir c o n c u e l l o
r e t o r c i d o y l a b r u j a c u y o a h o r c a m i e n t o / q u e m a se d r a m a t i z a c o m o lección d e c e r -
t e z a m o r a l ( y a s e a p o r p a i t e d e l a víctima-mártir o p o r p a i t e d e l v e r d u g o d e l a
b r u j a ) , se d e f i n e n e n términos d e l o q u e n o s o n : s a l u d a b l e s , h e r o i c a s o legítima-
m e n t e p o d e r o s a s . Q u e esos términos s e a n e s q u i v o s , r a d i c a h n e n t e s u b j e t i v o s e
históricamente m a l e a b l e s d e s t a c a l a i m p o r t a n c i a d e m a n t e n e r u n p o d e r p e r c e p t i -
v o q u e s e a finido y r e l a t i v o . E s t a s imágenes r e p r e s e n t a n l a percepción s u b j e t i v a e
i n v e n t i v a q u e d e f i n e l a Caída d e m a n e r a más p r o f u n d a q u e e l r e l a t o q u e s u e l e
u b i c a r a e s t a pérdida s i g n i f i c a t i v a c o m o fértil t e r r e n o . L a i m a g e n d e l a m u j e r l a
p r e s e n t a s i n p r o p i e d a d e s ; es u n a desposeída. P e r o c o m o e l l a " n o l o es t o d o " , eso
n o es t o d o l o q u e h a y e n l a h i s t o r i a . A l destacax" l a i m p o r t a n c i a d e l a transformación
22
E n r e a l i d a d , F e s t a empezó e l p e r f o r m a n c e Untitled [Sin título] wz^náo u n t o c a d o de c o n e j o b l a n c o ,
q u e es más l i g e r o y fresco q u e e l r o j o . F e s t a h a u s a d o e l r o j o e n o t r a s o c a s i o n e s y l o s t e m a s d e " r o j o " y
" b l a n c o " s o n p r e o c u p a c i o n e s c o n s t a n t e s d e s u o b r a . E l c a l o r d u r a n t e Untitled (^^2 " C ) e r a t a n i n t e n s o q u e
finalmente la convencieron d e que abandonara el tocado blanco.
OTOLOGÍA D E L P E R F O R M A N C E 113
. e p t u a l q u e acompañó l a pérdida d e l a r e s i d e n c i a d e l u j o e n e l Jai'dín, l a o b r a
F e s t a h a c e hincapié d e m a n e r a implícita e n e l versículo " S e a b r i e r o n l o s o j o s d e
T i b o s " (Génesis 3 , 7 ) c o m o l a c o n s e c u e n c i a más c o n v i n c e n t e q u e s e d e t a l l a e n
ésta n a r r a t i v a d e l o r i g e n .
L a i d e a d e q u e l a percepción p u e d e r e n o v a r s e e t e r n a m e n t e es u n o d e l o s
0iotivos fimdamentales d e l a s a r t e s v i s u a l e s . P e r o , e n e l t e a t r o e n g e n e r a l , se r o m -
-yz lív oposición e n t r e v e r y h a c e r ; l a distinción s u e l e presentai-se c o m o éticamente
i n m a t e r i a l . ^ F e s t a , c u y o s o j o s están c u b i e r t o s c o n c i n t a a d h e s i v a d u r a n t e t o d o e l
p e r f o r m a n c e , c u e s t i o n a l a c o m p l i c i d a d t r a d i c i o n a l d e este i n t e r c a m b i o v i s u a l . Sus
ojos s o n p o r c o m p l e t o i n a s e q u i b l e s , y m i e n t r a s más se t r a t a d e v e r l a , más se c a e
e n l a c u e n t a d e q u e p a r a " v e r l a " es n e c e s a r i o ser v i s t o . E l d r a m a d e t o d a s estas
imágenes d e p e n d e p o r e n t e r o d e l s e n t i d o d e v e r s e a sí m i s m o y d e ser v i s t o c o m o
o t r o . A d i f e r e n c i a d e l a película d e I v o n n e R a i n e r ^Ihe Man Who Envied Woi7ien
[El hombre que envidiaba a las mujeres], e n d o n d e l a p r o t a g o n i s t a n o se p u e d e v e r ,
aquí es l a p r o t a g o n i s t a q u i e n n o p u e d e v e r . E n a u s e n c i a d e ese a c o s t i m i b r a d o i n -
t e r c a m b i o v i s u a l , l a e s p e c t a d o r a sólo v e s u p r o p i o d e s e o d e ser v i s t a . E n e s t e e s -
pectáculo, l a satisfacción d e l d e s e o se f r u s t r a p e r p e t u a m e n t e p o r q u e F e s t a está
t a n o c u p a d a relacionándose c o n a l g u n a región d e s u p r o p i a embriología q u e n o
puede participar e n l a parte del i n t e r c a m b i o que l e corresponde; e l espectador
tiene q u e desempeñar a m b a s p a r t e s : tiene q u e c o n v e r t i r s e e n e s p e c t a d o r d e s u p r o -
p i o p e r f o r m a n c e p o r q u e F e s t a n o h o m - a i ' á l a Invitación p r e s e n t e e n s u p e r f o r m a n c e .
E n este s e n t i d o , l a o b r a d e F e s t a o p e r a d e m a n e r a o p u e s t a a l a d e R a i n e r . M i e n t i - a s
q u e e n l a película T r i s h a d e v i e n e u n a e s p e c i e d e e s p e c t a d o r a , aquí l a e s p e c t a d o r a
deviene u n a especie performer.
P e r o s i b i e n F e s t a l o g r a e l i m i n a r * l a c o m p l i c i d a d ética e n t r e v e r y h a c e r a s o -
ciada a l a m a y o r p a r t e d e l t e a t r o , n o c r e a u n p e r f o r m a n c e éticamente n e u t r a l . E l
c u e r p o d e F e s t a se m u e s t i - a d e u n a m a n e r a c o m p l e t a m e n t e p r i v a d a ( p u e s está
e n c e r r a d o ) e n u n espectáculo público. F e s t a d e v i e n e u n a s u e r t e d e o b j e t o s a c r i f i -
cial c o m p l e t a m e n t e v u l n e r a b l e a l a m i r a d a d e l espectador. C o n f o r m e o b s e r v o e l
a g o t a m i e n t o y e l s u f r i m i e n t o d e F e s t a , m e s i e n t o caníbal, t e r r i b l e , c u l p a b l e , " p e r -
" ^ u t a d a " . N o o b s t a n t e , después d e u n r a t o s u r g e o t r a r e s p u e s t a más c o m p l i c a d a .
Ésta es u n a d e las r a z o n e s p o r las cuales e l shock es u n a estética l i m i t a d a d e n t r o d e l t e a t r o . E s
^'iíicil c o n m o c i o n a r s e p o r l a c o n d u c t a / d e s e o p r o p i o , p e r o es fácil c u a n d o e l shock r e s p o n d e a l o s deseos y
^"'^^uctas d e o t r o .
 1J.4
PEGGYPHEL
H a y a l g o casi o b s c e n a m e n t e a r r o g a n t e e n l a invitación d e F e s t a a e s t a exposició
S e m a n i f i e s t a en. e l a s p e c t o " i m i t a t i v o " d e sus a l u s i o n e s a l a resm-rección d e Cr^<^
y sus p i e s e n s a n g r e n t a d o s , y está p r e s e n t e d e fi^rma l a t e n t e e n l a r e s i s t e n c i a
exige tanto al espectador c o m o a ella m i s m a .
E s t a arrogancia, q u e F e s t a reconoce l i b r e m e n t e y a l a q u e hace descarad
m e n t e obvia, e n algunos sentidos, cancela m i canibalismo. S i b i e n todas t
a d i c i o n e s y s u s t r a c c i o n e s se l l e v a n a c a b o b a j o l a s o p e r a c i o n e s c o n t a b l e s d e
o j o s , c o m i e n z o a p e r c a t a r m e d e q u e e s t o también es s u p e r f i c i a l . E l p e r f i D r m a n
r e s i d e e n algún o t r o l a d o , algún l u g a r e n e l cálculo m i s m o y d e n i n g u n a m a n e
e n l a s s u m a s y d i f e r e n c i a s d e n u e s t r a difícil relación c o n él. P e r o e s t e p e n s a m i e
to n o m e p e r m i t e habitar por completo o con facilidad u n terreno de igualdad
d e m o c r a c i a , s i b i e n a-eo q u e e s t a situación f o r m a p a r t e d e l o q u e s e p r e t e n d
S i e n t o , e n c a m b i o , e l c o s t o físico, psíquico y v i s u a l , t e r r i b l e m e n t e opresÍA^o, d e est
intercambio.
S i l a o b r a d e F e s t a p u e d e t o m a r s e c o m o u n a Mpótesis a c e r c a d e l a p o s i b i l i
d a d d e l a comunicación h u m a n a , se t r a t a d e u n a p r o p u e s t a q u e n o se n e g o c i
Aquí n o h a y p u n t o d e e n c u e n t r o d o n d e se p u e d a e s c a p a r d e l a s o m b r a i m p u e s t
d e esos ( e n s a n g r e n t a d o s ) p i e s : s i l a h i s t o r i a se m u e s t r a e n l a c i n t a e n ¡oof c o m
u n c i c l o d e n a c i m i e n t o r e p e t i t i v o , e l f u t u r o se m u e s t r a c o m o u n . c i c l o i n e x o r a b i
de m u e r t e . D o n d e E . E . C u m m i n g s escribe: " N u n c a n a c e m o s l o suficiente", Fest
replica: " N u n c a m o r i m o s l o suficiente". S i n e m b a r g o , este s e n t i d o de l a u b i c u i d a
d e l a m u e r t e y e l m o r i r n o es p o r c o m p l e t o o p r e s i v o ( s i b i e n p o r m o m e n t o s se 1
p a r e z c a ) , p o r q u e e l p e r f o r m a n c e también i n s i s t e e n l a p o s i b i l i d a d d e l a r e s u r r e c .
ción. A l h a c e r d e l a m u e r t e u n fenómeno múltiple y r e p e t i t i v o , F e s t a también la
h a c e m e n o s a b s o l u t a •—e implícitamente, m e n o s s a g r a d a — , y a n o t a n t o p r o v i n c i a
exclusiva de los dioses.
M i vacilación a c e r c a d e este a s p e c t o d e l a o b r a d e F e s t a s u r g e n o d e l r o m a n c e
l a t e n t e c o n l a m u e r t e ( e s o es b a s t a n t e común), s i n o d e s u a p a r e n t e c r e e n c i a ( o
quizá f e sea u n a i n e j o r p a l a b r a ) e n q u e esta suspensión/renuncia d e s u p r o p i o e g o
se c u m p l a e n u n p e r f o r m a n c e . E s e s t a c r e e n c i a / f e l o q u e h a c e q u e l a o b r a d e
F e s t a sea t a n e x t r a v a g a n t e m e n t e l i t e r a l . L a p i e z a d e F e s t a g i r a e n t o r n o d e l a p o -
s i b i l i d a d d e c r e a r u n a n a r r a t i v a q u e i n v i e r t a l a dirección n a r r a t i v a d e l a Caída; a l
c o m e n z a r p o r e l s e g u n d o o r d e n d e l a representación d e l paraíso, Untitled Dance
de Festa i n t e n t a dar lugai" a l n a c i m i e n t o • — m e d i a n t e u n i n t e n s o proceso d e l a b o r
^^jsjTOLOGÍA D E L P E R F O R M A N C E
5sica y m e n t a l — d e u n a presentación d e p r e s e n c i a dii-ecta y n o m e d i a d a . E l h e c h o
Je q u e e s t a p r e s e n c i a s e r e g i s t r e a través d e l c u e r p o d e u n a m u j e r doliente e s l a
^ n i c a concesión q u e h a c e F e s t a a l a o m n i p r e s e n c i a ( y a i p o d e r p e r s u a s i v o ) d e
la percepción y d e l ser p o s t e r i o r a l a expulsión. L o s p e r f o r m a n c e s d e F e s t a , d e u n a
íinibición e n o r m e y a s o m b r o s a , d e j a n t a n t o a l e s p e c t a d o r c o m o a l a performer t a n
^gox.'i.^o^ q u e n o se p u e d e evitai" p r e g u n t a r s i v a l e l a p e n a p a s a r p o r r o d o e s t o c o m o
,5nico m o d o d e a c c e d e r a l p l a c e r d e l a p r e s e n c i a y p l e n i t u d .
E n e l espectáculo d e r e s i s t e n c i a , d e d i s c i p l i n a y c u a s i l o c u r a q u e e v o c a e s t a
o b r a , se d a u n a inversión d e l o s p a r a d i g m a s p r o p i o s d e l i n t e r c a m b i o p e r f o r m a t i -
v o . E n e l espectáculo d e f a t i g a , r e s i s t e n c i a y a g o t a m i e n t o , F e s t a p i d e a l e s p e c t a d o r
que se s o m e t a p r i m e r o a u n m o v i m i e n t o p a r a l e l o y después a u n m o v i m i e n t o
o p u e s t o . E l s e g u n d o p e r f o r m a n c e d e l e s p e c t a d o r es u n m o v i m i e n t o d e a c u m u l a -
ción, de e x c e s o , q u e r e s u l t a e n e l r e c o n o c i m i e n t o d e l a p l e n i t u d d e l a fibertad físi-
ca p r o p i a e n c o n t i - a s t e c o n e l c o n f i n a m i e n t o y d o l o r d e l c u e r p o e x p u e s t o d e l a
performer,
lU
E n Historia de la sexualidad, F o u c a u l t s o s t i e n e q u e " l a f a c u l t a d d e dominación
n o r e s i d e e n q u i e n h a b l a ( p u e s es él q u i e n está l i m i t a d o ) , s i n o e n q u i e n e s c u c h a
y n o d i c e n a d a ; n o e n e l q u e s a b e y r e s p o n d e , s i n o e n e l q u e p r e g u n t a y se s u p o n e
que n o sabe".^'* F o u c a u l t d e s c r i b e l a formación d e l eje p o d e r - c o n o c i m i e n t o q u e
fimciona c o m o p u n t o d e a p o y o s o b r e e l q u e se s u s t e n t a l a confesión católica r o -
m a n a , p e r o , c o m o p a s a e n l a mayoría d e l a o b r a d e F o u c a u l t , e s t a afirmación t a m -
bién h a c e eco d e o t r a s áreas.
C o m o descripción d e las r e l a c i o n e s d e p o d e r q u e o p e r a n e n d i v e r s a s clases d e
p e r f o r m a n c e s , l a observación d e F o u c a u l t s u g i e r e l a m a n e r a e n q u e e l s i l e n c i o s o
e s p e c t a d o r d o m i n a y c o n U ' o l a e l i n t e r c a m b i o , c o m o D u s t i n l i o f f m a n dejó m u y
c l a r o e n Tootsie, úperfonner o c u p a s i e m p r e l a posición f e m e n i n a e n relación c o n
•^1 p o d e r . L a s m u j e r e s y \q% performers, l a s más d e l a s v e c e s , c u e n t a n c o n u n "guión
e s c r i t o " q u e l o s h a c e v e n d e r o c o n f e s a r a l g o a a l g u i e n q u e está e n posición d e
comprar o perdonar.
M i c h e l F o u c a u l t , 77;¿ Hhtoiy ofSexualiiy, R o b e r t H u r l c y ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , P a n t l i e o n , 1 9 7 S , p . 6 4
• ^ ' P - : I-tisioria de la sexualidad, B u e n o s A i r e s , S i g l o X X . 1 , 1 9 9 0 ] .

G r a n parte del teatro occidental evoca el deseo basado e n y e s t i m u l a d o
d e s i g u a l d a d t^t^^performer y espectador, así c o m o e n l a dominación ( p o t e n c i a l :
e s p e c t a d o r s i l e n t e . N o es a c c i d e n t a l q u e este m o d e l o d e d e s e o s e a e n ay^ari-
c o m p a t i b l e c o n l o s r e l a t o s t r a d i c i o n a l e s d e l d e s e o masculvno.-^^ P e r o , d e m a
más p r e c i s a , esta circulación d e l d e s e o e n t i ' e e l húA'mXdperforinery q u i e n escu
e s p e c t a d o r r e v e l a e l h e c l i o d e q u e estas p o s i c i o n e s d e p e n d e n d e l a AdsibiÜdad
u n p u n t o d e v i s t a c o h e r e n t e . U n p u n t o d e v i s t a r e c o n o c i b l e y fácilmente u b i c
ofrece a l espectador u n p u n t o estable desde el cual p o n e r e n mai'cha la m a q u i n
d e proyección, identificación y d e i n e v i t a b l e objetivación. \jO% performers y
críticos d e b e n c o m e n z a r a rediseñai- este c o n j u n t o e s t a b l e d e s u p u e s t o s sobre"
posiciones propias del intercambio teatral.
L a p r e g u n t a q u e p l a n t e a l a o b r a d e F e s t a es h a s t a qué p u n t o e l interés pi
aversión v i s u a l o psíquica señala u n a p e g o a negai-se a p a r t i c i p a r ' d e l l e n o e n l a
nomía r e p r e s e n t a c i o n a l . A l t e n e r e s p e c t a d o r e s , F e s t a a c e p t a a l m e n o s e l d u a l i s
i n i c i a l n e c e s a r i o p a r a t o d o i n t e r c a m b i o . P e r o l o s p e r f o r m a n c e s d e F e s t a s o n pie-
t a n p r o f l u i d a m e n t e i n d i v i d u a l e s q u e es o b v i o q u e este t r a b a j o n o es u n a s o l u c i
at p r o b l e m a d e l a representación d e las m u j e r e s .
F e s t a se d i r i g e a l a e s p e c t a d o r a f e m e n i n a ; s u o b r a n o h a b l a d e l o s h o m b
s i n o s o b r e l a pérdida y e l d u e l o p r o p i o s d e l r e c o n o c i m i e n t o d e l a b i s m o e n t r e p -
s e n c i a y representación. A l a d o p t a r l a noción d e q u e las m u j e r e s n o s o n v i s i b l
d e n t r o d e las narrativas d o m i n a n t e s d e l a h i s t o r i a n i l i t e r a l m e n t e d e n t r o d e 1
c o s t u m b r e s contemporáiaeas d e l p e r f o r m a n c e , F e s t a i m p u l s a n u e v a s c o n s i d e r
c l o n e s s o b r e esta a u s e n c i a c e n t r a l q u e resiüta e s e n c i a l p a r a l a representación
las m u j e r e s e n e l p a t r i a r c a d o . U n a p a r t e d e l a función d e l a a u s e n c i a d e las m u j
res es p e r p e t u a r y m a n t e n e r l a p r e s e n c i a d e l d e s e o m a s c u l i n o c o m o deseo, c o m
búsqueda i n s a t i s f e c h a . D a d o q u e e l c u e r p o f e m e n i n o y e l p e r s o n a j e f e m e n i n o n
p u e d e n e s c e n i f i c a r s e n i v e r s e d e n t i - o d e l o s m e d i o s r e p r e s e n t a c i o n a l e s s i n desaü.
l a hegemonía d e l d e s e o m a s c u l i n o , n e g a r s e a r e p r e s e n t a r e l c u e r p o f e m e n i n o
través d e imágenes, físicamente) r e s u l t a u n a t a r e a política y estéticamente eñca
E i s a l t o d e f e c o n s i s t e e n c r e e r q u e e s t a negación e n sí generai'á u n a n u e v a f o n
d e representación ( p i e n s o u i i p o c o e n b r o m a e n l a h u e l g a d e s e x o d e Lisístratai.
n a d a d e sexo hasta q u e t e r m i n e l a g u e r r a ) . E l p e r f o r m a n c e d e F e s t a destaca l a
D e hccíio p u e d e d a r c u e n t a d e l incensó h o n i o c r o t J s m o m a s c u l i n o d e l a maj'oría d e l a h i s t o r i a d e l
teatro.
0^ sión clel c u e r p o f e m e n i n o e n t r e l a s p o l a j - i d a d e s d e p r e s e n c i a y a u s e n c i a , e
^•ijsp^' e n qi-ie " l a m u j e r " e x i s t e sólo entre e s t a s categorías d e análisis.
^^^^^Rediseñar l a relación e n U e e l y o y e i o t r o , s u j e t o y o b j e t o , s o n i d o e i m a g e n ,
i c a u n a e n o r m e d i f i c u l t a d . Más difí-
V , e y mujer, espectador y / . / / « i m p l
cil aún es e l c o m p l e t o a b a n d o n o d e l a representación. N o á^hti^áo esa clase d e
I
delirada, n i a b o g o p o r esa clase d e s i l e n c i o ( p u e s ésta es l a posición q u e t a n fácU-
^ e n r e se a s i g n a a l a s m u j e r e s e n e l l e n g u a j e ) . E n o t r a s p a l a b r a s , l a tax'ea es f a l s i f i -
car l a xnowtá^ d e n u e s t r a economía r e p r e s e n t a c i o n a l : n o a través d e l r e c h a z o a
p a r t i c i p a r e n l a í(í^t^^<ti\f;iCiQn, smo (m^-M\áo o b r a s e n l a s q u e se m i d a n c o n t o d a
d^ñá-^é l o s c o s t o s d e l a p e r p e t u a aversión h a c i a l a s m u j e r e s . E s t a s f o r m a s d e
operación ( l a c u e n t a y e l cntm.o) p u e d e n c o m e n z a r a i n t e r f e r i r c o n l a e s t r u c m r a
del deseo h o m o s e x u a l e n q u e s e b a s a l a mayoría d e l a s f o r m a s d e representación.
IV
Detrás d e l d e s e o y representación h o m o s e x - u a l e s p e r m a n e c e l a cuestión d e l víncu-
l o e n t r e representación y reproducción. E s t a cuestión p u e d e f o r m u l a r s e a l r e t o -
m a r e l a r g u m e n t o d e A u s t i n d e q u e u n a expresión p e r f o r m a t i v a n o p u e d e r e p r o -
ducirse n i r e p r e s e n t a r s e .
P a r a L a c a n , l a e n t r a d a e n e l l e n g u a j e s e d a simultáneamente c o n l a e n t r a d a
e n e l d e s e o , d e s e o s i e m p r e d o l o r o s o p o r q u e n o p u e d e s a t i s f a c e r s e . L a mitigación
p o t e n c i a l d e este d o l o r también d e p e n d e d e l l e n g u a j e ; s e d e b e b u s c a r u n a c u r a
para l a h e r i d a d e l a s p a l a b r a s e n o t r a s p a l a b r a s : e n l a s p a l a b r a s d e l o t r o , e n l a
promesa d e l o q u eW a l l a c e Stevens d e n o m i n a " l a v o z q u e responde p o r
completo".^'^ P e r o e s t a mitigación d e l d o l o r s i e m p r e q u e d a p o s t e r g a d a p o r l a j ^ j r o -
^nesa d e l a l i v i o ( e l p e r f o r m a t i v o d e A u s t i n ) , e n l u g a i - d e l a l i v i o m i s m o , p o r q u e las
Píüabras d e l otj-o se s u s t i t u y e n c o n o t r a s p a l a b r a s e n u n a i n t e r m i n a b l e p u e s t a e n
íil^ismo d e s u s t i t u c i o n e s metafóricas. Así, l a economía lingüística, c o m o l a finan-
c i e r a , es u n r e g i s t r o c o n t a b l e d e s u s t i t u c i o n e s , e n e l q u e l a s u m a y l a r e s t a ( e l más
}' e l m e n o s ) a c u e r d a n e l v a l o r d e l a s p a l a b r a s c o r r e c t a s e n e l m o m e n t o p r e c i s o .
S i e m p r e s e o f r e c e l o q u e n o s e t i e n e p o r q u e l o q u e se d e s e a es l o q u e n o se t i e n e ;
W a l l a c e S t e v e n s , Vje SaUofUiysses, 7?}e Palm at the Endof theM'md: Selected Poems and n P!ay, H o U y
S t e v e n s ( c d . ) , N u e v a Y o r k , V i n t a g e B o o k s , 1 9 7 2 , p. 3 8 9 .

iití PEGGY pfi
y, píu-a Lncíin, " l o s s e n t i m i e n t o s s i e m p r e s o n recíprocos", p e r o n u n c a igi_;
I n t e r c a m b i a r l o q u e n o s e t i e n e p o r l o q u e s e d e s e a ( y p o r t a n t o n o se t i e n e )
coloca e n ei d o m i n i o de l o negativo y abre la posibilidad de l o que F e l m a n U
n e g a t i v i d a d radical.^^
S i b i e n l a s teóricas f e m i n i s t a s h a n a d v e r t i d o u n a y o t r a v e z a c e r c a d e l peü
d e q u e d a r s e e s t a n c a d a s e n l o q u e S u e - E l l e n C a s e d e s a i b e c o m o " l a fijacióaí
g a t i v a d e l o q u e n o se v e " , m e p a r e c e q u e l a n e g a t i v i d a d r a d i c a l r e s u l t a v a l i o s a
p a r t e p o r q u e se r e s i s t e a l a reproducción.^' F e l m a n añrma; " l a n e g a t i v i d a d r a
es l o q u e d e h e c h o c o n s t i t u y e l a dimensión analítica o performativa d e l p e
m i e n t o : simultáneamente, lo que lo hace actd'?^ E n t a n t o a c t o , e l p e r f o r m a n c e
l a n e g a t i v i d a d n o i m p l i c a u n a pretensión d e v e r d a d o d e precisión. E l p e r f o r m
c e b u s c a u n a d e t e r m i n a d a e f i c a c i a psíquica y p o h ' t i c a , es decir, e l p e r f o r m a
constituye u n reclamo de lo real-imposible. C o m o tal, la historia puede absort
las expresiones p e r f o r m a t i v a s d e n e g a t i v i d a d p o r q u e sus afectos/efectos —co"
o c u r r e c o n las e x p r e s i o n e s c o n s t a t i v a s s o b r e las p i n m r a s r o b a d a s q u e S o p h i e C
c o n v i e r t e e n p e r f o r m a t i v a s a l e n m a r c a r l a s e n l a galería— s i e m p r e están c a m b i a n
s o n o b j e t o s d i v e r s o s y r e s u e l t a m e n t e n o estáticos. ''Lo que la historia no puede a
milar [ s o s t i e n e F e l m a n ] es la dimensión analítica, implícita en todo pensamiento
dical ofecundo, d e t o d a n u e v a teoría: l a 'Rierza* d e s u p e r f o r m a n c e ' ( s i e m p r e d e
g u n a m a n e r a s u b v e r s i v o ) y s u s o n r i s a r e s i d u a l ' ( s i e m p r e e n algún l u g
autosubversivo)."^^ . .
L a s o n r i s a r e s i d u a l es e l l u g a r d e j u e g o denü'o d e l p e r f o r m a n c e y d e n t r o d e
teoría. D e n t r o d e l j u e g o , e l f r a c a s o d e l e n c u e n t r o , l a i m p o s i b i l i d a d d e e n t e n d e r ,
más cómica q u e trágica. L o q u e está e n j u e g o es n i e n o s , c o m o r e z a e l d i c l r o . D e n t
d e l o s h m i t e s , r e l a t i v a m e n t e fijos, d e l a teoría, l o q u e está e n j u e g o es más b a j o aú
lO n o ?
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s o b r e l a n e g a t i v i d a d d e l a teoría f e m i n i s t a véase: L i n d a A l c o f T , " C u l t u r a l F e m i n i s m versus P o s t s t r u c t u r o l -
¡sm:liieldentity C r i s i s i n F e m i n i s t T l i c o r y " ; L a u r a ÍOpnis, " F e m i n i s m : t h e P o l i t i c a l C o n s c i e n c e o f P o s f -
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•'^ Xbidem, p . W S ; cursi\'ns e n e l o r i g i n a l .
•^^ Idem, c u r s i v a s e n e l o r i g i n a l .
119
O G ÍA D E L P E R F O R M A N C E
£l p e r f o r m a n c e d e l a teoría, e l a c t o d e d e s p l a z a r e l " c o m o s i " a l i n d i c a t i v o "es",
•gui^ q u e e l a c t o d e d e s p l a z a r d e s c r i p c i o n e s d e p i n t u r a s a l o s m a r c o s d e l o s U e n z o s
^^j^.^dos o p r e s t a d o s , es r e e s c r i b i r Ja relación e n t r e q u i e n p e r c i b e y e l o b j e t o , e n t r e e l
ro V e l ^ s u s t i t u i r e l r e c u e r d o d e l o b j e t o p o r el o b j e t o m i s m o . C a l l e c o m i e n -
; i rediseñar e l o r d e n d e l m u s e o y d e l c a m p o r e p r e s e n t a c i o n a l . L a s i n s t i t u c i o n e s ,
j.,^,v¡i única función es c o n s e i - v a r y h o n r a r o b j e t o s — m u s e o s t r a d i c i o n a l e s , a r c h i v o s ,
bancos y , e n c i e r t a m e d i d a , u n i v e r s i d a d e s — , p a r t i c i p a n d e m a n e r a ínüma e n l a
j-eproducción d e las l i m i t a t i v a s e c u a c i o n e s b i n a r i a s d e y o / o t r o , posesión/despose-
sión, h o m b r e s / m v i j e r e s , fórmulas c a d a v e z más i n a d e c u a d a s p a r a l a r e p r e s e n t a -
ción. E s t a s e x p r e s i o n e s b i n a r i a s 3^ sus p a t r o c i n a d o r e s i n s t i t u c i o n a l e s n o l o g r a n d a r
c u e n t a d e l o q u e n o a p a r e c e e n t r e estas e s t r e c h a s " e c u a c i o n e s " q u e n o o b s t a n t e las
determinan.
E s t a s i n s t i t u c i o n e s d e b e n i n v e n t a r u n a economía q u e n o esté b a s a d a e n l a
conservación, s i n o q u e r e s p o n d a a las c o n s e c u e n c i a s d e l a desaparición. L a s i n s t i -
t u c i o n e s d e a h o r r o s y préstamos e n E s t a d o s U n i d o s h a n p e r d i d o l a c o a f i a n z a d e l
cliente e n la p r o m e s a d e seguridad. L o s m u s e o s e n cuyas colecciones se e n c u e n -
t r a n o b j e t o s t o m a d o s d e c u l t u r a s q u e a h o r a p i d e n y e s p e r a n s u devolución d e b e n
cnírcntar e l l e g a d o d e s u h i s t o r i a d e apropiación d e u n a m a n e r a m u c h o más
c o m p l e j a q u e l a q u e i m p e r a h o y e n día. P o r último, l a s u n i v e r s i d a d e s c u y o d o m i -
n i o es l a reproducción d e c o n o c i m i e n t o d e b e n r e v i s a r l a e m p r e s a teórica p o r l a
c u a l e l o b j e t o e s t u d i a d o s e r e p r o d u c e c o m o p r o p i e d a d c o n v a l o r (teórico).
Traducción d e R i c a r d o R u b i o
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Posmodernismoy subjetividad y arte
corporal: una trayectoria

A M E L I A J O N E S
A-pesarde que el cuerpo es uno de los conceptos centrales que tanto artistas como teói'i-
eos utilizan dentro del campo del performance, en los años sesenta una serie de artistas
visuales ubicaron su trabajo de manera específica dentro de la categoría de lo que ha
dado en llamarse arte corporal ( b o d y a r t ) . E^n cierto sentido, el arte del performance
como género artístico pareciera incluir al arte corporal como una siibcategoría, un modo
particidar de performance como lo son el h a p p e m n g ^ los eventos de Fhixus. En el
ensayo que publicamos a continuación Amelia Jones, crítica e historiadora de arte fe-
minista nacida en los Estados U7iidos, ofrece una interpretación del arte corporal jun-
to con el arte del performance como producciones "constitutivas del posmodernismo" no
sólo porque presentan sujetos que se apartan rotundamente del sujeto cartesiano de la
modernidad —en el cual el cuerpo se concibe como mero "envase"— sino porque plan-
tean que la clave de interpretación de la obra no está en suforma (como establecen los
^^tructuralistas) sino en su circulación, es decir, en la relación con los espectadores. En
^ste texto publicado en 1998, la autora se propone revisitar las lecturas feministas y
postestructiiralistas que, según ella, llevaron al arte corporal a un lugar marginal por
considerarlo narcisista y exhibicionista, es decir, no adecuado para un proyecto anti-
P^triarcal. Para las críticas feministas radicales de los años ochenta la exposición del
cuerpo (particularmente en el caso de las artistas de b o d y a r t , muchas de las cuales se
P^'^sentan dentro de un proyecto feminista) no hace inás que contribuir a un mercado
consumo y cosificación del cuerpo de la mujer. Sin apartarse del proyecto de lucha
por los derechos de la 77tujer, Jones, en cambio, propone en el arte corporal el uso del
c^isrpo como medio de expresión; explora y problema tiza no sólo la comercialización

[125]
 126
PRESENTACIÓ
del cuerpo dentro del sistema capltalhta sino el ocultamiento del cuerpo por parte de
modernidad. El punto central de la'propuesta de Jones es que, en vez de localizar l
producciones de arte corporal únicamente como producciones o representaciones de suh
jetividad (del artista), es necesario ubicar la obra como parte de un proceso de inter-
subjetividad que no se agota en lo que "se muesti-a"sino que se completa con el deseo de
espectador. Jones muestra cómo en las producciones de arte corporal que van de los sesent
a los ochenta, el cuerpo aparece como el sitio de disputa política por excelencia. El cuer^
es aquí no un mero objeto expuesto a la mirada consumista del espectador sino el higa
de producción y negociación de lo social En vez de seguir un modelo de análisis basado
en el cuerpo como imagen —co7no lo hacen las críticas del arte corporal sobre las qu
basa su refutación—Jones señala, a través de un marco teórico que se nutre de lafeno
menología, que lo central en estas producciones no es el cuerpo como garantía de un
que se expresa sino el proceso de Intersubjetividad por el cual se demuestra que no h
un yo que preexista la praxis social. Es así que, en cojitraposición con las producciones
del 7nodernis7no que se a7íclaban e7i un sujeto trasce7ide7ite, universal (aunque, segú
Jones y las teorías fe77ii7iistas, el 7nodelo era claramente el ho77ibre bla7ico occide7ttal)y
las producciones de arte coiporal hacen aparecer sujetos particulares, /nujeres, personas
de color, e7itre otros, es decir, sujetos supuesta7nente 77iÍ7íorÍtarÍos. E77 el arte coiporal,
señala Jo7íes, el cuerpo 7w es garantía de verdad shio que revela la relación de dependencia-
y reciprocidad entre sujetos que es característica delposf7iodernismo. Así, el narcisismo
que sejuega e7t estasproduccio7ies 77íás que afirmar una Identidad exp07ie ima metafísica
de laprese7tcia siempre fallida, o, lo que es igual, prese7ita a la subjetividad como un
perfor7na7ice sie77ipre ca}nhia7ite.
M.F.-
EL A R T E C O R P O R A L [bODYART] Y E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E SE D E F I N E N C O M O
c o m p o n e n t e s d e l p o s m o d e r n i s m o y a q u e s u b v i e r t e n d e m a n e r a ñmdamental e l
s u p u e s t o m o d e r n i s t a d e q u e l o s s i g n i f i c a d o s fijos p u e d e n d e t e r m i n a r s e m e d i a n -
te l a e s t r u c t u r a f o r m a l d e l a o b r a p o r sí.^ Así^ M . Bénamou d e c l a r a inequívoca-
m e n t e q u e e l " p e r f o r m a n c e [es] e l m o d o u n i f i c a d o r de l o p o s m o d e r n o " , p r e t e n -
sión q u e s e c u n d a n J o h a n n e s B l r r i n g e r y m u c h o s más? Aún así, e n e l d i s c u r s o
' L o s c o m e n t a r i o s y s u g e r e n c i a s de K a r c n L a n g f u e r o n de m u c l i a a y u d a p a r a c o m p l e t a r este capítulo.
^ M . Bénamou se citó e n Régis D u r a n d , " U n e n o u v e l l e ttiéátriciditc: L a p e r f o r m a n c e " , Reviiefranjáis
detiides américam, núm. 1 0 ( 1 9 8 0 ) , p . 2 0 3 ; véase también M . Bénamou, y C h a r i e s C a r a m c l l o {fíás),Peifor-
mancc in Postmodern Culture, M a d i s o n , C o d a , 1 9 7 7 . J o h a n n e s B l r r i n g e r d i s c u t e s o b r e e l h e c h o de q u e e l "per-
f o r m a n c e h o y e n día [ . . . ] se p e r c i b e c o m o p o s m o d e r n o " , e n Iheatre, Theory, Postmoderiiism, B l o o m i n g t o n
e Indiunápolis, I n d i a n a U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 1 , p . 4 7 . S o b r e l a relación e n t r e performance art y p o s m o -
d c r n i s i n o , véase también P l i i U i p A u s l a n d e r , Presence and Resistnnce: Postrnadernism and Cultural Politics in
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[127]
 A M E L I A JO •
íu-tíst,lco d e l a década d e 1 9 8 0 , c u a n d o e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e e n sus m a n i f e s
c l o n e s más t e a t r a l e s c o n t i n u a b a g e n e r a n d o a p o y o i n t e l e c t u a l y públicos n u
r o s o s ( a m e n u d o a j e n o s a l o s parámetros d e l m u n d o d e l a r t e ) , e l a r t e c o r p o r i u
d e s c a r t a b a n c o n c a d a v e z c o n más f r e c u e n c i a q u i e n e s se i n t e r e s a b a n e n d
acreditar o derrocar a l m o d e r n i s m o p o r e l deseo supuestamente reacciona
d e l a r t e c o r p o r a l d e a s e g u r a r l a p r e s e n c i a íu-tística. A ñnales d e l a década
1 9 7 0 , l o s a r t i s t a s y a n o se esceniñcaban a sí m i s m o s d e m a n e r a c r u d a y r e l a t i i
m e n t e m o d e s t a c o m o l o hacían e n e l a r t e c o r p o r a l . ^ E l a r t e c o r p o r a l d e v i n o
o b r a fotográfica p e r f o r m a t i v a , c o m o las f o t o s fijas d e C i n d y S h e r m a n , o prác
cas d e a r t e d e l p e r f o r m a n c e d e g r a n escala, a m b i c i o s a s y a l m e n o s s e m i n a x r a t r
c o m o United States d e L a u r l e A n d e r s o n , p e r f o r m a n c e t e a t r a l e j e c u t a d a desde-'
proscenio.
E n t e n d e r e s t e a l e j a m i e n t o d e l c u e r p o p e r m i t e u n a contextualización
proñmda d e l o s p r o y e c t o s d e a r t e c o r p o r a l d e s d e s u p e r i o d o más t e m p r a n o , p i ,
y e c t o s q u e e n g r a n m e d i d a se d e s c a r t a r o n , i g n o r a r o n o m i n i m i z a r o n e n l o s s u b s
c u e n t e s d i s c u r s o s críticos d e a r t e . E n l a década d e 1 9 8 0 , e l a r t e c o r p o r a l , t a l c o n '
se había c o n c e b i d o a finales d e l o s s e s e n t a y p r i n c i p i o s d e l o s s e t e n t a , se p e r c i b
y c o m e n t a b a c a d a v e z más c o m o m o d e r n i s t a , e n e l s e n t i d o c o n s e r v a d o r g r e e n b e
g l a n o , e n e s p e c i a l p o r p a r t e d e l i i s t o r i n d o r e s d e a r t e y críticos d e I n g l a t e r r a y
t a d o s U n i d o s d e orientación teórica crítica m a i - x i s t a , f e m i n i s t a o p o s t e s t r u c t v i r a
l i s t a . ' ' U n e j e m p l o p a r t i c u l a r d e l a valoración J i e g a t i v a d e l a r t e c o r p o r a l d u r a n t
Since 197Q, C h i c i i g o y L o i i d v c s , U m v e r s i t y o f C h i c a g o P r e s s , 1 9 8 9 . D e e s t o s t e x t o s sólo l o s d e Sayi
C a r r y P h e l a n tratan de m a n e r a extensiva al performance e n el contexto del arte en vez d e hacerlo e n
c o n t e x t o d e l t e a t r o ; e l l i b r o d e C a r r es u n r e p o r t a j e y l o s d e P h e i a n y S a y r e amplían l a cuestión d e p e r '
m a n e e :ü t e m a d e l a p c r f o r m a t i v i d a d ; i n c l u y e n desde la o b r a d e K l i r a S c h o r ( c u a d r o s d e p e n e s ) e n e l cus
de P h e l a n , h a s t a E a r t i i v v o r k s [espacios e s c u l t u r a l e s a l a i r e l i b r e q u e s e p u e d e n r e c o r r e r ] c i i l a o b r a d
S a y r e . E l l i b r o d e Bañes c o n s t i t u y e l a h i s t o r i a más útil d e l d e s a r r o l l o t e m p r a n o de performance art áf^^ác
c a m p o d e l a d a n z a e x p e r i m e n t a l h a s t a l a o b r a d e J o h n C a g e y F l a x u s . L a tesis d o c t o r a l d e K a t h y O ' D e
" T o w a r d a l l i c o r y o f P e r f o r m a n c e A r t : A n Investigatíon o f I t s S i t e s " , N u e v a Y o r k , C i t y U n i v e r s i t y
N e w Y o r k , 1 9 9 2 , es e l único t e x t o q u e c o n o z c o q u e t r a t a d e t a l l a d a m e n t e y teóricamente l o q u e aquíllaniu
body arí desde e l conCa\'to histórico d e l a r t e . E s t o y e n d e u d a c o n e s t e t e x t o y c o n m i s d i s c u s i o n e s actuales
con O'Dell.
P a r a u n a discusión s o b r e e s t e c a m b i o e n e l c o n t e x t o a u s t r a l i a n o d u r a n t e l o s o c h e n t a , véase A n n e
M a r s i i , capítulo 5 , " P e r f o r m a n c e A r t i n t h e I 9 8 0 s a n d 1 9 9 0 s : A n a l y s i n g t h e S o c i a l B o d y " , e n Body and
Self PerformanteArt in Australia 1969-1992, O x f o r d , O x f o r d U n i v e r s i t ) ' Press, 1 9 9 3 , p p . 1 8 4 - 2 2 4 .
•* Según sé, l o s d i s c u r s o s arüsticos i t a l i a n o s , franceses y a l e m a n e s n o se a l e j a r o n d e l c u e r p o t a n r a d i c a l -
m e n t e d u r a n t e e l p e r i o d o . P e r o las figuras a n g l o h a b l a n t e s h a n d o m i n a d o l a crídca d e l a r t e contemporáneo e
h i s t o r i a d e l a r t e , desde l o s c u a r e n t a e n l o s E s t a d o s U n i d o s y d e s d e los s e t e n t a e n I n g l a t e r r a .
r^nFRNlSMO, SUBJETIVIDAD YARTE CORPORAL 129
e r i o d o destacará m i motivación esti'atégica p a r a sacar a l a i t e c o r p o r a l d e este
^^^^do d e o l v i d o m ' t i c o y preparará e l t e r r e n o p a r a u n e x a m e n más p r o f i m d o d e
^^'^'problei^i^s filosóficos q u e m e p a r e c e están e n j u e g o e n tales a p r e c i a c i o n e s o
juicios negativos.
Condenas feministas al arte corporal como esencialisnio ingenuo
E n su i m p o r t a n t e ensayo d e 1 9 8 1 " R e - V i e w i n g A l o d e r n i s t C r i t i c i s m " , l a a r t i s t a y
teórica f e m i n i s t a M a r y K e l l y articuló u n a d u r a a'ítlca a las o b r a s d e p e r f o r m a n c e
de la década d e 1 9 7 0 c o m o teóricamente i d e a l i s t a s y p o c o e l a b o r a d a s :
E n las obras de p e r f o r m a n c e )'a n o se t r a t a de u n a cuestión de i n v e s t i r a l o b j e t o
con u n a presencia artística: el artista está presente y l a s u b j e t i v i d a d creativa se da
c o m o efecto d e u n a avitoposesión esencial [ . . . ] [de acuerdo c o n críticos,favora-
bles] l a a u t e n t i c i d a d d e l arte c o r p o r a l n o se i n s c r i b e e n e l n i v e l de u n a m o r f o l o -
gía particular, debe cincelarse e n e l m u n d o e n c o n f o r m i d a d con l a experiencia
directa. E l discurso del cuerpo e n e l arte es más que u n a repetición d e las voces
escatológicas d e l e x p r e s i o n i s m o abstracto; l a experiencia real d e l cuerpo c u m p l e
k profecía d e l t r a z o de p i n t u r a . ^
E l a r g u m e n t o d e K e l l y p a i t e d e s u e x t e n d i d a y c o n v i n c e n t e crítica d e l m o -
d e r n i s m o f o r m a l i s t a g r e e n b e r g i a n o y m a r c a e l m o d o e n q u e e l d i s c u r s o crítico d e l
arte d e l a década d e 1 9 8 0 e n E s t a d o s U n i d o s e I n g l a t e r r a se alejó d e l a p o s t u r a d e
íipreciación d e l a representación decliurada d e l c u e r p o d e l a r t i s t a . Aquí y e n o t r o s
t e x t o s , K e l l y a t e m p e r a s u crítica o c o n d e n a d e l o s a i t i s t a s ( e n e s p e c i a l m u j e r e s )
q u e e x p o n e n sus p r o p i o s c u e r p o s e n s u obra.*^ A l e s c r i b i r e n e l m o m e n t o y c o n t e x -
t o d e d e s a r r o l l o d e l d i s c u r s o f e m i n i s t a p o s t e s t r u c t i u - a U s t a británico e n l a s a r t e s
^'isuales y l a cinematografía ( q u e i n c l u y e e l t t a b a j o d e figuras m u y c o n o c i d a s .
^ M a r y K c U y , " R e v i c v v i n g M o d c r n i s t C r i t i c i s m " , o r i g i n a l m e n t e p u b l i c a d o e n Screen, 1 9 S 1 , r e i m p r e -
sión e n Art after Moderntsm; Reíhiuliing Representation, B r i a n W a l l i s ( e d . ) , N u e v a Y o r k , N e w M u s e u m o f
C o n t e m p o r a r y A r t y Bostón, G o d i n e , 1 9 8 4 , p p . 9 5 , 9 6 .
^ Véase también " N o Essentíal F e m i n i n i t y : A C o n v e r s a d o n bet^veen M a r y K e l l y a n d P a u l Smiüi,
^"^•ncbute 3 7 , núm. 2 6 , p r i m a v e r a d e 1 9 8 2 , p p . 3 1 - 3 5 .
 130
AiMEUAjON
c o m o L a u r a M u i v e y y G r i s e l d a P o l l o c k ) , K d l y ceníxó s u crítica s o b r e t o d o e n
deciai-aciones metafísicas m i d a s d e l o s d e f e n s o r e s y p r a c t i c a n t e s d e l a r t e c o r p o r a l d
l a década d e 1 9 7 0 ( c o m o L e a V e r g i n e y U l r i k e R o s e n b a c h ) / a q u i e n e s e n ese e
t o n c o s criticó p o r s u i d e a l i s m o . S u crítica es c o n v i n c e n t e ( e n e s p e c i a l c u a n d o
e n t i e n d e l a i m p o r t a n c i a d e este a i - g u m e n t o e n e l c o n t e x t o p a i - t i c u l a r d e esa época
p e r o a l d e s c a r t a r d e p l a n o l a p o s i b i l i d a d d e u n a práctica v i s u a l e n c a r n a d a , m e p ^
r e c e q u e l a polémica d e K e l l y r e s u l t a d e m a s i a d o l i m i t a d a par'a e n t e n d e r las f o r m
e n q u e d i c h a o b r a p u e d e i n v o l u c r a r ' r a d i c a l m e n t e a l e s p e c t a d o r h a c i a fínes n o i n
c o m p a t i b l e s c o n l o s q u e reclan:ia K e l l y e n su p r o p i a o b r a y e n sus t e x t o s ( a c t i v a r
e s p e c t a d o r a l p o s t u l a r q u e l a s i d e n t i d a d e s s e x u a l e s y d e género d e p e n d e n y <
c r u z a n c o n las d e clase, r a z a y o t r o s a s p e c t o s d e l a i d e n t i d a d ) .
E n s u ensayo, K e l l y c u y o s t e x t o s y o b r a artística s o n y a paradigmáticos d e l o q u
p o d e m o s l l a m a r - u n p o s m o d e r n i s m o f e m i n i s t a " a n t i e s e n c i a l i s t a " c o m o se d e s a r r o
lió e n I n g l a t e r r a e n las décadas d e 1 9 7 0 y 1 9 8 0 , d e g r a d a e l a r t e c o r p o r a l a l t e r r e n
d e l e s e n c i a l i s m o i n g e n u o : u n a c r e e n c i a n o r e f l e x i v a e n l a ontología d e l a p r e s e n d
y e n q u e e l género p o s e e u n a b a s e anatómica. U n a v e z más, l a m t i c a d e K e l l y h a c i
e l a r t e c o r p o r a l , q u e a U n e a c o n s u crítica a l m o d e r n i s m o g r e e n b e r g i a n o , resultó e-
tratégica e n l a época y a q u e sir-vió b i e n a l propósito d e l e g i t i m a r r i g u r o s o s disciu-so
y prácticas artísticas f e m i n i s t a s anüesencialistas. A u n r e c o n o c i e n d o l a i m p o r t a n c i
d e l o s t e x t o s y o b r a d e K e U y e n e l d e s a i T o l l o d e u n a práctica f e m i n i s t a aítica e
l a s décadas d e 1 9 7 0 y 1 9 8 0 , v a l e l a p e n a aquí a m p l i a r l a dimensión p r e s c r i p t i "
d e l a crítica d e K e l l y q u e i m p l i c a q u e toda o b r a d e a r t e q u e i n c l u y a e l c u e r p o d (
a r t i s t a , es indudablemente r e a c c i o n a r i a .
C o m o sugerí a n t e s , l a antipatía d e K e l l y h a c i a e l a r t e c o r p o r a l es u n a p o s t u r a
h a b i t u a l d e n t r o d e l d i s c u r s o ai-tístico d e l a década d e 1 9 8 0 e n E s t a d o s U n i d o s J
I n g l a t e r r a , t a n t o f e m i n i s t a c o m o d e oU'a índole, c u y o s j u i c i o s tendían a estai" m o t i - |
v a d o s p o r l a s o s p e c l i a d e l s u j e t o e n c a m a d o y d e s e a d o ; e n términos m a r x i s t a s , e n l
e s p e c i a l e l s u j e t o e s p e c t a d o r , q u e podía m a n i p u l a i - s e c o n f a c i l i d a d p o r l o s e f e c t o s i
s e d u c t o r e s d e l a c u l t i u r a d e l c o n s u m i s m o . E s t e discLU'so se alejó d e m o d o deíinitivo!
d e l c u e r p o , a n i m a d o p o r u n a concepción v a n g u a r d i s t a y m a t x i s t a a c e r c a d e l a im-¡
portañola política d e c o n s t i - u i r u n a r e s i s t e n c i a c u l t u r a l a las e s t r u c t u r a s c a p i t a l i s t a s , ]
7 Véiise l a p o s t u r a utópica e x a l t a d a y melodramática d e V e r g i n e e n II Carpo ¡inpiag^o (La "¡jody art"e]
storie simili), H e n r ) ' M a r t i n ( t r a d . ) , MUán, G i a m p a o l o P r e a r o E d i t o r c , 1 9 7 4 ; más t a r d e discutiré e l t e x t o j
de V e r g i n e .
j^OSMODERNISMO, SUBJETIVIDAD Y A R T E CORPOR>VL 131
• f l u e n c i a d o p o r u n a interpretación p a r t i c u l a r - d e l m o d e l o d e s u b j e t i v i d a d p r o -
puesto p o r J a c q u e s L a c a n p e r o s i n s u dimensión fenomenológica.^ A p a r t i i - d e u n
o d e l o psicoanalítico d e s u b j e t i v i d a d , b a s a d o e n l a castración, y e n e l r e g i s t r o d e l a
d i f e r e n c i a s e x u a l e n términos d e l a p r e s e n c i a o a u s e n c i a ( v i s u a l ) d e l p e n e / f a l o e n
j-elación a l a m i r a d a ( m a s c u l i n a ) , l o s e x p o n e n t e s d e este e n f o q u e crítico d e l a r t e
. a l o r a i ' o n las prácticas artísticas e n términos d e l o s s u p u e s t o s e f e c t o s ideológicos
que se d a b a n e n e l s u j e t o e s p e c t a d o r , a q u i e n , a s u v e z , se concebía c a s i p o r c o m p l e -
to como u n a fiinción d e l a visión. L a dimensión d e l o c o r p o r a l e x p e n m e n t a d a f e -
jiomenológicamentc ( e l s u j e t o c o m o u n c u e r p o / y o d e s e a n t e q u e se a r t i c u l a d e
m o d o i n t e r s u b j e t i v o ) cayó f i i e r a d e este énfasis e n e l c u e r p o c o m o i m a g e n , c u y o s
efectos v i s u a l e s se e x p e r i m e n t a n e n u n r e g i s t r o psíquico.
S i b i e n es o b v i a m e n t e t e n t a d o r c e n t r a r s e t a n sólo e n l o v i s u a l a l a b o r d a r
u n m o d o d e expresión ( l a s a r t e s " v i s u a l e s " ) q u e o p e r a p a r a p r o d u c i r imágenes
y o b j e t o s p a r a ser v i s t o s , m e gustaría s u g e r i r , j u s t a m e n t e d e l m i s m o m o d o e n
que c r e o q u e e l a r t e c o r p o r a l n o s enseña, q u e e s t e o b j e t i v o n o es s u f i c i e n t e .
D i c h o e n f o q u e p u e d e maÜnterpretar e l propósito d e prácticas q u e , según m i
interpretación, n o s p i d e n q u e r e c o n s i d e r e m o s l a s d i m e n s i o n e s artísticas y c u l -
t u r a l e s más a m p l i a s r e s p e c t o d e l a s r e l a c i o n e s i n t e r s u b j e t i v a s i n d e f i n i d a s p e r o
también s i n d u d a e n c a r n a d a s . E l a r t e c o r p o r a l n o s p i d e c u e s t i o n a r n o sólo l a
política d e l a v i s u a l i d a d , s i n o también las e s t r u c t u r a s , m i s m a s m e d i a n t e l a s c u a -
les e l s u j e t o tiene l u g a r a través d e l i n t e r c a m b i o i n t e r p r e t a t i v o i n e v i t a b l e m e n t e
^ Véase, p o r e j e m p l o , e l artículo d e K e U y " R e - V i e \ v i n g M o d e r n i s t C r i t i c i s m " , e s p e c i a l m e n t e p p . 9 5 -
9 7 . A ' l i e n t r a s q u e e l t r a b a j o d e M e r l c a u - P o n t } ' ñie p a r d c u l a r m e n t e i m p o r t a n t e p a r a m u c b o s a r t i s t a s c s t j i -
dunidenses e n l o s sesenta ( i n c l u y e n d o a a r t i s t a s q u e habían r e a l i z a d o o b r a s d e body art, tales c o m o R o b e r t
M o r r i s y V i t o A c c o n c i ) , e l d i s c u r s o arü'stico d e p r i n c i p i o s d e l o s s e t e n t a pasó f u g a z m e n t e p o r M e r l c a u -
P o n t y e n s u c a m i n o a l psicoanálisis l a c a n i a n o ( a m e n u d o , p e r o c i e r t a m e n t e n o e n e l caso d e K e l l y , a través
tic m o d e l o s s e c u n d a r i o s d e teorías cinematográficas o l i t e r a r i a s ) . C o n l a o b r a e s c r i t a y artísdca d e K e l l y , l a
crítica f o r m a t i v a y pscoanalítica d e L a u r a Miüvey acerca d e l a objctiíicación d e m u j e r e s e n las películas d e
H o l l y w o o d , " V i s u a l P l e a s u r e a n d N a r r a t i v e C i n e m a " , p r i m e r a publicación e n ^aeen, 1 9 7 5 , también Ríe
clave e n e l r e c h a z o d e l c u e r p o . M u l v e y aquí a f i r m a q u e los códigos cinematográficos c r e a n u n a " m i r a d a
[•••] m u n d o [ . . . ] y [ . . . ] o b j e t o " implícitamente m a s c u l i n a " p o r l o t a n t o p r o d u c i e n d o u n a ilusión a j u s t a d a
" 1» m e d i d a d e d e s e o " q u e d e b e f r u s t r a r s e : " S o n estos códigos cinematográficos y s u relación a e s t r u c t u r a s
normativas e x t e r n a s q u e d e b e n ser d e r r o c a d a s p a r a q u e e l c i n e e s t a b l e c i d o y e l p l a c e r q u e p r o p o r c i o n a p u c -
desafiarse". L a m e t a es d e s t r u i r " l a satisfacción, e l placer y p r i v i l e g i o " d e l e s p e c t a d o r ( q u i e n , se r e p i t e ,
^"n s u j e t o m a s c u l i n o p a r a M u l v e y ) . M u l v e y , " V i s u a l P l e a s u r e a n d N a r r a t i v e C i n e m a " , e n Visual and
^^^^er Pteasures, B l o o m i n g t o n e Indianápolls, I n d i a n a U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 9 , p p . 2 5 , 2 6 . P o s t e r i o r m e n t e ,
^ csde 1975^ M u l v e y y m u c l i a s o t r a s f e m i n i s t a s h a n v u e l t o a t r a b a j a r esta formulación e s t r e c h a y polémica,
¡ P'^fo l a m i s m a todavía r e t i e n e u n a e n o r m e a u t o r i d a d ( e s p e c i a l m e n t e d e n t r o d e l d i s c u r s o d e l a r t e ) .
 132
A M E L I A JO
e r o t i z a d o . ' ^ S i b i e n e l d i s c u r s o artístico a i t i c o d e l a década d e 1 9 8 0 ( i n c l u y e n j ^
e l artículo d e K e l l y ) c o n s i d e r a b a a l a r t e c o r p o r a l c o m o r e a c c i o n a r i o y raetafísid
p o r q u e r e f o r z a b a , e n v e z d e d e s a f i a r , l o s problemáticos a s p e c t o s e x c l u y e n t j
d e l m o d e r n i s m o , i n s i s t o aquí e n q u e e l cuestionamíento q u e p r o p o n e e l a r S
c o r p o r a l r e s u l t a p r o f i r n d a m e n t e político c u a n d o s e a b o r d a d e s d e u n modeü
fenomenológico y f e m i n i s t a . E l a r t e c o r p o r a l ( a d i f e r e n c i a d e las o b r a s estática!
que casi s i e m p r e t e r m i n a n i n e v i t a b l e m e n t e convertidas e n productos, y q ^ l
s o n p r o d u c i d a s e n r e s p u e s t a a l a s teorías d e orientación l a c a n i a n a d e formacií^
d e l s u j e t o edípico) c u e s t i o n a d e m a n e r a más e f i c a z l a s e s t r u c t u r a s d e l a inteá
pretación, y n o s i m p u l s a a v e r q u e t o d o j u i c i o político y estético r e s p o n d e !
i n t e r e s e s p a r t i c u l a r e s , y n o es d e f i n i t i v o n i o b j e t i v o . Í d i s t a d e práctica r a d i c a l : l a práctica f e m i n i s t a r a d i c a l d e b e p r e t e n d e r d e s p l a z a r
L a ai-ticulación f e m i n i s t a d e e s t e r e c l i a z o d e l o c o r p o r a l fiae e n particulíí
v e h e m e n t e sobre la necesidad absoluta de retirar el cuerpo f e m e n i n o de la reprd
sentación; se c o n s i d e r a b a q u e t o d a presentación o representación d e l c u e r p o femé
niño p a r t i c i p a b a n e c e s a r i a m e n t e e n l a dinámica falocéntiica d e l f e t l c l i i s m o , únic
f o r m a d e v e r e l c u e r p o f e m e n i n o (y, r e p i t o , e s t o s a r g u m e n t o s se b a s a n e n e l r e g i s
t r o v i s u a l ) c o m o c a r e n t e e n relación c o n l a p l e n i t u d mítica r e p r e s e n t a d a p o r e
f a l o . Así, las a r t i s t a s f e m i n i s t a s t a n sólo d e b e n e v i t a r c u a l q u i e r significación d e
c u e r p o f e m e n i n o ( e n t a n t o h a s i d o s i e m p r e c o n s i d e r a d o c o m o o b j e t o ) . E n uní
entrevista e n 1982, K e l l y afirmaba que
cuando h i m a g e n de l a m u j e r se e m p l e a e n u n a obra d e arte, es decir, cuando su
cuerpo o persona se d a c o m o significante, d e v i e n e e n e x t r e m o problemática. L a
mayoría de las artistas que se h a n presentado a sí m i s m a s de alguna manera, visible-
m e n t e , en l a obra, n o h a n sido capaces de hallai- l a clase de i n s t r u m e n t o s distancia-
dores que harían trascender a las representaciones de l a m u j e r c o m o objeto de la
mii-ada, ii¡ de cuestionar l a noción de la f e m i n i d a d c o m o entidad predeterminada.'"
D e este m o d o , la a c t i t u d n e g a t i v a hacia e l a r t e c o r p o r a l p o r p a r t e d e m u c h a s !
f e m i n i s t a s p a r e c e o r i g i n a r s e e n u n a preocupación b i e n fimdada acerca de l a f a d l i d a d
5 H u s t n cierto p u n t o , los m o v i m i e n t o s coincidentes, e l m i n i m a l i s m o y conceptualismo, de m o d o s i m i -
lar p e r o quizás n o t a n i n s i s t e n t e , a b o r d a r o n c u e s d o n e s ligadas a l a relación e n t r e e l c u e r p o y e l p e n s a m i e n t o ,
el o b j e t o y l o s espacios q u e h a b i t a n .
1° M a r y K e U y , " N o E s s e n d a l F e m i n i n i t y " , o/). ciL, p . 3 2 .
SMODEI^NISMO, SUBJETIVIDAD YARTE CORPORAL 133
q u e l o s c u e r p o s d e las m u j e r e s se h a n c o n s t i t u i d o , t a n t o e n las áreas c o m e r -
'''ales c o m o "artísticas", e n o b j e t o d e l a m i r a d a . " A m e n u d o se o r i g i n a n también,
i r t e e n u n a i n q u i e t u d a c e r c a d e l o s p e H g r o s a l o s q u e se enñ'enta e l a r t i s t a
(en especial l a a r t i s t a ) a l e x p o n e r s u p r o p i a c o r p o r a l i d a d ( s u s u p u e s t a cai-encia
•sonal), c o m p r o m e t i e n d o d e esta f o r m a s u a u t o r i d a d . ^ ^
^ L o s " i n s t r u m e n t o s d i s t a n c i a d o r e s " q u e m e n c i o n a aquí K e l l y se r e l a c i o n a n
c o n iíi dimensión m a r x i s t a d e l m o d e l o crítico p r e d o m i n a n t e e n e l d i s c u r s o a r -
tísuco d e l a década d e 1 9 8 0 . L a s f e m i n i s t a s británicas ( i n c l u y e n d o a K e U y q u e
en esa época se había t r a s l a d a d o d e l o s E s t a d o s U n i d o s ) a d o p t a r o n y d e s a r r o -
l l a r o n c o m o m o d e l o l a teoría d e l a distanciación d e B e r t o l t B r e c l i t , teoría v a n g u a i ' -
y provocar a l espectador, hacerlo consciente d e la vivencia del t e x t o c o m o p r o -
ceso y e v i t a r l a identificación d e l e s p e c t a d o r c o n l a s fi.mciones i l u s i o n i s t a s e i d e o -
lógicas d e l a representación.^^ E l r e c h a z o d e l a r t e c o r p o r a l e n l a década d e 1 9 7 0
en g e n e r a l extendió e n p a r t e e s t a d e s c o n f i a n z a m a r x i s t a d e l a s f o r m a s d e a r t e
que p r o v o c a n p l a c e r , q u e s e d u c e n e n v e z d e r e p e l e r a l e s p e c t a d o r , involucrán-
d o l o e n e l c a m p o ideológico d e l a o b r a d e a r t e c o m o c o n s u m i d o r p a s i v o más
que c o m o crítico a c t i v o . ^ ^ C o m o s o s t i e n e G r i s e l d a P o l l o c k , h i s t o r i a d o r a d e a r t e
Véase " V i s u a l P l e a s u r e a n d N a r r a t i v e C i n e m a " d e L a u r a A ' I u l v c y . L a polémica o b r a de J o h n B e r g e r ,
WaysofSeeing, L o n d r e s , B r i t i s b B r o a d c a s t i n g C o r p o r a t i o n , Plarraondsworüi, P e n g u i n , 1 9 7 2 , p r o p o r c i o n a
un e j e m p l o más t e m p r a n o d e l a c e r c a m i e n t o británico y m a r x i s t a a l a convención d e r e p r e s e n t a r e l c u e r p o
femenino c o m o objeto de l a mirada.
E s t o es p a r d c u l a r m e n t e c i e r t o d e las f e m i n i s t a s e s t a d u n i d e n s e s tales c o m o L u c y L l p p a r d . E l p u n t o
de v i s t a d e K e l l y s o b r e l a a u t o r i d a d d e l a a r t i s t a f e m e n i n a , es m u y d i f e r e n t e , e l l a se e n f o c a más e n e l c o n -
flicto e x p e r i m e n t a d o p o r m u j e r e s q u e están p o s i c i o n a d a s c o m o o b j e t o s p e r o i n t e n t a n ser sujetos de, u n a
|
producción artística, véase K e l l y , " D e s i r i n g I m a g e s / 1 m a g i n g D e s i r e " , Wedge, núm. 6 , 1 9 8 6 , p p . 5 - 9 , y L u c y
L i p p a r d , Prom (he Center: Feminist Essays on Women's Art> N u e v a Y o r k , D u t t o n , 1 9 7 6 , y 77j£ Pink Glass
j ^'^<Jn: SelectedFemenist Essays on Art, N u e v a Y o r k , N e w P r e s s , 1 9 9 5 .
E x i s t e u n a h i s t o r i a c o m p l e j a detrás d e l d e s a r r o l l o d e estos m o d e l o s teóricos p o r f e m i n i s t a s británi-
'
en i o s s e t e n t a y o c h e n t a e n l u g a r e s c o m o l a sede d e l a r e v i s t a m a r x i s t a / a l t h u s s e r i a n a Screen y d e las
•j P u b l i c a c i o n e s d e l F e s t i v a l d e E d i m b u r g o . Véase e l artículo s i n título d e L a u r a M u l v e y q u e r a s t r e a esta
' i ' s t o r i a e n Camera Obscura 2 0 - 2 1 , número d e " ^ I h c Spectatrbí", p p . 2 ^ 8 - 2 5 2 ; G r i s e l d a P o l l o c k , " S c r e e n -
"^g t h e S e v e n t i e s : S c ^ u a l i t } ' a n d R e p r e s e n t a d o n I n F e m i n i s t P r a c d c e - A B r e c h t i a n P e r s p e c t i v e " , e n Vision
""^ Dijference: Femininity and the Histories o/Art, L o n d r e s y N u e v a Y o r k , , R o u t l e d g e , 1 9 8 8 , p p . 1 5 5 - 1 9 9 ,
l ^ n s e l d a P o l l o c k y R o s z i k a P a r k e r {ttás.),FramÍ7!gFemÍ72Ísm: Art and the Women's Movement 2970-1985,
Londres y N u e v a Y o r k ! Pandora, 19S7.
D i s c u t o e x t e n s a m e n t e e l p a r a d i g m a "antíplacer" d e l a crítica f e m i n i s t a d o m i n a n t e d e l o s o c h e n t a
J^sus efectos e n " F e m i n i s t P l e a s u r c s a n d E m b o d i e d I h c o r j c s o f A r t " , e n New Feminist Criikisms: Art/
^''^iiy/Aciion, C a s s a n d r a L a n g e r , J o a n a F r u c h y A r l e n c R a v c n (eds.), N u e v a Y o r k , I-IarperColÜns, 1 9 9 4 ;
 134 ÍVJVIEUAJQ
británica f e m i n i s t a q u e a x t i c u l a c o n firmeza esta opinión d e n t r o d e l f e m i n i s ^
( y q u e d u r a n t e m u c h o t i e m p o h a a p o y a d o l a o b r a v i s u a l artística d e K e l l y )
distanciación es u n a e s t r a t e g i a básica p a r a l a s a r t i s t a s f e m i n i s t a s a c a u s a d e
"erosión d e l a s e s t r u c t u r a s p r e d o m i n a n t e s d e l c o n s u m o c u l t u r a l q u e [ . . . ] s o n e l
s i c a m e n t e f e t i c h i s t a s [ . . . ] L a distanciación b r e c h t i a n a p r e t e n d e h a c e r d e l esp
t a d o r u n a g e n t e e n l a producción c u l t u r a l y a c t i v a r l o c o m o a g e n t e e n e l m u n d o " '
E s t a es u n a e s t r a t e g i a f e m i n i s t a p a r a P o l l o c k p o r q u e e l régimen o b j e t i f i c a d o r d
c a p i t a l i s m o c o n s u m i s t a es d e c i d i d a m e n t e p a t i i a r c a l . D e e s t e m o d o , l a o b r a q-
n o s e d i s t a n c i a n o es e f i c a z m e n t e (¿o a d e c u a d a m e n t e ? ) f e m i n i s t a .
M i i n c o m o d i d a d con argumentos c o m o los de P o l l o c k y K e U y proviene
l o q u e c o n s i d e r o s u i n s i s t e n c i a e n u n m o d o d e producción q u e s u p u e s t a m e n
tendrá e f e c t o s e n e l e s p e c t a d o r q u e se d e t e r m i n a n d e a n t e m a n o m e d i a n t e
anáfisis d e l a s e s t r u c t u r a s f o r m a l e s y e l c o n t e x t o histórico d e l a o b r a . M e p a r e
q u e e s t a s l e c t u r a s , q u e d e m a n e r a polémica p r e t e n d e n p r o d u c i r u n m o d o críti^
d e c o m p r o m i s o c u l t u r a l c o m o c o n s t i t u t i v o d e u n a práctica p o s m o d e r n a r a d i e
( o , e n e s t e caso, f e m i n i s t a r a d i c a l ) , p r i v a n e n l o f u n d a m e n t a l a l e s p e c t a d o r d
p o t e n c i a l más drástico y t r a n s f o r m a d o r j u s t a m e n t e a l s u p o n e r q u e éste r e a c c i
nará o participará p o r fiaerza d e u n a f o r m a p r e d e c i b l e . D e e s t a m a n e r a , l o s p r o '
y e c t o s d e a r t e c o r p o r a l y e l a r t e f e m i n i s t a d e orientación c o r p o r a l s e r e c h a z a
t a n sólo p o r q u e r e i t e r a n i n d u d a b l e m e n t e l a s e s t r u c t u r a s d e l f e t i c h i s m o ; n o s
c o n s i d e r a n l a s múltiples i n t e r r u p c i o n e s q u e e s t a s prácticas h a n e f e c t u a d o e n L
r e d m o d e r n i s t a que P o l l o c k y K e l l y t a n t o desean desmantelar.^^ L a desacreditado
y e n e l e n s a y o s i n p u b l i c a r " P i e a s u r e s o f che F l e s h : F e m i n i s t n a n d B o d y A r t " . L a prohibición d e l p l a c
d e n t r o d e esta facción d e l a i z q u i e r d a p u e d e c o n t r a p o n e r s e a l a p r o p u e s t a m a r c u s i a n a d e c o n f i r m a r
p l a c e r c o m o u n antídoto p a r a e l a p a r a t o r e p r e s i v o d e l c a p i t a l i s m o . Véase H e r b e r t M a r c u s e , Eros and Civx,
l\%ation:Á PhUmoJicalInquiry into Frend, L o n d r e s , R o u d e d g e y K e g a n P a u l , 1 9 5 6 . E l m o d e l o de M a r c u .
era e x t r e m a d a m e n t e i n f l u y e n t e , e n t r e l o s a r t i s t a s e s t a d u n i d e n s e s e n l o s s e s e n t a y a p r i c i p l o s d e l o s s e t e n t a ,
e l a u g e d e l m o v i m i e n t o " a m o r l i b r e " y l a c u l t u r a d e j u v e n t u d y d r o g a s . Véase B r y a n T u r n e r s o b r e e l i d e a
m a r c u s i a n o : e l r e v o l u c i o n a r i o p o t e n c i a l d e l a s e x u a l i d a d e n TJje Body and Society: Explanations in Soda
Vicory, N u e \ ' a Y o r k y O x f o r d , B a s i l B l a c l c v c l l , 1 9 S 4 .
G r i s e l d a P o l l o c k , " S c r e e n i n g d i e Seventíes", p . 1 6 3 . E l a r g u m e n t o d e P o l l o c k está íntimamente,
r e l a c i o n a d o c o n l o s términos q u e I V l u l v c y u t i l i z a e n " V i s u a l a n d Niuraüve C i n e m a " , p . 2 6 , d o n d e a f i r m a
q u e e l p r o y e c t o f e m i n i s t a r e s p e c t o d e las r e p r e s e n t a c i o n e s d e m u j e r e s e n H o l l } ' \ v o o d es " d e s t r u i r l a s a t i s -
facción, p l a c e r , p r i v i l e g i o d e l ' i n v i t a d o i n v i s i b l e ' ( p r e s u n t a m e n t e m a s c u l i n o ) a l r o m p e r c o n las e s t r u c t u r a s
v o y e u r i s t a s d e l a e x p e r i e n c i a cinematográfica y l i b e r a n d o l a m i r a d a d e l a a u d i e n c i a a l a [ . . . ] i n d i f e r e n c i a
apasionada".
E n o t r o s l u g a r e s h e d i s c u t i d o e x t e n s i v a m e n t e l a m a n e r a e n q u e o b r a s tales c o m o l a d e J u d y C h i c a g o ,
Diíiner Paríy, 1 9 7 9 , u n a p i e z a q u e h a s i d o c r i t i c a d a s e v e r a m e n t e p o r K e U y , P o l l o c k y o t r a s f e m i n i s t a s
O.DERNISMO, SUBJETm.DAD Y A R T E CORPORA.L 135
d e l a práctica d e l a r t e c o r p o r a l ( o , e n e l c a s o d e P o l l o c k , d e l a prácti-
c o ^ P , b^ r e' c. uh.t;ina, n. oa^) penn e\o
e l d iartístico d e l a década
s c u r s o artístico d e 1 9 8 0dneol yl oy gu r an ot ol mo ga nr e n
d e l a década
ca l a f u e r z a estratégica d e l o s p r o y e c t o s d e a r t e c o r p o r a l d e finales d e l a s dé-
cuenta
1960 y 1970, n i el hecho de que todos los significados y valores de los
cadas d e
oüLi^-"" c u l t u r a l e s d e p e n d e n d e l c o n t e x t o s o c i a l y político d e recepción así
jductos
^ o m o d e l o s d e s e o s p a r t i c u l a r e s d e l intérprete e n cuestión (aquí, l a s p r o p i a s
poUockyKelly).
L o q u e e s p e r o s u g e r i r e n e s t e e n s a y o es q u e e l r e c h a z o g e n e r a l i z a d o d e
u n a clase p a r t i c u l a r d e práctica, e n e s t e c a s o e l p e r f o r m a n c e d e l c u e r p o d e l a r -
t i s t a e n o c o m o o b r a d e a r t e , s i b i e n e n s u m o m e n t o se articuló d e m a n e r a e s -
tratégica, p u e d e v e r s e e n r e t r o s p e c t i v a c o m o repetición d e u n o d e l o s i m p u l s o s
más p e r j u d i c i a l e s d e l a crítica m o d e r n i s t a : l a valoración d e f i n i t i v a d e l a s o b r a s
de a r t e e n términos d e u n s i s t e m a d e v a l o r e s jerárquico, c o n c e b i d o e x t e r n a -
m e n t e ( e n e s t e c a s o , a través d e l r e e m p l a z o d e l a s categorías estéticas d e
G r e e n b e r g p o r l a s b r e c h t i a n a s ) . (^uizá s e a i n e v i t a b l e q u e t e n d a m o s a v a l o r a r
prácticas d e a c u e r d o c o n algún s i s t e m a d e v a l o r e s a r b i t r a r i o , p u e s l a h i s t o r i a y
l a crítica d e l a r t e s e e s t r u c t u r a n e n t o r n o a e s t e i m p u l s o . S i n e m b a r g o , s i h a -
b r e m o s d e e x t e n d e r l a s i d e a s d e l a filosofía p o s t e s t r u c t u r a l i s t a a l d i s c u r s o a r -
tístico d e m a n e r a c o n v i n c e n t e , d e b e m o s a l m e n o s d e j a r a l a v i s t a n u e s t r a p r o p i a
implicación e n t a l e s d e t e r m i n a c i o n e s . E l a r t e c o r p o r a l , m e p a r e c e , a l i e n t a e s t a s
transparencias a l dispersar y p a r t i c u l a r i z a r a l sujeto ( c o m o c u e r p o / y o ) y a l
a b r i r l o s p r o c e s o s d e elaboración y apreciación d e l a r t e a l o s d e s e o s e i d e n t i f i -
caciones i n t e r s u b j e t i v o s .
E l a s u n t o d e l a b o r d a j e i n t e r p r e t a t i v o sale a l a l u z m e d i a n t e l a atención a o b r a s
c o m o l a s e r i e Silueta ( 1 9 7 3 - 1 9 8 0 ) d e A n a M e n d i e t a , o d e h e c h o a l a p r o p i a i n s -
talación d e K e l l y , Corpus ( p a r t e d e l p r o y e c t o Interim- q u e s e instaló p o r p r i m e r a
británicas, h a n i n t e r r u m p i d o e l d i s c u r s o m o d e r n o a p e s a r d e s u s problemáticas t e n d e n c i a s "esendiüizan-
tt^s i d e n t i f i c a d a s p o r estas críricas. Véase m i artículo " H i e 'Sexuíd P o U t i c s ' o f 37JÍ DinnerParty: a C r i t i c a l
V o n t e x t " , e n Sexual Politics:Judy C/jicago's Dinner Party in Feminist Art PSistoty, A m e l i a J o n e s ( e d . ) , L o s
^ " g c l c s , u c L A / A r m a n d a n d P P a m m e r M u s e u m o f A r t ; B e r k e l e y y L o s Ángeles, U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a
^^<^ss,1996,pp.S2-llS.
E s t a última apreciación, r e l a t i v a a l a c o n t i n g e n c i a d e l s i g n i f i c a d o d e l c o n t a x t o s o c i a l y polídco, es
" K c U y y G r i s e l d a P o U o c k c o m o teóricas d e d i c a d a s a u n p u n t o d e v i s t a m a r x i s t a , h a n d e s a r r o U a d o
^ ^ t e n s i v a m e n t e e n s u o b r a . E n c i e r t o s e n t i d o h a g o u s o d e estas m i s m a s a p r e c i a c i o n e s q u e i n t r o d u j e r o n
^ " l i n i s t a s tales c o m o P o U o c k y K c U y p e r o las p r o f u n d i z o aún más p a r a a r g u m e n t a r q u e e x i s t e u n a c o n -
''••''dicción.

v e z e a 1 9 9 0 ) , k s c u a l e s p r o d u c e n c i e r t o s e f e c t o s q u e i n t e r p r e t o aquí ( s i n d u
contrapelo d e l a lectiu'a propuesta p o r K e l l y ) e n concoi'dancia c o n el arte cor
r a l . ^ ^ A n a M e n d i e t a , q u i e n nació e n C u b a y llegó a E s t a d o s U n i d o s a l a e d a d
t r e c e años, i n c l u y e s u c u e r p o e n a c t o s r i t u a l e s ( r e l a c i o n a d o s c o n l o s r i t o s d
santería c o n l o s q u e entró e n c o n t a c t o c u a n d o niña, y c o n l a c u l t u r a r e l a d i o s a
i o s i n d i o s t a i n o s ) d o c u m e n t a d o s a través d e fotografías e n l o s c u a l e s d e m a n
p r o g r e s i v a llegó a r e t i r a r ' s u c u e r p o p o r c o m p l e t o . ^ ' E s t a s l u m i n o s a s y p e r t u r '
d o r a s fotografías p r e s e n t a n l a impresión d e s u c u e r p o e n l a t i e r r a , a m e n u d o
f o r m a c i o n e s v u l v a r e s q u e r e c u e r d a n l a s escultiu-as d e d i o s a s d e l a e d a d d e p i e
E n e s p e c i a l e n l a s fotografías p o s t e r i o r e s , a través d e l a a u s e n c i a d e s u cu-
M e n d i e t a q u e d a m a r c a d a c o m o u n m e r o r a s t r o d e l y o , más q u e c o m o u n y o i d e a l i s
o esencializado, p o r c o m p l e t o femenino.^^ A l m i s m o t i e m p o , l a propia M e n d i e
envolvió estas p i e z a s e n u n a e l e g a n t e m o r t a j a d e l e n g u a j e e s e n c i a l i z a d o r :
P a r a las r e p r o d u c c i o n e s d e las o b r a s d e Siluela, véase M a r } ' J a n e Jacob,^™ Mendieta: TJje "Silue
Series, 1973-1980, N u e v a Y o r l ^ , G a l e r i e L e l o n g , 1 9 9 1 ; e l p r o y e c t o está d o c u m e n t a d o e n M a r y K e U y , In
rim, N u e v a Y o r k , N e w M u s e u m o f C o n t e m p o r a r y A r t , 1 9 9 0 . L a o b r a d e K e l l y se carácter te r i z a p o r inc
t a n t o l a didáctica c o m o m a t e r i a l e s t e x t u a l e s I n d i c o s d e n t r o de l o s o b j e t o s m i s m o s y e x t e n s o s t e x t o s críti
d e s a r r o U a d o s p o r K e U y y sus p a r t i d a r i a s ( c o m o G n s e l d a P o U o c k ) q u e n o s U e v a n a i n t e r p r e t a c i o n e s d e 1
o b r a s a r r a i g a d a s e n l e c t u r a s teóricas m a r x i s t a s y l a c a n i a n a s . Véase p o r e j e m p l o , de P o l l o c k , " I n t e r v e n t i o n
i n p l i s t o r y : O n d i e H i s t o r i c a l , t h e Subjcctíve a n d t h e T e x t u i d " , Interim, p p . 3 9 - 5 1 .
^'•^ M e n d i e t a üegó a l o s E s t a d o s U n i d o s s i e n d o u n a a d o l e s c e n t e bajo l o s a u s p i c i o s de l a I g l e s i a catóU
q u e u b i c a b a niños c u b a n o s e n h o g a r e s s u s t i t u t o s e s t a d u n i d e n s e s p a r a " s a l v a r l o s " d e l c o m u n i s m o . M e n d i
venía d e u n a casa c o n s i r v i e n t e s , m u c h o s d e l o s cuales e r a n a f r o c u b a n o s q u e p r a c t i c a b a n santería. E U a .
gresó a l a santería a p r i n c i p i o s d e l o s s e t e n t a , combinó esta tradición c o n su interés f e m i n i s t a p a r a a f i r m
e l p o d e r d e m u j e r e s a l e s t u d i a r y r e p r e s e n t a r las figuras d e c u l t o s d e diosas. Véase M l a r y J a n e Jacob, ^ n .
Mendieta: Vie "Silueta" Series, p p . 3 - 8 . S o b r e su interés e n l o s indígenas t a i n o s d e Jas A n t i U a s prehíspánica
véase B o n n i c C\ca.nv?.ter, Ana Mendieta: A Book ofíVorh, M i a m i , G r a s s f i c l d , 1 9 9 3 , p p . , 1 2 - 1 3 , 4 1 . C l e a r -
w a t c r d o c u m e n t a e l p r o y e c t o d e M e n d i e t a , Rupestrtan Sculpíures, u n a serie d e f o t o g r a b a d o s d e l a f i g u r a s
de diosas f e m e n i n a s q u e M e n d i e t a taUó y moldeó e n las p a r e d e s d e d o s CUCTOS cerca d e L a H a b a n a e n
1 9 8 1 ; c o m o e n las s i g u i e n t e s o b r a s d e l a serie Silueta, A ' l e n d i e t a a u s e n t a s u c u e r p o p e r o íberza a l a tierra
p a r a q u e se " c o n v i e r t a " e n eUa, c o m o está d o c u m e n t a d o p a r a e l público p o r m e d i o d e u n r a s t r o fotográfico.:
M e n d i e t a veía estas c u e v a s e n términos f e m e n i n o s , corpóreos, Üamando a las imágenes d e las diosas " u n
a c t o íntimo d e connunión c o n l a tierra, u n r e t o r n o a m o r o s o a l s e n o m a t e r n a l " , e l l a afirmó q u e " l a tierra/
c u e r p o e s c u l t u r a s U e g i m a l o s espectadores p o r m e d i o d e f o t o s [ . . . ] L a s fotografías se v u e l v e n u n a p a r t e
vital d e m i obra".
E l p e r f o r m a n c e d e M e n d i e t a , Body Tracks¡ e j e c u t a d o e n e l F r a n i d i n F u r n a c e c u N u e v a Y o r k , e n
1 9 8 2 , también m a r c a e l c u e r p o cnfáticamcnre c o m o r a s t r o más q u e c o m o " p r e s e n c i a " ( i n c l u s o e n e l acto d e
p e r f o r m a n c e ) . Aquí se Uenó l o s b r a z o s d e sangre, después se volvió h a c i a u n g r a n t r o z o d e p a p e l s o b r e l a
p a r e d d e l a galería, arrastró l o s b r a z o s h a d a abajo p a r a p r o d u c i r h u e l l a s d e m a n o s y b r a z o s e n u n a súplica
s a n g r i e n t a . Véase P e t r a B a r r e r a s d e l Río, y J o h n Pcvvcmk, Ana Mendieta: A Retrospective, N u e v a Y o r k ,
N e w A ' l u s e u m o f C o n t e m p o r a r y A r t , 1 9 6 7 , p p . 3 4 - 3 8 . R e b e c c a S c h n e i d e r d i s c u t e l a a u t o desaparición
sostenido u n dlído^o e n t r e l a t i e r r a y e l c u e r p o f e m e n i n o (a p a r t i r de m i
" 1 siluetíi) [ . . . ] M e a b r u m a e l s e n t i m i e n t o de haber-sido expulsada d e l úte-
(natui'alexa). M i arte es I n f o r m a e n que restablezco l o s lazos que m e u n e n al
diverso. E s u n r e t o r n o a l a f u e n t e m a t e r n a . A través d e m i s esculcaras d e t i e -
"i/cuerpo t n e v u e h ' o u n a c o n l a t i e r r a [ . . . ] M e c o n v i e r t o e n u n a extensión d e
la naturaleza l a n a t u r a l e z a se c o n v i e r t e e n u n a extensión d e m i cuerpo. E s t e
o obsesivo d e r e a f i r m a r m i s l a z o s c o n l a t i e r r a es e n realidad l a reactivación
íicto
creencias p r i m i t i v a s [ . . . ] [ e n ] u n a fv\erza f e m e n i n a omtúpresentc, l a i m a g e n
d e ci
iduai d e estar c o n t e n i d a d e n t r o d e l útero, c o m o u n a manifestación d e mí
resi'
. n s i a o a n h e l o d e ser.^^
S i b i e n l a a r t i s t a e n m a r c a d e e s t e m o d o a l p r o y e c t o Silueta e n términos d e l
p e r f o r m a n c e c o r p o r a l d e r i t u a l e s e ideas e s p i r i t u a l e s q u e c o n c i e r n e n a l a relación d e
las m u j e r e s c o n l a " m a d r e t i e r r a " , i n s i s t o e n a b o r d a r l a s p i e z a s d e Silueta a p a r t i r
de o t r o s d e sus a s p e c t o s , q u e r e s u l t a n proñuidamente p e r t u r b a d o r e s pai-a e l d e s e o
modernista d e la presencia y d e la transparencia d e significados, y que la condena
a b s o l u t a d e l ai'te c o r p o r a l p o r p a r t e d e K e l l y pasaría p o r a l t o .
E l m o d e l o p r o p u e s t o p o r Keüy diría q u e l a afirmación d e M e n d i e t a r e s p e c -
t o d e s u c u e r p o , y s u reiteración v e r b a l d e u n vínculo e s e n c i a l e n t r e s u c u e r p o
f e m e n i n o e n t a n t o m a t e r n a l y c o m o v i e n t r e d e l a t i e r r a , r e p r o d u c e las n o c i o n e s
psicoanalíticas a c e r c a d e l a i n c a p a c i d a d d e las m u j e r e s d e s e r s u j e t o s ; e n términos
de G r i s e l d a P o l l o c k , M e n d i e t a se o f r e c e c o m o o b j e t o f e t i c h e a l a m i r a d a m a s c u -
l i n a s e d i e n t a d e p l a c e r . Y aún a s i , a l t r a b a j a r c o n s u p r o p i o c u e r p o y e n última
de M e n d i e t a c o m o u n e f e c t o d e l a "presión b a j o l a q u e e s t a b a p a r a a s i m i l a r s e , ' a m e r i c a n i z a r s e ' [ . . . ] d e s -
aparecer". Vje Explicit Body in Performance, N u e v a Y o r k y L o n d r e s , R o u t i e d g c , 1 9 9 7 , p. 1 1 9 .
A n a M e n d i e t a , d t a d e u n a dedamdón n o p u b l i c a d a p o r john P e r r e a u l t , " E a r t h a n d F k e , M e n d i e t a ' s
^^'^y of\'^oík", Ana Mendieta:yl Retrospective,p. 1 0 ; e l s e n t i m i e n t o d e M e n d i e t a d e h a b e r s i d o " a r r o j a d a
del v i e n t r e " [ v i e n e d e ] " q u e m e a r r a n c a r a n d e m i m a d r e p a t r i a ( C u b a ) d u r a n t e m i adolescencia". E n o t r o s
'"gares M e n d i e t a exalta' l o p r i m i t i v o , y escribe: " f n e d u r a n t e m i niñez e n C u b a qiieporprímcni v e z quedé
fascinada c o n c t a r t e y c u l t u r a p r i m i t i v o s . P a r e c e c o m o s i estas c u l t u r a s t u v i e r a n u n conodmíento i n t e r i o r ,
^"crcanía a l o s recursos n a m r a i c s . Y este es e l conodmíento q u e d a r e a l i d a d a l a s imágenes q u e éstas
]'^^ c r e a d o [ . . , ] m e l^c l a n z a d o a l o s m i s m o s e l e m e n t o s q u e m e p r o d u j e r o n , u s a n d o l a t i e r r a c o m o m i
' c n z o y m i a l m a c o m o m i s herramientas".También véase l a i n t e r e s a n t e discusión de M i w o n K w o n acerca
p r o c e s o d e a u t o - o t r c d a d ( . . . ] [y] auto-primitivación" dv. M e n d i e t a : " B l o o d y V a l c n t i n e : A f t c r i m a g e s
A n a M e n d i c t a " , e n Inside the Visible:An Elliptical Traverse of2a'' Century in, of andfrom the Feminine,
C a t i i c r i n e d e Z c g h e r ( e d . ) , C a m b r i d g e , A^fassachusetts, y L o n d r e s , A U T P r e s s ; B o s t o n , I n s t i t u t e o f
*^ontcmpor¡iry A r t ; y K o r t r i j k , F l a n d e r s : K a n a a l A r t F o u n d a t i o n , 1 9 9 6 , p p . 1 6 7 - 1 6 8 .
 AMELIA j
Ana Mendieta, U n t i t l e d [ S i n título] de ta serie Silueta, 197S. Excavación en tleira hecha \
pólvora. Realizada en loiua. Fotografía cortesía de la galerín Lelong, Nueva York
© The Estate ofAna Mendieta Collection
iastanciíi p r o d u c i r fotografías q u e d o c u m e n t a n s u a u s e n c i a ( q u e m a r c a n e l aai
d e q u e s u c u e r p o h a y a e s t a d o ahí c o m o u n a h e r i d a e n e l p a i s a j e ) , e l p r o y e c t o
M e n d i e t a también se a b r e a u n i n t e n s o c o m p r o m i s o i n t e r s u b j e t i v o , q u e a l i e n t a
r e c o n o c i m i e n t o d e l e s p e c t a d o r r e s p e c t o d e l a vcháóaparticularizada de M e n d i
c o n l a t i e r r a m e d i a n t e s u adopción d e l a s c r e e n c i a s d e l a santería c u b a n a , q u e i
c l u y e l a i d e a d e q u e l a t i e r r a es u n e n t e c o n v i d a a p a r t i r d e l c u a l se o b t i e n e p o d
personal.^^ E x p e r i m e n t o l a h e r i d a ardiente que v i n c u l a e l cuerpo d e M e n d i e t a a
t i e r r a c o m o l a m i s m a h e r i d a q u e m a r c a l a a u s e n c i a y pérdida d e s u c u e r p o / y o (co:
i n m i g i ' a n t e c u b a n a q u e i n t e n t a ser ai-üsta e n E s t a d o s U n i d o s e n l a década d e 1 9 7 0 .
E l d e s e o f e m i n i s t a d e M e n d i e t a d e r e c u p e r ; i r l o s c u l t o s a l a d i o s a o las c u l t o r
m a t r i a r c a l e s p e r d i d a s , c o n s u r e p u t a d a celebración d e l p o d e r d e las m u j e r e s , y d
a t r i b u t o s " f e m e n i n o s " c o m o l a c r i a n z a , y a c t i t u d e s holísticas h a c i a l a v i d a , s e ílin
d i o c o n s u e x p e r i e n c i a p a r t i c u l a r c o m o c u b a n a p r i v i l e g i a d a e x i l i a d a d e s u país e
M.ry]nn.]ncoh,AnaMendieta: Vje "Silueta"Serles, op. dt., p . 5 .
OPERNISMO, SUBJETIVIDAD YARTE CORPORAL 139
£ c i a E s ^ ^ e x p e r i e n c i a o i d e n t i d a d paiticiúar n o t i e n e u n s i g n i E c a d o e s e n -
su ^.gjación c o n s u o b r a : a l c o n t i - a r i o , l e o s u particiüaridad a través d e l a s o b r a s
( . j a l e " l o s d i s c u r s o s q u e las c o n t e x t u a l i z a n ) y v i c e v e r s a ; c o n o z c o s u p a r t i c u l a r i -
d sólo e n t a n t o m e c o m p r o m e t o c o n l o s códigos q u e e x p e r i m e n t o e n las o b r a s
^ ,s c o n t e x t o s d e s c r i p t i v o s .
y SUS
L a s últimas imágenes d e I n h u e l l a d e l c u e r p o d e M e n d i e t a e n f o r m a d e t a j o s
la tíerta se r e l a c i o n a n d e m a n e r a e s t i ' e c h a c o n Corpus, d e K e l l y . M e n d i e t a m a r -
a su (particularísimo) c u e r p o ( c o m o a u s e n c i a ) e n l a t i e r r a ; K c U y m a r c a el c u e r p o
o corpns f e m e n i n o m e d i a n t e imágenes f o t o g r a f i a d a s d e p r e n d a s d e r o p a d o b l a d a s
como al descuido y anudadas, colocadas a l o largo d e paneles de t e x t o c o n relatos
escritos a m a n o y e n p r i m e r a p e r s o n a d e m u j e r e s d e e d a d a v a n z a d a q u e e x p e r i -
m e n t a n sus c u e r p o s e n e l c o n t e x t o s o c i a l . A m b a s p r o d u c e n u n s u s t i t u t o d e l c u e r p o
m i s m o c o n e l fin d e e x p l o r a r l o s e f e c t o s d e l a s u b j e t i v i d a d así c o m o l o s p r o c e s o s
sociales q u e l e d a n f o r m a . L o s r e f e r e n t e s p r i m a r i o s d e M e n d i e t a s o n l a santería y
los r i t u a l e s d e diosas; l o s r e f e r e n t e s d e K e l l y s o n las fotografías d e l a h i s t e r i a f e m e -
n i n a t o m a d a s b a j o l a dirección d e l m e n t o r d e F r e u d , J . M . C h a r c o t ( l a s p r e n d a s
^
de r o p a están d i s p u e s t a s e n " a c t i t u d e s a p a s i o n a d a s " q u e r e c u e r d a n esta h i s t e r i a
í
f e m e n i n a , y e t i q u e t a d a s c o n l a terminología d e C h a r c o t ) . ^ ^ L o s c u e r p o s a u s e n t e s
de M e n d i e t a están c o n d i c i o n a d o s , e s c r i t o s e i n t e r p r e t a d o s p o r d i s c u r s o s c u l t u r a l -
m e n t e específicos q u e a s i g n a n u n v a l o r espñítual a l c u e r p o / y o f e m e n i n o ; l o s
cuerpos a u s e n t e s d e K e l l y están c o n d i c i o n a d o s , e s c r i t o s e i n t e r p r e t a d o s p o r u n
p r o y e c t o teórico ( e l psicoanálisis f r e u d i a n o y e l l a c a n i a n o ) y n a r r a t i v a s p e r s o n a l e s
que conceptu'cüizan a l a f e m i n e i d a d c o m o u n a construcción c u l t u r a l . A m b o s p r o -
yectos m a n e j a n e l c u e r p o / y o ( f e m e n i n o ) e n s u a u s e n c i a / p r e s e n c i a . A m b o s c o n f i x -
i^íín e n última i n s t a n c i a q u e e l c u e r p o n o p u e d e a b o r d a r s e f i i e r a d e sus r e p r e s e n -
taciones c u l t u r a l e s — ^ l o c u a l , d e m a n e r a paradójica, p r o d u c e a l a s u b j e t i v i d a d
c o m o a u s e n c i a y n o c o m o p l e n i t u d ^ — . A m b o s p u e d e n d i s t a n c i a r así c o m o s e d u c i r
^ diversos espectadores c o n efectos v a r i o s . A m b o s p r o d u c e n cuerpos/yos p a r t i c u -
^^fizados d e d i f e r e n t e s m o d o s , e n t a n t o c o m p r o m e t e n a s u j e t o s específicos e n u n
p r o y e c t o n e g o c i a d o r m u y car-gado d e l e c t u r a y m i r a d a . ^ ' '
j A c e r c a d e l u s o q u e l e d a K e U j ' a las imágenes d e C h a r c o t , véase M I a r c i a T u c k e r , " P i c t u r e 'íliis: A d
"í^oduction t o I n t e r i m " , e n Interim, p . 1 9 .
j l o d o esto n o es p a r a e q u i p a r a r las d i f e r e n c i a s e v i d e n t e s e n t r e l o s d o s p r o y e c t o s . C i e r t o q u e K e l l y
¡ido d e Interim c o m o u n documento posparto, " p r o b l e m a d z a n d o [ . . . ] l a i m a g e n d e l a m u j e r n o para
 14U
A M E L I A JO,
Posmodernismo como pastiche, alegoría o montaje: resistencia al cuerpo/yo
Como ya señalé, l a prohibición d e r e p r e s e n t a r o i n c l u i r e l c u e r p o e n l a o b r a
arte, así c o m o d e l o s e f e c t o s p l a c e n t e r o s q u e se s u p o n e acompañan d i c h a s i n c l
sioiics, d i o p o r r e s u l t a d o e n l a década d e 1 9 8 0 e l r e c h a z o a b s o l u t o d e l a r t e c
poraly, de m o d o t e r m i n a n t e , u n a devaluación g e n e r a l y l a s u b s e c u e n t e e x c l u s i
histórica d e l a r t e c o r p o r a l d e l a década d e 1 9 7 0 y d e l a mayoría d e las práctic
feministas e n E s t a d o s U n i d o s ( q u e sí tendían a r e f e r i r s e a l c u e r p o ) . ^ ^ A p a r t i r
este rechazo d e l c u e r p o , e l p o s m o d e r n i s m o s e definió c a d a v e z más n o e n reí
don con l a s u b j e t i v i d a d , i d e n t i d a d o c o r p o r a l i d a d , s i n o q u e p o r l o g e n e r a l se
[iromocionar u n a n u e v a f o r m a d e i c o n o c l a s m o , p e r o p a r a h a c e r q u e e l e s p e c t a d o r p a s e de m h - a r a escucí
Voquería darle u n a v o z a l a m u j e r , reptesent;u-la c o m o s u j e t o d e l a m i r a d a [ . . . ] hUerlm n o p r o p o n e . '
sólo cuerpo s i n o v¡u-)os, f o r m a d o s d e n t r o d e m u c l i o s d i s c u r s o s d i f e r e n t e s [ . . . ] [ L a ] instalación debe
un evento d o n d e e l e s p e c t a d o r reúna u n t i p o d e p r e s e n c i a corpórea d e s d e e l r i t m o o l a repetición
iiuágencs". K e l l y p r o p o n e e n t o n c e s r e p r e s e n t a r " m u c h o s c u e r p o s " p a r d c u l a r i z a d o s a través d e distín
(lisGirsosy a r g u m e n t a q u e su o b r a está d e d i c a d a c i e r t a m e n t e a e x p l o r a r e l c u e r p o . S i n e m b a r g o , a l m i s i
tiempo, es clara acerca d e s u i n t e n t o d e e v i t a r q u e e l e s p e c t a d o r se r e l a c i o n e c o n e l c u e r p o q u e ella "
presenta"sinecdóticamente a través d e l a r o p a : " E s c r i b i r p a r a mí es [ . . . ] u n m e d i o p a r a i n v o c a r l a t e x t u
debbhr,escuchar, t o c a r [ . . . ] u n a m a n e r a d e v i s u a l i z a r , n o v a l o r i z a r , l o q u e se a s u m e está f u e r a d e v i s
Esto se hace ;>i7rí7 dbtmiáaral espectador de la ansiosa proximidad del cuerpo de ella, e n última i n s t a n c i a d.
cuerpo (le la m a d r e , e l c u e r p o q u e está d e m a s i a d o cerca p a r a v e r " , énfasis añadido; K e l l y e n " H i a t Obsc_
Subjectof D e s i r e " , e n t r e v i s t a d e H a l F o s t e r e n Interim, p p . 5 4 - 5 5 . E s t a a n s i e d a d s o b r e a s e g u r a r l a d i s t a
cia entre la representación y e l e s p e c t a d o r ( y quizás d e l autor/artísta también) es l o q u e m e i n t e r e s a a q
y es lo que m a r c a l a r a d i c a l d i f e r e n c i a e n t r e e l p r o y e c t o d e M e n d i c t a y K c l i y c o m o h a n s i d o e n m a r c a d
ciíticamente.
La tieclaración d e N o r m a n B r ) ' s o n d e q u e "Interim es u n a o b r a s o b r e l a identificación" ( e n " I n t e r i m an"
IdenVificalion", Interim, p . 2 7 ) también c o m p l i c a l a l e c t u r a d e l a p i e z a . Y o a r g u m e n t o q u e t o d a s las o b
conllevan i d e n t i f i c a c i o n e s , p e r o es c i e r t o q u e l a o b r a d e K e l l y Intentíi d i r i g i r i n s i s t e n t e m e n t e l a f o r m a
ijucsedan tales i d e n t i f i c a c i o n e s . Ésta es l a d i f e r e n c i a más n o t a b l e e n t r e Interim y las o b r a s o r i e n t a d a s
cuerpo de los s e t e n t a c o m o las d e M e n d i e t a . M i e n t r a s q u e estas úídmas fimcionan a través d e u n a s
dücción i n t e r s u b j e t i v a q u e p e r m i t e p o s i b i l i d a d e s a b i e r t a s d e i c i e n t i f i c a c i o n e s ¡utilmente cargadas, l a o b
Je KeEy es quizás u n t a n t o paradigmática d e l i m p u l s o d e las prácdcas d e l o s o c h e n t a h a c i a l e c t u r a s
identifiracioncs e s p e d f i c a s d i r e c t a s . K e U y es i g u a l ( s i n o i n u c h o más) c o n c i e n t e d e las p o s i b i l i d a d e s d
compromisrao i n t e r s u b j e t i v o y a p a r e n t e m e n t e u t i l i z a t a l c o n c i e n c i a p a r a p r o d u c i r l o s efectos específíc
{brcditlaiios) q u e e l l a desea. E l e s p e c t a d o r / l e c t o r se i d e n t i f i c a c o n las " m u j e r e s " p r o d u c i d a s e n estas imá
genes/textos a u n q u e p u e d e s e n d r s e c t i r i o s a m c n t c ( p e r o d e m o d o p r e d e c i b l e ) d i s t a n c i a d o d e ellas d e b i d .
ilmodo un t a n t o clínico y didáctico e n q u e estas imágenes se c o m \ m i c a n . E s i n t e r e s a n t e I m a g i n a r s e cómd
lis fotografías de r o p a solas, s i n las capas d e d i r e c t i v a s t e x t u a l e s y m a t e r i a l c o n t e - x t u a l ( d e s d e las e t i q u e t a s
que aparecen d e n t r o d e las imágenes a l o s p a n e l e s d e t e x t o y l o s demás c o m p o n e n t e s d e Interim y d e s d
los espacios instítucionales e n d o n d e aparece l a o b r a a l c o m e n t a r i o h a b l a d o y e s c r i t o sóbrela o b r a ) s i g n i f i - '
carian algo d j s d n t o y quizás n o s i n v o l u c r a r a n demasiado d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e K c U y .
^ Véase los rarios e n s a y o s e n A m e l i a J o n e s ( e d . ) , op. cit.
fODERNISMO, SUBJETIVIDAD YA R T E CORPOR/VL 1 4 1
jó d e s u política c o r p o r a l y se l e ubicó e n términos d e e s t r a t e g i a s d e p r o -
j cción.^'^ t e x t o s avíticos más a c e p t a d o s y c o n o c i d o s , d o m i n a d o s p o r p u -
bÜcacio''i*^s c o m o October y Artforuf?ty e l p o s m o d e r n i s m o s e definió u n a y o t r a
e n relación c o n e s t r a t e g i a s tales c o m o apropiación, alegoría, p a s t i c h e o , d e
¿o más a m p l i o , crítica i n s t i t u c i o n a l . Así, Benjamín B u c l i l o h y C r a i g O w e n s ,
nlOClO 1 '
j i n i 1D Oos
b aa sc o. ^c i- a d o s a l e q1u i ip o e d i t o r i a l d e Océober, p u b l i c a r o n artículos ^wArtft
October a p r i n c i p i o s d e l a década d e 1 9 8 0 ( " A l l e g o r i c a l P r o c e d u r e s " y " H i e
/ U l e g o r i c a l I m p u l s e " , r e s p e c t i v a m e n t e ) . E s t o s e n s a y o s u b i c a n las e s t r a t e g i a s a l e -
góricas d e apropiación y m o n t a j e c o m o , e n p a l a b r a s d e O w e n s , u n i m p u l s o " u n i -
ficado" d e l a r t e p o s m o d e r n o . A l e v i t a r c u e s t i o n e s d e s u b j e t i v i d a d (aquí, e n e s -
pecial, l a i d e n t i d a d a u t o r a ! ) e interpretación ( e n e s p e c i a l s u s p r o p i o s i n t e r e s e s
i n t e r p r e t a t i v o s ) B u c h l o h y u n a g r a n c a n t i d a d d e l i i s t o r i a d o r e s y críticos se c e n -
ü-aron e n l o s e f e c t o s p o h ' t i c o s d e l a s o b r a s ( e n e s p e c i a l , s u c a p a c i d a d d e crítica
i n s t i t u c i o n a l ) t a l c o m o podían d e t e r m i n a r s e m e d i a n t e s u e s t r u c t u r a f o r m a l o
n a t r a t i v a (leída a través d e s i s t e m a s simbólicos c o d i f i c a d o s , c o m o l a alegoría) y, e n
menor grado, su contenido.^^ N o p o r casualidad, e l cuerpo/yo, i n c l u s o las relaciones
de deseo e n las q u e se b a s a n las i n t e r p r e t a c i o n e s p a r t i c u l a r e s , p o r l o g e n e r a l q u e d a n
fiiera d e e s t a panorámica: e l a r t e c o r p o r a l , c o n s u provocación d e l d e s e o d e l e s -
p e c t a d o r y confusión d e l i b e r a d a d e l o s f o r m a t o s ai^tísticos p r e s e n t a c i o n a l e s c o n -
v e n c i o n a l e s , compÜca l a t e n d e n c i a a c o d i f i c a r ' e l p o s m o d e r n i s m o sólo e n términos
de e s t r a t e g i a s artísticas d e producción.
V u e l v o a a c l a r a r q u e e s t o y h a b l a n d o d e d i s c u r s o s dominantes, c[wzy(íi\hn casi p o r c o m p l e t o de N u e -
va Y o r k y l o s c e n t r o s académicos d e I n g l a t e r r a , y a u n así s o y m u y r e d u c c i o n i s t a p a r a r a s t r e a r p a t r o n e s m u y
a m p l i o s c o m o l o s p e r c i b o . D u r a n t e l o s o c l i c n t a se desarroUó u n d i s c u r s o alternaüvo q u e c o n i n s i s t e n c i a se
refirió a l a política de l a i d e n t i d a d c o m o u n a s u n t o i m p o r t a n t e . Véase L u c y lS\^]i^'C(!í,MixedBlessÍ3igs:Neia
^f-t in a Multicultural America, N u e v a Y o r k , P a n d i e o n , 1 9 9 0 .
O w e n s , " H i e A U c g o r i c a l I m p u l s e : T o w a r d a H i c o r y o f P o s t m o d e r n i s m " , partes 1 y 2 , octubre d e
^ ^ 8 0 , reimpresión e n Beyond Recoguítion: Representation, Pozver, and Culture, S c o t t R y s o n et al. (eds.),
^i^rkeley y L o s ^ l g e i e s , U n i v e r s i t } ' o f C a l i f o r n i a Press, 1 9 9 2 , p p . 5 2 - 8 7 ; B e n j a m i n B u c l i l o h , " A J l c g o r i -
*^at P r o c e d u r e s : Appropiatíon a n d M t o n t a g c i n C o n t e m p o n i r } ' A r t " , e n Artforum, núm. 2 1 , s e p r i e m b r c d e
1982, pp. 4 3 - 5 6 .
C o m o es comúiT e n d i s c u r s o s d o m i n a n t e s d e l p o s m o d e r n i s m o de l o s o c h e n t a , e n sus n u m e r o s o s c n -
^ayos B u c h l o h e n m a r c a e l p o s m o d e r n i s m o d e n t r o d e l a teoría d e l a v a n g u a r d i a , basándose e n e l c o n c e p t o
critica institucional d e P e t e r Bürgcr e n Iheory of the Avant-Garde, M i c l i a e l S h a w ( t r a d . ) , Mineápolis,
^ ' l i v e r s i t j ' o f M i n n e s o t a Press, 1 9 S 4 . Véanse también l o s escritos de H a l Foster, o t r o "octubreristn", i n c l u y e n d o
^^°^'^igs:Art, Spectacle, Cultural Politics, S c a t t i c , B a y P r e s s , 1 9 8 5 . S I m e f o c a l i z o e n l o s " o c t u b r e r i s t a s " , es
la v a s t a i n f l u e n c i a e i m p o r t a n c i a q u e h a n t e n i d o sus o b r a s y n o p o r q u e s e a n más m o d e r n i s t a s q u e l o s
' ^ f i u r n e r a b l e s c o d i f i c a d o r e s d e a r t e p o s m o d e r n o áa Artforum u o t r a s r e v i s t a s d e a r t e .
 142 >U\'IEUA JO
E l e n f o q u e e n l u producción p o r p a r t e d e l o s d i s c u r s o s p r e d o m i n a n t e s
p o s m o d e r n i s m o se v i n c u l a d e f o r m a problemática a u n a metafísica d e i n t e n
n a l i d a d q u e c o n t r a d i c e l a pretensión p o s t e s t r u c t i u - a l i s t a d e e n t e n d e r e l signifí
c o m o r e l a t i v o e n l u g a r d e c o n c l u s i v o . Así, e l r e c h a z o t o t a l p o r p a r t e d e K e l l y
t o d o arte c o r p o r a l p o r ser necesariamente esencialista, a u n q u e e n s u m o m e
Ríe estratégico, n o d a c u e n t a d e l p r o p i o interés d e K e l l y ( c o m o a r t i s t a encarna
aítica q u e r e a c c i o n a a n t e i o s e f e c t o s d e s o r d e n a d o s y, e n s u opinión, ideológi
m e n t e problemáticos d e l o s c u e r p o s d e o t r o s a r t i s t a s e n e l p e r f o r m a n c e ) d e i n '
p r e t a r l o s ( y d e e s t a f o r m a esencializar sm s i g n i f i c a d o s ) . ^ '
E s j u s t a m e n t e e l r e c o n o c i m i e n t o d e t a l e s i n t e r e s e s i o q u e comentó
O w e n s e n u n a reflexión p o s t e r i o r , e n l a q u e hacía u n a autocrítica s o b r e s u ensaj
d e l a alegoría. E n u n e n s a y o p u b l i c a d o e n 1 9 8 3 , " T l i e D i s c o u r s e o f O t h e r s : F e m '
nists a n d P o s t m o d e r n i s m " , O w e n s deconstruye s upropia lectura previa, e n
A l l e g o r i c a l I m p u l s e " , ác Americans on theMove, d e L a u r i e A n d e r s o n ( n o p o r
s u a l i d a d , o b r a d e p e r f o r m a n c e m u l t i m e d i a / a r t e c o r p o r a l q u e motivó l a r e l e e
d e O w e n s ) . E n e l e n s a y o d e 1 9 8 3 , O w e n s se r e p r e n d e p o r h a b e r i g n o r a d o p
c o m p l e t o las f o r m a s c o m o l a o b r a d e A n d e r s o n p a i t i c u l a i i z a e l análisis d e l a f
mación d e l l e n g u a j e y d e l s u j e t o e n términos d e d i f e r e n c i a s e x u a l . O w e n s e s c r i '
" S i r e g r e s o a e s t e p a s a j e [ . . . ] n o es sólo p a r a c o r r e g i r m i p r o p i a y c o n s i d i . _
omisión, s i n o l o q u e es más i m p o r t a n t e , pai'a señalar u n p u n t o c i e g o e n n u e s t r
anáhsis d e l p o s m o d e r n i s m o e n g e n e r a l ; n u e s t r a omisión d e l a s u n t o d e l a d i f e r e
c i a s e x u a l , n o sólo e n l o s o b j e t o s q u e a n a l i z a m o s , s i n o también en nuestrapr'
enunciacióii?'^ Así, m e d i a n t e s u p r o f i u r d o c o m p r o m i s o c o n e l a r t e c o r p o r a l
A n d e r s o n , O w e n s reconoce justamente tanto su propio i n v e s t i m i e n t o en la intei
pretación d e l a o b r a d e A n d e r s o n c o m o l a pai'ticularización d e l a s u b j e t i \ d d a
q u e d i c h a o b r a p o n e e n acción.
L a autocrítica d e O w e n s d e s t a c a las l i m i t a c i o n e s d e g r a n p a r t e d e l a e s c r i
ra p r e d o m i n a n t e sobre el arte p o s m o d e r n o , l a cual, e n s u rechazo a reconocer í
S o b i e e l e s e n c i a l i s m o d e l a crítíca f e m i n i s t a a n t i e s e n c i a l i s t a , véase A n d r e a P a r t i n g t o n , " F e m i n i s
A r t a n d A v a n t - G a r d i s m " , e n Visibly Female: Feminism andArt,]^S[i^ty^o\Ar\zo^ ( e d , ) , N u e v a Y o r k , U a l
verse, 1 9 8 8 , p p . 2 2 8 - 2 4 9 ; y m i e n s a y o " F e m i n i s t H e r e s i e s r ' C u i l t i U t ' a n d t h e F e m a l e B o d y i n R e p r e s e n t a
üou", e n Herejías: Crítica de ¡os mecanismos, J o r g e L u i s M ; \ Q ( e d . ) , I s l a s C a n a r i a s , C e n t r o Atlántico d
A r t e M o d e r n o , 1995, pp. 5 8 3 - 6 4 4 .
'^'^ C r a i g O w e n s , " H i c D i s c o u r s e o f O t h e r s : F e m i n i s t s a n d P o s t m o d e r n i s m " , e n Beyond Recognltion
1 9 8 3 , p . 1 7 0 ; las c u r s i v a s s o n n u e s t r a s .
^MODERNISMO, SUBJETIVIDAD YA R T E C0RP01^AL 143
i-etación e n t a n t o u n i n t e r c a m b i o y e n s u p r i s a p o r p r o c l a m a r d e t e r m i n a -
^^''^^^•ácticas c o i n o políticamente eficaces o n o , o p e r a e n g r a n m e d i d a p a r a r e -
íU' s i p r o y e c t o m o d e r n i s t a q u e p r i v i l e g i a c i e r t a s prácticas y d e r o g a o t r a s d e
e r d o c o n s u v a l o r c u l t i u ' a l q u e s e d e t e r m i n a a través d e l a interpretación. E s t a
^ trategiíi ( q u e implicó l a derogación d e l a r t e c o r p o r a l ) t a n sólo r e m p l a z a l a
oncepción m o d e r n i s t a f o r m a l i s t a d e l v a l o r estético p o r u n a noción v a n g u a r d i s -
ta de v a l o r p o h ' t i c o , d e t e r m i n a d o d e a c u e r d o c o n s i s t e m a s d e j u i c i o s q u e e n últi-
jTiíi i n s t a n c i a s o n t a n a u t o r i t a r i o s c o m o l o s q u e se p r e t e n d e n t r a s c e n d e r . L o s
j u i c i o s d e l a crítica a u t o d e n o m i n a d a p o s m o d e r n i s t a ( o crítica d e l a r t e p o s m o -
d e r n o q u e se a l i n e a c o n e l p o s t e s t r u c t u r a l i s m o ) t e n d i e r o n a b a s a r s e e n s i s t e m a s
de v a l o r e s y métodos d e anáÜsis aún n u t r i d o s e n g r a n m e d i d a p o r l a retórica d e l
v a n g u a r d i s m o q u e es c e n t r a l e n l a crítica m o d e r n i s t a : u n a retórica incorpórea,
que, c o m o r e c o n o c e O w e n s e n s u e n s a y o p o s t e r i o r , i n s i s t e e n u n a relación " d e s -
interesada" c o n l a o b r a d e a r t e y que p r e t e n d e q u e e l v a l o r c u l t u r a l d e esta o b r a
reside e n s u e s t r u c t u r a f o r m a l o e n s u s c o n d i c i o n e s d e producción.
M i interés e n l a o b r a d e M e n d i e t a , S c h n e e m a n n , K u s a m a y o t r a s a r t i s t a s d e
body art se n u t r e t a n t o p o r u n d e s e o d e r e p e n s a r l a c u l t u r a ( y s u b j e t i v i d a d ) p o s -
m o d e r n a e n e l más a m p H o s e n t i d o c o m o p o r u n d e s e o d e i r más allá d e l o q u e
percibo c o m o l a n a t u r a l e z a p r e s c r i p t i v a d e l a h i s t o r i a y crítica d e l a r t e d e l a déca-
da d e 1 9 8 0 así c o m o s u e n f o q u e , d e concepción más b i e n e s t r e c h a , e n l a s e s t r u c -
turas f o r m a l e s o n a r r a t i v a s d e l a o b r a ( i n c l u s o e n l a s e s t r u c t i u - a s e n s u m a y o r
parte incorpóreas d e visión y p o d e r ) . M e i n t r i g a l a propensión d e l a r t e c o r p o r a l a
d e v e l a r las s u p o s i c i o n e s o c u l t a s a t i n p r e s e n t e s e n l o s análisis críticos a c e r c a d e l
p o s m o d e r n i s m o , s u vinculación e n t r e l o corpóreo, l o político y l o estético: así, las
fotografías d e M e n d i e t a e n las q u e s u c u e r p o a p a r e c e c o m o r a s t r o se d i r i g e n a l
propio cuerpo interpretativo del espectador a l t i e m p o que frustran s u "mirada"
c o n v e n c i o n a l m e n t e mascuÜnista, c o l o n i z a d o r a , a l r i t u a l i z a r y e n m u c h o s casos
^oiTar el cuerpo "real" d e su h o r i z o n t e .
C o n a g r a d o m e interesé p o r e l a r t e c o r p o r a l p o r s u g r a n p o t e n c i a l p a r a i n t e -
' ^ r u m p i r e l c i r c u i t o c e r r a d o d e l a práctica crítica m o d e r n i s t a y d e g r a n p a r t e d e l a
^ f ' t i c a p o s m o d e r n i s t a . D e s e o t a n t o ceder a l p e d i d o a n t i b r e c h t i a n o d e M e n d i e t a
u n a m i r a d a p l a c e n t e r a c o m o también p o r m o m e n t o s d i s t a n c i a r m e d e e l l a
^ o n e l f i n d e i n t e r r o g a r m i p r o p i a relación d e d e s e o c o n l a o b r a q u e e s t u d i o
e s t a ocasión, e s d e c i r , c o m o " o j o " f e m i n i s t a a n g l o e s t a d u n i d e n s e q u e p o s e e

AMELIA J
u n a m i r a d a e n p o t e n c i a c o l o n i z a d o r a d e l c u e r p o "exóticamente" r i t u a l i z a f
Mendieta,^*
L a s prácticas d e l a r t e c o r p o r a l n o d i s t a n c i a n a l e s p e c t a d o r s i n o q u e l o
m a n , y l o i n v o l u c r a n e n l a o b r a d e a r t e a través d e u n i n t e r c a m b i o i n t e r s u b j e
e s t a s prácticas también p r o v o c a n p l a c e r e s , q u e l o s críticos m a r x i s t a s v i n c u l -
m a n e r a i n e x t r i c a b l e a l a inñuencia c o r r u p t o r a d e l a c u l t u r a m e r c a n t i l , p e r o :
i n t e r p r e t o estos placeres c o m o generadores d e efectos e n e l sujeto que s o n p o
c i a l m e n t e r a d i c a l e s e n t a n t o éste l l e g a a i n v o l u c r a r s e d e n t r o d e l a p r o d u c c i o
recepción artísticas.^^ E l a r t e c o r p o r a l , e n t o d a s sus p e r m u t a c i o n e s ( p e r f o r m -
fotografía, c i n e , v i d e o , t e x t o ) , i n s i s t e e n e l h e c h o d e q u e l a s s u b j e t i v i d a d e s e ici
t i d a d e s (género, r a z a , ciase, s e x o , así c o m o d e o t r o t i p o ) s o n c o m p o n e n t e s a b
h i t a m e n t e c e n t r a l e s d e t o d a práctica c u l t u r a l . E n a d e l a n t e , i n t e n t o e n t r e l a z a r
filosofías fenomenológica y l a p o s t e s t i ' u c t u r a l i s t a d e l s u j e t o c o n las teorías y p
t i c a s d e l a r t e c o r p o r a l p a r a destacai" e l p r o b l e m a d e l a subjetividad, e n e s p e c i a l
s u dimensión s e x u a l / d e género, c o m o el p r o b l e m a c e n t r a l d e l posmodernisní!
E s p e r o s u g e r i r m e d i a n t e u n a exploración d e l a ontología d e l a i t e c o r p o r a l q u e
E l equívoco d e m i p l n n t c i u n i c n t o p u e d e r e s u m i r s e filosóficamente c o n l a observación d e M
H c i d e g g e r d e q u e " l a cercanía n o se p u e d e c n c o a t r a r d i r e c t a m e n t e " , e n " T l i e T l i i n g " , Pottry Lan
Vmight, A l b e r t P l o f s t a d t e r ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , . H a r p e r & R o w , 1 9 7 1 , p . 1 6 6 .
•^2 S o b r e l a desdeñosa visión i z q u i e r d i s t a d e l p l a c e r y s u alineación c o n e l capitiüismo, véanse tes
de l a Escuela d e F r a n c f o r t tales c o m o H i c o d o r A d o r n o y M l a x H o r k l i e i m e r , " H i e C u l t u r e Indus.,.
E n l i g l r t m e n t as M l a s s Decepción", e n Diahctk ofEnlightment, N u e v a Y o r k , H e r d e r a n d H e r d e r , 1 9 7
p p . 1 2 0 - 1 6 7 [ e d . esp.: Dinlécíka de la ilnstradóih fragmentosJilosÓfm, E d i t o r i a l T r o t t a , M a d r i d , 1 9 9
Véase también K o l a n d B a r t h e s , 77;f Pleasure of the Text, R i c h a r d M i l e r ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , H U I
V V a n g , 1 9 7 5 , p . 2 2 [ e d . esp.; El placer del texto, M a d r i d , S i g l o X X I , 2 0 0 7 ] - , y F i e r r e B o u r d i e u , Distinc''
A Social Critique of thejudgement ofTaste, R i c h a r d N i c e ( t r a d . ) , C a m b r i d g e , M a s s a c h u s e t t s , H a r v a r d U
v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 4 [ e d . esp.: La disti7¡clón: criterios y bases sociales del gusto, M a d r i d , T a u r u s , 1 9 8 8 ] . S i .
Bañes d i s c u t e e s t a prohibición e n relación a l p e r f o r m a n c e v a n g u a r d i s t a d e l o s sesenta, e l c u a l c o n s i d
f u e m o t i v a d o p o r e l deseo d e d e m o c r a d z a r l a c u l t u r a y a b r a c a r e l p l a c e r s e n s u a l , q u e i o s i n t e l e c t u a l e s
l o s c i n c u e n t a v i n c u l a r o n a l a c u l t u r a p o p u l a r , " c o n s u m o , p a s i v i d a d , f a c i l i d a d d e Interpretación, r e a l i s m o ,
n a r r a t i v i d a d " {Greenwich Village 1963, p . 1 0 5 ) . Y F r e d r j c J a m e s o n , q u e n o es c o n o c i d o p o r s u s e n s i b i l i d
h a c i a a s u n t o s f e m i n i s t a s , s i n e m b a r g o señala u n p u n t o íiierte a f a v o r d e u n a p o s t u r a a n t i p l a c e r d e n t r o
f e m i n i s m o c u a n d o ; u - g u m e n t a q u e e n e l m o v i m i e n t o f e m i n i s t a ta declaración más p o d e r o s a d e l p u r i t a n i
m o de l a i z q u i e r d a ( t a l c o m o se e n c u e n t r a e n teorías d e c u l t u r a de l a E s c u e l a d e F r a n c f o r t ) h a s i d o : " l a "
introducción d e l ' p r o b l e m a ' d e l p l a c e r e n l a I z q u i e r d a " ( t c m a t i z a d o porBarÜies c o m o c o n s e c u e n c i a d e u n
c u l t u r a teórica f r a n c e s a , c a r a c t e r i z a d a n o t a b l e m e n t e p o r e l p s i c o a n i d i s i s l a c a n i a n o ) a h o r a deja c l m i e n '
p a r a u n a i n t e r e s a n t e inversión y p a r a u n t i p o d e a r g u m e n t o político r a d i c a l contra e l placer, q u e es u n a d
las d e c l a r a c i o n e s más i n f l u y e n t e s d e l artículo d e L a u r a M u l v e y " V i s u a l P l e a s u r e a n d N a r r a t i v e C l n e m
( " P l e a s u r e : A PoUtJc:ilIssue",7^7;7«/7/;i?«jo/"P/if/7j:/;'í, L o n d r e s , R o u t l e d g e a n d K e g a n P a u l , 1 9 8 3 , p. 7 ) .
PPNISMO. SUBJETIVIDAD YA R T E CORPORAL
orientación c o r p o r a l p u e d e n e x a m i n a r s e d e m a n e r a m u y d i s t i n t a a
con
l a década d e 1 9 8 0 c o m o e s e n c i a H s t a y r e a c c i o n a r i a .
Ontología del arte corporal
| 7 p 1 9 7 5 , L a u r i e A n d e r s o n recibió u n a invitación p a r a h a c e r u n p e r f o r m a n c e e n
1^ n i u e s t r a Bodyworh e n e l M u s e o d e A r t e Contemporáneo d e C h i c a g o . E n ese
j Y i o m e n t o mencionó s u a s o m b r o d e q u e e l show f u e s e p r e s e n t a d o c o m o a r t e c o r -
poral: e l espectáculo, escribió, consistía e n " p e d a z o s d e p a p e l e n u n a p a r e d , f o t o -
grafías, n o t a s , c i n t a s d e a u d i o . L o s a r t i s t a s c o l o c a b a n s u s c u e r p o s a l a v i s t a , e n e l
m o s t r a d o r , t r a v e s t i d o s , a s u m i e n d o alter egos, e f e c t u a n d o d i v e r s o s e j e r c i c i o s , c o n -
torsioiies, e x o r c i s m o s [ . . . ] P e r o , d e h e c l i o , ahí no había cuerpos. Sólo papel".^^ A l
desacreditar e l m i t o d e l a p r e s e n c i a q u e c i r c u l a b a e n e s a época e n t o r n o a l a r t e
corporal, los c o m e n t a r i o s d e A n d e r s o n s i r v e n c o m o t e s t i m o n i o d e l o s e n i g m a s
filosóficos q u e p o n e e n m a r c h a e l a r t e c o r p o r a l , e l h e c h o d e q u e e l c u e r p o está
t a n t o i n s i s t e n t e m e n t e "ahí" c o m o s i e m p r e a u s e n t e ( n u n c a a s e q u i b l e a través d e l a
vista), y q u e , c o m o d i j o J e d P e r l , " l a c o m p l e t i t u d es u n a ilusión, u n a t r a m p a
ideológica".^''
A s i m i s m o , las declai'aciones d e A n d e r s o n s o n p r o f u n d a m e n t e p e r f o r m a t i -
vas, están o r q u e s t a d a s c o n t o d o c t i i d a d o y c o n s t i t u y e n u n a p a r t e i n t e g r a l d e s u
despliegue púbÜco c o m o p e r f o r m a n c e r a , a r t i s t a y c e l e b r i d a d . ^ ^ E s d e e s t e m o d o
n o t a b l e c o m o A n d e r s o n r e p r o d u j e r a e s t a declaración d e 1 9 7 5 j u n t o c o n sus o b -
s e r v a c i o n e s a c e r c a d e l a documentación d e s u o b r a e n s u colección d e t e x t o s y
L a u r i e A n d e r s o n , " W h a t I s B o d y A r t ? " , e n " C o n f e s s i o n s o f a S t r e e t T;ükcr" ( 1 9 7 5 ) , reimpresión
fin L a u r i e A n d e r s o n , Storlesfrom the Nerve Bible: A Retrospective 1972-1992, N u e v a Y o r k , H a r p e r C o l l i n s ,
•^^^4, p. 1 0 9 ; ]¡,s c u r s i v a s s o n n u e s t r a s .
Jed P e r l , " H i e / V r t S c e n e : V i l e B o d i e s " , Salmagundi, núm. 1 0 1 - 1 0 2 , i n v i e r n o - p r i m a v e r a d e 1 9 9 4 ,
i'*- 2 2 . M i e n t r a s e l análisis q u e h a c e P e r l d e l body art d e l o s s e s e n t a y s e t e n t a es a l p r i n c i p i o c o n v i n c e n t e
su e n f o q u e acerca d e l interés d e l a o b r a p o r " c u e s t i o n a r l a m i s m a i d e a d e c o m p l e t i t u d d e l a r t e " , s u
'"^'-hazo a c u s a t o r i o d e las prácticas r e c i e n t e s o r i e n t a d a s a l c u e r p o ( i n c l u y e n d o l a o b n i d e lükí S m i t h ) n o
m u y c o n v i n c e n t e . T e r m i n a s u g i r i e n d o q u e t o d a o b r a r e l a t i v a a l c u e r p o es p r c d i c a t o r i a y análoga a l a
í^'nrura académica d e l s i g l o x i x , u n j u i d o q u e i n t e r p r e t o c o m o u n v e l o p a r a c u b r i r e l a r g u m e n t o n o r m a l y
^'^nservadoc c o n t r a las o b r a s a b i c r t a m c n e poUüzi\das.
^ S a m M c B r i d e a r g u m e n t a e s t e p u n t o e x t e n s a m e n t e e n s u tesis d e d o c t o r a d o titulada, Performing
-"UTie Anderson: IJje Consh-mtion of a Persona, U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a , R i v e r s i d e , 1 9 9 7 . E s t o y e n d e u d a
"^"n i V i c B r i d e p o r c o m p a r t i r esta o b r a y v a r i a s r e f e r e n c i a s c o n m i g o .
 146 AMELIA JON
d o c u m e n t o s d e p e r f o r m a n c e , S¿ories froin the Nerve Bible, d e 1 9 9 4 . A n d e
o b s e r v a aquí q u e , s i b i e n a i p r i n c i p i o se oponía c o n firmeza a d o c u m e n t a r
p r o p i a o b r a e n fotografías, película o v i d e o , p o r e l d e s e o d e e v i t a r l a a p r o p i a d
y comodificación d e s u o b r a ( " m e pai'eció q u e y a q u e m i s p e r f o r m a n c e s t r a t a b
s o b r e l a m e m o r i a , l a m e j o r m a n e r a d e r e g i s t r a r l o s e r a a través d e l a m e m o r i a
o t r a s p e r s o n a s " ) , se percató después d e q u e "otr-as p e r s o n a s [ n o ] r e c u e r d a n m:
bien".^*^ L a suposición d e q u e e l a r t e c o r p o r a l o e l a c t o d e l p e r f o r m a n c e sólo
" r e a l " u n a v e z , o d e q u e se m a n t i e n e fiel a sí m i s m o sólo e n l a m e m o r i a d e q u i
n e s p r e s e n c i a r o n e l p e r f o r m a n c e e n v i v o , se v e s o c a v a d a p o r l a p r o p i a e x p e r i e n c
d e A n d e r s o n d e q u e l a g e n t e l e p r e g u n t a r a s o b r e a s p e c t o s d e p e r f o r m a n c e s q-
n u n c a efectuó o n u n c a r e c o r d a b a h a b e r h e c h o ( " N o h u b o ningún p e r r o aní
j a d o . N u n c a h i c e n a d a c o n u n p e r r o a n a r - a n j a d o " ) . Así, A n d e r s o n aíhrma q u e c
menzó a d o c u m e n t a r - sus p e r f o r m a n c e s c o n e l fin d e p o d e r d e m o s t r a r a sus a
m i r a d o r e s c u a n d o s e e q u i v o c a b a n ("decidí q u e e r a h o r a d e d o c u m e n t a r -
p e r f o r m a n c e e n p e h c u l a p a r a r e c u r r i r a l p r o y e c t o r y d e c i r '¡A v e r ! ¿Ven a q m '
gún p e r r o a n a r a n j a d o ? ' " ) : p a r a h a c e r l o s más " r e a l e s " , más fieles a l a c t o ; p a r a a s '
gurar su existencia precisa en la historla.^^
A m i f a v o r está e l h e c h o d e q u e A n d e r s o n h a y a d e c i d i d o p u b H c a r las r e c l e
tes r e f l e x i o n e s e n " A N o t e o n D o c i m i e n t a t i o n : H i e O r a n g e D o g " , e n l a m i s
página q u e s u anáhsis d e l a r t e c o r p o r a l d e 1 9 7 5 : l a ymctaposición n o d e j a d u d a
q u e es e l a r t e c o r p o r a l l o q u e g e n e r a d e m a n e r a más i n s i s t e n t e l a cuestión d e
" r e a l " e n relación c o n l o s s u j e t o s y o b j e t o s d e producción y recepción. U n o d e 1
p r i n c i p a l e s p r o b l e m a s c o n c e p t u a l e s y teóricos q u e d e s t a c a e l a r t e c o r p o r a l c o m
p e r f o r m a n c e , según r e c o n o c e A n d e r s o n , es e l d e l a ontología d e l o b j e t o d e l ar*
así c o m o e l d e l e s t a d o d e l s u j e t o d e l a producción artística. L a mayoría d e 1
p r i m e r o s r e l a t o s a c e r c a d e estas prácticas e l e v a b a n h e r o i c a s d e c l a r a c i o n e s a c e r e
d e l a r t e c o r p o r a l c o m o l a única f o r m a d e a r t e q u e g a r a n t i z a l a p r e s e n c i a d e l a r t i
t a . Así, e n e l catálogo d e l a m u e s t r a Bodyworh d e 1 9 7 5 e n C h i c a g o , I r a L i e '
p r o c l a m a d e m a n e r a t r i u n f a n t e q u e las o b r a s c o r p o r a l e s t e r m i n a n c o n l o s m e d i
" i n t e r m e d i a r i o s " d e l a p i n t i u - a y l a e s c u l m r a p a r a " e n t r e g a i " [ . . . ] información d i
r e c t a m e n t e a través d e l a transformación".^^ Y , también e n l a década d e 1 9 7
2^ L a u r i e A i i d e r s o n , " A N o t e o n DocuraentatíonrUie O r a n g e D o g " , e n Síonesfrom tJjeNei-veBible, p . 1
37 Idem.
3^ I r a L i c h t , Bodyivort^, C h i c a g o , M u s e u m o f C o n t e m p o n i r y A r t , 1 9 7 5 .
püSMODERNISMO, S U B J E T I V I D A D Y A R T E C O R P O R A L 147
goseniíu-y M a y e r a f i i m i a b a q u e e l a r t e c o r p o r a l e r a u n a reflexión d i r e c t a d e l a s
x p e r i e n c i a s v i t a l e s d e l a r t i s t a , m i e n t r a s C i n d y N e m s e r describía l a " m e t a p r i n c i -
*J del arte c o r p o r a l " c o m o "el deseo de u n i r el y o subjetivo y o b j e t i v o c o m o u n a
eiitidíid p o r c o m p l e t o i n t e g r a d a " , q u e después se p r o y e c t a d k e c t a m e n t e a l púbü-
39 E n 1 9 8 2 , C h a n t a l P o n t b r i a n d p u s o d e r e h e v e a l p e r f o r i n a n c e c o n e l a r g u -
j i i e n t o d e q u e " p r e s e n t a ; n o re-presenta".''° E n f e c h a s más r e c i e n t e s , C a t h e r i n e
E l w e s afirmó q u e e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e " o f r e c e a l a s m u j e r e s u n vehículo único
p'ira e s t a b l e c e r ese acceso [ a l público] d h e c t o n o m e d i a d o . E l p e r f o r m a n c e t r a t a
sobre,bre l a p r e s e n c i a r e a l d e l a a r t i s t a [ . . . ] E l l a es t a n t o e l ss i g nr i f i c a n t e c o m o a q u e l l o
.'MI
que se s i g n i f i c a . N a d a h a y e n t r e e l e s p e c t a d o r y laperformer\
E s j u s t a m e n t e este i d e a B s m o d e l q u e M a r } ^ K e U y , c r e o q u e c o n razón, desci-ee
en su crítica a las p r i m e r a s d e c l a r a c i o n e s a c e r c a d e l a r t e c o r p o r a l . P e r o las d e s c r i p -
ciones contemporáneas d e las o b r a s t a m p o c o c o n s t i t u y e n d e l t o d o sus s i g n i f i c a d o s .
A l a b o r d a r las o b r a s e n e l n i v e l d e u n a fenomenología f e m i n i s t a p r o f i . m d a m e n t e
influenciada p o r l a sospecha postestructurahsta hacia los discursos d e presencia,
m i e n f o q u e r e c h a z a específicamente las c o n c e p c i o n e s metafísicas q u e p r e s e n t a n
al a r t e c o r p o r a l o p e r f o r m a n c e c o m o e n t r e g a n o m e d i a d a d e l c u e r p o d e l a r t i s t a a l
espectadon L a h i s t o r i a d o r a d e arte K a t h y O ' D e l l sostiene, m o r d a z , que j u s t a m e n t e
al u s a r sus c u e r p o s c o m o p r i n c i p a l m a t e r i a l , l o s a i t i s t a s d e body art y p e r f o r m a n c e
destacan e l " e s t a d o r e p r e s e n t a c i o n a l " d e t a l o b r a , más q u e c o n f i r m a r s u p r i o r i d a d
ontológica. L o s a s p e c t o s r e p r e s e n t a c i o n a l e s d e e s t a o b r a ( s u " j u e g o d e n t r o d e l a
arena d e l o simbóhco"y, aiiadiría y o , s u d e p e n d e n c i a d e l a documentación p a r a
íilcanzar u n n i v e l simbóhco d e n t r o d e l ámbito d e l a c u l t u r a ) e x p o n e n l a I m p o s i b i -
lidad de alcanzar e l c o n o c i m i e n t o d e l y o m e d i a n t e l a p r o x i m i d a d del cuerpo.
F i n a l m e n t e , e l a r t e c o r p o r a l m u e s t r a q u e e l c u e r p o n u n c a "se c o n o c e ' d e f o r m a
pura' c o m o u n c o n j u n t o d e cai-ne t o t a l q u e y a c e R i e r a d e l a a r e n a d e l o simbóhco".''^
E n t a b l a r u n c o n t a c t o físico d i r e c t o c o n u n a a r t i s t a q u e saca d e s u c a n a l v a g i n a l u n
R o s c m a r y M a y e r , " P e r f o r m a n c e a n d E x p e r i c n c e " , Arts Mngazme 47, núm. 3 , d i c i e m b r e d e
^^•'^S-enero d e 1 9 7 3 , p p . 3 3 - 3 6 ; C i n d y N e m s e r , " S u b j e c t - O b j e c t B o d y A r t " , Arts Magazine 46, núm. 1 ,
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C a t h e r i n e E l w e s , " F l o a d n g F e m i n i n i t } ' : A Loóle a t P e r f o r m a n c e A r t b y W o m e n " , e n Women's hnages
'^/Men, S a r a h K e n t y J a c q u e l i n e M o r e a u (eds.), L o n d r e s , W n t e r s a n d R e a d c r s P u b l i s h i n g , 1 9 S 5 , p . 1 6 5 .
K a t h y O ' D e l l , " T o w a r d a^Ilieory o f P e r f o r m a n c e / V r t " , pp. 4 3 . 4 4 .
 148
A M E L I A JO
roLlo d e p a p e l n o asegura u n " c o n o c i m i e n t o " d e eila ( c o m o i n d i v i d u o o artis
o b r a d e a r t e ) más d e l o q u e i m p l i c a v e r u n a p e J i c u l a o p i n t u r a d e e s t a a c t i v i d a d
v e r u n a p i n t u r a q u e s e elaboró c o m o resiütado d e e s t a acción.
E l ser radica i n e x o r a b l e m e n t e e n e l cuerpo, nos dice e l arte c o r p o r a l . Y a
así, según m i l e c t u r a d e estas o b r a s , e s t o n o s i g n i f i c a q u e e n e l p e r f o r m a n c e
c u e r p o sea c o m p l e t a m e n t e l e g i b l e o q u e sus e f e c t o s s e a n e s t a b l e s . E l a i t e c o r p o
m e d i a n t e s u m i s m a p c r f o r m a t i v i d a d y a l d e v e l a r e l c u e r p o d e l a r t i s t a , saca a l a
l a i n s u f i c i e n c i a e i n c o h e r e n c i a d e l cuerpo/3^0 ( o e l c u e r p o c o m o s u j e t o ) y s u i n c
p a c i d a d d e e n t r e g a r s e p o r c o m p l e t o (sea a i p r o p i o s u j e t o e n e l p e r f o r m a n c e m i s
0 a q u i e n se r e l a c i o n a c o n e s t e c u e r p o ) . Qiiizá i n c l u s o más p e r t i n e n t e q u e
s u g e r e n t e s observaciones d e O ' D e l l sea l a i n s i s t e n c i a d e Pegg)^ P h e l a n e n l a m
ñera e n q u e e l c u e r p o , e n e l p e r f o r m a n c e , e x p o n e s u p r o p i a c a t e n c i a :
E l p e r f o r m a n c e e m p l e a e l cuerpo áú•¡>erfo7'merp^r:^ p l a n t e a i ' l a p r e g u n t a sobre
la incapacidad d e asegurar l a relación e n t r e s u b j e t i v i d a d y e l cuerpo per se; e l
p e r f o r m a n c e u s a e l cuerpo para p o n e r d e manifestó l a carencia d e S e r q u e se
p r o m e t e m e d i a n t e e l cuerpo y a través d e él, a q u e l l o q u e n o p u e d e ser v i s t o s i n
u n c o m p l e m e n t o [ . . . ] E l p e r f o r m a n c e m a r c a a l cuerpo m i s m o c o m o pérdida
[ . . . ] Pai-a el espectador, e l espectáculo del p e r f o r m a n c e es e n sí m i s m o u n a p r o -
yección d e l escenario e n d o n d e t i e n e l u g a r su p r o p i o deseo.**^
C o m o se e j e m p l i f i c a e n l a s imágenes d e M e n d i e t a , e n las q u e e l c u e r p o s;
r e p r e s e n t a c o m o r a s t r o o " s i l u e t a " , p u e d e d e c i r s e así q u e e l a r t e c o r p o r a l o s t e n t a
c u e r p o e n sí c o m o pérdida o c a r e n c i a : es decir, c o m o R m d a m e n t a l m e n t e c a r e n '
d e l a a u t o s u f i c i e n c i a ( q u e r e c l a m a n E l w e s et a/.) q u e garantizaría s u p l e n i t u
c o m o depósito n o m e d i a d o delyo.'*'' E n l a o b r a d e ai'te c o r p o r a l , e l p e c u h a r c u e r p
''3 P h e l a n , Unmarhed, p p . 1 5 0 - 1 5 2 . E n este caso l a aítica d e K c U y s o b r e e l body art i m p l i c a q-
t i e n e éxito a l c o l n p s a r l a s u b j e t i v i d a d a l c u e r p o . Podría d i s c u t i r q u e a u n q u e se f a n t a s e a b a c o n t a l succ
e n m u c h o s t e x t o s d e l a época d o n d e se describía esta o b r a ( a veces e n d e c l a r a c i o n e s o r a l e s o escritas d
l o s arüstas c o r p o r a l e s ) , t a l fantasía n u n c a íiie m u y e x i t o s a . E s t o y i n t e r e s a d a e n e l fracaso p a r a a s e g u r a r
p r e s e n c i a q u e r e p r e s e n t a e l body art.
"^"^ R e p i t o , las m i s m a s d e c l a n i d o n e s d e M e n d i e t a p a r e d e n m c o n t r a d e d r m i l e c t u r a p o s t c s t r u c t u r a l i s '
p e r o m e i n v o l u c r o explícitamente c o n las o b r a s d e Silueta d e o t r a m a n e r a , e v o c a n d o sus implicacíone
m e j i o s i d e a l i s t a s . M e n d i e t a afirmó q u e " a l u s a r m i p r o p i a i m a g e n e n m i a r t e , e s t o y c o n f r o n t a n d o la dicofo-i
míaía s i e m p r e p r e s e n t e d e l a r t e y l a v i d a . P a r a mí es c r u d i d s e r p a r t e d e t o d a s m i s o b r a s . C o m o restütado d
m i1 partidpación, mí visión se \Tielve r e a l i d a d y p a r t e d e m i s e x p e r i e n d a s " . C i t a d a e n N a n c y L y n n H a r r l s ,
^^iSMODERNISMO, SUBJETIVIDAD YARTE CORPORAL
^ ¿ a r t i s t a sólo t i e n e s i g n i f i c a d o e n v k t u d d e s u contextualización d e n t r o d e l o s
ódigos d e i d e n t i d a d q u e se a g r e g a n a l o s d e l n o m b r e / c u e r p o d e l a r t i s t a . Así, este
Lierpo n o es a u t o s u f i c i e n t e e n s u c a l i d a d s i g n i f i c a t i v a ; es u n c u e r p o / y o , q u e r e s i d e
^0 sólo e n u n c o n t e x t o a u t o r a ! d e " f i r i n a " s i n o también e n u n c o n t e x t o r e c e p t i v o
en e l intérprete o e s p e c t a d o r p u e d e i n t e r a c t u a i " c o n él. E s t e c o n t e x t o es j u s t a -
jnente e l p u n t o (siempre presente de a n t e m a n o ) e n d o n d e e l cuerpo deviene suje-
to •''^ D e h e c h o , e l p e r f o r m a n c e e n v i v o h a c e aún más p r o n u n c i a d a y o b v i a e s t a
c o n t i n g e n c i a ( l a i n t e r s u b j e t i v i d a d q u e se d a e n e l i n t e r c a m b i o i n t e r p r e t a t i v o )
desde e l m o m e n t o e n q u e e n l a s a c c i o n e s d e l c u e r p o i n t e r f i e r e n o t r o s c u e r p o s /
sujetos, y se reaÜnean d e a c u e r d o c o n éstos; s i n e m b a r g o , e l r e g i s t r o y d o c u m e n t a -
ción d e l c u e r p o e n p e r f o r m a n c e es i g u a h i i e n t e c o n t i n g e n t e , a u n q u e n o d e m a n e r a
o b v i a , p o r q u e e l s i g n i f i c a d o q u e se a g r e g a a l a i m a g e n d e l c u e r p o es a b i e r t o y d e -
p e n d e d e l m o d o e n q u e l a i m a g e n se c o n t e x t u a l i c e .
D e b i d o a s u apaí-ente r o l c o m o s u p l e m e n t o d e l c u e r p o " r e a l " d e l a r t i s t a , p u e d e
decirse q u e l a f o t o g r a f i ' a d e l a c o n t e c i m i e n t o o p e r f o r m a n c e d e a r t e c o r p o r a l e x p o n e
al c u e r p o m i s m o c o m o s u p l e m e n t o , t a n t o c o m o p r u e b a v i s i b l e d e l y o así c o m o d e
su e t e r n a postergación. L a s últimas o b r a s d e M e n d i e t a d e l a s e r i e Silueta, q u e d o c u -
m e n t a n e l c u e r p o sólo m e d i a n t e l a s mai'cas d e éste e n l a t i e r r a , r e p r e s e n t a n d e m a -
nera exph'cita esta d o b l e c a r e n c i a q u e i n d i c a l a f o t o g r a f i ' a . L a fotografía, así c o m o l a
i m a g e n m i s m a d e l c u e r p o , es u n c o m p l e m e n t o d e l a f a l t a i n e v i t a b l e q u e c i m i e n t a
la s u b j e t i v i d a d (es decir, d e l a e x i s t e n c i a d e l c u e r p o e n relación c o n o t r o s s u j e t o s ) . E l
s u p l e m e n t o , a f i r m a J a c q u e s D e r r i d a , es u n a " t e r r i b l e a m e n a z a " c o m o i n d i c a d o r
de a u s e n c i a y c a r e n c i a , p e r o es también " l a p r i m e r a y más s e g u r a protección [ . . . ]
c o n t r a esa a m e n a z a m i s m a . P o r e s o es i m p o s i b l e r e n u n c i a r a él".''^ L a s e c u e n c i a
^e s u p l e m e n t o s q u e i n a u g u r a e l p r o y e c t o d e a r t e c o r p o r a l ( e l c u e r p o " e n sí", l a
narrativa hablada, e l v i d e o y otros m e d i o s visuales dentro de l a obra, los registros e n
^'ideo,Jilm, f o t o g r a f i ' a y t e x t o , q u e d o c u m e n t a n l a o b r a p a r a l a p o s t e r i d a d ) a n u n c i a
Female Imagery of Mary Betl} Edehon aadAna Me7idieta, tesis d e maestría s i n p u b l i c a r , L o u i m s i ai S t a t e
" i v e r s i t y , B a t o n R o u g e , 1 9 7 8 , p . 5 5 ; c i t a d a e n J a c o b , ^ ; : / ; Mendieta: Hje "Silueta"Señes, p . 4 .
E s t o y e n d e u d a c o n K a r c n L a n g , q u i e n sugirió esta formulación d e l c u e r p o q u e se t o r n a s u j e t o .
Jacques Dcrrída, " T l i a t D a n g c r o u s S u p p l e m e n t " , Of Qrammatology, G a y a t r i S p i v a l c ( t r a d . ) , B a l -
"^lore, J o h n H o p l d n s U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 7 8 , p . 1 9 8 . H c n r y S a y r e se n u t r e d e l a teoría d e D e r r i d a a l o
Object of Performance, p e r o a m i v e r c o n t r a d i c e l a crítica d e l a presentía d e D e r r i d a a l u s a r l a
'^'•Jor noción d e " u n d e d d a b i l i t y " [ i m p o s i b i l i d a d d e d c d d i r ] p a r a a s i g n a r s i g n i f i c a d o s d e f i n i t i v o s a las
P'^^^ficas d e p e r f o r m a n c e .

A M E L I A JO
l a n e c e s i d a d d e " u n a c a d e n a inünita, q u e nuütiplique d e m a n e r a i n e l u c t a b l e
mediaciones suplementarias que producen e l sentido del m i s m o objeto que p
p o n e n : e l e s p e j i s m o d e l o b j e t o e n sí, l a ilusión d e p r e s e n c i a i n m e d i a t a , o d e l a p
cepción o r i g i n a l . L a i n m e d i a t e z se d e r i v a [ . . . ] E l j u e g o d e l a sustitución c o l
m a r c a u n a c a r e n c i a determinada".'*'' D e r r i d a obser^'a q u e " e l p r o c e s o i n d e f i n i d o
l a s i i p l e m e n t a r i d a d h a afectado desde s i e m p r e a l a presencia; desde s i e m p r e ha i:
c r i p t o e n e l l a e l e s p a c i o d e l a repetición y d e l d e s d o b l a m i e n t o d e sí".''^
E n o t r o s t e x t o s , D e r r i d a e x a m i n a e x p h ' c l t a m e n t e p o r qué d e b e e x c l u i
c u e r p o d e las d e t e r m i n a c i o n e s d e s i g n i f i c a d o d e n t r o d e l régimen ideaÜsta d e
nrficación y s u b j e t i v i d a d c a r t e s i a n a q u e se p l a n t e a e n l a metafísica o c c i d e n t a l . ,
c u e r p o i m p u r o y c o m p J e m e n t a r l o d e b e o p o n e r s e a l a l m a , d o n d e se a l o j a l a v o l
t a d y s e g e n e r a e l s i g n i f i c a d o : " L a v i s i b i l i d a d y l a e s p a c i a l i d a d c o m o tales s
destaúrían l a a u t o p r e s e n c i a d e l a v o l u n t a d y animación e s p i r i t u a l q u e a b r e e l d,
c u r s o . Son l'Uerabnente la miierle de la autopresenciaV'^ L a i d e a d e D e r r i d a expHcá
ubicación a m b i g u a d e l c u e r p o e n e l d i s c u r s o artísdco m o d e r n i s t a y p o s m o d e r n i s
P a r a l a lógica m o d e r n i s t a d e l f o r m a l i s m o , d e b e ocLátarse e l c u e r p o d e l a r t i s t a (
s u i m p u r e z a ) , se d e b e e s c o n d e r d e l a v i s t a s u c u a l i d a d c o m p l e m e n t a r i a . E l f o r r
h s t a i n s i s t e e n e l desinterés d e sus i n t e r p r e t a c i o n e s , y e s t e desinterés s e basa e n
relación p u r a enti-e e l o b j e t o d e a r t e y s u s i g n i f i c a d o s u p u e s t a m e n t e i n h e r e n t e ( q
r a d i c a e n s u f o r m a , l a c u a l discernirá e l intérprete). L a c u a l i d a d c o m p l e m e n i
d e l c u e r p o c o r r o m p e e s t a lógica. P a r a q u i e n e s d e s e a n p r i v i l e g i a r e l p e r f o r m a n c
a r t e c o r p o r a l p o r s u fiisión d e a r t e y v i d a , p o r s u e n t r e g a d i r e c t a d e l cuerpo/sují
d e l m - t i s t a a l e s p e c t a d o r , e l c u e r p o d e b e v e r s e c o m o refiexión n o m e d i a d a d e l
cuya presencia garantiza la cuaHdad redentora del arte c o m o activismo.
Más q u e c o n f i r m a i * l a c o h e r e n c i a ontológica d e l c u e r p o c o m o p r e s e n c i a , •'
a r t e c o r p o r a l c o n f i r m a (más b i e n e x a c e r b a ) e l carácter c o m p l e m e n t a i i o d e l c u e r
••^ J a c q u e s D e r r i d a , " H i a t D a n g e r o u s S u p p l e m e n t " , p . 2 0 1 .
Jíicques D e r r i d a , Speech and Phenomena: And Qther Essays on Husseii's Vjeory of Sign, E v a n s t o
I l l i n o i s , N o r d i w e s i e r n U n i v e r s i t ) ' Press, 1 9 7 3 , p . 3 7 . E s t e t e x t o es u n a crítíca d e l a fenomenología h u s s
l i a n a . E n o t r o t e x t o , D e r r i d a t r a t a a \o performativa e n términos s i m i l a r e s : a r g u m e n t a q u e l a teoría d e
p e r f o r m a t i v o e n e l l e n g u a j e d e J . L . Ausün se basa s i n q u e r e r e n l a noción rcductíva d e l a i n t e n c i o n a l i d
c o m o d e t e r m i n a n t e d e l s i g n i f i c a d o d e l o p e r f o r m a t i v o . Véase D e r r i d a , " S i g n a t u r e , E v e n t , C o n t e x t " ,
G e r a l d G r a f i " ( c o m p . ) , Limited, Inc., S a m u e l W e b e r , y J e f f r e y M e h l m a n ( t r n d s . ) , E v a n s t o n , Norüivvester
U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 8 8 [ e d . esp.: " F i r m a , a c o n t e c i m i e n t o , c o n t e x t o " , e n Márgenes de !n filosofía, M a d r i
Cátedra, 1 9 S 9 ] .
PITRNISMO, SUBJETIVIDAD YA R T E CORPORAL 151
O S i n e m b a r g o , e s t o n o e q u i v a l e a d e c i r q u e e l a r t e c o r p o r a l sea p o r n e c e s i -
^ ^ ^ ' ^ • a d i c a l i n e n t e crítico d e l e s e n c i a h s m o y d e l i d e a l i s m o ( o q u e s e a a n t i o p o s -
f j e r n i s t a ) e n t o d a s sus d i m e n s i o n e s . C o r n o v i m o s , e l p l a n t e a m i e n t o d i s c u r s i v o
¿"l arte c o r p o r a l a p r i n c i p i o s d e l a década d e 1 9 7 0 a m e n u d o l o ubicó d e f i n i t i v a -
gnte d e l J a d o d e u n interés c o n s e r v a d o r , m o d e r n i s t a , h a c i a u n a metafísica d e l a
esencia. E l a r t e c o r p o r a l n o es n i p r o g r e s i s t a n i r e a c c i o n a r i o d e m o d o d e f i n i t i v o
^ i n h e r e n t e ( c o m o K e l l y q u i s o e s t a b l e c e r ) . T o d o l o c o n t r a i i o : d a d o s u énfasis e n l a
dimer^srón i n t e r s u b j e t i v a , mai-ca l a c o n t i n g e n c i a d e t a l e s s i g n i f i c a d o s y v a l o r e s e n
la relación i n t e r p r e t a t i v a . E l a r t e c o r p o r a l a b r e l a s v i c i s i t u d e s d e l a s r e l a c i o n e s
s u j e t o / o b j e t o d e n t r o d e l d i s c u r s o artístico; e n s u r e c h a z o a c o n f i r m a r o t r a c o s a
que n o sea l a a u s e n c i a d e l c u e r p o / y o ( l a c o n t i n g e n c i a d e l s u j e t o e n e l o t r o ) , e l a r t e
c o r p o r a l se r e h u s a a d e m o s t r a r u n a p r e s e n c i a .
S i b i e n , c o m o es d e esperar, m u c h o s h a n c o n f i a d o e n l a fotografía e n p a r t i c u -
lar c o m o p r u e b a d e u n a acción d e t e r m i n a d a , o d e l a significación d e l s u j e t o e n e l
p e r f o r m a n c e , o c o m o o b j e t o c o m e r c i a l i z a b l e q u e se e l e v a a l a categoría f o r m a l i s t a
de fotografía artística; d e h e c h o t a l c o n f i a n z a s e b a s a e n s i s t e m a s ideológicos s e -
m e j a n t e s a l o s q u e s u s t e n t a n e l interés e n l a p r e s e n c i a d e l c u e r p o e n e l p e r f o r -
m a n c e . E n s u reseña d e l l i b r o d e l i e n r y S a y r e , The Object of Performance, K r i s t i n e
StÜes e x p u s o c o n b r i l l a n t e z l o s r i e s g o s d e e m p l e a i ' l a fiDtografi'a d e u n a c t o p e r f o r -
m a t i v o c o m o p r u e b a . S a y r e c o m i e n z a s u p r i m e r capítulo c o n e l c u e n t o a h o r a
mítico d e l a automutilación g e n i t a l d e R u d o i f S c h w a r z k o g l e r , m i t o R m d a d o e n l a
circulación d e v a r i o s d o c u m e n t o s q u e m u e s t r a n u n t o r s o m a s c r d i n o c o n u n p e n e
v e n d a d o (y, cerca, u n a n a v a j a d e a f e i t a r ) . S t i l e s , q u i e n realizó u n a investigación
directa c o n e n t r e v i s t a s y r a s t r e o s d e l a c t o , señala q u e l a fotografía e n reaÜdad n i
Siquiera es d e S c h w a r z k o g l e r , s i n o d e o t r o a r t i s t a q u e p o s a p a r a l a castración r i -
*^íü p o r e n t e r o f a b r i c a d a d e S c l i w a i - z k o g l e r . ^ f ^
E l d e s e o d e S a y r e d e q u e e s t a fotografía i m p l i q u e a l g i i n a c t o " r e a l " p r e v i o
l o l l e v a a i g n o r a r l a c o n t i n g e n c i a d e l d o c u m e n t o e n relación n o sólo c o n u n a
acción p a s a d a , s i n o también c o n l a construcción d e l o q u e S t i l e s d e n o i n i n a u n
^ ^ P a c i o p o r c o m p l e t o ficticlo.^^ Ésta es l a m i s m a c o n t i n g e n c i a q u e e l l i b r o d e
^yre pretende abordar a p a r t i r d e l a r g u m e n t o d e q u e l o q u e c a m b i a e n e l
f ^ n s t m e S t i l e s , " P e r f o r m a n c e a n d I t s 0\íyizx-¿\ArtsMagazine 6 5 , núm. 3 , n o v i e m b r e d e 1 9 9 0 , p . 3 5 ;
' y j e . The Object of Performance, p . 2 .
^iles u t i l i z a e l término "espacio p o r c o m p l e t o ficüco" e n " P e r f o r m a n c e a n d I t s O b j e c t s " , op. cit., p . 3 7 ,
 1.52
AMELIA JO
p e r f o r m a n c e y e l a r t e c o r p o r a l es e l " s i t i o d e l a p r e s e n c i a " d e l " o b j e t o d e a r t e
público d e l a r t e , d e l o t e x t u a l o plástico a l o e x p e r i e n c i a l " . L a ñjación d e S a
e n l a p r e s e n c i a ( a u n c u a n d o e s t e a u t o r r e c o n o z c a l a n u e v a locilización de-
p r e s e n c i a , a l i o r a d e s e s t a b i l i z a d a , e n l a recepción) y s u f a l t a d e a u t o c u e s t i o
m i e n t o , a l i m e n t a s u f e i n c u e s t i o n a b l e e n l a fotografía d e p e r f o r m a n c e c o
" v e r d a d " (después d e t o d o , ^jpor qué será q u e S a y r e d e s e a q u e l a fotografía c u
pía e s t e r o l p a r a él?).^^ L a fotografía d e l p e r f o r m a n c e es u n c o m p l e m e n t o d e
c o m p l e m e n t o : u n m a r c a d o r v i s u a l e i r a p a i i e n c i a r i g u r o s O j deíctico, d e q
u n c u e r p o " e s t u v o ahí" a n t e l a cámara/púbÜco ( " e n l a Fotografía", e s c r i b e F
l a n d B a r t h e s , " a l g o posó f r e n t e a l pequeño a g u j e r o y p e r m a n e c e allí p a r a s i e m
[ . . . ] E n l a Fotografía, l a p r e s e n c i a d e l a c o s a ( e n c i e r t o m o m e n t o p a s a d o ) n u
ca es metafórica")."
RosaÜnd K r a u s s reconoció l a r e c i p r o c i d a d filosófica d e l a fotografía y,,
p e r f o r m a n c e e n s u e n s a y o d e 1 9 7 7 " N o t e s o n t h e I n d e x " , d o n d e sitúa a a m b
c o m o d i s t i n t a s c l a s e s d e i n d i c i a l i d a d . C o m o i n d i c a d o r e s deícticos, a m b o s o
r a n p a r a " s u s t i t u i r e l r e g i s t r o d e l a p r e s e n c i a física diáfana p o r e l l e n g u a j e
a r t i c u l a d o d e l a s c o n v e n c i o n e s estéticas".^'' Y n o o b s t a n t e , q u i s i e r a d e s t a c a r ,
s u f r a c a s o p a r a " t r a s c e n d e r " l a c o n t i n g e n c i a d e l o s códigos estéticos; t a n t o
p e r f o r m a n c e c o m o l a fotografía a n u n c i a n q u e e l índice es e n sí c o m p l e m e n "
r i o ( n o h a y g e s t o o r i g i n a l h a c i a e l c u a l e l i n d i c a d o r deíctico n o s d i r i j a s i n m
trámite). L a presentación d e l y o ( e n p e r f o r m a n c e , fotografía, p e h ' c u l a o v i d e
postula l a c o m p l e m e n t a r i e d a d m u t u a del cuerpo y e l sujeto (el cuerpo, co
objeto m a t e r i a l e n e l m u n d o , parece c o n f i r m a r l a presencia del sujeto; e l s u j
t o d a a l c u e r p o s u significación c o m o h u m a n o ) , así c o m o l a c o m p l e m e n '
r i d a d d e l p e r f o r m a n c e o a r t e c o r p o r a l y e l d o c u m e n t o fotográfico. E l a c o n t
c i m i e n t o d e l a r t e c o r p o r a l n e c e s i t a l a fotografía p a r a c o n f i r m a r q u e sucedí
^2 S a y r e , The Object of Performance, p . 5 . C a r o l e e S c h n e e m a n n r e c i e n t e m e n t e ofreció u n d e s c r i p c i
i n t u i t i v a d e l p a p e l d e l a fotografía d e l a c o n t e c i m i e n t o d e l body art:"lS'Ms fotografías p e r m a n e c e n c o
f u e n t e p a r a l a investigación, d i l e m a , convicción, recuperación, y m i t o " . C i t a d o e n Actlon/Performa
and the Pholog}-aph, b a j o l a curaduría d e C r a i g ECcull, L o s Ángeles, T u r n e r / l C r u U Giüerics, 1 9 9 3 , s
paginar.
Roíand B a r d i e s , " R l i e t o r i c o f t i i c I m a g e " , e n Image-Miisk-Text, S t c p h c n H c a d i ( t r a d . ) , N w e
Y o r l c , H i l l a n d W a n g , 1 9 7 7 , p p . ' l ' l , 4 5 . R o s ; d i n d K r a u s s d i s c u t e este a s p e c t o d e Bsu-thes, e n " N o t e s o n '
I n d e x , P a r t 2 " , e n The OriginaHty of the Avant-Garde and other Modernist Myths, C a m b r i d g e , M a s s a c h
s c t i s . y L o n d r e s , M I T Press, 1 9 8 5 , p p . 2 1 7 - 2 1 8 .
^•^ R o s a l i n d ICrauss, op. cit., p . 2 0 9 .
^gjVlODERNISMO, SUBJETIVIDAD YA R T E CORPORiVL 153
fotografía n e c e s i t a e l a c o n t e c i m i e n t o d e l a t t e c o r p o r a l c o m o a n c l a ontoló-
la
va de indicialidad,"
o-ica
La ontología del sujeto: a través del cuerpo/una vez más
L e o e l a r t e c o r p o r a l c o m o d i s o l v e n t e d e l i d e a l i s m o metafísico y e l s u j e t o c a r t e s i a -
^0 ( e l a r t i s t a c o m o g e a i o h e r o i c o p e r o incorpóreo, c o m o y o t r a s c e n d e n t e deti'ás
(Je l a o b r a d e a r t e ) i n s e r t o e n l a concepción d e l m o d e r n i s m o hegcmónico e n E u -
ropa y E s t a d o s U n i d o s e n e l p e r i o d o p o s t e r i o r a l a guerra. E s t e sujeto cartesiano
t i e n e u n a l a r g a h i s t o r i a e n e l p e n s a m i e n t o o c c i d e n t a l . L a concepción d u a U s t a d e
R e n e D e s c a r t e s d e u n a c o n c i e n c i a o cogito (incorpóreo y t r a s c e n d e n t e ) o p u e s t o a l
o b j e t o b r u t o d e l c u e r p o q u e predominó e n l a Ilustración después e n las f o r m a s
m o d e r n i s t a s ( s i g l o s x i x y x x ) d e c o n c e b i r a l s u j e t o . C o n b a s e e n l a visión ( e l y o
del s u j e t o e r a u n o j o incorpóreo q u e convertía e n o b j e t o s a t o d o s l o s c u e r p o s ) ,
el c a r t e s i a n i s m o ejerció u n a fijerza e s p e c i a l d e n t r o d e l m o d e r n i s m o artístico, e n e l
que p r i m e r o p r e d o m i n a r o n l o s a i t i s t a s y e s c r i t o r e s f r a n c e s e s i n m e r s o s e n l a t r a d i -
ción c a r t e s i a n a y q u e l u e g o E s t a d o s U n i d o s tomó p r e s t a d o a F r a n c i a después d e
la s e g u n d a G u e r r a M u n d i a l . E l d u a U s m o d e D e s c a r t e s se d e s t a c a e n s u f a m o s o
pasaje d e l Discurso del método e n e l q u e e s t a b l e c e q u e "este y o , es d e c h , e l a l m a p o r
la c u a l s o y q u i e n soy, es p o r c o m p l e t o d i s t i n t o d e l c u e r p o : e i n c l u s o es más fácil
c o n o c e r l o q u e a l cuerpo".^^ L a h i s t o r i a y l a crítica d e l a r t e d e s d e h a c e m u c h o t o -
m a r o n s u r u m b o a p a r t u " d e esta concepción, c o n e l o j o / y o d e l a r t i s t a e n e s t r e c h a
cercanía c o n e l o j o / y o d e l crítico o h i s t o r i a d o r d e a r t e , q u i e n t o m a s u a u t o r i d a d
de u n a identificación c e r c a n a c o n l a "visión" t r a s c e n d e n t e d e l c r e a d o r o r i g i n a l .
S o b r e l a fotografía y e l p e r f o r m a n c e , véase también Píiotography as Performance: Message through
and Picture, L o n d r e s , P h o t o g r a p h e r ' s G a l l e r y , 1 9 8 6 ; Photograpijy ^ Performance, B o s t o n , P h o t o -
g a p l i y R e s o u r c e Ccntcr,1939; Action/Peformance andt/jeP/jotograp/j. Véase también l a discusión d e K a t h y
D c l i sobre l a intersección fotografía y p e r f o r m a n c e e n " T o w a r d a T l i e o r y o f P e r f o r m a n c e " . P a r t o d e l a
conccptualización d e O ' D c U d e q u e l a fotografía o f r e c e algún u p o d e t a c t i l i d a d q u e l a a l i n e a implícita-
' ^ t c c o n l¡t p r e s e n c i a p e r d i d a d e l c u e r p o e n e l p o s m o d e r n i s m o ; véase m i discusión d e e s t e d e s a c u e r d o
D i s / P l a y i n g t h e P h a l l u s " , Art Hisíory 1 7 , núm. 4 , d i c i e m b r e d e 1 9 9 4 , p p . 5 4 6 - 5 8 4 .
I n d ' ^^^^^ D e s c a r t e s , Discourse on Meihod, Opiics, Geome/ry, nnd Meteoroiogy, P a u l J . Oíscamp ( t r a d . ) ,
" ':^""P°lis, I n d i a n a U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 6 5 , p . 2 8 , c i t a d o e n M i u r t i n Jay, Doiuncast Eyes: The Denigration
'«o;;Twentieth Centmy French Ttjoiig/jt, B e r k e l e y , L o s Ángeles y L o n d r e s , U n i v e r s i t } ' o f C a l i f o r n i a
"'^^'^993,p.SL
 15'}
A M E L I A
S i n embíu-go, c o m o s u g i e r e e i intelectuíii e h i s t o r i a d o r M a r t i n Jay, f u e j u s
m e n t e e s t e a s u n t o d e l d u a h s m o d e m e n t e y c u e r p o l o q u e motivó a "críticos
nomenológicos d e l s i g l o x x d e l p e r s p e c t i v i s m o c a r t e s i a n o c o m o H e i d e g g e r
M e r l e a u - P o n t ) ^ [ a ] desafiar- s u versión d e l a visión, y a f e m i n i s t a s c o m o I r i g a
[ a ] [ . . . ] c o n d e n a r - e l p r e j u i c i o d e género d e s u filosofía'7^ Así, m e gustaría S U Í
q u e Ríe e l m i s m o s u p u e s t o e n e l m o d e r n i s m o artístico l o q u e , a l m e n o s e n p a r
motivó a l o s a r t i s t a s d e l body art, q u i e n e s , a m e n u d o , a l r e c t u r r i r a m o d e l o s f e n o m
nológicos d e s u b j e t i v i d a d ( c o m o también a i f e m i n i s m o ) , c o m e n z a i - o n a repres
t a r sus s u b j e t i v i d a d e s c o r p o r i z a d a s e n relación c o n e l púbHco p o r c o n d u c t o d e
i n t e r c a m b i o i n t e r s u b j e t i v o c o n s t i U i t i v o de l a o b r a d e arte. A l trabajai" d e acuer
c o n l o s p r i n c i p a l e s c a m b i o s e n e l p e n s a m i e n t o filosófico y e n e l d o m i n i o de >
s o c i a l , d o n d e e l s u j e t o n o r m a t i v o recibía u n p r o f i r n d o cuestionamíento d e l o s
versos m o v i m i e n t o s d e r e i v i n d i c a c i o n e s sociales, e l a i t e c o r p o r a l disuelve la o .
sición q u e s u s t e n t a l a concepción c a r t e s i a n a d e l y o , y, a l h a c e r l o , c o n t r i b u y e a
solver al sujeto modernista.
D e s d e e l m i s m o c o m i e n z o d e s u artículo d e 1 9 7 1 " S u b j e c t - O b j e c t B o
A r t " , u n o d e l o s p r i n c i p a l e s anáhsis t e m p r a n o s d e l a r t e c o r p o r a l , C i n d y N e m s
c i t a a M e r l e a u - P o n t y , e n u n t e x t o e n e l q u e éste señala e l vínculo c o n c e p t u a l e
t r e e l a r t e c o r p o r a l y l a fisnomenología:
N u e s t r o cuerpo n o sólo está en el espacio c o m o las cosas; h a b i t a o acecha el es-
pacio. Se aplica a l espacio c o m o u n a m a n o a l i n s t r u m e n t o , y cuando deseamos
m o v e r l o n o m o v e m o s e l cuerpo c o m o m o v e m o s u n .objeto. L o t r a n s p o r t a m o s
sin i n s t r u m e n t o s c o m o p o r arte d e m a g i a , p o r q u e nos pertenece y p o r q u e a t r a -
vés d e él t e n e m o s acceso directo a l espacio. P a r a n o s o t r o s , el cuerpo es m u c h o
más que u n i n s t r u m e n t o o u n m e d i o ; es n u e s t r a expresión en el m u n d o , l a f o r m a
visible de nuestras i n t e n c i o n e s . I n c l u s o nuesti'os m o v i m i e n t o s más afectivos, los
más p r o f i r n d a m e n t e Ügados a l a i n f r a e s t n i c t i i r a h u m o r a l , a ) n d a n a m o l d e a r
n u e s t r a percepción de las cosas.^^
S i n embargo, e l arte corporal n o ilustra l a concepciones m e r l e a u - p o n t i
d e l a encarnación d e l s u j e t o y las teorías d e l y o d e s c e n t r a d o q u e a h o r a c o n o c e m
57 j a y , DowncastEyesy p . 8 1 .
M n u r i c e M e r l c a i i - P o n t } ' , Primacy ofPercepriaii, cítndo p o r N e m s e r , " S u b j e c t - O b j e c t B o d y A r t " , p.
Q S M O D E R N I S M O , S U B J E T m D A D Y A R T E C O R P O R / V L 155
J O N
x r t i f d e l a teoría p o s t e s t r u c t u r a h s t a ; e n c a m b i o , r e p r e s e n t a o desempeña o
^. ^ l i f i c a l a encarnación y e n t r e t e j i d o d e l y o y e l o t r o . ^ ^ E l a i t e c o r p o r a l es u n a
^•'^tantas m a n i f e s t a c i o n e s o a r t i c u l a c i o n e s d e e s t a c o n t i n g e n c i a o r e c i p r o c i d a d d e l
'^^'eto 0^^^ a l r o r a r e c o n o c e m o s c o m o p o s m o d e r n a . E s c o m p l e j a l a t r a y e c t o r i a q u e
^Lilíi las teorías f r a n c e s a s d e s u b j e t i v i d a d y significación a l ar-te c o r p o r a l ( c o n e l
taqr^G fenomenológico a l c a r t e s i a n i s m o q u e llevó a l o q u e a h o r a l l a m a m o s p o s t -
s'taictru'alismo) p e r o v a l e l a p e n a e x a m i n a r l a aquí, a l m e n o s e n p a r t e . E s t o s vínculos
confiri^^^'^ l a u t i l i d a d d e e x p l o r a r e l a r t e c o r p o r a l c o n u n m a i - c o fenomenológico y
f e m i u i s t a , e n t a n t o e s t o s t r e s fenómenos se i n t e r r e l a c i o n a n e n s u compulsión
para d i s o l v e r o i n t e r r o g a r a l s u j e t o m o d e r n i s t a .
E n 1 9 5 9 , e l sociólogo e s t a d u n i d e n s e E r v i n g Goífman pubhcó u n h b r o t i t u -
lado ^íhe Presentation ofSelfin Everyday Life [La presentación de la persona en la
vida cotidiana], q u e a n a h z a e l y o c o m o p e r f o r m a n c e e n relación c o n l o s demás,
negociación q u e i m p l i c a señales y c o m p o r t a m i e n t o s i n t e r s u b j e t i v o s c o m p l e j o s . E l
yo, s o s t i e n e G o f f m a n ,
n o s e d e r i v a d e s u p o s e e d o r , s i n o d e l a e s c e n a c o m p l e t a d e s u acción [ . . . ] U n a
e s c e n a b i e n m o n t a d a y e j e c u t a d a l l e v a a l público a a t r i b u i r u n y o a u n p e r s o n a j e
r e p r e s e n t a d o , p e r o e s t a aü-ibución ( e s t e y o ) e s e l producto d e u n a e s c e n a q u e s e
ejecuta, y n o s u causa. A s í , e l yo, c o m o personaje representado [perforíned], n o es
u n a c o s a orgánica q u e t i e n e u n a ubicación específica [ . . . ] e s u n e f e c t o d r a m á t i c o
que surge d e f o r m a d i f i i s a a p a r t i r d e u n a e s c e n a q u e s e presenta.'^"
D e h e c h o , N e m s e r casi n i p u e d e s o s t e n e r l a crítíca r a d i c a l d e l c a r t e s i a n i s m o q u e g e n e r a l m e n t e d a a
entender e l t e x t o d e M e r l e a u - P o n t } ' . S u s o s t e n i d o c o n s e r v a d u r i s m o , q u e h e señalado a n t e s a través d e s u
interpretación d e l body art c o m o unificación d e l s u j e t o , l a acerca a l o q u e V l v i a n Sobchaclí h a d e t e r m i n a d o
•a "fcnumcnología t r a s c e n d e n t a l " de P l u s s e r l , q u i e n t r a t a d e d e v o l v e r l a c o n c i e n c i a a u n e g o t r a s c e n d e n t e .
Por o t r o lado, M e r l e a u - P o n t } ' a r t i c u l a u n a "fenomenología e x i s t e n c i a l " antímetafísica, l a c u a l e n t i e n d e l a
•conciencia s i e m p r e e n relación a sus o t r o s y a l m u n d o . E l s e n t i d o , M e r l e a u - P o n t ) ' i n s i s t e , n u n c a p u e d e ser
^ l a u s t i v a n i e n t e a r d c u l a d o o s i g n i f i c a d o y n o h a y depósito t r a s c e n d e n t a l o metaíTsico p a r a l a " v e r d a d " ,
^éase Sobchaclí, The Jddress of the Eye; A Ptjenomenology of Film Experieme, P r i n c e t o n , N u e v a Jersey,
f n c c t o n U n i v e r s i t } ' Press, 1 9 9 2 , e s p e c i a l m e n t e pp. 3 5 - 4 7 .
E r v i n g G o f f m a n , TJje Presentation ofSelfin Everyday Life. N u e v a Y o r k , D o u b l e d a y , 1 9 5 9 , p p . 2 5 2 ,
^ I c d . esp.: La presentación de la persona en la vida cotidiana, B u e n o s A i r e s , A m o r r o r t u , 1 9 9 3 ] . Véase
^^h\én d e R i c h a r d P o i r e r , 7?je Performing Self N u e v a Y o r k , O . x f o r d U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1 9 7 1 , u n e s t u d i o
^"tt^mporáneo d e l i t e r a t u r a e s t a d u n i d e n s e q u e e.'íplora e l " a u t o d e s c u b r l m l e n t o , autobservación [ . , , ]
p'^^oplacer" d e l s u j e t o contemporáneo ajustándose a las p r e s i o n e s desestabiÜzantes ejercidas s o b r e e l y o .
m o d ^^^^ i n t e r e s a d o espetíficamente e n l a dimensión n a r c i c i s t a d e l a p u e s t a e n e s c e n a d e l y o e n l a n o v e l a
^^na, u n vínculo q u e será e x p l o r a d o e n m i discusión acerca d e l n a r c i s i s m o .

A M E L I A
A p a r t i r d e l a o b r a d e sociólogos, teóricos c u l t u r a l e s y p s i c o a n a l i s t a s , y d e 1
t e x t o s e x i s t e n c x a l i s t a s f e n o m e nológicos d e S i m o n e d e B e a u v o i r y J e n n ~ P a u l S a r
( q u e G o f f m a n " e s t a d u n i d i z a " e n l a dirección d e u n e m p i r i s m o más b i e n U a n o ) , v
l i b r o d e G o f F m a n v i n c u l a l a exploración teórica d e l y o y l o s c u e r p o s p e r f o r m a t i v
d e l a i t e c o r p o r a l ( e n e s p e c i a l e n sus m a n i f e s t a c i o n e s e s t a d u n i d e n s e s ) . E n l a dé
d e 1 9 6 0 , v a i i o s a r t i s t a s d e E s t a d o s U n i d o s l e y e r o n e l l i b r o d e G o f f m a n , así c o i
a l g u n a s o b r a s d e M e r l e a u - P o n t y . L a versión i n s t r u m e n t a l i z a d a d e G o f F m a n d e
fenomenología e x i s t e n c i a i i s t a f r a n c e s a j u n t o c o n l o s p r o p i o s e s c r i t o s d e M e r l e a
P o n t y , e n t r e o t t o s t e x t o s , oñ-ecieron u n m o d e l o a l o s a r t i s t a s d e g e n e r a c i o n e s m '
jóvenes, c o m o V i t o A c c o n c i , q u i e n alcanzó l a mayoría d e e d a d después d e l a
heroica del expresionismo abstracto, y d e n t r o d e los explosivos cambios s
cíales d e l a década d e 1 9 6 0 . ^ ^ L a noción filosófica d e l y o c o m o p e r f o r m a n
e n c a r n a d a (noción b a s a d a y c o n d i c i o n a n t e d e l a e x p e r i e n c i a d e l o s c a m b i o s e n
ámbitos s o c i a l y c u i t m - a l ) s e expandió y desarrolló m e d i a n t e l a a p e r t u r a r a d i c a l
l a s e s t r u c t u r a s d e l a producción y recepción artísticas d e i a r t e c o r p o r a l . E l
c o r p o r a l representó a l c u e r p o a c t i v i s t a p a r t i c u l a r i z a d o d e l o s m o v i m i e n t o s s o c i
l e s reivindicatoríos ( e l y o i n t e r s u b j e t i v o y p e r f o r m a t i v o d e l a f e n o m e n o l o g '
d e n t r o d e k s e s t r u c t u r a s d e l a elaboración y recepción d e l a r t e .
K a t e L i n k c r a n a l i z a e l interés d e A c c o n c i e n l a o b r a d e M e r l e a u - P o a t ) ' - y Gofíinan así
como
interés e n l a o b r a d e l psicólogo K u r t L e w i n , e n Vilo Acconci, N u e v a Y o r k , R i z z o l i , 1 9 9 4 , p p , 3 0 , 4 6 ,
R e p a r o e n estas c o n e x i o n e s biográficas y bibliográficas m i e n t r a s m e d i s t a n c i o d e l n o t e o r i z a d o u s o
estos m o d e l o s q u e h a c e L i n k e r p a r a e x p l i c a r l a o b r a d e A c c o n c i ; c r e o q u e es más útil s i m p l e m e n t e
t r e a r insterseccíones q u e a s u m i r o a f i r m a r s u c a u s a o e f e c t o . M a u r l c e B e r g e r m e n c i o n a b r e v e m e n t e
interés d e R o b e r M o r r i s e n M e r i e a u - P o u t } ' e n Labyrinths: Roberi Morris, Minimalism and the 19'
N u e v a Y o r k , Icón, 1 9 8 9 , p p . 1 1 , 1 2 , 6 5 . RosaÜnd K r a u s s es q u i e n elaboró c o n v i n c e n t e m e n t e l o s víncul
e n t r e l a fenomenología y e n p a r d c u l a r e l m i n i m a l i s m o e n Passages in Modern Sculptnre, C a m b r i d
Míassachusetts y L o n d r e s , M I T Press, 1 9 7 7 , p p . 2 3 9 , 2 4 0 , y e s p e c i a h n e n t e e n " R i c h a r d S e r r a : A T r a n s i a t i "
e n The OriginiaÜty ofthe Avant-Garde, p p . 2 6 0 - 2 7 4 . E s t e último e n s a y o a r g u m e n t a q u e e l e x p r e s i o n i s
a b s t r a c t o adoptó l a dimensión e x i s t e n c i a i i s t a de l a fenomenología francesa s i n sus i m p l i c a c i o n e s más p
finidas e n términos d e percepción c i n t e r s u b j e t i v i d a d y q u e sólo c o n e l i n i n i m a H s m o estas Implicación
se e m p e z a r o n a e x p l o r a r p o r c o m p l e t o ( p o r s u p u e s t o q u e y o argumentaría q u e e l body art e r a u n s i
más e f e c t i v o p a r a e s t a exploración). l O a u s s es u n a d e las p o c a s h i s t o r i a d o r a s d e a r t e e s t a d u n i d e n s e , c
M i c h a e l F r i c d , q u i e n n o i g n o r a b a e l eje q u e constituían las teorías d e M e r l c a u - P o n t j ' s o b r e l a s q u e g i
b a n las prácticas d e l o s sesenta, a u n q u e a m e d i a d o s d e l o s años o c h e n t a ICrauss se había v o l c a d o a L a c a
c o m o e l m o d e l o p r e d o m i n a n t e teórico p a r a su t r a b a j o .
C u r i o s a m e n t e , l a fiiscinación c o n l a fenomenología parece q u e íüe u n a cuestión de género. H e e n t r e w s t a
a \ ' i i r i a s a r t i s t a s c o r p o r a l e s f e m i n i s t a s a c t i v a s d u r a n t e ese m i s m o p e r i o d o ( S c l i n e e m a n n , W i l k e , y o t r a
q u e d i j e r o n q u e n o e s t a b a n d i r e c t a m e n t e i n t e r e s a d a s e n l a fenomenología a u n q u e e s t a b a n a l t a n t o de es
p u n t o s d e discusión. S c h n e e m a n n recordó q u e t o d o s l o s c l i i c o s e s t a b a n o b s e s i o n a d o s c o n M e r l c a u - P o n
y W t t t g e n s t c i n en l o s sesenta (entrevista c o n l a artista, n o v i e m b r e d e 1 9 9 2 ) .
J ^ S M O D E R N I S M O , S U B J E T I V I D A D Y A R T E CORPOl^AL 157
J O H
]Tl y o p e r f o r m a t i v o , c u y o s e n t i d o e i m p o r t a n c i a n o es i n h e r e n t e n i t r a s c e n -
j n t e s i u o q u e se d e d v a "de l a e s c e n a c o m p l e t a d e s u acción", d e r r o c a d e fiírma
¿ -ástica a l y o c a i t e s i a n o d e l m o d e r n i s m o , q u e c o n s t r u y e a l c u e r p o n o c o m o a l g o
ue r e p r e s e n t e a l y o , s i n o c o m o o b j e t o b r u t o o r e c i p i e n t e vacío q u e r e c i b e s i g n i f i -
^ i d o sólo m e d i a n t e l a f u e r z a a n i m a d o r a d e l a c o n c i e n c i a q u e p r e s u m i b l e m e n t e
gsí l o trasciende.^^ E l c u e r p o v i v i d o , observó M e r l e a u - P o n t ) ' - e n s u Vhenoimnology
QJ" Percepción [Fenomenología de la percepcióti], d e 1 9 4 5 , n o es i n d e p e n d i e n t e d e l a
píente c o m o r e c i p i e n t e , s i n o e n r e a l i d a d es e l " e s p a c i o e x p r e s i v o " a través d e l c u a l
experimentamos el m u n d o , A diferencia de otros objetos e n el m u n d o , no pue-
de p e n s a r s e a l c u e r p o c o m o a l g o s e p a r a d o d e l j ' o , n i t a m p o c o s i g n i f i c a n i " e x p r e -
sa las m o d a l i d a d e s d e l a e x i s t e n c i a e n l a f o r m a e n q u e l a s b a r r a s i n d i c a n r a n g o s ,
o u n número u n a casa: e l s i g n o aquí n o sólo t r a n s m i t e s u significación, se üena
con e l l a " . "
L a fenomenología i n t e r p r e t a y p r o d u c e e l y o c o m o e n c a r n a d o , p e r f o r m a t i v o
e i n t e r s u b j e t i v o ; l a crítica a l c a r t e s i a n i s m o d e e s t e m o d o I m p H c a también u n a
dimensión h e g e h a n a d a d o q u e l o s fenomenólogos f r a n c e s e s t e o r i z a r o n u n y o
e n c a r n a d o p e r o también a r t i c u l a d o e n relación c o n u n a dialéctica y o / o t r o ( a m o /
esclavo). D e h e c h o , n o es c a s u a l q u e A l e x a n d r e Kojéve h a y a d a d o u n a c o n f e r e n c i a
sobre l i e g e l e n u n a s e r i e d e s e m i n a r i o s e n París a i i t e J e a n - P a u l S a r t r e , M a u r i c e
M e r l e a u - P o n t ) ^ y J a c q u e s L a c a n , ' ' " ' E s t a concepción d e u n s u j e t o i n t e r s u b j e t i v o
D e s d e e l p u n t o d e v i s t ; i c a r t e s i a n o , E f i z a b e t h G r o s z h a a r g u m e n t a d o q u e e l c u e r p o sólo es u n a
"vasija o c u p a d a p o r u n a s u b j e t i v i d a d a n i m a d a e i n t e n c i o n a d a " ; l a i d e a d e q u e l a m e n t e se a l o j a d e n t r o d e l
cuerpo r e s p o n d e a u n a ideología a s o c i a d a c o n l o m a s c u l i n o m i e n t r a s q u e e l c u e r p o i n m a n e n t e y c o n t i n -
gente s i g n i f i c a f e m i n i d a d c o m o c a r e n c i a u o t r e d a d . Véase l a crítica d e G r o s z e n Volatile Bodies: Toward a
Corpórea! Feniitiism, B l o o m i n g t o n c Indinnápoiis, I n d i a n a U n i v e r s i t y P i c s s , 3 9 9 4 , p p , 8 - 1 0 .
M e r i e a u - P o n t y , Phenotnenology of Perception, Colín S m i t h ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , P l u m a n i t i c s P r e s s ,
pp. 146^ 1 6 1 [ e d . esp,: Fenom etiología de la percepción, M a d r i d , A l t a ) ' a , 2 0 0 0 ] ,
Véase / V l c x a n d c r I C o j c v e , " I n t r o d u c t i o n t o d i c R e a d i n g o f P l e g e l " , Decanstructlon tn Context: Lii-
"'"f'ire and Phi/osophy M a r k C . T a y l o r ( e d . ) , C h i c a g o y L o n d r e s , U n i v e r s i t ^ ' o f C h i c a g o Press, 1 9 8 6 ,
PP- 9 8 - 1 2 0 . Aquí m e i n t e r e s a específicamente e s t a t r a y e c t o r i a f r a n c e s a d e fenomenología, b a s a d a e n l a
Pj'^scntacióii q u e hace K o j c v e d e P l e g e l , así c o m o l a fenomenología a l e m a n a ( e s p e c i a l m e n t e l a o b r a d e
^ '^^'degger). T a n t o H u s s e r l c o m o I d c i d e g g e r a t a c a r o n l a separación c a r t e s i a n a e n t r e e l s u j e t o q u e o b s e r v a
ilu '^"'^ o b s e r v a d o , q u e a s e g u r a l a c o h e r e n c i a d e l y o e n e l p e n s a m i e n t o d o m i n a n t e d e l a post-'
¿^^1^"^^!^'°" ( r e c o n o c i e n d o e l p a p e l d e l a c o n c i e n c i a h u m a n a e n l a constitución d e s i g n i f i c a d o y, e n e l caso
cidcggcr, señalando l a d i f e r e n c i a y o t r e d a d c o m o l a condición d e l a p o s i b i l i d a d d e l a e x i s t e n c i a h u -
'*^a). P a r a u n r e s u m e n d e las c o n t r i b u c i o n e s a l a fenomenología, véase M a r k C , T a y l o r , "Introductíon:
de i ^ . ' ^ ' " ' ^^'"'^'^^^''e"- Diííerence...Other'^Díío/;jín/c/ío7/m p p . 1 0 - 1 3 , l S - 2 1 , y Ja introducción
' c h a r d K e a r n e y , e n Dialogues wiíh Contemporary ContinentaiVñnkers, D o v e r , N . H . , y M a n c h e s t e r ,
 158
A M E L I A JO
encíirnaclo q u e d e p e n d e d e sus o t r o s ( e i a m o q u e deñne i d e s c l a v o y v i c e v e r s a
expandió y se radicalizó a través d e l p o s t e s t r u c t i u ' a l i s m o y e l f e m i n i s m O j así c o
según s o s t e n g o , p o r e l a r t e c o r p o r a l . D e este m o d o , l a t r a y e c t o r i a c u l t i u ' a l d e l a
nomenología ( e n e s p e c i a l l a d e l a escuela f r a n c e s a ) y u n p o s t e s t r u c t u r a l i s m o f e
n i s t a , l o s cuales a r t i c u l a n u n a teoría explícitamente a n t i c a r t e s i a n a d e l s u j e t o , s u
yacen e n m i i n t e n t o , y l o sustentan, de repensar e l arte corporal y sacailo de
concesión p a r a e l o l v i d o esencialista.''^
E n las décadas d e 1 9 4 0 y 1 9 5 0 f u e r o n M e r l e a u - P o n t y y L a c a n q u i e n e s e
p e z a r o n a t e o r i z a r c o n más v i g o r ( e n l u filosofía y e l psicoanálisis) l a s e p a r a d o
disolución d e l s u j e t o c a i t e s i a n o . L a s o b s e r v a c i o n e s d e M e r l e a u - P o n t ) ' a c e r c a d
c o n t i n g e n c i a y r e c i p r o c i d a d d e i y o / o t r o , y s u crítica enfática d e l a s teorías
orientación v i s u a l q u e p o l a r i z a n l a s r e l a c i o n e s s u j e t o / o b j e t o , p a i ' e c e n r e l a c i o n u
d e m a n e r a e s t r e c h a c o n e l p a r a d i g m a d e Goífman, p e r o v a n m u c h o más aiíá
s u s d i m e n s i o n e s i n s t r u m e n t a l e s , q u e s o n más s a r t r e a n a s y rígidamente o p o s l c i
nales: " E l c o m p o r t a m i e n t o d e o t r o expresa u n a cierta m a n e r a d e existir antes
s i g n i f i c a r u n a c i e r t a m a n e r a d e p e n s a r . Y c u a n d o e s t e c o m p o r t a m i e n t o se d i r i
a mí, c o m o p u e d e s u c e d e r e n e l diálogo, y se v a l e d e m i s p e n s a m i e n t o s c o n e l
d e r e s p o n d e r a e h o s [ . . . ] m e i n v o l u c r o e n t o n c e s e n u n a coexistencia d e l a c u a l
s o y e l único c o n s t i t u y e n t e y q u e c i m i e n t a e l fenómeno d e l a n a t i u ^ a l e z a soci^
c o m o l a e x p e r i e n c i a p e r c e p t u a l c i m i e n t a e l d e l a n a t u r a l e z a física".^*^
M a n c h e s t e r U n L v e r s i t ) ' P r e s s , 1 9 8 4 , p p . 1 - 1 4 . S o b r e l a aítica. fenomenológica d e l s u j e t o c a r t e s i a n o , ves
también C a r o l ^ ' n D e a n , T])e Selfand lis Pteasures: BalaUle, Lacan, and the J-Iistory of the Decentered Subj
ítaca, N u e v a Y o r k , C o r n e l l U n i v e r s i t } ' P r e s s , 1 9 9 2 , y M a r t i n Jay, Downcast Eyes, e s p e c i a l m e n t e e l capí'
" S a r t r e , Merleau-Ponty» a n d d i c S e a r c h f o r a N e w O n t o l o g y o f S i g h t " , p p . 2 6 3 - 3 2 8 .
^5 E s t a sección t o m a c o m o base análisis fenómeno lógicos d e c i n e y a r t e . Véase, p o r e j e m p l o , E u g
F . K a e l i n , Art and ExÍsíejice:A Phenonieno/ogica/ ofAesthetks, L e ^ v i s b u r g , P a . , B u c k n c i l U n i v e r s i t y P
1 9 7 0 ; S o b c l i a c k T}}e Address of the Eye; C a l e n A . J o h n s o n ( e d . ) , 77j¿ Merleau-Ponty Aestbetks Read\
Píñlosophy and Painting, E v a n s t o n , I l l i n o i s , Nordíwestern U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 7 3 . A g r a d e z c o a J c r e m
G i l b e r t - R o l f e p o r señiüarme e l t e x t o d e K a e l i n y a J o a n n a R o c l i e p o r s u g e r i r eí l i b r o d e D u f r e n n e .
M e r l e a u - P o n t y , The Sti-ucture ofBe/mvior, A l d e n L . F i s h c r ( t r a d . ) , c i t a d o Doiuncast Eyes,
3 0 6 . L a o b r a d e S:irtrG,BeíngandNothiugness, r e t i e n e u n f u e r t e c a r t e s i a n i s m o , c o m o también u n a vcrsló
de l a visión c o m o i n e x o r a b l e m e n t e v i c t i m i z a n t e y e n última i n s t a n c i a u n a descorporización d e las rclí
c l o n e s i n t e r s u b j e u v a s . Véase p a r t i c u l a r m e n t e l a p a c t e 3 , " B c i n g - f o r - O t h c r s " , d e Beiiig and Nothingne:
I - l a z e l B a r n c s ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , W a s h i n g t o n S q u a r e Press, 1 9 5 6 , pp. 3 0 1 - 5 5 6 . A c e r c a d e l cartesianísm
de S a r t r e , véase también J u d i t h Buüer, " S e x a n d G e n d e r i n S i m o n e d e B e a u v o i r ' s Second Sex", Yate Fren
Sindies, núm. 7 2 , 1 9 8 6 ; l a sección d e " S a r t r c a n B o d i e s a n d C a r t c s i a n G h o s t s " , p p . 3 7 - 4 0 , y l a crítica d
A ' J e r l e a u - P o n ( ^ ' d e q u e S a r t r e m a n t i e n e l a oposición h e g e l i a n a e n t r e s u j e t o / o b j e t o ( d e m a n e r a o p u e s t a
su p r o p i o e n t e n d i m i e n t o d e l a r e c i p r o c i d a d e n las r e l a c i o n e s e n t r e y o / o t r o s ) e n " H i e I n t e r t \ v i n i n g - H i
, MODERNISMO, SUBJETIVIDAD YARTE CORPORIVL 159
E l íintiempirlsmo d e M e r l e a u - P o n t ) ' " y s u i n s i s t e n c i a e n l a n a t u r a l e z a p o r c o m -
leto encai'nada d e la i n t e r s u b j e t i v i d a d l e p e r m i t e conceptualizar l a i n t e r s u b j e t i v i -
^ i d c o m o s u p e r p u e s t a más q u e c o m o o p o s i c i o n a l ( c o m o e n e l m o d e l o e x i s t e n c i a H s t a
(Je S a r t r e ) , c o m o i n t e r s u b j e t i v a e i n t e g r a d a más q u e c o m o t a n sólo r e p r e s e n t a d a e n
u n a m b i e n t e s o c i a l c o n c r e t o ( c o m o e n GoíFman).'^^ M i e n t i ' a s S a i ' t t e a d o p t a e n s u
obra fenomenológica u n a visión más e s t r i c t a m e n t e h e g e h a n a d e las r e l a c i o n e s y o /
otro c o m o estructuradas p o r el c o n f l i c t o , M e r l e a u - P o n t ) ' p l a n t e a el y o / o t r o c o m o
recíproco: n o e n e l s e n t i d o d e p o s i c i o n e s o s c i l a n t e s , s i n o e n términos d e u n a s u b -
jetivización/objetificación simultánea: u n o es s i e m p r e a m b o s a l m i s m o t i e m p o ,
y l a i n s i s t e n c i a d e M e r l e a u - P o n t y e n l a c o r p o r a h d a d y e n i r más allá d e l o s m o -
delos d e orientación v i s u a l d e l y o y e l o t r o d i s t i n g u e s u o b r a d e l a s teorías d e l y o
de L a c a n , a l m e n o s t a l c o m o se popularizó e s t e último e n e l d i s c u r s o c u l t u r a l
contemporáneo e n E s t a d o s U n i d o s ( d o n d e , c o m o se observó, e l s u j e t o se i n s t a l a
m e d i a n t e u n s e n t i d o d e visión incorpóreo, s i b i e n c o n u n a c a r g a física, q u e l o
produce c o m o imagen).^^ L o s textos de M e r l e a u - P o n t y parecen pai-ticularmente
C h i a s m " , en The Visible and ttje Invisible, A l f o n s o L i n g i s ( t r a d . ) , C l a u d e L e f o r t ( c d . ) , L e v a n s t o n , I l l i n o i s ,
N o r t h w e s t e r n U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 6 8 , p p . 1 3 0 - 1 5 5 . J u d l t h B u t i e r saca a l a l u z esfa crítica a l n o t a r q u e c o n
esta o b r a , M e r l e a u - P o n t } ' p r o p o n e u n a "antología d e l o táctil" p a r a r e e m p l a z a r " l a ontología s o c i a l d e l a
vista" de S a r t r e ; véase B u d e r " S e x u a l I d e o l o g ) ' a n d P h e n o m e n o l o g i c a l D e s c r i p t i o n : A F e m i n i s t C r i t i q u e
o f M e r l e a u - P o n t y ' s P h e n o m e n o l o g y o f P e r c e p t i o n " , e n The TJñnking Muse: Femimsm and Modern French
Pbilosopljy, jcñncr A l i e n e I r i s Marión Y o u n g ( e d s . ) , B l o o m i n g t o n , I n d i a n a U n i v e r s i t } ' P r e s s , 1 9 8 9 , p . 9 7 .
''^ E n esta sección e s t o y l e y e n d o a M e r l e a u - P o n t } ' e s e n c l i d m e n t e desde e l p o s t e s t r u c t u r a l i s m o ( c o n l a
a } i i d a de B u t i e r , I r i g a r a y y Y o u n g ) , e s p e d a l i i j c n t e p o r m e d i o délos trabajos p o s t e r i o r e s d e M e r l e a u - P o n l ^ ' .
V e o que e l t r a b a j o d e M e r l e a u - P o n t } ' ( j u n t o c o n l o s d e L a c a n , H e i d e g g e r y o t r o s ) establece Ja base p a r a
l o que sería e n D e r r i d a l a paradigmática deconstrucción t c x n j a l y p o s t e s t r u c t u r a l i s t a d e i a p r e s e n c i a y d e l
sujeto c o m o u n ser c o h e r e n t e . E n c u a n t o a esto, ^'ale l a p e n a señalar q u e l a crítica q u e D e r r i d a h a c e e n Speech
""tí Phenomena [Discurso y fenómeno] d e l a fenomenología p o r c o n s i d e r a r l a aún d e n t r o d e l interés e n l a
nictafísicn d e l a p r e s e n c i a ( " e l r e c u r s o a l a crítica fenomenológica es l a metafísica m i s m a " , p . 5 ) se a p l i c a
u n a versión a n t e r i o r d e l a fenomenología ( H u s s e r l ) más q u e a l a versión d e M e r l e a u - P o n t y . M a r t i n J a y
discute la r a d i c a l l d a d d e l a o b r a d e M e r l a u - P o n t y a este respecto a r g u m e n t a n d o q u e "de h e c l i o , i n c l u s o i a
*^-^penencia c o r p o r a l de ser a l m i s m o tiempo e l o b s e r v a d o y e l o b s e r v a d o r , e l q u e t o c a y e l o b j e t o t o c a d o , e r a
p r e r r c q u i s i t o ontológico p a r a esa i n t e r n a l i z a d o n de o t r e d a d q u e sub}'ace l a I n t e r s u b j e t i v i d a d h u m a n a . E l
•iñoso p r o b l e m a filosófico d e o t r a s m e n t e s se postuló d e m a n e r a insuíidente p o r q u e l a c x p e r i e n d a p r i m a r i a
'•' la comprensión empática era p r e r r e f l e x l v a y corpórea" {Downcast Eyes, The Denigration of Vision in Tiven-
^""^b^Cctitury French TJjought, B e r k e l e y , L o s Ángeles y L o n d r e s , U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a P r e s s , 1 9 9 3 , p , 3 1 ' I ) .
E n este s e n t i d o , l a formulación d e M e r l e a u - P o n t } ' es, se podría decir, m u c l i o más i n t e r e s a n t e y
^ ^ n i p i y j . ^ q u e m u c h a s teorías l a c a n i a n a s f e m i n i s t a s d e r e l a c i o n e s d e l y o / o t r o , las cuales t i e n d e n a c o m -
Prendcr estos téríninos e n p o s i d o n c s e s t r i c t a m e n t e o p u e s t a s ( e s t o y p e n s a n d o aquí, d e n u e v o , e n m u c l i o s
^ ' " s t e x t o s d e aítica s o b r e e l a r t e q u e a d o p t a r o n l a formulación d e L a u r a M u l v e y s o b r e l a m i r a d a
'^'"'^culina d e " V i s u a l P l e a s u r e a n d N a r r a t i v e C i n e m a " ) . S i n e m b a r g o también se podría l u g u m e n t a r q u e
 AMELIA Jo
a p r o p i a d o s e n relación c o n e l a r t e c o r p o r a l e n t a n t o articiüan u n a b o r d a j e
i n t e r s u b j e t i v i d a d c o m o drásticamente intenorpórea: t a n t o c o r p o r i z a d a c o m o
tingente.
Además, a u n q u e M e r l e a u - P o n t y v e l a s e x u a l i d a d c o m o fenómeno u n l v e
más q u e u n fenómeno c o n e f e c t o s asimétricos, M e r l e a u - P o n t ) ^ e n t i e n d e l a
r a l e z a d e l c u e r p o / s u j e t o c o m o c o m p l e t a m e n t e s e x u a l : s u saturación c o n u n
t i c i s m o q u e e j e m p l i f i c a l a fiisión d e l s e r a c t i v o , c o g n i t i v o , c o n e l c u e r p o se
U n c u e r p o s e p e r c i b e í)»-percibe él m i s m o a través d e s u relación c o n l o s d e
c o m o s e x u a l d e p i e s a c a b e z a . L a teoría d e l a i n t e r s u b j e t i v i d a d d e M e r l e
Pont)'- deviene i n c l u s o m e n o s i n s t r u m e n t a l e n s u obra posterior, a l alejarse,
i d e a l i s m o p e r s i s t e n t e d e l a Fenomenología de la percepción ( q u e p l a n t e a u n e r o
m o q u e p r e e x l s t e a l s u j e t o ) ^ ^ pai-a t e o r i z a r u n a interrelación quiasmátlca e n t r
y o y e l o t i ' o . S u " l i i e C h i a s m - H i e I n t e r t w i n i n g " > p u b l i c a d o p o s t u m a m e n t e ,|
1 9 6 4 , es e s p e c i a h n e n t e v a l i o s o c o n r e s p e c t o a l a r t e c o r p o r a l . E n e s t e t e x t o , M
l e a u - P o n t ) ^ i n t e g r a l a visión c o n e l t a c t o , e l t a c t o c o n l a visión, y s u c r u c e q u i '
mático es l a c a r n e d e l m u n d o / e l c u e r p o m i s m o : l a diferenciación e n t r e m o
d e visión ( d e c o l o r y v i s i b l e s ) es u n t e j i d o q u e " n o es u n a c o s a s i n o u n a p o s i b i i
d a d , u n a l a t e n c i a y u n a carne d e l a s cosas". E l q u i a s m a es l a "ubicación d u p l i c
y c r u z a d a d e l o v i s i b l e e n l o t a n g i b l e ) ' d e l o t a n g i b l e e n l o v i s i b l e " , y l a carne de
visible señala a l s e r c a r n a l , a l a v e z s u b j e t i v o y o b j e t i f i c a d o . ' ^ H a y u n a " i n s e r c i
e interrelación recíproca" d e l c u e r p o q u e v e c o n e l c u e r p o v i s i b l e : s o m o s t
s u j e t o s c o m o o b j e t o s a l m i s m o t i e m p o , y n u e s t r a c a r n e se f u s i o n a c o n l a Ct
q u e es e l m u n d o . N o h a y h ' m i t e s n i f r o n t e r a s e n t r e e l c u e r p o y e l m u n d o , p u e s
mundo es carite?^ ( L a s p i e z a s d e Silueta, d e M e n d i e t a , q u e c o n v i e r t e n l a t i e
m i s m a e n c a r n e y v i c e v e r s a , p a r e c e n e j e m p l i f i c a r l a observación d e M e r l e a
Ponty.)
L a relación c o n e l y o , l a relación c o n e l m u n d o , l a relación c o n e l o t r o : t o d
se c o n s t i t i v y e n m e d i a n t e u n a reversibilidad d e l v e r y d e l ser v i s t o , d e l p e r c i b i r y SÉ
estíi comprensión d e r e l a c i o n e s y o / o t r o n o l e hace j u s t i c i a a l a c o m p l e j i d a d y d e h e c l i o a las bases f e n o m '
nológicas d e l a o b r a d e L a c a n .
M e r l e a u - P o n t ) ' a r g u m e n t a que debe haber u n " E r o s o L i b i d o q u e l e da v i d a a u n m u n d o orjgi
d a v a l o r s e x u a l o s i g n i f i c a d o a estímulos e x t e r n o s y d e l i n e a p a r a cada s u j e t o e l u s o q u e l e dará a su cucr
o b j e t i v o " , Pbenoínenoiogy ofPeneptiou, p . 1 5 6 .
70 M e r l e a u - P o n t } ' , " H i e Intertwining-Híe C h i a s m " , op. cit., p p . 1 3 4 , 1 3 5 .
71 7¿/Vm. p . l 3 8 .
DERNISMO, SUBJETIVIDAD YARTE CORPORAL 161
-ibicío, y e s t o c o n h e v a u n a r e c i p r o c i d a d y c o n t i n g e n c i a p a r a e l s u j e t o o s u j e t o s
P j - n u u d o ( c o n e l c u e r p o d e M e n d i e t a q u e se h a c e r e v e r s i b l e e n d o s d i r e c c i o -
' d e r e g r e s o a s u l u g a r c u l t u r a l y p e r s o n a l , c o n l a santería y i o s r i t u a l e s d e d i o -
^ 5. y h a c i a R i e r a , a n u e s t r a situación, c o n n u e s t r a e x p e r i e n c i a e n c a r n a d a y s u i n -
^^^^ox-AÚón c o n c e p t u a l ) . E i c u e r p o / y o es a l m i s m o t i e m p o t a n t o s u j e t o c o m o
objeto; e n l a e x p e r i e n c i a d e l diálogo ( o , e n n u e s t r o caso, e n l a producción y r e c e p -
ción d e o b r a s d e a r t e ) , l o s d o s s u j e t o s p a r t i c i p a n t e s ( e l c r e a d o r d e a r t e , e l Intér-
prete d e l a r t e ) " c o l a b o r a n e n t r e sí p a r a c o n s u m a r l a r e c i p r o c i d a d " 7 ^
A través d e l a noción d e c a r n e , b i s a g r a o f r o n t e r a c o n d o s l a d o s ( q u e t a m -
bién f o r m a p a r t e d e l a s c o s a s q u e s e p a r a ) p a r a m a r c a r l a " r e v e r s i b i l i d a d d e l
s e r " / ' M e r l e a u - P o n t ) ' t e o r i z a i a interrelación e n t r e m e n t e y c u e r p o ( e l carácter
encamado del y o ) , y l a reciprocidad y contingencia d e l cuerpo/yo e n e l otro.
E s t o es l o q u e L a c a n , e n u n a formulación q u e d e r i v a s u fi.ierza teórica d e l a
lingüística y d e l psicoanáHsis f r e u d i a n o , p e r o también ( c o m o n o s e r e c o n o c e a
m e n u d o e n e l d i s c m - s o artístico e s t a d u n i d e n s e ) d e l a fenomenología, d e s c r i b e
c o m o fenomenología de la transferencia m e d i a n t e l a c u a l e l 3^0 s e u b i c a e n e l o t r o :
" L o q u e b u s c o e n e l h a b l a es l a r e s p u e s t a d e l o t r o . L o q u e m e c o n s t i t u y e c o m o
sujeto es m i p r e g u n t a [ . . . ] M e i d e n t i f i c o e n e l l e n g u a j e , p e r o sólo a l p e r d e r m e
en él c o m o u n o b j e t o " . ' ' ' ' L a c a n r e o r g a n i z a e l a m o / e s c l a v o d e H e g e l e n términos
de u n a lógica metafórica d e d e s e o , c o m o se a r t i c u l a p o r m e d i o d e l l e n g u a j e ; e n
palabras d e Kojéve, " t o d o D e s e o h u m a n o , antropogenético, e l D e s e o q u e g e n e -
ra l a C o n c i e n c i a d e l Y o , l a r e a U d a d h u m a n a , es, a l ñwú, u n a función d e l d e s e o
de ' r e c o n o c i m i e n t o ' p o r p a r t e d e o t r o , q u e m a r c a l a c o n t i n g e n c i a d e l a c o n c i e n c i a
7^ ^'\túcñ\.\~?Qnty, PIjenomenotogy of Pereepiion, p p . 3 5 4 , 3 5 5 ; S o b c l i a c k c i t a e s t e pasaje y l o e l a b o r a e n
The Address oftije Eye, ]>. 1 4 1 .
Ésta es l a definición q u e h a c e E l i z a b e t h G r o s z d e l a c i u - n e e n Volatile Bodies, p . 1 0 1 . También q u i e r o
^ n c u i a r este c o n c e p t o a l a noción d e M i c h c l D u c h a m p s o b r e l a b i s a g r a e n relación a i a i n c o n g r u e n c i a y
^Simetría d e l a s r e l a c i o n e s d e l y o / o t r o e n l a dimensión iifrnthln. Véase m i discusión s o b r e e s t o e n Post-
^^demism and the En-Gendering of Mnrcel Dmhnmp, C a m b r i d g e y N u e v a Y o r k , C a m b r i d g e U n i v e r s i t } '
i rcss. 1 9 9 4 , pp. 1 9 5 - 1 9 8 .
^ Jacques L a c a n , " l l i e F u n c t i o n a n d F i e l d o f S p e e c h a n d L a n g u a g e i n Psychoanaíisis", e n Écrlts:
g '''^^^°>h /VJan S l i e r i d a n ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k y L o n d r e s , N o r t o n , 1 9 7 7 , p . 8 6 [ e d . esp.: Escritos, México,
^ u e n o s A i r e s , M a d r i d , S i g l o X X J , 2 0 0 9 ] . Véase también L a c a n acerca d e l a fenomenología d e l a t r a n s -
^^f^cncia e n " O f d i e S u b j e c t W h o I s S u p p o s e d t o I C n o w , o f üie F i r s t D y a d , a n d o f t h e G o o d " y " F r o m
^ ^ ^ c r p r e t a t i o n t o T r a n s f e r e n c c " , 'I})e FonrFundamental Concepts ofPsycJjo-Annlysis, A l a n S h e r i d a n ( t r a d . ) ,
L i b T ' ^ ' " ^ ' ^ " ' " M i H e r ( e d . ) , N u e v a Y o r k y L o n d r e s , N o r t o n , 1 9 8 1 , p p . 2 3 0 - 2 6 0 [ e d . esp.: Ei seminario,
'"'^ I I . üoj cuatro conceptos fundamentales delpsicoaudlisís, B a r c e l o n a , Paidós, 1 9 8 6 ] .
 A M E L I A JO
d e l y o , d e l a m o ' e n e l e s c l a v o ' . E n términos l a c a n i a n o s , es c u a n d o v e q u e se p
e n mai-cha u n a cadena c o m p l e t a e n e l n i v e l d e i deseo d e l o t r o c o m o se c o n s t i '
el deseo d e l sujeto'".^^
N o o b s t a n t e , s i b i e n e l c u e r p o / y o es i n e x o r a b l e m e n t e sexaial e n l a f o r m u l a <
d e M e r l e a u - P o n t y , y sí b i e n éste r e c o n o c e ( c o n u n a m i r a d a d i s t a n t e h a c i a l a d i a l
t i c a a m o / e s c l a v o ) l a asimetría d e l a r e v e r s i b i l i d a d d e la percepción, M e r l e a u - P o
teoriza c o m o L a c a n e l sujeto/objeto sexual a parth" d e u n p u n t o de vista implfc
m e n t e m a s c u h n o . V a r i a s filósofas f e m i n i s t a s h a n r e v i s a d o l a formulación d e M
l e a u - P o n t ) ' - a través d e l a l e n t e d e l a d i f e r e n c i a s e x u a l , y r e c o n o c e n e l r o l c e n t r a l
género d e n t r o d e l a s p e c t o aslmétiico a m o / e s c l a v o d e las r e l a c i o n e s s u j e t o / o b j e t o l
e l p a t r i a i ' c a d o o c c i d e n t a l . ^ ^ Así, J u d i d i B u d e r i d e n t i f i c a l a t e n d e n c i a d e M e r l e . ' ^
P o n t ) ' - e n s u o b r a t e m p r a n a a t e o r i z a r l a s r e l a c i o n e s y o / o t r o e n términos q u e i m p
c a n p e r o n o t e o r i z a n l a asimetría d e género.^^ Y L u c e I r i g a r a y e n f r e n t a l a c e g u
d e M e r l e a u - P o n t ) ^ r e s p e c t o d e l género a l i n s e r t a r l o " m a t e r n a l - f e m e n l n o " e n l a t
m i n o l o g i ' a d e este último: l a c a r n e se t o r n a f e m e n i n a c o m o " u n a c a i m e , m a t e r n
raaternahzadora,reproducción [...] tejidoplacenta".^^
P e r o ñie S i m o n e d e B e a u v o h , a m i g a y c o l e g a d e M e r l e a u - P o n t y , a m a n t e
Sai'ti-e, l a p r i m e r a e n e x p o n e r l a e s p e c i f i c i d a d d e género d e l a relación y o / o t r o e n
o b r a d e 1 9 4 9 El segundo sexoP E l h b r o d e B e a u v o k f u e e l p r i m e r o e n e x t e n d e r
75 ICojevc, "Introductíon t o t h e R c n d i n g o f H e g e l " , p . 1 0 1 ; L a c a n , " O f d i e S u b j e c t W h o I s Sup^
to ICnow", p. 235.
''^ Véase L a c a n , "TÍie S i g n i f i c a t i o n o f tíie Phaüus", Écñís, p. 2 8 1 . E s q u i v o l a formulación d e L a .
acerca d e l a d i f e r e n c i a s e x u a l a causa d e s u m i s o g i n i a p e r s i s t e n t e ( a l g u n o s i n c l u s o l a llamarían d o m i n a n '
s i n o irónica).
77 Véase B u d e r , " S e x u a l I d e o l o g y a n d P h e n o m e n o l o g i c a l Descrlptíon", p p . 9 3 - 9 5 . B u d e r señala
M e r l e a u - P o n t y u s a c o m o e j e m p l o d e l fracaso d e las r e l a c i o n e s y o / o t r o e l caso d e S c h n e i d e r ( d i s c u
también p o r F r e u d ) ; i a " a n o r m a l i d a d " de S c l i n e i d e r , e l l a o b s e r v a , es i l u s t r a d a p o r M e r l e a u - P o n t y a t r a
d e l h e c l i o d e q u e las fotografías d e m u j e r e s d e s n u d a s n o l o e x c i t a n . P o r l o t a n t o , M e r l e a u - P o n t y a s u
q u e l a s u b j e t i v i d a d s e x u a l es u n i v e r s a l , c u a n d o d e h e c l i o p r o p o n e " u n a relación d e v o y e u r i s m o y objc
ficación, u n d i a l e c t o n o recíproco e n t r e h o m b r e s y m u j e r e s " , p . 9 5 . Véase también l a crítíca d e E l i z a b e
G r o s z d e M e r l e a u - P o n t j ' e n Fo/aíUe Badies, capítulo 4 , " L i v e d B o d i e s ; P h e n o m e n o l o g ) ' a n d t h e F i e s '
pp. 8 6 - 1 1 1 .
7^ L u c e I r i g a r a y , " T i l e I n v i s i b l e o f tíie F l e s h : A R e a d i n g o f J N ' I e r l c a u - P o n t y , The Visible andíbe Invis'
l i i c I n t e r t w i n i n g - ' n i e C h i a s m " , e n An Eíhics of Sexual Difference, C a r o l y n B u r k e y G i l l i a n C . G U I ( t r a d s .
ítaca, N u e v a Y o r k , C o r n e l l U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 9 3 , p . 1 5 9 .
75 S i m o n e d e B e a u v o i r , The Second Sex, H. M . P a r s l i l e r ( t r a d . y e d . ) , N u e v a Y o r k , I C n o p f , 1 9 5 2 [ e d . es
El segundo sexo, M a d r i d , Cátedra, 1 9 9 8 ] . B e a u v o i r y S a r t r e e r a n b u e n o s a m i g o s y c o l e g a s d e t r a b a j o
M e r l e a u - P o n t ) ' d e l o s años v e i n t e e n a d e l a n t e . M l e r l c a u - P o n t y editó Lestemps nioderues cow l a p a r e j a p e
.nnERNlSMO, SUBJETIVIDAD Y ARTE CORPORiVL 163
, • n g-eneral a l s u j e t o c a r t e s i a n o d e l m o d e r n i s m o y e n c u e s t i o n a r s u dimensión
/*rí tJ c' &
^^^^^ycnto y masciüinista. E n El segundo sexo c o m i e n z a u n a pai-ticuliurización r a d i c a l
j la teoría fenomenológica d e u n s u j e t o ( e n l a década d e 1 9 4 0 ) e n g r a n m e d i d a
s u m i ' ^ ^ c o m o u n i v e r s a l . Aquí, l a dialéctica e n t r e e l y o y e l o t r o q u e esbozó S a r t r e ( y
]yíerleau-Pont)''y L a c a n t r a n s f o r m a r o n c o n más s u t i l e z a ) se r e v i s a c o n u n a c o n -
ciencii^ clel anáhsis d e l p o d e r m e d i a n t e e l género e n e l p a t r i a r c a d o . B e a u v o h r e l e e e l
j i r g u m e n t o e x i s t e n c i a i i s t a d e S a r t i ' e , e n Ei sery la nada, d e q u e e i s u j e t o tiene l a c a p a -
cidad d e p r o y e c t a r s e e n l a t r a s c e n d e n c i a i&lpour-soi) f i i e r a d e l a i n m a n e n c i a f i m d a -
p i e n t a l d e l en-soi, c o m o u n a p o t e n c l a h d a d p r i v i l e g i a d a d i s p o n i b l e sólo p a r a l o s s u -
j e t o s mascuÜnos e n e l p a t i i a r c a d o . A l d e c l a r a r s u f i d e U d a d a u n a "ética e x i s t e n c i a i i s t a " ,
B c a u v o k v a más allá p a r a especificar sus d i s t i n t a s a p h c a c i o n e s p a r a l a s m u j e r e s :
Cada sujeto representa su r o l c o m o t a l e s p e d f i c a m e n t e m e d i a n t e hazañas o p r o -
yectos que o p e r a n c o m o m o d o de trascendencia; l o g r a la l i b e r t a d sólo p o r m e d i o
de u n a búsqueda c o n t i n u a hacia otras libertades. N o h a y o t r a justificación p a r a
la existencia presente que n o sea su expansión hacia u n fiituro i n d e f i n i d a m e n t e
abierto. C a d a v e z que l a ti-ascendencia cae de n u e v o en la i n m a n e n c i a , h a y u n a
degradación d e la existencia hacia e l en-soi—la v i d a b r u t a l de l a sujeción a c o n -
diciones d e t e r m i n a d a s — y de l a l i b e r t a d hacíala limitación )^la contingencia [ . . . ]
Cada i n d i v i d u o preocupado p o r j u s t i f i c a r su existencia siente que su existencia
implica u n a necesidad i n d e f i n i d a de trascenderse, de c o m p r o m e tetse en proyectos
elegidos con libertad [...] A l i o r a bien, l o que señala de f o r m a peculiar la simación
de k l u u j c r es que ella • — u n ser l i b r e y autónomo, c o m o todas las criaturas h u -
m a n a s — n o obstante se e n c u e n t r a v i v i e n d o e n u n m u n d o d o n d e l o s h o m b r e s l a
r o m p i e r o n s u relación a p r i n c i p i o s d e l o s c i n c u e n t a c u a n d o S a r t r e se volvió c a d a v e z más d e i z q u i e r d a y
se involucró e n l a poUtíca. A t m q u e M e r l e a u - P o n t y había s i d o e l m e n t o r poHtíco d e S a r t r e , a m e d i d a
que se acercaba a l a c t i v i s m o polítíco S a r t r e se volvió d e s p e c t i v o h a c i a l a decisión d e M e r l e a u - P o n t y d e
'Mantener su p o s t u r a p o U t i c a d e n t r o d e su o b r a i n t e l e c t u a l . S a r t r e v i r t u a l m e n t e forzó a M e r l e a u - P o n t y a
r e n u n c i a r a Les temps niodernes e n 1 9 5 3 . Véase R o n a l d P l a y w a r d , Sarñ-e.-A Life, N u e v a Y o r k , Simón a n d
Schuster, 1 9 8 7 , p . 3 0 7 . Véase también e l d u r o c o m e n t a r i o d e B e a u v o i r " M e r l e a u - P o n t y c t l e P s e u d o -
S:itris,nc", Pñíüéges, París, G a U i m a r d , 1 9 5 5 , p p . 2 0 1 - 2 7 2 , d o n d e acusa a M c r l e a u - P o n l ^ ' d e l i q u i d a r e l
dialecto m a r x i s t a y d e mídinterpretar n o t a b l e m e n t e a Sarti-e a l p r o p o n e r u n a filosofía d e l s u j e t o ( " L a
P h i l o s o p h i e d e S a r t r e n'a jamáis été u n e p h i l o s o p h i e d u sujef", p. 2 0 5 ) . Véase también T o r U M o i , Simone
«'^ Beauvoir: TIje Making ofan Intellectual Woman, 0 . x f o r d y C a m b r i d g e , M a s s a c l i u s e t t s , B l a c k w e U , 1 9 9 4 ,
y D o r o t h y K a u f m a n n M c C a l l , " S i m o n e d e B e a u v o i r , The Second Sex, a n d J e a n - P a u l Sarü:e", Sig?¡s 5, núm.
'nvicrno de 1979, pp. 209-223.
 164
o b l i g a n íi a s u m i r e l estatus d e l oü'o. P r o p o n e n estabilizarla c o m o objeto y c o n d
n a r l a a l a i n m a n e n c i a pues su trascendencia h a d e eclipsarse y s i e m p r e h a d-'
verse trascendida p o r o t r o y o [ . . . ] e l cual es esencial y soberano.^'^
C o m o observa J u d i t h Butier, el paradigma de S i m o n e de B e a u v o h expli
p r o y e c t o m a s c u h n o d e despersonificación m e d i a n t e e l c u a l l o s h o m b r e s trascie
sus c u e r p o s a l pro^^ectar s u o t r e d a d ( s u i n m a n e n c i a , s u c o r p o r e i d a d c o n t i n g -
e n las mujeres.^^ E n última i n s t a n c i a , e l a r g u m e n t o d e S i m o n e d e B e a u v o i r , e:
pecial c o m o l o desarrohnn postestructurahstas feministas c o m o Butier, extien
crítica fenomenológica a l c a r t e s i a n i s m o p e r o también c u e s t i o n a sus m o d e l o s ;
n o t o m a n e n c u e n t a e i s e x o d e l y o / o t r o (así c o m o e l p a r a d i g m a c e n t r a d o
m a s c u h n o d e l m o d e l o d e L a c a n d e l a d i f e r e n c i a sexual)^^ a l e x p o n e r t a l e s p r o
c l o n e s c o m o i n t e n t o s f a U i d o s d e a s e g u r a r u n y o c o h e r e n t e p o r p a r t e d e l o s suje
m a s c u h n o s e n e l p a t r i a r c a d o . C o m o s o s t i e n e B u t i e r , e l h e c h o d e q u e e l otxo'
e n r e a h d a d s u y o a h e n a d o "establece l a i n t e r d e p e n d e n c i a esencial del ' h o m .
incorpóreo y l a m u j e r ' corpóreamente d e t e r m i n a d a . S u encaimación sólo es p
b l e c o n l a condición d e q u e las m u j e r e s o c u p e n sus c u e r p o s c o m o sus identída'
e s e n c i a l e s y esclavizantes".^^
S ° S i m o n e d e B e a u v o i r , VK Second Sex, x x v u i . V a l e l a p e n a o b s e r v a r l a a n s i e d a d d e B e a u v o i r s.
la c o n d n g e n c i a e i n m a n e n c i a , l o c u a l r e f l e j a s u p r o p i o c o n t e x t o c o m o l a p a r e j a d e S a r t r e y s u partíd
intelectual.
J u d i t h B u t i e r , " S e x a n d G e n d e r i n S i m o n e d e B e a u v o i r ' s S e c o n d S e x " , Yn/e French Siudies, núi
1 9 S 6 , p p . 3 5 - 5 0 ; véase también IVlarg-arct A . S i m o n s , " B e a u v o i r a n d S a r t r e : T J i c P h i l o s o p l i i c a l Reía
s h i p " e n l a m i s m a edición, p p . 1 6 5 - 1 7 9 . B u d e r c o m p a r a e l c a r t e s i a n i s m o d e n t r o d e l a filosofía d e S,
c o n l a concepción de B e a u v o i r d e l género c o m o u n p r o c e s o y S i m o n s e x p l o r a l a d i f e r e n c i a e n t r e las t-
dc o t r e d a d d e S a r t r e y B e a u v o i r . M i e n t r a s q u e S a r t r e se rehusó a d a r c u e n t a d e l p a p e l d e i i n c o n s c i .
i n s i s t i e n d o e n u n a p o s t \ i r a voluntarísta d e l i b e r t a d r a d i c a l ( l a p i e d r a a n g u l a r d e l a-íistencialismo c o n
l e e n d e u d e p o p u l a r m e n t e ) , B e a u v o i r artículo o t r a teoría más s u t i l d e l a s u b j e r i v i d a d q u e d i e r a cuen*
la opresión s o c i a l y e l a p a r a t o d i s c r i m i n a t o r i o d e l a d i f e r e n c i a s e x u a l .
^2 L a c a n y B e a u v o i r se conocían, y B e a u v o i r a p a r e n t e m e n t e llamó p o r teléfono a L a c a n m i e n t r a s '
escribía Elsegimdo sexo p a r a c o n s u l t a r l o c o n r e s p e c t o a l a ahenación (¡muy a p r o p i a d o ! ) ; véase M o i , Sim
de Beauvoir, p . 1 5 7 .
B u d e r , " S e x a n d G e n d e r i n S i m o n e d e B e a u v o i r ' s Second Sex", p . 4 3 . Butíer a r g u m e n t a q u e u n '
las c o n t r i b u c i o n e s más dramátícas d e B e a u v o i r a) s u r g i m i e n t o r a d i c a l de l a concepción d e l s u j e t o de.
t r a d o , es su I n s i s t e n c i a acerca d e l género c o m o p r o c e s o más q u e c o m o u n a c u a l i d a d i n h e r e n t e asociada
biología. P o r l o t a n t o , e n l o s términos de Butíer, i a p r o c l a m a f a m o s a de B e a u v o i r d e q u e " u n o n o nace,
b i e n se c o n v i e r t e e n m u j e r " i m p l i c a q u e convertírsc e n u n género "es u n p r o c e s o i m p u l s i v o p e r o c o n s c i
de i n t e r p r e t a r u n a r e a l i d a d c u l t u r a l c a r g a d a d e s a n c i o n e s , tabúes y p r e s c r i p c i o n e s " ( B e a u v o i r , The Se
Sex, p . 2 4 9 , c i t a d a p o r Butíer, p . 4 0 ) . A p e s a r de l o q u e Butíer q u i s i e r a , B e a u v o i r es e n r e a l i d a d m u c h o
O D E R N I S M O , SUBJETIVIDAD YA R T E CORPORAL 165
po5^'^
l^MCC Irigaray, q u i e n Riera u n a v e z estudiante d e L a c a n y luego su adversaria,
esta dinámica e n m a y o r g r a d o e n s u h b r o d e 1 9 7 4 Speciiliim oftbe Other
i e n e l q u e c o m e n t a q u e e l h o m b r e s e e x U i a "aún más l e j o s ( h a c i a ) d o n d e
'de e l p o d e r m a y o r [ p a r a c o n v e r t i r s e ] e n e l s o l ' s i e m p r e y c u a n d o las cosas g i r e n
^^^^orno d e é l [ . . . ] M i e n t t a s t a n t o [ . . . ] eha' [ c o m o l a M a d r e T i e r r a ] también
sobre sí m i s m a [ s a b i e n d o ] cómo v o l v e r s e s o b r e sí p e r o s i n s a b e r cómo b u s c a r
\ i d e n t i d a d a f i i e r a , e n e l otro".^'* L a i n m a n e n c i a d e l a m u j e r es, c o m o r e p r e s e n t a l a
bra de M e n d i e t a , su combinación c o n l a " t i e r r a " estática, i n v a r i a b l e , q u e sólo se d e s -
laza e n t o r n o a l " t i ' a s c e n d e n t e " s o ] / h o m b r e / D i o s . E s t a e s t r u c t i u ' a ideológica es n e -
cesaria p a r a el m a n t e n i m i e n t o d e l a i d e a d e q u e e l s u j e t o c o m o e l y o ( p r e r r o g a t i v a
n i a s c u h n a ) es c o h e r e n t e y está más allá d e l a intervención o r e p r o c h e " t e r r e n a l " .
Las piezas d e Silueta, d e M e n d i e t a , c o m o l o s s u t i l e s y poéticos a r g u m e n t o s d e
Irigaray, e x p o n e n e l hedió d e q u e , j u s t a m e n t e a causa d e e s t a proyección d e i n -
m a n e n c i a s o b r e ía h e m b r a , e l s u j e t o m a s c u h n o (¿intérprete d e M e n d i e t a ? ) está
s i e m p r e / y a a t a d o a l a tierra, i m p h c a d o e n a q u e l l o q u e i n t e n t a i n s p e c c i o n a r a t i ' a -
vés de s u m i r a d a d i s t a n c i a d a , " t r a s c e n d e n t e " .
C o n este fin, e n s u l i b r o s o b r e e l s u j e t o e s c i n d i d o d e l p o s m o d e r n i s m o , C a r o -
lyn D e a n sostiene que e l m o d e l o del y o descentrado que los eruditos estadimiden-
ses c o n o c e n s o b r e t o d o a través d e L a c a n es e n r e a h d a d u n a descripción d e l a
fragmentación d e i s u j e t o varón e n e l c a p i t a h s m o tardío. E l m o d e l o l a c a n i a n o u b i -
ca a l y o c o m o u n a consti-ucdón q u e s e d a m e d i a n t e u n r e c o n o c i m i e n t o e q u i v o c a d o
ambivalente sobre esto ( h a y todavía m u c l i o s b i o l o g i s m o s e n su l i b r o , e s p e c i a l m e n t e e n la sección títulada
Dcstíny: TJie D a t a o f B i o l o g y " , p p . 1 - 3 3 ) ; p e r o Butíer está e n l o c o r r e c t o a l e n f o c a r s e e n este a s p e c t o
de la obra d e B e a u v o i r y a q u e , d e h e c l i o , su r e c o n o c i d o antíescncialismo h a i n f l u e n c i a d o p r o f i r n d a m e n t e
tirona f e m i n i s t a s u b s e c u e n t e . Además ía enfática l e c t u r a d e B u t i e r p r o p o r c i o n a e l c o n c e p t o d e g e n e r o
^^í^mo u n d e v e n i r o c o m o u n p e r f o r m a n c e d e códigos c u l t u r a l e s , u n c o n c e p t o q u e se v i n c u l a a l o q u e más
ciante sería l a teorización f e m i n i s t a p o s f c s t r u c a i n d de la s u b j e t i v i d a d c o m o p e r f o r m a n c e (de g e n e r o ) e n
euder froubte: Feaiinisni and the Subversión ofldentity, N u e v a Y o r k y L o n d r e s , Routíedgc, 1 9 9 0 , y Bodies
^ ^thdatter: On the Discursiva Limits of "Sex", N u e v a Y o r k y L o n d r e s , R o u d e d g e , 1 9 9 3 [ e d . esp.: El género
T/"^'"'"' f^'uiiúsmo y la subversión de la identidad, Paídós, B a r c e l o n a , 2 0 0 7 y Cuerpos que importan.
IcctÜ^ ^'""^^^ /««/enfl/áí^y discursivos del "sexo", B u e n o s A i r e s , B a r c e l o n a , México, Paidós, 2 0 0 2 ] . E s t a
f ¡"a d e B e a u v o i r p o r p a r t e d e Butíer n o s regresa i d body arty su relación c o n l o s sujetos p e r f o r m a t i v o s
>'P'''^^dcuiarÍ2ados d e l p o s m o d e r n i s m o .
U . L u c e I r i g a r a y , Speculmn of tJje Other Woman, G i l l i a n C . Gilí ( t r a d . ) , ítaca, N u e v a Y o r k , C o r n e l l
^^|iivcrsity Press, 1 9 8 5 [ e d . esp.: Espéculo de la otra mujer, M a d r i d , A k a l , 2 0 0 7 ] . L a l e y e n d a n o s d i c e q u e
"icñt^^' e s t u d i a n t e d e l a Écolefreudienne d e L a c a n , f l i e e x p u l s a d a p o r e s c r i b i r Speculum ( o r l g l n a l -
p . ^^sis d o c t o r a l ) , l a c u a l n o se d i r i g e a ía obi-a d e L a c a n d i r e c t a m e n t e p e r o reta p r o f u n d a m e n t e sus
'^=^5 p o r irujcijo a-ítica e x t e n s a d e l a teoría f r c u d i a n a .
 166 A M E L I A JO:
Ana Mendieta, U n t i t l e d [ S i n título] de la serie Silueta, 1979. Silueta de pólvora, realizadi
en lowa. Cortesía Galerie Lelong, Nueva York © 27;e Estate ofAna Mendieta Collection.
( m e d i a n t e l a reflexión e s p e c u l a r d e l y o c o m o c o h e r e n t e ) d e " l a v e r d a d a c e r c a d
l a fragmentación, Indefención y c a r e n c i a r e a l e s q u e deñnen a l a i d e n t i d a
h u m a n a " . D e a n s u g i e r e q u e t a l m o d e l o d e c o h e r e n c i a p e r d i d a se elaboró a p :
t i r d e l a c r i s i s específica d e l a a u t o r i d a d m a s c u h n a e n e l p e r i o d o p o s t e r i o r a
p r i m e r a G u e r r a M u n d i a l : sólo f u e e l s u j e t o varón, después d e t o d o ( c o m o s e n
B e a u v o i r ) , q u i e n e n d e f i n i t i v a a l g u n a v e z t u v o a c c e s o a e s t a c o h e r e n c i a míti
L a observación d e D e a n se trasladaría d e m a n e r a i n t e r e s a n t e a l a c r i s i s d e
mascLÜinidad d u r a n t e e l p e r i o d o p o s t e r i o r a l a s e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , c o n l a
siedad c u l t u r a l general acerca d e l c o n f o r m i s m o y e l creciente r e c o n o c i m i e n t o d
q u e e l s u j e t o ( i m p h ' c i t a m e n t e varón) n o e s t a b a p l e n o d e n t r o d e sí m i s m o , s i n
d e h e c h o , d e q u e se a r t i c u l a b a e n relación c o n o t r o s , d e q u i e n e s podría o n o d
pender para reforzar s u presencia de mascuhnidad " c o h e r e n t e " . C o m o sen
D e a n , The Self and Its Pteasures, p . 5 1 . M i e n t r a s q u e D e a n a r g u m e n t a , ¡ilgo problemático a
parecer, q u e e l s u j e t o d e s c e n t r a d o llegó a ser e n l a e r a p o s m o d e r n a ( e n v e z d e q u e llegó a ser reconocí
o c o n o c i d o ) , e l l a p r o p o r c i o n a u n a útil h i s t o r i a i n t e l e c t i u i l d e este c o n c e p t o d e l a s u b j e t i v i d a d p a r t i d a
i n c o h e r e n t e q u e y o p o s t u l o es c e n t r a l p a r a e l p o s m o d e r n i s m o y e v i d e n t e e n e l t/ody art. E l l a tamblé
p r e g u n t a , p r o v c c l i o s a m e n t e , p o r qué u n c a m b i o t a n p r o f i m d o e n ( e l c o n c e p t o de) l a s u b j e t i v i d a d octurrí
m a y o r m e n t e d e n t r o d e l a filosofía francesa.
E l n e r v i o s i s m o s o b r e l a c o n f o r m i d a d se expresaba e n l i b r o s tales c o m o e l de S l o a n W i l s o n , TJjeMd
in t})e Gray Flannel Suit ( 1 9 9 5 ) , y e l de A V i l l i a m P I . W h y t e J n , 77;Í Organization Man ( 1 9 5 6 ) .
^^j^^QQERNISMO, SUBJETIVIDAD YA R T E CORPORAL 167
]3íirbíU^^ E h r e n r e i c h , e l i n f l u y e n t e e s t u d i o sociológico d e D a v i d R i e s m a n p u b f l c a -
¿0 e n Toe Lonely Crowd:A Study ofthe Changing American Character [La
Ititud solitaria: un estudio de la cambiante-personalidad ameñcana], d e s c r i b e u n
íinrbio e n l a m a s c u h n i d a d s u b j e t i v a , p a r a a p a r t a r s e d e l h o m b r e i n t r o s p e c t i v o ,
^ u t o c o n t r o l a d o y a u t o r i t a r i o ( r e l a t i v a m e n t e " i n m u n e a las [ . . . ] l l a m a d a s d e a t e n -
ción d e s u s s e m e j a n t e s " ) , h a c i a u n p e r s o n a j e i n t e r e s a d o e n l o s o t r o s , q u i e n , más
que r e s i s t i r las p r e s i o n e s s o c i a l e s , se e n c u e n t r a a d a p t a n d o sus g u s t o s y c o m p o r t a -
n i i e n t o a l o s d e l a g e n t e q u e l o r o d e a . E l h o m b r e i n t e r e s a d o e n l o s o t r o s es e l c o n -
f o r m i s t a máximo, y, c o m o o b s e r v a E h r e n r e i c h , e l h b r o d e R i e s m a n "reforzó l a
percepción q u e corroía a l r e b e l d e p r o m e d i o d e q u e e l c o n f o r m i s m o , a p e s a r d e
líis p r e s a i p c i o n e s d e l o s psicólogos, s i g n i f i c a b a u n a especie d e emasculación".^^ L a s
o b s e r v a c i o n e s d e E h r e n r e i c h d e s t a c a n l a dimensión p o h t i c a y s o c i a l d e l a s e x -
p l o r a c i o n e s filosóficas (las críticas a l s u j e t o c a r t e s i a n o p o r p a r t e d e l a f e n o m e n o -
logía y d e l n a c i e n t e p o s t e s t r u c t u r a l i s m o q u e c o i n c i d e n c o n e l c o l a p s o d e e s t e s u -
j e t o [ m a s c u h n o ] q u e i n t e l e c t u a l e s c o m o R i e s m a n i d e n t i f i c a n e n términos
n e g a t i v o s ) . E s t a c o n f l u e n c i a d e d i s c u r s o s s i n d u d a m a r c a u n a exacerbación d e l a
crisis d e l a m a s c i d l n i d a d q u e D e a n o b s e r v a ocurrió después d e l a p r i m e r a G u e r r a
M u n d i a l y en el periodo posterior a la segunda.
E l s u j e t o ( m a s c u h n o ) d e v i e n e d e e s t e m o d o c a d a v e z más d e s c e n t r a d o y
" d i r i g i d o h a c i a l o s o t r o s " d e s d e l a década d e 1 9 5 0 h a s t a 1 9 6 0 , c u a n d o e s t a d i s l o -
cación se h i z o m u c h o más drástica y a m e n u d o i n c l u s o se representó c o n c o n -
c i e n c i a p r o p i a ( c o m o e n p r o y e c t o s d e a r t e c o r p o r a l o e n ' l a autoelaboraclón e x -
t r a v a g a n t e d e A n d y W a r h o l d e l a v i d a púbhca e n e l e s c e n a r i o ) . U n a p a r t e d e
este d e s c e n t r a m i e n t o , c o m o d e s t a c a R i e s m a n d e m o d o i n a d v e r t i d o , y c o m o L a -
can y M e r l e a u - P o n t y e s b o z a n e x p K c i t a m e n t e s i n d e s a r r o f l a r sus i m p l i c a c i o n e s
género, c o n l l e v a b a u n a reconsideración d e l y o ( m a s c u h n o ) t a n t o d i r i g i d o
h a c i a o t r o s c o m o también f u n d a m e n t a l m e n t e n a r c i s i s t a ( f e m i n i z a d o u h o m o -
s e x u a l i z a d o ) . Así, p a r a L a c a n c o m o p a r a M e r l e a u - P o n t } ^ , e l s u j e t o ( i m p h ' c i t a -
n i e n t e varón) i n t e n t a r e u n i r s e a n t e l o s o j o s d e l o t r o : e n términos d e M e r l e a u -
Pont)^, " c o m o e l q u e v e q u e d a a t r a p a d o e n l o q u e v e , aún es a sí m i s m o a q u i e n v e :
B a r b a r a E h r e n r e i c h , " E a r l y R e b e l s : H i e G r a y F l a n n e l D i s s i d e n t s " , e n The Ilearts ofMen'.Ameñcan
^eanis and tlje Fligtjtfrom Commitment, N u e v a Y o r k , A n c h o r , 1 9 8 3 , p p . 3 2 , 3 3 ; D a v i d R i e s m a n escribió
^'i^ro e n colaboración c o n R e u e l D e n n e y y N a t h a n G l a z e r {Vje Lonely Croiüd:A Study of ¿tje Ctjanging
'"eñcan C/jaracter, N e w l i a v e n , C o n n e c t i c u t , Y a l e U n i v e r s i t } ' Press, 1 9 5 0 ) .
 IOS A M E L I A JO M
h a y u n n a r c i s i s m o f r u r d a m e n t a l e n t o d a visión".^^ E i m o d e l o a l i o r a m u y conocí
d e L a c a n d e l e s t a d i o d e l e s p e j o , e n d o n d e e l s u j e t o "se c o n s t i t u y e " e n r e l a c i
c o n u n a i m a g e n equívoca d e s u p r o p i a u n i d a d c o m o c u e r p o / i m a g e n / y o , y q\i£,
sitúa s i e m p r e c o m o u n " o t r o " p a r a sí m i s m o , c o i n c i d e c o n las o b s e r v a c i o n e s
M e r l e a u - P o n t y , así c o m o c o n l a s d e S i m o n e d e B e a u v o i r , a l r e c o n o c e r l a c o n '
g e n c i a simultánea d e l y o e n e l o t r o y e l n a r c i s i s m o f u n d a m e n t a l d e e s t a relació.
E s la i m a g e n (del y o c o m o o t r o ) m e d i a n t e la cual el sujeto busca conocerse pe
n o l o l o g r a , p u e s s u c u m b e a l a autoahenación ( " l a f o r m a t o t a l d e l c u e r p o [ . . . ]
l e d a sólo [ . . . ] e n u n a e x t e r i o r i d a d " ) , y m e d i a n t e l a c u a l e i s u j e t o i n t e n t a r e c o
d t u i r s e p e r o sólo p u e d e h a c e r l o c o n l a condición d e c o n v e r t i r s e e n o t r o . ^
s u b j e t i v i d a d ( c o m o l a e n t e n d e m o s e n l a condición p o s m o d e r n a ) s e U e v a a c a
e n relación c o n u n o t r o , n o o b s t a n t e ser, paradójicamente, p o r e n t e r o n a r c i s i s '
E n s u "dirección h a c i a l o s o t r o s " , se a b r e d e f o r m a p e h g r o s a a l o t r o , p e r o s i e m p :
en u n esfuerzo de repensarse.
D e e s t a f o r m a , s i b i e n e l h o m b r e q u e se o r i e n t a h a c i a l o s o t r o s d e R i e s m a n
v e c o n u n p o c o d e a n s i e d a d p o r q u e está a b i e r t o a l o t r o , también se d e s c r i b e y ex
m i n a p o r e n t e r o e n relación cojisigo mismo ( y d e este m o d o p o r áierza se v e t(_-
b l e m e n t e emasciüado).'^° L o s p o t e n c i a l e s e f e c t o s p o s i t i v o s d e esta a p e r t u r a a l o '
n u n c a s e e x p l o r a n e n términos d e l o q u e p u e d e s i g n i f i c a r p a i ' a las m u j e r e s o p
otros "oti'os". S i b i e n el sujeto o r i e n t a d o h a c i a l o s otros y e l narcisista ( p o r d e f i n
ción, c o n orientación h a c i a sí m i s m o ) p u e d e n p a r e c e r e n f r e n t a d o s , d e h e c h o se
chferentes m a n e r a s d e d e f i n i r al m i s m o sujeto, q u e e s p e d f i c a m e n t e l a cuitiu-a d e
década d e 1 9 5 0 veía c o m o e m a s c u l a d o . D e n o m i n a r n a r d s i s t a a l s u j e t o p u e d e
e s t e m o d o s e r o t r a m a n e r a d e e x t e n d e r l a operación d e l a r t e c o r p o r a l e n términ
d e u n a concepción fenomenológica d e l a s u b j e t i v i d a d c o m o " o r i e n t a d a h a d a 1<
o t r o s " (recíproca y e n t r e t e j i d a c o n e l o t r o ) .
38 M c r l c a u - P o n t ) ' , " X i c Interhviníng-Hic C l n n s m " , op. ciL, p. 1 3 9 .
L a c a n , " H i e M i r r o r S t a g e a s E o r m a t i v e o f t h e F u n c t i o n o f t h e l as R e v e a l e d i n t h e PscycIioanaÜ
E x p e r i e n c e " , Écrifs, p . 2 .
R i e s m a n l l e w a c a b o s u e s t u d i o psicológico c u i d a d o s a m e n t e y d e m a n e r a I m p n r c j a l e n c u a n t o
este aspecto, d e c l a r a n d o e n su p r e f a c i o q u e e l l e c t o r n o deberá p r i v i l e g i a r e l término " o r i e n t a d o h a c i a
i n t e r i o r " a u n q u e " s u e n e c o m o u n t i p o más autónomo y p o r l o t a n t o m e j o r q u e e r o r l e n t a d o h a c i a u n o t r o
(TJje Lonely Croiuei, p . v i ) . S i n e m b a r g o , e l t e n o r d e l a t o t a l i d a d d e l e s t u d i o y e s p e c i a l m e n t e su c o n s o n a n ' "
c o n e l número c r e c i e n t e d e t e x t o s c o n t e m p o n i n e o s q u e l a m e n t a n este c a m b i o s u g i e r e q u e , d e h e c h o ,
"orientación h a c i a u n o t r o " era v i s t a c o m o i d g o e n e x t r e m o n e g a t i v o .
^^^^^¡QDERNISMO, S U E J E X m D A D Y A R T E C O R P O R A L 169
El arte corporal y la "cultura del narcisismo"
|sfo es c a s u a l q u e e l a r t e c o r p o r a l , e n e s p e c i a l e n s u s v e r t i e n t e s f e m i n i s t a s , c o n
^^^^^jgy-^cia r e c i b a c o n d e n a s ( y e n o c a s i o n e s exaltación) p o r s u n a r c i s i s m o . Más
ue aceptar" l a s c o n n o t a d o n e s n e g a t i v a s c o n v e n c i o n a l e s q u e se a t r i b u y e n a este
término, d e s e o a b o r d a r e s t e n a r c i s i s m o t a l c o m o se m a n i f i e s t a e n e l a r t e c o r p o r a l
( n i e d i a n t e u n a fijadón e n e l p e r f o r m a n c e d e l y o ) p o r s u s i m p h c a d o n e s e n p o t e n -
cia r a d i c a l e s . C o m o sugerí, e l n a r c i s i s m o ( l a exploración y fijación e n e l y o ) üeva
de m a n e r a i n e x o r a b l e a u n a exploración y a u n a imphcación e n e l o t r o : e l yo s e
desphega d e a d e n t r o h a c i a f u e r a , p o r así d e c i r l o , p a r a p r o y e c t a r a l e x t e r i o r sus e s -
t r u c m r a s i n t e r n a s d e Identificación y d e s e o . Así, e s t e n a r c i s i s m o i n t e r c o n e c t a e l
y o i n t e r n o c o n e l e x t e r n o , así c o m o e l y o c o n e l o t r o .
E l n a r c i s i s m o se I n t e r s e c t a c o n l a pohtización d e l a v i d a p e r s o n a l q u e t a n t o
fortaleció a l a s f e m i n i s t a s a finales d e l a década d e 1 9 6 0 y p r i n c i p i o s d e l a d e
1 9 7 0 . Pai-a l a mayoría d e las f e m i n i s t a s d e e s t e p e r i o d o , pai'a q u i e n e s l a d e m a n d a
i m p e r i o s a e r a " l o p e r s o n a l es p o h t i c o " y p a r a q u i e n e s e l a c t i v i s m o a m e n u d o f o r -
m a b a p a r t e c e n t r a l d e sus p l a n e s , e r a básico e n c a r n a r a l s u j e t o f e m e n i n o d e m a -
nera púbhca c o n e l fin d e p o h t i z a r sus e x p e r i e n c i a s p e r s o n a l e s . E l c u e r p o / y o r e -
p r e s e n t a d o es e x p h c i t a m e n t e político y s o c i a l , p u e s se a b r e a l a o t r e d a d y a l
m u n d o e n g e n e r a l ; e n términos fenomenológicos, e s t e c u e r p o / y o se r e p r e s e n t a
m e d i a n t e s u p r o p i a y p a r t i c u l a r situación s o c i a l . L a situación s o c i a l p a r t i c u l a r d e
las m u j e r e s c o n l l e v a n a r c i s i s m o . C o m o a las m u j e r e s s i e m p r e se les i n t e r p e l a e n l a
c u l t u r a p a t i i a r c a l c o m o o b j e t o s encarnadosparadójicamente, a l m i s m o t i e m p o
narcisistas (es decir, a t r a p a d a s e n sí m i s m a s o s u j e t i f i c a d a s ) , l a expresión a b i e r t a d e
lí^s e x p e r i e n c i a s d e d e s e o y d e l ( n a r c i s i s t a ) e n c i e r r o e n sí m i s m a s d e l a s m u j e r e s
p o f c o m p l e t o c o r p o r i z a d a s se v i o c o m o e l m e d i o más s e g u r o d e r e p u d i a r l a o b j e t l -
ficación d e las m u j e r e s y d e p o h t i z a j ; l a e x p e r i e n c i a p e r s o n a l . L a s m u j e r e s c o m e n -
^ ^ J ' o n n actual- d e f o r m a n a r d s i s t a (es d e d r , c o m e n z a r o n a h a b l a r d e s u s p r e o c u -
P ^ c i o i i e s p e r s o n a l e s e n e l ámbito púbhco) c o n e l fin d e e x p r e s a r sus n e c e s i d a d e s y
P^í'ticularidades c o m o sujetos.^^
•^s este íin e l q u e f e m i n i s t a s p o s t e r i o r e s c o m o K c U y s u e l e n c r i t i c a r c o m o " e s e n c i a l i s m o " , q u e n
pj. ^ ^1 d i s c u r s o d e l a r t e está r e l a c i o n a d o a l s u p u e s t o d e q u e l a a r t i s t a f e m i n i s t a podría y debería
sí^ntar de m o d o t r a n s p a r e n t e e i n t e g r a l su " e x p e r i e n c i a f e m e n i n a " p r e s u n t a m e n t e c o m p l e t a a través d e
^'"Cfpo f e m e n i n o ( i d e a l i z a d o ) .
 170 A M E L I A JO
L e a V e r g i n e , p a r t i d a r i a a u l t r a n z a d e l a r t e c o r p o r a l , e x p l o r a l a relación
d a m e n t a l enti-e a r t e c o r p o r a l y n a r c i s i s m o e n s u i m p o r t a n t e catálogo d e 1 9 7
cofpo come Itngi/aggio (La "My-arl" e storie simili) [El cuerpo como ¡euguaje (El b
art e historias similares)]:
u
N a r c i s o se proyecta fuera de sí m i s m o para ser capaz d e a m a r l o que h a y d e n t r o . J
de sí m i s m o [ . . . ] L a proyección expulsa u n a a m e n a z a i n t e r n a que se creó p o r la ^
presión d e u n i m p u l s o i n t o l e r a b l e , y así se üansforma e n u n a a m e n a z a externa á
más fácil d e manejar. L o s artistas desplazan su p r o b l e m a d e l sujeto ai objeto, o I
del i n t e r i o r a l e x t e r i o r [...] E l consenso d e l espectador es esencial si e l artista h a
de h a l l a r u n a "confirmación" de su obra. L a obra es e l artista y su narcisismo ya n o
[está] i n v e r t i d o e n u n objeto de arte, s i n o que se le p e r m i t e e x p l o t a d o d e n t r o de \
su p r o p i o cuerpo.^^ J n a r c i s i s m o " d i r i g i d o h a d a l o s o t i ' o s " , y a s e a m e d i a n t e l a i r o m ' a o a través d e l c a -
•I
E l n a r c i s i s m o q u e r e p r e s e n t a n l o s a r t i s t a s c o r p o r a l e s es fimdamentalmef^
i n t e r s u b j e t i v o y d e s t a c a l a dinámica psíquica m e d i a n t e l a c u a l se c o n s t i t u y e '
y o / a r t i s t a / o b r a d e a i t e e n relación c o n e l otro/intérprete ( y v i c e v e r s a ) . L i c h t ,
e l catálogo Bodyworh, también se c e n t r a e n l a dimensión n a r c i s i s t a d e l a r t e c o
p o r a l , a l s o s t e n e r q u e las " o b r a s c o r p o r a l e s " se v i n c u l a n a l a "ti-adición d e l c u l t o
y o " e n el arte.'^
P e r o , ¿por qué l o s a r t i s t a s se v u e l c a n h a c i a sí m i s m o s e n e l p r e c i s o m o m e j
e n q u e l a fragmentación f u n d a m e n t a l d e e s t o s y o e s es c a d a v e z más m a n i f i e S
( u n a fragmentación e n pai-ticiüar drástica e n relación c o n l o s c r e c i e n t e s d e s
q u e e n e l s u j e t o varón n o r m a t i v o se n i v e l a n m e d i a n t e l o s d i v e r s o s m o v i m i e n t
s o c i a l e s reivindicatoríos y m e d i a n t e l o s c a m b i o s económicos y g e o p o h ' t i c o '
D i f e r e n t e s s u j e t o s t i e n e n d i f e r e n t e s r e l a c i o n e s c o n e s t a fragmentación d e l sujf
y l o s p r o y e c t o s d e l a r t e c o r p o r a l se v e n d e d i v e r s a s f o r m a s c o m o r e p r e s e n t a d o ]
exacerbación d e l a fragmentadón d e l s u j e t o n o r m a t i v o d e l m o d e r n i s m o ( e l
caucásico " t i - a s c e n d e n t e " q u e p r o y e c t a s u i n m a n e n c i a e n las m u j e r e s , p e r s o n a s
o t r a s r a z a s , l o s c o l o n i z a d o s , l o s p o b r e s ) , o, e n a l g u n o s casos y c o n t e x t o s , c o m o u
^2 L e a V e r g i n e , / / corpo come ¡mguaggio, p p . 3 3 , 3 5 . M e h e t o m a d o l a l i b e r t a d d e c o r r e g i r v a r i o s e r r o
üpográficos a l o l a r g o d e este pasaje. Véase también l a discusión d e R o s a l i n d ICrauss s o b r e e l n a r d s i s r
l a etapa d e l espejo d e L a c a n e n relación a l trabajo de A c c o n c i e n " N o t e s o n t h e I n d c v , P a r t 1 " , p p . 1 9 6 - 1
" I r a L i c h t , Bocíyworks, C i i i c a g o , M u s e u m o f C o n t e m p o r a r y A r t , 1 9 7 5 , s i n página.
Q S M O D - E R N I S M O , S U B J E T I V I D A D Y A R T E C O R P O R A . L 171
i t o d e r e v e r t k l o s e f e c t o s d e e s t a fragmentación.^'' E s p r e c i s a m e n t e , a causa
J líi a s i m e t i d a d e s u reladón c o n e l s u j e t o c a r t e s i a n o c o h e r e n t e d e l m o d e r n i s m o
e n i o artístico m o d e r n i s t a ) , q u e t e n d e m o s a c o n s i d e r a r q u e l o s a r t i s t a s c o r p o -
files v a r o n e s y m u j e r e s d e s d e las décadas d e 1 9 6 0 y 1 9 7 0 se a p r o x i m a n a l a p r o -
biem^^*^^ d e l a i n t e r s u b j e t i v i d a d a p a r t i r d e p o s U i r a s m u y d i s t m t a s . P a r a las f e m i -
istas ( e n e s p e c i a l p a r a las f e m i n i s t a s caucásicas),^^ m u c h o más a t r e v i d a s q u e l o s
h o m b r e s p a r a e x p o n e r s u n a i - c i s i s m o ( e n p a r t i c u l a r p o r m e d i o d e sus c u e r p o s d e -
velados y e x p h c i t a m e n t e s e x u a h z a d o s ) , se podía g a n a r m u c h o más c o n l a e x a c e r -
bación d e l a r u p t u r a d e l s u j e t o (varón) v u e l t o h a c i a sí, c o n l a a p e r t u r a d e l y o a l
| otro. L o s artistas corporales varones a m e n u d o p r o d u j e r o n obras que se a n d a b a n
| c o n ambigüedades a l a b r m sus c u e r p o s / y o e s a l a o t r e d a d ( A c c o n c i es p o c o común
en esta autoexposición n a r d s i s t a a l o t o ) ; más b i e n , se n e g a r o n a r e c o n o c e r s u
rácter a u t o r i t a r i o q u e r e f o r z a r a e l o c u l t a m i e n t o d e l a r t i s t a vai-ón q u e c o n v e n c i o -
n a l m e n t e aseguró s u ahneación c o n e l " f a l o " d e l a a u t o r i d a d artística.^*^
E l narcisismo, representado m e d i a n t e e l arte corporal, vuelca a l sujeto, de
m a n e r a i n e x o r a b l e y paradójica, h a c i a R i e r a . Pai-a e n t e n d e r las v i c i s i t u d e s d e l n a r -
d s i s m o e n relación c o n e l a r t e c o r p o r a l es útil e x p l o r a r l a f o r m a c o m o e l n a r c i s i m o
e x t i e n d e l a dinámica i n t e r s u b j e t i v a . E l n a r c i s i s m o se e n t i e n d e c o m o endémico
para l a c u l t u r a d e l c a p i t a l i s m o tardío, q u e r e q u i e r e l a m a n u f a c t u r a d e i d e s e o y
la oríentadón d e l y o h a d a fiiera e n dirección d e l o s p r o d u c t o s e n simultáneo c o n l a
autoabsorción o b s e s i v a , c o n u n a pertm-bación d e las e s t r u c t u r a s edípicas m e d i a n t e
C o m o J e d P e r l había a f i r m a d o " E l ¿ody arí üegó e n m u c i i o s disñraces: podía ser u n a celebración
de m a c l i i s m o o d e l a c o n c i e n c i a f e m i n i s t a , podía estar e n l a f o r m a d e p e r f o r m a n c e s únicos q u e se d i e r o n
en espacios públicos o fotografías y v i d e o s d e p e r f o r m a n c e s r e a l i z a d o s e n p r i v a d o " ("TJie A r t S c e n e : V i l e
Jodies", p . 2 0 ) . A g r a d e z c o a F r a n ^ o i s e F o r s t e r P l a h n , q u i e n h a r e m a r c a d o q u e l o s p r o y e c t o s d e l}ociy arí
"masculino ( e s p e c i a l m e n t e a q u e l l o s q u e i n v o l u c r a n v i o l e n c i a h a c i a las m u j e r e s o l a cosificación d e l o s c u e r -
pos de las m u j e r e s ) p u e d e n a n a l i z a r s e c o m o u n a reacción q u e se e s t a b a f o r m a n d o en contra d e l f e m i n i s m o
'=11 vez d e e n p a r a l e l o .
'^^ L a s m u j e r e s d e c o l o r tenían más c u i d a d o d e m a n t e n e r sus c u e r p o s c u b i e r t o s y d e i n t e n t a r a d o p t a r
" l o d c l o s p r e e x i s t e n t e s d e l g e n i o artísdco bajo e l s u p u e s t o q u e éstos podrían d a r l e s e l p r i v i l e g i o momentá-
c o m o sujetos actores e n u n a c u l t u r a q u e n u n c a les h u b i e r a p e r m i t i d o ningún acceso a l a c r e a t i v i d a d .
Véase d excelente e n s a y o d e L o r r a i n e O ' G r a d y , " O i y m p i a ' s M a i d : R e c l a i m i n g B l a c k F e m a l e S u b j e c t i v i t ) ' " ,
y ^^'»inist Criticism:Arí, Ideníiíy, Action, J o a n n a F r u e h , C a s s a n d r a L a n g e r 3 ' A r l e n e R a v e n (eds.), N u e v a
'^'•k, H a r p c r C o l l i n s , 1 9 9 4 , p p . 1 5 2 - 1 7 0 .
E n m i e n s a y o " D i s / P l a y i n g Üie P h a l l u s " e x p l o r o e x t e n s a m e n t e esta a m b i v : d e n c i a e n t r e l o s arüstas
'¿í'í/y^r/masculinos.
 172
A M E L I A JO
l a s cuales l o s s u j e t o s ( y l o s s u j e t o s v a r o n e s e n particiüar) d e s d e h a c e m u c h o
t e n t a n proyectarse e n u n y o coherente d e n t r o d e l patriarcado occidental.^^
P o r u n a p a r t e , e s t a perturbación s e h a v i s t o c o n b u e n o s o j o s p o r p a r t e d e
m i n i s t a s y o t r o s teóricos i n t e r e s a d o s e n l a descomposición d e l a e s t r u c t u r a d
f a m i h a n u c l e a r , c o n s u p r i v i l e g i o c o n c o m i t a n t e d e l s u j e t o n o r m a t i v o (cauc;.
varón) c o m o s i g n o d e l a t r a s c e n d e n c i a (guai-dián d e l a l e y ) . L a c a n examinó
"pertiu-bación" e n u n r e g i s t r o teórico a l a l e j a r l a l e y p a t e r n a d e l p a d r e r e a l , a n c l a
e n l a formulación f r e u d i a n a d e l s u j e t o postedípico, p a r a a c e r c a r l a a l o r d e n s o
(a ¡a ley del-padre)\s críticos d e i z q u i e r d a d e l p a t r i a r c a d o m o d e r n o , c o m o
teóricos f r a n c e s e s Gilíes D e l e u z e y Féhx G u a t t a r i , e x p h ' c l t a m e n t e p r i v i l e g i ;
decodificación d e l a e s t r u c t u r a edípica c o m o u n a hberación e n p o t e n c i a r e v o l
c l o n a r l a d e l deseo.
P o r o t r a parte, y s i n que sea sorprendente, los m t i c o s conservadores vier
e s t a perturbación c o n a l a r m a , c o m o señal d e l a disolución anárquica d e l a f a m *
n u c l e a r y d e l a a u t o r i d a d y c o h e r e n c i a d e l a s u b j e t i v i d a d ( m a s c u h n a ) e n l a ciüf
o c c i d e n t a l c a p i t a h s t a t a r c h a . C o n s i s t e n t e c o n l a formulación d e R i e s m a n , e l h b
m u y v e n d i d o d e C h r i s t o p h e r L a s c h d e 1 9 7 9 , The Culture ofNarcissism: A-meric
Life in an Age of DÍ7ninishing Expectations [La adtin-a del narcisismo: la vida es
dunidense en una época de decadentes expectativas], e x t r a p o l a l o i n d i v i d u a l a l o s'
c i a l , y e t i q u e t a a l s u j e t o e s t a d u n i d e n s e contemporáneo ( i m p h ' c i t a m e n t e varó
p a r a a h n e a r l o d e f o r m a n e g a t i v a c o n l a i n m a n e n c i a y l a emasculación. E l suje
n a r c i s i s t a d e l c a p i t a h s m o tardío d e m a n d a u n a gratificación i n m e d i a t a y, c o m o
h o m b r e " d h i g i d o h a c i a l o s o t r o s " d e R i e s m a n , d e p e n d e d e l o s demás p a r a vaÜd
s u a u t o e s t i m a ( d e e s t e m o d o L a s c l r e t i q u e t a c o m o n e g a t i v a u n a c u a U d a d q"
^•^ E s t a discusión de las v i c i s i t u d e s d e l n a r c i s i s m o e n l a c u l t u r a contemporánea se d e b e a l l i b r o de B i
T u r n e r , TJje Body and Society. S o b r e e l n a r c i s i s m o c o m o u n " d i s t u r b i o " , véase e l catálogo d e cxhibiciór
M i c h a e l Cohén: Narcissistic Disturba7ice¡ L o s A n g e l e s , O d s C o l l e g e o f A r t a n d D e s l g n , 1 9 9 5 . C o h
c o m p r e n d e a l n a r c i s i s m o e n términos d e u n v u e l c o a l i n t e r i o r ( a c e p t a n d o l a definición c o n v e n c i o n a l ) p '
e x t i e n d e e s t o p a r a a r g u m e n t a r q u e d e este m o d o se d i s u e l v e l a f a l t a edípica i n d u c i d a l a c u a l se asigna a
s u j e t o s a través d e fenómenos c u l t u r a l e s a l t e r n o s . A m i e n t e n d e r e l n a r c i s i s m o es l a proyección d e l suje
h a c i a e l i n t e r i o r c o m o también h a c i a e l e x t e r i o r .
^2 Gilíes D e l e u z e y Félb( G\.vMt^ñ,Anti-OedÍpus: Capilalism and Scbixophrenia, R o b e r t H u r l c y , M a
S e e m y H c l e n R . Lañe ( t r a d s . ) , Mineápolis, U n i v e r s i t ) ' o f M i n n e s o t a P r e s s , 1 9 8 1 [ e d . esp.: El a7iti~KíÍi^
capiíaiisma y esquizofrenia, B a r c e l o n a , Paidós, 19S5]-, véase l a e x c e l e n t e comparación d e E i i g c n e P l o l J a
de l o s c o n c e p t o s p r o g r e s i s t a s ( D e l e u z e y G u a t t a r i ) y r e a c c i o n a r i o s ( L a s c l i ) d e este fenómeno d e d c c o d
ficación y descentralización e n " S c h i z o a m i l y s i s : IXic P o s t m o d e r n Conta-ímalization o f P s y c h o a u a l y s '
e n Marxism and ttse Interpretatlon of Culture, C h i c a g o , U n i v e r s i t ) ' o f C h i c a g o P r e s s , 1 9 8 8 , p p . ^ 0 5 - 4 1
,ERNISM0, SUBJETnaDAD YARTE CORPORAL 173
c o n i o p o s i t i v a e n sus e f e c t o s r a d i c a l e s : l a a b i e r t a d e p e n d e n c i a n a r c i s i s t a d e l
^^^^^ ' u a n e g o c i a ! ' s u s u b j e t i v i d a d e n e l m u n d o ) . A p a r t i r d e l a o b r a d e G o f F m a n ,
^^'^ \: " E l n a i ' c i s i s t a n o se i d e n t i f i c a c o n n a d i e s i n v e r a l o t r o c o m o i m a
isión d e sí m i s m o " , s i n " a r r a s a r l a i d e n t i d a d d e l o t r o " . L a s c h a r g u m e n t a l o
base e n s u suposición d e q u e e l o t r o t i e n e u n a i d e n t i d a d e s t a b l e q u e
anter i o r c o n
d o se v e a r r a s a d a p o r l a s p r o y e c c i o n e s específicamente p e r f o r m a t i -
de este m o
vas p"^^'^ última i n s t a n c i a estabiÜzadoras, d e l n a r c i s i s t a . ^ ^ S u g i e r o aquí, c o n
] V l e r l e a u - P o n t ) ^ , q u e t a l proyección d e l y o es, e n c a m b i o , u n a señal d e l a i n e s t a b i -
lidad t a n t o d e l y o c o m o d e l o t r o (interrelación quiasmática), y q u e e s t o , d e s d e e l
p u n t o d e v i s t a d e q u i e n e s t i e n e n t o d o e l interés e n d i s l o c a r a l y o t r a s c e n d e n t e y
mitológico d e l m o d e r n i s m o , es a l g o p o s i t i v o .
A l a f i r m a r e l a c t i v i s m o s o c i a l d e l o s m o v i m i e n t o s reivindicatoríos d e finales
de l a década d e 1 9 6 0 y d u r a n t e l a d e 1 9 7 0 , l a crítica d e l o q u e A u d r e L o r d e h a -
m o l a " n o r m a mítica" d e l a s u b j e t i v i d a d o c c i d e n t a l ("caucásico, d e l g a d o , varón,
j o v e n , h e t e r o s e x u a l , c r i s t i a n o y c o n s o l v e n c i a financiera"), e l a r t e c o r p o r a l d e s p o j a
de su fiierza a l n a r c i s i s m o q u e L a s c l i i d e n t i f i c a n e g a t i v a m e n t e c o n l a disolución
capitahsta tardía, p o s t e r i o r a l a g u e r r a , d e l a a u t o r i d a d p a t e r n a y l a f a m i h a n u -
clear.'*^ E l a r t e c o r p o r a l , según l a r e c i e n t e formulación d e J u d i t h B u t i e r , p r o p o n e
''''' C l i r i s t o p h e r L a s c h , Tje CuHin-e ofNarcissism:American Life in nnAge ofD¡mlnÍs/ji?igExpectniions,
N u e v a Y o r k , N o r t o n , 1 9 7 9 , p . 1 5 8 . Después, m i e n t r a s c i m a l Li\ángXieater de l o s i i l t i m o s años de l o s sesenta
c o m o u n e j e m p l o , L a s c h a t a c a específicamente l a s prácticas d e l a r t e q u e i n t e n t a n a c o r t a r l a s d i s t a n c i a s e n -
tre el público y e l a c t o r / a r t i s t a , - . u g m i i e n t a n d o q u e e s t o " n o c o n v i e r t e a l e s p e c t a d o r e n u n c o m u l g a n t e , sólo
le p r o p o r c i o n a [ . . , ] u n a o p o r t u n i d a d p a r a a d m i r a r s e a sí m i s m o e n e l n u e v o p a p e l d e s e u d o p e r f o r m e r o " ,
162. Además, L a s c l i c i t a a A n d y W a r h o l c o m o u n e j e m p l o flagrante d e l a proyección d e l y o c o m o u n
p e r f o r m a n c e , a r g u m e n t a n d o q u e " p a r a e l p e r f o r m a n c e d e l y o , l a única r e a l i d a d es l a i d e n t i d a d q u e él p u e d e
c o n s t r u i r d e l o s m a t e r i a l e s p r o v i s t o s p o r l a p u b l i c i d a d y l a c u l t u r a m a s i v a , t e m a s p o p u l a r e s d e películas y
libros, y f r a g m e n t o s n a c i d o s d e u n a a m p l i a g a m a d e t r a d i c i o n e s c u l t u r a l e s " , p p . 1 6 6 , 1 7 0 . E s t a s úkimas
( c u l t u r a m a s i v a , c i n e p o p u l a r , o t r a s c u l t u r a s a p a r t e d e l a n o r m a , etc.) s o n r e p r e s e n t a d a s c o m o análogas y
se asume q u e s o n d e v a l u a d a s .
A u d r e L o r d e , " A g e , R a c e , C l a s s , a n d S e x : W o m e n R e d i f i n i n g D i f T e r e n c c " , reimpresión e n Out
_^ere: Magijialízation and Contemporary Cultures, R u s s e l l F e r g u s o n et al. (eds.), N u e v a Y o r k , N e ^ v
^scum o f C o n t e m p o r a r y /Vrt; C a m b r i d g e , Mlassaciiusetts y L o n d r e s , M I T Press, 1 9 9 0 , p. 2 8 2 . D e m o d o
Predecible, c o m o e n todas las teorías nostálgicas d e l c a m b i o c u l t u r a l , se l e c u l p a a l o s m d o s c u i d a d o s m a -
a es p o r e l n a r c i s i s m o d e g r a d a d o deí s u j e t o contemporáneo y e l r e e m p l a z o clel p o d e r p a t e r n a l " r e a l " c o n
p '^^'^'onalismo burocrático d e l E s t a d o ( t i p i f i c a d o p a r a L a s c h p o r e l N u e v o T r a t o de R o o s e v e l t [NewDeal]).
coru s u p e r f i c i a l i d a d y l a i m p r e d i c i b i l i d a d d e l a m a d r e contemporánea ( m i s m a q u e se e t i q u e t a
pgj. ° "^^^isista) q u e e n g e n d r a niños narcisist;is; e l a d m i t e q u e l o s p a d r e s están a u s e n t e s e n este escenario,
en v e z de q u e c o m p a r t a n l a r e s p o n s a b i l i d a d d e l o q u e p e r c i b e L a s c l i c o m o u n a decaída d e p l o r a b l e d e
^' ^""a, e l c u l p a a la m a d r e p o r c o m p l e t o ; véase e s p e c i a h n e n t e p p . 2 9 3 - 2 9 9 . E n l a década de l o s n o v e n t a
 174
A M E L I A J O
uníi p e r f o r m a t i v i d a d d e l a subjetmdíid q u e u b i c a a l y o s e x u a l m e d i a n t e u n a "j?;
teración d e l a s n o r m a s o c o n j u n t o d e n o r m a s " : e n p a r t i c u l a r m e d i a n t e l a r e i t e
ción d e l a relación n a r c i s i s t a p o r m e d i o d e l a c u a l e l s u j e t o , e n l o s términos
coanaü'ticos d e L a s c h , se p r o y e c t a e n s u p r o p i a i m a g e n c o m o otro.^°i C o n e
concepción n a r c i s i s t a d e l y o ( q u e d e e s t e m o d o s i e m p r e c o n U e v a a l o t r o ) , co-
s o s t i e n e R o s a h n d K r a u s s , l a " i d e n t i d a d [ . . . ] s o b r e t o d o se R i s i o n a c o n las Íd¿
t i f i c a c i o n e s ( u n a conexión p e r c i b i d a c o n o t r a p e r s o n a ) " . E l i m a g i n a r i o f u n
m e n t a l m e n t e n a r c i s i s t a m e d i a n t e e l c u a l e l s u j e t o s e c o n s t i t u y e a sí m i s m o , p?
dójicamente e n relación c o n l o s demás m e d i a n t e u n a fijación e n sí m i s m o , v u
a l s u j e t o h a c i a fijera ( e n v i r t u d d e u n a relación d e r e v e r s i b i l i d a d ) , y p r o d u c
Qx\t\:^o/imago c o m o l a i m a g e n d e l o t r o ( d e aquí s u a m e n a z a p a r a l o s teórl
c u l t u r a l e s c o n s e r v a d o r e s c o m o Lasch).•^'^•^
B u t i e r t e o r i z a más a d e l a n t e q u e l a reiteración d e l a s n o r m a s , q u e obhgá-
s u j e t o a s u s t e n t a r s e e n relación c o n c r i t e r i o s c o r p o r a l e s p a r t i c u l a r e s m e d i a
i d e n t i f i c a c i o n e s específicas, también d e e s t e m o d o a b r e l a posibÜidad p a r a
r / e j i d e n t i f i c a c i o n e s . Así, s i b i e n e l i m p e r a t i v o s o c i a l q u e aún o p e r a p a r a e s t r u c
las r e l a c i o n e s y o / o t r o e n e l c a p i t a h s m o o c c i d e n t a l tardío p e r m i t e c i e r t a s I d e m
caciones sexuadas y desaprueba otras, u n n a r c i s i s m o reiterativo, que exagera
se l i a v u e l t o d e m a s i a d o c l a r o a dónde n o s l l e v a e s t u retórica, c o n l a expansión de l a retórica d e d e r e c l i a
los " v a l o r e s faraUiiures" ( q u e casi s i e m p r e se e n f o c a e n l a m a d r e c o n a s i s t e n c i a s o c i a l o l a m a d r e sol"
v e z d e enfocarse e n e l p a d r e a u s e n t e ) .
P a r a L a c a n , e l y o es n e c e s a r i a m e n t e c o n s t i t u i d o de u n a m a n e r a n a r c i s i s t a e n relación c o n su p r o
i m a g e n . Véase " H i e M i r r o r S t a g e " [ E l e s t a d i o d e l e s p e j o ] .
R o s a l i n d I G a u s s , " N o t e s o n tíic I n d e x , P a r t 1", p . 1 9 7 . K x a u s s d e f i n e l a identidad c o m o autodt
ción. Y o corregiría su formulación p a r a i n d i c a r q u e l a i d e n t i d a d n o es s o l a m e n t e autodefinición s i n o '
es c o n f o r m a d a i n t e r s u b j e t i v a m e n t e e n relación c o n e s t a " o t r a p e r s o n a " .
J u d i d i B u d e r escribe q u e " L a i m a g e n e s p e c t a c u l a r d e l c u e r p o m i s m o es, e n c i e r t o s e n t i d o , l a
g e n d e l o t r o " {Bodies ThatMatter, p . 7 6 ) . E s t a reformulación d e l n a r c i s i s m o f r e u d i a n o también c o n c u "
c o n l a o b r a d e M e l a n i e I C l e i n y , h a s t a c i e r t o p i m t o , c o n l a d e P l e i n z K o h u t . C o m o argumentó M i
Cohén: " P a r a l O e l n , l o s i m p u l s o s agresivos p r o y e c t a d o s ( d e t i p o n a r c i s i s t a ) n o están c o n t e n i d o s d e
d e l s u j e t o n i están c l a r a m e n t e a f u e r a d e l o t r o . A u n c i e r t o n i v e l d e i n t e n s i d a d , esta f a l t a d e cohesló
e x p e r i m e n t a c o m o u n d e s m o r o n a m i e n t o " . Véase Cohén, " N a r c i s s i s t i c D i s U i r b a n c e " , e n Narcissistic
turbance, p . 1 2 .
E l r e c o n o c i m i e n t o equívoco d e l s u j e t o ( d o n d e , e n pidabras d e L a c a n , " e l c u e r p o e n p e d a z o s e n c u -
su u n i d a d e n l a i m a g e n d e l o t r o , l a c u a l está e n s u p r o p i a i m a g e n a n t i c i p a d a ; u n a situación d o b l e e n l a
se e s b o z a u n p o l a r , p e r o n o es u n a relación simétrica") sitúa a l y o ( e g o ) e n c a r n a d o c o m o , e n términ
Butíer, " u n s i t i o p e r m a n e n t e m e n t e i n e s t a b l e d o n d e esa distinción e s p a c i a l i z a d a [ e n t r e e l i n t e r i o r y e x t
d e l s u j e t o ] es n e g o c i a d a p e r p e t u a m e n t e ; ésta es l a ambigüedad q u e d e n o t a a l ego c o m o i m a g o , es d
c o m o u n a relación identíficatoria". L a c a n c i t a d o p o r Butíer, y B u t i e r e n Bodies TtmtMatter, p p . 7 5 , 7 6 . '
5 M 0 D E R N I S M : 0 , S U B J E T I V I D A D Y A R T E C O R P O R A L 175
m r a s m e d i a n t e l a s c u a l e s e l y o i n t e n t a ñmdirse e n e l régimen edípico ( y
asa), p u e d e a c c e d e r a l ámbito d e l o s seres a b y e c t o s q u e d e o t i ' a m a n e r a c o n -
riri^*^ e l e x t e r i o r d e l ámbito d e l s u j e t o . É s t e es e l ámbito d e l o s seres a b y e c t o s
e m e píirece e l p r o y e c t o d e a r t e c o r p o r a l más i n t e r e s a n t e p a r a r e p r e s e n t a r : m u -
^\ ( , Q f n o s u j e t o s ( p r o v i s i o n a l e s ) , h o m b r e s a b i e r t a m e n t e a m b i v a l e n t e s e n s u r e -
lación c o n e l fido y p a r t i c u l a r e s a p e s a r d e s u masciúinidad p r i v i l e g i a d a , s u j e t o s
ue d e o t r o m o d o n o s o n n o r m a t i v o s .
C o n l a c i t a o reiteración d e l o s códigos h e t e r o s e x i s t a s y sexistas d e l o s s u j e t o s
hombres y mujeres, el artista corporal narcisista ejemphfica l o que B u d e r identifi-
ca c o m o e l a s p e c t o s i e m p r e d e r i v a t i v o d e l a p e i f o r m a t i v i d a d : señala e l h e c h o d e
que e l s u j e t o n u n c a es p o r c o m p l e t o c o h e r e n t e e n s u i n t e n c i o n a h d a d . E s t a fidta
de c e r t e z a e n l a proyección d e l a i n t e n c i o n a h d a d es d e s d e l u e g o l o q u e p e r m i t e
mis i n t e r v e n c i o n e s críticas d e estas prácticas e n términos d e l a dislocación q u e se
dio e n l a década d e 1 9 9 0 d e l a concepción m i s m a d e género q u e s u b y a c e e n estas
obras. C o n l a reiteración d e n o r m a s ( c o m o l a reiteración d e M e n d i e t a d e l vínculo
entre n a t i u - a l e z a y l o s c u e r p o s d e m u j e r e s y s u j e t o s " p r i m i t i v o s " , d e l " t e r c e r m u n -
do"), s o s t i e n e B u d e r , " e l s e x o se p r o d u c e t a n t o c o m o se desestabÜiza".^"^ L o s
cuerpos d e los-performersd e a r t e c o r p o r a l , , c l a s i f i c a d o s d e a c u e r d o c o n e l s e x o , l a
raza y l a clase s o c i a l , se i n c o r p o r a n a este régimen n a r c i s i s t a d e fi^rmas c o m p h c a d a s
y p r o v o c a d o r a s ; e n e s p e c i a l p a r a las a r t i s t a s f e m i n i s t a s d e body m% l a reiteración
narcisista d e l c u e r p o f e m e n i n o d e s n u d o o e n p a r t e d e s n u d o e x a c e r b a a l g r a d o d e l
absurdo l a fijación o c c i d e n t a l e n e l c u e r p o f e m e n i n o c o m o o b j e t o d e l a m i r a d a
m a s c u h n a (es e l p r o p i o n a r c i s i s m o d e e s t o s p e r f o r m a n c e s l o q u e r e s c a t a a l c u e r p o
de d i c h a s a h n e a c i o n e s y l o v i n c u l a a l a s u b j e t i v i d a d c o n t i n g e n t e p e r o a c t i v a d e l a
niujer artista).
Más q u e u n d i s t a n c i a m i e n t o b r e c h t i a n o , e l a r t e c o r p o r a l p r o p o n e p r o x i m i -
^íid: c o m o exploración crítica más q u e c o m o r e p u d i o a las s e d u c c i o n e s d e l c a p l -
í^íilismo tardío m e d i a n t e c u e r p o s específicos q u e o b l i g a n a l a p r o p i a a u t o c o n t e n -
cion narcisista d e l espectador a t o m a r e n c u e n t a ( m e d i a n t e s u reversibihdad) a l
°^ro' d e l a r t i s t a , m i e n t r a s e l a r t i s t a t o m a e n c u e n t a a sus intérpretes a l r e p r e s e n -
'^^r c u e r p o s específicos q u e o b h g a n a l intérprete a r e c o n o c e r s u imphcación p a r a
^'^erminar l o s s i g n i f i c a d o s d e l a r t i s t a / o b r a d e a i t e . E s t a p r o x i m i d a d , l a pérdida
¡05 Butíer, Bodies VjatMatter, p p . 2 - 4 .
^bidem, p. 1 0 .
 Sjv'lODERNISMO, SUBJETIVIDAD Y A R T E CORPORAL 177
176 A M E L I A jQ.

p e b i d o a l a exposición d e l a c o n t i n g e n c i a d e l y o q u e s e r e p r e s e n t a , e l c e n t r o d e
de distancia entre el y o y el o t r o que f e m i n i s t a s c o m o M a i y K e l l y y G r i s e l d a P o
jición n a r c i s i s t a e n e l y o p o r p a r t e d e l o s a r t i s t a s c o r p o r a l e s — i n c l u s o e n e l caso
sostienen que sirve t a nbien a l m o d e r n i s m o patriarcal ( y a l a liistoria del
^ los a r t i s t a s v a i ' o n e s — a p e n a s c o n f i r m a d e aígnna m a n e r a s e n c i l l a e l g e n i o h e r o i c o
m o d e r n i s t a ) , también es e q u i p a r a b l e y e x a c e r b a e l c o l a p s o d e l a distinción
, la " t r a s c e n d e n c i a " ) d e l s u j e t o artístico; t a m p o c o l o a h n e a c o n l o s u s o s v a g a m e n t e
l o público ( e l r e i n o m a s c u l i n o d e l o s v a l o r e s d e c a m b i o ) y l o p r i v a d o ( e l d o i
^etidií^i^^s más b i e n s i m p h s t a s d e l a noción d e l n a r c i s i s m o c o m o u n a i n c a p a c i d a d
f e m e n i n o d e l o s v a l o r e s d e u s o ) q u e c a r a c t e r i z a a l c a p i t a l i s m o tardío, y a l colaps'
resiva p a r a h más allá d e l a s r e l a c i o n e s d e l y o c o n l a s r e l a c i o n e s c o n l o s o b j e t o s
l a distinción e n t r e e l y o y e l o t r o q u e l a m e n t a n R i e s m a n y L a s c l i . ^ " ^ C o m o sugi'
(una i n c a p a c i d a d d e h e g a r a l a e d a d a d u l t a " n o r m a l " , q u e F r e u d p r i m e r o identificó
aquí p o r c o n d u c t o d e M e n d i e t a , n o es c a s u a l , así, q u e l a s a r t i s t a s f e m i n i s t a s '
c o n 1:1 pí^tología d e l a I i o m o s e x u a h d a d ) . ^ " ^ E l a r t e c o r p o r a l astÜla más q u e c o n j u n t a
body arty l o s a r t i s t a s d e c o l o r — c o n s u s p e r f o r m a n c e s explícitamente s e x u a U z a
íil y o ; lejos d e asegurar' a l g u n a c o h e r e n c i a p r e s o c i a l d e l y o , e l a r t e c o r p o r a l r e p r e s e n -
y e s p e d f i c a m e n t e " s o c i a l i z a d o s " d e s u s s u b j e t i v i d a d e s p e r s o n i f i c a d a s - ^ s e a n q-
ta e l n a i - c i s i s m o c o m o c o n t i n g e n c i a . L a externahzaclón d e S c h n e e m a n n , K u s a m a
l o s más o b v i a m e n t e eficaces e n c o m p r o m e t e r e l n a r c i s i s m o a fines r a d i c a l e s
y M e n d i e t a d e s u c a r e n c i a t a n t o e x p o n e e l masctüinismo y a n g l o c e n t r i s m o d e l y o
l o s términos q u e e x p u s e aquí), a u n q u e c o l a p s e n l a distinción e n t r e s u j e t o y o b j
c o h e r e n t e c o m o h ' o n i z a s o b r e l a i n m a n e n c i a p r o y e c t a d a e n las m u j e r e s e n e l p a t r i a r -
d e u n a m a n e r a q u e r e s i d t a a b e r r a n t e p a r a l a s f e m i n i s t a s d e orientación b r e c h t i
cado. S i b i e n podría acusárseles c o n bases, p o r p a r t e d e l e s e n c i a h s m o b r e c h t i a n o d e l
como Kelly y Pollock.
discurso aitístico f e m i n i s t a d e l a década d e 1 9 8 0 , d e p r o y e c t a r d e m o d o nar-cisista s u
L a s f e m i n i s t a s tienen m u c h o q u e g a n a r d e l c o l a p s o n a r c i s i s t a d e l a s f r o n t
c u e r p o / y o m e d i a n t e u n a concepción i d e a h s t a s u p u e s t a d e q u e e l c u e r p o f e m e n i n o
e n t r e e l y o y e l o t r o , d e l a s d i s t i n c i o n e s e n t r e l o púbhco y l o p r i v a d o , d e l a dLfer
t r a n s m i t e l a v e r d a d d e l a e x p e r i e n c i a f e m e n i n a , c o n l a s m i s m a s bases p u e d e c o n s i -
c i a e n t r e e l s i g n i f i c a n t e y e l s i g n i f i c a d o m i s m o . C o n l a constitución n a r c i s i s t a d e l
derarse q u e estas a r t i s t a s a b r e n d e f o r m a r a d i c a l esa e x p e r i e n c i a a l a m u l t i p h c i d a d d e
c o m o L a c a n l a e x a m i n a e n " H i e M i r r o r S tage" [ E l e s t a d i o d e l e s p e j o ] , v e m o s có
la i n t e r s u b j e t i v i d a d m e d i a n t e s u p e r f o r m a n c e d e l a c a r n e d e l m u n d o .
l a alienación, q u e m u c h o s i d e n t i f i c a n c o m o c o n s t i t u t i v a d e l a condición p
m o d e r n a , se señala c o m o f u n d a m e n t a l p a r a l a condición h u m a n a d e m o d o q P u e d e c o n s i d e r a r s e q u e e l anáhsis p o s t e s t r u c t i u a h s t a y f e m i n i s t a d e l a d e s e s -

c o m o declara Krauss e n l a parte 1 d e " N o t e s o n t h e I n d e x " [ N o t a s sobre el i n d i tabilización d e l s u j e t o e n e l p o s m o d e r n i s m o , l a c o n t i n g e n c i a d e l y o e n e l o t r o , l a

l a " i d e n t i d a d (autodefinición) se fiisiona s o b r e t o d o c o n l a s i d e n t i f i c a c i o n e s interconectividad del cuerpo/yo y l a m a t e r l a h d a d d e l cuerpo c o m o sujeto descri-

conexión p e r c i b i d a c o n o t r a p e r s o n a ) " . E s t e r e c o n o c i m i e n t o tiene e l p o t e n c i a l ben u n c o n j u n t o d e condiciones q u e t a n t o e x p l i c a n ( d e m a n e r a retroactiva) c o m o

d e r r o c a r l a fi.mción p a t e r n a l , c o n s u interés e n m a n t e n e r l a ilusión d e u n a t r m o t i v a n (preceden) l o s efectos d e l arte c o r p o r a l . Estas f o r m u l a c i o n e s sacan a l a

c e n d e n c i a i n t o c a b l e y n o u n a fantasía s i e m p r e c e n t r a d a sólo e n l a i n m a n e n h i z l o q u e e l m o d e r n i s m o operó p a r a o c u l t a r : e l n a r c i s i s m o fiandamental del y o y

corpórea d e l o t r o . D e e s t a m a n e r a , p u e d e c o n s i d e r a r s e q u e l o s d e s p h e g u e s c o r p c o n t i n g e n c i a d e e s t e y o n a r c i s i s t a e n s u s o t i ' o s . D e n t r o d e l d i s c u r s o artístico, l a

reos y narcisistas de C a r o l e e S c h n e e m a n n , Y a y o i K u s a m a y A n a M e n d i e t a r e m e t a h a s i d o a h n e a r a l crítico o h i s t o r i a d o r d e a r t e c o n e l a r t i s t a e n t a n t o se r e f i e -

m a n l a i n m a n e n c i a y l a c o n t i n g e n c i a i n t e r s u b j e t i v a d e t o d o s l o s s u j e t o s (así J^n d e m a n e r a o s t e n s i b l e e n l a o b r a d e a r t e , y r e c o n s t i t u i r e l s e n t i d o d e a u t o r i d a d

la h i s t o r i a o p r e s i v a p a r t i c u l a r d e l o s cuerpos/sujetos d e las m u j e r e s ) e n e l p a t r ' y e l s e n t i d o d e l y o d e l h i s t o r i a d o r d e a r t e m e d i a n t e l a identificación c o n e l o t r o

c a d o caucásico o c c i d e n t a l . ^í^eativo, c u y a i d e n t i d a d d e b e d e s c o r p o r e i z a r s e — h a c e r s e t r a s c e n d e n t a l — y fijarse

C o m o c o n c u a l q u i e r popularización d e F r e u d , esta noción d e n a r c i s i s m o s e e n f o c a e n u n a s p e c t o

Véase G r i s e l d a P o l l o c k , " S c r e e n i n g d i e S e v e n t i e s " . T u r n e r e x a m i n a este c o l a p s o e n Vie Body
l'^^^iicño d e l a discusión e n t e r a d e F r e u d , p a r t i c u l a r m e n t e l a fomuiación t e m p r a n a e n "Introducción a l
Society, p . 1 8 . C o n t r a l a d o m i n a n t e t r a y e c t o r i a a n g l o - e s t a d u n i d e n s e d e l f e m i n i s m o b r e c l i t i a n o d u r a n t e
"/^rcisismo", 1 9 1 4 . Véase l a discusión de J . L a p l a n c l i e y J. B . P o n t a l i s s o b r e e l análisis f r e u d i a n o d e l n a r c i -
o c h e n t a . L u c e I r i g a r a y y o t r a s f e m i n i s t a s francesas p r o p u s i e r o n l a p r o x i m i d a d c o m o u n a r e c o n l i g u r a c i
^'smo e n s u l i b r o TJje Language of Psychoanalysis, D o n a l d N i c h o l s o n S m i t i i ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , N o r t o n ,
de l a e s t r u c t u r a s p a t r i a r c a l e s opuestas d e l y o / o t r o . Véase I r i g a r a y , Ethics of Sexual Difference. L a discusión
B u d e r s o b r e este p u n t o se e n c u e n t r a e n Bodies Umt Matter, p . 4 6 .
 A M E L I A Jo
p o r m e d i o d e t r o p o s mascrúimzados y l a e t c r o s e x i i a l i z u d o s ( p o r n o m e n c i o n a r •
p e n a l i s t a s y a n g l o s ) d e l g e n i o y l a maestría. L a n a t u r a l e z a m e d i a d a d e l c u e r p o
n a r c i s i s t a q u e r e c o n o c e n e l p o s t e s t r u c t u r a l i s m o y e l f e m i n i s m o , y q u e se r e p '
senta p o r c o m p l e t o e n l o s proyectos d e arte c o r p o r a l , c o m p l i c a esta meta,
a p u n t i U " n o sólo a l a disolución d e l a f a m i l i a n u c l e a r , l a a u t o r i d a d e s t a t a l y l a a u
r i d a d g e n e r a l d e l a fimción p a t e r n a ( o l a " n o r m a mítica" d e s u b j e t i v i d a d d e j
d e ) e n e l c a p i t a l i s m o tardío, s i n o t a m b i é n a l a disolución d e l a c e r t e z a e p i s t e
lógica d e n t r o d e d i s c i p l i n a s c o m o l a h i s t o r i a d e l a r t e .
A t e n d e r a l c u e r p o d e l a i - t i s t a ( e l c u e r p o c o m o representación d e l y o ) — c o n
l o s a i ' t i s t a s c o r p o r a l e s n o s a n i m a n a h a c e r l o — es u n a m a n e r a d e señalar l a n a t j
r a l e z a ahistórlca d e l a e m p r e s a d e formulación d e u n a interpretación esté
c o n v e n c i o n a l , q u e opera para e h m i n a r ese cuerpo e n t o d a f o r m a q u e n osea
f o r m a más r e d u c i d a y objetificada.^°^ U n a v e z q u e e l c u e r p o e n r e p r e s e n t a d
r e g r e s a a l c u e r p o e n producción y s e A d u c i d a — m e d i a n t e e l d e s e o i n t e r p r e t a
v o — a l o s c u e r p o s d e recepdón, r e g r e s a n l a h i s t o r i a y l a s o d a h d a d . L a r e p r e s "
tación d e l c u e r p o artístico ( e n particiüar e l d e l a a r t i s t a f e m e n i n a , p o r l o g e n e
o b j e t i f i c a d o ) p e r m i t e l a circulación d e i d e s e o e n t r e l o s s u j e t o s d e l h a c e r y d e l v
E s t a circulación d e l d e s e o e s liistórica y s o c i a l m e n t c e s p e d ñ c a : m i e n t r a s e i s u j e
d e l h a c e r s e sitúa d e n t i - o d e r e l a d o n e s p a i t i c u l a i ' e s d e p r o d u c d ó n q u e s u s t e n
sus p r o d u c t o s d e diversas f o r m a s , cada s u j e t o d e l v e r i n t e r p r e t a l a o b r a d e <
c o r p o r a l d e u n a m a n e r a específica p a r a s u s d e s e o s particiüares, q u e a s u v e z
d e s a r r o h a r o n e n relación c o n s u s c o n t e x t o s psíquico y s o c i a l . E n t t a n e n c o n t a c
( e n términos fenomenológicos, " e n e l s e r " ) d o s s o c i a h d a d e s y s u b j e t i v i d a d e s e
carnadas mediante l a obra d e arte corporal.
Traducción de R i c a r d o R u b i o
Véase m i e n s a y o " I n t c r p r e t i n g F e m i n i s t B o d i e s : ' I l i e U n f r a m e a b i U t y o f D e s i r e " , e n VjeRheíoric
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 Cultura y performance
en el mundo circunatlántico

J O S E P H R O A C H
Joseph Roach es historiador de teatro y uno de los pensadores estadunidenses más
Importantes dentro del estudio del performance como medio de expresión y ttmismisión
de la memoria social. En su trabajo, Roach analiza el modo en que las cidturasperviven
a través de sus performances. En el ti-abajo de Roach, p e r f o r m a n c e es no sólo su objeto
de estudio sino una metodología que desestabiliza la primacía de los documentos esciitos
en el análisis de los procesos, históricos. Para Roach, la culi^ira oral y la escrita son
expresiones que se produjeron entre sí, cada una con su propia autoridad documental.
Desde una perspectiva, que se centra en el co7?iportamiento, Roach aborda a la literatura
como reservorio de performances, además de enfocarse en la "oratura", concepto que abarca
distintas formas de coinunlcación como la gestualidad, danzas, canciones, procesiones y
hasta chismes.
En el trabajo de este teórico, p e r f o r m a n c e no refiere a un acto o acontecimiento sino
que es una categoría crítica. A través del concepto de genealogías d e p e r f o r m a n c e , Roach
analiza procesos de memoria social, participación colectiva y encuentros interculturales
pcira abordar el modo en que éstos se manifiestan en el presente, y develar los gestos que
ban intentado borrar los múltiples orígenes de una práctica determinada. Al atender al
^^^odo en que elpasado se reproduce en elpresente a través del comportamiento restaurado
(p^form-ance), Roach destaca la manera en que, de manera opuesta a las lecturas históricas
7^'^ subrayan las aniqidlaciones culturales, el performance nos habla de la obstinación
^^'^ que los pueblos recrean sus exj)eriencias a través de prácticas cotidianas y del
comportamiento estructurado: rituales, ceremonias, eventos. Roach define p e r f o r m a n c e
«través del término sustitución _y ubica estos términos junto al de m e m o r i a .

[189]
 PRESENTAC

En el articulo que sigue, Roach estudia las producciones culturales que forman p
de lo que llama el 'mundo circunatlántico'\ decir, el sistema socioeconómico a tra^,
cual, en el siglo xviJi, Europa, Africa y América realizaron transacciones comerci E l h o m b r e b l a n c o q u e h i z o e l lápiz tumbién h i z o l a
y —Roach afirma— culturales. Roach elige el término cÍrcuníitláiitÍco e7i ve goma.
transatlántico para destacar dichos intercambios como dinámicos y relación PROVERBIO YORUBA

En este caso, Roach habla de sociedades circunatlánticas, fundadas en el genocl

de nativos americanos y en el violento desplazamie7ito y co77iercialización cleperson
origen africano. Roach estudia la cent7-alidad de esta viole7icia en el 7iacÍ77íiento de
cultura de la modernidad, ce7itra su análisis en Londres y Nueva Orleans e inves
tradiciones musicales, teatmles y 7Ítuales de las ctdtwas que e7üraro7i e7i contact
través del intercambio circmtatlántico. Este autor estudia el 7nodo e7i que las cul
se 1'elacionaron etitre si a través de dichas tradicio7tes, y a la vez cómo representaron
diferencias para reforzar un sentido de identidad.
El concepto de sustitvKÍón, que define a la práctica teatral (el actor repres-
un personaje), es también eje de este e7ísayo de Roach. El peífomianee, en t¿
co77tp07-ta77iie7ito restaurado, es to7nado aquí como sustituto de algo que lopreexíste,
en lugar de un hecho que se recrea. Estudiar estospe7for77ia7ices •—tradicio7ies que
hasta iMiestros días, co77io losfimerales que se realizan en Nueva 07'leans— nos ayudi
reconocer, enpalabi'as de Roach, "los placeres y tormentos del olvido inco7npleto", el m
e7i que lo que creÍ7nos perdido se hace presente a través de prácticas co7ite7nporáneas.
el caso de aquellos cuya here7icia ha sido 77iarcadapor la viole7icia de la esclavitud o
genocidio de sus antepasados (zo77io e7i el caso de la co77iunidades africa7ias e indíge
en América), elperfor7nance, según Roach, resulta un 7nedio para que dichos recuela
t7-au77iáticos se relaboren e7i repi-esentaciones que ofrecen alternativas al modo en
VÍVÍ/720S en el prese7ite. Así, afir/na Roach, a través del pe7fo7ma7ice, la memoria'
revela co77io Í777agtnación.
"LA VERDADERA M A G I A SUCEDE DICE ANNA DEAVERE SMITH—• CUANDO L APA~
l a b r a c h o c a c o n t u a l i e n t o . " ^ Q u i e n e s l i a y a n v i s t o s u s p e r f o r m a n c e s entenderán l a
v a l i d e z d e e s t a declaración c o m o u n a desaipclón d e s u o b r a . E n e s t e e n s a y o deseo
e x p l o r a i * Jas i m p l i c a c i o n e s d e e s t a afirmación p a r a l o s p r o f e s o r e s d e l a d i s c i p h n a q u e
aún podríamos l l a m a r " l e t i ' a s " : e n e l e s t u d i o d e l l e n g u a j e y l a c i d t u r a j l a l i t e r a m r a n o
basta. M i t e m a h o y es l a i n t e r d e p e n d e n c i a d e l p e r f o r m a n c e y l a m e m o r i a c o l e c t i v a .
S u r g e d e u n p r o y e c t o q u e r e f u n d a l a categoría d e l i t e r a t u r a , c o m o u n depósito d e
t e x t o s , e n relación c o n l o q u e m i c o l e g a Ngügi W a T l i i o n g b d e n o m i n a " o r a t u r a " ,
aquellas f o r m a s c u l t u r a l e s q u e t i e n e n l u g a r e n e l h a b l a , gestos, c a n c i o n e s , bailes, r e -
l a t o s , p r o v e r b i o s , c o s t u m b r e s , r i t o s y r i t u a l e s . Ngügí definió d e m a n e r a i n d i r e c t a l a
o r a t u r a c u a n d o opinó q u e e l c a n t a n t e : " E s u n c a n t a n t e m e l o d i o s o c u a n d o t o d o
m u n d o l o acompaña. L a s c a n c i o n e s m e l o d i o s a s d u r a n más también". C o m o o b s e r v a
Kwame A n t l i o n y A p p l a l i : "hay m u c h o s i n s t r u m e n t o s para dar soporte a la trans-
misión d e u n c u e r p o c o m p l e j o y a r t i c u l a d o d e prácticas y c r e e n c i a s s i n l a e s c r i t i u - a " . ^
S h i e m b a r g o , e s t e diálogo c o n t i n u o e n t r e L t e r a t u r a y o r a t u r a n o a c e p t a i m a o p o -
sición e s q u e n i a t i z a d a e n t r e alfabetización y o r a U d a d c o m o categorías t r a s c e n -
^•^ntes; e n c a m b i o , r e s i d e e n l a convicción d e q u e e s t o s m o d o s d e comunicación

' E n t r e v i s t a d e J o h n L n h r c o n A n n a D e i i v c r e S m i t l i , d t u d n e n " U n d e r t h e S l d n " , T}}e NewYorker, 2 8

^'^i^'nio de 1 9 7 3 , p . 9 2 .
Q '^E^'gí W a 'Üiiong'o, e n t r e v i s t a d o p o r B e t t j ' e J . P a r k e r , CriHcal Perspectives on Ngfigt IVa Wong'o,
^ ' • l O U i a m ( e d . ) , W a s h h i g t o n , " l l i r e e C o n t i n e n t s P r e s s , 1 9 8 4 , p . 6 1 ; K w a m e A n t h o n y A p p i a h , In My
^^Ws House: Africa in the Philosophy of Culture, N u e v a Y o r k y O x f o r d , O x f o r d U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 9 2 ,

[193]
 194
JOSEPH Ro,
s e p r o d u j e r o a e n t r e sí, d e f o r m o , ¡atetactivív, c o n e i t i e m p o , y d e q u e s u s o p e r a c i
históricas p u e d e n e x a m i n a i ' s e d e m a n e r a fructífera b a j o e i c o n c e p t o á^peiform
E l concepto performance a b o r d a l a política d e l t e a t r o m e d i a n t e s u crí
implícita d e l s i g n i f i c a d o c u l t u r a l m e n t e c o d i f i c a d o d e l a p a l a b r a teatro. D e r r
d e l a p a l a b r a g r i e g a q u e r e f i e r e a " v e r " y " v i s t a " , teatro, c o m o teoría, e s u n té
l i m i t a n t e q u e impÜca c i e r t a c l a s e d e participación d e l e s p e c t a d o r e n cierta
d e a c t o . E n cowt^-diSt^,perforínance, s i b i e n c o n f r e c u e n c i a s e r e f i e r e a l a t e a t r a l !
c o m o l a metáfora más f e c u n d a p a r a J a s d i m e n s i o n e s s o c i a l e s d e l a p r o d u c e
c u l t i u ' a J , a b a r c a u n a v a r i e d a d m u c h o más ampÜa d e c o m p o r t a m i e n t o s h u m
E n t r e estos c o m p o r t a m i e n t o s seencuentra l o que M i c h e l d e C e r t e a u d e n o i
" l a práctica d e l a v i d a c o t i d i a n a " , e n l a q u e e l p a p e l d e l e s p e c t a d o r s e e x t i e n d
de participante.'* E l concepto práctica d e C e r t a u s e h a e x p a n d i d o d a n d o l u
u n a categoría a b i e r t a r e f e r i d a como performaiiva. C o m o observa u n a nota al t
t o r e n u n número r e c i e n t e átpmla [ L a pubUcación d e M o d e r n L a n g u a g e A
c i a t i o n ] ( " T e m a e s p e c i a l : P e r f o r m a n c e " ) : " L o q u e u n a v e z f u e u n a c t o s e c o n "*
e n u n a categoría crítica, q u e a h o r a s e apÜca a t o d o , d e s d e u n a o b r a h a s t a
g u e r r a o u n a c o m i d a . L o p e r f o r m a t i v o [ . . . ] es u n a c t o c u l t u r a l , u n a perspec'
crítica, u n a intervención política".''
D e s d e l a p e r s p e c t i v a de l a i n t e r d i s c i p h n a — o p o s d i s c i p l i n a — de los estud,
d e p e r f o r m a n c e , s i t u a d o e n l a intersección e n t r e l a s a r t e s y l a s h u m a n i d a d e s , e -
l a antropología y e l t e a t i ' o , e l término perfoiinance p u e d e d e h n e a r s e c o n más \
cisión a p a r t i r d e l o q u e R i c l i a r d S c h e c l m e r l l a m a l a "restauración d e l a c o n d u
L a conducta restaurada o l a conducta dos veces actuada e s a q u e l l a q u e s e p u e d e r£
e n s a y a r - y s o b r e t o d o recrear!" P e r o ahí r a d i c a u n a a n o m a h ' a q u e e v o c a l a " m a
d e A n n a D e a v e r e S m i t l i . L a p a r a d o j a d e l a restauración d e l a c o n d u c t a r e s i d e
e l fenómeno m i s m o d e l a repetición: n i n g u n a acción o s e c u e n c i a d e a c c i o n e s p
de realizarse dos veces de la m i s m a exacta maicera; debe reinventarse o reaearse
c a d a aparición. E n e s t e e s p a c i o d e l c o m p o r t a m i e n t o i m p r o v i s a d o , l a m e m o r i
r e v e l a c o m o imaginación.
^ M i c h e l d e Ccrtíiu, V^e Pracfke of]íveryday LÍfe¡ S t c p h c n K R e n d a l l ( t m d . } , B e r k e i c y y L o s
U n i v c r s i t ) ' o f C a l i f o r n i a Press, 1 9 8 4 , p p . 9 1 - 1 1 0 [ e d , esp.: Ln hwemmi de lo coíidiufio, México, Uní
dad Ibcroaniei-icann, 1999].
J o h n W . I G o n i k , " E d i t o r ' s Noíe",fim/í2, 1 0 7 , 1 9 9 2 , p . 4 2 5 .
^ I l i c h a r d S c h e c l i n c r , Beíwee/i TJjeaíer andAiUhropology, Filadeifín, U n i v e r s i t j ' o f P e n n s y l v a n i a E
1985, pp. 3 5 - 1 1 6 .
Y P E l l F O R M A N C EE N E L M U N D O CIRCUNATLÁNTICO 195
] 3 ) e s d e l u e g o , e s p o s i b l e d i s c e r n i i " v a r i a c i o n e s d e l t e m a d e l a repetición c o n
¿•ferenciíi e n d i v e r s a s p o s t u r a s p o s t e s t r u c t u r a l i s t a s . L a más p e r t i n e n t e p a r a m i s
tei'cs^^ a c t u a l e s e s l a ti-adición a f r o e s t a d u n i d e n s e d e l a significación, c o m o c x -
^ r a I ' I f i i ^ O ^ L o u i s G a t e s J r . , t o m a n d o c o m o e j e m p l o l a variación d e J e l l y R o l l
I^/joi'toi'' Gt^ sto7?7p d e l rng d e S c o t t J o p l i n , y a p l i c a d a c o m o repetición c o n revisión
^ r i t u a l y o r u b a d e M a r g a r e t T l i o m p s o n D r e v v a l , * ^ i l u m i n a l a s p o s i b i l i d a d e s teóri-
cas c o n d u c t a r e s t a u r a d a , n o c o m o u n a m e r a recapitulación, s i n o c o m o l a
transformación d e l a e x p e r i e n c i a m e d i a n t e l a renovación d e s u s f o r m a s c u l t u r a l e s .
este s e n t i d o , e l p e r f o r m a n c e s e o f r e c e c o m o c o n c e p t o r e g i d o r l o m i s m o pai'a
la l i t e r a t i u - a q u e p a r a l a o r a t u r a .
S i s e e n t i e n d e d e e s t a f o r m a , e i p e r f o r m a n c e d e s t a c a u n a distinción e n t i ' e l a
m e m o r i a s o c i a l y l a H s t o r i a c o m o f o r m a s d i f e r e n t e s d e transmisión c u l t u r a l a t r a -
vés d e l t i e m p o : l a m e m o r i a r e q u i e r e participación c o l e c t i v a , s e a e n a c t o s t e a t t a l e s ,
r i t u a l e s chámameos o c e r e m o n i a s d e inauguración d e j u e g o s o H m p i c o s ; l a l i i s t o r i a
i m p l i c a l a interpretación crítica ( y e n a p a i i e n c i a s o l i t a r i a ) d e l o s r e g i s t i - o s e s c i ' i t o s .
A m b a s o p e r a n a s i m i s m o c o m o f o r m a s d e o l v i d o : l a s ciütiu'as s e l e c c i o n a n l o q u e
transmiten mediante la m e m o r i a y la historia. S i n embargo, la persistencia de la
m e m o r i a colectiva p o r m e d i o del c o m p o r t a m i e n t o restaurado representa u n a f o r m a
de c o n o c i m i e n t o a l t e r n a y e n p o t e n c i a c o n t e s t a t a r i a : c o n o c i m i e n t o c o r p o r a l , hábi-
t o s , c o s t v u n b r e s . L a preocupación académica r e s p e c t o d e l c o n o c i m i e n t o t e x t u a l
— p o r m e d i o d e l cual u n a c u l m r a c o n t i n u a m e n t e c o n s u l t a sus a r c i V i v o s — t i e n d e a
desacreditar l a m e m o r i a e n n o m b r e de la h i s t o r i a . ^ D e l i e c h o , a m b a s f o r m a s d e
transmisión c u l t u r a l p o s e e n s u s e f i c a c i a s d i s t i n t i v a s : p o r e j e m p l o , e s o b v i o q u e ,
s i b i e n e l c o n o c i m i e n t o t e x t u a l v i a j a e n a p a i ' i e n c i a i n t a c t o a través d e l e s p a c i o y
'^el t i e m p o , c a r e c e d e l a v i t a l i d a d d e l a c o n c i e n c i a anestésica q u e c a r a c t e r i z a l a s
^representaciones p a i t i c i p a t i v a s d e Ja m e m o r i a . E l c o n o c i m i e n t o d e e s t o s r e c u e r d o s
^<^ga d e m a n e r a más p r e s t a a l o b s e r v a d o r - p a r t i c i p a n t e , q u e bailó l a d a n z a o s e unió
H c n r y L o u i s G a t e s , Jr., The Signifying Motikey:A Vjeory of Afro-Amerkan LUerary CrUidsm, N u e v a
198S, p p . 6 3 - 8 8 ; M a r g a r e t l l i o m p s o n D r c v v a l , Yoruba Ritual:Perforiuers, Play.Agency, B l o o m i n g t o n ,
"^i^na U n i v e r s i t y Press, 1992, pp. 4 , 5 .
D e b o a m p l i a m e n t e e i m a t e r i a l c o n t e n i d o e n este párrafo n J o l ] n J . M n c A i o o n , i ? . i V e , Dríimo, Fesíi-ua/,
^^'^"^le: Rehearsats Towani n Iheory of Cultural Performance, FÜadelíia, . I n s t i t u t c f o r t h e S t u d y o f P l u m a n
p ^^5» 1 9 S 4 ; P a u l C o n n c r t o n , lio'm Sodeties Remember, C a m b r i d g e y N u e v a Y o r k , C a m b r i d g e U n i v e r s i t y
1 9 8 9 , y a M ^ a u r i c e H a J b w a c h s , On Collective Memory, L e v v i s A . C o s e r ( e d . ) , C h i c a g o y L o n d r e s ,
' ^ ' ^ e r s i t y o f C h i c a g o Press, 1 9 9 2 .
 J.VD
JOSEPH R o
a l a procesióiij q u e a l l e c t o r . A l u i i s m o t i e m p o , l a s r e l a c i o n e s diacrónícas d e t a l
f o r m a n c e d e s a p a r e c e n d e m a n e r a m u c l i o más e x p e d i t a d e l a c o n c i e n c i a crítj
t r a n s f o r m a r e l r e c u e r d o e n l a s f o r m a s más volátiles d e n o s t a l g i a .
T a n t o l a l i i s t o r i a c o m o l a m e m o r i a p a r t i c i p a n e n l a producción d e l a c o n d
r e s t a i u - a d a a l c i r c u l a r - e n géneros d e p e r f o r m a n c e t a n d i v e r s o s c o m o c a i - n a v a l e s
b l i c o s , p r u e b a s d e i n t e l i g e n c i a , q u e m i d e n a l p e r f o r m a n c e c o m o desempeño,
p i a s p o s t o p e r a t o r i a s p a r a prótesis d e m a m a , s u b a s t a s d e e s c l a v o s y óperas.
e m b a r g o , e l e s t u d i o d e l a s c o n d u c t a s r e s t a u r a d a s e n s u dimensión diacrónica
c a m p o d e investigación r e l a t i v a m e n t e n u e v o , q u e s e o r g a n i z a e n t o r n o a l o
l l a m o "genealogías d e l p e r f o r m a n c e " . L a s genealogías d e l p e r f o r m a n c e " d o c u m '
t a n l a transmisión y diflisión histórica d e prácticas c u l t u r a l e s p o r m e d i o d e r e - '
s e n t a c i o n e s c o l e c t i v a s " . ^ E n e s t a formulación e s t o y e n d e u d a c o n l a definición
J o n a t h a n A i ' a c , e n s u revisión d e N i e t z s c l i e y F o u c a u l t , d e u n a "genealogía críti
q u e " p r e t e n d e e s c a i h a r e l p a s a d o n e c e s a r i o p a r a s a b e r cómo l l e g a m o s aquí y e l
s a d o úül p a i ' a c o n c e b i r o p c i o n e s p a r a n u e s t r a condición p r e s e n t e " . ^ L a s g e n e a l o
d e l p e r f o r m a n c e c o n s i d e r a n l a H t e r a t u r a u n a s u e r t e d e depósito d e l o s c o m p o r
mientos restaurados del pasado. S e ocupan d e desenterrar el linaje d e aquel
c o n d u c t a s r e s t a u r a d a s q u e s e e n c u e n t r a n aún v i s i b l e s a l m e n o s d e m o d o p a r e
d e n t r o d e l a c u l t i u - a contemporánea, y e n e f e c t o " e s a i b e n l a h i s t o r i a d e l p r e s e n t e "
P e r o l a s genealogías d e p e r f o r m a n c e s e i n t e n s i f i c a n c u a n d o a b o r d a n l o s p e r f f
m a n e e s d e l a autodefinición c u l t i u ' a l e n e l m a r c o d e e n c u e n t r o s e i n t e r c a m b i o s
p e r f o r m a n c e d e l a c u l t u r a e n e l m o m e n t o d e s u reflexión más p r o f i m d a , c u a
i n t e n t a expÜcai" y j u s t i f i c a r s e a n t e l o s demás. P o r e s t a razón, m i a r g u m e n
c o m o i n d i c a e l título, s e u b i c a geográficamente e n a m p U o s vórtices hemisféri
así c o m o e n s i t i o s l o c a l e s , y e s t a m i s m a ubicación h a c e n e c e s a r i a u n a e x p l i c a c i
Comencé c o n e l p r o v e r b i o y o r u b a , e n sí m i s m o u n a expresión mnemó
p o d e r o s a m e n t e c o m p a c t a , c o n e l fin d e h a c e r hincapié e n e l carácter i n d i s p e n
b l e d e l o s r e c u e r d o s a f r i c a n o s diaspóricos y d e l a m e m o r i a indígena d e l c o n t i n
t e a m e r i c a n o p a r a m i análisis d e c u l t u r a y p e r f o r m a n c e . L i s i s t o e n e l ténn*
^ J o s e p h R o a c l i , "SJavc SpcctacJes a n d T r a g i c O c t o r o o n s : A C u l t u r a l G c n e a i o g y o f A n t e b e l l u m
f o r m a n c e " , e n Vientre St/rvey, núm, 3 3 , 1 9 9 2 , p . 1 6 9 .
^ J o n a t l K U i i V r a c , Critica! Geiieaiogies: Historien/ Sitiiations for Postmodeni Literary Stiidies, N u
Y o r k , C o l u m b i a U n i v e r s i t j ^ Press, 1 9 8 7 , p. 2 .
MichaclT'oucmh,Discip/inen7¡dPi/;iis¿: VjeBirí/joft/jePriso/i, /Vían S h c r i d a n ( t r a d . ) , N u e v a V
V i n t a g e B o o k s , 1 9 7 9 [ e d . csp.: Vigilar y castigar, México, S i g l o XXÍ, 1 9 8 9 , p . 3 1 ] .
T-URA P E R F O R M A N C EE N E L M U N D O C I R C U N A T L Á N T I C O 1 9 7
mtlántko, e n contraposición a ^-fl/zjatlántico, p a r a s u b r a y a r l a c o n t u n d e n t e
^ j„H d e l a observación d e P a u l G i k o y : " S e construyó u n a n u e v a e s t r u c t u r a d e
x^^as^'^^ c u l t i u ' a l a través d e l a s r e d e s i m p e r i a l e s q u e a l g u n a v e z a d m i n i s t r a -
A c o m e r c i o t r i a n g u l a i ' d e azúcar, e s c l a v o s y c a p i t a l " . ^ ' L a creación d e e s a s r e -
ron
i m p e r i a l e s , u n a d e l a s e m p r e s a s c o n c o n s e c u e n c i a s más v a s t a s d e l p e r i o d o
des
t d e r n o t e m p r a n o e n E u r o p a o d e c u a l q u i e r o t r a época e n l a h i s t o r i a h u m a n a ,
'°uidó l a modernización d e l a economía e u r o p e a b a s a d a e n l a exi^lotación g e n o -
req
M a de los p u e b l o s a f r i c a n o s o c c i d e n t a l e s y a m e r i c a n o s . L o q u e m e m o t i v a a r e -
c u p e r a r e s t e h e c h o histórico e s u n a afirmación q u e d e s e o e l a b o r a r a c e r c a d e l a
creación d e l tiáángulo d e i n t e r c a m b i o e n t r e E u r o p a d e l n o r t e , A f r i c a y América:
l a v a s t a e s c a l a d e l p r o j ^ e c t o , y e l a l c a n c e d e l c o n t a c t o e n t r e c u l t u r a s q u e requñió,
limitó e l g r a d o e n q u e a q u e l l o s q u e t u v i e r o n l a motivación más p r o f i m d a y l o s m e -
d i o s más s e g u r o s p a r a o l v i d a r l o p u d i e r o n e r r a d i c a r l o d e s u m e m o r i a ; p e r o t a m -
bién fomentó e s q u e m a s c o m p l e j o s e i n g e n i o s o s p a r a d e s p l a z a r , r e m o d e l a i - y t r a n s -
f e r i r e s o s r e c u e r d o s p e r s i s t e n t e s e n r e p r e s e n t a c i o n e s más f a v o r a b l e s p a r a q u i e n e s
c o n más f r e c u e n c i a e s g r i m i e r o n e l lápiz y l a g o m a . E n e s e s e n t i d o , l a creación d e l
m u n d o circunatlántico e s u n e s t u d i o m o n u m e n t a l d e l o s p l a c e r e s y t o r m e n t o s
del o l v i d o i n c o m p l e t o .
L o s h i s t o r i a d o r e s a t e n d i e r o n el c a m b i o de las rivalidades decisivas de c o m e r -
cio y p o d e r d e l m u n d o mediterráneo a l adántico, q u e ocurrió a finales del siglo
x v i i y p r i n c i p i o s d e l x v i n , e n e s p e c i a l e n l o s años q u e p r e c e d i e r o n y s i g u i e r o n d e
i n m e d i a t o a l T r a t a d o d e U t r e c h t , e n 1 7 1 3 .^^ L a r i v a l i d a d e n t r e L i g l a t e r r a y F r a n c i a ,
e n p a r t i c u l a r s u l u c h a p o r d o m i n a r l a economía d e e s c l a v o s e n Jas I n d i a s O c c i d e n -
tales y América d e l N o r t e , moldeó l a s f o r m a c i o n e s c u l t r u - a l e s q u e a b o r d o aquí y l o s
p e r f o n n a n c e s a través d e l o s c u a l e s e s t a s f o r m a c i o n e s c u l t u r a l e s s e i n c o r p o r a r o n a
m e m o r i a . L a s p o K t i c a s c u l t u r a l e s d e l a o d i s e a d e l Mediterráneo a l Atiántico l a
^ c o n v i r t i e r o n e n u n r e l a t o épico, v i v o e n l a p u n t a d e m u c h a s l e n g u a s . - ^ ^ C o m o
ííoniero y l o s d r a m a t u r g o s ti-ágicos r e g i s t r a r o n y c e l e b r a r o n l o q u e c o n s i d e r a i - o n
" PüulGilroy, "IhereAhñNo Black hi the Union Jack'tVjeCulturalPoHticsofRace and Nation, L o n d r e s ,
^ J- S . B r o m l c y , The New Cambridge Modern History, v o l - V I , 77je Rise of Great Britain and Russia,
^ m b r i d g e , 1 9 7 1 j p . 5 7 ] _ j p a r a u n c o n t e x t o más a m p l i o véase, F e r n a n d B r a u d e l , Tl¡e Mediterrnnean and the
^^kerranean World in ihe Age of Philip U, 2 voís., N u e v a Y o r k , H a c p c r & Row, 1 9 7 3 , [). 73.
^ _ Véase P a u l Z u m t h o r , Oral Poetry: An Jntrodtictiou, K a t h r y n M u r p h y - J u d y ( t r a d . ) , Mineápolis,
'^'vcrsity o f M i n n e s o t a Press, 1 9 9 0 .
 198
JOSEPH R o
e l e n o r m e c histórico c a m b i o d e l c e n t r o g r a v i t a t o r i o c u l t i u ' a l y político d e l
d o asiático a l micénico, c o m o inmortalizó Vú'gilio e l m o v i m i e n t o s e m e j a n t e
m m i d o e g e o a l más a m p l i o d e l mare nostrum, así l o s p o e t a s , d c a m a t u r g o s y t r
d o r e s d e l p e r i o d o m o d e r n o t e m p r a n o u n a v e z más p u d i e r o n presenciar
t i ' a n s f e r e n c i a d e l c e n t r o histórico d e s u vórtice i m p e r i a l .
África h a c e e l r o l d e b i s a g r a e n e l c a m b i o d e u n a c o n c i e n c i a d e l a m e m
e u r o p e a c e n t r a d a e n e l Mediterráneo a l a q u e s e c e n t i ' a e n e.1 Atlántico, y n o
p o r q u e l a m a n o d e o b r a a f r i c a n a p r o d u j o l a s s u s t a n c i a s a d i c t i v a s (azúcar, café
b a c o y a u n l a c o r r o s i v a combinación d e azúcar y c h o c o l a t e ) q u e r e v o l u c i o n a r o
economía m u n d i a l . ^ * ' E l a l c a n c e d e e s e r o l d e s a p a r e c e e n g r a n m e d i d a d e l a l u
r i a h a s t a épocas m u y r e c i e n t e s : A f r i c a d e j a s u s r a s t r o s lilstóricos e n medí
borraduras incompletas, e nnotas al pie y d e n t r o d e palimpsestos estratifica
d e b i d o a r e c o n o c i m i e n t o s c u l t u r a l e s equívocos más o m e n o s sistemáticos. P e t
A f r i c a diaspórica también d e j a m u c h o más q u e r a s t r o s lilstóricos; r e g e n e r a
r e p r e s e n t a c i o n e s v i v i e n t e s d e l a m e m o r i a p o r m e d i o d e l a o r a t u r a , y, e n fef
más r e c i e n t e s , d e l a l i t e r a t v u a , q u e a h o r a v i n c u l a e l perímetro d e l m u n d o d e l
cunatlántico ( a m e r i c a n o , caribeño, a f r i c a n o ) a través d e l a lírica, l a n a r r a t i v a
d r a m a d e i m p o r t a n c i a histórica m u n d i a l .
M e centraré aquí e n u n a c l a s e p a r t i c u l a r d e p e r f o r m a n c e , e l fimeral,,
c o m o s e plasnía e n fiteratura así c o m o s e r e p r e s e n t a m e d i a n t e l a o r a t u r a .
u n a p a r t e , t r a d i c i o n e s r e l a c i o n a d a s c o n l a n u i e r t e y l o s s e p e U o s , c o n s u le
c a m b i o c o n e l p a s o d e l t i e m p o , s o n útiles p a r a l o s annalisíes:* s e t r a t a d e prár*
históricas t a n c o n - s e r v a d o r a s q u e i n c l u s o d e n t r o d e e s t u d i o s d e l a r g a d u r a
(longiie durée] s e p r e s e n t a n c o m o e s t r u c t u r a s . P o r o t r a , l o s f u n e r a l e s p u e '
c o n v e r t i r s e c o n f a c i l i d a d , y a m e n u d o l o h a c e n , e n s i t i o s p a r a l a enunciación
c u e s t i o n a m i e n t o d e a s u n t o s actuales.También s e c a r a c t e r i z a n p o r l a s c o n d i c i
d e e s p e c i f i c i d a d q u e , d e a c u e r d o c o n l a etnógrafa B a r b a i a K i i - s h e n b l a t t - G i m b ,
a t r a e n a los i n v e s t i g a d o r e s a d i c h o s sitios; "los p l a n t e a m i e n t o s que se enfo^
e n el p e r f o r m a n c e de la c u l t u r a d a n u n a g r a n i m p o r t a n c i a a las p a r t i c u l a r i d a
Véase S i d n e y A ' l i n t z , Siueeiness and Poioer: The Place of Silgar iii Modern Plls/ory, N u e v a Y o r k , P e n '
Books, 1985.
* S e r e f i e r e a l o s liistoríadorcs de i a E s c u e l a d e l o s A n u a l e s f u n d a d a p o r M a r c B l o c l i y L u d e n Feb,
c u y o s e s c r i t o s c i r c u l a r o n e n l a tzw\^t-x Aúnales d'hlstoire écauomifjue et socinle. L o s a n a l i s t a s a r g u m e n t a n
l a i i i s t o r i a d e b e e s t u d i a r s e e n relación c o n t o d a s las capas de l a s o c i e d a d , l a m e n t a l i d a d c o l e c t i v a , y n o
c o n rcfcrcnciíi a l o s a c o n t e c i m i e n t o s políticos. [ T . ]
r í í R A Y P E R F O R M A N C E E N E L M U N D O CIRCUNATLÁNTICO 199
I ¡icción h u m a n a , e n cómo s e h a b l a e l l e n g u a j e y e n cómo s e l l e v a a c a b o e l
^^
' ^ / V i e s t a b l e c e r l a genealogía d e l o s géneros d e p e r f o r m a n c e d e l m u n d o c i r c u n -
tJánticO) l o s a c t o s q u e s e d e s a r r o l l a n a través d e d i s t i n t o s m e d i o s d e m u e s t r a n s e r
[os ni!^s p r o m e t e d o r e s , quizá p o r q u e s u s d i v e r s a s m o d a l i d a d e s s e n s o r i a l e s o f r e c e n
diferentes clases de r e c u e r d o s . E l fiineral c o n f r e c u e n c i a c o m b i n a música, poesía,
íicción dramática y espectáculo e n u n a f o r m a q u e r e c u e r d a l a ópera, c o i n c i d e n c i a
que W a g t ^ e t n o fiie e l p r i m e r o n i será e l último c o m p o s i t o r e n a p r o v e c h a i ; E l
m o d o operístico d e l p e r f o r m a n c e u n e l a l i t e r a t u r a y l a o r a t u n i , e n e s p e c i a l l a ópe-
ra s e r i a b a r r o c a , q u e delegó m u c h o s d e s u s e f e c t o s v o c a l e s e n l a s i m p r o v i s a c i o n e s
de sus c a n t a n t e s . P o r e j e m p l o , e l p a s a j e más c e l e b r a d o d e l a ópera i n g l e s a t e m p r a -
n a e s e l a r i a final q u e c a n t a D i d o , r e i n a d e C a r t a g o , e n Didoy Eneas, d e P l e n r y
P u r c e l l , a l c u a l s i g u e u n c o r o q u e d e s c r i b e l a s e x e q u i a s c o n que s e conmemoró s u
m u e r t e . E s t a representación d e l e n c u e n t r o , r u p t u r a , y e s t a b l e c i m i e n t o dinástico
mediterráneos s e estrenó e n u n p e r f o r m a n c e d e a f i c i o n a d o s e n u n a e s c u e l a d e
señoritas e n 1 6 8 9 , e l m i s m o año e n q u e J a c o b o I I d e f o r m a i n v o l u n t a r i a entregó
la R o y a l A f r i c a C o m p a n y , fimdada p o r s u h e r m a n o C a r l o s I I e n 1 6 7 2 , a sus a m -
b i c i o s o s i n v e r s i o n i s t a s y z a r p a r o n a l a mar.^*^ S e h a e s p e c u l a d o c o n fiindamentos
acerca d e l a alegoría política l o c a l d e Dido y Eneas e n relación c o n l a sucesión r e a l
y l a política g u i l l e r m i s t a , ^ ^ p e r o m i l e c t u r a genealógica d e n e u n interés atlántico.
E l l i b r e t o d e Dido e s d e N a h u m T a t e , a q u i e n s e l e r e c u e r d a más p o r s u s m e -
j o r a s a King Lear. D e h e c h o , v a r i a s o b r a s d e T a t e p a r a e s c e n a s e d e r i v a n d i r e c t a
o i n d i r e c t a m e n t e d e l o s m a t e r i a l e s d e l a Historia Regiim Brilanniae, d e G e o f i i r e y
o f M o n m o u t h , narración d e l a c u a l incorporó a l g u n o s d e t a l l e s a l c u a r t o c a n t o d e
la Eneida d e Vú'giÜo p a i ' a p r o d u c i r e l l i b r e t o d e Dido. E n l a década d e 1 6 7 0 , T a t e
comenzó u n a o b r a s o b r e e l r e l a t o d e D i d o y E n e a s , p e r o decidió a d a p t a r l a
^^ama p a r a q u e s e a j u s t a r a a l o s v i a j e s épicos d e l l e g e n d a r i o t r o y a n o B r u t u s ,
^ l e t o ( o b i s n i e t o e n a l g u n a s v e r s i o n e s ) d e E n e a s . E n esta o b r a , l l a m a d a Brutus
í^arbara l < j r s h c n b i a t t - G i m b l e t t , " O b j e c t s o f E t l i n o g r a p b y " , en I v a n K a r p y S t e v e n D , L a v i n e
^ ^•)^i^x/ñbiiing Cultures: ThePoettcsandPoliti'csofMuseumDisfilny,Wíis\úngtonyLotKÍcc^^
" s t i t u t i o n P r e s s , 1 9 9 1 , p . 4 3 0 . Véase capímlo 7 d e este l i b r o .
' A n g i i s CaJdcr, Revolutionmy Empire: The Rise of the Bnglish-Speaking Empires from the Fifíetnth
"^^p to the 17S0s, N u e v a Y o r k , C a p e , 1 9 8 1 , p. 3 4 7 .
y '^'ira más información véase l a edición crítica de Curtís P r i c e , D/Wo aiidAeneas, an Opera, N u e v a
""'"^ y L o n d r e s , W . VV. N o r t o n , 1 9 8 6 .
 JOSEPH RO
of Alba: oi\ Enchanted Lovers ( 1 6 7 8 ) , e l héroe a m a y a b a n d o n a a l a r e i n a
Siracusa c o m o E n e a s l o hace c o n l a r e i n a d e C a r t a g o ; e l abuelo sehace a l a
p a r a ñindar R o m a ; e l n i e t o , d e a c u e r d o c o n l a dramatización q u e e l a b o r a "
d e l r e l a t o dé GeoíFrey o f M o n m o u t h a p a r t i r d e l a tradición o r a l , s e e m b
p a i - a ñmdar Bretaña.
C o n s u d e s p l a z a m i e n t o d e l m u n d o mediterráneo a l adántico, e s t a r e i t e r a -
mítica d e l o s orígenes, u n a evocación d e l a m e m o r i a c o l e c t i v a , d e p e n d e d
n a r r a t i v a d e l a b a n d o n o , p e r f o r m a n c e público d e l o l v i d o . R e s p e c t o d e l m o m e
más i m p o n e n t e d e l a declamación m u s i c a l , q u e a n u n c i a l a m u e r t e d e l a r -
a b a n d o n a d a y l a s prácticas q u e s e ejecutarán s o b r e s u c u e r p o , T a t e d i o a P " ^
u n a h ' n e a engañosamente s i m p l e . C u a n d o E n e a s s e e m b a r c a a R o m a y a l I r u '
r i o , l a s últimas p a l a b r a s d e D i d o parecerían h a b l a r p o r l a s víctimas d e l a s a m
c l o n e s transoceánicas: "Recuérdame, p e r o , i a h ! , o l v i d a m i s i n o " . ^ ^ D i d o i m p l
q u e se l e r e c u e r d e c o m o m u j e r , a u n q u e se h a y a n b o r r a d o los a c o n t e c i m i e n t o s
i m p o r t a n t e s d e s u h i s t o r i a , s e n t i m i e n t o q u e e x p r e s a d e l a m a n e r a más o p o r t u
l o s p l a n e s d e l o s t r o y a n o s q u e p a r t e n . L a traducción d e V i r g i l i o p o r p a r t e
D r y d e n captm'a e l d r a m a d e este m o m e n t o decisivo:
Graves augurios provocaron los troyanos;
a u n q u e n i n g u n o p r e i i d c m i l u m i n a las costas q u e a v i s t a r o n .
A h o r a m a r e s y c i e l o s sólo c o m p r o m e t i e r o n s u p r o s p e c t o ;
e s p a c i o vacío s o b r e e l l o s , e n t o r n o a e l l o s u n c a m p o flotante.^^
A l partir, c u a n d o E n e a s \melve l a m h a d a hacia l a ascendente columna
h u m o , s u a m b i v a l e n c i a ñisiona l a m e m o r i a y e l r e c u e r d o e n u n g e s t o . E n éste,
p r e s e n t a l a t e n d e n c i a l-ústórica d e l o s e u r o p e o s , c u a n d o s e l e s p i d e a c o r d a r s e '
de las e m o c i o n e s d e p r o f l m d o a m o r p o r los pueblos cuyas c u l m r a s d e j a r o n
l l a m a s , e m o c i o n e s b a s a d a s e n l a s u b h m e v a n i d a d según l a c u a l s u p r e m a t u r a p
t i d a n o s e c e l e b r a i r a l o c a l m e n t e c o m o liberación.
S i n e m b a r g o , l a c l a v e d e l a genealogía d e l p e r f o r m a n c e d e r i v a d a d e e s t e x n
mentó d e u n a ópera d e l a restauración r e s i d e e n l a instalación m u s i c a l d e l t e x t o .
H e n r ) ' P u r c c U y N - a h u m T n t c , Dido and Aeneas, 1 6 8 9 ; edición f n c s i m i l n r , B o o s c y & Píawkes,
feclia.p. 8.
J o h n D r y d e n , Virgit: The Aenetd Translated by John Dryden, Nuc%';i Y o r k , P l c r i t a g c P r e s s , 1 9 4 4 , p-
( . r t T U R A Y P E R F O R M A N C E E N E L M U N D O CIRCUNATLÁNTICO 201
Qi-f\p^ñamíento d e l b a j o p a r a l a h ' n e a v o c a l d e l l a m e n t o d e D i d o e s u n a c h a c o n a ,
g g t a composición s e popularizó m u c l i o e n E m * o p a a c o m i e n z o s d e l s i g l o x v n , p r i -
g^-o e n España, c o m o b a i l e d e métrica t r i p l e c o n c o n n o t a c i o n e s eróticas, y después
j-i F r a n c i a , c o m o b a i l e c o r t e s a n o más insütiicionahzado, a s o c i a d o s o b r e t o d o a l a s
b o d a s . P u r c e l l l a conoció e n F r a n c i a . N o o b s t a n t e , e l único a c u e r d o a c e r c a d e l o r i -
g e n d e l o q u e e n español s e l l a m a c h a c o n a y e n i t a l i a n o ciaccoiía e s q u e n o e s e u r o -
pea y q ^ i ^ volvía l o c a s a l a s m u j e r e s . L o s españoles l a a t r i b u y e r o n a l o s indígenas d e
perú o quizá a l a s I n d i a s O c c i d e n t a l e s , d o n d e d i o s u n o m b r e a u n a i s l a niítica, u n a
utopía también d e n o m i n a d a Cucuña ( e n inglés C o c k a i g n e ) . B e a u c l a a m p s , e l m a e s -
t r o francés d e b a i l e , r a s t r e a b a s i n p r o b l e m a s l a c h a c o n a h a s t a A f r i c a . ^ ^
Sea cual Riere l a h i s t o r i a precisa d e l a c h a c o n a e n diversos c o n t i n e n t e s , las
m i s m a s c o n f i s i o n e s s o b r e s u s p u n t o s d e o r i g e n p r o p o n e n s u génesis R i e r a d e u n a
versión t e m p r a n a d e l o q u e J a m e s CliíFord d e s c r i b e c o m o l a "Interciúaua ' c r i o l l a "
d e l C a r i b e . ^ ^ S u asimilación a l a v i d a m u s i c a l d e u n a e s c u e l a p a r a señoritas, h i j a s d e
c o m e r c i a n t e s i n g l e s e s , s u g i e r e l a domesticación y c o n s u m o i n v i s i b l e s d e l a v a s t a
producción c u l t L U ' a l d e l triángulo d e l Atlántico, q u e , c o m o e l azúcar, b o r r a r o n s u s
t e x t u r a s , m e t a m o r f o s e a d a s d e m i e l e s m a r r o n e s a p o l v o s b l a n c o s , sólo h a s t a e l
p u n t o d e q u e l o único q u e s e c o n s e r v a e s e l s a b o r . E s e l a m e n t o final deDido,
d e c l a i ' a d a m e a t e melancólico c o m o e s , y q u e d e r i v a s u s c a d e n c i a s y e s t i l o m u s i c a l d e
alguna olvidada f o r m a n a t i v o n o r t e a m e r i c a n a o africana, presta u n doble signifi-
c a d o t e r r i b l e a l a invocación d e r e c u e r d o p o r p a r t e d e l a r e i n a c u a n d o s u a m a n t e
se e m b a r c a , t e m e r a r i o , l e j o s d e l a c o s t a d e A f r i c a , r u m b o a l a a m n e s i a .
L a apropiación c u l t u r a l q u e t i e n e l u g a r a l o l a r g o d e l a s r u t a s d e l triángulo
Circunatlántico q u e u n i f i c a y \ i i e l v e a s e p a r a r a e u r o p e o s , a f r i c a n o s y n a t i v o s
íiorteamericanos, a p a r e c e c o n m a 3 ^ o r i n t e n s i d a d d o n d e l a genealogía d e l p e r f o r -
^^ance a b a i - c a l o q u e l l a m o sitstitiiáón, e l p r i n c i p i o t e a t r a l d e l a sustitución d e u n
p e r s o n a j e p o r o t r o . L a relación t r i a n g u l a r d e l o s p u e b l o s b l a n c o s , r o j o s y n e g r o s
p a r e c e t a n t o a m e n a z a r c o m o a c e l e r a r e l p r o c e s o d e sustitución, q u e r e q u i e r e l a
eliminación o sumisión d e u n t e r c e r o .
'^'*o'Ti«s V V a l k e r , " C i a c c o n a a n d Passacaglia: R e m a r k s o n T l i c i r O r i g i n a n d E a r l y H i s t o r y " , oxijour-
"f^^^"'AmericanMusicologicnlSocieíy, núm.21,1968.pp.300-320.
^ J a m e s C l i f F o r d , T7je Predicament of Ctdture: TwenHeth-Centiiry Eitmography, Literature and Art¡
J^^Jibridge y L o n d r e s , H a r v a r d U n i v c r s i t ) ^ P r e s s , 1 9 8 8 , p . 1 5 [ e d . esp.: Duernas de ¡a cultura, B a r c e l o n a ,
 J O S E P H R o '
E l ímpetu d e l c o n t a c t o circunaüándco h a c i a l a autodeñnición p e r f o r m a t i v a
d i a n t e l a sustitución c u l t u x a i p r o d u j o e f e c t o s d i v e r s o s e n v a r i o s l u g a r e s a l o l a r g
l a c o s t a oceánica. P o r e j e m p l o , e n u n e s t u d i o r e c i e n t e d e l p a p e l d e l a t e a t r a l i d a d (
h i s t o r i a c u l t i U ' a l t e m p r a n a d e E s t a d o s U n i d o s , Dedciring Lidependence: Jefferson,
tiiral Langiiage, and the Cidture of Performance, J a y F l i e g e l m a n c o m i e n z a c o n e l '
c h o s i g n i f i c a t i v o p e r o n o r e c o n o c i d o d e q u e l a Declaración d e l a I n d e p e n d e n c i a
sólo eso: u n d o c u m e n t o e s c r i t o p a r a l e e r s e e n v o z a l t a c o m o o r a t o r i a . F h e g e l n
d o c u m e n t a además e n g e n e r a l l a e l o c u e n c i a d e l a autoinvención a n g l o a i n e r i c a
q u e surgió e n relación c o n l o s n a t i v o s n o r t e a m e r i c a n o s , p o r u n a p a r t e , y c o n
a f r i c a n o s , p o r o t r a . T i l o m a s Jefíerson identificó a l o s s u p u e s t a m e n t e t r a n s p a r e n
a n g l o a m e r i c a n o s c o n l a " e l o c u e n c i a n a U i r a l " d e Jos o r a d o r e s i n d i o s . C u a n d o se Je a
d e i n v e n t a r Jas p a l a b r a s d e l g r a n d i s c u r s o d e l j e f e s h a w n e e L o g u n e n Notes on
State of Virginln, Jeñ*erson respondió q u e s u autoría e r a i n m a t e r i a l , p u e s , e n t "
c a s o , "aún habría s i d o e s t a d u n i d e n s e " . ^ ^ S i n e m b a r g o , e s t e m i s m o desiderátum des
lificó a l o s a f r i c a n o s d e r e a l i z a r e x p r e s i o n e s políticas p o r q u e , s e sostenía, l a s u p u
u n i f o r m i d a d y fijeza d e s u c o l o r l o s batía i n e s c r u t a b l e s y l o s o c u l t a b a detrás d .
q u e J e f f e r s o n denoininó "ese v e l o n e g r o i n a m o v i b l e q u e c u b r e t o d a s las e m o c i o n e
C o m o e n l a duplicación t e a t r a l , l a sustitución o p e r a e n d o s m o d o s . E '
p r i m e r o , u n a c t o r s u s t i t u y e a o t r o ( c o m o l o s d o b l e s d e l a s películas), p o r l o q ;
e n e f e c t o , d o s a c t o r e s c o m p a r t e n u n a máscara. E n e l s e g u n d o m o d o d e d u p l i
ción u n a c t o r r e p r e s e n t a a más d e u n p e r s o n a j e : a p a r e c e n d o s ( o más) máscaras.'.
u n a c t o r . E n l a duplicación d e L o g a n , J e f f e r s o n s e p r o p o n e c o m o s u s t i t u t o
j e f e s h a w n e e : d o s a c t o r e s v i s t e n u n a máscara c o d i f i c a d a " e s t a d u n i d e n s e " . E n c :
t r a s t e , e n l a duplicación e f e c t u a d a p o r l a " c a r a n e g r a " u n m i s m o a c t o r l l e v a p u e s
d o s máscaras d i s t i n t a s : l a máscara d e l a n e g r i t u d e n l a s u p e r f i c i e y l a máscara d e |
blancura p o r debajo l ocual se m u e s t r a en los programas impresos que desta"
d e m a n e r a o s t e n t o s a l o s r e t j * a c o s d e l o s -performers s i n m a q u i l l a j e , q u e a p a r e e ,
c o r n o blancos.^'* E n e l p r i m e r caso, e l o r i g i n a l s u s t i t u i d o , e l n a t i v o n o r t e a m e r i
no, desaparece e n el discurso blanco. E n e l segundo, e i afroestadunidense dobla
C h i e f L o g a n , c i t a d o e n J i i y F l i g c J m i i n , Dedming Lulependeme: Jefferson, Natural Language, and
Culture oJPerJormanee, S t a n f o r d , S t a n f o r d U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 9 3 , p. 9 8 .
2 3 C h i e f L o g a n , c i t a d o e n Ibidem, p . 1 9 2 .
E r i c L o t t , " L o v e a n d T i i e f t : H i e R a c i a l U n c o n s c i o u s o f B i a c k f a c e M i n s t r e l s y " , e n Representatio
núm. 3 9 , 1 9 9 2 , p p . 2 3 - 5 0 .
^ ^ L T U R A Y P E R F O R M A N C E E N E L M U N D O ClRCaNATLÁNTICO 203
p e r m ^ i ^ ^ ^ ^ a U-avés d e l a v o z d e l ventrílocuo. E n a m b o s c a s o s , J a autodefinición
j j i i g l o a m e r i c a n a s e d a e n p e r f o r m a n c e s q u e l l e v a n a c a b o l a desaparición o p r e -
•ncia c a u t i v a o b f i g a t o r i a s d e l o s h a b i t a n t e s d e l circunatlántico.
se
jv^o o b s t a n t e , l o s p e r f o r m a n c e s q u e s e d a n e n e l m a r c o d e l e n c u e n t i - o n o pórte-
V/ " ' i
n e;cc ee tui a
» l o s e u r o pJ -e o s p^ o r d e r e c h o o d e s t i n o m a n i f i e s t o . E l c o n t a c t o e n l a c u e n c a
ciántica y e l i n t e r c a m b i o c u l t u r a l e n t r e n a t i v o s n o r t e a m e r i c a n o s y atácanos p r o -
íidn
^ ' o t r a d i c i o n e s d e p e r f o r m a n c e e n e l C a i - i b e , y e n s u h ' m i t e más s e p t e n t r i o n a l , e n
dujo
Luisiana, que p r o s p e r a n e n e l presente, si b i e n sus ricos significados d e p e n d e n de las
r e l a c i o n e s f o r j a d a s e n l a época c o l o n i a l . ] \ l i t r a b a j o s o b r e l a s genealogías d e l p e r -
f o r i r i a n c e comenzó c u a n d o estudié p o r p r i m e r a v e z a l a s " t r i b u s " indígenas q u e
desfilan e n e l M a r d i G r a s de N u e v a O r l e a n s , afroestadunidenses q u e s e c o n s i d e -
r a n n a t i v o s n o r t e a m e r i c a n o s ( v e s t i d o s c o n b e l l o s y fantásticos d i s f r a c e s h e c h o s a
m a n o ) y p o r t a n t o r e - r e p r e s e n t a n e n l a época d e c a r n a v a l e l s e n t i d o histórico d e l a
experiencia c o m p a r t i d a de los pueblos de dos continentes.^^
E l p e r s i s t e n t e p o d e r d e l a sustitución e n e l p e r f o r m a n c e d e t a l d i f e r e n c i a
c u l t u r a l y étnica r e s i d e , m e p a r e c e , e n l a Üminalidad s o c i a l d e \qs performers d e -
s i g n a d o s . D e a c u e r d o c o n V i c t o r T u r n e r , l a liminaÜdad t e m p o r a l áolperformer en
l o s " d r a m a s s o c i a l e s " ( c o m o l o s r i t o s d e transición) c r e a c o n d i c i o n e s d e r e f i e x i v i -
d a d , d e c o n c i e n c i a c u l t u r a l p r o p i a , o , e n l a s p r o p i a s p a l a b r a s d e T u r n e r , " u n área
limitada de transparencia e n la superficie d eo t r o m o d o opaca de u n a v i d a social
común y s i n i n c i d e n t e s " . - * ^ E n e l límite d e l a s f r o n t e r a s d e u n a c u l t u r a , l o s e j e c u -
t a n t e s d e l o s p e r f o r m a n c e s s o n d e m a n e r a paradójica " a l m i s m o t i e m p o l a d e s t i -
lación y l a tipificación d e s u i d e n t i d a d c o r p o r a l " . ^ ^
D e s d e esta perspectiva, los f u n e r a l e s d e los actores s o n sitios e n p a r t i c u l a r
p r o m e t e d o r e s p a r a l a s genealogías d e l p e r f o r m a n c e , p u e s i m p h c a n a u n a figura
c^iyo t r a b a j o d i a r i o incluía t a n t o e l p e r f o r m a n c e d e Üminahdad c o m o e l d e s u s t i t u -
ción. E n t o d o firneral, e l c u e r p o l i m i n a l d e l f a l l e c i d o H t e r a l m e n t e m a r c a l o s límites
la c o m u n i d a d q u e se crea aii-ededor de l a necesidad d e seiialar su f a l l e c i m i e n t o .
J o s e p h R o a c l i , " M a r d i G r a s I n d i a n s a n d O t h e r s : G c n e ; i l o g I c s o f A m e r i c a n P e r f o r m a n c e " , Iheatre
•^°"^"a/, núm. 4 4 , 1 9 9 2 , p p . 4 6 1 - 4 8 3 ; véase Judítli B c t t l e l l i e i m y J o l i n W . N u n l e y , Caribbean Festi-oalArts:
'^<^h and Bvery Bit oJDiJJerence, S a n L u i s , U n i v c r s i t ) ' o f W a s h i n g t o n P r e s s , 1 9 8 8 .
Víctor T u r n e r , Sdñsm and Continnity: A Study ofNdembu VUlage Life, M a n c h e s t c r , M a n c h e s t e r
•^"ívcrsit)-Press. 1 9 5 7 , p. 9 3 .
V " i c t o r T u r n e r , Celebration: Studies in Festivity and Ritual, A'Vashíngton, D . C . , S m i t l i s o n i a n Instítii-
' ' " " P r e s s , 1 9 8 2 , p. 1 6 .
 ^ut JOSEPH R o
Utiidíi e n t o r n o a u n cadáver q u e y a r v o está d e n t r o p e r o t a m p o c o todavía fi.ie
s u s f r o n t e r a s , l a c o m u n i d a d r e f l e x i o n a s o b r e l a consU-ucción, p e r m e a b i l i d a d
p o c a s Aceces l a v i o l e n c i a d e s u s ñ-onteras.^^
L a Üminalidad c o n t r i b u y e a e x p l i c a r p o r qué e l t r a s v e s t i s m o , p o r e j e m '
p a r e c e históricamente c o n s t i t u t i v o d e l p e r f o r m a n c e , u n a u r g e n c i a p r e v i a a l a
e i t e a t r o d a u n a elaboración o p u b l i c i d a d epifenoménica. L a i n g e n i o s a crónica
M a r j o r i e G a r b e r d e l f u n e r a l d e L a u r e n c e O l i v i e r ( " u n O l i v i e r travestí."), c o m '
e n t i e r r o s u s t i t u t o d e Shakespear-e e n l a abadía d e W c s t m i n s t e r ("sólo q u e
v e z , d e m o d o m u c h o más s a t i s f a c t o r i o , con u n c u e r p o " ) , s e c e n t r a e n l o s u s o s d '
üminalidad e n l a creación d e m e m o r i a : " E s e a c o n t e c i m i e n t o i m p o s i b l e e n l a
t o r i a h t e r a r i a , u n ílmeral d e E s t a d o p a r a e l p o e t a - d r a m a t u r g o q u e d e f i n e l a c u l
ra occidental, para rendirle u n adecuado homenaje —acto desde hace m u
frustrado p o r l a ausencia i n d i g n a n t e d ecerteza sobre su i d e n t i d a d y parader
p o r fin t i e n e l u g a r a h o r a " . ^ ^ S i b i e n c o i n c i d o d e s d e l u e g o c o n e s t e análisis
s i g n i f i c a d o d e l a c t o , s o s t e n g o q u e e s difícil q u e s e h a y a t r a t a d o d e l p r i m e r o
t a l e s r i t u a l e s , s i n o d e u n a d e m u c h a s r e p e t i c i o n e s e n u n a genealogía d e l p e r f (
m a n e e q u e d a t a a l m e n o s d e 1 7 1 0 . E n t a l e s e x e q u i a s , e l a c t o r m u e r t o sustituía
b a r d o , q u e sustituía a l a c o m u n i d a d i m a g i n a d a , c o n v o c a d a a l a t o t a h d a d h u s
d e l s e r a ti'avés d e l p e r f o r m a n c e d e l o q u e e s a c o m u n i d a d creía n o s e r . S i n e m b
g o , a d i f e r e n c i a d e l a a n g u s t i a n t e atmósfera d e h o m o f o b i a y m i s o g i n i a q u e p e
d u j o l a üminalidad t r a s v e s t i n e c e s a r i a p a r a l a a p o t e o s i s d e OÜvier c o m o d o "
s u s t i t u t o , l o s m o n s t r u o s s a g r a d o s d e épocas a n t e r i o r e s s e p r o d u j e r o n a l "eÜmin
l a obsesión d e l m u n d o chcunatlántico c o n l a r a z a .
E n u n número sombrío, i n c l u s o f a n t a s m a l , d e l Tatkr ( 4 d e m a y o d e 1 7 1
R i c h a r d S t e e l e n a r r a s u c a m i n a t a v e s p e r t i n a a l o s c l a u s t r o s d e l a Abadía
W e s t m i n s t e r , para asistir a l e n t i e r r o de los restos d e T l r o m a s B e t t e r t o n , el ac
más c e l e b r a d o d e l a época. C u a n d o S t e e l e s e e n c u e n t r a d e p i e e n t r e l a s 1 ;
s o m b r a s d e l s i t i o d e d e s c a n s o e t e r n o p a r a l o s r e y e s i n g l e s e s , e n e s p e r a d e l cadáv
d e u n intérprete d e l e s c e n a r i o , r e f l e x i o n a s o b r e l a i m p o r t a n c i a a f i ' n d e d o s c l a s e s
p e r f o r m a n c e : e n p r i m e r l u g a r , l o s r i t o s y e x e q u i a s púbÜcos a c o r d a d o s para
•^^ Vcíise R i c l i n r d I-tiintÍngron y P e t e r M n t c n l f , Celebrat'ions ofDeath: The Anthropology ofMarUi^
Ritual, C a m b r i d g e y N u e v a Y o r k , C a m b r i d g e U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 7 9 .
M a r j o r i e G i u b e r , VeitedIníeresís: Cross-Dressing and CulturalAiixíety, N \ i e v , i Y o r k , H a r p c r P c r e n n '
1993, p. 3 3 .
Y P E R F O R M A N C E E N E L M U N D O CIRCUNATLÁNTICO 205
RA
-to v e n e r a d o ; e n s e g u n d o , e l p o d e r e x p r e s i v o y l a g r a v e d a d didáctica d e l e s c e -
C o n c l u y e : " N o h a y Invención H u m a n a c a l c u l a d a d e m a n e r a más a d e c u a d a
^.jo.
00-^^ -
^
^i-a ííi formación d e u n p u e b l o n a c i d o L i b r e q u e l a d e u n T e a t r o " . ^ " E n e l l e n g t i a -
f j - j V i c o , a u g u s t o , d e l a instrucción m o r a l l i b e r a l , e l e l o g i o d e S t e e l e e s t a b l e c e p o r
i s c r i t o e l a r g u m e n t o p r i n c i p a l q u e t r a t o d e e l a b o r a r a c e r c a d e l estímiüo d e l a
c o n d u c t a r e s t a u r a d a p a r a l a producción d e m e m o r i a c u l t i u ' a l e n e l c r i s o l d e l a d i -
ferenciíi h u m a n a a l o l a r g o d e l b o r d e d e l a c u e n c a adántica.
El fimeral d e B e t t e r t o n e n 1 7 1 0 marcó e l final d e u n a c a r r e r a d e c i n c u e n t a a r l o s
( a l o T j n o s l a l l a m a r o n " r e i n a d o " ) e n l o s e s c e n a r i o s l o n d i n e n s e s . E n esa época, r e p r e -
sentó más d e 1 8 3 p a p e l e s d e t o d o género, 1 3 1 d e l o s c u a l e s fiieron creación suya.^^
L o s contemporáneos s e enorgullecían d e l vínculo d e B e t t e r t o n c o n Shakespeare
m e d i a n t e l a m e m o r i a c o r p o r a l a través d e l g o l f o d e l i n t e r r e g n o : e l a c t o r aprendió
las e n t o n a c i o n e s y p a r t i c u l a i i d a d e s fi'sicas d ealgunos papeles de D a v e n a n t , q u i e n
a f i r m a b a h a b e r l a s a | ) r e n d i d o d e T a y l o r , a q u i e n s e s u p o n e S h a k e s p e a r e Ínsti-uyó e n
p e r s o n a . E n u n a época e n q u e s e tenía p o r p r i n c i p i o u n a p o b r e opinión s o b r e l o s
a c t o r e s y a c t r i c e s , e l e n t i e r r o d e B e t t e r t o n e n l a abadía d e W e s t m i n s t e r fiie t r a s c e n -
d e n t a l . S i n e m b a i - g o , c u a n d o S t e e l e estudió e n s u totaÜdad l a c a i r e r a d e l R o s c i o
Inglés, eÜgió u n p a p e l e s p e c i a l d e l o s 1 8 3 p a r a d e m o s t r a r e l p o d e r d e f i n i t o r i o d e l
p e r f o r m a n c e t e a t r a l e n " l a formación d e u n p u e b l o n a c i d o L i b r e " :
A p e n a s tenía a l g u n a Noción d e q u e c u a l q u i e r Pejformer d e l a Antigüedad s u p e -
rase l a Acción d e l señor Betlerton e n c u a l q u i e r a d e las O c a s i o n e s e n las q u e
apareció e n n u e s t r o s E s c e n a r i o s . L a m a r a v i l l o s a Agonía e n q u e apareció, c u a n d o
examinó l a s C i r c u n s t a n c i a s d e l Pañuelo e n Otelo; l a M e z c l a d e / V m o r q u e se i n -
miscuyó e n s u M e n t e y e n las R e s p u e s t a s I n o c e n t e s d e D e s d c m o n a , t r ^ c i o n a d a
p o r s u G e s t o c o m o u n a V a r i e d a d y V i c i s i t u d d e P a s i o n e s , c o m o amonestaría a
u n H o n i b r e t e m e r a s u p r o p i o Corazón, y c o n v e n c e r l o p e r f e c t a m e n t e , q u e l o
íipuñaiara, p a r a a d m i t i r e l p e o r d e l o s Puñales, l o s C e l o s . Q u i e n l e a e n s u C l a u s -
t r o esta E s c e n a a d m i r a b l e , encontrará q u e n o p u e d e , s a l v o q u e p o s e a u n a I m a g i -
nación t n n cálida c o m o e l m i s m o Shalzespeare, h a l l a r n a d a q u e n o s e a n O r a c i o n e s
secas, i n c o h e r e n t e s y r o t a s : p e r o u n L e c t o r q u e ha3'a v i s t o a Betterton a c t u a r l a ,
R i c h a r d S t e e l e , 77JÍ Tntlej; v o l . 1 1 , D o n a i d E B o n d ( e d . ) , O x f o r d , 1 9 8 7 , p. 4 2 3 .
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JOSEPH R o
d e l a participación d e espíritus a n c e s t r a l e s e n e l m u n d o d e l p r e s e n t e . T r a s l a r e
sión d e l a g r a n r e \ a i e l t a d e e s c l a v o s d e 1 7 9 5 , p o r e j e m p l o , l o s T e s t i v a J e s d
m u e r t o s " , c e l e b r a d o s e n desafío a l a s a u t o r i d a d e s , h o m - a r o n a a q u e l l o s q u e l u c l v ,
p o r l a l i b e r t a d y R i e r o n ejecutados.^^
E n oposición a l a v o z o f i c i a l d e l a h i s t o r i a , q u e , c o m o E n e a s a l v o l t e a r l a
r a d a a l a c o l u i n n a d e h u m o , tendió a d e s t a c a r l a s a n i q u i l a c i o n e s c u l t u r a l e s d
diáspora, l a v o z d e l a m e m o r i a c o l e c t i v a , q u e s e d e r i v a d e l p e r f o r m a n c e , h a b l a
o b s t i n a d o carácter d e r e i n v e n d v a d e l a c o n d u c t a r e s t a u r a d a . L o s fimerales
c e n u n a ocasión p a r a l a representación c o m p l e t a d e l o q u e J a m e s C . S c o t t , .
Doinination avd the Arts ofResistmne, U a m a " t r a n s c r i p c i o n e s o c u l t a s " . ' ' ' ^ A l t r a d
las palabras d e S c o t t a l a h i s t o r i a de los r i t o s fimerales afrocéntrlcos e n L u i s i
l o s f e s t i v a l e s d e l o s m u e r t o s d e v i e n e n u n vehículo p a r a l a expresión e n c u b i e r t - ,
u n a soÜdaridad d e s a l e n t a d a p o r l a s a u t o r i d a d e s , q u e s e e n m a s c a r a e n l a s e x p ;
s i e n e s púbhcamente p e r m i t i d a s d e l l u t o . Así, e l h e c h o m i s m o d e u n a a m p l i a p
ticipación p u e d e r e s i s t i r e n s i l e n c i o e l e d i c t o púbUco p r e d o m i n a n t e a l a f i r m a r '
r i t o s d e l a m e m o r i a c o l e c t i v a . C u a n d o e l n a t i u - a l i s t a francés C l a u d e C , Robín v i
N u e v a O r l e a n s e n l a época d e l a v e n t a d e L u i s i a n a a E s t a d o s U n i d o s , c o m e n
"Observé e n e s p e c i a l e n l a c i u d a d q u e a l o s fimerales d e l a gente blanca s
asisten unas cuantas personas, y a los d el agente d e color, u n a m u l t i t u d , y
m u l a t o s , c u a r t e r o n e s c a s a d o s c o n g e n t e b l a n c a , n o d e s a i r a n e l fimeral d e
negro".''^ E s t e acto de p e r f o r m a n c e abre, c o n sus r e p e t i c i o n e s f o r m a l e s , u n espc
d e representación. S u d o n p a r a l a participación r e s i d e e n l a c a p a c i d a d d e e x p ;
sión m i s m a d e l a procesión: l o s p a r t i c i p a n t e s e n e l c o r t e j o , c o n c o n e x i o n e s m
d i f e r e n t e s c o n e l o c c i s o ( o quizá n l n g i m a e n a b s o l u t o ) s e u n e n e n l a ocasión p
r e l a c i o n a r s e e n t r e sí. E n 1 9 6 2 , R i c h a r d A U e n , o b s e r v a d o r d e l o s j u e r g u i s t a s e
p a r t e más g o z o s a d e u n fitneral d e j a z z (después d e " s o l t a r " a l c u e r p o y d e s p e d
l o ) , o b s e r v a : " A l m e n o s d o s m u c h a c h o s y d o s m u j e r e s b a i l a b a n c o n conipañer
de sexo y c o l o r opuestos".''^ S i n e m b a r g o , e n m e d i o d e este e x t r a o r d i n a r i o r i '
G w e n c l o l y n M k l l o \:\^\\,AfrÍcñris in Colonial Laulstana: Tl^e Dc'üelopmente of Afro-Creole Cul.
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P E R F O R M A N C E E N E L I v l U N D O CIRCUNATLÁNTICO 209
éntrico. e n e l e s p a c i o m i s m o q u e s e creó p a r a l a m e m o r i a c o m o i m p r o v i s a -
se d e s a r r o l l a e l p r o c e s o d e sustitución d e l circunadántico. D r . J o h n , q u i e n
'^'^gió íi J o ^ A u g u s t , e s u n h o m b r e b l a n c o q u e tomó s u n o m b r e artístico d e l f o r -
^ 'clable N e w O r l e a n s V o o d o o decimonónico, a l i a s B a y o u J o h n , q u i e n i n t i m i d a -
J5, p o r i o * - ^ ^ ^ e s c l a v o s y dueños d e e s c l a v o s . ] \ d a l c o l m R e b e n n n c k pronunció s u
j^j^egítico c o n s u p r o p i o n o m b r e c o m o u n v o c e r o d e l " m e n s a j e d e l b l u e s " , q u e
inibi-iyó e n él J o e A u g u s t , p e r o g r a b a y actúa c o n e l n o m b r e a d o p t a d o d e D r . J o h n ,
o q u i e n a f i r m a b a s e r príncipe senegalés, c u y o r o s t r o s e tatuó a l a m a n e r a a f r i c a n a , y
cuyi^ v o z , s e decía, podía oírse a t r e s kilómetros d e d i s t a n c i a . ^ ^ Qiiizá también s e
o j t r a a través d e s o r p r e n d e n t e s e x t e n s i o n e s d e t i e m p o .
E n 1 9 6 0 , J o e A u g u s t , q u i e n recibió s u n o m b r e artístico p o r l a f o r m a c o m o
u n a v e z v i o a u n a m e s e r a , f u e a r r e s t a d o y p e n a l i z a d o s i g u i e n d o l a l e y q u e prohibía
las u n i o n e s m i x t a s e n L u i s i a n a . A u n c j u e a l a l a r g a s e r e t i r a i ' o n l o s c a r g o s , s u c a r r e -
r a , c o m o s e p l a s m a e n s u o b i t u a r i o , decayó. E l e s t a d o d e hminaÜdad, c o m o e l e s -
t a d o d e L u i s i a n a , l o s c u a l e s l o s etnógrafos e n c u e n t r a n t a n r i c o s e n e x p r e s i v i d a d e s
c u l t u r a l e s , p u e d e n l l e g a r a s e r m u y difíciles p a r a l a g e n t e q u e t r a t a d e v i v i r allí. E n
relación c o n l o s p r o t o c o l o s sureños d e J a circunspección o c u l a r e n t r e l a s r a z a s , l a
adopción d e M r . G o o g l e E y e s [ S r . O j o s G r a n d e s ] c o m o n o m b r e artístico demostró
ser u n a elección c a r e n t e d e t a c t o . J o e A u g u s t grabó s u último d i s c o e n 1 9 6 3 , c e r c a
de t r e i n t a años a n t e s d e s u i m i e r t e . ' ' " '
C o m o el d e s t i n o de l a c h a c o n a e nel siglo x v i i , las c o n t r i b u c i o n e s d e otras
culturas a las f o r m a s occidentales t e n d i e r o n a despersonificarse c o m o i i r f i u e n -
cias, p a r a d i s t a n c i a r l a s d e s u s c o n t e x t o s o r i g i n a l e s ( y d e l a p r o b a b i l i d a d d e algún
contrato p a r a sus i n i c i a d o r e s ) . E s t a f o r m a d e v e n t r i l o q u i a r e v e r t i d a p e r m e a e l
p e r f o r m a n c e d e l m u n d o circunadántico, d e l c u a l l a c u l t u r a p o p u l a r e s t a d u n i -
•^snse e s a h o r a e l néctar más u b i c u o e i n t e r c a m b i a b l e . L a v o z d e l rhythm and
bliies a f r o e s t a d u n i d e n s e s e t r a n s m i t e a s o m b r o s a m e n t e a través d e l t i e m p o y d e l
'espacio, m e d i a n t e s u s c a d e n c i a s , s u s e n t o n a c i o n e s , s u s acompañamientos e i n -
c l u s o s u s g e s t o s . E l v i s P r e s l e y , c o m o D n j o h n , invirtió e l patrón d u p l i c a d o r d e l a
Juglaría —música n e g r a e m i t i d a p o r u n r o s t r o b l a n c o — y e s t a sustitución e n -
gendró o t r a s . M e p a i ' e c e q u e e l g r a d o e n e l q u e e s t a v o z o b s e s i o n a a l a m e m o r i a
e s t a d u n i d e n s e , a l g r a d o q u e p r o m u e v e e s f u e r z o s o b s e s i v o s e n J a simulación y l a
43
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O b i t u a r i o de J o e A u g u s t .
 e l p e r f o r m a n c e t i e n d e a r e v e l a r - : i a m e m o r i a des^ifía a i a h i s t o r i a e n l a c o n s -
improvisación, s e d e r i v a d e s u p o d e r f a n t a s m a l d e i n s i n u a r r e c u e r d o s e n t r e lí
^ u c c i d n d e l a s c u l t u r a s d e l mvmáo circunatlántico, y r e v i s a i a épica aún n o e s c r i t a
e n e s p a c i o s e n t r e l a s p a l a b r a s , e n l a entonación y e m p l a z a m i e n t o s m e d i a n t
cuales t o m a f o r m a , e n los silencios c o n que p r o f u n d i z a n o se contradicen s u f a b u l o s a co-a-eación.
los m u e r t o s p e r m a n e c e n entre los v i v o s . E s t e es el alcance de la oratura, do
l a poesía v i a j a e n l a p u n t a d e l a l e n g u a y l a m e m o r i a florece c o m o oportuní' 'jVüducción d e R i c a r d o R u b i o
de participar.
N o obstante, c o m o espero h a b e r d e m o s t r a d o , estos recuerdos obsesionan,
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'
erformance permanece

R E B E C C A S C H N E I D E R
Rebecca Schneider es autora de T l a e E x p l i c i t B o d y i n P e r f o r m a n c e [ E l c u e r p o explí-
cito e n e l p e r f o r m a n c e ] , imo de los estudios más importantes sobre la exposición del
cuerpo femenino en el arte del perform.ance. Lúcida ensayista estadunidense, Schneider
se presenta también como una p e r f o r m i n g t l i e o r i s t , una teórica que hace performance,
y, como tal, ha participado en experienciasperformáticas en distintos marcos artísticos.
En este artículo, Schneider interviene en el debate acerca de la relación enti'e per-
formance y el archivo. Dado que una de las características a las que se aluden para defi-
nir al performance es su ser efímero —un performance implica un proceso que termina
en cuanto concluye el acto de su realización, a diferencia de otros productos artísticos
como un cuadro o una escultura que permanecen en el tiempo—• algunos teóricos han
pensado que la desaparición y la impermanencia son los atributos centrales de perfor-
mance. Esta definición de p e r f o r m a n c e co7no aquello de lo cual no quedan rastivs mate-
Tiales ha problematixado la relación con su documentación, o mejor dicho, ha puesto en
duda el estatuto de performance como documento en sí. Si pensamos que lo fundamental
performance es su ser en vivo, su ser parte de las llamadas, "artes vivas"o "artes del
P^'esente", gcuál es la validez documental de un objeto que se presenta como rastro de un
^'^^ntecimiento que tuvo lugar en elpasadof El documento de ese performance —un video¡
^'^'^afoto, una grabación de audio-— es sustanciaImente diferente del acto delperfor-
^^^cince en sí Schneider desplaza el eje del debate acerca del ser efímero de performance
9^'^ hace centro en la Í77iposibilidad de performance de permanecer, y destaca cpue no se
^''^ta de una limitación del performance sino que dicha posición responde a un mandato
la lógica del archivo que a-ea esta limitación, y favorece a aquellos fenómenos que

[217]
 21S PRESENTACIC p E R F O m A N C E PERMANECE 219

decantan en objetos for sobre los que dependen de su ejecución en vivo para hace: .^flicÍparo7i. Es la lógica de archivo, un performa77ce ritual de acceso a la historia, la
presente o para perpetuarse. Schneider analiza la práctica de archivo como un perfor- cual privilegia el estatus de los objetos co77io dignos testigos de lo que fue, a la vez que
mance en sí y la define como una puesta en escena de la historia en acción reti-ospectiv ubico cil cueipw (elprincipal tnedio de perfor7nance) co7no lo que desaparece. Al leer al
que se cristaliza ejz objetos accesibles a través del sentido de la vista. Es de acuerdo co (irchi'^o C0777O perforí7iance social de retroacciÓ7i, Schneiderpropo7te relocalizar el lugar
esta perspectiva que perfonnance aparece como deficiente e inestable. Pero, Sch?ieid, ¿je toda operaciÓ7i de co7iocÍ77iiento coizio un fe7iÓ77ie7io que se da e7i una tra7is77iisiÓ7i e7i~
propone, si abandonamos la hegemonía patrilineal del archivo y su hipervaloración dy tre cuerpos que se facilita a través de distintas arquitecturas de acceso. Así, esta teórica
"original", el performance se presenta como un modo igualmente válido depermanenci coucspítializa al performance no sólo 001710 im tipo particular de peimaneiicia sÍ7io co77io
que ofrece otras maneras de recordar, de producir conocimiento. Sin descartar la asoci el modo de todas las arquitecturas de acceso, ya que cada institución Í77iplica elperfo7-
ción de peí for manee con la desaparición, Schneider propone pensar al performance co- ma7ice de quienes e7itran en contacto con lo que allí se expone o aco7itece.
lín proceso que persiste, pero de otra manera. Mientras algunas teorías, como la de Peí M.F.
Phelan, postularon al performance como un hecho que se basa en la desaparición, un he
que constituye un gesto político de desafío al mercado, Schneider plantea que en realidi
esta aseveraciÓ7i se enmarca dentro de la lógica imperialista del archivo. Desde es
perspectiva, el performance es ajeno a la historia, es incompatible con la documentado
Otra actitud —como la de Joseph Roach y Diana Taylor, por ejemplo—• es aborda
como historia a determinadas prácticas como la narración oral, la improvisación y.
acción corporal ritual que se desarrollan en el tiempo pero por fuera de la lógica objeta
Schneider afirma que en dichas prácticas lo que permanece no es un objeto sino unprc
que se da en una red de transmisiones de cuerpo a cuerpo. En vez de presentar obj
como ruinas del pasado, el performance, según Schneider, presenta a las ?ííievas ge?ier
dones una evide?ida de impacto. A diferencia del archivo, performance postula alorigi
coino imposible o como mito. Su valor no está en un pninto estático que se ubica
pasado sino en lo que se repite de manera ritual frente a nosotros, es decir, performüi,
co7no una forma de archivo, C07710 un modo distÍ7íto de presentar evide7icia a tra
un 77iedio quepeimanece defoima Í7i77iaterial. Así, elperfo7i7iance no está visto corrí
que desaparece shio co77io el acto de permanecer de tnanera diferente y co77io el me
7nis77io de rea-parición. Por otro lado, a partir del planteamiento que caracteriza al^
for7nance como hecho efí77iero, Sch7ieider señala que la desapariciÓ7i (77iaterial) n
sig7io de la impermanencia de un fe7iÓ7neno. La afir7naciÓ7i de Peggy Phelan de qü
"peiforntance llega a ser lo que es a través de la desapariciÓ7i" implica la entrada
fe7ióme7io a otro tipo deper77iane7icia (e7i la teoría de Phelan, e7i el ámbito de lapsi^
Sch7ieider 7'e77iarca asitnismo que los restos materiales (los docume7itos que facili,
7niestro acceso a deter77iÍ7iadas historias) también están marcados por la desaparicic
decir, llegan a ser lo que son a través de la clesaparÍciÓ7i de las circunstancias e7i Icis
E n e l t e a t r o , c o m o e n e l a m o r , e l t e m a es l a desapa-
rición.
I - I E R B E R T B L A U , Take Up the Bodies

L o s originales del p e r f o r m a n c e desaparecen t a n p r o n -

to c o m o se crean. N i n g u n a notación, reconstrucción,
película o v i d e o p u e d e conservarlos [...] U n a d e las
labores principales q u e desafía a los estudiosos d e l
p e r f o r m a n c e es l a elaboración d e u n v o c a b u l a r i o y
metodología que a b o r d e n e l p e r f o r m a n c e en su i n m e -
d i a t e z y evanescencia.
R I C H A R D S C H E C H N E R , ^Í/IÜ^CÍÍ T})eater
and Anthrapology

E l p e r f o r m a n c e [...] llega a ser l o que es m e d i a n t e l a

desapar-ición.
PEGGY PHELAN, Unmarked: 77;e Poiitics
ofPerformance

N e c e s i t a m o s u n a h i s t o r i a que n o guarde e n ningún

s e n t i d o d e l término; necesitamos u n a h i s t o r i a q u e
haga p e r f o r m a n c e .
J A N E B L O C K E R , Where is Ana Mendteta: Identity,
Performati'üity, andExile

L a historia [...] nunca termina.

J A C Q U E S L E G O F F , Hhtory and Memory
ESTE ENSAYO T R A T A SOBRE E L P E R F O R M A N C E Y E L A R C H I V O , O E L L U G A R Q U E SE
díi íil p e r f o r m a n c e e n l a c u l t u r a d e l a r c l i i v o . ^ E l e n s a y o a c e p t a l a invitación d e
lai'ga d a t a p o r p a r t e d e teóricos c o m o R i c h a r d S c l i e c l i n e r , B a r b a r a I G r s h e n b l a t t -
G i m b l e t t y, e n f e c h a s más r e c i e n t e s , José Muñoz, p a r a p e n s a r c o n r i g o r e n e l c a -
rácter efímero d e l p e r f o r m a n c e . ^ También a c e p t o aquí u n a invitación s e m e j a n t e d e
teóricos c o m o H e r b e r t B l a u y Pegg)^ P h e l a n p a r a p e n s a r c o n r i g o r s o b r e e l p e r f o r -
mance c o m o a l g o " s i e m p r e e n e l p u n t o d e fiiga".^ A l h o n r a r estas i n v i t a c i o n e s ,

^ Se publicó u n a versión antcriür d e este e n s a y o c o m o " P e r f o r m a n c e Rümains", e n Performance Re-

search 6, 2 0 0 1 .
^ E l p l a n t e a m i e n t o d e l p e r f o r m a n c e c o m o " u n a c t o efímero" es p i e d r a singular d e l o s e s t u d i o s d e l
performance, y se h a d e m o s t r a d o su carácter f l i n d a m e n t a l p a r a l a teoría d e l p e r f o r m a n c e desde l a década
de 1 9 6 0 ; véase R i c h a r d S c h e c h n t i r , c o r r e s p o n d e n c i a p e r s o n a l , 2 0 0 1 . D e m o d o i n t e r e s a n t e , l o efímero p e r -
mnnece. B a r b a r a I G r s c h e n b l a t t - G i m b l e t t (Des/inniion CiiUiire: Toiiñsm, Miiseums, and/•/eriiage, B e r k e l e y ,
U n t v c r s i t y o f C a l i f o r n i a Press, 1 9 9 8 , p . 3 0 ) , q u e es o t r a p a r t i c i p a n t e d e l a r g a d a t a e i n f l u y e n t e p e n s a d o r a
el área, empleó e l término "efímero" e n . 1 9 9 8 a l d e c l a r a r q u e : " L o efímero abarca t o d a s las f o r m a s
c o m p o r t a m i e n t o : las a c t i v i d a d e s c o t i d i a n a s , r e l a t o s o r a l e s , r i t u a l , b a i l e , l i u b l a , p e r f o r m a n c e d e todas
. E n 1993^ P e g g y P h e l a n , :d e s c r i b i r s o b r e P l e r b e r t B l a u y R i c h a r d S c h e c h n e r , consideró l o efímero
^ f i i o desaparición. E n u n e x c e l e n t e e n s a y o d e 1 9 9 6 , " E p h e m c r a as E v i d e n c e : I n t r o d u c t o r y N o t e s t o
. "^'^^ •'^ci^s", José E s t e b a n Muñoz, invirtió l a s u e r t e d e l o efímero lü s u g e r i r q u e l o efímero n o desaparece,
^ n u c es m a t e r i a l d e o t r a m a n e r a . Muñoz r e c u r r e a las " e s t r u c t u r a s d e s e n t i m i e n t o " d e R a y m o n d
""íioci""^^ P'^fít s o s t e n e r q u e l o efímero —•"rastros, atisbos, r e s i d u o s y partículas d e las c o s a s " — es u n
'^ad^ P°"*^r p r u e b a " e m p l e a d o p o r n e c e s i d a d ( y e n o c a s i o n e s p o r l a p r e f e r e n c i a ) p o r p a r t e d e i o s
N o i ^^^^ c u l t u r a y crítica m i n o r i t a r i a ; véasejosc E s t e b a n Muñoz, " E p h c m c c L as E v i d e n c e : i n t r o d u c t o r } '
' ^ ' / o Q i i e e r A c t s " , IVomen and Performance: Jonnial ofFeminut TJjeory 8, núm.2,1996, p. 1 0 .
^rcss ^^^^^^ ^'^•^ ^ ^i^^ Bodies: 'ñeaier at the Vanishiiig Paini, C l i a m p a l g n , Universícj' o f I l l i n o i s
^»1982, p. 2 8 .

[223]
 224
REBl-CCASCHNEi
m e planteé l a s i g u i e n t e p r e g u n t a : s i c o n s i d e r a m o s a l p e r f o r m a n c e c o m o a l g o
desaj:)arición, s i p e n s a m o s e n l o efímero c o m o a l g o q u e "se d e s v a n e c e " y s i
m o s e n e l p e r f o r m a n c e c o m o l a antítesis d e l a conservación/' ¿no n o s l i m i t a m
u n e n t e n d i m i e n t o d e l p e r f o r m a n c e p r e d e t e r m i n a d o p o r u n a habituación cu]
a l a lógica p a t i - i l i n e a l j i d e n t i f i c a d a c o n e l a r c h i v o ?
Cuestionar la desaparición
E l a . r c h i v o es común e n l a c u l t u r a o c c i d e n t a l . N o s e n t e n d e m o s e n relación c o n
r e s t o s q u e a c u m u l a m o s , las h u e l l a s q u e a l o j a m o s , d e j a m o s y c i t a m o s , l o s r a s t
m a t e r i a l e s q u e r e c o n o c e m o s . J a c q u e s L e Goíf declaró este t r u i s m o d e mané^
m u y llana, al observar que la historia consta de documentos porque "el docume,
t o es l o q u e p e r m a n e c e " . ^ E l " n o s o t r o s " implícito e n este m o d o d e l a h i s t o .
c o m o r e s t o s o r u i n a s n o es u n i v e r s a l , p e r o sí a d e c u a d o p a r a q u i e n e s se a U n e a n
l a s s o c i e d a d e s o c c i d e n t a l e s , o s o c i e d a d e s q u e a r t i c u l a n l a a s c e n d e n c i a (mítica)-;
l a Antigüedad g r i e g a . ^
E n e l t e a t r o , e l a s u n t o d e l o s r e s t o s c o m o d o c u m e n t o m a t e r i a l se c o m p l i
p o r f u e r z a está i n t e g r a d o , d e m a n e r a quiásmica, a l c u e r p o e n v i v o , p u e s e l tea;
e n l a m e d i d a e n q u e es p e r f o r m a t i v o , p a r e c e r e s i s t i r s e a l o s r e s t o s . Y n o o b s t a n t e ;
e l t e a t i : o s e n i e g a a p e r m a n e c e r , es j u s t a m e n t e e n e i a c o n t e c i m i e n t o r e p e t i d a m e
^ A l e x p l i c a r l a o b r a d i ; P i i c l a t i , J a n e B l o c k e r usó l a ecuación d e l p e r f o r m a n c e c o n l a desaparición
s u g e r i r q u e e l p e r f o r m a n c e es l a antítesis d e " g u a r d a r " ; J a n e B l o c k e r , Where Is Aiw Mentliela?: Jden
Performat\mty\ Exile, D u r h a m , D u k e U n i v c r s i t } ' P r e s s , 1 9 9 9 , p . 1 3 4 . Véase también l a i m p o r t a
complicación de esta p o s t u r a e n su l i b r o s u b s i g u i e n t e , What the Body Cos¿, Mincápolis, A ' l i n e s o t a U n i v c
Press, 2 0 0 4 , e n d o n d e a b o r d a e s t e e n s a y o c o m o apareció e n 2 0 0 1 e n Perfoi-mnnce Research.
^ Jacques .Le G o f i ^ J-Jisíoiy and Memory, N u e v a Y o r k , C o l u m b i a U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 2 , p . x v i i ; véase i
b i e n i M i c l i a e l F o u c u u l t , Tje Order ofVñngs'.An Archeology of the Human Sciences, N u e v a Y o t k , P a n d ^ c o n , '
[cd. esp.: Laspalahrasy las cosas: una arqueología de las ciencias humanas, B u e n o s A i r e s , S i g l o X X l , 1 9 6 8 ] .
^ D e s d e l u e g o , l a articulación de l a Antigüedad g r i e g a c o m o f u n d a c i o n a l p a n i l a h i s t o r i a es e n sí
m a u n m i t o p o d e r o s o de l o s orígenes p r i m a r i o s , e n e l q u e las más d e las veces se a r t i c u l a a Pleródoto c
p a d r e f i m d a d o r . C o m o m u c h o s s a s t i c u c n , k i "fimdación" d e l a c i e n c i a liistórica y a m u c h o más atrás, I
l o s i m p e r i o s de A f r i c a y e l O r i e n t e Próximo, M e d i o y L e j a n o , l i n a j e d e s m e m o i - a d o p o r l o s i n t e r e s e s d
p l a n e s raciales b l a n c o s . Véase J a c q u e s L e Goñ* History and Memory, N u e v a Y o r k , C o l u m b i a U n i v e .
P r c s s , 1 9 9 2 , y M a r t i n Bernal,5/^i-¿^/¿e;;/7, N e \ v B r u n s \ \ ' i c k , N . J . , 1 9 8 9 . S o b r e este p a r t i c u l a r e n l a h i s
r i a d e l t e a t r o véase K e n n e t h . B o v v m a n , " R i t u a l A B i e a t r e : A n Exploración I n C o D e c t i v e M e m o r y T l i r o u
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PERFORMANCE PERMANECE 225
;Í\/o d e l t e a t r o o e n e l e s p a c i o d e l a instalación d o n d e u n a m u l t i t u d r e c i e n t e d e
^"^'stas e x p l o r a l a Iñstoria: l a recomposición d e l o s restos.^ L a p r e g u n t a q u e s u s -
' (./i este e n s a y o es l a s i g u i e n t e : s i c o n s i d e r a m o s e l p e r f o r m a n c e c o m o d e s a p a r l -
.¿,1 c o m o u n a c t o efímero q u e se l e e c o m o d e s v a n e c i m i e n t o r e s p e c t o d e l o s
gsros m a t e r i a l e s , ¿nos l i m i t a m o s a u n e n t e n d i m i e n t o d e l p e r f o r m a n c e p r e d e t e r -
i^^inado p o r n u e s t r a habituación c u l t i u - a l a l a lógica d e l a r c l i i v o ?
L ) e íicuerdo c o n l a lógica d e l a r c h i v o , e l p e r f o r m a n c e es l o q u e n o p e r m a n e c e .
í?.adicalniente e n e l t i e m p o , e l p e r f o r m a n c e n o r e s i d e e n sus r a s t r o s m a t e r i a l e s , y
por e n d e desapai-ece. L a c i t a e x t e n d i d a d e P e g g ) ^ P h e l a n , c a s i idéntica a l a d e R i -
chard S c h e c h n e r , es:
L a única v i d a d e l p e r f o r m a n c e se e n c u e n t r a e n el presente. E l p e r f o r m a n c e n o
se guarda, registra, d o c u m e n t a n i p a r t i c i p a de n i n g u n a o t r a m a n e r a e n l a c i r c u l a -
ción de representaciones d e representaciones: u n a v e z que l o hace, se c o n v i e r t e
en o t r a cosa: 3'a n o es p e r f o r m a n c e . E l p e r f o r m a n c e [ . . . ] l i e g a a ser l o que es
m e d i a n t e l a desaparición.^
L a definición d e p e r f o r m a n c e c o m o a l g o q u e d e s a p a r e c e , a l g o q u e c o n t i n u a -
m e n t e se p i e r d e e n e l t i e m p o , desvaneciéndose i n c l u s o c o n f o r m e a p a r e c e , es u n a
definición q u e h a g a n a d o aceptación d u r a n t e l o s últimos c u a r e n t a años. E s t a d e -
finición se a j u s t a b i e n a las p r e o c u p a c i o n e s d e l a h i s t o r i a d e l a r t e , a l a u g e d e l a r t e d e
acción y d e instalación, y a l a presión p a r a e n t e n d e r e l p e r f o r m a n c e e n e l c o n t e x t o
museístico d o n d e p a r e c e d e s a f i a r e l estatus d e l o b j e t o y p a r e c e n e g a r a l a r c h i v o s u
p r i v i l e g i a d o o r i g i n a l " g u a i ' d a b l e " . E n este c o n t e x t o , e l p e r f o r m a n c e p a r e c e o f r e c e r
desapaiición, y d e e s t e m o d o s u g i e r e u n .reto a l a hegemonía o c u l a r q u e , p a r a c i t a r
K o b e n a M e r c e r , " s u p o n e q u e e i m u n d o v i s u a l es a s e q u i b l e a l c o n o c i m i e n t o a n t e
m i r a d a o m n i p o t e n t e d e l o j o y d e l y o ' d e l cog.tQ o c c i d e n t a l " . ^ H a y u n a p r o m e s a
Véase, p o r e j e m p l o , l a instalación Relocating the Remains d e K c i t h P i p e r . L o n d r e s , I n s t i t u t e o f I n -
t e r n a t i o n a l V i s u a l A r t s , 1 9 9 7 . L a o b r a d e S u z a n - L o r i P a r k s , The America Play and Other Works. N u e v a
^°''^,*llieatcr C o m m u n i c a t i o n s G r o u p , 1 9 9 5 , también es i l u s t r a t i v a . Véase e l e n s a y o d e H a l Fostür,"Tlie
j^turn o f t h e R e a l " , C a m b r i d g e , M a s s a c h u s e t t s , M I T P r e s s , 1 9 9 6 , s o b r e e l a r t e contemporáneo r e f e r e n t e
^ los "regresos" d e l t r a u m a .
^ ^ g g y P h e l a n , Unmarked: Víe PoHtics of Performance, N u e v a Y o r k , RouÜedge, 1 9 9 3 , p . 1 4 6 .
l ^ o b e n a M e r c e r , " U n b u r y i n g t l i e D i s r c m e m b e r e d " , e n New York Histories, B o s t o n , I n s t i t u t o o f C o n -
^•^'"Porary/Vrc, 1 9 9 6 , p. 1 6 5 .
 226
REBECCA
política e n esta ecuación: s i e l p e r f o r m a n c e se e n t i e n d e c o m o desapariciói:!, q-
t e r m i n e c o n l a hegemonía o c u l a r d e l a q u e h a b l a M e r c e r . Y aún así, a l privÜegiíu-
e n t e n d i m i e n t o d e l p e r f o r m a n c e c o m o u n r e c h a z o a l o s r e s t o s , ¿no e s t a m o s i
r a n d o otras f o r m a s d e c o n o c i m i e n t o , otros m o d o s d e recordar, que p u e d e n situ
j u s t a m e n t e e n las m a n e r a s e n q u e e l p e r f o r m a n c e p e r m a n e c e , p e r o p e r m a n e c e '
oü-a f o r m a ? ; es decir, las m a n e r a s e n q u e e l p e r f o r m a n c e r e s i s t e l a h e g e m o m ' a d
ocLÜai-, hegemonía q u e d e l i m i t a a l p e r f o r m a n c e c o m o aqueüo q u e n o p e r m a n
p a r a ser v i s t o .
M e p r e o c u p a q u e l a a c t i t u d histórica p r e d o m i n a n t e d e l a r t e h a c i a e l peí
m a n e e n o a d v i e t t a l a s d i s t i n t a s m a n e r a s d e a c c e d e r a l a lústoria q u e o f r e
p e r f o r m a n c e . M u y a m e n u d o , l a identificación d e l p e r f o r m a n c e c o n l a desap:
ción r e i t e r a a éste c o m o a u t o a n i q u i l a t o r i o . Paiü S c h i m m e l d e s p e j a las d u d a s a e
r e s p e c t o e n " L e a p t o t h e V o i d " , a l e s c r l b h - q u e l a orientación h a c i a e l a c t o , a l a q
h i s t o r i z a c o m o u n a preocupación p o s t e r i o r a l a s e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , es v
orientación h a c i a l a destrucción. " A u n q u e se d a n casos d e a l e g r e i r r e v e r e n
g o z o y r i s a s e n esta o b r a , s i e m p r e h a y u n a o s c u r i d a d l a t e n t e , b a s a d a e n e l r e c o n '
cimiento del impulso e n apariencia implacable d el a h u m a n i d a d hacia s u aut
aniquilación."^'^ E n s u anáHsis, e l p e r f o r m a n c e d e v i e n e u n vacío. P u e d e s e r
m e d i o d e creación, p e r o u n a creación s u b o r d i n a d a a u n a desaparición entendí^
c o m o pérdida, destrucción y o s c u r i d a d .
S i a d o p t a m o s l a ecuación d e q u e e l p e r f o r m a n c e n o se c o n s e r v a , n o p e r m a n e '
y l a a p l i c a m o s a l p e r f o r m a n c e e n g e n e r a l , ¿hasta qué g r a d o e l p e r f o r m a n c e p u e
c u e s t i o n a r e l p e n s a m i e n t o d e a r c h i v o ? ¿No será acaso j u s t a m e n t e l a lógica d e l
c h i v o l a q u e a b o r d a a l p e r f o r m a n c e c o m o a l g o r e l a t i v o a l a desaparición? D i c l i o
o t r o m o d o , u n a asociación d e p e r f o r m a n c e c o n t r a n s i t o r i e d a d y c o n pérdida, ¿no*
d e r i v a d e u n a habituación cuLtviral a l i m p e r i a l i s m o i n h e r e n t e e n l a lógica d e l are'
v o , más q u e d e i m a interrupción d e d i c h a lógica?^^ U n e j e m p l o s e n c i l l o : e n u
c o n f e r e n c i a s o b r e e l d o c u m e n t o e n l a U n i v e r s i d a d d e C o l u m b i a e n 1 9 9 7 , las a r c l i
v i s t a s M a r y E d s a U y C a t h e r i n e J o h n s o n desa'ibíeron l o s p r o b l e m a s p a r a c o n s e
P a u l S c h i m m e l , " L c a p i n t o t l i e V o i d : P e r f o r m a n c e a n d üic O b j e c t " , e n P a u l S c h i m m e l ( d i r . y ed
Out ofActwns: Belween Performance and tbe Qbject, L o s Ángeles, A ' I u s e u m o f C o n t e m p o r a r y ^ V r t , 1 9 9
p. 17.
" Véase l ^ c h a r d H i o m a s , Vje Imperial Archive: Knowkdge ajid the Fantasv ofEmpire. N u e v a
Verso, 1993. ^ J r P'edra c o l o c a d o s a l r e d e d o r d e l a c i u d a d ; véase R o s a U n d T i l o m a s , Literacy and Orality in Ancient Greece,
pERFORÍs'IANCE P E R ] \ ' I A N E C E 227
SCHNEi
\) a l declai'ar q u e l a s prácticas d e l a transmisión c u e r p o a c u e r p o ,
o n i o e l b a i l e y l a mímica, i m p l i c a n " p e r d e r u n a b u e n a píute d e h i s t o r i a " . E s t a s d e -
líu'aciones s u p o n e n q u e l a m e m o r i a n o p u e d e a l o j a r s e e n u n c u e r p o y p e r m a n e c e r ,
m o d o q u e las n a r r a c i o n e s o r a l e s , l a declamación e n v i v o , l a mímica r e p e t i d a y l a
-epresentación r i t u a l n o s o n prácticas p a r a c o n t a r o e s c r i b i r l a h i s t o r i a . E s t a s prácti-
cas d e s a p a r e c e n . Según esta lógica, a l a l o j a r s e s i e m p r e e n v i v o , l a transmisión c u e r -
po a c u e r p o d e s a p a r e c e , se p i e r d e , y p o r t a n t o n o h a y n i n g i m a transmisión. O b v i a -
n i e n t e , e l l e n g u a j e d e l a desaparición aquí es problemático y e n g r a n m e d i d a m i o p e
c u l t u r a h n e n t e . Aquí, se a s u m e e l p e r f o r m a n c e c o m o antitético p a r a l a m e m o r i a
c o m o l o es p a r a e l a r c l i i v o .
¿No d e b e m o s p e n s a r e n las f o r m a s e n q u e e l a i c l i i v o d e p e n d e d e l p e r f o r m a n -
ce, e n r e a l i d a d , e n las f o r m a s e n q u e e i a r c h i v o efectúa l a equiparación d e l p e r f o r -
m a n c e c o m o desaparición, i n c l u s o c u a n d o r e p r e s e n t e l a t a r e a d e g u a r d a r ? E s d e
a c u e r d o c o n l a lógica d e l a r c h i v o q u e e l p e r f o r m a n c e está d e s t i n a d o a d e s a p a r e c e r ,
y l a m i m e s i s ( s i e m p r e e n u n a relación e n r e d a d a y c o m p H c a d a c o n l o p e r f o r m a t i -
v o ) es, d e a c u e r d o c o n u n a l a r g a h i s t o r i a d e p r e j u i c i o s a n t i t e a t r a l e s , d e g r a d a d a o
i n c l u s o t e m i d a c o m o e l e m e n t o d e s t r u c t i v o d e l a prístina idealización d e t o d a s las
cosas q u e se señalan c o m o " o r i g i n a l e s " .
El acto de archivar
Así es c o m o l o s a r c l i i v o s t i e n e n l u g a r : e n e s t a
domiciliación, e n esta asignación d e r e s i d e n c i a .
J A C Q U E S T^ERRITÍA, Archive Fe^er:
A l^reiidian Impression
S i e l s i g l o X X es f a m o s o , e n t r e oti-as cosas, p o r c r i t i c a r e l c o n c e p t o d e l a f a c t i c i -
dad histórica, esta crítica n o d i o p o r r e s u l t a d o e l final d e n u e s t r o s o m e t i m i e n t o a l
S o b r e l a base platónica d e u n a desconfian'za c u l m r a l g e n e n d d e l a imitación, véase Joñas B a r i s h ,
^"tiíheaírical Prejndice, B e r k e l e j ' , U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a Press, 1 9 8 1 . Q u e esta d e s c o n f i a n z a d e b a d e s a r r o -
parse d e f o r m a contemporánea c o n e l d e s a r r o l l o d e l o s a r c h i v o s m e r e c e u n m a y o r análisis, e n especial p o r
ironía d e q u e l o s p r i m e r o s a r c h i v o s n o a l b e r g u e n o r i g i n a l e s . E n l a G r e c i a a n t i g u a , l o s p r i m e r o s a r c l i i v o s
^'^ e m p i c a r o n p a r a a l m a c e n a r d o c u m e n t o s l e g a l e s q u e servían c o m o copias o f i c i a l e s d e m o n u m e n t o s d e

R E B E C C A SCl-li^j
archivo. E n c a m b i o , h e m o s a m p l i a d o nuesti'a v a r i e d a d d e d o c u m e n t o s p a
c l u i r l o q u e habríamos p o d i d o d e j a r p a s a r : l a montaña d e d i s c u r s o s , i n ^ ^
g e s t o s registi^ados, e l e s t a b l e c i m i e n t o d e a j ; c h i v o s o r a l e s y l a recopilación d e
t e x t o s . L a i m p o r t a n t e recuperación d e h i s t o r i a s p e r d i d a s p r o s i g u e e n nombr«
f e m i n i s m o , d e l interés d e las minorías, y sus c o m p a t r i o t a s . A l a luz d e l o a n t e
¿de qué n o s s i r v e r e c o r d a r q u e p r i v i l e g i a r así l o s r e s t o s u b l c a b l e s e n e l a r e
— a n t i g u o hábito p a r a p r e p a r a i ' m o n u m e n t o s — se v i n c u l a , c o m o e n l a raíz a
p a l a b r a archim, a las p r e r r o g a t i v a s d e l o s íircontes, l o s m a g i s t r a d o s d e l E s t a d o
l a a n t i g u a G r e c i a ? ^ ^ ¿De qué f o r m a e l h e c h o d e a l o j a r l a m e m o i i a e n restos e s t r i
m e n t e m a t e r i a l e s , cuanüficables y d o m i c i l i a b l e s p e r m a n e c e l i g a d a t a n t o h a c i a -
c o m o h a c i a a d e l a n t e a l p r i n c i p i o d e l o s a r c o n t e s , l o s pati'iarcas? L a raíz g r i e g a
p a l a b r a archivo se reñere a l a casa d e l o s a r c o n t e s , y, p o r extensión, l a a r q u i t e c i
d e u n a m e m o r i a s o c i a l q u e e x i g e r e s t o s v i s i b l e s o m a t e r i a l m e n t e r a s t r e a b l e s es k «
q u i t e c t i u ' a d e u n p o d e r s o c i a l p a r t i c u l a r s o b r e l a m e m o r i a . ^ ' ' L a p r e g u n t a ahd,
C a m b r i d g e , R e i n o U n i d o , C a m b r i d g e U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 2 . Así, l a noción d e a r d i i v o se v i n c u l a b a
m o d o m u y p r o f u n d o a l a s a l v a g u a r d a o a l b a l u a r t e d e u n a m e m o r i a más o r i e n t a d a aí p e r f o r m a n c e ,
g a n i ' z u d a m e d i a n t e r e c o r d a t o r i o s espaciales e n f o r m a d e m o n i m i c n t o s , a r t e y a r q u i t c c t u r i i . S o b r e e l
clásico d e l a m e m o r i a c o n orientación uí p e r f o r m a n c e e n e l m u n d o a n t i g u o , véase Francés Y a t e s , The
of Memory, C h i c a g o , U n i v e r s i t ) ' o f C h i c a g o P r e s s , 1 9 9 6 , pp, 1 - 4 9 .
^•^ J a q u e s D e r r J d a , Archive Fever:A Freiidinn Impression, C h i c a g o , U n i v e r s i t } ' o f C h i c a g o Press, 1 9 9 t
p . 2 [cd. cs[i.: Malíle Archiva. Una impresión/rsíírfínjm, T r o t t a , M a d r i d , 1 9 7 7 ] , p . 1 0 .
J a c q u e s D e r r i d a , &n Archive Fever:A Frendían Impressio/i, C h i c a g o , U n i v e r s i t } ' o f C h i c a g o Press, 199
[ e d . esp.: Mal de archivo. Una impresiónfreiidiana, T r o t t a , M ' a d r i d , 1 9 7 7 ] , p . 1 0 , e l a b o r a e l s i g n i f i c a d o d e
p a l a b r a archivo c o m o s i g u e : " E l s e n t i d o de ' a r c h i v o ' , su s o l o s e n t i d o , l e v i e n e d e l arkheíon g r i e g o : e n pñmi
l u g a r , u n a casa, u n d o m i c i l i o , u n a dirección, l a r e s i d e n c i a d e l o s m a g i s t r a d o s s u p e r i o r e s , l o s a r c o n t e s , l o s qO
m a n d a b a n . A los c i u d a d a n o s q u e o s t e n t a b a n y s i g n i f i c a b a n d e este m o d o e l p o d e r poUtíco se les r c c o n o r
e l d e r e c h o d e h a c e r o d e r e p r e s e n t a r l a ley. H a b i d a c u e n t a d e s u a u t o r i d a d públicamente así r e c o n o c i d a ,
e n s u casa e n t o n c e s , e n esc lugar q u e es su casa (casa p r i v a d a , casa f a m i l i a r o casa o f i c i a l ) d o n d e se d e p o s i ^
l o s d o c u m e n t o s o f i c i a l e s " . S i b i e n D e r r i d a está e n l o c o r r e c t o acerca d e l a raíz d e l a p a l a b r a y s u s i g n i f i c a d
la h i s t o r i a de los a r c h i v o s e n e l m u n d o a n t i g u o rea! ( r e s p e c t o de l o s r a s t r o s q u e l l e g a r o n h a s t a n o s o t r o s en k
n o m b r e ) es m u c h o más c o m p l i c a d a d e l o q u e D e r r i d a h a c e v e r . y rebasa e l alcance de este ensa^'O. A u n q u e <
m u n d o m o d e r n o llegó a e m p l e a r l a p a l a b r a archivo, u n a p a l a b r a s i n d u d a c a r g a d a c o n Jas p r c r r o g a t i \ ^ 5
la ley q u e c i t a D e r r i d a , e n l a a n r i g u a G r e c i a l a p a l a b r a archivo n o s e u t i l i z a b a p a r a r e f e r i r s e a l a l o j a m i e n C q
d e d o c u m e n t o s ; véase J a m e s P, S i c k i n g e r , Public Records and Archives in Classical Athens, C h a p e l H i l l , U n i - j
v e r s i t y o f N o r t l i C a r o l i n a Press, 1 9 9 9 , p . 6. Aludí a esto d e f o r m a b r e v e e n l a n o t a 5 , p e r o p a r a compiicaí
u n p o c o , e l p r i m e r almacén o f i c i a l d e d o c u m e n t o s e n l a a n t i g u a G r e c i a se llamó Metroón, e l s a n t u a r i o
la m a d r e d e Jos dioses. E l Metroón se construyó e n p a r t e p a r a o r d e n a r u n p o c o l o s d o c u m e n t o s ofíáaIc?¡
dispersos e n l a c u s t o d i a d e l o s m a g i s t r a d o s . L a "lógica d e l a r c h i v o " a l a q u e m e r e f i e r o e n este ensayo cS
de este m o d o i m a lógica p r o d u c t o d e Ja m o d e r n i d a d , e n l a f o r m a p a r t i c u l a r c o m o l a m o d e r j i i d a d busca en.
e l p a s a d o p a d r e s fimdadorcs y t a n a m e n u d o t o m a d e l m u n d o clásico las bases míticas p a r a sus p r o y e c t o s ;
PP.FORMANCE PEIU'IANECE 229
leh'C- ¿acaso l a lógica d e l a r c l i i v o e x i g e q u e d e s a p a r e z c a e l p e r f o r m a n c e e n f a -
ele restos i n d e p e n d i e n t e s ? , ¿exige l a aparición d e m a t e r i a l c o m o a l g o n o t e a t r a l ,
^^^^ auténtico, d e a l g u n a m a n e r a n o mimético?
£n e l a r c h i v o s e s u p o n e q u e l a c a r n e es l o q u e s e e s c a b u l l e . L a cax'ne n o a l b e r -
ning^^^ r e c u e r d o d e l h u e s o . Sólo e l h u e s o t i ' a n s m i t e m e m o r i a d e l a c a r n e . L a
'^ánie es ^^^^ p u n t o ciego.^^ D e s a p a r e c e . D e s d e l u e g o , se t r a t a d e u n a ecuación c u l -
tural quizás a j e n a p a r a q u i e n e s p r o c l a m a n l a o r a t i u r a , l a narración o r a l , v i s i t a c i o -
nes i m p i ' o " v i s a c i o n e s o prácticas r i t u a l e s c o r p o r i z a d a s c o m o h i s t o r i a . E s quizás
ajena p a r a c i e r t a s prácticas d e l a c u l t u r a p o p u l a r , c o m o l a s prácticas d e l o s q u e
recrean l a G u e r r a d e Secesión e s t a d u n i d e n s e , q u i e n e s , a m e n u d o m o t i v a d o s p o r
una desconfianza e n l o s d o c u m e n t o s , c o n s i d e r a n a l p e r f o r m a n c e j u s t a m e n t e
como la f o r m a d e m a n t e n e r v i v o e l recuerdo, d e asegiirarse d e que n o desaparezca.
E n estas prácticas — q u e s e c o n s i d e r a n c o m o p r i m i t i v a s , p o p u l a r e s , folclórícas,
naive—> e l p e r f o r m a n c e sí p e r m a n e c e , sí " d e j a residuos".^'^ D e h e c l i o , e l l u g a r d e l
residuo es t a i v e z carne e n u n a r e d d e ti'ansmisión d e representación c u e r p o a
c u e r p o : p r u e b a — a través d e l a s g e n e r a c i o n e s — d e u n i m p a c t o .
E n t e o r i z a c i o n e s académicas l a cuestión d e l o s r e s t o s de p e r f o r m a n c e liistóricos,
o, d e m a n e r a más específica, d e l a l i i s t o r i a q u e p e r m a n e c e e n l a práctica d e l p e r -
\
f o r m a n c e ( e n v e z d e l o s r e s t o s e s c r i t o s o c o m o o b j e t o s ) , p o r l o g e n e r a l se d a e n e l
J
E l psicoanálisis riendo a d a r n o s " c a r n e " c o m o l u c l i i v o , p e r o e l a r c l i i v o e n c a r n a d o q u e p r o p o r c i o n a
cl psicoanálisis a r r o j a i n t e r e s a n t e s l u c e s s o b r e l o s i m p u l s o s h a c i a e l a r c h i v i s m o e n g e n e r a l . E l a r c h i v o c o r -
poral, a d i f e r e n c i a d e los s i t i o s oficiales d e l a m e m o r i a , c o m p l i c a o d u p l i c a o d i s f r a z a t o d a s las s u p o s i c i o n e s
de o r i g e n ; l o s orígenes y las " p r i m e r a s veces" se l e e n , e n e l a l o j a m i e n t o c o r p o r a l , c o n t o d a c l a r i d a d c o -
m o d o b l e s q u e o c u l t a n . N o o b s t a n t e , h a y m a n e r a s paca q u e e l ardiívo c o r p o r a l d e l psÍcoan:ílis¡s a c e p t e
ciertos d o g m a s d e l a domiciliación d e l o s a r c o n t e s . E l c o n o c i m i e n t o c o r p o r a l , o sintomatología, e n e l
íirchivo c o r p o r a l , p r o p e n d e ñuid a m e n t a l m e n t e a ser c i e g o r e s p e c t o d e sí m i s m o , i n c l u s o a " n o saber"; véase
J u d i t h B u t i c r , Excitable Speech: A PoHlics ofthe Performative, N u e v a Y o r k , R o u t l e d g e , 1 9 9 7 , p . 1 0 ; también
S h o s h a n a F c l m a n , 77;? Lilerary Speech Act: Don Juan withj. L . Austin, or Sednction in Two Lnnguages, ítaca,
N u e v a Y o r k , C o r n c l l U n i v e r s i t } ' P r e s s , 1 9 8 3 . E n este sentído, l a nocióq d e l a c a r n e c o m o p u n t o c i e g o ( q u e
nt) p e r m a n e c e a l a v i s t n ) n o es porñierza antitética r e s p e c t o d e k i lógica d e l a r c h i v o , a u n q u e l i a y a f e m i n i s t a s ,
romo S h o s h a n a F e l m a n y J u d i t h B u d e r , q u e r e o r g a n i c e n c l c u e r p o c o m o i g n o r a n t e e n u n i n t e n t o d e
deshacer las m e d i d a s p a t r i a r c a l e s p a r a c o m p o n e r (léase d o m i c i l i a r ) e l c u e r p o . ¿La reinscripción r e p e t i t i v a
de l o s c u e r p o s c o m o i g n o r a n t e s e i n a c c e s i b l e s a l c o n o c i m i e n t o a[Joya o d i s u e l v e u n a fimdación a r c l i i v o -
*^cntrica ("ocular-céntrica") d e t e r m i n a d a ?
E n s u i n f l u y e n t e l i b r o Orality and Literacy: Tlje Technologixing of the Word, N u e v a Y o r k , R o u d e d g c ,
1 9 8 8 , \ V a l t c r O n g d e c l a r a q u e , d e b i d o a q u e Jas t r a d i c i o n e s o r a l e s s e b a s a n e n e l p e r f o r m a n c e , n o d e j a n
••csiduos, n o permaneceíi. D e e x t r n f i a m a n e r a , más t a r d e d e s m i e n t e esta afirmación e n s u p r o p i o l i b r o
'^'^'íindo s o s t i e n e q u e p e r s i s t e n m u c h o s hábitos d e l a c u l t u r a o r a l .
 230
REBECCA SCHNEir).
a p a r t a d o d e m e m o r i a c o n t r a h i s t o r i a , y c o m o t a l a m e n u d o se l e e t i q u e t a c o '
mítica. L a l i i s t o r i a o r a l s u e l e r e c i b i r también l a e t i q u e t a d e rit-ual. A s u v e z , e l r i
p o r l o g e n e r a l ( o históricamente) r e c i b e e l t r a t a m i e n t o d e étnico, término q u e p-
l o común d e n o t a a p u e b l o s míircados p o r s u r a z a o clase, p e r o q u e L e G o f f ,
c o m o " p r i m i t i v o s " o " p u e b l o s s i n escrittu-a".^^ E s c l a r o q u e a l l a d o d e c o n c a t e n
ciones de p r i m i t i v i s m o y racismo a su vez h a y intentos de reconocer el perft
m a n e e c o m o u n m e d i o a d e c u a d o d e p e r m a n e c e r , d e recordar.¿Acaso se debe;
a n t e r i o r a q u e e l p e r f o r m a n c e a m e n a z a las c o n d i c i o n e s d e l o s r e s t o s c a u t i v o '
d i s c r e t o s q u e d i c t a e l a r c h i v o ? ¿Es e s t o e n p a r t e l a razón p o r l a c u a l l a lógica
a r c h i v o — e s e utópico " c a m p o o p e r a c i o n a l d e t o t a l c o n o c i m i e n t o p r o y e c t a d o "
prescribe a l p e r f o r m a n c e c o m o a l g o q u e desaparece? C o m o l a h i s t o r i a oral'
sus prácticas d e p e r f o r m a n c e s i e m p r e s o n d e c i d i d a m e n t e r e p e t i d a s , las práctí
históricas o r a l e s s o n s i e m p r e r e c o n s t r u c t i v a s , s i e m p r e i n c o m p l e t a s , n u n c a est,
al servicio del o r i g e n singular o p r o p i o que reflierza e l h n a j e d e los arcontes. E i
p e r f o r m a n c e como m e m o r i a ^ l a prístina u n i f o r m i d a d d e u n " o r i g i n a l " , t a n v a l l o '
p a r a e l a r c h i v o , s e v u e l v e i m p o s i b l e , o s i se q u i e r e , mítica.^"
Históricamente, l a práctica d e l p e r f o r m a n c e se h a d e s a c r e d i t a d o c o m o p r
t i c a histórica. A u n q u e historiógrafos c o m o F i e r r e N o r a a f i r m a n q u e e s t a a c t i ,
está c a m b i a n d o e n f a v o r d e u n a n u e v a h i s t o r i a q u e i n c o r p o r a l a m e m o r i a colee '
y las prácticas p e r f o r m a t i v a s , e s a n u e v a h i s t o r i a se m a n i f i e s t a e n l a c o n s t i t u c i '
d e "clases r a d i c a l m e n t e n u e v a s d e a r c h i v o s , d e l a s c u a l e s l a s más característi
s o n l o s a r c h i v o s orales".^^ L o o r a l n o s e e x a m i n a aquí c o m o a l g o q u e y a es,^
a r c h i v o , u n a r c h i v o p e r f o r m a t i v o . E n c a m b i o , l a s h i s t o r i a s o r a l e s se c o n s t i t u
d e n u e v o , r e g i s t r a d a s y g u a r d a d a s e n n o m b r e d e l o idéntico. A u n q u e este " n u e
a r c h i v o s u p u e s t a m e n t e se o p o n g a a l a pérdida, ¿no i n s t i t u y e e n c a m b i o d e m a n
más p r o f i m d a l a pérdida d e u n a f o r m a d i f e r e n t e d e g u a r d a r q u e n o se i n t e r e s a
u n s e n t i d o d e preservación b a s a d o e n l o idéntico? ¿No d e s h a c e u n a comprensí
^7 L e G o f f , oj). cit., p . 5 5 .
L e Gofi'ejemplificíi este ssilto d e h i s t o n n o r a l a l ñtiial y a l a e t n l c i d a d , y d e Ja e t n i c i d a d a los "p"
b l o s s i n e s c r i t u r a " de m o d o m u y c l a r o e n s u capíuilo " M e m o r y " , e n History and Memory.
T h o m a s . o j ! ) . ciV-, p . 1 1 .
2° A g r a d e z c o a E r i k a F i s c h e r - L i c J i t e p o r p l a n t e a r l a cuestión d e l a h i s t o r i a "mítica" r e s p e c t o cle{
h i s t o r i a o b j e r i v a e n eJ c o l o q u i o K u J t u r e n des P e r f o r m a t i v e n , " M e m o r y a n d t h e P e r f o r m a t i v c " , e n l a t J
v e r s i d a d F r e i e , Berlín, n o v i e m b r e d e 1 9 9 9 .
21 LeGofi>/.cíV..pp.95,96.
pj-REO^^MANCE P E R M A N E C E 231
¡jel p e i ' f o i ' i ^ ^ ^ ^ ^ ^ c o m o l o q u e p e r m a n e c e ? ¿Esta práctica, n o r e f i i e r z a e l c o n t r o l f a -
Jocéntnco Ügado a l a p r e m i s a "ocularcéntrica" d e q u e s i a l g o n o es v i s i b l e , o a l b e r -
ffiibie d e n t r o d e u n a r c h i v o , d e s a p a r e c e ?
^ E s i n t e r e s a n t e t o m a r e l e j e m p l o d e l a representación d e u n a batítlla y v e r e l
c'iso parüciüar d e R o b e r t L e e H o d g e , ávido e n t u s i a s t a d e l a G u e r r a d e Secesión
e s t a d u n i d e n s e q u e p a r t i c i p a e n esas r e c r e a c i o n e s . C o m o M a r v i n C a r l s o n l o d e s -
cribió e n u n r e c i e n t e t e x t o s o b r e t e a t r o y representación histórica, H o d g e a d q u i -
rió g t a n n o t o r i e d a d e n t r e l a s c o m u n i d a d e s q u e r e a * e a n e s t o s a c o n t e c i m i e n t o s p o r
su " c a p a c i d a d d e c a e r e n e l s u e l o , y c o n t o r s i o n a r s e p a r a s i m u l a r d e m a n e r a c o n -
v i n c e n t e u n cadáver h i n c h a d o " , ^ ^ S i u - g e l a p r e g u n t a ( y s i b i e n p u e d e s o n a r r i s i b l e ,
lo p r e s e n t o también c o m o a l g o p r o f i i n d o ) : ¿en qué m a r c o i m a g i n a b l e citaríamos
las a c c i o n e s d e H o d g e c o m o m o d o v i a b l e d e c o n o c i m i e n t o histórico? ¿Acaso e l
h i n c h a m i e n t o d e H o d g e n o es u n a representación i m i t a t i v a d e l a m u e r t e , y u n a
interpretación u n t a n t o f a l s a o i m p r u d e n t e ? ¿Ofrece e l h i n c h a d o v i v i e n t e sólo
u n a c o p i a i m i t a t i v a y t a l v e z r i d i c u l a d e a l g o q u e v a g a m e n t e s e m e j a u n cadáver
hinchado? N o obstante, denti'o del creciente m o v i m i e n t o etiquetado c o m o h i s t o -
ria v i v i e n t e , e l c u e r p o h i n c h a d o d e H o d g e es, p a r a m u c h o s e n t u s i a s t a s , e v i d e n c i a
de a l g o más auténtico, s i n o a l g o auténtico e n sí m i s m o . L a hinchazón d e H o d g e
es, e n e l área " p o p u l a r " y a m e n u d o r i d i c u H z a d a d e las r e c r e a c i o n e s , u n a e s p e c i e d e
r u i n a , p o r sí m i s m a , e n s u repetición p e r f o r m a t i v a , u n a extraña clase d e e v i d e n -
cia.^-' S i e l cadáver v i v i e n t e es u n r e s t o d e h i s t o r i a , s i n d u d a se v e r e v i s i t a d o a t r a -
vés d e u n c u e r p o q u e n o p u e d e h a c e r s e p a s a r p o r e l cadáver q u e r e c r e a . S i n o
puede h a c e r s e p a s a r p o r él, ¿qué c l a s e d e r e c l a m o d e a u t e n t i c i d a d p u e d e e r i g i r
este cadáver i m p e r f e c t o ?
M e v i e n e a l a m e n t e e l theater of the ridiculous [ t e a t r o d e l o ridículo], d e
C h a r l e s L u d l a m , e n e l q u e l a puestíi e n e s c e n a d e clásicos o l a representación
ccnnp d e l a r t e folclórico d e l e n t r e t e n i m i e n t o c o m e r c i a l " v i t l g a r " c o m o las p e h c u -
las d e c l a s e B o f r e c e u n a f o r m a d i s t i n t a s i b i e n quizá r e l a c i o n a d a d e " h i s t o r i a
"^'iviente". E s o b v i o q u e l o d e L u d l a m n o se t r a t a b a d e u n " p e r f o r m a n c e histórico",
M a r v i n C a r l s o n , " P e r f o r m i n g d i e P a s t : Líving H i s t o r y a n d C u l t u r a l M e m o r y " , d o c u m e n t o p r e s e n -
• "^ocn i a U n i v e r s i d a d Freíe, Berlín, n o v i e m b r e d e 1 9 9 9 ; véase también T o n y H o r v v i t z , Confederatesin the
^ ''íc. Dispaichesfrom the Unijinished Civil War, N u e v a Y o r k , V i n t a g e , 1 9 9 9 , p p . 7 , 8 .
p José E s t e b a n Muñoz, " E p h e m c r a as E v i d e n c e : I n t r o d u c t o r y N o t e s t o Q u e e r A c t s " , IVomen and
^''f°'''nance:Jo¡¡rnalofFeminÍst Híeory 8, núm. 2 , 1 9 9 6 , p p . 5 - 1 6 .
 REBECCA SCHNEiQ'
íü m e a o s n o u n p e r f o r m u n c e histórico c o m o u n a n a r r a t i v a d o m i n a n t e p e r f e c
E n c a m b i o , las v e l a d a s paródicas d e L u d l a m ofrecían u n a r e - e n t r a d a d e r e c o r d
t o r i o s : u n a h i s t o r i a d e i d e n t i f i c a c i o n e s , de j u e g o d e roles c o n sus sinsabores,
e l t e a t r o d e L u d l a m , c o m o l o describió S t e p h a n B r e c h t e n 1 9 6 8 , " e l r e t i r o d e
cadáveres, n e c e s a r i o p o r l a a l t a t a s a d e m o r t a l i d a d e n e s c e n a , se l l e v a a c a b o c o
e x a g e r a d a t o r p e z a , e i cadáver n o c o o p e r a , y las más d e l a s v e c e s e l m u e r t o se "
c o r p o r a y se s i e n t a después d e u n r a t o , c a m i n a y v u e l v e a p a r t i c i p a r e n l a acción"¿
C u a n d o e x a m i n a m o s e l p e r f o r m a n c e n o c o m o a l g o q u e d e s a p a r e c e (corrí
e s p e r a e l a r c h i v o ) s i n o c o m o a l g o q u e es t a n t o e l a c t o d e p e r m a n e c e r c o m o i
m e d i o d e r e a p a r e c e r ( a u n q u e n o u n a metafísica d e l a p r e s e n c i a ) , casi d e i n m e d i a
n o s v e m o s obligados a a d m i t i r que los restos-no s o n exclusivo t e r r e n o d e l doc
mentó, d e l o b j e t o , d e l h u e s o r e s p e c t o d e l a c a r n e . Aquí, e l c u e r p o • — i n c l u s o
h i n c h a d o d e H o d g e — - d e v i e n e u n a s u e r t e d e a r c h i v o y huésped d e u n a m e m o r '
c o l e c t i v a ^ ^ q u e p o d e m o s s i t u a r , c o n F r e u d , c o m o sintomática, c o n C a t h y C a r u
p a r t i e n d o d e F r e u d c o m o las r e p e t i c i o n e s compulsiA^as d e u n t r a u m a colecti.
o c o n F o u c a u l t p a r t i e n d o d e N i e t z s c h e c o m o contra-memoria: l o c o r p o r a l , leído
través d e g e n e r a c i o n e s d e i m p a c t o q u e s o n quizá s i e m p r e p e r f o r m a t i v a s . E s
c u e r p o , d a d o a l p e r f o r m a n c e , se c o m p r o m e t e c o n l a desaparición d e m a n
quiásmica, n o sólo a i d e s a p a r e c e r s i n o a l r e a p a r e c e r d e m a n e r a o b s t i n a d a a t r a ,
d e u n a c a p a c i d a d d e recuperación e r u p t i v a y p e r m a n e c e a través d e l p e r f o r m a n
c o m o tantos fantasmas e n el e n t o r n o cercano c o n la m a r c a d e desaparecidos,
e s t e s e n t i d o , e l p e r f o r m a n c e l l e g a a ser l o q u e e s m e d i a n t e u n a reaparición d
o r d e n a d a y e x p l o s i v a ; y desafía, p o r m e d i o d e l r a s t i ' o p e r f o r m a t i v o , t o d a anüno:
nítida e n t r e aparición y desaparición, o p r e s e n c i a y a u s e n c i a , l a s r e p e t i c i o n e s
tuales que m a r c a n al p e r f o r m a n c e c o m o algo t a n t o i n d e t e r m i n a d o , n o o r i g i n
i m p l a c a b l e m e n t e c i t a c i o n a l así c o m o p e r m a n e n t e .
2'* S t e p l u n B r e d u , "Famíl)' o f t h c f. p . : N o t e s o n t l i c H i e u t t e o f t h e R i d i c u l o u s " , V}e Drama Revi
núm. 1 3 , 1 , t o m o 4 1 , 1 9 6 8 , p . 1 2 0 .
^ L o s h i s t o r i i u l o r c s c u l t u r a l e s a h o r a p o r nitína a c e p t a n l a representación p o p u l a r ( y c l " a r t e ele^'a
c o m o m o d o s sociales d e historización, a m e n u d o e n c l a p a r t a d o " m e m o r i a c o l e c t i v a " , t e r m i n o acuñ
p o r M a u r i c e H a l b v v a c h s . Aún así, e l p r o c e s o d e l e e r l a producción estética como h i s t o r i a s u e l e i m p
car u n a delineación c u i d a d o s a ( y polémica) e n t r e " m i t o " , "tradición" y l a p r o p i a h i s t o r i a , implícitamC
más l e g i t i m a d a ( o s u p u e s t a m e n t e n o mítica). Véase u n e j e m p l o r e c i e n t e e n M i c l i a e l K a m m e n , My
Chords of Memory: The Transformación ofTradifion inAínerican CuJtwe, N u e v a Y o r k , V i n t a g e B o o k s , l 9
pp. 2 5 - 3 2 .
(Ti P E R F O R M A N C E P E R J V I A N E C E 233
E n realidad, e l p e r f o r m a n c e puede considerarse c o m o e l acto d e permanecer
jisí c o m o u n m e d i o d e aparición. P e r o d e b e m o s t e n e r c u i d a d o y e v i t a r l a c o s t i m i -
l5i-e d e e x a m i n a r l o s r e s t o s p e r f o r m a t i v o s c o m o u n a metafísica d e l a p r e s e n c i a q u e
privilegia u n a autenticidad o r i g i n a l o singular. D e hecho, son las i m p o r t a n t e s
c o n t r i b u c i o n e s d e teóricos d e l p e r f o r m a n c e c o i n o B l a u y P h e l a n l o q u e n o s p e r -
m i t e i n t e r r u m p i r e s t e hábito. C o m o también n o s p u e d e n i n d i c a r l a s teorías d e l
t r a u m a y l a repetición, n o es u n a p r e s e n c i a l o q u e a p a r e c e e n e l p e r f o r m a n c e , s i n o
J u s t a m e n t e e l encuenü-o f a h i d o : las r e v e r b e r a c i o n e s d e l o i n a d v e r t i d o , l o p e r d i d o ,
l o r e p r i m i d o , l o a p a r e n t e m e n t e o l v i d a d o . D e s d e esta p e r s p e c t i v a , e l p e r f o r m a n c e
no desaparece a u n q u e sus restos sean i n m a t e r i a l e s : e l c o n j u n t o d e actos y s i g n i h -
cados e s p e c u a l e s q u e a c e c h a n e l m a t e r i a l e n c o n s t a n t e interacción c o l e c t i v a , e n
constelación. C o m o y a mencioné, e l p e r f o r m a n c e e n t e n d i d o c o m o r e s t o s se a j u s -
ta a l o s análisis p s i c o a n a J I t i c o s d e l a repetición traumática, a l o s análisis alüiusse-
r i a n o s d e l o s s e n d e r o s r i t u a l e s d e l a ideología y a l o s análisis a u s t i n i a n o s d e l a
enunciación o c i t a c i o n a l i d a d : e l a c t o r e p e t i t i v o .
La inuertey los restos vivientes
Dada la i m p o r t a n c i a del postestructurallsmo, n onos deshagamos con demasiada
r a p i d e z d e l p r o b l e m a d e l a desaparición. S i B l a u , P h e l a n y B l o c k e r están e n l o
c o r r e c t o y e l p e r f o r m a n c e l l e g a a s e r l o q u e es m e d i a n t e l a desaparición — a l
resistirse a l d o c u m e n t o y a l r e g i s t r o , a l n e g a r l o s r e s t o s — , n o s e n c o n t r a i n o s e n u n
incómodo a p r i e t o r e s p e c t o d e l a r g u m e n t o e s g r i i n i d o h a s t a aquí. P o r q u e s i l o
p e n s a m o s b i e n , l a desaparición n o es a j e n a c o n r e s p e c t o d e l o s r e s t o s . D e h e c h o ,
^ n a d e las i d e a s básicas d e l p o s t e s t r u c t u r a l l s m o es q u e l a desaparición es l o q u e
marca todos los d o c u m e n t o s , registros y restos materiales. E n efecto, l o s restos
^ t l q u i e r e n s u c a l i d a d p r o p i a también m e d i a n t e l a desaparición.^''
P o d e m o s v e r l o así: l a m u e r t e p a r e c e d a r p o r r e s u l t a d o l a producción paradójica
^3nto d e l a desaparición c o m o d e l o s r e s t o s . L a desaparición, l a práctica c i t a c i o n a l ,
'o p o s t e r i o r a l h e c h o , se a f e r r a a l o s r e s t o s : c a r n e a u s e n t e y h u e s o s espectrales.
'^^ S i los restos m a t e r i a l e s l l e g a n a ser l o q u e s o n medíante l a desaparición, o t r a f o r m a d e e n m a r c a r Ja
^^'estión c e n t r a l de este ensayo es p r e g i u i t a r qué está e n j u e g o e n l a afii-mación de q u e e l p e r f o r m a n c e es más
¡'"•"pcnso a l a desaparición o disolución q u e l o s r e s t o s m a t e r i a l e s .
 R E B E C C A SCí-iN
Yíi o b s e r v a m o s q u e l a c o s t i u n b r e o c c i d e n t a l es p r i v i l e g i a r l o s h u e s o s c o i r i o *•
c a d o r e s d e q u e u n a v e z h u b o c a r n e , y e s t e " u n a v e z " ( t a n t o e n üempo c o ^
s i n g u l a r i d a d ) se r e f i e r e sólo a l p e r i o d o p o s t e r i o r a l h e c h o . L a c a r n e e n sí, e n n u
habituación c u l t t i r a l a l o s r e s t o s q u e s e p u e d e n v e r , n o t i e n e l a c a p a c i d a d d e
d u r a i - p a r a s i g n i f i c a i - "érase u n a v e z " . N i s i q u i e r a d o s v e c e s cuinpUrán c o n i a c -
t a n c i a d e q u e u n a célula r e e m p l a c e a o t r a célula c o m o o c u r r e e n n u e s t r a coti.
n i d a d . L a c a r n e , esa c u a l i d a d subcutánea e s q u i v a m e n t e f e m e n i n a , es l a tiranía
íirma d e a c e i t o s a tinta i n v i s i b l e d e l o v i v i e n t e . S e r e p i t e l a c a r n e d e m i c a r n e d
c a r n e , a u n q u e l a c a r n e sea l o q u e n o p e r m a n e c e .
C o m o o b s e r v a D e r r i d a , e l a r c h i v o s e e l a b o r a e n l a domiciliación d e esta car
c o n s u f e m e n i n a c a p a c i d a d d e r e p r o d u c i r . E l a r c h i v o se c o n s t r u y e e n e l "arr-
domicihíirio": l a sohdifícación d e víüor e n l a ontología c o n f o r m e s e a s e g u r a ,
m a n e r a retroactiva e n e l d o c u m e n t o , e n e l objeto, e n el registro. E s t a retroacti.
d a d es n o o b s t a n t e u n a valorización d e Id.pérdida de exposición ( p e r f o r m a t i v a ) _
m i i n y necesaria, c o n e l d o c u m e n t o , el objeto y e l registro ubicados c o m o sobr-
v i e n t e s a l üempo. Así, c a d a v e z n o s s e n t i m o s más cómodos a l d e c i r q u e e l o b j e
a r c h i v a b l e también l l e g a a s e r l o q u e e s m e d i a n t e l a desaparición, e n t a n t o ,
c o n v i e r t e e n e l r a s t r o d e l o q u e p e r m a n e c e c u a n d o e l p e r f o r m a n c e ( l a acci
d e l a r t i s t a ) d e s a p a r e c e . S e t r a t a d e u n a pérdida q u e d e s t a c a l a lógica d e l r a s '
— u n a pérdida q u e e l a r c h i v o r e g u l a , m a n t i e n e , i n s t i t u c i o n a l i z a — q u e o l v i d a q"
es u n a pérdida q u e e l ar-ciiivo p r o d u c e . Aquí e n e l a r c h i v o l o q u e " d e s a p a r e c e " ( o
q u e se d e s c a r t a d e m o d o a c t i v o ) es l a r e s i s t e n c i a d e l a c a r n e a u n a h u e l l a ,
m a n e r a c o m o la carne recupera su f o r m a cuando se presiona — u n a y o t r a vez
e l c u e r p o e n t o d a s sus r e p e t i c i o n e s detalladas.^^ Aquí e n e l a r c h i v o , s e h a c e h a b ,
a l o s h u e s o s s o b r e l a desaparición d e l a c a r n e , y q u e d e c r e t e n l a c a r n e c o m
desaparecida.
E s a pérdida, c o m o institución q u e d e b e e l a b o r a r u n a ecuación q u e e x p l i q u e
fi:acaso d e l o c o r p o r a l , e l f r a c a s o d e l a imitación, p a r a p e r m a n e c e r , está l l e n a d e u
principio patriarcal. Nadie, observa D e r r i d a , h a mosti'ado m e j o r que F r e u d la m a
ñera c o m o e l i m p u l s o d e l ai-cliivo, q u e d e n o m i n a " p r i n c i p i o p a t e r n a l y p a t r i a r c a l "
es t a n t o p a t r i a r c a l c o m o p a r r i c i d a . E l i m p u l s o d e l a r c h i v o :
Vcítsc M i c h i i e L F o u c a u l t , V}c Order ofWmgs: An Archneohgy of the Huninn Sciences, N u e v a Y o r k j
t ^ a n t l i e o n , 1 9 7 1 [ e d . esp.: Las palabras y las cosas: una arqueología de las ciencias humanas, B u e n o s A i r e S i
Siglo X X 3 , 1 9 6 S ] .
pj^j^pORMANCE P E R M A N E C E 235
lanteít parii repetirse y regresa para replíincearse sólo e n c l p a r r i c i d i o . E s t o
[¡vale a l p a r r i c i d i o r e p r i m i d o o s u p r i m i d o , e n n o m b r e d e l padre corno padre
ucrto E l j n a g i s t r a d o es e n el m e j o r de los casos el a p o d c r a i i r i e n t o d e l a r c h i v o
QX parte de los l i e r m a n o s . L a i g u a l d a d y l i b e r t a d de l o s h e r m a n o s . U n concepto
certero y aún v i v a z , de democracia.^^
A n n P e l l e g r i n i estableció e s t e e s q u e m a f r e u d i a n o d e m o d o s u c i n t o : " h i j o e n -
gendta p r o g e n i t o r ( e s ) , ' e l pre es h e r e d e r o d e l pos£¡ y l a identiücación d e género
'propia y las e l e c c i o n e s a d e c u a d a s ' d e o b j e t o s s e a s e g u r a n d e a d e l a n t e h a c i a atrás":
uníi " r e t r o a c t i v i d a d d e o b j e t o s p e r d i d o s y s u j e t o s encontrados".^'^
E n oti'os t e x t o s h e a n a h z a d o e s t e i m p u l s o p a r r i c i d a c o m o p r o d u c t o r d e l a
m u e r t e c o n e l fin d e a s e g u r a r l o s r e s t o s . Sugerí q u e e l c r e c i e n t e d o m i n i o d e l o s
restos e n O c c i d e n t e , las c r e c i e n t e s tecnologías p a r a archivai-, quizá s e a n l a razón d e
que e l s i g l o X X se h a y a e i a t u s i a s m a d o t a n t o c o n e l p e r f o r m a n c e y también se e n -
cuentre h e n o d e m u e r t e s : m u e r t e d e l a u t o r , m u e r t e d e l a c i e n c i a , m u e r t e d e l a
h i s t o r i a , m u e r t e d e l a fiteratura, m u e r t e d e l p e r s o n a j e , m u e r t e d e l a v a n g u a r d i a ,
m u e r t e d e l m o d e r n i s m o , e i n c l u s o , e n l a b r i l l a n t e e irónica interpretación d e l a
d r a m a t n r g a e s t a d u n i d e n s e S u z a n - L o r i P a r k s , Death of the Last Black Man in the
Whole Eiítire World [Muerte del último hombre iiegro en todo el mundo entero]?^
D e n t r o d e u n a cultiu-a que p r i v i l e g i a los restos objetuales c o m o indicios y sobre-
v i v i e n t e s d e l a m u e r t e , p r o d u c i r t a l p o m p a d e m u e r t e s p u e d e s e r l a única m a n e r a
de a s e g u r a r l o s r e s t o s t r a s las a i s i s d e a u t o r i d a d , - i d e n t i d a d y o b j e t o d e l a m o d e r -
n i d a d . M a t a r a l a u t o r , o s a c r i f i c a r s u r a n g o , p u e d e ser, irónicamente, e l m e d i o d e
asegurar su permanencia.^^
P o r d e s g r a c i a , n o c u e n t o aquí c o n e l üempo p a r a d e s a r r o l l a r ese a s p e c t o d e l
a r g u m e n t o . P o r a l i o r a , permítaseme t a n sólo s u g e r i r q u e c u a n d o l e e m o s e s t e "ase-
g u r a m i e n t o d e a d e l a n t e h a c i a atrás" q u e a n a l i z a P e l l e g r i n i , esta " r e t r o a c t i v i d a d " d e
los o b j e t o s c o m o acción e i m p u l s o , l e e m o s e l a r c t i i v o c o t n o a c t o — c o m o u n a a r q u i -
í^cctura q u e a l b e r g a l o r i t u a l , l o s r i t u a l e s d e domiciliación o a r r e s t o d o m i c i l i a r i o —
D e r r i d a , op. cit., p . 9 5 .
A n n Vélc^úni, Performance Anxieties: Síagi?ig Psychoanaiysis, StagingRace, N u e v a Y o r k , R o u d e d g c ,
í^97,p.69.
S u z a n - L o r i P a r k s , TljeAmerica Play and Other Works, N u e v a Y o r k , H i c a t e r C o m m u n i c a t i o n s G r o u p ,
1995.
Véase R e b e c c a S c l m e i d c r , Vje JS.-cpHcit Body in Performance, L o n d r e s , RouÜedge, 1 9 9 7 .
 R E B E C C A S C H N E
q u e se l l e v a a cabo, c o m o r i i u a l , c o a t i m i a m e n t e . E l a r c h i v o m i s m o d e v i e n e
p e r f o r m a n c e s o c i a l d e r e t i : o a c d v i d a d . E l a r c h i v o efectúa l a insütución d e l a
aparición, c o n l o s r e s t o s - o b j e t o s c o m o i n d i c i o s d e l a desaparición y c o n e l p e r
m a n e e c o m o a l g o q u e desaparece o d e s t i n a d o a l a desaparición. S i , e n l a f o r m u l ,
d e D e r r i d a , es e n l a domiciliación, e n e l a r r e s t o d o m i c i h a r i o , d o n d e t o m a l u g
a r c h i v o , e s t a m o s i n v i t a d o s a p e n s a r e n e s t a t o m a d e l u g a r c o m o u n a r r e s t o doi^
CLÜario c o n t i n u o , e i i t a n t o p e r f o r m a t i v o .
Así, l e e r l a h i s t o r i a c o m o u n c o n j u n t o d e a c t o s s e d i m e n t a d o s q u e n o s o n ]
a c t o s históricos e n sí m i s m o s s i n o e l a c t o d e a s e g u r a r c u a l q u i e r i n c i d e n t e
a d e l a n t e h a c i a atrás — e l a c t o r e p e t i d o d e a s e g u r a r e l r e c u e r d o — es r e p e n s c
l u g a r d e l a h i s t o r i a e n l a repetición r i t u a l . E s t o n o e q u i v a l e , c o m o a f i r m a n m u c l ^
p o s m o d e r n i s t a s , a d e c i r q u e l l e g a m o s a l final d e l a h i s t o r i a , n i q u e l a h i s t o r i a
sucedió, n i q u e sea i m p o s i b l e a c c e d e r a e l l a . S e ti'ata, e n c a m b i o , d e r e u b i c a r e l ]
g a r d e t o d o c o n o c i m i e n t o c o m o transmisión d e c u e r p o a c u e r p o . - S e a q u e l a r ,
petición r i t u a l s e efectúe m e d i a n t e l a c o n s u l t a d e d o c u m e n t o s e n l a b i b l i o t e
( l o s a c t o s físicos d e adquisición, l o s a c t o s físicos d e l e e r , e s c r i b i r , e d u c a r s e ) o T
r e l a t o s o r a l e s famíhares d e l i n a j e ( m e v i e n e n a l a m e n t e l o s d e s c e n d i e n \
a f r o e s t a d u n i d e n s e s d e T i l o m a s Jeííerson, q u i e n e s n o n e c e s i t a r o n q u e u n a p r u e '
d e A D N l e s d i j e s e l o q u e r e c o r d a b a n m e d i a n t e l a transmisión o r a l ) o l a miríada d
r e p r e s e n t a c i o n e s traumáticas e f e c t u a d a s d e m a n e r a t a n t o c o n s c i e n t e c o m o su^
c o n s c i e n t e , r e f i g u r a m o s l a h i s t o r i a e n l a transmisión d e c u e r p o a c u e r p o q u e se d
al m o s t r a r y relatar. L a s arquitecturas d e acceso n o s c o l o c a n e n posiciones p
t i c u l a r e s p a r a r e c i b i r c o n o c i m i e n t o , y esas a r q u i t e c t i u - a s también a f e c t a n e l c
n o c i m i e n t o q u e s e i m p a i t e . L o v e o d e l a s i g u i e n t e m a n e r a : l a m i s m a historí
suena, se siente, h u e l e o sabe r a d i c a l m e n t e d i s t i n t o c u a n d o se r e l a t a e n l u g a r '
r a d i c a l m e n t e d i f e r e n t e s o p o r m e d i o s d i s p a r e s ( o c u a n d o n o se c u e n t a e n a l g '
n o s l u g a r e s , s i n o e n o t r o s ) . D e a c u e r d o c o n e s t a configuración, e l p e r f o r m a n c e
e l m o d o d e a c c e d e r d e t o d a a r q u l t e c t u i ' a (se l l e v a a c a b o u n p e r f o r m a n c e c o m
m o d o d e acceso e n e l a r c h i v o ; o t r o m o d o e n u n t e a t r o ; o t r o m o d o d e acceso e
la p i s t a d e baile). E n este sentido, e l p e r f o r m a n c e n o desaparece, sino que per
m a n e c e c o m o a c t o r i t u a l . E n e l archÍA''0, e l p e r f o r m a n c e d e a c c e s o e s u n a c t .
r i t u a l q u e , p o r oclusión e inclusión, p r e s c r i b e l a desaparición d e o t r o s m o d o
de acceso.
pEÍ^FOlUViANCE P E R A ' I A N E C E 237
Permanece?' en el escenario
C o m o y a se mencionó, a r t i s t a s r e c i e n t e s , c o m o S u z a n - L o r i P a r k s y K e i t h P i p e r ,
j-etenden d e s e m p a q u e t a r u n a f o r m a e n l a q u e p e r m a n e z c a e l p e r f o r m a n c e ( o
í^ccioiies, o a c t o s ) , p e r o d e o t r a m a n e r a . E s t a s o b r a s s e i n t e r e s a n e n l a s f o r m a s
coligo l a h i s t o r i a n o sólo es e l d o m i n i o i m p e r i a l d e l d o c u m e n t o , o c o m o l a l i i s t o r i a
i
j i o se p i e i ' ^ s m e d i a n t e l a transmisión c u e r p o a c u e r p o . ¿Es e s t o m e n o s u n a s u b o r -
dinación a l a desaparición q u e u n interés e n l a política d e (dcs)ubicación y ( r e )
ubicación? ¿Se ti-ata d e r e u b i c a r l a m e m o r i a más allá d e l a s h a b i t u a c i o n e s d e l a
hegenionía o c u l a r , u n a o c u l a r i d a d q u e l a p a l a b r a desaparición p r i v i l e g i a e n v i r t u d
de la p a r a d o j a h a b i t u a l ? Q u e l a m e m o r i a c a r n a l p u e d a p e r m a n e c e r es u n desafío
a las n o c i o n e s c o n v e n c i o n a l e s d e l a r c h i v o . C o n esta l e c t u r a , e l escándalo d e l p e r -
f o r m a n c e r e l a t i v o a l a r c h i v o n o es q u e d e s a p a i ' e z c a ( e s t o es l o q u e e s p e r a e l a r c l i i v o ) ,
sino q u e t a n t o " l l e g u e a ser l o q u e es m e d i a n t e l a desaparición" (t;ü e s c r i b e P h e l a n )
como q u e p e r m a n e z c a , a u n q u e s u s r e s t o s se r e s i s t a n a l a r r e s t o d o m i c i l i a r i o y l a
domicihación q u e observó D e r r i d a .
E n la m e d i d a e n que permanece, pero de u n m o d o distinto o e n diferencia, el
pasado e f e c t u a d o y h e c h o explícito c o m o p e r f o r m a n c e o p e r a c o m o l a clase d e
transmisión c o r p o r a l c o n v e n c i o n a l q u e h o r r o r i z a a l o s a r c h i v i s t a s , u n a c o n t r a -
m e m o r i a , c a s i e n e l s e n t i d o d e u n e c o ( c o m o l a Uamaría L u c y , e l p e r s o n a j e d e
P a r k s e n TheAnierica Play). S i l o s ecos, o , e n p a l a b r a s d e l a compañía d e p e r f o r -
mance S p i d e i - w o m a n , "rever-ber-beraciones", resuenan fuera d e l a experiencia
v i v i d a , c o m o e l p e r f o r m a n c e , se n o s p r e s e n t a e l r e t o d e p e n s a r más allá d e l a s
f o r m a s e n q u e e l p e r f o r m a n c e , d e a c u e r d o c o n n u e s t r a habituación a i a r c h i v o ,
parece d e s a p a r e c e r . También s e n o s a n i m a , a l m i s m o tiempo, a a r t i c u l a r las f o r -
mas c o m o e l performance, m e n o s propenso a l o ocular, ingresa o c o m i e n z a u n a y
o t r a v e z , c o m o escribiría G c r t r u d e S t e i n , d e o t r a m a n e r a , m e d i a j i t e sí m i s m o
•^omo repetición — c o m o u n a c o p i a o quizá más c o m o u n r i t u a l — , c o m o u n eco
•^íi l o s oídos d e u n a c o n f i d e n c i a , u n m i e m b r o d e l público, "un t e s t i g o .
T a l v e z , e s t e s e n t i d o d e p e r f o r m a n c e está s u p e r p u e s t o e n l a fi'ase d e P h e l a n ,
'a d e q u e e l p e r f o r m a n c e " l l e g a a s e r l o q u e es m e d i a n t e l a desaparición". E s t a
' ^ o n n a d e d e c i r i o , q u e d i f i e r e d e m a n e r a i m p o r t a n t e d e u n a pretensión ontológica
de Ser, n o s i n v i t a a c o n s i d e r a r e l p e r f o r m a n c e c o m o u n m e d i o e n e l q u e i a d e s a p a -
^'ición n e g o c i a , quizá d e v i e n e , m a t e r i a h d a d . E s d e c i r , l a desaparición se a t r a v i e s a
 238 PJ7R1-0RMANCE P E R M A N E C E 239
R E B E C C A SCI-IN

L o s trabíijos e n d o n d e k s m a n i p u l a c i o n e s políticas d e l a desaparición e x i g e n tjer J u d i t h , Excitable' Speech: A Politics of the Performatlve, N u e v a Y o r k , R o u t l e d g e ,

crítica m a t e r i a l — t r a b a j o s c o m o Disappearing Acts ( 1 9 9 7 ) , d e D i a n a T a y l t
1997.
" E p h e m e r a as E v i d e n c e " ( 1 9 9 6 ) , d e José M u ñ o z — c r e a n d e e s t e m o d o u n a
(^xrlson, M a r v i n , " P c r f o r n - i i n g t h e Past: L i v i n g P l i s t o r } ' n n d C u l t u r a l M e m o r y " , d o c u -
sión p r o d u c t i v a d e n t r o d e las o r i e n t a c i o n e s d e l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e l i
m e n t o presentado e n la U n i v e r s i d a d F r e i e , Berlín, n o v i e m b r e de 1 9 9 9 .
l o efímero ( y h a c i a a n t i g u a s c e l e b r a c i o n e s d e e l l o ) . E s e n m e d i o d e e s t a tensió
p c t r i d a , Jacques, yí/'í:/;í'í;5 Fever: A Freudian Impression, C l i i c a g o , U n i v e r s i t y o f C h i c a g o
e s t e " a p r i e t o " , c o m o diría Pai"ks) d o n d e l a noción d e l p e r f o r m a n c e c o m o desa
Press, 1 9 9 6 [ed. esp.: Mnl de archivo. Unn impresiónfreudiana, T r o t t a , M a d r i d , 1 9 7 7 ] .
lición se c r u z a quiásmicamente c o n e l r i t u a l — r i t u a l e n e l q u e , m e d i a n t e e l p
Elarn, H a n y J - J r . , y A l i c e R a y n e r , " U n f i n i s h e d Business: R e c o n f i g u r i n g l i i s t o r y i n S u -
f o r m a n c e , se n o s p i d e d e n u e v o q u e n o s ( r e ) e n c o n t r e m o s — e n repetición.
zan-Lorí P a r k s ' T i e D e a t h o f t h e L a s t B l a c k M a n i n t h e W h o l e E n t i r c W o r l d " ,
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E s t a r e n aprietos
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 Barbara Kirshenblatt-Gimblett es profesora en cl Depar¿amen/.o de Estudios de Per-
formance de la Universidad de Nueva York, en cuyo desarrollo curricular ha tenido un
rolfundamental Kirshenblatí-Gimblett se especializa en el campo del performance
cultural, y en su trabajo analiza prácticas de la vida cotidiana, así como la escenifi-
cación de distintas culturas a través de museos, la industria del turismo y las ferias
populares.
¿De qué manera aprendemos acerca de los usos y costumbres de oh'as culturase
¿Quéprocesos intervienen para ti'ansforinar un objeto que cumple unafimción específica
en im contexto determinado para luego responder a otro uso en un contexto distinto
donde se lo exhibe como representante de su cultura de origen? ^Cuáles son losproble?na
q^ie se abren cuando no sólo se exhiben objetos sino personas de carne y hueso como
parte de un fragínento de cultura exótica^ En este ensayo. Barbara IGrshenblatt-
^mblett explora las diferentes operaciones a través de las que la etnografía —una de
metodologías más importantes de la antropología para transmitir información
acerca de las cidturas que se estudian— a-ea sus objetos paro luego exhibirlos en el marc
ma cultura distinta. Kirshenblatt-Gtmhlett ofrece un recorrido histórico en el que ana-
^^^^ las distintas políticas de representación de otredad a través de fragmentos que son
^^^^^ividualizados, escindidos de su contexto de origen y presentados en otro marco, en e
^^'^ -fe tiene que reinstaurar su valor original a tra.vés de distintas técnicas textuales y
'''''nicas.
-£/ artículo de Kirshenblatt-Gimblett presenta dos aspectos centrales para los estu-
delperformance: uno es el estatus del objeto etnográjico en relación con las prácticas

[243]
 244 PRESENTACI j ^ B j E T O S D E ETNOGRAFÍA 245

de la vida cotidiana y la representación de culturas, es decir, el objeto como índice aciones de diversidad o diferencia cultural o empoderamlento cuando los sujetos
performance nativo; el otro aspecto importante está relacionado con la práctica quep ^'^^'^agentes de sus propios performances y son ellos quienes deciden las condiciones de
senta a las personas en sí como documentos de su cultura, tal como se da en losfestina ^roma puesta en escena,
stip^l ^ M . E
folclóricos, las representaciones de pueblos o naciones en ferias internacionales y en
circuitos turísticos. Kirshenblatt-Gimblett señala el hecho de que las canciones, la naif,
ción oral y los bailes, es decir, los performances de una cultura, son procesos Intangib^^
es decir, no comparten el mismo estatus documental que los objetos o las produccio
textuales, que en la mayoría de los casos no necesitan ser presentados junto a quienes
a-earon.
Por un lado —como se plantea en los artículos de Taylor, Schneider y Roach
Incluimos en este volumen—• la valorización del performance como fenómeno in
tituiblepor otro tipo de documento textual o residual establece el carácter delperfi
manee como documento en sí (y ha llevado a organizaciones como la,unesco aprote^
determinadas tradiciones como parte del patrimonio intangible de las cidturas,
par de reservas naturales y estructuras arquitectónicas). Por oti'o lado, Kirshenbl
Gimblett plantea la problemática de establecer a las personas como signos de sí mism
es decir, la. controversia que se desata cuando los humanos son el medio de represe,
taclón etnográfica, y, en particular, cuando no tienen autoridad para decidir las co.
diciones de su''escenificación''.
Kirshenblatt-Gimblett señala que, históricamente, el hecho, de que los 'nativ
mostraran su capacidad de actuar, de hacerse pasar por ellos mismos e?í el museo,
circunstancias distintas de las de su vida cotidiana, representaba para sus contem
rúñeos occidentales garantía de la humanidad de dichas personas. En el museo,x-
vida cotidiana era presentada como drama: lo que para unos era insignificante (p
de la rutina de todos los días), para otros residtaba digno de un espectáculo. En
sentido, Kirshenblatt-Gimblett concluye que, como resultado de lo que llama ''efe
museo", el público de estas exhibiciones de vida cotidiana comenzó a ver su pi"
vida como tm performance.
En la conclusión del ensayo, Kirshenblatt-Gimblett analiza la utilidad de-
focalización en el performance cultural para estudiar o jxresentar la cultura de-
pueblo o sector de la población, como los inmigrantes. Para esta antropóloga, el ab
daje etnográfico a través de performance pone el acento en la particidaridad de>^
acción humana; permite establecer unidades de análisis que resultan más abarca
que un estudio de la totalidad de la vida social de una cid tur a y es útil para detenn

A g r a d e z c o a m i s colegas d e l D e p a r t m e n t o f P e r f o r m a n c e S t u d i e s [ D e p a r t a m e n t o de
t u d i o s de P e r f o r m a n c e ] e n l a T i s c l r S c h o o l o f t h e A i t s , de l a U n i v e r s i d a d de N u e v a Y Q Í
e n p a r t i c u l a r a Salí)' C h a r n o v v )'• N a o m i Jackson, s u v a l i o s a asistencia e n l a investigacif^j
a M i c h a e l T a u s s i g , q u i e n organizó u n e s t i m u l a n t e c o l o q u i o acaííémico, " M i m e s i s a
A l t e r i t y " [ M i m e s i s y aíteñdad], d u r a n t e e l año l e c t i v o 1 9 8 8 - 1 9 8 9 ; y a E d v v a r d M . Bruií'
A i l e t i F e l d m a n , B r o o k s M c N a r a a r a y R i c l i a r d Scheclmer. También agradezco a W i l l i a
T a y l o r , WilÜam LeacJi y P e t c r B u c k l e ) ' , quienes o r g a n i z a r o n e l C o m m e r c i a l C u l t u r e S
m i n a r en cl N e w Y o r k Institute for the Plumanities, a D i a n a Pane y a Charles M u s s e r p
sus consejos bibliográficos, y a M a x G i m b l e t t p o r sus sugerencias críticas.
B.K.
ROCAS L U N A R E S , U N A S C U A N T A S T I R I T A S D E C A R N E S E C A D A S A L E S T I L O HIDATSA
antes d e 1 9 1 8 , p o l v o d e Jerusalén, " u n i i u d o a t a d o p o r e l v i e n t o e n u n a t o r m e n t a
en e l m a r " , t a p a s d e b o t e l l a r e l l e n a s c o n crayón d e r r e t i d o c o n f e c c i o n a d a s pai-a c l
skelley ( j u e g o d e las calles d e N u e v a Y o r k ) , " u n a g o t a d e l e c h e d e l a V i r g e n " , t r o z o s
del M u r o d e Berlín.^ C a d a o b j e t o se m u e s t i - a a l a v i s t a d e l p i i b U c o , p r o t e g i d o y
alabado. S i e l c r i t e r i o d e a t r a c t i v o v i s u a l d e t e r m i n a r a qué d e b e e x h i b i r s e , a t a l e s
rocas, p e d a z o s d e c a r n e , n u d o s , p o l v o , a l a m b r e j u g u e t e s , s i es q u e se l l e g a r a n a
conservar, les esperaría o t r o tipo d e atención, t a l v e z a través d e l m i c r o s c o p i o , t e -
lescopio, p r u e b a s d e l a b o r a t o r i o , análisis n u t r i c i o n a l e s , descripción e s c r i t a , d i a g r a m a
o r e p o r t e d e m i l a g r o s ¿Por qué g u a r d a ] : , y a n o d i g a m o s m o s t r a r , cosas d e t a n escaso
interés v i s u a l ? ¿Por qué p e d i r a l v i s i t a n t e d e l m u s e o q u e o b s e r v e d e c e r c a a l g o
cuyo v a l o r r e s i d e e n o t r o l u g a r q u e n o es s u a p a r i e n c i a ?
^ D e a c u e r d o c o n R i c h a r d D . A l t i c k {The Shows ofLonríon, C a n \ b r i d g c , M a s s a c l i u s e t t s , B e l k n a p , 1 9 7 8 ,
P- 6 ) , l a íeciie d e Ja V i r g e n s e e n c u e n t r a l i s t a d a e n l o s i n v e n t a r i o s d e las r e l i q u i a s d e las c a t e d r a l e s f r a n -
cesas m e d i e v a l e s . Véanse las s i g u i e n t e s p u b l i c a c i o n e s , cada u n a d e las cuales acompañó l a e,xhibición d e
•Jn o b j e t o e n l i s t a d o aquí: C a r o l y n G i l m a n y M a r y J a n e S c h n e i d e r , Tbe Way to Iiukpendence: Memories of
" ^'iidatsa huHnn FnmUy, 1840-1920, S t . P a u l , M i n n e s o t a , M i n n e s o t a H i s t o r i c a l S o c i e t ) ' P r e s s , 1 9 8 7 ;
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^"-í/ Popular Museum of Natural Science and Art, N u e v a Y o r k , W . W . N o r t o n , 1 9 S 0 , p . 4 2 . S i n d u d a se
^'íliibirán las piezas d e l M u r o d e Berlín—se c o l e c c i o n a n c o n a v i d e z e n l a época e n q u e escribo e s t o — , si n o
^lícya se m u e s t r a n .
[247]
 248
B A R B A R A K I R S H E N B L A T T - G I M B L
L a s u g e r e n c i a d e q u e l o s o b j e t o s c a r e n t e s d e interés v i s u a l p u e d e n ser de^
t e r e s histórico, c u l t u r a l , r e l i g i o s o o científico, s i b i e n d n l a impresión d e o f r -
u n a respuesta, e n reaUdad agrava e l p r o b l e m a , pues deja s i n explorar varios
p u e s t o s R u i d a m e n t a l e s , e l p r i m e r o d e l o s c u a l e s es l a noción d e l a autonoi-nía_
a r t e f a c t o . E s j u s t a m e n t e esta autonomía l o q u e p o s i b i l i t a e x l i i b i r o b j e t o s e n <
p o r sí m i s m o s , a u n q u e h a y a p o c o q u e i n s p e c c i o n a r c o n l a m i r a d a . ^ E l o b j e t o
nográfico p l a n t e a e l p r o b l e m a d e l a i n t e g r i d a d y autonomía d e l a r t e f a c t o .
L o s a r t e f a c t o s etnográficos s o n o b j e t o s d e etnografía. S o n a r t e f a c t o s crea
p o r l o s etnógrafos. L o s o b j e t o s d e v i e n e n etnográficos e n v i r t u d d e q u e l o s et"'
g r a f o s l o s d e f i n a n , s e g m e n t e n , s e p a r e n y t r a n s p o t t e n . T a l e s o b j e t o s s o n etnográfi
n o p o r q u e se e n c o n t r a r a n e n l a v i v i e n d a d e u n c a m p e s i n o húngaro, e n u n a a l d
k w a l d u d o e n u n mercado de Rajastani y n o e n el palacio de B u c k i n g h a m o e n
e s t u d i o d e M i g u e l Ángel, s i n o e n v i r t u d d e l a m a n e r a c o m o se les separó d e s
c o n t e x t o s , p u e s l a s d i s c i p l i n a s h a c e n sus o b j e t o s y a l h a c e r l o s e h a c e n a sí m i s m
S i n e m b a r g o , u n a c o s a es c u a n d o l a etnografía se i n s c r i b e e n H b r o s o se e x h i
detrás,de a p a r a d o r e s , e n u n a separación e n e s p a c i o , t i e m p o y l e n g u a j e d e l s i '
d e s c r i t o . Y o t r a c o s a m u y d i s t i n t a c u a n d o las p e r s o n a s m i s m a s s o n e l m e d i o d e
representación etnognífica, c u a n d o se r e p r e s e n t a n a sí m i s m a s , s e a e n s u c a
f r e n t e a t u r i s t a s o e n f e r i a s m u n d i a l e s , espectácidos l o c a l e s o f e s t i v a l e s folclóric
c u a n d o estas p e r s o n a s s e c o n v i e r t e n e n s i g n o s v i v i e n t e s d e sí m i s m o s .
Exhibición del fragmento
L a c r e a t i v i d a d q u e r o d e a a l o b j e t o etnográfico c o r r e s p o n d e a u n a r t e d e e x t i r p
ción, d e separación, u n a r t e d e e x t r a c t o s . ¿Dónde e m p i e z a e l o b j e t o y dónde V
m i n a ? C o n s i d e r o e s t o u n a s u n t o e n e s e n c i a quirúrgico. ¿Exliibkemos l a t a z a c
A l p r i n c i p i o d e h v a n g u a r d i a Jiístórica y l o s d e s a C o s q u e planteó par.i"Ía autonomía d c t a r t e [ c o
u n a categoría de l a s o c i e d a d burguesa", se r e c o n f i g u r a e l p r o b l e i n u d e l interés visusü, término q u e t o m o
p r o v o c a d o r e n s a y o d e S v c t l a n a A l p e r s p u b l i c a d o e n T v a n K a r p y S t e v e n L e v i n e {cá^),Exbibitii¡g CuHt
7}}e Poetics and Poliíics of Museum Disp/ay, W a s h i n g t o n , D . C , S m i t h s o n i a n Press, 1 9 9 1 . L o s readyma
de D u c h a m p , su u r i n a l , n o se ofrecían p o r su interés v i s u a l , s i n o c o m o p r o v o c a c i o n e s . Véase P e t c r Bür
Vjeory of tbe Avaui-Garde, M i c l i a e l S l i a w ( t r a d . ) , Theory and fllstory of Liíerature, v o l . 4 , M i n e a
U n i v e r s i t y o f M i n n e s o t a Press, 1 9 8 4 , p p . 4 6 , 5 1 - 5 2 . E s t a s p r o v o c a c i o n e s , c o n e l p o t e n c i a l d e h a c e r
c u a l q u i e r cosa a l g o d e interés, también desaíían n u e s t r o s s u p u e s t o s acerca d e l ínteres v i s u a l .
jr-rOS D E E T N O G R A F Í A
Ol3j
¿ p l a t o , e l té, c r e m a y azúcar, l a c u c h a r a , l a s e r v i l l e t a y e i m a n t e l i n d i v i d u a l , l a
jnesa y-^^ ^ ^ ^ j t a p e t e ? ¿Dónde n o s d e t e n e m o s ? ¿Dónde t r a z a m o s l a h ' n e a ?
Qiiizá d e b a m o s h a b l a r n o d e l o b j e t o etnográfico, s i n o d e l firagmento etnográfi-
co. C o m o las r m n a s , e l f r a g m e n t o etnográfico se b a s a e n i t n a poética d e l a s e p a r a -
ción- L a separación se r e f i e r e n o sólo a l a c t o ñuco d e p r o d u c i r f r a g m e n t o s , s i n o
también a l a a c t i t u d d e separación c o m o d i s t a n c i a m i e n t o q u e posibiÜta d i c l i a f r a g -
jnentación y s u apreciación. L o s a m a n t e s d e l a s r u i n a s e n l a I n g l a t e r r a d e l o s s i g l o s
x v i i y x v n i e n t e n d i e r o n e l placer característico q u e p r o p o r c i o n a n l o s f r a g m e n t o s d e
-arquitectiu-a, u n a v e z q u e p a s a e l t i e m p o s u f i c i e n t e p a r a f o r m a r u n a a c t i t u d d e d i s -
t a n c i a m i e n t o . E l a n t i c u a r i o J o h n A u b r e y v a l o r a b a las r u i n a s t a n t o c o m o l a p r e v i a es-
tructLU-a intacta.^ N o es q u e se dejase q u e las iiünas se f o r m a r a n p o r accidente. Había
p r i n c i p i o s estéticos q u e g u i a b a n l a demoHción s e l e c t i v a d e las r u i n a s , y, d o n d e f a l t a r a
alguna, se construían artificiales.'' Q i i e d a p o r e s m b i r aún u n a h i s t o r i a d e l a poética
del f r a g m e n t o , p u e s l o s fi:agmentos n o s o n sólo u n a n e c e s i d a d q u e h a c e m o s v k t u d ,
una v i c i s i t u d d e l a h i s t o r i a o u n a r e s p u e s t a a las h m i t a c i o n e s d e n u e s t r a c a p a c i d a d
pura guai-dai- c l m u n d o e n c u a t r o p a r e d e s . 'Nosotxos h a c e m o s Jos fi-agmentos.^
/// sitlL
A i c o n s i d e r a r e l p r o b l e m a d e l o b j e t o etnográfico es útil d i s t i n g u i r e n t r e lii sita y
en contexto, p a r d e términos q u e c u e s t i o n a l a n a t u r a l e z a d e l a t o t a H d a d , l a c a r g a d e
interpretación y l a ubicación d e l s i g n i f i c a d o .
^ C o m o comentó W i l l i a m I n s l c y , a r t i s t a q u e t r a b a j a e n l a d u d a d d e N u e v a Y o r k , a l l e e r e s t e e n s a y o :
L o a u s e n t e e n las r u i n a s es a m e n u d o m e n o s m a r a v i l l o s o q u e l o q u e i m a g i n a m o s q u e h u b o . E l p o d e r
•abstracto d e l a s u g e r e n c i a ( e l f r a g m e n t o ) es m a y o r q u e e i p o d e r l i t e r a l d e l h e c h o i n i c i a l . E l m i t o se eleva".
Comunicación p e r s o n a l , 1 6 d e n o v i e m b r e d e 1 9 8 9 . I n s l c y e l a b o r a d i b u j o s arquitectónicos d e u n a c i u d a d
f^'tura i m a g i n a d a .
Véase M . W . T i o m p s o n , Rmns: Ibe'trPreservaiion andDtsplay, L o n d r e s , B r i t i s h M u s e u m P u b l i c a -
t'ons, 1 9 S 1 ; y B a r b a r a A ' l a r i a S t a / T o r d , Vayage into Substance:Art, Science, Nature, andtbelUustratedTrami
^^mint, 1760-lSdO, C a m b r i d g e , M a s s a c l u i s c t t s , M I T P r e s s , 1 9 8 4 .
Véase, p o r e j e m p l o , O l i v e r I m p e y y A r t h u r M a c G r e g o r (eds.), V)e OHgins ofMuseums: 77je Cabinet of
^'iriosities ¿n Sixíeenth- andSeruenteenth-Century Europc, O x f o r d , C l a r c n d o n P r e s s , 1 9 8 5 , s o b r e i a afición
"Tianicnsta ; i l f r a g m e n t o y l a c i t a , y l o s u s o s q u e se d a b a n a las p a r t e s d e l c u e r p o después d e las diseccío-
""^s anatómicas. Véase también L a w r e n c e D . I C r i t z m a n ( e d . ) , Fragments: Incompletion and Discontinnity,
^ u c v . T V o r k , N e i Y Y o r k L t t c r a r y Foruní, 1 9 S 1 .
 250 B A R B A R A KIRSHENBLATT-QíMBtj-
L a noción d e Í7t sihi i m p l i c a m e t o n i m i a y m i m e s i s : e l o b j e t o es u n a p a r t e
g u a r d a u n a relación c o n t i g u a c o n u n a t o t a l i d a d a u s e n t e q u e p u e d e o n o recre
E l a r t e d e l a m e t o n i m i a es u n a r t e q u e a c e p t a l a n a t u r a l e z a i n h e r e n t e m e n t e £
m e n t a r l a d e l o b j e t o . M o s t r a r l o e n t o d a s u parciaÜdad i n t e n s i f i c a e l aiu:a d e s u 'í
rácter r e a l " . D e s d e l u e g o , e l p e H g r o es q u e l o s m u s e o s a c u m u l a i a c o l e c c i o n e s y
cierto sentido, quedan para siempre condenados a exliibirlas. L a s exliibiciones
se b a s a n e n u n a colección a m e n u d o p a d e c e n aü'ofia etnográfica, p u e s tiende
c e n t r a r s e e n l o q u e podía ser, y fiie, fi'sicamente s e p a r a d o y t r a n s p o r t a d o . C o
resiütado, l o q u e se t i e n e es l o q u e s e m u e s t r a . M u y a m e n u d o , l o q u e s e m u e s t r a
l a colección m i s m a , s e a n l a s o b r a s d e s t a c a d a s , o b r a s m a e s t r a s o u n a colecci
c o m p l e t a . L a t e n d e n c i a a u m e n t a c o n o b j e t o s q u e se v a n a p r e s e n t a r c o m o a r t e .
E l a r t e d e l a m i m e s i s , s e a e n f o r m a d e reproducción d e s a l o n e s d e period''
históricos, a l d e a s etnográficas, a m b i e n t e s r e c r e a d o s , r i t u a l e s r e p r e s e n t a d o s o f o
m i u ' a l e s , c o l o c a a l o s o b j e t o s ( o a sus réphcas) in sitii. L a práctica d e i n s t a l a d
in útil e x p a n d e e l tamaño d e l o b j e t o etnográfico a l e x t e n d e r sus límites p a r a q
i n c l u y a más d e l o q u e se h a d e j a d o atrás, así sea sólo e n réphca, l u e g o d e l a e x t i x p
ción d e l o b j e t o d e s u a m b i e n t e físico, s o c i a l y c i i l t i u - a l . D e b i d o a q u e l a n a t u r a l e
metonímica d e l o s o b j e t o s etnográficos i n v i t a a e v o c a c i o n e s miméticas d e l o q "
se dejó atrás, l a práctica d e instalación in situ a m e n u d o d a p o r r e s u l t a d o e x l i i '
c l o n e s a m b i e n t a l e s y r e a - e a t i v a s . E s t a s e x h i b i c i o n e s , q u e tienden a l o monográfic
s o n a t r a c t i v a s p a r a q u i e n e s s o s t i e n e n q u e las c u l t u r a s s o n c o n j u n t o s c o h e r e n t e s
d e r e c h o p r o p i o , q u e e l a m b i e n t e desempeña u n p a p e l i m p o r t a n t e e n l a f o r m a d o
c u l t u r a l , y q u e las e x h i b i d o n e s d e b e n p r e s e n t a r u n p r o c e s o y n o sólo p r o d u c t
E n s u v a r i a n t e mimética más e x t r e m a , las i n s t a l a c i o n e s in situ i n c l u y e n a persona
v i v a s , d e p r e f e r e n c i a r e p r e s e n t a n t e s reales d e las c u l t u r a s e n exliibición.
L a s i n s t a l a c i o n e s in situ — n o i m p o r t a c u a n miméticas—• n o s o n n e u t r a l e s ,
s o n u n p e d a z o d e v i d a q u e se e x t r a e d e l m u n d o c o t i d i a n o y se i n s e r t a e n Ja g a l t
d e l m u s e o , s i b i e n ésta es l a retórica d e l m o d o mimético. A l , c o n t r a r i o , q u i e n
e l a b o r a n l a exliibición también c o n s t i t u y e n e l s u j e t o , a u n q u e p a r e z c a q u e n o ha¿
n a d a inás q u e r e u b i c a r u n a casa c o m p l e t a y s u c o n t e n i d o , l a d r i l l o p o r l a d r i l l o , t a b l
p o r t a b l a , slña p o r s i l l a . I g u a l q u e e l o b j e t o etnográfico es l a creadón d e l etnógr;
también l o s o n l o s c o n j u n t o s ciütiu-ales a r t i f i c i a l e s d e l o s q u e f o r m a n p a r t e ,
exliibición p u e d e r e c o n s t i - u i r l a v i d a kwalciuü c o m o e l etnógrafo l a prevé a n t e s d
su c o n t a c t o c o n los e u r o p e o s , o l o s t e r r e n o s i n t e r i o r e s d e l c a m p e s i n a d o p o l a
.^T'OSDE.ETNOGllAFÍA 251
,crjón p o i ' región, c o m o se c r e e e x i s t i e r o n a n t e s d e l a industrialización. O l a exiü-
•'^ión
,ción p t i e d e p r o y e c t a r u n c o n j u n t o n a d 'o n a l' utópico
~'' q u e i n t e g r e c o n^ armonía .ío llao
jj'versií^^^'^ r e g i o n a l , t e m a predÜecto d e l o s m u s e o s etnográficos n a c i o n a l e s y l o s
iversi
¿ gilíes estadurñdenses d e l a d e m o c r a c i a d u r a n t e las p r i m e r a s décadas d e l s i g l o x x .
esfile:
c o n j u n t o s n o están d a d o s , s i n o q u e se c o n s t i t u y e n , y a m e n u d o se l o s c u e s t i o -
,05 c e
j^íi a c ai ll uoir. a- .d. a. .m. ^e n t e .
L a s e x l i i b i d o n e s miméticas s i g u e n c o n v e n d o n e s r e p r e s e n t a c i o n a l e s , a p e s a r
J_,Í1S i-^^..--- ^
la ilusión d e u n a c o n c o r d a n d a p r e d s a , s i n o d e i d e n t i d a d , e n t r e l a r e p r e s e n t a -
ción y l o q ^ ' C se r e p r e s e n t a . ^ D e hedió, las e x l i i b i c i o n e s miméticas p u e d e n o s t e n t a r
efectos r e a l i s t a s t a n d e s l u m b r a n t e s q u e s u b v i e r t a n las i x i e d i d a s d e l o s c u r a d o r e s
pai-íi a t r a e r l a•:\X.fín<iíóx\e l o s v i s i t a n t e s a i d e a s u o b j e t o s p a r t i c u l a r e s . E x i s t e e l p e l i -
gro d e q u e e l espectáculo t e a t r a l d e s p l a c e l a s e r i e d a d dentífica, d e q u e e l a r t i f i d o
de l a instalación a b r u m e a l a r t e f a c t o etnográfico y l a intención d e l o s c u r a d o r e s .
E n contexto
L a noción d e l c o n t e x t o , q u e p l a n t e a e l p r o b l e m a i n t e r p r e t a t i v o d e l m a r c o teórico d e
referencia, i m p U c a técnicas p a r t i c u l a r e s d e organizadóny explicación p a r a t r a n s m i -
tir ideas. L o s o b j e t o s se c o l o c a n e n c o n t e x t o p o r m e d i o d e e x t e n s a s n o t a s , c u a d r o s y
d i a g r a m a s , c o m e n t a r i o s a través d e audífonos, p r o g r a m a s e x p h c a t i v o s a u d i o v i s u a l e s ,
visitas g u i a d a s , f o l l e t o s y catálogos, p r o g r a m a s e d u c a t i v o s , c o n f e r e n d a s y p e r f o r -
mances. L o s o b j e t o s también se u b i c a n e n c o n t e x t o p o r m e d i o d e o t r o s o b j e t o s ,
S o b r e l o s c o n j u n t o s cultiiriües y nncíonales, véase Benedíct A n d e r s o n , imaglmil CommunUies:Rejlec-
^'om on the Orígin and Spread ofNationalism, L o n d r e s , V e r s o , 1 9 8 3 [ e d . esp.: Comunidades imaginadas,
deflexiones sobre el origen y la difusión del nacionalismo, México, F o n d o d e C u l t u r a Económica, 1 9 9 3 ] ;
' ^ c h a r d H a n d l e r , Nationalism and the Politics of Culture in Quebec, Madíson, U n i v e r s i t y o f AVisconsín
Press, 1 9 8 S ; y J o h a n n e s Fabián, Time and the Other: How Anthropology Makes Its Qbject, N u e v a Y o r k ,
C o l u m b i a U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 3 .
S o b r e las c o n v e n c i o n e s r e p r e s e n t a c i o n a l e s e n q u e se b a s a n l o s d i o r a m a s d e i a n a t u r a l e z a e n e l
A m e r i c a n Ríuseum o f N a t u r a l H i s t o r y , véase D o n n a I-Jaraway, " T e d d y B e a r P a t r i a r c h y : Taxídermy
t h c C a r d e n o f Edén, N e w Y o r k C i t ) ' , 1 9 0 8 - 1 9 3 6 " , Social Text 11, i n v i e r n o d e 1 9 8 4 - 1 9 8 5 . S o b r e
i^s salas d e p e r i o d o s , véase S t e p h e n B i i n n , " P o e t i c s o f t h e M u s e u m : L c n o i r a n d D u S o m m e r a r d " , e n
Clothing of CHo:A Stndy of the Representation of I-fistory In Nineteentb-Century Britain and France,
a m b r i d g c , C a m b r i d g e U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1 9 S 4 . Sóbrela recreación d e s i t i o s históricos, véase M i c h a e l
^ U a c e , " V i s i t i n g t h e P a s t : H i s t o r y M u s e u m s i n t h c U n i t e d S t a t e s " , RadicalITistory Review, núm. 2 5 ,
1981.
 B A R B A R A K I R S H E N B L A T T - G I M B L
a m e n u d o e n relación c o n a l g u n a clasLñcadón o u n a r r e g l o esquemático d e algi^
d a s e , c o n base e n tipologías d e f o r m a o r e l a d o n e s loistóricas p r o p u e s t a s . L a s prú'
cas d e instalación e n c o n t e x t o e s t a b l e c e n u n m a r c o teórico d e r e f e r e n c i a p a r
e s p e c t a d o r , o f r e c e n e x p l i c a d o n e s , p r o p o r c i o n a n a n t e c e d e n t e s históricos y c o m p
d o n e s , p l a n t e a n p r e g i m t a s y e n o c a s i o n e s i n d u s o se e x t i e n d e n a las d i - c u n s t a n c i a s
l a excavadón, recopÜadón y consemdón d e l o s o b j e t o s e n exliibidón. E x i s t e n ta'
tos c o n t e x t o s p a r a u n . o b j e t o c o m o esti'ategias i n t e r p r e t a t i v a s . \ ^rtefí^ctos a l a s i g n a r l e s m a y o r v a l o r c o m o " d o c u m e n t o s " , c o m o s i g n o s q u e señalan
L a s prácticas e n c o n t e x t o e j e r c e n u n f u e r t e c o n t i - o l c o g n i t i v o s o b r e l o s o b j e t
a l a f i r m a r e l p o d e r d e clasi£cadón y organización p a r a o r d e n a r g r a n d e s c a n t i d a
d e a r t e f a c t o s d e d i v e r s o s orígenes c u l t t u ' a l e s e liistóricos, y p a r a r e l a c i o n a r l o s e
sí.^ I n c l u s o c u a n d o l o s o b j e t o s m i s m o s s e o r g a n i z a n n o d e a c u e r d o c o n estos esqu'
m a s c o n c e p t u a l e s , s i n o d e a c u e r d o c o n e l área geográfica, e l e s p e c t a d o r p u e
verse i m p u l s a d o a "discernir p o r cuenta p r o p i a a l g u n o s p r i n c i p i o s generales m
d i a n t e l o s c u a l e s p u e d e b u s c a r especímenes".^ Y a sea q u e l a s c l a s i f i c a c i o n e s d e u
exliibición g i u ' e n l a organización física d e l o s o b j e t o s o e s t r u c t i u - e n l a f o r m a p ,
q u e l o s e s p e c t a d o r e s a p r e c i e n acumiüaciones q u e d e o t r o m o d o resultarían amo"
fas, d i c h a s c l a s i f i c a c i o n e s c r e a n u n interés s e r i o d o n d e quizá h a g a f a l t a , p u e s , p
q u e l o e d u c a t i v o r e s u l t e e n t r e t e n i d o , l o s e s p e c t a d o r e s n e c e s i t a n c o n t a r c o n pr"
cipios para observar. R e q u i e r e n u n contexto, o m a r c o , para t r a n s f o r m a r artefact
q u e d e o t r a m a n e r a resultarían g r o t e s c o s , g r o s e r o s , extraños y v u l g a r e s e n las l e e d
n e s d e o b j e t o s . T r a s salvarse d e l o l v i d o , e l f r a g m e n t o etnográfico n e c e s i t a asimisní
q u e se l e r e s c a t e d e l a t r i v i a h ' d a d . Y u n a m a n e r a d e h a c e r l o es t r a t a r e l espécim.
como documento.
Rescatar eifragmento de la trivialidad
L a problemática reladón e n t r e l a s prácticas in situ y e n c o n t e x t o , q u e d e n i n g u ^
n a m a n e r a s o n m u t u a i x t e n t e e x c l u y e n t e s , se a p r e c i a e n e l c o m e n t a r i o d e O i "
G r a b a r s o b r e l o s o b j e t o s islámicos: " H a n d e v e r s e e n r e a l i d a d c o m o d o c u m e n t o
^ Vcüsü W i i l i a m R } ' a n C h : i p i T i a n , " A x r : u i g i n g E t h n o l o g ) ' : A H L F P k t R i v c r s a n d t l \ c T y p o l o g i c i v l T ' r a ' ^ ^ | .
t i o n " , e n G e o r g e W . S r o c k i n g j r . ( c d . ) , Objects and Otbers: Essays on Museums and Materia! Culture, Hisl^
of Antljropology, v o l . 3 , M a d i s o n , U n i v e r s i t ) ' o f V V i s c o n s i n P r e s s , 1 9 S 5 .
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^ p j j r T O S D E ETNOGR>VFÍA 253
j-fio^ráficos, m u y c e r c a n o s a i a v i d a , a u n q u e s e a u n a v i d a r e c o n s t r u i d a , y más
.^^^'l^cativos e n g r a n d e s c a n t i d a d e s y s e r i e s q u e c o m o c r e a c i o n e s únicas".^^ E s t o s
l^jetos, según G r a b a r , s o n i n h e r e n t e m e n t e múltiples, d o c u m e n t a l e s c o n t i n g e n -
M u n c a s e t u v o l a pretensión d e s o m e t e r l o s a u n e s c r u t i n i o c o m o a ' e a c i o n e s
gjn"-ulíites. Además, s o n , e n e l m e j o r d e l o s casos, d o c u m e n t a l e s , c u a n d o s e l e s
presenta e n s u rntütipUcidad, es d e c i r , c o m o colección. G r a b a r s o c a v a e l e s t a t u s d e
¡il e x t e r i o r d e e l l o s m i s m o s h a d a o t r a cosa, h a d a l a " v i d a " . A l m i s m o tiempo,
elabora u n a hipérbole s o b r e s u e s t a t u s c o m o a r t e f a c t o s a l s o s t e n e r q u e s e e x a m i -
narán e n " g r a n d e s c a n t i d a d e s y series", t a r e a q u e s e a n t i d p a y f a c i l i t a a través d e l
p r o p i o p r o c e s o d e recolección y q u e r e s u l t a a p r o p i a d a pai-a l a organización d e
m u e s t r a s tipológicas.
S i b i e n a l g u n a v e z R i e r o n múltiples, a l c o n v e r t i r s e e n etnográficos m u c h o s
objetos d e v i e n e n singiüares, y m i e n t r a s más s i n g u l a r e s se v u e l v a n , c o n más f a c l l i -
díid se les r e c l a s i f i c a y e x l i i b e c o m o a r t e . M u c h o s se c o n v i e r t e n " e n u n o " e n v i r t u d
del p r o c e s o m i s m o d e recopilación. E n p r i m e r l u g a r , l a recopiladón i n d u c e l a r a -
reza a i c r e a r escasez: l a d e m a n d a c r c d e n t e r e d u c e l a d i s p o n i b i l i d a d d e l o s o b j e t o s .
E n s e g u n d o l u g a r , l o s c o l e c c i o n i s t a s c r e a n categorías q u e , d e s d e e l p r i n c i p i o , i n -
cluso a n t e s d e q u e e x i s t a a l g u n a d e m a n d a , están m a r c a d a s p o r l o s r e t o s q u e p l a n -
tean p a r a s u adquisición: " A l c r e a r sus p r o p i a s categorías, l o s c o l e c c i o n i s t a s c r e a n
sus p r o p i a s r a r e z a s " .^^ E n t e r c e r l u g a r , l a u b i c u i d a d m i s m a d e las clases d e o b j e t o s
que i n t e r e s a n a l o s etnógrafos'contribuye a s u carácter efímero. L a s cosas c o m u n e s
están d e s t i n a d a s a l o l v i d o y a q u e se les r e e m p l a c e c o n o b j e t o s n u e v o s , o se c o n s i -
d e r a n d e m a s i a d o t r i v i a l e s e n s u p r o p i a época p a r a r e t i r a r l a s d e dxculación, p a r a
e n a j e n a r l a s d e s u s propósitos prácticos y s o c i a l e s , y g u a r d a r l a s p a r a l a p o s t e r i -
dad.^^ P e r o s i n i m p o r t a r c u a n s i n g u J a i ' se v u e l v a e l . o b j e t o etnográfico, conser*va s u
O i c g G r a b a r , " A J Í / V r c o f d i c O b j c c t " , ^ r ^ r « / H 14, núm. 7 , m a r z o d e 197Ó, p . 3 9 . Véase también
'^'^orgc K u b i e r , Shape ofTime: Remarks on thc Histoiy oflhings, N e w H a v e n , Y a l e U n i v e r s i t ) - P r e s s , 1 9 6 2 .
' ' J o s e p h A l s o p , Vie RareArt Traditions: 77je History ofArt Collecting and Its Linked Riienomena, N u e v a
"^'•^'•Jí. H a r p e r a n d R o w , 1 9 S 2 , p . 7 4 .
J o s e p h A l s o p , RareArt Traditions, p . 9 9 , ofrece e l e j e m p l o d e u n a a r m i l l a d e l s i g i o x x q u e e l M u s c o
N u r c m b e r g compró p o r 2 0 3 4 4 5 0 dólares: " l a a r m i l l a p a r e c e a q u e l l o e n l o q u e se convirtió: u n t r e -
"^^ndo p r e m i o d e c o l e c c i o n i s t a d e l a m a y o r r a r e z a . P e r o n i p a r a l a v i s t a n i casi d e n i n g u n a o t r a m a n e r a l a
^""'Tiillii se v i o e n c l m u s e o c o m o a n t e s se v i o , c u a n d o servía c o m o a d o r n o c o n f o r m a d e c h a r r e t e r a d e las
S t a n d e s t o g a s c e r e m o n i a l e s s a c e r d o t a l e s d e F r e d e r i c k B a r b u r o s s a ; c l propósito o r i g t m d d e l a a r m i l l a e r a
servir".
 254 BARBA:RÍV K I R S H E N B L A T T - G I M B L
c o a t i n g e n c i a , i n c l u s o c u a n d o , p o r u n p r o c e s o d e separación r a d i c a l , se l e recias'
q u e y e x h i b a c o m o arte.^^
E n reahdad, l a prueba d e fuego del arte parece consistir e n despojar a u n
j e t o d e s u c o n t i n g e n c i a y v e r s i aún c o n s e r v a s u v a l o r . L a retórica u n i v e r s a U z a d
d e l " a r t e " , l a i n s i s t e n c i a e n q u e las g r a n d e s o b r a s s o n u n i v e r s a l e s , e n q u e t r a s c i o
d e n e l e s p a c i o y e l t i e m p o , se b a s a e n l a i r r e l e v a n c i a d e l a c o n t i n g e n c i a . P e r o
capacidad d e p e r m a n e n c i a dice m e n o s sobre l a natiu*aleza d e l o b j e t o que sob
n u e s t r a s categorías y a c t i t u d e s , q u e p u e d e n expÜcar e l e s t i l o m i n i m a l i s t a d e
bición d e l " a r t e p r i m i t i v o " . A l s u p r i i n i r l a c o n t i n g e n c i a y p r e s e n t a r l o s o b j e t o s '
sí m i s m o s , estas i n s t a l a c i o n e s r e c l a m a n e l d e r e c h o a l a u n i v e r s a h d a d d e l o s o b j '
tos exliibidos c o m o obras d e arte.
L o s o b j e t o s etnográficos se d e s p l a z a n d e l a r a r e z a a l espécimen y d e l espécim
a l a r t e , s i b i e n n o n e c e s a r i a m e n t e e n este o r d e n . C o m o c i u i o s i d a d e s , l o s o b j e t o s s
anómalos; p o r definición, desafían l a clasificación. L o s d e f e n s o r e s decimonónie
d e l a b o r d a j e científico a l a exliibición museísüca se q u e j a b a n u n a y o t r a v e z d e
c o l e c c i o n e s d e c u r i o s i d a d e s q u e se m o s t r a b a n s i n organización sistemática. P
¿cómo se e s p e r a b a q u e l o s e x l i i b i d o r e s e f e c t u a r a n l a organización sistemática de al
q u e e n sus términos constituía l o i n c l a s i f i c a b l e ? ¿En qué categoría exl^bír e l n u
a t a d o p o r e l v i e n t o d u r a n t e u n a t o r m e n t a e n e l m a r , d o n a d o a l M u s e o d e P e a l e a.
nales d e l siglo x v i i i ? T a l v e z e n apariencia i n d i s t i n g u i b l e d e u n 'nudo atado p o r m
n o s h u m a n a s e n tierra firme d u r a n t e u n día s o l e a d o , e s t e o b j e t o fiae u n e p i s o d i o
u n a l i i s t o r i a a s o m b r o s a e n e s p e r a d e q u e se l e c u e n t e d e n u e v o más q u e u n m i e m '
d e u n a clase d e o b j e t o s p e r t i n e n t e p a r a las c l a s i f i c a c i o n e s científicas d e ese p e r i o
L o q u e v e m o s aquí s o n o b j e t o s q u e s o b r e v i v i e r o n las c l a s i f i c a c i o n e s d e l o s c
r a d o r e s q u e a l g u n a v e z l o s a c o m o d a r o n e n g a b i n e t e s y galerías d e l R e n a c i m i e n '
S i n g u l a r i d a d e s , f o r m a c i o n e s azarosas r e s u l t a d o d e l a " m e z c l a d e las cosas", cayer
u n u n a categoría a m p l i a , a saber, l a mirabilia}'^ D e f i n i d a e n términos d e l o q u e
L a separación y circulación d e n i n g u n a m a n e r a s o n u n a ciu-acterística única d e l o s o b j e t o s d e
etnografía. E s l a f o r m a d e l a separación l o q u e h a c e a u n o b j e t o etnográfico, histórico o artístico, l o q
subrayó s i r E . H . G o m b r i c l i : " C a s i t o d o s l o s o b j e t o s e n n u e s t r a s c o l e c c i o n e s a l g u n a v e z p r e t e n d i e
s e r v i r u n propósito s o c i a l a p a r t i r d e l c u a l l o s c o l e c c i o n i s t a s l o s a l i e n a r o n [ . . . ] L a i m a g e n se entresacó
c o u t c K t o práctico p a r a c l c u a l se concibió y [se] admiró y disfrutó p o r s u b e l l e z a y f a m a , es decir, de m o d
m u y s e n c i l l o d e n t r o d e l c o n t a v t o d e l a r t e " , c i t a d o e n A l s o p , RareArt TracUtlom, p . 9 9 .
F r a n c i s B a c o n se refería a "Ja m e z c l a d e l a s cosas" e n 1 5 9 4 . Véase O l i v e r I m p e y y A r t h u r M a c G r t „
"Introduction", y R u d o l p h Distelberger, " H i e Hapsburg Collections i n V i e n n a d u r i n g the Seventeen'
C c n t i i r ) - " , e n '.Impey y M a c G r e g o r (cds.), 7?JÍ? Qrtgim of Museums, op. cit.
^ j j j E T O S D E ETNOGRAFÍA 255
aormíü n i común, 'esta categoría a b a r c a b a l o m u y g r a n d e y l o m u y p e q u e i i o , l o
j g f o r m e y l o m i l a g r o s o y l o histórico p a r t i c u l a r ; p o r e j e m p l o , u n s o m b r e r o c o n
m i i e r o s d e b a l a a s o c i a d o a u n s u c e s o histórico específico.^^ E n e i s i g l o x i x , e s t o s
o b j e t o s d e v i n i e r o n anómalos a n t e l o s o j o s d e l o s h i s t o r i a d o r e s n a t u r a l e s : éstos se
i n t e r e s a b a n e n taxonomías d e l o n o r m a l , n o e n las s i n g u l a r i d a d e s d e l a formación
azívtosa.
L a s c l a s i f i c a c i o n e s d e exliibición, s e a n H n n e a n a s [ r e l a t i v a s a l a clasificación d e
L i n n e o ] o e v o l u c i o n i s t a s , d e s p l a z a n las bases d e l a s i n g u l a r i d a d d e l o b j e t o a u n a
categoría d e n t r o d e u n a taxonomía p a r t i c u l a r , p u e s p a r a q u e u n a c u r i o s i d a d se v u e l v a
clasificable d e b e c a l i f i c a r c o m o m i e m b r o r e p r e s e n t a t i v o d e a l g t m a clase disüngiúble
ele objetos. P o r e j e m p l o . C h a r l e s W i l l s o n P e a l e n o era p a r t i d a r i o d e n i o s t r a r artículos
que n o e n t i ' a r a n e n l a clasificación l i n n e a n a d e a c u e r d o c o n l a c u a l o r g a n i z a b a l o s
objetos e n s u m u s e o d e F i l a d e i f i a d u r a n t e finales d e l s i g l o x v r i i y p r i n c i p i o s d e l x i x .
Sus e x h i b i c i o n e s d e p l a n t a s y a n i m a l e s e r a n n o r m a t i v a s : c o n s t a b a n d e m i e m b r o s
típicos d e c a d a clase. E l h e c h o d e q u e l a colección d e P e a l e p a r t i e r a d e u n a c l a s i f i c a -
ción a b a r c a t i v a y . r e s p o n d i e r a a u n o r d e n específico d a b a p r u e b a d e l p.ropósito y
b o n d a d d e l a creación d e D i o s , m e n s a j e q u e se r e f o r z a b a c o n a n o t a c i o n e s d e l a B i -
bha colgadas d e l a s p a r e d e s . U n a señal d e l a s e r i e d a d y n a t t u ' a l e z a científica d e estas
e x l i i b i c i o n e s e r a l a a u s e n c i a d e a b e r r a c i o n e s monstruosas.-^^'
E n c o n t r a s t e , u n a exliiblción eugenésica sometía a u n a p r o l i j a organización
las m i s m a s anomalías ( t e m b l o r o s o s c o n e j i l l o s d e i n d i a s , t r i U i z o s , u n a p i n t u r a d e
u n h o m b r e q u e n o p u e d e distingtür l o s c o l o r e s , g l o b o s o c u l a r e s d e f o r m e s ) q u e u n
s i g l o atrás habrían a p a r e c i d o c o m o c i u i o s i d a d e s q u e d e s a f i a b a n l a clasificación.
L a estructLU"a d e l a h e r e n c i a genética a h o r a ofrecía n o sólo l a m a t r i z p a r a l a e x l i i -
bición o r d e n a d a d e l o s e r r o r e s d e l a n a t u r a l e z a , d e g r a n a t r a c t i v o e n g a b i n e t e s d e
c u r i o s i d a d e s y espectáculos d e l o g r o t e s c o ¡freak shows], s i n o también l a b a s e
P ^ r a e h m i n a r e s t o s e r r o r e s e n e l R i t u r o m e d i a n t e l a esterilización, l e y e s c o n t r a
^iniones i n t e r r a c i a l e s y u n i o n e s selectivas.^^ L a s exlúbidones e n este m u s e o i n f o r m a l .
H i . H . L u n s i n g h S c h e u l e e r , " E a r l y Dutcíi C a b i n e t s o f Curíositics", e n I m p e y y M a c G r e g o r (eds.),
Origins of Museums, op, cit.
C h a r l e s C o l e m a n ^cS^zvs, Mr. Peale's Museum: Charles Willson Peale and the First Popular Museum of
^^iU7-nl Science and Art. N u e v a Y o r k , W . W . N o r t o n , 1 9 8 0 , p . 2 0 2 .
I n t e r n a t i o n a l E u g e n i o s C o n f e r e n c e [ C o n f e r e n c i a I n t e r n a c i o n a l de E u g e n e s i a ] , " P a r t i i . T l i e E x i i i b i t " ,
Recade of Progress in Eugenics: Scientifc Papers of the Ihird International Congress of Eugenios HeUl at the
^"^'^'-ican Museum of Natural PHstory,Augiist, núms. 2 1 - 2 3 , 1 9 3 2 , B a l t i m o r e , W i l l i a m s a n d Wiíkins, 1 9 3 4 .
 256
BARBAR/V KlRSI-IENBLATT-GlMBi^-
d e s a f i n b a n l a a - e d u l i d a d : d i g n o d e A u n q u e U s t e d n o l o C r e a d e R i p l e y . L a s ex'
b i d o n e s dentíñcas d e s a f i a b a n a l i n t e l e c t o : l e c d o n e s d e o b j e t o s d e G e o r g e B r
Goode.
L a exliibición d e o b j e t o s c o m o a r t e se b a s a e n l a s i n g u l a r i d a d d e c a d a u n o '
e l l o s . L a s j o y a s y l a s g e m a s d e s l u m h r a n . L i v i t a n a l a apreciación, n o a l anáii
N o h a y l u g a r e n este i m p e r i o d e cosas, q u e g o b i e r n a e l c o l e c c i o n i s t a , p a r a c o p i
fotografías, m o d e l o s , homólogos, d i o r a m a s o c u a d r o s sinópticos. N o c a b e aquí'
exposición d e s e r i e s c o n t i n u a s d e o b j e t o s — s i n r e f e r e n c i a a l a e x c e l e n c i a artís"*-
d e t o d o s y c a d a u n o — p a r a d e m o s t r a r algún h e c h o histórico, n i algún s i s t e m a '
clasificadón q u e c a t e g o r i c e l o s o b j e t o s d e n t r o d e jerarquías teóricas. L a e x c e l e n
a b s o l u t a e n t o d o l o q u e s e m u e s t r a , l a u b i c u a síngulaiidad y e l p r i n c i p i o u n i f i c a d
d e l p o d e r d e l c o l e c c i o n i s t a , éste es e l m e n s a j e d e l e s t u c h e d e j o y a s .
N o i m p o r t a c u a n p e r f e c t a sea u n a colecdón d e a r t e y c a d a o b j e t o p e r t e n e c i e n "
a e l l a , l a s c o s a s p u e d e n r e c l a s i f i c a r s e c o n propósitos científicos, y e n l a s d i v e r s ;
exlúbidones d o n d e a p a r e c e n , e s t o s o b j e t o s se d e s p l a z a n d e categoría e n categoría:
Los límites de la separación
P e r o n o t o d o l o q u e l a cirugía etnográfica s u j e t a a l a extirpación c o g n i t i v a es
s i c a m e n t e s u s c e p t i b l e d e s e p a r a r s e , t r a n s p o r t a r s e e i n s t a l a r s e p a r a s e r v i s t e . ¿Qu
s u c e d e c o n l o i n t a n g i b l e , l o efímero, l o i n a m o v i b l e y l o a n i m a d o ? L o i n t a n g i b '
q u e i n c l u y e a s u n t o s etnográficos c o m o e l p a r e n t e s c o , l a visión d e l m u n d o , c o
movlsión, v a l o r e s y a c t i t u d e s , n o es t r a n s p o r t a b l e . L o efímero a b a r c a t o d a s 1,
f o r m a s d e c o m p o r t a m i e n t o —actividades cotidianas, relatos orales, rituales, bail
S o b r e las cosas, s u colección, clasificación, i n t e r c a m b i o , tnmsvaloración y v i d a s o c i a l , véase A r j
A p p a d u m i ( e d . ) , Tje Social Life ofTJjiiigs: Commodities in Cultin-al PerspecHve, C a m b r i d g e , C a m b r i d g e U
v c r s i t } ' P r e s s , 1 9 8 6 [ e d . esp.: La vida social de las cosas, A'lc.vico, G r i j a l b o , 1 9 9 1 ] ; J e a n B a u d r i l l a r d , For'
Critique of the Political Econotny ofthe Sign, C h a r l e s L e v i n ( t r a d . ) , S a n L u i s , T e l o s , 1 9 S 1 [ e d . esp.: Críti
de la economía política del signo, J \ ' l 6 d c o , S i g l o X X I , 1 9 7 1 ] ; Píerre Bourdíeu, DÍstinctÍon:A Social Cri \
of thejudgement ofTaste, R i c l i a r d N i c e ( t r a d . ) , C a m b r i d g e , A ' l a s s a c h u s e t t s , P l a r v a r d U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1 9
[ e d . esp.: La distinción. Criterio y bases sociales del gusto, T a u r u s , M a d r i d , 1 9 9 8 ] ; J a m e s Cliñbrd, " O n C o l l e c
i n g A r t a n d C u l t u r e " , e n Tje Predicament of Culture: Twentiet/j-Centmy Ethnography, Literature, and A
C a m b r i d g e , M a s s a c l i u s e t t s , H a r v a r d U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1 9 S 8 [ e d , esp.: Ditemas de la cultura, B a r c e l o n i l
G c d i s a , 1 9 9 5 ] ; y Míhaly Csíkszentmihalyi y E u g e n e R o c l i b e r g - P l a i t o n , The Meaning ofVñngs: Domes
Symbols and the Self C a m b r i d g e , C a m b r i d g e U n i v e r s i t y P r e s s , 1 9 S 1 .
PJETOS D E E T N O G R ^ V F Í A 2 5 7
\)h p e r f o r m a n c e d e t o d a s c l a s e s — q u e están ahí e n u n m o m e n t o y a l s i g u i e n t e
' [10 están. L o i n a m o v i b l e , sea u n a l t i p l a n o , u n a pirámide, u n a v i v i e n d a e n u n
^"'ííntilíido o u n s i t i o geográfico, p u e d e r e g i s t r a r s e e n fotografías p e r o p r e s e n t a
' ijstáculos logísticos f o r m i d a b l e s p a r a q u i e n e s l o s e p a r a r a n y l o t r a n s p o r t a n . L o
^ .jifiiado se r e c o p i l a t a n t o v i v o c o m o m u e r t o . Y a s e a n d i s e c a d o s , e n f o r m o l o
^ ^ l ^ j d s a m a d o s , l o s especímenes botánicos y zoológicos d e v i e n e n a r t e f a c t o s p a r a
0iuseo. V i v o s , l a fiora y l a f a u n a p r e s e n t a n p r o b l e m a s d e a l m a c e n a m i e n t o q u e se
s o l u c i o n a n c o n j a r d i n e s y zoológicos e n d o n d e están a l a v i s t a estas c o l e c c i o n e s
v i v i e n t e s . P e r o , ¿y l a g e n t e ? E n l o s m u s e o s h a y h u e s o s y m o m i a s , p a r t e s c o r p o r a -
les e n a l c o h o l y máscaras m o r t u o r i a s d e y e s o . S e h a n m o s t r a d o especímenes h u -
n i a n o s v i v o s e n zoológicos, e x h i b i c i o n e s f o r m a l e s , f e s t i v a l e s y o t r o s espectáculos
populares.
S i n o es p o s i b l e t r a n s p o r t a r l o i n t a n g i b l e , efímero, i n a m o v i b l e y a n i m a d o ,
¿qué se p u e d e laacer? P o r l o común, l o n o t r a n s p o r t a b l e se i n s c r i b e e n n o t a s d e
c a m p o , r e g i s t r o s , fotografías, películas y d i b u j o s . C r e a m o s d o c u m e n t o s e t n o -
gráficos. C o m o l o s o b j e t o s etnográficos, e s t o s d o c u m e n t o s también s o n a r t e -
factos d e etnografía p e r o — s i g u i e n d o l o q u e y o Uamaría u n a aproximación " f e -
t i c h i s t a d e l a c r u z v e r d a d e r a " — a l o s o b j e t o s etnográficos, e s o s f r a g m e n t o s
m a t e r i a l e s t r a n s p o r t a b l e s , s e l e s a t r i b u y e u n c o c i e n t e más e l e v a d o d e r e a l i d a d .
Sólo i o s a r t e f a c t o s , l a s m e t o n i m i a s t a n g i b l e s , s o n r e a l m e n t e r e a l e s . T o d o l o
demás e s imitación, d e s e g u n d o o r d e n , u n a representación, u n a m u e s t r a i n n e -
gable d e n u e s t r a p r o p i a confección. T e n e m o s aquí e l l e g a d o d e l o s a n t i c u a r i o s
del R e n a c i m i e n t o , p a r a q u i e n e s l o s " r e s t o s v i s i b l e s " servían p a r a c o r r o b o r a r r e -
latos escritos. L o s o b j e t o s , d e a c u e r d o c o n G i a m b a t t i s t a V i c o , e r a n " t e s t i m o n i o
Rííinifiesto" e i m p h c a b a n m a y o r a u t o r i d a d q u e l o s t e x t o s , i n c l u s o q u e l o s c o n -
temporáneos.^^
L a p r i o r i d a d d e o b j e t o s s o b r e l o s t e x t o s e n l o s m u s e o s se revirtió d u r a n t e l a
segunda m i t a d d e l s i g l o X L X . G e o r g e B r o w n G o o d e , d h e c t o r d e l M u s e o N a c i o n a l
^e E s t a d o s U n i d o s , se desempeñó d e a c u e r d o c o n e l p r o v e r b i o d e q u e " l o más
^ n i p o r t a n t e d e u n a exiübidón es l a e t i q u e t a " , l o q u e a p o y a b a n m u c h o s d e q u i e n e s
t r a b a j a r o n c o n él;^°
ErícCodminc,HistonansandPIistorÍDg7-aphy intheJtalJan Remissance, ChÍcago,Umvcrsit)'of C h i c a g o
^'"'^ss, 1 9 8 1 , p . 2 4 6 .
Cynis AcWcrfPJave Considered the Days, Filíidclfia,Jc\vish P u b l i c a t i o n SocÍet)'of A m e r i c a , 1 9 4 1 , p . 6 9 .
 258 B A R B A R A ÍCRSHENBLATT-GIMU
E l m u s e o d e l p u e b l o debe ser m u c h o más q u e u n l u g u r de especímenes e n caj
do cristíü. D e b e ser i m l u g a r p l e n o de ide:ís, organizadas c o n l a atención m-
estricta a l s i s t e m a .
A l g u n a v e z traté d e expresar este p e n s a m i e n t o a l decir q u e " u n m u s e o edu-í
cadvo eficiente se describiría c o m o u n u colección d e etiquetas I n s t r u c t i v a s , cada
u n a i l u s t r a d a c o n u n espécimen b i e n seleccionado".^^
L o s m u s e o s e r a n p a r a enseñar " p o r m e d i o d e l e c c i o n e s d e o b j e t o s " , p e r
se podía d e j a r q u e l o s o b j e t o s h a b l a i - a n p o r sí m l s m o s . ^ ^
L a tarea d e l o s curadores e r a crear e x l i i b i c i o n e s q u e " s u m i n i s t r a r a n u n a c
citación i n t e l i g e n t e d e i d e a s " a l u s a r o b j e t o s p a r a i l u s t r a r l a s . ^ E n reacción
a p a r e n t e fidta d e organización lógica e n l a s m u e s t r a s d e c o l e c c i o n e s d e
m u c h o s m u s e o s e u r o p e o s y a l b a j o e s t a t u s a l q u e habían d e s c e n d i d o t a n t o s m u
p r i v a d o s e n E s t a d o s U n i d o s , G o o d e insistía d e s d e hacía m u c h o t i e m p o e n
e l m u s e o d e l p a s a d o debía t r a n s f o r m a r s e d e " u n c e m e n t e r i o d e b a r a t i j a s e n
s e m i l l e r o d e i d e a s v i v a s " , y s e r v i r , d e e s t e m o d o , c o m o b i b l i o t e c a d e objetos.^"*
c u r a d o r e s e s t a b a n p a r a " o b j e t i f i c a r " t e x t o s y p a r a t e x t u a l i z a r o b j e t o s ; d e aq-
importancia de contar c o n u n esquema para organizar los objetos y explicaiios
e t i q u e t a s , además d e e s t a r d i s p u e s t o s a a c e p t a r c o p i a s , m o l d e s , i m p r e s i o n e s ,
tograñ'as, d i a g r a m a s y o t r o s s u s t i t u t o s d e l o s a r t e f a c t o s p r i m a r i o s . C o m o e l p r o
s i t o p r i n c i p a l d e u n m u s e o púbÜco e r a educai-, " p a r a l o s propósitos d e e s t u d i o
m o l d e e r a t a n b u e n o c o m o e l o r i g i n a l " , y e n a l g u n o s casos, m e j o r . ^ L a s c o p i a s
g a r o n a desempeña:-un p a p e l e s p e c i a l .
S i b i e n se proclamó c o m o u n a b o r d a j e n o v e d o s o p a r a l a exhibición d e o b
t o s , e l o b j e t o t e x t u a U z a d o n o e r a n u e v o , p u e s había a p a r e c i d o e n d e m o s t r a d o
2^ G e o r g e B r o w n G o o d e , " H i e M u s e u m s o f d i e Vwnxtt" ,An7iun¡ Repon of the Board ofRegents
Snitíhsouian Listittition for the Yenr Bnding June 30, 1889; Report of the National Museum, ^'Vas^
D . C . , G o v e r n m e n t Prínting Oílicc, 1 S 9 1 , p . 4 3 3 . G o o d e presentó s u p o n c n c i i i a n t e e l I n s t i t u t o B r o
el 2 8 de febrero d c l 8 8 9 .
22 Xbidem, p . 4 2 7 .
23 C y r u s A d l e r , " M u s e u m C o l l e c t i o n s t o l U u s t r a t c R c l i g i o i i s t l i s t o r y a n d C e r e m o n i a S s " , e n U . S . ^
gress, l i o u s e o f R e p r e s e n t a t i v e S j Miscellaneous Documenis, 5 3 L c g l s l n t i u ' a , 2=» sesión, 1 8 9 3 - 1 3 9 4 , v o l .
p . 7 5 9 . E s t e d o c u m e n t o se leyó e n e l C o n g r e s o I n t e r n a d o n i i l d e Antropología, e n l a Exposición
M u n d o C o l o m b i n o e n Chicago, en 1S93.
2-» G o o d e , op. cit., p . 4 2 7 .
25 L a c i t . i es d e A d l e r , IPJave Considered..., p . 6 7 ; véase también G o o d e , ibtdem, p . 4 3 5 .
^líjETOSDEETNOGR/VEÍA
c o n f e r e n c i a s i l u s t r a d a s d u r a n t e s i g l o s . E l c r e c i e n t e énfasis e n l a ostentadón
¿Liríinte e l úz^o x i x s u g i e r e u n c a m b i o e n l a base d d c o t a o d m i e n t o : d e s u d e p e n -
p e n d i l e n l a retórica, p o r l a informadón c u m p l i e n d o d p a p d p r i n d p a l , e n p a r t i c u l a r
, n íoxn-^^ d e d a t o s visuales.^*^ D e m u d i a s m a n e r a s , d p l a n t e a m i e n t o d e l a s exlúbi-
d o n e s d e m u s e o s q u e defendía G o o d e d u r a n t e l a última p a r t e d d ú^h xix d e b e
i
^^j^giderarse
t r a d a s . E ne 1n8relación
9 1 , G o o dc eo nsel aq uh ei sj at bo ar i ad ydldecÜve
o s r e q u de rei lmoise "vaÚosos
n t o s d e l ae sn tcr oe nt feenriemn ci ei ans-
' " ^ é las c o m u n i d a d e s d v i l i z a d a s : c o n d e r t o s , l e c t i i r a s , c o n f e r e n d a s " , y d d a s e e n -
ilus
tos i - ' ^
so d e l a s i l u s t r a c i o n e s , c o m o d i a g r a m a s , p i z a r r o n e s y " a p a r a t o s d e v i s t a s " [stereop-
fÍion]> p o r l o q u e d e s e a b a q u e e l m u s e o l l e n a r a l a b r e c h a q u e d e j a b a e l decHA'-e d e
líis c o n f e r e n d a s y d e l a s s o c i e d a d e s científicas, U t e r a i i a s y a r t í s t i c a s . L a e t i q u e t a
escrita e n u n a exhibición e r a u n sucedáneo d e k s p a l a b r a s d e u n c o n f e r e n d s t a
ausente, c o n l a v e n t a j a d e q u e l o s o b j e t o s a l a v i s t a , más q u e a p a r e c e r b r e v e m e n t e
para i l u s t r a r u n a cátedra, q u e d a b a n d i s p o n i b l e s p a r a l a observación d e u n g r a n
púbhco d u r a n t e más tiempo.
E s j u s t a m e n t e e n e s t o s términos qv\ W a s h i n g t o n M a t t h e w s presentó s u
conferencia " S o m e Sacred Objects o f t h e N a v a j o R i t e s " [ A l g u n o s objetos sagra-
dos d e l o s r i t o s n a v a j o ] , e n e l T e r c e r C o n g r e s o I n t e r n a c i o n a l d e F o l c l o r , c e l e b r a d o
en l a Exposición d e l M u n d o C o l o m b i n o , e n C h i c a g o , e n 1 8 9 3 :
A l g u i e n d i j o q u e t m m u s e o d e p r i m e r a clase consistiría e n u n a serie d e etiquetas
satsfactorias c o n e s p e d m e n c s j u n t o a ellas. E s t o p u e d e decirse de esta m a n e r a :
" L a e t i q u e t a es más i i n p o r t a n t e q u e e i espécimen". C u a n d o t e r m i n e d e leer este
d o c u m e n t o , quizá se a d m i t a q u e esto es así e n e l caso d e las m u e s t r a s pequeñas
que v e n g o a m o s t r a r aquí: u n a canasta, u n m a n o j o d e fibras d e plantas, u n o s p a -
los i^intados de gruesa m a n e r a , a l g u n o s abalorios y p l u m a s atados c o m o l o haría
T r c v o r Fííwcett, e n " V i s u a l E a c t s a n d Üie N i n e t e e n t J i - C c n t u r y i V r t L c c t u r e " , / - ' ' " ^ History 6, núm. 4 ,
1^83, p . 4 4 2 , c o n t r a s t a e l m o d o pedagógico d e l a c o n f e r e n c i a d e m o s t r a t i v a i l u s t r a d a médica y científica
•^Qn e l p l a n t e a m i e n t o l i t e r a r i o y retórico q u e e m p l e a b a s i r J o s h u a R e y n o l d s e n sus d i s c u r s o s s o b r e a r t e e n
'•^ R-oyal A c a d c m y , q u e e r a n " d e c l a r a c i o n e s p u r a m e n t e v e r b a l e s leídas e n v o z a l t a c o n u n mínimo d e gestos
^ Performancc"'y sin ilustraciones.
G o o d e , op. cit,, p . 4 3 3 . S o b r e e l a s c e n s o y d e c l i v e d e Jas c o n f e r e n c i a s c o m o profesión, véase D o n a l d
S c o t t , " T i i c P r o f e s s i o n l l i a t V a n i s h e d : P u b l i c L e c t u r i n g i n M i d - N i n e t c c n d i - C e n t u r y América", e n
^ c r a l d D . G e i s o n ( e d . ) , Professions aíid Professional Ideologies in America, C h a p e l l i i l l , U n i v e r s i t } ' o f N o r t h
'-^iirollna P r e s s , 1 9 8 3 .
 260
B A R B A R A K I R S H E N B L A T T - G I M B L E ^
j u g a n d o u n niño y esto c o n f o r m a t o d a l a colección. Difícilmente a l g u i e n l e v a n -
taría estas naderías si las v i e r a e n s u p a t i o , 3^ n o obstante, cuando acabo de decir
t o d o l o q u e t e n g o que decir sobre ellas, confío e n que tendrán más i m p o r t a n c i a ,
y que a l g u n o enü-e ustedes estaría t a n c o m p l a c i d o de poseerlas c o m o l o estoy y o .
P u d e h a b e r m e e x t e n d i d o e n esta colección d e haber t e n i d o tiempo para eilo,
pues poseo m u c h o s más objetos d e esta clase. N o es cuestión d e objetos, sino de
t i e m p o . N o q u i e r o restar" j u s t i c i a a esta pequeña p i l a a l dedicarle m e n o s de u n a
h o r a . U n a h o r a será para ustedes larga, s i n duda; p e r o l a pasarían c o n más pa-
ciencia cuando s u p i e r a n que este monólogo de u n a h o r a representa para mí doce
años de i n v e s t i g a c i o n e s arduas y a m e n u d o clesconcertantes. E s t o s h e c h o s
a b u r r i d o s c o m o l o s r e l a t o n o se o b t i e n e n a l abalanzarse sobre e l p r i m e r i n d i o a
l a vista, cuaderno e n m a n o . P e r o n o c u e n t o c o n e i tiempo para más c o m e n t a r i o s
p r e l i m i n a r e s , y debemos proceder de i n m e d i a t o c o n m i s descripciones.^^
E n esta demostración d e erudición, e l etnógrafo es u n d e t e c t i v e q u e t r a b a
d u r o y s i n d e s c a n s o p a r a d e s c i f r a r p i s t a s m a t e r i a l e s . E s t e m a e s t r o d e l a inducció
c o m p i t e t a n t o c o n e l i n f o r m a n t e n a t i v o c o m o c o n o t r o s etnógrafos, n o p o r l o s o b j
t o s , s i n o p o r l o s h e c h o s q u e c o n s t i t u y e n sus desaápciones. L a c o n f e r e n c i a d e l e t n
g r a f o es u n a e x t e n s a e t i q u e t a , u n a descripción a c t u a d a , q u e e l e v a l o q u e d e o
f o r m a se considerarían "naderías". N o se espera q u e l o s m o d e s t o s especímenes
l o s h e c l i o s a b u r r i d o s i n t e r e s e n a l e s c u c h a . E n c a m b i o , es e l p r o p i o g a s t o d e tiem;
y e s R i e r z o p o r p a r t e d e l etnógrafo — s u p e r i c i a — l o q u e a ' e a v a l o r .
E s t e e f e c t o se l o g r a d e m a n e r a retórica, p u e s , m i e n t r a s m e n o s a t r a c t i v a sea
e v i d e n c i a , más i m p r e s i o n a n t e será l a descripción etnográfica. A l c a r a c t e r i z a r
propio recuento de los hechos c o m o "meticuloso hasta e l tedio" y " n i l a m i t a d d
l o s d e t a l l e s q u e quizá les relaté d e m a n e r a a d e c u a d a " , M a t t i i e w s a d m i t e h a b e r al'
c a n z a d o l o s límites d e s u c a p a c i d a d d e descripción c u a n d o se v e d e s a f i a d o p o r
p a l o n a v a j o e n l a m e s a . N i s i q u i e r a e l n a v a j o tiene p a l a b r a s p a r a d e s c r i b i r l a e h
boración d e l p a l o , " t a n i n t r i n c a d a s s o n las r e g l a s r e f e r e n t e s a s u construcción",
d i s c u l p a r s e p o r n o t e n e r y u c a fresca a l a m a n o c o n l a c u a l d e m o s t i ' a r e l p r o c e
M a t t i a e w ^ s o f r e c e l l e v a r a q u i e n esté i n t e r e s a d o a l o s " d e s i e r t o s c u b i e r t o s d e ) a i c a d
W a s h i n g t o n Matüicvvs, " S a c r e d O b j e c t s o f t h e N a v a j o .Rites", e n H e l e n W h e e l c r B a s s e t t y F r e d e r i
S t a r r ( c d s . ) , 77je luíenwíionn/ Folk-Lore Congress of ihe ÍVorId's Cohimbian Exposition, Clücago, C l i a r i
I-LSergcl, l.S98,p.227.
^ g j j T T O S D E ETNOGRAFÍA 261
y V r i z o n a " , d o n d e p u e d e " m o s t r a r cómo h a c e r u n p a l o n a v a j o " . D e esta f o r m a ,
j ^ / I a t t h e w s e n f r e n t a d o s p r o b l e m a s básicos e n l a exliibición etnográfica. P r i m e r o
da interés, a l a c t u a r l a ( l a c o n f e r e n c i a i l u s t r a d a ) , a u n a etnografía e n a p a r i e n c i a t r i -
^dab Después a b o r d a l a s h m i t a c i o n e s d e l a descripción v e r b a l a l o f r e c e r a c t u a r
c o m o i n d i o ( l a demosti-ación).^^ L a profiisión d e a c t o s q u e p r e s e n t a M a t t h e w s a
sus e s c u c h a s , n o o b s t a n t e sus d i s c u l p a s p o r ser a b u r r i d a y t e d i o s a , es u n c a s o clási-
co d e l o q u e N e i l H a r r i s i d e n t i f i c a c o m o estética o p e r a c i o n a l : " u n g o z o a l o b s e r v a i -
el p r o c e s o l a observación e n ai-as d e l a v e r d a d hteral".^°
Exhibición de seres humanos
N o sólo l o s a r t e f a c t o s i n a n i m a d o s s i n o también l o s seres h u m a n o s s o n s e p a r a b l e s ,
fragmentables y replicables e n diversos materiales. L a naturaleza i n h e r e n t e m e n t e
p e r f o r m a t i v a d e l o s especímenes v i v o s c o n s o l i d a c o n fi^ierza s u s e x h i b i c i o n e s e n
dirección a l espectáculo, p a r a b o r r a r a i i n más l a h ' n e a e n t r e c u r i o s i d a d m o r b o s a e
interés científico, cámara d e l o s h o r r o r e s y exliibiclón médica, c i r c o y jardín zooló-
g i c o , t e a t r o y exliibición etnográfica v i v a , monólogo dramático y c o n f e r e n c i a e r u -
d i t a , recreación escénica y p e r f o r m a n c e c u l t u r a l . E l d e s d i b u j a m i e n t o d e e s t a U n e a
fue e n p a r t i c u l a r útil e n L i g l a t e r r a y E s t a d o s U n i d o s d u r a n t e c o m i e n z o s d e l s i g l o
X I X , p u e s l o s p e r f o r m a n c e s q u e habrían s i d o o b j e t a b l e s p a r a l o s p r o t e s t a n t e s c o n -
servadores e n e l escenario d e u n teati'o R i e r o n aceptables e n u n m u s e o , a u n q u e n o
hubiese v i r t u a l m e n t e nada que los distinguiese. E s t e r e p l a n t e a m i e n t o d e l p e r f o r -
m a n c e e n térininos d e n a t u r a l e z a , c i e n c i a y educación l e otorgó respetabiÜdad,
sobre t o d o d i u a n t e l a p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o x i x . S i e n l a s c o n f e r e n c i a s científi-
cas q u i e n exlaibía e r a q u i e n e j e c u t a b a e l p e r f o r m a n c e , las e x l o i b l c i o n e s etnográficas
L o s antropólogos s o b a n " h a c e r d e i n d i o " c o m o m a n e r a d e d e m o s t r a r l o q u e era difícil d e s c r i b i r d e
' f ^ r m a v e r b a l : véase, p o r e j e m p l o , C u r t i s M . P l i n s l e y , Savages and Scientists: The Smithsonian Institution and
the Development of American Anthropology, 1846-1919, W a s h i n g t o n , D . C . , S m i t h s o n i a n I n s t i t u t i o n Press,
Í^8l,p.l05,
^° N e U H a r r i s , Humbug: The Art ofP.X Barnnm, C h i c a g o , U n i v e r s i t y o f C h i c a g o Press, 1 9 8 1 ( 1 9 7 3 ) ,
P- 7 9 . D e a c u e r d o c o n P P u - r i s , " e n l u g a r d e u n n absorción e s p i r i t u a l i n t e n s i v a , l a s c x l i i b i c i o n e s d e B a r n u m
t ^ t i e e j e m p l i f i c a b a n l a estética o p e r a c i o n a l ] se c o n c e n t r a b a n e n l a información y e l p r o b l e m a d e l engaño,
'^üs e s p e c t a d o r e s a l i v i a b a n s u c a r g a d e a f r o n t a r más p r o b l e m a s a b s t r a c t o s . B e l l e z a , s i g n i f i c a d o , v a l o r e s
'espirituales, podían c v i t i u s e e n f a v o r de v e r l o extraño, o l o q u e f u n c i o n a b a , o q u e e r a g e n u i n o " .
 262 B A R B A R ^ V K I R S H E N B L A T T - G I M B L
d e s p l a z a r o n e l l u g a r d e l p e r f o r m a n c e a l p r o p i o e s p a c i o d e exlribición, y, a l l i a ^
h i c i e r o n a m p l i o u s o d e l o s géneros y técnicas m a n i f i e s t a m e n t e teatxales p
m o s t r a r a las p e r s o n a s y las cosas. : o n i o especímenes etnográficos: c a b e z a s maoríes t a t u a d a s , cráneos a z t e c a s y h u e -
E n l o q u e p u e d e cax-acterizarse c o m o r e c i p r o c i d a d d e m e d i o s y carao
c o m p l e m e n t a r i o d e f u n c i o n e s , los m u s e o s e m p l e a r o n e l oficio t e a t r a l de la p i n
e n escena p a r a las e x h i b i c i o n e s y p e r f o r m a n c e s e n sus salones d e confieren
m i e n t r a s l o s t e a t r o s e m p l e a b a n e n sus p r o d u c c i o n e s escenográficas a l o s sujt
q u e se p r e s e n t a b a n e n l o s m u s e o s , i n c l u s o a l g u n o s a n i m a l e s y seres h u m a
exódcos. L o s m u s e o s o p e r a r o n c o m o t e a t r o s s u s t i t u t o s d u r a n t e l a s épocas
q u e l o s t e a t r o s recibían a t a q u e s p o r r a z o n e s reÜgiosas, m i e n t r a s q u e l o s teatí
añadieron u n a n o t a d e s e r i e d a d a sus o f e r t a s a l p r e s e n t a r e n t r e t e n i m i e n t o s e
ficantes. E n e l d r a m a d e l espécimen, e l c i u a d o r e r a u n ventrílocuo c u y a t a r
e r a h a c e r h a b l a r a i o b j e t o . A través d e e s c e n a r i o s p r o c e s a l e s d e prodúcelo
ñmción, l o s c u r a d o r e s n a r r a t i v i z a b a n l o s o b j e t o s : m o s t r a b a n e l p r o c e s o
d i a n t e e l c u a l s e e l a b o r a b a n l a s cerámicas y t e x t i l e s , p a s o a p a s o , o cómo'
u s a b a n e n l a v i d a c o t i d i a n a y e n l a s c e r e m o n i a s . E l antropólogo d e l M "
S m i t h s o n i a n o O t i s T . Masón f u e e x p H c i t o a l r e s p e c t o e n 1 8 9 1 , c u a n d o d e .
" l o s i m p o r t a n t e s e l e m e n t o s d e l espécimen" c o m o " e l dramatis personae y
incidentes".
Vivo o muerto
L a s e x h i b i c i o n e s d e seres h u m a n o s s u b e n y b a j a n e n u n a s u e r t e d e balancín
miótico, e q u i h b r a d o e n t r e l o a n i m a d o y l o i n a n i m a d o , l o v i v o y l o m u e r t o . L a co
p l e j i d a d semiótica d e las e x l i i b i c i o n e s d e p e r s o n a s , e n p a r t i c u l a r las d e u n car^ic
etnográfico, p u e d e n v e r s e e n r e c i p r o c i d a d e s tales c o m o e x h i b i r a l o s mué"
c o m o si esmviesen vivos o a los vivos c o m o si estuviesen muertos, rcciprocida
q u e se m a n t i e n e n t a n t o p a r a e l a r t e d e l d i r e c t o r d e p o m p a s . f i i n e b r e s c o m o p a r a
a r t e d e l c u r a d o r d e m u s e o . L a s e x h i b i c i o n e s etnográficas f o r m a n p a r t e d e
l a r g a h i s t o r i a d e e x h i b i c i o n e s h u m a n a s , e n las c u a l e s se e n t r e m e z c l a n l o s t e m
d e l a m u e r t e , disección, t o r t u r a y m a r t i r i o .
O t i s T . Masón, " T l i e N a t u r a l H i s t o r y o f FolkÍorc",/o;/n;í7/ of American Folklore 4, núm. 1 3 , i S
p. 99.
QÜJETOS D E ETNOGRAFIA 263
L o s s u j e t o s etnográficos se i n c o r p o r a r o n c o n f a c i h d a d e n estos m o d o s d e e x l i i -
'ción L o s r e s t o s d e l o s m u e r t o s d e s d e h a c e m u c h o se e x h u m a n y m u e s t r a n
gos e x l i u m a d o s d e t i m r b a s d e n a t i v o s e s t a d u n i d e n s e s . L o s s u j e t o s v i v o s o f r e c i e r o n
[^lejores o p o r t u n i d a d e s p a r a l a exhibición etnográfica. E n v i d a , las r a r e z a s h u m a -
nas figuraron e n d r a m a s museológicos d e vivisección c o g n i t i v a . E n l a m u e r t e , se
^j^j.je,-on sus cadáveres, y s u s h u e s o s y p a r t e s c o r p o r a l e s m u s c u l a r e s se i n c o r p o r a r o n
¡1 e x h i b i c i o n e s anatómicas. L a vanitas miindi fiie u n a m a n e r a d e exl;iibir m a t e r i a l e s
d i s c c c i o n a d o s : así s e a-eó u n a alegoría anatómica c o n e l e s q u e l e t o d e u n f e t o , p e -
queños cálculos r e n a l e s , u n a a r t e r i a d i s e c a d a y u n v a s o d e f e r e n t e e t a d u r e c l d o . L o s
esqueletos a r t i c u l a d o s , l a t a x i d e r m i a , m o d e l o s d e cera y especímenes v i v o s también
ofi-ecieron e s l a b o n e s c o n c e p t u a l e s e n t r e anatomía y m u e r t e , e n l o q u e p u e d e c o n -
siderai'se c o m o m u s e o s d e l a m o r t a h d a d . ^ ^
L o s m o d e l o s d e c e r a c o m o f o r m a d e ilustración anatómica t r i d i m e n s i o n a l
f u e r o n d e u s o común e n l a enseñanza d e m e d i c i n a , así c o m o e n exlúbiciones
anatómicas a b i e r t a s a l púbÜco. C o n e l c r e c i e n t e interés e n las tipologías y e v o l u -
ción d e l a s r a z a s , e l M u s e u m o f P a t i i o l o g i c a l A n a t o m y [ M u s e o d e Anatomía
Patológica] d e S a r t i , e n L o n d r e s , d u r a n t e m e d i a d o s d e l s i g l o x i x , y o t r o s seuae-
jantes, se c o n v i r t i e r o n e n e l l u g a r p a r a e x l i i b i r patologías anatómicas d e elaboración
cultiu-al ( p a r t e s d e l a anatomía d e u n a m u j e r m o r i s c a ) , e s l a b o n e s f a l t a n t e s e n l a
secuencia e v o l u t i v a ( f i g i u a s d e cera d e "salvajes" a f r i c a n o s c o n c o l a ) y r e p r o d u c c i o -
nes e n c e r a d e e s c e n a s etnográficas."*'* Y a e n 1 7 9 7 , P e a l e tenía h s t a s figmas d e c e r a
d e ' ' u n g r u p o d e razas c o n t r a s t a n t e s d e l a h u m a n i d a d " , c o m o n a t i v o s de América del.
^ o r t e y d e l S u r , I s l a s S a n d w i c h , Tahltí y C h i n a . S e s u p o n e q u e l o s r o s t r o s se e l a -
b o r a r o n a p a r t i r d e m o l d e s v i v o s . L a s figuras se e x l o i b i e r o n c o n l a v e s t i m e n t a y
artefactos a d e c u a d o s . M e d i o s i g l o después, l a G a l l e r y o f A l l N a t i o n s [Galería d e
'^odas las N a c i o n e s ] , e n e l A n a t o m i c a l a n d E t h n o l o g i c a l M u s e u m [ M u s e o Anató-
i ^ i c o y Etnológico] d e R e i m e r , e n L o n d r e s , presentó " l o s d i v e r s o s tipos d e l a
'^•"an F a m i h a l i u m a n a " . ^ ^
S a n r t j i e B a a r t m a n , a q u i e n se exiiibió e n L o n d r e s e n 1 8 1 0 c o m o l a " V e n u s h o t e n t o t e " , es u n e j e m -
P'o i l u s t r a d v o . Véase S a n d c r L . G i l m a n , " B l a c k B o d i e s , W h i t e B o d i e s : T o w a r d a n k o n o g r a p f i y o f F c m a l e
' "-'^Unlitjr i n L j i t c N i n e t e e n t l i - G e n t u r y A r t , M e d i c i n e , a n d L i t e r a t u r e " , CriticalInquiry 12, núm. 1 , 1 9 8 5 .
Véase S c h e u l e e r , " E a r l y D u t c l i C a b i n e t s o f Curíositics".
A l t i c k , Shoiüs of hondón, O x f o r d a n d C a m b r i d g e , M a s s a c h u s e t t s , B e l k n a p , 1 9 7 8 , p p . 3 4 0 - 3 4 1 .
.í¿rV/í//;,pp.2S5,341
 264 BARBARA KIRSHENBLATT-GlMBLg
L a i d e a d e l a " g a l e n a d e n a c i o n e s " , q u e d e s d e ñnales d e l s i g l o x v i s i r v i p c o
p r i n c i p i o o r g a n i z a d o r d e l i b r o s d e d i c a d o s a c o s t u m b r e s , u s o s , r e l i g i o n e s , ves
m e n t a s y o t r o s t e m a s etnográficos, se adaptó c o n f a c i l i d a d a l a exhibición d e
pecímenes etnográficos.^*^ U n e f e c t o i n d i r e c t o lógico Ríe l a m u e s t r a monográfi
L a c e l e b r a d a colección c h i n a d e N a t h a n D u n n , q u e s e instaló e n e l m u s e o
P e a l e e n 1 8 3 8 y se mudó a L o n d r e s e n 1 8 4 1 , ofrecía, d e a c u e r d o c o n u n c o n i e n t
rista del periodo, "una i m a g e n perfecta d e la vida china":
F i g u r a s de tamaño n a t u r a l , a d m i r a b l e m e n t e realizadas e n ai-cilla, todas ellas r e -
tratos d e i n d i v i d u o s , están a l a vista, ataviadas c o n f o r m e a l a circunstancia ade-
cuada, entregadas a sus diversas ocupaciones y rodeadas de muebles, i m p l e m e n t o s
y objetos m a t e r i a l e s p r o p i o s de l a d i a r i a existencia. L o s rostros s o n expresivos, las
actitudes, naturales, l a situación y a g r u p a m i e n t o , b i e n concebidos, y el aspecto
g e n e r a l , m u y i m p r e s i o n a n t e y v i v i d o . M a n d a r i n e s , sacerdotes, soldados, damas
de a l c u r n i a , caballeros d e r a n g o , actores y esclavos; u n barbero, u n zapatero y u n
h e r r e r o entregados a su c o m e r c i o ; l a tienda d e u n mercader c o n clientes que ad- ,
q u i e r e n bienes, l a sala de u n h o m b r e d e f o r t u n a c o n sus visitantes, que fumíui y
b e b e n té, y sirvientes q u e ios a t i e n d e n ; todos sentados, de p i e , casi h a b l a n d o , c o n
la v e s t i m e n t a , a m u e b l a d o y acompañamientos de l a v i d a real. A l g i m a s prendas
t i e n e n los más ricos y elegantes detalles. L o s m o d e l o s de las casas d e c a m p o y
lanchas, armas, lámparas, p i n t u r a s , floreros, imágenes d e dioses y j a r r o n e s de p o r -
celana, m u c h o s de ellos de l o más c u r i o s o y bello, y e n c a n t i d a d i n f i n i t a . E l señor
D u n n m i s m o estuvo e n el salón y nos explicó l a n a t u r a l e z a y usos d e las cosas.^^
L a atención e n e s t a descripción a l a IndividuaHzación d e l o s r o s t r o s r e f l e j a i
preocupación más g e n e r a l c o n l o s " t i p o s " y l a noción d e l a fisonomía c o m o cía
d e l carácter m o r a l . ^ ^
L o s t i p o s fisonómicos y sus i m p h c a c i o n e s r a c i a l e s se p r e s e n t a b a n n o sólo
l a s galerías d e n a c i o n e s y e n l a s p o s t e r i o r e s e x l i i b i c i o n e s d e " t i p o s d e h u m a n i d a
El Klciderknmmer, q u e presentabü a t u e n d o s d e t o d o c l m u n d o , apareció e n A l e m a n i a y a desde
s i g l o X V I . Véase F r a n z Adrián D r e i e r , " H i e Kimsíkammer o f t h e H e s s i a n L a n d g c a v e s i n K a s s c l " , e n I m p
y M a c G r e g o r ( e d s . ) , TIje Origim of Museums, op. dt., p p . 1 0 4 - 1 0 6 .
37 C i t a d o e n C o l e m a n S e l l e r s , op. ciL, p p . 2 8 0 , 2 8 1 .
2^ Véase M a r y C . C o w l i n g , ' " B i e Artíst as A n t h r o p o l o g l s t i n M i d - V i c t o r i a n E n g l a n d : F r i d i ' s
Day, Üic Railiany Stntiou a n d t h c N e w ScJence o f M a n l d n d " , y i ; - / Histoiy 6, núm. 4 , 1 9 S 3 .
O B J E T O S D E ETNOGIUFÍA 265
gino también e n e s c e n a s m u l t i t u d i n a r i a s y r e t r a t o s g r u p a l e s d e l a v i d a e n l a s c i u -
dades e u r o p e a s y e s t a d u n i d e n s e s contemporáneas, así c o m o e n l a i i t e r a t i u - a d e l
p e r i o d o . T a n g r a n d e e r a l a fascinación c o n l a fisonomía q u e e n e l m u s e o d e P e a l e ,
donde en los retratos d e los grandes h o m b r e s quedaban "grabados los esbozos del
^j,j-jio" y a q u e l l o s d e l o s "salvajes" r e v e l a b a n s u fisonomía, l o s v i s i t a n t e s d e l m u s e o
se l l e v a b a n c o n s i g o c o m o r e c u e r d o s u p r o p i a s i l u e t a , e l a b o r a d a c o n g r a n precisión
o-racias a u n i n s t r u m e n t o mecánico, e l "fisionógrafo", q u e se inventó e n 1 8 0 3 y se
i n o s t r a b a e n l a galería d e l m u s e o . ^ ^
L a exhibición c h i n a d e D u n n inspiró o t r a s m u e s t r a s s e m e j a n t e s , s o b r e t o d o
escenas c o t i d i a n a s e n e l O r i e n t a l a n d T t u ' k i s h M u s e u m [ M u s e o Oiáen t a l y T u r -
c o ] d u r a n t e l a década d e 1 8 5 0 e n L o n d r e s . L o s e s p e c t a d o r e s q u e d a b a n a s o m -
b r a d o s p o r l a s figuras d e c e r a , c u y o r e a l i s m o e l o g i a b a u n p e r i o d i s t a d e l a época:
" L o s b r a z o s y p i e r n a s d e l o s v a r o n e s s o n r u d o s y tienen p e l o d e v e r d a d , a p l i c a d o
de l a m a n e r a más d e l i c a d a ; h a y g o t a s r e a l e s d e transpiración e n l a f r e n t e d e l o s
cargadores".'"' S i n d u d a , l o s maniquíes e r a n más q u e p e r c h a s p a r a r o p a , p u e s n o
sólo l o s a r t e f a c t o s etnográficos, s i n o también l a fisonomía e s t a b a e n exposición.
E s j u s t a m e n t e l a perfección i m i t a t i v a d e estas i n s t a l a c i o n e s , y quizá t a m -
bién s u preocupación c o n l a fisonomía, l o q u e p e r t u r b a b a t a n t o a F r a n ^ B o a s ,
q u i e n s e resistió a l e m p l e o d e maniquíes r e a f i s t a s d e c e r a e n l a s r e c r e a c i o n e s
etnográficas. E r a n t a n v i v i d o s q u e r e s u l t a b a n mórbidos. B o a s o b j e t a b a " l a e s -
p a n t o s a impresión q u e o b s e r v a m o s e n l a s figuras d e c e r a " , e f e c t o q u e e n s u
opinión d e s t a c a b a c u a n d o l a s figuras a b s o l u t a m e n t e v i v i d a s carecían d e m o A ' i -
m i e n t o . ' ' ^ Además, l a c e r a c o m o m e d i o c a p t u r a b a c o n m a y o r n i t i d e z e l c o l o r y
c a h d a d d e l a c a r n e m u e r t a más q u e d e l a v i v a , y , e n s u p o s t u r a y s i l e n c i o c o n g e -
l a d o s , l a s figuras d e c e r a r e c o r d a b a n e l a r t e d e l o s e n c a r g a d o s d e p o m p a s f u n e -
s t e s , conexión q u e l o s m u s e o s d e c e r a c a p i t a l i z a r o n e n e s c e n a s d e l e c h o s d e
n i u e r t e y féretros a b i e r t o s e n d o n d e aparecían p e r s o n a s f a m o s a s . C o m o r e s u l t a -
d o , B o a s n o sólo rechazó l o s maniquíes h i p e r r e a f i s t a s , s i n o también p r o p u s o
que e l c u e r p o h u m a n o se m o s t r a s e e n descanso y n o e n u n estado d e m o v i -
"^iento detenido.
^'^ C o l e m a n S e l l e r s , op. cit., p p . 1 9 2 - 1 9 3 .
C• ^iIt LaUdU oU etíli
n AXl.lLll-lV,
l t i c k , op. tti.i
cit., p[J.. 419^ "6.. l i l i *
''^ C i t a d o e n I r a j a c k n i s , " F r a n z B o a s a n d E x h i b i t s : O n d i e L i m i t a t i o n s o f Üie M u s e u m M e t h o d o t
a n t h r o p o l o g y " , e n S t o c k i n g ( e d . ) , Objects and Otbers, p . 1 0 2 .
 266 BARBAlliV KIRSHENBLA.TT-GIMBL
E l t e m o r d e k v e r o s i m i l i t u d n o cabía e n A r d i n r H a z e l i u S j q u i e n , e n u n
f u e r z o p o r p r e s e n t a r S u e c i a " e n r e s u m e n " , comenzó a i n s t a l a r e s c e n a r i o s d e c
— " p i n t u t a s d e l a v i d a c a m p e s i n a " — e n l a década d e 1 8 7 0 . C o n inspiración e n i
p i n t u r a s d e l género, estas escenas s e n t i m e n t a l e s e n c e r a i n t e g r a b a n vestimerí'
muebles u t e n s i l i o s q u e H a z e l i u s había r e c o p i l a d o e n S u e c i a y o t r a s p a r t e s i
E s c a n d i n a v i a . P r e s e n t a d a s n o sólo e n s u M u s e o d e Etnografía E s c a n d i n a v a , cj
abrió e n 1 8 7 3 , s i n o también e n l a s f e r i a s m u n d i a l e s d e 1 8 7 6 ( F i l a d e i f i a ) y i g -
(Pai-ís), estas m u e s t r a s utiÜzaban técnicas q u e PlazeÜus había v i s t o e n las t a n
e x p o s i c i o n e s y m u s e o s i n t e r n a c i o n a l e s q u e visitó: empleó e l g r u p o d e h a b i t a t , ras
característico d e l o s m u s e o s d e h i s t o r i a n a t u r a l ; l o s e s c e n a i i o s d e cera, q u e , coi^
l o s tahleaiL v i v a n t , a m e n u d o se b a s a b a n e n u n a p i n t t u ' a o e s c u l t u r a y c a p t u r a b
u n m o m e n t o i n t e n s o d e u n r e l a t o ; e l salón d e p e r i o d o , y e l p a n o r a m a d e v i a j e . P -
1 8 9 1 , I d a z e h u s había r e a h z a d o s u sueño d e e x l a i b h l a v i d a c a m p e s i n a s u e c a "
v i v o " e n S k a n s e n , s u m u s e o a l a i r e h b r e . Además d e e d i f i c i o s , p l a n t a s y a n i m a l e s , ;
m u s e o p r e s e n t a b a a c a m p e s i n o s e n r o p a d e c u c u n s t a n c i a , músicos y a r t e s a n o s t r t
d i c i o n a l e s , r e c e p c i o n i s t a s y guías a t a v i a d o s también c o n l a r o p a p r o p i a d e l a expo'^
sición, r e s t a u r a n t e s , d e m o s t r a c i o n e s d e o f i c i o s y f e s t i v a l e s . E l m u s e o d e S k a n s e n d
H a z e h u s se convktió e n e l p r o t o t i p o p a r a c i e n t o s d e m u s e o s a l a i r e U b r e a l o l a r
y a n c h o d e E i u o p a , m u c l ; i o s d e l o s c u a l e s f u n c i o n a n h a s t a l a fecha.''^
A n i m a l o actor
S e h a m o s t r a d o a l a g e n t e c o m o r a t e z a s v i v i e n t e s y a d e s d e 1 5 0 1 , c u a n d o s e exhl-^'
bió a e s q u i m a l e s v i v o s e n B r i s t o l . S o l d a d o s f r a n c e s e s q u e m a r o n u n p u e b l o b r a s i -
leño q u e habían c o n s t i - u i d o n a t i v o s a m e r i c a n o s e n R o u e n e n l a década d e 1 5 5 0 .
s u c e s o q u e complació t a n t o a l r e y q u e s e escenificó a l día s i g u i e n t e . ' ' ^ S e p r e s e n t
a ' V i r g i n i a n o s " e n elTámesis e n 1603.*''' D u r a n t e u n p e r i o d o d e c i n c o s i g l o s ,
''2 Véase E c l w a r c l R A l c x a n d c r , " A r t h m - Ha'¿elius a n d S k a n s e n : T l i c O p c n A i r M u s e u m " , e n Mwe»"'..
Masiers, TjeirMuseums, andVmrlnJiuence, NaslivilÍe,Tennessee, A m e r i c a n Assocíadon f o r S t a t e a n d L o -
c a l H i s t o r y , 1 9 8 3 , y M a t s R c h n b e r g , The Nordiska Museet aud Skanseu.-yJn lutroductton to the History and
Activities of a Famous Swedish Museum, E s t o c o l m o , N o r d i s k a M u s e e t , 1 9 5 7 .
Steven MuUaney,"Strangeliiings, G r o s s T e r m s , Curious Custoins: l l i c Rehearsal o f Culmres i n
t h c L a t e R c n a i s s a n c e " , Representations, núm. 3 , v e r a n o d e 1 9 8 3 , p p . 4 5 - 4 8 .
' '^ D.B.Qiñnn,"VirginÍans o n t h c T l i a m e s " , Terra Incógnita, núm.2,1978.
. r - r O S D E ETNOGR/VFÍA 267
' l ^ l i c o acudió e n t r o p e l a v e r a t a l i i t i a n o s , l a p o n e s , " a z t e c a s " , i r o q u e s e s , c l i e r o -
P^'. Q j i b w a y e s , i o w a s , m o h a w k s , b o t o c u d o s , q u i n e s e s , h o t e n t o t e s , kafii-es, n u b l o s ,
lis, o j
'^^^"lalíeS' s i n g a l e s e s , p a t a g o n e s , fi-ieguinos, ilongotes, kalmuks, amapondanos,
'/uhiss, b o s q u j m a n o s , aborígenes a u s t r a h a n o s , j a p o n e s e s e i n d i o s o r i e n t a l e s . S e l e s
exhibió e n v a r i a s c i u d a d e s d e I n g l a t e r r a y d e l c o n t i n e n t e , e n t a b e r n a s y f e r i a s , e n
escenarios d e p r o d u c c i o n e s t e a t r a l e s , e n W h i t e h a l l , P i c c a d U l y y V a u x h a l l G a r -
cjens, a l o l a r g o d e l Támesis, e n e l L o n d o n M u s e u m [ M u s e o d e L o n d r e s ] , y e n e l
g o - y p t i a n H a l l [Salón E g i p c i o ] ( c o n o c i d o así p o r s u e s t i l o arquitectónico) d e
V V i l l i a n i B t d l o c k , e n zoológicos y c i r c o s , y , p a r a l a s e g u n d a m i t a d d e l s i g l o x i x , e n
ferias m u n d i a l e s . ' ' ^
Básicamente h a y d o s o p c i o n e s p a r a exliibír especímenes etnográficos v i v o s : l a
zoológica y l a t e a t r a l . D u r a n t e l a p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o x i x , l a distinción e n t r e
l o s p l a n t e a m i e n t o s zoológico y t e a t r a l a m e n u d o fiie d i f i i s a , y a m b o s e s t a b a n i m -
p l i c a d o s e n l a producción d e n a t i u ' a l e z a s i l v e s t r e . L a opción zoológica dependía d e
t r a d i c i o n e s d e exliibición d e a n i m a l e s exóticos. E l c i r c o p r e s e n t a b a a n i m a l e s e n -
t r e n a d o s . E n e l zoológico, l o s especímenes exóticos v i v o s se m o s t r a b a n e n j a u l a s ,
c o n s t r u c c i o n e s fantásticas o ( a l a l a r g a ) e n i n s t a l a c i o n e s q u e r e c r e a b a n s u h a b i t a t
c o n d e t a l l e s reafistas ( a u n q u e aquí también había a c t o s d e a n i m a l e s ) . E r a común
en e l siglo x i x q u e u n a rareza h u m a n a apareciese e n diversos lugares — t e a t r o s ,
salones d e exliibición, salas d e c o n c i e r t o , m u s e o s y zoológicos— e n e l c u r s o d e
varias s e m a n a s o m e s e s c o m o p a r t e d e a l g u n a g i r a .
E l Salón E g i p c i o d e WiLÜam B u H o c k recibió e l m o t e d e "arca d e m a r a v i l l a s
zoológicas" p o r p a r t e d e a l m e n o s u n o b s e r v a d o r d e l p e r i o d o d e b i d o a l a a m p h a
v a r i e d a d d e m u e s t r a s v i v a s , h u m a n a s y a n i m a l e s , q u e ahí se presentaban.'"^ S i b i e n
el término arca e v o c a e i d i s c u r s o d e l a teología n a t u r a l , e n oposición a l a h i s t o r i a
n a t L u a l , y s u g i e r e q u e e l c e n t r o d e atención e r a l a v a r i e d a d p i u a d e l a a'eación d i v i -
í'ia y n o l a clasificación científica, B i d l o c k halló e n l a s e x p o s i c i o n e s a m b i e n t a l e s
'•tna m a n e r a e l e g a n t e d e c o m b i n a r e l e f e c t o t e a t r a l , l a e x p e r i e n c i a d e l o s v i a j e s y l o s
P t i n c i p i o s geográficos.
Véase A l t i c k , o/I. í í Y . j - C a r l H a g e n b c c k , Von Tieren undMenschen:Ertehnisse undErfohrungen, Berlín,
^ ' t a Dcutschcs Verlagsl)aus, 1909; y Stefan G o l d m a n n , " 2 u r R e x c p d o n der Volkerausstellungen u m
1^00", e n H e r m a n n P o U i g ei al. ( c d s . ) , Exotische Welten, Europáische Phantasien, S t i . i t g a r t , Edíúon C a n t z ,
1987.
Véase A l t i c k , £7/). a/., p . 2 8 0 .
 268
B A R B A R A K I R S H E N B L A T T - G I M B L
D u r a n t e e l s i g l o x v i i i y p r i n c i p i o s d e l x i x , l a geografía f u e u n a discipÜQ
catiüogación d e d i c a d a a t o d o l o q u e está s o b r e l a s u p e r f i c i e d e l a T i e r r a , i n c
l o s p u e b l o s y s u a m b i e n t e ; l a geografía a b a r c a b a l a antropología y e t n o g -
c o m o s u b c a n i p o s . L a ubicación e n e l g l o b o t e r r e s t r e y l a s r e l a c i o n e s d e l o s esp
m e n e s c o n s u t e r r i t o r i o , c l i m a , y flora y f a u n a l o c a l e s ofrecía u n p r i n c i p i o a l t e
p a r a o r g a n i z a r l a s e x h i b i c i o n e s d e a n i m a l e s y g e n t e , e i m p u l s a b a l a s mués
a m b i e n t a l e s q u e m o s t r a b a n l a interrelaclón d e l o s e l e m e n t o s e n u n h a b i t a t ,
n e s c o l e c c i o n a b a n s u s p r o p i o s especímenes t e m ' a n u n c o n o c i m i e n t o d e p r i i T v
m a n o d e s u s hábitats. C u a n d o c o n t r o l a b a n l a f o r m a d e e x l i i b i r s u s m a t e r i a l e s ,
más p r o b a b l e q u e p r e s e n t a r a n a n i m a l e s y p e r s o n a s e n s u s a m b i e n t e s n a t t u
C o m o B u h o c k , q u i e n recopiló m a t e r i a l p a r a s u s m u e s t r a s e n s u s v i a j e s y d e s p u
t r a t a b a d e r e a ' e a r l o s l u g a r e s d o n d e había e s t a d o , C h a r l e s WÜlson P e a l e c a ;
él m i s m o m u c h o s d e s u s especímenes, l o s t r a b a j a b a y c r e a b a i n s t a l a c i o n e s p - '
ellos c o n b a s e e n sus observaciones m i e n t r a s cazaba.
L a pasión p o r l a observación c e r c a n a e n e l l u g a r transformó l a m a n e r a d e Í
p e r i m e n t a r y d e s c r i b i r l o s p a i s a j e s d u r a n t e e l s i g i o x v i i i , y definió l a f o r m a
e x l i i b i r l o s especímenes e n l a s galerías, a l p u n t o d e q u e l a e x p e r i e n c i a d e v i a j
se convirtió e n e l m o d e l o p a r a l a s e x l i i b i c i o n e s s o b r e o t i ' O s l u g a r e s . ' ' ' ' S e ofrecía
l o s v i s i t a n t e s l a m u e s t r a c o m o u n sucedáneo d e v i a j e s , y l a s m u e s t r a s a s u v
p a r t i c i p a b a n e n e l discurso d e l viaje. P u b l i c i t a d a s c o m o experiencias d e viaje, la
panorámicas s e acompañaban d e n a i T a c i o n e s d e l o s v i a j e r o s q u e servían COJ
guías a l a d i s t a n c i a a través d e p a i s a j e s q u e habían v i s i t a d o e n p e r s o n a . L o s caza:
d o r e s y c o l e c c i o n i s t a s l l e v a b a n a l a s exlübiciones a q u i e n e s l o s asistían e n e l e x
t r a n j e r o , para c o m p l e t a r l a escena c o m o p a r a c o m e n t a r l a , y d e este m o d o t r a n "
f e r i a n a l a instalación d e l v i a j e r e c r e a d o l o s p a p e l e s d e guía n a t i v o y e n c a r g a d o d
los a n i m a l e s .
A s u r e g r e s o d e México e n 1 8 2 3 c o n m o l d e s d e r e s t o s a n t i g u o s , o b j e t o s etno-^'
gráficos, especímenes d e p l a n t a s y a n i m a l e s , y u n j o v e n indígena m e x i c a n o , W i l l i a i ' n ' -
B u l l o c k diseñó u n a exlilbición q u e haría s e n t h a l o s Aásitantes q u e e s t a b a n e n ese*
país, a l d i s f i r u t a r d e u n a panorámica d e l a C i u d a d d e A4éxico p i n t a d a e n l a p a r e d
y d e l c o n t a c t o d i r e c t o c o n s u s h a b i t a n t e s . U n o b s e r v a d o r d e l p e r i o d o Informó q u e
" c o n e l fin d e i n t e n s i f i c a r l a ficción, y d e c o l o c a r a l e s p e c t a d o r e n v e r d a d e n m e d i o
Véase B a r b a r a M a r i a S t a f t b r d , Foyage hUo Substance:Art Science, Nature, andllhtstrated TravelAc-
count, 1760-1840, C a m b r i d g e , M'-Assachusetts, M I T P r e s s , 1 9 8 4 .
p ^ i : T O S D E ETNOGRAFÍA ^69
las e s c e n a s r e p r e s e n t a d a s , [ p r e s e n t a b a ] unfac siinile [sk] d e u n a casa d e c a m p o
p i e x i c a n a , c o n jardín, u n árbol, flores y f r u t a ; tenían e l tamaño e x a c t o d e s u s m ó -
jelos naturales, y guardaban u n aidentidad inconfiindible". Para completar e l
gfecto, B u l l o c k instaló a l j o v e n indígena m e x i c a n o e n l a casa d e c a m p o y l o hacía
¿escribir o b j e t o s a l o s v i s i t a n t e s "t^nto como s u c o n o c i m i e n t o d e nuesü'a l e n g u a
jo p e r m i t a " , c o n l o q u e d e e s t e m o d o l o hacía desempeñar d o s t a r e a s , l a . d e espéci-
n i e n etnográfico y l a d e guía d e m u s e o . ' ' ^
£stilo v i v i e n t e
E n e l m o m e n t o e n q u e s e i n c l u y e a p e r s o n a s v i v a s e n estas m u e s t r a s s u r g e e l
p r o b l e m a d e l o q u e harán. A l c o n s i d e r a r l a s o p c i o n e s d e p r e s e n t a r a p e r s o n a s c o n
su " e s t i l o d e v i d a " , v a l e l a p e n a d i s t i n g u i r e n t r e r e c r e a c i o n e s e s c e n i f i c a d a s d e p e r -
formances culturales (bodas, fimeraies, cacerías, d e m o s t r a c i o n e s d e a r t e s m a r c i a -
les, r i t u a l e s chamánicos) y e l d r a m a d e l o c o t i d i a n o ( c r i a r bebés, c o c i n a r , R u u a i ' ,
escupir, h a c e r u n a f o g a t a , l a v a r , t a l l a r m a d e r a , tejer).''^
E n u n a m u e s t r a a f r i c a n a m u y p o p u l a r m o n t a d a e n 1 8 5 3 e n l a Galería d e
S a i n t G e o r g e , e n H y d e P a r k , 1 3 kafires " r e p r e s e n t a b a n e l r e t r a t o d e l ' d r a m a
c o m p l e t o d e l a v i d a kafir'con a ) a i d a d e u n a s e r i e d e e s c e n a s p i n t a d a s p o r C h a r l e s
Marshaíl. Consumían s u s a l i m e n t o s c o n e n o r m e s c u c h a r a s , c o n f e r e n c i a b a n c o n
u n c a z a d o r d e b r u j a s ' [ . . . ] y r e p r e s e n t a b a n u n a b o d a , u n a cacería y u n a e x p e -
dición m i h t a r , ' t o d o c o n s u s d a n z a s características', y t o d o t e r m i n a b a c o n u n a
c s c a r a i u u z a g e n e r a l p r o g r a m a d a e n t r e t r i b u s r i v a l e s " D o s décadas a n t e s , e n
1 8 2 2 , B u U o c k consiguió q u e u n a f a m i l i a l a p o n a y u n r e n o v i v o se r e p r e s e n t a r a n
e l Salón E g i p c i o , d o n d e conducían s u t r i n e o a l r e d e d o r d e u n p a n o r a m a
gélido c o m p l e t a d o c o n s u s t i e n d a s , u t e n s l H o s y a r m a s ; l o s l a p o n e s habían l l e g a -
p a r a c u i d a r a l r e n o , q u e , s e e s p e r a b a , podía i n t r o d u c i r s e e n I n g l a t e r r a ,
p e t o c u a n d o se v i o q u e n o e r a práctico, se recicló a l o s l a p o t a e s c o m o m u e s t r a s
C i t a d o p o r A l t i c k , op. cit., p . 2 4 8 .
''^ T o m o l a noción d e p e r f o r m a n c e c u l t u r a l d e JVÜlton S i n g e r , " S e a r c l i f o r a G r e a t T r a d i t i o n ín C u l -
tíiral P e r f o r m a n c e s " , When a Great Tradition Modernices: An AnthropoligicalApproacb to Lidian Civiltza-
''^'U N u e v a Y o r k , P r a e g e r , 1 9 7 2 , p . 7 1 .
/VltJck, op. cit., p . 2 8 2 .
 270 BARBARA KJRSHENBLATT-GlMu
eCnogrdEcas.^^ L o s etnólogos d e I n g l a t e r r a d o c u m e n t a r o n s u a r r i b o y apro-
c h a r o n s u p r e s e n c i a p a r a sus i n v e s t i g a c i o n e s . ^ ^
M i e n t r a s q u e l a noción d e q u e l a v i d a n a t i v a e r a i n h e r e n t e m e n t e dramáü
se permitió e s c e n i f i c a r l a y v e n d e r l a c o m o t e a t r o , y a l g u n o s e s p e c t a d o r e s v i
e n l a c a p a c i d a d d e l o s n a t i v o s p a r a r e p r e s e n t a r , y e n pattictüar p a r a i m i t a r ,
prueba de s u l i u m a n i d a d . Charles D i c k e n s , que e n general desdetiaba a l a g
e x l i i b i d a e n las m u e s t r a s etnográficas v i v i e n t e s , comentó a l v e r a l o s b o s q u i m a
e n e l Salón E g i p c i o e n 1 8 4 7 : "Qiüen h a y a v i s t o a l o s c u a t r o a d u s t o s , e s m i r r i a
a b y e c t o s b o s q u i m a n o s e n e i Salón E g i p c i o — c o n d o s a c t o r e s n a t u r a l e s a d i
n a l e s e n t r e e l l o s , u n varón y u n a m u j e r — p u e d e o l v i d a r cómo a l g o h u m a n
i m a g i n a t i v o p o c o a p o c o b r o t a e n e l h o r r i b l e h o m b r e c i l l o , c u a n d o a l estar a
c h a d o a n t e u n fi-iego d e c a r b o n c i l l o se l e a n i m a a d a r u n a representación d r a
t i c a d e l a persecución d e u n a b e s t i a , l o s d i s p a r o s c o n flechas e n v e n e n a d a s y
m u e r t e d e l a c r i a t L U ' a " . " S e instaló a l o s b o s q u i m a n o s fi^'ente a u n f o n d o escéni
a f r i c a n o , y además d e o f r e c e r l o s " p e r f o r m a n c e s c u l t i u ' a l e s " q u e t a n t o cauüvaro
D i c k e n s , dormían, fiuuaban, c r i a b a n a u n bebé y p o r l o demás se o c u p a b a n d e
a s u n t o s cotidianos.^'* L o qué es t a n e x t r a o r d i n a r i o s o b r e l a declai'ación d e D i c '
es l a implicación d e q u e l o q u e h a c e h u m a n o a u n b o s q u i r a a n o n o e s s u h a b '
d a d p a r a cazar, s i n o s u c a p a c i d a d d e i m i t a r l a cacería; es d e c u , s u c a p a c i d a d
representación.
E n t a n t o q u e l a v i d a c o t i d i a n a d e l o s demás llegó a ser e l c e n t r o d e a t e n c i
c o m o t e m a d e exiübición, l a etnografía, a l m e n o s p a r a a l g u n o s , ofrecía u n a críti
d e l a civihzación. E n s u reseña d e 1 9 1 1 s o b r e e l M u s e o JBritánico, H e n r y C . S h e U
comentó:
51 Jbideiih p p . 2 7 3 - 2 7 5 .
•^•^ E n sn ylddress lo the Ethnological Society of London, delivered at iheAnnual Meeting on the 25th
May, 1S55, L o n d r e s , Ethnologicül S o c i e t } ' o f L o n d o n ( 1 8 5 5 ) , 4 , J o h n C o n o U y notó "Jos b e n e f i c i o ;
p u e d e n esperarse de l a dirección i n m e d i a t a d e l a observación d e l o s M i e m b r o s d e l a S o c i e d a d E t n o l
a n t e c u a l e s q u i e r a [ n u e v a s i m p o r m c i o n e s d e n a t i v o s d e o t r a s r e g i o n e s a esta metrópolis] q u e U e g u ,
n u e s t r a s coscas; y e n purtícular a n t e l a s q u e l l e g u e n w n u e s t r o país p a r a s u exliibicíón. E s t o s b e n e f i c i o s
sistírían e n p a r t e e n e l c o m b a t e a l f r a u d e ; y e n p a r t e se derivarían d e l a ilustnición a d i c i o n a l d e l a d e n
q u e c u l t i v a m o s ; así c o m o d e l a atención q u e e s c a s a m e n t e se negaría a estos e s f i i e r z o s e n f a v o r d e natí
i n d e f e n s o s c i g n o r a n t e s d e n a c i o n e s i n c i v i l i z a d a s , c o m o d e b e n d e o l v i d a r l o s más a f o r U m a d o s l i a b i t a n
de las n a c i o n e s c r i s t i a n a s " .
53 /VlticJv, op. cit., p . 2 8 1 .
Ibidem.
f ^ B j E T O S D E ETNOGRAFÍA 271
Quizií i a hilui-idad c o n que e l v i s i t a n t e común recibe las lecciones de objetos d e
etnografía surja d e su desmesurada arrogancia respecto d e l v a l o r e i m p o r t a n c i a
¿Q S U p r o p i a f o r m a p a r t i c u l a r de civilización. S i n d a d a t i e n e m u c l i o e n común
c o n el viajero que pierde e l c a m i n o e n su travesía y describe e l p u n t o climático
de su experiencia e n estas palabras; " T r a s c a m i n a r once horas s i n h a l l a r rastro d e
liuellas h u m a n a s , para m i g r a n a l i v i o y goce, v i a u n h o m b r e que colgaba de u n a
horca; m i placer c o n ese a l e n t a d o r prospecto era inexpresable, pues m e c o n v e n -
cía de que había llegado a u n pnís civiBzado".^^
Éste es e l e f e c t o etnológico i n v e r s o : n u e s t r a p r o p i a b a r b a r i e s e v i v e c o m o c i -
vilizada.
Exhibir lo cotidiano
Errores degenero
E l d r a m a d e l o c o t i d i a n o se g e n e r a e n l o q u e J o h n M a c A l o o n d e n o m i n a u n e r r o r
de génei-o: l a v i d a d e u n h o m b r e es e l espectáculo d e o t r o hombre.^*^ L a s e x h i b i -
ciones institucionaÜzan este e r r o r a l p r o d u c i r l o c o t i d i a n o c o m o espectáculo; h a c e n
esto a l i n c o r p o r a r e l p a p e l d e l o b s e r v a d o r a l a e s t r u c t u r a d e s u c e s o s q u e , d e j a d o s a
su s u e r t e , n o s o n d i g n o s d e e s c r u t i n i o v i s u a l . Según e l anáfisis d e D e a n M a c C a n -
n e l l d e l a " a u t e n t i c i d a d e s c e n i f i c a d a " , estas exíiibiciones " e s c e n i f i c a n l a región
atrasada", c o n l o q u e d e e s t e m o d o c r e a n u n a n u e v a región adelantada.^'' E n l o
clue s i g n i f i c a u n c o r o l a r i o lógico d e l o b j e t o autónomo, l a g e n t e , s u c o t i d i a n i d a d y
sus a c t i v i d a d e s se m o n t a n e n u n e s p a c i o estético hermético — t r a s u n a c e r c a e n
u n jardín zoológico, e n l a p l a t a f o r m a d e u n a galería, c o l o c a d o e n u n e s c e n a r i o o
a r r e l l a n a d o e n u n a a l d e a r e c o n s t r u i d a e n e l césped d e l t e r r e n o d e l a exlúbición—
d o n d e se i n v i t a a l o s v i s i t a n t e s a m i r a r .
^5 S l i e l l e y , o / . . c , V . , p p . 2 9 9 , 3 0 0 .
E l análisis d e l espectáculo se d e b e a j o h n J. M a c / V I o o n , " 0 1 y m p i c G a m e s a n d t b c T l i e o r y o f S p c c -
^^•^le i n M o d e r n S o c i e t i e s " , e n J o h n J . M a c / V l o o n ( c d . ) , Rite, Drama, Festival, Spectacle: Rehearsals Toward
« Tl^eory of Cultural Performance, F i l a d e i f i a , i s H i , 1 9 8 4 .
E ) e a n M a c C a n n e l l , The Taurisí:A New TIjeoty of the Leisure Clnss, N u e v a Y o r k , S c i i o c k e n , 1 9 7 5 ,
Pp. 9 1 - 1 0 7 . D e a c u e r d o c o n l o s análisis dramatúrgicos d e interacción s o c i a l d e E r v i n g G o f f m a n , M a c -
•'"incll a n a l i z a estos fenómenos e n términos d e r e g i o n e s a d e l a n t a d a s y a t r a s a d a s .
 BARBAR/V KIRSHENBLATT-GIMBL
Híiy a l g o a c e r c a d e l a a p a r e n t e n a t u r a l i d a d d e l m u n d o d e l s e n t i d o comú
s u e l u s i v i d a d , q u e h a c e t a n a t r a c t i v o s e s t o s e r r o r e s d e género. L o c o t i d i a n o , e
v i r t u d d e q u e se l e a c e p t a s i n m a y o r e s c u e s t i o n a m l e a t o s , s e p r e s e n t a c o m o a l g
d a d o , n a t u r a l , q u e está allí, s i n n o t a r s e p o r q u e se d a p o r s e n t a d o . S e c o n v i e r
e n a l g o d i s p o n i b l e p a r a l a contemplación e n c o n d i c i o n e s e s p e c i a l e s , l a s más d
l a s v e c e s m e d i a n t e l a repetición q u e p r o d u c e a b u r r i m i e n t o , o m e d i a n t e \
c o m p a r a c i o n e s ( i n d u c i d a s p o r c o n t r a s t e , i n c o n g r u e n c i a , violación y f a l t a d
p r o p i e d a d ) q u e p o n e n e n t e l a d e j u i c i o e s t a aceptación i n c u e s t i o n a d a . ^ ^ L a t a i
d e c r e a r fisuras q u e o f r e z c a n e v i d e n c i a d e q u e l o común está e n r e a l i d a d a i
i m p u l s a l a fascinación c o n l a penetración e n e l e s p a c i o v i t a l d e l o s demás, c o
l a intrusión, c o n e s e h u r g a r h a s t a e n l o s l u g a r e s más íntimos, s e a e l i n t e r i o r d
v i v i e n d a s o l o s i n t e r s t i c i o s más recónditos d e l o s c u e r p o s . A l h a c e r u n espectácul
d e u n o m i s m o , o d e o t r o s , " l o p r i v a d o u o c u l t o se e x h i b e a l púbhco: l o p e q u e n
o c o n f i n a d o deviene exagerado, m o n u m e n t a l u ostentoso".^^ L a s vidas cotidiana'
d e l o s demás s o n p e r c e p t i b l e s j u s t a m e n t e p o r q u e l o q u e a c e p t a n s i n m a y o '
c u e s t i o n a m i e n t o n o es l o q u e n o s o t r o s a c e p t a m o s s i n c u e s t i o n a m i e n t o , :
m i e n t r a s más d i s t i n t o s s e a m o s d e l o s demás, más i n t e n s o será e l e f e c t o , p u e s 1
exótico es e l l u g a r d o n d e n a d a es m a n i f i e s t a m e n t e común. E s t o s e n c u e n t r o
nos obligan a hacer comparaciones que perforan la m e m b r a n a de nuestro propio;
m u n d o c o t i d i a n o , l o q u e nos p e r m i t e ser espectadores, p o r u n breve instante>
d e n o s o t r o s m i s m o s , e f e c t o q u e también e x p e r i m e n t a n q u i e n e s están e n exhin^
bición.
L n a g i n e q u e s e l e i n s t a l a e n u n c u a r t o e n u n a exlúbición e n , d i g a m o s -
B a n g l a d e s h , d o n d e l a tínica instrucción q u e se l e d a es q u e r e a U c e s u s a c t i v i d a d e s ,
i g u a l q u e e n s u c a s a — h a c e r café, l e e r úNevj York Times, t r a b a j a r e n l a c o m p u t a d o r a ,
h a b l a r p o r teléfono, p a s e a r a l p e r r o , d o r m i r , l a v a r s e l o s d i e n t e s , a b r i r l a c o r r e s p o n -
d e n c i a , c o m e r granóla, r e t h ' a r e f e c t i v o d e u n c a j e r o automático— m i e n t r a s l o v e n ,
v i s i t a n t e s c u r i o s o s . ' ' ^ E l r e t o e n estas muesü'as es e v i t a r e l p e r f o r m a n c e , es decir,
Véase A l i c c K a p l a n y I C r i s t i n R o s s (eds.), " E v c r y d a y Lífe", número e s p e d i d d e Yale French Studies
73, 1 9 8 7 .
M a c A l o o n , op. dt., p . 2 4 4 .
^'^ E s t a s i n s t a l a c i o n e s se e n c u e n t r a n h o y e n día e n l a d u d a d d e N u e v a Y o r k , e n d o n d e Jos a r d s t a s
d e p e r f o r m a n c e q u e a x p i o r a n l a s f r o n t e r a s problemáticas e n t r e v i d a y a r t e p r e s e n t a n n c d v i d a d e s d e l a
v i d a común p a r a su consideración c o m o d e d a r a d o n e s artísticas. Véase e n High Perfarmance:A Quarterly
Magazinefor t/je New ArtsyliidienceinCom^z d e e s t e t r a b a j o .
^ ^ ^ ^ J E T O S D E ETNOGRAFÍA 273
j ^ i a n t e n e r u n a r e c i p r o c i d a d asimétrica, según l a c u a l q u i e n e s s o n o b s e r v a d o s se
Q c u p a n d e s u s a s u n t o s c o m o s i n a d i e l e s p r e s t a s e n i n g u n a atención, a u n q u e s a -
l^enios d e s d e hííce m u c h o q u e l o q u e o b s e r v a m o s s e a l t e r a e n v i r t u d d e i a o b s e r -
vación m i s m a .
L a r e c i p r o c i d a d d e l e f e c t o d e l m u s e o se d e s e n c a d e n a c o n u n s i m p l e " g i r o d e l a
cabeza", q u e b i f u r c a l a m i r a d a d e l e s p e c t a d o r e n t r e l a exposición exótica y s u
p r o p i o m u n d o c o t i d i a n o . U n v i s i t a n t e d e l a exhibición d e l o s b o s q u i m a n o s e n e l
Salón E g i p c i o e n 1 8 4 7 comentó: " E r a extraño también, a l v e r a través d e u n a d e
líis v e n t a n a s d e l salón [ d e l a exlúbición] h a c i a l a c a l l e a t a r e a d a , r e f l e x i o n a r e n q u e
c o n u n s o l o g i r o d e l a c a b e z a se p r e s e n c i a r a n l o s d o s e x t r e m o s d e l a h u m a n i d a d " . ^ ^
E l c r i s t a l q u e s e p a r a b a l a ilusión d e e s t a r e n o t r o l u g a r , p o r u n a p a r t e , d e l a i n m e -
diatez d e l a v i d a d e las calles l o n d i n e n s e s , p o r o t r a , se e l i m i n a b a e n las presenta-'
ciones q u e se b a s a b a n e n p a r t e e n este e f e c t o d e intensificación d e d i c h a s I n c o n -
gi'uencias. E n l a m u e s t r a d e G e o r g e C a t U n , e n L o n d r e s , e n 1 8 4 4 , " e l espectáculo d e
los i n d i o s d e t e z r o j a q u e a c a m p a r o n [ e n c u a t r o üpis] y d e m o s t r a b a n s u maestría e n
el d o m i n i o d e l o s c a b a l l o s e n l o s p a t i o s d e l V a t i x l i a l l , d o n d e l o s señoritos d i e c i o -
chescos p a s e a b a n c o n l a s d a m i s e l a s c o n t o c a d o s d e F a n n y B u r n e y , debió ser u n o
de l o s espectácidos más i m p r e s i o n a n t e s d e l día".^^
P a r a q u i e n e s se q u e j a b a n d e q u e " c o l o c a r a l s a l v a j e e n c o n t r a s t e d i r e c t o
c o n e l más e l a b o r a d o d e l o s p e r f o r m a n c e s d e l h o m b r e es u n p r o c e d i m i e n t o
d e m a s i a d o a b r u p t o , además d e i n i i t i r , e l d o c t o r J o h n C o n n o l l y , p r e s i d e n t e d e l a
S o c i e d a d Etnológica d e L o n d r e s , respondió e n 1 8 5 5 q u e l a inclusión d e m u e s -
tras etnológicas e n e l P a l a c i o d e C r i s t a l d e S y d e n h a m ofrecía c o n t r a s t e s v a l i o s o s .
E n s u opinión, e s t a s e x p o s i c i o n e s " p r o v o c a b a n e l e s p l e n d o r [ d e l o s ] p e r f o r -
mances [ d e l h o m b r e ] cuando a u m e n t a n sus ventajas sociales" y d e m o s t r a b a n
q u e t o d o s p u e d e n "saÜr d e l a b a r b a r i e y d e s e a r r e f i n a m i e n t o y g o c e s " , m e n s a j e
t a n t o d e l a s u p e r i o r i d a d británica c o m o d e l o p t i m i s m o e n l a perfectibiÜdad d e
la h u m a n i d a d . "
L a incongruencia de intercalar dos cotidianidades diferentes alcanza u n a
especie d e a p o t e o s i s e n l a s e x p o s i c i o n e s q u e p r e s e n t a b a n a p e r s o n a s exóticas n o e n
C i t i i d o p o r A l t i c k , Sljows ofLomlon, p . 2 8 1 .
J o h n Q.on6W.y,Address to the Ethnological Sodety of London, delivered at the Annual Meeti?ig on the 25'^
<f May, 1855, L o n d r e s , E t h n o l o g i c a l S o d c t ) ' o f L o n d o n , 1 8 5 5 , p . 4 .
 274 BARBARiV KIRSHENBLATT-GIMBLE.
S U h a b i t a t ; n a t i v o , s i n o e n e l n u e s t r o . Irónicamente, a l m e n o s u n o b s e r v a d o r
p i g m e o s q u e t o c a b a n e l p i a n o e n l a b i e n e q u i p a d a sala d e l a c a l l e R e g e n t e n 1
opinó q u e e s t o e r a p r e f e r i b l e a " c o l o c a r l o s e n u n a t a r i m a p a r a q u e s e l e s o b s e
y h a c e r l o s r c a h z a r hazañas d e m a l g u s t o " , p u e s , e n t r e o t r a s cosas, " e l v i s i t a n t e l i
raímente l o s l l a m a p o r teléfono, y s e c o n v i e r t e e n u n o d e s u s o c i e d a d " , l o q
e q u i v a l e a d e c i r l a s o c i e d a d p r o p i a . E s t o s p i g m e o s a p r e n d i e r o n inglés y a d q u h '
r o n l o s " r u d i m e n t o s d e l a civiUzación europea".^''
E l efecto d e l m u s e o
U n a v e z p e r f o r a d o e l sello d e l o c o t i d i a n o , l a v i d a se e x p e r i m e n t a c o m o s i
r e p r e s e n t a r a : l a s metáforas d e l a v i d a c o m o e n u n l i b r o , e l e s c e n a r i o y e l m u s
c a p t u r a n e s t e e f e c t o c o n m a t i c e s p a r t i c u l a r e s p a r a c a d a metáfora. C o m o l o p '
t o r e s c o , e n d o n d e l a s p i n t u r a s ñjan e l c r i t e r i o p a r a l a e x p e r i e n c i a , l a s e x h i b i d
n e s d e l o s m u s e o s t r a n s f o r m a n l a m a n e r a c o m o l a g e n t e v e sus p r o p i o s e n t o r n
i n m e d i a t o s . E l e f e c t o d e l m u s e o o p e r a e n a m b a s d i r e c c i o n e s . N o sólo las eos'
c o m u n e s d e v i e n e n e s p e c i a l e s c u a n d o s e l e s c o l o c a e n m u s e o s , s i n o también-
e x p e r i e n c i a n a i s m a d e l m u s e o se c o n v i e r t e e n u n m o d e l o p a r a e x p e r i m e n t a r l a vi
f l i e r a d e s u s m u r o s . C o m o l a m i r a d a q u e penetró l a s e x l i i b i c i o n c s d e p e r s o n "
d e t i e r r a s l e j a n a s se volvió a l a s c a l l e s d e l a s c i u d a d e s e u r o p e a s y e s t a d u n i d e
ses, l o s c i t a d i n o s c o m o J a m e s B o s v ^ e U i n f o r m a r o n q u e c a m i n a r p o r l a s c a l i
d e L o n d r e s c u 1 7 7 5 e r a " u n g r a n e n t r e t e n i m i e n t o p o r sí m i s m o . V e o u n v a s
m u s e o d e t o d a clase d e o b j e t o s , y p i e n s o c o n u n p o c o d e a s o m b r o q u e l o v e
gratis"."
A i v a c i a r s e e n l a u b i c u i d a d d e l m u n d o d e l s e n t i d o común, e l e f e c t o d e l m
s e o g e n e r a d i s t i n c i o n e s e n t r e l o exótico y l o c o n o c i d o c e r c a n o a casa. S e añnan lá
c a h b r a c i o n e s d e l a d i f e r e n c i a . L o s o b j e t o s d i f e r e n c i a d o s se v u e l v e n más m'tídc
U n o se h a c e cada v e z más exótico p a r a sí m i s m o , c o n f o r m e se i m a g i n a cómo v e n 1 ,
demás l o q u e c o n s i d e r a m o s n o r m a l : a l e s c r i b u acerca d e l a da?2se du venere e n e l ái^
d e l Litüe C a h o e n M d w a y P l a i s a n c e , e n l a F e r i a M u n d i a l d e C h i c a g o d e l 8 9
F r e d e r i c k W a r d P u t n a m comentó q u e l o s v i s i t a n t e s poch'an m a h n t e r p r e t a r es
C i t n d o p o r A l t i c k , op. cil., j j . 2 8 6 .
mchm, p . 3 3 .
, 1 3 j E T 0 S D E ETNOGRAFÍA 275
O
baile c o m o " b a j o y reptüslvo" p o r q u e n o l o comprendían, p e r o q u e " e l v a l s parecería
p o r i g n a l a j e n o a estas m o r e n a s m u j e r e s egipcias".^^
E n E s t a d o s U n i d o s e L i g l a t e r r a d u r a n t e l a década d e 1 8 9 0 , l o s i n m i g r a n t e s
i-ecién l l e g a d o s se c o n v i r t i e r o n e n e l " o t r o " eti:iográ£co, e n p a r t e c o m o u n a f o r m a
de crear d i s t a n c i a s o c i a l e n las a m e n a z a d o r a s c o n d i c i o n e s d e l a p r o x i m i d a dfísica:u n
c i o c u m e n t o titulado " M i s s i o n - W o r k a m o n g t b e UnenÜghtened "Jews" [ O b r a s m i -
sioneras e n t r e l o s judíos n o i l u m i n a d o s ] , q u e se entregó e n e l C o n g r e s o d e m u j e r e s
judías e n 1 8 9 3 , e n l a Exposición d e l M . u n d o C o l o m b i n o e n C h i c a g o , c a r a c t e r i z a b a
^ los i n m i g r a n t e s e n L o n d r e s y N u e v a Y o r k c o m o " n a t i v o s a p e n a s v e s t i d o s y páU-
dos e n n u e s t r o s p u e b l o s " , y o b s e r v a b a q u e " ' B o r r i o b o o l a ~ G h a ' * s e sustituyó c o n
' V V h i t e c h a p e r , ' M u l b e n y B e n d ' y l o s d i s t r i t o s o b r e r o s más cercanos".^^
E i tropo de l a ciudad c o m o continente negro, y el periodista y reformista
s o c i a l c o m o aventiu-ero/etnógrafo e r a n c o m u n e s e n e s t o s r e c u e n t o s d e m e d i a d o s
del s i g l o X I X , c o m o London Labour and. the London Poor ( 1 8 6 1 - 1 8 6 2 ) , d e H e n r y
Mayhew.*'^ U n o d e los atractivos d e los b i u r i o s pobres era su accesibihdad a l a
m i t a d a , s u " i n t i m i d a d a l a v i s t a " . C u a l q u i e r f u e r e i i o podía v e r s i n e s t o r b o s e n esas
ciUes l o q u e e n m e j o r e s b a r r i o s e s t a b a o c u l t o e n u n i n t e r i o r doméstico i n a c c e s i b l e ,
en u n c a r r u a j e c e r r a d o o d e b a j o d e v a r i a s capas d e r o p a . A l c o m i e n z o d e l s i g l o x x e n
la c i u d a d d e N u e v a Y o r k , u n e s a i t o r comentó:
L a h u m a n i d a d n o es sólo el estudio más n o b l e d e l h o m b r e , sino el más e n t r e t e -
n i d o . L a gente es más interesante que las cosas o los l i b r o s , los periódicos i n c l u s o .
E l East Side es en especial c o n v e n i e n t e para l a observación d e la gente p o r q u e
h a y tales cantidades de ella s i e m p r e a l a v i s t a y p o r q u e su h a b i t a t y costiunbres
son francos, y favorables hasta cierto grado para la i n t i m i d a d a la vista. D o n d e cada
R a l p h W . D c x t c r , " P i i t n a t n ' s P r o b l c m s PopularÍ7,Íng A n t h r o p o l o g y " , ^/«enm/; Scieníisl 54, núm.
3-156ó,p. 3 2 5 .
P r i m e r a s e n t a m i e n t o británico e n N i g e r i a [ T . ] .
M i n n i e D . L o i i l s , " M i s s i o n - W o r k A m o n g d i c UncnÜgluened J e w s " , e n Papen of iheJeivish Women's
^^igj-ess held at Chicago, September 4, 5, 6, and 7,1S93, F i l a d e i f i a , J e w i s h Pablicatíon S o c i e t y o f A m e r i c a ,
^ ' PP- 1 7 1 , 1 7 2 . D e s e o a g r a d e c e r a S l i a l o m G o J d t n n n p o r f a c i l i t a r m e u n e j e m p l a r d e e s t e v o l u m e n ,
^^^ñoboola Ghft. a p a r e c e e n Bíack Plonse c o m o c l l e j a n o l u g a r d o n d e los füántropos m a l e n c a m i n a d o s ,
°^^o 1.1 señora J c l l y b y , d e d i c a n s u s energías píini c u i d a r a Jos " n a t i v o s " , m i e n t r a s i g n o n m e l bícncsf.ir d e
p r o p i a s f a m i l i a s y d e l o s p o b r e s e n su cercanía.
VL-HSC C h r i s t o p h c r H e r b e r t , " R a t W o r s h i p ¡md T a b o o ín M a y l i c v v ' s L o n d o n " , Representations 23,
^^^^no d e 1 9 8 8 .
 276 B A R B A R / V K I R S H E N B L / V T T - G I M B L E
f a m i l i a tiene u n a casa c o m p l e t a para ella y vive d e n t r o de ella, y sus m i e m b r o s
n u n c a salen salvo vestidos del t o d o — s o m b r e r o s , guantes y modales—• es en vano "
esperar conocerlos d e m o d o íntimo a l cruzarse c o n ellos e n l a acera. E s posible
c a m i n a r p o r toda l a Q u i n t a A v e n i d a d u r a n t e d i e z años y n u n c a ver a u n n m a d r e •
a m a m a n t a r a su recién nacido a las puertas d e su casa, p e r o e n las calles de M o t t
o M u l b e n y o C h e r r y eso es común, y s i e m p r e interesante p a r a e l observador i
respetuoso. C u a n d o se deja salir- a los pequeños de l a Q u i n t a A v e n i d a , si n o se les
lleva e n u n carruaje, a l m e n o s v^n c o n u n a i n s t i t u t r i z , y v a n vesüdos c o m o m a r -
garitas de c a m p o , y bajo tales restricciones c o m o la r o p a e i n c l u s o las i n s t i t u t r i c e s
más amables. P e r o l o s niños d e l Enst Side corretean p o r las aceras y las calles i
h o r a tras h o r a , c o n pocas restricciones y s i n ningún exceso d e cuidados, p o r l o •
g e n e r a l s i n sombreros, s i n guantes y descalzos cuando e l t i e m p o l o permite.^^
Aquí l a m e z c l a d e repulsión y atracción, c o n d e n a y celebración t a n habí
e n l a recepción d e m u e s t r a s etnográficas e n las salas d e exlúbición r e v e l a que,
o r i g e n d e l a crítica es a s i m i s m o l a b a s e d e l a t r a c t i v o . L a " i n t i m i d a d a l a v i s t a " , q'
s u g i e r e u n a d a s e d e d e s n u d e z s o c i a l , se c o m b i n a c o n l a " v i s t a d e s d e l a acera" p
rayai- e n l o q u e p u e d e d e n o m i n a r s e pornografía social:- l o p r i v a d o h e c h o públi
O , e n c a m b i o , aquí se e x p l o t a n las d i s p a r i d a d e s e n las d e f i n i c i o n e s ciütiuales
l o p r i v a d o y l o púbÜco: l a d i s c r e p a n c i a e n t r e l o q u e oti-os h a c e n púbhco y n o s
t r o s c o n s i d e r a m o s p r i v a d o también g e n e r a e m o c i o n e s v o y e i u i s t a s e n l o s zooló|
eos, e n p a r t i c u l a r e n las e x p o s i c i o n e s d e p r i m a t e s . D e m a n e r a s e m e j a n t e , e n 1'
m a n i c o m i o s , q u e d e s d e e l s i g l o x v n e n E u r o p a también c o m b i n a r o n e l c o n l
m i e n t o c o n l a exposición, e l púbÜco podía e n t r a r c o n H b e r t a d y o b s e r v a r l o s d
v a r i o s d e l o s d e m e n t e s . ^ ^ S i b i e n l a r e s p e t a b i U d a d tiene e l p o d e r d e ocultar-,
c o n t r o l a r e l acceso a l a v i s t a , l a p o b r e z a , l a l o c m r a , l o s niños, a n i m a l e s y l o s estra'
" b a j o s " d e l a h u m a n i d a d se r e v e l a n a l e x p o n e r s e p o r c o m p l e t o a l esaaitínio. I "
tóricamente, l a etnografía constituyó a sus siTJetos e n l o s márgenes d e i a g e o g i
h i s t o r i a y s o c i e d a d . Así, n o s o r p r e n d e q u e , e n u n a c o n v e r g e n c i a d e a v e n t u r a m o
E . S. M a r t i n , " E a s t S i d c ConúáQx^ÚQn¡¿\ Manlbly Magazine 96, m a y o d e 1 8 9 8 , p-'
™ Véase A l t i c k , op. cit., p p . 4 4 - 4 5 ; H e n r i K E U e n b e r g e r , ' " X l i e M e n t a l H o s p i t a l a n d t h e Z o o l o g l .
C a r d e n " , e n J o s e p h y B a r r i e IClaíts (cds.), Anlma/s nju¿ Mati in Historien/Perpsective, N u e v a Y o r k , H e
a n d R o w , 1 9 7 4 ; y M i c h e l F o u c a u l t , Maciness nnd Civilization: A History ofinsanity in tbe Age ofReüi
R i c h a r d H o w a r d ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , Rándom H o u s e , 1 9 6 5 [ e d . esp.: Locura y civilización: Una historia
la locura en la época clásica, México, F o n d o d e C u l t u r a Económica, 1 9 6 7 ] .
,0JETOS D E E T N O G R / V F Í A 277
loración s o c i a l y búsqueda d e s e n s a c i o n e s fiiertes, l a c i u d a d i n t e r i o r se c o n s -
^'^ n c o n i o u n t e r r i t o r i o s o c i a l m e n t e d i s t a n t e p e r o c o n u n a p r o x i m i d a d física exó-
erótica'—. L a s v i s i t a s a e s t o s t e r r i t o r i o s tientan a l a v e n t u r e r o a c r u z a r l a
tl^^ ^ , 1 • . . . . 71
^^^jgj-osa línea e n t r e e l v o y e t m s m o y l a e x t e r i o r i z a c t o n . ' '
instalarse e n l o s b a r r i o s bajos, d e l m i s m o m o d o que e l t u r i s m o , l l e v a a l espec-
tador a l s i t i o , e n t a n t o h a y áreas q u e s e c a n o n i z a n e n u n a geografía d e a t r a c c i o n e s ,
t e r r i t o r i o s e n t e r o s d e v i e n e n p a r q u e s etnográficos temáticos y e x t e n d i d o s . U n a
^^j^^pana d e c r i s t a l etnográfica p a s a p o r e l t e r r e n o . L a v i t r i n a , c o m o f o r m a d e v e r ,
se l l e v a a l s i t i o . U n v e c i n d a r i o , p u e b l o o región se c o n v i e r t e p a r a t o d o propósito y
esfuerzos e n u n m u s e o v i v i e n t e in situ. E l e f e c t o d e l m u s e o , a l h a c e r l o c o t i d i a n o
espectacular, d e v i e n e u b i c u o .
E l m o d o panóptico
E n conü-aste c o n l a p e r s p e c t i v a panorámica d e c l a s i f i c a c i o n e s g e n e r a f i z a d o r a s , l o s
p l a n t e a m i e n t o s in si¿u p a r a l a exposición d e l o c o t i d i a n o o p e r a n e n u n m o d o p a n -
óptico. E l p l a n t e a m i e n t o panorámico e x t i e n d e e l m u n d o e n t e r o d e f o r m a c o n c e p -
tual e n u n a clasificación Ünneana o e s q u e m a e v o l u t i v o , o d e m a n e r a e x p e r i e n c i a l e n
u n efecto escénico; éste es e l a t r a c t i v o d e las tecnologías p a r a o b s e n ' a r d e l tipo d e l
eidophiisikon* l a panorámica t e a t r a l y e l d i o r a m a . D e s d e u n a posición p r i v i l e g i a d a ,
el e s p e c t a d o r d o m i n a t o d o l o q u e c o n t e m p l a . L a v i s t a es t o t a l , e x t e n s a , d o m i n a n t e ,
e n r i q u e c e d o r a . C o m o p r o s p e c t o , c o n s e r v a e s c e n a r i o s p a r a a c c i o n e s fiitiuas.^^ E n
c a m b i o , e l p l a n t e a m i e n t o panóptico o f r e c e l a o p o r t u n i d a d d e v e r s i n ser v i s t o , d e
penetrar e n r e c o v e c o s i n t e r i o r e s , d e v i o l a r l a i n t i m i d a d . E n sus m a n i f e s t a c i o n e s más
problemáticas, e l m o d o panóptico tiene l a c u a h d a d d e l c o s m o r a m a y d e l a v i g i l a n -
cia: el e s p e c t a d o r tiene e l c o n t r o l .
Véase, p o r e j e m p l o , W i l l i a m B r o \ v n M e l o n e y , " S l u m m l n g i n N e w Y o r k ' s C h i n a t o w n , A G l i m p s c
' " t o t h e S o r d i d U n d e r w o r l d o f t h e M ' o t t S t r e e t Q i i a r t e r , w h e r e E l s i e S i g e l F o r m e d píer F a t a l A s s o c i a -
^lüns", Munsey's Magazine 41, núm. 6, s e p d c m b r e d e 1 9 0 9 .
Técnica d e l s i g l o x v n c o n s i s t e n t e e n p i n t u r a s e n m o v i m i e n t o q u e r e p r e s e n t a b a n fenómenos d e l a
^^turaleza [ T . ] .
S o b r e c l p r o s p e c t o , véase S t a f f o r d , Voyages into Substance, p p . 4 3 1 - 4 3 5 . S o b r e e l p a n o r a m a c o m o
^"ivcnción d i s c u r s i v a , véase M a r y L o u i s e P r a t t , " C o n v e n t i o n s o f R e p r e s e n t a d o n : W h e r e D i s c o u r s c a n d
^ c o l o g y M e e t " , e n P l e i d i B y r n e s ( e d . ) , Contemporary Perceptions of Lnnguage: Interdisciplinary Dimeu-
W a s h i n g t o n , D . C . , G e o r g c t o w n U n i v e r s i t y Press, 1 9 8 2 .
 278 BARBARA KIRSHENBLATT-GIMBLE
E n s u v e r t i e n t e más b e n i g n a , l a concepción panóptica a d q u i e r e l a f o r m a d e
h o s p i t a l i d a d , d e anfitrión q u e d a l a b i e n v e n i d a a u n v i s i t a n t e p a r a q u e e n t i ' e e n ^
e s f e r a p r i v a d a J ^ U n a guía r e c i e j i t e d e r e c r e a c i o n e s etnográficas d e " h o g a r e s " e n
M u s e o F i e l d , e n C h i c a g o , e j e m p l i f i c a e l m o d o panóptico: " A c a d a u n a d e las ca
se l e retiró u n a p a r t e d e l o s m u r o s y t e d i o s p a r a q u e u s t e d p u e d a v e r e n s u i n t e r i o r " -
L a cuestión es e l p o d e r d e d e j a r a l a v i s t a d e m a n e r a d i f e r e n c i a d a , d e m o s *
a l o s demás c o n r e s p e t o l o q u e i m o n o revelaría s o b r e sí m i s m o : e l p r o p i o cuer
persona y la vida.
L a s exposiciones e n v i v o c o m o m o d o r e p r e s e n t a c i o n a l t i e n e n sus prop"
p r e t e n s i o n e s . A u n q u e se i n t e n t e l o c o n t r a r i o , l a s m u e s t r a s e n v i v o t i e n d e n a h a
d e i a g e n t e a r t e f a c t o s , p o r q u e l a m i r a d a etnográfica o b j e t i f i c a . C u a n d o se i n
lucra a personas, h a y u n a Knea m u y delgada entre l a m i r a d a atenta y la escru'
d o r a . H a c e r q u e l a g e n t e se o c u p e d e s u s p r o p i o s o b j e t o s c o t i d i a n o s d e ínter',
v i s u a l y q u e d e d i s p o n i b l e a l e s c r u t i n i o t o t a l es d e s h u m a n i z a n t e , c u a h d a d d e /
e x l i i b i c i o n e s q u e n o pasó i n a d v e r t i d a p a r a a l g u n o s e s p e c t a d o r e s decimonónica
e n L o n d r e s , quienes se q u e j a r o n d e las exposiciones v i v i e n t e s c o n a r g u m e n t
humanitarios.^^
L a s m u e s t r a s vivientes, sean r e c r e a d o n e s d e actividades cotidianas o escei
cadas c o m o p e r f o r m a n c e s f o r m a l e s , también a - e a n l a ilusión d e q u e las a c t i v i d a
q u e se o b s e r v a n se efectúan y n o se r e p r e s e n t a n , práctica q u e c r e a l a ilusión
autenücidad, d e r e a U s m o . L a impresión es l a d e u n e n c u e n t r o s i n m e d i a d o
D e s d e e l p u n t o d e \ d s t a semiódco, l a s m u e s t r a s v i v i e n t e s problemaüzan e l esi
áé.perfor?77er, p u e s l a g e n t e d e v i e n e s i g n o d e sí m i s n a a . E x p e r i m e n t a m o s una:'-
presentación a u n q u e q u i e n e s l a s r e p r e s e n t a n s e a n , s i se desea, l a g e n t e m i s m a ,
autorrepresentadón es n o o b s t a n t e representadón. S e a q u e l a r e p r e s e n t a
e s e n d a l i c e (se v e l a q u i n t a e s e n c i a d e u n a p e r s o n a o r i g i n a r i a d e B a h ) , sea q u e t o "
(se v e l a totaÜdad a través d e u n a fracdón), e l f r a g m e n t o etnográfico r e g r e s a
t o d o s l o s p r o b l e m a s d e l a c a p t i u a , i n f e r e n c i a , constitución y presentadón d
t o t a h d a d m e d i a n t e sus p a r t e s .
S o b r e e l panóptico, véase M i c h e l F o u c a u l t , Discipline midPiinish, N u e v a Y o r k , R o u t l e d g e , 1 9 7 9
esp.: Vigilar y castigar: nacimiento de la prísió?!, México, S i g l o X X I , 1 9 8 9 ] .
^"^ Nnncy'L.Eviins,'By OurPIonsesYoii WillICnow Us':ATourofHomesat tbe Field Museum. Cli¡
D a v i d A d l e r Cultural Center, 1989, p. 3.
J o h n C o n o i l y , The Etbnological Exhibitions of London, Read at a Meeting ofthe Ethnological'
Londres, J. Churchill, 1855.
B j E T O S D E ETNOGRAFÍA 279
Cultura de representadón
p o d e m o s d i s t i n g u i r cntr-e e l m u s e o c o m o t m a f o r m a d e e n t i e r r o — u n a t u m b a
c o n u n a v i s t a — y l a exposición v i v i e n t e . E s t a s metáforas t i e n e n raíces históricas
[a h i s t o r i a d e i o s e n t i e r r o s y e n c a r c e l a m i e n t o s c o m o t r a d i c i o n e s d e exposición p o r
ciereclio p t o p i o . L a s d i f e r e n c i a s e n t i ' e e l l a s s e e x p r e s a n e n l a organización s e n s o r i a l
de l a m u e s t r a .
l^os s e n t i d o s c o m p a r t i m c n t a d o s
L a p a r c i a h d a d t a n e s e n c i a l p a r a e l o b j e t o etnográfico c o m o f r a g m e n t o también se
expresa e n l a fragmentación d e l a percepción s e n s o r i a l e n l a s e x l i i b i c i o n e s c o n -
vencionales d e l o s m u s e o s . C o n las i m p o r t a n t e s excepciones d e l e n t r e t e n i m i e n t o
p o p u l a r , ópera, m a s c a r a d a s y b a n q u e t e s y p e r f o r m a n c e d e v a n g u a r d i a , e n t r e o t r a s
variantes, la tendencia europea h a sido separar los sentidos y d e h m i t a r l o s , u n o a
la vez, p a r a l a f o r m a d e a r t e a d e c u a d a . C a d a s e n t i d o , u n a f o r m a d e a r t e . E s c u c h a -
m o s música. V e m o s p i n t u r a s . L o s b a i l a r i n e s n o h a b l a n . L o s músicos n o b a i l a n .
L a a t r o f i a s e n s o r i a l se a c o p l a c o n l a atención c e r c a n a y s o s t e n i d a . D e b e n eÜmi-
narse t o d a s l a s d i s t r a c c i o n e s : n o h a b l a r , m o v e r p a p e l e s , c o m e r , t o m a r f o t o s c o n
flash. E i s i l e n c i o a b s o l u t o r i g e l a e t i q u e t a e n l o s s a l o n e s d e c o n c i e r t o s y e n l o s
museos. L a s revelaciones aurales y oculares e n este m o d o r e q u i e r e n a m b i e n t e s
prístinos e n l o s q u e e l o b j e t o d e contemplación q u e d e a i s l a d o p a t a s u atendón
fíiscinada. L o s l e t r e r o s q u e e s t i p u l a n r e g l a s a l a e n t r a d a } ' l o s g u a r d i a s e n e l i n t e -
n o r a s e g u r a n q u e se c o n s e r v e ese d e c o r o . C u a n d o se recíasificó a l o s o b j e t o s e t -
'^ográficos c o m o " a r t e p r i m i t i v o " y se l e s exhibió c o m o p i n t u r a s y e s c i d t i u a s , c o t n o
°^jetos s i n g u l a r e s p a r a l a percepción v i s u a l , s u b i e r o n d e categoría, p u e s , e n l a j e -
^í^tquía d e l a s m a n i f e s t a c i o n e s m a t e r i a l e s , l a s b e l l a s a r t e s s o n l a s r e i n a s s u p r e m a s .
la m e d i d a e n q u e se i d e n t i f i c a a l o s o b j e t o s c o n s u s c r e a d o r e s , l a s c u l t i u a s r e -
P^'csentadas a través d e o b r a s d e a r t e también a s c i e n d e n d e categoría.
l ^ n c o n t r a s t e c o n las e x h i b i d o n e s c o n v e n c i o n a l e s d e l o s m u s e o s , q u e t i e n d e n
^ ^'educir l a c o m p l e j i d a d s e n s o r i a l d e l o s s u c e s o s q u e r e p r e s e n t a n y a o f r e c e r l o s
^ólo p^^.^ ^1 (-i^ig-j-g v i s u a l , l o s m o d o s indígenas d e exposición, e n p a r t i c u l a r e l
^^ivalj p r e s e n t a n u n a a l t e r n a t i v a i m p o r t a n t e . E n t a n t o s u c e s o s m u l t i s e n s o r i a i e s ,
 280 BARBAli>V K I R S H E N B L A T T - G I M B L E
c o n niúitipies f o c o s d e atención, i o s f e s t i v a l e s p u e d e n e x t e n d e r s e días, s e m a n a s
m e s e s . R e q u i e r e n c a m b i o s s e l e c t i v o s d e atención, o u n a atención m u y d i s c i p l i j i
d a , e n u n a m b i e n t e d e motín s e n s o r i a l . L a cercanía d e l f o c o d e atención q u e
p e r a m o s s o s t e n e r e n s i l e n c i o e n u n c o n c i e r t o d e u n a h o r a es i n a d e c u a d a p a r a 1
a c t o s d e escala t a n g r a n d e y d e duración t a n l a r g a . L o s p a r t i c i p a n t e s d e l Rarnül;
f e s t i v a l y d r a m a r i t u a l q u e se e x t i e n d e d u r a n t e m u c h o s días e n e l n o r t e d e I n d i |
l l e v a n c o m i d a , d u e r m e n e n diferentes partes d e l acto, h a b l a n c o n sus vecinos,
l e v a n t a n , c a m i n a n , se v a n , r e g r e s a n . P a r t i c i p a n t o d o s l o s s e n t i d o s : o l f a t o , g u s
audición, t a c t o , q u i n e s t e s i a , v i s u a l . L a e x p e r i e n c i a d e n d e a s e r a m b i e n t a l , p u e s
e p i s o d i o s d e l d r a m a se r e p r e s e n t a n e n diversas u b i c a c i o n e s y n o e n u n espa
estético, s e l l a d o herméticamente, c r e a d o p o r u n p r o s c e n i o , telón o e s c a p a r a t e ,
c o n s i g n a es l a satiuación s e n s o r i a l , más q u e l a a t r o f i a s e n s o r i a l o i a revelación
u n s o l o s e n t i d o . L a percepción y atención s e n s o r i a l e s d e b e e s t r u c t u r a r s e d e d i
t i n t a m a t i e r a e n estos actos.
Vacaciones penuaneiites
E l f e s t i v a l , s e a q u e o c u r r a d e m a n e r a l o c a l o c o m o u n a antología d e p e r f o r m a n
etnológicos, p u e d e c o n s i d e r a r s e u n a f o r m a d e p e r f o r m a n c e a m b i e n t a l r e g i d o p
u n a estética d e t e a t r a h d a d p u r a . A u n q u e l a s e x l i i b i c i o n e s d e l o s m u s e o s t a m b i ,
p u e d e n considerarse u n a f o r m a d e t e a t r o a m b i e n t a l — l o s v i s i t a n t e s q u e se de
p l a z a n p o r ese e s p a c i o e x p e r i m e n t a n l a iiiise en scéne d e m a n e r a s v i s u a l y q u i n '
tésica—, l a s e x h i b i c i o n e s d e l o s m u s e o s t i e n d e n a p r o c e d e r d i s c u r s i v a m e n t e . L
f e s t i v a l e s s o n p o r l o g e n e r a l m e n o s didácticos y m e n o s t e x t u a l e s . D e p e n d e n m .
d e l o p e r f o r m a t i v o , a l r e s e r v a i - e l anáhsis t e x t u a l e x t e n d i d o , s i es q u e se o f r
p a r a e l tríptico d e l p r o g r a m a , y se e v i t a así l a i n c o m o d i d a d d e l d i s c u r s o a c e r c a
la gente v i v a e n s u presencia m i s m a .
H a y aquí u n a c o n v e r g e n c i a d e sensibÜidad e n t t e l o s etnógrafos i n t e r e s a d
e n e l f e s t i v a l c o m o género d e exposición y e i d e s c u b r i m i e n t o d e l a v a n g u a r
histórica d e l a t e a t r a h d a d d e l o s géneros d e l a v i d a c o t i d i a n a y c u l t u r a vernáci
A l r e c h a z a r l a s c o n v e n c i o n e s d e l t e a t r o clásico e u r o p e o , c o n s u d e p e n d e n c i a d
t e x t o dramático, l a a r q u i t e c t i u ' a f o r m a l d e l t e a t r o y l a s c o n v e n c i o n e s i m i t a t i v
A n t o n i n A i t a u d , B e r t o l t B r e c h t y algunos directores de E u r o p a O r i e n t a l q
O B J E T O S D E ETNOGIWÍA 281
trabajaron durante e l p e r i o d o entre l a p r i m e r a y l a segunda G u e r r a M u n d i a l v o i -
r i e r o n l a m i r a d a a l a s f o r m a s folclórícas y p o p i d a r e s d e B a h , Cíiina y E u r o p a e n
[jusca d e n u e v a s p o s i b i f i d a d e s artísticas. S u s e n s i b i h d a d artística valoró l a s f o r m a s
p e r f o r m a t i v a s q u e d e otr"0 m o d o tenían u n interés e s t r i c t a m e n t e l o c a l o etnográ-
fico, y o f r e c i e r o n l a p o s i b i h d a d d e e x p e r i m e n t a r l a s c o n u n a s e n s i b i h d a d d i s t i n t i -
v a m e n t e m o d e r n i s t a c o m o m o d e l o s d e t e a t r a h d a d p u r a . C r e a r o n n u e v o s púbficos
para l o s p e r f o r m a n c e s etnográficos y u n c h m a p r o p i c i o p a r a l o s f e s t i v a l e s q u e l o s
extraían y r e p r e s e n t a b a n .
L o s t u r i s t a s a q u i e n e s se l e s d i f i c u l t a b a d e s c i f r a r y p e n e t r a r l o c o t i d i a n o d e s u
d e s t i n o h a l l a r o n e n l o s f e s t i v a l e s l a introducción p e r f e c t a . Púbficos y e s p e c t a c u l a -
res, l o s f e s t i v a l e s t i e n e n l a v e n t a j a práctica d e ofi-ecer e n f o r m a c o n c e j i t r a d a en
u n l a p s o y l u g a r d e s i g n a d o s l o q u e e l t u r i s t a d e o t r o m o d o buscaría e n l a d i s p e r -
sión d e l a v i d a d i a r i a , s i n garantía d e e n c o n t r a r n a d a a l g u n a v e z . P o r l o generíü,
los f e s t i v a l e s l o c a l e s se c o l o c a n d e m a n e r a s i m p l e e n e l i t i n e r a r i o d e l t u r i s t a . U n
tríptico d e 1 9 8 1 p u b h c a d o p o r e l D e p a r t a m e n t o d e T u r i s m o d e l a I n d i a h a c e
justamente eso:
¿Por qué l o s festivales? P o r q u e celebran e l gO'¿o d e vivir. E l c a l e n d a r i o i n d i o es
u n a l a r g a procesión d e festivales. E l v i a j e r o p u e d e v e n i r cuando l o desee, y s i e m -
pre estará esperándolo a l g i i n espectáculo. S i usted se e n c u e n t r a e n e i l u g a r y
m o m e n t o precisos, es posible q u e s u c a l e n d a r i o i n d i q u e u n f e s t i v a l cada día.
P u e d e ser l a cosecha e n e l sur, l a dorada y breve p r i m a v e r a d e l n o r t e , e l especta-
cular paseo marítimo de l a inmersión de G a n e s h e n B o m b a y , e l fantástico f e s t i -
v a l de carros alegóricos de Purí, las carreras de lanchas de serpientes e n K e r a l a o
el concurso d e l Día d e l a RepúbÜca e n N u e v a D e l h i . T o d o s d i s t i n t o s . C a d a r e -
gión, cada religión tiene algo q u e celebrar [ . . . ] A s i s t a a u n f e s t i v a l c u a n d o v i s i t e
I n d i a . Ningún o t r o l u g a r exige t a n t o de sus leyendas, o, a l celebrar e l pasado,
engalana e l presente t a n m a r a v i l l o s a m e n t e .
S i b i e n l o s g r a n d e s f e s t i v a l e s s u e l e n a b s o r b e r c o n facÜidad a l o s t u r i s t a s , l o s
productores p u e d e n t o m a r m e d i d a s p a r a m a n t e n e r a l o s observadores casuales
^^jos d e a c t o s más pequeños q u e podrían a b r u m a r l o s . H a y aún o t r a s c e r e m o n i a s
locales e n e x t r e m o c o s t o s a s p a r a q u e p r o s p e r e n c o m o r e s u l t a d o d e l interés y d e
^os dólares d e l o s t u r i s t a s : l a s c r e m a c i o n e s e n B a l i , q u e r e q u i e r e n g r a n d e s s u m a s
 282 BARBAlíLA K I R S H E N B L A T T - G I M B
d e d i n e r o , a h o r a se e l a b o r a n e n m a y o r escala g r a c i a s a las g a n a n c i a s q u e g e n e r
t u r i s m o que paga p o r asistir a ehas.
L o s f e s t i v a l e s s o n p e r f o r m a n c e s c u l t u r a l e s p o r e x c e l e n c i a . C o n sus f r o n t -
d i s c e r n i b l e s e n t i e m p o y espacio, s o n e n p a r t i c u l a r f a v o r a b l e s p a r a l a e n c a p s u l a c i
D e b i d o a q u e l o s f e s t i v a l e s c o m p l e t o s p o r l o g e n e r a l o f r e c e n más d e l o que'
v i a j e r o c a s u a l p u e d e c o n s u m i r , y d e b i d o a q u e e s t o s c o m p l e j o s a c t o s n o viaj'-
b i e n , l o s e m p r e s a r i o s s u e l e n s a c a r f e s t i v a l e s l o c a l e s e i n c o r p o r a r sus p a r t e s e n o
clase d e a c t o s . E n u n i n t e n t o p o r h a c e r más r e n t a b l e s estas a t r a c c i o n e s , así co-
p o r r e s t r i n g i r e l a c c e s o a l o s t u r i s t a s a l a s áreas d e v i d a l o c a l d e c l a r a d a s i n a c c e '
bles, l o s e v e n t o s se a d a p t a n a l a s n e c e s i d a d e s especiales d e l o s v i a j e r o s r e c r e a d '
n a l e s . L o s e v e n t o s e s c e n i f i c a d o s d e m a n e r a específica p a r a v i s i t a n t e s se pres
b i e n a l a exportación, p u e s y a s e diseñaron p a r a púbÜcos e x t r a n j e r o s e n fec
concretas. A s i m i s m o , los eventos exportados elaborados para exposiciones i n t
n a c i o n a l e s p u e d e n t r a e r s e d e r e g r e s o a s u país c o n l a e s p e r a n z a d e a t r a e r t u r i s t a
l a economía l o c a l . L o s p e r f o r m a n c e s d e B a l l diseñados p a r a l a F e r i a M u n d i a l ,
París e n l a década d e 1 9 3 0 r e g r e s a r o n a s u país, d o n d e c o n t i n u a r o n p r e s e n t a n d o
l o s t i u i s t a s a l g t m a s d e sus v e r s i o n e s .
¿Importar t r u i s m o ? ¿O e x p o r t a r a l p u e b l o y a l f e s t i v a l ? E s t o s p r o c e s o s so_
recíprocos. L a s e x p o s i c i o n e s etnográficas n o s o n sólo u n a f o r m a d e r e c r e a r
e x p e r i e n c i a d e viajai* a l a d i s t a n c i a . C a d a v e z más, estas e x p o s i c i o n e s se presen*
e n los destinos de viaje m i s m o s , d o n d e p u e d e n desplazar l a experiencia d e viaj
p o r c o m p l e t o . T o d a P o l i n e s i a se r e p r e s e n t a e n 1 7 hectáreas d e l a i s l a h a w a i a
de O a l i u , e n e l C e n t r o C u l t i u ' a l P o B n e s i o : de acuerdo c o n u n folleto p r o m o d o n a l
1 9 8 5 , " v i e n e más g e n t e a c o n o c e r y a p r e c i a r P o U n e s i a m i e n t r a s v i s i t a e s t o s
t r e n o s b e h a m e n t e a r r e g l a d o s d e l a q u e n u n c a irá e n r e a l i d a d a esas i s l a s aq.
representadas".^*"
C o n f o r m e c r e d o e l t i u i s m o e n m a s a e n e l p e r i o d o p o s t e r i o r a l a segunt
G u e r r a M u n d i a l , p r o H f e r a r o n f e s t i v a l e s d e t o d a clase c o n l a intención exph'cita
f o m e n t a r e l t t u i s m o . U n a guía d e 1 9 5 4 d e f e s t i v a l e s e n E u r o p a h a b l a j u s t o d e es
Véase R o b e r t O ' B r i e n , 7Vii«í/5/;cfoss the Water: The Story ofthe Polynesmn Cultural Center, L a i c , H a v
P o l y n e s i a n C u l t u r a l C e n t e r , 1 9 8 3 . E s t e s i t i o m e r e c e u n m a y o r análisis. E l C e n t r o C u l t u r a l P o l i n e s i o eí
r e s u l t a d o d e l a ampliación d e l e s t a b l e c i m i e n t o a n t e r i o r d e l a misión m o r m o n a y c l c a m p u s d e Mü^'
de l a U n i v e r s i d a d B r i g h a m Y o u n g . E l c e n t r o p r e s e n t a a p o l i n e s i o s m o r m o n c s y s i r v e c o m o "escenario
l o q u e r e p r e s e n t a l a I g l e s i a m o r m o n a " . Aquí,' e n n u e s t n i época m i s m a , c l p e r f o r m a n c e etnográfico o p
c o m o " u n csíiier/.o m i s i o n e r o c r i s t i a n o d e l a m a y o r m a g n i t u d " , p . 8 9 .
^ j j j i r T O S D E ETNOGRAFÍA 283
[Eíi n b u n d n n d a d e festivales] significa diversión para t o d o e l que desee c o n v i v i r
con nuestros a m i g o s extranjeros cuando están e n s u m e j o r estado d e ánimo, o
para que ellos c o n v i v a n c o n n o s o t r o s s i así l o desean. [ L o s estadunidenses q u i e -
r e n satisfacer su] c u r i o s i d a d de v e r cómo v i v e n otras personas [...] C o m o todos
saben, e l m e j o r m o m e n t o poi'a v e r a l a m a y o r c a n t i d a d de gente en cualquier l u -
g^ir es e n u n festival. E s también u n a b u e n a época para conocer l o que le interesa
o d i v i e r t e , pues u n festival i n v a r i a b l e m e n t e refleja e l carácter d e l a reglón e n
d o n d e se l l e v a a cEibo y d r a m a t i z a Jas atracciones eocnómicas y recreativas, así
c o m o las aspiradones espirituales y estéticas d e l pueblo.^^
T e n e m o s aquí l o s t r o p o s p r i n c i p a l e s d e l a exposición etnográfica d e s d e l a
p e r s p e c t i v a d e l t u r i s m o c o m o I n d u s t r i a : l a p r o m e s a d e l a penetración v i s u a l , e l a c -
ceso n l a región a t r a s a d a d e l a v i d a d e o t r o s p u e b l o s , e l m u n d o c o t i d i a n o d e l o s
demás c o m o n u e s t r o p a t i o d e j u e g o , l a opinión d e q u e l a g e n t e se c o m p o r t a más
c o m o es c u a n d o s e d i v i e r t e , y l o s f e s t i v a l e s c o m o l a q u i n t a e s e n c i a d e u n a región y
su pueblo.^^ " C o n v i v i r c o n n u e s t r o s a m i g o s e x t r a n j e r o s " d e v i e n e e l p a r a d i g m a d e l
encuentro intercultural. E l vacadonista extranjero e n u n festival local l o g r a u n a s i n -
cronía p e r f e c t a : t o d o m u n d o está d e v a c a d o n e s , o eso parece. C o n o c e r a u n a s o c i e -
dad sólo e n s u ámbito d e f e s t i v a l , filtrado a través d e l l e n t e turístico d e l e s p e c -
táciüo, es p l a n t e a i - o t r o c o n j u n t o d e p r o b l e m a s ; l a ilusión d e l a t r a n s p a r e n c i a
cultural d e cara a u n a c o m p l e j i d a d i n d e s d f r a d a y l a i m a g e n d e u n a s o d e d a d e n v a -
caciones p e r m a n e n t e s . F e s t i v a l i z a r l a c u l t u r a es h a c e r d e c a d a día u n a fiesta.
P e r f o r m a n c e folclórico
L a c a l i d a d v i v i e n t e d e e s t o s p e r f o r m a n c e s n o o b v i a e l p r o b l e m a d e l a autonomía
s u carácter d e a r t e f a c t o , p u e s las c a n c i o n e s , c u e n t o s , b a i l e s y prácticas r i t u a l e s
s o n a s i m i s m o f a v o r a b l e s p a r a e l r e c o r t e etnográfico y p a r a s u presentación c o m o
R o b e r t M e y e r , J r . , FestivalsEurope, N u c \ ' a Y o r k , Ivés W a s b b u r n , 1 9 5 4 , pp. i x - x .
A n a l i z o estos t r o p o s d e m a n e r a más c o m p l e t a e n m i artículo " A u t h c n t i d t y a n d Autíiority ín t h e
^Representation o f C u l t u r e : '^Die Poetícs a n d P o l i d c s o f T o u r i s t P r o d u c d o n " , e n Ina-I\'íarin G r e v e r u s , K o n -
'•'^cl Kosüin, y H e i n ^ Scliíliing ( e d s . ) , "Kultiirkonnkt/ICulturkonílikt: Z u r E r f a h r u n g des F r e m d e n " , Noti-
28, núm. 1 , o c t u b r e d e 1 9 8 8 .
BIBLIOTECA C E N T R A L
U.N.A.M.
 BARBARA KIRSHENBLATT-GIMBl^^g
u n i d a d e s autónomas, a u n q u e n o d e l m i s m o m o d o q u e l o s a r t e f a c t o s . E s p o s i
separar l o s artefactos d e sus creadores, p e r o n o l o s p e r f o r m a n c e s d e quienes \
l l e v a n a c a b o . E s c i e r t o , se p u e d e n f o t o g r a f i a r l o s a r t e f a c t o s y r e g i s t r a r l o s p e r f o
m a n e e s . S i b i e n u n a t e t e r a sobre^dve a s u c r e a d o r ( a u n q u e , también, a l a l a r g a
convertirá e n p o l v o ) , l a música n o se o y e s a l v o e n e l m o m e n t o e n q u e se p r o d u
C o m o l a d a n z a y o t r a s f o r m a s d e p e r f o r m a n c e , l a representación m u s i c a l es e v
n e s c e n t e y n e c e s i t a u n a renovación c o n s t a n t e . P a r a q u e e l t a m b o r i l e o l o
t r a n s m i t i r u n s e n t i d o d e r e a l i s m o m e d i a n t e l a p r e s e n c i a física d e l t a i T i b o r , n e
s i t a m o s a l percusionista. P e r o u n p e r c u s i o n i s t a que t o c a los t a m b o r e s es t a m b i
u n f r a g m e n t o etnográfico. E l p r o s c e n i o d e l e s c e n a r i o , e l m a e s t r o d e c e r e m o n i
y el f o l l e t o d e l p r o g r a m a s o n para e l percusionista l o q u e e l aparador, etiqueta,
catálogo p a r a e l t a m b o r . L a c e n t r a l i d a d d e l o s a c t o r e s h u m a n o s e n e l p e r f o r m a n
y l a inseparabilidad d e proceso y producto s o n l o que distingue a los p e r f o r m a n
ees d e las cosas. S i b i e n es p o s i b l e v e r u n a r t e f a c t o c o m o e l r e g i s t r o d e l p r o c e s o d
s u m a n u f a c t u r a , c o m o u n s i g n o deíctico • — e l p r o c e s o está e n l o s r a s t r o s m a t e r i
l e s — , e l p e r f o r m a n c e es t o d o e l p r o c e s o . M e d i a n t e l a clase d e repetición r e q u e r i d
p o r l a s a p a r i c i o n e s e n e l e s c e n a r i o , s u s l a r g a s h o r a s d e duración y las e x t e n s a
giras, l o s p e r f o r m a n c e s se c o n v i e r t e n e n u n a clase d e artefactos. S e congela
D e v i e n e n canónicos. A d o p t a n f o r m a s a j e n a s , s i n o antitéticas, a l a f o r m a c o m
se p r o d u c e n y e x p e r i m e n t a n e n s u s a m b i e n t e s l o c a l e s , p u e s , c o n l a exposició
r e p e d d a , los p e r f o r m a n c e s ctdturales se " r u t i n i z a n " y t r i v i a l i z a n . E l resultad
c o n l l e v a a c t o s s i n u n a analogía c l a r a d e n t r o d e l a c o m u n i d a d d e l a q u e p r e t e n d i d a '
m e n t e se d e r i v a n y q u e l l e g a n a a s e m e j a r s e e n t r e sí más q u e a l o q u e i n t e n t a b a
representar.
L i t e g r a d o s a l flujo v i t a l , l o s a r t e f a c t o s y p e r f o r n a a n c e s q u e Ifistóricamen
h a n i n t e r e s a d o a l o s etnógrafos s o n c o n t i n g e n t e s : p o r l o g e n e r a l n o están h e c h o
p a r a presentárseles s o l o s , a l e j a d o s p a r a u n a atención e x c l u s i v a m e n t e estédca. L
f o r m a s p e r f e c t a m e n t e s a t i s f a c t o r i a s e n sus ámbitos n a t i v o s • — c a n t o s , percusión
b a l a d a s a cappella, p a s o s r e p e t i t i v o s d e baÜe— desafían a púbUcos e x p u e s t o s a eü
e n e s c e n a r i o s d o n d e se a c o s t u m b r a v e r ópera y b a l l e t . L a s compañías folclórica
p r o f e s i o n a l e s a d a p t a n tales f o r m a s a l o s v a l o r e s d e producción e u r o p e o s . Par'
m a n t e n e r e l interés d e n u e v o s púbhcos, l a s compañías folclórícas diseñan u n p r o
g r a m a v a r i a d o y eclécdco d e s e l e c c i o n e s b r e v e s . También d e p e n d e n d e l a c o m p a
ñamiento n u i s i c a l ( c o m o p i a n o u o r q u e s t a ) , d e l a armonía e u r o p e a , d e a r r e g l o
DEETNOGRA'FÍA 285
c o n c i e r t o y e s t i l o s v o c a l e s según e i m o d e l o d e l a ópera e u r o p e a , y d e e s t i l o s d e
^ a m i e n t o d e l a c l a s e d e l b a l l e t p a r a r e d u c i r l a sensación d e extrañeza y e l p o -
nió^
niov^'^ , . , . . „ 1 - • j j_ j
lenc'i^^ a b u r r i m i e n t o d e u n a canción a cappella, d e música m o n o c o r d e y d e d a n z a s
j-epctJdvas ( y e n a p a r i e n c i a s i n v i r t v i o s i s m o ) p a r a públicos vio c o n o c e d o r e s . P a r a
cui'npih- c o n r e q u e r i m i e n t o s e s t r i c t o s d e t i e m p o y p r e s e n t a r e x a c t a m e n t e l o q u e
promovió y anunció e n u n p r o g r a m a i m p r e s o , se r e s t r i n g e i a improvisación, s i
se l e e h m i n a . U n c o n j u n t o b i e n c o o r d i n a d o d e p r o f e s i o n a l e s c a p a c i t a d o s , a
m e n u d o más o m e n o s d e l a m i s m a e d a d y a p a i i e n c i a física, c o n u n v e s t u a r i o e s t i -
l i z a d o , las más d e las veces u n i f o r m e , e j e c u t a r u t i n a s c o n u n a coreografi'a m u y e n s a -
yada y g r a n precisión. U n a orientación f r o n t a l d u i g e e l p r o s c e n i o , a l c u a l se añaden
efectos t e a t r a l e s ( s o n i d o , l u c e s , escenografía). H a y u n a t e n d e n c i a h a c i a l o v i r t u o s o ,
adético y e s p e c t a c u l a r .
L o s r e p e r t o r i o s d e las compailías folclórícas s u e l e n i n c l u i r e x t r a c t o s d e f e s t i -
vales y r i t u a l e s : las b o d a s , c e r e m o n i a s d e sanación y r i t u a l e s d e c a z a s o n l o s f a v o r i t o s .
S i b i e n d i c h o s e x t r a c t o s a l u d e n a l a n a t u r a l e z a c o n t i n g e n t e d e l a música y l a
d a n z a , U e g a n a p a r t i c i p a r d e l t e a t r o , p u e s se l e s e x t r a j o d e s u s ámbitos l o c a l e s
sociales y c e r e m o n i a l e s , y se les recíasificó c o m o a r t e . A l m i s m o t i e m p o , l o s d e -
r e c h o s d e p r o p i e d a d d e l m a t e r i a l s e t r a n s f i r i e r o n d e l a s áreas l o c a l e s a l a nación,
d o n d e l a s f o r m a s r e g i o n a l e s s e d e c l a r a n h e r e n c i a n a c i o n a l . L a s compañías n a -
cionales s u e l e n r e p r e s e n t a r t r a d i c i o n e s d e t o d o e l t e r r i t o r i o , s m i m p o r t a r l a h i s t o r i a
personal de cada ejecutante. C o m o todos ejecutan todos l o s performances y
t o d o p e r t e n e c e a t o d o s , n o se d i s t i n g u e n l a s d i f e r e n c i a s . L o s p r o g r a m a s e n d i v e r -
sos i d i o t u a s , además d e o f r e c e r v a r i e d a d , p o r l o g e n e r a l r e p r e s e n t a n a u n a c o m u -
n i d a d i m a g i n a d a c u y a d i v e r s i d a d se i n t e g r a c o n armonía, e n d o n d e l a d i f e r e n c i a
se r e d u c e a l e s t i l o y l a decoración, a l a c h i s p a d e l a v i d a . Así, l a d i f e r e n c i a CLÜ-
t u r a l se e l o g i a p o r l a v a r i e d a d y c o l o r e s q u e añade a u n e s c e n a r i o d e o t r o m o d o
Soso y g r i s .
E s t a s e l e c c i o n e s e n l o s r e p e r t o r i o s y e s t i l o s c o n l l e v a n u n a c a r g a ideológica,
f ' t e t e n d e n h a l l a r u n p u n t o m e d i o e n t r e p l a c e r e s exóticos y c o n o c i d o s , e i n s e r -
"^ar estas f o r m a s ( y a perfortjiers) e n l a s jerarquías e u r o p e a s d e expresión a r -
tística m i e n t r a s e s t a b l e c e n s u s p e r f o r m a n c e s c o m o h e r e n c i a n a c i o n a l . M i e n t r a s
'"'"las m o d e r n o s e a e l t e a t r o d o n d e l a compañía e j e c u t a e l p e r f o r m a n c e , m e j o r ,
P^^es a m e n u d o h a y u n m e n s a j e d u a h e l p o d e r o s o E s t a d o m o d e r n o , e x p r e s a d o
^•1 l o s p e r t r e c h o s d e l a civihzación y l a tecnología, está e n t r e g a d o a u n a i d e n t i d a d
 2S6
B A R B A R A K I R S H E N B L A T T - G Í M B L R
n a c i o n a l d i s t i n t i v a . E l p e r f o r m a n c e ofrece c o n t e n i d o c u l t u r a l para dicha ide
t i d a d . E s t a s a f i r m a c i o n e s n o se l i m i t a n a l e s c e n a r i o d e l c o n c i e r t o . Están i m p
c a d a s e n l a s a s p i r a c i o n e s d e soberanía t e r r i t o r i a l , e n e l t r a z a d o d e f r o n t
políticas, l a elección d e u n i d i o m a o f i c i a l , y e n m u c h o s o t r o s a s p e c t o s d e ino-
r e s v i t a l e n l a tensión e n t r e nación, E s t a d o y c u l t u r a . L a s a s p i r a c i o n e s a
pasado s o n l o s c i m i e n t o s d e las p r e t e n s i o n e s presentes y f u t u r a s . T e n e r u n p
sado, u n a h i s t o r i a , u n "folclor" p r o p i o s , e i n s t i t u c i o n e s q u e f o r t a l e z c a n d i c h
p r e t e n s i o n e s , es f u n d a m e n t a l p a r a l a política d e l a c u l t u r a . Qiüenes s e i n t e r
s a n e n d e m o s t r a r l a posesión d e u n f o l c l o r n a c i o n a l , e n p a r t i c i d a r l e g i t i m a
p o r u n m u s c o y u n a compañía n a c i o n a l e s , c i t a n e s t e a t r i b u t o c o m o señal
civilización.
F e s t i v a l folclóri co
C o m o e s p a d o p a r a l a representadón d e l a c u l t m - a , e l f e s t i v a l d e r i v a s u t o n o celeb
t o r i o y s u p l a n t e a m i e n t o a m b i e n t a l e s c e n i f i c a d o d e l o s actos d e g o c e a s o c i a d o s a 1
fiestas y c a r n a v a l e s t r a d i c i o n a l e s e n h o n o r d e u n a n i v e r s a r i o , s u c e s o o p e r s o n a j e r,;
h g i o s o . P e r o , a d i f e r e n c i a d e l a s fiestas (raíz etimológica á<t festival), q u e celeb:
a l g o específico, l o s f e s t i v a l e s d e l a d a s e q u e aquí n o s i n t e r e s a r e p r e s e n t a n y reaeíi
a c t i v i d a d e s y a m b i e n t e s e n u n l u g a r d e p e r f o r m a n c e d i s t i n t o , diseñado p a r a e l
m e r c i o especulai" ( y auditivo).^'^ E s t o s a c t o s a d q u i e r e n u n e s t a t u s semiótico d i s t i n t i
(si n o p l u r a l ) . A l v i b r a r c o n a s p e c t o s d e a u t e n t i d d a d e Icónicos, estos a c t o s tiend|
a m a r c a r u n a c l a r a separadón e n t r e c r e a d o r e s y e s p e c t a d o r e s — o e n t r e clases
c r e a d o r e s — a p e s a r d e l o s i n t e n t o s d e f o m e n t a r l a "parücipadón".
E s t o s aspectos se d r a m a t i z a n e n e l m u y exitoso F e s t i v a l o f A m e r i c a n F o i k l
[ F e s t i v a l Folclórico E s t a d u n i d e n s e ] , q u e s e c e l e b r a c a d a año d e s d e 1 9 6 7 e n
M a l i [Salón] d e W a s h i n g t o n , D . C , c o n e l p a U ' o d n i o d e i a O f i c i n a d e P r o g r a n l
Folclóricos d e l I n s t i t u t o S m i t h s o n i a n o . E s t e p r o g r a m a p i o n e r o es s e n s i b l e a í |
a s p e c t o s q u e m e n c i o n a m o s aquí y i o s a b o r d a c o n l a experimentación d e n u e
f o r m a s d e p r e s e n t a r e l f o l c l o r a l púbhco. D o s casos s o n e n p a r t i c u l a r i l u s t r a d
e l F e s t i v a l o f I n d i a [ F e s t i v a l d e I n d i a ] y l o s p r o g r a m a s d e Oíd W a y s i n t h e
Véase líaraway, op. cit., p . 2 5 .
^ P J E T O S D E E T N O G R A F Í A 2S7
V V o r l d [ E s t i l o s A n t i g u o s e n e l N u e v o M u n d o ] . D e s d e u n a p e r s p e c t i v a liistórica,
estos p r o g r a m a s m e z c l a n l o s p a b e l l o n e s n a c i o n a l y e s t a t a l , u n a representación
básica d e l a s f e r i a s m u n d i a l e s e n E s t a d o s U n i d o s , y l a s exlúbidones y f e s t i v a l e s
locales q u e c e l e b r a b a n l a s " a p o r t a c i o n e s " d e l o s i n m i g r a n t e s d u r a n t e l a p r i m e r a
l i t a d d e l s i g l o xx.«°
F e s t i v a l d e I n d i a : A l r e c o n o c e r a l f e s t i v a l c o m o género parüdpativo d e p r e s e n t a -
ción, las d i r e c t r i c e s d e 1 9 7 5 p a r a e l F e s t i v a l Folclórico E s t a d u n i d e n s e i n d i c a b a n
lo siguiente:
D e b i d o a q u e m u c h o s géneros p e r v i v e n e n el c o n t e x t o d e celebraciones y r i t u a -
les c o m u n i t a r i o s esotéricos, los actos de celebración t r a d i c i o n a l de g r a n escala
deben emplearse c o m o estructuras o r g a n i z a t i v a s d e l o s p r o g r a m a s de " E s t i l o s
A n t i g u o s e n e l N u e v o M u n d o " . E s t o s actos p u e d e n ser desfiles, procesiones, díns
de c a m p o , festivales, c e r e m o n i a s reÜglosas, festividades nupciales o t o d o acto
semejante e n el q u e las artes d e representación se a s o d e n d e m a n e r a estrecha a
otras f o r m a s expresivas tradicionales [ . . . ] L o s actos de celebradón deben per-
m i t i r l a partidpación directa de l o s v i s i t a n t e s d e l Festival.^^
N o o b s t a n t e l o c o n e c t a d o q u e p u d i e s e estar c o n l o q u e hacían las c o m u n i d a d e s
en su ámbito l o c a l , e l f e s t i v a l d e n t r o d e l f e s t i v a l es u n a re-creadón. E n s u a s p e c t o
más i m i t a t i v o , o f r e c e u n a a l t e r n a t i v a s u n t u o s a a l a a t r o f i a s e n s o r i a l d e l e s c e n a r i o
v a c í o . E l f o r m a t o d e l " f e s t i v a l d e n t r o d e u n f e s t i v a l " también p r e s e n t a f o r m i d a -
l^ies desafíos etnográficos y logísticos, e n p a r t i c u l a r e n l o s p u n t o s d o n d e a m b o s
festivales s o n i n c o m p a t i b l e s .
E s t a i d e a motivó l a dedsión d e i n s e r t a r u n f e s t i v a l d e n t r o d e o t r o f e s t i v a l , e i
I^estival d e I n d i a d e n t r o d e l F e s t i v a l Folclórico E s t a d u n i d e n s e , e n 1 9 8 5 :
Véase, p o r e j e m p l o , A l i e n H . E a t o n , Inmigraiit Gifts to American Life: Some Experiments in
'V^preciníion of the Contrlbtitiom of Our Foreign-Born Citizens to American Cnlture, N u e v a Y o r k , R u s s e l l
^Se F o u n d a t i o n , 1 9 3 2 .
^ _ F e s t i v a l o f A m e r i c a n FolkÜfe: P r e s e n t a d o n - O r i e n t e d G u i d e l i n e s " , O f f i c e o f F o l k i i f e P r o g r a m s ,
'"l^^lisouian I n s t i t u t i o n , W a s h i n g t o n , D . C . , 1 9 7 5 , f o t o c o p i a , p . 2 0 .
E l festival es a s u m a n e r a u n c o r o l a r i o d e l g r u p o d e l h a b i t a t , sólo q u e aquí l a e s t r u c t u r a d e l e v e n t o
cl p e r f o r m a n c e ; e n e l g r u p o d e l h a b i t a t , e n c a m b i o , u n m o m e n t o d e t e n i d o e n u n a s u p u e s t a n a r r a t i v a
^^"^^tura la instalación física.
 288
BARBARA KIRSHENBLATT-GIMBLE
E l progríima M e l a d e l Salón es e n realidad u n a f e r i a d e n t r o de otra. E s u n a mela
compuesta, que abarca t a n t o espacio c o m o t i e m p o para presentar selectivamente
sólo unas cuantas d e las a b u n d a n t e s ti'adiciones d e l a I n d i a . I g u a l que u n a meia
e n la I n d i a , el p r o g r a m a f o m e n t a que los visitantes c o n o z c a n y p a r t i c i p e n e n la
c u l t u r a i n d i a . L a s estructuras e n el Salón se c o n s t r u y e r o n e n g r a n parte c o n m a -
teriales naturales y m a n u f a c t u r a d o s e n la I n d i a , y e l s i t i o m i s m o se diseñó para
reflejar conceptos p r o p i o s d e ese país.^^
L a mela, f e r i a q u e acompaña l o s f e s t i v a l e s r e l i g i o s o s e n I n d i a , e n realidíí
o f r e d a u n f o r m a t o i n g e n i o s o p a r a e x p o n e r m u d i a s clases d e a i t e f a c t o s , a c t i v i d a d
y g e n t e ( b a i l e s , música, a c r o b a d a s , p e r f o r m a n c e c a l l e j e r o , r i t o s r e l i g i o s o s , c o m i d
a r q u i t e c t u r a , o f i c i o s ) e n t a n t o e s t a b a n i n t e g r a d o s e n s u ámbito n a t i v o . P e r o , desd
l u e g o , esta mela ocurría d e n t r o d e u n f e s t i v a l d e n u e s t r a p r o p i a h e c h u r a , y n u e s t
festivales y l o s d e I n d i a n o s o n p o r fiierza c o m p a t i b l e s . L o s festivales s m i t i i s o n i a n -
s o n actos producidos para e l p i i b h c o c o n d i n e r o d e los contribuyentes: n o s
e m p r e s a s c o n fines d e l u c r o y d e m a n e r a d e h b e r a d a e v i t a n l a m e n o r indicación
c o m e r c i a h s m o . E n g e n e r a l , l a s c o s a s n o están a l a v e n t a , s a l v o u n a pequí
t i e n d a d e r e g a l o s u b i c a d a c o n discreción a l c o s t a d o d e l o s a c t o s p r i n c i p a l e s . L *
p r o d u c t o s se s e l e c c i o n a n c o n c u i d a d o e n v k t u d d e s u p e r t i n e n c i a y se e s p e r a q
l o s v e n d e d o r e s c u e n t e n c o n b u e n a información s o b r e l o s o b j e t o s , sus c r e a d o r
y l a s c o m u n i d a d e s d e sus c r e a d o r e s . O f r e c e n artíctdos r e l a c i o n a d o s c o n t o d a s
exhibiciones.
L a s f e r i a s i n d i a s , a m o d o d e c o n t r a s t e , están l l e n a s d e c o s a s p a r a c o m p j
T o d o s los artesanos y encargados d e puestos c o m p i t e n para v e n d e r sus p
d u c t o s . L a mela smitíisoniana e n e l Salón e r a u n a representadón d e u n a m b i e
c o m e r c i a l , e l c u a l , s i b i e n d e m o d o i m i t a t i v o e r a m u y c o m p l e t o , se q u e d a b a co
e n l a realización c a b a l d e l i n t e r c a m b i o c o m e r c i a l , u n a d e l a s características
finitorias d e l a mela. D e h e c h o , l a representación e r a t a n c o m p l e t a q u e
necesario colgar letreros e n algunos puestos para indicar que los producto'
e s t a b a n a l a v e n t a . T a l v e z c o m o concesión a l a " a u t e n t i c i d a d " , l o s v i s i
podían h a c e r a l g u n a s c o m p r a s e n p u e s t o s d e s i g n a d o s , así c o m o e n l a
d e r e c u e r d o s . ¿Qtié s u c e d e c u a n d o s e i n s e r t a u n a f e r i a c o m e r c i a l i n d i a e r f
S2 R i c h a r d K u r i n , " M e l a ! A n I n d i a n F a i r " , Festiva! of American Folkiife Program Book, W a s l i i
Smiüisonian I n s t i t u t i o n , 1 9 8 5 , p . 7 0 .
OÍíjETOS D E E T N O G R A F Í A 289
£gstivai s m i t h s o n i a n o n o c o m e r d a l ? P l a y p u e s t o s d e p r o d u c t o s q u e n o están a
venta.^''
L o s a l i m e n t o s presentaron u n p r o b l e m a seinejante. S i n duda, e l D e p a r t a -
i n e n t o d e S a l u d n o aprobaría q u e v e n d e d o r e s d e I n d i a s i n p e r m i s o s d i e s e n d e
com^í a l o s v i s i t a n t e s a l Salón. E n c a m b i o , u n a c a d e n a h o t e l e r a i n d i a proporcionó
los a l i m e n t o s a l f e s t i v a l e n u n p u e s t o e n m e d i o d e l a mela. A u n q u e se c m x i p h e r o n l o s
r e q u i s i t o s d e l D e p a r t a m e n t o d e S a l u d , e s t o s f e s t i v a l e s p l a n e a d o s quizás e n c o n -
t r a s e n r e s i s t e n d a p o r p a r t e d e l o s v e n d e d o r e s l o c a l e s a n t e c u a l q u i e r intrusión
en s u n i d i o económico d e c o d n e r o s t r a d i c i o n a l e s l l e g a d o s p o r l a ocasión. E s t o e n
efecto i n h i b e l o s i n t e n t o s d e r e c r e a r e l a m b i e n t e c u h n a r i o d e l o s f e s t i v a l e s t r a d i -
cionales.
A u n q u e l a intención sea u n a rea-eación e v o c a t i v a , etnográficamente p r e c i s a y
auténtica e n l a m a y o r c a n t i d a d p o s i b l e d e d e t a l l e s , e l f e s t i v a l d e n t r o d e l f e s t i v a l
es u n t i p o d i s t i n t o d e e v e n t o d e p e r f o r m a n c e , y p a s e l o q u e p a s e , e l v i s i t a n t e así l o
vive. A u n q u e l a intención t a l v e z s e a c r e a r l a ilusión d e e s t a r e n I n d i a , es l a r e -
creación m i s m a l o q u e se e x p e r i m e n t a , c o n t o d a s s u s t e n s i o n e s y ambigüedades.
Si se U e v a e s t o a l e x t r e m o , c o m o e n e l c a s o d e l a interpretación e n p r i m e r a p e r s o -
na e n P h m o t h P l a n t a t i o n , l o s v i s i t a n t e s e x p e r i m e n t a n l a emoción d e l o h i p e r r e a l
y al m i s m o t i e m p o l a firagilidad d e l a m e m b r a n a q u e se construyó p a r a s e p a r a r e l
lugar y t i e m p o p r e s e n t e s d e l o q u e se reconstruyó.^^
Estilos antiguos e n el nuevo m u n d o : C o n o t r o c o n j u n t o de problemas, el p r o g r a -
m a d e E s t i l o s A n t i g u o s e n e l N u e v o M u n d o integró e l pabehón n a c i o n a l , y i a
exhibición l o c a l e n u n i n t e n t o d e y u x t a p o n e r a l o s a r t i s t a s l o c a l e s e n c o m u n i d a d e s
i n m i g r a n t e s c o n sus c o n t r a p a r t e s d e sus países d e o r i g e n . F u e a s i m i s m o u n a m a n e -
ta d e i n v o l u c r a i - a o t r o s países e n u n f e s t i v a l d e f o l c l o r e s t a d u n i d e n s e . P e r o e n e l
easo d e l o s judíos, e l s u p u e s t o d e q u e h u b o t m V i e j o M u n d o presentó p r o b l e m a s
M i impresión d e l a exhibición de l a mela fue m u y d i s t i n t a de l a d e K u r i n , u n o d e sus o r g a n i z a d o r e s ,
^'le sorprendió l a r e l a t i v a a u s e n c i a d e las a c t i v i d a d e s asociadas a l a v e n t a q u e estarían p r e s e n t e s e n u n a
i n d i a , m i e n t r a s R i c h a r d K u r i n — q u i e n t u v o q u e n e g o c i a r c o n las reglas y n o r m a s d e l S m i d i s o -
•^lano s i e n t e q u e l a v e n t a f i i e d e h e c h o u n a característica n o t a b l e d e l a niela smíthsonianu.
Véase S t e v e S n o vv, Vjeater of the Pilgrims: Documentation and Analysis of a "Living I-IÍstory" Perfor-
l'^'ice at Plymouth. Massachusetts, tesis d o c t o r a l , U n i v e r s i d a d d e N u e v a Y o r k , 1 9 8 7 , y R i c l i a r d S c h c c l i n e r ,
'^^'^oration o f B e h a v i o r " , e n Between T)eater and Anthropology, F i l a d e i f i a , U n i v e r s i t y o f P e n n s y i v a n i a
1 9 8 5 [ e d . esp.: "Restauración d e l a c o n d u c t a " ] .
 290 BARBARA KIRSHENBLATT-GIMB
i r r e s o l u b l e s , p u e s k s c o m u n i d a d e s judías e u r o p e a s e n g r a n m e d i d a q u e d a r o n d
t r u i d a s d u r a n t e e l H o l o c a u s t o . ^ ' ^ P a r a ñisionar las d i f e r e n c i a s e n t r e e l V i e j o MXL
y l a región d e o r i g e n , se seleccionó a I s r a e l , p a r a l o s propósitos d e l f e s t i v a l , c o
e l V i e j o M u n d o judío. P e r o l o s " e s t i l o s a n t i g u o s " d e l o s judíos e s t a d u n i d e n s e s n
h a l l a n e n e l recién c r e a d o E s t a d o judío, q u e e n sí m i s m o es u n c a s o d e e s t i l
n u e v o s e n e l N u e v o M u n d o . T a m p o c o I s r a e l e s t a b a d i s p u e s t o a q u e se l e c o n
d e r a s e o r i g i n a r i o d e l o s e s t i l o s a n t i g u o s d e l o s judíos e s t a d u n i d e n s e s .
A l t r a b a j a r c o n e l M i n i s t e r i o d e Educación y C u l t u r a d e I s r a e l p a r a i d e
t i f i c a r a l o s pei-formers a d e c u a d o s p a r a l a sección judía d e l B l c e n t e n a r i o
F e s t i v a l Folclórico E s t a d u n i d e n s e e n 1 9 7 6 , s e m e indicó q u e l l e v a s e a i o s
j o r e s e x p o n e n t e s d e l a s f o r m a s artísticas t r a d i c i o n a l e s "auténticas". A l g u n o s . ;
los -performers q u e cumplían c o n e s t e c r i t e r i o e r a n o r i g i n a r i o s d e Y e m e n , M
r r u e c o s o I r a k , y e s t a b a n e n t r a d o s e n años. L o s f u n c i o n a r l o s r e s p o n s a b l e s doí
participación israelí d e s e a b a n e n v i a r compañías israelíes d e d a n z a folclóri
p u e s sostenían q u e s u s m i e m b r o s e r a n jóvenes, atlétlcos, v i t a l e s , versátiles y
e s p e c i a l a d e c u a d o s p a r a l o s e s c e n a r i o s . E s t a s compañías folclórícas p r o f e s i
n a l e s n o sólo tenían sus p r o p i o s v e s t u a r i o s y coreografías, s i n o , s e m e i n f o r
l a capacitación p a r a r e p r e s e n t a r l a música y b a i l e s d e l a s d i v e r s a s c o m u n i d a ^
judías q u e v i v e n e n I s r a e l . S u s p e r f o r m a n c e s se a j u s t a b a n a c r i t e r i o s p r o f e s i
n a l e s y e s t a b a n e s t i l i z a d o s p a r a r e d u c i r s u n a t u r a l e z a extraña. S e t r a t a b a jusíi
m e n t e d e l o s g r u p o s q u e l a Oñcina d e P r o g r a m a s Folclóricos d e l S m i t h s o n i
n o m e indicó q u e no l l e v a s e . L o s f u n c i o n a r i o s israelíes se q u e j a r o n m ,
a d e l a n t e d e q u e m i s s e l e c c i o n e s presentarían p o r c o m p l e t o u n a i m a g e n e q \
v o c a d a d e l I s r a e l contemporáneo y ofrecerían u n p e r f o r m a n c e d e f i c i e n t e a ^
más: I s r a e l y s u c u l t t u a n o i b a n a q u e d a r r e p r e s e n t a d o s p o r i n m i g r a n t e s a n
n o s q u e e j e c u t a s e n música d e l a diáspora. I n c l u s o e n l a m e d i d a e n q
l o g r a m o s ' l l e v a r performers t r a d i c i o n a l e s d e n u e s t r a elección, e n f r e n t a m o s
p i ' o b l e m a d e r e l a c i o n a r esas t r a d i c i o n e s c o n l o s i n m i g r a n t e s judíos e n E s t a d
Unidos.
E s t o s p r o b l e m a s también se p r e s e n t a n e n exliibíciones l o c a l e s , p e r o p o r o t r a s r a z o n e s , a sabei;
preocupación p o r l a ciudadanía. L a s diásporas s o n anómalas, a u n q u e l a Expositíon o f t h e J e w s o f M
L a n d s [Exposición d e l o s Judíos d e M u c l i a s T i e r r a s ] , e n Cíncinad, 1 9 1 3 , abordó e l a s u n t o a l r e p r e s e n
l a diáspora judía c o m o u n a pequeña f e r i a m u n d i i d e n sí m i s m a . A n a l i z o este caso de m o d o más e x l i a ^ s
e n " F r o m C u l t t o C u l t u r e : J e w s o n D i s p l a y a,t W o r l d ' s F a i r s " , P/ennry Pnpers: Proceedings of 4th Con
sief (SaciéiélntenwHonale d'Ethnologie eí cíe Folklore), B e r g e n , 1 9 9 0 .
p j j r T O S D E ETNOGRAFÍA 291
jTsceníficíii'kciütiira
I j n a c l a v e d e l a t r a c t i v o d e m u c h o s f e s t i v a l e s , c o n s u p r o m e s a d e saturación s e n s o -
j.j,il y e s t r e m e c e d o r a n a t u r a l e z a extraña, es u n a p e t i t o i n s a c i a b l e y p r o m i s c u o p o r
jo íisonibroso. L a irreductibiÜdad d e l o extraño, característica d e l d i s c u r s o turístico
g e n e r a l , i n s c r i b e e n l a geografía d e l o exótico u n a h i s t o r i a d o n d e e l u m b r a l d e l o
iiiaravÜloso n u n c a c o n c l u y e : c o n f o r m e l a exposición d e s g a s t a l a n o v e d a d , d e b e n
hallarse n u e v a s f o r m a s d e a c e r c a r n o s a l u m b r a l d e l o a s o m b r o s o . ^ ' ' L a pasión p o r
l o m a r a v i U o s o también e x p h c a l a primacía d e l espectáculo c o m o m o d o p r e s e n t a -
c i o n a l , así c o m o l a tensión e n t r e l a n a t u r a l e z a p o c o e s p e c t a c u l a r d e m u d a o s m a -
teriales q u e n o s gustaría p r e s e n t a r y l a e x p e c t a t i v a d e l o s púbhcos d e v e r u n g r a n
espectácido. P o r l a f o r m a e s p e c i a l c o m o o p e r a e l espectáculo (separación c l a r a
e n t r e o b s e r v a d o r y a c t o r , primacía d e l m o d o v i s u a l y u n ethos a u r n e n t a d o ) , e l e s -
pectáculo d e l f e s t i v a l e v o c a l o q u e M a c A l o o n c a r a c t e r i z a c o m o m a r a v i U a o a s o m -
b r o d i f i i s o , y p r e c i p i t a l a ambigüedad i n t e l e c t u a l y m o r a l , i n c l u s o c u a n d o se i n -
tente m i t i g a r estos efectos.
N o s q u e j a m o s d e q u e e l r i t u a l d e g e n e r a e n espectáculo, e n u n show p u r o . S i n
e m b a r g o , históricamente h e m o s v a l o r a d o e l carácter a j e n o i n e s c r u t a b l e d e l o exóti-
co c o m o fin e n sí m i s m o . E l a t r a c t i v o d e las aldeas e n e l c o r r e d o r d e l a Exposición
del M u n d o C o l o m b i n o e n C h i c a g o dependió e n g r a n i n e d i d a d e este t i p o d e m i s -
tificación, y m u c h o s f e s t i v a l e s m u l t i c u l t u r a l e s h o y e n día aún a h m e n t a n e s t e a p e t i t o
al f o i u e n t a r e l e n t e n d i m i e n t o y l a refiexión a través d e l a "interpretadón". D e s d e
hace m u d i o se r e c o n o c e q u e o b j e t i f i c a m o s l a c u l t u r a ; n o o b s t a n t e , l o s f e s t i v a l e s
también o b j e t i f i c a n a performers h u m a n o s y l o s h a c e n partícipes dúectos d e e s t e
proceso. E s t a es u n a f o r m a i n h e r e n t e m e n t e problemática d e a b o r d a r las c u e s t i o n e s
ctiltiu-ales, p u e s e l espectáciüo, p o r s u n a t m - a l e z a m i s m a , d e s p l a z a e l anáÜsis y t i e n d e
^ s u p r i m i r p r o b l e m a s p r o f i m d o s d e coníhcto y marginación. E n t a n t o l o s f e s t i v a l e s
etnográficos y las e x l i i b i c i o n e s d e m u s e o s c o n s i g a n sus l o g r o s a través d e l a t r a c t i v o
'Visual y l o s efectos espectaculares, reclasificarán l o q u e p r e s e n t a n c o m o a r t e , y e s t e -
^'Zarán a q u e l l o q u e es m a r g i n a l , a r i e s g o d e a t r a e r a l o s i n t e r e s e s l a s d v o s .
Véase B a r b a r a lürshenblatt-Gimblett, " A u t h e n t i c i t ) ' a n d A u d i o r i t } ' i n t h e R e p r e s e n t a t i o n o f C u l -
"^""crTlie Poetícs a n d P o l i d c s o f T o u r i s t P r o d u c d o n " , e n I n a - M a r i a G r e v e r u s , K o n r a d K o s d i n , y P l e i n z
^ c t i i l i i n g ( e d s . ) , " K u l t u r k o n a k t / K u l t u r l o n f l i k t : Z u r E r f a h r u n g des F r e m d e n " , A'Ó/ÍZÍ;« 2S, núm. 1 , o c t u b r e
^'e 1 9 8 8 .
 292 UARBARA KlRSHENBLATT-GIMBLl?^
A l l i i c l i a r c o n t r a l o e s p e c t a c u l a r y l a ilusión d e l a recreación, l a O f i c i n a
P r o g r a m a s Folclóricos e n e l I n s t i t u t o S m i t h s o n i a n o d e s d e h a c e m u c h o d e f i e n
l o q u e p u e d e d e n o m i n a r s e u n p l a n t e a m i e n t o ascético d e l a escenificación:
L o s vestuarios sólo a l servicio de p e r f o r m a n c e s de escenario, o c o n o t r o s propó-
sitos populares, n o s o n adecuados para el F e s t i v a l . E s t e a s u n t o debe revisarse de
m a n e r a cabal e n s u m o m e n t o y reiterarse e n las i n v i t a c i o n e s y correspondencia
f o r m a l e s c o n los g r u p o s e i n d i v i d u o s p a r t i c i p a n t e s .
E n 1 9 7 4 , todos los participantes greco-cstaduuidenses, y l a mayoría de los par-
ticipantes griegos, v i s t i e r o n prendas c o m u n e s d u r a n t e los cinco días de sus presen-
taciones. L a r o p a n o f o r m a b a parte de los dos gkjidis greco-estadunidenses que se
n e v a r o n a cabo e n e l Salón, p o r q u e n o existe l a costiunbre de u n vesUiai-io especial
e n los giendis e n este país. A l g u n o s pai-ticipantes griegos de m a y o r edad v i s t i e r o n
prendas tradicionales todos los días, pues así l o hacen siempre e n sus lugares de
origea.^^
L a preocupación d e q u e l a r o p a q u e se e m p l e e e n l a s a c t u a c i o n e s e n l o s esc
n a r i o s n o se u s e e n l o s a c t o s d e l Smitíisoniano p r e s e n t a u n a p a r a d o j a : desdei
p e r s p e c t i v a d e m u c h o s p a r t i c i p a n t e s , e l f e s t i v a l folclórico es u n p e r f o r m a n c e
u n e s c e n a r i o , así q u e ¿por qué n o u s a r v e s t u a r i o s particiüares? Aquí h a y u n co
fiicto e n t r e d o s estéticas.
C o m o s u g i e r e n las directrices d e l S m i t h s o n i a n o , l o s festivales o r g a n i z a d o s
i n s t i t u c i o n e s c u l t i u ' a l e s p r e d o m i n a n t e s , c o m o m u s e o s y p r o g r a m a s folclóricos
t a t a l e s , o paü'ocinados p o r d e p e n d e n c i a s e s t a t a l e s y f e d e r a l e s , c o m p a r t e n u n c
c u r s o d e p e r f o r m a n c e q u e a m e n u d o c o n t r a s t a ( s i n o se o p o n e ) a l a f o r m a c o
l a s c o i n u n i d a d e s se e s c e n i f i c a n a sí m i s m a s . E s t a s d i f e r e n c i a s s o n más q u e a s u n
de gusto y estilo; ofrecen diferentes f o r m a s de abordarlas marcas de autenticid
E i c e n t r o d e atención d e l o s s e l l o s d i s t i n t i v o s d e l o s f e s t i v a l e s q u e h a n m o n t a
f o l c l o r i s t a s t r a d i c i o n a l e s e n e l p a s a d o se u b i c a e n los performers q u e r e c l a i n a n s,
f o r m a s d e representación c o m o a l g o a l o q u e tienen d e r e c h o p o r n a c i m i e n t '
también e n l o s c o m p o n e n t e s t r a d i c i o n a l e s d e s u r e p e r t o r i o . S e d e s a f i e n t a n
prácticas d e p e r f o r m a n c e q u e i m p h c a n u n a adaptación a l e s c e n a r i o , a p e s a r de q '
" F e s t i v a l o f A m e r i c a n F o l k i i f e : P r e s e n t a d o n - O r i c n t e d G u i d e l i n e s " , p. 2 2 .
E T O S D E ETNOGRAFÍA 293
i^s c o m u n i d a d e s a m e n u d o c o n f o r m e n sus p r o p i a s compañías, v e s t u a r i o s , r e p e r -
t o r i o s , coreografías, a r r e g l o s m u s i c a l e s , m t e r p r e t a c i o n e s , d r a m a t i z a c i o n e s y o t r a s
c o n v e n c i o n e s p a r a p r e s e n t a r s u s p e r f o r m a n c e s e n e l e s c e n a r i o p a r a sí m i s m a s o
para l o s a j e n o s a e l l a s .
L o s f o l c l o r i s t a s , d e m a n e r a e s t u d i a d a , e v i t a n estas a d a p t a c i o n e s , considera-
das kitsch turístico, e n f a v o r d e u n c o n j u n t o m u y d i s t i n t o d e c o n v e n c i o n e s q u e
e l a b o r a n específicamente p a r a e s t e t i p o d e f e s t i v a l . P o r l o g e n e r a l , los performers
solistas y l o s g r u p o s se s e l e c c i o n a n d e l c o n j u n t o q u e s u e l e a c t u a r e n l a s f e s t i v i -
dades d e u n a c o m u n i d a d . C o n r o p a común, e j e c u t a n s u s números e n u n e s c e -
n a r i o s e n c i l l o d e n t r o d e u n a c a r p a a m p f i a , e l púbhco se s i e n t a e n graderíos o
bancas a l d e s c u b i e r t o , o e n u n e s c e n a r i o d e u n a u d i t o r i o a p u e r t a s c e r r a d a s . E l
e q u i p o d e s o n i d o d e a l t a tecnología y l o s técnicos p r o f e s i o n a l e s a s e g u r a n l a
m e j o r acústica p o s i b l e y e l r e g i s t r o d o c u i n e n t a l d e l a c t o . P u e d e n m o n t a r s e p a -
neles c o n t e x t o s e x p h c a t i v o s c e r c a d e l a e n t r a d a d e l a c a r p a , y c o m o telón d e
f o n d o p u e d e s e r v i r u n a m p h o f o t o m u r a l d e l a m b i e n t e o r i g i n a l d e l performer.
U n a n i m a d o r i n f o r m a d o presenta a los participantes, con explicaciones refe-
r e n t e s a l a h i s t o r i a , c o n t e x t o y s i g n i f i c a d o d e l o q u e e l púbhco v a a e s c u c h a r . E l
f o l l e t o d e l p r o g r a m a c o m p l e m e n t a l a presentación c o n e n s a y o s b i e n f u n d a d o s
sobre l a s c o m u n i d a d e s y t r a d i c i o n e s q u e s e p r e s e n t a n e n e l f e s t i v a h L o s c o n -
c i e r t o s f o r m a l e s s e c o m p l e m e n t a n c o n tañeres i n t e r a c t i v o s y didácticos, d e m o s -
t r a c i o n e s , c o n f e r e n c i a s y películas.
Se desahenta a los ejecutantes de los p e r f o r m a n c e s s u e m p l e o de i n s t i a i m e n t o s
electrónicos ( a u n q u e h a y e x c e p c i o n e s ) , " r o p a étnica", r e p e r t o r i o s n o t r a d i c i o n a l e s ,
estilos d e p e r f o r m a n c e p r o p i o s de l o s c o n c i e r t o s , coreografi'as a d a p t a d a s a l e s c e n a r i o
y otras c o n c e s i o n e s m a n i f i e s t a m e n t e t e a t r a l e s . Así, se s u p r i m e n l a s m a r c a s d e r e -
Ptesentación y se c o l o c a n e n prúner p l a n o las de presentación, se eñta e i i l u s i o n i s m o
teatral y se p r e t e n d e l o g r a r l a c a h d a d d e l a p r e s e n c i a p u r a , d e u n a r e b a n a d a d e v i d a ,
b e b i d o a l a h i s t o r i a d e las compañías y p a b e h o n e s n a c i o n a l e s , y d e las exlúbiciones
locales, s a l t a a l a v i s t a p o x qué l o s g r u p o s esperarían a p a r e c e r c o n v e s t u a r i o s e s p e -
ciales y e n c o n j u n t o s o r g a n i z a d o s . Después d e t o d o , es l a f a c e t a púbhca, c o m o l a
c o n s t r u y e r o n , d e s u v i d a p r i v a d a . Y p o r l a f o r m a c o m o ese espectáciüo c u e s t i o n a
1^ a u t e n t i c i d a d , s a l t a a l a v i s t a p o r qué u n a estética ascética d e escenificación d e b e
^"^raer a l o s p r o d u c t o r e s d e f e s t i v a l e s q u e d e s e a n p r e s e n t a r más q u e r e p r e s e n t a r
^savida.
 294 BARBAlí^ KIRSHENBLATT-GIMBLE
Actuar ¡a diferencia
E l interés e n , m o s t r a r e l p e r f o r m a n c e o e n u s a r l o c o m o u n a f o r m a d e m o s t r a r c
tiu'a, i g u a l q u e u n a s e r i e d e o b j e t o s d i s p u e s t o s p a r a m o s t r a r u n p r o c e s o liistói
c o n t i n u o , se v i n c u l a a o r i e n t a c i o n e s teóricas p a r t i c u l a r e s . E n p r i m e r l u g a r ,
a b o r d a j e s ciútiirales a través d e p e r f o r m a n c e d a n u n a g r a n i m p o r t a n c i a a las p-
ticularidades d e l a acción h u m a n a , a l l e n g u a j e t a i c o m o se h a b l a y a l r i t u a l c o m o
h e v a a c a b o . E s t o s p l a n t e a m i e n t o s se r e s i s t e n a d e s p o j a r a l a c o n d u c t a obsei-va
d e s u c o n t i n g e n c i a c o n e l fin d e f o r m u l a r n o r m a s , i d e a l e s y e s t r u c t u r a s d e c o m
tencia.^^ E n s e g u n d o l u g a r , l o s p e r f o r m a n c e s c u l t i u - a l e s c o m o u n i d a d e s d e análi
o f r e c e n u n a v e n t a j a luetodológica n o t a b l e a q u i e n e s se e s f i i e r z a n p o r c o m p r e n d
sociedades grandes y complejas, e n d o n d e n o s o n adecuados los p l a n t e a m i e n
q u e fimcionan b i e n e n e s c e n a r i o s pequeños.^'' L a escuela M a n c h e s t e r d e a n t r o p
l o g i a s o c i a l e n c u e n t r a e n l o s d r a m a s s o c i a l e s •—actos q u e I m p h c a n a l g u n a clase
ramificación y l o s i n t e n t o s d e a b o r d a r l a — u n a m a n e r a p r o v e c h o s a d e centi-ar
análisis c i d t i u a l . ^ ^ E l sociólogo E r v i n g G o f f m a n elaboró u n a b o r d a j e dramatoló
co p a r a e l anáhsis d e l a v i d a s o c i a l c o m i i n e n s u p r o p i o m e d i o . E n t e r c e r l u j
p e r f o r m a n c e , sea t e m a d e investigación o b a s e d e exlilbición etnográfica, es co
p a t i b l e c o n l o s i n t e n t o s d e f o l c l o r i s t a s y antropólogos d e a b o r d a r c u e s t i o n e s
diversidad, plurahsmo, equidad cultural y fortalecimiento general, e n parti
c u a n d o l o s p a r t i c i p a n t e s c o n t r o l a n l a m a n e r a c o m o se les representa.^^
E l p r o b l e m a d e d e t e r m i n a r quién está c a h f i c a d o p a r a e f e c t u a r u n p e r f o r m a ;
d e u n a c u l t u r a es e s p i n o s o , p u e s r e v e l a e l p r i v i l e g i o i m p h ' c i t o d e l a a s c e n d e n
r e s p e c t o d e l c o n s e n t i m i e n t o e n términos d e participación c u l t i u a l . ^ ^ A u n q u e
P i e n s o e n l a sociolingíiística y l a etnografía d e l a comunicación, e n p a r d c u l a r l a o b r a p i o n e
D e l l H y m e s y W i l l i a m L a b o v , y e n l a p e r s p e c t i v a d e p e r f o r m a n c e e n l a c o n d u c t a e-opresiva d e m o d o
g e n e r a l — a r t e v e r b a l , r i t u a l y música—• c o m o se v e e n l a o b r a d e l ^ c l i a r d B a u m a n , S t e v e n F e l d y RJ ^
Schecliner, entre otros.
Véase M t o n S i n g e r , " S e a r c h f o r a G r e a t T r a d i d o n i n C u l t u r a l P e r f o r m a n c e s " , When a Great Tn
Mo(!ernizes:yln AnthropologkalApproacb to Indian Civilization, N u e v a Y o r k , P r a e g e r , 1 9 7 2 .
Pienso e n la obra de M a x G l u c k m a n y V i c t o r T u r n e r , entre otros.
Véase, p o r e j e m p l o , D a v i d Whisnnnt,All7hatIsNative &Fine: The Politics of Cnlture in anAff'
Región, C h a p e l H i l l , U n i v e r s i t y o f N o r d i C a r o l i n a Press, 1 9 8 3 .
53 Véase B a r b a r a lürshenblatt-Gimblett, " M i s t a k c n D i c l - i o t o m i c s " , / o / / m ( 7 / o / " ^ ; / í í r / 7 C f f ; ; Folklore^
núm. 4 0 0 , 1 9 8 8 , análisis a n t e r i o r d e l o s a s u n t o s q u e aquí se p l a n t e a n , y W e r n e r S o l l o r s , BeyondEtbn
Consent and Descent in American Culture, N u e v a Y o r k , O x f o r d U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1 9 8 6 .
. B J E T O S D E ETNOGRAFÍA 295
d i r e c t r i c e s p a r a p r o d u c i r p r o g r a m a s d e f e s t i v a l e s folclóricos d e s t a q u e n l a p a r t i c i -
ición d e l o s v i s i t a n t e s , p o r l o g e n e r a l también s o n c l a r a s a l e s p e c i f i c a r q u e l o s
^^yj-Qfmers e n l o s f e s t i v a l e s d e b e n ser a q u e l l o s a q u i e n e s " p e r t e n e z c a n " las a r t e s e n
v i r t u d d e q u e las h a y a n a d q u i r i d o d e m a n e r a t r a d i c i o n a l y e n u n l u g a r a s i m i s m o
t r a d i c i o n a l , es decir, d e n t r o d e l círculo i n t e r n o d e s u s c o m u n i d a d e s : p o r a s c e n -
dencia, s i b i e n esta distinción n o s e a p h c a c o n r i g i d e z . A l o s "fijereños", q u i e n e s
eUgiei'on a p r e n d e r e l a r t e a u n q u e n o h a y a n n a c i d o d e n t r o d e l a s c o m u n i d a d e s
que l o ü-ansmiten, p o r l o g e n e r a l se les c o n s i d e r a " r e c u p e r a d o r e s " , y p u e d e excluír-
seles p o r e U o , s i b i e n aquí, también, e l a s u n t o s e c o m p L c a . D e e s t e m o d o o p e r a
u n a distinción e n t r e q u i e n e s tienen e l d e r e c h o a h a c e r y q u i e n e s están o b h g a d o s a
observar. S i n e m b a r g o , e l e v e n t o se h a d e e s t r u c t i u a r d e f o r m a q u e p e r m i t a q u e
los o b s e r v a d o r e s " p a r t i c i p e n " , noción q u e s u e l e e x c l u i r l a ejecución d e l p e r f o r -
m a n c e p o r e h o s m i s m o s , s a l v o q u e se les i n v i t e a u n i r s e a a l g u n a procesión o a i
grupo c o n cantos y bailes.
E l p r o b l e m a q u e i m p h c a l a a c t i v i d a d d e l c u r a d o r e n l o s f e s t i v a l e s folclóri-
cos es l a d e h c a d a cuestión d e d e t e r m i n a r n o sólo l o q u e c u m p l e c o n c i e r t o s
c r i t e r i o s d e e x c e l e n c i a , s i n o , a n t e s q u e n a d a , l o q u e c a h f i c a c o m o auténtico p e r -
f o r m a n c e folclórico. C o m o r e s u l t a d o , l o s p e r f o r m a n c e s e n f e s t i v a l e s folclóricos
s u e l e n ser a r t e f a c t o s d e l a d i s c i p l i n a d e l f o l c l o r , sea l o q u e e s t o sea. M e r e f i e r o a
las b a l a d a s d e C h i l d , * l a s marchen d e G r i m m y o t r a s f o r m a s üadicionales q u e
se c a n o n i z a r o n e n c o l e c c i o n e s i m p r e s a s , e x h i b i c i o n e s d e m u s e o s , g r a b a c i o n e s
c o m e r c i a l e s y f e s t i v a l e s folclóricos. También c r e a m o s l o s c r i t e r i o s m e d i a n t e l o s
cuales l a m u l t i p h c i d a d d e f o r m a s q u e h a U a m o s s e c l a s i f i c a e n s u s categorías
"preferidas"y "residuales".^"
E l r i e s g o aquí es c a e r e n l o q u e S t u a r t H a h d e n o m i n a p l a n t e a m i e n t o s a u t o h -
m i t a d o s , q u e , " a l v a l o r a r l a 'tradición' p o r d e r e c h o p r o p i o , y a l t r a t a r l a d e m a n e r a
^histórica, a n a l i z a n las f o r m a s c u l t i u a l e s c o m o s i c o n t u v i e s e n d e n t r o d e sí m i s -
•^as, d e s d e s u m o m e n t o d e o r i g e n , a l g i u i s i g n i f i c a d o o v a l o r fijo e i n m u t a b l e " . ^ ^
L a presión h a c e j u s t a m e n t e e s t o . Además, q u i e n e s o r g a n i z a n f e s t i v a l e s folclóricos
Colección d e 3 0 5 c a n c i o n e s d e I n g l a t e r r a y E s c o c i a , c o n sus v a r i a n t e s e s t a d u n i d e n s e s , r e c o p i l a d a s
1^°^ l^rancis J a m e s G h i l d , a ñnes d e l s i g l o x i x . [ X ]
S t u a r t H a l l , " N o t e s o n D e c o n s t r u c d n g ' t h c P o p u l a r ' " , e n R a p h a e l S a m u e l ( c d . ) , People's Fíistory and
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^l/idem, p . 2 3 7 .
 296
B A R B A R / V K I R S H E N B L A T T - G I M B -
d e b e n aceptar i a respoiisabilLdad d e representar a q u i e n e s i n c l u y e n e n "su FQ
más ti'adicionañsta".^^ S i b i e n l o s f e s t i v a l e s folclóricos i n t e n t a n r e p r e s e n t a r t r a
c l o n e s q u e d e o t r o m o d o n o se expondrían, también s e d a e l caso d e q u e quic-
i o s e j e c u t a n t i e n d e n a q u e d a r r e p r e s e n t a d o s sólo e n términos t r a d i c i o n a l e s .
S e g i i n S t u a r t H a l l , p o d e m o s considerar- l a oposición f o l c l o r / n o f o l c l o r n o co
p r o b l e m a d e s c r i p t i v o o c o m o u n a s u n t o d e hacer e i i n v e n t a r i o correcto de fo
c u l t u r a l e s , s i n o e n términos d e las "ñierzas y r e l a c i o n e s q u e s u s t e n t a n l a distiná
l a d i f e r e n c i a " e n t r e l o q u e c o n s t i m y e u n a tradición g e n u i n a , u n a r e c u p e r a d
falsas t r a d i c i o n e s o c u l t t u - a ehtísta. I - I a l l s u g i e r e q u e l a s categorías t i e n d e n a p
manécer a u n q u e c a m b i e n l a s i n s t i t u c i o n e s , y q u e l a s i n s t i t u c i o n e s , c o m o u n i v e
d a d e s , m u s e o s y c o n s e j o s d e a r t e s , desempeñan u n p a p e l básico e n e l m a n t e
m i e n t o d e d i c h a s d i s t i n c i o n e s : "Así, l o i m p o r t a n t e n o es u n m e r o i n v e n t
descriptivo — q u e p u e d e tener e l efecto n e g a t i v o de congelar l a c u l t i u a p o p u l
e n algún m o l d e desaipüvo a t c m p o r a l — , s i n o l a s r e l a c i o n e s d e p o d e r e n c o n s t a n
p u g n a y división d e l d o m i n i o d e l a c u l t u r a e n s u s categorías p r e f e r i d a s
residuales".'^ D e m a n e r a s e m e j a n t e , a l estetizar e l f o l c l o r — s i n i m p o r t a r l o que,
g a n e c o n l a definición i n c l u y e n t e d e f o l c l o r c o m o l a s a r t e s d e l a v i d a c o t i d i a n a
c o r r e m o s e l r i e s g o d e d e s p o l i t i z a i " l o q u e p r e s e n t a m o s a l v a l o r a r u n a estética d e
marginación.
A u n q u e aún e x i s t e n m u c h o s f e s t i v a l e s d e d i c a d o s a l a s t r a d i c i o n e s d e u n s o l
g r u p o étnico, l o s a c t o s d e g r a n escala c o n e l p a t r o c i n i o d e d e p e n d e n c i a s d e u n
ciudad, estado o federales suelen tener u n a naturaleza multicultiu-al. P a r t i c i p "
del discurso d e l p l u r a l i s m o , de l a u n i d a d e n la diversidad. A r r i e s g a n l o que pued
d e f i n i r s e c o m o l a b a n a f i d a d d e l a d i f e r e n c i a , según l a c u a l l a prohferacíón d e ,
variación tiene e l e f e c t o n e u t r a h z a d o r d e h a c e r q u e l a s d i f e r e n c i a s ( y l o s c o n f l i c t o
c a r e z c a n d e c o n s e c u e n c i a s . Éste es e l e f e c t o , p o r diseño, d e l o s d e s f i l e s d e l a d
m o a - a c i a t a n p o p u l a r e s d u r a n t e l a s p r i m e r a s décadas d e l s i g l o x x . ^ ^ S i b i e n
ofrecen c o m o alternativa a los esfuerzos brutales de los localistas para suprln
la diferencia y conservar el p r e d o m i n i o del linaje y cultm-a anglos, el discurso de
u n i d a d e n l a d i v e r s i d a d tiene también u n e f e c t o n e u t r a h z a d o r .
Ibuiem. p . 2 3 0 .
Ibidem, p . 2 3 4 .
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^pjirTOS D E E T N O G R A F Í A 297
£n los festivales d e performances culturales, la respetabilidad y el decoro
vídoi'ss d e las i n s t i t u c i o n e s ciútiuales p r e d o m i n a n t e s q u e e s c e n i f i c a n e l e v e n t o —
^ ^ ^ d e n a c o o p t a r e l p o t e n c i a l o p o s i t o r t a n e s e n c i a l p a r a u n f e s t i v a l . P o r estas y
^j^.jis r a z o n e s , estos a c t o s tienden a reforzar e l statu quo, aunque los i l u m i n a d o s
oro-ani^ítdores y performers s e e s f u e r c e n e n e m p l e a r l o s p a r a d a r v o z a v a l o r e s o p o -
sitores. - E l carnaA^al r e p r e s e n t a d o es e l c a r n a v a l d o m e s t i c a d o . E n e l caso d e l a s e x l i i -
biciones y festivales locales, las o r g a n i z a c i o n e s i n m i g r a n t e s y a h a c e n u n b u e n
ti-abajo a l a p o y a r u n a a m p h a v a r i e d a d d e a c t i v i d a d e s c u l t u r a l e s . L o s f e s t i v a l e s d e
cültiua n a c i o n a l o r g a n i z a d o s p o r g r u p o s i n m i g r a n t e s e n c i u d a d e s e s t a d u n i d e n s e s
d u r a n t e l a s i i l t i m a s décadas d e l s i g l o x i x a t r a j e r o n a d e c e n a s d e m i l e s d e p a r t i c i -
pantes. E n l a s exíiibiciones y f e s t i v a l e s l o c a l e s o r g a n i z a d a s d u r a n t e l a p r i m e r a
m i t a d d e l s i g l o x x , l a cooperación e n t r e g r u p o s i n m i g r a n t e s y las o r g a n i z a c i o n e s
que promovían l a integración a l a s o c i e d a d e s t a d i m i d e n s e , a u n q u e tenían b u e n a s
i n t e n c i o n e s , también i m p h c a i ' o n cooptación. L a s e x h i b i c i o n e s l o c a l e s s e diseña-
r o n p a r a g a n a r s e l a c o n f i a n z a d e l o s i n m i g r a n t e s , q u i e n e s , se e s p e r a b a , se p e r m i t i -
rían r e c i b i r a y u d a d e o r g a n i z a c i o n e s i n t e g r a d o r a s a l a s o c i e d a d estadunidense.
E s t o s a c t o s n o e r a n sólo e x p o s i c i o n e s d e a p o r t a c i o n e s i n m i g r a n t e s : o f i c i o s , música,
bailes y v a l o r e s s a n o s . P o r i g u a l i m p o r t a n t e —y l o s o r g a n i z a d o r e s e r a n explícitos a l
respecto—• era q u e e s t o s a c t o s s i g n i f i c a b a n b u e n a s r e l a c i o n e s púbhcas p a r a l o s t r a -
bajadores p a r a l a integración a E s t a d o s U n i d o s y l o s r e f o r m i s t a s s o c i a l e s , e n e x p o -
sición e h o s m i s m o s . M e d i a n t e estas e x l i i b i c i o n e s y f e s t i v a l e s , m o s t r a b a n s u éxito a l
trabajar c o n i n m i g r a n t e s y c a b i l d e a b a n p a r a o b t e n e r más a p o y o s .
Las exhibiciones, sean de objetos o personas, s o n muesti'as d e los artefactos
de n u e s t r a s d i s c i p h n a s . S o n , p o r e s t a razón, también e x p o s i c i o n e s d e q u i e n e s las
torean, s i n i m p o r t a r s u s u j e t o v i s i b l e . L o p r i m e r o , p o r t a n t o , es e x a m i n a r d e f o r m a
crítica l a s c o n v e n c i o n e s q u e r i g e n l a exposición etnográfica p a r a e x p h c a r cómo
^stas m u e s t r a s consütu)'en s u j e t o s y qué I m p h c a c i o n e s tienen p a r a q u i e n e s l a s v e n
y p a r a q u i e n e s s o n v i s t o s . L a s e x l i l b i c i o n e s d e m u s e o s , p e r f o r m a n c e s folclóricos y
festivales d e f o l c l o r se guían p o r u n a poética d e l a separación n o sólo e n e l s e n t i d o
^c f r a g m e n t o s m a t e r i a l e s s i n o e n e l d e u n a a c t i t u d d i s t a n c i a d a . L a cuestión n o es s i
o b j e t o t i e n e o n o u n interés v i s u a l , s i n o l a m a n e r a c o m o se crea e l interés d e
^ ^ l a l q u i e r clase. T o d o interés es c r e a d o .
i^aducción d e lücardo R u b l o
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La otra historia del performance
intercultural

c o c o FUSCO

o
Coco Fusco es una escritora y artista Í7iterdisciplhiaria latina que se destaca en el cam-
po de performance como hacedora, crítica e investigadora. Además de sus realizaciones
como artista, en donde ha explorado temas como la explotación y deshumanización de
las mujeres dentro del capitalismo transnacional ( D o l o r e s d e 1 0 a 2 2 ) o el rol de las
mujeres en la guerra ( W o m e n a n d P o w e r i n t h e N e w A n i e r i c a / M u j e r e s y P o d e r
e n l a N u e v a A m é r i c a ) , la producción de Fusco incluye también importantes contri-
buciones a la teoría e historiografía del performance. Entre otros temas, sus esaitos
exploran el aporte de los artistas latino/americanos* dentro del campo de performance,
y las limitaciones de las políticas multiculturales diseñadas por los gobiernos y merca-
dos de arte de países dominantes.
El ensayo que presentamos a continuación constituye uno de los hitos del trabajo
de Fusco, no sólo como reseña de su controvertido performance con Guillermo Gómez-
Peña, T w o U n d i s c o v e r e d A m e r i n d i a n s V i s i t . . . [ D o s a m e r i n d i o s n o d e s c u b i e r t o s
V i s i t a n . . . ] , SÍ710 porque en este texto Fusco presenta un análisis coviparativo entre las
^'''adicionales prácticas etnogi'áficas de exhibición de personas no occidentales y ciertas
fii'mas contemporáneas de encuentro entre piiblicos occidentales y sujetos racializados.
su ensayo Fusco explora temas de identidad, autenticidad y representación en el
^'^arco de los intercambios interculturales actuales. Fusco destaca que el interés por ge-
^^^rar encuentros interculturales •—co7i la consiguieiiteproducció/i de "lo exótico"— 720
exclusivo de 7iuestra época sÍ7J0 que, nos recuerda al co//tie7izo enAtnérica co7i el supuesto

E n inglés, el término htitj/o american se utiliza para n o m b r a r tanto a ios latino? residentes en los
* atados U n i d o s como a Jos latinoamericanos o ¡ntm nmerkam.

[307]
 308 j OTRA HISTORIA D E L PERRO lU'IANCE INTERCULTUR/VL 309

''descubrimiento" del "nuevo continente''. Asi, "otra" historia del-performance%n yesiiUó f^'^^^^^ d^ 'Vigencia de las posiciones de poder que están detrás de toda reía-
cultural que Fusco desarrolla en este artículo alude a modos relaciónales que se crei ^•^¿jj presentada como intercultural.
superados y cuyos ecos se encuentran presentes en todo intercambio que esté determi Si en elpasado, como iiarra Fusco, para Dlckens el hecho de que los nativos fueran
do por relaciones de poder, donde unos miran y otros son consumidos como espectác cüpoces de representarse a sí mismos en tareas cotidianas en condiciones artificiales
exótico. Para revelar esta circunstancia, Fusco y Gómez-Peña se embarcaron en 29 ^por ejemplo, en el ámbito de una muestra etnográfica de museo— era prueba de su
en la realización de un performance satírico en contra de la celebración de los quiñi Ijiaíinnidad, en el performance de Fusco y Gómez-Peña, el aspecto satírico del perfor-
tos años del descubrimiento de América. Como parte de este performance, Fusco y Qóni juanee y la impostura de los artistas que se hacen pasar por nativos sin serlo fue eva-
se hicieron pasar por Í72dtgenas recién descubiertos, exhibiéndose denti'o de una ja luado, según informa Fusco, por ciertos sectores del público como expresión de la falta
de oro durante tres días en espacios públicos y museos, rodeados de materiales textu de ética de los artistas que según estos miembros del público traicionaron la buena fe del
apócrifos para demostrar la legitimidad de su origen. Fusco explica los tér^ninos resto de los (:rédulos) asistentes.
producción, circulación y recepción del performance, al que conceptualiza como unp M.F.

ceso de "etnografía revertida" cuyo énfasis estaba puesto en las reacciones del público,
encontrarse con estos "especímenes". Fusco describe la función de la jaula como
pantalla que refleja lasfantasías del público acerca de estos si jetos. Y, dado que elp
formalice contemplaba la interacción en.tre los artistas (los supuestos nativos) y elp
blico, la manera en que estos últimos interactuaran con los. nativos resultaba tambi
reveladora de suposición dentro de esta relación.
¿Cuál es la construcción iínaginaria contemporánea del "otro cidluraj"? ¿Cu
son las exigencias del público para validar la autenticidad de un sujeto "nativo"? Fi
plantea que la construcción de la alteridad étnica esperformativa y se localiza en
cuerpo. No alcanza con "ser distinto" sino que hay que "actuar" como distinto, y
plir con los códigos que moldean las fantasías caucásicas sobre el performance legiñ
de su otro cultural. Fusco relata cómo una vez que los artistas inaugtiraron uno de
términos de la relación, ubicándose en el rol del buen salvaje, el público asumió in
diatamente el rol del colonizador, cercano a su rol contemporáneo como consumido
de lo exótico.
La sorpresa con la que se encontraron Fusco y Gómez-Peña fie que para m
este perfoimance no tenía -nada de comentario sardónico, sino quefue recibido conio
hecho real, a pesar de disloques tales como el hecho de que el "macho nativo" escribísi
un ordenador y que la "hembra" cantara rap. Para Fusco, la interpretación literal
performance por parte de ciertos espectadores, que se escanda lizaj-on de cjue los artisi\
criticaran estas prácticas de exhibición y sus émulos con temjwrúneos reproduciéndolas k
hacer obvia su crítica, o la actitud paternalista de unos miembros del público p
con otros a quienes supuestamente tenían que proteger de la maldad de estos artts
A P R I N C I P I O S D E L S I G L O X X ,F R A N 2 K A F K J V E S C R I B I Ó U N A H I S T O R I A Q U E C O M E N -

zaba: " H o n o r a b l e s m i e m b r o s d e l a A c a d e m i a . M e l i a n laecho e l l i o n o r d e i n v i t a i ' m e

a s u A c a d e m i a p a r a q u e l e s r e l a t e m i v i d a a n t e r i o r , c u a n d o [\ú u n s i m i o " . T i t u l a d a
" I n f o r m e p a r a u n a a c a d e m i a " s e presentó c o m o t e s t i m o n i o d e u n h o m b r e d e l a
C o s t a d e O r o a f r i c a n a q u e había v i v i d o v a r i o s a n o s e n exliibición e n A l e m a n i a e n
caÜdad d e p r i m a t e . E s e r e l a t o e r a ficticio y creación d e u n e s c r i t o r e u r o p e o q u e
d e s t a c a b a l a ironía d e t e n e r q u e d e m o s t r a r l a p r o p i a h u m a n i d a d ; n o o b s t a n t e , e s
u n a d e l a s a b u n d a n t e s a l u s i o n e s Üterarias a l a h i s t o r i a r e a l d e l a exliibición etnográ-
fica d e s e r e s h u m a n o s q u e h a t e n i d o l u g a r e n O c c i d e n t e d u r a n t e l o s c i n c o s i g l o s
r e c i e n t e s . S I b i e n l a s e x p e r i e n c i a s d e m u c h o s a q u i e n e s s e exliibió s o n m a t e r i a d e
leyenda, s o n los relatos d e observadores y empresarios l oq u e constituye el regis-
t r o histórico 3 ^ ] i t e r a i ' i o d e e s t a práctica e n O c c i d e n t e . A m i c o l a b o r a d o r , G u i l l e r m o
Gómez-Peña, y a m í n o s intrigó e s t e e f e c t o d e r e p r e s e n t a r l a i d e n t i d a d d e u n o t r o
p a r a u n púbHco caucásico, p e r c i b i e n d o s u s i m p l i c a c i o n e s p a r a n o s o t r o s c o m o a r t i s t a s
d e p e r f o r m a n c e q u e a b o r d a n l a i d e n t i d a d c u l t u r a l e n e l p r e s e n t e . ¿Acaso c a m b i a r o n
líis c o s a s ? , n o s p r e g i u i t a m o s . ¿ C ó m o s a b e r l o , s i n o a l d e j a r e n H b e r t a d a e s o s f a n t a s -
mas d e u n a historia q u epuede suponerse nuestra? I m a g i n e q u e m e paro frente a
"Jsted, c o m o e l p e r s o n a j e d e K a f l c a , p a r a h a b l a r s o b r e u n a e x p e r i e n c i a q u e s e clasLñca
e n algún l u g a r enü'e l a v e r d a d y l a ficción. L o q u e s i g u e s o n m i s r e f l e x i o n e s r e s p e c t o d e
representación d e l p a p e l d e l h/en salvaje t r a s l o s b a r r o t e s d e u n a j a u l a d e o r o .

* Fran?, Kafka, IJje Basic Kajka, N u e v a Y o r k , W a s h i n g t o n Scjuare Press, 1979.

[311]

coco FU
N u e s t r a pretensión o r i g i n a l e r a r e a l i z a r u n c o m e n t a r - i o satírico s o b r e l o s
c e p t o s o c c i d e n t a l e s d e l o t r o exótico,primitÍA''o; n o o b s t a n t e , h u b i m o s d e e n f r e J
d o s r e a l i d a d e s i n e s p e r a d a s e n e l t r a n s c u r s o d e l a elaboración d e e s t a o b r a : xj^
porción s u s t a n c i a l d e l público cxcyó q u e n u e s t i ' a s i d e n t i d a d e s ficcionales e r a n re
y2j u n a b u e n a c a n t i d a d d e i n t e l e c t u a l e s , a r t i s t a s y burócratas c u l t u r a l e s b u s c
d e s v i a r l a atención d e l a s u s t a n c i a d e n u e s t r o e x p e r i m e n t o a l a s "ímplicacio
m o r a l e s " d e n u e s t r o subterñigio, o , e n s u s p a l a b r a s , d e n u e s t r a "desinforinací
p a r a e l púbÜco" a c e r c a d e quiénes éramos. E l l i t e r a l i s m o i m p h ' c i t o e n l a i n t e r '
tación d e n u e s t i ' a o b r a p o r p a r t e d e i n d i v i d u o s q u e r e p r e s e n t a n e l "interés públi
s u g i e r e s u c o m p r o m i s o c o n n o c i o n e s p o s i t i v i s t a s d e l a " v e r d a d " y n o c i o n e s desp
l i t i z a d a s y al-ústóricas d e "civilización". E s t a etnografía i n v e r t i d a d e n u e s t r a s i n t
a c c i o n e s c o n e l público sugerirá, e s p e r o , l a n a t i u - a l e z a c u l t i u ' a l m e n t e específica
s u t e n d e n c i a a u n a interpretación h t e r a l y m o r a l .
C u a n d o c o m e n z a m o s a t r a b a j a r e n este p e r f o r m a n c e c o m o p a r t e d e u n p-
y e c t o q u e c o n f r o n t a r a a l q u i n t o c e n t e n a i i o , e l régimen d e B u s h ( p a d r e ) c o m e n
ba a ti-azar p a r a l e H s m o s claros e n t r e e l " d e s c u b r i m i e n t o " d e l N u e v o M u n d o j
" n u e v o o r d e n m u n d i a l " . O b s e r v a m o s l a s e m e j a n z a e n t r e las celebraciones ofici
les d e l q u i n t o c e n t e n a r i o e n 1 9 9 2 y las f o r m a s c o m o l a s c o n m e m o r a c i o n e s c
l o m b i n a s d e 1 8 9 2 s i r v i e r o n d e justificación p a i ' a e l e n t o n c e s n u e v o e s t a t u s
Estados U n i d o s c o m o potencia imperiahsta. N o obstante, s i bien anticipa'
q u e l a celebración o f i c i a l d e l q u i n t o c e n t e n a r i o conformaría u n telón d e f o n d
i m p u e s t o , l o q u e p r o n t o q u e d ó c l a r o ñie q u e , t a n t o p a r a E s p a ñ a c o m o p a r a E s
d o s U n i d o s , l a celebración f u e u n a e m p r e s a económica d e s a s t r o s a , e i n c l u s o u i
vergüenza. L a E x p o d e S e v i l l a quebró; s e investigó a l a C o m i s i ó n E s t a d u n i d e
d e l Q i i i n t o C e n t e n a i i o p o r corrupción; l a s réplicas d e l a s c a r a b e l a s s e e n c o n t r a i
c o n t a n t a s p r o t e s t a s q u e l a g i r a s e canceló; e l p a p a cambió s u s p l a n e s y n o o f i c i
m i s a e n I n RepúbÜca D o m i n i c a n a h a s t a después d e l 1 2 d e o c t u b r e ; Russ
M e a n s , a c t i v i s t a d e l M o v i m i e n t o I n d o A m e r i c a n o , logró q u e l o s i t a l o - e s t a d u n
d e n s e s e n D e n v e r c a n c e l a r a n s u desfile d e l Día d e l a R a z a ; y las costosas p r o d u
c l o n e s cinematográücas q u e celebrarían a C o l ó n — d e 1492: Uje Discovery [149^
El desciibrÍ7menio] a Tje Conqiiest of Paradise [La congiñsta del Paraíso]—' f u e r o
f r a c a s o s d e t a q u i l l a . C o l ó n , l a figura q u e c o m e n z ó c o m o símbolo d e l e u r o c e n t r J s
m o y d e l espíritu e m p r e n d e d o r l i a c i a América, terminó p o r d e v a l u a r s e a c a u s a d
u n a reproducción e x c e s i v a y u n a m a l a actuación.
TRA HISTORIA D E L PERFORIs'IANCE I N T E R C U L T U R A L 313
C o n f o r m e s e d i f i . i m i n a b a n l a s c e l e b r a c i o n e s o f i c i a l e s , c a d a v e z s e l i i z o más
¿ , i'O q""^^ C o l ó n e r a u n a c o r t i n a d e h u m o , u n i c o n o m a l e a b l e d e s p l e g a d o p o r l a
I t u v a d o m i n a n t e p a r a a t a c a i " a l a s p o s t u r a s d e "corrección p o h ' t i c a " . H a l l a r j u s ü -
f^cació" histórica p a r - a e l " d e s c u b r i m i e n t o " d e C o l ó n f u e t a n sólo o t r o m o d o d e
j^l^rmar e l " d e r e c h o n a t r u - a l " d e e u r o p e o s y c r i o l l o s a s e r c o n s u m i d o r e s c u l t i u ' a l e s
globales- L o s m o d e l o s más e q u i t a t i v o s d e c o m e r c i o q u e p l a n t e a b a n m u c h o s m u l -
^ c u l t u r a l i s t a s d e m a n d a r o n lógicamente u n e n t e n d i m i e n t o más p r e f i j a d o d e l h i -
b r i d i s m o c u l t u r a l a m e r i c a n o , y exigió r e d e f i n i c i o n e s d e i d e n t i d a d e s y orígenes
nacionales. P e r o e l concepto d e diversidad c u l t u r a l fi-uidamentai para este e n t e n -
d i m i e n t o L l e g a a l a m é d u l a d e l s e n t i d o d e c o n t r o l s o b r e l a o t r e d a d q u e simbolizó
Colón, y q u e c o n r a p i d e z s e desechó c o m o a l g o n o e s t a d u n i d e n s e . L a resurrección
de l a m e m o r i a c o l e c t i v a d e l a v i o l e n c i a c o l o n i a l e n A m é r i c a q u e s e borró d e f o r m a
estratégica d e l a c u l t u r a p r e d o m i n a n t e s e d e s a i b i ó c o n s i s t e n t e m e n t e a l o l a r g o d e
1 9 9 2 , p o r p a r t e d e l o s c o n s e r v a d o r e s , c o m o r e c e t a d e l c a o s . E n f e c h a s más r e c i e n -
tes, c o m o s e c a r a c t e r i z a e n l a película Falli7tg Dow?! [U71 día defiiria], se v e c o m o
u n a a m e n a z a d i r e c t a a l a a u t o e s t i m a h e t e r o s e x u a l m a s c u l i n a caucásica. N o s o r -
p r e n d e q u e , p a r a l o s c o n s e r v a d o r e s contemporáneos, e l c e n t r o d e atención e n e l
racismo p o r parte d e artistas d e color les resulte i n v a r i a b l e m e n t e "chocante" e
i m p r o p i o , s i n o a m e n a z a d o r d e l o s i n t e r e s e s n a c i o n a l e s , así c o m o d e l a r t e m i s m o .
A p a i t i r d e e s t e c o n t e x t o sm-gió n u e s t r a decisión d e a d o p t i u : u n v o t o d e s i l e n c i o
simbólico c o n e l p e r f o r m a n c e d e l a j a u l a , p o s t u r a r a d i c a l r e s p e c t o d e l o s p e r f o r -
mances previos d e G u i l l e r m o y d e m i s actividades c o m o escritora y conferencista.
B u s c a m o s u n a m a n e r a estratégicamente e f i c a z d e e x a m i n a r l o s límites d e l " m u l -
t i c u l t i u - a l i s m o f e l i z " q u e r e i n a b a e n l a s i n s t i t u c i o n e s c u l t u r a l e s , así c o m o d e r e s -
p o n d e r a l o s f o r m a h s t a s y r e l a t i v i s t a s c u l t u r a l e s q u e r e c h a z a n l a proposición d e
^ue k diferencia racial es absolutamente fi.mdamental p a r a l a i n t e r p r e t a d ó n esté-
tica. V o l v i m o s l a m k a d a a A m é r i c a L a t i n a , óonát l aconciencia de los h'mites re-
píesivos s o b r e l a expresión pública e s m u c h o más a g u d a q u e aquí, e n E s t a d o s
U n i d o s , y h a l l a m o s m u c h o s e j e m p l o s d e l a f o r m a e n q u e l a oposición p o p u l a r s e h a
' ^ ' ^ p r e s a d o d u r a n t e s i g l o s m e d i a n t e e l espectáculo satírico. N u e s t r a j a u l a s e c o n -
virtió e n metáfora d e n u e s t r a condición, a l v i n c u l a r e l r a c i s m o i m p H c i t o e n l o s
P ' t r a d i g m a s etnográficos d e l d e s c u b r i m i e n t o a l a retórica e x o t i z a n t e d e l m u l t i c u l -
^ f i ' a l i s m o " m u n d i a l i z a d o r " . Y e n t o n c e s s e presentó l a o p o r t u n i d a d p e r f e c t a : e n
• ^ ^ ^ 1 , G u i l l e r m o y y o r e c i b i m o s l a invitación p a r a r e a l i z a i - u n p e r f o r m a n c e c o m o
 314 COCO FUS OTRA H I S T O R I A D E L PERFORJ\'IANCE I N T E R C U L T U R A L 315
LA

p a r t e d e l a B i e n a l E d g e ' 9 2 , q u e tendría l u g a r e n L o n d r e s y también e n M a d ¿listindones e n t r e e l o b j e t o d e a r t e y e l c u e r p o ( p e r f o r m a n c e ) , e n t r e fantasía y

c o m o p a r t e d e l a celebración d e l q u i n t o c e n t e n a r i o e n s u c a l i d a d d e c a p i t a l d e r e a l i d a d (espectáculo e n v i v o ) , y e n t r e l i i s t o r i a y representación dramática ( d i o r a -
c u l t x u - a e u r o p e a . A p r o v e c h a m o s e l interés d e E d g e e n u b i c a r e l a r t e e n e s p a c i nía). E l p e r f o r m a n c e Ríe i n t e r a c t i v o , y s e c e n t r a b a m e n o s e n l o q u e liacíamos q u e
púbhcos p a r a c r e a r u n p e r f o r m a n c e p r o p i o d e u n s i t i o e s p e d f i c o p a r a l a P l en l a m a n e r a e n q u e l a g e n t e i n t e r a c t u a b a c o n n o s o t r o s e i n t e r p r e t a b a nuestras
Colón e n M a d r i d , e n conmemoración d e l l l a m a d o D e s c u b r i m i e n t o . a c c i o n e s . C o n e l título d e Two Undiscovered Amerindians Visit... [Dos amerindios
N u e s t i - o p l a n e r a v i v i r e n u n a ¡aula d o r a d a d u r a n t e t r e s días, presentándon ,10 descubiertos visitan...], d e c i d i m o s n o a n u n c i a r e l a c t o c o n pubÜcidad p r e v i a n i
c o m o a m e r i n d i o s n o d e s c u b i e r t o s d e u n a i s l a d e l G o l f o d e México q u e d e a l g u de n i n g u n a o t r a c l a s e , c u a n d o Ríe p o s i b l e e j e r c e r d i c h o c o n t r o l ; i n t e n t a m o s c r e a r u n
m a n e r a l o s europeos h u b i e s e n soslayacio d u r a n t e cinco siglos. D e n o m i i i a n i e n c u e n t r o s o r p r e s i v o o "exUaño", e n e l q u e e l público t u v i e s e q u e s o m e t e r s e a s u
n u e s t r o t e r r i t o r i o G u a t i n a u , y a n o s o t r o s , g u a t i n a u i s . R e p r e s e n t a m o s n u e s t r a s "a p i - o p i o p r o c e s o d e reflexión r e s p e c t o d e l o q u e veía, sólo c o n a y u d a d e l a i n f o r m a -
t i v i d a d e s t r a d i c i o n a l e s " , q u e a b a r c a b a n d e s d e c o s e r muñecas vudú y l e v a n t a r p ( ción e s a l t a y l o s p a r ó d i c a m e n t e didácticos g u a r d i a s d e zoológico. E n e s t o s e n -
h a s t a v e r televisión y t r a b a j a r e n u n a c o m p u t a d o r a portátil. U n a c a j a p a r a cuentros c o n l o i n e s p e r a d o es m e n o s p r o b a b l e q u e l o s m e c a n i s m o s d e d e f e n s a d e
v o s ñ-ente n l a j a u l a i n d i c a b a q u e , p o r u n a módica s u m a , y o bailaría ( c o n música la g e n t e o p e r e n c o n s u e f i c a d a n o r m a l ; s i n a v i s o p r e v i o d e n i n g i m a índole e s más
r a p ) , G u i l l e r m o contaría auténticos r e l a t o s a m e r i n d i o s ( e n u n l e n g u a j e s i n s e n t i d probable q u e sus ideas salgan a la l u z .
y posaríamos p a r a q u e s e n o s f o t o g r a f i a s e c o n l o s v i s i t a n t e s . E n l a s cercanías r o ^
darían d o s " g u a r d i a s d e zoológico" p a r a h a b l a r c o n l o s v i s i t a n t e s ( p u e s n o s o t r o s
l o s entendíamos), p a r a l l e v a r n o s a l baño a t a d o s c o n c o r r e a s y díu'nos d e
s a n d w i c h e s y f r u t a . E n e l M u s e o W h i t n e ) ' ; e n N u e v a Y o r k , añadimos s e x o a n u
t r o espectáculo, a l o f r e c e r u n a m i r a d a a u n o s auténticos g e n i t a l e s masciüi
g u a t i n a u i s p o r c i n c o dólares. E n u n l e t r e r o didáctico s e p r e s e n t a b a u n a c r o n o l
gía q u e d e s t a c a b a l a exliibición d e p e r s o n a s n o o c c i d e n t a l e s , y e n o t i ' o , u n a e n *
d a s i m u l a d a d e l a E n c i c l o p e d i a Británica c o n u n m a p a f a l s o d e l G o l f o d e Mé:á,
en donde figuraba n u e s t r a i s l a . T r a s i o s ti-es días d e m a y o d e 1 9 9 2 , l l e v a m o s núes
performance a Co^'ent Carden, e n Londres, E n septiembre, l o presentamos
MineápoUs, y e n o c t v i b r e , e n e l M u s e o N a c i o n a l d e H i s t o r i a N a t u r a l , d e l S m i
s o n i a n o . E n d i d e m b r e e s t i m m o s e n exliibición e n e l M u s e o A u s t r a h a n o d e P U s t
Natural, e n Sidney, y e n enero de 1993, e n el Field M u s e u m de Chicago. A p
c i p i o s d e m a r z o e s t u v i m o s e n e l W h i t n e y p a r a l a inauguración d e l a b i e n a l , ú
lugar donde n o sencontramos contextualizados de f o r m a reconocible como
d e a r t e . A n t e s d e n u e s t r o v i a j e a M a d r i d , r e a l i z a m o s u n a exposición d e p f ^
e n c o n d i d o n e s r d a t i v a m e n t e c o n t r o l a d a s e n l a Galería d e A r t e d e l a U n i v e r s i d a d
California e n Irvine.
N u e s t r o p r o y e c t o s e concenti-ó e n e l " g r a d o c e r o " d e l a s r e l a c i o n e s i n t e r c ^ o s ameándios n o d e s c u b i e r t o s v i s i t a n M a d r i d , 1992, un-performancede Coco Fusco
rales e n u n i n t e n t o d e d e f i n i r u n p u n t o d e o r i g e n pai'a los debates q u e vinC y Guillermo Go'mez-Peíia, 1992. Fotografía de Na?icy Lytle. Cortesía Archivo
desaibrhniento y otredad. T r a b a j a m o s d e n t r o d e d i s c i p H n a s q u e d e s d i b u j a n . de La Pocho Nostra.

coco
N u e s t r o performíuice s e bnsíibíi e n i a práctica e u r o p e a y e s t a d u n i d e n s e a]
n a v e z p o p u l a r d e e x l i i b i r a p e r s o n a s indígenas d e A f r i c a , A s i a y e l c o n t i n
a m e r i c a n o e n zoológicos, p a r q u e s , t a b e r n a s , m u s e o s , shows d e fenómenos ¡j
shows] y c i r c o s . S i b i e n e s t a práctica alcanzó e l p u n t o c u l m i n a n t e d e s u p o p u i ^
d a d e n e l s i g l o x i x , e n r e a l i d a d c o m e n z ó c o n C r i s t ó b a l C o l ó n , q u e regresó-^
s u p r i m e r v i a j e e n 1 4 9 3 c o n v a r i o s a r a w a k s , a u n o d e q u i e n e s s e dejó e n e x h i *
ción e n l a c o r t e española d u r a n t e d o s a ñ o s . D i s e ñ a d a s p a r a o f r e c e r o p o r t u n i d
d e s d e c o n t e m p l a c i ó n estética, análisis cíentíñco y e n t r e t e n i m i e n t o p a r a e u
p e o s y n o r t e a m e r i c a n o s , e s t a s e x h i b i c i o n e s r e p r e s e n t a r o n u n c o m p o n e n t e críti
d e r m a c u l t u r a d e m a s a s b u r g u e s a c u y o d e s a r r o l l o coincidió c o n e l c r e c i m i e n t o ' ,
c e n t r o s y p o b l a c i o n e s u r b a n a s , e l c o l o n i a l i s m o e u r o p e o y e l e x p a n s i o n i s m o es"
dunidense.
A l escribir sobre estas exposiciones h u m a n a s e n las ferias i n t e r n a c i o n a l e s d
E s t a d o s U n i d o s d e .finales d e l siglo x i x y p r i n c i p i o s d e l x x , R o b e r t W . R y d
( a u t o r á&jíÜ the World's a Fair; Visions of Empire a t American International Ex"
bitions, 1876-1916) [Todo el mundo es una feria: Visiones del Imperio en exhibic
nes internacionales deArne'rica] e x p l i c a l a f o r m a e n q u e l a s e x h i b i c i o n e s "etnoló
c a s " d e p e r s o n a s n o caucásicas — o r g a n i z a d a s p o r e m p r e s a i ' i o s p e r o c o n e l a p o ^
d e a n t r o p ó l o g o s — c o n f i r m a r o n l o s e s t e r e o t i p o s r a c i a l e s p o p u l a r e s , y fonnentaró
l a s políticas i n t e r i o r e s y e x t e r i o r e s p e r t i n e n t e s . ^ E n a l g u n o s c a s o s , l i t e r a l m e
c o n e c t a r o n l a s prácticas d e l o s m u s e o s c o n a s u n t o s d e E s t a d o . A m u c h a s p e r s
ñas e n exhibición d u r a n t e e l s i g l o x i x s e l e s p r e s e n t ó c o m o j e f e s d e t r i b u s c o
q u i s t a d a s y c o m o l o s últimos s o b r e v i v i e n t e s d e r a z a s " e n extinción". I s h i , e l indí
y a h i q u e vivió c i n c o años e n e l M u s e o d e l a U m v e r s v d a d d e C a l i f o r n i a a final
del siglo XIX, es u ne j e m p l o m u y conocido. O ü o ejemplo, m e n o s conocido, p r
v i e n e d e l a g u e r r a d e 1 8 3 6 e n t r e E s t a d o s U n i d o s y México, c u a n d o l o s s e c
sionistas anglotexanos acostumbraban exhibir a susprisioneros mexicanos
p l a z a s públicas e n j a u l a s , h a s t a q u e morían d e h a m b r e . L a s e x h i b i c i o n e s tambié
d a b a n f e d e las c o s m o v i s i o n e s supremacistas blancas a l r e p r e s e n t a r a personas
c u l t u r a s n o b l a n c a s e n u n e s t a d o d e n e c e s i t a i * d i s c i p h n a , civilización e i n d u s t r i a
E s t a s e x p o s i c i o n e s n o sólo r e f o r z a r o n l o s e s t e r e o t i p o s d e " l o p r i m i t i v o " , s i n o q u e
s i m e r o n para i m p o n e r u n sentido de unidad racial c o m o blancos entre europeos
^ R o b e r t R.yúc]l,jf'J¡¡ Ü)e WorkVs a Fair: J'lsio/!s of Empire n( American Inteniational Exhibitions, 1876-
1916, Chicago, Uiúversity o f C h i c a g o Press, 1984.
OTRA HISTORIA D E L PERFORMANCE INTERCULTURAL
estadunidenses, q m e n e s se d i v i d i e r o n e s t r i c t a m e n t e p o r clases y r e l i g i o n e s
l ^ . s t a e l siglo x x . É s t a e s l a r a z ó n , p o r e j e m p l o , p o r l a c u a l l a s e x h i b i c i o n e s e t -
j^ográficas d e p e r s o n a s d e A f r i c a y A s i a d e l a E x h i b i c i ó n C o l o m b i n a d e i m
e,, a^ic^go se u b i c a r a n f u e r a d e " L a C i u d a d B l a n c a " , u n área c e r r a d a q u e c e l e -
[jraba l a c i e n c i a y l a industíia.
Perfonnance interculUtral
E l a r t e d e l p e r f o r m a n c e e n O c c i d e n t e n o c o m e n z ó c o n l o s e v e n t o s dadaístas.
D e s d e l o s p r i m e r o s días d e l a " c o n q u i s t a " e u r o p e a , s e H e v a r o u " m u e s t r a s aboríge-
nes" d e p u e b l o s d e A f r i c a , A s i a y e l c o n t i n e n t e a m e r i c a n o a E u r o p a p a r a s u c o n -
templación estética, anáUsis científicos y e n t r e t e n i m i e n t o . E s t a s p e r s o n a s d e o t r a s
partes d e l m u n d o se v i e r o n o b l i g a d a s p r i m e r o a o c u p a r e l l u g a r q u e l o s e u r o p e o s
3'a habían c r e a d o p a i - a l o s s a l v a j e s e n s u p r o p i a mitología m e d i e v a l ; después, c o n
e l s u r g i m i e n t o d e l racionaÜsmo científico, l o s "aborígenes" e n exliibición f u n g i e -
r o n c o m o p r u e b a d e l a s u p e r i o r i d a d n a t x i r a l d e l a civihzación e u r o p e a , d e s u c a p a -
c i d a d d e e j e r c e r c o n t r o l s o b r e e l m u n d o " p r i m i t i v o " y e x t r a e r c o n o c i m i e n t o d e él,
y, e n última i n s t a n c i a , c o m o p r u e b a d e l a i n f e r i o r i d a d genética d e l a s r a z a s n o
e u r o p e a s . D u r a n t e l o s p a s a d o s q u i n i e n t o s años s e exliibió a aborígenes a u s t r a U a n o s ,
tahitianos, aztecas, iroqueses, cheroquis, o j i b w a y s , i o w a s , n i o h a w k s , botocudos,
g u i a n e s e s , h o t e n t o t e s , k a f i r e s , n u b l o s , somalíes, s i n g a l e s e s , p a t a g o n i o s , fiieguinos>
k a h u c k s , a n a p o n d e s e s , zulúes, b o s q u i m a n o s , j a p o n e s e s , i n d i o s o r i e n t a l e s y l a p o n e s
e n t a b e r n a s , t e a t i ' o s , j a r d i n e s , m u s e o s , zoológicos, c u ' c o s , y f e r i a s m u n d i a l e s d e E u r o -
pa, y e n espectáculos d e fenómenos e n E s t a d o s U n i d o s . A l g u n o s e j e m p l o s s o n l o s
siguientes:
^493 Colón Llevó a u n n r a w a k d e l C a r i b e p a r a e x h i b i r l o e n l a c o r t e española d u -
r a n t e d o s años, h a s t a q u e murió d e depresión.
^502 Se exlrlbe a "esquimales" en Bristol, Inglaterra.
1505 Se lleva a nativos n o r t e a m e r i c a n o s a Francia para construir u n a aldea brasi-
leña e n R o u e n . Eí r e y d e F r a n c i a o r d e n a a s u s s o l d a d o s q u e q u e m e n l a a l d e a
c o m o p e r f o n n a n c c . T a a t r o l e a g r a d a e l espectáculo q u e o r d e n a q u e s e r e p r e -
s e n t e d e n u e v o a l día s i g u i e n t e .
 MISTORIA D E L PERFOimANCE I N T E R C U L T U R A L 3 1 9
C O C O F u

1562 I V U c h e l d e M o n t a i g n e se i n s p i r a p a r a escribir s u ensayo " T l i e C a n n i a l a A c a d e m i a d e C i e n c i a s N a t u r a l e s e n París, y s e les exliibió a l público

[ L o s caníbales] después d e v e r a l o s n a t i v o s norteameLÍcanos l l e v a d '
F r a n c i a c o m o regalo para e l rey.
1613 A l e s c r i b i r La tempestad, S h a k e s p e a r e b a s a s u p e r s o n a j e e n u n "indíp-'^
q u e v i o e n u n a exhibición e n L o n d r e s .
1617
P o c a l i o n t a s , l a e s p o s a indígena d e J o h n R o l f e , l l e g a a L o n d r e s p u r a p r o j ^
v e r e l t a b a c o d e V i r g i n i a . M u e r e víctima d e u n a e n f e r m e d a d i n g l e s a p
t i e m p o después.
1676 S e e j e c u t a a l j e f e w a m p a n o a g M e t a c o m p o r f o m e n t a r l a rebelión i n d i ^
c o n t r a l o s p u r i t a n o s , y s u c a b e z a s e e x h i b e e n público d u r a n t e v e i n t i c i .
años e n M a s s a c h u s e t t s .
1788 E l gobernador Felipe captura a A r a b a n o o , d e lpueblo cammeraigal,
n o r t e d e S i d n e y , A u s t r a l i a . A l p r i n c i p i o s e encadenó a. Arabíicvoo y s e i e
cluyó c o m o c o n v i c t o ; más t a r d e , s e l e exíiibió a n t e l a s o c i e d a d d e S i d n ,
Murió d e v i r u e l a u n año después,
1792 B e n n e l o n g y Y a m m e r a w a n n i e , d e l p u e b l o cadigal, d e l sur d e Sidney, viaj
a I n g l a t e r r a c o n e l g o b e r n a d o r F e l i p e , d o n d e se les t r a t a c o m o curiosidad
Y a m m e r a w a n n i e murió d e neumonía.
1802 P e m u l w u y , l u c l i a d o r d e l a resistencia a b o r i g e n d e l p u e b l o bidgegal, niii'
e n A u s t r a l i a a m a n o s d e c o l o n o s blancos, quienes l e d i s p a r a r o n . S e le co
l a c a b e z a , s e l e conservó y envió a I n g l a t e r r a p a r a s u exliibición e n e l M u ^
de L o n d r e s .
1810-1815 L a V e n u s h o t e n t o t e ( S a a r t j i e B a a r t m a n ) s e e x h i b e a l o l a r g o y uncíiO'
E u r o p a . T r a s s u m u e r t e , científicos f r a n c e s e s d i s e c a r o n s u s g e n i t a l e s y h a
l a f e c h a s e l e s c o n s e r v a e n e l M u s e o d e l H o m b r e d e París.
1822 S e c x l i i b e n u n a f a m i l i a j a p o n a c o n L U Í r e n o v i v o e n e l Salón E g i p c i o , , '
Londres. \ dente W i l l i a m M c I O n l e y .
1823 E l empresario W i l l i a m B u l l o c k escenifica u n d i o r a m a campesino mexica
e n e l q u e u n j o v e n indígena m e x i c a n o s e p r e s e n t a c o m o espécimen e t n
gráfico y guía d e m u s e o . i l a U n i v e r s i d a d d e C a l i f o r n i a , S e l e presentó c o m o u n símbolo d e l a v i c t o r i a
1829 S e exlúbe d e s n u d a a u n a m u j e r h o t e n t o t e c o m o atracción e n u n b a i l e q '
o f r e c e l a d u q u e s a D u B a r r y e n París.
1834 Después d e q u e l a caballería d e l g e n e r a l R i v e r a p e r p e t r : u : a e l g e n o c i d i o d e te
d o s l o s indígenas d e U r u g u a y c u a t r o diarrúas s o b r e v i v i e n t e s fiicron donad
francés c o m o espetímcnes d e u n a r a z a e x t i n t a . T r e s d e e l l o s m u r i e r o n a n t e s
d e d o s m e s e s y e l o t r o escapó, y n u n c a más s e s u p o d e él.
G e o r g e C a t l i n e x h i b e a "indígenas d e p i e l r o j a " e n I n g l a t e r r a .
1844
C h a r l e s D i c k e n s e s c r i b e s o b r e c u a t r o b o s q u i m a n o s e n exhibición e n e l S a -
1847
lón E g i p c i o e n L o n d r e s .
^g53 S e e x h i b e a t r e c e k a f i r e s e n l a Galería S t . G e o r g e e n H y d e P a r k , L o n d r e s .
Se exhibe a pigmeos vestidos con atuendos europeos tocando el piano en
1853
u n salón británico c o m o p r u e b a d e s u p o t e n c i a l p a r a l a "civilización'.
Máximo y B a r t o l a , d o s salvadoreños m i c r o cefálicos, r e c o r r e n E u r o p a y e i
c o n t i n e n t e americano, y t e r m i n a n por unirse a l circo B a r n u m y Bailey. S e
1853-1901 l e s e x h i b e c o m o " l o s últimos s o b r e v i v i e n t e s a z t e c a s d e u n a m i s t e r i o s a c i u -
dad en la jungla, llamada Ixinaya".
L a R o y a l Socíety o f Tasmanía a d q u i e r e e l e s q u e l e t o d e T r u g a n i n i , a b o r i g e n
t a s m a a i o . S u s r e s t o s s e m u e s t r a n e n M . e l b o u r n c e n 1 8 8 8 y 1 9 0 4 , y después
1878 se r e g r e s a n a l m u s e o d e Fíobart, d o n d e s e l e s e x h i b e d e s d e 1 9 0 4 h a s t a m e -
d i a d o s d e l a década d e 1 9 6 0 .
1879 P . T . B a r n u m o f r e c e a l a r e i n a V i c t o r i a 1 0 0 m i l dólares p a r a q u e se l e p e r m i t a
e x h i b i r a l j e f e g u e n ' e r o zulú c a p U u ' a d o , C e t e w a y o , o f e r t a q u e s e r e c h a z a .
1882 E l c i r c o d e W . C . C o u p a n u n c i a l a adquisición d e " u n a compañía d e g e n i i i -
n o s zulúes v a r o n e s y h e m b r a s " .
1893 E l esqueleto d e N e d d y L a r k i n , a b o r i g e n d e l l u e v a G a l e s d e l S u r , se v e n d e
a l M u s e o H a r v a r d U n i v e r s i t y P c a b o d y j u n t o c o n u n a colección d e a n i m a l e s
disecados, piedras, h e r r a m i e n t a s y utensilios.
1898 E n l a Exposición I n t e r n a c i o n a l T r a n s - M i s s i s s i p p i e n O m a h a , N e b r a s k a , s e
e s c e n i f i c a u n a p a r o d i a d e u n a b a t a l l a d e aborígenes, e n p r e s e n c i a d e l p r e s i -
•^^05 S e c a p t u r a a l único s o b r e v i v i e n t e m i e n i b r o d e l a t r i b u y a h i d e C a l i f o r n i a ,
I s h i , y se l e e x h i b e d u r a n t e l o s últimos c i n c o años d e s u v i d a e n e l M u s e o d e
e s t a d u n i d e n s e s o b r e l a s n a c i o n e s indígenas y se etiquetó a Ishí c o m o e l últi-
m o nativo d e l a edad depiedra en Estados U n i d o s .
^^^6 S e c x l i i b e a O t a B c n g a , e l p r i m e r p i g m e o q u e visitó E s t a d o s U n i d o s d e s -
pués d e l c o m e r c i o d e e s c l a v o s , e n l a j a u l a p a r a p r i m a t e s d e l zoológico d e l
 B r o n x . U n g r u p o d e m i n i s t r o s n e g r o s protestó p o r e s t a exíiibiciar^
p r e n s a l o c a l argumentó q u e quizá O t a B e n g a l o d i s f r u t a s e .
1911
S e v e n d e l a lüclcapoo I n d i a n M e d i c i n e C o m p a n y e n 2 5 0 m i l dól
t r e i n t a días d e r e p r e s e n t a c i o n e s e n E s t a d o s U n i d o s . P o r c a d a 1 5 0 esp
se incluía a u n o o d o s indígenas kíckapoo c o m o p r u e b a d e q u e las
ñas q u e s e vendían e n l a s c a l l e s s e d e r i v a r o n d e l a m e d i c i n a indíge
numa.
1931
E l e i r c o R i n g l i n g p r e s e n t a a 1 5 u b a n g i s , e n t r e q u i e n e s se e n c u e n t
n u e v e m u j e r e s c o n l o s l a b i o s más g r a n d e s d e l C o n g o " .
1992 U n a e n a n a n e g r a s e e x l i i b e e n l a F e r i a E s t a t a l d e M i n e s o t a , y se l e
c o m o " L a pequeñaTeesha, p r i n c e s a isleña".
E n l a mayoría d e i o s c a s o s , l o s s e r e s h u m a n o s a q u i e n e s s e exlríbe n o s e
p o r p r o p i a v o l u n t a d . H a s t a l a f e c h a p e r s i s t e n v e r s i o n e s m e n o s v i o l e n t a s e n fes
les y p a r q u e s d e e n t r e t e n i m i e n t o , c o n e l c o n s e n t i i i i i e n t o p a r c i a l d e las person^
exliibición. L a s i n d u s t r i a s turísticas contemporáneas y l a s d e p e n d e n c i a s culti
d e v a r i o s países d e t o d o e l m u n d o aún a l i m e n t a n l a ilusión d e a u t e n t i c i d a d
c o m p l a c e r l a fascinación o c c i d e n t a l p o r l a o t r e d a d . Y m u c h o s a r t i s t a s también.
A l s u r g i r e n u n a época e n q u e . l o s p ú b h c o s d e m a s a s e n E u r o p a y E s t a
U n i d o s a p e n a s sabían l e e r , y a p e n a s tenían i d e a d e l r e s t o d e l m u n d o , l a s e x h i
c l o n e s e r a n u n a f o r m a i m p o r t a n t e d e "educación" pública. E n e s t o s espectác
e r a d o n d e l a mayoría d e l o s caucásicos "descubrían" a l s e c t o r n o o c c i d e n t a l c
h u m a n i d a d . M e g u s t a cíilificaiios c o m o l o s orígenes d e l p e r f o r m a n c e i n t e r c u l t
e n O c c i d e n t e . L a s exlñbiciones e r a n e x p r e s i o n e s v i v i e n t e s d e l a s fantasías c o l
n i a l e s , y c o n t r i b u y e r o n a f o r j a r u n l u g a r e s p e c i a l e n l a imaginación e u r o p e
a i o l l a r e s p e c t o d e l o s p u e b l o s n o caucásicos y s u s c u l t i u - a s . S i n e m b a r g o , s u f - i n c i
trascendió l a d e t r o f e o s d e g u e r r a , l a d e p r o p o r c i o n a r e n t i - e t e n i m i e n t o p a r a
m a s a s y d a t o s seudocienííficos p a i ' a l o s p r i m e r o s antiropólogos. L a s e x l i i b i c i o r i
etnográficas d e p e r s o n a s d e c o l o r e r a n u n a d e m u c h a s R i e n t e s d e l a s q u e a b r e v a '
los m o d e r n i s t a s e u r o p e o s y estadunidenses e n busca d er o m p e r c o n e l realisn^O;
i m i t a r l o " p r i m i t i v o " . L o s e r u d i t o s h a n a n a l i z a d o c o n ampÜtud l a conexión e n
l a s e s c u l t u r a s d e África o c c i d e n t a l y e l c u b i s m o , p e r o e s l a c o n s t r u c c i ó n d e
o t i ' e d a d étnica e n perfomrativa y ubicada e ne l cuerpo l o que deseo des
car a q i u .
jj-jterés d e m o d e r n i s t a s y p o s m o d e r n i s t a s e n l a s c u l t u r a s n o o c c i d e n t a l e s l e
d'ó ^""^ c o n j u n t o d e r e f e r e n c i a s a l o exótico p o r p a r t e d e e s c r i t o r e s y filósofos
eos d u r a n t e i o s p a s a d o s c i n c o s i g l o s . E s c r i t o r e s c o m o W i l l i a m Shakespeare,
e l M o n t a i g n e y W i l l i a m W o r d s w o r d i a l u d e n a l o s espectáculos etnográücos
^^*^¡j] a e n t e q u e s e l l e v a b a a E u r o p a p a r a q u e f o r m a s e n p a r t e d e e l l o s . E n e l s i g l o
^^ e s t o s espectáculos, j u n t o c o n e l t e a t r o y l a s b a l a d a s p o p u l a r e s , s i r v i e r o n c o m o
il^straeioiies a s i m i s m o populai'es d e l c o n c e p t o d e l b u e n salvaje, t a n f u n d a m e n t a l
l a filosofía d e l a Ilustración. N o t o d a s l a s r e f e r e n c i a s f u e r o n p o s i t i v a s ; d e h e -
h o e l h u m a n i s t a decimonónico C h a l l e s D i c k e n s o p i n a b a q u e l a noción d e l b u e n
salvaje n o b a s t a b a p a r a q u e e i e n c u e n t i ' o c o n l o s b o s q u i m a n o s e n e l Salón E g i p c i o
^ en 1 S 4 7 f-iese u n a e x p e r i e n c i a p l a c e n t e r a o a l g o q u e v a l i e s e l a p e n a :
P i e n s o e n l o s b o s q u i m a n o s . P i e n s o e n l o s d o s h o m b r e s y Jas d o s m u j e r e s a q u i e -
nes se e x h i b e p o r I n g l a t e r r a d e s d e h a c e a l g u n o s años. ¿Acaso l a mayoría d e l a s
p e r s o n a s — q u i e n e s r e c u e r d a n a l h o r r i b l e y d i m i n u t o líder d e ese g r u p o e n s u
p u r u l e n t o m a n o j o d e p i e l e s , c u b i e r t o d e m u g r e y s u antipatía a l a g u a , y sus p i e r -
nas c r u z a d a s , y sus g r i t o s d e " Q u - u - u - u - a a a " ( v o z b o s q u i m a n a p a i u a l g o d e s e s -
p e r a d a m e n t e i n s u l t a n t e , s i n d u d a ) - — a n h e l a d e m a n e r a d e l i b e r a d a a l b u e n salvaje,
o es a l g o idiosincrásico e n mí a b o r r e c e r l o , d e t e s t a r l o , a b o m i n a r l o y r e p u d i a r l o ?
N u n c a h e v i s t o q u e e s e g r u p o d u e r m a , f u m e y e s c u p a c e r c a d e algún b r a s e r o ,
p e r o c o n s i n c e r i d a d h e d e s e a d o q u e a l g o p a s e c o n e l carbón d e allí d e n t r o , y q u e
cause l a sofocación i n m e d i a t a d e t o d o s e s o s b u e n o s extranjeros.-*
S i n e m b a r g o , l a aversión d e D i c k e n s n o l e i m p i d e a d v e r t i r q u e i o s b o s q u i m a -
"^os p o s e e n u n a c u a l i d a d q u e l o s r e d i m e : s u c a p a c i d a d d e r e p r e s e n t a r d e f o r m a
'espontánea y draniática s u s hábitos " s a l v a j e s " . P a r a p r i n c i p i o s d e l s i g l o x x , l a o t r a
c a r a d e e s t a repulsión • — e n f o r m a d e fascinación f e t i c h i s t a p o r l o s a r t e f a c t o s exó-
t i c o s y l a c r e a t i v i d a d " p r i m i t i v a " q u e l o s generó—• e r a y a c o m ú n e n t r e l o s m i e m -
b r o s d e l a v a n g u a r d i a e m ' o p e a . L o s dadaístas, a m e n u d o c o n s i d e r a d o s iniciadores
del arte del p e r f o r m a n c e , i n c l u y e r o n varios gestos i m i t a t i v o s e n sus actos, desde
"^'estirse y b a i l a r c o m o a f r i c a n o s h a s t a e l a b o r a r máscaras y d i b u j o s " d e a p a r i e n c i a
P n m i t i v a " . E l d i c h o d e T r i s t a n T z a r a d e q u e "el p e n s a m i e n t o nace e n l a boca",
^ Rjchíird D . A I t w i c k , 7}}e Shows ofLondon, Cambridge, Miissacliusetts, B e i k n a p Press, 1 9 7 8 .
 COCOp
analogía p e r f o r m a t i v a c o n e l c u b i s m o , s e r e f i e r e d i r e c t a m e n t e a l a i d e a d a d *
d e q u e l a tradición artística o c c i d e n t a l s e subvertía m e d i a n t e l a í^propiación
oralidad percibida y la naturaleza performativa d el o"no occidental". En. u n
g e s t o d e apropiación, T z a i ' a compiló u n a antología d e poesía a f r i c a n a y d e l s u
Pacífico s e l e c c i o n a d a a p a r t i r d e etnográficas e n s u l i b r o PohjiesNég}-es, y k r e c i "
e l i n f a m e C a b a r - e t V o l t a i r e e n Z u r i c h , e n 1 9 1 7 . P o c o después, T z a r a esaúbió
descripción hipotética d e l a r t i s t a " p r i m i t i v o " e n s u ü'abajo e n Notes on Negro
[Notas sobre el arte negro], d o n d e atribuía p o d e r e s c a s i chamánicos a l p r o c e s o c j
tivo del otro:
M i o t r o h e r m a n o e s i n g e n u o y b u e n o , y s e ríe. C o m e e n África o e n l a s I s l a s
d e M a r d e l S u r . C o n c e n t r a s u visión e n l a c a b e z a , l a l a b r a e n m a d e r a d u r a
c o m o e l h i e r r o , p a c i e n t e , s i n m o l e s t a r s e p o r l a relación c o n v e n c i o n a l e n t r e l a
c a b e z a y e l r e s t o d e l c u e r p o . L o q u e p i e n s a es: e l h o m b r e c a m i n a e r g u i d o , t o d o
e n l a n a t u r a l e z a es simétrico. A l t r a b a j a r , s e o r g a n i z a n n u e v a s r e l a c i o n e s d e
a c u e r d o c o n e l g r a d o d e n e c e s i d a d ; así s e p r o d u c e l a expresión d e p u r e z a . D e l a
n e g r i t u d , e x t r a i g a m o s l u z . T r a n s f o r m o m i país e n u n a p l e g a r i a d e g o z o o a n -
g u s t i a . M i r a d a húmeda, fluye p o r m i s v e n a s . A r t e e n l a i n f a n c i a d e l t i e m p o , e r a
plegaria. M a d e r a y t o n o eran l a verdad... L a s bocas c o n t i e n e n e lpoder de la '
o s c u r i d a d , s u s t a n c i a i n v i s i b l e , b o n d a d , t e m o r , sabiduría, creación, f u e g o . N a d i e .
h a v i s t o c o n t a n t a c l a r i d a d c o m o y o e s t a a g o b i a n t e b l a n c u r a oscura."*
T z a r a s e a p r e s u r a a señalar a q i u q u e sólo él, e n t a n t o dadaísta, c o m p r e n d a
i m p o r t a n c i a d e l g e s t o " i n o c e n t e " d e s u h e r m a n o " i n g e n u o y b u e n o " . E n ''Be
dicament of Culture [Dile/nas de la cultuiv],J^mes Cliíford e x p U c a l a f o r m a e n 4'
l o s m o d e r n i s t a s y etnógrafos d e p r i n c i p i o s d e l s i g l o x x p r o y e c t a r o n percepcioá
c o d i f i c a d a s d e l c u e r p o n e g r o : i m b u i d o d e vitaÜdad, r i t m o , m a g i a y p o d e r e s e '
t i c o s , o t r a formación d e l o " b u e n o " f r e n t e a l s a l v a j e i r r a c i o n a l o m a l v a d
C U f f o r d c u e s t i o n a e l m o d o c o n v e n c i o n a l d e comparación e n términos d e a f i
d a d , a l o b s e r v a r q u e e s t e término s u g i e r e u n a relación " n a t u r a l " m á s q u e políti
^ T r i s t a n T z a r a , Seven Dadn Manifesíos nndLampisteries, Barbara W r i g h t (tnid.), L o n d r e s , ) . C a l
1992.
^ James CiifTord, T¡>e Pr&dkament of Culture, Cambridge, Massncliusetts, H a r v a r d Universit)' P
19S8 [ed. csp.: Dilemas de ¡a cultura, Barcelona, Gedisa, 1 9 9 5 ] .
'PI^ HISTORIA D E LPERFORMANCE INTERCULTURAL 323
ideológica. E n e l c a s o d e T z a r a , s u percepción d e l a r t i s t a " p r i m i t i v o " c o m o
^ f i e s u f a m i l i a metafórica m o l d e a d e f o r m a c o n v e n i e n t e s u p r o p i a relación
o l o i ^ l ^ ^ c o n s u " p r i m i t i v o " i m a g i n a r i o c o m o u n a relación d e p a r e n t e s c o . E n e s t e
^^^-^\_tx^o, e l r e c o r d a t o r i o a m e n a z a d o r d e l a d i f e r e n c i a e s q u e e l c u e r p o o r i g i n a l , o
p r e s e n c i a física y v i s u a l d e l o t r o c u l t u r a l , d e b e c o n v e r t k s e e n obsesión ( e n f e t i -
c h e ) s i l e n c i a r s e , s u b y u g a r s e o c o n t r o l a i ' s e d e a l g u n a f o r m a p a r a q u e "se l e a p r e c i e " .
2 e r e d u c e l a i m p o r t a n c i a d e e s a v i o l e n t a eliminación: e s e l " v e r d a d e r o " a r t i s t a
vangi-iaríllsta q u i e n d e v i e n e u n a versión m e j o r a d a d e l o " p r i m i t i v o " , u n híbrido o u n
travestí c u l t u r a l . L a c u l t u r a d e m a s a s l o enjauló, p o r así d e c i r l o , y l o s a r t i s t a s l o
devoraron.
E s t a práctica d e a p r o p i a r s e d e l o p r i m i t i v o y " f e t i c h i z a r l o " , y a l m i s m o t i e m -
p o b o r r a r l a f u e n t e o r i g i n a l continúa e n e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e "vanguardista"
contemporáneo. E n s u e n s a y o d e 1 9 7 7 " N e w M o d e l s , N e w V i s i o n s : S o m e N o t e s
T o w a r d a P o e t i c s o f P e r f o r m a n c e " , J e r o m e R o t h e n b e r g visuaUzó e s t e f e n ó m e n o
d e u n a m a n e r a p o r e n t e r o ceíebratoria, a l o b s e r v a r l a s c o r r e l a c i o n e s e n t r e l o s
happenmgs y l o s r i t u a l e s , l a s o b r a s m e d i t a t i v a s y l o s m o d e l o s m á n t r i c o s , l a s o b r a s
d e l a t i e r r a y l a s e s c u l t u r a s d e l o s n a t i v o - e s t a d u n i d e n s e s , o b r a s oníricas y n o c i o -
n e s d e t r a n c e y éxtasis, o b r a s c o r p o r a l e s y a u t o m u t i l a c i ó n , y e l p e r f o r m a n c e
b a s a d o e n o t r a s v a r i a c i o n e s d e p r e m i s a s chamánicas a t r i b u i d a s a c u l t u r a s n o
occidentales. R o t h e n b e r g sostiene que, a diferencia d e los m o d e l o s d e d o m i n a -
• ción y s u b o r d i n a c i ó n d e l i m p e r i a l i s m o , e l p e r f o r m a n c e v a n g u a r d i s t a logró c a m -
biar las relaciones e n u n" s i m p o s i o d e lc o n j u n t o c o m p l e t o " , i m a g e n sorpren-
d e n t e m e n t e s i m i l a r a l a d e l m u l t i c u l t u r a l i s m o m u n d i a h z a d o d e l a década d e 1 9 8 0 .
Respecto d e l a historia d e G a r y Snyder sobre A l f r e d Kxoeber y s u i n f o r m a n t e
(anónimo) m o j a v e e n 1 9 0 2 , R o t h e n b e r g a d v i e r t e l a c o n c l u s i ó n d e S n y d e r d e
Clue: " D e b e m o s c o n v e r t i r n o s e n e l a n c i a n o s e n t a d o e n l a c a s a d e a r e n a q u e
cuenta s u h i s t o r i a , n o e n A . L . Ki'oeber, a pesar d e s u decencia".^ Rothenberg
continúa s u análisis p a r a a f i r m a r q u e l o s a r t i s t a s s o n p a r a l o s críticos l o q u e l o s
aborígenes s o n p a r a l o s a n t r o p ó l o g o s , y p a d e c e n p o r e n d e d e l a m i s m a r e p r e -
sentación e q u i v o c a d a . " E l a n t a g o n i s m o d e l a fiteratura a n t e l a crítica", e s c r i b e ,
^•10 es, p a r a e l p o e t a y e l a r t i s t a , d i s t i n t o d e a q u e l a n t e l a antropología, d i g a m o s ,
^ Jerome Rotíienberg, " N e w i\'lode!s, N e w V i s i o n s : S o m e N o t e s Towarcis a Poetics o f Pcrfarmancc",
^^^'forj/iaiice in Posímodern CuUure, Mídiaci B e n a m o u y Charles C a r a m e l l o (eds.), Madíson, V V I ,
'''•essa977,pp. 1 1 - 1 8 .
 coco^ OTRA 325
p o r píirte d e l m i l i t a n t e n a t i v o n o r t e a m e r i c a n o . E n r e s u m e n , s e t r a t a d e l -
c h o a l a autodefinición".^ ]\Kiestros p e r f o r m a n c e s e n l a j a u l a f o r z a r o n a estas c o n t r a d i c c i o n e s a salir a l a
T n i a i i l a d e v i n o u n a p a n t a l l a e n b l a n c o e n l a c u a l e l púbÜco p r o y e c t a b a s u s
L a redeñnicióu d e e s t a s "añnidades" c o n l o p r i m i t i v o , l o t r a d i c i o n a l
tasías r e s p e c t o d e quiénes y qué éramos. E n t a n t o a s u m i m o s e l p a p e l estéreo-
exótico s e c o n v i e r t e c a d a v e z m á s e n u n a s u n t o d e l i c a d o c o n f o r m e más a r '
•qo d e l s a l v a j e d o m e s t i c a d o , m u c l r o s m i e m b r o s d e l púbÜcp s e s i n t i e r o n c o n e l
de c o l o r e n t r a n e n la esfera d e l a"vanguardia". L o q u e p u e d e ser u n a ident"
^^erecho d e a s i m i i i * e l p a p e l d e c o l o n i z a d o r e s , sólo p a r a e n c o n t i - a r s e incómodos c o n
ción " l i b e r a d o r a " y " t r a n s g r e s o r a " p a r a l o s e u r o p e o s y euro-estadunidenses
las i m p l i c a c i o n e s d e l j u e g o . S e p r o d u j e r o n a s o c i a c i o n e s d e s a g r a d a b l e s p e r o i m p o r -
u n símbolo d e c o n f i n a m i e n t o d e n t r o d e u n e s t e r e o t i p o i m p u e s t o p o r o t r o s -
tantes e n t t e l a s e x l i i b i c i o n e s d e l o s a n t i g u o s f e s t i v a l e s m u l t i c u l t u r a l e s y l o s d i o r a -
" a f i n i d a d " q u e defendían l o s p r i m e r o s m o d e r n o s y t a m b i é n i o s travestís c u l t u
n i a s etnográficos d e l p r e s e n t e . L a p o s t u r a básica d e l e s p e c t a d o r caucásico, o b j e t i v o
p o s m o d e r n o s s e d a a través d e u n e s t e r e o t i p o i m a g i n a d o , j u n t o c o n l o s v e
de e s t o s a c t o s c o m o confirmación d e s u posición e n t a n t o c o n s u m i d o r globvü d e
d e l " h e r m a n o " d e T z a r a . L o s e n c u e n t r o s r e a l e s a m e n a z a r í a n l a posición y s u p
culti-tí'as exóticas, y e l a c e n t o e n l a a u t e n t i c i d a d c o m o v a l o r estético, t o d o e s aún
macía d e l a p r o p i a d o r a m e n o s q u e p e r m a n e z c a n e n s u l u g a r l a s f r o n t e r a s y
f i i n d a n i e n t a l paiva e l espectáculo d e l a o t r e d a d q u e m u c h o s d i s f a i t a n h o y e n día.
r e l a c i o n e s d e p o d e r c o n c o m i t a n t e s . C o m o r e s u l t a d o , l o s m i s m o s ámbitos i h
L a s exlübiciones etnográficas o r i g i n a l e s a m e n u d o p r e s e n t a b a n a l a s p e r s o -
lectuales q u e ahora hacen alarde de los perforadores corporales n e o p r i m i t i v
nas e n u n a simulación d e s u h a b i t a t " n a t u r a l " , s e a e n u n d i o r a m a d e n t r o d e a l g u n a
p e n s a d o r e s "nómadas", c o m a d r e s d e e s t i r p e i n g l e s a y a d o r a d o r e s d e l a T i e r r a ñ
instalación o e n u n a recreación a l a i r e l i b r e . L o s r e l a t o s d e l o s e s p e c t a d o r e s a
age c o n t i n ú a n m o s t r a n d o u n a a c t i t u d l i t e r a i i s t a h a c i a l o s a r t i s t a s d e c o l o r ,
m e n u d o señalan q u e s e obÜgaba a l o s s e r e s h u m a n o s e n exhibición a v e s t i r s e
d e m u e s t r a n así q u e l a d i f e r e n c i a r a c i a l e s u n c o m p o n e n t e d e t e r m i n a n t e e n -
según l a noción e u r o p e a d e s u s a t u e n d o s ü-adicionales " p r i m i t i v o s " , y a d e s e m -
relación p r o p i a c o n l a s n o c i o n e s d e l o " p r i m i t i v o " . E n e i j u i c i o d e 1 9 8 7 d e l
peñar t a r e a s r e p e t i t i v a s , d e a p a r i e n c i a r i t u a l . E n o c a s i o n e s s e exhibía a l o s n o
cultor m i n i m a l i s t a C a r i A n d r e — a c u s a d o de asesinar a s u esposa, l a artista c
caucásicos j u n t o c o n l a H o r a y l a f a u n a d e s u s r e g i o n e s , y c o n u t e n s i l i o s a m e n u d o
baña A n a M e n d i e t a — , l a d e f e n s a n o d e j a b a d e s u g e r i r q u e l o s t r a b a j o s d
f a l s o s . T a m b i é n s e l e s m o s t r a b a c o m o p a r t e d e u n a h ' n e a c o n t i n u a d e "extraños"
occisa r e f e r e n t e s a In cierra r e v e l a b a n i m p u l s o s suicidas, d e s e n c a d e n a d o s p o r
q u e incluía a f e n ó m e n o s , o g e n t e q u e p r e s e n t a b a d e f o r m i d a d e s físicas. E n e l s i g l o
i d e a s "satánicas"; l a s r e f e r e n c i a s a l a santería e n l a o b r a d e M e n d i e t a n o p o d í
X I X y p r i n c i p i o s d e lx x , a m u c l i o s d e ellos se les m o s t r a b a para c o n f i r m a r l a s
i n t e r p r e t a r s e c o m o a l g o c o n s c i e n t e . C u a n d o l o s c u r a d o r e s f r a n c e s e s d e l a e>
i d e a s s o c i a l e s d a i - w i n i s t a s d e l a e x i s t e n c i a d e u n a jerarquía r a c i a l . A l g u n o s d e l o s
bición Les Magiciens de ¡a Terre v i s i t a r o n a l a r t i s t a c u b a n o J o s é B e d i a , a finaJ
c a s o s m á s i n f a m e s s e r e f i e r e n a i n d i v i d u o s c u y o s r a s g o s físicos e v i d e n c i a r a n p o r
d e l a década d e 1 9 8 0 , l e p i d i e r o n q u e m o s t i ' a r a s u a l t a r p r i v a d o p a r a " d e m o s t r
sí m i s m o s l a b e s t i a l i d a d d e l o s p u e b l o s n o caucásicos. P o r e j e m p l o , p o c o después
q u e e n r e a U d a d e r a u n c r e y e n t e e n l a santería. U n j o v e n p o e t a a f r o e s t a d u n i d
"^e l a anexión d e u n a p a r t e d e l t e r r i t o r i o m e x i c a n o y l a pubhcación d e l r e c u e n t o d e
s e a c l a m a d o p o r l a crítica s e s o r p r e n d i ó c u a n d o a l e n t e r a r s e , e l a ñ o a n t e r i o r , 4
i o s v i a j e s d e J o h n S t e p h e n p o r Yucatán, q u e generó u n interés g e n e r a l i z a d o e n l a s
u n e m p r e s a r i o d e l N u y o r i c a n P o e t ' s Café l o promovió c o m o a n t i g u o m i e m b ,
c u l t u r a s p r e h i s p á n l c a s , d o s p e r s o n a s microcéfalas ( o , " c a b e z a s d e a g u j a " ) d e
d e u n a p a n d i l l a d e L o s Á n g e l e s , l o q u e él n u n c a Ríe. Y m i e n t r a s representa!
América C e n t r a l , M á x i m o y B a r t o l a , h i c i e r o n u n a g i r a p o r E s t a d o s U n i d o s c o n
Border Brujo a finales d e l a década d e 1 9 8 0 , G ó m e z - P e ñ a s e encontró c o n n ^
el c i r c o P . T . B a r n u m ; s e l e s p r e s e n t a b a c o m o a z t e c a s . E s t o marcó u n a t e n d e n -
merosos presentadores y m i e m b r o s d e l p ú b h c o d e c e p c i o n a d o s d e q u e él o
c i a q u e s e seguiría e n m u c h o s o t r o s c a s o s d u r a n t e e l s i g l o x x . D e s d e 1 8 1 0 - 1 8 1 5 ,
f u e s e u n " c h a m á n r e a l " y d e q u e s u s " l e n g u a s " n o f u e s e n d e o r i g e n n á h u a t l , sirí^
ficticias. e l público e u r o p e o s e a m o n t o n a b a p a r a v e r a l a V e n u s h o t e n t o t e , m u j e r s u d a f r i c a n a
c v i y o s g r a n d e s glúteos s e c o n s i d e r a b a n u n a p r u e b a d e s u s e x u a l i d a d excesiva.
Idem. Estados U n i d o s , varios "africanos" exhibidos e n realidad eran estaduniden-
ses d e r a z a n e g r a , q u i e n e s s e g a n a b a n l a v i d a e n e l s i g l o x i x vistiéndose c o m o
 326
COCO FU
SUS a n c e s t r o s , i g u a l q u e m u c h o s n a t i v o s e s t a d u n i d e n s e s s e vestían c o m o s i
c u y o p a r e c i d o , g r a c i a s a las e x t e n s a s y s a n g r i e n t a s g u e r r a s d e las p l a n i c i e s d e
d e l s i g l o X I X , d o m i n a b a l a imaginación p o p u l a r e s t a d u n i d e n s e .
P a r a Gómez-Peña y p a r a mí, l a s e x h i b i c i o n e s h u m a n a s r e p r e s e n t a n e l
consciente c o l o n i a l d e l a sociedad estadunidense. P a r a justificai* los genocld
e s c l a v i s m o y l a ocupación i l e g a l d e t i e r r a s , debía e s t a b l e c e r s e u n a separación"
tiu-aüzada" d e l a h u m a n i d a d a l o l a r g o d e h ' n e a s r a c i a l e s . C u a n d o l a U b r e m e
d e r a z a s demostró q u e e s a s d i f e r e n c i a s n o c o n t a b a n c o n n i n g u n a b a s e biológi
s e d e t e r m i n a r o n s i s t e m a s s o c i a l e s y l e g a l e s q u e r e f o r z a r a n d i c h a s jerarquí
M i e n t r a s t a n t o , l o s espectáculos etnográficos d i f i m d i e r o n y r e f o r z a r o n estéreo'
p o s , a l d e s t a c a r q u e l a " d i f e r e n c i a " e r a m a n i f i e s t a e n l o s c u e r p o s e n exliibiclón.
este m o d o n a t u r a H z a r o n las representaciones "fetichizadas" d e la otredad, al m i
gar el nerviosismo que generaba e l encuentro c o n la diferencia.
E n s u ensayo " H i e O t h e r Q i i e s t i o n " , H o m i B h a b h a expHca q u e l a clasifi
ción r a c i a l m e d i a n t e e l e s t e r e o t i p o e s u n c o m p o n e n t e n e c e s a i i o d e l d i s c u r s o c o
niaÜsta, e n t a n t o j u s t i f i c a l a d o m i n a c i ó n y d i s f r a z a e l t e m o r d e l c o l o n i z a d o r a
incapacidad d e conocer s i e m p r e a l otro.^ D e nuesti'as experiencias e n l a ja'
surgió q u e a u n q u e s e t o m e c o n r e t i c e n c i a l a i d e a d e q u e E s t a d o s U n i d o s s e a
s i s t e m a c o l o n i a l — p u e s c o n ü a d i c e l a presentación d e l a ideología p r e d o m l n '
d e n u e s t r o s i s t e m a c o m o d e m o a - a c i a — , l a s r e a c c i o n e s d e l púbÜco i n d i c a r o n q
los papeles coloniaHstas se i n t e r n a l i z a r o n d e m a n e r a m u y eficaz.
L o s e s t e r e o t i p o s a c e r c a d e l a s p e r s o n a s n o caucásicas q u e s e r e f i j e r z a n d e c o n
n u o c o n l a s exlñbiciones etnográficas aún p e r v i v e n e n l a a l t a c u l t i u - a y l o s m e d í
m a s i v o s . L i c r u s t a d a s e n e l i n c o n s c i e n t e , e s t a s imágenes f o r m a n l a b a s e d e t e m o r
d e s e o s y fantasías a c e r c a d e l o t r o c u l t u r a l . E n " T l i e N e g r o a n d P s y c l i o p a t l i o l o
F r a n t z F a n ó n a n a l i z a u n a e t a p a a í t i c a e n e l d e s a i T o l l o d e l o s niños s o c i a l i z a d o s e n -
cultiu-a occidental, s i n i m p o r t a r s u raza, e n l a q u e los estereotipos racistas d e l o
vaje y l o p r i m i t i v o se a s i m i l a n m e d i a n t e e l c o n s u m o d e l a c u l m r a p o p u l a r : l i i s t o r l
t a s , p e h ' c u l a s , c a r i c a m r a s , e t c . ' E s t a s imágenes esterotípicas s u e l e n f o r m a r p a i t e c
^ H o n i i Bhabha,"'ñie O t J i c r Q u c s t i o n ; DÍíTcrcncc,DiscrÍmÍnntion a n t l t i i c D i s c o u r s c o f Colon'iíüis
Out7here:Margiiia¡ization and Conlemporary Cidture, R u s s c l l l ' ' e r g u s o i i , M a r t h a G e v e r , T r i n l i T . Mín-
y C o r n c l W e s t (ecls.), C a m b r i d g e , M I T Press, 1 9 8 2 , p p . 7 1 - 8 8 .
^ F r a n t z Fanón, " T l i e N e g r o a n d P s y c o p a t l i o l o g ; ' " , B/ack Skin, While Masks, C l i a i r c s L a m M n r k m a
( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , G r o v e Press, 1 9 6 7 , pp." 1 4 1 - 2 0 9 [ e d . esp.: Pie¡ neg?-a, mascaras blancas, M a d r i d , >
2009].
OTRiV H I S T O R I A D E L P E R F O R M A N C E I N T E R C U L T U R A L 327
de d o m i n i o c o l o n i a l ( p o r e j e m p l o , los vaqueros v e n c e n a los i n d i o s , e l c o n -
mitos
isrador t r i u n f a sobre e l l m p e r i o azteca, los soldados coloniales v e n c e n a l jefe afri-
qu
c i i n o e t c . ) . E s t a dinámica c o n t i e n e también u n a dimensión s e x u a l , q u e p o r l o g e n e -
j.¿ii s e e x p r e s a c o m o a n s i e d a d s o b r e l a ( o m n i ) p o t e n c i a m a s c u l i n a caucásica. E n
prospero and Caliban: Jhe Psycbology of Colonization, O c t a v e M a n n o n i acuñó e l tér-
i i V i n o complejo de Próspero p a r a d e s c r i b a - e l c o n t i n u o t e m o r d e l o s p a t r i a r c a s c o l o n i a -
les caucásicos d e q u e s u s h i j a s fiiesen r a p t a d a s p o r u n varón n o b l a n c o . - ' ^ V a r i o s e s t e -
r e o t i p o s c o l o n i a l e s también a l i m e n t a n e s t a s a n s i e d a d e s , p o r l o común a l r e p r e s e n t a r
a u n a m u j e r b l a n c a c u y a " p u r e z a " se p o n e e n p e U g r o a n t e l o s n e g r o s c o n g e n i t a l e s
a g r a n d a d o s , o g e n t i l e s latín lovers, o g u e r r e r o s n a t i v o s d e m i r a d a s a l v a j e ; y l a práctica
común d e l o s l i n c l i a n i i e n t o s públicos d e n e g r o s e n l o s e s t a d o s d e l sm d e E s t a d o s
U n i d o s e s u n e j e m p l o d e l a r e s p u e s t a m a s c u l i n a b l a n c a rítualizada a d i c l i o s t e m o r e s .
J u n t o c o n e s t o s e s t e r e o t i p o s están s u s homólogos q u e h u m i l l a n y d e g r a d a n a l a s
mujeres d e color, p a r a m i t i g a r sus ansiedades acerca d e l a r i v a l i d a d s e x u a l e n t r e m u -
jeres blancas y n o b l a n c a s . E n e l p a s a d o , e r a l a s u - v i e n t e s u b o r d i n a d a , y l a n a n a o b e s a
y c a i ' e n t e d e s e x u a l i d a d ; h o y e n día, l a d e s v e n t i u - a d a víctima d e u n o s c u r o varón
b r u t a l o i r r a c i o n a l c u y a tradición c a r e n t e d e " H b e r t a d e s f e m i n i s t a s " es l o más común.
E s t o s e s t e r e o t i p o s s e h a n a n a l i z a d o d e m a n e r a m u y a m p l i a d u r a n t e Jas décadas
r e c i e n t e s , p e r o n u e s t r a s e x p e r i e n c i a s e n l a j a u l a s u g i e r e n q u e l a inversión psíquica
e n e l l o s n o s e d e b i h t a sólo c o n l a racionaUzación. L a preocupación c o n s t a n t e a c e r -
ca d e n u e s t r o " r e a l i s m o " reveló u n a n e c e s i d a d d e r e a s e g u r a r q u e j'i'existió u n " v e r -
d a d e r o p r i m i t i v o " , s e a q u e n o s a j u s t e m o s a él o n o , y d e q u e él o e l l a s e p u e d e
i d e n t i f i c a r v i s u a i m e n t e . E l antropólogo R o g e r B a r t i - a v e e s t e d e s e o c o m o u n a p a r t e
de u n a d e p e n d e n c i a característicamente e m - o p e a d e u n " o t r o i n c i v i l i z a d o " c o n e l fin d e
d e f i n i r e l y o o c c i d e n t a l . E n s u . l i b r o El salvaje en el espejo, r a s t r e a l a evolución d e l
" s a l v a j e " a p a r t u ' d e l o s h a b i t a n t e s mitológicos d e l o s b o s q u e s a l o s h o m b r e s y m u -
j e r e s " s a l v a j e s " y p o r l o g e n e r a l p e l u d o s q u e i n c l u s o e n épocas m o d e r n a s apare-
c e n e n espectáculos d e fenómenos y p e K c u l a s d e h o r r o r . ^ ^ E s t o s a r q u e t i p o s a l a l a i ' g a
^e m c o r p o r a r o n a l a iconografía c r i s t i a n a y después s e l e s proyectó a l o s p u e b l o s d e l
N u e v o M u n d o , a q u i e n e s s e l e s percibió y a s e a c o m o s a l v a j e s p a g a n o s c a p a c e s d e
r e f o r m a r s e o d i a b l o s k r e d i m i b l e s q u e había q u e e r r a d i c a r .
O c t a v e M a n n o n i , Prospero nnd CnJibnn: Vje Psychola^' of Colonizaííon, P a m e l a P o w c s i a n d ( t r a d , ) ,
''^'in A r b o r , Universitj^ o f M i c l i i g a n Press, 1 9 9 0 .
R o g e r B a r t r a , El salvaje en el espejo, M 6 : i c o , E r a , 1 9 9 2 .
 328
C O C O PUS'
S i b i e n k v a n g u a r d i a e u r o p e a p u d o h a b e r a s i m i l a d o l a e s t r u c t i n a d e l o Ha^
d o p r i m i t i v o , l a función d e l a s exlübiciones etnográñcas c o m o e n t r e t e a i m i e
p o p u l a r se v i o s u p l a n t a d a e n g r a n m e d i d a p o r l a c n l t m - a d e m a s a s i n d u s t r i a l i z a
N o s o r p r e n d e , así, q u e l a p o p u l a r i d a d d e e s t a s e x h i b i c i o n e s h u m a n a s comen
a declinar con e isurgimiento de otra f o r m a comerciahzada d e voyeurismo
c i n e m a t ó g r a f o — y l a adopción, p o r p a r t e d e l a s p e h ' c u l a s etnográficas, d e s u
peí didáctico. L o s p a d r e s R m d a d o r e s d e l a práctica d e l a m a n u f a c t u r a d e películ
etnográñcas, c o m o R o b e r t F l a h e r t ) ^ y J o h n G r i e r s o n , c o n t i n u a r o n obÜgando a
gente a q u eescenificase s u srituales s u p u e s t a m e n t e "tradicionales", pero las ac
v i d a d e s a h o r a debían e j e c u t a r s e a n t e l a cámara. U n o d e l o s e m p r e s a r i o s c a u c a
e o s más f a m o s o s d e l a s e x l r i b i c i o n e s h u m a n a s e n E s t a d o s U n i d o s , W i l l i a m
C o d y a l i a s Búfalo B i l l , d e h e c l i o p r o t a g o n i z ó u n a p e h ' c u l a p i o n e r a q u e d e s c r i b
s u espectáculo d e l " S a l v a j e O e s t e " d e j i n e t e s y g u e r r e r o s n a t i v o n o r t e a m e r i c a n o
y a l h a c e r l o d i o o r i g e n a l género fíhnico d e i n d i o s y v a q u e r o s , e l p r o d u c t o m
p o p u l a r e n e s t e país d e s u p r o p i a fantasía c o l o n i a l . L a representación d e l a " n
d a d " d e l a v i d a d e l o t r o , e n l a q u e e l d o c u m e n t a l etnográfico s e b a s a b a , y aún,
b a s a , e s l a n a r r a t i v a d e ficción'de l a c u l t i u - a o c c i d e n t a l q u e " d e s c u b r e " l a negaciíS
d e sí m i s m a e n a l g o auténtico y radicalmente d i s t i n t o . T r a n s m i t i d o s p o r l o s d o c v
m e n t a l e s , e s t o s p a r a d i g m a s también s e c o n v i r t i e r o n e n l a b a s e d e l a e l a b o r a d
d e películas d e I - I o l l ) ^ v o o d e n l a s décadas d e 1 9 5 0 y 1 9 6 0 q u e a b o r d a b a n l a s d
m á s p a r t e s d e l m u n d o e n l a s q u e E s t a d o s U n i d o s tenía i n t e r e s e s miÜtares y e
nómicos estratégicos, e n e s p e c i a l A m é r i c a L a t i n a y e l Pacífico d e l s u r .
L a práctica d e e x l i i b i r a s e r e s h u m a n o s t a l v e z decayó e n e l s i g l o x x , p e r o
desapareció d e l t o d o . A ú n s e c o n s e r v a n l o s g e n i t a l e s d i s e c a d o s d e l a V e n u s h
tentóte e n e l M u s e o d e l H o m b r e , e n París. E n e l S m i t h s o n i a n o p e r m a n e c e n
macenados miles d erestos d e nativo norteamericanos, c o m o cabezas decapitad
c u e r o c a b e l l u d o y o t r a s p a r t e s c o r p o r a l e s q u e s e t o m a r o n c o m o botín d e g u e r r a :
r e c o m p e n s a s . P o c o a n t e s d e U e g a r a E s p a ñ a , s u p i m o s d e u n escándalo q u e t e
l u g a r e n e s e m o m e n t o e n u n p e q u e ñ o p u e b l o ñiera d e B a r c e l o n a , d o n d e u n a d d .
gación v i s i t a n t e registró u n a q u e j a f o r m a l p o r u n p i g m e o d i s e c a d o q u e s e e x l i i b ,
e n u n m u s e o l o c a l . E l c a b a l l e r o a f r i c a n o e n l a delegación q u e presentó l a q u e
amenazaba con organizar u n boicot de su continente delos juegos oKmpicos
1 9 9 2 , p e r o l o s c a t a l a n e s d e f e n d i e r o n l o q u e c o n s i d e r a b a n s u d e r e c h o a consei*vaí
" s u p r o p i o n e g r o " . T a m b i é n n o s e n t e r a m o s d e q u e Jiüia P a s t r a n a , m e x i c a n a b a r b a
^ 0 T 1 V \ H I S T O R I A D E L P E R F O R M A N C E INTERCULTU1ÍA.L 329
i e n s e exhibió p o r t o d a E s p a ñ a h a s t a s u m u e r t e , e n 1 8 6 2 , a ú n está d i s p o n i b l e ,
^ b a l s a m a d a , p a r a investigación científica y p a r a préstamos a l o s m u s e o s i n t e r e -
^"^í c F l v e r a n o p a s a d o , e l c a s o d e O t a B e n g a , p i g m e o q u e s e exhibió e n l a jaiüa
p a r a p r i m a t e s d e l zoológico d e l B r o n x e n 1 9 0 6 , g a n ó m u c h a v i s i b i l i d a d p o r l o s
p l a n e s d e q u e p a r t i c i p a r a e n u n a p e h ' c u l a d e H o l l ) ^ v o o d b a s a d a e n u n Übro d e
í-eciente aparición d o n d e s e h i z o púbHco e l a s u n t o . Y e n l a F e r i a E s t a t a l d e M i n -
n e s o t a e l v e r a n o p a s a d o , v i m o s a T i n y T e e s h a , l a p r i n c e s a isleña, q u i e n e n r e a h -
dad era u n a e n a n a n e g r a d e Haití q u e se g a n a b a l a v i d a y e n d o d e u n a f e r i a esta-
tal a o t r a .
S i b i e n l a exhibición h u m a n a e x i s t e e n f o r m a s b e n i g n a s h o y e n día — e s d e -
cir, n o s e e x l i i b e a l a g e n t e c o n t r a s u v o l u n t a d — p e r s i s t e e l d e s e o d e v e r f o r m a s
predecibles d e l a o t r e d a d desde u n a d i s t a n c i a segura. Sospecho, tras m i e x p e r i e n -
c i a e n l a j a u l a , q u e e s t e d e s e o e s b a s t a n t e p o d e r o s o p a r a p e r m i t i r q u e e l púbÜco
d e s c a i ' t e l a p o s i b i l i d a d d e l a ironía d e U b e r a d a e n l a autopresentación d e l o t r o ; i n -
cluso quienes v i e r o n n u e s t r o p e r f o r m a n c e c o m o a r t e y n o c o m o ai-tefacto p a r e -
c i e r o n o b t e n e r m á s p l a c e r a l p a r t i c i p a r e n l a ficción, a l p a g a r p a r a v e r n o s r e p r e -
sentar actividades p o r c o m p l e t o carentes d e s e n t i d o o h u m i l l a n t e s . U n h o m b r e
d e e d a d m e d i a n a q u e asistió a l a inauguración d e l a b i e n a l W h i t n e y c o n s u e s p o -
sa e l e g a n t e m e n t e v e s t i d a insistió e n d a r m e d e c o m e r u n plátano. E l g u a r d i a d e l
zoológico l e d i j o q u e tendría q u e p a g a r 1 0 dólares p a r a h a c e r l o , l o s q u e d i o c o n
r a p i d e z , además d e insistñ' e n q u e s e l e f o t o g r a f i a r a e n e l a c t o . D e s p u é s d e l a s o r -
p r e s a i n i c i a l d e e n c o n t r a r a s e r e s h u m a n o s d e n t r o d e u n a j a u l a , e l público i n v a i l a -
b l e m e n t e r e v e l a b a s u f a m i l i a r i d a d c o n e l e s c e n a r i o a l q u e s e n o s aludía.
N o a n t i c i p a m o s q u e n u e s t r o c o m e n t a r i o d e h b e r a d o s o b r e e s t a práctica f u e -
se verosímil. S u b e s t i m a m o s l a f e d e l púbÜco e n l o s m u s e o s c o m o b a s t i o n e s d e
l a v e r d a d , y l a participación i n s t i t u c i o n a l e n e s e p a p e l . A d e m á s , t a m p o c o a n t i c i -
p a m o s q u e e l ÜteraÜsmo d o m i n a s e l a interpretación d e n u e s t r a o b r a . D e f o r m a
C o n s i s t e n t e d e c i u d a d e n c i u d a d , m á s d e l a m i t a d d e n u e s t r o s v i s i t a n t e s cix^yó
í ^ u e s t r a ficción y p e n s ó q u e éranios " r e a l e s " ; s i n e m b a r g o , e n e l W h i t n e y e x p e r i -
'""lentamos e l m u n d o d e l arte e q u i v a l e n t e a dichas p e r c e p c i o n e s equivocadas: a l -
anos v i s i t a n t e s s u p u s i e r o n q u e n o s o t r o s n o éramos l o s a r t i s t a s , s i n o actores
•Contratados p o r o t r o artista. C o n f o r m e c a m b i a m o s n u e s t r o p e r f o r m a n c e d e u n
^ ^ t i o público a l m u s e o d e h i s t o r i a n a t u r a l , l a presión d e l o s r e p r e s e n t a n t e s institu-
c i o n a l e s n o s obÜgó a c o r r e g i r didácticamente l a s maÜnterpretaciones d e l púbÜco.
 c o c o PUg^r
C o n s i d e r a m o s e s t o e n p a r t i c u l a r irónico, p u e s q u i e n e s t r a b a j a n e n l o s m u s e o s
quizá l o s i n d i v i d u o s m á s c o n s c i e n t e s d e l a r a m p a n t e distorsión d e l a r e a l i d a d c
se d a e n e l e t i q u e t a m i e n t o d e a r t e f a c t o s d e o t r a s c u l t u r a s . E n o t r a s p a l a b r a s
éramos l o s únicos q u e mentían; n u e s b - a s m e n t i r a s t a n sólo c o n t a b a n u n a h i s t o -
d i f e r e n t e . P o r h a c e r e s t o e v i d e n t e , s e n o s percibió y a s e a c o m o b u e n o s s a l v a j e s
c h a i d a t a n e s diabólicos, d i s i m u l a d o r e s q u e d e s a c r e d i t a b a n a l o s m u s e o s y t r a i '
n a b a n l a c o n h a n z a d e l púbHco. C u a n d o a l g u n o s m i e m b r o s i n t r a n q u i l o s d e l p
sonal e n A u s t r a H a y C h i c a g o se d i e r o n cuenta d e los grandes g r u p o s d e turis
j a p o n e s e s q u e parecían c r e e r l a ficción, s e i n c o m o d a r o n p r o f i m d a m e n t e , p o r
t e m o r d e q u e i o s t u r i s t a s r e g r e s a r ' a n a s u país c o n u n a impresión n e g a t i v a d
m u s e o . E n C h i c a g o , j u n t o a u n a reseña d e l p e r f o r m a n c e d e l a j a u l a , eí d i a r i o Sí
Times p u b h c ó l o s r e s u l t a d o s d e u n s o n d e o telefónico e n e l q u e p r e g u n t a r o n a 1
l e c t o r e s s i e n s u opinión e l M u s e o F i e l d debió e x l i i b i r n o s , a l o c u a l 4 7 % c o n t e s
q u e n o , y 5 3 % , q u e sí.^^ N o s p r e g i m t a m o s c o n s e r i e d a d s i e s t a s r e s p o n s a b i l i d a d
m o r ; i l e s t a n g r a v e s también s e a p l i c a n a a r t i s t a s caucásicos q u e p r e s e n t a n ficción"
e n c o n t e x t o s n o artísticos.
A t r i b u y a m o s l a confiisión a l i o r a i n f a m e q u e g e n e r a m o s e n t r e e l público g
n e i a i a algún d e f e c t o d e c l a s e o educación; v a l e a c l a i ' a r q u e l a maHuterpretadó
s e filtró h a s t a l o s e s c a l a f o n e s d e l a élite c u l t u r a l . Cambio 16, r e v i s t a d e n o t i c i a s d
t e n d e n c i a p r o g r e s i s t a e n E s p a ñ a , pubÜcó u n a n o t a s o b r e n o s o t r o s c o m o " D o
i n d i o s t r a s l a s r e j a s " , l o q u e originó u n a p r o t e s t a política.^^ S i b i e n d e t o n o iróni
c o , l a n o t a s e refería a n o s o t r o s sólo p o r n u e s t r o s n o m b r e s d e p i l a , c a s i c o m o p a r
q u e pareciésemos l a m á s r e c i e n t e l l e g a d a exótica a l zoológico l o c a l . L o s e n c a r g a
d o s d e l M u s e o W h i t n e y p i d i e r o n a l o s c u r a d o r e s e n u n a reunión p r e v i a a l a b i e n
l a confirmación d e l o s r u m o r e s d e q u e habría " p e r s o n a s d e s n u d a s g r i t a n d o o b s c e *
n i d a d e s e n u n a j a u l a " e n l a inauguración. C u a n d o l l e g a m o s a l a U n i v e r s i d a d
C a l i f o r n i a L v i n e e l año p a s a d o , n o s e n t e r a m o s d e q u e l a E n v k o n m e n t a l l i e a
a n d S a f e t y O f f i c e * tenía e n t e n d i d o q u e G ó m e z - P e ñ a y y o éramos andropólo^
q u e llevaríamos "aborígenes r e a l e s " c u y o e x a ' e m e n t o — s i s e d e p o s i t a b a d e n t r o d
l a galería— sería peÜgroso p a r a l a u n i v e r s i d a d . E s t o e r a e n p a r t i c u l a r i m p o r t a n " '
a l a l u z d e l a ubicación d e l a u n i v e r s i d a d , e n e l c o n d a d o O r a n g e , d o n d e a m e n u d o
12 Chicago Sun Times, 19 de enero de 1993, p. 2 .
12 Cambiólo, 1 8 de m:tyo de 1992.
* Dependencia encargada del cuidado y seguridad d e l ambiente [ T . ] .
0TR>V H I S T O R I A D E L P E R F O R M A N C E I N T E R C U L T U R A L 331
caracteriza a los mexicanos i n m i g r a n t e s c o m o pehgros ambientales p o r parte
Je "nativistas" d e deredaa. A petidón d e l d e p a r t a m e n t o d e arte, l a d e p e n d e n c i a
u b e n i a n i e n t a l envió v a r i a s páginas d e i n s t r u c c i o n e s s o b r e e l m a n e j o c o r r e c t o d e
d e s e c h o s h u m a n o s y s o b r e más d e t r e i n t a e n f e r m e d a d e s q u e s e t r a n s m i t e n m e -
t i i a n t e l a s h e c e s f e c a l e s . A l g o i n t e r e s a n t e fiie q u e l o s r e p r e s e n t a n t e s i n s t i t u c i o n a -
les qi-ie r e s p o n d i e r o n a n u e s t r o p e r f o r m a n c e c o n i n d i g n a d ó n m o r a l t a m b i é n n o s
c o n s i d e r a r o n p e l i g r o s o s , p e r o e n e l s e n t i d o m á s ideológico d e s e r o f e n s i v o s p a i - a
e l público, m a l o s p a r a l o s niños y d e s h o n e s t o s s u b v e r s i v o s d e l a s r e s p o n s a b i f i d a -
des e d u c a t i v a s d e s u s m u s e o s .
Qiiizá d e b a m e n d o n a r aquí l a c a n t i d a d d e g e n t e q u e p r e s e n d ó e s t e p e r f o r -
m a n c e . N o c o n t a m o s c o n cifras e x a c t a s d e l a P l a z a Colón n i d e l C o v e n t C a r d e n ,
áreas púbÜcas m u y t r a n s i t a d a s ; s i n e m b a r g o , sí s a b e m o s q u e 1 0 , 0 0 p e r s o n a s n o s
v i e r o n e n I r v i n e ; 1 5 0 0 0 e n MineápoUs; más o m e n o s 5 0 0 0 t a n t o e n S i d n e y
c o m o e n C h i c a g o ; y 1 2 0 0 0 0 e n W a s h i n g t o n . L a s r e a c c i o n e s d e l público q u e e n
v e r d a d s e creyó l a ficdón e n o c a s i o n e s e r a n d e i n d i g n a d ó n m o r a l q u e a m e n u d o
se e x p r e s a b a d e f o r m a p a t e r n a l i s t a ( p o r e j e m p l o : "¿No s e d a n c u e n t a " , p r e g u n t ó
i m c a b a l l e r o inglés a l o s g u a r d i a s d e zoológico e n C o v e n t G a r d e n , " d e q u e e s t a
pobre gente n o tiene idea d e l o que hacen c o n ellos?").E l m u s e o F i e l d , e n Chicago,
recibió 4 8 Üamadas telefónicas, l a m a y o r p a r t e d e l a s c u a l e s e r a n d e p e r s o n a s q u e
c u l p a b a n a l m u s e o p o r l a desinformación s o b r e n o s o t r o s e n s u s trípticos I n f o r m a -
t i v o s . E n W a s h i n g t o n , D . C , u n v i s i t a n t e m o l e s t o llamó p o r teléfono a l a e n t i d a d
que se o c u p a d e v e l a r p o r l o s d e r e c h o s d e l o s a n i m a l e s p a r a quejarse, y l e d i j e r o n q u e
los seres h u m a n o s q u e d a b a n fiiera d e s u jurisdicción. S i n e m b a r g o , l a mayoría d e
q u i e n e s e s t a b a n m o l e s t o s r e c u p e r a b a n l a c a l m a t r a s sólo u n o s c i n c o m i n u t o s .
O t r o s d i j e r o n q u e sentían q u e n u e s t i ' o e n j a u l a m i e n t o s e j u s t i f i c a b a p o r q u e , d e s -
pués d e t o d o , éramos d i f e r e n t e s . U n g r u p o d e m a r i n e r o s a l q u e entrevistó u n
fniembro del personal del museo F i e l d dijo q u enuestro confinarniento era u n a
b u e n a i d e a p o r q u e d e o t r a m a n e r a n o s habríamos a s u s t a d o y a t a c a d o a l o s v i s i t a n -
'^ss. U n a f r o e s t a d u n i d e n s e d e l a t e r c e r a e d a d e n W a s h i n g t o n afirmó d e m o d o m u y
i i i o l e s t o q u e habría e s t a d o m u y b i e n p o n e r n o s e n u n a j a u l a sólo s i tuviésemos algún
d e f e c t o físico p o r e l q u e s e n o s c l a s i f i c a r a c o m o f e n ó m e n o s .
R e s p e c t o d e l a preocupación e x p r e s a d a a c e r c a d e p e r t u r b a r a l o s n i ñ o s , d e s -
C ' - ' b r i m o s q u e l a s r e a c c i o n e s d e l o s jóvenes fiieron l a s m á s h u m a n i t a r i a s . L o s iriños
Pequeños i n v a r i a b l e m e n t e fiieron l o s q u e más se a c e r c a b a n a l a j a u l a ; b u s c a b a n

coco
u n c o n t a c t o d n e c t o , ofrecían s a l u d a r n o s c o n l a m a n o y t r a t a b a n d e c a p t a r n-
m i r a d a p a r a s o n r e í m o s . L a s niñas m e d a b a n b r o c l i e s p a r a e l p e l o y m e o
d e s u p r o p i a c o m i d a . N i ñ o s y niñas a m e n u d o f o r m u l a b a n a s u s p a d r e s e x c e l
p r e g u n t a s s o b r e n o s o t r o s , l o q u e p r o p i c i a b a d i s c u s i o n e s éticas s o b r e r a c i s r n
t r a t a m i e n t o a l o s p u e b l o s indígenas. N o t o d o s l o s p a d r e s e s t a b a n p r e p a r a d o s
r e s p o n d e r , y a l g u n o s s e m o s t r a r o n m u y n e r v i o s o s . U n a m u j e r e n L o n d r e s se
s u h i j o y l e expHcó q u e éramos c o m o l a g e n t e d e l a s e x h i b i c i o n e s e n e l C o m
w e a l t h I n s t i t u t e . U n g r u p o escolar q u e A'isitaba M a d r i d dijo a l a m a e s t r a q u e
mos c o m o l a s ñguras d e c e r a d e l o s i n d i o s a r a w a k d e l m u s e o d e l o t r o l a d o
c a l l e . T a m b i é n h u b o niños q u e t a n sólo scA^eían f a s c i n a d o s p o r e l espectáculo^
S i d n e y d o n d e n u e s t r a j a u l a s e u b i c a b a f r e n t e a u n a exhibición d e i n s e c t o s m e
n i c o s g i g a n t e s , oímos a m u c h o s niños q u e g r i t a b a n : "¡Mamá, m a m á , y o n o q u i
v e r l o s i n s e c t o s ! ¡Preíiero q u e d a r m e c o n l o s m e x i c a n o s ! "
E l t e n o r d e las reacciones d e v e r a u n o s " a m e r i n d i o s n o descubiertos" e n
j a u l a v a r i a b a d e l u g a r e n l u g a r ; p o r e j e m p l o , o b s e r v a m o s q u e e n España, país
u n a R i e r t e tradición d e m o r a l p r o t e s t a n t e m d e filosofía e m p i r i s t a , l a oposició
n u e s t r a o b r a p r o v i n o d e c o n s e r v a d o r e s p r e o c u p a d o s p o r sus i m p h c a c l o n e s p o '
c a s , p e r o n o p o r l a ética d e l a disimulación. N o o b s t a n t e , s e repetían a l g u n o s p
t r o n e s . L a s r e a c c i o n e s d e l p ú b h c o e n g r a n m e d i d a s e repartían e n c u e s t i o n e s
r a z a , c l a s e y n a c i o n a l i d a d . L o s a r t i s t a s y burócratas c u l t u r a l e s , l a autoproclamít
éhte, m a n i f e s t a b a r e a c c i o n e s escépticas q u e a m e n u d o r e p r e s e n t a r o n l a s más
s i o s a s . E n o c a s i o n e s e x p r e s a b a n u n d e s e o d e p o n e r fin a l a ficción d e m o d o pú^
c o a l l l a m a r n o s p o r n u e s t r o s n o m b r e s , o U e g a b a n c o n u n fiierte áioimo escépti
e n b u s c a d e l o s "crédulos", o p a r o d i a b a n a l o s crédulos p a r a g o z i u : d e l p e r f o r m a n
E n l a b i e n a l d e l A V h i t n e y , h$ performers d e l a D a n c e N o i s e y C h a r l e s A t l a s , e n
o t r o s , g r i t a b a n a v i v a v o z a G ó m e z - P e ñ a "¡a v e r l o s g e n i t a l e s ! " c u a n d o él d e s c u
su e n t r e p i e r n a c o n s u p e n e o c u l t o e n t r e sus p i e r n a s e n l u g a r d e q u e quedase c
g a n d o . V a i i o s a r t i s t a s jóvenes t a m b i é n s e q u e j a r o n c o n n u e s t r o s p a t r o c i n a d o
d e q u e n o fiiésemos l o b a s t a n t e e x p e r i m e n t a l e s p a r a c o n s i d e r a m o s u n b u e n e j e
pío d e l a r t e d e l p e r f o r m a i i c e . O t r a s p e r s o n a s e n e l W h i t n e y y AustraÜa, d o n
m u c h a g e n t e sabía q u e formábamos p a r t e d e l a b i e n a l d e S i d n e y , d e s c a r t a b a núes
o b r a p o r " n o s e r a*ítica". U n a m u j e r e n A u s t r a l i a s e sentó c o n s u l i i j a pequeña fi<
a l a j a u l a y comenzó a d i s c u l p a r s e c o n v o z m u y a l t a p o r " h a b e r r o b a d o n u e s —
t i e r r a s " . D e t e r m i n a r quién c e í a d e v e r d a d l a ficción y quién n o perdió i m p o r t a n c i
HISTORIA D E LPERFORiVlANCE 1NTERCULTUR>\ 333
e l t i : a n s c m - s o d e l p e r f o r m a n c e , y l a ganó e i h e c h o d e a v e r i g u a r e l s e n t i d o d e l
^Y^co r e s p e c t o d e l a s r e g l a s d e l j u e g o y d e s u p a p e l e n él.
o-ente d e c o l o r q u e creía, a l m e n o s a l p r i n c i p i o , q u e e l p e r f o r m a n c e e r a
e n o c a s i o n e s e x p r e s a b a s u i n c o m o d i d a d d e b i d o a s u identificación c o n n u e s -
^ situación. E n W a s h i n g t o n y L o n d r e s hacían f r e c u e n t e s r e f e r e n c i a s a l a e s c l a -
^tud y ^ 11^^^'^^'^ pueblos nativos y negros c o m o parte de s uhistoria. M e n o s
o n i L U i f u e l a identificación r a c i a l c o n n o s o t r o s e n t i - e caucásicos, p e r o , e n L o n -
j r e s u n e x c o n v i c t o recién l i b e r a d o q u e d a b a l a impresión d e e s t a r m u y b o r r a d l o
agarró l o s b a r r o t e s y n o s confesó, c o n lágrimas e n l o s o j o s , q u e c o m p r e n d í a n u e s -
tra g i ' a v e situación, p u e s él e r a u n " i n d i o británico". A c t o s e g u i d o , s e quitó s u
suéter e insistió e n q u e s e l o p u s i e r a G ó m e z - P e ñ a , c o s a q u e h i z o . E n g e n e r a l ,
los e s p e c t a d o r e s caucásicos t e n d i e r o n a e x p r e s a r s u d e s c o n t e n t o c o n n u e s t r o s
g u a r d i a s d e zoológico, p o r l o g e n e r a l c o n l a i d e a d e q u e a n o s o t r o s , l o s a m e r i n d i o s ,
se n o s u s a b a . C o n f r e c u e n c i a p r e g u n t a b a n a l o s g u a r d i a s s i e s t u v i m o s d e a c u e r d o
e n q u e s e n o s e n j a u l a s e , p a r a conünuai* c o n u n a s e r i e d e p r e g u n t a s cortésmente
e m i t i d a s r e s p e c t o d e n u e s t r o s hábitos a l i m e n t i c i o s , l a b o r a l e s y s e x u a l e s .
A m e n u d o l e s resultó d l f i ' d l s o p o r t a i : e s t a s r e a c c i o n e s a l o s g u a r d i a s y a l o s
m i e m b r o s d e l p e r s o n a l d e l o s m u s e o s q u e n o s asistían. U n o d e n u e s t r o s g u a r d i a s e n
España d e h e d i ó n o aguantó l a presión y rompió e n l l a n t o a l final d e n u e s t r o p e r -
f o r m a n c e , tras r e c i b i r u n a c a r t a d e u n j o v e n e n l a q u e c o n d e n a b a a España p o r c o -
l o n i z a r a l o s indígenas d e l c o n t i n e n t e a m e r i c a n o . U n g u a r d i a e n W a s h i n g t o n y o t r o
en C h i c a g o s e p e r t u r b a r o n t a n t o p o r s u p r o p i a d l s o n a n d a c o g n i t i v a q u e a b a n d o n a -
ron e l p e r f o r m a n c e . L a d i r e c t o r a d e l o s p r o g r a m a s n a t i v o ñorteameticanos d e l
S m i t h s o n i a n o n o s confió q u e s e v i o o b l i g a d a a reñexionar e n l a revelación más b i e n
p e r t u r b a d o r a d e q u e , m i e n t x ' a s e l l a s e e s f o r z a b a e n o f r e c e r l a representadón más
precisa p o s i b l e d e las c u l t u r a s n a t i v a s , n u e s t r a "farsa" p r o v o c a b a e x a c t a m e n t e l a m i s -
m a reacción e n e l púbÜco. E n e l S m i d i s o n i a n o , e l M u s e o AustraÜano y e l F i e l d s e
e f e c t u a i - o n r e u n i o n e s d e l p e r s o n a l p a r a a n a l i z a r l a s r e a c c i o n e s d d púbÜco. E n t o d o s
los m u s e o s d e h i s t o r i a n a t u r a l , n u e s t r o p r o y e c t o f u e e l p r e t e x t o p a r a d i s c u s i o n e s
i i " i t e r n a s a c e r c a d e l g r a d o d e autocrítica q u e d i d i o s m u s e o s soportarían d e m a n e r a
a b i e r t a . E n Ausü'aÜa, n u e s t r o p r o y e c t o s e sometió a l a aprobación d e u n comité
' C u r a d o r a b o r i g e n . A c e p t a r o n , c o n l a estipuladón d e q u e n o h u b i e s e n a d a a b o r i g e n
• d e n t r o d e l a j a u l a , y d e q u e s e añadieran a n u e s t r a a o n o l o g í a c a s o s d e exliibidón d e
aborígenes.
 c o c o pxj
O t r o s m i e m b r o s d e l público q u e s e d i e r o n c u e n t a d e q u e érairvos a r t i s t a s
r e p r e n d i e r o n p o r l a " i n m o r a l i d a d " d e e m b a u c a r a l público. E s t a reacción f u e
p o p u l a r e n t r e l o s británicos, y llegó a s e r l o también e n t r e i n t e l e c t u a l e s y buró
t a s c u l t i u ' a l e s e n E s t a d o s U n i d o s . D e b o señalar aquí q u e h a y p r e c e d e n t e s l i i s t "
e o s d e l a s r e s p u e s t a s m o r a h s t a s a l a exhibición etnográfica e n I n g l a t e r r a y E s t a
U n i d o s , p e r o , e n e s o s c a s o s , s e t r a t a b a d e l o i n h u m a n o d e t a l práctica, n o d
ética d e engañar a l p ú b h c o , l o q u e a m e n u d o h i c i e r o n l o s fiilsos antropólogos i
a c t u a b a n c o m o guías e n p e q u e ñ o s m u s e o s e s t a d u n i d e n s e s . U n f a m o s o c a s o j u
cial t u v o l u g a r a p r i n c i p i o s d e l siglo x i x para d e t e r m i n a r s i era correcto exliib*
la V e n u s hotentote, y los ministros negros e n el Estados U n i d o s de principios
s i g l o X I X p r o t e s t a r o n p o r l a exliibición d e O t a B e n g a e n e l zoológico d e l B r o
N i n g u n a p r o t e s t a prosperó a n t e e l a t r a c t i v o d e m a s a s d e d i c h o espectáculo p
l o s caucásicos.
E l hteraÜsmo q u e r i g e e l p e n s a m i e n t o e s t a d u n i d e n s e c o m p l e m e n t a l a i d
h b e r a l d e q u e e l r a c i s m o s e e h m i n a m e d i a n t e c o r r e c t i v o s didácticos; también
m e n t a l a r e s i s t e n c i a a l a i d e a d e q u e l o s métodos c o n s c i e n t e s n o n e c e s a r l a m
t r a n s f i ^ r m a n las estructiu'as i n c o n s c i e n t e s d e las ideas. M e parece q u e esta situ
ción e x p l i c a p o r qué l o s intérpretes moraÜstas d e s p l a z a r o n e l f o c o d e atención c
n u e s t r a o b r a d e s d e l a s r e a c c i o n e s d e l público h a s t a n u e s t i ' a ética. P o r e j e m p l o ^ '
reseñista q u e envió e l Washington Postse. enfiu-eció t a n t o p o r n u e s t i ' a " d e s h o n e s
d a d " q u e a p e n a s p u d o c o n t e n e r s u i r a y t m ^ o q u e retkársele c o n a y u d a d e u
a s i s t e n t e s . U n r e p r e s e n t a n t e d e l a F u n d a c i ó n M a c A r t l u i r Ríe a l p e r f o r m a n c e
s u esposa y se a u t o a s l g n a r o n e l r o l d e " c o r r e g k " las i n t e r p r e t a c i o n e s q u e se dab.
f r e n t e a l a j a u l a . E n u n a r e u n i ó n después d e l p e r f o r m a n c e , e l r e p r e s e n t a n t e d e .
F u n d a c i ó n habló d e l a " p o b r e f a m l U a m e x i c a n a " q u e e s t a b a t a n a g r a d e c i d a c
su esposa p o r expHcarles e l p e r f o r m a n c e . T r a s recibir d o s quejas p o r escrito y.
reseña d e l Washington Post, e l d i r e c t o r d e l o s p r o g r a m a s púbhcos d e l M u s e o
Historia N a t u r a l d e lS m i t h s o n i a n o d i ou n acharla e n Austraha e n la que n
c r i t i c a b a d u r a m e n t e p o r engañar a l púbhco. N o s e n t e r a m o s q u e d e s d e e n t o n e ,
cambió s u p o s t i u - a . L o q u e aún n o a c a b a m o s d e c o m p r e n d e r e s p o r qué t a n t a s
e s t a s p e r s o n a s n o fiieron c a p a c e s d e v e r n u e s t i ' o p e r f o r m a n c e c o m o a l g o i n t e r a c t i ;
y p o r qué p a i - e c i e r o n o l v i d a r l a tradición d e l p e r f o r m a n c e específico [site-specifi
p a r a e l l u g a r e n l a q u e e n c a j a b a n u e s t r a o b r a , d e s a r r o l l o histórico q u e precedió
l a teatralización d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e e n l a década d e 1 9 8 0 .
I /V O T I O V H I S T O R I A D E L PERRORÍVIANCE I N T E R C U L T U R A L 335
E n g e n e r a l , l a s r e s p u e s t a s d e l púbhco t e n d i e r o n a s e r m e n o s p e d a n t e s y más
.^píu-entemente e m o c i o n a l e s . A l g u n a s p e r s o n a s a q u i e n e s l e s perturbó l a i m a g e n
¿t l a j a u l a t e m i e r o n a c e r c a r s e d e m a s i a d o , y p r e f i r i e r o n m a n t e n e r s e e n l a p e r i f e r i a
j e l público. B a r b a r a I C r u g e r file a v e r n o s e n l a U n i v e r s i d a d d e C a l i f o r n i a e n I r v i n e
y sjüió m u y e m o c i o n a d a d e l a galería e n c u a n t o leyó l a cronología d e l a exliibición
h u m a n a . C l a e s O l d e n b e r g , p o r o t i ' a p a r t e , s e sentó a l a d i s t a n c i a e n M í n e á p o h s ,
p a r a o b s e i - v a r a n u e s t r o p ú b h c o c o n u n a s o n r i s a irónica e n s u r o s t r o . F u e a v e r n o s
iíi c u r a d o r a d e l a colección a m e r i n d i a e n e l M u s e o Británico. C u a n d o posó p a r a
u n a f o t o , confesó a u n o d e n u e s t r o s r e p r e s e n t a n t e s d e l a B i e n a l E d g e q u e s e s e n -
tía m u y c i d p a b l e . S u m u s e o y a había d e c h n a d o d a r n o s e l p e r m i s o p a r a l a e x l i i b i -
ción. O t r a s p e r s o n a s e n c o n t r a r o n f o r m a s m e n o s d i r e c t a s d e e x p r e s a r e s t a a n s i e d a d .
U n a a r t i s t a f e m i n i s t a d e N u e v a Y o r k n o s cuestionó después d e u n a c o n f e r e n c i a
púbhca q u e d ú n o s s o b r e e l p e r f o r m a n c e e n L o s Ángeles e l año p a s a d o , p a r a s u g e -
r i r q u e n u e s t r a o b r a había " f i - a c a s a d o " s i e l p ú b h c o n o l a había leído b i e n . U n a
j o v e n c i n e a s t a caucásica q u e asistió a l o s p e r f o r m a n c e s e n C h i c a g o s e presentó
después e n u n a c l a s e e n l a U n i v e r s i d a d d e I l h n o i s y l e recriminó a g r i t o s a G ó -
mez-Peña p o r s u " i n g r a t i t u d " p o r t o d o s l o s b e n e f i c i o s q u e había r e c i b i d o g r a c i a s
a l m u l t i c u l t u r a h s m o . E U a afirmó q u e asistió a l p e r f o r m a n c e c o n u n a f r o e s t a d u n i -
d e n s e q u e s e sintió " i g u a h n e n t e p e r t u r b a d o " p o r éste. G ó m e z - P e ñ a respondió
q u e e l m u l t i c u l t u r a h s m o n o e r a u n " r e g a l o " d e l o s caucásicos, s i n o e l r e s u l t a d o d e
décadas d e l u c h a d e l a g e n t e d e c o l o r . E n l o s E s t a d o s U n i d o s , v a r i a s a r t i s t a s e
intelectuales f e m i n i s t a s se acercaron a l a j a u l a p a r a quejarse d e q u e m i p a p e l e r a
d e m a s i a d o p a s i v o , y m e regañaron p o r n o h a b l a r , y sólo bíülar, c o m o s i m i s a c t i v i -
d a d e s d e b i e r a n a p o y a r s u p o s t u r a política.
L o s caucásicos f u e r a d e E s t a d o s U n i d o s m a n i f e s t a r o n r e a c c i o n e s más I n d i c a s
q u e l o s caucásicos e s t a d u n i d e n s e s , y d i e r o n l a impresión d e s e r m e n o s tímidos p a r a
e x p r e s a r s u d i s f i a i t e d e n u e s t r o espectáculo. P o r e j e m p l o , v a r o n e s d e t r a j e y c o r b a t a
^i"! L o n d r e s y M a d r i d se a p r o x i m a b a n a l a j a u l a p a r a hacer s o n i d o s estereotipados
a n i m a l e s d e l a s e l v a ; s i n e m b a i ' g o , n o t o d a s l a s r e a c c i o n e s nacían d e b u e n a s
u i t e n c i o n e s . U n g r u p o d e c a b e z a s r a p a d a s a t a c a r o n a Góme'^-Peña e n L o n d r e s , y
•^'gunos m i e m b r o s d e l púbhco l o s s a c a r o n d e l l u g a r ; m o n t o n e s d e a d o l e s c e n t e s e n
M a d r i d s e q u e d a b a n c e r c a d e l a j a u l a d u r a n t e h o r a s t o d o s l o s días, t e n t á n d o -
'los c o n o f r e c i m i e n t o s d e latas d e cerveza llenas d e o r i n a y otras delicadezas
^^mejantes. A l g u i i o s d e quienes entendieron que l a obra de la jaula eraarte de

cocop
p e r f o r m a n c e exjDlicaroa s u postru'a •—en p r i v a d o — a lexpresai' s u iiorror pQ'
r e a c c i o n e s d e l o s d e m á s l i a c i a n o s o t r o s , quizá c o m o f o r m a d e d i s o c i a r s e d
g r u p o r a c i a l . U n español d e t i ' a j e y c o r b a t a m e esperó después d e l término!
p e r f o r m a n c e p a r a f e l i c i t a r m e , m e p r e s e n t ó a s u h i j o y después insistió e n q u
c o i n c i d i e r a c o n él e n q u e l o s españoles R i e r o n m e n o s b r u t a l e s c o n l o s i n d i o s
l o s i n g l e s e s . N o o b s t a n t e , u n a a b r u m a d o r a mayoría d e caucásicos q u e s e c r e y
o b r a n o s e quejó n i manifestó s o r p r e s a p o r n u e s t i ' a condición d e u n a m a n e r a
s i b l e p a r a n o s o t r o s o p a r a l o s g u a r d i a s d e zoológico. N i n g ú n estaduaid
cuestionó j a m á s l a l e g i t i m i d a d d e l m a p a ( a u n q u e d o s m e x i c a n o s sí l o h i c i e r -
l a i n f o r m a c i ó n t a x o n ó m i c a d e l o s símbolos n i e l l e n g u a j e i n v e n t a d o d e G ó m
Peña. U n h o m b r e m a y o r e n e l W h i t n e y l e d i j o a u n g u a r d i a q u e r e c o r d a b a h a
v i s t o n u e s t i - a i s l a e n e l N a t i o n a l G e o g r a p h i c . S i n e m b a r g o , m i b a i l e recibió R^
t e s críticas p o r s u f a l t a d e a u t e n t i c i d a d . D e h e c h o , d u r a n t e l a presentación
l a p r e n s a e n e l W h i t n e y , v a r i o s r e p o r t e r o s s i m p l e m e n t e se r e t i r a r o n e n c u a
comencé m i r u t i n a .
L a s reacciones d e l o slatinoamericanos difirieron d e acuerdo c o nlae l
M u c h o s t u r i s t a s l a t i n o a m e r i c a n o s d e clase a l t a e n España y W a s l i i n g t o n , D Í
m a n i f e s t a r o n s u d i s g u s t o p o r q u e l a p a r t e d e l m u n d o d e d o n d e provenían debí
representarse d e m a n e r a t a n degradante. M u c h o s otros latinoamericanos y na'
n o r t e a m e r i c a n o s r e c o n o c i e r o n d e i n m e d i a t o e l s i g n i f i c a d o slmbóhco d e l a o l
n o s e x p r e s a b a n s u s o h d a r i d a d p a r a c o n n o s o t r o s , anaÜzaban l o s artículos ea[
j a u l a p a r a o t r o s m i e m b r o s d e l púbHco y m o s t r a b a n s u aprobación p a r a núes;
acciones a l t o m a r nuestras m a n o s c u a n d o p o s a b a n pai'a las f o t o g r a R a s . S i n i m p
tar que l o a-eyesen o no, los l a t i n o s e n E s t a d o s U n i d o s y E u r o p a , y los n a t i v o n
t e a m e r i c a n o s n u n c a c r i t i c a r o n e l h i b r i d i s m o d e l a m b i e n t e d e l a j a u l a n i nues^
v e s t i m e n t a p o r " n o s e r auténticos". U n m i e m b r o d e e d a d m a y o r d e l a e t n i a ^ ^ ^ ^
d e A i ' i z o n a , q u e n o s v i o e n e l S m i t h s o n i a n o , Uegó a d e c i r q u e n u e s t r a e x l i i b i c
e r a más " r e a l " q u e c u a l q u i e r o t i : a declaración a c e r c a d e l a condición d e l o s p u e b
n a t i v o s e n e l m u s e o . " V e o l o s r o s t r o s d e m i s n i e t o s e n esa j a u l a " , d i j o a u n re-
sentante del museo. D o s mexicanos que fueron a vernos e nInglaterra dejaron
c a r t a e n l a q u e decían q u e e h o s sentían q u e e s t a b a n v i v i e n d o e n u n a j a u l a c a d a
q u e p a s a b a n e n E u r o p a . U n salvadoreño e n W a s h i n g t o n n o s a c o m p a ñ ó u n a b u
c a n t i d a d d e t i e m p o , señalaba e l corazón d e h u l e q u e c o l g a b a d e l t e c h o d e l a j a u l
d e d a : " E s e corazón e s m i corazón". P o r o t r o l a d o , l o s e s t a d u n i d e n s e s y e u r o p
• QTKA H I S T O R I A D E L P E R F O R M A N C E I N T E R C U L T U R A L 337
^¡jcásicos p a s a b a n h o r a s f r e n t e a n o s o t i ' o s y s e p r e g u n t a b a n c ó m o e r a p o s i b l e q u e
idíésemos o p e r a r u n a c o m p u t a d o r a , t e n e r l e n t e s d e s o l y t e n i s , y R i m a r d g a r r o s .
^ E n España h u b o m u c h a s q u e j a s d e q u e n u e s t r a p i e l n o f u e s e l o b a s t a n t e o s -
cLii*'^ p a i ' a s e r p r i m i t i v o s " r e a l e s " . L o s g u a r d i a s d e zoológico e x p l i c a b a n q u e vivía-
n i o s e n u n a z o n a d e s e l v a h ú m e d a , s i n m u c h a exposición a i s o l . E n e l W h i t n e y ,
^j¡i puñado d e m u j e r e s m a y o r e s t a m b i é n s e quejó d e q u e n u e s t r a p i e l e r a d e m a s i a -
d o c l a r a , y u n a d e e H a s decía q u e l a o b r a sólo sería e f i c a z s i Riésemos " d e v e r d a d
oscuros". N o o b s t a n t e , estas d u d a s n o i m p i d i e r o n q u e m u c h o s aprovecharan
nuestra aparente incapacidad d e entender los i d i o m a s europeos; m u d i o s h o m b r e s
e n España h i c i e r o n c o m e n t a r i o s c o n R i e r t e c a r g a s e x u a l s o b r e m i c u e r p o , y a n i -
m a b a n a o t r o s a q u e p u s i e r a n más d i n e r o e n l a c a j a d e d o n a c i o n e s p a r a v e r c ó m o
se movían m i s s e n o s c u a n d o b a i l a b a . E n L o n d r e s , a l g u n a s v e c e s m e i n v i t a r o n a
salir. M u c h a s o t r a s p e r s o n a s e h g i e r o n u n a m a n e r a más d i s c r e t a d e e x p r e s a r s u
c u r i o s i d a d s e x u a l , a l p r e g u n t a r a l o s g u a r d i a s s i n o s apareábamos e n p ú b h c o e n l a
j a u l a . A G ó m e z - P e ñ a l e costó más t r a b a j o q u e a m í s o p o r t a r l a e x p e r i e n c i a d e
q u e s e l e o b j e t i f i c a s e c o n t i n u a m e n t e . P a r a l a p a r t e final d e n u e s t r o s p r i m e r o s t r e s
^ías e n M a d r i d , c o m e n z a m o s a p e r c a t a r n o s n o sólo d e q u e l a s s u p o s i c i o n e s d e l a
g e n t e s o b r e n o s o t r o s s e b a s a b a n e n e s t e r e o t i p o s d e género, s i n o d e q u e m i s e x p e -
r i e n c i a s c o m o m u j e r m e h a b í a n p r e p a r a d o p a r a r e s i s t i r psicológicamente l a v i o -
l e n c i a d e l a objetiRcación p ú b h c a .
T a i v e z e s t a b a más p r e p a r a d a , p e r o , d u r a n t e l o s p e r f o r m a n c e s , a m b o s encara-
m o s desafíos s e x u a l e s q u e t r a n s g r e c U a n n u e s t r o s límites físicos y e m o d o n a l e s . E n
la j a u l a , a a m b o s s e n o s o b j e t L R c a b a , e n c i e r t o s e n t i d o , s e n o s f e n i i n i z a b a , l o q u e
i n v i t a b a a l o s e s p e c t a d o r e s t a n t o raasciüinos c o m o f e m e n i n o s a e n t a b l a r u n a r e l a -
ción v o y e u r i s t a c o n n o s o t r o s . E s t o quizás e x p h q u e p o r q u é l a s m u j e r e s t a n t o c o m o
los h o m b r e s m a n i f e s t a b a n e s e c o m p o r t a m i e n t o a n t e l o q u e p a r e d a l a atracdón
erótica d e u n m a d i o p r i m i t i v o e n j a u l a d o . E n S i d n e y l a institución q u e n o s p a t r o -
cinaba, e l M u s e o A u s t r a l i a n o d e H i s t o r i a N a U i r a l , redbió l a p r o p u e s t a d e u n a r e -
p o r t e r a d e u n a r e v i s t a erótica q u e d e s e a b a t o m a i " u n a f o t o d e s p l e g a b l e e n l a q u e
^ l i a a p a r e c i e s e s i n sostén, d á n d o n o s d e c o m e r plátanos y sandía. E l f u n c i o n a r i o
r e l a c i o n e s púbhcas d e l m u s e o rechazó l a proposición. F u e i n t e r e s a n t e q u e
l a s r e a c c i o n e s d e l a s m u j e r e s f u e s e n m á s c o n s i s t e n t e m e n t e físicas, m i e n t r a s
4 u e l o s h o m b r e s e r a n más v e r b a l m e n t e a b u s i v o s . E n I r v i n e , u n a m u j e r caucásica
pidió g u a n t e s d e plástico p a r a t o c a r a l espécimen m a c h o , e m p e z ó a a c a r i c i a r s u s

coco p
p i e r n a s y s i n d e m o r a s e dirigió a s u e n t i - e p i e r n a . E i retrocedió, y l a m u j e r s e d
v o ; p e r o regi'esó e s a t a r d e , a n s i o s a p o r d i s c u t i r n u e s t i ' o s s e n t i m i e n t o s a c e r c a d
g e s t o . E n C h i c a g o , o t r a m u j e r s e acercó a l a j a u l a , t o m ó s u c a b e z a y l e
b e s o . L a e x e s p o s a d e G ó m e z - P e ñ a l e envió l o s d o c u m e n t o s l e g a l e s d e s u d e n
d a d e d i v o r c i o d i u ' a n t e n u e s t r a estadía e n l a j a u l a e n I r v i n e , después apareció d
f r a z a d a c o n i m a vldeocámara, y procedió a g r a b a r n o s d m ' a n t e más d e u n a h o r a '
b i e n l o s h o m b r e s m e m o l e s t a b a n , m e decían o b s c e n i d a d e s , m e p e d í a n q u e saÜ
c o n e h o s e i n c l u s o m e m a n d a b a n b e s o s , n i n g u n o i n t e n t ó t e n e r c o n t a c t o físico^
nuestros performances.
C o n f o r m e p r e s e n t a b a e s t a "etnografía i n v e r s a " p o r t o d o e l país, l a g e n t e
f a l t a m e p r e g u n t a b a c ó m o m e sentía d e n t r o d e l a j a u l a . E x p e r i m e n t é u n a v a r i e d
d e s e n t i m i e n t o s , d e s d e pánico h a s t a a b u r r i m i e n t o . M e sentí e s t i m u l a d a , i n c l u
j u g u e t o n a p o r m o m e n t o s . También m e dormí p o r e l c a l o r y e s t u v e u T i t a b l e p'
h a m b r e o frío. M e enfermé, y u n a v e z m e t u v i e r o n q u e s a c a r d e l a j a u l a p a r a <
n o v o m i t a r a frente a l a m u l t i t u d . L apresencia de amigos q u en o s apoyaban'
t r a n q u i h z a d o r a , p e r o l a s r e a c c i o n e s más a g r e s i v a s f r i e r o n c a d a v e z m e n o s s o r p r "
d e n t e s . L a n o c h e a n t e r i o r a n u e s t r o c o m i e n z o e n M a d r i d , m e quedé d e s p i e r t a
l a c a m a , v e n c i d a p o r e l t e m o r d e q u e algún d e m e n t e f a l a n g i s t a n o s d i s p a r a s e
u n a r m a a n t e s d e q u e pudiésemos escapai*. C u a n d o n a d a d e e s o sucedió, m e caM
y n u n c a volví a p r e o c u p a r m e p o r n u e s t r a s e g u r i d a d . D e b o a d m i t i r q u e m e agrá'
o b s e r v a r a l a g e n t e d e s d e e l o t i ' o l a d o d e l a s r e j a s . M i e n t r a s m á s hacíamos e l p
f o r m a n c e , m á s m e c o n c e n t r a b a e n eí púbhco, a l d e r a p o q u e t r a t a b a d e a p a r e n
e l e s t a d o d e d e s c o n c i e r t o d e u n extraño. A u n q u e m e encantó l a f a l t a d e t e a t r a l i d
i n t e n c i o n a l d e e s t a o b r a , c a d a v e z f i i i más c o n s c i e n t e d e q u e c i e r t a s a c t i v i d a d
d e s e n c a d e n a n r e a c c i o n e s d e l público, y a c t u a b a d e a c u e r d o c o n eÜo p a r a poní
p r u e b a a n u e s t r o s e s p e c t a d o r e s . D m ' a n t e e l t r a n s c u r s o d e u n año, llegué a t o r n a n
caiiño a l o s e x t r e m i s t a s q u e v e r b a U z a b a n s u s s e n t i m i e n t o s e i n t e r a c t u a b a n c o n n '
o t r o s ñsicamente, s i n i m p o r t a r q u e R i e s e n h o s t i l e s o a m i g a b l e s . M e p a r e d a q u e
nían d e r t a a n d a d a , valentía i n d u s o , q u e n o sé s i y o t u v i e s e e n s u l u g a r . C u a n d o •
m o s a T i n y T e e s h a e n M i n n e s o t a , a l p r i n c i p i o m e enmudeció e l a s o m b
N i s i q u i e r a m i p r o p i o p e r f o r m a n c e m e preparó p a r a l a t r i s t e z a q u e v i e n s u n i '
d a , n i m i s u b s e c u e n t e s e n t i d o d e vergüenza.
U n r e c u e r d o e n p a r t i c u l a r m e v i n o a l a m e n t e c u a n d o v i a j a m o s c o n este p
f o r m a n c e . T i e n e q u e v e r c o n u n e n c u e n t r o q u e t u v e h a c e m á s d e u n a déca
339
Q-niA H I S T O R I A D E L P E R F O R M A N C E I N T E R C U L T U l ^ A L
^ j i i n d o t e r m i n a b a l a u n i v e r s i d a d e n R l i o d e I s l a n d , d o n d e estudié teoría d n e m a -
j-oo-ráhca. C o n o c í a u n c i n e a s t a etnográfico francés c o n o c i d o i n t e r n a c i o n a l m e n t e ,
a h e d e d o r d e s e s e n t a años d e e d a d , e n u n s e m i n a r i o q u e d a b a , y l e conté q u e
j ^ j i e a b a p a s a r algún t i e m p o e n F r a u d a después d e g r a d u a r m e . U n a ñ o después,
i n i e n t r a s y o e s t a b a e n París, m e Uamó p o r teléfono. M e encontró p o r c o n d u c t o d e
m i e s t u d i a n t e d e m i ¿7/???¿7 mate?: M e d i j o q u e i b a a e m p e z a r l a p r o d u c c i ó n d e u n a
o b r a y q u e i ^ e ofrecía t r a b a j o . D e s p u é s d e p a s a r u n a p a r t e d e l v e r a n o c o m o t i ' a -
cluctora-vendedora e n una tienda d e p a r t a m e n t a l , m e emocionó e l p r o s p e c t o d e
vin t r a b a j o r e l a c i o n a d o c o n e l c i n e . A c o r d a m o s v e r n o s p a r a h a b l a r , d e s u p r o y e c t o .
A u n q u e conversábamos e n u n l e n g u a j e q u e y o n o d o m i n a b a , n o tardé e n
s e n t i r q u e l o s i n t e r e s e s d e l c i n e a s t a t a l v e z i b a n más allá d e l o p r o f e s i o n a l . Y o n o
estaba e x a c t a m e n t e p r e p a r a d a p a r a m a n e j a r l o s a v a n c e s s e x u a l e s d e u n h o m b r e
c o n l a e d a d s u f i c i e n t e p a r a s e r m i a b u e l o . Pensé q u e m e había p r o t e g i d o a l a c o r d a r
r e u n i m o s e n u n l u g a r p ú b h c o , p e r o él p r o n t o exphcó q u e teníamos q u e i r n o s d e l
café p a r a v e r a l o s p r o d u c t o r e s y l e e r e l g u i ó n . T r a s q u i n c e m i n u t o s e n s u a u t o ,
comencé a s o s p e c h a r q u e n o h a b í a n i n g u n a r e u n i ó n c o n p r o d u c t o r e s . A l final
llegíimos a l o q u e parecía u n a c a s a a b a n d o n a d a e n u n área r i u : a l , s i n n a d i e a l a
v i s t a . C o n o r g u l l o a n u n c i ó q u e ésa e r a l a c a s a d o n d e había c r e c i d o y q u e d e s e a b a
mostrármela. P a r a e s e m o m e n t o 3^0 y a e s t a b a e n u n e s t a d o p a r e c i d o a l d e l sBock, y
t r a t a b a c o n desesperación d e a v e r i g u a r d ó n d e e s t a b a y c ó m o saÜr d e ahí a s a l v o .
E l c i n e a s t a procedió a e n t r a r e n u n c o b e r t i z o j u n t o a l a c a s a y a q u i t a r s e t o d a
l a r o p a , m e n o s l a r o p a i n t e r i o r . SaÜó c o n u n a c o r t a d o r a d e p a s t o m a n u a l y fiie a
t r a b a j a r a s u jardín. E n u n m o m e n t o corrió h a d a m í y exclamó q u e d e s e a b a g r a -
b a r m e d e s n u d a ihxí; y o n o respondí. E n o t r o m o m e n t o , m e d i o u n a c a n a s t a y m e
<^ljo q u e r e c o g i e r a n u e c e s y m o r a s . M i e n t r a s a u m e n t a b a m i i r a , m i t e m o r p o c o a
p o c o cedía c o n f o r m e m e d a b a c u e n t a d e q u e él e s t a b a p r o f i m d a m e n t e i n m e r s o e n
^ u p r o p i o m u n d o d e fantasía, t a n i n v o l u c r a d o q u e a p e n a s n e c e s i t a b a m i p a r t i c i -
pación. E s p e r é a q u e t e r m i n a r a s u actuación, y después l e d i j e q u e m e U e v a r a a l a
•estación d e t r e n más c e r c a n a , c o s a q u e h i z o , p e r o n o s i n a g a i ' r a r m e y r a s g a r m i
p l a y e r a c u a n d o salía d e s u a u t o .
Regresé s a n a y s a l v a a m i d e p a r t a m e n t o . N o tenía l e s i o n e s físicas, p e r o m e
"^•^contraba p r o f i m d a m e n t e p e r t u r b a d a p o r l o q u e había p r e s e n c i a d o . E l c i n e a s t a
"^^nográfico c u y a f a m a residía e n s u s d e s c r i p c i o n e s d e l a s s o c i e d a d e s africanas
^ • ^ a d i c i o n a l e s " proyectó s u s fantasías r a c i s t a s e n m í p a r a s u p r o p i o p l a c e r . L o q u e

340 C O C O FUSC?
y o p e n s a b a q u e y o e r a , c ó m o m e veía a m í m i s m a , e s o n o i m p o r t a b a . N u n c a ] \ ^ [
v i s t o c o n t a n t a c l a r i d a d l o q u e podía p r o v o c a r m i p r e s e n c i a física e n l a i m a g i t
ción d e u n p e r v e r t i d o c o l o n i a l i s t a e n t r a d o e n años.
E l r e c u e r d o d e l a m i r a d a d e e s e c i n e a s t a etnográfico m e obsesionó d u r a n t e ^
a l g r a d o d e q u e c o m e n z a b a a p r e g i m t a r m e s i m e había v u e l t o p a i ' a n o i c a . N o ohsu
t e , t r a s o b s e n ^ a r e l c o m p o r t a m i e n t o sólo u n p o c o más d i s c r e t o q u e e l s u y o d e s d t ,
o t r o l a d o d e las rejas d e n u e s t r a j a u l a , m e t i ' a n q u i h z a p e n s a r q u e n o s o y paranoica
E s o s s o n l o s m o m e n t o s c u a n d o m e a g r a d a q u e e x i s t a n b a r r o t e s r e a l e s . E s tambiéf
e n t o n c e s c u a n d o , a u n q u e sé q u e p u e d o s a l i r d e l a j a u l a , n o p u e d o e s c a p a r d e l t o d a
Anexo [Materiales que acompañaban el performance]
A M E R I N D I O S : 1) P u e b l o mítico d e l L e j a i r o O r i e n t e , c o n e c t a d o e n l a l i i s t o r i a 1 ^
g e n d a r i a c o n Séneca y A m é r i c o V e s p u c i o . S i b i e n e l término amerindio s u g i e r e qií
s e t r a t a b a d e l o s h a b i t a n t e s o r i g i n a l e s d e l c o n t i n e n t e , l a s a u t o r i d a d e s más antigüíí
( p o r e j e m p l o , Cristóbal C o l ó n e n s u s Diarios, y , e n f e c h a s más r e c i e n t e s , P a u l R l
v e t t e ) l o s c o n s i d e r a b a n i n m i g r a n t e s d e A s i a , n o a m e r i c a n o s . O t r a s expUcacioná
p r o p u e s t a s s o n arborindios, " g e n t e d e l o s árboles", y ameriíjdios, " g e n t e d e col©
café". L o más q u e s e p u e d e d e c i r e s q u e amerindios p u e d e s e r e l n o m b r e d e uü
e s t i r p e a m e r i c a n a indígena q u e l o s a n t i g u o s desconocían t a n t o c o m o n o s o t r o s .
A M E R I N D I O S : 2) U n o d e l o s m u c h o s términos i n g l e s e s p a r a r e f e r h ' s e a l p u e b l o 4
Guatinau. E ns u idioma, l apalabra del pueblo de G u a t i n a u para nombrarse
m i s m o s significa "ati'ozmente hermoso" o "fieramente independiente". S o n
r a z a j o v i a l y j u g u e t o n a , c o n u n a afición g e n u i n a p o r l o s r e s i d u o s d e l a c u l ,
p o p u l a r i n d u s t r i a l i z a d a o c c i d e n t a l . S i n e m b a r g o , e n t i e m p o s r e m o t o s acometí'
r o n c o n f r e c u e n c i a c o n t i ' a l a s n a v e s españolas, d i s f r a z a d o s c o m o p i r a t a s britá
e o s , d e d o n d e p r o v i e n e s u c o n o c i m i e n t o d e l a c u l t u r a e u r o p e a . Sólo h a s t a h
p o c o l o s g u a t i n e s e s c o n t e m p o r á n e o s c o m e n z a r o n a v i a j a i : fiiera d e s u i s l a .
L o s especímenes m a s c u l i n o s y f e m e n i n o s e n exhibición aquí s o n r e p t e s
t a n t e s d e J a t r i b u d o m i n a n t e e n s u i s l a , a l d e s c e n d e r d e l finaje d e l o s mÍntom'«
E l varón p e s a 7 2 k i l o s , m i d e 1 . 7 7 m e t r o s y t i e n e m á s o m e n o s t r e i n t a y s i e t e a i
d e e d a d . L e g u s t a l a c o m i d a p i c a n t e , l o s b u r r i t o s y l a c o c a c o l a d e d i e t a , i'\
OTRA HISTORIA D E LPERFORMANCE INTERCULTURAL 341
jtiai'ca f a v o r i t a d e cigaiTOS es M a r l b o r o . S u f r e c u e n t e r i t m o a l c a m i n a r e n l a j a u l a
hace s u p o n e r a l o s e x p e r t o s q u e era u n H d e r p o h t i c o e n s u i s l a .
L a m u j e r p e s a 6 3 I d l o s , m i d e 1 . 7 4 m e t r o s y p a r e c e t e n e r t r e i n t a y t a n t o s años.
'[ £ s a f i c i o n a d a a l o s sándwiclies, c o m i d a t a i l a n d e s a y a l té d e h i e r b a s . E s u n a b a i l a -
j-íjiíi versátil, y también d l s f i - u t a d e m o s t r a r s u s t a l e n t o s domésticos a l c o s e r m u ñ e -
cas d e m d ú , s e r v i r c o c t e l e s y d a r m a s a j e s a s u c o m p a ñ e r o varón. S u s d e c o r a c i o n e s
t i i c i a l e s y c o r p o r a l e s i n d i c a n q u e s e casó e n l a c a s t a s u p e r i o r d e s u t r i b u .
A a m b o s guatineses les gusta m u c h o estar e n su j a u l a , y parecen d e s i n l i i b i d o s
e n s u s hábitos físicos y s e x u a l e s a p e s a r d e l a p r e s e n c i a d e l p ú b h c o . S u e s p l r i t u a h -
d i i d a n i m i s t a l o s i m p u l s a a e f e c t u a r periódicas p l e g a r i a s g c s t u a l e s , l o q u e h a c e n
c o n g r a n e n t u s i a s m o . L e s g u s t a dai'se m a s a j e s y rascarse e l u n o a l o t r o , d i s f r u t a n
largos abrazos o c a s i o n a l e s y t i e n e n r e l a c i o n e s sexuales u n p r o m e d i o d e dos veces
a l día. L o s antropólogos d e l S m i t h s o n i a n o o b s e r v a r o n ( c o n a ) a i d a d e cámaras d e
vigilancia) q u e a i o s guatineses les g u s t a j u g a r a c a m b i a r d e sexo a l anochecer, y
por la n o c h e t r a n s f o r m a n m u c h o s d e los objetos que u s a n e n su j a u l a e n i m p r o v i -
s a d o s j u g u e t e s s e x u a l e s . L o s v i s i t a n t e s q u e s e a c e r c a n a eüos notarán q u e a m e n u d o
b u s c a n a c a r i c i a r a l o s extraños c u a n d o p o s a n p a r a l a s fotografías. S o n e n e x t r e m o
d e m o s t r a t i v o s c o n l o s niños.
Traducción d e R i c a r d o R u b i o
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J.Calder,1992. ,
¡^giigt Wa Jhiongh es un reconocido dramaturgo, novelista y critico nacido en Kenia.
Debido a sus ideas opositoras al gobierno de su paísfue encarcelado como preso político,
y luego de ser liberado fue obligado a exiliarse. Durante ese periodo dictó confereiicias y
fue profesor en universidades de Inglaterra y los Estados Unidos, destacándose por sus
estudios sobre la relación entre el Estado poscolonial y las artes, y por su análisis de la
oratura [ o r a t u r e ] como género abarcador de disciplinas tales como el teatro, la danza,
y la literatura.
En este artícido, cjue forma parte de una serie de conferencias que Wa Thiong*o
dictó en la Universidad de Oxford en 1996, y que aparecen publicadas en su libro
P e n p o i n t s , G u n p o í n t s , a n d D r e a m s [ P l u m a s , p i s t o l a s y sueños] el autor analiza
la relación entre el Estado y las artes como una batalla por el espacio de performance.
I>icho espacio está presentado aquí no solamente como el sitio donde acontece un per-
formance sino como uno más amplio, un espacio de acción desde el cual, tanto los artis-
tas como el Estado, establecen su relación con la sociedad y representan su modelo de
i'^ación. Ngügí Wa 7hiong*o caracteriza cdperformance como el canal a través del cual
^^^T-a cultura transmite sus valores. A partir de la formación del Estado moderno,
^(juello que ha de representarse y transmitirse como parte de una cultura es regulado
P'^f el gobierno. En los Estadosposcoloniales como Kenia —que logró su independen-
^^fl en 1963 pero cuenta con una fuerte presencia foránea en el poder—este control es
P^'^'ticularmente intensivo. Más allá de instrumentos tales como la censura, según Wa
'^^^ng'o, el campo privilegiado de intervención del Estado es el espacio. El Estado
^^fine, delimita y regida el espacio, y restringe así el acceso de artistas e intelectuales.

[345]
 346
PRESENTAci
así como de otros sectores de ¡a-población, a la vida pública. Ngligi Wa Thiongo mu
tra la manera en que, al negar a los artistas locales la posibilidad de realizar un pe
formance en determinado espacio cargado de signifcación histórica, el Estado asegu
la hegemonía con respecto a las historias que se han de evocar como parte del discti)
-naciojialfrente a determinados públicos. Ngúgí Wa Thiong'o arguye que el Estado as-^
me todo el territorio nacional como su espacio de performance, E>entro de este espaci
el Estado establece otros espacios de eiícierro, co7no la prisión, que para Wa ''Dnong^o
la metáfora que define al Estado poscolonial, un Estado en el que los ciudadanos está
condenados a vivir en condiciones de restricción física, social y psíquica. ^
Wa Thiongo plantea que la cuestión del espacio debe ser un elemento centi'al dentf
de cualquier abordaje del Estado poscolonial En tiempos precolonia les el público e-
quien definía el espacio de performance y no había barreras entre actores y espectador.
Este espacio abierto es temido por el poder poscolonial el cual se encarga de regular
espacio nacional a través no sólo de prohibiciones de acceso a determinados lugares sh
por medio del desplazamiento forzoso de comunidades o Individuos para evitar asíopoi
tiinidndes de asociación. Wa 7hio?ig'o muestra cóino el exilio es una de las armas ekgid¿
por elpoder ya que pone al artista, visto como amenaza, en una situación de desancla]
de pérdida de conexión con su gente. Según Wa Tñongo, esta solución es percibida por
poder como menos riesgosa que el castigo con prisión o muerte, ya que estas últimas tien
elpotencial de despertar empatia y rebelión por parte del resto de la población.
I
LA L U C H A E N T R E L A S A R T E S Y E L E S T A D O S E A P R E C I A M E I O R E N E L P E R F O R M A N C E
en g e n e r a l , y e n k b a t a l l a p o r e l espacio d e p e r f o r m a n c e e n p a r t i c u l a r . E l p e r f o r -
m a n c e e s l a representación d e l ser, d e c ó m o s e l l e g a a s e r y d e c ó m o s e d e j a d e s e r
dentro de los procesos d e l a naturaleza, sociedad h u m a n a y pensamiento. S i antes
^lel s u r g i m i e n t o d e l E s t a d o e l p r e d o m i n i o d e l a c u l t m - a e n c a r n a b a l o d e s e a b l e y
lo indeseable e n e l t e r r e n o d e ios valores, esto se expresaba m e d i a n t e e l p e r f o r -
m a n c e . L a c o m u n i d a d aprendió y transmitió s u s códigos m o r a l e s y j u i c i o s estéti-
cos m e d i a n t e n a r r a c i o n e s , b a i l e s , t e a t r o , r i t u a l e s , música, j u e g o s y d e p o r t e s . C o n
la aparición d e l E s t a d o , e l a r t i s t a y éste s e c o n v i r t i e r o n n o sólo e n r i v a l e s e n l a
articulación d e l a s l e y e s , m o r a l e s o f o r m a l e s , q u e r e g u l a n l a v i d a e n s o c i e d a d ,
s i n o también r i v a l e s e n l a determinación d e l a m a n e r a y c i r c u n s t a n c i a s d e s u
emisión.
L a m e j o r expresión d e l o a n t e r i o r está e n e l diálogo Las leyes, d e P l a t ó n . E l
ateniense describe l a f o r m a e n q u e ellos, representantes del Estado, deben res-
p o n d e r c u a n d o l o s p o e t a s trágicos l l e g a n a s u c i u d a d y s o h c i t a n p e r m i s o p a r a s u s
performances;
L e s d i r e m o s , también d e a c u e r d o c o n n u e s t r o s t a l e n t o s s o m o s p o e t a s trágicos, y
nuesti-a t r a g e d i a es l a más b e l l a y noble-, p u e s n u e s t r o E s t a d o t o d o es u n a i m i t a -
ción d e l a más b e l l a y n o b l e v i d a ; l o c u a l a f i r m a m o s e s e n r e a l i d a d l a v e r d a d
m i s m a de l a tragedia. Ustedes son poetas y nosotros s o m o s poetas, a m b o s crea-
d o r e s c o n e l m i s m o p e s o , r i v a l e s y a n t a g o n i s t a s e n e l más n o b l e d e i o s d r a m a s ,
[347]
 NGÚGÍ WATHío
d e l c u a l l a l e y v e r d a d e r a e s p o r sí s o l a p e r f e c t a , c o m o l o e s m i e s t r n e s p e r a n z a . Jsj-
s u p o n g a n e n t o n c e s q u e e n \m m o m e n t o l e s p e r m i t a m o s e r i g i r s u e s c e n a r i o e n
a g o r a , o i n t r o d u c i r l a s c l a r a s v o c e s d e sus a c t o r e s , h a b l a n d o p o r e n c i m a d e n o s -
o t r o s , y p e r m i t i r l e s a r e n g a r a n u e s t r a s m u j e r e s y niños, y a l a g e n t e común, s o b r e
nuestras instituciones, e n u n lenguaje distinto a l nuestro, y m u y a m e n u d o
opuesto a l nuestro.^
L a g u e r r a e n t r e a i t e y E s t a d o es e n r e a l i d a d u n a l u c h a e n t r e e l p o d e r
p e r f o r m a n c e e n las artes y e l p e r f o r m a n c e d e l p o d e r p o r p a r t e d e l E s t a d o ; e n
s u m e n , u n a lucha entre representaciones del poder. E l conBicto presente en
representaciones d e l p o d e r se a g u d i z a c u a n d o e l E s t a d o se i m p o n e d e f o r m a
t e r n a , e n u n a situación e n l a q u e e x i s t e u n c o n q u i s t a d o r y u n c o n q m s t a d o , c o
en e lcoloniahsmo.
J o m o K e n y a t t a creó u n e j e m p l o d e e s t e t i p o d e e n f r e n t a m i e n t o e n Fad
Motint Kenya ( 1 9 3 8 ) [De cara a!Monte Kenia ( 1 9 6 2 ) ] . L a h i s t o r i a r e l a t a q u e h u
u n b r e v e r e i n a d o e n l a s o c i e d a d agikuyií, e l c u a l s e sustituyó c o n u n s i s t e m a
i g u a l i t a r i o q u e s e b a s a b a e n l a f a m i h a c o m o u n i d a d básica. E l r e e m p l a z o t u
l u g a r m e d i a n t e u n a revolución, iháka, q u e Üteralmente s i g n i f i c a u n r o m p i m i e n
u n r o m p i m i e n t o t o t a l c o n l o q u e a n t e s había s i d o . L o s n u e v o s c o n s e j o s r e v o l u c i
n a r i o s , q u e d e f o r m a v e r t i c a l Üegaban h a s t a l a coordinación m á s a l t a d e l c o n s
d e a n c i a n o s , obtenían s u a u t o r i d a d d e s d e a b a j o . L a l l e g a d a d e e s t e n u e v o s i s t e
s e celebró c o n u n a c e r e m o n i a d e itnika c a d a 2 5 años, m á s o m e n o s . E s t o t a m b i
m a i ' c a b a e l t r a s p a s o d e l p o d e r d e u n a generación a l a s i g u i e n t e . E l f e s t i v a l s e *
tendía p o r u n p e r i o d o d e zxiás d e s e i s m e s e s , y e n él p a r t i c i p a b a t o d o e l t e r r i t o
q u e h a b i t a b a n l o s a g i k u y u . C e r c a d e 1 8 9 5 s e estableció e l E s t a d o c o l o n i a l b r i
n i c o . T r e i n t a años más t a r d e , l a c o m u n i d a d a g i k u y u s e sumió e n u n frenesí
a c t i v i d a d e s p a r a c e l e b r a r l a c e r e m o n i a d e ituika, p e r o e l E s t a d o c o l o n i a l l o i n i i ^
d i o . E l p e r f o r m a n c e d e l a itiiika s e consideró u n desafío a l p o d e r e s t a t a l c o l o n i
E l d e s f i l e m i l i t a r británico a n u a l e n l a a p e r m r a d e l a s n u e v a s s e s i o n e s d e l congí
s o l e g i s l a t i v o reemplazó a l o s p e r f o r m a n c e s d e l a itnika.
L o s p r i n c i p a l e s i n g r e d i e n t e s d e l p e r f o r m a n c e s o n e l l u g a r , c o n t e n i d o , púbU
t i e m p o y m e t a — s u fin, p o r d e c h l o a s í — l a c u a l p u e d e s e r d e instrucción o p l a c
1 Platón, PhihsoptñesofBeauly, en A i b e r t H o f s c a d t e r y l ^ c l i a r d K u h n s (eds.), Chicago,Tlic UnivefSi
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^¿-TÜ/VCIONES D E L P O D E R
^ u n a combinación d e a m b a s c o s a s ; e n r e s u m e n , a l g u n a d a s e d e e f e c t o r e f o r m a t i -
^,0 e n e l público. E l E s t a d o t i e n e s u s áreas d e p e r f o r m a n c e ; l o m i s m o e l a r t i s t a .
jVlientfíis e l E s t a d o r e p r e s e n t a e l p o d e r , e l p o d e r d e l a r t i s t a s e e n c u e n t r a sólo e n e l
perfotmí^nce. T a n t o e l E s t a d o c o m o e l a r t i s t a p u e d e n t e n e r u n c o n c e p t o d i s t i n t o
¿c t i e m p o , l u g a i - , c o n t e n i d o , m e t a s , y a s e a d e s u p r o p i o p e r f o r m a n c e o d e l q u e
¡ifañe a l o t r o , p e r o s u o b j e t i v o c o m ú n e s e l p ú b h c o . L a l u c h a p u e d e t o m a r l a f o r -
d e l a inten^ención d e l E s t a d o e n e l c o n t e n i d o d e l a o b r a d e l a r t i s t a ~ i o q u e
j-ecibe e l n o m b r e d e c e n s u r a — , p e r o l a p r i n c i p a l a r e n a d e l a l u c h a e s e l e s p a c i o d e
p e r f o r m a n c e : s u definición, delimitación y regulación.
n
"Puedo t o m a r cualquier espacio v a a o y d e n o m i n a r l o escenario desnudo", dice
P e t e r B r o o k e n l a p r i m e r a línea d e s u h b r o El espacio vacto.^ U n h o m b r e c a m i n a
p o r u n e s p a c i o vacío m i e n t r a s o t r o l o o b s e r v a ; e s o e s t o d o l o q u e s e n e c e s i t a p a r a
. u n h e c h o t e a t r a l . D e s e o p l a n t e a r l a p r e g u n t a : ¿qI s i t i o d e u n p e r f o r m a n c e está
s i e m p r e vacío, c o m o e n e l título d e l h b r o d e B r o o k ? P l a y m u c l i a s f o r m a s d e m i r a r
el e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e . U n a d e e U a s e s v e r a l e s p a c i o c o m o u n c a m p o d e f i m i -
t a d o d e r e l a c i o n e s i n t e r n a s : l a interacción d e l o s a c t o r e s , a c c e s o r i o s , l u z y s o m b r a s
— l a p u e s t a e n e s c e n a — ; y e n t i - e l a p u e s t a e n e s c e n a e n c o n j u n t o y e l púbhco. L a s
fronteras externas d e este espacio se d e f i n e n c o n u n a pared, m a t e r i a l oi n m a t e r i a l .
L a p a r e d m a t e r i a l p u e d e s e r d e p i e d r a o m a d e r a o p l a n t a s . L a i n m a t e r i a l e s l a lí-
nea q u e f o r m a e l púbhco e n l o q u e d e o t r a m a n e r a es u n e s p a c i o a b i e r t o . E l d i r e c -
tor u t i l i z a t o d o e l c a m p o d e representación, ithaakiro, p a r a m a x i m i z a i " e l e f e c t o
t a n t o e n l o s a c t o r e s c o m o e n e l p ú b h c o . Buscará v a r i o s n i v e l e s , a l t m * a s , c e n t r o s y
d i r e c c i o n e s d e fiierzas e n e l área d e l a actuación. P e r o e s t o s n i v e l e s y c e n t r o s a d -
t ^ u i e r e n s u p o d e r r e a l sólo e n relación c o n e l p ú b h c o . E l e s p a c i o e n t e r o d e v i e n e
^ a m p o magnético e n t o r n o a s u p r o p i o e j e , c o m o u n p l a n e t a e n e l e s p a c i o e x t e r i o r .
Ésta e s l a m a g i a y p o d e r r e a l d e l p e r f o r m a n c e . I n c o r p o r a a sí m i s m o e l e s p a c i o
^•^^uitectónico d e p a r e d e s m a t e r i a l e s o i n m a t e r i a l e s y s e c o n v i e r t e e n u n a e s f e r a
^ " ' ^ i c a q u e se d e t i e n e p o r s u p r o p i o m o v i m i e n t o ; p e r o , e n p o t e n c i a , es e x p l o s i v a ,
^ Pctcr B r o o k , The Empty Space, N u e v a Y o r k , A v o n B o o k s , 1 9 6 8 [cá. ns^.: El espacio vacio, Barcelo
^'^'nsuíu, 1 9 6 9 ] .
 350
NGÜGÍWATI-Iio'
O, m e j o r d i c h o , está d e s t i n a d a a explotíU" o s e e s p e r a q u e e x p l o t e . P o r e s t o e l £3
m á q u i n a r e p r e s i v a , a m e n u d o d i r i g e s u m i r a d a neiTÍosa a e s t e a s p e c t o d e l esp'
d e p e r f o r m a n c e . ¿Acaso, a u n q u e n o e x p l o t e , n o podría, p o r s u energía p u r a ;
vés d e s u s r a y o s láser d e p o d e r , i n c e n d i a r o t r o s c a m p o s ? E s t a e s f e r a mági
está s u s p e n d i d a e n a i s l a m i e n t o c o m p l e t o . F l a y o t r o s c e n t r o s s o c i a l e s y c a m p o
acción h u m a n a : g r a n j a s , fábricas, v i v i e n d a s , e s c u e l a s . A l l í p a s a l a v i d a : n a c i n
tos, bodas, m u e r t e s , y sus r e p r e s e n t a c i o n e s e n festivales c e l e b r a t o r i o s d e b i e m
d a o e n c a n t o s fúnebres d e d e s p e d i d a .
E s t o n o s l l e v a a o t r a f o r m a , l a s e g u n d a , d e A^er e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e ,
e s p a c i o c o n s t a también d e l a t o t a h d a d d e s u s r e l a c i o n e s e x t e r n a s c o n e s o s <
c e n t r o s y c a m p o s . ¿ D ó n d e s e u b i c a n e n relación u n o s c o n o t r o s ? ¿Qiiién a c c e
e s t o s c e n t r o s , y c o n qué f r e c u e n c i a ? E n o t r a s p a l a b r a s , e s i m p o r t a n t e s i , dígame
espacio d e l artista se u b i c a e n u n d i s t r i t o d e clase obrera, e n u n v e c i n d a r i o resid
c i a l burgués, e n l o s g u e t o s o e n l a s áreas l u s t r o s a s d e n u e s t r a s c i u d a d e s . L a p o U
r e a l d e l espacio d e p e r f o r m a n c e b i e n p u e d e r e s i d i r e n e l c a m p o d e s u s relacio'
e x t e r n a s ; e n s u c o m p r o m i s o c o i x E i c t i v o r e a l o p o t e n c i a l c o n t o d o s l o s demás;
tuai'ios d e p o d e r , y, e n p a r t i c u l a r , c o n las f u e r z a s q u e d e t e n t a n las h a v e s d e dif
santuarios. L o s santuarios p u e d e n ser sinagogas, iglesias, m e z q u i t a s , t e m p l o s ,
l a m e n t o s , t r i b u n a l e s , e s t a c i o n e s d e r a d i o y televisión, l o s m e d i o s electi-ónicci
i m p r e s o s , e l salón d e c l a s e s : c a m p o s d e r e p r e s e n t a c i o n e s d e t o d a c l a s e y a s {
E n o t r a s p a l a b r a s , a m e n u d o n o s e t r a t a t a n t o d e l o q u e s u c e d e o sucedería
e s c e n a r i o e n u n m o m e n t o d a d o , s i n o d e l c o n t r o l d e l a c c e s o y c o n t a c t o conün'
E s t a s c u e s t i o n e s d e acceso y c o n t a c t o se v u e l v e n m u y p e r t i n e n t e s e n u n ESL.
c o l o n i a l y p o s c o l o n i a l d o n d e los estratos sociales d o m i n a n t e s s u e l e n estar inse
r o s d e s u c o n t r o l hegemónico, y e n p a r t i c u l a r d o n d e l a población s e d i v l d ^
sólo e n l o s a s p e c t o s t i ' a d i c i o n a l e s d e l o u r b a n o y l o r u r a l , s i n o t a m b i é n p o r l i
s u r a s r a c i a l e s y étnicas. Y d e n t r o d e t o d o e h o están l a s d i v i s i o n e s d e c l a s e ;
b r e c h a e n t r e p o b r e s y r i c o s es t a n e v i d e n t e , t a n i n m e c U a t a y t a n v i s i b l e q u e e l '
tado t a l v e z n o q u i e r a q u e e x i s t a n espacios d e p e r f o r m a n c e p o r q u e n o deji
i n q u h i r e n e s t a área d e fricción. E n u n a situación así, l a cuestión d e q u e e l e s p '
s e e n c u e n t i - e o n o d e n t r o d e u n e d i f i c i o llegaría a a d q u i r i r u n v a l o r simbóU
convertirse e ne lcentro de intensas luchas d e poder.
Y e n tercer lugar, e lespacio d e p e r f o r m a n c e , e n s u totaUdad d efactores i n
n o s y e x t e r n o s , p u e d e c o n s i d e r a r s e e n relación c o n e l t i e m p o ; e s d e c i r , e n t e
^CTÜACÍONES D E L X ^ O D E R
¿Q l o q u e y a f - i e — h i s t o r i a — y d e l o q u e p o d i - f a venú" ~ e l f u t m - o — . ¿ Q u é r e c u e r d o s
a l b e r g a e l e s p a c i o , y qué a n h e l o s p u e d e g e n e r a r ?
Q i i e d a c l a r o p o r l o a n t e r i o r q u e e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e n u n c a está vacío,
p e s n u d o sí, a b i e r t o sí, p e r o n u n c a vacío. S i e m p r e e s e l l u g a r d e l a s f u e r z a s físicas,
s o c i a l e s y psíquicas e n l a s o c i e d a d . E s l a c o n c i e n c i a i n s t i n t i v a d e e s t o l o q u e i m -
p u l s a a l a t e n i e n s e e n Las leyes d e P l a t ó n a d e s e a r q u e n u n c a s e p e r m i t a q u e e l a r -
t i s t a s e r i o h a b l e a l a s m u j e r e s , niños y g e n t e c o m ú n s o b r e " n u e s t r a s i n s t i U i c i o n e s " .
p e aquí p r o v i e n e n l a s b a t a l l a s p o r e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e .
A l recurrk e n concreto a m i s propias experiencias con e lteatro e n K e n i a y a
p a r t i r d e p r o d u c c i o n e s específicas, d e s e o a b o r d a r e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e d e l
a r t i s t a . Después anafizai-é b r e v e m e n t e l a s ái'eas d e p e r f o r m a n c e d e l p r o p i o E s t a d o ,
y p o r último, s u s i n t e r a c c i o n e s y c o n s e c u e n c i a s e n e l c u e r p o y l a m e n t e d e l a r t i s t a y
de l a población e n s u c o n j u n t o . A l h a c e r l o , v e r e m o s q u e e s t o s e s p a c i o s están h g a d o s
a l t i e m p o , e s dech", a l a h i s t o r i a , y q u e s o n p o r e n d e s i t i o s d e fiierzas físicas, s o c i a l e s
y psíquicas e n u n a s o c i e d a d p o s c o l o n i a l . V e r e m o s q u e l a p o h ' t i c a d e l e s p a c i o d e
p e r f o r m a n c e e s u n a c o m p l e j a interacción d e l c a m p o e n t e r o d e l a s r e l a c i o n e s i n t e r n a s
y externas d e dichas fiierzas e n e l contexto del t i e m p o y d el a Ifistoria.
III
E n p r i m e r l u g a r e l espacio d e l artista. Qi-ie este espacio, pese a l o d e s n u d o q u e
a p a i - e n t a ser, n o está vacío f u e u n a i d e a q u e s e m e presentó e n 1 9 7 6 , c u a n d o p a r t i -
cipé e n l a producción d e l a o b r a TJje Tñal of Decían Kimathi ¡El juicio de Dedan
Kimathi], c u y a p r i m e r a representación n a c i o n a l y m u n d i a l f u e e n N a i r o b i , K e n i a ,
2 0 d e o c t u b r e d e 1 9 7 6 . E l guión e s t u v o a c a r g o d e M i c e r e M u g o y mío. E n t o n -
ces éramos c o l e g a s e n e l d e p a r t a m e n t o d e L i t e r a t r n a e n l a U n i v e r s i d a d d e N a h o b i .
^1 b i e n e U a y y o d e s d e hacía t i e m p o hablábamos d e l a p o s i b i h d a d d e c o l a b o r a r e n
^^ua o b r a , e s irónico q u e l o q u e d e v e r d a d impulsó n u e s t r o s e s f i i e r z o s p a r a h a c e r l o
^^aya s i d o u n a U a m a d a d e p a r t e d e l E s t a d o . L a s e d e p a r a e l S e c o n d W o r l d B l a c k
^nd /Vfrican Festival o f A r t s a n d C u l t u r e [Segundo Festival M u n d i a l N e g r o y
^ l i c a n o d e l a s A x t e s y l a C u l t u r a ] , p r o g r a m a d a p a r a Z a l r e , s e cambió a L a g o s ,
^ ' S e r i a , e n f e b r e r o d e 1 9 7 7 , K e n i a estaría p r e s e n t e e n t o d o s l o s a c t o s , d e s d e e x l i l -
^Cíones d e c u l t i u a m a t e r i a l h a s t a a r t e s d e p e r f o r m a n c e , i n c l u s o t e a t r o .
 352 NGÚGÍ WATHlONrá
C o n la presencia k e n i a n a a la vista, el M i n i s t e r i o d e Sei-vicios Sociales, a c J
c a r g o s e e n c o n t r a b a l a ciütnra y l a administración d e l a s i n s t i t u c i o n e s c u l t u r a ^ ^
conformó u n comité n a c i o n a l p a i ' a s u p e r v i s a ! " t o d o s l o s p r e p a i ' a t i v o s . Éste a s u v k j
s e dividió e n subcomités p a r a l o s d i v e r s o s a c t o s . S e encargó a l Subcomité d e DraüJ
q u e c o n s i g u i e r a d o s o b r a s . A l p r i n c i p i o R i i e l p r e s i d e n t e d e e s t e subcomité, pQj
después, c u a n d o s e sometió a s u consideración l a o b r a e n l a q u e y o había colaboíd
d o c o n M i c e r e M u g o , renuncié a e s e p u e s t o , e l c u a l ocupó S e t l a A d a g a l a . Adagá]
t r a b a j a b a e n t o n c e s e n e l I N l i n i s t e r l o , t r a s r e n u n c i a i " u n o s años a n t e s c o m o e l p j ^
m e r o y e n a q u e l t i e m p o único d i r e c t o r a f r i c a n o d e l T e a t r o N a c i o n a l d e Kení
E l Subcomité d e D r a m a t e r m i n ó p o r s e l e c c i o n a r ' d o s o b r a s : The Trial ofDt
Kimathi [El juicio de Dedan Kimathi] de NgugT W a Tliiong'o y Micere M u g
Belrayal in the City [Traición en la citidad], d e F r a n c i s I m b u g a . L a s d o s o b r a s '
representarían c o n e l n o m b r e d e K e n y a F E S T A C 7 7 D r a m a G r o u p . T i r u s G a t h
dirigió Betrayal in the City, y S e t h A d a g a l a Tlye Trial ofDedan KiiJtathi. P e r o S
A d a g a l a , c o m o p r e s i d e n t e d e l subcomité d e l M i n i s t e r i o , estaría a c a r g o d e
E n j u n i o d e 1 9 7 6 , e l F E S T A C 7 7 D r a m a G r o u p planteó u n a p r o p u e s t a b r i l l
y m u y s e n s a t a : c o m o s e suponía q u e l a s d o s o b r a s representarían a K e n i a e n L E
e r a u T i p o r t a n t e q u e s e p r e s e n t a r a n p r i m e r o a l púbhco d e K e n i a , n o c o m o a s u n t o •
p r i v i l e g i o s , s i n o d e d e r e c l a o y n e c e s i d a d . Y había o t r a razón: K e n i a sería s e d e d e
c o n f e r e n c i a g e n e r a l d e l a U N E S C O ; habría m u c l i o s d e l e g a d o s d e t o d o e l m u n
y K e n i a daría b u e v i a i m a g e n a l m u n d o s i l o s d e l e g a d o s v i e r a n i m t e a t r o a f r i
r e a l . A l i o r a l a cuestión e r a sólo d e t e r m i n a r e l m e j o r m o m e n t o y l u g a r "simbóli
Al final s e seleccionó e l m e s d e o c t u b r e p o r d o s r a z o n e s : l a reunión d
U N E S C O s e c e l e b r a i l a e n ese m e s ; p e r o o c t u b r e también e r a e l m e s e n q u e l o s
n o s c e l e b r a b a n a l o s héroes d e l a s l u d i a s a n t i c o l o n i a h s t a s . A s i m i s m o , t o d o s e s
m o s de acuerdo e n e l asunto del lugar: el Teati'o N a d o n a l d e K e n i a . D e s p u
t o d o , t e m a e l a p e l a t i v o d e N a c i o n a l , y e s t a b a a cai-go d e l M i n i s t e r i o d e S
S e d a l e s ; c o n s e g u r i d a d , a p a i t e d e t o d o , sería e l p u n t o d e interés d e l o s d e l
d o s d e l a U N E S C O . E n t a n t o g u a r c h a n e s d e l a e d u c a d ó n y c u l t u r a internación
s e g i u ' a m e n t e s e I n t e r e s a i i ' a n e n l o q u e l e s p u d i e r a o f r e c e r e l Teaü'o N a c i o n a l ,
K e n i a d u r a n t e s u e s t a n d a e n e l país. C o n l a i d e a d e q u e t o d o m u n d o aplaudiría
i n i d a t i v a , los d i r i g e n t e s d e l F E S T A C 7 7 D r a m a G r o u p p r e s e n t a i ' o n las p r o p u e s
l a dirección d e l T e a t r o N a d o n a l . Estábamos s e g a i r o s d e q u e n o habría ningún
b l e m a : l a lógica y d s e n t i d o c o m ú n señalaban e l m o m e n t o y l u g a r e l e g i d o s .
^vCTUACtONES D E L P O D E R 353
L a p r i m e r a l l a m a d a n o s tomó., a t o d o s p o r s o r p r e s a . L a dh'eccíón, c a s i e n s u
f o t a h d a d c o m p u e s t a p o r e u r o p e o s , c u y o s m i e m b r o s tenían vínculos c o n l o s p r i n -
c i p a l e s g r u p o s d e a f i c i o n a d o s y s e m i p r o f e s i o n a l e s e u r o p e o s , n o s comunicó, d e
f o r m a c a s i t e x t u a l , q u e n o había e s p a c i o . P e r o e s t o e r a e n 1 9 7 6 , t r e c e años d e s -
pués d e l a I n d e p e n d e n c i a , d u r a n t e l a p r e s l d e n d a d e J o m o K e n y a t t a . L l a m a m o s
su atención a l s i m b o h s m o d e l a c t o : l a d i g n i d a d d e K e n i a a n t e e l m u n d o ; e l h e d i ó
de q u e l o s k e n i a n o s n e c e s i t a b a n v e r l a o b r a a n t e s d e q u e fiiera a Lagos; y con se-
g u r i d a d , a p a r t e d e t o d o , l o s k e n i a n o s n e c e s i t a b a n r e c o r d a r s e a sí m i s m o s q u e s u
i n d e p e n d e n c i a s e ganó c o n s u d o r e s , s a n g r e y l a v i d a d e m u c h a s p e r s o n a s . N o había
e s p a c i o . L a dirección y a había p r o g r a m a d o e l J e u n e B a l l e t d e F r a n c e , d e B o s s m a n ,
y / Funny Tloing Hapfened on the Way to the Foruni, d e l a compañía Cli'vy P l a y e r s .
E n e s t e m o m e n t o c r u c i a l y e n u n e s c e n a r i o n a c i o n a l , K e n i a s e vería a través d e
los o j o s d e u n b a l l e t francés y d e u n f o r o r o m a n o .
E n e l t r a n s c u r s o d e l a l u c h a p o r f e c h a s y l u g a r e s s u r g i e r o n c u e s t i o n e s básicas
de p r i n c i p i o s . ¿Acaso e l T e a t r o N a d o n a l d e K e n i a y e l C e n t r o C u l t u r a l d e K e n i a n o
deberían a t e n d e r l o s i n t e r e s e s n a d o n a l e s a n t e s q u e a o t r a c o s a ? A l p l a n e a r l a s
a c t i v i d a d e s c u l t u r a l e s d e l año, ¿no t o m ó e n c u e n t a l a dirección l a i m a g e n k e n i a n a
dentro y fiiera d e l país? ¿ Q u é espectáculos deberían e f e c t u a r s e e n l o s f e r i a d o s
n a c i o n a l e s ? ¿Y a n t e l o s o j o s d e l m u n d o e n l a C o n f e r e n d a d e l a U N E S C O ? T a n t a s
p r e g u n t a s , t a n p o c a s r e s p u e s t a s ; s a l v o l a d e q u e , p a r a n o s o t r o s , ¡no había l u g a r !
L a dirección a r g u m e n t ó q u e l a s f e c h a s s e habían p r o g r a m a d o m e s e s a n t e s , y
que d e t o d o s m o d o s l a s o b r a s a f i i c a n a s n u n c a a t r a e n a l o s a m a n t e s d e l t e a t r o .
I n c l u s o m o s t r a r o n estadísticas p a r a p r o b a r l o . N u n c a s e d e t u v i e r o n a p e n s a r p o r
qué — s u p o n i e n d o q u e s u s a l e g a t o s h i e r a n c i e r t o s — s i e m p r e había p o c a a s i s t e n c i a
de a f r i c a n o s e n e l T e a t r o N a d o n a l . ¿Acaso n o e r a n o b v i a s l a s r a z o n e s , e n v i s t a d e l o
q"-íe proponían o f r e c e r c o m o c u l t u r a k e n i a n a a n t e l o s o j o s d e l m u n d o e n o c t u b r e ?
íiNo sería q u e c o n l o s años e l T e a t r o N a c i o n a l s e había c r e a d o u n a i m a g e n d e e s t a -
*^^on d e s e r v i c i o d e espectáculos o c c i d e n t a l e s c o m o Godspell, Tlje Boyfriend, The
^^^^g and ly fesus Christ Superstar} ¿ O , c o n m á s precisión, u n c e n t r o d e s e r v i c i o
p a r a l a c l a s e d e t e a t i ' o q u e d e s c r i b e d e m a n e r a t a n a b s o l u t a El espacio vacío d e
^^^er B r o o k ?
^ n r e a l i d a d , t r a s l a s p o s t u r a s y a r g u m e n t o s e n coníhcto, había c u e s t i o n e s m á s
l^|'°fiindas r e s p e c t o d e l a representación d e l a h i s t o r i a . L a h i s t o r i a d e l e s p a c i o d e f i -
^^•^0 c o m o " e l t e a t r o n a d o n a l " s e entretejía c o n l a d e l t e m a p r i n c i p a l d e The Trial of
 354 NGÜGÍWATHlo
Dedan Kimathi y c o n k d e l país e n t e r o . T r e s h i s t o r i a s c o n v e r g i e r o n e n e s t e d r
de t i e m p o s y escenarios.
E l c o m p l e j o d e l T e a t r o N a c i o n a l e n r e a h d a d e s u n a construcción d e l E Í
colonial. D e acuerdo con R i c h a r d Frost, ex encargado d e los Servicios d e I n f o
ción d e l I m p e r i o y p r i m e r r e p r e s e n t a n t e d e l C o n s e j o Británico e n África O r i
e l T e a t r o recibía i n s t r u c c i o n e s d i r e c t a s d e l a d e p e n d e n c i a c o l o n i a l p a r a satisfa
las u r g e n t e s n e c e s i d a d e s d e f o m e n t a r b u e n a s r e l a c i o n e s e n t r e razas e n l a c o l
m e d i a n t e prácticas c u l t u r a l e s . E l c o m p l e j o d e l T e a t r o N a c i o n a l y e l C e n t r o C u l
debían s e r l u g a r e s d o n d e s e r e u n i e r a l a " g e n t e d e c u i t i u - a y posición". E n e l
RaceAgainst Time [Raza contra el tiempo], F r o s t h a b l a a l r e s p e c t o :
E n esa época n o se permitía a ningún a f r i c a n o v i v i r cerca d e l s i t i o e l e g i d o , p e r o
se eligió p o r q u e se e s p e r a b a q u e a s u d e b i d o t i e m p o l l e g a s e a s u h n e l apartheid
r e s i d e n c i a l y M u t l i a i g a , AVesÜands, H i l l y o t r a s áreas, e n t o n c e s a b i e r t a s sólo p a r a
europeos, se c o n v i r t i e r a n e n d i s t r i t o s d o n d e v i v i e r a n personas sobresalientes d e .
t o d a s las r a z a s . C o m o n o s e pensó c o m o u n t e a t r o " d e l a c l a s e o b r e r a " , s e c o n s - >
ti'uyó e n m e d i o d e l N a i r o b i " a d i n e r a d o " . ^
E l e s p a c i o d e l T e a t r o N a c i o n a l también sería l a s e d e d e l K e n y a S c h o o l s D
F e s t i v a l . E l C o n s e j o Británico, q u e trazó e l e s q u e m a e n 1 9 5 1 , e s p e r a b a " g a n
l a b u e n a v o l u n t a d d e l o s e u r o p e o s y a y u d a r l o s a m a n t e n e r e n u n estándar' e l e v a d
h e r e n c i a c u l t u r a l británica". E l t e a t r o e r a e l i n s t r u m e n t o p e r f e c t o :
E i d r a m a e r a u n a a c t i v i d a d c u l t u r a l q u e d i s f r u t a b a n t a n t o a c t o r e s c o m o público,'
y también e r a u n a a c t i v i d a d e n l a q u e p a i ' t i c i p a b a n a f r i c a n o s y asiáticos. S e tenía-
l a e s p e r a n z a d e q u e , m e d i a n t e e l t e a t r o , se o b t u v i e s e l a b u e n a v o l u n t a d d e l a c o -
m u n i d a d e u r o p e a y, más a d e l a n t e , s e d i e r a l a pardcipación c o n j u n t a d e d i f e r e n - ^
tes r a z a s e n u n a búsqueda común q u e t o d o s disfrutasen."*
Así, d e s d e e l m i s m o c o m i e n z o , e l l u g a r s e había c o n c e b i d o c o m o u n e s p a
vacío e n e l q u e d e f o r m a p r e d o m i n a n t e e l t e a t r o británico c o n t r i b u y e s e a l a c o
trucción d e u n n u e v o capítulo d e b u e n a s r e l a c i o n e s e n t r e r a z a s e n e l país.
^ Rjcliüi-d Frost, RaceAgaimt Time, L o n d r e s , R e x CoUings, 1975, p. 73.
^ íbidem, p. 196.
^^,^yjVClONES D E L P O D E R 355
p e r o e s e l u g a r ' n o e r a u n e s p a c i o vacío d e h i s t o r i a e n e l q u e , a h o r a , s e e s t a b l e -
' e r a n n u e v a s r e l a c i o n e s e n t r e r a z a s a través d e l o s o j o s m e d i a d o r e s d e l a d e p e n -
dencia c o l o n i a l e n a h a n z a c o n el p u e b l o c o l o n i z a d o " d e b u e n a v o l u n t a d " . J u n t o a l
i i i p l a z a m i e n t o d e l T e a t r o N a c i o n a l había, y a ú n o p e r a , e l H o t e l N o r f o l k , q u e
onstruyó l o r d D e l a m e r e , u n o d e l o s p r i m e r o s c o l o n i z a d o r e s británicos, a p r i n c i -
i o s d e l s i g l o X X . E n r e a h d a d s e conoció m e j o r e n t r e l o s c o l o n i z a d o r e s c o m o l a
Casa d e los L o r d s , d e b i d o a q u e era d o n d e l a n o b l e z a c o l o n i a l blanca, o aspirantes
¡1 l a n o b l e z a , solían r e u n i r s e p a r a b e b e r , c h i s m o r r e a r y h a b l a r d e p o h t i c a . E l P l o t e l
^s^Q^folk d a a l s i t i o d o n d e , e n 1 9 2 2 , l a p o h d a británica perpetró u n a m a s a c r e c o n t r a
trabajadores africanos. L o s obreros marchaban a l a estación c e n t i - a l d e pohcía
p a r a e x i g i r l a hberación d e s u H d e r , P l a r r y T u i k u , a q u i e n s e arrestó y encai-celó
d u r a n t e o c h o años p o r s u p a i t i d p a c i ó n e n e l n a c i e n t e m o v i m i e n t o l a b o r a l . L a
pohcía i n t e r r u m p i ó l a m a r c h a c o n d i s p a r o s d e a r m a d e f r i e g o , y a l a m a s a c r e q u e
perpetró s e l e s u n i e r o n l o s l o r e s caucásicos d e s d e l o s b a l c o n e s d e l H o t e l N o r f o l k .
N o s e s u p o l a c i f r a e x a c t a d e m u e r t o s . L o s británicos a d m i t e n sólo 2 2 , p e r o a l
menos h u b o 1 5 0 personas asesinadas. L o s cuerpos d e los m u e r t o s y heridos cubrie-
r o n e l t e r r e n o d o n d e años después s e encontraría e l c o m p l e j o d e l T e a t r o N a c i o n a l y
l a U n i v e r s i d a d d e N a i r o b i . I - J a r r y I h u k i i s e convirtió e n u n h é r o e n a c i o n a h s t a ,
t e m a d e m u c h a s c a n d o n e s y bailes. P e r o e n oposidón a H a r r y T l i u l a i y sus p o h t i c a s
obreras se a p o s t a b a n l o s jefes p a r t i d a r i o s d e l a c o l o n i a , q u e f i m d a r o n e l p r i m e r
m o v i m i e n t o l e g a h s t a d e l país. E l E s t a d o c o l o n i a l y l o s j e f e s l e g a h s t a s c o i n c i d i e r o n
e n c u l p a r d e l a m a s a c r e a s u s p r o p i a s víctimas.
E s t a m a s a c r e t a m b i é n motivó p r o t e s t a s i n t e r n a c i o n a l e s . M a r c u s G a i n ^ e y , e n
n o m b r e d e l a U n i v e r s a l N e g r o I m p r o v e r a e n t A s s o c i a t i o n [Asociación U n i v e r s a l
d e l a Mejoría d e l o s N e g r o s ] , envió u n t e l e g r a m a d e p r o t e s t a i i l e n t o n c e s primer
m i n i s t r - o británico L l o y d G e o r g e , e n l a q u e , e n t r e o t r a s c o s a s , decía:
H a n disparado a u n pueblo indefenso e n su propia tierra cuando cjerda sus
d e r e c h o s c o m o p e r s o n a s . E s t a p o h ' t i c a agravará l a s a b u n d a n t e s i n j u s t i c i a s h i s -
tóricas i n f l i g i d a s a u n a r a z a q u e algún día estará e n posidón d e d e f e n d e r s e d e
v e r d a d , n o sólo c o n p a l o s , g a r r o t e s y p i e d r a s , s i n o c o n m o d e r n o s i m p l e m e n t o s
^ Ngügi W : i l l i i o n g ' o ,'Detaincd:AWriter's Prison Diary, L o n d r e s , H c i n c m s i n n , 1987, p. 40.
 356 NGÚGÍ W A T H I O N G ' .
L a profecía d e G a r v e y s e h i z o r e a h d a d e n 1 9 5 2 , c u a n d o u n e x m a e s t r o d e
p r i m a r i a y c o n t a d o r d e 2 2 años escapó d e l a rígida r e d d e s e g u r i d a d y enfiló h a c i a '
l a s montañas, p a r a c o n v e r t i r s e , l i t e r a l m e n t e , e n e l h d e r más f o r m i d a b l e d e l a s '
fiierzas guerriheras armadas M a u M a u . S u n o m b r e era D e d a n K i m a t l i i .
C o n e l h d e r a z g o d e D e d a n K i m a t h i , l a g u e r r i U a M a u M a u entabló u n a d e l a s •
l u d i a s más h e r o i c a s c o n t r a e l i m p e r i a h s m o e n e l s i g l o x X ; A m e n u d o s e o l v i d a que^
m i e n t r a s l o s m o v i m i e n t o s b l a n c o s d e hberadón e n l u g a r e s c o m o G u i n e a B i s s a u (
M o z a m b i q u e , A n g o l a y A r g e h a h b e r a b a n t e r r i t o r i o s c o n t i g u o s q u e servían c o m o
bases d e r e t a g u a r d i a , las g u e r r l h a s M a u M a u se e n c o n t r a b a n c o m p l e t a m e n t e r o -
d e a d a s p o r l a administración e n e m i g a , y n o c o n t a b a n c o n u n a p o s i d ó n d e r e t i r a d a '
e n ningún E s t a d o v e c i n o a m i g a b l e . T u v i e r o n q u e d e p e n d e r c a s i p o r e n t e r o d e
c u a l q u i e r tipo d e a r m a s q u e p u d i e s e n r o b a r d e l a s fiierzas e n e m i g a s y d e l a s q u e
p u d i e s e n m a n u f a c t u r a r e n l a s n a d e n t e s fábricas d a n d e s t i n a s d e l a s c i u d a d e s y s e l v a s
d e l país. A n t e s d e s u c a p m r a , e n 1 9 5 6 , y s u ejecudón, e n 1 9 5 7 , i n d u s o e l G o b i e r n o , • =
británico y e l E s t a d o c o l o n i a l t u v i e r o n q u e a d m i t i r q u e , a p e s a r d e l o s b o m b a r d e o s '.
q u e a l c a n z a r o n u n a e s c a l a q u e r e c o r d a b a a l a s e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , había;f
v h r t u a l m e n t e d o s a u t o r i d a d e s g u b e r n a m e n t a l e s e n K e n i a ; l a c o l o n i a l , a c a r g o dd;;''
gobernador, y l a de los M a u M a u , a cargo de D e d a n K i m a t h i . :; j
E s t e p e r i o d o atestiguó e l a u g e m á s c o n s i d e r a b l e e Ina-eíble d e l a cultura.Ví
k e n i a n a . H a b í a v a r i o s periódicos e n i d i o m a s k e n i a n o s . A p a r e c i e r o n canciones;|í
y b a i l e s q u e c e l e b r a b a n e l p a s a d o a f H c a n o , c o n d e n a b a n l a s prácticas c o l o n i a l e s y^|í
U a m a b a n a l a l i b e r t a d . E n e l c a m p o e d u c a t i v o , l a g e n t e abrió s u s p r o p i a s e s c u e l a s , ; ^
c o n f o r m e a l M ^ o v i m i e n t o I G k u y u d e I n d e p e n d e n c i a E s c o l a r y a l a Asociación d e j
E s c u e l a s K i l < x i } a i K a r i n g ' a . E s t e m o v i m i e n t o e d u c a t i v o CLÜmlnó e n l a construcdón,
a m a n o s d e l p u e b l o m i s m o , d e l p r i m e r i n s t i t u t o d e enseñanza s u p e r i o r ,en e l país
el G i t h u n g m i A f r i c a n Teacher's C o l l e g e , encabezado p o r M b i y u W a K o i n a n g
g r a d u a d o d e l a U n i v e r s i d a d d e C o l u m b i a . L a i m p o r t a n c i a s i m b ó h c a d e e;
q u e d a d e m a n i f i e s t o e n e l h e c h o d e q u e f u e h a s t a 1 9 6 0 , t r e s años a n t e s d e
I n d e p e n d e n c i a , c u a n d o s e construyó e l s e g u n d o i n s t i t u t o d e e n s e ñ a n z a s u p e r i o
e l U n i v e r s i t y C o h e g e o f N a i r o b i , irónicamente, j u n t o a l H o t e l N o r f o l k y a l T e a
t r o N a c i o n a l . A s í , p a r a 1 9 5 2 había p e r f o r m a n c e s d e e s p e r a n z a p o r t o d a s p a r t e
E l E s t a d o c o l o n i a l e m p r e n d i ó r e p r e s a h a s . E n o c t u b r e d e 1 9 5 2 s e declaró
estado d e e m e r g e n c i a . S e . c e r r a r o n las escuelas p a r a africanos p o r q u e se les c o n
sideró s i t i o s p a r a e l p e r f o r m a n c e d e l a s fiierzas nacionahstas. E l Giihungtn^;
ACTUACIONES D E L P O D E R 357
T e a c h e r ' s C o f i e g e . s e cerró c o m o institución e d u c a t i v a y s e convirtió e n u n a p r i -
sión d o n d e s e c o l g a b a a l o s g u e r r i U e r o s M a u M a u y s u s s i m p a t i z a n t e s . S e p r o h i -
b i e r o n t o d o s l o s p e r f o r m a n c e s c u l t u r a l e s . E l 2 0 d e o c t u b r e d e 1 9 5 2 s e arrestó a
K e n y a t t a y a c i e n t o s d e h'deres d e l a Unión A f r i c a n a K e n i a n a (UAK) y M a u M a u .
S e Üevó a j u i c i o a K e n y a t t a y a o t r a s s i e t e p e r s o n a s , e n l o q u e f u e u n o d e l o s
p r o c e s o s más c o n c u r r i d o s e n l a l i i s t o r i a c o l o n i a l , a l i o r a i n m o r t a h z a d o e n e l l i b r o
d e M o n t a g u S l a t e r T ^ e Tria! ofjoino Kenyatta ( 1 9 5 5 ) . S e declaró a l o s a c u s a d o s
c u l p a b l e s d e d h l g i r l a s g u e r r i h a s M a u M a u y s e l e s c o n d e n ó a o c h o años d e t r a -
b a j o s f o r z a d o s . E l E s t a d o c o l o n i a l n o s e molestó e n e n j u i c i a r a c i e n t o s d e p e r s o n a s
más; d e m o d o s u m a r i o , s e l e s envió a c a m p o s d e concentración p o r t o d o e l país.
L a o b r a Toe Trial ofDedan Kimathi p r e t e n d e c a p t u r a r e l heroísmo y d e t e r m i -
nación d e l p u e b l o e n e i capítulo más g l o r i o s o d e s u h i s t o r i a , m o m e n t o q u e n o
sólo resquebrajó l a c o l u m n a v e r t e b r a l d e l I m p e r i o británico j u n t o c o n t o d a s u
p o h t i c a c o l o n i a l , s i n o también, p a r a l o s k e n i a n o s , m o m e n t o q u e f u e l a c u l m l n a d ó n
d e t o d a s l a s l u c h a s p r e v i a s q u e e n t a b l a r o n l o s demás héroes d e n u e s t r a h i s t o r i a ,
c o m o W a i y a k i , M e KatÜih y K o i t a l e l . K i m a t h i s e consideró p a r t e d e l a tradición
d e e s a l u c h a , p e r o t a m b i é n d e l a rebefiónTyler e n G r a n Bretaña, s u c e s o a l q u e s e
refería e n u n a c a r t a d k i g l d a a l o s británicos d e s d e s u e s c o n d i t e e n l a s m o n t a ñ a s .
L a obra captura los t e m o r e s y esperanzas, promesas y traiciones, c o n l a s u g e r e n d a
de q u e l a h i s t o r i a p u e d e r e p e t i r s e .
A l i o r a q u e d a c l a r o q u e t a n t o eí l u g a r c o m o e l m o m e n t o — l o s días e n p a r ü c u -
lai* y e l m e s e n t e r o d e o c t u b r e — c o n h e v a b a n r e c u e r d o s d i s t i n t o s . P a r a l a d i r e c -
ción, 1 9 5 2 f u e e l año e n q u e s e c o n s t r u y ó y abrió s u s p u e r t a s e l T e a t r o N a d o n a l .
Y e n t r e 1 9 5 2 — e l año q u e v i o l a declaración d e u n e s t a d o d e e m e r g e n c i a , l a p r o -
hibición d e l o s p e r f o r m a n c e s a f r i c a n o s i n d e p e n d e n t i s t a s , e l c o m i e n z o d e , l a l u c h a
a r m a d a d e l o s M a u M a u — y 1 9 6 3 , e l año d e l a i n d e p e n d e n c i a f o r m a l , e l e s p a c i o
d e l T e a t r o N a d o n a l permaneció c o m o u n s i t i o p r o p i o s o b r e t o d o d e l t e a t r o b r i -
tánico, s i t i o e n d o n d e s e admitía a l o s a f r i c a n o s e n t a n t o m a d u r a s e n c o m o p u e b l o
d e c u l t u r a y posición p r i v i l e g i a d a .
F u e r o n e s t o s h o m b r e s y m u j e r e s d e c u l t u r a y posición p r i v i l e g i a d a q u i e n e s ,
'^ras l a I n d e p e n d e n c i a , p u d i e r o n e n r e a h d a d i n t e g r a r s e a e s a s áreas e s p e c i a l e s d e
^'^s q u e h a b l a F r o s t : M u t h a i g a , W e s t l a n d s y H i U . L a I n d e p e n d e n c i a terminó c o n
^1 apartheid r a c i a l , p e r o conservó l a s b a r r e r a s económicas. A l g u n o s d e e s o s a f r i c a -
^"^os k e n i a n o s , a q u i e n e s l o s británicos definían " d e c u l t i u - a y p o s i d ó n p r i v i l e g i a d a " ,
 358
NGÜGÍ W A T H T O N '
a s u m i e r o n también p u e s t o s m u y i m p o r t a n t e s e n e l n u e v o g o b i e r n o p o s c o l o
Uno d e eÜos e r a e l h i j o d e u n o d e l o s p r i m e r o s j e f e s c o l o n i a l e s q u e f o r m -
p a r t e d e l m o v i m i e n t o l e g a l i s t a o p u e s t o a l a p o h t i c a n a c i o n a h s t a d e H a r r y 1hT_
S e convirtió e n p r o c u r a d o r g e n e r a l y c o m o p a t r o c i n a d o r d e u n o d e l o s g r u
artísticos e u r o p e o s y c o n s u vinculación s o c i a l a l a mayoría d e l o s m i e m b r o s d
dirección d e l T e a t r o N a c i o n a l d e K e n i a y d e l C e n t r o C u l t u r a l , desempeñaría-
p a p e l c r u c i a l e n m a n t e n e r l o s c r i t e r i o s q u e y a había fijado e l E s t a d o coló-
Y p a r a él, a u n q u e fiiese u n a f r i c a n o n e g r o , e l único p u e b l o q u e podía a s e
l a c o n t i n u i d a d e r a e l p u e b l o británico b l a n c o . E n o t r a s p a l a b r a s , l a s prácti
c o l o n i a l e s proporcionarían l a m e d i d a d e l a c u l t u r a p e r f o r m a t i v a d e e s e e s p a
Así, n o s o r p r e n d e q u e l a dirección d e l C e n t r o s i n t i e s e c o n s i n c e r i d a d q u e c u
plía c o n s u d e b e r p a r a c o n K e n i a a l o f r e c e r l a exhibición d e u n b a l l e t f r a n
d u r a n t e e l m e s histórico d e o c t u b r e y d u r a n t e u n a C o n f e r e n c i a d e l a U N E S
q u e s e celebraría e n K e n i a . P a r a e l l o s , l o s símbolos d e l b a l l e t francés y u n
r o m a n o r e p r e s e n t a b a n l a auténtica ti'adición d e u n a K e n i a a n g h c a n a .
The Trial ofDedan Kimathi s i m b o l i z a b a u n a tradición d i s t i n t a . C e l e b r a b
h e r o í s m o M a u M a u y s u carácter f u n d a c i o n a l a l p r o d u c i r l a i n d e p e n d e n c i a
K e n i a . P e r o , a u n más i m p o r t a n t e , s e a f i f i a b a a l a c u l t u r a y estética d e l a r e s i s t e n
q u e e l a b o r a r o n l o s a c t i v i s t a s M a u M a u c u a n d o p e l e a b a n e n l a s montañas; c u a h
r e s i s t i e r o n e n prisión, y e n c a m p o s y a l d e a s d e concentración; y c u a n d o exigí
u n a n u e v a K e n i a y u n a n u e v a África. E n e l t e x t o y e l d e s a r r o h o d e l a o b r a s e
corporó u n a b u e n a c a n t i d a d d e b a i l e s y c a n c i o n e s patrióticas M a u M a u , a l i
d i s p o n i b l e s e n u n a colección e d i t a d a p o r M a i n a W a Kinyattí, c o n e l títido Thiin
froin the Monntains ( 1 9 S 0 ) {Trueno desde las montañas ( 1 9 9 0 ) ] .
Así, e l c o n f i i c t o p o r e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e fiie también u n a l u c h a p o r -
símbolos y a c t i v i d a d e s c u l t u r a l e s q u e representarían a l a n u e v a K e n i a . E s t a n u
K e n i a surgió d e u n a l u c h a a n t i c o l o n i a l : ¿era e n r e a h d a d p o s i b l e q u e u n a c u l
y herencia coloniales c o n f o r m a r a n l a base d e s u n a c i o n a h s m o y s u i d e n t i d
I n c l u s o pequeños a c t o s transmitirían v i s i o n e s c o n f l i c t i v a s d e l a n u e v a K e n i a . E n '
m o m e n t o c u a n d o e l F E S T A C 7 7 D r a m a G r o u p t r a t a b a d e c e l e b r a r u n performí
q u e r e f l e j a s e l a h i s t o r i a n a c i o n a l y diseñara e m b l e m a s q u e l a s i m b o f i z a r a n , l a
rección d e l T e a t r o N a c i o n a l d e K e n i a vendía t a r j e t a s navideñas d e l e d i f i c i o
T e a t r o N a c i o n a l , t a l c o m o lucía e n 1 9 5 2 , D e s d e l u e g o , e n t o n c e s o n d e a b a l a U
J a c k , b a n d e r a d e l R e i n o U n i d o , y s e veía c o n t o d a c l a r i d a d e n l a s t a r j e t a s .
^ACTUACIONES D E L P O D E R 359
w
j r i M i n i s t e r i o i n t e r v i n o , quizá a v e r g o n z a d o p o r l a s n o t i c i a s e n l a p r e n s a d e q u e
y i i a o b r a k e n i a n a s e había e h m i n a d o d e l D í a d e K e n y a t t a ; s e o t o r g a r o n o c h o días,
gj-jti'e e l 2 0 y e l 3 0 d e o c t u b r e , a l F E S T A C 7 7 D r a m a G r o u p p a r a q u e u s a r a e l e s p a -
cio. D e e s t e m o d o , l a s d o s o b r a s , Tlje Irial ofDedan Kiiitathi y Betrayal in the City,
ge l i m i t a r o n a c u a t r o n o c h e s c a d a u n a , e n t r e e l Jeune Ballet de France, d e B o s s m a n
( 1 0 a l 1 8 d e OQ.twhs:t),y A Funny T}3Í7ig Happened On the Way to theForum, d e C i t y
p i a y e r s ( 1 a l 2 1 d e n o v i e m b r e ) . E s t o significó e n e f e c t o q u e l o s d o s espectáculos
e u r o p e o s ocuparían u n t o t a l d e 3 1 días r e s p e c t o d e l o s o d i o n u e s t r o s .
S i n e m b a r g o , a p e s a r d e q u e s e l e s apretujó sólo o c h o n o c h e s , e l éxito d e l a s
dos p r o d u c c i o n e s fiie r e s o n a n t e , e n e s p e c i a l e n t é r m i n o s d e l a recepción d e l p ú -
b l i c o a f r i c a n o . C a d a u n a d e l a s o c h o r e p r e s e n t a d o n e s agotó l a s locaÜdades. L a
inauguración d e The Trialfiie e nparticular m e m o r a b l e p o r q u e la esposa d e l O m a t h i
y sus h i j o s fiieron i n v i t a d o s e s p e d a l e s . L a f a m i h a s e quedó c o n e l e l e n c o c a s i t o d a
lü n o c h e , p a r a r e l a t a r l e s h i s t o r i a s y c a n t a r m u c h a s d e l a s melodías u n a y o t r a v e z .
U n periódico publicó l o s i g u i e n t e : " N u n c a a n t e s s e contó l a h i s t o r i a d e l a s l u c h a s
libertarias d e K e n i a c o n t a n t a fiierza y convicdóh'.^ T a m p o c o n i n g u n a p r o d u c -
ción e n e l T e a t r o N a c i o n a l s e recibió n u n c a c o n t a n t o e n t u s i a s m o p o r e l p ú b h c o
k e n i a n o . D u r a n t e e s a s o c h o n o c h e s , e l e s p a c i o e n v e r d a d s e nacionahzó p o r l a
p r e s e n c i a d e t a n t a s p e r s o n a s q u e h e g a r o n a p i e , e n a u t o s p a r t i c u l a r e s y e n vehículos
rentados pai'a cantar y bailar c o n l o s actores,
P e r o e l máximo p u n t o dramático aún p e r t e n e c e a l a n o d i e d e l e s t r e n o . C o n -
f o r m e l o s a c t o r e s i n t e r p r e t a b a n l a última c a n d ó n y b a i l e a l o l a r g o d e l o s p a s i h o s
t l e l a u d i t o r i o , e l p ú b h c o s e l e s unió. L o q u e s e había c o n f i n a d o a l e s c e n a r i o brotó
a l a h e l i b r e , y y a n o había distinción a l g i u i a e n t r e a c t o r e s y p ú b h c o . S e convirtió
eso e n u n a procesión, m i e n t r a s s a l u d a b a n e n s u c a m i n o h a c i a e l histórico P l o t e l
Norfolk, hacia los balcones donde e n 1 9 2 2 l o scolonizadores t o m a r o n asiento
y e o n t r i b u y e r o n a l a m a s a c r e q u e perpeti'ó l a pohcía. I n d u s o e n 1 9 7 6 s e r e g i s t r a b a
^ ' " i e l h o t e l u n a mayoría d e caucásicos, c a s i t o d o s t u r i s t a s . C u a n d o l a procesión s e
P r e p a r a b a p a r a c r u z a r l a a v e n i d a , e l g r u p o s e encontró c o n u n c o n t i n g e n t e d e p o h -
^^as q u e e s t a v e z l e s d i j o , c o n cortesía p e r o también c o n firmeza, q u e se fiieran.
^ Rcseñn de IT^e Trini of Dedo n Kimaítji, The Target, N a i r o b i , octubre de Í977.
 360 NGÜGÍ W A T H T O N G '
N o h u b o u n e n f r e n t a m i e n t o físico. L o s a c t o r e s b a i l a r o n d e r e g r e s o a l T e a t r o N a
c i o n a i , f o r m a r o n u n círculo a J i - e d e d o r d e él y c o n t i n u a r o n c o n s u s b a i l e s y c a n c i o '
n e s q u e h a b l a b a n d e t o d o s l o s héroes d e l a r e s i s t e n c i a k e n i a n a . L a e s c e n a e n ^
e x t e r i o r d e l e d i f i c i o d e l t e a t r o s e repitió c a d a u n a d e l a s c u a t r o n o c h e s a s i g n a d a
IJje Tria!, n o así e l i n t e n t o d e b a i l a r e n e l H o t e l N o r f o l k . N o o b s t a n t e , f u e c o m j
s i e l e l e n c o y e l p ú b h c o t i ' a t a r a n d e c r e a r u n espacio abierto a h r e d e d o r d e l e d i f i c i o
d e l T e a t r o N a c i o n a l d e K e n i a , u n espacio q u e les p e r m i t i e s e c o m u n i c a r s e m e j o r cor
l o s espíritus d e q u i e n e s m u r i e r o n e n 1 9 2 2 . U n n o m b r e q u e n o dejó d e i n e n c i o n a r s ^
d u r a n t e l o s cánticos fiie e l d e M a r y M u t l a o n i N y a n j k u , l a m u j e r q u e encabezó lá-
m a r c h a d e l o s t r a b a j a d o r e s y fiie l a p r i m e r a e n c a e r a n t e l a s b a l a s c o l o n i a l e s .
D e s p u é s d e l o s o c h o días a s i g n a d o s a l a s d o s o b r a s , d e s o c u p a j i i o s e l e s p a c i a
e n f o r m a p a d f i c a . L o s e u r o p e o s h e g a r o n c o n s u s p r o d u c c i o n e s . U n día, n o s Ua:-^
marón a S e t h A d a g a l a y a mí d e l o s c u a r t e l e s d e I n v e s t i g a c i o n e s C r i m i n a l e s d
N a i r o b i para hacernos algunas preguntas sobre los performances e n el Teatro. E
reahdad, nos fi)rmularon sólo u n a p r e g u n t a . ¿Por qué i n t e r f e r i m o s c o n l o s p e r f o
manees europeos e n el T e a t r o Nacional?
r Mother SingforMe
P a r a a l g u n o s d e n o s o t i ' o s quedó c l a r o a p a r t i r d e e s a e x p e r i e n c i a q u e , s i e l teatrí
k e n i a n o a l g u n a v e z i b a a p r o s p e r a r , tendría q u e h a h a r y d e f i n i r s u p r o p i o espadí
e n términos t a n t o d e ubicación física c o m o d e l e n g u a j e . Tbe Trial ofDedan
mathi s e reahzó e n inglés y e n u n t e r r e n o e n d i s p u t a . E l t e a t r o n a c i o n a l v e r d a d '
c o n s e g m i d a d r e s i d e d o n d e r e s i d e l a mayoría d e l p u e b l o : e n l a s a l d e a s r u r a l e s y
l a s áreas u r b a n a s p o b r e s . T e n d r í a q u é s e r e l s i t i o d e u n a c o m b i n a c i ó n d e l o q
B r o o k d e s c r i b e c o m o T e a t i ' o S a g r a d o , T e a t r o T o s c o y T e a t r o I n m e d i a t o . Tendí,
q u e s e r u n t e a t r o q u e p a r t i e r a d e s d e l a b a s e d e l e s p a c i o histórico d e l a e x p e r i e r f
d e l p u e b l o c o n e l fin d e r e f e r i r s e a s u p r e s e n c i a i n m e c h a t a e n t a j i t o e l p u e
confronta s u fiituro. P a r a l o g r a r algo d e esto, s e n t i m o s q u ee r a i m p o r t a n t e
u n e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e c o n u n c o n t r o l d i r e c t o d e l p u e b l o . Éstas s o n a l g u n a S
las preocupaciones, e n t r e o t r a s , q u e m o t i v a r o n l a fundación d e l K a m i t h
C o m m u n i t ) ^ E d u c a t i o n a n dC u l t u r a l Centr-e [ C e n t r o C o m u n i t a r i o Educatr
C u l t i u - a l Kamiriithü].
ACTUACIONES D E L PODER 361
H e c o n t a d o f r a g m e n t o s d e l a h i s t o r i a d e l Kamiriithü e n t r e s d e m i s h b r o s :
DetainechÁ Writer's Prison Diary [Detenido: El diario de un escritor en la cárcel],
Decolonizing the Mind [Descolonizando la mente] y Barrel of a Pen [El fiisil de la
pinina] p o r l o q u e n o entraré e n más d e t a h e s aquí. E l p r o y e c t o , q u e c o m e n z ó e n
1 9 7 6 c o m o u n p r o g r a m a c u l t u r a l y d e alfabetización c o n e l t e a t i ' o c o m o c o l u m n a
v e r t e b r a l , s e convhtió e n u n a s u n t o e n v e r d a d c o m u n i t a r i o e n e l q u e p a r t i c i p a r o n
campesinos, obreros y trabajadores de lasplantaciones residentes e n l a aldea d e l
m i s m o n o m b r e . E n 1 9 7 7 , j u n t o c o n la c o m u n i d a d c a m p e s i n a y trabajadora d e esta
;üdea h a m a d a Kamiriithü — a m á s o m e n o s 3 0 kilómetros d e l a c a p i t a l , N a h o b i — ,
,) e s c r i b i m o s u n a o b r a , Ngaahika Ndeenda [Me casare' cuando quiera], e n l a q u e l a
gente h t e r a h n e n t e c a n t a b a s u p r o p i a h i s t o r i a . Había c a m p e s i n o s y t r a b a j a d o r e s
q u e a p e n a s e l año a n t e r i o r e r a n a n a l f a b e t o s , q u e s o h a n c a n t a r c a n c i o n e s e l o g i a n d o
a l o s h d e r e s o a l a d i r i g e n c i a y a s u s a c c i o n e s p a r a e l p u e b l o , y q u e a l i o r a n o sólo
sabían l e e r y e s c r i b i r , s i n o q u e e n r e a l i d a d c o n t a b a n c o n o r g u h o s o b r e s u s p r o p i a s
capacidades, acerca d e l o que h i c i e r o n e n e l pasado y a h o r a sobre sus esperanzas
de l o q u e p o d í a n h a c e r e n e l fiituro. M á s aún, c o n s t r u y e r o n c o n s u p r o p i o e s f i i e r z o
un teatro a l aire hbre e n e l centro del poblado, s i n donativos gubernamentales.
Plabían r e c l a m a d o s u p r o p i o e s p a c i o histórico.
Trataron de hacer l o m i s m o cuando, e n 1982, intentaron m o n t a r otra obra,
[Madre canta para mí]. U n a v e z más, e l o r g u h o p o r s u p r o p i a
historia y l a f e e n s u p r o p i a capacidad, y p o r e n d e s u esperanza e n e l futm-o, era l o
i m p o r t a n t e . L a p r o f e s o r a I n g r i d B j o r k m a n , q u e e m p r e n d i ó u n a investigación e n
Kaniirüthu e n 1 9 8 2 , escribió u n h b r o q u e d e v e r d a d e s u n t e s t i m o n i o e n e s t e
a s p e c t o . Llegó a K e n i a e n 1 9 8 2 , d u r a n t e l a s s e c u e l a s d e l a represión g u b e r n a m e n t a l ,
y entrevistó a l o s a c t o r e s y a l o s m i e m b r o s d e l p ú b h c o q u e fiieron a v e r l a o b r a e n
l o s e n s a y o s a b i e r t o s a n t e s d e l a prohibición. C o n c l u y e s u t e x t o p r i n c i p a l c o n l a s
p a l a b r a s d e u n a p e r s o n a q u e asistió a l espectáculo:
L o n o t a b l e es q u e , e n n u e s t r a c l a s e d e s i s t e m a , se s u p o n e q u e c o n t a m o s c o n
personas q u e d e b e n p e n s a r p o r n o s o t r o s . N o se s u p o n e q u e n o s o t r o s , c o m o t r a -
b a j a d o r e s y c a m p e s i n o s , g e n t e q u e d e v e r d a d t r a b a j a m o s s i n d e s c a n s o , asocíe-
n l o s las c o s a s p o r s e p a r a d o o p o r sí m i s m a s o p o r n o s o t r o s m i s m o s , y s i e m p r e s e
^abc q u e a u n o l o guían h a c i a a l g o . A i o r a N g C i g i mostró e n Mother SingforMe
l ^ i c l o s c a m p e s i n o s p i e n s a n y q u e p u e d e n c o m u n i c a r e s o s p e n s a n a i e n t o s —líi
 362
NGÜGÍ W A T H I O N
comprensión d e s u c i r c u n s t a n c i a — a l o s demás. E n t i e n d e n l o q u e l o s h a c e l o
q u e s o n . P a r a a l g u i e n a q u i e n s i e m p r e s e h a c o n s i d e r a d o u n p e n s a d o r es s o r -
p r e n d e n t e d a r s e c u e n t a d e q u e u n c a m p e s i n o p u e d e a c t u a r y también c o m p o n e r
c a n c i o n e s p a r a e x p r e s a i ' s e [ . . . ] E n t o n c e s , e s t a sensación d e q u e l o s c a m p e s i n o s
c o m p r e n d e n u n a simación y e n v e r d a d c o m u n i c a n l o q u e p i e n s a n es l a a m e n a z a
m a y o r . P o r q u e s e n o s guió p a r a s e r " b o r r e g o s " . Y c u a n d o s e d e m u e s t r a q u e u n o
n o es u n " b o r r e g o " , e l h ' d c r se m o l e s t a . ' '
L a pretensión d e u b i c a r e l t e a t r o enü'e e l p u e b l o planteai'á n u e v a s p r e g u n
y respuestas sobre e lcontenido, f o r m a y lenguaje del teatro africano. P e r o e n m
v i e m b r e d e 1 9 7 6 n o m e percaté d e q u e e l i n t e n t o d e u b i c a r l a c u l t m - a d o n d e p e
tenecía generaría aún más p r o b l e m a s y p r e g u n t a s , n o sólo s o b r e e l e s p a c i o d
performance, sino a s i m i s m o sobre e l Estado.
E l m u n d o e s u n e s c e n a r i o , d i j o S h a k e s p e a r e e n As Yon Líke It [Como gustéis],
ti-avés d e u n a g r a n c a n t i d a d d e a c t o r e s c o n s u s e n t r a d a s y s a h d a s . E l Estado-nació'
c o n s i d e r a e l t e r r i t o r i o e n t e r o s u área d e p e r f o r m a n c e ; o r g a n i z a e l e s p a c i o c o m
u n g r a n r e c i n t o c e r c a d o , c o n l u g a r e s d e f i n i d o s p a r a i n g r e s a r - y s a h r . E s t a s sahdí
e n t r a d a s están c u s t o d i a d a s p o r g r u p o s d e t r a b a j a d o r e s a q u i e n e s h a m a n f u n c i
n a r i o s d e inmigración. L a s f r o n t e r a s están c u s t o d i a d a s p o r g u a r d i a s a i - m a d o s p '
m a n t e n e r a r a y a a l o s i n v a s o r e s . P e r o t a m b i é n están ahí p a r a c o n f i n a r - a l a p o b l
ción d e n t r o d e i m t e r r i t o r i o d e t e r m i n a d o . E l E s t a d o - n a c i ó n efectúa, i m p l a c a b
el p e r f o r m a n c e d e s u p r o p i o ser m e d i a n t e s u ejercicio diario d e p o d e r sobre
sahdas y entradas, p o r m e d i o d e pasaportes, visas y banderas.
Dentr-o d e lr e c i n t o territorial e l E s t a d o crea otros c o n f i n a m i e n t o s ,e l
s o b r e s a h e n t e d e l o s c u a l e s e s l a prisión, c o n s u s e n t r a d a s y s a h d a s c u s t o d i a d '
por la fiierza a r m a d a . ¿ C ó m o e s q u e l a prisión, u n e s c e n a r i o m u c h o más esí
c h o , s e convirtió e n u n s i t i o t a n i m p o r t a n t e p a r a e l p e r f o r m a n c e d e l c a s t i g o
p a r t e d e l E s t a d o ? E l E s t a d o preferiría e x t e r i o r i z a r s u p o d e r , p a i ' a q u e l o obsí
^ I n g r i d B j o r k m i i n , "Moítjer SiiigforMe": People's Vjeatre in Kenya, L o n d r e s , 2 e d Press, 1 9 8 9 , P-'
363
iTUACIONES D E L PODER
g[ púbhco d e t o d o e l t e r r i t o r i o . E n l a e r a d e l a televisión e s t o e s p o s i b l e , s i b i e n
c o n a l g u n a s h m i t a c i o n e s . Históricamente, n o s i e m p r e l o s c a s t i g o s se a p h c a r o n
e n u n r e c i n t o c e r r a d o . E n Discipline and Punish [Vigilar y castigar], F o u c a u l t
(jescribe, c o n m e t i c u l o s o d e t a l l e , escenas d e castigos e n l a E u r o p a d e l s i g l o x v i n
e n términos d e espectáculo, e n l o q u e él d e n o m i n a l a representación t e a t r a l d e l
d o l o r p o r p a r t e d e l E s t a d o . " E n e l límite, s e e n c u e n t r a n a l g u n o s c a s o s d e r e p r o -
ducción c a s i t e a t r a l d e l c r i m e n e n l a ejecución d e l c u l p a b l e : l o s m i s m o s i n s t r u -
nientos, los m i s m o s gestos."^ E s t o s o h a darse a laire h b r e . E s c r i b e F o u c a u l t :
E n l a s c e r e m o n i a s d e l s u p l i c i o , e i p e r s o n a j e p r i n c i p a l es e l p u e b l o , c u y a p r e s e n c i a
r e a l e i n m e d i a t a está r e q u e r i d a p o r s u realización. U n s u p h c i o q u e h u b i e s e s i d o
c o n o c i d o , p e r o c u y o d e s a r r o h o se m a n U i v i e r a s e c r e t o , n o habría t e n i d o s e n d d o . E l
o b j e t i v o e r a c r e a r u n e j e m p l o q u e s e b u s c a b a n o sólo s u s c i t a n d o l a c o n c i e n c i a d e
q u e l a m e n o r infracción corría e l p e l i g r o d e s e r c a s t i g a d a , s i n o a l p r o v o c a r s e n t i -
m i e n t o s d e t e r r o r a través d e l espectáculo d e l a i r a d e l p o d e r s o b r e e l c u l p a b l e . ^
E n s u artículo p a r a TDR [lloe Drama Review], "Tlieatre for a nAngi-y G o d "
[ " T e a t r o p a r a u n D i o s f u r i o s o " ] , M a r k F e a r n o w d e s c r i b e u n fenómeno s e m e j a n t e
en E s t a d o s U n i d o s d u r a n t e e l s i g l o x v n i . A n a l i z a l a s q u e m a s y a l a o r c a m i e n t o s
púbhcos e n l a N u e v a Y o r k c o l o n i a l d e 1 7 4 1 e n términos d e p e r f o r m a n c e , l o q u e
d e s c r i b e c o m o " l o s fines m á s r e p u g n a n t e s c o n q u e p u e d e n e m p l e a i ' s e l a s técnicas
t e a t r a l e s : l a ejecución p ú b h c a c o m o e n t r e t e n i m i e n t o p o p u l a r , l a exliibición d e
cadáveres q u e s e p u d r e n y e x p l o t a n c o m o u n espectáculo t r i u n f a n t e " . P e r o e s t e
espectáculo n o s i e m p r e p r o d u d a l o s fines e s p e r a d o s , e n p a r t i c u l a r p a r a e l público.
Foucault escribe que e lcondenado, p o r l a f o r m a e n que r e a c d o n a b a ante e ldolor,
e n o c a s i o n e s s e g a n a b a l a simpatía e i n c l u s o l a a d m i r a c i ó n d e l o s e s p e c t a d o r e s , y
^ w e s i e m p r e existía e l p e h g r o d e q u e i n t e r v i n i e s e l a m u l t i t u d . E l p u e b l o , c o n v o c a d o
^ ' ^ u espectáculo q u e s e diseñó p a r a a t e r r o r i z a r l o , p o d í a e x p r e s a r s u r e d i a z o a l
poder p u n i t i v o , y a veces rebelarse.
^ M i c h c i F o u c i u i U , Discipline andPimish, N u e v a Y o r k , R o u d e d g c , 1 9 7 9 , p . 4 5 [ e d . esp.: í^gi/ary casti-
México, S i g l o XXÍ, 1 9 8 9 , p . 5 0 ] .
tbidcm, j i . 6 2 .
^ M a r k F e i i r n o w , " H i e n t r e f o r Jin A n g r y G o d : P u b l i c B u r n i n g s íind H a n g i n g s i n Coloniiü N e w Y o r k ,
TDR 40, núm, 2 , 1 1 5 0 ( v e r a n o d e 1 9 9 6 ) , p . 1 6 .
 364 NGÜGÍ W A T H I O N .
L n p c d i r u n a ejecución q u e s e e s t i m a i n j u s t a , a r r a n c a r a u n c o n d e n a d o d e m a n o s
d e l v e r d u g o , o b t e n e r p o r l a R i e r z a s u perdón, p e r s e g u i r c v e n t u a l m e n t c y a s a l t a r a
los ejecutores d e la j u s t i c i a , m a l d e c i r e n t o d o caso a los jueces y a l b o r o t a r contra
l a s e n t e n c i a , t o d o e s t o f o r m a p a r t e d e l a s prácticas p o p u l a r e s q u e i n v a d e u j a t r a - í.
viesan y trastornan a m e n u d o e l ritual de los suplicios."
E i n c l u s o después d e s u m u e r t e , e l s u p u e s t o c r i m i n a l p o d í a t r a n s f o r m a r s e
u n mártir y r e g r e s a r p a r a a c e c i n a r a l E s t a d o . E l c o n d e n a d o s e convertía e n u n h
p o r e l p u r o p e s o d e l d r a m a y l a p u b l i c i d a d e n t o r n o a s u caso: " C o n t r a l a ley, c
t r a l o s r i c o s , l o s p o d e r o s o s , l o s m a g i s t r a d o s , c o n t r a l a gendarmería o l a r o n d
c o n t i ' a l a recaudación d e i m p u e s t o s y s u s a g e n t e s , aparecía c o m o ¡protagonista d
u n c o m b a t e , e n e l q u e c a d a c u a l s e reconocía fácilmente".
H a y p r e c e d e n t e s a n t e r i o r e s a l s i g l o x v n i : e l c a s o más f i m o s o e n l a antigüeda
bíblica e s e l d e J e s u c r i s t o , c u y a ejecución pública acechó más t a r d e a l E s t a d o :
I m p e r i o r o m a n o s . Así, e n e l t r a n s c u r s o d e l t i e m p o , l a representación t e a t r a l d e l s u
f r i m i e n t o a l a i r e h b r e s e retu'ó d e l e s p a c i o a b i e r t o y s e confinó a u n r e c i n t o . P i
c o m e n t a irónico F o u c a u l t : " E n e l a b a n d o n o d e l a h t u r g i a d e l o s s u p h c i o s , ¿qué p a
peí desempeñaron l o s s e n t i m i e n t o s d e h u m a n i d a d h a c i a l o s c o n d e n a d o s ? E n t o d
caso, h u b o p o r p a r t e d e l p o d e r u n t e m o r p o H t l c o a n t e e l efecto d e estos r i t u a l
a m b i g u o s " . F e a r n o w d e s c r i b e e l m i s m o t e m o r • — l a a m e n a z a a l o r d e n púbhco e
l a s f e r i a s q u e s e i n s t a l a b a n espontáneamente e n t o r n o a d i c l i a s e j e c u c i o n e s — c o m
l o q u e motivó l a prohibición d e l g a r r o t e e n I n g l a t e r r a e n 1 8 4 5 . L a v e r o s i m l h t u d d
e s t a s o b s e r v a c i o n e s s e c o m p r u e b a c o n c a s o s históricos, c o m o d e s c r i b e F o u c a u l
p e r o t a m b i é n e n l a h t e r a t u r a . E l c o n d e n a d o d i c k e n s i a n o d e Grandes esperan
s i e m p r e s e g a n a b a e s t a simpatía, así fiiese l a d e u n niño o l a d e l o s P i p s p o r
M a g w i t c h e s d e l m u n d o . E n K e n i a , e l E s t a d o c o l o n i a l r e a h z a b a e j e c u c i o n e s pú
c a s y exliibía l o s c u e r p o s d e l o s c o n d e n a d o s M a u M a u , p e r o e s t o s i e m p r e g e n e r
más i r a c o n t r a e l E s t a d o , c o m o dramaticé e n m i n o v e l a d Gra'm ofWheat[Un
no de trigo] ( 1 9 6 7 ) . Y c u a n d o e n 1 9 8 4 e l E s t a d o p o s c o l o n i a l o r d e n ó m a r c h a s
l a s q u e s e q u e m a r a m i e f i g i e y l a s c e n i z a s s e a r r o j a r a n a l o s ríos, l a g o s y e l océan
u M i c l i e i F o u c a u l t , Dhcipline nnd Piinisb, N u e v a Y o r k , R o u t l c c l g e , 1 9 7 9 , p . 6 0 [ e d . esp.: K*^"''''',
castigar, S i g l o X X I , México, 1 9 8 9 , p . 6 4 ] .
í2 Ibidem, p. 6 7 ; español p . 71".
Ibidem, p . 6 5 ; español p. 7 0 .
^VCTUACIONES D E L P O D E R 365
'| ¿ espectáculo sólo provocó más s o h d a r i d a d h a c i a mí y h a c i a l a c a u s a q u e defendía:
]¡i liberación d e t o d o s l o s p r e s o s p o h t i c o s e n K e n i a . S i b i e n e n a l g u n o s países aún
, p e r s i s t e l a práctica d e l c a s t i g o púbhco, y s i n d u d a d e f o r m a más i n d i r e c t a e n t o d o e l
i x i u n d o , r e t i r a r e l espectáculo d e e s t o s c a s t i g o s d e l t e r r i t o r i o e s p a c i a l más a m p h o
h a c i a u n r e c i n t o c e r r a d o e s u n a v a n c e lógico. N i n g ú n E s t a d o d e s e a q u e s u s d e s i g -
n a d o s " a i m i n a l e s " s e t r a n s f o r m e n e n héroes y mártires c o n l a p o s i b i h d a d d e q u e
sus w m b a s s e c o n v i e r t a n e n a l g i m a c l a s e d e s a n t u a r i o r e v o l u c i o n a r i o .
N o obstante, a u n q u e e l castigo se h a y a trasladado d e l aire h b r e a u n sitio c o n -
finado, p e r m a n e c e e l e l e m e n t o d e lp e r f o r m a n c e , e n p a r t i c u l a r para l o s p r i s i o n e r o s
p o h t i c o s e i n t e l e c t u a l e s ; s o b r e t o d o a r t i s t a s . E l p a t i o d e l a cárcel e s c o m o u n e s c e -
n a r i o , d o n d e e l E s t a d o d h l g e t o d o y a t o d o a p h c a u n a coreografía, i n c l u s o a l m o -
v i m i e n t o . L a p u e s t a e n e s c e n a , e l j u e g o d e l u z y s o m b r a s , e l r i t m o y regulación d e
las a c c i o n e s — i n c l u s o c o m e r , d o r m i r y d e f e c a r — s e efectúan b a j o l a dirección
de l o s t r a m o y i s t a s a r m a d o s a q u i e n e s h a m a n c u s t o d i o s . E s h t e r a h n e n t e u n p r o s c e -
n i o , a l c u a l s e añade u n a c u a i t a p a r e d a s e g u r a d a p a r a q u e n o h a y a n i n g ú n e s p e c t a -
dor p r i v i l e g i a d o q u e atvsbe o aprecie d i c h a p u e s t a e n escena. S i n e m b a r g o , t a n t o e l
E s t a d o c o m o e l a r t i s t a c o n d e n a d o están c o n s c i e n t e s d e q u e h a y u n p ú b h c o i n t e r e -
s a d o fiiera d e l a s r e j a s d e l r e c i n t o . E l E s t a d o t r a t a d e i n t e r p r e t a r , p a r a e l p ú b h c o
e x t e r i o r , l o q u e s u c e d e d e n t r o d e e s a s c u a t r o p a r e d e s : e l p r i s i o n e r o confesó; e l p r i -
s i o n e r o está s a n o ; o c u a l e s q u i e r a f a b r i c a c i o n e s c o n q u e d e s e e a h m e n t a r a l m u n d o
acerca d e l a r t i s t a - p r i s i o n e r o .
E l encarcelado i n t e n t a contrarrestar l a propaganda g u b e r n a m e n t a l c o n l o s
m e d i o s q u e t e n g a a s u disposición. E l e s c a p e e s i m p o s i b l e , i n c l u s o s u i c i d a . A s í ,
recurre a l p a p e l y lápiz, c u a n d o l o s e n c u e n t r a . D e aquí l a l u c h a p o r l o s m e d i o s
l i t e r a r i o s d e producción. L a s n a r r a t i v a s c a r c e l a r i a s d e l o s a r t i s t a s - p r i s i o n e r o s s o n
e s e n c i a u n a documentación d e l a b a t a h a d e t e x t o s y l a c o n t i n u a d i s p u t a d e l
instado p o r e l espacio d e p e r f o r m a n c e . E s t a disputa, s i b i e n se dirige a l o s g r u p o s
^ e interés q u e v i g i l a n p u e r t a s a f u e r a — A n i n l s t í a I n t e r n a c i o n a l , I n t e r n a t i o n a l
^ ^ N , C o m i t é s d e Liberación d e E s c r i t o r e s y o t r o s g r u p o s d e d e r e c h o s huma-
nos ^ e n última i n s t a n c i a s e d i r i g e a l púbhco r e a l : a l p u e b l o q u e e s p e r a e n e l
^^pacio t e r r i t o r i a l . E l E s t a d o t r a t a d e d i r i g i r e l d r a m a d e l a a u t o c o n d e n a d e l
• ^ • ^ f ^ i s t a - p r i s i o n e r o — u n a confesión d e crímenes d e c o n s c i e n c l a , s u p r o p i a c u l p a ,
P o i ' d e c i r l o a s í — l o c u a l e q u i v a l e a l o s d i s c u r s o s p a t i b u l a r i o s d e e s o s espectáculos
^^atrales d e l a E u r o p a m e d i e v a l y f e u d a l :
 3Ó6 • NGUGI WATHTOH
E l r i t o d e l a ejecudón exigía, p u e s , q u e e l c o n d e n a d o p r o c l a m a r a p o r sí m i s m o
s u c u l p a b i l i d a d p o r l a retractación pública q u e p r o n u n c i a b a , p o r e l c a r t e l q u e
exiribía y p o r las d e c l a r a c i o n e s q u e s i n d u d a l e o b l i g a b a n a h a c e r . E n e l m o r n e n -
t o d e l a ejecución, p a r e c e q u e se l e d a b a además l a ocasión d e t o m a r l a - p a l a b r a
n o pai-a c l a m a r s u i n o c e n c i a , s i n o p a r a a t e s t i g u a r s u c r i m e n y l a j u s t i c i a d e s u
E l a r t i s t a - p r i s i o n e r o , c o n c a d a fibra d e s u ser, s e r e s i s t e a e x l h b i r " l a p a n
d e l a a u t o c o n d e n a " , y a u n q u e s e l e o b f i g u e m e d i a n t e t o r t u r a s a U e v a r l a , tratará;
e n v i a r a l m u n d o , p o r c o n d u c t o d e a l g i m o d e l o s t r a m o y i s t a s m á s s o h d a r i o s c*
él, o t r a p a n c a r t a q u e n i e g u e e l c o n t e n i d o d é l a p r i m e r a . E s t a r e s p u e s t a a l e s p a
d e p e r f o r m a n c e c a r c e l a r i o d e l E s t a d o es también u n m e d i o d e resistencia,,
m e d i o d e s o b r e v i v i r e n e s t a cámara d e t o r t u r a d e l espíritu. E n o t r a s p a l a b r a s
una fi^rma d e n e g a r a l E s t a d o u n epílogo v i c t o r i o s o p a r a s u p e r f i ) r m a n c e .
m para u n rey. P o r o t r o l a d o , e l m o n j e q u e s e r e c l u y e e n u n a i s l a m i e n t o t o t a l e n u n a
N o h a y p e r f o r m a n c e s i n m e t a . L a prisión e s e l r e c i n t o d o n d e e l E s t a d o o r
e l u s o d e l e s p a c i o y eí t i e m p o d e m a n e r a t a l q u e c o n s i g a l o q u e F o u c a u l t 11
c u e r p o s dóches, y p o r t a n t o , m e n t e s dóches. L a l u c h a p a r a s u b y u g a r l a m e n t .
a i t i s t a - p r i s i o n e r o e s d e s u m a i m p o r t a n c i a . P o r e s t a razón, u n a v e z m á s l o s I I
y materiales de lectura seconvierten e nu nobjeto t a n vital de l alucha. Las
t i v a s c a r c e l a r i a s están r e p l e t a s d e r e l a t o s s o b r e l o s h b r o s q u e n o s e p e r m i t e ,
l o s q u e sí s e p e r m i t e a l a r t i s t a - p r i s i o n e r o . L a fista d e a u t o r i z a c i o n e s y p r o h i
n e s , s u e r t e d e índice c a r c e l a r i o d e l a inquisición d e l a cárcel, e s u n a v e n t a
m e n t e d e l E s t a d o . E n s u h b r o Ke7iya:A Prison Notebook [Kenya: Un cuaá
prison] ( 1 9 8 6 ) , e l h i s t o r i a d o r M a i n a W a I C i n y a t t i r e g i s t x - a m u c h o s e p i s o "
l o s q u e s e l e p r o h i b e l e e r c u a l q u i e r o b r a mía: " L a s n o v e l a s d e N g ñ g í s o n p o
s o n p e h g r o s a s " , s e l e d i c e u n a y o t r a v e z d u r a n t e s u s s e i s años y m e d i o
p r i s i o n e s d e m á x i m a s e g u r i d a d . P e r o d e b e e n c o n t r a i " l a fiírma d e l e e r <
b r o s , u o t i - o s s e m e j a n t e s . Así, a M a i n a W a I G n y a t t i l e d i v i e r t e q u e sí p U '
Ibidem, p. 65 [cd. esp.: p. 7 0 ] .
^ACTUACIONES D E L P O D E R 367
g i c h a r d W r i g h t y a Máximo G o r k i s i n p r o b l e m a s . D e h e c h o , u n p r i s i o n e r o p o h -
t i c o e x t e r i o r i z a u n a estética d e r e s i s t e n c i a m e d i a n t e g e s t o s c o r p o r a l e s o m e n t a l e s ,
p e l e a conü-a l a d o c i h d a d d e l a m e n t e q u e p r e t e n d e l o g r a r e l E s t a d o . I n c l u s o d e n -
t r o d e l o s m u r o s d e l a cárcel tratará d e c r e a r u n e s p a c i o fislco, social y m e n t a l para
él n i i s m o . Tratará d e e m p l e a r s u t i e m p i o y e s p a c i o a s i g n a d o s , así c o m o s u s h m i t a -
j¡;s i n t e r a c c i o n e s s o c i a l e s , d e u n a m a n e r a q u e l e p r o p o r c i o n e e l máximo e s p a c i o
físico p o s i b l e .
D i s p o n e m o s d e u n a ilustración humorística d e e s t o e n Jije Case ofthe Socialist
lYitchdoctor ( 1 9 9 3 ) [El caso del médico brujo socialista], d e l i a m a T u r n a . E n e l r e l a t o
" H i e C a s e o f Üie P r i s o n - M o n g e r " [ E l c a s o d e l t r - a f i c a n t e d e p r i s i o n e s ] . F l a m a
T u r n a h a b l a d e u n i n t e l e c t u a l e t i o p e q u e s e d e s a i b e a sí m i s m o c o m o " c a r c e l m a -
n i a c o " . A f i r m a q u e e n r e a h d a d l e e n c a n t a l a cárcel. C a d a v e z q u e s a l e d e e h a , c o m e -
te u n a i m e n , así s e a pequeño, p a r a q u e l o d e v u e l v a n a prisión. L o s p r o c u r a d o r e s l e
p r e g u n t a n : "¿no l e m o l e s t a p a s a r c h e z años d e l a m e j o r época d e s u v i d a t r a s l a s
rejas?". " N o " , c o n t e s t a . A r g u m e n t a q u e e n r e a h d a d l a g e n t e está e n prisión sólo
c u a n d o así l o c r e e . U n a c a s a e s u n a prisión. H a s t a u n p a l a c i o e s u n a prisión d o r a d a
c u e v a n o e s u n p r i s i o n e r o . " E n l a cárcel conocí a g e n t e d e v e r d a d m u y h b r e " ,
s o s t i e n e , p a r a e l g r a n a s o m b r o d e l j u e z / p r o c u r a d o r , q u e n o e n t i e n d e e s t a lógica.
A continuación s e p r e s e n t a e s t e i n t e r c a m b i o :
—(iQiié s e n t e n c i a e s p e r a a h o r a p o r s u c r i m e n ?
—ÍVle d e b e n e n v i a r a pnsión p o r c i n c o años, según e s t a b l e c e e l lutículo 6 8 9
d e l código p e n a l .
•—¿Y s i l o d e j a m o s e n h b e r t a d ?
— E s o sería u n a felonía — d i c e e l a c u s a d o , d e v e r d a d i m p r e s i o n a d o p o r l a
posibilidad d e la hbertad.
• ~ - P c r o Sí l o d e j a m o s h b r e , ¿cometería o t r a v e z algún c r i m e n ?
• N o podría e v i t a r l o . P o r e l b i e n público y p o r e l mío.
S i c o m e t e t r e s crímenes más, s e l e ejecutará.
~ ^ E n ese caso, l a m u e r t e s i n d u d a será u n a U v i o . N o u n c a s t i g o , s i n o l a s a l v a -
ción rcal.^5
^^^"la T u m u , TJje Cnse oftije Sodniist Wilchdocíon L o n d r e s , H e i n e m u a n , 1993, pp.1 2 1 2. 0 -
 368 N G U G I WATHíON
Y aquí s i g u e e i j u i c i o :
U s t e d , e l a c u s a d o , és u n a p e r s o n a f a l t a d e b o n d a d , parlanciñna, H o j a , extraña y
d e m e n t e . E s u s t e d u n parásito. También es peÜgroso. Q u i e n h a l l e g o z o e n l a
cárcel, q u i e n se s i e n t a h b r e e n n u e s t r a s g a l e r a s v a c o n t r a e l o r d e n d e l a s cosas
v a c o n t r a l o e s p e r a d o . U n a v a c a n o p a r e c a c h o r r o s . L a cárcel es u n c a s t i g o , n o
u n a f u e n t e d e c a l m a y l i b e r t a d . S i se d i f u n d e n s e n t i m i e n t o s c o m o l o s suyos
n u e s t r a s e g u r i d a d se despeñaría e n e l c a o s . C o i n c i d o c o n e l p r o c u r a d o r . Y d e
este m o d o l o sentencio a l a l i b e r t a d inmediata.-"'
E l acusado casi se d e s m a y a p o r e l i m p a c t o d e l a sentencia. C u a n d o vuelve
sí, g r i t a d e s e s p e r a d o a l j u e z : "¡No p u e d e h a c e r e s t o ! ¡Debe m a n d a i - m e d e n u e v o
l a cái-cel!"
Y aquí t o d o q u e d a c l a r o . P a r a él, l a cárcel r e a l , e l c o i x h n a m i e n t o , e s m e n o s
bóhco q u e e l e s p a c i o t e r r i t o r i a l más a m p h o b a j o e l régimen r a i h i t a r . E l país e n f
es u n a v a s t a prisión d o n d e l o s m o v i m i e n t o s d e l a s p e r s o n a s están s u j e t o s a u n
ü i c t o c o n t r o l , d o n d e s e l o s p u e d e d e s p l a z a r d e s u s e s p a c i o s famÜiares h a c i a o '
c o n m a y o r patruüaje. E n t o d o c a s o , e l d e s p l a z a m i e n t o y l a dispersión es u
f o r m a d e retirar cualquier base para u n p e r f o r m a n c e colectivo d e Identida
r e s i s t e n c i a . E s t e método s e aphcó d u r a n t e e l s i s t e m a e s c l a v i s t a d e l a s p l a n
clones e n E s t a d o s U n i d o s y las islas d e l Caribe.-
mi
E n Song of Ocol, d e O k o t p B i t e k ( 1 9 8 8 ) , e l p r o t a g o n i s t a , m i e m b r o d e l a
gobernante poscolonial, e nreahdad desea p r o h i b i r todos los performances p '
q u e n o r e f l e j e n s u n e g r i t u d . S e l a m e n t a : " M a d r e , m a d r e , ¿por qué nací n e g "
P e r o l a f o r m a m á s s e n c i h a e s a r r a s a r t o d o e l e s p a c i o r u r a l , p u e s éste e s e l l u
d e l o s p e r f o r m a n c e s q u e m á s l e r e c u e r d a n s u s e r a f r i c a n o . S u visión d e u n
c a p o s c o l o n i a l s e d e s a i b e e n t é r m i n o s d e u n a g r a n c i u d a d q u e d e v o r a l a s ár^
rurales:
16 mdem,p. 121.
^ACTUACIONES D E L P O D E R 369
V e o las grandes puertas
D e la ciudad que se abren
V e o a hombres y mujeres que c a m i n a n hacia adentro^'
L a p e r s o n a r u r a l sólo t i e n e d o s o p c i o n e s :
Y a sea q u e e n t r e s
P o r las puertas d e l a c i u d a d
O tomes una cuerda
Y te ahorqucs^^
¿Acaso e s c u c h a m o s aquí algún e c o d e l a h i s t o r i a e c o n ó m i c a ' i n g l e s a c o n s u s
c o n f i n a m i e n t o s e n e l s i g l o x v i l i ? L a m e t a es a p o d e r a r s e d e k t i e r r a , b a s e d e l
campesinado, y c o n v e r t i r a los labriegos e n esclavos asalariados e n l o s c o n f i n a -
m i e n t o s u r b a n o s h a m a d o s fábricas y g u e t o s . E s o t r a f o r m a d e r e s t r i n g i r e l e s p a c i o
de p e r f o r m a n c e d e l a g r i c u l t o r .
Así, l a cárcel e s u n a metáfora d e l e s p a c i o p o s c o l o n i a l ; i n c l u s o e n países d o n d e
n o e x i s t a n regímenes m u l t a r e s , p u e d e d e c i r s e q u e l a v a s t a mayoría d e l a población
está c o n d e n a d a a v i v i r e n c o n d i c i o n e s d e p e r p e t u o c o n f i n a m i e n t o físico, s o c i a l y
psíquico. E l E s t a d o efectúa l o s p e r f o r m a n c e s d e s u s r l t i t a l e s d e p o d e r n o sólo a l
ser c a p a z d e c o n t r o l a r l a s s a l i d a s y e n t r a d a s d e s u e s p a c i o t e r r i t o r i a l — ^ l a t o t a h d a d
de s u e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e — , s i n o t a m b i é n a l p o s e e r l a c a p a c i d a d d e d e s p l a z a r
a la gente e n t r e los diversos c o n f i n a m i e n t o s q u e e x i s t e n d e n t r o d e l espacio t e r r i -
l^orial n a c i o n a l . P e r o l a estética d e l a r e s i s t e n c i a q u e p e i T i v e t a n t o e n l a prisión
fi^ás pequeña c o m o e n l a t e r r i t o r i a l p u e d e f o r z a r a l E s t a d o a p o n e r e n práctica
'^^^^s m e d i d a s . Así, e n o c a s i o n e s e l E s t a d o e x t e r i o r i z a d i c h o s r i t u a l e s d e c o n t r o l
^^soluto sobre t o d o e l espacio territorial a l f o r z a r a l pueblo, a los ciudadanos, a
Salir d e l e s p a c i o t e r r i t o r i a l , d e l E s t a d o - n a c i ó n p a r a v i v i r u n a e x i s t e n c i a d e v a g a -
^"•indos a p a t r i d a s e n e l e s p a c i o g l o b a l . E x i s t e e l c a s o e s p e c i a l d e l a c o l o n i a p e n a l ,
más n o t o r i a d e l a s c u a l e s e s A u s t r a h a , d o n d e s e desplazó a u n p u e b l o c o m p l e t o ,
C o n s i d e r a d o i n d e s e a b l e , d e u n e s p a c i o t e r r i t o r i a l a o t r o , d e i g u a l t a m a ñ o o más
g r a n d e . E n África t e n e m o s e l e j e m p l o d e A n g o l a : s e empleó c o m o a s e n t a m i e n t o
18 ^^^"^ P'Bitek, So7ig ofOcoi, N a i r o b i , H e i n e m a n n , 1988, p. 149.
ibidem, p, 149.
 ,70 NGÚGÍ W A T H I O N G ^ I ! '
p e n a l . E n l a n o t a histórica p a r a s u ti-aducción d e l a n o v e l a d e P e p e t e l a Yaka ( 1 9 9 6 ) ^
M a r g a H o l n e s s d i c e q u e además d e l o s o f i c i a l e s y t r o p a s c o l o n i a l e s portuguesas,
l a c o m u n i d a d b l a n c a e n e l s i g l o x i x c o n s t a b a d e e x c o n v i c t o s , exÜiados p o h t i c o s
—repubhcanos, a n a r q u i s t a s — y a l g u n o s q u e h u í a n d e l a n u e v a Repúbhca d e
B r a s i l . E x i h a r a e s c r i t o r e s y a r t i s t a s es u n a v a r i a n t e d e l a s e n t a m i e n t o p e n a l a n i v e l
i n d i v i d u a l . L a única d i f e r e n c i a c o n e l a s e n t a m i e n t o p e n a l e s q u e e l e s p a d o g l o b a l
d o n d e e s t o s e s c r i t o r e s p u e d e n e n c o n t r a r s e n o está c o n t r o l a d o p o r e l m i s m o E s t a - ^ !
do. P e r o los efectos espirituales p u e d e n s e r l o s m i s m o s .
IX
U n e s c r i t o r q u e v a g a p o r e l e s p a c i o s i n n i n g u n a raíz e n s u país e s c o m o u n c o
v i c t o . N a w a l S a a d a w i s e s i e n t e c o m o e n prisión s i e m p r e q u e s a l e d e E g i p t o . P
e h a , e l e x i h o e s o t r a cárcel. Así, e l e x i l i o e s u n a m a n e r a d e r e u b i c a i - a l e s c r i t o r
u n c o n f i n a m i e n t o territorial, d o n d e sus actos d e resistencia pueden Incend'
o t r o s c a m p o s , a u n " c o n f i n a m i e n t o e x t e r i o r " . L o q u e s e e s p e r a e s q u e s u s acción
desde este c o n f i n a m i e n t o exterior, sean las que fiieren, n o afecten d e m a n e r a dlre
a q u i e n e s se e n c u e n t r a n d e n t r o d e l vasto c o n f i n a m i e n t o t e r r i t o r i a l . P e r o aq:
c o m o d e n t i ' o d e u n a prisión, h a y m u c h a s consecuencias contradictorias ta
p a r a e l E s t a d o c o m o p a r a e l a r t i s t a . E l a r t i s t a e n e l e x i h o sabe q u e s e l e exp'
d e l e s p a c i o q u e n u t r e s u imaginación. E l a r t i s t a d e t o d o s m o d o s ti'atará d e
de ese c o n f i n a m i e n t o e x t e r i o r y hegar a l espacio territorial. D e s d e e l exiho,
intentará d e s a f i a r e l c o n t r o l a b s o l u t o q u e e j e r c e e l E s t a d o s o b r e e l e s p a c i o t e r r t
r i a l . Y p o r e s t o , e l E s t a d o t a m b i é n s e h a h a r á e n u n d h e m a . D e j a r q u e u n artís''
v a y a a l e s p a c i o g l o b a l s i g n i f i c a l a c o n t i n u a r i v a h d a d p o r l a atención d e u n p u
m u n d i a l . A d e m á s , l a p a l a b r a d e l e x i h a d o p u e d e m u y b i e n v i a j a r d e r e g r e s o al'
rritorio y continuar con s u amenaza al Estado.
E s t o file l o q u e sucedió e n 1 9 8 4 . D a n B a r r o n - C o h e n , g r a d u a d o d e O x f * "
y o d i r i g i m o s u n a producción e n L o n d r e s d e Jhe Trial of Dedan Kimathi
A f r i c a C e n t r e [ C e n t r o África] c o n técnicas q u e d e s a r r o h a m o s e n K a m u l i t i -
E s t a d o k e n i a n o tomó m e d i d a s p a r a d e t e n e r e l p e r f o r m a n c e , t a n t o e n e l ^
África c o m o e n e l C o m m o n w e a l t h I n s t i t u t e [ I n s t i t u t o d e l a M a n c o n i u n i
D e s e a b a n q u e e l G o b i e r n o británico l o h i c i e r a p o r e l l o s ; p e r o e s t a ve-z n o
^VCTUACIONES D E L P O D E R 371
colaboración. E n Z i m b a w e , NgügT W a M i r i i empleó y a m p h ó l a e x p e r i e n c i a d e
iCamirüthu p a r a c r e a r u n o d e l o s m o v i m i e n t o s d e t e a t r o c o m u n i t a r i o m á s c o n s i s -
t e n t e s e n África. E l E s t a d o k e n i a n o trató e n v a n o d e q u e e l E s t a d o d e Z i m b a A v e
acciones c o n t r a las actividades d e N g u g i .
P o r e s t a razón, p r o h i b i r p e r f o r m a n c e s , e n c a r c e l a r a l o s a r t i s t a s o m a t a r l o s s o n
las a c c i o n e s a l a s q u e c o n fi-ecuenda r e c u r r e e l E s t a d o , P e r o , p a r a e v i t a r las r e p e r -
c u s i o n e s c o n t r a d i c t o r i a s d e l e n c a r c e l a m i e n t o , e x i h o y ehminación física, c o m o l a
p o s i b l e c o n d e n a d e l a opinión p ú b h c a n a c i o n a l o i n t e r n a c i o n a l , a l E s t a d o s e l e f a -
c i h t a n e g a r t o d o e s p a c i o a l a r t i s t a . E s t a es l a r u t a q u e g e n e r a l a m e n o r r e s i s t e n c i a y
c o n d e n a . E s e l método más r e c o m e n d a d o p o r Platón: " Y p o r t a n t o , c u a n d o c u a l -
quiera d e estos cabaheros d el a p a n t o m i m a , q u e s o n t a n intefigentes que pueden
i m i t a r c u a l q u i e r c o s a , p r o p o n g a e x l i i b i r s e a sí m i s m o y s u poesía, h a b r e m o s d e e n -
viarlo lejos, a o t r a ciudad".^^
X
Ahora estamos e n posibihdades d e e l a b o r a r u n a observación, t e n t a t i v a : m i e n -
tras más a b i e r t o e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e , m á s p a r e c e a t e r r o r i z a r a q u i e n e s
d e t e n t a n e l p o d e r r e p r e s i v o . E s t o s e a p r e c i a m e d i a n t e u n a rápida c o m p a r a c i ó n
entre las acciones d e l o s estados c o l o n i a l e s y p o s c o l o n i a l a n t e los performances
al aire h b r e .
E l ái'ea d e p e r f o r m a n c e a f r i c a n o p r e c o l o n i a l e r a a m e n u d o e l e s p a c i o a b i e r t o
^e u n p a t i o o u n a a r e n a r o d e a d a d e b o s q u e y m a l e z a n a t u r a l e s . T a m b i é n s e o c u -
paban edificaciones, d o n d e se c o n t a b a n h i s t o r i a s a l caer l a tarde, e n t o r n o a u n a
f o g a t a . P e r o e l a h e h b r e p r e d o m i n a b a , e i n c l u s o e n e l cú'culo í n t i m o a k e d e d o r del
f ^ e g o , l o q u e s e señalaba e r a l a a p e r t u r a d e l área d e p e r f o r m a n c e . E n e s t a cíase d e
'espacio, e l n a r r a d o r y l o s e s c u c h a s i n t e r a c t i v o s s e e n c u e n t i - a n e n l a m i s m a área.
visitantes entran e nla escena e ncualquier m o m e n t o , pues la puerta principal
" o está c e r r a d a p a r a l o s p o s i b l e s i n v i t a d o s . D e l a m i s m a f o r m a , c u a l q u i e r e s c u c h a
P^^ede s a l h y e n t r a r . C u a l q u i e r e s p a d o p u e d e c o n v e r t i r s e e n u n área d e p e r f o r -
"^•^iice e n t a n t o h a y a p e r s o n a s a k e d e d o r . Así, e l e s p a d o d e p e r f o r m a n c e s e d e f i n e
la presencia o ausencia d e gente.
Platón, cíV., p . 2 3 .
 372
NGUGI WATHlOf^Q
L a s c o n q u i s t a s c o l o n i a l e s d i e r o n p o r r e s u l t a d o l a creación d e f r o n t e r a s b i e
d e f i n i d a s d e l e s p a c i o d o m i n a d o c o n p u n t o s d e c o n t r o l d e s a l i d a s y e n t r a d a s ^s^:
c o m o l a formación d e u n E s t a d o c o l o n i a l p a r a a d m i n i s t r a r e l t e r r i t o r i o o c u p ^ ^ ^ ^
Y y a d e s d e e l p r i n c i p i o , e l E s t a d o c o l o n i a l mostró s u r e c e l o r e s p e c t o d e l a s áreag,
a b i e r t a s . N o e s t a b a s e g u r o d e l o q u e s e hacía ahí, e n l o s e s p a c i o s a b i e r t o s , e n l o s
v a h e s y montañas b o s c o s o s . Y s e m a n i f e s t a b a aún más i n s e g u r o c o n l a g e n t e q ^ ^
baÜaba e n l a s c a l l e s , p l a z a s , a t r i o s y p a n t e o n e s . ¿Y q u é s i g n i f i c a n e n r e a h d a d esos"'
t a m b o r e s q u e r e s u e n a n e n l a p r o f i m d i d a d d e l a n o c h e ? ¿Qué presagian?
A continuación s e e m p r e n d i e r o n a c c i o n e s p a r a s u p r i m i r o h m i t a r e n b u e n a ; /
m e d i d a todos los p e r f o r m a n c e s a l aire hbre d e n t r o del espacio territorial. U n o s :
c u a n t o s e j e m p l o s d e K e n i a : y a m e n c i o n é l a suspensión d e l a c e r e m o n i a itiiikaj.
E s t a file u n a d e t a n t a s p r o h i b i c i o n e s . D e s p u é s d e l a s m a s a c r e s d e H a r r y T h u l c u . =
e n 1 9 2 2 , l a s m u j e r e s diseñaron u n a formación p a r a u n a canción b a U a b l e h a m a d a f
Kanyegenyuri, p a r a c u y a ejecución n o s e p r e c i s a b a d e u n t e r r e n o d e t e r m i n a d o . E L .
r é g i m e n c o l o n i a l prohibió l a canción-poema-baÜe: n o podía c a n t a r s e n i b a i l a r s e |
n i r e c i t a r s e e n s u e l o k e n i a n o . E l E s t a d o c o l o n i a l trató o t r a formación b a U a b l e i l
Mtithtrigii, c o m p u e s t a después d e l a s e g i m d a G u e r r a M u n d i a l , d e l a m i s m a ma-í
ñera. Y e n 1 9 5 2 , c u a n d o e l r é g i m e n c o l o n i a l actuó u n a v e z m á s c o n t r a e l a u m e n t a
c o n s i d e r a b l e e n t o d a l a nación d e b a i l e s y c a n c i o n e s a n t i c o l o n i a l i s t a s , prohibiój
t o d o s l o s p e r f o r m a n c e s a l a i r e l i b r e e n t o d o e l país. N o i m p o r t a b a e l m o m e n t o en*
q u e s e e j e c u t a r a n . T o d o p e r f o r m a n c e , i n c l u s o u n a s i m p l e r e u n i ó n p a r a o r a r , debím
t r a m i t a r u n p e r m i s o . L a s c o m u n i c a c i o n e s e n t r e u n e s p a c i o y e l s i g u i e n t e debían'
c o n t a r c o n u n a autorización. E l t e r r i t o r i o e n t e r o s e transformó e n u n v a s t o espa^^
ció d e p e r f o r m a n c e p l e n o d e m o v i m i e n t o s a m e n a z a d o r e s q u e provenían d e i n n u ^ ^
m e r a b l e s e s f e r a s mágicas. E n l a época d e l apartheid e n Sudáfrica, s e elaboró u d
c o m p l e j o sistema d e derechos d e paso para regular t o d o e l espacio territorialW
parte fimdamental del performance diario. '^B
E l E s t a d o p o s c o l o n i a l m a n i f i e s t a s e n s i b i h d a d e s s e m e j a n t e s . L a expresión <^^^M
l e c t i v a d e g o z o e i n c l u s o d u e l o fiiera d e l a m i r a d a vigÜante d e l E s t a d o e n a l g u n o f f
c a s o s constituía u n c r i m e n . Así, e l E s t a d o p o s c o l o n i a l t r a t a d e r e p r e s e n t a r h m i t a t
clones s i m h a r e s a las d e l E s t a d o c o l o n i a l . E n K e n i a , p o r l a C h i e f ' s A c t [ L e y ^
j e f e ] , u n a reunión d e m á s d e c i n c o p e r s o n a s , s i n i m p o r t a r d ó n d e s e r e ú n a n n i e o .
qué o b j e t o , r e q u i e r e u n a autorización d e l a policía. L o s e s p a c i o s d e p e r f o r m a n ^ ^ ^
p a r a o r a r , c a n t o s f u n e r a r i o s , b o d a s , r e u n i o n e s p a r a t o m a r e l té o f a m l h a r e s , pí
373
^ACTUACIONES D E L P O D E R
p r a c t i c a r algún d e p o r t e , d e p e n d e n d e l a expedición d e u n p e r m i s o . A s í , c u a n d o
l i ^ pohcía i r r u m p e e n a l g u n a r e u n i ó n o sesión d e u n n a r r a d o r e n u n a v i v i e n d a
particular, l o h a c e n a l a m p a r o a b s o l u t o d e l a ley. Había q u e c o n t e n e r l o s p e r f o r -
0iances e n recintos c o n t r o l a d o s : instalaciones teatrales c o n hcencias, y e n p a r t i c u -
l a r e i i e s c u e l a s y n o e n l o s e s p a c i o s a b i e r t o s d o n d e vivía e l p u e b l o .
E n o t r a s p a l a b r a s , s o s t i e n e G u i h e r m o G ó m e z - P e ñ a e n s u artículo " T l i e A r t -
j s t a s C r i m i n a l " [ E l a r t i s t a c o m o c r i m i n a l ] q u e s e pubhcó e n The Drama Review
¿ a l d e s c r i b i r e s c e n a s s i m U a r e s d e l a represión d e p e r f o r m a n c e s e n l a s c a h e s d e
jVléxico e n 1 9 9 4 :
U n a c o s a es e f e c t u a r a c c i o n e s i c o n o c l a s t a s e n u n t e a t r o o m u s e o a n t e i m púbUco
predispuesto a t o l e r a r conductas e x t r e m a s , y o t r a m u y d i s t i n t a Hevar l a o b r a a las
cahes e i n t r o d u c i r l a e n . e l t e r r e n o m i n a d o d e las i m p r e d e c i b l e s f u e r z a s s o c i a l e s y
políticas..^*'
E s Üustrativa l a comparación e n t r e e l p r i m e r p e r f o r m a n c e d e The Trial of
Dedan Kimathi e l 2 0 d e o c t u b r e d e 1 9 7 6 d e n t r o d e u n r e c i n t o d e p i e d r a y c o n -
c r e t o d e n o m i n a d o T e a t r o N a c i o n a l d e K e n i a y e l d e J Will Marry When I Want,
en e i p u e b l o d e Kamiriithü e l 2 d e o c t u b r e d e 1 9 7 7 e n e l T e a t r o a l A i r e L i b r e ,
construcción s i n t e c h o y p a r e d e s d e p i e d r a . L a p r o d u c c i ó n d e Toe Trial ofDedan
Kimathi e s t u v o a c a r g o d e . e s t u d i a n t e s u n i v e r s i t a r i o s e n inglés; l a d e I Will Marry
When I Wa-nt, a c a r g o d e u n e l e n c o d e c a m p e s i n o s y o b r e r o s e n i d i o m a g i k u ) a i .
Así, e n 1 9 7 6 , a p e s a r d e l a s t e n s i o n e s y l a p u b l i c i d a d e n t o r n o a l a s p r o d u c c i o n e s -
d e Tje Trial ofDedan Kimathi, y a p e s a r d e l a s p r e g u n t a s d e l a policía, d e h e c h o
e l E s t a d o n o e m p r e n d i ó n i n g u n a acción c o n t r a e l p e r f o r m a n c e . P e r o e l 1 6 d e
n o v i e m b r e d e 1 9 7 7 , e l E s t a d o p r o h i b i ó m á s r e p r e s e n t a c i o n e s d e 1 Will Mairy
When I Want, Y e n 1 9 8 2 , o b s t a c u h z a r o n a l m i s m o g r u p o K a m i r i i t h ü p a r a q u e
efectuara p e r f o r m a n c e s e n c u a l q u i e r lugar, i n c l u s o e n e l T e a t r o N a c i o n a l .
j P e r o l a reacción d e l E s t a d o r e s p e c t o d e a m b o s e s p a c i o s e s a ú n m á s i l u s t r a t i v a .
£n 1 9 7 6 y 1 9 8 2 , e l E s t a d o p o s c o l o n i a l podía p r o h i b i r l a e n t r a d a d e l a g e n t e a l
T e a t r o N a c i o n a l p e r o n u n c a destruyó e l e d i f i c i o . E n 1 9 8 2 , después d e q u e e l m i s m o
e l e n c o d e a c t o r e s p u e b l e r i n o s i n t e n t a s e r e p r e s e n t a r o t r a ; o b r a , Mother SingforMe
20
G u i l l e r m o Gómez-Peñíi, " H i c Artíst ns C r i m i n a l " , TDR40¡ i , 1.149, primiivcra de 1996, p. 1X2.
 374
NGÜGÍWATHlo-
[Madre canta para rni], e i E s t a d o reaccionó n o sólo c o n e l r e c h a z o a d a r hce¿
p a r a l o s p e r f o r m a n c e s j s i n o c o n e l envío d e pohcías a r m a d o s p a r a d e m o l e r
c o m p l e t o e l T e a t r o a l A i r e h b r e Kami r i i t h ü . S e p r o h i b i e r o n l o s p e r f o r m a n c e
sólo e n e l C e n t r o , s i n o e n t o d o e l c o n d a d o L i m u r u . E l E s t a d o concedió c-
i m p o r t a n c i a a l a destrucción d e l e s p a c i o a b i e r t o q u e televisó e n s u t o t a U d a -
p e r f o r m a n c e d e l a prohibición d e l o s a c t o r e s d e KamirÜtlui e l 1 2 d e m a r z o
1 9 8 2 , p a r a q u e t o d o e l país s u p i e s e . Aparecía e l c o m i s i o n a d o p r o v i n c i a l , c o n t
s u s burócratas r e g i o n a l e s s u b o r d i n a d o s , c u s t o d i a d o s p o r t r o p a s a r m a d a s , p
c o n v o c a r a t o d o u n p o b l a d o a u n a r e u n i ó n e n l a q u e tendría l u g a r l a c e r e m o n l
n e g a r u n e s p a c i o a l o s a c t o r e s d e K a m h i i t h u . P r e c e d i e r o n l a c e r e m o n i a l a s vj
clones d e Hderes d e las diversas d e n o m i n a c i o n e s rehgiosas establecidas, a q u i e
se l e s hevó a e s c e n a p a r a r e v e s t i r l a ocasión c o n s a n c i o n e s d i v i n a s . P e r o t a m h
f u e n o t o r i o q u e l a mayoría d e l a s o r a c i o n e s a d o p t a r a l a f o r m a d e p e d i r a D i o s rfil
o t o r g a r a a l corazón h u m a n o e l espíritu d e l a t o l e r a n c i a . U n a v e z más, e n 1 9 f
S e t l a A d a g a l a y y o f u i m o s o b j e t o sólo d e u n i n t e r r o g a t o r i o p o h c i a l . P e r o e n 1 9
m e a i ' r e s t a r o n y e n c a r c e l a r o n e n u n a prisióia d e máxima s e g u r i d a d d u r a n t e u n
p a r a l i b e r a r m e sólo t r a s l a m u e r t e d e l e n c a r g a d o d e l E s t a d o , J o m o K e n y a t t a ;
1 9 8 2 s e m e exihó d e K e n i a .
E l E s t a d o p e r c i b e e l e s p a c i o a b i e r t o e n t r e e l p u e b l o c o m o e l área más p
g r o s a , p o r q u e e s l a más v i t a l . Así, e l p e r f o r m a n c e d e l E s t a d o k e n i a n o d e s u r i
d e p o d e r s o b r e e l t e r r i t o r i o t o m ó l a f o r m a d e m i separación d e l p u e b l o , p r i m
íü c o n f i n a r m e e n prisión d e , 1 9 7 7 a 1 9 7 8 , y l u e g o a l f o r z a r m e a s a h r d e l e s p a
territorial e n 1 9 8 2 . E l E s t a d o p u d o haber h e c h o algo peor, c o m o expulsarme*
e s p a c i o g l o b a l a l e s t i l o d e K e n S a r o W i w a , c o m o h i z o c o n c i e n t o s d e keníaii
XI
E l espacio d e p e r f o r m a n c e d e l ai-tista s i g n i f i c a apertm-a; e l d e l E s t a d o , c o i -
m i e n t o . E l arte derriba las barreras entre los pueblos; el E s t a d o las levanta. E l ,
s u r g e d e l a l u c h a h u m a n a p o r h b e r a r s e d e s u c o n f i n a m i e n t o . E s t o s confinamíetí
p u e d e n s e r n a t u r a l e s . P e r o también l o s h a y económicos, p o h t i c o s , s o c i a l e s y esp,
t u a l e s . E l a r t e a n h e l a l a m a y o r c a n t i d a d p o s i b l e d e e s p a c i o fi'síco, s o c i a l y espii^^
p a r a l a acción h u m a n a . E l E s t a d o t i ' a t a d e d e m a r c a r - , h m i t a r y c o n t i - o l a i " .
^ACTUACIONES D E L P O D E R 375
p o r e s t a razón, l a cuestión d e l a p o h ' t i c a d e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e i n c u m b e
t o d a teorización a c e r c a d e l a condición p o s c o l o n i a l . L a política d e l e s p a c i o d e
e r f o n n a n c e e s m u c h o más q u e u n a s u n t o d e l e s p a c i o físico d e u n espectáculo
j-g/vtt'al-Tiene q u e v e r c o n casi t o d o s l o s aspectos d e l p o d e r y d e l s e r e n u n a s o c i e -
(jad c o l o n i a l y p o s c o l o n i a l . T i e n e q u e v e r c o n a q u e U o q u e constituirá l o n a c i o n a l
y lo p r e d o m i n a n t e . E n u n E s t a d o p o s c o l o n i a l esto adopta l a f o r m a d e u n a l u c h a
e n t r e q u i e n e s d e f i e n d e n l a c o n t i n u i d a d d e l a s t r a d i c i o n e s c o l o n i a l e s y qiüenes
d e s e a n v e r s i g n o s p r o p i o s d e u n a nación n u e v a y d e u n p u e b l o n u e v o e n e l e s p a -
cio d e p e r f o r m a n c e c o m o u n c a m p o u n i f i c a d o d e r e l a c i o n e s i n t e r n a s y e x t e r n a s .
p e r o , e n última i n s t a n c i a , l a p o h ' t i c a d e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e y s u u b i c a -
ción e s u n a s u n t o d e c l a s e . E l t r a b a j o h u m a n o e s e l v e r d a d e r o a r t i s t a d e l m u n d o .
T o d a s l a s d e m á s f o r m a s d e expresión artística i m i t a n l a d e l a m a n o y m e n t e
humanas. Y l a m a n o y m e n t e h u m a n a s poseen espacio y t i e m p o infinitos para
e f e c t u a r s u p e r f o r m a n c e d e l a l u c h a p o r l a l i b e r t a d y autorrealización. N o obs-
t a n t e , l a s o c i e d a d d e c l a s e s q u e fiegó a p r o d u c i r s e creó t o d o t i p o d e f r o n t e r a s ,
confinamientos, para encerrar dicha hbertad. L o s confinamientos pueden ser e i
Estado-nación, r e h g i o n e s , r a z a , género, ideología, i d i o m a s , c u a l q u i e r variación
s o c i a l d e e s t o s c o n c e p t o s . L o s a s u n t o s d e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e están h g a d o s a
los d e l a d e m o c r a c i a , a l o s d e l a s o c i e d a d c i v i l , a l o s d e l a c l a s e q u e g o b i e r n a .
U n a d e l a s m a n e r a s más e f i c a c e s d e a s e g i u ' a r e l c o n t r o l d e l t r a b a j o y l o s p r o d u c -
tos d e l t r a b a j o p o r p a r t e d e u n a ininoría s o c i a l e s l a exclusión d e c l a s e s e n t e r a s d e
u n a participación v e r d a d e r a e n l a v i d a n a c i o n a l . C l a s e s c o m p l e t a s d e l p u e b l o a l a s
f i u e s e c o l o c a e n u n c o n f i n a m i e n t o psíquico; e s c l a v o s y s i e r v o s e n l a s s o c i e d a d e s
f e u d a l e s ; e l p u e b l o t r a b a j a d o r e n l o s países c a p i t a h s t a s más a v a n z a d o s h o y e n día; y
las m u j e r e s e n c a s i t o d a s l a s s o c i e d a d e s . E n d i c h a s s o c i e d a d e s e s t o s e h e v a a c a b o
í ^ e d i a n t e l o q u e A n t o n i o G r a m s c i d e s a i b i ó c o m o lej^es d e exclusión hegemónica
" l a s q u e f o r m a l ( 1 9 6 7 ) . E n África, l a exclusión d e l a mayoría y s u c o n f i n a m i e n t o e n
^'"^ e s p a c i o psíquico r e d u c i d o s e logró p o r m e d i o d e l p r e d o m i n i o d e l o s i d i o m a s
^"tópeos j u n t o c o n l o s métodos más b r u t a l e s d e l a b o t a p o h c i a l . P e r o e l i d i o m a d e l a
^ ' e r z a c u l t m a l p u e d e s e r t a n b r u t a l p a r a l a p s i q u e c o m u n i t a r i a c o m o l o es l a fiierza
^ ^ U i t a r p a r a e l c u e r p o físico. D e a q m ' q u e l a l u c h a p o r e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e
^ O f m a p a r t e i n t e g r a l d e l a l u d i a p o r e l e s p a c i o demoa-ático y l a j u s t i c i a s o c i a l .
'^'•^ducció II d e R i c a r d o R u b i o
\
376,

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Víctor Vich es un investigador peruano que se formó en el campo de la literatura y se
dedica a los estudios culturales en el Perú co7itemporáneo. En este ensayo, Vich escr
sobre el performance como instrumento simbólico de intervención política, Vich anali-
za el rol de los artistas de los colectivos La Resistencia y Sociedad Civil, quienes du-
rante elfin de la dictadura de Alberto Fujiinori e?? los años noventa realizaron una
serie ch propuestasperformáticas de las que tomaron parte distintos sectores de la ciu-
dadanía peruana. Al estudiar tres performances en los cuales los artistas generaron
espacios de intervenció?i colectiva en repudio a la dictadura fiijimorista y sus aliados,
Vich demuestra el modo en que dichos performances callejeros constituyeron un espa
político alternativo, no sólo de demanda sino de autogestión. A partir de la definición de
^lin Diamond, Vich entiende la práctica del performance como una forma de expresi-
"^idad que utiliza el espacio público para cuestionar los sentidos que dan forma a la
"^ida comunitaria a través de distiií tas prácticas y sífitbolos. Performances tales como e
^ntieiro simbólico de la oficina electoral —en protesta por el fraude que confirmó a Fiji
^^^ort en elpoder en el año 2000—la acción ritual de lavado comunitario de la ban-
^^ra peruana (LÍIVÍI i a b a n d e r a ) , y la colocación de bolsas de basura con fotos de dis-
^'^''itaspersonalidades del régimen de Fujimori ( P o n l a b a s u r a e n l a b a s u r a ) proponen
^^^^evos sentidos de acción política cuyo objetivo principal es constituir una esfera pú
^^^<^a de poder simbólico para interpelar alpoder político y refundar elpacto social.
^ua de las característicasfrindamen tales que señala Vich al analizar la fuerza de
''''^perfil 'manees es su carácter de replicabilidad: se trata de peí formances que pueden
^P^'oducirse más allá de su contexto de origen a través de significantes que se sustituye

[379]
y provocan,-porejemplo, una constelación metonímica de instituciones, i^^^^nes y sf^^
los a lavar más allá de la bandera quefue el primer significante de ''f^^ción" elegidQ
L a s obras que h o y c u e n t a , s o n aqueUas que y a n o
este performance.
s o n obras.
Vich señala la importancia de estos performances y otras acciones similares THEODOIÍ-ADORNO
contexto de los nuevos movimientos sociales que surgen como consecuencia de la
de los partidos políticos tradicionales. En contraste con la política fujimorista de
gar a la ciudadanía al rol de espectadores, Vich destaca el modo en que estos ritua
participativos constituyen espacios de sociabilidad en ¡os cuales el discurso simból
desplaza al discurso político. Ahora bien, dado que las prácticas del perfonnance se c
racterizan por su fuerza perturbadora e inestable, es decir, por su fugacidad, Vich-
pregunta cuál es el aporte de estas acciones para una redefinición de la esfera soctopo
tica a largo plazo, cuál su condición de posibilidad para fundar un estado de cosas q
trascieiida el carácter intermitente del performance. Vich ofrece una respuesta parci
a esta interrogante al plantear que estos perforinances —y los performances relación
dos con la protesta— tienen el valor de "sentar un precedente simbólico en la consti'
ción de nuevos sujetos"pero que, para lograr un efecto a largo plazo que vaya más
del performance corno interrupción de un sistema injusto, accioites de este tipo deb
articularse con otras estrategias que apunten a la constitución de poderpolítico adem
de poder simbólico,
M.

E s t e ensíiyo ñie u n encargo d e l g r u p o de n a b u j o "Cultiu-a y p o d e r " que auspició el C l
bajo l a coordinación de A l e j a n d r o G r i m s o n d u r a n t e 2 0 0 4 . E n Perú, Víctor Delfín,
tavo B u n t i n x , Susana T o r r e s y R o x a n a C u b a m e c o n c e d i e r o n diversas entrevistas. C
siempre, G o n z a l o P o r t o c a r r e r o ( e n l a P U C P ) y R o m e o G r o m p o n e ( e n el I E P ) fijeron c
tantes i n t e r l o c u t o r e s . P u b l i c a d o en: La cultura en las crisis latinoamericanas, AJejai
G r i m s o n (ed.), B u e n o s A i r e s , Clacso, 2 0 0 4 .
E N 1 9 9 7 , T R E S M I E M B R O S D E L T R I B U N A L C O N S T I T U C I O N A L D E PERÚ FUERON
d e s d t u i d o s p o r e l P o d e r E j e c u t i v o p u e s habían d e c l a r a d o i n a p H c a b l e l a l e y d e
"interpretación auténtica" (así s e l l a m a b a ) q u e l o s c o n g r e s i s t a s d e l a b a n c a d a
oficiaÜsta a p r o b a r o n m e s e s a n t e s a fin d e a s e g u r a r u n a n u e v a reelección d e l
gobierno de F u j i m o r i . Por. ello, t a n t o trabajadores c o m o estudiantes u n i v e r s i -
t a i i o s y a l g u n o s p o K t i c o s d e l a oposición s a l i e r o n a m a r c h a r p o r l a s c a l l e s y, d e
esta m a n e r a , e s t a b l e c i e r o n u n a c t o q u e p o r fin rompía c o n e l m i e d o , l a a b u l i a y
el discurso antipolítico q u e había c o n s e g u i d o i m p r e g n a r s e e n e l país casi d e s d e e l
inicio de l a m e n c i o n a d a década.^ D e s d e ese e n t o n c e s , las p r o t e s t a s públicas f u e r o n
haciéndose c a d a v e z más p r e s e n t e s y, p o c o á p o c o , l a s c a h e s fi.ieron convirtién-
dose e n v e r d a d e r o s e s p a c i o s g e n e r a d o r e s d e opinión p o p u l a r y d e r e s i s t e n c i a
ciudadana.
E n este t r a b a j o m e i n t e r e s a a n a l i z a r l o s d i s t i n t o s p e r f o r m a n c e s q u e se p r o d u -
j e r o n d u r a n t e l o s últimos m e s e s d e l a d i c t a d u r a fiijimorista y q u e t u v i e r o n c o m o
l^'^íüidad a p r o v e c h a r e l e s p a c i o público c o m o u n l u g a r d e s t i n a d o a p r o d u c i r u n a
intervención simbófica q u e resígnificara e l s e n t i d o d e l o político y l o c o m u n a l .
Q i ^ i e r o s o s t e n e r q u e d u r a n t e a q u e l t i e m p o estos p e r f o r m a n c e s c u m p f i e r o n u n a
^ '"^ción m u y i m p o r t a n t e e n l a caída d e l g o b i e r n o e n t a n t o d e f i n i e r o n s u c a m p o
^ bataUa s o b r e a l g r u i o s d e l o s s o p o r t e s i m a g i n a r i o s d e l a nación y t e r m i n a r o n
"^ació ^"^^ipolíticn" m e r e f i i ; r o a l i i siistiUidón d e l o s p a r t i d o s políticos p o r l o s m e d i o s d e c o m u n i -
^arc'^' ^'^cambio d e l:is ideologías p o r d i s c u s i o n e s técnicas y n h excesivu centralización d e l p o d e r e n e l
^ prácticas ílicrtemente a u t o r i t i i r i a s .
[383 ]

:ia4
p o r c o n s t i t u i r s e c o m o prácticas a l t a m e n t e políticas a c e r c a d e cómo podrían co
t i t u i r s e las n u e v a s r e l a c i o n e s e n t r e l a s o c i e d a d c i v i l y e l E s t a d o .
M e i n t e r e s a , e n t o n c e s , a t r a v e s a r n a r r a t i v a m e n t e ] a m e n c i o n a d a experier^
política a p a r t i r d e t r e s categorías q u e e n l o s últimos años s e l i a n v u e l t o m u y {
p o r t a n t e s e n l o s d e b a t e s a r t i c u l a d o s a l i n t e r i o r d e l a c i e n c i a política y l a críy
c i d t u r a l . M e r e f i e r o a l a categoría d e p e r f o r m a n c e , a l c o n c e p t o d e "esfera públj-
y a l a teoría d e l o s l l a m a d o s " n u e v o s m o v i m i e n t o s s o c i a l e s " . Po):performance hr
r e f e r e n c i a a u n a f o r m a d e e x p r e s i v i d a d q u e es a c t u a l i z a d a e n u n e s p a c i o público
q u e t i e n e c o m o o b j e t i v o c u e s t i o n a r las prácticas q u e e s t r u c t u r a n l a v i d a c o m u
t a r i a . 2 E n e f e c t o , l o s p e r f o r m a n c e s p e r m i t e n o b s e r v a r las p o s i b i l i d a d e s d e agen
d e l o s s u j e t o s y l o s e s p a c i o s vacíos q u e i a hegemonía n o h a p o d i d o aún c o n q u i s t
A l m i s m o t i e m p o , p o r "esfera pública" n o v o y a e n t e n d e r u n a dimensión p r e v i
m e n t e c o n s t i t u i d a d e l a v i d a s o c i a l s i n o , más b i e n , u n a dinámica d e l a socied
c i v i l p o r a u t o g e n e r a r u n e s p a c i o d e autonomía crítica e n l a producción d e o
nión p o p u l a n ^ M e i n t e r e s a , p o r t a n t o , o b s e r v a r e l s i g n o d e l o p o U t i c o e n l a c a l i
l a c a p a c i d a d d e ésta p a r a l e g i t i m a r u n p o d e r político a l t e r n a t i v o . Y d e t o d o -
d i c h o acerca d e l o s " n u e v o s m o v i m i e n t o s s o c i a l e s " c r e o i m p o r t a n t e s u b r a y a r q
las l u c h a s p o r u n a n u e v a ciudadanía e x p r e s a n l a v o l u n t a d p o r c o n s t r u i r u n a p o
t i c a c u l t u r a l q u e dé c u e n t a d e l a i m p o r t a n c i a d e las r e p r e s e n t a c i o n e s y l o s sím^
l o s e n c u a l q u i e r p r o y e c t o político.'*
E n p r i m e r l u g a r , haré u n a b r e v e crónica d e l s u r g i m i e n t o d e l o s g r u p o s
artistas que p r o t a g o n i z a r o n l a m a y o r cantidad d e acciones e n L i m a y para '
describiré a l g u n o s p u n t o s r e l e v a n t e s d e l c o n t e x t o s o c i a l y político d e a q u e l !
m o m e n t o s . L u e g o pasaré a c o m e n t a r a l g u n o s p e r f o r m a n c e s , e n l a a s t u c i a d e
símbolos y e n s u c a p a c i d a d d e articulación d e n u e v o s s i g n i f i c a d o s poh'Ü
F i n a l m e n t e , l a combinación teórica d e l a s categorías a r r i b a d e s c r i t a s m e ser
— e s p e r o — p a r a e v a l u a r t o d o e l p r o c e s o y p a r a d a r c u e n t a cómo, d u r a n t e
m o m e n t o e n Perú, l a a g e n c i a d e l a c u l t u r a ( o d e l " a r t e " , s i se q u i e r e ) s u s t i t u y o
2 E i i n D i a m o n d , Performance and CulturalPoUtks, L o n d r e s y N u e v a Y o r k , R o u t i c d g e , 1 9 9 6 , p- ^'
^ A n d r e w A r a t o , y J e a n C o l i c n , "Esferü pública y s o c i e d a d c i v i l " , MetapoUtica, v o l . 3 , núm. 9 ,
E v e l i n a D a g n i n o , " C u l t u r a , ciudadanía y d e m o c r a c i a : l o s n u e v o s d i s c u r s o s y prácticas c a m b i a n
l a i z q u i e r d a l a t i n o a m e r i c a n a " , e n Políiica cidluraty cultura política, una mirada sobre lo movimí^'^^'^^
latinoameñcanos, A r t u r o E s c o b a r , S o n i n Álvarez, y E v e l i n a D a g n i n o (cds.), M a d r i d , T a u r u s , 2001»
p I í S O B E D I E N C I A SIMBÓLICA 385
VÍCTOR v t
i g u n a m e d i d a a l d i s c u r s o p o h ' t i c o y pasó a c o n v e r t i r s e e n r e c u r s o c o n t e s t a t a i i o
'j-ealmente d e n s o .
prevísima historia: movimientos sociales, acciones colectivas, sociedad civil
L u e g o d e l a u t o g o l p e d e 1 9 9 2 , l a oposición a l a d i c t a d u r a d e F u j i m o r i se c a r a c -
terizó p o r s u d e b i h d a d simbólica p e r o , s o b r e t o d o , p o r s u i n c a p a c i d a d a r t i c u l a t o r i a
en términos d e l a formación d e n u e v o s c o l e c t i v o s sociales.^ A l a e s t r e p i t o s a caída d e
los parüdos políticos e n Perú, l a s p o c a s a c c i o n e s d e p r o t e s t a q u e s e r e a l i z a b a n
f u e r o n v i s t a s c o m o h e c h o s a i s l a d o s p r o d u c t o d e g r u p o s s i n m a y o r ñierza p o h ' t i c a .
A n i v e l i n t e r n a c i o n a l , sólo M a r i o V a r g a s L l o s a se convirtió e n u n c o m b a t i v o o p o -
sitor a l régimen, p e r o e n e l o r d e n i n t e r n o — s a l v o e x c e p c i o n e s c o i n o l a s d e l F o r o
Democrático o d e l c o l e c t i v o , d e n o m i n a d o M u j e r e s p o r l a D e m o a - a c i a — d e s t a c a b a
realmente la ausencia d e u n verdadero m o v i m i e n t o ciudadano.
E l a n t e c e d e n t e más r e m o t o d e L a R e s i s t e n c i a podría l o c a f i z a r s e e n 1 9 9 6 l u e -
go d e q u e e l C o n g r e s o fiijimorista a p r o b a r a l a l e y d e amnistía c o n t r a l o s m u l t a r e s
i m p l i c a d o s e n l a Asolación d e l o s d e r e c h o s h u m a n o s . I n d i g n a d o s p o r t a l h e c h o ,
m u c h o s a r t i s t a s r e a c c i o n a r o n enérgicamente ( R i c a r d o W i e s s e , p o r e j e m p l o , d i b u -
jó c a n t u t a s e n l a m i s m a f o s a común d o n d e e n c o n t r a r o n l o s cadáveres d e l o s e s t u -
diantes; E d u a r d o V i l l a n e s realizó l a n o t a b l e intervención Evaporados e n l a vía
expresa d e l a c i u d a d , ) ' ' S u s a n a T o r r e s comenzó a i n v e s t i g a r - l a invisibÜización d e las
i d e n t i d a d e s s u b a l t e r n a s a l i n t e r i o r d e l d i s c u r s o n a c i o n a l clásico) h a s t a q u e e l d e s -
tacado escLiltor n a c i o n a l , Víctor D e l f i n , decidió p r o t e s t a i - e n l a s calles e n c a b e z a n d o
^ina i m p o r t a n t e m a r c h a q u e l u e g o s e cristalizaría e n e l m o v i m i e n t o T o d a s l a s
Sííngres, T o d a s las A r t e s . D u r a n t e l o s m e s e s s i g u i e n t e s , e s t e c o l e c t i v o f u e u n o d e
^os más a c t i v o s p r o m o t o r e s d e e v e n t o s d e oposición y e n él c o n f l u y e r o n p e r s o n a -
edades q u e tenían l i i i s t o r i a s políticas d i v e r s a s : L e s l i e L e e , R o x a n a C u b a , A n a
alaría O r t i z y l i e r b e r t Rodríguez, e n t r e o t r o s . T o d o s e l l o s c o m e n z a r o n a p r o p o -
•^•^r u n a i d e a r e a l m e n t e r e l e v a n t e : l a l u c h a contx-a l a d i c t a d u r a debería e s t a r i m -
Pend ^''^^''^^'^ dcmocráücamcnte e n 1 9 9 0 , F u j i m o r i decidió c e r r a r c l C o n g r e s o d o s años después y s u s -
. ^ l a Constitución e n l o q u e se denominó e l p r i m e r a u t o g o l p e d e l a tradición l a t i n o a m e r i c a n a .
\ ' p o r t a n t o , un g o b i e r n o a p o y a d o e n l a s f u e r z a s m i l i t a r e s y e n u n g r n n a p a r a t o político b a s a d o e n
^'^"'•''^^^^ííción d e l p o d e r , e l c o n t r o l de l o s m e d i o s de comunicación y l a corrupción g e n e r a l i z a d a .
 386
VÍCTOR V I
p r e g n a d a d e símbolos d e s t i n a d o s a t r a n s f o r m a i - e l i m a g i n a r i o o f i c i a l d e l regirte
S e t r a t a b a , e n t o n c e s , d e d e s e s t a b i l i z a r a l a d i c t a d u r a d e s d e l o s símbolos y e l ,
E n u n i n i c i o , L a R e s i s t e n c i a s e planteó c o m o u n a especie d e " c o o r d i n a d o r a " y
consiguió a r t i c u l a r - a u n i m p o r t a n t e g r u p o d e c i u d a d a n o s q u e asumían, cada
c o n m a y o r v e h e m e n c i a , l a n e c e s i d a d d e luchar- p o r l a d e m o c r a c i a .
P o r o t r o l a d o , p e r o algún t i e m p o después, más específicamente l a n o c h e d
d e abriJ. d e l año 2 0 0 0 , es d e c k , l u e g o d e l g r a n f r a u d e d e l a t e r c e r a reelección
n u e v o g r u p o d e a r t i s t a s también decidió e n f r e n t a r s e a F u j i m o r i u t i l i z a n d o
b o l o s culturales.*^ S e t i a t a b a d e p r e s i o n a r par'a n u e v a s e l e c c i o n e s , d e s a c r e d i t a r
esa-utinio electoral y convocar a u n gran m o v i m i e n t o de desobediencia ci
A i - m a d o s d e v e l a s , l a z o s n e g r o s , c r u c i f i j o s e, i n c l u s i v e , c o n u n féretro d e p o r m
d i o , u n g r u p o d e c i u d a d a n o s p r o v e n i e n t e s d e las a r t e s plásticas e n t r e l o s q u e
e n c o n t r a b a n S u s a n a T o r r e s , G u s t a v o B u n t i n x , EmiÜo S a n t i e s t e v a n , C l a u
C o c a , Jorge Salazar, A b e l V a l d i v i a , L u i s G a i - d a Z a p a t e r o , S a n d r o V e n t u r o y
t a l i a Iguiñiz r e a l i z a r o n El entierro político de la O N P E ( O f i c i n a N a c i o n a l d e P r o
sos E l e c t o r a l e s ) e n u n a c e r e m o n i a e n l a q u e , f r e n t e a l P a l a c i o d e J u s t i c i a , se
p o r m u e r t o a l régimen d e F u j i m o r i y se d e s a u t o r i z a b a púbficamente cualqui,
d e s u s fiitinas a c c i o n e s . E s t e p r i m e r p e r f o r m a n c e marcó e l s u r g i m i e n t o d e l
l e c t i v o S o c i e d a d C i v i l q u e , c o n e l p a s a r d e l o s m e s e s , comenzaría a t e n e r u n '
pacto poh'tico realmente inusitado.
H o y s a b e m o s q u e e l s u r g i m i e n t o d e l o s m o v i m i e n t o s s o c i a l e s es c o n s e c u
cia d e u n a i n s u f i c i e n c i a d e las i d e n t i d a d e s existentes y d e los m a r c o s institu
n a l e s e n c a r g a d o s d e n o m b r a r l a s . H ; o y s a b e m o s también q u e t o d o m o v i m i
s o c i a l es u n a f o r m a d e acción c o l e c t i v a q u e t i e n e e n t r e s u s o b j e t i v o s c o n s
n u e v a s i d e n t i d a d e s e n m a r c a d a s e n d i f e r e n c i a d o s s e n t i d o s d e l a v i d a comí
S u r g i d o s básicamente d e l a s clases m e d i a s , e s t o s d o s g r u p o s se d i e r o n c u e n t a
q u e n u e v a s f o r m a s d e p r o t e s t a e r a n n e c e s a r i a s y q u e y a n o se t r a t a b a s o l a m ^
de "encabezar la revuelta" sino, sobre todo, d e p r o d u c i r u n sentido alternati'
l a íacero n .
^ F u j i m o r i ñie r e e l e g i d o e n 1 9 9 5 c o m o p r e s i d e n t e d e Perú. L a constitución a p r o b a d a e n 1 9 9 3 i W
su t e r c e r g o b i e r n o p e r o a q u e l l a l e y d e "interpretación auténtica" s o s t u v o q u e su c a n d i d a t u r a e n e l a^o
n o sería l a t e r c e r a s i n o s i m p l e m e n t e l a s e g i m d a reelección.
M a r i s a R e v i l l a , " E l c o n c e p t o d e m o v i m i e n t o s o c i a l : acción, i d e n t i d a d y s e n t i d o " , e n R o n i c o
p o n e {Qá.),ImHtucioiies políticas y sociedad, L i m a , I E P , 1 9 9 5 , p. 3 7 9 .
pESOBEDIENCIA SIMBÓLICA 387
Lava la bandera
p r o b a b l e m e n t e , l a M a r c h a d e i o s C u a t r o S u y o s h a y a s i d o l a movifización más
g r a n d e y o r g a n i z a d a d e l a h i s t o r i a r e p u b l i c a n a d e l país. N o c r e o q u e se t r a t e d e
más i m p o r t a n t e p e r o sí d e u n m o m e n t o político c e n t r a l q u e sacó a l a l u z l a
v o l u n t a d democrática d e b u e n a p a r t e d e l o s p e r u a n o s . S e c a l c u l a q u e e n e U a
p a r t i c i p a i - o n a h ' e d e d o r d e 2 5 0 m i l p e r s o n a s , d e l a s c u a l e s más d e 4 0 m i l l l e g a -
j-oa a L i m a d e s d e e l i n t e r i o r d e l país. S i e n e l p a s a d o prehispánico aqueüas
a r a n d e s m o v i h z a c i o n e s t u v i e r o n u n carácter s a g r a d o y r e U g i o s o , e n e l Perú d e
F u j i m o r i se trató más b i e n d e u n e j e r c i c i o cívico p a r a r e i n t e r p r e t a r l a c i u d a d a -
nía. A p e s a r d e l a i n t e n s a " g u e r r a s u c i a " q u e e l g o b i e r n o desató c o n t r a l a m a r c h a
y, s o b r e t o d o , d e l a g r a n c a n t i d a d d e o p e r a t i v o s p s i c o s o c i a l e s q u e se u t i l i z a r o n
para i n t e n t a r d e s a c r e d i t a r l a , l o c i e r t o es q u e e l 2 7 d e j u h o d e 2 0 0 0 l o s p e r u a n o s
que c a m i n a r o n p o r l a s c a l l e s d e l c e n t r o d e L i m a s i n t i e r o n q u e l a constfucción
de u n país d i f e r e n t e sí e r a p o s i b l e y q u e e r a n e c e s a r i o r e t o r n a r a las bases m i s -
mas d e l a v i d a c o l e c t i v a . ^
Lava la bandera f u e u n a intervención c l a v e e n e s e s e n t i d o : comenzó a d e s -
arrollarse meses antes de l a M a r c h a d e los C u a t r o S u y o s pero, e n realidad, a d -
quirió i n u s i t a d a fiierza l u e g o d e ésta. S u o b j e t i v o fiie p r o d u c i r u n a i m a g e n e m o c i o -
nal d e s t i n a d a a r e m o v e r l a c o n c i e n c i a c o l e c t i v a a p a r t i r d e l c u e s t i o n a m i e n t o d e
u n o d e l o s más e s t a b l e s s i g n o s d e l a nación: l a b a n d e r a p e r u a n a . C o m o u n " r i t u a l
p a r t i c i p a t i v o d e l i m p i e z a d e l a p a t r i a " , ^ s u s c r e a d o r e s d e c i d i e r o n q u e había q u e
lavar l a b a n d e r a p e r u a n a p a i ' a así p o n e r e n e s c e n a t o d a l a corrupción d e l régimen
de A l b e r t o F u j i m o r i . S e ti-ataba d e l a construcción d e u n símbolo de, p r o t e s t a
bajo u n s e n t i d o e m a n c i p a d o r y c i e r t a m e n t e p r o p o s i t i v o : u n a especie d e b a u t i s m o
ciudadano generador d e u n a n u e v a v i d a .
^ Centre l a c a n t i d a d d e o p e r a c i o n e s q u e e l g o b i e r n o d e F u j i m o r i realizó p a r a d e s a l e n t a r l a m a r c h a se
P'^dría s u b r a y a r l a detención d e l o s a u t o b u s e s e n las carreteras, e l r e p a r t o d e v o l a n t e s q u e c a l i f i c a b a n d e
subversivos" a d i f e r e n t e s líderes d e oposición y u n c o n j u n t o d e a t e n t a d o s t e r r o r i s t a s c o m o e l s i g u i e n t e :
^ 7 de j u l i o u n a c a m i o n e t a s i n c o n d u c t o r embistió b r u t a l m e n t e c o n t r a l a casa d e u n d i r i g e n t e p o p u l a r
^"^eauizador d e l a m e n c i o n a d a m a r c h a , q u i e n se salvó d e m o r i r . L o s p r i n c i p a l e s m e d i o s periodísticos,
^•^davia l i b r e s d e l c o n t r o l , r e g i s t r a r o n l a n o t i c i a .
Gustavo B u n t i n x , " L a v a l a bandera: e l Colectivo Sociedad C i v i l y e l derrocamiento cidturai de l a
'^^'^clura e n e l Perú", ( m a n u s c r i t o ) , p . 5 [ D i s p o n i b l e e n : h t t p : / / h e m i s p h e r i c i n s t i u i t e . O r g / j o u r n : d / 3 . l / e s p /
*^^^^-Pg_buntinx.html].

VÍCTOR v j ^ ^
E n íiqncllos m o m e n t o s I n pntría e s t a b a más s u c i a q u e n u n c a , e l E s t a d o s'^''
había v u e l t o u n a j D a r a t o maíioso y , p o r t a n t o , e r a n e c e s a r i o l a v a r a l a p a t r i a e n ui^¡^'
d e l o s e s p a c i o s más c l a r a m e n t e r e p r e s e n t a t i v o s d e l a v i d a s o c i a l e n Perú: l a P ^ ^ ^
M a y o r d e l a c i u d a d d e L i m a . T o d o s l o s v i e r n e s d e l año, d e d o c e d e l día a tres
la tarde, convocados p o r e l C o l e c t i v o Sociedad C i v i l m u c h o s ciudadanos c o m e n (
z a r o n a a c u d i r ahí; e n m e d i o d e b a t e a s r o j a s , a g u a l i m p i a y jabón B o h ' v a r se p^oM
cedía públicamente a l l a v a d o d e l a b a n d e r a p e r v i a n a e n \ a m b i e n t e q u e c o m b i ^
n a b a la fiesta c o n l a p r o t e s t a s o c i a l .
C o n e l p a s a r d e l t i e m p o , e l e v e n t o fiie g a n a n d o p o p u l a r i d a d , las c o l a s fiieraá
incrementándose y m u c h a g e n t e d e d i f i ^ r e n t e s clases s o c i a l e s comenzó a asistirÉ^
l a p l a z a p a r a e x p r e s a r así, l a v a n d o l a b a n d e r a , s u indignación f r e n t e a l régimeni'
L a c e r e m o n i a tenía v a r i o s m o m e n t o s c o m o s i f u e r a u n r i t u a l : u n a v e z U m p i a , ! ^
b a n d e r a e r a m e t i c u l o s a m e n t e e x p r i m i d a y l u e g o c o l g a d a ahí m i s m o , d e l a n t e d í
l a s e d e c e n t r a l d e l g o b i e r n o , c o n v i r t i e n d o d i c h o e s p a c i o e n u n " g i g a n t e s c o tendáíl
popiüar".^'^ ,Í|
P u e d e decirse q u e e l a u g e d e Lava ¡a bandera surgió c o m o u n a r a d i c a l i z a c i o t S
de l a M a r c h a d e los C u a t r o Suyos, y a q u e l u e g o d e ella e l gabinete de F u j i m o r i h M |
bía d L f i i n d i d o l a i d e a d e q u e l a s m u e r t e s alií o c u r r i d a s e r a n c u l p a d e u n r e b r d t a j
s e n d e r i s t a i m p r e g n a d o e n j n p r o t e s t a s o c i a l . E n ese s e n t i d o , m u c h o s p o h ' t i c o s m í ^
d o s o s c o m e n z a i ' o n a "pactar" c o n e l g o b i e r n o y r e n u n c i a r o n a s e g m r l u c l i a n d o e n l
calles. Así, I^ava la bandera representó l a presión d e u n s e c t o r d e l a s o c i e d a d c
q u e n u n c a q u i s o d a r s u b r a z o a t o r c e r y q u e decidió c o n d u c i r l a p r o t e s t a s o c i a l h a
sus úldmas c o n s e c u e n c i a s . E s decir, t o d o s l o s c i u d a d a n o s q u e n u n c a e s t u v i e r o n
a c u e r d o e n n e g o c i a i - políticamente c o n u n régimen clar-amente m a f i o s o e n c o n t r
e n este p e r f o r m a n c e s u m e j o r y más auténtico l u g a r d e r e s i s t e n c i a .
E n e f e c t o , m u y p o c o t i e m p o después, t o d o s l o s d e p a r t a m e n t o s y pro\áncias;
P e n i c o m e n z a r o n a l a v a r l a b a n d e r a e n sus r e s p e c t i v a s p l a z a s públicas y, p o r s i fhi
poco, muchas comunidades peruanas e n e l extranjero h i c i e r o n l o m i s m o l l a m a n
l a atención d e l a p r e n s a i n t e r n a c i o n a l . P e r o eso n o es t o d o : p e n s a d a s las p o s i b i H
des d e s u " e f e c t o d e r e p l i c a b i l i d a d " , l o s símbolos d e Lava ¡a bandera l l e g a r o n
a s o m b r o s a m e n t e e x p a n s i v o s n o sólo p o r l a canüdad d e g e n t e q u e comenzó a J
i u c r a i ' s e c o n e l l o s s i n o , además, p o r q u e sus s i g n i f i c a n t e s c o m e n z a r o n a susütu
Ibídem, p. 6 .
p E S O B E D I E N C I A SIMBÓLICA 389
j e s c o n t r o l a d a m e n t e , e n múltiples dir-eccÍones. D e h e c h o , e n l o s días finales d e l régi-
' [ l i e n se l a v a r o n también l o s u n i f o r m e s d e l o s g e n e r a l e s c o r r u p t o s e n las a R i e r a s d e l
C o m a n d o C o n j u n t o d e l a s F u e r z a s A r m a d a s , las t o g a s d e l o s j u e c e s mañosos
' delíii^t^^ d e l P o d e r J u d i c i a l e, i n c l u s i v e , y o m i s m o v i l a v a r b a n d e r a s d e l V a t i c a n o e n
¡¡; C a t e d r a l d e L i m a e l día q u e s e p r o d u j o l a m i s a d e r e c i b i m i e n t o a J u a n L u i s
j p r i a n i (obispo d e l O p u s D e l y a m i g o de F u j i m o r i y M o n t e s i n o s ) q u e acababa d e
ser n o m b r a d o caj-denal d e P e m p o r K a r o l W o j t ) d u .
D e e s t a m a n e r a , l a b a n d e r a ( e n t a n t o símbolo d e u n i d a d n a c i o n a l ) y l a p l a z a
púbÜca ( e n t a n t o s i g n o d e l a c c n t r a l i d a d d e l p o d e r ) se c o n v i r t i e r o n e n l o s d i s p o -
sitivos u t i l i z a d o s p a r a p o n e r d e m a n i f i e s t o l a a b s o l u t a crisis d e l p a c t o s o c i a l e n
Perú y, s o b r e t o d o , p a r a p r o p o n e r u n a m a n e r a n u e v a d e s i g n i f i c a r l a nación d e s d e
el p r i n c i p i o . D i c h o d e o t r a f o r m a : Lava la bandera demostró q u e e l E s t a d o -
nación s i g u e s i e n d o u n m a r c o firndamental e n l a definición d e l a s i d e n t i d a d e s
sociales y q u e l a construcción d e l c i u d a d a n o se e n c u e n t r a i n e v i t a b l e m e n t e a t r a v e -
sada p o r l o simbóhco y p o r l o político. E s d e c k , las b a n d e r a s n o s o l a m e n t e c o n d -
nuaron marcando e l s e n t i m i e n t o d e pertenencia a u n colectivo nacional sino que
además e s t a b l e c i e r o n u n a p o d e r o s a d e m a n d a : c o n s u s c o l o r e s 3'a U m p i o s , r e p r e -
s c u t a r o n e m o c i o n a h i i e n t e e l p a t r i m o n i o simbóÜco s o b r e e l c u a l b u e n a p a i t e d e l a
s u b j e t i v i d a d e n c u e n t r a s u s t e n t o , y p o r l o m i s m o e x i g i e r o n q u e las p r o m e s a s d e l
pacto s o c i a l s e a n c u m p l i d a s .
A p a r t i r d e u n a práctica t a n h a b i t u a l y d e e l e m e n t o s m u y s e n c i l l o s , e s t e p e r -
formance puso d e manifiesto lasconexiones entre vida cotidiana y poHtica, y
demostró q u e l a construcción d e u n n u e v o s u j e t o — u n s u j e t o c i u d a d a n o d i f e -
r e n t e — b i e n podía p a r t i r d e u n a r a d i c a l interpelación simbófica. L a t r a n s p a r e n -
cia e n l a gestión pública y l a n e c e s i d a d democrática d e l a participación p o p u l a r
dieron i n t e n s o s significados que c o m e n z a r o n a circular gracias a ella.
Fon la basura en la basura
^•-icgo d e l d e s t a p e d e l p r i m e r " v i a d i v i d e o " ^ ^ — d o n d e se mosü-aba l a c o m p r a d e u n
•^^ngresista o p o s i t o r p a r a q u e s e p a s a r a a l a b a n c a d a o f i c i a f i s t a — , e l g r a d o d e
P o r " v l n d i v i d e o " s e h a c e r e f e r e n c i a u todas aquellas c i n t n s de v i d e o queñicron grabadas p o r V l a d i m i r o
" i l e s i i i o s d o n d e se r e g i s t r a b a n actos d e corrupción y q u e servían p a m e.-ctorsíonar a l o s I n v o l u c r a d o s . E n

VÍCTOR
indignación c i u d a d a n a ñie muellísimo m a y o r y l a s o c i e d a d p e r u a n a t u v
e n f r e n t a r s e a u n a i m a g e n t o t a l m e n t e d e g r a d a d a d e sí m i s m a : u n a e s p e c i e d e
p e j o d o n d e e l país podía r e c o n o c e r e l l a d o más p e r v e r s o d e s u i d e n t i d a d y ^
h i s t o r i a . E n ese v i d e o —y e n l o s m u c h o s o t r o s q u e s i g u i e r o n días después-^
p e r u a n o s n o s o l a m e n t e n o s c o n f r o n t a m o s ante l o r e a l o c i d t o d e l a mafia tu
m o n t e s i n i s t a s i n o a n t e a l g o m a y o r ( m u c h o más trágico) q u e se r e l a c i o n a b a
t o d a n u e s t r a c u l t u r a y q u e n o s i n t e r p e l a b a s i n compasión.
D e s d e ese m o m e n t o , p a r a e l C o l e c t i v o S o c i e d a d C i v i l e l o b j e t i v o se v o
m u c h o más c l a r o y había q u e c o m p r o m e t e r s e d e u n a m a n e r a rápida y más co
t u n d e n t e : y a n o s o l a m e n t e se t i ' a t a b a d e d e r r o c a r a l régimen d e F u j i m o r i y JVlo
tesinos sino, sobre t o d o , de general- u n g r a n m o v i m i e n t o c i u d a d a n o que pudie
acabai- c o n l a i m p u n i d a d histórica y m e t e r a l a cárcel a l p r e s i d e n t e y s u asesor.}
p e r f o r m a n c e q u e comentaré f u e s u s t a n c i a l d e n t i - o d e l a l u c h a p o K t i c a d e aquella
días p u e s él, proponiéndoselo o n o , p u d o c a n a l i z a r t o d a l a v i o l e n c i a q u e l a poblí
ción p e r u a n a e x p e r i m e n t a b a e n ese m o m e n t o .
B a j o e l l e m a Po?i ¡a basura en la basura, l a i d e a consistió e n e l r e p a r t o d e mí
de 3 0 0 m i l bolsas d e basura c o n las f o t o s impresas d e F u j i m o r i y M o n t e s i n o
q u i e n e s se e n c o n t r a b a n v e s t i d o s c o n e l c o n o c i d o ü-aje a r a y a s d e p r e s i d i a r i o comúí
T a l v e s t i m e n t a e r a simbólicamente i m p o r t a n t e p o r q u e traía e l r e c u e r d o deíi
captui-a d e A b i m a e l Guznián y a r t i c u l a b a d o s s i g n i f i c a d o s h a s t a e n t o n c e s social
m e n t e d e s v i n c u l a d o s : " t e r r o r i s m o " y "corrupción". E n e f e c t o , e l o b j e t i v o d e est
p e r f o r m a n c e consistía e n q u e l a g e n t e a s o c i a r a q u e l o s m a l e s d e l t e r r o r i s m o real
m e n t e podían c o m p a r a r s e c o n l o s d e l a corrupción (es más, q u e la corrupción á
unaforma de temrismo) y q u e s i u n o s y a e s t a b a n e n l a cárcel a l o s o t r o s les d e b e d
esperar e l m i s m o destino.
P r o d u c i d o a m a n e r a d e l o q u e e n l a tradición l a t i n o a m e r i c a n a se h a l l a m a c
u n e s c r a c h e " , Fon la basura en la basura consistió e n e m b a s u r a r c o n d i c h a s bolSíí
l u g a r e s emblemáticos d e l régimen: e l C a n a l 2 , e l C o m a n d o C o n j u n t o d e \
F u e r z a s A r m a d a s p e r o , s o b r e t o d o , las casas d e l o s poéticos firjimoristas más cq'
n o c i d o s . F l a y q u e s u b r a y a r , s i n e m b a r g o , q u e las b o l s a s n o l l e v a b a n b a s u r a a d e ^
t r o y q u e s o l a m e n t e e s t a b a n l l e n a s d e p a p e l periódico o d e a i r e a l g u n a s veces. F "
e n l a casa d e l a c o n g r e s i s t a M a r t h a Chávez ( r e s p o n s a b l e d e l b l o q u e o s i s t e m a d
ellos a p a r e c e n congresistas, j u e c e s , f u n c i o n a r i o s públicos, b a n q u e r o s y l o s p r i n c i p a l e s dueños d e los caní«
de televisión r e c i b i e n d o g r a n d e s s u m a s d e d i n e r o .
p P , S O B E D I E N C l A SIMBÓLICA 391
las i n v e s t i g a c i o n e s c o n t r a l a corrupción) d o n d e l o s e x c r e m e n t o s s a l i e r o n v o -
l a n d o poí^ l o s a i r e s , p e r o d e s d e s u p r o p i a casa.
S i n e m b a r g o , e l e m b a s u r a m i e n t o más n o t a b l e fiie e l d e l a casa d e l e n t o n c e s
i c e p t e s i d e n t e d e l a Repúbhca, A r n a l d o Márquez, p o r q u e se p r o d u j o e n u n m o -
l l e n t o d e t i - a s c e n d e n t a l i m p o r t a n c i a política. E l 1 9 d e o c t u b r e F u j i m o r i y a se h a -
bía fiigí^do d e l píu's y e l día 2 2 renunció p o r f a x d e s d e Japón. S u h u i d a fiie e l p u n t o
cidminí^nte d e u n a p e r s o n a E d a d m a f i o s a q u e n o encontró algún m e d i o p a r a a f r o n -
tar ios increíbles d e s t a p e s q u e y a u n s e c t o r d e l p e r i o d i s m o y d e l a s o c i e d a d c i v i l
c o m e n z a b a a p r o d u c k s o b r e s u g o b i e r n o . E s e día, Mái-quez afirmó q u e e r a c a p a z
de c o n d u c i r a l país h a c i a u n a transición democrática, p e r o a q u e l l o n o s i g n i f i c a b a
otra cosa q u e u n a p o s i b l e c o n t i n u i d a d d e l a m a f i a e n e l p o d e n P o r e l l o , e l C o l e c t i -
vo S o c i e d a d C i v i l decidió e m b a s u r a r l e s u casa d u r a n t e t o d a l a n o c h e y e s t e a c t o
fue e n t e n d i d o c o m o u n a e s p e c i e d e a d v e r t e n c i a d e l o q u e podía s u c e d e r l e e n l o s
próximos días s i c o n t i n u a b a r e p r o d u c i e n d o l a t e r q u e d a d d e l régimen.^^
P o r t o d o e l l o , a l día s i g u i e n t e y a n t e u n a presión m a y o r q u e y a se había a r t i c u -
lado d e s d e múltiples p o s i c i o n e s , e l m e n c i o n a d o p e r s o n a j e renunció a l c a r g o y e n
pocas h o r a s e l d o c t o r Valentín P a n l a g u a f u e e l e g i d o c o m o e l n u e v o p r e s i d e n t e d e
Perú. U n día después d e s u elección y acompañado n a d a m e n o s q u e p o r J a v i e r
Pérez d e Cuéllar, e l n u e v o p r e s i d e n t e — e n u n g e s t o r e a h n e n t e histórico— salió a
la p u e r t a d e l P a l a c i o d e G o b i e r n o p a r a r e c i b i r d e m a n o s d e l a g e n t e d e l C o l e c t i v o
S o c i e d a d C i v i l n a d a m e n o s q u e l a b a n d e r a p e r u a n a q u e se había l a v a d o t a n t a s
veces ( a n t e s se había c o n v o c a d o a l l U t i m o Lava la bandera), y además d e b i d a -
m e n t e p l a n c h a d a y c o s i d a c o m o e l símbolo d e l a recuperación formal-democrática
en elpaís.^^
E s decir, s i Lava la bandera significó l a apropiación d e l e s p a c i o púbfico e n t e n -
d i d o c o m o e l l a d o más v i s i b l e d e l a corrupción s o c i a l , Fon la basura en la basura
apuntó h a c i a l a e s f e r a p r i v a d a c o m o otr-o l u g a r d o n d e l a m a f i a habían a n c l a d o s u s
redes y e n s a y a b a m u c h a s d e sus e s t r a t e g i a s . D e e s t a m a n e r a , a m b o s p e r f o r m a n c e s
c o n s t a t a r o n e l d e s c e n t i - a m i e n t o d e las lógicas d e l p o d e r y p r o p u s i e r o n l a n e c e s i d a d
c o m b a t i r l o a p u n t a n d o h a c i a múltiples d k e c c i o n e s . E n e f e c t o , s i l a b a s u r a h a
astado i m p r e g n a d a e n Perú d e s d e tiempos i n m e m o r i a l e s , a i final d e l s i g l o x x , l o s
N o e s t o y s u g i r i e n d o q u e A r n a l d o Márquez renunció a l c a r g o a causa d e l e m b a s u r a m i e n t o d e s u casa
^'"o q u e ese p e r f o r m a n c e visibiÜzó d e m a n e r a pública l a g r a n presión s o c i a l q u e e n ese m o m e n t o se vivía.
E s l a f o t o d e carátula de El Comercio, 25 d e n o v i e m b r e d e 2 0 0 0 .
 392
VÍCTOR
peruíinos liegíimos a u n e x t i - e m o t a l q u e m u c h o s c o m e n z a m o s a s e n t i r q u e r e a l
m e n t e estábamos a h o g a d o s e n e l m e d i o d e l a m i e r d a .
El Muro de la vergüenza
E l p r i m e r Muro de ¡a vergüenza se instaló e n L i m a , e n P l a z a F r a n c i a , e n j u l i o d e l
año 2 0 0 0 y consistió e n u n a t e l a d e más d e 1 5 m e t r o s d e l a r g o q u e l l e v a b a p e g a -
das l a s fotografías d e l o s p e r s o n a j e s más c o n o c i d o s d e l a d i c t a d u r a f i i j i m o r i s t a
M a r t h a Chávez, V l a d i m i r o M o n t e s i n o s , F r a n c i s c o T u d e l a , L u z S a l g a d o , F e r n a n -
d o d e T r a g z e n i e s , e l g e n e r a l H e r m o s a , Absalón Vásquez, L m s B e d o y a , e l c a r d e n a l
J u a n L u i s C i p r i a n i y m u c h o s políticos e n c o n t r a r o n s u s r o s t r o s e x p u e s t o s f r e n t e
a l g r a n púbÜco d e l a c i u d a d . E l o b j e t i v o consistía e n p r o v o c a r u n a d e t e r m i n a d a
reacción p o H t i c a e n e l c a m i n a n t e q u e debía m a n i f e s t a r s e a través d e l a e s c r i t u r a . S i
e l l e n g u a j e es u n a práctica s o c i a l d e s t i n a d a a e s t a b l e c e r n u e s t r a noción d e l a r e a l i -
d a d , p o r a q u e l l o s días e l Mtiro de la vergüenza se constituyó c o m o u n a i n t e r v e n -
ción q u e q u i s o p r o p o n e r u n a sanción m o r a l a l o s impÜcados.
E n e f e c t o , e l m u r o transformó e l e s p a c i o púbLco e n u n l u g a r i n t e r p e l a t i v o y
l o pohtizó pedagógicamente. M e d i a n t e l a e s c r i t i n a , se convocó a l a g e n t e a ex-
presar sus o p i n i o n e s y a exliibirlas e n u n lugar abierto y s i n restricciones. Pero no
s o l o se trató d e a q u e l l o s i n o también d e r e s i g n i f i c a r l a p r o p i a h e r r a m i e n t a u t i l i z a -
da: l a escritiu-a. M e e x p L c o m e j o r : e l Muro de la vergüenza invirtió l a posición
histórica d e l a e s c r i t i u ' a e n Perú y t u v o c o m o g e s t o c o l o c a r l a e n e l l a d o s u b a l t e r n o .
E n e f e c t o , e n l a h i s t o r i a d e Perú ( d e s d e l a C o n q u i s t a española) l a esaádira s i e m -
p r e h a s i d o u n s i g n o m u c l i o más a s o c i a d o c o n l a dominación s o c i a l q u e c o n líi
comunicación e x e n t a d e r e l a c i o n e s d e p o d e n
H o y s a b e m o s , g r a c i a s a A n d e r s o n , q u e l a nación t u v o e n l a e s c r i t u r a u n s o p o f '
t e ñmdamental e n t a n t o eüa ñie u n o d e l o s d i s p o s i t i v o s centi:ales q u e promovió
históricamente l a imaginación d e l a c o m u n i d a d . A l r e s p e c t o , l o s nuevos estudios d^^
literacidad d i s t i n g u i d o entre u n a e s a i t u r a "impuesta" y o t r a "autogenerada •
P o r n u e v o s e s t u d i o s d e Üteracidad (neio Hleracy síuc/ies) se h a c e r e f e r e n c i a a u n a c o r r i e n t e ^^^^^^^
q u e a s p i r a a r e c o n c e p t u a l i z a r fas r e l a c i o n e s e n t r e o r a l i d a d y e s a i t u r a c o m o prácticas ^ o c i a l m e n t e ^'^í'j^^^.,
U n a introducción a l t e m a se e n c u e n t r a e n B r i a n S t r e e t , Cross-CiilhimlJlproaches lo Literacy,
C a m b r i d g e U n i v c r s i t ) ' Press, 1 9 9 3 .
D E S O B E D I E N C I A SIMBÓLICA 393
v f l ^
L a p r i m e r a se t r a n s m i t e p o r e l m u n d o o f i c i a l y c o n s i s t e e n l a reproducción i n s t i -
t u c i o n a l i z a d a d e u n c o n j u n t o d e n o r m a s y reglas q u e a l sujeto l e s o n i m p u e s t a s a l
i n a r g e n d e s u c o n t e x t o s o c i o c u l t i u - a l . P o r e j e m p l o e s t a h t e r a c i d a d está a s o c i a d a
c o n e l d i s c u r s o e s c o l a r y burocrático y s e p r e s e n t a a sí m i s m a c o m o u n d i s c u r s o
"superior" t a n t o l e g a l c o m o c u l t i n a l m e n t e . P o r e l c o n t r a r i o , las literacidades " a u t o -
g e n e r a d a s " s u r g e n d e las p r o p i a s n e c e s i d a d e s d e expresión, d e l a g e n t e y se e s f u e r z a n
p o r c o n s t r u i r u n e s p a c i o a l t e r n a t i v o d e relación c o n e l l e n g u a j e . S e t r a t a d e u n
t i p o d e e s a i t u r a más i n s e r t a e n l a v i d a e m o t i v a d e l a s p e r s o n a s q u e " n o está r e g u -
lada p o r reglas f o r m a l e s n i p r o c e d i m i e n t o s d e las i n s t i t u c i o n e s sociales d o m i n a n t e s
y q u e t i e n e n s u o r i g e n e n l a v i d a c o t i d i a n a " . E l Muro de la vergüenza s e inscribió
en e s t a dinámica d e l a s fiteracidades a u t o g e n e r a d a s . Así, se trató d e u n s i g n o q u e
iipostó p o r i m a g i n a r u n a e s c r i t u r a m e n o s r e s t r i n g i d a a l a s d e f i n i c i o n e s d e e l l a
m i s m a surgidas desde e l p o d e n
P e r o h a y q u e r e s a l t a r q u e e l m u r o f u e también u n l u g a r d e l e c t u r a y q u e m u -
chas p e r s o n a s c o n s i d e r a r o n q u e s u f o r m a d e p a r t i c i p a r consistía s o b r e t o d o e n
d e t e n e r s e a l e e r ( y a reírse) d e l o q u e oti:os h a n e s c r i t o . L o s aj'tistas d e l c o l e c t i v o
L a R e s i s t e n c i a entendían q u e a q u e l l a l e c t u r a se transformaría l u e g o e n v o z y q u e
así l a c a d e n a d e s i g n i f i c a d o s , e l r u m o r poptüar, se iría v o l v i e n d o aún más g r a n d e .
R o x a n a C u b a , s u a n i m a d o r a c e n t r a l llevó e l m u r o a d i s t i n t o s l u g a r e s c o m o e l
C u z c o y A y a c u c h o d o n d e t u v o g r a n i m p a c t o . E l Muro de la vergüenza sirvió e n -
tonces p a r a a r t i c u l a r u n c o n j u n t o d e o p i n i o n e s q u e e s t a b a n s o c i a l m e n t e d i s p e r s a s
y que estuvieron siempre invislbllizadas durante l a dictadura de F u j i m o r i .
Conclusiones
í^s n e c e s a r i o d e s t a c a r q u e l a s i n t e i - v e n c i o n e s q u e h e c o m e n t a d o n o f u e r o n l a s
P l i c a s y q u e muchísimas o t r a s s e p r o d u j e r o n d u r a n t e a q u e l l o s m e s e s t a n c a r g a -
•^os d e indignación y p r o t e s t a s o c i a l . También podría m e n c i o n a s e a l a f i c h e Cam-
no cambia ( C o l e c t i v o S o c i e d a d C i v i l ) m e d i a n t e e l c u a l se e m p a p e l a r o n m u -
^'i^s e s q u i n a s d e l a c i u d a d d e L i m a c o n e l o b j e t i v o d e n e u t r a l i z a r l a b u r d a
^^llización q u e l a d i c t a d u r a d e F u j i m o r i e s t a b a p r o d u c i e n d o s o b r e l a estética d e l
j. D a v i d B a r t o n , y M a r y Hamilton,LocalLiterac'ies. Rendijigand Writing in One Community, L o n d r e s ,
«utlcdgc, 1 9 9 S . p . 2 4 7 .
 394
VÍCTOR V I ,
m u n d o populín. A l m i s m o t i e m p o , R i e r o n i g u a l d e i m p o r t a n t e s las g r a n d e s c i n t ^
a m a i - i l l a s q u e l l e v a b a n i m p r e s a l a f r a s e " P e l i g r o , n o pasai-, maña t r a b a j a n d o " {J^,
R e s i s t e n c i a ) c o n las q u e se cercó n o sólo t o d o e l P a l a c i o d e G o b i e r n o s i n o nnj^.
c h o s o t i ' o s e d i f i c i o s d e l a s i n s t i t u c i o n e s públicas más i m p o r t a n t e s d e l país. PQ
último, fiieron c l a v e también las j a u l a s e n m i n i a t u r a e n las q u e se m e t i e r o n p r e s o i
a t o d o s l o s p e r s o n a j e s d e l a m a f i a , c o m o i g u a l m e n t e l o fiie e l MiniUo de ¡a Resisl
tender q u e s e o r g a n i z a b a t o d o s l o s v i e r n e s p o r l a n o c l i e e n M i r a f i o r e s ( d u r a b a u n j
h o r a ) y e i t r a b a j o p o h t i c o d e l A g o r a P o p u l a r a través d e l c u a l , c o m o antaño, m u J
chos oradores p u d i e r o n v o l v e r a expresar sus o p i n i o n e s l i b r e m e n t e e n l a P l a z J
S a n Martín.
S i n e m b a r g o , l a s r a z o n e s d e h a b e r e s c o g i d o c o m e n t a r sólo e s t o s t r e s per-j
f o r m a n c e s se d e b e n a l h e c h o d e q u e e l l o s c o m p a r t e n u n a característica comúq
q u e v a l e l a p e n a s u b r a y a r . M e r e f i e r o a l carácter e m i n e n t e m e n t e " p a r t i c i p a t i v o "
c o n q u e f u e r o n a c t u a f i z a d o s p u e s e l l o s n o se fimitaron a l a s i m p l e "producción
d e o b j e t o s " s i n o q u e e s t u v i e r o n d e s t i n a d o s , s o b r e t o d o , a p r o m o A ^ e r n n conjun-;:
t o d e a c c i o n e s q u e p u d i e r a n d a r c u e n t a d e l t e r r i b l e m a l e s t a r q u e r e i n a b a e n ese
m o m e n t o e n Perú. C o m o y a l o h e s o s t e n i d o , e l l o s f u e r o n p r o d u c i d o s a p a r d t
d e l a construcción d e u n s i m b o l i s m o doméstico i n m e d i a t a m e n t e r e c o n o c i b l e ;
S e trató, p o r t a n t o , d e a c c i o n e s q u e r e p r o d u j e r o n a c c i o n e s c o t i d i a n a s ( l a v a r
a l g o , b o t a r l a b a s u r a , e s c r i b i r d e m a n e r a pública) c o n e l o b j e t i v o d e q u e p u d i e r a U '
r e p l i c a r s e fácilmente y , d e e s t a m a n e r a , p o d e r i n v o l u c r a r a l a ciudadanía h a c i a
u n a m a y o r participación p o h ' t i c a . S i d u r a n t e d i e z años e l g o b i e r n o d e F u j i m o r |
había d e s p o l i t i z a d o a l a ciudadanía p a r a c o n v e r t i r l a e n u n a s i m p l e e s p e c t a d o r a ,
d e u n s h o w e n e l q u e s o l a m e n t e e s t a b a p e r m i t i d o l a relación t u t e l a d a y c l i e n "
t e l a r , p o r s u carácter p a r t i c i p a t i v o , e s t o s p e r f o r m a n c e s r e s i g n i f i c a r o n l a v i d a
política y p u s i e r o n e n e s c e n a l a n e c e s i d a d d e u n a m a y o r a g e n c i a c i u d a d a n a , v
S i e l s o p o r t e d e t o d o p o d e r se b a s a e n l a producción d e u n c a l c u l a d o ejerciciQl
simbóhco, e n e i c a s o d e l a d i c t a d u r a fiijimorista, éste se construyó a través d e l o ^
m e d i o s d e comunicación a l o s c u a l e s secuestró y maniprdó d e u n a m a n e r a g r o t e S ^
c a y s i n h ' m i t e s . ^ ^ S o s t e n g o q u e e s t o s p e r f o r m a t i c e s l e d e v o l v i e r o n e l m i s m o gesta'
a l a d i c t a d u r a ( l a n e c e s i d a d simbólica d e l p o d e r ) p e r o d e u n a m a n e r a i n v e r s a 7''
r e s i s t e n t e : eUos c o n v i r t i e r o n a las p l a z a s públicas e n e s p a c i o s r e p r e s e n t a t i v o s de uíj^
C a r l o s I v d n D e g r c g o r i , La década de la antipolílka. Auge y buida de Alberto Fujimori y Vkdh^^^
Montewm, Límii, íEi'.p. 1 4 . '%
r ^ S O B K D l E N C l A SIMBÓLICA 395
1
l l u e v o p o d e r — e l p o d e r d e l a ciudadanía— y se e s f o r z a r o n p o r r e f u n d a r l a nación
^ e l p a c t o s o c i a l — a p a r t i r d e n u e v o s r i t u a l e s . E s decir-, a l espectáculo d e l a t e l e -
visión b a i ' a t a y d e l a p r e n s a amarÜla, e s t o s p e r f o r m a n c e s o p u s i e r o n l a moviÜzación
ciudadana y l a v i d a s i n censuras; a l i n c e n t i v o d e l a pasividad y d e l c i u d a d a n o
j - o i t i o u n s i m p l e e s p e c t a d o r , eUos a f i r m a i ' o n l a participación púbÜca y e l d e r e c h o a
la p r o t e s t a ; a n t e u n a c u l t u r a fiiertemente c o n t r o l a d a y r e d u c i d a a l espectáculo
p o s m o d e r n o , estos p e r f o r m a n c e s r e p o l i t i z a r o n l a v i d a social y c o n t r i b u y e r o n a
r e d e f i n i r e l r o l d e l c i u d a d a n o e n e i Perú contemporáneo.
D e ahí también l a p e r t i n e n c i a d e l epígrafe d e A d o r n o p r o p u e s t o a l i n i c i o
• de e s t e e n s a y o : e n e l s e n t i d o t r a d i c i o n a l q u e e l p o d e r l e s u e l e a s i g n a r a l o simbó-
lico, estas o b r a s y a n o s o n r e a l m e n t e " o b r a s " p u e s h a n d e j a d o d e t e n e r u n a u t o r d e f i -
nido, n o p o s e e n u n a c o h e r e n c i a s u f i c i e n t e m e n t e estable, i m p f i c a n constantes i n -
t e r a c c i o n e s p e r s o n a l e s y se c o n s t r u y e n a p a r t i r d e u n a v o l u n t a d p e r f o r m a t i v a ,
s i e m p r e repÜcable, postaurática y p o r s u p u e s t o efímera y fiigaz. E l a r t e n o h a s i d o
así o e n t o d o c a s o e l a r t e h a c a m b i a d o m u c h o .
B i e n podría d e c i r s e e n t o n c e s q u e e s t o s p e r f o r m a n c e s r e p r e s e n t a r o n l a " m i -
crofísica d e l a r e s i s t e n c i a " y y a n o l a d e l p o d e r p u e s , e n e f e c t o , e n e l m e d i o d e u n
c o n t e x t o s o c i a l d o n d e l a información se enconti'ó t o t a l m e n t e c e n t r a l i z a d a y d o n d e
t o d o s l o s e s p a c i o s púbhcos e s t u v i e r o n r e a l m e n t e debÜitados; es decir, d u r a n t e u n
p e r i o d o d e l a h i s t o r i a d e Perú d o n d e l a dominación s o c i a l fiie r e a l m e n t e m u y
íuerte, e l d i s c u r s o simbóÜco q u e se activó e n l a s p l a z a s públicas cumplió u n a fim-
ción a l t a m e n t e política, p r o d u c t o r d e n u e v o s s e n t i d o s d e l a v i d a s o c i a l y m e d i a n t e
u n a g r a n a u t o r i d a d pública.
S i c o n s i d e r a m o s q u e e n l o s a c t u a l e s d e b a t e s l a "participación c i u d a d a n a " se
h a v u e l t o u n r e q u i s i t o i n d i s p e n s a b l e p a r a l a v i d a democrática, e l v a l o r d e e s t o s
p e r f o r m a n c e s habría r a d i c a d o t a n t o e n s u " d e s o b e d i e n c i a slmbófica" f r e n t e a l
'"Hundo o f i c i a l , c o m o e n l a i n t e n s i d a d metafórica q u e sus s i g n o s c o n s i g u i e r o n a r -
íiciüar e n l o s i m a g i n a r i o s c o l e c t i v o s . E s t o s e v e n t o s p u s i e r o n a l d e s c u b i e r t o e l p o d e r
Oscuro e i n v i t a r o n a c a m b i a r l o a p a r t i r d e prácticas a l t e r n a t i v a s y d e l a c o n s t r u c -
ción d e n u e v o s s i g n i f i c a d o s . R o x a n a C u b a m e l o expficó d e l a s i g u i e n t e m a n e r a :
' T e n e m o s q u e r e s c a t a r e l h e c h o d e q u e q u i s i m o s h a c e r a l g o y ese a l g o fimcionó"
y G u s t a v o B u n t i n x fiie i g u a l d e c o n t i m d e n t e : " C o n e s t o s r i t u a l e s n o queríamos
''"egresar a l a h i s t o r i a d e l a r t e ; s i m p l e m e n t e queríamos c a m b i a r a l g o d e l a h i s t o r i a
^ secas".

396 VÍCTOR v x (
Postdata (urgente)
¿Qiié qiiedíi d e t o d o a q u e l l o e n l o s días p r e s e n t e s ? ¿Los p e r f o r m a n c e s d e s c r i t o '
K n e a s atrás R i e r o n e n r e a l i d a d a l g o Aí-erdaderamente i m p o r t a n t e , o se t r a t a
b i e n d e u n exceso d e interpretación p r o d u c i d o a l c a l o r i n t e l e c t u a l d e l i n t e n t o
u n a f e ? ¿No está o c u r r i e n d o ( u n a v e z más) u n a tensión e n t i ' e m i m i r a d a C O I X Í ^
i n v e s t i g a d o r académico y m i s d e s e o s c i u d a d a n o s c o m o p o r t a d o r d e u n a i d e o l o g f
especíñca? ¿Cómo p o d e m o s c o n t i n u a r t e o r i z a n d o a l país c u a n d o l o s últimos P - O *
b i e r n o s i n s i s t e n e n r e p r o d u c i r m u c h o s d e l o s m a l e s históricos d e Perú y cüandí»
las p r o t e s t a s s o c i a l e s se v u e l v e n c a d a día más v i o l e n t a s ? ¿Qiié p a s a c o n l a memorií
e n t r e n o s o t r o s ? ¿Es e l p e r f o r m a n c e u n d i s p o s i t i v o ciütural r e a h n e n t e f u n d a d o r d
"algo nuevo"?
E n r e a U d a d , estas f o r m a s d e p r o t e s t a tienen q u e i n t e r p r e t a r s e e n e l m a r c o d e i S
c r i s i s d e l o s p a r t i d o s p o h t i c o s e n Perú y e n ese m o m e n t o R i e r o n l a f o r m a e n q u
m u c h o s p e r u a n o s p u d i e r o n canalizar u n discurso d e c o r t e c o n t e s t a t a r i o que p o
o t r o s m e d i o s se e n c o n t r a b a t o t a l m e n t e r e p r i m i d o . C o m o f o r m a s b a s t a n t e i n t e m
p e s t i v a s , sus características n o s o n difícÜes d e e n u m e r a r : s u r g i e r o n e n Rmción d'
u n r e c h a z o político c o n c r e t o , c r e c i e r o n c u a n d o se d e b i l i t a r o n l a s i n s t i t u c i o n e s
oficiales y n o t u v i e r o n Lderazgos c l a r a m e n t e definidos. E l l a s establecieron la dis»
rupción, l a r u p t u r a y a s u m i e r o n l a posición d e u n a n u e v a ciudadanía p o r v e n i j ^
E n p a l a b r a s d e B a d i o u , se trata* d e m o v i m i e n t o s c i u d a d a n o s q u e aspñ'an a sustii
t u i r a l a política r e p r e s e n t a t i v a m e d i a n t e u n c o m p o r t a m i e n t o ético m e n o s d e l e ^
gacional.^^
S i n embargo, l a p r e g u n t a sobre l a i m p o r t a n c i a del p e r f o r m a n c e y a n o d e b ^
c o n c e n t i - a r s e únicamente e n l a d e n s i d a d i n t e r p r e t a t i v a d e s u s símbolos s i n o má
b i e n e n las posibÜidades d e s u c o n t i n u i d a d política, v a l e decir, e n l a p r e g u n t a d e
a q u e l l o simbóÜco p u e d e l o g r a r a r t i c u l a r s e c o n a l g o más totaÜzador c a p a z d e r e ^
m o v e r estructuras sociales e i m a g i n a r i a s h o n d a m e n t e arraigadas e n n u e s t r a tradi»
ción. N o se t r a t a , e n t o d o caso, d e reactuaÜzar u n a v i e j a dicotomía e n t r e práctica^
simbóÜcas e i n t e r v e n c i o n e s poÜticas, s i n o sólo d e fijarnos cuál podría s e r e l '^^^^^
p a c t o d e e s t o s p e r f o r m a n c e s e n l a transformación d e las s u b j e t i v i d a d e s a l interití.
de l a e s t r u c t u r a social.
1'' A l i i l n B a d i o u , ReJIexmies sobre nuestro tiempo. Intenogacioiies acerca de ta ética, la política y la exp^'"^^''
de lo iubumauo, B u e n o s A i r e s , E d i c i o n e s d e l Cifrüdo, 2 0 0 0 , p . 3 2 .
E S O B E D I E N C I A S I M B Ó L I C A 397
E f e c t i v a m e n t e , diclros performances h a n tenido ei v a l o r de sentar u n prece-
diente simbóhco e n l a constitución d e n u e v a s s u b j e t i v i d a d e s , p e r o es c i e r t o q u e
todavía n o l o g r a n i n s t a l a r s e c o m o e j e m p l o s d e f o r m a s d e p r o t e s t a , y m e n o s aún
h a n c o n s e g u i d o articiüarse a l i n t e r i o r d e u n a p r o y e c t o poÜtico m a y o r y más r a d i c a l .
L u e g o d e u n a década d e v i o l e n t a s y p e r m a n e n t e s p r o t e s t a s s o c i a l e s , n o s e n c o n -
t r a m o s todavía m u y l e j o s d e c o n s t a t a r q u e eüos h a y a n r e p r e s e n t a d o e i s u r g i m i e n t o
de u n a n u e v a s o c i e d a d c i v i l .
C r e o , p o r t a n t o , q u e sus imágenes e m o c i o n a l e s R i e r o n sólo e l p r i m e r p a s o p a r a
comenzar- a d a r l e n u e v a f o r m a a las p r o t e s t a s sociales. A u n q u e l a p o h ' t i c a h a r e a p a -
r e c i d o y las prácticas p e r f o r m a t i v a s deberían k s e v o l v i e n d o c a d a v e z más i n t e n s a s ,
lo c i e r t o es q u e l a v i o l e n c i a i m p e r a , las f o r m a s d e p r o t e s t a s i g u e n s i e n d o m u y t r a -
d i c i o n a l e s , l o s c a n a l e s d e participación p o h ' t i c a n o g e n e r a n n i n g u n a c o n f i a n z a y e l
E s t a d o s i g u e a n c l a d o e n r e l a c i o n a r s e c o n l a población d e m a n e r a v e r t i c a l , es decir,
t u t e l a r m e n t e . L a s a l i d a sólo p a r e c e v i s l u m b r a r s e , n o e n e l p e r f o r m a n c e p o r sí m i s -
m o , s i n o e n las posibiÜdades d e s u c o n t i n u i d a d y, s o b r e t o d o , e n l a n e c e s i d a d d e s u
articulación c o n o t r a s y múltiples e s t r a t e g i a s d e r e v u e l t a . ^ ^
E n ese s e n t i d o , l a e x p r e s i v i d a d d e l o simbóÜco l a p a g a m o s e n Perú c o n l a
p r e c a r i e d a d d e l o poÜtico y c o n l a r e a l a u s e n c i a d e m a r c o s i n s t i t u c i o n a l e s capaces
de p r o p o r c i o n a r u n a m a y o r estabiÜdad a l o s s u j e t o s . P o r eÜo, Z i z e k p i e n s a q u e
más aÜá d e s u éxito o f r a c a s o , e s t e tipo d e i r r u p c i o n e s t e r m i n a n p o r p r o d u c i r e n
los s u j e t o s u n a sensación insatísfactorla e n t a r i t o l a p o t e n c i a d e s u s símbolos U e -
gan a a r t i c u l a r u n c o n j u n t o d e r e c l a m o s q u e t e r m i n a n s i e n d o m u c h o más totaÜ-
zadores q u e e l c o n j u n t o d e d e m a n d a s p a r t i c u l a r e s s o b r e l a s cuales se c o n s t i t u y e r o n .
E n e l caso p e r u a n o , c o m o s a b e m o s , e l o b j e t i v o Ímcial d e e s t o s p e r f o r m a n c e s Ríe
la e x i g e n c i a d e n u e v a s e l e c c i o n e s p e r o , e n reaÜdad, eUas a r t i c u l a i ' o n u n c o n j u n t o
tle deseos q u e R i e r o n muellísimo más allá d e aqueÜo y q u e impÜcaron l a c o n s -
trucción utópica d e u n país v e r d a d e r a m e n t e n u e v o e iguaÜtario.
D e e s t a m a n e r a , r e s u l t a clar-o cómo, e n l a s o c i e d a d contemporánea, e l p o d e r
"^^rmina p o r a b s o r b e r d i s r u p c i o n e s c o m o éstas y v a c i a r l a s d e t o d a aspiración q u e se
e n c u e n t r e más allá d e las d e m a n d a s c o n c r e t a s q u e l a s o r i g i n a r o n . D e ahí también
^^le p u e d a c o n s t a t a r s e q u e p o r l a imposibiÜdad d e c o n s t r u i r m a y o r r e p r e s e n t a t i -
^^^ad política y d e p o d e r a r t i c u l a r s e c o n o t r o s a c t o r e s s o c i a l e s e n vías a c o n s t r u i r
J u l i a I C r i s t e v a , El porvenir de la revuelta, México, F o n d o d e C u l t u r a Económica, 1 9 9 8 .
 399
398 ^ j r S O B E D I E N C I A SIMBÓLICA

u n n u e v o p r o y e c t o q u e r e m u e v a las bases m i s m a s d e l o r d e n s o c i a l (las r e l a c i o •| ]3untinx, G u s t a v o , " L a v a l a bandera: e l C o l e c t i v o Sociedad C i v i l y e i d e r r o c a m i e n t o c u l -

d e producción, l o s f a n t a s m a s d e l s u j e t o ) estas p r o t e s t a s c u m p l e n u n a fimción i n X
p o r t a n t e , sí, p e r o n o n e c e s a r i a m e n t e t r a e n c o n s i g o l a formación d e u n s u j e t o p o ] 3
tico r e a l m e n t e nuevo.^^
S i n e m b a r g o , l o c i e r t o es q u e estas i n t e r v e n c i o n e s c a l l e j e r a s f r i e r o n pg,
a q u e l l o s días l a r e s p u e s t a c i u d a d a n a a u n c o n t e x t o s o c i a l r e a l m e n t e escandalq^j
y t r a n s g r e d i e r o n , e n sus g e s t o s , a l g u n a s d e las lógicas d e l p o d e r más establecida
E U a s a p u n t a r o n a l a construcción d e n n c i u d a d a n o d i f e r e n t e y q u i s i e r o n coná
t r u i r u n n u e v o s e n t i d o d e nación y d e l a m e m o r i a d e s d e l a m i s m a c a l l e . A pesg
de su R i g a c i d a d e i n t e r m i t e n c i a , d i c h o s p e r f o r m a n c e s s o n a h o r a p a r t e de n n
t e r n a t i v o a r c h i v o d e l a p r o t e s t a política. E n e l c o n t e x t o a c t u a l , c r e o q u e c o n v i e n e
e x p l i c a r s u i m p o r t a n c i a d e l a s i g u i e n t e m a n e r a : s i e n e l m u n d o contemporánea
l o s códigos y símbolos s o n e n t e n d i d o s c o m o p a r t e f i m d a m e n t a l d e t o d o poder,
p o d e m o s c o n c l u h ' q u e e l v a l o r d e estas i n t e r v e n c i o n e s radicó e n q u e f r e n t e a u í j
r e a l s e c u e s t r o d e l país, e l l a s l e d e v o l v i e r o n a l a s o c i e d a d c i v i l e l c o n t r o l de. I
simbóhco y así, a l m e n o s p o r u n o s m e s e s , Perú intentó ser n o m b r a d o de o t c j
manera.
t u r a l de l a d i c t a d u r a e n el Perú" ( m a n u s c r i t o ) . D i s p o n i b l e e n : h t t p : / / h c m i s p h e r i c i n s -
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1^ S l i i v o j Z i z e k , El espinoso sujeto. El centro ausente de la ontologia política, B u e n o s A i r e s , Piúdós, 209Íi

p.221.
2^ A l b e r t o MAwzzi, Acción comunicativa, vida cotidiana y democracia, México, E l C o l e g i o de M ^ í '
pp.77,n5.
 ''Usted está aquí': el ADN del performance

D I A N A T A Y L O R

•11.11
 Diíina Taylor es una destacada académica mexico-canadiense que reside en ios Estados
Unidos y enseña en el Departamento de Estudios del Performance de la Universidad
• de Nueva York. Su labor abarca e integra distintas áreas de la práctica intelectual,
desde la investigación y la pedagogía hasta la. animación cultural, que ejerce a través del
Instituto Hemisférico de Performance y Política, ijtstitución que creó en 1998.
El aportefundamental de Taylor dentro del campo de los estudios delperfor¡nance
consiste en utilizar la perspectiva de performance como lente epistémicopara analizar
prácticas culturales en las que el cuerpo resulta el principal medio de tra-nsmislón de
conocimiento, memoria social, y sentido de identidad. En oposición a aquellas teorías
que centran su definición de performance en su carácter efímero, Taylor estudia expre-
siones corporales como sistemas de preservación y traiismisión de memoria. Al diferen-
ciar este sistema, que Taylor denomina r e p e r t o r i O j del sistema hegemónico de salva-
guarda de producciones cultu?-ales, el archivo, Taylor aborda el performance como
purte integral de toda cultura, como nn medio válido a través del cual las culturas
Perduran al transmitirse de generación en generación. Esta perspectiva- desafía tanto
consideraCÍÓ71 del archivo como sistema de preservación de materiales duraderos
^^nio aquella que ubica al performance como un sistema marcado por la imperma-
^^^ncia,
Taylor señala que, en América, la conceptualización de lo no-esaito como efímero o
^^^gttimo es deudora del sistema colonialista, a través del cual Occidente avasalló la cul~
^'''•í? indígena por considerarla no sólo a contramano de las creencias del catolicismo sino
^^^^^bicn porque no utilizaba la esaitura corno medio de transmisión. A pesar de que

[403]
 ^ S T E D ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L P E l l E O R M A N C E 405
'íU'f P R E S E N T A C I

dentro de las ciencins sociales la cíútiiraprecolombina se ha reconocido hace tiempo rn Tavlor muestra la manera en que los dos sistemas de conocimiento y preserva-
tro del campo de los estudios del performance Taylor es una de las pioneras en adv ¿jj el archivo y el repertorio, se "activan'' en estos performances que desafian a la
que la práctica del performance como expresión que coloca al cuerpo en el eje central %apnrición. ^^^^^
es una invención localizada en los sesenta, ni surge con las vanguardias artísticas s-
que se puede rastrear en culturas que nos preceden si sabemos reconocer sus perfornian '
como actos de transmisión de memoria e identidad.
A partir de esta consideración de las prácticas corporales como sistemas de transTn
sión de memoria y saber social, en el artículo que presentamos, queforma parte de su U
T l i e A i ' c l i i v e a a d d i e R e p e r t o l r e . Perforniíag C u l t u r a l M e m o i y i n d \ A n i e r i
( 2 0 0 3 ) [ E l a r c h i v o y e l r e p e r t o r i o . P e r f o r m a n c e y m e m o r i a c u l t i u ' a l e n Améric
Taylor analiza diversas prácticas de activismo de organizaciones de derechos human
vinculadas con la causa de los desaparecidos de la -última dictadura•militaren Argenti
(1976-1983), Asimismo Taylor estudia las distintas esti'ategias de denuncia y recia
de Madres de Plaza de Mayo, Abuelas de Plaza de Mayo, e hijos (organización
retine identitariamente a hijos de desaparecidos).
' Taylor señala el modo en que los miembros de estas organizaciones están conec
dos no sólo por lazos de sangi-e (información genética, un mapa que las Abuelas iitiR-
para localizar a sus nietos apropiados por los militares) y que también es posible
terminar una genealogía de performance que los conecta. Al estudiar, por ejemplo,,
uso de lafotografía en las marchas de las Madres, en una exposición de Abuelas, y ^
un proyecto con los hijos de desaparecidos, Taylor marca, la manera en que sepuedi
establecer conexiones estratégicas en el uso de la fotografía como recurso, y recon
asimismo el modo en que cada organización adapta dicho uso' a la coyuntura
reclamo. Estas organizaciones —señala Taylor— se caracterizan porque conviert
el trauma personal de la pérdida de un ser querido en el elemento central de su a'
vismo. En vez de situarse, como en el caso de los estudiospsicoanaUticos, en unape^
pectiva individual para dar cuenta de los modos en que estas personas tramitan-
dolor, los estudios del performance, sin desatender lo personal, sefocalizan en la e>
rienda colectiva del h'auma, y, en este caso específico, en cómo ese trauma histórtc
transmite de generación en generación, no sólo entrefarniliares sino con laparticif
ción de toda la comunidad. Como demuestra el análisis de Taylor, este traumaperso^
que se canaliza a través deTperformance en activismo político se convierte en
rial de agencia cultural y en un acto de transferencia, que tanto actores locales cO
internacionalespueden.repraducir en sus contextos específicos. A través de este estí^
B U E N O S A I R E S , A R G E N T I N A , 3 1 D E M A Y O D E 2 0 0 0 , 6:30 D E L A T A R D E . M E D I E R O N U N

m a p a y u n v o l a n t e . S e t r a t a b a d e u n e s c r a c h e (manifestación p o p u l a r ) c o n t r a l a
Operación Cóndor, o r g a n i z a d o p o r H I J O S ( H i j o s p o r l a I d e n t i d a d y l a J u s t i c i a
c o n t r a e l O l v i d o y e l S i l e n c i o ) . C u a n d o llegué, oscurecía. C o m e n z a b a n a r e u n i r s e
jóvenes e n l a e s q u i n a d e s i g n a d a . Y a conocía a a l g u n o s d e e l l o s : l o s m i e m b r o s d e
H I J O S q u e m e i n v i t a r o n a p a r t i c i p a r y jóvenes a c t i v i s t a s d e l G r u p o d e A r t e C a l l e -

j e r o . E l r u i d o i b a e n a u m e n t o . U n a c a m i o n e t a , pictórica d e megáfonos, i n u n d a b a
ei a m b i e n t e c o n música d e r o c k . L o s a c t i v i s t a s p r e p a r a r o n s u s - c a r t e l e s , p a n c a r t a s ,
fotografías y l e t r e r o s . C o n t o d o ese m o v i m i e n t o y conmoción, m e sentí t r a n s p o r -
tada. E s t o s jóvenes c o n s u a s p e c t o d e nouveaii hippy chic — p e l o l a r g o , b a r b a , p o n -
chos a n d i n o s — m e h i c i e r o n r e c o r d a r l a década d e 1 9 7 0 e n América L a t i n a . Así
m e vestía y o e n t o n c e s . Así se vestían sus p a d r e s : l a generación d e l o s d e s a p a r e c i -
dos. También e r a n a c t i v i s t a s , a l g u n o s d e l o s cuales p a r t i c i p a r o n e n m o v i m i e n t o s
^^•iTiados d e r e s i s t e n c i a , e n s u mayoría c o m p r o m e t i d o s c o n l a acción n o v i o l e n t a
^'^ pos d e l a j u s t i c i a s o c i a l . A l r o r a , e n e l año 2 0 0 0 , u n a n u e v a generación d e a c t i -
^'istas t o m a b a las cíilles d e B u e n o s A i r e s , esta n o c h e p a r a p r o t e s t a r e n c o n t r a d e l a
hemisférica d e l a Operación Cóndor q u e organizó l a C Í A y q u e e j e c u t a r o n l o s
dit^tadores m i l i t a r e s e n t o d a América L a t i n a d u r a n t e l a s décadas d e 1 9 7 0 y 1 9 8 0 .
^^^íi r e d o r d e n a b a q u e a l o s m u l t a n t e s i z q u i e r d i s t a s se les a t r a p a r a y se les " d e s -
•^pareciera" a u n q u e h u b i e s e n t e n i d o l a s u e r t e d e e s c a p a r d e s u p r o p i o país. E n
^ g e n t i n a t o r t u r a r o n a estos m i l i t a n t e s i z q u i e r d i s t a s e n d o s grandes talleres,
^^etti y O l i m p o (entre otros m u c h o s lugares), que f u n c i o n a b a n c o m o c a m p o s

[4Q7]
 408 D I A N A TA"^
d e concenb."acióii. H o y e n día, l a g e n t e l l e v a ahí s u s a u t o s a r e p a r a r , a j e n a a
h i s t o r i a s . H I J O S r e c o r d a b a l o s ci-ímenes a t o d o a q u e l q u e q u i s i e r a e s c u c h a r
m e d i o d e l esa'ache.
E l a m b i e n t e e r a f e s t i v o , y n o o b s t a n t e , s e r i o . " T e n g a n c u i d a d o " , se adver
e n t r e sí. S e sabía q u e había i n f i l t r a d o s e n l o s escraches p a r a c a u s a r i"eviielo y prQ-
car' l a intervención p o B c i a l . "Tómense d e l a s m a n o s . Q i i e n a d i e e n t r e e n e l círc
O b s e r v e n a l q u e está j u n t o a u s t e d e s . " A v a n z a m o s e n n u e s t i ' o círculo g i g a n t e
u n a t r a y e c t o r i a q u e se c a r a c t e r i z a b a p o r h g e r a s i n t e r r u p c i o n e s e n t a n t o m a r c h a '
m o s j u n t o s — b a i l a n d o , g r i t a n d o , c a n t a n d o — p o r las calles d e B u e n o s A i r e s
c a m i o n e t a , c o n s u música y ai'engas, l e n t a m e n t e g u i a b a n u e s t r o c a m i n o . " V e c i n
j e s c u c h e n ! ¿Sabían q u e v i v e n j u n t o a u n c a m p o d e concentración? M i e n t r a s es
b a n u s t e d e s e n casa, c o c i n a n d o m i l a n e s a s , e n e s t o s lugai'es se t o r t L U ' a b a a l a g e n
Alcé l a m h a d a p a r a v e r a n u e s t r o púbÜco: g e n t e e n l o s b a l c o n e s , ' e n l a s v e n t a
veía e l espectáculo m a s i v o . A l g i m a s s a l u d a b a n . O t r o s c e r r a b a n l a s c o r t i n a s o se r e
r a b a n a l i n t e r i o r d e s u s v i v i e n d a s . O t i ' o s más d e b i e r o n d e u n i r s e a l círculo, p u e s ca
v e z éramos más. S e g u i m o s n u e s t r o avancé, p r i m e r o a l O l i m p o , d o n d e n o s espc
b a l a poÜaa, a l i n e a d a f r e n t e a l t a l l e n Después, t r a s e s c r i b i r e n e l p a v i m e n t o c a
p i n t i n a a m a r i l l a f r e n t e a l e d i f i c i o d e u n a c u a d r a l o s a*ímenes q u e p e r p e t r a r o n a^
l a s ñierzas a r m a d a s , e l g r u p o se dirigió a O r l e t t i . U n a v e z más, l a poÜcía n o s esp'
r a b a y, d e n u e v o , l o s HIJOS c u b r i e r o n l a c a l l e c o n p i n t u r a amarÜla.
M a r c a r e l espacio fiie e m o c i o n a n t e ; l o s m i e m b r o s d e H I J O S y q u i e n e s l o s acor
pañaban c o m e n z a r o n a b a i l a r y a c a n t a r o t r a v e z . A l g u n o s d e s u s m i e m b r o s
acercaron a n u e s t r o g r u p o p a r a hablar d e l o q u e significaba p a r a ellos. E l trai
e r a p a l p a b l e , l a fiierza e m o c i o n a l , c o n t a g i o s a , y e l s e n t i d o d e e m p o d e r a m i e n
político, e n e r g i z a n t e . I n c l u s o y o , u n a e x t i - a n j e r a c o n escasa relación p e r s o n a l co
e l c o n f l i c t o , sentí u n a r e n o v a d a e s p e r a n z a y determinación. Había r e g r e s a d o
A r g e n t i n a c o n u n s e n t i m i e n t o d e pérdida: l a s M a d r e s envejecían. S i b i e n con*
n u a b a n c o n s u m a r c h a s e m a n a l e n l a P l a z a d e M a y o , m e p r e g u n t a b a cómo s o b r '
viviría a s u f a l l e c i m i e n t o e l m o v i m i e n t o d e d e r e c h o s h u m a n o s . ^ Y aquí estal
los HIJOS, jóvenes, a l e g r e s y d e t e r m i n a d o s a c o n t i n u a r l a p r o t e s t a p e r f o r m a t i v a . •
e l p e r f o r m a n c e t i - a n s m i t e e l r e c u e r d o traumático y e l c o m p r o m i s o p o h ' t i c o , q ^ i
n e s l o s acompañábamos parecíamos h a b e r l o p e r c i b i d o .
Éste es u n t e m a q u e C m t o en, m i l i b r o , Di'snppenring Jcís: Spec(nc/es of Gender mid NaíÍot>^^'^'"
ArgentUin's 'Diríy Wnr\, D u k e U n i v e r s i c ) ' P r e s s , 1 9 9 7 .
- U 5 T . E 0 ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L PERFORMANCE
• P o r qué — m e pregunté— t a n p o c o s e x p e r t o s r e f i e x i o n a n s o b r e l a f o r m a e n
ae e l p e r f o r m a n c e t r a n s m i t e l a m e m o r i a tr-aumática? ^Cómo l o c o m p r e n d e m o s
uíenes n o p a d e c i m o s esa v i o l e n c i a ? ¿Y cómo p a r t i c i p a m o s , a n u e s t r o m o d o , p a r a
iruii' transmitiéndolo? E s t e e n s a y o e x p l o r a estas p r e g u n t a s . C o m o e i m o v i m i e n -
ro clei e s c r a c h e , e s t e e n s a y o también se c a r a c t e r i z a p o r u n a v a n c e c o n i n t e r r u p c i o -
nes i^^^^ ^"^^ s a l t a n y se c o m p l e m e n t a n e n t i - e sí. P o r r a z o n e s q u e e s p e r o r e f l e j e n
ia m a t e r i a d e e s t e t e m a — c o m p l e j o , multifacéüco—, n o p u d e o r g a n i z a r m i s p e n -
s a m i e n t o s e n u n solo a r g u m e n t o i n i n t e r r u m p i d o . L o s saltos, m e parece, f o r m a n
p-irte d e m i e x p e r i e n c i a y r e f l e x i o n e s s o b r e t r a n s f e r e n c i a s traumá.ticas. N o o b s -
t a n t e , m i aspiración es q u e l o g r e t r a n s m i t i r e s t a e x p e r i e n c i a y estas r e f l e x i o n e s a l
Jecton
L o s e s c r a c l i e s , a c t o s d e d e n u n c i a pública, c o n s t i t u y e n u n a f o r m a d e p e r f o r -
mance de g u e r r i l l a que p r a c t i c a n e n A r g e n t i n a l o s hijos d e l o s d e s a p a r e c i d o s p a r a
señalar a l o s c r i m i n a l e s a s o c i a d o s a l a g u e r r a s u c i a : l a g u e r r a n o d e c l a r a d a d e l a
d i c t a d u r a m i f l t a r , q u e duró d e 1 9 7 6 a 1 9 8 3 y "desapareció" a 3 0 m i l c i v i l e s . P o r
lo g e n e r a l l o s e s c r a c h e s s o n m a n i f e s t a c i o n e s r u i d o s a s , f e s t i v a s y a m b u l a n t e s e n l a s
que p a r t i c i p a n d e 3 0 0 a 5 0 0 p e r s o n a s . E n l u g a r d e l m o v i m i e n t o c i r c u l a r y r i t u a U s t a
en t o r n o a l a p l a z a q u e Uegó a i d e n t i f i c a r a las M a d r e s d e l a P l a z a d e M a y o , l o s HIJOS
o r g a n i z a n p r o t e s t a s c a r n a v a l e s c a s e n l a s q u e l o s p a r t i c i p a n t e s se d i r i g e n d i r e c t a -
mente a l domicilio u oficina d e l perpetrador, o a u n centro d e t o r t u r a clandestino.
L o s e s a - a c i i e s s o n m u y t e a t r a l e s y están m u y b i e n o r g a n i z a d o s . S o n t e a t r a l e s p o r -
que l a acusación sólo firnciona s i l a g e n t e l a n o t a : títeres g i g a n t e s , c e r d o s m i h t a r e s
CO]"! alas y e n o c a s i o n e s p a n c a i t a s e n o r m e s c o n f o t o g r a f l a s d e l o s d e s a p a r e c i d o s
íicompañan a l o s m a n i f e s t a n t e s c o n f o r m e éstos b r i n c a n y c a n t a n p o r l a s caUes. D u -
rante t o d o e l r e c o r r i d o c i r c u l a n c a m i o n e t a s c o n megáfonos p a r a r e c o r d ; u a l a c o -
m u n i d a d l o s crímenes q u e se c o m e t i e r o n e n e s e b a i T i o . L o s e s c r a c h e s están b i e n
O r g a n i z a d o s p o r q u e H I J O S p r e p a r a a l a c o m u n i d a d p a r a l a acción: d m ' a n t e u n m e s o
mas a n t e s d e l e s c r a c h e , e s t a organización r e c o r r e l o s v e c i n d a r i o s d o n d e v i v e n y t r a -
^ ^ j a n l o s p e r p e t r a d o r e s d i s t r i b u y e n d o fotografías e información: "¿Sabía q u e s u
"^'ecino file t o r t u r a d o r ? ¿Qiié se s i e n t e t r a b a j a r c o n él? ¿O s e r v i r l e e l a l m u e r z o ?
v e n d e r l e c i g a i T O S ? " P e g a n f o t o g r a f i ' a s d e l a c u s a d o e n tiendas, r e s t a u r a n t e s , c a -
y m u r o s d e l a s cercanías. C u a n d o l l e g a e l m o m e n t o d e l e s c r a c h e , H I J O S recibe
conipí^^ía n o sólo d e a c t i v i s t a s d e d e r e c l i o s h u m a n o s , s i n o d e qiúenes se i n d i g n a n
por s e g u i r v i v i e n d o c e r c a d e s e m e j a n t e v i o l e n c i a p o h t i c a . C o n a } a i d a d e a r t i s t a s
 DIANA TA' ^ S T E D ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L P E R F O R M A N C E 411

a c t i v i s t a s c o m o e i G r u p o d e A r t e C a l l e j e r o , c o l o c a n señales e n l a s c a l l e s c o n f o
grafías p a r a m a r c a r l a d i s t a n c i a h a c i a l a v i v i e n d a d e algún p e r p e t r a d o r . C u a n
U e g a n a s u d e s t i n o , m j o s p i n t a e l n o m b r e y l o s m m e n e s d e l r e p r e s o r c o n ^Ixy
a m a r i l l a e n l a a c e r a f r e n t e a l ediñcio. A u n q u e l a pohcía, s i e m p r e a d v e r t i d a p o
extensa p u b l i c i d a d previa, rodea l a p r o p i e d a d a l a q u e se d i r i g e n , los m a n i f e s t a u t
d e m a n e r a pacífica y t e n a z , p r o s i g u e n s u t a r e a d e h a c e r v i s i b l e e i c r i i r i e n . A q u e J
q u e h a n v i o l a d o d e r e c h o s h u m a n o s , r e c u e r d a n l o s e s p e c t a d o r e s , n o h a n recibí
c a s t i g o , y d e h e c h o , t a m p o c o se h a n t e r m i n a d o las v i o l a c i o n e s . L o s m a n i f e s t a n
p r o p o r c i o n a n u n m a p a a l t e r n o d e l e s p a c i o sociohistórico d e A r g e n t i n a : " U s
está aquí: a 5 0 0 m e t i ' o s d e u n c e n t r o c l a n d e s t i n o " .
U S T E D E S T A AQUÍ
YOU A R E HERE.
A u n q u e s o n c a r n a v a l e s c o s y r u i d o s o s , l o s escraches r e c r e a n e l t r a u m a c o l e c t i v o ,
jj^stos p e r f o r m a n c e s h a c e n v i s i b l e s n o sólo l o s crímenes c o m e t i d o s d u r a n t e l a s
d i c t a d u r a s d e las décadas d e 1 9 7 0 y 1 9 8 0 , s i n o también e l p e r e n n e t r a u m a q u e
jiclecen las famÜias d e l o s d e s a p a r e c i d o s y e l país e n s u c o n j u n t o . S i n e m b a r g o , l o s
iTioviniientos d e p r o t e s t a i n t e r r e l a c i o n a d o s que escenifican H I J O S , las M a d r e s y
las A b u e l a s d e P l a z a d e M a y o e m p l e a n d i c h o t r a u m a p a r a a n i m a r s u a c t i v i s m o
político. C o n t r i b u y e n a l o s esñierzos p o r l o s d e r e c h o s h u m a n o s a l t r a n s m i t k c o n
eficacia e l r e c u e r d o traumático d e u n a generación a l a s i g u i e n t e , y d e l c o n t e x t o
político a r g e n t i n o a u n a opinión púbhca i n t e r n a c i o n a l q u e n o padeció esta v i o -
lencia e n c a r n e p r o p i a . E s o s a c t o s d e t r a n s f e r e n c i a t e s t i m o n i a l d e m u e s t r a n s e r
vitales p a r a l a comprensión d e l a a g e n d a c u l t u r a l .
¿Cómo t r a n s m i t e e l p e r f o r m a n c e l a m e m o r i a traumática? E l eje e n l a p e r s -
p e c t i v a i n d i v i d u a l d e l o s e s t u d i o s s o b r e e l t r a u m a se c o n t r a p o n e c o n e l eje más
púbÜco y c o l e c t i v o d e l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e :

1. L o s p e r f o r m a n c e s d e p r o t e s t a a y u d a n a l o s s o b r e v i v i e n t e s a t r a n s f o r m a r e l
t r a u m a i n d i v i d u a l y c o l e c t i v o e n u n a f o r m a d e d e n u n c i a política.
2. T r a u m a y p e r f o r m a n c e se c a r a c t e r i z a n p o r s u n a t u r a l e z a r e i t e r a t i v a .
3. A u n q u e c o n raíces e n e l p a s a d o , e l t r a u m a y e l p e r f o r m a n c e h a c e n s e n t k s u
f u e r z a a f e c t i v a y v i s c e r a l e n e l p r e s e n t e , a través d e flashbach y c o n v u l s i o n e s
PASEO COLON
q u e i m p a c t a n a l c u e r p o e n e l aquí y ahora.
4. S e d a n s i e m p r e in situ. C a d a u n o i n t e r v i e n e e n e l c u e r p o indlvldual/políti-
CLUB ATLETICO c o / s o c i a l e n u n m o m e n t o p a r t i c u l a r y r e f l e j a t e n s i o n e s específicas.
A q u f lunclonó e l c e n t r o c l a n d e s t i - 5. L a m e m o r i a traumática a m e n u d o d e p e n d e d e l p e r f o r m a n c e e n v i v o , i n t e r a c -
n o d e detención c o n o c i d o c o m o e l
" C l u b Allético" d o n d e f u e r o n d e t e - t i v o , p a r a s u transmisión. I n c l u s o l o s e s t u d i o s q u e d e s t a c a n e l vínculo e n t r e
n i d o s / d e s a p a r e c i d o s «(rededor d e
laOO personas entre 1976 y 1977. t r a u m a y n a r r a t i v a , ^ o t e s t i m o n i o y hteratura-^ d e j a n e n c l a r o , e n e l anáHsis
ATHLETIC CLUB m i s m o , q u e l a transmisión d e l a m e m o r i a traumática d e l a víctima a l t e s t i g o
Mere w as the clandostlnm €:entar
of arrest knawn BS tho "AthMIC
club" where 1600 disappaañd ..
i m p h c a e l acto c o m p a r t i d o y p a r t i c i p a t o r i o de relatar y escuchar asociado a l
pBopte were arroated betwoBn
976 a n d 197-7.
p e r f o r m a n c e e n v i v o . ' ' D a r t e s t i m o n i o es u n p r o c e s o v i v o , u n hacer, u n a c t o

^ C i i t h y Ciimtíi, Trauma: Exploratiom in Memory, B a l t i m o r e j o h n s H o p k i n s U n i v c r s i t } ' P r e s s , 1 9 9 5 .

Shoshatüi F e l m u n } ' D o r i L s a i b , Testimoiiy: Crisis ofWittiessing in Literature, Psychoanalysis, andI-Hs-
Una señal bilingüe muestra la ubicación del ClubAtlético donde desafian miles de N u e v a Y o r k , Rouüedgc, 1 9 9 2 .
•ecieron ^'ease S l i o s h a n a F c l m a n , y D o n L a u b , op. cit.; también C a t i i y C a r u t h , ÜndalmedExperxence: Trau-
personas. Fotografía cortesía del Grupo de Arte Callejero ^"''¡'níwe, andHislory, B a l t i m o r e , J o l i i i s 1-IopkIns U n i v e r s i t ) ' Press, 1 9 9 6 .

An D I A N A TAYU(
q u e t i e n e l u g a r e n t i e m p o r e a l , e n l a p r e s e n c i a d e u n o)^ente q u e " l l e g a
partícipe y c o p r o p i e t a r i o d e l suceso traumático"/
L a p o s i b i l i d a d p a r a l a recontextualización y transmisión p r o p i a d e l p e r f o n n a i i i
ce y d e l t r a u m a n o o b s t a n t e m u e s t r a d i f e r e n c i a s i m p o r t a n t e s . E n e l p e r f o r m a n c e
c o m o señala R i c h a r d S c h e c h n e r , " l a c o n d u c t a s e s e p a r a d e q u i e n e s m a n i f i e s t a i
esa c o n d u c t a , l a c o n d u c t a s e a l m a c e n a , ü'ansmite, m a n i p u l a , t i ' a n s f o r m a " , ^ L ,
transmisión d e e x p e r i e n c i a s ti'aumáticas se a s e m e j a más a l " c o n t a g i o " : ^ se "atrapa" (
i n t e r n a l i z a l a c a r g a , e l d o l o r y l a responsabÜidad d e s u c e s o s / c o n d u c t a s pasadas
L a e x p e r i e n c i a traumática t a l v e z sea t r a n s m i s i b l e , p e r o es i n s e p a r a b l e d e l sujete
que la padece. ' ,
Así, p a r a c o m p r e n d e r l o s p e r f o r m a n c e s d e p r o t e s t a q u e s e o r i g i n a n e n
: m e m o r i a traumática, es i m p o r t a n t e i n c o r p o r a r l o s e s t u d i o s s o b r e e l t r a u m a , q u q
se c e n t r a n s o b r e t o d o e n patologías p e r s o n a l e s y e n i n t e r a c c i o n e s personales,^ tí
u n diálogo c o n l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e p a r a p o d e r e x p l o r a r l a c a u s a púbÜcaj
n o patológica, d e l t r a u m a y s u canaÜzación. A l d e s t a c a r las r e p e r c u s i o n e s públÍ-«
cas, y n o l a s p r i v a d a s , d e l a v i o l e n c i a y pérdida traumáticas, l o s a c t o r e s socialesj§
convierten el sufrimiento personal en el m o t o r del cambio cultural.
L o s m o v i m i e n t o s d e p r o t e s t a q u e e x a m i n o aquí s e d e s a r r o l l a r o n a l o largó
d e c l a r a s líneas g e n e r a c i o n a l e s e n t o r n o a l o s " d e s a p a r e c i d o s " : a b u e l a s , m a d r e s i
h i j o s d e l o s d e s a p a r e c i d o s , e x i l i a d o s y p r i s i o n e r o s p o h ' t i c o s d e l a g u e r r a sucia. D e -
m i s m o m o d o e n q u e l a s g e n e r a c i o n e s c o m p a r t e n m a t e r i a l genético, q u e e n estos
g r u p o s se h a rastreado a c t i v a m e n t e p o r m e d i o d e pruebas d e A D N , h a y estrategias^
del performance — q u e p o r e l m o m e n t o d e n o m i n a r e A D N del performance—
q u e v i n c u l a n s u s f o r m a s d e a c t i v i s m o . U n r a s g o i m p o r t a n t e es q u e e s t o s g n i p o ^
se c o n s i d e r a n l i g a d o s genética, p o U t i c a y performáticamente. Aquí exploraré l a
d i v e r s a s i t e r a c i o n e s d e l p e r f o r m a n c e d e p r o t e s t a q u e e m p l e a l a fotografía desd'-
1 9 7 7 . U n a e s t r a t e g i a c l a r a q u e r e v e l a t a n t o l a continuación c o m o l a transformaciórii
^ S h o s l m n i i F c l m a n , y D o r I L a u b , Tesíimony: Crisis ofWilnessijigin Liternture, Psychaatmlysis, andí^^'
tory N u e v a Y o r k , R o u d e d g e , 1 9 9 2 , p. 5 7 . 'i
^ Ricliard Schechner, Theater andAnthropology, Filadelíia, U n i v e r s i t y ofPennsylvanía Pf^^*^
1985, p. 85.
C a t h y C a r u t h , Trauma: Exploratíons in Memory, B a l t i m o r e , J o h n s Hopkíns U n i v c r s i t ) ' ' P
1995, p. 10.
^ Véase S l i o s b a n a F e l m a n . y D o r i L a u b , op. cit.\n C a t b y C a r u t h , op. cií.
. ^ S T D D ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L P E R F O R M A N C E 413
Je j n a t e r i a l e s c d t i n - a l e s se r e c o n o c e e n e l u s o d e fotografías d e identificación'para
j-eunii* l o s a l e g a t o s científicos ( p r u e b a s d e A D N ) y performáticos r e l a c i o n a d o s c o n
].i transmisión d e l a m e m o r i a traumática. L a s e s t r a t e g i a s , c o m o las p e r s o n a s , tienen
5us h i s t o r i a s . E n este caso, las estrategias; o p e r a n p a r a h a c e r " r e a p a r e c e r " a q u i e n e s
ge borró d e l a h i s t o r i a m i s m a . _
D e s d e 1 9 7 7 , c a s i a l c o m i e n z o d e l a g u e r r a s u c i a , las A b u e l a s y l a s M a d r e s
e n i p e ^ - ^ ' ^ ^ a h a m a r l a atención púbÜca h a c i a l a práctica d i c t a t o r i a l d e " d e s a p a r e -
cer" a qiúenes se les o p u s i e r a n d e c u a l q u i e r m o d o . E n t r e l o s 3 0 m i l desapar'ecldos a
quienes se tortiu'ó y asesinó, 1 0 mÜ f u e r o n m u j e r e s , c i e n t o s d e e l l a s e m b a r a z a d a s .
Se les mató e n c u a n t o d i e r o n a l u z . A s u s h i j o s , n a c i d o s e n c a u t i v e r i o , s e l e s " d e s -
apareció", p e r o e n e s t e c a s o n o se l e s asesinó, s i n o q u e s e d i e r o n e n adopción a
f a m i l i a s d e miÜtares. Aún h a y 5 0 0 niños " d e s a p a r e c i d o s " , jóvenes n a c i d o s e n l o s
centros clandestinos e n A r g e n t i n a e n t r e 1 9 7 6 y 1 9 8 3 que p o c o o n a d a saben sobre
las c i r c u n s t a n c i a s d e s u n a c i m i e n t o . S i n e m b a r g o , l o s m u l t a r e s n o s e c u e s t r a r o n a
los h i j o s y a n a c i d o s d e las p e r s o n a s q u e d e s a p a r e c i e r o n . Eüos, a q u i e n e s üamaré
" h i j o s d e l o s d e s a p a r e c i d o s " ( e n oposición a l o s "niños d e s a p a r e c i d o s " ) , n a c i e r o n
antes d e q u e s e c u e s t r a r a n a sus p a d r e s , y c r e c i e r o n a l c u i d a d o d e s u s famlÜares.
C o m o s u s h e r m a n o s d e s a p a r e c i d o s , m u c h o s d e estos niños c r e c i e r o n s i n s a b e r
nada, o c a s i n a d a , s o b r e sus p a d r e s . U n m i e m b r o d e H I J O S m e contó q u e s i e m p r e
creyó q u e sus p a d r e s habían m u e r t o e n u n a c c i d e n t e a u t o m o v i h ' s t i c o . S u s p a r i e n -
tes l e m i n t i e r o n p o r q u e n o querían q u e s e e x p u s i e r a al' p a r t i c i p a r e n a c t i v i s m o
social, c o m o l o h i c i e r o n sus p a d r e s . Así, h a y d o s g r u p o s d e jóvenes: l o s d e s a p a r e -
cidos, q u e p o r l o g e n e r a l n o c o n o c e n s u h i s t o r i a y , p o r t a n t o , t a m p o c o l a e x i s t e n -
cia d e esos h e r m a n o s y h e r m a n a s ; y l o s h i j o s d e l o s d e s a p a r e c i d o s , m u c h o s d e
^Uos a l r o r a i n f o r m a d o s y a c t i v o s e n H I J O S , q u e continúan e n b u s c a d e sus h e r m a n o s
y trabajan p o r la justicia social.
S i b i e n H I J O S r e c o n o c e d e m a n e r a expÜcita s u d e u d a c o n las A b u e l a s y las
^'ladres — e n e s p e c i a l , quizá, e l h e c h o d e q u e estas m u j e r e s i n i c i a r a n e l género d e
p e r f o r m a n c e d e p r o t e s t a q u e a h o r a i n t e r n a c i o n a l m e n t e se asocia c o n los des-
a p a r e c i d o s — ; S U S p r o p i o s p e r f o r m a n c e s r e f l e j a n l o s c o n s i g u i e n t e s c a m b i o s políti-
cos y g e n e r a c i o n a l e s . ¿Qrié e s t r a t e g i a s s e t r a n s m i t e n ? ¿Cómo u t i l i z a n estos g r u -
pos e l p e r f o r m a n c e p a r a e f e c t u a r u n a p r o t e s t a ?
V e a m o s p r i m e r o l a m a n e r a e n q u e l a s M a d r e s y las A b u e l a s U e v a n a c a b o s u s
^^^isaciones y d e m a n d a s .
 414
D I A N A T A
E l espectáculo d e m u j e r e s d e l a t e r c e r a e d a d c o n pañoletas b l a n c a s e n l a
b e z a y e n o r m e s p a n c a r t a s c o n fotografías d e identiñcación d e sus h i j o s desapar
c i d o s es y a u n i c o n o i n t e r n a c i o n a l d e l o s d e r e c h o s h u m a n o s y d e l o s m o v i m i e n t
d e r e s i s t e n c i a d e m u j e r e s . A l c o n v e r t i r su " p r o c e s o d e l u t o i n t e r n j m p i d o " e n " U I ^ Q
i o s d i s c u r s o s p o H t i c o s d e r e s i s t e n c i a a l t e r r o r más v i s i b l e s " , ^ l ^ s A b u e l a s y las Jy];.
dres p r e s e n t a r o n u n m o d e l o d e p e r f o r m a n c e d e p r o t e s t a i m p u l s a d o p o r e l t r a u m
C a d a j u e v e s p o r l a t a r d e , d u r a n t e l o s p a s a d o s t r e i n t a años, estas m u j e r e s se reúne
e n l a P l a z a d e M a y o p a r a r e p e t i r s u manifestación d e pérdida y d e t e r m i n a c i ^
p o h ' t i c a . A l p r i n c i p i o , e n e l m o m e n t o álgido d e l a v i o l e n c i a miÜtar, c a t o r c e
jeres m a r c h a r o n e n t o r n o a l a P l a z a d e M a y o , d e d o s e n dos, codo a codo, p a
c o n t r a r r e s t a r l a prohibición d e l a s r e u n i o n e s púbUcas. A u n q u e l a d i c t a d u r a 1
ignoró a l p r i n c i p i o , l a i d e a d e l a s m u j e r e s d e r e u n i r s e e n l a P l a z a s e extendió p o
t o d o e l país. N o pasó m u c h o t i e m p o a n t e s d e q u e c i e n t o s d e m u j e r e s d e t o d "
A r g e n t i n a c o n v e r g i e r a n e n l a P l a z a d e M a y o a p e s a r d e l a a ' e c i e n t e violentí
m i l i t a r e m p l a z a d a e n s u contra.^^ D e m o d o r i t u a l , c a m i n a b a n ah'ededor d e e
p l a z a , u b i c a d a e n e l corazón d e l c e n t r o político y financiero d e A r g e n t i n a ,
t r a n s f o r m a r sus c u e r p o s e n ' c a r t e l e s " , estas m u j e r e s l o s u s a r o n c o m o vehículos d
\. " V e s t i d a s " c o n l a s f o t o s d e sus h i j o s q u e habían s i d o e f i m i n a d a s d e 1
a r c h i v o s o f i c i a l e s , s e m a n a tías s e m a n a l a s M a d r e s r e s p o n s a b i U z a r o n a i o s míHt
,^ r e s d e l a desaparición d e s u s h i j o s , e x i g i e n d o q u e se l o s d e v o l v i e r a n c o n
/ ("Aparición c o n v i d a " ) . C u a n d o y a había p a s a d o e l p e o r m o m e n t o d e l a v i o l e n c l
m u l t a r , A b u e l a s y M a d r e s c o m e n z a r o n a t r a n s p o r t a r e n su h a b i t u a l c a m i n a t a un:
e n o r m e p a n c a r t a . C o n e l r e t o r n o d e l a d e m o a ' a c i a e n 1 9 8 3 , p a s a r o n a acusar
n u e v o g o b i e r n o de dar i m p u n i d a d a los c r i m i n a l e s .
M a d r e s y A b u e l a s c o n t i n u a r o n sus r e c l a m o s u s a n d o a l t a v o c e s p a r a n o m b r a
a sus h i j o s y d e n u n c i a r a l o s r e s p o n s a b l e s d e s u desaparición. P i n t a n d o sus e i
blemáücos pañuelos a h ' e d e d o r d e l círculo d o n d e c a m i n a n , las M a d r e s h a n heclx
s u y a l a p l a z a . I n c l u s o e n e l año 2 0 0 2 , m a n t i e n e n s u c o n d e n a a l a c o m p l a c e n c i
g u b e r n a m e n t a l respecto de los abusos a los dereclios h u m a n o s c o m e t i d o s d u r a n t
^ M i u - c c l o SuiUez'Orozco/'TlicHcñtage o f E n d u r i n g a ' D i r t y V V a r ' : P s y c h o s o c h i l A s p e c t s o f T e
i n A r g e n t i n a , 197 Joiirnnl of Psychohistory 1 8 , núm. 4 , 1 9 9 1 , p . 4 9 1 .
Elaboré este t e m a c o n m a y o r extensión e n DisappeariugActs: Specíacles of Gender and Noíioit^l^^ '
Argenñnn's "Dirty War".
Véase D i a n a T a y l o r , Disnppenrtng Acts: Spec/nc/es of Gender and Nationality in Argentlnn's
War", p p . 1 8 6 - 1 8 9 .
. . ( j S T E D E S T A AQUÍ": E L A D N D E L P E R F O R M A N C E 415
líi g u e r r a s u c i a : " O t r o g o b i e r n o , m i s m a i m p u n i d a d " . C a d a p r o t e s t a s e r e s p a l d a e n
e v i d e n c i a performática: k s p a n c a r t a s c o n las fotografías, l a l i s t a d e a t r o c i d a d e s , l a
j d e n t i d a d d e l o s r e p r e s o r e s . E n g r a n m e d i d a así c o m o las A b u e l a s r e c u r r i e r o n a
las p r u e b a s d e A D N p a r a c o n f i r m a r l o s p a r e n t e s c o s i n t e r r u m p i d o s p o r l o s mÜita-
i-es, ellas y las M a d r e s h a s t a l a f e c h a e m p l e a n las f o t o g r a f i ' a s d e sus h i j o s p e r d i d o s
con^o u n a f o r m a más d e e s t a b l e c e r l a " v e r d a d " y e l p a r e n t e s c o .
E s t a práctica r e p r e s e n t a c i o n a l d e v i n c u l a i " l a p r o t e s t a científica y l a performá-
tica es l o q u e d e n o m i n o e l " A D N d e l p e r f o r m a n c e " . ¿Qiié l o g r a l a p r u e b a p e r f o r -
mática q u e l a científica n o c o n s i g u e p o r sí sola? ¿De qué m o d o esta práctica r e -
p r e s e n t a c i o n a l s i e n t a p r e c e d e n t e p a r a l o s m o v i m i e n t o s q u e vendrán tras ella?
E l A D N o p e r a c o m o u n "arcl:iivo" biológico, q u e a h n a c e n a y t r a n s m i t e l o s códigos
que m a r c a n l a e s p e c i f i c i d a d d e n u e s t r a e x i s t e n c i a c o m o e s p e c i e y c o m o i n d i v i -
duos.'^ También p e r t e n e c e a l a r c h i v o h e c h o p o r l o s h u m a n o s , c o m o i o s arclúvos
forenses u o t r o s s i m i l a r e s . E s t e a i ' c h i v o h e c h o p o r e i ser h u m a n o m a n t i e n e l o q u e
se percibe c o m o e l núcleo d u r a d e r o —^registros, d o c u m e n t o s , fotografi'as, t e x t o s U t e -
i-aríos, e x p e d i e n t e s p o l i c i a c o s , h u e l l a s d a c t i l a r e s y e v i d e n c i a d e A D N , m a t e r i a l e s d i g i -
tales, r e s t o s arqueológicos, h u e s o s — q u e se p i e n s a c o m o r e s i s t e n t e a l o s c a m b i o s
H a y u n s u c i n t o análisis e n El ascenso de la ciencia, d e B r i a n S i i v c r , 2 0 0 5 , e n e s p e c i a l e l capítulo 2 4 ,
" H i c G e n e M a c h i n e " . Süver o b s e r v a q u e : " S u A D N , a m e n o s q u e t e n g a u n g e m e l o idéntico, es d i s t i n t o d e l
de c u a l q u i e r o t r o ser d e l a Creación e n t e r a , y l a d i f e r e n c i a e s t r i b a , c o m o d i j i m o s , e n e l o r d e n d e las bases
[•••] E l A D N c o n t i e n e t o d a su información genética, u n c o n j u n t o d e g e n e s c o n u n a s e r i e d e i n s t r u c c i o n e s
píira c o n s t r u i d o " ( p . 4 5 2 ) .
Véase también Cenóme, d e I M a t t R J d l c y , 1 9 9 9 . R j d J c y d e f i n e cí A D N c o m o u n filamento d e i n f o r -
mación, " u n m e n s a j e e s c r i t o e n u n código d e p r o d u c t o s químicos, u n o p o r l e t r a " ( p . 1 3 ) q u e abarca c u a t r o
bases: A , X C y G . L a s secciones d e l filamento, c o n o c i d o s c o m o g e n e s , f o r m a n u n i d a d e s d e 1 2 0 " l e t r a s " ,
'•is cuales se c o p i a n c o n s t a n t e m e n t e e n u n b r e v e filamento d e A U N . L a c o p i a se c o n o c e c o m o ^ V R N S . S e
fija c o n u n t r o z o d e protcínu y o t r o s A R N , e n t r e l a z a d o s c o n c u i d a d o , e n u n r i b o s o m a , u n a máquina cu)'a
labor es t r a n s f o r m a r las i n s t r u c c i o n e s d e l A D N e n proteínas. Y s o n las proteínas Ío q u e p e r m i t e n q u e e l
A D N se r e p l i q u e ( p . 1 6 ) .
E n aras d e i a r a p i d e z y d e l a precisión, l o s g e n e s se a g r u p a n e n tres letras d e códigos genéticos, cada
" n a d e las cuides "es l a denominación d e cada u n o d e l o s v e i n t e aminoácidos e x i s t e n t e s q u e f o r m a p a r t e
de ia receta para l l e g a r a l a proteína" ( p . 1 9 ) . " L a v i d a c o n s i s t e c u l a interacción d e d o s clases d e p r o d u c t o s
^ ' ^ i m i c o s : las proteínas y e l A D N " ( p p . 1 6 - 1 7 ) . E s i n t e r e s a n t e o b s e r ^ r q u e l a descripción d e Rídlcy d e s t a c a
_ ^_ 'is metáforas d e l l e n g u a j e y l a e s c r i t u r a a l e x p l i c a r l a composición y l a b o r d e l A D N . E s t o a p o y a m i n r g u -
"^ento d e q u e l o s s i s t e m a s epistémicos se n e c e s i t a n e n t r e sí p a r a sus propósitos. E l A D N n o es u n " i d i o -
> iiUiique c o n esa p a l a b r a se l e d e s c r i b a u n a y o t r a v e z , p e r o l a relación n o es sólo metafórica. A n b o s
'^"digos —eí d e l A D N y e l lingüístico—• s o n m o d o s i n t e r r e l a c i o n a d o s d e r c f i e x i o n a r s o b r e e l c o n o c i m i e n t o ,
^ ''ffianiznrlo.
 416 DIANA TA
y k míiiaipiüación política. L o q u e c a m b i a c o n e l t i e m p o , según e l a r c h i v o
v a l o r , p e r t i n e n c i a o signlfícado d e l o s r e s t o s : k m a n e r a e n q u e se les i n t e r p r e
i n c l u s o c o m o se l o s e n c a m a . T a l c o m o l o o b s e r v a e l e s p e c l a h s t a f o r e n s e Q
S n o w , l o s t o r t i n a d o r e s " p r o b a b l e m e n t e l e t e m a n más a l o s m u e r t o s q u e a l o s vi^
L o s t e s t i g o s p u e d e n p e r d e r l a m e m o r i a a través d e l o s años, p e r o l o s m u e r t o s
e s q u e l e t o s , n o o l v i d a n . S u t e s t i m o n i o es sÜencioso, p e r o m u y e l o c u e n t e "
" e v i d e n c i a " científica, d e a r c l i i v o , d e l A D N q u e a p o r t a n las A b u e l a s o c u p a c l
m e n t e u n l u g a r c e n t i - a i d e n t r o d e s u e s t r a t e g i a p a r a d a r c o n sus seres q u e r i d o s
l a v e z a c u s a r a l o s m i h t a r e s d e s u desaparición.
P o r o t r o l a d o , las t r a n s f e r e n c i a s t e s t i m o n i a l e s y e l p e r f o r m a n c e d e p r o
son dos f o r m a s de conducta social expresiva q u e pertenecen a las operado
/ discursivas d e l o q u e l l a m o e l " r e p e r t o r i o " . E l r e p e r t o r i o a l m a c e n a y recrea la
moría " e n c a r n a d a " — l o s " e s D ' e m e c i m i e n t o s " tr-aumáücos o catárticos, ges
m o v i m i e n t o s orales, bailes, c a n c i o n e s — , e n r e s u m e n , t o d o s los actos que s u
c o n s i d e r a r s e d e c o n o c i m i e n t o o " e n v i v o " , efímero, n o r e p r o d u c i b l e . L a e x p e r i
c i a c o r p o r a l y l a transmisión d e l a m e m o r i a traunrática — k s i n t e r a c c i o n e s e
p e r s o n a s e n e l aquí y a h o r a ' — señalan u n a d i f e r e n c i a e n l a f o r m a d e t r a n s m i '
i n c o r p o r a r ese c o n o c i m i e n t o . E l tipo d e interacción p u e d e v a r i a r d e l ámbito i n
v i d u a l (sesión psicoanalítica p e r s o n a l ) a l g r u p a l o e s t a t a l ( m a n i f e s t a c i o n e s , j u i
d e d e r e c h o s h u m a n o s ) . L a dimensión performática c o r p o r a l d e estas p r o t e
Ríe t a n i m p o r t a n t e c o m o l a e v i d e n c i a científica, p u e s fiie l o q u e duigió e n p r i :
l u g a r l a atención h a c i a l a ti-agedia n a c i o n a l . M a d r e s y A b u e l a s d e s p l e g a r o n
e v i d e n c i a s situándolas e n sus c u e r p o s y sacándolas a l a p l a z a . E n e i ámbito esta
i o s j u i c i o s y c o m i s i o n e s d e d e r e c h o s h u m a n o s , c o m o l a Comisión N a c i o n a l de^
D e s a p a r e c i d o s d e A r g e n t i n a , q u e pubhcó sus h a l l a z g o s en Nimca Más ( 1 9 8 6 ) ,
Comisión d e l a V e r d a d y Reconciliación d e Sudáfrica, e n t i e n d e n l a i m p o r t a n
d e las a u d i e n c i a s e n v i v o p a r a q u e l o s c i u d a d a n o s se s i e n t a n copartícipes d e l pas^
traumático d e l país,^^
C i t a d o e n e l artículo d e D a v i d González, " N e w V i o l e n c e o v e r R i g h t s R a i s e P e a r i n G u a t c m i
p u b l i c a d o e n cí New York Times, 3 d e m a y o de 2 0 0 2 , A 7 . A u n q u e S n o w se r e f i e r e a l o s generales de^
témala, esto se p u e d e a p l i c a r a l a J u n t a M i l i t a r d u r a n t e e l p r o c e s o a r g e n t i n o . S n o w piu-ticipó t a m b i
de l o s e s f u e r z o s p a r a i d e n t i f i c a r u l o s d e s a p a r e c i d o s .
Pese a m i i n s i s t e n c i a e n l o " e n v i v o " n o deseo m i n i m i z a r l a i m p o r t a n c i a d e l v i d e o y l o s t e s t i m
v i r t u a l e s q u e a d q u i r i e r o n t a n t a i m p o r t a n c i a e n l a pasada decada. E i a r c l i i v o e n v i d e o d e t e s t i m o n i a
h o l o c a u s t o p r o d u c i d o e n Y a l c y las páginas de i n t e r n e t c o m o h t t p : / A v w w . y e n d o r . c o m / v : m i s h e d . b t
• T E D ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L r E R E O R M A N C E 417
L o s sistemas de c o n o c i m i e n t o y m e m o r i a i n t e r m e d i o s y superpuestos consti-
/en u n v a s t o e s p e c t r o q u e p u e d e c o m b i n a r " l a s o b r a s d e l o " p e r m a n e n t e " y l o
" fímero" d e d i f e r e n t e s m a n e r a s . C a d a s i s t e m a diseñado p a r a c o n t e n e r y t r a n s -
Yiidr c o n o c i m i e n t o e x c e d e las h m i t a c i o n e s d e oti:o. L o " v i v o " n o p u e d e a h n a c e n a r s e
en ei " a r c h i v o " ; e l a r c h i v o p e r m a n e c e más allá d e l o s h ' m l t e s d e ío " v i v o " .
Así, e l A D N d e l p e r f o r m a n c e p r o v i e n e d e d o s s i s t e m a s heurísticos, n o sólo d e l a
biologííi y e l p e r f o r m a n c e , s i n o d e l a r c h i v o y e l r e p e r t o r i o . E s t a vinciüación r e f i i t a
Jas n o c i o n e s c o l o n i a l e s d e q u e e l a r c l i i v o y l a biología s o n más d i u r a d e r o s o precisos
que l a práctica d e l p e r f o r m a n c e c o r p o r a l . A m b o s s i s t e m a s b i n a r i o s , e l a r c l o i v o y e l
r e p e r t o r i o , r e s u l t a n i n s u f i c i e n t e s s i se t o m a n d e m a n e r a indÍAñdual; a m b o s s o n s u s -
ceptibles d e corrupción y d e b i l i t a m i e n t o . E l biólogo l ^ c h a r d D a w k i n s efectuó u n a
contribución i m p o r t a n t e a n u e s t r a s i d e a s a c e r c a d e las f o r m a s genética y c u l t i u r a l d e
üíuismisión q u e s i i v e pai'a r e f l e x i o n a r s o b r e e l r e p e r t o r i o / a r c h i v o : l o s r e p U c a d o r e s
ciduirales q u e d e n o m i n a " m e m e s " (término acuñado p a r a e v o c a r l a imitación, l a
m e m o r i a , y l a v o z f r a n c e s a méj?te p a r a a s e m e j a i ' s e a g e n ) . E n t r e l o s e j e m p l o s d e
m e m e s se e n c u e n t r a n m u c h a s d e las m i s m a s prácticas y f o r m a s d e c o n o c i m i e n t o
corporales q u e a s o c i o c o n e l r e p e r t o r i o : "melodías, ideas, frases p e g a j o s a s , m o d a s
para vestir, f o r m a s d e h a c e r vasijas o d e c o n s t r u i r arcos".^^ A u n q u e D a w k i n s p e r -
tenece a l p e n s a m i e n t o científico, s u teoría desafía l o s p r e j u i c i o s q u e v a l o r a n l a
p e r m a n e n c i a d e l a r c l i i v o y l a c i e n c i a e n demérito d e l r e p e r t o r i o . N I l o s m a t e r i a l e s
genéticos n i l o s miméücos s u e l e n p e r d u r a r más d e tres generaciones.^^ L o s H b r o s se
presenta m a t e r i a l e s d e A r g e n t i n a , s o n sólo d o s d e las a b u n d a n t e s i n i c i a t i v a s v i r t u a l e s diseñadas p a r a
extender n u e s t r a c a p a c i d a d d e a r c h i v a r y r e c a p t u r a r e l a c t o d e l t e s t i m o n i o . A l m a c e n a n c o n o c i m i e n t o y
'o p o n e n a disposición d e u n a c a n t i d a d m u c l i o m a y o r d e p e r s o n a s d e l o q u e p e r m i t e ningún e s c e n a r i o
en v i v o " . P e r o e l " r e - " p r e s e n t e e n e l término " r e c a p t u r a r " n o es l a repetición r e i t e r a t i v a d e l t r a u m a n i
p e r f o r m a n c e , s i n o , e n c a m b i o , u n a t r a n s f e r e n c i a : d a r c h i v o , u n a economía d i s t i n t a d e a l m a c e n a j e y
representación. L a reproducción s i e m p r e será Iti m i s m a , u n r e g i s t r o de u n m o m e n t o p r e v i o , u n a expresión
^•^terior que se c o n g e l a p a r a s u e m p l e o p o s t e r i o r . C o n esto n o q u i e r o d e c i r q u e l a transmisión d e l o s
! "^eucrdos traumáticos s u c e d a sólo e n e l e n c u e n t r o e n v i v o . P e r o sí a p u n t o a d i s t i n g u i r e n t r e s i s t e m a s d e
c o n o c i m i e n t o d i f e r e n t e s , a u n q u e e n t r e l a z a d o s — c l d e a r c h i v o y e l q u e se d a a través d e l c u e r p o — q u e
P^i'tícipnn e n la transmisión y politización d e l o s r e c u e r d o s traumáticos.
R i c h a r d D a w k i n s , 7?je Selfsb Gene, N u e v a Y o r k , O x f o r d U n i v c r s i t } ' P r e s s , 1 9 7 6 , p. 2 0 6 .
D i c e D a w k i n s ; " C u a n d o m o r i m o s h a y d o s cosas q u e d e j a m o s : genes y m e m e s . F u i m o s c o n s t r u i d o s
Una máquina d e g e n e s , creada p a r a t r a n s m i t i r d i c h o s g e n e s . P e r o este aspecto q u e n o s c o n s t i t u y e
^H^^^ará en e l o l v i d o e n tres g e n e r a c i o n e s [ . . . ] P e r o s i se c o n t r i b u y e a l a c u l t u r a d e l m u n d o , s i se t i e n e u n a
ten c o m p o n e u n a melodía, se i n v e n t a u n d i s p o s i t i v o , se e s c r i b e u n p o e m a , es p o s i b l e m a n -
^^^e v i v o , i n t a c t o , m u c l i o después d e q u e los genes se d i s u e l v a n e n l a m e z c l a común" {Ibídem, p . 2 1 4 ) .
418
D I A N A TA"
deshíicen,y k s c a n c i o n e s p u e d e n caer e n e l o l v i d o . L a transmisión es u n a f o r m
l o n g e v i d a d , o u n m e d i o p a r a a l c a n z a r l a , p e r o n o g a r a n t i z a l o n g e v i d a d n i p{
n e n c i a . L a s cosas d e s a p a r e c e n , t a n t o d e l a r c l i i v o c o m o d e l r e p e r t o r i o . N o h a y
p i a s H e l e s ' V ^ c o m o D a w l d n s l a s l l a m a , p a r a l a transmisión; esta f a l l a tambié
presenta, c o n genes y m e m e s , e n e l arcliivo y e n e l r e p e r t o r i o . L a s ideas y k s evid
cias c a m b i a n , e n o c a s i o n e s t a n t o q u e es i m p o s i b l e r e c o n o c e r l a s . L o s m a t e r i
c u l t u r a l e s , c o n c l u y e D a w k i n s , s o b r e v i v e n s i se p o p u l a r i z a n . L o s m e m e s r e q u i e
q u e se les " r e p r e s e n t e físicamente"^^ e n púbhco. E l m o v i m i e n t o d e las M a d r e s ,
D a w k i n s , f u e u n m e m e q u e "se popularizó". L o s m o v i m i e n t o s e n f a v o r dt
d e r e c l i o s h u m a n o s p o r t o d a América L a t i n a , e l M e d i o O r i e n t e , l a ex Unión S o
tica y o t r a s áreas c o m e n z a r o n c o n e l p e r f o r m a n c e d e las fotografías d e sus desa
r e c i d o s . C a d a n u e v a manifestación d e l p e r f o r m a n c e r e f l e j a características i n
v i d u a l e s , y n o o b s t a n t e p e r t e n e c e a u n a famÜia o género i d e n t i f l c a b l e .
S i n e m b a r g o , m i teoría s o b r e e l A D N d e l p e r f o r m a n c e d i f i e r e u n p o c o d e |
"genealogías d e l p e r f o r m a n c e " d e J o s e p h R o a c h . A l r e f l e x i o n a r s o b r e l a t r a n s
sión d e l a m e m o r i a c u l t u r a l , R o a c l i e x a m i n a
[...] el m o d o e n que l a c u l t u r a se r e p r o d u c e y se re-crea m e d i a n t e u n proceso
que p u e d e describirse de f o r m a adecuada a través de l a palabra sustitución. E n la
v i d a d e u n a c o m u n i d a d , e l proceso d e sustitución n o c o m i e n z a n i t e r m i n a , sino
que continúa e n c u a n t o se g e n e r a n espacios vaa'os reales o percibidos e n l a red
de relaciones que c o n s t i m y e cl tejido social. E n los vacíos creados p o r las pérdi-
das a causa d e m u e r t e u otras f o r m a s de p a r t i d a [ . . . ] los sobrevivientes i n t e n t a n
i n s e r t a r opciones satisfactorias.^^
S u e j e m p l o : " E l r e y h a m u e r t o , v i v a e l r e y " . L a sustitución e x p h c a n u m
r e i t e r a c i o n e s q u e i m p h c a n u n a reducción: e n l u g a r d e l o s d o s i n d i v i d u o s
" r e a l e z a " , t e n e m o s " u n " rey. E l a c t o d e sustitución b o r r a e l a n t e c e d e n t e . R ^
u n p a p e l c o n t i n u o q u e p e r d u r a s i n i m p o r t a r c u a n t o s i n d i v i d u o s o c u p e n el t f
E l m o d e l o d e sustitución d e s t a c a l a c o n t i n u i d a d e n a p a r i e n c i a i n i n t e r r u r c i
17 Ibiclem, p . 2 0 8 .
18 Ibiciem, p . 2 0 7 . _ .
15 J o s e p h R o a c l i , Cities oflhe Dead: Circum-Atlaník Performance, N u e v a Y o r k , Columbiíi " i s t o r i a m u y espedfíca d e opresión, m i g r a c i o n e s y reinvención q u e s e perdería s i se e m p l e a s e e l
Press, 1 9 9 6 , p. 2 .
ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L P E R F O R M A N C E 419
i-especto d e l o q u e p u e d e l e e r s e c o m o r u p t u r a , e l " u n o " r e c o n o c i b l e s o b r e k s p a r -
i;iculandades d e m u c h o s .
S i b i e n es i m p e r a t i v o p e n s a r e n e l p e r f o r m a n c e c o m o u n a práctica q u e p e r s i s -
y p a r t i c i p a e n l a transmisión d e c o n o c i m i e n t o e i d e n t i d a d m e d i a n t e l a s u s t i t u -
ción, es a s i m i s m o u r g e n t e o b s e r v a r l o s casos e n l o s q u e l a sustitución, e n t a n t o
niocielo p a r a e n t e n d e r l a c o n t i n u i d a d c u l t u r a l , se r e c h a z a j u s t a m e n t e p o r q u e , c o m o
señala R o a c l i , p e r m i t e e l c o l a p s o d e vínculos históricos y m o v i m i e n t o s p o h t i c o s
vitales. C o n s i d e r a r - q u e l a m e m o r i a c u l t u r a l se v a l e d e l a sustitución, o q u e l a r e -
chaza, b i e n p u e d e d e p e n d e r d e l o b s e r v a d o r H a y m u c h o s e j e m p l o s e n l a l i i s t o r i a
colonial del continente americano d e colonizadores y m i s i o n e r o s q u e celebraron
s u s t i t u c i o n e s f r u c t i f e r a s ( a l c r e e r q u e sus v a l o r e s e imágenes s u p l a n t a r o n a l o s " p a -
ganos") c u a n d o , e n r e a h d a d , se d i o u n d e s p l a z a m i e n t o y u n a duphcación p e r f o r -
máticos q u e t a n t o c o n s e r v a r o n c o m o p r o t e g i e r o n l o s a n t e c e d e n t e s . ^ " U n a d e i d a d
"pagana" p u d o m a n t e n e r s u e x i s t e n c i a d e n t r o d e l a i m a g e n catóhca d e s t i n a d a a
reemplazarla s i n que los colonizadores l o supieran. L a estrategia d e emplear f o t o -
grafías d e l o s d e s a p a r e c i d o s , común a e s t o s m o A d m i e n t o s , es a s i m i s m o u n a m a n e r a
de destacar, más qué r e l l e n a ^ e s o s espacios vacíos c r e a d o s p o r l a desaparición. P e n -
sar e n u n " A D N d e l p e r f o r m a n c e " a y u d a a c o n c e n t r a r n o s e n c i e r t a s clases d e t r a n s -
misión q u e r e h u s a n l a sustitución. E l e m p l e o d e estas imágenes s u g i e r e , c o m o l o
hace e l anáhsis d e l A D N , q u e a l g u n a s cosas n o " d e s a p a r e c e n " : c a d a vínculo está allí,
visible, r e s i s t e n t e a l a sustitución. A b u e l a s , m a d r e s , " d e s a p a r e c i d o s " e h i j o s e s t a b l e -
cen u n a c a d e n a d e n t r o y a través d e l a presentación y l a representación.
E s t o s a l e g a t o s ( l o s genéticos y l o s performáticos) A m e l o n a n d e m a n e r a c o n -
j ^ i n t a . S u relación n o es s i m p l e m e n t e metafórica, s i n o q u e s o n c o m o s i s t e m a s
^ Basta u n e j e m p l o : L o s antiguos frailes sospecliaban c o n t e m o r que l a diosa m e s o a m e r i c a n a
O'inntzin liabía d e s a p a r e c i d o sólo para r e a p a r e c e r e n e l c u l t o a l a V i r g e n d e G u a d a l u p e . ¿La V i r g e n
sustituyó p o r c o m p l e t o a l a d i o s a o e n r e a l i d a d T o n a n t z i n v i v e e n l a d e i d a d c r i s t i a n a ? ¿El p e r e g r i n a j e
' t i r n t c r r u m p i d o a s u s a n t u a r i o señala u n a a l i a n z a c o n la d e i d a d a n t i g u a o c o n l a n u e v a ? O t r a s t r a n s f o r -
^íicioncs d e l a V i r g e n e n múltiples figuras r e g i o n a l e s específicas — J a V i r g e n d e l C a m i n o , V i r g e n d e
de d ^ ° V i r g e n d e Z a p o p a n ( G u a d a l a j a r a ) , q u e e s t u d i a M a r y L o u i s e P r a t t — , se " m u l t i p l i c a r o n "
rcc' ^'^"^'^ m a n i f e s t a c i o n e s d e l a m i s m a V i r g e n p a r a a t r a e r n u e v o s fieles. S u reaparición más
^ ente file e n L o s Ángeles e n 1 9 9 8 , c o m o " L a V i a j e r a " , c o n e l fin de estar cerca de l a población m e x i c a n a
y "° podía l l e g a r c o n f a c i l i d a d a e l l a . E s t a e s t r a t e g i a d e d u p l i c a r s e y p e r m a n e c e r igu:ü, d e traslad:u:se
• ^ n T h ' ^ ' ^ ^"""Jitipiicarse h a c i a e l e x t e r i o r p a r a h a c e r f r e n t e a políticas r e s t r i c t i v a s y r e l i g i o s a s , r e l a t a
M o d e l o d e sustitución, pérdida y reducción p a r a e x p l i c a r las "contltuúdades".
 420
DIANA T A
lieurísticos i n t e r r e l a c i o n a d o s . S o n m o d e l o s q u e h e m o s d e s a r r o l l a d o p a r a p e ^
cómo se d a l a transmisión d e c o n o c i m i e n t o . E s t o s s i s t e m a s se v i n c u l a n y se
f l i e r z a n m u t u a m e n t e . Además, a m b o s o p e r a n e n las d o s d i r e c c i o n e s : p a r a t r a
m i t i r sus haüazgos, l o s e s p e c i a l i s t a s f o r e n s e s y las c o r t e s d e j u s t i c i a r e c u r r e n des'
hace d e m p o a representaciones, p e r f o r m a n c e s y presentaciones e n v i v o . L a hab
tación está a o s c u r a s , l a " a u d i e n c i a " está u b i c a d a f r e n t e a l a p a n t a l l a i l u m i n a d a - u
" d i r e c t o r " les p i d e q u e o b s e i T e n l a i m a g e n d e u n a c a l a v e r a r o t a . L a presentación d
caso c o n l l e v a c a m b i o social y a q u e los presentes d e n e n l a capacidad d e condena
L a s e x p h c a c i o n e s científicas' y las p r u e b a s d e p e n d e n pai'a s u convalidación d
m o d o e n q u e s o n u t i h z a d a s p o r q u i e n e s p r e s e n t a n e l a l e g a t o , " y l u e g o recibid*
p o r e l j u r a d o y p o r e l j u e z . L a n a t u r a l e z a t e a t r a l d e e s t a presentación n o es m e
fórica: es e s a t e a t i - a h d a d m i s m a l a q u e f o r m u l a l a d e m a n d a . L o s h e c h o s n o p u
d e n h a b l a r p o r sí m i s m o s . E l caso n e c e s i t a ser p r e s e n t a d o d e m a n e r a c o n v i n c e n t
A s i m i s m o , pensar e n u n A D N de p e r f o r m a n c e s i g n i h c a que l o s p e r f o r m a n c e s en i
g e n e r a n l a p r u e b a d e l r e c l a m o de j u s d c i a .
L a s fotografías q u e e n i p l e a n las A b u e l a s y las M a d r e s , y más t a r d e , d e m a n e i
m u y distinta, H I J O S , p r e s e n t a n u n a suerte de prueba, de evidencia de l a existencia d
l a s p e r s o n a s q u e están e n l a s fotografías. L a s f o t o s R i e r o n c l a v e s a l c o m i e n
d e l o s m o v i m i e n t o s , e n a u s e n c i a d e o t r a s e s t i a i c t u r a s sociales y l e g a l e s q u e p u d i
d a r r e s p u e s t a a l o s a-ímenes d e esa h u m a n i d a d c o m e t i d o s p o r las f u e r z a s a r m a d a
C o m o e l A D N , las f o t o s d e idendficación p r e t e n d e n e s t a b l e c e r e l carácter único
c a d a i n d i v i d u o . N o h a y d o s seres h u m a n o s q u e t e n g a n e l m i s m o A D N , a u r
n u e s t r a constitución genética c o m p a r t i d a sea l o b a s t a n t e s i m i l a r c o m o p a r a 11
n o s c o n l a L u c y prehistórica; c o m o las p r u e b a s d e A D N , las f o t o s d e i d e n t i f i c a d o ;
s u e l e n s e r v i r p a i ' a q u e e l E s t a d o i d e n t i f i q u e a q u i e n e s desconoce;^^ p o r l o c o m
c a t e g o r i z a d a s , descontextuaÜzadas y a r c h i v a d a s e n d e p e n d e n c i a s o f i c i a l e s o p o
d a l e s , estas fotografías g a r a n t i z a n e l p o d e r g u b e r n a m e n t a l s o b r e e l d u d a d a
i d e n t i f i c a d o . C o m o estas fotografías se t o m a n e n c o n d i c i o n e s d e u n l f o r m i d
a b s o l u t a — f o n d o b l a n c o , d e f r e n t e , p e l o h a d a atrás, o r e j a s d e s c u b i e r t a s , s i n ado
n o s d e n i n g u n a c l a s e — , las d i f e r e n d a s i n d i v i d u a l e s d e s t a c a n d e m a n e r a más ac
s i b l e a i e s c r u t i n i o y a l a "identificación p o s i t i v a " . E l p r i m e r p l a n o p r o p i o d e esta^
^1 C o m o s o s t i e n e A U n n Seiíula e n su análisis d e l a c o n v e r g e n c i a d u r a n t e e l s i g l o x i x de l a l a b o r
c i a l y l a .eugenesia, m e d i a n t e l a fotografía e l c u e r p o se c o n c e p t u a l i z a y c o n t i e n e e n c l a r c h i v o ( " ^ ^ ^
a n d t h e A r c h i v e " , Oclober39, 1 9 8 7 , p p . 3 - 6 4 ) .
^ S T E D ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L P E R F O R I N ' I A N C E 421
^pfogí'íLfías n o p e r m i t e n i n g i m a informadón d e a n t e c e d e n t e s , ningún c o n t e x t o ,
^ ^ . ^ g L i n a r e d d e r e l a c i o n e s . L a s imágenes o f r e c e n u n a a p a r i e n c i a " n o artística" y
i-ecisa; y n o o b s t a n t e s o n m u y e l a b o r a d a s y están i d e o l o g i z a d a s , a l a i s l a r y c o n g e -
1^1' a u n i n d i v i d u o f u e r a d e l ámbito d e l a e x p e r i e n c i a s o c i a l s i g n i f i c a t i v a . L a s imá-
genes tienden a o r g a n i z a r s e e n categorías n o a f i J i a t i v a s , es decir, p u e d e clasLEcar-se
a los i n d i v i d u o s c o m o " c r i m i n a l e s " o " s u b v e r s i v o s " , p e r o n o c o m o m i e m b r o s d e u n a
famiha particulai*.
D e s d e l u e g o , d A D N y l a f o t o g r a f i ' a o f r e c e n praiebas r a d i c a h n e n t e d i s t i n t a s d e
"presenda", p u e s c a d a técmca h a c e v i s i b l e l o q u e es p o r c o m p l e t o i n a c c e s i b l e p a r a l a
otra. N o es p o s i b l e r e a U z a r u n a praieba d e A D N a u n a f o t o g r a f i ' a n i r e c o n o c e r fisono-
mías a l m k a r l o s g e n e s . P e r o t a n t o e l A D N c o m o las f o t o g r a f i ' a s t r - a n s m i t e n i n f o r m a -
ción m u y c o d i f i c a d a . C o m o e l A D N , las imágenes y estí:ategias q u e se t r a n s m i t e n p o r
m e d i o d e estos p e r f o r m a n c e s se d a b o r a n a p a i ' t i r d e m a t e r i a l p r e v i o , a l repÜcar y
transformar- l o s "códigos" r e d b i d o s . N o t o d o s l o s m a t e r i a l e s h e r e d a d o s se r e u t i h z a n :
algunos se i n c o r p o r a n d e f o r m a s e l e c t i v a , y o t r o s se d e s c a r t a n c o m o "restos d e A D N " .
Además, e l A D N n o d i c t a ningún d e t e r m h i i s m o biológico. A l g u n o s e s t u d i o s r e c i e n -
tes r e v e l a n q u e e l A D N es c a p a z d e c a m b i a r y n o sólo t r a n s m i t i r códigos e n e l p r o c e s o
de adaptación c u l t i u ' a l q u e se d a m e d i a n t e e l " A D N m e n s a j e r o " . D e i g u a l m a n e r a , es-
tos p e r f o r m a n c e s c a m b i a n e l a m b i e n t e sodopolítico a u n q u e se d e s a i T o l l e n e n él. L a
informadón q u e ü-ansmiten l o s p e r f o r m a n c e s , c o m o l a genética, a p a r e c e e n u n a
f o r m a m u y c o d i f i c a d a y c o n c e n t r a d a , y n o o b s t a n t e l e g i b l e . L a s imágenes o p e r a n
c o m o mar-cadores, a l i d e n t i f i c a r a t o d o e l m o v i m i e n t o [ A b u e l a s , M a d i ' e s , íiijos].
E l p e r f o r m a n c e d e p r o t e s t a c o n fotografías Ríe e n sí m i s m o u n e j e m p l o
de adaptadón a l c o n t e x t o p o h t i c o . E n A r g e n t i n a , l a s fotografías d e i d e n t i d a d
desempeñaron u n a Rmción básica e n las tácticas d e l a s R i e r z a s a r m a d a s y e n las
protestas d e l o s f a m i h a r e s d e l o s d e s a p a r e c i d o s . C u a n d o se ehminó d e las caUes a
'•^i'»a clase c o m p l e t a d e i n d i v i d u o s ( c l a s i f i c a d o s c o m o c r i m i n a l e s y s u b v e r s i v o s ) ,
^ o n e l l o s d e s a p a i - e c i e r o n sus imágenes d e l o s a r c l i i v o s . S i b i e n e l g o b i e r n o afirmó
^ 0 saber n a d a d e las p e r s o n a s d e s a p a r e c i d a s , h u b o q u i e n e s t e s t i f i c a r o n l a d e s t r u c -
ción d e i d e n t i f i c a c i o n e s y o t r a s imágenes d e p r i s i o n e r o s p o r p a r t e d e l o s f u n c i o -
'^iirios q u e l o s tenían e n c u s t o d i a . ^ ^ L a s f a m i h a s d e l o s desapai-ecidos t e s t i f i c a r o n
^^^e l o s m i e m b r o s d e las R i e r z a s m i h t a r e s o p a r a m l l i t a r e s s a q u e a r o n sus v i v i e n d a s
J u l i o P a n t o j a , " L o s I d i j o s , Tucumán v e i n t e años después", s e p t i e m b r e d e 2 0 0 0 . D i s p o n i b J e e n :
^P-''/\v\vw.j u i i o p a n t o j a . c o m . a r /
 A22
D I A N A
y r o b a r o n fotografías d e sus víctimas i n c l u s o después d e q u e l o s m i l i t a r e s hub*^
r a n d e s a p a r e c i d o a l a víctima m i s m a . ^ ^ S e s u p o n e q u e l a i d e a e r a q u e , a l desap
cer l a e v i d e n c i a d o c u m e n t a l d e u n a v i d a h u m a n a , se borraría c u a l q u i e r r a s t r o J
la v i d a m i s m a . E s t a estrategia opera c o m o l a i m a g e n e n negativo de l o que
l a n d B a r t h e s denominó l a " c r e d i b i h d a d e s p e c i a l d e l a fotografía".^'* D e s t r u i j ^
fotografía; d e s t r u i r l a " c r e d i b i h d a d " o l a e x i s t e n c i a m i s m a d e u n a v i d a . T a n t o Ig
M a d r e s c o m o los m i h t a r e s recrean — c a d a cual a su m o d o — la fe e n la fotograf
c o m o tipo particular de evidencia.
C u a n d o las M a d r e s t o m a r o n l a p l a z a p a r a h a c e r v i s i b l e s las desaparicione
a c t i v a r o n l a s fotografías: h i c i e r o n d e c h a s u n p e r f o r m a n c e . L a n e c e s i d a d d e m e
v i h d a d , e n combinación c o n l a i m p o r t a n c i a d e l a v i s l b i h d a d d e s d e l a d i s t a n c i '
determinó l a s e n o r m e s p r o p o r c i o n e s y n o o b s t a n t e h g e r e z a d e l a s p a n c a r t a s q u
las m u j e r e s e n a r b o l a b a n a h e d e d o r d e l a plaza. E s t e , c o m o t o d o performanet
n e c e s i t a b a c o m p r o m e t e r a l e s p e c t a d o n ¿Responderían a s u s a c c i o n e s l o s espe
t a d o r e s n a c i o n a l e s e i n t e r n a c i o n a l e s , o desviarían l a m i r a d a ? Y , a l p o r t a r las p
q u e n a s f o t o s d e identificación e n e l c u e U o , l a s M a d r e s c o n v i r t i e r o n sus c u e r p
e n a r c h i v o s , a l conser\^ar y e x l i i b i r l a s imágenes q u e R i e r o n o b j e t o d e ehminadó
E n l u g a r d e l cuerpo e n e l archivo asociado c o n la v l g i l a n d a y estrategias poUda'
e s c e n i f i c a r o n e l a r c h i v o e n e l c u e r p o , y a f i r m a r o n así q u e e l p e r f o r m a n c e e n c a r
d o haría Adsible l o q u e se había extraído d e l a r c h i v o . ^ ^ C o n estas imágenes c o
s e g u n d a p i e l , d e s t a c a r o n l a relación fihal q u e i o s m i l i t a r e s i n t e n t a r o n a n i q u i l
L a s M a d r e s c r e a r o n u n a i m a g e n epidérmica, d e v a r i a s c a p a s , a l s u p e r p o n e r 1
r o s t r o s d e s u s seres q u e r i d o s s o b r e l o s p r o p i o s . E s t o s c u e r p o s , c o m o d e j a n
c l a r o l a s imágenes, están c o n e c t a d o s d e m a n e r a genética, fihativa y a h o r a
b i e n política. E s t a táctica r e p r e s e n t a c i o n a l d e señalización reflejó o t r a , d e c o
científico, q u e p u s i e r o n e n práctica l a s A b u e l a s : e s t a b l e c e r e i vínculo genétl
e n t r e l o s m i e m b r o s s o b r e v i v i e n t e s d e l a f a m i h a y l o s h i j o s p e r d i d o s a través d
rastreo del A D N .
22 D i a n a T a y l o r , Disappearing Acís: Spectacles of Cender and Nationality in Argentina's "Dirty
D i i r l i a m , D u k e U n i v e r s i t y Press, 1 9 9 7 , p. 2 7 7 .
R o l a n d B a r d i c s , The Responsibility of Forms: New CriiicatEssays on Mnsic,Art,
and Representatii'
N u e v a Y o r k , I d i l l and W a n g , 1 9 S 5 , p. 1 0 .
2 5 E l arclñvo e n e l c u e r p o se r e l a c i o n a c o n b q u e a n t e s denominé " r e p e r t o r i o " : las imágenes y c o n d i
e n c a r n a d a s q u e se t r a n s m i t e n a través d e l p e r f o r m a n c e . Aquí, e l p e r f o r m a n c e c o r p o r a l c^ñbe d e mítn^
c o n s c i e n t e e l " a r c l i i v o " , t a n t o p o r q u e p r o m e t e c o n s e r v a r m a t e r i a l e s c o m o p o r q u e a m e n a z a c o n l>orr
ITED ESTÁ A Q U Í " : E L A D N D E L P E R F O R I V ' I A N C E 423
TAYL,
L a s A b u e l a s , a s u v e z , a d o p t a r o n l a m i s m a e s t r a t e g i a d e representación u s a d a
las M a d r e s , utÜizando fotografías p a r a l o c a h z a r a sus n i e t o s . A u n q u e todavía
¡•ecurren a l a p r u e b a d e A D N p a r a t r a t a r d e e n c o n t r a r a esos jóvenes, a h o r a t a m -
l^ién u t i h z a n l a fotografía. E n l a m u e s t i - a ' M e m o r i a gráfica d e A b u e l a s d e P l a z a
de M-í^yc*") r e a h z a d a e n e l C e n t r o C u l t u r a l R e c o l e t a d e B u e n o s A i r e s e n a b r l L d e
2 0 0 1 , las A b u e l a s e x l i i b i e r o n l a s m i s m a s f o t o g r a f i ' a s q u e l a s M a d r e s p o r t a r o n d u -
i-;uite m u c h o tiempo e n sus m a n i f e s t a c i o n e s a l r e d e d o r d e l a p l a z a . E n esta mués-
rra, lí^s íoios se utihziuron para establecer unidades f a m i h a r e s — l a s f o t o s d e l padre
d e s a p a r e c i d o y d e l a m a d r e d e s a p a r e d d a ^ — A l l a d o d e eUos, e n e l l u g a r d e l a f o t o
del h i j o d e s a p a r e c i d o , se colocó u n e s p e j o . A l m i r a r s e e n ese espejo, l o s e s p e c t a -
dores s i e n t e n l a n e c e s i d a d d e p r e g u n t a r s e : "¿Soy y o ese niño d e s a p a r e d d o ? "
A u n q u e | 3 u e d a p a r e c e r q u e u n a m u e s t r a fotográfica p e r t e n e c e más a l " a r c h i -
vo" q u e a l " r e p e r t o r i o " c o r p o r a l , ésta o p e r a c o m o u n a instalación d e p e r f o r m a n -
ce q u e p r o d u c e u n R i e r t e i m p a c t o y , c o n s u e r t e , e n algún n i v e l , r e c o n o c i m i e n t o .
E l espacio m i s m o d d m u s e o se t r a n s f o r m a e n u n a m b i e n t e traumático h a b i t a d o
p o r f a n t a s m a s políticos q u e n o o b s t a n t e se s i e n t e " e n v i v o " . N a d i e p u e d e c a m i -
^ n a r p o r ese e s p a c i o s i n q u e l o c a p t u r e e l m a r c o . L a instalación e x i g e u n a p a r t i d -
pación e identificación e n v i v o . I n c l u s o l a fotógrafa se v e r e f l e j a d a e i m p h c a d a e n
esta m u e s t r a q u e n o p e r m i t e q u e se l e v e a o fotografíe s i n c o m p r o m e t e r s e c o n
ella. Qiiizá e l e s p e c t a d o r n o sea u n h i j o d e s a p a r e c i d o , p e r o aún h a y 5 0 0 niños q u e
sí l o están. L a exposidón p o n e e n j u e g o i m p o r t a n t e s c u e s t i o n e s d e m e m o r i a e
i d e n t i d a d n a c i o n a l , y d e defimción política. C o m o a f i r m a n l a s A b u e l a s : " e n c o n -
trarlos es e n c o n t r a r n o s " . L a m e m o r i a , c o m o d e j a e n c l a r o l a instalación d e l a s .
A b u e l a s , es u n a práctica política a c t i v a : " C u a n d o n o s p r e g u n t a n qué l i a c e r , r e s -
p o n d e m o s : recordar".^^ L a m e m o r i a traumática i n t e r v i e n e , a l c a n z a , c a p t r n a a l o s
espectadores d e s p r e v e n i d o s , y l o s c o l o c a d i r e c t a m e n t e d e n t r o d e l m a r c o d e l a
política v i o l e n t a . L o s e s p e j o s r e c u e r d a n a l o s v i s i t a n t e s q u e aquí h a y v a r i a s f o r m a s
"estar ahí". E l A D N d e l p e r f o r m a n c e u b i c a a l o s p a r t i c i p a n t e s y a l o s e s p e c t a -
•^ores e n l a h n e a genealógica, h e r e d e r o s d e u n a l u c h a i m p e r e c e d e r a p o r l a i d e n -
h d a d y definición n a c i o n a l e s .
A l i g u a l q u e l a s A b u e l a s y l a s M ' a d r e s — a s o c i a c i o n e s q u e p o h t i z a n i o s víncu-
fiüales—• i i i j o s e n f a t i z a l a i d e n t i d a d d e l g r u p o a k e d e d o r d e l p a r e n t e s c o
^ A b u e l a s d e P l a z a d e M'Ayo, Memoria grdf en de Abuelas de Plaza de Mayo, m u e s t r a e n e l c e n t r o c u l -
R e c o l e t a , B u e n o s A i r e s , a b r i l de 2 0 0 1 .
 424
D I A N A
biológico, a u n q u e s i n l i m i t a r s e a eüo. D e l m i s m o m o d o e n q u e l a s M a d r e s i
c o n s i d e r a n m a d r e s sociopolíticas d e t o d o s l o s d e s a p a r e c i d o s , también H I J O S l u
p o r conseguir justicia para todos los desaparecidos y llevar a los criminales a
üibunales: " J u i c i o y c a s t i g o " es s u l e m a , y s u m i r a d a está fija e n l o s r e p r e s o r e s ¿
m e m o r i a , p a r a l a mayoría d e e s t o s jóvenes q u e c r e c i e r o n s i n s u s p a d r e s , es
b i e n , e n c i e r t o n i v e l , u n p r o y e c t o político.
C o m o l a s M a d r e s , H I J O S conünúa s u l u c h a c o n t i - a l a i m p u n i d a d y e l o l v i d o
través d e u n u s o a l t a m e n t e v i s i b l e d e l espectáculo púbhco, u t i h z a n d o sus cuerpo'
p a r a l i u m i U a r a l o s ciüpables. Y a l i g u a l q u e e h a s H I J O S se reúne e n u n l u g a r
h o r a señalados c o n a n t e r i o r i d a d pai-a efectuai* sus p r o t e s t a s m a s i v a s . O t r o s ras
v i s u a l e s d e s u a c t i v i s m o r e c u e r d a n a a l g u n o s d e las M a d r e s : l o s a m p h o s c a r t e l
h o r i z o n t a l e s c o n e l n o m b r e d e l a organización e n e l l o s y las fisiografías d e l o s d
a p a r e c i d o s e n tamaño a u m e n t a d o e n p a n c a r t a s .
N o o b s t a n t e , s u s p e r f o r m a n c e s e n r e a h d a d se v e n y s i e n t e n d e m o d o m u
d i s t i n t o . S i b i e n H I J O S , c o m o las A b u e l a s y las M a d r e s , a d m i t e q u e l o q u e a n i m a
l a organización s o n sus pérdidas p e r s o n a l e s , H I J O S actúa a p a r t i r d e u n a posició
d e alegría y e s p e r a n z a ( H e m i s p h e r i c Instítute [ I n s t i t u t o liemisférico], 2 0 0 0 ) . E :
l u g a r d e l r i t u a l d e d u e l o d e las M a d r e s , c o n f i n a d o a l a P l a z a d e M a y o , H I J O S
g a n i z a e s c r a c h e s cai-navalescos. L a p a l a b r a esavcbe se r e l a c i o n a etimológicamen
c o n scracé, e q u i v a l e n t e d e expectorar, q u e h e g a a s i g n i f i c a i " " e x p o n e r " . ^ ^ M i e n t n l
d e h e c h o las A b u e l a s y las M a d r e s e x p o n e n a l o s m i l i t a r e s d e s d e e l c o m i e n z o d e
asociación, s u escenificación d i f i e r e d e l a d e H I J O S : las A b u e l a s y las M a d i - e s d h '
g e n sus p r o t e s t a s a l o s d e s a p a r e c i d o s ( y p o r extensión a c u s a n a l o s m u l t a r e s ) m
que exponer directamente a i n d i v i d u o s y organizaciones. L o s m i e m b r o s de HIJO,
a l i o r a jóvenes d e u n o s t i - e i n t a años, d i s f r u t a n d e l d e s b o r d e d e energía q u e cara
t e r i z a s u e s t i l o d e a c t i v i s m o . D a d o q u e s u e n t i - a d a a l ámbito púbhco se p r o d u j
más d e u n a década después d e l a caída d e l o s mÜitai-es, e h o s p u e d e n s e r m
f r o n t a l e s e n l a elección d e s u s tácticas y e n s u apropiación d e l e s p a c i o . P u e d
ti-asladarse p o r l a c i u d a d y p o r e l país, desafiai" d i r e c t a m e n t e a l o s genocidas;
o b h g a i - a l o s c r i m i n a l e s p o h t i c o s a q u e s a l g a n d e sus g u a i l d a s . S u s esa'aclies abare
t a n t o a l o s médicos q u e asistían a las s e s i o n e s d e t o r t u r a d e l a C Í A , c o m o a l iíiíí^
A h x e d o A s t i z , c o n o c i d o c o m o e l "ángel d e l a m u e r t e " , q u i e n se iníiltró e n e l g t ^
José G o b e l l o , Diccionario lunfardo, B u e n o s A i r e s , P e n a L i l l o E d i t o r , 1 9 S 2 .
ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L P E R F O R T v ' I A N C E 425
TAYLCÉ
jje las M a d r e s y asesinó a c a t o r c e d e ehas. O t r o s esa-aclies a p u n t a r o n a l a E s c u e l a d e
las Américas q u e , financiada p o r l o s E s t a d o s U n i d o s , e n t r e n a a l o s t o r t u r a d o r e s ; e l
f a m o s o c e n t r o d e detención c l a n d e s t i n a E l O l i m p o ; y e l P l a n Condón E l o b j e t i v o
j-fe l o s e s c r a c h e s es g e n e r a r c o n c i e n c i a púbhca d e q u e e s t o s crímenes i m p u n e s , sus
ejecutores, y las o r g a n i z a c i o n e s q u e l o s a p o y a n continúan e x i s t i e n d o aún e n e l m a r -
co de l a s u p u e s t a d e m o a - a c i a . H I J O S s o s t i e n e q u e l a a c t u a l p o K t i c a económica n e o -
l i b e r a l e n Latinoamérica es u n a s i m p l e continuación d e l a p o h t i c a económica d e
la d i c t a d u r a , a h o r a c o n u n p e r f i l más m o d e r n o .
H I J O S también p r o m e t e c o n t i n u a r : " S i n o h a y j u s t i c i a , h a y e s c r a c h e " . A fin y a l
cabo, d o s p u e d e n j u g a r a l m i s m o j u e g o . L a s A b u e l a s y las M a d r e s e n v e j e c e n , p e r o
e n g e n d r a r o n a l a s i g u i e n t e generación d e a c t i v i s t a s , H I J O S también continúa e l u s o
de las fotografías d e v a r i a s f o r m a s : c o n s i g u e fotografías r e c i e n t e s d e sus o b j e t i v o s
mihtai-es p a r a a p r o v e c h a r l a s e n sus e s c r a c h e s y e n sus p u b h c a c i o n e s . Así, n o s o r -
p r e n d e q u e a h o r a s e a n l o s r e p r e s o r e s m i l i t a r e s l o s p r i m e r o s e n q u e m a r - sus p r o p i a s
fotografías m i e n t r a s se e s f i i e r z a n err a l t e r a r s u a p a r i e n c i a y r e i n v e n t a r sus i d e n t i d a -
des. ( P a r a p a r a f r a s e a r a B a r t h e s u n a v e z más: e h m i n a r l a fotografía, p a r a e l i m i n a r a l
c r i m i n a l / c r i m e n . ) H I J O S s i g u e a s u p r e s a y se las a i T e g l a p a r a conseguñ: sus f o t o g r a -
fías a u n q u e n o h a y a d i s p o n i b l e n i n g u n a r e c i e n t e . S e p u e d e a r g u m e n t a r q u e e s t o es
u n e j e m p l o d e l a f o r m a c o m o H I J O S heredó e s t r a t e g i a s d e l o s m i h t a r e s y d e l a s
M a d r e s . Después d e t o d o , H I J O S u b i c a a l o s r e p r e s o r e s , l o s s i g u e a sus casas y se
asegura d e q u e se s i e n t a n v i g i l a d o s e i n s e g u r o s s i n i m p o r t a r dónde se e n c u e n t r e n .
O r q u e s t a u n a g u e r r a d e r e l a c i o n e s púbhcas c o n t r a sus e n e m i g o s , d e l a m i s m a m a n e r a
en q u e l o s m i h t a r e s i n t e n t a r o n c o n v e n c e r a l a población d e q u e sus víctimas e r a n
guerriüeros p e h g r o s o s . D e s d e l u e g o , l a d i f e r e n c i a es q u e s u s tácticas s h v e n p a r a
identificar- a l o s i n d i v i d u o s r e s p o n s a b l e s d e g r a v e s crímenes c o n t r a l a h u m a n i d a d .
^ l a interrupción performática, n o i m p o r t a c u a l sea s u recepción, n o i m p h c a v i o -
l e n c i a n i p o n e e n r i e s g o l a v i d a d e l a i m i n a l . H I J O S , c o n i o las M a d r e s y las A b u e l a s ,
••eclama j u s t i c i a i n s t i t u c i o n a l , n o v e n g a n z a s p r i v a d a s .
O t i - o e m p l e o d e l a f o t o g r a f i ' a es m u d i o más p e r s o n a l , y se r e l a d o n a c o n l a d i -
"lensión i n d i v i d u a l y p r i v a d a d e l t r a u m a . S i b i e n H I J O S , c o m o las M a d r e s y las
A b u d a s , n o se c e n t r a e n las pérdidas y t r a u m a s p e r s o n a l e s , e l t r a u m a d e f i n e a l a o r -
ganización, n o sólo e n t a n t o i n d i v i d u o s p e r s e g u i d o s p o r las pérdidas y s u f i - i m i e n t o
P^i'sonales, s i n o c o m o g r u p o q u e se generó e n r e s p u e s t a a l a a t r o c i d a d . A l g u n o s
^"•^lembros d e H I J O S e l a b o r a n coUages e i n s t a l a c i o n e s d o n d e i n s e r t a n sus p r o p i a s
 A26 D I A N A TAYU
fotografías j u n t o a l a d e s u ( s ) p a d r e ( s ) p e r d i d o ( s ) . E s t a s n u e v a s "fotografías f a
liai-es" d a n , d e s d e l u e g o , u n s e n t i d o d e p r o x i m i d a d fí'sica y d e i n t i m i d a d q u e se 1 *
negó e n l a r e a l i d a d , [ ciones d e H I J O S después d e q u e las M a d r e s ( e n s u mayoría) h a n d e j a d o d e üevar las
C o m o i n d i v i d u o s , a l g u n o s h i j o s d e desapai'ecidos d e Tucumán a p a r e c e n e n
s e r i e d e 3 3 r e t r a t o s d e J u h o P a n t o j a , i m p o r t a n t e fotógrafo a r g e n t i n o q u e t o t Q ^
d i c h a s imágenes c o m o s u p r o p i o a c t o d e p r o t e s t a f r e n t e a l a i m p u n i d a d políti^
p r e v a l e c i e n t e . ^ ^ C u a n d o se l e s pidió q u e d e c i d i e r a n cómo l e s g u s t a i i a q u e se k
r e p r e s e n t a r a e n l a s f o t o s , e s t o s jóvenes d e s c r i b i e r o n s u d o l o r p e r s o n a l y s u l u c l ^
c o n t i n u a c o n s u h i s t o r i a . D e l a s 3 3 fotografías d e l a colección, 1 2 d e l o s chicoí
p o s a r o n c o n u n a f o t o d e su padre desaparecido. L o c e n t r a l de las fotos, e n u n n i
r e f l e j a u n a proñmda v e r d a d p e r s o n a l : estos jóvenes sólo c o n o c e n a s u s p a d r e s po,
las fotografías. M u c h o s d e e h o s t i e n e n a h o r a l a m i s m a e d a d q u e tenían sus
dres c u a n d o los desaparecieron.
E s o s r e t r a t o s e x p h c a n esa s u e r t e d e " p r e s e n c i a d e l p a s a d o " q u e sentí e n e l
c r a c h e . E n eüos, l o s jóvenes s o s t i e n e n fotografías d e l a generación a n t e r i o n L
f o t o s d e l o s d e s a p a r e c i d o s p a r e c e n más e s p e r a n z a d a s q u e l a s d e s u s h e r e d e
P r o n t o , l o s h i j o s •—que s i e m p r e serán c o n o c i d o s c o m o h i j o s d e desaparecidos-^
v a n a ser m a y o r e s q u e sus padres. S i n e m b a r g o , l o s r e t r a t o s i n d i c a n q u e l o s hijo
t a n t o genética c o m o v i s i b l e m e n t e , r e c h a z a n l a presión d e l a sustitución. A u n q
m u c h o s d e l o s h i j o s i d e a h z a n a sus m a d r e s y padres desaparecidos, n o todos h
r e t o m a d o s u l u c h a r e v o l u c i o n a r i a más aUá d e l r e c l a m o p o r l a j u s t i c i a y l o s d e n
c h o s h u m a n o s . Más b i e n , eüos a s u m e n s u l u g a r e n u n a línea d e sucesión q
i m p l i c a t a n t o r u p t u r a c o m o c o n t i n u i d a d . E l l u g a r d e l m i e m b r o d e l a f a m i l i a de
a p a r e c i d o es p r e s e r v a d o y e x p u e s t o a través d e l a s fotografías. L o s h i j o s , c o m o 1
M a d r e s , se p r e s e n t a n c o m o u n c i r c u i t o d e m e m o r i a .
E n o c a s i o n e s , H I J O S r e c u r r e a l a ampHación d e l a s f o t o s d e l c a r n e t d e l o s d
a p a r e c i d o s p a r a i n c l u i r l a s e n s u s a c c i o n e s públicas. E l h e c l r o d e q u e H I J O S u t i h c e
2^ J u l i o P a n t o j a r e l a t a q u e c u a n d o se eligió a A n t o n i o D o m i n g o E u s s i , c o n o c i d o t o r t u r a d o r d u r a n t
d i c t a d u r a , d e forma democrátíca c o m o g o b e r n a d o r d e Tucumán decidió q u e tenía q u e h a c e r a l g o coa^
p r o p i o i n s t r u m e n t o : l a fotografÍa."Durante l o s c u a t r o años q u e duró e l g o b i e r n o formalmente democraj
co d e B u s s i , m e dediqué sistemáticamente a r e t r a t a r a l o s l i i j o s d e víctimas d e l a represión e n T u c u m f
q u e segi'm l o s o r g a n i s m o s d e D c r e c l i o s P l u m a n o s d e b e n s e r a l r e d e d o r d e m i l . A l p r i n c i p i o f u e t a l v e z :
i m i m p u l s o casi i n g e n u o d e r e s i s t e n c i a e m p u j a d o p o r la indignación, p e r o d e a p o c o f i i e consoÜdándc
y t o m a n d o f o r m a d e u n a t o m a d e posición lúcida u s a n d o m i h e r r a m i e n t a ; l a fotografía." ( " L o s H i j
Tucumán v e i n t e años después", s e p t i e m b r e d e 2 0 0 0 . D i s p o n i b l e e n : h t t p : / A v \ v \ v . j u l i o p a n t o j a . c o m . a r / ) .
, . ^ S T E D ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L PERFORiVÍANCE 427
j n i s m a s f o t o g r a f i ' a s r e c o n o c i b l e s d e l o s d e s a p a r e c i d o s e n s u s escraches m e pai-ece
i n t e r e s a n t e , e n e s p e c i a l s i se c o n s i d e r a q u e estas f o t o g r a f i ' a s apai-ecen e n m a n i f e s t a -
g^yas. L a s M a d r e s aún U e v a n l a f o t o g r a f i ' a pequeña, e n m i c a d a , c o l g a d a d e l c u e h o .
S i n embar-go, l a s p a n c a r t a s c o n g r a n d e s f o t o g r a f i ' a s p e r t e n e c e n a l p a s a d o . A l i o r a e l
o b j e t i v o d e l a s M a d r e s y a n o es t a n t o p r o b a r l a e x i s t e n c i a d e l o s d e s a p a r e c i d o s , s i n o
d e n u n c i a r l a p o h t i c a d e i m p u n i d a d . " S a b e m o s a quiénes se desapareció", d i j e r o n l a s
]\/ladres c u a n d o c a m b i a r o n s u e s t r a t e g i a , e n 1 9 8 3 . " A l a o r a v e a m o s quiénes R i e r o n
los q u e l o s desapai-ecieron."^^ H I J O S , p o r o t r o l a d o , n u n c a pretendió ofí-ecer p r u e b a s
de l a m i s m a m a n e r a . E s t a agrupación entró e n l a e s c e n a p o h t i c a m u c h o después d e
que las M a d r e s d e c l a r a s e n " S a b e m o s a quiénes se desapareció"; H I J O S n u n c a n e c e s i -
tó p r o b a r , c o m o a l g u n a v e z n e c e s i t a i ' o n l a s M a d r e s , q u e sus seres q u e r i d o s e s t a b a n
desaparecidos. S u e m p l e o d e l a s f o t o g r a f i ' a s r e f l e j a e l p o d e r d e l r e p e r t o r i o más q u e
el d e l a r c h i v o , a l señalar l a s c o n t i n u i d a d e s d e l p e r f o r m a n c e más q u e e l h e c h o d e
u n a i d e n t i d a d p o s i t i v a . C u a n d o H I J O S t i ' a n s p o r t a las fotografías d e i d e n t i d a d e n s u s
m a n i f e s t a c i o n e s , señala l a c o n t i n u i d a d d e u n a b u r d a p a r o d i a p o h t i c a : e l h e c l i o d e
que l o s r e p r e s o r e s n o h a n r e c i b i d o c a s t i g o a l g u n o . L a organización h a c o n s e g u i d o
algunas v i c t o r i a s : e l d o c t o r a q u i e n H I J O S señaló p o r s u p a p e l e n l a s s e s i o n e s d e
t o r u i r a perdió s u t r a b a j o . A s t i z , a l e n f i r e n t a r cargos d e extradición e n d i v e r s o s países,
no p u e d e a b a n d o n a r e l país. E n s u casa, s u situación es incómoda, y sus m o v i m i e n t o s
están r e s t r i n g i d o s . D e b i d o a q u e es o b j e t o d e r e p e t i d o s e s c a c h e s , s e n c i h a m e n t e n o
halla dónde esconderse. E n A r ' g e n t i n a también se sohcitó l a extradición d e A u g u s t o
P i n o c h e t p a r a q u e r e s p o n d i e s e a l o s cargos p o r s u p a p e l e n l a Operación Condón
L a e s p e r a n z a d e l o s g r u p o s d e d e r e c h o s h u m a n o s es q u e l o s d i v e r s o s s i s t e m a s j u d i -
ciales c o n f o r m e n s u p r o p i a r e d hemisférica, i n c l u s o g l o b a l ; quizás, irónicamente,
según e i m o d e l o d e l a Operación Condón L o s t o r t u r a d o r e s y asesinos n o podrán
ocLÜtarse, n i e n s u país n i e n e i e x t r a n j e r o . P e r o q u e d a m u c l i o p o r h a c e n Y p o r e h o
a l i j o s j u r a m a n t e n e r l o s escraches h a s t a q u e se h a g a j u s t i c i a .
S i n e m b a r g o , a l U e v a r l a s fotografías d e identificación d u r a n t e s u s r e c o r r i d o s ,
'•^ijos señala l a c o n t i n u i d a d d e u n a práctica r e p r e s e n t a c i o n a l . " C i t a " así a l a s
M a d r e s , s i b i e n r e c o n o c e o t r a s i n f l u e n c i a s : l a s imágenes c a r n a v a l e s c a s d e C o y a ,
por e j e m p l o . S u s i n t e g r a n t e s , c o m o l a s M a d r e s , t o m a n l a s fotografías d e a r c h i v o
J u l i o F l o r e s , c o m e n t a r i o s e n l a c o n f e r e n c i a pública " P e r f o r m a n c e , psicoanálisis y m e m o r i a " , d e
Taylor, N Y U Buenos Aires, abril de 2 0 0 1 .

428
y k s r e m o v i i i z a n p o r p a r t i d a d o b l e : señalan t a n t o e i u s o d e a r c h i v o d e l a idgj^
cación c o m o e l performádco, a s o c i a d o a las M a d r e s . L a s f o t o s d e a r c h i v o se
p r e s e n t a n u n a v e z más, p e r o a h o r a d e u n a m a n e r a más c o m p h c a d a , q u e s e ^
d i v e r s a s prácticas artísticas y r e p r e s e n t a c i o n a l e s , además d e las c l a r a m e n t e p o '
cas. L a s fotografías, p r o p o n g o , s i r v e n c o m o " g u a r d a l u g a r e s " e n c i e r t o s e n t i
u n a f o r m a d e a s e g u r a r e l l u g a r d e l o s d e s a p a r e c i d o s e n l a c a d e n a genealóg|
G a r a n t i z a n q u e n o se o l v i d e a i o s desapai'ecídos, n i se les " s i i s t i t u y a " . Nacüe t o m
su l u g a n H I J O S continúa l a h ' n e a genética —y, h a s t a c i e r t o g r a d o , l a t r a y e c t o
p o h t i c a d e d e s a f í o — y p i d e atención a l a v i o l e n c i a d e las r u p t u r a s . A d i f e r e n
d e l a sustitución e n l a genealogía d e l p e r f o r m a n c e d e R o a c h , q u e l l e n a e l espa
vacío a l susütiúr u n a figura/persona p o r o t r a ( e l r e y h a m u e r t o , v i v a e l r e y ) , e l
d e l p e r f o r m a n c e , d e m u e s t r a l a c o n t i n u i d a d s i n sustitución. A u n q u e esté perc
e l vínculo específico p u e d e y n e c e s i t a q u e se l e i d e n t i f i q u e p a r a q u e l a g e n e a l o
y la denuncia tengan sentido.
Así, e l p e r f o r n i a n c e o p e r a p a r a t r a n s m i t i r r e c u e r d o s traumáticos, a p a r t i r d
a l t i ' a n s f o r m a r u n a r c h i v o y u n r e p e r t o r i o c o m p a r t i d o s d e imágenes c u l t u r a l
E s t o s p e r f o r m a n c e s d e p r o t e s t a f u n c i o n a n c o m o "síntoma" d e l a h i s t o r i a (es d
l a e x t e r i o r i z a n ) , p a r t e i n t e g r a l d e l trauma,También d e c l a r a n u n a d i s t a n c i a
para elaborar u n reclamo, a l afirmar- lazos y conexiones mienti-as d e n u n c i a n viol
clones a los c o n t r a t o s sociales. Y , c o m o e l t r a u m a , e i p e r f o r m a n c e d e protesta i
vade, de f o r m a inesperada, ei c u e r p o social. S u eficacia d e p e n d e de s u capacidad
p r o v o c a r r e c o n o c i m i e n t o y reacción e n e l aquí y a h o r a más q u e d e p e n d e r c
r e c u e r d o . S u única e s p e r a n z a d e s o b r e v i v e n c i a , c o m o señalaría D a w k i n s , es que
p o p u l a r i c e ; o t r o s continuar-án l a práctica.
Y p o r último, e s t a s p r o t e s t a s performáticas q u e se g e n e r a n e n e l t r a u
también n o s e x i g e n u n a refiexión: a través d e l énfasis e n las a c c i o n e s colecü
o r g a n i z a d a s p o r l o s f a m i h a r e s •—^Abuelas, M a d r e s , e H I J O S — e s t o s g i ' u p o s s o n
p r i m e r o s e n reclamar a los espectadores q u e n o o l v i d e n s u r o l e n e l drama,
mayoría d e q u i e n e s v e m o s o p a r t i c i p a m o s e n estas f o r m a s d e p e r f o r m a n c e de p
t e s t a n o s o m o s víctimas, s o b r e v i v i e n t e s n i p e r p e t r a d o r e s , p e r o eso n o q u i e r e
cir q u e n o n o s c o r r e s p o n d a n n p a p e l e n e l d r a m a g l o b a l d e las v i o l a c i o n e s a 1
•^'^ S i b i e n i o s m i e m b r o s d e H I J O S a p o y n n d e m a n e r a o f i c i a l e l a c t i v i s m o político d e sus padres» >
csii.ierz.an p o r c o n t i n u a r l o , l a mayoría d e e l l o s h a e v i t a d o l o s c i s m a s v i o l e n t o s ( M o n t o n e r o s , E i U * J
g r u p o s ) q u e c a r a c t e r i z a r o n c l m o v i m i e n t o d e sus p a d r e s .
, ^ S T l i D ESTÁ AQUÍ": E L A D N D E L P E R F O R M A N C E ^29
D I A N A T A ^
.1
j e r e c i w s h u m a n o s . L a g u e r r a sucia, pati-ocinada p o r l a C Í A y l a E s c u e l a d e las
y^inéi'*'^^^' y o r g a n i z a d a a través d e l a Operación Cóndor, ñie d e v e r d a d "hemisfé-
Así, e l A D N d e l p e r f o r m a n c e , c o m o i a investigación biológica e n c u r s o , p u e -
¿c expíiadir, más q u e h m i t a r , n u e s t r o sc:n\:iáo d e c o n e c t i v i d a d ; toaos c o m p a r t i m o s
^,n.i b u e n a p a r t e d e m a t e r i a l e s genéticos, c u l t m - a l e s , p o h t i c o s y soQioccQnómicQs.
i está aquí" señala n o sólo e l e s p a c i o d e p e r f o r m a n c e , s i n o también e l a m -
b i e n t e c o l e c t i v o d e l t r a u m a q u e t o c a y a f e c t a a t o d o s . E s t a m o s , t o d o s , aquí.
fi-iiducció u de R i c a r d o R u b i o
B I B L I O G R A F Í A
Abuelas de P l a z a d e M a y o , Teatro por la identidad, tarjeta postaJ/volante, 2 0 0 0 ,
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 430 DIANA

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vera de 1 9 9 9 , pp. 5 9 - 7 8 .
El trabajo de Jo7i McKenzie—teórico del performance, nacido en los Estados Unidos
y doctorado en estudios de performance por la Universidad de Nueva York— se centra
en el reconocimiento de la doble función del performance como campo normativo y
como campo expresivo. En su libro P e r f o r m o r E l s e : F r o m D i s c i p l i n e t o P e r f o r -
m a n c e , publicado en el año 2001, McKenzie asigna al concepto de perform a-nce un rol
central dentro de lasformaciones de poder y saber que, según él, continúa en los siglos
XXy XXI el papel que la disciplina —tal como la conceptualiza Michel Foucault—
ocupó en el siglo xviii. En este sentido, McKenzie rastrea la proliferación del concepto
de performance más allá de su utilización en el campo de la cultura. McKenzie señala
(¡ue ya desde el fin de la segunda Guerra Mundial el concepto de performance se en-
cuentra presente como variable de evaluación en áreas tales como la administración
trabajo y el funcionamiento tecnológico.
Es así que McKeiizie establece tres paradigmas de performance: cultural, organi-
^^cional y tecnológico. Según él, cada paradigma conlleva su medida valorativa de
^^uerdo con el desempeño en cada una de estas áreas: en el caso de performances cultura-
(conciertos, obras de teatro, rituales), hablamos de eficacia; en el caso de performance
°^'K<^nizacional (empresas, gobiernos), de eficiencia;y en el caso cleperfonnance tecnoló
(^^^tomó^ll^^^ computadoras), de efectividad. Analizar los performances como conjunt
^ P^'ácticas dentro de ini cierto contexto —cidturai, organizacional o teaiológico— y
^^P^ndienclo a una determinada función que debe ser considerada de acuerdo con las
'^'^^ndas específi-cas de dicho marco —ya sea de eficacia social, de eficiencia organiz
'^°^^alo de efectividad tecnológica—• ha abierto en el campo de los estudios delperformance

[433 ]
 434

lina importante variante metodológica, además de introducir nuevos objetos de es

Estos paradigmas, que McKenzie identifica fuera del campo de los estudios delp
manee tal como se venta configurando hasta el momento de la publicación de P e r f o
o r E l s e , lo Uevan a teorizar alperformance como un estrato deformaciones depone
no sólo como un canal a través del cual las distintas culturas comunican los mitos
lasfundan. A partir del trabajo de autores como Elerbert Marcase y Francois Lyota\
que utilizan el concepto de performatividad para remarcar sufunción normativa coj
también lo hacefudith Butler, McKenzie destaca que, mientras la "disciplina"produ^
sujetos unifimdos a través de instituciones de poder, en el estrato performativo los lin^
tes entre las instituciones sociales se diluyen. De ahí su conceptualización de perfi
manee como una formación onto-Mstórica de poder y saber" que opera en el marco
sociedades postindustriales.
En el ensayo que publicamos aquí, McKenzie analiza el concepto de performan H A C E MÁS D E C U A R E N T A AÑOS, E L E N T O N C E S PRESIDENTE ESTADUNIDENSE,

en el plano global, a través de documentos en los que instituciones transnacionales esU
blecen parámetros para evaluar performances a un nivel mu Itiparadigm ático, es dec
teniendo en cuenta diferentes paradigmas de comportamiento: gubernamental, an
biental, social,financiero,etc. Según McKenzie, estas instancias evaluativas much
veces intentan conciliar performatividades conflictivas en las que los imperativos i
eficacia deben equilibrarse con ciertosparámetivs de eficiencia y efectividad. Para descr
bir esta negociación entre demandas, McKenzie propone el concepto de Flerbert Simoi
s a t l f i c i n g (satisfacción + sacrificio) o "satisfi-cio".
Como cierre de su análisis de la performatividad tal como se da más allá del terrei
cultural, McKenzie retoma el abordaje delpapel de la cultura dentro del contexto glob
para señalar que los perfomances culturales también ocupan un lugar privilegiado
la configuración global, un orden en el que se privilegia el aspecto que refiere a la efica^
social de dichos performances.
A. través del artículo que aquí presentamos, McKenzie muestra la manera en f
el performance ocupa un lugar central dentro de ciertos procesos de normatividadi-
trabaja a nivel macro (estados, organizaciones, empresas, corporaciones) y micro (su
jetividad, objetos culturales), remarcando las múltiples directrices y localizaciones
las quefiinciona este estrato que esparte integral de la formación y despliegue delpod^
en suforma contemporánea.
yi
D w i g l i t E i s e i i l i o w e r , pronunció s u d i s c u r s o d e d e s p e d i d a a n t e s u s c o n c i u d a d a -
nos. C a s i a i final d e s u aiocución, e i p r e s i d e n t e d i j o l o sigiñente:
Por t a n t o — e n esta m i última n o c l i e c o m o p r e s i d e n t e — les agradezco las o p o r -
tunidades que m e d i e r o n para prestar servicio público e n l a g u e r r a y e n l a paz.
Confío e n que e n ese servicio encontrarán cosas d e v a l o r ; e n c u a n t o a l resto, sé
que sabrán m e j o r a r ziperformance e n e l futuro.^
" M e j o r a r e l performance e n e l ñitin-o." E l o y e n día, cerca d e cuar-enta años
después, p o d e m o s p r e g u n t a r : ¿qué p e r f o r m a n c e tenía e n m e n t e E i s e n h o w e r , y
cómo habría d e m e j o r a r s e ? E i s e n h o w e r f l i e p r e s i d e n t e d e E s t a d o s U n i d o s d u r a n t e
ios años más álgidos d e l a G u e r r a Fría. Superó l a p r i m e r a fase d e l a c a r r e r a a r m a -
m e n t i s t a n u c l e a r , e l l a n z a m i e n t o d e l S p u t n i l c e n 1 9 5 7 y e l d e r r i b o d e l avión espía
U - 2 e n l a Unión Soviéüca. Y e s t o f u e sólo p a r t e d e s u s e r v i c i o e n " t i e m p o d e
P!iz", p u e s , a n t e s d e o c u p a r l a p r e s i d e n c i a , también fungió c o m o c o m a n d a n t e s u -
P i ' e m o d e las F u e r z a s M a d a s d u r a n t e l a s e g u n d a G u e r r a M u n d i a l .
E n t o n c e s , ¿de qué p e r f o r m a n c e h a b l a b a E i s e n h o w e r ? ¿Podría s e r q u e , déca-
•^íis después, e s t e " p e r f o r m a n c e m e j o r a d o " se h a y a c o n v e r t i d o e n " n u e s t r o " p e r f o r -
' ^ a n c e , e l p e r f o r m a n c e d e l a r t e , e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e , o d e m a n e r a más g e n e r a l ,
^ D v v i g l u D . E i s e n h o w e r , Public Papers of the Presidents of the United States, 1960^61, W n s l i i n g t o n
^ • C . , U . S . G o v e r n m e n t P r i n t i n g OíHcc, 1 9 6 2 .

[435]
 436
JON MCKEI
e i p e r f o r m a n c e estético o c u l t u r a l ? "¡Nada d e eso!", desearíamos i n s i s t i r Y
o b s t a n t e , ¿qué es p e r f o r m a n c e ? , y, ¿cuál es s u relación c o n l o s p r o c e s o s c o n t e ^
ráneos d e globalización?
E n 2 0 0 1 , e n l a c o n f e r e n c i a P S i 7 [la séptima c o n f e r e n c i a d e l a o r g a n i z a
P e r f o r m a n c e S t u d i e s I n t e r n a t i o n a l ] c e l e b r a d a e n M a g u n c i a , A l e m a n i a , formé
d e u n a s e r i e d e p a n e l e s s o b r e e l t e m a d e p e r f o r m a n c e y globalización. O
e n t o n c e s q u e l a desaipción d e l o s o r g a n i z a d o r e s p r e s e n t a b a a l a globalización
d o s f o r m a s : c o m o a l g o q u e a m e n a z a b a l a producción y e s t u d i o d e l p e r f o r m a n
p o r el c o n t r a r i o , c o m o algo q u e el p e r f o r m a n c e debe resistir a cualquier costo
c o m o R i e r e , las d e s c r i p c i o n e s partían d e l a p r e m i s a " p e r f o r m a n c e c o n t r a g l o b a l i j
ción". S i n e m b a r g o , m i investigación s u g i e r e o t r a relación, m u y d i s t i n t a , e n
p e r f o r m a n c e y globalización: e l p e r f o r m a n c e coino globalización.
Hacia una teoría general del performance
P a r a d a r u n a i d e a d e cómo llegué a e s t a formulación, m e p e r m i t i r - e p r e s e n t a r a
g u n a s d e las p r i n c i p a l e s p r e m i s a s d e m i l i b r o Perform orEhe, u n o d e c u y o s obj
tivos es e n s a y a r u n a teoría g e n e r a l d e l p e r f o r m a n c e . D e m o d o s i g n i f i c a t i v o
l a n z a m i e n t o d e l a publicación o f i c i a l t u v o lugar* e n l a c o n f e r e n c i a P S i d e M a g u n
E n contraste c o n los investigadores q u e m e p r e c e d i e r o n e n cuestiones
performance cultinal — p o r ejemplo, R i c h a r d Schechner, D e U l i y m e s , V i c
T u r n e r — , c u y a tai'ea Ríe i d e n t i f i c a r y t e o r i z a r d i f e r e n t e s prácticas c u l t u r a l e s co
performance, l a t a r e a q u e emprendí h a c e v a r i o s años fiie u n p o c o d i f e r e n t e :
p r o p u s e i n v e s t i g a r l a f o r m a e n q u e se formahzó e l término " p e r f o r m a n c e "
oti-os p a r a d i g m a s d e investigación d u r a n t e l a última m i t a d d e l s i g l o . D e £
m o d o , m i o b j e t i v o n o e r a i d e n t i f i c a r n u e v a s prácticas p a r a e t i q u e t a r l a s co
" p e r f o r m a n c e " . E n c a m b i o , investigué e l n o m b r e d e " p e r f o r m a n c e " c o n e l íin
e s t u d i a r qué o t i ' o s tipos d e prácticas y a se habían p r o d u c i d o y e s t u d i a d o e n reí
ción c o n este término.
P a r a a n a h z a i - d i c l i a s prácticas, citaré a l g u n o s d e l o s p e r f o r m a n c e s q u e g e
raímente n o se d i s c u t e n e n c o n f e r e n c i a s s o b r e p e r f o r m a n c e c u l t u r a l . P a r a e m
z a r : p o r l o g e n e r a l n o e x i s t e n d o c u m e n t o s s o b r e e l p e r f o r m a n c e d e l o s misÜ'
g u i a d o s , o i n s t a l a c i o n e s c o m p u t a r i z a d a s , o i n f r a e s t r u c t m - a s públicas. T r a i g o es
^ j , j ; , l T O R M A N C E Y GLOBALIZACIÓN 437
lación p o r q u e , d u r a n t e l o s p a s a d o s c i n c u e n t a años, l o s i n g e n i e r o s y científicos
^ informática diseñaron s o f i s t i c a d a s prácticas p a r a a ' e a r y e s t u d i a r e i p e r f o r -
^"ance d e s i s t e m a s tecnológicos, m u c h o s d e l o s c u a l e s p r o v i e n e n d e l c o m p l e j o
' ^ . m . ^ i . - i n d u s t r i a . l e s t a d u n i d e n s e : a v i o n e s d e c o m b a t e , s i s t e m a s d e orientación y
•iistreo y m a t e r i a l e s c o m p u e s t o s .
E s t a s i n v e s t i g a c i o n e s se i n s t i t u c i o n a h z a r o n d e f o r m a e x p h c i t a . E n 1 9 9 1 , e l
C o n g r c s o e s t a d u n i d e n s e aprobó l a " L e y d e a l t o desempeño c o m p u t a c l o n a l " p a r a
^ ^oyar e l d e s a r r o h o d e s i s t e m a s c o m p u t a r i z a d o s p a r a l e l o s e n m a s a , ^ y h o y e n día
existen d o c e n a s d e c e n t r o s d e a l t o desempeño c o m p u t a c l o n a l . E n 1 9 9 5 , e l N a t i o -
nal R e s e a r c h C o u n c i i [ C o n s e j o N a c i o n a l d e Investigación] publicó u n a m p h o
i n f o r m e titiüado " M e a s u r i n g a n d I m p r o v i n g I n f r a e s t r u c U i r e P e r f o r m a n c e " [ M e -
dición y m e j o r a d e l desempeño d e l a i n f r a e s t r u c t u r a ] . ^ E s t a s i n v e s t i g a c i o n e s s o -
bre e l p e r f o r m a n c e g e n e r a r o n p r o d u c t o s d e b a j a tecnología, c o m o automóviles,
estéreos y l o s m a n g o s d e t r a p e a d o r e s . E s t o s p e r f o r m a n c e s tecnológicos n o se v a -
l o r a n e n términos d e s u e f i c a c i a c u l t u r a l , s i n o d e s u e f i c i e n c i a técnica, d e s u c a p a -
cidad p a r a c u m p h r c o n c r i t e r i o s c o m o v e l o c i d a d , durabÜidad y c o n f i a b i h d a d .
C p m o e l p e r f o r m a n c e c u l U i r a l , l o s p e r f o r m a n c e s tecnológicos se d e f i n e n y e s t u -
dian sólo e n m a n e r a s m u y específicas y l o c a h z a d a s .
P o r l o g e n e r a l n o h a y p o n e n c i a s s o b r e e l p e r f o r m a n c e tecnológico d e l o s m i -
siles o d e l o s t r a p e a d o r e s e n c o n f e r e n c i a s i n t e r n a c i o n a l e s s o b r e p e r f o r m a n c e c u l -
tural. T a m p o c o e n c o n t r a m o s d o c u m e n t o s sobre l a m e j o r a d e l p e r f o r m a n c e d e los
obreros d e a l g u n a fábrica, o s o b r e l a evaluación d e l p e r f o r m a n c e d e u n e q u i p o d e
trabajo, o s o b r e l a creación d e o r g a n i z a c i o n e s d e " p e i f o r m a n c e s o b r e s a h e n t e " .
Pero, u n a v e z más, d u r a n t e l a última m i t a d d e l s i g l o , surgió u n c a m p o c o m p l e t a -
m e n t e n u e v o d e investigación s o b r e p e r f o r m a n c e m u y d i s t i n t o a l d e l o s e s t u d i o s
éste. A u n q u e t i e n e s u s orígenes e n l a administración científica d e F r e d e r i c k
' t a y l o r , q u e predominó d u r a n t e l a p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o x x , e l " p e r f o r m a n c e d e
'^"^ministración" surgió a l r e d e d o r d e l a s e g u n d a G u e r r a M u n d i a l . S u s d e f e n s o r e s
^•1 l a i n d u s t r i a y e n las escuelas d e administración se oponían a l énfasis d e l t a y l o -
d s m o e n l a racioníiUdad y l a u n i f o r m i d a d d e l a l a b o r f a b r i l a l s o s t e n e r q u e l a
^ %¿ Performance CompiUingAct ofl991, P . L . , p p . 1 0 2 - 1 9 4 . D i s p o n i b l e e n : l u t p : / A v v v w . c c i c . g o v /
'^gislation/hpcc.act.litml
Véase, C o m m i t t c e o n M e a s u r i n g a n d I m p r o v i n g I n f r n e s t r i i c t u r e P e r f o r m a n c e , Measuring aíidIm-
^''°'^ii!g hifrestruclure Performance, W:isliingtón, D . C . , N i i t i o n a l A c u d e m y P r e s s , 1 9 9 5 .
 438 JON M e
administrílción e n l a economía d e l o s s e r v i c i o s y l a información d e b e f o m e n
creatividad y diversidad d e los trabajadores.
E s t e p a r a d i g m a d e p e r f o r m a n c e o r g a n i z a c i o n a l también se institución
de m o d o f o r m a l . Para d a r u n e j e m p l o : e n 1 9 9 3 , e l C o n g r e s o estadunid
aprobó l a G o v e r n m e n t P e r f o r m a n c e a n d R e s u l t s A c t [ L e y d e D e s e m p (
R e s u l t a d o s G u b e r n a m e n t a l e s ] , q u e pretendía m e j o r a r e l p e r f o r m a n c e d e
d e p a r t a m e n t o s y d e p e n d e n c i a s federales.'' E s t o d i o p i e para e l estableclmi
t o d e l a N a t i o n a l P e r f o r m a n c e R e v i e w [Revisión N a c i o n a l d e P e r f o r m a n
Y aún h o y , a l g u n a s e m p r e s a s e s t a d u n i d e n s e s r e a h z a n c a d a año " r e v i s i o n e s
p e r f o r m a n c e " d e sus e m p l e a d o s y d i r e c t i v o s . E l c e n t r o d e atención d e este
d e investigación s o b r e e l p e r f o r m a n c e n o es l a e f i c a c i a c u l t u r a l n i l a eficit
tecnológica, s i n o l a e f i c i e n c i a o r g a n i z a c i o n a l : p e r f e c c i o n a r l o s resiütados y
ducir los esfuerzos.
Así, p a r a r e s u m i r , l i a y a l m e n o s tres p a r a d i g m a s d e investigación s o b r e e l
f o r m a n c e : c u l t u r a l , tecnológico y organizacioníd, c a d a u n o d e l o s cuales se
p o r a i t e r i o s d e evaluación d i s t i n t o s , y p o r d i f e r e n t e s n o r m a s p a r a d e f i n i r y
l i z a r e l p e r f o r m a n c e : e f i c a c i a c u l t u r a l , e f e c t i v i d a d tecnológica y e f i c i e n c i a o r
nizacional.
¿Cuál es l a relación e n t r e e s t o s v a l o r e s p e r f o r m a t i v o s , e n t r e estas d i f e r e
clases d e p e r f o r m a n c e ? D e s d e l a p e r s p e c t i v a d e l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e ,
s u éirfasis e n l a r e s i s t e n c i a , mutación y transgresión, l o s o t r o s d o s paradigmí
p e r f o r m a n c e p a r e c e n b a s t a n t e s i n o e x c l u s i v a m e n t e n o r m a t i v o s e n s u fimcio
m i e n t o s o c i a l . D e h e c h o , s i se l e s c o n s i d e r a j u n t o s , l a s i n v e s t i g a c i o n e s s o b
p e r f o r m a n c e tecnológico y e l o r g a n i z a c i o n a l serían c a s i sinónimos d e l a
C i e n c i a y l a A l t a Administración, l o q u e e n l a década d e 1 9 6 0 se denominó
E s t a d o s U n i d o s " e l esíablishíítent" o"d s i s t e m a " .
Aquí r e s i d e l a p a r a d o j a g e n e r a t i v a d e m i investigación: e i p e r f o r m a n c e c o n t i
características t a n t o n o r m a t i v a s c o m o s u b v e r s i v a s . S i b i e n l o s e x p e r t o s h a n
v e r t i d o más d e c u a t r o décadas e n l a producción y teorización d e l p e r f o r m a n c e cO
fuerza d e resistencia social, h a y quienes estudian y p r o d u c e n performances
c o n presteza i d e n t i f i c a m o s c o m o d o m i n a n t e s e n e l m u n d o contempo^^^^
¿Cómo e x p h c a r esta p a i ' a d o j a ? ¿Se t r a t a sólo d e d i f e r e n t e s s i g n i f i c a d o s d e l térm^
Pcrformnncü a n d R e s u l t s A c t s o f 1 9 9 3 . D i s p o n i b l e e n : http://w\vw.npr.gov/librar)'/misc/s20lí-
P I J F O R M A N C E Y GLOBALiZACIÓN 439
« e f f o r m f i i ^ c e " , o d e v e r d a d e s t o s tres p a r a d i g m a s d e investigación c o m p a r t e n
|''sgos c o m u n e s q u e l o s u n e n e n u n n i v e l d i s t i n t o d e anáhsis?
L e j o s d e e x i s t i r e n esferas i n c o n e x a s , e s t o s p a r a d i g m a s se s u p e r p o n e n y e n t r e -
^ u z a n c a d a v e z más; p o r e j e m p l o , así c o m o e l t e a t r o tiene l u g a r e n c o n t e x t o s
• j i s t i t u c i o n a l e s h m i t a d o s y e n r i q u e c i d o s p o r i m p e r a t i v o s tecnológicos y económi-
cos el m o d e l o t e a t r a l se convirtió e n l a b a s e d e l a teoría o r g a n i z a c i o n a l y e l diseño
v i r t u a l . P a r a e n t e n d e r l a m u t u a imbricación d e l o s p e r f o r m a n c e s crütiural, t e c n o -
lógico y o r g a n i z a c i o n a l , comencé p o r e s t u d i a r e l p e r f o r m a n c e d e s d e u n a p e r s p e c -
(^ya genealógica, c o n métodos d e D e r r i d a , F o u c a u l t , y D e l e u z e y G u a t t a r i . L o
que encontré fiie e s t a posibÜldad: según l o s tres p a r a d i g m a s d e investigación,
c u l t i i r a l , tecnológico y o r g a n i z a c i o n a l e n u n n i v e l más g e n e r a l d e anáhsis, e l p e r -
f o r m a n c e p u e d e e n t e n d e r s e c o m o u n a formación onto-liistórica d e p o d e r y s a b e n
El esírato de performance
E x p o n g o esta p o s i b i h d a d d e l a f o r m a más s u c i n t a p o s i b l e : e l p e r f o r m a n c e sería
para l o s s i g l o s x x y x x i l o q u e l a d i s c i p l i n a fiie p a r a l o s s i g l o s x v n i y x i x : u n e s -
trato d e p o d e r y saber. E s t e p o d e r o p e r a m e d i a n t e l o s c o , n f i i c t o s y c o m p r o m i s o s
de d i f e r e n t e s tipos d e p e r f o r m a n c e , p o r e j e m p l o , e l c u l t u r a l , e l tecnológico y e l
o r g a n i z a c i o n a l . E s t a p e r f o r m a t i v i d a d n o s e x i g e s e r eficaces u n m o m e n t o , e f i -
cientes a l s i g u i e n t e y e f i c i e n t e s d e o t r o m o d o después; y e n o c a s i o n e s , l a s tres
cosas a l m i s m o tiempo. E n r e s u m e n , e l p o d e r y s a b e r p e r f o r m a t i v o s n o s p l a n -
tean u n r e t o r e s p e c t o d e las d i f e r e n t e s f o r m a s d e e f e c t u a r e l p e r f o r m a n c e ; y s i n
"ninguna a l t e r n a t i v a . ^
Sin duda n o soy e l p r i m e r o e n reconocer e l poder del performance. Plasta
^ o n d e sé, F l e r b e r t M a r c u s e fiie e l p r i m e r o e n t e o r i z a r s o b r e l a p o d e r o s a n o r m a -
'^^^'idad d e l p e r f o r m a n c e . E n 1 9 5 5 , M a r c u s e afirmó q u e l a s s o c i e d a d e s p o s t i n -
^^istriales se regían c o n u n principió d e r e a h d a d q u e denominó e l " p r i n c i p i o d e
actuación" [pe formance principie]. A l e s c r i b i r a c e r c a d e l carácter r e p r e s i v o d e l a
^^^'ihzación contemporánea, reflexionó: " L o d e s i g n a m o s c o m o ^principio de ac-
^^'aciójj p a r a s u b r a y a r q u e b a j o s u m a n d o l a s o c i e d a d está e s t r a t i f i c a d a d e a c u e r d o
^énse i V l c K c n z i c , Perform or Else: From Discipline to Performance, L o n d r e s , R o u d e d g e , 2 0 0 1 .
 -Í-IO J O N M C K E -
c o n k actuíición económica c o m p e t i t i v a d e s u s m i e m b r o s " . ^ D e a c u e r d
Mai-cuse, e l p r i n c i p i o d e p e r f o r m a n c e consiste e n u n a racionalidad positj
tecnológica, q u e se expandió d e las fábricas a las oñcinas, h o g a r e s y e n r e a l i d
t o d a s las esferas d e l a v i d a s o c i a l . M a r c u s e , a l a h o n d a r e n e s t o después d e l a
g u n d a G u e r r a M u n d i a l , concibió e l p o d e r p e r f o r m a t i v o c o m o c e n t r a h z a d o
n o h ' t i c o y u n i f o r m a d o r , concepción p r o d u c t o d e s u e x p e r i e n c i a d e l a A l e m
n a z i , l a R u s i a e s t a h n i s t a y l o s E s t a d o s U n i d o s d e l a G u e r r a Fría.
O t r o s teóricos i m p o r t a n t e s y más r e c i e n t e s también a n a h z a r o n e l p e r f o r m
c o m o f o r m a d e p o d e n A ñnales d e l a década d e 1 9 7 0 , J e a n - F r a n 9 o i s L y o t a r d
ploró l a "condición p o s m o d e r n a " d e f o r m a e x p h ' c i t a e n términos d e l a l e g i t i m a d
performática d e l p o d e r y e l c o n o c i m i e n t o . E n s u a h o r a f a m o s a f o r m u l a c i
L y o t a r d argumentó q u e las " g r a n d e s n a r r a t i v a s " m o d e r n a s , c o m o e l P r o g r e s o y
Revolución, d i e r o n p a s o a u n n u e v o t i p o d e p o d e r : l a p e r f o r m a t i v i d a d . " E n a s u i H
t o s d e j u s t i c i a s o c i a l y d e v e r d a d científica p o r i g u a l , l a legitimación d e d i c l i o pod.
se basa e n e l p e r f e c c i o n a m i e n t o d e l p e r f o r m a n c e d e l s i s t e m a : e n l a e h c i e n c i a .
M i e n t r a s M a i - c u s e destacó l a u n i f o r m i d a d d e l p r i n c i p i o p e r f o r m a t i v o , L y o t a r d c
c a m b i o subrayó l a h e t e r o g e n e i d a d d e l o s j u e g o s d e l e n g u a j e d i J i i s o s y agonistí
r e g i d o s p o r esta p e r f o r m a t i v i d a d .
D e s d e l u e g o , e n f e c h a s aún más r e c i e n t e s , J u d i t i i B u t i e r üamó n u e s t r a aten
ción sobre l o s " p e r f o r m a t i v o s p u n i t i v o s " q u e r i g e n l a identificación d e género
s e x u a l . ^ S i b i e n , a l p r i n c i p i o l a teorización s o b r e l a p e r f o r m a t i v i d a d d e B u t i e r s
nutrió ele l a investigación d e c a m p o d e T u r n e r s o b r e e l p e r f o r m a n c e r i t u a l , p r o n t
se dirigió a l o s e s t u d i o s lingüísticos d e A u s t i n p j n a t e o r i z a r s o b r e e l p a p e l d e l o
actos d i s c u r s i v o s p e r f o r m a t i v o s t a n t o p a r a c o n s t i t i n r c o m o m a n t e n e r l a i d e n t i d a
d e género. A l c o m b i n a r - l a noción d e B u t i e r d e l a r e f e r e n c i a h d a d d e l d i s c u r s o co
l a restauración d e l a c o n d u c t a d e S c h e c l m e r , p o d e m o s dech* q u e l o s p e r f o r m a t i v o !
^ H e r b e r t M u r c u s e , £ros miil Cwl!tzaiio7i: A Philosopbkal Inquiry hilo Freud, N u e v a Y o r k , V i n t a g '
B o o b , 1 9 6 1 ( 1 9 5 5 ) , p p . 4 0 , 4 1 [ e d . esp.: Bros y CivUizocióu: Una investigaciónfilosófica sobre Freud, Májcji^
co, Joaquín M o r t i z , 1 9 8 6 , p . 5 9 ] ,
^ J c a i i - F r a n ^ o i s L y o t : i r d , VjePosímodern ConditÍon:AReportonKnowledge,G(íCiK)ÍQnn\n^tony^i'^^^
M a s s a m l (trads.), MineápoLis, U n i v e r s i t y o f M i n n e s o t a Press, 1 9 8 4 , p . x x i v [ e d . esp.: La condición pos^nod'
ír;w. M a d r i d , Cátedra, 1 9 S 9 ] .
^ Véase J u d i t b B u d e r , Gender Trouble, Feminism and the Subversión ofidentity, N u e v a Y o r l c y Londres,
R o u d e d g e , 1 9 9 0 [ e d . esp.: El género en dispula. El feminismo y ¡a subversión de la identidad, B¡ircelon«j
Paidós,200l].
j j I ^ p O R M A N C E Y GLOBALÍZACTÓN 441
l ' s c u r s i v o s y l o s p e r f o r m a n c e s c o r p o r i z a d o s , c u a n d o se u n e n e n v i r t u d d e fiierzas
|g iteración n o r m a t i v a s , c o n f o r m a n las bases d e l e s t r a t o d e l p e r f o r m a n c e .
D e c i r q u e e l e s t r a t o d e l p e r f o r m a n c e es a l o s s i g l o s x x y x x i l o q u e l a d i s c i p h n a
a l o s s i g l o s x v i i i y x i x es más q u e u n a analogía, p u e s , e n m u c h a s f o r m a s , e l
Doder p e r f o r m a t i v o es j u s t a m e n t e u n d e s p l a z a m i e n t o y u n a reinscripción r a d i c a -
les d e l p o d e r d i s c i p h n a r i o q u e anahzó F o u c a u l t . S i n e m b a r g o , h a y d i f e r e n c i a s
t r e m e n d a s , q u e aquí sólo p o d e m o s e s b o z a n
M i e n t i ' a s F o u c a i d t ubicaba e l ascenso de l a d i s c i p h n a e n l a E u r o p a occidental,
nie p a r e c e q u e l o s m e c a n i s m o s d e l p o d e r p e r f o r m a t i v o a - i s t a h z a r o n e n E s t a d o s
U n i d o s recién t e r m i n a d a l a s e g u n d a G u e r r a M u n d i a l , e n e l m o m e n t o p r e c i s o e n
que M a r c u s e formuló e l p r i n c i p i o d e p e r f o r m a n c e y J . L . A u s t i n dictó s u s c o n f e -
rencias s o b r e l o s actos d i s c u r s i v o s p e r f o r m a t i v o s . E s s i g n i f i c a t i v o q u e h a y a s i d o
hasta e l término d e l a s e g u n d a G u e r r a M u n d i a l c u a n d o d e v e r d a d e m p e z a r o n a
t o m a r f o r m a l o s p a r a d i g m a s d e l p e r f o r m a n c e c u l t u r a l , tecnológico y o r g a n i z a c i o -
nal. D e a c u e r d o c o n Foucaiüt, l a d i s c i p h n a generó s u j e t o s u n l E c a d o s m e d i a n t e u n a
serie d e i n s t i t u c i o n e s c o m o l a escuela, las fábricas y las cárceles, c a d a u n a c o n s u
p r o p i o a i - c h i v o d e d e c l a r a c i o n e s y prácticas.^ E n c a m b i o , e l p o d e r p e r f o r m a t i v o
desdibuja l o s H m i t e s d e las i n s t i t u c i o n e s sociales a l c o n e c t a r y c o m p a r t i r sus arclñvos
digitales. L a información financiera, r e g i s t r o s c r i m i n a l e s y e x p e d i e n t e s académi-
cos, a l g u n a v e z a h n a c e n a d o s e n arclúveros s e p a r a d o s , a h o r a se s u b e n a bases d e d a -
tos d e s i h c i o e n u n a r e d electrónica. L o s c u e r p o s q u e u n a v e z p a s a r o n c o n n i t i d e z
a través d e u n a s e c u e n c i a h n e a l d e m e c a n i s m o s d e p o d e r a l i o r a a p r e n d e n a c a m -
biar c o n r a p i d e z e n t r e cuadrículas v a l o r a t i v a s c o n f l i c t i v a s ; l o s s u j e t o s r e s u l t a n t e s
t i e n d e n a m a n i f e s t a r u n a n a m r a l e z a f r a c t u r a d a , múltiple o híbrida. P o r e j e m p l o , e n
el ámbito l a b o r a l e s t a d u n i d e n s e , p r e s e n c i a m o s e l a u m e n t o d e las t a r e a s múltiples;
en las escuelas, es y a m t i n a q u e a l o s a l u m n o s se les d i a g n o s t i q u e t r a s t o r n o s d e dé-
ficit d e atención; y e n l a v i d a c o t i d i a n a , l a g e n t e c o m i e n z a a " n a v e g a r p o r l a ciátura",
es decir, se d e s p l a z a p o r d i f e r e n t e s e s t i l o s y t r a d i c i o n e s casi c o n t a n t a r a p i d e z y f a c i -
l i d a d c o n l a q u e s e c a m b i a n l o s canales e n l a televisión. D e s d e u n a p e r s p e c t i v a
íiistórica más a m p h a : e n t a n t o l a d i s c i p h n a fimcionó c o m o l a m a t r i z d e p o d e r d u -
i'ante l a Ilustración, l a Revolución i n d u s t r i a l , e l c a p i t a h s m o h b e r a l y e l c o i o n i a h s m o
e u r o p e o , e l p e r f o r m a n c e o p e r a c o m o l a m a t r i z d e l a postÜustración, l a revolución
^ Véase M J c l i e l F o u c a u l t , Discipline and Punish, N u e v a Y o r l c , R o u d e d g e , 1 9 7 9 [ e d . esp.: Vigilar y cas-
V ' ; SigloXKH,México, 1 9 8 9 ] .
 442 JON M C K E
d e i a información, e l c a p i t a l i s m o n e o l i b e r a l y e l p o s c o l o n i a l i s m o . P e r o desta
u n a v e z más q u e e l p o d e r p e r f o r m a t i v o y e l s a b e r s o n e n r e a l i d a d c o s a d e l f u
l a formación d i s c i p l i n a r i a n o se constaiyó e n u n día, lai e l e s t r a t o d e l p e r f o r m a
m i s m o se h a i n s t a l a d o p o r c o m p l e t o aún.
Adán 'aciones
Aquí q u i s i e r a o f r e c e r a l g u n a s a c l a r a c i o n e s . R e s p e c t o d e l a s o b j e c i o n e s q u e
o c a s i o n e s se m e formiüan, n o d i g o q u e l o s p e r f o r m a n c e s sólo e x i s t a n e n E s t a
U n i d o s , n i q u e n o se e s t u d i e n l o s p e r f o r m a n c e s q u e se e f e c t u a b a n a n t e s d e l a
g u n d a G u e r r a M u n d i a l . L a c o n f e r e n c i a d e M a g u n c i a —y e n f e c l i a s más r e c i e n
l a s p r i n c i p a l e s c o n f e r e n c i a s s o b r e p e r f o r m a n c e c u l t u r a l d e Berlín, L o n d r e s , T o
L i m a y C a n t e r b u r y , N u e v a Z e l a n d a — d e m u e s t r a q u e l a investigación sobre
p e r f o r m a n c e es g l o b a l , y e x i s t e n m u c h o s t e x t o s i m p o r t a n t e s s o b r e p e r f o r m a n c
c u l t u r a l e s d e s i g l o s p a s a d o s . T a m p o c o n i e g o q u e a l g u n o s p e r f o r m a n c e s resis
c r i t i q u e n l a globahzación. D e h e c h o , h a y i n v e s t i g a c i o n e s s i g n i f i c a t i v a s q u e aborda
d i c h a s r e s i s t e n c i a y crítica.
S i n e m b a r g o , l o q u e sí d i g o es q u e l o s c o n c e p t o s y prácticas d e l p e r f o r m a n *
tienen u n a h i s t o r i a , y q u e e s t a h i s t o r i a está r e l a c i o n a d a c o n l a d e o t r a s investigí
c l o n e s s o b r e e l p e r f o r m a n c e , t a n t o a p h c a d a s c o m o teóricas, y c o n l a s institucioní
c o r r e s p o n d i e n t e s q u e a p o y a n y g e n e r a n d i c l i a s i n v e s t i g a c i o n e s . P o r e j e m p l o , los coa
c e p t o s d e l p e r f o r m a n c e d e a l t a tecnología se d e s a r r o U a r o n d e n t r o d e l c o m p l e
m i l i t a r - i n d u s t r i a l e s t a d u n i d e n s e , e n t a n t o l o s d e l p e r f o r m a n c e organización
s u r g i e r o n a p a r t i r d e aíticas i n t e r n a s , p o s t e r i o r e s a l a g u e r r a , d e l a a d m i n i s t r a d '
científica. S e podría d e c i r q u e e l e s t u d i o d e l a s a c t i v i d a d e s c u l t i n a l e s c o m o "p
f o r m a n c e " comenzó e n E s t a d o s U n i d o s , y n o es u n a c o i n c i d e n c i a q u e e l prinlí
D e p a r t m e n t o f P e r f o r m a n c e S t u d i e s [ D e p a r t a m e n t o d e E s t u d i o s d e Performaí
ce] o f i c i a l se e s t a b l e c i e r a e n E s t a d o s U n i d o s , n i q u e las p r i m e r a s c u a t r o reunió
d e P e r f o r m a n c e S t u d i e s I n t e r n a t i o n a l ( P S i ) [ E s t u d i o s I n t e r n a c i o n a l e s d e Perfci
m a n e e ] también t u v i e s e n l u g a r ahí.
D e h e c h o , a p a r t k d e m i s p r o p i o s v i a j e s y c o n t a c t o s , s i e n t o u n a creciea^
d e s c o n f i a n z a e n l a " e s t a d u n i c i d a d " , o c o n más precisión, d e l " e s t a d u n i c e n t r i s
d e l o s e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e , y quizá d e l a investigación s o b r e e l p e r f o r m
pjrRFORÍ^lANCE Y G L O B A L I Z A C I Ó N 443
le f o r m a más g e n e r a l . E n p a r t e , quizá e n e s t a d e s c o n f i a n z a se b a s e n l o s r e c i e n -
i n t e n t o s p a r a a r t i c u l a r genealogías a l t e r n a s d e l a investigación s o b r e e l p e r -
forniíi'^oe, genealogías q u e a m e n u d o t i e n e n raíces n a c i o n a l e s o lingüísticas. /
E n t r e estas m e d i d a s s e e n c u e n t r a l a presentación d e E r i k a F i s c h e r - L i c h t e e n la(
p S i 7 e n M a g u n c i a , q u e trató s o b r e e l a v a n c e d e l a investigación s o b r e p e r f o r -
i i i a n c e e n A l e m a n i a d u r a n t e l a última m i t a d d e l s i g l o pasado;^° y l a r e c i e n t e e x -
loración d e D i a n a T a y l o r d e l término c a s t e h a n o "performático" c o m o opción
del logocéntrico " p e r f o r m a t i v o " . ^ ^ Y o afirmaría q u e l a investigación s o b r e e i p e r -
f o r m a n c e h a sido "estadunicentrista", p e r o h a h e g a d o a escala m u n d i a l , c o n f o r -
m e se d e f i n e l a investigación s o b r e e l p e r f o r m a n c e c i d t u r a i , p e r o así s u c e d e c o n
la investigación s o b r e e l p e r f o r m a n c e q u e se efectúa e n las N a c i o n e s U n i d a s , e l
F o n d o M o n e t a r i o I n t e r n a c i o n a l ( F M I ) y oü'as o r g a n i z a c i o n e s a s o c i a d a s a l p r o c e s o
de globalización.
'Paradigmas 4, 5 , ó...
Sea q u e se e n t i e n d a l a investigación s o b r e p e r f o r m a n c e c o m o a l g o q u e e m a n a d e
E s t a d o s U n i d o s , sea q u e p r o v e n g a d e múltiples n o d o s d e t o d o e l m u n d o , e l p e r -
f o r m a n c e y a es g l o b a l , y n o sólo e l p e r f o r m a n c e c u l t u r a l , s i n o también las f o r -
mas tecnológicas y o r g a n i z a c i o n a l e s d e l p e r f o r m a n c e . P a r a c o m p h c a r aún más
las cosas, citaré t r e s p a r a d i g m a s a d i c i o n a l e s d e l a investigación s o b r e e l p e r f o r -
mance.
E n l a línea d e l análisis a n t e r i o r , u n c u a r t o p a r a d i g m a es e l d e l •performance
gubernamental A c a r g o d e e s t u d i o s o s d e l a c i e n c i a p o h t i c a , sociólogos y a n a h s t a s
de políticas púbhcas, e s t a investigación tiene q u e v e r e n g r a n m e d i d a c o n e i p e r -
f o r m a n c e d e l o s g o b i e r n o s n a c i o n a l e s , es decir, c o n l a b u e n a o m a l a actuación o
(ejecución d e sus d e b e r e s púbhcos e n opinión d e l o s v o t a n t e s . C o n f r e c u e n c i a , e s t e
p e r f o r m a n c e se evalúa m e d i a n t e e n c u e s t a s púbhcas d e g r a n escala, o "bar-ómeti-os",
c o m o e l eurobar-ómeti-o, e l latinobar-ómetro y l o s barómetros a f r i c a n o y asiático,
E r i k a F i s c l i e r - L i c i i t e , " T e x t ¡md P e r f o r m a n c e : R e v e r s i n g the P l i e r a r c l i y " , presentación e n l a c o n f e -
"•encia i n t e r n a c i o n a l " T r a n s i a t i o n - T r a n s i t i o n - T r a n s f o r m a t i o n " , P e r f o r m a n c e S t u d i e s I n t c r n a t i o n a i , M s i i n z ,
^ O d e m a r z o de 2 0 0 1 .
Véase D i a n a l a y l o r , 7?je Archive atid the Repertoire: Performing Cultural Memory in the Americas,
^ ^ ' d i a m , D u k e U n i v e r s i t y Press, 2 0 0 3 .

t o d o s l o s c u a l e s se diseñaron y a j u s t a r o n c o n t o d o c u i d a d o p a r a q u e
c i a f a c i l i t a r a l o s análisis c o m p a r a t i v o s e n t r e d i f e r e n t e s Estados-nación
geográficas.^^
U n q u i n t o p a r a d i g m a es e l áol peiformancefinanciero o ecojtómico
plica conceptos de performance para analizar los i n s t r u m e n t o s financie
d i v i d u a l e s ( p o r e j e m p l o , a c c i o n e s y b o n o s ) , l a s a c t i v i d a d e s económicas
pequeñas y g r a n d e s e m p r e s a s , e i n c l u s o m e r c a d o s , i n d u s t r i a s y economía
dar u n a idea: l o s f u n c i o n a r i o s d e l P M I c o n frecuencia c i t a n e l efecto de 1
t i c a s d e e s t e o r g a n i s m o e n e l " p e r f o r m a n c e económico g l o b a l " . E l p e r f o
financiero d i f i e r e d e l organizacíonal e n q u e s e r e l a c i o n a c o n l a s a c t i v i d a d
n a n c i e r a s o económicas g e n e r a l e s más q u e c o n l a administración i n t e r n a d
trabajadores.
Y p o r último, u n s e x t o p a r a d i g m a es e l d e l performance ambiental. D
h a c e v a r i a s décadas, c o n l a c r e c i e n t e presión d e l o s a m b i e n t a l i s t a s y, e n f f
más r e c i e n t e s , d e l a s n o r m a s g u b e r n a m e n t a l e s , l a s e m p r e s a s d e t o d o e l m "
a p l i c a n p r o g r a m a s sistemáticos p a r a e v a l u a r s u e f i c a c i a e n e l c u m p l i m i e n t
c r i t e r i o s a m b i e n t a l e s . E s t o s p r o g r a m a s g e n e r a n r e v i s i o n e s periódicas d e l p e r
m a n e e a m b i e n t a l r e s p e c t o d e áreas c o m o b i o s e g u r i d a d , e m i s i o n e s a l a a t m o ^ ^
y l a c a l i d a d d e l a g u a . Además, l a Organización p a r a l a Cooperación y e l Desarró
Económicos ( O C D E ) y a e s t a b l e c e d i r e c t r i c e s d e p e r f o r m a n c e a m b i e n t a l p a r a
E s t a d o s m i e m b r o s , más o n j e n o s t r e i n t a d e l o s países más i n d u s t r i a l i z a d o s ,
c o m o p a r a tres E s t a d o s asociados n o m i e m b r o s .
C o m o s u c e d e c o n l o s p e r f o r m a n c e s c u l t u r a l e s , o r g a n i z a c i o n a l . e s y tecnoló^
eos, e l " p e r f o r m a n c e " e n l o s p a r a d i g m a s g u b e r n a m e n t a l e s , financieros ) ' a m b i o
t a l e s se r e f i e r e a c o n j u n t o s d e prácticas m u y específicos y a l a v e z d i s p u t a d o s . M
aún, c o m o d e b e s e r o b v i o , c a d a p a i - a d i g m a c o n l l e v a c o n j u n t o s d e c r i t e r i o s e v a l u
t i v o s r e s i s t i d o s q u e , a l final, s e d e t e r m i n a n d e m a n e r a s o c i a l y política. P o r l o d
más, c o m o s e a p r e c i a p o r l o s e j e m p l o s m e n c i o n a d o s e n c a d a u n o d e e s t o s t r
p a r a d i g m a s , l a investigación s o b r e e l p e r f o r m a n c e es y a c r u c i a l píira l o s procese?
contemporáneos d e giobalización, d e s d e l o s a s u n t o s d e g o b i e r n o h a s t a l o s finan,
c l e r o s y ecológicos.
^2 Véase m i e n s a y o " D e m o c r a c y s Performíince", V j e D m m n Review 47, núm. 2 , 2 0 0 3 , p p . 1 1 7 - 1 2
13 Véase, p o r e j e m p l o , WJF Swvey Special Suppkment on Michel Camdessus, f e b r e r o d e 2 0 0 0 . D i
p o n i b l e e n : http://w\vw.Ímf.org/externai/pubs/rt/siirvey/siip2000
445
i Y GLOBALIZACIÓN
La performatividad global
^i- d e t o d a l a i n f i u e n c i a política y a m p l i t u d geográfica q u e p u e d a n t e n e r
^ ^ u n o d e e s t o s píiradigmas d e p e r f o r m a n c e , l a p e r f o r m a t i v i d a d d e l a globaÜ-
'"''^•'n contemporánea s e a p r e c i a m e j o r e n l o s i n t e n t o s o e n l o s p r o y e c t o s q u e
^^^\tan a integrar los diferentes criterios performativos.
U n i i cl^ a c c i o n e s p a r a i n t e g r a r l o s p e r f o r m a n c e s muitiparadigmáticos s e
pj-ecia e n e l r e s u m e n d e l i n f o r m e a n u a l d e l G r u p o d e Compañías R o y a ! D u t c h /
SheÜ, q^"^ p r e p a r a r o n l a s e m p r e s a s c o n t a b l e s y a u d i t o r a s K P M G y PriceAvater-
h o i i s e C o o p e r s . E s i n t e r e s a n t e o b s e r v a r q u e e l título d e e s t e d o c u m e n t o e s People,
pjanct and Profits [La gente, elplanetay las ganancias]. ^ P o r qué es s i g n i f i c a t i v o e s t e
n o m b r e aquí? P o r q u e " g e n t e " , " p l a n e t a " y " g a n a n c i a s " c o r r e s p o n d e n d i r e c t a n a e n t e
a las tres s e c c i o n e s p r i n c i p a l e s d e l i n f o r m e a n u a l , q u e s o n , r e s p e c t i v a m e n t e , " p e r -
f o r m a n c e s o c i a l " , " p e r f o r m a n c e a m b i e n t a l " y " p e r f o r m a n c e económico". E n r e s u -
m e n , l a a c t i v i d a d a n u a l c o m p l e t a d e e s t a i m p o r t a n t e corporación m u l t i n a c i o n a l
se p r e s e n t a p a r a l a evaluación d e sus a c c i o n i s t a s — y d e l m u n d o e n s u c o n j u n t o —
en términos d e l a integración d e t r e s t i p o s d e p e r f o r m a n c e : s o c i a l , a m b i e n t a l y
económico, o , e n p a l a b r a s d e l a S h e l l , e l p e r f o r m a n c e d e l a g e n t e , d e l p l a n e t a y d e
las ganancias.^''
L a m e d i d a de l aR o y a l D u t c h / S h e l lpara integrar performances m u i t i p a r a -
digmáticos e j e m p l i f i c a l a n a t x n - a l e z a y f u n c i o n a m i e n t o d e l a operación d e l a
p e r f o r m a t i v i d a d e n e l ámbito g l o b a l . E n p r i m e r l u g a r , l a p e r f o r m a t i v i d a d n o e s
" u n a cosa"; n o c o n s t a d e u n c o n j u n t o único y c o h e r e n t e d e d i s c u r s o s , prácticas y
valores p e r f o r m a t i v o s . E n c a m b i o , c o n s i s t e e n m u c h a s p e r f o r m a t i v i d a d e s c o n -
flictivas y e n o c a s i o n e s c o n t r a d i c t o r i a s : c u l t u r a l , o r g a n i z a c i o n a l , tecnológica,
gí-ibernamental, financiera, a m b i e n t a l . . . y e s t a l i s t a n o es e x h a u s t i v a , p u e s e x i s -
t e n o t r o s p a r a d i g m a s d e investigación s o b r e e l p e r f o r m a n c e , c o m o e i e d u c a t i v o ,
fisiológico, psicológico, s e x u a l y fai'macéutico. E n s e g u n d o l u g a r , e l e s t r a t o d e l p e r -
formance f u n c i o n a j u s t a m e n t e m e d i a n t e las medidas e n curso para negociar
p e r f o r m a t i v i d a d e s múltiples y r i v a l e s . E n t a n t o L y o t a r d destacó l a p e r f o r m a t i -
v i d a d c o m o p e r f e c c i o n a m i e n t o o maximización d e l a e f i c i e n c i a , u n término q u e
r e s u l t a más c l a r o p a r a d e f i n i r l a p e r f o r m a t i v i d a d es l a noción d e "salisfcing"
Vtíuse, Peopie, Planel, andProfils: TJje ShellReport2001 Snnminry, Ro)'al D u t c l i Petroleum C o m p a n y
y l l i c "Shcli"Transport iindTrading Company, 2002.

JON M C K
término q u e u n e satifacción c o n s a c r i f i c i o , q u e l i e r b e r t Simón fiae e i pj-*
en teorizar.
L a eficiencia a m e n u d o p u e d e necesitar e l c o m p r o m i s o c o n o t r o s valores
l a e f i c a c i a o l a e f e c t i v i d a d . Así, l o s e n c a r g a d o s d e t o m a r d e c i s i o n e s b u s c a n
f a c e r e x i g e n c i a s q u e c o m p i t e n e n t r e sí, p e r o , d e b i d o a q u e t r a b a j a n c o n u n C Q
c i m i e n t o l i m i t a d o , también d e b e n h a c e r s a c r i f i c i o s ; p o r e n d e , satisfacen, a l t o
n o l a n i e j o r u óptima decisión, s i n o l a q u e sea " l o b a s t a n t e a d e c u a d a " .
D e l m i s m o m o d o , la p e r f o r m a t i v i d a d g l o b a l opera por m e d i o de l o que
d e m o s d e n o m i n a r rituales de saíisf dales, p r o g r a m a s d e revisión d e p e r f o r m
rutinaiúos q u e c o n s i s t e n e n a c c i o n e s f o r m a l i z a d a s p a r a m e d i r , e v a l u a r y i:tiej
d i f e r e n t e s t i p o s d e r e n d i m i e n t o . E s t o s p r o g r a m a s d e evaluación d e n i n g u n a ^
s\ei'a s e l i m i t a n a l a R o y a l D u t c h / S h e l l . A l c o n t i - a r i o : a l c e n t r o d e atención e
e s t u d i o , l a evaluación e integración d e l o s p e r f o r m a n c e s s o c i a l , a m b i e n t a l y e
nómico c o b r a c a d a v e z más i m p o r t a n c i a p a r a las e m p r e s a s y países q u e a t i e n d
el desarrollo sustentable. C o n las directrices q u e establece l a G l o b a l Repor'
I n i t i a t i v e ( G R I ) [ I n i c i a t i v a d e R e p o r t e G l o b a l ] , cerca d e 3 2 3 o r g a n i z a c i o n e s e r i
países evalúan, c o n l a s m e d i d a s d e p e r f o r m a n c e s o c i a l , a m b i e n t a l y económico,
efecto d e sus actividades e n e l a m b i e n t e n a t u r a l y e n e l bienestar social de s
t r a b a j a d o r e s , c o n s u m i d o r e s y c o m u n i d a d e s . E n t r e e s t o s o r g a n i s m o s se encue;
t r a n e m p r e s a s pequeñas y g r a n d e s , g o b i e r n o s y o r g a n i z a c i o n e s n o g u b e r n a m e n
les ( O N G ) . L a C o a l i t i o n f o r E n v i r o n m e n t a l l y R e s p o n s i b l e E c o n o m l e s [Coalicl
d e Economías A m b i e n t a l m e n t e R e s p o n s a b l e s ] fimdó u n a organización i n d e p e
diente, la GRI, e n 1997, centro que colabora con el P r o g r a m a para el A m b i e n t e
las N a c i o n e s U n i d a s .
Se percibe l a a m p l i t u d d e l a p e r f o r m a t i v i d a d global a l apreciar e l G l o b
C o m p a c t Performance M o d e l [ M o d e l o C o m p a c t o G l o b a l de Performance
las N a c i o n e s U n i d a s ] . E n 1 9 9 9 , e l entonces sea'ctario g e n e r a l de l a O N U , y
A n n a n , anunció e l C o m p a c t G l o b a l , i n i c i a t i v a g l o b a l p a r a f o m e n t a r q u e l a e
p r e s a p r i v a d a t r a b a j e e n f a v o r d e l d e s a r r o l l o económico g l o b a l s u s t e n t a b l e e i
c l u y e n t e . E l C o m p a c t G l o b a l se c e n t r a e n ti-es áreas p r i n c i p a l e s d e interés: d e r e c l i
h u m a n o s , c r i t e r i o s l a b o r a l e s y a m b i e n t e . E J p r o g r a m a entró e n fimciones e n 2 0
y h o y e n día c o n s t a d e u n a r e d d e c i n c o d e p e n d e n c i a s . C o n l a coordinación d e
Vénsc,HerbertA,Sllmon,Mor/e/sofMan, N u e v a Y o r k , Jol.n W i l c y a.id Sons, 1 9 5 7 .
' • j . ^ i r O R M A N C E Y GLOBALIZACIÓN
,act G l o b a l O f i i c e , e s t a r e d c o n s t a d e l a O f i c i n a d e l A l t o C o m i s i o n a d o d e
p e r e c h o s H u m a n o s , e l P r o g r a m a A m b i e n t a l d e las N a c i o n e s U n i d a s , l a O r -
^^^^j^ación I n t e r n a c i o n a l d e l T r a b a j o , e l P r o g r a m a d e D e s a r r o l l o d e l a s N a c i o n e s
a n i d a s y lí^ Organización d e D e s a r r o l l o I n d u s t r i a l d e l a s N a c i o n e s U n i d a s . E n
j i c a i a l i d a d , más d e 1 1 3 0 e m p r e s a s d e 5 9 n a c i o n e s p a r t i c i p a n e n e l G l o b a l
(-j5¡-)ipact d e l a O N U . E i o b j e t i v o c e n t r a l d e l p r o g r a m a es f o m e n t a r l a i n c o r p o r a -
ción d e c r i t e r i o s d e d e r e c h o s h u m a n o s , labor-ales y a m b i e n t a l e s e n l o s p r o c e s o s
(estratégicos d e planeación y producción d e l a s e m p r e s a s p r i v a d a s . C o n e s t e fin,
i
2 0 0 2 t u v o l u g a r u n G l o b a l C o m p a c t P o l i c y D i a l o g [Diálogo d e Políticas d e l
Global C o m p a c t ] e n el que participaron representantes dela O N U , empresarios y
organizaciones laborales y de la sociedad civil para elaborar e l G l o b a l C o m p a c t
performance M o d e l [ M o d e l o de Performance del G l o b a l C o m p a c t ] . E l grupo
explica:
P o r modelo nos r e f e r i m o s a u n sistema d e reglas, prácticas y m e d i o s para alcanzar
u n c o n j u n t o de resultados. l^o'Cperformance nos r e f e r i m o s a u n mínimo de i n s u m o s
y esfuerzos para obtener los mejores resultados e n e l m e n o r tíempo posible. E n
otras palabras, este m o d e l o de p e r f o r m a n c e describe el p l a n o m a p a para c o n t r i -
b u i r a que las empresas h a g a n suyos los p r i n c i p i o s d e l G l o b a l Compíicty se d i r i j a n
híicia u n p e r f o r m a n c e satisfactorio s i n desviarse de sus demás m e t a s corporativas.^*^
S i n entrar e n detalles d e l M o d e l o d e P e r f o r m a n c e d e l G l o b a l C o m p a c t , v e -
m o s q u e e l g r u p o d e diálogo d e f i n e e l p e r f o r m a n c e e n s u ámbito más g e n e r a l ,
pues r e d u c e l o s i n s u m o s y m a x i m i z a l o s resiütados d e n t r o d e u n p e r i o d o d e t i e m p o
d e t e r m i n a d o . E s t a "reducción/maximización" d e l a s p r o p o r c i o n e s e n t r e I n s u m o s /
¡^"ísuitados es básica e n e l c o n c e p t o d e L y o t a r d d e l a optimización performática.
^ m i s m o t i e m p o , también p o d e m o s d e c i r q u e , p a r a c u m p h r c o n l o s c r i t e r i o s d e l
*^lobaÍ C o m p a c t s o b r e e l " p e r f o r m a n c e s a t i s f a c t o r i o " , l a s e m p r e s a s d e b e n n e g o -
ciar e n t r e l a s m e d i d a s t r a d i c i o n a l e s d e l p e r f o r m a n c e c o m e r c i a l ( e n términos p a -
radigmáticos, las d e l p e r f o r m a n c e o r g a n i z a c i o n a l y financiero) y medidas nuevas,
e m e r g e n t e s , d e p e r f o r m a n c e (las d e l p e r f o r m a n c e a m b i e n t a l y s o c i a l , e n t r e l a s
4üe se c u e n t a n l a s prácticas r e f e r e n t e s a l o s d e r e c l i o s h u m a n o s y d e t r a b a j o d i g n o ) .
"* Véase, " A C o m p a n y P e r f o r m a n c e M o d e l f o r Achievíng che G l o b i i l Coinp;icí: P r i n c i p i e s " . D J s -
P<3niblc e n : http:/Av\v\\'.iincptie.org/outre:icli/compnct/docs/GC-,üialoguc2002-Model.pdf
 448 JON MCKEN
U n a v e z más, estas n e g o c i a c i o n e s se e n t i e n d e n m e j o r c o m o satísfadoras [satisfidj^
que c o m o maximizadoras.
L a I n i c i a t i v a d e R e p o r t e G l o b a l y e l G l o b a l C o m p a c t d e l a O N U ofrece-
p r u e b a s v i s i b l e s d e l a t e n d e n c i a g l o b a l d e l a p e r f o r m a t i v i d a d , y, d e h e c h o , a l h
c e r l o también r e v e l a n u n a t e r c e r a característica d e l a p e r f o r m a t i v i d a d g l o b a l Isf
sólo i m p h c a u n a m u l t i p l i c i d a d d e p e r f o r m a t i v i d a d e s y p r o g r a m a s g l o b a l e s q ^
p r e t e n d e n i n t e g r a r y s a t i s f a c e r d i c h a s p e r f o r m a t i v i d a d e s . Además, l a performatí
v i d a d g l o b a l o p e r a m e d i a n t e u n a c o m p l e j a red d e i n s t i t u c i o n e s sociales, que tra
b a j a n o sólo e n e l ámbito d e l o s Estados-nación, s i n o también p o r e n c i m a d
e l l o s , e n e l ámbito d e las o r g a n i z a c i o n e s i n t e r n a c i o n a l e s y t r a n s n a c i o n a l e s , c o n i '
l a O N U y e l G R I , y d e b a j o d e e l l a s , m e d i a n t e e m p r e s a s y O N G . E S j u s t a m e n t e estí
r e d g l o b a l d e i n s t i t u c i o n e s l o q u e c o n t r i b u y e a d i s t i n g u i r e n t r e e l e s t r a t o d e l per
f o r m a n c e y las i n s t i t u c i o n e s m u c h o más jerárquicas y d e carácter n a c i o n a l fiindí
das e n l a formación d i s c i p l i n a r i a q u e d e s c r i b e F o u c a u l t .
Perversiones y ambigüedades de la performatividad
A l i o r a se a p r e c i a c o n c l a r i d a d u n a dimensión p r o g r e s i v a d e l a p e r f o r m a t i v i d a c
g l o b a l , c o m o se v e e n l o s a s p e c t o s y v a l o r e s e n c a r n a d o s e n e l G l o b a l C o m p a c t y 1Í
I n i c i a t i v a d e R e p o r t e G l o b a l : m e j o r a m i e n t o d e l o s d e r e c h o s h u m a n o s , protecclói
a m b i e n t a l , c r i t e r i o s d e t r a b a j o d i g n o , y d e s a r r o l l o económico s u s t e n t a b l e e inclu'í
y e n t e . E s t a s causas s o n d e s d e h a c e m u c l a o l a b a n d e r a d e a c t i v i s t a s sociales y gtupo^
p o H t i c o s p r o g r e s i s t a s , y d e m o d o e s p e c i a l a l a l u z d e l o s p r o c e s o s contemporáneos
d e globaÜzación. L o m i s m o s u c e d e c o n o t r o s a s p e c t o s q u e s u e l e n p r o m o i
a g e n t e s i n s t i t u c i o n a l e s d e p e r f o r m a t i v i d a d g l o b a l , c o m o l a d i v e r s i d a d , creatividac
educación y p r o g r a m a s d e t r a t a m i e n t o y prevención d e l v i r u s d e l v i i - i / s i d a .
p e r f o r m a t i v i d a d g l o b a l es n o r m a t i v a , y n o o b s t a n t e , p a r e c e q u e b i e n v a l e l a pe^ií
a p o y a r l a creación d e n o r m a s q u e p r o m u e v a n v a l o r e s p r o g r e s i s t a s .
S i n e m b a r g o , a l m i s m o t i e m p o , p r o g r a m a s c o m o e l G l o b a l C o m p a c t de
O N U , y, d e f o r m a más g e n e r a l , l a e x t e n d i d a introducción d e m o d e l o s d e perf°
m a n e e e n i n s t i t u c i o n e s públicas, se e n c u e n t r a n b a j o u n a - e c i e n t e e s c r u t i n i o y
t i c a . E s i n t e r e s a n t e o b s e r v a r q u e estas a i t i c a s s e c u n d a n l o s anáhsis d e l po*^'
p e r f o r m a t i v o q u e e f e c m a r o n h a c e décadas M a r c u s e y L y o t a r d .
: > i r R F O R M A N C E Y GLOBALIZACIÓN 449
E n enero de 2 0 0 2 , u n grupo internacional ONG, la A l l i a n c e f o r a C o r p o r a t e -
f r e e U N [ A l i a n z a p a r a u n a Organización d e las N a c i o n e s U n i d a s s i n C o r p o r a c i o -
nes], envió u n a .franca m i s i v a a l e n t o n c e s s e c r e t a r i o K o f i A n n a n e n l a q u e aiücaba l a
eficacia d e l G l o b a l C o m p a c t . S I b i e n e l o g i a b a l a motivación d e A n n a n e n l a a-ea-
ción d e l G l o b a l C o m p a c t , l o s 1 6 s i g n a t a r i o s sostenían q u e s u diseño p e r m i t e a las
c o r p o r a c i o n e s m e j o r a r s u reputación pública e n v i r t u d d e s u asociación c o n l a O N U
sin c o m p r o m e t e r s e n o o b s t a n t e c o n c a m b i o s v e r d a d e r o s e n sus c o n d u c t a s c o r p o -
r a t i v a s r e s p e c t o d e l o s d e r e c h o s h u m a n o s , c r i t e r i o s l a b o r a l e s y protección a m -
b i e n t a l . E n a p o y o d e e s t o s c a r g o s , l a A l i a n z a a n e x a b a documentación d e v i o l a c i o -
nes a las d i r e c t r i c e s d e c i n c o m i e m b r o s c o r p o r a t i v o s d e l G l o b a l C o m p a c t . Además,
la A l i a n z a d e n u n c i a b a e l p r o p i o fiincionamiento d e l C o m p a c t p o r l a t r a n s p a r e n c i a
i n a d e c u a d a d e sus o p e r a c i o n e s y s u f a l t a d e r i g o r r e g u l a t o r i o .
C o n e l fin d e . c o r r e g i r e s t o s p r o b l e m a s , l a c a r t a proponía u n rediseño d e l
Global Compact, para transformarlo e n e l G l o b a l Accountabilit)'- C o m p a c t
[ C o m p a c t o d e R e s p o n s a b i l i d a d G l o b a l ] y q u e d e este m o d o p a s a r a d e s e r u n a
sociedad e n t i : e l a Ó N U y las c o r p o r a c i o n e s a fimgir c o m o organización v i g i l a n t e
que s u p e r v i s a r a e l p e r f o r m a n c e d e las e m p r e s a s . L a adhesión d e las c o r p o r a c i o n e s
m i e m b r o s a s u s d i r e c t r i c e s y a n o sería v o l u n t a r i a , s i n o o b l i g a t o r i a , y l a c o n t i n u i -
dad d e l a membresía e n e l C o m p a c t requeriría q u e las e m p r e s a s q u e f a l t a r a n a
ellas a d o p t a r a n m e d i d a s c o r r e c t i v a s . E n algún m o m e n t o d e e s a c a r t a , l a A l i a n z a
urgía a l a o f i c i n a d e A n n a n a " a c l a r a r q u e e l propósito d e l C o m p a c t n o es e l
avance d e algún p l a n e m p r e s a r i a l r e s p e c t o d e las r e g l a s d e l c o m e r c i o e inversión".
C o n las m i s m a s p a l a b r a s d e l a I n i c i a t i v a d e R e p o r t e G l o b a l q u e y a a n a l i z a m o s ,
leemos e n la m i s i v a de la A l i a n z a el a r g u m e n t o d e que el proyecto G l o b a l C o m -
píict d e l a O N U d e b e m o s t r a r u n m a y o r c o m p r o m i s o c o n a s p e c t o s p r o p i o s d e l
performance social y a m b i e n t a l a l distanciarse de los valores del performance
•económico.
E l t e x t o d e l i a n s d e B r u i j n , d e 2 0 0 1 , Managing Performance in the Public
Sector [Administración delperformance en el Sector Piiblico] p r e s e n t a u n a crítica m u -
•^lio más explícita y e x t e n s a . D e B r u i j n , p r o f e s o r d e organización y administración
^ i " ^ l a D e l f t U n i v e r s i t y o f T e c l m o l o g y , e n l o s Países B a j o s , c r i t i c a d e m o d o s u s t a n t i v o
adopción d e p r o g r a m a s d e medición d e p e r f o r m a n c e p o r p a r t e d e g o b i e r n o s
Véase " L e t t c r t o K o f i A j i n a n R c c o m m c n d i n g R c d e s i g n o f G l o b a i C o m p a c t " . D i s p o n i b l e e n :
'^'íp://globalpoÜc/.arg/refonn/2002/012902letter.litm
450
JON MCKEN
y autoridíides públicas e n t o d o e l m u n d o . O b s e r v a q u e , m i e n t r a s estos p r o g r a i ^ -
o f r e c e n u n a p o s i b l e m a y o r t r a n s p a r e n c i a y r e s p o n s a b i l i d a d pública, s u apücaci
r e a l a m e n u d o g e n e r a l o q u e él d e n o m i n a " e f e c t o s p e r v e r s o s " . ^ ^ E n t r e estos
t o s p e r v e r s o s , D e B r u i j n identiñca l o s s i g u i e n t e s : 1) jugar con los mhneros, c o n
q u e g r a c i a s a i n s u m o s y r e s u l t a d o s s e l e c c i o n a d o s c o n c u i d a d o , l o s g o b i e r n o s es
e n p o s i b i l i d a d e s d e a l c a n z a r las m e t a s d e p e r f o r m a n c e , m i e n t r a s o t r o s i n s u m o
r e s u l t a d o s t a n sólo se i g n o r a n ; 2) Í7ihibición de la innovación y ambicióny d a d o
l a s a u t o r i d a d e s públicas d i s e r l a n p r o c e s o s d e e f i c i e n c i a y sólo f o m e n t a n q u e
t r a b a j a d o r e s m a n t e n g a n estos p r o c e s o s , y n o q u e b u s q u e n i n n o v a r l o s ; 3) disim-
elperformance real, q u e s e p r o d u c e p o r l a s u m a d e m e d i d a s d e p e r f o r m a n c e e n
n i v e l e s más a l t o s d e las o r g a n i z a c i o n e s l o c u a l o s c u r e c e l a información sobr
p e r f o r m a n c e e n l o s n i v e l e s más bajos; 4) atenuar la responsabilidadprofesional, r
tado de l a competencia i n t e r n a y externa p o r c u m p l i r c o n los-criterios de
m a n e e , l o c u a l a s u v e z g e n e r a l a compartimentación d e l a información más q u
distribución c o o p e r a t i v a y r e s p o n s a b l e ; y, quizás d e m o d o más p e r v e r s o , 5}
al rendimiento, p o r e j e m p l o , e n casos e n l o s q u e se p r e m i a a u n g r u p o p o
" b u e n p e r f o r m a n c e " q u e sólo se " l o g r a " p o r q u e se h a o c u l t a d o información bá
m i e n t r a s se s a n c i o n a a o t r o p o r u n " p e r f o r m a n c e d e f i c i e n t e " q u e se h a c e v i
j u s t a m e n t e p o r l a t r a n s p a r e n c i a d e l a información.
D e B r u i j n o b s e r v a q u e , s i b i e n es p o s i b l e q u e l a s o r g a n i z a c i o n e s púb
c o n t r a r r e s t e n estos efectos p e r v e r s o s d e las m e d i c i o n e s d e desempeño, l o s g o
n o s y dependencias q u e e s t a b l e c i e r o n estos p r o g r a m a s a m e n u d o p u e d e n p r e
tar u n a resistencia f e r o z a las m e d i d a s correctivas. E n t r e las razones de
r e s i s t e n c i a se e n c u e n t r a e l h e c l : i o d e q u e e l e s t a b l e c i m i e n t o d e estos ptogt'-
r e q u i e r e t a n t o t i e m p o c o m o d i n e r o , y, u n a v e z e s t a b l e c i d o s , i m p a c t a n t a n t o
cesos d e p r e s u p u e s t o c o m o d e t r a b a j o . Además, l a parciaÜdad d e l o s p r o g i
d e medición d e p e r f o r m a n c e t i e n d e a r e f i e j a r p r e j u i c i o s e n l a c u l t u r a polítí
t e r n a d e l a institución, y d e e s t e m o d o , s u corrección b i e n p u e d e r e q u e r
restructuración o r g a n i z a c i o n a l drástica. P o r último, a u n q u e se reconí
e f e c t o s más per-versos, l o s d u - e c t i v o s p u e d e n l l e g a r a d e p e n d e r d e l o s p t ^ S
d e p e r f o r m a n c e n o sólo c o n propósitos d e evaluación, s i n o también píitíi
o c o n t r o l a r l a organización c o n e l fin d e c u m p l i r c o n las d e m a n d a s p r o v e
1^ V c n s e D e B r u i j n , Managing Performance in the Public Sector, L o n d r e s , R o u t l e d g e , 2 0 0 1 -
P E R F O R M A N C E Y GLOBALIZACIÓN 451
( j e p e n d e n c i a s o s u p e r i o r e s e x t e r n o s . Así, p o r d i v e r s a s r a z o n e s , las o r g a n i z a c i o -
nes s u e l e n p r e s e n t a r r e s i s t e n c i a a las m e d i d a s p a r a c o r r e g k las p e r v e r s i o n e s d e l a
performatividad.
L a s críticas d e l a A l i a n z a p a r a u n a Organización d e l a s N a c i o n e s U n i d a s
sin C o r p o r a c i o n e s y las d e P l a n s d e B r u i j n s e c u n d a n l a s críticas a l a p e r f o r m a -
t i v i d a d q u e d e s d e h a c e m u c h o e x p r e s a r o n M a r c u s e y L y o t a r d . A m b o s teóricos
ge e n f o c a r o n e n l o s i m p e r a t i v o s económicos y tecnológicos q u e d e f i n e n l a p e r -
formatividad d e l c a p i t a l i s m o avanzado. L o s valores p r e d o m i n a n t e s q u e sus-
tentan estos i m p e r a t i v o s s o n l a eficiencia y l a c o n v e n i e n c i a , v a l o r e s q u e se
m a n i f i e s t a n e n l a e x i g e n c i a d e u n m e j o r p e r f o r m a n c e p a r a l o g r a r l o s máximos
r e s u l t a d o s c o n l o s mínimos r e c u r s o s e n e l m e n o r t i e m p o p o s i b l e . E n r e s u m e n :
ganancias ya.
Y a e n l a década d e l o s c i n c u e n t a , M a r c u s e se centró e n e l t r a s p a s o d e l a r a -
c i o n a l i d a d tecnológica d e las fábricas a l a s o c i e d a d , y L y o t a r d más t a r d e destacó
el e l a b o r a d o p e r f e c c i o n a m i e n t o , o p e r a c i o n a l q u e las c o m p u t a d o r a s p o s i b i h t a b a n .
Para a m b o s teóricos, l a p e r f o r m a t i v i d a d r e q u i e r e cuantificación, e n p a r t i c u l a r e l
cálculo d e p r o p o r c i o n e s e n t r e i n s u m o s / r e s u l t a d o s . L a s p r e o c u p a c i o n e s s o c i a l e s y
m o r a l e s , c u a n d o n o se i g n o r a n p o r c o m p l e t o p o r p a r t e d e q u i e n e s t o m a n las d e c i -
siones, d e b e n ser m e n s u r a b l e s c o n e l fin d e q u e c u e n t e n , i m p o r t e n , t e n g a n s i g n i -
ficado, d e h e c h o , p a r a q u e e x i s t a n . Así, c o n l a p e r f o r m a t i v i d a d , l a r e s p o n s a b i l i d a d
pública i m p h c a c a d a v e z más l a cuantificación f o r z a d a d e l o i n c u a n t l f i c a b l e , l o
c u a l i t a t i v o , y esta cuantificación f o r z a d a , s o s t e n g o , e x p h c a m u c h a s d e las p e r v e r -
sidades d e l a p e r f o r m a t i v i d a d .
S i b i e n M a r c u s e d i o p o c o o ningún crédito a l p r i n c i p i o d e l p e r f o r m a n c e q u e
diagnosticó e n e l t r a b a j o e n las s o c i e d a d e s p o s t i n d u s t r i a l e s , L y o t a r d e s t a b a d i s p u e s -
to a r e c o n o c e r l a s ambigüedades d e l a p e r f o r m a t i v i d a d . E n p a r t i c u l a r , obsei-vó
que los r e s p o n s a b l e s d e t o m a r d e c i s i o n e s , i n m e r s o s e n l a legitimación performá-
'•^^=1) sí a b o r d a b a n e l c u e s t i o n a m i e n t o dé s u p r o p i o p r o c e s o d e t o m a d e d e c i s i o n e s
y ^e las reglas " m e t a p r e s c r i p t l v a s " q u e las r i g e n . D e h e c h o , p r e s e n c i a m o s esta a m -
^Süedad e n e l t r a b a j o e n t o d o s l o s p r o g r a m a s d e revisión d e l p e r f o r m a n c e e n
^^so h o y e n día: t o d o s l o s i n c e s a n t e s r i t u a l e s p a r a s a t i s f a c e r l o s d i v e r s o s v a l o r e s
P^'^foiniativos i n t e g r a d o r e s . P u e s n o sólo se evalúa e l p e r f o r m a n c e : se evalúan
sul' ^ "^^^^^^^ e v a l u a c i o n e s . E n r e a l i d a d , y a e x i s t e u n a i n d u s t r i a c o m p l e t a d e c o n -
•"es d e p e r f o r m a n c e c o m p e t i d o r e s , c a d a u n o c o n s u a r s e n a l d e p r o g r a m a s ,
 452
JON MCKÍ:-
m o d e l o s y e s t u d i o s d e Cíiso c o n líis m e j o r e s prácticíis' diseñíidíis p a r a crear cicl
c o n s t a n t e m e j o r a d e p e r f o r m a n c e . Además, p o r l a c r e c i e n t e i m p o r t a n c i a d
i n d u s t r i a d e s e r v i c i o s y e l a s c e n s o d e l o s p r o g r a m a s d e p e r f o r m a n c e e n e l SÍ
público, las p a r t e s i n t e r e s a d a s e n las o r g a n i z a c i o n e s t a n t o p r i v a d a s c o m o públi
n o sólo i n c l u y e n a l o s " d e a d e n t r o " . A l p r i n c i p i o c o n desdén, después c o n c i
r e s e r v a s y a h o r a d e f o r m a estratégica p o r r a z o n e s d e r e l a c i o n e s t a n t o o p e r a c i o -
c o m o públicas, m u c h a s o r g a n i z a c i o n e s p r e s t a n atención a l o s c o n s u m i d o r e s c l i
tes, p o b l a c i o n e s afectadas, a c t i v i s t a s sociales e i n c l u s o a m a n i f e s t a n t e s políticos
dar u n ejemplo m u y d o c u m e n t a d o : e l entonces presidente B i l l C l i n t o n sorpren
a m u c h a g e n t e e n l a reunión d e 1 9 9 9 d e l a Organización M u n d i a l d e C o m e
— c o n o c i d a p o r los activistas d e t o d o e l m u n d o c o m o l a "batalla de Seattie'
a f i r m a r q u e l a organización n e c e s i t a b a escuchar' a l a g e n t e q u e p r o t e s t a b a Ríe
sus m r u ' o s .
E s así q u e l a p e r f o r m a t i v i d a d g l o b a l e m e r g e n t e es m u y a m b i g u a . P o r
p a r t e , d e b e m o s a s e g u r a r l a inclusión d e a s p e c t o s c o m o l o s d e r e c h o s h u m a
r e s p e t o a l a d i v e r s i d a d , c o n d i c i o n e s d e t r a b a j o j u s t a s y s e g u r a s , protección d
d e r e c h o s d e m u j e r e s y niños, y e l m e j o r a m i e n t o d e l a c a l i d a d d e l a i r e y e l
de acuerdo c o n los m o d e l o s d e p e r f o r m a n c e d e l p r o y e c t o G l o b a l C o m p a c t
O N U , d e l a I n i c i a t i v a d e l R e p o r t e G l o b a l y o t r a s i n n u m e r a b l e s organización
t o d o e l m u n d o . E n c a d a caso, l a inclusión d e e s t o s p r o b l e m a s se l o g r a sólo
años y años d e l u c h a p o r p a r t e d e g r u p o s l o c a l e s , nacioníües e i n t e r n a c i o -
desde activistas c o m u n i t a r i o s hasta grupos d e defensa nacionales y organiz
n e s n o g u b e r n a m e n t a l e s . S i n e m b a r g o , c o m o s u g i e r e l a A l i a n z a p a r a u n a oN
C o r p o r a c i o n e s y o t r o s g r u p o s a c t i v i s t a s , estas v i c t o r i a s s o n fácilmente c o r
b l e s y p r e s e n t a n u n a n a t u r a l e z a pírrica: l o s v a l o r e s s o c i a h n e n t e eficaces
sacrificarse s i n d e m o r a ante o t r o s valores p e r f o r m a t i v o s . S e escuchan las
m a r g i n a d a s p e r o n o s e l a s a t i e n d e , l o s a s p e c t o s cuaÜtativos se c u a n t i f i c a
crudeza, y las p r o m e s a s t a n p u b l i c i t a d a s d e r e s p o n s a b i l i d a d c o r p o r a t i v a y
n a m e n t a l o p e r a n t a n sólo c o m o c o r t i n a d e h u m o p a r a m a n t e n e r t o d o
siempre. N o obstante, p o n e r los asuntos de los activistas sobre la mesa en 1
c u s i o n e s públicas y, d e f o r m a fimdamental, e n l o s " h b r o s " , es decir, a l f
e n l e y e s , c o n t r a t o s y d e c l a r a c i o n e s d e l a s m i s i o n e s c o r p o r a t i v a s , es u n loí
p o r t a n t e . U n a v e z e n I o s - l i b r o s , es p o s i b l e q u e l o s a c t i v i s t a s se c o l o q u e n
l a d o d e l a m e s a y se v a l g a n d e l o s m i s m o s m o d e l o s d e p e r f o r m a n c e p a r a sus
^ p j ^ i r O R M A N C E Y GLOBALIZACIÓN .453
^_^j^j^i^aciones c u y a s p a l a b r a s y e f e c t o s c a m b i e n l o s p r o c e d i m i e n t o s y l a s c o n -
auctas.^'
"Pero, ¿y elperfonnance?"
P e s e o c o n c l u i r c o n u n a p o s i b l e , i n c l u s o p r o b a b l e , objeción a estas r e f l e x i o n e s s o -
bre p e r f o r m a n c e y globahzación: "¿y e l p e r f o r m a n c e ? dQrié t i e n e q u e v e r t o d o
esto c o n e l t e a t r o , e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e , e l p e r f o r m a n c e d e l a v i d a c o t i d i a n a ,
etcétera?"
A l t e s q u e n a d a , l o s c o n c e p t o s y l a s prácticas d e l p e r f o r m a n c e c u l t i u ' a l t i e n e n
u n a relación histórica c o n o t r o s c o n c e p t o s y prácticas d e l p e r f o r m a i a c e , i n c l u s o
algunos m u y p o d e r o s o s , c o m o e s p e r o q u e este e n s a y o h a y a d e j a d o e n c l a r o . S i b i e n
la p e r f o r m a t i v i d a d g l o b a l p u e d e p a r e c e r a l g o m u y a l e j a d o d e l a producción y e s -
tudio de p e r f o r m a n c e s culturales independientes, debe destacarse que l a p e r f o r -
matividad opera m e d i a n t e u n a compleja red que fianciona e n los niveles altos y
m e d i o s d e las o r g a n i z a c i o n e s g r a n d e s y pequeñas, así c o m o e n e l m i c r o n i v e l d e
s u b j e t i v i d a d s o b r e e l q u e teorizó B u t l e r . E n r e s u m e n , l a p e r f o r m a t i v i d a d g l o b a l
opera t a n t o d e a i x i b a h a c i a a b a j o c o m o a l a i n v e r s a , d e f o r m a t a n t o g l o b a l c o m o
local, t a n t o i m p e r s o n a l c o m o íntima. A f e c t a n o sólo a las o r g a n i z a c i o n e s políticas
y c o m e r c i a l e s , s i n o también a l a s i n s t i t u c i o n e s c u l t u r a l e s y a l o s i r e s y v e n i r e s d e
la v i d a c o t i d i a n a .
Pai-a d a r u n e j e m p l o d e l m i c r o n i v e l : a finales d e l a década d e 1 9 9 0 , W N Y C , l a
estación d e r a d i o pública l o c a l d e l a c i u d a d d e N u e v a Y o r k , lanzó u n p r o g r a m a
l l a m a d o Tlje Juggling Act [Malabaris7}ws] q u e a b o r d a b a l a m a n e r a e n q u e las m a -
•^res t r a b a j a d o r a s h a c e n m a l a b a r i s m o s c o n l a s e x i g e n c i a s d e l a v i d a f a m i l i a r - y d e l a
Pi"ofesional. E s t a b a c o p a t r o c i n a d o p o r e l p r o y e c t o M o t h e r s W h o H a i n k [ M a d r e s
pensantes] d e l a r e v i s t a v k t u a l Salón, q u e o f r e c e a l a s m a d r e s t r a b a j a d o r a s l a o p o r -
'^^i^idad d e c o n t a r e n i n t e r n e t l a h i s t o r i a d e s u s e x p e r i e n c i a s p e r s o n a l e s . L a s e d i -
l^oras d e l p r o g r a m a l o d e d i c a b a n a " h o n r a r l o s malabíulsmos q u e h a c e m o s día a
' C o m o p e r f o r m a n c e d e l a v i d a diaria, criar a los liijos y a l m i s m o t i e m p o
^^^ntener u n a c a r r e r a p r o f e s i o n a l i m p l i c a l a negociación d e c o n j u n t o s c o n f l i c t i v o s
red ^^^^^ ' ^ i nnálisis d e M a r g ; i r c t E . K e c k y I C a t l i r } ' n S i k k i n k dü l a "política de r e s p o n s a b i l i d a d " de las
d e f e n s a transnndónales &n AcHvisls Beyond Borders: Advocacy Netioorks in Ivterna¿ionn¡ PoÜtics,
'^'^^^ N u e v a Y o r k , C o r n c l i U n i v c r s i t ) ' P r e s s , 1 9 9 9 .
 ASA
J O N M Q J ^
d e e x p e c t a t i v a s , r e s p o n s a b i l i d a d e s y v a l o r e s . L o s "malabai-es" s o n u n a e x p r
l a "satisfacción" [sa/isficing] e n u n ámbito íntimo; c o n l l e v a r e s p o n d e r a l
m i e n t o d e e x i g e n c i a s d i v e r s a s : d e l a p a r e j a , h i j o s , d o c t o r e s , i^í^estros, jefes
p i c a d o s . E n a l g u n o s casos, l o s malabai-es l l e g a n a t o c a r e l más p r o f i i n d o se
p r o p i o d e i d e n t i d a d c u a n d o se o r i g i n a n p o r ñujos g l o b a l e s d e t r a b a j o y i-nigi-
U n a m a d r e t r a b a j a d o r a , C e c e l i e B e r r y , a b o g a d a a f r o e s t a d u n i d e n s e , escribe e
c o m e n t a r i o d e SaIo?7 a c e r c a d e l a c u l p a q u e h a s e n t i d o t o d a s u v i d a p o r s
m u j e r n e g r a p r i v i l e g i a d a , c u l p a q u e se acentúa c u a n d o c o n t i ' a t a niñeras p
hijos. " C u a n d o era u n a j o v e n abogada n o c o n t r a t a b a a nadie; c o m o tantas m u
m e convertí e n e m p l e a d o r a c u a n d o contraté a u n a niñera. L a s m u j e r e s a q
c o n t r a t a b a venían d e Panamá, J a m a i c a , I s r a e l , S u e c i a , E r a n cia, L i g l a t e r r a , G h
E s t a d o s U n i d o s . A u n q u e las c u l t u r a s varían, las tácticas d e l a l u d i a d e p o d e r
m a d r e y niñera e r a n l a s m i s m a s . L a m a d r e l l e n a d e c u l p a q u e l l e v a b a e n mí d
l a i n f a n c i a m e hacía s e n t i r , ¿cómo se d i c e ? , m u e r t a p o r d e n t r o t o d o e l tiemp
A l d e s p l a z a r n o s d e l o s j u e g o s m a l a b a r e s d e l a v i d a c o t i d i a n a a las o p e r a c i
d i a r i a s d e las i n s t i t u c i o n e s c u l t u r a l e s se a p r e c i a l a m a n e r a e n q u e l a p e r f o r m a
d a d l l e g a a ser l a b a s e d e l a producción, presentación y valoración d e las o b r a |
l o s t e a t r o s y o t r a s o r g a n i z a c i o n e s artísticas. G i a c o m o P i g n a t a r o , i n v e s t i g a d o
l l a n o d e i n s t i t u c i o n e s culturales, escribe que:
[ . . . ] e l u s o d e i n d i c a d o r e s ; d e p e r f o r m a n c e e n l a s a r t e s es m u y e x t e n s o h o y e n
día. L a razón básica d e l d e s a r r o l l o d e e s t a práctica s e d e b e a q u e e l a l c a n c e d e l a
a c t i v i d a d c o m e r c i a l c o n fines d e l u c r o e s m u y l i m i t a d o , y e l tamaño d e las c o n -
t n b u c l o n e s públicas y p r i v a d a s es g r a n d e . L a s d i v e r s a s p a r t e s i n t e r e s a d a s n o
p u e d e n r e c u r r i r a n i n g u n a señal d e m e r c a d o , s i n i m p o r t a r l o i m p e r f e c t a q u e sea,
p a r a A c a l o r a r l o s d i s t i n t o s a s p e c t o s d e l a producción artística. E x i s t e p o r t a n t o
una necesidad de d e f i n i r m e d i c i o n e s "virtuales" d e l p e r f o r m a n c e de las o r g a n i z a -
c i o n e s artísticas q u e o f r e z c a n algún a p o y o empírico a l j u i c i o d e l v a l o r d e l a s
p r o d u c c i o n e s artistlcas.^^
20 C e c c l i c B e r r } ' , " C o m m e n t a r } ' " , 7JjeJtigg!ingAci, S e r i e s o n W o r k a n d F a m i l y , de l a estación d e
W N Y C . Disponible en: http://archivc.s5ilon.com/mwtyfeature/2000/01/04/vvnyc/indcxl.html
21 G i a c o m o P i g n a t a r o , " P e r f o r m a n c e I n d i c a t o r s " , e n R u t h T o w s c ( e d . ) , A Handbook of Cultii^^^
nomics, - E d w a r d Eígar, C h e l t c n h a m , R e i n o U n i d o / N o r t h a m p t o n , M a s s a c h u s e t t s , E s t a d o s U n i d o s ,
p.366.
_ j^pORí^'í^-^'^^ ^ G L O B A L I Z A C I Ó N 455
•gl c r e c i e n t e e m p l e o d e m e d i c i o n e s d e p e r f o r m a n c e y m o d e l o s d e a d m i n i s t r a -
e i i lí^s i n s t i t u c i o n e s artísticas r e f i e j a s u interés e n s a t i s f a c e r d e m a n d a s c o n f L i c -
n o sólo estéticas y c u l t i u ' a l e s , s i n o también económicas, políticas y sociales,
fjvas, l-*^ r 1 1 • 1
5' b i e n es t e n t a d o r c r i t i c a r e s t a a - e c i e n t e períormatividad y e t i q u e t a r l a c o m o u n a
•j-nple "corporativización" d e las i n s t i t u c i o n e s artísticas, también se d e b e n r e c o -
ocer líis ambigüedades q u e o p e r a n aquí. D e l m i s m o m o d o c o m o e l M o d e l o d e
¡desempeño d e l G l o b a l C o m p a c t d e l a O N U v a l o r a causas t a n p r o g r e s i s t a s como
jos d e r e c h o s h u m a n o s y l a j u s t i c i a a m b i e n t a l , l o s n u e v o s métodos d e evaluación y
r c s p o n s a b i h d a d e n las a r t e s también d e s t a c a n c r i t e r i o s c o m o l a d i v e r s i d a d c u l t u r a l
y el c o m p r o m i s o c o m u n i t a r i o , m i s m o s q u e p u e d e n a p H c a r s e t a n t o a o p e r a c i o n e s
i n s d t u c i o n a l e s c o m o a l a producción d e espectáculos i n d i v i d u a l e s .
E s i l u s t r a t i v o u n r e c i e n t e e s t u d i o p r o s p e c t i v o d e l M i n i s t e r i o d e Educación,
C u l m r a y C i e n c i a holandés. C o n e l título " C u l t u r e as C o n f r o n t a t i o n : P r i n c i p i e s
o n C u l t i u - a l PoÜcy i n 2 0 0 1 - 2 0 0 5 " [ C u l t u r a c o m o e n f r e n t a m i e n t o . P r i n c i p i o s s o -
bre políticas c u l t i u - a l e s e n 2 0 0 1 - 2 0 0 5 ] , e l e s t u d i o r e c o m i e n d a c u a t r o c r i t e r i o s
pai-a e v a l u a r las i n s t i t u c i o n e s artísticas i n d i v i d u a l e s , c o m o e l T e a t r o M u n i c i p a l d e
Ámsterdam y l a Compañía d e T e a t r o d e Ámsterdam. E s t o s c u a t r o c r i t e r i o s , q u e
p r o v i e n e n d e l C o n s e j o Holandés p a r a l a C u l t u r a , s o n c a l i d a d estética, c o m p r o -
m i s o s o c i a l , proporción d e l s u b i s i d i o d e t a q u i l l a y l a posición d e l a institución
p a r t i c u l a r d e n t r o d e l s i s t e m a m a y o r d e las i n s t i t u c i o n e s c u l t u r a l e s h o l a n d e s a s . E l
e s t u d i o s u g i e r e q u e l a "evaluación p o r l o g e n e r a l se b a s e e n e l p l a n d e las p o h ' t i c a s
de l a institución y e n u n a estimación d e l a v i a b i l i d a d d e d i c h o p l a n e n v i s t a d e l
p e r f o r m a n c e e n c u r s o . E n l a m e d i d a e n q u e e l C o n s e j o d e p e n d a d e las p r e d i c c i o -
nes fiuiiras d e l p e r f o r m a n c e o d e s u situación, variará e n u n o u o t r o c r i t e r i o s " . ^ ^
Vale la p e n a observar que e l estudio c o m i e n z a p o r destacar l a necesidad d e m a n -
í^cner e l l u g a r d e i o s Países B a j o s d e n t r o d e las esferas c u l t u r a l e s t a n t o d e E u r o p a
como del m u n d o .
Terminaré p o r s u g e r i r q u e n o sólo l a producción y e s t u d i o d e l o s p e r f o r -
^lí^nces ciüturales l l e g a a r e c i b i r i n f l u e n c i a d e p o d e r o s a s f o r m a s d e p e r f o r m a t i v i -
s i n o también q u e e l p e r f o r m a n c e ciütural desempeña u n a función i m p o r -
•^^nte e n l a p e r f o r m a t i v i d a d g l o b a l . D e n t r o d e l c a m p o d e l a geografía h u m a n a ,
Véase, "}MncÍplcs o n C u l t u r a l P o l i c y i n 2 0 0 1 - 2 0 0 5 " , sección 2 1 , d i s p o n i b l e e n i n t e r n e t , e n i n -
Sj'^s, e n http:/Av\v\v.minocw.nl/cnglish_oud/Ínternat/english/Índex.htra. E l a u t o r d e l e s t u d i o es e l d o c t o r
'• ^an d e r P l o e g , s e c r e t a r i o de Educación, C u l t u r a y C i e n c i a .
 456 JON MCKEN
l o s teóricos s u e l e n d i s t i n g u i r tres e r a s d e giobalización: e l m e r c a n t i l i s m o d e
siglos X V I y X V I I , e l c o l o n i a l i s m o d e los siglos x v i i i y x i x , y l a globaliza-
contemporánea q u e comenzó e n e l s i g l o x x . E l sociólogo a u s t r a l i a n o M a l e o
W a t e r s s o s t i e n e q u e e n l a v a n g u a r d i a d e l m e r c a n t i l i s m o se ubicó l a e c o n o
(establecimiento de rutas y empresas comerciales globales). L a etapa de ma-
a v a n c e d e l c o l o n i a l i s m o se caracterizó p o r l a geopolítica (creación d e E s t a d o
nación e i m p e r i o s c o l o n i a l e s ) . P o r último, l a giobalización contemporánea t i
e l i m p u l s o d e l a c u l t i u - a ( i n t e r c a m b i o y m e z c l a d e t r a d i c i o n e s c u l t u r a l e s , co
a r t e , religión y f o l c l o r ) . E s o b v i o q u e c a d a e r a p o s e e d i m e n s i o n e s c u l t u r a l
políticas y económicas. L o q u e señala W a t e r s es q u e , e n d i f e r e n t e s m o m e n
históricos, e n t r a n e n e s c e n a d i s t i n t a s i n s t i t u c i o n e s y a c t i v i d a d e s sociales, y q
h o y e n día, l o s f a c t o r e s c u l t u r a l e s o r g a n i z a n y l e g i t i m a n a l o s políticos y
nómicos.
D e m a n e r a s o r p r e n d e n t e , o t r o c o n j u n t o d e i n v e s t i g a c i o n e s a p o y a esta pos
l o c u a l n o s d e v u e l v e a n u e s t r o p u n t o d e p a r t i d a . M e r e f i e r o a l a investigación
emprendió l a Corporación R A N D , organización s i n fines d e l u c r o c o n estre
lazos c o n el D e p a r t a m e n t o de D e f e n s a de Estados U n i d o s . D e s d e s u inicio,
r a n t e l o s p r i m e r o s años d e l a G u e r r a Fría, l a R A N D .Ueva a c a b o i n v e s t i g a d o
s o b r e tecnología a r m a m e n t i s t a , e s t r a t e g i a m i h t a r y o t r o s a s u n t o s r e l a c i o n a
c o n l a d e f e n s a . S i n e m b a r g o , h a c e p o c o l a R A N D incursionó e n " n u e v a s área
investigación [ . . . ] q u e t r a d i c i o n a l m e n t e n o f o r m a b a n p a r t e d e s u s a c t i v i d a d
A finales d e l a década d e 1 9 9 0 , l a R A N D estableció u n p r o g r a m a d e investí
ción d e d i c a d o e x c l u s i v a m e n t e a las a r t e s . S i g n i f i c a t i v a m e n t e , e l p r i m e r l i b r o
d u c t o d e e s t e p r o g r a m a se t i t u l a The Performing Ar¿s in a New Era [Las arteá
espectáculo en una nueva era]P U n s e g u n d o l i b r o es A Nevj Framevdorkfor Bii}k
ing Participation hi the Arts [Un nuevo marco para promover la participación
artes]. E l h e c l i o d e q u e l a Corporación R A N D v u e l v a l a m i r a d a a las a r t e s deb
u n a señal.
E n efecto, la R A N D c o i n c i d e c o n m u c h o s estudiosos d e l p e r f o r m a n c e : los
f o r m a n c e s c u l t u r a l e s n o s o n sólo p e r t i n e n t e s p a r a e l e n t r e t e n i m i e n t o , t a m
c o n t i e n e n u n a eficacia s o c i a l . Y aquí c a b e p r e g u n t a r s e : ¿qué o t r a s invesügacl
s o b r e p e r f o r m a n c e c u l t u r a l l e e l a R A N D ? ¿Figuran n u e s t r o s l i b r o s e n s u l i s t a
23 Véase, K e v i n M c C a r t h y , A r t h u r B r o o k s J u l i a L o w c U , y L a u r a Z a k a r a s (eds.), The ?erformi^'
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^ j P j i P O R M A N C E Y GLOBALIZACIÓN 457
jj-a? D e ser así, ¿sería a l g o m a l o , o b u e n o ? Y , p o r último, ¿qué pasaría s i l a R A N D ,
^íiSU
su m a n e r a , t a n sólo d e s e a r a a l c a n z a r l a m e t a d e E i s e n h o v v ^ e r d e " m e j o r a r e l p e r -
forniance e n el futuro"?
traducción de R i c a r d o R u b i o
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Zapatistas digitales

J I L L L A Ñ E
//// Lañe es doctora en estudios del -performance por la Universidad de Nueva York,
institucÍÓ7i en la que se desempeña como profesora. En su trabajo, Lañe analiza tanto
las prácticas históricas vinculadas con el performance racial y el nacionalismo (Black-
f a c e C u b a . 1 8 4 0 - 1 8 9 5 ) como las nuevas formas de activismo que se dan en el marco
de procesos de globalización. En el artkido que sigue. Lañe explora los performances del
Electronic Distvrhance Theater, EDT [Teatro de Disturbio Electrónico], un g}'upo de
artistas y expertos en informática con sede en los Estados Unidos que realizan acciones
colectivas de desobediencia civil en internet, en solidaridad con la lucha zapatista, y
otras cansas. En su ensayo, Lañe muestra cómo EDT logra constituir una presencia
política en un espacio abstracto como internet, generalmente asociado con la desperso-
nalización y el consumo. Las acciones del EDT se destacan porque utilizan la red no
sólo como medio de difusión de información sino como sitio de protesta. Un ejemplo de
estas prácticas son los plantones o sentadas virttiales [ v i r t u a l s i t - i n s ] que E D T organi-
za a través de herramientas específicas de programación con la participación efectiva
de 7nanifestantes de distintas partes del mundo.
El primer movimiento de este ensayo está dedicado a explorar de qué manera pode-
mos pensar al ciberespacio como un lugar adecuado para efectuar prácticas de resisten-
cia que nos permitan concebir internet como una nueva esfera pública, en respuesta a
la creciente privatización de los espacios públicos tradicionales y al modo contemporá-
neo de existencia del poder definido por la circulación transnacional. Lañe muestra
cómo el ciberespacio —así como cualquier espacio— nos plantea el desafío de pensar en
él como una producción no sólo material sino social, es decir, que se construye a partir

[461]
 .ATISTAS D I G I T A L E S
462
p' -

de elementos materiales tanto como de -prácticas sociales. A partir d e esta pr^^ ^hre elqtis^^ basóla respuesta del gobierno a la rebelión indígena. La7ie cita a Ricardo

Lañe ubica a l ciberespacio como una producción que implica aspectos tec7tológicos c P(^,j¡íngnez, miembrofiindador de EDT, quien establece tresfor77tas de resiste7iciapo-
computadoras en red, y también relaciones sociales que dan forma a lo que {ihks dentro del contexto de la guerra infor/nática: la resiste-iicia física, que opera al
manera quedaría como una ecuación matemática. Bajo esta conce-jmó^i el ctberespQ jjl^ei del hardvia7'ey actúa sob7'e ¡a ?7iateria a través de, por eje77iplo, la destrucciÓ7i de
deviene entonces en espacio discursivo, un espacio igualmente determinado por la r^i ¿oíirp ida doras (caso de los neoludistas); la resistencia sintáctica, que se basa en acciones
ñera eji que se lo concibe Í7naginariamente y por las 7náquÍ7ias que lo hace7ifiincio-n cuyo objetivo es interve7iir el código (terreno de los hachéis);y la resisteíicia sefuántica,
J^a7te explica que, en este marco, las 77ietáfo-ras que se utilizan para caracterizar al qite apunta a socavar las reglas que co7istÍtuyen la -7-enlidad del siste77ia, un aspecto
pacto virtual—en este caso se refere a internet, 7io a los espacios de realidad virtu j\i7ida-mental si recordamos que el ciberespacio es definido en este artículo como un es-
(jiv)— tie-7ien un efecto performativo porque al describir una realidad la crean, paño discursivo. T^ane re-marca que el uso táctico de la slmidación tiene que ver co7i
redpeiísada co-7710 un espacio coíJiercial coíi puertas de acceso rigurosamente vigila aenerar un "disturbio semátitico') ruta elegida tanto por las acciones zapatistas como
se difere-7icia de la red c07icebida COÍ77O U7ia 7 i i a t r i z de asociaciÓ7i; a 7 n b a s concepción por las del Teatro de Disturb-io Electrónico.
crean distt7itos modos de uso del espacio en internet: cÓ77io co?icibc í/statu q u o elespa Puedepensa?'se que la distancia entre un moviiniento indígena del sureste deA4éxico,
de la red, cómo lo co7icibe7i los activistas. Unos habla-7i de propiedad, de establee con pueblos que carecen de servicios c07no agua potable y electricidad, y la realidad de
fronteras; los otros, E D T entre ellos, se dedican a cruzarlas y a crear accio7ies en la re un grupo de activistas de ¡os Estados U-7iidos con capacidad no sólo de movilizar a la
A pesar de que, obvia77ie7ite, las accio7ies de activis-7no digital de E D T se llevan co)7iuiíidad 7mindial —co77io por otra parte lo ha hecho el zapatisi7io— sÍ7io también
cabo a través de operaciones tec7iQ lógicas precisas, en el segundo movimÍe7ito del ensa- de i-77ipactar en los sitios web de institucio7ies oficiales, es Í7isalvable. Precisa77ie7ite, al
Lañe eifoca su análisis en el ^nodo e7i que tanto el•7novi-77iientozapatista, con el subco analizar las aaiones de ambos, de ¡os zapatistas y del Teatro de Disturbio Electró7iico,
manda7ite Marcos a la cabeza, co7no EDT basan la efcacia de sus accio7jes e7i un iis como prácticas de performance que se nutren de elementos conceptuales y de U7ia tradi-
táctico de la simulaciÓ7i co-7nop7'e77iisafunda77ie77tal, más allá de los recursos materiale ción de-protestay diside7icia. Lañe de7nuestra ¡a ?7zane7-a en que estos dos grupos se las
que se e77vplean. En el caso del •¡7íovÍ7niento zapatista, Laíie estudia co7}ioperfor77iance ingenian para "po72er en escena" los cuerpos que el poder pretende invisibilizar, a la vez
a determÍ7iadas acciones ejecutadas por este niovimie^ito en respuesta a la contraofen- que se encargan, de obstruir la 'liviandad"y la velocidad sobre la que desca7ísa la eco-
siva oficial •/72exicana, cuyo objetivo era sofocar la rebelión desatada en Cbiapas desde no7nía 77nr7idial con.te77iporá7iea para constituir su propia eficacia.
co7nienzos de 1994. J^ane co7ísidera que los zapatistas ganaro7i la batalla en el plano
sÍ77tbólico, a l simular im poderío de combate que los puso en igualdad de condiciones
con e l Ejército ¡Jíexica^io, a través d e elei7ientos que-pueden asociarse al teativ —conio
los -pasamo7itañas, que opera-71 C07710 máscaras, y las ar77ias de madera, que hacen It^^
veces de elementos de utilería—• ade)7iás de u-n uso creativo del lenguaje y la nairactori}
C07710 e7i el caso de los co77iunicados del subco77iQ-7ida-7ite Ma7xos. Lañe también senda
que a través del uso de la simulación co77io láctica •prÍ7icipal, los zapatistas pusieron sfí
evide7KÍa el sistetna de co7}iplicÍda des sobre el cual el poder hege7nónico basó su le^ttnn
dad y poderío. Por u n lado, por medio de estos peí for777atices, los zapatistas se a7iÍ7naTOi^
a conf7'o7itar, con losjmos recursos de que dis-ponía77, al ejército desigiiadopa7-a reprim^^
los; pior ot7-o lado, a l hacer esta co-nfro7itació-n visible —y así resaltar el tre-77ie-ndo des
equilibrio defiierzas e7it7-e unos y otros— los zapatistas dejaron a l descubierto el exceso
 Planes de vuelo

EL CRÍTICO P A U L V I R I L I O S U G I E R E Q U E N U E S T R O S N U E V O S T I E M P O S ESTÁN M A R -

c a d o s p o r l a "industrialízacióu d e l a simulación": d o m i n a d o s p o r i n t e r e s e s comer-

c i a l e s y g u b e r n a m e n t a l e S j l o s m e d i o s d e i n t e r n e t y l a televisión p e r p e t i i a n u n a
"disuasión d e l a r e a l i d a d p e r c e p t i b l e " , y — p a r a b i e n o p a r a m a l — r e p r e s e n t a n
nuevas f o r m u l a c i o n e s d e l arealidad, n u e v a s relaciones e n t r e el y o , e l espacio y u n
s e n t i d o d e l o r e a l , c u y o s c o n t o r n o s móviles r e q u i e r e n n u e v o s m a p a s conceptua-
les.^ C o m o s u c e d e c o n t o d a exploración e s p a c i a l , r e a l o i m a g i n a d a , l a c a r t o g r a f i a
de estos e s p a c i o s s i m u l a d o s — ^ o d e l o q u e V i r i l i o d e n o m i n a " e s p a c i o - t i e m p o c i -
bernético"— s e m o l d e a t a n t o p o r e l v i a j e r e a l i z a d o c o m o p o r e l d e s t i n o d e s e a d o
p o r e l v i a j e r o . R i c a r d o Domínguez, f u n d a d o r d e l E l e c t r o n i c D i s t i u ' b a n c e T h e a t e r
( E D T ) , o b s e r v a l a v a r i e d a d d e metáforas e n l a s q u e h a s t a a h o r a s e h a b a s a d o n u e s -
t r a imaginación d e l e s p a c i o cibernético: " f r o n t e r a , c a s t i l l o , p r o p i e d a d inmobiÜa-
tia, r i z o m a , c o l m e n a , m a t r i z , v i r u s , red".^ D e b i d o a q u e e i ciberespacio es p o r d e -
finición u n e s p a c i o d i s c u r s i v o , l a imposición d e c u a l q u i e r metáfora t i e n e u n
e f e c t o p e r f o r m a t i v o e n l a dberreaÜdad q u e d e s c r i b e , p a r a c o n v e r t i r a l c i b e r e s p a c i o
e n e l d o m i n i o d e l a p r o p i e d a d p r i v a d a , o líneas f r o n t e r i z a s , o c o m u n i d a d rizomá-
t i c a . A f i r m a Domínguez: " C a d a m a p a c r e a u n p l a n d e v u e l o d i s t i n t o , u n a f o r m a

^ P a u l V i r i l i o , T h e A r t oftófiiWo/oj; J u l i c R o s e ( t r a d . ) , Mincápolis, U n i v e r s i t y o f M i n n e s o t a P r e s s , 1 9 9 5 ,
p . 1 4 1 [cd.esp.:¿r/ff/-/ír/<f/w<?/or, B u e n o s A i r e s , M a n a n t i a l , 1 9 9 6 ] .
^ R i c a r d o Domínguez, " I h e A n t e - C h a m b c r o f R c v o l u t i o n : A P r c l u d e t o a T l i e o r y o f R e s i s t a n c e u n d
M u p s " , D i s p o n i b l e e n : ] i t t p : / A \ ' w \ v . n y i [ . e d u / p r o j c c t s / w r a y / a n t c c h a i i i b c r . l i l : n i ! , 199S. C o n s u l t a d o el 2 2 d e
n o v i e m b r e d e 2002.

[465]
 466
d e seguridad d i f e r e n t e y un, diferente f o c o d e resistencia".^ C a d a m a p a p e r m i t e
b o r r a ciertas clases d e v i a j e y su i n f r a e s t r u c t u r a s o c i a l c o r r e s p o n d i e n t e : p u e r t o s d e
e n t r a d a y salida, leyes d e acceso y derechos d e pasaje.
L o s m a p a s que rigen nuestro m u n d o "globahzado" sugieren u n m u n d o e n e l
q u e c a d a v e z s e p r i v a t i z a n más e s p a c i o s púbUcos, e n e l q u e l a p o b r e z a , e x a c e r b a d a
p o r prácticas económicas n e o c o l o n i a l e s y n e o l i b e r a l e s , o b l i g a a más y más p e r s o -
n a s a e n i i g r a i - , sólo p a r a q u e q u i e n e s r e s g u a r d a n e l a c c e s o "legítimo" a l o s E s t a d o s -
nación l a s a ' i m i n a i i c e n c o m o e x t r a n j e r o s " i l e g a l e s " . ¿Se reproducirán d i c h o s m a p a s
e n e l c i b e r e s p a c i o ? ¿A qué p l a n e s d c ^ a i e l o , qué t i p o d e v i a j e , qué t i p o d e prácticas
de resistencia, se p u e d e recurrir e n el ciberespacio para e lc a m p o d el a protesta, la
justicia, o para crear realidades alternativas?
DesamIIo del vuelo: Dos reíalos
E l 3 d e e n e r o d e 2 0 0 0 , l a F u e r z a Aérea Z a p a t i s t a rompió l a b a r r e r a d e l s o n i d o . S e
d i f u n d i e r o n x u r n o r c s d e q u e l a F u e r z a Aérea Z a p a t i s t a había b o m b a r d e a d o l o s
c u a i - t e l e s f e d e r a l e s d e l Ejército m e x i c a n o : l o s s o l d a d o s m e x i c a n o s
e n A m a d o r Hernández, C h i a p a s , r e c i b i e r o n e l a t a q u e d e c i e n t o s d e a v i o n e s q u e
caían e n p i c a d a t r i p u l a d o s p o r e l Ejército Z a p a t i s t a d e Liberación N a c i o n a l
(EZLN).
¿Fuerza Aérea Z a p a t i s t a ? ¿Los z a p a t i s t a s t i e n e n a v i o n e s ? B u e n o , sí: a v i o n e s d e
p a p e l . L a F u e r z a Aérea Z a p a t i s t a atacó a l o s s o l d a d o s f e d e r a l e s c o n a v i o n e s
d e p a p e l , q u e v o l a r o n a través d e l a l a m b r a d o d e púas d e l c a m p a m e n t o m i l i t a r ,
cada u n o con u n m i s i l discursivo: mensajes y poemas para los soldados mismos.
L a d i a r i a " p r o t e s t a d e l o s indígenas d e e s t a región e n c o n t r a d e l a ocupación
m i h t a r d e s u s t i e r r a s e n l o s a h - e d e d o r e s d e l o s JVÍontes A z u l e s " , decía u n i n f o r m e
d e C h i a p a s , " b u s c a h a c e r s e oír d e m u c h a s m a n e r a s p o r l a t r o p a , q u i e n e s p a r e c e n
v i v i r d e l o t r o l a d o d e l a b a i - r e r a d e l s o n i d o " . ' ' E l 3 d e e n e r o , l a F u e r z a Aérea Z a -
p a t i s t a rompió l a b a r r e r a d e l s o n i d o c o n c i e n t o s d e v u e l o s . U n a c a r t a - b o m b a s e
coló a ü-avés d e l a v e n t a n a d e u n d o r m i t o r i o c o n e l s i g u i e n t e m e n s a j e : " S o l d a d o s ,
3 Idem.
^ P r e n s a N u e v o A m a n e c e r , " Z a p a t i s w A i r (IN'lail) A t t a c k " , D i s p o n i b l e e n : Iutp://fíag.bbckenecl.net/
r c v o l r / m c x i c o / r e p o r t s / a i r _ m a i l j a n 0 0 . h t m l , e n e r o d e 2000. C o n s u J r a d o e l 19 d e n o W c m b r c d e 2002.
J^LL LA>Í ^^^PATISTAS D I G I T A L E S .i67
giibeiBOs q u e l a p o b r e z a l o s obÜgó a v e n d e r s u v i d a y s u a l m a . Y o también s o y
o o b r e , ignaí q u e m i l l o n e s , l ^ e r o u s t e d e s están p e o r , p o r q u e d e f i e n d e n a s u s expío-
madores /
U n año después, e l E l e c t r o n i c D i s t u r b a n c e T l i e a t e r diseñó l o s plí^nes d e v u e l o
p a r a l a c o a t r a p a r t e d i g i t a l d e l a F u e r z a Aérea Z a p a t i s t a : e l código fiiente de su
"2;apíitista T r i b a l P o r t S e a n " ( Z T P S ) s e abrió a l d o m i n i o púbhco e l 3 d e e n e r o d e
2 0 0 1 - C o n e s t e software, l o s a r t i s t a s y a c t i v i s t a s t u v i e r o n l a p o s i b i l i d a d d e e f e c t u a r
sus p r o p i o s a t a q u e s aéreos e n c u a l q u i e r página w e b — p o r e j e m p l o , l a s d e l G o b i e r n o
e s t a d u n i d e n s e o l a m i l i c i a m e x i c a n a — • c o n e l envío d e c i e n t o s d e m e n s a j e s a través
d e l " a l a m b r a d o d e púas" d e l o s p u e r t o s a b i e r t o s a l a r e d cibernética.^ L o s m e n s a j e s
q u e e n v i a r o n l o s a c t i v i s t a s d i g i t a l e s p r o v e m ' a n d e u n p o e m a f r a g m e n t a d o , bilingüe,
acerca d e l a l u c h a z a p a t i s t a p o r l a p a z c o n d i g n i d a d e n C h i a p a s :
n i g h t m a r e ends j u n g l e w a i t s silcnce breaks [la pesadilla t e r m i n a l a selva espera
e l s i l e n c i o s e r o m p e ] n u e s t i - a a r m a n u e s t r a p a l a b r a Y e p a ! Y c p a ! Ándale! Ándale!
Arriba! A x i b a ! Subcomandantc Insurgente [...] powcr for Chiapas virtual au-
t o n o m y r e a l p o l i t i c s n o t o v c r t o p d o w n c r a c k s o p e n r e a l i t y N o l l l e g a l s México
estacionados
U S A Operatíon G a t e k e e p c r B o r d e r w a r E v e i y h o u r S o m e o n c d i e s [ p o d e r p a r a
C h i a p a s autonomía v i r t u a l política r e a l n o t e r m i n a s e a b r e d e a r r i b a a b a j o l a
r e a l i d a d a b i e r t a N o I l e g a l e s México E U A Operación Guardián e n l a F r o n t e r a
guerra C a d a h o r a A g u i c n m u c r e ] a m o r rabia.''
Se e n v i a r o n f r a g m e n t o s d e l p o e m a a cada p u e r t o , d e m o d o que e l m i s m o sis-
tema atacado cargara e ltexto. C o m o e n u n a ciberprotesta p o r l o general p a r t i c i -
p a n m i l e s — h a s t a c i e n t o s d e m i l e s — d e p e r s o n a s , e l s i s t e m a comenzaría a r e p e t i r
y r e e s c r i b i r e l p o e m a c o n u n a v e l o c i d a d increíble, c o m p o n i e n d o y r e c o m p o n i e n d o
^ Prensa N u e v o Amanecer, "Zapatista A i r (Mail) Attack", disponible en: htrp://flag.blnckened.ncr/
^evolt/mcxico/reports/aÍr_maiJ j a n O O . h t m l , e n e r o d e 2 0 0 0 . C o n s u l t a d o e l 1 9 d e n o v i e m b r e d e 2 0 0 2 .
^ U n " p u e r t o " s e r e f i e r e a l o s más d e 6 0 0 0 0 p u n t o s d e conexión e n c u a l q u i e r c o m p u t a d o r a d¡s¡]0nibies
P ' i r a u n a p o s i b l e conexión c o n o t r a s c o m p u t a d o r a s e n i n t e r n e t . S i b i e n e l c o r r e o electrónico y l a W o r l d
W i d c W e b , p o r e j e m p l o , s e c o n e c t a n m e d i a n t e p u e r t o s específicos, l o s p u e r t o s r e s t a n t e s estiín d i s p o n i b l e s
P'^ra q n e l o s " n i s t r c e ( c s c a n e e ) " c u a l q u i e r o t r o s i s t e m a c o n e l fin d e d e t e c t a r p o s i b l e s p u n t o s d e conexión.
E l Z T i ' s a u t o m a t i z a e l p r o c e s o d e u n escáner d e p u e r t o y s e c o n f i g u r a p a r a e n v i a r u n m e n s a j e q u e e s c r i b e
máquina d e s i g n a d a c o m o d e s t i n o .
' Electronic Disturbancellicatcr,"ZupatistiiTribiil Port Sean", disponible en: http://switch.sjsu.edu/
v6n2/2tps/, 2 0 0 1 . C o n s u l t a d o e i 22 d e n o v i e m b r e d e 2002.

la p a l a b r a f r a g m e n t a d a de los zapatistas e nsus p r o p i o s sistemas. C o m p a r a b l e
o t r a s f o r m a s d e p r o t e s t a pública y d e s o b e d i e n c i a c i v i l e n e s p a c i o s públicos f i i ^
de i n t e r n e t , este acto o r g a n i z a d o t i e n e l u g a r e n los espacios v i r t i i a l e s d e acceso
público c o n e l fin d e r e g i s t r a r u n a a m p l i a p r e s e n c i a c o l e c t i v a y p o l i t i z a d a e n e l
espacio digital.
L a s d i f e r e n c i a s e n t r e l o s z a p a t i s t a s e n l o s c e r r o s d e A m a d o r Hernández y l o s
z a p a t i s t a s d i g i t a l e s q u e e s c r i b e n códigos p o K t i c o s s e p u e d e n s u p e r a r , s u g i e r o a l
e n t e n d e r a m b a s c o s a s c o m o p e r f o r m a n c e s q u e c o m b i n a n l a p r o t e s t a política c o n
e l a r t e c o n c e p t u a l e n u n a c t o d e revelación s o c i a l : a m b o s i m p l i c a n u n v u e l o y a t a -
q u e s s i m u l a d o s q u e r e v e l a n y r e v i e r t e n l a lógica d e l a dominación m i l i t a r y s o c i a l .
E n p r i m e r l u g a i - , l a simulación s u g i e r e u n c o n f i i c t o e n t r e p o s i b l e s i g u a l e s , u n a f a n -
tasía i m p o s i b l e e n l a q u e l o s z a p a t i s t a s c u e n t a n c o n u n a fiierza aérea e q u i p a d a c o n l a
c u a l d e f e n d e r s u t i e r r a , o u n a fantasía e n l a q u e u n g r u p o d e a r t i s t a s d e 72e£ art e c h a
a b a j o l a s v a s t a s r e d e s d e l o s m i l i t a r e s . S i n e m b a r g o , e l a c t o d e simidación e n última
i n s t a n c i a r e v e l a l a fiierza y agresión d e s p r o p o r c i o n a d a s q u e s u s a i b e n l a s políticas
d e l g o b i e r n o y l o s mífitares; m i l e s d e t i ' o p a s a r m a d a s y a v i o n e s r e a l e s s e d e s p a c h a n
p a r a " p e l e a r " c o n t r a c o m u n i d a d e s a r m a d a s c o n p o c o más q u e píipel. S i b i e n m e n o s
p e l i g r o s a s e n s u s enfrentamíentos, l a s p r o t e s t a s v i r t u a l e s d e l o s z a p a t i s t a s d i g i t a l e s
l a s más d e l a s v e c e s r e v e l a n l a s f o r m a s e n q u e e l c i b e r e s p a c i o m i s m o está o c u p a d o
y o r g a n i z a d o c o m o u n e s p a c i o c o m e r c i a l y p r i v a d o más q u e púbUco, c o n l a p r o t e c -
ción d e t o d a l a fiierza d e l a l e y , o d e l o s m i l i t a r e s , c o m o fiie e l c a s o e n s e p t i e m b r e
d e 1 9 9 8 , c u a n d o e l D e p a r t a m e n t o d e D e f e n s a atacó u n s e r v i d o r d e l E l e c t r o n i c
D i s t i u h a n c e T l i e a t e r d i r e c t a m e n t e c o n l o q u e llamó u n "pequeño p r o g r a m a h o s t i l "
[hostile applet] q u e inutilizó e l s i s t e m a u s a d o p o r l o s a c t i v i s t a s d u r a n t e u n plantón
v i r t u a l e n e l A r s E l e c t i ' o n i c a F e s t i v a l d e e s e año.^
¿Podemos i m a g i n a r e s t a s prácticas d e simulación y crítica c o m o prácticas
e s p a c i a l e s ? E n l o s años q u e p r e c e d i e r o n a l h e c h o d e q u e i n t e r n e t f u e s e u n r a s g o
c o t i d i a n o característico e n l a v i d a d e m i l l o n e s d e p e r s o n a s , E d w a t d S o j a urgía a
^ E l proyecto A r s Electronicii, c o n s e d e e n L i n z , A u s t r i a , es s e d e a n u a l d e u n Festival for A r t . T c d i
n o l o g ) ' , a n d S o c i e t } ' . E s t a b l e c i d o e n 1 9 7 9 , e l f e s t i v a l e s u n e s p a d o p r o m i n e n t e p a r a l a reflexión y ^9^°
ración a-íticas d e l a s n u e v a s c u l t u r a s digítuies. E l f e s t i v a l d e 1 9 9 S , I n f o v v a r , exploró l a relación c a m b i a r i ^ ^
d e c o n f l i c t o c o n l o s m e d i o s electrónicos, d e s d e l a s n u e v a s f o r m a c i o n e s d e s e g u r i d a d n a c i o n a l y resistenci¡i
c i v i l bástalos u s o s bélicos d e l o s m e d i o s d i g i t a l e s , i V r s Electrónica también e s anfitrión d e u n a presdgío^^
premiación a n u a l e n m e d i o s artísticos d i g i t a l e s , P r b c A r s Electrónica, así c o m o d e u n " m u s e o d e l f u t u r o .
c l i V r s Electrónica C e n t e r (véase http://wvvvv.aec.at/en/índe.v.asp).
^AI'A'J-'^STAS D I G I T A L E S AG9
l o s teóricos d e l a s c i e n c i a s s o c i a l e s p a r a q u e c o n c i b i e r a n l a producción d e e s p a c i o
e n términos m a t e r i a l e s y dialécticos t a l e s c o m o l o s q u e d e s d e h a c e m u c h o l a teoría
i n a r x i s t a a p h c a a l a s n o c i o n e s d e tiempo. L a e s p a c i a l i d a d , sostenía, " s e p r o d u c e
socialmente, y, c o m o l a sociedad m i s m a , existe e nf o r m a t a n t o sustancial (espa-
ciaiidades cona'etas) c o m o e n f o r m a d e u n c o n j u n t o de relaciones enti'e IndiAÚ-
d u o s y g r u p o s , u n a incorporación y m e d i o d e l a v i d a s o c i a l e n sí".' E s d e s d e l a
p e r s p e c t i v a m a t e r i a l i s t a c o m o p o d e m o s e n t e n d e r l a definición d e A n n e B a l s a m o
d e c i b e r e s p a c i o c o m o " e l e s p a c i o d e l o s o c i a l incorpóreo e n u n a s o c i e d a d i n f o r -
n i a c i o n a l hipertecnológica".^^ E n o t r a s p a l a b r a s , e l c i b e r e s p a c i o s e e n t i e n d e c o m o
u n a f o r m a d e e s p a c i a l i d a d p r o d u c t o d e prácticas m a t e r i a l e s a s o c i a d a s a l a s t e c n o -
logías d e l a información ( c o m p u t a d o r a s , r e d e s d e fibra óptica, e t c . ) y , a l m i s m o
tiempo, p r o d u c t o de las relaciones sociales q u e m o l d e a n y s o n m o l d e a d a s p o r d i -
c h a s tecnologías e n p r i m e r l u g a r . E n p a l a b r a s d e S o j a , " l a s e s t r u c t u r a s s o c i a l y
e s p a c i a l s e e n t r e t e j e n d e m a n e r a dialéctica e n l a v i d a s o c i a l , n o sólo s e s u p e r p o n e n
u n a a l a o t r a c o m o p r o y e c c i o n e s categóricas".^^ B a l s a m o n o a s u m e u n a división
ontológica e n t r e c u e r p o s o e s p a c i o s físicos y e x p e r i e n c i a v i r t u a l , s i n o , e n c a m b i o ,
s u g i e r e q u e e s t a s m i s m a s ontologías s e p r o d u c e n s o c i a l m e n t e p o r m e d i o d e r e l a -
c i o n e s y prácticas m a t e r i a l e s específicas. B a l s a m o o b s e r v a q u e l a s tecnologías d e
visuahzación m e j o r a d a s — d e s d e e l u l t r a s o n i d o h a s t a l a s tecnologías d e imágenes
médicas— desafían c o n s t a n t e m e n t e l a s f r o n t e r a s s u p u e s t a s d e l c u e r p o m a t e r i a l ,
ai d e s d i b u j a r l o s h ' m i t e s e n t r e e l i n t e r i o r y e l e x t e r i o r d e l c u e r p o , p r o f i m d i d a d y
s u p e r f i c i e , y e l a u r a orgánica d e l a proyección m e d i a t i z a d a . A p a r t i r d e u n a i d e a
pertinente para los estudios del p e r f o r m a n c e y coincidente c o n Soja, B a l s a m o sos-
tiene q u e l a c o r p o r a l i d a d e s en n m i s m a u n e f e c t o p r o d u c i d o p o r l o s p r o c e s o s
m e d i a n t e l o s c u a l e s se i m a g i n a n y c o n s t i t u y e n l o s c u e r p o s . S i l a c o r p o r a l i d a d es
u n efecto, escribe B a l s a m o , p o d e m o s " c o m e n z a r a p l a n t e a r preguntas sobre la f o r -
m a e n q u e e l c u e r p o se e s c e n i f i c a d e m o d o d i f e r e n c i a d o c u d i f e r e n t e s a m b i e n t e s " .
L a s páginas s i g u i e n t e s s u g i e r e n q u e e l E l e c t r o n i c D i s t T i r b a n c e H i e a t e r i l u s -
t r a u n n u e v o c o n j u n t o d e p o s i b i l i d a d e s p a r a e n t e n d e r l a relación e n t r e p e r f o r -
^ E d w a r d Zo]^, P o s t n w c k r n G e o g r a p h t e s : 7J}e R e a s s e r t i o n ofSpíice'm Críiical S o c i a l Vjeory, Londres y
N u e v a Y o r k , V e r s o , 19S9, p . 120.
A n n e B a l s a m o , " T l i e V i r t u a l B o d y I n C y b e r s p a c e " , e n D a v i d y B a r b a r a M . K e n n e d y ( c d s . ) , Vje
C y b e r a i U u r e s Reader, L o n d r e s y N u e v a Y o r k , R o u d e d g e , 2000, p. 97.
E d w a r d S o j a , o / . c;7., p . 1 2 7 .
A n n e B a l s a m o , op. aV., p . 9 S .

jíLL
niíince, c o r p o r a l i d a d y práctica e s p a c i a l e n e l c i b e r e s p a c i o . A d i f e r e n c i a d e o t
a r t i s t a s d e p e r f o r m a n c e q u e e x p l o r a n l a relación d e l c u e r p o c o n l a t e c n o l
m e d i a n t e e l e n c u e n t r o l i t e r a l d e l o s c u e r p o s físicos i n d i v i d u a l e s c o n l a s niáq^
ñas — ^ l a s cirugías r e p r e s e n t a d a s e n v i v o d e O r l a n , l o s e x p e r i m e n t o s cibernétic
d e S t e l a r e — e l É D T a s u v e z c u e s t i o n a c o n r i g o r l a noción m i s m a d e c o r p o i
l i d a d , y p r e t e n d e c o m p r e n d e r l a s p o s i b i l i d a d e s específicas d e c o n s t i t u i r u
presencia e n e l e s p a c i o d i g i t a l q u e s e a t a n t o colectiva zomopolitizada. p^g-
ble q u e u n cuerpo social colectivo se materialice — q u e se haga sentir, q u e
r e g i s t r e n s u s e f e c t o s — e n e l e s p a c i o electrónico? ¿Qt:é prácticas permitirí
e s t a f o r m a d e c o r p o r a H d a d ? M á s aún, ¿podrían dichas.prácticas r e c o n f i g u r a r
ontología a r t i f i c i a l d e l c i b e r e s p a c i o m i s m o , p a r a p r o d u c i r n o sólo u n a p r e s e
cia colectiva, s i n o nuevas f o r m a s d e espacialidad? E l E l e c t r o n i c D i s t u r b a n
T l i e a t e r abordó e s t a s p r e g u n t a s c o n u n a s e r i e d e a c c i o n e s e x p e r i m e n t a l e s , f o r i
m a s híbridas q u e a p o d a r o n netv^ork_art_activism [activismo_arte_)-ed], cuya;
características p a r t i c u l a r e s s o n l a participación c o l e c t i v a , códigos.de fiientí
a b i e r t a y u n u s o c r e a t i v o d e l a s tecnologías básicas d e l c i b e r e s p a c i o : corree
electrónico, p r o g r a m a s j a v a e l e m e n t a l e s , escáneres d e p u e r t o s . E s t a s accioneJ
sugieren q u e e lp e r f o r m a n c e e ne lciberespacio reproduce — e n s a y a o practi-
c a — maneras q u e o r i g i n a n u n af o r m a alterna d e espacialidad. Para e l EDTJ
c o m o p a r a l o s z a p a t i s t a s , e l c i b c r - e s p a c i o s e p r a c t i c a c o m o u n a n u e v a esfera,^
púbhca, u n c a m i n o d e p a s o p a r a l a escenificación d e " p l a n e s d e v u e l o " más'|
productivos para quienes luchan por cambios sociales.
• • > _. Geografías delpoder
E n s u t r a y e c t o r i a c o m o a r t i s t a y a c t i v i s t a , R i c a r d o Domínguez h a m a n t e n i d o u n ,
c o n t i n u o c o m p r o m i s o c o n e l d e s a i x o l l o d e l o q u e l l a m a " e s p a c i o s d e distiu'bío ¡
medíanle a c c i o n e s q u e " s e ampÜfican c o n tecnologías u b i c u a s " , s e a t e a t r o t r a d i - ;
cional, arte v i s u a l o p e r f o r m a n c e digital.^'' C o m o m i e m b r o f u n d a d o r d e l aclamado
12 S o b r e O r l a n , véase, e n t r e m u c h a s o U a s f u e n t e s , A u g s b u r g ( 1 9 9 S ) y F a b e r ( 2 0 0 2 ) ; s o b r e ^xt\^^
véase s u e x t e n s a página w e b , " S t e l a r c " , d i s p o n i b l e e n : h t t p i / A v w v ^ . s t e l a r c . ^ ' a . c o m . a u / .j
Jcnnifcr M i u k e t o u , " W h e r e D o W e G o froin Hcre?", N e t A r t C o m m o n s , disponible e n : http:
n e t a r t c o m m o n s . \ v a l k c r n r t . o r g , 2 3 d e j u l i o d e 2002. C o n s u l t a d o e l18 d e n o v i e m b r e d e 2002.
BARATISTAS D I G I T A L E S 471
c o l e c t i v o artístico C r i t i c a l A r t E n s e m b l e ( C A E ) , Domínguez contribuyó a a r t i c u -
I j i r u n a crítica a l a d e s o b e d i e n c i a c i v i l t r a d i c i o n a l y anunció n u e v a s f o r m a s d e
" d i s t i n h i o electi-ónico", e n u n Ü b r o c o n e s e título p u b l i c a d o e n 1 9 9 4 . E n s u s a n a -
jjsis d e l a representación contemporánea d e l p o d e r , e l C A E a f i r m a q u e e l a r t e s u b -
v e r s i v o u o p o s i t o r e s y a o b s o l e t o . L a globalización contemporánea — c o m o l a
c o n o c e m o s — h a e s t a d o m a r c a d a p o r flujos t r a n s n a c i o n a l e s a ú n más c o m p l e j o s y
asiniéLLÍcos d e c a p i t a l , b i e n e s , t r a b a j o , información y p e r s o n a s ; m a r c a d a p o r l a
corrosión y d e s c e n t r a m i e n t o d e categorías a n t e s e s t a b l e s d e i d e n t i d a d e s n a c i o n a l -
étnicas e n O c c i d e n t e . E n e s t e c o n t e x t o , e l C A E r e v i e r t e l a c o n o c i d a figuración
d e l e u z i a n a q u e v e l o nómada c o m o e l s i t i o d e l o t r o , e i n s i s t e e n c a m b i o e n q u e
a h o r a (tipoder e s nómada, l o q u e h a c e q u e n u e s t r a condición s e a " l i c u e s c e n t e " . L a
única r u t a v i a b l e p a r a l a práctica o p o s i t o r a e s p r o d u c k u n d i s t u r b i o c a l c u l a d o e n
l a s r e d e s rizomáticas o "líquidas" d e l p o d e r m i s m o . E s t a crítica c o i n c i d e c o n l a
idea q u e expresa Z y g m u n t B a u m a n sobre n u e s t r o presente estado d e " m o d e r n i -
d a d h q u i d a " , e n s u l i b r o homónimo,^^ y c o n l a noción d e A r j u n A p p a d u r a i d e q u e
l o s flujos c u l t u r a l e s a c t u a l e s t i e n e n l u g a r e n l a s d i s y i m t i v a s c a m b i a n t e s e n t r e p a i -
sajes s o c i a l e s fluidos — e n parte imaginados, e nparte materiales— del a tecnolo-
gía, l o s m e d i o s , e t n i c i d a d , ideología y finanzas (1996).^"^ P a r a e l C A E , e l p o d e r d e l a
éUte abandonó s u s b a s e s t e r r i t o r i a l e s y s u s a n t i g u o s " m o n u m e n t o s arquitectónicos
d e p o d e r " : e l t r i b u n a l , e l a ) a m t a m i e n t o , l a s c a l l e s y e l t e a t r o . L a n u e v a geografía,
a f i r m a n , " e s u n a geografía v i r t u a l , y e l n ú c j e o d e l a r e s i s t e n c i a política y c u l t t i r a l
d e b e a f i i - m a r s e e n e s t e e s p a c i o electrónico".^^ E n u n t e x t o p o s t e r i o r , Domínguez
p r e c i s a q u e l o s flujos " H q u i d o s " d e l " C a p i t a l V i r t u a l a ú n s o n u n i d i r e c c i o n a l e s
[...]: t o m a r d e l S u ry p o n e r l o e n e lN o r t e : e l F M I crece y A r g e n t i n a m u e r e ;
Chiapas p i d e democracia y e l T L C [Tratado d e Libre Comercio] suprime l a
d e m o c r a c i a " . ^ ^ E n r e s p u e s t a , e l C A E desarrolló l o q u e d e n o j n i n a e l " T e a t r o R e c o m -
binante", práctica q u e o p e r a e n u n a relación dinámica e n t r e l o orgánico y l o v i r t u a l ,
1^ Z y g m u n t B a u m a n , L i q t n c i M o c k r n i t y , C a m b r i d g e , P o l l t ) ' P r e s s ; M a l d e n , M n s s a c h u s e t t s , B l a c k w c l l ,
2 0 0 0 [ e d . e s p . : M o d e r n i d a d líguidn, B u e n o s A i r e s , F o n d o d e C u l t u r a Económica, 2 0 0 1 ] ,
A i j i i n A\}\)\iáurú¡Á^Ioderni¿y a¿Lfírge: C¡d¿i¡ra¡Dime72sio?}s ofGlohalizaiio?}, MincápoÜs, U n i v e r s i t y
o f M i n n e s o t a P r e s s , 1 9 9 6 [ e d . e s p . : L a m o d e r n i d a d desbordada: dimensiones cu/tura/es de la g/oba/ízación,
B u e n o s A i r e s , F o n d o d e C u l t u r a Económica, 2 0 0 1 ] .
1'' C r i t i c a l A s t E n s e m b i c , 77;? Electronic D i s l u r b a n c e , AutonomedÍa/scmiotext(c). D i s p o n i b i c e n :
http://wvvw.critical-art.net, 2 2 d en o v i e m b r e d e 2002,1994, p p . 12,23,57-58.
1^ J e n n i f e r M a r k e t o u , " W h e r e D o W c G o f r o m M e r e ? " , N e t A r t C o m m o n s , d i s p o n i b l e e n : h t t p : / /
n e t a r t c o m m o n s . w a l k e r a r t . o r g , 23 d e j u l i o d e 2002. C o n s u l t a d o e l 18 d e n o v i e m b r e d e 2002.
 472
desplazándose e n l a s d i v e r s a s r e d e s elecü'ónicns e n d o n d e d e v e r d a d r e s i d e e l p Q ^
d e l a élite.
R i c a r d o Domínguez ofreció u n a r e s p u e s t a d i s t i n t a , y dejó e l C r i t i c a ]
E n s e m b l e e n 1 9 9 5 p a r a c o m e n z a i * u n a e x t e n s a capacitación e n l a s tecnologí
d e i n t e r n e t , e n t o n c e s a l g o r e l a t i v a m e n t e n u e v o y e n rápida expansión, c o n
fin d e e x t e n d e r e s t a a í t i c a h a c i a u n a práctica electrónica más c o n c r e t a , O r i g i n j i ^
r i o d e L a s V e g a s , d e p a d r e s m e x i c a n o s , y c o n u n a formación d e a c t o r d e t e a t r o
Domínguez s e situó e n l a tradición d e l a crítica m a t e r i a l i s t a m e d i a n t e e l t e a -
t r o , q u e i n c l u y e a B e r t o i t B r e c h t , a l d i r e c t o r m a r x i s t a brasileño A u g u s t o B o a l
e l t e a t r o d e agitación q u e reahzó e l g r u p o T e a t r o C a m p e s i n o e n a p o y o d e C é s a i «
Chávezy l a h u e l g a d e l U n i t e d E a r m W o r k e r s U n i o n [ S i n d i c a t o U n i d o d e C a m -
p e s i n o s ] e n C a h f o r n i a , e n 1 9 6 2 . Domínguez buscó t r a s l a d a r e s a estética s o c i a l
u n e s c e n a r i o d i g i t a l . S i b i e n estas figuras R i e r o n i n s p i r a c i o n a l e s , fiie l a rebelión*
z a p a t i s t a e n C h i a p a s , México, l o q u e a l final l o impulsó p a r a f o r m a r e l E l e c t r o -
n i c D i s t u r b a n c e T i e a t e r , q u e Domínguez fundó e n colaboración c o n S t e f a u i
W r a y , C a r m i n K a r a s i c y B r e t t S t a l b a u m a p r i n c i p i o s d e 1 9 9 8 . L a s prácticas áá
E D T n o sólo a p o y a n y e x t i e n d e n l a c a u s a d e l o s z a p a t i s t a s , s i n o q u e también s e j
c o n s i d e r a n u n e s f i i e r z o p a r a r e c o n c i f i a r l a teoría d e l C A E d e l a d e s o b e d i e n c i a c i v i l
electrónica c o n l o s r e t o s q u e p l a n t e a a d i c h a teoría e l c a s o d e l l e v a n t a m i e n t o
zapatista.
L a rebehón z a p a t i s t a — e n e l e s c e n a r i o púbhco d e s d e e l 1 d e e n e r o d e 1 9 9 4 ,
día q u e entró e n v i g o r e l T L C — t a n t o abordó c o m o desafió e s t a s críticas d e a c r i -
v i s m o " r e v o l u c i o n a r i o " . P o r u n a p a r t e , e l m o v i m i e n t o revitalizó l a s a b a n d o n a d a s
nociones d el a desobediencia civil y l e v a n t a m i e n t o s "tradicionales" e n n o m b r e de
l o s p u e b l o s indígenas; l a l a r g a m a r c h a z a p a t i s t a a l a s e d e d e l g o b i e r n o e n l a
C i u d a d d e México, e n e n e r o d e 2 0 0 1 , d e m u e s t r a e l a p o y o y e s f u e r z o c o n t i n u o s
q u e e s t a s tácticas " t r a d i c i o n a l e s " aún c o n s e r v a n . ^ ^ Además, e l carácter p a i t i c u l a r - |
m e n t e teaü-al d e s u s a c c i o n e s , e n específico l a s d e l s u b c o m a n d a n t e M a r c o s , l e |
ganó a l v o c e r o z a p a t i s t a e l n o m b r e d e " s u b c o m a n d a n t e d e p e r f o r m a n c e " poí ^
E n f e b r e r a y m a r z o d e 2 0 0 1 , 2 4 líderes z a p i U i s t a s e n c a b e z a r o n u n a " c a r a v a n a " d e s i m p a t i z a n t e s ^
d e s d e s u s c o m u n i d a d e s e n l a s montañas h a s t a l a C i u d a d d e México p a r a h a b l a r e n e l e d U i c J o d e l C o n g r e s o ^
d e J a Unión y e x i g i r ahí l u notificación d e l t r a t a d o d e p a z d e 1 9 9 6 e n t r e e l G o b i e r n o f e d e r a l y l o s z a p a t i s '
t a s : l o s A c u e r d o s d e S a n Andrés. L o s líderes z a p a t i s t a s r e c i b i e r o n l a adhesión d e g r a n d e s m u l t i t u d e s eü
n u m e r o s o s r e c o r r i d o s y r e u n i o n e s a l o l a r g o d e s u travesía; a l final, e l 2 8 d e m a r z o , l o s d e l e g a d o s z a p a d s t f l S
e n t r a r o n e n e l r e c i n t o d e l C o n g r e s o , d o n d e l a c o m a n d a n t e E s t h e r habló e n n o m b r e d e l E Z L N .
pATlSTAS D I G I T A L E S 473
l a i ' t ^ d e G u i l l e r m o Gómez-Peña. " L a g u e r r a s e llevó a c a b o c o m o s i s e t r a t a r a
\\e í-ii^ p e r f o r m a n c e " , escribió Gómez-Peña. " L a m a y o r p a r t e d e l o s z a p a t i s t a s ,
^ ¡lonibres, m u j e r e s y niños indígenas, l l e v a n pasamontañas. A l g u n o s u t i l i z a r o n
¡•ifles d e m a d e r a c o m o s i m p l e s a c c e s o r i o s . " C o n u n a v e s t i m e n t a q u e c o n s t a d e
" y n c o l l a g e d e símbolos r e v o l u c i o n a r i o s d e l s i g l o x x , r o p a y a c c e s o r i o s q u e pidió
p r e s t a d o s a Z a p a t a , S a n d i n o , e l C h e y A r a f a t " , M a r c o s s e convirtió e n " e l héroe
p o p u l a r más r e c i e n t e e n u n a n o b l e tradición d e a c t i v i s t a s [ . . . ] q u e u t i U z a r o n e l
p e r f o r m a n c e y l a e s t r a t e g i a d e m e d i o s p a r a e n t r a r e n e l cuadrilátero' p o h ' t i c o d e l
]v/[éxico contemporáneo".^^
S i b i e n l o s z a p a t i s t a s d e e s t e m o d o a p r o v e c h a r o n e l u s o táctico d e l a p r e s e n -
c i a c o r p o r a l — y t e a t r a l i z a d a — , e l m o v i m i e n t o también aproveclió d e s d e e l p r i n -
cipio l a i n t e r n e t c o m o m e d i o p a r a c o n s t r u i r u n a r e d d e base d e apoyo- g l o b a l .
Domínguez d e s c r i b e e s t e " z a p a t i s m o d i g i t a l " c o m o u n " m o v i m i e n t o p o f i e s p a c i a l
p a t a u n a d e m o c r a c i a r a d i c a l b a s a d a e n l e g a d o s m a y a s d e diálogo [ q u e ] s e insertó
e n e l t e j i d o electrónico n o c o m o u n a ' i n f o g u e r r a ' , s i n o c o m o a c c i o n e s v i r t u a l e s
para l a paz verdadera e n las c o m u n i d a d e s verdaderas d e Chiapas".^^ D u r a n t e l a
p r i m e r a s e m a n a d e l p r i m e r l e v a n t a m i e n t o s e creó u n a r e d i n t e r n a c i o n a l m a s i v a
d e información y a p o y o c o n l o s m e d i o s d i g i t a l e s más básicos: cUstribución p o r
c o r r e o electrónico y páginas w e b ; v a l e l a p e n a c o n s u l t a r e l e x t r a o r d i n a r i o s i t i o d e
i n t e r n e t Z a p a t i s t a s i n C y b e r s p a c e p a r a c o m p r e n d e r e l alcance d e d i c h a red.^^ L a s
disyuntivas radicales entre l aelaborada presencia d elos zapatistas e n i n t e r n e t y e l
h e c h o d e q u e C h i a p a s n o c u e n t a c o n l o s r e q u i s i t o s mínimos d e i n f r a e s t r u c t i n - a
— e n l a mayoría d e l o s c a s o s , n i s i q u i e r a c o n e l e c t i i c i d a d — • l e ganó a l m o v i m i e n t o
s u reputación c o m o l a " p r i m e r a revolución p o s m o d e r n a " . ^ ^ D e e s t e i n o d o , e l p r o -
p i o t e a t r o d e o p e r a c i o n e s r e c o m b i n a n t e z a p a t i s t a mezcló prácticas v i r t u a l e s y
corporizadas e nu n a l u c h a p o r u n c a m b i o m a t e r i a l y bienestar social reales e n
Chiapas.
G u i l l e r m o Gómez-Peña, "Tíic S u b c o m a n d a n t e o f P e r f o r m a n c e " , e n Elaínc K a t z c n b c r g c r ( e d . ) ,
^irs/- World H a H a H a ! TIje Z a p a t i s t a C/jat/enge, S a n F r a n c i s c o . C i t } ' Líghts, p p . 9 0 - 9 1 .
R i c a r d o Domínguez, " D i g i t a l Z a p a t i s m o " , 2 0 d e m a r z o , d i s p o n i b l e e n : h t t p : / A v w v v . r h i n g . n c t
r d o m / e c d / D i g Z a p . h t m l , 1998b. C o n s u l t a d o e l22 d e n o v i e m b r e d e 2002.
D i s p o n i b l e e n : h t t p : / A v w v v . e c o . u t e x a s . e d u / f a c u l t y / C l e a v c r / z a p s i n c y b e r . h t m l . Véase también "Ejér-
| '^ito Z a p a t i s t a d e Liberación N a c i o n a l " , d i s p o n i b l e e n : h t t p r / A v w v v . e z l n . o r g
. l ^ c a r d o Domínguez, " H i e A n t e - C h a m b e r o f R e v o l u t i o n : A P r e l u d e t o a l l i e o r y o f R e s i s t a n c e a n d
M a p s " , d i s p o n i b l e e n : h t l p : / / v v : v v v . n y u . c d u / p r o j e c t s / v v r a y / a n t e c h a m b e r . h t m l , 1998. C o n s u l t a d o e l 2 2 d e
"noviembre d e 2002.
 474
JíLL U N E
Corporalidad •pólies-pacial
A l g u n o s p u e d e n e j i t e n d e r e s t a práctica " r e c o m b i n a n t e " c o m o u n s i m p l e a s u n t o
de c o n t i n g e n c i a : M a r c o s es perfonter e x c e l e n t e q u e s e v a l e d e t o d a c l a s e d e
m e d i o s d e comunicación e i n g e n i o c a l c u l a d o ; s u s s e g u i d o r e s e n t o d o e l m u n d o
e m p l e a n i n t e r n e t c o m o les sea p o s i b l e p a r a a p o y a r s u causa. N o o b s t a n t e , las luchas
e n l a r e d y f u e r a d e e l l a e l a b o r a n u n a e s t r a t e g i a s e m e j a n t e d e crítica e intervención
s o c i a l b a s a d a e n u n c o m p l e j o u s o d e l a simulación. M a r c o s y l o s z a p a t i s t a s , i n c l u -
so los zapatistas digitales d e l Electi'onic D i s t u r b a n c e Tlieater, d e p e n d e n d e l a si-
mulación p a r a c r e a r u n a p r e s e n c i a p e r t u r b a d o r a e n l o s c o n t e x t o s m a t e r i a l , s o c i a l
y d i s c u r s i v o e n q u e o p e r a n . L a r e s i s t e n c i a , a f i r m a Domínguez —según l o s p r i n c i -
p a l e s teóricos d e l a g u e r r a d e información—, a d o p t a u n a d e t r e s f o r m a s : y w / c ; ? ^
q u e comprometería y quizá perjudicaría e l h a i x l w a r e m i s m o ; sintáctica (favorita
d e l o s h a c k e r s ) , q u e impUcaría c a m b i a r l o s códigos m e d i a n t e l o s c u a l e s f i u i c i o n a
l a máqmna —programación, software, diseño—; y , p o r último, semántica, q u e i m -
p l i c a a b o r d a r y socavar las n o r m a s y realidades discursivas d e l s i s t e m a e n s u con-
j u n t o . L a simulación o p e r a e n e i n i v e l d e l a perturbación semántica: u n a simulación
d e u n a e r o p l a n o , h e c h o d e p a p e l o d e códigos d i g i t a l e s , n o tendrá ningún e f e c t o
e n l a flota física d e a v i o n e s n i e n e l s e r v i d o r d e l G o b i e r n o f e d e r a l , t a m p o c o a f e c -
tai-á l a e s t r u c t i u ' a sintáctica d e c o m a n d o s n i e l software q u e o r g a n i z a s u u s o ; e n
c a m b i o , l o s a v i o n e s s i m u l a d o s p e r t u r b a n u n código semántico, a l h a c e r v i s i b l e las
r e l a c i o n e s d e p o d e r s u b y a c e n t e s y o c u l t a s d e l a s c u a l e s d e p e n d e l a fluida operación
d e l a represión g u b e r n a m e n t a l . P a r a M a r c o s , c o m o p a r a Domínguez, l a r e s i s t e n -
c i a semántica e s u n a f o r m a e f i c a z — y v i a b l e — d e a t a c a r a l p o d e r d e s d e l o s m a r -
genes
P a r a l o s z a p a t i s t a s , e l g e s t o t e a t r a l r e p r e s e n t a t i v o está e n e l u s o d e l p a s a -
montañas: l o s pasamontañas n e g r o s idénticos a n u n c i a n u n a p r e s e n c i a colectiva
insistente y politizada, a lm i s m o tiempo que hace visible ela n o n i m a t o ignorado
d e q u e s o n o b j e t o d e s d e h a c e l a r g o t i e m p o l o s p u e b l o s indígenas d e l e s t a d o
m e x i c a n o d e C h i a p a s . S i b i e n l o s p u e b l o s indígenas y s u d e g r a d a d a c a f i d a d d e
v i d a d e s d e h a c e s i g l o s están a l a v i s t a d e f o r m a d i s t a n c i a d a , f u e sólo h a s t a q u e s e
p u s i e r o n u n a máscara c u a n d o a c c e d i e r o n a l a v i s i b i f i d a d púbfica. E s , e n p a l a b r a s
R i c a r d o Domínguez, c o n f e r e n c i a inédita, I n s t i t u t o Hemisférico d e P e r f o r m a n c e y Política. E n -
c u e n t r o a n u a l . L i m a , Perú, 1 5 d e j u l i o d e 2 0 0 2 .
^ A P A T I S T A S D I G I T A L E S 475
¿le M a r c o s , " l a máscara q u e r e v e l a " . ^ ^ Así, l a máscara c r e a l o q u e e l C A E c o n s e g u -
j.jclad habría d e n o m i n a d o u n d i s t u r b i o délos d i s c u r s o s n o r m a t i v o s —etnocéntricos,
e l i t i s t a s — m e d i a n t e l o s c u a l e s s e h a h e c h o a l a s c o m u n i d a d e s indígenas s o c i a l -
i T i e n t e i n v i s i b l e s , y , a l m i s m o t i e m p o , p r o d u c e u n a condición e n l a c u a l s u p r e s e n -
cia c o l e c t i v a s e v u e l v e n u e v a y l e g i b l e .
Domínguez, c o m o z a p a t i s t a d i g i t a l , e n t a b l a u n a interacción s e m e j a n t e d e l o
visible y l o invisible, l o encarnado y l o s i m u l a d o . C u a n d o s e representa como
p e r s o n a , Domínguez v i s t e u n a máscara z a p a t i s t a ; l a p r e s e n c i a d e l a máscara e n
s a l o n e s d e c o n f e r e n c i a s , galerías y t e a t r o s señala l a soÜdaridad c o n q u i e n e s s e
e n c u e n t r a n e n l a S e l v a L a c a n d o n a , p e r o d e m a n e r a i m p o r t a n t e , desafía c u a l q u i e r
suposición q u e l o s e s p e c t a d o r e s e n l o s t e a t r o s o galerías p u e d a n t e n e r a c e r c a d e
l o s a r t i s t a s d e net art y l o s u s o s p o t e n c i a l e s d e l o s n u e v o s m e d i o s . C o n e s t a acción,
Domínguez n o s e d i f e r e n c i a d e s u c o l e g a a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e , G u i l l e r m o
Gómez-Peña, q u i e n s e r e l a c i o n a c o n e l c i b e r e s p a c i o c o m o u n irónico " b a n d i d o
d e l a s u p e r c a r r e t e r a d e l a información". C o m o Gómez-Peña, e l a r t e z a p a t i s t a
d i g i t a l d e Domínguez c o j i t r a r r e s t a l a s s u p o s i c i o n e s r a c i s t a s d e q u e l o s m e x i c a n o s
y l o s l a t i n o s s o n i n c a p a c e s d e d e s a r r o l l a r u n a relación e l a b o r a d a c o n l a a l t a t e c n o -
logía. " E l m i t o e s c o m o s i g u e " , e s c r i b e Gómez-Peña:
L o s m e x i c a n o s ( y o t r o s l a t i n o s ) n o p u e d e n m a n e j a r a l t a tecnología. A t r a p a d o s
e n t r e u n p a s a d o preindusíxial y u n a p o s m o d e r n i d a d i m p u e s t a , c o n t i n u a m o s e n
n u e s t r a c a l i d a d d e seres m a t i u a l e s —bomafnberspor excel/ence, a r t e s a n o s ( n o téc-
n i c o s ) i m a g i n a t i v o s — y n u e s t r a comprensión d e l m u n d o es e s t r i c t a m e n t e polí-
t i c a , poética, o mctíifísicu e n e l m e j o r d e Jos casos, p e r o s i n d u d a n o científica.^^
L a máscara d e Domínguez e s también u n a máscara q u e r e v e l a l o s m i t o s r a c i s -
t a s : q u e l o s n a t i v o s "auténticos" — y quizás e n e s p e c i a l l o s r e v o l u c i o n a r i o s román-
t i c o s i m a g i n a r i o s a c a b a l l o e n p a i s a j e s d e e s c a r p a d a s montañas— s o n antitéticos
a l m u n d o d e l a a l t a tecnología o d e l a r t e d i g i t a l . L a combinación d e l a máscara
z a p a t i s t a y l a c o m p u t a d o r a r e p r e s e n t a las m i s m a s r e v e l a d o r a s d i s y u n t i v a s q u e l o s
~ S u b c o m a n d a n t e i V l a r c o s , "México. 1 9 9 8 . A b o v c a n d B e l o w : M a s k s a n d S i l e n c e s ' , ^ ' ^ P ^ " ; ^ ^ "
25
l i t t n : / A v w w . e z l n . o r g / d o c u m e n t o s / 1 9 9 8 / 1 9 9 8 0 7 1 7 . e n . l i t m , j u l i o d e 1998. C o n s u l f a d o el 6 d e e n e r o d e 2003.
26 G u i l l e r m o Gómez-Peña, ' " - H i e V i r m a l B a r r i o @ t h e O d i e r F r o n d e r ( o r t h e C h i c a n o I n t e r n e t a J , e n
D a v i d T r e n d ( e d . ) , Reaf/ing D i g i t a l Culture, O x f o r d , B l a c k w c l l , 2001, p . 284.

JILL
íiviones d e p a p e l o e l escáner d e p u e r t o s t r i b a l : l a máscara es l o q u e p e r m i t e q u e
p r e s e n c i a d e l o s z a p a t i s t a s s e m a n i f i e s t e aún p a r a r e v e l a r l o s términos n o r m a t i v o s
que rigen el contexto e n que operan.
CocciO -performer f u e r a d e i n t e r n e t [off-Iine]^ Domínguez s e desempeña e n t r e
p r e t e n d i d o s o p u e s t o s c o m o l a p r e s e n c i a e n v i v o y l a simiüación e n i n t e r n e t , o
e n t r e e l c o n o c i m i e n t o "cientíñco" a u t o r i z a d o y l a naixación o r a l , c o m o a r t i s t a y
activista. Sus performances s o n c o m o conferencias-demostraciones. A mitad de
l a demostración d e u n software p a r t i c u l a r diseñado p a r a e l u s o d e l o s a c t i v i s t a s ,
d e r e p e n t e i n t e r r u m p e y c o r r e h a c i a e l púbhco; "¡Todos a l a c o n s u l t a ! " , g r i t a ,
"¡Todos a l a c o n s u l t a ! " , c o n l a v o z d e u n j o v e n t o j o l a b a l , P e d r i t o , p a r a d a r a e n t e n -
d e r q u e H e v a a t o d o e l p u e b l o a u n a c o n s u l t a l o c a l , o a s a m b l e a . Después c u e n t a
u n a h i s t o r i a —práctica q u e Domíngviez v a g a m e n t e g l o s a c o m o " r e l a t o d e h i s t o r i a s
m a y a s " — , l a c u a l o r i g i n a l m e n t e contó e l m i s m o s u b c o m a n d a n t e Marcos:
E l p u e b l o está e n a s a m b l e a c u a n d o u n avión m i l i t a r d e l a F u e r z a A r m a d a A -
coíris y u n helicóptero d e l a F u e r z a Aérea M e x i c a n a d e s p l i e g a n u n a s e r i e d e
Alíelos r a s a n t e s . L a a s a m b l e a n o s e i n t e r r u m p e ; e n c a m b i o , q u i e n e s h a b l a n t a n
sólo a l z a n l a v o z . P e d r i t o , i m p u l s a d o p o r l a a m e n a z a d e l a e r o p l a n o , v a r e s u e l t o a s u
cabana p o r u n palo. P e d r i t o regresa c o n u n palo de m a d e r a , y declara: " V o y a
p e g a r l e a l avión; m e está m o l e s t a n d o " . C u a n d o e l avión p a s a s o b r e P e d r i t o , l e -
v a n t a e l p a l o y l o o n d e a c o n c o r a j e h a c i a e l a p a r a t o bélico. E l avión desvía s u
c u r s o y se v a . P e d r i t o d i c e ; "Así está m e j o r " .
P o c o a p o c o n o s d i r i g i m o s h a c i a e l p a l o q u e tiró P e d r i t o , y l o r e c o g e m o s c o n
cuidado. E n u n i n t e n t o p o r recordar l o que h i z o Pedrito, p',uto e l aire c o n ei palo.
D e r e p e n t e e l helicóptero se c o n v i e r t e e n u n b u i t r e inútil d e h o j a l a t a , e l c i e l o r e -
cupera su c o l o r a z u l y las nubes n o t a n c o m o blancos m a z a p a n e s .
" P e r o s i es u n p a l o nomás", d i g o .
"Sí", d i c e e l M a r . " E s tecnología m a y a . " ^ ^
Domínguez r e c u r r e a e s t a s h i s t o r i a s c o m o i m p o r t a n t e a l t e r n a t i v a a l l e n g u a j e
u s u a l d e l q u e d i s p o n e m o s p a r a h a b l a r s o b r e l a r a z a , tecnología y e l c a m b i o s o c i a l ,
u n a n a r r a t i v a a l t e r n a a l o s d i s c u r s o s d e l a Ilustración, p r o g r e s o y racionaÜdad q u e
2^ C o c o F i i s c o , " P c r f Q r m ; m c c / V r t i n n. D i g i t a l A g e : A C o n v e r s a t i o n w i t h l ^ c a r d o Domínguez", e n t r e -
v i s t a inédita, T l i e I n s t i t u t o o f I n t e r n a t i o n a l V i s u a l j ' V r t s , L o n d r e s , 2 5 d e n o v i e m b r e d e 1 9 9 9 .
/^APATISTAS D I G I T A L E S
g u e l e n c o n s t i t u i r n u e s t r a comprensión d e l a tecnología. Aquí Domínguez d u p h c a
ia práctica d e M a r c o s d e c o n t a r h i s t o r i a s — d e l f a m o s o d o n D u r i t o o e l v i e j o
yVntonio— como opciones propositívas a n t e e l d i s c u r s o político e s t a n c a d o :
M a r c o s e x p i d e c o m u n i c a d o s a través d e l a v o z d e d o n D u r i t o d e L a c a n d o n a ,
e s c a r a b a j o d e ficción y c a b a l l e r o e r r a n t e a n t i c a p i t a l i s t a q u e o f r e c e sabiduría s o c i a l
satírica, o d e l v i e j o A n t o n i o , c u y a s n a r r a c i o n e s poéticas i n t e r p r e t a n e l c o n f l i c t o
s o c i a l contemporáneo p o r m e d i o d e l e y e n d a s m a y a s . Gómez-Peña también
o f r e c e u n a versión paródica d e l a tecnología m a y a : e n s u p e r f o r m a n c e Nafíazateca,
junto con Roberto SiRientes, presentan u n nuevo hardware ficticio, Technopal
2 0 0 0 , " u n a tecnología o r i g i n a l m e n t e i n v e n t a d a p o r l o s m a y a s c o n a ) a i d a d e a l i e -
nígenas d e l i a r v a r d " . ^ ^ E n c a d a c a s o , e l p e r f o r m a n c e e s u n a intervención d i s c u r -
s i v a (semántica y s i m u l a d a ) q u e i l u s t r a l o s límites d e l o s d i s c u r s o s n o r m a t i v o s d e
c o n o c i m i e n t o y p o d e r , i n c l u s o a l c r e a r u n e s p a c i o p a r a l a imagiaaclóa d e a l t e r -
nativas.
L o s performances de internet del Electronic Disturbance Tlieater, de manera
s e m e j a n t e , s e e l a b o r a n s o b r e l a noción d e l a "tecnología m a y a " c o m o metáfora o r -
g a n i z a t i v a . S i n e m b a r g o , aquí l a máscara z a p a t i s t a s e i n t e r c a m b i a p o r i m a " t r a n s -
p a r e n c i a " r a d i c a l : j u s t a m e n t e p o r q u e e l c o n t e x t o d e i n t e r n e t está b a j o e l d o m i n i o
d e u n a retórica d e l o incorpóreo, e l e n m a s c a r a m i e n t o y e l a n o n i m a t o , Domínguez
y sus c o l a b o r a d o r e s i n s i s t e n e n r e v e l a r sus i d e n t i d a d e s f u e r a de la r e d , y n o r e -
curren a l secreto para planear acciones contra sitios d e t e r m m a d o s . E l W o r l d
E c o n o m i c F o r u m [ F o r o Económico M u n d i a l ] o e l D e p a r t a m e n t o d e Defensa
e s t a d u n i d e n s e r e c i b e n así a d v e r t e n c i a y t i e m p o más q u e s u f i c i e n t e p a r a p r e p a i ' a r s e ,
d e s e r n e c e s a r i o , p a r a u n "plantón" v i r t u a l . D e h e c h o , u n a r e c i e n t e "evaluación d e
riesgo" pubUcada por e l N a t i o n a l Lifraestructure P r o t e c t i o n C e n t e r [Centro
N a c i o n a l d e Protección d e I n f r a e s t r u c t u r a ] ( N I P C ) , c u y a s o f i c i n a s centríiles s e
ubican en la Federal Burean of Investigation [Oficina Federal de Investigaciones]
( F B I ) , advhtió a l o s a s o c i a d o s a l F o n d o M o n e t a r i o I n t e r n a c i o n a l ( F M I ) y e l B a n c o
M u n d i a l ( B M ) s o b r e l a posib.Uidad d e q u e sus s i t i o s w e b R i e s e n los o b j e t i v o s d e
h a c k t i v i s t a s d u r a n t e sus r e u n i o n e s de s e p t i e m b r e d e 2 0 0 2 . E l N I P C d a a sus l e c t o -
r e s d e l F M I y e l B M u n a lección s o b r e h a c k t i v i s m o :
2^ G u i l l e r m o Gómez-Peña, " l l i c V i r t u a l B a r r i o @ t h e O t h c r F r o n t i c r ( o r t h e C h i c a n o ínterncta)", e n
D a v i d T r e n d (ed.), R e a d U i g D i g U a ! Culture, O x f o r d , B l a c k w e l l , 2001, p 2S3.
 JILL L A ]
E l h a c k t i v i s m o d e s c r i b e l a convergencia del a c t i v i s m o poh'tico c o n los ataques y
• s a b o t a j e s c o m p u t a r i z a d o S j d o n d e hacking se r e f i e r e a l a c c e s o i l e g a l o n o a u t o r i z a -
d o , y a l a manipulación, d e s i s t e m a s y r e d e s c o m p u t a r i z a d o s . S e h a o b s e r v a d o e l
empleo d e M i a c k t i v i s m o en actividades de protesta desde que e l E l e c t r o n i c D i s -
t u r b a n c e T l i e a t e r respaldó u n a s e r l e d e las l l a m a d a s a c c i o n e s d i r e c t a s d e r e d
c o n t r a l o s s i t i o s w e b d e l G o b i e r n o m e x i c a n o e n 1998.^^
E s t a b r e v e h i s t o r i a y anáhsis d e l p e r f o r m a n c e a c a r g o d e l N I P C r e p r o d u c e 1
retórica.misma q u e e l E D T p r e t e n d e s o c a v a r . E l N I P C n o d e m o r a e i i v e r e n k
p r o t e s t a s e n i n t e r n e t u n a v a r i a n t e d e l hacking, q u e a l i n s t a n t e s e c r i m i n a h z a c o m u ^
a c c e s o " n o a u t o r i z a d o " a r e d e s d e c o m p u t a d o r a s . D e h e c l r o , l a s p r o t e s t a s e n inter-í".
n e t c o m o l a s q u e ideó e l E D T n o i m p h c a n mngún u s o i l e g a l d e l a s r e d e s ; a l c o n -
U ' a r i o , e l E D T e m p l e a l o s e s p a c i o s d e c i d i d a m e n t e púbhcos d e l a i n t e r n e t ( p u e r t o s
d e acceso, f u n c i o n e s de recarga) p a r a m a n i f e s t a r e l i m p o r t a n t e r e c l a m o d e que e l
c i b e r e s p a c i o e s u n e s p a c i o púbÜco y d e b e r e g i r s e según l a s m i s m a s n o r m a s s o c i a -
l e s y l e g a l e s q u e d o m i n a n l o s e s p a c i o s púbUcos f r i e r a d e l a r e d . L e j o s d e a c t u a r
c o m o operativos individuales secretos que se i n f i l t r a n e n l a p r o p i e d a d privada
a j e n a , e l E D T p r o p o n e u n a c t o d e p r o t e s t a t r a n s p a r e n t e y púbhco. E n e s t e c o n t e x -
t o , e l e n m a s c a r a m i e n t o n o crearía u n a perturbación s i g n i f i c a t i v a e n l o s p r o t o c o l o s
d i s c u r s i v o s d e l a interacción e n i n t e r n e t ; l a t r a n s p a r e n c i a , e n c a m b i o , p e r m i t e u n a
f o r m a i m p o r t a n t e d epresencia, u n a presencia colectiva sin a n o n i m a t o , y virtual
s i n q u e d a i " vacía d e p r e o c u p a c i o n e s y r e a U d a d e s m a t e r i a l e s .
E s t a f o r m a de presencia colectiva e n i n t e r n e t se ilustra de m e j o r m a n e r a con
l a s p r i m e r a s a c c i o n e s d e l E D T e n 1 9 9 8 , c o m o l o sugirió e l N I P C , t i t u l a d a s Z a p a t i s -
t a F l o o d N e t . L o s a r t i s t a s q u e a h o r a f o r m a n e l E D T s e radícafizaron p o r l a m a s a c r e
e n A c t e a l d e 4 5 c i v i l e s indígenas, e n t r e l o s c u a l e s había niños, a m a n o s d e t r o p a s
p a r a m i h t a r e s a r m a d a s c o n e q u i p o béÜco e s t a d u n i d e n s e d e l a g u e r r a c o n t r a l a s
d r o g a s , e l 2 2 d e d i c i e m b r e d e 1 9 9 7 . L a p r i m e r a acción q u e s e ideó p a r a p r o t e s t a r
p o r e s t o s a s e s i n a t o s y h o n r a r a l o s caídos f u e l a creación p o r p a r t e d e l E B T d e l a
Z a p a t i s t a F l o o d N e t , apÜcación J a v a d e l s i t i o w e b d e l E D T q u e a l m i s m o t i e m p o
dirigía a l o s n a v e g a d o r e s d e i n t e r n e t d e l o s p a r t i c i p a n t e s a s e r v i d o r e s designados,
^'•^ N a t i o n a l Infracsü-ucture P r o t e c t i o n C e n t e r ( N I P C ) , "Haclítivisnn i n C o n n e c t i o n w i t h P r o t c s t E v e n t s
o f S c p t c m b e r 2 0 0 2 " , d i s p o n i b l e e n : h t t p : / / w \ v w . n i p c . g o v / v v a r n i n g s / a s s e s s m e n t s / 2 0 0 2 / 0 2 - 0 0 2 . h t m , 23 d e
s e p t i e m b r e d e 2002. C o n s u l t a d o e l 2 0 d e n o v i e m b r e d e 2002.
-/^APATISTAS D I G I T A L E S
^ " i n u n d a b a " e s t o s s e r v i d o r e s c o n m i l e s d e p e t i c i o n e s automáticas " a u t o r r e c a r g a -
\ji_ts": así ocurrió e n 1 9 9 8 , c o n e l s i t i o w e b d e l e n t o n c e s p r e s i d e n t e Z e d i l l o e n
yibdcQ] Y e l D e p a r t a m e n t o d e D e f e n s a e s t a d u n i d e n s e , e n t r e o t r o s . A d i f e r e n c i a
d e l hacking, y c o m o l a d e s o b e d i e n c i a civil tradicional, F l o o d N e t h i z o uso d e u n
e s p a c i o púbhco p a r a c r e a r u n a p r e s e n c i a p o H t i z a d a ; c o n f o r m e más p e r s o n a s en-
t r a b a n , F l o o d N e t s e r e c a r g a b a n o sólo más v e c e s , s i n o más rápido. E l 6 d t o d e
F l o o d N e t s e m i d e p o r u n a e f i c a c i a simbóhca (semántica), n o u n a e f i c i e n c i a tec-
nológica (sintáctica o física): n o s e destruyó u n s o l o d a t o , n o s e alteró n i n g u n a
página w e b , y l o s s e r v i d o r e s d e m a y o r c a p a c i d a d n isiquiera colapsaron; pero,
i g u a l q u e l a s d i a r i a s r u t i n a s y tráfico c e r c a d e u n a manifestación e n u n a a v e n i d a
amplía, l a operación u s u a l d e l s i s t e m a fiie m e n o s fimcional, perdió r a p i d e z y q u i -
zá s e saturó p o r l a acción púbhca. F l o o d N e t fi.ie d e e s t e m o d o l a e s t r u c t u r a s e -
mántica m e d i a n t e l a c u a l m i l e s d e p a r t i c i p a n t e s g l o b a l e s s e c o o r d i n a i - o n p a r a e s c e -
nificar u n a protesta n o v i o l e n t a e n el ciberespacio.
Así, l a m e t a d e F l o o d N e t e n m a r c a u n a intervención estética e n l a finida ope-
ración d e l a organización s o c i a l r a c i o n a U z a d a q u e p r e s u m e e l m e d i o electrónico.
F l o o d N e t pasó d e l plantón a l a r t e c o n c e p t u a l a través d e l a s i n n o v a c i o n e s p r o g r a -
m a d a s e n él. P o r l a duración d e l p e r f o r m a n c e d e inundación, l a s p e t i c i o n e s d e r e -
c a r g a automática o b h g a r o n a l o s s i t i o s d e s i g n a d o s a p r o d u c i r — a representar—
una s u e r t e d e revelación s o c i a l electrónica. E n \ m a i n s t a n c i a , e i F l o o d N e t
s o h c i t a b a u n a y o t r a v e z páginas i n e x i s t e n t e s , c o n n o m b r e s c o m o " j u s t i c i a " o " d e -
rechos h u m a n o s " d e l sitio d e l G o b i e r n o m e x i c a n o , l o q u e f o r z a b a a lservidor a
generar- u n finjo estable y titilante d e mensajes "404 error-reply" [mensaje d e
e r r o r , página n o e n c o n t r a d a ] q u e d e c l a j r a b a n : " n o h a y j u s t i c i a e n e s t e s i t i o " [no
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d e e s c r i t u r a d e l s i t i o [access ¡og¡ c o n l o s n o m b r e s d e l a s p e r s o n a s q u e f u e r o n a s e s i -
nadas p o r las t r o p a s d e l G o b i e r n o m e x i c a n o , e n u n i n t e n t o p o r crear u n m o n u -
m e n t o e n i n t e r n e t a l o s f a l l e c i d o s . F l o o d N e t estableció 1 0 m i l ñamadas a l o s
m u e r t o s — " A n a Hernández n o está e n e s t e s i t i o " — • q u e s e i n s e r t a r o n e n l a
m e m o r i a d i g i t a l d e l c e n t r o d e información d e s u s a s e s i n o s m i l i t a r e s , l o q u e forzó
a l s i t i o a r e g i s t r a r simbóhcamente s u c o m p h c i d a d c o n l a s d e s a p a r i c i o n e s físicas.
Así, l a t r a n s p a r e n c i a d e l a acción p r e t e n d e r e v e l a r l a "máscara" q u e o c u l t a
los m e c a n i s m o s del p o d e r y del capital v i r t u a l ; a l m i s m o t i e m p o , p e r m i t e l a
 JILL; ¿AMATISTAS DIGITALJÍÜ

articulación d e u n a p r e s e n c i a p o l i t i z a d a t a n t o c o l e c t i v a c o m o p o l i e s p a c i a l . E s c r i b e E l E l e c t r o n i c D i s t u r b a n c e T l i e a t e r ( E D T ) e s u n g r u p o d e c u a t r o a i ' t i s t a s d e net

Domínguez: " e l p o d e r rizomático n o a c e c h a e n e l C a p i t a l V i r t u a l c o m o r i z o m a
s i n o c o m o n e o i m p e r i a l i s m o c r u d o " . P e r o " e l p o d e r rizomático sí ñuye d e s d e
g r u p o s c o m o l o s z a p a t i s t a s , q u e desarroüaron c a p a c i d a d e s d i s t r i b u t i v a s q u e n o
s o n unidireccionales". D e este m o d o , l a m e t a d e los d i s t t u h i o s llevados a cabo por
e l E l e c t r o n i c D i s t r u h a n e e H i e a t e r es " b l o q u e a r l a c a i x e r a d e l C a p i t a h s m o V i r t u a l
h a c i a l a l e v e d a d y Jas c o n s e c u e n c i a s s o c i a l e s q u e c r e a u n a ética i n m a t e r i a l " . ^ * ^ L a s
n u e v a s f o r m a s d e acción c o l e c t i v a e n i n t e r n e t q u e estableció e l E D T c o n t r i b u y e n
a t r a z a r e l m a p a d e u n a geografía a l t e r n a d e l u c h a , u n a f o r m a a l t e r n a d e c o r p o r a -
h d a d c o n u - a d i c h a " l e v e d a d " e x p l o t a d o r a . Distanciándose d e q u i e n e s v e n e n i n -
t e r n e t u n s i t i o d e u n R i t u r o utópico s i n c l a s e s , r a z a s n i género, y también d e
q u i e n e s l o v e n c o m o u n s i t i o apocalíptico d e c o n t r o l hegemónico a b r u m a d o r p o r
p a i t e d e u n a tecno-éhte, Domínguez v e s u "tecnología m a y a " metafórica c o m o
s i g n o d e u n t e r c e r — o c u a r t o o séptimo, a f i r m a ^ — a b o r d a j e . ^ ^ I n t e r n e t p u e d e
s e r v i r , s o s t i e n e Domínguez, c o m o " a n t e s a l a d e p r e g u n t a s y e s p a c i o s c o m p a r t i d o s
d o n d e quizás e s t a v e z , c o m o d i c e n l o s z a p a t i s t a s , l a m a n z a n a c a i g a p a r a a r r i b a " .
Después d e t o d o , e s t e p l a n d e v u e l o o p e r a c o n l a p o t e n c i a d e l a tecnología m a y a .
^¡iy a c t i v i s t a s d e l a r e d — ' R i c a r d o Domínguez, Carmín K a r a s i c , B r e t t S t a l b a u m ,
S t e f a n W r a y — c o m p r o m e t i d o s a d e s a r r o h a r l a teoría y práctica d e l a E l e c t r o n i c
C i v i l D i s o b e d i e n c e ( E C D ) [ D e s o b e d i e n c i a C i v i l Electi-ónica]. E l g r u p o centi'ó s u s
a c c i o n e s electrónicas c o n t r a l o s g o b i e r n o s d e México y d e E s t a d o s U n i d o s p a r a
d e n u n c i a r l a g u e r r a q u e s e h b r a b a c o n t r a l o s z a p a t i s t a s y o t r o s g r u p o s e n México
desde p r i n c i p i o s d e 1 9 9 8 . E l E l e c t r o n i c D i s t u r b a n c e T l i e a t e r trabaja e n las i n t e r -
secciones de l a poh'tica radical, e lactivismo r e c o m b i n a n t e , e l arte del p e r f o r m a n c e
y e l diseño d e software.
E l E D T p r o d u j o u n software d e E C D ñamado F l o o d N e t q u e a u t o m a t i z a e n ~
n a d a s a u n a página v\^eb d e t e r m i n a d a y , m i e n t r a s l o h a c e , a f e c t a e l r e n d i m i e n t o
d e d i c h a página.
E l 1 d e e n e r o d e 1 9 9 9 e l E D T lanzó e l Disturbance Developers Kit [Equipo de
desarrollo de disttn-bio], q u e d i o p a s o a l s u r g i m i e n t o d e l "hacktivismo i n t e r n a c i o n a l "
e n t o d o e l m u n d o . L o s g r u p o s h a c k t i v i s t a s [término q u e p r o v i e n e d e hacker, p i r a t a
cibernético] a finales d e 2 0 0 2 c o n t i n u a b a n _ c o n l a práctica d e l a E C D c o m o p r e -
s e n c i a d i g i t a l c o n t r a l a globañzación verticañsta.

L a batalla e n t r e Tl:ie E l e c t r o n i c D i s t u r b a n c e T h e a t e r
Anexo [Electronic Disturbance Theater, cronología 1994-2002] y e l Pentágono p u e d e q u e d a i - m a r c a d a e n l a h i s t o r i a
c o m o u n m o m e n t o decisivo.
E s t a cronología d e l E l e c t r o n i c D i s t u r b a n c e T l i e a t e r p r e s e n t a u n a selección d e W i N N S C H W A I Í T U A , Cybershock

l o s a c t o s q u e m o t i v a r o n u n g i r o r a d i c a l d e l u s o d e i n t e r n e t p a r a l a comunicación
y documentación h a c i a s u e m p l e o c o m o e s p a c i o p a r a l a acción d i r e c t a y n o v i o - 1994 P r i m e r a Declaración d e l a S e l v a L a c a n d o n a , E Z L N
l e n t a . Aquí s e e n c u e n t r a n l a s d i r e c c i o n e s electrónicas d e n o t a s , e n s a y o s , software, http:/Av\v\v.ezln.org/docun'ientos/1994/199312xx.es.htm
r e p o r t e s periodísticos y críticas; d e s d e e l s u r g i m i e n t o d e l z a p a t i s m o d i g i t a l e n
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En defensa del arte del performance

G U I L L E R M O G O M E Z - P E N A
Giñllermo Gó?nez-Peña es un artista de performance mexicano cjue reside desde 1978
en San Francisco, Califomia, sede de su colectivo La Pocha Nostra, formado en 1993. En
su trabajo, Gómez-Peña —quieji recibió el premio 'McArthur a la genialidad— uti
liza una variedad de medios como presentaciones en vivo, fotografía, radio, internet
televisión, e incluso elformato de conferencia performática dentro de los circuitos de
arte y universitario. I^osperformances de Gómez-Peña son siempre intervenciones en
respuesta a determinadas coyunturas políticas emergentes, en las que la cidtin-a do?ni
nante —ya sea el poder político o el mercado del arte, o ambos—• establecefronteras e
relación con sujetos definidos por categorías de raza, etnia, y clase. Gómez-Peña utiliza
el performance para cruzar dichasfronteras y denunciar los estereotipos sobre los que se
basan dichas exclusiones dentro de un marco midticultiirnl Al representar las fobiasy
deseos que marcan la relación entre públicos caucásicos y sujetos de color, Gómez-Peña
activa lo que llama ^^antropología revertida", es decir, un mecanismo a Iravcs del cua
el performance habla ??íás acerca del imaginario reaccionario de qidenes miran y define
que de aquellos que "posan" como sus demonios.
Ya sea a través de la palabra hablada o escrita (como en sus cyberplacíizos, especie
de manifiestos que envía por correo electrónico) o de la puesta en esceiía de la imagen
(como en sus foto-performances), el concepto que articula la producción de Gómez-
Peña es el del cuerpo como campo militarizado. El performance, según Gómez-Peña
es un arma a través del cual se puede descolouizar al cuerjío, al hacer evidente el modc
en que el poder persigue a ciertas j^erson as por "'portación de cara" o la cultura domi-
nante las toma como fetiches.

[491]
 492
PRESENTACIÓ

En ei texto que •publicamos acjut Gómex-Peña elabora c07i suma lucidez iosproc-
dimientos que permiten diferenciar a la disciplina del arte del performance de otn
disciplinas artísticas como el teatro. Al enfrentarse con la tarea de definir el arte de
performance, Gómez-Peña señala el desafío, por un lado, de circunsañbir un campo,
que se caracteriza por su elasticidad (todo puede ser visto como un performance) y a la
vez hacer que supersp^ectiva personal sirva también como marco de refereíicia general.
Así, entre lo general de la teoría y lo particular de la práctica, Gómez-Peña identifica
algunos de los puntos que definen a esta forma particular de expresión: el énfasis en el
cuerpo como centro de relaciones de dominación, la interacción con el público, el uso de
los objetos, la demanda de lo nuevo, y la experiencia de lo extremo. Gómez-Peña defi-
ne al p e r f o r m a n c e como una for?na de teoría incorporada al cuerpo, una teoría a h-avés
de la cual el cuerpo se transforma en un mapa de las distintas enunciaciones que inter-
vienen en la formación de identidades cambiantes, resistidas, parodiadas, interveni-
das y rechazadas. PREGUNTA: DISCULPE, ¿PODRÍA DEFINIR E L A R T E D E L PERFORMANCE?

Respuestas;
M.F. — U n b o n c h e d e g e n t e rarita q u e g u s t a d e a n d a r , d e s n u d a y g r i t a r c o n s i g n a s
izquierdistas sobre el escenario. ( Y u p p i e g n n g o e n u n bar.)
— L o s a i ' t i s t a s d e p e r f o r m a n c e s o n . . . m a l o s a c t o r e s . ( U n buen a c t o r . )
— ¿ S e r e f i e r e a e s o s l i b e r a l e s d e c a d e n t e s y e l i t i s t a s q u e s e o c u l t a n detrás d e l
" a r t e " p a r a p e d i r l e d i n e r o a l g o b i e r n o ? (Político r e p u b l i c a n o . )
— E s u n a o n d a m u y . . . m u y c l i i d a . T e h a c e . . . p e n s a r y c a g a r t e d e l a r i s a . (Mí
sobrino.)
• — ^ E l p e r f o r m a n c e e s t a n t o l a antítesis c o m o e l antídoto p a r a l a a l t a c u l t i u - a . .
(Artista de performance.)
— - T e responderé c o n u n c h i s t e : ¿Qué o b t i e n e s c u a n d o a p a i - e a s a u n cómico
c o n u n performero?... U n chiste que nadie entiende. ( U n amigo.)

D u r a n t e v e i n t e años, m u c h o s p e r i o d i s t a s , m i e m b r o s d e l púbhco y p a r i e n t e s m e
h a n h e c h o l a s m i s m a s d o s p r e g u n t a s d e d i f e r e n t e s m a n e r a s : ¿Qué e s " e x a c t a m e n -
t e " e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e . ^ Y , ¿qué e s l o q u e h a c e a u n a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e
s e r , p e n s a r y a c t u a r c o m o t a l ? E n e s t e t e x t o intentaré r e s p o n d e r e s t a s p r e g u n t a s
d e m a n e r a e H p t i c a , c r e a n d o u n b o s q u e j o poético d e u n p e r f o r m e r o p a r a d o s o b r e
e l m a p a d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e e n e l n u e v o s i g l o , según c o m o y o l o p e r c i b o .
P a r a s e r c o n g r u e n t e c o n m i p r o p i a práctica estética, a l t i e m p o q u e i n t e n t o r e s -
p o n d e r a e s t a s e s p i n o s a s p r e g u n t a s , attavesaré c o n s t a n t e m e n t e l a s f r o n t e r a s

t 493 ]
 494 G U I L L E R M O GÓMEZ-
PEÑA
e n t r e l a teoría y l a crónica; e n t r e l o s e s c a b r o s o s t e r r e n o s d e l o p e r s o n a l y l o s o c i a l
(entre el y o y el nosotr-os), c o n l a esperanza d e descubrir algunas encrucijadas y
p u e n t e s i n t e r e s a n t e s . Trataré d e e s c r i b i r c o n t o d a l a pasión, e l v a l o r y l a c l a r i d a d
que pueda, y de hacerlo para lectores n o especializados, pero l e p i d o amable-
m e n t e a l l e c t o r q u e p r e s t e atención: l a n a t i u a l e z a r e s b a l a d i z a y e n p e r m a n e n t e
transformación d e e s t e " c a m p o " n o s d i h c u l t a e n e x t r e m o t r a z a r d e f i n i c i o n e s
s i m p h s t a s . C o m o m e comentó e l teórico R i c h a r d S c h e c h n e r después d e l e e r l a
p r i m e r a versión d e e s t e t e x t o : " E l p r o b l e m a , s i e s q u e h a y u n p r o b l e m a , e s q u e
el c a m p o del p e r f o r m a n c e 'en general' resulta demasiado g r a n d e y abarcador.
P u e d e s e r , y e s , a q u e l l o q u e d i c e n q u e e s q u i e n e s l o están h a c i e n d o . A l m i s m o
t i e m p o , y p o r l a m i s m a razón, e l c a m p o e n específico' e s d e m a s i a d o pequeño y
l l e n o . d e s u b t e r f u g i o s ; e s t a n pequeño c o m o l a p r a x i s m i s m a d e l q u e l o d e s e m -
peña". E n e s t e s e n t i d o , e n e l p r e s e n t e t e x t o intentaré a r t i c u l a r e x c l u s i v a m e n t e
m i visión.
D e b i d o a que m e o p o n g o a los discursos d o m i n a n t e s , especiahxiente aquellos
engendrados p o r m i propia psique, estoy p l e n a m e n t e consciente d e que m i voz
d e n t r o d e e s t e t e x t o e s sólo u n a e n t r e u n a m u l t i t u d d e s u b j e t i v i d a d e s . D e n i n g u n a
m a n e r a i n t e n t o hablar p o r otros, n i establecer fronteras y puestos d e c o n t r o l e n el
m a p a d e l p e r f o r m a n c e , n i d e c l a r a r f u e r a d e l a l e y a n i n g u n a práctica artística q u e
n o s e a c a p t u r a d a p o r m i cámara. S i e l l e c t o r d e t e c t a a l g u n a s c o n t r a d i c c i o n e s c o n -
ceptuales e inconsistencias e n m i e s a i t u r a — e s p e c i a l m e n t e e n el uso d e l p e h g r o -
s o p r o n o m b r e " n o s o t r o s " , o e n l a ubicación c a p r i c h o s a d e a l g u n a f r o n t e r a — , l e
r u e g o m e p e r d o n e : s o y u n v a t o conü-adictorio, c o m o l o s o n l a mayoría d e l o s
performeros que conozco.
P a r a c o n c l u i r e s t a inti-oducción, d e s e o a g r a d e c e r d e m a n e r a a t e n t a a R i c h a r d
S c h e c h n e r , Adrián Heaüifield, C a r o l i n a P o n c e d e L e ó n , M a r l e n e Ramírez-Can-
cio y N a r a l i e e m a n p o r h a b e r desa.fiado d e m a n e r a i n t e h g e n t e las v e r s i o n e s p r e -
v i a s d e e s t e t e x t o , sugiriéndome q u e a b r i e r a m á s p u e r t a s y v e n t a n a s ; así c o m o a
Rebecca Sohait y K a y t i e Jonson, p o r s u i n c o n m e n s u r a b l e paciencia a lrevisar m i
extraña s i n t a x i s e i n c o n g r u e n c i a s c o n c e p t u a l e s e n inglés ( l a versión o r i g i n a l f i i e
e s c r i t a e n inglés). A l g u n a s v e r s i o n e s a n t e r i o r e s d e e s t e t e x t o h a n a p a r e c i d o e n
Art Papers así c o m o e n u n catálogo t i t u l a d o Uve culture p u b f i c a d o p o r e l T a t e
M o d e r n M u s e u m ( L o n d r e s ) . P o r último q u i s i e r a a g r a d e c e r l e a S i l v i a Peláez p o r
s u p a c i e n c i a e x t r e m a a l i n t e n t a r q u e m i t e x t o c r u c e i-n reverse l a f r o n t e r a d e l
EN D E F E N S A D E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E 495
l e n g u a j e p a r a s e r p u b l i c a d o e n español, y a M a r c e l a F u e n t e s p o r a f i n a r l o c o n s u
paciencia e intehgencia bicultural.
La cartografía del performance
El mupa
Primero, dibujemos el mapa.
Y o m e v e o c o m o u n cartógrafo e x p e r i m e n t a l . E n e s t e s e n t i d o , p u e d o a p r o x i -
m a r m e a u n a definición d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e t r a z a n d o e l e s p a c i o " n e g a t i v o "
( e n l a fotografía y n o e n l a ética) d e s u t e r r i t o r i o c o n c e p t u a l : a u n q u e e n a l g u n a s
ocasiones n u e s t r o t r a b a j o se s o b r e p o n e c o n e l t e a t r o e x p e r i m e n t a l , y m u c h o s d e
n o s o t i - o s u t i l i z a m o s l a p a l a b r a h a b l a d a , striclo sensu, n o s o m o s n i a c t o r e s n i p o e -
tas. P o d e m o s s e r a c t o r e s y p o e t a s t e m p o r a l e s p e r o n o s r e g i m o s p o r o t r a s reglas, y
n o s s o s t e n e m o s e n u n a h i s t o r i a d i f e r e n t e . L a mayoría d e l o s a r t i s t a s d e p e r f o r -
m a n c e también s o n e s c r i t o r e s , p e r o sólo u n puñado d e n o s o t r o s e s c r i b i m o s p a r a
p u b H c a r . T e o r i z a m o s s o b r e e l a r t e , l a política y l a c u l t u r a , p e r o n u e s t r a s m e t o d o -
logías i n t e r d i s c i p l i n a r i a s s o n d i f e r e n t e s d e l a s d e l o s teóricos académicos. E l l o s
u t i h z a n b i n o c u l a r e s ; n o s o t r o s u s a m o s radai'es. D e h e c h o , c u a n d o l o s estudios
académicos s o b r e e l p e r f o r m a n c e {performance studies o e s t u d i o s d e l p e r f o r m a n c e )
se r e f i e r e n a l c a m p o d e p e r f o r m a n c e , c o n f r e c u e n c i a s e están r e f i r i e n d o a a l g o
d i s t i n t o ; u n c a m p o m u c h o más a m p f i o q u e c o m p r e n d e t o d o l o q u e i n v o l u c r a a l a
representación y l a escenificación d e l a c u l t u r a , i n c l u y e n d o l a antropología, l a s
prácticas r e l i g i o s a s , l a c u l t u r a p o p u l a r , e i n c l u s o l o s e v e n t o s d e p o r t i v o s y cívicos.
N o s o t r o s también s o m o s c r o n i s t a s d e n u e s t r o t i e m p o , p e r o a d i f e r e n c i a d e l o s
p e r i o d i s t a s o c o m e n t a r i s t a s s o c i a l e s , n u e s t r a s crónicas t i e n d e n a a p a r t a r s e d e l a
n a r r a t i v i d a d y a ser polivocales. S i b i e n u t i l i z a m o s e l h u m o r n o e s t a m o s buscando
la carcajada c o m o l o h a c e n nuestros p r i m o s los c o m e d i a n t e s . Más b i e n , nos i n t e -
r e s a p r o v o c a r l a a m b i v a l e n c i a d e l a risita n e m o s a y melancólica o l a s s o n r i s a s
d o l o r o s a s , a u n q u e s i e m p r e es b i e n v e n i d o u n e s t a l l i d o o c a s i o n a l d e r i s a p l e n a .
M u c h o s d e n o s o t r o s s o m o s e x i l i a d o s d e las artes visuales, p e r o r a r a v e z c o n s -
t r u i m o s o b j e t o s c o n e l fin d e q u e s e a n e x l i i b i d o s e n m u s e o s o galerías. D e h e c l i o ,
n u e s t r a p r i n c i p a l o b r a d e a i t e es n u e s t t o p r o p i o c u e r p o , i m p r e g n a d o d e i m p l i c a c i o n e s
 496 G U I L L E I U ' I O GÓMEZ-I^EJ;^^
semióticaSj políticas, etnográficas, cartográficas y mitológicas. A d i f e r e n c i a d e \
artistas visuales y de los escultores, cuando nosotros creamos objetos l o hacerno
para que sean m a n i p u l a d o s y utilizados sin r e m o r d i m i e n t o durante el p e r f o r m a ^
ce. £ n r e a l i d a d n o n o s i m p o r t a s i e s t o s o b j e t o s s e g a s t a n o s e d e s t r u y e n . D e
c h o , c u a n t o más u t i l i z a m o s n u e s t r o s " a r t e f a c t o s " , más c a r g a d o s y p o d e r o s o s se
v u e l v e n . E l r e c i c l a j e e s n u e s t r o p r i n c i p a l madus opcrandi. E s t o n o s d i f e r e n c i a , e n
f o r m a dramática, d e l a mayoría d e l o s diseñadores d e v e s t u a r i o , utilería y e s c e n o -
grafía q u e r a r a v e z r e c l c l a n s u s c r e a c i o n e s .
E n o c a s i o n e s a c c i o n a m o s e n l a e s f e r a cívica y p r o b a m o s n u e s t r o s n u e v o s p e r -
sonajes y a c c i o n e s e n las calles, p e r o e n u n s e n t i d o e s t r i c t o n o s o m o s "artistas
públicos". L a s c a l l e s r e s u l t a n m e r a s e x t e n s i o n e s d e n u e s t r o l a b o r a t o r i o d e p e r f o r -
m a n c e : g a l e rías s i n m u r o s . M u c l i o s d e n o s o t i ' o s n o s c o n s i d e r a m o s a c t i v i s t a s , p e r o
n u e s t r a s e s t r a t e g i a s d e comunicación y l e n g u a j e s e x p e r i m e n t a l e s s o n c o n s i d e r a -
b l e m e n t e d i s t i n t o s d e a q u e l l o s u t i l i z a d o s p o r l o s a c t i v i s t a s políticos.
E n resumen, nosotros somos l o que otios n oson, decimos l o que otros n o
dicen, y o c u p a m o s espacios c u l t u r a l e s que, p o r l o g e n e r a l , s o n i g n o r a d o s o des-
p r e c i a d o s . D e b i d o a e s t o , n u e s t r a s múltiples c o m u n i d a d e s están c o n s t i t u i d a s p o r
r e f i i g i a d o s estéticos, políticos, étnicos y d e género.
E l santuaiio
P a r a mí, e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e e s u n t e r r i t o r i o c o n c e p t u a l c o n c l i m a c a p r i c l i o s o
y f r o n t e r a s c a m b i a n t e s ; u n l u g a r d o n d e l a contradicción, l a ambigüedad y l a p a r a -
d o j a n o s o n sólo t o l e r a d a s s i n o e s t i m u l a d a s . C a d a t e r r i t o r i o q u e u n a r t i s t a d e
p e r f o r m a n c e boceta, i n c l u y e n d o este texto, resulta l i g e r a m e n t e d i s t i n t o d e l de su
v e c i n o . N o s e n c o n t r a m o s e n este t e r r e n o i n t e r m e d i o p r e c i s a m e n t e p o r q u e nos
g a r a n t i z a libertades especiales que a m e n u d o se n o s n i e g a n e n otros espacios
d o n d e s o m o s m e r a m e n t e insiders t e m p o r a l e s . E n e s t e s e n t i d o , s o m o s desertores
d e l a o r t o d o x i a , e m b a r c a d o s e n l a búsqueda p e r m a n e n t e d e u n s i s t e m a d e p e n s a -
m i e n t o político y u n a p r a x i s estética más i n c l u y e n t e s . E s u n v i a j e s o l i t a i i o y i T i a l
c o m p r e n d i d o , pero nos fascina.
Aquí l a tradición p e s a m e n o s , l a s r e g l a s p u e d e n r o m p e r s e , l a s l e y e s y l a s e s -
t r u c t u r a s están e n c o n s t a n t e c a m b i o , y n a d i e l e p r e s t a d e m a s i a d a atención a l a s
D E F E N S A D E L A R T E D E L PERFORI^^rANCE 497
•gi-arquías o a l p o d e r i n s t i t u c i o n a l . Aquí, n o h a y g o b i e r n o n i a u t o r i d a d v i s i b l e .
/Vquí e l único c o n t r a t o s o c i a l q u e e x i s t e e s n u e s t t a v o l u n t a d p a r a d e s a f i a r m o d e -
l o s y d o g m a s a u t o r i t a r i o s , y c o n t i n u a r e m p u j a n d o l o s límites d e l a c u l t i u a y l a
i d e n t i d a d . E s p r e c i s a m e n t e e n l a s a f i l a d a s f r o n t e r a s e n t r e c u l t u r a s , géneros, o f i -
c i o s , i d i o m a s y f o r m a s artísticas e n l a s q u e n o s s e n t i m o s más cómodos y d o n d e
reconocemos a nuestros colegas. S o m o s criaturas intersticiales y ciudadanos
fronterizos por naturaleza — m i e m b r o s e intrusos al m i s m o t i e m p o — y nos re-
g o c i j a m o s e n e s t a paradójica condición. J u s t o e n e l a c t o d e c r u z a r u n a f r o n t e r a ,
e n c o n t r a m o s n u e s t r a emancipación... t e m p o r a l .
A d i f e r e n c i a d e l a s f r o n t e r a s i m p u e s t a s p o r u n Estado-nación, l a s f r o n t e r a s
e n n u e s t r o "país d e l p e r f o r m a n c e " están a b i e r t a s a l o s nómadas, l o s e m i g r a n t e s ,
l o s híbridos y l o s d e s t e r r a d o s . N u e s t r o país e s u n s a n t u a r i o t e m p o r a l p a r a o t r o s
a r d s t a s y teóricos r e b e l d e s exptüsados d e l o s c a m p o s m o n o d i s c i p h n a r i o s y l a s
c o m u n i d a d e s s e p a r a t i s t a s . E l p e r f o r m a n c e también e s u n l u g a r i n t e r n o , i n v e n t a -
do por cada u n o de nosotros, de acuerdo con nuestras propias aspiraciones p o H t i -
cas y n e c e s i d a d e s e s p i r i t u a l e s más p r o f i m d a s ; n u e s t r o s d e s e o s y o b s e s i o n e s s e x u a -
l e s más o s c u r o s ; nuestros recuerdos más p e r t i u - b a d o r e s y n u e s t r a búsqueda
i n e x o r a b l e d e h b e r t a d . E n e l m o m e n t o e n q u e t e r m i n o e s t e párrafo, m e m u e r d o
l a l e a g T i a a l d e s c u b r i r m e e x c e s i v a m e n t e romántico. S a n g r a . E s s a n g r e r e a l . M i
púbhco s e p r e o c u p a .
E l cvicrpo h u m a n o
T r a d i c i o n a l m e n t e , e l c u e r p o h u m a n o , n u e s t r o c u e r p o , y n o e l e s c e n a r i o , es n u e s -
t r o v e r d a d e r o s i t i o p a r a l a creación y n u e s t r a v e r d a d e r a m a t e r i a p r i m a . E s n u e s t r o
l i e n z o e n b l a n c o , n u e s t r o i n s t r u m e n t o m u s i c a l y h b r o a b i e r t o ; n u e s t r a cai'ta d e
navegación y m a p a biográfico; e s l a v a s i j a p a r a n u e s t r a s i d e n t i d a d e s e n p e r p e t u a
transformación; e l i c o n o c e n t r a l d e l a l t a r , p o r d e c i r l o d e a l g u n a m a n e r a . I n c l u s o
e n los casos e n que d e p e n d e m o s d e m a s i a d o d eobjetos, locaciones y situaciones,
nuestro cuerpo sigue siendo lam a t r i z de la pieza de arte.
N u e s t i ' o c u e r p o también e s e l c e n t r o a b s o l u t o d e n u e s t r o u n i v e r s o simbóhco
— u n m o d e l o e n m i n i a t r u - a d e l a h u m a n i d a d — y, a l m i s m o t i e m p o , es u n a m e t a
f o r a d e l c u e r p o s o c i o p o H t i c o más a m p h o . S i n o s o t r o s s o m o s c a p a c e s d e e s t a b l e c e r
 498 G U I L L E R M O GÓME2-
t o d a s estíis c o n e x i o n e s f r e n t e a u n púbÜco, c o n s u e r t e oü'os también l a s r c c o n o ^ ^
rán e n s u s p r o p i o s c u e r p o s .
N u e s t r a s cicati'ices s o n palabras i n v o l u n t a r i a s e n e l l i b r o a b i e r t o d e n u e s t r o
c u e r p O j e n t a n t o q u e n u e s t r o s t a t u a j e s , p e r f o r a c i o n e s fpierci?igsj, p'mtiii^ coj^poral
a d o r n o s , prótesis, y a c c e s o r i o s robóticos, s o n f r a s e s d e l i b e r a d a s .
N u e s t r a i d e n t i d a d bady/corpo/arte-facto d e b e s e r m a i ' c a d a , d e c o r a d a , p i n t a d a
vestida, culturalniente intervenida, re-politizada, trazada c o m o u n map a, relatada
y finalmente d o c u m e n t a d a . C u a n d o n u e s t i ' o c u e r p o está h e r i d o o e n f e r m o i n e v i -
tablemente nucsti-o trabajo cambia. F r a n k M o o r e , R o n A d i e y , F r a n c o B y otros
h a n dado m u e s t r a de esto c o n su obra, de u n a f o r m a h e r m o s a e implacable.
N u e s t r o s c u e r p o s también s o n t e r r i t o r i o s o c u p a d o s . Qiúzá l a m e t a última^
d e l p e r f o r m a n c e , e s p e c i a l m e n t e si eres m u j e r , g a y o p e r s o n a "de c o l o r " ( n o a n g l o -
sajona), es d e s c o l o n i z a r n u e s t r o s c u e r p o s y h a c e r e v i d e n t e s estos mecanismos
d e s c o l o n i z a d o r e s a n t e e l púbhco, c o n l a e s p e r a n z a d e q u e e l l o s s e i n s p i r e n y h a -
g a n l o m i s m o p o r su cuenta. A u n q u e respetamos p r o f i m d a m e n t e nuestros cuer-
pos, n o n o s i m p o r t a p o n e r l o s e n c o n s t a n t e riesgo. E s p r e c i s a m e n t e e n las t e n s i o -
n e s d e r i e s g o d o n d e e n c o n t r a m o s n u e s t r a s p o s l b i h d a d e s corpóreas y raison d'etre.
A u n q u e n u e s t r o s c u e r p o s s o n i m p e r f e c t o s , frágiles y d e a p a r i e n c i a extraña, n o
n o s i m p o r t a c o m p a r t i r l o s c o m p l e t a m e n t e d e s n u d o s c o n e l púbhco, n i o f r e c e r l o s
sacrificíalmente a l a cámara d e v i d e o . P e r o d e b o a c l a r " a r u n a c o s a : n o e s q u e s e a -
m o s exliibicionistas — p o r l o m e n o s n o todos los somos—•. D e hecho, siempre
resulta doloroso e x l i i b i r y d o c u m e n t a r nuesti'os imperfectos cuerpos, intervenidos
p o r l a cirugía mediática, c u b i e r t o s d e i m p f i c a c i o n e s p o h ' t i c a s y c u l t u r a l e s . N o t e -
n e m o s o t r a opción. E s c a s i u n m a n d a t o , a f a l t a d e u n m e j o r término.
Nuestro "trabajo"
¿Acaso n o s o t r o s t e n e m o s t i - a b a j o ?
Qiúzá n u e s t r o t r a b a j o s e a a b r i r u n e s p a c i o utópico/distópico t e m p o r a l , u n a
Richivrd S c i i e c l m c r p r o b l e m n t i z u e l a r g u m e n t o d e m i c u e r p o : " [ S i e l c u e r p o h u m a n o e s e l sitio
último d e l p e r f o r m a n c e ] , ¿dónde d e j a s íi l o s a r t i s t a s V i r t u a l e s ' q u e sólo o p e r a n e n l a r e d u s a n d o avatüf^s
o s e r e s c o m p l e t a m e n t e d i g i t a l i z a d o s ? " R i c h a r d p r o p i c i a u n p r e d i c a m e n t o p e l u d o ; ¿deberíamos c o n s i d c J ' i ' - f
c o m o reales a "los cuerpos virruales"?
E H D E F E N S A D E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E 499
xona desmihtarizada e nl a cual e lc o m p o r t a m i e n t o radical significativo (no s u -
p e r f i c i a . 1 ) y e l p e n s a m i e n t o p r o g r e s i s t a s o n p e r m i t i d o s , a u n q u e sólo d u r a n t e e l
riempo d e duración d e l a p i e z a . E n e s t a z o n a i m a g i n a r i a t a n t o a i a r t i s t a c o m o a
l o s m i e m b r o s d e l púbhco s e n o s p e r m i t e a s u m i r p o s i c i o n e s e i d e n t i d a d e s múlti-
p l e s y e n c o n t i n u a transformación. E n e s t a z o n a f r o n t e r i z a l a d i s t a n c i a e n t r e n o s -
o t r o s y eÜos, e l y o y e l o t r o , e l a r t e y l a v i d a , s e h a c e b o r r o s a e inespecífica.
N o b u s c a m o s respuestas; s i m p l e m e n t e h a c e m o s p r e g u n t a s i m p e r t i n e n t e s . E n
e s t e s e n t i d o , p a r a u s a i - u n a . v i e j a metáfora, n u e s t r o t r a b a j o podría c o n s i s t i r e n a b r i r
l a c a j a d e P a n d o r a d e n u e s t r o s t i e m p o s , j u s t o e n m e d i o d e l a galería, e l t e a t r o , l a
c a h e , o f r e n t e a l a cámara d e v i d e o , y d e j a r q u e s u r j a n l o s d e m o n i o s y d a n c e n .
O t r o s m e j o r e n t r e n a d o s — l o s a c t i v i s t a s y l o s académicos—• tendrán q u e l i d i a r
c o n ehos, lucliar" conti'a ellos, d o m e s t i c a r l o s o i n t e n t a r exphcarlos.
U n a v e z q u e e l p e r f o r m a n c e s e t e r m i n a y e l púbhco s e v a , n o s q u e d a l a e s p e -
r a n z a d e q u e s e h a y a d e t o n a d o u n p r o c e s o d e reflexión e n s u s p e r p l e j a s p s i q u e s _ .
S i e l p e r f o r m a n c e es e f e c t i v o ( n o d i j e b u e n o s i n o e f e c t i v o ) , este p r o c e s o p u e d e
d u r a r varias s e m a n a s , i n c l u s o v a r i o s m e s e s , y las p r e g u n t a s y d i l e m a s e n c a r n a d o s
e n l a s imágenes y r i t u a l e s q u e p r e s e n t a m o s p u e d e n s e g u i r r o n d a n d o l o s sueños,
recuerdos y conversaciones d e l espectador. E l o b j e t i v o n o es " g u s t a r d e " n i s i -
quiera " c o m p r e n d e r " e lp e r f o r m a n c e , sino crear u n s e d i m e n t o en l a psique del
público.
E l c u l t o a l a innovación
E l c a m p o d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e está o b s e s i o n a d o c o n l a innovación y c o n e l
p r e s e n t e , e s p e c i a l m e n t e e n l o s países p r i m e r m u n d i s t a s , d o n d e c o n frecuencia
k innovación e s p e r c i b i d a c o m o sinónimo d e transgresión, y c o m o antítesis d e l a
h i s t o r i a . E l p e r f o r m a n c e s e d e f i n e a sí m i s m o e n c o n t r a d e l p a s a d o i n m e d i a t o y
s i e m p r e e n diálogo c o n u n f u t u r o i n m i n e n t e y e s p e c u l a t i v o . L a mitología d o m i -
n a n t e d i c e q u e l o s p e r f o r m e r o s s o m o s u n a t i i b u excéntrica d e p i o n e r o s , i n n o v a -
dores y visionarios.E s t o nos plantea u n t r e m e n d o reto. S i perdemos contacto con
l o s t e m a s s o c i a l e s y l a s t e n d e n c i a s c u l t r u ' a l c s d e l m o m e n t o fácilmente p o d e m o s
l l e g a r a e s t a r " f e c h a d o s " d e l a n o c h e a l a mañana. E n o t r a s p a l a b r a s , s i n o p r o d u -
c i m o s propuestas frescas e i n n o v a d o r a s c o n s t a n t e m e n t e , y si n o b u s c a m o s n u e v o s
 500 501
GUILLERJVIO GÓMEZ-PEJ;^^ D E F E N S A D E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E

m a r c o s y l e n g u a j e s p a r ' a n u e s t r a s teorías e imaginería s e r e m o s d e p o r t a d o s a l p^íg P a r a d a r u n e j e m p l o : c u a n d o m i s c o l e g a s chícanos y y o c r u z a m o s f r o n t e r a s

d e l o l v i d o , m i e n t r a s q u e o t r o s 3 0 , m u c h o más jóvenes y s a l v a j e s , estai-án e s p e r a n - i n t e r n a c i o n a l e s s a b e m o s q u e p a r a e v i t a r s e r e n v i a d o s a inspección s e c u n d a r i a p o -
d o e n l a fila p a r a r e e m p l a z a r n o s .
d e m o s u s a r s o m b r e r o s y t r a j e s d e m a r i a c h i y así r e i n v e n t a r n o s instantáneamente
L a presión q u e e x i s t e p a r a c o m p r o m e t e r s e c o n este proceso c o n t i n u o de c o a i o friendly ??texicans [ m e x i c a n o s a m i g a b l e s ] a n t e los ojos racistas d e l a ley.
reinvención ( y e n l o s E s t a d o s " U n i d o s d e re-packaging) ñierza a a l g u n o s a r t i s t a s a F u n c i o n a . P e r o i n c l u s o entonces, si n o s o m o s cuidadosos, nuestra a u r a p u e d e d e -
r e n u n c i a r a l a c o m p e t e n c i a salvaje, y a otL'Os a a d o p t a r u n e s t i l o d e v i d a r o c a n r o l e r o
nunciarnos.
— e s o sí, s i n l o s b i e n e s c o r t e s a n o s y l a f a m a e x a g e r a d a d e l o s r o q u e r o s . AqueÜos
q u e l o g r a m o s sobrevivh, a m e n u d o nos s e n t i m o s c o m o r o q u e r o s frusti*ados. N o
h a y a b s o l u t a m e n t e n a d a romándco e n n u e s t r a f o r m a d e v i d a . Sólo a u n puñado
Soñaren español
se n o s c o n c e d e e l p r i v i l e g i o d e t e n e r v a r i a s r e e n c a r n a c i o n e s — c o m o Bo-wie y
M a d o n n a — e n el m u n d o inmisericorde del pop.^
Soñé e n español q u e u n día había d e c i d i d o n o h a c e r n u n c a más p e r f o r m a n c e e n
inglés. A p a r t i r d e e s e m o m e n t o , m e dediqué a p r e s e n t a r m i s i d e a s y m i a r t e e s t r i c -
t a m e n t e e n español y sólo p a r a púbÜcos e s t a d u n i d e n s e s atónitos q u e n o entendían
Kií p a r a I n s o b r e v i v e a c i u d e l a i d e n t i d a d n a d a . M i español s e lúzo c a d a y^z más retórico y c o m p h c a d o h a s t a e l p u n t o e n q u e
perdí t o d o c o n t a c t o c o n m i púbhco. A p e s a r d e l o s a t a q u e s d e l o s críticos r a c i s t a s ,
E l p e r f o r m a n c e n o s h a d a d o u n a lección e x t r e m a d a m e n t e i m p o r t a n t e q u e desafía m e empeciné e n h a b l a r español. M i s c o l a b o r a d o r e s s e m o l e s t a r o n y e m p e z a r o n a
a todos los esencialismos: n o estamos atrapados e n la camisa de Rterza de la i d e n - a b a n d o n a r m e . E v e n t u a l m e n t e m e quedé s o l o , h a b l a n d o español, e n t r e f a n t a s m a s
t i d a d . T e n e m o s u n r e p e r t o r i o d e i d e n t i d a d e s múltiples y d e a m b u l a m o s constan- c o n c e p m a l e s a n g l o p a r l a n t e s . A f o r t u n a d a m e n t e m e desperté y p u d e h a c e r p e r f o r -
t e m e n t e e n t r e e l l a s . S a b e m o s m u y b i e n q u e c o n e l u s o d e e l e m e n t o s d e utUería, m a n c e e n inglés o t r a v e z . Escribí e n m i d i a r i o : " L o s sueños tienden a ser m u c h o
maquillaje, accesorios y vestuario, e n realidad p o d e m o s reinventar nuestra identi- más r a d i c a l e s q u e l a reaÜdad', p o r e s o están más c e r c a d e l a r t e q u e d e l a v i d a " .
d a d ante los ojos de los otros, y nos fascina e x p e r i m e n t a r c o n este t i p o de conoci-
m i e n t o . D e h e c h o , e l j u e g o d e i n v e r t i r l a s e s t r u c t v u ' a s s o c i a l e s , étnicas y d e género
e s p a r t e intrínseca d e n u e s t r a p r a x i s c o t i d i a n a , y a s i m i s m o l o e s e l t r a v e s t i s m o
E i cuerpo irrcmplazablc
cultural. E n el performance, a s u m i r la identidad de otras culturas y problematizar
e l p r o c e s o m i s m o d e r e p r e s e n t a r a o t r o o d e h a c e r s e p a s a r p o r u n o t r o híbrido
E s p o s i b l e q u e n u e s t r o s púbhcos e x p e r i m e n t e n , v i c a r i a m e n t e , es d e c i r , a través d e
p u e d e s e r u n a e s t r a t e g i a e f e c t i v a d e "anti'opología i n v e r s a " . N o o b s t a n t e , e n l a
n o s o t r o s , o t r a s p o s l b i h d a d e s d e Übertad estética, p o H t i c a y s e x u a l d e l a c u a l c a i - e -
v i d a c o t i d i a n a , e n t a n t o víctimas p o t e n c i a l e s d e l r a c i s m o ( h a b l o c o m o c h i c a n o e n
c e n e n s u c o t i d i a n i d a d . Quizá ésta s e a l a razón p o r l a q u e , a p e s a r d e i n n u m e r a -
l o s E s t a d o s U n i d o s ) , a s u m i r l a p e r s o n a h d a d d e o t r a s ctüturas p u e d e , h t e r a l m e n t e ,
b l e s p r e d i c c i o n e s , d u r a n t e l o s últimos t r e i n t a años, e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e n o h a
salvar nuestra vida.
m u e r t o , n i h a s i d o s u s t i t u i d o - p o r e l v i d e o , l a s n u e v a s tecnologías, l a robótica o l o s
avatares virtuales. A p r i n c i p i o s d e los n o v e n t a e lp e r f o r m e r o australiano Stelarc
^ L a arílstíi bmsiieña t l c p e r f o r m a n c e , N a r a N e c m a n , r e s p o n d e : " C o m p r e n d o l a n e c e s i d a d d e e s t a r
'conectada' con el c a m p o del performance. Pero m e siento m u y tnste con ]aperspectiva de estar atrapada advertía q u e " e l c u e r p o h u m a n o [ s e e s t a b a ] v o l v i e n d o o b s o l e t o " , c o m e n t a r i o q u e
d e n t r o d e u n a j a u l a , e l seuth-cjiie tengo que p r o d u c i r p a m no ser o l v i d a d a . C r e o q u e sí n o s d e f i n i m o s a n o s o t r o s a f o r t u n a d a m e n t e n o s e h a v u e l t o r e a l i d a d . ¿Por qué? S e n c i l l a m e n t e r e s u l t a i m p o -
m i s m o s c o m o a r t i s t a s d e p e r f o r m a n c e d e n t r o d e l a más a l t a categoría q u e p o d e m o s a l c a n z a r , quizá n o s
e s t r e s c m o s c o n ias d e m a n d a s d e l m e r c a d o (de hecIiOj existe u n m e r c a d o d e l arte d e l p e r f o r m a n c e ) . PerO'
sible "sustituir" la m a g i a inefable de u n cuerpo pulsante, sudoroso, i n m e r s o en u n
s i n o s d e f i n i m o s s i m p l e m e n t e c o m o e n t e s c o n v i d a , e s t a preocupación s e c o n v i e r t e e n a l g o s e c u n d a r i o . r i t u a l v i v i e n t e f r e n t e a n u e s t r o s o j o s . E s u n a cuestión chamánica.
 502 G U I L L E R M O GÓMEZ-PJÍJSÍ^
E s t a fascinación p o r e i p e r f o r m a n c e e n v i v o también está c o n e c t a d a a l a p ^
d e r o s a mitología d e l a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e c o m o antihéroe y encarnación d e l a
c o n t r a c u l t i i r a d e s u t i e m p o . A n u e s t r o s púbhcos n o l e s i m p o r t a r e a l m e n t e q ^ g
A n n i e S p r i n k l e n o sea u n a a c t r i z p r e p a r a d a n i q u e E r n a V i i l a n u e v a o L a C o n g e -
l a d a d e U v a n o s e a n b a i l a r i n a s e n t r e n a d a s . L o s púbhcos a s i s t e n a l p e r f o r m a n c e
p r e c i s a m e n t e p a r a s e r t e s t i g o s d e n u e s t r a e x p e r i e n c i a única, y n o p a r a a p l a u d i r
nuestro virtiiosismo.
C u a l e s q u i e r a q u e s e a n l a s r a z o n e s , e l h e c h o e s q u e ningún a c t o r , r o b o t o e n -
carnación v i r t u a l ( a v a l a r ) e s c a p a z d e s u s t i t u i r e l s i n g u l a r - espectáculo d e l c u e r p o -
en-acción d e l a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e . S e n c i l l a m e n t e n o p u e d o i m a g i n a r a u n a
a c t r i z c o n t r a t a d a , p o r b u e n a q u e s e a , r e p r e s e n t a n d o las, i n t e r v e n c i o n e s quirúrgicas
' d e O r l a n . C u a n d o s o m o s t e s t i g o s d e S t e l a r c p r e s e n t a n d o u n n u e v o bodysm¿ xoho-
t i c o o u n j u g u e t e - d e a l t a tecnología, después d e q u i n c e m i n u t o s t e n d e m o s a p r e s -
t a r l e más atención a s u c u e r p o s u d o r o s o y a s u r o s t r o q u e a s u a r m a d u r a robótica
o a s u s e x t e n s i o n e s prostéticas. L a p a r a f e r n a h a e s s o r p r e n d e n t e , d e a c u e r d o , p e r o
e l c u e r p o h u m a n o s u m a d o a l a i d e n t i d a d mítica d e l a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e q u e s e
encuentra frente a nosotros permanece en el centro m i s m o del evento.
R e c i e n t e m e n t e , la artista cubana de p e r f o r m a n c e T a n i a B r u g u e r a se h a e m -
b a r c a d o e n u n p r o y e c t o e x t r e m a d a m e n t e t e m e r a r i o : a b o l h * l a p r e s e n c i a física d e l
p e r f o r m e r o d u r a n t e el p e r f o r m a n c e m i s m o . B r u g u e r a le p i d e p o r a d e l a n t a d o a los
curadores que designen a " u n a persona n o r m a l " , n o necesariamente vinculada
c o n las artes, p a r a q u e l a s u s t i t u y a d u r a n t e el p e r f o r m a n c e . C u a n d o T a n i a llega al
l u g a r d e l p r o y e c t o i n t e r c a m b i a su i d e n t i d a d c o n la persona elegida y se transfor-
m a e n u n a s i m p l e a s i s t e n t e p a r a l a reahzación d e l o s d e s e o s d e s u c o l a b o r a d o r a .
L o s ciuadores se q u e d a n boquiabiertos.
Volver la -mirada hacia adentro
E t i desacuerdo p c r m a u e n t e con la a u t o r i d a d
Sí. E s t o y e n d e s a c u e r d o p e r m a n e n t e c o n l a a u t o r i d a d , s e a ésta p o h t i c a , r e h g i o s a ,
s e x u a l o estética, y c u e s t i o n o c o n s t a n t e m e n t e l a s e s t r u c t u r a s i m p u e s t a s y l o s
c o m p o r t a m i e n t o s dogmáticos d o n d e q u i e r a q u e l o s e n c u e n t r e . E n c u a n t o a l g u i e n
¡^I^í D E F E N S A D E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E
ji^e d i c e qué d e b o h a c e r y cómo d e b o h a c e r l o s e m e e r i z a e l c a b e h o , m e h i e r v e l a
sangre, y e m p i e z o a i m a g i n a r f o r m a s s o r p r e n d e n t e s p a r a d e s m a n t e l a r esa f o r m a
p a r t i c u l a r d e a u t o r i d a d . C o m p a r t o e s t e r a s g o d e m i p e r s o n a h d a d c o n l a mayoría
de m i s colegas. D e hecho, los p e r f o r m e r o s siempre a n d a m o s buscando el reto que
i m p h c a desmantelar a la autoridad abusiva.
Quizá p o r q u e e n n u e s t r o c a m p o t a n e m p o b r e c i d o t e n e m o s p o c o q u e p e r d e r ,
íiunado a l h e c l i o d e q u e h t e r a l m e n t e s o m o s alérgicos a l a a u t o r i d a d , n u n c a p e n s a -
m o s dos veces en el h e c h o de ubicarnos e n la h'nea de Riego y d e n u n c i a r la i n j u s -
t i c i a s o c i a l d o n d e l a d e t e c t e m o s . Así, s i n p e n s a r l o d o s v e c e s , s i e m p r e e s t a m o s h s t o s
p a r a a r r o j a i d e u n p a s t e l e n e l r o s t r o a u n p o H t i c o c o r r u p t o , h a c e r l e u n a seña o b s c e n a
al a r r o g a n t e d h e c t o r de u n m u s e o , o p o n e r e n s u sitio a u n p e r i o d i s t a i m p e r t i n e n t e ,
sin i m p o r t a r las consecuencias- C o n frecuencia, este rasgo d e p e r s o n a h d a d n o s
h a c e p a r e c e r a n t i s o c i a l e s , i n m a d u r o s y e x c e s i v a m e n t e dramáticos a n t e l o s o j o s d e
l o s demás, p e r o n o p o d e m o s e v i t a r l o . E s u n a cuestión v i s c e r a l y , e n o c a s i o n e s , u n
verdadero inconveniente de nuestra personalidad.
A i a r s e con los de abajo
V e m o s n u e s t r o ñituro p r o b a b l e r e f l e j a d o e n l o s o j o s d e l o s i n d i g e n t e s , d e l o s p o -
b r e s , l o s d e s e m p l e a d o s , l o s e n f e r m o s , y l o s i n m i g r a n t e s recién l l e g a d o s . N u e s t r o
m u n d o se traslapa c o n el de eHos.
A m e n u d o n o s s e n t i m o s atraídos h a c i a aqueüos q u e a p e n a s s o b r e v i v e n e n l a s
p e h g r o s a s e s q u i n a s d e l a s o c i e d a d : l a s p r o s t i t u t a s , l o s b o r r a c l i i n e s , l o s lunáticos y
los p r i s i o n e r o s s o n nuestros h e r m a n o s y h e r m a n a s espirituales. S e n t i m o s una
ñierte h e r m a n d a d espkítual c o n e U o s . D e s a f o r t r u i a d a m e n t e , c o n f r e c u e n c i a e h o s
se a h o g a n e n l a s a g u a s e n l a s q u e n o s o t r o s n a d a m o s ; s o n l a s m i s m a s a g u a s , p e r o s e
t r a t a d e d i f e r e n t e s n i v e l e s d e inmersión.
E n e l t e r r e n o p o h t i c o , n u e s t r a s a c c i o n e s n o están m o t i v a d a s p o r l a ideología.
N u e s t r o h u m a n i s m o r e s i d e e n l a g a r g a n t a , l a p i e l , l o s músculos, e l corazón, e l p l e x o
s o l a r y l o s g e n i t a l e s . N u e s t r a e m p a t i a p o r l a o r f a n d a d s o c i a l s e e x p r e s a a sí m i s m a
c o m o u n a f o r m a visceral d e solidaridad con aquehos pueblos, comunidades o
países i n m e r s o s e n l a opresión y e n l a s v i o l a c i o n e s d e l o s d e r e c h o s h u m a n o s ;
c o n aqueüas víctimas d e l a s g u e r r a s i m p u e s t a s y l a s p o H t i c a s económicas i n j u s t a s .
 504
G U I L L E R J N ' X O GÓMEZ-p^j^
P o r d e s g r a c i a , c o m o m e señaló h a c e p o c o l a teórica E U e n Z a c e o : " [ n o s o t r o s l o s
a i t i s t a s ] t e n d e m o s a h a b l a i " p o r e l l o s , l o c u a l e s m u y p r e s u n t u o s o " . N o p u e d o líbe-
nos que estar de acuerdo c o n ella.
U n a s u n t o de v i d a o m u e r t e
L a n u b e d e l n i h i h s m o n o s persigue c o n s t a n t e m e n t e , p e r o d e a l g i u i a f o r m a nos
las i n g e n i a m o s p a r a escapar de eha. E s u n a d a n z a m a c a b r a . D e m a n e r a consciente
o n o , m u y d e n t r o de n o s o t r o s ci-eemos r e a l m e n t e q u e l o q u e h a c e m o s c a m b i a la
v i d a d e l a s p e r s o n a s , y h e m o s t e n i d o m u c h a s dificiütades p a r a m a n t e n e r n o s s e r e n o s
c o n r e s p e c t o a eUo. P a r a n o s o t r o s el p e r f o r m a n c e es u n a s u n t o d e v i d a o m u e r t e .
C o n frecuencia nuestro sentido del h u m o r palidece ante nuestra sobriedad
c u a n d o h e g a e l m o m e n t o d e c o m p r o m e t e r s e c o n u n p r o y e c t o d e Aáda/arte. A v e c e s
nuestro nivel de c o m p r o m i s o c o n nuestras creencias puede rozar c o n el fanatis-
m o . S i r e p e n t i n a m e n t e d e c i d i m o s d e j a r d e h a b l a r d u r a n t e u n m e s (es d e c k , i n v e s -
t i g a r e l s i l e n c i o ) , c a m i n a i " d u r a n t e t r e s días p a r a r e c o n e c t a r n o s c o n e l m u n d o s o -
cial o para investigar l a especificidad d e l sitio d eu n proyecto, a-uzar l a frontera
México-Estados U n i d o s s i n d o c u m e n t o s p a r a h a c e r u n p r o n u n c i a m i e n t o p o h t i -
co, n o d e s c a n s a r e m o s h a s t a t e r m i n a r n u e s t r a tarea, s i n i m p o r t a r las c o n s e c u e n -
cias. P a r a n u e s t r o s seres q u e r i d o s esto p u e d e p a r e c e r u n a l o c u r a , p u e s d e b e n ejer-
citar u n a paciencia épica h a c i a n o s o t r o s . D e b e n v i v h c o n l a i n c e r t i d u m b r e
amenazante y e l p r o f u n d o t e m o r d enuestro siguiente c o m p r o m i s o hacia u n
p r o y e c t o aún más t r a n s f o r m a d o r . B e n d i t o s s e a n l o s c o r a z o n e s y l a s m a n o s d e l o s
compañeros/as d e n u e s t r a v i d a — s i e m p r e esperándonos y preocupándose p o r
n o s o t r o s — . Y los riesgos q u e t o m a m o s e n n o m b r e d e l p e r f o r m a n c e n o siempre
valen la pena.
Riesgos necesarios e innecesarios
A u n q u e los artistas de p e r f o r m a n c e siempre arriesgamos nuestras vidas y nuestra
i n t e g r i d a d física e n n o m b r e d e l a r t e , r a r a v e z n o s s u i c i d a m o s o p e r d e m o s l a v i d a
por obra d eu n accidente causado por e lperformance, y definitivamente nunca
j : M D E F E N S A D E L A R T E D E L PERFORÍvJANCE 505
íisesinamos a n a d i e . E n v e i n t e años d e r o l a r y t r a b a j a r c o n a r t i s t a s d e p e r f o r m a n -
ce, n u n c a h e c o n o c i d o a u n h o m i c i d a ; s o l a m e n t e t r e s c o l e g a s s e h a n s u i c i d a d o y
d o s más p e r d i e r o n s u s v i d a s d e b i d o a f a l l a s d e cálculo d u r a n t e u n p e r f o r m a n c e .
E n e l p r o c e s o d e e n c o n t i - a r las v e r d a d e r a s d i m e n s i o n e s y p o s l b i h d a d e s d e u n a
n u e v a p i e z a , a l g u n o s d e n o s o t r o s , d e m a n e r a estúpida, h e m o s c o r r i d o r i e s g o s i n -
n e c e s a r i o s y e n o c a s i o n e s h e m o s p u e s t o e n r i e s g o a n u e s t r o púbhco, p e r o , a f o r -
t u n a d a m e n t e , n a d a g r a v e h a o c u r r i d o aún. T o c o m a d e r a . C i t o d e u n o d e m i s
d i a r i o s : " Q r i e r i d o púbhco: T e n g o 4 5 c i c a t r i c e s ; l a m i t a d d e e U a s p r o d u c i d a s p o r e l
a r t e y ésta n o e s u n a metáfora. M I obsesión artística m e h a l l e v a d o a r e a l i z a r a l -
gunos actos fiagrantemente estúpidos d e transgresión, c o m o v i v i r d e n t r o d e u n a
c a j a d e plexiglás p o r v a r i o s días e x l i l b i e n d o u n a i d e n t i d a d ficticia, crucificarme
v e s t i d o d e m a r i a c h i p a r a p r o t e s t a r c o n t r a l a política m i g r a t o r i a d e l o s Estados
Unidos, visitar el M u s e o M e t r o p o h t a n o de N u e v a Y o r k vestido c o m o el M a d M e x
U e v a d o c o n u n a c o r r e a d e p e r r o a l c u e f i o p o r u n a d o m i n a t r i z española. E s t i m a d o s
m i e m b r o s d e l púbhco, ¿acaso d e s e a n q u e s e a más e x p h c i t o q u e . . . d i g a m o s , h a -
b e r m e b e b i d o u n a b o t e U a d e M a e s t r o L i m p i o pai-a e x o r c i z a r m t s d e m o n i o s c o l o -
n i a l e s ? R e c u e r d o e n c i e r t a ocasión h a b e r l e e n t r e g a d o u n a d a g a a u n a a s i s t e n t e d e l
púbhco, y h a b e r l e o f r e c i d o m i p l e x o . ( P a u s a ) . ' M u j e r , h e aquí... m i c u e r p o c o l o n i -
z a d o ' — l e d i j e d e s a f i a n t e — . E U a v i n o h a c i a mí, y , s i n p e n s a r l o d o s v e c e s , m e a p u -
ñaló, iníhngiendo así m i c i c a t r i z número 4 5 . E h a sólo tenía v e i n t e años, e r a b o r i -
c u a , y desconocía l a d i f e r e n c i a e n t r e e l p e r f o r m a n c e , e l rock & rol!, y l a v i d a
c a U e j e r a . Pésima f r a s e " . Delete...
Teoría i n c o r p o r a d a a l c u e r p o
C i t o de m i s diarios de performance:
N u e s t r a i n t e h g e n c i a , c o m o l a d e l o s c h a m a n e s y l o s p o e t a s , es simbólica y a s o c i a -
tiva. N u e s t r o s i s t e m a d e p e n s a m i e n t o tiende a p o s e e r f u n d a m e n t o s t a n t o e m o -
cionales c o m o corporales. D e hecl^o, el p e r f o r m a n c e s i e m p r e e m p i e z a e n n u e s t r a
p i e l y n u e s t r o s músculos, s e p r o y e c t a s o b r e l a e s f e r a s o c i a l , y r e g r e s a , p o r vía d e
n u e s t r a p s i q u e , a n u e s t i - o c u e r p o y a n u e s t i ' o t o r r e n t e sanguíneo, sólo p a r a ser r e -
f r a c t a d o n u e v a m e n t e a l m u n d o s o c i a l a través d e l a documentación. T e n d e m o s a
 506
GUILLEllJN'lO GÓA'IE2-PE^
desconfiar d e todos aqueMos p e n s a m i e n t o s que n o p o d e m o s encarnar. T e n d e m o s
a n o t o m a r e n cuenta aquellas ideas q u e n o p o d e m o s s e n d r p r o f l i n d a m e n t e . E n
este s e n t i d o , p o d e m o s d e c i r q u e e l p e r f o r m a n c e es u n a f o r m a d e teoría i n c o r p o -
rada a l cuerpo...
A p e s a r d e l h e c l i o d e q u e a n a l i z a m o s las cosas o b s e s i v a m e n t e y b a j o múltiples
r e f l e c t o r e s , c u a n d o Üega l a h o r a d e t o m a r d e c i s i o n e s e n l a cotídianeidad, t e n d e -
m o s a o p e r a r a través d e l i m p u l s o ( r a r a v e z a través d e l a lógica o l a c o n v e n i e n c i a )
y t o m a m o s d e c i s i o n e s b a s a d a s e n i a intuición, Ja superstición y l o s sueños. D e b i -
d o a esto, a n t e l o s o j o s d e l o s demás, p a r e c e m o s seres e n s i m i s m a d o s , c o m o s i e l
universo girara p e r m a n e n t e m e n t e alrededor de nuestra psique y nuestro cuerpo.
C o n frecuencia nuestro m a y o r r e t o consiste precisamente e n escapar a nuestra
s u b j e t i v i d a d — l a prisión d e n u e s t r a s o b s e s i o n e s p e r s o n a l e s y n u e s t r a d e s e s p e r a -
ción solipsística— y e l p e r f o r m a n c e se c o n v i e r t e e n l a única s a l i d a . A ti'avés d e l
p e r f o r m a n c e , n u e s t r o p a r a d i g m a p e r s o n a l se íntersecta c o n e l s o c i a l . . .
L a "\dda c o t i d i a n a
S i y o i n t e n t a r a a n t r o p o l o g i z a r m i v i d a c o t i d i a n a , ¿qué encontraría? C i t o u n a s e r i e
d e c o r r e o s electrónicos c o n u n a m i g o p e r u a n o q u e i n t e n t a c o m p r e n d e r "cómo e s
m i vida cotidiana e n San Francisco":
Q i i crido X :
L o s ires y venires d e m i v i d a c o t i d i a n a s o n u n verdadero i n f i e r n o . P a r a decirlo
c o n c o n t m i d e n c i a , s e n c i l l a m e n t e n o sé cómo a d m i i i i s U - a r m e . S o y pésimo c o n e l
d i n e r o , i o s a s u n t o s a d m i n i s t r a t i v o s , l a s o U c i t u d d e becas y l a promoción p e r s o n a l ,
y c o n f r e c u e n c i a confío e n l a b u e n a v o l u n t a d d e q u i e n m e q u i e r a a y u d a r . N o t e n -
g o s e g u r o médico n i d e automóvil. C a r e z c o d e casa p r o p i a . V i a j o m u c l i o , p e r o
s i e m p r e e n relación c o n m i t r a b a j o , y r a r a v e z t e n g o v a c a c i o n e s , v a c a c i o n e s l a r g a s ,
c o m o l a s q u e tienen l a s p e r s o n a s n o r m a l e s . E s t o y p e r m a n e n t e m e n t e e n d e u d a d o ,
p e r o l a v e r d a d , n o m e i m p o r t a . C r e o q u e es p a r t e d e l p r e c i o q u e d e b o p a g a r p o r
no tener que v e r m e p e r t i u h a d o c o n t i n u a m e n t e p o r consideraciones financieras.
Si pudiera v i v i r s i n u n a cuenta d e banco, s i n Ucencia d e m a n e j o , pasaporte
y teléfono celtilar, sería m u y f e l i z , a u n q u e e s t o y p l e n a m e n t e c o n s c i e n t e d e l a
J7N D E F E N S A D E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E
i n g e n u i d a d d e m i s a s p i r a c i o n e s anarco-románticas. M u c h o s d e m i s c o l e g a s aquí
e n e l m e n t a d o P r i m e r M u n d o están e n u n a situación s i m i l a r . Y l o s a r t i s t a s d e
p e r f o r m a n c e e n t u país, ¿cómo m a n e j a n l a c o t i d i a n e i d a d ?
[ . . . ] N o , m i e n e m i g o más f o r m i d a b l e n o s i e m p r e es l a e x t r e m a d e r e c h a d e l a
sociedad s i n o m i p r o p i a i n c a p a c i d a d p a r a d o m e s t i c a r e l caos c o t i d i a n o y d i s c i -
p l i n a r m e . A falta d e u n e m p l e o d e n u e v e a cinco, de estructuras sociales t r a d i -
cionales, y d e l o s requisitos rituales d e otras disciplinas ( c o m o l o s ensayos, las
ñamadas y j u n t a s d e producción e n e l t e a t r o , o l a s v i d a s e s t r u c t u r a d a s y g r e g a r i a s
d e l o s b a i l a r i n e s y l o s músicos), y o tiendo a s e n t i r m e o p r i m i d o p o r l atiraníad e
l a d o m e s t i c i d a d ) ' a p e r d e r m e fácilmente e n e l horror VÍJCUÍ d e u n t a h e r / e s t u d i o
v a d o o e n l a p a n t a l l a h ' q u i d a d e m i c o m p u t a d o r a portátil. A g u n a s v e c e s , l a p a n - ,
taña d e m i c o m p u t a d o r a se t r a n s f o r m a e n u n e s p e j o , y n o m e g u s t a l o q u e v e o .
L a melancolía r i g e m i p r o c e s o a " e a t i v o . . . N o , n o c r e o q u e l a melancolía sea u n
r a s g o d e p e r s o n a l i d a d d e l o s a r t i s t a s chícanos.
[...] E l p e r f o r m a n c e es m a s b i e n u n a n e c e s i d a d . S i n o p e r f o r m e o d r t r a n t e u n l a r g o
tiempo, d i g a m o s d o s o tres m e s e s , m e p o n g o i n s o p o r t a b l e y v u e l v o l o c o s a m i s s e -
r e s q u e r i d o s . U n a v e z q u e r e g r e s o a l a g a l e n a o a l e s c e n a r i o , instantáneamente m e
s o b r e p o n g o a m i o r f a n d a d metafísica y a m i f r a g i l i d a d psicológica y m e h a g o ,
c o m o d e c i i u o s aquí, Ia?-ger than Ufe, Más t a r d e e n e l bar, volveré a r e c u p e r a r m i
v e r d a d e r a dimensión y m i s m e d i o c r i d a d e s endémicas. E l h u m o r i r r e v e r e n t e d e m i s
c o l a b o r a d o r e s y a m i g o s c o n t r i b u y e a este p r o c e s o de, llamémosle, " a c l i i c i u n i e n t o " .
[ . . . ] ¿Mi salvación? V h salvación r e s i d e e n m i p r o p i a h a b i U d a d p a r a c r e a r m e u n
s i s t e m a a l t e r n a t i v o d e p e n s a m i e n t o y acción c a p a z d e p r o p o r c i o n a r l e u n a e s -
tructura riCualizada n m i vida cotidiana... N o , retiro l o dicho. M i verdadera sal-
vación es l a colaboración. C o l a b o r o c o n o t r o s c o n l a e s p e r a n z a d e d e s a r r o l l a r
puentes entre m i s obsesiones personales y el u n i v e r s o social.
[...] C i e r t o . S o y m e d i o estrafalario a n t e los ojos d e m i s v e c i n o s y p a r i e n t e s . P l a -
b l o c o n l o s a n i m a l e s , l a s p l a n t a s y c o n m i s múltiples seres i n t e r n o s . M e f a s c i n a
o r i n a r a l aire Mbrc y p e r d e r m e e n l a s calles d e l a s ciudades q u e d e s c o n o z c o . M e
f a s c i n a e l m a q u i l l a j e , l a decoración d e l c u e r p o y l a r o p a f e m e n i n a . E n e s p e c i a l ,
 508
G U I L L E R M O GÓMEZ-
m e g u s t a cyborgizíir a líi r o p a foíciórica. Pnríidójicameute n o m e g u s t a q u e se
q u e d e n m i r a n d o . S o y u n a contradicción a m b u l a n t e . ¿Y tú?
[...] Colecciono figurinas, sotiveíiirs, t a l i s m a n e s y v e s t u a r i o p o c o u s u a l ; objeto'-
r e l a c i o n a d o s simbólicamente a m i "cosmología", c o n l a e s p e r a n z a d e q u e u n día*
p u e d a n s e r m e útiles e n a l g u n a p i e z a . S e t r a t a d e m i "arqueología p e r s o n a l " , 1
c u a l s e r e m o n t a a l día e n q u e nací. C o n e l l a , d o n d e q u i e r a q u e v a y a , c o n s t r u j '
a l t a r e s c f i ' m e r o s p a r a a n c l a r m e , y " r e - t e r r i t o r i a l i z a r m e " , c o m o d i c e n l o s académl
COS. E s t o s a l t a r e s r e s u l t a n t a n eclécücos y c o m p l e j o s c o m o m i p r o p i a estética'
m i s múltiples i d e n t i d a d e s sincréticas. » tinacionaiistas,
,i
[...] S o y e x t r e m a d a m e n t e supersticioso, pero prefiero n o hablar m u c l i o al rei
p e c t o . V e o fi:mtasmas y l e o m e n s a j e s simbólicos p o r d o n d e q u i e r a . M u y d e n t r o i
mí, p i e n s o q u e e x i s t e n l e y e s metafísicas q u e r i g e n t a n t o a m i v i d a c o m o a m ^
p r o c e s o c r e a t i v o . T o d o es u n p r o c e s o p a r a mí, i n c l u s o d o r m i r y c a m i n a r . M i .
a m i g o s c h a m a n e s d i c e n q u e s o y " u n cíiamán q u e perdió s u c a m i n o " . M e gustíÉ'
esa definición d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e .
Archivos disfuncionalcs
L o s a r t i s t a s d e p e r f o r m a n c e p o s e e n e n o r m e s a r c h i v o s e n s u casa p e r o esto:,
s o n p r e c i s a m e n t e f u n c i o n a l e s . E n otras palabras, "las otras h i s t o r i a s d e l a i t e c
temporáneo" están h t e r a l m e n t e e n t e r r a d a s e n c a j a s húmedas, a l m a c e n a d a s e n '
r o p e r o s d e l o s a r t i s t a s d e p e r f o n n a n c e e n t o d o e l m u n d o . P e o r aún, a l g u n a s
e s t a s c a j a s c o n t i e n e n f o t o s y d o c u m e n t o s d e p e r f o r m a n c e únicos; inaste7-s o r i g i n a
les d e a u d i o y v i d e o , y, c o n frecuencia, estos a r c l i i v o s i r r e m p l a z a b l e s se extrav^;
e n e l p r o c e s o d e m u d a r s e a o t r a casa, c i u d a d , p r o y e c t o o a m a n t e , o e n e l procei
de adquirh' u n a nueva identidad.
S i c a d a d e p a r t a m e n t o d e a r t e y d e performance stiidies [ e s t u d i o s d e l p e r f o '
m a n e e ] e ncada u n i v e r s i d a d hiciera u n esfiierzo p o r rescatar d e nuestras t o r p ,
m a n o s e s t o s a r c h i v o s e n p e h g r o , s e salvaría u n a i m p o r t a n t e h i s t o r i a q u e r a r a v e
se e s c r i b e , p r e c i s a m e n t e p o r q u e c o n s t i t u y e e l e s p a c i o n e g a t i v o ( e n l a fotografía n
e n l a ética) d e l a c u l t i u - a .
EN DEFENSA D E L A R T E D E L P E R F O m A N C E 509
I b r p c s acti\'istas
C o n contadas excepciones, los artistas de p e r f o r m a n c e s o m o s torpes m e d i a d o r e s
p o h t i c o s y pésimos o r g a n i z a d o r e s c o m u n i t a r i o s . N u e s t r o g r a n d i l e m a e n e s t e
respecto es que, c o n fi'ecuencia, nos v e m o s a nosoti'os m i s m o s c o m o activistas
c o m o t a l e s , i n t e n t a m o s m o v i l i z a r a n u e s t r a s c o m u n i d a d e s étnicas, o p r o f e s i o n a -
les. P e r o l o s r e s u l t a d o s , b e n d i t o s s e a n n u e s t r o s c o r a z o n e s , c o n f r e c u e n c i a son
p o b r e s . ¿Por qué? N o s p e r d e m o s c o n f a c i h d a d e n c u e s t i o n e s logísticas y d i s c u -
s i o n e s pragmáticas. Además, n u e s t r a s p e r s o n a l i d a d e s i c o n o c l a s t a s , p o s t i u ' a s a n -
y propuestas experimentales frecuentemente nos p o n e n en contra
d e l o s s e c t o r e s más c o n s e r v a d o r e s d e n t r o d e n u e s t r a s m i s m a s c o m u n i d a d e s . S i n
e m b a r g o , n u n c a a p r e n d e m o s e s t a lección básica: d e f i n i t i v a m e n t e l a organización
c o m u n i t a r i a y l a negociación p o h t i c a n o s o n n u e s t r o s fiiertes. O t r - o s , más s a g a -
ces, d e b e n a y u d a r n o s a o r g a n i z a r l a e s t r u c t u r a d e n u e s t r a l o c u r a c o m p a r t i d a — j
n o a l revés—.
También p o s e e m o s o t r o tipo d e h a b i l i d a d e s y desempeñamos m e j o r o t r o s
j r o l e s i m p o r t a n t e s p a r a n u e s t r a c o m u n i d a d , t a l e s c o m o animateurs, r e f o r m i s t a s ,
i n v e n t o r e s d e m e t a f i c c i o n e s o r i g i n a l e s , coreógrafos d e s o r p r e n d e n t e s acciones
c o l e c t i v a s , semióücos a l t e r n a t i v o s y p i r a t a s d e m e d i o s . D e h e c h o , n u e s t r a s e s t r a -
t e g i a s estéticas ( n o n u e s t r a s h a b i h d a d e s políticas) p u e d e n s e r l e e x t i ' e m a d a m e n t e
útUes a l o s a c t i v i s t a s . C o n f r e c u e n c i a e U o s c o m p r e n d e n q u e l e s c o n v i e n e t e n e r n o s
cerca. Y o asesoro e n s e a e t o a v a r i o s activistas. O t r o s , c o m o M a r c o s y S u p e r b a r r i o ,
c o n s u m a d o s activistas del p e r f o r m a n c e , m e siguen i n s p h a n d o .
L a b e U e z a física
N o s o m o s n i más n i m e n o s h e r m o s o s q u e c u a l q u i e r o t r a p e r s o n a , p e r o t a m p o c o
t e n e m o s u n fisico p r o m e d i o . L o s a c t o r e s , b a i l a r i n e s y m o d e l o s s o n más a t r a c t i v o s
q u e n o s o t r o s . L o s d e p o r t i s t a s y a q u e h o s q u e s e d e d i c a n a l a s a r t e s m a r c i a l e s están
e n m u c h o m e j o r f o r m a , y l a s e s t r e U a s p o r n o s o n , d e f i n i t i v a m e n t e , más sexys.
D e heclio, nuestros cuerpos y nuestros rostros poseen u n a apariencia ambivalen-
te; p e r o a c a m b i o p o s e e m o s u n a m i r a d a i n t e n s a , u n a cierta presencia esencial y
p e h g r o s a , u n a c a l i d a d ética e n n u e s t r o s r a s g o s y n u e s t i ' a s m a n o s . Y e s t o n o s h a c e
 510
G U I L L E R M O GÓMEZ-PEÑA
c o n f i a b l e s p a r a l o s q u e están fiiera d e l a l e y y l o s r e b e l d e s , así c o m o a l t a m e n t e
sospechosos p a r a l a a u t o r i d a d . C u a n d o l ag e n t e n o s m i r a a los ojos p u e d e darse
c u e n t a d e i n m e d i a t o q u e , c o m o d e c i m o s e n inglés, me mean it [ v a e n s e r l o ] . E s t o
se t r a d u c e e n u n t i p o d i f e r e n t e d e b e h e z a .
Líi c n l t i u - a d e l a c e l e b r i d a d
A nosotros l acultura d el a celebridad nos resulta desconcertante y vergonzosa.
P o r f o r t i u i a , n u n c a n o s i n v i t a n a l a mansión d e P l a y b o y n i a l a s fiestas d e n u e s t r a s
e m b a j a d a s c u a n d o e s t a m o s d e g i r a . S i a s i s t i m o s a l a inauguración d e l a b i e n a l e n
el W h i t n e y es m u y p r o b a b l e q u e m u y p r o n t o n o s a b u r r a m o s , o n o s s i n t a m o s
a b r u m a d o s . A p e s a r d e n u e s t r a s p e r s o n a l i d a d e s estrambóticas y d e n u e s t r a c a p a -
c i d a d d e c o m p r o m i s o c o n e l m e n t a d o " c o m p o r t a m i e n t o e x t r e m o " , t e n d e m o s a ser
tímidos e i n s e g u r o s e n s i t u a c i o n e s s o c i a l e s . N o s d i s g u s t a c o d e a r n o s c o n l o s r i c o s
y famosos, y cuando lo hacemos, somos m u y torpes y t e r m i n a m o s por derramar
el v i n o e nel regazo d e alguien, o decimos algo f u e r a de lugar. C u a n d o nos pre-
s e n t a n a u n p a t r o c i n a d o r p o t e n c i a l o a algún crítico d e a r t e f a m o s o , o b i e n n o s
v o l v e m o s d e s c o r t e s e s a c a u s a d e l a i n s e g u r i d a d o n o s q u e d a m o s catatónicos.
Y c u a n d o n u e s t r o s f a n s n o s e l o g i a n d e m a s i a d o , s e n c i h a m e n t e n o s a b e m o s cómo
r e s p o n d e r . L o más p r o b a b l e e s q u e d e s a p a r e z c a m o s instantáneamente e n l a s c a -
h e s o q u e n o s e s c o n d a m o s d u r a n t e u n a h o r a e n e l baño más c e r c a n o . P o r s u p u e s -
to existen algunas excepciones.
U n a leyenda urbana
E n ocasiones, nuesti-o u n i v e r s o de p e r f o r m a n c e p u e d e a m e n a z a r a n u e s t r o s seres
queridos. N u e s t r o " c o m p o r t a m i e n t o e x t r e m o " en el escenario, aunado a nuestra
f r e c u e n t e asociación c o n r a d i c a l e s s e x u a l e s , i n a d a p t a d o s s o c i a l e s y excéntricos,
p u e d e n hacer q u e n u e s t r o s seres q u e r i d o s se s i e n t a n u n p o c o " i n a d e c u a d o s " o
" l i g e r o s d e p e s o " f r e n t e a n u e s t r o extraño u n i v e r s o d e p e r f o r m a n c e . Y , p a r a c o m -
p h c a r aún más l a s c o s a s , l a s energías a l t a m e n t e s e x u a h z a d a s y l o s c u e r p o s des-
n u d o s d e a m b u l a n d o ahededor del espacio antes d e u np e r f o r m a n c e pueden
E N D E F E N S A D E L A R T E D E L PERFORiNdANCE 511
c o n v e r t i r s e m u y fácihnente e n u n a fiaente d e celos para nuestra pareja que c o n
f r e c u e n c i a s e l a p a s a ( m a l ) t r a t a n d o d e d i f e r e n c i a r e n t r e l o r e a l y l o simbólico.
L a g r a n p a r a d o j a aquí e s q u e , a p e s a r d e n u e s t r a s e x c e n t r i c i d a d e s s e x u a l e s e n e l
e s c e n a r i o ( c i e r t a m e n t e simbóhcas), y d e n u e s t r a disposición p a r a p r e s e n t a r n o s
d e s n u d o s , t e n d e m o s a ser m u y leales y c o m p r o m e t i d o s c o n n u e s t r a s parejas y
f a m i l i a s . N u e s t r a decadencia es u n a l e y e n d a u r b a n a , y palidece s i l a c o m p a r a -
m o s c o n l a d e l o s i n v i t a d o s a l o s talk shows y c o n l a c o n d u c t a d e l o s s a c e r d o t e s
catóhcos.
El performance frente al teatro, el mundo del arte y la cultura dominante
Performance y teatro
A n t e s de q u e cruce l a s i g u i e n t e f r o n t e r a pehgrosa, d e b e m o s r e c o n o c e r las i m p o r -
tantes c o n t r i b u c i o n e s d e l teati'o e x p e r i m e n t a l (el L i v i n g Tlieater, e l P e r f o r m a n c e
G r o u p , J o d o r o - w s k ) ' , e n t r e o t r o s ) a l d e s a r r o h o d e l p e r f o r m a n c e ; así c o m o l a i n -
fluencia más r e c i e n t e q u e e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e h a t e n i d o s o b r e e l t e a t r o c a d a
v e z q u e éste s e e n c u e n t r a e n c r i s i s . U n a v e z d i c h o e s t o , a h o r a intentaré a v e n t u r a r -
m e e n l a pehgrosísima z o n a f r o n t e r i z a e n t r e e l t e a t r o y e l p e r f o r m a n c e .
A pesar d e l hecho d eque c o n frecuencia a m b o s ocupan el m i s m o escenario,
existen algunas diferencias fimdamentales: e l v i r t u o s i s m o , e l e n t r e n a m i e n t o y las
a p t i t u d e s histriónicas s o n m u y a p r e c i a d a s e n e l t e a t r o , m i e n t r a s q u e e n e l p e r f o r -
m a n c e , l a o r i g i n a h d a d , e l c o n t e n i d o y e l c a r i s m a s o n m u c l i o más v a l o r a d o s . I n c l u s o
l a s f o r m a s más e x p e r i m e n t a l e s y a n t i n a i T a t i v a s d e l t e a t r o q u e n o d e p e n d e n d e u n
t e x t o t i e n e n u n p r i n c i p i o , u n a c r i s i s dramática ( o v a r i a s ) y u n final. U n " e v e n t o " o
"acción" d e p e r f o r m a n c e e s s i m p l e m e n t e e l s e g m e n t o d e u n p r o c e s o m u c h o más
l a r g o q u e n o está d i s p o n i b l e p a r a e l público y , e n e s t e s e n t i d o , shido sensu, n o
t i e n e p r i n c i p i o n i fin. N o s o t r o s s e n c i l l a m e n t e e l e g i m o s u n a porción d e n u e s t r o
p r o c e s o y a b r i m o s l a s p u e r t a s p a r a e x p o n e r e s t a e x p e r i e n c i a a l púbhco.
L a mayoría d e l a s e s t r u c t u r a s d e l teaüo o c c i d e n t a l ( i n c l u s o l a d e l o s g r u p o s
de t e a t r o d e e n s e m b l e o c o o p e r a t i v a y los teati'os rebeldes colectivos) t i e n d e n a
s e r , d e a l g u n a m a n e r a , jerárquicas, c o n u n a división e s p e c i a h z a d a d e l t i - a b a j o ( e l
h d e r o v i s i o n a r i o , l o s m e j o r e s a c t o r e s , l o s a c t o r e s d e r e p a r t o y e l e q u i p o técnico,
 512
G U I L L E R M O G Ó M E Z - P E Ñ X
c a d a u n o d e l o s c u a l e s s e o c u p a d e s u t a r e a específica). L a e s t r u c t u r a d e l p e r f o r -
m a n c e t i e n d e a s e r más h o r i z o n t a l j d e s c e n t r a l i z a d a y s i e m p r e c a m b i a n t e . E n e l
p e r f o r m a n c e c a d a p r o y e c t o e x i g e u n a división d e t r a b a j o d i s t i n t a . Y c u a n d o t r a -
bajamos e n piezas unipersonales nos c o n v e r t i m o s e n productores, escritores, d i -
r e c t o r e s , y e j e c u t a n t e s d e n u e s t r o p r o p i o m a t e r i a l . I n c l u s o diseñamos l a s l u c e s , e l
s o n i d o y e l v e s t i T a r i o . N o h a y n a d a d e h e r o i c o e n e h o . S i m p l e m e n t e e s así.
E n l a práctica t e a t r a l b a s a d a e n e l t e x t o , u n a v e z q u e e l guión está t e r m i n a d o
l o s a c t o r e s l o m e m o r i z a n y e n s a y a n o b s e s i v a m e n t e , y s e representará d e l a m i s m a
m a n e r a c a d a n o c h e . E n e l p e r f o r m a n c e , y a s e a c o n t e x t o o s i n él, e l guión e s sólo
u n d i a g r a m a d e l a acción, u n h i p e r t e x t o q u e c o n t e m p l a m i i l t i p l e s c o n t i n g e n c i a s y
o p c i o n e s , y q u e n u n c a está " t e r m i n a d o " . C a d a v e z q u e p u b l i c o u n giüón d e b o
a d v e r t i r l e a l l e c t o r : " E s t a e s sólo u n a versión d e l t e x t o . L a próxima s e m a n a s e g u -
r a m e n t e será d i f e r e n t e " . .
P a r a nosotros, los ensayos, e n el sentido tradicional, n o s o n t a n i m p o r t a n t e s .
D e h e c h o , l o s a r t i s t a s d e p e r f o r m a n c e p a s a m o s más t i e m p o i n v e s t i g a n d o e l s i t i o
y e l t e m a d e l p r o y e c t o , r e u n i e n d o utÜería y o b j e t o s , e s t u d i a n d o a n u e s t r o s púbÜcos,
d e b a t i e n d o ideas c o n nuestros colaboradores, escribiendo notas rebuscadas y
preparándonos psicológicamente, más q u e " e n s a y a n d o " a p u e r t a c e r r a d a . E s s i m -
p l e m e n t e u n proceso distinto. E n e l escenario, los artistas d ep e r f o r m a n c e rara
v e z " r e p r e s e n t a m o s " a o t r o s . M á s b i e n p e r m i t i m o s q u e s e d e s d o b l e l a multipÜ-
c i d a d de n u e s t r o s y o s y nuestras voces y q u e r e p r e s e n t e n sus f r i c c i o n e s y c o n t r a -
d i c c i o n e s f r e n t e a u n público. A e s t e r e s p e c t o , N a r a P l e e m a n d i c e : " R e p r e s e n t a r
significaría s e r d i f e r e n t e ' d e l o q u e e s t a m o s h a c i e n d o . N u e s t r o c o n o c i m i e n t o y
n u e s t r a s imágenes c o r p o r e i z a d a s s o n sólo p o s i b l e s p o r q u e s o n r e a h n e n t e n u e s -
t r o s " . E s t e m o s e n t r e n a d o s o n o ( l a mayoría d e l a s v e c e s n o l o e s t a m o s ) , e s t o s e p a r a
a l o s a r t i s t a s d e p e r f o r m a n c e , e n f o r m a dramática, d e l o s a c t o r e s d e t e a t t o u n i -
p e r s o n a l q u e r e p r e s e n t a n múltiples p e r s o n a j e s ; c u a n d o A n n a D e a v e r e - S m i t h ,
E h a A r c e , o E r i c B o g o s i a n " e j e c u t a n " múltiples p e r s o n a j e s , n o l o s r e p r e s e n t a n n i
l o s actúan. Más b i e n , e h o s s e " m o r f e a n " d e n t r o y f u e r a d e e h o s s i n d e s a p a r e c e r
c o m p l e t a m e n t e c o m o " e U o s m i s m o s " . Más b i e n o c u p a n u n e s p a c i o e n t r e e l a c -
t u a r y s e r e h o s m i s m o s . E n algún p u n t o d e s u s v i d a s , a l g u n o s a c t o r e s d e t e a t r o
u n i p e r s o n a l c o m o S p a l d i n g G r a y y J e s u s a Rodríguez h a n d e c i d i d o c r u z a r l a d e l -
g a d a línea h a c i a e l p e r f o r m a n c e e n b u s c a d e h b e r t a d y p e l i g r o . L e s d a m o s l a
bienvenida.
E N D E F E N S A D E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E 513
E s c l a r o q u e existen muchas excepciones a la regla p o r ambos lados del espe-
j o ; y q u e e x i s t e n m u c h o s t i p o s de espejos.^
U u a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e sueña c o n s e r u n a c t o r
Soñé q u e y o e r a u n b u e n a c t o r , n o u n a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e s i n o u n a c t o r , u n
m u y b u e n a c t o r . Podía r e p r e s e n t a r miméticamente a o t r o s e n u n a p e h ' c u l a o e n u n a
o b r a d e t e a t r o , y e r a t a n c o n v i n c e n t e q u e podía c o n v e r t i r m e e n e s a o t r a p e r s o n a ,
olvidándome c o m p l e t a m e n t e d e quién e r a y o . E l " p e r s o n a j e " teaü'al q u e y o r e p r e -
s e n t a b a e n m i sueño e r a e l d e u n a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e ; algtüen q u e o d i a b a l a
actuación n a t u r a h s t a , y e l r e a h s m o s o c i a l y psicológico; a l g u i e n q u e d e s p r e c i a b a e l
a r t i f i c i o , e l m a q u h l a j e , e l v e s t u a r i o , l a s K n e a s m e m o r i z a d a s . E n m i sueño, e l a r t i s t a
d e p e r f o r m a n c e empezó a r e b e l a r s e c o n t r a e l a c t o r , e s d e c i r , c o n t r a mí m i s m o .
Hacía c o s a s extrañas c o m o n o h a b l a r d u r a n t e t o d a u n a s e m a n a , m o v e r s e e n
cámara l e n t a d u r a n t e t o d o u n día, o a p h c a r s e maqiüllaje t r i b a l y s a h r a l a c a l l e
p a r a d e s a f i a r e l s e n t i d o d e l o famÜiar e n l a s p e r s o n a s .
E l artista de p e r f o r m a n c e estaba claramente j u g a n d o c o n m i m e n t e , y yo, e l
" b u e n a c t o r " , m e confimdí t a n t o q u e terminé e x p e r i m e n t a n d o u n c o l a p s o t o t a b d e
i d e n t i d a d . Y a n o sabía cómo a c t u a r . U n día,adopté u n a e s t e r e o t i p a d a posición
f e t a l y m e congelé d e n t r o d e u n a g r a n v i t r i n a d e exhibición d u r a n t e t o d a u n a s e -
m a n a . P o r s u e r t e e r a sólo u n sueño. C u a n d o finalmente desperté, seguía s i e n d o e l
m i s m o v i e j o a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e , y m e sentí a g r a d e c i d o p o r n o s a b e r a c t u a r .
T i e m p o y espacio ,
E n e l p e r f o r m a n c e , las n o c i o n e s d e t i e m p o y e s p a c i o s o n c o m p h c a d a s . Llchamos
c o n u n " a l i o r a ' y u n "aquí" l i i p e r i n t e n s i f i c a d o s ; d e a m b u l a m o s e n e l e s p a c i o a m b i g u o
e n t r e e l " t i e m p o r e a l " y e l " t i e m p o r i t u a l " , e n oposición a l t i e m p o t e a t r a l o ficticio.
^ R i c h a r d S c h e c l i n e r m e a d v i e r t e : ' " Y o dirí:i q n t ; e s n e c e s a r i o t o m a r c i e r t a d i s t a n c i a teórica p a r a s e p a r a r
ai teatro q u e p r e s e n t a d r a m a s (obnis) d e l teatro q u e es 'directo'o q u e presenta ni ejecutante s i n o b r a . T a m -
bién d e b e m o s r e c o n o c e r q u e e n e l t e a t r o d e d r a m a , l o s a c t o r e s p o r l o g e n e r a l n o s o n l o s a u t o r e s ; m i e n t r a s
q u e e n e l i i r t e d e l p e r f o r m a n c e l o s e j e c u t a n t e s c a s i s i e m p r e s o n también l o s a u t o r e s " .
 514' ^ G U I L L E R M O G Ó M E Z - R E Ñ A
( E l t i e m p o r i t u a l n o d e b e c o n f u n d i r s e c o n e l m o v i m i e n t o e n cámara l e n t a . ) L i -
d i a m o s c o ' n l a " p r e s e n c i a " y l a a c t i t u d d e s a f i a n t e e n oposición a l a "representación"
o l a p r 9 f i m d i d a d psicológica, c o n e l e s t a r aquí y a l i o r a e n e s t e e s p a c i o e n o p o s i -
ción^ál " a c t u a r " o fingir q u e s o m o s o e s t a m o s s i e n d o . R i c h a r d S c h e c h n e r e l a b o r a
l a ^ i g u i e n t e idea: " E n el aite del perfi)rmance la 'distancia' entre l o real-verdadero
( s o c i a l y p e r s o n a l ) y l o simbóhco e s m u c h o m e n o r q u e e n e l t e a t r o d e d r a m a
d o n d e c a s i t o d o c o n s i s t e e n fingir, d o n d e i n c l u s o l o r e a l ( u n a t a z a d e café, u n a
silla) se c o n v i e r t e e n fingimiento".
A l i g u a l q u e e l t i e m p o , p a r a n o s o t i - o s e l e s p a d o también e s " r e a l " , h a b l a n d o
d e s d e e l p u n t o d e v i s t a fenomenológico. E l e d i f i c i o d o n d e a c o n t e c e e l p e r f o r m a n c e
es p r e c i s a m e n t e e s e e d i f i c i o . E l p e r f o r m a n c e o c u r r e p r e c i s a m e n t e e n e l día y e l
t i e m p o e n e l q u e t i e n e lugar, y e n el preciso l u g a r e n e l q u e tiene lugar. N o existe
m a g i a t e a t r a l . N o h a y suspensión d e i n v e r o s i m U i t u d . P e r m a n e c e s i n r e s p u e s t a l a e s -
pinosa p r e g u n t a de si el arte del p e r f o r m a n c e puede existir o n o e n el espacio v h t u a l .
/ E P p ^ r f o r m a n c e es p u e s u n a f o r m a d e ser y e s t a r e n e l e s p a c i o , f r e n t e o a h e -
d e d o n d e uirjDÚbhco especifico.También e s u n a m i r a d a i n t e n s i f i c a d a , u n s e n t i d o
único d e propósito e n e l m a n e j o d e o b j e t o s , c o m p r o m i s o s y p a l a b r a s y , a l m i s m o
t i e m p o , u n a " a c t i t u d " ontológica h a c i a e l u n i v e r s o . L o s c h a m a n e s , f a q u i r e s , d e r v i -
c h e s y m e r o h c o s c o m p r e n d e n e s t o m u y b i e n . L a mayoría d e l o s a c t o r e s dramáti-
c o s y l o s b a h a r i n e s , d e s a f o r t i m a d a m e n t e , n o l o e n t i e n d e n así. M e p r e g u n t o s i e s t e
n o e s u n p r . G j u i c i o mío.
E l m u n d o del arte
N u e s t r a relación c o n e l M u n d o d e l A r t e ( c o n mayúsculas) r e s u l t a agridiüce.Tradicio^
n a h n e n t e h e m o s o p e r a d o e n l a s f r o n t e r a s c u l t u r a l e s y e n l o s márgenes s o c i a l e s d o n d e
n o s s e n t i m o s más cómodos. C a d a v e z q u e n o s a v e n t u r a m o s a l o s l u j o s o s t e m p l o s
p o s m o d e r n o s d e l a alta cultm-a — d i g a m o s , para presentar nuesti-o ti'abajo e n u n
m u s e o i m p o r t a n t e — • t e n d e m o s a s e n t i r n o s u n p o c o fiiera d e l u g a r . D u r a n t e n u e s t r a
b r e v e e s t a n c i a , n o s h a c e m o s a m i g o s d e l o s g u a r d i a s d e s e g u r i d a d , d e l p e r s o n a l de;
h m p i e z a y del personal que trabaja e n e l d e p a r t a m e n t o educativo. L o s curadores
y altos fimcionarios n o s o b s e r v a n c o n b i n o c i d a r e s a c i e r t a d i s t a n c i a . Únicamente l a
noche previa a nuestra partida seremos invitados a t o m a r u n o s tragos.
E N D E F E N S A D E L A R T E D E L PERFORIv'IANCE 515
L a s i n s t i t u c i o n e s artísticas d o m i n a n t e s t i e n e n u n a relación d e a m o r / o d i o c o n
n o s o t r o s — o más b i e n c o n l o q u e e U o s p e r c i b e n q u e n o s o t r o s representamos—.
S i e m p r e que nos i n v i t a n , t i e m b l a n n e r v i o s a m e n t e , c o m o si e n secreto esperaran que
destaiyéramos l o s m u r o s d e l a galería, rayáramos u n a p i n t u r a c o n algún o b j e t o d e
utÜería, o i n c l u s o q u e n o s orinái'amos e n e l lobby. E s d i f i ' c i l d e s h a c e r s e d e e s t e e s t i g -
m a , q u e s e r e m o n t a a l o s días d e l N E A 4 ( 1 9 8 9 - 1 9 9 1 ) , c u a n d o l o s a r t i s t a s d e p e r f o r -
mance, caracterizados p o r pohticos y representantes de los m e d i o s c o m o provoca-
dores k r e s p o n s a b l e s y terroristas cidtiu-ales, f o r m a m o s p a r t e de u n a larga h s t a negra.
C a d a v e z q u e t e r m i n o u n p r o y e c t o e n u n a g r a n Instiuición, e l d i r e c t o r m e
h a m a e l día p r e v i o a m i p a r t i d a y m e d i c e : "Guiüermo, g r a c i a s p o r h a b e r s i d o . . .
t a n a m a b l e y p r o f e s i o n a l " . M u y e n e l f o n d o t a l v e z se s i e n t a u n p o c o d e f r a u d a d o
p o r q u e n o m e comporté d e m a n e r a s i m i l a r a m i s p e r s o n a j e s d e p e r f o r m a n c e .
Sueño etnográfico
Soñé q u e m i c o l e g a J u a n Y b a r r a y y o estábamos e n exliibición p e r m a n e n t e e n u n
M u s e o d e H i s t o r i a N a t u r a l . E r a m o s especímenes h u m a n o s d e u n a r a r a " t r i b u u r -
b a n a p o s m e x i c a n a " y vivíamos d e n t r o d e c a j a s d e plexiglás, j u n t o c o n o t r o s e s p e -
címenes y a n i m a l e s d i s e c a d o s . L o s d o c e n t e s d e l m u s e o n o s a f i m e n t a b a n c o n s u s
m a n o s y n o s h e v a b a n a l baño c o n c o r r e a s d e p e r r o . O c a s i o n a l m e n t e algún c u r a d o r
n o s h m p i a b a c o n u n p l u m e r o m l e n t t a s s e c r e t a m e n t e sentía a p e t i t o c a r n a l p o r n o -
sotros. N u e s t r o trabajo n o era t a n e m o c i o n a n t e , pero, p o r desgracia, puesto q u e se
t r a t a b a d e u n sueño, n o podíamos c a m b i a r e l guión. I b a más o m e n o s así: d e 1 0
a 5 , alternábamos a c c i o n e s r i t u a U z a d a s e n cámara l e n t a c o n " d e m o s t r a c i o n e s " didác-
t i c a s d e n u e s t r a s c o s t i u n b r e s y prácticas artísticas y modelábamos r o p a t r i b a l " a u -
téntica" diseñada p o r u n o d e l o s c u r a d o r e s . L o s d o m i n g o s abrían l a p a r t e fi-ontal
d e l a s c a j a s d e plexiglás p a r a q u e e l púbhco p u d i e r a t e n e r u n a " e x p e r i e n c i a más
d i r e c t a " , hanch-on c o m o d i c e n l o s g r i n g o s . U n m i e m b r o d e l p e r s o n a l d e l d e p a r t a -
m e n t o e d u c a t i v o n o s pedía q u e l e permitiéramos a l púbhco t o c a r n o s , o l e m o s e
i n c l u s o c a m b i a r n u e s t r a r o p a y a l t e r a r l a posición d e n u e s t r o s c u e r p o s . A a l g u n a s
p e r s o n a s , i n c l u s o , s e l e s permitía s e n t a r s e e n n u e s t r a s p i e r n a s y h a c e r d e n o s o t r o s
l o q u e d e s e a r a n . E r a u n a j o d a , u n a vergüenza etnográfica, p e r o c o m o J u a n y y o
éramos m e r o s " e s p e d m e n e s " y n o l U ' t i s t a s , n o podíamos h a c e r n a d a a l r e s p e c t o .
 516 G U I L L E R M O GÓMEZ-PE^A
C i e r t o día, h u b o u n i n c e n d i o . T o d o s e v a c u a r o n e l e d i f i c i o m e n o s nosotros
R e p e n t i n a m e n t e t o d o se estaba h i c e n d i a n d o . E r a algo h e r m o s o . N u n c a lie vuelto
a t e n e r e s e sueño. S u p o n g o q u e perdí l a v i d a d u r a n t e e l i n c e n d i o .
D e p o r t a d o / descubierto
E l autoproclamado " m u n d o del arte internacional" cambia c o n t i n u a m e n t e s u
actitud hacia los artistas de perfiDrmance. C a d a vez que el m u n d o del arte tiene
u n a c r i s i s d e i d e a s s e n o s p i d e p a r t i c i p a r p o r u n c o r t o p e r i o d o . U n año e s t a m o s
in ( s i n u e s t r a estética, e t n i c i d a d o p o h ' t i c a d e género c o i n c i d e n c o n s u s t e n d e n -
c i a s ) y a l s i g u i e n t e e s t a m o s ou¿. S o m o s b i e n v e n i d o s y d e p o r t a d o s u n a y o t r a v e z
de m a n e r a t a n c o n s t a n t e que y a n o s h e m o s a c o s t u m b r a d o a eUo. A l i o r a bien, si
p r o d u c i m o s v i d e o , fitografía d e p e r f o r m a n c e o a r t e instalación c o m o extensión
d e n u e s t r a o b r a performática, e n t o n c e s t e n e m o s l a o p o r t t m i d a d d e ser i n v i t a -
dos c o n m a y o r frecuencia. E n reahdad, a nosotros n o nos molesta poseer m e m -
bresía t e m p o r a l " e n e l m u n d o d e l a r t e i n t e r n a c i o n a l " . N u e s t r a i n v i s i b i l i d a d
p a r c i a l e s , e n r e a l i d a d , u n privÜegio. N o s g a i ' a n t i z a c i e r t a s h b e r t a d e s especiales
y u n a c i e r t a respetabÜidad ( a q u e h a q u e i m p o n e e l m i e d o ) q u e l o s m i e m b r o s d e
t i e m p o c o m p l e t o y l o s "darlings d e l a r t e " s i m p l e m e n t e n o t i e n e n . G r a c i a s a e s t a
libertad extra, p o d e m o s desaparecer ocasionalmente y reinventarnos u n a vez
más, e n l a s s o m b r a s y e n l a s r u i n a s d e l a civifización o c c i d e n t a l . E n veintidós
años d e h a c e r a r t e d e l p e r f o r m a n c e , h e s i d o d e p o r t a d o p o r l o m e n o s s i e t e v e c e s
d e l m u n d o d e l a r t e , sólo p a r a s e r ( r e ) d e s c u b i e r t o a l año s i g u i e n t e b a j o una
n u e v a l u z : ¿arte m e x i c a n o , l a t i n o , m u l t i c u h u r a l o híbrido? ¿Arte " e t n o - t e c n o " o
" e x t i - a n j e r o " ? ¿Arte c h i c a n o c i b e r - p u n k o " e x t r e m o " ? ¿Qiié s i g u e p u e s ? ¿ E l a r t e
"neo-aztec/hi-tech post-retro-pop-colonial"? Espero pacientemente l a hegada
de la siguiente etiqueta.
Nomcnclatiu'a luarginalizante
L a n o m e n c l a t u r a , l o s a d j e t i v o s y las e t i q u e t a s e n e l a r t e h a n c o n t r i b u i d o a l a p e r -
m a n e n t e mar-ginación d e l a i t e d e l p e r f o r m a n c e . D e s d e l o s años t r e i n t a , l o s m u c l i o s
E N D E F E N S A D E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E 517
a u t o p r o c l a m a d o s m u n d o s d e l a r t e d e l a t e n d e n c i a d o m i n a n t e e n c a d a país s e h a n
referido de m a n e r a conveniente a los artistas de p e r f o r m a n c e c o m o "alternativos"
(¿a qué, a l a r t e v e r d a d e r o ? ) , "periféricos" ( a s u p r o p i o " c e n t i - o " a u t o i m p u e s t o ) , " e x -
perimentales" c o m o queriendo decir,"en proceso permanente de prueba", o "hete-
r o d o x o s " ( e n c o m b a t e m o r t a l c o n l a tradición). S i s o m o s " d e c o l o r " (¿quién n o l o
es?) s i e m p r e s o m o s e t i q u e t a d o s c o m o " e m e r g e n t e s " , ( l a c o n d e s c e n d i e n t e versión
artística d e l o s m e n t a d o s "países e n vías d e d e s a r r o h o " ) o c o m o "recién d e s c u b i e r -
t o s " , c o m o s i fuéramos especímenes d e u n a exótica t r i b u estética. A m e n u d o , n o s -
o t r o s , c a r e n t e s d e refiexión y d e s e o s o s d e f o r m a r p a r t e d e l a " c o n t r a - c u l t i u - a " a c e p -
tamos dicha terminología. I n c l u s o l a p a l a b r a " r a d i c a l " , q u e c o n f r e c u e n c i a
u t i h z a m o s n o s o t r o s m i s m o s p a r a n o m b r a r n u e s t r a p r a x i s , h e g a a ser e m p l e a d a p o r
l a t e n d e n c i a d o m i n a n t e (mainsñ-eam) c o m o u n a l u z r o j a , c o n e l p e h g r o s o s u b t e x t o
d e : " C o m p o r t a m i e n t o i m p r e d e c i b l e . Manéjese b a j o s u p r o p i o r i e s g o " .
L o s criminales del arte
L o s a r t i s t a s d e p e r f o r m a n c e fácilmente s o m o s t a c h a d o s d e c r i m i n a l e s . L a s imá-
g e n e s a l t a m e n t e c a r g a d a s d e i m p l i c a c i o n e s s e x u a l e s , políticas o r e h g i o s a s que
p r o d u c i m o s , a m i a d a s a l a s mitologías q u e n o s e n v u e l v e n p o r s e r personalidades
púbhcas, n o s c o n v i e r t e n e n b l a n c o s r e c o n o c i b l e s d e l a i r a d e p o h t i c o s o p o r t u n i s -
tas y p e r i o d i s t a s c o n s e r v a d o r e s c o n sed d e sangre. A ehos les f a s c i n a r e t r a t a r n o s
c o m o i n a d a p t a d o s s o c i a l e s y p r o m i s c u o s , p r o v o c a d o r e s gratiütos, o ( e n E s t a d o s
U n i d o s ) c o m o b o h e m i o s "elitistas" financiados p o r e l establishmentXh'tx'A. A di-
f e r e n c i a d e l a mayoría d e m i s c o l e g a s q u e s e a s u s t a n c o n e s t o s a t a q u e s , a mí n o
m e p r e o c u p a m u c h o e s t a equívoca caracterización, p u e s c r e o q u e n o s o t o r g a
u n a c i e r t a r e s p e t a b i h d a d y p o d e r i n m e r e c i d o s como.antihéroes y c u a t r e r o s d e l a
cultura.
L o s p o h t i c o s c o n s e r v a d o r e s están p l e n a m e n t e c o n s c i e n t e s d e l p o d e r d e l a r t e
del p e r f o r m a n c e . Y cuando h e g a la h o r a de los recortes presupuestarios, el p r i m e -
r o e n d e s a p a i - e c e r e s e l d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e . ¿Por qué? E h o s a l e g a n q u e s o m o s
"decadentes", "ehtistas" o (en los Estados U n i d o s ) "antiamericanos". D e heclio, a
l o s r e p u b h c a n o s e s t a d u n i d e n s e s les f a s c i n a cai-acterizar n u e s t r o t r a b a j o c o m o u n
t i p o d e pornografía c o m u n i s t a excéntrica, p e r o —reconozcámoslo— e l h e c l i o e s
518 G U I L L E R M O G Ó M E Z - P E N A
q u e e s t o s ideólogos s a b e n m u y b i e n q u e r e s u l t a e x t r e m a d a m e n t e difícil d o m e s t i -
c a r n o s . C u a n d o u n político a t a c a a l a r t e d e l p e r f o r m a n c e , es p o r q u e s e i r r i t a c u a n d o
ye. s u p r o p i a i m a g e n d e m e n t e e s t r e c l i a o i n t o l e r a n t e r e f l e j a d a d e c a b e z a e n e l ní-
t i d o espejo del arte. M e v i e n e n i n m e d i a t a m e n t e a la m e n t e los rostros h o r r i p i l a n -
tes d e H e l m s , B u c h a n a n y G i u h a n i .
E l mainstremn d e l o b i z a r r o
E n l o s líltimos s i e t e años h a o c u r r i d o u n fenómeno q u e n o s h a d e j a d o p e r p l e j o s :
la mentada tendencia d o m i n a n t e ha devorado hteralmente el lenguaje y la imagi-
nería d e l o s m u y s o h c i t a d o s "márgenes" — c u a n t o más e s p i n o s o s y . f i l o s o s s e a n l o s
b o r d e s , m e j o r — y e l " p e r f o r m a n c e " se h a t r a n s f o r m a d o h t e r a l m e n t e e n u n a e s t r a -
t e g i a d e m e r c a d o t e c n i a s e x y a b i e r t a m e n t e " p o p " . High Performance, l a l e g e n d a r i a
revista de L o s A n g e l e s dedicada al performance, es ahora u n l e m a de comercial
d e a u t o s ; e l imbécU c o n d u c t o r d e l p r o g r a m a d e M T V Jackass ( " J u a n a s n o " ) y e l
cursi-macabro H o w a r d S t e r n se a u t o n o m b r a n "artistas de p e r f o r m a n c e " , y t a m -
bién l o h a c e n M a d o n n a , I g g y P o p , B o v \ d e y M a d l y n M a n s o n .
Las personahdades performáticas, e l c o m p o r t a m i e n t o r a d i c a l y l a i n t e r a c -
t i v i d a d s u p e r f i c i a l s o n c e l e b r a d o s c o n r e g u l a r i d a d e n l o s reality shows, l o s talk
shows y l o s d e p o r t e s e x t r e m o s . D e h e c h o , t o d o l o e x t r e m o e s h o y día l a n o r m a .
E n e s t e n u e v o c o n t e x t o , m e p r e g u n t o , ¿cómo p u e d e n l o s púbhcos jóvenes y
nuevos diferenciar entre las acciones "transgresoras" y "extremas" d e A n n i e
Sprinkle, O r l a n , o u n servidor, y los invitados de Jerry Springer o L a u r a d e
América? ¿Qué n o s d i f e r e n c i a a " n o s o t r o s " d e " e h o s " ? U n o podría r e s p o n d e r :
" e l c o n t e n i d o " . P e r o , ¿qué s u c e d e s i " e l c o n t e n i d o " y a n o i m p o r t a h o y e n día?
L o m i s m o o c u r r e c o n l a p r o f u n d i d a d y l a d i f e r e n c i a . ¿Entonces n o s hemos
q u e d a d o s i n t r a b a j o ? ¿O deberíamos r e d e f i n i r , u n a v e z más, p o r enésima v e z ,
n u e s t r o s n u e v o s roles e nu n a n u e v a era? A t r a p a d o e n t r e e l a n t i g u o dialecto
m a r g i n a h z a n t e , y e l carácter d i s t i n t i v o d e " t o d o l o i m p a c t a n t e c a b e o v a l e " d e
l a t e n d e n c i a d o m i n a n t e excéntrica ( e l mainstream d e l o b i z a r r o ) , e l t e r r e n o d e l
p e r f o r m a n c e seencuentra ante la urgente necesidad de volver a marcar nueva-
m e n t e s u t e r r i t o r i o , y d e r e d e f i n i r las n o c i o n e s binarias d e centro/perifc^l^'
t e n d e n c i a d o m i n a n t e / s u b c u l t u r a . Qiúzá u n a e s t r a t e g i a útU p a r a n o s o t r o s p u e d a
E N D E F E N S A D E L A R T E D E L P E R F O R M A N C E 519
ser o c u p a r u n c e n t r o ficticio y e m p u j a r a l a c u l t u r a d o m i n a n t e h a c i a sus v e r d a -
d e r o s márgenes indeseables.
Preguntas espinosas
A continuación p r e s e n t o a l g u n a s p r e g u n t a s típicas q u e m e h a c e n l o s p e r i o d i s t a s
de la cultura d o m i n a n t e anglosajona, seguidas p o r algunas respuestas Igualmente
"típicas" d e u n s e r v i d o r :
P e r i o d i s t a : ¿Es e l p e r f o r m a n c e a l g o r e l a t i v a m e n t e n u e v o ?
G P : N o . T o d a c u l t u r a p o s e e e s p a c i o s a s i g n a d o s p a r a l a renovación d e l a ' t r a -
dición y e s p a c i o s p a r a e l c o m p o r t a m i e n t o c o n t e s t a t a r i o y d e s v i a d o . Qiüenes o p v i -
p a m o s e s t o s últimos g o z a m o s d e c i e r t a s h b e r t a d e s e s p a c i a l e s .
P e r i o d i s t a : ¿Puedes a t n p h a r e s t a i d e a ?
G P : E n l a s c u l t u r a s indígenas a m e r i c a n a s p o r e j e m p l o , e r a n e l chamán, e l
c o y o t e , e l nanahtish q u i e n e s tenían p e r m i s o p a r a c r u z a r l a s p e h g r o s a s f r o n t e r a s d e
l o s sueños, d e l género, l a l o c u r a y l a brujería. E n l a c u l t u r a o c c i d e n t a l , e s t e e s p a c i o
h m i n a l está o c u p a d o p o r e l a r t i s t a d e p e r f o r m a n c e , e l antihéroe contemporáneo
p o r excelencia, el p r o v o c a d o r aceptado. S a b e m o s que este l u g a r existe y nosotros
simplemente lo ocupamos.
P e r i o d i s t a : N o e n t i e n d o . ¿Cuál e s e n t o n c e s l a fimción d e l a r t e d e l p e r f o r m a n -
ce? ¿Acaso t i e n e a l g u n a ?
G P : (Pausa larga). L o s a r t i s t a s d e p e r f o r m a n c e s o m o s u n c o n s t a n t e recorda-
t o r i o p a r a l a s o c i e d a d d e l a s posibüidades d e o t r o s c o m p o r t a m i e n t o s artísticos,
p o h t i c o s , sexuales y espirituales; y esta, d e b o d e c i r l o c o n v e h e m e n c i a , esu n a fim-
ción e x t r e m a d a m e n t e i m p o r t a n t e .
P e r i o d i s t a : ¿Por qué?
G P : A y u d a a o t r o s a reconectarse c o n las z o n a s p r o h i b i d a s de s u p s i q u e y de
sus c u e r p o s , y a r e c o n o c e r las p o s i b h i d a d e s d e sus p r o p i a s l i b e r t a d e s . E n este s e n -
t i d o , e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e p u e d e s e r t a n útil c o m o l a m e d i c i n a , o l a ingeniería;
y los artistas d e l p e r f o n n a n c e s o n t a n necesarios c o m o las e n f e r m e r a s , ios m a e s -
tros de escuela, los sacerdotes, o los taxistas. L a m a y o r p a r t e d e l t i e m p o , n i s i q u i e -
r a nosott:os m i s m o s s o m o s conscientes de estas f u n c i o n e s .
520 G U I L L E R M O GÓMEZ-PEÑA

P e r i o d i s t a : L o q u e q u i e r o s a b e r es, ¿qué h a h e c h o p o r u s t e d e l a r t e d e l p e r -
formance?
G P : ¿Por mí? (Pausa larga). M e h a enseñado a r e s p o n d e r . E s u n a f o r m a d e
l u c h a r o d e r e s p o n d e r . También m e h a a } a i d a d o a r e c u p e r a r m i e x t r a v i a d o s e r a -
v i c o , y a reurúr l a s p i e z a s d e m i i d e n t i d a d f r a g m e n t a d a .
P e r i o d i s t a : Señor C o m e s P i n a o C o m e s P e n i s (pronunciado en giingoñol),
¿piensa u s t e d e n e s t o t o d o s l o s días, d i g a m o s , a l o l a r g o d e t o d o e l día?
G P : C l a r o que n o . L a m a y o r parte del t i e m p o sigo c o n m i v i d a cotidiana; Inmóvil: sobre la vibrante microscopía
esadbo, investigo, m e e m o c i o n o p o r u n proyecto, pago m i s deudas, m e recupero de la danza
d e u n r e s f r i a d o , y e s p e r o a n s i o s o u n a mágica h a m a d a telefónica p a r a s e r i n v i t a d o
a p r e s e n t a r m i o b r a e n u n a c i u d a d o país d o n d e n u n c a h e estado...
P e r i o c h s t a : C r e o q u e n o e s t o y s i e n d o c l a r o : l o q u e r e a h n e n t e q u i e r o s a b e r es,
A N D R É L E P E C K I
¿qué l e h a enseñado a u s t e d e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e ?
G P : A h , u s t e d q u i e r e u n soundbite [ u n a f r a s e h e c h a ] , ¿verdad?
P e r i o d i s t a : Sí...
G P : M u y b i e n , déjeme p e n s a r u n m o m e n t o . . . (pausa dramática). Ahí l e v a .
M e a u t o c i t o : " C u a n d o y o e r a más j o v e n , e l p e r f o r m a n c e m e enseñó a r e s p o n d e r l e
a l a a u t o r i d a d . U l t i m a m e n t e m e está enseñando a e s c u c h a r c o n m u c l i a atención a
l o s demás... i n c l u s o a l o s p e n d e j o s " .
A l i g u a l q u e e l p e r f o r m a n c e , e s t e t e x t o está i n c o n c l u s o , y segiúrá c a m b i a n d o
d e o r d e n y e s t i l o e n l o s m e s e s s i g u i e n t e s . C o m o u n g u e r r e r o s i n gloría, a p a g o m i
computadora...
Continuará...

E n e r o de 2 0 0 4

Traducción d e S i l v i a Peláez

BIBLIOGRAFÍA

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André Lepecki nació en Brasil y se desarrolló como antropólogo cultural en Fortu^al^^y
como doctor en estudios del performance en la Universidad de Nueva York. Lepecki esn^o
de los investigadores más importantes dentro de los estudios delperformance en el área'ide
danza. Profesor titular en la Unive7'sidad de Nueva York, dramaturgista y ensayista^
I^epecki se destaca por su análisis de la danza contemporánea y de la imagen del cuerpo
desde una perspectiva que integra la fenomenología, los estudios poscoloniales y lapsi-
cología.
En este artículo, en el que se exploran las prácticas coreográficas contemporáneas que
se basan en una concepción de la danza que no se Umita al cuerpo en movimiento, Lepecki
analiza el fenómeno de la inmovilidad—que se considera como el grado cero de la dan-
za—Este autor aborda la inmovilidad como un umbral perceptible que reconfigura la
relación entre la dimeiíslón corporal y la subjetividad tal como se concibe desde elproyecto
de la modernidad. Lepeckiposiciona a la inmovilidad como problema, como otredad ra-
dical dentro del repertorio de acciones de las que dispone el sujeto de la modernidad para
dar cuenta de una subjetividad estable. La danza opera en este contexto como un campo
representacional donde se elabora la relación entre sujeto e imagen corporal, y a la vez se
experimenta con nuevos-modosde relacionar cuerpo y yo. Pero, como J^epecki observa, esta
constante reinvención de la relación entre corporalidad y subjetividad se encuentra cer-
cada por el límite del movimiento, es decir, la danza se define siempre ligada a un des-
arrollo en tiempo y espacio; la danza es, en exclusivo, movimiento continuo.
En su ensayo, Lepecki realiza -un recorrido histórico para caracterizar el lugar de
la inmovilidad dentro de la danza. En dicho recorrido, la coreografía de Nijinski

[523]
 524 P R E S E N T A C l

para Líi consívgradón d e l a p r i m a v e r a (1913), y fundamenialmente el surghnie'\

del c o n t a c t en los años setenta constituyen hitos indiscutibles para una reubicacián-
la inmovilidad, ya no como fondo negativo sino como elemento central a la clair E n e l p u n t o inmóvil d e l m u n d o q u e g i r a .
A partir de esta trayectoria, Lepecki ubica a la inmovilidad como metafenomenoloj N i carne n i ausencia de carne; n i desde n i hacia;
un espacio donde la disociación entre corporalidad y sujeto tal como se da en la mod E n e l p u n t o inmóvil: allí está l a d a n z a ,
nidad se revierte. A ti'avés del análisis del trabajo de Steve Paxton, en el que la iñ Y n o la d e t e n d o n n i e l m o v i m i c u c o .
vilidad opera no como un recurso coreográfico sino como una experiencia dirigida', Y no llamen fijeza
cia un modo per cep tu al nuevo, Lepecki nos lleva de la indagación de la quietvd" A l s i t i o d o n d e se u n e n p a s a d o y fiituro.
percepción de lo micro, es decir, a un abordaje de la inmovilidad como espacio'^ N i i d a n i \ a i e l t a , n i a s c e n s o ní d e s c e n s o .
amplia los 7?iárgenes del campo perceptual hacia la percepción de una constelada D e n o ser p o r e l p u n t o , e l p u n t o inmóvil,
minv movÍ77iientos, de los que rara vez tenemos conciencia. La inmovilidad surg N o habría d a n z a , y sólo e x i s t e d a n z a .
como par de la vibración, vibración del ojo del espectador en busca de su objeto de Sólo p u e d o d e c i r : ¿ Í / A ' e s t u v i m o s ,
cepción dentro de una danza de lo minúsculo, y vibración denti'o del sujeto ei N o p u e d o d e c i r d o n d e ; t a m p o c o cuánto t i e m p o ,
marco de percepción y me7noria que 7ios posibilita Í7iter7iar7ios e7i teiTÍtorios de la' P o r q u e sería s i t u a r l o e n e l t i e m p o .
jetividad sÍ7i explorai: Desde esta iiidagación o7itológica y fe7io77ie7iológica Lefi. T . S. E L I O T , d e " B u r n t N o r t o n " , Fow Quartets
pasa a analizar la. Í7imovÍlidad como intervencmi pwUtica a través del trabajo d^ Traducdón d e José E m i l i o P a c h e c o
gí'upo de coreógrafos, ci-íticos, músicos y artistas visuales que se reU7iiero7i a coi7iie"
de los 770ve7ita e72 París. Aquí la in77iovilidad aparece co7i la "inestabilidad del alie
y coloca a la danza de7itro de ima "ontología delperfor7nance" en la que la prese^í
imp)orta 77iás que el 77iovimie7ito en sí. En el trabajo de estos coreógrafos, el cuerpo
móvil to7na un lugar ce7it7-al e7i la crítica del 7nodo en que la 77iode7iiidadpresa'ib
subjetividad, la coiporalidady la senso7'ialidad. ' .v|
Es así que, a través de un aparato teórico más vinculado a la percepció7t que di
producción de movÍ7nie77to, Lepecki 7ios 77iuestra la perspectiva partiadar que los es\
dios del pe7fo7i7ia7ice puede7i ofrecer a 7iuestra C077íp7'e7isión de la danza ta7ito en^
foima actual coi7io en su 7'ecorrido histÓ7'ico. -.^
• Mi
/ 1 ¿ ¿ / E S T U V I M 0 S . D E M A N E R A E N F Á T I C A , E S T U V I M O S . S I N E M B A R G O , N O E N L A F i -

j e z a . N o d e t e n i d o s , p e r o t a m p o c o e n m o v i m i e n t o . N i detrás d e u n a m e t a n i l l e g a -
dos d e u n a t i e r r a lejana, n i e n e lascenso a los cielos n i e ne ldescenso al i n f r a -
m u n d o . . ^ / A ' e s t u v i m o s u n a v e z , n o s d i c e n , y ¿ 7 / / / ' h e m o s e s t a d o , n o t a n t o innióvÜes
s i n o deiiti'o d e l a p r o p i a i n m o v h i d a d . E s t a i n m o v i h d a d , q u e n i e g a l a ñjeza, p r o p o -
n e u n a noción p o r c o m p l e t o d i s t i n t a d e sí m i s m a . E n e s e n i n g n n l a d o , e n e s e l u -
g a r i n u b i c a b l e t a n t o e n e l e s p a c i o c o m o e n e s p e c i a l e n e l t i e m p o , £7///'una ñierza
i n i c i a s u c a h a d a l a b o r . E n e l p u n t o inmóvU q u e n o e s fijeza n i m o v i m i e n t o y a c e l a
i n m o v h i d a d q u e i n i c i a l a d a n z a , q u e , según n o s d i c e n , l o e s t o d o . E s t a i n m o v h i -
d a d n o p o s a ; n o e s fijeza. ¿Cuál sería e l e s t a d o ontológico d e t a l p u n t o inmÓA^Ü,
q u e , e n ese m o m e n t o , p a r e c e p o s e e r t o d o s l o s c o n t o r n o s v i b r a n t e s d e Mxipunctiim
p a l p i t a n t e : e s a h e r i d a a b i e r t a , q u e j u e g a a d e t e n e r y p i c a r n u e s t r a atención, c o m o
escribiría B a r t l i e s , e s e h u e c o e n l a s u p e r f i c i e d e l a i m a g e n , q u e i m p u l s a e l p r o c e s o
d e significación h a c i a u n m o v i m i e n t o v e r t i g i n o s o m i e n t r a s s e q u e d a q u i e t o , v i -
b r a n t e , allfí^ ¿Qtié i t c t o , l a b o r o p e n s a m i e n t o p u e d e h e v a r a c a b o t a l v i b r a n t e i n -
movÜidad e n l a i m p r o b a b l e p e r o aún b a s t a n t e p o s i b l e e v e n t u a h d a d d e q u e s u
i n u b i c a b l e Í ? / / ? ' d e v e n g a corpóreo? R e s p o n d e r e s t a s p r e g u n t a s n o e s sólo a b o r d a r

^ T o m o p r e s t a d o el c o n c e p t o b i e n c o n o c i d o d eR o l a n d E a r t h c s referente •Apunctiim e n l ai m a g e n
fotográfica c o m o " p i n c l i a ' z o " así c o m o " a z u r q u e m e d e s p u n t a " ; véase R o l a n d B a r t h c s , C a m e r a Lmula:
R c j l e c t i o m on P h o t o g r a p h y , R i c l i a r d H o w a r d ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , Híll a n d W a n g , 1 9 9 4 [ c d . e s p . : L a cámara
lúcida. N o t a s sobre l a fotografía, J o a q u i m S a l a - S a n a l i u j a ( t r a d . ) , B a r c e l o n a , Paídós, 1 9 9 0 , p . 6 5 ] . S i b i e n e l
e m p l e o q u e b a c e B a r t h c s ácpi/ncíun: s e limitó a l a i m a g e n fotognífíca, s u aplicación a l a teoría d e l p e r f o r -
m a n c e e s e n p a r t i c u l a r útil, e n v i r t u d d e s u " p o d e r d e expansión" metonímico, i b i d e i n , p . 4 5 .

[527]
 528 ANDRÉ L E P E C K I
l a i n t i - i g a n t e identificación d e l p o e m a y e l c o l a p s o d e s u e l e m e n t o más enigmáti-
c o — u n a i n m o v i l i d a d n o fija—• c o n l a d a n z a , s i n o i d e n t i f i c a r e l p r o y e c t o d e l a
d a n z a c o m o algo q u e se desplaza p o c o a p o c o a l o l a r g o y d e n t r o d e su i n m o v i l i -
dad n o detenida, en tanto que la danza entra en la modernidad.
El firagmento d e E l i o t sugiere que l a danza y la i n m o v i l i d a d s o n problemas
i n e v i t a b l e s p a r a e v a l u a r n u e s t r o m u n d o c a m b i a n t e . U n a evaluación q u e n o está
c o m p l e t a s i n u n a crítica d e l a relación e n t r e l o q u e s e c o n o c e c o m o " s u b j e t i v i d a d
m o d e r n a " y e s a i n t r i g a n t e i n m o v i l i d a d d e l a d a n z a . E s d e c i r , s i n u n a crítica d e l a
relación e n t r e e l s u j e t o d e l a m o d e r n i d a d y s u c u e r p o , s u i m a g e n c o r p o r a l , ( y
aquellas que r o d e a n al sujeto), y los m o v i m i e n t o s c o n que el cuerpo y el cuerpo-
i m a g e n i n i c i a n y p e r m i t e n a l s u j e t o q u e p a r t i c i p e . L a fiDrmación d e l a d a n z a m o -
d e r n a y d e l a s u b j e t i v i d a d m o d e r n a a b r e v a n d e l a m i s m a problemática g e n e r a t i v a
de c o r p o r a l i d a d y s o m e t i m i e n t o , a saber, l a c o n t i n u a p u e s t a a p r u e b a de acciones
a d e c u a d a s p a r a q u e e l c u e r p o actúe m i e n t r a s s e e s f i i e r z a p o r m a n t e n e r u n a i n t e -
g r i d a d s u b j e t i v a a n e x a d a a uña i m a g e n c o r p o r a l r e c o n o c i b l e . Además, l a s l i i s t o -
rias paralelas de la m o d e r n i d a d y su arte fimdacional^ízr excellence — l a c o r e o g r a -
fía— q u e n o s i a f i ) r m a n s o b r e l a invención d e l s u j e t o y e l e n s a y o d e l a s p o s i b l e s
imágenes c o r p o r a l e s p a r a q u e e s e s u j e t o s e i n c o r p o r e y s e m u e v a , t i e n e n e l p r o -
b l e m a e s e n c i a l d e l a i n m o v i l i d a d . E n e s a s h i s t o r i a s , así c o m o e n e s t e e n s a y o , l a
i n m o v i h d a d s u r g e c o m o z o n a e s p e c t r a l c o m p a r t i d a p a r a l a fi^rmación d e l s u j e t o y
l a experimentación c o r p o r a l : u n r e s b a l a d i z o c a m p o d e fiierza d e l a h i s t o r i a q u e s e
v u e l v e s o b r e sí m i s i n o . ^ / / / * .
E h o t u b i c a e n e l c e n t r o d e l a d a n z a , d e l m u n d o , d e " t o d o " , u n m i s t e r i o s o aUú
n o l o c a h z a b l e , n o s u j e t o a l a c r o n o m e t n ' a , inmóvü, y n o o b s t a n t e n u n c a fijo. E n
e s t o s términos, e l p o e m a n o s p r o h i b e p r e g u n t a r "dónde" p u e d e e s t a r e s t e e s q u i v o
allí; e n c a m b i o , n o s o b f i g a a p r e g u n t a r "qué" p u e d e h a b e r ahí. S u p o n g a m o s q u e e s
corpóreo, y a l m e n o s s e podrá r e c o n o c e r s u p r e s e n c i a . Después habrá q u e d e s -
c r i b i r s u c o r p o r e i d a d , y s u r g e l a p r e g u n t a : ¿cómo s e d e s c r i b e u n c u e r p o ? E n
p r i m e r l u g a r , e l c u e r p o h e r e d a d o d e l p a s a j e h a d a l a m o d e r n i d a d t i e n e u n a relación
•propietaria c o n " s u " s u j e t o ( e l c u e r p o s i e m p r e " p e r t e n e c e " a u n y o ) ; e n s e g u n d o
lugar, la m o d e r n i d a d p e r m i t e que el sujeto e x p e r i m e n t e la superficie de su cuerpo
c o m o u n a p a n t a l l a y así s e p r e s e n t e a n t e e l m u n d o e n u n a imagen; y e n t e r c e r
l u g a r , l a s u p e r f i c i e d e l c u e r p o c o m o i m a g e n s e e x p e r i m e n t a c o m o órgano despi^n
dible, e n fiotación p e r m a n e n t e e n t i - e s u b j e t i v i d a d , a l t e r i d a d y l a e x p e r i e n c i a d e l o
INMÓVIL: S O B R E L A V I B R A N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 529
corpóreo, c o m o u n a máscara q u e n o e n c a j a . E n e s t e s e n t i d o , e l i n d i v i d u o m o d e r n o ,
e s a " e n t i d a d c e r r a d a d e n t r o d e sí m i s m a , q u e r e t i r a e l s e n t i m i e n t o d e sí m i s m a a
p a r t i r d e u n a i m a g e n v i v i d a c o m o e s e n c i a " , ^ sólo p u e d e ser d e n t r o d e l a b r e c h a
confinada e ilocahzable entre subjetividad (experimentada como u n centro) y la
i n a d e c u a d a máscara d e l a i m a g e n c o r p o r a l . L a e x p e r i e n c i a : d e l a s u b j e t i v i d a d
m o d e r n a a c o n t e c e c o m o u n m o v i m i e n t o c o n f i n a d o y c i r c u l a r d e n t r o d e u n vacío
i n e x p l o r a d o , a t e m p o r a l e n e l m i s t e r i o s o allíqnt se extiende entre l ai m a g e n del
cuerpo percibido como piel/pantaha proyectada y la subjetividad percibida como
u n c e n t r o i n t e r n o . E n r a r a s o c a s i o n e s , e l sujetó " h e n a " e l allí e n t r e máscara y
s u b j e t i v i d a d , y l a s u b j e t i v i d a d y c u e r p o - i m a g e n d e v i e n e n u n o ; s o n esos m o m e n t o s
d e p l e n i t u d , q u e d e fi^rma ideológica y psicológica s e s a n c i o n a n c o m o t a l e s . L a s
s e n s a c i o n e s d e desconexión, insatisfiicción y ahenación s o n , l a mayoría d e l a s v e -
ces, l a r e g l a q u e c o m p o n e l a c o m p h c a d a d a n z a enti-e s u b j e t i v i d a d , c o r p o r e i d a d e
i m a g e n c o r p o r a l . P o r e s t a razón E h o t d e b e i n v o c a r l a d a n z a c o m o p r o b l e m a c e n -
tral: con l ahegada d el am o d e r n i d a d , l a danza surge c o m o poderoso c a m p o d e
fiierza r e p r e s e n t a c i o n a l : z o n a d e d e n s i d a d corpórea y d e i m a g e n e n d o n d e s e e n -
s a y a n l o s e x p e r i m e n t o s r a d i c a l e s d e c o r p o r a h d a d y s u b j e t i v i d a d , y d o n d e s e actúa
n u e s t r a caída e n l a m o d e r n i d a d y e n s u s m o d a f i d a d e s d e s o m e t i m i e n t o y e n c a r -
nación.-^ E s allí áonác. l a l a b o r o e l p r o c e s o d e u n a i n m o v i h d a d d a n z a n t e , n o fija,
i m p u l s a a l s u j e t o h a c i a y d e s d e u n p r o y e c t o coreográfico d e m o d e r n i d a d . L o q u e
p r e c i s a aclaración e s p o r qué E h o t u b i c a e n e l c e n t r o d e l a d a n z a y d e l m u n d o , e n
e l c e n t r o d e l e s p a c i o vacío d e l a s l u c h a s d e l s u j e t o c o n e l m u n d o — a l l í — u n a i n -
m o v i h d a d inqiüeta, v i b r a n t e . ¿Qué p u e d e o p e r a r e s t a c l a s e d e m o v i m i e n t o d e n t r o
de los confines de la z o n a vivencial del sujeto, luia z o n a de subjetividad y c o r p o -
rahdad?
^ S u e l y R o l n i k , " M o l d n - s c u r n a a l m a contemporánea: o v a z i o - p l c n o d e L y g l a C l j i r k " , e n The Ex-
p e r i m e n t a l R x e r c i s e o f F r e e d o m : L y g i a Clark, Gego, M a i h t a s Goeritz, H e l i o OiHcica a f i d M i r a Schendel, Los
A n g e l e s , ' h i e M u s e u m o f C o n t e m p o r a r y A r t , 1999.
Para el periodo que va del barroco a finales d e l s i g l o x t x , véase e n p a r t i c u l a r M a r k F r a n k o , Body
as T e x t : Jdeologies of^the B a r o q i i e Body, O x f o r d , C a m b r i d g e U m v c r s i t ) ' P r e s s , 1993; S u s a n L e i g b F o s t e r ,
Choreography a n d N n r r a t i v e : B a i l e n S f a g i n g of Síory a n d D e s i r e , B l o o m i n g t o n c Indianápolis, I n d i a n a
U n i v e r s i t y P r e s s , 1996; y L y n n G a r a f o l a ( e d . ) , R e t h i n h i n g i h e S y l p h : N e w Perspectives on the R s m a n t i c Ballet,
I d a n o v c r y L o n d r e s , U n i v e r s i t y P r e s s o f N e w E n g l a n d , 1997. P a r a e l s i g l o x x , véase s o b r e t o d o S u s a n
í^'lanning, Ecstasy a n d the D e m o n : FemÍ/iÍsm a n d N a t i o i i a l i s m i n ¿he D a n c e s o f M a r y Wigmaii, Berkclcy,
U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a P r e s s , 1 9 9 3 ; R a n d y I V I a r t i n , Critica/ Moves, D u r h a m , D u k e University Press,
1 9 9 S ; y R a m s e y B u r t , y / / i V / j Bodies, L o n d r e s y N u e v a Y o r k , R o u d e d g e , 1998.
 530 ANDRÉ L E P E C K I
E n su prehistoriu d e h danza m o d e r n a desde mediados del siglo x i x hasta l a
década d e 1 9 3 0 , e l h i s t o r i a d o r c u l t u r a l . H i h e l S c h w a r t z r e s u m e l a r u t a p a r a l e l a d e
l a m o d e r n i d a d y l a d a n z a — y d e l a modernización y l a d a n z a — c o m o e l d e s a r r o -
h o d e u n a " n u e v a c i n e s t e s i a [ . . . ] e n e l s i g l o q u e v a d e l a s c o n f e r e n c i a s púbhcas d e
D e l s a r t e [ca. 1 S 4 0 ] a l a d a n z a m o d e r n a d e l a década d e 1 9 3 0 [ . . . ] e n J a q u e , s o b r e
t o d o , e l m o v i m i e n t o s e t i - a n s f o r m a " . ' ' E s t a transformación Ríe t a n t o física c o m o
i n t e l e c t u a l , e s p i r i t u a l , p o h t i c a y coreográfica. E n o t r a s p a l a b r a s , l o s e x p e r i m e n t o s
de l a " n u e v a cinestesia" d e m e d i a d o s d e lsiglo x i x a las p r i m e r a s danzas m o d e r -
n i s t a s o f r e c i e r o n t a n t o a los performers c o m o a l púbhco l a p o s i b i l i d a d d e r e i n v e n -
tar e l cuerpo t a n t o c o m o l a experiencia d e l y o . Y a s e aa l crear m o v i m i e n t o s y
p o s t u r a s específicos q u e a d e c u a b a n e l c u e r p o a l m o d o d e producción i n d u s t r i a l , o
a l p r e d i s p o n e r e l c u e r p o h a c i a l a s e m o c i o n e s performáticas d e l o s a r r e b a t o s I d e o -
lógicos, o a l e n s a y a r e l d e s a r r o h o e incorporación d e l s i s t e m a n e r v i o s o t a n especí-
fico d e l a m o d e r n i d a d — e n e l s e n t i d o e n q u e M i c h a e l T a u s s i g e m p l e a e l término,
c o m o s o n d a s e n s o r i a l especulai^, q u e b r o t a d e l c u e r p o y se a d e n t r a e n l a p r o f i m d i -
d a d d e l m u n d o sólo p a r a a t r a p a r a i c u e r p o d e n t r o d e l n e r v i o s i s m o d e s u s c r e a c i o -
nes m u n d a n a s — , ^ sep u e d e decir que l a danza deviene a l a larga, d e f o r m a i n e v i -
t a b l e , isomórfica, d e l a condición m o d e r n a .
L o q u e necesita destacarse es q u e l a " n u e v a cinestesia" elogia y d e f i n e l a d a n z a
c o m o u n finjo c o n t i n u o , e n c u r s o , c o m o m o v i m i e n t o i n c e s a n t e . E n e s t e s e n t i d o ,
l a " n u e v a c i n e s t e s i a " c a e e n u n c o n t e x t o histórico d e longue durée [ l a r g a duración],
a l r e c i c l a r l a s p r i m e r a s n o c i o n e s d e d a n z a d e l b a l l e t romántico c o m o m o v i m i e n t o
h u i d o y c o n t i n u o . C o n f o r m e a l a tradición romántica, l o s m o m e n t o s e n q u e e l
cuerpo queda q u i e t o seperciben c o nclaridad c o m o ajenos a l a danza.^ L a i n m o -
v i h d a d , q u e f u e u n a n u e v a preocupación p a r a l o s coreógrafos, maitres de ballet,
H i l i e l S c l i w n r t 2 , " T o r q u e . - l l i e N e w K i n a c s t h e t i c " , e n Jonaüiíin C r a r y y S a n d f o i d K w i n t e r ( e d s . ) ,
hicorporntions, N u e v a Y o r k , 1992, p . 77.
5 Véase M i c h a e l T a u s s i g , The N e r v o u s System, L o n d r e s y N u e v a Y o r k , R o u t l e d g e , 1993, e n particular
i a introducción y l o s capíuilos 7 y 8 .
^ P a t a u n a v i v i d a descripción, véase D c b o r a l i J o w i t t , T i m e n7u¡ the D a n c i i i g I m a g e , B e r k e l c y , l ^ ^ ' ^ ' ^ f '
s i t j ' o f C a l i f o r n i a P r e s s , 1 9 8 S . E n anticipación d e l p r i m e r b a l l e t romántico, H e i n r i c h v o n ICleíst c s c r i b i ^ ^
e n I S I O : " L a s m a r i o n e t a s , c o m o l o s e l f o s , n e c e s i t a n e l s u e l o sólo p a r a t o c a d o c o n l i g e r e z a y r e n o v a r
i m p u l s o d e s u s m i e m b r o s a través d e e s a d e m o r a momentánea. L o s s e r e s h u m a n o s l o n e c e s i t a m o s p n ^
d e s c a n s a r e n él, p a r a r e c u p e r a r n o s d e l o s e j e r c i d o s d e l a d a n z a , mojnento que a todas luces no f o r m a f^^^^
la d a n z a " . Véase lüeist, " T l i c P u p p e t H i e a t r e " , e n P h i l i p B . M i l l e r ( e d . ) , A n Abyss D e e p E n o u g b : L e t t e r s o]
I - I e i u r k h v a n Kleist, wiíh a Selection ofEssays andAnecdotes, N u e v a Y o r k , D u t t o n , 19S2.
INMÓVIL: S O B R E L AV I B R A N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 531
b a h a r i n e s y críticos, t u v o , e n p r i m e r a i n s t a n c i a , u n a fimción e s t r u c t u r a l : l a d e s e r
e l o t r o e s p e c t r a l d e l a d a n z a . P o r s u p u e s t o q u e l a fijeza d e u n a p o s e f o r m a b a p a r t e
de.1 v o c a b u l a r i o d e l a c o r e o g r a f i ' a , p e r o d i c h a i n m o v i h d a d o p e r a b a semiótica y fi-
siológicamente c o m o " p a u s a " , c o n l o q u e s i n d u d a n o c o r r e s p o n d e a i o s m o v i -
m i e n t o s y g e s t u a h d a d e s d e l a d a n z a e n sí; además, e s t a s p o s e s y p a u s a s n o e r a n
más q u e u n a imperfección h u m a n a , u n a r r e g l o d e l a f o r m a a n t e s q u e e l i d e a l d e l a
d a n z a c o m o t r a y e c t o r i a . D e h e c h o , s i n o s e t r a t a b a d e u n a p o s e fiigaz, l a i n m o v i -
h d a d e r a e s e e l e m e n t o p e r t i u h a d o r q u e , p o r s u i n m i n e n t e a m e n a z a , podía n o sólo
p e r t u r b a r e l flujo mágico d e l a d a n z a , s i n o , más aún, s o c a v a r l a i d e n t i d a d m i s m a
d e u n a f o r m a d e a r t e q u e b u s c a s u definición autónoma y e s t a b l e . ^ E n u n a m a n e r a
que recuerda l af o r m a c o m o M a u r i c e M e r l e a u - P o n t y define l o invisible c o m o
algo n u n c a del t o d o independiente d e l o visible, sino c o m o l a"filigrana" intersticial
d e l o v i s i b l e , ^ l a i n m o v i h d a d o p e r a b a c o m o l a a m e n a z a i n t e r s t i c i a l c u y a erupción
i n m i n e n t e e i n c o n t r o l a b l e d e f i m ' a y contenía l o s h ' m i t e s m i s m o s d e l a i m a g i n a -
ción coreográfica. L o m i s m o p u e d e d e c i r s e r e s p e c t o d e l a " n u e v a c i n e s t e s i a " d e l a
d a n z a m o d e r n a . S c h w a r t z d e s t a c a cómo l o s b a i l a r i n e s d e l a " d a n z a m o d e r n a "
insistían e n l a noción d e fluidez y e n m a n t e n e r e l i m p u l s o d e l finjo " n a t u r a l " d e l
cuerpo. S i n embargo, cabe observar q u e e l s u r g i m i e n t o d el a"danza m o d e r n a " a
finales d e l s i g l o x i x s e definió p o r s u férrea oposición a l baüet. S e i n v e n t a r o n
técnicas y n u e v o s l e n g u a j e s coreográficos, c a r a c t e r i z a d o s p o r u n espíritu c o n t r a r i o
a l a técnica y l e n g u a j e d e l b a l l e t : l a búsqueda d e l o "espontáneo", m o v i m i e n t o s
" n a t u r a l e s " y l a aceptación d e l a g r a v e d a d y l o s d e s p l a z a m i e n t o s descendentes.
C o m o p r e f a c i o a e s t a s i n v e n c i o n e s s e pi'esentó e l a c t o más r e v o l u c i o n a r i o d e l a
d a n z a m o d e r n a , u n a c t o q u e e n sí m i s m o u b i c a r a d i c a l m e n t e l a d a n z a fiiera d e
L a a m e n a z a d e l a i n m o v i l i d a d aún o b s e s i o n a l a s deñniciones contemporáneas d e l a d a n z a . S e a p r e -
c i a l a presión p o r e l m o v i m i e n t o c o m o definición ontológica d e i a d a n z a e n n u m e r o s a s r e s e n a s y e n a l g u -
n a s f u e r t e s p o s i c i o n e s ideológicas p o r p a r t e d e c i e r t o s p r o g r a m a d o r e s . C o m o e j e m p l o d e e s t o s últimos, e l
f e s t i v a l d e d a n z a i i n u a l e n l a c i u d a d d e O p o r t o e s d e l o más e v o c a t i v o , c o n e l i m p e r a t i v o título d e D a n c c m !
[¡Danza!]. E n c u a n t o a l a identificación d e l a d a n z a c o m o m o v i m i e n t o , e l s i g u i e n t e p a s a j e d e A r l e n e
C r o c c , e n s u n o t o r i a reseña d e Still/Iiere, d e B i l l T . J o n e s , e s i l u s t r a t i v o : " E n teoría, s o y p e r c e p t i v a a t o d o . . .
u n a v e z . Sí s e m u e v e , m e i n t e r e s a ; s i s e m u e v e c o n música, m e e n c a n t a . Y s i n o m e g u s t a l o q u e v e o e n
r a r a s o c a s i o n e s será p o r l a b a j a definición d e l e l e m e n t o d e l a d a n z a " . Véase A r J e n c C r e c e , " D i s c u s s i n g d i e
U n d i s c u s s a b l c " , V)e N e w Yorker 43,1994, L X X , p . 56. S o b r a d e c i r q u e e l " e l e m e n t o d e l a d a n z a " es s i e m p r e
m o v i m i e n t o , l U g o q u e e l título d e l a o b r a d e J o n e s s o c a v a d e s d e e l p r i n c i p i o .
^ M a u r i c e M c r l e a u - P o n t ) ' - , Vje Visible a n d the Invisible., E v a n s t o n , N o r d i w e s t c r n University Press,
1 9 6 1 , p . 2 1 5 [ c d . e s p . : L o visible y lo invisible, B a r c e l o n a , Sei.\ Barnü, 1 9 6 6 ] .
 ANDRÉ L E P E C
k s ideologías d e l a tradicióí:i romántica d e l b a l l e t : l a i n m o v i l i d a d y a n o s e c o n s
deraba u n a a m e n a z a , sino l a f u e n t e m i s m a de la danza.
E n e l c u e r p o e n r e p o s o h a y m i l d i r e c c i o n e s o c u l t a s , u n s i s t e m a c o m p l e t o d e U~
neas que lo predisponen hacia la danza.'
E s t a declaración d e J a c q u e s Riviére e s u n h i t o e n l a panorámica p e r c e p t u ,
de la historia m o d e r n a de la danza. Escrita bajo los efectos del p o d e r explosivo d
l a coreografía d e V a s l a v N i j i n s % p a r a Le Sacre diiprintemps [La consagración de l
primavera] ( 1 9 1 3 ) , d e I g o r S t r a v i n s k y , e s t a aíñ-mación r e u b i c a l a cuestión d
c u e r p o inmóvh d e f o r m a s i n p r e c e d e n t e . E l c u e r p o inmóvh, p a r a Riviére, e s d a n
z a e n p o t e n c i a ; s e u b i c a e n u n a posición r a d i c a l m e n t e d i s t i n t a d e l a q u e g u a r ' d a b ^
h a s t a e n t o n c e s e n e l b a h e t , y d e f o r m a más n o t a b l e e n l a s ideologías d e l b a h i
romántico. E s j u s t a m e n t e a c a u s a d e e s t a relación d e l a coreografía d e N i j i n s '
c o n l a i n m o v i h d a d q u e , s o s t e n g o , Riviére d e c l a i ' a c o n h r m e z a q u e Le Saa-e du
printemps " y a n o t i e n e ningún l a z o e n a b s o l u t o c o n e l b a h e t clásico".^° P a i ' a Riviére,
l a coreografía e s m u c h o más r e v o l u c i o n a r i a q u e l a p a r t i t m - a d e S t r a v i n s k y . U n
j u i c i o d e e s t a índole s e f u n d a a l c o n s i d e r a r - e l e f e c t o r a d i c a l d e l a i n m o v i h d a d , n o
y a c o m o u n e l e m e n t o r e p r o b o d e l a d a n z a , s i n o u n i n s t r u m e n t o más d e s u c o r -
p o r a h d a d . E n l a interpretación d e La consagración de la primavera que nos d a
J a c q u e s Riviére, l a i n m o v i h d a d s m g e e n e l t r a t a m i e n t o d e N i j i n s k ) ^ d e l c u e r p o ,
c o m o f r a g m e n t a d o t e m p o r a l m e n t e . E l c u e r p o d a n z a n t e saca su e x p r e s i v i d a d d e ,
u n a tensión e n t r e l a h g u r a d e t e n i d a y l a i m a g e n móvil. E s t e proñindo c a m b i o - f '
coreográfico, e n e l q u e l a i n m o v h i d a d s e d e s p l a z a d e l s e g u n d o a l p r i m e r p l a n o d e ,
l a percepción, p r o y e c t a l a d a n z a h a c i a n u e v o s c a m p o s ontológicos. E n e s t e n u e v o ;
t e r r i t o r i o , e l c u e r p o inmóvil s e p e r c i b e n o c o m o a l g o q u e s e r e p r i m e , s i n o c o m o , í
g e n e r a d o r d e d a n z a . H i p n o t i z a d o p o r l a p o t e n c i a d e l a reconfiguradón d e N i j i n s k y
d e m o v i m i e n t o y detención, Riviére p r o c l a m a e i c u e r p o e n r e p o s o c o m o p l e n o d e
p o s l b i h d a d e s ociütas p a r a p r e d i s p o n e r a l c u e r p o h a c i a l a d a n z a . P r e s t e m o s más
^J a c q u e s Rlvicre, " L e S a a e d u piintcmps", citado en L i n c o l n Kirsteln, Nijinsky Daamig, N u e v a
Y o r k , 1975, p . 1 6 5 . '
B i d e m , p . 164.N o c o i n c i d o c o n i a p r o p u e s t a d e L i n c o l n ICirstcin d e q u e N i j i n s k y niegii el ballet
sólo p a r a q u e d a r s e d e n t r o d e s u s p r e m i s a s . D e s d e i a p e r s p e c t i v a d e l a i n m o v i l i d a d , e l p u n t o d e p a r t i d a
r a d i c a l d e N i j i n s k y e s también d i s t i n t o d e l a c e n t o d e l a " n u e v a c i n e s t e s i a " e n e l m o v i m i e n t o . E s t e a s p e c t o
d e l a o b r a d e N i j i n s k y e n relación c o n l a d a n z a m o d e r n a r e q u i e r e m a y o r cxplomción.
INMÓVIL: S O B R E L A V I B R A N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 533
atención a l a semántica. S i , según Riviére y N i j i n s k ) ^ , l a i n m o v i h d a d e m p i e z a a
p e r c i b k s e c o m o p a r t e d e l a d a n z a , e s d e m a n e r a u n p o c o periférica, c o m o c o n d i -
ción p r e v i a a l a d a n z a . Riviére señala s u i m p o r t a n c i a c o n i p o s i c i o n a l y s u s I m p h -
c a c i o n e s r e v o l u c i o n a r i a s , p e r o a l m i s m o t i e m p o h m i t a l a noción: l a i n m o v i h d a d
d e a l g u n a m a n e r a , d e b e e s t a r p r e s e n t e , d e b e n a c e p t a r s e s u s e f e c t o s , p e r o sólo
c o m o g e n e r a d o r a d e d a n z a . L a i n m o v h i d a d y a n o es e l o t r o d e l a d a n z a , s i n o q u e
permanece fiiera d e eha, c o m o u n potencial, c o m o u n "sistema" que p e r m i t e a l
c u e r p o " p r e d i s p o n e r s e " h a c i a l a d a n z a . L a i n m o v i h d a d e s d a n z a p o t e n c i a l , quizá
s e a l a fiaente p r i n c i p a l , p e r o n o e s d e l t o d o d a n z a . I s a d o r a D u n c a n , e n s u r e l a t o d e
cómo g e n e r a s u " n u e v a d a n z a " , e v o c a l a i n m o v i h d a d d e m a n e r a s e m e j a n t e . E l
pasaje de sus m e m o r i a s es b i e n c o n o c i d o : .
Permanecía h o r a s y h o r a s , inmóvU y estática, c o n ias d o s m a n o s c r u z a d a s s o b r e
m i s s e n o s , c u b r i e n d o el p l e x o s o l a r . M i m a d r e se a l a i - t n a b a a l v e r m e t a n t o d e m -
p o inmóvil, c o m o e n éxtasis; p e r o y o p u d e , a l fin, d e s c u b r i r e i r e s o r t e c e n t r a l d e
todo m o v i m i e n t o . "
Sólo c o n l a i n m o v i h d a d , sÜendo y p r o f i i n d a auscultación i n t e r n a podían e l
m o v i m i e n t o y l a d a n z a t o m a r contx-ol d e l cuerpo de D u n c a n . C o m o e n el caso d e
N i j i n s k ) ^ la i n m o v i h d a d n o esdanza, m a s y a n o era u n a a m e n a z a p a r a eha. S u p o -
d e r e r a m e t a f i s i c o , t r a s c e n d e n t a l i n c l u s o , p e r o n o coreográfico.^^ E n e l p a s o d e l s i -
g l o X I X a l X X , c u a n d o l a d a n z a s a l t a a l m o d e r n i s m o , s e a a l r e f o r m u l a r l a tradición
d e l b a U e t o a l c r e a r l a ti-adición d e l o q u e S c h w a r t z denominó l a " n u e v a c i n e s t e s i a " ,
la i n m o v i h d a d adopta el papel de m a t r i z invisible y generadora de danza. S i n e m -
b a r g o , p o r más q u e i m p u l s e , aún n o actúa; l a i n m o v i h d a d p e r m a n e c e c o m o n o t a
e n b l a n c o q u e d e f i n e l o s p a s o s i n i c i a l e s d e i m a transformación p e r c e p t u a l .
Sólo aqueüo q u e u n a v e z f u e c a p a z d e d i s i m u l a r s e p u e d e h a c e r s e v i s i b l e . ^ ^
11 I s a d o r a D u n c a n , M y Life, N u e v a Y o r k , C a r d e n Cit)' P u b . C o . , 1927 [ e d . esp.: M i vidn, B u e n o s
A i r e s , L o s a d a , 1938].
12 M a r k F r a n k o d i s c u t e e s t e p u n t o , e n p a r t i c u l a r c o m o s e a p l i c a e n D u n c a n , e n Da?2ci?igModernisni
PerformÍ7ig Politics, B l o o m i n g t o n e Indianápolis, I n d i a n a U n i v e r s i t y ' P r e s s , 1995, p p .1-22.
13 G e o r g e s D i d i - H u b e r m a n , P h a s m e s : E s s a i s snr l ' A p p a r i t i o n , París, E d i t i o n s d e M i n u i t , 1998, p . 15
[trad. del autor].
 534
ANDRÉ
A p r i n c i p i o s d e l a década d e 1 9 7 0 , S t e v e Píixton, m i e n t r a s t i ' a b a j a b a en-vJ
técnica q u e s e conocería c o m o improvisación d e c o n t a c t o ['contact improvisatio
a l final aceptó l a s n o t a s e n b l a n c o q u e l o s m o d e r n o s d e v e l a r o n y e m p l e a r o n có
t i m i d e z , p a r a p r o m o v e r l a s c o m o r e c u r s o s c o m p o s i c i o n a l e s y técnicos p l e n o s . P '
t o n d i o a l a i n m o v i l i d a d u n e s t a t u s fenomenológico y ontológico incuestionatí
c o m o d a n z a ( y n o sólo c o m o " p o t e n c i a l d e d a n z a " u " o r i g e n " , telón d e
d a n z a , o a p l i c a c i o n e s s i m i l a r e s ) . P a x t o n d e s c r i b e u n e j e r c i c i o q u e usó p a r a s u o b '
Magnesium, e j e r c i c i o q u e l l a m a , c o n j u s t e z a , " d e p i e " (stand) o " l a pequeña d a n z "
B u e n o , a n t e s q u e n a d a , es un^percepción muy sencilla: t o d o l o q u e h a y q u e h a c e r es \
p o n e r s e d e p i e y a continuación r e l a j a r s e , [se] sabe, y e n u n m o m e n t o d e t e r m i n a d o
se d a u n o c u e n t a d e q u e se relajó t o d o Jo q u e se p u e d e r e l a j a r p e r o q u e a r i n se está
d e p i e y d e q u e esa p o s t u r a es m u y p a r e c i d a a u n movimiento dÍ7?iinuto [ . . . ] e l e s -
q u e l e t o q u e l o s o s t i e n e a u n o e r g u i d o a u n q u e s e esté m e n t a l m e n t e r e l a j a d o [ . . . ]
L o l l a m o "pequeña d a n z a " [ . . . ] Elegí ese n o m b r e e n g r a n m e d i d a p o r q u e es m u y
d e s c r i p t i v o d e l a situación y p o r q u e m i e n t r a s se está d e p i e y se s i e n t e l a "pequeña
d a n z a " se está c o n s c i e n t e d e q u e n o se está " h a c i e n d o " , d e m o d o q u e , e n c i e r t o
s e n t i d o , u n o s e v e a sí m i s m o r e a l i z a n d o e l p e r f o r m a n c e ; se o b s e r v a a l p r o p i o
c u e r p o l l e v a n d o a c a b o s u flmción. Y l a m e n t e n o está o c u p a d a e n n a d a n i b u s c a ''
r e s p u e s t a a l g u n a n i se e m p l e a c o m o i n s t r u m e n t o a c t i v o , s i n o c o m o lente para con- \
centrarse en determinadas percepciones}'^
E n e s t a c i t a s e i d e n t i f i c a e l interés d e P a x t o n , d e s d e p r i n c i p i o s d e l a décá
d e 1 9 6 0 , e n l a "democratización" d e l a d a n z a y d e l c u e r p o d a n z a n t e , t a l c o m o é|
otros la practicaron y exploraron en la Judson C h u r c h , e n N u e v a York.^^ Asimi^
m o s e m a n i f i e s t a l a c l a i - a articulación d e c i e r t a s a f i n i d a d e s estéticas e n t i - e l a s láé
de P a x t o n sobre e lcuerpo danzante y los previos e x p e r i m e n t o s de J o h n C a g e '
relación c o n l a composición m u s i c a l , e n t r e l o s c u a l e s d e s t a c a e l u s o d e l s i l e n c i o . "
revolución g e n e r a d a p o r J o h n C a g e n o s e d e r i v a d e l a introducción d e l s i l e n c i o e
S t e v e Piuíton, Co7ilact Qunrterly, v o l . 3 , núm. 1 , 1 9 7 7 [ c u r s i v i i s e n e l o r i g i n a l ] .
H a y u n a reseña d e l o s " p o s m o d e r n o s " d e J u d s o n C h u r c l i y s u p r o y e c t o d e u n c u e r p o d a n z a n
democrático e n Salíy Bañes, D e m o c r a c y s Bocly: Judson D a n c e Vjeaten 1962-1964, A n n Arbor y Lond.
U M i R e s e a r c h P r e s s , 1983. S o b r e l a preocupación d e P a x t o n c o n l a democratización d e l c u e r p o d a n z a
e n e l c o n t a c t e n C y n d i i a N o v a c k , véase S h a r i n g i h e D a n c e : Contact I m p r o v i s a t i o n a n d A m e r i c a n Cidtiit^
M a d i s o n , Universit)' o f W i s c o n s i n Press, 1990.
INMÓVIL: S O B R E L A V l , B R A N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 535
L E P E C
l a composición, s i n o d e l a afirmación r a d i c a l d e l sÜencio c o m o composición, d e l
s i l e n c i o c o m o música. R e c o r d e m o s l a s i n t e n c i o n e s m a n i f i e s t a s d e 4'33'': e l p i a -
n o sÜente, más q u e e j e c u t a r u n a negación d e l o s e n s o r i a l , g e n e r a u n a i n t e n s i f i c a -
ción d e l o a u d i t i v o ; s e p i d e a l púbhco q u e p e r c i b a q u e e s e s i l e n c i o e n r e a l i d a d está
l l e n o d e pequeños s o n i d o s . L a implicación e s q u e d e h e c h o n o h a y s i l e n c i o aüi,
fiando depj sino u m b r a l e s d e percepciones sensoriales que se Intensifican por m e d i o d e l a
microscopía. D e m a n e r a s e m e j a n t e , l a revolución d e P a x t o n s e d e r i v a d e s u a f i r -
mación d e l a i n m o v i l i d a d c o m o d a n z a ; e n última i n s t a n c i a , c o m o e s c r i b e e n l a
c i t a , n o h a y i n m o v i l i d a d , s i n o sólo c a p a s d e m o v i m i e n t o s minúscidos. E n e l p u n t o
q u i e t o d e l c u e r p o , n o h a b r e m o s d e h a l l a r a s c e n s o n i d e s c e n s o , s i n o sólo a u s e n c i a
d e fijeza. L a i n m o v i l i d a d está h e n a d e m o v i m i e n t o s microscópicos.
L a aceptación d e l a i n m o v i l i d a d p o r p a r t e d e P a x t o n c o m o f o r m a d e d a n z a
necesita, i m p l i c a , p r o d u c e u n r e a c o m o d o radical del c a m p o perceptual del sujeto.
E n e s t e u m b r a l p e r c e p t u a l t i e n e l u g a r u n a reorganización s e n s o r i a l e n u n ámbito
microscópico, q u e P a x t o n U a m a " m o v i m i e n t o s d i m i n u t o s " , y l a i n m o v i l i d a d r e v e l a
sus n u m e r o s a s capas d e i n t e n s i d a d e s v i b r a t o r i a s . L o q u e evoca l a " i n m o v i l i d a d
c o m o d a n z a " d e P a x t o n , i g u a l q u e e l s i l e n c i o e n C a g e , es m e n o s u n a e s t r a t e g i a c o m -
p o s i c i o n a l q u e u n e n s a y o v i v e n c i a l d e l o q u e e l filósofo José G i l d e n o m i n a
mia-oscopía d e l a percepción, m o d o d e percepción q u e l l e v a a u n a " m e t a f e n o m e -
nología".^^ S u r g e u n a p r e g u n t a c u a n d o n o s d e s p l a z a m o s d e l a inmovÜidad a l o
mia-oscópico, y d e allí a l o fenomenológico: ¿las e x p e r i e n c i a s d e i s i l e n c i o s o n o r o
y l a i n m o v i l i d a d v i b r a t o r i a c a l i f i c a n c o m o "percepción", o e s t e término d e b e e m p l e -
a r s e sólo e n s u a s p e c t o metafórico?" Sólo a l r e s p o n d e r l a p r i m e r a p a r t e d e l a p r e -
g u n t a d e f o r m a a f i r m a t i v a p o d e m o s d e s p l a z a r n o s h a c i a l a fenomenología, más
p a r t i c u l a r m e n t e a u n a metafenomenología d e pequeñas p e r c e p c i o n e s . E n l a m e -
d i d a e n q u e l a " d a n z a pequeña" i n t e n s i f i q u e l a d a n z a i n t e r n a , m u s c u l a r , n o d a l ,
hnfática, v i b r a t o r i a , d e l c u e r p o , c o m o d e s a i b e P a x t o n , s u e s t r u c t u r a s e n s o r i a l será
isomórfica r e s p e c t o d e l a s d e s c r i p c i o n e s d e l o q u e l o s e s t u d i o s e n psicología d e l a
percepción l l a m a n "propiocepción i n t r o s p e c t i v a " [propiocepción también s e c o n o c e
e n español c o m o " s e n s i b i h d a d anestésica"]. E n e s t e t i p o d e percepción, " u n a p a r -
t e d e n u e s t r a atención p e r c e p t u a l s e c u r v a p a r a a l e j a r s e d e s u s o b j e t o s v i s u a l e s y
auditivos naturales, y activamente se dirige de m o d o i n m e d i a t o hacia alguna parte
José G i l , A I m a g e n ! N u a e as Pequeñas Percepf des, L i s b o a , R c l o g i o D ' a g u a , 1 9 9 6 .
 536 ANDRÉ L E P E C K I
d e l c u e r p o , c o m o u n b r a z o " . L a propiocepción i n t r o s p e c t i v a n o e s u n a e x p l o r a -
ción c o g n i t i v a ( s i b i e n d e f o r m a c a u s a l p u e d e l l e g a r a s u s t e n t a r l a ) , s i n o u n a ' ex->
p e r i e n c i a d e atención" v e r d a d e r a , e s d e c i r , " u n p e r c i b i m i e n t o " . ^ ^ E n e l c a s o d e l a
d a n z a pequeña, q u e d a r inmóvil c o m p r o m e t e n o sólo a u n a p a r t e específica d e l
c u e r p o , s i n o q u e e l c u e r p o e n t e r o e s e l o b j e t i v o d e l a propiocepción i n t r o s p e c t i v a ,
q u e s e añade a l a i n t e n s i d a d d e l a percepción y p o r e n d e a l a c o n c i e n c i a a u m e n t a -
d a d e l a microscopía. Además, l a propiocepción i n t i - o s p e c t i v a p r o d u c t o d e l a d a n - '
z a pequeña m e z c l a e n proñ.mdidad l o q u e l a m o d e r n i d a d s i e m p r e trató d e d i s o -
ciar: e l sujeto y s u cuerpo. C u a n d o e l sujeto p e r m a n e c e quieto, escucliandoj
s i n t i e n d o , o l i e n d o sus p r o p i a s v i b r a c i o n e s , ajustes, t e m b l o r e s c o r p o r a l e s fluyendo
a través, a l o l a i - g o , d e n t r o d e l e s p a c i o e n t r e e l núcleo d e l a s u b j e t i v i d a d y l a s u p e r -
ficie d e s u c u e r p o , n o h a y más q u e l a revelación d e u n e s p a c i o i n f i n i t o , n o u b i c a -
b l e , p a r a l a microexp]oración d e l p o t e n c i a l múltiple d e l a s s u b j e t i v i d a d e s y c o r p o -
r a h d a d e s q u e s o n p a r t e d e u n o m i s m o y d e o t r a f o r m a n o s e s i e n t e n . L a "pequeña
d a n z a " s u c e d e e n e s e l u g a r i n d e f i n i d o ; e l bailarín d e b e e x p l o r a r e l n o locaÜzable
allí e n t r e s u b j e t i v i d a d y c u e r p o - i m a g e n .
S i l o q u e s e h a e x p u e s t o . r e s u m e , d e m a n e r a s e n c i l l a , l a psicología d e l a p r o -
piocepción, e s a l a relación d e e s t a última c o n l a filosofía a l o q u e a l i o r a s e d e b e
d h i g i r l a atención c o n e l fin d e s o n d e a r c o n más p r o f u n d i d a d e n l o s p r o b l e m a s
estéticos, s o c i a l e s y e x i s t e n c i a l e s q u e g e n e r a l a i n m o v i l i d a d : l a problemática d e l a
postiu-a d e l c u e r p o respecto d e l m u n d o y respecto d e l y o , c o n f o r m e e l s u j e t o se
s u m e r g e e n u n a microscopía d e percepción, u n a fenomenología d e i n t e r i o r i d a d ,
e s e ¿z/Zí d o n d e , d e t e n i d o e n u n a i n m o v i h d a d v i b r a t o r i a , e l s u j e t o i n t e n t a e n c o n -
trarse c o n su cuerpo.^^
Briíin O ' S h a u g h n c s s y , "Propríoception a n d t l i c B o d y I m a g e " , e n TJjeBody a n d t b e Self, Cambridge,
Massnchuseüts, M I T P r e s s , 1998, p . 1 7 5 .
Jbidem., p . 176.
C n a n d o t e r m i n a b a e s t e e n s a y o m e topé c o n l a e x t r a o r d i n a r i a noción d e S u c l y R o l n i k d e l " c u e r p o
v i b r a t o r i o " [corpa -uibrátil]. E l c o n c e p t o s e e l a b o r a e n e l l i b r o d e R o l n i k Cartografía S e n t i m e n t a l D-niisfor-
mnfdes Coníemporánens do Desejo, S a o P a u l o , E d i t o r a S u l l n a , 1989. E n u n a comvmicación p e r s o n a l , R o l n i k
m e cxpUcó q u e e l " c u e r p o v i b r a t o r i o " e s " e l p o t e n c i a l q u e t i e n e n n u e s t r o s c u e r p o s e n l a vibración c o n l a
música d e l m u n d o " , y, en e s t e s e n r i d o , " n u e s t r a s u b j e t i v i d a d c o n s t a d e d i c h a composición s e n s o r i a l " . M i
e m p i c o d e l a p a l a b r a " v i b r a t o r i o " e n e s t e t e x t o p r e c e d e m i c o n o c i m i e n t o d e l a e l a b o r a d a noción d e R o l n i k .
S m e m b a r g o , l a cercanía semántica n o e s e n a b s o l u t o p r o d u c t o d e a l g u n a c o i n c i d e n c i a . A u n q u e m i u s o
d e " v i b r a t o r i o " e s d i s t i n t o d e l d e R o I n J k e n e l énfasis q u e p o n g o e n l o táctil y l o p r o p i o c e p t i v o más q u e
e n l o m u s i c a l , n u e s t r a teorización c o n c u r r e n t e d e u n " c u e r p o v i b r a t o r i o " p a r e c e i m p u e s t a p o r u n interés
INMÓVIL; S O B R E L A V I B R > V N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 537
T o d o e l t i e m p o e s t a m o s r o d e a d o s d e metafenómenos i m p e r c e p t i b l e s , d e l o s
cuales s u r g e n k s m i c r o p e r c e p d o n e s c o m o ex-traiios i n d i c a d o r e s . D e s d e el p u n t o
d e v i s t a d e las pequeñas p e r c e p c i o n e s , t o d o s o p o r t a e l c a m b i o ; l a i n m o v i l i d a d
d e v i e n e : n o v i m i c a t o , y l o estable, inestable.^''
^ j D e qué f o r m a t i e n e l u g a r e l p r o c e s o d e m e t a m o r f o s i s d e l a i n m o v i l i d a d e n
m o v i m i e n t o , d e l o e s t a b l e e n i n e s t a b i l i d a d , d e s c r i t o p o r José G i l ? S a b e m o s q u e
es u n a cuestión d e i n t e n s i d a d , d e l a s múltiples c a p a s d e i n t e n s i d a d e s q u e e j e c u t a
e l c u e r p o p o r m e d i o d e l a i n m o v i l i d a d . P e r o l a e x p e r i e n c i a d e l a inmovÜidad e n l a
d a n z a se h a descrito basta a h o r a desde la perspectiva del sujeto que baila. D e h e -
c h o , e n l a descripción d e P a x t o n d e l a "pequeña d a n z a " , e l c e n t r o d e atención r e -
s i d e én l a e x p e r i e n c i a d e l bailarín. S i b i e n l a i n m o v i l i d a d s e e j e c u t a c o m o danza
e n Magnesiwn, es i m p o r t a n t e m e n c i o n a r q u e e l u m b r a l d e las percepciones i n -
t r o s p e c t i v a s , pequeñas, p e r m a n e c e i n v i s i b l e a l público. P a r a l l e v a r n u e s t r o anáhsis
a l ámbito s o c i a l , a l a l a b o r ética d e l a i n m o v i h d a d c u a n d o o p e r a c o m o u n r e c i u - s o
coreográfico, y c o m o i n t e n s i f i c a d o r d e l a s s e n s a c i o n e s d e l público, d e b e m o s a t e n -
d e r l a cuestión d e l e f e c t o d e l a i n m o v i h d a d s o b r e l a m h a d a d e l e s p e c t a d o r q u e s e
p o s a e n I n i m a g e n d e u n c u e r p o d a n z a n t e q u e p e r m a n e c e q u i e t o . ¿Qué medios
(coreográficos) a p r o v e c h a e l c u e r p o q u i e t o p a r a q u e e l púbUco s e c o m p r o m e t a e n
l a intensificación p e r c e p t u a l ?
S a b e m o s que el ojo baila de f o r m a permanente, imperceptible, para percibu"
imágenes. L o s e s U i d i o s s o b r e percepción v i s u a l n o s i n d i c a n q u e c u a n d o e l m o v i -
m i e n t o relativo del objeto y la retina alcanzan u n a inmovilidad absoluta, la i m a -
g e n p r o n t o s e d e s v a n e c e d e l ár-ea v i s i b l e . ^ ^ E s t a c l a s e p a r t i c u l a r d e c e g u e r a e s
p e r t i n e n t e , p u e s d e m u e s t r a q u e n o sólo e l m o v i m i e n t o d e u n o b j e t o a l o l a r g o d e
l a r e t i n a e s e s e n c i a l p a r - a l a percepción v i s u a l , s i n o q u e m u e s t r a también q u e e l o j o
d e b e e m p r e n d e r u n m o v i m i e n t o p a r a q u e a p a r e z c a e l o b j e t o inmóvil y m a n t e n g a
s u aparición. A n t e e l o b j e t o fijo, s e e n c u e n t r a n l o s pequeños m o v i m i e n t o s t e m -
b l o r o s o s d e l o j o , q u e o p e r a n c o m o escáner e i m p i d e n l a pérdida d e l a i m a g e n .
c o m p a r t i d o e n e l vínculo e n t r e s u j e t o / d e s e o / m o v i m i c n V o e n relación c o n e l p r o b l e m a c a r o a R o l n i k c o m o
crítica d e a r t e y p s i c o a n a l i s t a , y a mí c o m o d r a m a t u r g o : cómo u n i r e l a r t e c o n l a v i d a .
2° G l ) , 1996, p . 2 0 , n o t a 16 t t r a d . d e l a u t o r ] .
21 Véase p o r e j e m p l o L o d i a r S p i U m a n n y j o h n S . W e r n e r ( e d s . ) . VisualPercep¿ion: TheNeiiropbysioh^-
calFoiimlañans, S a n D i e g o , A c a d c m i c P r e s s , 1990; j a m e s T . M c l l w a i n , A n I n t r o d n c t i o n to the B i o h g y of
Vision, C a m b r i d g e , I n g l a t e r r a , C a m b r i d g e U n i v e r s i t } ' P r e s s , 1996.
 538 ANDRÉ L E P E '
S i n u e s t i ' o s o j o s están e n m o v i m i e n t o c o n s t a n t e , e n u n a pequeña d a n z a c;q
p u e s t a p o r v i b r a c i o n e s i i i f i n i t e s i m a l e s , c a b e añrmar q u e e s t a s v i b r a c i o n e s n o ,
más q u e l o s t a n t o s m o v i m i e n t o s d e s e s p e r a d o s q u e d e b e e j e c u t a r e l o j o p a i - a eya,
ahogarse e n su p r o p i a ceguera.
N o sólo atañe a l o j o e s t a n e c e s i d a d d e q u e l o s s e n t i d o s estén e n u n e s t a d o
m u l o c o n s t a n t e p a r a p e r c i b h . C o n t r a u n t r a s f o n d o d e o b j e t o s estáticos, l a p e r c t i
d o n sólo s e l o g r a e n t a n t o v i b r e e l c u e r p o e n t e r o . E s e s t e t e m b l o r , e s t a vibradóii
q u e e n última i n s t a n d a p r o d u c e l a diferenciación n e c e s a r i a p a r a d i s t i n g u i r éí
o b j e t o y t i - a s f o n d o , p a i ' a g e n e r a r t o d a e x p e r i e n c i a p e r c e p t u a l y eidética. E s t a e
b a s e d e l a fenomenología d e M e r l e a u - P o n t y c u a n d o h a b l a d e l a percepdón c¿
" l a l l e g a d a d e l a d i f e r e n d a " . ^ ^ Y es a s i m i s m o l a base d e ese p r o y e c t o e x t r a o r d i n ;
( h o y e n día c i u i o s a m e n t e i g n o r a d o ) d e u n i r l a " m e n t e " h u m a n a c o n l a " n a t u r a l e
l a c o m p l i c a d a epistemología d e l a s c o n e x i o n e s p e r c e p t u a l e s interespecíficas
elaboró G r e g o r y B a t e s o n a l o l a r g o d e t o d a s u v i d a . L a i d e a d e B a t e s o n s o b i ^ ^
percepdón c o i n c i d e c o n l a d e M e r l e a u - P o n t y e n m u c h o s a s p e c t o s (sólo p a r a d i v |
g i r , p r o f i m d a n i e n t e , d e l a c e n t o d e B a t e s o n e n l o s p r o c e s o s estocásticos), p e r o
m a n e r a más partíciüar e n e l p a p e l a t r i b u i d o a l a d i f e r e n c i a . B a t e s o n r e s u m e e l sii,
g i m i e n t o d e u n a percepción c o m o u n j u e g o d e d i f e r e n d a s c o n d o s n i v e l e s :
L o s órganos s e n s o r i a l e s h u m a n o s sólo r e c i b e n n o t i c i a s d e l a d i f e r e n d a , y k s d i - ' . ' i
f e r e n d a s d e b e n c o d i f i c a r s e e n . s u c e s o s t e m p o r a l e s (es d e c i r , c a m b i o s ) p a r a q u e
s e a n p e r c e p t i b l e s . L a s d i f e r e n c i a s estáticas c o m u n e s q u e p e r m a n e c e n c o n s t a n t e s
p o r más d e u n o s c u a n t o s s e g u n d o s se v u e l v e n p e r c e p t i b l e s sólo m e d i a n t e u n a
búsqueda. D e m o d o s e m e j a n t e , l o s c a m b i o s m u y l e n t o s se v u e l v e n p e r c e p t i b l e s .
sólo m e d i a n t e u n a combinación d e búsqueda y producdón d e o b s e r v a d o n e s d e '
m o m e n t o s s e p a r a d o s e n klínea c o n t i n u a d e l t i e m p o . ^ - '
L a s d i f e r e n d a s d e b e n " c o d i f i c a r s e " e n e l t i e m p o c o n e l fin d e p r o d u d j : e l e f e ^
t o d e c a m b i o . A n t e u n o b j e t o inmóvil, q u e n o i n i c i e n i s o s t e n g a e l c a m b i o d u r a n f ^
u n p e r i o d o d e t e r m i n a d o , el acto de generar diferencia tiene que recaer e n el cuer
p o , s e a m e d i a n t e u n a "búsqueda" ( c o m o e n e l e j e i n p l o d e l minúsculo m o v i m i e n t
M n u r J c c M e r l e : u i - P o n t ) ' , 7?je Visible n t i d the I n v i s i b l e , E v a n s t o n , N o r t h w e s t e r n U n i v e r s i t ) ' P r c s s j
1 9 6 1 , p . 2 1 7 [ e d . e s p . : L o visible y ¡o invisible, S e i x B a r r i d , B a r c e l o n a , 1966].
^•^ G r c g o r } ' B a t e s o n , M i ? 2 ( l a n d N a t i i r e , N u e v a Y o r k , D u t t o n , 1979, p . 7 0 .
INMÓ^aL: S O B R E L A \ a B R i V N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 539
o c u l a r e n relación c o n e l o b j e t o ) o , d e f o r m a más i n t e r e s a n t e , m e d i a n t e u n a p a r t i -
cipadón a c t i v a d e l a m e n t e e n l a recopilación d e r a s t r o s mnemónicos d i s p e r s o s d e
e l e m e n t o s s e n s o r i a l e s a l m a c e n a d o s p r e v i a m e n t e y e n l a incorporación p o s t e r i o r
d e d i c h o s e l e m e n t o s e n l a reconstitución d e u n t o d o p e r c e p t u a l , s i n f r a g m e n t o s .
L o q u e d e s t a c a B a t e s o n e s q u e , s i n a c t i v i d a d d e l o s órganos s e n s o r i a l e s n i d e l a
m e m o r i a , n o s q u e d a u n p u n t o ciego.
L o q u e B a t e s o n d e n o m i n a "búsqueda" s e d e s c r i b e m e j o r e n e l ámbito d e l
m o v i m i e n t o q u e l l e v a a c a b o e l a p a r a t o s e n s o r i a l c o m o t e m b l o r o vibración. L a
vibración r e a l i z a l a función d e s u p l i r l a f a l t a d e informadón p r o p o r c i o n a d a p o r e l
o b j e t o inmóvil c o n f o r m e s e fi.isiona, p o r m e d i o d e l a i n m o v i l i d a d , c o n e l t r a s f o n -
d o . S i c o n s i d e r a m o s l a vibración d e s d e e s t e p u n t o d e v i s t a , i n e v i t a b l e m e n t e d e b e -
m o s p e n s a r q u e e l término, d e n u e v o , c o m i e n z a a a d o p t a r l a f o r m a d e u n s o d o
fenomenológico d e l a i n m o v i l i d a d . Y s u r g e l a p r e g u n t a : ¿la vibración s e i n s c r i b e
e n l a i n m o v i h d a d sólo p a r a h a c e r v i s i b l e d i c h a i n m o v i h d a d ? ¿Para posibÜitar l a
percepción d e l a i n m o v i h d a d ? D e s e r así, l a vibradón sería a l a i n m o v i h d a d l o q u e
l o i n v i s i b l e es a l o v i s i b l e . R e c o r d e m o s l o q u e escribe M e r l e a u - P o n t y s o b r e l a
relación e n t r e e s t a s d o s últimas categorías: q u e n o s o n o p u e s t a s e n t r e sí, s i n o , e n
cambiOj se encuentran profiandamente entrelazadas, lo visible y a contenido en lo
i n v i s i b l e , y c o m o r e d p i e n t e d e él. V a l e l a p e n a d t a r e l f r a g m e n t o e n s u t o t a l i d a d
(del 1 5de n o v i e m b r e de 1959):
E l s i g n i f i c a d o es invisible, p e r o l o i n v i s i b l e n o es l o c o n t r a r i o d e l o visible: l o v i -
s i b l e t i e n e u n m a r c o i n t e r n o i n v i s i b l e {jnembrure [armazón]), y l o i n - v i s i b l e es l a
p a r t e c o n t r a r i a y s e c r e t a d e l o v i s i b l e , a p a r e c e sólo d e n t r o d e él, es e l Nichtinpra-
sentierbar [ n o p r e s e n t a b l e o r i g i n a l m e n t e ] q u e s e m e p r e s e n t a c o m o t a l d e n t r o
d e l n u m d o ; n o es p o s i b l e v e r l o alHy c a d a i n t e n t o d e v e r l o alHXo h a c e d e s a p a r e -
cer, p e r o está e7i la línea d e l o v i s i b l e , es s u f o c o d e atención v i r t u a l , está i n s c r i t o
d e n t r o d e él ( e n filigrana),^*'
Aquí e s d o n d e n o s e n c o n t r a m o s , e n l a íihgrana d e l a percepdón, d e n t r o d e l a
fina m e m b r a n a d o n d e dos aparentes o p u e s t o s se aceptan, se i m p l i c a n , se s u m e r -
g e n enü-e sí, m i e n t r a s p e r m a n e c e n d i s t i n t o s p a r a c r e a r y s u s t e n t a r c o n t i n u a m e n t e
i
2^ M c r l e a u - P o n t ^ ' , ap. cit.> p . 2 1 5 , n o t a 2 2 .
 540 ANDRÉ L E P
l a d i f e r e n c i a q u e c r e a a l a percepción. M e r l e a u - P o n t y i n c l u y e u n n i v e l m i
superposición i n t e r s t i c i a l . E n u n m o v i m i e n t o p a r a l e l o a l d e B a t e s o n , Merk
P o n t y i n v o c a l a inscripción m u t u a d e percepdón y m e m o r i a . S i n e m b a r g o , p^
M e r l e a u - P o n t ) ' ' l a percepdón e s u n m o v i m i e n t o d o b l e : h a d a l o s n i v e l e s e x t e i f i
así c o m o a l o s i n t e r n o s d e l c u e r p o ; a l d a r s e u n o m i s m o a l m u n d o c u a n t o a l esi|
b a r e n l o s r e c u e r d o s : " U n r o j o p a r t i c u l a r e s también u n fósÜ r e c u p e r a d o d e s d
proEuididades d em u n d o s I m a g i n a r i o s " . ^ A l incluir l alabor del aparato
m e m o r i a d e n t r o d e l t e j i d o m i s m o d e l a percepción, e s t a m o s e n posibÜidade.
e s c r i b i r : c u a n d o l a i m a g e n d e t e n i d a e v o c a vibradón, reñeja n o sólo l o s m '
m i e n t o s q u e p r o d u c e e l o j o c o n e l íin d e g e n e r a r l a i m a g e n m i s m a q u e o b s e '
sino que los m o v i m i e n t o s excavatorios d el am e m o r i a deben ponerse e n ac
p a r a r e c o p i l a r y c r e a r percepción. L a vibrátil i m a g e n fija e s d e e s t e m o d o unííj
fiexión d o b l e , c u y a imitación t i e n e d o s n i v e l e s ; reñeja l a d a n z a i n c e s a n t e d e l d ]
l a d e l a m e m o r i a , j u s t a m e n t e p a r a m a n i f e s t a r s e c o m o i m a g e n inmó^ál, P e r o
estamos en una narrativa demasiado fragmentada para complacer y utilizar corr
t a m e n t e l a s fenomenologías t a n t o d e M e r l e a u - P o n t ) ^ c o m o d e B a t e s o n . Aúnf
n e m o s q u e i n v o c a r e s e e l e m e n t o q u e u n e , e l patrón q u e c o n e c t a : e l c u e r p o , o j ^
n o c o m o t r o p o s i n o c o m o m a t e r i a , c o m o l a m a s a g r u e s a e i n e s t a b l e q u e s e sostie^'
E s h o r a d e e x t e n d e r e l anáhsis d e l o j o , l a d i f e r e n d a y l a m e m o r i a , p a i ' a t r a e '
c u e r p o e n t e r o c o m o órgano t e m b l o r o s o o v i b r a t o r i o e n t r e l o s estímulos e x t e r n ;
y las i m p r e s i o n e s i n t e r n a s ; el c u e r p o c o m o " g r o s o r " q u e , "lejos d e r i v a h z a r c o n |
d e l m u n d o , e s a l c o n t r a r i o e l único m e d i o a m i a l c a n c e p a r a l l e g a r a l núcleo d e lí
c o s a s , a l h a c e r d e mí m i s m o u n m u n d o y d e l a s c o s a s , carne".^'^ E s h o r a d e e x p l
r a r l a relación e n t r e e l c u e r p o y l a s d i m e n s i o n e s c o r p o r a l e s q u e g e n e r a o d e s t r u y , ^
E l c u e r p o e s " u n s e r d e d o s h o j a s , d e u n l a d o u n a c o s a enü-e t o d a s l a s d e m
c o s a s , y d e l o t i ' o l a d o u n s e r q u e l a s v e y t o c a " , y añade M e r l e a u - P o n t } ' - : " n o e s p
algún a c c i d e n t e i n c o m p r e n s i b l e q u e e l c u e r p o t e n g a e s t a d o b l e r e f e r e n c i a " . ^ ' ' E i
o t r a s p a l a b r a s , p a r a M e r l e a u - P o n t y , e l c u e r p o e n sí e s d i f e r e n c i a . E s t a d e c l a r a d o
plantea de i n m e d i a t o al cuerpo c o m o generador de percepdones, tanto a partir d
estímulos c o m o d e " e x c a v a d o n e s " mnemónicas. S i n e m b a r g o , habrá q u e agregad
q u e este c u e r p o — d e b i d o a q u e es d o b l e , d e b i d o a q u e se ofrece al m u n d o , debidi
25 3 i d e m , p . 1 3 2 .
26 Uic/em, p . 135.
27 m / e m , p. 137.
INMÓVIL: S O B R E L A V I B R A N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 541
a q u e p e r m i t e q u e se l e c u b r a , peneti'e, l e v a n t e , sea a c e p t a d o p o r el m u n d o sobre
e l c u a l p r o y e c t a s u c a r n e — e s t e c u e r p o , así, s i e m p r e está b a j o e l e n c a n t o d e c i e r t a
indeterminación. L o q u e n e c e s i t a d e s t a c a r s e e s q u e e s t a indeterminación e s t r e -
m e n d a m e n t e g e n e r a t i v a , p u e s , más q u e d e s c r i b i r u n e s t a t u s ontológico d e l c u e r -
p o , n a r r a u n a presentación específica d e l c u e r p o . L a indeterminadón d e l c u e r p o
r e s i d e e n p r i m e r l u g a r e n e i n i v e l d e s u i n t e g r i d a d física, p u e s M e r l e a u - P o n t ) ' -
s u b r a y a q u e l a c a i - n e n o e s m a t e r i a . E n s e g u n d o l u g a r , e l c u e r p o e s también i n d e -
t e r m i n a d o tanto t e m p o r a l c o m o espadaimente (lo cual n o significa que n o exista
e n el t i e m p o y el espacio):"[...] e n reahdad puede decirse d em i cuerpo que n o
está e?7- otro lugar, p e r o n o q u e esté aquí o ahora e n e l s e n t i d o e n q u e están l o s
o b j e t o s " . ^ ^ E s t a c u r i o s a espadahzación d e l c u e r p o , e s t a i n c a p a c i d a d d e h a c e r d e él
m i l u g a r , u n allí d o n d e s i n d u d a s e e n c u e n t r a , n o s r e g r e s a a l p r o b l e m a d e l l u g a r
d o n d e se e n c u e n t r a el cuerpo e n esta z o n a , d o n d e c o h s i o n a n la s u b j e t i v i d a d y el
c u e r p o - u n a g e n . N o s r e g r e s a a l a cuestión d e l o q u e e l c u e r p o , c u a n d o está d e p i e ,
e j e c u t a e n sí y p a r a sí: n i e n c a r n e n i e n m a t e r i a , n i aquí n i a h o r a , s i n o v i b r a n d o e n
algún allí i l o c a h z a b l e . E s e n e s t e m o m e n t o , d e c i s i v o , q u e s e d e b e r e t o r n a r a l t e m a
d e l a inmovÜidad, t e m a q u e p r i m e r o n o s t r a j o aquí p o r e l p o d e r poético d e s u
c o n j u r o , y a b o r d a r e l p r o b l e m a c e n t r a l d e t o d o e s t e anáhsis: ¿qué fiierza se p r o d u c e
y c o n d e n s a e n e l allíátl cuerpo que danza en la inmovihdad?
L o imperceptible tiene u n a estructura social basada e n zonas c u l t u r a l m e n t e
p r e s c r i t a s d e n o v i v e n d a y s i g n i f i c a d o cancclado.^^
E n l o q u e h a s t a a l i o r a s e h a e x p u e s t o • — e n l a introducdón e n t o r n o a u n
p o e m a m o d e r n i s t a , e n e l anáÜsis histórico d e l p a p e l m u d a b l e d e l a i n m o v i h d a d e n
l a d a n z a , e n l a s i n v e s t i g a c i o n e s fenomenológicas s o b r e l a propiocepción y l a l a b o r
d e l a mia'oscopía—se m a n i f i e s t a u n a r g u m e n t o e n c u r s o : l a i n m o v i h d a d q u e
a n a h z a m o s n o a b r e v a d e l a s c u a h d a d e s d e l a fijeza, s i n o q u e s e t r a t a d e u n a c a t e -
goría ontológica, u n u m b r a l s e n s o r i a l , u n a i n t e n s i d a d v i b r a t o r i a p r o v o c a d a p o r e l
rechazo del sujeto a c o m p r o m e t e r s u cuerpo e n m o v i m i e n t o s impensadamente
c o n t i n u o s , s o b r e d e t e r m i n a d o s , p r e s c r i t o s , )'• e n s u b j e t i v i d a d e s y c u e r p o s - i m a g e n .
28 I b i d e m , p . 1 4 7 .
29 N a d i a Scremüf.ikis, Vje Senses Sttl/: Perceptioii m i d M e m o i y as Maíeñal Ciiiiin-e i n Modertü^ Cliicago,
U m v c r s i t j ' o f C i i i c a g o P r e s s , 1996, p . 13.
 542 AKDRÉ L E P E C K I
E s t a i n m o v i l i d a d A d b r a t o r i a r e c o n f i g u r a l a relación m i s m a e n t r e c o r p o r a l i d a d y
s u b j e t i v i d a d , e n t a n t o c l i o c a n e n l a formación d e u m b r a l e s s e n s o r i a l e s e n e l c a m ~
p o d e f u e r z a cLiltiiral-histórico q u e e s e l m u n d o . L a i n m o v i l i d a d o p e r a e n e l ám- iji
b i t o d e l d e s e o d e l s u j e t o d e i n v e r t i r u n a relación d e t e r m i n a d a c o n l a t e m p o r a l i d a d , \
y p o r e n d e c o n l o s r i t m o s corpóreos. C o m p r o m e t e r s e c o n l a i n m o v i l i d a d e s h a -
cerlo c o n diversas experiencias d epercibir l a p r o p i a subjetividad, p o r m e d i o d e
u n a p o s t u r a v i b r a t o r i a . E s t a e s l a posición q u e p r o p o n e l a p s i c o a n a B s t a y teórica
c u l t u r a l S u e l y R o l n i k c o n s u noción d e " c u e r p o v i b r a t o r i o " (carpo vibráéil)
p r o f u n d a auscultación d e l a d e n s i d a d sónica d e l m u n d o c o n f o r m e r e s u e n a d e n t r o '
y a l o l a r g o d e l s u j e t o . P a r a R o l n i k , e s t a auscultación e s e s e n c i a l e n l a r e c o n f i g u r a - ^
ción c r e a t i v a d e l a relación d e l s u j e t o r e s p e c t o d e l m u n d o , r e s p e c t o d e s u p r o p i a
s u b j e t i v i d a d y d e s u c u e r p o - i m a g e n . E s t e e f e c t o específico d e l a i n m o v i h d a d ,
c o m o i n t e n s i f i c a d o r d e l a interrupción y l a invención, e s a s i m i s m o y j u s t a m e n t e
lo q u e N a d i a S e r e m e t a k i s t e o r i z a e n sus tres i m p o r t a n t e s ensayos sobre l a m e m o r i a :
de los sentidos;
C o n t r a e l flujo d e l p r e s e n t e , h a y u n a i n m o v i l i d a d e n l a c u l t u r a m a t e r i a l d e l a
h i s t o r i c i d a d ; esas c o s a s , e s p a c i o s , g e s t o s y r e l a t o s q u e impÜcan l a c a p a c i d a d p e r -
c e p t u a l p a r a l a e l e m e n t a l cceación histórica. L a i n m o v i l i d a d es e l m o m e n t o e n
que e l e n t e r r a d o , e l descai'tado y e l o l v i d a d o escapan a l a superficie social de la
c o n c i e n c i a c o m o oxígeno s u s t e n t a d o r d e k v i d a . E s e l m o m e n t o d e s a H r d e l
30
p o l v o histórico.^^
Seremetalás p r e s e n t a s u invocación d e l a l a b o r d e r e s i s t e n c i a d e l a " i n m o v i h - jí.
d a d " c o n t r a e l " p o l v o histórico" a través d e metáforas t a n p o d e r o s a s q u e , p a i ' a po,-^
n e r e s o s c o n c e p t o s e n s u c a p a c i d a d crítica c o m p l e t a , y así e m p l e a r p o r c o m p l e t o ' ^ i
s u p o t e n c i a l p a r a e l t r a b a j o hermenéutico y s o c i a l , s e d e b e e m p e z a r p o r h t e r a l i - -<¿
z a r l o s estratégicamente y así p e r c i b i r d e m a n e r a pragmática s u carácter e p i s t
mológico y s o c i a l . E s t a literalización p u e d e c o m e n z a r s e a l o b s e x " v a r q u e , e n
década p a s a d a , e l p o l v o e s t u v o e n p a r t i c u l a r a c t i v o a l o l a r g o d e E u r o p a , c"
b r i e n d o s i n c e s a r l o s c u e r p o s d e s u s distraídos c i u d a d a n o s . E i p o l v o empezó s
labor d e anestesia sensorial e n esei n o l v i d a b l e enero d e 1 9 9 1 , cuando, p o r v e
Ibidem, p. 12.
:|
INMÓVIL: S O B R E L A \ a B R j V N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 543
p r i m e r a e n l a h i s t o r i a , los ojos h i p e r t r o f i a d o s se separar-on de nuestros cuerpos e
•
i n i c i a r o n u n a caída l i b r e , c o n u n a r a p i d e z c a d a v e z m a y o r , quirúrgicamente p r e c i -
s o s y " v i v o s " , h a c i a u n p a i s a j e extraño, p a r ' a e x p l o t a i - e n u n a b r i l l a n t e c e g u e r a e n
m e d i o d e v e r d o s o s v a p o r e s . S u s p e n d i d a e n l a s cáfidas b r i s a s d e l c a n d e n t e d e s i e r t o
iraquí, l a n u b e d e p o l v o r e s u l t a n t e s e cernió, v a c i l a n t e , s i n dirección d e f i n i d a .
M i e n t r a s t a n t o , más a l n o r t e , o t r o c a m p o d e ñierza histórico i n t e n s i f i c a b a s u a c -
t i v i d a d . P o r u n a atracción f a t a l , e l p o l v o d e l d e s i e r t o enfiló r u m b o a i n o r o e s t e , a
como
través d e l Meditecráneo, s i n t o c a r n u n c a e l a g u a , c o n resolución. S e tomó s u
t i e m p o a l v i a j a r - p o r e s a s a g u a s . Después d e c a s i u n año d e suspensión, s u l e n t o
r i t m o cobró u n a i n t e n s i d a d c r e c i e n t e u n a v e z q u e pasó s o b r e e l n u e v o c a m p o d e
fiierza d e l a v i o l e n c i a y l a h i s t o r i a : l a s h u m e a n t e s c a l l e s d e S a r a j e v o . Allí, s e m e z -
cló c o n e l p o l v o d e l c o n c r e t o recién p u l v e r i z a d o e n u n a n u e v a combinación grisá-
c e a y s e diseminó p a r a h a c e r s e p r e s e n t e a l final e n Berlín, París, L o n d r e s , M a d r i d ,
•' R o m a , i n c l u s o , p o r l o demás, l a p o l v o r i e n t a L i s b o a . C o n e l p a s o d e t o d a h i s t o r i a
m o n o m a n i a c a m e n t e a u t o c o n t e n i d a , e l p o l v o cubrió n u e s t r a p i e l , llenó n u e s t r a s
b o c a s , enrojeció n u e s t r o s o j o s c o n lágrimas y secó n u e s t r a s g a r g a n t a s , p a i - a d e j a r
u n m a l s a b o r d e b o c a . E l p o l v o fi.ie l a p r i m e r a n u e v a impresión s e n s o r i a l c a t a b l e ,
.
palpable, del nuevo o rd en m u n d i a l .
E l p o l v o de las guerras, e n E i u o p a , e n O c c i d e n t e , n u n c a acaba d e asentarse,
sino que todo el tiempo c o b r a n u e v a s energías p o r l o s a t r o c e s h o r r o r e s y a n e s t e s i a
s e n s o r i a l d e e s t e s i g l o . E s t e p o l v o q u e a l t e r a l a división e n t r e l o s e n s o r i a l y l o s o -
c i a l también p e n e t r a e n l o p r o f i m d o d e l o s n i v e l e s i n t e r i o r e s d e l c u e r p o , d o n d e
fi e n c u e n t r a su reposo final, y o p e r a s u l a b o r final d e r i g i d i z a r l a finida rotación d e
e n s a m b l a d u r a s y a r t i c u l a c i o n e s . A l g u n a s coreografías, e n s u c a l l a d o t r a b a j o d e a u s -
cultación, e n o c a s i o n e s s i g u e n l a i n q u i e t a n t e t r a y e c t o r i a d e e s t e s i g l o p o l v o r i e n t o ,
c o n f o r m e p l a s m a las t e n s i o n e s d e l s u j e t o bajo l o s c o m p a s e s d e l sistema n e r v i o s o de
l a l i i s t o r i a . L a b r u t a l i d a d d e l p o l v o histórico, q u e fiteralmente cae s o b r e l o s c u e r -
p o s y remodeía k p o s t u r a d e l s u j e t o r e s p e c t o d e l c u e r p o - i m a g e n y d e l m o v i m i e n -
to, evoca la respuesta d el adanza respecto del resplandeciente p o l v o radioactivo
q u e baña microscópicamente a l a población d e H i r o s h i m a y l a d e N a g a s a l d . E l
e f e c t o d e e s t e p o l v o v e n e n o s o determinó l a f o r m a d e l r i t m o y c u e r p o - i m a g e n d e l
B u t o h , n o sólo c o m o d a n z a d e l a o s c u r i d a d , s i n o c o m o l a p r o p i a d a n z a d e l a i n m o -
v i h d a d v i b r a t o r i a . E n f e c h a s más r e c i e n t e s , e n E u r o p a , a l g i u i a s c o r e o g r a f i ' a s t a m -
bién e m p r e n d i e r o n u n a c u i d a d o s a investigación d e l a s t r a n s f o r m a c i o n e s c o r p o r a l e s
 544 ANDRÉ LEPECíQ
y subjetivas p r o d u c t o de los residuos imperceptibles del titubeante edificio de l a
h i s t o r i a e n t a n t o su p o l v o infecta nuestros p u l m o n e s , peti'ifica n u e s t r o lenguaje y
a t r a p a a n u e s t r o s s i s t e m a s n e r v i o s o s d e n t r o d e l a s h e c e s d e l a h i s t o r i a . L o s coreó-
g r a f o s e n cuestión r e a h z a r o n s u t r a b a j o p o r m e d i o d e u n a i n m o v i l i d a d n o fija.
D u r a n t e e l p a r t i c u l a r m e n t e p o l v o r i e n t o otoño d e 1 9 9 2 , l a i n m o v i h d a d c o m o
g e s t o c o n t r a e l p o l v o histórico h i z o erupción d e f o r m a espontánea e n u n g r u p o
d e coreógrafos, músicos, críticos y a r t i s t a s r e u i o i d o s e n P a i i s , e n u n l a b o r a t o r i o
coreográfico h a m a d o S K I T E . L a coreógrafa p o r t u g u e s a V e r a M a n t e r o y e l coreó-
g r a f o español S a n t i a g o S e m p e r e e s t u v i e r o n ahí; a m b o s d e c l a r a r o n q u e e l e s t a d o
d e l m u n d o e r a t a l q u e l e s impedía b a i l a r ; M e g S t u a r t h i z o u n a coreografía d e u n a
d a n z a inmóvil p a r a u n h o m b r e q u e yacía e n e l s u e l o , e n b u s c a d e s u s r e c u e r d o s ; - ' ^
e l coreógrafo a u s t r a f i a n o P a u l G a z z o l a y a c e c a l l a d o e n l a n o c h e , d e s n u d o , e n e l
i m p r o b a b l e r e s g u a r d o q u e l e b r i n d a u n a a u t o p i s t a . V e o e s e m o m e n t o e n París
c o m o u n o e n e l q u e e l p o l v o histórico comprometió a l o s coreógrafos c o n u n a
reorganización r a d i c a l d e l a noción d e l a d a n z a y d e l a posición d e l s u j e t o d e n t r o
•del m o v i m i e n t o d e l o s s u c e s o s m u n d i a l e s , p o r m e d i o d e l a i n m o v i l i d a d . E n e s a
época, l o s p e r f o r m a n c e s tenían l a c u a h d a d d e u n a explosión espontánea; n o h u b o
u n a decisión c o n s c i e n t e d e e l a b o r a r s o b r e l a s d r a m a t u r g i a s d e l a i n m o v i h d a d .
P e r o , ¿no es j u s t a m e n t e l a erupción espontánea y e l u s o d e l a i n m o v i l i d a d l a diná-
m i c a m i s m a q u e d e s c r i b e S e r e m e t a k i s c u a n d o l a transformación Mstórica m a t e -
r i a l r e a h z a s u g e s t o c o n t r a e l p o l v o histórico? E n e s t e c a s o , e l a c t o espontáneo
correspondió e x a c t a m e n t e c o n l a desaipción d e S e r e m e t a k i s d e l a i n m o v i h d a d
q u e i r r u m p e e n e l t r a s f o n d o d e l p o l v o histórico c o m o "oxígeno s u s t e n t a d o r d e l a
v i d a " . Además, e s t a i n m o v i l i d a d n o fiie l a d e l a r i g i d e z p r o p i a d e u n a e s t a t u a .
T u v o l a i n e s t a b i h d a d d e l a respkación, e l t e m b l o r d e l c o n t a c t o ; provocó l a v i b r a -
ción d e u n a m i r a d a a c t i v a . Osciló e n t r e intención, expresión, emoción y s u b j e t i v i -
d a d , y recibió e l i m p u l s o d e u n a c r i s i s súbita d e l a i m a g e n d e l c u e r p o d e l bailarín
c o m o isomórfico r e s p e c t o d e u n a i m a g e n e n m o v i m i e n t o . L a i n m o v i l i d a d n o e r a
u b i c a b l e , p e r o e n d e f i n i t i v a e s t a b a allí.
L o s críticos, p r o g r a m a d o r e s y e l púbhco p o r i g u a l o b s e r v a r o n l a c o n s o H d a -
ción d e e s t e e m p l e o d i s p e r s o , d i v e r s o , p o r p a r t e d e a l g u n o s coreógrafos e i u r o p e o s
contemporáneos. T u v e l a o p o r t u n i d a d d e e s c r i b i r a c e r c a d e l a f o r m a c o m o s u u s o
E l h o m b r e e n cuestión e s e l crítico y p r o g c i m i i d o r f r u n c e s J e a n - M a r c A d o l p h e .
INMÓVIL: S O B R E L A V I B R A N T E MICROSCOPÍA D E L A D A N Z A 545
a b o r d a l a d a n z a d e n t r o d e u n a "ontología d e l p e r f o r m a n c e " , e n e l s e n t i d o e n q u e
d i c h a ontología d e s t a c a q u e l a inmovÜidad privüegia l a p r e s e n c i a más q u e e l m o -
v i m i e n t o . ^ ^ S i n e m b a r g o , sólo a h o r a e s t o y p r e p a r a d o p a r a c o m p r e n d e r l o q u e
o f r e c e e s t a i n m o v i h d a d e n m o v i m i e n t o , l o q u e p u e d e s e r e l g e n i o d e e s t o s baÜes
d e c u e r p o s v i b r a t o r i o s . C o n s i d e r e m o s e l e j e m p l o más c a b a l d e u n a coreografía d e l
c u e r p o v i b r a t o r i o e inmóvil: l a p i e z a autográfica Jéróme Bel ( 1 9 9 5 ) , d e l coreógrafo
francés Jérome B e l . E s t a o b r a , c o n u n a duración d e u n a h o r a , e j e c u t a l a definición
de R o l n i k d e l c u e r p o v i b r a t o r i o c o m o algo i n m e r s o a u d i t i v a m e n t e e n las v i b r a -
c i o n e s sónicas d e l a s fiaerzas liistóricas. ¿De qué o t r a m a n e r a s e exphcaría l a f o r -
m a U a m a t i v a e n q u e l a o b r a g i r a y e v o c a j u s t a m e n t e esas m i s m a s n o t a s q u e , casi
u n s i g l o a n t e s , N l j i n s k y empleó e n s u coreografía d e l o s p a s o s e n l o s q u e Riviére
percibió e l s u r g i m i e n t o r a d i c a l d e l a i n m o v i h d a d c o m o d a n z a p o t e n c i a l ? Jéróme
Bel e s u n a o b r a q u e g k a e n t o r n o a u n a interpretación d e La consagración de la
•prima-vera, d e S t r a v i n s k y . E s a s i m i s m o u n a o b r a p a r a c u e r p o s d e s n u d o s , u n a o b r a
para teatro desnudo, u n a obra que da inicio con u n polvoriento trasfondo al re-
l a t o n o r m a t i v o d e l a s v i d a s d e l bailarín: p e s o , e s t a t u r a , e d a d , e s t a d o d e s u c u e n t a
b a n c a r i a , número telefónico; y l o s n o m b r e s d e l a s figuras históricas q u e d e f i n e n
e l c a m p o d e R i e r z a d e c a d a acción o sección ( T i o m a s E d i s o n , I g o r S t r a v i n s k y ,
D i o r ) . E s c o n t r a este t r a s f o n d o p o l v o r i e n t o de la h i s t o r i a — t a n t o p e r s o n a l c o m o
m u n d a n a ; d e l a s tecnologías y d e l a r t e — • q u e u n a inmovÜidad n o fija o p e r a s u
l a b o r d e intensificación v i b r a t o r i a . E s u n a i n m o v i h d a d s e m e j a n t e e n t o d o s a s p e c -
t o s a a q u e U a s o b r e l a c u a l E h o t e s c r i b e e n s u p o e m a : n u n c a fija, n u n c a u b i c a b l e ,
p e r o s i e m p r e b a i l a n d o . E s u n a i n m o v i l i d a d q u e actúa, c o n f u e r z a , l a a p e r t u r a
a l m u n d o d e e s e ¿^/A'vibratorio, Üocahzable y n o o b s t a n t e e n e s e n c i a g e n e r a d o r a l
p r o b l e m a t i z a r l a m a t e r i a d e l c u e r p o y s u i m a g e n , y d e l a relación d e l s u j e t o c o n s u
c u e r p o c o n f o r m e e l s u j e t o s e e n t r e g a a l m u n d o . L a i n m o v i h d a d d e v i e n e acción
e n Jéróme Bel, e n p a r t i c u l a r e n e s o s m o m e n t o s i n i c i a l e s d e l a p i e z a c u a n d o l a
baÜarina C l a i r e l i a e n n i está d e p i e e n e l p r o c e n i o o f r e n t e d e l e s c e n a r i o y c o n
meticiüosidad e s t h a s u p i e l , c o m o s i d u d a s e d e l c o n f i n a m i e n t o d e s u c u e r p o d e n -
t r o d e e s a s u p e r f i c i e , c o m o s i p u s i e s e a p r u e b a l o s límites d e l a inclusión d e s u y o
d e n t r o d e e s e caparazón d e c a r n e . S e t o m a s u t i e m p o , e l e s c e n a r i o s e Üumina sólo
c o n u n f o c o común, l a m a s a o r q u e s t r a l d e S t r a v i n s l c ) ' - s e r e d u c e a l a v o z d e u n a
André L e p e c k i , " S k i n , B o d y a n d P r e s e n c e i n C o n t e m p o r a r y E u r o p e a n C h o r e o g r a p l i y " , The D r a m a
R e v i e w , v o l . 4 3 , núm. 4 , i n v i e r n o d e 1 9 9 9 , p p . 1 2 9 - 1 4 0 .
 546 ANDRÉ L E P E C K I
s o l a m u j e r . E l l a d e p i e , e l tiempo s e e x t i e n d e . S e e x t i e n d e d e t a l m a n e r a q u e s a l e
d e s u r i t m o a'onométiico p r e s c r i t o y s e m e z c l a c o n l a duración; i n i c i a u n m o v i -
m i e n t o c o l e c t i v o h a c i a l o q u e sólo p u e d e d e s c r i b i r s e c o m o u n a a t e n t a microscopía
d e l a percepción, c u a n d o t o d o s o b r e l l e v a i n e s t a b i h d a d y transformación. E s t a i n m o -
v i h d a d , d e b i d o a q u e s e r e p r e s e n t a c o m o d o n , c o n s c i e n t e d e e s t a r a n t e u n público,
s e e j e c u t a más h a c i a e l púbhco q u e l a sumersión e n i a propiocepción d e l a pequeña
d a n z a d e P a x t o n . L l e v a a c a b o u n h a m a d o a l a percepción e n múltiples n i v e l e s ; s i
b i e n está j u n t o a l s u j e t o q u e actúa, n o o b s t a n t e r e s u e n a c o n l a s n u m e r o s a s f r a g i h -
d a d e s e h i s t o r i a s q u e t o d o c u e r p o ( e l d e l bailarín, l o s d e l púbhco) H e v a e n e s e e s -
p a c i o e n t r e e l núcleo s u b j e t i v o y e l c u e r p o - i m a g e n . B e l p r e s e n t a e l a s p e c t o d u a l
d e l c u e r p o q u e describió M e r l e a u - P o n t } ' , t a n t o c o m o o b j e t o e n e l m u n d o y c o m o
s u j e t o d e l m u n d o . L a i n t e n s i d a d d e e s o s m o m e n t o s c u a n d o e l c u e r p o inmóvil s u r -
ge c o m o ilocahzable e i n d e t e r m i n a d o q u i t a n el ahento; la i n m o v i h d a d hace vibrar
e l núcleo d e l s u j e t o h a c i a u n a posición a l l e n d e l a s f r o n t e r a s d e l c u e r p o - i m a g e n , y
a h e n d e l a manifestación d e u n c u e r p o - i m a g e n l i m i t a d o p o r s u s a t a d u r a s a l y o . S e
p i d e a l púbhco q u e s e s u m e r j a e n e s t e t e r r i t o r i o Üocahzable d e i n m o v i h d a d v i b r a -
t o r i a : íí/Zz'donde l o s e n s o r i a l y l o s u b j e t i v o , c u e r p o - i m a g e n e i d e n t i d a d c e n t r a l , n e -
g o c i a n s u posición a n t e l o s v i e n t o s d e l a h i s t o r i a . S i s e eÜge s e g u i r e s t a i n m o v i h -
d a d , p r o n t o s e e n c u e n t i ' a u n o e n m e d i o d e u n a reorganización r e p r e s e n t a c i o n a l , l a
d e l c u e r p o v i b r a t o r i o q u e a s u m e e l p o d e r y b a r r e e l p o l v o histórico d e l o s s e n t i d o s
e m b o t a d o s . E n l a i n m o v i h d a d s e está e n t e r r i t o r i o s i n e x p l o r a d o s : alli, e n l a z o n a
vibratoria d o n d e chocan la danza del sujeto y la danza de la historia. L a i n m o v i l i -
d a d e s e l u m b r a l g e n e r a d o r d e l a crítica d e l a d a n z a h a c i a l a fabricación d e l a c o r -
poralidad, de la subjetividad y de lo sensorial p o r paite de la m o d e r n i d a d , mediante
u n c u e r p o v i b r a t o r i o c o m p r o m e t i d o e n u n a microscopía d e l a percepción.
Traducción d e l ^ c a r d o R u b i o
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José Muñoz es un destacado investigador cubano-estadunidense cuyo trabajo có'jp,b.ina
las catego?-{as de raza y sexualidad a partir de las teorías q u e e r , marxista^ críticc{ \leda
raza y la fenomenología. Su libro Disidentiñcations. Q u e e r s o f C o l o r a n d t h e - ^ r -
f o r m a n c e o f P o l i t i c s [ D e s i d e n t i f i c a c i o n e s . Queers d e c o l o r y e l p e r f o r m a n c e d e . l a
política] del cual extrajimos elcapítido introductorio que presentamos aquí, es uno de
los textosfundamentales para el análisis de la relación entre performance, identidad y
contexto social Muñoz analiza dicha relación tanto desde elpunto de vista hegemóni-
co impuesto por la cultura dominante como desde las posibilidades de reformulación de
éste a cargo de sujetos minoritarios.
El concepto que da título al libro, y que Muñoz introduce en este ensayo, es el de
"desidentijicación", visto como un proceso de producción y de recepción. En las páginas
que siguen, el autor desglosa la compleja trayectoria teórica de este término en relación con
teoríaspsiconalíticasy dentro de campos tales como el análisisfílmico, la crítica litera-
ria y los estudios q u e e r . Muñoz analiza el modo en que artistas q u e e r (gays, lesbianas
y transexiiales) utilizan la desidentificación como esti-ategiapolítica, y a través de este
recurso reciclan aspectos dañinos de su subjetividad, cuyo origen se remonta a procesos
de identificación temprana con el discurso normativo.
Muñoz ubica a la identidad como ficción, y comienza su análisis con un desglose
del concepto de ''identidad" desde la teoría psico analítica que señala que en la forma-
ción del yo intervienen distintos procesos de identificación. Muñoz se pregunta, enton-
ces, cómo es la relación diferencial que se da e-ntre sujetos mayoritarios (que cumplen
con las reglas dictadas por la cultura normativa) y st jetos minoritarios (aquellos que

[551]
 552 PRESENTACIÓN INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIEICACIÓN 553

se aparta?!, de la cidtura dominante) respecto de distintos sitios de identificación, Bl que responden a múltiples sitios de emergencia. Así, aparecen en su escrito sujetos mi-
punto central es que ?to sólo las identificaciones positivas o las identificaciones negativas grantes, no "inmigrantes" en el sentido de aquellos que dejan la madre patria para
(contraidentificación) son parte de la formación del sujeto, como señala el psicoanálisis, arribar al país receptor, sino quienes "ocupan al menos dos espacios a la vez". De este
sino también las prácticas desidentifica lorias a través de las que los sujetos producen modo, Muñoz plantea la identidad migrante como modelo del movimiento que se da a
'^identidades con diferencias". El proceso de desidentifimción implica una negociación con través de la desidentfica ción, un proceso que es tanto una forma de conocimiento como
y una rescritiira de los guiones predeterminados que prescriben nuestro comportamiento un proceso de producción y un modo de performance.
de acuerdo con códigos específicos. Dado que la identidad tiene que ver no sólo con la M.F.
formación sino con la presentación del yo, Muñoz analiza distintos performances y
producciones culturales en los cuales artistas e intelectuales participan en la esfera pú-
blica en sus propios términos, y, de este modo, tambiéii generan contraesferas públicas.
No se ti'ataya de seres abyectos o alienados (guión oficial) sino de personas que se '^hicieron
una identidad'' en conti'a de la heteronormatividad, la misoginia y la supremacía
blanca. A través de procesos desidentfica torios, estos sujetos responden de manera particu-
lar a la interpelación de aparatos y prácticas de poder, que determinan el modo en que
los individuos son "llamados a ser". Eve Kosofsky Sedgwick, una de las teóHcas de la des-
identificación citadas por Muñoz, escribe sobre la ''vergüenza" como parte de la forma-
ción del sujeto gay y cómo, a ti-avés de la desidentificación, ésta puede metamorfosearse
para formar parte de otra, cadena de significación alejada de una visión negativa del
sujeto. La desidentificación nos lleva, a estar alerta para detectar las restricciones ideoló-
gicas enjuego en los distintos sitios de identidad, los sitios de interpelación que, o bien
nos interpelan de modo negativo o no nos interpelan en nuestra especificidad, en tanto
mujeres, personas de color o sujetos homosexuales. I^a desidentificación es así definida
por Muñoz como una estrategia que niega la estabilidad, la universalidad y la irrefii-
tabilida d, pilares sobre los que descansa el discurso del poder.
El argumento de Muñoz toma un nuevo rumbo cuando introduce la problemática
de sijetos que se encuentran atravesados por más de una identidad minoritaria, por
ejemplo, mujeres de color o gays de color, en los que género, sexualidad y raza son deter-
minantes de su.posicionamiento social Muñoz considera que un abordaje de la identidad
como proceso que incluye m o m e n t o s desidentificatorios residía-adecuado para estudiar
identidades yuxtapuestas, es decir, para analizar convergencias en relación con distintas
agendas políticas. Muñoz plantea que las narrativas de identificación deben asegit-
rarse de incluir "identificaciones cruzadas", que atiendan a variables de raza, clase,
sexualidad y género. Hacia el final del ensayo, Muñoz propone asociar el trabajo de
desidentificación con lo híbrido, dado cjue este último término da cuenta de identidad^^
 La cama de Marga

E X I S T E C I E R T A FASCINACIÓN P O R E L ESPECTÁCULO D E U N A P E R S O N A Q U E E R D E P I I

s o l a , e n e l e s c e n a r i o , s i n a c c e s o r i o s , empeñada e n e l p r o y e c t o d e a b r i r u n m u n d o d i
l e n g u a j e , l i r i s m o , p e r c e p c i o n e s , sueños, v i s i o n e s , estética y política p o r I g u a l h o
m o s e x u a l e s . E l p e r f o r m a n c e u n i p e r s o n a l t i e n e q u e v e r c o n l a r e a l i d a d queer e n e s t
m o m e n t o p a r t i c u l a r . C o n más d e d o s décadas d e p a d e c e r u n a p a n d e m i a devasta
d o r a , c o n crímenes d e o d i o y l e y e s d i r i g i d a s a l o s queers y a l a g e n t e d e c o l o r q u e S '
i n s t i t u c i o n a l i z a n c o m o p r o t o c o l o s e s t a t a l e s , el acto d e a c t u a r y t e a t r a l i z a r e s t a i d e n
t i d a d queer e n público c o b r a u n a i m p o r t a n c i a s i e m p r e miátiplicadora.
S i e n t o e s t a fascinación, e s t a atracción, c u a n d o p r e s e n c i o l o s p e r f o r m a n c e s d i
M a r g a Gómez. Marga Gómez Is Pretty, Witty, and Gay [Marga Gómez es bonitc
•'mgeniosay gay]¡ p e r f o r m a n c e d e 1 9 9 2 a c a r g o d e l a a r t i s t a c u b a n a y p u e r t o r r i q u
ña, e s u n a reflexión a c e r c a d e l a r e a l i d a d contemporánea d e s e r h o m o s e x u a l e i
E s t a d o s U n i d o s . E l espectáculo d e Gómez s e h e v a a c a b o e n u n e s c e n a r i o q u
p r e t e n d e a s e m e j a r s e a s u recámara. G r a n p a r t e d e s u monólogo s e p r o n u n c i a d e s
d e s u c a m a . E l e s p a c i o d e u n a recámara queer s e h e v a así a l a l c a n c e d e l púbhco d i
l a c u l t u r a p r e d o m i n a n t e . A p e s a r d e l a decisión d e l a C o r t e S u p r e m a d e E s t a d o
U n i d o s e n e l c a s o B o w e r s v s . H a r d w i c k , q u e c o n e f i c i e n c i a disolvió e l d e r e c h o i
l a p r i v a c i d a d d e t o d o s l o s g a y s y l e s b i a n a s , e n e s e n c i a a l a b r i r t o d a s n u e s t r a s recá'
m a r a s a l E s t a d o , Gómez, d e m a n e r a v o l u n t a r i a y d e s a f i a n t e r e p r e s e n t a e n púbhcc
s u y o , beho, i n g e n i o s o y gay. S u p e r f o r m a n c e p e r m i t e a l espectador, p o r l o g e n e r a
u n queer a q u i e n s e encerró d e n t r o d e l o s m u r o s d e l a representación o s e l e I n t e r
pretó ahí c o n u n a c a r i c a t u r a estática, i m a g i n a r u n m u n d o d o n d e l a s v i d a s , l a polític:

[555]
556 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
y k s posibilidades homosexuales s o n representables e ntoda su complejidad. N o
p u e d e s o s l a y a r s e l a i m p o r t a n c i a d e e s t e t i p o d e r e p r e s e n t a c i o n e s púbhcas y s e m i -
púbhcas d e l y o híbrido e n relación c o n l a formación d e contra-púbhcos q u e c o n -
t r a r r e s t e n l a supremacía hegemónica d e l a e s f e r a púbhca m a y o r i t a r i a . L o s e s p e c -
táculos c o m o e l d e Gómez o f r e c e n a l s u j e t o m i n o r i t a r i o u n e s p a c i o p a r a s i t u a r s e
e n l a h i s t o r i a y de este m o d o a d o p t a r p o d e r social.
D e s e o c o n s i d e r a r b r e v e m e n t e u n m o m e n t o i n t e n s o e n sus p e r f o r m a n c e s q u e
d e m u e s t r a l a "desidentiñcación" r e s p e c t o d e l a s r e p r e s e n t a c i o n e s p r e d o m i n a n t e s
d e l a s l e s b i a n a s e n l o s m e d i o s . D e s d e l a c a b e c e r a d e s u c a m a , Gómez r e c u e r d a s u
p r i m e r a interacción c o n l e s b i a n a s e n l a e s f e r a pública a l o s o n c e años d e e d a d .
M a r g a e s c u c h a u n a v o z q u e l a hamá d e s d e l a s a l a . M a r g a , q u i e n a e s t a e d a d y a
desarrolló l o q u e l l a m a u n "oído h o m o s e x u a l " , c a p t a l a v o z d e D a v i d S u s s i d n d
q u e e x p h c a q u e enürevistará a " d a m a s h o m o s e x u a l e s " e n u n e p i s o d i o d e s u p r o -
g r a m a Open. End. Gómez r e l a t a s u seducción t e l e v i s i v a :
M e senté j u n t o a m i m a d r e e n e l sofá. M e aseguré d e mosürar u n a expresión
homofóbica, p a r a q u e m i m a d r e n o c r e y e r a q u e m e q u e d a b a f a s c i n a d a c o n esas
d a m a s h o m o s e x u a l e s n i q u e m e e m b e l e s a b a n las p a l a b r a s q u e salían d e s u b o c a .
E s t a b a n m u y d e p r i m i d a s , m u y melancóBcas. N o se s i e n t e esa t r i s t e z a a m e n o s
q u e se h a ) ' a r o t o c o n M a r t i n a [ N a v r a t i l o v a ] . Había t r e s m u j e r e s . T o d a s d i s i m u -
l a b a n S L i a p a r i e n c i a c o n i m p e r m e a b l e s , l e n t e s o s c u r o s , p e l u c a s . F u e r o n las p e l u -
cas l o q u e m e h i z o d e s e a r ser u n a d e e l l a s .
P a s a después a l a s p a n e h s t a s l e s b i a n a s :
Señor S u s s k i n d , q u i e r o a g r a d e c e r l e p o r t e n e r e l v a l o r d e p r e s e n t a r a C h e r e n e ,
M i U i e y a mí e n s u p r o g r a m a . C h e r e n e , M i U i e y y o n o d a m o s n u e s t r o s n o m b r e s
v e r d a d e r o s . E l l a n o es C h e r e n e , eüa n o es M i h i e y y o n o s o y y o . S o n n u e s t r o s . . .
sinónimos [sic], s a b e u s t e d . D e b e m o s o c u l t a r n o s ti-as u n v e l o d e i n t i m i d a d o
arriesgarnos a perder nuestros empleos de camioneras.
Gómez s e d e l e i t a c o n l a a p a r e n t e i m a g e n homofóbica d e l a s c a m i o n e r a s l e s b i a -
n a s e n c l o s e t a d a s . E n e s t a paródica interpretación d e l o s e s t e r e o t i p o s d e l e s b i a n a s
a n t e r i o r a S t o n e w a h , eüa e x p r e s a s u d e s e o " d e s i d e n t i f i c a d o r " c o n e s t a representación
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIEICACIÓN 557
q u e a l g u n a v e z f u e tóxica. E l o b j e t o fóbico, m e d i a n t e u n p e r f o r m a n c e d e l o más
e x a g e r a d o y paródico, s e r e c o n f i g u r a c o m o s e n s u a l y g l a m o r o s o , y n o c o m o e l e s -
pectáculo patético y a b y e c t o q u e p a r e c e a n t e l o s o j o s p r e d o m i n a n t e s d e l a c u l t u r a
h e t e r o n o r m a t i v a . E l p e r f o r m a n c e púbÜco d e l a m e m o r i a d e Gómez e s u n a p o d e -
r o s a "desidentificación" c o n l a h i s t o r i a d e l e s t e r e o t i p o d e l a s l e s b i a n a s e n l a e s f e r a
púbhca. L a s imágenes d e e s t o s e s t e r e o t i p o s d e l e s b i a n a s s e i n t e r p r e t a n e n t o d a s u
abyección, y n o o b s t a n t e Gómez rehabÜita d i c h a s imágenes y U a m a l a atención a l
m i s t e r i o s o e r o t i s m o q u e l a i n t e r p e l a c o m o l e s b i a n a . L a m a d r e d e Gómez e n a p a -
r i e n c i a n o advertía e s t a interpelación, c o m o q u e d a m a n i f i e s t o más a d e l a n t e e n e l
p e r f o r m a n c e . L a v o z d e Gómez e n r o n q u e c e c o n f o r m e a d o p t a d e n u e v o s u carác-
t e r de m a r i m a c h a , pai'a i m i t a r a l a l e s b i a n a q u e se c o n o c e c o m o " y o y n o y o " :
Señor S u s s k i n d , c u a n d o u n o v i v e c o m o n o s o t r a s , es p r e f e r i b l e v i v h e n G r e e n -
w i c h V i h a g e o n o v i v h e n a b s o l u t o . E n este m o m e n t o q u e r e m o s decir " h o l a " a
u n a n u e v a a m i g a q u e n o s está v i e n d o e n s u casa c o n s u mamá p o r W N E W - T V en
M a s s u p e q u a , L o n g I s l a n d . ¿MíU'ga Gómez? M a r g a Gómez, b i e n v e n i d a a l c l u b ,
cara mia.
A u n q u e l a l e s b i a n a s a c a l a l e n g u a a M a r g a e n l a pantaüa, s u m a c h e , a t r a p a d a e n
u n a p r o f i ^ m d a negación, n o s e d a c u e n t a . D e s d e l u e g o , quizá s e a m e j o r así. E l h e c h o
de que M a r g a p u e d a escucliar la l l a m a d a de la lesbiana m i e n t r a s su m a d r e n o pres-
t a atención, d e q u e foese c a p a z d e r e c o n o c e r a l a cara [ " q u e r i d a " , e n i t a l i a n o ] e n
discusión c o m o s i d e eüa m i s m a s e t r a t a r a , contribuyó, e n b u e n a p a i t e , a s u s u p e r \ d -
v e n c i a c o m o l e s b i a n a . E l término desidentificación a p u n t a a d e s a i b i r l a s e s t r a t e g i a s
d e s u p e m v e n c i a q u e p o n e e n práctica e l s u j e t o q u e p e r t e n e c e a u n a minoría c o n e l
fin d e n e g o c i a r c o n u n a e s f e r a púbhca fóbica m a y o r i t a r i a q u e t o d o e l t i e m p o a c a l l a
o castiga l a existencia d e sujetos q u e n o se ajustan a l espectro d e l a ciudadam'a
n o r m a t i v a . E n e s t e c a s o , l a "desidentificación" d e M a r g a c o n e s t o s e s t e r e o t i p o s d e -
t e r i o r a d o s l o s recicló c o m o s i d o s p o d e r o s o s y s e d u c t o r e s d e autocreación. Después
d e t o d o , fiieron l a s p e l u c a s l a s q u e l a h i c i e r o n d e s e a r s e r l e s b i a n a .
T e n g o m i s propios yvagos recuerdos del p r o g r a m a de Susskind y de otros pare-
c i d o s . R e c u e r d o q u e también m e f a s c i n a b a n o t i ' o s talk shouos p e r v e r t i d o s q u e p a s a -
b a n m u c h o después d e m i h o r a d e d o r m i r e n m i c a s a d e l s u r d e F l o r i d a . E s o s p r o -
g r a m a s e r a n , c o m o l o s d e s a i b e Gómez, espectáculos sórdidos y o s c u r o s . Después
558 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
d e t o d o , E i e d u r a n t e mí p r o p i a i n f a n c i a d u r a n t e l a década d e 1 9 7 0 , a n t e s d e l a m a -
r e a d e fenómenos ¡fi-eah] q u e a l i o r a a p a i ' e c e e n Oprah y s u s i n c o n t a b l e s c l o n e s . P o r
ejemplo, recuerdo a u n sorprendentemente amanerado T r u m a n Capote que opinaba
q u e l a o b r a d e s u c o l e g a e s c r i t o r Jac]< K e r o u a c n o e r a e s c r i t u r a , s i n o m e r a t r a n s c r i p -
ción. E s t o y s e g i u - o d e q u e m i c o n c i e n c i a a n t e r i o r a m i s a l i d a d e l clóset se aterró p o r
c o m p l e t o c o n e l m e n e a d o espectáculo d e l p e r f o r m a n c e d e C a p o t e . P e r o también
r e c u e r d o e l p r o f i m d o p l a c e r q u e sentí a l oír a C a p o t e a - e a r l e n g u a j e , y e l p l a c e r d e
" e n t e n d e r " l a fantástica b a j e z a d e s u s o c u r r e n c i a s . C o m o Gómez, u b i c o e s a e x p e -
r i e n c i a d e ser e s p e c t a d o r s u b u r b a n o c o n e l efecto " d e s i d e n t i f i c a t o r i o " q u e t u v o e n
mí. L a actuación d e C a p o t e f u e t a n t o e s t i m u l a n t e c o m o a t e r r a d o r a . E s t e r e c u e r d o
s e reactivó c o n f u e r z a c u a n d o v i p o r p r i m e r a v e z Marga Gómez Is Pretty, Wittyy and
Gay. S u p e r f o r m a n c e , q u e generó u n a apreciación " d e s i d e n t l f i c a t o r i a " , m e t r a n s p o r -
tó a u n l u g a r y época d i s t i n t o s . S u p e r f o r m a n c e h i z o q u e c u r i o s e a r a e n m i m e m o r i a
y r e c u p e r a r a u n e p i s o c h o i m p o r t a n t e e n m i autoformación.
A l e s c r i b i r e s t e e n s a y o regresé a v e r i f i c a r m i s f u e n t e s p a r a d e t e r m i n a r c o n
e x a c t i t u d l a f e c h a y el p r o g r a m a e n q u e C a p o t e h i z o estas declaraciones. M e sor-
prendí a l d e s c u b r i r , m i e n t r a s h o j e a b a u n a biografía d e C a p o t e , q u e s i b i e n e l e s -
c r i t o r sí expresó e s o s d u r o s c o m e n t a r i o s e n ú David Susskmd Show, éstos p a s a -
r o n a l aire d u r a n t e u n episodio d e 1959 d e d i c a d o a l o s p o e t a s beat e n e l q u e
a l g u n o s e s a i t o r e s r e c o n o c i d o s , , c o m o C a p o t e , N o r m a n M a i l e r y D o r o t h y Parlcer,
v a l o r a b a n l a c a h d a d d e e s a e n t o n c e s j o v e n generación d e e s c r i t o r e s . L a o c u r r e n -
c i a d e C a p o t e s e d i o e n r e s p u e s t a a l a afirmación d e MaÜer d e q u e K e r o u a c e r a
e l m e j o r e s c r i t o r d e s u generación. L a emisión o r i g i n a l s e transmitió e l m i s m o
año q u e empezó l a Revolución c u b a n a , o c h o años a n t e s d e m i n a c i m i e n t o y s e i s
a n t e s d e q u e m i s p a d r e s e m i g r a r a n a M l a m i . M e n c i o n o t o d o e s t o n o p o r fideÜ-
dad a los registros, sino para expresar los aspectos revisionistas de m i p r o p i o re-
c u e r d o " d e s i d e n t i f i c a t o r i o " d e l p e r f o r m a n c e d e C a p o t e . T a l v e z leí a c e r c a d e l
c o m e n t a r i o d e C a p o t e , o quizá v i u n a repetición d e e s a emisión d o c e o t r e c e
años después. P e r o sí sé e s t o : m i m e m o r i a y s u b j e t i v i d a d r e m o d e l a r o n e s e r e -
cuerdo, y l e p e r m i t i e r o n operar dentro d e m i s propias narrativas internas de
formación c o m o s u j e t o . E l p e r f o r m a n c e d e Gómez m e a)aidó e i n c l u s o c o m a n -
dó e s t a recuperación d e r e c u e r d o s , l o q u e m e permitió d e a l g u n a m a n e r a e n t e n
d e r e l p o d e r y l a vergüenza d e l a i d e n t i d a d queer. A l i o r a , a l v e r a través d e l a
o s c u r a l e n t e d e l a e d a d a d u l t a , c o m i e n z o a c o m p r e n d e r p o r qué n e c e s i t a b a q ^ e
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIEICACIÓN
559
l a emisión y e l r e c u e r d o d e e s e p e r f o r m a n c e q u e quizá h a y a v i s t o o n o , f o r m a -
r a n parte de m i yo.
Las conceptuahzaciones y figuraciones teóricas q u e d e s a r r o h o e n e s t e e n s a y o
s e d e b e n a l a o b r a teórico-práctica d e l p e r f o r m a n c e d e Gómez. P a i ' a mí n o habría
teoría, n o habría Desidentificaciones, n i m i h b r o c o m o t a l , s i n e l t r a b a j o c u l U i r a l d e
p e r s o n a s c o m o Gómez. E s t o s p e r f o r m a n c e s c o n s t i t u y e n e l c e n t i - o pohüco y c o n -
c e p t u a l d e m i e s t u d i o . D e s e o señalar q u e , p a r a mí, l a elaboración d e l a teoría sólo
t i - a n s p h a después d e q u e e l p e r f o r m a n c e c o n t r a - p u b h c i t a r i o d e l o s a r t i s t a s s e
reahza ante m i s propios ojos desidentificadores.
A s i m i s m o es i m p o r t a n t e n o t a r q u e l a desidentificación n o s i e m p r e es u n a e s t r a -
tegia adecuada de resistencia o s u p e r v i v e n c i a pai'a t o d o s los sujetos q u e p e r t e n e c e n a
minorías. E n o c a s i o n e s , l a r e s i s t e n c i a n e c e s i t a p r o n u n c i a r s e y s e r d k e c t a ; o t r a s v e c e s ,
l o s queers d e c o l o r y s u j e t o s d e o t r a s minorías n e c e s i t a n s e g u h u n c a m i n o c o n f o r m i s -
t a s i d e s e a n s o b r e v i v i r e n u n a e s f e r a púbhca h o s t i l . P e r o , p a r a o t r a s p e r s o n a s , l a d e s -
identificación e s u n a e s t r a t e g i a d e s u p e r v i v e n c i a q u e fiinciona almismo tiempo
d e n t r o y f u e r a d e l a e s f e r a púbhca p r e d o m i n a n t e . E l r e s t o d e e s t e e n s a y o ü'atará s o -
b r e l a desidentificación m e d i a n t e e l anáhsis d e a l g i m o s p a i ' a d i g m a s teóricos.
Despreciar la identidad
U n a g r a n p a r t e d e l o s s u j e t o s q u e p e r t e n e c e n a l a mayoría ( e n a d e l a n t e , " m a y o r i -
t a r i o s " ) a c c e d e c o n r e l a t i v a f a c U i d a d a l a ficción d e l a i d e n t i d a d . L o s s u j e t o s q u e
p e r t e n e c e n a minorías ( e n a d e l a n t e , " m i n o r i t a r i o s " ) n e c e s i t a n u b i c a r s e e n d i s t i n -
tos c a m p o s s u b c u l t u r a l e s p a r a a c t i v a r sus p r o p i o s s e n t i d o s d e l y o . C o n esto n o
q u i e r o d e c i r q u e l o s s u j e t o s m a y o r i t a r i o s n o r e c u r r a n a l a desidentificación n i
q u e s u p r o p i a formación c o m o s u j e t o s n o esté e s t r u c t u r a d a m e d i a n t e s i t i o s múl-
t i p l e s y e n o c a s i o n e s conñictivos d e identificación. E n e l c a p i t a l i s m o tardío, t o -
d o s l o s c i u d a d a n o s s e f o r m a n a p a r t h d e l o q u e Néstor Gai-cía C a n c h n i d e n o m i -
na t r a n s f o r m a c i o n e s híbridas g e n e r a d a s p o r l a c o e x i s t e n c i a h o r i z o n t a l d e v a r i o s
s i s t e m a s simbóhcos".^ N o o b s t a n t e , l a h i s t o r i a d e l a formación d e i d e n t i d a d c o n
^ Néstor García C a n c l i n i , " C u t u n i l Reconversión", e n G c o r g e Y i i d i c e , J e a n F r a n c o y J u a n F l o r e s
( e d s . ) , Ot¡ Eíige: The Crisis o f Contemporary L a t i n A m e r i c a n C u l t u r e , Mineápolis, U n i v e r s i t ) ' o f M i n n e s o t a
P r e s s , 1992, p . 3 2 .
 560 J O S É E S T E B A N MUÑQl
bíise e n l u s " t r a n s f o r m a c i o n e s Iríbridas" q u e e s t e t e x t o s e i n t e r e s a e n r e l a t a r
r e f i e r e a l o s s u j e t o s c u y a s i d e n t i d a d e s s e c o n s t i t u y e r o n e n r e s p u e s t a a l a lógi(
c u l t u r a l d e l a h e t e r o n o r m a t i v i d a d , supremacía b l a n c a y m i s o g i n i a , lógica c u l t
q u e , sugeriré, o p e r a p a r a a p o y a r c o n firmeza e lpoder del Estado. L o s perfoj
m a n e e s " d e s i d e n t i f i c a t o r i o s " q u e d o c u m e n t o y a n a h z o aquí c i r c u l a n e n c i r c u i t c
s u b c u l t u r a l e s , y p r e t e n d e n v i s u a l i z a r y a c t i v a r r e l a c i o n e s s o c i a l e s n u e v a s . Estíí
r e l a c i o n e s s o c i a l e s n u e v a s serían l o s p l a n o s p a r a l a creación d e e s f e r a s d e c o n l
púbhcos m i n o r i t a r i o s .
E s t e e s t u d i o c o m i e n z a c o n l a i d e a d e q u e e l v a l o r d e u s o d e t o d a narrati"^
d e i d e n t i d a d q u e r e d u z c a J a s u b j e t i v i d a d a algún m o d e l o s o c i a l c o n s t r u c t i v i s t a , i
a l o q u e s e h a U a m a d o u n a comprensión e s e n c i a h s t a d e l y o , está particiüai-ment
a g o t a d o . S i n d u d a , n i n g u n a l i i s t o r i a "está c o m p l e t a , p e r o l a f o r m a c o m o e s t
c o m p r e n s i o n e s d e l y o s e h a n a h n e a d o e n t r e sí c o m o n a r r a t i v a s o p u e s t a s e s a h o j
u n p r o t o c o l o común d e l o s p r o c e s o s d e elaboración d e teorías y a n o t a n e n bo¡
E l teórico p o h t i c o W i U i a m E . C o n n o h y s o s t i e n e q u e
t r a t a r l a i d e n t i d a d c o m o u n s i t i o e n d o n d e las d i s p o s i c i o n e s a r r a i g a d a s s e e n -
c u e n t r a n c o n d e f i n i c i o n e s c o n s t i t u i d a s s o c i a l m e n t e n o es i n s i s t i r e n q u e c u a l -
q u i e r definición d e e s t a c l a s e se ajustará a t o d o s e r h u m a n o d e l a m i s m a m a n e r a
a d e c u a d a o i n a d e c u a d a . A l g u n a s p o s i b i l i d a d e s d e definición s o c i a l s e a j u s t a n
m e j o r a c i e r t o s c u e r p o s y a c i e r t o s i n d i v i d u o s , e n p a r t i c u l a r después d e q u e c a d a
u n o haya incorporado, c o m o "segunda naturaleza", u n estrato de disposiciones, , fvl
t e n d e n c i a s y nutocomprensionespreÜminares.^ • y
C o n n o h y e n t i e n d e l a i d e n t i d a d c o m o u n s i t i o de l u c h a d o n d e las disposicione
fijas c h o c a n c o n l a s d e f i n i c i o n e s c o n s t i t u i d a s s o c i a l m e n t e . E s t a exphcación d e i d e i
tidad nos ofrece u n a ti'egua de los y a pasados debates sobre ideas d e esenciahsrqol
c o n t r a a n t i e s e n c i a h s m o q u e r o d e a n l a s l i i s t o r i a s d e autoformación.^ L a s formulí^
c l o n e s d e e s t e teórico p o h t i c o e n t i e n d e n l a i d e n t i d a d c o m o a l g o q u e s e p r o d u c e éi
el p u n t o de c o n t a c t o e n t r e las c o m p r e n s i o n e s esenciales d e l y o (disposiciones fijus)!
^ W i l l i a m E . C o n n o l l y , lelentity/Dtfference: D e m o c m i i c N e g o t i a t i o n s o f P o H t k a l Paradox, ítaca, Nu£
Y o r k , C o r n e l l U n i v e r s i t y P r e s s , 1991, p . 163.
^ E s t o s d e b a t e s s e s i n t e t i z a n c o n m e t i c n J o s i d a d e n D i a n a F u s s , Esseuíia/Iy Speaking:Femiiúsm, Nattire,^
a n d D¡]Jerence, N u e v a Y o r k y L o n d r e s , R o u d e d g e , 19S9.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIEICACIÓN 561
y l a s n a r r a t i v a s d e l y o s o c i a l m e n t e c o n s t r u i d a s . A l o l a r g o d e l p r o y e c t o más a m -
p h o del cual p r o v i e n e este ensayo, i n t e n t o trazar los m o d o s e n q u e r e p r e s e n t a n su
i d e n t i d a d los sujetos m i n o r i t a r i o s q u e d e b e n trabajar c o n las condiciones d e ( i m )
p o s i b i h d a d q u e g e n e r a l a c u l t u r a p r e d o m i n a n t e , o r e s i s t i r s e a e U a s . hos ferfonners
c u l t u r a l e s c u y o t r a b a j o e x p l o r o d e b e n n e g o c i a i " e n t r e u n a disposición d e i d e n t i -
d a d fija y l o s r o l e s s o c i a l m e n t e c o d i f i c a d o s d i s p o n i b l e s p a r a d i c h o s s u j e t o s . L a
comprensión e s e n c i a h z a d a d e l a i d e n t i d a d ( e s d e c i r , l o s h o m b r e s s o n así, l a s l a t i -
n a s s o n d e e s t e o t r o m o d o , l o s queer d e a l g u n a o t r a f o r m a ) , p o r s u n a t u r a l e z a
m i s m a , d e b e n r e d u c i r l a s i d e n t i d a d e s a s u mímmo común d e n o m i n a d o r . P o r
e j e m p l o , h a y u n a i d e n t i d a d n e g r a esencial e n las diversas variedades d e l p e n s a -
m i e n t o n a c i o n a h s t a n e g r o , y ésta e s d e c i d i d a m e n t e h e t e r o s e x n . i a l . ' * L o s g u i o n e s d e
i d e n t i d a d s o c i a l m e n t e c o d i f i c a d o s a m e n u d o s e e l a b o r a n c o n energías fóbicas
e n t o r n o a l a r a z a , s e x u a h d a d , género y o t r a s d i s t i n c i o n e s i d e n t i f i c a t o r l a s . E n c o i n -
c i d e n c i a c o n C o n n o h y , e n t i e n d o l a l a b o r — q u e a m e n u d o , s i n o s i e m p r e , e s traba-
jo— d e e l a b o r a r l a i d e n t i d a d c o m o u n p r o c e s o q u e s e v e r i f i c a e n e l p u n t o d e c o -
hsión d e p e r s p e c t i v a s q u e a l g u n o s críticos y teóricos a s u m e n c o m o e s e n c i a h s t a
y c o n s t r u c t i v i s t a . E s t a colisión e s e l j u s t o m o m e n t o d e l a negociación c u a n d o l a s
i d e n t i d a d e s híbridas, l a s q u e s e d e f i n e n d e m o d o r a c i a l y d e s d e d e s v i a c i o n e s d e
género, h e g a n a l a representación. A l h a c e r l o , s e r o m p e u n c o n t r a t o r e p r e s e n t a -
c i o n a l ; l a s p e r s o n a s queer j d e c o l o r h e g a n a l a percepción y e l o r d e n s o c i a l r e c i b e
u n a sacudida que puede reverberar con fi.ierza y amplitud, o deformas menos
drásticas p e r o l o c a h n e n t e i n d i s p e n s a b l e s .
L a versión d e l a p o U t i c a d e i d e n t i d a d e n l a q u e p a r t i c i p a e s t e e n s a y o i m a g i n a
u n a formación d e n a r r a t i v a d e i d e n t i d a d r e c o n s t r u i d a q u e u b i c a l a representación
del y o e n el p u n t o preciso d o n d e hacen corto circuito los discursos del esenciaUs-
m o y c o n s t r u c t i v i s m o . E s t a s i d e n t i d a d e s e m p l e a n y s o n f r u t o d e u n a práctica d e
recepción y p e r f o r m a n c e " d e s i d e n t i f i c a t o r i o s " . E l término " i d e n t i d a d e s c o n d i f e -
r e n c i a s " [ideiiíities'in-differeiice] es m u y e f i c a z p a r a c a t e g o r i z a r l a s i d e n t i d a d e s q u e
h a b i t a n e s t a s páginas. E s t e término e s u n a d e m u c l i a s figuraciones que t o m o
prestadas de feministas d e l tercer m u n d o y mujeres de color radicales, e n especial
teóricas c l i i c a n a s , q u e h a n c o n t r i b u i d o e n g r a n m e d i d a a l o s d i s c u r s o s q u e e x p a n d e n
H a y u n a i m p o r t a n t e intervención s o b r e e s t e f r e n t e e n E s s c x l i e m p h i U , " I f F r e u d H a d B c c n ii N e u -
r o d c C o l o r e d W o m a n : R e a d i n g D r . Francés C r e s s W e l s i n g " , e n Ceremonies, N u e v a Y o r k , P c n g u i n , 1992,
pp. 52-61.
 562 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
y r a d i c a l i z a n l a i d e n t i d a d . G l o r i a Anzaldúa y Cherríe M o r a g a , e n s u s t e x t o s I n d i -
v i d u a l e s y e n s u i n n o v a d o r a antología This Bridge Called My Back: Writings by
Radical Wojíien of Color [Este puente, mi espalda: Voces de mujeres terceríjiundistas en
los Estados Unidos], d i R i n d e n l a i d e a d e u n a i d e n t i d a d d e c o l o r f e m i n i s t a r a d i c a l
q u e c o n a s t u c i a r e c o n f i g u r a l a i d e n t i d a d c o n m i r a s a u n p l a n político p r o g r e s i s t a .
E l a r g u m e n t o q u e s e desprendió p r i m e r o d e e s t a s e s c r i t o r a s s e i n t e n s i f i c a y s e
v u e l v e c o n t u n d e n t e p a r a c o n f o r m a r u n d i s c u r s o académico e n l a teoría d e C h e l a
S a n d o v a l d e l a concieiicia diferencial N o r m a Alarcón, e n s u s i n f l u y e n t e s artículos,
r e c o g e t o d a s las ideas d e estas escritoras acerca d e l a i d e n t i d a d . E n u n ensayo
p a r t i c u l a r , Alarcón s i n t e t i z a l a o b r a d e Anzaldúa, M o r a g a y S a n d o v a l , j u n t o c o n
l a s demás teorías d e l a d i f e r e n c i a q u e a d e l a n t a i - o n A u d r e L o r d e y J a c q u e s D e r r i d a
( q u i e n e m p l e a e l término diffe'rance),' e n u n i n t e n t o p o r d e s c r i b i r y d e s c i f r a r l a
identidad con diferencias:
A l t r a b a j a r c o n l a p a r a d o j a d e l a " i d e n t i d a d c o n cüferendas", m u c h a s teóricas
r a d i c a l e s t r a b a j a n d e f o r m a i m p K c i t a e n e l i n t e r s t i c i o / i n t e r f a z d e l a "política d e
i d e n t i d a d " (existencialista) y el " p o s m o d e r n i s m o " s i n u n p l a n m o d e r n i s t a claro.
N i l a noción d e A u d r e L o r d e n i l a d e C h e l a S a n d o v a l d e l a c o n c i e n c i a d e l a d i -
f e r e n c i a / d i f e r e n c i a l c o r r e s p o n d e a u n a teorización d e r r i d i a n a ' — s i b i e n s u i n f i u e n -
c i a es i n n e g a b l e y d e b e e x p l o r a r s e — e n t a n t o r e p r e s e n t a n u n p r o c e s o d e "negación
d e t e r m i n a d a " , u n " n o d e c i r " d e l a clase d e l "todavía n o , así n o es". E l i m p u l s o d e
esa p o s t u r a d e l "todavía n o , así n o es" e n l a o b r a d e S a n d o v a l se d e n o m i n a " c o n -
c i e n c i a d i f e r e n c i a l " ; e n l a d e L o r d e , " d i f e r e n c i a " ; y e n l a d e D e r r i d a , différance.
Y n o obstante todas i n v o c a n de d i s t i n t a f o r m a circuitos localizados de significa-
ción c o d i f i c a d o s p o r e l s i t i o d e s u r g i m i e n t o , q u e d e t o d o s m o d o s n o o b v i a n s u
c o i n c i d e n c i a e n e l "todavía n o " , q u e señala a u n f u t u r o . ^
L a vinculación d e Alarcón d e e s t o s m o d e l o s c o n v e r g e n t e s p e r o disímiles
se p o s i b h i t a p o r q u e e s t o s p a r a c h g m a s diferentes pretenden catalogar "sitios d e
emergencia". T o d o s los performances de i d e n t i d a d desidentlficatoria que catalogo
e n e s t e e n s a y o s o n identidades con diferencias e m e r g e n t e s . E s t a s identidades con
^ N o r m a AJarcón, "Conjugaüng S u b j e c t s i n d i e A g e o f Muiüculturalism", e n A v e r y F . C o r d ó n , ) '
C h r i s t o p h c r N e w f i e i d ( e d s . ) , M a p p i n g M u l t i a i l t i i r a l i s m , Mineápolis, U n i v e r s i t y o f M i n n e s o t a P r e s s ,
Í996,p. 129.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIEICACIÓN 563
diferencias s u r g e n a p a r t i r d e u n a interpelación f a l h d a d e n t r o d e l a e s f e r a púbhca
p r e d o m i n a n t e . S u emergencia se basa e n su capacidad d e desidentificarse c o n e l
púbhco m a s i v o y , e n c a m b i o , m e d i a n t e e s t a desidentificación, c o n t r i b u i r a l a fi.in-
ción d e u n a e s f e r a púbhca o p u e s t a . S i b i e n e c h o m a n o d e términos c o m o sujetos
minoritarios o e l m e n o s ^tztz\iQxo%o personas de color/queers de ra/íjrpara d e s c r i b i r a
l o s d i s t i n t o s t r a b a j a d o r e s d e l a c u l t u r a q u e a p a r e c e n e n e s t a s páginas, n o e s m i
deseo declarar q u e todas estas f o r m a c i o n e s d e i d e n t i d a d s o n " i d e n t i d a d e s c o n
diferencias".
E n este p u n t o es i m p o r t a n t e ensayar u n estricto relato p s i c o a n a h t i c o d e l a
identificación. J e a n L a p l a n c h e y J e a n - B e r t r a n d P o n t a h s d e f i n e n "identificación"
d e k s i g u i e n t e m a n e r a : " P r o c e s o psicológico m e d i a n t e e l c u a l e l s u j e t o a s i m i l a u n
aspecto, p r o p i e d a d o atributos del o t r o y se t r a n s f o r m a , p o r c o m p l e t o o e n parte,
según e l m o d e l o q u e p r o p o r c i o n a e l o t r o . E s p o r m e d i o d e u n a s e r i e d e i d e n t i f i -
c a c i o n e s c o m o s e c o n s t i t u y e y e s p e c i f i c a l a p e r s o n a h d a d " . * ^ ¿Se p u e d e f a b r i c a r u n
y o o u n a p e r s o n a h d a d s i n identificaciones adecuadas? U n sujeto que se desidenti-
fica es i n c a p a z d e i d e n t i f i c a r s e p o r c o m p l e t o o d e f o r m a r l o q u e S i g m u n d F r e u d
denominó u n a relación sólo como si. E n l o s e j e m p l o s q u e m e n c i o n o , l o q u e d e t i e n e
l a identificación s o n s i e m p r e l a s r e s t r i c c i o n e s ideológicas implícitas e n u n s i t i o
identificatorio.
L o s p r o c e s o s d e elaboración y actuación d e l y o q u e e x a m i n o aquí n o s e a c l a r a n
o e l u c i d a n a l r e c u r r i r a e x p h c a c i o n e s h n e a l e s d e l a identificación. C o m o b i e n s a -
b e n l o s críticos q u e t r a b a j a n c o n l a p o h ' t i c a d e l a i d e n t i d a d y a c e r c a d e e h a , l a
identificación n o e s u n a s i m p l e imitación, s i n o q u e , c o m o n o s r e c u e r d a E v e K o -
s o f s k y S e d g w i c k e n l a introducción d e The Epistemology of the Closet [Epistemolo-
gía del armario]: " s i e m p r e i n c l u y e p r o c e s o s múltiples d e identificación. I m p h c a
a s i m i s m o u n a identificación p o r c o n t r a s t e ; y a u n q u e n o fijese así, l a s r e l a c i o n e s
i m p h ' c i t a s e n l a identificación tienen e n sí m i s m a s , c o m o s u g i e r e e l psicoanáhsis,
u n a c a r g a s u f i c i e n t e d e i n t e n s i d a d e s d e incorporación, disminución, infiadón,
a m e n a z a , pérdida, reparación y r e p u d i o " . ' ' Así, l a identificación, c o m o exphca
*' J e a n L a p l a n c l i e y J e a n - B e r t r a n d P o n t a l i s , Uje L a n g i i a g e ofPsycbonrw/ysis, Donald Niclioison-Smidi
( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , W . W . N o r t o n , 1973, p . 2 0 6 [ e d . e s p . : Diccionnrio de Pskoandlisis, B u e n o s A i r e s , Paidós,
1998].
^ E v e KQSo^sh/^itá^vick,Epistemolog)<oftljeClose¿, B c r k e J e y y L o s Ángeles, U n i v e r s i t y o f C a l i f o r n i a
P r e s s , 1990, p . 6 1 [ e d . e s p . : Epistemología d e / a r m a r i o , B a r c e l o n a , E d i c i o n e s d e l a T e m p e s t a d , 1 9 9 S ] .
 564 JOSÉ E S T E B A N MUÑOt
S e d g w i c k , n u n c a es u n p r o y e c t o s e n c i l l o . I d e n t i f i c a r s e c o n u n o b j e t o , persona
e s t i l o d e v i d a , l i i s t o r i a , ideología política, orientación r e l i g i o s a , e t c . , s i g n i f i c a t a m *
b i e n , a l m i s m o t i e m p o y e n p a r t e , u n a identificación o p u e s t a , así c o m o u n a i d e
tificación sólo p a r c i a l c o n d i s t i n t o s a s p e c t o s d e l m u n d o s o c i a l y psíquico.
S i b i e n l o s d i v e r s o s p r o c e s o s d e identificación c o n l l e v a n u n a car-ga, e s o s s u j e t o s
a q u i e n e s s e l e s c a t a l o g a c o n más d e u n c o m p o n e n t e d e i d e n t i d a d m i n o r i t a r i a
p a d e c e n e s t o d e m o d o e s p e c i a l . L o s s u j e t o s q u e están a f i i e r a d e l a s e s f i : r a s públi-
cas p r e d o m i n a n t e s encuenü'an obstáculos p a r a r e p r e s e n t a r i d e n t i f i c a c i o n e s . L a s
i d e n t i f i c a c i o n e s m i n o r i t a r i a s s o n a m e n u d o s o s l a y a d a s o antagónicas r e s p e c t o d e
o t i - a s u b i c a c i o n e s m i n o r i t a r i a s . E s t o e s t a n c i e r t o e n d i s t i n t o s p a r a d i g m a s teóri-
c o s c o m o e n ideologías c o t i d i a n a s . E n l a s i g u i e n t e sección e s b o z o l o s p r e j u i c i o s y
l a l u c h a p o r e l c o n t r o l q u e h a c e n q u e u n a i d e n t i d a d c o m o "queer d e c o l o r " s e a d i -
fiLCil de habitar.
Miopías raciales/Puntos ciegos q u e e r . - Desidentificarse de la teoría
M i h b r o Disidentification^ p r e t e n d e ofi:ecer u n a l e n t e p a r a d h u c i d a r u n a p o h t i c a
m i n o r i t a r i a n o m o n o c a u s a l n i m o n o temática, u n a l e n t e q u e s e c a h b r a p a r a d i s c e r -
n h - u n a m u l t i p h c i d a d d e c o m p o n e n t e s d e i d e n t i d a d i n t e r c o n e c t a d o s y l a s fi)rmas e n
q u e a f e c t a n l o s o c i a l . L o s e s t u d i o s c u l t i u - a l e s d e r a z a , c l a s e , género y s e x u a l i d a d
p r e s e n t a n u n a a m p l i a segregación. L a óptica q u e d e s e o a d o p t a r p r e t e n d e ser,
p a r a t o m a r p r e s t a d a u n a f r a s e d e l a crítica l e g a h s t a y teórica l O m b e r l e WÜham
C r e n s h a v / , interseccional!^ L a teoría d e l a i n t e r s e c c i o n a h d a d d e C r e n s h a w b u s c a
e x p l i c a r l a s c o n v e r g e n c i a s d e l o s a s u n t o s críticos n e g r o s y f e m i n i s t a s d e n t r o d e u n
pai-adigma que t a n t o i n c l u y a estos c o m p o n e n t e s c o m o sustituya l o que eha h a m a
paradigmas monocausales q u e sólo c o n s i d e r a n l a n e g r i t u d e n demérito d e l f e m i -
nismo, o viceversa. Estos protocolos monocausales se establecen mediante la
reproducción d e r e t r a t o s n o r m a t i v o s d e l a m u j e r q u e s i e m p r e i m p h c a n u n s u j e t o
^ Vhidentíficatiom: Q u e e r s of Color a n d the Performance ofPoHtks, Mineápolis, L o n d r e s , U n i v e r s i t ) ' o f
M i n n e s o t a P r e s s , 1999.
^ ICimbcrlé W i U i a m s C r e n s h a w , " B e y o n d R a c i s m a n d M i s o g y n y : B l a c k F e m i n i s m a n d 2 L i v e C r e w " ,
e n M a r i J . A'latstída et a i ( e d s . ) , Words that Wound: C r i t k a l R a c e Theory, A s s a u l t w e Speech, a n d t/je F i r s t
y h n e n d n i e n t , B o u l d c r , C o l o r a d o , W e s t v i e w P r e s s , 1993, p p . 1 1 1 - 1 3 2 .
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 565
f e m i n i s t a b l a n c o y r e t r a t o s p o r i g u a l n o r m a t i v o s d e l a n e g r i t u d q u e s u p o n e n sólo
íi v a r o n e s n e g r o s .
Estos protocolos n o r m a t i v o s i m p i d e n que los sujetos accedan a identidades.
E s t a s b a r r e r a s ideológicas q u e I m p i d e n d a c c e s o a i d e n t i d a d e s múltiples están
p r e s e n t e s e n u n t e x t o s e m i n a l d e l o s e s t u d i o s c u l t i u a l e s , c o m o B/ack Skin, White
Mas/is [PielNegra, Máscaras Blancas] d e F r a n t z Fanón, e l g r a n t r a t a d o d e l s i g l o x x
s o b r e l a m e n t a h d a d c o l o n i z a d a . E n u n p i e d e página. Fanón esaibió l o q u e e s ,
p a r a t o d o l e c t o r contemporáneo antihomofóbico, u n a expresión i n f a m e : " M e n d o -
n a r e m o s rápidamente q u e n o h e m o s p o d i d o c o m p r o b a r l a p r e s e n c i a m a n i f i e s t a d e
homosexT-iahdad en M a r t i n i c a . E n eho hay que ver u n a consecuenda de la ausen-
c i a d e l E d i p o e n l a s A n t U l a s . Y a se s a b e cuál es e l e s q u e m a d e l a homosexuahdad".^°
E n s u capítulo s o b r e i d e n t i d a d c o l o n i a l . Fanón d e s c a r t a l a p o s i b i h d a d d e u n c o m -
p o n e n t e h o m o s e x - u a l e n u n a formadón i d e n t i t a r i a . E s t o e s común; s e e n t i e n d e
s o b r e t o d o c o m o u n r e c h a z o d e l a i d e n t i d a d cjueer d d tipo " e s c o s a d e b l a n c o s " .
P e n s e m o s p o r u n m o m e n t o e n l a r e v o l u c i o n a r i a h o m o s e x u a l de las A n t i l l a s , q u i -
zás u n a j o v e n q u e y a a p a r e c e e n l a s críticas d e Fanón s o b r e l a s m u j e r e s c o l o n i z a -
d a s . ¿Qiié p r o c e s o p o s i b i h t a e l m a n t e n i m i e n t o d e u n a identificadón c o n Fanón,
c o n s u p o h t i c a , c o n su trabajo, p a r a esta m u j e r ? E n estos casos, u n a d e s i d e n t i f i c a -
ción c o n Fanón sería u n a d e m u c h a s f o r m a s e n q u e e h a sería c a p a z d e r e m o d e l a i *
a l i n f i u y e n t e teórico p a r a s u p r o p i o p r o y e c t o , u n o q u e R i e s e t a n t o y^/íí^r y f e m i n i s t a
c o m o a n t i c o l o n i a l . L a desidentificadón o f r e c e u n Fanón, p a r a e s e l e c t o r o l e c t o r a
g a y o l e s b i a n a , s i n d e s c a f e i n a r ; e n c a m b i o , l a h o m o f o b i a y m i s o g i n i a d e Fanón s e
pondrían e n t e l a d e j u i d o m i e n t r a s s u d i s c u r s o a n t i c o l o n i a l permanecería c o m o
u n a identificación todavía v a h o s a , s i b i e n m e d i a d a . E s t a m a n i o b r a r e s i s t e u n g i r o
i m p r o d u c t i v o h a c i a l a crítica d e b u e n o / m a l o y e n c a m b i o p e r m i t e u n a i d e n t i f i c a -
ción t a n t o m e d i a t a c o m o i n m e d i a t a , u n a desidentificación q u e p e r m i t e e l t r a b a j o
pohtico.
E l fenómeno d e l a fantasía d e q u e " l o queer e s c o s a d e b l a n c o s " s e r e f i e j a c o n
nitidez (y p o r contraste) en la n o r m a t i v l d a d de " l o blanco" p r o p i a de la cultura gay
e s t a d u n i d e n s e p r e d o m i n a n t e . Marión R i g g s argumentó l o a n t e r i o r c o n firmeza
crítica e n s u i n n o v a d o r v i d e o Tongues Untied [Lenguas desatadas] ( 1 9 8 9 ) , e n e l q u e
R i g g s e x p l o r a s u extravío e n u n a metáfora p a r a a l u d i r a l o s e s p a c i o s o prácticas
F r a n t z Fanón, Black S k i n , White Masks, N u e v a Y o r k , G r o v c Press, 1967 [ed. csp.: PielNeipa, M a s -
caras B l a n c a s , B u e n o s íVires, S c h a p i r e E d i t o r , 1 9 7 4 ] .
566 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
q u e s o n m a y o r i t a r i amenté d e públicos caucásicos e i n c l u s o a v e c e s p r o t e s t a n t e s , )
c u a n d o "salió d e l clóset" y s e mudó a S a n F r a n c i s c o . U n s e g m e n t o d e l v i d e o c o -
m i e n z a c o n u n l e n t o a c e r c a m i e n t o a l a fotografía d e u n m u c h a c h o caucásic
e n u n a n u a r i o d e p r e p a r a t o r i a . L a i m a g e n s e acompaña c o n l a narración d e u n a v o z e
c¿fque h a b l a d e l c l i i c o , d e e s t e p r i m e r a m o r , c o m o u n a bendición p e r o también,
final, u n a maldición. L a h i s t o r i a s e d e s p l a z a e n e s e m o m e n t o a u n a s e s c e n a s d e 1
q u e p a r e c e u n eufórico disürito C a s t r o e n S a n F r a n c i s c o , d o n d e m u c h o s c u e r p o
b l a n c o s a m e d i o v e s t i r i n u n d a b a n las c a h e s d e ese f a m o s o b a r r i o gay. L a v o z e
off d e R i g g s o f r e c e u n t e s t i m o n i o q u e o p e r a c o m o a s t u t o anáhsis d e l a fi-ierza d
l a n o r m a t i v l d a d caucásica e n l a c u l t u r a qtieer: , sión m u l t i c u l t i u - a l d e r a z a y e t n i c i d a d , p o r sí m i s m a , n o g e n e r a u n d i s c i u : s o d e
E n C a l i f o r n i a conocí l a c o n s i s t e n c i a y s a b o r d e l a n i e v e . E n b u s c a d e u n B g u e
c o n c h i c o s b l a n c o s , viví l o s sueños a d o l e s c e n t e s d e m a n e r a d i f e r i d a . Qriedé f a s -
cinado con los patrones de l o negro sobre lo blanco sobre l o negro sobre l o b l a n -
c o . M e concentré c o n t o d a s m i s f u e r z a s . Qiüzá d e v e z e n c u a n d o u n h e r m a n o
n e g r o m i r a b a e n m i dirección. N u n c a m e d i c u e n t a . E s t a b a i n m e r s o e n l a v a i n i -
h a . Degusté e s t e único s a b o r , u n o q u e a propósito n o f u e r a e l mío. Evité l a p r e -
g u n t a "¿Por qué?" Fingía n o d a r m e c u e n t a d e l a a u s e n c i a d e imágenes n e g r a s e n
e s t a n u e v a v i d a gay, e n Übrerías, t i e n d a s , f e s t i v a l e s d e c i n e , m i s p r o p i a s fantasías.
Traté d e n o v e r las escasas imágenes d e n e g r o s q u e e r a n más p o p u l a r e s : b r o m a s ,
o b s e s i o n e s , c a r i c a t u r a s o d i v a s d e l a música d i s c o , t o d o e s t o a d o r a b a p e r o d e s d e •
l e j o s . A l g o e n O z , e n mí, i b a m a l , p e r o t r a t a b a d e n o v e r l o . M e d e d i c a b a a l a
búsqueda d e l a m o r , d e l a afirmación, d e m i r e f l e j o e n o j o s a z u l e s , g r i s e s , v e r d e s .
E n e s t a búsqueda encontré a l g o q u e n o e s p e r a b a , a l g o p a r a l o c u a l décadas d e
d e t e r m i n a d a asimilación n o m e c e g a r o n : e n e s t a g r a n m e c a g a y e r a u n h o m b r e
i n v i s i b l e ; aún n o tenía s o m b r a , s u s t a n c i a . N i l i i s t o r i a , n i l u g a r . Ningún r e f l e j o .
E r a a j e n o , n o v i s t o , y v i s t o , n o d e s e a d o . Aquí, c o m o e n P l e p z l b a h , e r a u n n e g r o ,
todavía. M e d i p o r v e n c i d o : C a s t r o y a n o e r a m i h o g a r ( e n r e a h d a d n u n c a l o
file), y m e fiii d e ahí e n b u s c a d e a l g o m e j o r .
E s t a l e c t i u a anecdótica s o b r e l a b l a n c i u r a d e l a c u l t u r a queer e s u n a crítica q u
t o c a v a r i a s a r i s t a s d e d i c l i a c u l t u r a queer. Tongues Untied se h a m a h n t e r p r e t a d o c o m
u n "envñecimiento" d e l o s b l a n c o s y d e l a c o m u n i d a d s a d o m a s o c a e n g e n e r a l . P o
e j e m p l o , l a d e f e n s a a c a r g o d e J o h n C h a m p a g n e d e l r a c i s m o d e l a c o m u n i d a d ga;
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 567
p r e d o m i n a n t e s e c o n s i d e r a u n a m a n i o b r a común d e l o s g a y s b l a n c o s comprome-
t i d o s c u a n d o s u r e l a t o d e victimlzación s e b a n a h z a a l r e f e r h i o a l privÜegio r a c i a l . ^ ^
U n a revisión d e l a v a s t a mayoría d e e s t u d i o s s o b r e g a y s y l e s b i a n a s , así c o m o
s o b r e teorías queer, q u e s e h a n p u b h c a d o , r e v e l a l a m i s m a a u s e n c i a d e imágenes d e
c o l o r q u e l a c o n t u n d e n t e panorámica d e Tongues Untied. L a m a y o r p a r t e d e l o s
h i t o s d e l a teoría h o m o s e x u a l q u e s e enseñan, c i t a n y c a n o n i z a n e n l a s a u l a s , p u b h -
caciones y conferencias de estudios sobre gays y lesbianas se d i r i g e d e c i d i d a m e n t e
a l anáhsis d e g a y s y l e s b i a n a s b l a n c o s . L a f a l t a d e inclusión, c a s i s i n l u g a r a d u d a s ,
n o es e l p r i n c i p a l p r o b l e m a respecto d e l t r a t a m i e n t o de l a r a z a . U n a h g e r a indu-
i d e n t i d a d p r o g r e s i s t a . Y v o n n e Y a r b r o - B e j a r a n o elaboró e l v a h o s o a r g u m e n t o d e q u e
" l a f a l t a d e atención a l a r a z a e n l a o b r a d e teóricas l e s b i a n a s i n f i u y e n t e s r e a f i r m a l a
i d e a de q u e esp o s i b l e h a b l a r de s e x u a h d a d s i n h a b l a r de raza, l o q u e a su v e z r e a -
firma l a i d e a d e q u e e s n e c e s a r i o h a b l a r s o b r e r a z a y s e x u a l i d a d sólo después d e
a n a h z a r a l a s p e r s o n a s d e c o l o r y s u t e x t o " . ^ ^ C u a n d o l a mayoría d e l o s e s c r i t o r e s
d e teoría queer b l a n c o s a n a h z a a s p e c t o s r a c i a l e s , p o r l o g e n e r a l s e t i - a t a d e u n a l e c -
t u r a específica d e algún a r t i s t a d e c o l o r , l e c t u r a q u e n o i m p l i c a c u e s t i o n e s d e r a z a
e n l a t o t a h d a d d e l p r o y e c t o crítico d e e s t o s teóricos. U n a v e z más, m e d i a n t e m i
Jolin C h a m p a g n e , '"Ajithropology-Unending Search for Wliac Is Utterly Prccious': Race, Class,
a n d Tongues Ufitied", e n The E t h i c s of M a r g i n a Hty: A N e w A p p r o a c h to Gay Studies, Mineápolis, U n i v e r s i t } '
o f M i n n e s o t a P r e s s , 1 9 9 5 . E l t e x t o d e C h a m p a g n e , e n s u frenética misión d e a t t i c a r a i m p o r t a n t e s c r e -
a d o r e s d e l a c u l t u r a queer n e g r a , c o m o l a f a l l e c i d a Marión R i g g s y E s s c x l i c m p h i l l , p r e t e n d e v i n c u l a r l a
crítica q u e e r i g e R i g g s h a c i a l a n o r m a t i v i d a d b l a n c a d e C a s t r o c o m o u n a crítica d e l a c u l t u r a s a d o m a s o -
q u i s t a y , además, c o m o u n a crítica e n e s t r e c l i a alineación c o n l o s m o v i m i e n t o s a n t i p o r n o . C h a m p a g n e
a c u s a a íícmpliill d e h a b e r l l o r a d o d u r a n t e u n a d e s u s l e c t u r a s a l r c f c r i r i s c a l a s d i m e n s i o n e s e x p l o t a d o r a s
d e l a mitificación d e l o s n e g r o s c o m o figuras d e c o n s u m o p e r v e r s o , p r o p i a d e la o b r a d e l d e s a p a r e c i d o
R o b e r t M a p p l c t h o r p e . L a l e n t e crítica r e d u c c i o n i s t a d e C l i a m p a g n e e q u i p a r a l a crítica d e u n i m p o r t a n t e
artista con la censura a n t i p o r n o de A n d r e a D w o r k i n y J o h n Stoltenbcrg. A l hacerlo. C h a m p a g n e parece
d e l a t a r s u i g n o r a n c i a d e l c o n j u n t o d e l a producción c u l t u r a l d e P l e m p l r i l l , q u e i n c l u y e poesía y p r o s a ,
q u e l a s p r e f e r e n c i a s d e D w o r k i n y S t o l t e n b e r g d e i n m e d i a t o denunciarían c o m o pornografía. C h a m p a g n e
s e n i e g a a a p o y a r l o s m o v i m i e n t o s a n t i p o r n o r e a l e s y e n c a m b i o e n t a b l a débiles a c u s a c i o n e s d e q u e l o s t r a -
b a j a d o r e s c u l t u r a l e s a f r o e s t a d u n i d e n s e s g a y s q u e c r i t i c a n a l r a c i s m o b l a n c o y l a exclusión d e l o s c u e r p o s
d e c o l o r d e m u c h o s a s p e c t o s d e l a c u l t u r a g a y b l a n c a s o n e n r e a l i d a d a c t i v i s t a s a n t i p o r n o . L a s lágrimas d e
l i e m p h i i l d u r a n t e s u presentación s e i n t e r p r e t a n c o m o u n a c t o m a n i p u l a d o r d e m a l a f e . E s t a acusación
p e r m i t e a p r e c i a r l a s f o r m a s c o m o l a crítica e s i n s e n s i b l e a n t e l a h i s t o r i a d e subjiigación q u e l o s c u e r p o s
negros h a n padecido p o r influencia de los blancos.
Y v o n n e Yarfaro-Bejarano, " E x p a n d i n g the C a t e g o r i c s o f R a c e a n d Sc^ualit^' i n L c s b i a n a n d G a y
S t u d i e s " , e n G c o r g e E . H a g g e r t y y B o n n i e Z i m m e r m a n {eds.), PivfessioiisofDesire:Les¿;ian a n d GayStudies
i n L i t e r a t u r e , N u e v a Y o r k , M L A , 1995, p p . 128,129.
 56S JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
íinulogía c o n e l monólogo d e R i g g s , d e s e o íirgumentar q u e s i e l b a r r i o d e C a s t r o
e r a O z p a r a a l g u n o s g a y s q u e s e s u m a r o n a u n a g r a n migración a l o e s t e g a y , e l
área d e e s t u d i o q u e s u r g e h o y e n día c o m o e s t u d i o s gay-lésblcos e s a s i m i s m o
o t r o r e i n o s o b r e e l a r c o i r i s . E l c a m p o d e l a teoría guee?; como el vecindario de
CasU-o q u e p i n t a R i g g s , es ( e s m b o esto a p a r t i r d e l a experiencia) u n lugar" d o n d e
u n e s t u d i o s o d e c o l o r s e p i e r d e c o n f a c i h d a d e n u n a inmersión e n v a i n i l l a m i e n t r a s
s u s f a c u l t a d e s críticas s e c o n g e l a n b a j o u n a a v a l a n c h a d e n i e v e . A l a s inñuyentes
activistas/teóricas f e m i n i s t a s qi¿ee7- q u e s e c i t a más a m e n u d o ( L o r d e , B a x - b a r a
S m i t h , Anzaldúa y M o r a g a , e n t r e o t r a s ) c a s i n u n c a s e l e s a b o r d a d e s d e u n a p e r s -
p e c t i v a crítica, s i n o , c o m o a l a s d i v a s d e l a música d i s c o q u e m e n c i o n a R i g g s , s e l e s
a d o r a d e s d e l e j o s . E l h e c h o d e q u e l a v a s t a mayoría d e p u b h c a c i o n e s y c o n f e r e n -
c i a s q u e c o n f o r m a n l a d i s c i p h n a d e l a teoría qi/eer aún c o n s i d e r e n l a r a z a u n a g r e -
gado, i n d i c a q u e algo n o a n d a b i e n e n este O z , t a m p o c o .
El •paradigma pecheuxiano
L a teoría d e desidentificación q u e p r e s e n t o t i e n e l a intención d e c o n t r i b u i r a u n a
comprensión d e l a s f o r m a s e n q u e l o s queer d e c o l o r s e i d e n t i f i c a n c o n e l elh-nos o
c o n e l p r o y e c t o queer a p e s a r d e l a s c a r g a s fóbicas q u e s e d a n e n a m b o s campos.
E l h n g i U s t a francés M i c l r e l Pécheme exti-apoló u n a teoría d e l a desidentificación a
p a r t i r d e l a i n f i u y e n t e teoría d e l p e n s a d o r m a r x i s t a L o u i s A l t l i u s s e r r e f e r e n t e a l a
formación e interpelación d e l s u j e t o . " L a ideología y a p a r a t o s ideológicos d e l E s -
t a d o " d e A l d i u s s e r e s u n o d e l o s p r i m e r o s e n s a y o s s o b r e e l p a p e l d e l a ideología
e n l a teorización s o b r e l a formación d e l s u j e t o . P a r a A l t l i u s s e r , l a ideología e s e l
d o m i m o i n e v i t a b l e e n e l q u e a l o s sujetos se les c o n c i t a a ser o a "ser catalogados",
p r o c e s o q u e fiama interpelación. L a ideología e s l a relación i m a g i n a r i a d e l o s i n -
d i v i d u o s c o n s u s c o n d i c i o n e s r e a l e s d e e x i s t e n c i a . L a ubicación d e l a ideología
está s i e m p r e d e n t r o d e u n apparatus y d e s u práctica o prácticas, c o m o e l appara"
tus d e j . E s t a d o . ^ ^
Pécheux paitió d e e s t a teoría a l d e s c r i b i r l o s t r e s m o d o s e n l o s q u e u n s u j e t o
s e consü'uye m e d i a n t e prácticas ideológicas. E n e s t e e s q u e m a , e l p r i m e r m o d o
L o u i s A l t l i u s s e r , L e n i n a n d M a r x i s m a n d O l b e r E s s a y s , B e n B r e w s t e r ( t r i i d . ) , N u e v a Y o r k , Mondü/
R e v i e w Press, 1971, p p . 127-1S7.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 569
se e n t i e n d e c o m o identificación, e n e l q u e u n " b u e n s u j e t o " e h g e u n b u e n c a m i n o
d e identificación c o n f o r m a s d i s c u r s i v a s e ideológicas. L o s " m a l o s s u j e t o s " s e
r e s i s t e n e i n t e n t a n r e c h a z a i " l a s imágenes y s i t i o s i d e n t i f i c a t o r i o s q u e l e s o f r e c e
l a ideología p r e d o m i n a n t e , y p r o c e d e n a r e b e l a r s e , a contraidentificarse y r e v e r t i r
e s t e s i s t e m a simbóhco. E l p e l i g r o q u e v e Pécheaio: e n e s t a operación sería l a c o n -
tradeterminación q u e i n s t a l a u n s i s t e m a así, u n a e s t i - u c t i u ' a q u e v a l i d a l a i d e o l o -
gía d o m i n a n t e a l r e f o r z a r s u p r e d o m i n i o m e d i a n t e l a simetría c o n t r o l a d a d e l a
contradeterminación. L a desidentificación e s e l t e r c e r m o d o d e a b o r d a r l a i d e o -
logía p r e d o m i n a n t e , e l c u a l n o o p t a p o r a s i m i l a r s e d e n t r o d e d i c h a e s t r u c t u r a n i
p o r u n a oposición e s t r i c t a a e h a ; e n c a m b i o , l a desidentificación e s u n a e s t r a t e -
g i a q u e o p e r a c o n l a ideología p r e d o m i n a n t e y c o n t r a ella,^** E n l u g a r d e c e d e r a
l a s p r e s i o n e s d e l a ideología p r e d o m i n a n t e (identificación, asimÜación) o i n t e n -
t a r e s c a p a r s e d e s u e s f e r a hermética (contraidentificación, u t o p i s m o ) , e s t a " o p e -
ración e n f a v o r y e n c o n t r a " es u n a e s t r a t e g i a q u e p r e t e n d e t r a n s f o r m a r u n a lógica
cultural desde adentro, actuando siempre para representar e l cambio estructural
p e r m a n e n t e y a lm i s m o t i e m p o valorar l a i m p o r t a n c i a de lasluchas d e resistencia
locales o cotidianas.
J u d i t h Butíer s e i n c h n a h a c i a l a desidentificación c u a n d o a n a h z a e l f r a c a s o
d e l a identificación. N o c o i n c i d e c o n S l a v o j Z i z e k , q u i e n e n t i e n d e l a d e s i d e n t i -
ficación c o m o u n a r u p t r u a d e l a p o s i b i h d a d p o h t i c a , " u n a ficcionahzación a l
p u n t o d e l a inmovilización p o l í t i c a " . B u d e r r e f r i t a a Z i z e k a l p l a n t e a r l a s i -
g u i e n t e p r e g u n t a s o b r e s u s f o r m u l a c i o n e s : "¿Qiié posibÜidades h a y d e p o l i t i z a r
l a 'desidentificación, e s t a e x p e r i e n c i a d e no reconocimiento, e s e incómodo s e n t i m i e n -
to d e estar bajo u n signo a l que u n o pertenece y a l m i s m o t i e m p o n o pertenece?"
B u t l e r r e s p o n d e : " p u e d e o c u r r i r q u e l a aíh-mación d e e s e d e s h z a m i e n t o , e s e
f r a c a s o d e l a identificación, s e a e n sí m i s m a e l p u n t o d e p a r t i d a d e u n a a f i r m a -
ción más d e m o c r a t i z a d o r a d e l a d i f e r e n c i a i n t e r n a " . T a n t o l a explicación d e l a
"desidentificación" d e B u t l e r c o m o l a d e Péchearoc a d e l a n t a n u n a comprensión
M i c h c l Péclicux, L a n g i i a g e , Semaníics, a u d i d e o l o g y , N u e v a Y o r k , S t . M a r t i i V s P r e s s , 1 9 8 2 .
15 J u d i t l i B u d e r , B o d i e s that M a t t e r : On the D i s c u r s h e L i m i t s of'Sex", Nueva York y Londres, Rout-
l e d g e , 1 9 9 3 [ e d . e s p . : Cuerpos que Importan. Sobre ¡os ¡imites materiales y discursivos del "sexo", B u e n o s A i r e s ,
B a r c e l o n a , México, Paidós, 2 0 0 2 ] . E l análisis d e Z i z e k s o b r e l a s "desidentíficacioncs" s e e n c u e n t r a e n 7?je
S u b l i m e Object o f l d e o h g y . V e r s o , N u e v a Y o r k , 1 9 9 1 [ c d . e s p . : E l s u b l i m e objeto de la ideología, México, S i g l o
X X I , 1992],
1^ J u d i t h B u d e r , op. cit., p . 3 0 8 .
 570 JOSÉ E S T E B A N MUÑO¿'
d e l a identificadón c o m o a l g o n u n c a t a n p e r f e c t o o u n i l a t e r a l c o m o sugeriría l a e x -
plicación f r e u d i a n a . ^ ' ' A m b o s teóricos u b i c a n e l c o n c e p t o d e l " s u j e t o " dentro d e
l a ideología. S u s m o d e l o s p e r m i t e n e x a m i n a r l a s teorías d e u n s u j e t o q u e n o e s
e l " b u e n s u j e t o " , q u e p r e s e n t a u n a identificación fácil o mágica c o n l a c u l t u r a
p r e d o m i n a n t e , n i el " m a l sujeto", que sei m a g i n a fiiera d e l a ideología. E n cambio,
d e s p e j a n e l c a m i n o h a c i a l a comprensión d e u n " s u j e t o d e s i d e n t i f i c a t o r i o "
p o r táctica o p e r a a l m i s m o t i e m p o e n f a v o r d e u n a f o r m a c u l t u r a l , c o n e U a y
c o n t r a ella.
C o m o práctica, l a "desidentificación" n o d i s i p a e s o s e l e m e n t o s ideológicoó
c o n t r a d i c t o r i o s ; e n c a m b i o , d e i m i s m o m o d o c o m o u n s u j e t o melnncóhco s e a f e ^
rra a u n objeto percudo, u n sujeto "desidendficatorio"'trabaja para aferrarse a este
o b j e t o e i n f u n d i r l e n u e v a v i d a . S e d g w i c k , e n s u o b r a s o b r e e l a f e c t o , vergüenza y
s u p a p e l e n l a p e r f o r m a t i v l d a d qmer, e x p h c a ;
L a s f o r m a s q u e a d o p t a i a vergüenza n o s o n p a r t e s "tóxicas" d i s t i n t a s d e u n a
i d e n t i d a d g r u p a l o i n d i v i d u a l extirpable; s o n e n c a m b i o integrales y residuales
d e l p r o c e s o e n q u e s e f o r m a l a i d e n t i d a d . Están d i s p o n i b l e s p a r a l a l a b o r d e
m e t a m o r f o s i s , r e c i c l a j e , reconfigvu'ación, transfiguración, c a r g a y deformación
•^^ U n u explicación d e F r e u d s o b r e l a identificación s e e n c u e n t r a e n Groitp Psychohgy a n d the A n a l y s h of
t h e B g o , J a m e s S t r a c h e y ( t r a d . ) , N u e v a Y o r k , W . V V . N o r t o n , 1 9 5 9 [ e d . c s p . : Psicología de las masas y ana'Hsís
/ / f / l ^ . ] \ ' I a d r l d , A l i a n z a , 1 9 8 1 ] . E n e s t e l i b r o , F r e u d e s q u e m a t i z a t r e s t i p o s d e identificación: e l p r i m e r o e s
e l l a z o e m o c i o n a l o r i g i n a l c o n u n o b j e t o , básico p a r a l a teoría d e l c o m p l e j o d e E d i p o ; l a s e g u n d a v a r i a n t e
e s l a identificación c o n u n s u s d t u t o d e u n o b j e t o l i b i d i n : d ; y e l t e r c e r m o d o e s u n a identificación n o erótica
c o n u n s u j e t o c o n e l q u e c o m p a r t e características y a t r i b u t o s c o m u n e s . E s c l a r o q u e p o r i a p r i m e r a r u t a
t r a n s i t a l a formación d e l a identídad h e t e r o s e x u a l n o r m a t i v a . L a s e g u n d a noción d e ¡dentíficación e s l a
p o s i b i l i d a d p a t o l o g i z a d a y r e g r e s i v a q u e e x p l i c a l a s d i v e r s a s e l e c c i o n e s d e o b j e t o s gneer. E n este m o d o
d e identificación, e l o b j e t o n o s e t r a n s f i e r e d e f o r m a fructífera c o m o s u c e d e e n e l c i r c u i t o i d e n t i f i c a t o r i o
edípico, s i n o q u e o c u r i r e l o q u e e n r i e n d o c o m o introyecdón queery q u e e v a d e t a l e s identífícaciones. E l m o d o
final p e r m i t e i d e n d f i c a c i o n e s c o n e l m i s m o s e x o y d e c i d i d a m e n t e n o eróticas, e s d e c i r , i d e n t i f i c a c i o n e s c o n
e l m i s m o g r u p o s e x u a l q u e n o s o n " r e g r e s i v a s " n i patológicas. A l o l a r g o d e l t e x t o d e F r e u d h a y u n c u r i o s o
e n t r e l a z a m i e n t o d e d e s e o e identificación. E s n e c e s a r i a l a identificación c o n u n m o d e l o d e l m i s m o s e x o p n r a
e l p r o c e s o d e d e s e a r u n o b j e t o d e elección d e l s e x o o p u e s t o . E l d e s e o , p a r a F r e u d , e s e n t o n c e s u n término
r e s e r v a d o p a r a l a h e t e r o s e x u a l i d a d normatíva,y s e h a b l a s o b r e l a s c o n e x i o n e s e m o c i o n a l e s y eróticas h o m o -
s e x u a l e s e n términos d e idendficación. L a teoría d e "desidentificación" q u e p l a n t e o aquí s e o f r e c e e n p i i r t c
c o m o s u s t i t u t o d e e s t e m o d e l o f r c u d i a n o , s i b i e n s u s m e c a n i s m o s también d e p e n d e n d e c i e r t a s f o r m a s d e
introyecdón, c o m o s e d e s c r i b e e n l a s e g u n d a m o d a l i d a d d e identificación d e F r e u d . E n a d e l a n t e v i n c u l o l o
q u e e n t i e n d o c o m o "desidenüfícación"y l o s c o n c e p t o s f r e u d i a n o y p o s f r c u d i a n o d e melancolía. L a m e l a n -
colía e s u n p r o c e s o q u e también d e p e n d e d e l a introyecdón. E n m i análisis, e s t a introyecdón s e d e s c r i b e
c o m o e l " a p e g o " a u n o b j e t o p e r d i d o , o c o m o u n a incorporación d e él o m e d i a n t e él.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIEICACIÓN 571
a f e c t i v a y simbóhca; p e r o n o están d i s p o n i b l e s p a r a e f e c t u a r e l t r a b a j o d e p m i f i -
cación y c l a u s u r a deontológica.'^
D e s i d e n t i f i c a x ' es l e e r s e a sí m i s m o y l a n a i x a t i v a v i t a l p r o p i a e n u n m o m e n t o ,
o b j e t o o s u j e t o q u e n o está c o d i f i c a d o c u l t u r a l m e n t e p a r a c o n e c t a r s e c o n e l s u j e t o
que q u e s e d e s i d e n t i f i c a . N o e s t a n sólo e l e g i r l o q u e se s u p r i m e d e u n a identificación.
N o es e x t i r p a r de f o r m a d e h b e r a d a los c o m p o n e n t e s p o h t i c a m e n t e sospecliosos o
vergonzosos d e n t r o d e u n loats i d e n t i f i c a t o r i o . E n c a m b i o , e s u n t r a b a j o d e r e e l a -
boración d e e s a s energías q u e n o s u p r i m e n l o s c o m p o n e n t e s "dañinos" o c o n t r a -
d i c t o r i o s d e t o d a i d e n t i d a d . E s l a aceptación d e l a n e c e s a r i a intervención q u e h a
o c u r r i d o e n tales situaciones.
M i t r a b a j o s o b r e l a "desidentificación" es, h a s t a c i e r t o g r a d o , u n a discusión
c o n ortodoxias pslcoanahticas dentro de los estudios culturales. N o representa u n
r e c h a z o t o t a l d e l psicoanáhsis. D e h e c h o , l a relación p r o p i a c o n e l psicoanáhsis
p u e d e s e r d e s i d e n t l f i c a t o r i a . Más q u e r e c h a z a r l a s e x p h c a c i o n e s p s i c o a n a h t i c a s
d e l a identificación, l a s i g u i e n t e sección a b o r d a l a o b r a s o b r e l a identificación y e l
d e s e o q u e s e üeva a c a b o e n e l a l a p s i c o analítica d e l a teoría queer.
La identifi-cacióji más allá del psicoanálisis y dentro de él
V a r i o s críticos h a n e x p l o r a d o l a s v i c i s i t u d e s homofóbicas y r a c i s t a s d e l a versión
d e l psicoanáhsis s o b r e l a identiñcación. P o r e j e m p l o , D i a n a F u s s señala l a s f o r -
m a s e n q u e F r e u d elaboró u n a f a l s a dicotomía e n t r e d e s e o e identificación. E l d e -
s e o e s l a m a n e r a c o m o s e efectúan l a s e l e c c i o n e s " a d e c u a d a s " d e l o b j e t o , y l a i d e n -
tificación e s u n término c o n q u e s e e x p h c a l a inversión patológica d e l a s p e r s o n a s
c o n m a l a s e l e c c i o n e s d e o b j e t o s . F u s s p r o p o n e u n a n u e v a teoría d e l a i d e n t i f i -
cación q u e se b a s a e n u n a comprensión d e l a formación d e l a s u b j e t i v i d a d q u e es d e
corte vampirista:
E v e K o s o f s k y S e d g w i c k , " Q i i c e r P e r f o r m a t i v i t ) ' : P l e n r y J a m e s ' T j e A r t of (he N o v e l ' ' , G L Q 1> v o l . 1 ,
i o dd ee 1993,
otoño 199, p . 1 3 .
1^ D i a n a F u s s , " F a s h i o n a n d t h e Homospectatoniü L o o k " , C r i t i c a l I n q u i r y 1 8 , v o l . 4 , v e r a n o d e \JU,
p p . 713-732.
 572 JOSÉ E S T E B A N
E l v a m p i r i s m o o p e r a más c o m o u n a f o r m a i n v e r t i d a d e identificación, u n a i d e n -
tificación d e a d e n t r o h a c i a fiiera, e n l a q u e e l s u j e t o , e n e l a c t o d e i n t e r i o r i z a r a l
o t r o , a l m i s m o t i e m p o se r e p r o d u c e d e f o r m a e x t e r n a e n e l oü.'o. E l v a m p i r i s m o
es t a n t o u n a incorporación d e l o t i - o c o m o u n a autorreproducción; d e l i m i t a u n .
e s p a c i o más a m b i g u o d o n d e e l d e s e o y l a identificación p a r e c e n m e n o s o p u e s t o s
q u e c o n t i g u o s , d o n d e e l d e s e o d e ser e l o t r o (identificación) o b t i e n e s u s u s t e n t o
m i s m o d e l d e s e o d e t e n e r a l otro.^°
L a incorporación d e l o t r o e n e s t e c o n t e x t o está e n a b i e r t a oposición a l a ver-^
sión d e F r e u d , según l a c u a l l a identificación s e d i s t r i b u y e p o r e t a p a s , c o n u n a
cahbración t o t a l ideológica h a c i a l a h e t e r g s e x u a h d a d ( c o m p u l s i v a ) . E l e n f o q u e
r e v i s i o n i s t a d e F u s s h a c i a e l psicoanáhsis i n s i s t e e n l a relación d e contigüidad d e l
d e s e o c o n l a identificación.
L a o b r a i n n o v a d o r a d e F u s s s o b r e l a identificación recibió u n g r a n e s c e p t i c i s -
m o p o r p a r t e d e T e r e s a D e L a i u - e t i s , q u i e n d e s c a r t a e s t a teoría p o r q u e d e s d i b i y a
más l a s h n e a s e n t r e l a s e x u a l i d a d y s u b j e t i v i d a d específicamente l e s b i a n a s y l a s
posturas feministas sobre sexuahdad y subjetividad.^^ E s t a idea d eD e Lauretis,
a s i m i s m o r e v i s i o n i s t a , t o m a o t r o r u m b o , a l sustitiür e l d e s e o p o r l a identificación
e n l a n a r r a t i v a d e l psicoanálisis. P a r a D e L a u r e t i s , e l d e s e o lésbico n o s e d e f i n e n i s e ,
i m p h c a d e n t r o d e n i n g u n a e s t r u c t i u ' a d e identificación ( m u c h o m e n o s e n i d e n t i t /
ficaciones a t i z a d a s ) . S u aproximación a l d e s e o e s e x t e n d e r l o , y p e r m i t i r l e q u e
c u b r a y r e e m p l a c e l o q u e e n s u opinión e s u n a noción m u y a m b i g u a d e i d e n t i f i - ^
cación. E n e s t e p u n t o c o i n c i d o c o n F u s s y o t i - a s teóricas queer q u e c o m p a r t e n él
m i s m o i m p u l s o r e v i s i o n i s t a q u e D e L a u r e t i s , p e r o a qiúenes n o l e s p r e o c u p a tantó^^
o r d e n a r l a s h n e a s d e l d e s e o a d e c u a d o y recíproco r e s p e c t o d e l o q u e e h a v e
i d e n t h i c a c i o n e s c r u z a d a s i n d i r e c t a s . M i e n s a y o " F a m o u s a n d D a n d y h i c e B . W:-,
A n d y " ^ ^ a b o r d a e l p o d e r d e las i d e n t i f i c a c i o n e s c r u z a d a s enti-e d o s a r t i s t a s , Jean-^
M i c h e l B a s q u i a t y A n d y W a r h o l , q u i e n e s n o se c o r r e s p o n d e n e n las h n e a s d ^
r a z a , s e x u a h d a d , c l a s e n i generación. E s t a e s t r a t e g i a p a r a l e e r a l o s d o s a r t i s t a s .
Ibidem, p. 730.
T e r e s a D e Lauretís, TJje Pracíices o f L o v e : L e s b i a n Sexunüty a n d P e r v e r s e D e s i r e , B l o o m i n g t o n e
Indianápolis, h i d i u n a U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1994, p . 1 9 0 .
E n D i s i d e n t i j i c a i i o n s : Q u e e r s o f Color a n d the Performance o f Politics, Mineápolis, L o n d r e s , U n i v e r -
s i t ) ' o f M i n n e s o t a P r e s s , 1999, p p . 3 7 - 5 6 .
MUÑOZ INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 573
j u n t o s y e n contraposición s e b a s a e n u n a p o h t i c a d e coalición antitética a l a p o -
htica de separatismo que considero premisa R m d a c i o n a l del proyecto concebido
p o r D e L a u r e t i s . E l p r o y e c t o p o h t i c o aquí s u g e r i d o n o r e c h a z a d e m a n e r a u n i f o r -
m e e l s e p a r a t i s m o ; d e m o d o más p r e c i s o , r e c e l a d e l s e p a r a t i s m o p o r q u e n o s i e m p r e
es u n a opción v i a b l e p a r a l o s s u j e t o s q u e n o c u e n t a n c o n l a s p o s i b i l i d a d e s d e l
p r i v i l e g i o o e l e s t a t u s d e c l a s e d e l o s b l a n c o s . L a g e n t e d e c o l o r , queers d e c o l o r ,
queers b l a n c o s y o t r a s minorías e n o c a s i o n e s y d e m a n e r a c o m p r e n s i b l e desean
enclaves separatistas f u e r a de la cuLtnra p r e d o m i n a n t e . S i n e m b a r g o , estos enclaves
a m e n u d o p r e s e n t a n d e s v e n t a j a s p o h t i c a s c u a n d o s e fiega a l a consideración d e l a s
f o r m a s e n q u e e l guión s o c i a l d e p e n d e d e l s e c t a r i s m o y a i s l a c i o n i s m o d e l a s m i -
norías p a r a m a n t e n e r e l e s t a t u s d e l o r d e n p r e d o m i n a n t e .
L a desidentificación o p e r a c o m o u n a n u e v a elaboración d e l a identificación
q u e d e f i e n d e F u s s . L a contraidentificación, e l i n t e n t o d e d i s o l v e r o a b o h r f o r m a -
c i o n e s c u l t u r a l e s e n t r e v e r a d a s , c o r r e s p o n d e a l a sustitución d e l d e s e o p o r l a i d e n -
tificación d e l a q u e h a b l a D e L a u r e t i s . E n Identification papers [Ensayos sobre la
identificación], s u h b r o s o b r e F r e u d , psicoanáhsis e identificación, F u s s presenta
u n a s u c i n t a h i s t o r i a a c e r c a d e l a añeja confusión e n t r e l o s términos deseo e identi-
ficación. F u s s e l a b o r a s o b r e l a distinción e n t r e q u e r e r a l o t r o y q u e r e r s e r e l o t r o .
F u s s a d j e t i v a e s t a distinción e n t r e e s t o s términos c o m o " p r e c a r i a " , e n e l m e j o r d e
l o s casos.^^
Valentín, s u j e t o p a r t i c i p a n t e e n e l i n n o v a d o r d o c u m e n t a l b r e v e d e A u g i e R o b l e s
Cholo foto ( 1 9 9 3 ) , h e g a a r e c o n o c e r u n a identificación c o m u n i t a r i a t e m p r a n a c o n
el C h e G u e v a r a c o m o referente a u n deseo p o r el g u e r r i h e r o , en los niveles t a n t o
s u b j e t i v o s c o m o c o m u n a l e s . R o b l e s enü-evista e n v i d e o a t r e s jóvenes chícanos d e
como,- v e i n t i p o c o s años. L o s s u j e t o s d e l d o c u m e n t a l e x p o n e n l a s d i m e n s i o n e s c o t i d i a n a s
d e l a v i d a c h i c a n a g a y e n " e l b a i - r i o " y e l ghetto g a y b l a n c o . L a s e c u e n c i a final d e
Cholo foto p r e s e n t a u n p e r f o r m a n c e d e Valentín. Éste, c o n e l p e l o h a c i a atrás y
c o n g e l , s u s l a b i o s e n r o j e c i d o s c o n u n lápiz l a b i a l o s c u r o , o f r e c e u n a c a u t i v a n t e
actuación p a r a l a cámai-a. D u r a n t e s u monólogo está s e n t a d o e n u n a s i h a , p e r o d e
t o d o s m o d o s e l i n g e n i o y e n c a n t o d e s u p e r s o n a j e desafían l a s c o n v e n c i o n e s d e l a
" c a b e z a p a r l a n t e " ; es d e c i r , n o e s t a n t o l a c a b e z a p a r l a n t e , s i n o unpeiforinej- e n c o l a b o -
ración c o n e l a r t i s t a d e v i d e o . T r a s r e f l e x i o n a r s o b r e e l a g o t a m i e n t o d e l s e x i s m o
^•^ D i a n a F u s s , Identification Papers, N u e v a Y o r l c , R o u d e d g e , 1995, p . 11.
 574 JOSÉ E S T E B A N MUÑ02
y h o m o f o b i a del nacionahsmo cliicano, relata u n a historia d esu infancia que se
" d e s i d e n t i f i c a " c o n e l guión d e l n a c i o n a h s m o c l i i c a n o .
Y crecí e n L o g a n l i e i g h t s . Teníamos m u r a l e s , e l p a r q u e cíiicano e r a t r e m e n d o .
A J r o r a q u e n o e s t o y allí sé l o q u e es. P e r o e n esa época se podía c a m i n a r p o r allí
y v e r esos i n m e n s o s m u r a l e s . Plabía u n m u r a l d e l C h e G u e v a r a , q u e a v i n p e r m a -
n e c e , c o n l a c i t a " U n v e r d a d e r o r e b e l d e s e guía p o r p r o f u n d o s s e n t i m i e n t o s d e
a m o r " . R e c u e r d o h a b e r leído eso c u a n d o e r a u n niño y p e n s a b a , ¿qué c h i n g a d o s
s i g n i f i c a e s o ? Después l o s u p e , sí, está b i e n . Q i i e n o v o y a p e l e a r p o r h a , s i n o
p o r q u e m e a m o a mí m i s m o y a m o a m i c o m u n i d a d .
P a r a Valentín, e s t e r e c u e r d o s i r v e c o m o u n a s o r p r e n d e n t e reinvención d e l
C h e G u e v a i - a . A i e l a b o r a r s u c u r i o s i d a d i n f a n t i l queer a p a r t i r d e l a posición d e u n
c h i c a n o g a y , Valentín s a c a a l a l u z u n a p o d e r o s a a u n q u e e l u s i v a p e p i t a queer d e l a
identidad revolucionaria/hberacionista. E l Che, e ntanto icono cultural como
p e n s a d o r r e v o l u c i o n a i d o , ejerció u n a i n f i u e n c i a s i g n i f i c a t i v a e n e l m o v i m i e n t o
chicano t e m p r a n o , c o m o l o h i z o e n todos los m o v i m i e n t o s tercermundistas. E n
e s t e p e r f o r m a n c e e n v i d e o , e l C h e r e p r e s e n t a t o d o l o q u e f u e e s p e r a n z a d o r y utó-
p i c o e n e l m o v i m i e n t o c h i c a n o . R e p r e s e n t a también l a e n t r e v e r a d a m i s o g i n i a y
h o m o f o b i a d e l a s ideologías d e hberación m a s c u h n i s t a s . E l d i s c u r s o d e Valentín,
.su p e r f o r m a n c e d e l a m e m o r i a , p e r m i t e e n t r e v e r esa v a l e n c i a g a y q u e s i e m p r e h a
tenido l acarga s u b l i m i n a l de tal p e n s a m i e n t o nacionalista t e m p r a n o . S u perfor-
m a n c e n o socava s i m p l e m e n t e e ln a c i o n a l i s m o , sino e nc a m b i o alberga la espe-
r a n z a d e r e a r t i c u l a r e s t o s d i s c u r s o s e n términos p o h t i c a m e n t e p r o g r e s i s t a s .
D e h e c h o , Valentín s a b e a l g o q u e F u s s y o t r o s c o m e n t a r i s t a s queery f e m i n i s -
tas s a b e n s o b r e F r e u d : q u e l a h i s t o r i a q u e a m e n u d o a h m e n t a m o s , n u e s t r o s g u i o -
n e s "púbhcos" p r e s c r i t o s d e identificación, y n u e s t r o s d e s e o s p r i v a d o s y m o t i v a -
dores, n o s o n exactamente i n d i s t i n g u i b l e s , s i n o q u e están m e z c l a d o s . Así, e l
a s u n t o n o e s e l i m i n a r d e l a ecuación a l d e s e o o a l a identificación. E n c a m b i o , s e
trata d e entender l a naturaleza entrelazada y contigua, separada y m u t u a m e n t e
e x c l u y e n t e d e a m b a s e s t r u c t u r a s psíquicas.
L a ideología p a r a D e L a u r e t i s p a r e c e s e r u n epílogo d e l d e s e o . E n e s t e e n s a -
y o desentraño l a s f o r m a s m e d i a n t e l a s c u a l e s e l d e s e o y l a identificación s e a t e m -
p e r a n y r e e s c r i b e n ( n o q u e s e d e s c a r t e n o p r o h i b a n ) p o r m e d i o d e l a ideologiíi-
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 575
L a s p e r s o n a s queer n o s i e m p r e s o n i n t e r p e l a d a s d e m o d o " a d e c u a d o " p o r l a s e s f e r a s
d e a u t o r i d a d e s púbhcas h e t e r o s e x i s t a s p r e d o m i n a n t e s p o r q u e e l d e s e o h a c i a u n
m a l o b j e t o c o m p e n s a e s e p r o c e s o d e a d o c t r i n a m i e n t o ideológico r e a c c i o n a r i o . D e
m a n e r a u n p o c o aná.loga, l o s d e s e o s qtieer, quizá d e s e o s q u e n i e g a n a l y o , c o m o
el deseo d e u n ideal d e beheza blanco, se r e c o n s t i t u y e n p o r u n componente
ideológico q u e n o s i n d i c a q u e d i c h a s m o d a l i d a d e s d e d e s e o s o n demasiado
c o m p r o m e t e d o r a s . Así, n o s d e s i d e n t i f i c a m o s c o n e l i d e a l b l a n c o . L o deseamos
p e r o l o deseamos c o n u n a diferencia. L a s negociaciones e n t r e deseo, i d e n t i f i c a -
ción e ideología f o r m a n p a r t e d e l a i m p o r t a n t e l a b o r d e desidentificación.
La labor de desidentificadón
M i s ideas sobre el p o d e r y l a i n t e n s i d a d de los circuitos i d e n t i f i c a t o r i o s y de deseo
e n t r e c r u z a d o s s e d e b e n a l a o b r a d e e s a i t o r e s c o m o J a m e s B a l d w i n y a teóricos
p s i c o a n a h t i c o s c o m o F u s s o D e L a u r e t i s . P o r e j e m p l o , e n s u h b r o , The DevUFinds
Work [Ei diablo consigue trabajo], B a l d w i n a n a l i z a e l s u f r i m i e n t o d e l j o v e n B a l d -
w i n p o r e l a b u s o físico y v e r b a l d e s u p a d r e , y l a f o r m a c o m o hahó r e f i r g i o e n u n a
p o d e r o s a identificación c o n u n a c e l e b r i d a d b l a n c a e n l a p a n t a l l a d e u n c i n e d u -
r a n t e u n a tarde sabatina. B a l d w i n escribe:
Así q u e aquí y a h o r a e s t a b a B e t t e D a v i s , l a t a r d e d e l sábado, e n p r i m e r p l a n o ,
c o n u n a c o p a d e cliampaña, y s a l t a b a n sus o j o s s a l t o n e s . E s t a b a a s o m b r a d o . H a -
bía p e s c a d o a m i p a d r e n o e n u n a m e n t i r a , s i n o e n u n a d e b i h d a d . P u e s aquí, a n t e
mí, después d e t o d o , e s t a b a u n a e s t r e l l a d e c i n e : b l a n c a : y s i eUa e r a b l a n c a y e s -
trena de cine, era rica: y era f e a . . . P o r desconcierto, p o r lealtad a m i m a d r e , q u i -
zás, y también p o r q u e sentí a l g o a m e n a z a d o r e i n s a n o ( p a r a mí, s i n d u d a ) e n e l
rostro de la pantalla, d i a la piel de la D a v i s el verdoso e m b r u j o de la m u e r t e
b l a n c a d e l o q u e se arrastraría d e b a j o d e a l g u n a r o c a , p e r o i g u a l ahí e s t a b a a t r a -
p a d o p o r l a t e n s a inteÜgencia d e esa f r e n t e , e l d e s a s t r e d e esos l a b i o s : y c u a n d o
se movió, se movió c o m o u n negro.^"*
J a m e s B a l d w i n , The D e v t l F i v d s Work, N u e v a Y o r k , D i a l P r e s s , 1 9 7 6 , p . 7 . P l a y u n análisis i n t e r e -
s a n t e d e i a c o m p l i c a d a y " l o c a " identificación d e B a l d w i n c o n l a D a v i s e n J a n e G a i n e s , " O n B e i n g G r e e n ,
m a n u s c r i t o inédito p r e s e n t a d o e n M L A , d i c i e m b r e d e 1 9 9 2 .
 576 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
L a identificnción c r u z a d a q u e c o n v i v i d e z d e s c r i b e B a l d w i n r e v e r b e r a e n o t r a s
n a r r a c i o n e s melancólicas d e l a i n f a n c i a q u e se d e s c r i b e n más a d e l a n t e e n e s t e e n s a y o
L o s u g e r e n t e e n e l r e l a t o d e B a l d w i n es l a f o r m a e n q u e D a ^ ' i s a p o r t a u n s i g n i f i c a d o
t a n t o l i b e r a d o r c o m o h o r r i b l e .U n a l o c a leti'ada de altas a s p k a c i o n e s c o m o B a l d w i n
h a h a a l g o útil e n e s a i m a g e n ; s e p o s i b i h t a c i e r t a e s t r a t e g i a d e s u p e r v i v e n c i a m e -
d i a n t e e s t a desidentificación v i s u a l c o n B e t t e D a v i s y s u b e h e z a f e h i n e s c a . S i b i e n
JIK DeviJ Finds Work continúa c o n u n anáhsis d e l a s p o d e r o s a s i d e n t i f i c a c i o n e s d e
B a l d w i n c o a e l pequeño g r u p o d e a c t o r e s d e c o l o r h o h y w o o d e n s e s , e s t a i d e n t i f i c a -
ción m e d i a d a y d i s c o r d a n t e c o n l a D a v i s e s u n o d e l o s e j e m p l o s más c o m d n c e n t e s
d e l p r o c e s o y e f e c t o s q u e a n a h z o aquí c o m o desidentificación.
E l e j e m p l o d e l a relación d e B a l d w i n , c o n l a D a v i s e s u n a desidentificación
en la m e d i d a en que ei escritor afroestadunidense t r a n s f o r m a la m a t e r i a p r i m a de
l a identificación ( c o r r e s p o n d e n c i a l i n e a l q u e h e v a a l a interpelación) m i e n t r a s a l
m i s m o t i e m p o se ubica d e n t r o y Riera d e l a i m a g e n de l a estrefia d e cine. Para
B a l d w i n , l a desidentificación e s más q u e u n m e r o g i r o i n t e r p r e t a t i v o o u n a m a -
n i o b r a psíquica; es, d e l a m a n e r a más c r u c i a l , u n a e s t r a t e g i a d e s u p e r v i v e n c i a .
S i i o s términos identificado?! y contraidentiji-cación s e r e e m p l a z a n c o n . s u s b u r -
d o s c o r o l a r i o s asimilación y antiasimilación, u n a p o s t L u * a c o m o l a ' desidentificación
q u e d a a b i e r t a a l a c a r g a d e q u e s e t r a t a sólo d e u n a evasión a p o h t i c a , q u e t i " a t a d e
e v i t a r l a t r a m p a d e a s i m U a r s e o a d h e r i r s e a d i f e r e n t e s ideologías s e p a r a t i s t a s o n a -
c i o n a h s t a s . E l d e b a t e p u e d e p o n e r s e e n términos liistóricos c o m o e i d e b a t e q u e s e
dio a principios del siglo x xen la literatura afroestadunidense: los famosos clio-
ques entre B o o k e r T . W a s h i n g t o n y W . E . B. D u Bois. W a s h i n g t o n , esaitor, hder
r a c i a l n a c i o n a l y f u n d a d o r d e l T u s k e g e e I n s t i t u t e , p r o p u s o u n p r o g r a m a pai'a l a
i d e n t i d a d n e g r a q u e , c o n f o r m e a l o s c r i t e r i o s y polén-yicas a c t u a l e s p o s t e r i o r e s a l o s
derechos civiles, p u e d e considerarse asimUacionista. W a s b l n g t o n planteaba que
l o s n e g r o s debían d e m o s t r a r s u i g u a l d a d a l s a l i r a d e l a n t e p o r sí m i s m o s y a l c a n z a r
s u s m e t a s e n l a s ái'eas d e l d e s a r r o h o económico y l a educación a n t e s d e q u e s e l e s
o t o r g a r a n d e r e c h o s c i v i l e s . D u B o i s fundó e i NiagíU'a M o v e m e n t , organización d e
p r o t e s t a e n f a v o r d e l o s d e r e c h o s c i v i l e s q u e surgió c o m o r e s p u e s t a a l a p o s t u r a
conciliatoria de W a s h i n g t o n , complaciente y justificatoria d e l racismo blanco. L a
política s e p a r a t i s t a d e D u B o i s defendía l a segregación n e g r a v o l u n t a i l a d u r a n t e
l a Depresión p a i ' a c o n s o l i d a r l a s b a s e s c o m u n i t a i l a s n e g r a s d e a p o y o , y a l a l a r g a
provocó s u pérdida d e I n i l u e n c i a e n l a N a t i o n a l A s s o c i a t i o n f o r Üie A d v a n c e m e n t
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 577
o f C o l o r e d P e o p l e [Asociación N a c i o n a l p a r a e l A v a n c e d e l a s P e r s o n a s d e C o l o r ]
(NJVACP), orgavMzación q u e contribuyó a ñxndar e n 1 9 1 0 . L a s c a r r e r a s d e W a s h i n g -
t o n y D u B o i s h e g a r o n a e n c a r n a r * l a s p o s t u r a s d e asimÜación y antiasimHación.
E n l a s l e t r a s c l i i c a n a s , l a a u t o b i o g r a f i ' a d e R i c h a r d Rodríguez, Hiinger of Memory
[Hambre de memoria] ( 1 9 8 2 ) , Üegó a r e p r e s e n t a r u n a p o s t i u ' a a s i m i l a c i o n l s t a p a r e c i d a
a l a q u e proponía W a s h i n g t o n e n XJf from Slavery ( 1 9 0 1 ) . A l g u n a s d e l a s p r i m e r a s
i n t e r v e n c i o n e s e n l o s e s t u d i o s c u l t u r a l e s y teoría h t e r a r i a chícanos contemporá-
neos fiieron críticas h a c i a e l antibihngüismo d e Rodríguez.^^
L a "desidentificación" n o e s u n término m e d i o a p o h ' t i c o e n t r e l a s p o s t u r a s d e
intelectuales c o m o W a s h i n g t o n y D u Bois. S u h n e a poh'tica se debe sin duda ai
p e n s a m i e n t o a n t i a s i m i l a c i o n i s t a . S e d i s t a n c i a d e l a retórica a n t i a s i r a i l a c i o n i s t a p o r
r a z o n e s t a n t o estratégicas c o m o metodológicas. M i c h e l F o u c a u l t e x p h c a l a p a i ' a -
d o j a d e l o s m e c a n i s m o s d e l p o d e r e n relación c o n e l d i s c u r s o e n Toe History of
Sexuality [Historia de ¡a sexualidad], v o l u m e n 1 :
P o d e r y s a b e r se a r t i c u l a n p o r c i e r t o e n e l d i s c u r s o . Y p o r esa m i s m a razón, es
preciso c o n c e b h el discurso c o m o u n a serie de segmentos discontinuos cuya
función táctica n o es u n i f o r m e n i e s t a b l e . Más p r e c i s a m e n t e , n o h a y q u e i m a -
ginar u n universo del discurso d i v i d i d o entre el discurso aceptado y el discurso
excluido o entre el discurso d o m i n a n t e y el d o m i n a d o , sino c o m o u n a m u l t i -
phcidad de elementos discursivos que p u e d e n actuar e n estrategias diferentes.
[ . . . ] L o s d i s c u r s o s , a l i g u a l q u e l o s s i l e n c i o s , n o están d e u n a v e z p o r t o d a s
s o m e t i d o s a i p o d e r , o d i r i g i d o s c o n t r a él. E l d i s c u r s o t r a n s p o r t a y p r o d u c e e l
p o d e r ; l o r e f u e r z a p e r o también i o m i n a , i o e x p o n e , i o t o r n a frágil y p e r m i t e
desbaratarlo.^^
L a teoría foucaiütiana d e l a p o h v a i e n c i a d e l d i s c u r s o b r i n d a a p o y o a l a teoría
d e l a "desidentificación" q u e s e p r o p o n e aquí, e n l a m e d i d a e n q u e l a " d e s i d e n t i -
ficación" e s u n a e s t r a t e g i a q u e r e s i s t e u n a concepción d e l p o d e r c o m o discurso
I - I a y u n j i crítica i m p o r t a n t e d e l a o b r a y polídca a s i m i l a d o n i s t n d e Rodríguez e n Ramón Saldívar,
C h i c a n o N a r r a t i v e s : TJje Dialecíics ofDiJference, j N ' I a d i s o n , U n i v e r s i t y o f W i s c o n s i n P r e s s , 1990. Véase R i c h a r d
Rodríguez, Hnnger of M e m o r y : l i j e Eclucaílon o f R i c h a r d R o d i g u e z , N u e v a Y o r k , B a n t a m B o o k s , 1 9 8 3 .
M i c l i e l F o u c a u l t , Vje Hisíoiy of S e x u a l i t y , v o l . 1 , JÍJ Iníroducíion, R o b e r t H u r l e y ( t r a d . ) , Random
H o u s e , N u e v a Y o r k , 1 9 8 0 [ e d . e s p . : H i s t o r i a de la s e x u a l i d a d , v o l . 1 , México, B u e n o s A i r e s : S i g l o X X I ,
1987. p p . 122,123].
 INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN
578 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ 579

f i j o . L a desidentificación n e g o c i a e s t r a t e g i a s d e r e s i s t e n c i a d e n t r o d e l finjo d e l g a y n e g r o c u y a i n t e n s a relación c o n s u h e r m a n o D a v i d r e f l e j a a t o d a s l u c e s e l

discurso y del poder. E n t i e n d e que los contradiscursos, c o m o e ldiscurso, s i e m - l a z o e s t r e c h o d e l a u t o r c o n s u p r o p i o h e r m a n o , D a v i d B a l d w i n . P e r o también

p r e fluctúan según d i f i i r e n t e s fines ideológicos, y q u e u n a línea política d e b e t e - h a y u n J i m m y e n l a n o v e l a , a s i m i s m o u n g a y n e g r o , y r e p r e s e n t a u n a versión

n e r l a c a p a c i d a d d e a d a p t a r s e y c a m b i a r t a n rápido c o m o l o h a c e e l p o d e r d e n t r o j o v e n d e l a u t o r . J i m m y t i e n e u n a h e r m a n a , J u h a , q u i e n , c o m o B a l d w i n , Ríe u n a
célebre p r e d i c a d o r a i n f a n t i l , f a m o s a e n l a c o m u n i d a d n e g r a d e l a i g l e s i a d e
del discurso.
J-Jarlem.
Escuchar ¡a desidentificación C o n e s t e p l a n t e a m i e n t o , c o m e n z a m o s a e n t r e v e r u n a comprensión d e l a fic-
ción c o m o "tecnología d e l y o " . E s t e y o e s u n y o " d e s i d e n t i f i c a t o r i o " c u y a relación

The DevUFinds Work recibió c o n s i d e r a b l e s e l o g i o s y contribuyó a r e v i t a h z a r l a c o n l o s o c i a l n o está d e t e r m i n a d a d e a n t e m a n o p o r l a retórica u n i v e r s a h s t a d e l a

c a r r e r a d e B a l d w i n , e n u n a época t a m b a l e a n t e . S e pubhcó j u s t o a n t e s d e q u e e l i d e n t i d a d . E l " y o r e a l " q u e s e g e n e r a e n l a ficción n o e s e l y o q u e p r o d u c e l a fic-

a u t o r c o m e n z a i - a l o q u e h a m o s u " s e g u n d a - v i d a " c o m o e d u c a d o r . L a biografía d e ción, s i n o q u e e s p r o d u c t o d e ésta. L o s b i n o m i o s a l fin c o m i e n z a n a v a c U a r - y l a

D a v i d L e e m i n g cita u n a entrevista con B a l d w i n en la que anahza lo que i m a g i n a ficción d e v i e n e l o r e a l ; e s d e c i r , e l e f e c t o d e l a veroslmÜitud d e l a s r e d e s ideológi-

es e l vínculo e n t r e The Devil Finds Work y e l t e x t o q u e l e siguió, l a n o v e l a final y c a s s e v i e n e a b a j o m e d i a n t e l a "desidentificación" d e B a l d w i n c o n l a noción d e

más e x t e n s a d e BíáámnyJustAhoveAdyHead: ficción; y n o s e d e t i e n e aquí: l a ficción s e c o n v i e r t e después e n u n c a m p o chsputa-'\

d o d e autoproducción. _

L e comentó a M a r y B l o o m q u e e l U b r e " d e m a n d a b a d e mí c i e r t a confesión", Permítaseme i n t e n t a r U u s t r a r e s t e p u n t o a l sustitiür l a p a l a b r a ficción e m p l e a -

u n a confesión d e s u s o l e d a d c o m o c e l e b r i d a d a b a n d o n a d o p o r sus camaradas d a h a s t a a l i o r a c o n l a p a l a b r a canción. D e m o d o s e m e j a n t e , d e s e o t r a z a r u n a h ' n e a

a s e s i n a d o s , u n a confesión d e compasión y e s p e r a n z a a u n q u e se l e h u b i e s e c r i t i - q u e r e l a c i o n e ficción/canción e ideología. C o n e s t a noción d e l a canción, q u i e r o

c a d o po\: pnssé, u n a confesión d e s u fascinación p o r l a fantasía e s t a d u n i d e n s e , c o n s i d e r a r u n e l e g a n t e p a s a j e c e r c a n o a l final d e JustAbove My Head. H a s t a aquí,

H a h , h e r m a n o d e A r t h u r , e s q u i e n n a r x a l a n o v e l a . L a narración s e r o m p e d e s -
encarnada en H o h y A ' O o d , a u n q u e el l a condenase. E r a " u n ensayo d e algo a lo
pués d e i f a l l e c i m i e n t o d e A r d r u r e n e l p i s o d e u n b a r d e L o n d r e s . E n e s t e t e n s o
q u e m e enfrentaré más a d e l a n t e " . E s e úgo, Just Jhove My Hend, sería l a o b r a
m o m e n t o , l a v o z y a u t o r i d a d n a r r a t i v a s p a s a n a J i m m y , úlrimo a m o r d e A r t h u r
p r i n c i p a l d e sus años p o s t e r i o r e s . ^ ^
Se pasa la batuta de l i a h aJ i m m y en u n m o m e n t o de escritura p e r f o r m a t i v a que
.#
al m i s m o t i e m p o m a r c a la m u e r t e de A r t h u r y el desgano de P l a h de renunciar al
P a r a B a l d w i n , l a n o ficción, o , más p r e c i s a m e n t e , l a autobiografía, e s u n
m a n d o e n l a ficción d e A r t h u r , s u h e r m a n o :
e n s a y o d e ficción. D e j a n d o d e l a d o l a declaración d e l o s autobiógrafos, también
c o m p r e n d e m o s e l m o d o e n q u e l a práctica " d e s i d e n t l f i c a t o r i a " d e l e s c r i t o r s e
e x t i e n d e d e n t r o d e l a s cuadrículas ideológicas y e s t r u c t u r a l e s d e l o q u e e n t e n - O h . iQni h a c e e n e l p i s o d e u n sótano d e l a c i u d a d histórica? ¿Esa c i u d a d c o n s -

d e m o s c o m o género h t e r a r i o . L a ficción d e B a l d w i n n o s e s a t i s f a c e c o n e l p r o - t r u i d a s o b r e e l p r i n c i p i o d e q u e él tendría l a g r a c i a d e A'ivir, y , s i n d u d a , m o r i r e n

y e c t o d e c a m u f l a r u n s u s t i t u t o a u t o r a ! . E n c a m b i o , B a l d w i n p r o d u j o u n a ficción algún l u g a r f u e r a d e sus p u e r t a s ?
q u e a b u n d a e n s u s t i t u c i o n e s . / z / . r / ^ Z ' o u f i My Head i n c l u y e a l p e r s o n a j e central, Quizá a h o r a d e b a h a c e r l o q u e más temía: e n t r e g a r l e m i h e r m a n o a J i m m y ,
A r t h u r , r e p r e s e n t a t i v o d e u n a temática c o n o c i d a e n l a o b r a d e l a u t o r , e l t r o p o d a r a l p i a n o d e J i m m y s u máximo s o l o : l o c u a l también, a h o r a , d e b a c o n s i d e r a r s e
d e l j o v e n músico e n p r o c e s o d e c o n v e r t i r s e e n u n h o m b r e d e l j a z z . A r t h u r e s u n elpuente.^^

27 D a v i d L e e m i n g , / í 7 w ¿ j B a k i w h v A Biogi-aphy, N u e v a Y o r l c , Alírcd A . I C n o p f , 1 9 9 4 , p p . 3 3 3 , 3 3 4 . J a m e s V>úá\w\n, JustAbove m y H e a d , N u e v a Yorlí, D i a l P r e s s , 1 9 7 9 , p . 5 5 0 .

 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
J i m m y , s i n d u d a o t i - a manifestación d e i espíritu d e J i m m y B a l d w i n , r e c i b e s u
s o l o . E s u n a canción s o l i t a r i a y d o l i e n t e d e l a m a n t e g a y E l s o l o g a y es u n l a m e n -
to que n o colapsa en nostalgia sino que en cambio e m p r e n d e el v u e l o :
L a canción n o es d e l c a n t a n t e . L a canción e n c u e n t r a a l c a n t a n t e . Ningún c a n -
t a n t e , e n ningún l a d o , ¿/zo jamás u n a canción: eso n o es p o s i b l e . E i oye a l g o . D e
v e r d a d c r e o , d e s d e e l f o n d o d e m i s enti-añas, n e n e , q u e a l g o l o o y e a él, a l g o d i c e ,
¡ven! Y se l e a b a l a n z a c o m o tú a u n p i a n o o a u n saxofón o a u n violín o a u n
t a m b o r y l o h a c e s c a n t a r l a canción q u e e s c u c h a s : y l o a d o r a s , y l o c u i d a s , más
q u e a t i m i s m o , ¿captas?, p e r o n o t i e n e s p i e d a d c o n él. N o p u e d e s t e n e r l a . ¡No
puedes t e n e r p i e d a d ! E s e s o n i d o q u e oyes, q u e te g o l p e t e a e n s u i n t e n t o de dar
c o n l a máxima precisión: ¿y m e oíste? ¡Guau!, es e l s o n i d o d e m i h o n e s y mÍUo-
n e s y , quién sabe, a l i o r a , q u e o y e n , ¿dónde está l a v i d a , dónde, l a m u e r t e ? ^ ^
E l c a n t a n t e e s e l s u j e t o q u e está e n e l i n t e r i o r ( y , d e l a s f o r m a s más i m p o r t a n -
t e s , e n e l e x t e r i o r ) d e l a ficción, d e l a ideología, d e " l o r e a l " . N o e s s u a u t o r , y
n u n c a l o Ríe. E s c u c h a u n h a m a d o y n o sólo r e c o r d a m o s e l " b e y , tú" d e l pohcía d e
l a ideología d e AlÜuisser s i n o también a l a niña b l a n c a d e Fanón q u e g r i t a " M k e n ,
u n n e g r o " . P e r o a l g o también o y e a e s t e c a n t a n t e q u e n o e s e l a u t o r d e l a canción.
A él l o e s c u c h a a l g o q u e e s u n i m p u l s o c o m p a r t i d o , u n a e x i g e n c i a d e j u s t i c i a , r e -
tribución, emancipación, l o c u a l l e p e r m i t e d e s i d e n t i f i c a r s e c o n l a canción. T r a -
b a j a e n l a canción c o n fiera i n t e n s i d a d y l a máxima-precisión. E s t a máxima p r e c i -
sión e s n e c e s a r i a p a r a r e e l a b o r a r e s a canción, e s a h i s t o r i a , e s a ficción, e s a t r a m a
d o m i n a n t e . E s necesaria para construir u n yo, para "desidentificar" a pesar de l a
h o s t i h d a d e n s o r d e c e d o r a q u e p r i m e r o p r o p u s o l a canción a l c a n t a n t e . S e c u l t i v a
o t r a vibración. Así, oímos y c a n t a m o s l a desidentificación. L a s r e l a c i o n e s e n t r e
l a s d o s están t a n e n t r e l a z a d a s y c r u z a d a s (recepción y p e r f o r m a n c e , i n t e r p r e t a -
ción y p r a x i s ) q u e p a r e c e a b s u r d o d e s h a c e r e s t e n u d o .
B a l d w i n a'eía q u e JustAbove My Head. e r a s u n o v e l a más g r a n d e , p e r o t a m -
bién l a vivió c o m o u n f r a c a s o . E n u n a c a r t a a s u h e r m a n o D a v i d , escribió: " Q u e -
ría q u e R i e r a u n a g r a n canción, y n o sólo l a letra".-^° A final d e c u e n t a s fire u n a
l e t r a q u e sí importó. F u e u n a ficción n e c e s a r i a , c o m o l a poesía q u e n o Ríe u n l u j o
3° D a v i d L e e m i n g , op. cit., p . 3 3 2 .
V
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN
581
p a r a A u d r e L o r d e . F u e u n a l e t r a q u e soñó, luchó y provocó e l d e s o r d e n d e l o r e a l
y abrió u n e s p a c i o e n l o s o c i a l d o n d e l a s ficciones necesarias de l an e g r i t u d y la
i d e n t i d a d queer a s c e n d i e s e n a a l g o q u e e r a y n o ficción, p e r o q u e n o o b s t a n t e , s e
escuchaba por completo.
Ojos marginales: El basamento radical feminista de color o desidentificación
C u a n d o s e c u e n t a n l a s h i s t o r i a s d e l a hermenéutica U a m a d a teoría queer^ h a y u n
t e x t o q u e q u e d a r e l e g a d o d e l a mayoría d e l a s n a r r a c i o n e s s o b r e l o s orígenes.
M u c h o s coincidirían e n q u e e l anáhsis d e l d i s c u r s o p o r p a r t e d e F o u c a u l t , o l a
e s t i h z a d a semiología d e R o l a n d B a r t h e s s o n i m p o r t a n t e s t e x t o s R m d a c i o n a l e s
p a r a e l p r o y e c t o d e l a teoría queer. E n a l g u n a s genealogías s e i n v o c a n l a s l e c t u -
ras m a t e r i a h s t a s d eM o n i q u e W i t t i g sobre e lp e n s a m i e n t o heterosexual. M u -
c h o s e s c r i t o r e s t r a z a n u n a h n e a h a c i a l a teoría queer d e s d e e l f e m i n i s m o t a n t o
a n g l o e s t a d u n i d e n s e c o m o francés q u e predominó e n l a década d e 1 9 8 0 . Pero
o t r o s p r o y e c t o s d e teoría d i e r o n l a posibÜidad a m u c h o s e r u d i t o s d e i m a g i n a r l a
crítica queer a c t u a l . M i o b r a recibió l a i n f l u e n c i a , e n d i s t i n t o s g r a d o s , d e t o d o s
e s o s teóricos p i o n e r o s , s i b i e n e s i m p o r t a n t e d e s t a c a r u n t e x t o y u n a tradición
d e l c u e r p o f e m i n i s t a q u e influyó y organizó m i s i d e a s e n m a y o r m e d i d a . P i e n s o
e n l a o b r a q u e , c o m o l o s p r o y e c t o s d e F o u c a u l t y B a r t h e s , n o s ayudó a d e s e n t r a -
ñar l o s a r d i d e s y s i g n o s d e l a n o r m a t i v i d a d ; m e r e f i e r o a u n c u e r p o d e teoría
q u e , c o m o l a s críticas d e W i t t i g , a b o r d a l a s d i m e n s i o n e s d e c l a s e t a n t o c o m o
m a t e r i a h s t a s del p e n s a m i e n t o heterosexual; i n v o c o u n m o d o de estudio a v a n z a -
d o q u e también surgió a p a r t i r d e u n c u e r p o más e x t e n s o d e l d i s c u r s o f e m i n i s t a .
L a antología Tois Bridge Called My Back: Writings by Radical Women of Color
[Este puente, ?7ii espalda: Voces de mujeres tercermundistas en los Estados Unidos]
( 1 9 8 1 ) , d e Cherríe M o r a g a y G l o r i a Anzaldúa, m u y a m e n u d o p a s a i n a d v e r t i d a
o s i n a p r e c i a r e n s u j u s t o v a l o r e n l a s genealogías d e l a teoría queer.^^ Bridge r e -
presentó u n r o m p i m i e n t o e n e l d i s c u r s o d e l o s e s t T i d i o s d e género e n e l c u a l s e
U n a genealogía e n e s p e c i a l problemática d e l a teoría queev e s l a d e A n n a m a r l e J a g o s e , Q u e e r Theory,
N u e r a Y o r k , N e w Y o r k U n i v e r s i t } ' P r e s s , 1 9 9 6 , l i b r o q u e p r e t e n d e l i i s t o r i z a r e l d i s c u r s o queer a l e x p r e s a r
s u d e u d a c o n e l m o v i m i e n t o homófilo y e l f e m i n i s m o ÍésbÍco,y n o o b s t a n t e i g n o r a r p o r c o m p l e t o l a d e u d a
d e l a teoría queer c o n l a s m u j e r e s y h o m b r e s d e c o l o r r a d i c a l e s .
 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
5S2
c u e s t i o n a b a d e f o r m a i r r e v o c a b l e t o d o p o s i c i o n a m i e n t o i n g e n u o d e l género
c o m o e l n o d o p r i m a r i o y s i n g u l a r d e l a d i f e r e n c i a d e n t r o d e l a teoría y l a política
f e m i n i s t a s . F l o y e n día, l a s f e m i n i s t a s q u e i n s i s t e n e n u n s u j e t o f e m i n i s t a u n i f i -
c a d o n o o r g a n i z a d o según l a r a z a , c l a s e y s e x u a l i d a d l o h a c e n b a j o s u p r o p i o
r i e s g o , o d e m o d o más s u c i n t o , l o l i a c e n e n oposición a o b r a s c o m o Bridge, L a s
colaboradoras d eese v o l u m e n se p r o p u s i e r o n i n t e r r u m p i r los p r o t o c o l o s estan-
d a r i z a d o s d e l o s e s t u d i o s y e l a c t i v i s m o d e género; y s i b i e n l o s a v a n c e s d e l a s
f e m i n i s t a s b l a n c a s e n l a integración d e múltiples s i t i o s d e d i f e r e n c i a e n s u s p l a n -
t e a m i e n t o s analíticos e n m u c h o s c a s o s n o f u e r o n s i g n i f i c a t i v o s , l a antología
demostró s e r i n v a l u a b l e p a r a m u c h a s f e m i n i s t a s , l e s b i a n a s y e s c r i t o r e s g a y s d e
color. • '
This Bridge Called My Back s h v e c o m o e j e m p l o v a h o s o d e desidentificación
c o m o e s t r a t e g i a p o h t i c a . Alarcón, c o l a b o r a d o r a d e e s e v o l u m e n , sugirió e n u n
artículo p o s t e r i o r q u e This Bridge Called My Back fiae u n d o c u m e n t o q u e rompió
c o n l a s e s t r a t e g i a s f e m i n i s t a s p r e v i a s d e identificación y contraidentificación.^^
Describe con t o d o cuidado las f o r m a s e nque l a p r i m e r a oleada del discurso f e -
m i m s t a c o n v o c a b a a u n a identificación colectiva c o n e l sujeto f e m e n i n o . E s e sujeto
f e m e n i n o n u n c a s e identificó c o n n i n g u n a i d e n t i d a d r a c i a l o d e c l a s e , y e n e s e n c i a
file u n s e r a s e x u a d o ; así, p o r omisión s e t r a t a b a d e l a m u j e r b l a n c a h e t e r o s e x u a l d e
c l a s e m e d i a . Alai-cón describió l a s i g u i e n t e e t a p a d e evolución d e l d i s c u r s o f e m i n i s t a
a n t e r i o r a Bridge c o m o u n m o m e n t o d e contraidentificación. S e dirige entonces a
S i m o n e d e B e a u v i o r y Tlje Second Sex [El segundo sexo] y p r o p o n e q u e d e B e a u v o i r
" i n c l u s o p u e d e s e r r e s p o n s a b l e d e l a a-eación d e l ' e p i s t e m e ' d e l a teoría f e m i n i s t a
a n g l o e s t a d u n i d e n s e : u nsujeto f e m e n i n o o c c i d e n t a l d e l a clase g o b e r n a n t e , blanco
y m u y cohibido e nluclia a m u e r t e c o n e l Hombre".^^ Esta l u d i a incesante c o n
el " h o m b r e " e s Üusti-atíva d e u n a e t a p a e n e l d i s c m r s o f e m i n i s t a e n e l q u e l a c o n -
traidentificación c o n l o s h o m b r e s e s l a única m a n e r a d e c o n v e r t i r s e e n m u j e r . A l a r -
cón i d e n t i f i c a l a d e b i h d a d d e e s t a e s t i ' a t e g i a e n s u i n c a p a c i d a d d e d i r i g i r s e a l a s
l e s b i a n a s y a l a s m u j e r e s d e c o l o r q u e d e b e n n e g o c i a r múltiples a n t a g o n i s m o s d e n -
t r o d e l ámbito s o c i a l , i n c l u s o l o s a n t a g o n i s m o s q u e p l a n t e a n l a s m u j e r e s b l a n c a s .
22 N o r m a Alarcón, " H i c Tlieoretícal S u b j c c t ( s ) o f V n s B r i d g e C a l l e d my Back and Anglo-American
1 ^ ' c m i n i s m " , e n G l o r i a Anzaldúa, M a k i n g Face, M a k i i i g Soul/f-Jacieiido Caras: Creative a n d Critica/Perspec-
t i v e s by F e m i n i s t s of Color, S a n F r a n c i s c o , A u n t L u t e B o o k s , 1990, p p . 365-369.
33 I b i d e m , p . 3 6 0 .
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN
583
L a s p e r s o n a s queer d e c o l o r e x p e r i m e n t a n l o s m i s m o s p r o b l e m a s , p u e s i a n o r m a t i -
v i d a d b l a n c a es u n s i t i o t a n t o d e a n t a g o n i s m o c o m o d e h e t e r o n o r m a t i v i d a d . S i e l
d i s c u r s o queer\x^ d e v e n c e r l o s h ' m i t e s d e l f e m i n i s m o , d e b e s e r c a p a z d e c a l c u l a r l o s
múltiples a n t a g o n i s m o s q u e i m p h c a n l o s a s p e c t o s d e c l a s e , género y r a z a , t a n t o
c o m o los de sexuahdad.
Alarcón s o s t i e n e q u e Bridge permitió q u e e l d i s c u r s o d e l o s e s t u d i o s d e géne-
r o t r a s c e n d i e r a l a p o h ' t i c a d e identificación y contraidentificación, p a r a a ) a i d a r n o s
a h e g a r a u n a p o h ' t i c a d e "desidentificación". C o i n c i d o c o n e h a e n e s t e p u n t o , y e n
m i h b r o Disiden tífica tÍo?is: Queers of Color and the Performance of Politics [Desiden-
tificaciones: Queers de color y políticas de performance], i n i c i a d o c a s i d i e c i s i e t e años
después d e l a pubhcación d e 77;/Í Bridge Called My Back, consideré e l l e g a d o a í t i -
c o , c u l t u r a l y político d e Tbis Bridge Called My Back.
A u n q u e m ihbro recorre u nlegado cultural q u e a s u m o c o m o post-Bridge,
deseo considerar brevemente u n texto q u e m e parece u n h e r m o s o anexo aese
proyecto. E n s uo b r a e nvideo, O s a H i d a l g o s i e m p r e se h a atre\4do a v i s u a h z a r l a
p o h t i c a d e desidentlficación q u e c o n t a n t a valentía ácWnGÓ This Bridge Called My
Back. L a c i n t a más r e c i e n t e d e H i d a l g o i n f u n d e h u m o r a l p o d e r o s o l e g a d o p o h t i -
c o d e e s a antología clásica. S u l e n t e s e n s u a l i n y e c t a a l a o b r a u n a imaginación
política d e s a f i a n t e q u e n o s h e v a d e l m a n i f i e s t o a c t i ^ ^ s t a a l e x p a n s i v o e s p a c i o d e l
h u m o r y l a sátira políticos.
E l v i d e o d e O s a H i d a l g o , MarginalEyes o Mujería Fantasy, d e 1 9 9 6 , p r e s e n t a
u n a fantasía fáctica y utópica d e u n a C a l i f o r n i a r e c o n s t r u i d a d o n d e l a s c h i c a n a s ,
n a t i v a s y o t r a s m u j e r e s d e c o l o r , c o m o l a s q u e h a b i t a b a n e l Bridge, a s c e n d i e r o n a
posiciones d e poder. E l video narra l a historia d e l a doctora H i d a l g o d e l a R i v a
M o r e n a González, ficticia arqueóloga c h i c a n a q u e d e s c u b r e l o s orígenes m a t r i h -
n e a l e s d e l a ciütura o c c i d e n t a l e n f o r m a d e pequeñas figuras d ebarro rojizoq u e
d e s e n t i e r r a d u r a n t e u n a excavación. E l h a h a z g o s i r v e p a r a i m p u l s a r l o q u e y a e s
u n e s t a d o r e c o n s t r u i d o d e C a l i f o r n i a . E n l a o b r a d e fantasía d e H i d a l g o , l a c i e n -
tífica c h i c a n a r e c i b e e l r e c o n o c i m i e n t o d e t o d o e l e s t a d o . L a celebración i n c l u y e
u n a c o n f e r e n c i a d e p r e n s a a l a q u e a s i s t e l a a l c a l d e s a d e L o s Ángeles, o t r a l a t i n a ,
y l a gobernadora d e California,u n a mestiza de piel oscura h a m a d a R o y a l Eagle
B e a r . ( L a d i r e c t o r a actúa e l p a p e l d e g o b e r n a d o r a . ) E s t e a c e n t o e n e l ü'abajo alejó
a l a a m a n t e d e l a p r o t a g o n i s t a , u n a m u j e r q u e s e sintió a b a n d o n a d a d u r a n t e e l
ascenso d e s upareja a l af a m a y e i reconocimiento.
 584 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
Líi p r i m e r a e s c e n a d e i v i d e o e s e l l i a l l a z g o d e u n a c i n t a e d u c a t i v a q u e r e l a t a
e l d e s c u b r i m i e n t o d e l a civilización o l m e c a . L a película está e n f o r m a t o d e o c h o
milímetros, y S u a s p e c t o d e filme g a s t a d o r e c u e r d a a l p r o y e c t o n a c i o n a l d e l a e d u -
cación p r i m a r i a d e E s t a d o s U n i d o s q u e l e s imponía u n a h i s t o r i a y c u l t u r a e u r o -
céntricas. E l v i d e o s a l t a d e iniágenes c o n d e f i c i e n t e definición d e l a excavación a
u n a n u e v a búsqueda arqueológica a c a r g o d e l a d o c t o r a H i d d g o d e l a R i v a M o r e n a
González. T o d o s u e q u i p o c o n s t a d e l a t i n a s y l a t i n o s . E l v i d e o c o r t a y r e g r e s a a l a
filmación e d u c a t i v a , y s e p r e s e n c i a e l d e s c u b r i m i e n t o d e pequeñas figuras q u e
d a n c u e n t a d e l o s orígenes p a t i i a i - c a i e s d e l a c u l t u r a o c c i d e n t a l . A e s t o s i g u e u n a
s e c u e n c i a e n l a q u e e l e q u i p o c l h c a n o d e s c u b r e s u s p r o p i a s estatiühas. E s t o s a i t e -
f a c t o s t i e n e n s e n o s y d e n t r o d e l a lógica camp d e l v i d e o , s e p r e s e n t a l a i m a g e n d e
u n p a s a d o utópico m a t L d a r c a l .
E l v i d e o o f r e c e u n a descripción pública y p r i v a d a d e l a v i d a d e l a arqueó-
l o g a . E l m u n d o p r i v a d o r e p r e s e n t a d o e s u n a e s f e r a íntima d e l a m o r y pasión
l a t i n o s q u e resalta las p r e s i o n e s c o t i d i a n a s q u e a s e d i a n a las lesbianas latinas,
q u i e n e s d e b e n n e g o c i a r l a a c t i v i d a d d e s e r i n t e l e c t u a l e s púbhcas y s u j e t o s p r i -
vados. L aescena final d e l v i d e o c o n c l u y e c o n l a s d o s a m a n t e s q u e p o rfine n -
c u e n t r a n e l t i e m p o p a r a l a pasión y l a reconexión, c u a n d o h a c e n e l a m o r e n u n
c u a r t o a l a l u z d e l a s v e l a s y p l e n o d e r o s a s r o j a s , m i e n t r a s e n l a televisión s e
t r a n s m i t e l a peh'ciüa e d u c a t i v a . E s t a p e h c u l a r e p r e s e n t a e l " m u n d o r e a l " d e l a
arqueología m a s c u h n i s t a c o n l a c u a l s e d e s i d e n t i f i c a . E n e s t e c a s o , l a d e s i d e n t i f i -
cación e s u n a reconstrucción y r e e s c r i t i u a d e u n guión d o m i n a n t e . L o s personajes
p u e d e n i g n o r a r e s t e m u n d o y r e c r e a r l o d e f o r m a simbóhca m e d i a n t e s u a c t o
s e x u a l . E s t a e s c e n a final o f r e c e u n a p o d e r o s a proposición utópica: e s p o r m e d i o
d e l o s p o d e r e s t r a n s f o r m a d o r e s d e l s e x o y l a s e x u a h d a d queer c o m o s e c o n s t r u y e e l
m u n d o qtieer.
E l c o m p o n e n t e púbhco a ) ' u d a a i m a g i n a r u n a e s f e r a púbhca r e c o n s t i - u i d a e n
In c u a l l o s o j o s d e l o s s u j e t o s m i n o r i t a r i o s y a n o s e a n m a i - g i n a l e s . E n e l paisaje
étnico d e l a fantasía, e l m u n d o s e reescribió e n \ d r t u d d e l d e s e o d e s i d e n t i f i c a t o r i o .
E l m u n d o n u e v o d e l v i d e o d e H i d a l g o e s u n a p o s i b i h d a d utópica; e s aquí d o n d e
c o m e n z a m o s a entrever la i m p o r t a n c i a del u t o p i s m o para el proyecto de desiden-
tificación. L o s p e r f o r m a n c e s y l e c t u r a s d e s i d e n t i f i c a t o r i o s r e q u i e r e n u n a p e p i t a
a c t i v a d e p o s i b i h d a d utópica. S i b i e n e l u t o p i s m o d e v i n o e l m a l o b j e t o d e g r a n
píute d e l p e n s a m i e n t o p o h ' t i c o contemporáneo, n o o b s t a n t e n e c e s i t a m o s aferramos
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 58
a él e i n c l u s o intentarlo s i h e m o s d e c o m p r o m e t e r n o s e n l a l a b o r d e c o n s t r u i r u i
m u n d o qtieer^
E l p r o y e c t o d e L l i d a l g o también r e c o n s t r u y e e l u t o p i s m o p a r a q u e s e a a l g c
d i s t i n t o . S u u t o p i s m o t i e n e l a i n f i u e n c i a d e l a s sensibÜidades camp d e h u m o r ^
p r o g r e s i s m o . L l i d a l g o o f r e c e u n u t o p i s m o camp q u e r e c h a z a e l u t o p i s m o d e s o m
brías profecías d e hberación p a r a i m a g i n a r e n c a m b i o u n f u t i u - o r a d i c a l p l e n o d
h u m o r y deseo.
S u u t o p i s m o m i r a hacia el pasado para criticar el presente y c o n t r i b u k a i m a
ginar el fiituro. E l pasado q u e se representa e n e l v i d e o es e l pasado i m a g i n a d o de
l a antigüedad m e s o a m e r i c a n a ; e l p r e s e n t e q u e c r i t i c a l a p e h ' c u l a e s e l c h m a a c t u a
d e a c o s o a l o s i n m i g r a n t e s q u e t i e n e c o m o b l a n c o a las l a t i n a s , y a otras m u j e r e s ^
h o m b r e s d ecolor ; y el fi.ituro q u e i m a g i n a l a p e h c u l a e s u n m u n d o qtieer q u e e
t a n t o d e c o l o r café c o m o t o r c i d o . T l i e o d o r A d o r n o comentó u n a v e z q u e " l a utopí
es e n e s e n c i a l a negación d e t e r m i n a d a d e l o q u e s i m p l e m e n t e es, y a l c o n c r e t a r s
c o m o algo falso, siempre apunta, al m i s m o tiempo, a l o q u e d e b e ser".^'' E l p r o y e c
t o d e H i d a l g o a p u n t a a e s t e debe ser c o n e l e g a n c i a , h u m o r y f e r o c i d a d p o h t i c a .
E l p r o y e c t o d e L l i d a l g o y e l mío tienen u n a e n o r m e d e u d a c o n l o s t e x t o s d
m u j e r e s d e c o l o r r a d i c a l e s q u e a p a i - e c i e r o n e n l a década d e 1 9 7 0 . E s e n e s o s e n s a
y o s , e s a s críticas, e s o s p o e m a s y m a n i f i e s t o s d o n d e e n t r e v i m o s p o r v e z p r i m e r
cómo sería u n m u n d o queer. E l p u e n t e h a c i a u n m u n d o queer s e t i e n d e , e n t r
o t r a s c o s a s , c o n This Bridge Called My Back.
El performance de las "desidentificaciones"
A l o l a r g o d e m i o b r a m e r e f i e r o a l a desidentificación c o m o hermenéutica, c o m
u n p r o c e s o d e producción y u n m o d o d e p e r f o r m a n c e . L a desidentificación se e n
tiende c o m o u n i r y v e n i r e n t r e l a recepción y l a producción. P a r a e l crítico, l
"desidentificación" e s e l p e r f o r m a n c e hermenéutico q u e d e c o d i f i c a l a c u l t i u ' a d
E r n s t Blocli yT e o d o r W . A d o r n o , " S o m c d i i n g ' s M i s s i n g : A Discussion b c t w c c u E r n s t Blocli u n
T i i e o d o r W . A d o r n o o n t l i e C o n t n i d i c t i o n s ofUtopían L o n g i n g " , e n E r n s t B l o c l i , 7l}c Utopian Funcfion
A r t : SekcíeclEssays, J a c k Z i p e s y F r a n k M e c l d c n b u r g ( t r a d s . ) , Cíimbridge, M I T P r e s s , 1 9 S S , p p . 1 - 1 7 . H s
más información s o b r e l a i d e a d e l u t o p i s m o q u e e r z r \i e n s a y o " G h o s t s o f P u b l i c S c x : U t o p i a n L o n g i n g s
Q u e e r M c m o r i e s " , e n D a n g c i o u s B e d f e l l o w s ( c d . ) , Policing Ptiblic Sex: Q u e e r Politics a n d the F u t u r e ofaid
Activism, B o s t o n , S o u d i E n d P r e s s , 1996,p p . 355-372.
 586 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
míisas o l a a,lta c u l t u r a o c u a l q u i e r o t r o c a m p o c u l t a u ' a l d e s d e l a p e r s p e c t i v a d e l
s u j e t o d e u n a minoría q u i e n c a r e c e d e p o d e r e n d i c l i a jerarquía r e p r e s e n t a c i o n a l .
S t u a r t H a l l p r o p u s o u n a teoría d e codificación/decodificación q u e h a e j e r c i d o
u n a c o n s i d e r a b l e inñuencia e n l o s r r i e d i o s y e n l o s e s t u d i o s c u l t u r a l e s . Postiüa u n
e n t e n d i m i e n t o d e l a transmisión t e l e v i s i v a p o r c u a n t o g e n e r a u n m e n s a j e c o d i f i -
c a d o t a n t o d e n o t a t i v o c o m o c o n n o t a t i v o d e d i s t i n t o s m e n s a j e s ideológicos q u e
r e f u e r z a n e l s t a t u q u o d e l a c u l t u r a m a y o r i t a r i a . E s p r o b a b l e q u e e s t o s códigos
p a r e z c a n n a t u r a l e s p a r a u n m i e m b r o d e u n a c o m u n i d a d d e l e n g u a j e q u e creció e n
d i c h o s i s t e m a . P a r a P l a h , h a y t r e s o p c i o n e s e n e l n i v e l d e l a decodificación. L a
p r i m e r a posición p a r a l a decodificación e s l a dominante-hegemónica e n l a q u e
" e l o b s e r v a d o r r e c i b e l o c o n n o t a d o d e , d i g a m o s , u n a emisión n o t i c i o s a t e l e v i s i v a ,
e n s u t o t a h d a d y d e m a n e r a d i r e c t a , y d e c o d i f i c a s u m e n s a j e e n términos d e l có-
d i g o d e r e f e r e n c i a e n e l c u a l s e codificó; p o d e m o s d e c k q u e e l o b s e r \ ^ a d o r o p e r a
d e n t r o d e l código p r e d o m i n a n t e " . ^ ^ E l s e g u n d o p u n t o d e v i s t a d e s d e e l c u a l s e
d e c o d i f i c a es l a posición n e g o c i a d a q u e , h a s t a c i e r t o g r a d o , r e c o n o c e l a n a t u r a l e z a
c o n s t i ' u i d a d e l d i s c u r s o p e r o , d e n t r o d e s u p r o y e c t o i n t e r p r e t a t i v o , n o desafía s u
a u t o r i d a d . C o m o e x p h c a L l a h : " L o s códigos n e g o c i a d o s o p e r a n m e d i a n t e l o q u e
hamaiíamos u n a lógica p a r t i c u l a r o s i t u a d a : y e s t a s lógicas s e s u s t e n t a n e n s u ló-
g i c a d e p o d e r d i f e r e n c i a l y d e s i g u a l ' . ^ ' ' L a t e r c e r a posición, y última, q u e m e n c i o -
na H a U esl a o p o s i t o r a . E s t e m o d o de l e c t u r a resiste, aclara y d e c o n s t r u y e e l a r d i d
u n i v e r s a h z a d o r d e l a c u l t u r a p r e d o m i n a n t e . L o s s i g n i f i c a d o s s e desentrañan e n
u n e s f u e r z o p o r d e s m a n t e l a r l o s códigos p r e d o m i n a n t e s . C o m o aproximación a
l a c u l t u r a p r e d o m i n a n t e , l a desidentificación e s análoga a l p a r a d i g m a d e l a r e c e p -
ción o p o s i t o r a q u e e l a b o r a L l a h e n s u e n s a y o .
E l m o d o d e producción c u l t u r a l q u e h a m o deside^itificacmi está e n d e u d a
c o n teorías a n t e r i o r e s s o b r e l a identificación r e v i s i o n i s t a . E s t a s teorías f u n d a c i o -
n a l e s s u r g i e r o n d e l a s áreas d e l a s teorías cinematográficas, e s t u d i o s gay-lésbicos,
y teorías d e crítica r a c i a l . S i b i e n e s t a s áreas n o s u e l e n a t r a v e s a r l a s h ' n e a s q u e l a s
dehmitan, a m e n u d o h a n intentado negociar preocupaciones metodológicas y
teóricas s e m e j a n t e s . E l término Identificación revisionista es u n c o n c e p t o vago
que pretende abarcar varias exphcaciones d e identificación táctica. Revisionista
3^ S t u a r t H i i U , " E n c o d i n g / D c c o d i n g " , e n S t u a r t H a l l , D o r o t h y H o b s o n , A n d r e w L o v v e , y P a u l W i U i s
( e d s . ) , C u l t u r e , M e d i a , Laitgua^e, L o n d r e s , U n w i n M y m a n , 19S0, p . 136.
Ibidem, p . 137.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN
587
p r e t e n d e señalar d i s t i n t a s e s t r a t e g i a s d e v e r , l e e r y u b i c a r e l y o d e n t r o d e s i s t e m a s
representacionales y diferenciar concepciones del m u n d o que pretenden desplazar
o s u p r i m i r a l s u j e t o d e u n a minoría. L a h ' n e a q u e u n e e s t a s categorías e s p r e c a r i a -
m e n t e d e l g a d a , y e s i m p o r t a n t e e s p e c i f i c a r l a iiiñuencia d e d i f e r e n t e s t r a d i c i o n e s
críticas e n m i s p r o p i a s f o r m u l a c i o n e s a l a n a h z a r a l g u n o s d e l o s a p o r t e s q u e h a c e n
a este proyecto.
L a teoría cinematográfica u t i h z a u n a p a r a t o psicológico p a r a e n t e n d e r l a
identificación e n e l t e x t o cinematográfico. S i b i e n l a h i s t o r i a d e l a d e s i d e n t i f i c a -
ción d e c i d i d a m e n t e no s e a h n e a c o n l a s o r t o d o x i a s d e l psicoanáhsis d e l a m i s m a
f o r m a q u e l o h a c e n l a s d i v e r s a s r a m a s d e l a s teorías h t e r a r i a y cinematográfica, sí
c o m p a r t e c o n el p r o y e c t o psicoanahtico u n i m p u l s o p o r discernir las m a n e r a s e n
que se f o r m a l a subjetividad e n l a c u l t u r a m o d e r n a . C l i r i s t i a n M e t z , p i o n e r o
francés d e l o s p l a n t e a m i e n t o s p s i c o a n a h t i c o s r e s p e c t o d e l a cinematografía, e l a -
boró u n a i n f l u y e n t e teoría d e l a identificación cinematográfica a p r i n c i p i o s d e l a
década d e 1 9 7 0 . ^ ^ A l r e c u r r i r e n g r a n m e d i d a a l a teoría l a c a n i a n a d e l e s t a d i o d e l
e s p e j o , M e t z e s b o z a d o s r e g i s t r o s d e identificación cinematográfica. L a i d e n t i f i -
cación cinematográfica p r i n c i p a l e s l a q u e s e e s t a b l e c e c o n l a " m h a d a " d e l a p a r a t o
técnico (cámara, p r o y e c t o r ) . E l e s p e c t a d o r , c o m o e l niño u b i c a d o f r e n t e a l e s p e j o
que construye u n ideal i m a g i n a r i o de u n cuerpo unificado, i m a g i n a u n a totalidad
y d o m i n i o U u s o r i o s . L a identificación s e c u n d a r i a , p a r a M e t z , s e e s t a b l e c e c o n u n a
p e r s o n a q u e p u e d e s e r u n a e s t r e h a , a c t o r o p e r s o n a j e . L a teórica cinematográfica
f e m i n i s t a L a u r a M u l v e y planteó u n desafío s u s t a n c i a l a l a formulación d e M e t z
a l e l a b o r a r r e s p e c t o d e l a s c o o r d i n a d a s d e género d e q u i e n m h a y e s o b j e t o d e l a
m i r a d a . ^ ^ M u l v e y describió p a t r o n e s e s t a n d a r i z a d o s d e fascinación e n l a e s t r u c t u -
r a d e l a n a r r a t i v a cinematográfica clásica q u e c o l o c a b a a l a e s p e c t a d o r a e n l a p o -
sición m a s o q u i s t a d e i d e n t i f i c a r s e c o n e l s u j e t o f e m e n i n o , q u i e n e r a y a s e a u n f e -
t i c h e escopofíhco e n l a narración o u n p e r s o n a j e a g r e d i d o e n l a p a n t a h a . L a
opción r e s t a n t e p a i ' a l a e s p e c t a d o r a d e M u l v e y e s u n a identificación c r u z a d a c o n
e l p r o t a g o n i s t a , q u i e n , c o n f o r m e a l a codificación d e género d e l a p a r a t o c i n e m a -
tográfico, s e u b i c a e n l a porción d o m i n a n t e d e c o n t r o l . I m p h ' c i t o e n l a a r g u m e n -
tación d e M u l v e y s e e n c u e n t r a u n e n t e n d i m i e n t o d e t o d a identificación d e género
c o m o patológicamente m a s o q u i s t a . L a s teorías d e M i d v e y y M e t z , e n c o n j u n t o ,
C h r i s t i a n M e t z , " T l i e I m a g i n a r y S i g n i f i e r " , B e n B r e w s t e r ( t r a d . ) , Screeiu v e r a n o d e 1975, p p . 14-76.
3^ L a u r a M u l v e y , " V i s u a l P l e a s u r e a n d N a r r a t i v e C i n e m a " , Screen 1 6 , v o l . 1 , i n v i e r n o d e 1 9 7 5 , p p . 6 - l S .
 588
JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
o f r e c e n u n m o d e l o c o n v i n c e n t e d e l a posición e s p e c t a t o r i a l y s u f r m c i o n a m i e n t o
S u s m o d e l o s se q u e d a n c o r t o s e nl a m e d i d a e n q u ev a l o r a n e n exceso a l g u n o s
c i r c u i t o s m u y l i m i t a d o s d e idenüücación.^^
M u l v e y pulió más t a i - d e s u argumentación a l r e g r e s a r d e n u e v o a F r e u d y
e s p e c i f i c a r más l a n a t u r a l e z a d e l d e s e o f e m e n i n o a l o l a i - g o d e l a línea q u e esbozó
el fijndador d e l psicoanálisis. E n s u t e x t o " A f t e r f c h o u g b t s o n ' V l s v i a l P l e a s u r e a n d
N a r r a t i v e C i n e m a , I n s p i r e d b y Dtielhi the Smi'sostiene q u e l a espectadora atra-
v i e s a c i e r t a regresión q u e l a d e v u e l v e a l s i t i o t r a n s e x u a d o d e l a identificación
i n f a n t i l p o r e l q u e a t i ' a v l e s a t o d a niña.''° Aquí l a identificación s e c o d i f i c a c o n c l a -
r i d a d m e d i a n t e l a terminología d e l t r a v e s t i s m o , u n a s u e r t e d e t i - a v e s t i s m o d e s -
homosexualizado**^ q u e se plantea p a r a i m p e d i i -l aposibilidad d e leer a u n espec-
t a d o r h o m o s e x u a l . L a s t e o r i z a c i o n e s p s i c o a n a h t i c a s d e i d e n t i f i c a c i o n e s d e género
c r u z a d a s c o m o l a d e M u l v e y , n u n c a desafía l a n o r m a t i v i d a d d e l a s c o n c e p c i o n e s
d e género p r e d o m i n a n t e s .
M h i a m Llansen, e n su impresionante estudio de los Inicios d el a cinemato-
grafía y l a s prácticas e m e r g e n t e s d e s u recepción, p i d e v o l v e r s o b r e e l p a r a d i g m a
d e M u l v e y p a r a i n f e r i r d i v e r s a s o s c i l a c i o n e s d e l a recepción e n t r e l o m a s c u h n o y
l o f e m e n i n o . ' ' ^ E n s u capítulo s o b r e R u d o l p h V a l e n t i n o y l o s e s c e n a i i o s d e i d e n t i -
ficación, l i a n s e n e s c r i b e :
S i c o n s e g u i m o s a i s l a r u n caso d e identificación " p r i m a r i a " , l o c u a l es d u d o s o d e s d e
e l p u n t o d e v i s t a teórico, l a s p e h c u l a s d e V a l e n t i n o d e s a f i a n l a suposición d e l d o -
m i n i o perceptual imph'cito e n tal concepto, t a n t o p o r e l sistema de estrehato c o m o
a c a u s a d e l a organización p a r t i c u l a r d e l a m i r a d a . L a e s t r e h a n o sólo p r o m u e v e
u n a disociación d e l o s r e g i s t r o s v i s u a l y n a r r a t i v o , s i n o también c o m p l i c a l a
•^^ H a y u n a crítica d e l p a r a d i g m a d c M e f ¿ y M u l v e y e n G a y l y n S t u d l a r , " M a s a c h i s m a n d t h e P e r v e r s e
P l c a s u r e s o f t h e C i n e m a " , e n B i l l N i c h o l s (ed.), M o v i e s a n d Methods: A n AntJjahgy, B e r k e l e y , U n i v e r s i t y
o f C a i i f o r n i a I^ress, 1985, p p . 6 0 2 - 6 2 1 .
""^ L a u r a M u l v e y , " A f t e r t h o u g l i t s o n ' V i s u a l P l e a s u r e a n d N a r r a t i v e C i n e m a ' , i n s p i r e d b y D u e l in the
S u n " , F r a m e w o r k 15, v o l . 1 7 , 1 9 S 1 , p p . 2 9 - 3 8 .
Deshomosexua/izar [degaying en, e l o r i g i n a l ] e s u n t e r m i n o q u e t o m o p r e s t a d o d e C i n d y P a t t o n ,
q u i e n l o e m p l e a e n The I n v e n t i o n o f aids, N u e v a Y o r k , R o u d e d g e , 1 9 9 0 , p a r a a n a l i z a r l a s f o r m a s c o m o
las d e p e n d e n c i a s d e s a l u d piiblica g u b e r n a m e n t a l e s y a l g i m o s g r u p o s d e servicios respecto d e l v n i / s i d a
t r a b a j a n p a r a d i s o c i a r l a e p i d e m i a d e s i d a d e s u conexión c o n l a c u l t u r a g a y .
"""^ INíliriam H a n s e n , F r o m B a b e l to B a b y l o n : Spectatorship in American SilentFilm, C a m b r i d g e , H a r v a r d
Universit)'Press, 1991.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN
i d e n t i d a d p r o p i a i m a g i n a r i a d e l s u j e t o e s p e c t a d o r c o n u n a dimensión e x l i i b i c i o -
n i s t a y c o l e c d v a . [ . . . ] L a s p e h ' c u l a s d e V a l e n t i n o s o c a v a n l a noción d e l a posición
unificada d e d o m i n i o visuiii a l anteponer l a reciprocidad y avnbivalencia d e l a
m i r a d a c o m o m e d i o erótico, m h a d a q u e f a s c i n a j u s t a m e n t e p o r q u e t r a s c i e n d e
l a jerai'quía s o c i a h n e n t e i m p u e s t a s u j e t o - o b j e t o d e l a d i f e r e n c i a s e x u a l , * ' '
H a n s e n s e a l e j a d e l e s p e c t a d o r m o n o h ' t i c o y e s t a b l e q u e p r i m e r o planteó
M e t z y a l q u e después M u l v e y etiquetó c o n e l género m a s c u h n o . L a m i r a d a m i s -
m a e s e l s i t i o d e identificación e n e l e s t u d i o d e L l a n s e n , y e s a m h a d a n u n c a e s
fija, s i n o vacÜante, y e n p o t e n c i a a l b e r g a p o s i b i h d a d e s t r a n s f o r m a t i v a s . L l a n s e n
también s e d e s p l a z a más aÜá d e l a s t e o r i z a c i o n e s d e Miüvey según l a s c u a l e s e l
espectador f e m e t h n o t i e n e las l a m e n t a b l e s opciones y a sea d e h a h a r s u i d e n t i f i c a -
ción t e m p r a n a masciüina p e r d i d a o d e a s u m i r u n a identificación m a s o q u i s t a . L a
o b r a d e H a n s e n , j u n t o c o n l a d e o t r o s teóricos cinematográficos d e l a década d e
1 9 8 0 , llevó l a noción d e l a identificación d e l e s p e c t a d o r e n d k e c c i o n e s más c o m -
p h c a d a s y m a t i z a d a s , d o n d e e l p r o b l e m a d e l a identificación s e p l a n t e a b a a h o r a
e n términos d e i n e s t a b i h d a d , m o v U l d a d , oscÜación y m u l t i p l i c i d a d . ' ' ' ' L a d e s i d e n -
tificación e s , e n s u p a i t e m e d u l a r , u n a m o d a l i d a d a m b i v a l e n t e q u e n o p u e d e c o n -
c e p t u a h z a r s e c o m o u n m o d o d e identificación r e s t r i c t i v o o m a g i s t r a h n e n t e fijo.
L a desidentificación, c o m o l a descripción d e identificación d e H a n s e n , e s u n a
e s t r a t e g i a d e s u p e r v i v e n c i a q u e e m p l e a e l e s p e c t a d o r d e u n a minoría ( l a e s p e c t a -
dora f e m e n i n a de principios d e l siglo x x , e n e l estudio d e l i a n s e n ) para resisth y
f r u s t r a r l o s m o d e l o s d e identificación s o c i a l m e n t e p r e s c r i p t i v o s .
L o s e r u d i t o s d e c o l o r , así c o m o l o s i n v e s t i g a d o r e s g a y , también p o n e n s o b r e
l a m e s a c u e s t i o n e s t r a n s f o r m a t i v a s e n l o s a s p e c t o s d e recepción d e l a s o b r a s y l a
identificación. P o r e j e m p l o . M a n d i l a D i a w a r a ofreció u n a corrección histórica-
m e n t e p e r t i n e n t e p a r a l a teoría R m d a c i o n a l d e M u l v e y :
L a u r a M u i v e } ^ s o s t i e n e q u e l a película clásica d e H o l l y w o o d está h e c l i a p a r a
complacer a l espectador m a s c u l i n o . S i n embargo, c o m o espectador negro quiero
a f i r m a r además q u e l a cinematografía d o m i n a n t e sitúa a l o s p e r s o n a j e s negros
Ibidem, p . 2 S l .
H a y u n e s t u d i o e x c e l e n t e d e e s t o s a v a n c e s e n J u d i t h M a y n e , C i n e m a a n d Spectatorship, N u e v a York,
R o u d e d g e , 1993.
 590 JOSÉ E S T E B A N
sobre t o d o para el placer de los espectadores blancos ( m a s c u l i n o s o f e m e n i n o s ) .
P a r a i l u s t r a r e s t e p u n t o se p u e d e o b s e r v a r - q u e l o s p e r s o n a j e s n e g r o s m a s c u l i n o s
e n l a s películas contemporáneas d e PJ.oñ)'wood s o n m e n o s a m e n a z a d o r e s p a r a
l o s b l a n c o s , sea p o r l a domesticación d e l a s c o s t u m b r e s y c u l t u r a n e g r a s p o r p a r -
t e d e l o s b l a n c o s , p r o c e s o d e d e s a r r a i g o y a i s l a m i e n t o , sea p o r las h i s t o r i a s e n las
q u e s e d e s c r i b e a l o s n e g r o s q u e p a r t i c i p a n e n l a s o c i e d a d b l a n c a c o n las r e g l a s
d e ésta, y pierden."*^
L a s c o n t r i b u c i o n e s c o m o las de D i a A v a r a d e j a n e n claro que la d i f e r e n d a tiene
m u c h a s s o m b r a s , y q u e t o d a n a r r a t i v a d e identificación q u e n o t o m e e n c u e n t a l a s
vajíables d e r a z a , c l a s e y s e x u a h d a d , así c o m o d e género, estai'á i n c o m p l e t a . * * ^ L a
teoría cinematográfica ^í/^er también h a e r i g i d o d e s a f i ' o s c r u c i a l e s a l e n t e n d i m i e n t o
d e l a identificación. C h r i s S t r a a y e r e s b o z a l a r e c i p r o c i d a d d e l a identificación e n
l a apreciación queer d e o b r a s fílmicas, e l a c t i v o p a p e l d e l a elaboración d e n u e v a s
i d e n t i f i c a c i o n e s n o v i s i b l e s e n l a s u p e r f i c i e . L a "heroína l e s b i a n a hipotética* d e
S t r a a y e r e s u n c o n c e p t o d e s i d e n t i f i c a t o r i o I g u a l : " L a heroína l e s b i a n a e n l a s
p e h c u l a s d e b e c o n c e b i r s e c o m o u n a concepción d e l e s p e c t a d o r , q u e h a c e c o r t o
c h c u i t o e n l a s r e d e s m i s m a s q u e p r o h i b e n s u energía. S u construcción s e e l a b o r a
a p a r t i r d e l a s c o n t r a d i c c i o n e s d e n t i ' o d e l t e x t o , y e n t r e éste y e l e s p e c t a d o r , q u i e n
i n s i s t e e n u n a identificación y u n a m i r a d a enérgica, e i n c l u s o t i - a n s g r e s o r a " . ' ' ^ E l
p r o c e s o q u e n i u x a S t r a a y e r , d e u n a l e c t u r a e n t i ' e l a s líneas d e l t e x t o d o m i n a n t e , d e
i d e n t i f i c a r l o c o m o t e x t o clásico m i e n t r a s d e m a n e r a a c t i v a s e r e s i s t e a s u s d k e c t i v a s
c o d i f i c a d a s d e m h a d a e identificación h e t e r o s e x u a l , s e e n t i e i r d e c o m o l a táctica
d e s u p e r v i v e n c i a d e l a s p e r s o n a s queer e n relación c o n l o s m e d i o s d o m i n a n t e s .
E s t e proceso puede asumirse c o m o desidentificatorio porque n o se trata d e u n a
asimilación e n l a m a t r i z h e t e r o s e x u a l , s i n o d e u n a r e n u n c i a p a i ' c i a l a e s a f o r m a
''^ M i m d i i a D i a w i i r a , " B l a c k S p e c t a t o r s h i p " , e n Mandüa D i a w a r a ( e d , ) , Black Ameñcnn
N u e v a Y o r k , R o u d e d g e , 1993,p . 215. B e l l h o o k s , e n s u e n s a y o " T h e O p p o s i t i o n a l G a z e : B l a c k F e m a l e
S p e c t a t o r s l i i p " , e n e l m i s m o v o l u m e n , c u e s r i o n a l a s f o r m u l a c i o n e s d e M u l v e y d e s d e u n a posición f e m i -
n i s t a n e g r a i n f l e x i b l e y sólida.
E s t o no equivale a decir q u e no importen otras variables, c o m o laedad o capacidad. N o tienen
c a b i d a e n l a letanía f a m i l i a r q u e p r o p o n g o n q i u * p o r q u e n o l i a n figunido e n l a h i s t o r i a d e l a crítica e s c r i t a
s o b r e l a identificación fílmlca q u e n a r r o .
''^ C h r i s S t r a a y e r , " H i e l-lypotlictic:ü L e s b i a n H e r o i n e " , e n Devianí Eyes, D e v i a i i i B o d i e s : S e x u a l R e -
arieníaiious i n F i l m a n d Video, N u e v a Y o r k , C o l u m b i a U n i v e r s i t } ' P r e s s , 1996, p , 10.
MUÑ02 INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 59^
c u l t u r a l q u e o p e r a p a r a r e e s t r u c t u r a r l a d e s d e s u i n t e r i o r . L a desidentificación, e n
e s t e c a s o , e s l a construcción d e u n a heroína l e s b i a n a q u e c a m b i a l a f o r m a c o m o e l
sujeto habita el objeto.
M i i d e a s o b r e l a desidentificación también s e b a s a e n g r a n m e d i d a e n l a o b r a
d e c u l t o r e s d e l a teoría d e k crítica r a c i a l q u i e n e s p l a n t e a n i m p o r t a n t e s p r e g u n t a s
a c e r c a d e l o s m e c a n i s m o s d e l a identificación p a r a l o s s u j e t o s d e minorías d e n t r o
d e l o s m e d i o s d o m i n a n t e s . M i c h e l e W a l l a c e describió e s t e p r o c e s o d e i d e n t i f i c a -
ción c o m o p o s e e d o r d e u n " m o v i m i e n t o c o n s t a n t e " . ' ' ^ E l finjo q u e c a r a c t e r i z a l a
identificación p a r a H a n s e n c u a n d o c o n s i d e r a l a apreciación f e m e n i n a d e l a s
o b r a s fílmicas y s u identificación v a l e también p a r a e l e s p e c t a d o r a f r o e s t a d u n i -
d e n s e d e l artículo d e W a h a c e . Ésta d a f e d e s u p r o p i a posición c o m o espectadora:
S i e m p r e s e h a d i c h o e n t r e las m u j e r e s n e g r a s q u e J o a n C r a w f o r d e r a e n p a r t e
n e g r a , y c u a n d o v e o esas peh'culas d e n u e v o h o y e n día, c o n R i t a H a y w o r t h e n
Gildn o L a n a l l i r n e r e n Tlje PostmajiAlways Rings Twice [El cartero llama dos veces],
aún p i e n s o "es t a n b o n i t a , p a r e c e n e g r a " . E s t a declaración c a r e c e d e s e n t i d o e n l a
crítica cinematográfica f e m i n i s t a a c t u a l . L o q u e t r a t o d e s u g e r i r es q u e h u b o u n a
forma crx q u e las e s p e c t a d o r a s n e g r a s se a p r o p i a r o n d e estas películas. E l p r o c e s o
p u d o t e n e r q u e v e r c o n l a problematización y expansión d e l a i d e n t i d a d r a c i a l
p r o p i a en lugar d e a b a n d o n a r l a . Aquí p a r e c e i m p o r t a n t e v e r e n l a apreciación fíl-
m i c a u n carácter n o sólo e n p o t e n c i a b i s e x u a l , s i n o también m u l t i r r a c i a l y m u l -
tiétnJco. A u n q u e " L a l e y d e l p a d r e " t a l v e z h a y a i m p u e s t o s u c i e r r e p r e m a t u r o a l a
" m i r a d a " fíhnica e n l a coordinación d e s u t u r a y n a r r a t i v a clásica, las f a c c i o n e s
d i s p a r e s e n e l púbÜco, s i n u n a d o c t r i n a m i e n t o u n i f o r m e d e l d i s c u r s o d o m i n a n t e ,
p u d i e r o n t e n e r , d e v e z e n c u a n d o , s u f e r i n a d e interpretación."^^ .
L a melancóhca declaración, c e n t i ' a l e n l a e x p e r i e n c i a d e identificación d e
Cinema, W a h a c e , "es t a n b o n i t a , p a r e c e n e g r a " es u n e j e m p l o c o n m o v e d o r d e l p o d e r t r a n s -
f o r m a d o r d e l a desidentificación. L a estética s u p r e m a d s t a b l a n c a s e r e a c o m o d a y
se p o n e a l s e r v i c i o d e l o s estándares n e g r o s d e b e h e z a , históricamente d i f a m a d o s .
E n e s t a reñexión, l a a r r o g a n c i a eurocéntrica d e l a n a t i u a l alineación d e l a b l a n c u r a
"•S M i d i c l e W a l l a c e , " R a c e , G e n d e r , a n d P s y c l i o a n a l y s i s I n F o r t i c s F i l m : Last B o u n d a r i e s , Plome ofthe
B r a v e a j u U h e Quiet One", e n M i m t h i a D i a w a r a (cá.), Black A m e r i c a n C i n e m a , p . 2 5 7 .
••^ X b i f h n , p . 2 6 4 ; c u r s i v a s mías.
 592 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
y l a belleza ( p o r ende, e l cabello lacio es u n " b u e n cabello" e n a l g u n o s a m b i e n t e s
vernáculos a f r o e s t a d u n i d e n s e s ) s e r e \ d e r t e . L a "desidentificación", c o m o l a e x p e r i e n -
c i a s u b j e t i v a q u e d e s c r i b e W a U a c e , t i e n e q u e v e r c o n l a expansión y p r o b l e m a t i z a -
ción d e l a i d e n t i d a d y l a identificación, n o c o n e l a b a n d o n o d e ningún c o m p o -
nente de identidad socialmente p r e s a i t o . Las espectadoras negras n o son meros
s u j e t o s p a s i v o s , p r o p i e d a d d e l o s p a r a d i g m a s t r i l l a d o s d e identificación q u e p r o -
d u c e l a n a r r a t i v a clásica; e n c a m b i o , s o n a c t i v a s espectadoras participantes
que a l t e r a n y reestructiu'an pati-ones agotados d e n t r o d e los m e d i o s d o m i n a n t e s .
D e l am i s m a f o r m a c o m o e ltexto de W a l l a c e cambia de m a n e r a irrevocable e l
m o d o e n q u e c o n s u m i m o s películas d e l a década d e 1 9 4 0 , l a o b r a d e l a n o v e l i s t a
y teórica l i t e r a r i a T o n i M o r r i s o n o f r e c e l a t a n n e c e s a r i a reevaluación d e l c a n o n d e
l a l i t e r a t i u - a e s t a d u n i d e n s e . M o r r i s o n describió " u n a g r a n a u s e n c i a , o r n a m e n t a l y
p r e s c r i t a , e n l a l i t e r a t i u - a estadunidense",^'^ l a c u a l es l a p r e s e n c i a a f r o e s t a d u n i d e n s e
expulsada del i m a g i n a r i o norteamericano. M o r r i s o n p r o p o n e y lleva a cabo estra-
t e g i a s p a r a r e l e e r e l c a n o n e s t a d u n i d e n s e c o n e l propósito d e r e s u c i t a r l a p r e s e n c i a
africana, eclipsada p o rlas m a q u i n a c i o n e s d e u n a v e r t i e n t e escapista d e l pensa-
m i e n t o supremacista blanco e n s u i n t e n t o d edesplazar l apresencia n o blanca. E l
a c t o d e u b i c a r - l a p r e s e n c i a a f r i c a n a e n l a l i t e r a t u r a canónica b l a n c a e s u n e j e m p l o
d e desidentificación p a r a u n p r o c e s o político d i r i g i d o . L a táctica móvil ( d e s i d e n t i -
ficación) s e n i e g a a s e g u i r e s o s t e x t o s e n l a m e d i d a e n q u e e s t o s c o n t o r n o s s u g i e -
r e n q u e un l e c t o r s e p r e s t a a l j u e g o d e l a omisión a f r i c a n a ( o p a r a e l c a s o , asiática,
l a t i n a , árabe, n a t i v o - e s t a d u n i d e n s e ) . E n c a m b i o , l a óptica d e s i d e n t i f i c a t o r i a g i r a
h a c i a l a s s o m b r a s y fisuras denü-o. d e l t e x t o , e n d o n d e l a s p r e s e n c i a s r a c i a h z a d a s s e
h b e r a n d e l a p r o t e c t o r a c u s t o d i a d e l a imaginación h t e r a r i a b l a n c a .
U n a d e l a s p r i n c i p a l e s c o n t r i b u c i o n e s d e l a teoría gueer a l d i s c u r s o crítico
s o b r e l a s i d e n t i f i c a c i o n e s e s l a i m p o r t a n t e producción s o b r e l a identificación c r u -
z a d a . P o r e j e m p l o , S e d g w i c k contribuyó a l a comprensión d e e s t a s c a d e n a s d e c o -
nexión d e c i d i d a m e n t e quesr al. a n a h z a r l a f o r m a e n q u e l a e s c r i t o r a l e s b i a n a W i h a
C a t h e r fiie c a p a z , p o r u n a p a r t e , d e r e n e g a r d e O s c a r WÜde p o r s u h o m o s e x u a h -
d a d " g r o t e s c a " m i e n t r a s , e n e s e m i s m o m o m e n t o , sólo invertía e n s u s a ' e a c i o n e s
T o n i M o r r i s o n , "Unspeakíible T l i i n g s U n s p o l c c n : T l i e A f r o - A m e r i c n n P r e s e n c e i n A m e r i c a n
L i t e r a t u r e " , M i c h i g a n Q u a r t e r l y R e v i e w 2 8 , v o l . 1 , i n v i e r n o d e 1 9 8 9 , p . 1 4 . M o r r i s o n c i a b o n i más s o b r e
e s t a s i d e a s e n s u e s t u d i o P l a y i n g i n the D a r k : Whites a n d the L i t e r a r y I m a g i n a t i o n , C a m b r i d g e , H a r v a r d
U n i v e r s i t } ' P r e s s , 1992.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 593
ficticias gays m a s c u f i n a s y se i d e n t i f i c a b a c o n ehas: " S i C a t l i e r , e n esta h i s t o r i a ,
h a c e a l g o p a r a h m p i a r s u p r o p i o c u e r p o s e x T i a l d e l o l o r a carroña d e l a v i c t i m l z a -
ción d e W h d e , e s p o r c o n s i g u i e n t e ( i n e s p e r a d a m e n t e ) , a l i d e n t i f i c a r s e c o n l o q u e
p a r e c e l a s e x u a h d a d d e P a u l n o a p e s a r s i n o m e d i a n t e s u reabsorción s a l v a d o r a e n
u n a r t i f i c i o h m i n a l d e género ( y m u y b i e n e s p e c i f i c a d o e n c u a n t o a l a c l a s e ) q u e
r e p r e s e n t a a l a v e z a u n y o p a r t i c u l a r s u b c u l t u r a l y c u l t i u - a l " . ^ ^ E s t e e s sólo u n
ejemplo de m u c h o s dentro de l a obra de S e d g w i c k que narra los m o d o s n o h n e a -
l e s y n o n o r m a t i v o s d e identificación c o n l o s q u e l a s p e r s o n a s queer p r e d i c a n s u
f o r m a d e s e r J u d i t h Buüer corrigió l a l e c t u r a q u e h i z o S e d g w i c k d e l a i d e n t i f i c a -
ción c r u z a d a d e C a t h e r a l i n s i s t i r e n q u e u n p a s a j e así q u e a t r a v i e s a m a r c a d o r e s d e
i d e n t i d a d , u n pasaje que eha e n t i e n d e c o m o u n "cruce peligroso", n o h a b l a d e estar
más allá d e l género y l a s e x u a h d a d .^^ B u t l e r a d v i e r t e q u e e l c r u c e d e l a i d e n t i d a d
p u e d e señalar l a ehminación d e l o " p e H g r o s o " o , p a r a u s a r l a p a l a b r a q u e u s a S e d -
g w i c k a l a n a h z a r l a retención d e l o v e r g o n z o s o , "tóxico". P a r a B u t i e r , e l p e h g r o e s
abandonar l a naturaleza lesbiana o f e m e n i n a e n C a t h e r a lleer l o h o m o s e x u a l y l o
m a s c u h n o . E l a r g u m e n t o d e c a u t e l a q u e B u t i e r d e s e a e s t a b l e c e r t i e n e e l propósito
d e r e c h a z a r fantasías r e d u c c i o n i s t a s s o b r e l a identificación c r u z a d a q u e l a p r e s e n t a n
c o m o r e a h z a d a o alcanzada p o r c o m p l e t o a expensas d e l o s p u n t o s d e l o s cuales
e m a n a . S i b i e n l a teorización d e S e d g w i c k a c e r c a d e l a identificación c r u z a d a y e l
c r u c e d e n a r r a t i v a s n u n c a e s t a n final c o m o s u g i e r e B u t l e r , d e b e n t o m a r s e e n
cuenta los problemas que esboza B u d e r al anahzar la precaria actividad del a i d e n -
tificación c r u z a d a . L a s t e n s i o n e s e n t r e l a identificación c r u z a d a c o m o s e t e o r i z a e n
el ensayo d e S e d g w i c k y l a respuesta d e B u t i e r c o n f o r m a n u n o d e l o s espacios
i m p o r t a n t e s e n l a teoría queer q u e , e n m i opinión, n o s e h a n e x p l o r a d o l o s u f i -
c i e n t e . L a teoría d e l a desidentificación q u e p l a n t e o r e s p o n d e a l a e x i g e n c i a d e
e s e c i s m a . L a desidentificación, c o m o m o d o d e e n t e n d e r l o s m o v i m i e n t o s y c i r c u -
l a c i o n e s d e l a fiierza i d e n t i f i c a t o r i a , s i e m p r e antepondría e s e o b j e t o p e r d i d o d e
identificación; establecería n u e v a s p o s i b i h d a d e s m i e n t i - a s a l m i s m o tiempo secun-
daría e l locas c u l t m - a l m a t e r i a l m e n t e p r e s c r i p t i v o d e t o d a identificación.
^1 E v e K o s o f s k ) ' S e d g w i c k , " A c r o s s G e n d e r , A c r o s s S c x ' u a l i t y : W i l l a C a t h e r a n d O t h e r s " , e n R o n a l d
R . B u t t e r s , J o h n M . C l u m y J N ' I i c h a e l M o o n ( e d s . ) , D i s p l a c i n g H o m o p h o b i a : Gay M a l e Perspectives in Lite-
rature a n d Culture, D u r h a m , D u k e U n i v e r s i t ) ' P r e s s , 1989, p . 65.
52 J u d i d i B u d e r , B o d i e s that M a t t e r . On the D i s c w s i v e L i m i t s ofSex", N u e v a Y o r k , R o u d e d g e , 1993
[ e d . e s p . : Cuerpos gue i m p o r t a n . Sobre los ¡imites materiales y discursivos d e l "sexo", B u e n o s A i r e s , B a r c e l o n a ,
México, Paidós, 2 0 0 2 , p p . 2 0 7 - 2 3 9 ] .
 594 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
A l operar dentro d eu nregistro m u y subjetivo, W a y n e K o e s t e n b a u m , e n s u
c o n m o v e d o r e s t u d i o d e l ciüto a l a s d i v a s d e l a ópera d e n t r o d e l a c u l t i u - a g a y
mascLÜina, a n a l i z a l a s f o r m a s e n q u e l o s g a y s e s t a b l e c e n u n a identiñcación c r u z a d a
c o n e l i c o n o c u l t i u ' a l d e l a d i v a d e ópera. K o e s t e n b a u m e s c r i b e a c e r c a d e l p l a c e r
i d e n t i f i c a t o r i o q u e d i s f r u t a c u a n d o l e e l a p r o s a d e l a s autobiografías d e l a s d i v a s
d e ópera:
M e a f i r m o y " d i v i n i z o " — m e liago poroso, m e abro, despierto, brillo—• con las
d e c l a r a c i o n e s d e a u t o d e f e n s a y autocreación d e las d i v a s .
N o i n t e n t o p r o b a r ningún h e c h o histórico; e n c a m b i o , d e s e o t r a z a r c o n e x i o -
n e s e n t r e l a iconografía d e u n a " d i v a " c o m o s u r g e e n c i e r t a s v i d a s h e c h a s púbh-
c a s , y u n a imaginación s u b c u l t u r a l c o l e c t i v a g a y : u n a f u e n t e d e e s p e r a n z a , b r o -
m a s y p l a c e r . E l c l i i s m e , c a s i n u n c a t r i v i a l , es t a n c e n t r a l p a r a l a c u l t u r a g a y c o m o
l o e s p a i ' a l a s c u l t u r a s f e m e n i n a s . C o n m a d e j a s d e habladurías t e j o u n a v i d a i n -
t e r n a , c o n 3 t r u 3 ' 0 u n a i d e n d d a d queei- c o n h i s t o r i a s b a n a l e s y e d i f i c a n t e s d e l a
c o n d u c t a d e m u j e r e s f a m o s a s y valientes.^-'
L a s e s t r a t e g i a s d e a u t o d e f e n s a y autocreación d e u n a d i v a , a través d e l o s
c i r c u i t o s e n t r e v e r a d o s d e l a identificación c r u z a d a , efectúan l a l a b o r d e r e p r e s e n -
t a r e l y o p a r a l a " l o c a " d e ópera g a y m a s c i d i n a . L a s u b c i d t u r a g a y m a s c u h n a q u e
r e p r e s e n t a K o e s t e n b a u m e n s u p r o s a n o e s d e ningún m o d o l a totíüidad d e l a
c u l t u r a g a y p e r o , p a r a e s t a v e r t i e n t e p a r t i c u l a r d e l a v i d a r e a l d e u n g a y varón, e s -
tas i d e n t i f i c a c i o n e s s o n l a base m i s m a d e l a i d e n t i d a d gay. L a s m e m o r i a s d e
K o e s t e n b a u m e x p h c a n l a s f o r m a s e n q u e l a s d i v a s d e l a ópera f u e r o n locí i d e n t i f i -
c a t o r i o s básicos e n l a e s f e r a púbhca a n t e s d e l a rebehón d e S t o n e w a h , q u e marcó
e l a d v e n i m i e n t o d e l m o v i m i e n t o contemporáneo e n f a v o r d e l o s d e r e c h o s d e g a y s
y lesbianas. K o e s t e n b a u m sugiere q u e antes d e u n m o v i m i e n t o d e derechos civiles
p a r a h o m o s e x u a l e s , l a s " l o c a s " d e ópera fiieron e l único e j e m p l o pedagógico d e u n
c o m p o r t a m i e n t o g a y e n v e r d a d d e g r a n e s c a l a . E l código d e c o n d u c t a d e l a s l o c a s
d e ópera Ríe básico p a r a e l g a y varón e n c e r r a d o e n e l clóset a n t e s d e l a hberación
h o m o s e x u a l . U n a v e z más, e s t a práctica d e t r a n s f i g u r a r u n s i t i o i d e n t i f i c a t o r i o
q u e n o s e había diseñado p a r a a l b e r g a r i d e n t i d a d e s m a s c u f i n a s e s , p a r a u n s u j e t o
Wíiyne K o c s t c n b n i i m , TJje 'Queen's Throal: Opera, flomosexiiality, a n d tbe M y s l e j y o f Desire, N u e v a
Y o r k , V i n t a g e B o o b , 1993, p p . 84-85.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN 595
g a y u n i m p o r t a n t e e j e c o n s o h d a d o r d e i d e n t i d a d , u n a utopía a f i r m a t i v a a u n q u e
t e m p o r a l . L a "desidentificación" d e K o e s t e n b a u m c o n l a d i v a d e ópera n o b o r r a a
las v a h e n t e s m u j e r e s q u e a h m e n t a n s u m a q u i n a r i a f a b r i c a n t e d e i d e n t i d a d ;e n
c a m b i o , r e t i e n e c o n cariño s u p r e s e n c i a p e r d i d a p o r m e d i o d e l a imitación, r e p e -
tición y admiración.
L a desidentificación t i e n e q u e v e r c o n r e c i c l a r y r e p e n s a r u n s i g n i f i c a d o c o d i -
ficado. E l p r o c e s o d e desidentificación r e v u e l v e y r e c o n s t r u y e e l m e n s a j e c o d i f i -
cado de u n texto cultural d e m a n e r a que tanto expone lasmaquinaciones u n i v e r -
sahzadoras y excluyentes del mensaje codificado c o m o r e a c o m o d a los circuitos d e
sus m e c a n i s m o s p a r a q u e c o n t e m p l e n , i n c l u y a n y f o r t a l e z c a n l a s i d e n t i d a d e s e
i d e n t i f i c a c i o n e s d e l a s minorías. Así, l a desidentificación e s u n p a s o más q u e l a
m e r a r e s q u e b r a j a d u r a d e l código d e l a mayoría; p r o c e d e a e m p l e a r e s t e código
c o m o m a t e r i a p r i m a para representar u n a poh'tica o postura, privada de s u fiierza,
q u e l a ciütura d o m i n a n t e convirtió e n a l g o i m p e n s a b l e .
Vidas híbridas/almas migrantes
L a o b r a c u l t u r a l q u e a b o r d o aquí e s híbrida e n l a m e d i d a e n q u e s e cultivó e n l a
c u l t u r a • d o m i n a n t e p e r o p r e t e n d e e x p o n e r y criticar s u s c o n v e n c i o n e s . N o es
coincidencia q u e todos l o s trabajadores culturales q u e p r o d u c e n estos textos
se i d e n t i f i q u e n c o m o s u j e t o s c u y a e x p e r i e n c i a d e i d e n t i d a d e s f r a c t u r a d a y d i v i d i d a .
E l tipo d e fragmentación q u e c o m p a r t e n e s a l g o más q u e e l s e n t i d o g e n e r a l d e
fragmentación y d e s c e n t r a h d a d p o s m o d e r n a s . ' ^ ' ' E l hibridismo e n e s t e e s t u d i o ,
c o m o e l término desidentificación, p r e t e n d e t e n e r u n u s o deíctico e n t a n t o c a p t u -
r a , recopüa y p o n e e n m a r c h a d i v e r s a s teorías d e fragmentación e n relación c o n
l a s prácticas d e identificación d e l a s minorías. L o s m a r c a d o r e s d e i d e n t i d a d t a l e s
c o m o queer o mestizo [ e n español e n e l o r i g i n a l , p o r s u connotación d e " m e z c l a " ]
5'* C r a i g O w e n s , u n o d e l o s teóricos p o s m o d e r n i s t a s más p e r s p i c a c e s , r e s u m e l a c r i s i s d e identídad d e l
p o s m o d e r n i s m o e ns u importante ensayo sobre posmodernismo y l aotredad c o m o sigue: "Descentrado,
alegórico, esquizofrénico [ . . . ] c o m o s e a q u e e l i j a m o s d i a g n o s t i c a r l o s síntomas, e l p o s m o d e r n i s m o s u e l e
recibir e l tratamiento, d e sus p r o t a g o n i s t a s y a n t a g o n i s t a sp o r igusd, d e u n a crisis d e a u t o r i d a d cultural,
específicamente l a a u t o r i d a d o t o r g a d a a l a c i d t u r a o c c i d e n t a l y s u s Ínsütuciones"/"hie D i s c o u r s e o f O t h e r s :
F e m i n i s m a n d P o s t m o d e r n l s m " , e n B e y o n d R e c o g m t i o n : RepreserUation, Power, and Cuitare, B e r k e l e y y L o s
A n g e l e s , U n i v e r s i t } ' o f C a l i f o r n i a P r e s s , 1992, p . 166.
 596 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
s o n térniinos q u e desafían l a s n o c i o n e s d e i d e n t i d a d u orígenes u n i f o r m e s . Híbri-
do c a p t a r a l a formación f r a g m e n t a r i a d e l s u j e t o p o r p a r t e d e l a s p e r s o n a s cuyas
i d e n t i d a d e s a t r a v i e s a n d i f e r e n t e s i d e n t i f i c a c i o n e s d e r a z a , s e x u a l i d a d y género.
L o s "qi/eer d e c o l o r " e s u n término c o m p u e s t o q u e c o m i e n z a a d e s c r i b i r a l a
mayoría d e los pe?formers/a:c^áQi:ts c u l t u r a l e s c o n q u i e n e s traté a l o l a r g o d e m i
proyecto. L o s distintos c o m p o n e n t e s de i d e n t i d a d d eestos sujetos o c u p a n espa-
c i o s a d y a c e n t e s y n o s e a j u s t a n c o n c o m o d i d a d a ningún d i s c u r s o d e l a s u b j e t i v i -
d a d d e l a s minorías. E s t a s p o s i c i o n e s i d e n t i f i c a t o r l a s h i b r i d i z a d a s s i e m p r e están
e n tránsito, d e u n v e c t o r d e i d e n t i d a d a o t r o . G a y a t r i C h a k r a v o r t ) ^ S p i v a l c s u g i e r e
q u e l a c u l t i u - a pública u r b a n a m i g r a n t e , p o r s u p r e m i s a m i s m a , l i i b r i d i z a l a i d e n -
t i d a d . ^ ^ U n a teoría d e l a migración e n p o t e n c i a contribuiría a e n t e n d e r l a n e g o -
ciación d e e s t a s e > d s t e n c i a s f r a g m e n t a r i a s . L a s n e g o c i a c i o n e s que permiten l a
formación d e u n a i d e n t i d a d híbrida s o n v i a j e s d e i d a y v u e l t a p o r d i s t i n t o s v e c t o r e s
de i d e n t i d a d .
L a s e g u n d a n o v e l a d e A r t u r o I s l a s , Migi-ant Souh [Almas Migrantes], ofrece
u n a o p o r t i m i d a d p a r a c o n s i d e r a r l a i d e a d e l a migración. L a n o v e l a c u e n t a l a
h i s t o r i a d e u n o s p r i m o s q u e s o n las "ovejas n e g r a s " d e u n a c u a n t i o s a f a m i h a c l i i -
cana; e ld i v o r c i o d ela p r i m a , su falta de respeto p o r la iglesia y su a c t i t u d d e h -
b e r t a d s e x u a l l a a l e j a n d e s u f a m i h a . S i n e m b a r g o , es e l p r i m o , M i g u e l C h i c o ,
q u i e n resiüta e s p e c i a l m e n t e i n t e r e s a n t e e n e s t e p r o y e c t o : M i g u e l , a l i g u a l q u e e l
R i c l i a r d R o d r i g u e z d e Hunger of Memory, e s e l niño c o n u n a b e c a q u e l o g r a s a h r
d e l b a r r i o g r a c i a s a s u e x c e l e n c i a académica. A d i f e r e n c i a d e R o d r i g u e z , M i g i i e l
es a b i e r t o , a l m e n o s p a r c i a l m e n t e , s o b r e s u h o m o s e x u a h d a d . ^ ^ E l r e g r e s o d e M i -
g u e l a s u c a s a , d e s d e s u e x i s t e n c i a a f i i e r a d e l clóset, c o m o u n académico c h i c a n o
a l v o l v e r a l p a r c i a l m e n t e " e n c l o s e t a d o " e s p a c i o f a m i h a r d e l a formación i d e n t i t a r i a ,
e j e m p h f i c a e l t i p o d e migración q u e d e s a i b o . P o r s u p u e s t o q u e e s t e m o v i m i e n t o
es u n a c o n s e c u e n c i a d e l e s t a t u s d e M i g u e l c o m o e l h i j o h o m o s e x u a l ; finahnente
t o d o s e n l a f a m i h a , d e u n a u o t r a m a n e r a , e x p e r i m e n t a n l a migración. E l t e x t o l o
e x p h c a c o n e l ethos f a m i h a r : " E r a n a l m a s m i g r a n t e s , n o i n m i g r a n t e s . S i m p l e y
n a t u r a l m e n t e habían p a s a d o d e u n l a d o d e l m a l d i t o río h a c i a e l o t i ' o , a u n a tierra
^5 G a } ' : i t r i Q i u l c n i v o r t y Spívak, OiUsidá b i the Tendñng M a c h i n e , N u e v a Y o r k y L o n d r e s , R o u d e d g e ,
1993, p. 252.
5'* Rodríguez, s a l e d e l clóset d e f o r m a a l g o i n d i r e c t a e n s u s e g u n d o l i b r o : D a y s ofObligation:An\/lrgíi-'
nient w i t h M y M e d i t a n Father, N u e v a Y o r k , V l k i n g P r e s s , 1992.
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIEICACIÓN 597
q u e , h a s t a h a c e u n a s c u a n t a s décadas, e r a México. S e c o n v i r t i e r o n e n m e x i c a n o s
f r o n t e r i z o s c o n ciudadanía e s t a d u n i d e n s e " . ^ ^ Q u i s i e r a i d e n t i f i c a r u n a s e m i l l a d e -
c o n s t r u c t i v a e n estas tres o r a c i o n e s d e Islas: e n este d i s c u r s o s e a n a l i z a l a i d e a
de u n a fi'ontera. E l estatus m i g r a t o r i o se p u e d e caracterizar p o r su necesidad de i r
y v e n i r , d e ocupai" a l m e n o s dos espacios a la v e z (esto es d o b l e m e n t e c i e r t o p a r a e l
h i j o , h o m o s e x u a l y l a t i n o ) . L a n a t u r a l e z a m i s m a d e e s t e impiüso m i g r a t o r i o e v e n -
t u a l m e n t e d e s g a s t a l a c o h e r e n c i a d e l a s f r o n t e r a s . ¿Acaso podríamos i m a g i n a r n o s
a M i g u e l c o m o u n sustituto h g e r a m e n t e c a m u f l a d o de su autor, c o m o u n m e x i c a n o
fironterizo c o n l a ciudadanía d e u n a nación queer, o u n a l g u i e n q u e nació e n e l país
queer y v i v e e n l a f r o n t e r a r e c l a m a n d o l a c i u d a d a m ' a e n Aztián?
La vida de Míarga
Después d e e s t a excursión p o r d i v e r s o s p a r a d i g m a s teóricos, m e e n c u e n t r o e n
u n a posición e n d o n d e n e c e s i t o r e a f i r m a r q u e u n a p a r t e d e l propósito d e m i o b r a
es c o n t r a r r e s t a r u n a comprensión m a t e r i a l d e l o a b s t r a c t o d e l a teoría. L o s t r a b a -
jadores culturales e n quienes m ecentro elaboran argumentos y contribuciones
teóricas r e s p e c t o d e l o s p r o b l e m a s e x p l o r a d o s e n f o r m a s t a n p e r t i n e n t e s y útfies
c o m o l o b a c e l a f a l a n g e d e l o s teóricos r e c o n o c i d o s i n s t i t u c i o n a h n e n t e q u e i n v o -
c o d e m a n e r a p r o m i s c u a a l o l a r g o d e e s t a s páginas. P e n s a r e n t r a b a j a d o r e s c u l t u -
rales, de quienes e s a l b o e n el c o n t e x t o d e l proyecto m a y o r d e l cual p r o v i e n e este
ensayo, c o m o C a r m e h t a T r o p i c a n a , V a g i n a l C r e m e D a v i s , R i c h a r d F u n g y otros,
n o sólo c o m o c r e a d o r e s c u l t u r a l e s s i n o también c o m o p r o d u c t o r e s teóricos n o e s
a s u m h u n a p o s t u r a antiteórica. L o s p e r f o r m a n c e s "contrapúblicos" n o s p e r m i t e n
i m a g i n a r m o d e l o s d e r e l a c i o n e s s o c i a l e s . E s t a s prácticas d e p e r f o r m a n c e n o n i e -
g a n l a práctica teórica d e l a crítica c u l t u r a l .
C o n s i d e r e m o s , u n a v e z más, e l e j e m p l o d e l p e r f o r m a n c e d e M a r g a Gómez,
Marga Gómez Is Pretty, Witty, and Gay. C u a n d o l a l e s b i a n a h a m a a l a j o v e n M a r -
ga, c o n lascivos m o v i m i e n t o s de l e n g u a hacia l a m u c h a c h a , la h i s t o r i a de l a i n t e r -
pelación s e r e i m a g i n a c o n u n a d i f e r e n c i a cómica y a í t i c a . U n a p o s i b l e definición
queer por: c o n s i d e r a r sería l a s i g u i e n t e : l o s queers s o n p e r s o n a s q u e n o v o l t e a n a l a
57 A r t u r o i s l a s , M i g r a n t S o u h , N u e v a Y o r k , A v o n , 1990, p. 41.
598 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
I k m a d a d e interpelación d e "¡Hey, túí", p r o p i a d e l a h e t e r o n o r m a t i v i d a d . U n a
l e c t u r a d e m a s i a d o h t e r a l d e l a fábula d e l p o h a ' a d e l a ideología d e A l t l i u s s e r s u g i e r e
u n m o m e n t o p r i m a r i o d e interpelación. U n a l e c t u r a así también ubicaría u n o r i g e n
o m e c a n i s m o p r i n c i p a l p a r a i n t e r p e l a r a l sujeto. P e r o e l l i e c l i o senciho es q u e t o d o
e l t i e m p o s e n o s i n t e r p e l a c o n d i v e r s o s a p a r a t o s ideológicos q u e c o m p o n e n e l
a p a r a t o d e p o d e r d e l E s t a d o . N a d i e s a b e e s t o m e j o r q u e l o s queers, a q u i e n e s d e
f o r m a c o n s t a n t e se les i n t e r p e l a c o m o " h e t e r o s e x u a l e s " p o r p a r t e de i n s t i t u c i o n e s
d i v e r s a s , i n c l u s o l o s m e d i o s p r e d o m i n a n t e s . E l h u m o r y l a crítica c u l t u r a l q u e
r e s u e n a e n e s t e m o m e n t o d e l p e r f o r m a n c e t i e n e s u s raíces e n l a d e h b e r a d a "des-
identificación" d e Gómez c o n e s t a h a m a d a ; e h a c r i t i c a y s o c a v a l a h a m a d a d e l a
h e t e r o n o r m a t i v i d a d m e d i a n t e l a fabricación d e u n a interpelación t e l e v i s i v a r e -
c o n s t r u i d a y h o m o s e x u a h z a d a . P o r c o n d u c t o d e s u paródica y d e s i d e n t i f i c a t o r i a
shtick [ e n y i d d i s h e n e l o r i g i n a l : r u t i n a ] , c u e n t a d e n u e v o l a h i s t o r i a d e l a i n t e r -
pelación c o n u n a d i f e r e n c i a .
Después d e q u e Gómez e x p h c a s e cómo l a fiamaron a l l e s b i a n i s m o l a s sáficas
mujeres del p r o g r a m a de entrevistas, c a m i n a p o r el escenario y reflexiona sobre su
deseo p o r el m u n d o que ehas representaban:
E l señor S u s s k i n d y las d a m a s h o m o s e x u a l e s f u m a r o n s i n p a r a r t o d o e l p r o g r a -
m a . C r e o que l o s relajaba. N o creo que h u b i e s e n p o d i d o h a c e r l o s i n f u m a r . Pai-e-
cía q u e habían e s t a d o e n u n b a r g a y j u s t o a n t e s d e q u e l o s h a m a r a n . Y t o d a s las
v o l u t a s d e h u m o d a b a n u n a a p a r i e n c i a más m i s t e r i o s a a la vida.
La vida, así l a M a m a b a n e n t o n c e s c u a n d o se e r a u n a d e n o s o t r a s . S e e s t a b a e n
la vida. E r a l a a b r e v i a t u r a d e la vida difícil y dolorosa. S o n a b a t a n dramático. M e i c e p t o , n o s a ) a i d a a i m a g i n a r u n a vida queer e n expansión, u n a e n l a q u e n o s e s u -
f a s c i n a b a e l d r a m a . Participé e n e l c l u b d e t e a t r o d e l a p r e p a r a t o r i a . Qtiería e s t a r
e n la vida también. P e r o e r a m u y j o v e n . Así q u e h i c e l o s i g u i e n t e q u e parecía
m e j o r . Pedí a m i m a d r e q u e m e c o m p r a r a e l c e r e a l L i f e [ V i d a ] y l a r e v i s t a Z y ^ .
Para navidad m e d i e r o n el j u e g o L i f e [Juego de la V i d a ] .
Gómez p i n t a u n p a n o r a m a romántico y trágico d e l a r e a l i d a d g a y a n t e s d e
S t o n e w a h . O t o r g a e n c a n t o y s e n s u a h d a d a e s t e m o m e n t o histórico. LTÍ performer
a n h e l a e s t e m o d e l o queery c o n m o v e d o r d e u n a i d e n t i d a d l e s b i a n a . E s t e a n h e l o p o r
la vida n o d e b e l e e r s e c o m o d e s e o nostálgico d e algún m u n d o p e r c h d o , s i n o , c o m o
e l p e r f o r m a n c e i n c h c a más a d e l a n t e , c o m o u n r e d e s p h e g u e d e l p a s a d o desuñado
INTRODUCCIÓN A L A TEORÍA D E L A DESIDENTIFICACIÓN
599
a o f r e c e r u n a crítica d e l p r e s e n t e . T r a s t o d a l a plática d e l o s c i g a r r o s , s a c a u n o y l e
da l a p r i m e r a calada.
Y c o n f o r m e movía las soÜtarias p i e z a s d e l j u e g o e n e l t a b l e r o , fingía fiimar c i g a r r o s
L i f e y vivir la vida. C u a n d o y a t u v e l a e d a d s u f i c i e n t e , y a n o s e decía la vida.
S o n a b a d e m a s i a d o a i s l a d o y p o h t i c a m e n t e i n c o r r e c t o . A l i o r a decían la comunidad.
L a c o m u n i d a d c o n s t a d e t o d a s aqueüas d e n o s o t r a s q u e h a c e v e i n t i c i n c o años
habríamos e s t a d o e n la vida. Y e n l a c o m u n i d a d n o se fimia.
C o n c l u y e l a narración c u a n d o a p a g a u n c i g a r r o i m a g i n a r i o . E l p e r f o r m a n c e ,
escenificado e n m u c l i o s lugares y para u n a m u l t i t u d que puede hamarse "creyente",
h a c e más q u e c e l e b r a r l a c u l t u r a g a y contemporánea. E l a n h e l o d e G ó m e z d e u n a
versión p r e S t o n e w a h d e l a r e a h d a d queer es u n a m i r a d a h a c i a e l p a s a d o q u e c r i t i -
ca e l p r e s e n t e y n o s a y u d a a c o n c e b h e l f u t u r o . A u n q u e s u e n e ' c o n t r a i n t u i t i v o , o
quizá d e a u t o r e c l i a z o , p a r a d e s e a r ese m o m e n t o a n t e r i o r a l a l u c h a p o r l o s d e r e c h o s
civhes de gays y lesbianas, d i c h o rechazo debe confrontarse. L a m i r a d a de M a r g a
h a c i a e l m i s t e r i o y l a s e n s i b i l i d a d t r a n s g r e s o r a d e la vida e s u n a crítica d e u n a co-
munidad d e s c a f e i n a d a y h e t e r o n o r m a t i v i z a d a . E n l a c o m e d i a d e Gómez u b i c a -
m o s u n d e s e o " d e s i d e n t i f i c a t o r i o " , u n d e s e o d e u n a v i d a qtieer e n l a q u e s e fijme,
h a y a m i s t e r i o y q u e e n última i n s t a n c i a s e a c o n t e s t a t a r i a . Más q u e e s o , v e m o s u n
d e s e o d e e s c a p a r d e l o s c o n f i n e s claustrofóbicos d e u n a c o m u n i d a d , u n concepto
q u e a m e n u d o d e s p h e g a l a retórica d e l a n o r m a t i v i d a d y l a normahzación, p a r a
t e n e r u n a v i d a . La vida, o a l m e n o s l a "desidentificación" d e Gómez c o n e s t e c o n -
p r i m a n e l " d o l o r y l a s p e n u r i a s " d e l a e x i s t e n c i a queer d e n t r o d e u n a e s f e r a púbhca
homofóbica, u n a e n l a q u e l a comprensión d e s c a f e i n a d a d el a identidad gay y
l e s b i a n a n o r e i n e s o b r e l o s " m i s t e r i o s " d e n u e s t r a s e x u a l i d a d , y p o r último, u n a e n
l a q u e s e n o s p e r m i t a a t o d o s s e r l o c a s dramáticas y f i u n a r t o d o l o q u e deseen
nuestros corazones.
Traducción d e R i c a r d o R u b i o
 600 JOSÉ E S T E B A N MUÑOZ
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 Corporalidades políticas:
wesentación, frontera y sexualidad
en el performance mexicano

ANTONIO PRIETO STAMBAUGH

Antonio Prieto Stamhaiigh es máster en Estudios de Performance por la ÜÍUv^rsidad de
Nueva York y recibió su doctorado en Estudios Latinoamericanos en la Ui-^ersidad
Nacional Autónoma de México. Sus áreas de especialización son las artes visíialesy el
teatro, los estudios q u e e r j / la cultura fronteriza. Sus ensayos sobre teoría y amñi'sis de
performance lo han colocado como uno de los especialistas del campo en Latinoánférica.
En ''Corporalidades políticas". Prieto analiza la relación entre cuerpo y política
en la práctica del performance en México. A través de su estudio de los performances
realizados en la Ciudad de México desde mediados de los noventa^ Prieto presenta
distintos usos estratégicos del cuerpo mediante los cuales los artistas denuncian diversos
tipos de violencia y la manera en que ésta se registra eji los cuerpos de las víctimas.
Prieto defiere "lo político" como una toma de posición frente a los acontecimientos de la
vida social para ejercitar una actitud crítica acerca del modo e-n que lo colectivo afecta
la existencia iiidividual de las personas. Dado que el performance o arte de acción
tiene como principal soporte el cuerpo del artista. Prieto señala que esta disciplina es el
ámbito por excelencia para desarrollar una corporalidad política que dé cuenta de las
violencias padecidas por distintos sujetos. Sin embargo, como Prieto señala, el hecho de
que el performance comprometa al cuerpo de manera pública no significa que esta for-
ma de arte se haya llevado a cabo de la misma manera desde sus comienzos. Para
mostrar las diferentes encarnaciones de la relación entre performance y política en
México, Prieto realiza una- breve trayectoria del arte de acción en tres pasos: afines de
la década del sesenta, performance se define como un arte antiinstitucional, antitea"
tral (se llevan a cabo acciones en tiempo real) y no-ohjetual, y los artistas acompañan

[607]
 608 PRESENTACIÓN
¡a oleada revolucionaria que tiene lugar en distintos lugares del mundo. El cuerpo es
en esta encarnación de performance un elemento conceptual. En el segundo estadio,
que va de mediados de los ochenta a mediados de los noventa, Prieto identifica una
fuerte institucionaliza ción del performance, que él atribuye a la despolitización de la
disciplina. Y por último, en el periodo que le interesa analizar, mediados de los noven-
ta. Prieto reconoce un uso del cuerpo en performance que es menos conceptual cjue ma-
terial; se traía de un cuerpo donde acontecen las acciones, un cuerpo que al decir de la
artista Mima Manrique sufre ''de manera pública", denunciando los ?nuchos modos
en que el poder ?narca a las personas de manera concreta. Los artistas César Martínez
y Mima Manrique sirven como ejemplos de un retomo a lo político, ya no desde una
perspectiva revolucionaria que acompañaría a los movimientos dedicados al cambio
social como los Grupos en los años setenta, sino que estos artistas emplean su cuerpo
como sitio de denuncia. La ccntralidad de "lo fronterizo'' en la vida de la ?tación
mexicana estaprese?ite en algunos de los trabajos que Prieto analiza en este artículo: la
intervención de poderes transnadonales así como la descamada actuación del Estado
en relación con las comunidades indígenas del sureste (frontera denh'o de México) son los
escenarios presentes en los ti-abajos de estos artistas.
En secciones subsiguientes, Prieto aborda lo político desde el plano de la sexualidad
y del género, y analiza performances de Lorena Wolffery Ejjta Víllanueva. A tra.vés de
sus piezas, estas artistas denuncian los performances del poder que tienen a las mujeres
como centro de la violeiicia neocolonial o de género. En su reseña del trabajo de Ema
Víllanueva, Prieto explora las problemáticas que surgen cuando una artista aborda la
sexualidad "como vehículo de conciencia politizada".
Prieto sittía estos performances en un ida y vuelta con lo social, no sólo porque los
y las artistas utilizan su cuerpo como vehículo de intervención política sino porque, a
su vez, en el México contemporáneo el conjunto de la sociedad elige la teatralidady el
performance para expresar sus ideas políticas y para intervenir en la vida cívica del
país.
M.F.
E L P E R F O R M A N C E C O N C E P T U A L E N MÉXICO, T A M B I É N CONOCIDO C O M O A R T E A C -
ción, h a e x p e r i m e n t a d o d i v e r s a s e t a p a s d e mutación, d e c a d e n c i a y r e n a c i m i e n t o a
p a i ' t i r d e l o s años s e s e n t a , c u a n d o A l e j a n d r o J o d o r o w s k y y J u a n José G u r r o l a s a -
c u d i e r o n l o s c i m i e n t o s d e l t e a t i ' o n a c i o n a l m e d i a n t e u n a s e r i e d e "efímeros p á n i -
c o s " , happenings y o t i ' o s g e s t o s 'míiestablishment. D e s d e e n t o n c e s , e l a i t e acción
f u e e s c e n a r i o i d ó n e o p a r a a r t i c u l a r u n a c o r p o r a l i d a d política, e s d e c i r , u n a c o r p o -
r a h d a d que se e n f r e n t a a l p o d e r m e d i a n t e u n a piel t r a n s f o r m a d a e n p e r g a m i n o
diseminador de interrogantes. E ssabido que el performance tiene c o m o soporte
básico e l c u e r p o m i s m o d e l a i t i s t a , u n c u e r p o q u e s e d e s p l i e g a púbUcamente e n
s u s d i m e n s i o n e s m a t e r i a l e s y s e n s i b l e s , c a p a z d e g o z a r p e r o también v u l n e r a b l e a l
d o l o r ; u n c u e r p o simultáneamente p e r s o n a l y político. E n e s t a s páginas m e i n t e r e s a
p r o b l e m a t i z a r t a n t o la representación de lo político c o m o las políticas de k represen-
tación d e l p e r f o r m a n c e q u e se ¡practica e n l a C i u d a d d e M é x i c o d e s d e m e d i a d o s d e
l o s años n o v e n t a , c u a n d o v a r i o s a i t i s t a s jóvenes c o m e n z a r o n a d e s a r r o l l a r p o s i -
c i o n e s p o h ' t i c a s e n u n t i p o d e a r t e q u e s e había v u e l t o u n t a n t o d e s p o U t i z a d o d u -
r a n t e l o s d i e z años a n t e r i o r e s . E n relación c o n e s t o , abordaré t a m b i é n e j e m p l o s
d e acciones q u e e x p l o r a n las d i m e n s i o n e s poh'ticas d e l a s e x u a h d a d y e l c u e r p o
femenino.^
A i o l a i ' g o d e e s t a s páginas s e entenderá l o político c o m o u n a t o m a d e p o s t u r a
frente a procesos q u eafectan l a v i d a pvvbhca y colectiva d e l a sociedad; una
^ L a p r i m e r a versión d e e s t e t e x t o s e publicó e n l a r e v i s t a Teatro a l Sur: revista tatinomneñcnna, núm
25, octubre d e 2 0 0 3 , B u e n o s A i r e s , pp. 7 - 1 5 .
[609]
 610 A N T O N I O P R I E T O S T A M B A U G H
demostración d e c o n c i e n c i a crítica a n t e l o s i m p a c t o s q u e e s t o s p r o c e s o s t i e n e n e n
la existencia subjetiva y c o r p o r a l d e l a s personas. M e i n t e r e s a n los y las artistas
q u e m e d i a n t e e l p e r f o r m a n c e s e e n f r e n t a n a l p o d e r e n s u actuación t a n t o pública
c o m o p r i v a d a , m a t e r i a l , o simbólica; y a s e a u n p o d e r d e E s t a d o , p a t r i a r c a l o ( a
pai'tir d e los ochenta) neoliberal. L o s l l a m a d o s ' p e r f o r m a n c e r o s " o "performeros"
s e p r e s e n t a n t a n t o e n e s p a c i o s púbUcos c o m o e n galerías e s p e c i a l i z a d a s , g e n e r a n -
d o respuestas a veces encontradas entre l o s diversos espectadores. D u r a n t e l o s
últim o s años s e r e g i s t r a además u n a a - e c i e n t e incorporación d e e s t r a t e g i a s t e a t i ' a -
l e s y " p e r f o r m a t i v a s " e n l a s m a n i f e s t a c i o n e s púbHcas d e l a s o c i e d a d c i v i l . E s así
c o m o u n g r a n número d e a c t i v i s t a s h a n a d o p t a d o e s t r a t e g i a s c o n c e p t u a l e s , a l a
vez q u e algunos artistas se h a n s o H d a i i z a d o c o n estos g r u p o s . L a s f r o n t e r a s entre
e l a r t e d e l p e r f o r m a n c e y l a manifestación política p e r f o r m a t i v a s e v u e l v e n c a d a
v e z más p e r m e a b l e s , a l g r a d o d e q u e p a r a m u c h o s r e s u l t a y a i r r e l e v a n t e i n t e n t a r
u n a distinción e n t r e l o q u e e s p r o p i a m e n t e " a r t e " y l o q u e n o l o e s .
El performance entre lo marginal y lo oficial
A diferencia delos performances poHticos de generaciones anteriores, realizados por
l o s G r u p o s , ^ l o s a r t i s t a s q u e abordaré más a d e l a n t e s e m u e s t r a n más escépticos a n t e
la p o s i b i l i d a d d e c a m b i o r e v o l u c i o n a r i o , y r e c u r r e n a estrategias discursivas asocia-
das c o n los m o v i m i e n t o s p o s m o d e r n i s t a s , n e o f e m i n i s t a s , e i n c l u s o neozapatistas.
H a y que recordar l ai m p o r t a n c i a que tuvo e lm o v i m i e n t o estudiantil del 6 8
para l o sp r i m e r o s artistas conceptuales d e los G r u p o s . E s t o s artistas se v i e r o n
también c o m o a c t i v i s t a s c u l t i u ' a l e s , p o r l o q u e a d o p t a r o n esti-ategiafe a n t i i n s t i t u -
c i o n a l e s p a r a s u b v e r t i r e l estahlishmentejercer u n arte conceptual,'antisolemne
y político q u e s e r e s i s t i e r a a l a s lógicas d e l m e r c a d o . R e f e r e n t e R u i d a m e n t a l d e
e s t a generación ñ i e r o n l o s e s c r i t o s d e l teórico y p r o m o t o r c u l t u r a l , p e r u a n o J u a n
A c h a ( 1 9 1 6 - 1 9 9 5 ) . A c h a sentó l a s b a s e s p a r a l a teorización d e l a r t e c o n c e p t u a l
^ E l fenómeno d e l o s G r u p o s s e r e f i e r e a a r t i s t a s c o n c e p t i i i d c s q u e s e a g r u p a r o n c o l e c t i v a m e n t e a l o
l a r g o d e l a década d e l o s s e t e n t a . D e s t a c a n e l T a l l e r d e Investigación Plástica ( T I ? ) , P r o c e s o Pentágono,
T e p i t o A r t c - A c á , E l C o l e c t i v o , G e r m i n a l , P e y o t e y l a C o m p a ñ í a , S u m a , T a l l e r d e A r t e c Ideología, M a r ^ o ,
M i r a y e lN o - G r u p o . A principio de los ochenta, aparecieron grupos feministas c o m o P o l v o d e CuUinsi
N e g r a . Véase A d a r i s B u s t a m a n t e , " N o n - o b j e c t i v c > \ j : t s i n México, 1 9 6 3 - 8 3 " , e n C o c o F u s c o ( c d . ) , Corpm
DekcihPerformance A r t of theAmerícas, L o n d r e s y N u e v a Y o r k , Roudedge, 2 0 0 0 , pp. 2 2 5 - 2 3 9 .
CORPOl^^VLIDADES POLÍTICAS
6
l a t i n o a m e r i c a n o , m i s m o q u e bautizó " a r t e n o - o b j e t u a i " , a l a l e j a r s e d e l o b j e t o e
t a n t o mercancía y p r i v i l e g i a r e l p r o c e s o i n t e l e c t u a l , político e liistórico q u e f u r
d a m e n t a l a obra.^ L a 'n o - o b j e t u a H d a d " d e este t i p o d e arte radica i g u a l m e n t e e
s u r e c h a z o a l a representación. M u c h o s a r t i s t a s c o n c e p t u a l e s , e s p e c i a h n e n t e k
p r a c t i c a n t e s d e l a r t e acción, p e n s a r o n q u e e r a n e c e s a r i o r o m p e r r a d i c a l m e n i
c o n l o t e a t r a l , y a r g u m e n t a r o n q u e s u o b r a n o e v o c a b a a u n r e f e r e n t e in absentu
sino que reaUzaba u n acto "real" d e n t r o de v m t i e m p o y u n espacio "real" e innie
d i a t o . E s t a fríe u n a t e n d e n c i a q u e c a m b i ó c o n e l a d v e n i m i e n t o d e l p o s m o d e r n i s
mo, tal c o m o a r g u m e n t a n P h i h p A u s l a n d e r y otros, cuando l o saspectos t a n
materiales c o m o representacionales f u e r o n revalorados desde perspectivas pol
ticas c o m o el f e m i n i s m o . " '
C o n l a desarticulación d e l o s G r u p o s h a c i a m e d i a d o s d e l o s años o c h e n t a , c
a r t e c o n c e p t v i a l s e alejó d e l a s reñexiones p o h t i c a s , i n v a d i d o a h o r a p o r e l e s c e p t
c i s m o i n d i v i d u a l i s t a d e l a Generación X , y e l e m p u j e n e o l i b e r a l d e l a s a d m i n i
t r a c i o n e s tecnocráticas. C o m o sucedió e n t r e l a generación d e l a R u p t u r a f r e n t e Í
m o v i m i e n t o m u r a U s t a posrevolucionario,^ l o sy las artistas conceptuales de l o
o c h e n t a s y n o v e n t a s e n g e n e r a l r o m p i e r o n c o n e l d i s c u r s o político d e l o s G r u p o
además d e r e n u n c i a r a c u a l q u i e r pretensión d e a c t i v i s m o , M ó n i c a M a y e r , c u y
o b r a s e r e m o n t a a l o s años s e t e n t a , o b s e r v a q u e l o s a i ' t i s t a s jóvenes t i e n d e n a t r a b
j a r d e m a n e r a i n d i v i d u a l y , a u n q u e a l g u n o s m a n e j a n t e m a s políticos, l o h a c e n s i
v i n c u l a r s e a u n m o v i m i e n t o a m p l i o , d e t a l m o d o q u e l a c o n s i g n a d e l a generacló
a n t e r i o r — " l o p e r s o n a l e s político"—• p a r a e l l o s s e c o n v i e r t e e n " l o político e
p e r s o n a l " . * ^ Oiiizás d e b i d o a e s t a a p a r e n t e despoUtización d e l a r t e c o n c e p t u a l ,
quizás también p o r q u e d e p r o n t o l o s f u n c i o n a r i o s d e l a c u l t u r a s e d i e r o n c u e n
t a d e q u e e s u n a r t e r e c o n o c i d o a n i v e l i n t e r n a c i o n a l y q u e p o r l o t a n t o d e b e se
Véase J u a n Acíia, "Teoría y práctica n o - o b j e t u a l i s t a s e n A m e r i c a . L a t i n a " , e n J u a n A c l i a , Ensayo
poneimas Intinonmerkanistas, V e n e z u e l a , Galería d e A r t e N a c i o n a l , 1 9 8 4 .
P h i l i p A u s l a n d e r , F r o m Actuig lo Performance. Essays i n Modernism and Pastmodernismy Londr
R o u d e d g e , 1 9 9 7 , pp. 4 9 - 7 2 .
^ L o s a r t i s t a s d e l a l l a m a d a R u p t u r a , o N u e v a . P r e s e n c i a ' — e n t r e o t r o s V i c e n t e Rojo,José L u i s C u e v
y M a n u e l F c l g u d r c z — se d i e r o n n conocer a finales de los anos cincuenta c o n estilos de e x p r e s i o n i s m o
g e o m e t r i s m o abstracto. E l l o s d e n u n c i a r o n abiertamente a l m u r a l i s m o m e x i c a n o c o m o u n m o v i m i e n
q u e había decaído e n l a d e m a g o g i a n a c i o n a l i s t a y p a n f l e t a r i a .
^ M ó n i c a M a y e r , Rosa chillante. Mujeres y performance en México^ C o n a c u l t a - F o n c a , A V J E d i c i o n
P i n t o m i R a y a , México, 2 0 0 4 , p p . 7 5 , 7 6 .
 612 A N T O N I O PRIETO S T A M B A U G H
i n t e g r a d o a l p r e s u p u e s t o d e l E s t a d o , e l p e r f o r m a n c e d e l o s años n o v e n t a recibió
u n nivel d e apoyo oficial nunca antes visto.
E l p e r f o r m a n c e e n M é x i c o h o y l u c h a p o r m a n t e n e r u n espíritu t r a n s g r e s o r
a p e s a r d e s u t e n d e n c i a a l a institucionahzación q u e s e r e m o n t a a 1 9 9 2 , c u a n d o
s e celebró e l p r i m e r M e s d e l P e r f o r m a n c e , e n e l M u s e o U n i v e r s i t a r i o d e l C h o -
p o , p o r i n i c i a t i v a d e E l o y T a r c i c i o , H o r t e n s i a R a m í r e z y G u s t a v o P r a d o . E l año
s i g u i e n t e , s e fundó e l e s p a c i o X - T e r e s a , A r t e A l t e r n a t i v o ( h o y E x T e r e s a , A r t e
A c t u a l ) e n el a n t i g u o c o n v e n t o d e S a n t a Teresa donde, gracias a l financiamien-
to d e lConsejo N a c i o n a l para l a C u l t u r a y las A r t e s (Conaculta) y e l I n s t i t u t o
N a c i o n a l d e B e l l a s A r t e s ( I N B A ) , d u r a n t e u n a década s e celebró a n u a l m e n t e e l
F e s t i v a l I n t e r n a c i o n a l d e l P e r f o r m a n c e , ^ además d e o t r a s m u e s t r a s d e a r t e n o -
objetual, o l oque M a r i s Bustamante h a denominado formas PÍAS: performance,
instalación y a m b i e n t a c i ó n . E n e l 2 0 0 0 abrió e l L a b o r a t o r i o d e A r t e A l a m e d a ,
o t r o e s p a c i o p a r a e l a r t e c o n c e p t u a l e n e l c e n t i - o histórico d e l a c i u d a d d e México,
b a j o subvención d e l C o n a c u l t a / i N B A . P o r s u p a r t e , a p a r t i r d e 2 0 0 3 Pancho
López o r g a n i z a a n u a l m e n t e e l f e s t i v a l P e r f o r m a g i a e n e l M u s e o U n i v e r s i t a r i o
del C h o p o . U n i m p o r t a n t e esfuerzo descentralizador Rieron l o s Encuentros
I n t e r n a c i o n a l e s d e P e r f o r m a n c e e n Yucatán, c e l e b r a d o s a n u a l m e n t e e n t r e 2 0 0 2
y 2 0 0 6 b a j o l a curaduría d e E l v i r a S a n t a m a r í a y R a q u e l A r a u j o , c o n e l a p o y o
o f i c i a l d e l I n s t i t u t o d e C u l t u r a . d e Yucatán y e l C e n t r o d e I n v e s t i g a c i o n e s Escé-
n i c a s d e Yucatán.
P a r a l e l a m e n t e a l a e m e r g e n c i a d e galerías y e s p a c i o s o f i c i a l e s , l o s jóvenes p e r -
f o r m a n c e r o s continúan ü-abajando d e m a n e r a i n d e p e n d i e n t e e n l a s c a l l e s , p a i - q u e s
y p l a z a s púbÜcas, así c o m o e n fiestas, y raves. A l g u n o s s e d i e r o n a l a t a r e a d e a b r i r
galerías i n d e p e n d i e n t e s e n l a década d e l o s n o v e n t a c o m o L a Panadería, C a j a
D o s Espacio A l t e r n a t i v o , y E p i c e n t r o , h o y desaparecidas debido a l a falta de r e -
cursos y esti'ucturas legales que los protejan. U n o d e los pocos espacios q u e sobre-
v i v e n h o y e n l a C i u d a d d e México e s L a C a s a d e l a N i ñ a , Galería d e P e r f o r m a n c e ,
f u n d a d o p o r Niña Y l i a r e d e n 2 0 0 4 .
^ B a j o i a dirección d e C a r l o s J a u r e n a a p a r t i r d e 2 0 0 4 , E x T e r e s a h i i s u s t i t u i d o l o s festírales a n u a l e s
p o r p r e s e n t a c i o n e s s e m a n a l e s d e p e r f o r m a n c e r o s , d e s d e l o s v e t e r a n o s h a s t a l o s jóvenes d e l a l l a m a d a
"Generación T " ( r e f e r e n c i a a l o s " t a l l e r i s t a s " q u e a p r e n d i e r o n e l o f i c i o m e d i a n t e l o s m u c h o s t a l l e r e s d e
p e r f o r m a n c e d i s p o n i b l e s h o y día e n e s p a c i o s c o m o e l M u s e o U n i v e r s i t a r i o d e l C h o p o y e l C e n t r o N a -
c i o n a l d e las A r t e s ) .
C O R P O R A L I D A D E S POLÍTICAS
6:
D e s p u é s d e u n a p r i m e r a o l a d e p e r f o r m a n c e s s e n s a c i o n a l i s t a s y necrofíücos
p r i n c i p i o s d e l o s años n o v e n t a , a l g u n o s a r t i s t a s a d q u i r i e r o n m a y o r g r a d o d e s o f i j
ticación c o n c e p t u a l . P o r o t r o l a d o , a c o n t e c i m i e n t o s c o m o e l l e v a n t a m i e n t o n e c
z a p a t i s t a e n C h i a p a s y l a firma d e l T r a t a d o d e L i b r e C o m e r c i o n o p a s a r o n i n a c
vertidos, y hubo performanceros quebuscaron maneras de abordar elnuevo clim
p o h t i c o e n s u t i ' a b a j o . L o s a r t i s t a s q u e m e n c i o n o a continuación t r a b a j a n e
c o n t r a c o r r i e n t e c o n u n a r e s i s t e n c i a g e n e r a l i z a d a a h a c e r a r t e c o n c e p t u a l c o n refe
r e n d a s a acontecimientos poh'ticos.^
Cuerpos "desaparecidos" y fronterizos
E n e l p e r f o r m a n c e e m e r g e u n a c o r p o r a h d a d política c u a n d o e l o l a a r t i s t a s u g i e
l a s h u e l l a s q u e d e j a e n s u c u e r p o e l e j e r c i c i o d e l p o d e r hegemónico, l a c o l o n i z a
ción q u e s u f r e m e d i a n t e l a v i o l e n c i a r e a l o d i s c u r s i v a , i n c l u s o s u desaparición c u a n
d o se percibe c o m o excesivamente subversivo. A u n q u e a u n g r a d o c o m p a r a t i v a
m e n t e m e n o r q u e e n l a A r g e n t i n a , e n México c i e n t o s d e p r i s i o n e r o s políticos ( l
c i f r a o f i c i a l e s d e 5 0 0 ) h a n s i d o " d e s a p a r e c i d o s " p o r ñierzas d e l g o b i e r n o a p a r t
de l a l l a m a d a "guerra sucia" c o n t r a l a g u e r r i l l a r i n a l y u r b a n a d e l o s setenta. L e
g r u p o s P r o c e s o Pentágono y T a l l e r d e Investigación Plástica^ a b o r d a i - o n e s t a t e m a
tica a l o largo d e varias acciones ejecutadas entre 1 9 7 3 y 1 9 7 9 , a p r o x i m a d a m e n
Víctor M u ñ o z , e x i n t e g r a n t e d e P r o c e s o Pentágono, recordó e n u n a e n t r e v i s t a
cómo r e a l i z a r o n i n t e r v e n c i o n e s c a l l e j e r a s fijgaces q u es i m u l a b a n e lsecuestro d e u
peatón, m i e m b r o d e l m i s m o g r u p o , q u i e n e r a a m o r d a z a d o c o n u n c o s t a l , a m a
r r a d o c o n c u e r d a s y a v e n t a d o d e n t r o d e u n automóvil, a c c i o n e s semejantes
l a s d e l t e a t r o i n v i s i b l e d e A u g u s t o B o a l . M^ás r e c i e n t e m e n t e , E m a V i l l a n u e v
ha trabajado el p r o b l e m a de los desaparecidos poh'ticos e nperformances, c o m
^ A I c n f a t i z a r e n e s t e t e x t o a r t i s t a s q u e d e m a n e n i m á s explícita t r a b a j a n c o n l o político n o q u i e
d e s d e l u e g o , s u g e r i r q u e l a s o t r a s temáticas — l a r i t u a l i d a d , e l v i n c u l o e n t r e e l c u e r p o y l a tecnología,
manifestación c o r p o r a l d e p r o c e s o s s u b j e t i v o s — s o n m e n o s r e l e v a n t e s .
^ P r o c e s o Pentágono e s t u v o i n t e g r a d o p o r C a r l o s A g u i r r e , F e l i p e E h r e n b e r g , M i g u e l E h r e n b e r
C a r l o s F i n k , L o u r d e s G r o b e t , J . / V n t o n i o H e r n á n d e z , R o w e n a M : o r a l e s y Víctor M u ñ o z . E l T a l l e r d
Investigación Plástica: I s a b e l E . C a m p o s , A r l a d n e G a l l a r d o , J . L u i s G u d c r r e z , C r e s c e n c i o M c n d e
J. M a n u e l O l i v o s , R e n e O l i v o s , ] . L u i s S o t o , e I g n a c i o E . S o t o .
Entre\ñsta p e r s o n a l , j u n i o d e 2 0 0 3 .
 614 A N T O N I O P R I E T O S T A M B A U G H
Ausencia ( 2 0 0 0 ) , r e a l i z a d o s e n colaboración c o n e l g r u p o d e m a d r e s d e l o s d e s -
a p a r e c i d o s . Comité E u r e k a . ^ ^ E s t a s a c c i o n e s se e n g e n t a n a l p r o b l e m a d e r e p r e -
sentar l o ausente: a l cuerpo desaparecido p o r las Rierzas "invisibles" d e l g o b i e r n o .
E n e l p e r f o r m a n c e , a p a r t i r d e los n o v e n t a , e l cuerpo se desviste d e s u " n o -
o b j e t u a l i d a d " p u r a m e n t e c o n c e p m a l y se despliega c o n u n a m a t e r i a l i d a d q u e d e -
t o n a reñexiones e n t o r n o a l c u e r p o v i o l e n t a d o , c o n v e r t i d o e n o b j e t o d e c o n s u m o ,
o h e r i d o p o r u n sistema e nperpetuo estado d e emergencia.
P o r e j e m p l o , César M a r t í n e z reahzó e n t r - e 1 9 9 5 y 1 9 9 7 u n a s e r i e d e " p e r f o r -
M A N - c e n a s " e n México, E s t a d o s U n i d o s y España, e n l a s c u a l e s i n v i t a b a a u n
festín anti-opófago c o n u n s a b r o s o c u e r p o h u m a n o h e c h o d e g e l a t i n a . M e d i a n t e
u n m a n e j o lúdico d e k p a l a b r a , e l a r t i s t a h a b l a b a d e u n a " A m e - R i C A - g e - l a t i n a " ,
c o l o n i z a d a p o r el T r a t a d o d e L i b r e C o m e r c i o . ^ ^ E n o t r o p e r f o r m a n c e , Martínez
e x p u s o La realidadActeal en México ( 1 9 9 8 ) , e n e l q u e s u c u e r p o " m o m i f i c a d o " c o n
v e n d a s q u i r t i r g i c a s yacía e n m e d i o d e u n l a b e r i n t o e n f o r m a d e l a República
mexicana. U n o s ratoncitos blancos fiieron soltados desde l a frontera norte, y e l
púbHco observó s u r e c o r r i d o h a c i a C h i a p a s , e n d o n d e l e s e s p e r a b a u n aromático
q u e s o , quizás u n a d e n u n c i a c o n c e p t u a l a l Ejército m e x i c a n o a s e s o r a d o subrepti-
c i a m e n t e p o r l a C I A . E l c u e r p o v e n d a d o d e Martínez podría r e p r e s e n t a r l a p a s i v i -
d a d m u d a , c i e g a y s o r d a d e l c e n t r o f r e n t e a l a g u e r r a q u e s u f r e n l o s indígenas d e
l a p e r i f e r i a , o b i e n a l s u j e t o i n m o v i l i z a d o e n s u p o s i b i f i d a d d e r e s i s t e n c i a política.
L a e s t r a t e g i a r e p r e s e n t a c i o n a l d e e s t a o b r a e s s u f i c i e n t e m e n t e poJisémica c o m o
p a r a d e t o n a r u n p r o c e s o c o n c e p t u a l a l e j a d o d e l o s r e f e r e n t e s fáciles.
P o r s u p a i t e , M l r n a M a m i q u e es m u y c l a r a s o b r e l o q u e p a r a ella es e l p e r f o r -
' m a n e e , a saber, " u n acto d e d e n u n c i a , t r i b u n a p a r a n o t i c i a r y evidenciar. E s l a a c -
; ción d e a c o n t e c e r y s u f r i r l o s h e c h o s d e m a n e r a púbfica".^^ L a a r t i s t a v i n c u l a así l o s
a c t o s d e d e n u n c i a r y s u f r i r — e l u n o i n t e l e c t u a l y e l o t r o p s i c o - f i ' s i c o — c(e m a n e r a
q u e s u t r a b a j o t r a s c i e n d e e l p a n f l e t o político p a r a convertü'se e n u n r i t u a l p o l i t i z a -
d o q u e i n v i t a a l a pai-ticipación, a l c o - s u f r l m i e n t o d e u n púbÜco a n e s t e s i a d o p o r
l o s m e d i o s m a s i v o s . E n Miscellaneous: I^a tortilla es de maíz, el teqtiila de agave y el
P r o y e c t o d i s c u t i d o detíilladumcnte e n A n t o n i o P r i e t o , " W r e s t l i n g t l i e P h a l l u s , R e s i s t i n g A m n e -
sia: H i e B o d y Politics o fChilanga P e r f o r m a n c e A r t i s t s " , e n D i a n a T a y l o r y R o s e l y n C o s t a n t i n o (eds.),
: ^'^°^yp™^:Latin Americnn Women Poforin, D u r l i a m y L o n d r e s , D u k e U n i v e r s i t yPress, 2 0 0 3 .
A n t o n i o VÚCÍQ,"Performance nrí t r a n s f r o n t e r i z o : h a c i a l a desconstrucción d e l a s ídenddadcs",
Teoría y Práctica del Teatro Hispánico, a ñ o 1 3 , n ú m . 2 5 , a h r i l d e 1 9 9 S , p p . 1 5 5 - 1 5 7 .
M i r n a M a n r i q u e , t e x t o inédito, 1 9 9 6 .
CORPOR/VLIDADES P O L I T I C A S
615
bracero mexicano ( 1 9 9 6 ) , M a n r i q u e exploró l a relación e x i s t e n t e e n t r e l a " e x p o r t a -
ción" d e e m i g r a n t e s m e x i c a n o s a E s t a d o s U n i d o s , l a i m p o r t a c i ó n d e l maíz, g r a n o
básico o r i g i n a r i o d e México, y l a comerciaÜzación d e l t e q u i l a , c o n v e r t i d o e n m o d a
t r a n s n a c i o n a l . L a a r t i s t a buscó p o n e r e l d e d o e n l a h a g a d e l a a b s u r d a i n j u s t i c i a
s u b y a c e n t e a l a m a q u i n a r i a d e l a globaUzación.
C o n b a s e e n u n a e x t e n s a investigación p r e v i a , M a n r i q u e e x p u s o a n t e s u público
s u anáHsis crítico d e l a s políticas a g r a r i a s , e n t r e m e z c l a d o c o n n a r r a t i v a s t e s t i m o n i a -
l e s d e m i g r a n t e s c a m p e s i n o s . l i a c i a e l final d e l p e r f o r m a n c e , M a n r i q u e p u s o e n
acción u n a e s c u l t u r a neumática c o r p o r a l c o n s i s t e n t e e n u n g i g a n t e s c o r o U o i n f i a b l e
d e t e l a q u e emergía d e u n a m o c h i l a q u e h e v a b a e n l a e s p a l d a . E n e l guión d e l p e r -
f o r m a n c e , M a n r i q u e exphcó q u e l a e s c u l t u r a r e p r e s e n t a b a " a q u e l l a s m o c l i i l a s u t i h -
zadas p o r los e m i g r a n t e s , d o n d e guai'dan las p e r t e n e n c i a s q u e les a y u d a n e s p i r i t u a l -
m e n t e a s o b r e v i v i r d u r a n t e s u l a r g o r e c o r r i d o " . M a n r i q u e vertió, d e n t r o d e u n v i s o r ,
líquido p r o v e n i e n t e d e u n a b o t e l l a d e t e q u i l a , y s e l o p u s o s o b r e s u r o s t r o d e m a n e r a
q u e e l a g u a p a r e d a a h o g a r l a . E l v i s o r lucía u n l e t r e r o c o n l a l e y e n d a "Río B r a v o " , e n
r e f e r e n d a a l río q u e d e l i m i t a p a r t e d e l a f r o n t e r a México-Estados U n i d o s . P o r t a n d o
u n e n o r m e salvavidas azul, M a n r i q u e d i o inicio a u n difi'dl recorrido d e u n e x t r e m o
a otro d e l anave principal del centro E x Teresa. U n a s turbinas d e aire que iban
i n f l a n d o e l r o l l o q u e se d e s p l e g a b a c o m o u n e n o r m e g u s a n o a sus espaldas, l a e m -
p u j a b a n h a d a u n a t r i l c o l o c a d o a l final d e l a n a v e . L a a c d ó n requkió d e u n g r a n
esfiierzo para n e g o d a r e l peso d e l b u l t o inflable, q u e e n unos m o m e n t o s pareda
e m p u j a r l a y e n o t r o s j a l a r l a h a d a atrás. A l f o n d o , l a c a n d ó n What a Wonderful
World, d e L o u i s A m s t r o n g , l e d a b a u n t o n o irónico a l a e s c e n a . C u a n d o p o r fin
llegó a l a t r i b u n a , M a n r i q u e s e quitó e l v i s o r y e l " t e q u i l a " q u e traía d e n t r o cayó a l
s u e l o p a r a revelai* u n r o s t r o e m p a p a d o . E l g u s a n o i n f i a b l e se e s t r e m e d a p o r l a a c -
d ó n d e l a i r e : s e había t r a n s f o r m a d o e n u n g r a n cordón u m b i l i c a l q u e Ügaba a e s t a
m i g r a n t e c o n s u o r i g e n , o b i e n u n b r a z o q u e l a e x p u l s a b a d e l terruño. E n s u t r a y e c -
t o h a d a e l o t r o l a d o d e l a f r o n t e r a , l a " m i g r a n t e " experimentó u n a s u e r t e d e r e n a c i -
m i e n t o . M a n r i q u e recuperó s u aÜento y leyó o t r o t e x t o m i e n t r a s a s u s e s p a l d a s , s o -
b r e l a p a r e d , s e p r o y e c t a b a n d i a p o s i t i v a s c o n imágenes d e l o s e m i g r a n t e s m e x i c a n o s
s a l v a j e m e n t e g o l p e a d o s e n l a f r o n t e r a c o n C a h f o r n i a u n o s días a n t e s . E n e s a s t e r r i -
b l e s imágenes, s e a d i v i n a b a l a lógica i n v i s i b l e d e u n a globaÜzadón q u e a b r e l a s
Gestos,
fronteras al capital, pero las refuerza c o n v i o l e n d a p a r a los e m i g r a n t e s .
5;L6 A N T O N I O P R I E T O S T A M B A U G H
I
L o s p e i f o r m a n c e s a r r i b a d i s c u t i d o s t u v i e r o n e n c o m ú n l a representación d e
p r o c e s o s políticos f r o n t e r i z o s : C h i a p a s a l s u r , y l a f r o n t e r a c o n E s t a d o s U n i d o s a l
n o r t e . S u s trabajos, e v o c a r o n l o s d e s p l a z a m i e n t o s h u m a n o s q u e d e s d e y h a c i a las
f r o n t e r a s i m p a c t a n l a \aünerable nación m e x i c a n a . M a r t í n e z y M a n r i q u e l l e v a i - o n
a l c e n t r o d e l país, d e h e c h o a l c e n t r o d e l a c i u d a d c a p i t a l , a c c i o n e s q u e , c o n e l o -
cuencia conceptual, plantearon la urgente centrahdad de "lofronterizo".
S i l a t e n d e n c i a d e l a r t e c o n c e p t u a l e n t r e 1 9 8 5 y 1 9 9 5 Ríe p r e d o m i n a n t e -
m e n t e e l "arte p o r e l arte", los trabajos d e Martínez y M a m i q u e a n u n c i a i - o n u n
c a m b i o d e actitud, u nrescate d e las estrategias representacionales rechazadas
p o r e l a i t e acción e n s u s i n i c i o s , u n r e n o v a d o interés p o r l a d e n u n c i a , así c o m o p o r
s u b v e r t i r l a s e x p e c t a t i v a s d e l o s públicos g e n e r a l m e n t e d e s p o U t i z a d o s . O t r o g r u p o
d e a r t i s t a s d e l a m i s m a generación s e e n c a r g a d e a b o r d a r a l c u e r p o e n s u d i m e n -
sión s e x u a l ; s e t r a t a d e m u j e r e s p a r a q u i e n e s l a s e x u a h d a d y e l género s o n e l e -
m e n t o s d e t o n a d o r e s d e reflexión p o h t i c a .
La •performativiclad del género
A i t i s t a s c o m o K a t i a T i r a d o , Rocío B o h v e r , L o r e n a V V o l f f e r y E m a Víllanueva
t r a b a j a n c o n l a p e r f o r m a t i v i d a d p o h t i c a d e l género. E U a s r e m i t e n a l a s e s t r a t e g i a s
f e m i n i s t a s d e C a i ' o l e e S c h n e e m a n n y M a r i n a A b r a m o v i c p a r a r e c l a m a r sus c u e r p o s
c o m o s i t i o s d e actuación p o h t i z a d a . A l a v e z , l e d e b e n m u c h o a l t r a b a j o d e s u s
a n t e c e s o r a s m e x i c a n a s q u e e n l o s años o c h e n t a f u n d a r o n c o l e c t i v o s c o m o T l a c m -
las y R e t r a t e r a s , y P o l v o d e G a l l i n a Negra.^'^
E l poder, c o m o sistema patriarcal q u elucha p o rmantenerse e n e l d o m i n i o
m a s c u h n o — e l c a m p o fáhco d e l a economía n e o h b e r a l , l o s " a s u n t o s d e Estí d o " ,
l a razón científico-técnica'— es, e n l a o b r a d e e s t a s m u j e r e s , e x p l o r a d o e n e l c a n p o
d e l o q u e P i e r r e B o u r d i e u U a m a hexh corporal, e s d e c i r , e l l u g a r d o n d e l a m e m o r i a
histórica s e m a t e r i a h z a m e d i a n t e u n g e s t o . C o m o sucedió c o n e l body art d e lós-
anos sesenta y setenta, para estas artistas e l cuerpo, c o n s u capacidad d e ejercer;
s e x u a l i d a d y p a d e c e r d o l o r , e s u n e s c e n a r i o p r i v i l e g i a d o —quizás e l más i n m e d i a t o
Véase M a y e r , op c i L , p p . 2 9 - 4 1 .
^5 P i e r r e B o u r d i e u , Outline of a Jheory ofPmcHce, C a m b r i d g e , C a m b r i d g e U n i v e r s i t y Press, 1987,
pp. 87-95.
C O R P O R J V U D A D E S P O L I T I C A S
61,
[y u r g e n t e — d e l a c o n t e c e r p o H t i c o ; s i t i o d e s d e e l c u a l , c o m o m u j e r e s , p u e d e n e n -
r a y a r m a n e r a s d e r e c l a m a r u n p o d e r r o b a d o . ¿Qrié t a n t o éxito t i e n e n ? ¿Qvié l e c -
t i u - a s s e d e r i v a n d e l a ejecución d e s u t r a b a j o f r e n t e a púbhcos específicos? E n l e
q u e s i g u e examinaré a l g u n o s e j e m p l o s d e l a o b r a d e V / o l f f e r y Víllanueva, c o n e'
fin d e p r o b l e m a t i z a r s u s p o h ' t i c a s d e l a representación.
W o I E e r a b o r d ó e l c u e r p o f e m e n i n o Añolentado c o m o m e t á f o r a d e l a r e l a
ción n e o c o l o n i a l i s t a q u e g u a r d a E s t a d o s U n i d o s h a c i a M é x i c o e n d o s p e r f o r -
m a n c e s : Territorio Mexicano ( 1 9 9 7 ) y Ifshe is México, ivljo beat her up? {Si elle
es México, ¿quién la golpeó? ( 1 9 9 8 ) ] , a m b o s reaÜzados c u a n d o Wolífer vivía e n S a r
F r a n c i s c o , C a l i f o r n i a . ^ ^ L o s p e r f o r m a n c e s s e p r e s e n t a r o n e n galerías y m u s e o
p r i n c i p a l m e n t e d e E s t a d o s U n i d o s , a u n q u e también h u b o p r e s e n t a c i o n e s e n
galerías d e l a C i u d a d d e M é x i c o . E n Ifshe is México, who beat her up?, W o h f e j
rompió c o n l a c o n s i g n a m o d e r n i s t a q u e d i c t a q u e e l p e r f o r m a n c e n o d e b e v a -
l e r s e d e utilerías t e a t r a l e s , y a q u e e l l a apareció c o m o top model c u b i e r t a d e c i -
catrices y m o r e t o n e s n o reales, sino m a q u i h a d o s . E s t e gesto "teatral" m a n i f i e s -
t a u n a estética p o s m o d e r n a i d e n t i f i c a d a d e s d e l o s a ñ o s o c h e n t a e n e l t r a b a j e
c o n c e p t u a l d e C i n d y S h e r m a n . ^ ^ S e t r a t a d e u n a estética q u e e x p l o r a h^spolíti-
cas de la representación, e n este caso, aquellas q u e c o n t r o l a n l a i m a g e n d e h
m u j e r e nlos m e d i o s masivos para convertirla e n objeto d e c o n s u m o . Pero, en
e l c a s o d e Ifshe is México..., e s t a m o s ante e l c u e r p o o b j e t o d ev i o l e n c i a racists
y neocolonialista.
W o l f f e r continuó t r a b a j a n d o c o n e l c u e r p o f e m e n i n o s i m b ó h c a m e n t e v i o l e n -
t a d o e n Mientras dormíamos (el caso fudrez) ( 2 0 0 2 ) , p e r f o r m a n c e q u e h i z o r e f e r e n
c i a a l a s m u j e r e s b r u t a l m e n t e v i o l a d a s y a s e s i n a d a s e n C i u d a d Juárez d u r a n t e l o s
últimos años, crímenes p e r p e t r a d o s a n t e l a m i r a d a m o r b o s a d e l o s m e d i o s y k
i n d i f e r e n c i a d e l o s R m c i o n a r i o s púbHcos. L a a r t i s t a a c o m p a ñ ó l a p r e s e n t a d o r
c o n u n t e x t o e n e l c u a l e x p f i c a c o n c l a r i d a d l a intención d e u t l h z a r s u c u e r p c
" c o m o u n m a p a simbófico q u e d o c u m e n t a y n a r r a l a v i o l e n c i a " p e r p e t r a d a a 5 0 de
l a s m u j e r e s , c o n l o c u a l b u s c a t r a n s f o r m a r l o " e n u n vehículo d e r e p r e s e n t a d o r
Véase A n t o n i o P r i e t o , "Pánico, p e r f o r m a n c e y p o j i d c a : c u a t r o d e c a d a s d e acción n o - o b j e t u a l e i
México", e n L o r e n a G ó m e z Calderón ( c o o r d . ) , Con el cuerpo por ¡leíanle: 478S2 m'nuitos de performance
C o n a c u l t a / i N i í A / E x T e r e s a , A r t e A c t u a l , México, 2 0 0 1 , p . 4 5 .
Véase C r a t g O w e n s , BeyondRecognilion:Represenlalíon, Power, and C u l l u r e , B e r k e l c } ' ; U n i v e r s i t ) ' o :
C a l i f o r n i a Press, 1 9 9 2 , pp. S 3 - 8 S .
 618 A N T O N I O PRIETO S T A M B A U G H
d e l a v i o l e n c i a híicia k s m u j e r e s e n C i u d a d Juárez, h o y a p a r e n t e m e n t e i n s t i t u c i o -
nalizada".^^
A u n q u e e l p e r f o r m a n c e v i s u a l m e n t e s e alejó d e l a representación s a n g r i e n t a ,
e l a u d i o remitía a l g r a f i s m o explícito d e l a n o t a r o j a . E l público veía a l a a r t i s t a
s e n t a d a s o b r e u n a m e s a d e o p e r a c i o n e s (¿o d e m o r g u e ? ) , v e s t i d a c o n u n a b a t a d e
o b r e r a y p a n t a l ó n d e mezcliña. W o l f f e r s e desabotonó l a b a t a , desabrochó s u s
p a n t a l o n e s , abrió l a s p i e r n a s y dejó s u i n t i m i d a d e x p u e s t a . E n s e g u i d a , t o m ó u n
p l u m ó n n e g r o c o n e l q u e l e n t a m e n t e Ríe m a r c a n d o líneas y círcidos s o b r e s u p i e l ,
i n d i c a n d o e l l u g a r d e l a s puñaladas q u e describía e l a u d i o , p o r e j e m p l o : " M u j e r
d e t r e i n t a y o c h o años .Ríe a s e s i n a d a p o r a p r o x i m a d a m e n t e c u a r e n t a puñaladas.
T a m b i é n Ríe s e m i - d e c a p i t a d a y s u c u e r p o Ríe e n c o n t r a d o d e s n u d o e n e l i n t e r i o r
d e s u d o m i c i h o " . N u e v a m e n t e , W o l f f e r jó/'^je/íío l a materiaÜdad epidérmica d e s u :
c u e r p o p a r a representar h. m a t e r i a h d a d a u s e n t e y v i o l e n t a d a d e l a s víctimas. P e r o , '
a d i f e r e n c i a d e S h e r m a n , W o l f f e r n o r e p r e s e n t a a l a m u j e r genérica, s i n o a u n
g r u p o m u y e s p e d R c o d e t r a b a j a d o r a s c u y a d a s e s o c i a l ( i n c l u s o condición étnica)
es m u y d i s t i n t a a l a d e e s t a a r t i s t a . C u a n d o l e p r e g u n t é a l r e s p e c t o , e l l a contestó:
[ . . . ] c r e o q u e n o h a c e f a l t a " p e r t e n e c e r " a u n a clase n i c o m u n i d a d específica p a r a
d e n u n c i a r l o s — e n e s t e caso, dramáticos— h e c h o s q u e l a a f e c t a n . E s t a visión
limitaría c u a l q u i e r d e n u n c i a o discusión d e c u a l q u i e r índole únicamente a l g r u -
p o a l q u e a f e c t a n d e m a n e r a d i r e c t a . Mientras dormíamos surgió c o m o u n a d e -
n u n c i a n o d e u n a " n o t i c i a " s i n o d e u n a s e r i e d e h e d a o s q u e n o s atañen a todos.^^
C u a n d o conocí e l p e r f o r m a n c e , m e inquietó l a p o s i b i l i d a d d e q u e l a a r t i s t a
e n e l f o n d o c a y e r a e n l a explotación d e h e c h o s q u e h a n m e r e c i d o t a n s e n s a c i o n a -
l i s t a c o b e r t u r a p o r p a r t e d e l o s m e d i o s . N o o b s t a n t e , l a acción Ríe r e a f i z a d a c o n
s e n s i b i h d a d , resistiéndose a l m o r b o v o y e u r i s t a q u e p u e d e g e n e r a r e s t e t i p o d e
trabajo. W o l f f e r hace u n esfuerzo p o r f r u s t r a r l a m i r a d a q u e se c o m p l a c e ante e l
cuerpo f e m e n i n o violentado al reaUzar susacdones c o n desafiante frialdad y cla-
var s upropia m i r a d a e nlos ojos d e cada espectador.
Mientras dormíamos detonó r e s p u e s t a s p o l a r i z a d a s e n s u público, d e s d e
quienes calificaron al performance de "indignante" o "demasiado obvio", hasta
L o r e n a W o l f F e r , Mieníras dormimnos (el caso Juárez), 2 0 0 2 , s / p .
" W o I f T e r , c o r r e o electrónico a l a u t o r , 3 d e m a r z o d e 2 0 0 4 .
C O R P O R A L I D A D E S POLÍTICAS
los que r e c o n o c i e r o n s u fuerza.^" H a y u n a a m b i v a l e n c i a subyacente a casi t o d o
performance q u ehace referencias a hechos violentos mediante e lcuerpo des-
n u d o . L o s artistas m e n o s e x p e r i m e n t a d o s se c o n t e n t a n c o n provocar m e d i a n t e
el m o r b o , m i e n t r a s q u e veteranas c o m o W o l f f e r se p r e o c u p a n p o r subvertir
e s a m i r a d a , i n t e n c i ó n a final d e c u e n t a s i m p o s i b l e d e c o n t r o l a r . D i c h a a m b i -
valencia interviene de formas inesperadas dentro de u n ambiente cargado p o r
l a m a n i p u l a c i ó n política d e l a v i o l e n c i a . U r g e p u e s , n o sólo i n t e r r o g a r l a i n -
tención y l a e f e c t i v i d a d política d e e s t e t i p o d e p e r f o r m a n c e , s i n o t a m b i é n l a s
i m p l i c a c i o n e s éticas q u e t i e n e l a r e p r e s e n t a c i ó n d e l s u j e t o v u l n e r a b l e y e x -
plotado por los medios sensacionalistas.
Cuerpos sexuados
L a s e x u a h d a d h a s i d o d e s d e h a c e décadas, c o m o señala M o n i c a M a y e r , u n t e m a
i n d i s p e n s a b l e d e n t r o d e l p e r f o r m a n c e f e m e n i n o , h g a d o a l a crítica d e l o s r o l e s d e
género q u e r e a U z a r o n l o s p r i m e r o s c o l e c t i v o s d e m u j e r e s e n l o s años o d i e n t a . ^ ^ E n
c a m b i o , a excepción d e a r t i s t a s c o m o G u s t a v o P r a d o y A r m a n d o S a r i g n a n a , p o r
a l g u n a r a z ó n l o s h o m b r e s s o n t í m i d o s e n e l a b o r d a j e d e l género y l a s e x u a l i d a d . ^ ^
A continuación p r o p o n g o u n d e b a t e e n t o r n o a l a s p o s i b i h d a d e s y l o s Límites
d e l a s e x u a h d a d c o m o velaículo d e c o n d e n d a p o h t i z a d a e n e l c a s o d e SexArt, con-
troversial p r o y e c t o d e E m a V U l a n u e v a , desarrohado m e d i a n t e d i s t i n t o s actos d e
table dance t a n t o púbhcos c o m o p r i v a d o s . Víllanueva arrancó s u p r o y e c t o e n 1 9 9 9
c o n u n a investigación p a r t i c l p a t i v a q u e l a c o n d u j o a i n t r o d u d r s e c o m o trabajadora
e n e l m u n d o d e l o s espectáculos stripper, a fin d e c o n o c e r s u lógica d e c o n s u m o , s u s
coreografías, s u s púbhcos, así c o m o l a situación l a b o r a l q u e v i v e n l a s b a i l a r i n a s . L a
a r t i s t a trabajó e n d u b e s d e l a C i u d a d d e México y S a n F r a n d s c o , C a l i f o r n i a , a l o
l a r g o d e l 2 0 0 0 " s i n d e l a t a r q u e e s u n p e r f o r m a n c e " , a fin d e i n t e r v e n k s u s a c t o s c o n
u n d i s c L U ' s o p o h t i c o q u e i n t e r p e l a r a d e m a n e r a d e s a f i a n t e a s u s c h e n t e s . ^ ^ Según m e
Miuría E u g e n i a S e v i l l a , " D i v i d e o p i n i o n e s p e r f o r m a n c e d e A V o l f i e r " , periódico R e f o r m a , 1 5 d e
n o v i e m b r e , 2 0 0 2 , versión d e i n t e r n e t e n c o n t r a d a e n m v \ v . r e f o r m a . c o m / c u l t u r a / a r t i c u l o / 2 4 5 5 5 0 /
2 1 I N ' l a y e r , op. cit.
22 M e reñero aquí e n e s p c a ' f i c o a l p e r f o r m a n c e c o n c e p t u a l , y a q u e e n e l t e a t r o - c a b a r e t t e n e m o s a l
v e t e r a n o T i t o V a s c o n c e l o s , y e n l a s a r t e s plásticas a v a r i o s m á s c o m o N a b u m Z e n l l y J u l i o G a l á n .
23 E n t r e v i s t a p e r s o n a l c o n E m a Víllanueva, 2 0 d e d i c i e m b r e d e 2 0 0 0 .
 620 A N T O N I O P R I E T O S T A M B A U G H
explicó e n e n t r e v i s t a , n o l e i n t e r e s a b a s u s t i t i i j x e l a s p e c t o erótico p o r e l político, s i n o
"mantenerlos interesados e n e l aspecto sensual, pero a l m i s m o t i e m p o hacerlos
p e n s a r 3^ a s u m n s u s p o s t u r a s p o h t i c a s " . ^ " * V i H a n u e v a p o s t e r i o r m e n t e sacó s u s a c t o s
d e l o s c l u b e s y l o s hevó a d i f e r e n t e s e s p a c i o s , t a n t o p r i v a d o s c o m o púbhcos, a c o m -
pañados c o n u n foÜeto q u e d e s a i b e d e s p r e j u i c i a d a m e n t e s u s " s e r v i c i o s " y d a i n f o r -
mación s o b r e l a W n e r a b i H d a d d e l a s ¿eibokras, q u i e n e s t i ' a b a j a n s i n u n m a z ' c o l e g a l
que las p r o t e j a . ^
A VUlanueva l e interesa combatir-los prejuicios moralistas d e l espectador-
p a r t i c i p a n t e y a l a v e z crear c o n c i e n c i a d e l abuso s u f r i d o p o r las trabajadoras d e
l o s c l u b e s . L a r e s p u e s t a d e l o s e s p e c t a d o r e s , s i n e m b a r g o , varía según e l c o n t e x t o
e n e l q u e s e p r e s e n t e l a acción. E l c a s o q u e a b o r d o e n s e g u i d a r e v e l a a l g u n o s d e
l o s p r o b l e m a s t r a s l a p r o p u e s t a d e SexAi% e nparticular e lenfrentamiento de l a
i n t e n c i o n a h d a d d e l a a r t i s t a c o n l a s e x p e c t a t i v a s d e s u púbhco.
L a n o c l a e d e l 1 4 d e m a y o d e 2 0 0 3 V r U a n u e v a s e presentó e n e l j a r d í n d e u n a
e s c u e l a p r e p a r a t o r i a u b i c a d a e n e l c e n t r o lústórico d e l a c i u d a d d e Qrierétaro, e n
e l m a r c o d e l e n c u e n t i ' O " R e - c o n s i d e r a n d o e l p e r f o r m a n c e " ? ^ E n e l e x t r e m o más
p r o f u n d o d e u n a p i s c i n a vacía, l a a r t i s t a reahzó u n s e n s u a l table dance c o n u n j o -
v e n d e l p ú b h c o . E s t e , q u e s e había g a n a d o u n a r i f a o r g a n i z a d a p o r V i h a n u e v a a i
i n i c i o d e l p e r f o r m a n c e , d i s f r u t a b a d e l a d a n z a erótica, m i e n t r a s q u e a s u s e s p a l d a s
se p r o y e c t a b a u n v i d e o e n e l q u e veíamos e s c e n a s d e V i h a n u e v a contorsionándose
c o n p o s e s e s t i l o soft pom. S o b r e l a s imágenes d e l a a r t i s t a d e s n u d a desfilaba
— c o m o s i s e t r a t a s e d e l o s créditos finales d e u n a p e h c u l a — s u c u r r i c u l u m vítae
c o m p l e t o : u n a h s t a d e sus e s t u d i o s u n i v e r s i t a r i o s , sus p r e s e n t a c i o n e s e n f o r o s n a c i o -
n a l e s e i n t e r n a c i o n a l e s , s u t r a b a j o c o m o a r t i s t a y a c t i v i s t a . E r a u n a i m a g e n extraña:
e l c u e r p o d e s n u d o d e l a a r t i s t a e n t r e - c u b i e r t o , d e h e c h o vestido, p o r e l e x t e n s o
t e x t o ciUTiculai-.
M i e n t r a s s e p r o y e c t a b a e l v i d e o , u n a b a n d a s o n o r a a m b i e n t a b a c o n música
lounge y l a v o z ( a p e n a s a u d i b l e ) d e V U l a n u e v a e x p h c a n d o s u convicción d e q u e e l
2-" I d e m .
2^ P r e g u n t é a Víllanueva sí l e i n t e r e s a b a a b o r d a r l a situación d e l o s o r o n e s q u e r e a l i z a n striptease, y de f o r m a u n t a n t o f o r z a d a a l o largo d el apieza. D e l o c o n t r a r i o , v e m o s u n "atre-
contestó a f i r m a t i v a m e n t e , a u n q u e h a s t a e l m o m e n t o n o l e había s i d o p o s i b l e d a d o q u e sólo había t e n i d o
acceso a clubes e nd o n d e l a b o r a b a n mujeres. Idem.
2^ E l e n c u e n t r o fiie c o n v o c a d o p o r L o r e n a W o l l T e r , a u s p i c i a d o p o r l a U n i v e r s i d a d A u t ó n o m a d e
Q u e r é t a r o y e l C o n s e j o E s t a t a l p a r a l a C u l t u r a y l a s A r t e s . Consístíó e n d o s m e s a s r e d o n d a s e n l a s q u e
i n v e s t i g a d o r e s y a r t i s t a s d i s c u t i e r o n l a h i s t o r i a d e l p e r f o r m a n c e e n México, y s u situación a c n i a l .
CORPOR/VLIDADES POLÍTICAS
621
c u e r p o e s u n c a m p o d e b a t a h a p o h t i c o . D e e n t r a d a , había e n e s t e p e r f o r m a n c e u n a
incongruencia, c o m o s i l a artista estuviese preocupada p o r cubrir s u desnudez
"pornográfica" c o n s a b e r acadétnico y e n u n c i a d o s políticos. P e r o l a p r e s e n c i a d e s u
c o r p o r a l i d a d erótica e r a más fiierte, y p a r e d a d i l u i r e l t e x t o y l a v o z c o m o u n ácido
i m p l a c a b l e . V i h a n u e v a acompañó s u p i e z a d e u n t e r c e r t e x t o : f o h e t o s d e o n c e pá-
ginas previamente distribuidos, e nlos que ofertaba sussexo-servicios, incluyendo
u n ' T a q u e t e P r e m i u m D a n c e " d e 4 0 0 p e s o s , y u n s e r v i c i o " E s c o r t P l u s " q u e podía
c u l m i n a r ' c o n u n " h e r m o s o e n c u e n t r o s e x u a l " , a 5 0 0 dólares e s t a d u n i d e n s e s . A l o
l a r g o d e l catálogo d e s e r v i c i o s , s e e x p h c a b a q u e " e l c o m e r c i o s e x u a l e s u n t i - a b a j o
h o n e s t o " , y q u e ejercer l a s e x u a h d a d es u n a m a n e r a d e"desafiar e l p o d e r y l a o p r e -
sión e n t o d a s s u s f o r m a s " . M i e n t r a s y o leía e l foüeto, m e e n t r a r o n l a s d u d a s : ¿esto
v a e n s e r i o ? , ¿dónde t e r m i n a l a p a r o d i a y e m p i e z a e l e n u n c i a d o p o h t i c o ? ^ ^ E l p ú -
bhco d eunas doscientos personas sentadas e n e lborde d el a piscina, o paradas e n
s u i n t e r i o r , e s t a b a i n t e g r a d o e n s u mayoría p o r e s t u d i a n t e s d e a m b o s s e x o s q u e p o r
c o i n c i d e n c i a s e habían r e u n i d o p a r a u n a fiesta e n e l p a t i o a d j u n t o . E n t r e l a s r i s a s y
r e c h i f i a s d e u n a m b i e n t e p a r e c i d o a l c i r c o r o m a n o —y q u e v i s i b l e m e n t e Uegó a
i m p a c i e n t a r a V U l a n u e v a — • m e pareció d u d o s o q u e l o s e x d t a d o s jóvenes e s t u v i e -
sen a t e n d i e n d o al mensaje p o h t i c o q u e ella se esforzaba p o r proyectar. P e r o c u a n
d o conversé c o n a l g u n o s d e l o s e s p e c t a d o r e s p o s t e r i o r m e n t e , encontré q u e , s i b i e n
a l g u n o s e h m i t ó a d e c i r " e s t u v o chido", l o s demás e x p r e s a r o n o p i n i o n e s c o m o " n o
sabía q u e l a s teiboleras p o d í a n e s t a r t a n p r e p a r a d a s " ( e n r e f e r e n c i a a l c u r r i c u l u m
vítae q u e figuró e n e l a c t o ) , y " m e gustó, p o r q u e l e q u i t a e l tabú a l s e x o " .
E l p r o y e c t o SexArt t i e n e p o r l o m e n o s t r e s o b j e t i v o s m a n i f i e s t o s : 1) d e m o s -
trar q u e e l s e r v i c i o s e x u a l es u n trabajo d i g n o a n t e e l c u a l n o se d e b e n t e n e r p r e -
j u i d o s m o r a h s t a s , m i s m o s q u e m a n t i e n e n a t a n d i f i m d i d a profesión e n l a h e g a h -
d a d ; 2) a r g u m e n t a r , e n c o n t r a d e l o s p r e j u i c i o s m a c h i s t a s , q u e l a s e r v i d o r a s e x u a J
p u e d e s e r u n s u j e t o i n t e h g e n t e y p o h t i z a d o ; 3) p l a n t e a r e l d i s f r u t e d e l a s e x u a h
d a d c o m o u n a vía d e " e m p o d e r a m i e n t o " político. P e r o e s t o s o b j e t i v o s sólo s e h a -
c e n e v i d e n t e s c u a n d o e l e s p e c t a d o r a t i e n d e a l o s d i s t i n t o s t e x t o s e s c r i t o s , o leídoE
v i d o " a c t o d e table dance c o m o c u a l q u i e r o t i ' o , r e c o n t e x t u a h z a d o e n u n campuí
27 L a a r t i s t a aseguró a l público q u e e r a s e r i a s u o f e r t a . U n a s e m a n a después, Víllanueva m e d i j o q u i
a l final d e l p e r f o r m a n c e u n h o m b r e contrató s u s s e r v i d o s p r i v a d o í d e table dance, que se efectuaron e n u r
h o t e l d e l a c i u d a d d e México.
 A N T O N I O PRIETO STAMBAUGI-I
622
e s c o l a r . E l e n t r e c o m i l l a d o d e l a p a l a b r a n o es a c c i d e n t a l , y a q u e e s t o s a c t o s , a p e -
sar d e s u m a r g i n a l i d a d l e g a l , s e e n c u e n t r a n c a d a v e z más n o r m a l i z a d o s p o r l o s
m e d i o s m a s i v o s , y y a c a s i n o e s c a n d a l i z a n s i n o a l más c o n s e r v a d o r d e l o s p ú b l i -
cos. ¿Dónde se e n c u e n t i - a e n t o n c e s l o r a d i c a l e n SexArl}
V i U a n u e v a b u s c a d e v o l v e r a l c u e r p o feticlüzado d e l a s e x o - s e r v i d o r a s u c a l i -
d a d h u m a n a , y a b r i r ese c u e r p o a sus d i m e n s i o n e s p o h t i c a s . E l " f e t i c h e " s u p u e s t a -
m e n t e s e t o r n a s u j e t o a l e j e r c i t a r s u agencia, e s d e c i r a l e j e r c e r c a p a c i d a d d e d e c i -
sión, d e p o n e r l o s h n i i t e s , l o s p r e c i o s y l a s r e g l a s d e l j u e g o . N o o b s t a n t e — j aquí
u n a s p e c t o problemático— e s t e s u j e t o ( V i h a n u e v a ) se ( d e s ) v i s t e c o n i o s r o p a j e s
d e l f e t i c h e (/eí^o/eríz-prostituta), y s e d e s p h e g a c o n t o d a s l a s c o n v e n c i o n e s q u e
r i g e n l a representación d e e s t a s m u j e r e s e x p l o t a d a s . I r ó n i c a m e n t e , e l striptease e s
a s u v e z " v e s t i d o " d e c o n o c i m i e n t o académico y p o h t i z a d o , e n u n c i a d o mediante
t e x t o s y v o c e s a p e n a s a t e n d i d o s p o r e l i n q u i e t o púbhco, c o m o s i e l s i g n i f i c a n t e
buscara ser emancipado m e d i a n t e u n significado pohtico. Pero, aunque V i h a n u e v a
d e n u n c i a l a explotación d e l a s e x o - s e r v i d o r a , finalmente — a pesar de los t e x t o s —
n o a l c a n z a a d e n u n c i a r l a lógica r e p r e s e n t a c i o n a l (falocéntrica) d e l f e t i c h e . E s t a -
b l e c e l o s h m i t e s y l o s p r e c i o s d e s u t r a b a j o , p e r o l a economía c a p i t a h s t a d e l i n t e r -
cambio ( " t u p l a c e r es m i n e g o c i o " , se l e e e n e l f o h e t o ) p e r m a n e c e intacta.
T a m p o c o s e h a c e n a d a p o r i n t e r r o g a r l a lógica d e l a m i r a d a , m i s m a q u e , a p a r t i r
d e l e m p l a z a m i e n t o e s p a c i a l , q u e d a c l a r a m e n t e m a r c a d a ; c o m o púbhco, e s t a m o s
u b i c a d o s e n l a s a l t u r a s y d o m i n a m o s l a e s c e n a d e l c h c o s e x i : a l . A n t e l a fiierza d e l
e s p a c i o panóptico y d e l \ n . i l n e r a b l e c u e r p o d e s n u d o , t o d o l o d e m á s s e q u e d a e n
m e r a intención.
Al final d e l p e r f o r m a n c e , V i U a n u e v a agradeció a l e x c i t a d o j o v e n , y l e pidió
que regresara a s u lugar entre a m i g o s ansiosos p o r fehcitaido. E n t o n c e s , eha v o l -
teó h a c i a e l púbhco, d e s n u d a , p e r o y a d e s p r o v i s t a d e g e s t u a l i d a d s e n s u a l . L u c i e n d o
a l g o i n c ó m o d a b a j o e l círculo d e l u z b l a n c a , s e sentó, cerró l a s p i e r n a s y s e i n c h n ó
s o b r e sí m i s m a o c u l t a n d o s u s s e n o s . T o m ó e l ixdcrófono y u n a h o j a d e p a p e l b l a n -
c o p a r a l e e r u n último t e x t o e n e l q u e e x p h c a b a q u e e j e r c e r s u s e x u a h d a d l a h a c e
s e n t i r s e "más c i u d a d a n a " . S e p a l p a b a l a desÜusión d e l púbhco a n t e e s t e c a m b i o r a -
d i c a l d e l a l u b r i c i d a d lúdica a l a s o l e m n e l e c t u r a : n o querían e s c u c h a r u n sermón d e
c i v i s m o , querían más c a r n e y l o q u e prometió e l p e r f o r m a n c e : sex art.
E n s u e s t u d i o etnográfico s o b r e l o s espectáculos d e striptease, L i e p e - L e v l n s o n
señala s u a m b i v a l e n c i a fimdaniental p o r simiütáneamente reaíh-mar y r o m p e r c o n
CORPOllALIDADES POLÍTICAS
623
l o s r o l e s t r a d i c i o n a l e s d e género.^^ S i n e m b a r g o , e s t a a p a r e n t e subversión d e r o l e s
g e n e r a l m e n t e se h m i t a a l a p u e s t a e n escena d e m u j e r e s q u e s i m u l a n oficios m a s c u -
h n o s , o a h o m b r e s que h a c e n d e sus cuerpos objetos d e deseo. L aa u t o r a sostiene
q u e sólo l o s b a U a r l n e s c o n u n a escenografía s u f i c i e n t e m e n t e c o n t r o l a d a l o g r a n
c i e r t a posición d e v e n t a j a s o b r e l a a g r e s i v i d a d d e l e s p e c t a d o r , h e c l i o q u e , c o m o
señalé a r r i b a , s e l e escapó d e l a s m a n o s a V i h a n u e v a . D o n d e quizás t i e n e más
éxito e s e n p l a n t e a r a l show stripper c o m o " u n a p u e s t a e n e s c e n a d e p o s i b i h d a d e s
y o p o r t u n i d a d e s s e x u a l e s , así c o m o d e p o s i c i o n e s eróticas d e e n t r e g a y c o n t r o l
que sobrepasan las c o n v e n c i o n e s d e l a m o r a l social".^'
C u a n d o expresé a l g u n a s d e m i s i n q u i e t u d e s a r r i b a e x p u e s t a s a V U l a n u e v a ,
e h a m e envió electrónicamente u n t e x t o s u y o e n e l q u e e x p h c a :
Sex Art n o b u s c a c a m b i a r f o r m a l m e n t e l a m a n e r a e n l a q u e se ejerce e l t r a b a j o
s e x u a l [ . . . ] L o q u e p r e t e n d o es i n c i d i r e n e l m o d o e n q u e l a sociedad, ( e s p e c i a l -
m e n t e l o s t r a b a j a d o r e s s e x u a l e s m i s m o s y sus c l i e n t e s ) p e r c i b e y a s u m e e l t r a b a j o
s e x u a l , p u e s c r e o q u e ese es e l p r o b l e m a c e n t r a l : n o l a a c t i v i d a d e n sí m i s m a , s i n o
l a f o r m a e n q u e s e l e p e r c i b e , e n t i e n d e y valora.-"^
L a a r t i s t a a r g i m i e n t a además q u e s u t r a b a j o l o g r a e q u l B b r a r l a relación d e s i g u a l
de p o d e r entre l atrabajadora sexual y s u chente, dado que n o h a y intermediarios y
eha establece t a n t o los precios c o m o las condiciones d e l i n t e r c a m b i o . V U l a n u e v a
e x p h c a q u e "Sex Art e s u n a r e s p u e s t a a l a c o s o y h o s t i g a m i e n t o s e x u a l q u e y o s u f r o
d i a r i a m e n t e a t o d a s h o r a s d e s d e q u e e r a niña". P o r l o t a n t o , e n e l p e r f o r m a n c e e U a
a ' e a " u n a situación d o n d e s e r v i s t a e s m i v o l u n t a d ; u n c o m e r c i o e n e l q u e , a c a m b i o
d e e s e m o m e n t o s u p e r f i n o , y o c o b r o u n a c a n t i d a d q u e y o jamás pagaría; u n m o -
m e n t o e n d o n d e p u e d o v e r a ese agresor c o m o u n objeto d e estudio, m e p e r m i t e r e -
g r e s a r l a m h a d a , l o c u a l s u b v i e r t e t o t a h n e n t e l a situación, p u e s m e d e v u e l v e e l c o n -
t r o l s o b r e e h a " . L a a r t i s t a señala q u e e n c u e n t r a " m u y d i v e r t i d o " c o n t r o l a r a l o s
h o m b r e s q u e a c c e d e n e n t r a r a s u j u e g o , p e r o q u e e l h e c h o d e q u e e h o s l e estén
28 K i i t i i e r i n e L i c p e - L e v i n s o n , Stñp SAoiv. Performniices ofGender and Vesire, Londres y Nueva York,
Roudedge, 2 0 0 2 , p. 6.
25 0/cíV., p . 2 0 6 .
30 E m a V i U a n u e v a , " S e x / V r t : e l t r a b a j o s e x u a l c o m o posición p o b ' t i c a " , t e x t o inédito f e c l i a d o m a y o
de 2 0 0 3 , p. 4 .
 624 A N T O N I O P R I E T O S T A M B A U G H
pagíindo, d e a l g u n a m a n e r a e q u i l i b r a l a relación d e p o d e n P o r l o t a n t o , " l a tensión
se d e s a c t i v a y s e c r e a u n e s p a c i o utópico d e i n t e r c a m b i o e q u i t a t i v o " . ^ ^
L a s c i t a s e x t e n s a s s o n n e c e s a r i a s aquí p a r a c o n s i d e r a r l o s a r g u m e n t o s d e l a a r -
tista t a l c o m o ella los plantea, a r g u m e n t o s sin duda sugerentes, pero n o m e parece
q u e a c l a r e n e l p e r f o r m a n c e , s i n o l o c o m p l i c a n aún más. S u p l a n t e a m i e n t o e n r e a -
l i d a d s u g i e r e u n a v e n g a n z a simbólica, más q u e u n e q u i l i b r i o d e p o d e r . Y e s t o e n sí
es p e r f e c t a m e n t e válido, l o q u e extraña e s l a conclusión h u m a n i s t a q u e V i h a n u e v a
d e r i v a d e s u p r o v o c a d o r a c t o , e s p e c i a h n e n t e a l a l u z d e s u c o i x f e s o p l a c e r sádico d e
c o n t r o l a r a l o t r o y c o b r a r u n d i n e r o q u e e h a "jamás pagai'ía". L a a r t i s t a n o s e r e b a -
jaría a c o n t r a t a r " u n s e r v i c i o s e x u a l , p e r o c o b r a r p o r e U o r e s u l t a " u n i n t e r c a m b i o d e s -
p r o v i s t o d e u n a relación d e p o d e r " . O sea, tú m e x n i r a s c o n l a s c i v i a , p e r o y o t e c o b r o
p a r a q u e m e m i r e s : ¿ésa e s l a utopía d e l a i g u a l d a d shnbóhca?
L a a r t i s t a s o s t i e n e q u e s u a c t o e s f o r m a l m e n t e idéntico a l d e l a s teiboleras,
y q u e s u s sei^^icios sexuales s o n " a b s o l u t a m e n t e reales". E h a a p u e s t a a q u e s u
c u r r i c u l u m y e l f o h e t o l e darán a l a c t o r e l e v a n c i a p o h t i c a y q u e , g r a c i a s a e h o , e l
p ú b h c o saldrá d e l p e r f o r m a n c e concíentizado, c o n u n a visión t r a n s f o r m a d a d e
e s t a profesión. P e r o V U l a n u e v a no es i m a teibolera, n i u n a s e r v i d o r a s e x u a l ( a d i f e -
r e n c i a d e , p o r e j e m p l o , A n n i e S p r i n k l e , l a porn star n e o y o r q u i n a q u e t e a s s e r
" d e s c u b i e r t a " p o r R i c h a r d S c h e c h n e r s e convirtió e n a i t i s t a d e p e r f o r m a n c e ) . L a
a r t i s t a n o d e p e n d e d e e s a profesión p a r a v i v h ' , y s u e x t e n s o c u r r i c u l u m — q u e
ñ m c i o n a s u p u e s t a m e n t e p a r a d i g n i f i c a r a l a teibolera— más b i e n e s t a b l e c e clara-
m e n t e q u e s e t r a t a d e u n a a r t i s t a , simulando ser nna teibolera.
Sex Art e s — p o r l o m e n o s e n l a versión d e s c r i t a a r r i b a ' — u n e j e m p l o d e p e r -
f o r m a n c e q u e n o l o g r a h a c e r c o m c i d h l a intención c o n l a ejecución. S i b i e n
V i h a n u e v a r e p r e s e n t a e x i t o s a m e n t e a l a teibolera, n o e x a m i n a l a s p o h ' t i c a s d e r e -
presentación q u e c o n v i e r t e n a ésta e n f e t i c h e c o m e r c i a l . L a a r t i s t a s e v e o b l i g a d a
a escribir extensos textos para exphcar l a obra, y vestir l a desnudez d e s u cuerpo
c o n e l curriculum, a l l e g a n d o l o artístico c o n l o didáctico. P o s i b l e m e n t e , l a acción
f u n c i o n a m e j o r c u a n d o se r e a h z a f r e n t e a u n número r e d u c i d o d e e s p e c t a d o r e s , l o
q u e p e r m i t e a l a a r t i s t a i n t e r p e l a d o s d e f o r m a d h e c t a . T a l c o m o s e presentó e n
Q u e r é t a r o , V i h a n u e v a movUizó e l d e s e o d e l p ú b h c o s i n s u b v e r t k e f e c t i v a m e n t e
s u posición d e o b j e t o m h a d o .
Xbidem¡ p . 6 .
CORI^ORALIDADES POLÍTICAS
625
A l c o m p a r a r Sex Art c o n Mientras doiiníamos, observo que, a diferencia de
V U l a n u e v a , W o l f f e r logró h a s t a c i e r t o p u n t o s u p e r a r e s t e p r o b l e m a m e d i a n t e e l
c o n t r o l d e l e s p a c i o q u e l e permitía d e v o l v e r l a m i r a d a a l e s p e c t a d o r . A m b a s a r t i s -
tas t r a b a j a n c o n u n c u e r p o q u e se d e s n u d a , n o t a n t o p a r a e x p o n e r s u e p i d e r m i s ,
s i n o p a r a e v i d e n c i a r l a s c a p a s d e sigmficación q u e c o n s t r u y e n c u i t u r a l m e n t e a l
cuerpo femenino.^^ W o l f f e r dibuja sobre su piel para c o n v e r t h i o e nu nm a p a de l a
v i o l e n c i a , m i e n t r a s q u e V i U a n u e v a d a n z a b a j o e l h s t a d o d e s u formación académica
c o n l a intención d e t r a n s f o r m a r a l o b j e t o d e d e s e o e n u n s u j e t o c o n i n t e l e c t o .
Y dentro, d e este j u e g o , los cuerpos textuales d e las artistas s o n a l a v e z textos i n -
c o r p o r a d o s , e n búsqueda d e t i ' a s c e n d e r l a acción q u e r e p r e s e n t a p a r a h e g a r a l a
acción que interpela críticamente a s u púbhco.
Corporalidades re/presentadas
P i e r e v i s a d o aquí e j e m p l o s d e l a s n u e v a s c o r r i e n t e s d e p e r f o r m a n c e e n l a C i u d a d
d e México, e n p a r t i c u l a r a q u e h a s o b r a s q u e articiüan u n a c o r p o r a h d a d pohtica.
L a filosofía " n o - o b j e t u a l " p l a n t e a d a p o r A c h a a finales d e l o s s e t e n t a s e h a t r a n s -
f o r m a d o e n u n abanico a veces contradictorio d e propuestas conceptuales. E l c a -
rácter efímero y a n t i c a p l t a h s t a d e l a r t e acción e n s u s orígenes ( q u e a b a n d o n ó l a
representación t e a t r a l i z a d a a f a v o r d e {"^ presentación c o n c e p t u a l ) abrió p a s o , h a c i a
fines d e l o s o c h e n t a , a u n interés p o r e l s i m i U a c r o y l a m a t e r i a h d a d d e l c u e r p o .
N o o b s t a n t e , e l s u r g i m i e n t o d e e s t a t e n d e n c i a n o significó l a eliminación d e l a
a n t e r i o r , y e s así c o m o a c t u a l m e n t e c o e x i s t e n e l i m p u l s o m o d e r n i s t a d e p r e s e n t a r
s i n m e d i a c i o n e s , y e l g i r o p o s m o d e r n i s t a d e r e p r e s e n t a r críticamente l a lógica d e
e s a s m e d i a c i o n e s . C a d a v e z más a r t i s t a s s o h c i t a n l a participación d e l o s e s p e c t a -
d o r e s , d e t a l f o r m a q u e éstos s e c o m p r o m e t a n físicamente con su corporahdad.
Aquí se a b r e u n c a m i n o p a r a t r a s c e n d e r e l d e b a t e p r e s e n t a r / r e p r e s e n t a r p a r a h e -
v a r e l p e r f o r m a n c e a l c a m p o d e l a interpelación crítica.
E l p e r f o r m a n c e p o h t i z a d o d e los artistas existe e n r e s o n a n c i a c o n las m a n i -
f e s t a c i o n e s p e r f o r m a t i v a s d e l a s o c i e d a d c i v U , enfrentándose a l p o d e r , desplegan-
d o c o r p o r a h d a d e s y r o m p i e n d o f r o n t e r a s . A l n a v e g a r e n t r e l a estética y l a p o h t i c a ,
^2 R e b e c c a S c l m c i c i c r h a c e u n a s o f i s t i c a d a reflexión e n t o r n o a l p e r f o r m a n c e d e l c u e r p o f e m e n i n o e n
s u R m d a m e n t a i t e x t o , Vje E x p l i c i i Body i n P e r f o r m a n c e , L o n d r e s y N u e v a Y o r k , R o u d e d g e , 1 9 9 7 .
 626 A N T O N I O P R I E T O STAMBAUGPI
e l p e r f o r m a n c e m e x i c a n o n o sólo i n v i t a a l d e b a t e , s i n o q u e p r o p o n e n u e v a s f o r -
mas de í7£:^/í7r frente a u n p o d e r que a m e n a z a c o n aplastar, i n m o v i l i z a r , y desapa-
r e c e r a l s u j e t o . D e allí q u e , a p e s a r d e s u m a l a f a m a , s e a u n a r t e absolutamente
necesario.
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" ' Y o n A r e H e r e ' : T i r e D N A o f P e r f o r m a n c e " ( " ' U s t e d está aquí': e l A D N d e l p e r f o r - " C o r p o r a h d a d e s p o h t i c a s : representación, f r o n t e r a y s e x u a h d a d e n e l p e r f o r m a n -
m a n c e " , ti-aducción d e R i c a r d o R u b i o ) , d e D i a n a T a y l o n E n 77:?^ Drama Review ce m e x i c a n o " , d e A n t o n i o P r i e t o S t a m b a u g h .
4 6 , 1 (T173),primavera de 2002. © 2008, A n t o n i o Prieto Stambaugh
Bsiullios avanzados de performance, de D i a n a Tnyior y Marcela Fuentes,
s e terminó d e i m p r i m i r y e n c u a d e r n a r e n e l m e s d e n o v i e m b r e d e 2 0 1 1
e n I m p r e s o r a y E n c u a d e r n a d o r a P r o g r e s o , S. A . d e C . V . ( I E P S A ) ,
C a l z a d a S a n L o r e n z o , 2 4 4 ; 0 9 8 3 0 México, D . E
L a edicián c o n s t a d e 2 0 0 0 e j e m p l a r e s .
I l l a m a d o p e r f o r m a n c e e s u n a expresión artística
q u e s e h a a r r a i g a d o p e r s i s t e n t e m e n t e e n la c u l t u r a ;
sus frutos son tan variados c o m o visibles. En esta
obra, Diana Taylor y Marcela Fuentes ofrecen una
selección d e e n s a y o s q u e d i a l o g a n e n t r e sí y q u e
en su conjunto delinean el concepto de performance,
c o n t o d a s s u s i m p l i c a c i o n e s , a la v e z q u e r e d e f i n e n
algunos de sus planteamientos: "En lugar de
p r e g u n t a r n o s qué e s o n o e s e l p e r f o r m a n c e ,
h a y q u e p r e g u n t a r s e qué n o s p e r m i t e h a c e r y v e r
p e r f o r m a n c e , t a n t o e n términos teóricos c o m o
artísticos". L o s t e x t o s aquí r e u n i d o s , e s c r i t o s
p o i ^ a l g u n o s d e l o s más r e c o n o c i d o s teóricos
del tema, l o m i s m o q u e por los propios artistas
—quienes hablan desde su experiencia personal-
a b o r d a n e l p e r f o r m a n c e n o sólo c o m o u n a forma
artística, s i n o también t o m a n d o e n consideración
o t r o s a s p e c t o s ; p o r e j e m p l o , lo contemplan
en su calidad de acto cotidiano, en el q u e se
expresa una Identidad cultural, o bien c o m o
vehículo d e p r o t e s t a política y s o c i a l .

F o n d o d e C u l t u r a Económica