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CIÊNCIA POLÍTICA

PROFESSOR

JOÃO NUNES DA SILVA


Construindo alguns conceitos de ciência
política
ESTADO, PODER E IDEOLOGIA
Poder
A política, sendo a ciência que discute a maneira
como se dá a distribuição, o exercício e o controle
do poder em uma dada sociedade, suscita a
necessidade de se definir o que realmente é o
poder.
No discurso de muitos ocupantes de cargos
públicos, é comum ouvir a expressão de que
basta vontade política para realizar certas
transformações.

Não é tão simples como se imagina, ou pelo


menos como vendem a questão certos
detentores de mandatos
Poder: “a capacidade ou possibilidade de agir, de
produzir efeitos desejados sobre indivíduos ou
grupos humanos” (ARANHA; MARTINS, 2005, p.
180).
De forma bem simples, podemos afirmar que o
poder é “a relação ou um conjunto de relações
pelas quais indivíduos ou grupos interferem na
atividade de outros indivíduos ou grupos”
(ARANHA; MARTINS, 2005, p. 180).
A força é o instrumento pelo qual o poder é
exercido. A força permite aos detentores do
poder que eles possam interferir na atividade
dos que se submetem a este poder.
a força deve ser compreendida de forma bem
ampla.

Não se trata da coação física, apesar de essa


também ser uma expressão de força.
A força é também, e principalmente, um
conjunto de meios utilizados para interferir no
comportamento de outras pessoas.
O poder é uma relação não uma substância.
EXEMPLO:
Imagine que uma determinada pessoa receba a
delegação de um grupo para que exerça o poder
sobre este grupo. Se essa pessoa tiver a
concepção de que o poder é uma substância,
realizará o que bem entender sem se preocupar
com o que os demais pensam.
...O resultado você já deve imaginar. Com o
passar do tempo, essa pessoa perderá o
respeito dos que o escolheram e com certeza
terá suas atribuições retiradas pelo grupo e
perderá o poder.
...O resultado você já deve imaginar. Com o
passar do tempo, essa pessoa perderá o
respeito dos que o escolheram e com certeza
terá suas atribuições retiradas pelo grupo e
perderá o poder.
Não basta “ter” o poder é preciso saber
conservá-lo. Por outro lado, se essa mesma
pessoa tivesse a concepção de que o poder é
uma relação, provavelmente procuraria obter o
consentimento dos demais no exercício do
poder.
Nas sociedades modernas, o Estado é a
instituição que detém a primazia sobre as
relações políticas de poder. Do século XVI em
diante o Estado vem se configurando como o
detentor do monopólio legítimo da força.
É importante compreender que o Estado não
consegue manter o controle político da
sociedade sem
contar com o consentimento das pessoas.
Não basta, portanto, apenas o uso da força, da
coação; é preciso que os indivíduos se
convençam de que aquele poder é legítimo.
Estado
Estado é o local por excelência do fenômeno
político. Analisar e compreender o que é o
Estado e quais conseqüências derivam dessa
compreensão é necessário para o bom estudo
da política.
algumas definições de Estado que Dallari (2005,
p. 117) cita em sua “Teoria Geral do Estado”:

 a nação politicamente organizada;


 é a nação juridicamente organizada;
 é a força material irresistível limitada e
regulada pelo direito;
 é a unidade de dominação em que o poder é
institucionalizado.
O Estado na concepção de Dallari (2005, p. 119)
seria “a ordem jurídica soberana que tem por fim
o bem comum de um povo situado em
determinado território”.
Dessa forma Dallari pretende colocar em seu
conceito de Estado os elementos político,
jurídico e social que seriam as esferas típicas de
atuação do Estado.
Jellinek define o Estado como a corporação
territorial dotada de um poder de mando
originário.
Como você pode perceber, ambas
as definições ficam presas ao
aspecto puramente jurídico do
Estado.
Ideologia
O termo ideologia, conforme Cotrim (2000)
foi criado pelo filósofo francês Destut de
Tracy (1754-1836) e definido como a
ciência que estuda a origem e o
desenvolvimento das idéias.
Com o passar do tempo, o termo assumiu
várias designações conforme a corrente
filosófica que o usasse.
A concepção mais difundida do termo foi
elaborada por Karl Marx, tendo sido a mais
utilizada pelas ciências humanas e sociais.
Um exemplo que atesta esse caráter é a
maneira como as famílias, sem saber,
definem desde cedo o papel social do
homem e da mulher, privilegiando o
homem nessa relação.
Essa ideologia, machista se reflete na forma
como presenteamos nossas crianças: se for
um menino, provavelmente receberá uma
bola ou carrinho de brinquedo.
A ideologia, segundo Marx, seria uma
compreensão, uma consciência ilusória da
realidade por não explicar as contradições
existentes e também por servir como
justificativa para a dominação das minorias
por parte da classe dominante.
Para Gramsci é necessario distinguir entre
ideologias historicamente orgânicas, isto é,
que são necessárias a uma determinada
estrutura, e ideologias arbitrárias,
racionalistas, “desejadas”.
O papel das ideologias arbitrárias se
confunde com a concepção marxiana de
ideologia, ou seja, serve para mascarar a
realidade. Por outro lado, as ideologias
orgânicas promovem a unidade de um
grupo social sobre os seus ideais
proporcionando a tomada de consciência.
Na medida em que são historicamente
necessárias, as ideologias têm uma validade
“psicológica”: elas organizam as massas
humanas, formam o terreno sobre o qual
os homens se movimentam, adquirem
consciência de sua posição, lutam etc.
A POLITICA COMO VOCAÇÃO
No debate atual sobre a ideologia está claro
que é impossível escapar da influência da
ideologia.

O campo político é o terreno privilegiado


em que as mais diversas ideologias políticas
procuram explicar a realidade conforme as
suas conveniências.
Obrigado!!!

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