Teoría Pragmáticay Análisis Lingüístico en Secundaria: Jesús Ernández Vallejo

TEORÍA PRAGMÁTICA Y ANÁLISIS LINGÜÍSTICO E N
1
SECUNDARIA
JESÚS FERNÁNDEZ VALLEJO

Profesor de Lengua Castellana y Literatura
I.E.S. "Luis de Lucena". Guadalajara
RESUMEN
El presente artículo se circunscribe a una de las más recientes y cultivadas

orientaciones e n investigación lingüística: la pragmática. Nuestro o b j e t i v o es
presentar al profesor d e Lengua -de Secundaria y U n i v e r s i d a d especialmente-
o c h o problemas básicos e n teoría pragmática así c o m o unas propuestas de aná-
lisis d e enunciados c o n soluciones concretas. Estimamos q u e su tratamiento e n
el aula es absolutamente necesario - y plausible- si q u e r e m o s i n c o r p o r a r aspec-
tos tales c o m o uso, contexto, situación, elementos extralingüísticos, etc., e n la
didáctica d e la lengua y d e la literatura.
Este artículo es el desarrollo d e u n a investigación llevada a cabo e n la
Universidad d e Alcalá d e Henares e n u n o curso d e Teoría Pragmática d i r i g i d o
p o r e l Dr. M a n u e l Leonetti. El trabajo presenta u n a d o b l e faz: se parte de la teo-
ría de los principales autores para cada u n o d e los problemas y se ofrece u n a
propuesta d e soluciones a u n cuestionario elaborado p o r el profesor Leonetti:
sólo hemos c a m b i a d o algunos aspectos puntuales de redacción d e las cuestio-
nes originales y diversos ejemplos.
PALABRAS CLAVE
Pragmática - Verbos p e r f o r m a t i v o s - Actos i l o c u t i v o s - Implicaturas -

Contenidos implícitos - Actos d e Habla indirectos - Teoría d e la cortesía -
Enunciados interrogativos - Tropos.
1. Comunicación presentada al Congreso Nacional sobre Lingüística del Texto y

Enseñanza de la Lengua (La Cortina, 2, 3 y 4 de noviembre de 1995) organizado por el
Departamento de Filología Española y Latina (Facultad d e Humanidades) de la
Universidad de La Coruñ;;
557
CAUCE, Retista de Hihlogía y su Didáctica, n." 20-21. 1997-9H//Jáf¡s. 557-591
CAUCE. Núm. 20-21. FERNÁNDEZ VALLEJO, Jesús. Teoría pragmática y análisis ...
JESUS FERNANDEZ VALLEJO
ABSTRACT
This study is circumscribed to one o f the most recent approaches to l i n -

guistic research: pragmatics. O u r a i m is to display eight basic p r o b l e m s i n prag-
matic t h e o r y as w e l l as some analysis p r o p o s a i l of statements w i t h specific solu-
tions for the language teacher -especially i n Post-compulsory Secondary
Education. We consider that it is absolutely necessary t o deal w i t h t h e m i n the
classroom if w e w a n t to incorporate concepts such as use, context, situation,
extralinguistic elements, acts o f speech, courtesy, etc., i n the language and liter-
ature didactics. For this reason, w e have also i n c l u d e d the c u r r i c u l u m proposals
o f Ministerio de Educación y Ciencia about these assignments, a n d , at the same
t i m e , w e have analysed their i n c o r p o r a t i o n i n the t e x t b o o k s o f Castilian
Language and Literature ( o r Spanish Language i n b o o k s before the Educational
Reform) b y p r o p o s i n g , as a last resort, measures and activities about p r o b l e m s
o f the linguistic use i n Secondary Education.
KEY WORDS
Pragmatics - Performative Verb - Acts o f Speech - I m p l i c a t u r e - I m p l i c i t

Contents - T h e o r y o f Courtesy - Interrogative Statements - Tropes.
RÉSUMÉ
Le présent travail se référé à l'une des plus récents orientations e n recher-

che linguistique: la pragmatique. Notre objetif est de présenter au professeur de
langue -particulièrement dans le Secondaire Postobligatoire- huit p r o b l è m e s de
base en théorie pragmatique ainsi que des p r o p o s i t i o n s d'analyse d'énoncés
avec des solutions concrètes.
Nous etimons que leur étude en classe est absolument nécessaire si n o u s
v o u l o n s intégrer des concepts tels que: usage, contexte, situation, éléments
extralinguistiques, actes de parole, la politesse, e t c . . dans la d i d a c t i q u e de la
langue et de la littérature. Pour cette raison, nous avons rassemblé également
les p r o p o s i t i o n s d u Ministerio de Educación y Ciencia sur ces tâches et, en
m ê m e temps, analysé leur intégration dans les manuels de Langue Castellane et
Littérature ( o n Langue Espagnole dans les ouvrages antérieurs à la Réforme) et
p r o p o s é , en dernier recours, des mesures et des activités sur des p r o b l è m e s de
l'usage linguistique dans le Secondaire.
MOTS-CLÉ
Pragmatique - V e r b e d'action - Actes de paroles - I m p l i c a t i o n s - Contenus

irnpîicities - Théorie d e la politesse - Enoncés interrogatifs - Figures de style.
558
TEORÍA PRAGMÁTICA Y ANÁLISIS L I N G Ü Í S T I C O EN SECUNDARIA
INTRODUCCIÓN
El p r e s e n t e t r a b a j o s e c i r c u n s c r i b e a u n a d e l a s m á s r e c i e n t e s o r i e n -
t a c i o n e s e n i n v e s t i g a c i ó n l i n g ü í s t i c a : la p r a g m á t i c a . N u e s t r o o b j e t i v o es
p r e s e n t a r al p r o f e s o r d e L e n g u a - d e S e c u n d a r i a P o s t o b l i g a t o r i a especial-
m e n t e - o c h o p r o b l e m a s b á s i c o s e n teoría p r a g m á t i c a así c o m o u n a s p r o -
p u e s t a s d e análisis d e e n u n c i a d o s c o n soluciones concretas. Estimamos
q u e s u t r a t a m i e n t o e n e l a u l a e s a b s o l u t a m e n t e n e c e s a r i o si queremos
incorporar conceptos tales como uso, contexto, situación, elementos
extralingüísticos, actos de habla, la cortesía, e t c . , e n la d i d á c t i c a d e la
l e n g u a y d e la literatura. P o r e s t a r a z ó n , h e m o s r e c o g i d o t a m b i é n las
p r o p u e s t a s c u r r i c u l a r e s d e l M.E.C. s o b r e e s t o s c o m e t i d o s y, al mismo
t i e m p o , h e m o s analizado su incorporación e n los m a n u a l e s d e Lengua
C a s t e l l a n a y Literatura ( o L e n g u a E s p a ñ o l a , e n los l i b r o s a n t e r i o r e s a la
Reforma), p r o p o n i e n d o , e n última instancia, m e d i d a s y actividades s o b r e
p r o b l e m a s del u s o lingüístico e n Secundaria.
El i n f o r m e e s u n d e s a r r o l l o d e u n a i n v e s t i g a c i ó n l l e v a d a a c a b o en
la U n i v e r s i d a d d e A l c a l á d e H e n a r e s e n el m a r c o d e u n c u r s o d e T e o r í a
p r a g m á t i c a i m p a r t i d o p o r el Dr. D . M a n u e l L e o n e t t i . P r e s e n t a u n a doble
faz: s e p a r t e d e la t e o r í a d e los p r i n c i p a l e s a u t o r e s p a r a r e s o l v e r cada
u n o d e los p r o b l e m a s y se ofrecen soluciones a u n cuestionario elabo-
r a d o p o r el p r o f e s o r Leonetti; s ó l o h e m o s c a m b i a d o a l g u n o s aspectos
p u n t u a l e s d e r e d a c c i ó n d e las c u e s t i o n e s originales así c o m o diversos
e j e m p l o s . Se e n t i e n d e q u e la p r o p u e s t a d e u n c u e s t i o n a r i o similar o m u y
p a r e c i d o al a l u m n a d o d e S e c u n d a r i a s ó l o e s p o s i b l e d e s p u é s d e haber
d o t a d o a é s t e d e u n a t e o r í a ( s i n e s a e s p e c i a l i z a c i ó n a la q u e recurrire-
m o s e n nuestra exposición), a u n q u e también se p u e d e n abordar estos
aspectos a d o p t a n d o una metodología inductiva q u e permite medir los
conocimientos previos. Véanse, en cualquier caso, los resultados de
n u e s t r o análisis interpretativo c o m o u n a e s p e c i e d e solucionario o guía
o r i e n t a d o r a p a r a el profesor.
1. L A T E O R Í A P R A G M Á T I C A Y EL C U R R Í C U L O E N S E C U N D A R I A
El M . E . C . h a r e v i s a d o p o r c o m p l e t o e l c u r r í c u l o d e l a a s i g n a t u r a de
Lengua Española (a partir d e ahora la d e s i g n a r e m o s con el nombre
a c t u a l , L e n g u a C a s t e l l a n a y L i t e r a t u r a o LCL). Las n o v e d a d e s introduci-
d a s h a n s i d o d e m u y d i v e r s a í n d o l e , si b i e n e n a l g u n o s c a s o s n o queda
c l a r o q u é e s l o q u e s e p r e t e n d e . É s t e e s el c a s o d e la p r a g m á t i c a : no
559
JESÚS F E R N Á N D E Z VAIXEJO
existe u n a v e r d a d e r a explicación d e los t e m a s sino m á s b i e n vagueda-

d e s "sobre lo comunicativo", " l o discursivo", " l o c o n t e x t u a r , etc.; en
algún caso se habla de "actos de habla", "implicaturas", contenidos
implícitos" y p o c o más. N o e n c o n t r a m o s t a m p o c o u n a estructuración o
d e s a r r o l l o d e e s t o s c o n t e n i d o s e n l o s n i v e l e s d e la E . S . O . y B a c h i l l e r a t o
(LOGSE). ¿Qué s a b e n o d e b e n saber p u e s los a l u m n o s / a s s o b r e prag-
a
mática c u a n d o acaban 4 d e E.S.O? ¿En q u é a s p e c t o s c o n c r e t o s e s p r e c i -
s o p r o f u n d i z a r e n c a d a c u r s o d e Bachillerato? ¿Estos c o n t e n i d o s serán
e s t u d i a d o s e n sintaxis, e n s e m á n t i c a o p u e d e n t e n e r u n e s p a c i o c o n c r e -
to? E n l o q u e s i g u e i n t e n t a r e m o s r e s p o n d e r e s t a s y o t r a s c u e s t i o n e s a p o -
y á n d o n o s e n la p r e c e p t i v a ministerial.
E n t r e l o s o b j e t i v o s g e n e r a l e s f i j a d o s p o r e l M . E . C . ( 1 9 9 2 : 2 1 ) p a r a LCL
e n la E . S . O . h a y u n o q u e a l u d e a la n e c e s i d a d d e " r e f l e x i o n a r s o b r e l o s
e l e m e n t o s f o r m a l e s y l o s m e c a n i s m o s d e la l e n g u a e n s u s p l a n o s fono-
l ó g i c o , m o r f o s i n t á c t i c o , l é x i c o - s e m á n t i c o y t e x t u a l y sobre las condicio-
nes de producción y recepción de los mensajes en contextos sociales de
comunicación, c o n e l fin d e d e s a r r o l l a r la c a p a c i d a d p a r a r e g u l a r las
p r o p i a s p r o d u c c i o n e s lingüísticas", (la c u r s i v a e s n u e s t r a . ) Este objetivo
(o capacidad) se desarrolla c o n contenidos circunscritos a u n bloque
temático denominado Usos y formas de la comunicación oral y escrita,
que, a su vez, se desarrolla en conceptos c o m o "Necesidad de comuni-
c a c i ó n e i n t e n c i ó n c o m u n i c a t i v a : a c t o s d e h a b l a " ; "La s i t u a c i ó n d e c o m u -
nicación y sus elementos"; "Finalidad, situación y contextos d e comuni-
c a c i ó n " ; s e s o s l a y a n l o s c o n c e p t o s p r a g m á t i c o s e n e l b l o q u e La lengua
como objeto de comunicación, c o n la s a l v e d a d d e l c o n c e p t o d e contex-
to. P o r ú l t i m o , e l M . E . C . ( 1 9 9 2 : 5 0 - 5 7 ) d i s t r i b u y e e s t e t i p o d e h e c h o s a s í :
a ) e n e l p r i m e r c i c l o , l a d i s t i n c i ó n d e l c o n c e p t o d e contenido implícito;
b) en el s e g u n d o c i c l o , la d i f e r e n c i a c i ó n entre contenido explícito e
2
implícito y los actos d e habla .
I d é n t i c a v a g u e d a d , falta d e s i s t e m a t i c i d a d e i m p r e c i s i ó n terminoló-
3
gica e n c o n t r a m o s e n el c u r r í c u l o d e B a c h i l l e r a t o (Cao Martínez, 1992),
si b i e n a h o r a s e e m p i e z a n a o í r c o n c e p t o s n u e v o s y s e p r o f u n d i z a en
a l g u n o s detalles; a d e m á s , se o b s e r v a u n a n o v e d a d : los c o n t e n i d o s prag-
máticos o c u p a n u n a parte importante del b l o q u e sobre reflexión lin-
g ü í s t i c a . I n t e r e s a d e s t a c a r l o s d o s p r i m e r o s o b j e t i v o s : 1. E x p r e s a r s e o r a l -
2. Véase un desarrollo de estos contenidos de interés pragmático, en lo que se

refiere a la E.S.O. en Propuestas de Secuencia (1993).
3. Siempre que hablemos de Bachillerato nos estaremos refiriendo a las nuevas
modalidades propuestas por la Reforma.
560
TEORÍA PRAGMÁTICA Y ANÁLISIS LINGÜÍSTICO EN SECUNDARIA
m e n t e y p o r escrito m e d i a n t e discursos coherentes, correctos, creativos

y adecuados a las diversas situaciones de comunicación y a las diferen-
tes finalidades comunicativas; 2. C o m p r e n d e r d i s c u r s o s o r a l e s y e s c r i t o s ,
c u l t u r a l e s , t é c n i c o s , e t c . , atendiendo a las peculiaridades comunicativas
de cada uno de ellos. E s t a ú l t i m a c a p a c i d a d - q u e e s la q u e n o s interesa-
se p u e d e lograr d e s d e c o n t e n i d o s q u e se incluyen e n los b l o q u e s La
variedad de los discursos y La reflexión sobre la lengua; éstos son los
temas señalados e n cada caso: Comunicación y lenguaje: situación, ele-
m e n t o s e i n t e n c i ó n c o m u n i c a t i v a " y "El c o n t e x t o c o m u n i c a t i v o y s u r e l a -
ción con las producciones discursivas". Más concretamente, éste es
- j u n t o a " L o s p r o c e d i m i e n t o s d e c o h e s i ó n d e l t e x t o " y "La c o n s t r u c c i ó n
de oraciones"- u n o de l o s t r e s Aspectos gramaticales de la Reflexión
sobre la lengua. A h o r a , p o r fin, sí s e a l u d e e x p l í c i t a m e n t e a l a p r a g m á -
tica ( o el e s t u d i o d e l u s o d e la l e n g u a ) e n el a n á l i s i s l i n g ü í s t i c o . M e r e c e
la p e n a r e p r o d u c i r e s t a l a r g a c i t a d e l t r a b a j o d e C a o M a r t í n e z ( 1 9 9 2 : 2 9 -
30): ( h e m o s s e ñ a l a d o e n cursiva los c o n c e p t o s d e p r a g m á t i c a analizados
en nuestro cuestionario.)
"En el Bachillerato debe reflexionarse de m o d o sistemático sobre los

factores pragmáticos del discurso, sobre los q u e e n la etapa anterior ya
se habrán h e c h o numerosas observaciones. Esta r e f l e x i ó n se p u e d e cen-
trar e n los siguientes aspectos:
- la adecuación d e l uso de determinadas variedades (dialectal/estándar)
y registros ( f a m i l i a r / f o r m a l ) , según se trate de situaciones de c o m u n i c a -
c i ó n formales o informales;
- reglas para el uso satisfactorio de los diversos actos de habla (prometer,
rogar, explicar...), q u e p e r m i t e n interpretar tales actos de acuerdo c o n la
i n t e n c i ó n del hablante;
- p r i n c i p i o s reguladores ( c o o p e r a c i ó n para mantener la conversación e n
determinados términos...) y normas de interacción conversacional (canti-
d a d apropiada de i n f o r m a c i ó n , carácter v e r d a d e r o y contrastado, p e r t i -
nencia, claridad, o r d e n , b r e v e d a d , cortesía...);
- elementos implícitos e n la conversación (presuposiciones) y f e n ó m e n o s
de interacción subjetiva;
- manifestación del grado de adhesión d e l hablante respecto del e n u n -
ciado ( e x p r e s i ó n verbal y n o verbal de las actitudes de certeza, d u d a , afir-
mación...);
- presencia e n el discurso de los c o m p o n e n t e s de la situación e n u n c i a t i -
va (interlocutores, c o n t e x t o espacial y t e m p o r a l ) mediante índices deícti-
cos, diferencias entre lo oral y l o escrito basadas en la existencia o n o de
u n c o n t e x t o c o m p a r t i d o p o r los interlocutores."
561
La o r g a n i z a c i ó n d e c o n t e n i d o s s e ñ a l a d a p o r C a o M a r t í n e z ( 1 9 9 2 : 4 3 )
p r e v é a b o r d a r b á s i c a m e n t e e n el p r i m e r c u r s o d e B a c h i l l e r a t o e s t o s "fac-
tores pragmáticos", dentro de un bloque conceptual denominado La
variedad de los discursos, dejando para segundo una caracterización
4
general del texto y d e distintos tipos d e textos . N o hay, e n t o d o caso,
u n a exposición detallada d e c o n c e p t o s concretos d e teoría pragmática
m á s allá d e l o s e ñ a l a d o e n la cita a n t e r i o r . P e r o n o s e r í a j u s t o d e j a r así
l a s c o s a s : e s p r e c i s o a l u d i r a l a i d e a d e c u r r í c u l o a b i e r t o a s í c o m o a la
n e c e s i d a d d e q u e s e a n los D e p a r t a m e n t o s didácticos y los profesores
q u i e n e s d e s a r r o l l e n las l í n e a s e s b o z a d a s e n los c u r r í c u l o s oficiales. Se
e x p l i c a r í a a s í la p a r q u e d a d programática.
2. L A P R A G M Á T I C A . T E O R Í A Y PRÁCTICA
2.1. La pragmática como disciplina lingüística
E n las ú l t i m a s d é c a d a s e s t a m o s a s i s t i e n d o al a u g e d e c o r r i e n t e s fun-
c i o n a l e s y d i s c u r s i v a s e n t r e las c u a l e s la p r a g m á t i c a o c u p a u n l u g a r p r e -
e m i n e n t e . Carlos L o m a s (1994:15) las h a a g r u p a d o e n c u a t r o g r a n d e s
bloques:
1. L a f i l o s o f í a d e l e n g u a j e y la p r a g m á t i c a q u e a b o r d a n e l e s t u d i o d e
la a c t i v i d a d l i n g ü í s t i c a ( a c t o s d e h a b l a , p r i n c i p i o d e c o o p e r a c i ó n , j u e g o s
del lenguaje, etc.).
2 . La a n t r o p o l o g í a l i n g ü í s t i c a y c u l t u r a l , l a e t n o g r a f í a d e l a c o m u n i -
c a c i ó n , la e t n o m e t o d o l o g í a , el i n t e r a c c i o n i s m o l i n g ü í s t i c o y la s o c i o l i n -
güística q u e se o c u p a n d e l e n g u a e n relación c o n los hablantes.
3. Los e n f o q u e s d i s c u r s i v o s y t e x t u a l e s q u e b a s a n s u o b j e t o d e e s t u -
dio e n u n i d a d e s s u p r a o r a c i o n a l e s (lingüística del texto, análisis del dis-
c u r s o , la s e m i ó t i c a t e x t u a l ) .
4 . La p s i c o l o g í a d e l l e n g u a j e q u e e s t u d i a l o s p r o c e s o s q u e subyacen
a la a d q u i s i c i ó n y al u s o d e las l e n g u a s .
C i e r t a m e n t e a ú n está sin d e l i m i t a r el o b j e t o c o n c r e t o d e m u c h a s d e
estas disciplinas, a u n q u e otras se presentan ya m u y desarrolladas (espe-
c i a l m e n t e la s o c i o l i n g ü í s t i c a y la l i n g ü í s t i c a d e l t e x t o ) . E n t r e l a s p r i m e r a s
s e e n c u e n t r a la p r a g m á t i c a ; L e v i n s o n ( 1 9 8 9 ) d e d i c a m u c h a s p á g i n a s d e
s u c l á s i c o t r a b a j o a r e c o r d a r la i m p o s i b i l i d a d d e d a r u n a d e f i n i c i ó n p r e -
4. Véase Cervera (1994:200) para el establecimiento de conexiones de los conte-

nidos de Bachillerato con los de la Etapa, Ciclos o Cursos anteriores.
562
TEORIA PRAGMATICA Y ANALISIS LINGUISTICO EN SECUNDARIA
c i s a ( ú n i c a ) d e p r a g m á t i c a y, p o r e n d e , la o s c i l a c i ó n d e l o s lingüistas
e n t r e la a s i g n a c i ó n d e n o c i o n e s c o r n o a c t o s d e h a b l a , presuposiciones,
actos ilocutivos, implicaciones, e t c . , a la d i s c i p l i n a . No pretendemos
e m u l a r a L e v i n s o n i n t e n t a n d o b u s c a r u n a d e f i n i c i ó n p r e c i s a (allí e n c o n
trará el i n t e r e s a d o d e f i n i c i o n e s m u y variadas), simplemente queremos
incidir e n el ú l t i m o h e c h o : e s t o es, los c o n c e p t o s y p r o b l e m a s d e p r a g
mática son m u y variados. Aquí sólo abordamos ocho, pero no están
t o d o s ; n o o b s t a n t e , p a s a n p o r ser los m á s importantes.
2.2. Problemas pragmáticos (Soluciones al cuestionario)
2.2.1. Verbos performativos
En su libro d e conferencias How to do things with words, Austin

( 1 9 6 2 : 4 5 ) s e s i t ú a f u e r a d e l l l a m a d o v e r i f i c a c i o n a l i s m o , a l o p o n e r s e a la
consideración d e q u e el e s t u d i o d e l significado que se haga excluya
a q u e l l a s o r a c i o n e s q u e n o p u e d e n c o n s i d e r a r s e ni v e r d a d e r a s ni falsas.
C o n s t r u y e a s í l a t e o r í a d e l o s verbos performativos (en adelante VP), que,
e n líneas generales, se definen c o m o u n tipo d e verbos q u e n o expre
s a n ni d e s c r i b e n u n e s t a d o d e c o s a s , y c u y o s i m p l e u s o e s suficiente p a r a
l l e v a r a c a b o u n a a c c i ó n . E s t o s v e r b o s s e o p o n e n a l o s verbos constata-
tivos ( e n a d e l a n t e V C ) , q u e , p o r e l c o n t r a r i o , sí d e s c r i b e n estados de
c o s a s , y, p o r e n d e , p u e d e n e v a l u a r s e e n t é r m i n o s d e v e r d a d o f a l s e d a d .
En lo q u e s i g u e a t e n d e r e m o s b á s i c a m e n t e a esta distinción austiniana,
c o n t r a s t á n d o l a e n c a s o s c o n c r e t o s c o n o t r a s a p o r t a c i o n e s d e la teoría
5
pragmática .
P a r a n u e s t r o análisis d e los VP t e n d r e m o s e n c u e n t a ú n i c a m e n t e las
p r o p i e d a d e s externas ( d e tipo lingüístico), q u e se h a n esgrimido e n un
intento d e caracterizarlos, sin entrar, p u e s , e n otro tipo d e pormenores
6
c o m o s o n las c o n d i c i o n e s e s p e c i a l e s d e e m i s i ó n . En t é r m i n o s d e Austin
5. Como es bien sabido Austin modificó sensiblemente sti teoría inicial: primero,
reconociendo que existía una clase general de performativos, que incluía tanto los per
formativos explícitos como los implícitos; y, luego, eliminando la dicotomía performati-
vo / constatativo, lo que le llevó a construir la conocida teoría de los actos de habla o
actos ilocucionarios. Hemos encontrado esta distinción en el manual de López García
(1994), el único de los consultados que aborda estos problemas. Véase una explicación
más detallada de esta evolución en Escandell (1 993:5 1) y Levinson (1939:221).
6. Véase a este respecto la teoría de los infortunios de Austin (1982: Conferen
cia II).
563
( 1 9 8 2 : 9 9 ) , e l V P e s a q u é l q u e "[va] e n p r i m e r a p e r s o n a d e s i n g u l a r d e l
7
p r e s e n t e d e i n d i c a t i v o y e n v o z a c t i v a " . P a r a v e r m á s c l a r a m e n t e la d i s -
tinción VP / VC p r o p o n e m o s los siguientes e n u n c i a d o s :
1) ME DISCULPO POR HABER L L E G A D O TARDE.

2) CREO EN LA POLÍTICA D E IZQUIERDAS.
3) D I G O Q U E POR EL M O M E N T O ESTÁIS T O D O S DESPEDIDOS.
4) A G R A D E Z C O LA PRESENCIA DEL SEÑOR RECTOR Y DE LAS PERSO-
N A L I D A D E S DEL G O B I E R N O .
5) TE ASUSTO C O N MIS R O N Q U I D O S .
6) ME O L V I D O DEL D A Ñ O Q U E ME HAS H E C H O .
7) TE N O M B R O CABALLERO DE LA CORTE.
8 ) ME O P O N G O A U N J U I C I O ILEGAL.
9) D U D O DE LA EFICACIA DEL G O B I E R N O .
10) B R O M E O C O N M I SOBRINO.
T e n i e n d o e n c u e n t a la d e f i n i c i ó n p r i n c i p a l d e VP, p o d e r n o s avanzar
q u e s ó l o s e i s d e l o s d i e z v e r b o s d e la p r i m e r a c u e s t i ó n s o n realmente
p e r f o r m a t i v o s : a s a b e r , disculparse, decir, agradecer, olvidarse, nombrar
y oponerse; e l r e s t o t i e n e c a b i d a e n e l g r u p o d e l o s V C : creer, asustar,
dudar y bromear. N o p e n s a m o s , d e s d e l u e g o , q u e la d i s t i n c i ó n VP/VC
se p u e d a mantener tajantemente para determinados verbos, c o m o decir,
creer, dudar y olvidar. Sólo su aparición en enunciados m u y concretos
p u e d e r e s o l v e r el p r o b l e m a .
H e m o s d i c h o q u e lo peculiar d e los VP es q u e n o se e m p l e a n tanto
para describir situaciones c o m o para hacer cosas. En este sentido, se
p u e d e afirmar q u e tras p e d i r disculpas, c o m u n i c a r u n a noticia, e x p r e s a r
u n agradecimiento, u n a d e t e r m i n a c i ó n o u n a clara v o l u n t a d d e oposi-
c i ó n , la s i t u a c i ó n d e l m u n d o ha variado sustancialmente. También es
v e r d a d q u e a l g u n o s d e estos v e r b o s se utilizan e n situaciones m u y con-
c r e t a s , f o r m a n d o p a r t e d e u n c i e r t o r i t u a l e n la i n t e r a c c i ó n l i n g ü í s t i c a . E n
l o s e j e m p l o s q u e n o s o c u p a n s o n b á s i c a m e n t e l o s e n u n c i a d o s 1 ) , 4) y
7). S o n l o s m á s f á c i l m e n t e d i s t i n g u i b l e s . D e 1 ) , p o r e j e m p l o , n o pode-
m o s decir q u e es falso ni t a m p o c o q u e es cierto, e n c a m b i o , e n casos
c o m o 5) sí s e p u e d e h a b l a r d e v e r d a d e r o o f a l s o .
7. Pese a esto, se ha insistido una y otra vez en que sólo con los aspectos pura-
mente gramaticales es difícil mantener esta dicotomía. Para una crítica de esta caracteri-
zación, cfr. Escandell (1993), en donde se llega a apuntar hasta un total de seis objecio-
nes, y Récanati (1979:103).
564
No obstante, n o todo es tan sencillo c o m o p u e d e parecer a primera

vista. E n u n c i a d o s c o m o 1) s u e l e n s e r m u y f r e c u e n t e s ; l o s encontramos
e n los p r o l e g ó m e n o s d e actos c o m o conferencias, r e u n i o n e s , tertulias,
e t c . C o m o s e ñ a l a V. E s c a n d e l l (1993:59), e s difícil i m a g i n a r u n a manera
d e p e d i r d i s c u l p a s a a l g u i e n q u e n o s e a l a g e n e r a l i z a d a "LE P I D O D I S -
CULPAS", o u n a frase s e m e j a n t e a ésta. E n esta m i s m a línea h a y que
s i t u a r l o s e n u n c i a d o s 4) y 7), q u e n o m e r e c e n m á s c o m e n t a r i o s : i n s i s t i -
m o s , f o r m a s d e carácter ritual, c o n v e n c i o n a l e s , q u e e s t á n ligadas a m e c a -
n i s m o s habituales d e interacción social, h e c h o s d e cortesía, etc. En los
e n u n c i a d o s 2) y 9), creer y dudamo p u e d e n admitirse c o m o VP p o r q u e
8
s i m p l e m e n t e s e l i m i t a n a d e s c r i b i r c r e e n c i a s . Asustar y bromear descri-
b e n s i t u a c i o n e s m u y c o n c r e t a s c o m o la r e c o n c i l i a c i ó n d e d o s p e r s o n a s ,
a u n q u e t a m b i é n p o d e m o s e n c o n t r a r a l g ú n c a s o c o m o 6'), que describe
u n a s i t u a c i ó n h a b i t u a l m u y p r ó x i m a a l a q u e o b s e r v a m o s e n 5) y e n 10):
6') ME O L V I D O A VECES D E T U N O M B R E .
El c a s o m á s p r o b l e m á t i c o a n u e s t r o j u i c i o e s decir. En el e n u n c i a d o
3), e l v e r b o p a r e c e t e n e r e l s i g n i f i c a d o d e ' a v i s a r ' , ' c o m u n i c a r ' , 'anunciar
o r e v e l a r ' : e n e s t e s e n t i d o , n o p a r e c e e s t a r r e f i r i é n d o s e al m u n d o , sino
al e n u n c i a d o m i s m o , y p o r e s t a r a z ó n l o i n c l u i m o s e n t r e l o s VP. R o s s y a
u t i l i z ó e l v e r b o decir para elaborar su hipótesis performativa?; éstos son
sus ejemplos:
HERBERT T O L D SUSAN T H A T PEOPLE LIKE HERSELF ARE RARE. PEOPLE

LIKE Y O U R SELF ARE RARE.
B a c h y H a r n i s h (1984:209) h a b l a n d e u n a s u b c l a s e d e V P q u e n o s o n
1 0
i l o c u c i o n a r i o s s i n o l o c u c i o n a r i o s : say, utter, comment, mention, note,
remark, add, enumérate, etc.
8. En este ejemplo seguimos a Hurford y Heasley (1988:247). En enunciados como

JE CROIS QU'IL EST VENU, Récanati (1979:96) señala que no se trata de un verbo pro-
piamente descriptivo. Lo mismo se puede decir para el verbo dudar en otros contextos
distintos del arriba propuesto: DUDO QUE LUIS HAYA VENIDO.
9. Citado por Levinson (1989:237).
10. Así los definen: "Locutonary performative utterances are true just in case what
the speakers says in using them is what he predicates of hirnself it es well to note that
n o every performative is an illocutionary verb". A Bach y Harnish (1984:204) les parecen
p o c o acertados algunos de los argumentos esgrimidos por Austin (1982) a la hora de dis-
tinguir los VP de los VC.
565
N i n g u n o d e los a u t o r e s m e n c i o n a d o s d i c e q u e este v e r b o se utilice

p a r a d e s c r i b i r u n h e c h o . R è c a n a t i ( 1 9 7 9 ) s e ñ a l a q u e al c a m b i a r el i n d i -
c a d o r e x p l í c i t o digo p o r se dice sí e s p o s i b l e i n t e r p r e t a r l o c o m o u n a d e s -
c r i p c i ó n . Lo p o d e m o s v e r e n el e j e m p l o 1 1 :
(11) SE DICE Q U E ESTÁIS T O D O S DESPEDIDOS.
T o d o esto se complicaría aún m á s si c o n s i d e r á r a m o s enunciados

c o m o ( 1 2 ) , p e r o e s t o e s a l g o q u e e s c a p a al p r o p ó s i t o d e la p r i m e r a c u e s -
tión:
(12) D I G O Q U E CIERRES LA PUERTA.
A A u s t i n ( 1 9 8 2 : V I I , 1 2 9 ) n o l e p a r e c e t a n c l a r o q u e decir sea u n V P
y l o i n c l u y e e n l o q u e él l l a m a v e r b o s e x p o s i t i v o s , e s t o e s , v e r b o s c o n
la f o r m a d e u n e n u n c i a d o " , v e r d a d e r o s o f a l s o s , q u e f u n c i o n a n d e i n t r o -
d u c t o r e s e n el c o n t e x t o d e la c o n v e r s a c i ó n . P e r o , c u r i o s a m e n t e , A u s t i n
y a p r e s e n t ó u n e j e m p l o d e revelar p a r a r e f e r i r s e a l o s VP, c u y o s e n t i d o
1 1
n o p a r e c e ser m u y distinto del caso p r o p u e s t o :
POR ESTE M E D I O SE REVELA Q U E EL VALOR D E LA P R O P I E D A D Q U E

DEJÓ MARCUS T. B L O O M I N G D A L E ERA DE 4.785.758 DÓLARES.
U n a s p a l a b r a s d e R è c a n a t i (1979:117) p r e c i s a n el p r o b l e m a q u e ha
s u s c i t a d o e l v e r b o decir: "on n e p e u t plus o p o s s e r les é n o n c e s qui sont
d e s a c t e s (promesse, ordre, question... menace) et les é n o n c é s q u i affir-
ment, décrivent ou rapportent des faits, parce que affirmer quelque
chose est un acte, a u m ê m e titre q u e p r o m e t t r e ; b i e n plutôt é n o n c i a t i o n ,
s o n t d e s actes, à s a v o i r d e s a c t e s d e d i s c o u r s , et t o u t s o n t , à c e titre, p e r -
1 2
formatifs" .
P o d e m o s concluir c o n Austin (1982:VI) r e c o n o c i e n d o q u e realmen-
t e e s m u y difícil d i s t i n g u i r l o s V P y V C , " p u e s t o q u e e s m u y c o m ú n que
l a misma o r a c i ó n s e a e m p l e a d a e n d i f e r e n t e s o r a c i o n e s d e ambas mane-
ras, esto es, d e m a n e r a realizativa y constatativa". Sirvan d e m u e s t r a p r e -
c i s a m e n t e l o s e j e m p l o s 6) y 6').
11. Citado por Levinson (1989:249).

12. La cursiva es nuestra. Véase también Rècanati (1980).
566
2 . 2 . 2 . Actos i l o c u t i v o s
Para la r e a l i z a c i ó n de esta segunda c u e s t i ó n p a r t i m o s de la idea de

que una oración concreta n o tiene que identificarse necesariamente con
u n acto de habla específico en el m o m e n t o de enunciarla. E n otras pala-
bras, una m i s m a oración podrá realizar una gran variedad de actos,
dependiendo de d i s t i n t o s factores contextúales, tales como q u i é n habla,
dónde, cuánto y por qué ( H u r f o r d y H e a s l e y , 1 9 8 8 ) . Esta postura difie-
re de la t e s i s defendida p o r Searle ( 1 9 8 0 ) s e g ú n la cual la f u e r z a i l o c u -
cionaria de u n enunciado está en í n t i m a c o n e x i ó n con s u f o r m a l i n g ü í s -
13
tica . E n cuanto a la tipología de l o s llamados actos de habla, es nece-
s a r i o r e c u r r i r precisamente a Searle ( 1 9 7 9 : 1 2 ) , cuya p r o p u e s t a ha sido
14
recogida y desarrollada por o t r o s a u t o r e s . E s t e autor n o s habla de cinco
15
t i p o s de actos i l o c u t i v o s : 1. Assertives, d e c i m o s cómo s o n las cosas; 2 .
Directives, p e r s e g u i m o s u n f i n ; 3- Commisives, nos comprometemos con
algo; 4 . Expressives, expresamos nuestros sentimiento; 5. Declarations,
para hacer cosas. E n cada u n o de l o s e j e m p l o s i n d i c a r e m o s p r e v i a m e n -
te a qué t i p o de acto pertenece.
2.2.2.1. Acto i l o c u t i v o y oraciones
A ) Recordar a tu mujer que lleve las cartas a Correos.
CORREOS CIERRA A L A S D O S .
¿CUANDO P I E N S A S E C H A R L A S CARTAS Q U E T E D E J É E S T A MAÑANA
ENCIMA D E L A MESA?
L U I S A , ECHA L A S CARTAS, NO S E T E O L V I D E .
B ) Ofrecerse para ayudar a alguien a lavar los platos.
CREO Q U E Q U I E R E S Q U E T E E C H E U N A MANO.
¿LAVAMOS J U N T O S CACÁBAMOS A N T E S ?
ANDA, H A Z M E U N L A D O E N LA F R E G A D E R A .
13- Esta identificación tan radical ha tenido consecuencias importantes en el marco

de la teoría del lenguaje, y principalmente en el de la pragmática. Vid. Escandell
(1993:75).
14. Nos referimos concretamente a Bach y Harnisch (1984:40), que hablan de cua-
tro categorías: Constatives, Directives, Commissives y Acknoledgments.
15. Para una crítica de las clasificaciones de los actos de habla de Austin y Searle,
véase Wunderlich (1980:297).
567
JESUS FERNANDEZ VALI.EJO
C ) Pedir a un familiar que se dé prisa en el cuarto de baño.
LLEVAS MÁS DE C I N C O HORAS A H Í M E T I D O .

¿ACABAS DE U N A VEZ YA?
SAL I N M E D I A T A M E N T E O E C H O LA PUERTA ABAJO.
2.2.2.2. O r a c i o n e s y actos i l o c u t i v o s .
A ) ¿ESTÁ M A R Í A ?
A . l . A c t o d i r e c t i v o . P u e d e t e n e r c a r á c t e r t r a n s a c c i o n a l , e s t o es, d e
p e t i c i ó n d e i n f o r m a c i ó n p o r p a r t e d e l e m i s o r , y , e n este c a s o , l o q u e se
e s p e r a es u n a r e s p u e s t a d e l o y e n t e d e l t i p o sí o no. Este m a t i z d e p e t i -
c i ó n se m a n t i e n e t a m b i é n e n l o s casos e n q u e a l g u i e n v a a casa d e u n a
a m i g a y al e m i t i r A ) , e n r e a l i d a d l o q u e q u i e r e d e c i r es A ' ) :
A ' ) ¿PUEDE AVISAR A MARÍA DE Q U E ESTOY AQUÍ?
A . 2 . A c t o a s e r t i v o . Se p u e d e considerar también una afirmación

negativa o expresión de desaprobación o disconformidad. Imaginemos,
p o r e j e m p l o , q u e Luis m o n t a u n a fiesta de f i n d e c u r s o e i n v i t a a t o d o s
sus a m i g o s , i n c l u i d o s J u a n y M a r í a , q u e n o se h a b l a n . Esta, d e s d e e l p r i -
m e r m o m e n t o , h a c o m u n i c a d o a L u i s q u e p i e n s a ir, l u e g o está c l a r o q u e
J u a n n o i r á ; p e r o m á s t a r d e J u a n a c u d e a la f i e s t a d e L u i s y éste v u e l v e
a p r e g u n t á r s e l o ; la r e s p u e s t a d e J u a n la i n t e r p r e t a m o s c o m o si c o n t e s t a -
ra N O :
Luis: ¿TE QUEDAS A LA FIESTA?

Juan: ¿ESTÁ MARÍA?
B ) LOS TRABAJOS SE RECOGERÁN LA P R Ó X I M A SEMANA.
B . l . A c t o d i r e c t i v o . A d v e r t e n c i a y / o o r d e n d e u n p r o f e s o r a sus
a l u m n o s p a r a q u e n o d e j e n las cosas p a r a e l f i n a l , c o m o h a o c u r r i d o
otros años.
B.2. A c t o a s e r t i v o . P u e d e ser u n m e r o a c t o d e i n f o r m a c i ó n : e n l o s
casos e n q u e d i c h o e n u n c i a d o se e m i t e p o r v e z p r i m e r a , y , p o r e j e m p l o ,
c o m o r e s p u e s t a a la p r e g u n t a d e u n a l u m n o e n u n m o m e n t o d e t e r m i -
n a d o : PROFESOR, ¿ C U A N D O R E C O G E R Á U S T E D LOS TRABAJOS?
568
C) T E N G O M U C H O S U E Ñ O .
C. 1. Acto directivo. Se puede tratar de una petición: i m a g i n e m o s a

una m u j e r que emite C ) para d i r i g i r s e a s u m a r i d o , que está l e y e n d o con
la l u z de la mesa de noche encendida; e n cierta manera, le está p i d i e n -
do que apague la l u z .
C.2. Acto asertivo. Puede s e r u n a respuesta negativa: negarse a s a l i r
una noche de copas; p o r ejemplo, la respuesta de u n s u j e t o a o t r o que
le pregunta: ¿ S A L I M O S E S T A N O C H E ?
2.2.3- Implicaturas.
A) E S T A T E S I S N O E S B U E N A ; E S MÁS B I E N M E D I O C R E
( p r o p o s i c i ó n 1) (proposición 2)
B ) ESTA T E S I S NO E S BUENA; E S GENIAL.

( p r o p o s i c i ó n 1') ( p r o p o s i c i ó n 2')
La diferencia entre l o s enunciados A ) y B ) i l u s t r a el p r o b l e m a de las

implicaturas conversacionales afectadas p o r operadores de negación. La
explicación e s g r i m i d a en este caso s i r v e para ver cómo una teoría prag-
16
mática puede dar cuenta de este tipo de p r o b l e m a s .
H o r n ( 1 9 9 0 ) ha p r o p u e s t o una s o l u c i ó n al p r o b l e m a que p e r m i t i r í a
mantener el a n á l i s i s clásico con implicatura, y, al m i s m o t i e m p o , e x p l i -
car el carácter marcado de e j e m p l o s como B ) frente a o t r o s como A ) .
Para la negación del enunciado A ) habla de negación descriptiva, "un
operador veritativo-condicional [que] funciona como la negación e n l ó g i -
ca f o r m a l " , y reserva el t é r m i n o de negación metalingüística para l o s
casos como B ) : en este caso, la negación "constituye el u s o n o lógico y
n o veritativo-condicional y s u f u n c i ó n [es] la de rechazar el contenido
l i n g ü í s t i c o de alguna afirmación previa del hablante".
E n A ) la p r o p o s i c i ó n 1 indica que la t e s i s n o e s de buena calidad y
la p r o p o s i c i ó n 2 se presenta como u n comentario c o m p l e m e n t a r i o de la
1, con u n tipo de adjetivacicm más o m e n o s esperable, s i r e c o r d a m o s l o s
p r i n c i p i o s de l o que s e ha dado en llamar implicaturas conversaciona-
16. Ascombre y Ducrot piensan, a partir de ejemplos muy similares, que una solu-
ción pragmática no es correcta y que dichas implicaturas competen a la semántica. Véase
Leonetti (1993:26), a quien seguimos en la presentación de las ideas de Horn. Vid. asi-
mismo Horn (1990).
569
1 7
les generalizadas escalares . N o p u e d e decirse -como veremos e n B)-
q u e la a s e v e r a c i ó n d e la p r o p o s i c i ó n 1 q u e d e a n u l a d a p o r e l c o n t e n i d o
d e la 2 . E n B), e n c a m b i o , la n e g a c i ó n n o e s descriptiva: la p r o p o s i c i ó n
1 ' i n d i c a la m a l a c a l i d a d d e u n a tesis, p e r o la p r o p o s i c i ó n 2 ' l o califica
d e "genial"; e l r e s u l t a d o e s c l a r a m e n t e p a r a d ó j i c o . Al c o n s i d e r a r q u e la
n e g a c i ó n n o e s descriptiva, la p a r a d o j a d e s a p a r e c e , y a q u e B ) s e inter-
p r e t a r í a c o m o e l r e c h a z o d e u n a a f i r m a c i ó n a n t e r i o r . E n e s t e c a s o , l a afir-
m a c i ó n d e l t é r m i n o fuerte ("genial") i m p i d e q u e la n e g a c i ó n s e inter-
prete c o m o descriptiva.
Hemos aludido veladamente a las implicaturas escalares: esto es,
aquellos predicados d e escala o graduables inherentemente limitados
p o r abajo p o r el significado veritativo-condicional y p o r arriba p o r la
i n f e r e n c i a p r a g m á t i c a o i m p l i c a t u r a . El u s o d e u n p r e d i c a d o m á s d é b i l
sugiere (implica) q u e éste n o p u e d a sustituirse p o r u n p r e d i c a d o m á s
f u e r t e e n la m i s m a e s c a l a . La n e g a c i ó n d e l a s p r e d i c a c i o n e s d e e s c a l a
c o m o A) s e interpreta - e n términos d e H o r a ( 1 9 9 0 , 1 6 3 ) - normalmente
c o m o negación d e losvalores unilaterales q u es o nlas presuntas formas
l ó g i c a s d e e s t e t i p o d e o r a c i o n e s ( ' n o b u e n o ' - ' m a l o ' - p é s i m o ' ) ; l a s lla-
m a d a s negaciones paradójicas, c o m o B),d e b e n entenderse c o m o nega-
ción d e las correspondientes interpretaciones bilaterales: esto e s , la
n e g a c i ó n d e 'mediocre', 'genial'.
E n r e s u m e n , - H o r n ( 1 9 9 0 : 1 6 4 - 5 ) d e f e n d e r í a q u e la n e g a c i ó n d e B ) e s
u n o p e r a d o r m e t a l i n g ü í s t i c o q u e n o p u e d e a s i m i l a r s e a la n e g a c i ó n o r d i -
n a r i a , p o s t u r a d e f e n d i d a p o r K e m p s o n y la l l a m a d a E s c u e l a d e L o n d r e s
d e la Parsinonia.
2.2.4. Contenidos implícitos
1. LUISA LLEGÓ A C O M P A Ñ A D A DE U N SEÑOR R U B I O .

- El señor rubio no era su esposo.
2. A ) ¿HAS L E Í D O SOCIOBIOLOGÍA D E WILSON?
B) N O LEO CIENCIA-FICCIÓN.
- No he leído Sociobiología, y ese libro es ciencia-ficción.
P a r a r e s o l v e r la c u e s t i ó n p r i m e r a d e e s t e a p a r t a d o r e c u r r i m o s a la
teoría d e Grice ( 1 9 7 5 ) , especialmente e n lo concerniente a s u tipologi-
zación d e los contenidos implícitos.
17. Véase Leonetti (1993:5) y Levinson (1989:23).
570
El e n u n c i a d o 1) c o n s t i t u y e u n e j e m p l o c l á s i c o d e implicatura con-
versacional generalizada: el c a s o d e los s i n t a g m a s n o m i n a l e s indefini-
d o s c o n un. S i g u i e n d o a G r i c e p o d e m o s d e c i r q u e 1 ) s u r g e c o m o i m p l i -
c a t u r a al s u p o n e r q u e el o b j e t o m e n c i o n a d o n o e s t á d i r e c t a m e n t e r e l a -
c i o n a d o c o n los c o n o c i m i e n t o s del hablante (Leoneffi,1993:2). En estos
c a s o s , el c o n t e x t o n o i n f l u y e p a r a n a d a e n la i n t e r p r e t a c i ó n d e l SN " u n
s e ñ o r r u b i o " : la i n t e r p r e t a c i ó n i n m e d i a t a s e r á s u p o n e r q u e el s e ñ o r n o
era s u h e r m a n o , ni s u hijo, ni - c o m o s e ñ a l a el c u e s t i o n a r i o - s u m a r i d o .
P o r o t r o l a d o , p u e d e n a p l i c a r s e a l g u n a s d e las p r o p i e d a d e s caracterís-
ticas d e las i m p l i c a t u r a s c o n v e r s a c i o n a l e s p a r a r e c o n o c e r s u estatus: el
e n u n c i a d o 1 ) p u e d e c a n c e l a r s e f á c i l m e n t e p o r 1'):
D LUISA LLEGÓ C O N U N SEÑOR RUBIO: SU MARIDO
P a r a i n t e r p r e t a r la s e g u n d a c u e s t i ó n p a r t i m o s d e las i d e a s d e S p e r b e r
y W i l s o n , q u i e n e s - a d i f e r e n c i a d e G r i c e - sí q u e l l e g a r o n a d e s a r r o l l a r
u n a teoría d e las implicatorias, b a s á n d o s e p a r a a l g u n o s c a s o s e n ejem-
p l o s d e r e s p u e s t a d i s p a r m u y similares a 2).
La r é p l i c a B ) n o e s u n a r e s p u e s t a d i r e c t a a la p r e g u n t a A ) , d o n d e
- e n s i t u a c i o n e s n o r m a l e s - s e e s p e r a r í a si o no, s i n o a b s o l u t a m e n t e d i s -
par. Sin e m b a r g o , d e b e ser i n t e r p r e t a d a c o m o u n a r e s p u e s t a q u e q u i e r e
s e r c o h e r e n t e c o n e l principio de relevancia. Al o y e n t e l e c o r r e s p o n d e
e n t o n c e s b u s c a r la c o n e x i ó n e n t r e A) y B) a t r a v é s d e d i f e r e n t e s p a s o s
deductivos, lo q u e s u p o n e normalizar u n a serie d e premisas implicadas
y u n a c o n c l u s i ó n f i n a l . El p r o c e s o p u e d e r e p r e s e n t a r s e c o m o s i g u e :
Premisa implicada: EL LIBRO ES PURA CIENCIA FICCIÓN.

C o n c l u s i ó n previa: N O ME GUSTA LA CIENCIA FICCIÓN
C o n c l u s i ó n implicada: N O HE LEÍDO SOCIOBIOLOGÍA.
Es e v i d e n t e , p u e s , q u e e s t a m o s a n t e c a s o s d e implicatura, n o c i ó n
q u e , e n t é r m i n o s d e E s c a n d e l l ( 1 9 9 3 : 6 5 ) , " p e r m i t e c u b r i r la d i s t a n c i a q u e
s e p a r a lo q u e se dice y lo q u e efectivamente se c o m u n i c a " . D i c h a "dis-
tancia" e s sin d u d a m a y o r e n el c a s o d e 2), lo q u e p o n e e n f u n c i o n a -
m i e n t o m a y o r n ú m e r o d e p r e m i s a s y c o n c l u s i o n e s c o n t e x t ú a l e s e n el
p r o c e s o i n t e r p r e t a t i v o d e l o y e n t e , d a d a la d i s p a r i d a d d e p r e g u n t a y r e s -
p u e s t a . La i m p l i c a t u r a g e n e r a l i z a d a 1) d e p e n d e p r i n c i p a l m e n t e d e l s i g -
nificado d e las p a l a b r a s del SN y n o t a n t o del c o n t e x t o e n q u e se e m i t a
ese enunciado.
P e n s a m o s q u e l a d i f e r e n c i a e n t r e 1) y 2 ) r a d i c a e n e l c o n c e p t o b á s i -
c o d e contexto. P a r a c a s o s c o m o 1) s e h a d i c h o q u e t i e n e n l u g a r i n d e -
571
pendientemente de cuál sea el contexto en que emitan (Escandell,

1993:101), m i e n t r a s q u e p a r a c a s o s c o m o 2) el c o n t e x t o e s el conjunto
d e p r e s u p u e s t o s q u e n e c e s a r i a m e n t e s e h a d e u t i l i z a r e n la interpreta-
1 8
c i ó n d e u n e n u n c i a d o ( E s c a n d e l l , 1 9 9 3 : l 4 0 ) . Si a d o p t a m o s e l m o d e l o d e
S p e r b e r y W i l s o n , y , p o r e n d e , l a d i s t i n c i ó n explicatura / implicatura,
h a y q u e d e c i r q u e las i m p l i c a t u r a s g e n e r a l i z a d a s e s t á n d e s t i n a d a s a d e s a -
p a r e c e r , o m e j o r d i c h o a c o n v e r t i r s e e n p a r t e d e las e x p l i c a t u r a s . Se tra-
t a r í a e n e l c a s o d e 1) d e e s p e c i f i c a r l a r e f e r e n c i a i n d e t e r m i n a d a ; e l S N
- o i n c l u s o t o d o e l e n u n c i a d o - n o p r e c i s a d e m a n e r a c l a r a c u á l e s la r e l a -
c i ó n e x a c t a e n t r e " L u i s a " y " e l s e ñ o r r u b i o " . Si q u i e n h a b l a realmente
c o n o c e a Luisa y a su e s p o s o , e s m á s q u e p r o b a b l e q u e el contenido
i m p l í c i t o s e a é s e . P e r o si q u i e n l o h a c e n o c o n o c e a s u m a r i d o , ¿ h a s t a
qué punto podemos decir q u e ese señor rubio era su marido? Horn
( 1 9 9 0 : 1 6 8 ) c o n s i d e r a r í a e l e n u n c i a d o 1) c o m o implicación Q d e q u e el
h o m b r e n o e r a s u m a r i d o , p u e s si l o f u e s e l o h a b r í a d i c h o . E n c u a l q u i e r
caso, implicaturas conversacionales generalizadas también.
2.2.5. Actos d e habla indirectos
A) ME GUSTARÍA T O M A R CAFÉ.
B ) U S T E D SERÍA LA P E R S O N A MÁS I N D I C A D A PARA DECÍRSELO.
El p l a n t e a m i e n t o i n i c i a l d e l q u e p a r t i r e m o s e n l a c u e s t i ó n séptima
p u e d e , e n p r i n c i p i o , ser v á l i d o p a r a el p r o b l e m a q u e n o s o c u p a ahora:
e s o b v i o q u e n o t o d a s las o r a c i o n e s interrogativas ( e n e s t e c a s o , d e s i -
derativa y declarativa) se usan para preguntar (o para expresar u n d e s e o
o afirmar algo, p a r a A) y B)). Efectivamente, como señala Escandell
(1993:23), " h a y m u c h o s u s o s e n los q u e el h a b l a n t e q u i e r e d e c i r algo
l i g e r a m e n t e distinto d e lo q u e r e a l m e n t e e x p r e s a : e s t o s u s o s r e c i b e n el
1 9
n o m b r e de actos d e habla indirectos" (en adelante AHÍ) .
En estos casos estamos ante u n a oración asertiva-desiderativa y otra
asertiva, sin m á s ; a p e s a r d e esto, e n n i n g u n o d e los c o n t e x t o s e n que
A) y B) p u e d e n a p a r e c e r significará ' d e s e o ' o 'afirmación'. Más bien, en
u n a i n t e r p r e t a c i ó n correcta, s e concluiría q u e s e trata d e u n a p e t i c i ó n e n
18. Para la propuesta de la noción de contexto por Sperher y Wilson, Brown y

Yule, Levinson y Lyons, véase Escandell (1993:140).
19. Una vez más se p o n e de manifiesto la imposibilidad de mantener la relación
entre fuerza ilocutiva y estructura oracional de manera directa, en el sentido originario
de Searle. Véase una buena exposición de estos problemas en López García (1994).
572
TEORÍA PRAGMÁTICA Y ANAl.h. . INGÜÍSTICO EN SECUNDARIA
A ) y d e u n a o r d e n - m a n d a t o e n B ) ; d e s d e l u e g o , la p e t i c i ó n e n e l ú l t i m o
c a s o sería m u y m a r c a d a .
Las i d e a s d e Searle p u e d e n s e r v i r e n ú l t i m a i n s t a n c i a p a r a e x p l i c a r
q u é p a s o s o m e c a n i s m o s n o s h a n l l e v a d o a i n f e r i r q u e A ) es u n a p e t i -
2 0
ción y B) una o r d e n . Proponemos una explicación del f e n ó m e n o de
2 1
inferencia cifrada e n los siguientes pasos :
I ) A f i n a l d e la c o m i d a , u n s u j e t o ( A ) , i n v i t a d o a c o m e r p o r o t r o
s u j e t o ( B ) , d i c e q u e l e a p e t e c e t o m a r c a f é (es p o s i b l e q u e B n i s i q u i e r a
le haya o f r e c i d o t o m a r n a d a ) . En el caso d e B ) , i m a g i n a m o s u n a r e u n i ó n
e n t r e u n d i r e c t o r ( A ' ) y el j e f e d e p e r s o n a l ( B ' ) e n la q u e se h a b l a d e la
necesidad de despedir a u n o b r e r o . (A') piensa q u e p o r su c o n d i c i ó n , él
n o está o b l i g a d o a c o m u n i c a r esta d e s a g r a d a b l e n o t i c i a y c o n c l u y e q u e
( B ' ) es la p e r s o n a m á s i n d i c a d a ( r e s u l t a r í a c l a r a m e n t e i m p r o c e d e n t e q u e
f u e r a ( B ' ) q u i e n se d i r i g i e r a a ( A ' ) e n estos t é r m i n o s , al estar s i t u a d o p o r
d e b a j o d e él e n la escala l a b o r a l ) .
II) Los o y e n t e s ( B ) y (B') s u p o n e n q u e el c o m p o r t a m i e n t o de ( A ) y
( A ' ) , r e s p e c t i v a m e n t e , es o p e r a t i v o y q u e s u e n u n c i a d o r e s p o n d e a u n a
intención concreta.
I I I ) ( B ) p i e n s a q u e A ) n o d e b e d e ser u n a s i m p l e " e x p l o s i ó n " i n t e -
r i o r d e e m o c i ó n , n i ( B ' ) q u e B ) es u n a a s e r c i ó n a m o d o d e c u m p l i d o ,
sino q u e p r o b a b l e m e n t e tienen una finalidad ilocutiva más específica.
D e l o c o n t r a r i o , ( B ) y ( B ' ) p o d r í a n e m i t i r e n u n c i a d o s c o m o A ' ) y B'),
m u y poco probables:
A') A H ¿SÍ?
¡QUE BIEN!
ME ALEGRO.
B') GRACIAS POR SU C U M P L I D O .

N O SABE C U A N T O ME ALEGRO.
P a r e c e m á s l ó g i c o q u e a p a r e z c a n i n t e r c a m b i o s c o m o A " ) y B"),
siempre q u e (B) y (B') h a y a n e n t e n d i d o los mensajes de ( A ) y (A'):
A") ME P O N G O ENSEGUIDA A HACERLO.

B") C O M O USTED ORDENE.
N O SE PREOCUPE SEÑOR.
20. Seguimos a Escandell (1993: 86-87).

21. Aunque hemos optado por la teoría de Searle, no conviene olvidar la no menos
interesante explicación que Lcvinson (1989:256) formula acerca de los AHÍ, autor que
rebate teorías anteriores mantenidas por Sadock, Gordon, Lakoff y Searle.
573
JESUS FERNANDEZ VAU.EJO
I V ) U n aspecto básico en la teoría de la inferencia es el de l o s cono-

c i m i e n t o s culturales compartidos. E n este sentido, s a b e m o s que d e s p u é s
de comer s e s u e l e tomar café, y que e n una empresa el p e r s o n a l s e
estructura jerárquicamente, que l o s s u p e r i o r e s ordenan y que l o s s u b o r -
22
dinados acatan .
V ) Y , p o r f i n , en ausencia de n i n g u n a otra finalidad ilocutiva p l a u s i -
ble, ( B ) y ( B ' ) entienden que A ) y B ) c o n s t i t u y e n una petición y una
orden-mandato, respectivamente.
E n la literatura especializada en estos p r o b l e m a s pragmáticos h e m o s
p o d i d o encontrar e j e m p l o s m u y s i m i l a r e s . Bach y H a r n i s h ( 1 9 8 4 : 7 2 ) han
e s g r i m i d o e n s u explicación de l o s A H Í u n e j e m p l o que parece estar
m u y cerca de A ) :
M Y M O U T H I S PARCHED (usado para requerir una bebida)
M i e n t r a s tanto, la d i s t i n c i ó n que hace W u n d e r l i c h ( 1 9 8 0 : 2 9 6 ) entre

"actos que proceden directamente de cualquier caso de interacción" y
"actos i n s t i t u c i o n a l e s " s e r v i r í a de coloféin a la explicacicm de u n caso
como B ) , enunciado que, en n u e s t r a o p i n i ó n , se circunscribe a este
s e g u n d o tipo de actos:
" B y an i n s t i t u t i o n I mean an o r g a n i z e d s y s t e m o f social l i f e w i c h
r e s u l t s f r o m the social d i v i s i ó n o f labor, and w i c h i s determined to f u l f i l
the specific reeds o f society. E x a m p l e s are s c h o o l - i n s t r u c t i o n , c o u r t r o o m -
investigation, political debate, commercial advertesing".
La vida cotidiana n o s ofrece m u l t i t u d de casos de A H Í de esta í n d o -
le, y desde luego puede decirse que la comunicación en la m a y o r í a de
l o s casos resulta e x i t o s a .
2 . 2 . 6 . La teoría de la cortesía
E n la sexta cuestión s e g u i r e m o s la teoría desarrollada p o r B r o w n y

L e v i n s o n que puede s e r calificada como el intento m á s s e r i o y elabora-
22. Es cierto que en estos casos puediera pensarse que se trata de expresiones de
cortesía muy frecuentes en la interacción verbal: nada desdeñable resulta, en este senti-
do, la teoría propuesta por Brown y Levinson para dar cuenta no tanto de la distinción
significado / fuerza ilocucionaria como de los componentes formales utilizados. Para
resolver la inferencia de B) se podría tener en cuenta la presencia de hechos de corte-
sía, y más concretamente la influencia de factores de [±Poder] y [+ Solidaridad] en la eje-
cución de actos verbales y no verbales. Para ordenar se debe dar la condición prepara-
toria inicial de que A' esté en posición de [+Poder] sobre B'): (B') cree entonces que
comunicar esa noticia no es competencia de (A').
574
T E O R I A PRAGMATICA Y ANALISIS LINGUISTICO E N SECUNDARIA
d o d e e x p l i c a c i ó n d e l o s h e c h o s d e c o r t e s í a . La c o r t e s í a - s e g ú n Graciela
Reyes (1990:24)- "determina e n gran parte fenómenos aparentemente
d e s c o n e c t a d o s e n t r e sí, c o m o la e n t o n a c i ó n , la e l e c c i ó n d e t i e m p o s v e r -
bales, las formas d e tratamiento, ciertas técnicas narrativas". Nuestra p r e -
t e n s i ó n s e cifra ú n i c a m e n t e e n d e t e r m i n a r q u é e s t r a t e g i a s s e h a n s e g u i -
d o a la h o r a d e e m i t i r l o s d i s t i n t o s e n u n c i a d o s , d e q u é e l e m e n t o s gra-
2 3
maticales s e sirve el emisor, e n definitiva .
A ) B U E N O , H A Y G E N T E Q U E C R E E Q U E LA C O S A F U E ASÍ.
S e t r a t a d e u n t i p o d e estrategia encubierta e n la q u e el e m i s o r p r e -
t e n d e "en cierto m o d o , enmascarar o disimular su verdadera intención.
El e m i s o r q u i e r e e v i t a r q u e l e s e a a t r i b u i d a l a r e s p o n s a b i l i d a d d e u n a c t o
amenazador" (Escandell, 1993:180).
El h e c h o d e q u e e l e m i s o r n o c o m p a r t a c i e r t a i d e a s e c o n c l u y e d e
la a p a r i c i ó n d e l e l e m e n t o i n t r o d u c t o r bueno, q u e , e n líneas generales,
sirve d e c a b e c e r a a o r a c i o n e s q u e indican -entre otras m u c h a s posibili-
d a d e s - u n a postura distinta d e u n a i n m e d i a t a m e n t e anterior, y parafra-
s e a b l e a Bueno sí, pero. Para Levinson (1989,29:153) c o r r e s p o n d e a u n
tipo d e palabras "cuya especificación semántica sólo p u e d e n obtenerse
h a c i e n d o r e f e r e n c i a a c o n t e x t o s d e u s o " . Y s e g ú n Lakoff, la f o r m a well
estaría d a n d o c u e n t a d e q u e el h a b l a n t e e s c o n s c i e n t e d e q u e n o p u e d e
cumplir completamente los requisitos de la máxima de cantidad
(Levinson, 1989: 52).
E n e s t e c a s o , a d e m á s , el e m i s o r p a r a n o c o m p r o m e t e r s e c o n la a s e r -
c i ó n utiliza u n a e s t r a t e g i a b a s a d a e n la o p i n i ó n g e n e r a l i z a d a / anónima
( ' h a y g e n t e " , f o r m a v e r b a l e n t e r c e r a p e r s o n a ) . El e m i s o r p r e t e n d e con-
trarrestar p o s i b l e m e n t e algún suceso, q u e d e m a n e r a m á s directa y abier-
t a v e n d r í a a d e c i r a l g o a s í c o m o P I E N S O Q U E N O LLEVAS R A Z Ó N : LA
C O S A O C U R R I Ó D E O T R A M A N E R A , p o r e j e m p l o . El e f e c t o mitigativo
s e r e f u e r z a , a d e m á s , c o n e l S N "la c o s a " , q u e m u y p o s i b l e m e n t e puede
e s t a r h a c i e n d o alusic>n a u n h e c h o problemático.
B ) A H O R A V A M O S A C O M E N T A R E L P Á R R A F O P R I M E R O D E CIEN AÑOS
DE SOLEDAD...
23. A partir de la exposición de Escandell (1993:174). Sólo entraremos en la defi-

nición de aquellos tipos de estrategias que tienen que ver con los ejemplos analizados:
una explicación mayor excedería los límites y el propósito del trabajo.
575
JESÚS FERNÁNDEZ VAL1.EJO
Este enunciado responde a un tipo d e estrategia abierta, indirecta y

con cortesía positiva, q u e se basa "en la expresión d e aprecio hacia el
destinatario y sus deseos, y en la similitud de estos deseos con los del
emisor" (Escandell, 1 9 9 3 : 1 7 8 ) . Varios procedimientos formales son
empleados: primero, la muestra d e solidaridad y familiaridad q u e con
lleva el uso del plural mayestático, a m o d o d e ofrecimiento, como si se
tratara d e un ejercicio colectivo. Y, segundo, la reciprocidad, q u e p u e d e
ofrecer más confianza e interés al alumnado.
C) SIENTO TENER QUE MOLESTARLE CON ESTA TONTERÍA, Y EN OTRAS

CIRCUNSTANCIAS NO LE HARÍA PERDER EL TIEMPO CON ESTO POR
QUE SE QUE ESTÁ MUY OCUPADO, PERO ES QUE...
D) QUERÍA UNOS 2 0 0 GRAMOS DE JAMÓN DE YORK.
Ambos enunciados son ejemplos de lo q u e se ha llamado estrategia

abierta, indirecta y con cortesía negativa, q u e se basa "en la expresión
de q u e el acto n o pretende limitar la libertad d e accic>n del destinatario.
Es el ejemplo de lo q u e consideramos cortesía, y su carácter respetuoso
la hace adecuada a las situaciones e n q u e n o hay familiaridad"
(Escandell, 1 9 9 3 : 1 7 9 ) .
Para el primero d e los casos p o d e m o s apreciar una serie de ele
mentos básicos:
a) El reconocimiento explícito d e molestia del hablante.
b) El carácter despectivo y el escaso calor q u e se concede al pro
blema del hablante; encontramos sustantivos tan marcados como "ton
tería", el deíctico "esto", pero en ningún caso refiriéndose a ello d e
manera puntual.
c) Sobrevalorar de manera insistente la ocupación del oyente, en
contraste con la escasa importancia d e su problema.
d) La voluntad d e n o interferir en dicha ocupación.
Menos claro parece ser, en principio, el enunciado D). Imaginemos
un ejemplo ligeramente distinto como D'):
D') QUIERO 2 0 0 GRAMOS DE JAMÓN DE YORK
Si cotejamos los dos enunciados vemos q u e en D') está claro q u e el

deseo del emisor es hacer partícipe al oyente d e su intencic>n/deseo sin
ocultarlo: esto es, se expresa literalmente, resulte o n o descortés; en
cambio, en el enunciado D), pese a ser una petición muy clara, se pre-
576
sentan elementos que lo harían clasificable en las estrategias indirectas

y de cortesía negativa:
a) Principalmente, el uso del imperfecto, que parece mitigar la fuer-
za de la petición.
b) E l uso del artículo indeterminado plural masculino frente a su
ausencia. E n el primer caso tendría el sentido de 'alrededor, aproxima-
damente', y, por tanto, no se impone una cantidad determinada; s u
ausencia en D') parece estar indicando tajantemente esa cantidad y sólo
esa. E s evidente que la petición D ) tiene menor carga expresiva.
Nótese que en el uso del imperfecto el hablante se separa del valor
o significado referencial: expresar tiempo pasado en transcurso. Reyes
(1990a: 106) ha señalado la posibilidad de que se pueda hacer uso del
imperfecto con valor de presente por "razones retóricas": por ejemplo,
para hacer un cumplido, para expresar afecto o aprobación, para ser cor-
tés. E n este mismo trabajo, Reyes (1990a:53) ofrece ideas muy ilustrati-
vas acerca del sentido pragmático del imperfecto. Señala que el hablan-
te, con este uso, "presenta lo que quiere como un relato de algo que
quiso antes, de modo que, por una parte, no impone a s u interlocutor
tanto como le impondría s i usara actos de habla directos, y por otra parte
se protege a sí mismo de salir malparado s i recibe una negativa. (...) Este
tipo de enunciados con imperfectos pueden ser fruto de preguntas como
¿Qué deseaba?, pronunciada por el empleado de una tienda, que pare-
ce excusarse por no saber que queremos. Se trata de un caso de corte-
sía negativa, en cualquier caso".
2.2.7. Los enunciados interrogativos
A ) ¿TE G U S T A L A S O P A ?
B ) ¿ N O T E G U S T A L A SOPA?
A lo largo del trabajo hemos repetido ad nauseam la dificultad que

entraña admitir la identificacicín que hace Searle entre forma lingüística
y fuerza ilocucionaria. No anda muy lejos del problema la R.A.E. cuan-
do define las oraciones interrogativas en español: "Cuando nos dirigimos
a uno o varios oyentes para que nos resuelvan una duda o nos digan
algo que ignoramos, formulamos oraciones interrogativas directas, carac-
24
terizadas por su entonación inconflundible" . S i n embargo, sabemos
que esto no es del todo cierto: así es, algunas oraciones interrogativas
24. Recogida en Escandell (1993:199).
577
JESUS FERNANDEZ VAIXEJO
e f e c t i v a m e n t e pueden usarse para hacer cosas que n o son estrictamente

preguntar.
V. E s c a n d e l l ( 1 9 9 3 : 2 0 7 ) r e c o n o c e e n la e m i s i ó n d e e n u n c i a d o s i n t e
r r o g a t i v o s d o s t i p o s b á s i c o s d e objetivos discursivos:
1) Transaccionales ( a q u e l l o s e n q u e p r e d o m i n a la v e r t i e n t e mera
mente informativa).
2 ) Interaccionales ( l o s d o m i n a d o s p o r la v e r t i e n t e s o c i a l ) .
S e g ú n esto, a m b o s e n u n c i a d o s se situarían d e n t r o del tipo transac-
c i o n a l : e s t o e s , la p r e g u n t a s e i n t e r p r e t a c o m o u n a p e t i c i ó n d e informa
ción p o r parte del hablante. En u n e s q u e m a m u y ilustrativo Escandell
( 1 9 9 3 : 2 0 8 ) h a m o s t r a d o c o m o el c o n o c i m i e n t o p u e d e c o n c e b i r s e como
u n a realidad escalar:
Emisor Destinatario
A +
Conocimiento Suposición
real + s o b r e el c o n o c i m i e n t o
Esto estaría i n d i c a n d o q u e e n t r e el e m i s o r y el r e c e p t o r h a y u n a dife

r e n c i a d e c o n o c i m i e n t o o s u p o s i c i ó n d e l m i s m o ; e n e s t o s c a s o s , la i n t e
rrogación se interpreta c o n u n a función p u r a m e n t e informativa, m á s o
m e n o s n e c e s a r i a , " u n a p i e z a d e i n f o r m a c i ó n q u e falta", e n p a l a b r a s d e
V. E s c a n d e l l ( 1 9 9 3 ) .
El e n u n c i a d o A ) s e s i t u a r í a e n l a p a r t e m á s a l t a d e la e s c a l a , d o n d e
s e l o c a l i z a n l a s preguntas. Estas c o n s t i t u y e n u n a s u b c l a s e d e e n u n c i a d o s
i n t e r r o g a t i v o s q u e el e m i s o r f o r m u l a c o n la i n t e n c i ó n d e o b t e n e r u n a
i n f o r m a c i ó n q u e c o n t o d a p r o b a b i l i d a d d e s c o n o c e . N o e s difícil i m a g i
n a r u n a s i t u a c i ó n e n la q u e s e p r o d u z c a A): p o r e j e m p l o , u n s u j e t o q u e
formula esta p r e g u n t a a otro, a q u i e n ha invitado a comer, antes d e dis
p o n e r s e a h a c e r la c o m i d a . U n a r e s p u e s t a n e g a t i v a d e l i n v i t a d o o b l i g a
ría a c a m b i a r el p l a n p r e v i o d e l q u e invita.
T a m b i é n habría q u e situar a B) c o m o u n tipo d e e n u n c i a d o interro
gativo transaccional, sólo q u e e n este c a s o n o se trata d e u n a p r e g u n t a
sensu strictu e n la q u e e l d e s c o n o c i m i e n t o d e l a m a t e r i a p o r p a r t e d e l
e m i s o r e s a b s o l u t o . El e m i s o r e n B ) a l b e r g a u n a i d e a d e a q u e l l o q u e p r e
g u n t a . S e h a h a b l a d o p a r a e s t o s c a s o s d e interrogación orientada hipo
1
tética '' . E n r e a l i d a d , d e t r á s d e e s t a o r a c i ó n i n t e r r o g a t i v a s e e s c o n d e u n a
25. Escandell (1993:199).
578
T E O R Í A P R A G M Á T I C A Y ANÁLISIS L I N G Ü Í S T I C O EN S E C U N D A R I A
afirmación del h a b l a n t e -o suposición-, m á s o m e n o s enfática, q u e sólo

e s p e r a l a c o r r o b o r a c i ó n d e l o y e n t e ( N O T E G U S T A LA S O P A ) . E n a m b o s
c a s o s , e l f a c t o r t i e m p o d e s e m p e ñ a u n p a p e l c r u c i a l e n la a p a r i c i ó n de
u n o u o t r o t i p o d e e n u n c i a d o : A ) e n u n a s i t u a c i ó n p r e v i a a la c o m i d a ;
B ) e n el d e s a r r o l l o o al final d e la m i s m a . Sin e m b a r g o t a m b i é n e s p o s i -
ble encontrar paralelamente u n c a s o c o m o A) e n el d e s a r r o l l o d e la
c o m i d a , c u a n d o l a s u p o s i c i ó n d e l h a b l a n t e e s la d e q u e al i n v i t a d o l e
g u s t a la s o p a , y la i n t e n c i ó n d e l e n u n c i a d o e s q u e el o y e n t e l o c o n f i r m e
a f i r m a t i v a m e n t e c o m o m u e s t r a A'):
A ' ) SÍ, SÍ, C L A R O . VAYA Q U E SI M E G U S T A . ¿ N O L O VES?
P o r e l c o n t r a r i o , e s difícil i m a g i n a r u n c o n t e x t o e n e l q u e s e pre-
g u n t e B) p a r a llenar u n c o n t e n i d o d e s c o n o c i d o p o r el h a b l a n t e absolu-
t a m e n t e . En c u a l q u i e r c a s o , se p o d r í a p e n s a r e n u n c a s o c o m o B') p a r a
antes de e m p e z a r a cocinar:
B') ¿ N O T E G U S T A LA C O M I D A ? ¿ N O ES ASÍ?
pero sigue siendo una manera de elaborar u n hipótesis por parte del
h a b l a n t e , q u i z á s r e c o r d a n d o u n a s i t u a c i ó n a n t e r i o r e n la q u e el o y e n t e
y a l e d i j o q u e n o l e g u s t a b a la s o p a .
P a r a E s c a n d e l l ( 1 9 9 0 : 3 7 1 ) "el c a r á c t e r p o l i f ó n i c o d e e s t a c l a s e p a r e -
c e t a m b i é n i n n e g a b l e : la h i p ó t e s i s q u e a v a n z a el e m i s o r r e s u l t a s e r u n a
e s p e c i e d e e c o a n t i c i p a d o d e las p a l a b r a s d e s u ' o p o n e n t e ' " . E n el c a s o
d e B) sería e s p e r a b l e u n a confirmación del tipo C ) :
C ) {PUES! N O , N O MUCHO
C o n B ) el e m i s o r q u i e r e o b t e n e r u n a i n f o r m a c i ó n , q u e es básica-
m e n t e la q u e él a v a n z a c o m o h i p ó t e s i s m á s p r o b a b l e . E n e s t e c a s o , el
emisor sigue suponiendo que el g r a d o d e c e r t e z a d e l i n t e r l o c u t o r es
s u p e r i o r al s u y o , p e r o y a h a y u n a a p r o x i m a c i ó n q u e a n t e s n o existía.
H e m o s visto, p u e s , q u e e n a m b o s c a s o s se parte d e u n a situación
d e c o n o c i m i e n t o d e s i g u a l e n t r e h a b l a n t e y o y e n t e . "Al s e r d i f e r e n t e el
g r a d o d e información -señala Escandell (1993:211)- d e emisor y destina-
t a r i o , el o b j e t i v o d e la c o m u n i c a c i ó n e s b á s i c a m e n t e t r a n s a c c i o n a l (de
i n t e r c a m b i o d e i n f o r m a c i ó n ) (...) e l c a r á c t e r t r a n s a c c i o n a l d e l intercam-
b i o o b l i g a c o n v e n c i o n a l m e n t e al d e s t i n a t a r i o a q u e responda".
579
2.2.8. Los r e c u r s o s r e t ó r i c o s
En este último apartado abordaremos el p r o b l e m a de los tropos

desde una perspectiva estrictamente pragmática, partiendo del h e c h o de
q u e s e t r a t a d e e l e m e n t o s m u y c o m u n e s e n la l e n g u a y n o d e u s o r e s -
tringido al lenguaje poético como se ha llegado a decir (Lakoff y
J o h n s o n señalaron q u e , c u a n d o se p o n e n e n relación los c a m p o s con-
c e p t u a l e s c o m o la p o l í t i c a y la g u e r r a s e p r o d u c e n t o d o t i p o d e metáfo-
ras - L e v i n s o n , 1 9 8 9 : 149-; lo m i s m o - p e n s a m o s - s e estaría d a n d o e n t r e el
l e n g u a j e d e l a s d i s c i p l i n a s l i n g ü í s t i c a s y e l d e l a c o n s t r u c c i ó n ) . La s o l u -
c i ó n p a s a p o r c o n s i d e r a r q u e la p r a g m á t i c a c o n s t i t u y e u n t i p o d e c a r a c -
t e r i z a c i ó n e s t r i c t a ( p e r o g e n e r a l ) d e l uso d e l l e n g u a j e , y, p o r e n d e , de
t o d o s a q u e l l o s e l e m e n t o s q u e e n t r a n a f o r m a r p a r t e d e la i n t e r a c c i ó n , y
del bagaje c o m u n i c a t i v o d e los hablantes.
Para nuestra exposición hemos seguido especialmente a John R.
Searle (1979). T r a t a m o s d e d e m o s t r a r q u e los t r o p o s , p r i n c i p a l m e n t e las
m e t á f o r a s y las ironías, p u e d e n e x p l i c a r s e u t i l i z a n d o el c o n c e p t o d e infe-
2 6
r e n c i a . Aquí, d e s d e l u e g o , n o s c e n t r a r e m o s e n el análisis d e l modelo
e s t á n d a r d e m e t á f o r a d e l t i p o "X e s A " , d o n d e X e n t r a ñ a u n significado
B y, a l m i s m o t i e m p o , B e s u n r a s g o c o n c r e t o d e l a s c o s a s c o m o A;
l u e g o , i n t e r p r e t a r e m o s e l e n u n c i a d o c o m o "X e s B " .
D e s d e u n p r i m e r m o m e n t o , lo q u e h a c e Searle es incluir d e n t r o de
u n m i s m o "saco" las m e t á f o r a s , las ironías y los AHÍ. Se trata d e u s o s e n
l o s q u e el h a b l a n t e q u i e r e d e c i r a l g o d i s t i n t o d e l o q u e s e e x p r e s a e n la
o r a c i ó n , y - a l g o q u e n o s p a r e c e i m p o r t a n t e - e n los tres c a s o s el signifi-
2 7
c a d o b á s i c o r e s p o n d e a la i n t e n c i ó n d e l h a b l a n t e : "In e a c h o f these
c a s e s , w h a t t h e s p e a k e r r n e a n s is n o t i d e n t i c a l w i t h t h e s e n t e n c e m e a n s ,
a n d y e t w h a t h e m e a n s is i n v a r i o u s w a y s d e p e n d e n t o w h a t t h e sen-
tence means".
Pensamos, además, que la e x p l i c a c i ó n que en su día dio Searle
( 1 9 7 5 : 6 0 - 6 1 ) p a r a l o s A H Í p u e d e e x t e n d e r s e t a m b i é n al c a m p o d e los
2 8
tropos :
26. No nos ocupamos de su explicación desde la perspectiva semántica. Véase a

este respecto Escanden (1993:220). Searle (1979:85) ha rebatido toda una serie de teo-
rías anteriores a la suya, principalmente semánticas, en este trabajo pasa revista a las que
él considera las dos principales tendencias que han intentado abordar el problema de la
metáfora: comparison theories y semantic interaction tbeories.
27. Searle (1979) establece una distinción entre speaker's utterance meaning y
word sentence meaning.
28. Citado por Escandell (1993:86).
580
"El h a b l a n t e c o m u n i c a al o y e n t e m á s d e l o q u e d i c e b a s á n d o s e en
la i n f o r m a c i ó n d e f o n d o c o m p a r t i d a , t a n t o l i n g ü í s t i c a c o m o n o l i n g ü í s t i -
c a , y e n l o s p o d e r e s g e n e r a l e s d e r a c i o c i n i o e inferencia del oyente" (la
c u r s i v a e s n u e s t r a ) . Y p o r inferencia entendemos, siguiendo a Hurford
y Heasley (1988:290), "toda conclusión q u e u n o está autorizado a ex-
traer d e u n a oración o enunciado".
Precisamente Searle (1979:112) ha p r o p u e s t o u n a teoría (interpreta-
t i v a ) d e la m e t á f o r a d e s d e el p u n t o d e v i s t a d e l o y e n t e . P i e n s a q u e el
o y e n t e s i g u e v a r i o s p a s o s p a r a la c o m p r e n s i ó n d e l s i g n i f i c a d o metafóri-
co».
I ) P o n e e n m a r c h a a l g u n a s e s t r a t e g i a s p a r a d e t e r m i n a r si t i e n e que
buscar o n o una interpretación metafórica del enunciado.
I I ) C u a n d o h a d e c i d i d o la i n t e r p r e t a c i ó n m e t a f ó r i c a , p o n e e n fun-
c i o n a m i e n t o otras estrategias o principios p a r a calcular v a l o r e s del tér-
mino metafórico.
III) P u e d e t e n e r estrategias para restringir los posibles e l e m e n t o s del
c o n t e n i d o del t é r m i n o metafórico y decidir, e n última instancia, cuáles
s o n los utilizados p o r el h a b l a n t e e n l u g a r d e l t é r m i n o metaforizado.
Para explicar esta serie d e estrategias n o s v a l e m o s e n primer térmi-
n o d e l e n u n c i a d o 1), e m i t i d o p o r u n l o c u t o r d e r a d i o e n p l e n a campa-
ña electoral:
1) (met.) FELIPE G O N Z Á L E Z ES (PARECE) U N M O N O
I. El o y e n t e e n t i e n d e q u e e s t o n o p u e d e s e r l i t e r a l m e n t e c i e r t o , e s t o
es, q u e el e n u n c i a d o e s d e f e c t u o s o o p o c o n o r m a l ("deffective"): e s t o
p u e d e e n t e n d e r s e , e n principio, c o m o u n a violación d e los principios
c o n v e r s a c i o n a l e s d e la c o m u n i c a c i ó n . Si e l e n u n c i a d o e s " d e f e c t i v e "
- t o m a d o l i t e r a l m e n t e - al o y e n t e n o le q u e d a m á s r e m e d i o q u e o p t a r p o r
o t r o significado q u e difiera d e l significado o r a c i o n a l .
I I . El o y e n t e a c u d e a s u c o n o c i m i e n t o d e l o s r a s g o s m o r f o l ó g i c o s d e l
m o n o y encuentra varios rasgos q u e p r o v e e n posibles valores del térmi-
n o metafórico. Postulamos, p o r ejemplo, esta serie d e semas:
'Animal d e l s u b o r d e n de los simios'

'que salta p o r l o árboles'
'que hace ruidos extraños c o n la boca'
'que vive e n la selva, de fácil y constante r e p r o d u c c i ó n '
29. Véase también Escandell (1993).
581
'que imita lo que hacen l o s otros'

'que mueve constantemente sus brazos'
I I I . N o todos estos rasgos van a s e r pertinentes en el significado que

el hablante ha q u e r i d o t r a n s m i t i r : e l oyente r e s t r i n g e entonces el rango
de p o s i b l e s s i g n i f i c a d o s metafóricos para llegar al significado intencional
del hablante. S o s p e c h a m o s que tiene que v e r con el d e s a r r o l l o de la
campaña electoral y con s u aparición en l o m í t i n e s : q u i z á s sea la i m p o r -
tancia que concede a la gesticulación con l o s b r a z o s . T e n e m o s , p u e s , la
s i g u i e n t e interpretación:
1') (inter.) F E L I P E G O N Z Á L E Z M E N E A M U C H O L O S B R A Z O S E N L O S
MÍTINES.
E l procedimiento interpretativo n o acaba aquí n i necesariamente e s

éste. Se puede pensar también que le gusta saltar m u c h o de u n s i t i o a
otro, o que hace m u c h o s r u i d o s al hablar, que es u n imitador, etc. T o d a s
estas inferencias c o n s t i t u y e n - e s o s í - propiedades del enunciado c o m o
tal; proceden del hecho m i s m o de enunciar y n o del significado con-
vencional. Como ha señalado E s c a n d e l l ( 1 9 9 3 : 1 0 4 ) , " e l l o explica que
u n a m i s m a oración pueda dar lugar a u n n ú m e r o n o predeterminado de
implicaturas diferentes". A este respecto aduce la autora el s i g u i e n t e
ejemplo:
PEPE ES U N DEMONIO
donde se puede estar diciendo m u c h a s cosas: que e s m a l o , que e s

malintencionado, que es travieso. E n cualquier caso se trata de u n caso
de metáfora m u y manida, tan estereotipada que n o r e s u l t a d i f í c i l de
determinar.
Considérese, e n este s e n t i d o , el e j e m p l o de L e v i n s o n ( 1 9 8 9 : 1 0 9 )
J O H N E S U N A M Á Q U I N A , a p r o p ó s i t o del cual ha dicho: ' E s t e enuncia-
do podría comunicar que J o h n e s f r í o , o eficiente, o que nunca para de
trabajar, o que está r e s o p l a n d o , o que tiene poca materia g r i s , o b i e n n i n -
guna de estas cosas o todas juntas. D e esta manera, las i m p l i c a t u r a s pue-
den tener cierta i n d e t e r m i n a c i ó n , p o r l o m e n o s en a l g u n o s casos, i n c o m -
patibles con l o s s e n t i d o s estables determinados que n o r m a l m e n t e se
a s u m e n e n las teorías semánticas".
Se n o s o c u r r e o t r o e j e m p l o más de metáfora cuyo significado i n t e n -
cional está también abierto a varias interpretaciones. A l decir ( m e t ) L U I S
E S U N T O R O p o d e m o s pensar que el hablante se está r e f i r i e n d o a:
582
a) que L u i s es u n hombre robusto y fuerte

b) que es una persona brava
c) o que es u n cornudo
S i o p t a m o s p o r c), la teoría pragmática tendría que dar cuenta tam-

b i é n de este caso de p r e s u p o s i c i ó n . A s i e s : L U I S E S U N C O R N U D O p r e -
supone S U M U J E R L E H A E N G A Ñ A D O C O N O T R O H O M B R E .
Para el caso de la i r o n í a h e m o s pensado e n u n enunciado como 2 )
e m i t i d o p o r u n sujeto e n el d e s a r r o l l o de una conferencia de física:
2) (iron.) Q U É CONFERENCIA MÁS D I V E R T I D A .
I m a g i n a m o s que dicho sujeto es u n estudiante de letras que p o r

o r d e n del profesorado ha tenido que a s i s t i r a dicha conferencia.
P o d e m o s intentar aplicar también l o s m e c a n i s m o s e s g r i m i d o s p o r Searle
( 1 9 7 9 ) para s u interpretación de l o s enunciados metafóricos. A q u í , como
e n una metáfora, e l significado del hablante y el de la oración s o n cla-
ramente diferentes dada esa s i t u a c i ó n comunicativa. S i l o i n t e r p r e t a m o s
literalmente es o b v i o que resulta inapropiado para la s i t u a c i ó n , dada la
i n e x p e r i e n c i a del sujeto e n este campo. A partir de esta i m p r o p i e d a d
p o d e m o s i n f e r i r que el enunciado es "deffective", l o que n o s obliga a
reinterpretar s u significado p o r otra vía más p l a u s i b l e . Para Searle
( 1 9 7 9 : 1 3 ) , una f o r m a de reconocer una e x p r e s i ó n i r ó n i c a e s la entona-
ción: p o d e m o s concluir, entonces, que el hablante q u i e r e e x p r e s a r así
justamente l o o p u e s t o a l o que indica el significado literal:
(ínter.) Q U É (CONFERENCIA MÁS) A B U R R I D A .
J o h n R . Searle ( 1 9 7 9 : 1 1 2 ) p i e n s a que la vía más natural de i n t e r p r e -

tar i r o n í a s e s p o s t u l a r que s u significado intencional es el opuesto a la
f o r m a literal. E s t o e s válido para casos como 2 ) . P e r o S p e r b e r y W i l s o n
( 1 9 8 1 ) han demostrado que n o s i e m p r e que e x i s t e u n a e x p r e s i ó n i r ó n i -
ca se está e x p r e s a n d o l o contrario de l o que s e dice, tal como defendía
la retórica clásica y el p r o p i o Grice ( y como h e m o s p o d i d o v e r también
S e a r l e ) , s i n o que puede haber otras en las que la irrelevancia o l o ina-
propiado sean l o s rasgos básicos. E n la s i t u a c i ó n que h e m o s imaginado,
este m i s m o sujeto puede e m i t i r e l enunciado 3 ) s i m p l e m e n t e para i n d i -
car que n o se está enterando de nada:
3) E S T O D O U N E S P E C I A L I S T A .
N o s e está intentando decir con 3 ) l o contrario de l o que s e dice ( n o

entendemos que una conferencia puede s e r dada p o r alguien que n o sea
583
e s p e c i a l i s t a e n la m a t e r i a ) ; m á s b i e n , s e t r a t a d e u n e n u n c i a d o inapro-
p i a d o d a d o el c o n t e x t o dispar: e n r e a l i d a d , u n a v e z m á s s e está desa
p r o b a n d o el h e c h o d e s u a s i s t e n c i a f o r z a d a a la c o n f e r e n c i a .
E n c o n c l u s i ó n , la i n t e r p r e t a c i ó n q u e h a g a m o s t a n t o d e l a s m e t á f o r a s
c o m o d e las i r o n í a s -y, e n definitiva, d e l o s d i f e r e n t e s h e c h o s pragmáti
c o s - p a s a p o r el r e c o n o c i m i e n t o d e d o s t i p o s d i f e r e n t e s d e significado:
1. S i g n i f i c a d o o r a c i o n a l ( s e m á n t i c o ) , q u e e s e l q u e r e s u l t a d e l p r o
c e s o d e descodificación d e los e l e m e n t o s del sistema.
2. S i g n i f i c a d o d e l h a b l a n t e ( p r a g m á t i c o ) , e n el q u e e n t r a n e n juego
los diferentes e l e m e n t o s extralingüísticos.
E n e s t e s e n t i d o , el p r o b l e m a d e los t r o p o s ( c o m o a n t e s el d e los
A H Í ) está b a s a d o e n el h e c h o d e c ó m o los o y e n t e s s o n c a p a c e s d e r e c o
n o c e r las i l o c u c i o n e s indirectas d e los e n u n c i a d o s .
3. L A P R A G M Á T I C A E N CLASE D E L E N G U A . PROPUESTAS
E n el s e n o d e la r e v i s t a TEXTOS de Didáctica de la Lengua y la

Literatura s e h a r e c l a m a d o l a n e c e s i d a d ( u r g e n t e ) d e i n c l u i r la p r a g m á
tica e n la e d u c a c i ó n l i n g ü í s t i c a a c t u a l C a r l o s L o m a s ( 1 9 9 4 : 9 ) h a b l a e n el
p r i m e r n ú m e r o d e " i n i c i a r la r e f l e x i ó n e n t o r n o a l o s r a s g o s formales,
s e m á n t i c o s y pragmáticos implicados e n los u s o s verbales y n o verbales
d e las p e r s o n a s " . E n t e n d e m o s , p u e s , q u e esta iniciativa afecta p o r igual
a los r e s p o n s a b l e s d e l M.E.C., a l o s D e p a r t a m e n t o s d i d á c t i c o s y, muy
e s p e c i a l m e n t e , a p r o f e s o r e s y a e d i t o r e s d e m a n u a l e s d e LCL. V e a m o s
algunas propuestas concretas.
a ) P r o g r a m a c i o n e s d e a u l a e n LCL.
La c o n s i d e r a c i ó n d e a s p e c t o s c o n c r e t o s d e p r a g m á t i c a (contenidos
implícitos, actos d e habla indirectos, e n u n c i a d o s interrogativos, etc.) e n
Secundaria implica -especialmente- la p r o g r a m a c i ó n de contenidos y
actividades.
- La n e c e s i d a d d e p a r t i r d e l e s q u e m a j a k o b s o n i a n o d e l a c o m u n i c a
c i ó n c o m o p u n t o d e a r r a n q u e e n la e x p l i c a c i ó n d e a l g u n o s conceptos
( c o m o intención comunicativa, situación y contexto).
- Todos los ejercicios y p r u e b a s deberán presentar secuencias o
e n u n c i a d o s c o n t e x t u a l i z a d o s : e s p r e c i s o d e s e c h a r el análisis sintáctico d e
u n i d a d e s aisladas, d o n d e es i m p o s i b l e dirimir v o l u n t a d e intención del
584
TEORIA PRAGMATICA Y ANALISIS LINGUISTICO EN SECUNDARIA
3 0
h a b l a n t e . E s t o lleva a u n ajuste d e la t i p o l o g í a y e s t r u c t u r a d e l o s ejer-
c i c i o s e n c l a s e d e LCL; C a s s a n y , L u n a y S a n z ( 1 9 9 4 : 3 4 4 ) h a b l a n d e u n
tipo d e actividad b a s a d a e n el desarrollo (equilibrado) d e tres c a p a c i d a -
des: c o m p r e n s i ó n , análisis o interpretación y p r o d u c c i ó n . Esta estructu-
ra s e p o d r í a m a n t e n e r s i e m p r e , h a c i e n d o s a b e r al a l u m n o q u e u n b u e n
c o n o c i m i e n t o y u s o d e la l e n g u a i m p l i c a n e c e s a r i a m e n t e el d o m i n i o d e
3 1
estas destrezas .
- El p r o c e s o d e e n s e ñ a n z a / a p r e n d i z a j e d e c o n t e n i d o s p r a g m á t i c o s
se p u e d e iniciar y a e n el p r i m e r ciclo c o n u n a teoría básica y activida-
des m u y elementales: bastaría c o n reconocer los e l e m e n t o s del p r o c e s o
d e c o m u n i c a c i ó n e n u n a s e c u e n c i a textual e incidir e n el c o n c e p t o d e
intención comunicativa. P a r a e l s e g u n d o c i c l o d e E. S . O . , s e p u e d e p e n -
sar e n q u e r e c o n o z c a n contenidos implícitos, casos d e ironías o metáfo-
r a s e n s e c u e n c i a s d e l l e n g u a j e c o t i d i a n o . N o c r e e m o s q u e r e s u l t e difícil
para u n a l u m n o d e estos cursos realizar u n c o m e n t a r i o p r a g m á t i c o d e
esta secuencia:
(En u n bar se encuentran dos amigos. U n o d e ellos tiene m u c h a afi-

c i ó n p o r la b e b i d a y frecuenta m u c h o los bares. Es s o r p r e n d i d o p o r el
otro bebiendo.)
A. H o m b r e , Luis, ¿haciendo ejercicio?
B. Q u é va. Estoy p r o b a n d o la calidad d e las bebidas.
A. Cuidado. Quizas alguna n o esté e n buenas c o n d i c i o n e s y te p u e d a
hacer daño.
B. ¿Hablas p o r experiencia?
O t r o ejercicio p o s i b l e e s p r e s e n t a r u n a s e c u e n c i a textual d e cara al

r e c o n o c i m i e n t o d e c o n c e p t o s d e teoría p r a g m á t i c a s i n h a b e r s i d o defi-
n i d o s p r e v i a m e n t e : intención, contexto, situación, etc. Constituiría, al
m i s m o t i e m p o , u n b u e n t i p o d e p r u e b a p a r a la e v a l u a c i ó n inicial e n el
2
S e g u n d o C i c l o . B u l n e s J i m é n e z et alii ( 1 9 9 3 : 1 9 ) p r o p o n e n p a r a 4 c u r s o
" u n a actividad inicial c o n s i s t e n t e e n p r e s e n t a r l e s u n a o r a c i ó n d e s c o n -
textualizada, d o t a d a d e cierta a m b i g ü e d a d , y mostrarles a c o n t i n u a c i ó n
el t e x t o e n q u e a d q u i e r e s u p l e n o d e s a r r o l l o " .
A los cursos d e Bachillerato c o r r e s p o n d e r í a u n análisis gradual y
3 2
pormenorizado (monográfico) d e aspectos precisos : los actos d e habla,
30. Estamos pensando en un tipo de sintaxis discursiva, que revise los contenidos
tradicionales (algunos tales como la modalidad oracional).
31. Véase Lengua Castellana y Literatura (1992:22).
32. Cfr. el listado de ejercicios propuestos en una manual reciente por Reyes
(1995); algunos pueden ser de mucha utilidad para segundo de Bachillerato.
585
la c o r t e s í a , l o s a c t o s i l o c u t i v o s , l o d i c h o y l o i m p l í c i t o , e t c . d e b e n ser
e s t u d i a d o s c o n la m i s m a a m p l i t u d q u e s e e s t u d i a el s i n t a g m a nominal,
el s i n t a g m a v e r b a l , la e s t r u c t u r a d e l p r e d i c a d o e n el t e m a d e la o r a c i ó n .
E s t o h a r í a p o s i b l e , a d e m á s , la i n c l u s i ó n d e c u e s t i o n e s d e r e f l e x i ó n p r a g -
m á t i c a e n la p r u e b a d e Selectividad.
b ) Los D e p a r t a m e n t o s y profesores.
Nuestras p r o p u e s t a s afectan i g u a l m e n t e a los t o d o s los m i e m b r o s d e

l o s D e p a r t a m e n t o s d e LCL, d e q u i e n e s , e n ú l t i m a i n s t a n c i a d e p e n d e que
se traten o n o los c o n t e n i d o s d e teoría pragmática. Los c o n t e n i d o s se
p o d r í a n o r g a n i z a r e n t r e s b l o q u e s o e j e s v e r t e b r a d o r e s : a ) la c a p a c i d a d
d e c o m p r e n s i ó n y expresión d e discursos o secuencias discursivas (ora-
l e s y e s c r i t o s ) ; b ) la r e f l e x i ó n l i n g ü í s t i c a y c ) l a l i t e r a t u r a . N o conviene
pensar en bloques cerrados sino interrelacionados. Los c o n c e p t o s de
pragmática pueden ser programados dentro del primero, aunque se
p u e d e e n t e n d e r t a m b i é n c o m o u n n i v e l m á s d e a n á l i s i s e n la reflexión
lingüística. P o r último, esta p r o g r a m a c i ó n c o n c e p t u a l d e b e ser progresi-
va, r e c u r r e n t e y g r a d u a l ( e n dificultades); el M.E.C. ( 1 9 9 2 : 3 9 ) h a sido
m u y e x p l í c i t o e n e s t e p u n t o : "Esta p r o g r e s i ó n , q u e p a r t e d e u n a actua-
c i ó n p e d a g ó g i c a e n las f o r m a s lingüísticas e s p o n t á n e a s d e los a l u m n o s ,
debe incorporar e n su p r o c e s o cíclico estructuras textuales d e mayor
c o m p l e j i d a d p r e s e n t e s e n l o s c o n t e n i d o s d e l á r e a , d e tal m o d o q u e los
a l u m n o s y a l u m n a s l o g r e n , al final d e la e t a p a , u n a p r a g m á t i c a d i s c u r s i -
va c a p a z d e satisfacer sus n e c e s i d a d e s comunicativas."
P e r o sin d u d a a l g u n a n a d a d e esto p u e d e ser factible sin u n a míni-
3 3
m a p r e p a r a c i ó n y p u e s t a al d í a d e l p r o f e s o r a d o e n estos temas: esta
r e s p o n s a b i l i d a d c o r r e s p o n d e a l o s C e n t r o s d e P r o f e s o r e s , a u n q u e , si s e
3 4
leen m i n u c i o s a m e n t e los p r o g r a m a s d e formación d e los últimos a ñ o s
se p u e d e c o m p r o b a r q u e sus prioridades son d e otra índole. Q u e d a , en
c u a l q u i e r c a s o , el c o n s u e l o d e l a u t o d i d a c t i s m o o los c u r s o s ofrecidos
p o r la U n i v e r s i d a d .
33. Véase el artículo de González Nieto (1994a) sobre la necesidad de la forma-

ción lingüística del profesorado de Lengua en Secundaria.
34. Nos referimos exactamente al Centro de Profesores de Guadalajara, localidad
en donde desempeñamos nuestra práctica docente; los cursos de interés para el área de
LCL programados por dicho CEP son poco atractivos, se imparten sin rigor ni seriedad y
se circunscriben a contenidos y procedimientos un tanto desfasados.
586
TEORÍA P R A G M Á T I C A Y ANÁLISIS L I N G Ü Í S T I C O E N SECUNDARIA
c) Los m a n u a l e s .
Lomas (1994:10) plantea e n este trabajo u n p r o b l e m a que nos parece

c r u c i a l : "la a u s e n c i a m á s q u e e v i d e n t e d e l a s a c t i v i d a d e s d e u s o [lingüís-
tico]" e n los m a n u a l e s d e los últimos c u r s o s d e E.G.B. y d e los p r i m e r o s
a ñ o s d e las e n s e ñ a n z a s m e d i a s . G o n z á l e z N i e t o (1994:30) ha sido también
m u y explícito e n este p r o b l e m a : " h e m o s d e r e c o n o c e r q u e los m a n u a l e s
c o n d i c i o n a n b a s t a n t e la a c t i v i d a d d e l a u l a y reflejan, e n c u a l q u i e r c a s o ,
e s a e s c i s i ó n e n t r e e n s e ñ a n z a d e l u s o y e n s e ñ a n z a s o b r e la l e n g u a " .
O t r a v e z e n c o n t r a m o s l a g u n a s i m p o r t a n t e s e n e s t e c a m p o . Las p u b l i -
c a c i o n e s a n t e r i o r e s a la R e f o r m a p r á c t i c a m e n t e s o s l a y a n e s t o s t e m a s c o n
3 5 36
a l g u n a e x t r a ñ a e x c e p c i ó n . L o s m a n u a l e s d e la E.S.O.- y d e B a c h i l l e r a t o
3 7
(LOGSE) e m p i e z a n a suplir estas deficiencias, p e r o su p l a n t e a m i e n t o
e n absoluto es sistemático. Sigue siendo u n a cuestión marginada y mar-
ginal d e e s c a s o desarrollo teórico t a n t o e n las aulas c o m o e n los m a n u a -
les.
N o c o n o c e m o s , e n fin, n i n g ú n l i b r o o m a n u a l d e r e f u e r z o d e a n á l i -
sis p r a g m á t i c o d i r i g i d o a e s t u d i a n t e s d e S e c u n d a r i a , d e l m i s m o m o d o
q u e los h a y para ortografía, morfosintaxis y c o m e n t a r i o d e textos. Aquí
t i e n e n las editoriales u n c a m p o e s c a s a m e n t e c u l t i v a d o .
CONCLUSIONES
En este informe h e m o s p a s a d o revista a m u c h o s t e m a s d e interés

didáctico-pedagógico y h e m o s analizado e interpretado secuencias dis-
35. El manual de Lengua Española coordinado por el profesor López García (1994)
es, sin duda, el que mayor espacio dedica a problemas de teoría pragmática. Encontramos
un capítulo dentro del tema sobre el texto bajo el título "Actos de habla"; se analizan
hechos que hemos visto en la parte central de nuestro trabajo: los verbos performativos
o realizativos, los actos de habla y su tipología y los actos de habla indirectos.
36. Muy p o c o es lo que encontramos en los manuales de E.S.O.; sin embargo, sor-
prende la inclusión de aspectos tales como el tratamiento de la cortesía, aunque con un
planteamiento diacrónico (Bernabéu, 1995:91). Casi siempre se incluyen estos hechos en
el problema de la comunicación, funciones del lenguaje y, preferentemente, en el estu-
dio de la expresión oral y escrita: se habla, por ejemplo, de intencionalidad y de con-
texto comunicativo general y situacional (Báncora, 1994: 68).
37. Blanco Aparicio et alii (1995:278) se quedan en la definición de pragmática
para pasar luego a describir simplemente hechos de lingüística del texto. Cerezo y Díaz
(1995:14) dedican un apartado del Bloque III sobre el Texto a la "Adecuación del dis-
curso a la situación"; por aquí desfilan términos como contrato realizativo, intención
realizativa, presuposiciones o factores de adecuación, pero p o c o más.
587
c u r s i v a s en donde s e p o n í a n en evidencia v a r i o s conceptos de teoría

pragmática. Llegados a este p u n t o r e p e t i m o s la idea central: creemos
necesaria una f o r m a c i ó n básica del alumnado de Secundaria e n este t i p o
de p r o b l e m a s .
Ciertamente u n c u e s t i o n a r i o de este tipo, p r o p u e s t o en clase de L C L ,
n o sería r e s u e l t o con la e r u d i c i ó n bibliográfica o especializada que
h e m o s u t i l i z a d o n o s o t r o s . S i n embargo, p e n s a m o s que n o e s i m p o s i b l e
s u r e s o l u c i ó n p o r u n a l u m n o de Secundaria - P o s t o b l i g a t o r i a - b i e n dota
do de u n i n s t r u m e n t a l teórico y de u n a experiencia práctica e n c u r s o s
anteriores. E s p o s i b l e hablar, e n este s e n t i d o , de u n o s c o n t e n i d o s m í n i
m o s para el f i n a l de la Secundaria e n este t i p o de conceptos; p o d r í a n s e r
l o s s i g u i e n t e s : la d i s t i n c i ó n entre V P y V C ; qué e s u n acto i l o c u t i v o y la
d i s t i n c i ó n de t i p o s de actos ( s e g ú n S e a r l e ) ; e l r e c o n o c i m i e n t o de i m p l i -
caturas; explicar paso a paso la existencia de contenidos i m p l í c i t o s e n
una secuencia d i s c u r s i v a ( o la diferencia entre lo que se dice y lo que se
quiere decir); el reconocimiento de actos de habla i n d i r e c t o s ; el u s o de
d i s t i n t a s f o r m a s de tratamiento para s e r cortés; saber que algunas ora
ciones interrogativas pueden s e r v i r para ordenar, preguntar, sugerir, etc.;
la consideración de que l a s metáforas e i r o n í a s f o r m a n parte del lenguaje
cotidiano y n o s ó l o del l i t e r a r i o ; p o r ú l t i m o , la d i s t i n c i ó n de d o s t i p o s
diferentes de significado: significado oracional (semántico) y significado
comunicativo (pragmático).
La tarea de abordar estos contenidos c o r r e s p o n d e a o r g a n i s m o s o f i
ciales, departamentos, p r o f e s o r e s y editoriales. L o hecho hasta ahora e s
m u y poco. S ó l o hace falta perseverancia.
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Searle, J.R.; Kiefer, F.; B i e r w i s c h , M. (eds.), p p . 291-312.
APÉNDICE: CUESTIONARIO.
1. Señala cuáles de los siguientes verbos son performativos y apunta algu-

nos ejemplos de enunciados: disculparse, creer, decir, agradecer, asustar, olvi-
darse, nombrar, oponerse, dudar, bromear.
2. Dos partes:
a) Construye tres oraciones n o sinónimas para cada u n o de los siguientes
actos ilocutivos.
- Recordar a tu mujer que lleve las cartas a correos.
- Ofrecerse para ayudar a alguien a lavar los platos.
- Pedir a un familiar que se dé prisa en el cuarto de baño.
b) Describe dos actos ilocutivos para cada una de las siguientes oraciones.
Especifica los factores contextúales que sean necesarios.
- ¿Está María?
- Los trabajos se recogerán la próxima semana
- Tengo mucho sueño
3. C o m p a r a las oraciones A ) y B), a p o y á n d o t e e n el c o n c e p t o pragmático

de implicatura.
A ) Esta tesis no es buena; es más bien mediocre
B) La tesis no es buena; es genial.
4. Explica q u é tipos de contenidos implícitos son las oraciones señaladas e n

cursiva en las secuencias 1) y 2).
1. Luisa llegó a c o m p a ñ a d a de u n señor r u b i o .
- El señor rubio no era su esposo.
2. a) ¿Lías leído Sociobiología de Wilson?
b) No leo ciencia-ficción.
-No he leído Sociobiología, y ese libro es ciencia-ficción.
590
5. Los siguientes enunciados p u e d e n utilizarse para efectuar actos de habla

indirectos. Explica q u é acto i l o c u t i v o podría corresponder a los casos A ) y B ) .
A ) Me gustaría tomar café.
B) Usted sería la persona más indicada para decírselo.
6. Utiliza la teoría de la cortesía para explicar esta serie de enunciados q u e

p u e d e n emplearse c o m o expresiones corteses en la interacción verbal:
-Bueno, hay gente que cree que la cosa no fue así. [Lo dice alguien q u e n o
comparte una o p i n i ó n o c o m e n t a r i o de otra persona.]
- Ahora vamos a comentar el párrafo primero de Cien años de soledad. [Un
profesor de literatura a sus alumnos e n clase.]
-Siento tener que molestarle con esta tontería, y en otras circunstancias no
le haría perder el tiempo con esto porque sé que está muy ocupado, pero es que...
[Un e m p l e a d o a su jefe.]
-Quería unos 200 gramos de jamón de York. [ U n cliente a u n vendedor.]
7. Explica e n t é r m i n o s de teoría pragmática el contraste entre estos dos

enunciados.
A ) ¿Te gusta la sopa?
B ) ¿No te gusta la sopa?.
8. ¿Es posible una e x p l i c a c i ó n pragmática de figuras literarias c o m o las

metáforas y las ironías?
- Felipe González es u n m o n o .
- Q u é conferencia más aburrida.
NOTA. C o m o señalamos en la Introducción del trabajo, el cuestionario es

una adaptación o revisión de una propuesta del Dr. D. M a n u e l Leonetti.
591

Teoría Pragmáticay Análisis Lingüístico en Secundaria: Jesús Ernández Vallejo

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TEORÍA PRAGMÁTICA Y ANÁLISIS LINGÜÍSTICO E N

JESÚS FERNÁNDEZ VALLEJO

El presente artículo se circunscribe a una de las más recientes y cultivadas

Pragmática - Verbos p e r f o r m a t i v o s - Actos i l o c u t i v o s - Implicaturas -

1. Comunicación presentada al Congreso Nacional sobre Lingüística del Texto y

This study is circumscribed to one o f the most recent approaches to l i n -

Pragmatics - Performative Verb - Acts o f Speech - I m p l i c a t u r e - I m p l i c i t

Le présent travail se référé à l'une des plus récents orientations e n recher-

Pragmatique - V e r b e d'action - Actes de paroles - I m p l i c a t i o n s - Contenus

existe u n a v e r d a d e r a explicación d e los t e m a s sino m á s b i e n vagueda-

2. Véase un desarrollo de estos contenidos de interés pragmático, en lo que se

m e n t e y p o r escrito m e d i a n t e discursos coherentes, correctos, creativos

"En el Bachillerato debe reflexionarse de m o d o sistemático sobre los

2.1. La pragmática como disciplina lingüística

4. Véase Cervera (1994:200) para el establecimiento de conexiones de los conte-

2.2. Problemas pragmáticos (Soluciones al cuestionario)

2.2.1. Verbos performativos

En su libro d e conferencias How to do things with words, Austin

1) ME DISCULPO POR HABER L L E G A D O TARDE.

No obstante, n o todo es tan sencillo c o m o p u e d e parecer a primera

HERBERT T O L D SUSAN T H A T PEOPLE LIKE HERSELF ARE RARE. PEOPLE

8. En este ejemplo seguimos a Hurford y Heasley (1988:247). En enunciados como

N i n g u n o d e los a u t o r e s m e n c i o n a d o s d i c e q u e este v e r b o se utilice

(11) SE DICE Q U E ESTÁIS T O D O S DESPEDIDOS.

T o d o esto se complicaría aún m á s si c o n s i d e r á r a m o s enunciados

(12) D I G O Q U E CIERRES LA PUERTA.

POR ESTE M E D I O SE REVELA Q U E EL VALOR D E LA P R O P I E D A D Q U E

11. Citado por Levinson (1989:249).

Para la r e a l i z a c i ó n de esta segunda c u e s t i ó n p a r t i m o s de la idea de

2.2.2.1. Acto i l o c u t i v o y oraciones

A ) Recordar a tu mujer que lleve las cartas a Correos.

B ) Ofrecerse para ayudar a alguien a lavar los platos.

13- Esta identificación tan radical ha tenido consecuencias importantes en el marco

C ) Pedir a un familiar que se dé prisa en el cuarto de baño.

LLEVAS MÁS DE C I N C O HORAS A H Í M E T I D O .

SAL I N M E D I A T A M E N T E O E C H O LA PUERTA ABAJO.

A ' ) ¿PUEDE AVISAR A MARÍA DE Q U E ESTOY AQUÍ?

A . 2 . A c t o a s e r t i v o . Se p u e d e considerar también una afirmación

Luis: ¿TE QUEDAS A LA FIESTA?

B ) LOS TRABAJOS SE RECOGERÁN LA P R Ó X I M A SEMANA.

C. 1. Acto directivo. Se puede tratar de una petición: i m a g i n e m o s a

B ) ESTA T E S I S NO E S BUENA; E S GENIAL.

La diferencia entre l o s enunciados A ) y B ) i l u s t r a el p r o b l e m a de las

2.2.4. Contenidos implícitos

1. LUISA LLEGÓ A C O M P A Ñ A D A DE U N SEÑOR R U B I O .

17. Véase Leonetti (1993:5) y Levinson (1989:23).

D LUISA LLEGÓ C O N U N SEÑOR RUBIO: SU MARIDO

Premisa implicada: EL LIBRO ES PURA CIENCIA FICCIÓN.

pendientemente de cuál sea el contexto en que emitan (Escandell,

2.2.5. Actos d e habla indirectos

18. Para la propuesta de la noción de contexto por Sperher y Wilson, Brown y

B') GRACIAS POR SU C U M P L I D O .

A") ME P O N G O ENSEGUIDA A HACERLO.

20. Seguimos a Escandell (1993: 86-87).

I V ) U n aspecto básico en la teoría de la inferencia es el de l o s cono-

M Y M O U T H I S PARCHED (usado para requerir una bebida)

M i e n t r a s tanto, la d i s t i n c i ó n que hace W u n d e r l i c h ( 1 9 8 0 : 2 9 6 ) entre

E n la sexta cuestión s e g u i r e m o s la teoría desarrollada p o r B r o w n y

23. A partir de la exposición de Escandell (1993:174). Sólo entraremos en la defi-

Este enunciado responde a un tipo d e estrategia abierta, indirecta y

C) SIENTO TENER QUE MOLESTARLE CON ESTA TONTERÍA, Y EN OTRAS

D) QUERÍA UNOS 2 0 0 GRAMOS DE JAMÓN DE YORK.

Ambos enunciados son ejemplos de lo q u e se ha llamado estrategia

Esto estaría i n d i c a n d o q u e e n t r e el e m i s o r y el r e c e p t o r h a y u n a dife