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Mix de Gramíneas e Leguminosas para Gado Leiteiro
Mix de Gramíneas e Leguminosas para Gado Leiteiro
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 2
2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA................................................................................... 2
3 OBJETIVOS............................................................................................................. 3
4 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................3
4.1 Sementes.......................................................................................................... 6
5 CONCLUSÃO...........................................................................................................9
6 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 10
1 INTRODUÇÃO
2 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
3 OBJETIVOS
4 DESENVOLVIMENTO
A consorciação de forrageiras anuais de inverno é uma alternativa que visa,
principalmente, aumentar o período de oferta de forragem e pastejo, com maior
produtividade e valor nutritivo, aumentando o aporte de nitrogênio no sistema, via
introdução de leguminosas (TAVARES, 2021).
Para que uma mistura seja eficiente, é necessário que uma espécie não
prejudique o desenvolvimento da outra, em termos de competição por luz ou
absorção de nutrientes, para que a produtividade das espécies seja maximizada
dentro do consórcio (ROSO et al. p. 459-467, 2000).
Segundo Dall'Agnol et al. (p. 31, 2021), O consórcio de duas ou mais
gramíneas forrageiras de inverno tende a combinar os picos de produção de matéria
seca (MS), atingidos em diferentes épocas, de acordo com o genótipo, resultando no
aumento da produção e do período de utilização da pastagem.
Estes diferentes picos de produção e oscilação das espécies dentro da
pastagem contribui para a estabilidade de produção na área.
Para que isso aconteça a fertilidade do solo deve ser considerada, visando
principalmente a adubação nitrogenada.
Os custos das pastagens de estação fria com adubação são altos, sendo de
fundamental importância que essas pastagens sejam utilizadas da maneira mais
eficiente nos sistemas de produção (LUPATINI et al., p. 164-171, 2013).
Uma das vantagens de pastagens consorciadas de gramíneas e leguminosas
é a maior sustentabilidade na produção de forragem por propiciarem suprimento de
nitrogênio para o solo e para as plantas forrageiras (EMBRAPA, 2019), e, sobretudo,
reduzir os gastos diretos com fertilizantes (BARCELLOS et al., 2008).
Além de serem verdadeiras biofábricas de fertilizantes nitrogenados, as
leguminosas sempre apresentam concentrações maiores de proteína em sua
forragem, em comparação com as espécies gramíneas, em qualquer época do ano.
Apresentam também uma maior concentração de outros nutrientes, como o cálcio,
que favorecem o desempenho dos animais quando ingerem esse tipo de forragem
pura ou combinada com a forragem dos capins consorciados. Essa superioridade
nutricional das leguminosas é vantajosa, sobretudo na época em que o valor
nutritivo dos capins diminui consideravelmente ou quando a gramínea
acompanhante é naturalmente de menor valor alimentício.
As leguminosas em consórcio são verdadeiramente suplementos proteicos de
baixo custo (EMBRAPA, 2019).
Portanto, a produção animal em pastagem é o resultado da combinação entre
o valor nutricional do pasto e a oferta de forragem (ARANHA et al. p. 517-524,
2018). Sendo assim, os sistemas que incluem leguminosas e gramíneas com
diferentes ciclos possibilitam resultados positivos em relação à massa de forragem
(DIEHL et al., 2013).
Com as afirmações citadas, foi possível constatar na prática a aplicabilidade
do "mix", com tipos de sementes não muito usuais nos sistemas de exploração da
região sudoeste do Paraná e norte de Santa Catarina, que, conforme os técnicos da
Agro Precisão, apresenta um diferencial inovador, com a certeza do aproveitamento
positivo da implantação deste "mix", para a bovinocultura leiteira.
A mistura de sementes utilizada, foi desenvolvida pela Agro Precisão,
utilizando recomendações técnicas específicas para a implantação de um sistema
sustentável, com gramíneas e leguminosas, buscando manter as propriedades
nutricionais do “mix” completas para que as vacas possam aumentar sua
capacidade produtiva, durante todas as estações do ano, além de terem à
disposição pastagem de qualidade durante a conhecida “entressafra”
A preparação do solo para o plantio passou por análise e a recomendação de
calagem foi a do calcário calcítico, elevando a CTC a 60%, utilização de fósforo
utilizando o produto Yoorin®, com o cálculo de utilização de 9 a 12 ppm e, como
potássio, utilizado o Potassil Premium 12, na proporção de 3 a 5 ppm.
O manejo de pragas foi feito somente após o reconhecimento destas nas
áreas, sabendo que a maior incidência é a da cigarrinha das pastagens (Deois
flavopicta). O produto utilizado para o combate foi o Bioscap®, inseticida
microbiológico, utilizado na proporção de 180 mL ha -1, em 200 L de calda, associado
ao Drillfly®, que, além de promover a nutrição das plantas, atua como espalhante,
tendo efeito penetrante na folha e nos insetos, e por possuir enxofre em sua
composição, auxiliando no manejo de desalojar insetos, utilizando-se 500 mL do
produto associado à calda do inseticida.
O “mix” é composto pelas sementes de Dátilo (Dactylis glomerata L.), Trevo
branco (Trifolium repens L.) e Puna II Chicoria (Cichorium intybu var.foliosum), com
formulação de 25 kg ha-1 de dátilo, 2 kg ha-1 de trevo e 2 kg ha-1 de chicória. Essa
formulação ocorre quando utilizada a semeadora para a distribuição em linhas,
quando utilizado o plantio a lanço, deve ser aumentada o volume de sementes em
50%.
Quando da preparação do solo, o que se pôde observar foi a ausência do
trabalho de dessecação química, uma vez que a gradagem, feita com o propósito de
diminuir as partículas de solo para a semeadura do “mix” seja mais bem distribuída e
homogênea, foi feita, não havendo, então, a necessidade da dessecação.
As sementes das leguminosas passam pelo processo de inoculação utilizando
o Azospirilum, antes de serem misturadas ao dátilo.
Para a mistura é aconselhável a utilização de uma betoneira, facilitando o
processo, com melhor homogeneização do “mix”.
4.1 Sementes
5 CONCLUSÕES
DALL'AGNOL, E.; MANUELE Z.; SILVEIRA D.; CECCHIN S.; RENATO SERENA
FONTANELI, R. S.; REBESQUINI R.; PANISSON, F. T.; CEOLIN, M. E. C.;
ESCOBAR, F. M.; WEBBER, M.P.C.. Consorciações de forrageiras anuais de
inverno. Revista Plantio Direto & Tecnologia Agrícola. Nº. 180, p. 31. Publicado em
2021. Disponível em < https://www.plantiodireto.com.br/artigos/16>. Visitado em 20
de novembro de 2023.
DIEHL, M. S.; OLIVO, C. J.; AGNOLIN, C. A.; BRATZ, V. F.; BEM, C. M.; AGÜIRRE,
P.F.; GLIENKE, C. L.; CORREA, M. R.; SERAFIM, G. Produtividade de sistemas
forrageiros consorciados com leguminosas. Arquivo Brasileiro de Medicina
Veterinária e Zootecnia, v. 65, n. 5, p. 1527-1536, 2013.